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Somos imagem:

o mundo é imagem

We are image:
the world is image

Patrícia Kirst
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Tânia Mara Galli Fonseca
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
O presente artigo trata de problematizar o conceito de imagem a luz, principalmente, de
Henry Bergson e Gilles Deleuze. O objetivo é localizar a imagem em sua complexidade,
discutindo-a relacionada aos conceitos de afecção e duração. Teremos, pois o corpo
como imagem de referencia e mediação das imagens do mundo. Assim, torna-se
possível inscrevê-la para além da representação e do duplo como, tradicionalmente,
vem sendo compreendida. Nesta escrita a imagem não é fixa: é matéria em movimento
e convocação para o pensamento desviar-se de noções de unidade e origem.

Palavras-chave:
Imagem. Afecção. Duração. Corpo.

Abstract: This article treats to problematize the concept of image to light, especially
of Henry Bergson and Gilles Deleuze. The objective is to locate the image in its
complexity, it discusses the related concepts of affection and duration. We have than
the body image as a reference and mediation of images of the world. This makes it
possible to put it beyond the representation and the double and, traditionally, has
been understood. In this article the image is not fixed: it is matter in motion and call
for thinking deviate from notions of unity and origin.

Keywords:
Image. Affection. Duration. Body.
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Partiremos da idéia de que a imagem Pensar nas descontinuidades, nos silên-
não é um duplo, que não representa, mas cios e nos trancos ou harmonias que podem
que inventa a vida: compõe a matéria em levar de uma imagem a outra é pensar na
suas tantas velocidades de transformação. imagem em processualidade. É a própria
É matéria, é memória e é corpo. Através transimagem que, convoca o pensamento
destes pressupostos iniciais estamos con- para, alegremente, articular novos con-
jecturando um modo da imagem escapar ceitos que possam lidar com as travessias
do espelho e complicá-la. A imagem não que não param de recomeçar em linhas de
será entendida através da noção identi- breve memória deixadas sempre para trás,
ficatória. Neste espelho não se busca a avançando para um horizonte, por vezes,
própria imagem. Aqui, Narciso desencanta improvável. Não há conceito para este
de si e escapa da morte. horizonte que é pura indeterminação, e
Tal escape é em direção à transmundos espaço imaginado, assim como uma que-
para a produção de uma ciência que se dis- da transversal que, faz pouso no meio de
tancie, conscientemente, da verdade e da um caledoscópio de conceitos, com suas
representação através do uso, associação tonalidades investe a subjetividade para
e atualização de seus conceitos. Tal modo um olhar que mais inventa do que enten-
de produzir ciência está ligado à prolife- de. A imagem em processo demarca um
ração de correspondências comunicativas pensamento que remete ao impensado,
descentralizadas das coisas com suas ima- ao desvio da linha por píxels acelerados
gens gerando outras imagens que, de tão como no exemplo da imagem em sua face
efêmeras, podem, possivelmente, não re- digital. Cabe dizer que o pixel é a menor
ceber nome e não encontrar sequer pala- unidade luminosa que olho humano pode
vra. Conseguir pensar sem a regulação da ver. É a molécula da imagem.
representação introduz importantes dife- Estes podem conduzir a vazios, permi-
renças acerca das impossibilidades de fa- tindo uma formação abalada e caótica que
zer ciência buscando origens e unidades. nos força a pensar: o que viria a ser uma
Trata-se de pensar a imagem em múlti- imagem?
pla conexão com seus fluxos exteriores o Não se trata somente de associar for-
que a atravessa e a torna suscetível a sen- mas, cores e filtros possíveis, mais de
tidos que são passagens e não a verdades criar diferenciação e nela dimensionar
e correspondências lineares. A imagem em conveniências.
seu aspecto efêmero será analisada no de- Na resistência à identidade, à associa-
correr desta escrita, principalmente, com ção direta e à representação, nasce uma
base no conceito de duração em Bergson. metáfora para o pensamento que, se cons-
Assim, a imagem não é pura e, neste pon- titui no entreimagens, operando no senti-
to de vista, sua discussão conceitual é do de desconstruir o uno na produção de
entendida como algo vivo e circunscrito conhecimento, na invenção de imagens,
em relação a interferências que desfazem na invenção e arranjo de conceitos. Cabe
e refazem uma ciência que é inventiva e aqui salientar que a idéia de entre-ima-
afetada por múltiplos campos de saber. gens relaciona-se com o conceito de ri-
É este o motivo pelo qual intentamos zoma na filosofia de Gilles Deleuze e Felix
neste artigo ultrapassar a compreensão da Guattari que por sua vez contém a idéia
imagem como o duplo e representação. de permanente descentramento: “[...] um
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rizoma não começa e nem chega a nenhum corpo variando segundo as navegações
lugar, ele está sempre no meio, entre as impostas pelos encontros. A imagem faz
coisas, interser, intermezzo. O rizoma tem mover o corpo para o desejo e para certa
por tecido e conjunção e...e...e... capaz duração. Sobre a relação entre imagem,
de sacudir e desenraizar o verbo ser.” (DE- matéria e corpo, seguem as palavras de
LEUZE; GUATTARI, 1995, p. 23) O desafio Bergson (1999, p. 17): “Chamo de maté-
é tentar um exercício transdisciplinar que ria o conjunto de imagens, e de percepção
insiste em criar morada nos espaçamentos da matéria essas mesmas imagens relacio-
e nas brechas que apontam para um cor- nadas a ação possível de uma certa ima-
po mutante para que o pensamento possa gem determinada, meu corpo.” Portanto,
fluir conforme as passagens transversais a imagem referência ou o centro de me-
das incertezas de um mundo a ser cons- diação de todas as imagens é o corpo.
truído. Necessitamos, para tanto, habitar
a indeterminação da imagem e pensála A imagem pede: dê-me um corpo. Sua
como ferramenta para o agenciamento1 da potência virtual atualiza-se para tornar-
invenção. se outra e integrar as redes de memória.
Assim, uma imagem terá tantos sentidos
Imagem problema, imagem mundo, de- quanto às recombinações de forças de que
serto pregnante de gestos fazendo o corpo dela se apropriarem. Entregar a imagem
ser capaz de cruzar fronteiras invisíveis à às forças é um trabalho de resistência aos
espreita, em virtualidade, na paisagem. duplos representacionais e as correspon-
Plano de composição das existências em dências binomiais. Os pontos onde a ima-
instantes congelados, seqüenciados, edi- gem afeta são justamente aqueles em que
tados e lembrados conforme o exercício o corpo resiste e, nesta luta, integra a sua
da expressão e das possibilidades de cada substância algo desta ação. Assim, dá-se
mídia. Não sendo aquilo que aparece, por a afecção. O sujeito, em sua ação, diminui
estar em constante mudança, a imagem a distância entre a imagem e seu corpo
irradia, sobre si mesma e sobre outras, de- fazendo o ato de transformar convir com
vires que indicam a finitude das formas e a imagem de si. Localiza-se, então, neste
o modo universo: este nunca acaba por- limite ou na extensão de tal encontro, a
que não se fixa e, em suas multiplicações, percepção da imagem. O processo de sub-
vai sendo operado. jetivação que orienta nossa reflexão é a
Experimenta-se a imagem através da passagem e variação nos corpos das forças
afecção2, à medida em que, ela fica no ativas da imagem em seu estado molecu-

