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A)
Generally asked questions (Perguntas mais freqüentes)
2. Business or leisure?
9. Who will look after your business in your absence (if you are a business man)?
11. How many children do you have? And where are they? What do they do? Who is there in the
USA?
12. How long will you be staying in the USA?/ How long are you staying?
15. How can you assure me that you will come back?
17. How long has your son/daughter been living in the USA?
Quanto à categoria léxica em que either, neither e nor podem cair normalmente, a situação é a
seguinte:
Either can be adjective, pronoun, conjunction, and adverb:
adj: There are trees on either side of the street.
pron: Do you want coffee or tea? Either one.
conj: A statement is either true or false.
Neither can be adjective, pronoun, and conjunction:
adj: On neither side of the street are there any trees.
pron: He made two suggestions and neither was accepted. / Neither of the students has failed.
conj: You didn't do it, neither did I.
Nor can be only a conjunction:
conj: Neither here nor there.
Nor aparece predominantemente com paired conjunction de neither, como no exemplo acima.
Veja aqui outros exemplos: Neither my brother nor my sister is here. / Neither my sister nor my
parents are here. / That book is neither interesting nor accurate. / He has neither a pen nor paper. /
He can neither read nor write.
Pode entretanto aparecer também isoladamente, embora não seja esta uma ocorrência muito comum.
Ex: He couldn't speak, nor could he walk.
Quanto à função sintática dessas palavras, parece-me interessante fazer as seguintes observações:
1) Either + verbo negativo pode substituir neither + verbo afirmativo, exceto nos casos em que
neither (pronome) esteja na função de sujeito.
2) Either ... or + verbo negativo pode substituir neither ... nor exceto quando neither ... nor for
sujeito.
3) Embora either não possa ocorrer como sujeito de um verbo negativo, pode ocorrer como sujeito ou
objeto de verbos afirmativos ou interrogativos.
6. A Combinação impossível de FOR com TO: (erro comum até níveis intermediários)
O fato de ser o infinitivo em inglês formado pelo verbo precedido da preposição TO, aliado ao fato de
ser comum em português a colocação de idéias do tipo VERBO + PARA + VERBO NO
INFINITIVO, induz o aluno freqüentemente a colocar a mesma idéia em inglês usando a combinação
das preposições FOR + TO. Esta entretanto é uma combinação impossível, não ocorrendo jamais em
inglês. Observe nos seguintes exemplos as alternativas corretas:
Eu vim para falar contigo. - I came to talk to (with) you.
Ela se ofereceu para me ajudar. - She offered to help me.
Para aprender, é necessário estudar. - It's necessary to study, in order to learn.
Isto é um instrumento para medir velocidade. - This is an instrument for measuring speed.
Como regra geral, sempre que houver tendência de colocar FOR + TO, o aluno deve lembrar-se de
simplesmente eliminar a primeira preposição.
9. No THE before names and other article problems. (erros comuns até níveis intermediários)
Em ambas as línguas, inglês e português, existem artigos que se subdividem em definidos (o, os, a, as
- the) e indefinidos (um, uns, uma, umas - a, an). Portanto, no uso de artigos há pouco contraste entre
os dois idiomas, a não ser por alguns casos excepcionais.
a) Em português, em linguagem coloquial, é comum o uso de artigos definidos na frente de nomes
próprios, enquanto que em inglês, salvo algumas exceções, isso jamais ocorre. Veja os seguintes
exemplos:
O Sr. Jones é meu amigo. - Mr. Jones is my friend.
A IBM é uma empresa grande. - IBM is a large company.
A Alemanha é um país desenvolvido. - Germany is a developed country.
O inglês do Peter é melhor que o do John. - Peter's English is better than John's.
Observe entretanto que para todos países cujos nomes dão uma idéia de coletividade, deve-se usar o
artigo definido:
The United States - Os Estados Unidos
The Soviet Union - A União Soviética
The European Union - A União Européia
The CIS (Community of Independent States) - A CEI
The United Kingdom - O Reino Unido
The Netherlands - Os Países Baixos
The Philippines - As Filipinas
The Falklands - As Malvinas
The British Isles - As Ilhas Britânicas
Também países cujos nomes expressam o tipo de organização:
The Dominican Republic - A República Dominicana
The People's Republic of China - A República Popular da China
b) Em inglês não se usa artigo definido antes de pronomes possessivos:
Este é o meu livro. - This is my book.
A minha casa ainda não está pronta. - My house isn't finished yet.
c) Em português não se usa artigo indefinido antes de profissões:
Ele é médico. - He's a doctor.
Sou professor. - I'm a teacher.
d) Em português não se usa artigo definido quando se fala de tocar instrumentos musicais:
Ela toca piano. - She plays the piano.
