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Emprega-se nó\ COLLEGÇÃO BENEDICTO OTTONI
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Doação do' Dr. Julio B. Ottoni ¦¦s$:
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A mesma colligacão de politicos notáveis que havia
indicado para Presidente da Republica o D1' Affonso
Penna, indicou para Yice-presidente o dr. Nilo Peçanha
que, embora joven, já se tinha revelado estadista ener-
gico e de pulso no governo do Estado do Rio Janeiro,
cujas finanças e prosperidade com rapidez e efficacia ®m
de acção logo rehabilitou. O dr. Nilo Peçanha foi dis-
tincto parlamentar, de notável prestigio nos annos an-
teriores e n'elle descançavam as esperanças da nova
geração republicana, agora realisadas. O dr. Nilo Pe-
çanha nasceu em 1867. .
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DR Benjamin Franklin Ramiz GALVÃO
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Deixou a,direcção do Almanaque Garnier desde a edição de 1907., o douto
ÍfÉ7 hellenista e illustre homem de letras, o dr. Benjamin Franklin Ramiz Galvão.
Foi elle quem deu a este livro a feição sympathiça, attrahente, variada que
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tem e deve conservar por muito tempo e aqui abriu as paginas a todos os talentos
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mi sem distineção de côr literária, de escolas e presumpções, com discreta e ao
mesmo tempo larga condescendência.
O dr. Ramiz Galvão nasceu em 1846 no Rio Grande do Sul; bacharelou-se* no
antigo Collegio de Pedro II, hoje Gymnasio Nacional, em 1861 ao termo de um
I; curso excepcionalmente brilhante e n'aquella casa onde se formaram muitos dos
mais eminentes espiritos de hoje, deixou uma tradição exemplar que ainda se MY
não apagou. Em 1870, tomou o gráo de doutor pela nossa Faculdade de Medi-
cina, que perlustrou com o mesmo intenso brilho indo, logo tres annos depois,
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j|!ti,ti;-:' oecupar uma cadeira de lente obtida em brilhante concurso.
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- Mm Já antes de exercer o magistério havia sido nomeado director da Bibliotheça
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Nacional em 1870. O joven bibliothecario, pois não tinha sequer 25 annos e pôde-
se dizer nunca mais teve suecessor que se lhe podesse comparar n'aquelle esta- yy
7 belecimento que foi elle quem organizou tirando-o do cahos e confusão em que
m estava, iniciando o catalogo, completando as collecções, descobrindo e inventa-
riando as riquezas, melhorando em todos os sentidos a administração e conser- PM.
trabalho, a sua erudição e conhecimento das nossas cousas e das que nos inte-
ressam directa ou indirectamente, pesquizando, estudando, e trabalhando inde-
fessamenteatodas as horas do dia e ainda da noite. Ramiz Galvão creou a Biblio-
theca Nacional que, sem elle, vai pouco a pouco a caminlo de decadência. Sob
sua direcção organizou-se o Catalogoda Exposição de Historia do Brasil, monu-
mento da nossa bibliographia e começaram os preciosos Annaes d'aquelle instituto.
No ensino como lente de grego do Gymnasio, na direcção da Instrucção
m
rias as suas obras, sem falar no que deixou disperso nas paginas dos Annaes áa
Bibliotheça, na Gazeta de Noticias, nas dissertações, theses, discursos e relatórios
officiaes • merecem especial menção a sua Biographia de Fr. Camillo
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rate, 1887, o seu Vocabulário das palavras gregas, tentativa da correcção dos
erros que a propósito de neologismos gregos se commettem a lodo o instante,
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Ramiz Galvão.
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buiu para a elucidação de questões diversas, como a da vida de Cláudio Manoel
da Costa da qual descobriu e editou muitas poesias meditasse ignoradas, e a de y-
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João de Boles na Revista do Instituto, etc. y.•''¦;¦<>$/¦&
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PRIMEIRA PARTE
Festas fixas
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QUADRO DAS DATAS DA FESTA DA PASCHOA DESDE Í907 ATÉ AO ANNO 2000
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ANNO DATA DATA
ANNO ÀNNO ANNO
DA PASCHOA DA PASCHOA DA PASCHOA DA PASCHOA
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A correcçáo Juliana feita aos calen- 1582 e mais 3 dos annos centésimos —
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darios antigos não foi sufficiente, 1700, 1800 e 1900, -
lp¥ - por- que para elles fô-
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primeira lua cheia 2100 e assim por deante. /
do outomno, visto como todas
as fes- Áureo numero. - É o numero
tas moveis do anno dependem da Pas- qüe
indica o anno, em
choa, que deve celebrar-se no que se está, do cy-
primeiro cio lunar.
domingo seguinte á lua cheia depois
do Epacta. -É o numero de dias
dia 21 de Marco. •. xX'Xb*-M«
tem a lua, ou a edade d'ella, no que . , ¦ ym
Para determinar' o dia da Paschoa prin-
cipio do anno civil.
empregam-se os seguintes meios: cyclo
Cyclo solar. — É o
lunar, áureo numero, epacta, edade periodo de 28
annos, decorridos os
da lua, cyclo solar, httra dominical quaes, os dias
dos mezes tornam a cair nos mesmos
e determinação do dia da semana.
dias da semana. O 1.* anno da era
Cyclo lunar. ~~ Ê o periodo de 19 an- vul-
nos solares ou de 235 Junações synodi- gar, foi o 10.° d'um cyclo solar.
Lettra dominical. — É a lettra '.yy.... .,!..."..;!',-
cas. 0i.° anno da era vulgar foi o 2.° que Xb- • VX*;
corresponde ás datas dos domingos ' -." ¦
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Nom cyclo lanar. — É o para isto ¦>'¦•'
periodo do
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Século XX
N'este século haverá 1.000 eclipses — 650 do sol e 350
da Jua
Terá 25 annos bissextos e o mez de fevereiro terá,
por tres vezes cinco
domingos: em 1920, em 1948 e em 1986. '
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O anno bissexto tem duas lettras do- nossa era, para substituir a notação
minicaes. das olympiades. É usado nas datas dos
Cyclo da indicção romana. — E Concilios, e os pontifices ainda hoje o
um periodo de 15 annos, adoptado pelo empregam nas datas dos seus di-
Concilio de Nicéa desde o anno 325 da plomas.
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A sociedade dos homens de lettras tchecos celebrou em 1903 as festas do 50° anni-
versariò do nascimento de Jãroslav Urchlicky, conhecido pelo pseudonymo de Emile
Frida, o mais fecundo poeta da Bohemia contemporânea.
A Bohemia festejou na pessoa de Urchlicky um grande lyrico e um extraordinário
auetor dramático. Nada menos de 62 volumes de poesias, 27 dramas, 6 volumes de
ensaios criticos e 76 traducçôes poéticas de obras primas extrangeiras formam a sua
bagagem litteraria. Tem traduzido Victor Hugo, Lecomte de Lisle, Dante, Tasso, Car-
dueci, Lcopardi, Gcethe.
Urchlicky, nascido em 16 de Fevereiro de 1853 em Louny, Bohemia, é hoje professor
de Historia das liüeraturas modernas na Universidade de Praga e membro da Gamara
Alta.
O Conselho Municipal rendeu-lhe homenagem; a imprensa periódica fez edições espe-
ciaes em honra ao patricio illustre, e á noite houve espectaculo de gala, representando-
se « Soud Lasky » (Tribunal do amor), peça do festejado.
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des ; divide-se a somma total por 7. O Achado assim pelo resto da divisão o
resto indica a lettra dominical na ta- áureo número, tire-se-lhe 1 unidade,- -y'
bella seguinte multiplique-se por 11 e do produeto ^
' tirem-se todos os múltiplos de 30; o 1
GFEDCBA resto é a epacta. 3.° Subtraia-se de M \
12 3 4 5 6 0 o número da epacta. Si ella fôr menor f
que 24, tereis a data do mez de Março /'
contando-se pela ordem retrógrada do em que cae a lua cheia da Paschoa. Si
alphabeto e directa dos números, Si o a epacta fôr de 2o a 30, subtraia-se de
resto é O, a lettra dominical é A. 43, e o resto dar-nos-ha a data do mez AÁ
Yy.
2.° caso. Anno posterior á correeção de Abril em que cae a lua cheia. Si a
gregoriana : epacta fôr exactamente 24, a lua cheia
Divicle-se o anno dado por 4; juneta- cairá a 19 de Abril. A Paschoa é o do-
se ao quociente o anno proposto ; mingo que se segue a esta lua cheia, e
junetam-se mais a esta somma 12 uni- o domingo se acha por meio da lettra
dades; tiram-se 10 unidades (correeção dominical.
gregoriana) e mais tantas unidades
quantas equações solares tiverem de-
corrido desde 1601. A differença divide-
Em qae data ccãu a Paschoa de
se por 7, e o resto mostrará a lettra
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dominical na tabeliã.
Í.° Dividamos (1898 -f 1) 1899 por
, N. B. Si se tracta de anno bissexto, 19 ; o resto 18 é o áureo número. 2.°
o resto da divisão por 7 indica a se Multiplicando (18— 1) 17 x 11, tere-
gunda das duas dominicaes, e a pri- mos 187, dos quaes subtrahidos (180)
meira (a que regula até 24 de Feve- todos os múltiplos de 30, teremos 7, m
reiro) é a que se segue aquella na or-
que é a epacta, 3.° Subtrahiiido 7 de
dem directa do alphabeto. Si o resto 44 =37. Portanto o 37 de Marco ou 6
da divisão indica B, as lettras domini- de Abril será a data da lua cheia.
caes são CB. Ora, sendo B a lettra dominical do
anno proposto, segue-se que o 1.° de
Como determinar a indicção ro- Janeiro caiu em sabbado (A), e por-
mana ? tanto 6 de Abril será quarta-feira. Logo
Juncte-se 3 ao anno dado, e divida- o domingo seguinte, que é o da Pas-
se a somma por 15, O resto, si o ha, choa, caiu em 10 de Abril, E' esta a so-
'm- mostra a indicção; si não ha resto, lução do problema,
isso indica que o anno dado é o último
N. B. Para facilitar-se o cálculo, são
do cyclo de lo annos.
muito úteis o calendário (A) e a Ta-
bella (B) que se seguem :
Como determinar a data da Paschoa
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em um anno dado ? A. Calendário perpetuo, ou Tabeliã
O meio mais expedito é o que se se- que dá o nome de qualquer dia
gue : 1.° Divida-se por 19 o millesimo do mez, desde que se sabe o nome
dado acerescentado cie 1 unidade. 2.° do primeiro dia do mesmo mez.
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reiro, o 1.° de Março, o 1.° de Abril, etc. Bm Tabeliã que dá o nome do 2.<> de
Conhecido o dia da semana do i.° do cada mez, quando se sabe o dia
mez, fácil é achar o dia da semana de da semana em que caiu o 1.° de
qualquer data do mez. Janeiro.
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por P. Alvares Cabral, Quinquagesima * O D
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267 da restauração de Portugal, 9 Maio
144 da elevação do Rio de Janeiro Ascencão do Senhor
Espirito-Sancto 19 Maio
a capital do Brasil,
SS. Trindade 26 Maio
131 da independência dos Estados- 30 Maio
,. . Unidos da America do Norte, Corpo de Deus. *-**•*»• •»•••#
•1 Dez.
131 da colheita dos primeiros fruc- Io Dom. do Advento
dos do cafeeiro por fr. J. M.
cia Conceição Velloso, Festas religiosas fixas.
118 da revolução franceza,
Io Jan. Circ. deN.-S.
8o da independência do Brasil,
6 » Epiphania (Reis).
69 do estabelecimento do tele-
20 » S. Sebastião (no arceb. do
grapho, Rio de Janeiro).
67 do emprego dos sellos postaes,
—í ;¦¦¦•._.¦, PL'^*?;'. -', • , _,.,.;...-.,,. ;_j.v.'. .1,Íl' ' -IJ -4p'xH-i ,, . J . . f. .
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16 ALMANAQUE BRASILEIRO
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25 Jan. — Conv. de S. Paulo ( no bisp. paraná (1904-1908) ,'
de S. Paulo). Dr. Vicente Machado da Silva Lima.
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BHsêwt vf''--:
2 Fev. — Purificação de N. S.a. SANTA CATHARINA (1902-1906)
4-.\?44J • ¦
hBw.
25 Mar. — Annunciacão de N. S.a. Vidal José de Oliveira Ramos. ^4
24 Jun. — S. João Baptista. " : ¦•
' ;4:
V 29 » — S. Pedro e S. Paulo.
r RIO-GRANDE DO SUL (1903-1908)
Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros.
,,15 Ag. — Assumpção de N. S.a.
MINAS-GERAES (1906-1910)
8 Sept. — Natividade de N. S*a.
1° Nov. — Todos os Sanctos. Dr. João Pinheiro.
4 2 Nov. — Finados. goyaz (1904-1907)
fev
4r 8 Dez. — Immacalada Conceição de Coronel Rocha Lima.
N. SÁ matto-grosso (1903-1907)
25 » — Nascimento de N. S. Jesu Coronel Antonio Paes de Barros.
" Christo. 4
cy.
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ALMANAQUE BRASILEIRO m
estado do Texas (America do Norte). Em 3 de janeiro de 1927- No Oceano
Em 24 de janeiro de 1925 — Nos Atlântico.
Estados Unidos (Oceano Atlântico). Em 29 de junho de 1927 Na Ingla-
Em 14 de janeiro de 1926 — Na África, ' terra e Noruega.
>•'':,£,
FESTAS ESTADUAES
Amazonas — 13 Mar. Promulgação da Constituição estadual.
1° Jul. installação do Congresso Constituinte.
10 Jul. Libertação dos escravos.
5 Sept. Creação da província do Amazonas.
21 Nov. Adhesão á Republica.
Pará — 22 Jun. Promulgação da Constituição estadual.
15 Ag. Adhesão á independência (1823).
16 Nov. Adhesão á Republica.
Maranhão — 28 Jul. Promulgação da Constituição estadual.
18 Nov. Adhesão á Republica.
Piauhi 24 Jan. Adhesão á independência do Brasil (1823).
13 Jun. Promulgação da Constituição estadual.
Ceará — 25 Mar. Redempção dos captivos no Ceará.
12 Jul. Promulgação da Constituição estadual.
16 Nov. Adhesão á Republica.
R. G. Norte— 19 Mar. Installação do governo republicano em 1817.
7 Abril Promulgação da Constituição estadual.
12 Jun. Execução de frei Miguelinho, em 1817.
Parahiba — 20 Jul. Promulgação da Constituição estadual.
5 A cr • N. Sra. das Neves, padroeira do Estado.
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11 Nov. (ann. natal, de Victor-Emmanuel III).
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Paraguai 15 Maio. (dia da independência) ; 25 Nov.,(dia da
Constituição).
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Peru 28 Jul. (ann. da independência — 1821).
Portugal 2 Jan. (abertura do Parlamento); 21 Março,
(ann. do principe herdeiro); 29 Abr. (festa da
Constituição); 31 Jul. (juramento da Consti-
tuição); 24 Sept. (ann. da morte de d. Pe-
dro IV); 28 Sept. (ann. natal, do rei Carlos I);
1: 16 Out. (ann. natal, da rainha-mãe) ; 19 Out.
(ann. da morte do rei d. Luiz I).
Rumania 14/27 Março. (ann. da proclamaçao do reino)
10/23 Maio. (ann. da coroação do rei Carlos).
Rússia 6/19 Maio. (ann. natal, do imperador) ; 14 Maio.
(ann. da sagração do soberano); 25 Maio.
__*_$» (ann. natal, da imperatriz Alexandra) ; 21
Out. (ascensão ao throno do imperador Ni-
colau).
—1894);
Salvador — 29 Abr. (ann. da revolução de Gutierrez
"W-
15 Sept. (ann. da independência — 1821).
São Marino — 5 Fev. (independência) ; 3 Sept. (festa de S. Ma-
rino, padroeiro da Republica).
Serbia 15/28 JuL (festa commemorativa dos guerreiros
mortos pela Fé e pela Pátria).
miá' Suecia-Noruega 21 Jan. (ann. natal, do rei); 17 Mai. (festa da
independência e da Constituição — 1814).
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Fev. Rep0 deS. Domingos —Anniversario da independência. X"'.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
CALENDÁRIO PERPETUO
15 de outubro de 1582 até domingo 31 de dezembro de 2000
UÍido desde sexta feira
GG^QS designação 3.a, que quer dizer terça-feira. O da
O quadro AA indica os séculos. Os quadros. al 25 de maio de 1926 será, por conseguinte, terça-lcira.
de 1 a 50 á esqurda, e de 51
$-xy
¦ annos correntes,
tomamos 1900 Para os annos bissextos, as letras do quadro li nao
á direita. Assim, para termos 19%. servem senão a partir do Io dc marco. Para janeiro
¦
contem 19UU e e
perpendicularmente a columna que encontrar, trada pelo methodo que fica dito. Exemplo :
horizontalmente a que contem m $ amos ».
d ellas a letra u. o dia, que corresponde a 12 de fevereiro dc 18Jb
no quadro B, e na intersecçào maio O quadro B dá a letra I na intersecçào da colurn-
semana sem 2o de
Querendo saber que dia da na vertical 1800 com a columna
de 1926, procure-se, no quadro de
horizontal 96. Como o anno é bissexto,
maio, o numero 25, e sigà-se honzon-
encon ro A:l'-= SÉCULOS = e o mez o de fevereiro, entrar-se-lia no
talmente a columna até ao Christo com a letra S, que
R, no <—< quadro
da columna vertical quadro o
IO üca imme-dialamente â direita. E as-
emmoldurado de pretò,e encimado pelo sim. achar-se-ha, que o dia 12 de leve-
nome de Christo. Na intersecçào o O reiro de 1896 íoi uma quarta feira.
a
d'estas duas columnas encontra-se O
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C|_ 6 23 28: 3Í4 fi5 c 11 R 1 s T O 51 56 62 79 8fi 90
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7 12 18 29 35 AO fi6 o c 11 l S 57 63
2 13 19 30 kl hl o c ií R I S 52 58
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40 31 36 lã s T o C H R 53 6fi 70 81 87 qs>
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9 15 S0 26 37 1¥ A8 s T O C H R 5A 65 71 ÍQ 82
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10 Sl 3/ 32 38 R I s T O c II oo 60 66 77 83 9/í
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1_— Verás o que te vae acon- % — Que audácia! 3. — Caro collega, repara agora
tecer, meu collega. julgas que será onde vou collar o meu.
lido o teu cartaz ?
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6. — Sou mais perito no manejo do arco do que 7. — Gobrirás aoora o men cartaz com o teu... si
Guilherme Tell. puderes.
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VISÍVEIS NO MEZ
PRINCIPAES CONSTELLAÇÕES E ESTRELLAS
E. : Cruzeiro, Centauro, Triangulo-Austral, Altar, Pavão, Escor-
Qüadrante S.
PÍPSÍW: Gão-Maior, Eridano, Pomba, Lebre, Pintor, Dourado,
Argus,
^QttlN&E.^a-Maior.
Leão-Menor, Cães de caça, Boieiro.
i Qüadrante N. 0. : Gêmeos, Cão-Menor.
A Leste: Orion.
A Oeste: Virgem.
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Quadrante S. E.: Centauro, Escorpião, Triangulo-Austral, Pavão, Sagittario,
¦. ¦
Altar, Lobo.
Quadrante S. 0. ; Argus, Cão-Maior, Pomba, Peixe-Voador, Dourado, Pintor,
Reticulo. !
Quadrante N. E.: Boieiro, Virgem, Serpente.
Quadrante N. 0. : Leão, Cão-Menor.
No meridiano: Cruzeiro, Ursa-Maior, Corvo.
Estrellas de l.a grandeza: a e p Centauro, a Cruzeiro, Sirius (a Cão-Maior),
Canopus (a Argus). Espiga (a Virgem), Regulus (a Leão). Procyon (a Cão-
y..y
mX-i Menor), Antares (a Escorpião), Arcturus (a Boieiro), Pollux (p Gêmeos). —
L. Cruls.
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(cíLyrá), Altair (a Águia). — L. Cruls.
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1-2. — Do navio este animal pulou ao rio.
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8 Sext.
9 Sabb. Francisca. Gregorío de Nyssa.
10 DOMINGO Mili tão.
11 Seg.., Cândido. Constantlno. Rosa.
12 Terç. Üregorio Magno.
13 Quart. Sancha. Euphrasia. Ernesto.
14 Quint. Boaventura. Matilde.
15 Sext. /Christovão. Longino.
16 Sabb. Cyriaco. Abrahão.
17 DOMINGO Patrício. Agricola.
18 Seg. Gabriel. Anselmo.
19 Terç. José (protector da Egreja).
20 Quart. Martinho Dumiense. Cyrillo.
21 Quint. Bento.
22 Sext. Benevenuto. Gilecina.
23 Sabb. Felix. Victoriano.
24 DOMINGO Dom. de Ramos. Agapito.
25 Seg. f Annunc. de N. Sa.
26 Terç. Ludgero. Braulio.
27 Quart. João Damasceno. Lydia.
28 Quint. Alexandre. Dorothéa.
29 Sext. Paixão. Bertholdo. Eustasia.
30 Sabb. Clineu. Regulo.
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SANCTOS, FESTAS DA EGREJA E FERIADOS
do mez da semana
Charada augraentativa :
2. — As saias d'estas senhoras tem muito pello.
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SANCTOS, FESTAS DA EGREJA E FERIADOS
do mez da semana
Não leveis as crèanças a grandes praias, mas sim a praias grandes. Só o bulicio
provocado por ellas é que convém á sua saude. (Exlr.).
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Charada electrica :
2. — O animal é feito de lodo.
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Qual é o animal que come sem ter bocca, anda sem ter pés e morre sem ter vida?
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O COELHO PESCADOR
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1. — Eis nma pequena installação que tem a. vantagem de não ser prohibida pelos regulamentos da pesca.
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2. — È' extremamente simples, como se vê. O peixe puxa o cordão, a porta do caixote se levanta, dando liberdade
ao coelho...
~~^
C=t=> 111
ll'.'/.'!"»'" Jb»>vjou >**#&
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3. — .. .que corre avidamente para comer a cenoura, trazendo d'esse modo o peixe. Eu o destaco do anzol...
m e recomeço.
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PARTE II
Geographia Estatística
BRASIL
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-: ':"
jiv*;i ;"'¦'- sentantes, sendo 3 por cada Estado e outros
3 pelo Districto Federal, renovando-se o Senado
dos Depu-
pelo terço triennalmente. A Câmara
lados compõe-se de 212 representantes (um por
70.000 hab.), eleitos mediante suffragio directo
vice-presidente
por trez annos. O presidente e o
da Republica são eleitos por 4 annos e tambem
todo o Brasileiro
por suffragio directo. É eleitor
maior de 21 annos que se alistar na forma da
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lei.
Aos 20 Estados acima referidos accresce o
de 7 de Abril de 1904,
chamado território do Acre, que pelo decreto n. 5188,
trez zonas ou departamentos administrativos com estas deno-
foi dividido em
d'elles é administrado
minacões : Alto Acre, Alto Purús e Alto Juruá. Cada um
um de nomeação do presidente da Republica, havendo em Manaus
por prefeito e transmissão de
um delegado do Governo Federal para centro de informações
Todo esse território constitue uma comarca com um juiz de direito e
ordens.
trez juizes de districto. .
estipu-
- Área 8.525.05b kls. qs., comprehendida a permuta de territórios
-População (segundo o recenseamentp
lada pelo recente tractado de Petropolis.
14.333.915 hab.;*presume-se que a actual não seja inferior a 18.000.UU0
de 1890)
de estatísticas faz
e ha quem com boas razões a eleve a 21.000.000. Um estudioso
os cálculos seguintes a respeito cia população :
s. zsa.
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ESTADOS kims. POPULAÇÃO por
QUADRADOS KLM. Q.
Para o calculo do presente quadro servio de base o organisado pelo Dr. Antônio de Toledo Piza,
para 1900, admittindo-se augmento de 20 0/° nos seis annos desde então decorridos, acréscimo corres-
pondente á duplicação observada do numero de habitantes em trinta annos.
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e a ne.ra or,enta,
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do grande planalto .brasileiro. brasileiro
Pau,.*£e—
_.„_ Estod„s d„ Para. S Jj*^^
onde esta cadeia che a a0 Mantiqueira,
de Minas-Geraes, do M que
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dW_Se_ padle asbeu, defimdas , ^^ ^ ^
se extende^eh.Oj^ m.), na serra do Mar; e o
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\.^e_ulÍT0 (2232
Mantiqueira,
Órgãos deante da nania ao no angulo
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Piedade (1787 m.) juncto a Sabará, e Itambé (1817 m.) na região de Diamantina.
Às montanhas d'esta cadeia oriental tornam-se mais baixas ao Norte e ao Sul
dos Estados mencionados, e ao Norte do S. Francisco são representadas
por
pequenas serras e cabecos isolados.
-..-.. •
A cadeia central ou goiana consta pelo menos de duas divisões distinetas : a
das serras da Canastra e Matta da Corda, que se extendem em direcção
geral-
mente septentrional desde as cabeceiras do S. Francisco até á margem meridional
da bacia
'Goiaz, do grande affluente occidental, o Paracatíi, e a das montanhas do Sul
de que se extendem na direcção de N. E. entre as cabeceiras das bacias do
Tocantins-Araguaia e do Paraná.
A primeira destaca-se da lombada mencionada, que da serra da Mantiqueira se
extende atravez do Sul de Minas-Geraes. Seu ponto culminante é a serra da 'm
Canastra, onde nasce o S. Francisco, com a elevação de 1282 metros.
Da segunda ainda não se pôde traçar com precisão nem a extensão, nem os
limites, pois os conhecimentos que se possuem da geologia e topographia d'a-
quella região não permittem distinguir as verdadeiras montanhas, devidas a
solevamento, das que são devidas á denudacão de estratos horizontaes. E' assim
impossivel estabelecer até que poneto as várias divisórias das águas
que irra-
diam de Goiaz devem classificar-se com as suas montanhas, e determinar si
formam ou não um systema distineto.
[Orv. Derby).
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ALMANAQUE BRASILEIRO J 65
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Metros Metros
Districto federal S. Paulo
Minas-Geraes Sancta-Catharina
Jutahi . . 1.056
Tocantins 2.640
Araguaia 2.627 Teffé. . . 990
Javari . . 660
Tapajóz . 1.992
Coari . . 594
Xingu . . 1-980
Branco. . 560
Juruá ••• 1-980
Japurá. .....' 1-848
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Kms Kms
Paraná. . . . . . . 4.390 Iguassu. . . . 1.320
Paraguai. . . . . . .... 2.078 JL 1C LC..... • . . • 1.122
Uruguai ...... 1.650 Paranahiba. . . . ... 957
Grande (Minas). . . . . . . 1.353 Paranapanema . . 660
Bacia do S. Francisco
Kms Kms
S. Francisco (Liais) 2.900 Paracatú. . 627
Rio das Velhas (navegável) . . 1.135 Preto (afíl. do Paracatú). . . 528 ¦¦'¦¦,•y
Bacias secundarias
Kms Kms
Parnahiba (do Piauhi, navega- uurupi. . . . , . . . 800
vel até á foz do Caninde'). . 1.716 Parahiba do Sul . . . 792
Itapicurú (do Maranhão). . . 1.650 Pardo (Bahia) .... . 792
Mearim (do Maranhão) . . . 1.095 Rio de Contas (Bahia). • 550
Jequitinhonha • 1.082 Vasa-Barris (Sergipe). .. 530
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ALMANAQUE BRASILEIRO 67
Milhas Milhas
Florianópolis a Rio-Grande 349 Rio-de-Janeiro a S. Francisco . 388 . *
Rio-Grande a Pelotas . . . 27 Rio-de-Janeiro a Florianópolis. 453 4§|
Pelotas a Porto-Alegre , . 106 Rio-de-Janeiro a Rio-Grande. . 802
Rio-de-Janeiro a Pelotas. . . . 829 ¦
Rio-de-Janeiro a Porto-Alegre. 935
Rio-de-Janeiro a Santos. .
Rio-de-Janeiro a Paranaguá 344 y-yy*
Rio-de-Janeiro a Antonina 359 De Montevidéu a Cuiabá. .4 . 2.091
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Um viajante, indo jantar a um hotel, pára deante de uma linda pelle de urso, exten-
dida no salão, e pergunta : <y
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• j;'0.;*O!BflM
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As Estações.
Verão de 21 de Dezembro a 20 de Março.
Outomno de 20 de Marco a 21 de Junho.m»
A Hora no Brasil.
"
Quando na Capital Federal é meio-dia :
Differença de hora entre cidades do Brasil
ri. M. S. H. M. S.
Rio-de-Janeiro 12 o Curitiba 11 34 52
Manaus 10 82 íí Paranaguá 11 38 40
Belém 11 38 45 Antonina 11 37 24
S. Luiz 11 55. 34
Florianópolis 11 38 36
Therezina 12 56
S. Francisco 11 38 0
Fortaleza 12 18 29
31 28 Porto-Alegre 11 27 40
Natal 12
Pelotas 11 22 44
Parahiba 12 33 16
Recife 12 33 7 Rio-Grande 11 23 48
Olinda 12 33 13 Bagé 11 lo 56
Maceió 12 29 51 Uruguaiana 11 36
Aracaju 12 24 12 Alegrete 11 8
S. Salvador 12 18 36 Itaqui 11 52
Victoria 12 11 34 Jaguarão 11 18 52
Petropolis 12 0 Livramento 11 10 36
Parahiba do Sul 11 58 30 S. Gabriel 11 14 28
Nicteroi 12 1 Ouro-Preto 11 56 32
Campos 12 4 Barbacena 11 56 44
S. Paulo 11 46 8 Juiz de Fora .... 11 58 48
Santos 11 47 25 Leopoldina 11 58 20
Campinas 11 44 12 S. João d'El-Rei 11 54 52
Amparo 11 45 16 Campanha 11 51 8
Rio-Glaro 11 42 4 Marianna 11 57 0
Casa-Branca 11 43 36 Uberaba 11 40 12
Piracicaba 11 41 52 Goiaz 11 32 12
Sorocaba 11 42 48 Cuiabá 16
Taubaté 11 50 20 Corumbá 11 8
O desenvolvimento da viação férrea já excede de 17.000 kilometros em
trafego. A extensão das redes telegraphicas é de 25.000 kilometros com desen-
volvimento que excede 47.000.
Várias companhias de navegação fazem o serviço costeiro, umas subven-
cionadas pelo Estado, outras com recursos exclusivamente seus, a saber:
Lloyd Brasileiro, que mantém as seguintes :
Linhas de navegação. — Entre o Rio-de-Janeiro e Manaus, com escalas pelos
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ALMANAQUE BRASILEIRO 69
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70 ALMANAQUE BRASILEIRO
3 cruzadores-torpedeiros 1 rebocador
6 navios-escola 1 caça-torpedeiras
de marinheiros nacionaes em 1904 compreendia 3.014 ;
O quadro dopessoal 465 homens; os m
de marinha tinha o effectivo de
praças; o corpo de infantaria
officiaes combatentes eram em numero de 579. cuja manu-
_ A costa do Brasil é provida de 80 pharoes e alguns pharoletes,
tenção corre por conta do ministério da marinha. t ;
_ A instrucção superior é dada nas Faculdades de Medicina do Rio-de-Janeiro y
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ALMANAQUE BRASILEIRO 71
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Brasileiro.
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72 ALMANAQUE BRASILEIRO
3.564:285$
Classe I. — Animaes vivos e dissecados.....
Classe II. — Matérias primas e artigos com 41.893:574$
applicação ás artes e industrias
102.998:486$
Classe III. — Artigos manufacturados........
Classe IV. — Artigos destinados á alimen- 82.944:565$
tação e forragens ...
231.400:910$
Total das mercadorias
Classe V. — Espécies metallicas e notas de 7.964:239$
banco, extrangeiras
239.365:149$
Total geral.. ,1
Exportação :
VALOR A RORDO
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ALMANAQUE BRASILEIRO 73
Entradas : Saídas :
Bandeiras Número Ton, Bandeiras Número lon,
Brasileira 6.056 2.281.610 Brasileira 6.039 5.646.508
Allemã 388 898.877 Allemã . 391 903.225
Argentina 125 47,801 Argentina.., 122 44.600
Austro-Hungara... 49 74.421 Auslro-Hungara.. „ 49 77.669
Belga 33 83.516 Belga 31 76.643
Chilena 1 3.151 Chilena «. 1 3.151
Dinamarqueza 22 6.000 Dinamarqueza. _/. 6.341
Franceza 168 356.949 Franceza 169 358.525
Hespanhola 9 18.574 Hespanhola 10 19.003
Hollandeza 8 7.437 Hollandeza 7 7.174
Ingleza 818 1.651.530 Ingleza 830 1.658.057
Italiana 67 124.419 italiana. >... 66 124.420
Norte-Americana.. 14 12.656 Norte-Americana.. 16 14.567
Norueguense. ...-., 77 52.001 Norueguense...... 81 53.669
Paraguaia 29 5.539 Paraguaia. 29 5.539
Portugueza ... * » • 10 6.662 Portugueza 13 8.541
Russa 16 4.836 Russa.... 20 6.194
Sueca ........ 17 11.229 uU eca ...«. 18 11.047
Uruguaia.... . 23 4.369 Uruguaia 23 4.369
7.930 5.651.577 I 7.938 5.646.508
— No 1° semestre de 1904 o nosso commercio de exportação foi o seguinte em
valores offieiaes :
Io SEM.
MERCADORIAS
190A
Algodão 12.900:266$
Areia monazitica 827:753$
Assucar 492:654$
Bagas de mamona.. 283:098$
Borracha de mangabéira 1.308:071$
Borracha de maniçoba 3.750:599$
Borracha seringa 115.461:977$
Cacau 6.475:211$
Café 126.854:188$
Caroços de algodão 1.066:365$
Castanhas 2.056:857$
Cera de carnaúba 3.344:779$
Chifres 275:047$
Couros salgados 12.833:913$
Couros seccos 6.431:565$
Crina 379:788$
Extracto e caldo de carne 359:645$
Farello 862:643$
Somma 295.964:419$
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74 ALMANAQUE BRASILEIRO
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ALMANAQUE BRASILEIRO 75 '
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Kenda total arrecadada 53.086:178$
idem idem em egual trimestre de 1903 50.779:030$
Differença para mais " 2.307.148$
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76 ALMANAQUE BRASILEIRO
OPERAÇÕES DE CREDITO
8:000$000 600$000
Permuta de apólices.......
45.876:944^099 266.464:132$18»
Stuidl
^nlrln do exercicio de 1902, não
yjt^mm m.tm:fmm
Total da Receita...... 97.032:884$859 393.141#95$1_62
DESPESA
OURO PAPEL
43.192:214$098 281.213:959$733
Total da Despesa......... —"~ jjjMi—iii ¦ in—mii_-Wi->iw
n -¦ mi -ii—i_nf
230.036:586$705
Caixas Econômicas
dos depósitos das Caixas Econômicas
Fm
Em 31oi de uezcmuro o
Dezembro de 1903segundosaldo
demonstra o seguinte quadro :
existentes no paiz era de 159.b61.odl*JJ&,se6uuuoue
tji. -jQ^p um balneário não have-
*^>^^j^S "nTorressem
A agua do mar -Sa* ÍndT mais pere-
ria negocio que se lhe comparasse, nem
grinos.
""¦*-*'-.'.,:Vt'"';''."Í! • * '¦'
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ALMANAQUE BRASILEIRO
ENTRADAS
ESTADOS
ny- y SALDO DE 1901 1902 1903 SOMMA
SAIDAS
ESTADOS EXISTENTE
1902 1903 SOMMA
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ETHNOGRAPHIA SELVAGEM
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grupo lingüístico igual como os Caraibas, os Aruaks e os Tupis, apresentam con- .-j4
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80 ALMANAQUE BRASILEIRO
Coroados as tribus que usavam de tonsura, Lenguas os que tinham o lábio infe-.
rior perfurado, Botocudos os que traziam no lábio ou nas orelhas um ornato
semelhando batoque, Orejones eram sujeitos de longos lóbulos auriculares pen-
dentes, Encabellados os que usavam de cabello comprido. Depois que se ficou
sabendo que os Carahibas comiam gente costumou-se chamar Carnhibas todas
as tribus que obedeciam a este costume. Em compensação parentes, mesmo
tendo uma denominação commum, receberam designações diversas. Assim ha
no Chaco tribus e hordas que apparecem na litteratura sob vinte nomes diversos.
Outra fonte de confusão fornecem os próprios nomes indios, especialmente
vizinhos,
quando se chamam muitas tribus com os nomes que lhes deram outros
dos enganos
pertencentes talvez a familias de línguas inteiramente diversas. Além
habituaes, são registados nomes de mofa e alcunhas, e confundidas as designa-
com
ções de parentela e classe, especialmente os nomes de animaes totemicos,
os nomes herdados da tribu. Pela retraducção dos nomes em linguas européas,
apparecem tribus com os nomes de animaes, como Araras, Gaviões, Caracará,
Antas, etc. O que mais atrapalha, porém, é que deste modo a tribu extrangeira
muitas vezes obtém uma designação pertencente a lingua inteiramente diífe-
rente, desfarte fingindo um parentesco de tribu que talvez não existe. Assim
depois que no Brazil o tupy tornou-se lingua geral, vehiculo de communicações
entre os brancos e os índios, impuzeram nomes tupys a tribus que nada tinham
de tupy. Deste modo tribus selvagens, allophylas e inimigas dos Tupuys foram
reunidas sob a designação geral de Tapuias, isto é, inimigos, de modo que a Este
da America do Sul dividio-se tudo nos dous grupos de Tupys e Tapuias.
Este modo summario de divisão conservou-se até muito pelo século XIX a
dentro e salienta-se particularmente em Orbigny.
Mesmo Martius, que, formando o grupo gé, assentou a base de nova classiii-
cação, estava sob o peso da tupimania que ainda domina no Brasil, cousa aila-
loga ao que foi entre nós a celtomania. Em sua obra ethnographica esforça-se
a cada passo para explicar pelo tupy todas as espécies de nomes de tribus, mui-
tas vezes da maneira mais violenta, com as etymologias mais aventurosas, não
raro de effeito cômico. Todas as suas interpretações devem ser acolhidas sempre
com a máxima desconfiança.
Em condições inteiramente semelhantes estão os nomes em outras partes do
continente, como por exemplo no Peru oriental e no Ecuador e particularmente
no Chaco, onde a confusão só em parte foi remediada nos últimos annos. Dentre
os innumeros nomes de tribus, transmittidos do periodo da conquista e da éra
dos missionários que se seguio, apenas pequena parte póde ser identificada com
os nomes hodiernos. Grande numero é absolutamente fabuloso, como os Morce-
figurados ainda
gos, de que faz menção Raleigh e particularmente os Acephalos,
no século XVIII no Atlas de Lafitau. Os Pygmeus arbóreos, desde muito tempo
desmascarados, são verdadeiros macacos Coata. De resto ainda hoje domina
mestiça civilizada.
geralmente a crença em taes tribus entre Índios e a população
Quantas tribus têm perecido desde o descobrimento nem approximadamente se
póde estimar.
As Beitraege zur Ethnographie de Martius, de resto, contém uma boa col-
lecção da maior parte dos nomes usados no Brasil e na Guiana desde os primei-
ros'tempos; para o Orenoco é de importância o Festschrift da Sociedade de
Geographia de Hamburgo sobre as expedições dos Welser. Para toda a região
amazônica Markham organizou em 1864 e 1893 um registo bastante deficiente.
Empregando expressões como povo e tribu, cumpre não esquecer que aqui
nunca se chegou propriamente a uma formação de povos. Defrontamos antes por
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ALMANAQUE BRASILEIRO 81
índios Guaranys.
82 ALMANAQUE BRASILEIRO
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entre si uma espécie de giria. Formações destas em parte alguma se têm apurado
com segurança, e caso tenham oceorrido, devem ter sido phenomenos inteira-
mente ephemeros, provocados pela influencia de aventureiros brancos.
Quando muito poderia ser considerada tal uma nova formação, sem duvida
ethnographicamente muito notável: a dos quilombolas do Surinam, compostos de
bandos organizados de negros fugidos com seu dialecto particular de trapos afri-
canos, inglezes, hollandezes, francezes e indios.
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Regiões ethnographicas. —Os grandes systemas íluviaes da America do Sul
yy
que determinaram a dispersão e encaminharam as migrações dos povos e tribus
dão-nos lambem a primeira base para a repartição ethnographica. Póde-se assim
distinguir tres grandes territórios como regiões ethnograpliicas.
A primeira e maior comprehende as bacias unidas do Amazonas e do Ore-
noco, que hydrographicamente formam uma unidade, com o planalto de Goyana
que fica entre as duas. Ethnographicamente incide tambem ao Norte as ilhas das
Antilhas: para o Sul transpõem a divisora das águas do planalto brasileiro,
alcançando o rio Paraguay e o rio da Prata. Ao Sudoeste a linha lindeira atra-
vessa a Bolivia por cerca de 16° Sul, determinada em sua parte essencial pelo
Guíiporé e pelo alto Mamoré.
A segunda região pega dahi até á ponta meridional do continente, abarcando
todo o territorio situado á margem direita do Paraguay. 0 limite ethnographico
para Oeste nãò coincide porém, como na primeira zona, com os Andes, que
transgride no Chile meridional.
À terceira região é naturalmente constituida pela cadeia dos Andes e pelos
planetas nelles incluidos ou a elles annexos. Só ao Sul, como fica dito, o linde
ethnographico vai-se obliterando para o Oriente.
Gada uma destas zonas reparte-se numa porção de subdivisões ou províncias
geographicas de caracteres ethnographicos específicos. Na primeira distinguimos
os dous planaltos de Goyana e do Brasil, o valle do rio das Amazonas que
demora entre ambos, a bacia do Orenoco, a baixada dos tributários septentrio-
naes do Amazonas que ficam a Oeste do rio Negro, a baixada meridional do
Amazonas e Oeste do Madeira, na qual por sua vez as bacias do Juruá e do Purús
constituem uma subdivisão particular.
A segunda zona reparte-se de Norte para o Sul no chamado Grão Chaco de
Guaporé ao rio Salado, na planície dos Pampas até o rio Negro, no planalto
patagonico até á terra do Fogo.
Na região andina, terceira zona, a membração ethnographica é determinada
pelos tres circulos de cultura dos povos Chibcha, Kechua e Kolya (Aymará). As
relações primitivas foram naturalmente transformadas pela absorpção gradual
da maioria das tribus naturaes. Como tambem a antiquissima cultura dos Kolia,
do mesmo modo que a dos Chimu, abrolhou nas costas do império incasico dos
Kechua, na pratica só se pode fallar de um circulo de cultura da Colômbia e de
um circulo de cultura do Peru; este inclue tambem Ecuador e Bolivia.
Gomo cada um destes territórios menores inclue dentro de limites bastante
claros seus grupos característicos de tribus, poderíamos realizar o agrupamento
ethnographico guiados unicamente por pontos de vista geogrãphicos, se alguns
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povos, deixando suas sedes primitivas, se não houveram derramado pelos terri-
torios vizinhos, alcançando até recantos muito afastados. Assim encontramos
seus troços insertos entre tribus de outra espécie inteiramente diversa, muitas
vezes rodeados como ilhas de povos allophylos, com que então entraram ein uma
cultura commum.
Isto se da principalmente com tribus que constituem as grandes familias lin-
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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apural-a até agora, é dialecto °nde Se Lem Podido
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P renam°S assim Tújpisguii-
conservado em Hervas, primitivo a ãto o f ° ^ eslem™h° dos missionários,
do
ireqüente com os brancos tempo em LTP estavam em c°ntacto mai
dfiz se ZT" ^
Wm »as muitos galnivllfi W^ ^ SUa lm=Ua differe do
-agens nas &gf'Z^86
mattas. Com isto coSníiffi pelles sei-
n=s&s™ --as^ra * -* «•
pois o aáigno Acu""e,rr" Í"°S
, r™a;°mleer„: £° ?" P°Sl™r'
achou a ilha de Tupinambarana 6m 1637' diz cfue
habitadlnorn n? &
P1S' qU6 para ac'ui ***-
graram do Maranhão, não havia inui ofe
Portuguezes. t0 tempo' Para escaPar das oppressões dos
'%£*
*Mm^«^ «** ieihus MManas
Martius pende a identifica "s feias
vezes mencionada em tempo os uít m com ^T agMS-
° ™esmo nome- ffi«itas
mais an Z !n Sde Jujuhy na fronteira
viana, e admitte boii-
que tambem Sie SKfèft 4rHeSpanhdes
peruanas orientaes para o H SoliS xíl a«rahiram as tribus
sejam povo inteiramente diverso P°rem' GStes 0ma8nas do Sul
üliação ao grupo Kechua, Com hnn f / BrÍn,t0n JmpUgn°U s"a
l'o'^^&m'existe Tf"
tivos á sua cultura. Em todo dados anti80s rela"
caso Zt i t^T ,°S
pois tambem são confundido oi oZlL 1° Slb,lhdade de mudanca de nome,
Japurá. Waitz suspeita são os Septenlri011aes com os Umaua
Amamt? do alto
apezar disto podei lar rè^oiSfe|^Geníes ao ?ruP0 d- Panos, mas
ierceiro caminho foi o Taoainr nni£ i ,
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ALMANAQUE BRASILEIRO 8o
vavelmente sao apenas seus parentes no médio Xingu, misturados com elemen-
tos estranhos, o galho que mais cedo se separou, cujas línguas se desenvolveram
de modo particular e independente.
\ Que o Xingu fosse caminho de migrações é inverosimil, pois uma das princi-
pães tribus deste grupo, os Yuruna, vai subindo o rio, sem nada saber das tri-
bus que vivem lá em cima, de que estão separados por caxoeiras difíiceis. Por
outro lado, como se pode demonstrar, ha séculos que aqui estão segregadas as
tribus das cabeceiras do Xingu. Os Manitsauá desla região, sem duvida,, são
parentes dos Yurunas, mas apresentam relações claras com as tribus dos Tapajoz
pelo fado de possuírem cachorros.
Parece, pois, que sendo o Tapajoz a via própria de distribuição para o Norte,
começou mais tarde uma remigração Xingu acima, que ainda agora não está
terminada.
Dos Tapirapé, situados no rio de igual nome, affluente do Araguaya, conhe-
cidos só por informações, não se pode agora dizer se estão em relação com os
Tupis orientaes ou com os do centro. E1 possivel que viessem ter aqui avulsos,
procedentes do Pará ou Maranhão.
Como os antigos Tupis costumavam guardar seus mortos em possantes urnas
de lavor tosco, chamadas igaçauas, os achados desta ordem são um bom auxiliar
para determinar-se a distribuição antiga destas tribus.
Com mais freqüência apparecem no Estado de S. Paulo, em todo o littoral,
no baixo Amazonas e no Paraguay. Modernamente foram tambem patenteadas
nas cabeceiras do Xingu.
Das línguas do grupo tupi conhecemos com exactidão apenas os dous dialec-
tos principaes, segundo o material dos missionários do século XVI ao século XVII,
em cuja reimpressão, como é sabido, Platzmann, recentemente finado, conquis-
tou mérito immortal. Os autores mais importantes são para o tupi oriental
Anchieta, para o guarany Montoya e Restivo. A elaboração scientiflca mais
importante deve-se a Baptista Caetano de Almeida Nogueira {Ann. daBib. Nac.
do Rio, vols. 6 e 7).
Para a lingua geral Barbosa Rodrigues principalmente tem trazido contribui-
ções preciosas; faltam, porém, de todo investigações dos dialectos dos Tupis
selvagens, ainda intactos.
Aruaks. — Tribus desta familia foram as que os primeiros descobridores
encontraram nas ilhas Lucayas e nas grandes Antilhas. De sua lingua, o Taino,
passaram para as línguas européas numerosas palavras designativas de produc-
tos naturaes e utensílios, como tabaco, hamaca, kanaua, mahis.
Taes palavras pódem-se em parte acompanhar muito pelo continente sul-
americano a dentro, e são importantes para se conhecer as distribuições das
plantas cultivadas e a influencia aruak em geral.
Das pequenas Antilhas que occuparamna éra precolombiana, foram gradual-
mente rechaçados por Carahibas salteadores. Chamavam-se aqui Allouages; os
restos que se conservaram independentes nas serras eram denominados Inyeri.
Como os Tupis os Aruaks do continente andam tambem derramados por espaço
enorme. Sua pátria primitiva deve ser procurada no Orenoco, na baixada vene-
zuelana e na Guiana septentrional, onde estão ainda hoje representados por
numerosas tribus. Na região do Orenoco as mais importantes sáo os Maipure
do curso medio; os Piapoco e Baniva na Guaviare, os Baré no Caura, os Mitua
no Imrida, os Yavitero no Atabapo, os Achagua no rio Meta, outrora menciona-
dos com freqüência e agora quasi extinctos.
Conhecemo-los principalmente pelas informações antigas dos missionários,
H".?v.
86 ALMANAQUE BRASILEIRO
y
dentre as quaes as de Gumilla e P. Gilij têm valor clássico. Informações mais
modernas deu Chaffanjon, LVrénoque et Caura, Paris, 1889.
Na Guiana os missionários moravios descreveram aprofundadamente os
Aruaks do Surinam e investigaram sua lingua. 0 trabalho mais moderno con-
tendo muitos pormenores desconhecidos sobre os Aruak
já meio civilizados da
costa foi publicado por Van Coll nos Bijãr. to taal land en Volkenhunde van
Neerl Indie, em 4903.
As tribus aruaks do interior, quasi independentes, Atorai, Tarama e outras,
ficaram conhecidas graças aos irmãos Schomburg e E. Im Thurm. W: &W_m
Acompanhando a costa, as tribus aruaks estenderam-se até áembocadura do
Amazonas, onde não ha muito que se extinguiram os Aruãs da ilha de Marajó.
Os restos magníficos de antiga cerâmica, encontrados aqui e modernamente
tambem na costa septentrional (região de Cuyuni) devem ser a elles referidos.
Ghronologicamente importante é a occurrencia das chamadas
pérolas de Aggri,
artigo importado depois do descobrimento, que se tem achado nas excavações.
A avançada mais norte-occidental desta familia formam os Goajiro ainda inde- '.fâi
desta tribu interessante deve-se a Candelier, Rio Hacha, Paris, 1893; as commu- ¦yyy.
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nente occupam uma posição cultural bastante elevada ainda, pois industrial-
mente sobrelevam a seus contemporâneos. Foram provavelmente os inventores
da rôcle de dormir, os principaes propagadores do cultivo do tabaco e do milho,
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88 ALMANAQUE BRASILEIRO
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ALMANAQUE BRASILEIRO 89
com melhores fundamentos lingüísticos, Lucien Adam procurou ao Sul do Ama-
zonas os parentes dos Garahihas das Guianas : alíi já os Pimenteira do Piauhy
e os Palmella do Mato Grosso occidental accusavam claramente sua filição a esta
familia.
Mais tarde, as duas primeiras expedições allemãs ao Xingu, chefiadas por
C. von den Steinen, tiveram a felicidade de averiguar outras tribus carahibas
nas cabeceiras deste rio e nas do Paranatinga, os Bacaeris e os Nahuqua, acha-
dos ainda no primitivo estado precolombiano : a lingua e as tradicções dos
Bacaeris foram estudadas aturadamente. Apurou-se de tudo que antigamente
assistiam mais ao norte, approximadamente entre 9° e 12° S. no Xingíi e no
Paranatinga e descendo o rio paro o Norte foram procurar seus avós. Os Nahu-
'OO;
qua, cuja massa principal náo demora no Culiseu, onde primeiro foram desço-
bertos, mas em seu affluente oriental, o Culnene, foram mais tarde, em 1896, ¦
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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ALMANAQUE BRASILEIRO 91 ::':*. j*>
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nâo pertencentes aos Tupis e assignalados por especial selvajeria e hostilidade.
Martius, que primeiro constituio este grupo, ainda os apanhou de modo por
dos
demais estreito. Seus Gés são essencialmente idênticos ás hodiernns tribus
Cayapó e Akuen em Goyaz, nas vizinhanças do Pará, Maranhão e Piauhy, cujos
nomes de tribus terminam em parte na syllaba gè, como Apinagé, Krikatagé,
Amanagé. Comtudo salientou como distinctivo geral deste grupo o caracter
das línguas, o costume de botoques ou rolos defoffiasno lábio inferior }
phonetico e
ou nos lobulos auriculares, a falta das redes de dormir, a ignorância da olaria
da navegação, assim como certas peculiaridades nas armas. >
a s
Sabemos hoje que as tribus Gés estão ou estiveram derramadas por toda
metade oriental do planalto brasileiro, desdo o seu declive ao Norte, marcado
ultimas cachoeiras do Xingu e do Tocantins até cerca de 30° S., para o
pelas Ama-.