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”Segundo um primeiro eixo, horizontal, um agenciamento comporta dois segmentos, um de conteúdo, outro de ex-
pressão. De um lado ele é agenciamento maquínico de corpos, de ações, de paixões, mistura de corpos reagindo uns
sobre outros; de outro, agenciamento coletivo de enunciação, de atos e de enunciados, transformações incorpóreas
atribuídas aos corpos. Mas, segundo um eixo vertical orientado, o agenciamento tem ao mesmo tempo lados territo-
riais ou reterritorializados, que o estabilizam, e pontas de desterritorialização que o impelem.” (DELEUZE; GUATTARI,
2003, p. 112)
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A afecção “[...] é, primeiramente, o vestígio de um corpo sobre o outro, o estado de um corpo que tenha sofri-
do a ação de um outro corpo” (DELEUZE; GUATTARI, 1997, p. 156); e “[...] não é só um efeito instantâneo de um
corpo sobre o meu, mas tem também um feito sobre minha própria duração, prazer ou dor, alegria ou tristeza. São
passagens, devires, ascenções e quedas, variações contínuas de potências que vão de um lado ao outro.” (DELEUZE;
GUATTARI, 1997, p. 157)
2
lar composta por outras imagens menores A realidade é artifício e, neste sentido,
que habitam o detalhe e que pedem por a busca pela verdade se torna um falso
procura. É importante a referência à va- problema.
riação porque o corpopensamento é sub- Vê-se que é no artifício e só nele que as
jetivado na medida em que se iguala ao intensidades ganham e perdem sentido,
objeto que se expõe, entretanto, o pensa- produzindo-se mundos e desmanchando-
mento entra em duplicidade com o objeto se outros, tudo ao mesmo tempo. Movi-
de forma parcial, em mediação de intensi- mentos de territorialização: intensidades
dades moleculares: o ser igual à diferença aterrizando em certas matérias de expres-
e ao sentido. Ou o ser como sentido do são; nascimento de mundos. (ROLNIK;
mundo, livre de essencialidades. Não há GUATTARI, 1993, p. 23)
nada para além do pensamento; somos o
pensamento que pensamos, neste sentido O olhar nunca foi passivo. A imagem
somos imagem quando por ela nos encon- não vem somente de fora e, certamente,
tramos imantados em nossas percepções. o grau de compreensão de qualquer men-
sagem se dá na medida em que ela é re-
Conseqüentemente, não há separação significada e associada com a vida. Se ela
entre o sujeito que vê e o sentido que não sofre nenhuma modificação ela é ape-
insere no visto, o sentido está no ver. Não nas um clichê e se processa na ordem da
há um segundo mundo a ser acessado, o reprodução. A imagem pode ser engendra-
sentido é imanente ao objeto. No texto da em dois tempos pelo menos: enquanto
de Deleuze, em Ilha Deserta, relativo Jean clichê, ligada à certeza e a verdade, e en-
Hypoppolite: Lógica e Existência, nos é quanto simulação, relacionada à imagem
dito que: “Nada há para se ver atrás da como intermezzo, como uma nave que
cortina, o segredo é não há segredo [...]” possa adentrar o real e viajá-lo, e neste
(DELEUZE, 2006, p. 25). Assim, o sentido sentido, torná-lo corpo.
do objeto é operado pelo corpo que oca- A percepção encontra-se entre o corpo
siona o encontro, estando para além do e a imagem e a afecção seria a entrada
objeto e no encontro durando, vivendo e da imagem no corpo-pensamento. A pre-
morrendo. O sentido ou pensamento atra- sentificação do desejo, na recriação da
vessa a barreira da força e torna-se for- imagem, a rompe e fragmenta fazendo-a
ma quando acede a diferença gerada pela navegar por parcialidades existenciais do
produção de sentidos. sujeito, ou por suas lembranças que são
Suely Rolnik e Felix Guattari (1993) afir- convocadas através da percepção.
mam que a simulação é uma intensidade e Para Bergson (1999, p. 31): “Por mais
também a exteriorização do desejo, cuja breve que se suponha uma percepção,
intensidade toma uma forma provisória, com efeito, ela ocupa sempre, uma certa
