KM

LA COLONIZACIÓM
i ITALIANA i
ÉXITOS Y FRACASOS DE UN PROYECTO PORFIRIANO
R E B E C A I N C L A N R U B I O *
 Durante el siglo xix, México atravesó por un periodo
de turbulencias políticas y s o c i a l e s q u e provocaron
el estancamiento de la economía. Para contrarrestarlo,
los diferentes gobiernos buscaron impulsar el desarrollo
del país atrayendo colonos e inmigrantes, con el fin de alcanzar
las metas del liberalismo: modernidad, paz y progreso

L
o s ideólogos q u e e n e l s i g l o X I X a p o y a r o n l a l l e g a d a d e e x t r a n -
j e r o s a n u e s t r o país conocían b i e n l a r e a l i d a d m e x i c a n a : l a p o -
blación e r a e s c a s a y l a t i e r r a a b u n d a n t e , fértil y baldía. E s t a s
e r a n las p r e m i s a s e n q u e seb a s a b a l a n e c e s i d a d d e a t r a e r colo-
n o s e x t r a n j e r o s c u l t u r a l m e n t e a f i n e s c o n l a población c o m o l o s
b e l g a s , españoles, f r a n c e s e s e i t a l i a n o s , c o n q u i e n e s s e compartía l e n g u a
o religión.
L o s g o b i e r n o s l i b e r a l e s i m p u l s a r o n p r o y e c t o s d e colonización r e g u l a -
d o s p o r d i f e r e n t e s l e y e s , c o m o l a s d e iS2^, iSy^ y 1 8 8 3 , q u e permitirían
d e s l i n d a r , m e d i r y f r a c c i o n a r t e r r e n o s baldíos p r o p i e d a d d e l a nación, así
c o m o m o d e r n i z a r los procesos p r o d u c t i v o s del c a m p o c o n el f i n d e obte-
n e r tierras necesarias p a r a el e s t a b l e c i m i e n t o d elas colonias.

Los PRIMEROS ITALIAMOS

Después d e l t r i u n f o l i b e r a l e n l a Revolución d e A y u t l a e n 1 8 5 5 , s e retomó
e l p r o y e c t o d e l a colonización e x t r a n j e r a c o m o p r o m o t o r a d e l d e s a r r o l l o
económico d e l país. E l M i n i s t e r i o d e F o m e n t o p r o p u s o e l e s t a b l e c i m i e n -
to d e cuatro colonias d e italianos e nelcamino entre Xalapa y e l puerto
de V e r a c r u z . L o s c o l o n o s l l e g a r o n a T e c o l u t l a e n 1857, p e r o e l c l i m a , e l
p a l u d i s m o y l alucha civil por l aGuerra d eR e f o r m a hicieron estragos
e n e l g r u p o . E n 1 8 6 2 s e estableció a l o s s o b r e v i v i e n t e s e n C r i s t o , c e r c a d e
Tecolutla.
C o n l a promulgación d e l a l e y d e l 3 1 d e m a y o d e 1 8 7 5 , s e autorizó a l
p o d e r E j e c u t i v o p a r a r e a l i z a r p r o y e c t o s d e colonización, l o s c u a l e s s e l l e -
varían a c a b o a través d e l a f i r m a d e c o n t r a t o s c o n e m p r e s a s p a r t i c u l a r e s .
Durante e lperiodo i878-r882, sef i r m a r o n algunos con Enrico Valentino
C o n t i , S o c i e d a d R o v a t t i y Cía., F r a n c i s c o R i z z o y José A . F u l c h e r i , c o n e l
o b j e t i v o d e e s t a b l e c e r c o l o n o s i t a l i a n o s e n México.

* M a e s t r a e n Historia p o r la U n i v e r s i d a d i b e r o a m e r i c a n a . C o o r d i n a d o r a del p r o g r a m a " H i s t o r i a

Viva: I d e n t i d a d e s C u l t u r a l e s " y d o c e n t e d e d i c h a c a s a d e e s t u d i o s . F o r m ó parte del S e m i n a r i o d e
I n m i g r a n t e s e n la Historia d e M é x i c o , d e la D i r e c c i ó n d e E s t u d i o s H i s t ó r i c o s del I N A H . Es a u t o r a d e
a r t í c u l o s s o b r e i n m i g r a n t e s p u b l i c a d o s e n revistas d e e s t a ú l t i m a i n s t i t u c i ó n y c o a u t o r a d e l libro
Las colonias Pensil. S e d e d i c a a la i n v e s t i g a c i ó n y d i f u s i ó n históricas.