I THINK SO não é o mesmo que I THINK (THAT) … (erro comum até níveis intermediários)
I THINK SO é sempre uma frase completa, terminando em ponto final, e corresponde à expressão do
português ACHO QUE SIM. I THINK … ou I THINK THAT … sempre introduz uma oração subordinada
(relative clause), e corresponde a ACHO QUE … Por exemplo:
1. Is it going to rain? I think so. - Será que vai chover? Acho que sim.
2. I think this is my book. - Acho que este é o meu livro.
3. Many people think that inflation is worse than unemployment.
Muitos acham que inflação é pior que desemprego.
WORDS OF CONNECTION
(CONECTIVOS)
Santa Cruz do Sul -Ricardo Schütz
Atualizado em 20 de maio de 2005
Words of transition, words of connection, transition devices, linking words ou discourse markers são
conjunções, advérbios, preposições, locuções, etc., que servem para estabelecer uma relação lógica
entre frases e idéias. Em português essas palavras são chamadas de articuladores ou plavras
conectivas. O uso correto destas palavras confere solidez ao argumento e conseqüentemente
elegância ao texto.
Writing clinics ou writing labs são departamentos nas universidades norte-americanas aos quais os
estudantes podem recorrer para obter auxílio e orientação sobre como redigir corretamente seus
trabalhos de pesquisa. Normalmente o primeiro e o mais freqüentemente ponto abordado nessas
clínicas de redação é o uso correto das palavras de transição. Words of transition são de fundamental
importância, uma vez que a beleza do inglês moderno está na clareza e na integridade lógica.
As listas abaixo constituem-se numa ajuda decisiva para quem compõe um texto em inglês,
independente do nível de capacidade do redator.
Os conectivos, mais freqüentemente usados, são:
A principal razão ... / O principal motivo ... The main reason ...
Por enquanto (passado) ... / Até agora ... So far ... / Up till now ...
Nesse meio tempo, ... / Enquanto isso, ... In the meantime, ... / Meanwhile, ...
Em outras palavras, … / O que eu quero dizer ... / In other words, … / What I'm trying to
Quer dizer, … / Ou seja, … say ... / That is, …
Ao contrário de … Unlike …
Abaixo segue uma lista abrangente de palavras e locuções conectivas, agrupadas por tipo de ligação
que estabelecem. Esta lista é de utilidade especialmente para alunos avançados que possuem boa
familiaridade com redação em inglês:
INTRODUCTION
concerning regarding
as referred to first of all speaking of
(at) first in the first place to begin with
by the way initially to start with
changing the subject on the one hand
AGREEMENT
in accordance
according to in agreement
as per in conformity
COMPARISON
in comparison (with)
comparing in the same way
likewise similarly
EMPHASIS the key point
in any event particularly
indeed positively the main reason
above all
in fact primarily unquestionably
a key feature
in particular principally valuable to note
a major concern
more important(ly) specifically without a doubt
definitely
especially significant most important(ly) the basic cause
even more naturally the chief factor
ADDITION both ... and last but not least on top of that
either ... or likewise or
again equally important moreover plus
also further neither ... nor similarly
and (then) furthermore next together with
as well as in addition (to) not only ... but also what's more
at the same time indeed not to mention
besides jointly not to speak of
TIME RELATIONSHIP
nowadays then
after a while here presently thereafter
afterward(s) immediately shortly (after) throughout
as time goes by in the meantime simultaneously thereupon
at last lately since until
at present later so far up until now
at this point meanwhile soon while
currently now temporarily yet at the same time
SEQUENCE OF EVENTS
later
First following after that
second then finally
third next
as
in order that so (that)
because
now that that is because
due to
since that is why
for
RESULT hence then
in short thereby
accordingly
so much (so) that therefore
as a consequence
so ... that thus
as a result
such ... that truly
consequently
for this reason
CIRCUMSTANCES
in my opinion
as a last resort in terms of
as a rule in the midst of
from the standpoint of on the part of
CONDITION
if not in the event (that)
provided (that)
as long as in case of only if
providing (that)
even if in case (that) or (else)
whether or not
if in the event of otherwise
DISMISSAL
EXCEPTION / EXCLUSION
PURPOSE
in order to to this end
for this reason in return for with this in mind
for your information to the purpose of with this purpose
in an effort to
SUBSTITUTION
in place of or rather
instead of in exchange for
REITERATION / REFORMULATION
INTERMEDIATING
in doing so
by this way
by means of through (which)
CONCESSION
at the same time it may appear that
after all granted that naturally
although it is true that I admit of course
although this may be true
EVIDENCE
indeed obviously
as you (anyone) can see it's no wonder of course
certainly naturally without question
evidently needless to say without a doubt
CONCLUSION / SUMMARY
in conclusion overall
after all as we have seen in short thus
all in all at last in summary to conclude
all things considered finally last(ly) to summarize
as I have said in brief on the whole to sum up
ENGLISH IN WRITING
COMO REDIGIR CORRETAMENTE EM INGLÊS
INTRODUÇÃO
In Portuguese, if the reader does not understand what he reads, he
may think he is not intelligent enough to understand the writer, while
in English most likely the writer is the one who takes the blame.
