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Não nos responsabiiisamos pelo producto vendido por menos dos preços acima.
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E. M. DE HOLLANDA,
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A senhora tem muito espirito; mas se
r~ Sim, depois da nossa partida.
continua a zombar assim, nao poderei desein- Sabe qu(è isso
que me propõe é muito
peuhar a minha missão diplomática. mal feito? • '¦¦¦¦
si
Irá a cavallo. E, chamando-me á parte, Alberto contou- 0
E se o meu cavallo se assustar ? me a conversa que tivera com Gabriela.
Ora essa! Reflecti um momento.
Se empinar? Ha um lugar da floresta, disse eu, onde -¦¦....
•— Í^RHAIj DA8
immw1^ 72 ¦mu—Mfítr — — i*<m«o_ an fte***ll
restas que sem pertencer a communa visinha, as maiores dores não sfto as que matam; sao
estão no entanto á sua disposição para lenha as dores de segunda ordem.
o outros serviços, podendo os rebanho» ir pas- Estas pertencem aos homens vulgares que
lar ahi. não sentem as primeiras e o menor choque os
O lugar onde o solitário estava escondido abate, Creia-nie, os homens fortes não se en-
ficava sujeito a essa lei, — por isso era de tregam nunca ao desespero sem limites, qae
receiar que os rebanhos penetrando no bos- mata os espiritos fracos.
que assustassem a fera que, come náo perten- Quando a felicidade e a esperança desap.
cesse á família dos carnívoros fugiria nata- parecem do horizonte da vida, resta ainda um
ralmente dos carneiros como dos cães, fim, ponto imperceptível quasi nesse horizon-
Mas Ia Brisée, seguindo a minha ordem, te: o dever! E* filho e gentilhomem; quero
tomara as medidas nncessarias para prevenir dizer que sua mocidade pertence a sua mãe
essa eventualidade prejudicial. viva; sua idade madura a seus pães mor-
Elie coüocara de seutinella, dois rapazes tos, que desceram ao túmulo com a esperança
da herdade, que deviam afastar os pastores de ver sua raça perpetuar-se em si.
Não respondi. Alberto continuou:
prevenindo os da presença do animal, de tal Pensa que nào encontraremos outro meio
modo, que nenhum rebanho poderia approxi-
mar-se da moita mais de seiseentos passos. de chegar á verdade?
Estávamos assim seguros de encontrar o Este é infallivel.
animal e de aíacal-o. Mas se morrer ?
Depois, Ia B;isée tinha mandado, uma ho- Já lhe disse, tenho uma serenidade ter-
ra autes, três matilhas de cães, collocaudo as rivel deante do perigo.
de tal modo que o solitário tendo resistido ai- No entanto,..
Ah! exclamei com impaciência, não me
gum tempo viu-se obrigado a bater em reti-
rada voltando para o lugar onde eu deveria convencerá agora! Foi sua a idéa; neste mo-
esperal-o com a faca de caça na mão. mento, a sua amizade por mim domina-o, o
Feita uma ultima conferência, mandei açor- medico desapparece deante do homem, treme
dar Alberto, dizendo que o esperava na sala ao pensar na luta com a morte, e esse receio
de jantar, onde aguardaríamos Gabriela que commove-o tanto que quer que renuncie ao
eu queria deixar repousar o mais possível. meu projecto; mas sou inexorável e essa tra-
Alberto desceu dez minutos depois; estava gedia que inventou será realizada ponto a
pallido e triste. ponto.
Armando, implorou o medico, reflicta...
Tomou, então, disse elie, a minha brin-
cadeira a serio? Já reflecti.
Estas palavras causaram me surpreza. A expressão de tristeza, a pallidez de soas
De que brincadeira fala ? feições impressionaram-me funeamente.
Dessa caçada. Já sabe alguma cousa ? indaguei viva-
Mas onde está a brincadeira ? mente.
No seu projecto de matar um javali a Eu, não sei de nada.
facadas. Engana-me... eu antes enganoume hon-
Mas bem sabe que é necessário. tem. Gabriela não esteve...
Alberto encolheu os hombros. Esteve tão indifferente quanto possivel,
E' quasi inútil, murmurou elie. affirmo-lhe, juro lhe!
Como? exclamei. O que se passa então Oh! Sabe talvez já...
para que mude assim... Mais pergantas! disse elie com calma.
De idéa ? Não. Mas reflecti que é uma Bem sabe, meu amigo, que estamos apenas
briü^ideira perigosa... no sétimo dia. Não tenho ainda certeza ai-
Pensei que tinha confiança na minha
guma.
destreza. Bem vê, exclamei, bem vê que é preci-
Sem duvida. so que eu saiba! Esta duvida é mais cruel
No meu sangue frio? que a realidade!
Certamente. Alberto suspirou e calou se.
Pois bem, e, então? Depois de alguns minutos disse:
Mas não me lembrei de que, em tal Olhe, estou ouvindo a voz de
momento, uma emoção terrivel o dominaria. Deschamps. Por Deus! Tenha calma.
Meu amigo, respondi a Alberto, sou da Gabriela entrou immediatamente.
tempera dos homens que são frios e calmos Ella estava, para me servir de uma exprf8'"rt
deanteda morte; e se Gabriela deve morrer, são meridional, com «boa cara» naquelle
quem sabe se terei forças para lhe sobreviver?
Armando, disse gravemente o doutor. (Continuai
¦.V7í ;¦'¦¦
^miimimmtitmmmtmmmmmmtiuiiÊmmm— tmamam m
O AMOK fi A HOBft-B awpcÉWi w» tê$
para » terra, inaudaste-o para longe de ti, metten- dente de uma Associação de Caridade, um velho,
5o»o na raça de cúbicas e misérias da cidade, para grave e circumspecto que, tendo passado a metade
augmentar o numero dos mendigos titulados, que da vida alliviando os bolsos alheios com muita ar-
assaltam os empregos e credenciaes... Nâo com- te, dedicava a outra metade a dar esmolas... alhe-
erro ? Nao
prehendes o teu os campos comprehendes como 6 ias também; o director de «El JEscandalo», um
néscio despovoar para encher as cida- estroina muito sympathico, hábil esgrimista de to-
des de advogados sem causa ? das as armas conhecidas, das quaes a peior era a
Agüentou o rústico toda a tempestade sem pesta- lingua; e, por ultimo, um peregrino senhor, cha-
nejar, emquanto o joven advogado mudava de côr, mado Merlin, procurador, empresário de theatros
nao sabemos se de vergonha,
—
se de coiera. e presidente da Sociedade de Sciencias...
Todos têm. ?. disse por fim o eamponez, —
Quando já parecia que nfto restava ninguém na
o desejo de melhorar, e sahir da pobreza... Nao ante-sala, entrou no gabinete um homem de qua-
seria elle o primeiro que subiu dos baixos officios renta annos, robusto, moreno, com apparencia de
para sentar-se no Congresso. E, emfim, eu penso lavrador rico. Ia vestido com urna blusa de algo-
que é preferível estar sentado em um escriptorio dfto e dava voltas nas mãos a um enorme chapéò
escrevendo papeis que viver no campo remexendo de feltro.
aterra... Olá, Frasquito! exclamou Zegri ao vel-o,entra '--.
~~ Pois, para fugir da pobreza, respondeu Da- e senta-te.
níel, o fizeste mil vezes mais pobre que tu... met- Vinha, disse o forasteiro fixando em Afíbnso
tendo-lhe essas fumaças na cabeça... Eis o que os olhos vivos de águia, para fedar-lhe de assum-
oonseguiste; e basta olhar para a cara dos dois pa- ptos reservados.
¦'um
ra decidir o pleito. Emquanto tu rebentas de saúde Pois fala sem reserva, replicou Daniel. O se-
por todos os poros, este rapaz diz bem claramente nhor é de confiança, e apresentando um ao outro,
a pobreza de seu sangue e de seu espirito... disse: D. Affonso Pérez de Guzraan, advogado,;
Sempre foi um menino delicado... observou o meu amigo... D. Francisco Melgarejo, alcaide de
velho sem se alterar. Frajana...
—- K como remédio o mettes na cidade... repli- O alcaide estendeu a mão rude, estreitando a
cou Zegri. de Affonso com barbara effusfto.
