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1.

A importância da Argumentação
2. A importância da Argumentação
o A argumentação é fundamental em todas as áreas da actividade humana onde não
possa ser estabelecida uma verdade racionalmente demonstrada.
o Fora do campo da lógica, da matemática e de alguns campos das ciências exactas,
as verdades devem assentar na produção de provas sustentadas em observações da realidade e
em conjecturas racionais, assentes em premissas razoáveis e consensualmente aceites com base
numa discussão séria, livre e aberta .
o A argumentação exclui o uso da força e pressupõe que os interlocutores estejam
sempre em pé de igualdade e possam fazer um uso livre e autónomo da sua razão, em todas as
circunstâncias.
3. Argumentos que fundam a estrutura do real
o São argumentos que se referem ao que torna possível a realidade, têm, para
usarmos uma terminologia filosófica, uma dimensão metafísica ou ontológica.
o São argumentos explicativos (que apresentam as causas, as razões, os porquês,
dos fenómenos problemáticos que estão em discussão.
o Este tipo de argumento assume uma importância fundamental na argumentação
filosófica (e na argumentação científica, embora no caso desta os argumentos “metafísicos” tendam
a dar lugar a argumentos de carácter metodológico, pois em ciência o método científico é o principal
meio de prova).
4. A argumentação (legítima) deve ser coerente, ou seja, não pode violar os princípios lógicos da
razão, nem usar argumentos falaciosos. E os argumentos que podem ser utilizados como
instrumentos retórico-argumentativos, são de três tipos:
o Argumentos quase-lógicos. Assentam em questões do tipo: o que pode ser
pensado? É coerente afirmar isto? É logicamente aceitável sustentar esta tese?
o Argumentos sobre a estrutura do real. Assentam em questões do tipo: como funciona
a realidade? O que é que caracteriza um determinado fenómeno? O que é que acontece quando
tomamos esta ou aquela decisão?
o Argumentos que fundam a estrutura do real. Assentam em questões do tipo: Porque
é que a realidade funciona desta forma? Porque é que não podemos tomar uma determinada
decisão? Porque é que uma decisão é boa/ ou má?
5. Argumentos quase-lógicos
o Estão ligados ao domínio do pensável, do que pode ser pensado e do que deve ser
pensado.
o Correspondem ao uso dos instrumentos que lógica desenvolve no âmbito da sua
busca do rigor e da validade do pensamento racional.
o Normalmente estes argumentos são usados para garantir a coerência e a clareza do
discurso, tendo um estatuto instrumental, uma vez que numa argumentação racional os factos têm
um estatuto probatório que os eleva acima das conjecturas e das hipóteses não testadas.
6. Argumentos sobre a estrutura do real
o Trata-se de argumentos que têm uma radicação ontológica: referem-se ao que
existe, ao que é real e ao que não é admissível como fazendo parte da realidade.
o São argumentos que se referem à forma como a realidade se comporta e assentam
na descrição de factos.
o Há que partir do princípio que o real é o que é admitido pelo auditório como
existente.
o Há auditórios que consideram reais entidades que são irreais para outros auditórios:
para um auditório de pessoas crentes o demónio pode ser real, enquanto que para um auditório de
advogados, isso já não é verdade. Por isso o orador, num discurso persuasivo, deve referir-se à
realidade tal como esta é vista pelo auditório.
o Normalmente este tipo de argumento assenta num consenso entre os diversos
interlocutores, ou entre o orador e o auditório.
7. Exemplos Tomando a pena de morte como exemplo:
o Argumentos quase-lógicos:
o i. A pena de morte é contraditória com a intenção de querer prevenir a violência, uma
vez que matar é sempre um acto violento.
o ii. A execução de um condenado à morte não é equivalente a um assassínio, uma
vez que as circunstâncias diferem: no caso do assassínio há a prática de um crime, no caso da
execução há a reparação dessa prática.
8. Exemplos
o Argumentos sobre a estrutura do real:
o i. A pena de morte leva à destruição da vida do condenado, logo é uma violação da
Declaração Universal dos Direitos do Homem,
o ii. Há crimes que destroem vidas humanas, logo os seus autores devem ser
castigados tendo em conta a natureza dos seus crimes.
9. Exemplos
o Argumentos que fundam a estrutura do real:
o Muitos crimes violentos são uma resposta à exclusão social, à discriminação racial, e
à forma desumana com que os seus autores foram tratados, pelo que condená-los à morte é
continuar o processo de exclusão social.
o A vida é um dom divino, pelo que quem a destrói perde o seu próprio direito à vida,
sendo lícito pagar uma vida com uma vida.

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