Enrolar, enfeitar a jogada, enfeitar a noite do meu bem, encher lingüiça, são
expressões populares usadas para referir-se ao hábito do uso da retórica na linguagem.
Esta tendência, freqüentemente observada em português, é um vício remanescente de
séculos passados, quando a linguagem escrita era uma arte dominada por poucos e a
sua função era predominantemente literária. Retórica era sinal de erudição, e por vezes
a forma chegava a se impor sobre o conteúdo.
Nos tempos modernos, entretanto, com a internacionalização do mundo e com o
crescente desenvolvimento da tecnologia de comunicação, a funcionalidade dos
idiomas como meios de comunicação clara e objetiva se impõe a tudo mais, fato este
reconhecido também pelos mais respeitados representantes da língua portuguesa:
"A diferença entre o escritor e o escrevedor está sobretudo na economia vocabular.
Conseguir o máximo com o mínimo - eis um sábio programa." (Celso Pedro Luft)
Especialmente no caso do inglês, hoje adotado como língua internacional, esta
tendência é marcante. O inglês moderno na sua forma escrita não tolera retórica. No
comércio internacional, na imprensa escrita, e nos meios acadêmicos exige-se cada
vez mais clareza. Frases longas, adjetivação excessiva, tom vago, textos que exigem
maior esforço para serem compreendidos, falta de concisão, todas estas características
facilmente são consideradas pobreza de estilo. A beleza do inglês moderno está na
substância, na simplicidade, na clareza, na riqueza de detalhes e na integridade
lógica.
Em paralelo a isso, a redação e editoração de textos via computadores está criando
uma tendência à padronização do inglês na sua forma escrita. Pelo fato de ter sido um
país de língua inglesa (EUA) o berço da informática, os softwares hoje existentes para
processamento ou edição de textos oferecem recursos avançados para verificação
gramatical de textos em inglês. Estes "grammar checkers" seguem todos os mesmos
preceitos básicos, influindo de forma semelhante sobre quem redige, e conduzindo
lenta e gradativamente a uma maior padronização na forma de escrever.
Por tudo isso pode-se dizer que redigir bem em inglês é mais fácil do que se
imagina. A primeira condição, que apesar de elementar é muito pouco observada, é de
que o texto seja sempre criado a partir de uma idéia. Em qualquer língua, texto escrito
deve ser sempre o reflexo de uma idéia, que por sua vez origina-se em fatos do
universo. A idéia é sempre anterior ao texto. Se a idéia não for clara, o texto também
não o será.
Outra condição é domínio sobre o idioma falado. Seria difícil tentar redigir uma idéia
a respeito da qual não conseguíssemos falar claramente. É por isso que traduções ou
versões a partir de um texto em português, feitas com a ajuda de dicionário,
normalmente produzem resultados desastrosos. A não ser quando se trata de
documentos, e com ressalvas, não deveria existir o que chamam de tradução literal.
Todo texto precisa ser interpretado, isto é: a idéia precisa ser entendida e então
recriada, e diferenças culturais explicadas sob a nova ótica.
Há quem diga que esta tendência no português de se ser vago, de se valorizar uma linguagem
afastada dos fatos e maquiada pelas formas, é um hábito originado nos anos de regime militar,
quando jornalistas tinham que informar mas tinham receio de se comprometer. A "liberdade
vigiada" daqueles anos de regime de exceção exigia um subterfúgio, uma linguagem não-
explícita, cuja mensagem ficasse por conta da capacidade de imaginação do leitor.
Já outros acreditam serem as raízes mais profundas. Evocam o período colonial do Brasil,
quando o trabalho era responsabilidade da mão-de-obra escrava, e a classe letrada dedicava
muito tempo burilando textos que valorizavam a estética e o subjetivismo, num mundo que
ainda se comunicava muito através da literatura.
Outros vão mais longe ainda. Afirmam que, há mais de 20 séculos, diferenças sociais e
culturais já marcavam contrastes. Enquanto o Império Romano da língua latina mantinha seu
apogeu pela força militar, permitindo a existência de classes eruditas que podiam se dedicar
às artes e às letras, quando meio século antes de Cristo o orador Cícero já se dedicava à
crítica literária e ao estudo de retórica e o poeta Virgílio destilava seu lirismo profetizando com
eloqüência o destino de Roma no mundo; àquela época os povos bárbaros de línguas
germânicas encontravam-se ou guerreando ou trabalhando para sobreviver e pagar impostos
ao Império, sem tempo para as artes, e usando uma linguagem de comunicação clara e
objetiva, sintonizada em fatos concretos e nos afazeres do dia-a-dia.