Desculpe D. Daniel, tornou a dizer o campo- Pois vinha para contar-lhe, D. Daniel, con ti-
nez, offendido. Já que minhas palavras lhe desa* nuou a montanhez, as cousas que aconteceram no
gradam tanto, peço licença para me retirar... povoado durante estes dias, e que nâo pude expii-
-- Vá com Deus, disse Zegri, voltando-lhe as car-lhe mais meúdamente na carta que lhe man-
costas. dei... O negocio das águas torna aquella gente
Viste ? perguntou a Guzmán apenas sahiram «desmandada» e furiosa. A outra noite vieram os
os dois camponios. Tive vontade de pôr fora mais do povoado á minha casa, pedindo licença para
depressa a esses dois tratantes. O pae, emprestan- celebrar no «Ajuntamiento» «um motim*. Apa-
do com usura umas economias que juntou, e arrui- nhei os que fallavam mais, e eu mesmo com au-
nando a uns pobres de seu lugar, alugou uma pe- xilio de minha gente, metti-os na prisão... Mas
quena fazenda e se empenhou para fazer do único apezar do «regalo», nfto tomaram juizo, e a noite
filho que tinha um senhor «de carreira». passada, se nfto sou esperto, me faziam mal quan-
Olha se nao é imbecil, privou-se dos braços e do do passava pela chácara dos Avellanós. Ia eu no
dinheiro de que tanto precisava, para conseguir meu cavailo negro, quando me sahiram ao encon-
seu vao desejo. tro, gritando como demônios; metti a espingarda
Faço-te observar que tanto o pae como o filho à cara e feri em um braço ao irmão de «Tajarillo»
dizem o diabo de mim; o doutor dá-se ares de so- que ia na turba... Chegou neste momento a guar- ,
cialista e anda sempre com citações latinas. W dos da civil, eo povo está feito um fogareiro.,.
que dizem por ahi que eu sou um tyrano e um ini- Queimaram-no? perguntou Zegri com zom-
inigo do povo... o que nao impede que me venha buria.
pdir collocação... Quero dizer, respondeu Frasquito, que aquel-
De pé, no meio da sala, cornos braços cruzados, Ia gente está falseando...
Zegri olhava para a porta, cançadò já daquelle in- Frasquito, disse Daniel cora muita calma,
terminavel desfilar de misérias humanas. * estou perfeitamente inteirado do que suecede no
— Confesso-te, continuou com vóz altiva, que povoado. Antes que tu viesses sabia-o mas já de cór.
nâo me custa trabalho inclinar-me á benevolência E's bom amigo... â tua maneeira; nao és
com os malvados... Mas nfto transijo cornos to- bom alcaide. Queres governar a gente a páo e a ti-
los... Os tolos me revoltam. Até desculpo o mal, ros, e isso nem mesmo em Trajanaé possivel. Com
porque o mal, ás vezes, tem sua grandeza, sua sei- amigos como tu, de tâo bôa vontade, dentro de
vagem formosura, sua valente audácia, mas a estu- um anno nfto tenho um voto na serrania- Por isso
pidez nfto ê ethica nem esthetica Tudo serve para decidi tirar-te o cargo.
alguma cousa neste mundo; mas dize-me, Afíbnso, Tirar-me o cargo? rugiu o montanhez.
para que servem os tolos ? Que o deixes, pouco me importa. Apresenta
Abriu se de novo e porta. Continuou o targico- a tua demissão.
mico desfilar. Uma commissão de visinhos da ei- D. Daniel!... murmurou Frasquito mais pai-
dade dei Trabuco vinha queixar-se dos excessos lido que a cera.
commettidos pelo alcaide, um estroina que levava W preciso, respondeu-lhe Daniel com voz íir-
tudo diante de si. Sahindo do gabinete, encontra- Para conservar-te na alcaidia comprometto
me. "meu
ram na porta com o alludido alcaide, que vinha eu nome, como em outras vezes.
dizer que elle era um santo e que todos aquelles Mas isso é humilhar-me. disse o rústico, dei-
senhores nfto tinham nem vergonha nem senso. tando fogo pelos olhos, isso é atirar-me ao chão,
emprega-
Entraram depois, um secretario rural, mais eneo- para que me tirem a vida e a fortuna,
Ihido que um kágado, homem tfto fino e subtil, a- das sempre para servil-o...
pezar d'isso, que se mettia pelo fundo de uma agu- Berve-me agora... demittindo te! tornou a
Ina; um famoso contrabandista que conseguiu com dizer Daniel, imperturbável.
a fraude fazer fortuna, e era na actualidade o pro» Protestou o alcaide, quasi com lagrimas nos
Prietoio da casa, quartel de earabineiros; o press- í>iJi0s} misturando as ameaças com m su]
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\SJi Redacção eft Administração:
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ANNO IX -^YÍ^Cr
H. 879
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A- victoria/e, ,,, v5teS
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•' WÍK,717
proveitoso.
administrativas se succedem ao cabo do Não carece de argumentos; não precisa Wm
período que as leis lhes estabelecem, cum- provas documentadas. Nada disso. yi
pre em nome do respeito á justiça não as Apenas mostra e não diz palavra. .:¦?'¦ fiM
• - :mé
pautar todas pelo mesmo estalão. Dahi toda a admiração de um povo pe- y?M
Si a umas, dotadas embora de tino para
administrar com acerto, quasi nada lhes los que assim administram.
foi dado fazer, mercê de impedimentos va- Não precisa grande atilamento de espi-
rios; si umas, presas completamente a in- rito para se divisar no primeiro plano dos
administradores efficazes a figura incon-
fü
juncções que as suas condições políticas ¦"¦ ¦; 7Í
se veio alliar nma vontade forte, e levar a heróica resistência do homem de valor.
de vencida os impecilhos capazes de per- Era o homem cuja condição de fortuna
turbar a sua carreira progressista. collocava em condições de não precisar m
Para uns o relato de seus feitos tem que desviar de sua vida mundana, porque é uma 'Mm
ser forçosamente longo ; a explicação do das mais brilhantes figuras, cheia de en-
que não puderam fazer não é cousa que se cantos e prazeres, para se entregar a um
produza com poucas provas; a justificativa trabalho penoso e ingrato.
da exiguidade de serviços reclama argu- Deixou toda a sua commodidade de ho-
mentos^bem fundamentados. mem rico e finamente mundano para se
Para os últimos, basta um só gesto; entregar á lucta administrativa de traba- m
basta uma expressão que responde a todas lhos e canceiras. ^
7-7^
__H
¦m
as inquisições, a todas as solicitações da E venceu.
M
¦VM
curiosidade alheia.
A seu lado está uma das mais sympathi-
Que fez o administrador em toda a sua cas personalidades do nosso momento. Es-
gestão ? tá Manoel Duarte, jornalista intelligente
E' a pergunta clássica, curial e indefe- e trabalhador infatígavel.
ctivel. E quando se pergunta o que fez Carlos
. ¦'-:'.; ¦^,.i!-..lVl
M
)Ai-i«muwi
•# ,Í(.)KA'AL l)M MOyAS I ^«H«if»H_Miai<i»wiw"«w*>i»tit
^¦1 teto
»ijow»* do
**v coração
"!"'" «a nossa capa
laa _b i í H81
Dediquei-me, então, ao meu Deus; e meus restos moriaes; e então, que sobre
um lenitivo inexplicável me tem aliviado ella seja vertida uma lagrima, pela tnetno»
as angustias e dado consolo ao atros sof- ria d'um infeliz.
frimento que me ha dilacerado a alma! Rio.
Todavia, a paixão e a saudade nunca Antônio AUGUSTO
'''-'. ' ~
^.n-»»""". iiiii,.«i«ii...iii»iin».«n.n»m.»
—? ,\ . . ." . ,'VS
JORNAL DAS MOÇAS *
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V,
ra como que uma atmosphera sadia de ale- Com um marmanjo apanacho pendura-
gria e de vida. do ao braço, tal como a preguiça se agarra
Ha ainda a nota commovedora das ma- ao tronco, com a solidez indispensável á
infestações de sympathia de filhos de outras permanência demorada de quem não tem
terras que ora se irmanam comnosco co- pressa nunca, tal como a preguiça — dizia
mo que a viverem também a nossa vida. — alli seguro, sem uma atíitude
já não di-
Tudo isso seduz; tudo isso encanta. go de. homem, que isso lhe era imppssi-
Em meio do borborinho da massa popu- vel, ao menos de quem pode fingir que é
lar que se diverte, olho com especial cari- uma espécie de homem, e assim, emquanto
nho para as velhinhas que a cada passo en- a bôa velhinha apresentava o aspecto de-
cositro. licioso de uma velhice prazenteirá e alegre,
E fico extasiada, como que a namorai- a tal raparigota, com o seu manipanço à
as, euvolvendo-as talvez com o meu bem ilharga, tinha uma cara de aborrecimento
querer, nos refolhos de uma saudade que eterno, de eterna insipidez.
se não mitiga nunca, Resmungavam ambos qualquer cousa.
