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1
A importância da contabilidade na
Empresa
CONTABILIDADE
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A importância da contabilidade na
Empresa
A constituição de uma empresa, salvo raras excepções, é sempre
por tempo indeterminado.
Apesar disso, podemos considerar que qualquer empresa tem um
ciclo de vida limitado e que normalmente se divide em três fases:
1ª Fase – Institucional
É nesta fase que se decide a sua criação, através da obtenção e
combinação dos recursos necessários, para a sua entrada em
funcionamento;
.
3
A importância da contabilidade na
Empresa
2ª Fase – De Funcionamento ou de Execução
Será nesta fase que se desenvolve todo o processo de
transformação, ou seja, o da produção de bens e
serviços, com vista à obtenção de certos resultados;
3ª Fase – De Liquidação
Na qual se procede à extinção da empresa.
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A importância da contabilidade
na Empresa
Nestas fases a que tem mais duração é sem dúvida, a
segunda, ou seja, a fase de funcionamento ou de
execução. Por isso houve a necessidade de a dividir em
intervalos de tempo que permitissem obter informações
regulares sobre o andamento dos negócios e
apuramento dos resultados.
A esses períodos, normalmente coincidentes com o ano
civil, dá-se o nome exercício económico.
No âmbito da contabilidade e da fiscalidade é conhecido
por exercício contabilístico e período tributário,
respectivamente.
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A importância da contabilidade
na Empresa
6
EMPRESA
Produção Caixa
Dep. ordem
Receitas/Despesas Pagamentos/Recebimentos
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A importância da contabilidade
na Empresa
Quando analisamos uma empresa, podem ser
consideradas três ópticas
Óptica Financeira:
Operações realizadas pela empresa com entidades externas, que
originam obrigações e direitos de natureza financeira
Despesas - correspondem às obrigações decorrentes da compra de
factores produtivos
Receitas – correspondem aos direitos provenientes das vendas e/ou
dos serviços prestados
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A importância da contabilidade
na Empresa
Óptica Económica ou produtiva:
Está ligada a transformação e incorporação dos diversos
materiais, mão-de-obra, etc até se atingir o produto final
Ao consumo de bens e serviços designamos por Custos
A remuneração vendas/prestação de serviços designamos
por Proveitos
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Conceitos
valores valores
positivos negativos
(ACTIVOS) (PASSIVOS)
Património
ACTIVO PASSIVO
bens
+ obrigações
direitos
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Composição e Valor do património
Composição do Património: conjunto dos
elementos heterogéneos.
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Dinâmica patrimonial:
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Dinâmica patrimonial
Os factos patrimoniais são descritos e comprovados
através de documentos (externos e internos) que são a
base de todo o registo contabilístico, sem os quais o
mesmo não se poderá processar.
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Equação fundamental da Contabilidade
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Plano de Contas
O Plano de Contas é uma
sistematização das várias contas em
classes e indica o conteúdo e os vários
modelos a seguir com a elaboração
das demonstrações financeiras
Código Classes
1 Disponibilidades
2 Terceiros
3 Existências
4 Imobilizações
Capital, Reservas e Resultados
5
Transitados
6 Custos e Perdas
7 Proveitos e Ganhos
8 Resultados
9 Reservada à Contabilidade de Custos
0 Livre
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Contas Patrimoniais de Disponibilidades
(Classe 1 do POC)
11 Caixa
12 Depósitos à Ordem
13 Depósitos a Prazo
15 Títulos negociáveis
• 151 Acções
• 152 Obrigações e Títulos de Participação
• 153 Títulos da Dívida Pública
• 158 Instrumentos Derivados
18 Outras Aplicações de Tesouraria
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Contas Patrimoniais de Terceiros
(Classe 2 do POC)
21 Clientes
• 211 Clientes, c/c;
• 212 Clientes -Títulos a receber;
• 218 Clientes de cobrança duvidosa
• 219 Adiantamentos de clientes.
22 Fornecedores
• 221 Fornecedores, c/c;
• 222 Fornecedores -Títulos a pagar;
• 228 Fornecedores – Facturas em recepção e
conferência
21
• 229 Adiantamentos a fornecedores..
Contas Patrimoniais de Terceiros
(Classe 2 do POC) (cont.)
23 Empréstimos Obtidos
• 231 Empréstimos bancários
• 232 Empréstimos por obrigações
• 233 Empréstimos por títulos de participação
• 239 Outros empréstimos obtidos
23
Contas Patrimoniais de Existências
(Classe 3 do POC)
32 Mercadorias
33 Produtos acabados e intermédios
34 Subprodutos, desperdícios ,
resíduos e refugos
35 Produtos e Trabalhos em Curso
36 Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo
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Contas Patrimoniais de Imobilizações
(Classe 4 do POC)
41 Investimentos Financeiros
• 411 Partes de Capital
4111 Empresas do grupo
43 Imobilizações incorpóreas
• 431 Despesas de instalação
• 432 Despesas de investigação e
desenvolvimento
• 433 Propriedade industrial e outros
direitos
• 434 Trespasses
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Contas Patrimoniais de Imobilizações
(Classe 4 do POC) (cont.)
44 Imobilizações em Curso
• Obras em Curso
• Adiantamentos por conta de
imobilizações.
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Património/Inventário
Inventário: Documento que mostra a
composição do património. O inventário é uma
relação, referida a uma determinada data, de
elementos patrimoniais da empresa,
devidamente quantificados e valorizados.
Proceder a inventário consiste em analisar os
elementos de um dado património, descrevê-
los e atribuir-lhes um valor.
Quanto ao âmbito:
Gerais: quando abarcam todo o património.
Parciais: Quando abrangem apenas alguns dos elementos
patrimoniais.
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Classificação dos Inventários
Quanto à apresentação:
Analíticos: quando, além do título da conta, neles
31
Inventário/Balanço
Inventário: Lista os elementos patrimoniais
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Representações do Balanço
desdobradas em subcontas.
Sintéticos: balanços em que as contas não se
encontram desdobradas.
34
Representações do Balanço
ARTIGO 262º - Fiscalização
35
Representações do Balanço
ARTIGO 262º - Fiscalização (continuação)
…..
4. Compete aos sócios deliberar a designação do revisor oficial de contas,
sendo aplicável, na falta de designação, o disposto nos artigos 416º a
418º.
Redacções Anteriores
Anotações: DL 44/99 - Inventário permanente de contabilização -
(Legislação)
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BALANÇO
-
ACTIVO FIXO CAPITAL PRÓPRIO E
- Imobilizado Capital, reservas, lucros X
L e prejuízos I
G
I ACTIVO CIRCULANTE
I
Q Existências PASSIVO ML PRAZO
B
U Créditos Débitos mlp
I I
Disponibilidades (empréstimos)
D L
PASSIVO C.PRAZO
E I
Débitos cp D
Z
(fornecedores, estado, A
+ sócios) D
E
+
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Apresentação do Balanço
Princípios básicos a seguir na elaboração do
balanço:
Dinâmica patrimonial: os
factos patrimoniais alteram a
situação de partida de uma
empresa.
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Conceito de conta
Onde registar a informação relativa a todos os
factos patrimoniais?
40
Conceito de conta
Conta: classe de valores patrimoniais com determinadas
características comuns;
41
Requisitos da conta
Homogeneidade: é a particularidade que todas as
contas têm de só compreenderem elementos que
apresentem as mesmas características;
DÉBITOS CRÉDITOS
43
Classificação das Contas
Contas do Activo – compreendem elementos
patrimoniais activos – bens e direitos do titular
do património
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Hierarquia das Classes e Contas
Código da Classe
Código da Conta
Código da Subconta
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Hierarquia das Classes e Contas
1
Disponibilidades
Contas
11 12 13 14
Subcontas
111 112 121 122 .......
48
Hierarquia das Classes e Contas
Principais – 1º grau
Subcontas – 2º, 3º ,,, grau
Balanço – classe 1 a 5
Resultados – classe 6, 7 e 8
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Caracterização das Contas
Classe 5: Capital, Reservas e Resultados
Transitados
51-Capital;
52- Acções (quotas) próprias;
53 -Prestações Suplementares;
54- Prémios de emissão de acções
(quotas)
55- Ajustamentos de partes de capital
em subsidiárias e associadas;
50
Classe 5: Capital, Reservas e Resultados
Transitados (cont.)
56-Reservas de reavaliação;
57- Reservas
59 - Resultados transitados.
51
Análise sumária das contas de Custos
Operacionais
61- Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas: regista o valor de saída,
por venda, das mercadorias e o valor de saída,
para integração no processo produtivo, das
matérias.
52
Análise sumária das contas de Custos
Operacionais
Subcontratos: regista os custos que certas empresas
industriais têm de suportar por não poderem ter dentro
das suas instalações o circuito completo necessário ao
processo produtivo.
Fornecimentos de terceiros: água, electricidade,
combustíveis, material de escritório, material de limpeza e
artigos de higiene.
Serviços de terceiros: rendas de armazéns, serviços de
correios, telefone e fax, seguros (com a excepção dos
relativos aos trabalhadores), transporte de mercadorias,
despesas correntes em tribunais e notários, publicidade e
propaganda.
53
Análise sumária das contas de Custos
Operacionais
63- Impostos: regista os custos resultantes do
montante de impostos directos e indirectos a que
a empresa estiver sujeita.
55
Análise sumária das contas de Custos
Financeiros (68)
56
Análise sumária das contas de
Custos Financeiros (68)
57
Análise sumária das contas de Custos
Extraordinários (69)
691- Donativos.
692- Dívidas incobráveis.
693- Perdas em existências.
694- Perdas em imobilizações.
695- Multas e penalidades.
696- Aumentos de amortizações.
697- Correcções relativas a exercícios anteriores.
698- Outros Custos e Perdas extraordinários.
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Análise sumária das contas de
Proveitos Operacionais
61
Análise sumária das contas de
Proveitos Financeiros (78)
784- Rendimentos de participações de capital –
rendimentos obtidos por participações de capital noutras
empresas.
62
Análise sumária das contas de
Proveitos Extraordinários (79)
791-Restituição de impostos.
792-Recuperação de dívidas
63
Análise sumária das contas de
Proveitos Extraordinários (79)
796- Reduções de amortizações (na medida em
que reduzam ou cessem os motivos da sua
constituição).
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Demonstração dos Resultados
Líquidos
Para se conhecer a origem dos resultados
apurados num determinado exercício
económico torna-se necessário decompor a
conta de resultados de acordo com a sua
natureza.
Os Resultados Líquidos podem decompor-se
em:
Resultados Correntes: custos e proveitos que
resultam das operações ordinárias ou
correntes da empresa; dividem-se em:
Resultados operacionais: custos e proveitos
resultantes da actividade principal da
empresa; 65
Demonstração dos Resultados
Líquidos
Resultados financeiros: custos e proveitos
resultantes de decisões financeiras da
empresa.
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Movimentação das contas: método de registo
contabilistico
Faz-se utilizando o método das partidas dobradas ou
digráfica: qualquer facto patrimonial determina a variação
de duas ou mais contas, cuja igualdade das somas dos
débitos e dos créditos se pode constatar pela manutenção
da equação fundamental da contabilidade:
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Lançamento
69
Espécies de lançamento
Segundo o nº de contas movimentadas
1ª fórmula – 1 débito=1crédito
2ª fórmula – 1 débito=vários créditos
3ª fórmula – vários débitos=1crédito
4ª fórmula – vários débitos=vários créditos
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Espécies de lançamento
Segundo a natureza dos movimentos:
Lançamentos de abertura
Lançamentos correntes
Lançamentos de estorno
Lançamentos de regularização (rectificar saldos das contas que
não correspondem à realidade)
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O registo contabilístico nos livros: o
Diário e o Razão
Livros da Contabilidade: obrigatórios e facultativos.
Dentro dos livros obrigatórios destacam-se pela sua
importância o Diário e o Razão.