Seja qual for a origem, o fato é que hoje, em pleno alvorecer da era da informação, num
mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se
comunica cada vez mais, tendências idiomáticas contrastantes representam um empecilho
para ambos os lados. Nunca o mundo se comunicou tanto, nunca o tempo foi tão curto para
tanta informação, e portanto nunca a objetividade na linguagem foi tão necessária.
2. Certifique-se de que cada oração tenha um sujeito e que o sujeito esteja antes do verbo.
Em português freqüentemente as frases não têm sujeito. Sujeito oculto, indeterminado, inexistente,
são figuras gramaticais que no português explicam a ausência do sujeito. Isto no inglês entretanto não
existe. A não ser pelo modo imperativo, toda frase em inglês normalmente tem sujeito. Na falta de
um sujeito específico, muitas vezes o pronome IT deve ser usado. Além disso, em português muitas
vezes o sujeito aparece no meio ou no fim da frase. Em inglês ele deve estar sempre antes do verbo (a
não ser no caso de frases interrogativas), e de preferência no início da frase. Observe os seguintes
exemplos:
Ao formar uma frase, o aluno deve acostumar-se a pensar sempre em primeiro lugar no sujeito,
depois no verbo. O pensamento em inglês estrutura-se, por assim dizer, a partir do sujeito. A ordem
natural e até certo ponto rígida dos elementos da oração em inglês é: Sujeito - Verbo - Complemento.
Comparando o ato de escrever com a montagem de uma peça teatral, poderíamos dizer que no
português há uma tendência a se montar o cenário para então colocar-se o ator principal em cena. No
inglês, a ordem normal seria inversa: primeiro coloca-se o personagem principal (sujeito e verbo)
para então completar com a montagem do cenário (objetos, adjuntos adverbiais e adnominais e
orações subordinadas).
Complexo: Correto:
The multiplicity of functionality is really advantageous to the The many functions of the product
overall marketability of the product. will help its sales.
After paying her debts, she still had enough
After liquidating her indebtedness she was still in possession of sufficient money to set up a small business.
resources to establish a small commercial enterprise.
The cat ate the mouse. O gato comeu o rato. Voz ativa.
The mouse was eaten by the cat. O rato foi comido pelo gato. Voz passiva.
The mouse was eaten. O rato foi comido. Voz passiva sem agente.
No português, o uso da voz passiva é extremamente comum e apropriado ao idioma. O tom vago de
uma voz passiva sem agente, assim como um sujeito indeterminado, são características típicas do
português. No inglês moderno, por outro lado, a voz passiva chega a ser quase proibitiva porque
destoa em relação à necessidade de clareza e de presença de fatos, limitando-se seu uso a casos em
que o agente da passiva é desconhecido, irrelevante ou subentendido.
Exemplos:
The store was robbed last night. (desconhecido)
Toyotas are made in Japan. (irrelevante)
Clinton was elected President. (subentendido)
Exemplo de um texto em português Como não deve ser redigido em O mesmo texto redigido em
normal, abundante em voz passiva: inglês: inglês, de forma mais apropriada:
7. Mantenha uma conexão lógica entre as frases fazendo uso correto de Words of Transition.
Words of transition ou Words of connection são conjunções, advérbios, preposições, etc., que servem
para estabelecer uma relação lógica entre frases e idéias. O uso correto destas palavras de conexão
confere elegância ao texto e, mais importante, solidez ao argumento. Exemplos:
Many people watch TV. I don't like to waste my time Although many people watch TV, I don't like to waste my time
watching television. The quality of the programs is very watching television because the quality of the programs is very
poor. I'm going to read books. I'm not going to watch poor. Therefore I'm going to read books instead of watching
soap operas. soap operas.
ORIGENS DAS DIFERENÇAS
Há quem diga que esta tendência no português de se ser vago, de se valorizar uma
linguagem afastada dos fatos e maquiada pelas formas, é um hábito originado nos anos de
regime militar, quando jornalistas tinham que informar mas tinham receio de se comprometer.
A "liberdade vigiada" daqueles anos de regime de exceção exigia um subterfúgio, uma
linguagem não-explícita, cuja
mensagem ficasse por conta da
capacidade de imaginação do
leitor.
Já outros acreditam serem as raízes mais profundas. Evocam o período colonial do Brasil,
quando o trabalho que havia era responsabilidade da mão-de-obra escrava, e a classe
letrada dedicava muito tempo burilando textos que valorizavam a estética e o subjetivismo,
num mundo que ainda se comunicava muito através da literatura.
Outros vão mais longe ainda. Afirmam que, há mais de 20 séculos, diferenças sociais e
culturais já marcavam contrastes. Enquanto o Império Romano da língua latina mantinha seu
apogeu pela força militar, permitindo a existência de classes eruditas que podiam se dedicar
às artes e às letras, quando meio século antes de Cristo o orador Cícero já se dedicava à
crítica literária e ao estudo de retórica e o poeta Virgílio destilava seu lirismo profetizando
com eloqüência o destino de Roma no mundo; àquela época os povos bárbaros de línguas
germânicas encontravam-se ou guerreando ou trabalhando para sobreviver e pagar os
impostos ao Império, sem tempo para as artes, e usando uma linguagem de comunicação
clara e objetiva, sintonizada em fatos concretos e nos afazeres do dia-a-dia.