Poente até o alto Xingu: não alcançaram em compensação o valle de
zonas. ....
Devem ser especialmente alistadas no grupo gè as hordas e tribus primitivas
desde o
das mattas da ladeira oriental da serra do Mar e seus rios costeiros,
e Santa
Pardo até o Doce, e mais para o Sul, nos territórios de S. Paulo, Paraná
do Paraná
Catharina, os poviléos que habitam a Oeste desta serra, nos affluentes -m
e do alto Uruguay. ' .
do Espi-
A elles pertencem antes de tudo os chamados Botocudos ou Burum
nas bacias
rito Sancto, Minas oriental e Bahia meridional, numerosos sobretudo
considerar-se
dos rios Doce e Mucury, ainda independentes em parte. Devem
SSi
nos séculos
seus antecessores prováveis os Aimorés, tão mencionados e temidos
do príncipe
xvi e xvu Conhecem-se principalmente pela monographia clássica
zu Wied, no segundo volume de sua viagem. Material moderno foi communicado
1887.
por mimna Z. f. E., p.l e 49. e seg., em
f±
fs
Delles são mais ou menos aparentadas uma porção de nações menores, quasi
Jequitmhonha,
todas extinctas hoje, em Minas Novas, nos altos rios Pardo e
Machakali, Menien, Pataché, Kotochó, observados ainda em liber-
como osMalali,
começar o século xix Eschwege, Príncipe zu Wied e Auguste de
dade ao por *
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92 ALMANAQUE BRASILEIRO
Borba (Rev. mens. da Soe. de Geog. de Lisboa no Brasil, 2,1883): tambem Tau-
nay e Ambrosetti forneceram contribuições recentes.
Graças ao ultimo destes investigadores ficamos conhecendo a tribu dos Ingain
do Paraná nas proximidades de salto Guairá, evidentemente idênticos aos Guyaná,
os Waiganna de Hans Staden, sobre os quaes até agora havia apenas escassas
noticias. Parecem remotos parentes dos Camé ou ao menos fortemente influen-
ciados por estes.
Os Guanahans visitados por Aug. de Saint-Hilaire são indubitavelmente Cain-
gang (Ambrosetti, no Boi. Ac. de Cordoba, 14 V. 331, et Ihering, Rev. do Mas.
Paulisla, 1902).
O gráo mais elevado oecupam os Ges centraes de Goyaz com os territórios
comareãos de Matto Grosso, Pará, Maranhão, Piauhy, divididos em dous grandes
grupos, os Cayapós e os Acuens.
Ao começar o século xvni tribus cayapós habitavam o Sul de Goyaz, onde
oppuzeram a mais violenta resistência aos immigrantes portuguezes. Parte dos
indigenas recuaram finalmente para o Sul ao Paranahyba; no principio do
século xix Langsdoríf e Auguste de Saint-Hilaire, mais tarde tambem Kupffer
vizitaram suas aldeias. Jazem nas cercanias de SanfAnna de Paranahyba, de
onde ainda hoje os Cayapó fazem viagens commerciaes aos estabelecimentos
próximos de S. Paulo. Os que ficaram em Goyaz foram parcialmente aldeiados
em Mossamedes, onde Pohl os vizitou. A maioria, porém, reunio-se aos parentes
septentrionaes, na margem oriental do Araguaya. Aqui desfrutam inteira inde-
pendência as tribus de Kradaho, Caraho e Uchikrim, que vivem em lueta accesa
com os Caraya assistentes á margem esquerda do rio.
Modernamente, segundo informes de Condreau (Voyage au Tocantins et
Araguaya, Paris, 1887) conseguiram missionários italianos chegar a algumas
de suas aldeias e chamar os moradores ao trato regular com os brancos. E' cle
esperar não fosse sem proveito este excellente ensejo de investigar ethnographi-
camente genuínos povos naturaes.
Como a avançada mais occidental destes Cayapós do Norte são de mencionar
os Suyá, descobertos pela primeira expedição de Carlos von den Sternen no alto
Xingu, acima da cachoeira de Martius : linguisticamente muito se approximam
dos Apinagés. Graças á influencia dos vizinhos, aprenderam a servir-se das redes
de dormir e das canoas de casca. Infelizmente não se conseguio mais depois
travar relações com elles. Sabe-se apenas que uma expedição de aventureiros
americanos foi por elles destroçada no anno de 1896.
Próximos parentes das tribus Cayapó a Este do Araguaya são os Apinagé, já
aldeados em Boa-Vista, no médio Tocantins, sobre que o botânico ilaliano Bus-
caleoni trouxe as noticias mais recentes. Em compensação, pouco conhecidos
são os Gaviões ou Cricatagé, já assistentes em território paraense, e os Acobu
ou Gamella, Bucobus ou Temembus, formando provavelmente uma divisão dos
Bus, e o subgrupo dos Cran, Pocamekran, Macamekran, Aponegikran, a Sueste
do Maranhão, descriptos por Pohl e Castelnau. Tambem são mencionados Ca-
rahos nesta região comarca. Enfeixam as tribus gé do Maranhão sob a denomi-
nação collectiva de Gamella,Timbira ou Canella.
A segunda divisão dos Gés centraes formam as tribus dos Akuens, assigna-
lados pela côr clara da pelle, grande estatura e feições regulares, distinguidos
pelos Brasileiros em Xavantes e Xerentes : estes não são mais que Xavanfces
meio-civilizados, que permaneceram no médio Tocantins, séde originaria desta
tribu; os Xavantes livres refluíram para a margem esquerda do Araguaya, na
bacia do rio das Mortes, onde até hoje não penetrou ainda viajante algum
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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informações exactas sobre todas
gem de Pohl não ha de mencionar os Massacara Ponta e Aracuja,
extinctas do serlão da Bahia são
de que Martius encontrou ainda restos. ^màdns
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verosimilhança devem contar-se entre os
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94 ALMANAQUE BRASILEIRO
Cayapó e dos Camé (cf particularmente Lucien Adam, Cong. des Americ*, de
Paris, pags,.317 e seg.). Entretanto, sobre esta ultima lingua o material é dema-
siado inverosimil, para ser possivel uma elaboração grammatical completa.
Inseridas entre as nações gé ha ainda no planalto brasileiro tribusallophylas,
»que em parte se occulturam com seus vizinhos.
Kiriri. — Ao Norte do S. Francisco, no território de Pernambuco e Piauhy,
devem mencionar-se como grupo particular, vizinhos dos Pimenteiras carahibas
e dos mencionados Tapuyos, os Kiriris e Sabuya, hoje extinetos, cuja lingua nos
transmittiram Mamiani e Bernard de Nantes. O Kircherianum em Roma possue
objectos ethnographicos seus. Ao Sul, no baixo Parahyba, existia durante o
secuio xvi a tribu selvagem dos
Goytacaz (Waitaka), muito temidos, mas já extinetos ao começar o secuio
xvii. Seus parentes ou descendentes são considerados os Coroados, Puri e
Coropó, assistentes do Parahyba para o Norte até Minas e Itapemirim. Os via-
jantes da primeira metade do secuio XIX, Eschwege,' Príncipe de Wied, Martius,
Auguste de Saint-Hilaire descrevêrarn-nos aprofundadamente. Cf tambem
minhas observações próprias Z. f. E., 18, pags. 184 e seg., 1886.
Estas tribus possuem redes, mas quanto aos outros costumes e modos de
vida assemelham-se inteiramente aos Botucudos. 0 nome d-e Coroados tem
levado á confusão freqüente entre Camé e Bororó.
Garaya. No meio dos Gé centraes encontramos em Goyaz a granda nação dos
Carayá, moradores na margem direita do Araguaya. E' provável que antigamente
se estendessem mais para o Sul, pois já no secuio xvi Léry, dá uma tribu deste
nome como visinha ao Norte dos Tupis da costa e linguisticamente differentes.
Suas condições ethnographicas indicam, entretanto, uma immigração de Norte
ou Noroeste. Dividem-se em tres troncos principaes. São os Carayahy, no curso
navegável do Araguaya até á ponta septentrional da ilha do Bananal, ao 10° S,
que negociam com os moradores, e dão-se com as tribus de Tapirapé que moram
a Oeste ; os bellicosos Xambioá ainda independentes na região encaxoeirada
para o Norte ; os Yavahé dentro da grande ilha do Banansl, não vizitados nestes
cento e cincoenta annos. Em 1888 eu próprio achei os Carayás quasi nas mes-
mas condições que Castelnan quarenta annos antes, — povo laborioso de pesca-
dores e lavradores, altamente desenvolvido, e muito superiores, quanto ao teor
geral da vida, aos vizinhos civilisados. (Chminhas Beitraege zur Voelkerkunde
Brasiliens, Berlim, 1891.) Em compensação já em 1896 Coudreau annunciava a
decadência da tribu, o que está pedindo com urgência confirmação.
x Tambem na margem direita do baixo Xingu mencionam-se Carayá como
tribu hostil aos Yuruna. São talvez idênticos aos Assurini mencionados por Cou-
dreau. Descripção mais acurada dos Carayá seria um dos desiderata mais urgentes
para o futuro próximo, pois especialmente suas dansas mascaradas, com vestua-
rios e mascaras magnificamente ornadas, indicam opulenta elaboração de idéas
animisticas e de mythos tribaes.
Bororó — No centro de Matto Grosso, a divisa das águas entre o Xingu e o
;;Vr Araguaya, é habitada por uma tribu de caçadores nômades e bravios,os Bororó,
já mencionados nesta região durante a primeira metade do secuio xvm, quando
os Portuguezes serviram-se do seu auxilio contra os Cayapó de Goyaz meridional.
Parte destes Bororó estabeleceram-se mais tarde no alto Paraguay, os chamados
Bororó de Cabaçal, onde foram visitados pela expedição de Langsdorff, e mais tarde
tambem por Castelnau, Rhode, Koslowski e outros. Seus irmãos independentes no
próprio planalto, que até á éra de 80 no secuio passado fizeram correrias e sal-
teios para Oeste até ás cercanias da cidade de Cuyabá e para Este até o terri-
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95 %
ALMANAQUE BRASILEIRO
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e o Cayapó
¦
Lourenço grande,
•
do S.
*
entre as cabeceiras
ArTcaoyionia descripçj* de
Thereza Gbristina, no S. Lourenço, conhecida pelas
Steinen, onde muitas centenas de Bororó que se suje^am yolunte-
C. von-den
ter-se ^^"f^^
rlamente, ficaram sob inspecção militar, parece o serviço em
noticias mais recentes. Muitos dos; indios entraram para
notável tamanho do corpo, ^mestiço
sao povo pura
Guyabá. Os Borocó, assignalados pelo
feições ^h^Jnt.^Zt
mente caçador, sem agricultura, que em muitas
sem canoas nem redes, mas peritos no feitio de armas e ornatod pen
estes
organização social em compensação achar-se muito^abasada
nas. Sua parece, - Aos pov! eos aruaks e cara
4. A baixada NW. do Orenoco até os Andes.
do Orenoco a Oeste entre Apure p n ttto *
hibas do território prende-se do ms»^
de tribus, nos informes-mais antigos
Vichada, uma série que,
do CumlUa e Güijv»J
chegados cerca de 1730, particularmente
jesuitas alli por
conhecidos sao. Merecem mencio
freqüentemente mencionados, mas bem pouco
nados
Z. , *., p. 336, m . os restos agora
Z^^^S^SMW.
^insignificantes dos
Otomaco, Saliva e Jaruro. rtl1 .chdnc
estudos íinro-
apro
.-' últimos Guilherme von Humboldt consagrou
A' lingua destes 1
de que se servio.
fundados, mas parece perdido o material original Brinton (btudies
Betova _ o grupo Betoya, primeiramente estabelecido por
,-„ tZnatíí íaZ^s, \.'k Philadelphia. f ^^"1 S., alcançando desde o
entre 7" N. e 3°
tribus da baixada colombiana oriental ^?lnÍ
*m»L
de ™^*^j£^^
tivamente os melhor conhecidos pelas viagens os Tucanos ou Dace que
Pfaíf. A elles pertencem os Uaupés propriamente.ditos,
do Jupua e Koretu e nos Jauna e B.obeu 4o
se subdividem nos grupos duplos
com tabus
outro. Estão ao mesmo tempo em contacto intimo od°J~^^f d^J^0 §g
carahibas, no Içana, de
os Triana, aruaks, e os Arekuna, f
obscurecem um pouco o
se uma espécie de acculturação entre estas tribus, que
"tSS: eu-npee me„cio„ae oe Dessaaa no Apapons
deste 8e»po
no rio Yari, afíluente do Yapura, que foram visitados por
os Coregaye e Tama
CreOsUpioye aos antigo*. Enca,
no Napó e Putumaio são provavelmente idênticos
Os Umaua no alto Yapura qu Martms
bellados, tão referidos em outro tempo. do nome contun
foram talvez pela semelhança
dá como inimigos dos Miranhas,
didos com os Omagua do grupo tupi. ro.pntp. sobre
as breves communicações de Crevaux nao ha noticias recente
Tiradas actualmente ^
de esperar os de Th. Koch, que
todas estas tribus. São, porém,
occupa nos rios Maupá e Içana. rcr;ntnn deu com
mas Brinton
As línguas do grupo Betoya são pouco conhecidas,
¦¦V,VÍ-
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material moderno o esboço cle um dialecto coreguaye oupioye (.lm. ph. ass. 7,
Philadelphia, 1892).
Entre as singularidades ethnographicas das tribusMaupés cumpre mencionar
o cylindro de pedra perfurado que orna o peito do maioral, assim como as mas-
caradas peculiares, cujo centro fôrma.uri demônio personificado como heróe
solar ou cultural. Chamam-no geralmente yurupari, disignação tomada á lingua
geral e falsamente identificado com o diabo pelos missionários. Devemos a Stra-
delü uma exposição aprofundada do mytho e dos usos antiquados desta festa,
que, entretanto, está pedindo com urgência novo exame. (Bui. Soe. geog. ita-
liana, 94 p. 425 e seg. 1890).
Ha tambem communicações importantes de Collini, segundo informações do
padre Coppi, na mesma revista de 1884 e 1885.
No médio e no baixo Yapura, Martius menciona os Miranha ou Júri como tri-
bus de filiação não clara. Os Miranha eram então um povo de corço, bárbaro,
affeito á anthropophagia, caracterizado exteriormente porbotoques nas narinas,
que assim ficavam monstruosamente alargadas, e cinto particular de embira
semelhando funda herniaria. Apezar da rudeza de seus costumes, não ha teste-
munhos desfavoráveis a seu caracter e é afamada sua perícia nas artes de tecer
}';.":
e trancar. Desde a visita de Maríius em 1820 são apenas mencionados ligeira-
o
e Naranon, são mencionadas numerosas tribus que, ao parecer, podem ser reu-
nidas nos dous grupos principaes de Zaparo e Jivaro. Alguns, como os Kototo e
Tautapisbito, parecem parentes dos Pioye, são portanto Betoya; outros, como os
Amishiri e Legartocaches, mencionados por Hervas, devem-se contar entre os
Iquito.
Como os Zaparo chamam-se tambem Xebêro têm sido muitas vezes confundi-
dos com os Jivaro.
Os Zaparo, de que Brinon dá não menos de cincoenta e sete nomes de tribus,,
habitam em região bastante baixa entre o Napóe o Pastassa, estendem-se tambem
pelo Morona até dar no rio Maranon. Foram descriptos por Osculati en 1851 e
mais tarde por Simpson.
Em plena independência e geralmente hostil vive ainda o grande grupo dos
Jivaro, dividido tambem em numerosas tribus, entre o Pastassa e o Morona, de
2o até 4o S. As subdivisões mais importantes são os Murato, Antipa, Aguaruno,
Ayuli, Itucalü e outros.
Tambem ao Sul do Maranon Herndon indica ainda tribus Jivaro, cuja affini-
dade não está, porém, apurada.
Já ao expirar o século xvi os Hespanhoes tentaram de balde sujeital-os: com-
tudo ainda hoje existe uma estação em Maças no alto Pastassa, donde viàj;\ntes
europeus têm penetrado até elles (Cf Beiss, Verh. d. Ges. fur Erdhunde zu Ber-
Un, 1880).
Sua peculiaridade ethnographica mais importante são seus trophéos, cabeças
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como do seu culto dos espíritos da natureza. Informações mais exactas seriam
desejadas com soffreguidão. E1 possivel que se contenham aqui restos de antigo*
culto peruano, pois está provado que os Incas avançaram postos para esta
banda.
A Bolivia oriental hospeda, além de tribus aruaks e tupis, ainda uma série
depoviléosde espécie particular, de que, porém, só dous têm alguma impor-
tancia, isto é; os Yurakaré e os Chiquito.
D1 Paul Ehrenreich.
A rede telegraphica que se extende em toda a superfície do globo tem um. desen-
volvimento avaliado em 1.710.000 kilometros, dos quaes 610.000 na Europa, 878.100
na America, 108.600 na Asia, 34.700 na África e 76.500 na Oceania.
A grande Republica Norte-Americana é o paiz em que é maior a extensão de fios
telegraphicos. Os Estados-Unidos possuem uma rede superior á de toda a Europa, isto
é, 650.000 kilometros. Nessa classificação occupa o segundo logar a Rússia, com
130.000 kilometros, seguindo-se : a Allemanha, com 118.000; a França, 96.000; a Áustria-
Hungria, 69.200; as índias Inglezas, 63.000; o México, 61.000; a Grã-Bretanha e a
Irlanda, 55.000; o Canadá, 52^00; a Italia, 39.000 ; a Turquia, 33.000; a Republica
Argentina, 30.000 ; a Hespanha, 26.000: o Chile, 25.000 ; o Brasil, 23.000.
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caba.
m' A despesa geral' do Estado nesse anno foi de 14.824 : 688$551.
Em 1904 a divida fluetuante do Amazonas
baixou a 494 : 608$336. y y. ^yy'yyry.y^^m:yi
A divida consolidada em apólices-papel
baixou a 13.394 : 500$000; e da consolidada
em titulos-òuro foram encineradas apólices no
valor de £ 397.425 ou 7.948 : 500$000.
A alfândega de Manaus rendeu no anno de
1904 : 10.422:45
Orçamentos para 1904: receita —14.465; 000$;
despesa— 14.067 : H0$940.
Cidades prineipaes. — Manaus (capital)
á margem esquerda do rio Negro, e a 3o 8; 4"
lat. S. e 16° 51/0" long. O., consideravelmente
augmentada e aformoseada nestes últimos
annos depois do advento da Republica, contem
bellas avenidas, jardins e varios , edifícios
monumentaes, como o Instituto Benjamin
Constant, dedicado á educação de meninas,
o Gymnasio, o Theatro, que é um dos mais Tenreiro Aranha
fundador da provincia do Amazonas.
bellos da America, e situado em logar que
domina a avenida Eduardo Ribeiro, o Palácio
de Justiça, etc.
Entre as obras d'arte que recentemente alli
surgiram figura o monumento que comme-
mora a abertura da navegação do Amazonas-
*/-.
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ai
XX -•*
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•y-T^l^-%
mentos dagua, linhas de bonds, calçamento regular feito com asfalto e granito.
Desde 15 de Novembro de 1902 passaram para o dominio do Estado os serviços
electricos de viação, luz e bombeamento de agua.
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$ < $ * ÍX-éfi *«&#« t.&$&®i ><" '-jf*" „, -XVVB#*f
im almanaque brasileiro
y'Í
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ALMANAQUE BRASILEIRO
103
*' Em 1884, sob
a administração do dr. Theodorotn Qn„frt r
escravos. Em 1890, feita a mudança ' °ram Übertos todos °* sem
do il lt .
capitão dr. Augusto Ximeno P°' primeiro g°Vernad- •
Vmeroy ef Tdata em ^' m *'t0maram grande demento
os melhoramentos materiaes
da canita do Í.T
O radio e o hélio
Lógico.
Urn assassino é julgado no
jury.
MaS emfim' P°rqUe dep°ÍS de ter assassin^o
a mulher, o réu a cortou em
pedaçof ?'~
Reu.- Snr. juiz, para fallar com franqueza : «
Antes de a matar, náo teria
podido. >.
í/i-.Y.
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Confina ao N.
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aá. .?'¦¦¦¦.
* .'
com as Guianas
Franceza, Hollan-
deza e Ingleza; a
L. com Maranhão
^ e Goiaz; ao S.com
Matto-Grosso, e a
0. com o Estado do
Amazonas. Parte
do Estado ao N,
é banhada pelo
Atlântico ; tem
1.149.712 kms. qs.
de área e 652.400
habitantes (calcu- Dr Augusto Montenegro.
lo T. Piza),
franco-brasi-
Conserva-se, como parte integrante do Estado, o ex-contestado
comprehendido entre a margem esquerda do Araguari e a direita do Oia-
:'Ã '
leiro,
Este território, denominado Aricari.£é dividido em dous municípios e foi
pock'.
elevado á categoria de comarca.
á
i O solo do Pará é baixo nas vizinhanças do rio Amazonas e mais elevado
margem (esquerda deste rio desde Almeirim e
Velha-Pobre; ladeando os grandes afíluentes do
Amazonas (T a p a j o z,
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...
"
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,'V7 A Xingu, Anapú, Jamundá,
: ; ;
fr Vi
Trombetas, Paru e Ara-
guari) vicejam densas
florestas. Clima quente e
humido na região baixa,
ameno e mais temperado
nas terras altas.
As mais importantes
serras são as de Tumu-
cumaque e Parintins.
São várias as linhas de
navegação, pelas quaes
se fazem as communiea-
fe ...
senador.
cões
_.
no Estado, a saber : Justo Leite Chermont, senador.
M. M. Cardoso Barata,
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20 5o
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Ha no Estado lo pharoes.
do Pará figuram : a borracha, o cacau, a canna
Gomo produetos principaes
de açúcar, a farinha, o guaraná, a castanha do Pará.
A industria pas- ¦¦tyii.-.i t pm. .» tm '»f'WW
.:_..¦:'. ''¦i^w^i^^yh^^^^^^^^^yX
,
¦ ¦ ¦''¦'*" ;.:'-,i.'.:.': í
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do sal.
0 anno de 1903
fechou-se com este
balanço: receita pro- '¦'¦ 'ifàfà-JHmmmmmt _^m:^>WJ_»^fe^__SSt^^^Br *Ci _¦¦ &• $^<$&W^$^$-§$'-'V£$
—
pria do exercicio
6.561:822$549 ouro """'¦* ¦ ^ftfgfÈ
W$_\\w mmmmWX' &\ ' tâSú&StSm _^___Kft_«Íaí_3&
Belém.
ou 14.987:684$196
- 6.272:262$263 ouro ; no 1°
papel ; despesa
semestre de 1904 a receita foi de 3.177:325$631
ouro ou mais de 7.000:000 $ papel. .¦m^^bbSB^^b í»1^_____w^_________W____^_H_^_________B_______________B^
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ALMANAQUE BRASILEIRO 107 f:i
491$250.
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J^^^^^^^^^^^^l^^^^g^^g^gg
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ALMANAQUE BRASILEIRO 109 -b
curadores
compõe-se d'um procurador geral do Estado, promotores públicos,
•de orphâos e ausentes, e promotores de residuos.; São vitalícios os desembar-
o geral e os juizes de direito. 0 Pará é dividido em 54
gadores, procurador
e um
municípios, presidindo a cada um d'elles um Conselho (deliberativo)
intendente (executivo).
RESUMO HISTÓRICO
Pará na sua
Foi Vicente Yanez Pinson quem primeiro visitou ou avistou a costa do
até ao cabo
célebre viagem de 1500, subindo do cabo Sancta Maria de la Consolacion
se sabe. Orellana
Orange; todavia este descobrimento não teve conseqüências, como
d'ahi nao proveio
em 1560, tendo descido o rio Napo, percorreu o Amazonas; mas ainda
a fundação de estabelecimento algum.
Caldeira Castello-
Datam de 1616 os princípios da capitania; nesse anno Francisco
de Guajará, onde as-
Branco por ordem de Alexandre de Moura, seguiu até á bahia
algum tempo em
sentou os fundamentos da actual cidade de Belém, e alli permaneceu
fixar-se em vanos
lucta com Índios e com aventureiros extrangeiros, que tentavam
pontos. metrópole ;,
annexou-dhe o
Fundado o Estado do Maranhão em 1621, o governo da
apenas até 1637, anno em que se creou a capitania do Cabo do
Pará; mas isto durou
Foi essa epocha Pedro Teixeira realizou a primeira exploração regular do
Norte. por que
Amazonas, que se concluiu em 1639, data de seu regresso ao Pará.
Em fins do século xvn foi mister repellir á viva força os Francezes, que pretenderam
sua vez estabelecer-se e assenhorear-se da margem esquerda do Amazonas : em 1691,
por
O capitão portuguez
o marquez de Ferrolles, governador de Caienna, tomara Macapá.
completo.
Fundão incumbiu-se de rehaver a posição e fê-lo de modo
da capitania, regida- por
No decurso do século xvm accentuou-se o progresso
intelligentes e auxiliada pelo trabalho dos missionários. O bispado do Para foi
homens
em 1723. Conheceu-se a borracha e a quina. A esplendida bacia hydrographica
creado
a ser estudada e aproveitada. Desenvolveu-se a criação do gado.
da região começou
colônias militares e estaleiros, e melhoraram muito não so as condições
Fundaram-se
hyoienicas como as construccões da cidade de Belém.
vinda da corte portugueza para
Esse progresso ainda tomou maior incremento com a
Do Pará saíram no anno seguinte as tropas que tomaram Caienna.
o Brasil em 1808.
se fez a independência do Brasil, uma Juncta Governativa admims-
Em 1822, quando
e havia nm que desde o anno anterior pugnava pela fidelidade
trava a província, partido
levaram a melhor ; capitaneados pelo conego Baptista Campos,
ao rei Afinal os patriotas
uma forca ao mando do chefe Greenfell, obrigaram a Juncta a capitular.
e apoiados por
Agosto de 1823 a adhesão ao Império se realizou. Continuaram entre-
Foi a 15 de que
e as revoltas, que só amainaram deante da intervenção ener-
tanto em Belém os motins
Greenfell, em cuja lista de bons serviços á causa do Brasil inde-
gica e brutal do mesmo do Palhaço.
pendente figura aliás a nodoa da carnificina
este e outros actos de selvageria alimentou a agitação
A indignação produzida por
vezes a ordem pública na província durante-os pr,-
dos espíritos que perturbou por
imperial: em 1831 as tropas prenderam o pres.dent viscond
meiros annos do regimen
na Barra do Rio-Negro uma sediçao militai, e em 183,
de Goiana- em 1832 rebentou horrores e mu, as
revolução do Vinagre,^, depois de muitos
alçou arrogante o collo a
ser dominada pelo brigadeiro Soares de Andréa apoiado na,
victimas, só em 1837 poude
forças navaes de Frederico Marlath.
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feifv;'-" '¦
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elevados.
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- 1 no alto-Moa, 1 no Moa, 1 no
e 1 no alto Ácurana - e ainda 3 Agencias Fiscaes,
alto-Paraná da Viuva e 1 no alto-Juruá-miri, por causa do contrabando peruano.
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Luiz a Miritiba.
Companhia Flu-
¦ rrr'AA'r. "
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vial Maranhense, que
'*:;
':/-- • >í1 :;>:-J;.: rrrrtr
yy ¦lt'-* \i-t^4*!#.
2.35l:128$750, e a des-
pesa em 2.3M:001$000. r<
^ahfe/^^jly Jf7f 7
pães. — S. Luiz (ca- Ca
de
Na do Campo de Ourique está a pyramide commemorativa da sagração
d. Pedro II.
São notáveis as grandes fábricas de algodão da capital.
As mais cidades dignas de nota são Caxias, Alcântara, Carolaina, Brejo,
i Itapicurá-mirim e Vianna.
O Congresso compõe-se cie duas cama-
JIIIL^ ras : a dos Deputados e a dos Sena-
_,,--., _=*j« ^^^ dores, que funccionam de 5 de Fevereiro
y-vfii''
'»vvv.««_!i=-
a 5 de Abril; a primeira tem 20 membros
5õg^~ V'"- eleitos de 3 em 3 annos, e a segunda 15
membros, cujo mandato é de 9 annos,
renovando-se pelo terço triennalmente.
A %^^^^\ Í\
O governador do Estado é eleito por 4
annos e pelo suffragio directo, não podendo
'PÉ ser reeleito.
7^i(^ttÉpff O poder judiciário do Estado é exercido
"I
pelo Superior Tribunal de Justiça (com
7 desembargadores) e por juizes de direito,
supplentes dos juizes de direito e por tri-
Armas do bispo de S. Luiz.
bunaes do jury.
O Maranhão é dividido em 53 munici-
sendo administrado cada um delles por um intendente e uma câmara
pios,
municipal.
Oecupa o solio
E' governador do Estado até 1906 o dr. Benedicto P. Leite.
1901,
episcopal d. Antonio Xisto Albano, sagrado a 16 de Junho de
RESUMO HISTÓRICO
talvez os da expe-
Os primeiros Europeus que avistaram terras do Maranhão foram
de Sancta Maria
dicão de yanez Pinson, que em princípios de 1500 descobriram o cabo
seguiram para o
de la Consolacion (provavelmente o cabo de Sto-Agostinho) e d'alli
Feita a
N. beirando a costa. Em 1531 Diogo Leite explorou ligeiramente o littoral.
Barros e Fer-
divisão do Brasil em capitanias, coube a cio MaranMo em 1535 a João de
a Aires
não Alvares de Andrade, os quaes não podendo sair do reino, se associaram
da Cunha; este porém, vindo com grande leva de colonos, naufragou.
O mesmo suecedeu em 1560 a Luiz de Mello da Silva. Abortando assim o projecto
Esta demora
de colonização da capitania, reverteu esta para o Estado pouco depois.
alli esta-
de oecupação e povoamento permiltiu que aventureiros francezes fundassem
La Ravardière
belecimentos : desde 1594 Jacques Riffault e Carlos des Vaux, e em 1612
fixar-se no solo; este ultimo deu principio á fundação do forte de S. Luiz.
procuraram Jeronymo d'Albu-
Estes Francezes foram desalojados do Maranhão em 1614 e 1615 por
e Alexandre de Moura. Taes factos despertaram por fim a attenção da metro-
querque
qual em Íô2i instituiu o Estado do Maranhão, independente do resto da colônia;
pole,a
y - seu primeiro governador foi Francisco Coelho de Carvalho.
Durante a guerra hollandeza o sargento-mór A. Teixeira de Mello d'alli expelliu os
invasores em 1643, depois da victoria do Outeiro da Cruz.
1684, com
A creação de uma Companhia de Commercio para o Maranhão, em
exportação de varios gêneros, deu logar a uma
poderes exclusivos de importação e
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ODORICO MENDES
Com toda a solemnidade effectuou-sa na tarde de 28 do mez de
julho de 1905, na
capitai do Maranhão, a ceremonia do assentamento da primeira pedra do monumento
que a Officina dos Novos vai erigir numa das praças da cidade, para perpetuar a indi-
vidualidade do grande maranhense, Odorico Mendes.
Presentes as principaes autoridades civis e militares, o secretario
geral da officina
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leu a acta, a que prestaram as suas assignaturas o coronel Collares Moreira, vice-gover-
nador em exercicio ; o presidente do Congresso Legislativo, o coronel sub-intendente
municipal, o coronel commandante da guarnição federal, o coronel Nuno Alvares de
Pinho, representante do Federalista ; Alberto Pinheiro, representante do Diário do
Maranhão ; professor Joaquim Alfredo Fernandes, representante do Avante; drs.
Ribeiro Gonçalves e Antônio Pereira Júnior, Antônio Silva, representando os estudantes
do Lyceu Maranhense; Carlos Sttoy e Augusto Rodrigues, representando a Companhia
de Navegação a Vapor do Maranhão, e pela commissão do ofíiciná Hermilio Pereira,
Astolpho Marques e Alfredo Assis.
Depois de assignada, foi a acta guardada debaixo da pedra, conjuntamente com um
numero do Novos, um da Revista do Norte, um do Federalista, um do Diário do
Maranhão, um do Avante e um exemplar do poema Oceano, edição da ofíiciná, dedicado
a Odorico Mendes.
No acto proferiram allocuções os srs. Astolpho Marques e Alberto Pinheiro.
Terminado o assentamento da pedra, tres bandas de musica tocaram ao mesmo
tempo o hymno maranhense-
A' noite, no theatro S. Luiz, realizou-se a primeira conferência sobre a vida e obra
de Odorico Mendes, sendo orador official o eloqüente tribuno Antônio Lobo.
A sessão foi presidida pelo distincto poeta e sócio da ofíiciná dr. Alves de Farias,
tendo ao seu lado os operários Astolpho Marques, Hermilio Pereira, Alfredo Assis,
Joaquim Fernandes, Correia de Araújo e Almerio Godinho.
Levantado o panno, via-se ao fundo do palco e entrelaçado de flores o retrato do
insigne escriptor e politieo.
Na livraria Garnier :
Quero utn romance serio, qualquer cousa de histórico... mas que seja bonito.
O snr. quer os « Últimos dias de Pompeia » ?
De que morreu ella?
Supponho que de uma erupção.
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V-
AUHI
com
Limita-se a 0. com o Maranhão, a L.
e Goiaz,
Ceará e Pernambuco, ao S. com Bahia
e ao N com o Atlântico por pequeníssima
de costa. Superfície = 301.797 kms.
porção
- cerca de 425.000 almas.
qs.; população
O solo é mais ou menos montanhoso, a pro-
se caminha para o interior, e
porção que
todo elle é regado pelo grande rio Parnahiba
margem
ou por seus muitos afíluentes da
• r, . * » *
direita, entre os quaes se destacam o ürussuhi-
o
iiiiirim e o Assú, o Gurgueia, o Piauhi, o Canindé e
——~-—i
m ¦¦¦-¦ *>&áwL'*v#$Ê
jas, umlyceu, um
ÜfeiiwÉiiiil^
bom theatro e al-
sumas fábricas.
Seguem-se em im-
portancia : Par-
nahiba, Amar ante
e Oeiras.
"*Vr', '"-* ** ' ' :¦•;--•¦ - "'"¦•*¦'
'¦-¦'•''¦ ''"-Tri ^'-'^S^S O Congresso
de Therezina.
compõe-se de Ca-
A municipalidade
mm yy-.
¦y
me
. . . —¦ - ~,
WS «St*
yy
'i^^jr^yy*
y^yyyy^^^^^^^^^^^^^^iã^^^^yy^y^^y.yy.:.., y.y^
reito, juizes distric-
Egreja de S. Benedicto-Therezina. taes e jurados. O
ministério fpublico é
representado por um procurador geral do Estado e por promotores públicos.
O território do Piauhi comprehende 34 municípios, havendo em cada um
delles um Concelho e um intendente.
RESUMO HISTÓRICO
A exploração e o povoamento do território do Piauhi fez-se tar d 3 : só em 1674 por
alli se internaram o paulista Domingos Jorge e o portuguez Donrngos Affonso
Mafrense, cabendo a este ultimo a gloria de fixar-se no solo. onde fundou numerosas
fazendas de criação de gado. Esta indústria, que foi talvez o principal factor do povoa-
mento, mantiveram-n'a e continuaram-n-a os padres Jesuítas, que chegaram a possuir
alli avultadissimas propriedades.
Em 1718 foi organizada a capitania, ficando porém sujeita ao governo do Maranhão
e em 1811 conseguiu relativa autonomia, tendo por capital a villa daMocha, que depois
se chamou Oeiras.
y.
Em 1822, como província, fez parte do Império, lendo por capital a mesma cidade de
Oeiras até 1852; neste anno a sede do governo transferiu-se para Therezina, sendo pre-
sidente o dr. José Antonio Saraiva.
Em 1889 passou a Estado da Republica, e teve por primeiro governador eleito o dr.
Gabriel Luiz Ferreira. Sua constituição é datada de 13 de Junho de 1892.
Nasceram 110 Piauhi: Francisco José Furtado — eminente politico liberal, o dr. Pedro
F. da Costa Alvarenga — medico, e o general Henrique Valladares.
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CEARÁ
L. o Rio-Grande-clo-Norte; ao S. a Parahiba
=
e Pernambuco; a 0. o Piauhi. Superfície
104.250 kms. qs. População = 1.000.000 habi-
tantes.
Solo baixo na costa, mas que se eleva gra-
dualmente para o interior até á serra Ibiapaba.
Clima quente e humido no littoral, secco e
fama de grande
quente no sertão, o qual tem
salubridade. O Estado é sujeito a seccas devas-
tadoras como as de 1877 e 1878 e um pouco
menos as de 1898 e 1900, cujos effeitos os Cea-
renses têm ultimamente evitado emigrando em
e sobretudo
grandes levas para outros Estados,
para os do Amazonas e Pará.
A cordilheira principal é a da Ibiapaba, que
D. Joaquim José Vieira, bispo.
toma os nomes de Serra-Grande dos Cocos,
Carateús e Coronzó até á Várzea da Yacca, e d'ahi
de Pajehü; seguem-
em deante se denomina Araripe até entrançar nas serras
de Maranguape, Baturité, Urubu retama, Meruoca, etc. O ponto
se as serras
culminante da Ibiapaba „,, 1
L
o Curú e o Choro. O
Estado carece de bons
portos e tem trez pha-
senador. roes. D* A. P. Nogueira Accioli.
Dr Pedro Borges, Presidente do Ceara.
Suas principaes indus-
algodão,
trias são: a criação de gado, a extracçãò da carnaúba e as lavouras de
açucar, café e fumo.
ricas salinas
A 20 kms. do porto do Fortinho, no municipio de Aracati, ha as
ou crystalli-
de Canoé, que estcão sendo exploradas. Elias constam de 31 baldes
de sal.
zadores de 100mx80m, e produzem annualmente um milhão de alqueires "V.
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Ceara. — Caninde.
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Fortaleza. - Trecho da rua estrada tem estudos approvados
estudos de
;na extensão de mais 214 k. 290, de Humaitá a Guixará, e simples
k. 672.
Guixará ao planalto do Araripe na extensão de 81
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121
ALMANAQUE BRASILEIRO
Saldo 68:890*487
receita de 798:644$952
A de Baturité teve no mesmoa nno a ..•••••
778:226$267
e a despesa de
20 : 418$685 ' 'ft
V?!
Saldo
sêccas iniciou-se ha annos a cons-
Para obviar os desastres resultantes das e MVW»
dos «praes o mais importante
JuZi grandes açodes, barrabens . um
formado por quatro
uma'legua Sa cidade do mesmo nome, e
terra. apreSentando
central de alvenaria, e as outras trez de curva, apre um
e de forma
A barragem central, que é a principal, ^
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raio de curvatura de 200_metros. r *
Mede 415 metros de comprimento ¦ '¦ ¦¦¦¦'> :.SS, :'--S\\ :.':';.
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122 ALMANAQUE BRASILEIRO : '"'"B1
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Mirim.
Cidades principaes. — Fortaleza (capital), situada aos 3o 43' 36" lat. S.
K
e 4o 39 11" long. E. do Rio-de-Janeiro, bem edificada, illuminada e calçada,
com 15 praças, 10 egrejas e alguns edifícios de notável aspecto, como a Intenden-
cia, a Bibliotheca, o Lyceu, o Quartel de policia,, etc. Em 1903 foi installada a :\.
Academia Livre de Direito. Duas estatuas ornam praças da cidade : a do general
Tiburcio e a do general Sampaio, ambos heróes da campanha do Paraguai. Popu-
lação — 50.000 almas. Funccionâm na capital trez empresas de bondes :a
« Ferro-Carril do Ceará» com oito linhas, a « Ferro-Carril do Outeiro» com aaHr
uma linha para o Outeiro, ea « Ferro-Carril do Porangaba » com uma linha Poran-
gaba a Bemfica. Segue-se em importância: Aracati, Sobral, Baturité, Grato, Jardim.,
Maranguape, Granja, Camocim, Quixeramobim, Acarahú, Viçosa, Ipú; etc.
O orçamento do Estado para 1905 consignou : receita 2.940:748$955; despesa
2.653:362$601; no exercicio
de 1903-04 a receita foi de
I1
«sai
A Assembléa Legislativa
compõe-se de 30 deputados
eleitos por 4 annos, e cada
sessão dura dous mezes. O
poder executivo é exercido
pelo presidente do Estado,
Fortaleza. — Passeio Publico. cujo mandato é de 4 annos
e não póde ser renovado
immediatamente; tem elle para os serviços do Estado trez secretarias : do inte-
rior, da justiça e da fazenda.
O poder judiciário tem por órgãos : o Tribunal da Relação, juizes de direito,
juizes substitutos, o ministerio publico, o jury e as junctas correccionaes.
Ha no Estado 80 municípios, dos quaes 28 são cidades e 52 villas.
*
RESUMO HISTÓRICO
A capitania do Ceará foi doada em 1534 a Antonio Cardoso de Barros, mas o dona-
tario nenhum trabalho alli realizou. No decurso do século xvi Portuguezes e Francezes
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capitania geral de Pernambuco. Neste Ínterim o sertão começou a ser avassallado por
colonos portuguezes, que fundaram fazendas de criação de gado bovino. Em fins do
século xvn e pelo começo do século xviii prcseguiu mais activamente a catechese dos
indios, fundando-se várias povoações.
.*&*"• A primeira villa do Ceará foi inaugurada em 1700 sob o governo do capitão-mór
Francisco Gil Ribeiro no logar donominado Aqui raz; em 1726 creou-se outra villa no
\ Forte, hoje Fortaleza; seguiram-se Icó, Aracati e outras.
Por acto de 17 de Janeiro de 1799 foi declarada a capitania do Ceará independente
da de Pernambuco, sendo grande já a sua producção de gado e notável o seu. com-
mercio com Recife e Bahia; o primeiro governador foi o chefe de esquadra Bernardo
Manuel Vasconcellos. Em 1817, sob o governo de Manuel Ignacio de Sampaio, reper-
cutiu no Grato o movimento republicano de Pernambuco, mas breve desfalleceu, apezar
da propaganda de José Martiniano de Alencar.
Feita a independência do Brasil em 1822, passou o Ceará a província do Império.
Em 1824, theatro já de rebellião accentuada, adheriu á chamada republica do Equador, ¦A:
sendo eleito seu presidente Tristão de Alencar Araripe; mas breve o governo central
teve raros
abafou o movimento, não obstante a coragem e a pertinácia de Tristão, que
com-
imitadores. Seguiram-se infelizmente os processos summarios instaurados pelas
á
missões militares, processos que só nào fizeram maior número de victimas graças
magnanimidade de Francisco de Lima e Silva e Conrado J. de Niemeyer.
de
Em 1831 o cratense Joaquim Pinto Madeira, insurgindo-se contra a abdicação
no engenho
Pedro I, pretendeu fazer vingar a restauração; batido porém pelos legalistas
1834. Depois
do Buriti, entregou-se por fim ao general Labatut e soffreu a pena última em
no Estado,
d'esse emprehendimento insensato não se perturbou mais a ordem pública
durante o regimen imperial.
dos
Foi creado em 1854 o bispado do Ceará, mas o primeiro bispo, d. Luiz Antônio
Santos, só tomou posse em 1861.
Data de 1873 o seu Tribunal da Relação.
da escravatura
No dia 25 de Marco de 1884 solennizou o Ceará a completa extincção
lei áurea
no seu território, antecipando de quatro annos, por esta forma, a gloriosa
de 1888.
o tenente-coronel
Inaugurada a Republica, o Ceará teve por primeiro governador
foi promulgada em
Luiz Antônio Ferraz. A primeira constituição republicana do Estado
violenta do
16 de. Junho de 1891, e a segunda em 12 de Julho de 1892 após a deposição
governador general José Clarindo de Queiroz. : o senador
Entre os Cearenses mais lllustres já ceifados pela morte contam-se
Alencar, o geographo
J Martiniano de Alencar, seu filho o grande escriptor José de
de Sousa e
Thomaz Pompeu de Sousa Brasil, os generaes Antônio Tiburcio Ferreira
Castro
Antônio Ferreira Sampaio, Franklin Tavora - romancista, Manuel do Nascimento
- d. Manuel do Rego Medeiros - bispo de Olinda o
e Silva estadista e parlamentar,
Raimundo
visconde de Cauhipe e o barão de Ibiapaba - beneméritos philanthropos,
A. da Rocha Lima — crítico de grande talento.
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Panorama da entrada.
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Solo desegual, arenoso
e baixo perto da costa e
mais elevado para o inte-
rior onde se erguem as
serras da Borborema (com
grandes ramificações), do
João do Valle, do Martins
e do Luiz Gomes. Os rios
principaes são : Mossoró,
Piranhas, Ceará-Mirim e
Potengi. Clima quente e
sadio.
Ha quatro pharoes na
Pedro Velho d'Albuquerque costa.
Maranhão, senador. Dr.A.Tavares de Lyra,governador,
Os produetos das indus-
trias pastoril e agrícola são muito escassos em relação ao que se poderia obter
da terra, que é excellente. Cria-se algum gado, extrahe-se carnaúba, cultiva-se
canna e algodoeiro. D'ahi acanhado commercio.
A estrada de ferro de Natal a Nova-Cruz, hoje resgatada pela União e comprehen-
dida na rede arrendada á Great Western of Brazil Railway, tem em tráfego
211 kms., que são percorridos em 8 l/2h.; e pelo trecho recentemente construído
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vários pontos do
Norte. Ante esta
calamidade, que pa-
rece ter sido maior
do que a de 1877,
os poderes públicos
deliberaram, alem
da remessa de
promptos soecor-
ros, uma serie de . ^.^^fefír''- ¦' ¦-.•t ¦ ;:;. v....... ';^f
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melhoramentos que
devem influir bene-
ficamente na situa-
Natal. — Arsenal de Marinha.
cão do Rio-Grande-
ò
do-Norte. Esssa
medidas foram consignadas na lei do orçamento da União pela seguinte forma
Art. 16, n. 10 : « Estudos e construcção de açudes, poços e outras obras contra
os effeitos das seccas, inclusive as que facilitem o transporte por terra e por agua
1.000:000$000.
Art.47,§2n,20:«E'opo-
der executivo auetorizado a
construir, no Estado do Rio-
Grande-do-Norte, uma es-
trada de ferro que, partindo
do ponlo mais conveniente
do littoral, vá ter á região
mais assolada pela sêcca ;
N. 32: A tomar as seguin-
tes medidas, no intuito de
attenuar, tanto quanto
possivel, os effeitos da.
sêcca nos Estados do norte :
a) construir açudes e poços
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nos Estados assolados pela
sêcca,de accôrdo com as ins-
Natal. — Palácio do Governo.
trucções que forem expe-
didas; b) construir estradas de ferro e melhorar outras vias de communicação
liguem os affectados pela sêcca aos de fácil communicação com os
que pontos
melhores mercados e aos centros produetores;
c) premiar aos cidadãos que construírem em terra de sua propriedade peque-
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RESUMO HISTÓRICO
Em 1903 foi remettido deLondres para Amsterdão,afim de ser lapidado, o mais bello
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diamante do mundo.
Chama-se Excelsior e foi achado em 1903 na África Austral. E' do tammanho de um
ovo de gallinha, sendo o seu peso bruto de 970 quilates, quasi o dobro do peso bruto do
celebre Kohinor.
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- .,\v.
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PARAHIBA
Pernambuco, tendo de
Confina ao N. com o Rio-Grande-do-Norte eao S. com
extensão de E. a 0. 110
léguas. Superfície 74731
kms. qs. População =
600.000 habs. r~>oXA>vx^j
O sóio parahiba.no é
accidentado, prendendo- l 4L x-^\ / â
se todas as suas serras a
um systema, o da Borbo-
rema, que o atravessa
íl. WÊ \M
de Nordeste a Sudoeste e
forma trez regiões dis-
tinctas : a do littoral,
comprehendendo os ter-
renos de catingas, que Armas do bispo d. Aclaucto,
Dr. Álvaro Machado, senador.
se extendem até 25 le-
; a dos Cariris Velhos e Brejos, vasto planalto da Borborema com 25 até 40
;uas
léguas, e, além da vertente occidental d'este planalto, o valle do Piranhas,
propriamente dicto, e de fe ,
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se-hiam tambem explorar com ¦ y;m
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4.789:464$000, sobresaindo .
nella o algodão; o da im-
portação no mesmo anno
foi de2.567:651$000.
A alfândega rendeu em
1904—988:390$000.
Cidades principaes.
—- Parahiba (capital), divi-
dida em cidade alta e baixa,
com bom palácio da presi-
dencia, um theatro, a Inten-
dencia, o Seminário, o mer-
cado lambia, o Hospital da
Misericórdia, o Lyceu, uma
Escola Normal, um quartel,
o Thesouro do Estado, a Parahiba. — Antigo convento de S. Francisco.
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RESUMO HISTÓRICO
O território d'este Estado fazia parte da capitania de Itarnaracá, cujo donatário foi
Pero Lopes de Sousa, que aliás não a colonizou. Foi no gcvêrno de Lourenço da Veiga,
que Fructuoso Barbosa organizou a primeira expedição para a conquista da Parahiba;
mas tanto d'esta vez, como de outra em que se dispoz para o mesmo fim, foi infeliz,
«
não tendo conseguido sinão lançar os fundamentos do forte do Cabedello e bater alguns
navios francezes. Annos depois, em 1584, Diogo Flores Valdez, a mandado do governo
da Bahia, e d. Pbilippe de Moura para alli partiram; construíram o novo forte de
S. Philippe, cujo commando foi confiado a Francisco Castejon, e iniciaram a obra que
dous annos depois poude concluir João Tavares com o auxilio do indio Piragibe. Data
pois de 1586 o definitivo dominio portuguez na Parahiba. .
Em 1597 o forte do Cabedello resistiu ao attaque de corsários francezes, e em 1631
ao do tenente-coronel hollandez Callenfelds; mas em 1634, Sigismundo von Schkoppe,
depois de haver soffrido um revez, realizou a conquista completa da Parahiba, a cuja
capital deu o nome de Frederika. A capitania ficou sob o dominio hollandez por longos
annos; d'alli partiu para Europa o célebre conde Maurício de Nassau em 1644. Quando
se organizou a campanha dos « Independentes » para sacudir o jugo dos invasores,
esse movimento echoou em varias capitanias : na Parahiba os insurgentes formaram o
arraial de St0 André. Em 1654 a capitulação geral dos Hollandezes libertou finalmente
a Parahiba do dominio extrangeiro*
D'essa epocha em deante tomou incremento a povoação do solo e a indústria agricola
se desenvolveu com desaffôgo.
Em 1817 alli repercutiu o movimento revolucionário de Pernambuco, mas este foi
*}yf? ¦ logo sufíocado pelas forças legaes.
Em 1822 foi inscripta a Parahiba no numero das provincias do Império; em 1824,
ainda uma vez acompanhando os destinos de Pernambuco, teve velleidades de abraçar
a « Confederação do Equador », mas depressa tornou á legalidade. Seu primeiro presi-
dente foi Philippe Nery Ferreira, que tomou posse em 9 de Abril de 1824.
Em 1889, proclamada a Republica, tomou as rédeas do governo do Estado uma juncta
provisória composta do tenente-coronel Honorato Caldas, dr. Antônio da Cruz Cor-
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deiro sênior, capitão João Claudino de Oliveira Cruz, comrnendador Thomaz de Aquino
Mindello, capitão Manuel Alcântara de Sousa Cousseiro e dr. Manuel Carlos de Gouvêa.
Em 6 de Dezembro de 1889 tomou posse como governador provisório o dr. Venancio
Augusto de Magalhães Neiva. O primeiro presidente eleito foi o dr. Álvaro Lopes
Machado, que agora voltou ao governo.
A Constituição da Parahiba foi promulgada em 20 de Julho de 1892.
Nasceu na Parahiba Manuel de Arruda Câmara -— naturalista.
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RESUMO HISTÓRICO
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dirigida principalmente por Joaquim Nunes Machado, o corajoso tribuno que foi a
mais illustre victima d'esta contenda. A energia do presidente Manuel Vieira Tosta,
servida pelo concurso das tropas, poz fim á revolução, depois do combate de Iguarassú v .'¦
a 30 de Março de 1849.
D'essa data em deante restabeleceu-se a paz na provincia.
