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São Paulo
2010
FABIO HENRIQUE FERREIRA DA COSTA
MARTHA DOMINGUES
PATRICIA DA SILVA ARAUJO COSTA
São Paulo
2010
AGRADECIMENTOS
IR – Imposto de Renda
MP – Medida Provisória
OS – Organização Social
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................8
1.1 Tema.......................................................................................................................8
1.2 Objetivo..................................................................................................................9
1.3 Problema................................................................................................................9
1.4 Hipóteses...............................................................................................................9
1.5 Metodologia.........................................................................................................10
1.6 Justificativa..........................................................................................................10
O TERCEIRO SETOR.................................................................................................15
Principais características.........................................................................................20
Gestão.........................................................................................................................20
Termo de Parceria.....................................................................................................21
1.1.1 A importância do concurso de projetos..............................................................21
1.1.2 As vantagens e os limites da remuneração de dirigentes.................................22
Aspectos tributários..................................................................................................26
Aspectos contábeis...................................................................................................27
CONCLUSÃO.............................................................................................................31
REFERÊNCIAS...........................................................................................................32
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema
1.2 Objetivo
1.3 Problema
Com o surgimento da Lei das OSCIPs, se questiona até que ponto ela é
benéfica para se realizar uma boa gestão, principalmente no campo contábil-
financeiro, fundamental para a sobrevivência da entidade.
1.4 Hipóteses
H2 - A qualificação como OSCIP não é benéfica para uma boa gestão contábil
financeira de entidade do terceiro setor.
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1.5 Metodologia
1.6 Justificativa
Existem hoje no país inúmeras entidades sem fins lucrativos, que ajudam o
governo a cumprir o papel que naturalmente seria dele. Dessa maneira e
considerando as carências gerais do povo brasileiro, inúmeras organizações deste
tipo vêm surgindo para atender aos anseios da população bem como servir de
oportunidade para pessoas que gostam de exercer esse tipo de trabalho.
Porém, junto com estas organizações, cresce o interesse dos usuários por
uma maior transparência neste setor, o que exige uma maior eficiência nos controle,
pois as falhas que porventura ocorrerem não só impactarão na confiança da
sociedade como também pode prejudicar a entidade e todos que dependem dela.
O professor José Carlos Marion diz que “uma empresa sem uma boa
Contabilidade é como um barco, em alto-mar, sem uma bússola”, ou seja, se não
utilizarmos a Contabilidade como um instrumento para definir o caminho correto a
ser seguida por ela pode acabar “naufragando”. (MARION: 2006, p.26).
O interesse nos dados contábeis dessas pessoas é muito maior do que para
os demais grupos, pois eles que são responsáveis pelas tomadas de decisões
dentro da entidade a que pertencem. A Contabilidade fornece aos administradores,
um fluxo contínuo de informações sobre os aspectos econômicos e financeiros da
empresa. O bom administrador, que sabe utilizar a informação contábil tem um ótimo
instrumento de trabalho em suas mãos que permite conhecer a situação atual da
empresa para, podendo avaliar o resultado de suas ações podendo manter, corrigir
ou aperfeiçoá-las, e tomar decisões futuras como maior segurança.
Credores
O credor tem como único interesse na empresa, avaliar através dos relatórios
emitidos pela Contabilidade, avaliar a rentabilidade da empresa. Caso a empresa
esteja dando prejuízo, os investidores deixarão de investir na empresa, portanto, a
importância da informação contábil para esses usuários é importante para que os
investidores possam avaliar se devem investir ou emprestar dinheiro para
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determinada entidade.
Governo
Pessoas físicas
O TERCEIRO SETOR
O termo Terceiro Setor tem origem dos Estados Unidos, através da expressão
Third Sector.
As relações sociais também são diferentes nos três setores: O primeiro setor
tem como base o monopólio e o uso da força. O segundo setor tem como base o
lucro. Já o terceiro setor tem como base o bem estar público
Reforçando a diferença entre os três setores, Mário Aquino Alves em sua tese
de doutorado entitulada Terceiro Setor: o dialogismo polêmico diz:
A lei 9790/99 que trata da qualificação da OSCIP veio como uma forma de
incentivo para a formação de parcerias com o setor público, porém ela não trata da
divisão de responsabilidades.
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Toda OSCIP é uma ONG, mas nem toda ONG é uma OSCIP.
Uma delas é fazer com que o Poder Público sinta-se á vontade para
relaciona-se com este tipo de instituição, pois a lei exige um maior controle e
transparência dos recursos aplicados, trazendo benefícios para ambos os lados.
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Principais características
Para uma instituição sem fins lucrativos ser considerada uma OSCIP ela
deve atender a pré-requisitos:
- Não ter umas das formas de pessoas jurídicas listadas pela lei, ou seja,
existem varias formas de pessoas jurídicas sendo que algumas delas não podem
obter qualificação como OSCIP, tais como: sociedades comerciais; instituições
religiosas; entidades e empresas que comercializam planos de saúde; instituições
hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; escolas privadas
dedicadas ao ensino formal não gratuito; cooperativas entre outros;
- Ter objetivos sociais que atendam a pelo menos uma das finalidades
dispostas na lei da OSCIP.
Gestão
Termo de Parceria
O órgão estatal pode escolher a OSCIP com a qual irá celebrar um Termo de
Parceria por meio de concurso de projetos (Decreto 3.100, art. 23 a 31), que é a
forma de seleção mais democrática, transparente e eficiente. O edital do concurso
deve conter informações sobre prazos, condições, forma de apresentação das
propostas, critérios de seleção e julgamento e valores a serem desembolsados. O
julgamento é feito por uma Comissão designada pelo órgão estatal, que avalia o
conjunto das propostas das OSCIPs. Não são aceitos como critérios de julgamento
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As OSCIPs devem estar voltadas para o alcance de objetivos sociais que tenham
pelo menos uma das seguintes finalidades, conforme art. 3º da Lei 9.790/99:
participação;
• promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de
participação.
• promoção da segurança alimentar e nutricional;
• promoção do voluntariado;
• promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
• promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da
democracia e de outros valores universais;
• promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
• experimentação, não-lucrativa, de novos modelos sócio-educativos e de
sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
• estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção
e divulgação
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Para que haja esta transparência, a Lei 9790/99, no artigo 4º, inciso VII exige
os seguintes documentos:
Logo após a obtenção dos recursos devem ser observados tanto os aspectos
tributários, quanto os aspectos contábeis, abrangendo os princípios fundamentais da
contabilidade, as normas de contabilidade, a contabilidade por fundos e a auditoria.
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Aspectos tributários
Para uma boa gestão contábil financeira é importante observar nos aspectos
tributários as obrigações que deverão ser cumpridas
Segundo Kopac (2010 apud Abong), estes aspectos tributários podem ser
divididos em:
Uma das grandes vantagens de acordo com o art. 34 da Lei nº 9249 e 1995 é
que as entidades não perdem a isenção do Imposto de Renda em caso de
remuneração dos dirigentes
Aspectos contábeis
Através da leitura dos 4 primeiros itens do artigo 10, inciso 2, da Lei das
OSCIPs, pode-se ter uma idéia da importância do orçamento na gestão contábil pois
estabelece como cláusulas essenciais do Termo de Parceria:
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935. Determina regras pelas quais são as
sociedades declaradas de utilidade publica. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/>. Acesso em 22/10/10.
KOPAC, Simone Cristina. Uma proposta de modelo de gestão contábil aplicável nas
entidades organizações da sociedade civil de interesse público. Disponível em:
http://www.congressocfc.org.br/hotsite/trabalhos_1/453.pdf. Acesso em: 21/10/2010
MELO NETTO, Francisco Paulo de; FROES, César. Responsabilidade Social &
Cidadania Empresarial - A Administração do Terceiro Setor. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1999.
