Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
1800—1825
SECUNDA CONFERENCIA
LEÍDA E l . l o D E A.GOSTO
nE 1919.
l.IMA-1919
D. José Toaquín de L a r r i v a
II
0. J o s é J o a q u í n de L a r r i va, n a c i ó en L i m a en 1780 y m u r i ó
en esta m i s m a ciudad el 2 ! de Febrero de 1832 ( 1 ) L a época m á s
a c t i v a de su vida entra pues dentro del marco de los veinticinco
primeros a ñ o s del sigio X I X
F u e r o n sus padres D. V i c e n t e de L a r r i v a naviero y hombre
m u y considerado por su honradez v generosidad, que tuvo alguna
a c t u a c i ó n en los d í a s de la independencia, y d o ñ a I g n a c i a R u i z . ( 2 )
P o r estos a ñ o s de 1780 se i n i c i a n en la colonia nuevos y sa-
ludables rumbos y parecen aflojarse los lazos de la o p r e s i ó n espa-
ñ o l a . L a vida intelectual cobra intensidad y prestigio. A pesar
d é l a s severas disposiciones sobre el comercio de libros y de l a pe-
na de muerte i m p u e s t a s los que las i n f r i n g i e s e n la n u e v a c u l t u r a
europea ha logrado penetrar en la Colonia L a guerra a l libro r e -
sulta impotente e ineficaz. L a s bibliotecas de L i m a e s t á n m u c h a s
veces s e g ú n el testimonio de L l a n o Za pata mejor surtidas que las de
E s p a ñ a . Don Diego de Cisneros, el preclaro geronimita. confesor
de M a r í a L u i s a , ejerce por su v a l i m i e n t o en la Corte, el hon-
roso contrabando de los libros prohibidos. Merced a él, R o -
d r í g u e z de Mendoza lee y e n s e ñ a las nuevas doctrinas y el Colegio
de S . Carlos se puebla de d i s c í p u l o s inquietos y á v i d o s de ciencia.
J o s é B a q u í j a n o y C a r r i l l o tiene ante el V i r r e y J a ú r e g u i , el p r i m e r
gesto v i r i l , a n u n c i a d o r de toda una r e v o l u c i ó n , a l c a m b i a r la u s a -
da frase de a d u l a c i ó n por u n a serena protesta que denuncia tres
siglos de o p r e s i ó n y de oscurantismo. L a A m é r i c a cerrada hasta en-
tonces a las m i r a d a s del mundo, comienza a ' ser v i s i t a d a por cu-
riosos exploradores y por comisiones c i e n t í f i c a s . U n a real orden
prohibe en pleno siglo X V I I I estudiar, observar y escribir sobre
.
{'¿) Diccionario Históririi jlingrAfico <Irl Peni.—• Maniie] de Mendíhiirii
—Tomo IV. páir. ,!S(í.—/•,'/ doctor <ini> Fernando LÓIHV. Alrl.m.-i ante In his-
toria. (Réplica al doctor Francisco |. Mariáteguii.—Lima 1869—pági. 16
y 20.
— 19 _
ill
A n g u l o , T o r r e s Querejazu y R i c i o
R e y n a r e s , de L o v e r a , R u i z y T r i c i o
Villasana, González y Aragón
Once cosas parecen y una son.
Y a m u r i ó E l Depositario
al ruido de este tris tras
Pobre Rico! ¿Ahora que h a r á s
con tu genio atrabiliario? f 2 1 )
VI
A u n q u e en el N u e v o Depositario no d e j a r a t r a s l u c i r L a r r i v a
sus sentimientos respecto a los e s p a ñ o l e s , es i n d u d a b l e que y a es-
tos h a b í a n c a m b i a d o . S u a c t i t u d contra R i c o que se r e t i r a b a con el
e j é r c i t o realista es buena prueba de ello. S u a d h e s i ó n a l a inde-
pendencia debe pues datar de l a e n t r a d a del e j é r c i t o de S a n Mar-
tín a L i m a . E l p r i m e r acto p ú b l i c o de su a d h e s i ó n a la n u e v a
causa, no lo encuentro s i n embargo, hasta 1824, en que aparece en
H u a m a n g a p r o n u n c i a n d o l a o r a c i ó n por los h é r o e s de J u n i o , en
s o l e m n i d a d presidida por u n anrigo f r a t e r n a l s u y o , J o s é S á n c h e z
C a r r i ó n . M i n i s t r o de B o l í v a r . D o s a ñ o s m á s tarde p r o n u n c i a en
la U n i v e r s i d a d el elogio de B o l í v a r , c o l m á n d o l o de exagerados
loores.
L a c o n t r a d i c c i ó n es evidente y ha sido bastante m u í juzgada.
E l a r e n g a d o r d e v i r r e y e s resulta a h o r a fervoroso patriota. Desde
los mismos estrados de la U n i v e r s i d a d en que h a b í a p r o n u n c i a d o
la a d m i r a b l e a p o l o g í a d ¿ A b a s c a l , p r o n u n c i a el h i p e r b ó l i c o elogio
de B o l í v a r y la voz que h a b í a pedido castigo para los v i c t i m a d o -
res de l a P u n t a de S a n L u i s , ruega ahora por los v a l i e n t e s de l a
patria que cayeron en los campos de J u n í n , H a s t a las palabras de
los elogios coinciden. A P e z u e l a y a B o l í v a r les d i j o en afectadas
frases que si ellos m i s m o s no e s c r i b í a n , como C é s a r , la r e l a c i ó n de -
sus hechos de guerra, no h a b r í a q u i e n acertara a d e s c r i b i r tales
hazañas. (24)
L a r r i v a h a e x p l i c a d o el m i s i n o y m u y l a d i n a m e n t e s u a c t i t u d ,
en l a dedicatoria a B o l í v a r de la o r a c i ó n por los h é r o e s de J u n í n .
