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Resumo:
Marechal de Campo
General
Formado em Direito
1º Administrador do Morgado da Fonte Nova
2º Morgado de Fonte Nova
Fidalgo Cavaleiro da Casa Real
Fidalgo da Cota d'Armas
Comendador em África na Ordem de Cristo
Cavaleiro professo na Ordem de Cristo
Comendador das Ordens de N.Srª da Conceição
Cavaleiro da Tôrre-e-Espada.
Distinguiu-se nas campanhas da Guerra Peninsular.
Deputado nas Cortes Constituintes de 1821-1823 pela Bahia
Vice-presidente da Câmara dos Deputados da Assembleia Constituinte em 1822
Maçon
Poeta
Nasceu em Cachoeira, Bahia em 30 de Junho de 1771.
Tomou então parte activa no movimento patriótico que expulsou o invasor, distinguindo-se
em várias acções em 1809, nomeadamente na defesa da vila de Arouca, onde ao fim de 9
dias de luta o invasor françês abandonou o cerco, na defesa de Amarante e batalha de
Valverde onde á frente dos seus Dragões de cavalaria, carregou e levou de vencida um
regimento de lanceiros inimigo, sofrendo ferimentos.
Em 1812, embarcou para o Rio de Janeiro onde assumiu como Coronel o comando do 1º
Regimento de Cavalaria.
Em 1817, quando de uma viagem de barco do Rio de Janeiro para a Bahia com toda a
família, o navio naufraga e embora a família se salve, perderam todos os bens que
transportavam.
Três facções se digladiavam na Bahia: Por um lado os "Praistas" extremistas, apoiados pela
classe comerciante abastada da cidade baixa e militares de origem Portuguesa vindos do
continente, que queriam a manutenção da situação colonial com hegemonia dos
Portugueses sobre os Brasileiros; Os "Independentistas" fanáticos, apoiados por Brasileiros
de ascendência europeia e pela população negra e mestiça, defensores a uma independência
a todo o custo; Finalmente um grupo moderado de Brasileiros de origem Portuguesa e
Portugueses radicados há longo tempo no Brasil, a maioria, defendendo a constituição de
um "Reino Unido" em situação de igualdade de direitos entre as duas Nações. Luís Paulino
e família sempre defenderam esta posição.
As cartas que entretanto foi recebendo da mulher e filhos que ficaram na Bahia dão-lhe
noticias alarmantes: Os seus inimigos políticos põem em causa a sua reputação e honra; Os
'praistas' influenciando Madeira, o Governador de Armas Português da Bahia, levaram-no a
imobilizar a Junta Governativa Civil e a perseguir todos os oponentes e população em
geral, levando primeiro a autênticas chacinas e mais tarde a uma guerra aberta entre as
tropas Portuguesas e a população em armas suportada pelos Independentistas, situação que
Luis Paulino previra e que o levara a opor-se no Congresso, à nomeação de Madeira para o
cargo.
Durante uma sessão plenária do Congresso Constituinte em 1822, Luís Paulino votou com
a maioria a favor de moção hostil ao Brasil. O deputado Cypriano José Barata de Almeida
também da Bahia, independentista fanático de tendências republicanas, que durante a
sessão se conservara mudo, sai do Plenário, e num dos corredores encontra Luís Paulino e
impelido pela revolta do seu patriotismo, pelo seu inconformismo, pelo imprudente e
excessivo arrebatamento, tira satisfações com Luis Paulino. Trocam injúrias e resolvem
defrontar-se por meio das armas. No alto da escada, de repente, Cypriano Barata agride
física e inopinadamente Luis Paulino, e com ímpeto empurra-o pela escada abaixo. Desta
queda resultou fractura de costelas e uma contusão pulmonar, origem provável da
tuberculose de que viria a morrer 2 anos depois.
Durante a Guerra da Independência que se seguiu após 1822, a família de Luiz Paulino
dividiu-se na luta, uns pelo Brasil, outros em favor de Portugal.
Em Agosto de 1823, já doente, volta à Bahia vindo de Portugal com directrizes do Rei para
que as tropas Portuguesas abandonassem a luta e negociassem um armistício.
Entretanto Madeira e suas tropas tinham sido obrigados a retirar da Bahia que foi ocupada
pelas tropas e apoiantes Independentistas. Paulino é muito mal recebido e obrigado a
embarcar, sendo enviado para o Rio de Janeiro, onde, já agonizante, permanece até Janeiro
de 1824 à ordem do Congresso Brasileiro, que lhe dá ordem de expulsão.
Era muito ambicioso e tinha um apurado senso de grandeza, não se coibindo a despesas que
dissessem respeito á pompa da sua representação. Além disso, o seu sentido de patriotismo,
dispunha-o a gastar sem medida desde que se tratasse do nome de Portugal.
Cultivou a poesia de que se publicaram algumas no 'Jornal de Coimbra', no 'Parnaso
Brasileiro' e na 'Miscelânea Poética' do Rio de Janeiro.
A sua poesia mais conhecida foi um soneto que escreveu horas antes de morrer, em pleno
Oceano Atlântico de regresso a Portugal, despedindo-se dos familiares e amigos: