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AGRADECIMIENTO
AI m a e s t r o I n o M o x o , dos de c u y o s íres
cuerpos desaparecieron echando humo
A M a n u e l De B e r n a r d i . en lo alto del C u s c o ,
O m b l i g o Del M u n d o .
A E s t e b a n P a v l e t i c h , q u i e n nos e n s e ñ ó el
coraje y la alegría de vivir y escribir
libros y libres.
ÍNDICE
Pág.
A manera de Proemio
Ino Moxo enumera las pertenencias del aire. 23
I—LAS VISIONES
II—EL VIAJE
III—INO MOXO
IV—EL DESPERTAR
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ANTONIO MELIS
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ENVÍO
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CESAR SORIANO C.
a manera de proemio:
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c u a n d o t o m é la d r o g a p o r p r i m e r a vez, a n o c h e : el w a k a m a y u es
dios de otro t i e m p o , a r d e n dos e s m e r a l d a s en lugar de sus ojos
y no hay nadie d e t r á s de aquellas l u m b r e s verdes y v a n e s c e n t e s ,
el á n i m a del wakamayu es adorno sin razón ni pasión, sitio
v a c í o , y los g r a n d e s espíritus son g r a n d e s p o r q u e en vez de ani¬
quilar al w a k a m a y u en su v a n i d a d lo sustentan en su a u s e n c i a :
t r o c a n las e s m e r a l d a s p o r g r a n o s de m a í z y el w a k a m a y u mira
e n t o n c e s las cosas del c a r i ñ o , se d i s t r a e de sus ojos y sus d i e n t e s
y ú n i c a m e n t e c o m e las h a m b r e s del c a r i ñ o . Yo lo estoy v i e n d o
a h o r a , a b r e las alas, ya no es un w a k a m a y u , canta con voz la¬
crada, w a p a p a t r a n s p a r e n t e es el avión que he visto, que ha
c a í d o , y su c u e r p o se disuelve en el c a n t o , c o n v e r t i d o en qué
llovizna de hojas c o l o r i d a s , tan l e n t a s y s e d o s a s . Y c a d a hoja
es m ú s i c a diversa, c a d a hoja r e s b a l a en u n a nota y su caer sin
fondo es su s o n i d o , n i n g u n a a l c a n z a el s u e l o , el b r u m o r del Ama¬
z o n a s las restriega y b o r r a c o n t r a el aire t i b i o . C i e r r o los ojos,
intento d e s b r a v a r los postreros efectos de la liana-del-muerto:
la m a n o del A m a z o n a s , p u e d o v e r l a , es rugosa y g r i s á c e a . De
nuevo los e n t r e a b r o : n o , hay nada. S o l a m e n t e la voz de Don
Juan Tuesta cintila a mi derecha sobre la e s p i n t a n a recostada
en el filo de la P l a z a R u m a n i a y se i m p o n e a la m a n o a z u l m a r r ó n ,
domeña esa serpiente de cinco cabezas que el río-mar alarga
hacia nosotros.
— E l m a e s t r o I n o M o x o , é l sí, d o t a d o d e p o d e r e s suficien¬
tes, i n v e n t a c h u l l a c h a k i s , no sólo eso: los i n v e n t a en el sitio y
t i e m p o de su a n t o j o .
D e c i d o p r e g u n t a r , no sé si a l c a n z o a h a c e r l o , veo la voz
d e D o n J u a n Tuesta r e p l i c á n d o m e :
— U n c h u l l a c h a k i e s m á s , n o e l d e m o n i o del b o s q u e , aquel
espanto que las g e n t e s creen, no. Existen otras clases. Un
c h u l l a c h a k i es ídem que p e r s o n a . M á s es y m e n o s es: apenas
apariencia de persona. ¿Me estarás entendiendo cuando digo
apariencia? El maestro Ino Moxo puede crear así, personas
que no son y que sí son p e r s o n a s , d e m a s i a d o y muy p o c o , siem¬
pre c o n s i d e r a n d o lo b a s t a n t e y' lo m e n o s de las gentes d e n t r o de
su normal, en su costumbre, ¿me estarás entendiendo? Ino
M o x o es diestro en las fuerzas y~ s a b i d u r í a s de e s c u l p i r c h u l l a -
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La m a n o del A m a z o n a s r e t r o c e d e , la v e o , y r e c u e r d o e n t r e
b r u m a s de c o l o r e s la n o c h e que O s e a r R í o s , s e l v á t i c o y p s i q u i a -
tra; exacto la sensación primordial del ayawaskha:
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res de d a ñ o , su pie d e r e c h o se a l t e r a , se a b o r r e c e , d e n u n c i a p a s o s
que se c o n t r a d i c e n , una h u e l l a de h u m a n o , al c a m i n a r , y la otra
de tigre o de v e n a d o , siempre. Y si se m u e s t r a en forma de
a n i m a l , s e g ú n sea el t a m a ñ o de la especie e l e g i d a , su pie dere¬
cho pisa c o m o n i ñ o o c o m o h e m b r a o c o m o h o m b r e .
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— E l h e r m a n o d e R u t h C á r d e n a s , m e dice D o n J u a n T u e s t a ,
su h e r m a n i t o m e n o r , es decir el c u ñ a d o más c h i c o de D o n Ja¬
vier, otra c a t e g o r í a de c h u l l a c h a k i es, así m i s m i t o . C u a n d o estés
en I q u i t o s anda a buscarle a Ruth Cárdenas, la e s p o s a de D o n
Javier. Pídele que t e c u e n t e d e su h e r m a n o A r o l d o C á r d e n a s .
En mi n o m b r e c o n v é r s a l e y ella te dirá m á s , t o d o lo que necesi¬
tes conocer.
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D o n J u a n T u e s t a se i n c o r p o r a h a c i a mí en la n e g r u r a de su
c h o z a , vuelve a s e n t a r s e , su c u e r p o vibra con el e m p o n a d o del
p i s o , p u e d o ver su s o n i d o azul, a n a r a n j a d o a s c e n d i e n d o en delga¬
das c o l u m n a s t r a n s p a r e n t e s , r o z a n d o mis cabellos como soplido
fresco, de t a b a c o , l i m p i á n d o m e la frente s u d o r o s a . La m a n o del
A m a z o n a s , a l a r g á n d o s e , piel d e v í b o r a t r e m e n d a , r o d e a l a c a b a n a ,
a b r a z o t e m e r o s o y t e m i b l e , es mi p r i m e r a n o c h e de ayawaskha,
tengo otra vez t r e c e a ñ o s , la m a n o del A m a z o n a s a s o m a p o r la
p u e r t a , abre la b o c a a z u l a n a r a n j a d a de sus dos c a b e z a s , c o m o un
kotomachácuy, esa boa gigante y bicéfala que vive al fondo de
los lagos e t e r n o s , y de la b o c a del río A m a z o n a s , de sus d o s b o c a s
sale la voz de D o n J u a n T u e s t a en mis v i s i o n e s :
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— P a c h a k a m á i t e es más lejos de I q u i t o s p e r o el c a m i n o se
ha o b s t r u i d o c o n las p a l i z a d a s de las b a l s a s de los v i r a k o c h a y
los h o m b r e s a n d i n o s , d e los c h o r i . Antes los a s h a n í n k a sabían
llegar h a s t a d o n d e vive e l dios P a c h a k a m á i t e . A h o r a han m u e r t o
t o d o s los a s h a n í n k a , t o d o s los c a m p a . A h o r a las c o s a s que t r a e n
los chori y los v i r a k o c h a , m a c h e t e s , h a c h a s , m u n i c i o n e s , las da
P a c h a k a m á i t e , ló s a b e m o s . Se las da p a r a n o s o t r o s , p a r a que los
hijos de los ashanínka podamos cazar, podamos hacer chacras,
sembríos. P e r o los v i r a k o c h a y los chori nos v e n d e n esas c o s a s
diciendo que les ha c o s t a d o d i n e r o , que ellos las c o m p r a n , las
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N o m e gusta h a b l a r , v e r d a d e r a m e n t e n o m e gusta h a b l a r d e e s t o ,
s e i n c o m o d a R u t h C á r d e n a s , e s p o s a d e D o n J a v i e r aquí e n I q u i -
tos, sólo p o r q u e lo pide D o n J u a n T u e s t a es que voy a contarte,
en su casa de la calle Ñ a p o , n ú m e r o 3 8 5 , a m e d i a c u a d r a de la
Plaza de A r m a s . N u n c a he h a b l a d o de e s t o , dice, a excepción
de esta vez, m i r a : mi h e r m a n o que a h o r a es c h u l l a c h a k i se llama¬
ba A r o l d o , A r o l d o C á r d e n a s , o se l l a m a , no sé. Tenía cuatro
añitos c u a n d o le pasó lo que n o s p a s ó .
— ¿ E r a el m e n o r de u s t e d e s ?
— N o , m i m a d r e y a h a b í a d a d o otro b e b é , d e a p e n a s quin¬
ce días p o r e n t o n c e s . V i v í a m o s en un pueblito n o m b r a d o 'Te¬
niente C o r n e j o ' , cerca de la c i u d a d de C o n t a m a n a . .. Mi p a p á
le había comprado una chacra, a cambio de dos botellas de
aguardiente, al brujo J u l i o V a l l e s que era n u e s t r o v e c i n o . Re¬
cuerdo: mi p a p á trabajó d u r o en la c h a c r a l i m p i á n d o l a y sem¬
b r á n d o l a h a s t a dejarla lista, b i e n bonita. Cuando el brujo J u l i o
Valles vio que la c h a c r a ya e s t a b a p r e p a r a d a , a p u n t o de r e n d i r ,
quiso r e c u p e r a r l a , propuso devolverle a mi p a p á las b o t e l l a s de
aguardiente como único reembolso sin considerar los gastos de
semilla, de t i e m p o , de a b o n o , de t r a b a j o . L ó g i c a m e n t e mi p a p á
no q u i s o . El brujo Julio V a l l e s n a d a dijo p e r o le c a m b i ó la c a r a ,
el á n i m a se le dio vuelta en r e l a c i ó n a mi p a p á . A n t e mi p a p á
no dijo n a d a p e r o a otras p e r s o n a s , por ahí, j u r ó voy a v e n g a r m e .
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J u s t a m e n t e ese día t e n í a m o s p e o n e s t r a b a j a n d o en la c h a c r a .
Mi m a m á , por a t e n d e r a su bebito no p o d í a llevarles la c o m i d a ,
nos m a n d ó a mi h e r m a n a y a mí que ya é r a m o s g r a n d e c i t a s . Re¬
c u e r d o : A r o l d i t o nos quería seguir y mi m a m á no q u i s o d i c i e n d o
que n o s o t r a s no lo í b a m o s a cuidar. V a y a n ustedes s o l a s , o r d e n ó .
Y se q u e d ó A r o l d i t o sin saber que ya no í b a m o s a v e r n o s n u n c a
más. En ese momento se presentó una torrencial lluvia. Mi
m a m á estaba b a ñ a n d o al m e n o r c i t o y t u v o que dejar t o d o , des¬
a t e n d e r l o t o d o igual que a A r o l d o , p o r c u l p a de la lluvia: se p u s o
a d e s c o l g a r las r o p a s del a l a m b r e p a r a que no se m o j e n , y los
t r o z o s de paiche s a l a d o que e s t a b a n s e c á n d o s e afuera, en el p a t i o ,
también, y guardar todo. P o r q u e mi p a p á , a d e m á s , era b u e n pes¬
cador. P o r estar en esos trabajos mi m a m á no se dio c u e n t a , en
sólo un m o m e n t i t o , p o r d ó n d e fue a m e t e r s e , c a m i n a n d o , mi her¬
mano. T e r m i n ó de g u a r d a r t o d o d e n t r o de la casa y b u s c ó al
Aroldito. No h a b í a . Y la lluvia e s t a b a c a y e n d o f u e r t e m e n t e . En
todo el caserío lo b u s c ó , por t o d a s p a r t e s . Y nada. Cuando
nosotras volvimos de la c h a c r a encontramos desesperada a mi
mamá, l l o r a n d o p o r q u e n o había e l b e b é . Así, entre lágrimas,
nos m a n d ó a b u s c a r l o . C o n t o d a la lluvia s a l i m o s , a v i s a m o s a mi
papá, los tres v o l v i m o s a b u s c a r en el m o n t e , en el l a g o , con
a y u d a de los p e o n e s que ya no q u i s i e r o n ni c o m e r .
ib
D o s años d e s p u é s c o n o c i m o s a un c a m p a , un a s h a n í n k a que
vivía p a s a n d o el p u e b l o , se l l a m a b a creo que S e v e r o , sí: se llama¬
ba Severo Q u i n c h ó k e r i . El nos c o n t ó que en su m a r e a c i ó n , du¬
rante las t o m a s de ayawaskha, h a b í a visto c ó m o el brujo Julio
Valles hizo a g a r r a r a mi hermano con el c h u l l a c h a k i . Severo
Q u i n c h ó k e r i n o s h i z o saber que el brujo, fingiéndose un chulla-
chaki igualito a mi m a m á , f r a u d u l e n t o , d i s f r a z á n d o s e con el cuer¬
po y la voz de mi m a m á , i d é n t i c o , p u d o r o b a r s e al A r o l d i t o . El
c a m p a Severo Q u i n c h ó k e r i t a m b i é n nos informó que en las n o c h e s ,
c o m o A r o l d o t o d a v í a era muy niñito y lloraba e x t r a ñ a n d o a mi
m a m á , el brujo J u l i o Valles lo t r a í a h a s t a las i n m e d i a c i o n e s de
nuestra casa p a r a que se c a l m a r a . En las n o c h e s lo t r a í a , escon¬
d i d o en la o s c u r i d a d , y el b e b é oía la voz de mi m a m á o el
llanto de mi m a m á , p o r q u e mi m a m á l l o r a b a día y n o c h e , y es¬
c u c h á n d o l a mi h e r m a n o se q u e d a b a t r a n q u i l o . A u n q u e sea escu¬
c h á n d o l a llorar s e q u e d a b a t r a n q u i l o . L a c a s a , e n t o n c e s , era t o d a
p a l m e r a s , y a r i n a s , era libre, p o d í a c a m i n a r s e m u c h o . Y las veci¬
nas iban a c o n v e r s a r con mi m a m á , c o n s o l á n d o l a p o r las n o c h e s ,
turno hacían para acompañarla, para no dejarla sola. Pero la
soledad de mi m a m á no era de gente sino de su hijo A r o l d o . ¡Y
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— C u a n d o J u a n G o n z á l e z veía e n a y a w a s k h a a t u h e r m a n i t o
A r o l d o , ¿ p o d í a distinguir en qué lugar se e n c o n t r a b a ?
— C o n c l a r i d a d , con c l a r i d a d , n o p o d í a . Sólo dijo que A r o l -
do e s t a b a v i v i e n d o j u n t o a u n o s c e r r o s , fuera de la selva. Al pie
de unos c e r r o s d e s c o n o c i d o s y g r a n d e s lo veía venir en sus visio¬
nes. T e n í a q u e ' l l a m a r l o h o r a s d e h o r a s p a r a v e r l o venir, segura¬
m e n t e se e n c o n t r a b a bien lejos. Dijo t a m b i é n que el día en que
llovió b a s t a n t e y el c h u l l a c h a k i se r o b ó al A r o l d o , mi h e r m a n a
y yo p a s a m o s j u n t o a n u e s t r o h e r m a n i t o sin distinguirlo. Dijo
que el c h u l l a c h a k i lo e s c o n d i ó de n u e s t r o s ojos y no p u d i m o s
verlo p o r m á s que casi t r o p e z a m o s con él v a r i a s veces m i e n t r a s
lo b u s c á b a m o s . J u a n G o n z á l e z a s e g u r ó que si n o s o t r a s hubiése¬
mos fumado un cigarrillo ¡carado p o r algún b r u j o , seguro que
hubiéramos podido ver a A r o l d o p o r m á s de los esfuerzos y la
ciencia del c h u l l a c h a k i J u l i o V a l l e s . Pero nosotras ¿cómo íbamos
a saber? Mi p a p á t a m p o c o , no se le o c u r r i ó icarar n i n g ú n c i g a r r o ,
n a d a , muy a b a t i d o e s t a b a . . . N u n c a nos notificaron m á s de A r o l -
do. Sólo s a b e m o s que lo h i c i e r o n c h u l l a c h a k i t a m b i é n a él.
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—No. A I servicio d e l o s .
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p u g n a n d o f u e r t e m e n t e , y el c ó n d o r p a d r e p i c o t e ó mis b r a z o s p e r o
no con h e r i d a s sino con c i c a t r i c e s , las d e s g a r r a d u r a s que me im¬
p u s o ya n a c í a n c e r r a d a s . A h í r e a p a r e c i ó el i n k a M a n k o Kalli y
me dijo h a s c u m p l i d o . Y o , hijo del sol del m e d i o d í a , dijo, e s p o s o
de M a m á n t z i k i , yo te nombro mi ayúmpari. Y con sus manos
suaves y oliváceas como enguantadas con la piel de un niño
M a n k o Kalli d e s a m a r r ó al c ó n d o r que se volvió a m a r i l l o y se fue
t e m b l o t e a n d o d ó c i l m e n t e con el hijo del sol, p o s a d o en el p e c h o
del hijo del sol, m e n o s que m a r i p o s a sobre su c o r a z ó n . . .
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ducción... editado por REZISTENCIA www.rezistencia.org
www.rezistencia.org -------- editado por el CE
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el t o h é , p e r o él me c o n t e s t ó . El t o h é me c o n t e s t ó . C o n el t o h é
tú p u e d e s ver a las gentes y p u e d e s c o n v e r s a r , las gentes te con¬
testan con n a t u r a l i d a d . Y t o d o es n a t u r a l , m á s n a t u r a l que en
este n a t u r a l . D e s p u é s vi que yo e s t a b a i n t e r n a d a en un h o s p i t a l
y dos e n f e r m e r a s de b l a n c o me h a c í a n g u a r d i a . Y la m á s bajita
sostenía un b e b i t o entre los b r a z o s . V a r o n c i t o es, s e ñ o r a , me
decía. . . A ñ o s d e s p u é s lo vi igualito pero sin t o h é . En el m i s m o
hosf/cal e s t u v e , entre las m i s m a s e n f e r m e r a s de mi visión, y el
b e b é era J a v i c o , mi primer hijo de a h o r a , de a q u í , i d é n t i c o . ' Vi
t a m b i é n a mí e s p o s o , esa vez, con el tohé. Un j o v e n de c a m i s a
con flores y p a n t a l ó n verde o s c u r o t o c a b a la p u e r t a de mi casa
en C o n t a m a n a . P o r la v e n t a n a lo vi y de p r i m e r a i n t e n c i ó n no
quise abrirle. El g o l p e ó con m á s fuerza, con gran s e g u r i d a d . Yo,
nada. G o l p e ó o t r a vez. ¿Quién e s ? , me a n i m é a p r e g u n t a r c o n
un m i e d o que no sabía, que a c a s o no era m i e d o . ¡Es la felicidad!,
c o n t e s t ó el j o v e n r i é n d o s e , ¡la felicidad llama a tu p u e r t a ! . . . Y
y o , c o m o si yo no fuera, r i é n d o m e t a m b i é n , c o n t r a mi p r o p i a vo¬
luntad le abrí. A ñ o s d e s p u é s , y sin t o h é , volví a p r e s e n c i a r exac¬
t a m e n t e lo m i s m o que en esa visión. Recuerdo: el m i s m o j o v e n
pero más adulto, m e d i o grueso y con barba, se h a l l a b a entre
otras personas que y o tampoco conocía entonces. Tú estabas
entre ellas. Y ellas i n d i c a b a n al j o v e n de b a r b a y me decían m i r a ,
es tu e s p o s o , el p a d r e de tus hijos. Yo me reía. En m e d i o de mi
mareación reía p o r q u e yo era c o n s c i e n t e que n u n c a había visto
a ese señor, no me había c a s a d o ni p e n s a b a c a s a r m e , ni siquiera
lo c o n o c í a . . .
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Y sin d e j a r m e t i e m p o :
— ¿ C ó m o será la c a r a de las á n i m a s ?
Javico se i n t e r p o n e :
— ¿ D e qué c o s a s t e h a b l a ? , m e s o r p r e n d o d i c i é n d o l e .
— D e todo. Porque cuando el ánima muere, muere sabién¬
dolo todo.
R u t h C á r d e n a s les r u e g a irse a j u g a r al p a t i o . El a g u a c e r o
ha vuelto a d e s c o l g a r s e . El Cristo de m a d e r a abre sus alas sobre
la p a r e d , frente al renaco azul que pintó Yando Ríos.
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vi un Cristo feliz
que abrió las alas y se fue volando
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vi también otro
pueblo que no he visto jamás
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A n í b a l T u p a y a c h i t o m ó a J u l i o C o r t á z a r de la m a n o y son¬
r i e n d o se lo llevó por esos r o q u e d a l e s , a n d a n d o al pie del sitio
d o n d e se l e v a n t a b a el altar del D i o s P u m a , un i m p o s i b l e falo de
p i e d r a que partía los cielos del Cusco. Deslumhrado por las
historias d e A n í b a l Tupayachi, Cortázar pasó j u n t o al semicírculo
de asientos t a l l a d o s en la p i e d r a en d o n d e m u y a n t a ñ o se apo¬
s e n t a b a n los s a c e r d o t e s i n k a s , las p e r s o n a s del Sol. Ugné Karve-
lis q u e d ó a mi lado, los dos m i r a n d o con los m i s m o s ojos la
imagen ternurosa del niño quechua conduciendo a ese gigante
claro bajo el p o n c h o negro c o m o si se t r a t a r a de su h e r m a n o m á s
frágil y p e q u e ñ o . Luego los v i m o s a p a r e c e r a r r i b a del peñasco
r e d o n d o , en la cima del T e m p l o los perfiles de A n í b a l y de J u l i o ,
sus c o n t o r n o s de b r o n c e i l u s i o n a d o s por la paz del sol.
— E s t a s dos c o l u m n i t a s de p i e d r a que usted ve aquí, h a b r í a
dicho a Julio C o r t á z a r el niño quechua en lo alto del peñón,
estas dos c o l u m n i t a s Intiwatana se llaman aunque los virakocha
las m a l c o n o c e n c o m o Reloj Solar. P e r o ellos p u e s qué saben,
no son Reloj Solar, le h a b r í a d i c h o . En el i d i o m a de n u e s t r o s
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— C a n t a n d o , p u e s , l o h a c í a n , l e dijo A n í b a l T u p a y a c h i . Con
canciones, taytachay, padrecito, con canciones las m o v í a n nues¬
tros a n t i g u o s , con ¡caros, con c a n c i o n e s m á g i c a s . C a n t a n d o , así
hacían viajar n u e s t r o s p a s a d o s a las p i e d r a s g i g a n t e s . . .
A h o r a , en mi n o s t a l g i a , el n i ñ o q u e c h u a tiene c a b e l l o s ma¬
r r o n e s , ojos casi c l a r o s , d e s v a n e c i d o s más bien, piel b l a n q u e a d a
bajo el o s c u r a r s e de a q u e l l o s c u a t r o siglos de vivir bajo el sol.
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Y vi que yo le decía:
— ¿ P o r qué n o p u e d e v e r m e usted, m a e s t r o ?
—El m a c h o es quien e m p o l l a , volvió a decir a solas, sin
oírme ni v e r m e .
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L a s siguientes j o r n a d a s d a r í a n la razón a C a r l o s M a l d o n a d o ,
p o r q u e p a r a llegar hasta Ino M o x o , al país amawaka, hay que
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Y se calló de s ú b i t o . E s c u c h é t o d a la n o c h e sus r o n q u i d o s .
Y el aliento de p i e d r a de Félix I n s a p i l l o t e n d i d o a mi l a d o . Y
ese aleteo e m p e c i n a d o a s e d i a n d o las c a r p a s . . .
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Al final de c a d a r e u n i ó n , ya de regreso en el H o t e l T a r i r i ,
c o m e n t a b a c o n mi p r i m o C é s a r : era posible sentir c ó m o el ámbi¬
to de la c h o z a se c o l m a b a de fuerzas y esas fuerzas nos conta¬
giaban una invencible y serena ansiedad, indescriptible omnipoten¬
cia p e n e t r á n d o n o s d e s d e los pies d e s n u d o s , p o r las sienes, c o m o
delgadísimos riachuelos de aire que encontraran su cauce en
n u e s t r o s p o r o s y nos e n g r a n d e c í a n el p e c h o y la e x i s t e n c i a , y era
posible ver al brujo enfrente de n o s o t r o s y p a r a ello no precisá¬
bamos ni e n t r e a b r i r los párpados.
—Después no vi b a m b ú e s de c o l o r e s sino un río g r i s á c e o
y m u c h o s m u e r t o s , me está d i c i e n d o C é s a r en el avión, muche¬
dumbres de muertos que b a j a b a n flotando acribillados y el río
se h a c í a s a n g r e y b r i l l a b a c o m o un cuchillo rojo en el v e r d o r y
c o n t a g i a b a al cielo de la t a r d e . Y d e s p u é s vi m á s cosas que no
p u e d o d e c i r , que no he visto j a m á s , me dice C é s a r en el a i r e , vo¬
lando hacia Pucallpa. Le creí, no le creí. H a s t a que conocí a
Don Hildebrando. La s e g u n d a n o c h e que estuve a visitarlo fue
t a n t a la t e n s i ó n d e n t r o de su t a m b o , la a c u m u l a c i ó n de p o d e r e s
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— F u e r o n v e n c i d o s , sonó la voz de D o n H i l d e b r a n d o en la
oscuridad. Espíritus dañosos han estado queriendo ingresar pero
fueron v e n c i d o s . . .
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c u r a r la t u b e r c u l o s i s , que ellos d e n o m i n a b a n , c r e o , y a n a w a y r a ,
que quiere decir viento negro en q u e c h u a , otra m ú s i c a p a r a otra
e n f e r m e d a d , h a s t a tenían una m e l o d í a única que sólo se utilizaba
p a r a hacer el amor, p a r a devolverle la j u v e n t u d sexual a los
viejos.
Y r e m a r c ó m i r á n d o l a , e n c e r r á n d o l a con c r e c i e n t e fijeza:
— Y o voy a preparar esa p i e d r a p a r a usted. Ya la tengo
curada desde h a c e t i e m p o pero a h o r a la voy a dirigir hacia us¬
ted, hacia el d a ñ o que le a t o r m e n t a a usted. M a ñ a n a se la en¬
tregaré.
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Al c a b o de la t e r c e r a n o c h e , ¿o de la ú l t i m a ? , el G r a n M a g o
Verde de la Tierra Roja rememoró a Ino Moxo:
— L a s veces que lo vi no se llamaba todavía Ino Moxo.
O t r o n o m b r e tenía. E n l e n g u a d e a m a w a k a s I n o M o x o e s Pan¬
tera N e g r a . Yo lo frecuenté antes que se c o n v i r t i e r a en la pante¬
ra n e g r a de los a m a w a k a . Me a c u e r d o : tenía la piel c o m o de día,
el c a b e l l o m a r r ó n , los ojos de m e s t i z o . N u n c a le p r e g u n t é ni él
me lo dijo p e r o yo sabía que su p a d r e había v e n i d o d e s d e Are¬
q u i p a en b u s c a de fortuna y que los a m a w a k a lo raptaron por
una o r d e n del gran jefe X i m u . X i m u era e n t o n c e s el s h i r i m p i á r e ,
el j e f e - b r u j o de los a m a w a k a que h a b i t a n el M i s h a w a . No supe
n u n c a p o r qué lo r a p t a r o n p r e c i s a m e n t e a él, p o r qué se lo lleva¬
ron m o n t e a d e n t r o , U r u b a m b a a r r i b a , p o r las selvas del M a p u y a ,
por qué lo prepararon desde niño para que fuera sucesor de
Ximu. Ya que durante a ñ o s el gran m a e s t r o Ximu lo educó
p a r a jefe. P o r qué lo e l i g i e r o n , lo r a p t a r o n y le e n s e ñ a r o n t o d o
a él, eso es lo que no sé. . .
—Don Hildebrando mismo, tú le has visto en Pucallpa —
dice Iván— sabe un icaro que carga con juventud sexual a una
bebida. Yo se la pedí una vez para un pariente que tiene casi
setenta años, yo he visto cómo le mira ahora su mujer, y su mu-
jer tiene apenitas veinte años. . .
También D o n H i l d e b r a n d o m e h a b l ó d e los p o d e r e s d e I n o
M o x o , de la c e l e r i d a d con que el niño s e c u e s t r a d o a c r e c e n t ó las
enseñanzas de X i m u , de c ó m o se fue haciendo inalcanzable no
sólo en las t e m i b l e s b o n d a d e s de la magia sino en las m á s temi¬
bles del a m o r y en las m e n o s m a ñ o s a s de la g u e r r a .
—Sabiduría, fuerza y cariño —dijo—. Conocimiento del
p o d e r y p o d e r del c o n o c i m i e n t o . El agua es un secreto. L o s ríos
p u e d e n existir sin agua p e r o no sin orillas. Y esas son las o r i l l a s
de I n o M o x o : sabiduría, fuerza y cariño. Sin ellas no p o d r í a
t r a n s c u r r i r la vida de un brujo d i g n o de los a m a w a k a .
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E s c u d r i ñ é , a mi e s p a l d a , los a l t o s m a t o r r a l e s .
Iván no aparecía.
no
nuestro guía se
extravía
E s c u d r i ñ o , , a mi e s p a l d a , los altos m a t o r r a l e s .
Ni u n a s e ñ a de Iván.
D e b i e r a d e s a s o s e g a r m e su t a r d a n z a , lo sé, p e r o es inevitable:
tras d e D o n H i l d e b r a n d o , a m i m e m o r i a vuelve D o n J a v i e r . Fue
en el restaurante 'La Baguette' de P u c a l l p a , a m e n o s de cien
m e t r o s del H o t e l T a r i r i , que c o n o c í a ese brujo j u b i l o s o , posee¬
d o r de 19 hijos en c u a t r o h o g a r e s l e g í t i m a m e n t e e s t a b l e c i d o s . Es
usted d e m a s i a d o h o g a r e ñ o , D o n J a v i e r , sonreí. Eso dicen, res¬
p o n d i ó él, halagado, y algunos envidiosos afirman además que
t e n g o c u a r e n t a a ñ o s y sesenta m i l l o n e s de soles. Tú h a s com¬
p r o b a d o que es al r e v é s , a m i g o S o r i a n o , t e n g o c u a r e n t a soles y
sesenta m i l l o n e s de a ñ o s . Y volvió a sonreir. Se e n c o n t r a b a de
paso como siempre y como siempre repasando un vaso de cer¬
veza 'San J u a n ' que i n t e r c a l a b a con c o p a s d e a g u a r d i e n t e d e h i p o -
ruru, clavowashka o chuchuwasha.
—Los c a m p a que siguieron p o r miles a Inganíteri se nega¬
ron a unirse a la guerrilla. El r e b e l d e L u i s De La P u e n t e tal
vez debió decirles que iba a combatir, él también, por una
mujer. . .
Y oscureciendo su sonrisa quieta:
— D e b i ó d e c i r l e s que iba a r e s c a t a r a u n a h e m b r a , esa hem¬
bra que a l g u n o s a ú n l l a m a n . . . que a l g u n o s aún l l a m a n creo que
libertad.
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m o m e n t o c o n t r o l é mi m i e d o . Si me h u e l e n el t e m o r , me m a t a n .
Estiré mi m a n o hacia las l u c e c i t a s m á s c e r c a n a s , no se m o v i e r o n .
T o q u é : e r a n t r o n c o s . R e s p i r a n d o p r o f u n d o me alivié: se t r a t a b a del
m u s g o que se va g u a r d a n d o en la h u m e d a d de los á r b o l e s m u e r t o s ,
ese m u s g o que de día no es n a d a , ni se n o t a , y de n o c h e brilla me¬
j o r que un c e n t e n a r de l a m p a r i t a s . C o n confianza volví a c a m i n a r ,
siempre t a n t e a n d o el piso con los pies, a ciegas. Me di con un arro¬
y o , bebí c o m o loco y me t u m b é sobre la hierba. En eso me acor¬
dé: si sigo la c o r r i e n t e del r i a c h u e l o , me dije, m á s t a r d e o más tem¬
p r a n o llegaré a un río g r a n d e . Y si llego a un río g r a n d e estoy
salvado. A l g ú n viajero, a l g ú n p e s c a d o r me ha de rescatar. En¬
tré al agua r i e n d o y e m p e c é a c a m i n a r por el m e d i o del c a u c e ,
sobre las p i e d r a s . P a r a saber la d i r e c c i ó n del r í o , tan c o n f u n d i d o
e s t a b a , en l u g a r de usar a l g u n a hoja r o m p í un p e d a z o de mi ca¬
misa y lo p u s e en el a g u a . No p o d í a ver n a d a . T o c a n d o el t r o z o
de tela que se iba p a r a un l a d o , m i r a n d o con mis d e d o s , así supe
hacia d ó n d e fluía el a r r o y o . C a m i n é , p u e s , con el agua hasta el
pecho, p o r i n s t a n t e s h u n d i d o bajo el agua. Caminé y caminé
hasta que p u d e oir bien c e r c a , allí d e l a n t e , el e s t r u e n d o del U c a -
yali. Iba a a p r e s u r a r m e c u a n d o sentí que el a r r o y o se d e t e n í a .
¡El d e s g r a c i a d o se detenía u n a s leguas antes de e n t r a r al río, se
dispersaba en un gigantesco p a n t a n o ! E r a i m p o s i b l e pasar. Los
pantanos, además, están llenos de víboras, me a c o r d é . Y me
a c o r d é que t o d o s los r i a c h o s , t o d a s las q u e b r a d a s de esa z o n a ,
también los arroyitos más delgados, t a m b i é n ese donde yo me
hallaba, todos e s t á n h a b i t a d o s p o r una víbora pequeña y negra,
de v e n e n o m o r t a l , que l l a m a n n a k a - n a k a . ¡Y p o r otra m á s gran¬
d e , la y a k u - j e r g ó n , m á s feroz t o d a v í a ! T r a t a n d o de no m o s t r a r
mi m i e d o e m p e c é a r e g r e s a r p o r el a r r o y o . H o r a s de h o r a s , de
n u e v o , p e l e a n d o c o n t r a la c o r r i e n t e y p e n s a n d o que en c u a l q u i e r
m o m e n t o me m a t a b a u n a v í b o r a . Al fin llegué a un c l a r o , salí
del r i a c h u e l o y me d e s p l o m é sobre la h i e r b a , me vencí. Ya no
doy m á s , me dije. P e r o no. Me c o n f u n d o . E s t o que te he con¬
t a d o p a s ó días d e s p u é s , e n l a sétima n o c h e . Q u e m e c o m a n los
b i c h o s , dije, y me olvidé de mí.
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Pese a t o d o s u r c a m o s y s u r c a m o s . C a d a vez m á s o p a c a y
angosta la q u e b r a d a se e x p a n d e de súbito a r r i e s g á n d o s e en u n a
cita de aguas c o n t r o v e r t i d a s . ¡Es el M a p u y a , de m a ñ o s a s corrien¬
tes, que p e n e t r a en el Inuya f u l g u r a n d o c o m o un p é n d u l o ! ¡Y
la q u e b r a d a del I n u y a suena en la t a r d e , se resiste, suena m á s
todavía!
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— ¿ O y e s c ó m o c r e c e el r í o ? , s o n ó la voz de Iván d e l a n t e m í o .
El s e n d e r o elegido por el n i ñ o amawaka parecía internarse
hacia lo h o n d o del m o n t e p e r o n o , a unos d o s c i e n t o s m e t r o s de
h a b e r a t r a v e s a d o esa suerte de p ó r t i c o de r a m a s el c a m i n o regre¬
saba p a r a l e l o a la orilla a t i s b a n d o las aguas v e r d i n e g r a s del M a -
p u y a por e n t r e las rendijas que a c e p t a b a el boscaje. C u a n d o hu¬
b i m o s a n d a d o , ¿ u n a , dos h o r a s ? , o b e d e c i e n d o e l c u l e b r e o d e l a
t r o c h a , r a z o n é q u e mejor h u b i e r a sido a v a n z a r ese t r a m o e n nues¬
tra fatigada y eficiente p i r a g u a de m o t o r , e x o n e r a n d o así de m á s
trajines a n u e s t r o s p o b r e s c u e r p o s . P r o n t o tuve que a g r a d e c e r la
d e c i s i ó n del n i ñ o . El r u m o r del río se iba v o l v i e n d o e s t r u e n d o
c o n f o r m e c a m i n á b a m o s y sus r i b e r a s se confabulaban más y más
a l z á n d o s e en p a r e d e s de g r e d a o s c u r a y h ú m e d a y b r i l l a n t e . Lle¬
gué a sentir n o s t a l g i a de aquel t e m o r que t u v e descubriendo el
t r o n a r del Urubamba. P u e s el R í o S a g r a d o , c u y o fondo de fan¬
gos a m o r d a z a al e m p e c i n a m i e n t o de las a g u a s , i m p o n í a una músi¬
ca de orillas m á s e x t e n s a s p e r o francas y l á n g u i d a s . El c a n t o del
M a p u y a , en c a m b i o , s i m u l a n d o a n g o s t a r s e , en verdad se afilaba
sobre un l e c h o de fósiles, p i e d r a s de e s c á n d a l o y de r e m o l i n o s ,
inmemoriales cascajos rencorosos. Los no hace mucho tímidos
b a r r a n c o s se v o l v í a n i n s o l e n t e s farallones y la c o r r i e n t e se torna¬
ba vértigo revestido de troncos, de cocodrilos que se fingen
t r o n c o s , i n e r t e s y v a r a d o s en los r e c o d o s a r c i l l o s o s o t u m b a d o s
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La voz de I v á n me orienta en lo o s c u r o :
— L o s e s t r e c h o s del M a p u y a son c u i d a d o s p o r serpientes
gigantes, e n o r m e s boas d e c u a r e n t a , d e c i n c u e n t a m e t r o s , que
llaman y a k u m a m a . E n q u e c h u a y a k u m a m a significa L a M a d r e
de L a s A g u a s . ¿ O y e s ? No hay razion p a r a que un río flaco pro¬
d u z c a t a n t o r u i d o , ese ruido de t e r r i b l e s c o r r e n t a d a s . La y a k u -
m a m a las p r o v o c a , eso dicen. . .
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I n s a p i l l o e s t u v o a p u n t o de r e p l i c a r , no p u d o , sólo un r e -
z o n g o suyo r a s g u ñ ó la p o s t r e r a o s c u r i d a d del t ú n e l . Precisamen-
te a la salida del boscaje c o n d e n a d o p a r a s i e m p r e a la n o c h e , allí
d o n d e el s e n d e r o volvía a ser s e n d e r o , e n s a n c h á n d o s e p o r fin re¬
c o n c i l i a d o con el cielo q u e m a n t e , n o s d i m o s con un n u e v o impe¬
dimento: la increíble desmesura de un shiwawako d e r r i b a d o , todo
e n v u e l t o de m u s g o , de raíces y de a r a ñ a s p l o m i z a s y de m o h o ,
se alzaba ante nosotros vedándonos la trocha como un muro
verdusco y melancólico. Sólo a l g u n a s b a y u c a s , esas o r u g a s orti¬
gantes, verdes, blancas, rosadas, amarillas, rojas, de pelambre
sedosa y azulada, aventuraban sobre el shiwawako su lentitud
flemosa, p o n z o ñ o s a , imprudente. L o s e x t r e m o s del árbol caído
se perdían a a m b o s l a d o s del sendero bajo dos confusiones de
arbustos espinosos y de heléchos: encajes prestigiados p o r una
que otra o r q u í d e a c o m o por las ruinas de un incendio sucedido
hace tiempo. Él a m a w a k a e s c a l ó el árbol m u e r t o en un i n s t a n t e .
I v á n l o s e c u n d ó , l u e g o I n s a p i l l o , h e n d i e n d o l a c o r t e z a con m a n o s
y con pies igual que si fueran garfios f a b r i c a n d o p e l d a ñ o s . Nos¬
o t r o s , e n c a m b i o , nos d e m o r a m o s t r e p a n d o u n o s o b r e o t r o , enca¬
d e n á n d o n o s hacia lo alto d e aquel m u r o d e m a d e r a e s c o m b r a d a ,
c a y e n d o t o r p e m e n t e al otro lado, r e c u p e r a n d o n u e s t r a senda ta¬
p i z a d a de l i a n a s d e s a s i d a s , de ilusas hojas secas que crujían mo¬
jadas. N o h a b í a n i siquiera l l o v i z n a d o p e r o el inmenso tronco
estaba h ú m e d o . Gruesas gotas caían desde el cielo r e s q u e b r a -
j a d o p o r un sol de m i e d o . A l c é los ojos: las gotas no caían d e s d e
el cielo. ¡La lluvia de otro t i e m p o , a c u m u l a d a en la c o p a de los
á r b o l e s , a h o r a c u m p l í a , ya p a r a q u é . su oficio, f l u y e n d o a p a u s a s ,
sin n i n g ú n s e n t i d o , d e s l i z á n d o s e en v a n o c o m o el l l a n t o de un
muerto!
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ducción... editado por REZISTENCIA www.rezistencia.org
www.rezistencia.org -------- editado por el CE
flaca barba con los dedos, apresuró un tercer vaso de aguardien-
te de caña.
Y señalando mi grabadora:
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Descansa la madrugada,
se va a dormir la mañana,
no se desunen las manos:
siempre abrirán la ventana.
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Y nos pidió disculpas por tener que dejarnos, dijo que po¬
díamos quedarnos otro instante en su casa, que no lo visitáramos,
eso sí, a la noche siguiente ni a la subsiguiente, que iba a tener
que reponerse mucho, de seguro dormiría varios días su cuerpo
material, varias semanas su cuerpo espiritual. Y salió arrastran¬
do los pies, encorvado, con los barzos vencidos, como un con¬
valeciente, muy despacio.
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"Ibáre pawané
Ibáre pawané
Warmikaro yamarémo
Yamaré Yamarerémo"
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A s í , al m e n o s , me lo c o n t ó I n g a n í t e r i . Y dijo que K a a m e t z a
y N a r o w é llegaron j u n t o s , j u n t o s , al p l a c e r . Y que c u a n d o goza¬
ron, e x a c t a m e n t e en el instante en que a m b o s g o z a r o n , ahí fue
que el m u n d o se i n v e n t ó la luz.
—Del primer goce del primer amor nació la luz, sobre toda
la tierra se hizo la luz —me dice Don Javier.
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...texto solo para uso didáctico, prohibida su reprod
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m o t o c i c l e t a s y ios taxis d e s b a r a t a d o s en los altibajos de las rutas
de p o l v o que las lluvias, en vez de c o n s o l a r , e n t r a m p a n de fanga-
les. P e r o hoy no ha llovido, por las v e n t a n a s del Hotel T a r í n
entra el vaho fatal y a m a r i l l e n t o de la m e d i a m a ñ a n a . Don. Javier
se i n c o r p o r a de la silla y toma asiento sobre su cajón de cedro
melodioso, sus d e d o s acarician la c a r a de la caja de madera y
se van d e s p a c i a n d o , despaciando. y el i n s t r u m e n t o suena c o m o
si r e c o r d a r a , con v e l a d a tristeza.
— A l g u n a vez te c o n t a r é del negro Babalú, así se l l a m a b a ,
B a b a í ú , n o m b r e de no sé cuál divinidad africana.
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Lando, ¡ando,
estrella negra y espuma,
lando, lando,
espuma negra y azúcar,
lando, lando,
azúcar negra y blancura,
lando, lando,
blancura negra,
lando.
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Lando, lando,
estrella negra y espuma,
lando, lando,
espuma negra y azúcar,
lando, lando,
azúcar negra y apura,
lando, lando,
apura, negra, y alumbra
lando, lando,
alumbra, negra,
lando.
¡Caramélame, Carmela,
Carmela, Carmelandó!
¡Lando!. ..
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E i n d a g á n d o m e más con la m i r a d a :
—¡Sí, estás pensando en Juan Santos A t a o W a l l p a , en la
s u b l e v a c i ó n de S a n t o s A t a o W a l l p a c o n t r a los c o n q u i s t a d o r e s es¬
pañoles!
D o n J a v i e r h a b l a b a e x t r a ñ a m e n t e c o m o si r e c i t a r a un texto
de m e m o r i a o c o m o si leyera. L l e g u é a p e n s a r que sólo e s t a b a
repitiendo palabra por p a l a b r a lo que alguien le dictaba desde
quién sabe dónde.
— ¡ M i r a n d o estoy el sol de mis a n t i g u o s , este p o z o t a p i a d o
d o n d e t o d a v í a se d e s v e l a n sus v o c e s i n v e n c i b l e s !
—No entiendo, Don Javier, quise decir p e r o sus ojos ce¬
r r a d o s me a m e d r e n t a r o n y su voz, que no era su voz, c o n t i n u ó
perorando:
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y los lagartos tenían ojos más grandes que el cuerpo de los lagar¬
tos, y el sol se ponía más adelante y yo no tenía cuándo llegar. La
primera vez que yo bebí ayawaskha fue hablar y sentir mi voz
amplificada, como si saliera de esos parlantes que cantan en el
Coliseo Cerrado de Iquitos cuando canta Raúl Vásquez, y oir mi
voz afuera, lejos de mi garganta. Y fue mirarme de cuerpo ente¬
ro, echado ahí en el piso. Y fue ver otra vez a mi padrino pero
verlo brillando, brillando, cubierto por una cushma de miles de
luciérnagas, y mirar cómo se iba poniendo gris, oscureciéndose,
apagándose conforme hablaba. Si estás luchando contra un daño
fuerte, me decía mi padrino, lo que te debilita és la candela. Si
hay una hoguera próxima se debilita tu defensa. Por eso no hay
que fumar mucho, no hay que encender cerillas durante el aya-
waskha. Y fue verlo arrugarse y cantar como anciano. ¡Visiones,
empiecen!, así cantaba, y poco a poco se transformaba en hem¬
bra, en mujer con voz de niño, de recién nacido que cantaba
como adulto, como un adulto que acababa de nacer en la voz
del icaro. ¡Ayúmpari, ayúmpari!, cantaba. Pero más que nada
fue ver al Maligno, verlo tres veces en la misma noche, siempre
vestido de idéntica forma, arrogante, el Maligno con charreteras
de almirante, cara de perro enfermo y levita azulnegra con cola
de pingüino y pantalón rojo y camisa bordada, con bobos en los
puños y con una tremenda barba, una barba de acero como arma¬
dura de conquistador español. Y fue verlo también, al mismo
tiempo, cabello largo, en trenza, y poncho corto, igualito al dibujo
de Atawallpa que aparece en los libros de escuela. Sí, el Malig¬
no, en mi primera visión de ayawaskha, era Atawallpa, aquel inka
bastardo que ayudó a los españoles virakocha contra su hermano
el legítimo Inka Wáskar, y tenía una espada muy larga, larga y
desenvainada, y cortaba cabezas como flores, cuellos como tallos
de tzangapilla, calientes. Y los ojos del Maligno, las tres veces
que lo vi en mi primera visión, los ojos negros del Maligno eran
rojos y brillaban en cruz, lo mismo que los ojos de las víboras...
D o n J a v i e r , e n t r e a b r i e n d o los p á r p a d o s e n gesto i n a c a b a b l e :
No es de esto que yo q u i e r o h a b l a r t e sino de un n e g r o viejo, ya
finado, Alfonso Cartagena. A l z ó los ojos y su c a b e z a e m p e z ó a
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D o n J a v i e r vuelve a a q u i e t a r s e y a r e s p i r a r h o n d a m e n t e lue¬
g o , p e r o m á s h a c i a lejos que h a c i a a d e n t r o :
— L a c a s a de mi a b u e l o se a l z a b a frente a la p r i m e r a lagu¬
na, la más g r a n d e y feliz de L a s S a l i n a s , a varios k i l ó m e t r o s de
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la mejor fórmula de
reducir cabezas
Félix I n s a p i l l o , h a b l a n d o , ha c r e c i d o a la s o m b r a de la lu-
puna:
—Casi siempre, quienes así a n d a n l l e n a n d o orejas con sus
falsedades, si es que no h a b l a n p o r b u s c a r g a n a n c i a , p o r igno¬
r a n c i a e s que h a b l a n . Por impotencia mienten, por despecho, ya
que n u e s t r a s n a c i o n e s n u n c a se s o m e t i e r o n a la n a c i ó n v i r a k o c h a
ni a la religión v i r a k o c h a ni a sus c o s t u m b r e s de falsedad, ambi¬
ción y s a q u e o . Son ellos, d e s c e n d i e n t e s de los e x t r a n j e r o s que
no s u p i e r o n vivir p a r a la vida, que sólo e x i s t i e r o n p a r a el oro
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I d o el a t a r d e c e r F é l i x I n s a p i l l o e I v á n C a l v o seguían discutien¬
d o , esta vez a c e r c a de los h á b i t o s a l i m e n t i c i o s de los g r a n d e s vam¬
piros del M a r a ñ ó n . Ellos dos p o r h a b l a r , yo p o r e s c u c h a r l o s , ni
nos p e r c a t a m o s de la a u s e n c i a del p e q u e ñ o a m a w a k a , del envia¬
do que a h o r a , con alivio, veo que ya regresa, y en la más inci¬
tante, c o m p a ñ í a , c o n s i d e r a n d o el h a m b r e que me t o r t u r a , vuelve
arrastrando un lagarto blanco y tierno, sumamente tierno, de
m e n o s de dos m e t r o s , que d e s o l l a m o s y a s a m o s y p a l a d e a m o s sin
c o n s e g u i r c r e e r l o , se t r a t a sin d u d a de la c a r n e m á s s a b r o s a que
he c o m i d o en mi vida. Y l u e g o , p a r a c o l m o de fortuna, por pri¬
mera vez d e s d e que salimos de A t a l a y a no precisamos dormir
a t r i n c h e r a d o s en los m o s q u i t e r o s . La n o c h e llega fresca, viento
recién l a v a d o , a h u y e n t a n d o i n s e c t o s , t e m o r e s , a l i m a ñ a s , y t r a y é n -
d o n o s r u i d o s o l o r o s o s y a m a b l e s , i d i o m a s y aleteos de a n i m a l e s
pacíficos, m ú s i c a s y p i s a d a s , sólo recuerdos buenos.
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Y volviendo a sonreír:
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— E s e m i s m o día K a a m e t z a y N a r o w é t u v i e r o n c u a t r o hijos.
Al día siguiente c o n c i b i e r o n dos m á s , al siguiente o t r o s d o s , así
h a s t a c o m p l e t a r c i n c o parejas. P o r q u e el dios P a c h a k a m á i t e ha¬
bía d i s p u e s t o que fueran cinco h e m b r i t a s y c i n c o v a r o n e s , y que
en a p e n a s u n a s h o r a s pudiesen a l c a n z a r su p l e n a a d o l e s c e n c i a . Y
había dispuesto que N a r o w é ordenara. Y Narowé ordenó. Y
los m u c h a c h o s se d e s p i d i e r o n , dejaron atrás El G r a n Pajonal y
se d i s p e r s a r o n p o r el m u n d o , h a c i a las c u a t r o e s q u i n a s del uni-
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T o d o s f u n d a r o n t o d o , p o r si a c a s o , a d o r a r o n lo efímero al
predicar lo eterno. Si empollaron creencias, cóndores, aventuras,
fue por m i e d o a la tierra, no p o r a m o r al cielo.
Y los u r u s llegaron a s a b e r l o t o d o . Y no se c o n t e n t a r o n .
U n o de los c u ñ a d o s de I n g a n í t e r i , el más a n c i a n o de t o d o s los
ancianos del Gran Pajonal, me informó muchas cosas de los
u r u s , r e l a t o s que le vienen d e s d e atrás en el t i e m p o de muy lejos,
desde l a m i s m a b o c a d e J u a n S a n t o s A t a o W a l l p a . ¿Sabías que
J u a n S a n t o s A t a o W a l l p a en sus días de a l z a d o llegó a vivir y
p r e d i c a r e n t r e los urus? P e r o io d e s d e ñ a r o n , no a c e p t a r o n seguir¬
lo c o n t r a los i n v a s o r e s . ¡Ah, los a n t i g u o s u r u s , los g r a n d e s fun¬
d a d o r e s , ellos sí se h u b i e r a n s u b l e v a d o ! ¿Se h u b i e r a n s u b l e v a d o ?
P e r o no les dijo que él t a m b i é n iba a c o m b a t i r p o r una mujer,
c o m o lo hizo I n g a n í t e r i . ¡Ah, los a n t i g u o s urus! ¡Ellos d o m e s t i -
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Y él, sin o i r m e :
— M i p a d r e vino b u s c a n d o ser c a u c h e r o y m i señora m a d r e
no quiso p e r o v i n o t a m b i é n . ¿Yo? Yo quise y no q u i s e , era m u y
niño, aunque creo que e n t o n c e s y a sabía, o l i s q u e a b a las cosas,
c o m o que ya olfateara los d e s t i n o s . P r e o c u p a d o y c o n t e n t o fue
que vine, m e a c u e r d o . P o r e n t o n c e s ios a m a w a k a sufrían d e m a -
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E n t o n c e s sí, a p a r t a n d o el e s t r e n o de la n o c h e , c u b r i é n d o m e
con ella los m o m e n t o s p a s a d o s p o r venir, e s c u c h é . El brujo me
o b s e r v a b a de c o s t a d o , con satisfecho l u t o , s a c i á n d o s e en s o n r i s a s
que no a l z a b a n el v u e l o del t o d o . Yo intuí que e s t a b a o b e d e -
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E l m a e s t r o I n o M o x o , sin e s c u c h a r l o :
— E s e día dejé de ser quien e r a , el hijo de mi p a d r e y de mi
señora m a d r e , y e m p e c é a ser a m a w a k a , y o r a , hijo de X i m u , dis¬
cípulo d e X i m u , heredero de Ximu...
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Til
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'Es que por ese entonces los salvajes usaban armas de fuego.
Ya alguien les había enseñado a disparar... '
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H a c e c u a t r o días que l l e g a m o s al p u e b l o de I n o M o x o , es
casi m e d i o d í a , varios l a g a r t o s n e g r o s d e s c a n s a n bajo el sol, frente
y a los c o s t a d o s de n o s o t r o s en las p l a y a s b r i l l a n t e s de g u i j a r r o s ,
a ambos l a d o s del M i s h a w a que en este m o m e n t o va a v e n c e r ,
en este i n s t a n t e a r r a n e a , se lleva ya los restos del renaco río abajo
hacia el v a s t o y s a g r a d o U r u b a m b a .
—Algunas de esas c o s a s , únicamente algunas he de con¬
fiarte, dice d e s p a c i o I n o M o x o u l t i m a n d o sus ojos h a s t a el renaco
que se hunde y reaparece dando tumbos, aferrándose al agua
que lo p i e r d e t r a s de aquella m u y u n a . El m a e s t r o X i m u me re¬
c u p e r ó a mi n a c i ó n v e r d a d e r a y a su sabiduría, él me i n f o r m ó
que el m i l a g r o está en los o j o s , en las m a n o s que t o c a n y averi¬
guan, y no en lo que se ve, no en lo t o c a d o . . .
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Y el j o v e n a p r e t ó y a b r i ó los ojos.
—¡Y ahí estaba la panguana!, me dice, alta sonrisa, Ino
Moxo. ¡Ahí e s t a b a j u n t o al jefe X i m u y j u n t o a m í , la p a n g u a -
na! Yo p o d í a v e r l a p e r f e c t a m e n t e b i e n , sin c o l a , con su p l u m a j e
verde m a n c h a d o de marrón. L o s c o l o r e s del ave e r a n u n solo
c o l o r c o n las r e m i n i s c e n c i a s de la luz, con la p e n u m b r a que se
m o v í a a t r á s de las a n t o r c h a s , s o b r e la h o j a r a s c a del suelo. Todo
p o d í a verlo allí, sin l í m i t e s . N u n c a en mi vida he v u e l t o a ver
así, con tanta c l a r i d a d y c o n tantos detalles.
— L a p a n g u a n a va a e m p e z a r a m o v e r s e , lo alertó X i m u .
Y la p a n g u a n a se i n q u i e t ó , c o m e n z ó a d a r v u e l t a s en el cam¬
po de la v i s i ó n del j o v e n . X i m u trajo d e s d e el aire u n a p a n g u a n a
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Y v o l v i e n d o la c a r a , n o s t a l g i a d o , p e r d i é n d o s e en la a u s e n c i a
del renaco en m e d i o del Mishawa:
— S e r á p o r el c a r á c t e r de estas selvas, t o d o este m u n d o nues¬
tro todavía formándose, ríos que de improviso transtornan su
sentido o d e s c i e n d e n sus a g u a s o las alzan en u n a s p o c a s h o r a s .
Tú d e b e s h a b e r visto: si a m a r r a s tu c a n o a sin sacarla del a g u a ,
al a m a n e c e r siguiente la e n c o n t r a r á s c o l g a d a del aire, si es que
la e n c u e n t r a s , y el río te m i r a r á d e s d e abajo, ya p u r a p i e d r a , ya
en p i e d r a c o n v e r t i d a el agua de su víspera. O t r a vez p u e d e p a s a r
al revés: tu p i r a g u a se h a b r á ido a m a r r a d a a las c o r r i e n t e s que
crecen sin aviso ni t i e m p o p a r a n a d a . T o d a v í a está h a c i é n d o s e
este m u n d o , porfiando su l u g a r , acomodando aquí su m á s allá,
c a y e n d o con los b a r r a n c o s , los á r b o l e s g i g a n t e s c o s , a s o m a n d o e n
las islas que hoy d u e r m e n aquí, c o m o el renaco, y m a ñ a n a des¬
p i e r t a n lejoslejos, y en u n o s i n s t a n t e s n u e v a m e n t e se p u e b l a n de
p l a n t a s , de p e r s o n a s , de a n i m a l e s . P a r a ver y e n t e n d e r y n o m b r a r
un m u n d o así, requerimos h a b l a r t a m b i é n así. Un idioma que
decrezca o a s c i e n d a sin a n u n c i a r , boscajes de palabras que hoy
día están aquí y m a ñ a n a d e s p i e r t a n lejos, y en ese i n s t a n t e , d e n t r o
de la m i s m a b o c a , se p u e b l a n de o t r o s s i g n o s , de n u e v a s reso¬
nancias. En c a s t e l l a n o te será difícil e n t e n d e r l o . El castellano
es c o m o un río q u i e t o : c u a n d o dice algo, ú n i c a m e n t e dice lo que
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Y el m a e s t r o I n o M o x o , c o m o alejando su b o c a , no su v o z ,
de mi creciente i n t e r é s , de su p r o p i o c u e r p o s e n t a d o s o b r e el tron¬
co frente al río M a p u y a , y h a c i é n d o s e m á s débil y l e n t o en sus
palabras:
— D e n t r o de poco t e n g o que m a r c h a r m e . El p r o b l e m a es
el t i e m p o , este t i e m p o . Y por m á s que me e s p e r e s , no p o d r á s
esperarme. Mi t i e m p o no es tu t i e m p o sino el t i e m p o del jefe
Ximu. A n o c h e he s o ñ a d o con el jefe X i m u , he v u e l t o a v e r l o ,
ha d e s a p a r e c i d o e c h a n d o h u m o , el t i e m p o de su c u e r p o , un gran
humo amarillo. . .
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la cachetada que
incendió al petróleo
2.39
negros y más altos que la explosión del cielo. Fue muerto el capa¬
taz Eulalio Vargas, el ingeniero Mauricio Berríos y otro ingenie¬
ro, un griego apellidado Soliris. Tarde, en la tarde, llegaron uni¬
formes con fusiles desde la Comisaría de Atalaya. No encontra¬
ron nada en el campamento petrolero, nada en el caserío próximo
que fue vivencia de los amawaka. Únicamente, a flor de tierra
fresca, apariencias de tumbas, restos de cuerpos semidevorados.
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Y tú me dejas solo
como el cielo dormido,
como cuando la lluvia
va escribiendo el olvido,
igual que las canoas
que no verán el río.
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Y Don Hildebrando:
—Porque los verdaderos shirimpiáre no fuman cuando fu¬
man: a través del tabaco inhalan ánimas, fuerzas que la tanrilla
supo extraer del cielo cuando caminaba, en otro tiempo, cuando
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Yo lo vi en mi visión.
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el maestro i no Moxo
desaparece echando
humo
— N u n c a a p r e n d e r á s que no se t r a t a s o l a m e n t e de q u e r e r apren¬
der, me i n c r e p a I n o M o x o . Si yo fuera á r b o l , d i c e , si yo fuera
árbol y q u i s i e r a c a m i n a r c o m o h u m a n o . . .
— N o podría, lógico. . .
— ¿ L o v e s ? , se i m p a c i e n t a él. ¡Claro que c a m i n a r í a , sí: ca¬
minaría! Y b o r r á n d o m e con un fulgor de sus ojos c a s t a ñ o s : ¡Pero
caminaría c o m o un árbol, n o c o m o u n ser h u m a n o ! . . . L o mis¬
mo pasa c o n u s t e d e s los v i r a k o c h a : algunos tienen voluntad de
i d i o m a y c a r e c e n de b o c a . Yo p o d r í a d e c i r t e - m u c h a s c o s a s , no
escucharás ninguna. Y si escuchas alguna será siempre a tu
modo. Las oirás como árbol, no como yora, no como amawaka.
El a s u n t o m á s difícil no es q u e r e r . Es el t i e m p o . C o n el t i e m p o ,
a c a s o , tú p o d r á s e s c u c h a r y c a m i n a r . Y con el t i e m p o yo te es¬
c u c h a r é , c a m i n a r é t u c a m i n o sin d e s a n d a r e l m í o . T o d o , con e l
t i e m p o , v o l v e r á a ser de t o d o s . P o d r e m o s existir en n u e s t r a vida
y a la vez en la v i d a de t o d a s las p e r s o n a s que a n t a ñ o fueron
c o s a s , y en la v i d a de las c o s a s que h a b r á n de ser p e r s o n a s . To¬
d a s las e x i s t e n c i a s , i n c l u s o las n o v i d a s que vive un c h u l l a c h a k i ,
las vidas i n v e n t a d a s p o r D o n J a v i e r , por mí. La a p a r i e n c i a de
v i d a , p o r e j e m p l o , de mi a h i j a d o I v á n C a l v o , t a n igual a su vida
v e r d a d e r a q u e si tú te lo e n c u e n t r a s en el b o s q u e , p o r e j e m p l o
v i n i e n d o del M a p u y a , no d u d e s un i n s t a n t e que se t r a t a de Iván
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Esta luna que ahora nos alumbra desde el fondo del Ama¬
zonas, es la cuarta luna que acompaña a la tierra, dijo mi primo
César que Don Javier le dijo que le dijo Inganíteri. Y dice que
la luna anterior no fue un tronco hueco sino un otorongo, un
tigre de ceniza. Aquella luna negra, ese tigre luminoso y redondo
fue condenado por el dios Pachakamáite a ser derribado, sin
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P o d e r o s o y m a r e a d o t o d a v í a , en q u e b r a n t o , me dejo condu¬
cir por F é l i x I n s a p i l l o . A t r a v e s a m o s la dispersión marrón del
caserío a m a w a k a , r e c u e r d o n i ñ o s b a r r i g u d o s m u d o s , a q u e l l o s dos
nativos que guardaban nuestras cajas de víveres, vacías, como
c a r i ñ o , y un p e r r i t o r o t o s o que a p e l l i d a m o s i n d i s t i n t a m e n t e Wás-
kar, Almirante y Sangreazaul, y que nos fue acompañando dando
saltos, f r o t á n d o s e a mi p i e r n a s , en q u e b r a n t o , h a s t a que atrave¬
s a m o s esa i n s o m n e m u r a l l a d e b a m b ú e s . R e c u e r d o el aromar
de p o m a r r o s a al p a s a r s o s t e n i é n d o m e del b r a z o de I n s a p i l l o , y
aquel e n r e d o de g a r a b a t o k a s h a tras del cual se esfumó la niñez
c h u l l a c h a k i del brujo I n o M o x o .
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—Dicen que fue hace poco pero ellos pues qué saben, dice
el curaca Inganíteri. Por los antiguos de mis antiguos sé que
ocurrió hace siglos, en el tiempo que algunos virakocha se em¬
pecinan en denominar Diluvio Universal.
—No fue ningún diluvio, afirma Don Juan Tuesta, fue el
tigre de madera que Narowé hace sonar todavía desde el fondo
del río.
—Porque el tiempo del tiempo no cabe en nuestro tiempo,
me dice Don Javier. La raíz del desastre fue la muerte. La
muerte de Ino Moxo. Yo era entonces un niño y por eso lo pude
ver. Días de días, vi, frente a Iquitos, en donde antes brillaba
la piel del río Amazonas, vi una costra de fango que arrastraba
cadáveres monstruosos, grandes peces con fauces de wangana,
gigantescas serpientes de tres alas, de piedra, boas de dos cabe¬
zas, seres que nunca he visto ni veré, algo como tortugas, como
pájaros, wapapas con escamas, y caballos y niños canosos y rocas
que flotaban, restos de casas llenas de mujeres extrañas, de mu¬
chachas sin pechos ni cabellos ni término, y troncos, muchos tron¬
cos, todos los troncos de la selva pasaban flotando sobre el Ama¬
zonas, y lagartos con cuernos de toro, y una especie de peces
inocentes y dorados que cantaban mejor que las mejores músicas
del mundo, lentas bocas abiertas que nos decían todo en la me¬
moria, que no decían nada encima de la tierra...
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jiUi jLi.i
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C u a n d o m e p e r d o n ó l a m a r e a c i ó n , era o t r o día, q u e d á b a m o s
en la c a s a ú n i c a m e n t e I v á n , I n s a p i l l o , J u a n G o n z á l e z y y o . Iván
le recordaba al brujo, escucho t o d a v í a bajo brumas coloreadas,
I v á n le e s t á d i c i e n d o de la vez que la policía encarceló a Juan
G o n z á l e z d e b i d o a la d e n u n c i a de un m é d i c o v e c i n o , es que J u a n
n o c o b r a u n c e n t a v o p o r sus m e d i c a c i o n e s , p o r eso.
—Me quisieron encolerizar, dice Juan González, pero no
los dejé. A ver, h e c h i c e r o , se b u r l ó el C o m i s a r i o , a ver e s c á p a t e
de la c á r c e l , ¿o a c a s o no eres m a g o ? . . .
— S o l a m e n t e esa n o c h e lo e n c e r r a r o n , dice I v á n . A la ma¬
ñanita no e n c o n t r a r o n a n a d i e en la celda.
—Y yo e s t a b a en la c e l d a , sonríe J u a n González, sólo que
los g u a r d i a s no p o d í a n v e r m e . Yo les p r o h i b í sus ojos. Toda
esa n o c h e me i c a r é , m a s q u é t a b a c o fuerte p a r a que mi c u e r p o ma¬
terial se h i c i e r a invisible frente a los g u a r d i a s . Fácil fue. Los
policías a b r i e r o n los c a n d a d o s y yo salí t r a n q u i l o c a m i n a n d o jun¬
to a e l l o s , q u i t á i t r e , bien t r a n q u i l o , igual que si no t u v i e r a c a r n e ,
c o m o si v e r d a d e r a m e n t e no me e n c o n t r a r a en ese lugar.
— Y esa m a ñ a n a e l C o m i s a r i o recibió u n t e l e g r a m a e n v i a d o
d e s d e I q u i t o s , dice I v á n C a l v o , u n t e l e g r a m a que h a b í a sido d e p o -
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Y en sus p a l a b r a s me h a g o r e c u e r d o , r e g r e s o al río M i s h a w a ,
nos d e v u e l v o a l c o m i e n z o del viaje h a c i a I n o M o x o , escudriño
los altos m a t o r r a l e s , veo a I v á n que a p a r e c e a r r a s t r a n d o un ve¬
n a d o , trayéndonos el recipiente de un ánima remota, tasajeándolo,
a l i m e n t á n d o n o s con ese c h u l l a c h a k i d e q u i é n sabe qué tiempos.
A l g o que es hijo y p a d r e de otro t i e m p o empuja con mis m a n o s
la p u e r t a d e s q u i c i a d a del c u a r t o de b a ñ o , me e n t r a al d o r m i t o r i o ,
s e e n c a r a con I v á n C a l v o . P e r o I v á n C a l v o , a q u e l l a s u lejanía
recelosa, propia de quienes viven p r o t e g i e n d o algún s u e ñ o , nos
d e s d e ñ a y sigue h a b l á n d o l e a su voz:
— E l maestro Ino M o x o te cortó a n o c h e , c r e o q u e con u n
p u ñ a l de p a l o s a n g r e , o quizá fue de h u e s o , u n a costilla transfor¬
m a d a en p i e d r a . T r e s tajitos te hizo s o b r e el p e c h o , a m o d o de
un e s c u d o , p a r a que n a d i e , ni siquiera tú, n a d a ni n a d i e p u e d a
hacerte daño. P a r a que te proteja h a s t a de ti m i s m o , así me dijo
que te lo dijera. . .
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JV . —EL DESPERTAR
—A esta h o r a es b u e n o c o n v e r s a r , dice m a s t i c a n d o el t o b i l l o
de su p i p a r u g o s a , aromando, arohumando al tibio t i e m p o que
se va, ya las seis de la t a r d e . L u e g o viene gente y t e n g o que
ayudar. M e d u e l e aquí, n o p u e d o d o r m i r , s e quejan. T e n g o dia-
betis, los huesos me crujen, me ha d a d o el cáncer. ¿Cáncer?
E l l o s m i s m o s n o m á s se d i a g n o s t i c a n , se e n f e r m a n solitos. A veces
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C o n o c í a D o n M a n u e l C ó r d o v a en 1 9 6 0 / c u a n d o él t r a b a j a b a
como recolector de especies botánicas para la Astoria Co., me
había informado el Dr. Osear Ríos. Manuel Córdova ocupó tal
puesto hasta 1968. Su s u e l d o , en esa é p o c a , d u p l i c a b a al que
percibía u n m é d i c o p o r l a b o r e s h o s p i t a l a r i a s . S é que D o n Ma¬
nuel C ó r d o v a llegó a I q u i t o s en 1917 y desde e n t o n c e s e m p e z ó a
aplicar sus c o n o c i m i e n t o s sobre las propiedades medicinales de
las p l a n t a s . Un p r o b l e m a j u d i c i a l con cierto m é d i c o de la loca¬
lidad lo llevó al B r a s i l . A l l í , en el L a b o r a t o r i o de San S e b a s t i á n
trabajó ya como recolector de especies vegetales para análisis.
V o l v i ó al P e r ú en 1 9 4 7 , p o c o d e s p u é s del sismo del G r a n P a n g o a ,
y ese m i s m o a ñ o fue c o n t r a t a d o p o r la A s t o r i a C o . H o y se ha
j u b i l a d o y la p e n s i ó n con que esa c o m p a ñ í a n o r t e a m e r i c a n a de¬
vuelve sus a n t i g u o s servicios le p e r m i t e vivir c ó m o d a m e n t e , sin
necesidad de c o b r a r h o n o r a r i o s a los pacientes.
— ¿ E n qué consistía e x a c t a m e n t e s u l a b o r e n l a A s t o r i a C o . ? .
inquirí a q u e l l a t a r d e , en la P l a z a 28 de J u l i o .
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Don M a n u e l C ó r d o v a fuma h o n d a m e n t e , se a c o m o d a en el
sofá de esterilla, su m i r a d a lo lleva h a c i a el h u e r t o d i m i n u t o que
se sofoca a un l a d o de la sala, en la p u e r t a de su l a b o r a t o r i o . Re¬
gresa lentamente:
—-Era muy n i ñ o , trece años t e n í a . . .
—¿Se a c u e r d a bien de esa experiencia?
—Como si hubiera sido ayer.
—¿Fue agradable?
—Lindísima.
— ¿ P o d r í a c o n t a r m e algo de ello?
—Primero sentí un r u m o r z u m b a n t e que p a r e c i ó flotar, ele¬
varse hacia la c o p a de unas e s p i n t a n a s . M i s ojos t r a t a r o n de se¬
guir su a s c e n s o y c u a n d o mi m i r a d a v a g a b a p o r el follaje descu¬
brí una belleza que no h u b i e r a i m a g i n a d o ni en s u e ñ o s . Cada
hoja brillaba con un r e s p l a n d o r v e r d e y d o r a d o . El c a n t o cerca¬
no de un u r k u t ú t u y el trino i r r e g u l a r de un s i e t e c a n t o s descen¬
dieron de p r o n t o , yo p o d í a m i r a r sus c a n t o s , me a c u e r d o . El tiem¬
p o parecía s u s p e n d i d o , c o m o n u b e de polen p l a t e a d o , solamente
había ese a h o r a que yo e s t a b a v i v i e n d o , y ese a h o r a no t e n í a lími¬
tes, era infinito. Yo p o d í a s e p a r a r c a d a n o t a o s c u r a del u r k u -
tútu, t o d a s las n o t a s del s i e t e c a n t o s t a m b i é n , y s a b o r e a r las n o t a s
una por una.
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Y o l v i d a n d o su p i p a en la m e s i t a , a la d e r e c h a del d i v á n de
esterilla, y e n c a r á n d o s e a I v á n , D o n M a n u e l C ó r d o v a :
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D o n M a n u e l C ó r d o v a simula p r e o c u p a r s e p o r su p i p a , va a
encenderla, prefiere concentrarse en la cerilla que remueve los
restos de t a b a c o . ¿Y d e s p u é s ? , dice con u n a voz que he contem¬
p l a d o antes. D e c i d o callar, me mortifico en la silla, no me obe¬
dezco:
— M i r é colores, solamente colores durante m u c h o rato. Pero
volvió s ú b i t a m e n t e el s u e ñ o , el m i s m o sueño r e g r e s ó a! sitio don¬
d e nos dejó. Continuamos viajando. Un niño a m a w a k a nos
llevaba. D e j a m o s atrás al M a p u y a , i n g r e s a m o s al m o n t e , yo volví,
a p u n t é a la w a p a p a con mi e s c o p e t a , no sé qué c o s a me d e s a n i m ó .
Seguí soñando con gran claridad. Soñé que yo no era César
Calvo sino C é s a r S o r i a n o , un p r i m o m í o que vive en C a j a m a r c a :
él iba en mi p e r s o n a sin que mi p e r s o n a dejara de ser y o , iba en
los dos t r o p e z a n d o p o r esos b o s q u e s , p o r f i a n d o e n c a m i n a r j u n t o
a Iván. Y p r i m e r o que t o d o s iba el n i ñ o que usted h a b í a e n v i a d o
para que nos g u i a r a . Porque soñé que e s t á b a m o s c a m i n a n d o y
p a d e c i e n d o y e s f o r z á n d o n o s ú n i c a m e n t e p a r a llegar a usted. Y
soñé que usted era el jefe de los a m a w a k a . Se l l a m a b a algo así
como Ino M o x o , sí, me acuerdo claramente, se llamaba Ino
Moxo pero n o era I n o Moxo, era Don Manuel Córdova, era
usted, la piel c l a r a , los ojos i g u a l i t o s , la voz, los g e s t o s , t o d o . ..
Por fin, luego de a t r a v e s a r a pie p o r u n a s c o l i n a s e n s e l v a d a s llega¬
mos al río M i s h a w a y usted nos r e c i b i ó . Ino M o x o nos recibió,
eso soñé. H a b l a m o s l a r g a m e n t e s e n t a d o s en la orillla del M i s h a -
wa d u r a n t e c u a t r o días m á s . D e s p u é s , sin a v i s o , r e g r e s a n d o de
una sesión de a y a w a s k h a y t o h é i d é n t i c a a la de esta n o c h e en
su casa, Iván me dijo que I n o M o x o se h a b í a p u e s t o su c u s h m a
amarilla y había e n t r a d o al b o s q u e y h a b í a d e s a p a r e c i d o su cuer-
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Y h a b l a n d o p a r a sí, p a r a su a d e n t r o :
— U n o de los v a r i o s antifaces de esta m i s m a v e r d a d .
Y c a m b i a n d o de r o s t r o , e x i l á n d o l o en voz i n c o n f u n d i b l e :
— T o d o el viaje de tu s u e ñ o , cierto es p a r a m í , p a r a mi v i d a ,
y p a r a tí d e b i e r a ser lo m i s m o , un viaje v e r d a d e r o en su t o t a l . . .
Y sopesando mi incredulidad:
—Allá, al b o r d e del M i s h a w a , en tu soñar, ¿había o no
había un e n o r m e renaco en m e d i o del a g u a ? . . .
Y desviando m a n e r a s , refiriendo sus ojos h a c i a F é l i x I n s a -
pillo y hacia mi h e r m a n o I v á n :
— E l l o s no serán m á s l o q u e fueron h a s t a ayer, h a s t a a n t e s
del oni x u m a y del tohé.. De un m o d o imperceptible pero bien
r e a l , ellos t a m b i é n se han a l i m e n t a d o de tus v i s i o n e s , han viajado
c o n t i g o a sus m a n e r a s . .. A u n q u e t o d a v í a no lo sepan en el
p e n s a m i e n t o de su c o r a z ó n , a t r á s de sus m e m o r i a s , ellos dos ya
t a m p o c o son los m i s m o s . . .
Y afilando las z a r p a s de su n o m b r e a m a w a k a , c a y e n d o sobre
mí desde lo alto de su frente de s a b i o :
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El e s t r e m e c i m i e n t o de u n a red me e n v o l v i ó no e r a un s u e ñ o
era un lago vi a K a a m e t z a en la t e r c e r a orilla s o b r e la sangre
n e g r a del o t o r o n g o a c u c h i l l a d o quise a c e r c a r m e a ella y la red
me d e v o l v i ó a las a g u a s c a d a vez m á s o s c u r a s m á s c a l i e n t e s m á s
claras ¡qespichíway! grité y no e r a un l a g o era un río ¡qespichí-
way! i n v o q u é a K a a m e t z a ¡ a p a r é a m e con el cristal t e n g a m o s hijos
t r a n s p a r e n t e s y libres! así en q u e c h u a me oyó gritar el s u e ñ o p e r o
no me e s c u c h ó , K a a m e t z a c o n t i n u a b a en la r i b e r a a b s o r t a y N a -
r o w é d e s p e r t a b a los t e n t á c u l o s de la red se a f l o j a r o n m i n t i e r o n i n -
sistieron me a f e r r a r o n de n u e v o . Y no era una red. E r a una m a n o
s a c u d i é n d o m e , d o s m a n o s a f e r r á n d o s e a mis h o m b r o s : Roosevelt
G u z m á n me despertaba disculpándose, d i c i e n d o que t o d o s s e ha-
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28?
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en la a n t e s a l a del H o t e l T a r i r i de P u c a l l p a c o m o
desencolado d e esos muros tatuados con r e m e d o s
de los r e t r a t o s de a l m a s que p i n t a n los n a t i v o s .
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. . . u n a c u m b r e e m p o n c h a d a con hielos e t e r n o s .
¡Qoylluriti!, g r i t a b a n . ¡Estrella de N i e v e ! , g r i t a b a n .
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W
w
.. . revela D o n Manuel C ó r d o v a , durante muchos años
fui P a n t e r a N e g r a de los a m a w a k a , desde que me r a p t a -
ron o b e d e c i e n d o a l gran m a e s t r o X i m u .
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. . . у entrando al Arnazuna*,
cnmarañanduw; en rizadas ondas- ,.
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t r u e q u e de o b s e q u i o s , ese i n t e r c a m b i o s a g r a d o , no sola¬
m e n t e liga de por vida a los dos ayúmparis que lo efec¬
t ú a n sino que c o h e s i o n a y fortalece a t o d a su n a c i ó n .
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Kocha.—Ver: Cocha.
Koto-machácuy.—Ver: Cotomachácuy.
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s e c t a r i o y a p r o p i n a r g o l p i z a s i n m i s e r i c o r d e s a las ma¬
dres que o s a b a n a c e r c á r s e l e s . Nuestros montetes, mal-
aprendiendo destinos y refranes de humano cedieron
al c o n t a g i o : los r a p t a d o s del p a s a d o d e v i n i e r o n en los
r a p t o r e s del p r e s e n t e . N a c i d o s bajo el ala de otra es¬
pecie, los trompeteros l l e g a r o n a c r e e r s e gallinas. Tan
clásica e i r r e v o c a b l e confusión de i d e n t i d a d los persi¬
g u i ó , sin e m b a r g o , sólo h a s t a la vejez. Y e s t o , que no
es n a d a , es t o d o " , dice I n o M o x o . Así los trompeteros,
para nada, recuperaron todo. Recuperaron sus perso¬
nas ú n i c a m e n t e p a r a d e s p e d i r l a s . R e c u p e r a r o n l a voz
para quedarse finalmente callados. P r e s i n t i é n d o s e cer¬
ca ya de la lejanía, y p u e s t o que no h a b í a n p o d i d o vivir
como debieron, decidieron morir como debían: convir¬
t i e r o n en h u é r f a n o s f o r z a d o s a sus f o r z a d o s hijos adop¬
tivos, avanzaron j a d e a n d o , salieron a la n o c h e , se in¬
movilizaron: descubrieron que habían vivido siempre
r o d e a d o s de a l a m b r a d a s . Y por primera, ú n i c a , últi¬
ma vez, v o l a r o n : se a d e n t r a r o n b r i l l a n d o con los picos
cerrados sonando oscuramente en la espesura. Estoy
s e g u r o de ello. P o r q u e e n t r e s u e ñ o s e s c u c h é a los le¬
j o s , en la s o m b r a , c l a r e a n d o , aún m á s lejos, un c a n t o
a m o r d a z a d o r e b o t a n d o en el aire, reflejando o t r o s can¬
t o s en mi á n i m a , b o r r á n d o s e . Y eso s u c e d i ó a n o c h e .
Y h o y el m u n d o a m a n e c i ó sin n a d i e .
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— o —
0)é—Árbol g i g a n t e , a b u n d a en los bajiales. La leche de su savia,
eficaz como tónico y reconstituyente, vence las más
obstinadas parasitosis.
Oni Xuma.—En i d i o m a yora (o amawaka) identifica al ayawaskha.
Otorongo.—Del keshwa utumnqu: puma, tigre, pantera, jaguar.
P o r lo c o m ú n la piel de este felino t i e n d e al v e r d e a m a -
rillo r o s e t e a d o d e gris. E x p a n d e más r e s p e t o m i e n t r a s
es m á s i n t e n s a su n e g r u r a : sólo algunos humanos lo
igualan en fiereza. Este a n i m a l , en c o n s e c u e n c i a , es el
único que vive y m u e r e a solas.
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g e n é r i c o de una i n c o n m e n s u r a b l e familia de t u b é r c u l o s
disímiles: según la forma de ellos lo aplican los h e c h i -
ceros. El piri-piri con a p a r i e n c i a de p e n e es e m p l e a d o
c o n t r a la infertilidad o la i m p o t e n c i a , etcétera. Aun-
q u e , l ó g i c a m e n t e , los c o n t o r n o s d e c a d a t u b é r c u l o d e -
p e n d a n m á s de la m i r a d a del brujo que del t u b é r c u l o
mismo.
Piro.—Aborigen que integra la n a c i ó n del mismo nombre. Fieles
a l i a d o s de los c a u c h e r o s c o n t r a sus h e r m a n o s de o t r a s
regiones amazónicas. De allí que los selváticos hasta
h o y l l a m e n piro al c o b a r d e , al t r a i d o r , al h o m o s e x u a l .
Pisonay.—Árbol de tronco inabarcable. La fronda de su copa
g i g a n t e estalla en flores ínfimas y r o j a s . R a r o es encon¬
t r a r un pisonay en la amazonia, en la ceja de selva
es m e n o s i m p r o b a b l e , sólo los valles andinos se ale¬
gran con su multipresencia.
Piurí.—Gallinácea grande como un pavo. Salvo la blancura del
p e c h o y el g r a n a de su p i c o , t o d o el piurí es n e g r o ,
incluso la aureola de diminutas plumas abrillantadas
que se e n c r e s p a en su frente. El piurí es el ave de
m o n t e m á s p r e c i a d a : sus c a r n e s r e g a l a d a s y j u g o s a s , a
la p a r que su o r g u l l o son su d e s g r a c i a .
Pona.—Palmera negra y dura. U n a justificada costumbre hace
que la pona sea i n e v i t a b l e c o m o p i s o de las casas de
a l t u r a , tan es así que " e m p o n a r " u n a v i v i e n d a significa
de hecho "ponerle piso".
Pucaquiro.—Pukakiru. En keshwa: diente rojo. Árbol de cora-
z ó n rojizo e inflexible. Hormiga enorme y temida: sus
mandíbulas rojas y potentes son menos ponzoñosas
que dolorosas.
Pukuna.—Pucuna. Cerbatana.
Punguyo.—Punquyu. Árbol mediano, coposo. Crece aislado, so-
l o , al c e n t r o de un e s p a c i o sin vida. N a d a logra e x i s -
tir bajo la sombra del punguyo: sus hojas apretadas
expelen un veneno inapelable.
Pusanga.—Hechizo. Brujería. Brebaje o amuleto que ha sido
cargado p a r a dominar y atraer sexualmente.
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Quillu-avispa.—Avispa amarilla.
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Sachavaca.—Vaca salvaje. Tapir. Danta. Rumiante de gran
fortaleza y mayor timidez, absolutamente inofensivo.
Pachamama.—Especie de boa. Anaconda gigantesca que algu¬
nos confunden sin razón con la yakumama. Ambas
c o i n c i d e n en fortaleza y l a r g u r a , son g r u e s a s c o m o un
árbol grueso. Pero la yakumama vive en el agua t a n
exclusivamente como la sachamama existe en tierra.
E s t a ú l t i m a , a d e m á s , p o s e e dos a l e t a s , u n a a c a d a l a d o
de la c a b e z a , a m a n e r a de orejas.
Sajino.—Jabalí encollarado por una franja blanca de cerdas que
son grises en el resto del c u e r p o . E s t e p u e r c o salvaje,
a diferencia de la huangana, su p a r i e n t e más p r ó x i m o ,
no t r a n s i t a en m u c h e d u m b r e sino en p a r e j a , huye en
vez de a t a c a r y es irremisiblemente a s u s t a d i z o y ve¬
getariano.
Saltón.—Pez gigante desprovisto de escamas, dientes y espinas.
P e s e a los dos m e t r o s que h o s p e d a n los cien kilos de
su c u e r p o , el s a l t ó n a c o s t u m b r a i m p u l s a r s e , casi v o l a r ,
h a s t a los cinco m e t r o s sobre la superficie de los ríos.
Sapote.—Árbol de altura desmesurada. Fruto del mismo árbol:
su pulpa suave y dulce blanquea insospechadamente
dentro de una envoltura corrugada de color verde-
sombra.
Saqsawma.—Cabeza Gris. Cabeza jaspeada, de piedra. Nombre
de la fortaleza c u s q u e ñ a que los c o n q u i s t a d o r e s hispa¬
nos malentendieron como S a c s a y h u a m á n (en b u e n de¬
cir: S a q s a y w a m a n : C a b e z a de H a l c ó n ) . El C u s c o , en¬
t o n c e s , s a g r a d o en su esencia p o r ser la C a p i t a l de los
Inkas, de los Hijos del Dios Padre Sol, era t a m b i é n
s a g r a d o en sus c o n t o r n o s : la c i u d a d c a b í a e x a c t a m e n t e
en la forma de un p u m a , de un o t o r o n g o , u n a de las
divinidades del Imperio lnkaiko. Cusco era Qosqo,
Ombligo Del Mundo, sí, pero además Dios-Puma,
Dios-Uturunqu, Otorongo-de-Piedra. El pecho de la
Ciudad Sagrada se i n s t a l a b a en el Wakaypata, la ac¬
tual Plaza de Armas, y la calle Pumakurku (colum-
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Trompetero.—Ver: Móntete.
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Urkulútu.—Lechuza.
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Wakamayu.—Papagayo.
Wakapú.—Ver: Huacapú.
Wakapurana.—Ver: Huacapurana.
Walo.—Ver: Hítalo.
Wanakawre.—Cerro a cuyas faldas se e x t i e n d e la c i u d a d del Cus¬
co. L o s h e r m a n o s M a n k o K a p a q y M a m a O q l l o , naci¬
d o s y c r i a d o s en la n a c i ó n de los urus, o b e d e c i e n d o al
Dios Sol salieron del L a g o T i t i k a k a p r o v i s t o s de una
v a r a de o r o : allí d o n d e ésta se c l a v a r a sin esfuerzo de¬
bían ellos fundar u n a ciudad, el Qosqo, destinada a
ser c o r a z ó n d e un imperio ilimitado. Manko Kapaq
y su esposa-hermana deambularon desde el altiplano
h a s t a la c o r d i l l e r a a n d i n a b u s c a n d o en vano el sitio
s e ñ a l a d o por el Sol. Casi sin e s p e r a n z a p r o b a r o n en
la c u m b r e del cerro Wanakawre: la v a r a de o r o , al
p r i m e r i n t e n t o se h u n d i ó en la tierra y d e s a p a r e c i ó .
Wapapa.—Ver: Huapapa.
Waqaypata.—Lugar-Donde-Se-Llora. Nombre inka de la Plaza
de A r m a s del C u s c o d o n d e los c o n q u i s t a d o r e s injusti-
ciaron a Tupaq Amaru.
Waqrapona.—Ver: Huacrapona.
Wayrcnga. —Ver: Huairanga.
Wikungu.—Ver: Huicungu.
Willaq Umu.—Supremo sacerdote de los inkas. Máxima autori¬
dad religiosa e n c a r g a d a de p r e s i d i r las p r i n c i p a l e s ce¬
remonias.
Willkamayu.—Río Sagrado. Nombre inka del Urubamba cuyas
aguas, al j u n t a r s e con las del río T a m b o forman el
Ucayali. E s t e y el M a r a ñ ó n d a n o r i g e n al A m a z o n a s ,
r í o - m a r de las selvas s u d a m e r i c a n a s .
Wimbra.—Huimbra. Árbol espigado, de tronco esmeralda que
se a b r e en u n a c o p a no m u y a m p l i a , p e d a n t e y rumo¬
rosa. Es i m p r o b a b l e no e n c o n t r a r en lo alto de las
wimbras algún nido de un pájaro silbador y nervioso
llamado tiwakuru.
Witoto.—Huitoto. Miembro de la nación del mismo nombre.
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z —
Zuri.—Ver: Suri.
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DEDICATORIA
A Moisés Lemlij.
A Gustavo Valcárcel, Juan Gonzalo Rose,
Arturo Corcuera y Reynaldo Naranjo.
César Calvo S.
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INO MOXO
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