LA POESÍA ROMÁNTICA

EN DIEZ TEXTOS
M A R Í A S O R I A NO GARCÍA

PRO PÓ S I T O D E L A A N T O L O G Í A

E l propósito de esta breve antología (diseñada para su utilización en los niveles de

.º de ESO, .º de Bachillerato y Literatura universal ) es ofrecer una selección de
poemas de extensión media o breve, susceptibles por tanto de ser analizados en clase,
que recorren los temas y motivos fundamentales de la poesía romántica tal y como
éstos suelen ser expuestos en los libros de texto. Se han elegido no sólo autores repre-
sentativos y fácilmente accesibles, sino también otros menos conocidos —españoles
y extranjeros— que creemos ayudan a dibujar un completo y práctico panorama te-
mático del Romanticismo. Para su aprovechamiento en el aula, cada poema incluye un
glosario, un sucinto «contexto» explicativo y un cuestionario con el que puede traba-
jarse la comprensión del contenido. A la antología se ha añadido, a modo de apéndice
final, una guía-solucionario con notas y sugerencias útiles para el profesor.

R E PE RT O R I O D E T E M A S

La antología se ha organizado de acuerdo con el siguiente repertorio de temas, fáciles

de ubicar en cualquier presentación teórica del Romanticismo:

 . S U B J E T I V I S M O, FA N TA S Í A , I R R ACIONALIDAD
 . . « L l eva n d o el co r a z ó n en l a ca b eza»
 . . « H ay o tr o s mu n d o s »
 . A N S I A S D E L I B E RTA D
 . . C o n tr a l a i n j u s ti ci a s o ci a l
 . . Re b el d es y m a l d i to s
 . . L i b er ta d e h i s to r i a n a ci o n a l
 . P E S I MI S M O, I N S AT I S FAC C I Ó N, HASTÍO
 . N AT U R A L E Z A Y M U E RT E
 . . F u r i a y te m p es ta d
 . . « L a p o d r ed u m b r e h u m a n a »
 . D E L A T R I S T E Z A A L A M E L A N C OLÍA
 . . « H a b er l l o r a d o a l g u n a s veces »
 . . E l p a r a í s o p er d i d o


 P E R A B BAT

 . SUBJETIVISMO, FANTASÍA, IRRAC I O N A L I DA D

.. «LLEVANDO EL CORAZÓ N E N L A C A B E Z A »

A R A B E S C O S (f r agmento)

El siglo diez y nueve

nació cabeza abajo
y el corazón se le saltó del pecho
y, r e s b a l a n d o, l e c a y ó e n e l c r á n e o.
 Y por esta razón, sólo por ésta,
los hijos de este siglo caminamos
llevando el corazón en la cabeza.
Jo a q u í n M . ª BA R T R I N A (     )

.. «HAY OTROS MUNDOS»

FA N TA S ÍA

Conozco una tonada por la que yo daría

t o d o Ro s s i n i y M o z a r t , t o d o We b e r ;
u n a i r e m u y a n t i g u o, l á n g u i d o y f ú n e b r e
q u e s ó l o p a r a m í t i e n e e n c a n t o s s e c r e t o s.
 Cada vez que a mis oídos lleg a esta música
unos doscientos años rejuvenece mi alma...
Es tiempo de Luis , veo cómo se extiende
u n c o l i n a v e r d e q u e e l o c a s o h a c e d e o r o.
Hay también un castillo de ladrillo y de piedra,
 c o n v i d r i e r a s t e ñ i d a s d e c o l o r e s r o j i z o s,
rodeado por parques y por un ar royuelo
q u e l e b a ñ a l o s p i e s y f l u y e e n t r e l a s f l o r e s.
Y u n a d a m a e n l o s a l t o s v e n t a n a l e s,
r u b i a , c o n o j o s n e g r o s, c o n r o p a j e s a n t i g u o s,
 a l a q u e — e n o t r a v i d a , a c a s o — y a h e v i s t o a n t e s.
Y d e l a q u e m e a c u e r d o.

G é r a r d d e N E RVA L (     )
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

ARABESCOS . Joaquín M . ª BA RT R I N A

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

CONTEXTO
E l p o em a es tá es c r i t o en el ú l ti m o cu a r to d el siglo    , y a través de una curiosa ima-
g en p r eten d e d ef i n i r es e s i g l o (r o m á n ti co ) q ue está acabando.

CUESTIONES
. Parafrasea el poema.
. Si te das cuenta, el poeta quiere sugerirnos la frase «pensar con el corazón». ¿Qué
suele querer decir esta expresión? ¿Se te ocurren expresiones que signifiquen lo
contrario?

FANTASÍA . Gérard d e N E RVA L

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) R o ssi n i , M oza r t , Web er : m ú s i co s, co m p o sitores de lo que hoy llamamos «música
cl á s i ca » ; (v.  ) a i r e: a q u í s e u ti l i z a en el s en tido de «canción, tonada»; (v.  ) fúnebr e :
rel a t ivo a l o s d i f u n to s, tr i s te; (v.  ) L u i s X I I I : rey francés de la primer a mitad del siglo
.

CONTEXTO
Pa r a e n ten d er el tex to, h a d e ten er s e b i en p resente su título: Fantasía . El autor va a
d es cr i b i r n o s ex a cta m en te es o : u n a f a n ta s í a , u na ensoñación. Hasta el verso  , que no
p o r ca s u a l i d a d ter m i n a co n p u n to s s u s p en s ivos, el poema está situado en la realidad.
A p a r ti r d el ver s o  y h a s ta el f i n a l , s e n o s d escribe una escena imaginar ia. La sor presa
es tá en l o s d o s ú l ti m o s ver s o s : ¿ p u ed e u n a f antasía ser tan real como la propia reali-
d a d ? D e b es r eco r d a r q u e l o s r o m á n ti co s p en saban que el mundo no está únicamente
co m p u es to d e l o q u e p o d em o s ver, o í r y to ca r.

CUESTIONES
. Los primeros versos se refieren al motivo que desencadena la fantasía.
¿Cuál es? ¿Por qué ese motivo es caracterizado como «antiguo, lánguido
y fúnebre»? ¿Qué querrá decir el autor con los «encantos secretos»?
. Describe con tus propias palabras la escena imaginaria que recrean los versos –.
Si tuvieras que situar esa escena en algún tipo de novela o película, ¿en cuál/es
pensarías?
. No puede entenderse la figura de la «dama» sólo con lo que el autor dice
de ella: también hay que imaginar lo que no dice. ¿Cómo la imaginas tú?
. ¿Sabrías relacionar el poema con la idea de la «reencarnación»?
 P E R A B BAT

 . ANSIAS DE LIBERTAD

.. CONTRA LA INJ USTICIA S O C I A L

E L C Á N T I C O D E L E S C LAVO (fragmento)

Cautivo mísero
g i m o h u m i l l a d o.
Ni aun tristes súplicas
p u e d o e x h a l a r.
 Un amo rígido
por cualquier culpa
mi sangre y lágrimas
h a c e b r o t a r.

¡Maldición sobre el fiero homicida

 que el primero humilló a sus iguales!
¡Maldición sobre aquellos mortales
que cual dioses pretenden mandar!
¿Quién al hombre le ha dado derecho
d e v e n d e r y c o m p r a r a l o s h o m b r e s,
 y, e n t r e g a n d o a l o p r o b i o s u s n o m b r e s,
con la infamia su frente sellar?
A m o i n j u s t o, m i e s p a l d a d e s n u d a
tú con vara de hier ro g olpeas
y e n m i a m a r g a a f l i c c i ó n t e r e c r e a s,
 desoyendo mi trémula voz.
¿Cor re acaso otra sang re en mis venas?
¿Soy de especie distinta y natura?
¡ E s l a i m a g e n d e D i o s, e s s u h e c h u r a
la que ultrajas!, ¡oh dueño feroz!
[...]
 Ve d a l h o m b r e q u e l i b r e s e l l a m a
cómo eleva a los cielos la frente;
cómo el digno entusiasmo que siente
se ref leja en su voz varonil.
Al mirarle de cólera ardiendo
 y e n t r e e n v i d i a l u c h a n d o y e n o j o s,
me parece que insultan sus ojos
a mi estado abatido y ser vil.
Oig o al punto una voz que me g rita:
«Eres hombre, eres libre, eres fuer te,
 y a quien nunca temor dio la muer te,
nunca, nunca en cadenas gimió.
No hay ninguno que deba oprimir nos
a u n q u e o c u p e e l d o s e l d e l o s r e y e s.
Pa r a h a c e r n o s e s c l a v o s n o h a y l e y e s ;
 libres Dios a los hombres creó».
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

Fueg o volcánico
mi pecho inf lama;
y a n o s o y t í m i d o,
 soy un león.
D u e ñ o t i r á n i c o,
liber tad dame,
o r o m p o, ¡ o h p é r f i d o ! ,
tu corazón.

