ICET/UFMT CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Objetivos da aula: Alguns custos são facilmente identificáveis aos produtos, outros são comuns a vários produtos. Alguns acompanham o volume de produção ou vendas, outros nada têm a ver com o volume de produção e vendas. O objetivo desta aula é caracterizar todos os custos para melhor identificar os produtos, mercadorias ou serviços, apresentando exemplos práticos que facilitarão classificá- los. 1. Custos Diretos
São os gastos necessários à produção,
facilmente identificáveis no produto e mensuráveis em cada unidade do produto. Exemplos: 1)Em uma fábrica de móveis, a madeira é um material essencial para a produção e pode-se medir quanto será utilizado de madeira para fabricar cada peça, portanto os gastos com esse produto utilizado na fabricação de móveis é um custo direto.
2)Em uma fábrica de automóveis, alguns materiais são
essenciais para sua fabricação, como o aço, os pneus, bancos etc. e são facilmente identificáveis em cada veículo produzido, podendo seus gastos ser medidos em cada veículo, portanto são custos diretos do veículo produzido. CUSTOS DE PRODUÇÃO
São gastos necessários à produção, mas nem sempre
podem ser identificados e mensurados em cada unidade do produto. Para se chegar ao custo de produção, é necessário fazer um rateio desses custos para determinar o quanto cabe a cada produto. Exemplos: 1) Para produzir os móveis, a fábrica precisa de máquinas. Essas máquinas sofrem um desgaste com o tempo (depreciação) e precisam de manutenção, mas você não vê, no produto, depreciação nem gastos com manutenção, e nem sequer pode medir quanto há de depreciação em cada unidade produzida, portanto os gastos com depreciação e manutenção são custos indiretos.
2) O mesmo acontece com a indústria automobilística. Existem gastos
com a supervisão da fábrica, com a supervisão das linhas de produção, mas não conseguimos identificar gastos com supervisão em um automóvel qualquer. Esses gastos são rateados à produção dos automóveis para se chegar ao custo final do produto, portanto são custos indiretos de fabricação. 3. Custos Variáveis
São gastos necessários à produção e
diretamente variáveis com o volume de produção. Quanto maior ela for, maior será o custo. Os custos diretos são sempre variáveis, mas nem todo custo variável é direto. Exemplos: 1)Na fábrica de móveis, a madeira é uma matéria-prima para
a produção e é um custo direto, pois, quanto maior for minha
produção de móveis, maior será o custo com madeiras.
2)Na indústria automobilística, o aço utilizado na produção de
veículos é um custo variável, pois, quanto mais unidades de
automóveis forem produzidas, mais aço será consumido em
sua produção. 4. Custos Fixos
São gastos necessários à produção de bens ou
serviços e passíveis de mudança de valor, mas não acompanham o volume de produção, por isso são considerados fixos em relação ao volume. Exemplos: 1) Se a fábrica de móveis estiver funcionando em um galpão alugado, o gasto com aluguel do galpão é um custo fixo, pois é necessário para que se possam produzir os móveis, mas independe do volume que se produza nesse galpão. Logicamente, o aluguel pode mudar de valor em decorrência de um reajuste contratual, mas continua sendo um custo fixo.