Em 1889 passou a Estado da Republica, e sua constituição foi promulgada em 17 de
Junho de 1891; o primeiro governador eleito foi o barão de Lucena.
A diocese de Olinda foi creada por bulla de 1676, tendo sido seu primeiro bispo d.
Estevão Brioso de Figueiredo.
Nasceram em Pernambuco : fr. Antônio Jaboatão —historiador, Pedro de Araujo Lima
(depois marquez de Olinda), e Caetano Maria Lopes Gama (depois visconde de Maran*
guape) estadistas, Donrugos José Ribeiro dos Guimarães Peixoto (barão de iguarassú)
medico, Antônio Peregrino Maciel Monteiro (barão de Itamaracá) e Natividade Sal-
danha —poetas, fr. Joaquim do Amor Divino Caneca — jornalista, Antônio de Moraes
Silva — lexicographo.
OS FRANCEZES EM ITA
(Regueira Costa)
Itamaracá na lingua tupi significa maracájle pedra.
Ao seu ancoradouro chamavam os portuguezes Porto de Pernambuco e ahi entrou
Christovão Jacques, quando veiu fundar a sua feitoria, tendo alias outros pontos que
poderia preferir, como as barras do Recife, de S. Agostinho e outras.
E tanto Itamaracá era conhecido entre os portuguezes por essa denominação, que
« de Pernambuco » chamavam elles tambem o rio, que cerca esta ilha, como se conclue
do Diário de navegação de Pero Lopes de Sousa, que o dá como o da situação daquella
feitoria.
N'esse porto fundeou a esquadra de Martim Affonso de Sousa em Fevereiro de 1531.
Depois de aprisionar tres embarcações francezas, uma defronte da ponta de Olinda
IJ e duas ao sul do Cabo de S. Agostinho, veiu Martim Affonso, que se separara de seu
irmão, reunir-se-lhe n'esse ancoradouro a 19 d'aquell8 mez.
Fazendo recolher os doentes, que trazia, á casa da feitoria, fundada por Christovão
Jacques, despachou de Itamaracá para o rio do Maranhão, duas caravelas sob o mando
de Diogo Leite e enviou a Portugal João de Sousa, afim de participar ao seu soberano
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o aprisionamento das embarcações; e, após uma demora de dez dias, fizeram-se ambos
de vela do porto da ilha para o sul.
No anno seguinte á partida de Martim Affonso, uma nau franceza, procedente de
Marselha e denominada La Pelerine, veiu ter a Itàmaracá, e o seu commandante, Jean
Duperet, agradando-se da posição d'esta ilha, levantou ahi uma fortaleza que deixou
um carregamento de
guarnecida com trinta homens, regressando para a Europa com
foi tomada na costa da
pau brazil e outras producções do paiz, sendo que esta nau
Andaluzia pelas caravellas portuguezas, que andavam no estreito de Gibraltar.
0 visconde de Porto Seguro, na sua Historia Geral do Brazil, diz que é supposiçao
sua que essa fortaleza, que elle chama Gallo-Pernambucana, fora erguida em um dos
morros de Olinda.
Não me parece, porém, razoável essa conjectura do illustre historiador, que alias nao
se funda em documento algum.
Além de que sào accordes os escriptores em dizer que o ponto em que os francezes
se estabeleceram ifaquella epocha, foi Itàmaracá, accresce que a carta de D. João III de
v.
28 de setembro de 1532. escripta a Marlim Affonso, em resposta á que esle lhe dirigira
por João de Sousa, esclarece qualquer duvida a esse respeito.
N'essa carta diz elle não somente que uma nau franceza viera de Marselha a Per-
nambuco, e só a Itàmaracá era dado ir esse tempo o nome de Pernambuco, senão
tambem que a gente, que saltara, desfizera uma feitoria e como é sabido só próximo
d'essa paragem, no littoral de Iguarassú, é que se achava a única feitoria aqui exis-
tente.
Se é cerlo pois que não foi em Olinda, mas em Itàmaracá que os francezes se esta-
beleceram, tambem é fora de duvida que quem d'ahi os expulsou não foi Duarte Coelho,
como entende a maior parte dos escriptores.
E1 verdade que Duarte Coelho, que a esse tempo se achava estacionado com uma
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esquadrilha na costa de Malagueta, teve ordem do rei de Portugal para desalojar os
intrusos, como consta de uma carta regia dirigida ao conde de Castanheira em data de
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25 de janeiro de 1533.
Chegando, porém, Pero Lopes com a noticia de havel-os derrotado, foi-lhe ordenado
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DARWIN EM PERNAMBUCO - v-
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(A. Carvalho) '¦¦.'''.
não desdenhou a fidalga hospitalidade dum nosso opulento senhor de engenho. ¦¦'¦:¦'¦
Mas, dentre todos estes visitantes celebres, destaca-se, pelo caracter antipathico dos
seus conceitos acerca da gente e das cousas pernambucanas, o famoso fundador da
theoria evolucionista que tem o seu nome.
Vinha de regresso á Europa, após uma viagem de cinco annos em volta do planeta,
o brigue inglez — Beagle quando, batido de ventos contrários, arribou ao porto do
Recife, em 6 de Agosto de 1836. ¦ -písr
Da comitiva scientifica que trazia a bordo fazia parte um jovem naturalista cujo nome,
decennios mais tarde, devia echoar ovante por todo o mundo civilisado.
Mal fundeara o navio veiu ã terra Charles Darwin, movido de natural curiosidade;
desembarcado, nao foram agradáveis as suas primeiras impressões.
Pernambuco, escreveu elle depois no seu diário de viagem, é uma cidade de aspecto
enfadonho, senão repugnante; as suas ruas são estreitas, mal calçadas e immundas ; as
casas altas e sombrias.
Não tendo ainda terminado a estação invernosa, acerescenta, e estando alagada toda
a região circumvisinha, malograram-se os meus projectos de excursões pelos arredores.
Ainda assim Darwin toma uma canoa e dirige-se a Olinda que, « devido á sua posi-
ção », lhe parece « mais amena e asseiacla » do que o Recife.
Entretanto ali oceorre um incidente que muito contribuiu para cimentar a animad-
versão do grande pensador pelos nossos patrícios-: deixemo-lo narrar o caso e vejamos
si houve realmente motivo para tao profundamente magoar-se.
Devo registrar aqui, diz elle contando o seu passeio á nossa antiga capital, um facto
oceorrido pela primeira vez durante a nossa peregrinação de quasi cinco annos, isto
é : ter deparado com falta de urbanidade. Em duas casas os moradores me recusaram
grosseiramente e numa terceira me concederam com difficuldades permissão para
atravessar os seus quintaes em demanda duma collina inculta donde eu desejava observar
a região adjacente ».
Ora, bem considerados os costumes bisonhos e suspicazes do tempo, o aspecto assaz
rebarbativo do sábio britânico e a sua ignorância da lingua portugueza, é de fácil
explicação a pequena contrariedade a que a sua prevenção deu tamanho vulto; caso
muito semelhante, jã dous séculos antes, merecera dum seu genial compatriota o ridi-
culo dvuma comedia espirituosamente intitulada — Much I do about Notlving.
Do quanto vinha prevenido contra nós, elle próprio o confessa : « Sinto-me satis-
feito que isto suecedesse em terra de brasileiros, porquanto nào lhes tenho bôa von-
tade : « é um paiz de escravidão e portanto de degradação moral » (1).
E a mesma animosidade irreílectida resalta vividamente quando, doze dias após ao
: « Finalmente deixamos
partir o Beagle do porto do Recife, elle consigna no seu diário
as costas do Brasil. Espero em Deus nao ter mais que visitar um paiz onde exista a
escravidão. Ainda hoje, quando me fere o ouvido um soluçar distante recordo com
dolorosa acuidade as sensações que experimentei ao perceber, passando por uma casa
nas immediaçóes de Pernambuco, os mais lamentosos gemidos, e suspeitar que era um
comprehendia a minha
pobre escravo que estava sendo torturado, ao mesmo tempo que
impotência para evitar-lhe o martyrio. »
Sem pretender attenuar o opprobrio que sobre a nossa cultura lançou o regimen
servil, devemos observar que não era então o Brasil o único paiz onde elle vigorava,
nem aquelle onde imperava o mais deshumano tratamento dos míseros escravisados, o
que muitos patrícios de Darwin attestaram.
E, como toda a medalha tem... anverso, ó fácil encontra-lo para as suas diatribes
sobre o assumpto nos dithyrambos de Kostcr.
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slavery, and therefore of moral debasement.
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ALMANAQUE BRASILEIRO 141
RESUMO HISTÓRICO
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A BÍBLIA
A Bíblia contém 3.566.480 lettras ; 773.746 palavras; 31.173 versículos; 1.189 capítulos
o
e 66 livros. A palavra E occorre 46.227 vezes. O meio exacto da Bíblia é versículo
mais
8 do Psalmo 118. O versículo maior é o versículo 9 do VIII capitulo de Esther. O
da Bíblia, em
curto é o versículo 35 do capitulo Xí de S. João. O mais antigo exemplar
velho exempla-
hebraico, existia em Toledo, e era conhecido pelo Codex Hillel. O mais
do século iv.
em lingua grega é o do Vaticano, e parece ter sido escripto nos meados
de Oxford,
A mais pequenina edição da Biblia que se conhece foi feila na Universidade da Bibüa
tradução
em 1875 e tem de comprimento 2 pollegadas e meia. A primeira foi a
nas línguas occidentaes foi a flamenga, de 1477. A primeira traducção portugueza
da padre João Ferreira de Almeida, publicada em 1681.
: «Eu
Em 1826 um advogado de Colmar legou 70.000 marcos a um hospital de loucos faço
os que passam a vida a demandar;
ganhei esta somma, disse o testador* com
agora portanto uma verdadeira restituição ».
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do Estado
teve no mesmo anno o valor official de 6.762:431
$543.
Sergipe exportou em 1903 — 19.632.608 kil. de
açúcar, 3.223.316 kil. de algodão, 8.817.992 lit de
sal, 1.995.867 1. de milho. ..".... 1JL1TI.'1111 '"¦' t jri i imu __,_
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A renda da alfândega
de Aracaju no anno de
1904 foi de 413:260$000.
O balanço provisório do
despesa — 1.435:254$i83, X
José L. Coelho e Campos, Cidades
senador.
Martinho C.d'0. Garcez, senador.
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^^ig^^^Jt^^»^^^,^,^^ * <*, -
^yyx^^mx.
Larangeiras. — Mercado publico.
etc.
templo), Laranjeiras, Maroim, Própria, S. Christovão, Simão-Dias,
eleitos
0 Estado tem uma Assembléa legislativa, composta de 24 deputados
por dous annos, e
que se reúne no dia
7 de Septembro de
cada anno.
Presidente do Es-
lado — dezembarga-
dor Guilherme Cam-
pos.
O poder executivo
e exercido pelo pre-
sidente, cujo manda-
Lo dura dous annos.
0 judiciário tem por
órgãos: um Tribunal
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Aracaju. —- Matriz.
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RESUMO HISTÓRICO
Nas 50 léguas da capitania da Bahia dadas por d. João III em 1534 a Francisco
Pereira Coutinho estava compreliendido o território, que é hoje o Estado de Sergipe.
Falhas ou quasi falhas algumas tentativas de colonização, só em 1590 se poude dizer
feita a conquista definitiva do solo, e foi Christovão de Barros quem a realizou,
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cessou entretanto a lueta, que se prolongou até 1645, anno da defi-
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guez em 1640, não
nitiva libertação de Sergipe do dominio hollandez. ^turbada
recomeçar a obra da coloaização, e essa mesma ,a agora P^ada
Foi necessário : tuc a iates mas
de desordem que alli se xmplantara
wt freqüentemente pelo espirito
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de Agua-Comprida a Candeias (28 kms.), e final*-
mente a de Caravellas, pertencente á Companhia
Bahia e Minas, de Caravellas a Aimorés, com
142^,400 de extensão (trecho do Estado da Bahia).
Está em projecto a estrada de Ilhéus á Conquista
(70 kms.).
As linhas de navegação costeira e fluvial são
Dr J. Marcellino de Sousa, as seguintes :
governador. — Linha da Bahia Norte, da Bahia a Pernambuco
(por Estância, S. Christovão
Aracaju, Penedoe Maceió)
— 486 milhas;
Navegação Bahiana
Sul, da Bahia a S. José
(por Ilhéos, Canavieiras,
Belmonte , Sancta - Cruz,
Porto-Seguro, Prado, Alço-
baca, Ponta d1 Areia, Cara-
vellas e Viçosa) 351 milhas ;
Navegação Bahiana,
(Si. .-1. rr-i™*!''!! i i~"""»***"' jjjil"™:— ILLmmJv filw'-''•8Í» HT__'° PShà^^^^^^i^^^^^^y^^^^j^^^íÊ^^^Sà
da] Bahia a Itaparica, e de
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Nazareth a Valença;
Empresa Viação do Bahia. — Estação dos Carris electricos.
Brasil, de Joazeiro a Pira-
no alto S. Francisco, com 1.369 kilometros de extensão, que vae ter-
pora,
minar no Estado de Minas.
A riqueza mineral da Bahia é muito
areias
grande, pois abundam noPrado as
monaziticas, e em differentes sítios os car-
bonatos preciosos, ouro, diamantes, argillas
\ de primeira qualidade, ferro hydratado,
águas thermaes (do Sipó). A mais importante
seguindo-
producção do Estado é a do fumo,
se-lhe o cacau, o café, os couros epelles.
A Bahia exportou em 1903 : 21.507.748 k.
defumo no valor official de 15.104:201$708;
2US6.4B9k. de café no valor de 7.6S4:022$99S;
14.713.429 k. de cacau no valor de
do arcebispo do Jeronymo.
Armas
13.293:608$ 111; 1.869.643 k. de couros e
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por excellencia, e a
alta é onde se con-
centram a vida so-
ciai, civil e domes-
tica da população.
Tanto numa como
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noutra abundam edi-
ficios notáveis, entre
os quaes é justo citar
a Alfândega, o Arse-
nal de Marinha, a
Associação Commer-
ciai, o Palácio do
VALBNÇA^(Bahia).
Governo, o da Inten-
dencia Municipal, o Senado, o Theatro S. João, o Hospital de Sancta Isabel, o
Museu, o Thesouro, o Hospicio de S. João de Deus, o Seminário Archiepis-
copai, a Escola de
Bellas-Artes, a Es-
cola Normal, o
Gymnasio, a Escola
de Medicina, uma
Faculdade livre de
direito, antigos e
sumptuosos templos
como o de S. Bento
e o de S. Francisco,
onde se admira uma
obra de talha do
século xvni que é
lavor artis tico de pri-
meira ordem. São
WF várias as praças da
cidade, algumas cTel-
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RESUMO HISTÓRICO
No dia 22 de Abril de 1500 foi descoberto o Brasil por Pedro Alvares Cabral, que
avistou o monte Paschoal, próximo de Porto-Seguro. Data d'esse dia memorável o
conhecimento do território bahiano, que explorações subsequentes revelaram mais
amplamente.
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em 1534,
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D. João III plaueou a colonização do Brasil : a da Bahia de Todos os bançtos,
quando Correa,
doada a Francisco Pereira Coutinho; a dos llhéos, doada a Jorge de Figueiredo
reverteu a coroa
e a de Porto-Seguro, doada a Pero do Campo Tourinho. A primeira
em 175J._
logo em 1549, quando morreu o donatário; a segunda em 1761 e a ultima
foi sua sede
Em 1549, quando se estabeleceu o governo central de Thomé de Sousa,
soldados colonos e
a Bahia, á qual chegou elle no dia 29 de Março com boa leva de
Jesuítas, logo á fundação da cidade, que ficou sendo chamada do
padres procedendo da Nobrega,
Salvador. Por sua parte os Jesuítas, dirigidos pelo benemérito p. Manuel
bispado do Brasil,
iniciaram a obra da catechese. Pouco depois, em 1551, foi creado o
gendo nomeado primeiro bispo d. Pero Fernandes Sardinha.
t Em 1572, creação de uin governo especial para as capitanias do Sul, íicou a
pela durou apenas
Bahia cabeça das capitanias do Norte; mas esta dualidade de governos
em 1577.
cinco annos, restabelecendo-se o governo geral único, com séde na Bahia,
sendo
Prosperava a capitania rapidamente, quando rebentou a invasão hollandeza,
Diogo de Mendonça Furtado. No dia 9 de Maio de 1624 a frota de
governador geral desembarcaram e
Pieter Heyn rompeu fogo sobre a cidade do Salvador, a 10 as forças
Portuguezes,
a occuparam. Pouco durou entretanto a victoria : o cerco da cidade pelos
de loiedo,
reforços vindos de Pernambuco e o auxilio da esquadra de d. Fradique
do invasor
mandada pela metrópole, conseguiram a 30 de Abril de 1625 a capitulação
capitanias do
hollandez, que foi mais tarde tentar a conquista de Pernambuco e outras
Norte.
só acabou
Besentiu-se naturalmente a Bahia dos effeitos da guerra hollandeza, que
do século xviii,
de todo em 1654; dessa data em deante porém, e mormente no decurso
o desenvolvimento da capitania, cujo sertão foi sendo gradualmente expio-
proseguiu
rado, cujos recursos naturaes foram sendo aproveitados intelligentemente.
a metro-
Em 1763, por haver tomado grande incremento o Bio de Janeiro, resolveu
transferir para alli a séde do governo central do Brasil, com a categoria de vice-
pole
reinado.
O
'ZS: Em 1808 arribou á Bahia a esquadra em que vinha a familia real portugueza.
regente alli desembarcou no dia 24 de Janeiro com toda a solemnidade; a 28
principe
a famosa carta regia, que abria os portos do Brasil ás nações amigas, e a 26 de
publicou
Fevereiro partiu para o Rio-de-Janeiro.
Porto,
Ein 1821 a Bahia recebeu com enthusiasmo a noticia do movimento liberal do
Francisco
constituindo-se logo uma juncta governativa presidida pelo desembargador
a deixar a
Manuel de Moura Cabral e obrigando o capitão-general conde da Palma
de Lisboa
cidade. Posteriormente, quando se accentuou a animosidade das Cortes
das
contra os Brasileiros sequiosos de autonomia, e veio tomar conta do commando
de 1822), a
armas da Bahia o brigadeiro Luiz Ignacio Madeira de Mello (il de Fevereiro
Madeira levou a
resistência dos patriotas se accendeu; sobrevieram combates em que
a guerra
melhor, mas a insurreição alçou o collo no interior da capitania e começou
da independência.
o commandante De
Do Rio-de-Janeiro partiram em auxilio dos patriotas bahianos
das tropas. Este, vindo
Lamare com uma esquadrilha e o general Labatut para chefe
com a brigada de Pernambuco e, manobrando
por Alagoas e Sergipe, entrou na Bahia combates, forçou-o a
habilmente para encurralar Madeira na capital, depois de felizes
abandonar a cidade no memorável dia 2 de Julho de 1823.
o dr.
Constituída em provincia do Império, a Bahia teve por primeiro presidente
1824, 1825 e 1829 houve ainda
Francisco Vicente Vianna (barão do Rio de Contas). Em - a Sabmada - por ter
alli motins, e em 1837 rebentou a revolução, que se chamou
Os revoltosos ficaram
como principal cabeça o dr. Sabino Alvares da Rocha Vieira.
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Almeida, etc. Em 1551, com a chegada do jesuita p. Affonso Braz, se iniciou a catechese do
gentio, que foi continuada vantajosamente pelo p. Braz Lourenço e outros; esta coope-
ração dos padres auxiliou a fundação de novos núcleos de povoação na capitania. Todavia
a guerra com os Índios exigiu ainda em 1558 a intervenção do governador geral Mem
de Sá, que mandou tropas sob o mando de seu próprio filho Fernão de Sá em auxilio do
donatário; a victoria coube aos Portuguezes, mas o commandante perdeu a vida na
luctá. .-.
Avaliava-se até agora de maneira imperfeita o numero dos habitantes do Celeste Im-
perio. Mas o pagamento da indemnisação de guerra, exigido pela Europa, determinou
a necessidade de um recenseamento, ao qual devemos noção exacta nesse ponto. A
China encerra 426 milhões do habitantes, dos quaes 408 milhões residem na China pro-
m priamente dita, isto é nas 18 províncias. A densidade da população varia nessas pro-
vincias de 26 a 264 habitantes por küometro quadrado.
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ou 373.000 hec-
gendoa superfície approximada de 3.730 kilometros quadrados
tares, e comprehendendo os seguintes rios : Macacú, Guapi e affluentes, Estrella,
Saracuruna, Inhomirim e affluentes, Iguassú, Pilar, Mantiquira e affluentes, Magé
e affluentes, Surubi e affluentes, Sarapuhi e affluentes; a segunda abrangendo
a superficiede 8.680 kilometros quadrados ou 868.000 hectares e comprehendendo
os rios Macahé, S.Pedro e affluentes, Ururahi, Macabú e Lagoas Feia, de Cima e
outras menores, Parahiba, Muriahé e affluentes; a terceira abrangendo a super-
ficie de 3.970 kilometros quadrados ou 397.000 hectares, comprehendendo os
rios S. João, Gapivari, Bacachá e seus affluentes; a quarta abrangendo a super-
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Rua do Ouvidor, 87
RIO DE JANE
ESPECIALIDADES
Vinhos, Licores, Champanhe, Chocolates,
Bombons, Doces,
Conservas, Massas e Farinhas alimentícias
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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reconheceu a formosa bahia do Rio de Janeiro (1° de Janeiro de 1502) e outros pontos
do littoral.
Aqui tocou em 1519 o célebre Fernando de Magalhães, em 1531 a expedição de Mar-
tim Affonso de Sousa, e no anno seguinte seu irmão Pero Lopes.
Em 1534, feita a divisão do Brasil em capitanias, o território qne hoje constitue o
Estado ficou distribuido por dous donatários : Martim Affonso de Sousa (capitania de
S. Vicente) e Pero Góes da Silveira (cap, do Parahiba do Sul); mas não se seguiu a isto
tentativa séria de colonização.
No governo geral de d. Duarte da Costa, em 1555, tentaram os Francezes comman-
dados per Nicolau Durand de Yillegagnon fundar no Rio uma colônia permanente :
estabeleceram-se primeiro no ilhéu da Lage e depois no Serigipe (hoje ilha de Ville-
gagnon;, onde levantaram um forte que se chamou de Coligny, sem que o governo
da Bahia tivesse forças nem coragem para os inquietar. Mem de Sá, governador geral
que suecedeu a d. Duarte da Gosta, tomou a peito porém expellir os invasores; veio
para isso da Bahia com alguma força e, auxiliado pelos recursos mandados de S. Vi-
cente, atacou em 1560 a fortificação dos Francezes, tomou-a e mandou arrasa-la. Reti-
rando-se logo Mem de Sá. Os inimigos que se haviam refugiado no continente, auxi-
liados valiosamente pelos Tamoios, seus amigos e alliados, voltaram á ilha e fortalece-
ram-se novamente não só alli como em pontos do littoral.
« Foi mister outra campanha : em 1565 Estacio de Sá com tropas portuguezas e refor-
ços vindos do Espirito-Sancto e de S. Vicente, entrou no Rio de Janeiro e procurou
debalde bater os Francezes; fez-se necessária a vinda do próprio Mem de Sá com
mais gente e navios em 1567. Deu-se o grande assalto a 20 de Janeiro, conseguindo as
armas portuguezas aünal completo triumpho. Começou logo depois a fundação da
cidade, da qual foi nomeado governador Salvador Corrêa de Sá, e que tinha de ser a
capital da nova capitania do Rio de Janeiro.
De 1572 a 1577 foi séde do governo geral das capitanias do Sul, mas de 1577 em
deante tornou a ficar sujeita ao governo da Bahia. Durante aquelle periodo de cinco
annos realizou-se a formidável expedição de Christovão de Barros contra os indios
Tupinambás e Tamoios; estes foram quasi totalmente exterminados, e áquelles emigra-
ram para o Norte.
Em 1577 creou-se para o Bio de Janeiro e capitanias do Sul uma prelazia especial,
independente do bispo diocesano.
D'ahi em deante proseguiu o trabalho de colonização do território e desenvolveu-se
a cidade. Em todo o decurso do seeulo xvn não houve acontecimento de vulto, a não
ser um distúrbio popular no Rio de Janeiro em 1660, sendo governador Salvador
Corrêa de Sá, descendente e homonymo do fundador da cidade. Foi causa d'esta per-
turbação da ordem o lançamento de um imposto mandado fazer por Thomé Corrêa de
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emquanto ia a
Alvarenga, a quem Corrêa de Sá passara interinamente a administração, mais : a
depuzeram Alvarenga, mas não tiveram força para
S. Paulo. Os sediciosos
V\ força legal prendeu os cabeças e a agitação serenou.
o do Rio de Janeiro, que foi elevada a bispado a pre-
Em 1676, tal era já progresso
lazia, sendo primeiro bispo d. José de Barros de Alarcão.
da invasão projectada por João *ran-
Em i.iO a cidade defendeu-se galhardamente
tendo desembarcado com cerca de 1.000 soldados francezes em
cisco Duclerc, que,
ao coração da cidade. As
Guaratiba, entrou por Jacarepaguá e Engenho-Velho e cbegou Bento do
sobretudo os estudantes commandados pelo bravo
forças da guarnição e
na lueta o mestre de campo
Amaral Gurgel obrigaram o invasor a capitular. Morreu
e Duclerc, foi assassinado no dia 18 de Março de
Gregorio de Castro Moraes, preso,
1711
em França a expedição de
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ALMANAQUE BRASILEIRO 167
Itaborahi) estadista, Luiz Alves de Lima (duque de Caxias) general, Francisco Salles
— parla-
Torres-Homem (vise. de Inhomirim) e Francisco Óctaviano de Almeida Rosa
mentares, Antônio José da Silva e Luiz Martins Penna — comediographos; Domingos
José Gonçalves de Magalhães (vise. de Araguaia), Casimiro de Abreu, Fagundes Varella,
Laurindo Rabeilo e Luiz Guimarães junior — poetas; o dr. Joaquim Manuel de Macedo
e A. G. Teixeira e Sousa — romancistas; os drs. Francisco Freire Allemão e J. Saldanha
da Gama —botânicos; os drs. Manuel de Valladao Pimentel (barão de Petrópolis) e João
Vicente Torres Homem— medicos e professores; d. Antônio Maria Correia de Sá h
Benevides— bispo de Marianna; o contra-almirante Luiz Philippe de Saldanha da Gama ;
o p. José Mauricio Nunes Garcia e Leopoldo Miguez — músicos, fr. Francisco de
MonfAlverne e fr. Francisco de Sta-Thereza de Jesus Sampaio — oradores sagrados ;
— nisto-
João Caetano dos Santos — actor trágico; o dr. João Manuel Pereira da Silva
riador, e dr. José Ferreira de Sousa Araujo — jornalista.
Dizem folhas de Nova-York que em 1903 havia nos Estados-Unidos 33 105 mulheres
e 18.384 homens que obtiveram sentenças de divorcio; total 51.589 c< njuges divor-
ciados.
Pelo que mostram esses algarismos, o numero das mulheres divorciadas e quasi o
triplo do dos homens, e o facto procede de que o homem divorciado contrahe novas
nupcias muito mais facilmente do que a mulher divorciada.
Chicago é a cidade predilecta dos divorciados, e alli residem em numero de 4.341.
Vem depois Nova-York com 2.146, sendo 784 homens e 1.362 mulheres; Philadelphia
com 1.772; S. Francisco com 1.760; S.Luiz com 1.596; Indianopolis com 1.391 ; Boston
com 1.106 ; Baltimore com 998 ; Brooklyn com 951; Nova-Orleans com 809 ; Buffalo com
495, e outras.
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A estrella de Belém, o fulgido guia dos Magos ao presepe onde nasceu Jesus, pelo
no Armamento
que dizem os astrônomos, não tarda a reapparecer. A sua volta visivel
deve dar-se em 1910 ou em 1911. ¦ ->:
O astro é um cometa citado pelo historiador judeu Josepho, e depois tem appare-
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telegrammas com
8.202.289 palavras.
Da E. F. Leopol-
dina atravessa pelo
Districto Federal o Arcebispo do Rio.
trecho inicial da E.
F. do Norte, de S. Francisco Xavier a Meriti, com 16 kilometros; e da E. F. Auxi-
liar da Central tambem o trecho inicial, da Ilha das Moças a Camboatá, com
32 km, 044. Ha ainda no Districto Federal a E. F. do Corcovàdo
(3 km 780), e
por parte d'elle transita a E. F. Rio-do-Ouro com a extensão total de 77km 480.
— A sua divisão ecclesiastica é em 23 freguezias
e um curato, a saber :
Candelária, Engenho-Novo, Engenho-Velho, Espirito-Sancto, Gaveá, Gloria',
Lagoa, Luz, N. Senhora de Lourdes, São Christovão, S. José, Sacramento,
SancfAnna, Sancta Rita, Sancto Antônio, Sancto Christo dos Milagres
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Campo Grande, Guaratiba, Ilha do Governador, Ilha de Paquetá, Inhaúma, (urbanas),
Irajáj
Jacarepaguá (suburbanas) e curato de Sancta Cruz.
A bahia do Rio-de-Janeiro tem a forma de um triângulo irregular e representa
em pequena escala a configuração geral da Republica : coincidência realmente
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nia, a Escola Poly- '
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¦Ist.belecitnenb :
d. benelic.nc.» : 351.160,10; p.rfculares
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da illuminação da cidad. custou
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174 ALMANAQUE
RESUMO HISTÓRICO
do Ri.-d.-Jonc.ro . cojos destinos esteve
Vej,-Se o , Resumo histórico . do Esjado
a capital do Brasil até quasi meiados do seeulo passado.
Ugadeí
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IfíSOIIAS II
De SODÜRETO de FEBRO e QOI^A
HYSTERIA, GAIMBBAS DE ESTÔMAGO,
Tônicas, febrifugas e reconstituintes
NEURASTHEMA, 1NFLUEHIA
Recommendadas na
e todas as
ANEMIA - CHLOROSE - FRAQUEZA
BpENÇAS NERVOSAS
FEBRES, ETC.
SS i cura infallivel com as
1 frasco de ÍOO pilulas 4 francos
1 /2 frasco de 50 pilulas 2 francos
do Doutor GRGM3ER da competente indicação
Acompanhado
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queira. A pri-
meira quasi beira o Oceano com os nomes de
Cubatão e Paranapiacaba, destacando ramos
diversos : Bocaina, Quebra-Cangalhas, Itapera,
Mongaguá, Itatins, Guarahú, Negra, etc. A
segunda (outr'ora Jaguamimbaba) é muito mais ^^__ÉÍ___I_É' »_al ______
alta, e d'ella se esgalham as ramificações
denominadas : Cantareira, Jugueri e outras.
Além d1ellas existem as serras de Araraquara,
Jaboticabal, Botucatú, etc. l^rgjjjjl B_____t__i ______ffy.fr'iB j^^']_____________________l
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123 kms.
KÊS1 Ramal dos Agudos (Dous-Corregos a Piratininga),
Cordeiro a Rio-Claro, com 17 kms. (24 m.);
- 38 kms. (1 h. 12 m.);
Laranja-Azeda a S-<- Veridiana
Porto-Ferreira a S* Rita — 27 kms. (1 h. 28 nl.);
Descalvado a Aurora — 14 kms. (57 m.);
h. m.);
Rio-Claro a Jaboticabal - 224 kms. (7 10
Jaboticabal a Bebedouro — 53 kms.;
22 m.
Visconde do Rio-Claro a Jahú - 133 kms. (4 h.
S. Carlos a Sta Eudoxia - 63 kms. (2 h. 3 m.);
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^
Boituva a Itapetininga—65kms.;
Cerquilho a Tietê — 8 kms. 690;
Victoria a Porto-Martins — 30 kms., 082;
¦
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¦ív/-
— 8 kms., 677
Treze-de-Maio a Araguá (sub-ramal)
Capão-Bonito a Agudos — 95 kms., 247;
Itú a Mayrink — 53 kms.;
Jundiahi a Itú — 67 kms., 731;
Itaici a S. Pedro — 149 kms., 42o;
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MAGALHAES
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PEDRO Oa
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Júris-
Variado sortimento de livros Coliegiaes, Acadêmicos—Medicina,
Romances, Dramas, etc.
prudência,
este estabelecimento um variado sorti-
EM PAPELARIA possue cujos preços
mento de papeis eommerciaes, Diplomatas e Almassosinsignificantes.
têm feito admirar muitos compradores que acham os preços egualmente
Sas para copiar e escrever, Pennas, Lápis, Canetas possue
escolhido sortimento.
Crianças. Enorme variedade entre os quaes se
Livros para sempre a cantar -
destacam o «João e a Joanna Patusca » que andam
- triolá interessantíssimos, livros cheios de gravuras escolhidas por
triolé
Dona Miloca — Bibliophila das crianças.
de Casa este estabelecimento variado
Livros para a Dona possue
se destaca o Thesouro das Famílias ou encyolop^
sortimliato oSde interessante
dos conhecimentos da vida pratica. Manual cio Jardmeiro,
do cultivo das flores. Manual de criação de coelhos,
livro de noções praticas
gallinhas, etc.
snrs. ^f^^^
EM JURISPRUDÊNCIA encontrarão osassim como as obras maio
livros mais modernos e de maior valor Jurídico
em Medicina, Mathematica, Litteratura, etc.
recentes
Variada collecção de Livros Religiosos e Escolares.
manufactura; Importação e exporta-
CARTÕES POSTAES grande
Brasil.
ção para todos os Estados do
Uma ligeira visita á
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A ¦.
altatiba,com21kms.
Èk. - - (55 m.).
g ^W?M%. IPA^A l*i'Av -««v* „«*
Companhia E.
F. do Dourado, com
20 kms.
—E.F. Araraquara,
cie Araraquara a Ri-
beirãosinho, 83 kms.
Ligada á rede da
Paulista, ha uma
linha de navegação
no Mogiguassú, do
Porto Ferreira a Pon-
talycoma extensão de
136 kilom., e outras
dão transporte nos
— de Jaguara.
rios Tietê, Piracicaba
Campinas. Rua Barão
e Ribeira do Iguape.
da fusão das duas comp. Paulista e Mogiana; feita esta,
Em 1904 tractou-se
a Sorocabana e se faria a ligação das trez redes, uniformizando
r!y
>>• - ,
comprar-se-hia
as tarifas. Este plano todavia náo vingou.
agricola do Estado é a do café, que produz com exube-
A grande industria
&
e especiaes do solo. A producçao de
rancia, graças á uberdade qualidades
Paulo no anno de 1902-1903 foi estimada em 7.750.000 saccas de
café de S. No
de metade do café produzido em todo o mundo
60 kilos, isto é, cerca
1903 este Estado exportou 473.667.486 kilos de café, no valor official
anno de
'
425$035. A depreciação do genero, porem, collocou a lavoura pau-
A - de 201 324-
suscitou medidas urgentes do Poder Legislativo e
V. lista em situação penosa, que
novas applicacões dos capitães. , ,. ,- i, •
havia
informações estatísticas
Em 100 municípios que prestaram em 1903
£' - de café, calcular que nos outros 72 municípios do
354 104.175 pés podendo-se
dará o total
seja approximadamente de 250.000.000, o que
Estado esse numero em S. Paulo.
A de 604 104 175 cafeeiros. A industria vinicola progride
e os cereaes começam novamente a ser cultivados e da manga-
algodão
O "silvestre,
abunda nos Campos Novos do Paranapanema.se extrahe
beira que
Ha ferro de excellente qualidade e abundantíssimo em Ipanema,
borracha do Estado,
de oleo em Taubaté, mármores em vários pontos
e schistos ricos
.. ¦
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y'y'yyfi4yy^yy4"('¦•;>•:-y'ii-.'.,'¦•'.'. ;»'<.".:¦'.¦'"¦.. ií,.T.-$y
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181
^ ALMANAQUE RRASILE1R0
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om duas partes : o centro eomnrereia. grande
tampo , ^
Sta Cecília,
Luz, Sta Anna, Sta iphigema, Consolação,
extensa baixada
Retiro, - e a parte que comprehende a
até Mooca, Pari e Penha. Sua área orça por
do Braz
de metros quadrados, e a população por , *_I%;:*
33.000.000
280.000 habitantes.
edifícios monumentaes e bellas avenidas, a ,._
Rica de
limimíir i__L^K^^_^^^fcy^^o___pWB
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^ Pal^m
o Doi-.pin do
rin Governo,
x^ situado ^numa Jípraça
cidade ostenta entre outras cou^s
»;^ ^
onde seacbamumbem (SÍ««á Qnarto! da Ln.
organizada Escola Normal a re<^J^nte Hospedaria de Immigrantes; um
a unp| onde
restaurado, o Yiaducto do Cha
a «sptendtda estaçdo da Companb.a
E.r:ct^te Muedo0Es.ado,
ALMANAQUE BRASILEIRO
182
a mais notável >^^J
Ingleza Santos a Jundiahi, que é talvez de bella
^
numerosíssimos os edifícios particulares
do Sul no seu gênero. .São
^f da serra da Cantareira
auao de boa água potável derivada
ciudue ée abastecida
a cidtr miihnpq
de litros;
mro, sua rede de
30 a 35 milhões
orçando o fornecimento diano por Extensa» 1 nhas de
de «9-M7-.85
exgottos tinha em 1904 o desenvolvimento extremos e o centro
communicação entre os pontos
bondes estabelecem fácil
dYarãS4a foi supenor a 4.078:000*,
municipalidade d. S. Pauio em «03
e nara 1905 foi orçada em 3.962:069$756. nos últimos doze
o grande porto commercial do Estado; passou
Santos linha as suas
veis melhoramentos, figurando em primeira
annos por consid de saneamento da cidade
trabalhos
«gXs Docas., e depois os grandes entrados - 9o6, saídos
foi este : navios
No anno de 1902 o movimento maritimo
"s9etuem-se-lhe
: Campinas (cognomi-
importantes cidades do interior, como
mato habs.); A„ra>» ütamm da
nada Wnl'« *oiu) com baila (80.000
encanada 50 00 habs ),
theatro e, agua
por luz electrica, bello passeio público, habs.); Jundiahi (25.000 habs.), Itü ,
Rm
Rio-Claro, peneiro alinhamento Gymnasi0;
Ct4ro de perfeito (40.000
Piracicaba, juneto ao
e um uj Tmibaté
com muitos edifícios religiosos brdiiut. •
belleza ^^^'I™^
rio do mesmo nome, cujo salto é de grande
- suas antigas feiras de animaes, Jacarehi, Bragança,
Sokocab, famosa pelas
etc.
Lorena, Guaratinguetá, Pindamonhangaba da diocese d. Jose de
Jorge Tebynça, e bispo
E' presidente de S. Paulo o dr.
Camargo Barros, transferido do Paraná rmTmõe
se compõe de
do Estado é exercido pelo Congresso, que
O poder legislativo com 3 annos de man-
Deputados e. o Senado, aquella
duas ama a : Camara dos tnennalmente. O Con-
annos renovando-se por metade
date, e este com seis
eresso reune-se a7 de Abril de cada anno. 4 ,
h um eleito por 4 annos.
O poder executivo é exercido por presidente,
o é um Tribunal de Justiça, juizes e jurados.
y
O judiciário por
O Estado possue 172 municipios. .'4<"'•'•¦.
RESUMO HISTÓRICO
_'* "'\'.
.?*-'.
W> yiKA/i ttoía nn brasil' sob o cornmaiido de André Gon-
¦ A-expediçãopor^^^
a tocou ein temtorio ae d. rau , ,
çalves, foi primeira que ^
"Trtim â ilha e em 1532 á ilha
Affonso de Sousa em 1531 aportou ,do.4brigo,
eme elle chamou de S. Vicente, e alli,inic,iPuí^.?,s^elecim?nte, que
nyy. indu iZJ& qne -Ramalho
Indua-guassu, de Tebirecá, dos Guaiauazes. A
Ramalhenie e chique
vingou graças ao auxüio de João e no
Jy^¦ui^uq Martim . Affonso
PAlnniyafão da terra começou logo em seguiüa, _^
depois, povoada se denominou S. An-
sul aos campos de Piratininga, localidade que
my.
^^tetfc^dr^pitanias 100:lé-
em 1534, couberam ao inekmo'Martim Affonso;
ted aiô 12- léguas ao Sul deCanan^exceptuado* um pequeno
gu^e Ho
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ALMANAQUE BRASILEIRO
183
intercalar, foi dado a seu irmão Pero Lopes de Sousa Estava pois na capi-
trecho que
de S. Vicente comprehendido o território do actual Estado de S. Paulo^
tania
Cubas, e a de S. Paulo pelo
Seguiu-se a S. Vicente a fundação de Santos por Braz
mais rapidamente,
famoso jesuita José de Anchieta em 1534. Esta ultima progrediu
tempo adeante o centro propulsor do povoamenlo dos sertões
constituindo-se pelo
pelas célebres bandeiras paulistas.
Portugal, diz-se que o povo
Em 1641 quando alli chegou a noticia da restauração de
a acclamar o rei d. Joao IV e
amotinado e já cogitando em independência se recusara
para seu rei a Amador Bueno da Ribeira, o qual obstinadamente
pretendera proclamar
rejeitou a bonra offerecida.
interior do paiz, em
\ Os « bandeirantes » com as suas expedições aventurosas pelo
do seguinte. Fernao
busca de indios e de minas, encheram o século xyu e boa parte
Rodrigues Arzão Bartho-
Dias Paes, Affonso Sardinha, Manuel da Borba Gato, Antouio
- o « Anhanguera », Paschoal
lomeu Bueno de Siqueira, Bartholomeu Bueno da Silva
e muitos outros assim enormes serviços á exploração e povoa-
Moreira Cabral prestaram
do solo, elles devassado em todas as direcções com estupenda coragem
mento por
capitania especial, o
Em 1720 desligou-se da capitania de S. Paulo, para constituir
vastos territórios deGoiaz
território de Minas-Geraes, e em 1749 o mesmo suecedeu aos
e Matto-Grosso. ,da
os agitados suecessos precursores
Quando no Rio de Janeiro se desenrolaram
de 1S21 a 1822, tambem em S. Paulo não foi pequena a commoçao.
independência,
alli chegou a noticia do movimento liberal do Porto e do que se passava na
Logo que
esse motivo, José Bouifacio concertou com amigos o plano de uma nova
capital por
organização administrativa e acelamou-se uma juneta ou governo provisório presidido
por João Carlos Augusto de Oyenbausen. conhecida pelo
Surgiram porém divergências graves; projectou-se a conspiração
era consolidara
nome de « Bernarda de Francisco Ignacio », cujo intuito principal
rebentou o movimento de 23 de Maio de 1822 con-
antiga preponderância portugueza;
câmaras de outras cidades, e repetiu-se o motim a 19 de Julho.
tra o qual protestaram
'Estes S. Iaulo; eüect.va-
acontecimentos induziram o principe regente a partir para
manter a ordem
mente no dia 25 de Agosto, alli chegando, tomou providencias para
e a 5 de Septembro partiu para Santos. No dia 7, de
dissolveu o governo provisório
Ipiranga, recebeu as mais graves noticias sobre a
regresso a S. Paulo, e ao passar pelo
comprehendeu então que ja nao era licito
attitude violenta das Cortes portuguezas; —
conter a onda e soltou o grito — Independência ou morte!
indescriptivel. D. Pedro
O delírio dos Paulistas, ao receberem-n'o na cidade, foi
d'alli partiu a 10 de Septembro com destino ao Rio de Janeiro. . _
do Brasil, S. Paulo, na qualidade de província do
Proclamada a independência
_«
administrador um provisório que tomou posse a
Império, teve por primeiro governo
e depois, presidente Lucas Antônio Monteiro oe
9 de Janeiro de 1823, por primeiro
visconde de Congonhas), que tomou posse a 1 de Abril de «_».
Barros (mais tarde
A 11 de Agosto de 1827 foi alli creada a Faculdade de Direito.
da foi levemente perturbada em 184 po as ¦ '¦¦¦-'¦:'. A*,
a creação do Conselho de ¦
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Proclamada a Republica, S. Paulo na categoria de Estado teve por primeiro governo
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J. um triumvirato que tomou posse a 16 de Novembro; a 3 de Dezembro foi nomeado
'--"y
governador o dr. Prudente J. de Moraes e Barros. A Constituição do Estado foi promul-
gada a 14 de Julho de 1891.
Foram distinetos filhos de S. Paulo : Alexandre de Gusmão — estadista/Bartholomeu
Lourenco de Gusmão — o inventor dos aerostatos (1709), fr. Gaspar da Madre de Deus
e F. Adolfo de Varnhagen — historiadores, os irmãos Andradas (José Bonifácio, Mar-
tim Francisco e Antônio Carlos) — collaboradores da independência, Diogo Antônio
Feijó — regente do Império, Gabriel J. Rodrigues dos Santos e José Bonifácio de
Andrada e Silva — oradores parlamentares, Joaquim Corrêa de Mello — botânico,
Manuel A. Alvares de Azevedo — poeta, José Ferraz de Almeida junior —pintor, Anto-
nio Carlos Gomes — musico, Prudente J. de Moraes e Barros — presidente da Repu-
blica.
swffl^iwíwsfflsa^^
LIVRA
V
Colleccão das obras de WALTER SCOTT
Kenilworth O Abbade
O Talisman O Castello Perigoso
O Misanthropo A Dama do Lago
Waverley A Desposada de Lamermoor
X A Prisão de Edimbourg Guy Mannering
As Puritanos da Escócia Woodstock
Quentin Durward O Mosteiro
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PARANÁ
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w yJ. ™,ty%)
desce de S. Paulo, e que no seu ponto culminante
no Paraná tem o nome de Marumbi (com 1810 m.
de altitude), ha no Estado : a Serrinha (com 1215
metros em sua maior altura), a serra da Ribeira,
Esperança (1365 m.), Apucarana, das Furnas, dos
Agudos, da Ventania, dos Dourados e outras.
A zona elevada pode ser ainda subdividida em
cinco zonas differentes e bem characterizadas : l.ao
planalto de Curitiba (en-
tre a Serra do Mar e a
Serrinha); 2.a os Campos-
W; ^fe^^Ür Geraes, vasto taboleiro Dr. Vicente Machado, governador.
formado de campos pon-
tuados de capões entre a Serrinha e os sertões do
Cinza e as florestas do valle do Tibagi); 3.a o planalto
de Guarapuava composto de campos famosos para a
criação de gado; 4.a a zona constituida pelos valles
dos rios Iguassú, Jejuiguassú, Pequiri e S. João; 5.a a
zona que comprehende os valles do Ivahi e Tibagi.
Estas duas ultimas estão cobertas de admiráveis
florestas.
Grandes e importantes são os rios que cortam o
território : o Paraná, formado pelo Paranahiba e pelo
Grande, que vae desaguar no estuário do Prata, e
que no seu percurso forma o famoso Salto das Septe
Brasilio F. da Luz,
senador. Quedas ou do Guaíra, que é uma maravilha natural;
,*T_X-w
'¦¦"' ¦'¦¦ ¦ '-^ ¦¦¦->¦"'•'-¦• _ '^Tf^^?>*^*^y^ig?v: ^-^-j^
186 ALMANAQUE BRASILEIRO
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A- 'B
valle do Tibagi ; ferro
por toda a parte e sobre-
tudo perto de Antonina;
mercúrio em Palmeira;
sal-gemma nas margens
do Ivahi; bellos mar-
mores em Bocaiúva ;
chumbo em Cerro-Azul;
águas mineraes em Vo- -,_,%
tuverava e em Palmas a
margem esquerda do
Chapecó. No municipio
de ímbituba, comarca
de Ponta-Grossa, foi des-
coberta recentemente
I. uma mina de carvão de
pedra; o terreno occupa
a area de 3.000 hecta-
Serra do Marumbi. — O Cadeado.
ros, e as amostras tira-
foram classificadas como « hulha gordal ».
das da. camada superficial
Estado em 1902 foi do valor de.16.162:695*000, e a mi.
A exportação total do
no'de 2.9M:T58$000. Nesse anno houve este movimento no porto
portacão
: navios entrados 325 com 188.870 ton.; saídos 321, com 183.888
de Paranaguá
ton.
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Receita orçada para 1904 : 2.823:212$665; despesa- egual quantia. : t
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!v ',*¦ y.
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ALMANAQUE BRASILEIRO 189
E1 presidente do Estado o
dr. Vicente Machado da Silva
Lima, e bispo da diocese
d. Duarte Leopoldo — sa-
grado em 1904. ¦
•>'¦;
-;
compõe de 30 deputados
eleitos por dous annos e se
reúne a 1 de Fevereiro. m
O executivo é exercido ,t
RESUMO HISTÓRICO
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190 ALMANAQUE BRASILEIRO
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Ha 7 pharoes na cosia.
As culturas mais desenvolvidas
são as do café, canna, algodão,
íructas, fumo, cereaes, mandioca;
a criação de gado prospera fácil-
niente, e já se exporta manteiga.
Os hervaes de matte abundam, e
juncto ao rio Tubarão ha minas
de carvão de pedra que são expio-
radas com proveito. Este carvão,
muito similhante ao japonez, deu
pela analyse :
Humida 0,30 "/o
Mat. voláteis... 33,4-0 %
Corbono fixo... 42,58 o/0
Cinzas ........ 23,72 %
"
Enxofre 2,67 %
O movimento commercial e in-
dustrial vai crescendo sensível-
mente. Em 1902 a importação teve
o valor official de 2.418:772$ 000,
e a exportação o de 7.274:212 $949.
Em 1903 a Companhia Hanseatica
M_1._IIM.IIII -l-l ft ¦¦—
introduziu 995 immigrantes.
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- V.-
RESUMO HISTÓRICO
A ilha de Sla Catharina, « Ijuriré-mirim » dos indígenas, foi descoberta por João
Dias Solis em 1515; mas nem este nem outros navegadores ou exploradores, que por
alli passaram no decurso do seeulo xvi, deixaram o menoç vestígio de estabelecimentos
permanentes. Em 1534 a capitania foi dada a Pero Lopes de Sousa, mas a colonisação
da terra não se fez.
A primeira colônia, inicio do povoamento do solo catharinense, foi estabelecida
•em 1651 por Francisco Dias Velho no próprio local, onde hoje se ergue Florianópolis;
pouco depois Domingos de Brito Peixoto se estabeleceu na terra firme em frente á ilha,
e mais tarde na Laguna. D'estes pontos se irradiou a colonização do território.
As depredações do corsário Lewis no nascente povoado do Sta Cathariua afugentaram
<Talli os colonos, e a localidade esteve abandonada por alguns annos, até que Antonio
Affonso, Miguel Antunes Prompto e outros em 1666 recomeçaram a obra colonizadora.
ígí.«mw ,.. ,. r«i ....,....*,.<.. ,.„. i.. ... .v., .i.i ív, .,.( ..-» iifiXxfi. • ajusíS
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194 ALMANAQUE BRASILEIRO
depois
Até 1709 este território esteve sujeito ao governo do Rio de Janeiro; passou
a governo itfde-
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a ser dirigido pelo de S. Paulo, até que em 1738 d. João V o elevou
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de 4.000 famílias
respeita á colonização da terra, para a qual elle reclamou a vinda
enorme incremento
açorianas e madeirenses. A chegada d'estes laboriosos colonos deú
á agricultura e á industria.
ordem do rei
Em 1777 um grave suecesso perturbou a existência da capitania. Por
abordou
de Gastella o general d. Pedro Zebalios com 10.000 homens de desembarque
Antônio
a ilha e d'ella se apossou facilmente, graças á inércia e covardia do governador
mesmo
Furtado de Mendonça. Tendo este fugido para terra firme com as tropas, alli
No anno
capitulou. Por essa oceasião o êxodo dos habitantes da ilha foi enorme.
vr--' -¦ seguinte, concluido já o tractado entre Portugal e Hespanha, foi restituida Sancta-Çatha-
rina á coroa portugueza, e seu desenvolvimento econômico se restabeleceu, prosegumdo
regularmente.
uma
Proclamada a independência do Brasil em 1822, tomou conta da administração
Juncta Provisória, a qual em 1824 passou o governo ao primeiro presidente nomeado
Rodrigues de Carvalho.
para a provincia, o desembargador João Antônio
Em 1839 repercutiram alli os acontecimentos da revolução rio-grandense chamada
nesse anno
dos « Farrapos >». Os republicanos, guiados por David" Canavarro, invadiram
Lages
a provincia, dominaram os campos da Vaccaria assim como todo o municipio de
ea 23 de Julho occuparam Laguna. D'ahi os desalojou a 15 de Novembro o general
José
Andréa, não obstante a resistência dos Rio-Grandenses secundados pelo famoso
Garibaldi.
