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4 Ga480 102 MORFOLOGIA INTERNA Roberto da Silva Camargo, Ricardo Toshio Fujihara, Luiz Carlos Forti e Maria Christina de Almeida mina masines 9 & orn eat ad Moro rs Morfologia Interna (O conhecimento das estruturas des érgiosinternos dos insetos é.a base parase entender oseu funcionamento, Estes esto agrupados em sistemas, tais como: digestério, respiatrio, eproduter, excreta, circulatérioe endécrino. Abaixo seguem a descrigao 0 funcionamento dos érgaas que consttue eses sistemas 2.1, Sistemas digestério e excretor Os insetos se alimentam de uma ampla variedade de substincias orginicas naturais,tais pena de aves, entre outros, A diversidade dos como: folhas, frutos xilema, madeira seca, sangue, sens alimentares estd corvelacionada com a estrutura dos érgios digestivos, especialmente com o aparelho bucal. As especializagées alimentares podem ser classificadas quanto & origem animal ou ‘vegetal e quanto & consisténcia:sélida (ou pastosa) ou liquida. Nos insetos que ingerem alimentos slides, 0 sistema digestério é curto, largo ¢ reto, com uma musculatura forte © uma protesio contra a abrasio (apenas o meséntero - parte mediana do intestino - & desprovida de uma camada cuticular). Em contraposicio,insetos que se alimentam de sangue, seiva ou néctar isto é, alimentos fuidos,apresentam, usualmente, um intestino longo, estreito ¢ com dobras, para permit o maximo contato com 0 alimente liquide, é que a protegio contra a abrasio é desnecessiria, Sob 0 ponto de ‘vista nutricional,insetos que se alimentam de vegelais necesstam processar grandes quantidades de alimentos, pois os niveis de nutrientes sio baixos, de modo que o intestino no necessita de estruteras apropriadas para armazenamento. Em contraste, os predadorestém uma deta rica em nulrientes ebem, balanceada, podendo o alimento estar disponivel intermitentemente ¢ como intestino necestitando de uma grande Area de armazenamento de reservas, Estrutura geral O sistema digestério ou tubo digestivo inicia-se pela boca e termina no anus, percorrendo © corpo do inseto longitudinalmente. © espaco entre a parede do corpo € 0 canal alimentar se chama hemocele ou cavidade geral; espaco que encontra-se preenchido pela hemolinga. © sistema Aigestério divide-se em trés regives: Estomodeu, estomodéo ou intestino anterior (Figura 2.1): de origem ectodérmica, com fungéo de ingestio, armazenamento, moagem ¢ transporte de alimento até 0 intestino médio. O estomodeu inicia-se logo apés a cavidade oral (boca), ¢ da regido anterior para a posterior. Esté subdividido ems: faringe,es6fago, papo ou inglivio e proventricuo, © estomodeu ¢ revestide por uma cuticula ¢ constituido de células achatadas e nio diferenciadas, denolando que, nesta regido, nio ocorre secreséo ¢ pouca absorgio, A faringe tem. 1 musculatura bem desenvolvida para a ingestéo ¢ passagem posterior do alimento, O es8fago geralmente apresenta uma forma tubular simples, servindo como jungio entre a faringe e 0 apo. No papo ou inglivio, o alimento é armazenado por algum tempo, sob agdo de enzimas e, posteriormente, diige-se ao proventriculo, uma porcio mais ou menos dilatada, dotada de rugas fu dentes quitinasos paraa trituracio dos alimentos. Ao final do estomodeu, encontra-se vilvula cardiaca, que tem a fungio de impedir o retorno do alimento do meséntero para o estomodeu, de onde se projeta para a regido anterior do meséntero ee e e Gi TT | ee | e Gi TT | As glindulas salivares presentes na cabeca estendem-se para a regito anterior do térax (protérax) com seus dutos salivares abrindo-se na hipofaringe, para umedecer bolo alimentar. Além disso, saliva possui enzimas que agem sobre os carboidratos, como amilases, mallase, invertase etc, ‘eque comecam suas ages logo da entrada dos alimentos na cavidade oral, para auxliar na digestio. (Outras fungées da saliva sio:limpar estletes bucais,impedir coagulacio do sangue do hospedeiro (hematéfagos), entre outta. ‘Meséntero ou intestine médio (Figura 2.2): de origem mesodérmica, 0 meséntero produz ce secreta enzimas digestivas que agitio sobre proteinas, lipidios e carboidratos, como também a absorcio dos produtos da digestio. O intestine médio é subdividido em ventriculo, © meséntero