Gosto das velhinhas; quero muito bem a Nao tartámüdèavam madrigaes, bem o sa-
todas. bía eu, ¦ X
E quando as vejo alegres, contentes, sor- Eram apenas insultos recíprocos á sur-
rindo como que a derramar em borbotões cima, num regosijo de animal, quando cor-
toda a bondade de seu coração, de olbi- re e alguém de quem suspeita se appro- xJmm
nhos vivos, muito espertas, como si los- xima.
sem creanças, quedo-me como se as vene- Bôa velhinha, como tu eras a mais en-
rasse contendo ímpetos de acarínhal-as to- cantadora das creaturas com o teu sorriso
das e de amimal-as uma por uma. bom, reflexo de tua alma boníssima.
Adoro-as. Estavas contente ! Divertias*te e a gen»
Venero as na sua alegria. te moça, alli, ao teu lado, empeçonhava a
Dizem que a velhice traz o egoísmo. vida, que tú, só tu, sabes o quanto ella é
Balela de gente desoccupada. boa.
A velhice traz indulgência, isto sim; Santa velhinha, quero-te na tua alegria,
traz o perdão. Traz a bondade, porque as no teu sorriso; e no prazer que tu me cau-
illusões não existem. São como as crean- sas vae também todo o bem que te quero
ças; não têm illusões porque é ainda cedo; de envolta com toda a saudade que tu me
as velhinhas não nas tem porque já as per- inspiras.
deram. Eu também tive sempre commigo uma
São, portanto, ig-uáes umas e outros. velhinha muito alegre, em cujo sorriso es-
Ambos não têm illusões. tava toda a minha alegria.
O sorriso não mais o tive; por isso a
Em meio da multidão que se acotovel- alegria não voltou mais...
lava encontrei um destes dias uma velhi-
flba, muito contente, a sorrir, como que Hemna SYLVIA.
©roso©s w mnm *
Trabalhos em cora — flores, fructas, etc.
MEswsrao
¦'¦'Ví
xm
*
Pneços módicos ^!§à Mme' Eíza Â$íilar
ições â domicilio . W ¦ Cai^s Para esla redacea°'
Sr
********************
s & ¥ ¥ ¥ ¥
*******************
""*.' - •¦*...•
radica
agora a si mesmo a hos«
tilidade permanente que
ella mostrava nos últimos
tempos e sobretudo..,
-—~~^llr^ ^ifc sobretudo o cuidado que
tivera de fazer instailar
um quarto para ella tão
affastado quanto possível
por Jacques Césarjrje do seu, lá ao longe, do
outro lado do castello •
os Surgia tragicamente o epílogo do seu casamento
0 marquez de Ia Chesnaye colloeou juntos
cesta do sa- por amor.
edaços de papel que encontrara na
r,
5o, e eis o que leu:
«Comb. meia m. pav.» >
Sem se poder conter, proferiu uma terrivel in-
juria... Sentiu-se dominado por um frenesi de as-
E-fora sua mulher quem escreveu isso ! sassinato.
Para outro qualquer, estas palavras teriam sido Eram sete horas e meia. O marquez subiu ao
seu quarto, para vestir o smoking e preparar-se
com a certeza absoluta de que aquella noite, para
mmÃ
'¦-¦¦ ¦:¦:¦.:¦ • elles, seria a ultima...
W.ÍX ¦ ¦ ¦ ¦• ¦¦: .: •:¦ :¦¦¦¦•¦¦?¦ ¦¦: •:.:¦'/;•
yjAwmmmt mm >¦ mm
m*m»v™~
JOHN Al, DAS MOÇAS &
José, disse elle, solta os cães daqui a duas te, occultando se por detraz das arvores, dirigiu-se
horas, ao pavilhão.
0 senhor marquez sabe qu© esses animaes
não conhecem ninguém de noite... excepto a mim t Approximando-se, ouviu de repente o rosoar
lurioso dos dois animaes, e em seguida a voz do
dou a ração...
que - lhe sabes, José, capitão interpellando-os:
Não que ha ladrões no paiz?
-~ Está bem, senhor marquez. Soltarei os cães _--Que é isso, Peggy... Ketly... calem-se !.. En-
"antigo
tão é assim que se obedece ao dono?
daqui a duas horas.
0 senhor de Ia Chesnaye voltou satisfeito para E em tom de exprobação alegre, falando com a
rnarqueza:
Aquella noite de Junho estava soberba... uma Querida, e eu
que tive tanto trabalho para
noite linda, dessas que inspiram o amor. E não dar-lhes uma boa educação...
era por causa de imaginários ladrões que elle ia O marquez comprehendeu tudo...
soltar os seus terríveis cães de Bordeaux. Aquelles cães que a rnarqueza disse ter compra-
Sim,., um cheiro de sangue iria impregnar o do, fora o capitão que lh'os dera de presente. E,
ar dessa noite voluptuosa e o estertor da morte soltos no parque, os dois animaes tinham reco-
iria substituir a musica dos beijos... E o que mais nhecido o seu primeiro dono, correndo para elle
divertia o marquez era que justamente havia sido alegremente.
a rnarqueza que comprara aquelles cães, em Pa-
ris, e os mandara directamente para Ia Chesnaye. A situação era critica...
Elle subiu ao seu quarto, para buscar um bro- Fugir nas trevas? Em três saltos, Peggy e Ketly •:¦¦!$
wing, depois desceu ao andar térreo e escolheu o alcançariam. Talvez fosse melhor ter calma, ar-
como ponto de observação uma ante-camara que riscando tudo...
ficava perto da escada e da qual deixou a porta en- Os animaes continuavam a rosnar. A rnarqueza
tre-aberta. disse ao eapilão:
Um poueo depois da meia noite, um leve ruido •—Tenho medo, Paulo... tenho medo... E5 meu
chamou a sua attenção. marido que está ahi, perto... Foi elle que man- .: M
Por mais cuidado que tomassem e apezar do dou soltar os cães esta noite... Eu bem sabia que
tapete attenuar os passos, o assoalho do corredor elle desconfiava de alguma cousa... '•{••¦¦'.TvV.r
rangera no silencio da noite... Alguém descia a Pois bem, sim, sou eu! rügíu o marquez... A
escada. À porta da entrada abriu-se e fechou-se E não pensem que me escapam...
suavemente. Nesse momento, a lua descobriu-se e
o marquez poude ver o capitão, que, apressada- Na serni-escuridão do pavilhão, começava a dis-
mente, alcançava os pinheiraes mais próximos. tioguir as sombras sobre as quaes ia fazer fogo...
Lá vae um, resmungou elle. Apontou...
Vinte minutos depois o mesmo manejo recome- Miserável! gritou o capitão. ¦ ¦
V?;'
çou; desta vez era a rnarqueza, que, depenteador Mas já Peggy havia saltado sobre o marquez,
azul, correndo, tomava a mesma direcção, atirando-o ao chão, e, ajudado por Ketty, rasga-
Agora, a outra... va-lhe o pescoço ás dentadas.
 meia hora que se seguiu foi particularmente O senhor de Chesnaye soltou um grilo de dor,
odiosa para o senhor de Ia Chesnaye que por va- agitou os braços, ergueu-se o cahiu pesadamente;
rias vezes afagou a coronha do seu revolver. De
repente julgou ouvir latidos do lado das habita- pela carótida rasgada, corria uma onda de sangue,
que os cães avidamente bebiam... O senhor de Ia
ções dos empregados. Era José, sem duvida, que Chesnaye estava morto.
soltava os cães.
Lá vêm os outros... Ninguém soube o que se passara naquella noite
trágica.
Depois, apenas o sangue pulsando furiosamente
nas fontes do marquez. Um extranho máo estar O capitão conde de Cavaillon partiu para Marro-
invadía-o. E aquelle silencio continuava sempre... eos e a rnarqueza entrou para um convento...
Que hora seria então? A pêndula do salão bateu Decorreu um anno... Ninguém luta contra o
oito vezes... O senhor de Ia Chesnaye teve urna amor.
vontade louca de fazel-a em pedaços. Elle accen- O capitão vae despozar aquella a quem ama.
deu a isca e consultou o seu relógio: uma hora e O casteílo de Chesnaye está á venda com dois
vinte. soberbos cies de Bordeaux, optimos vigias..*
Com certeza já se havia passado alguma eousa.