Seja qual for a origem, o fato é que hoje, em pleno alvorecer da era da informação, num
mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se
comunica cada vez mais, tendências idiomáticas contrastantes representam um empecilho
para ambos os lados. Nunca o mundo se comunicou tanto, nunca o tempo foi tão curto para
tanta informação, e portanto nunca a objetividade na linguagem foi tão importante.
Uma vez que diferentes línguas são diferentes sistemas de representação, não podemos
simplesmente converter palavras de uma língua para palavras de outra. Para se estabelecer
uma boa correlação entre duas línguas é necessário captar a idéia com clareza e completa,
ter um entendimento claro e objetivo dos fatos que a linguagem procura refletir. Portanto, o
texto que se pretende traduzir deve oferecer esse entendimento de forma clara e objetiva,
não podendo carecer de conteúdo. O quadro deve estar completo, sem áreas obscuras, pois
aquela obscuridade que numa pintura a óleo, por exemplo, talvez fique bem, numa aquarela
pode comprometer o balanço.
Redigir, portanto, é a arte de criar uma representação de fatos do universo e traduzir é a arte
de recriar esta representação; de reestruturar a idéia nas formas que a língua para a qual se
traduz oferece e sob a ótica da cultura ligada a essa língua. É, pois, no plano das idéias e
não das formas, que a correlação pode ser estabelecida. Se a representação da realidade
nas formas da L1 não refletir claramente os fatos a que se refere, especialmente em textos
não-literários, isto é, em textos comerciais, técnicos, jornalísticos, acadêmicos, o tradutor
sentir-se-á como um redator que não conhece plenamente o fato a respeito do qual deve
redigir. Estará perdido como um cego que perde seu cachorro-guia.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
TIPS ON READING ENGLISH FOR BRAZILIANS
...in noun –
Ex: He likes fishing and camping, and hates accounting.
This apartment building is new.
g
Ex: This is interesting and exciting to me.
adjective –
That was a frightening explosion.
ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.
VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a
instituição; equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se
aplica são na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.
VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta
produtividade). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.
ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).
Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)
turn on - ligar
turn off - desligar
turn - virar, girar turn down - desprezar
turn into - transformar em
8. Use intuition, don’t be afraid of guesswork, and don’t rely too much on the dictionary.
(Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar, e não dependa muito do dicionário.)
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário,
uma vez que o português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário
proveniente do latim. É principalmente no vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores
semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário cotidiano encontramos palavras que
nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item anterior). Estes,
entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto
confiar na semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important,
intelligent, interesting, manual, modern, necessary, pronunciation, student, supermarket, test,
vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada de inglês. Assim sendo, o
aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo que
conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente
recomendável para alunos de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e
familiaridade com as características estruturais da gramática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se
inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para todas palavras cujo
entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na idéia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não
deve o leitor desistir na primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com
insistência e curiosidade. A probabilidade é de que o entendimento aumente de forma surpreendente,
à medida em que o leitor mergulha no conteúdo do texto.
INTRODUÇÃO
A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última
era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do
continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha.
Este recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do
continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos
que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que
caracterizaram os primórdios da Idade Média na
Europa.
Sítios arqueológicos evidenciam que as terras
úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam
uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações,
vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se
grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o
celta. Os celtas se originaram presumivelmente de
populações que já habitavam a Europa na Idade do
Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100
A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas
como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta
chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa,
antes de acabarem os povos celtas quase que totalmente
assimilados pelo Império Romano.
A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando
pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira
invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites
com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã.
Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores, trouxeram
profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam
a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos
conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas
pelo Império, as legiões romanas, em 410
A.D., se retiram da Britannia, deixando seus
habitantes celtas à mercê de inimigos (Scots e
Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de
forças militares para defendê-los, os celtas,
em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas
(Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter
ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista,
acabam tornando-se invasores,
estabelecendo-se nas áreas mais férteis do
sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e
massacrando a população local. Os celtas-
bretões sobreviventes refugiam-se no oeste.
Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não
ficaram traços da língua celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que
vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se
de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua
inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e
Modern English. A primeira metade do século I, quando ocorreram as
invasões germânicas, marca o início do período denominado Old
English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à
população celta da Irlanda. Em 597 A.D. a Igreja manda missionários
liderados por Santo Agostinho para converter os anglo-saxões ao
cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início
da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês
moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a
religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A
necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura
inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e
associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de
outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old
English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de
diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever
fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem
greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção
de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings
contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, estes
povos usavam de violência e seus ataques causaram
destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings
que se estabeleceram na Inglaterra eram
predominantemente provenientes da Dinamarca e
falavam dinamarquês. Estes mais de 200 anos de
presença de dinamarqueses na Inglaterra
naturalmente exerceu influência sobre o Old English.
Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta
influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês
moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na
gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old
English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria
reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era
muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também
são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino,
feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA
BATALHA DE HASTINGS
A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande
importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica
reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa,
marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por
William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-
saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da
Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o
Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino
apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra
como forma de impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em tapeçaria, a travessia do Canal da
Mancha pelas tropas de William:
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos e um
saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado
inglês.
William havia conquistado em poucos dias
uma vitória que romanos, saxões e
dinamarqueses haviam lutado longa e
duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes
e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história
como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela
força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman
French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia
uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores,
William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados
na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada
pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para
aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos
favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida,
a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de
cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou
principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por mais forte
que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai
além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura
gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas
britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo
final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como
linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para
documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos,
políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos,
entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo,
ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como
sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:
Pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose entre diferentes grupos sociais e
suas respectivas línguas podem ser observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais
das classes mais privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a
um uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat Brown,
freqüentador do fórum de discussões deste site,
PRONÚNCIA PRONÚNCIA
ANTES DO SÉCULO 15 MODERNA
O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao
das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual
falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa
principalmente nas vogais, é, em grande parte, conseqüência desta mudança ocorrida no
século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o
Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento
da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a
disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da
Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação,
trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu
com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na
pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela
um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de
correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim
explica o que ocorreu:
O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do
século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes
formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de
Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e
John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em
apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes
transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema
ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo
usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha
tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os
primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da
língua, incorporando conceitos gramaticais das línguas latinas e trazendo uma uniformidade
gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do
verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser
considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She
didn't go neither.
SHAKESPEARE
William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no
desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é
caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela
criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos
em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de
linguagem figurada são freqüentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico
do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo,
proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo
enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser
falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle
English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma
língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo
ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a
uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores
que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes
ingleses em 1620, marca o início da
presença da língua inglesa no Novo
Mundo.
À época da independência dos Estados
Unidos, em 1776, quando a população
do país chegava perto de 4 milhões, o
dialeto norte-americano já mostrava
características distintas em relação aos
dialetos das ilhas britânicas. O contato
com a realidade de um novo ambiente,
com as culturas indígenas nativas e com
o espanhol das regiões adjacentes ao
sul, colonizadas pela Espanha,
provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão
basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que
aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes
laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se
desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as
diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20,
alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico.
Este verdadeiro império de influência política e econômica, que atingiu seu ápice na primeira
metade do século 20, quando chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun
never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocou uma igualmente vasta
disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a
marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como
língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das
comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do
transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information
superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de
comunicação é imprescindível.
FALSOS CONHECIDOS - FALSE FRIENDS
Actually (adv) - na verdade ..., o fato é que ... Atualmente - nowadays, today
Adept (n) - especialista, profundo conhecedor Adepto - supporter
Agenda (n) - pauta do dia, pauta para discussões Agenda - appointment book; agenda
Amass (v) - acumular, juntar Amassar - crush
Anticipate (v) - prever; aguardar, ficar na expectativa Antecipar - to bring forward, to move forward
Application (n) - inscrição, registro, uso Aplicação (financeira) - investment
Appointment (n) - hora marcada, compromisso profissional Apontamento - note
Appreciation (n) - gratidão, reconhecimento Apreciação - judgement
Argument (n) - discussão, bate boca Argumento - reasoning, point
Assist (v) - ajudar, dar suporte Assistir - to attend, to watch
Assume (v) - presumir, aceitar como verdadeiro Assumir - to take over
Attend (v) - assistir, participar de Atender - to help; to answer; to see, to examine
Audience (n) - platéia, público Audiência - court appearance; interview
Balcony (n) - sacada Balcão - counter
Baton (n) - batuta (música), cacetete Batom - lipstick
Beef (n) - carne de gado Bife - steak
Cafeteria (n) - refeitório tipo universitário ou industrial Cafeteria - coffee shop, snack bar
Camera (n) - máquina fotográfica Câmara - tube (de pneu) chamber (grupo de pessoas)
Carton (n) - caixa de papelão, pacote de cigarros (200) Cartão - card
Casualty (n) - baixa (morte fruto de acidente ou guerra), Casualidade - chance, fortuity
fatalidade Cigarro - cigarette
Cigar (n) - charuto Colar - necklace
Collar (n) - gola, colarinho, coleira Colégio (2º grau) - high school
College (n) - faculdade, ensino de 3º grau Comodidade - comfort
Commodity (n) - artigo, mercadoria Competição - contest
Competition (n) - concorrência Compreensivo - understanding
Comprehensive (adj) - abrangente, amplo, extenso Compromisso - appointment; date
Compromise (v) - entrar em acordo, fazer concessão Contexto - context
Contest (n) - competição, concurso Conveniente - appropriate
Convenient (adj) - prático Costume - custom, habit
Costume (n) - fantasia (roupa) Data - date
Data (n) - dados (números, informações) Decepção - disappointment
Deception (n) - logro, fraude, o ato de enganar Advogado de defesa - defense attorney
Defendant (n) - réu, acusado Designar - to appoint
Design (v, n) - projetar, criar; projeto, estilo Editor - publisher
Editor (n) - redator Educado - with a good upbringing, well-mannered,
Educated (adj) - instruído, com alto grau de escolaridade polite
Emission (n) - descarga (de gases, etc.) Emissão - issuing (of a document, etc.)