propriamente dito, eos cecos gistricos, que sio estruturas em forma de bolsas ( ventriculo assemelha-se a um saco alongado ou a um tubo, no qual ocorre assimilacio de substincias, A parte anterior se chama cirdia, cesta circunda a vilvula cardiaca. Os cecos gistricos apresentam formato de bolsase sie localizados lateralmente, em alimezo de dois a oito, dependendo 4a espécie, Sua funcio é a manutencio de bactérias e outros microrganismos do tubo digestivo, produtores de enzimas e viteminas, Além disso, quando presentes, aumentam a superficie para a secregio de enzimas digestivas, absorgio de igua e nutrientes digeridos no meséntero, ‘Accamada epitelil do meséntero secreta continuamente uma membrana quitinosa eacelular que envolve o alimento dentro do ventriculo, chamada membrana peritrofica, cuja fungio éproteger 0 epitélio secretor contra danos que possam ocorrer devido as particulas abrasivas dos alimentos ingeridos. O espaso entze a membrana peritréfica e a camada epitelial é ocupado por enzimas digestivas, produzidas pelo epitéio,e substincias que estio sendo digeridas para serem assimiladas. As células secretoras do epitélio sio endécrinas quando retém suas secrecSes,liberando-as pparao interior do ventriculo; merécrinas quando liberam suas secregies sem sofrer grandes mudancas; ccholécrinas, quando as cdlulas e desintegram, sendo substituidas por células novas, que se divider, nabase do epitéli, Estas células secretam todas as enzimas digestivas:amilases, maltases, invertases, lipases e proteases, que hidrolisam, respectivamente, os amicdos, maltose, sacatose, lipidias eproteinas Os restos alimentares que nio foram digeridos, nem absorvidos, permanecem no kimen do intestino médio, passando a seguir para o interior do intestino posterior, No ponto de insercio entre ‘o intestine médio o posterior, abrem.se ductas ou tubos de Malpighi (sistema excretor),e assim os composios nitrogenadis (catabdlitos que sio liberados na hemolinfa) iio se misturar aos dejetos vindos do intestino médio. O meséntero termina na vilvula pildrica, que se liga a0 proctodeu e regula, « fluxo dos dejetos entre o meséntero ¢ o proctodeu, © material permanece no kimen do intestino _médio junto com as excretas dos tubos de Malpighi, entrando entéo no intestino posterior (proctodeu). Proctodeu au intestino posterior (Figura 2.3): origem ectodérmica; nesta regito ocorre a atsorgio de agua, sais e demais moléculascocorre lambém a ciminagio das fezes pelo anus fam tubo simples e subdividido em duas rides: lea (anterior) e célon (posterior). Em continuagio a ‘ste, se encontrao reo, porgio dilatada em forma de ampola, que leva a uma abertura terminal 0 snus. Nessa reidoestio presentes a glindulas retais, que reabsorvem dgua enutrientesessencas, antes que os excrementos sejam eliminados,sendo de extrema imyportineia para insetos que se (hres tnp rie nine: i ard pe nif de emer Ciena somes e scorn at Moro rs alimentam de materiais secos, como gros armazenados, bem como para os insetos que vive em. ambientes com escasser de Agua, © proctodeu apresenta trés camadas de misculos que favorecem ‘ movimentagio e a evacuacio das fees. Adaptagio do sistema digestério: camara filtro ‘Na maioria dos Hemiptera (subordens Auchenorrynha e Sternorryncha) ocorre um arranjo Aiferenciado na regiio do meséntero, resultado evolutivo do hibito de se alimentar de liquides vegetais. Na porgio anterior do meséntero adere-se uma vesicula (de parede bem fina), que envolve a poreie posterior do mesmo ¢ se dabra como uma alea, juntamente com a porgdo proximal dos tubos de Malpighi, Este arranjo anatémico e funcional é denominado cimara filtro, Exta morfologia possiblila que o excesso de égua e moléculas pequenas, como agicares simples, passem rapidamente da porgio anterior do intestino médio para os tubes de Malpighi, evitando assim a diluigao da hemolinga e permitindo a concentragao do alimento. ‘As cimaras filtro sio adaptadas de acordo com a origem do liquide vegetal ingerido. Insetos {que se alimentam do fluide localizado no xilema, como as cigarras ingerem um liguido rico em fons, excaiso de compostos orginicose com baixa pressio osmotica osinsetos que sealimentam deliquide do floema (como cachonilhas e