0 pavilhão não ficava senão a uns trezentos metros FIM.
do casteílo; nessa distancia, de noite, ouve-se o
mínimo grito...
De repente, uma idéa acudiu ao seu espirito,
imperiosa como a certeza: José desconfiando de Um cinema na Gávea
alguma cousa, não havia soltado os cães.
0 marquez sahiu do casteílo e, iraprudeatemen- Graças aos srs. Lessa, Cruz Sc Cia., a vasta po-
% correu ao canil... pulação da Gávea já tem lambem o seu
cinema.
Este achava-se vazio.
Chama-se elle «Cinema Floresta» e foi inaugura-
Então o marquaz quiz saber o que se passou,
custasse o do no dia 3 do corrente, á rua Jardim Botam-
que custasse. g& »;° 488.
Tomou o caminho do mt®llo a, catiteloiamea-
p JORNAJi DAS MOÇAS *
25 &•»
e Almeida
Está finalmente entre nós, sob o abrigo tervenção que encorajavam os defensores
do nosso céo e do nosso carinho, o Dr. da estabilidade republicana, tantas vezes
Antônio José de Almeida. posta em perigo. E, finalmente, eleito pa-
O grande presidente da Republica Por- ra a suprema magistratura do paiZj conse»
tugueza é um vulto inconfundível na ga- guitt, mais que nenhum outro, estabilisar
iêría dos homens bons, dos homens de lu* a forma de governo, aprofundando os seus
ta, cuja vida resplandece no martyrio de alicerces até o coração da grande maioria
um sacerdócio, e ficam na historia como dos portuguezes — tudo pelo prestigio ma-
marcos de luz perenne, balisatido a evolu- gtco' que a sua personalidade forte, escla-
recida e bondosa, fasciuadoramente exerce,
ção dos povos para a perfectibilidade.
Medico illustre e humanitário, amigo e *
maior
protector da pobreza, angariou a
estima e a mais invejável popularidade no A visita do Dr. Antônio José de Aimei-
exercido da sua nobre profissão. Republi- da ao Brasil não podia ser mais opportuna.
caao convicto desde os bancos acadêmicos, Ella vem sellar o pacto de justiça e cor-
trabalhou sempre pelo seu ideal político, dialidade que o centenário da nossa Iode-
desprezando todas as conveniências pss-
pendência voluntariamente lavrou, com o
soaes, affrontando os poderosos e tornai!- reconhecimento da grande obra que os por-
áo-se um pioneiro formidável da idéa do tuguezes aqui realizaram durante três se-
novo regimen, a implantar na sua terra. culos, à custa de todos os sacrifícios, mau»
Por essa idéa, a que dedicou todos os tendo a unidade do território, a unidade
seus pensamentos e emprestou todas as da raça e a unidade do idioma — triplice
suas forças, arriscando a sua posição e a conquista de que nenhum outro povo colo-
sua própria vida, soffreu o Dr. Antônio niaadcr se pode orgulhar.
José de Almeida os mais rudes golpes,
vendo-se preso e perseguido pelos servi- E' uma visita symbolica. E' o próprio
í_ Portugal que aqui se vem rever nas me*
i- ¦ çaes da monarchia, a ponto de procurar lhores qualidades que distinguem o seu ir-
exilio numa possessão africana, onde, aliás,
o seu trabalho e o seu grande coração se mão da America. E' o testemunho de um
; ".' desdobraram em obras de philantropià so- apreço que a disíaticia nunca embargou,
ciai. mas que se fazia necessário exprimir de
Resolvendo entrar na actividade poíiti- viva voz, E' a alma portuguesa que vem fre-
ca, o povo portuguez abriu-lhe os braços mir enthvisiasticamente coma alma brasi-
e deu-lhe uma caieira de deputado, que o leira, para o mais fraternal reconforto de
intrépido repub icano honiou ineçuâlavel- ambas.
mente, com a firmeza das suas idéas e o Ninguém melhor que o Dr. Antônio José
fülgor da sua palavra. de Almeida poderia representar o Portú-
mo-
Tomou parte activa em todas as conspi- gal dos novos ideaes perante o Brasil
rações que precipitaram o «5 de Outubro». demo, onde a instituição republicana pro-
Foi mesmo o elemento mais temido, gra» duziu este milagre de progresso, demons-
ças á sua popularidade zm todas as cias- trado no seu prodigioso desenvolvimento.
ses, angariada pelo *eu extraordinário va- Homem de sciencia, propagandista in-
lor como medico e homem de coração. trepido, grande tribuno, estadista sábio,
Proclamada a Republica, o Dr. Antônio recto e tolerante, o illustre presidente da
Jo?" de Almeida foi uma das figuras obri- Republica Portuguesa é uma das figuras
g&k: asdo governo provisório, concorreu- mais suggestivas da democracia nitmaial.
do assim para fortalecer a nova institui- A' sua perspicácia não escapará a perfeita
ção. Depois, nas diversas crises provoca-
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? JORNAL DAS MOÇAS 4>
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LAMENTAÇÕES jff.
rimas ,;t»i
Mc
_ Ot
0 A li, minha Sidnana
A' Idalina Maríinelli Lagrimas de amor... gottas crystalinas de
Tudo fora um sonho. que vejo teus olhos orvalhados!
A felicidade que outr'ora gosava, que Lagrimas de amor... deste amor que te
me dava alento á vida, ruiu como por en- trará um mixto de felicidades, uma jnncção
canto. de cousas bellas, maravilhosas, indecifra-
Partiu. Partiu, levando todas as espe- veis...
ranças que me iam n'altna, e tudo se eva- Lagrimas... sim, que também me fazem
porou, como o fumo. Em qualquer parte chorar, porque traduzem todo o sentir de
onde fito o olhar, deparo uma saudade, tua alma de encantos, todo este amor que
E's a imagem dominadora de minlralma, sentes alagar-te o coração. Essas lagrimas
—sem ti a vida não mais tem alegria; os que tornam mais lindos esses teus olhos, são
astros não illuminam os campos, as flô- balsamos minorando esses teus soffrimentos.
res perderam o brilho e os perfumes. Ha pouco aeonselhavas-me a sorrir, a es-
Vem com o fulgor dos teus olhos illu- magar minhas maguas, e eu invejei a tua
minar estes negros horizontes. Dentro em vida feliz... E agora também soffres, tara-
mim ha um thesouro inexgottavel de ter- bem tua alma passa por um desces desesperos
nuras—em minh^lma resôam, como num que nos roubam para sempre a felicidade...
mágico instrumento, as canções das aves Choras. Consola-te commigo e quando nas
e os murmúrios apaixonados da floresta. horas silenciosas da noite, horas de repouso
Uma eternidade teremos de gosos. d8 espirito,—porém, para os que soffrem, ho-
Vem, meu amor; o dia hoje convida ao ras de terríveis vigílias em que mil pensa-
mentos se cruzam no cérebro—deixa de teus
pras^r. Como e3tá fresca a relva, como es- lindos olhos rolar uma lagrima sentida, por-
tá azul o céo !.. .
De cada folha tressúa uma volata; soam que, longe de ti, na solidão dessas mesmas
horas, lagrimas também me humedecem os
por cima as mágicas canções dos gênios olhos!...
aéreos. TULIPA
Todas as cousas se estreitam, todos os
seres se adoram.
Um sorriso perenne paira sobre a super-
fieie do que existe. no alto, repassadas de incomparaveis ter-
Couio é doce este retiro ! nuras e loucos devaneios!
Quanta luz, quanto perfume, quanta mu- Não te afastes, que me arrebatas a feli-
sica em torno! cidade! Fica, meu amor!
Como é belio amar-se assim! Quantos Como é doce este retiro...
momentos de ventura! Séculos de goso no Quanta luz, quanto perfume, quanta mu-
decorrer de um segundo... sica, em torno. . .
E como é bello ouvir o cântico das estrel-
Ias! Quantas epopéas mysteriosà vibram Riaj SEMOG
ortugueza do Brasil
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LJ HETES POSTAES
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fnâdá menos ce 3060-três r sendo um ¦
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(ÃMiâ/tfzém t h^rn assim c^rca de
Quatrocent o r etratos j
de no$$M hMúrm t que no% foram remettidos de todos os Estados
do Brafcff, <& cjtía£% pm falta de espaço, tem deixado de ser pu-
New: numero publicaremos também escolhida, collaboração
literária, mgmzntanâo o numero de paginas dos nossos romances.
aféffl cfá nosta desenvolvida
Reportagem Photographica
de t"doü os fados da semana, principalmente das festas po-
pulareii e de Sport.