Dice a l l í que los que c l a i n a b n n por l i b e r t a d en los p r i m e r o s d í a s
de la independencia " n o t r a t a b a n de q u i t a r n o s el y u g o de E s p a ñ a ,
sino para i m p o n e r n o s otro m á s pesado y e n t r o n i z a r en nuestro
libertad,"
No f u é esa sin embargo la verdadera razón de su retraso. L a -
rriva f u é un sincero adicto de los virreyes y de la autoridad de
E s p a ñ a . L a autonomía le debió parecer sinceramente descabellada
y precursora de la anarquía y Hela disolución. Sinceramente h a -
blaba en sus oraciones, con e a ira sagrada con que otros predica-
j
dores bablan del infierno, '"de ese ídolo encantador que llaman l i -
bertad" y llamaba a los patriotas "los caníbales de A m é r i c a . "
( 2 5 ) No podía tampoco ser otra la opinión de un clérigo, por aña-
didura doctor en San Marcos y favorito de los virreyes.
L a contradicción evidente, pero no del todo censurable, f u é la
que ofreció, poco tiempo después del alejamiento de Bolívar, con
aquella atrevida cuarteta;
Pero «un fueia de esto
E i tal San Simón
Nunca ha sido canto
De mi devoción
G u a n d o de E s p a ñ a las trabas
E n Ayacucho rompimos,
O t r a cosa m á s no h i c i m o s ,
Q u e c a m b i a r mocos por babas!
Nuestras provincias esclavas
Q u e d a r a n de otra n a c i ó n
M u d a m o s de c o n d i c i ó n ,
Pero s ó l o f u é pasando
D e l poder de don F e r n a n d o
A l poder de don S i m ó n . ( 2 6 )
D e s p u é s del elogio de B o l í v a r , no v u e l v e el c l é r i g o a s u b i r a
la c á t e d r a sagrada. S ó l o se le e n c u e n t r a en las agitadas l u c h a s
de) periodismo y de los c o m u n i c a d o s y se g u a r d a n a n é c d o t a s fie
su vida en f l a n i m a d o a m b i e n t e de los c a f é s l i m e ñ o s .
VII
LOS C A F É S I.IMEñOS
Echegaray lo d e t u v o , l a r g á n d o l e a q u e m a r r o p a este t r a b u -
cazo:
S i n i h i l d i f i c i l e est
s e g ú n t u l e n g u a relata
e n d e r é z a t e esa. pata
que l a tienes a l r e v é s .
U n a s a l v a de p a l m a d a s a c o g i ó la feliz r e d o n d i l l a , L a r r i v a to-
m ó vuelo, se t e r c i ó el manteo y poniendo l a m a n o sobre el h o m -
bro de su r i v . i l en A p o l o , c o n t e s t ó a l pelo:
C u a n d o Dios hizo e s t a a l h a j a
tan a n c h a de v i e n t r e y lomo
no d i j o f a c i a m u s homo
sino f a c i a m u s t i n a j a . "
VIII
LA POLÉMICA CON DON F . E L I P K P A R D O
zó, la p l u m a de L a r r i v a e s c r i b i ó Halados d i á l o g o s , m o t e j ó a P a r d o
con el nombre de B e r n a r d i t o , h é r o e de l a comedia L o s Frulo,-
l 6
B a r d ó s e d e f e n d i ó p u b l i c a n d o una e x p l i c a c i ó n de comedia,
puro el p ú b l i c o c r i o l l o estaba y a c o n v e n c i d o de que P a r d o era u n
a n t i p a t r i ó t i c o censor de las cosas nacionales y por m u c h o t i e m p o
s u b s i s t i ó c o n t r a este l a desconfianza de las gentes v u l g a r e s y el
p o p u l a r i z a d o mote de B e r n a r d i t o .
D e s p u é s de esta p o l é m i c a , la ú l t i m a de su a g i t a d a labor pe-
r i o d í s t i c a , no v u e l v e a aparecer L a r r i v a en p ú b l i c a p a l e s t r a . A c a -
so el m a l que lo m i n a b a lo r e t r a j o f a t a l m e n t e . M u r i ó el 2 1 de F e -
brero de 1832. Solo MI Percutió Peruano algunos d í a s d e s p u é s de
s u muerte d e d i c ó a l g u n a s l í n e a s a su m e m o r i a . Un leal amigo
suyo, don J o s é P é r e z de V a r g a s , e s c r i b i ó u n a e l e g í a en su re-
cuerdo.
IX
F u é L a r r i v a u n e s p í r i t u inquieto y desadaptado. Se h a b í a
ordenado sacerdote, s i n p a r t i c u l a r e s i n c l i n a c i o n e s r e l i g i o s a s . F u é
XI
tambora de retreta
betún de zapatero
y sartén de mondongo de un pulpero
beata maaño-rita
zapallo sin pepita
renacuajo de estero
no conoces que soy un caballero
de la primera guisa
sin embargo de no tener camisa
yo te aseguro, rana con moquillo
mampara sin pestillo
juicio final con patas
nido de garrapatas
perol de boticario
y fascitol portátil de arbolario;
que si yo no mirara
(pie aquella linda cara
que tuviste en tiempo de Pila to
te ha conducido a darme este mal rato
salieras en la suerte
* *
Las dos formas predilectas de la sátira de Larriva son la f á b u -
la en el verso y el diálogo en la prosa. De sus fábulas, escritas ad-
hoc para ridiculizar a sus enemigos, quedan pocas. Sus diálogos
abundan en cambio y denuncian al satírico mordaz. E n manos
de Larriva el diálogo era una forma muy eficaz. Dos individuos
XII
¡rlw