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| FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO EJA- Educacao de Jovens e Adultos Disciplina: Métodos de Alfabetizacao Modalidade de Curso Capacitagao Profissional E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacao. @ Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG- © ej anz2 204-2) 9 7220.8808 Q Fesouza © diretoria@faculdadesouza.com.br » FaSouza Pagina 1de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO METODOS DE ALFABETIZACAO. CLASSIFICAGAO DOS METODOS DE ALFABETIZAGAO. Aclassificagao dos métodos de alfabetizagao, em dois grandes grupos, est pautada nas bases psicolégicas da aprendizagem. Essas bases psicoldgicas podem estar agrupadas em duas grandes tendéncias: * aquela que explica a aprendizagem através do ensaio e erro e + aquela que explica a aprendizagem como resultante de uma compreensao stibita, denominada por filésofos como intuig&o e por psieélogos de gestalt ou insight. primeiro grupo de métodos tem como base 0 processo mental de sintese, em que © aluno combina elementos menores da lingua (letras, sons e sflabas) em unidades maiores (palavras, frases e textos). Portanto os métodos em que o processo de leitura se faz da parte para o todo sao denominadbs sintéticos. O segundo grupo de métodos tem como base 0 processo mental de andlise, em que © aluno parte da leitura das unidades maiores da lingua (palavras, frases e textos), chegando ao reconhecimento de seus elementos (silabas e letras). Assim, os métodos em que 0 processo de leitura se faz do todo para as partes so chamados analiticos. 1. METODO SINTETICO Deste método decorrem trés processos: alfabético, fénico e silabico. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 2 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO 1.1Processo Alfabético Iniciando pelo conhecimento das letras do alfabeto, este processo deu origem ao termo alfabetizar. Foi 0 primeiro processo empregado universalmente na aprendizagem da leitura, Este processo alfabético, ou ABC, 6 também, conhecido por soletragéo porque consiste em memorizar os nomes das letras do alfabeto. De inicio, 0 aluno aprendia o nome e a forma das letras em sua ordem alfabética. Depois aprendia as combinagées, formando silabas e, depois, palavras. Na maioria das vezes, 0 nome das letras nao coresponde ao som que é representado por essa letra. Ensina-se a ler eme (m), ele (I), aga (h), ete. E assim, ao se dizer 0 nome das letras que formam uma palavra, comecou-se a soletracao. 1.2Processo fénico Nesse processo, o aluno deve conhecer os fonemas, ou seja, os sons representados pelas letras ou grupo de letras (Ih, nh, ch) e combina-los formando silabas, palavras e, finalmente, frases. A forma mais simples de se trabalhar com o processo fénico consiste em apresentar as letras e os sons que Ihes correspondem, geralmente comecando pelas vogais ¢ E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 3 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO combinando-as, como, por exemplo: ai, oi, ei. Em seguida, as vogais sao combinadas com as consoantes, como: da, de, di, do, du; ba, be, bi, bo, bu, etc. Segundo um dos grandes especialista no ensino da leitura, Wiliam Gray, 0 método fonico, de acordo com suas pesquisas, dé resultado satisfatério nas linguas fonéticas, onde hé perfeita correspondéncia entre cada letra e seu respective som. Ele tem a vantagem de proporcionar ao aluno, desde logo, a capacidade de ler, com éxito, palavras que Ihe sao novas. Jé a pronincia dos sons consonantais, isoladamente, além de ser dificil, traz uma outra dificuldade: a falta de interesse. A repeti¢ao dos sons sem sentido, afirmam alguns autores, adormece a capacidade para compreender o que foi lido. Para superar essa falha, foram introduzidos alguns recursos. Em alguns livros, aparecem figuras de animais ou pessoas que, em determinadas situagdes, produzem 0 som que se deseja sugerir. Exemplo: 0 som do zumbido de uma abelha: z z z z, para mostrar 0 som representado por essa letra; 0 espanto de uma pessoa: ah, para mostrar 0 som da vogal a Tanto o método alfabético como o fonético, de certa forma, estéo apoiados numa teoria associacionista. Comecam com percepgées elementares. 1.3Processo silabico E um outro processo sintético, que parte das silabas, destas, as palavras, das palavras as frases. Difere dos processos alfabético e fénico, por ser a silaba a unidade fonética estabelecida como ponto de partida do ensino da leitura. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 4 de 41 Quando se ensina por este processo, inicia-se com um treino auditivo, onde o aluno percebe que as palavras sAo formadas por estruturas silabicas simples (silabas constituidas por consoante e vogal,, tais como: ba ,be, bi, bo, bu; la, I6, li, lo, 1u,) ou por silabas mais complexas ( silabas constituidas por consoante, consoante e vogal: bla, ble, bli...; cla, cle, eli...; consoante, vogal e consoante: bar, ber...; car, cor...) Comumente, comega-se 0 ensino da leitura pelas vogais, com a ajuda de ilustragdes e palavras. Para o estudo da vogal a, por exemplo, toma-se a palavra ave e uma gravura correspondente; para o estudo da vogal e, utiliza-se uma palavra com esta inicial, elefante, e uma gravura que represente a palavra. Procede-se desta forma com as demais vogais. Em seguida, fazem-se exercicios de juntar cada vogal as diversas consoantes ( ba, be, bi...; da, de, di Comentarios sobre os processos do Método Sintético Os processos do método sintético tém caracteristicas bem distintas. Estes processos empregam o raciocinio indutivo, isto é, marcham da parte para todo: t8m como base psicolégica uma das tendéncias que explicam 0 processo de aprendizagem. No caso da alfabetizagdo, o método sintético esta baseado na associagao dos elementos: letra, som, silaba. Do ponto de vista linguistico, esses processos nao partem de unidades significativas da lingua e, consequentemente, podem conduzir ao desinteresse. Esse método chegou a ser visto, por muitos autores, como uma tortura para o aluno, principalmente no que se concerne ao processo alfabético. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina S de 41 O proceso fénico traz dificuldade quanto & emissao dos sons das consoantes. Para alguns autores 0 exercicio fonético apresenta ruidos estranhos, assemelhando-se, as vezes, a mugidos, grasnidos, etc. Muitas vezes 0 nome da letra nao corresponde ao som que deve ser emitido. Ex.: F, j, etc. E importante a realizagao da andlise estrutural da palavra, ou seja, a percepgao dos sons dentro da estrutura sonora da palavra, como forma de superar as deficiéncias do método fonético, indo além do conhecimento das combinagées consoante e vogal. E importante observar, também que uma letra pode representar diversos fonemas (sons). Por exemplo: bolo e bola; casa e sapato. Estas diferengas sonoras, evidenciadas conforme o contexto linguistico, constituem dificuldades para o recém-alfabetizado. Inicialmente, quando o aluno diz o nome da letra ou pronuncia, isoladamente, silaba por silaba, sua atengdo esta voltada para 0 reconhecimento da palavra, podendo ocorrer prejuizo na compreensdo da leitura. Isso poder interferir no desenvolvimento da habilidade de captar a ideia contida nas palavras, frases ou texto. Os processos sintéticos sobrecarregam a meméria dos alunos nos primeiros estgios com unidades pouco significativas (letras, sons, silabas), correndo o risco de desmotivacao do aluno ou de torné-lo um leltor mecanico. O processo silabico presta-se ao ensino das linguas silabicas, como o portugués, 0 espanhol, algumas linguas africanas e, principalmente, o idioma japonés, cuja estrutura é essencialmente sildbica, com uma silaba representando quase uma ideia. Com respeito aos processos alfabético, fénico e silabico, algumas ideias podem ser enunciadas: E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO. Pagina 6 de 41 * limitam 0 campo visual do aluno, prejudicando a velocidade e o ritmo da leitura; isto porque o aluno ao ler tende a perceber unidades menores, como as silabas e as palavras, endo um todo maior, como as frases. O grande nimero de pausa em decorréncia desse tipo de leitura pode, em muito, quebrar a sequéncia logica das ideias, prejudicando a compreensao do texto; + dao énfase A leitura mecAnica, na medida em que se ocupam mais no reconhecimento da representagao grafica; * esto em desacordo com os principios psicolégicos da aprendizagem da totalidade, porque os elementos sao apresentados, antecipadamente, antes que o aluno tenha percebido a situagao em conjunto; * oferecem como objeto de estudo elementos fonéticos, os quais sao destituidos de significados e, consequentemente, podem levar o aluno ao desinteresse. 