Foi tranquilla a existência da provincia até a proclamacão da Republica em 1889.
Passando a Estado, teve por primeiro governador o tenente dr. Lauro Severiano Muller
nomeado por decreto de 24 de Novembro d'esse anno. Sua Constituição foi promulgada
a 7 de Julho de 1892.
da
Em 1893 e 1894 foi Sla Catharina theatro de sangrentos e tristes episódios
Revolta da armada, que rebentara no Rio de Janeiro a 6 de Septembro, sob a direcção
do cantralmirante Custodio de Mello. Tomada Desterro pelos revoltosos, alli se organizou
ultimo
um governo provisório contra o do marechal Floriano Peixoto, e alli se deu o
combate naval d'esta luetuosa campanha, sendo inutilizado o couraçado Aquidaban por
certeiro torpedo, que lhe lançou um navio da esquadra legal.
Na sessão de 6 de Julho de 1904 o Supremo Tribunal Federal deu sentença favo-
ravel a este Estado na velha e debatida questão de limites com o Paraná; mas este,
do referido Tribunal.
por seu advogado, interpoz embargos ao accordam -
Nasceram em Sla Catharina: o distineto pintor Victor Meirelles de Lima; o maré-
chal Guilherme Xavier de Sousa, o brigadeiro Jacintho Machado de Bittencourt e o
Coronel Fernando Machado de Sousa — todos heróes da campanha do Paraguai; o
irmão Joaquim do Livramento, o almirante Alvim (barão de Iguatemi), o construetor
Jeronymo Francisco Coelho e a famosa heroina —
Trajano de Carvalho, o brigadeiro
§í* Anna de Jesus Ribeiro (Annita Garibaldi).
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195
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ALMANAQUE BRASILEIRO
1 ¦¦- ¦¦",;¦
1893,
{Adoptado pelo Decreto n. 133, de 31 cle Abril cle
e confirmado pela Lei n. IM de 6 de Setembro de 1895.)
Voz Voz
Sagremos n'um hymmo d'estrellas e ílòres, Não mais differenças de sangues e raças,
n'um canto sublime de glorias e luz, não mais regalias sem termo, fataes:
as festas que os li vres,—frementes de ardores, —a força está toda do Povo nas massas..,
celebram nas terras gigantes da Cruz! —irmãos somos todos,—e todos iguaes!
Coro Goro .
' Da Liberdade adorada
Quebram-se férreas cadêas,
rojam algemas no chão: no deslumbrante clarão
—do Povo nas epopêas banha o Povo a fronte ousada
fulge a luz da redempção ! e avigora o coração! •¦y.
Voz Voz
No céo peregrino da Patria gigante, 0 Povo, que é grande, mas não vingativo,
—que é berço de glorias e berço de heróes,— que nunca a Justiça e o Direito calcou,
levanta-se, em ondas de luz deslumbrante, com flores e festas—deu vida ao captivo,
o sol—Liberdade—cercado de soes! com festas e ílòres—o throno esmagou!
"-1,
CORO CÒ RO
bro.n-
O mar é inimigo dos velhos. Os asthmaticos augmentam ahi a sua fadiga, os
chiticos a sua tosse, o coração o seu esforço. « Deixae que os meninos se approximem
d'elle. »
**#
vem a ser
Querer supprimir o verão procurando climas frios, é um disparate que
A natureza vinga-
pago pelos rins, os quaes têm na pelle a sua funeção compensadora.
se quando lhe alteram os planos.
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RIO-âRANPE-PO-SUL
pharoes.
O clima do Rio-Grande-do-Sul é saluberrimo; no inverno gela em algumas
localidades.
As estradas de ferro existentes são :
— E. F. de Porto-Alegre a Uruguaiana, arrendada a Compagnie Auxiliaire des
- Vi?-;- - ! is. :--:l3ÊgÊÈÈgS£&
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ESTADO
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do
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S.José do /Vorfe
RIO GRANDE DO SUL \% mÁ./sâòe/r^P 0r-ti
\\ S ^# // h io Grande do Sul i
JaguarWjX X > #//<? Seque/ra
Escala de 1:5.555.000 |.|
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fe^^c? ^ Mangueira
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7 /©SafMaV íctoria do Palmar
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Grande do Sul Comp., com 283 kms. de extensão
receita em
(10 h. 10 m.). Movimento financeiro :
1903 — 2.070:766$080 ; despesa 1.223:734$190. D. Cláudio Ponce de Leon, bispo.
E. F. de S. Maria ao Uruguai, de que foi '-':¦¦¦
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expor-
Colônia Jaguari - População 13.800 habs. Producção 2.000:000$000;
Pife tacão 8S0 : 000 $000; importação 820:000$000;
importação
Colônia Ijuhi - População 9.000 habs.; exportação 800:000$000;
600*000$000*
de 200.842
Colônia Guaporé, com população superior a 20.000 almas, e area
'"' ""T— ÀámmW1
florescente commercio.
hectares, situada entre Taquari e o Carreiro; de
israelitas e situada perto
Colônia Philippson, formada novamente por familias
o nivel do mar.
de S-» Maria da Bocea do Monte, a 450«- de altitude sobre
LIVRARIA DO COMMERCIO
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logar saliente nas tabellas de exportação, embora longe esteja de competir com
a do xarque.
O movimento commercial é considerável: em 1902, a importação representou
o valor official de 28.068:975 $ 000 , dando as alfândegas do Rio-Grande,
Porto-Alegre, Uruguaiana e Sta. Anna do Livramento a renda de 9.731:
933$000, no lo semestre de 1904.
A exportação em 1903 teve o valor official de 51.98l:l65$430 sendo para
paizes extrangeiros
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17.870:934 $635.
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7 zas mineraes do Es-
tado figura o carvão
de pedra que existe
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piorada, produziu no
anno de 1899 —
16.548 toneladas de
carvão. Esse carvão,
analysado no labo-
atorio da Baldwin
Locomotive Works,
deu o seguinte :
Colônia Guaporé.
Humidade 4,00 %.
Matérias voláteis.. 31,30 %
Carbono fixo 38,92%
Cinzas *. 28,78 %
Enxofre . • 1,62 %
Em Caçapava e Camaquan extrahe-se cobre, e em Lavras e S. Sepé explora-se
o ouro.
No anno de 1902 o movimento maritimo pelos portos do Estado (Rio-Grande,
Porto-Alegre, Uruguaiana), foi este : navios entrados 1.222 com 464.211 ton.;
saídos 1.152 com 394.512 ton.
A receita em 1903 foi de 10.304:134$íl9, sendo a despesa ordinária de 9.126:
676$486. A proposta de orçamento approvada para 1905 foi : receita 10.153:
533$330; despesa 9.8O0:380$967.
A divida passiva do Estado em 1904 era de 3.185:250$000, tendo baixado
em dez annos (1894-1904) 4.519:*
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dieta, já na cidade alta, d'onde o panorama é dos mais pittorescos, já na várzea - v.X
do Menino Deus, para onde se extendem as actuaes construccões. São mais nota-
**>
veis entre seus edifícios públicos : as Escolas de Engenharia e Militar, o The-
souro do Estado, o Seminário Episcopal, a Casa da Caridade, o Theatro S.Pedro, ;/
aCathedral, o Hospital de Beneficência Portugueza, o Mercado, alguns quartéis,
etc. Na grande praça do Palácio foi erigida em 1885 a estatua do conde de
Porto-Alegre.
A cidade é em toda a sua extensão atravessada por linhas de bondes perten-
centes ás duas companhias : Carris de Ferro Porto Alegrense (31.119 metros) e m
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: % iy^S^í^oíHSJfclWj^;
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BRASILEIRO
202 ALMANAQUE
0 «ri. co„te^6 «
do Estado-
taes livre-nente escoados pe.o presidente
um
cipios, havendo em cada um d'elles ^^^^ Sao ambos 1p0r quatro
mante-los.
Conselho que vota os meios para
anno?~.
RESUMO HISTÓRICO
o
O território do Pio-otande do Sul f ^«^J*^Z.1!&. nde u g Bancta.Catha.
e os perigos da
sua costa desabrigada ^/^ e^co °°°^ iros
de mais de um século, ue alli se
radores por espaço ^^mreiios os extrang
pnmeiros
rina e de 8. Paulo por terra foramprovavelmente
estabeleceram. Na barra do Chui naufragou ^^J*^s2iU» foram o padres com suas
no Uruguai,
região mais occidental, próximo ao
estabeleeune^^|^.
reLções os primeiros fuudadores de a n cess dade de P™ oar essa |g impor.
Em 1678 comprehendeu por fim a metrópole a
Un,, e _ regi**» «0—^*7,^:. », ísio e, u
£_7St_ W '* - 4 »'°**'»
colouisação das « terras de S. Ubriel chamado «
-r H
Continente te de g. Pedro », depois
o
do Sacramento. Estava abi comprehendido
« Capitania dEl-Rei . e hoje Estado do^^^^gQ em 1680, tomada pelos
A Colônia do Sacramento foi t^^^^^^Z a coroa ^tade do trac-
restituida pc,^ueza; a
Hespanhóes no mesmo anno e depois - " port al
>««,
Udo de ,68., r.t.m.d a pelo. Hespan semp ^
&ete M^0B, M ,u,
de Utiecht em \7.15
por força do tractado tractado ae uay ew ^.^ do
em 17S0 a Hespanha a readquiriu pelo
Uruguai concedidas a Portugal d Liconstituir ne capitania com
a Capitania essamesma
Separada de S. Paulo em 1738, defJ ane, ««£ epocha
do gov rn o do Rio
B* Catharina, dependente porem ^ J
lançaram-se os fundamentos ettio
g^ uo ^ C(Jm seu exercito de
o ataque de d. 1
Em 1763 soffreu a capitania^|^f deste cabo de «««
aos planos conquis
6.000 homens. Feliz paradeiro ^res
S- Ildefonso de 1777, em -.
tractado de dep0ÍB
deter a marcha dos invasores^^£gí^ As hc, sil dade» «começa. JQ%%
salutar por a
uJoTs :SSS—iu . capino de
VT^Ts"^
Pedroso e José Borges do Canto Verdade, e que
Santos ^^^.^^^ò
oecupado pelo inimigo; mas outro
a e f^§^ Ri-ande ™ V™^ O
de 1801) restabeleceu paz permittmao, ^ ^ a
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ALMANAQUE BRASILEIRO 203
(< Farrapos ». Durou esta tremenda lueta 10 annos, e no correr d'ella os revoltosos A.
A4
da
arvoraram francamente a bandeira republicana (6 de Novembro de 1836) depois
famosa reunião de Piratinim. Vária foi a sorte dos combates, e tibiaaacçâo do governo
central, que teve mais de uma vez o desaso de mandar para o Rio Grande presidentes
falta de
incapazes. A bravura e constância dos republicanos suppriu quasi sempre a
em 1842, 1843
recursos. Por fim exhaustos, tiveram de ceder á força superior; batidos m ¦Aíi
e commandante
e 1844 pelas tropas do barão de Caxias, que fora nomeado presidente
Ponche-
das armas em Septembro de 1842, solicitaram a paz, e reunidos os chefes em ¦-•¦
lhes offerecia.
Verde resolveram acceitar a amnistia, que o imperador d. Pedro II
r-
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trabalhos produc-
Restabelecida a tranquillidade interna, volveu a população a seus
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n , a Estado, , -;•'?**!
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Dada em 1889 a proclamação da Republica, passou o Rio-Grande-do-Sul 'ApA
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NAS-âERAE-
'com a Bahia, ao S. com Rio de
Goníina : ao N.
Janeiro e S. Paulo, a E. com Espirito-Sancto e
Rio, a 0. com S. Paulo, Goiaz e Matto-Grosso.
Superfície 574,855 kms. qs. ; população 4.277.400
habs.
*
O vasto sólo mineiro comprehende duas regiões
distinetas : a Matta e o Campo; aquella (entre a
Mantiqueira e a Serra do Mar) é como o primeiro
degrau do planalto de Minas; este, mais elevado,
composto principalmente de colunas e campos
com pequenas mattas ou] capões. Clima em geral
temperado e saudável; (apenas na matta e
nas margens do S. Francisco é quente e
humido.
Fortemente accidentado o território do
Estado de Minas, conta elle entre as prin-
cipaes serras ; a Serra da Mantiqueira; a
do Espinhaço, onde se encontram os picos
do Caraça (1.955 m.), Itambé (1.823 m.),
Piedade (1.783 m.), e Itacolumi (1.752 m.) \\- "*' WsrálSi M
Porto-Novo-do-Cunha a Ligação
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26 h. 50 m.; 50 kms. de Aureliano- n
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Mourão a Lavras (2 li. 30 m.); 43 y?&
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kms, de Lavras a Fortaleza (2 h. ^iH k&| '."* as^HJiii-fl H9 BíÉ'
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Toscano de Brito (4 h.25 m.); 34 yyy^SS^M»»mm
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, kms. de Gonçalves-Ferreira a Ita-
pecirica (1 h.; 6 m.) D. Sil ver io G. Pimenta, bispo de Mâriaima.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
!207
Da E. F. Rio-Doce : — 27 kms.
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Fama
gaçâo do rio Sapucahi, entre
e Carrito com um desenvolvimento
de 108 kms.
Minas cultiva em grande escala
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os diamantes, o manganez e os
mármores.
As mais importantes minas de
ouro das que presentemente estão
sendo lavradas no Estado de Minas-
Geraes são as seguintes :
" de
1) " Morro Velho proprie-
dade da " The St. John d'el-Rei
Gold Mining Co.;
" de
2) " Passagem propriedade
da " The Ouro Preto Gold Mining Co.;
" á " The
3) " Faria pertencente
Faria Gold Mining Co.;
",
4) " São Bento pertencente á
" The São Bento Gold Estates Co. ;
", explorada
5) " Santa Quiteria
" The Angio-Brazilian Gold
pela
Mining Co.; ", de
6) " Morro de SanfAnna pro-
da " The Ouro Preto Gold ^J\ " ^\ n7^rK^\^ffml^
1ft »'''í?Pí?5!*Sff,wí*|__''11ffl- " 'l*^ilKtâ!C_*'rkii_i«-sts»4Mii.v . ~|..i '¦"'-¦•A1'A. :<MHU_ , •
de Iabira ";
", explorada
8) a Carrapato pela
" Carrapato Gold Mining Co.;
9) '' Jucá Vieira,?, de propriedade-
cia " Latliom Gold Mining Co, Limit.;
10) " Florisbella "', pertencente'
á " Companhia Aurifera de Minas
Geraes.
Apenas as duas últimas destas
Companhias são nacionaes; todas
as outras são inglezas.
Ha ricas jazidas de turmalinas*
azues e côr de rosa em S. Miguel,
municipio de Arassuahi.
Exploram-se ainda no Estado as
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Alfândega de Juiz-de-Fora.
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_1 e esta
' ' nos; prosegue o calçamento da cidade
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concluída a sua arborização. 0 abasteci-
quasi
mento d'agua é feito por quatro reservatórios,
medem 13.092.200 litros por dia.
que junctos
eleclrica. Entre os seus mais im-
Illuminação
já promptos, figu-
portantes edifícios públicos,
Secretarias
ram : o Palácio do Governo, as
do Interior e da Fazenda, a
d'Agricultura,
da Estrada
Faculdade Livre de Direito, a Estação
de Policia. O parque da
de Ferro, o Quartel
será
cidade, cuja área é de 572.400 ms. qs.,
formosíssimo, quando acabado.
do
_ Ouro-Preto (antiga Villa-Bica e capital
até 1897), situada a 1.160 m. sobre o
Estado
dotada de bellos templos, de uma
nivel do mar,
cadeia, de antigos edifícios a que se
vasta
memoráveis factos históricos, de uma
prendem etc.; Juiz
Escola de Minas bem organizada,
Fora m. de alt.) sobre o Parahibuna,
de (675
e commer-
com grande movimento industrial
\ ciai- Barbacena (1.178 m. de alt.) graciosa-
mente situada num
areias auriferas ;
Campanha, com ex-
cellente clima e
rodeada de precio-
dos Homens,
Igreja de Nossa Senhora Mãe sissimas fontes de
tv,™™*;™ séde de outro bispado, e centro da exploração
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RESUMO HISTÓRICO
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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explicar. Attrahido. pela de (( Em_
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Em «09 a metrópole creou que prestou excellen^.
da Wf*»£m^0 °por e
o augmento e a riqueza governador
promover d P primeiro
Capitania independente, separada ^ Effl ll20 h0uve
de de AInjB^q ^ « >™ Pouco
capitao-general d. Lourenço ^ do coüde de Assuma,,.
ul revolta coatra as ^^J^^Ja
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. os d_arnantes de Serro Frio.
descobriram-se ainda as minas de Ara de capit
depois
de mineração reciamaram le^° de distrietós defesos A
Esses trabalhos m nas L
coütractos t
a creação de uma intBU ^
,ão, çmcia^as ou menos estabeleceu
de diamantes, de 1140 ate ma1S o imposto do
lavra
d. ouro tarde oulra
dos; q»»nt. « "»
a capitaçao, depois cena eu =.^S^ to
do
^
quint0.
quinto, 1751 em deante fomentaram
iez a capitação, e de camente .^
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min ra a propo, ^ toda a
Os vexames soffridos pela populaçaod a teria ^^ capitao_gene-
o desgosto dos filhos
Ruralmente r„ ave» • d
de seu solo sem compensaçoes ^^ do imposto
riqueza com o intuito de ^,
J o visconde de Barbacena da (( demma , superexc_-
estava atrazado ha_
quintos, que ^^anno.
azado pa a alçar ç andMta Joa-
L os ânimos e foi pretexto to ^^ ,
do T-dente» (porque ho . fl
mada . Conspiração - por alcuntta e
José da Silva Xavier de Andrade, lho-
quim FrgW^ ;
e de notável cultura : o tenentcoronel
- de Alvarenga e outros. A
Antouio Gonzaga, Cláudio ^™ todQ Q plan0 da
ffiaz coronel ^ ^
Joaquin |
bi Barbacena;
de um conjurado, o foram presos no
infâmia
Republica - conhecuuento do __. installou-se
projectada e em Minas ^e
os^uv & .
Rio-de-Janeiro o Tiradentes, ^ ^ ^ ^^ & gentença. 0
os criminosos e ai» q
anno; outros mul.
a alçada para julgar
alt„5.s SUva *™£%__tâ%£££& » ,te* "SSaSSÍnad° " Cadê"
Glauaio mduu
tos foram degredados,
de provincia
Villa-Bica. .^ Minas-Geraes, na qualidade
"•;'¦'¦
(bt d,;,ta„ d..., *. ,T: .-fes .s-:£ acclamo p
uma rebelhao, que
surgiu em Barbacena legal a
Coelho em vez do presidente logo j lar> fazeado partir para
O governo do Rio tomou PTJ^ e seguiu
al tomou Barbacena
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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o Rio de Janeiro.
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cioso metal.
Nas florestas goianas encon-
tram-se muitas madeiras precio- s?M___wÊF-_\\\
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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sileiras : amazônica, platina e oriental. Pertence
o rio Tocantins que nasce na lagoa For- ¦m
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mosa, recebe os rios Paraná, S. Tbereza,
e muitos
Alves da Natividade, do Somno, Araguaia lá.'mmyJLji.fM.»faf*Uit'W'*llli*|W " .*'"" '¦-
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RESUMO HISTÓRICO
Já em dias do século xvn se effectuou a primeira entrada de exploradores no terri-
torio goiano, e só em 1682, com a expedição do paulista Bartholomeu Bueno da Silva
o Anhanguera, se veio a conhecer a grande riqueza aurlfera do solo, que foi d'ahi em
deante o movei do povoamento de Goiaz. 0 filho d'esse mesmo Bartholomeu em 1726,
obtida a amizade dos indios Goiazes, continuou felizmente a obra de seu pae, colhendo
alguns milhares de oitavas de ouro e fundando os arraiaes de Ferreiros, Sta Anna,
Barra e Ouro-Fino; nomeado por isso em 1731 capitão-mór das terras que descobrira,
deu incremento á obra de colonização. O progresso foi tão rápido, que em 1736 Goiaz
foi logo erigido em comarca da capitania de S. Paulo, e em 1744 elevado a capitania,
cuja capital ficou sendo Yilla-Boa (hoje cidade de Goiaz), nascida do modesto arraial de
Sla Anna fundado 4 8 annos antes.
Seu primeiro governador geral foi d. Marcos de Noronha, que tomou posse em
1749. A prelazia de Goiaz ficou sujeita ao bispado do Rio-de-Janeiro até que, em 1825,
por bulla de Leão XII se creou o bispado autônomo, cujo primeiro titular foi d. Fran-
cisco Ferreira de Azevedo.
Em 1822 passou a provincia do Império e em 1889 a Estado da Republica; seu pri-
meiro presidente no passado regime foi Caetano Maria Lopes Gama (depois visconde
de Maranguape), e seu primeiro governador sob as instituições republicanas — o major
dr. Rodolfo Gustavo da Paixão, eleito em 15 de Novembro de 1891.
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matte, etc. Cria-se gado em seus vastos campos. Todas estas riquezas tomarão
incremento quando se realizar a projectada ligação do Estado com S. Paulo ou
Paraná por meio de uma estrada de ferro. ¦ »'
Este desideratum entrou em caminho de realização, graças a um decreto do
Governo da União, em 1904, auctorisando a revisão dos antigos contractos
das estradas de ferro Uberaba a Coxim e Catalão a Palmas. De accôrdo com o
novo traçado, parte uma linha de Bauru (estação da Sorocabana), segue pelo
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Cuiabá e a 288 m. sobre o nivel do mar, com vários edifícios públicos
como a Alfândega, o Quartel do 2°. de artilharia, o Arsenal, etc,
construcção,
ajardinadas, algumas egrejas e uma linha de bondes; Matto-Grosso (antiga
praças
Villa-Bella), Corumbá, S. Luiz de Caceres, Poconé, etc.
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tios em que nos séculos xvn e xvirr se descobriram opulentas minas de ouro e dia-
mantes. Basta lembrar as descobertas de Miguel Subtil e essa quasi lenda dos Mar-
tyrios, encontrados por Bartholomcu Bueno, o Anhanguera; as de Arayés, descobertas
em 1670 por Manoel Corrêa; assim tambem as afamadas minas que deram logar aos
arra.ia.es de S. Francisco Xavier, de SanfAnna, de Ouro Fino, Bôa-Vista e S. Vicente
Ferreira, nas immediações da antiga Villa Bella, e destruído este, em 1877, pelos Cabixis.
Os terrenos auriferos do alto Paraguay, do Diamantino, do Boritysal, do Tombador e
Coxim, são tambem geralmente conhecidos. O rio Coxim, o Diamantino, o Ouro, e
muitos outros cursos d'agua, rolam o diamante de envolta com suas areias auriferas,
Toda a cordilheira que borda a margem direita do Paraguay, assim como as do Arinos.
são riquíssimas em minérios de ferro.
EXPLORAÇÃO DE CRÍSTAES
O ái\ Alves de Castro em um seu relatório de 1005, escreveu:
A exploração de crystal em Matto-Grosso continua cada vez mais em augmento no
municipio de Slíl Luzia, já sendo regular a sua procura.
Lemos no Araguary* de 25 de Março, a seguinte local bem interessante : — O
Sr. Augusto Leyser, conhecido explorador de chrystaes, na Serra dos Chrystaes, em Goyaz,
trouxe daquella procedência uma enorme partida idesse minereo, pesando 11 mil kilos,
e que será remettida directamente á AUemanha. Esta partida de chrystaes custou ao
Sr. Augusto de Leyser 51.530 $000; fez de carreto até aqui 1.050 $000; pagou de imposto
de exportação no Estado de Goyaz 3.025 $000; de taxa itinerária 60 $000; de passagem
no Rio Paranahyba 353 $000; de imposto de trilho nesta cidade 24 $000. Total :
58.052$ 000. »
A respeito desta industria, eis o que diz o Sr. agrimensor do Estado, no seu rela-
torio, era data de 6 de Agosto do anno passado :
« A exploração do chrystal na Serra, que tem tido epochas de grande actividade, está
hoje mais reduzida.
Exploram-no por conta própria, empregando actualmente no serviço de seis a oito
pessoas, os Srs. Emilio Levy, francez, Augusto Leyser, allemão, Jovino de Paiva e João
Modesto Baptista dos Santos, mineiros.
Além. desses cidadãos ha cerca de sessenta individuos na sua maior parte bahianos
que trabalham isolados, sem nenhum recurso para um grande serviço., fazem a expio-
ração contentando-se com o produeto apenas sufficiente para o seu sustento, produeto
que vae quasi sempre vendido no mesmo dia ou a dinheiro ou por permutas de gêneros-
a uns seis compradores.
A exploração tem diminuído de intensidade ultimamente, náo porque o chrystal esteja
exgotado, ou* haja diminuido o consumo nos mercados importadores — França e Alie-
manha —, onde de tanta nomeada gosa e para onde é elle exportado directamente pelos
actuaes compradores. As causas devem ser outras e talvez o augmento do salário dos
operários que alli é de 3$000 por dia e o facto de que as jazidas superficiaes vão se
tornando cada vez menos freqüente e difficultando a extracção. Não deve ser extranho
tambem a isso o facto de rixas que ultimamente tem havido entre fasendeiros visinhos*
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povoou-se o território de tal forma, que logo em 1727, com a assistência
capitão general de S. Paulo, Rodrigo César de Menezes, foi solenmemente elevado a villa
o povoado de Cuiabá. i
As excursões dos bandos aventureiros chegaram em seguida aos Campos dos Pare-
eis e a outros pontos, ora em busca de ouro, ora no encalço de índios, cuja caçada
maculou por tanto tempo a nossa historia colonial.
Em 1738 foi o território de Cuiabá elevado a ouvidoria, e dez annos depois creou-se
a capitania geral de Matto-Grosso, desligada da de S. Paulo, a cujo governo até então
vivera sujeita.
Foi seu primeiro goveimdoiMLAntonio Rolim de Moura, depois conde de Azambuja,
villa a povoação de Pouso-
que tornou posse em 1751. No anno seguinte foi erecta em
Alegre com o nome de Villa Bella da Sanctissima Trindade de Matto-Grosso, que se
constituiu sede do governo da capitania até 1820.
A metrópole teve sempre o cuidado de cotnmetter a administração d'esta capitania
a homens de valor, que veiaram pela sua defesa. Luiz de Albuquerque Mello Pereira e
Caceres, auxiliado pelo benemérito engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, fim-
dou os registos de Insua e Jaurú (1773 e 1774), o presidio e forte de Nova-Coimbra
hoje Corumbá (1778)
(1775), o forte Principe da Beira (1776), o presidio de Albuquerque,
e outros.
Em 1822 passou a provincia do Império.
Em 1864, declarada pelo dictador do Paraguai a guerra ao Brasil, íoi Matto-Grosso a
de recursos para
primeira victima, por se achar á mão do inimigo, e desapercebida
resistir á invasão premeditada e violenta. Uma esquadrilha levando a seu bordo 6.000 ho-
mens, sob o commando do coronel Barrios, atacou no dia 27 de Dezembro d'esse anno
o forte de Coimbra, cujo commandante, o tenente-coronel Porto-Carrero, tendo apenas
não
115 soldados de guarniçao e pouquíssima munição de guerra, afrontou a investida
querendo render-se.
Ao cabo de dous dias de heróica defesa do forte, vendo impossível a resistência,
Se-
retirou-se na noite de 28 com a guarniçao embarcada no vaporzinho AnhanibahL
nhores de Coimbra, os Paraguaios continuaram a invasão, tomando Dourados, Miranda,
Corumbá, Albuquerque, Coxim e Nioac, e tudo assolando na sua passagem nefasta.
ao
A triste noticia d'estes acontecimentos despertou no Brasil a idéa de responder
isso
ataque de Lopez, investindo o Paraguai tambem pelo Norte; fora mister para
A
levar por terra um exercito a Matto-Grosso, descer o Cuiabá e repellir os invasores.
escassez de tropas e as enormes distancias demoraram porém a execução d1este plano,
de
concentrando-se todo o nosso esforço no ataque pelo Sul da republica. Só em Julho
1865 partiu de Uberaba a expedição destinada a operar a diversão pelo Norte. Havendo
ordem expressa de não ir a Cuiabá, a força passou por Cochim e salteada por epide-
o
mias já chegou reduzida a Miranda, onde se demorou 113 dias. D'ahi em deante sob
commando do coronel Camisão, o corpo expedicionário marchou para Nioac (cidade
inimigo), atravessou o Apa e oceu-
que já havia sido, como Miranda, abandonada peio
lamentável falta de viveres, foi preciso
pou Machorra e Laguna. D^sse ponto, pela livro,
retroceder, e começou aquella célebre retirada, que Taunay immortalizou no seu
acossados a um tempo pelo
prodígio de valor e constância dos soldados brasileiros epi-
incêndio das macegas, pelo tiroteio dos adversários, pelos horrores da fome e pela
em
demia do cholera-morbo. De 1600 homens, que invadiram o território paraguaio
Abril de 1867, apenas 700 chegaram devolta ás margens do Aquidauana em Junho.
No mesmo mez de Junho de 1867 Corumbá foi retomado aos Paraguaios pelo
tenente-coronel Antônio Maria Coelho, e libertou-se Matto-Grosso do atroz inimigo.
Em 1889 passou a Estado da Republica, sendo seu primeiro presidente o dr. Manuel
José Murtinho.
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Erudição e bciencia
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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historia do Brasil, o primeiro trabalho que todo o Brasil, todas as memórias, noticias,
se nos impõe, tanto por necessidade de tradições de todo o gênero que possam vir
methodo e ordem, como pela conveniência a interessar ao historiador futuro. Por toda
de delimitar a esphera dentro da qual se parte registra-se zelosamente tudo que se
tem de agir — é esboçar um programma, refere ao governo, á administração, ás in-
tão minucioso e conciso quanto fôr possi- dustrias, ás artes, ás sciencias, á vida col-
vel, de toda a obra a executar. Esse pro- lectiva, ás populações indígenas. Em todas
gramma ha de ser uma synthese geral da as nossas capitães existem hoje clubs e
obra e para o formular, o que é indispen- sociedades de eruditos que com afan se
savel, antes de tudo, é fazer um inventario dedicam a estudar pontos da nossa Insto-
do material com que se vai jogar. — 0 ria, a discutir factos controversos, a reco-
autor de uma das melhores historias na- lher dados e colligir documentos, sendo
cionaes de povo americano que conhece- que muitos desces institutos já mantêm
mos, o Sr. Barros Arana, ao prefaciar a publicações periódicas que formam verda-
sua excellente Historia Jeneral de Chile, deiros e preciosos repositórios de elementos
nota as difficuldades que tem de vencer do mais alto valor que se transmittem aos
quem se incumbe de condensar factos his- vindoiros. Entre esses institutos, é justo
toricos relativamente a qualquer paiz da destacar os de S. Paulo, de Recife, da
America. Essas difficuldades crescem sobre- Bahia ; o Museu Goeldi do Pará, o Museu
tudo quando se trata de acontecimentos Paulista e especialmente essa notável
do periodo colonial, porque a maior parte associação que já conta oO e tantos annos
da documentação indispensável se acha de uma existência laboriosa e utilissima,
quasi sempre nos archivos das antigas havendo-se constituido o centro de tudo
metrópoles. O Sr. Barros Arana divide em quanto, dentro desse longo periodo da
tres grupos as obras que constituem toda nossa vida nacional, tem havido no paiz
a litteratura histórica do Chile. O primeiro de mais excellente pela intelligencia epelo
grupo comprehende o sem-numero de amor da pátria : — O Instituto Histórico e ¦::m
chronicas c memórias avulsas dos contem- Geographico Brasileiro. Só as coliecções
poraneos. Estes eram quasi todos soldados das revistas publicadas por todas essas
e aventureiros, homens sem instrucção e sociedades formarão amanha uma biblio-
muitos até sem vislumbre de imputabili- theca importantíssima, de proveito incon-
dade. Têm o mérito de serem testemunhas testavel para os que tiverem de estudar os
presenciaes dos factos que narram, tor- vários departamentos da nossa vida. —
nando-se, infelizmente, esse mérito muito Alem de taes publicações e das bibliothecas
restricto pela pouca fé que inspiram muitas que têm conseguido formar todos esses
das informações que nos deixaram. O se- institutos e outros congêneres, que não
gundo grupo é composto de monographias teríamos espaço para nomear, contamos
e theses, cujos autores, pela maior parte, com alguns archivos especiaes de historia,
são homens competentes, mas cujos tra- com muitas bibliothecas publicas, biblio-
balhos não passam de meros fragmentos, thecas de associações e algumas particu-
sem nexo histórico e por sua natureza lares de innegavel valor, onde se encontram
incompletos e deixando grandes períodos documentos de preço e informações valio-
inexplorados. O terceiro e ultimo grupo sas a colligir e a. condensar. — Ainda assim,
comprehende as historias geraes, quasi no emtanto, tudo isso anda longe de ser o
todas tambem muito incompletas. — Tudo máximo que é possivel obter. Porque nós
isso que o autor chileno expõe no seu pre- aqui podemos dizer o que diz o Sr. Barros
facio podíamos nós applicar ao nosso paiz. Arana em relação ao Chile. A vida das
A mesma divizão do material a ordenar é antigas colônias esteve sempre estreita-
razoável que façamos, accrescentando, ape- mente presa ás respectivas metrópoles eé
nas, que nós outros já temos á nossa dis- nos archivos de alem-rnar que se reserva
posição, quanto a trabalhos do primeiro até hoje a maior somma de dados, pelo
menos dos dados referentes ao periodo
grupo, os mais fartos mananciaes que, bem
aproveitados, devem fornecer as mais colonial. —¦ O Sr. Barros Arana, enfren-
abundantes colheitas a investigadores cons- tando com a insufficiencia dos archivos do
cienciosos. Cabe aqui consignar o grande Chile, teve que recorrer aos da Hespanha.
cuidado com que, desde meiados do ultimo Passou em Madrid mais de trinta annos a
século principalmente, se recolhem em revolver coliecções, a copiar documentos,
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de de todas as que se têm escripto no
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A terminologia scientifica
Nao se pode conceber -mais disparatada 7.° — Em vez de esterno-cleido-mastoi-
e incorrecta nomenclatura ou mesmo lin- dêo — : esterno clido-mastoidêo.
guagem que a dos médicos e outros scien- 8° — Em vez de ligamento cleido-cos-
tistas. Agora no Brasil de alguns annos tal — : ligarnento costo-clavicular.
para cá se tem iniciado um movimento 9.° — Em vez de ligamento cleido-esca-
que, de certo, não passou despercebido e pular — : ligamento escapulo-clavicular.
nem será de todo inútil, no sentido de se 10. o — Em vez de iulmtro (com li) es-
corrigirem os glossários scientificos, mór- creva-se úmero (sem h).
mente no que respeita ás derivações do 1:1.° — Em vez cie karyokinese : caryo-
grego e ao abuso de incriveis gallicismos. cinése.
Bastaria aqui citar os nomes dos douto- 12.° — Em vez de tleimão e freimão :
res Silva LimaeW. Queiroz, na Bahia, aue- phlegmao.
tores de trabalhos e monographias excel- 13.° — Em vez de chicória : cichória
lentes; e depois d'estes no Rio, os douto- (cikhória).
res Ramiz Galvao, e em jornaes Plácido 14.° — Em vez de meiopragia : miopragia.
Barbosa, Figueira e outros. Ha muita Iii.0 — Em vez de semeiologia : semio-
opinião incerta, e das correcções propostas logia.
muitas ainda merecem estudo mais detido, 16.° — Em vez de semeiotica : semiótica.
e outras parecem logo ao primeiro lance 17.° — Em vez de kinesitherapía : cine-
inacceitaveis por excessivas, estremadas sitherapia.
ou mesmo errôneas. Comtudo (á parte o in- 18.° — Em vez de kyinógrafo : cymó-
conveniente das polemicas aggressivas que grapho.
geram sempre as discussões grammaticaes) 19.° — Em vez de homcepathia e homeo-
esse movimento é salutar e prenuncia um pathia : homopathia.
interesse louvável,porque éraro nos scien- 20.° — Em vez de a olécrana : o olecrá-
tistas, pela pureza da linguagem que elles nio e ainda melhor o olécrano.
próprios deturparam e continuarão adetur- 21.° — Em vez de orchidopexia: orchio-
par, como aliás suecede por toda a parte. pexia.
No ultimo Congresso latino-americano 22.°— Em vez deorchidocele : orchiocéle.
reunido aqui no Rio (1905), o dr. Pedro 23.° — Ern vez de orcliidotherapia : or-
Basilio apresentou uma memória na qual chiolherapia.
chegava resumidamente ás seguintes con- 24.° — Em vez de orchidotomia : orchio-
clusões : to mi a.
« 1.° — A nossa linguagem médica est.i 25.° — Em vez de rachidotomia : rachio-
muito viciada. to mia.
2.°— Os vicios são de todas as categorias. 26.° — Em vez de raclndiano : rachiano.
3.° —- Que ainda é possivel corrigir 27.° — Em vez de thyroide : thyreoide.
grande numero de vicios. 28.° — Em vez de nephrético : nephrí-
4.° — Em vez de amnios devemos dizer tico e néphrico. »
o amnio. Nào sabemos se foram aceitas pelo douto
5.° — Em vez de choroide devemos dizer Congresso; parece, porém, que não houve
chorioide. discussão. Uma contribuição a estado da
6.° — Em vez de cleisagra devemos di- terminologia. Annuncia-se que será publi-
zer clisagra. cada pelo Dr. P. Barbosa. M. M.
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nunca desamparam. Depois de alguns an- Este, então, volta á vida, e Maria bem
nos Maria namora-se de um homem, e como seu amante são despedaçados pelos
tentam os dois dar cabo de João. Não o cães.
podendo conseguir por causa dos cachor- Ainda sob outra fôrma apparece o nosso
ros, combinam com Maria pedir ao irmão thema no 30.° conto de Romero, colhido :>-yy
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será devido á desfiguração de $p#, que cado de morte pelo Cherruve, pede tempo
da pe-
seria symbolo da rapidez, como Ledo o é para fazer sua oração, e, descendo
da força? Corresponderiam, assim, esses reira, chama os cachorros : « Norteí Sui!»
dois nomes perfeitamente a Corta-vento e Estes açodem e matam o Cherruve, e o
Rompe-ferro: designações estas que, se- indio separa-se da irmã que lhe armou a
foram intro- cilada. Segue-se a historia do « Cherruve
gundo toda a probabilidade, de sete cabeças *>, e o conto remata assim :
duzidas posteriormente para indicar os
desem- recebendo a noticia da boa aventura do
papéis milagrosos que os animaes consti- indiozinho, a irmã vae procurá-lo, trazendo
penham. Estes papéis, todavia, que as unhas cortadas de seu amante morto.
tuem uma das feições características do
conto, deviam pertencer a sua fôrma pri- Esconde-as na cama do irmão, que morre
mitiva, que, por conseguinte, incluía tam- e é enterrado; mas os cachorros o desen-
bem a morte e resurreição do moço. A terram, procuram as unhas que o feriram,
traição da irmã (ou mãe), motivada pelo arrancam-nas com os dentes e o fazem
ódio de seu amante; as tentativas frustra- voltar á vida.
das de livrar-se do protagonista; o^êxito E' muito notável a coincidência, em tan-
final — ao menos apparente— das ciladas ias minúcias, entre este conto e os do Bra-
e a salvação por forças sobrenaturaes,
— sil. Fica demonstrado por ella que a doença
são traços communs ás differentes versões. fingida da irmã e a tentativa de assassinio
O que ríca obscuro é o motivo da inimizade na cama por meio de armas envenenadas
do amante, assim como a procedência dos são traços que pertencem a uma fôrma
tres guardas: pois, se é bem comprehen- bastante antiga do conto. Nao se pôde ne-
sivel que a imaginação popular faça nascer gar tambem que a versão araucana prima
da cabeça de uma bruxa os cães dotados pela unidade do enredo habilmente ur-
de poderes mágicos, não pôde ser primitivo dido : a morte do indio é devida ao mesmo
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este traço, que só serve para unir dois inimigo que o persegue desde o principio,
themas originariamente distinctos. e o ódio da irmã é motivado pela acquisi-
A solução do ultimo desses dois proble- ção daquelles mesmos animaes que o de-
mas parece se encontrar em um conto vem salvar. Mas será realmente este o mo-
araucano do Chile, apontado em lingua tivo primordial? A espingarda, que tambem
e in- aqui se menciona sem utilidade alguma,
pehuenche pelo Dr Rodolfo Lenz (1) está ahi como testemunho de uma versão
teressante sob varios aspectos. 0 conto,
dois mais primitiva ainda.
que tem por titulo Los dos perrilos (Os Os araucanos domiciliados hoje no Chile
cachorrinhos), pôde, na parte que diz res-
do se- occupavam, em séculos passados, um ter-
peito ao nosso thema, ser resumido ritorio muito mais vasto, que comprehen-
vive junto
guinte modo. Um indiozinho dia grande parte dos Pampos argentinos;
com sua irmã maior, quando chega um
Cherruve (2), que se amanceba com ella. e é, portanto, uma hypothese perfeita-
O indio, que costuma pastorear as ovelhas, mente admissível o ter havido antigamente,
troca-as um dia, mao grado a opposição entre elles e os tupys-guaranys, relações
da irmã, por dois cachorros mais uma es- de convivência e troca de themas novellis-
ticos (1). O nosso thema, porém, foi incon-
pingarda, offerecidos por um velho. Ella, testavelmente importado na America pelos
enraivecida, resolve matá-lo : finge uma
doença e pede ao irmão que lhe traga pe- hespanhoes e portuguezes, visto que no
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ras para remédio; depois manda o Cher- solo da Ibéria elle se encontra ainda hoje
ruve atraz delle, fechando numa caixa os em varias versões. Um conto de Cabecei-
cachorros e a espingarda. 0 indio, amea- ras de Basto, apontado por Leite de Vas-
concellos (2), e que combina o thema dos
meninos perdidos com o da bicha de sete
(1) Rodolfo Lenz, Estúdios araucanos (Santiago cabeças, só conserva do nosso dois cães
de Chile 1895-97). pag 242 a 249.
mylholo- milagrosos, chamados Ares e Vento (com-
(2) 0.s Cherruves são umas entidades da
gia araucana, que parecem ser personificações da se lêem em « 0
força do fogo, tal como se manifesta nas trovoadas e (1) Entre os contos tupys que
nota 4). Selvagem» do general Couto de Magalhães, alguns,
phenomenos vulcânicos (Obra cit., pag. 235, como, por exemplo, « A Onça e a Raposa », são
Seria interessante descobrir-lhes analogias nas cren-
Nos contos textualmente idênticos a contos araucanos.
ças supersticiosas dos nossos Índios.
elles fazem as vezes de nossos gigantes, dragões e (2) Tradições populares de Portugal (Porto, 1882),
outros monstros. pag. 274 a 277.
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ALMANAQUE BÉASMlKlKO
235
parem-se Corta-vento e Ventania nu versão No primeiro delles, Die zwei Brnder,
de Penedo-íbitioga). Dois outros contos, doi
irmãos, ao despedirem-se do cacad'or
recolhidos em Alanje e Montijo, da Es tre- que
os criou, recebem delle dois cachorros,
madura hespanhola (1), fornecem, combi- duas espingardas e uma faca wmmm;
nados, uma versão, segundo e em
parece, vizi- caminho cada um adquire uma lebre,
uma
M
nha da que serviu de fonte ao conto arau- raposa, um lobo,, um urso e um leão.
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lemão e o nome Leão do conto « João ama que elle julga ser sua mãe; os reme-
mais Maria».) Para ficar livre do moço, dios que ella o manda buscar são limões,
ella, seguindo os conselhos do negro, finge laranjas e o suor da feiticeira Parcemina,
vidae da
estar doente e pede que o irmão lhe traga que aqui faz as vezes da aguada
as uvas do paraíso, esperando que os ani- banha do porco-espinho. Dos animaes ser-
mães ferozes o devorem na viagem (ver- viçaes só apparece o burro, substituído na
soes de Pernambuco, do Chile, de Alanje). outra versão por um cavallo mágico; são
Entretanto, elle volta da expedição perigosa ermitões ou fadas os que resuscitam o
e é recebido com muitos carinhos pelos morto. Em todos estes, e outros partícula-
leões. De novo, a irmã o manda buscar a res, existe a mais surprehendente analogia
água da vida (versão de Pernambuco); elle com o conto pernambucano.
e os leões, Tentemos agora restituir o conto. Um
parte, montado num burro, irmã
desta vez, insistem em acompanhá-lo. Elle joven, acompanhhado da mãe (ou
leva felizmente a cabo esta nova empresa, mais velha), mora num logar deserto, cu-
obtém a mão de uma princeza, curando-a jos antigos moradores todos morreram (ou
com a água da vida, e, deixando em casa foram mortos por elle), com excepção de
de sua mulher uma bilha do precioso li- um só, que se incumbe de vingá-los ma-
lhe tando o intruso ; é auxiliado nisso pela
quido, volta para a gruta com a que seu
resta. Ahi os malvados o assassinam, par- própria mãe, amante do inimigo de
tem o corpo em pedaços, põem estes den- filho. Ella finge doença afim de perdê-lo ;
tro dum alforje nas costas do burro e to- mas umas forças sobrehumanas o defen-
cam o burro para o deserto (versão de dem. Afinal os amantes conseguem mata-
Pernambuco). Os leões, porém, conduzem lo ; um animal fiel leva os membros des-
e mata
o animal até a casa da princeza, que re- peclaçados. Resuscitado, elle volta
suscita o marido com a água da vida (ha os assassinos.
nisto analogia com o primeiro conto alie- Se quizermos ir mais adiante, entrare-
mão). Este, depois, toma a sua vingança, mos no campo das hypotheses. Mas não
o
matando os assassinos bem como seus parece obvio que possuímos neste conto
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I
ALMANAQUE BRASILEIRO 237
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PRETO mm
Aqui ha quatro annos passados, um es- sido burro um termo de desprezo e nece-
tudioso grammatico brasileiro suppoz en- dade, apezar de ser o animal que este no- íl
que lhe justificava a existência, palavra Cabra preta vae por vinha,
nenhuma foi usada que exprimisse o op- Vae poi' vinha mana minha,
Te rogamus audi nos ; .fifi'
posto de sentimentos que só brotaram, e
foram carinhosamente cultivados, muito
mais tarde, no estado de plena, completa e, logo adiante, na farsa de Inez Pereira : ' fi'7Í?í
e inteira humanisação do homem. íl ornem que não tem prelo,
Essas palavras designaram apenas o Casa muito na ma ora.
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Os antigos na sua sciencia e nas suas Por estas expendidas razoes, de origem
producções iitterarias, pensaram, não sei popular e de comparações etymologicasr
se com razão para a característica primiti- vulgarisadas pela cultura, é que eu não
va, e só primitava das raças, que o negro acceiíei, aqui ha quatro annos passados, a
era o queimado dos trópicos. Não preciso derivação de sperno, desprezar, aventada
de encher paginas com citações de trechos pelo sr. Alfredo Gomes, e agora discordo
em prosa e verso, na sua maioria banaes e tambem do nosso mestre, o philologo João
correntes, bas Ia lembrar a etymologia da Ribeiro, quanto ao etymo somente, no que
escreve elle na nota 132, da sua singular
palavra ethiope.
Ethiope, de ailhô, eu queimo, eops, ros- Selecta Clássica (t).
to, é termo que designa nao só o homem (1) Parece-me obscura a etymologia de preto, a
preto, como tambem, com leves alterações, não contentar-se com a forma castelhana prieio que
certos oxvdos e sulfuretos rnetallicos, de pouco adianta; Meyer Lübke derivaprieto de pectrer
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240 ALMANAQUE BRASILEIRO
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POVOAMENTO
Instituto Commercial)
(Conferência e lição no
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ALMANAQUE BRASILEIRO 241 I
Ellas não são completas, mas são verda- e a monopólios de negociantes de Lisboa,
deiras. cuja conseqüência, como veremos, foi
Por exemplo, já na parte da producção crear a maior crise econômica porque tem AA **s|
producção, mas seio seu valor em moeda; Todos os interesses econômicos surgiam
sei que rendia 40 mil cruzados por anno, em favor da abertura de communicações
isto é, 16 contos de réis. entre Pernambuco, Bahia e os sertões de m !-' 'Slffi
Pernambuco, com os seus 66 engenhos, S. Paulo. sr.m&
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produzia 200 mil arrobas de assucar por Acabei de dizer-vos que existiam tres ¦ y'í
Rio de Janeiro com seus tres engenhos; para exprimir melhor o meu pensamento,
mas, para supprir essa falta, essa omissão faço o quadro na pedra da zona geogra-
das estatísticas, posso garantir por outros phica da Bahia (figurando na pedra) :
dados estatísticos, que a producção do as- Imaginemos a costa aqui, neste traço que
suçar montava a 70 mil caixas por anno não obedece ás suas irregularidades. Aqui
em todo o Brasil. temos o rio S. Francisco; aqui temos o
üeveis saber que o processo de accom- Real, o Itapicurú, o Inhainbupe, o Para-
modaçào, para exportação do assucar era guassú, e aqui a capital da Bahia, outros
em grandes caixas de cedro. São minuden- pequenos rios, até o rio S, Matheus. '.
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cias cujo valore importância adiante tere- Faço o traçado dos principaes rios, dei- '
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a.íS,
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mos de ver, pela influencia que exerceram xando os outros, porque com elles é que eu a
"s.jf,
sobre a evolução econômica. Junto a cada tenho de jogar para explicação das linhas
engenho de assucar existia a modesta tenda que, iniciadas na Capital da Bahia, resol-
de carpintaria. veram o problema econômico das commu-
O assucar não era acondicionado como nicações pelo interior. Ao passo que o se-
hoje para a exportação e ia naquellas cuio xvi fechava-se com a producção de
grandes e pesadas caixas, cuja remoção 70 e tantas mil caixas de assucar, já se
para o porto de embarque era de grandes despertava o interesse da exploração das ':- •: ':.
difficuldades, reclamando excesso de tra- minas, principalmente das pedras precio- y
balho e desperdício de forças, por meio dos sas. i
carros puxados a boi. Eu insisto em chamar a vossa attenção 77
Ainda alcancei esses hábitos, que vigo- para este ponto. Antes da idéa da expio- -I'-',1
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ponto. Não venho aqui fazer discurso, e maiores riquezas mineraes do Brasil, na
sim estudar comvosco assumptos da eco- minha opinião.
nomia nacional. Foi ahi em uma zona triangular, nas ca-
Para a geração actual agir como um fac- beceiras desses rios, que Fernao Dias, de
tor de civilização, comprehender os seus São Paulo, pensou ter descoberto a lenda
deveres, os seus direitos, exercer a critica da serra das Esmeraldas ou a serra Res-
dos actos da autoridade, do seu legislador, plandescente. Hoje mesmo, essa zona de
do seu Governo, precisa muito bem co- terra mantem-se impenetrável á força do,
nhecer o passado de seu paiz, porque é elle povoamento.
a melhor escola, o melhor livro de ensi- Interceptada a linha nessa zona. e a li-
namento civico. nha do norte nào podendo sahir do rio
Por conseguinte, quando eu não fôr bem Real, deu-se então o factor paulista, que
claro, peço-vos que reclameis. veio do sul pelo sertão, atravessou o rio
A linha de povoamento, por conseguinte, das velhas, veio ás suas cabeceiras, come-
segui© pelo littoral, a primeira. Ella não çou a colonisaçào do São Francisco, ao
desceu para o sul, senão em uma pequena mesmo tempo que o factor bahiano, repre-
distancia. sentado em Garcia dAvila, padre Pereira e
Sua tendência foi o norte, acompanhai!- Britto Guedes, descambavam para o Piau-
do o littoral. O seu estádio prolongado no hy e creavam a economia desse rio, com
rio Real, 1573 a 1590, deu lugar á conquis- os seus curraes de gado. Os dous pontos
ta de Sergipe, que é um facto politico filho eram os rebentos de futuros centros econo-
dessa evolução econômica da expansão micos : Joazeiro e Geremoabo. A colonisa-
do povoamento naquella direcção, muito cao, portanto, do S. Francisco, desce de
mais do que dos interesses essencialmente suas cabeceiras para a zona do littoral e o
politicos. Ahi parou, e appareceram as contrario. O ponto de juneção foi Urubu.
tendências de dirigir-se ella para o occi- Por que?
dente, pelos vales daquelles rios que ella • A resposta a essa pergunta constitue o
cortou. assumpto de uma conferência.
Dirigir-se o povoamento para o centro, Quando achava-se já adiantado o povoa-
não foi mais obra do século xvi e sim do mento das margens do S. Francisco, com
século xvn, durante o qual, entretanto, as fazendas de criação de gado, as linhas
ella não penetrou grandes distancias. de povoamento léste-oéste tenderam a di-
Mas no fim do século xvn estava resol- rigir-se para esse rio.
vido o problema de communicaçao do Assim, por exemplo, a linha léste-oésfe
norte com o sul, pelo interior, que veio do rio Real produzio Jeromoabo, a linha
trazer o boi dos curraes da Bahia ás po- léste-oéste do Itapicuru produzio Jacobina
voações de Minas e São Paulo, entregues e Joaseiro, a doParaguassú produzio Agua
exclusivamente á exploração das minas e Fria, grandes centros econômicos dos se-
prohibidas até por lei da lavoura dos ce- culos xvn e xvin, cujo valor foi roubado
reaes. por outras zonas, cuja producção atrahio
A linha de povoamento do littoral tomou o homem, o capital e o trabalho, como ve-
tambem a direcção do sul. Seu avanço en- remos no correr de nossas conferências.
controu os maiores óbices, as mais serias Podemos, pois, resumir no seguinte o que
difficuldades, não só das condições geo- temos dito : o povoamento, do Brasil no
graphicas da região, como do caracter dos Estado da Bahia, que é o centro mais im-
indios que a habitavam, excessivamente portante de economia nacional nos pri-
selvagens e valentes. Foi a zona da invasão meiros séculos, deu-se, primeiro, pelo lit-
indígena por mais de um século. Foi a toral; secundo, das cabeceiras do S. Fran-
zona do insuecesso de muitos bandei- cisco para a barra, pelo esforço paulista, e
rantes.Foi a zona da victoria de Baião Pa- terceiro, pelas linhas léste-oéste acompa-
rente. Todavia ella chegou ao rio S. Ma- nhando as bacias dos grandes rios.
theus, nao no século xvn e sim no século Agora, pergunto : o que levou o bahiano
xvin, prolongando-so ao rio Doce e Itape- a fazer a linha do povoamento norte e sul,
mirim. Os indios e as matas da região dif- cortando perpendicularmente os rios?
ficultaram a expansão de povoamento. Foi o interesse da lavoura assucareira, de
Só agora é que a Bahia activa a coloni- localisar-se nas melhores bacias, cuja cons-
saçào das bacias desses rios, onde estão as tituição geológica adapta-se á natureza do
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produeto, como a bacia do Paraguassú, fez mais do que copiar a estrada de Ro-
importantíssima para essa lavoura, princi- drigo Paes ; copiou o seu roteiro, que ligava
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palmente naquelle tempo, em que a camada S. Paulo, ou antes, Sabará, ao Rio de Jã-
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de húmus era densa, e do Jeriquicá, pre- neiro. y ¦¦"-¦i-:.
dilectas moradas de Gabriel Soares e seus Pois bem, quando chegou a S. Paulo,
contemporâneos. Castello Branco, encontrou a noticia da
Mas qual foi a causa da linha do povoa- sahida da bandeira de Fernão Dias.
mento do esforço paulista? Não foi a lo-
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Podeis calcular, em 1674, uma bandeira
voura assucareira; foi, primeiro, o inte- que sabe de S. Paulo para chegar até a ba-
resse da exploração das pedras preciosas èf; cia do Jequitinhonha e ao Arassurahy, é
secundo o iuteresse de ter escravos. um feito heróico, inacreditável!
Foram essas as duas causas que deter- Castello Branco não quiz|esperar a volta
minaram o paulista a vir ajudar a linha de de Fernão Dias, preparou a sua bandeira
povoamento léste-oéste; foi ainda a lenda e segui o.
indígena da serra das Esmeraldas, ou da E quando chegou ao Sumidouro, nas
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serra Resplandescente. margens do rio das Velhas, encontrou de •yy
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- Essa lenda, de cuja existência os Índios volta a bandeira de Fernão Dias, que con-
informavam aos conquistadores e que lhes duiza em uma rede o cadáver de seu chefe,
vinha de gerações antiquissimas, levou a embalsamado!
primeira exploração partida do Espirito E'uma cousa notável e que devia chamar
Santo. Essa primeira penetração em busca a attenção da nessa classe [medica o pro-
da Serra das Esmeraldas não foi coroada cie cesso de embaisamamento feito pelos ho-
successo; msuecesso tambem tiveram a 2a mens da bandeira.
e a 3a. O facto é que foi embalsamado. E assim
A posição de Bezerra, membro da fami- entrou conduzido em uma rede pelas ruas
lia que depois teve o titulo de Asseca, a de de S. Paulo, a cuja câmara entregaram o-
Benevides, e a sua morte pelos índios, des- sacco de esmeraldas.
pertou na metrópole o maior interesse de Foi nesse lugar, Sumidouro, que deu-se
se descobrir a serra das Esmeraldas. o assassinato cie Castello Branco.
Tenhamos em memória que procuro Pois bem, a bandeira de Fernão Dias, que
aqui explicar a causa do esforço paulista descobrio a serra das Esmeraldas, serra
que abrio uma excepção de povoamento que desappareceu de todas as pesquizas,
pelas hacias dos rios até S. Francisco, co- pois desde então até agora nunca mais se
meçando de suas cabeceiras para o littoral, pôde encontrar o seu roteiro, suggestionou
quando nos outros ojfacto se deu por meio novas entradas que entretanto nao desço-
inverso. briram as minas daquellas pedras precio-
O insuecesso da penetração de. Bezerra, sas, de grande valor econômico hoje, pela
sabido do EspiriJo Santo^impressionoupro- falta de descoberta de novas jazidas. Nin-
fundamente a Corte, que fez da serra das guem desconhece o alto valor mercantil
Esmeraldas um ponto de cogitação politica, hoje da esmeralda.
de grande valor econômico, prendendo a Deu-se o assassinato de Castello Branco-
attenção dos habitantes do Brasil. no Sumidouro, nas margens do rio das
Então veio cie Portugal o grande scien- Velhas.
tista de seu tempo, e que julgado mesmo Como conseqüência desta bandeira, co-
com as exigências e descobertas da scien-^ meçou o povoamento nas cabeceiras do Rio
cia cie hoje, nao podia deixar de ser por Pardo, Verde e Doce, por Mathias Cardoso
nós admirado o seu alto talento, a sua ex- e Anto uio Filgueiras, que obtiveram verda-
traordinaria cultura : D. Rodrigo de Cas- deiras donatorias de 40 léguas naquellas
tello Branco. regiões. Sao estes dous homens que assi-
Veio esse emissário. gnalam o primeiro esforço.
Quando chegou a S. Paulo, já tinha sabido E' preciso remexer-se o pó dos archivos.
a celebre bandeira de Fer não Dias, a mais pa.ra trazer-se á actualidade a somma de
notável e que abrio a estrada de S. Paulo, serviços que elles nos prestaram.
e, que foi o primeiro esforço das estradas Mathias Cardoso e Antônio Filgueiras,
para a Bahia e muito depois para o
Rio de que abriram comuiunicaeão pelo vaie de
Janeiro. E devo dizer — a engenharia mo- S. Francisco e Rio das Velhas, entre Bahia-
derna, na Estrada de Ferro Central, nao e S. Paulo, para lá nao voltaram.
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244 ALMANAQUE BRASILEIRO
Influio talvez para isso o assassinato do nial de S. Paulo, como Sergipe, Espirito
fidalgo hespanhol Castello Branco, notabi- Santo, Alagoas o são da Bahia.
lidade scientifica da Corte Hespanhola, que Teremos oceasião de estudar isto, e hei
veio ao Brasil fazer pesquizas por ordem de mostrar como se deu a passagem da po-
da Coroa. . pulação para crear Piauhy.
Eis, em resumo, a estruetura econômica
Sendo assassinado por um brasileiro,
Borba Gato, no Rio das Velhas, teve a do nosso paiz no século xvi e as vias de
autoridade o maior interesse em punir o communicação abertas no século xvn.
assassino, que entretanto foi perdoado peia E assim ficou resolvido o problema da
deu de descobrir a serra de alimentação das cidades do sul com o gado
garantia que do norte, porque naquella época o local da
Sabarabussú como descobrio e em que
ransformou-se a lenda da serra Resplan- industria pastoril era a Bahia, Piauhy e
decente. Sergipe e o sul dedicava-se apenas á expio-
E ficaram Mathias Cardoso e Antonio ração das minas.
Filgueiras, nas cabeceiras de Rio Pardo ; O outro centro de povoamento, este de
ahi installaram seus curraes de gado, co- muito pouco valor, é Pernambuco. O Per-
meçaram a colonisação, penetrando pelos nambucano nunca gostou de sahir da costa.
sertões do Rio S. Francisco, com seus com- E ha uma razão ethnica que justifica este
facto, que nos preoecupará a attenção em
panheiros. outra conferência, versando sobre o estudo
Como resultado dessa bandeira de Fernão
Dias, deu-se o começo da colonisação e do homem no Brasil, os elementos ethnicos
e, por do Pernambucano, do Bahiano, do Ala-
povoamento do Rio S. Francisco; do Minei-
conseguinte, isto fez com que as linhas goano, do Cearense, do Paulista,
léste-oéste partidas da Bahia convergissem ro, etc. Desde já poderia confrontar pe-
rante vós o esforço paulista, que penetrou
para áquelle ponto. da Capital de S. Paulo, atravessando ex-
Eis as primeiras linhas de povoamento
na Bahia. tensões territoriaes enormes, até Ceará,
Mas, associadas à questão de linhas de com o nullo esforço do Pernambucano que
nào sahio da costa ou que apenas chegou
povoamento, temos as estradas. até Alaçôas, porque a conquista do Rio
E' fácil agora reconstruir a estrada que
ligou a Bahia ao Sul reservando esse Grande" do Norte, Ceará, Maranhão, etc,
assumpto para uma outra conferência. não foi feita por expansão colonizadora de
0 meu intuito é mostrar-vos que o pro- Pernambuco.
blema econômico de mais valor no Brasil, A resolução do problema das commu-
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no século xvi, ao começar do século xvn, nicações pelo interior, facilitando o trans-
assucar para
era a communicação da Bahia para o Sul, porte do gado para o sul, do
resolvido no fim do século xvu. o littoral e do sal para o interior, fez com
._ 0 outro centro de povoacão de que fallei que a lavoura progredisse extraordinária-
é o de S. Vicente, igualmente de muita mente.
importância. Na próxima lição estudaremos a evolução
E esse centro em relação á sua direcção econômica dos produetos, como o assucar,
: os cereaes, e a funeção de moeda que esses
podemos resumir nas seguintes palavras naquelle
a Ia linha de povoamento foi de Santos para produetos exerceram, porque
S. Paulo, transpondo a Serra, e creando tempo o assucar era o denominador com-
a então villa de S. Paulo. muni do valor, oecupava o lugar que o
Agora, dahi o povoamento tomou tres numerário actualmente oecupa.
direcções : tomou a direcção do Tietê e Nessa funeção de moeda, temos tambem
Parahyba, e creou Matto-Grosso, Goyaz e de estudar a luta econômica travada nos
Rio de Janeiro; tomou a direcção de Sabará, séculos xvi e xvn entre duas classes im-
de assucar e o
creando'Santa Catharina, Paraná,Rio Grande portantissimas o lavrador o índio,
do Sul. Como se vê, é de máxima impor- jesuíta, collocando-se de permeio »
tancia esse centro. como o braço do trabalho agricola.
Felisbello Freire.
Logo, o Rio de Janeiro é expansão colo-
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TERCEIRA PARTE
Letras, Artes
Sem modificar substancialmente o plano primitivo do Almanaque Garnier, '*'.
como o imaginou com grande tacto o seu fundador, entretanto em cousas menos
essenciaes iremos iniciando algumas modificações que a mesma boa fortuna
d'esta publicação, o exito e applausos que tem alcançado, nos tem aconselhado
ou suggerido pouco a pouco. Desde logo, pareceu que convinha separar sem
desunil-as de todo a collaboraçâo propriamente scientifica da literária e artística;
muitas cousas de sciencia, verdades que interessam ao conhecimento do Brasil e da
nossa natureza aqui deviam ter cabida, desde que não excedessem, pelo tom e
creada con-
profundeza dos assumptos, a comprehensão commum. Foi por isso
lugar as
junctamente esta parte literária, outra de Sciencia e erudição onde acharão
sciencias naturaes,
questões do folk-lore. Mnographia, historia, viagens, lingüística e ¦Sai
fica d'esta arte iniciada e acreditamos que terá mais tarde e successivamente
maior importância e desenvolvimento que por agora não tem.
Na parte de Letras e Artes seguiremos, alargando-o ainda mais, o programma
antigo, tomando a peito o evitar-se aqui qualquer tendência exclusivista e de
coteries ou grupos, e, ao contrario, esforçando-nos para que todas as escolas e
academias e agrupamentos literários, e todos os que pensam e escrevem por todo
o Brasil aqui tenham a acolhida e agazalho, sem outra limitação que a do mérito,
e do critério com que escolhemos o que nos parece bom ou excellente.
N'este particular, o Almanaque poderia prestar não pequenos serviços á nossa
historia literária se de futuro elle puder (conforme a todos os esforços que a todas
as horas temos feito) dar uma noticia circunstanciada das academias e sociedades
literárias que se tem formado por quasi todos os Estados do Brasil e que entre-
tanto, por deficiência de um órgão commum, não são conhecidas umas das outras;
n^ste sentido, solicita o Almanaque a cooperação e a boa vontade dos seus
amigos e collaboradores. Ao exemplo da Academia Brasileira, outras surgiram,
como a de Pernambuco (para só mencionar esta) que nos parecem de grande e
real valor. Não temos no Brasil nenhuma publicação que nos fale cle tão interes-
santes manifestações do espirito e do talento artistico do nosso povo; nem sequer
um registro bibliographico regular por onde se possa aferir a producção
possuímos
intellectual do paiz. 0 Almanaque Garnier poderia talvez até certo ponto exprimir,
ignorada
ainda que mediocremente, toda essa pujança e opulencia desconhecida,
«na capital.
e não raro menosprezada pela maior parte dos que vivem
Tambem não é inútil encarecer que ha muita producção artistica, na pintura
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247
ALMANAQUE BRASILEIRO
- me estas fainiliaridadcs de
cada uma das Mias que perdoarão
literário, - observemos que ha nas tres uma teiçao
colleguismo
commura-a Índole máscula do seu talento. humanidade .
antiga em cada escriptora perde a
W observação que
uma mulher. ." Avo/v«
ser exacta,.
No nosso caso ainda a observação em parte se verifica do espirito
mas só em parte, ou em certo sentido : a varonihdade fatiando, as
destas tres senhoras não lhes tira, mesmo literanamente analyse, a
do sexo - a delicadeza do sentimento, a finura da
graças recato; e, fora da Mera-
commoção mais vibrante e todo o encanto do
tura, a única das tres que eu tenho a felici- r
dade e a honra de conhecer, de Julia Lopes
de Almeida, a esposa do meu querido
amigo Filinto de Almeida, é, em todo o
nobre alcance da expressão, uma perfeita
mãe de familia. Nem precisava que eu o
dissesse, nem para que o soubesse preci-
sava conhecel-a : bastava a demonstral-o
sem sombra de duvida o seu ultimo livro
— o Livro das Noivas, que só uma boa
mãe de familia era capaz de ter escripto.
Disse, porém, e mantenho, que as tres
Julias se assemelham profundamente pela
feição varonil do seu espirito.
Julia Lopes tem produzido paginas que Julia Cortines.
mais de uma vez hão sido comparadas ás
conteur de França, Guy de Maupassant, e a com-
do mais vigoroso
é a mais expressiva e eloqüente para demonstração
Daracão que dos contos da
do meu conceito, é justíssima : dous, principalmente,
brasileira lembram como irmãos os do auctor de boae de
escriptora revelação
1 a admirável Caolha, que foi para mim a verdadeira
mif
talento, e, por ultimo, o conto de concurso publicado
deste poderoso maravilha de
com o titulo Os porcos, uma
na Gazeta de Noticias
sobriedade, de vigor de colorido, de exactidão de traço.
cujo livro de estréia coube-me a honra inesquecível
Julia Cortines,
ao em toda essa collecção, que é grande e varia,
de apnresentar publico, e essa mesma
ou, mais exactamente, uma única vez
nem uma vez só,
traducçao, escreve o nome de Deus, segundo ia observei
em uma
mostrar iam ler um livro realmente forte, moderno,
quando quiz que encantado-
sem pieguices nem derretimentos, ainda que nelle gemia
ramente toda a ternura da alma feminina. -
o titulo do seu livro de versos
Francisca Julia tem já desde
,/.."• v:.w? ¦ '• vlíKií'^^raf__á_iI_Eí______
•y.l\;,v. . VV-.i!
^e^^yyyyygj
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¦¦¦'Si
li
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248 ALMANAQUE BRASILEIRO
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Julia Lopes de Almeida. Tambem, é a
:<^íi™£_____ _____________
(1) Agora satisfaz-se a aspiração de auctor, com os retratos das tres escriptoras que
deram assumpto ao artigo.
,'v.,-
249 asar
ALMANAQUE BRASILEIRO
a se é que algum
menos, porque não tem continuado publical-os, "'¦
VM
pelo
°Ut
observação e de analyse não ****&£ nosso
^ra»! e novellas : e dueito ¦ ¦ ¦•';
-''. . ' \
João Ribeiro, a meu ver, é um dos melhores e dos mais bellos nomes que ahi sur-
aem dos alvoroços e tumultos da nossa actividade litteraria, um operoso trabalhador,
um espirito intrépido e fascinante, e que se destacou tao brilhantemente, com tanto
vigore sobretudo com probidade, da massa de uma geração. A uma erudição escolhida
e vasta, que se vae cada vez mais aperfeiçoando, a um
poder de observação maravilhoso, a um talento notabi-
lissimo e ;multiplo, allia em si uma sinceridade e uma
modéstia pouco communs entre nós, terra de pedanteria e
néscio orgulho. Alem d'estas qualidades eminentes de um
verdadeiro intellectual, o bizarro estylista àoCrepusado dos
Deuses possue uma cousa muito mais rara ainda, a tal
ponto que a surpreza nào cessa, porque, por "si só, isto
basta para fazer a fortuna de um nome : essa cultura"
superior que Nietzsche tanto exalta e insistentemente reclama
para as naturezas de escól e que, em summa, o grande
philosopho tedesco julga a única cousa necessária.
\ "
u.Y
251
ALMANAQUE BRASILEIRO '''¦:'U
rs:trru^r^ra:^%tTr^t/^
nas quaes
doTJsàdo: de cujo encanto se acham possuídas as suas obras poéticas,
*
* *
.':¦'•-. ¦'.'-,¦ 7 .:
no dizer de Felinto Elysio que elle cita e estima sobremaneira; communicaram-lhe essa
revolta contra o" querermos (os mais de nós) escrever ao uso e abuso nosso ríesse mau
e acceita ". D'ahi,o serem as Paginas de Es the-
portuguez que não é lingua reconhecida
" corruptores " da nossa linguagem,
tica uma grande declaração de guerra contra os
um pamphleto vehemente contra os adversários da restauração clássica, os quaes nem
ao menos têm o devido respeito e amor aos modelos eternos do nosso idioma, e um
", um vigoroso canto
toast em honra da " nobreza, da polidez e urbanidade da palavra
ao classicismo em todas as ordens da vida, um hymno enthusiasta e impregnado de
ardente lyrismo á lingua do heróico Portugal, augusto e veneravel, como que a repou-
sar agora dos seusheroismos e victorias tantas vezes assignalados por inspirados canto-
res. " E superior a todos, diz elle, porque accorda a voz do homem, do poeta e do
artista, com as suas ricas e copiosas caudaes da eloqüência e dapoezia,com o seu estylo
breve ou erguido, galante ou fero, em todo o luzimento de seus mais finos quilates.
V1»
Foi essa, decerto, a lingua do pequenino Portugal, que como flor perfumada rebentou
na extremidade da arvore do mundo antigo, ílor que havia de voltar a corolla e o poi-
lenpara os oceanos desconhecidos. Foi essa, enão outra, a lingua que primeiro prague-
distan-
jou com a tempestade oceânica e a primeira que traduziu a alma das immensas
cias, a saudade. Foi tambem a primeira que com os seus destimidos luziadas, brace-
incógnitas.
jando sobre as ondas, levou o annuncio da Fé e da Civilisação ás terras
Porque muito maior que as civilisações que se sepultam com as sciencias e vaidades, é
aquella que ama e se reproduz e se revê nos filhos e na eternidade da historia >/.
A lingua é o symbolo vivo da raça que a falia, e, no dizer do poeta, a consciência
de um povo projectada no espelho sonoro das palavras. Nenhuma imagem é mais
exacta e fiel. A nossa, meiga ou fera, jovial ou triste, incarna as modalidades da alma
e illusões, sonha-
grandiosa de uma raça vivaz, volúvel e expansiva, cheia de esperanças
dora e pantheista por excellencia. A idéa mesmo da pátria póde-se lêr, mais ou menos
viva e perfeita, na physionomia que a retrata. E que, desde quando lhe infundiram o
i'''
com o advento d'essa lingua universal sonhada pela dourada imaginação dos cândidos
do
utopistas, haveriam de vir Champolions crear uma nova sciencia de interpretação
se sepultara em trevas: e então, os monumentos escriptos que nos legaram
passado que
os formadores e perpetuadores da nossa intelectualidade surgirão aos olhos do paleo-
logo vlüdoiro, augustos e solemnes como novas Thebas gigantescas e mysteriosas, e
nosso
n'elles encontrará gravado com o sello da eternidade, o áureo instrumento de
sentir e saber, crystallisado em sua belleza e em sua perfeição que os séculos jamais
e riquezas vãs de
:{¥-¦
poderão destruir. Tudo poderá desapparecer, como as vaidades, glorias y,
sentes, que a herdamos dos nossos avós com os juros de nove séculos, avaramente
accumulados, compete propagal-a e defendel-a contra a acção doloza d'aquetles que
con-
ignoram que ella, a nossa lingua, é a única cousa que importa antes de tudo
servar. Ora, para um povo, o abandono absoluto da sua lingua é o signal do anniquü-
exacto
lamento da sua personalidade, a linguagem sendo a expressão directa, o symbolo
da vida interior, como diz Michelet, a representação fiel do genio dos povos, a expressão
do seu caracter, a revelação de sua existência intima, seu verbo, por assim dizer.
de E " E como, pois,
João Ribeiro sente queé lingua sua a lingua Camões. pergunta:
dizer que a lingua d'essas almas e d'essas energias, á qual (como dizia Joáo de Barros)
a monarchia do mar e o tributo dos infleis, nao é mais digna do presente e
pertenciam
do progresso? A verdade éque nós e o presente não somos mais dignos d'elia. A'energia
frio terrorde
dos que fecundaram os desertos e fundaram novas pátrias succede agora o
ter. Já se exalta ao que impiamente
perdermos a que temos e talvez a nào sabemos ao que dis-
rouba a alma alheia de outras litteraturas e não poupam tolos escarneos
das riquezas maternas que por direito de herança lhe pertencem. Esse confronto é
põe a expia-
como um alvorecer de consciências malsanas. Seja. Mas nào se chame progresso
ou a má fortuna d'aquelles que ha quatro séculos eram capitães e hoje nao podem
ção
'ou ". Por abi se vê
não querem ser mais que soldados ou bandoleiros que nao é um
: é aspiração
singelo amor pela lingua dos nossos maiores que vive no coração do poeta
uma patria mori-
mais alta que o torna desesperado, a gritar, como um aíflicto, entre
lhe anda no fundo
bunda e a dôr de a vêr morrendo. A lingua do velho Portugal, que
evocar do passado,
da alma como uma grande lenda antiga, João Ribeiro se tortura por
se insurge
a ver se lhe dá de novo ávida da historia. E*tal a sua angustia de peito que
lamentos como este,
ante uma estranha e ineluctavel fatalidade, que ás vezes lhe escapam
a raiar pela objurgação de esperanças perdidas. " " fazem os contem-
João Ribeiro combate, antes de tudo, a idéa quc do classicismo
não é sinào " uma das faces
de modernismo que, ao seu parecer,
poraneos imbuídos ",
mais communs e triviaes da estupidez quando afirmam que a linguagem de que se
e do presente',
serviram Gil Vicente e Fr. Luiz de Souza" nao é mais digna do progresso
os senti-
visto que, organismo vivo que é, a lingua evolue com os mundos, os homens,
defeituosa
mentos eas idéas. Com razão, insurge-se contra essa linguagem desvirtuada,
e levanta-se
e falsa de que nos servimos para exprimir o nosso sentir e o nosso pensar,
conseguinte contra toda essa legião de vocábulos bárbaros arrancados impunemente
por e vindos, depois de
a linguas°estranhas, que em belleza e riqueza á nossa não excedem,
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idioma portuguez
meio século sobretudo, gastar a formusura e a pureza do nobre
e creado um povo de conquistadores, heroes e menestreis e
abundante grandioso, por
Nao haveráexcusa
manejada com respeito por cincoeuta gerações de poetas e lettrados.
no dizer d'elle, sob a core pretexto de forma luterana, se roubam a
possivel. quando,
remendos
línguas estranhas dizerese expressões de differente metal, os quaes são como
n'elle de
de outra côr: pois, o nosso léxico é riquíssimo, abundante e variado, havendo
sem que
tudo e para todos os gostos, mesmo para os mais exigentes e extravagantes,
encontrar nao
necessário seja ir buscar a outras paragens vocábulos que a nossa desidia
sabe nem se esforça.
nao e a
Entenda-se, emfim. O que João Ribeiro quer, segundo confissão própria,
"a concatenação ea consciência duradoura e alongada
resurreiçao da vida antiga, mas,
se nao
da raça que senão apaga e que se nunca extingue, a memória da mocidade que
". O
reíloresce ao menos perfuma a velbice que elle deseja, é que se vivifique o pas-
'< A verdade, escreve elle, é que nao ha lm-
sado, no presente, para fecundar o futuro.
nem conhecimento perfeito das línguas, e é grande mérito da forma lute-
gua-perfeita coma
raria rejuvenescer vocábulos que o olvido desterrou injustamente e até crial-os ". O
é em si uma linguagem etheri-forme que elle
própria seiva do pensamento, que já
é a renascença do bom gosto
prega, em fim, é a restauração da pura vernaculidade,
antigo contra a coufusão malsana da época presente, é uma como reversão para um cias-
sicismo saturado de hellenismo.
•* *
*
'
A obra de João Ribeiro, apesar das duvidas e objeeçoes que levantar possa, inau-
Não sabíamos até então como
gura uma nova, uma preciosa maneira de ler os clássicos.
versal-os e eutendel-os. Sabemos agora que para interpretal-os, é necessário antes de
tudo que respiremos a atmosphera em que viveram e nos entranhemos por muito
tempo n'aquelle vasto mundo tão cheio de preciosidades, ciarezas e harmonias que
edificaram, sem, comtudo, confundir o nosso tempo com o delles, achando primores,
extremos e qualidades onde talvez só haja imperfeições e defeitos, a Tem cada época
o seu espirito próprio, diz-nos Joào Ribeiro, que tanto é dizer que tem os seus pen-
dores e preferencias, culpas, falhas e deformidades, que, como soem vir juntas, umas e
outras, não écousa fácil separai-as e estimal-as no devido valor. Não ha entendimento
tão pratico que as possa avaliar a esmo, sem desacerto e engano. Se nos antigos se
nos depara um mundo de surprezas, ainda maior mundo é o que lhes faltou e nunca
conheceram ou siquer imaginaram. Tudo isto se ha de lançar em conta, a peso e me-
dida. »
Não quero affrontar ao insigne mestre com o meu portuguez mal alinhavado. Eis
aqui, pois, comas suas próprias palavras, como devemos versar e entender os clássicos
da nossa língua : « Se, pois, ha os que nao querem (ou não possuem a inclinação pro-
a razão é que
pria) ou nao desejam ler os clássicos, versal-os e medital-os com amor,
a nós outros nos falta o ar, a atmosphera própria em que viveram os grandes escriptores
da nossa lingua. Mas essa falta tambem pôde ter o seu remédio. E' mister não só ler,
mas viver, conviver, respirar e conspirar com os clássicos, no mundo em que se move-
ram e commoveram. Então a leitura, transporta a séculos, é de certo uma arte difficil
e para poucos; nao é linear, e ha de ser sentida em duas dimensões do tempo : o pas-
sado no presente e até, se se lhe ajunta algum dom prophetico, no futuro. Os livros
antigos, não só a Odysséa ou a Eneida, mas falo dos clássicos da nossa lingua, exigem
e requerem essas necessárias transfigurações com os seus scenarios já mortos. Nào são,
dia, a qual se
pois, o alimento commum da turba que le a salário e jornal, dia por
:"¦'¦#•_¦-*•*.
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cegueira.
não vê para adeante, tambem não vê para traz, que tudo é um, e é a mesma
Não
Os nossos clássicos escreviam com lenteza e com vagar é que compunham.
de hoje improvisados n'um
podem, pois, ser devorados d'um trago como os livros esboço
lanço. Aquillo que com vagar se compoz, durante annos se castigou e poliu, do
segredos
á derradeira mio, guarda sempre cousas e idéas, subentendidas, ellipses e
e hoje
mentaes, rascunhos de palimpestos, sentimentos inescriptos, outr'ora claros
na
invisíveis, que é mister subentendidos, aclarados, decifrados, resuscitados, emfim,
atmosphera em que brilham á luz. Nao é, pois, comprehendel-os o mero rastejar
própria
rama sem penetrar o subsolo, que eraoutr'ora a lume da terra, e no qual agora se
pela balançado
sepultam profundos como raizes. Naquelle evo, a medida era outra, e outra a
historias
mundo. A Guerra e a Fé imperavam e, ao crepitar do lume do místico, outras
faça a expe-
não se contavam que as dos soldados e dos monges. E só assim, a quem
de clareza e
riencia d'alma d'aquelle tempo, é que os clássicos poderão ser exemplares
marrada
suavidade. Então, ó surpreza e milagre! Tudo resurge e se anima! a floresta
e
reverdece e desabotoa toda em flor, revivem os pastores e os montes, os cavalleiros
movendo os
os santos; accordam todos os ochos das fontes e dos ventos que andavam
alamos e as madresilvas... »
artista se
A leitura dos clássicos é íructo d'essa necessidade, que ao espirito do
depois da paixão
impoz, de corrigir, modificar, polir o seu estylo. João Ribeiro nos fala
lado, a verda-
e heroísmo que' exige o conhecimento dos clássicos, e nota, por outro
lettrada
deira causa d'essa inextinguivel hostilidade que medra no seio da juventude
dos clássicos,
contra aquelles que immortalisaram o nosso idioma. « A boa estimação
fruoto da madureza
escreve elle, o carinho e o amor com que devemos cercal-os, é o
soberbas,
do espirito, quando cessa a avidez de idéias novas ou apenas differentes,
nao tem a « cons-
bizarras, extravagantes. A juventude não ama aos clássicos porque
e maravilhas
ciência do ridículo » e náo está ainda desenganadade presumidas seiencias
lhe avultam na alma, como estranhas revelações. Ao cabo de tantos lances, mais
que ímpetos. E nao
serena philosophia a modera e refreia e quebrauta aquelles primeiros
como o velho rei
ha homem que, vivendo um pouco, nao lhe chegue a hora de dizer,
nada mais fácil que a
bíblico que sub sole nikil novum. Nada ha mais velho que a moda,
se nao sequer
originalidade dos desobedientes... Mas vencida essa crise de crescimento,
toda a vida, nao ha outro endereço mais que o do amor e respeito aos
seAofante
de todos escnptores
modelos eternos da linguagem. O mais moderno e o mais livre
Eça de consagrou os últimos restos da vida a limar e castigar
portuguezes, Queiroz,
antiga da língua.
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, o seu formoso e suave estylo, restituindo-o, quanto pode, á nobreza
sua própria espécie, e so
E'que o espirito, na morte, se reintegra e continua eterno na
e outras tantas
o corpo se contenta com volver e perder-se em outras fermentações
modas e mutações da vida universal. ,
revive em minha
Ao lêr estas paginas, saturadas de amor, respeitosas e tenras,
do Carlyle:« A sciencia (como toda outra creação
memória o pensamento profundíssimo *. o homem
é estéril e ser venenosa
irreductivel da humanidade) sem veneração pode
seja presi-
venerar, não tem o habito de amar e venerar, ainda que
que náo sabe que
celeste, toda a philo-
dente de cem sociedades reaes e leve na cabeça toda a mechanica
de Hegel, sempre se comportará como um par de óculos detraz dos quaes nao
sophia cnam.u
existem olhos. » Na verdade, para se conhecer uma cousa, o que podemos
sympathisar-se com
conhecer, o homem deve necessariamente a principio amal-a,
age com uma perversão
ella, ser virtualmente.aparentado com ella : o methodo inverso
funesta. O de visão que habita num homem e uma
múltipla e verdadeiramente grau
Para comprehender os clássicos, Gd Vicente, bamoes,
correcta medida do homem.
esse eslado ãe sympathia que Guyau reclama
Bernardes ou Vieira, é preciso possuir
esse sentimento ao qual unicamente se pode chegar
no critico para bem julgar e graças
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256 ALMANAQUE BRASILEIRO
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ALMANAQUE BRASILEIRO 257
moroso liyrinho que li e reli com um prazer ineffavel, ainda quando não applauda
todas as cousas que n'elle existem, embora com muitas (Tellas esteja de accordo. Na
verdade, não poderia crer que Joào Ribeiro me reservasse táo abundantes thesouros.
Tudo nas Paginas de Esthetica d admirável: a superioridade da sua cultura, a erudição
histórica, erudição de bôa lei, a profundeza das suas observações e a força dos seus
conceitos, o conhecimento solido das litteraturas e das artes, antigas e modernas, a
escola, os pontos de vista
justa interpretação e o exacto lugar em que colloca a cada
interessantes em que se apoia para julgar cousas, factos e idéas do dominio da esthe-
tica, as soluções que apresenta a um grande numero de problemas artisticos e linguis-
ticos, e, sobretudo, a impeccabilidade elassica da sua forma, recamada de uma arte
admirável, revestida de discreto lyrismo, mas attrahente e onduloso, que exige do
leito, se elle quer penetrar o sentido profundo da obra, um conhecimento completo
da anatomia philosophica que este lyrismo encobre. João Ribeiro nos transporta a uma
onde
atmosphera de luz e amor, de claridades, harmonias e seintillações offuscantes,
o ardor combativo do seu espirito, temperado nas águas lustraes da gaya scienza, as
¦
mais das vezes, desappareee sob a cuidada ornamentação litteraria e o pensamento,
eminentemente'aristocrático, cheio de elegâncias e requintes, espontaneidades e alijes
superiores, pratica a dialectica á maneira de um rythmo obsedante, fascinante, fluente
envolve, desarma, suggere e persuade sem demonstrar, sem refutar abertamente,
que
sem negar brutalmente, n'uma attitude muito diversa d'aquella em que se comprazem
os philisteus da cultura e os cortezãos do entendimento.
exercer
João Ribeiro nos apparece, em o nosso meio quasi inculto, preparado para
uma influencia duradoura na intelectualidade brasileira, pela vastíssima cultura que
influen-
revela e pela pujança cerebral de que este livro é irrecusável documento. Sua
idéas nào são
cia, no mundo das idéas, será considerável, salutar e fecunda. Si suas
seu fino senso
inteiramente novas, a sinceridade de João Ribeiro, sua alta visão esthetica e
sua recusa a todo compromisso, seu ardor de apóstolo, dão a ellas um sen-
psychologico- o
tido novo e profundo, estimavel ao mais alto ponto. E no fundo, como observa philoso-
não é a raridade e a força do genio, mas, a influencia de uma certa disposição heróica
pho, sáo decisivos.
da alma e o grau de parentesco e connexào d'esta alma com o genio, que
obrigou sacri-
Não sem protesto me submetto á iniqua tyrannia do espaço que me
d'este trabalho
ficar ao silencio de um fundo lugubre de gaveta uma grande porção
meu pensamento sobre as
ao-ora reduzido no que ahi fica : porque nao disse todo o
é como
Paginas de Esthetica e o seu autor. Apenas fallei da parte mais importante, que
a espinha dorsal da obra, e a que pertence mais pessoalmente a João Ribeiro, a
que a expor, summariamente.
*/.
defeza eillustraçâo da lingua portugueza, tal como venho de
estas paginas por um resumo
embora Ficaria, portanto, muito desolado se tomassem
inestimável de haver sido
completo da obra de João Ribeiro, livro que tem a virtude
se elevou á philoso-
escripto por um homem que escapou ao terra-á-terra da chronica,
de estheta.
phia da arte e possue um valor fazem pensar e sorrir,
João Ribeiro, em summa, pertencerão numero d'aquelles que
elle, contra elle,acima d'elle, e que tornam intelligentes e gayos. Seu labor sin-
com
ser citado como exemplo. E, se
cero tão' intenso, tão nobremente inspirado, merece
á consideração dos con
autoridade tivesse para exemplos apontar, como tal indicaria
é digno de entrar
temporaneos este fervoroso apóstolo da Belleza, porque elle
N'ella sede severa deli' arte e dei silenzo,
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L í
_Pa,stora,l 77
Uma voz
I
Não te exponhas, disse a velha.
A' luz fria do luar;
Deixa que se perca a ovelha,
Gado não te ha de faltar.
E' o lobo e não a faraota
Que te attrahe ao seu algar.
Não saias, donzella incauta,
Ao luar.
I !T
ii
Mas a moça, a noite inteira, / íL
Ouviu a ovelha balar,
I
Tão triste e só na lareira
Que não poude descançar.
E em quanto a velha dormia,
Fugiu, deixando o seu lar;
Era claro como o dia
O luar,
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Desde então anda esgarrada íst:
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*
Um bohemio pela décima vez ameaça o tio de matar-se, se não lhe empresta
1 : 000$0000. « Tracta-se de uma divida de honra, etc, etc. »
— Tudo o que eu poderia fazer por ti, responde o tio, era emprestar-te o revólver...
mas irias vendê-lo!
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O Misanthropo
A' boca, ás vezes, o louvor escapa
E o pranto aos olhos; mas louvor e pranto
Mentem : tapa o louvor a inveja, emquanto
O pranto a vesga hypocrisia tapa.
MMMaMMIMBBHBiMMWW———*— miuimiih
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METROS BÁRBAROS
Um dos nossos maiores poetas, Magalhães Azeredo, nas suas ultimas producções, tem
aos classi-
procurado introduzir na métrica portugueza os chamados (por opposição
cos\ metros bárbaros. A innovaçáo, e aliás é a sorte, a principio, de todas as innovaçoes,
foi recebida com alguma opposição ou, para falar ver-
dade, com alguma indifferença. Sem embargo de ser um
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poeta de grande
;: '^--iMiiiMWrtr-i'''" mérito, Magalhães de Azeredo vive *»
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¦; ¦ 9 HPi iy
longe do Brasil, que é a sua terra e ainda mais d'ella
se affasta por seus ideaes que parecem os de um euro-
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romano
peu e talvez até mais estrictamente os de um
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todos os motivos ; as suas poesias são aqui admiradas
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por um publico de escol, muito selecto e restricto,. por
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mW! IAÀ i -n - ULflHHBflk - uns poucos d'aquelles que o comprehendem e o tém na
verdadeira estima que lhe reclamam as suas qualidades
geniaes de escriptor. Nenhuma poesia ha tão nobre e
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severa correcçào de forma, a elegância e o sentimento ti '
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9 Uma reforma ou innovação métrica d aquella espécie
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tentada uma vez ha um século por José Anastácio da
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questão, a propósito de outra tentativa de Nolasco da
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Cunha.
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vislumbre de possibilidade >>., Tratava-se então de natu-
ralizar os hexametros e pentametros latinos, que entre
tanto ja haviam s,ido tentados no XV e XVI século, na
])oésia hespanhola, não sem algum êxito.
^£ í.-ÍSvsE^cflB flflc^^^^^^Hfl HHÈ$ilÍ.»ic>» w.-*-»,* . '..
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ALMANAQUE BRASILEIRO V
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SURDINA
No ar socegado um sino canta,
Um sino canta no ar sombrio...
Pallida, Venus se levanta...
Que frio!
Um sino canta. 0 campanário
Longe, entre nevoas, apparece... m
Sino, que cantas solitário,
Que quer dizer a tua prece?
Que frio! embuçam-se as colunas :
Chora, correndo, a água do rio;
E o céo se cobre de neblinas...
Que frio!
Ninguém... A estrada, ampla e silente,
Sem caminhantes, adormece..,
Sino, que cantas docemente,
Que quer dizer a tua prece?
Que medo pânico me aperta
O coração triste e vasio!
Que esperas mais, alma deserta?
Que frio!
Já tanto amei! já soffri tanto!
Olhos, porque inda estaes molhados?
Porque é que choro, a ouvir-te o canto,
Sino que dobras a finados?
Trevas, cahi! que o dia é morto!
Morre tambem, sonho erradio!
A morte é o ultimo conforto...
Que frio!
Pobres amores, sem destino,
Soltos ao vento, e dizimados!
Inda vos choro... E, como um sino,
Meu coração dobra a finados.
E com que magua o sino canta,
No ar socegado, no ar sombrio!
Pallida, Venus se levanta...
Que frio! Olavo Bilac.
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0 ESCRIVÃO COIMBRA
Apparentemente ha poucos espectaculos tão melancólicos como um ancião
comprando um bilhete de loteria. Bem considerado, é alegre; essa persistência
em crer, quando tudo se ajusta ao descrer, mostra que a pessoa é ainda forte e
moça. Que os dias passem e com elles os bilhetes brancos, pouco importa; o
ancião estende os dedos para escolher o numero que hade dar a sorte grande
amanhã, — ou depois, — um dia, emfim, porque todas as cousas podem falhar
neste mundo, menos a sorte grande a quem compra um bilhete com fé.
Não era a fé que faltava ao escrivão Coimbra. Tambem não era a esperança,
Uma cousa não vae sem outra. Não confundas a fé na Fortuna com a fé religiosa,
tambem tivera esta em annos verdes e maduros, chegando a fundar uma irman-
dade, a irmandade de S. Bernardo, que era o santo do seu nome; mas aos cin-
coenta, por effeito do tempo òu de leituras, achou-se incrédulo. Não deixou logo
a irmandade; a esposa pôde contel-o no exercicio do cargo demesario e levava-o
ás festas do santo; ella, porém, morreu, e o viuvo rompeu de vez com o santo e o
culto. Resignou o cargo da mesa e fez-se irmão remido para não tornar lá. Não
buscou arrastar outros, nem obstruir o caminho da oração ; elle é que já não
resava por si nem por ninguém. Com amigos, se eram do mesmo estado da alma,
confessava o mal que sentia da religião. Com familiares, gostava de dizer pilhe-
rias sobre devotas e padres.
Aos sessenta annos, já não cria em nada, fosse do eeu ou da terra, excepto a
loteria. A loteria, sim, tinha toda a sua fé e esperança. Poucos bilhetes comprava
a principio, mas a idade, e depois a solidão vieram apurando áquelle costume,
e o levaram a não deixar passar loteria sem bilhete.
Nos primeiros tempos, não vindo a sorte grande, promettia não comprar mais
bilhetes, e durante algumas loterias cumpria a promessa. Mas lá apparecia alguém
o numero e esperava.
que o convidava a ficar com um bonito numero, comprava
Assim veiu andando pelo tempo fora, até chegar áquelle em que loterias rimaram
com dias, e passou a comprar seis bilhetes por semana; repousava aos domingos.
0 escrevente juramentado, um Amaral que ainda vive, foi o demônio tentador nos
seus desfallecimentos. Tão depressa descobriu a devoção do escrivão, começou a
animal-o nella, contando-lhe lances de pessoas que tinham enriquecido de um
momento para outro.
— Fulano foi assim, Sicrano assim, Beltrano assim, dizia-lhe Amaral expondo
a aventura de cada um.
Coimbra ouvia e cria. Já agora cedia ás mil maneiras de convidar a sorte, a
somma de umas
que a superstição pode emprestar certeza, numero de uns autos,
custas, um arranjo casual de algarismos, tudo era combinação para encommendar
bilhetes, compral-os e esperar. Na primeira loteria de cada anno comprava o
numero do anno; empregou este methodo desde 1884. Na ultima loteria de 1892
-
inventou outro, trocou os algarismos [da direita para a esquerda e comprou o
numero 2981. Já então não cançava por duas razões fundamentaes e uma acci-
dental. Sabeis das primeiras, a [necessidade e o costume; a ultima é que a For-
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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banca publica,
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novamente lhe fez agitar a alma. .
Bernardo, cuja
Ao passar pela egreja onde era venerada a imagem de S.
Tempos em
irmandade elle fundou. Coimbra deitou olhos saudosos ao passado.
ao santo ; agora...
que elle cria! Outr'ora faria uma promessa
Infelizmente não ! suspirou comsigo.
e casa. Não jantou sem que a imagem do santo
Sacudiu a cabeça guiou para
espreital-o duas ou tres vezes, com o olhar seraphico e o gesto de immortal
viesse
magoa, este outro
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Si-'
meu hospede.
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Que hospede? perguntou o sacristão sem entender a linguagem iiguraüa.
O meu velho S. Bernardo.
Ah! S. Bernardo! Gomo hade ser tratado um santo milagroso como elle
é ? Vossa senhoria veiu a festa deste anno ?
—• Não pude. . A
_ Pois esteve muito bonita. Houve muitas esmolas e grande concurrencia.
meza foi reeleita, sabe ?
não sabia, mas disse que sim, e sinceramente achou que devia
Coimbra
«ès>.
5. ;
chamou-se descuidado, relaxado, e voltou para a imagem olhos que
sabel-o ;
devotos.
ífe
suppoz' contrictos e pode ser que o fossem. Ao sacristão pareceram
este elevou os seus á imagem, e fez a reverencia habitual, inclinando
Tambem
mas imitou o gesto.
meio corpo e dobrando a perna. Coimbra não foi tão extenso,
A escola vae bem, sabe ? disse o sacristão.
A escola? Ah ! sim. Ainda existe ? ^
Kgg. Se existe? Tem setenta e nove alumnos.
do escrivão, a
Tratava-se de uma escola, que ainda em tempo da esposa
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fundara com o nome do santo, a Escola de S. Bernardo. O desapego
irmandade
do escrivão chegara ao ponto de não acompanhar a prosperidade do
religioso
noticia, ficou pasmado. No
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esquecel-o de todo. Ouvindo a
estabelecimento, quasi
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delle, não houve mais de uma dúzia de alumnos, agora eram setenta e
tempo
1 nove Per algumas perguntas sobre a administração,
anno
soube que a irmandade
ia haver a distribuição
um director e tres professores. No fim do
pagava a trazer o arcebispo.
dos prêmios erande festa a que esperavam
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ALMANAQUE BRASILEIRO
Quando saiu da egreja, trazia Coimbra não sei que resurreições vagas e cin-
zentas. Propriamente não tinham côr, mas esta expressão serve a indicar uma
feição nem viva, como d'antes, nem totalmente morta. O coração não é só berço
e túmulo, é tambem hospital. Guarda algum doente, que um dia, sem saber
como, convalece do mal, sacode a paralysia e dá um salto em pé. No coração de
Coimbra o enfermo não deu salto, entrou a mover os dedos e os lábios, com taes
signaes de vida que pareciam chamar o escrivão e dizer-lhe cousas de outro
tempo.
— 0 ultimo! Quinhentos contos! bradavam os meninos, quando elle ia a entrar
no cartório. Quinhentos contos! O ultimo! -••
Estas vozes entraram com elle e repetiram-se varias vezes, durante o dia, ou
da boca de outros vendedores ou dos ouvidos delle mesmo. Quando voltou para
casa, passou novamente pela egreja, mas não entrou; um diabo, ou o que quer
que era desviou o gesto que elle começou a fazer.
Não foi menos inquieto o dia 23. Coimbra lembrou-se de passar pela Escola de
S. Bernardo; já não era na casa antiga; estava em outra, uma boa casa assobra-
dada, de sete janelias, portão de ferro ao lado e jardim. Como é que elle fora um
dos primeiros autores de obra tão conspicua? Passou duas vezes por ella, chegou
a querer entrar, mas não saberia que dissesse ao director e temeu o riso dos
meninos, Foi para o cartório, e, de caminho, mil recordações lhe restituiam o tempo
em que aprendia a ler. Que elle tambem andou na escola, e evitou muita palma- ,;'
promessa, quando era irmão effectivo e mesario, e cumpriu-as todas. Onde iam
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taes tempos?
Emfim, surdiu a manhã de 24 de Dezembro. A roda tinha decorrerão meio dia.
Coimbra accordou mais cedo que de costume, mal começava a clarear. Comquanto
trouxesse de cor o numero do bilhete, lembrou-se de o escrever na folha da car-
teira para havel-o bem fixo, e no caso de tirar a sorte grande... Esta idéia fel-o
estremecer. Uma derradeira esperança (que o homem de fé nunca perde) lhe
perguntou sem palavras ; Que é que lhe impedia tirar os quinhentos contos?
Quinhentos contos! Taes cousas viu neste algarismo que fechou os olhos deslum-
brados. Q ar, como um eco, repetiu : Quinhentos contos. E as mãos apalparam a
mesma quantia.
De caminho, foi á egrej a, que achou aberta e deserta. Não, não estava deserta.
Uma preta velha, ajoelhada deante do altar de S. Bernardo, com um rosário na
mão, parecia pedir-lhe alguma cousa, se não é que lhe pagava em orações o bene-
ficio já recebido. Coimbra viu a postura e o gesto. Advertiu que elle era o autor
daquella consolação da devota, e olhou tambem para a imagem. Era a mesma do
seu tempo. A preta acabou beijando a cruz do rosário, persignou-se, levantou-se
e saiu.
Ia a sair tambem, quando duas figuras lhe passaram pelo cérebro : a sorte
um
grande, naturalmente, e a escola. Atraz dellas, veiu uma suggestão, depois
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calculo. Este calculo, por mais que digam do escrivão que elle amava o dinheiro
(e amava) foi desinteressado; era dar de si muita cousa, contribuir para elevar
mais e mais a escola, que era tambem obra sua. Prometteu dar sem contos de
reis para o ensino, para a escola, Escola de S. Bernardo, se tirasse a sorte grande.
Não fez a promessa nominalmente, mas por estas palavras cem sobr'escripto, e
_____-*_.* .'¦ todavia sinceras : « Prometto dar cem contos de reis á Escola de S. Bernardo, se
tirar a sorte grande. » Já na rua, considerou bem que não perdia nada, se não
tirasse a sorte, e ganharia quatrocentos contos, se a tirasse. Picou o passo, e
ainda uma vez penetrou no cartório, onde buscou enterrar-se no trabalho.
Não se contam as agonias daquelle dia 24 de Desembro de 1898. Imagine-as
quem já esperou quinhentos contos de reis. Nem por isso deixou de receber e
contar as quantias que lhe eram devidas por actos judiciaes. Parece que entre
onze horas e meio dia, depois de uma autoação e antes de uma conclusão, repetiu
" Bateu meio dia, e
a promessa de cem contos á Escola : " Prometto dar, etc.
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o coração do Coimbra não bateu menos, com a differenca que as doze pancadas do
relógios deS. Francisco de Paula foram o que ellas são desde que se inventaram
relógio, uma acção certa, pausada e acabada, e as do coração daquelle homem
foram precipitadas, convulsas, deseguaes, sem acabar nunca. Quando elle ouviu
a ultima de S. Francisco, não se pôde ter que não pensasse mais vivo na roda ou
o que quer que era que faria sair os números e os premios da loteria. Era agora...
Teve idéia de ir dalli saber noticias, mas recuou. Mal se concebe tanta impaciência
em jogador tão velho. Parece que estava adivinhando o que lhe ia acontecer.
Desconfias o que lhe aconteceu? " A's quatro horas e meia, acabado o trabalho,
saiu com a alma nas pernas, e correu á primeira casa de loteria. Lá estavam,
escriptos a giz em taboa preta, o numero do bilhete delle e os quinhentos contos.