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Balancete
É o quadro recapitulativo de todas as contas do Razão,
onde consta a soma do débito e do crédito da cada conta e
os respectivos saldos (devedores ou credores)
Balancete
Contas Débitos Créditos Saldos
Devedores Credores
Total D C Sd Sc
Em que: D=C= à soma do Diário e Sd=Sc Possibilidade
de verificar a correcção dos valores e a situação da empresa
“Balancetes mensais de verificação” 73
Princípios Contabilísticos
Os registos contabilísticos são efectuados tendo em
atenção os chamados Princípios Contabilísticos
geralmente aceites, que segundo o POC (Plano Oficial
de Contabilidade), são os seguintes:
Princípio da Continuidade
Considera-se que a empresa opera continuamente, com duração
ilimitada. Desta forma, entende-se que a empresa não tem
intenção nem necessidade de entrar em liquidação ou de reduzir
significativamente o volume das suas operações
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Princípios Contabilísticos
Princípio da Consistência
Segundo este princípio, considera-se que a empresa não altera
as suas políticas contabilísticas de um exercício para outro. Se o
fizer e a alteração tiver efeitos materialmente relevantes, esta
deve ser referida (de acordo com a nota 1 do Anexo ao balanço e
à demonstração de resultados);
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Princípios Contabilísticos
Princípio da Especialização (ou acréscimo)
À luz deste princípio, os proveitos e os custos são reconhecidos
quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam;
Princípio da Prudência
Atendendo a este princípio, dever-se-á integrar nas contas um
grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas, em condições
de incerteza, sem, contudo permitir a criação de reservas ocultas
ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos
e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso;
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Princípios Contabilísticos
Princípio da Substância sobre a Forma
As operações devem ser contabilizadas atendendo à
sua substância e à realidade financeira e não apenas à
sua forma legal;
Princípio da Materialidade
Segundo este princípio, as demonstrações financeiras
devem evidenciar todos os elementos que sejam
relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões
pelos utentes interessados.
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O capital e as reservas das sociedades:
capital próprio/capital nominal
78
O capital e as reservas das sociedades:
capital próprio/capital nominal
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Quotas e acções próprias e Prestações
Suplementares
Quotas e acções próprias: são aquelas quotas e
acções da sociedade que ela própria adquiriu e
detém integradas no seu património.
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Quotas e acções próprias e Prestações
Suplementares
Prestações Suplementares: são reforços do capital
próprio efectuados pelos sócios.
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Reservas:
noção e constituição
82
Reservas:
noção e constituição
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Finalidades ou objectivos das reservas
Cobertura de prejuízos;
Autofinanciamento: a constituição de
reservas impede a redução do Capital
próprio, ou seja, do valor do património
da empresa, evita a redução das
disponibilidades e portanto dos meios de
acção das empresas;
Incorporação no capital
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Classificação das Reservas
Quanto à origem:
Reservas de lucros;
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Classificação das Reservas
Quanto à base jurídica:
Obrigatórias:
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Classificação das Reservas
Reservas contratuais: são aquelas que a sociedade se
compromete criar nos termos de determinado
contrato especial- “573-Reservas contratuais”
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Formas de representação dos factos patrimoniais
Código Comercial
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Formas de representação dos factos patrimoniais
Código Comercial
CÓDIGO COMERCIAL
Art.º 31.º - Livros obrigatórios
São indispensáveis a qualquer comerciante os seguintes livros:
Do inventário e balanços;
Diário;
Razão;
Copiador.
§ 1.º Às sociedades são, além dos referidos, indispensáveis outros livros para
actas.
§ 2.º Os livros de inventário e balanços, diário e das actas da assembleia
geral das sociedades podem ser constituídos por folhas soltas.
§ 3.º As folhas soltas, em conjuntos de sessenta, devem ser numeradas
sequencialmente e rubricadas pela gerência ou pela administração, que
também lavram os termos de abertura e de encerramento e requerem a
respectiva legalização.
2. Sobre os livros obrigatórios dos comerciantes incide a taxa de 100$00 por
cada folha (cf. o n.º 13 da Tabela Geral do Imposto de Selo, aprovada
pela L n.º 150/99, de 11 de Setembro).
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Formas de representação dos factos patrimoniais
Código Comercial
Código Comercial
Art.º 32.º - Legalização de livros
91
Formas de representação dos factos patrimoniais
Código Comercial
Art.º 34.º - Escrituração do diário
92
Formas de representação dos factos patrimoniais
Código Comercial
93
Formas de representação dos factos patrimoniais
94
Formas de representação dos factos patrimoniais
95
Formas de representação dos factos patrimoniais
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Sistema centralizador
Trabalho Contabilístico:
• Ordenação e classificação de
documentos
• Abertura de contas
• Registo das operações no Diário
• Listagem de Diários e de Balancetes
mensais
• Extracto das contas do Razão
• ……
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Sistema centralizador
Trabalho Contabilístico (cont.):
• Declaração periódica de Iva
• Trabalho de fim de exercício
Rectificação das contas
Mapas de amortizações
Mapas de provisões
Balancete rectificado
Apuramento dos resultados
Balancete final
Balanço final
Demonstração de resultados
Acta
Modelo 22
Declaração anual
Prestação de contas
Relatório de gestão
100