2. METODO ANALi Desse método decorrem trés processos, a saber: palavragao, sentenciagao e conto ou historieta. 2.1 Processo da Palavragao Comega a leitura de uma palavra chave e chega as silabas. A palavra é trabalhada até que 0 aluno a reconhega numa lista de palavras. Em seguida é apresentada ao aluno uma outra palavra-chave, que seré comparada a primeira. A segunda palavra deve ser to diferente que o aluno, mesmo tendo um ritmo de aprendizagem mais lento, perceberé que as duas palavras sdo distintas, podendo reconhecer a diferenga entre ambas, em pouco tempo. A letra inicial da segunda palavra deve ter 0 tracado bem diferente da primeira. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 7 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Aconselha-se, nesse momento, a nao trabalhar letras de perfis semelhantes. Como mn, p/b, tip, g/q. ‘Além do contraste grafico j4 mencionado, hé que se levar em conta 0 contraste sonoro, evitando a proximidade de letras que representam os sons: pib, dit, g/z no estudo das palavras-chave. Nao constituiré problema se a segunda palavra tiver 0 numero de sflabas maior que © da primeira, pois isso ajudard o aluno a desenvolver a habilidade de perceber o contraste. Um ponto de partida para vocé verificar se 0 aluno estA acompanhando o processo de alfabetizagao é observar se ele reconhece que a palavra 6 formada de silabas. professor apresenta a primeira silaba da primeira palavra, por exemplo, vida, chama a atencao para a silaba vi, como sendo parte da palavra. Em seguida, a silaba 6 remetida de novo a palavra-chave. Com esse procedimento, 0 professor esté utilizando a analise e a sintese. Em seguida, 0 professor faz 0 mesmo com a primeira silaba da segunda palavra- chave lagoa, chamando a atenco para a parte la da palavra lagoa. O contraste das duas silabas vila ajuda na sua fixaco. Além de aprender que as palavras sio compostas por partes, o aluno devera ter experiéncias de ler uma frase. Tendo os alunos aprendido as silabas vi (vida) e la (lagoa), eles combinarao estas duas silabas, formando nova palavra: vila. A partir dai, 0 aluno podera ler, por exemplo, uma frase do tipo: A lagoa é a vida de uma vila. O ensino das sflabas é feito por analogia, ressaltando as diferencas e semelhangas, por meio de diagramas. Sarah Gudschinsky afirma que, ensinando-se por meio de E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga- MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.comlbr | FaSouza Pagina 8 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO grupos de silabas semelhantes, as pessoas aprendem mais depressa do que ensinando uma silaba de cada vez. Veja 0 exemplo dos diagramas abaixo: vi vi | da Da} vi vi ai la da vi [ia la | goa vio | la la | gado a Este 6 0 método puro de palavracao. Hoje, hd uma grande variedade de processos de palavragdo com diferentes adaptagoes. No Brasil, em geral, as cartilhas que utilizam a palavragao 0 fazem de forma dirigida, apresentando a palavra-chave no alto da pagina. Logo abaixo, a mesma palavra- chave vem escrita separada em silabas. Ainda nesta pagina, s4o apresentadas as palavras formadas de silabas ja conhecidas e, as vezes, expressdes e frases contendo palavras da ligdo e outras formadas de silabas ja estudadas. Essa forma E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuidadesouza.combr » FaSouza Pagina 9 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO de apresentar 0 conteido em cada pagina dirige o trabalho do professor, no sentido de conduzir o aluno a analise e sintese. 2.2 Processo de sentenciacao E um estégio mais avangado do proceso analitico. processo da sentenciagao parte da frase ou sentenca para chegar a palavras, silabas e fonemas. O método assume diferentes modalidades e pode, segundo a tendéncia eclética, isto 6, tendéncia de nao seguir rigorosamente um Unico processo de alfabetizacao, ser empregado, procedendo-se desde logo a andlise e 4 sintese. Para se ter uma nocéo de como 6 trabalhado o processo de sentenciacao, apresentamos as fases que 0 caracterizam. De acordo com o interesse dominante da classe, lanca-se uma frase a0 quadro e procede-se & decomposigao dessa frase em palavras, chegando-se & discriminacao dos fonemas, da seguinte forma: * apresentagdo da sentenga; + reconhecimento da sentenga; + reconhecimento das palavras na sentenga; + reconhecimento das palavras fora da sentenca; * reconhecimento das silabas nas palavras; * discriminagao das silabas; + composig&o — novos vocabulos e sentencas ¢ * discriminagao dos fonemas (nao ha preocupagao de fixar fonemas). E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 10 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO ‘Ao iniciar 0 trabalho com o processo de sentenciacdo, o professor pode apresentar frases com as vogais e apenas um tipo de consoante. Ex.: Ivo é vivo. 2.3 Processo do conto © processo do conto ou historieta, concebido, inicialmente, por volta de 1910, marcou uma fase de intensa reagdo ao método sintético, principalmente contra 0 processo fénico. Trata-se de uma modalidade do processo de sentenciagao. E um processo que apresenta a unidade de pensamento mais completa, levando em conta que as histérias tém inicio, desenvolvimento e fim. Inicialmente, os alunos ouvem uma historia e, com a ajuda do professor, vao tecendo comentarios e fixando a ordem em que aconteceram os fatos. Em seguida, 0 professor apresenta frases, resumindo a histéria. Para se conhecer melhor como é trabalhado 0 processo do conto, apresentamos as fases que o caracterizam: * apresentacao dos personagens da histori + narragao da historia pelo professor e repeticao pelos alunos; + Ieitura, pelo professor, de frases escritas no quadro, repetidas mentalmente pelos alunos; + leitura das frases, inicialmente, pelo professor e, em seguida, pelos alunos; * divisdo e reconhecimento das frases pelo seu perfil; * cépia das frases pelos alunos; * reconhecimento das palavras que constituem as frases; + reconhecimento das silabas; * firmagao de palavras e, E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga- MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.comlbr » FaSouza Pagina 11 de a1 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO * exercicios de fixagdo (a partir do reconhecimento de frases e palavras). Como no processo de sentenciagéo, 0 professor pode iniciar o trabalho, tomando como ponto de partida néo somente historias, mas também, as experiéncias dos alunos. Junto com eles, 0 professor pode organizar um texto, de maneira a empregar, em diferentes situagées, determinada frase. Mais adiante, repete o processo em relagao a algumas palavras e, finalmente, destaca certas silabas ou fonemas. Comentarios sobre os Processos do Método Analitico Processos analiticos sao os que partem de um todo (texto, frase ou palavra), para chegar ao reconhecimento de seus elementos (a silaba ou a letra). As diversas denominagées que recebem, “global”, “natural”, “ideovisual”, etc., costumam referit-se aos diversos argumentos que se utilizam para justificar alguns dos fundamentos psicolégicos que Ihes servem de base. Decroly foi, talvez, quem proclamou, com maior veeméncia, o principio do interesse para refutar 0 manejo dos simbolos vazios de sentido (ver processos alfabético, fénico e silabico), ¢ propde que o estudo desses simbolos se transformasse de modo imediato em representagao concreta através de objetos ou figuras, despertando o interesse do aluno, que, segundo o autor, nao suscita nunca a letra, nem, as silabas. E comum afirmar-se que os processos analiticos - palavragéo, sentenciacao e, principalmente, 0 do conto — sdo de facil motivagao. Tal afirmagéo decorre do interesse / necessidade que 0 educando sente ao trabalhar com unidades de maior E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 12 de a1 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO significago, como aquelas que constituem o ponto de partida nos referidos processos de alfabetizacao. Um dos principios que fundamentam 0 método analltico ou global é 0 conceito de globalidade. © que se entende por globalidade? Para compreender melhor, vejamos a concepedo da Gestalt Theoria (teoria da forma), que concebe a percepcao como uma sintese, ou seja, figura-fundo. A figura 6 percebida pelo seu contorno, que a faz ressaltar do fundo. O perfil da palavra 6 a figura que se destaca do fundo; um simbolo grafico a que associamos o seu significado. Ha fatores que determinam, de certa forma, 0 que vamos perceber, estruturando, organizando a percepcao: proximidade, semelhanca, etc. Observe 0 que est escrito abaixo: 1. IVOEVIVO 2. VO E VIVO A frase do niimero 2 6 a mesma da do ntimero 1. Cada palavra é uma figura organizada com diferentes configuragées. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuddadesouza.combr » FaSouza Pagina 13 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Para se efetuar a leitura, é necessario que se tenha uma visdo das formas, ou seja, das palavras. E importante, no entanto, que esta percepcao da forma nao seja vista apenas como um todo, mas também que se percebam as partes que a compéem e, ainda, a maneira como essas partes se relacionam. © outro principio que fundamenta 0 emprego do método global ou ideovisual, como © préprio nome indica, é a possibilidade de se fazer uma leitura de ideias, e nao somente de sinais graficos, uma vez que a menor unidade com que se trabalha 6 a palavra, e esta, por si sé jd encerra um significado. Vale lembrar que a distingdo entre métodos sintético (alfabético/fénico/silabico) © analitico ou global (palavragao/sentenciacao/processo do conto) é valida para efeito didatico, pois, na realidade, no existem processos que sigam rigorosamente um nico método de alfabetizacao, numa marcha exclusivamente sintética ou analitica. Assim, a classificagdo dos métodos de alfabetizagao, tal como foi aqui apresentada, serve basicamente para detectar 0 ponto de partida de um determinado processo de alfabetizagao. Leia mais http ://www.pucpr.br/eventos/educere/« 2008 /anai: 1/344 948.pdt Click e Assista (Métodos de alfabetizacao) v https://www.youtube.com/watch?v=mAOXxBRaMSY, E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 14 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO METODO DE ALFABETIZACAO FONICO - APROFUNDANDO. Autor: Isabel Cristina Alves da Silva Frade, Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG Faculdade de Educacao/Centro de Alfabetizagao, Leitura e Escrita-CEALE. © método fénico ou fonético integra 0 conjunto dos métodos sintéticos que privilegiam as correspondéncias grafofonicas. Seu principio organizativo é a énfase na relacdo direta entre fonema e grafema, ou seja, entre 0 som da fala e a escrita. Este método surge como uma reagao as criticas A soletracdo, e seu uso é mencionado na Franca, por Vallange, em 1719; na Alemanha, por Enrique Stethani, em 1803; e é trabalhado por Montessori, na Italia, em 1907. Neste método 0 ensino se inicia pela forma e pelo som das vogais, seguidas pelas consoantes. Cada letra (grafema) 6 aprendida como um som (fonema) que, junto a outros fonemas, pode formar silabas e palavras. Para o ensino dos sons, ha uma sequéncia que deve ser respeitada — dos mais simples para os mais complexos. Para atenuar a falta de sentido e aproximar os alunos de algum significado, foram ciadas variagdes do método fonico, com diversas formas de apresentagao dos sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada a imagem € ao som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma hist6ria. Geralmente, as liges do método fénico apresentam-se com palavras ou pequenos textos, e é no Manual do Professor que se explicita em que momento se farao as. apresentacées de letras/grafemas, assim como qual recurso vai servir para a emissao dos fonemas. Na Cartilha Nacional, de Hilario Ribeiro, publicada por volta de 1880, sugere-se ao professor uma forma de destacar 0 som, seja em posigdo inicial ou no meio da palavra, conforme o exemplo “o professor pronunciaré vwwva e em seguida E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 15 de 41 perguntaré as criangas: 0 que é que soa antes doa? Naturalmente, os alunos aproximarao 0 labio inferior dos dentes de cima e emitirao a voz inicial wwv vocalizada pelo professor”. No livro Minha Abelhinha, os sonsifonemas também sao relacionados a uma histéria: “Um dia a abelhinha viu, la no céu, uma pipa balangando pra la e prac... Quando o vento batia na pipa com forga, ela fazia um barulhinho assim: p...”. No livro E tempo de aprender, ha uma pergunta relacionada a uma onomatopeia e a uma historia que liga os personagens numa trama, como “a cobrinha ou a serpente silvando ssss....”. No livro Casinha Feliz, as consoantes so consideradas como ajudantes das vogais: “esse ajudante que parece um martelo, que tem uma perna bem comprida, 6 0 ajudante do papai. Ele quer dizer papai, mas 86 faz um barulhinho assim: p p p. Parece um martelo batendo de leve”. O destaque ao fonema isolado é ainda hoje empregado em alguns materiais que utilizam cartazes com figuras que ajudem a destacar a letra e seu som em posigao inicial e 0 fonema em posigao final, sendo que este é emitido varias vezes pelos alunos e pelo professor (ao ver a letra M, pronunciam mmmmm...). Uma das principais criticas dirigidas a esse método de alfabetizacao refere-se A impossibilidade de que um fonema que aparece na corrente da fala de forma contextualizada seja pronunciado sem apoio de uma vogal. Além disso, na lingua portuguesa, ha poucas relagdes biunivocas (termo a termo) entre letras e sons, pois uma mesma letra pode representar diferentes sons, segundo sua posicao, e um mesmo som pode ser representado por diferentes letras, também segundo sua posigao. Assim, o sistema de escrita é uma representacao complexa e suas propriedades precisam ser compreendidas pelo aprendiz, por meio de diversas abordagens e estratégias. A apreensdo da fungao que o fonema exerce na palavra pode ser focalizada quando as criangas discriminam palavras que comegam ou terminam da mesma maneira e observam sua forma escrita; quando comparam o comportamento de um fonema em varias posigées, através da fala e da escrita, como em rato, arco, cantar; quando observam 0 que altera quando se muda apenas uma letra inicial em palavras E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 16 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO como bala, cala, fala, por comparacéo e contraste -entre outras estratégias de ensino sistematico das correspondéncias som-grafia Verbetes associados: Correspondéncia_grafofonémica, Fonema, Grafema, Método alfabético e de soletragaéo, Métodos e metodologias de alfabetizacéo Referéncias BRASLAVSKY. B. O método: panaceia, neqacdo ou pedagogia? Cademos de Pesquisa. So Paulo, 11. 66, ago. 1988. FRADE, |. C. A. S. Métodos de alfabetizacdo, métodos de ensino e contetidos da_altabetizacao: LEMLE, M. Guia toorico do alfabetizador, Sao Paulo: Atica, 1991, Leia mais em: http://portal.mec.qov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/alf_ moarisconcpmetodalf.pdf METODO SILABICO ( APROFUNDANDO) Autor: Isabel Cristina Alves da Silva Frade (ADAPTADO) Instituigao: Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG / Faculdade de Educacao / Centro de Alfabetizacdo, Leitura e Escrita-CEALE, Posicionado no grupo dos métodos sintéticos, que se organizam das partes para o todo, 0 método silabico se caracteriza pela apresentagao visual de silabas prontas, E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuddadesouza.combr Pagina 17 dea @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO sem forgar a articulagdo das consoantes com as vogais, e sem destacar as partes que compéem a silaba. O principio basico é que a consoante sé pode ser emitida se apoiada na vogal; logo, somente a silaba (e nao as letras) pode servir como unidade linguistica para o ensino inicial da leitura. No desenvolvimento do método, geralmente é escolhida uma ordem de apresentagao “do mais facil para o mais dificil’, ou seja, das silabas “simples” para 's “complexas”. Em varias cartilhas, o trabalho inicial deste método centra-se nas vogais e em seus encontros, como uma das condigdes para a sistematizacdo posterior das silabas. Muitas delas apresentam desenhos e palavras-chave cujas silabas iniciais, realcadas em outras cores e tipos gréficos, s4o apenas apresentadas e depois destacadas das palavras e memorizadas em grupos silabicos. As familias sildbicas so inicialmente compostas por consoante e vogal (da, de, di, do, du) e recompostas para formar novas palavras. Gradativamente, pequenas frases e textos sao propostos, a partir de combinagées entre silabas j4 estudadas. Em