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FaSouza "TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO ALFABETIZACAO E LETRAMENTO Disciplina: Alfabetizar e Letrar Modalidade de Curso Capacitagao Profissional E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizagao. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.comibr | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 1 de 10 O QUE FAZER PARA ALFABETIZAR LETRANDO? Apesar de termos vivido um amplo debate, nas duas ultimas décadas, sobre 0 ensino e a aprendizagem da lingua escrita, observamos que, em muitas escolas piblicas e particulares de nosso pais, ainda se continua praticando um ensino de alfabetizagao limitado a cartilhas e “métodos”. Tal como apontaram Moura e Morais (2001), mesmo trazendo para a sala de aula textos de circulagdo social (noticias, letras de misicas, textos literarios, etc.), muitos professores de EJA continuam praticando um ensino do sistema de escrita baseado no tradicional “método silabico” de alfabetizacdo. Muitas vezes, cria-se uma evidente contradicao: leem-se e escrevem-se textos interessantes, mas o ensino da escrita alfabética nao muda. Os professores desejam que o aluno seja “sujeito” de sua aprendizagem, que ele aprenda refletindo e construindo sua compreensdo, mas propéem, no dia-a-dia, tarefas essencialmente mecanicas, como a cépia e jungao de silabas. Se observarmos 0 que a maioria das atuais propostas curriculares prescrevem como orientagao geral para o ensino de alfabetizacéo em nosso pats, constataremos que, apesar de pequenas variacées, aqueles documentos comungam quanto a uma concepeao geral sobre a aquisigao da leltura e da escrita. Como veremos adiante, estas so vistas numa perspectiva de letramento, em que se distinguem os conhecimentos relativos A aprendizagem da escrita alfabética daqueles ligados ao uso e a produgao da linguagem que se escreve. Na pratica das salas de aula, muitos de nés continua enfrentando com dificuldade esta equagdo: como praticar uma alfabetizacéo na perspectiva de letramento sem tratar equivocadamente a escrita alfabética como um “cédigo”, tal como fazem os métodos sildbicos das velhas cartilhas? Como conciliar o aprendizado dos diferentes géneros textuais escritos com a efetiva apropriago da escrita alfabética? As consideragdes que faremos nas segdes seguintes visam a propor alternativas para quem se coloca tais questées. E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO FORMAR CIDADAOS LETRADOS: AJUDAR O APRENDIZ A APROPRIAR-SE DOS USOS, DAS FINALIDADES E DAS CARACTERISTICAS DOS TEXTOS ESCRITOS Pagina 2 de 10 Considerando 0 que discutimos até agora, podemos afirmar que as atuais concepgdes de /etramento e alfabetizagao se distanciam muito do que entendiamos, até bem pouco tempo, sobre o que significava “estar alfabetizado”. Sabemos hoje que 0 efetivo exercicio da leitura e da escrita pressupée muito mais que ser capaz de ler @ escrever um bilhete simples, critério usado por érgaos oficials para fazer censos educacionais até os anos 1970. Entendemos hoje que 0 dominio da escrita alfabética 6 um conhecimento necessario para que alguém seja, de fato, cidadao letrado. Mas temos clareza de que aquele conhecimento néo dé conta do aprendizado dos diferentes géneros textuais e de suas fungdes e seus usos no cotidiano. Ante essas constatagdes, sabemos que a conquista de um nivel minimo de letramento pressupée oportunidades de uso, reflexéo e dominio das propriedades dos diferentes textos que circulam socialmente. Isso exige uma escolarizagaéo que no se esgota em um ano letivo. A grande questao é: como ajudar o aprendiz a apropriar-se da linguagem que se usa ao escrever e dos usos e das finalidades da lingua escrita? A condico de sujeito letrado se constréi nas experiéncias culturais com préticas de leitura e escrita que os individuos tém oportunidade de viver, mesmo antes de comegar sua educac&o formal. Sabemos que criangas que vive em ambientes letrados nao s6 se motivam precocemente para ler e escrever, mas comegam, desde cedo, a poder refletir sobre as caracteristicas dos diferentes textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e suas finalidades. Disso deriva uma implicagaéo pedagdgica fundamental: para reduzir as diferencas sociais, a escola precisa assegurar a todos os alunos — diariamente — a vivéncia de praticas reais de leitura e produgao de textos diversificados. E expressamente proibida a reprodug&o total ou parcial, sem autorizac&o. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 3 de 10 Se a expresso “praticas” ja foi usada muitas vezes neste texto, isso nao foi aleatorio. Democratizar 0 acesso ao mundo letrado nao significa encher a sala de aula de recortes de jornal, rétulos, embalagens, cartazes publicitarios e colocar livros numa estante. Pressupée, isto sim, que 0 aprendiz possa vivenciar, no cotidiano escolar, situagdes em que textos so lidos e escritos porque atendem a uma determinada finalidade. Essa pode ser a busca de puro prazer, a busca de informacao para alcancar uma meta, a necessidade de registrar algo que no pode ser esquecido, etc. Mas trata-se de ler e produzir textos! Nada de usar a apresentacao de textos como pretexto para memorizar letras ou silabas soltas. Temos hoje, em diversos paises, estudos comprovando que alunos que, desde cedo, escutam histérias através da leitura do professor ou de outra pessoa alfabetizada (quando ainda nao dominaram o sistema de escrita alfabética) adquirem um conhecimento sobre a linguagem que se escreve e sobre os usos dos diferentes géneros textuais, antes mesmo de estarem alfabetizados (TEBEROSKY, 1995). E esse conhecimento que a escola precisa promover e que muitos ainda nao priorizam, porque, queiram ou nao, continuam reduzindo a nogao de alfabetizagao ao aprendizado do sistema de escrita alfabética. Click e Assista (Letramento Partelll) E expressamente proibida a reprodug&o total ou parcial, sem autorizac&o. © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 4 de 10 AJUDAR O APRENDIZ A APROPRIAR-SE DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABETICA Ante a perspectiva de que é preciso expor 0 aprendiz ao mundo dos textos, alguns educadores (e pesquisadores!) passaram, infelizmente, a achar que os alunos se alfabetizariam “espontaneamente”, sem uma ajuda sistematica para se apropriar do sistema alfabético. Se esse “alfabetizar-se sem ser ensinado” ocorre com alguns poucos individuos, obviamente nao caracteriza a trajetoria da maioria dos alunos, independentemente do grupo sociocultural em que nasceram. Julgamos essencial, consequentemente, aproveitar as oportunidades para fornecer, desde cedo, uma ajuda sistematica que propicie ao aprendiz interagir com a lingua numa perspectiva reflexiva. As pesquisas da psicogénese da escrita (FERREIRO; TEBEROSKY, 1985; FERREIRO, 1985) j4 demonstraram que as “habilidades psicomotoras perceptivas” (coordenagao motora, discriminagées auditiva e visual, etc.) ttm um papel secundadrio no aprendizado do sistema de escrita alfabética. Se afirmamos que ler néo € decodificar, é porque a escrita alfabética no é um cédigo, mas um sistema notacional. Qualquer aprendiz de uma escrita alfabética, crianga ou adulto, para aprender as convengées daquele sistema (ai incluidas as relacées letra-som), precisara dar conta de uma tarefa conceitual: compreender como o sistema funciona (FERREIRO, ibidem). Isso pressupée desvendar dois enigmas basicos: descobrir 0 que a escrita nota (ou “representa’) descobrir como a escrita cria essas notagées (ou “representagées”). Para chegar a compreender que que a escrita alfabética nota no papel sao os sons das partes orais das palavras e que 0 faz considerando segmentos sonoros menores que a silaba, 0 individuo normal, necessariamente, precisaré desenvolver suas habilidades de andlise fonolégica. Para aprender como o alfabeto funciona, nao basta conviver com textos. E preciso olhar para o interior deles, 6 preciso dissecar as palavras que os constituem. Dito de forma mais precisa, 6 preciso exercer uma reflexéo metalinguistica, em especial aquela modalidade que observa os segmentos E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina S de 10 sonoros das palavras. Indmeras pesquisas feitas com alunos falantes de diferentes linguas mostram que existe uma estreita relagao entre o aprendizado da escrita alfabética e © desenvolvimento de habilidades de andlise fonolégica (CORREA, 2001). Defendemos, assim, que, em lugar de esperar que os alunos desenvolvam sozinhos aquelas habilidades, cabe a escola, desde a educacdo infantil, alimentar a reflexdo sobre as palavras, observando, por exemplo, que existem palavras maiores que outras, que algumas palavras rimam, que certas palavras tém “pedagos” iniciais parecidos, que aqueles pedacos parecidos se escrevem muitas vezes com as mesmas letras, etc. Nao se trata de isolar fonemas para que os alunos memorizem os grafemas eles correspondentes em nossa lingua. Como o aprendizado do sistema de escrita alfabética 6, sobretudo, conceitual, 0 que 6 necessério 6 que os alunos possam manipular/montar/desmontar palavras, observando suas propriedades: quantidade e ordem