Pedimos por isso a todos os nossos leitores que nos man-
df-rn os seus «Bilhetes Postaes», os seus retratos e os de suas fa-
fHíliaf, para que sejam publicados naquelle numero.
Esse numero custará 1$0G0 reis.
mmsmmmiwmwmmm.
JORNAL DAS MOÇAS
0 Baile do Itamaraty
espeeial o "Jor-
musica mexicana em pose para
magnif ca banda <le
b,1,hante e* "^".ILs
A brilhante
M„çaS", na escadaria «Io Theatro Mumc.pal
kjíu. .•.... - u_W(»'
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EU
Vários grupos que tombam parte na grande sportiva, vendo-se: (1) A Com-
missão Brasileira; (2) Os Americanos; (3) Osparada
Japoneses; (4) Os Chilenos; (5) Os
Argentinos; (0) Os Uruguayos; (7) Os Brasileiros
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? JORNAL DAS MOCAS ? •
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so realizou o primeiro
Í.VJ a.« ,lois a.v,,.-.l«S «Ia olcganto concorre.; cia ao campo onde
entre os Chilenos e
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Aspecto da Avenida Rio Branco por occasião da chegada do illustre estadista, pre-
sidente da Republica Portugueza
f\ GRÜNDE
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_____¦ '''¦"¦¦'¦? >k3ip8skí.5x :¦:*» ^.^^J|jSj^r3EA>^^v-iagifc V'\ -i'^^BiBffyy -•fet'*^ ¦ <_%_F ¦ .-j-a.<> <&¦_¦ i . W___ ____B^__?a._Íb _™^-í ¦ __Sj?^^_r3 _F^^*í_ ^^^B^^^y^-..-^W_'*.^'. ^-' ¦- JBi^BlflPfflBr^^^Hri_^i__r';l_-^^T
A entrega, pelos nossos congressistas, da bandeira offerecida pelos mesmos aos ca-
drics mexicanos, que muitas syiupathias souberam conquistar na nossa sociedade.
1
No segundo plano, grupo posado especialmente para o "Jornal das Moças" por oc-
casulo da festa offerecida, na segunda-feira, pelos nossos estudantes aos seus colle-
gas sul-americanos, durante a qual reinou a mais franca cordialidade, estreitando,
(lesfarte os vinculos que unia o nosso inundo acadêmico aos demais paizes do conti-
nente sul-americano
Senhorita Elza Motta, que obteve o pre mio de belleza da estação do Rocha, no
concurso de belleza aberto pelos nossos distintos collegas da "Revista da Senia-
na" e "A Noite"
v.m+0s*m;i*iim*mmm<m*v*+*tm*mrma
nmmvtmmmmmmmmm'
¥ , JÜRAAL OAM 9/LOÇAB ?
Soluça meu pobre coração ! Soluça na ma- 0* musa inspiradora que me aientas
pa inftnda que te opprime, causada pelo in- E me confortas nos momentos vagos !
differentismo que um joven ingrato, vota ao Que de delicia eu sinto aos teus afiagos, 7Í.S
sentimento mais nobre, mais elevado, ao qual 0' meiga apparição que me acalentas I
rendes culto—o amor ! Ouvindo as harmonias opulentas
Chora em silencio a tua grande dôr; porém, Dos teus cantares que me embalam, magos, v.
.77/ 2?Ah}i
fa_e com que tuas lagrimas fiquem guarda- Esqueço por momentos os presagos
das no recôndito de meu peito, embora quei- Martyrios desta vida de tormentas,..
maudo-o e carbonisando-o, nas chammas tre- E quando já não ouço a terna endeixa
lendas dessa paix&o louca, a qual bem ee- Que dos teus labios celicos se evola
do me levará ao túmulo !... — Qaal de mimoso infante a branda queixa, -
Chora ! „.. Chora sempre !... E quando Eu sinto qne de novo me transnoudo :
estiveres cançado de chorar em vão, mor- — Volta a apathia que meu ser deséla,
re'-.. Porque, assim, deixarás de amar, Volta a tristeza que me rouba tudo...
«eixarás de soffrer !... nio.
«MkNSA«I*à BA Domingos BEGUITO
JORNAL DAS MOÇAS 4- mmmimmamimmimmâámmmmvammmM tmmm
*my '
I a alguma com o supplicio de meu indiffe*
hí~ Remorsos de solteirão -**
•
rentísmo, involuntariamente embora.
Não sou culpado; em minha ignorância
í i •
julguei que os sentimentos de uma expres-
Tão triste, tão só, tão amargurado nes- sassem os de uma collectividade.
te eterno viver errante, sem um lar amigo Errei, confesso.
onde encontre um abrigo, sem um cora- Algum tempo depois, um tanto curado
çio sincero a que confie as maguas e con- de meu grande mal, tive outros amores, í
sole os pezares; sem carinhos, sem amor, bem verdade, mas tão diversos d'aquelle
sem tudo, emfim, no mundo, sou qual cri- primeiro, tão puro, tão bello!
minoso que foge para as trevas e teme a No intimo nunca odiei as mulheres e
lux, e que em tudo vê um castigo. Olho o nem mesmo sei explicar o que por ellas
passado e nada me conforta; olho o futuro sentia que me fazia procuradas, conviver
e nem uma vaga esperança me sorri. com ellas e depois quando comprehendia
Neste desconforto e nesta angustia, chc-
que alguma me havia inspirado um senti*
ro e maldigo minha imprevidencia. Hoje, mento mais forte do que o de franca ca-
velho e alquebrado, vejo o grande mal que maradagem, eu fugia, fugia, sim, parabém
fiz a mim mesmo e arrependo-me amarga- longe enojado de mim mesmo e maldizen-
mente, mas sem remissão para minhas cul- do o mundo inteiro.
pas. Julgava uma baixeza amar uma mulher.
Poderia ter agora um lar alegre com E era um novo tormento a que me votava
meus filhos jovens e bellos que acalenta- no afan doloroso de esquecer o anjo-demo*
riam o inverno de minha vida com seu a- irio, como eu dizia, que me queria dominar!
mor leal e puro. Sobretudo, como supre- Assim fui vivendo em agitação conti-
mo prêmio d'uma vida de virtudes, eu te- nua, de logarem logar, sempre procuran-
ria, como um constante sonho dourado, os do, sempre despresando, sempre soffrendo
travessos netinhos, lindas flores perfuma- sem consolo.
das, que perpetuariam a delicia d/um viver O tempo foi passando, a velhice chegan-
bem justo. Tudo, tudo eu teria si não fora do e eu a considerar a vida como um mos-
um louco orgulho e uns temores vãos que truario de curiosidades onde as mulheres
acompanharam minha inútil mocidade,
Não foi, tão pouco, por falta de amores, quaes lindas bonecas de biscuit tentavam
a cubiça dos homens.
aspirações e meigos sonhos, que deixei de Muita vontade tive de possuir uma dei-
«cahir nos braços do hymineu».
Ias mas... tão cara...
Oh! Não. não foi! Só podia compral-a com minha liberdade
Amei algumas vezes... e com sinceri- e tive medo... quebrar-se-ia facilmente...
dade. Cego que fui!
Oh! si amei... e quão tristes recorda-
Hoje tenho remorsos de tudo que fiz, de
ções guardo de meus idylios de outr'ora! tudo que disse, mas é tarde.
Meu primeiro amor, aquelle que me con-
verteu a alma crente e pura em desconfia- Oh! Deus tende piedade de mim e fazei
da e cruel, foi de todos o mais sincero e com que eu tenha novo amor, pois saberei
seria o único si não fora a falsidade d'u- redimir minhas culpas passadas. E' bem
ma mulher que julguei um anjo, que des- difficil o que vos peço, mas Vós sois om-
truiu me as iíiusões e envenenou-me o co» nipotente e misericordioso e attender-me-
ração com amargas descrenças. heis. Sei que estou velho, só ando apoiado A
Depois, com a alma ferida, como pode- a um bordão, os cabellos são brancos como
ria crer na sinceridade de alguém? a neve; mas a graça, o sorriso e o amor de
uma jovenzinha, apagarão certamente a
Como poderia saber, ainda entoxicado invernia de meus oitenta annos e me re>
pelos effeitos diurna paixão desastrosa, que juvenescerão com certeza.
nem todas as mulheres são iguaes, nem to-
das são más e volúveis, e que mesmo exis- Dai-me, ó meu Deus, o que Vos peço e V.Í
tem muitas que são boas e ternas quaes lin- juro que serei digno da Vossa bondade. ;: \!