Fe r n a n d o C O R R A D I (     )

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) ex ha l a r : l a n z a r, d es p ed i r ; (v v.   –   ) o p r obio , infamia : vergüenza, deshonor, des-
cr éd i to ; (v.   ) a f l i c c i ó n: tr i s tez a ; (v.   ) t r é m u l a: que tiembla; (v.   ) natura : naturaleza;
(v.   ) u l t r a j a r : ca u s a r u n d a ñ o m o r a l , d es p r eciar; (v.   ) ser vil : per teneciente a los
si er vo s o es cl avo s ; (v.   ) d o sel : mu eb l e q u e ador na altares o sitiales; aquí vale por
«tr o n o » ; (v.   ) p é r f i d o : tr a i d o r, m a l va d o.

CONTEXTO
E l p o em a es tá en p r i m er a p er s o n a , en b o ca de un esclavo que toma conciencia de la
in j u s ti ci a q u e s u p o n e q u e h aya a m o s y s i er vo s, seres humanos de primera y de segunda
ca teg o r í a . L a s pa l a b r a s f i n a l es s o n n a d a m en os que una llamada a la rebelión. Las an-
si a s d e l i b er ta d r o m á n ti ca s er a n , en p r i m er l u g ar, ansias de liber tad social y política, y
mu ch o s es cr i to res p a r ti ci p a r o n a ctiva m en te, tomando las ar mas incluso, en la defensa
d e l o s i d ea l es d el l i b er a l i s m o p r o g r es i s ta .

CUESTIONES
. Los versos  a  constituyen el lamento de alguien humillado. ¿Por qué lo está?
. En los versos siguientes ( a ) se defiende un ideal de carácter social. ¿Cuál? ¿Qué
argumentos se utilizan para fundamentar ese ideal? Fíjate sobre todo en los versos
–: intenta explicarlos con claridad.
. En los versos  a , el esclavo describe al «hombre libre». ¿De qué manera?
¿Qué sentimientos provoca en él la contemplación de ese hombre que goza de
libertad?
. ¿De dónde crees que procede la «voz» que escucha el esclavo? ¿Qué mensaje se
desprende de las palabras que le grita esa «voz» (vv. –)?
. Los ocho versos del final contrastan con los ocho del comienzo. ¿Qué evolución se
ha producido en la forma de pensar del esclavo?
. Busca y escribe en tu cuaderno todas aquellas palabras del poema relacionadas con
el concepto de «injusticia».
 P E R A B BAT

 . ANSIAS DE LIBERTAD

.. REBELDES Y MALDITO S

E L C A N T O D E L OS PIRATAS

Con cien cautivos llevamos

fletada nuestra g alera
que en una y otra ribera
p a r a e l h a r é n r e c l u t a m o s.
 ¡ A l m a r, a l m a r ! , m a r i n e r o s ;
e n Fe z e n t r a m o s m a ñ a n a .
Somos ochenta remeros
sobre nuestra capitana.
Cabe un convento botamos
 al agua el ancla tenaz;
linda muchacha apresamos
dor mida en traidora paz;
mil fantasmas hechiceros
soñaba a la mar cercana.
 Somos ochenta remeros
sobre nuestra capitana.
— Fo r z o s o e s, n i ñ a , c a l l a r — .
Ea, ganemos el viento;
esto no es más que cambiar
 p o r u n h a r é n u n c o n v e n t o.
Os haremos mahometana
y e l s u l t á n h a d e q u e r e r o s.
Somos ochenta remeros
sobre nuestra capitana.
 H u i r d e s e s p e r a d a q u i s o.
— ¡ Y o s á i s, h i j o s d e S a t á n . . . ! —
L l o r ó , s u p l i c ó . — E s p r e c i s o,
la contestó el capitán—.
S u s c l a m o r e s l a s t i m e r o s,
 su resistencia fue vana.
Somos ochenta remeros
sobre nuestra capitana.
En su dolor parecían
sus ojos un talismán,
 mil cequíes bien valían;
la hemos vendido al sultán.
L o d e b e a m i s c o m p a ñ e r o s,
ayer monja y hoy sultana.
Somos ochenta remeros
 sobre nuestra capitana.
Víctor HUGO ()
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) f l et a r : ca r g a r u n b a r co ; (v.  ) ga l er a : em b arcación de vela y remo; (v.  ) harén : en-
tr e l o s mu s u l m a n es, co n j u n to d e mu j er es q u e viven bajo la de pendencia de un jefe de
fa m i l i a ; (v.  ) Fez: ci u d a d d e M a r r u eco s ; (v.  ) capitana : nave en la que va embarcado
el j ef e d e u n a es cu a d r a ; (v.  ) c a b e: j u n to a ; (v.   ) cequí : moneda de oro.

CONTEXTO
L a cl ave d el tex to s e en cu en tr a en l a « s i m p atía» que los protag onistas —los pira-
ta s — co n s i g u en d es p er ta r en el l ecto r : s i s e analiza objetivamente, la joven mon-
ja es tá s u f r i en d o u n a b u s o q u e en o tr a s ci rcunstancias nos resultaría intolerable.
Y s i n em b a r g o l o s p i r a ta s n o a p a r ecen co m o malvados, sino como seres libres, desca-
ra d o s. . . y o r g u l l o s o s d e s u l i b er ta d y s u d es caro.
E n el Ro m a n ti ci s m o s o n h a b i tu a l es es to s personajes que se sitúan al marg en de
la s l eyes h u m a n a s y d iv i n a s : p i r a ta s, l a d r o n es, vag amundos, donjuanes, liber tinos, etc.
A tr av és d e el l o s, el es cr i to r r o m á n ti co i n tenta expresar su deseo de liber tad indivi-
d u a l a u l tr a n z a , f r en t e a l a s r í g i d a s c o nven ci ones sociales.

CUESTIONES
. Resume en pocas líneas la historia que desarrolla el poema.
. Los versos – y – contienen frases tremendamente cínicas. ¿Qué crees que
quieren decir?
. Explica por escrito el sentido de los versos –,  y –.
. En una segunda lectura, y teniendo en cuenta la situación de la mujer en el siglo ,
el poema podría ser visto como una «liberación» de la muchacha joven. ¿Sabrías
explicar en qué sentido?
. Recoge información sobre Víctor Hugo y su obra, y elabora una breve presentación
de este escritor.
 P E R A B BAT

 . ANSIAS DE LIBERTAD

.. LIBERTAD E HISTORIA N AC I O N A L

E L BU LT O V E S T I D O D E N E G RO CAPUZ (fragmento)

El beso
Levantan en medio de patio espacioso
cadalso enlutado que causa pavor :
u n C r i s t o, d o s v e l a s, u n t a j o a s q u e r o s o
e n c i m a , y c o n e l l o s e l e j e c u t o r.
 En tor no al cadalso se ven los soldados
que fieros empuñan terrible arcabuz,
a l p a r d e l v e r d u g o, m i r a n d o a s o m b r a d o s
al bulto vestido del neg ro capuz.
— ¿ Q u é t i e m b l a s, m u c h a c h o, c o b a r d e a l i m a ñ a ?
 B i e n p u e d e s m a r c h a r t e , y p r e s t o, a m i f e.
Te f a l t a n l a s f u e r z a s, s i s o b r a l a s a ñ a .
Po r C r i s t o b e n d i t o, q u e y a l o p e n s é .
—Diez doblas pediste, sayón mercenario;
diez doblas cabales al punto te di.
 ¿ P r e t e n d e s a h o r a n e g a r m e , f a l s a r i o,
la gracia que en cambio tan sólo pedí?
— R a p a z , n o p o r c i e r t o ; c r e í q u e t e m b l a b a s.
B i e n p r e s t o a l q u e o d i a s v e r á s l e m o r i r.
Y e n e s t o c e r r o j o s s e e s c u c h a n y a l d a b a s,
 y p u e r t a s c e r r a d a s s e s i e n t e n a b r i r.
S a l i ó e l c o m u n e r o g a l l a r d o, c o n t r i t o,
oyendo al buen fraile que hablándole va.
Enfrente el cadalso miró de hito en hito;
mas no de turbarse señales dará.
 E n c i m a s u b i d o, d e h i n o j o s p o s t r a d o,
e l m á r t i r p o r t o d o s o r ó c o n f e r v o r.
D e s p u é s s o b r e e l t a j o g r o s e r o i n c l i n a d o,
« E l g o l p e d e m u e r t e » , c l a m ó c o n v a l o r.
Alzada en el aire su fiera cuchilla,
 volviéndose un tanto con ira el sayón,
al triste que en vano lidió por Castilla
prepara en la muer te cr uel g alardón.
M a s a n t e s q u e e l g o l p e d e s c a r g u e t r e m e n d o,
veloz cual pelota que lanza arcabuz,
 s e a r r o j a a l c a u t i v o « ¡ G a r c í a ! » d i c i e n d o,
el bulto vestido de neg ro capuz.
« ¡ M i B l a n c a ! » , r e s p o n d e , y u n b e s o, e l p o s t r e r o,
se dan, y en el punto la espada cayó.
Te r r o r i n v e n c i b l e s i n t i ó e l s a y ó n f i e r o
 cuando ambas cabezas cortadas miró.

Pa t r i c i o d e l a E S C O S U R A (     )
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(tí tu l o ) c a p u z : ves ti d u r a l a r g a y h o l g a d a , c o n capucha; (v.  ) cadalso : tablado que se
leva n ta b a p a r a ej ecu ta r p en a s d e mu er te; (v.  ) tajo : trozo de madera sobre el que se
co r ta b a l a ca b ez a a l o s co n d en a d o s ; (v.  ) a r c abuz : ar ma antigua de fueg o; (v.   ) saña :
en o j o, o d i o ; (v.   ) d o bl a : m o n e d a d e o r o ; (v.   ) sayón : verdug o; (v.   ) gallardo : valien-
te; (v.   ) c o n t r i t o : a r r e p en ti d o a l o s o j o s d e Dios; (v.   ) de hito en hito : con la mir ada
fi j a ; (v.   ) d e hi n o j o s : d e r o d i l l a s ; (v.   ) ga l a r d ón : premio; (v.   ) pelota: bola de plomo,
b a l a ; (v.   ) p o st r er o : ú l ti m o.

CONTEXTO
L o s r o m á n ti co s s o n mu y d a d o s a u ti l i z a r e i nter pretar en su beneficio la historia na-
ci o n a l . U n o d e l o s e p i s o d i o s h i s tó r i co s q u e contemplan con más admiración es el de
la « g u er r a d e l a s C o mu n i d a d es » (     –   ), s ublevación de varias ciudades castellanas
co n tr a l a p o l í ti ca d e C a r l o s  . S u s ca b ec i l l a s fueron duramente castig ados. En su le-
va n ta m i en to co n tr a u n a m o n a rq u í a o p r es o r a y extranjera —Carlos  había nacido en
G a n te, y a l co m i en z o d e s u r ei n a d o n i s i q u i era sabía español—, los comuneros fue-
ro n v i s to s p o r l o s r o m á n ti co s co m o h ér o es y luchadores por la liber tad de España.
E l p o em a d e Pa tr i ci o d e l a E s co s u r a es u n a « leyenda» sobre el ajusticiamiento de Al-
fo n s o G a r cí a , un co mu n er o f i cti ci o a q u i e n sólo una cosa le espanta de su próxima
mu er te: n o vo l ver a ver a s u a m a d a .
H e m o s el eg i d o p a r a s u l ectu r a y co m en ta r io el fragmento final del poema. El per-
so n a j e f u n d a m en ta l e s u n m i s ter i o s o « b u l to vestido de neg ro capuz» que lleg a al cas-
ti l l o d e S i m a n ca s l a n o ch e p r ev i a a l a j u s ti ci a miento de García. Haciéndose pasar por
tr ova d o r, y va l i én d o s e d e va r i o s s o b o r n o s, el encapuchado consigue no sólo entrar en
el ca s ti l l o, s i n o co nven cer a l ve r d u g o p a r a p r esenciar, al amanecer, la ejecución desde
el p r o p i o ca d a l s o.

CUESTIONES
. Describe el cadalso.
. Entre los versos  y  podemos leer un diálogo entre el verdugo y el encapuchado.
¿Cuál es el acuerdo a que han llegado ambos personajes? ¿Qué le reprocha el ver-
dugo al encapuchado?
. ¿Cómo demuestra el autor la valentía del comunero?
4. ¿Quiénes eran los mártires? ¿Por qué se denomina «mártir» a García ( v. )?
. El desenlace del poema es plenamente romántico. Recréalo con tus propias pala-
bras. ¿Quién era, finalmente, el «bulto vestido de negro capuz»?
 P E R A B BAT

 . PESIMISMO, INSATISFACCIÓN, H A S T Í O

A JA R I FA E N U N A O RGÍA (fragmento)

Tr a e , Ja r i f a , t r a e t u m a n o,
ven y pósala en mi frente,
que en un mar de lava hir viente
m i c a b e z a s i e n t o a r d e r.
 Ve n y j u n t a c o n m i s l a b i o s
esos labios que me irritan,
donde aún los besos palpitan
d e t u s a m a n t e s d e a y e r.
¿Qué la virtud, la pureza?
 ¿Qué la verdad y el cariño?
Mentida ilusión de niño
que halagó mi juventud.
Dadme vino: en él se ahoguen
mis recuerdos; aturdida,
 s i n s e n t i r, h u y a l a v i d a ,
paz me traiga el ataúd.
El sudor mi rostro quema,
y e n a r d i e n t e s a n g r e , r o j o s,
b r i l l a n i n c i e r t o s m i s o j o s,
 se me salta el corazón.
Huye, mujer : te detesto;
siento tu mano en la mía,
y tu mano siento fría
y tus besos hielo son.
 ¡ S i e m p r e i g u a l ! N e c i a s m u j e r e s,
i n v e n t a d o t r a s c a r i c i a s,
o t r o m u n d o, o t r a s d e l i c i a s,
o m a l d i t o s e a e l p l a c e r.
Vu e s t r o s b e s o s s o n m e n t i r a ,
 mentira vuestra ter nura,
es fealdad vuestra her mosura,
v u e s t r o g o z o e s p a d e c e r.
Yo q u i e r o a m o r, q u i e r o g l o r i a ,
quiero un deleite divino
 c o m o e n m i m e n t e i m a g i n o,
c o m o e n e l m u n d o n o h a y.
Y es la luz de aquel lucero
que engañó mi fantasía,
f u e g o f a t u o, f a l s o g u í a
 q u e e r r a n t e y c i e g o m e t r a y.
[...]
Yo m e l a n c é c o n a t r e v i d o v u e l o
fuera del mundo en la región etérea,
y hallé la duda, y el radiante cielo
vi conver tirse en ilusión aérea.
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

 Luego en la tierra la virtud, la gloria

b u s q u é c o n a n s i a y d e l i r a n t e a m o r,
y hediondo polvo y deleznable escoria
mi fatigado espíritu encontró.
Mujeres vi de virginal limpieza
 entre altas nubes de celeste lumbre:
yo las toqué y en humo su pureza
t r o c a r s e v i y e n l o d o y p o d r e d u m b r e.
Y encontré mi ilusión desvanecida,
y eterno e insaciable mi deseo;
 palpé la realidad y odié la vida;
s ó l o e n l a p a z d e l o s s e p u l c r o s c r e o.

Jo s é d e E S P RO N C E DA (     )

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.   ) f u eg o f a t u o : p eq u eñ a s l l a m a s q u e s e ven andar por el aire, a poca distancia
d el s u el o, y q u e p r o ced en d e l a d es co m p o s i ción de sustancias animales o veg etales
(p o r e l l o s u el en a p a r ecer en l u g a r es p a n t a n osos o cementerios); (v.   ) tray : trae;
(v.   ) r eg i ó n et ér ea : ci el o ; (v.   ) hed i o n d o : q ue despide mal olor, sucio, re pugnante;
(v.   ) d e l ezn a bl e : d es p r eci a b l e; (v.   ) esc o r i a : residuo sin valor, basura; (v.   ) tr ocarse :
tr a n s f o r m a r s e.

CONTEXTO
E l p o em a d e E s p r o n ce d a i l u s tr a cl a r a m en t e de dónde proceden el pesimismo y la
in s a t i s f a cci ó n r o m á n ti co s : d el co n tr a s te en tr e los deseos y la realidad. El romántico es
u n i d ea l i s ta q u e a s p i r a a en co n tr a r el a m o r, l a vir tud y la justicia en su g rado máximo,
p e r o es ta s a s p i r a ci o n es ch o c a n co n u n mu n d o g ris y mezquino en el que reinan el en-
g a ñ o y l a m en ti r a . D e es e ch o q u e en tr e l o i d eal y lo real nace el deseng año.
L o s f r a g m en to s es co g i d o s s e cen tr a n s o b r e todo en la búsqueda del amor perfecto.
S e a p u n ta a s i m i s m o u n m o tivo mu y r o m á n ti co: la autodestr ucción. Deseng añado, el
p o eta s e en tr eg a a u n a es p i r a l d e p l a cer es y f iestas desenfrenadas ( or gías), que no ha-
cen s i n o co n s u m i r l e y d eg r a d a r l e m á s a ú n . Ja rifa, la interlocutora, es una prostituta.

CUESTIONES
. Elabora dos campos semánticos paralelos: reúne en el primero de ellos todas las
palabras relacionadas con el mundo ideal y «verdadero» que el escritor quisiera
encontrar; en el segundo, registra el léxico que tiene que ver con lo opuesto: el
mundo real, «falso» y engañoso.
. La primera parte del poema está construida sobre la antítesis frío / caliente. ¿Cómo
la emplea Espronceda?
. Realiza una paráfrasis de los versos  a .
 P E R A B BAT

 . NATURALEZA Y MUERTE

.. TEMPESTAD Y FURIA

E LV I R A (f r a g mento)

Con furia en el bosque luchaban los vientos:

del pino tronchado sonoro estallido
s e o í a c r u j i r,
y el ave ag orera sus tristes lamentos
 callaba, y del trueno lejano el bramido
s e h a c í a s e n t i r.
Y lluvia copiosa los cielos enviaban,
que en surcos defor mes la tierra partía
de angustia colmada:
 y al ver que en el monte mil rayos brillaban
el hombre dijera que el mundo se ardía
tornando a su nada.
Encina nudosa nacida entre peñas
por donde derrumba su espuma un torrente
 se mira a lo lejos:
y apenas alumbra el rayo en las breñas
el arco ruinoso de gótico puente
c o n t i b i o s r e f l e j o s.
S u s p e n s o e n l a c i m a d e l á r b o l a ñ o s o,
 de ramas tejido desciende un asiento:
en él aparece
fantástica bruja de aspecto asqueroso
sentada y serena. Con ímpetu el viento
silbando la mece.

Jo s é Z O R R I L L A (     –   )
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) a v e a g o r er a : ave q u e, s e g ú n s e cr ee s u persticiosamente, anuncia con su canto
o s u v u el o a l g ú n m a l o s u ces o f u tu r o ; (v.  ) b r amido : r uido g rande; (v.  ) colmada : llena;
(v.   ) el ho m b r e d i j er a q u e : f ó r mu l a i m p er s o n a l equivalente a «se diría que»; (v.   ) br eña :
ti er r a q u eb r a d a en t r e p eñ a s y l l en a d e m a l ez a ; (v.   ) añoso : de muchos años, viejo.

CONTEXTO
E n el Ro m a n ti ci s m o l a n a tu r a l e z a co b r a a m enudo una impor tancia primordial, en tan-
to q u e s i r ve d e tel ó n d e f o n d o a h i s to r i a s tu rbulentas, amores imposibles y pasiones
d es m es u r a d a s. E n co n s o n a n ci a co n l o s tem a s y motivos románticos, los paisajes son
á s p e r o s, d es o l a d o s, s o l i ta r i o s, f a n ta s m a l es, n octur nos, agitados... En este texto se ha
el eg i d o el f r a g m en to i n i ci a l , en q u e l a h i s to r i a que relata la protag onista (una anciana
p r es en t a d a c o m o « f a n tá s ti ca b r u j a » ) s e en m a r ca en una violenta tor menta.
Au n q u e va m o s a f i j a r n o s en l a d es cr i p ci ón del paisaje, la historia de Elvira es
ro m á n t i c a a m á s n o p o d er : s u e s p o s o, u n n o ble rico y vir tuoso, murió heroicamente
d ef en d i en d o s u s ti er r a s d e l o s en em i g o s. E l v ira juró veng arse, y provocó un incendio
q u e d es t r u yó s u p r o p i o p a l a ci o, u s u r p a d o a h ora por el adversario. El cielo completó
la ven g a n z a , env i a n d o u n r ayo q u e f u l m i n ó al asesino del marido: mientras escucha-
b a e l eco d e « l ú g u b r es ca m p a n a s » , E l v i r a m isma vio cómo se lo trag aba el agua de
u n to r r en t e. E l o d i o, s i n em b a r g o, h a b í a tr a n sfor mado a la joven viuda en una mujer
in ca p a z d e p er do n a r, envej eci d a p r em a tu r a m ente y loca. Al final del poema, un rayo
ter m i n a ta m b i én co n l a v i d a d e l a tr a s to r n a d a anciana, que muere lanzando maldicio-
n e s.

CUESTIONES
. La escena pretende parecerse a la llegada del «fin del mundo». ¿En qué versos en
concreto se sugiere esa idea?
. Describe con tus palabras todos los elementos que acumula el escritor para crear
la ambientación romántica.
. ¿Dónde y de qué manera aparece en el poema la «fantástica bruja»?
. Copia en tu cuaderno aquellas palabras que estén relacionadas con la idea de «fuer-
za» o «violencia».
. Para apoyar la violencia de la tempestad, el autor utiliza la figura literaria conocida
como hipérbaton (o alteración del orden habitual de una frase). Reordena, por
ejemplo, los versos  a . Encuentra en el poema otros ejemplos de este recurso.
. Otro procedimiento usado con la misma intención (de ruptura de la construcción
sintáctica usual) es la supresión de los artículos. Identifica las ocasiones en que
esto ocurre.
 P E R A B BAT

 . NATURALEZA Y MUERTE

.. «LA PODREDUMBRE HU M A N A »

U LT R A (f r a g mento)

¡Oh fosa!, en tus arcanos

que las tinieblas de la muer te enlutan
voraces los gusanos
la podredumbre humana se disputan;
 y l o s h o m b r e s, i n q u i e t a m u c h e d u m b r e
que pulula espantosa,
otros gusanos son, que en otra fosa
d e v o r a n o t r a h o r r i b l e p o d r e d u m b r e.
¡ Fe s t í n a b o m i n a b l e !
 L o s s e r e s a l o s s e r e s d e v o r a n d o,
con furor insaciable,
v a n e l s u p l i c i o e t e r n o r e n o v a n d o.
Así en lucha jamás inter r umpida
la muer te se alimenta de la vida,
 la vida se alimenta de la muer te
y, ¡ o h p a v o r o s o a r c a n o ! ,
el ser humano en polvo se convier te
y e l p o l v o s e c o n v i e r t e e n s e r h u m a n o.
Fe d e r i c o BA L A R T (     )
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(tí tu l o ) u l t r a : en l a tí n , a d ver b i o y p r e p o s i ci ó n que significaban «más allá, al otro lado
d e» ; en ca s tel l a n o m a n te n em o s es e s i g n i f i ca d o en el prefijo ultra –: «ultramar», «ultra-
tu m b a » ; (v.  ) f o sa : en ter r a m i en to, h oyo, s e p u lcro; (v.   ) ar cano : misterio; (v.  ) pulu-
la r : a b u n d a r y a g i ta r s e en u n l u g a r ; (v.  ) f est ín : banquete, comilona; (v.  ) abominable :
d i g n o d e o d i o o d es p r eci o ; (v.   ) su p l i c i o et er no : de acuerdo con la tradicional visión
d el i n f i er n o, és te es u n l u g a r d o n d e l o s co n d enados recibirán castig os durante toda la
eter n i d a d ; (v.   ) p a v o r o so : q u e c a u s a p avo r, miedo.