mas consistente, em matéria e expressão. duração, e exige consequentemente, um
A forma ideal não existe, o rosto tampou- esforço da memória, que prolonga uns nos
co, a não ser que seja considerado uma outros, uma pluralidade de momentos.”
sucessão de máscaras. A simulação nada Não há percepção, portanto, que não es-
tem a ver com falsidade ou fingimento; teja impregnada de lembranças.
é, apenas, uma condutora da intensidade E, assim, não existe circunscrição exata
dos afetos, tornando se, então, realidade. entre matéria e memória; por isto, o corpo
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é imagem – somos imagem. Segundo o fi- É impossível congelar a imagem para
lósofo, a diferença paira na diferenciação estudar sua natureza sob todos os ângu-
de grau entre percepções e lembranças e los, isentando-se de implicação. Não ve-
viceversa. mos com os olhos, vemos com a memória.
As percepções, ao serem modificadas Perante imagens, segue-se o movimento
em intensidade, tornam-se lembranças. das ecceidades que se conectam e produ-
O jogo do corpo com as imagens pode zem desvios ao invés de regras e, a partir
ser pensado em ações de corte e cos- daí, novos movimentos: um terceiro que
tura: não se vê tudo; corta-se, gerando se produz, podendo conectar-se a outros
uma seleção e, em cada área de privação, e produzir ainda outros, infinitamente.
oriunda do inextensivo, forma-se um in- A imagem é sugada pela memória, vin-
tervalo entre o corpo e a matéria. Entre- do a fazer parte da história de uma vida
tanto, aquilo que ficou, aquilo que veio e da história de nosso mundo. A memória
do recorte transmuta-se com a costura é um reservatório sempre movimentado e
destes fragmentos com a memória ou car- re-significado pela última imagem, pelo
ga existencial que coincide com a duração último encontro, pela última exposição.
imposta pela percepção: quando se corta, Se pensássemos em termos puros ou
já floresce. no ultrapassamento do corpo, a percep-
ção sem mediação seria igual à matéria e
Cada lembrança é um ponto da tessi- a memória pura igual a todo o passado.
tura na teia da experiência com o fora E, se não ultrapassássemos centralizando
que transmuta matéria em memória. Para no corpo, este seria centro de virtualiza-
Bergson (1999), a percepção é a matéria ção/objetivação da imagem, propagador
retirada do que não convém ao corpo vin- de misturas, atrator conectivo através de
do a limitar a imagem e, na criação deste marcas passadas. Por outro lado, a ima-
território, desenha-a com imagens ante- gem, da mesma forma, virtualiza o passa-
riores remetendo ao passado. do. O corpo faz a imagem diferir de si e
Jogo de espelhos, sobreposição. vice-versa. Estes movimentos são produzi-
Tais desenhos inventam o corpo através dos de forma infinitesimal na conjugação
das diferenciações: vamos do corpo à ima- de subjetividade e objetividade.
gem, do corpo a outros corpos e, através As diferenças em pauta relacionam-se
de tais trânsitos na matéria, o corpo vai ao conceito de duração que é o que difere,
ganhando extensão variável e investindo- mas que difere de si ou o poder de dife-
se de mundo. Assim, a matéria torna-se renciação de qualidade de todas as coisas
desenorme cabendo no espaço do corpó- e dela própria alterando-se. A duração é o
reo que, em suas mil e muitas memórias, meio no qual se operam as mudanças de
cria alquimias das faces do mundo. natureza vindo a ancorar as multiplicida-
Então, nos desigualamos. des que em mistura iram formar os outros
do si. Aqui, a correspondência não é entre
Enfim, o corpo captura a imagem no o corpo e a imagem e sim entre o corpo e
tempo e o instante no encontro dos mo- ele mesmo em processualidade nos movi-
vimentos da memória com os movimentos mentos de contração da matériaimagem.
do exterior. É o encontro que se registra e Outra processualidade importante para
não seus objetos. a presente discussão situa-se entre ma-