pulgdes),apresentam uma cimara-filtro altamente especializada. Esta ‘wansporta agticares (através de bombeamento ativo) e Agua (passivamente) da regiio anterior, do resintero para leo ¢, posteriormente, do célon para eto, cja excreta édenominada “honeydew Sistema excretor (Figura 2.2) A exerecio esté intimamente relacionada & homeostase, ou seja, remocio de produtos indesejaveis do metabolismo celular, das alimentos, pelos insetos. Estes produtos sia sais eresiduos aitrogenados na forma de dcido trico, e devido a isto, os insetos sio considerados uricotélios, Esta excrepio ¢ feta pelos tubos de Malpighi, que morfologicamente sio compostos por tubos muito finos e delgados, com sua extremidade distal fechada ¢ a basal aberta, em contato com o himen, a pporgio interna do tubo digestivo, no ponte de insercio entre meséntero ¢ proctodeu, Estes tubos slo extzemamente varidveis, em milliplos de dois, mas em ortépteros ¢ baralas, por exemplo, ocorrem em niimero de cem ou mais. 2.2. Sistema circulatorio © sistema circulatério é do tipo aberto, com um vaso dorsal compartimentos para direcionar 0 movimento do fluido corporal, que circula livremente pelos érgios internos. Este, denominado hemolinfa, geralmente nio desempenha papel no transporte de oxigenio pata os tecidos e na remogio de pis carbénico destes para o sistema respiratério. Sua principal fungio ¢ servir como um meio para as trocas quimicas entre os érgios do corpo, como o transporte de -materiais nutrtives, produtos de excregio (catabélites) e horménios. A hemolinfa nio entra em contato direto com as células, pois 0s Srgios internos e a epiderme slo envolvidos por uma ‘membrana basal, cuja funcio ¢ regular a troca de materiais, ee ee e e Gi TT | ee | e Gi TT | 0 padrio do fluxo ¢ regular entre compartimento e apéndices, auxliado por contragdes _musculares das partes corporais, especialmente de contracbes peristiticas do vaso dorsal longitudinal eda regiéo denominada coracio. Estrutura geral (Figuras 2.4 ¢ 2.5) (0 sistema cizculatério € provide de um vaso dorsal edrgios pulsteis acessérios, com tecidos, associados, O vaso dorsal é um tubo aberto na extremidade anterior ¢fechado em sua extremidade potlerior. Este vaso € dividido em duas partes: 4) coragio: parte do vaso contida no abdome, na regito posterior; possui aberturas (dstios ‘ou ostiolos) para a entrada da hemolinga; b) aorta tubo fechado, em continuidade com 0 coracio: do cézebro, inicia-se no trax elermina na cabeca, com sua abertura logo al 0 coragio é composto por aberturas pareadas, denominadas de ostiolos, misculos alares, (para sustentacio) e vilvulas ostiolares, as quais impedem a volta da hemolinfa do vaso dorsal para a cavidade geral do corpo. A aorta nio possui contracio e se abre diretamente no cérebro, sendo que ‘0 Sistema Nervoso Central (SNC) é irrigado pela hemolinfa, Lateralmente ao coragto, ha tecidos que originam os dafragmas, conkecidos como dorsal eventral, (© dorsal éformado por tecidos conectivos emiisculos ransversas, 0 ventral por estrutura fibromuscular, Ester sio responsives por dividr o corpo em trés ios, que sio os espagos onde circula a hemolinf: Scio pericirdio ou dorsal: envolve o vaso dorsal ¢ tecidos associados (misculos alazes)s Seio perivisceral ou visceral: evolve o trato digestrioe seus érgios: Scio perineural ou ventral: envolve a corda nervosa ventral, separado do seio perivisceral pelo diafragma ventral, ‘A hemolinfa lui do térax para o abdome, podendo estar na dependéncia da expansio do abdome para ser transportada posteriormente. Nos apéndices, ahemolinfacircula unidirecionalmente por tubos, vasos, septos, valvas ¢ bombas. As bombas musculares sio denominadas de érgios pulsiteisacessérios © ocorrem na base das antenas, na base das asas, ¢ as vezes nas pernas. Nas antenas, estes 6rgios podem liberar neuro horménios, que sio carregados ao limen antenal para agir nos neurdnios sensoriais. As asas tém uma circulacio mais ou menos constante; a hemolinfa fluindo entre as traqueias eas paredes das nervuras, entrando na asa pela regiio costal e retornando 0 corpo pela margem posterior. Esta circulagio ocorre com o auxiio das membranas articuladas e ‘gis pulsitels do térax, nos quais as membranas fazem com que a hemolinfa