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O aJornal das Moças» em Entre Rios
IVAGANDO
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Poesia 1 A poesia é o encanto à'alma,
í o rythtno da fantasia, é o sonho do ideal'
é a harmonia da forma, é o canto do co-
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ração- '
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AmorI Toda alma quer amor e todo /,
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coração quer affecto e carinho. Só é feliz
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actos, aquelle que te dedica um sin- jrV gentil Xeitcra Jiova sar pelo que eu passo. Infeliz de
cero amor!—Luar, (361) Mais uma vez peço-te desculpas, quem possuir o teu amor!
bem assim ao seu digno noivo, Será para o futuro recompensado
jAo albertus
Se amas, meu caro, previno-te pela tão grande falta qne commetti pela ingratidão.- J. Beis. (346)
involuntariamente.— Neves-Nicthe-
qtie não deves amar, porque . . . roy.—Tinzinho. (337) JA1 priminha Maria
sNão percebes, Albertus», que o Silva (Mendes)
amor hoje, é uma blague, e que a Salve, 10 9-922 ! Dia mais feliz da Nos dias que passo ausente de ti,
maior parte dasses namoros existen- minha existência, em que passei ao o único lenitivo que suavisa as íris-
tes, só nos podem conduzir a casa- teu lado gosando teus carinhos e tezas de meu coração é a espera"-
Mentos perigosos ?...»—(C. C.) Rio. ouvindo phrases de amor.- Rio.
ça de um dia ver realizado o nosso
Bjsmarck. (358) Chaüfpeur Improvisado. (842) sonho dourado.—SoGNiMOB. (P°)
,,*¦.»<¦» wW*iW***rw1
:4 JORNAL DA» mOÇAB # »'l .niiiliHi1»*éWw«ill..falliiil
de entre os que se amam para a saudade é a esperança de imitar a Querida, se algum dia Deus nos
as separar, não te esqueças de que eu
eternidade.—-Queluz-S. Paulo constellações do espaço e, com ellas ainda penso em ti, embora muito
Campeão Sincero. (344 voar no gorro de suas luzes cahin-
longe, nas regiões etherias do Além!
) do nos braços desse bem —Santa Cruz.—Te» noivo
jl* jYazirethe querido.
ClNOTANIC. (328) B. Parreiras. (331)
Garanhuns
Vôa ó pensamento meu, transpõe
JI sacrificado do j$mor Ji' senhorita Jra... (£. J. #J
a irnmensidade dos glaucos mares, A sacrificada manda-me Desconheces o affecto verdadeiro mST
tar se eu acceito uma carta;pergun-
e, carinhosamente, segreda ao ouvi- sim que te consagro? O teu silencio me
acceito, com muito confunde e rouba-me as idéas. A-
do do meu supremo bem, dize-lhe prazer, para sa-
ber quem sois vos. ttespondei dmiro as virtudes de que és dota-
que é a flor mimoza da saudade a me
viver constante em meu peito na que eu quero saber quem é essa jo- da, e soffro porque não te vejo fe- KA
ven «Sacrificada*.--E. do Encanta- lia.—Capital Federal.
sede ardente dos seus beijos e dos 1'. V.
MILTON cnníwsEW
No dia do seu nascimento.
Quando as flores vicejam nas campinas,
Enchendo de perfume o monte, o prado,
Quando as musas soberbas e divinas,
Decantam nesta vida um sonho alado;
T^nniVei^sapios
Quando um bando de garças peregrinas,
Fez annos no dia 11 de Agosto a querida se- Koliz me torna neste doce estado;
nhorita Almerinda Alves Pacheco, filha de d. Au- Quando as rosas gentis e purpurinas,
gusta Alves Pacheco. Despertam meu viver tão descuidado.
—Completou mais um anniversario natalicio no
dia 28 de Agosto o funccionario da E. F. C. B. «Milton» nasce feliz e prazenteiro,
Enchendo meu futuro de alegria,
sr. Manoel Barceilos, progenilor do nosso collabo- Um faturo que julgo verdadeiro.
rador de Bilhetes Postaes «Hugo de Ia Gierva.^
—Viu passar seu anniversario natalicio no dia O mundo para mim já tem mais brilho ;
1.° do corrente a gentil senhorita Maria José Mar- E louvo a Deus querido, neste dia,
cos, filha do sr. José Marcos de Araújo, residente À graça de me dar mais outro filho !
em Recife. Mattos GOMES.
Passou a i do corrente o anniversario natali-
cio da estimada senhorita Julia Faillace.
—Fez annos no dio 4 a graciosa senhorita Hav- Arthur Oscar Fernandes, gerente da conceituada
lett de Barros, filha do capitalista sr. Francisco Drogaria Victor Ruffiér.
de Barros.; Clubs e Festas
—Foi muito cumprimentada no dia 5, quando tinwn_*nw*mmmmmmmwm tfci*» —n i x^<——_i
fez annos, a nossa gentil colíaboradora de Bi- Grêmio Beneficente Gago Goutinho
lhetes Postaes, senhorita Abigail M. do Valle -Sacadura Cabral — Fundou-se no dia 5
(Violeta Azul). do corrente mais este centro beneficente, reah-
—Fez annos no dia 5, a nossa intelligente lei- sando se a respectiva solemnidade no salão nobre
tora senhorita Eurydice Martins. da Associação dos Empregados no Commercio,
—Festejou seu anniversario natalicio no dia %, com a presença dos dois arrojados aviadores lu-
a querida senhorita Arlette Ribeiro Fiúza, filha zitanos.
do sr. Manoel José Fiúza, negociante nesta praça. A com missão iniciadora era composta dos se-
—Recebeu muitas felicitações no dia 10, por
guinles senhores : Dr. Alexandre Rangel de Abreu,
seu anniversario natalicio, o dr. Juan Siivéra Lo- Dr. Carlos José Gonçalves Cardoso, Francisco
pes, progenilor da nossa gentil colíaboradora de Queiroz Lebre de Seabra, Jayme Coelho da Silva
Bilhetes Postaes iFulmen (a bailarina)». Serpa e Alberto Maceira Baptista.
—Completou mais um anniversario natalicio no
dia 10, recebendo numerosos cumprimentos, a Baptisado
nossa colíaboradora de Bilhetes Postaes, senhori- Realisou~se no dia 19 do corrente, o baptismo
ta Rita Augusta de Almeida. do innocente Virgílio, filho do Dr. Virgílio D<>min-
^—Transcorreu no dia 11, o anniversario natali- gues da Silva e de sua esposa d. Georgina de Lima
cio do sr. José Carneiro Vianna, nosso leitor em e Castro, sendo padrinho o Dr. Domingos Maria-
Übá. no, deputado federal.
—Fez annos no dia 15, a estimada senhora d. A' noite, commemorando esse acontecimento,
Maria Magdalena Warley de Barros. foi levada a eííeito uma encantadora festa intima,
Foi muito cumprimentada no dia 19,
quando que esteve muito concorrida e se revestiu de gran-
fez annos, a gentil senhorita Rosa de Almeida, de brilho
nossa
' —Fazcolíaboradora de Bilhetes Postaes.
annos no dia 23 a intelligente senhorita Nosso apchiVo
tiimrrtmn—rr-ini«iiriinnTmTTiiM-iniiiiM.Miiii..m mm n
Guiomar Ramos de Azevedo, professora publica. Recebemos e agradecemos:
—Faz annos no dia 23 o conceituado
sr. Joaquim Bandeira.
professor Boletim da União Pan-Ameiucàina — Numero
commemorativo do Centenário da Independência
Casamentos do Brasil.
Realisou-se no dia _ do corrente, em Nova Fri- Revista Suburbana—Jornalillustrado eliterario.
burgo, o enlace matrimonial da graciosa senhori- Aurora — Orgam doutrinário de propaganda es-
ta Adelia Silva, com o intelligente joven João do pirila,
Prado Maia (Jaogo do Prado), nosso apreciado col- Le Messager de São Paulo —Jornal republica-
laborador. Ao distincto casal desejamos as maiores no destinado á defesa dos interesses franeezes no
felicidades. Brasil.