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téria e duração: a diferença de natureza em parte de sua composição, um caráter
pulsante, na duração, está ligada às dife- intocado, o das lembranças puras que vão
renças de proporção e colocação da maté- ser revertidas, no agora, em imagens lem-
ria-imagem em seu trânsito no espaço. brança.
Consequentemente, poderíamos rever
A imagem é uma possibilidade de aban- o conceito de lembrança e colocá-la no
donarmos a própria duração partindo da tempo presente. A lembrança é presente!
nossa e deixando-a para trás, como ala- Avançando um pouco mais nas complica-
vanca do reconhecimento da presença de ções do tempo, poderíamos dizer que o
durações diversas. presente é a ponta ou afunilamento do
Acreditamos ser possível o abandono passado que toca o corpo pela via imagé-
da própria duração, na medida em que, no tica. A imagem convoca e seduz o passa-
encontro com a imagem somos diferidos do. O passado, então, seria uma grande
daquilo que éramos criando uma coexis- imagem contraída em tons, enquadramen-
tência temporal com os instantes criados tos, contrastes e brilho de pequena lágri-
por tal acoplamento. ma na pele. O passado pronto para avan-
Entraríamos, pois, em devir com a ima- çar pelo suceder das cenas imediatas. Em
gem. qual canto do passado esconde-se enge-
Para Deleuze e Guattari (1997, p. 18): “O nhosamente a lembrança recém-nascida?
devir nada produz por filiação. O devir é da Em qual imagem a tocarei?
ordem da aliança. Se a evolução comporta
verdadeiros devires, é no vasto domínio das A imagem, finalmente, contém impul-
simbioses que coloca em jogo seres de es- so de vida e o corpo em sua entrega ao
calas e reinos inteiramente diferentes, sem acaso, que é nosso destino, flui em ma-
qualquer filiação possível.” Então, estamos res de imagens e, assim, a vida vai resis-
falando do devirimagem no homem e suas tindo, tornando-se outra quase inapre-
durações coextensivas, a referência é em re- ensível, explodindo em multiplicações
lação ao instante que nos tornamos a ima- para realizar-se. As diferenciações po-
gem que vemos. Entre dois corpos por mais dem, em parte, tornarem-se conscientes
juntos que estejam existe um espaço, um e erigirem-se através do acontecimento
entre que faz sentir, um intervalo de espaço, da pesquisa e do conhecimento proble-
uma breve abismo por onde o mundo pulsa. matizando o visto e reanimando a ma-
Neste ínterim se produz o devir que cria o téria. Pensemos, pois a imagem como
ente mestiço e a possibilidade de sermos as experiência do corpo e como travessia
coisas, sermos os Outros. sem chegada ao real. Seguimos nesta
Nos interstícios da matéria e entre os travessia, não só vendo, mas produzindo
corpos poderemos ser tomados por for- imagens e, no cruzamento de fronteiras,
ças que fazem com que nos tornemos elas poderemos fechar, momentaneamente,
mesmas. os olhos e sonhar com ardores criativos
Ainda no campo do tempo, a imagem e, um certo colorido, para nossas pe-
opera o passado e o presente nos seguin- quenas mortes.
tes sentidos: faz passar o presente, con- Não há um tempo de verdade ou de re-
serva o passado e, concomitantemente, presentação, mas um tempo de imanên-
também o desfigura. O passado mantém, cia, de ida e vinda do caos e de um in-
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consciente ativado pelo fora e sempre em como produto final, como condição ante-
processo e em meio. rior ao processo e, como o processo como
As condições para que isto ocorra é o tal. Querer criar é a inclinação necessária
encontro expansivo entre corpos; o corpo para a experiência de resistência a repre-
imagético em mutação, os corpos em mul- sentação e em cada desvio, afirma o enco-
tidão criando e traçando, ocasionalmente, rajamento para um olhar menor instigan-
diferenças que apontam para certos usos do o fortalecimento da máquina imagética
singulares da expressão manifestando-se em sua grandeza instituinte.