63
 L a misión d e l o s p r o y e c t o s d e
colonización e r a c o n s t r u i r u n a c l a -
se a g r a r i a m e x i c a n a q u e m e j o r a r a
las c o n d i c i o n e s d e l c a m p o a p a r t i r
d e l a introducción d e i n n o v a c i o -
nes e n loscultivos. Para alcanzar
e s t e f i n , l a l e y establecía q u e l o s
c o l o n o s e m i g r a r a n c o n sus i n s t r u -
m e n t o s d e trabajo, los q u e queda-
rían e x e n t o s d e l p a g o d e d e r e c h o
d e introducción.
Los italianos que llegaron alas
c o l o n i a s agrícolas e n México r e -
producirían e l m o d o d e v i d a q u e
tenían e n s u país n a t a l , p e r o e n u n
a m b i e n t e m e n o s h o s t i l . Además,
podrían a d q u i r i r p r o p i e d a d e s s i -
guiendo las condiciones estable-
cidas p o re l gobierno, l o q u e l o s
ayudaría a m e j o r a r s u situación
económica.
D u r a n t e e lg o b i e r n o d e M a n u e l
González ( i 8 8 o - r 8 8 4 ) , s u s e c r e t a -
rio d e F o m e n t o , e l general Carlos
P a c h e c o , consideró a l a c o l o n i z a -
ción i t a l i a n a c o m o s u c a r t a f u e r t e
para conseguir l a presidencia. Se
esperaba e l arribo de doscientos
m i l colonos, pero solo llegaron
p o c o más d e t r e s m i l , d e l o s c u a -
l e s c a s i l a m i t a d emigró a E s t a d o s
El p u e r t o d e V e r a c r u z f u e
para M é x i c o algo similar a
lo q u e la isla n e o y o r q u i n a
d e Ellis e r a p a r a E s t a d o s
Unidos: un primer punto de
encuentro para una gran
cantidad de inmigrantes
q u e llegaban en b u s c a de
mejores condiciones d e vida.
FOTOGRAFÍA ANÓNIMA, PUERTO DE
VERACRUZ, 1915.
ARCHIVO ICONOGRÁFICO
BERUNER/PABLO DUEÑAS
U n i d o s o regresó a I t a l i a . P o r o t r o
lado, e n t r e 1884 y 1888, aquellos
i n m i g r a n t e s establecidos e n Cristo
f u e r o n t r a s l a d a d o s a l a población
d e Gutiérrez Z a m o r a . E n t o n c e s , e l
p r e s i d e n t e P o r f i r i o Díaz legalizó
s u situación; además, l e s r e p a r t i e -
r o n tierras y les d i e r o n certifica-
dos d e propiedad.
cPOR QUÉ EMIGRAROM?
E u r o p a vivió d u r a n t e e l s i g l o X i x
u n periodo de migraciones m a -
sivas e Italia fue u n o d e los p r i n -
c i p a l e s países e x p u l s o r e s d e s u
población. D i v e r s a s c a u s a s p r o -
v o c a r o n s u salida, sobre t o d o d e
aquellos q u eeran originarios de
l a s p r o v i n c i a s norteñas d e Véneto
y T r e n t i n o : l a crisis e n e l c a m p o
d u r a n t e l a década d e r 8 7 0 , l a c u a l
n o s e resolvió c o n l a p r e s e n c i a d e
los sistemas tradicionales y pro-
vocó l a emigración d e c a m p e s i -
n o s y pequeños p r o p i e t a r i o s ; l a s
i n u n d a c i o n e s provocadas p o re l
río P i a v e e n l a región d e Véneto,
así c o m o e l c a m b i o d e e s t r u c t u r a s
económicas y s o c i a l e s q u e obligó
a miles d e italianos a mejorar sus
condiciones d e vida.
Relatos e HISTORIAS en México
L o s i t a l i a n o s q u e l l e g a r o n a Mé-
x i c o e r a n pequeños c a m p e s i n o s o r i -
ginarios de cuatro provincias distin-
t a s : Lombardía, P i a m o n t e , T r e n t i n o
y Véneto, q u i e n e s n o compartían
u n a c u l t u r a común, p u e s s o l o h a -
bían p a s a d o d o s décadas d e l a u n i -
ficación d e s u país ( r 8 6 r ) y e n t r e
s u s p r o v i n c i a s y c o m u n a s existían
diferencias regionales y u n a gran
v a r i e d a d d e d i a l e c t o s , situación q u e
se v i o r e f l e j a d a e n e l d e s a r r o l l o d e
s u s c o l o n i a s e n México.
L o s c a m p e s i n o s d e l a montaña
italiana h u y e r o n d e lmedio rural,
a u n q u e n o se e n c o n t r a b a n e n t r e
l o s más p o b r e s , s i n o q u e e r a n a
q u i e n e s m a y o r m e n t e había g o l p e a -
d o l a c r i s i s d e l o s años a n t e r i o r e s , l o
q u e l o s obligó a e m i g r a r e n b u s c a
de trabajo. E n este sentido, l a pro-
p a g a n d a q u e las a u t o r i d a d e s m e x i -
canas d i f u n d i e r o n e n Italia f u e
definitiva.
c C Ó M O LLEGAROM?
U n o d e los medios utilizados para
p r o m o v e r los programas d e coloni-
zación f u e l a p r e n s a . // Raccoglitore
y La Voce Cattolica e r a n periódicos
d e l a región t r e n t i n a e n l o s q u e s e
 Carlos Pacheco Villalobos (1839-1891) I
Nacido en Chihuahua, fue gobernador de Puebla, Morolos, j
Chihuahua y Distrito Federal, además de un destacado genera! J
liberal que luchó contra el ejército conservador y la invasión i
francesa. Una vez restaurada la República, inició una importante J
carrera política. Durante el periodo presidencial del general Manue|
González (1880-1884), fue nombrado secretario de Fomento, J
Colonización e industria, cargo que ocuparía hasta 1891. Durante J
'l f su gestión implemento políticas que impulsaron la emigración j
italiana a México, a! grado de que una de las colonias establecidas!
por estos europeos llevó su nombre. |
R!R
FOTOGRAFÍA ANÓNIMA. GENERAL CARLOS PACHECO. CA| . © (!NV, 4 5 4 8 6 1 )
SECRETARÍA DECULTURA.INAH.SINAFO.FN.MX 1