A alma, se elle a tinha nas pernas, era de chumbo, porque ellas não andaram
mais, nem a luz lhe tornou aos olhos, senão alguns minutos depois. Restituido a
si, consultou a carteira, era o numero exacto. Ainda assim, podia ter-se enga-
nado, ao copial-o. Voou n'um tilbury a casa, não se enganara, era o numero
delle.
Tudo se cumpriu com lealdade. Cinco dias depois, a mesa da irmandade
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• recebia os cem contos de reis para a Escola de S. Bernardo e expedia um officio
de agradecimento ao fundador das duas instituições, entregue a este por todos os
membros da mesa em commissão.
No fim de Abril, casara o escrevente Amaral, servindo-lhe Coimbra de teste-
munha, e morrendo na volta, como ficou dito atraz. O enterro que a irmandade
lhe fez e o túmulo que lhe mandou levantar no cemitério de S. Francisco Xavier
corresponderam aos benefícios que lhe devia. A escola tem hoje mais de cem
alumnos, e os cem contos dados pelo escrivão receberam a denominação de patri-
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monio Coimbra. /
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HERESIA SOCIOLÓGICA ¦. m
E' uma trivialidade que o mundo vive de phrases feitas, de chapas, como se diz
em estylo photographico-literario.
E a nossa inveterada, e já agora, parece, invencivel, preguiça intellectual ou
antes indolência para reagir contra a presumida verdade aceita por todos, nos
leva a aceitar, corno dogmas, apezar da nos vangloriarmos dos progressos do
espirito critico e do livre exame, certas noções esteorotypadas em phrases que
acabam por ter todas as feições de annexins, esses epitomes da sabedoria das
nações, e todas as apparencias de uma verdade inconcussa. E, no emtanto,
quantas dessas phrases, em que uma sabedoria superficial e precipitada cristali-
zou ensinamentos, noções, critérios, dictames que á força de serem repetidos aca-
baram por ser tidos por incontestáveis resistiriam a uma analyse profunda, a um
exame minucioso e acurado dos seus titulos a veracidade ? Uma dessas é justa-
mente a que, por influencia dos posivistas, escrevemos na nossa bandeira : Or-
dem e Progresso « e que não é sinão a synthese da asseveração de Augusto
Comte : A ordem é factor do progresso; o progresso é o desenvolvimento da or-
dem ». Note o leitor psychologo que o que conlribue para dar a esta phrase, e a
todas as suas semelhantes, a autoridade que tem, é menos a verdade nellas con-
tida, que o seu tom peremptório, affirmativo, dogmático, que tão effeetivamente
impressiona a maioria dos espíritos, que não é de scepticos, nem de críticos, e
mais que tudo, talvez, o seu rythmo, propriissimo para agradar e embalar a nossa
intelligencia, que foge naturalmente ao esforço de analysar.
Todas estas phrases feitas, todas estas grandes chapas de moral ou de philoso-
e melodio-
phia domestica, politica, social, histórica, são rythmicas, são musicaes
sas como um bello verso. Muitas dellas, talvez a maior parte, ao contrario da
crença commum que as julga anonymas, são invenções de poetas, que as impu-
seram menos pela exacção do seu pensamento que pela belleza rythmada da sua
forma. Como, sob esta forma eram fáceis de decorar e de repetir, a humanidade,
transformando uma
que não examina nem discute, as adoptou e as foi repetindo,
opinião em uma verdade indiscutível, porque a verdade nao é sinão uma opinião
repetida. Nesta repetição de séculos a phrase, talvez primitivamente menos bem
feita, e até rude, foi, como o calháo que as torrentes arrastam, arredondam e
virtudes sobre-
pullem, ganhando em precisão, em concisão, em harmonia,
excellentes para se fazerem coisas aceitas.
Aqui no Brasil, quando os nossos timoratos monarchistas-sebastianistas, e os
nossos não menos tímidos republicanos-democratas, entendiam censurar, e nunca
o fizeram sinão a medo, a victoria de um grupo de sectários sobre o sentimento
nacional, victoria expressa no lemma por elles imposto á nossa bandeira, não
lhes acudia outro argumento que dizerem que « Ordem e Progresso » é uma bana-
lidade, que todos os pensadores politicos já a repetiram, que é a mesma base e
razão de ser de toda a sociedade e do Estado e, portanto, não podia servir de divisa
a uma nação, singularmente. Esqueciam elles que essa nação é apenas a anima
vilis em que, unico entre todos os paizes do mundo, o positivismo orthodoxo poude
tentar as experiências sociológicas recommendadas pelo seu fundador, o qual
humana, quando che-
preconisou esse motto para lemma de toda a sociedade
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gasse o tempo, que elles com a mais estupenda e ingênua candidez acreditam
chegará, da catholicidade positivista.
Mas não é verdade, ou pelo menos não é tão verdade, como o suppõe a triviali-
dade de tal lemma, que a ordem seja condição de progresso, nem que o progresso
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seja o desenvolvimento da ordem. A historia está ahi para o provar, aos que tem
olhos para ver e ouvidos para ouvir. Dispensa-se até intelligència para comprehender.
Abro-a ao acaso e depara-se-me esta viva pagina de Michelet, talvez o histo-
riador moderno que mais fundo e claro viu na confusão do desenvolvimento his-
torico da humanidade e certamente o que teve mais nitida e segura a visão do
passado, ás vezes mais difficil, como conceitua um seu emulo portuguez, do que
a do futuro. Vem elle recontando, naquelle seu estylo de grande poeta, isto é de
grande vidente, corno o décimo sexto século, si não virmos sinão a serie de guer-
ras e de acontecimentos políticos, é um século de sangue e de ruinas. « Abre-se
pela devastação da Italia pelas tropas mercenárias de Francisco I e de Carlos V,
com as medonhas assolações de Solimão, que annualmente despovoa a Hungria.
Vêm depois as lutas terríveis das crenças religiosas, em que a guerra não é só cie
povo a povo, mas de cidade a cidade, de homem a homem, em que vai até o lar
doméstico, eaté entre o pai e o filho. O que deixasse a historia nesta crise* acre-
ditaria que a Europa vai cair numa profunda barbaria. Longe disso, a flor deli-
cada das artes e da civilização cresce e fortifica-se no meio dos violentos choques
que parecem prestes a destruil-a. Miguel Ângelo pinta a Capella Sixtina no mesmo
anno da batalha de Ravenna. O jovem Tartaglia sai mutilado do saque de Brescia
para ser o restaurador das mathematicas. A grande época do direito entre os mo-
demos, o tempo de ltHôpital e de Cujas, é o do são Bartholomeu. » (« OEuvres »,
II, 42, Bruxelles, 1840.)
E toda a Idade Media não será a ilhistração mais convincente de que o pro-
gresso não é, pelo menos tanto quanto se diz, incompatível com a desordem?
Esses dez séculos são, em toda a historia, desde ao menos a da Grécia e de Roma,
que são para nós a historia clássica, os de maior e mais completa e universal
desordem. A invasão dos Bárbaros, destruindo o Império Romano e o resto de
disciplina, de administração, de autoridade, de ordem politica e social, em sum-
ma, que ainda nelle havia resolveu, baralhou, confundiu tudo,raças, povos, reli-
giões, leis, sentimentos, cOaStumes, línguas. Misturou e perturbou tudo o que no
homem e na sociedade de então havia de mais intimo e essencial como o que
nelles havia de mais extenso e superficial. Podia-se dizer que os virou e revirou
de dentro para fora.
Os historiadores e philosophos que não viram sinão esta enorme desordem, ou
que se deixaram assombrar por ella a ponto de não divisarem o ingente trabalho
de reórganisaçáo que sob ella se fazia, chamaram a esta época, uma das mais
fecundas da historia, de era de trevas, e malsinaram-na de improilcuidade. Uma
erudição mais allumiada (e não se deve escurecer a parte, considerável, do fun-
dador do positivismo nesta mais justa concepção da Idade Média) mostrou que
esse periodo não foi inútil, ou sequer mesquinho, para o progresso humano. Si,
sob certos aspectos, como diz Littré, foi uma época de infância, por outros era
viril e superior á idade antecedente. Ella deu, como enumera o mesmo escriptor,
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e os costu-
poder espiritual do temporal, a servidão melhor do que a escravidão
mes cavalheirescos; na ordem scientifica, a grande creação da alchimia, com
todas as suas conseqüências; a numeração decimal; na ordem escolastica a longa
e memorável controvérsia do realismo e do nominalismo ; na ordem literária e
artistica, uma poesia nova, uma nova architectura, uma nova musica; na ordem
industrial as invenções, importantissimas, da bússola, cio papel de trapos, da agua
ardente, de ácidos poderosos, a pólvora, a imprensa, e na ordem politica, aeman-
cipação dos servos, os rudimentos do governo representativo, os estados-geraes e
a separação crescente do elemento leigo e do eclesiástico e mais os schismas, as
heresias/a reforma, faetores da libertação do pensamento humano (Etudes sur les
barbareset lemoyen dge, XXVII, Paris, 1874). E, mais ainda, preparou e começou
a formação das nações e sociedades modernas, das suas novas linguas e institui-
e na ordem espiritual produziu Thomaz de Aquino, Abelard, Rogério Bacon,
ções,
Dante, Machiavelo. Que maior progresso saiu jamais de uma epoca de tranquilli-
dade e de ordem? E a Renascença que é sinão o produeto directo da epoca mais
di-
agitada da agitadissima historia italiana, os séculos xiv e xv, quando a Italia
vidida e subdividida em uma grande quantidade de Estados, dos quaes alguns
o campo
se resumiam numa cidade, republicas, ducados, reinos, senhorias, etc,era
das assolações de
de batalha das mais terríveis guerras estrangeiras, o terreiro
movediça e en-
francezes, allemães, normandos, sarracenos, hespanhóes, a arena
florentinos
sanguentada dos mais cruéis confliclos intestinos, guelfos e gibelinos,
a nobreza contra os
e venezianos, romanos e milanezes, Pazzis contra Medicis,
ou estes contra ella, uma briga secular, ferrenha, trágica, que a historia,
papas caos, desta « selva
a poesia, o romance, o theatro vulgarizaram ? Pois não foi deste
» horripilava e compungia o Dante, que saiu essa epoca, única da
selvaggià que
definida só seu nome — a Renascença?
historia, e tão admiravelmente pelo
século xix não immediatamente tambem, quasi sem solução
E o nosso procedeu,
da sua
de continuidade, com a sua arte nova, com os maravilhosos progressos
e da sua industria, com todo um mundo e partes de outros chamados á
sciencia
fim do século xviii,
vida e á grande civilização do oceidente, do agitadissimo
Revolução, as continentaes, as insurreições nacionaes que por toda
com a guerras
alastraram, as da independência, a formação de novas na-
a Furopa se guerras
sempre barulhentas e difficeis, as questões sociaes e políticas, o
cões gestações
revolucionárias, e donn-
aparecimento do quarto estado com suas reivindicações
tudo talvez explicando esta feracissima desordem, a anarchia mental, a
nando
o livre pensamento que, desde a Reforma do século xvi,
indisciplina'espiritual,
estimula, apoia a evolução espiritual da humanidade, e, por esta, a sua
inspira,
mesma evolução geral?
toda a historia, consultada sem preconceitos de igreginha ou conventiculo
E
não é tal obstáculo ao progresso,
responderia da mesma maneira, que a desordem
este se faz a despeito delia e que, ao contrario, freqüentemente o estimula
que
via de regra a desordem corresponde nas sociedades a certas crises
porque por
úteis nos indivíduos, crises eliminatórias de elementos mórbidos que
pathologicas
a saude, revigorados pelo tratamento ou pela própria reacção do
lhe empeciam
á do seu equilíbrio, e convencidos da necessidade de curar
organismo procura
José Veríssimo.
delia.
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Aquella noite Honorio não podéra escapar á tremenda estopada com que ha
muito o ameaçava o seu companheiro na casa de commodos da baroneza de
Meia-Ponte. Desde que viera alli morar, Honorio vira-se cercado por um sujeito
de grande cabelleira luzidia escorrendo oleo de Orisa, de sobrecasaca comprida
e sebosa e calças côr de lirio.
Chamavam-lhe o doutor Polycarpo, e o deputado recordava-se de tel-o visto
em Pernambuco, cursando a faculdade e dando licções particulares de latim.
Viera á Corte solicitar uma vara de juiz de direito, e agarrara-se ao Honorio
desesperado de tres mezes de rua do Ouvidor e de esforços infructiferos; e queria
tomal-o todo para si, pegajoso e abafadiço, como se todo elle lhe pertencesse
em plena propriedade.
Logo pela manhã entrava-lhe no quarto para saudar familiarmente em latim :
quomodo vales, amicel ou si vales, bene est.
Em portuguez era mais respeitoso e dava-lhe sempre excellencia, aflautando
a voz, todo melloso. Acompanhava-o ao almoço, aconselhando-lhe os melhores
bocados com muitas citações de Horacio e de Virgilio; seguia-o até o recinto da
camara para o ouvir e applaudir quando discursava; subia a rua do Ouvidor ao
seu lado ás quatro da tarde, em compostura grave, com a sobrecasaca comprida,
cahindo em pregas durassobre as magras tíbias. Se o Honorio jantava em casa lá
estava o doutor para lhe fazer companhia, provocando a sua opinião sobre os
successos do dia para a commentar religiosamente. Se o deputado ia ao theatro,
elle o acompanhava até a porta, e, se o outro não o convidava a entrar deixava-o
finalmente, recommendando-lhe que não se constipasse.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
A SESSÃO DO INSTITUTO
(Trecho de carta)
historia da qual
E a propósito de teu próximo casamento dá que te conte uma
poderas tirar fecunda lição. se passou commigo.
Ò caso é verdadeiro tanto quanto o possa affirmar, pois
com tua essa nobre e sadia creatura que fox minha mulher,
Como sabes, prima,
um quarto de
vivi na mais confiante harmonia; não alguns annos somente, quasi ••?
século. , : da -, .1
nós dois, essa comprehensão vida
Âttribuo esse entendimento entre justa
uma anecdota, que occorreu nos prime!-
conjugai, a um pequeno episódio, quasi
o coração da mulher
ros tempos de nossa união e que me ensinou a comprehender
leitura de tantos psychologos
e a inutilidade deo procurar enganar, mais que a
que abundavam já por aquelias eras. não e tanto a perfeita confor-
0 que faz a felicidade de dois entes que casam,
a intima confraternisação do espirito. Sem^o reci-
midade na vida material de que
do caracter e da vontade não pode ser difinitiva a conjunc-
proco entendimento vida commum, e sobre tudo a
Certo a continuidade da
ção de duas creaturas. hábitos qu s
rença convencional de que é difiniliva tal situação, gerando
essa atmosphera da vida normal do individv10 tem, uma
inveteram, creando inteira. Mas, quan-
orande força de resistência que ás vezes dura por uma vida
regular e calma não nasce da calada resignação, com que
tísezes a apparencia a energu de se
uma futura libertação sem
duas creaturas infelizes esperam
destino, ou convencidas da inutilidade dessa rebelião ?
rebellar contra o con u d exis en-
e mnlher a inteira e completa
Pode existir entre marido
sem que a
cia; sem a comprehensão ideal dos espíritos, ^^Ji^J^
ligado.g^||
integre uma com a outra, não ha essa
funda tambem, se a so feh
temperamento de cada um, constitue
^ que, satisfazendo as exigencias do
. cidade que pode tornar supportavel a vida conjuncta. sso pod deter
o mais pequeno succ
Sem essa felicidade assim construida, d
minar a desagregação daquella intima coexistência 0?^^
tem sorpre -ndido ^
a ciedad
cias retardatarias, de divórcios crepuscularesnão
a existência de casaes que toda a gente, me«no
rompendo subitamente do casamento
intima via levar sem attrictos a monotonia conformada
• . .7 7. :
AA7-LK
•¦¦¦¦•¦
V
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279
ALMANAQUE BRASILEIRO
#fi
>*•- °:
«*r. ^ r sr~=:^- i:;:i^::r fi
de ironia, minha mulher perguntou me, pu
ção
submettido os seus meigos olhos dominadores;
Tu hoje não tens sessão no Instituto?...
cancia:
Ao que eu retorqui, vivamente, com uma
Mas, não!... 0 meu Instituto és tu...
com ella aprendera o sc0ieuo
E dizia uma verdade, porque
tura"* Rodrigo Octavio,
da Academia Brasileira.
Rio.
ast^ss^^mís^f^^^^t
'4Êm-tme&êr?ír*.^ ¦'
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X
Ave, IMCa-rieta
Hontem no templo viste-me ajoelhado,
E sorriste do teu raeionalista...
Não era o crente, não, era o artista,
Não deante do altar, mas a teu lado.
Não me importava nada, á tua vista,
O pallido Jesus crucificado,
E nem a Virgem Mãe, nem o coitado
Do S. Sebastião a quem Deus vista.
Eu so via, meu anjo e idolatrava
O artístico encanto que te dava
Sobre a espadua morena a trança preta.
E quando se rezava Ave, Maria,
Eu sosinho commigo repetia :
Ave, cheia de graça, ó Marieta!
Lúcio de Mendonça.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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Velas fugindo pelo mar em fora...
Velas... pontos-depois... depois, vasia
A curva azul do mar, onde, sonora,
Canta do vento a triste psalmodia...
Partem, pandas e brancas... Vem a aurora
E vem a noite após, muda e sombria;
E se em porto distante a frota ancora,
E\ p'ra partir de novo em outro dia...
Assim as Illusões. Chegam, garbosas,
Palpitam sonhos, desabrocham rosas
Na esteira azul das peregrinas frotas...
Chegam... Ancoram na alma um só momento,
Logo, as velas abrindo, amplas ao vento,
Fogem p'ra longes solidões remotas.., /
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Medeiros e^Albuquerque
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283
ALMANAQUE
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Entre dous homens que o Fado Depois... Nenhum d'elles diz, '¦2m
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(Fragmento)
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Vadas poe —a
^ta^TMÍ-TSa.
a escola da energia. ^^
litleratura, creando ^^
Da Academia da Brasileira.
Academia Brasileira
»g£-**j^ *£&
reali,aram-se
Duas eleges de acadêmicos Souza Bandeira
e sahiram eleitos
Foram ambas muito disputadas
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Alencar. -* a morte mort de Martins
m Junior
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a cadeira vaga p
Souza Bandeira vem oecupar
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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286 ALMANAQUE BRASILEIRO
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que conseguiu tambem muitos votos. Está, porém, escripto, ao que parece, - ¦ ''--m
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ANHANGA
Era Anhangá, entre os selvagens, Da preza, então, se apoderando,
O deus da caça, o protector O indio se põe a comprimil-a,
Dos animaes contras as pilhagens Gritos atrozes lhe arrancando...
E as vexações do caçador. A mãi, bem sabe, ha de attrahii-a,
Por esse embuste miserando,
Muitas historias estupendas Lá do escondrijo onde se asyla.
Delle se contam, por ahi.
— A mais gentil dessas legendas
Quereis saber? Pois bem, ouvi: Eil-a que vem... Eil-a... Nao tarda,
Em aeu dir do filho ao grito,
Que mãi nenhuma se acobarda,
Persegue um indio uma veada Si o iilho ouviu chamai-a afiliei o.
Que amamentava um veadinho O caçador, oceulto, a aguarda,
Fogem os dois... Nào ha caminho. E, quando perto a vê, perito,
Vão pela matta emmaranhadu. O arco dispara...
Rasgam o corpo em muito espinho A flecha... zás...
Correndo sempre... O coração d'ella trespassa...
A mai, coitada, Exulta o indio... Bella caça!
Correr podia mais depressa,
Mas o filhote é pequenino;
Vacilla, esfalfa-se, tropeça, Mas o cadáver quealijaz
E o caçador veloz, ladino, Corpo de bicho não parece.
Já quasi a flecha lhe arremessa. E' gente!... E' gente... Que desgraça!
E' uma velhinha.,. Quem será?
E correm... correm... Repentino, O indio se achega e reconhece
0 arco se entèza, a flecha voa... A sua própria mai querida
O veadinho cai ferido, De quem, assim, tirara a vida
Emquanto a mai que se atordoa, Por um castigo de Anhangá!
Sem ter o lance percebido,
Segue a fugir, correndo á toa,
E o rastro seu ficou perdido. Affonso Celso.
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Comme un phare avance sur un etoiles.
elle eclaire de loin Ia route des
LamartIne.
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cerca.
(( The literatiire, llke the art
o [a nation,is rootecl in national
characteristics », diz um critico
de hoje. E em verdade, o influxo
das literaturas extranhas é ape-
nas um instrumento inicial e
ephemero da educação artística;
esta quando completa, lança
raizes no seu próprio solo nativo
e d/elle se nutre substancial-
mente.
0 novo livro de Alberto de
Oliveira marca uma phase que é
talvez o apogeu do seu talento
? talvez
poético ; e quem sabe
ainda para o futuro nos reserve Alberto de Oliveira.
maiores surprezas.
as do novo volume ha uma que a todas excede
D'entre jóias
harmoniosa perfeição com que foi imaginada e
pelo brilho, pela — poema que só pode ser compa-
trabalhada — Alma em Flor
de B. da Ganna.
rado aos Timbiras de G. Dias ou ao üraguay
a da nossa terra, da nossa paizagem, da vida e senti-
Ahi poesia
da nossa chegou a uma expressão sobna, simples,
mento gente,
e inegualavel. A unidade da composição, a belleza des-
esculptural
a acção como se desdobra suave e sem tropeço, a linguagem
criptiva,
a technica admirável, fazem d'este poema uma obra-prima da
tersa,
nossa literatura. como
A respeito do livro, escreveu Olavo Bilac, grande poeta
10
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ALMANAQUE BRASILEIRO
290
montanha: .
soluço amigo
Assim eu folio... Eis que um
estranha.
Subterreo ao meu responde,- cousa
Pulsava em ancias, a chorar commigp,
0 coração de pedra da muutanha!
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ALMANAQUE BRASILEIRO 291
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Yêde-o agora, lamentando a sorte de uma pobre Arvore Sêcca :
Sobre o despenhadeiro debruçada,
Retorcida, convulsa, immensa,
Gom as raizes já frouxas, e murada,
Estú uma arvore annosa, e pensa...
7 7
Agora, notae como o poeta comprehende a mysteriosá linguagem das cousas :
A matta virgem, desgrenhada aos ventos,
Eleva á noite a alma complexa e varia;
Do musgo humilde ás grimpas de araucária,
Ha talvez gritos, ha talvez lamentos...
E que lindas, que harmoniosas paizagens sabe elle pintar! Admirae este pequenino
uadro :
Sobre a serra erguida,
Em frente, esplendido, apparece e brilha
0 sol. Loureja o ipè com as áureas flores.
Late nos grotõcs fundos, indo ao faro
Da caca, ao buzinar dos caçadores,
Da fazenda a mat iih a.
E, no ar que sopra dos capões escuros,
Sente-se, de mistura a essências finas
E ao cheiro das resinas,
Um sabor acre de cajás maduros... »
E este outro :
Um chão de folhas, sob um céo de flores,
Eis a matta. Recebe-nos, á porta
Do templo da verdura,
Azul, tréfega, leve borboleta,
Que, volateando inquieta,
Vae pelo atalho, o espaço corta,
E nos guia na selva espessa e escura.
Outras, alada chusina de mil cores
Vêm-lhe ao encontro, far falhando... Agora,
Vê onde mais sorpreso
O olhar se te demora ;
Olha estes ramos, a vergar com o peso
Das bignonias em flor; olha o disforme
Entrelaçado de cipós, que os fios
Lembram suspensos de uma aranha enorme;
Olha estes hartos troncos, luzidios
Uns. ròfos outros, uns desem penados,
Outros recurvos, tortos, semelhando,
Em contorsões, vultos de condemnados...
11
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achou ella este prêmio sublime \§ ^^Xa e egoísta, mas um Poeta da sua
™™^^to supremat da
ser, não um Poeta de -inspiração apureza.mto* concepção a perfeição
^ de todoS) e de todos 0
tem e da sua gente, al bando
os do seu tempo,
forma, e afirmando-se, entre
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verifico ,ue
o
firmam «^^^^ZS^m
^^^tSSÍ eom ent.hu-
Oscar Lopes, Garniert uoipre^
Nestor Victor, m Que long ^
sao accordes
siasmo do livro e todos a tanto eserev ,
hora da decadência para o poeta que
refulge agora a sua aureola de gloria.
brilhante
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inéditas)
(Duas poesias
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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vôo
Eu sou como a andorinha... Ergui meo
Sobre as azas gentis da phantasia; _
vida...
A descrença nublou-me o céo da : w
E a crença estrebuchou n'uma agonia.
Como as flores de estufa que emurcuecem
Lembrando o céo azul do seu— paiz,
Minha alma vae morrendo suspirando
Por seus perdidos sonhos tao gentis.
virgem santa
E que durma... E que durma... CV 4.':
a
Que crêou sempre pura phantasia,
Só a ti é que eu quero que te sentes
Ao meo lado na ultima agonia. ^^ rfe ^^ Álves
fragmentos : O
céo é alma, o relâmpago
E' uma idéa de luz,
Que pelo craneo do espaço
Perpassa, brilha e reluz;
Depois o trovão é o verbo;
Segue-O o raio, gladio acerbo,
Que se desdobra soberbo
Pelos paramos azúes.
Acção e idéa sào gêmeas...
Quem as poderá apartar?
O facto é a vaga agitada
Do pensamento, que é o mar.
o plano.
poucos que oecupam primeiro
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ALMANAQUE BRASILEIRO
7
ACADEMIAS
Alem da Academia Brasileira que é a official ha outras dissidentes que por
largo qm-
ahi vivem... 0 Almanaque Garnier de 1907 dá, e é um dos seus méritos,
dos Goncourts se reúne ás vezes aqui e alli, e ainda nao
nhão a uma d'ellas-a que
Fábio
tem easa; mas lá tem o seu ponto por perto da Avenida. A ella concorrem
e mais algum
Luz, Curvello de Mendonça, Pedro do Couto, E. Carvalho, M. Maciel,
imaginário ou alguns entre os quaes não haveria surpreza em
doente fósforos
ver-se um acadêmico dos do Syllogèu.
outras. Vive
A Academia dos Goncourts não é ao que pode parecer, infensa ás
si, e é fortuna lograr um pouco de vida, n'esta terra onde tudo
por já grande
morre de sete dias.
e retratos
Aqui ficam nestas derradeiras paginas uns traços fugitivos, croquis
do os nos de futuro, collaboração menos
de alguns dos grupo quaes promettem,
do teem dado sólidas e excellentes provas na collecção do Alma-
elogiativa que já
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ALMANAQUE BRASILEIRO
que se entibiariam em vida fácil, e dahi surdiu o feitio moral inteiriço, a inque-
brantavel energia com que se soergeu no meio abastardado.
Maximino é um produeto do meio hostil.
Quem hoje o vê calmo, sereno, na sua eterna sobrecasaca, sorridente, e lumi-
noso por detrás do nasoculo de ouro, protegido pelo chapéu haute-forme. mal se
lembrará do estudante de 1883, que procurava diplomar-se pela Academia de
Medicina da Corte, onde os recursos faltaram ao provinciano confiante e deslum-
nradopelo grande centro da vicia nacional. Não lhe quebrou um só fio da vontade
tensa esse revéz.
Fez-se professor e foi procurar em S. Paulo o diploma que lhe abriria todas as
tiroci-
portas das posições remuneradas e da vida, em 1890, depois de um largo
nio cie sete annos de magistério particular e de privações. Formado bacharel pela
Faculdade do Rio voltou ao estudo de medicina realizando o seu ideal em 1901,
já sendo professor cathedratieo do Collegio militar desde 1893.
Durante esse periodo de luctas produzindo sempre, sempre atacado e defen-
dendo-se com galhardia, publicou a Grammatica Analytica; a Philologia Portu-
de listo-
gueza; Noções geraes de Agronomia para servir de complemento ao curso
ria Natural que professou na Escola Normal e no Gymnasio Nacional; Liçnes de
com distineção o seu curso
portuguez professadas no Collegio militar ; para coroar
medico — Aniroproinetria medica e jurídica, e agora, medico da liga contra a
tuberculose, = Valeur des différents méthodes de traitements dans la Tuberculose,
Por esta resenha se vê quanto é trabalhador, produetivo e incansável o profes-
sor, bis-cloutor, Maximino Maciel, que arvora como tropheus de suas victorias em
dous dedos da mão esquerda os dous anneis symbolicos de bacharel em direito e
doutor em Medicina.
No fundo entretanto continua e o será sempre o cultor cia língua vernácula, e
F
o mestre hábil.
Elysio Carvalho
Descae-se fatalmente em um daquelles estados d/alma humidos de que falia
cie darem
Nietzsche, sempre que se enfrenta com assumpto tão difficil, como este
como é
traços rápidos e poucas palavras o perfil moral de um ser complicado
com suas vir-
Elysio de Carvalho, de uma psychologia digna de estudo acurado,
umhomem de
tudes, seus talentos, seus ódios, que o fazem, na sua própria phrase,
e espontânea, um
idéas extremas e conclusões radicaes, uma natureza impulsiva
e ao
rebelde nato, que não é um escriptor brasileiro e sim supernacional pertence
movimento intellectual europeu.
superhomem,
Ora em se tratando de um ser aparte, inconfundível, único,
de Nietzche,
supernacional, não me podia furtar á obsessão de começar fallando
lembrar de Stirner e de me deixar levar na corrente de idéas que tanto
de me
o Elysio, mais como cousas exóticas, como novidades litterarias do
preoecupam satisfazer a vaidade
como convicções philosophicas, pois que elle 16 mais para
que o cérebro.
de homem lido do que para encontrar alimento necessário para
no Brasil conheciam a autor do Zarathustra; ninguém entendia as com-
Poucos
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ALMANAQUE BRASILEIRO
Pedro do Coutto
dizia depois de ser baptisado ficara em peores condições do que
H Reine que e mal visto pelos
ser odiado porque aposlatara
dantes : começou a pelos judeus,
que não acreditavam na sua conversão.
protestantes de eontacto con ado grande
Pedro do Coutto. cuja ironia pungente tem pontos
se libertou do jugo
poeta allemão, depois que
~— 1 da orthodoxia comtista, ficou malquistado
pesado
Apostolado Positivista, como um espirito
pelo
rebelde e rebellado, odiado pelo rebanho lanzudo
e desgrenhado.de faces encovadas, dos positiveiros
exaltados, intransigentes como christãos novos;
ao passo que para o mundo adverso ao Positi-
a
vismo da Rua Benjamin. Constant, continua
'.:¦..
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'yyyy
:v * v* t...
Coutto trouxe da sua educação comtista todos
um
os benefícios de uma orientação segura, de
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ALMANAQUE BRASILEIRO
300
serviçaes, as curvaturas de res-
«brindo todos
abrindo todos^os benevolos sorrisos ões
os ne provocando
^^ cQmo Fomltlch
M. Go*. - auribui. a «na par de calças -.vas
Cl - dS—'ie
essas mesmas virtudes mirificas. F.
O PASTOR E A MONJA
..y
(imitação DE UHLAND)
IDO ROMANCEIRO
(de iieine)
tristemente E foi seguindo o cavalleiro a estrada,
Pelo valle seguindo Um soluço profundo o estremeceu.
Um cavalleiro disse olhando o céo
um seio ardente —((Bem!... espera-me a tumba regelada,
—«Qu em me esperana vida?
fria?» Mas ao menos ahi na tumba a paz. »
Ou espera-me acaso a tumba A vos da montanha respondeu :
:
A voz da montanha respondeu Na tumba ha paz!
— A tumba fria!
A lagrima que os olhos lhe descerra,
Pela cavada face lhe desceu :
— « Seja o meu derradeiro amor na terra,
Esse da morte! venha a tumba emfim !
A voz da montanha respondeu :
— A tumba emfim!
João Ribeiro.
DICCiONARIO
s, 4,
das
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303
ALMANAQUE BRASILEIRO
UMA LAGRIMA
rosto, (( Andei pelas nuvens frias,
Por que negal-o? -afio,por seu Desci ao fundo do mar;
Nesse dia uma lagrima correra: E em gelo nas invernias,
Toda a historia desse intimo desgosto lera. Certa vez, me vi tornar.
Minh. aluía triste, nos seus olhos
havia « E fui or valho, no estio,
Tão moça ainda, mal entrado dura, Para ser — ó grande dor!
—
Na edade do prazer, que pouco Agora, em rosto sombrio,
E iá dos fados d mercê se vm, Uma lagrima de amor! »
creatura.
Ella, a ingênua e formosa
a idolatravam, Foi essa gotta, tremula, que a medo
Era o mimo dos paes que, zelos, ScintiMra, de súbito, naquella
E, assistida de affectos e de Hora negra de horror, e que tao cedo
leves, com as rosas, que a a do-
Vinham, 1 ci V d lll j 7 Correu, tranquilla, pela face delia.
cabellos.
Beija-flores pousar nos seus Um dentre vós existirá que entenda
o semblante, A linguagem das lagrimas ! E caiba
À amargura ennublara-lhe magoa: lenda,
Um dia a alguém o lhes contar a
Enchera o coração de acerba luz brilhante Que todo coração talvez não
saiba!
E nos Seus olhos de uma soube-
Treuioluzia aquella gotta
d'agua... Se os que amam, porventura, não
rem]
Foi a primeira! a primeira A verdade,dizer, então quem ha-de
Oue, sentida, ihe rolou^ Falar das/cousas que se desfizerem,
E aue vio gerar-se, á beira amou. Das ancias, das paixões, e da saudade?
Dc' uns olhos que alguém triste
Sabei, alma dos homens, que uma
O' lagrima donde vieste? Feição nunca mostrastes de alta magoa,
ignorado é o teu . drama existe
Que mundo
_« Vim de uma plaga celeste, Que muitas vezes todo um
Representado numa gotta d'agua/
Onde brilhava só eu!
Annibai^miorisi.
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BRASILEIRO
306 ALMANAQUE
307
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O Sineiro de Canudos
Ao Dr. Asclepiades Jambeiro.
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1:7 'A''.:x
ALMANAQUE BRASILEIRO 309
Salvador foi acolhido em Canudos com satisfação e applausq. Nao tardou em ser
temerosos asseclas : Chico Ema, Quim-
querido na grei do Conselheiro e de seus mais
José Gammo e tantos outros. Privou
quim de Coiqui, João Abbade, Pajehú, Lataú,
logo com Antonio Bentinho, mulato que era osso e ronha, trazendo o Conselheiro a par
I de quahlo se dizia e pensava em Canudos; não faltou a um só beija, ceremonia na qual
U os santos, verônicas e cruzes eram osculados, de bocea em bocea, pela multidão dos
de crimes no beaterio hystero-illu-
jagunços fanatisados, desencardindo a consciência
minado da religião do Conselheiro,
Salvador admirava o Conselheiro com todas as forças d alma. Acompanhara-o de
lon^e respeitoso, na sombra; quando o Conselheiro, por indicação de Antônio Bea-
1 tinho,'dirigio-lhe a palavra, Salvador sentio uma zouzeira na cabeça, quasi perdeu os
sentidos. .
O Conselheiro falou-lhe, duas ou tres palavras apenas, e afastou-se caxmgando um
as mãos grosseiras sustendo um cajado, os
pouco, vestido de azulão, a cabeça mia,
hombros varridos pelagrenha hirsuta, o peito invadido pelas barbas grisalhas tirante a
brancas, os olhos pretos nas covas das orbitas em o rosto macerado, o rosto comprido,
pallido, a pallidez dos desenterrados.
Salvador nem teve tempo de responder-lhe, confessar-lhe o seu antigo crime, expor-
i lhe o sangue oxydado da velha culpa. Salvador raro o via a não ser nas cerimonias
'• •,'';
»w™kk , '¦;:' ' •' ¦' ,-'..r''i;
311
ALMANAQUE BRASILEIRO ' '*.¦
"
alcançar o siuo
intestinos. Salvador veio se arrastando, gemendo, até velho sino, ^^W* ao chão,
agonisou e morreu, abraçando sempre o posto
Apalpou-o, cingio-o, ¦
Escragnolle Doria.
(Dos Contos de todo o Brasil.)
ã
Coelho Netto
de 1905 por um •m
As Conferências literárias instituídas no anno ^upo^^—
r-í-
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almanaque brasileiro 313
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Agora direis que vos illudi com a minha palestra, concluía Coelho Netto, que não ¦'•m
fiz mais do que lançar bolhas de sabão ao vento, E' sina das palavras voar. Foram-se!
Podeis resumir a minha conferência e a vida nas expressões do principe taciturno: wS ¦'¦ ¦ à
A orinceza de Sandalo
Costumes de music-halls V
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0 Casino palpitava, Tantan Balfy, no seu ultimo numero, dissera, com quéhròs de
olhos e perversidades na voz, uma cançoneta extraordinariamente velhaca. A sala, sob V
a clara luz das lâmpadas eléctricas, accendia-se, gania luxurias. Senhores torciam o :v ¦:
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bigode com o olhar vitreo, as damas envolviam os braços nas plumas das boas com um
ar mais; acariciador. Nós estávamos todos. Na orla dos camarotes, pintados de vermelho,
e anneis
pousavam, em attitudes de academia, expondo vestidos de tonalidades vagas
em todos os dedos as mais encantadoras creaturas da estação. Por traz dos camarotes
surgiam panamás, monoculos, faces escanhoadas, bigode a Kaiser, e os garçons passavam .-.sa
de corrida levando garrafas e bandejas. Em baixo, na platéa, velhos frequendadores
tomando bocks, reporters, caixeiros, moços do commercio batendo as bengalas nas
folhas das mèzas, uma ou outra mulher entristecida e a claqué, uma claque absurda,
berrando chamadas deante dos copos vasios, quasi no fim da sala.
Tantan Balty voltara, resfolegara, e com as duas grossas mãos no lábio rubro,
e o velario correu,
parecia querer beijar toda a multidão. Afinal, a campainha reuniusegunda
cerrou-se sobre uma ultima graça de Tautau. Tinha acabado a parte. Havia
um rumor de cadeiras, de estampidos de rolha, de copos entrechocados, por todo o
hall. As lâmpadas eléctricas tinham uma'medonha trepidação, como se fossem grandes
borboletas de luz presas de agonia a bater as azas brancas.
No camarote de bocea, solitários e de smoking fui encontrar o barão Belfort e o
conde Sabiam. 0 conde era um homem alto, de torso largo, bigode espesso. Tinha a
olhar, logo me vieram á mente as
phisionomia fatigada e flacidã. Olhando o seu turvo
coisas tenebrosas que a respeito correm. O barão, porém, contava com um ar despren-
dido a historia de Tautau Baltv* que elle conhecera numa bodega de Toulouse, em mil
— Seja bem vinda a virtude
oitocentos e noventa, já velha e já gorda. Parou, sorriu :
entre o crime e o vicio...
O conde Sabiam estendeu a sua mão cheia de anneis, consultou o programma pre-
guiçosamente. ,
Temos a*ora a princeza Verônica. Per dio! Quelle femme, mon petit!
Disse isso como um obséquio, endireitou o punho, recostou-sc. Usava uma pulseira
endireitando os ' '.'!*,
de pequenas opalas com fecho d'oiro. 0 barão sorrira novamente,
cravos da botoeira.
' Conhece a princeza Verônica?
- A princeza? Ha de concordar, barão, que de certo tempo para ca, o Rio tem uma
epidemia de titulares exóticas... .
Que quer9 E' a civilisacào. E quasi todas mais ou menos authenticas ! Sao as titu-
c as notas das jor- ..-"
lares de Byzaucio, meu caro. Consulte os programmas dos easinos italianas, marquezas
nalécos livres. Ha princezas valacas, príncipes magyares, condessas marqueza
do Castel-
húngaras, duquezas descendentes de Goligny, fidalgas do Papa-a
Gladys Wright,
lane, a princeza russa, a condessa de Bragança, a princeza Moinei, lhes doura a arte e a
mulher de um lord, a princeza Thrasny, todas com um titulo que
renda O Rio não seria cosmopolis se nao as tivesse. A grande preoccupaçao dessas
fartos dc que sao mesmo
admiráveis creaturas é convencer os amigos com documentos
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fundo, deante dos mesmos copos vasios, berrava
Verônica! Verônica! .
Faça a iniciação, meu amigo, como diz o Sabiam, taça...
Sim tutelar, ó Lua
Margem da Alegria
Onde abordam os barcos das almas puras...
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Eila faltava todas as línguas da Europa numa ingênua e horrível confusão. 0 barão
Jimpou o monoculo, pegou-lhe no braço paternal e philosophico.
— Estranha creatura, ainda continuas a te perfumar de sandalo? Ainda és o sonho
enervante do Oriente, o fluido dss florestas bizarras?... Deixa lá... Acalma-te. Náo te
comprehendem, pequeno idolo amado. E' como se esses homens podessem differençar
o sabor que tem um licor quando bebido num maravilhoso vaso trabalhado pelos
bárbaros, do mesmo licor tragado em qualquer copo. Elles são homens. E tu—tu és
a princezá dos sandalos...
E ficamos alli vendo a creaturinha chorar, emquanto lá fora nos ruidos da musica,
no bruhaha da multidão subia mais forte a onda da luxuria.
João do Rio.
Silvio Romero
E' uma das mais fortes personalidades do nosso meio literário. Espirito volúvel,
instável, progressivo, dá a uma critica superficial a falsa impressão de contradi-
torio ou illogico ; mas, a sua coherencia e harmonia interior é mais profunda e
verdadeira e será de certo melhor comprehendida quando elle tiver percorrido
todo o cyclo da actividade literária que se impoz. À somma dos trabalhos produ-
zidos é já enorme, e a efíicacia do seu influxo nas letras quando appareceu com
os seus ideaes novos de critica foi tão completa que não pode ser mais discutida.
A sua obra principal é a Historia da Literatura Brasileira ; antes d'este esforço
colossal e coroado de grande exito, não havia propriamente nem uma theoria da
nossa historia mental e nem sequer alguma cousa que não fossem rezenhas imper-
feitas, incorrectas e feitas sem o estudo das fontes e dos documentos originaes.
A Historia da Literatura, ainda não concluída, é um produeto do interesse pela
nossa cultura e não pertence ao numero das producções indiferentes que em
geral despertam a attenção dos nossos absenteistas. Em certo lugar, diz a propo-
sito, Silvio Romero:
<( A mais completa indifferença pelo que é produeto intellectual brasileiro aqui reina.
Os poucos que têm a moléstia das letras e se esforçam por aviventar o pensamento
nacional ao contacto das grandes idéas do mundo culto, sem afogar esta nacionalidade
nascente num pelago de imitações sem critério, esses não sao ouvidos pelo geral do
publico, oecupado em bater palmas ao ultimo folhetim ou aos últimos versinhos che-
gados de Lisboa ou de Pariz...
« As raizes deste desarranjo pasmoso vão perder-se no solo empedernido dos tempos
coloniaes e imperiaes.
« O império continuou, sob um falso constitucionalismo, o velho absolutismo e a
antiga myopia da metrópole. Que os norte-americanos continuem a trilhar as sendas
da intelligencia ingleza, é cousa que deve ser applaudida ; porque a Inglaterra sabe
7
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,.' pensar; que o Rrasii continue a copiar Portugal, é uma triste herança da historia, que
todo bom patriota deve modificar e corrigir.
<( Durante mais de tres séculos foi o Brasil governado por prepostos de um governo
absoluto. Retalhado a priucípio em capitanias, mal divididas e mal determinadas, que
foram entregues a alguns aventureiros e áulicos, o que nos fez ter tambem nossa idade
feudal, passou depois ao domínio directo da coroa, que tratou de segregal-o do mundo
e exploral-o. Num e noutro systema o indio era considerado uma fera, que devia ser
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caçada; o negro uma machina, eme se devia estupidificar para produzir, o peào portu-
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guez, o colono, um ente de sangue bastardo, distante do sangue azul, escravo dos
fidalgos e de El-Rei, Nosso Senhor /... Nestas condições, as
populações, as populações
que se iam formando no paiz traziam a marca da origem : — a submissão.
« Nada de franquias e privilégios municipaes. A instrucção era nulla; a imprensa
prohibida; as communicações com o estrangeiro vedadas. A Inquisição florescia e os
conventos abundavam ; o jesuita machinava a formação de um vasto Paraguay. As
ques- 7i:i3f
toes de justiça estavam em grande parte nas mãos dos
governadores e eram, em alçada,
superior, decididas na metrópole. No exercito, o filho do paiz nào subia aos altos
postos;
reinava o regimen dos privilégios e exclusões. 7
« O povo nào tinha vida autonomica, nem tinha iniciativa ; a justiça lhe era minis- v:âm
trada como um favor do monarcha. As sesmarias territoriaes eram concedidas aos por-
tuguezes, que tambem monopolizavam o commercio. Na ordem puramente intellectual,
a educação era jesuitica; desenvolvia-se a memória, com prejuizo do raciocínio. A
escravidão no seio das famílias veiu consolidar este complicado systema de abatimento,
de alheação da vida independente. Desde o principio, toda a população dividiu-se em
duas grandes classes: — senhores e escravos. Aquelles eram os portuguezes, ou seus
descendentes; os outros — os negros e os Índios! Os mestiços destas duas classes,
quando livres, eram tratados com rigor; porque se tinha em larga escala o preconceito
da côr,.. As décadas foram passando ; e o tempo foi robustecendo esta obra da injustiça
e da extorsão. Dahi saiu o império do Brasil, paiz de senhores, de grandes, de magna-
tas ; mas terra sem povo, no alto sentido da palavra! E como Portugal foi sempre uma
feitoria ingieza, nas relações exteriores nós o somos tambem, e nas internas governa-
nos ainda o europeu com todos os seus abusos, com todos os seus prejuizos. A nossa
Independência, sendo um facto histórico de alcance quasi nullo, não tendo havido
aqui uma revolução que afogasse os velhos preconceitos, não nos abriu uma phase de
autonomia e liberalismo. »
A festa de Natal
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desconfiado e ciumento.
Por esse tempo ao velho Magalhães e sua mulher, depois de cons-
tantes e incansáveis pesquisas inúteis, o acaso ps punha no caminho
do filho, por informações de um preto, que o conhecia desde menino.
Os dous anciãos emprehenderão a viagem e chegarão á « Passa-
gem )) sem prevenir a ninguém. Desejavãò sorprehender o filho, mas
Meichor não se achava nesse momento em casa. Tinha ido vender
uns animaes não longe d'alli. Era já noite.
Magalhães e Margarida se derão a conhecer a sua nora. Contaram-
lhe a desesperação e a dôr que lhes havia causado o desappareci-
mento de Meichor. Maria os recebeo como a paes, com a mais affec-
tuosa hospitalidade. Vendo-os cansados, lhes offeréceo seo próprio
quarto e cama, emquanto lhes preparava uma accomodoçao especial.
Gomo Meichor só devia chegar pela madruguda, ella recolheo-se a
um pequeno aposento no interior da casa.
Pouco depois chegava o moço; vinha satisfeito; tinha feito um
excellente negocio. Entra, dirige-se ao dormitório, onde pensava
encontrar sua mulher esperando-o como de costume em taes ocea-
siões. Crê que ella já está dormindo pela escuridão que reinava no
quarto. Estende a mão sobre a cama e dá com duas pessoas. Nenhuma
duvida mais lhe resta — foi atraiçoado. Pu cha o rewolver e faz duas
victimas.
Apenas havia consummado o crime, ouvio dentro a voz de Maria,
que assustada pela detonação, vinha com uma lâmpada, sem dar-se
conta do que se passava.
A luz iIluminou a scena. Meichor com um olhar comprehendeo
tudo. Tinha commettido um duplo parricidio. A predicção da feiti-
ceira estava cumprida.
O choque moral foi tão forte, que não poude supportal-o; enlou-
ali mesmo. — »
queceo
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O leitor tirará por si a moralidade do facto. Se não fosse haver
dado credito ás palavras da cartomante, semelhante desgraça não
teria acontecido. Meichor sem o pesadelo que o obcecava, conti-
nuaria a ser o moço feliz e alegre que se fazia querer de todos; nem
o espirito despreoecupado, engendraria os ciúmes que lhe armarão
o braço.
Foi a predicção que o tornou cavilloso e sombrio e preparou a
accão do monstruoso crime. Barão de Alencar.
Rio de Janeiro.
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do seu coração,
explica o que na doçura da sua indole, na bondade incomparavel
: elle é sobrinho
ha de revolta, de energia, de capacidade para a lueta, de acção
da inde-
de José Cândido de Moraes e Silva, o jornalista revolucionário da época
do Maranhão, o redactor do Pharol, com cujo nome o povo o chris-
pendência
mou. ¦'¦',.
do
Desse seu parente, personagem famosa nas chronicas da independência
Brasi-
Brasil septentrional, escreveu Graça Aranha um perfil a Carlyle na Revista
foi o
leira, onde tive a honra de o ter por meu collaborador. Não esqueçamos que
é o
mesmo homem, que já então elaborava esse livro de compaixão humana que
com
Chanaan, livro de amor e de doçura, quem numa carta publica renunciava
indignação continuar a servir, em pingue funeção, a um governo que lhe exigia
a pratica de um acto repugnante ao seu sentimento jurídico e moral.
,u
Com 13 annos, concluídos os estudos preparatórios na sua terra natal, entr
formado em
Graça Aranha para a Academia de Direito do Recife, donde saiu
direito com 18. Até 1891 seguiu a magistratura. Neste anno casou e estabeleceu-se
no Rio. Quando se aqui fundaram as faculdades livres de direito, foi convidado
professar em ambas ellas, o que fez de 1894 a 1898.
para
Nunca teve apressa, a anciã de escrever que em geral caracterisa os nossos
moços que se sentem dotados para as letras. Leu' muito, estudou muito, cultivou
de facto o seu espirito e não o ornou somente. Reflectiu, pensou, meditou, fami-
liarisou-se especialmente com o que, em todos os tempos e povos, se póde cha-
fe:
mar clássico. A philosophia e a arte foram as suas predilectas. A preoecupação das
cousas sociaes veiu mais tarde. Os seus collegas de academia, os seus amigos, os
seus companheiros de estudos faziam grandíssimo caso delle, admiravam-no,
estimavam-no. Mas elles se recusava á publicidade, que ainda hoje, sei de funda-
mento, desestima. Até a epoca em que entrou para a collaboração da Revista
Brasileira, por mim revivida, em 1900, creio que nada escrevera si não um pre-
facio para o livro Concepção monistica do universo do Sr. Fausto Cardoso. E na-
quella Revista, de que foi um dos mais dedicados e efíicazes amigos, escassa foi
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a sua contribuição. Em cinco annos não deu mais talvez que uns quatro artigos.
Todos, porém, reveladores de um talento de primor. Um delles, e sob o disfarce
de um pseudonymo feminino, que elle me fez acceitar como de uma senhora real,
foi o soberbo conto que achou lugar no Chanaan, do casal que recolhe uma
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ALMANAQUE BRASILEIRO
323
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O suecesso desse romance não é exagerado dizer lncomparavel
_ no Brasil', e ¦Pè
não foi só de livraria, mas literário. Commoveu e admirou a todos
A edição primitiva esgoteu-se em que o leram.
poucos mezes e no mesmo anno, teve segunda^
que tamhem se acha esgotada, devendo breve apparecer a terceira.
Chanaan trazia para a literatura brasileira, não somente, as fáceis
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irônicos, iníerviews, noticias literárias e artisticas,
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ALMANAQUE BRASILEIRO
325
illumi-
E então, lauri sub umbra, elle nos recontará no seu estylo venesiano e
eternas
nado as bellas historias que passaram, as paixões, as alegrias e as torturas
d'alma que como psychologo tão finamente estuda e comprehende. 0 livro succe-
á cu-
dera ao jornal, a sciencia (que só ha uma que é a da madureza) succederá
riosidade, ao movimento; a cadeira paralitica e acadêmica forrará o muito que
andaram as gambias do repórter. E' a única cousa que lhe falta já : a academia
ou a velhice, que tudo é um.
OFciÔS
íUKrJNtiHVHffifl
fontes
De todos os nossos poetas contemporâneos o que mais se approximadas
e tradicio-
vivas da poesia genuína e popular, é o grande cultor do naturalismo
nalismo, Mello Moraes.
filho do
Natural da Bahia, o mais rico e antigo núcleo das nossas tradições,
historiador que lhe transmiüiu o nome illustre, "
Alves,
passou a mocidade na convivência de Castro
Eleziario Pinto, Mendonça, Laurindo Rabello e
outros que foram n'aquella epoca os vultos mais
notáveis da poesia brasileira. Comtudo entre elles,
tinha Mello Moraes a sua nota original que foi
cada vez mais se tornando intensa, inspirada nos
costumes, crenças ou superstições, na vida mesma
do povo.