Referências
BERGSON, Henry. Matéria e Memória: ensaio para uma literatura menor. Rio de Janeiro:
sobre a relação do corpo com o espírito. Ed. Assírio & Alvim, 2003.
São Paulo: Martins Fontes, 1999. DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Felix. Mil
DELEUZE, Gilles. Crítica e Clínica. São Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio
Paulo: Ed. 34, 1997. de Janeiro: Ed. 34, 1995. V. 1.
DELEUZE, Gilles. A Ilha Deserta: e DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Felix. Mil
outros textos. Edição preparada por Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio
David Lapoujade; organização da edição de Janeiro: Ed. 34, 1997. V. 4.
brasileira e revisão técnica de Luiz B.L. GUATTARI, Felix; ROLNIK, Suely.
Orlandi. São Paulo: Iluminuras, 2006. Micropolítica: cartografias do desejo.
DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Felix. Kafka: Petrópolis: Vozes, 1993.

Patrícia Kirst
Doutoranda na Pós Graduação em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (PPGIE/UFRGS).
pgomes.voy@terra.com.br

Tânia Mara Galli Fonseca


Psicóloga, docente nos programas de pós-graduação em Informática na Educação e em Psicologia
Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
tfonseca@via-rs.net

Publicado na Revista:
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: teoria & prática Porto Alegre, v.11, n.2, jul./dez. 2008. ISSN digital
1982-1654
ISSN impresso 1516-084X
KIRST, Patrícia; FONSECA, Tânia Mara Galli. Somos Imagem: o mundo é imagem.
Informática na Educação: teoria & prática, Porto Alegre, v. 11, n. 2 p. 34-38, jul./dez.
2008
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