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Paralisia Cerebral

Universidade de Coimbra

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

Licenciatura em Ciências da Educação – 3º ano

Unidade Curricular: Educação Especial II

Docente:

José Augusto Silva Rebelo

Discentes:

Alice Lopes nº20072864

Ruben Grilo nº20071851

Sónia Mamede nº 20071833

Ano lectivo de 2009/2010

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ÍNDICE

Introdução................................................................................................................ 3

Motivos subjacentes à escolha do tema .................................................................... 5

Definição de Paralisia Cerebral ................................................................................ 6

Classificação da Paralisia Cerebral ........................................................................... 10

Conclusão ................................................................................................................ 15

Bibliografia .............................................................................................................. 17

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INTRODUÇÃO

No âmbito da unidade curricular de Educação Especial II, integrada na


licenciatura de Ciências da Educação, foi-nos proposta a elaboração de um trabalho cuja
temática vai de encontro aos princípios orientadores da Educação Especial. Dentro
destes princípios, os membros do grupo seleccionaram como tema a desenvolver a
Paralisia Cerebral.

A paralisia cerebral é uma perturbação que tem sido alvo de vários estudos por
parte de inúmeros autores. As primeiras abordagens acerca da paralisia cerebral
definiam-na como “um conjunto de problemas motores existentes desde o nascimento
ou desde a infância precoce e devido a lesões cerebrais.” (Almeida, 2003, pp. 18).

Com o passar do tempo o estudo da paralisia cerebral foi acompanhado por


definições com uma complexidade cada vez mais crescente, sendo que em 1996 foi
considerada pela Comissão Mundial de Paralisia Cerebral como uma “Perturbação
persistente, todavia não invariável, da postura e do movimento, devido a uma disfunção
do encéfalo, antes que o seu crescimento e desenvolvimento se completem” (Moreira &
Gonçalves, 1998, cit in Almeida, 2003, p. 21).

Com efeito, existem várias possibilidades que podem conduzir a um diagnóstico


de paralisia cerebral, como a probabilidade de ocorrência de problemas durante a
gestação do bebé, aquando do nascimento até sétimo dia de vida, ou então sete dias após
o seu nascimento até aos dois anos, podem ocorrer problemas que levem ao surgimento
desta perturbação.

Deste modo, de acordo com a afectação do sistema nervoso central, é-nos


permitido efectuar uma classificação da paralisia cerebral baseada em várias tipologias
como: Classificação Clínica da PC, Classificação topográfica da PC e Classificação
quanto ao grau de afectação da PC, que irão permitir uma avaliação mais detalhada, por
parte dos técnicos que com estes indivíduos efectuam um trabalho mais preciso e com
as respostas mais direccionadas às suas necessidades.

Assim sendo, são as equipas multidisciplinares que com a participação dos pais
(membros determinantes na elaboração de um plano educativo individual) irão
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desenvolver programas a serem aplicados, quer em contexto escolar, quer em casa,
tendo estes de ser aplicados o mais cedo possível, de modo a mais cedo contribuir para
o desenvolvimento integral da criança.

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M OTIVOS SUBJACENTES À ESCOLHA DO TEMA

Os motivos subjacentes à escolha do tema sobre Paralisia Cerebral para este


trabalho prendem-se com o facto de ser uma temática que, embora se fale bastante, não
se conhece todas as suas especificidades, sendo muito frequente a confusão entre
paralisia cerebral e deficiência mental. Sendo assim, esta falta de informação despertou
o nosso interesse e curiosidade no sentido de ficarmos a saber mais profundamente em
que consiste verdadeiramente esta perturbação.
Este tema revela bastante interesse no âmbito da Educação Especial, na medida
em que as crianças com Paralisia Cerebral têm necessidades educativas especiais (NEE)
e, como tal, necessitam de condições específicas que requerem uma intervenção dos
serviços de apoio especial. Deste modo, o licenciado em Ciências da Educação tem um
papel indispensável no que concerne ao apoio de crianças com paralisia cerebral,
desenvolvendo meios especiais de acesso ao currículo, promovendo currículos
específicos e se for necessário modificando-os com vista a criar condições de
aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno seja educado adequada e
eficazmente.