entre nas nervuras aspiram a hemolinfa de volta paraa aorta, por meio da dilatagdo dos érgios pulsites do torax, Nas pernas,acirculacio ocorre pelos érgios pulsitets localizados em cada tibia, logo abaixo {a articulagio com o fémmur, 0 ecido pulsiil em formato de um saco, ot & uma membrana ativads por um mésculo compressor, Curso geral da circulagio 0 fluxo da hemolinga no corpo dos insetos est esquematizado na Figura 2.6: (2) © coracio (hres rnp nimi: i ard pe nif de emer nine ems e scorn at Moro rs dilatado em diistole aspira a hemolinga, que esti no seio pericirdico, por meio dos ostiolos. (2) A. contragio sistlica entio impele a hemolinfa para frente em diregio A aorta atéa cabeca, sendo que, neste momento, as vilvulas ostiolaresestio fechadas, (3) Na parte toricica, 0 vaso dorsal recebe a hhemolinfa que circulow nas asas, foi coletada pelo seio pericardiaco e aspirada pelos érgios pulsitets tergais (dorsuis), estando de volta & corrente circulatéria ¢ descarregada na cabega, logo atrés do céxebro. (4) Dacabeca, a hemolinia percola se posteriormente a qual écoletada nos seias perivisceral eeperincura. (5) A hemolinfa tem deslocamento Anteroposterior, irrigando o trato digestério, drgios reprodutores, sistema nervoso ¢ traqueias, ¢€ coletada direlamente das scios. (6) Os movimentos condulatérios dos disfragmas e as contragées musculares abdominals facilitam o deslocamento da ‘hemolinfa para tris; através das passagens marginais dos diafragmas, ela move-se para cima, sendo coletada no seio pericardiaco ¢ admitida no coragio, por didstole Hemolinfa Ahemolinfa é um fluido aquoso contendo fons, moléculas ecélulas:¢ geralmente clara ¢, na maioria das veres, sem coloragio, mas pode apresentar pigmentos variados. Todasastrocas quimicas entre of tecidos dos insetos sio mediadas via hemolinfa, Nela, os horménios sto transportados, 0¢ nutrientes absorvidos no intestino sio distribuidos e os excretas si0 removidos pelos tubos de [Malpighi, que sempre estéo banhados e flutuando na hemolinfa. Além disso, serve também como reservatério de égua, com seu principal constituinte, o plasma, Este é uma solugio aquosa de fons. Inorginicos,lipidios, agicares (principalmente trehalose), aminodcidas, proteinas Aids orginicos ¢ outros compostos.Altas concentragdes de aminoicidose fosfatos orginicos caracterizam a hemolinga ddos insetos, © muitas estio associadas com a protesio ao fro, Ascélulas da hemolinga, os hemécitos so células nucleadas de diversos tipos, principalmente amebécitos, proleucécitos, leucécitos granulares e hemeécitos hialinos (Tabela 21). Estes apresentam as seguintesfungBes bisicas: precursores de outros ipos de hemécitos: fagocitose (ingestio de pequenas particulase substincias, tals como metabslitos); encapsulacio (encapsulagao dos parasitase outras substancias); coagulagdo da hemolinfa; armazenamento e distribuigdo de nutrientes. ‘Tabela 2.1. Células da hemolinfa. ‘Amebécitos Fagocitose e habilidade de se unirem para formar cistos pratetores em volta dos parasitas: Proleucécitos Provavelmente precursores de outros tipos de hemécitos; Leucécitos granulazes Transporte do material nutritive; [No processo de coagulacio, os eucécitos sio faciimente rompidos e, [berando filamentesciteplasmiticos, causam a aglutinagio dascélulas. ‘Além disso, ahemolinfa fornece protegio e defesa aos insetos contra: inj iia fisca; entrada de patégenos, parasitase outras substincias estranhas ¢, 4s vezes, contra acio de predadores ee e e Gi TT | ee | e Gi TT | 2.3. Sistema respiratério Este sistema apresenta diversas fungées: respiracio, expansio do volume corporal apés a ‘muda, papel no voo, controle de gases e substinciastéxicas, entre outras. A respiracio ocorze por um sistema traqueal aberto, ramificado, por onde o ar penetra eé liminado igualmente por esse mesmo sistema, ou pelo tegumento. Fst sistema ramificado entra em ccontato com todos os érgios internos e tecidos, apresentando traqueias extremamente numerosas ‘em tecidos com altas necessidades de oxigénio, Acexpansio apés a muda, nas insetos terrestres, se dé pelo preenchimento de ar no sistema, ccuja movimentagio & capa de romper a velha epicuticula. No caso dos inselos aquiticos, ocorre a ingestio de Sgua, que aumenta a pressio interna, promovendo o rompimento. 