CONTEXTO
El propósito del texto es presentar una visión descar nada y hor rible de la muer te,
y para ello el autor se regodea en los aspectos más sórdidos y desagradables de la
m i s m a . S e e n c u e n t r a e n e l p o e m a , a d e m á s, l a i d e a d e l a v i d a y l a m u e r t e c o m o u n
c i c l o i n a c a b a b l e . To d o e l l o s e u t i l i z a , d e u n m o d o m u y r o m á n t i c o, p a r a o f r e c e r u n a
perspectiva pesimista de la condición humana.

CUESTIONES
. Encuentra y copia todos los adjetivos calificativos del texto. Intenta crear con ellos
varios grupos, en función de su significado.
. El meollo del poema es una comparación entre los gusanos (símbolo de la muerte)
y los hombres: todos son «seres que devoran seres» y todos se encuentran en una
«fosa» o tumba. ¿Qué se está queriendo decir, pues, sobre el comportamiento los
seres humanos?
. ¿Con qué expresiones se alude al ciclo constante de la vida y la muerte? Fíjate espe-
cialmente en el verso : intenta explicarlo.
. Justifica la elección del título del poema: Ultra.
 P E R A B BAT

 . DE LA TRISTEZA A LA M ELANC O L Í A

.. «HABER LLORADO ALG U N A S V E C E S »

TRISTEZA

Pe r d í m i f u e r z a y m i v i d a ,
y m i s a m i g o s, y m i c o n t e n t o ;
Pe r d í i n c l u s o l a s o b e r b i a
q u e m e h a c í a c o n f i a r e n m i g e n i o.
 C u a n d o c o n o c í l a Ve r d a d ,
creí que era una amiga;
cuando la comprendí y saboreé,
m e p r o v o c ó h a s t í o.
E l l a e s e t e r n a , s i n e m b a r g o,
 y quienes la ignoran
i g n o r a n q u é e s e n r e a l i d a d e l m u n d o.
D i o s h a b l a : e s p r e c i s o r e s p o n d e r l e.
Me queda un bien únicamente:
h a b e r l l o r a d o a l g u n a s v e c e s.

Alfred de MUSSET ()

.. EL PARAÍSO PERDIDO

[ E N L O S E C O S D E L ÓRGANO]

E n l o s e c o s d e l ó r g a n o, o e n e l r u m o r d e l v i e n t o,
en el fulgor de un astro o en la gota de lluvia,
 te adivinaba en todo y en todo te buscaba
sin encontrar te nunca.
Q u i z á d e s p u é s t e h a h a l l a d o, t e h a h a l l a d o y t e h a p e r d i d o
otra vez, de la vida en la batalla r uda,
ya que sigue buscándote y te adivina en todo
 sin encontrar te nunca.
Pe r o s a b e q u e e x i s t e s y n o e r e s v a n o s u e ñ o,
her mosura sin nombre, pero perfecta y única;
por eso vive triste, porque te busca siempre
sin encontrar te nunca.

Ro s a l í a d e C A S T RO (     )
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

T R A B A J O E N C L A S E

TRISTEZA . Alfred d e M U S S E T

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) so b er b i a : va n i d a d , a r r o g a n ci a , a l tivez ; (v.  ) genio : ing enio, talento, intelig encia.

CONTEXTO
E l tex to s e p l a n tea co m o u n a m ed i ta ci ó n s o b re la «experiencia» del autor, que vuelve
la v i s ta a t r á s y h a ce u n co m p l eto r e p a s o d e s u vida, de sus vivencias y de su conoci-
m i en to d el mu n d o. Au n q u e es u n p o em a p es i mista, conviene comparar su tono con el
d e « A Ja r i f a en u n a o r g í a » : en l u g a r d el h o n d o y dese peranzado deseng año de Espron-
ced a , l o q u e a q u í en co n tr a m o s es u n a s e r e n a y melancólica tristeza.

CUESTIONES
. Parafrasea los cuatro primeros versos.
. ¿A que piensas que se refiere el autor con la palabra «Verdad» en mayúsculas? ¿Por
qué enfrentarse a ella le provoca hastío?
. A pesar de ese hastío, ¿qué se nos dice de la Verdad en los versos –?
. El verso más difícil de entender es el . Ensaya una explicación teniendo en cuenta
que de Dios suele destacarse, precisamente, su silencio.
. El final del poema nos aclara que lo verdaderamente importante en la vida es «haber
llorado». En tu opinión, ¿qué significado encierra esta frase?

[EN LOS ECOS DEL ÓRGAN O ] . Ro s a l í a d e C A S T RO

PARA ENTENDER BIEN EL TEXTO

GLOSARIO
(v.  ) f u l g o r : r es p l a n d o r, b r i l l o ; (v.   ) va n o : f a lto de realidad, hueco, vacío.

CONTEXTO
U n tem a r ecu r r en te en el Ro m a n t i c i s m o es l a «búsqueda» infr uctuosa de lo inalcan-
z a b l e. E n es te ca s o, « a l g u i en » — en u n a te r c era persona tras la que se oculta la auto-
ra — b u s c a a l g o q u e co n o ce, y q u e i n cl u s o h a poseído en algún momento, pero que no
h a p o d i d o r e tener. E s a b ú s q u ed a n o es, d e nuevo, fuente de insatisfacción y angustia,
si n o m á s b i en d e m e l a n co l í a y a ñ o r a n z a .

CUESTIONES
. Identifica el verso en que se nos dice cuál es el objeto de la búsqueda. Explica con
tus palabras en qué consiste.
. En los versos  y , ¿qué tienen en común las realidades que se mencionan?
. ¿Por qué quien busca «sabe que existes y no eres vano sueño»?
 P E R A B BAT

SOLUCIONARIO. NOTAS Y S U G E R E N C I A S

« L L E VA N D O E L C O R A Z Ó N E N L A C A B E Z A »
A p e s a r d e s e r t a r d í o, y d e e s t a r e s c r i t o e n u n l e n g u a j e q u e n o e s y a r o m á n t i c o, e l
fragmento de Arabescos puede ser vir para introducir la oposición entre la «razón»
( p r o p i a d e l s i g l o      , d e l a I l u s t r a c i ó n ) y e l « s e n t i m i e n t o » ( p r o p i o d e l Ro m a n -
t i c i s m o d e c i m o n ó n i c o ) . E n e l p o e m a , e l s i g l o    e s c l a r a m e n t e d e f i n i d o, c o n u n
punto de ironía, como una época en la que la racionalidad y la fría lógica son sus-
tituidas por el corazón.
Jo a q u í n M a r í a B a r t r i n a (     –     ) e s u n p o e t a c a t a l á n a f i n c a d o e n B a r c e l o n a ,
donde se da a conocer en  con el libro de poemas Algo. Su poesía, irónica y
filosófica, muestra el conflicto íntimo de quien se confiesa positivista, racionalis-
t a y e s c é p t i c o, p e r o a l m i s m o t i e m p o c o m p r e n d e q u e n i l a c i e n c i a n i l a r a z ó n s o n
c a p a c e s d e s a t i s f a c e r l a s a p e t e n c i a s d e e t e r n i d a d y e s p i r i t u a l i d a d d e l h o m b r e.

« H AY O T RO S M U N D O S »
E l e p í g r a f e a l u d e a u n c é l e b r e v e r s o d e l p o e t a s u r r e a l i s t a Pa u l É l u a r d ( « h a y o t r o s
m u n d o s, p e r o e s t á n e n é s t e » ) , q u e p o d r í a c o m p e n d i a r l a i n c l i n a c i ó n r o m á n t i c a h a -
c i a e l e s p í r i t u , l a i m a g i n a c i ó n y e l e n s u e ñ o. E l p o e m a Fa n t a s í a p a r t e d e l a e v o c a c i ó n
de una música capaz de transpor tar al poeta a «otro mundo». Esa música intempo-
ral («antigua»), y escuchada como en un sueño («lánguida»), es la llave que abre a
los iniciados la puer ta de un más allá (de ahí el adjetivo «fúnebre»), de una realidad
distinta y maravillosamente secreta. Escuchando la música, el alma se traslada a
u n e s c e n a r i o i r r e a l s i t u a d o e n t i e m p o s d e l ú l t i m o Re n a c i m i e n t o ( l o s r o m á n t i c o s
sienten una especial predilección por el pasado idealizado de la Edad Media y el
Re n a c i m i e n t o ) . L a d e s c r i p c i ó n e s c a s i m a c h a d i a n a , y r e c u e r d a t a m b i é n l a a m b i e n -
t a c i ó n d e l a s n o v e l a s d e H e n r y Ja m e s o d e p e l í c u l a s s o b r e n a t u r a l e s c o m o L o s o t r o s :
u n a t a r d e , u n a c o l i n a v e r d e t e ñ i d a p o r e l s o l d e l o c a s o, u n c a s t i l l o s e ñ o r i a l c i r c u n -
d a d o d e p a r q u e s, u n a r r o y o q u e f l u y e . . . y u n a d a m a a s o m a d a a l o s a l t o s v e n t a n a l e s.
E l v e r s o f i n a l e s e l m á s i n q u i e t a n t e : e s a d a m a r e s u l t a f a m i l i a r, c o n o c i d a , c o m o s i
en otra vida se hubiera tenido ya trato con ella. No se aportan demasiados datos
sobre la mujer : su cabello r ubio y sus ropajes antiguos casan con el modelo de
belleza renacentista, y cabe suponer que, con sus «ojos neg ros», ella también se en-
c u e n t r a m i r a n d o a q u i e n l a m i r a ( o i m a g i n a ) . Ta l v e z e l c o l o r d e l o s o j o s, a l q u e s e
puede añadir el adjetivo «fúnebre» de ar riba, podría hacer nos pensar en la Muer te,
pero son posibles muchas otras interpretaciones: la dama podría igualmente ser el
A m o r i d e a l , l a Fe l i c i d a d , L a B e l l e z a . . .
Gérard de Ner val (–), seudónimo de Gérard de Labr unie, es uno de
l o s m á s d e s t a c a d o s p o e t a s r o m á n t i c o s f r a n c e s e s, e n c u y a o b r a s e f u n d e n c o m o e n
ninguna otra realidad y fantasía. Su biografía está marcada por la temprana pérdida
de la figura materna: no sólo no llegó a conocerla, sino que no conser vó de ella ni
s i q u i e r a u n r e t r a t o. C o n v e r t i d a e n e l m i t o d e u n a f e m i n e i d a d i d e a l , N e r v a l p e r s i -
guió en sus amantes y musas el arquetipo de esa madre soñada e imaginada desde
l a i n f a n c i a . D e s p u é s d e u n a v i d a d e d a n d i s m o , l i t e r a t u r a y v i a j e s, N e r v a l c o m e n z ó
e n     a s u f r i r c r i s i s m e n t a l e s, q u e , f i n a l m e n t e , l e l l e v a r o n a l s u i c i d i o.
Como posibles otros textos para mostrar al alumno la querencia romántica por
l o i r r a c i o n a l y s o b r e n a t u r a l , r e c o m e n d a m o s S o m o s s i e t e , d e W i l l i a m Wo r d s wo r t h ,
y E n q u é p e n s a b a n l o s j i n e t e s e n e l b o s q u e , d e V í c t o r H u g o.
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

CONTRA LA INJUSTICIA SOCIAL

La condena de la esclavitud es uno de los muchos temas en que los románticos
v i e r t e n s u « c o m p r o m i s o » s o c i a l y p o l í t i c o. L a e s c l a v i t u d f u e c o n d e n a d a e n e l c o n -
greso de Viena () y abolida en Gran Bretaña () y Estados Unidos (). El
Cántico de Corradi es un texto beligerante que comienza resaltando la humillación
d e l s i e r v o a q u i e n s u a m o, c r u e l , o p r i m e y c a s t i g a d e f o r m a a r b i t r a r i a . E l i d e a l d e
i g u a l d a d s o c i a l p u e s t o e n b o c a d e l e s c l a v o e s, a n t e t o d o, e l i d e a l d e l a i g u a l d a d
humana, que se funda en última instancia en razones divinas (las mismas que en
el Antiguo Régimen ser vían para justificar la desigualdad): los hombres son todos
i g u a l e s a l o s o j o s d e D i o s, q u e l o s c r e ó « a s u i m a g e n y s e m e j a n z a » ; p o r e l l o c u a n -
do unos hombres humillan a otros lo que en realidad ultrajan es la misma imagen
divina. El «hombre libre» que el esclavo contempla se identifica plenamente con el
h o m b r e r o m á n t i c o : o r g u l l o s o, a p a s i o n a d o y c o m b a t i v o, q u e r e s p o n d e c o n e n é r g i c o
í m p e t u a l a m e z q u i n d a d q u e l e r o d e a . P r e c i s a m e n t e e s e « h o m b r e l i b r e » r o m á n t i c o,
d e s e o s o d e t r a n s f o r m a r e l m u n d o, e s q u i e n a g u i j o n e a a l e s c l a v o p a r a r e b e l a r s e
contra la injusticia: la voz que el esclavo escucha bien podría ser la voz de su
conciencia, que despierta y se inflama de la misma «cólera» con que un poco antes
se describía al hombre libre. El léxico del poema relacionado con la «injusticia»
es amplio: cautivo, humillado, amo, rígido, homicida, humillar, mandar, oprobio, infamia,
injusto, golpear, dueño, envidia, insultar, ser vil, cadenas, tiránico...
Fe r n a n d o C o r r a d i (     –     ) f u e e s c r i t o r, a b o g a d o y p o l í t i c o, y f u n d ó e l p e -
r i ó d i c o E l C l a m o r P ú b l i c o . E n t r e s u s o b r a s s e c u e n t a e l p o e m a é p i c o To r r i j o s o l a s
v í c t i m a s d e M á l a g a , s o b r e e l l e v a n t a m i e n t o l i b e r a l d e To r r i j o s c o n t r a Fe r n a n d o    .
O t r o s t e x t o s p o é t i c o s c o m p l e m e n t a r i o s, d e c l a r a v o c a c i ó n c i v i l y p o l í t i c a , p o -
d r í a n s e r e l C a n t o a l o s i n g l e s e s d e Pe r c y B. S h e l l e y, o A l a m u e r t e d e To r r i j o s y s u s
c o m p a ñ e r o s d e Jo s é d e E s p r o n c e d a .

REBELDES Y MALDITOS
E l t e x t o d e V í c t o r H u g o s e p r e s e n t a e n l a t r a d u c c i ó n q u e Jo s é Z o r r i l l a p u b l i c ó
e n     . L o s p i r a t a s n o a p a r e c e n a q u í d i g n i f i c a d o s c o m o h é r o e s i n t a c h a b l e s, s i n o
como cínicos tratantes de esclavos (los «cien cautivos» del primer verso son, en el
original, «cien cristianos»), que raptan a una joven monjita para vendérsela a un
sultán mar roquí. Sólo desde el cinismo se comprende que para ellos no haya dife-
r e n c i a e n t r e v i v i r e n u n c o n v e n t o o e n u n h a r é n ( v v.   –   ) , o q u e l a j o v e n d e b a
e s t a r a g r a d e c i d a p o r e l c a m b i o d e v i d a q u e s e l e h a p r o p o r c i o n a d o ( v v.   –   ) .
P r e s c i n d i e n d o d e e s e c i n i s m o, e l r a p t o d e l a m u c h a c h a p o d r í a s e r v i s t o c o m o u n a
«liberación» amorosa o sexual, en una época en que a la mujer le estaba vedado el
protagonismo en ambos aspectos: del encierro resignado y unifor mador del con-
v e n t o, l a m u c h a c h a — p o r o b r a y g r a c i a d e s u s « l i b e r t a d o r e s » — p a s a a s e r « s u l t a n a » .
Los versos  y  podrían inter pretarse, así, como las ansias de liber tad con que la
j o v e n s o ñ a b a y a a n t e s d e l a l l e g a d a d e l o s p i r a t a s. « G a n a r e l v i e n t o » , e n e l v e r s o   ,
posee el doble significado de «hacerse a la mar» y «g anar la liber tad», y los versos
– aluden, mediante una sencilla metáfora, a las lágrimas de la monjita.
V í c t o r H u g o (     –     ) e s e l e s c r i t o r r o m á n t i c o f r a n c é s p o r e xc e l e n c i a , y u n
p r o l í f i c o a u t o r d e p o e m a s, n o v e l a s y o b r a s d e t e a t r o. I n i c i a l m e n t e c o n s e r v a d o r y
m o n á r q u i c o, s u e v o l u c i ó n i d e o l ó g i c a l e l l e v ó p o s t e r i o r m e n t e a a b r a z a r c o n v i c c i o -
n e s r e p u b l i c a n a s y a u n r e v o l u c i o n a r i a s. E l p r e f a c i o d e s u d r a m a C r o m w e l l (     ) e s
considerado como todo un manifiesto romántico contra el arte clasicista. Entre
s u s o b r a s m á s f a m o s a s e s t á n H e r n a n i , N u e s t r a S e ñ o r a d e Pa r í s o L o s m i s e r a b l e s .
Te x t o s a c o n s e j a b l e s p a r a e n s e ñ a r l a r e b e l d í a r o m á n t i c a s o n l a s c a n c i o n e s d e
Espronceda (en especial La canción del pirata).
 P E R A B BAT

L I B E R TA D E H I S T O R I A N AC I O N A L
E n     , Pa t r i c i o d e l a E s c o s u r a p u b l i c ó e n E l A r t i s t a , l a r e v i s t a m á s p r e s t i g i o s a
de la época, lo que consideraba un acto de fe de romántico: El bulto vestido de negr o
capuz, una «leyenda» o «cuento» de temática nacional (con alusión a personajes y
acontecimientos históricos) y ambientación enteramente romántica. En el frag-
mento elegido destaca el minimalismo tétrico del cadalso «enlutado» en mitad de la
espaciosa plaza, y sobre el tablado la figura misteriosa del «bulto negro» que hasta
l o s f i e r o s s o l d a d o s o b s e r v a n c o n a s o m b r o. E n e l d i á l o g o e n t r e e l e n c a p u c h a d o y
el verdug o se nos hace saber que éste cree que el interés de aquél por presenciar
e n p r i m e r a f i l a l a e j e c u c i ó n e s t á p r o v o c a d o p o r e l o d i o, y q u e e l d e s f a l l e c i m i e n t o
d e l « m u c h a c h o » ( s ó l o a l f i n a l s e d e s c u b r e q u e e l « b u l t o » e s u n a m u j e r, B l a n c a , l a
amada del comunero) se debe a su cobardía y pusilanimidad. Sacando fuerzas de
flaqueza, en perfecta consonancia con la entereza de Alfonso García —«mártir»
que ofrece su vida por la libertad—, Blanca se sobrepone y se arroja hacia el ama-
do justo en el momento en que la cuchilla del hacha cae: el final no podría ser más
r o m á n t i c o, c o n u n b e s o y u n a m u e r t e h o r r e n d a s e l l a n d o p a r a s i e m p r e l a u n i ó n d e
l o s a m a n t e s.
E l o v e t e n s e Pa t r i c i o d e l a E s c o s u r a (     –     ) c u l t i v ó t o d o s l o s g é n e r o s
l i t e r a r i o s, d e s d e l a n o v e l a y l a s m e m o r i a s h a s t a e l d r a m a y l a p o e s í a . D i s c í p u l o
d e A l b e r t o L i s t a y r o m á n t i c o c o n v e n c i d o, f u e a m i g o í n t i m o d e E s p r o n c e d a , c o n
quien fundó la sociedad secreta Los numantinos (una asociación de adolescentes
soñadores que pretendía veng ar la muer te de Rieg o), y con cuya hija Blanca casó.
S u p o e s í a n o f u e r e c o g i d a e n f o r m a d e l i b r o.
L a t e m á t i c a n a c i o n a l p u e d e t r a b a j a r s e t a m b i é n c o n E l c o n t r a b a n d i s t a d e Jo s é
Z o r r i l l a , o c o n b u e n a p a r t e d e l o s R o m a n c e s d e l D u q u e d e R i v a s.

P E S I M I S M O, I N S AT I S FAC C I Ó N, H A S T Í O
E s p r o n c e d a s e s i r v e d e l p e r s o n a j e - i n t e r l o c u t o r d e Ja r i f a , c o n q u i e n c o n v e r s a e n e l
tráfago de una orgía, para expresar una profunda insatisfacción vital que no en-
cuentra otra salida que el descanso de la muer te («paz me traig a el ataúd», «sólo en
la paz de los sepulcros creo»). El deseo del poeta, cuya sangre arde enfebrecida,
n o e s u n m e r o d e s e o e r ó t i c o — c o n t r a s t a a s í c o n l a f r i a l d a d d e Ja r i f a , q u e s í o f r e -
c e , ú n i c a y m a q u i n a l m e n t e , s e x o — , s i n o m á s b i e n u n a s e d d e i n f i n i t o, d e « d e l e i t e
d i v i n o » , d e a m o r e t e r n o y v e r d a d e r o. E l v o c a b u l a r i o r e l a c i o n a d o c o n l a « v e r d a d
deseada» incluye: virtud, pur eza, cariño, amor, gloria, lucer o, cielo, limpieza, deseo... La
«realidad eng añosa» está representada por : mentida, halagar, mentira, fealdad, padecer,
engañó, fuego fatuo, falso, er rante, ciego, duda, hediondo polvo, deleznable escoria, humo,
lodo, podredumbre...
Jo s é d e E s p r o n c e d a (     –     ) a p e n a s n e c e s i t a p r e s e n t a c i ó n . M á x i m o r e p r e -
s e n t a n t e d e l Ro m a n t i c i s m o e s p a ñ o l , e s c r i b i ó n o s ó l o u n a c o l e c c i ó n d e p o e m a s
memorables (entre los que sobresalen las Canciones, El estudiante de Salamanca
y E l d i a b l o m u n d o ) , s i n o t a m b i é n n o v e l a s, p i e z a s t e a t r a l e s y a r t í c u l o s d e p e r i ó d i c o.

F U R I A Y T E M P E S TA D
El patetismo de la escenog rafía romántica de Elvira queda patente en los versos
–, que describen cómo el estrépito de «mil rayos» hace pensar que el mundo
en su conjunto se consume en el incendio final. Los elementos que Zorrilla acu-
mula para crear la ambientación romántica son en primer lug ar un bosque y una
i n t e n s a t o r m e n t a e l é c t r i c a , q u e d e s p l o m a l o s á r b o l e s c o n s u s r a y o s, q u e a h o g a c o n
l o s t r u e n o s e l c a n t o q u e a u g u r i a m u e r t e d e l a s a v e s, y q u e a n e g a y d e s f i g u r a c o n l a
c o p i o s a l l u v i a u n a t i e r r a i n c a p a z d e a b s o r b e r e l a g u a . Ju n t o a u n t o r r e n t e c r e c i d o
 P O E S Í A RO M Á N T I C A . T E X T O S 

y a u n p u e n t e r u i n o s o d e a r c o g ó t i c o, s e y e r g u e u n a e n c i n a s o b r e l a q u e s e r e c o r t a ,
«sentada y serena», la figura de una anciana que semeja una «fantástica bruja». Que
la intención de Zor rilla es dibujar una naturaleza violenta y destr uctiva lo ates-
tigua el numeroso vocabulario relacionado con la idea de «fuerza» o «violencia»:
f u r i a , l u c h a r , t r o n c h a r , e s t a l l i d o , c r u j i r , b r a m i d o , p a r t i r , d e r r u m b a r , í m p e t u . . . A s i m i s m o,
s o n c o n s t a n t e s e l h i p é r b a t o n y l a s u p r e s i ó n d e l o s a r t í c u l o s.
Jo s é d e Z o r r i l l a (     –     ) t a m p o c o n e c e s i t a d e p r e s e n t a c i o n e s, a u n q u e l o m á s
conocido de su extensa producción no sea su poesía, sino un par de obras de tea-
t r o : D o n Ju a n Te n o r i o y Tr a i d o r , i n c o n f e s o y m á r t i r . Z o r r i l l a s e h i z o f a m o s o t r a s l e e r
unos versos suyos en el entier ro de Lar ra (), alg o que le abrió las puer tas de
l o s p e r i ó d i c o s y d e l o s e s c e n a r i o s. S u e l e r e c o n o c é r s e l e c o m o p r i n c i p a l r e p r e s e n -
t a n t e d e l Ro m a n t i c i s m o t r a d i c i o n a l i s t a e s p a ñ o l .
Como un ejemplo más de la visión romántica de la naturaleza, puede leerse
El misántr opo, de Eugenio de Ochoa.

«LA PODREDUMBRE HUMANA»

El texto de Balart, un fragmento de su poema Ultra, establece una comparación
e n t r e l o s g u s a n o s q u e s e d i s p u t a n l o s r e s t o s d e l o s c a d á v e r e s, y l a s o c i e d a d d e l o s
hombres (vivos) que «pulula espantosa» y actúa de la misma for ma de predadora:
es inevitable, para identificar la idea central que busca transmitir Balar t, acordar-
se de la célebre frase de Hobbes: «El hombre es un lobo para el hombre». Vida y
m u e r t e c o n s t i t u y e n , p u e s, u n c í r c u l o p e r v e r s o, s i n r e s q u i c i o s p a r a l a e s p e r a n z a : l a
v i d a ( d e l o s h o m b r e s ) e s m u e r t e , d e s t r u c c i ó n , a n i q u i l a c i ó n d e l p r ó j i m o, u n i n f i e r -
no o «eter no suplicio» que continúa cuando lleg a la muer te y a los congéneres les
s u c e d e n l o s v o r a c e s g u s a n o s. A l a l u z d e l f r a g m e n t o, e l t í t u l o — q u e p e r t e n e c e , h a
de recordarse, a un poema más amplio— puede fácilmente relacionarse con el «más
allá» de la muer te. Los nueve adjetivos del texto podrían clasificarse en tres g r u-
p o s : v o r a z , i n s a c i a b l e e i n q u i e t o , d e u n l a d o, q u e t r a n s m i t e n l a i d e a d e u n a a c t i v i d a d
constante, inter minable, y que por ello mismo guardan relación con eter no y (jamás)
inter rumpida; de otro lado se halla el campo semántico del miedo o la repulsión:
espantosa, hor rible, abominable y pavor oso.
Fe d e r i c o B a l a r t (     –     ) f u e c e n s o r t e a t r a l , p o l í t i c o y p e r i o d i s t a . A g n ó s t i c o
y positivista, la muer te de su esposa en  transfor mó radicalmente su visión
d e l m u n d o. L a r e c o p i l a c i ó n d e v e r s o s d e d i c a d o s a e l l a ( D o l o r e s ,     ) t u v o u n é x i t o
i n m e d i a t o, c o n m á s d e c i e n e d i c i o n e s h a s t a b i e n e n t r a d o e l s i g l o   . H e r e d e r a d e
m u c h o s d e l o s p r e s u p u e s t o s r o m á n t i c o s, l a p o e s í a d e B a l a r t p u e d e d e f i n i r s e c o m o
meditativa, metafísica o filosófica. El poema Ultra adopta la for ma de una extensa
reflexión junto a la tumba de la esposa.
Pa r a o t r o s t e x t o s r e c o m e n d a b l e s s o b r e l a m u e r t e r e m i t i m o s a l l e c t o r a E s p r o n -
ceda, cuyos El estudiante de Salamanca y El diablo mundo pueden proporcionar suge-
r e n t e s f r a g m e n t o s.

«HABER LLORADO ALGUNAS VECES»

E n Tr i s t e z a , M u s s e t r e p a s a s u v i d a y h a c e d e e l l a u n b a l a n c e n e g a t i v o : e n e l c a m i -
no ha perdido la fuerza, la vitalidad, la amistad, la alegría, y ha dejado incluso de
tener confianza —una confianza muy del gusto romántico— en su eg o de ar tista,
e n s u p r o p i o t a l e n t o. L a r a z ó n d e t a n t a p é r d i d a : h a b e r b u s c a d o, s i n c o n c e s i o n e s,
l a Ve r d a d , o l o q u e e s l o m i s m o, n o h a b e r s e c o n f o r m a d o c o n m e d i a s t i n t a s n i p o -
s i b i l i s m o s. L a Ve r d a d , s i n e m b a r g o, n o p r o p o r c i o n a d e s c a n s o, y e n l u g a r d e s a c i a r
p r o v o c a h a r t a z g o, h a s t í o. L a p a r a d o j a q u e M u s s e t p l a n t e a e s é s a : b u s c a r l a Ve r d a d
e s e l d e s t i n o d e q u i e n d e s e a c o n o c e r a f o n d o e l m u n d o, p e r o e l c o n o c i m i e n t o d e
 P E R A B BAT

l a Ve r d a d n o o t o r g a l a f e l i c i d a d ( s ó l o l o s n e c i o s, e n f i n , s o n f e l i c e s ) . E l v e r s o  
e s, e n e f e c t o, e l q u e p r e s e n t a m á s d i f i c u l t a d e s d e c o m p r e n s i ó n . E n p r i n c i p i o, l a
afir mación de que «Dios habla» contrasta con el tradicional tópico del «silencio de
Dios ante el hombre», y podría entenderse como una suerte de «Dios pregunta»:
el poema puede leerse, así, como una confesión, un examen de conciencia, un
« j u i c i o f i n a l » e n e l q u e e l a u t o r s e s i n c e r a a n t e l o s o j o s i n q u i s i d o r e s d e D i o s. L a
justificación última de la existencia, el «haber llorado», alude a la sensación de
l i m p i e z a , d e s a h o g o e i n c l u s o p l e n i t u d q u e o t o r g a e l l l a n t o, y c o n f i e r e a l d e s e n g a ñ o
romántico una serenidad que resulta más moder na y creíble que los aspavientos y
e xc e s o s d e o t r o s e s c r i t o r e s.
A l f r e d d e M u s s e t (     –     ) , p o e t a y d r a m a t u r g o f r a n c é s, e s u n e j e m p l o d e l
m e j o r y m á s c o m p l e j o Ro m a n t i c i s m o, m o v i m i e n t o q u e a l m i s m o t i e m p o e n c a r n ó y
c o n t r i b u y ó a s u p e r a r. E n     , Mu s s e t t u v o u n b r e v e y t o r t u o s o r o m a n c e c o n l a e s -
c r i t o r a G e o r g e S a n d , q u e l e s u m e r g i ó , t r a s l a r u p t u r a , e n u n a h o n d a c r i s i s. A d e m á s
de como poeta, Musset ha sido revindicado por los creadores y críticos modernos
como autor de un interesante teatro para ser leído: Espectáculo en una butaca.
Pa r a p r o f u n d i z a r a t r a v é s d e l o s t e x t o s e n l a m e l a n c o l í a r o m á n t i c a t a l v e z n o
h a y a m e j o r l e c t u r a q u e l a s c é l e b r e s R i m a s d e B é c q u e r, q u e p o r s u a c c e s i b i l i d a d h e -
mos preferido no incluir en la antología.

E L PA R A Í S O P E R D I D O
El objeto de la búsqueda se enuncia en el verso : «her mosura sin nombre, pero
perfecta y única». El poema posee un trasfondo platónico: la Belleza ideal existe,
« n o e s v a n o s u e ñ o » , s e l a b u s c a c o m o s i s e l a h u b i e r a p e r d i d o e n u n t i e m p o l e j a n o,
m í t i c o, c o m o s i c a d a e n c u e n t r o c o n e l l a f u e r a e l r e c u e r d o d e l o q u e s e c o n o c i ó
p e r o n o s e r e t u v o. L a b ú s q u e d a , n o o b s t a n t e , e s i n f r u c t u o s a , p o r q u e e s a B e l l e z a
con mayúsculas sólo existe en la mente y el corazón de quien la busca: es significa-
t i v o, e n e s t e s e n t i d o, e l « q u i z á s » c o n q u e Ro s a l í a i n i c i a e l v e r s o e n q u e a l u d e a l o s
e n c u e n t r o s « r e a l e s » c o n l a B e l l e z a ( v.  ) . L a s r e a l i d a d e s q u e , e n l o s d o s p r i m e r o s
v e r s o s, p e r m i t e n a t i s b a r o « a d i v i n a r » l a B e l l e z a , t i e n e n e n c o m ú n d o s r a s g o s : a ) l a
sensorialidad; y b) la fugacidad o inaprensibilidad.
Ro s a l í a d e C a s t r o (     –     ) e s, c o n B é c q u e r, u n a d e l a s c u m b r e s p o é t i c a s d e
l a l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a , a m é n d e i n i c i a d o r a , c o n s u s l i b r o s C a n t a r e s g a l l e g o s y Fo l l a s
n o v a s , d e l r e x u r d i m i e n t o g a l l e g o. L a l í r i c a d e Ro s a l í a d e p u r a y a c t u a l i z a l a h e r e n c i a
romántica en una línea que explora fundamentalmente la nostalgia y la melancolía.
De libros como En las orillas del Sar arranca buena parte de la modernidad poética
del siglo .