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DEFINIÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL

A Paralisia Cerebral é uma patologia provocada por lesões no cérebro que,


maioria dos casos, ocorrem durante ou logo após o nascimento. Vários autores têm-se
debruçado sobre esta perturbação com a finalidade de investigar os factores que estão na
base do seu aparecimento e sobre os tratamentos a serem aplicados pelos devidos
profissionais.

Com efeito, a Paralisia Cerebral é o termo usado para designar um grupo de


desordens a nível motor, que não evoluem, mas que estão sujeitas a mudanças,
resultantes de uma lesão no cérebro nos primeiros estádios do seu desenvolvimento.
Segundo a Equipa Clínica de Reabilitação e Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkien “a
criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e
movimento, bem como de uma lesão cerebral que atinge o cérebro num período de
desenvolvimento.”.

Para Sophie Levitt a Paralisia Cerebral “é um nome comumente usado para um


grupo de condições caracterizadas por disfunção motora, em razão de uma lesão
cerebral não-progressiva no início da vida. Pode-se encarar as paralisias cerebrais como
parte de um contínuo de disfunções que se funde de um lado ao campo das
incapacidades de aprendizagem severas ou profundas, e de outro ao da „disfunção
cerebral mínima‟. Segundo a perspectiva de Harris (1998) a Paralisia Cerebral “é o
nome aceite para designar uma serie de problemas não progressivos do controlo da
postura e do movimento, resultantes de uma lesão no cérebro, que ocorre num período
precoce do desenvolvimento e tem implicações comportamentais, psicológicas e sociais
para quem é afectado e para quem o assiste” (Harris, 1998, cit in, Lobo, 2003, p. 26).

O quadro clínico do diagnóstico de Paralisia Cerebral tem presente possíveis


alterações. No entanto, estas não são evolutivas e só se verificam com o
desenvolvimento gradual da criança. Neste quadro ainda temos presente um aspecto
importante, o facto desta perturbação estar associada a uma variedade de condições
neurológicas, que têm em comum o distúrbio do desenvolvimento motor, que se
manifesta através da má coordenação, do pouco equilíbrio, e de padrões de movimento
anormais, traduzindo-se numa incapacidade neurodesenvolvimental que afecta varias

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áreas da criança, conferindo-lhe problemas específicos da sua habilitação, com outras
perturbações associadas (Andrada, 1982, 1986, em, Lobo, 2003, p.26).

As lesões que ocorrem no cérebro são irreversíveis, na medida em que as células


do sistema nervoso central não são recuperáveis, isto é, não há possibilidade de
regeneração das mesmas e portanto não pode haver cura da lesão. No entanto, os
milhões de células restantes podem ser estimulados a funcionar o mais adequadamente
possível, de modo a compensar a deficiência e desenvolver ao máximo as
potencialidades da criança. E embora existam áreas afectadas, existem outras áreas que
quando precocemente estimuladas podem compensar as áreas lesadas.

As lesões no cérebro podem ser ligeiras e traduzem-se numa forma desajeitada


da criança andar, usar as mãos ou falar, como também podem ser perturbações mais
graves, que afectam a capacidade motora das crianças impossibilitando-as de andar e
falar e tornando-as totalmente dependentes nas suas actividades diárias.

Não há uma causa específica definida para o diagnóstico de Paralisia Cerebral.


Sabe-se apenas que existiu uma lesão que poderá ter ocorrido durante o período de
gestação (pré-natal), durante o parto (peri-natal) ou nos primeiros dois anos de vida
(pós-natal) (Miller, 1995, cit in Lobo, 2003, p. 28).

Com efeito, para melhor compreender o que é a Paralisia Cerebral, é necessário


analisar a sua etiologia. Assim, por lesões pré-natais entende-se todos os factores que
actuam durante a gravidez como: o atraso do crescimento intra-uterino; infecções
virusais da mãe (rubéola); uso de drogas ou medicamentos inadequados; prematuridade;
anestesias da mãe durante a gravidez; traumatismos directos; estados de desnutrição ou
anóxia cerebral; diabetes, trabalho de parto demasiado longo; pela remoção da placenta
da parede do útero antes da criança nascer, o que corta o fluxo de oxigénio do sangue da
mãe para o do feto, ou uma constrição do cordão umbilical, através do qual se processa
esse fluxo de oxigénio; ou que têm origem genética.

Às lesões que surgem antes, durante ou na primeira semana de vida da criança


denominamos de factores peri-natais, e são provocados: pelo “uso de fórceps, ventosas,
etc., que pressupõem traumatismos cranianos; partos violentos, prolongados e com
cordão umbilical em volta do pescoço tendo como consequência a anóxia, e

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hemorragias dos vasos cerebrais do recém-nascido.”(Dias e tal., 1999 cit in, Lobo,
2003, p. 29).

Por último, temos como móbil de diagnóstico de Paralisia Cerebral os factores


pós-natais restringidos a todos os problemas que surgem desde o 7º dia de vida da
criança até os dois anos de idade, e estão associados normalmente a infecções no
sistema nervoso central (como é o caso da meningite, encefalite, hidrocefalia e tumores)
a traumatismos, ou distúrbios electrolíticos, ou asfixia pós-natal que é uma causa muito
frequente.

É de salientar que embora se saiba de inúmeras possíveis causas de paralisia


cerebral, existem casos em que não se sabe exactamente porque razão a criança possui
esta patologia, nem a combinação de factores que possa ter levado a tal. Sabe-se apenas
que houve uma lesão, antes do nascimento, durante o nascimento e após o nascimento
que é responsável pela deficiência. Em todos os casos, é o sistema nervoso imaturo que
sofre agressão e o sistema nervoso posteriormente continua a desenvolver-se na
presença da lesão (Levitt, 2001, pp.3).

Para a paralisia cerebral não existe tratamento com base em medicamento, nem
operações que ajudem a curar, existe sim uma possibilidade de melhorar, patente num
trabalho progressivo e constante, em que a colaboração dos pais é imprescindível, pois
sem ela nem o melhor especialista conseguirá obter resultados satisfatórios. Para um
diagnóstico preciso desta perturbação existem, segundo Almeida, três condições: a
primeira diz respeito a lesão no sistema nervoso central, não maturo; afectação do
movimento e da postura; lesão permanente, ainda que não progressiva.‟(Almeida, 2003,
p.21), e que estas condições acabam, por ser fulcrais num diagnóstico rápido seguido de
uma rápida intervenção.

Contudo, é fulcral referir que o prognóstico nem sempre é fácil de determinar.


Por muito bons que os médicos, psicólogos e terapeutas sejam, temos que ter em conta o
facto de que, por um lado, o cérebro da criança se desenvolve de acordo com o seu
potencial e, por outro lado, com os estímulos que recebe. O desenvolvimento das
crianças estará assim de acordo com o nível de inteligência, isto é, quanto maior este
nível, mais a criança colaborará na realização dos exercícios. Quando o nível de
inteligência é mais reduzido a sua recuperação poderá ser mais lenta e limitada.
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Em suma, a Paralisia Cerebral designa um conjunto de problemas constantes na
postura, no movimento, no equilíbrio, etc., provenientes de lesões graves que
ocorreram: ou no período de gestação, ou logo após a criança nascer ou então após sete
dias do seu nascimento até os 2 anos de idade para uns autores, 5/6 para outros. No
quadro desta patologia não existem tratamentos, nem curas, existe sim a possibilidade
de uma rápida e eficaz intervenção que se inicia com uma estimulação muito precoce,
de modo a que a criança com Paralisia Cerebral possa ser reabilitada e orientada para ter
uma vida funcional e feliz.

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CLASSIFICAÇÃO DA PARALISIA CEREBRAL

A Paralisia Cerebral pode ser classificada de acordo com o tipo e a distribuição


da anormalidade motora. Existem várias classificações e subclassificações propostas por
vários autores, mas para formular planos de tratamentos adequados não basta apenas
tomar como guia estes rótulos. É de extrema importância que estas crianças sejam
sujeitas a uma avaliação detalhada, baseada primeiramente nas funções motoras, para
estabelecer um programa de tratamento.

Com efeito, movimentos involuntários anormais podem ser vistos nas síndromes
espásticas e sinais piramidais podem ser vistos nas síndromes atetóides e atáxicas.
Ainda, todas as formas de Paralisia Cerebral são caracterizadas, em algum grau, por
desordem motora e da postura, de forma que um movimento voluntário que é
normalmente complexo, coordenado e variado se torna descoordenado, estereotipado e
limitado. Nos casos mais graves, uma tentativa de movimento voluntário pode levar a
um reflexo primitivo e podem verificar-se contracções da musculatura. Movimentos
discretos podem ser impossíveis. O movimento mais simples, feito inconscientemente
pelo lado não afectado, pode requerer esforço e concentração redobrada, geralmente
com falhas, no membro afectado.