Enroll (v) - inscrever-se, alistar-se, registrar-se Enrolar - to roll; to wind; to curl
Eventually (adv) - finalmente, conseqüentemente Eventualmente - occasionally
Exciting (adj) - empolgante Excitante - thrilling
Exit (n, v) - saída, sair Êxito - success
Expert (n) - especialista, perito Esperto - smart, clever
Exquisite (adj.) - belo, refinado Esquisito - strange, odd
Fabric (n) - tecido Fábrica - plant, factory
Genial (adj) - afável, aprazível Genial - brilliant
Graduate program (n) - Curso de pós-graduação Curso de graduação - undergraduate program
Gratuity (n) - gratificação, gorjeta Gratuidade - the quality of being free of charge
Grip (v) - agarrar firme Gripe - cold, flu, influenza
Hazard (n,v) - risco, arriscar Azar - bad luck
Idiom (n) - expressão idiomática, linguajar Idioma - language
Income tax return (n) - declaração de imposto de renda Devolução de imposto de renda - income tax refund
Ingenuity (n) - engenhosidade Ingenuidade - naiveté / naivety
Injury (n) - ferimento Injúria - insult
Inscription (n) - gravação em relevo (sobre pedra, metal, etc.) Inscrição - registration, application
Intend (v) - pretender, ter intenção Entender - understand
Intoxication (n) - embriaguez, efeito de drogas Intoxicação - poisoning
Jar (n) - pote Jarra - pitcher
Journal (n) - periódico, revista especializada Jornal - newspaper
Lamp (n) - luminária Lâmpada - light bulb
Large (adj) - grande, espaçoso Largo - wide
Lecture (n) - palestra, aula Leitura - reading
Legend (n) - lenda Legenda - subtitle
Library (n) - biblioteca Livraria - book shop
Location (n) - localização Locação - rental
Lunch (n) - almoço Lanche - snack
Magazine (n) - revista Magazine - department store
Mayor (n) - prefeito Maior - bigger
Medicine (n) - remédio, medicina Medicina - medicine
Moisture (n) - umidade Mistura - mix, mixture, blend
Motel (n) - hotel de beira de estrada Motel - love motel, hot-pillow joint
Notice (v) - notar, aperceber-se; aviso, comunicação Notícia - news
Novel (n) - romance Novela - soap opera
Office (n) - escritório Oficial - official
Parents (n) - pais Parentes - relatives
Particular (adj) - específico, exato Particular - personal, private
Pasta (n) - massa (alimento) Pasta - paste; folder; briefcase
Policy (n) - política (diretrizes) Polícia - police
Port (n) - porto Porta - door
Prejudice (n) - preconceito Prejuízo - damage, loss
Prescribe (v) - receitar Prescrever - expire
Preservative (n) - conservante Preservativo - condom
Pretend (v) - fingir Pretender - to intend, to plan
Private (adj) - particular Privado - private
Procure (v) - conseguir, adquirir Procurar - to look for
Propaganda (n) - divulgação de idéias/fatos com intuito de Propaganda - advertisement, commercial
manipular Pular - to jump
Pull (v) - puxar Puxar - to pull
Push (v) - empurrar Ranger - to creak, to grind
Range (v) - variar, cobrir Realizar - to carry out, make come true, to
Realize (v) - notar, perceber, dar-se conta, conceber uma idéia accomplish
Recipient (n) - recebedor, agraciado Recipiente - container
Record (v, n) - gravar, disco, gravação, registro Recordar - to remember, to recall
Refrigerant (n) - substância refrigerante usada em aparelhos Refrigerante - soft drink, soda, pop, coke
Requirement (n) - requisito Requerimento - request, petition
Resume (v) - retomar, reiniciar Resumir - summarize
Résumé (n) - curriculum vitae, currículo Resumo - summary
Retired (adj) - aposentado Retirado - removed, secluded
Senior (n) - idoso Senhor - gentleman, sir
Service (n) - atendimento Serviço - job
Stranger (n) - desconhecido Estrangeiro - foreigner
Stupid (adj) - burro Estúpido - impolite, rude (Rio Grande do Sul)
Support (v) - apoiar Suportar (tolerar) - can stand
Tax (n) - imposto Taxa - rate; fee
Trainer (n) - preparador físico Treinador - coach
Turn (n, v) - vez, volta, curva; virar, girar Turno - shift; round
Vegetables (n) - verduras, legumes Vegetais - plants
Preposições são palavras de significado pouco claro e muito variável. São mais
partículas funcionais do que palavras de conteúdo semântico definido. A maioria das
ocorrências de preposições, não segue um padrão lógico ou regular. Além disso, entre
o português e o inglês, as preposições não apresentam uma correlação muito estreita.