—Consoreiaram-se no dia 2 do corrente o sr. 0 Exemplo— Orgam dos estudantes, dirigido
José Fernandes Mendes e a senhorita Albertina por Leopoldo Antônio de O. Muylaert, Antônio F.
da Silva. Manhães, José Doracy de Souza e Henrique F. Po-
—Contractou casamento com a senhorita Dolo- ley, que se publica na cidade de Campos.
res Monteiro o Dr. Raphael Lopes. 0 Charadista — Revista mensal de charadas,
—Com a gentil senhorita Laurita de Magalhães que se publica em Lisboa, Portugal.
Republica — Orgam do partido republicano
acaba de eontractar casamento o querido joven catbarinense.
•4 JORNAL DAS MOÇAS *
Quando paptiste
é<7^ SaWe, IVtatfo! *^*ÍE_2!l_S_^»,t"»w^-
_^~- êr ^
TRÊS SONETOS
A1 Mlle. Laura Maria de Faria.
Vassourai—E. do Rio A' uma recordação longínqua dedico
Esqueceste-me!... estes quarenta e dois versos.
Na tua consciência não se encontra mais
nem os vestígios d'aquella ainisade sincera i
que dizias dedicarme... Elles foram banidos
de lá para darem logar a novas juras de amo- Descabro-me! Eis um feretro que avança.
No cemitério. 0 roxo do caixão
res novos. Prediz que é de donzella o coração
Eu, no entanto, trago na mente, d'onde Qae dentro delle, pallido, descansa.
jamais sahirá, o teu retrato.
Esqueceste-me !... Todavia, se pudesses Murmuro á virgem morta uma oração,
ver o que me vae n'alma, o profundo des- Qae nos meus lábios tristemente dansa,
Que á minha bocca o murmurar não cança,
gosto que me causa esse teu esquecimento, Como uma muda e fúnebre canção !
era bem certo que tu mesma sentisses o quan-
to foste ingrata. E' que me lembro ainda, (e com que dorí)
Ah! quanto custa a quem soffre, rei em- Que morreste! E do prestito funereo
brar um passado venturoso! Quantas vezes, Que acompanhou-te á ultima morada.
ao teu lado, aspirando o perfume delicioso
dos teus lindos cabellos ouvi dos lábios tens E' que me lembro que hoje eu vim depor
Sobre o teu lar, no teu descanço etheree...
as pbrases mais carinhosas e a sublime con A flor de uma saudade apaixonada!...
fissão na qual me fazias crer que o teu ideal
era o meu ideal: Unir os nossos destinos éter- II
namentet E então, enlevado por aquellas
promettedoras palavras e ante-gosando um Passou! 0 feretro passou 1 Chorando,
futuro repleto de felicidades desde muito so- lnda de longe eu fito o seu cortejo,
filiado, construía na minha imaginação os E inda de longe eu penso que revejo
mais lindos castellos que se possa ter idéa, As lagrimas -que o seguem, soluçando !...
na doce illusão de que era verdadeiramente Depois... as preces... orações... um beijo
amado por ti. Agora, resta-me somente, cho- De despedida... e o corpo mergulhando
rar sobre as ruinas delíes tão fragorosamen- Vae na terra fria... e o sino, badalando,
te destruídos. .Termina a scena qne eu tristonho vejo!
Esqueceste-me!... E ainda não muito lon-
Todo é silencio cemitério afora!...
ge vae o dia em que jurasté amar-me por to- Silencio !... A noite impera em volta, em cada
da vida! Turnba e em cada cruz que a brisa agita!
Juras de mulher...
Fortaleza de Santa Cruz. Uma amargara inftnda me devora
Ismael S. BARRETO A alma ! E pura... doce... angustiada...
Uma saudade invade-me infinita !...
*—————~—itMirm TTTirmrT-iiTií. _. rm inr iit—mnanMiHHiii
111
FORMAS de SE-
TIM, LIZERET, PI- T .rnbem teu feretro passou um dia
COT,TAGALETC. Por mim ! Também o sino badalou !
Chorei também, quando o caixão passou,
CHAPEG_Tde SE- Em que o teu corpo morto, hirto, dormia !
DAS, GAZE, FlLO?
m DE PALHAS Dl Também quando a tu'alma se evolou
SEDA FANTAZIA. No azai do espaço, em noite que nascia..
Palhas de iodas as Emquanto a terra amiga te escondia...
qualidades. Men peito tristemente soluçou !...
Vea.d.ag por
varejo Morreste ! Acompanhou-te a multidão.
_f ^í-__«^^ &-__. *%1^__ H_n j_r _ Y9l '¦ ¦_ Dos beijos que não dei ficam saudades,
TINGE-SE, LAVA- Gottas de magoa, — as pétalas das flores
SE E REFORMA-SE.
Tel. 2767 Norte Qae em volta á tumba eu espargi no chão !
SPde CARVALHO RUA Ramo desfeito em mil sinceridades...
tfaWAURlfóUAYAIW
»&_ »¦¦" »_i_í__»i •___»
URUGUAYANA, Cantando um poema intermino de dores 1...
— 170 —
JÜ3LíMM™Mmir!»inifiv**«i<imn*i***»*t*^J.l
TirtifllilllHnnH.M'W»"_b!__i ®TT0 CAKLOS F
Nictrieroy.
A quem amo em Matipeó Av Mne. isncalhada
Ií) publicaremos o$ cBiikem Nao é bastante a distancia
que
A senhorita -com 50 aninos -e irica
poslae que vierem no "'Im- nos separa para fazer com
te esqueça um só instante. que eu
ainda está encalhada ? E' signal de
que é bem miinzinha.
presso para. Bilhetes Po»- TORRES
taes n # wa* condições no mesmo E. Fehz. Ao Pé de Ouro
indicadas, impr-a&go «ate que A' senhorita Blanca Pensas que eu não te amo, se
vae asii outro &0gar ncurte O teu olhar encantador é tão lin-
do e foute como a luz do sol.
eu não te amasse não teria tantos
ciúmes.
ARMINDA DA SILVA
Oi * Bilhetes Postaes* que não A.
Ao primo Aleixo
FERNANDES
Mario
vierm nas condições actma, se- Ei seu bellissimo postal mo n. Tu e o teu amigo e sócio J. P.
ráo inuiilisados, sem excepção. e passo a dizer-lhe o seguinte: se362
as
S. F., foram duas amizades nocivas
gallmhas criasse dentes e a semana á minha existência. Creaturas des-
A DIBECCÃO. tivesse 9 dias, talvez que as mulhe- te gênio, só merecem o meu des-
res fossem sinceras. prezo.
_ _ ANNITA BRASILEIRA ->
Ã's gentis oollaboradoras A JoscA^m AMARANTO
Figueiredo A' quem me entender...
Vós, mulheres, não deveis usar da Rio
A felicidade e um relâmpago,
hypocrisia quando amardes; so A esperança £ um balsamo divino, que perpassa, aclarando siibitamen-
amardes lealmente o ideal, esse que amenisa as dores de meu po- te o ambente, e deixando somente
amoir vos será. retribuído. bre coração. a fascinação do seu deslumbrante
PFAN KALET BRANCA DE NEVE brilho.
A's leitoras Pedro do Rio. CORDOLINA BARRETO
Se Christo conhecesse as mulhe- A' Maria A' algueni
res de hoje, positivamente arrepen- Querida, quando passar es Quando amamos verdadeiramente
der-se-ía de ter por ellas soffrido. perto e somos amadas, desconhecemos to-
de mim, fita-me ao menos por pie-
FANTASMA dade !... das as outras felicidades.
A' Diva BAPTISTA DE FREITAS AMANDO SECRETAMENTE
0 nosso amor foi como um raio Teixeiras. A* Fulgoi* da Aurora
de sol, obstruído pela témipestade: o O amor, para aquelles que o in-
Ao Sr. João Machado ternretam com sinceridade, é, inva-
ciúme. ^Perdoava, porque o perdão é um
SENEGOMREH riavelmente, o transmissor de todos
alivio ipara as almas que vivem op- os inales, que nos opprimem.
A José O. J. Taquara P rim idas pelos soffrimentos mo**
0 amor seria bello, se mão tivesse raes CYRENIO MOREIRA
a toldar-lhe as variadas cores, a A' Na... sinha
BEDUINO ERRANTE Fui condemnado por ti a relem-
cruel desconfiança. Juiz de Fora.
SAUDOSA NOIVA brar passados tão tristes ?
A* meiga Albertina A. K. T. A.
A' Melindrosa do Ileeife Bebi a luz balsamica do teu doce
Não tem que agradecer-me, illus- Para Dorothy Dalton
olhar e fui envolvido num. delicioso A falsidade do homem perverte
tre e amável senhorita; eu quiz, fluido. . .
com as minhas palavras, render muitas almas, mas o fingimento da
BRASIDIENSE mulher desgraça muitas vidas.
uma homenagem aos reaes dotes Ao João B. Barretto
desta decantada flor. CITY HOUSE
Amo-te, embora calada, para Predestinado
S. MARTINAR não dar demonstração aos demais.
A' minha Leda Tendo lido diversas vezes no
CONHECES-ME ? ''.Tornai das Moças" bilhetes
Ao pensar na enorme distancia postaes
A' minha noiva. Tjeonice F. Peçanha dedicados a ChiquHa. e pensando
que me separa de ti, sinto tão gran- iMacahé — E. Rio
de desespero em minh'alma, que o que se trata de minha pessoa, peço
meu consolo lê1 orar ao bom Jesus, O trabalho e o amor que te con- gentilmente o seu nome, afim de
sagro, são o bastante para eu ven- saber se é quem eu julgo.
pedindo resignação. cer as mclerne-ncias do destino — CHIQUITA
OCTAVIA Bem sabes: para a humanidade a A' senhorita M. G. B.
Campos. vida ié lutar". Portanto, a esperança
A' Belleza do Piedade Nossa. Senhora da Coragem, des-
Parabéns pelo logar que conquis- e a acção do meu querer, darão o amparou-me, e eu banquei o....
tou no concurso a complemento para que possamos, trouxa !. . .
unidos, cantar o hvmmo da victoria. ANTONIO -íAUGUSTO
Qual a mais bella carioca ? PIRES DE SALDES
SEMPRE FLAMENGA Ao dedicado Waídemar Alves
A quem ? Ao Thomaz A esperança ^é um lenitivo
Perto de ti, sinto alegrias no co-
Qual será o sexo mais constante ? ração e sorriso nos lábios; longe de Que todos devem querer;
As mulheres querem ter a primazia, Quem descrê não é feliz
Porém não justificam a sua ti;, sinto a saudade invadir-me a ai- Passa vida a padecer.
con- ma.
«anciã. CAMELIA DO ÉDEN
CORAÇÃO SINCERO
B. M. Bangu Ao Francisco A. de Castro
A' Ediaroz . Nictheroy
(Caçapava) Olhos Trahidores Quando a Venus apparece no fir-
viver de saudades, -é viver entre Em resposta ao postal n. 402 ¦mamento com todo o esplendor da
Malas de flores, aro- Tenho a dizer-vos, que fiquei sur- sua belleza, recordo-me dos mo-
•»as deliciosos, masque espargem prehendido.
que também en- Podeis dizer-me quem sois ?
mentos felizes que passo a teu la-
yenenam nossos corações. do, respirando ambos o mesmo ar.
SOBAG. ANTONIO M. TEIXEIRA ASTRE'A*
'---ti""
7i"i"
f^^
Não produzir o effeito que annunciaiíios, para nualnuer t<m«
tuberculosos até ao 2.» grau, brouchites simples óu chroliS faltaTe ' mesmo a tosse dos
somno, dores nos pul-
De
.__wu um. uicair
j,v/a
Affirmarnos mais uma vez: Uri uontratosse
p,^*. v qua»do todos os remédios falharem.
e ura remédio muito agradável, cujos
em a qual-
Nome Rua .:
Logar Estado
^aMPaB™^^
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#
4 JTOKN-Ui DAS MOÇAS t Ws ai"ra»
"Confidencias"
parece fácil : No seu ha emprego in i
vido de algumas palavras. Tenha o cuidado de 8ó aw
pregar vocábulos cujo sentido conheça perfeitamente A
*>im é — coração dilacerado magnanimamente —
Da mesma sorte— "ethevismoquenin'
guem sabe o que é. "parauymphos o*'
WMF^&f ' &Z VíL' 'Wmm'»: l ÍA) I O *" kl j»^ 5 iestiai" — e ainda da Eternidade" *'
tem mais - " rythmo exangne"-. - - Procure eorrieirTJ
desse habito que será bem suecedido.
3. GIMENES — Ainda a gente está "Sonhando"
seu trabalho dorme no fundo da cesta o somno tranaüin
da... morte. H m°
TUL1PA — Receba um forte aperto de mão. BraroJ
£' assim que se apanham esses amigos e se lhes nu
JOÃO THOBIAS — B. Horisoute — Acceito o seu xaiu as orelhas. O castigo é suave porque um A
'-.Recordando". xãosinho de orelhas dado por mão tão gentil deve ser uma"
F. 8. H. — Cesta. Nem foi lido. Isso tudo pelo facto delicia. Vou ver ee mereço esse castigo. Espero vel-a
de estar escripto nos dous lado*, do papel. Já se tem de novo e em breve por esta casa que é sua. Até breve
dito imo tantas rezes... não é? »
EDGARD DE MUKiTIBÂ — Mas qae sermão o meu ADELAIDE DE ARAÚJO — O seu trabalho "Reoor*
amigo pregou ali. Por ser seu amigo não publico o seu dação Eterna" é tão pessoal, tem um aspecto tão confi'
confi.
"O orgulhu"
porque si um dos nossos amáveis leitores dencial. .
tivense que ler aquillo, como li,oão perdoaria acaceteação. MANOEL B. FONTENELLE — Bom Será publioa*
Partanto o seu sermão foi pregar philosophia aos pape* do.
lucnos no fundo da cesta. THEODOLINO SERAFIM — B. do Pirahy Mau*
RUIS Ri CÃO — B. Roxo —* 0 meu amigo tem taien- de-nos outre, sim? Até breve.
to não resta duvida. Pôde fazer melhor. Aquella atti- ARNALDO CARRAL DE LEMOS - Deixe em paz
tude de il9epr< strar á janella" é da gente íicar tão prós* a sua desagradecida que não lhe comprehende, como eu
trada e deprimida que vae tudo para a cesta por falta também.
de forças. MARTYR DO EXÍLIO - Aquella sua amada cow
MYRIAM BELTY — Foi com grande e profundo pe- uma cabelleira como diz o amigo feita de fios de retroí
zar que o seu trabalho foi recusado. Não porque estivesse não fica muito feia, assim? Não parece uma bruxade
mal feito; ao contrario, muito bom Dieimo. Mas., para panno daquelles tão commuus na Bahia ? Cabellos de re*
que foi escrever dos dous lados do papel ? Náo sabe que trozem gente eu nunca vi. E é essa a sua eleita?
isso é peccado e peccado mortal? Creia no pezar que RÍAJ SEMOG—-Bem recebido o seu "Trevas". Até
isso causou e... até breve. brí-ve.
GOOD BY - Recife — Bom o " Saudades". Será VIRGEM SONHADORA— Muito bem recebido o sen
publicado trabalho. Será publicado. A muita amiguinha, com o seu
CORAÇÃO AGRESTE —A cana já é sua. fi.' só man- talento robusto e com a cultura de espirito que tem,já
dar que será obedecida. se fez amiga desta casa. Espero, pois, ter o prazer de
JEDNE INFORTÜNE' —Tem razão, ha mesmo atraso receber seus trabalhos. Até muito breve, não é assim?
nisso. Proceio a todo transe desfazel-o, mais não me PFAN KALET — Recebidos e accoitos "Tardes" e
"A Aurora'5,
que serão publicados.
JOÃO CORALDO — "A Traça" será publicado. Por
Filtro Fiel que não collabora nos nossos postaes também ? "Manhã
Hibernai" brm aeceita, também será publicado.
CORRESPONDÊNCIA
G. PRADO — O seu postal só podesá ser publicado
*« paflr» n&iuw-l privilegiada quando vier escripto no impresso próprio.
JOSÉ' C. SILVA — Só como postal rápido.
USADO E PREFERIDO CORaÇÀO EM RUÍNAS — O seu "bilhete" só po-
dera ser publicado como postal, serve?
TORQUEMADA,
0 mais pratico 9
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Approvado e recom-
meiidado pela Exma. Di- ¦¦•tarvmnritiuni-mnrinnttflJÊBUt
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Impresso para "Bilhetes Postaes 15 I
<3 Serão (Neste impresso só pôde vir um cPostab)
(Qutilisados os postaes
que vierem escripto eo
nas entrelinhas.
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