Como já referimos anteriormente, existem várias classificações e


subclassificações elaboradas por diferentes pesquisadores, o que dificulta a discussão do
tema, uma vez que não existe consenso, derivado à heterogeneidade do conceito.

Seguidamente iremos apresentar as classificações topográficas usadas mais


frequentemente, bem como os tipos de Paralisia Cerebral.

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CLASSIFICAÇÕES TOPOGRÁFICAS DE PARALISIA CEREBRAL :

QUADRIPLEGIA :
Envolvimento dos quatro membros. O termo dupla hemiplegia
também é usada, significando que os braços estão mais afectados que as
pernas e que pode haver uma paralisia congénita.

PARAPLEGIA :
As alterações observadas estão restritas aos membros inferiores
(envolvimento das duas pernas).

DIPLEGIA:
Envolvimento dos quatro membros, sendo as pernas mais afectadas
que os braços.

HEMIPLEGIA:
Poder-se-á verificar que o membro inferior é mais afectado que o membro superior
ou vice-versa, mas também se pode verificar a afectação de um lado do
corpo.

TRIPLEGIA :
Há o envolvimento predominante de três membros, geralmente as
duas pernas e um braço.

MONOPLEGIA:
É uma condição rara, na qual apenas um membro é afectado.

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É de salientar que estas classificações topográficas são imprecisas, visto que
outros membros podem estar levemente afectados. No seu tratamento os terapeutas
devem ter em conta se os membros “não afectados” se devem ou não incluir no mesmo.
“As mãos de um paraplégico, por exemplo, podem precisar de tratamento em
coordenação de precisão, ou talvez o outro lado de um hemiplégico possa requerer
tratamento”, “Uma monoplegia pura é quase que não-existente”.

Os tipos de envolvimento são: espasticidade, rigidez, atetose ou hipotonia. Esta


última chamada de paralisia cerebral atónica, raramente permanece hipotónica.

Estes bebés moles tornam-se normalmente espásticos, atetoides ou atáxicos. Os


atetoides e atáxicos são na maioria quadriplégicos, mas poder-se-á verificar
ocasicionalmente um hemiatetóide.

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CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DE PARALISIA CEREBRAL

Mais uma vez as classificações da Paralisia Cerebral não são bem definidas, o
que pode levar a que o terapeuta tenha que tratar sintomas de um tipo de paralisia dentro
de outro tipo.

Existem várias classificações, mas geralmente os principais tipos de Paralisia


Cerebral são o espástico, o atetóide e o atáxico.

PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA

Este é o tipo mais comum de paralisia cerebral (aproximadamente 75%) na qual


os membros afectados são espásticos, ou seja, significa que os músculos são duros e
resistem ao serem esticados. Os braços e as pernas também têm "reflexos tendinosos
profundos" reactivos (contracções musculares involuntárias em resposta a um estímulo).
Por exemplo, quando o tendão do joelho é batido com um pequeno martelo, os
músculos da perna se contraem e “chutam” com força. A pessoa normalmente tem estes
sintomas tanto quando acorda como quando vai dormir.

PARALISIA CEREBRAL ATETÓIDE

Esta forma menos comum (aproximadamente 10%) de paralisia cerebral é


caracterizada por movimentos involuntários da face, tronco e membros que
frequentemente interferem com a fala e a alimentação. Os sintomas podem piorar em
situações de tensão emocional. Os movimentos podem ser rápidos, distorcidos (atetose)
ou podem envolver a permanência numa posição anormal (distonia).

PARALISIA CEREBRAL ATÁXICA

Este tipo de paralisia cerebral afecta menos de 8% dos casos e normalmente


envolve uma lesão do cérebro na parte responsável pela coordenação (chamada de
cerebelo) e equilíbrio. Os sintomas característicos incluem cambalear o tronco,
dificuldade de manter os membros firmes e movimentos anormais dos olhos e das mãos.

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PARALISIA CEREBRAL M ISTA

Uma combinação de sintomas de pelo menos dois dos subtipos anteriores. Sendo
que 10% dos casos apresentam uma combinação dessas características acima
apresentadas nos tipos de paralisia.

