Está en la página 1de 3

MARIANO ARAÚJO DOS SANTOS, RG 13119087-SP, nascido em

21/03/1957, demais qualificações nestes autos, foi denunciado por ter, em tese,
infringido o disposto no artigo 306, “caput”, parágrafo 1º, incisos I e II, c.c. o artigo
298, inciso III, ambos do Código de Trânsito Brasileiro. Consta da denúncia que, no dia
13 de setembro de 2020, por volta de 18h05m, na rua Titam, no bairro de São Mateus,
nesta cidade, o réu teria, sem possuir permissão para dirigir e sem possuir carteira de
habilitação, conduziu o veículo automotor GM, Corsa, de cor verde, placas CJX4399,
São Paulo - SP, anos 1996/1997, com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool.

A denúncia de fls. 62-64 foi recebida em 7 de maio de 2021 (fls. 65/66).

O acusado foi citado e apresentou resposta à acusação (fls. 104).

No curso da instrução, foram ouvidas duas testemunhas. O réu teve sua revelia
decretada. O Ministério Público apresentou alegações finais, de modo oral, requerendo a
condenação nos termos da denúncia. A defesa, por sua vez, apresentou memoriais às fls.
129-138, requerendo a absolvição por ausência de provas de que o réu teria cometido o
fato típico em questão.

É o relatório.

Fundamento e decido.

O pedido condenatório é procedente.

Trata-se de ação penal movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo
em face de Mariano Araújo dos Santos por ter, em tese, cometido o delito previsto no
artigo 306 do CTB, isto é, por ter conduzido veículo automotor sob a influência de
álcool, tendo sua conduta agravada por não possuir, à data, direito de dirigir na forma da
legislação nacional de trânsito.

Em audiência de instrução, Tarsis de Carvalho Teixeira, policial militar,


testemunha, afirma se recordar dos fatos. Disse que, ao chegar, as duas partes estavam
aparentemente ébrias e que pediram apoio do trânsito para exame de alcoolemia, e que
lembra que um dos envolvidos (o réu) teve nível suficiente para ser processado por
crime de trânsito. Não se recordou dos sinais de embriaguez. Que o réu, no momento,
afirmou ter se embriagado. Não se recordou se houve averiguação de habilitação do réu.
Marcos Fernando Pereira Miranda, policial militar, testemunha, disse que, no
local dos fatos, percebeu que houve colisão frontal dos carros. Lembrou-se de haver um
Corsa mas não soube dizer o outro veículo. Os dois envolvidos tinham sinais como odor
etílico, olhos vermelhos, e que foram encaminhados à distrital. Que foi solicitado apoio
para exame etilométrico e que houve nível acima de 0,33 mg/L no caso do réu. Não se
recordou se o réu confirmou ter bebido. Disse que o réu não era habilitado. Que o réu
afirmou, na época, que o outro veículo, estava em contramão. Reafirmou sinais como
odor etílico e olhos vermelhos, mas não se recordou de outros.

Em relação ao crime previsto no artigo 306, § 1º, I, do Código de Trânsito


Brasileiro, seu cometimento ficou provado pelo exame etilométrico, constante às folhas
05 e 21, que constatou o resultado de 0,66 mg por litro de ar alveolar, acima do mínimo
legal ( 0,3 mg/L), bem como pelas provas orais. De fato, os depoimentos dos policiais
militares, dados em juízo, confirmam que, na data, o réu se envolve em acidente de
trânsito. Ao chegarem o local, o réu discutia com outro motorista a respeito da
responsabilidade da colisão e, por apresentar os sinais típicos de embriaguez, foi
submetido ao “bafômetro”, com o resultado anteriormente indicado. Sabe-se, portanto,
que o réu efetivamente dirigiu seu veículo após ingerir bebida alcoólica, o que é
bastante para a caracterização do delito ora discutido. As provas orais vieram a
confirmar a medição objetiva feita na data dos feitos pelo etilômetro.

Observo, na primeira fase, analisando as circunstâncias judiciais, que a pena


pode ser fixada em seu mínimo legal; imponho pena-base, assim, em 06 (seis) meses de
detenção, pagamento de 10 (dez) dias-multa e 02 (dois) meses suspensão do direito
de dirigir veículo automotor. 

Quanto a agravantes e atenuantes, o réu é tecnicamente primário, pois não


sustentava condenações penais na data dos fatos. No entanto, não sendo habilitado (fls.
5), o réu incorre na agravante do artigo 298, III, do CTB, pelo que agravo a pena
inicialmente estabelecida em 1/6.

Não se vislumbram causas de aumento ou diminuição de pena no presente


caso.

Havendo o preenchimento dos requisitos legais, observo ser socialmente


recomendável que o réu cumpra a pena restritiva de direitos, de modo a operar a
SUBSTITUIÇÃO da pena privativa de liberdade nos termos do artigo 44, §2º, do
Código Penal Brasileiro; substituo a pena de detenção, portanto, pela prestação de
serviços à comunidade, pelo mesmo período da pena privativa de liberdade, a ser
cumprida tanto aos sábados, domingos ou feriados, como nos dias úteis, de modo a não
prejudicar a sua jornada normal de trabalho. Incumbirá ao Juízo de Execuções Penais
estabelecer as condições para o cumprimento da pena substituída.

Fixo o regime ABERTO para o cumprimento da pena privativa de liberdade,


em caso de descumprimento da pena alternativa.

Ante o exposto e tudo o mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE a


pretensão punitiva deduzida na presente ação penal movida pelo Ministério Público do
Estado de São Paulo, e, por via de consequência, CONDENO o MARIANO ARAÚJO
DOS SANTOS, qualificado nos autos, pela conduta prevista no artigo 306 do CTB, a
SETE meses de detenção, SUBSTITUÍDOS nos termos acima especificados, bem como
ao pagamento de 11 (onze) dias-multa e 02 (dois) meses e 10 (dez) dias de suspensão do
direito de dirigir veículo automotor, fixado o regime ABERTO para o caso de
descumprimento da pena alternativa.

Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade.

Após o trânsito em julgado, feitas as devidas anotações e comunicações,


expeça-se o necessário ao cumprimento das penas impostas ao acusado, inclusive o
DETRAN, para que se proceda à suspensão do direito de dirigir.

ESTA DECISÃO VALE COMO OFÍCIO.

Publique-se. Intime-se. Cumpra-se

También podría gustarte