SZACI, Eduardo. Terceiro Setor: Regulação no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Petrópolis,
2003
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Cláusula Quarta; e
I - Da OSCIP
junho de 1999;
II - Do PARCEIRO PÚBLICO
b – indicar à OSCIP o banco em que será aberta conta bancária específica para
movimentação dos recursos financeiros necessários à execução deste TERMO DE
PARCERIA;
e - criar Comissão de Avaliação para este TERMO DE PARCERIA, composta por dois
representantes do PARCEIRO PÚBLICO, um da OSCIP e um do Conselho de Política Pública
(quando houver o Conselho de Política Pública);
f – prestar o apoio necessário à OSCIP para que seja alcançado o objeto deste
TERMO DE PARCERIA em toda sua extensão;
Exemplo :
Exemplo :
O presente TERMO DE PARCERIA poderá ser rescindido por acordo entre as partes
ou administrativamente, independente das demais medidas cabíveis, nas seguintes
situações:
Fica eleito o foro da cidade de _________ para dirimir qualquer dúvida ou solucionar
questões que não possam ser resolvidas administrativamente, renunciando as partes a
qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
_________________________ _______________________
TESTEMUNHAS:
___________________________________
NOME:
ENDEREÇO:
CPF Nº
___________________________________
NOME:
ENDEREÇO;
CPF Nº
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Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá
outras providências.
CAPÍTULO I
DE INTERESSE PÚBLICO
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de
direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,
bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social.
I - as sociedades comerciais;
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VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão
público ou por fundações públicas;
Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da
universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham
pelo menos uma das seguintes finalidades:
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, a dedicação às atividades nele previstas
configura-se mediante a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por
meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços
intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que
atuem em áreas afins.
Art. 4o Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam
regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:
Art. 5o Cumpridos os requisitos dos arts. 3o e 4o desta Lei, a pessoa jurídica de direito
privado sem fins lucrativos, interessada em obter a qualificação instituída por esta Lei, deverá
formular requerimento escrito ao Ministério da Justiça, instruído com cópias autenticadas dos
seguintes documentos:
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II - a requerente não atender aos requisitos descritos nos arts. 3o e 4o desta Lei;
Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou
fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para
requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.
CAPÍTULO II
DO TERMO DE PARCERIA
Art. 10. O Termo de Parceria firmado de comum acordo entre o Poder Público e as
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público discriminará direitos, responsabilidades e
obrigações das partes signatárias.
governo.
Art. 13. Sem prejuízo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei, havendo indícios
fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela fiscalização
representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União, para que requeiram ao juízo
competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens dos seus
dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou
causado dano ao patrimônio público, além de outras medidas consubstanciadas na Lei no 8.429, de 2
de junho de 1992, e na Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.
§ 1o O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e
825 do Código de Processo Civil.
§ 3o Até o término da ação, o Poder Público permanecerá como depositário e gestor dos
bens e valores seqüestrados ou indisponíveis e velará pela continuidade das atividades sociais da
organização parceira.
Art. 14. A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias, contado
da assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará
para a contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos
provenientes do Poder Público, observados os princípios estabelecidos no inciso I do art. 4o desta Lei.
Art. 15. Caso a organização adquira bem imóvel com recursos provenientes da
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CAPÍTULO III
Art. 17. O Ministério da Justiça permitirá, mediante requerimento dos interessados, livre
acesso público a todas as informações pertinentes às Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público.
Art. 18. As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, qualificadas com
base em outros diplomas legais, poderão qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que atendidos os requisitos para tanto exigidos, sendo-lhes assegurada a
manutenção simultânea dessas qualificações, até dois anos contados da data de vigência desta Lei.
§ 1o Findo o prazo de dois anos, a pessoa jurídica interessada em manter a qualificação prevista
nesta Lei deverá por ela optar, fato que implicará a renúncia automática de suas qualificações
anteriores.
Art. 18. As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, qualificadas com
base em outros diplomas legais, poderão qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público, desde que atendidos aos requisitos para tanto exigidos, sendo-lhes assegurada a
manutenção simultânea dessas qualificações, até cinco anos contados da data de vigência desta Lei.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)
§ 2o Caso não seja feita a opção prevista no parágrafo anterior, a pessoa jurídica
perderá automaticamente a qualificação obtida nos termos desta Lei.
Art. 19. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias.
Pedro Mallan
Ailton Barcelos Fernandes
Paulo Renato Souza
Francisco Dornelles
Waldeck Ornélas
José Serra
Paulo Paiva
Clovis de Barros Carvalho