0 papel da respiragio nowoo éaumentar ofluxo de are, consequentemente, oxigénio durante a atividade; sendo este levado pelas traqueias até os miisculos ales. No controle de gases ¢ substincias tdxicas, os intetos tém condigio de evitar a perda de vapor de Agua ou a intoxicacio por gases, por meio de seu aparelho de oclusio, parte integrante do espiraculo funcional. Este compreende um ou mais misculos assaciados com partes cuticulares que permitem a oclusio do espiriculo. Estrutura traqueal (Figura 2.7) O sistema traqueal € composto por Espiréculos: estruturas por onde penetra o ar oxigenado e sai o ar com CO 5 constituidos por uma abertura externa, um escrito anelar (denominado de peritrema),o itrio ou vestibulo ea vlvula de oclusio; ‘Traqueias traqueiolos ou traquéolas: condutos de ar Sacos aéreos: sio raqueias dilatadas (sem lenfdio) em diversas partes do corpo, para formar vesiculas de parede fina, cuja fungio primordial & armazenar ar oxigenado; “Traqueoblatos:sio células de origem epidérmica que revestem a traquela, posteriormente diferenciando-se em traquetolos: ‘Tenidio: uma estrutura mais espessa, com quitina, de forma helicoidal, que reveste todas as, traqueias e traquéolas, cuja fungio é manter a traqueia distendida aberta,e livre para o fluxo de ar Fluide traqueolar: liquide contido nos traquetolos, levando o oxigénio as céulas A abertura externa do trio é circundada pelo peritrema (estrutura quitinasa espessa), sendo semelhantes em seu formato, que geralmente é circular, eliptico ou alongado, O ar, antes de entrar nas ‘ragueias,éfiltado pelo ato ou vestbulo (uma antecimara), tendo sua passagem controlada pela valvula de oclusio, cujafun¢do ¢ impedir a entrada de poeira, gases, {gua e substinciastéxicas indesejaveis. As traqueias, que se assemelham a condutos de ar, possuem um tronco principal e ramos secundirios, Suas paredes nio colapsam devido a flamentos quitinosos, geralmente helicoidais rte rnp nimi: i ad pe anf de ems Cnienoe seme e scorn at ee | e Gi TT | Moro rs ¢ interrompidos, que formam anéis de quitina, denominados de intima ou endotraqueia; externamente, possuem uma camada epiteial (ectotraqueia), formada por células achatadas responsiveis pela secregao da intima, ‘Avoca de gases nos tecidos¢ realizada por condutos intracclulares com diémetro menor que 1 ym, denominados traquéolas, e que slo ramificagdes terminais das traqueias. Na extremidade das twaquéolaseem contato com o tecido, enconta-se um liquide traqueolar, que permite as trocasgasosas. Tipos de aparethos respiratérios Sio cassificados de acordo com o nimero arvanjo de esprdculos funcionas: Apnéustico: no hi espiriculos funcionats, endo um sistema fechado, o oxigénio entra por difusio através da superficie do corpo, Encontrado em inselos aguiticos ¢ endoparasitas Polipnéustico: caracterizado por apresentar pelo menos oito pares de espiriculos funcionais; holopnéustico: oarranjo mais primitivo com dez pares funcionais, encontrado, por exemplo, nos gafanhotos; hemipnéustico: apresenta um ou mais pares nfo Funcionais,geralmente encontrado em larvas; peripnéustico: com nove pares funcionais, sendo que os espiriculos protoricicos ¢ abdominais encontram-se abertos ¢ os do metatérax, fechados; encontrados nas formas imaturas de Hymenoptera; Oligopnéustico: tem-se 0 anfipnéustico, com espiriculos protoricicos ¢ abdominais, pposteriores abertos (como nas larvas de Diptera): propnéustico: apenas o par protoricico é aberto; ‘corre, por exemplo, em larvas de Diptera: Culicidae; metapnéustico, quando o timo par abdominal ceatd aberto, endo também encontrado em Diptera ~ Culicidae, Ventilagio E o percurso que o ar faz pelo sistema traquesl ao circular pelo cozpo. O a entra pelos cspiriculos, queapresentam uma movimentagioritmica de abe e fecha, para evtaraperda de gua para o ambiente, Esta ventilagio pode ser dieta ou inte A ventilasio diretacompreende aaspiracio, compressio cexpracio, Naaspiragio ocorre entrada dear pelos espiriculos anteriores, alcangando os grandes troncos do sistema traqueal,Posteriormente,tem- sea compressio, com a atuagso de mésculosabdominais que tm a capacade de dedlocar este volume de arem todo o sistema traqueal. Ea