m e n c i o n a b a n las ventajas d ei r a
residir a l extranjero. Este proyecto
contó c o n e l a p o y o d e l g o b i e r n o i t a -
l i a n o , d e l a opinión pública y d e l a
I g l e s i a a través d e s a c e r d o t e s l o c a -
l e s q u e insistían e n e l carácter l e g a l
d e e s a e m p r e s a . La Voce Cattolica
del 10 d e septiembre d e 1881 m e n -
cionaba: "dos f a m i l i a s c o m p u e s t a s
por once m i e m b r o s recibieron de su
párroco [...] l a bendición p a r a p a r t i r
mañana h a c i a México e n b u s c a d e
p a n y t r a b a j o [...] D i o s l e s c o n c e d a
b u e n viaje y buena fortuna".
Mar Adriático
Además d e d e d i c a r s e a l a s l a b o -
ITALIA
res del c a m p o , l o s i t a l i a n o s c o n o -
cían o t r o s o f i c i o s c o m o l a herrería,
carpintería y panadería, l o s c u a l e s
habían a p r e n d i d o c u a n d o emi-
graban de manera temporal alas
c i u d a d e s y c o n l o s q u e cubrían n e - Mar Tirreno

cesidades d e s u c o m u n i d a d . Estos
pequeños p r o p i e t a r i o s v e n d i e r o n
su tierra, ganado y bienes muebles
p a r a p a g a r s u p a s a j e a México.
Varios grupos d eellos f i n a l m e n -
1. Piamonte
te se e m b a r c a r o n e nu n a larga tra- 2. Lombardía
vesía. E n o c a s i o n e s tenían q u e e s - 3. Trentino
perar varias semanas e n u n puerto 4. Véneto
i t a l i a n o antes d e q u e e l b a r c o zar-
para. E lviaje duraba alrededor d e
historias
4 5 días y l a s c o n d i c i o n e s e r a n c o m -
Los italianos q u e llegaron a M é x i c o e n la d é c a d a d e 1 8 8 0 provinieron
plicadas debido a l h a c i n a m i e n t o p r i n c i p a l m e n t e d e las r e g i o n e s n o r t e ñ a s d e P i a m o n t e , L o m b a r d í a , T r e n t i n o y V é n e t o .