Cobrem normalmente diferentes áreas de significado, sendo umas de uso mais amplo
que outras.
É particularmente notória a dificuldade para nós, brasileiros, quando temos que
decidir qual preposição usar em inglês, to ou for, quando em português a idéia seria
expressa através da preposição para. Em geral, pode-se dizer que to está ligado à idéia
de direção, movimento, correspondendo muitas vezes também à preposição a do
português; enquanto que for está relacionado com a idéia de substituição, intenção ou
predestinação, correspondendo, às vezes, ao português por. Esta diferença de
significado, entretanto, não é sempre clara. Mesmo assim, for e to raramente podem
ser usados como sinônimos.
Freqüentemente to e for introduzem o objeto indireto e é neste caso que as duas
preposições normalmente correspondem ao português para. Objeto indireto em inglês
é sempre um nome ou pronome que precede ou sucede o objeto direto nos verbos
bitransitivos. Quando posicionado antes do objeto direto, não vem acompanhado de
preposição. Quando posicionado após o objeto direto, virá invariavelmente
acompanhado da preposição to ou for. Neste caso, a preposição certa dependerá do
verbo, não havendo regra para isso. Observe os seguintes exemplos:
I gave a present to him. = I gave him a present. Let me buy a present for you. = Let me buy you a
I’ll show the figures to you. = I’ll show you the figures. present.
He sold a car to me. = He sold me a car. I got some food for you. = I got you some food.
He sent a letter to Mary. = He sent Mary a letter. She made a sandwich for me. = She made me a
Can you lend this book to me? = Can you lend me this sandwich.
book? Did she cook dinner for you? = Did she cook you
The boss told a joke to us. = The boss told us a joke. dinner?
Who teaches English to them? = Who teaches them Can you do a favor for me? = Can you do me a favor?
English? He can find a job for you. = He can find you a job.
I paid $10 to the repairman. = I paid the repairman $10. He left a message for you. = He left you a message.
Will you pass the sugar to me? = Will you pass me the Shall I pour more tea for you? = Shall I pour you
sugar? more tea?
Read a story to the children. = Read the children a Reserve hotel rooms for us. = Reserve us hotel
story. rooms.
I wrote a letter to my friend. = I wrote my friend a Save the stamps for him. = Save him the stamps.
letter.
Hand that book to me, please. = Hand me that book,
please.
He offered a job to Mary. = He offered Mary a job.
He'll bring something to me. = He'll bring me
something.
She sang a lullaby to the baby. = She sang the baby a
lullaby.
I'll throw the ball to you. = I'll throw you the ball.
Na verdade, quase qualquer verbo aceita o adjunto preposicional for. São portanto
ilimitadas as possibilidades de FOR VERBS neste segundo grupo. Observe-se que
mesmo os TO VERBS, além de aceitarem o objeto indireto precedido pela preposição
to, também aceitam o adjunto preposicional for, porém com outro sentido. Ex:
I sent a letter to Mary.
I sent a letter for Mary.
No primeiro exemplo, Mary mora noutro lugar e eu lhe escrevi mandando notícias. No
segundo exemplo, Mary escreveu uma carta para alguém, estava talvez muito ocupada
para ir ao correio, e eu fui em lugar dela.
O verbo to go também freqüentemente ocorre associado às preposições to e for.
Observe-se os dois grupos abaixo:
For sure!
Up to date For God's sake!
To my surprise, ... For example, ...
To the best of my knowledge, ... For this reason ...
According to ... For the first time ...
Apply to a university. For (to) me, it sounds good.
He reacted well to my comments. Apply for a job.
I object to staying up late. Any letters for me?
I'm accustomed to working hard. I feel sorry for them.
I'm not used to working on Sundays. He left for home.
It's very sensitive to cold weather. He works for a tobacco company.
To (for) me, it sounds good. I sold my house for 40 thousand dollars.
It's interesting to me. He charged 50 dollars for the translation.
She was invited to a party. I lived abroad for 7 years.
I'm looking forward to hearing from you. He's very strong for an old man.
It's a hundred miles from here to Porto Alegre. I'm looking for a job.
They raised his salary to $1,000. He received a grant for studying medicine.
Don't jump to conclusions. I want eggs for breakfast.
I wrote a check for $100.