de letras, letras que se repetem, letras que nunca aparecem em determinada posic¢ao, pedacos de palavras que se repetem e que, coincidentemente, tsm som idéntico. Nao vemos razdo para que o aprendiz tenha de viver essa tarefa de “reconstrugao” solitariamente, sem que estimulemos o desenvolvimento de suas habilidades de reflexao sobre as relacdes entre partes faladas e partes escritas, no interior das palavras. Nessa perspectiva, questées como 0 uso de palavras estdveis (como os nomes proprios) e de certos tipos de letra (como as maiusculas de imprensa) no so modismos, mas tém uma explicagéo. Quanto as palavras que se tomam “estaveis", 0 fato de o aluno ter memorizado sua configuragao permite-lhe refletir sobre as relacdes parte-todo, tentando decifrar o enigma daquelas relagdes: por que a palavra comega com tal letra e continua com aquelas outras naquela ordem? Por que eu falo tantos pedagos (silabas) e tem mais letras quando eu escrevo? Quanto ao uso de letras maitisculas de imprensa, 0 fato de terem um tragado mais simplificado — e de cada letra aparecer separada das demais — permite ao E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 6 de 10 aprendiz investir no trabalho cognitivo, na reflexdo necessaria a reconstrugéo do objeto de conhecimento (0 sistema alfabético) com o qual se defronta. Seu Aguinaldo, alfabetizando do programa de EJA a que nos referimos anteriormente, no inicio das aulas escrevia com letras de imprensa. Quando Ihe pedimos que escrevesse as palavras livro e caderno, produziu as seguintes grafias LV e FAD. Solicitado a lé-las, estabeleceu as seguintes correspondéncias: L("li”) V¢‘vro") e F(‘ca") A(‘der’) D(‘no”). Também escreveu e leu a palavra lapiseira: L(‘la") Z(’pi’) A(‘seira”). Vemos, portanto, que Seu Aguinaldo indica ja ter uma concep¢ao silébica de escrita e conhecer muitas letras, valendo-se, inclusive, de um conhecimento do valor sonoro convencional delas. Esses conhecimentos que ele mobilizava nao eram algo isolado. Tinham a ver com sua jé bastante desenvolvida capacidade de refletir sobre os segmentos sonoros das palavras. Assim, quando the pedimos que pensasse em palavras maiores que barco e ponte, disse-nos car-ca-¢a e pin-gue-la, respectivamente. Mas ficou “embatucado” quando Ihe pedimos que dissesse uma palavra maior que a palavra mar. “Tem nao. Essa eu nao sei nao”, foi sua resposta. Nesse processo de reconstrugao, em algum momento (variavel de individuo para individuo), cada aprendiz vai comegar a querer entender “por que pedacos que eu falo igual tendem a ser escritos com as mesmas letras”. Interpretamos que esse “estalo’, tal como o denominam muitos professores, esta relacionado a chegada as etapas mais avancadas (sildbica, sildbico-alfabética, alfabética) que Ferreiro e Teberosky (1985) identificaram como “fonetizagao da escrita”. No caso de muitos jovens e adultos da EJA, as experiéncias de escolarizacao prévias fazem com que jd tenham desenvolvido, por exemplo, uma hipétese silabica de escrita e usem os nomes e sons das letras para refletir sobre as palavras que lem e tentam escrever. Mas, tal como as criangas, eles precisam viver na sala de aula situagées de retlexdo explicita sobre as palavras, que Ihes permitam responder a duas grandes questées ou enigmas envolvidos no objeto de conhecimento que 6 o sistema de escrita alfabética. Estamos nos referindo as j4 E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & (29 38222194 (29 97298-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 7 de 10 mencionadas questdes “O que é que a escrita nota (ou representa)?” e “Como a escrita cria essas notagées (ou representagées)?”. Se a escrita alfabética 6 uma invengao cultural, inspirando-nos em Vygotsky, vemos como muito saudavel que os membros mais experientes da cultura — especialmente os professores — ajudem os aprendizes a _prestar atengdo/analisar/refletir sobre os pedagos sonoros e escritos das palavras. \sso, obviamente, nao teria nada a ver com usar métodos fénicos ou com treinar a “produgao de fonemas” num mundo sem textos e sem praticas de leitura. LETRAMENTO, REVENDO CONCEITOS Letramento é 0 resultado da aco de ensinar a ler e escrever. E 0 estado ou a condi¢ao que adquire um grupo social ou um individuo como conseqiiéncia de ter- se apropriado da escrita, Surge, entéo, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato”, e que agora passa a caracterizar 0 individuo que domina a leitura, ou seja, que ndo s6 sabe ler e escrever (atributo daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e freqiiente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliagao do sentido de alfabetizagao. O nivel de letramento é determinado pela variedade de géneros de textos escritos que a crianga ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a crianga que vive em um ambiente em que se léem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinarias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns Iéem para os outros em voz alta, |éem para a crianga enriquecendo com gestos ¢ ilustragdes), 0 nivel de letramento sera superior a0 de uma crianga cujos pais nao sao alfabetizados, nem outras pessoas de seu convivio cotidiano Ihe favorecam este contato com 0 mundo /etrado. E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 8 de 10 Estudiosos afirmam que s&o muitos os fatores que interferem na aprendizagem da lingua escrita, porém estudos recentes incluem entre estes fatores © nivel de letramento. Paulo Freire afirma que "na verdade, 0 dominio sobre os signos lingiisticos escritos, mesmo pela crianga que se alfabetiza, pressupde uma experiéncia social que 0 precede — a da 'leitura' do mundo, que aqui chamamos de letramento.” CONSIDERAGOES IMPORTANTES Como j4 declaramos em outras ocasiées, cremos que o aprendizado da linguagem que se usa ao escrever e o aprendizado da escrita alfabética sao dois subdominios de conhecimento que tém suas especificidades e propriedades. Considerar tais especificidades nos alerta para nao apostar num ensino “espontaneista", que deixe ao aluno a tarefa de superar os obstaculos epistemolégicos que ele, necessariamente, viveré. Ao mesmo tempo, esses dois subdominios de conhecimento se entrelagam quando a leitura e a escrita séo praticadas no mundo real. Se assim se dé, ambos precisam ser vividos conjuntamente, desde 0 inicio da escolarizacao, desde a Educagao Infantil. Entendemos que, nas etapas iniciais, a escola tem obrigagao de ajudar 0 aprendiz a se apropriar da escrita alfabética e automatizar seu uso. Defendemos que, ao assumirmos essa tarefa particular, nao deixemos o aluno viver sozinho seus esforgos para entender “por que coisas que se falam de forma parecida tendem a ‘ser escritas de modo parecido”. Muito pelo contrario, nao vemos nenhum mal em ajudé-lo a pensar nos sons das palavras, a fim de desvendar esse enigma. Para fazé-lo, podemos inclusive refletir sobre palavras extraidas de textos lidos (além de outras que jé sao significativas para os aprendizes). Se existe a necessidade de, a cada dia, parar para “trabalhar com palavras’, refletir sobre elas, monta-las e desmonta-las, noutros momentos, também, a cada dia, precisamos praticar a leitura e a escrita dos textos reais. Nesses momentos, ainda que nao saibam ler sozinhos e convencionalmente, os aprendizes poderao ir se apropriando de estratégias de E expressamente proibida a reproduco total ou parcial, sem autorizaco © Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatings- MG & can 26z2 204-29 9 7229.8808 Q Fasouza & diretoria@faculdadesouza.com br | FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 9 de 10 leitura (como as estratégias de antecipacao, de checagem de hipéteses, de comparagao, etc.) usadas por um cidadao letrado. Explorando e produzindo textos (notados pela professora ou por outra pessoa jé “alfabetizada"), nossos aprendizes estaréo desenvolvendo conhecimentos sobre a linguagem que se usa em cada um dos textos que circulam numa sociedade letrada e sobre as finalidades a que se prestam. E claro que, também no que se refere ao ensino de lingua, a tarefa didatico-pedagégica do professor tornou-se mais complexa nas duas tltimas décadas. Com base nas evidéncias de estudos e pesquisas hoje disponiveis, “alfabetizar letrando” requer: (a) democratizar a vivéncia de praticas de uso da leitura e da escrita; (b) ajudar o aluno a, ativamente, reconstruir essa invengao social que é aescrita alfabética. Pensamos que essa complexidade da tarefa de ensino tem uma raz4o mais profunda. Ela implica a subversao de um modo, muito enraizado nas instituigses educativas, de excluir a maioria da populacéo do acesso a bens e praticas simbélicas ligadas a escrita, que, historicamente, se tornaram propriedade de pouces. Trata-se, agora, de garantir que as praticas escolares auxiliem o aluno a “pensar enquanto aprende o bé-d-ba” e a descobrir os ganhos e prazeres que se pode experimentar quando 0 aprendizado do sistema de escrita é vivido como um meio para, autonomamente, exercer a leitura e a escrita dos cidadaos letrados. REFERENCIAS Cartas a Guiné-Bissau: Registros de uma experiéncia em processo. 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