Não é a sua philosophia aquelle nativismo
estreito e odioso que por vezes tem ensangüentado
a nossa historia; é, não obra de ódio, mas de
amor da pátria, amor consciente, estudado, pes-
nos veios ingotaveis que fluem desço-
quizado
nhecidos no sub-solo da civilisação e dos costumes
novos que .cada vez mais se implantam com a
corrente adventicia e perenne dos conquistadores Mello Moraes.
da terra natal.
esta natureza tropi-
Mas não é só o povo o objecto do seu culto; o é tambem
uma das suas mais bellas
cal, exuberante, que elle descreve magistralmente em
poesias, Fonte de lianas :
Eis a floresta, o valle, o ermo agreste,
Em que as aves do céo passam cantando;
0 rio que de estrellas se reveste
A' limpidez da noite murmurando;
A balsa plena d'esse odor celeste,
Qual iDcenso que a Deus sobe voando;
Em que nas séstas, ao páo-d'arco louro,
Canta a cigarra d'esmeralda e ouro.
Além se eleva, á fonte debruçada,
A triste piassaba em seu deserto,
Como a viuva á terra abençoada,
mHf^tmm.m-mmh-m ÍT**^
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Le Bemtevi a.
(Mello Moraes Filho)
Sur le soir d'un beau jour, à Tombre du feuillage
D'un enorme manguier tout émaillé de íleurs
Une viergedes champs, bruneüe, en douxlangage
Disait à son amant mille et mille douceurs.
Le ciei était si beau ! - Elle, tendre et riéuse,
Rappelait ieur rencontre au bord du grand chemin
Un jour de grand soleil, à 1'ombre d'une yeuse...
Ses lèvres s'empourpraient du plus rouge carmin.
Ses yeux s'amortissaient de langoureuse ivresse.
oiseau
Quand, léger comme un trait, un indiscret épaisse,
Vint s'abattre auprès d'eux sous Ia feuillée
Gommepour contempler un amoureux tableau!
I Iii
Et Pamant murmurait en ardeur haletante
Les plus tendres propôs; lesrêves les plus doux
Garessaient tout riants Pesprit de son amante...
— " Ma helle brune, si, sans ohstacle jaloux,
( i ¦ '
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4:.:.r.''-i Y .::.M%*1
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¦
de
Parado Cancioneiro de Ciganos compoz o grande poeta um grande numero '¦'ii'-.
m
cristallisou um semnumero
quadrinhas sob essa [forma pequenina e mimosa,
versos
de pensamentos bellissimos. Hoje que se admiram aqui e em Portugal os
¦ ¦'¦'J
ÜL
m
m
Os ferros d'el-rei sào duros,
A arvore do amor se planta Mas o de amor é mais forte;
No centro do coração; Para os d'el-reiha a lima,
Só a pôde derrubar Para o de amor só a morte. M
0 golpe da ingratidão.
***
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Nao nasci em palhas djouro, ¦
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III
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A guerra com a Hespanha foi o primeiro indicio da moléstia cujo resultado ¦;•
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3;deAe::ln . sinceHd.de vez ou outra c da a q q
meigo, ainda que uma
E' simples, natural, da actuahdade.
• f.L m_i. affectivo das escolas poéticas
müuio mais intellectual do que _
exemplo, a Nevrose do goso.
^
burilado; soneto que é
soneto lindamente
o :
realmente uma sonata, como diz poeta —-• tm
nua,
Quero-te nua, inteiramente
Para beijar-te as formas palpitantes,
Quero unir minhas carnes delirantes
Ao teu corpinho alvissimo de luatt
i assim que beijar quero a bocea tua,
Os teus seios nervosos e offegautes,
Quero roubar-te aos olhos scintillantes',
0 amor que hajmuito no meu peito actua.
i Quero-te toda nua, inteiramente,
> .í^>r^" '¦"¦v*. % ^^^^^^^Bww^^^^^^^^^Kl^^Ê^^^^^KtwwM^iuv *__-__**s__aii*r i *¦
Ebria de amor por sobre mim cabida*
-_____.íf-'
<mj$, mw&.; f¦ í-"'^h l_^í®__ííffiM?s^____l__i____^____[ _____ffi-S__^_-i_í^__i Louca de sensações e de desejos!
§ff.|A¦¦•¦¦
o . nroorios
P?£ poetas que prefere
e Edgar Poe, dos quaes se encontram nas Ephemeras
u Manzoni desue«_.
SrScço. i s comida J_ Com.ado, e apezar
mais optimista e
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o seu espirito é mais equilibrado e harmonioso,
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•ovial como os do que nada tem que temer das injust.ças sociaes.
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nada se parece com o que se diz nos compêndios anêmicos adoptados nas escolas
para ensino do nosso passado.
O primeiro volume, agora apparecido, parte da Bahia e estuda as diversas
linhas de povoamento ramificando-se pelos actuaes Estados de Sergipe, Espirito
Santo e algumas regiões de Minas Geraes. E' verdadeiramente commovedor o es-
foi necessário
pectaculo desse trabalho doloroso, e muitas vezes sanguinolento, que
desenvolver para fundar as nossas cidades de hoje, em cujo seio vivemos pacifica-
mente, sem suspeitar, siquer, o que custaram aos nossos maiores.
a A conquista do sertão, a exploração das minas, a creação das villas e cida-
des, com a explicação dos factos que deram logar a essa creação ; patrimônio das
câmaras municipaes e limites de seus termos com as povoações confinantes; as
sesmarias dos particulares; terras devolutas do Estado; seus limites com os Esta- y yyy^m,
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dos visinhos; a fusão das antigas donatárias; pleitos sobre o direito de propriedade
territorial do particular e do Estado; seu patrimônio; as antigas estradas e as
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modernas; as antigas e as modernas industrias; as ordens religiosas e os seus pa-
tnmonios; o território da capital e os pleitos entre sua câmara e as ordens reli-
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giosas;
actual do povoamento; os bandeirantes;
particular, do Estado e da União; situação muni-
evolução das questões diplomáticas sobre nossas fronteiras; economia dos
cipios, dos Estados e da União. »
Eis ahi os assumptos de que se occupa o recente trabalho de Felisbello
estimem
Freire. E' possivel que os nossos homens de lettras o não apreciem e
sem
Nesta terra em que se fazem suecessivas series de conferências litterarias,
uma só dellas tenha tido como thema um assumpto nacional; nesta terra,
que fazendo abs-
dizemos, cuja actividade intellectual assim se dispersa pelo mundo,
completa do em vivemos e dos seus interesses, nesta terra tudo
traecão paiz que
é desinteressante
é possivel. Para os nossos homens de lettras, a historia do Brasil
aborrecida; mas os esforços amorosos de Felisbello Freire vieram desvendar a
e
Nós outros não nos conhecemos : ao passo que aqui se
causa dessa indifferença.
ignoram-se vergo-
sabem de cor os incidentes mínimos da historia de França,
as mais bellas e dramáticas da nossa historia. Sem duvida a
nhosamente paginas
ou de litteratura amena
Historia Territorial do Brasil não é um livro de versos
cheia de uma substancial e profunda, e dos mais possantes ma-
mas está poesia
d'arte. Não nos faltariam
nanciaes para a inspiração animada de grandes obras
o devaneio litterario, uma vez que quizessemos seguir
a nós oulros motivos para
cujos lances dramáticos Fehsbel-
essas entradas, essas missões, essas bandeiras, de
nos dá tão suggestivas amostras, apezar de se manter no ponto de vista
lo Freire
veeiro de ouro e brilhante, que
econômico e histórico. Devemos-lhe, pois, esse
desvenda a todos. Os governos, os Estados, os municípios, os homens prati-
nos
a trilha elle restaurada, podem cavar verdadeira e realmente o
cos seguindo por
escondido nos roteiros; mas as naturezas sonhadoras e idealis-
ouro e o brilhante
os espíritos anciosos de arte e litteratura, ahi acharão tambem o ouro e o
tas
mais finos ainda, de tragédias immensas que tiveram por theatro
brilhante, quiçá
este próprio paiz onde vivemos hoje.
rápidas linhas, não temos outro objetivo que não seja este
Escrevendo estas
uma homenagem ao trabalho, ao trabalho infatigavel e
muito simples : tributar
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intellectual. Desconhe-
sem preço, no paiz clássico do parasitismo e da preguiça
homem, a elle se tem votado durante mais de vinte annos de
celV neste que
uma iniqüidade sem nome, contra a qual pro-
pesquisas laboriosas, parece-nos
futuro, assim como já hoje protestam os espíritos de justiça que o co-
testarão
nbecem e o lêem.
CüRVELLO DE MENDONÇA.
(d
.A. Anaerica. Latina
Por Manuel BOMFIM.
do Dr. Manuel
A casa Garnier acaba de publicar, com este titulo, um livro
encerram a verda-
Bomfim, cujas idéas urge propagar de toda a forma, porque
única solução de um complexo problema social relativo ás nações sul-
deira e
São 430 macissas, de observações e deducções rigorosas e
americanas. paginas
e animadas por um largo
lógicas, enxertadas de uma preciosa documentação
sopro de vida e por uma audácia antes honesta que bellicosa.
um escorço
Aqui faço, cumprindo um dever de americano e de brasileiro,
dessa obra, sob todos os pontos de vista admirável.
é um agremiado de popu-
E' opinião corrente na Europa que a America latina
incapazes, antipathicasao progresso, de uma inactividade mórbida, rixentas
lações
exploradas administradores deshonestos; nações, portanto, .
e aventureiras, por
á ruina e á decadência e que jamais poderão sair do estado de bar-
predestinadas
a Europa prevê-o momento
baria em que vivem. Amparada por taes convicções,
se tornará indispensável a sua intervenção, na apparencia para arrastar
em que
delles fazer uma presa
esses povos a melhores destinos, mas realmente para
magnifica.
latina o deve, ale certo
E se ainda o não tentou ostensivamente, a America
aos Estados Unidos. Mas esse momento poderá chegar, mesmo com o con-
ponto
Esse juizo dos publicistas
sentimento formal ou tácito da grande nação saxonia.
as nações latino-americanas
europeus não erra, de facto, emquanto considera
X-
(11 Este livro A America latina, cheio de ideas (de algumas das quaes se pode talvez
bellos fructos da nossa
discordar) fecundo em verdades e suggestòes é um dos mais todos os paizes latmo-ame-
cultura mental. Seria desejável que fosse vulgarizado por
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ciranos.
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335 ywi
ALMANAQUE BRASILEIRO
Os phenomenos de parasitismo
os de parasitismo social. m,i„;í-a(-ps nos ejenos effeitos produzidos em um e
singularidades p
Ha similitudes, divergências e at)oderando.se
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ALMANAQUE BRASILEIRO 337 Si
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crueldade ou da tolice do que um poderoso instrumento de seleccão na lucta
moral e social.
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pelo desenvolvimento esthetico,
m; Em toda a escala zoológica nota-se que o macho é superior em belleza á
fêmea, ao passo que a mulher leva vantagem ao homem no ponto de vista
-
plástico e esthetico.
Assim como o homem por processos exclusivamente seus, soube tirar da
a
eglantina a flor, que é uma obra prima de íorma, brilho, côr e perfume,
mulher pela força unica do riso pôde elevar-se a esta creatura divina, alem da
qual não existe coisa alguma de superior.
Nota Theodoro de Banville que nada igualha a sensação produzida por
estas tres palavras — uma mulher bonita.
Foi o riso a escada mysteriosa, pela qual a mulher tocou á suprema per-
feição.
A mulher, vinda do pó ou da lama, pode adquirir riqueza, forma, espi-
rito, pode possuir carruagens, diamantes, adoradores, pode attrahir os olhos,
os corações, os desejos; mas se ainda provoca o pequeno sorriso irônico dos
elegantes, é que lhe falta alguma coisa.
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LIVRARIA H. GARNIER
- Correspondência amorosa*
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Martins Junior.
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ras 1905
No dia 13 de Janeiro o presidente do Estado de Sergipe decre-
tou a substituição dos impostos interestadoaes.
A 14 foi prorogado o estado de sitio nesta capital e na cidade
de Nitheroy até 16 de Fevereiro, prendendo-se esse facto ainda aos
acontecimentos de 14 de Novembro de 1904, a que nos referimos no
Almanaque do anno passado.
Na mesma data foi sanccionada uma resolução legislativa man-
dando desapropriar a casa onde residia o marechal Deodoro no mo-
mento da proclamaçao da Republica.
Ainda nesse dia o Supremo Tribunal decidiu que os civis impli-
cados nos acontecimentos de 14 de Novembro fossem julgados pela
justiça ordinária e os militares no foro militar.
Finalmente ainda é dessa data o decreto de nomeação de um em-
baixador do Brasil em Washington, a qual recalüu no Snr. Dr. Joa-
quim Nabuco de Araújo.
No dia 20 de Janeiro foram definitivamente resolvidas as ques-
toes sanitárias da Republica Argentina com o Brasil.
No dia 6 de Fevereiro foi aberto o Congresso Estadoal do Pa-
raná.
A 7 foram assignados os decretos mandando observar nas elei-
ções federaes as instrucções mencionadas na ultima reforma a e dando
regulamento a essa reforma.
A 8 o Dr. Augusto Montenegro tomou posse do cargo de go-
vernador do Pará.
Na mesma data foi prorogado por mais 30 dias o estado de sitio
nesta capital e em Nitheroy.
A 7 de Março reune-se a Ia sessão preparatória da camara dos
deputados de Pernambuco.
A 10 foi aberta a assembléa estadoal de Matto-Grosso.
Na mesma data o 2.° procurador seccional interino deu promoção
nos autos do processo relativo aos acontecimentos de 14 de Novem-
bro opinando pela pronuncia dos Drs. Alfredo Varella e Vicente de
Souza e Snrs. Luiz Pinto de Andrade e Arthur Rodrigues da Silva.
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A, Qxxest-âo Peruana
Janeiro de 1905 foram assignadas as ratificações do accor-
A 10 de
de 12 de Julho de 1904. Esse accordo fixou as
do brasileiro-peruano modus
discussão diplomática entre os dois paizes e o
bases para a
i se devia obedecer emquanto a questão não fosse den-
vivendi que um tn-
mida Por convênio assignado na mesma occasião creou-se
arbitrai as reclamações de particulares a respeito
bunal para julgar
se deram nestes últimos annos no Alto-Purus e no
dos conflictos que
Alto-Juruá entre Brasileiros e Peruanos.
dia Io de Agosto de 1904 no Rio de Janeiro começou a discus-
No
entre o Snr. Barão do RioBranco, nosso ministro das
são diplomática
exteriores, e o Snr. Sevane, ministro do Peru, sendo este
relações
funeções.
depois substituido pelo Snr. LarraburaUnánue, nas mesmas
no ultimo
Em vez, porem, de encerrar-se no prazo marcado, isto é,
1905 ainda
dia do anno de 1904, a discussão ficou adiada e até o fim de
esperava sua solução.
A vista disso, por notas de 11 e 13 de Novembro de 1905, troca-
em Lima, foram até 31 de Maio de 1906 o modus
das prorogados
vivendi no Alto-Juruá e no Alto-Purús e a neutralisação dos terri-
torios do Breu e de Catay.
A 8 de fevereiro de 1905, sua santidade o Papa autonsou o Nun-
cio Apostólico residente no Rio de Janerio, monsenhor Tonti, a acei-
reunir
tar a nomeação de membro da comissão arbitrai que se devia
cumprimento do convênio de 12 de Julho, tendo o Brasil e o
para
Peru assentado na escolha do illustre prelado para exercer as func-
de terceiro membro e sobre-arbitro. Foi nomeado nosso repre-
ções
sentante o Dr. Gastão da Cunha, deputado federal nesse momento,
ficando como arbitro por parte do Peru o seu respectivo ministro,
Snr. Larrábura.
O tribunal devia reunir-se seis mezes depois da ratificação do con-
venio; mas assentou-se por fim na sua abertura para 15 de Janeiro
de 1906.
De conformidade com o art. 9o do accordo, constituiram-se duas
commissões mixtas para fazerem um reconhecimento rápido do Alto-
Purús e do Alto-Juruá, sendo nomeados para chefes da primeira o
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engenheiro Euclides Cunha e da segunda o coronel Belarmino de
f Mendonça, tambem engenheiro militar.
A 19 de Outubro de 1905 o Dr. Euclides Cunha dava por termi-
nada sua commissão, estando tambem quasi a findar ado Alto-Juruá-
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A Questão do Acre
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O Divorcio Scandinav'
üm dos factos mais importantes de 1905 foi a separação dos dois
scandinavos, Suécia e Noruega, que desde 1814 (tratado de
paizes
Kiel) se achavam reunidos num só reino.
Como veremos pelo resumo chronologico que aqui se faz dos
factos occorridos, eque felizmente chegaram até ao seu desenlace sem
se houvesse de lamentar uma luta, cruenta, a causa principal do
que
conflicto foi a questão dos consulados, de ha muito latente, pela di-
vergencia de interesses commerciaes que sempre houve entre a Sue-
cia e a Noruega. A ultima se acha voltada para o Atlântico; a Suécia
para o Baltico. A grande importância desta vem-lhe principalmente
da sua agricultura e da sua industria; a da Noruega resulta princi-
mercante.
palmente do grande desenvolvimento da sua marinha
8 de Fevereiro. — Sabe-se, pelas declarações de um dos membros do governo
no Storthing (parlamento norueguez), que as negociações enlre os governos da
Suécia e Noruega relativas á questão consular tinham sido completamente mallo-
norueguez ja então
gradas. Essa questão vinha do anno anterior. O governo
reputava bastante melindrosa a situação creada pela nova phase em que entrava
essa causa de tão fundas divergências entre os dois paizes.
7 de Abril. — O principe real Oscar (nesse momento regente do reino), pro-
e a
poz a creação de um ministério de estrangeiros commum aos dois paizes
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Riksdag, o rei declara que a coroa não recorreria ao emprego da força para
manter a união. Estava prompto um projecto, que ia ser apresentado ao Parla-
mento, autorisando a abertura de negociações
com o Storthing afim de serem estabelecidas as
rr. a»
bases da separação.
Guerra Russo-Japoneza
Damos em seguida o diário dos factos occorridos em 1905, até
á memorável batalha de Tsu-shima, completando assim os trabalhos
apresentados nos dois « Almanaques » anteriores.
1.° de Janeiro. — O almirante Togo fez baixar uma proclamaçao alterando o
do bloqueio de Porto-Àrthur. Os japonezes iniciaram o assalto contra o
plano
porto de Sung-Chun-Chan, da linha de defeza de Porto-Àrthur.
2 de Janeiro. — Dá-se a rendição de Porto-Arthur.
4 de Janeiro. — Os japonezes em operações no Sha-ho bombardearam vigo-
rosamenteas posições russas em Lin-shi-pu.
9 de Janeiro. — Chegou a Porto-Said a divisão supplementar da esquadra
do Baltico,
15 de Janeiro. —Realisou-se em Porto-Àrthur a ceremônia fúnebre em honra
dos soldados japonezes mortos nos diversos combates em torno á praça.
16 de Janeiro. — Os russos propuzeram aos japonezes e estes aceitaram
a troca de prisioneiros. *
19 de Janeiro. — Os japonezes conseguiram desencalhar 5 vapores russos da
esquadra de Porto-Arthur.
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ilha Formosa.
26 de Abril - - Os japonezes vão decretar o estado de silio na
7 de Maio. — Os japonezes occuparam a ilha de Sakhalina.
10 de Maio. - • Flieram iunccão as esquadras do almirante Rodjestvensky e
Niebogatoff.
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364 ALMANAQUE BRASILEIRO i ..,' y.
A Revolução na Russia o
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do interior Sipiaguine; em 1903 o chefe de policia Metienko; em
1904 o general Bobrikoff, governador da Finlândia; alguns mezes
depois deste o suecessor de Sipiaguine, general Plehve; com poucos
dias de intervallo o general Andreieff, vice-governador de uma pro-
vincia.
Estes dois últimos casos ja oceorriam quando o paiz se achava em
luta com o Japão. Dahi por diante, como veremos pelo resumo que
damos abaixo, em vez de acalmar em frente da calamidade da guerra
exterior, o movimento foi num crescendo vertiginoso. A guerra em
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ALMANAQUE BRASILEIRO
365
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si e principalmente os seus desastrosos resultados foram a causa
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occasional da explosão :
de
Pelo meiado de Janeiro, em Petersburgo, abandonam o trabalho centenas
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nos termos os
milhares de proletários. Redigem uma petição ao czar, concebida
hos-
mais respeitosos em relação á pessoa do soberano, mas clara e energicamente -- "*ls
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tis á classe governante, a burocracia, « que provocou a terrível guerra ¦¦' '
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levando o paiz á ruina», diziam elles. Gollocou-se á frente dos paredisías pope,
uma caria em que
o.i padre Gapon, que mandou entregar ao Ministro do interior
« expor-lhe pes-
dizia que os operarios desejavam ver o czar no dia seguinte para
recusar-se a
soalmente as necessidades do povo russo ... U governo entendeu
vinha a írente de
attender por qualquer forma ao pedido. Quando no dia seguinte I
cruz e emblemas reli-
uma grande massa o padre Gapon, trazendo nas mãos uma
as pontes
giosos, os soldados que guarneciam
ordem de
que levam ao palácio imperial, tendo
atirar, fizeram diversas descargas. O padre Gapon
foi dos primeiros que cahiram feridos, mas não
mortalmente. Houve uma verdadeira hecatombe.
Constou terem ficado por terra 2.000 mortos e
3.000 feridos. E1 desse dia 22 de Janeiro que data
a revolução, Ainda nesse mez a
propriamente
estende-se a Moscou, Varsovia, Lodz e
parede 100 000
outras cidades. Só nesta ultima attinge a
o numero de paredistas. Em Odessa, Karkofl,
se-
Sebastopol, Knovo, Vilna, apparecem indícios
está ganhando terreno.
guros de que a revolução
A Finlândia e a Poionia ameaçam revoltar-se.
A 2 de Fevereiro trava-se em Varsovia uma /" ^-1/' W' r1w:'
luta entre o povo e a policia, de que resultam O pope Gapon.
1.000 feridos. - A 17 é assassinado '¦¦
f,00 mortos e
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Dm Mnspmi o oráo-ducme Sérgio Alexandrovitch,
uma. bomba de dynamite atirada sob o carro yy
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O Anno Religioso
1905
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duraram um mez.
A lei applica-se á Hgreja catholica e á Egreja protestante. A Republica Fran- yyvÊL
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ceza garante a liberdade de consciência e o exercicio livre dos cultos, não reco-
nhecendo, não pagando, não subvencionando qualquer delles. Cada um dos cultos
poderá nomear seus representantes como entender. E' vedado ao clero, sob penas
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prescriptas, diffamar os representantes da Republica e pregar a desobediência ás
leis. Ficam em poder da Egreja todos os edifícios, templos e capellas que lhe per- ¦
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tenceme lhe é garantido indefinidamente o goso gratuito e exclusivo dos edifícios
que, sendo propriedade do Estado, estejam actualmente consagrados ao culto.
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LEITURA PARA A INFÂNCIA, DEDICADA ÁS MÃES DE FAMÍLIA
Poi* Victoria COLONNA
i volume in~18 cart 2 $ 500
de contos
Este livro, especialmente útil para a infância, é escripto sob a fôrma
e muitas
de uma avó a seus netos. Han^este bom livro úteis conselhos de moral,
é a mais
noções de artes, industria e sciencia. A forma que adoptou a autora
conveniente para prender a attenção dos meninos.
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O Anno Artístico
1905
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(( Almanaque » uma illustração. Aquelle trabalho artistico, obra do
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372
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Um professor do collegio de França, o Snr. Luiz Léger teve a
idéa de levantar-se um monumento commemorativo a João de Luxem-
burgo, rei da Bohemia, que cahiu mortalmente ferido no correr da
batalha de Estrée-les-Crecy, combatendo com os seus contra os ingle-
zes, na guerra dos cem annos. A idéa foi levada a effeito por subs-
cripção publica e o trabalho ja se acha, desde Outubro, coliocado na
praça de Creey, em Paris.
Fez-se uma exposição no mez de Outubro, no Gabinete Portu-
guez de Leitura do Rio de Janeiro de vários trabalhos do illustre
escuíptor portuguez, Snr. Teixeira Lopes, a quem se deve o monu-
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mento a Eça de Queiroz que se erigiu em Lisboa e muitas outras obras
de arte. h :% '¦'*
A 26 de Outubro, no square de Paris das Arònes-de-Lulèce,
inaugura-se o monumento de Gabriel de Mortillet, celebre naturalista
francez.
1905
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O Anno Jornalístico
1905
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O ANNO NECROLOGICO
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1905
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No dia 3 de Janeiro suicidou-se em Porto-Alegre D. Hono-
rina Castilhos, viuva do Dr. Júlio de Castilhos. y
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BRASILEIRO
379
ALMANAQUE
embora
conseguintemente como o suecessor de Gregorio de Mattos, delle
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governo na Europa. Era um homem de
saber, sympathico, despretencioso. Deixou
muitos trabalhos impressos, entre elles :
Phisiologia do sangue (1877); Lições de
clinica medica (1882 a 1884); Theoria
parasitaria (1884) ; Causas das lesões
cardíacas no Rio cie Janeiro (1887).
— Conselheiro Dr. A. Joaquim de
-.ministro do Supremo
Macedo Soares,f.a 14
Tribunal e um dos mais apreciados júris-
consultos brasileiros. Era tambem escriptor
e philologo distincto, tendo deixado mui-
tos trabalhos impressos. Entre as muitas
homenagens que foram tributadas á sua
Dr. Macedo Soares.
memória, citaremos o discurso pronun-
ciado no Supremo Tribunal, pelo Dr. Lúcio de Mendonça, que, não
esquecendo outras qualidades do Dr. Macedo Soares, poz em relevo
os seus vigorosos esforços na campanha abolicionista e as suas fundas
convicções de livre pensador, que
sempre sustentou, desde os pri-
^^T0^r^^.-s-:.<-.::- .-¦:-: ^''\-"-''\iV^'ítòwwí35**í*fíl"»fcfc__
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ALMANAQUE BRASILEIRO
381
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Extrangeiros
No dia 4 de Janeiro f. em Lisboa o conde de Sobral.
A 10 f. em Paris a agitadora Luiza Michel, n. em Troyes em
1833. Deumdevotamento nunca desmentido pela causa libertaria, ella
era o typo feminino mais popular em toda a França e conhecida
no mundo inteiro. Deixou diversas obras: O Livro do Dia de Anno
(1872); A Miséria (1881); As Despresadas (1882); A Communa( 1898),
e outros.
— Bordalo Pinheiro, mui notável caricaturista
portuguez, bastante
conhecido no Brasil, onde fez uma exposição que obteve grande
êxito. F. em Lisboa a 23 de Janeiro.
A 24 f. na Allemanha o esculptor
Siemeing.
Na mesma data f. na Italia o Secre-
tario da Propaganda, Monsenhor Spinola
Savelli.
A 20 de Março f. na Allemanha o
escriptor Hammerstein.
No dia 24 f. em França o illustre
romancista Júlio Verne. Creou um novo
gênero na litteratura, o romance scientifico
Júlio Verne. e geographico, que lhe deu uma reputação
universal. Contam-se por dezenas os seus
livros, muitos dos quaes tiveram uma
procura verdadeiramente
extraordinária em seu tempo, obras ainda hoje lidas com
grande pra-
zei* pelos apreciadores do gênero. Citaremos apenas: Viagem ao cen-
tro da terra (1864); Da terra a lua
(1865) ; Os Filhos'do capitão
Grant; Vinte mil léguas submarinas,
A 13 de Abril f. em Paris Lefebvre Laboulaye,
n. naquella
cidade em 1833. Foi quem na qualidade de embaixador em S. Peters-
burgo preparou a duplice alliánça.
0
príncipe Henrique de Bourbon, f. na Italia no dia 14.
A 21 f. o escriptor hespanhol Valerio Fornos.
-- F. a 26 de Maio em Paris o barão Affenso de
Rothsehild, da
grande e opulenta familia dos Rolhschilds, e pessoalmente muito es-
timado naquella cidade por seu espirito
A 30 f. em Berlim o Dr. Garcia philantrópico.
Merou, ministro plenipoten-
ciaroda Republica Argentina, notável politico e
O archiduque José, f. em Fiume a 13 de Junho.publicista.
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A 15 de Julho f. em Hespanha o
ex-presidente do Conselho, Fernando de
Villaverde.
No dia 23 f. em Paris o
pintor Elvseo RecLus.
francez Jean Jacques líenner, n. em 1829:
um dos mais estimados artistas do seu tempo. Autor de: Fabiola. Ben-
seriosa. Créole. Rêveuse, La Source, liórodiade, Dormeuse, etc, etc.
A 16 de Agosto f. em Lisboa Emydio Navarro, o mais vibrante
e valente jornalista político de Portugal. Durante mais de 20 annos
representou sempre importante papel na vida
politica do paiz.
F. a 20, em França, o
pintor William
Bouguereau, n. em 1825. Salientou-se princi-
palmente por suas pinturas decorativas e pelo
agradável da tonalidade dos seus quadros. Entre
elles contam-se : Baccliante sur une panthère,
Quatre lieares du four, Saint Jean-Baptist(\
La Vierge consolatrice. etc, etc
A 31 de Agosto f. em Milão o celebre
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O tenor Tamaeno.
tenor Francesco Tamagno, n. em Turim em tò
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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_ F. a 13 em Dakar o explorador,
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' francez Savorgnan de Brazzã, de origem
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italiana, n. em Roma em 1852.
França lhe deve assignalados serviços
a
no oeste africano, onde foi fundada
Brazzaville em honra ao seu nome.Mor-
reu em serviço da pátria que fizera sua,
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presenta a collecção de
sonetos mais perfeitos,
talvez, que se conheça
na lingua franceza.
— A 14 f. na Ingla-
terra o celebre actor sir
Henry Erving. Appare-
ceu em scena pela pri-
meira vez em 1856, mas
só dez annos depois é que
conquistou a grande no-
meada que veiu a ter. Os
inglezes viam em Irving
sobretudo o magno sacer-
dote do culto por Shakes-
0 rei fel-o nobre e
peare.
a Universidade de Oxford
conferiu-lhe o titulo de
KH
IWBBsff•S^.ffij&Vffiffi^-fflb. ' ¦'^1*i_l*i_l*i_l*P**-*^^ " 'i^-''' ¦ -'¦'"' '"'¦S*..-'^ ¦.¦•¦..'\.'AAs
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doutor por seus trabalhos
litterarios.
— No dia 24 de Outu-
fe bro f. em Paris o pintor
flamengo Florent Wil-
lelms. O actor inglez sir Henry Irving.
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385
ALMANAQUE BRASILEIRO
LIVRARIA GARNIER
SCHMID
CONTOS DE ovos da Paschoa, 1 vol. s
Rosa de Tanneaburgo 1 vol. Rola, 1 vol.
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. . . •
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larga, limpa, commoda, não se podendo fazer mais uma idéa da triste, mise-
ravel e entulhada viela que foi. A Rua Larga de S. Joaquim, hoje Marechal
Deodoro, com que a nova Rua do Acre faz angulo, representa outro grande
melhoramento, como ora se acha, tendo dcsapparecido a chamada Rua Es-
treita, e indo assim prolongada, encontrar-se com a rua Visconde de Inhaúma.
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Esta por sua vez mudou completamente de aspecto, tambem alargada e re-
construída, como a de S. Bento, ada Uruguyana, a do Sacramento, hoje Ave-
nida Passos, porque ella se prolongou, fazendo desapparecer a antiga e triste
Rua Camerino e indo encontrar-se com a Rua Marechal Deodoro.
ê:; Ja se acham em grande adiantamento diversas outras obras, as das ruas
da Assembléa e Carioca, a de Frei Caneca, etc.
Em todos os pontos da cidade sente-se um movimento febril de transfor-
mação ou melhoramentos. Ampliou-se, como ja se referiu, o cães Pharoux e
completou-se o ajardinamento da Praça Quinze de Novembro, dotando-a com
um bello pavilhão. Aterrou-se, nivelou-se, embellezou-se a Praça Marechal
Deodoro. Deu-se aspecto mais bonito e aceiado ao quadrilátero da Praça da
Republica, fronteiro ao Quartel general. Javão adiantadas as obras de amplia-
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Aperfeiçoou-
ção do palácio da prefeitura, que se estende até árua do Núncio.
se o calçamento de muitas ruas e praças na zona urbana e suburbana. Com-
municou-se o Largo de S. Francisco com a rua da Carioca, prolongando
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dos dois homens a quem principalmente se deve a execução do que até aqui se
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393
Per6Íra PaSS°S' e ° Dr' Paul° ^ntin,
fomn-iiio^;de !rnCÍSC°
commissdo obras por parte do chefe da
governo federal. ;.'..ít
Os terramotos da Calab na
' °CC°n'eram "° anno de 1903 ocasionadas
elemenr nenhuma
elementos, ¦°PieiS
se pode comparar aos pelos
grandes terramotos que assolai
pmcipalmente a região da Calábria, no melo dia da bella It alia pmdé
'1Ue a", SG Sacrificaram'
de Lahoie,
üe Z na. índia,
r que se deu no mez de # foi superior ao cata J} smo
Abril }
^ ^ ° YeSUVÍ° tkva SÍSnaes de ameaçadora aCivi-
dadfÍmÍ
dade Roncos ^surdos
A eram ouvidos, não
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P >- Ã '
colônia italiana era mais considerável, porque ahi, muito naturalmente, foram
os próprios filhos de Itália que tomaram a iniciativa com o ardor e o devota-
mento próprio da raça e alem disso de irmãos mais próximos dos infelizes
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L''
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dente a 434 metros sobre a matriz de Cuiabá, on sejam 653 metros sobre o nivel do
mar (Dr. P. Vogel, Reisen in Matto-Grosso, 1887-88). ,:
(b) João Severiano da Fonseca data esse facto como occorrido em 1720 (Viagem ao
redor do Brazil, voi. II). Leverger indica o anno de 1722 {Apontamentos chronologicos
da provincia de Matto Grosso).
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substi-
de existência relativamente tranquilla haviam alterado o seu aspecto,
ranchos de páo
....
V
tuindo pouco a pouco as rudes paliçadas de nacoris por sólidos
a pique, e multiplicando prodigiosamente o numero de habitantes.
¦
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tão proponde-
A noticia daquella descoberta, porem, exerceu influencia
anhelo de
rante no espirito dos moradores da povoação, gente ferretoada pelo
locah-
espantosas riquezas, que em menos de um anno na outrora prospera
attestarem
dade somente restavam cercas cahidas e esteios desaprumados para
a passagem ahi de uma população civilisada.
recebeu
O abandono fora completo, e a emigração para a nova lavra, que
- operou-se com açoda-
a denominação de Cuyabá - do rio mais próximo
arredores
mento só explicável pela abundância mineral do sitio, de cujos
ouro, sem
foram extrahidas em menos de um mez quatrocentas arrobas de
as escavações fossem alem de uma camada correspondente a quatro bra-
que
cas abaixo da superfície do solo (a).
Essa pujança arrastou com sofreguidão para ahi sertanistas e aventureiros
encorporaram
de S. Paulo, Minas, Bahia, Piauhy e Maranhão, aos quaes se
de uma
tambem indivíduos de vários nacionalidades, muito embora os perigos
reduzido o
longa travessia de mais de quinhentas legoas (b), não tendo sido
numero dos que nella succumbiram.
« Estavam esses homens, escreve o brigadeiro Machado de Oliveira, exclu-
do seu paiz, e
sivamente dominados pelo objecto que os levou a emigrarem
lhe faltavam meios de manutenção e segurança para viagem tao
tanto que
e em que por certo deparariam com mil difficuldades e
prolongada perigosa, victimas,
riscos. Assim desprecavidos, não tardou muito que não cahissem
muitos dos Paya-
uns da fome, outros das intermittentes dos paizes do Tietê, e
em numerosas canoas afrontavam as expedições naquellas paragens
guás, que
em que não podiam ser evitados. »
sertão, no
Por impaciência, senão por imprevidencia, esses flibusteiros do
de gente
dizer de Humboldt, « padeceram grandes destroços, mortandades
falta de mantimentos, doenças, foram comidos das onças e sofreram
por
outras muitas misérias. »
« Houve comboyo de canoas, relata Barbosa de Sá (c), em que morreram
todos sem ficar um vivo, pois eram achadas as canoas e fazendas podres pelos
vinham atraz, e os corpos mortos pelos reduetos e barrancos. »
que do
A uma monção, porem, que se despedaçava de encontro ás cachoeiras
ou do Taquary — roteiro preferido posteriormente á navegação da
Tietê
— ou que era destroçada pelos selvagens, suecediam-se
Anhanduhy-assú
Felippe José Nogueira Coelho. - Memória chronologica da província de Matto
(a)
G'Tb%e em 530 1/2 le-
Araraytaguaba a Cuiabá a distancia pela via fluvial é reputadacomprehendido
W-
¦cuas se-nmdo Lacerda e Almeida, incluindo o trecho de dezesete léguas
no varadouro de Camapuan (Diário de Viagem).
'
- Chronicas de Cuiabá.
(c) José Barbosa de Sá.
Aa-
WA'-
outras mais ousadas, ou quiçá mais adestradas, porque em São Paulo repetia-
se sempre que « o ouro em Cuiabá era em tanta abundância que os caçadores
serviam-se delle em vez de chumbo, »
Assim, apesar de taes obstáculos, as novas minas já em 1726 tinham-se
metamorphoseado em pitoresco arraial de cerca de tres mil habitantes, con-
tando mais de cem. casas de edificação regular e duas Igrejas (a).
De todos os acontecimentos teve a metrópole exacto conhecimento, e no
interesse de melhor assegurar a arrecadação da fazenda real, até então effec-
tirada sem o rigor que convinha á coroa, ordenou que para o arraial se trans-
portasse o governador Rodrigo César de Menezes, incumbindo-o tambem da
erecção de Cuiabá em villa.
E a 15 de Dezembro daqueíle anuo aqui aportaya esse funecionario, em
cumprimento á determinação regia, tendo-se feito acompanhar do Dr. Antônio
Alves Lanhas Peixoto, ouvidor de Paranaguá, do padre Lourenco de Toledo
Taques, como visitor, e do ajudante Antônio Borba, que se fez tristemente
celebre pelo seu comportamento brutal e violento.
A expedição que os conduzio compunha-se de trezentas canoas tripuladas
— despejada assim cie
por tres mil pessoas, e esse aecreseimo de população
chofre sobre um centro afastado de todos os recursos— trouxe como coroüario
a elevação do preço dos gêneros de consumo immediato, e foi o annuncio dos
males que vieram em pouco flagellar o povo.
Dezeseis dias depois — a Io de Janeiro de 1727, —era Cuiabá elevado á
categoria de villa, lavrando, se do acto o seguinte termo :
(( Ao primeiro dia do mez de Janeiro de 1727, nesta Villa Real do Senhor
Bom Jesus de Cuiabá, sendo mandado por S. M. que Deus Guarde, a crea-la
de novo o Exmo Snr. Rodrigo Cezar de Menezes, governador e capitão-general
desta capitania, e que o acompanhasse para o necessário, o D1' Antônio Alves
Lanhas Peixoto, ouvidor geral da comarca de Paranaguá sendo por elle eleitas
as justiças, juizes ordinários, Rodrigo Bicudo Chacim, o thesoureiro coronel
João de Queiroz Magalhães, e Vereadores Marcos Soares de Faria, Francisco
Xavier de Mattos, João de Oliveira Garcia, e procurador do Conselho Paulo
Anhayá Lima, servindo de escrivão da Comarca Luiz Teixeira de Almeida,
almotacó o brigadeiro Antônio de Almeida Lara, eo capitão-mór Antônio Josó
de Mello, levando o estandarte da Villa Mathias Gomes de Faria, foi mandado
pelo dito Snr. governador capitão general que com o dito Dr Ouvidor, todos
juntos com a nobreza e povo, fossem á praça levantar o pelourinho desta Villa,
a que em nome d'El-Rei deu o nome de Villa Real do Bom Jesus, e declarou
que sejam as armas de que usasse um escudo dentro com o campo verde c um
morro ou monte no meio todo salpicado com folhetas e granitos de ouro, o por
(a) Bom Despacho e Senhor Bom Jesus. Nesta ultima, ediíicada em 1722 pelo capitão-
mór Jacintho Barbosa Lopes, repousam os restos de Paschoal Moreira Cabral, fallecido
?em 1724, aos setenta annos de idade.
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íb) Noticias praticas das minas de Cuyabá, etc, que dá ao Rev. Padre Diogo Soares
Cabral Camello, etc, (Revista do Instituto Histórico, vol. VI).
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ALMANAQUE BRASILEIRO 399
recebida por
Depois de ter tocado em differentes portos do Norte, sendo
de ruidosas festas e fraternal, chegou ao Rio de
toda parte em meio júbilo
a 24 de Setembro de 1905 a canhoneira « Pátria », pertencente a
Janeiro
marinha portugueza. ,
com o de uma grande
Este-bello vaso de guerra foi construido produeto
entre os filhos do velho e glorioso reino residentes no Brasil.
subscripção
da Republica lhe
Pode-se dizer que foi grandiosa a recepção que a Capital
reservou. . . , , . .
ás 7 horas da manhã, lançava ancora o garboso navio, de todos os
Mal
da bahia de Guanabara surgia uni enxame de lanchas a vapor, botes,
lados e brasi-
rebocadores e canoas conduzindo centenas de pessoas, portuguezes
leiros, que se approximavam da canhoneira. _ _
de tudo, depois das formalidades legaes para a franquia do ingresso,
Antes
as commissoes pelo commandante, capitão tenente Silva
foram recebidas
cuja amabilidade captivou desde logo os seus hospedes. Mas no
Ribeiro
dia foi franqueada a entrada a bordo a todos os visitantes.
mesmo
' » do porto da Bahia para
Fora excellente a viagem que fizera a « Pátria
o do Rio de Janeiro.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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A sua administração foi assignalada pela fundação da colônia de S. Leo-
da
poldo, pelo estabelecimento da primeira typographia e pela inauguração
•Casa da Caridade que, solemnemente, se effectuou a 1 de Janeiro de 1826.
O honrado dezembargador, diz a chronica, foi o fundador da imprensa rio-
o
grandense. O Sr. Alfredo Rodrigues, entretanto, diz-nos que primeiro jornal
¦apparecido na sua provincia, ou ao menos o mais antigo, foi o Constitucional
Fluminense. E o Sr. Tancredo de Mello refere que a mais antiga typographia
riograndense foi estabelecida em Porto Alegre em 1827, sob os cuidados do
Marquez de Barbacena.
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de Vasconcellos, Ledo Vega, Costa Aguiar, Tin Calmon e outros notáveis tri-
bunos da sua epocha.
As suas glorias teve-as no gabinete de sábio, no seu retiro infatigavel, ope-
roso e aproveitável.
N'elle elevou-se á maior culminância, notabilitando-se como historiador.
A 22 de Janeiro de 1826 com a creação do Senado foi escolhido pelo 1.° Impe-
rador senador pela provincia de S. Paulo.
Adheso sincero ao principio monarchico e amigo pessoal de D. Pedro I, os
successos políticos que determinaram a abdicação do Imperador o desgostaram
dedicar-se á
profundamente; bastante triste retirou-se da scena politica para
familia, e nas horas vagas distrahir-se com a cultura de uma chácara que pos-
suia nos arredores de Porto Alegre.
Como diplomata teve oceasião, varias vezes, de mostrar o alto cultivo da
sua robusta intelligencia, a honradez de seu libado caracter, a habilidade nas
negociações.
Com summa perícia se houve, como representante do Brasil, nos ajustes
do tratado de paz do Império com as províncias Unidas do Rio da Prata, ceie-
brado a 24 de Maio de 1827. A 17 de Agosto seguinte, como negociador rati-
ficou um outro tratado: ode commercio entre a Inglaterra e a Prússia com o
Brasil.
Notabilisou-se, porém, especialmente, na Memória apresentada ao Minis-
tro de Estrangeiros, conselheiro Antonio Peregrino Maciel Monteiro, futuro
Barão de Itamaracá, que o commissionou com outros, para qae como presi-
dente de uma commissão, respondesse: Quaes os limites que podem ser con-
siderados como naturaes em relação ás cidades e topographias do paiz ?
Mereceu essa iMemoria a exaltação do Ministro. E' o melhor trabalho diplo-
matico do nosso escolhido historiador. O seu apparecimento suscitou renhida
discussão com o diplomata portuguez conselheiro Costa e Sá, da qual, com
uma habilidosa replica, sahio victorioso o nosso eminente compatriota.
A sua jóia mais preciosa, comtudo, são os seus Annaes da propmcia de
'*.
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S. Pedro, em dous volumes, modelados pelos de Tácito, a quem procurou
seguir as pisadas, quanto permittia a natureza dos objectos e a Índole das
duas linguas.
Bem julgado pela commissão do Instituto Histórico e Geographico Brasileiro
deu um luminoso parecer; o Sr. Dr. Sylvio, (Telles tratando, diz que S.Leo-
que,
é dos nossos historiadores aquelle que melhor sabia fazer um livro.
poldo
Na Revista d'aquelle Instituto lêm-se, ainda, do illustre santista dous tra-
balhos: Ba Vida e feitos de Bartholomeu de Gusmão e de Alexcandre de
Gusmão, m
Essas biographias foram criticades pelo referido diplomata portuguez, Snr.
conselheiro José Maria da Costa e Sá.
Não ha negar, o Sr. Visconde de S. Leopoldo foi um dos homens de seu
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tempo que escreveu muito ebem, eque bastante contribuiu para enriquecer
os primeiros volumes do órgão do nosso Instituto Histórico.
0 Sr. Barão Homem de Mello, teve a feliz idea de publicar no tomo 37.1874, |
pag. 5, 2a parte, da Revista trimensal do Instituto as Memórias do nobre
Visconde,de grande mérito para os que cultivam os estudos históricos pátrios, 'p
imparcialidade.
por um espirito esclarecido e illustrado de
Foi escriptor respeitável, severo e corajoso. Era poeta e artista, qualidades
essas que o tornaram recommendavel historiador.
Em 1838 com o conego Januário da Cunha Barboza e o Marechal Raymundo
José da Cunha Mattos concorreu para a fundação do Instituto Histórico e Geo-
foi eleito seu 1.° presidente perpetuo.
graphico Brasileiro, do qual
Na 1> sessão publica d'essa sabia Associação, a 3 de Novembro de 1839,
proferiu um eloqüentíssimo discurso.
Vulto eminente do seu tempo, o seu respeitável nome foi alem das nossas
* os sábios europeos o distinguiram chamando-o ao grêmio de varias
placas
sociedades litterarias do velho mundo»
Após a sua maioridade, o Senhor D. Pedro II deu uma prova de alta consi-
deração ao velho estadista, confiando-lhe o honroso cargo de veador de suas
augustas irmãs.
S. Leopoldo nasceu para historiador, para illesamente transmittir a verdade
dos factos á posteridade.
Ha certos homens observadores que, semelhantes á ave de Juno, têm uma
retina de extraordinária clarividencia em cada um dos poros. Fernandes
Pinheiro, podia-se dizer que em cada um de seus poros palpitava um coração.
' \-)'a'.
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A sua bondade era a vibração de seus nervos, as suas idéas vinham a ser
outras tantas sensitivas.
O corpo humano ó como uma grande arvore que depois de passar pelas
raízes, o tronco, o ramo, termina lá, nos confins do céo, como. essa flor esphe-
rica e mais bella, qae se chama por sua fôrma cabeça, por seu conteúdo
cérebro. A vida do preclaro historiador da Provincia de S. Pedro, terminou
pelo coração, que o tinha na cabeça, e que ali era a pêndula, a agulha e a
machina que movia, que indicava, que soava todas as idéas.
O senador por S. Paulo amava seus semelhantes. Poder-se-hia applicar-
lhe os versos de Terencio :
Homo sum, et nihil humane a me alie num puto.
A sua fidelidade como historiador é incontestável. O seu escrúpulo e amor
da verdade era tal que preferia antes deixar a relação de alguns acontecimen-
tos imperfeita do que completai-a quando não podia obter já as noticias exaclas
dos que os tinham presenciado. A sua autoridade como escriptor contempora-
neo é immensa.
Orna o salão das sessões do Instituto Histórico, conjunetamente com os
bustos do conego Januário da Cunha Barboza e do Marechal R. J. da Cunha
Mattos, como homenagem honrosa, á memória dos grandes serviços e reconhe-
cido devotamento á pátria e ás letras nacionaes, um outro, o do venerando e
muito illustre 1.° presidente perpetuo. Vasado em mármore, foi elaborado pelo
esculptor Sr. Joaquim José da Silva Guimarães.
Trabalhava o notável publicista na composição de uma Historia Geral do
Brasil, quando, com*73 annos de idade, falleceu a 6 de Junho de 1847 ; 1 anno,
4 mezes e.20 dias após o passamento do 1.° secretario perpetuo do Instituto His-
torico, conego Januário da Cunha Barboza; na cidade de Porto Alegre. Foi
sepultado no cemitério daSahta Casada Misericórdia, d'essa cidade.
O seu enterro foi muito concorrido; de toda a parte partiram manifesta-
ções de pezar a sna respeitável familia.
Perdeu a pátria um eminente cidadão e as letras um emérito cultor.
Era tio S. Leopoldo dos nossos dous illustres litteratos: Manoel de Araujo
Porto Alegre, e conego Dr. Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro.
Este escreveu-lhe a biographia, sob o titulo: Apontamentos biographicos
sobre o Visconde de S. Leopoldo. Aquelle recitou o seu Elogio fúnebre.
Ambos esses trabalhos podem ser lidos na Revista Trimensal do Insti-
luto Histórico e Geographico Brasileiro.
Sobre este nosso biographado, igualmente, estudou o nosso respeitável
mestro e amigo Sr. Barão Homem de Mello, dando á luz uma bellissima noti-
cia, apparecida na Revista Luterana, redigida pelo Sr. Quintino Bocayuva.
Li com muito interesse todos elles, de onde tirei apontamentos para este
meu ligeiro estudo biographico. Dr A. da Cunha Barboza.
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Freitas — 1.° Secre- Conselheiro Carlos de Carvalho Dr. GuedesMe Mello — S>.° Secre-
Dr. Paula — Vice-P resi dente. tario.
tario.
Marquez de Paranaguá — Presi-
— Thê- dente. Dr. Alfredo Lisboa — %° The-
Dr. Américo dos Santos 1.°
soureiro. Dr. Villela dos Santos —Membro soureiro.
da Com. Executiva.
— Mem- Dr. Scá Vianna — Membro da Dr. Carlos Seidl — Membro da
Dr. Barboza Rodrigues Cum. Executiva.
bro da Com. Executiva. Com. Executiva.
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E' opinião corrente entre aquelles que puderam ser testemunhas : das
tres reuniões que já tem realisado o Congresso Scientifico Latino-Americano,
aquella em[que elle obteve mais pleno suecesso foi a ultima, de 1905, reali-
sada desta vez no Rio de Janeiro. Aqui deixaremos uma breve noticia regis-
tando o importante facto.
¦Realisou-se a 5 de Agosto, no Gabinete Portuguez de Leitura, a sessão
preparatória do 3o Congresso. Tomou assento á mesa a commissão organisa-
dora, cabendo a presidência ao Snr. Dr. Carlos de Carvalho, vice-presidente,
na ausência do presidente, Snr. Marquez do Paraná, que não pudera compa-
recer por enfermo.
Tratando-se de organisar a mesa de Congresso, íoi acclamada a seguinte
directoria : presidente, o reitor da Universidade de Montividéo, Snr. Dr.
Eduardo Acevedo; Io, 2o e 3o vice-presidentes, os Snrs. Drs. Eduardo Poi-
rier, representante da Guatemala, Alexandre Alvares, representante do Chile,
e Eliseo Canton, representante da Republica Argentina; secretários, Snrs.
Drs. Bartholomeu Carbajal y Rosas, representante do México, e Daniel Ani-
sito, representante cio Paraguay.
Depois approvou-se e regimento interno e tomaram-se outras medidas.
A 6 foi celebrada na Igreja da Candelária uma missa em acção de
graças
pela installação do 3o Congresso.
A' noite desse mesmo dia realisou-se no Theatro S. Pedro a sessão solemne
de installação, com assistência do Snr. presidente da Republica.
Entre os muitos discursos pronunciados por essa occasião, salientou-se o
do Snr. barão do[Rio Branco, ministro das Relações Exteriores,|pela-sobriedade
e atticismo da forma.