65
i
de pasajeros, l o que provocaba e l
contagio de distintas enfermeda-
d e s c o m o sarampión, t i f o y cólera.
La investigadora Celia Constantini
Spezia explica diversas situaciones
que v i v i e r o n aquellos que emigra-
r o n a México:
Arcángel C o n s t a n t i n i y R o s a A p o U o n i o
c u a n d o s a l i e r o n d e I t a l i a tenían c u a t r o
h i j o s pequeños: H u g o d e 7 años, S i l v i a
d e 5 y l a s g e m e l a s d e 1, q u e f u e r o n l a s
q u e se c o n t a g i a r o n p r i m e r o d e s a r a m -
pión, q u e atacó f u e r t e m e n t e , y p o r más
q u e e l médico l u c h a b a p o r s a l v a r l a s ,
u n a d e e l l a s murió [...] D o n J a c o b o l l e -
gó c o n s u s p a d r e s y o t r a s 6 6 f a m i l i a s
i t a l i a n a s [...] F u e u n v i a j e d e 4 6 días,
desde u n p u e r t o italiano a Veracruz,
Poblados como Huatusco,
en Veracruz, y Tlatlauquitepec,
en Puebla, albergaron ios
asentamientos italianos.
En un principio, los europeos
FOTOGRAFIA ANONIMA,
buscaron sitios propicios para
la agricultura, aunque el cuma
mexicano resultó muy distinto
al de sus regiones de origen.
FOTOGRAFIA ANONIMA,
e n d o n d e t u v i e r o n q u e e s p e r a r 4 0 días
más p a r a s e r t r a s l a d a d o s a l a a n t i g u a
hacienda de San Bartolo Granillo, h o y
Cholula.
Este gran negocio d e l a emigra-
ción p u s o e n j u e g o l o s más v a r i a d o s
intereses y actores sociales: agentes
d e migración, a r m a d o r e s , cónsules,
f u n c i o n a r i o s públicos y l o s p r o p i o s
c o l o n o s . E l i n v e s t i g a d o r José B . Z i -
lli M a n i c a m e n c i o n a que, c o m o re-
sultado de loscontratos firmados
entre lassociedades itahanas y los
representantes del gobierno mexi-
cano, e m i g r a r o n tres grupos d e
colonos procedentes del puerto d e
Genova. Los barcos que reahzaron
l a travesía f u e r o n : e l Atlántico c o n
CALLE PRINCIPAL DEHUATUSCO. 1912-
TLATLAUQUITEPEC. PUEBLA. GA. 1920,
d o s v i a j e s , e l Casus y e l Messico,
q u e l l e g a r o n a l país e n t r e o c t u b r e
de 1881 y s e p t i e m b r e d e 1882.
E s t e p r o y e c t o f u e e l q u e logró
t r a e r a l más g r a n d e g r u p o d e c o l o -
nos que se dedicaron a la agricultu-
ra, c o m p u e s t o p o r 2 5 0 0 campesi-
nos, entre l o sque se e n c o n t r a b a n
h o m b r e s , m u j e r e s y niños. L a i n i -
c i a t i v a despertó g r a n d e s e x p e c t a t i -
vas, e n especial p o r l a p r o p a g a n d a
que h i z o e l gobierno federal, apo-
yado por l a prensa. E l historiador
Moisés González N a v a r r o escribió:
" A l f i n e l 1 9 d e o c t u b r e d e 1 8 8 1 llegó
a Veracruz elprimer grupo de 430
c o l o n o s p r o c e d e n t e s d e l Véneto, T i -
r o l y Lombardía; e l periódico La Li-
bertad l o s recibió e n t u s i a s t a m e n t e :
© (INV. 610072) SECRETARÍA DE CULTURA.INAH.SINAFQ.FN.MX
© (¡NV. 429S73] SECRETARIA DE CULTURAiNAH.SlNAFO.FN.MX
 M I G R A C I O N
^'4
S E R V I C I O
10.20_ N
M E D I A F I L I A C I O N DEt- I N T E R E S A D O
T A R J E T A D E i D C N T l F l C A C O M =xr«..DA . . ^

...biseco. .PILO ruiilo

Í^Srarft...-lBX.efi&-.Cliirii>.ltc..(ia,.¿uc.aiifir. ._ruiíi-as. 6ri*aa
. j a c t a .. •«c* norma 1-
.XXX
jDlnguna. C o n la i n m i g r a c i ó n i t a l i a n a l l e g a r o n p e r s o n a s
DAT03 COMPLEMENTARIOS casadas, m u c h a s solteras y otras m á s que
^ « „.=«....„.1922 ^^.»y,v,.iiafl*da-. incluso regresaron a su país para casarse y c o n
el p a s o d e l o s a ñ o s v o l v i e r o n a a l g u n a c o l o n i a
m e x i c a n a c o n s u familia.
REGISTRO DE MIGRACIÓN DE TERESA
SERVICIO DE MIGRACIÓN,
„«««*L.c,.D
CB.tóU-CA...^.
ttaltana
;«.-^-.-tíl*í?fi»-
uv""":;
CHIRIOTTO DE ZUCCHER Y SU HIJO GíANCARLO. 1948. A G N
...«.c. Xurla-Xtalla..

2u.ccher, Via ^alps^ea v^V.ÍSÍ

MJd:í!r.«e..»l..Ar.W 5-0- ^^«-¿^.¿í*-^*'
CONSTANCIA SOBRE LEGAL INTERNACION
G r a l . de P o b l a W n ^ " ¥ ; ' l e e ^ . 62880 de
//A la 3 r f a . d e Rels-lbttB., 23 Junio
"ÍÜMH DIL COMIDI O liILri.An GónoTa, 26 de j u n i o de 1948.

'Salud a los q u e v i e n e n e nn o m b r e del trabajo'. L o s e s t a b a n : t r a s l a d o y manutención d e l o s c o l o n o s a c a r g o

i t a l i a n o s d e s e m b a r c a r o n a l g r i t o d e '¡Viva México!'".
E n u n t e l e g r a m a d e l 3 d e n o v i e m b r e d e 1881, u n a
a u t o r i d a d d e H u a t u s c o ( e n V e r a c r u z ) informó a l s e -
cretario d e F o m e n t o , Carlos Pacheco, sobre e l recibi-
m i e n t o a l o s recién l l e g a d o s : " G r a n e n t u s i a s m o e n l a
población p a r a r e c i b i r c o l o n o s , prepárense músicas
y Sociedad d e Socorros m u t u o s sale a recibirlos c o n
banderas. Todos l o sque y a t i e n e n bestias d e carga
o sillas, h a n salido m u y t e m p r a n o a e n c o n t r a r l o s .
Y o s a l g o e n e s t e m o m e n t o acompañado d e n u m e r o -
sos a m i g o s " .
c C Ó M O SE E5TABLECIEROM?
E l g o b i e r n o estableció a l a s f a m i l i a s i t a l i a n a s e n c o -
m u n i d a d e s e n l a s q u e s e recrearían l a s c o n d i c i o n e s
d e v i d a q u e tenían e n s u país n a t a l , c o n e l f i n d e a l -
c a n z a r e l d e s a r r o l l o económico q u e habían i m a g i n a d o
l o s ideólogos decimonónicos. Así, l o s recién l l e g a d o s
e m p e z a r o n a v i v i r e n pequeñas c o m u n i d a d e s q u e d e -
n o m i n a r o n c o l o n i a s , e n las q u e e x i s t i e r o n d i f e r e n c i a s
y coincidencias c o n los m e x i c a n o s .
L o s i t a l i a n o s q u e a r r i b a r o n e n t r e 1881 y 1882, c o m o
r e s u l t a d o de c o n t r a t o s e n t r e e m p r e s a s privadas y el go-
b i e r n o m e x i c a n o , f u e r o n establecidos e n las s i g u i e n t e s
c o l o n i a s d e l país: M a n u e l González, e n H u a t u s c o , V e -
r a c r u z ; P o r f i r i o Díaz, e n Tlaltizapán, M o r o l o s ; C a r l o s
P a c h e c o , e n T l a t l a u q u i t e p e c , P u e b l a ; M a n u e l Fernán-
dez Leal ( a h o r a C h i p i l o ) , e n t o n c e s e n C h o l u l a ( h o y par-
te del m u n i c i p i o d e San Gregorio A t z o m p a ) , Puebla;
D i e z Gutiérrez, e n C i u d a d d e l Maíz, S a n L u i s Potosí, y
A l d a n a e n Azcapotzalco, Distrito Federal.
L o s c o n t r a t o s e s t i p u l a b a n c o n d i c i o n e s económicas
f a v o r a b l e s p a r a l o s i t a l i a n o s . E n t r e l a s más i m p o r t a n t e s
d e l g o b i e r n o d u r a n t e d o s años; e s t a b l e c i m i e n t o d e l a s
c o l o n i a s e n t e r r e n o s fértiles y p o b l a c i o n e s c e r c a n a s a
C i u d a d d e México, P u e b l a , S a n L u i s Potosí y V e r a c r u z ;
v e n t a d e t e r r e n o s p a g a d e r o s a d i e z años; exención d e l
s e r v i c i o m i l i t a r y d e l p a g o d e c o n t r i b u c i o n e s , así c o m o
d e l p a g o d e p r i m a d e protección p o r l a introducción d e
nuevos cultivos o industrias.
cCUÁLES FUEROM SUS PROBLEMAS?
Pese a l o a n t e r i o r , n o s i e m p r e se c u m p l i e r o n las c o n -
d i c i o n e s e s t i p u l a d a s e n los c o n t r a t o s , p u e s h u b o elec-
ción d e c o m a r c a s i n s a l u b r e s y especulación c o n l a s
t i e r r a s e l e g i d a s , así c o m o t r a b a j o d e f i c i e n t e d e l o s
funcionarios encargados d eseguir e l establecimiento
y desarrollo d e lascolonias. Aparte, l o scolonos se
e n c o n t r a r o n c o n u n c l i m a cálido, d i f e r e n t e a l d e s u s
r e g i o n e s d e o r i g e n , l o q u e e n o c a s i o n e s l e s provocó
e n f e r m e d a d e s e i n c l u s o l a m u e r t e . L a señora M a r i c a
Z a n e l l a d e S c h i e v e n n i n i - c u y o s padres y suegros lle-
g a r o n a V e r a c r u z e n e l b a r c o Atlántico e n 1 8 8 2 - c o -
mentó: " a l g u n o s c o l o n o s s e morían e n e l t r a y e c t o d e
V e r a c r u z a la colonia asignada".
La m a y o r parte d e los italianos d e s e r t a r o n d e l a s
p r i m e r a s colonias y sus lugares f u e r o n o c u p a d o s p o r
i n m i g r a n t e s recién l l e g a d o s o p o r m e x i c a n o s . A u n q u e
l a desintegración d e e s t o s a s e n t a m i e n t o s n o f u e t o t a l ,
e n a p e n a s d o s años s o l o q u e d a b a n p o c o más d e m i l d e
s u s r e s i d e n t e s , d e l o s 2 5 0 0 q u e habían l l e g a d o i n i c i a l -
m e n t e . D e b i d o a ello, varias colonias desaparecieron
y sus habitantes e m i g r a r o n a otros lugares d e n t r o y
f u e r a d e l país.
E n 1 8 9 6 s e abandonó e l p r o y e c t o d e colonización
oficial p o r q u e era m u y costoso y sus resultados e r a n

67
En el s i g l o xx, v a r i o s i t a l i a n o s s i g u i e r o n
e m i g r a n d o a M é x i c o . Un e j e m p l o
d e s t a c a d o e s el d e P a b l o T r a v e r s o ,
chocolatero originario d e Turín q u e
e n la d é c a d a d e 1 9 2 0 d e s a r r o l l ó , j u n t o
c o n el e m p r e s a r i o J e s ú s P e ñ a l o z a ,
u n a d e las m a r c a s m á s r e c o n o c i d a s
e n el m u n d o d e la r e p o s t e r í a .
FOTOGRAFÍA ANÓNIMA, FUNCIONARIOS AFUERA
DE LA EMPRESA DE CHOCOLATES TURÍN, CA. 1929.
© (INV 47211) SECRETARÍA DE CULTURA.INAH.
SINAFO.FN.MX
m e n o s eficaces q u e los d e las c o m -
pañías p r i v a d a s . L o s o b j e t i v o s p r i n -
cipales d e esta empresa p o r f i r i a n a
n o f u e r o n l o s esperados. L a m o -
dernización d e l a s a c t i v i d a d e s e n
e l c a m p o , así c o m o e l i m p u l s o a l a
pequeña p r o p i e d a d q u e e l g o b i e r n o
quería q u e l l e v a r a n a c a b o l o s i t a -
lianos solo se dio d e f o r m a parcial
y l o c a l i z a d a . Además, l a s c o l o n i a s
agrícolas n o l o g r a r o n m o d i f i c a r l a
e s t r u c t u r a a g r a r i a d e l país y t a m p o -
co se d i o u n p r o f u n d o mestizaje.
Diversos factores i m p i d i e r o n
alcanzar l a t a nanhelada moder-
nización m e d i a n t e e l p r o y e c t o d e
colonización; e n t r e e l l o s : l a p r e d o -
m i n a n c i a d e latifundios e ntoda l a
República, l o s a l t o s c o s t o s p a r a l a
realización d e l a e m p r e s a , e l núme-
ro insuficiente de colonos. Aparte,
l a ideología q u e v i n c u l a b a a l o s
europeos con l a m o d e r n i d a d y les
concedía u n a s u p e r i o r i d a d f r e n t e a
i o s n a c i o n a l e s comenzó a p e r d e r v i -
gencia por n ocorresponder con la
realidad.
¿CÓMO LOS AFECTÓ
LA REVOLUCIÓM?
El f i n de l a dictadura porfirista y
el i n i c i o d e l m o v i m i e n t o r e v o l u -
cionario e n 1910 generaron condi-
ciones d e inseguridad y violencia
e n e l país, p o r l o q u e l o s i t a h a n o s
t u v i e r o n q u e p e d i r protección a l a
Secretaría d e R e l a c i o n e s E x t e r i o r e s
para defenderse de las bandas de
f o r a j i d o s q u e les r o b a b a n . L a l u c h a
a r m a d a originó l a migración d e l o s
colonos hacia lugares que ofrecie-
r a n u n a m a y o r estabilidad, c o m o
E s t a d o d e México. E s t a situación l a
r e f i e r e e l señor L u i s Z a g o Z a n e l l a :
"algunos de los que v i n i e r o n de S a n
L u i s Potosí tenían p a r i e n t e s c o m o
los Tazzer q u e estaban establecidos
e n X o c h i t l a ( E s t a d o d e México) [...]
l l e g a r o n c a m i n a n d o p o r l a vía d e l
t r e n c o n t o d o y v a c a s [...] L o s i t a -
lianos viajaban caminando o e n el
tren con todo y animales, durante
l a Revolución".
E l señor T a z z e r llegó a México
e n 1 8 9 3 y p o s t e r i o r m e n t e se esta-
68
bleció e n Cuautitlán, d e s d e d o n d e
ayudaría a r e s i d e n t e s d e l a c o l o n i a
D i e z Gutiérrez d u r a n t e l a época r e -
v o l u c i o n a r i a , brindándoles c a s a y
trabajo. A l g u n o s d eellos regresaron
a S a n L u i s Potosí, p e r o o t r o s d e c i d i e -
r o n c o m p r a r t i e r r a s y q u e d a r s e allí.
L a búsqueda d e m e j o r e s c o n -
diciones d e desarrollo d i o c o m o
resultado nuevos asentamientos
de i t a l i a n o s e n lugares q u e consi-
d e r a r o n más p r o p i c i o s . L a señora
Marica Zanella y s u familia, p o r
ejemplo, vivieron e n el rancho L a
V i r g e n , e n Cuautitlán:
e n ocasiones, los colonos u n a vez q u e
pagaban s u deuda con el gobierno y
acababan d e pagar l a tierra se despla-
z a b a n a o t r o s lugares, c o m o fue el caso
d e José S c h i e v e n n i n i y l U a r i c a Z a n e l l a
q u e l l e g a r o n a Cuautitlán, p o r q u e v e -
nían d e c o l o n i a s d o n d e l a t i e r r a e r a
árida c o m o l a [...] d e C i u d a d d e l IVIaíz
e n S a n L u i s Potosí, y d e [...] C h i p i l o ,
d o n d e y a n o había s u f i c i e n t e s t i e r r a s
p a r a t o d o s [...| Así f u e q u e s e formó
u n a pequeña c o l o n i a e n Cuautitlán y l a
colonia Venecia en Teoloyucan.
Los p r i m e r o s e n llegar a la colonia
V e n e c i a f u e r o n María S c h i e v e n n i n i
 El corazón de Italia en México