Todas as formas de paralisia cerebral podem ter problemas associados, incluindo


retardo mental (em mais de 50% dos pacientes), um desalinhamento dos olhos chamado
estrabismo (50%), epilepsia ou ataques epiléticos (30%), e desordens visuais ou
auditivas (20%).

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE AFECTAÇÃO DA PARALISIA CEREBRAL

LEVES: aproximadamente 23% dos casos. Embora os movimentos sejam


condicionados, podem andar e falar.

M ODERADOS: aproximadamente 39% dos casos. Movimentos instáveis, linguagem


imprecisa e dificuldades de controle manual.

SEVEROS: aproximadamente 38% dos casos. Devido ao facto do controle das


extremidades ser escasso, não andam. A fala está extremamente afectada, o que leva a
que a maior parte dos casos estes indivíduos não falem.

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CONCLUSÃO

O trabalho que nos foi proposto para elaborar, possibilitou-nos a abordagem de


temas que vão de encontro ao âmbito da Educação Especial enquanto disciplina
indispensável à criação de respostas sociais. Neste contexto, o trabalho final elaborado
nesta unidade curricular, permitiu-nos conhecer mais aprofundadamente a paralisia
cerebral e a sua etiologia que, para nós, era como que desconhecida. De igual maneira,
levou-nos a rever qual o papel do agente educativo.

Considerando a Paralisia Cerebral, verificámos que a inquietação crescente dos


profissionais em encontrar soluções adequadas para indivíduos com necessidades
educativas especiais tem levado à produção de diversas investigações, que procuram
ampliar os conhecimentos, especificar e caracterizar da melhor forma esta e outras
patologias existentes. No caso da Paralisia Cerebral, conferimos que os estudos levados
a cabo revelam uma forte tendência a convergir, procurando uma definição cada vez
mais completa e com maior número de características diagnósticas comuns.

A Educação Especial surge-nos como uma área específica de intervenção, que


permite promover e facilitar o processo de reabilitação e integração de indivíduos aos
quais a Educação Especial tem obrigação de dar resposta, nas várias actividades sociais.
Para tal, é necessário um acompanhamento especializado que faculte todo o apoio
apropriado a este campo de acção.

O profissional da Educação desempenha, assim, um indispensável papel no


acompanhamento de indivíduos com necessidades educativas especiais, dedicando-se a
um trabalho que implica o envolvimento directo com a deficiência em questão,
possibilitando a realização de um bom diagnóstico para posterior acompanhamento do
indivíduo ou grupo.

No seu todo, o trabalho realizado permitiu-nos conhecer, não só, mas sobretudo,
o papel e actividade do licenciado em Ciências da Educação num contexto de
necessidades especiais, enriquecendo a nossa visão como futuros profissionais da
Educação.

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Em suma, a paralisia cerebral é uma lesão que ocorre no cérebro antes, durante
ou após o parto, e que afecta as funções básicas do ser humano como: a fala, a postura, e
o movimento.

Com efeito, existem múltiplos tipos de Paralisia Cerebral, associados a várias


classificações como: a classificação topográfica da PC que abarca a quadriplegia, a
paraplegia, a displegia, a hemiplegia, a triplegia, e monoplegia.

Um outro tipo de classificação possível é a Classificação clínica, que engloba a


perturbação espástica, que afecta a capacidade de movimento, a atetóse, no qual o
movimento é involuntário e sem controlo; a atáxica que se caracteriza por diminuição
da tonicidade muscular, descoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente, e
classificação mista que engloba uma combinação de vário tipos das anteriores
classificações.

Com a realização deste trabalho tomámos consciência das características e


complexidade da paralisia cerebral, bem como das metodologias apropriadas para uma
intervenção.

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BIBLIOGRAFIA

Almeida, A. C. L. (2003). Ansiedade social na paralisia cerebral. Dissertação


de Mestrado em Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental e Sistémica. Faculdade
de Psicologia e de Ciências da Educação de Coimbra. Coimbra.

França, R. M. A. M. (2004) A dinâmica da relação na fratria da criança com


paralisia cerebral. Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica do
Desenvolvimento. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação de Coimbra.
Coimbra.

Lobo, J.C (2003). Influência do auto-conceito e das estratégias de coping na


vulnerabilidade para a depressão e para a ansiedade em adolescentes com paralisia
cerebral. Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental e
Sistémica. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação de Coimbra. Coimbra.

WEBGRAFIA

http://www.appc.pt

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