geral, a preocupacio em focar a sflaba 6 maior do que a preocupagao com o sentido ¢ as estruturas das frases e dos textos. O método silabico nem sempre 6 concretizado da mesma forma nos livros didaticos. Felisberto de Carvalho defendia que 0 método de emisséo de sons nao deveria mostrar a crianga as letras isoladas, como na escrita, mas sons e articulagdes como na palavra falada. Seu Primeiro Livro de Leitura, publicado em 1892, apresentava as silabas em forma de monossilabos significativos, apoiados no desenho — como pa, pé- ou palavras dissilabas sem distingao grafica (como dado) ou com leve separaco gréfica (como da- do), com ou sem apoio de desenhos. Desde a primeira ligdo, estas ja eram aplicadas em expresses e frases. A Cartilha Sodré, publicada na década de 1940, apresenta mais de uma silaba em cada ligao, mas escolhe silabas com uma mesma vogal, visando a reduzir o nimero de sflabas para 0 aprendiz. A partir da ilustragéo de uma pata nadando, aparece na primeira ligdo: “A pata nada,/ Pata, nada/ Pa na /pata papa’. O método silébico atende a um principio importante e facilitador da aprendizagem quando falamos, pronunciamos silabas, e nao letras ou sons separados, e opera com um fragmento que pode ser reconhecido sem preocupagao sobre sua relacao direta com o som da fala. Existem varias sflabas que comportam mais letras do que 0s sons que pronunciamos; hd letras que tém mais de uma representacao sonora ou E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacao. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza & irotoriaafaculdadosouza.com.br FaSouza Pagina 18 de 41, ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO sons representados por mais de uma letra; ha silabas de uma a cinco letras que podem ser decifradas num bloco silébico Unico, e nao elemento a elemento. Na escrita alfabética, em geral, aparecem varios tipos de combinagdes silabicas na mesma palavra. Portanto, dois procedimentos sao importantes para os processos de registro escrito e decodificagao na leitura: a analise fonolégica da silaba, como segmento que compée a cadeia sonora da fala e seu registro escrito, e a segmentagao de palavras escritas em silabas a serem lidas numa dada sequéncia. Referéncias bibliogréficas: ATATTI MR. nt Me iz M SOARES. G. R. Estudo comparative dos métodos de ensino da leitura e da esorita, Rio de Janeiro: Papelaria América Editora, 1986, Leia mais em: CONSTRUTIVISMO: CONCEITO E PRINCIPIOS E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizacao. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriagtaculdadesouza.com.br FaSouza Pagina 19 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO . A evolugao da escrita segundo Emilia Ferreiro: os niveis pré-silabico, silabico, silabico-alfabético e alfabético; . A didatica dos niveis. E muita coisa? Parece que sim, mas vocé vai ver que no 6 to complexo! Quais os principios psicopedagégicos que norteiam as priticas alfabetizadoras contemporaneas centradas no como aprender? CONSTRUTIVISMO: CONCEITO E PRINCIPIOS Vocé ja percebeu, com certeza, que vivemos num mundo grafocéntrico, ou seja, tudo gira em torno da escrita. E impossivel pensarmos no mundo atual e toda a sua evolucdo historica sem a presenga dos registros escritos. Assim, podemos afirmar que vivemos num ambiente alfabetizador, pois a nossa volta encontramos diferentes suportes de escrita: outdoor, anuncios, jornais, placas de transito, cartazes... E considerando o ambiente letrado em que vivemos que diferentes autores se apoiam no pensamento de J. Piaget, ao afirmar que para aprender a ler e escrever preciso interagir com 0 mundo da leitura e da escrita. Quanto mais rico for 0 ambiente alfabetizador em que a crianca estiver interagindo, mais rapidamente ela vai descobrir a fungdo social da escrita e, consequentemente, reconstruir 0 sistema de escrita. Sobre esta questdo, Ferreiro (1993, p 25) afirma que “as criangas sao facilmente alfabetizaveis desde que descubram, por meio de contextos sociais e funcionais, que a escrita 6 um objeto interessante que merece ser conhecido”, Para a autora, so os adultos que dificultam 0 processo de construgao da escrita pela crianga quando idealizam sequéncias de progresséo cumulativa (métodos Iprocessos de alfabetizacao) como vimos na Unidade III. Quando assim procede a escola ignora 0 principio basico do construtivismo, segundo o qual cada sujeito constréi o seu préprio conhecimento a partir das interagdes que estabelece com o meio. Vale aqui relembrar que se aprendemos a falar falando, interagindo com a E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuidadesouza.combr FaSouza Pagina 20 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO fala, porque nao usar o mesmo principio para a escrita, ou seja, aprender a escrever interagindo com o mundo da escrita. Pare e pense: Vocé conhece muitas pessoas que fracassaram para aprender a falar? Com certeza, nao! Isso sO ocorre se a crianga tem alguma disfungao no aparelho fonador. O sucesso do “aprender a falar” advém do fato de que ninguém nega 0 acesso das criancas as informacées linguisticas, nado € mesmo? Nao é proposto a crianca que esta aprendendo a falar uma sequéncia predeterminada de fonemas. Ja para a aquisi¢éo da linguagem escrita 0 procedimento tem sido exatamente 0 oposto, sem considerar o que a crianca pensa. Neste sentido , a preocupagao maior, na perspectiva tradicional tem sido com o “como ensinar” em detrimento do “como a crianga aprende”. © “como ensinar” tem o cene centrado no professor que determina 0 que ensinar e como ensinar sem preocupacao com 0 que a crianga pensa. Vocé ja deve estar pensando: seré que a aquisi¢ao da escrita se da de forma espontanea? E claro que nao. Este @ um processo que exige interagdes e mediagées. Para Ferreiro (2003, p. 32) “é um processo que exige acesso a informagao socialmente veiculada, j4 que muitas propriedades da lingua escrita sO se descobrem por meio de outros informantes e da participagaéo em atos sociais nos quais a escrita sirva para fins especificos”. Na verdade, a aquisicao da escrita pela crianga nao é um proceso linear, mas um processo com etapas evolutivas em que a crianca vai revendo as hipdteses construidas acerca da escrita, a partir dos conflitos que estabelece. Esses contlitos tém um papel construtivo no ato de aprender a escrever. Mas vamos ver mais detalhadamente a que hip6teses e conflitos estamos nos referindo. A evolugao da escrita segundo Emilia Ferreiro: os niveis pré-silabico, silabico, silabico-alfabético e alfabético. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuidadesouza.combr FaSouza Pagina 21 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO A psicéloga argentina chamada Emilia Ferreiro, na década de 70, iniciou trabalhos experimentais que deram origem a hipéteses tedricas sobre a psicogénese do sistema de escrita e que acabaram por inovar as praxis alfabetizadoras. A teoria de Ferreiro (1989), denominada Psicogénese da Lingua Escrita, nasceu no contexto da América Latina onde, de maneira geral, Ferreiro desenvolveu os seus estudos. Para a autora, uma crianca, ao aprender a ler e escrever, tem de lidar com dois processos simultaneos: as caracteristicas do sistema de escrita e 0 uso funcional da linguagem. Para construir esses conhecimentos, a crianga elabora hipdteses acerca do sistema de escrita, e a medida em que se conflita com estas hipdteses as (re) elaboram até apropriar-se de toda a complexidade do sistema de escrita. Estas hipéteses acabam por definir os niveis de evolugao da escrita. Vamos agora conhecer estes ni momento) As criancas tém uma tendéncia natural para a imitagao. Assim, se vivem num ambiente onde a escrita faz parte do seu cotidiano, elas tendem a imitar a escrita dos mais velhos. No inicio, a crianga registra as garatujas desorganizadas, desenhos sem figurago, rabiscos sem sentido e, mais tarde garatujas organizadas, com figuragéo. Quanto mais letrado for o ambiente da crianga e maior a disponibilidade de material grafico, mais cedo ela comega a rabiscar e a experimentar os simbolos. Ao avangar no proceso, a crianga comega a usar as pseudoletrast. Nessa fase a crianga nao distingue letras de nimeros. Escreve com bolinhas, riscos, tracinhos. Este é um primeiro momento do nivel que Ferreiro denominou com pré-silabico. Em sintese, as caracteristicas deste primeiro momento so: + Aescrita representa o nome do objeto, nao ha relagdo entre a escrita e a fala E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MS © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.combr FaSouza Pagina 22 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO . Utiliza sinais graficos do ambiente alfabetizador para escrever; . Utiliza o desenho como apoio a escrita; . Ainda nao ha hip6tese da quantidade minima; Aescrita nao é interpretavel: US dee 0, ND 4 Um vio cheio de peines onde ew estou pescando, ales che Bol A medida em que a crianca pergunta ao adulto sobre as representagées presentes no seu cotidiano, ela (re)elabora as suas hipdteses e comega a diferenciar letras de numero e a perceber que as letras servem para escrever, muito embora, ela ainda nao saiba como isso ocorre. As caracteristicas deste segundo momento sao: + Os sinais grdficos se aproximam das letras; + Surge a hipétese quantitativa e qualitativa: E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG- © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze diretoriagtaculdadesouza.com.br FaSouza Pagina 23 de a1 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO A leitura da escrita é global, assim, cada letra vale como parte do todo e nado tem valor em si mesma. AGTE Reldgio uvaan Navio ufo f Pires Ome Maca > ° Liliam AR‘ Moto T4¢P R Dedo Na hipétese pré-silabica predomina a falta de consciéncia por parte da crianga de que exista uma correspondéncia entre pensamento e palavra escrita. A crianga nao estabelece nenhuma relacao entre os grafemas e os fonemas. Para elas a ordem das letras nao 6 importante. Ela acredita que sé se pode escrever ou ler usando muitas letras e que estas néo podem se repetir na escrita. Costuma ainda associar: para escrever boi é preciso muitas letras, mas para escrever formiguinha poucas letras so suticiente, porque a formiga é pequena. Com a mediagao do adulto a crianga avanga na construgao das suas hipéteses e chega ao nivel silabico. Nivel silabico Nessa fase, a crianga jA conhece e utiliza alguns valores sonoros. Ja comeca a existir uma certa estabilidade das palavras. Surge 0 conflito quantitative (quantas letras preciso para escrever?) e 0 conflito qualitativo (quais letras vou utilizar para escrever?). Comega a existir uma correlagdo entre a fala e a escrita. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG- © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br FaSouza Pagina 24 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO As principais caracteristicas desse nivel so + Aescrita representa o som da fala; + Existe uma preocupacdo com as partes que compoem uma palavra; + Qualquer letra pode representar um som; + Mantém-se o critério da quantidade minima de letras para escrever palavras; + Podem aparecer sinais grdficos distantes das formas das letras: + Aprodugao escrita dos alunos nao ser compreendida pelos outros. €€A pe-te-ca EDA Sve Har ga rida a POCe. weet pade ~ ra Pa eM pa-to & fonte SSP te te fo ne E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MS © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.combr FaSouza Pagina 25 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO A partir das interagdes que a crianga estabelece, ela comega a aceitar que se pode escrever com uma ou duas letras, mas com um certo receio. As vezes, acrescenta letras apenas para ser coerente com a hipétese de que nao se pode escrever com menos de trés letras (hipétese da quantidade minima). Ocorre uma maior preciso na correspondéncia fonema/grafema. Ao avangar no processo, a crianga chegar a uma fase intermedidria conhecida como silébico-alfabética. Vejamos: Silabico alfabético Este 6 um momento de transigao entre o nivel silabico e o nivel alfabético. A crianca comega a perceber que ninguém consegue ler 0 que ela escreve, principalmente quando usa apenas as vogais. Assim, ela se vé sem saida. Vejamos as caracteristicas dessa transi¢ao: . Nivel de transigao entre o nivel silabico e o nivel alfabético. Ocorre o acréscimo de letras para composicao das partes que compéem as palavras. igiQ® Gon ig Ses igre jo ca ne cH n Ti c CG bilo Tele Ye! mo Ti po sa cca be lo Nesse momento, a crianga esta proxima a escrita alfabética. Nivel Alfabético E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MS © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.combr FaSouza Pagina 26 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Nesse nivel, a crianga, segundo Ferreiro (1993, p. 51), j compreende a ldgica do sistema linguistico. Ela ja 16 e escreve, muito embora, nao escreva, ainda, segundo as convengées ortograficas. Assim, é preciso criar situagdes de intervengaio didatica com este fim. Vejamos as caracteristicas deste nivel: + Acrianga descobre que uma silaba pode ter uma, duas, trés, quatro ou cinco letras; + Escreve como fala; + Atinge a compreensao do mecanismo da escrita. Coogee Wve Fonte: httpv//arquivos.unama.br/nead/graduacao/cche/pedagogia/4semestre/comunicacao |i nquagem_alfabetizacao/html/unidade4/unidade_4.html Leia mais et http ://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/120/86 Método Eclético Edinete da Costa Lima ( adaptado) E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. @ Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MS © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.combr » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 27 de 41 O método Eclético teve observagées iniciadas na Italia, foi considerado a grande descoberta no campo metodolégico, utiliza andlise e sintese, ao contrario dos outros que sao analitico ou sintético, 0 método € considerado global, porque parte de um todo, mas segue os passos do método sintético: som, silabas, palavras, frases. Esse método contempla 0 método Sintético e Analitico, no qual se conciliam todos os processos estabelecendo a liberdade de escolha do método de ensino de leitura e escrita. Por ser 0 método eclético a jungao do método sintético e analitico e seguir ‘os mesmos passos, continuam a apresentar vantagens e desvantagens. Segundo, Oliveira (1993), suas vantagens "é de facil aplicagao; oferece ao professor material previamente preparado; assegura o interesse da crianga desde a primeira etapa: permite a recuperacao dos atrasos e faltosos; promove a implantago do trabalho independent proporciona ao educando a viséo do mundo como um todo, partindo do conhecimento do senso comum para 0 filoséfico. vita a fixagéo do erro na escrita’. Entendemos que esse método ‘© que tange as desvantagens desse métode, Inéz (2000) relata que, as "Hist6rias so desvinculadas do conhecimento real da crianga, os textos nao possuem estrutura linguistica, apresentam didlogo artificial; as atividades sao baseadas em leitura @ interpretagao de textos, exploragdo de palavas e decomposigao das familias silabicas; a crianga no tem oportunidade de produzir o seu proprio texto, partindo de suas experiéncias e vivéncias social Pode-se constatar que a concretizacao dos métodos tradicionais de alfabetizacao se encontram, mais ou menos, sistematizados nas cartilhas em uso, sendo, as cartilhas sintéticas, analiticas e mistas. As mesmas foram se multiplicando no tempo, solidificando e propagando 0 modelo de leltura idealizado pelas metodologias tradicionais. A cartilha preenche os requisitos necessatios para ser um instrumento pedagogico dentro de uma pratica pedagégica e concepgao tradicionais. Os textos de cartilha prendem-se aos sons e as marcas graficas, duvidando da inteligéncia da crianga, de seus conhecimentos cotidianos. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br FaSouza Pagina 28 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO O recurso didatico mais utilizado nas escolas, em termos de alfabetizagao, € a cartilha. Contudo, a grande maioria dos professores nao conhece a sua influéncia em cada época da sua evolugao histérica. Esse método pode ser aplicado em todas as séries, onde passamos a ampliar a viso do mundo que elas veem experienciando, permitindo-Ihes a oportunidade de desenvolver suas potencialidades, facilitando 0 processo de aprendizagem, em detrimento dos outros métodos que mostram um aprendizado fragmentado. CONSIDERACOES FINAIS A partir das informagées aqui levantadas é importante desenvolver agées integradas na escola sobre a importancia dos métodos educacionais e sua diversidade para que com isso venha melhorar a situago existente na educagao, com o objetivo de atingir escola, familia e comunidade. Este trabalho nos trouxe novos conhecimentos relacionados ao Método Eclético e os demais métodos, como sua importancia social, ndo s6 para os educadores que utilizam- os, bem como a sociedade em geral, pois 0 mesmo nos orienta a sermos seres ecléticos. Por isso, e outros motivos, devemos utilizé-lo adequadamente levando em considera¢o 0 contexto social dos envolvidos no proceso. REFERENCIA CAROLINA, Maria. Importancia do Ato. = de. sLer..