CHIPILO
Manuel Fernández Lea! fue el nombre
dado a la colonia italiana establecida
en las cercanías de Cholula, Puebla.
Con el paso de los años, a los italianos
les gustó más una variante náhuatl con
que se referían al sitio y que terminó
por convertirse en Chipilo. Hasta la
actualidad, sus habitantes hablan ei
C I U D A D HERMANADA C O N dialecto véneto y es una colonia famosa
por sus productos lácteos y por no
SEGUSINO olvidar sus raíces, que la mantienen
TREVISO. ITALIA oficialmente hermanada con la ciudad
italiana de Segusino, en la provincia de
-OTOGRAFIA ANONIMA, CHIPILO. CIUDAD HERMANA DE SEGUSINO. 2015. COLECCiÓN PARTICULAR Treviso, de la región de Véneto.

y A n t o n i o Spezia e n 1928.E n total, lia c o m o u nespacio d e convivencia p r e s e n c i a e n l a economía, l a polí-

llegaron veinticinco familias, d e las y reproducción d e v a l o r e s , s u p e r - tica y l a cultura e n determinadas
cuales tres eran mexicanas. N o h a y t e n e n c i a a s o c i e d a d e s agrícolas r e g i o n e s d e l país, c o n f i r m a l a e x i s -
que olvidar q u e los colonos italia- p r e m o d e r n a s , además d e l a c o m i d a tencia d e u n asociedad plural, q u e
nos eran parte deu n proyecto q u e italiana, q u ee nalgunas regiones aquí s e h a e j e m p l i f i c a d o c o n e l c a s o
desarrollaría l a pequeña p r o p i e d a d , funcionó c o m o u n vehículo d e i n - de l o sc o l o n o s italianos q u e llega-
p o r l o q u e e l E s t a d o l e s había d a d o tercambio cultural. r o n e n e l s i g l o X I X . L a aportación y
facilidades para c o m p r a r las tierras D e l a s s e i s c o l o n i a s i n i c i a l e s , s o l o e l éxito d e e s t o s f u e s u m a r e l e m e n -
e n l a s q u e l o s e s t a b l e c i e r o n ; así, l o s l a M a n u e l González ( e n V e r a c r u z ) y t o s e n l a construcción d e s u i d e n t i -
que las v e n d i e r o n p u d i e r o n trasla- la C h i p i l o ( e n P u e b l a ) t u v i e r o n u n dad, f o r m a n d o p a r t e d e u n a socie-
darse a o t r o lugar. d e s a r r o l l o económico a través d e d a d t a n d i v e r s a c o m o l a m e x i c a n a ,
A l g u n o s d e l o s italianos q u e lle- l o s años; l a p r i m e r a p o r d e d i c a r s e y q u e f i n a l m e n t e v i e r o n e n e l " o t r o "
g a r o n a E s t a d o d e México p u d i e r o n a l c u l t i v o d e café c o m o p a r t e d e l a l a definición d e l o p r o p i o , h
adquirir ranchos para l asiembra y agricultura comercial, y laotra p o r
la crianza d eganado lechero, c o m o llevar a cabo innovaciones e n e l