expiracio, coma sada de ar pelos espiticulos posterires A ventilagéo indireta ocorre nas traguéolas, onde 0 oxigénio & dissolvido em um fluido (Guido traqueolar, sendo levado até as eélulas. Cabe ressaltar que, em insetos de tegumento mole, 0 ‘sis catbénico é eliminado por difusio pelo tegumento, iguaitariamente, por toda a superficie. Em insetos de tegumento duro, este €excluido pelas membranas intersegmentares, Respiragio em insetos aquiticos Insetos com sistema traqueal fechado Nesse sistema, a entrada de O, ocorre pela difwsio cutinea ou por traqueobringuias. A Aifasio cutinea depende da permeabilidade da cuticula e uma menor lensio de O, nos tecidos quando ee Ciara 81 e scorn at ee | e Gi TT | ‘comparado com a gua, Isto ocorre em larvas muto pequenas, geralmente de primeiro instar, como as dos géneros Simulium e Chironomus (Diptera) ‘As traqueobringuias sio uma rede de traquéolas préxima A cutfcula, frequentemente com extensées ¢ ramificacies. Sio encontradas em ninfas (néiades) de Odonata (subordem Zygoptera), ‘Trichoptera e Plecoptera. As traqueobrnguias sio importantes, pois aumentam a érea disponivel para trocas gasosas, quando a tensio do O, na égua ébaixa Insetos com sistema traqueal aberto [Nesse sistema, aentrada de O, provém do ar, e ndo da égua. Para tanto, os insetosapresentam adaptagdes esteuturais ¢ comportamentas,tais como: manutengio de reservatérios de ar (bolhas), associagio com plantas aquiticas e presenga de plastron ou plastrio, Alguns insetos permanecem submeros vtilizando se do O, remanescente no sistema ‘traqueal, mas outros fazem um armazenamento extratraqueal de ar. Alguns insetos podem carregar ‘uma bolha de ar para baixo quando mergulham, Os espirsculos ficam abertos dentro da belha,, 1 qual constitui um reservatério adicional de ar, dando maior autonomia 20 inseto, que pode permanecer submerso por mais tempo. tas espécies obtém 0 O, alocando os seus espiriculos dentro dos aerénquimas de plantas aquiticas. Este habito ocorre em larvas de Donacia (Coleoptera), Chrysogaster (Diptera) c larvas e pupas de Notiphila (Diptera). Essas espécies vivem na lama, contendo uma baixa concentragio de oxigénio. Outras espécies apresentam estruturas especializadas, que asseguram a permanéncia de uma camada fina de ar ao redor do corpo. Esta é denominada plastron ou plastrio, sendo {que os espiriculos permanecem em contato conslante com a mesma, permitindo que o ©, flua dizetamente, O volume do plastron é pequeno e constante, havenda a necessidade de que o inseto retorne, periodicamente, & superficie, Respiragao em insetos endoparasitas Esses insetos podem obter O, diretamente do ar externo ao hospedeiro, ou por difusio, através da cuticula dos tecidos do hospedeito, A respiragio cutinea (apnéusticos) ocorre em larvas de primeiro instar, pois apresentam seu sistema traqueal preenchido por liquido e espiriculos fechados como, por exemplo, arvas de Braconidae e Ichneumonidae (Hymenoptera) e dipteros parasitas. 2.4. Sistema reprodutivo Os sistemas reprodutivos edo compostos por glindulas sexuais pareadas (origem, cendodérmica): 0s ovitios das fémeas ¢ 05 testiculos dos machos, tres tnp rice nimi: i etd pe anf de emir nine sont e scorn at Moro rs Sistema reprodutivo feminino (Figuras 2.8 ¢ 2.9) ‘A fungio do sistema reprodutivo da fémea inclui a produgio de ovos, formagio do cérion © do vitelo, recepeio ¢ armazenamento de esperma ¢ a coordenagio de eventos que levam fertilizagdo e oviposicio. ( sistema consiste de um par de ovirios, com dois ovidutos laerais que convergem para um coviduto comum, Este continua, posteriormente, pela vagina, que te abre no exterior através do gondporo feminino ou vulva. Exste ainda a espermateca, que recebe e armazena os espetmatozoides durante 0 intervalo entre a copula ea fecundagio do dvulo e glandulas acesséris, Os ovirios sio drgios mais fu menos compactos, presentes na cavidade geral do corpo. Cada ovirio é composto de um niimero ‘valvel de tubos separados, 0s avarfolos, contendo os 6vulos em formagio, ¢ que se abrem no oviduto lateral. © aiimero de ovariolos por ovirio permanece constante dentro de uma espécic, variando amplamente entre elas. Por exemplo, alguns pulgies e betouros apresentam apenas um ovasiolo