-—_Disponivel em: https! i a 2 ‘acesso em 09 de Fevereiro de 2009. FREIRE, Paulo. Aimportancia do Ato de Ler: em trés artigos que se completam. 29 ed. Cortez. S80 Paulo. 1989. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidiciondrio de Lingua Portuguesa. 4% edigéo. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 2001 INEZ, Maria. Visao historica do ensino-aprendizagem da lecto escrita. Fonte: extraida da Dissertagao do Mestrado. Salvador Gesca ~ IPLAC ~ Cuba/ UNESC — Crioidma, Junho de 2000. OLIVEIRA, Maria Helena C. et al Didética da linguagem: como aprender, como ensinar. 12 ed. Saraiva, Sao Paulo. 1980. , Metodologia da Linguagem. Saraiva. S4o Paulo. 1993. MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. (colegao primeiros passos). 19 ed. Brasiliense. Sao Paulo. 1994, E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuddadesouza.combr » FaSouza Pagina 29 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Leia mais em: -importancia-do-uso-de- metodos-para-a-leitura-e-escrita/29593/#ixzz497yGLQV2 EFICIENCIA DO CONSTRUTIVISMO NO PROCESSO DE ALFABETIZACAO E QUESTIONADA POR DEFENSORES DO ANTIGO METODO FONICO Kristhian Kaminski e Patricia Gil (adaptado) A precariedade da alfabetizacdo no Pais é uma realidade demonstrada ndo s6 na falta de letrados como no excesso de ntimeros negativos. O Sistema de Avaliaco do Ensino Basico (Saeb) mostra que o desempenho dos estudantes da rede publica, que jd nao era dos melhores, esta piorando. Esses indicadores educacionais, nos préximos anos, véo engrossar as fileiras de trabalhadores sem qualificacao, desempregados e sem perspectivas sociais. O fracasso das sucessivas tentativas do governo federal em superar essa deficiéncia 6 um desafio jé resolvido em muitos paises desenvolvidos. No Brasil, a polémica pode estar apenas comegando e - dentro das caréncias estruturais tipica de um cendrio de subdesenvolvimento - parte da culpa pode estar no método de ensino e na sua falta de adequacao a realidade socioeconémica do pais. Até entdo considerado 0 que havia de mais moderno e eficaz entre as teorias de ensino, 0 construtivismo passou a ser alvo mais frequente de ataques. Mesmo os seus mais fiéis adeptos reconhecem que seu emprego na educagao basica brasileira vem sendo, no minimo, distorcido. O conceito preconiza que é preciso levar em E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 30 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO consideragéo a bagagem cultural adquirida pela crianga antes de ingressar na escola. A técnica consiste em apresentar 0 mundo letrado ao aluno diretamente por meio do texto, mesmo antes que ele seja capaz de decodificar cada palavra. Pols é exatamente al que se encontra a raiz do problema brasileiro: os que pregam a concepg4o construtivista muitas vezes ignoram que esses estudantes-mirins trazem de casa uma bagagem bem mais vazia do que se esperava. Eles herdam dos pais uma histéria de defasagem educacional. "E a mesma coisa que pegar um texto em alemdo, entregar a alguém que nao conhece a lingua e pedir para ler. Ou pegar uma partitura de Chopin e dar para um iniciante em misica", comenta o professor Fernando Capovilla. coordenador do Laboratério de Neuropsicolingtistica Cognitiva Experimental (Lance), do Instituto de Psicologia da USP. Capovilla afirma que 0 construtivismo condena as criangas de classes menos favorecidas ao fracasso escolar. Além de questionar a validade da concepgaio usada no Brasil, ele é um dos mais ferrenhos defensores do emprego do método fénico. Taxado de antiquado por educadores ligados ao Ministério da Educacao, 0 método prevé 0 basico: ensinar as criancas a correspondéncia entre sons (fonemas) e letras (gratemas). Para Telma Weisz, supervisora do programa de alfabetizacao do MEC, 0 método fonico sempre teve defensores e sempre tera: como era na década de 20. Sempre haveré gente com uma visdo mais tecnicista do ensino e pata estas 0 método fonico 6 mais adequado”. Por ai da para se ter uma ‘Mas 0 mundo mudou e ele continuou nogdo do abismo que separa os entusiastas de cada uma das linhas de alfabetizacao. A concep¢ao construtivista surgiu em meados da década dos 80, baseada nos estudos de psicogénese da lingua escrita apresentados pela educadora argentina Emilia Ferreiro. Em 1996, essa linha de ensino foi institucionalizada no Brasil, a partir da publicacéo dos Parémetros Curriculares Nacionais (PCN). No entanto, ao E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO. Pagina 31 de 41 longo da sua implantagao ocorreram alguns desencontros entre teoria e pratica. O primeiro foi a falta de preparo de muitos professores para lidar com a nova situac4o. Estes, por sua vez, pdem a culpa no sistema. Reclamam, entre outras coisas, que so impedidos de corrigir os erros dos alunos. Isto porque a teoria prega, entre outras coisas, que nas séries iniciais o importante é que a crianga exercite a escrita a seu modo e somente numa etapa mais avangada 6 que se deve introduzir conhecimentos de ortografia e gramatica. Outra distorgéo & acreditar que o construtivismo € incompativel com métodos de ensino tradicionais. A Espanha é prova de que isso nao é verdade. As escolas espanholas também se orientam pela linha construtivista, mas sem deixar de lado 0 método fénico, empregado para reforgar a capacidade de leitura dos estudantes. No Brasil, 0 construtivismo esbarra num grande complicador. Ao se apoiar na bagagem cultural de cada crianga, a tendéncia 6 de que estudantes oriundos de familias menos letradas entrentem dificuldades. Essa légica é confirmada pelos resultados do Saeb de 1999. Filhos de pais que nunca frequentaram a escola esto na faixa de desempenho abaixo da média nacional (170 pontos) na prova de Lingua Portuguesa, numa escala que vai de 0 a 500. As criangas da quarta série do ensino fundamental nesta condigao atingiram 161,3 pontos, contra 200,2 dos filhos de pais com nivel superior de escolarizagao. Segundo 0 censo educacional de 2000, a média de estudo do brasileiro é de 5,7 anos. A renda familiar € outro fator que contribui para que uma crianga tenha um desempenho melhor ou pior, j4 que interfere diretamente no grau de acesso da familia ao conhecimento, como a compra de livros, por exemplo. De acordo com dados do IBGE, cerca de 60% da populacdo brasileira tem renda familiar média de até cinco salarios minimos. Pode-se supor com base nesse cendrio que o construtivismo teria melhores resultados em paises em que a populacao é mais culta. No entanto, boa parte deles adota métodos considerados ultrapassados pelos que defendem o construtivismo. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO. Pagina 32 de 41 Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itdlia, Canada e Portugal, para citar alguns exemplos de paises desenvolvidos, empregam o método fénico antes de partir para a compreensao e interpretagao de textos. Ele, porém, nao é aplicado isoladamente, mas como parte essencial de um amplo programa de leitura e escrita (veja quadro) O resultado: segundo nimeros da Unesco, esses paises tém taxas de reprovagao que nao chegam a 5%. Na Alemanha, cujo sistema esta centrado no método fénico, a taxa de repeténcia 6 de apenas 2%. E claro que nao 6 s6 0 método o responsvel por esses resultados, mas sim toda uma estrutura socioeconémica. No entanto, no grupo de paises em desenvolvimento, também ha quem aplique 0 método fénico, integrados a outras ferramentas, com bons resultados. O Chile 6 um exemplo. Cuba, com uma taxa de repeténcia de 3%, 6 outro. A discusso em torno do método de ensino brasileiro esta s6 no comego. Mas nos Estados Unidos o debate € tao acalorado que vem sendo chamado de reading wars, © que traduzido ao pé da letra seria algo como "guerra na leitura’. Por causa dessa briga, o National Institute of Child Health and Human Development (Instituto Nacional de Satide da Infancia e Desenvolvimento Humano) fez, entre 1997 e 1999, a pedido do Congresso norte-americano, o mais completo levantamento ja produzido naquele pais sobre métodos de alfabetizaco. Batizado de National Reading Panel (Painel Nacional de Leitura), a pesquisa tinha como objetivo descobrir se a abordagem fénica era realmente eficaz. Para executar o trabalho, foi formada uma comisséo composta por pesquisadores, representantes de escolas, professores e pais. Numa primeira etapa, 0 grupo identificou cerca de cem mil estudos sobre alfabetizacao realizados no pais desde 1966 e selecionou os mais relevantes. Foram realizadas diversas audiéncias piblicas, nas quais o tema foi amplamente debatido. A partir desse levantamento, a comissao elaborou um relatério, apresentado ao Congreso em fevereiro de 1999. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO. Pagina 33 de 41 A conclusdo da pesquisa foi de que as criancas alfabetizadas por meio de métodos fonicos desenvolvem melhor a compreensao e interpretagao de textos, além de melhorar a expresso oral. "As descobertas mostraram que ensinar as criancas a manipular fonemas foi altamente efetivo sob uma variedade de condicées de ensino e uma variedade de alfabetizandos de diferentes séries e idades’, atesta o estudo. Os participantes do painel destacam que o treinamento em consciéncia fonética nao constitui um programa completo de leitura. "No entanto, ele dé a crianga conhecimento essencial sobre o sistema alfabético. E um componente necessario a um completo e integrado programa de leitura’, afirma o relatorio. Outras entidades, como a Intemational Reading Association (Associagao Internacional de Leitura), dos Estados Unidos, também defendem a utllizacéo do método fénico. Segundo dados da instituicao, 98% das escolas norte-americanas utilizam o sistema em seus programas de alfabetizacao. "O ensino de fonética, que foca a relagao entre sons e simbolos, 6 um importante aspecto no comego da alfabetizagao. Porém, uma instrugao fénica efetiva deve estar encravada num contexto de leitura e linguagem", defende a associacao. A Educational Resources Information Center (Centro de InformagSes em Recursos Educacionais) também prega que nenhuma técnica isolada tem bons resultados, mas considera o método fénico parte integrante de um bom sistema de alfabetizagao. O Ministerio da Educagao, a quem cabe elaborar as diretrizes do ensino no pais, no admite a hipétese de que o baixo desempenho dos alunos do ensino fundamental e médio no Saeb possa estar associado ao modelo. Alias, rejeita a redugao do construtivismo a um método, no que estA certo, mas nao aceita a possibilidade de que o sistema talvez precise ser reavaliado. Para Telma Weisz, 0 método fénico ignora o que a crianga j sabe e reduz o aprendizado a um processo mecanico. Mas ela reconhece que hé um movimento “ainda incipiente" que prega mudancas no atual sistema e que, dentro deste quadro, apenas o método fénico tem sido reafirmado como uma alternativa valida. "A minha critica é que ele reduz 0 ensino a associagao de sons e letras, continua ignorando que a lingua nao & apenas isso." Telma ressalta que o construtivismo é um conjunto E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 34 de 41 de praticas, nas quais 0 ensino € concebido dentro de um modelo de resolugéo de problemas. "Nao hd como compara-lo com o método fénico, embora muita gente queira emplacar essa comparagao’, critica. Na avaliagéo da supervisora de alfabetizagéo do MEC, as taxas de repeténcia no Brasil sempre foram muito altas e, portanto, os métodos de alfabetizacao tradicionais vinham se mostrando "inadequados desde sempre". Paises da Europa e os Estados Unidos, segundo ela, s6 nao vinham enfrentando problemas com 0 método fénico até agora porque sempre tiveram uma populacao bastante homogénea. Ou seja, em sociedades mais letradas, qualquer técnica de alfabetizagao tende a ter sucesso. Com 0 aumento da imigracéo nos paises desenvolvidos, 0 sistema até entéo bem sucedido tende a dar sinais de esgotamento. A avaliaco de Telma inverte os argumentos dos educadores que acusam 0 construtivismo de elitista. O professor Capovilla discorda da posigao do MEC. "O Brasil posa de moderno, mas diversos paises desenvolvidos usam 0 método fénico com bons resultados. O Brasil continua na pré-hist6ria", acredita. Para ele, o construtivismo roubou do professor a fungéo de ensinar, ao pregar que o texto seja introduzido desde o inicio da alfabetizagéo. O método fOnico, diz, néo impede a introdugao de textos no aprendizado, mas prevé que isso ocorra somente depois que o aluno tiver capacidade para decoditica-lo. Como prova do fracasso do construtivismo entre alunos de classes mais baixas, ele cita uma escola piblica de Marilia (SP) que, apés constatar que as criancas chegavam a 4. série do ensino fundamental sem saber ler e escrever, decidiu voltar a empregar o método fonico e conseguiu reverter a situagao. De acordo com especialistas, existem alguns riscos de se introduzir um texto para uma crianga que nao sabe ler. Um deles é de que ela passe a adivinhar o significado das palavras em vez de compreendé-las e faca associagdes equivocadas. Um E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 35 de 41 exemplo: se a crianga conhece a palavra formiga, ela pode passar a contundir termos parecidos, como formigamento ou formigueiro. Dados do Lacen-USP indicam que 0 percentual de criangas com dificuldades de leitura gira em torno de 4% no mundo. No Brasil, chega a 10%, fato atribuido por Capovilla ao sistema de ensino brasileiro. Para a maioria dos estudiosos da area educacional, ainda 6 possivel apostar no construtivismo, desde que ele passe por uma reavaliagdo. "A questao fundamental & a mA interpretagao que se faz do construtivismo. Um grande erro é afastar totalmente 0 método e deixar que a crianga aprenda sozinha’, diz a lingjiista Magda Becker Soares. Para ela, ndo se pode voltar ao pasado, quando 0 professor tinha a receita pronta e bastava aplicd-la. "No construtivismo nao se da receita, mas sim meios para acompanhar 0 processo e interferir na hora adequada. Para isso, 0 professor tem que conhecer fonologia, além da teoria da aprendizagem e questes de linguagem." Na avaliagao de Magda, abandonar o construtivismo nao é a solugao, mas é preciso rever alguns pontos. "Em certos momentos é preciso trabalhar com 0 método fénico, em outros 0 método silébico é mais adequado. H4 muito exagero dentro das correntes do construtivismo, como abrir mao do material didético, por exemplo.” A lingiista Idmea Smeghini-Siqueira, professora da Faculdade de Educacao da USP, também defende um meio termo. Ao contrario do que se pensa, comenta, 0 professor continua sendo fundamental. Mas ele precisa conhecer 0 processo de aprendizagem e a real situacao do aluno, que ainda nao sabe ler. Para ela, o grande entrave ao processo est em mudar a cabeca de quem ensina. "Alguns entraram em contato com o construtivismo de forma muito superficial e no souberam aplicd-lo. Nesse caso, essa concepgao acaba ficando como adoro porque nao tem efeito.” O problema dos baixos niveis de aprendizagem toma contornos mais graves se levarmos em conta que junto com a concepgao construtivista muitas escolas adotam processos de progressao continuada. Ou seja, o aluno passa a ser avaliado no final E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza Pagina 36 de 41 “TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO de um period (geralmente ao final da quarta e da oitava séries do ensino fundamental) e até chegar la vai sendo aprovado mesmo que nao tenha aprendido todos os contetidos necessdrios. ‘As pesquisas do MEC, entre elas 0 Saeb, mostram que o aluno tem melhor desempenho quando esté entre colegas da mesma idade. Um estudante da terceira série, por exemplo, tem mais chances de progredir se passar para a quarta série do que se repetir 0 ano. O sistema de ciclos, porém, acaba por mascarar um problema: a defasagem idade-série esta sendo substituida pela defasagem de conhecimento. "O que no pode acontecer é o professor constatar que o aluno chegou a quinta série, por exemplo, sem saber ler, e querer insistir em ministrar 0 contetido previsto", avalia Ruben Klein, consultor da Fundagao Cesgranrio. Esse tipo de teimosia tem muito a ver com a hist6ria do construtivismo no Brasil. Nao que a culpa seja toda do modelo. Mas pode estar na insisténcia cega em nao rediscutir um sistema que ainda no demonstrou ser capaz de sozinho melhorar os indicadores de qualidade. (Colaborou: Silo Meireles) De mala pior Taxa de aprovacao pode ser ainda menor nas préximas pesquisas, a0 serem considerados os indices de evasao Os resultados do Saeb de 1999 mostram que os niveis de desempenho dos alunos das quarta e citava séries