e n S a n Pedro, S a n Felipe, E l Rosa- cultivo d e lastierras y dedicarse a
rio, Rancho Nuevo, L aV i r g e n , S a n l a ganadería y a l a elaboración d e
Joaquín y S a n t a Inés, e n t r e o t r o s . p r o d u c t o s lácteos c o m o e l p r i n c i p a l Para conocer más
• M o i s é s G o n z á l e z Navan-o, Los extranjeros
s u s t e n t o d e l a población.
en México y los mexicanos en el
cCÓMO SE INTEGRAROM? L a C h i p i l o e s u n a excepción e n extranjero. 1821-1970, 3vols., México.
E! C o l e g i o d e M é x i c o . 1 9 9 4
D u r a n t e l o s p r i m e r o s años d e l a c o - c u a n t o a s u o r i g e n y ocupación, • Marcela Martínez Fkxíríguez.
lonización, l o s m a t r i m o n i o s e n d o - y a q u e t o d o s s u s m i e m b r o s e r a n ¡Colonizzazíone al Messico! ¿Éxito o
fracaso? Las colonias agrícolas de
gámicos y l a c a l i d a d d e pequeños c a m p e s i n o s y provenían d e l a m i s - italianos en México. 1881-1910, tesis d e
p r o p i e t a r i o s q u e e l g o b i e r n o otorgó m a región montañosa d e l n o r t e d e d o c t o r a d o e n H i s t o r i a , M é x i c o , Ei C o l e g i o
de Michoacán. 2 0 1 1 . En:
a l o s i t a l i a n o s p r o p i c i a r o n q u e e s - I t a h a . Pertenecían u n a m i s m a m i - https://bit.ly/2U0SFUf
t o s s e d i s t a n c i a r a n d e l r e s t o d e l a noría étnica, h a b l a b a n e l d i a l e c t o • A n a i d Citlaili R e y e s K l p p , " U n a r r o z n e g r o
e n t r e l o s b l a n c o s " , e n Etnicidad, tierra y
población. A l p a s o d e l t i e m p o , l o s véneto y tenían l a s m i s m a s t r a d i - poder en Chipilo, P u e b l a , U n i v e r s i d a d d e
m a t r i m o n i o s m i x t o s f u e r o n c a d a c i o n e s . Además, e s t a c o l o n i a f u e l a las A m é r i c a s . 2 0 0 5
• C e l i a C o n s t a n t i n i S p e z i a . Reseña histórica
v e z m á s n u m e r o s o s , o c a s i o n a n d o q u e m a n t u v o prácticas endogámi- de la colonia Diez Gutiérrez, San Luis
u n a m a y o r integración s o c i a l . c a s d u r a n t e más t i e m p o . Potosí, y otras colonias ítalo-mexicanas,
México. Mazzoco Publicidad. 2 0 1 1
L o s mediterráneos y l o s m e x i c a - C o m o conclusión, c o n s i d e r o q u e • J o s é B e n i g n o Zilli M a n i c a , Italianos en
México: documentos para la historia de
nos c o m p a r t i e r o n e l culto a l a reli- la llegada d e colonos e i n m i g r a n t e s
los cotonos Italianos en México. X a l a p a .
gión católica, e l c o n c e p t o d e f a m i - e x t r a n j e r o s a México, así c o m o s u San José, 1981

69
Reíalo.^ e HISTORIAS en Méjóm