por coviio; em contraposicio, uma rainha de cupim pode apresentar mais de 2.000 ovariolos por ovirio, Cads ovariolo constste de quatro partes; Filamento terminal: constituido por um prolongamente apical fino de camada peritoneal; 6s filamentos de um oviio combinam-se para formar 0 ligamento ovariano; Germério: forma o Spice de cada evariolo, abaixo do filamento terminal, com uma massa de eélulas que sio conhecidas como germinalivas primordiais (oogénio); nessa regido do ovarfolo, © oogénio, derivado de uma célula germinativa, origina o ovécito e, em alguns tipos de ovitios, ‘também as células nutrzes. Vitelério: compreende a maior porcio do ovariolo, contém évulos em desenvolvimento (oécitos) ¢ as eélulas nutrizes, quando presentes; nessa regiio, os o6citos acumulam vitelo, um procesto conhecido como vitelogénese Pedicelo: forma a base de cada ovasiolo, Os ovariolos sio clasificados de acordo com a presenca ou auséncia de células nuttizes ¢ sua localizagio no ovariolo (Tabela 2.2). ‘Tabela 2.2. Tipos de ovariolos nos insetos (de acordo com Chapman, 1998) Panoistico, Ausentes; vitelo fornecido Thysanura, Odonata, pelas células do folicuo. Siphonaptera, Mecoptera, alguns Orthoptera eTsoptera, Meroistico ‘Telotréfico Presentes; vitelo fornecido Hemiptera e Coleoptera, pelos tofdcitos Politéfico Presentes ealternam se com Hymenoptera, Lepidoptera, fs ovécites, fornecendo © Dermaptera, Psocoptera ¢ witelo. Phthiraptera ee e e Gi TT | ee | e Gi TT | Adicionalmente, as ovidutos laterais estio ligados a cada oviio, formando um ovidute ‘comm continuo até vagina. O oviduto serve como um conduto para as ovos a serem depositados, ce, em alguns Lepidoptera, a vagina forma uma estrutura copulatéria, onde o macho deposita seus expermatozoides, que a partir deste ponto encaminham-se para a espermateca (onde si0 armazenados), mantendo-os vidveis até o momento da fecundasio do évulo. ‘As glindulas acessorias ou coletéricas estio presentes na regiio distal da vagina e tém como fangbes fornecer material para a confecgao da ooteca, ou produ secregbes para fixar 0 ovos no substrato em que serio ovipositados. Sistema reprodutivo masculino (Figura 2,10) A fangio do sistema reprodutivo masculino inclui a produsio, armazenamento, transporte ce deposigio do esperma na fémea. Morfologicamente, o sistema reprodutive consiste de: um par de testiculos, os quais contém, tubos testiculares ou foliculos (regiéo em que os espermatozoides sio produzidos), dois vasos deferentes que se ligam 3s vesiculasseminais, glindulas acess6rias, canal ejaculador epénis ou edeago, Generalizando, os testiculosapresentam um corpo oval parcial ou completamente dividido em. _nimero vaiivel defoliculos ou ldbulos, endo que as foliculos estculares apresentam muita variagées ‘em forma e arranjo entre as espécies, Estes foliculossio ligados a um tubo fino, o vaso deferente Os foliculos testiculares estio divididos em quatro zonas de desenvolvimento dos espermatozoides: Germirio: regtio que contém células germinativas primorditis, denominadas de cespermatoginios, que sofrem mulUiplicacio; “Zona de crescimento: espermatoginios desenvolvern-se em espermatécitos; Zona de divisio e reproducio: espermatdcitos tornam-se espermitides Zona de transformacio: espermétides transformam-se em espermatozoides. [Nas vesiculasseminais concentram se os espermatozoides que, is Vezes, formam estruturas grandes ¢ complexas. Os dois vasos deferentes unem-se para formar o canal jaculador, com uma cobertura muscular que promove a transferéncia do esperma para o trato genital da fémea. Na abertura externa do canal ejaculador estélocalizado o pénis ou edeago. Posteriormente, tem-se as glindulas acessérias, que estio presenter em niimero de um a trés pares e que produzem secregdes com variadas fungées, tais coma: o fornecimento de material que reveste os espermatéforos. 