do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio estéo numa tendéncia de queda se comparados aos de 1997. No caso dos alunos da quarta, a média minima exigida para Lingua Portuguesa varia de 150 a 200 pontos. Apesar de estar dentro dessa margem, a nota média dos alunos caiu de 186,5 em 1997 para 170,7 em 1999. No caso da oitava série, cuja média deve ficar entre 200 e 250, a nota baixou de 250 para 232,9. E entre os estudantes do ensino E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga- MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.comlbr » FaSouza Pagina 37 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO médio, cujo padrao exigido vai de 250 a 300 pontos, a nota média caiu de 283,9 para 266.6. Quando se fala em médias gerais, até pode parecer que a situacdo nao é das piores. Mas Ruben Klein, da Fundacao Cesgranrio, faz um alerta: "0 Saeb mostra que boa parte dos alunos tem um déficit de conhecimento preocupante, que vai aumentando ao longo dos anos. Muitos alunos de quarta série apresentam nivel de conhecimento compativel com os de segunda. No caso dos alunos de oitava, eles estariam num nivel de quinta. E na terceira série do ensino médio 0 atraso 6 ainda maior: muitos estariam num nivel de sétima série". Klein faz duras criticas ao sistema de progressao continuada e diz que o aluno deve sim ser avaliado. "Nao proibido aplicar testes. Quando se proibe isto é um desastre. Os testes nao so para punir o aluno com a reprovagao, mas sim para avaliar 0 processo, para ver se 0 contetido que est sendo ministrado precisa ser revisto”, afirma. Segundo ele, as taxas de evasio escolar continuam altas. Em 1999, elas eram de 18%, 0 que equivale a 6,5 milhdes de estudantes. Para Klein, a maior parte destes abandonou a escola porque ndo estava aprendendo. Por causa da evasao, os indices de aprovagao devem piorar nos proximos levantamentos. Até agora, a0 caleular 0 nimero de alunos que passavam de ano, 0 MEC ignorava os que deixavam a escola - distorgao que ja esta sendo corrigida. "A alteragao no calculo pode dar uma diferenga de até 20%. Uma escola com taxa de aprovacao de 70%, a0 considerar a evasdo, pode ver esse nimero cair para 50%", argumenta. Na média geral, a taxa de reprovacao no ensino publico brasileiro gira em torno de 20%. De acordo com 0 MEC, a repeténcia em 1999 chegava a 35% na primeira série do ensino fundamental. O indice é alto também entre os alunos da segunda série, chegando a 22%. Ele cai para cerca de 15% na terceira e quarta séries e volta E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga- MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.comlbr » FaSouza Pagina 38 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO a subir na quinta, quando atinge 24%. Para se ter uma ideia, paises vizinhos como a Argentina e Chile tém taxas de repeténcia de apenas 5%. Revolucao conservadora Escola da periferia de Marilia contraria recomenda¢ao do MEC e adota com sucesso 0 método fénico Localizada na periferia do municipio de Maria (SP), a Escola Municipal Fundamental Professor Nelson Gabaldi era um retrato do fracasso do ensino piblico. H dois anos, de uma turma de quarenta alunos matriculados na quarta série, dez nao sabiam ler e escrever. Na primeira série, a situagao era ainda pior: metade dos alunos terminava o ano sem estar alfabetizada. "Aqui nés nao aplicamos © construtivismo de jeito nenhum. O sistema dé certo para aluno rico, nao para as nossas criangas, que nao tem um livro sequer em casa", diz a diretora liza Seabra. escola, com 650 alunos, passou a empregar o método fénico e, segundo a diregaio @ os professores, esta conseguindo alfabetizar os alunos. "A Secretaria de Educacao adota a linha construtivista, mas nos deu uma espécie de liberdade vigiada para mudar de tatica”, explica liza. Para corrigir as deficiéncias dos alunos, foi preciso realfabetiz4-los. "Pegamos os estudantes de todas as séries que nao sabiam ler e recomegamos do zero com 0 método fénico", afirma a diretora. A professora Pedra Bertazzi de Camargo, da quarta série, diz que acompanhou na escola criangas alfabetizadas pelo construtivismo e pelo método fénico e notou que a diferenca é grande em favor das tltimas. Hoje, apenas dois alunos entre quarenta nao sabem ler e escrever adequadamente, média cinco vezes menor do que ha dois anos. "Com criancgas carentes, sem estrutura, no da para aplicar o construtivismo", comenta. A professora Ana Claudia de Souza, da primeira série, vai mais longe: "No meu primeiro ano aqui na escola eu trabalhei na concep¢ao construtivista, na qual eu até E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga- MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.comlbr » FaSouza Pagina 39 de 41 "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO acreditava na época. Mas depois que passei a usar 0 método fdnico e vi os resultados, percebi o mal que tinha feito com meus primeiros alunos." Paises e métodos Brasil: Construtivismo - Concep¢ao que se apoia no conhecimento adquirido pelo aluno antes de ingressar na escola. O texto escrito é a base do programa de alfabetizacdo. A crianga é incentivada a ler desde 0 comego e a reconhecer palavras que fazem parte do seu cotidiano. Nao esta associada a outras técnicas de ensino. Alemanha: Método misto - Os estudantes tém liberdade para opinar sobre as ferramentas que serao utilizadas e nado ha um método fixo. O método fénico, baseado num conjunto de cartées em que so associas letras a imagens, é aplicado nas séries iniciais. Até que a crianca esteja apta a decodificar um texto, a leitura 6 sempre feita com a ajuda deste sistema. Itélia: Método misto - Desde 1995 0 pais deixou de adotar apenas um método de ensino e passou a empregar uma concepeao chamada de natural. O sistema italiano trabalha simultaneamente com instrugdo fénica, técnicas visuais e leva em conta também a experiéncia prética da crianca a partir dos seis anos de idade. Chile: Método holistico - O modelo utiliza 0 método fénico, mas nao parte dos sons das letras isoladamente e sim das silabas. O ensino baseado nos fonemas vem diretamente associado 4 compreensao do texto escrito, como forma de estimulo leitura. Israel: Método fénico - A maloria das escolas israelenses utiliza material didatico que se apoia no ensino da relagao entre sons e letras. No entanto, muitas sao as escolas que usam ao mesmo tempo métodos alinhados 4 concepeao construtivista. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br » FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 40 de 41 Espanha: Construtivismo - As escolas espanholas partem do principio que 0 texto integral deve ser usado desde 0 inicio da alfabetizacao e que a bagagem das criangas deve ser considerada. No entanto, as escolas utilizam diversos métodos, entre eles 0 f6nico, para melhorar 0 desempenho dos alunos na compreensao de textos. Inglaterra: Método fénico - O sistema de ensino inglés defende que a crianga nao aprende a ler simplesmente sendo colocada em contato com textos, sem a introdugao de conhecimentos fénicos. O método prevé passos: primeiro a crianga aprende a associar sons e letras, passa para o aprendizado de palavras e sentengas, para depois ter contato com textos integrais. Portugal: Construtivismo - A exemplo da Espanha, Portugal também adota a concepgao construtivista, tendo o texto como ponto de partida na alfabetizagao, sem deixar de lado 0 método fénico e cartilhas didaticas. Leia mais em ( A Historia dos métodos de Alfabetizagao) E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. 9 Av.Santa Helena, 1140 - Nove Cruzeiro - Ipatinga-MG © can anzz 204 (a) 97390-8508 QFasouze & diretoria@taculdadesouza.com br | FaSouza Pagina 41 de 41 ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO REFERENCIAS: http/www.espacoeducar.netv/2009/01 /o-mtod Ifabetizao.himl - Acesso em 08/10/2015 Faculdade de Ciéncia e tecnologias-departamento de educagao-(UNESP) Presidente Prudente Webartigos.com>mobileartigos MEC — Ministério da Educagao e do Desporto. 1997. Revista Verso e Reverso. P. 18-22 Método de alfabetizacao, perspectivas histéricas @ desafios atuais educacdo (UFSM)v32-p.21- 40,2007 MORTATTI MAL. Rio de Janeiro papelaria Americana editora 1986. E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizacéo. © Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - patinga- MG © (21) 3822-2194 - (21) 9 7239-8505 Q Fasouza diretoriatacuidadesouza.combr

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