2) Os salários dos supervisores da fábrica são gastos
necessários à produção, mas também são fixos, pois independem do volume de produção da fábrica. 5. Despesas fixas e variáveis Despesas variáveis são gastos necessários para colocar os produtos e serviços no mercado e acompanham determinado volume. Exemplo: Os gastos com comissões de vendedores são despesas variáveis, pois são necessárias para colocar o produto no mercado e acompanham o volume de vendas. Despesas Fixas são gastos necessários para colocar os produtos e serviços no mercado, mas não estão relacionados a nenhum volume. Exemplo: Os gastos com administração de vendas são necessários para controlar as vendas, o faturamento, mas são gastos fixos, não acompanham o volume de vendas. 6. Custos de produção Matéria-prima; Mão-de-obra direta; Custos Indiretos de Fabricação – C.I.F 7. Custo da Produção Acabada Custo de Produção (+) Estoque Inicial de produtos em elaboração (-) Estoque final de Produtos em elaboração 8. Custo da Produção Vendida
Custo da Produção Acabada
(+) Estoque Inicial de produtos acabados (-) Estoque Final de produtos acabados O valor da produção agropecuária do Brasil em 2008, composto por 71 produtos, foi estimado em R$239,8 bilhões, com 38,1% oriundos de produtos de origem animal, 34,0% de grãos, 7,3% de frutas e 20,6% de outros produtos. A UF de maior valor da produção em 2008 foi o Estado do Paraná, com R$30,7 bilhões e participação de 12,8% do VPA do Brasil. Seguiram- se na segunda, terceira e quarta colocações os Estados de São Paulo (com 12,7% do valor), Minas Gerais (com 12,2%) e Rio Grande do Sul (com 11,4%), respectivamente. Cabe lembrar que normalmente ocorre certa rotatividade entre as posições principais ocupadas pelas diferentes Unidades da Federação por conta da conjuntura. Por exemplo, no ano analisado (2008), a soja estava com preços bastante remuneradores, ao contrário dos preços da cana-de-açúcar, o que explica a ascendência do Paraná ao primeiro posto em termos de valor da produção em detrimento de São Paulo, que ocupara esta posição no ano agrícola precedente. A oferta de crédito rural nesta safra é de R$ 107,5 bilhões – o que representa um aumento de 37% em relação à safra anterior. Para a agricultura comercial o valor é de R$ 92,5 bilhões e para a agricultura familiar, R$15 bilhões. Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio
O Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio
(Produsa) visa estimular a recuperação de áreas destinadas à produção agropecuária mas que, embora ainda sejam produtivas, oferecem desempenho abaixo da média devido à deterioração física ou de fertilidade do solo. Além de reinserir essas áreas degradadas no processo produtivo, o programa também estimula a adoção de sistemas sustentáveis, como o Integração Lavoura Pecuária Silvicultura (ILPS) e Orgânico, em consonância com a legislação ambiental, diminuindo a pressão por desmatamento em novas áreas. O Produsa se estrutura em quatro eixos fundamentais: Implantação de sistemas produtivos sustentáveis, priorizando a recuperação de áreas e pastagens degradadas; Adoção de medidas que visam o melhor uso do solo, a geração de energia limpa e renovável e o aproveitamento de resíduos vegetais; Incentivo para o produtor rural se ajustar à legislação ambiental vigente; Apoio à implementação de sistemas orgânicos de produção agropecuária e de Integração Lavoura Pecuária Silvicultura (ILPS). Na safra 2009/2010 o Produsa disporá de R$ 1,5 bilhão, originário do Sistema BNDES. Para a safra 2009/2010 o Produsa conta com alterações que ampliam benefícios ao produtor, como a inclusão de serviços de agricultura de precisão prestados por empresas especializadas como item financiável. Preços mínimos Entre os principais produtos amparados pela PGPM, foram reajustados os preços da mandioca e seus derivados, do milho, do milho de pipoca, da soja, do arroz longo, do algodão em caroço, do caroço de algodão, do leite e do sorgo. Esses reajustes variam entre 5,68% e 34,37%. PREÇOS AGROPECUÁRIOS: índices acumulados do ano de 2009 e variação dos preços médios mensais em 2008 e 2009 A grande elevação dos preços da cana-de-açúcar durante o ano de 2009 propiciou significativo ganho de renda para o setor. Neste caso, os elevados preços de álcool e açúcar ao consumidor foram instrumentos de transferência de renda da cidade para o setor sucroalcooleiro. Outras cadeias que contribuíram para a elevação dos índices de preços não tiveram os mesmos ganhos de renda. Por outro lado, a forte redução de preços de produtos componentes da cesta básica (como arroz, feijão, carne bovina, carne suína e ovos) atuou no sentido de reduzir índices inflacionários e aumentar o poder de compra da população. Preço estimado da saca: R$ 17,00