2.5. Sistema nervoso A maioria das estruturas que formam o sistema nervoso est dsposta ventralmente sob 0 tubo digestivo, excetoo cérebra que est localizado na cabega, sendo conectado a um par de nervos, hres tnp rte nine: i ad pe anf de emer Cninoesomindt e scorn at Moro rs ao redor do estomodeu, o anel circum esofagiano, ea um mtimero varsivel de ginglios dispostos em, ‘um cordio nervoso, ou corda nervosa ventral (dupla) © componente bisico do sistema nervoro é a célula nervosa (neurénio), composta de corpo celular com duas projegdes:o dendrito, que recebe o estimulo, eo axdnio, que transite informagio, tanto para um neurdnio, quanto para um misculo, Estas células sio altamente especializadas para fangdes de sensacio, conducio e coordenacio, sendo recobertas por uma ou duas células gliis, que sio responsiveis pela protecio, suporte e nrc dos neurénios. Morfologicamente, os neur6nios podem ser: (A) unipolares, quando o dendrite e 0 axdnio deixam o micleo a partir de um ramo comum; (B) bipolares, quando hé apenas um dendrito independentemente do axénio; (C) multipolares, que apresentam mais de um dendrito (Figura 2.21). De acordo com o local para 0 qual o estimulo & dirigido, os neurénios podem ser agrupados em quatro tipos Neurdnios sensoriais: recebem o estimulo do ambiente em que o inseto se encontra € 0 \ransmitem ao sistema nervoso central, Interneurénio ou neurénios associados: recebem a informagio de um neurénio ¢ ‘ansmitem a um outro neurénio, ‘Neurénios motores: recebem ainformacio de um interneurdnio ea transmitem aum misculo. (CAlulas neuroendécrinas: basicamente sio compostas por centros neurais, nevroglandulares eglandulares 0s corpos celulares dos interneurdnios e dos neurdnios motores estio agregados dentro de fibras, interconectando todos os tipos de células nervosas, para formar centros nervosos chamados ‘Binglios. Estes sio responsiveis pela formacio do sistema nervoso central (SNC), que consiste em uma série de ginglios unidos pelo cordio nervoso longitudinale ventral, denominados conectivos horizontalmente, unidos por comissuras (Figura 2.12). O SNC apresenta um cérebro, que, As vezes, pode ser denominado de ginglio subesofageano, ¢ outra massa ganglionar localizada abaixo do esbfago,o ginglo subesofagiano, sucedido por uma série de pares de ginglios toricicos eabdominais. 0 cérebro é composto de trés pares de gingli fundidos: 1, Protocézebro: astociado com os olhos compostos (visio dos insetos); 2, Deuterocéxebro: parte mediana do cérebro, no qual chegam, dois nervas antenais sensoriaise partem dois nervas antenais motores; 3. Tkitocérebro: abaixo do Aeuterocérebro,relacionado com todos os demais sinais que chegam do corpo (Figura 2.13). (© ginglio subesofageano ¢ um ginglio composto, encontrando se ventralmente na cabega, formado pela fusio dos ginglios dos segmentos mandibulares, maxilares ¢ labial. O ginglio inerva as mandibulas, maxilas, lébio, eas glandulas salivares (Figura 2.13) (Os pares de ginglios tordcicos ¢ abdominais estio associados com a neurofisologia de cada segmento; por exemplo, determinada regio éresponsivel pela abertura dos expirdculas elocomogio dos insetos, entre outrasatividades, 1d ainda o sistema nervoso visceral, que compreende trés subsistemas: a) estomodeal ou ee e e Gi TT | ee | e Gi TT | estomogistrico, b) visceral ventral, ¢) visceral caudal. Juntos estes nervos ¢ ganglios inervam 0 Intestino anterior e posterior, muitos 6rgios endécrinos (corpora allata e corpora cardiaca), 6rgios reprodutivos eo sistema traqueal, ineluindo os espirsculos. 0 sistema nervoso periférico consste de nervos que deixam ou chegam ao sistema nervoso central para inervar os musculos ou érgios dos sentidos, que recebem os estimulos mecinicos, 4quimicos e térmicos do ambiente externo. Funcionamento A transmissio do impulso nervoso resulta de alteragées quimicas e eléticas na superficie do neursnio (potencial de agio): ‘Tramsmissdo axdnica: & a tansmissio do impulso de forma elética, com a dexpolarizacio do axdnio, pela difereneana concentragdo de fons Na eK entre interior eexterior da membrana do neutOnio, ‘Transmisio sindptica: nas sinapses (jungGes entre neurOnios), a transmissio do impulso & 4quimica. A substincia neurotransmissora éa acetilcolina. Para evita o seu acimulo, esta éhidrolisada pela enzima acetileolinesteras, 2.6. Sistema endécrino (Figuras 2.13 ¢ 3.5) Os centros neural neuroglandulare glandular séo esponsiveis pela produgio dehorménios, {que atuam em diversas etapas da vida de um inseto, Por definicio, os horménios sio substincias

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