Tambem foi muito applauclido o longo discurso
pronunciado pelo conse-
lheiro Carlos de^Carvalho, já hoje de saudosa memória.
Seria longa mesmo uma simples referencia que se fizesse a
quantos tra-
balhos se apresentaram e discutiram-se nas varias secções em
que se dividiu
o Congresso. Porisso assignalaremos apenas os que foram apresentados no dia
14, na secção de sciencias jurídicas e sociaes : aquelle
pelo qual ficou reco-
nhecida a existência de um direito internacional
peculiar aos paizes do conti-
nente americano, e outro em favor de um Congresso
policial sul-americano.
Nesse mesmo dia 14 encerram-se os trabalhos dessa e das outras secções.
A 15 realisou-se no Club Naval a sessão plena, em
que ficou resolvido que
o 4o Congresso se reunirá em Santiago do Chile, no anno de 1908.
A sessão do encerramento deu-se no dia seguinte, no Gabinete Portuguez
de Leitura. Nessa sessão, o presidente da mesa, o illustre Snr. Dr. Eduardo
Azevedo, proferiu notável discurso, assim terminando :
¦ « Apezar de todas as deficiQncias em matéria de adiantamentos scientificos,
é immensa a obra destes Congressos, de divulgação de idéas e sobretudo de
solida approximação internacional.
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ALMANAQUE BRASILEIRO 41
Poemetos em prosa
(Baudelâire)
0 Estrangeiro.
Homem exótico, que amas tá na vida, dize? Teu pae, tua mãe, tua
irmã ou teu irmão ?
Não tenho pae, nem mãe, nem irmã, nem irmão.
Teus amigos ?
Proferiste um vocábulo cuja significação me é desconhecida.
—- Tua pátria ?
Ignoro em que latitude está situada.
A belleza ?
Divindade immortal, eu a amaria profundamente.
O ouro?
Abomino-o, como abominas a Deus.
;" — E que amas, pois, estrangeiro enygmatico ?
Amo as nuvens... as nuvens cpie passam... além... as maravilhosas
nuvens!
Emrriagae-vos.
E' necessário ser sempre ebrio.
do
Nisto está tudo : é a única questão. Para não sentir o formidável peso
é preciso
tempo, que alquebra os vossos hombros e vos inclina para a terra,
embriagar-vos sem cessar.
Mas, em-
Mas com que? Com vinho, poesia ou virtude, á vossa vontade.
brigae-vos.
de
E se alguma vêz, sobre a escadaria de um palácio, na herva verdoenga
a embna-
um fosso ou na solidão sombria do vosso quarto, despertardes com
dissipada, interrogae ao vento, á vaga, á estrella, á ave, ao relógio,
guez já
canta, a tudo
a tudo que foge, a tudo que geme, a tudo que rola, a tudo que
fala, hora é essa; e o vento, a vaga, a estrella, a ave e o
que perguntae que
i
412 ALMANAQUE BRASILEIRO
relógio vos dirão: <( E' a hora de se embriagar ! Para não seres escravos
martyrisados pelo tempo, embriagae-vos ; embriagae-vos, sem cessar ! Com
vinho, com poesia ou virtude, á vossa vontade. »
Marinha.
Um porto é um logar fascinador para um' alma fatigada da lucta pela vicia.
A amplidão do céo, o broslaclo caprichoso das nuvens, as colorações varia-
das do oceano, o scintillar dos pharóes, são um prisma maravilhosamente
apropriado a enlevar a vista sem jamais entediá-la.
As formas delgadas dos navios, a mastraação excêntrica, ás quaes o ma-
rulhar imprime oscillações harmoniosas, fazem germinar no coração o amor
á belleza e ao rythmo.
E, sobretudo, ha ahi uma espécie de prazer aristocrático e mysterioso para
aquelle que não tem ambição nem curiosidade, em contemplar, ouvindo a
bramidora musica marinha, todos os movimentos dos que partem e dos que
voltam, dos que têm ainda a força de querer, o desejo de viajar e conhecer os
esplendores de outras terras estranhas...
Ceará.
SOUZA-PlNTO.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
413
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Bem sabia o governo que a promulgação dessa lei determinava
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O CAÇADOR DE LEÕES
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WÜÊápk IBiSÈ
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itl';','!,,' È •A \ V iMO,
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eu te vou offerecer,
muito bonitas lembranças, sem contar o tapete que
h. - O leão. - E.Se caçador deixou-nos
minha leoa, de. pelle de europeu.
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PARTE V
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SECRETARIAS DE ESTADO
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DA JUSTIÇA E DOS NEGÓCIOS INTERIORES
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DAS RELAÇÕES EXTERIORES
Director geral, Joaquim Thomaz do Amaral(visconde de Gabo-Frio). -:
Funcciona na rua Marechal Floriano Peixoto n. 150. 'J
DOS NEGÓCIOS DA FAZENDA
TRIBUNAL OE CONTAS
(R. do Sacramento, 17.)
America :
Na Republica Argentina. —] Enviado extr. e min. piem, dr. Joaquim F. de
Assis Brasil.
Na Bolívia. — Env. extr. e min. piem, dr. Alfredo de BI. Gomes Ferreira.
Na Venezuela. — Env. extr,, dr. Manuel de Oliveira Lima.
No Chile. — Env. extr. e min. piem, Henrique Carlos Ribeiro Lisboa.
Nos Estados-Unidos. — Embaixador, dr, Joaquim Nabuco.
. .
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ALMANAQUE BRASILEIRO
422
i * ™in
emim nlpn dr
d Brasilio ^
B^ Itiberê da Cunha.
No Paraguai.- Env. extr. plen. ^ ^
^
e mm. pien.,
No Peru. — Env. extr.
Lisboa' . t, h. ,-nin T>len Francisco Xavier ,da Cunha.
— Env. extr. _
e _ mm. pien., [..«uio ,-
No Uruguai- dr. Eneas Martms.
- Ministro em missão especial,
Na OotomWfl.
Europa _ _. , ,T ,.
r QVir p min nlen dr. José Pereira da Costa Motta.
-Env. extr W^ dr_ & Azevedo.
Na Allemanha.
Na dr. Lé Cordeiro do Rego Barros
e min
mm. e piza
Bélgica. - Env. extr.
Na ^rl^Xae^re pplen. .
Almeida>
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Sa F™»Ç». - Eav «* e;-• P<^ £™ ^.^ Regj. de 01,
-— Env. extr. e £•
mui. F ,
Na Gran-Bretanha.
V6Íra de Araujo Beltrão.
/ „ Fnv extr e min. plen., dr. Pedro
dr. Ufa — * Me,lo , Ai™,
SlS:"- e7, tretmL. plenl
NSULAD
America : Europa :
Allemanha,Carmo, 38,sobrado.
Argentina, Alfândega 1. Austria-Hungria, General Câmara,
63.
Colômbia, Alfândega 107. Bélgica, Theophilo Ottoni,
16.
México, Carmo 53, sobrado. n° 88.
Dinamarca, General Câmara,
Paraguai, Alfândega 23. França, Alfândega, 83.
Peru, Rosário 42, 2o andar. Grécia, Ouvidor, 130.
Hospício 106, Rua do Ouvidor, n» 34.
Republica Dominicana, Hispanha,
88,2» andar.
sobr0. Hollanda, General Câmara,
10. Italia, Rua D. Manoel, 16.
Venezuela, Rua Theophilo Ottoni, io.
Anna n° 12. (Bota- eNorvega, Rua S.Pedro,
Costa-Rica, Rua D. Suécia
fogo). Turquia, Ouvidor, 130.
Ovidor, 28. - Bretanha, General Câmara, 2.
Equador, Rua do Grã os
Rua Io de IuW>W,Grão Dncado (Servem
Estados Unidos da America,
cônsules dos Paizes Baixos.) General
Marco, 99.
Praia do Flamengo, 32. Câmara, 88, sobrado.
Guatemala, Câmara, 1.
32. Portugal, General
Honduras, Praia do Flamengo, de Março, 69.
32. Rússia, Primeiro
Nicarágua, Praia do Flamengo, 19.
42. Suissa, Quitanda,
Uruguai, Rua do Ovidor,
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ij".
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¦•'-¦ -S
CONSELHO MUNICiPAL
Secretaria,
(Praça Ferreira Vianna.)
Director geral, José Caetano de Alvarenga Fonseca.
Intendentes
Tertuliano da Gama Coelho, Eduardo José Pereira Raboeira, dr. Joaquim Sil-
verio de Castro Barbosa, Manuel Luiz Machado, dr. Joaquim Francisco Bitten-
court da Silva F°, Joaquim Januário de Araujo Coutinho, Pedro Pereira de Car-
valho, Pedro Moutinho dos Reis, Honorio dos Santos Pimentel e Antônio Rodri-
gues de Campos Sobrinho.
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ALMANAQUE BRASILEIRO 425
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4.
ALMANAQUE BRASILEIRO
426
r.
—*, Dr. Lins de Vasconcellos.
em n. 21
üBgenuu Novo,
Íel nu.,
frente 4 estação
Dias üa uruz u. a.
Meyer, rua Dr.
Piedade, na estação.
rua D. Anna Nery n. 230.
Riachuelo,
6.
Rocha, rua Henrique Dias n.
na Avenida Sampaio, estação de Sampaio.
Sampaio,
S. Francisco Xavier. .
na estação de S. Francisco Xavier.
Mangueira,
n. 142 A.
Todos os Sanctos, rua Goiaz - Director,
do Brasil (praça da Republica).
Estrada de Ferro Central
dr. Gabriel Osório de.Almeida. _ ^^ &
aas íua
Hospedaria de Immigrantes (ílüa
"rJ^To da Bepo»a, «. -
otaí-d- Cras PuDUcas (pra.
*££££oUTm»^.. to». --pnMiaa, * .¦ --P .-
tor dr. Jaime Benevolo.
La6«a>. - Di,,cta, ioào B^R.**-^
Jardim Botânico (oa - Director, di.
do Castello)
".Lnomos,
Observatório
"Ss de Rio-de-Janeiro (morro
dr, H. M.ri.e e Nuno Alves Doaria
t de Novembro).
^a
Telegraphos (praça Quinze
Repartição Geral dos
nii-ector geral. dr. Caetano César de Campos.
Director gera Ppfieral - Presidente, dr. Olegario
fr 1» ae
de Marco).
deToledo
Supremo Tribunal Federal (r. Pizae Almeida,
Herculano de Aquino e Castro; ^^^^ ^So-Sancto, Pedro
dy
- Juiz, dr. Cicero Seabra.
2a vara criminal. Lni — Juiz, de
u Sa Pereira.
a Tn.7 dr
ar. Vireilio
uipu
3 va?'a criminal.• „i — Juiz, Moreira
mu da bilva.
Tn.7 rir
ar. Toaaim
juciquii
4'k a i/ara
varU/Vcriminal.
-.yy
. ."... Tni7 j. Diogo J. de Andrade Machado.
dr. Godofredo Xavier da Cunha; juiz substituto, dr. Henrique Vaz Pinto Coelho.
—
Procuradoria da Republica na secção do Districto Federal.
Procurador, dr. Cesario da Silva Pereira; l°adjuncto, dr. Antônio Angra de Oli-
veira; 2o adjuneto, dr. Pedro Francelino Guimarães F°.
— Director, dr. João Pires
Casa de Correcçãò (r. Frei Caneca, 293).
Farinha; vedor, João Carlos Thompson Junior.
Casa de Detenção* — Administrador, cap. Arthur de Meira Lima.
— Director,
Colônia Correccional dos Dous Rios (na Ilha Grande).
ten. Francisco Siqueira Rego Barros.
—
Guarda Nacional da Capital Federal (rua da Constituição, íl).
Commandante superior, general João Vicente Leite de Castro.
— 1° Districto. Official, dr. João Kõpke.
Registo Geral de Hypothecas.
— 2.° Districto. Official, Quintino Bocayuva Junior. — 3.° Districto. Official, dr.
José Lopes da Silva Trovão.
— Director, Francisco
Archivo Publico Nacional (r. dos Ourives, 1).
-
Joaquim Bittencourt da Silva.
— Director,
Hospício Nacional de Alienados (praia da Saudade, 18).
dr. Juliano Moreira.
— Director, dr. Domingos
Colônia de Alienados (ilha do Governador).
Lopes da Silva Araújo.
— Commandante, coronel
Corpo de Bombeiros (praça da Republica, 37).
Feliciano Benjamin de Sousa Aguiar; inspector geral do pessoal, tenente-coronel
Eugênio Rodrigues Jardim.
— Depositário, Joaquim Silverio de
Deposito Publico (rua da Relação, 6).
Azevedo Pimentel.
—¦ Director geral
Directoria Geral da Saúde Publica (rua Clapp, 17).
dr. Oswaldo Gonçalves Cruz; secretario, dr. João Pedroso de Albuquerque; chefe
do Laboratório Bacteriológico, dr. Emilio E. Gomes; chefe do serviço demo-
graphico, dr. J. L. Bulhões Carvalho.
Directoria de obras do Ministério da Justiça (rua dos Inválidos,
57). _ Director das obras, dr. Henrique José Alvares da Fonseca.
Hospital Paula Cândido (Jurujuba). — Director, dr. Luiz Tavares de Macedo
Junior.
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Bulhão,
Directoria de Hydrographia. - Director, Otton de Carvalho
cap. de frag.
de Meteorologia. - Director, cap. tenente Américo Brasil
Directoria
Silvado.
de Beribericos - Director, dr. Galdino Cicero
Enfermaria (Copacabana).
de Magalhães.
das Cobras). - Comman-
Eschola de Aprendizes Marinheiros (ilha
dante, cap. tenente João Adolpho dos Santos.
das Enxadas). - Director, contra-almirante Duarte
Eschola Naval (ilha
Huet Bacellar Pinto Guedes. ' A!
das Cobras). - Director, dr. Euclides Alves
Hospital de Marinha (ilha
Ferreira da Rocha.
Gharta maritima, - Chefe, contra-almirante José
Repartição da
Cândido Guillobel.
de Pharoes. - Director, cap. de fragata Eduardo Augusto
Directoria
Veríssimo de Mattos.
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430 ALMANAQUE BRASILEIRO
Rodrigues.
Matadouro. — Director, Antônio Luiz
da Limpeza Publica. - Director, dr. Manuel Maria
Superintendência
dei Castillo.
AGENCIAS DA PREFEITURA
10. —
90
o. — Guaratiba, Largo da Matriz
Junho.
s/n.
II __ Gamboa, R. America 184
Sancta-Cruz, R. Dr. Philippe
12. — Espirito-Sancto, R. Had- ^**.
it'-.-- Cardoso s/n.
dock* Lobo 10.
S. Christovão, Praça Maré- Ilhas, R. Dr. Furquim Wer-
13, _ JUV .
'
.- i VY.:'.'' ¦" .
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¦'¦*<
\ y/m
— Espirito-Sancto,
agentes da Prefeitura nos districtos : &P
— Inhaúma e
yo __ Engenho-Velho, tt» Engenho-Novo, 19»
25o —Ilhas-
4o Districto Jacarepaguá, Irajá, Campo-Grande, Guaratiba e Sancta-Cruz.
(O fiscal funeciona na Agencia de Sancta-Cruz.)
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ELEGACIAS DE POLICIA
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manhã.
Tribunal de Contas, no Thesouro, r. Sacramento 17, todos os dias, ás 10 horas
da manhã.
Juncta Commercial, r. Visconde do Rio Branco, 52, ás segundas e quintas-
feiras, ás 10 horas da manhã.
Auditoria de Guerra, r. Marechal Floriano 154, ás segundas, quartas e sextas-
feiras, ás 10 horas da manhã, juiz dr. Enéas de Arroxelas Galvão.
Auditoria de Marinha \ r. Conselheiro Saraiva, 8, ás quartas-feiras e sabbados,
ás 10 horas da manhã, juiz dr. Vicente Saraiva de Carvalho Neiva.
Juizo dos Feitos da Fazenda Municipal, r. Inválidos 108, 2o andar, ás terças e
sextas-feiras, ás 12 horas da manhã, juiz dr. Pedro Augusto de Moura Carijó.
Juizo Seccional, r. Núncio 13, ás terças e sextas-feiras, ás 11 horas da manhã,
V juiz dr. Godofredo Xavier da Cunha.
Juizo Substituto Seccional, r. Núncio 13, ás terças-feiras e sabbados, juiz dn
Henrique Vaz Pinto Coelho da Cunha.
Chefe de Policia e seus Delegados, r. Lavradio 88 e 90, todos os dias das 10
ás 3 horas da tarde.
Yigararia Geral do Arcebispado, palácio da Conceição, ás terças e sextas-feiras,
ás 12 horas da manhã.
Juizo Ecclesiastico, palácio da Conceição, ás terças e sextas-feiras, á 1 hora da
tarde.
Pretorias (Juizes) :
Primeira — Candelária e ilha de Paquetá — Pretor, dr. Torquato Baptista de
Figueiredo.
Segunda — Sancta Rita e ilha do Governador — Pretor, dr. Raimundo Corrêa.
V-í Terceira — Sacramento — Pretor, dr. Affonso Lamounier júnior.
. Quarta — S. José —Pretor, dr. Auto Barboza Fortes.
Quinta — Sancto Antonio — Pretor, dr. Alfredo de Almeida Russell.
Sexta — Gloria — Pretor, dr. Edmundo do Almeida Rego.
Septima—LagoaeGávea —Pretor, dr. JoséJ. Saraiva júnior.
Oitava — Sanc^Anna — Pretor, dr. Luiz Augusto Carvalho e Mello.
Nona — Espirito-Sancto — Pretor, dr. J. Jaime de Miranda.
Décima —-S. Christovão — Pretor, dr. Elviro Carrilho da Fonseca e Silva.
Décima primeira — Engenho-Velho — Pretor, dr. José Augusto de Oliveira.
Décima segunda —Engenho Novo — Pretor, dr. J. Ovidio Marcondes Someiro.
Décima terceira — Inhaúma e Irajá — Pretor, dr. Luiz Sampaio Vianna.
Décima quarta — Jacarépaguá e Guaratiba — Pretor, dr. João Buarque de Lima.
Décima quinta —Campo-Grande, e Sancta-Cruz — Pretor, dr. Joaquim Moreira
da Silva.
Pagamento de impostos
Janeiro. — Foros vencidos, federaes e municipaes. Na Prefeitura Municipal os
alvarás de renovação de licença até Fevereiro, sem multa; ena Recebedoria Federal
tiram-se nsste mez e no seguinte os registros para a venda de mercadorias
sujeitas ao imposto de consumo; na falta, a multa de 30$000t
¦p-,.r.y
¦ yy}'
-íí.; '..-<:
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ALMANAQUE BRASILLIRO
433
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os registros para
U multa, até o fim de mez. — Na Recebedoria Federal tiram-se
a venda de mercadorias sujeitas ao imposto de consumo e paga-se a 2' pres-
U facão do imposto do consumo de agua, do exercicio anterior, por hydrometro,
e a 1" do imposto de industrias e profissões, sendo essa cobrança feita de uma
"' exeder
só vez, se o imposto computado annualmente não exceder de 200$ e se
será metade cobrado nesta época e a outra em Agosto.
— Prefeitura Municipal a h prestação do imposto predial e da
Março. Na
taxa sanitária.
Abril. - Na Recebedoria Federal paga-se o imposto sôbre vehiculos (bondes);
accordo com o
e na Prefeitura faz-se a entrega das collectas sobre prédios, de
no Dec. 432; : multa correspondente a um anno do imposto.
disposto pena
- Federal, a 1» prestação do imposto sobre o venci-
Maio. Na Recebedoria
Na Prefeitura Muni-
mento e subsidio dos serventuários de officios de justiça,
imposto sobre animaes de sella, particulares e de aluguel; e íaz-se a
cipal o
sobre de accordo com o disposto no Decr. iol;
entrega das collectas prédios,
: multa correspondente a um anno de imposto.
pena de agua.
Jimho _Na Recebedoria Federal o imposto sobre pennas
na Recebedoria Fede-
Julho - Neste mez, e durante todo o anno pagam-se,
transmissão de propriedade, foros de terrenos e
ral os impostos de consumo,
e do mesmo modo, na Prefeitura Municipal, os alvarás de
de^idendo, etc.;
licenças, laudemios e outras contribuições municipaes. As licenças
primeiras
tiradas depois de Fevereiro, pagam multa. consumo de
- Federal, 1* prestação do imposto de
Acosto. Na Recebedoria
e a 2» do imposto de industrias dos estabeleci-
agua, por hydrometro prestação
mentos que pagam mais de 200$ par anno. ,-,,„,
e a
- Municipal, a 2* prestação do imposto predial
Setembro. Na Prefeitura
da taxa sanitária.
territorial.
Outubro. - Na Prefeitura Municipal o imposto
- Na Recebedoria Federal, a 2- prestação do imposto sobre o ven-
Novembro.
de justiça.
cimento e subsidio dos serventuários de officios
industriaes, que mudarem de firma o local devem
O tabelecimentos
esta occurencia no prazo de 8 dias, seb pena de multa
requerer! communicando
i hoeca do cofre dos io.pos.os feder.es supra, i o
^XuT^^lo •/. sôbre o valor devido nas precisas epochas
contribuinte obrigado á multa de 10
ofo o dicto depois do dia 20 de Março do tn-
flÍ ^realizar pagamento
de cada exercicio, e não realizando o pagamento dos imposto.
Lstre addicional na multa de 25 »/0
o contribuinte
mmriciDae» tambem á bocca do cofre incorre */o além da pena que lhe possa
deante na de 50
^o de seí mezes e d'ahi por
Caseão"pagos sôbre industrias e profissões
na Recebedoria Federal os impostos
f* os de transmissão de propriedade.
- os impostos não especificados acima, como os de
Tol o anno. Pagam-se
foros de terrenos, taxa de divi-
colsumo, transmissão de propriedade,
dendos, etc.
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"'•' ' ¦'" ' §»^p;*v|::;i, ííf«: ligMBWÍTr >'I''J '"'¦'
':'':."-J'''
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í - AAlA'%. AxVX
COMPANHIAS DE NAVEGAÇÃO
ALMANAQUE BRASILEIRO
435 ¦ ..'.'Mi,
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- Nas Docas Nacionaes.
Melhoramentos do Brasil (secção marítima).
New Zeland Shipping Company. — Rua de S. Pedro n. 2. y m
- Rua General Camara n. 11.
Companhia Pernambucana de Navegação.
— Rua de S. Pedro ir. 2.
Pacific Steam Navigation Company.
Companhia Progresso Marítimo. — Rua da Gamboa n, 58.
yy.
¦''
— Rua de S. Pedro n. 2.
Shaw, Savill and Albion Company.
The Norton Une of Steamers. — Rua de S. Pedro n. 2.
Serviço Marítimo Joaquim Garcia. — Rua da Saúde n. íl
Empreza de Navegação Salina. — Rua da Quitanda ri. 111.
- Rua do Ouvidor n. 34.
Companhia Transatlântica Hespanhola.
JARDINS E PASSEI
7 boras da manhã ás 6 da
Jardim Botânico, na estrada da Gávea, aberto das
tarde
Publico, rua do Passeio em frente á das Marrecas"; está aberto das 6
Passeio
horas da manhã ás 10 da noite.
das 7 horas da manha
Praça da Republica (antigo Campo de SancfAnna), aberto
ás 9 da noite. M , 10 da
da manha as
Praça Tiradentes (antigo largo do Rocio), aberto das 6 horas
noite.
Praça Quinze de Novembro (antigo largo do Paço).
das 6 horas da
Praça Duque de Caxias (antigo largo do Machado), aberto
manhã ás 10 da noite.
onde se acha
Parque da Bôa Vista, na Quinta da Bôa Vista, em São Christovão, i- «
o Museu Nacional.
Pedregulho, no alto do Pedregulho, onde existe a Caixa ^Àgua.
Praça Onze de Junho (antigo Rocio Pequeno.)
Praça da Penha, na freguezia de Irajá.
a todas as horas do dia.
Jardim Zoológico, em Villa-Isabel, para onde ha bondes
Electrica.
Floresta da Tijuca, servida pelos carros da Estrada de Ferro
Morro do Corcovado. Tem um bom restaurante, nas Paineiras.
Silvestre, morro de Sancta Thereza.
Praça Septe de Março, no fim do Boulevarcl Villa-Isabel.
Praça da Gloria.
Jardim da Praia de Botafogo.
¦
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ASYLOS .
¦•;¦¦¦
Chitas.
Asylo do Bom Pastor, rua do Bom Pastor, na Fabrica das
Asylo dos Inválidos da Pátria, na Ilha do Bom Jesus.
Asylo Isabel, rua Mariz e Barros, 32.
Asylo de Mendicidade, rua Visconde de Itauna, 299.
rua Ipiranga, n. 20.
Asylo das Orphãs da Sociedade Amante da Instrucção,
das Orphãs de S. Francisco de Paula, collegio dos Sanctos Anjos, á rua
Asylo
Barão de Mesquita.
Asylo de S. Luiz, ponta do Caju.
Asylo de S. Cornelio, rua do Cattete n. 2.
166.
Asylo da Sancta Casa da Misericórdia, rua de S. Clemente,
Asylo de Sancta Maria, no Hospital da Misericórdia.
Asylo Gonçalves de Araujo, campo de S. Christovão, 102.
Correccional de Novembro, rua de S. Christovão n. 168.
Eschola Quinze
Asylo de Nossa Senhora Auxiliadora, rua Humaitá, 56.
Casa dos Expostos, rua Evaristo da Veiga 60 e 62.
Recolhimento de Sancta Theresa, rua General Severiano.
____. . ___. __.«____¦______. ___«___. st wm, «*¦ I _*"*. S I i n 8*4 _P" 1?%
HOSPITAES PARTICULARES
TABELLIÁES
S r r
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Lv!
- da rua da Candelária —
Banco da Republica. Rua da Alfândega, esquina
J. E. Bulhões Carvalho, Custodio J. Coelho d'Almeida e Leopoldo
Directores, Drs.
C. d'Andrade Duque Estrada. t
rua da
Hypothecario. - Rua Primeiro de Março, esquina da
Banco Rural e
Alfândega.
Banco Agricola do Brasil. — Rua Primeiro do Março n. 43.
Banco Alliança do Porto. — Rua do Rosário n. 104.
Banco Brasil e Norte America. - Rua da Candelária n. 2, sobrado.
Banco Commercial e Construetor. - Rua do Hospicio n. 17.
Banco Commercial do Porto. - Agencia/rua S. Pedro n. .52.
— do Hospicio n. -26.
Banco Construetor do Brasil. Rua
Março n. 57.
Banco Commercial do Rio-de-Janeiro. - Rua Primeiro de
da General
Banco do Commercio. - Rua Primeiro de Março, esquina
sobrado. .
Banco de Credito Brasileiro. - Rua do Hospicio n. 126,
16.
Banco de Credito Financeiro. — Rua do Sacramento n.
Banco de Credito Movei. — Rua do Rosário n. 24.
3.
Banco de Credito Real do Brasil. - Travessa Tocantins,
n. 51 (Funeciona
Banco dos Funecionarios Públicos. - Rua da Constituição
depois das 6 horas da tarde).
do Brasil. - Rua Primeiro de Março n. 3o.
Banco Hypothecario
Banco ltalia Brasile. - Rua da Alfândega n. 31.
e do Commercio. - Rua Primeiro de Março n. 61.
Banco da Lavoura
n. 20.
Banco Nacional Brasileiro. - Rua da Alfândega
Banco Paris e Rio. - Rua da Alfândega n. 11.
Março n. 33.
Banco Popular Brasileiro. - Rua Primeiro de
e Matto-Grosso. - Rua da Alfândega n. 22.
Banco Rio
109.
Brasilianische Bank. - Rua da Quitanda n.
esquina da da Candelária
London Brazilian Bank. - Rua da Alfândega, Septembro n. 173.
e Penhores.- Rua Septe de
*anco Central de Empréstimos
/
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e - Rua do Sacramento
Companhia de Credito Geral (descontos penhores).
ns. 6 e 8.
Mercantil e Hypothecaria. - Rua Primeiro de Março n. 41.
Companhia
- Rua da Alfândega n. 19 e 2.
London River Plate Bank.
Bancaria do Rio-de-Janeiro.- Rua dos Benedictmos n. 18, sofirado.
Sociedade
- Rua «To Hospício n. 51, sobrado.
Sociedade de Credito Urbano.
- Rua Primeiro de Março n. 31 A.
The British Bank of South America.
Financial de Portugal. - Rua General Câmara, sobreloja do edi-
Agencia
ficio da Associação Commercial do Rio de Janeiro.
Associação Commercial do Rio-de-Janeiro.
sala n° 1).
(Praça do Commercio, Io andar,
: Bento José Leite; Vice-presidente : visconde da Veiga Cabral;-
Presidente
: Júlio César de Oliveira; - 2« Secretario : Manuel Avelino Pinto
lo Secretario - Vogaes : braz
— Thesoureiro : Antônio Joaquim Peixoto de Castro;
Braga;
Antônio Bifano, Ferdinand Jaymot ,e Richard Riechers.
Chefe da Secretaria : dr. A. F. Copertino do Amaral.
Gamara Syndical dos Corretores.
(Praça do Commercio).
Presidente, José Cláudio da Silva.
Caixa Econômica e Monte do Soccorro,
(R. D. Manuel, 3).
: dr. João Franklin de Alencar Lima. Membros do Conselho Fiscal
Presidente de Deus Freitas,
Aguas-Claras, dr. Leopoldo C. Duque-Estrada, João
barão de
dr. José Anto-
Ângelo Thomaz do Amaral e Joaquim de Mello Franco; gerente,
nio de Magalhães Castro sob0.
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' !:; -. ¦-,'.¦-':': ¦?. " .•¦''.'•-_\f<If6
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Y
VEHICULOS PÚBLICOS
7$
TABELLA DOS PREÇOS DOS TILBURÍS E CARROS DE PRAÇA
seguintes ponctos :
Largo da Lapa, Plano inclinado, Estrada de Ferro Central, largo da Prainha,
Barcas Ferry e Sancta Casa de Misericórdia.
Cattete—Secção única. Comprehende largo da Lapa, ruas transversaes e paral-
leias, praia do Flamengo até a praça José de Alencar.
Laranjeiras—1a secção. Comprehende praça Duque de Caxias até ao fim da
rua das Laranjeiras e ruas transversaes e parallelas.
^secção—Comprehende do começo da rua SenadorOctaviano até AguasFerreas.
Botafogo—Ia secção. Comprehende a praça José de Alencar, ruas transversaes
e parallelas, praia do Flamengo, além da rua do Pinheiro, praia de Botafogo,
ao
até ao fim e rua do Commandante Tamborim, transversaes e parallelas até
canto dadeS. Clemente. 1
General
2a secção—Comprehende as ruas de S. Clemente, Voluntários da Pátria,
Polydoro e transversaes e parallelas até ao largo dos Leões.
de Freitas, e
& secção—Comprehende as ruas de Humaitá, lagoa de Rodrigo
ruas transversaes e parallelas até ao principio da do Jardim Botânico.
Vendas, ruas
4* secção — Comprehende a rua do Jardim Botânico até ás Trez
transversaes e parallelas e rua D. Castorina até á villa Arthur Sauer.
ter-
5* secção-Comprehende toda a rua Marquez de S. Vicente até ao poncto
minai dos bondes, ruas transversaes e parallelas.
Militar, ruas
6« secção- Comprehende toda a praia da Saudade até á Eschola
transversaes e parallelas inclusive a da Passagem»
desde o Plano
Cidade Nova-h secção. Comprehende as ruas do Riachuelo
á Caixa d'Agua do Estacio,
Inclinado, rua Frei Caneca desde o seu começo até
Itaúna, S. Leopoldo até
Barão de Paranapiacaba, SancfAnna até Visconde de
Visconde de Duprat.
desde o seu começo ate
2a secção-Comprehende as ruas Senador Eusebio
Matadouro, S. Diogo, Visconde de Itaúna, Miguel de Frias até á rua
ao largo'do
de S. Christovão.
secção-Comprehende as ruas Camerino e do Costa, começando da do Mare-
3^
da Gávea e Dr. João Ricardo
chal Floriano até á praça Municipal, ruas Visconde
desde o largo da Prainha, alda
desde a praça da Republica, rua da Saúde
Gamboa e transversaes e parallelas até á Estação Maritima da Estrada
America,
de Ferro Central. . .
Estação Marítima da Gam-
4a Secção—Comprehende a praia Formosa desde a
boa até l ponte dos Marinheiros.
Pereira Franco, Estacio de
5' secção-Comprehende as ruas Machado Coelho,
do Mattoso, de S. Christovão
Sá, Haddock Lobo até ao canto da do Bispo, ruas
até ao largo do Matadouro e transversaes e parallelas.
'.',-,¦ '-¦¦
- ¦ ¦
¦ ¦
¦¦'- .-¦'.",;
yyyy.yyW.:yyy..
desde o canto
Rio Comprido—l* secção. Comprehende as ruas Malvino Reis,
de Haddock Lobo até ao largo do Rio Comprido, Barão de Itapagipe até ao
/da
canto da do Bispo, transversaes e parallelas.
Barão de Petro-
2> secção-Comprehende as ruas Sancta Alexandrina, Estrella,
Haddock Lobo.
polis e do Bispo até ao canto da de o largo do
S. Christovão—h secção. Comprehende as ruas de São Christovão,
S. Christovão,
Matadouro até ao fim, Coronel Figueira de Mello até ao campo de
transversaes e parallelas á direita.
canto da
2- seccfto—Comprehende as ruas Coronel Figueira de Mello, desde o
Bruce,
deS. Christovão, rua Escobar, praia de S. Christovão até á rua General
esta até á de S. Januário e por esta e pela de S. Luiz Gonzaga até ao largo
por a sair
da Cancella, transversaes e parallelas, inclusive o parque da Bôa Vista,
na rua de S. Christovão.
da rua
3* seccão-Gomprehende as praias de S. Christovão, desde o canto
fim, praia
General'Bruce, e do Caju, ruas de S. Januário, Bella de S. João até ao
do Retiro Saudoso e ruas transversaes e parallelas.
o largo
Pedregulho—Secção única. Comprehende a rua S. Luiz Gonzaga, desde
rua Dona Anna Nery até ao canto da do Jockey-Club e por esta até ao
da Cancella,
da rua Bella
largo de Bemfica, ruas Coronel Silva Veiga, da Alegria até ao canto
S. João, transversaes e parallelas.
' de a sua
Engenho Novo—h secção. Comprehende a rua Mariz e Barros em toda
Barros até ao
extensão, rua S. Francisco Xavier, desde o canto da de Mariz e
Collegio Militar, rua Duque de Saxe, transversaes á direita.
Militar
2* secção-Comprehende a rua de S. Francisco Xavier desde o Collegio
até á estação do mesmo nome, ruas Jorge Rudge e Oito de Dezembro.
Anna Nery
3» secção-Comprehende as ruas Vinte e Quatro de Maio e Dona
até á estação do Riachuelo, transversaes e parallelas.
Nery
4* secção-Comprehende as ruas Vinte e Quatro de Maio e Dona Anna
até á estação do Engenho Novo, transversaes e parallelas.
desde
Villa Isabel—1* secção. Comprehende a rua Boulevard 28 de Septembro,
e
o canto da de Jorge Rudge até á praça Septe de Março, transversaes parallelas.
2* secção-Comprehende as ruas Visconde de Sancta Isabel e Barão do Bom
Retiro até o canto da Vinte e Quatro de Maio, transversaes e parallelas.
Andarahi—i« secção. Comprehende as ruas Barão de Mesquita desde o Colle-
Militar até o canto da de D. Affonso, Maxwell, Visconde de Itamarati até á
gio
de S. Francisco Xavier, transversaes e parallelas.
2* secção—Comprehende a rua Barão de Mesquita, desde o canto da de
D. Affonso até á de Paula Brito, avenida S. Salvador de Mattosinhos até á de
Maxwell e por esta á villa Senador Soares, transversaes e parallelas.
Fabrica das Chitas—1* secção. Comprehende as ruas Haddock Lobo, desde o
canto da do Bispo, Conde de Bomfim até á esquina da do Desembargador Isidro,
transversaes e parallelas.
2a secção-Comprehende a rua Desembargador Isidro desde o começo até ao
fim, transversaes e parallelas.
Tijuca—i* secção. Comprehende a rua Conde de Bomfim desde o canto dado
Desembargador Isidro até o da do Uruguai e transversaes e parallelas.
- L,. -
¦;-L
*.•¦/
f.$
. ALMANAQUE BRASILEIRO Ml .
carros
3$0^
Cada corrida dentro da secção
5$000
Cada -hora dentro da secção
OBSERVAÇÕES
vencerá tantas
N. 1.-0 vehiculo tomado em uma secção, passando a outras,
corridas quantas secções atravessar.
em das secções, vencerá o preço da hora, continuando a
Caso pare qualquer
viagem. * ;
de uma secção será
N 2 -Quando o vehiculo, tomado á hora, atravessar mais
secção que percorrer.
contado, além do preço da hora, mais o da corrida por cada
No 3s__a hora começada é contada por inteiro. ,
-Os d'esta tabeliã soffrem o augmento de 500 réis para os tilbuns
N 4 preços
6 horas da manha.
e 1$ para os carros no serviço das 10 horas da noite ás \
ENTERROS
° £ "fl ^
O
<0 *>cá
«i •"
ei 3 ^ S o
o ? * ° .3 1
1* 360$000 180$000 28$ 250$ 1$ 200$ 36$ I 40$ í:095$000
2» 200$000 94$000 28$ 250$ 1$ 70$ 28$ 20$ 691J000
in$ooo 82$000 28$ 250$ 1$ 36$ 20$ 20$ 554$000
75$400 58$000 14$ 250$ 1$ 26$ 16$ 16$ 456$400
5» 41$600 47$000 14$ 250$ i$ 14$ mm
*\
6a 22$100 16$000 6$ 250$ 1$ 13$ ... ... 308J100
7a 8$200 6$ 250$ 1$ 8$ 287$200
8a 12$000 8$200 | §$ 250$ 1$ 1 6$ .„ 282$200
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i .-ri rr.niriii^-n—^i^T nr^MM^TaT^IIlMgWffllMWTllIQRinMtFT^^
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O O > 173 CD
O >
186*400
-
rasa. Certidão.
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¦Bá3yH?x'i'*¦,
2.» Combinação : - Caixão n. 4. Carro n. 3. Sepultura
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*
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'
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Síkyy.
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443
ALMANAQUE BRASILEIRO
103$600
3.a Combinação : Caixão n. 5. Carro n. 5. Sepultura rasa. Certidão.
37$000
4.a Combinação : Caixão n. 7. Carro n. 6. Sepultura rasa. Certidão.
PARA DONZELLAS
PARA ANJOS
TAXAS DO CORREI
.trfil
'impressos, •-
...
ou
¦-¦¦-,
S :¦
'¦
'¦"
ALMANAQUE BRASILEIRO
445
estatística e
ridades federaes, serviço eleitoral, judicial, saúde pública, hygiene,
impressos relativos á Instrucçao Publica. . ;i-
¦*?>5&
AGENCIAS DO CORREIO
de franquia, regis-
Nas seguintes agencias vendem-se sellos e mais fórmulas
etc.: - Largo da Lapa - Praia de Botafogo (no fim
tam-se correspondências,
- no Largo de Catumbi
da) - no ponto dos bondes da Praça Duque de Caxias - Rua Frei
Gávea do Jardim - Praça Municipal - Rua Conde do Bomfim
áDetenção -RüaHumaitá - RuaTheodoro da Silva- Campo
Caneca, próximo
S Christovão - Estacio de Sá - Fabrica das Chitas (Rua Conde de Bomfim
de Ouro)
na Estação Central da Estrada de Ferro - Ponta do Caju (E. F. Rio do
- Praça da Egrejmha
Rua Bella - Raiz da Serra da Tijuca - Rua Leopoldo
- Guimarães Theresa) - Praça
Largo do Rio Comprido Largo dos (Sancta
Sancto Christo dos Milagres — Rua Barão de Mesquita.
Nos subúrbios estão funccionando as seguintes agencias:
da Estação *__• 300 Cupertino, próximo á estação; Encantado,
Cascadura, largo ;
da estação"; Engenho de Dentro, rua José dos Reis n» 1;
defronte da cancella
Novo, na estação; Meyer, rua Dr. Dias da Cruz n° 20; Piedade, Ria-
Engenho
os Sanctos, nas respectivas estações; Sampaio, na Villa
chuelo, Rocha e Todos
Sampaio; S. Francisco Xavier, rua Jockey-Club n° ¦ ¦
no Correio r \
Geral, a
Os carteiros ambulantes estão subordinados á 8- secção
rua Io de Marco. 'augmentadas ,
sido as collectas das caixas urbanas desta capital, damos,
Tendo
novos horários: :
para conhecimento do público, os de Botofago b. Lhris-
Caixas das redacções dos jornaes e pontos dos bondes
Isabel, cinco collectas: ás 6, 9 e 12 da manhã, 3 da tarde e 9 da noite.
tovao e Villa os cães
. Caixas ceníraes da cidade, abrangendo a área comprebendida entre
Praia de Sancta Luzia, Lapa, Riachuelo, Praça da Republica, rua Maré-
Pharoux
Peixoto, rua Camerino, Saúde, Prainha e todo o centro commer-
chal Floriano
tarde.
ciai cinco collectas: ás 6, 9 e 12 da manhã, 3 e 7 da
da cidade nova entre a Praça da Republica e a Ponte dos Marinheiros,
Caixa»
trez collectas : ás 6 e 12 da manhã e 3 da tarde.
dos morros de Sancta Theresa, Paula Mattos, Castello, Gamboa e
Caixas
da tarde.
Sacco do Alferes, trez collectas: ás 6 e 12 da manhã e 3
- Cinco collectas, a começar de
Subúrbios da Estrada de Ferro Central.
tarde.
Cascadura : ás 6, 9 e 11,40 da manhã 2,35 e 6,10 da
succursaes. - Botafogo, na sede da succursal, na esquina da rua
Caixas das
Voluntários da Patria e na esquina da rua da Passagem : collecta-se ás b, 9
dos
¦ e 12 da manhã e 7 da noite. \\
túnel do Largo ados
até a Eschola Militar e
Nas caixas da Praça José de Alencar
Leões : ás 6, 9 e 12 da manhã e ás 3 da tarde.
'i
¦ A Al
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J|J|
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'"'
de Caxias em frente á
7
da Gloria até Laranjeiras e Cosme Velho collecta-se ás 6, 9e
Nasacratas do Cães
12 da manhã e 3 da tarde. manha 3 _, e da tarde
- Na sede da Succursal, ás 6 e 12 da
Estado de Sá. Engenho Velho e Mam
Caneca, Catumbi, Rio Comprido,
nas caixas das ruas Frei
¦ A
e Barros ás 6, 12 da manhã e 3 da tarde. ...
- Na
ia sede da Succursal
¦ ás 6,12 da manha e 3 e 7 da tarde,
S Christovão
t>.0 tirmovao..
do Caju, S. Januano, pedreeulho
l earesmim e em toda a zona de
nas caixas da Ponta
tarde
S. Christovão, ás. 6 e 12 da manhã e 3 da e 3 e 7 da tarde, nas
- Na sede da succursal ás 6 e 12 da manha
Fito IM&I.
Xavier e Andarahi ás 6 e 12 da manhã e 3 da tarde.
de S. Francisco
Dominaos e dias feriados: todas as caix s,da
9 da manhã em
Serão feitas apenas duas collectas ás 8 e
das zonas suburbanas. Estas collectas esta o em corr e pon
cidade, inclusive'as
de 8 e 11 da manhã no centro da cidade e mei d a
dencia com as distribuições
de Botafogo, Duque de Caxias, Estacio de Sa S Chmto
nas succursaes praça
As collectas dos dias úteis estão em correspondência com as
vão e Villa Isabel.
distribuições.
.T^^VKm^S*^^^^^1^»11^'1^
lg||_mmMmBBBaisiPP^«»^^
¦
I.
M o '"¦'.
.".Ai.7
PARA MENINOS
LIVRO DE LEITURA ENCICLOPÉDICA
- - Botânica - Mineralogia - Geologia
Astronomia — ni,„_.-
Physica_ — rmímica
himiea _ooüiuyia 1-^^*
Zooloaia
Geographia - Historia - Folk-Lore e Literatura
Por PAULO TAVARES
superior de instrução publica, secretario do externato do Gymnasio Nacional
Membro do conselho
:
Um cortador entra no escriptorio d'um advogado o dono d'e«a animal
^Senhor advogado, diz elle, quando um cão faz um prejuízo,
é ou não responsável *
"ZZot*
m. ___>. ae «_.r oo meu .«lho „_ p*. ae ene. seo dai,
í
™*tmm*2£Z é
-pAe„-,„e . «dvog.do, e Che b._ p»r ,«e prec—
o preço da minha consulta.
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Kit/ .'¦ ." ,
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TARIFAS
DOS TELEGRAMMAS NACIONAES
TARIFA, POR PALAVRA
4^i§81í
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ESTADO DE DESTINO
ESTADO
DE
PROCEDÊNCIA d
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1$040 1$070'
930 970 970 1$040 1$070 1$010
>
240 3405 540 690 750 800 850 890 970 1$010 1$040
Pará 120 620 690 750 800 850 890 930 930 1*010 970 1$010
>
O
240 120 2000 350 450 850 890 970 1$010 930 a
Maranhão 800
350 240 120 240 350 40 0 540 620 690 750 750 800 850 930 970 890 930 970 tf
Piauhi. 120 240 350 450 540
690 850 890 930 td
Ceará 450 350 240 620 690 750 800 890 930
450 350 240 120 350 450 750 850 890 800 850 890
Rio Grande do Norte 540
350 240 Í20 240 350 5 49 620 690
750 800 850
620 540 450 850 r-K
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N'UM RESTAURANTE I
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ALMANAQUE BRASILEIRO
"WESTERN" fi' m
TARIFA PARA 0 TRAFEGO COM A
Recife 1$100
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Madeira 5.65 ¦ ¦""-'- ¦ 7:7-í''
Policia correccionnal :
E' a terceira vez no espaço de um anno que você comparece perante o tribunal.
Que quer o Sr. juiz? Ou bem que hei de trabalhar ou bem que não hei de fazer
nada. Quando trabalho, prendem-me por larapio ! quando não faço nada, prendem-me
por vadio ! E' de uma pessoa andar com o juizo a arder!
m.
- :***-*ü
*r'*-
Em mattas da Cachoeira, bairro de Villa Guarnesia (Minas), foi descoberto um grande
iequitibá.
Mede o tronco 76 palmos de circunferência e 24 de diâmetro.
A árvore monstro é sustentada por grossas arestas e tem uma concavidade formada
no tronco, onde podem caber vinte pessoas.
15
/
¦-•Lim}
ummW
i>"?. ..,'.';•:'%/•".'¦...,¦.
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, V»; \
' ,
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•:/,
4r almanaque brasileiro
Consumo d.'a,Q"u.a,
./•:.: 'íKíi.',.;'
¦ ->Xif..fít.".-';f. •
** V/f REGULAMENTO
¦¦¦>•
**^™£*££
daa taTde penoa de água ser* organisad. pela
e com os lhe forem mensalmente remettidos pela lnspecto
^ rrne disnuzer que
dous annos
hXS; *wJ. servira poe ^^"Sl
respectivo director e, em
Recebedoria , designados pelo
por empregados da
segrfé —u.ntes comedidos M a,^» d»
sts^r r; da **£%££»£*%
Jv xfa* em^rtrtude de commanicaeOes
deverá constar o consumo de agna nos semestres lindos
Públicas das quaes em que se
o nome da rua e o numero do predio
30 d^unho e'1 de Dezembro,
der o consumo.
'%,'*¦.
¦y •
"'•'''/$___
¦ ; -3Í
§ 2.° A revisão do lançamento deverá achar-se concluida até o dia 31 de Outu-
bro do último anno do biennio,para servir de base á cobrança do primeiro anno
do biennio seguinte e poderá ser commettida aos mesmos empregados que
forem designados para o lançamento do imposto de industrias e profissões..:¦_:.
§ 3.° Logo que terminar o trabalho da revisão, o director da Recebedoria fará
publicar, por editaes, no Diário Official, quaesquer alterações que tenha havido, :¦/.
de água, ainda que seus donos não tenham entrado no goso d'ella.
. Art. 6.° As propriedades que se compuzerem de quartos ou pequenas accom-
modações com entradas independentes por um pateo ou corredor que commu- .........
¦-'::>¦
¦ y :v
nique com a rua por uma entrada commum, vulgarmente denominadas cortiços,
e as avenidas serão lançadas na proporção de uma pena de água para cada grupo
de seis ou fracçãode seis quartos ou accommodações de entradas independentes,;
mas, si estes forem exgottados separadamente, serão lançados um a um, paft
o pagamento da contribuição, conforme o respectivo valor locativo. ,
Art. 7.° As modificações que soffrerem os prédios é as construcções novas
que occorrerem no decurso do exercicio serão communicadas á Recebedoria
pelos proprietários ou seus representantes, arrendatários, tutores, curadores e
outros, mediante declaração escripta e sellada, dentro do prazo de 30 dias, a
contar d'aquelle em que se tiverem concluido as obras.
Art. 8.° O augmento ou diminuição do aluguel no correr do exercicio não dá
direito a ser elevada, nem reduzida, a contribuição.
Art. 9.° A'medida que a Inspectoria Geral das Obras Públicas remetter os ele-
mentos de que tractam o art. 4° e seu § Io, a Recebedoria irá procedendo ás
necessárias averbações, de modo que o lançamento se ache sempre em dia,
Art. 10. Os collectados poderão requerer dispensa da contribuição relativa ao
tempo em que o prédio estiver desoccupado, nos seguintes casos:
em
Ü Io, de vacância, por trez ou mais mezes consecutivos e completos, ainda que
dous exercicios, contanto que o prédio não se ache vasio por conta do inquilino;
2o, de fechamento por ordem de auctoridade;
3o, de demolição, incêndio ou ruinas.
!.• As petições baseadas nos ns. 1 e 2 (Teste artigo serão apresentadas no
§
prazo cie 30 dias, contados da desoccupação.
2.° As referentes ao ri;-3 poderão ser apresentadas até o dia 31 de Dezembro
§
do respectivo exercicio.
dos dous paragraphos antece-
§ 3.° As petições apresentadas fora dos prazos
dentes não serão attendidas em relação ao tempo decorrido anteriormente.
Art. 11. No fim de cada exercicio serão, mediante despacho do director da
Recebedoria, escripturados em rói, annexo ao lançamento, os prédios que con-
tinuarem desoccupados, demolidos ou em ruinas, devendo para este íim a Sub-
Directoçia informar as petições existentes, seja qual fôr o estado dos prédios,
até 31 de Janeiro do anno subsequente.
Art 12. No caso de transferencia de dominio de prédios, o novo proprietário
•***/* w
yA
A*£:
em
é responsável pelo pagamento das contribuições correntes ou que estiverem
~
debito, visto constituírem ônus real. ¦
'
Paragrapho único. Estas transferencias serão communicadas a Recebedoria,
de documentos comprobatorios,
para as competentes averbações, acompanhadas - cumpra-se
dentro do prazo de 30 dias,'contados da data das escripturas, do
— dos juizes nos acórdãos que homologarem sentenças de partilhas e do último
federal ou _
acto, nas arrematacões, salvo quando tractar-se de hasta publica
respectiva carta.
municipal, em que o prazo se contará da data da assignatura da
não exime o contribuinte de pagar as taxas e *'
Art. 13. A falta de lançamento
multas a que estiver sujeito. -
impressas, dis-
Art. ií. Os livros de lançamento seráo constituidos por folhas 1
serão enca-
tribuidas pela Recebedoria'aos encarregados da revisão, as quaes
inclusive as que
dernadas depois de numeradas e rubricadas pelo sub-director,
de vacância.
se addicionarem em branco para notas, additamentos e rói
:r,.;A:
'imWm
:A*A-
V A',S''ÍA-M^S_Wt___^
•', '--ír.',f y
\mm
ALMANAQUE BRASILEIRO 453
Art. 24. Os que infringirem o art. 19, ns. 2 e 3, ficam sujeitos á multa de 50$
a 100$000. -
Art. 25. Os encarregados da revisão responderão pela impontualidade na y A-
y::AiM
''r'\i;*Jz*lf
entrega das folhas do livro do lançamento e pelos prejuizos que causarem á Fa- ¦¦y
" ¦ lm,
y:m
zenda por dólo, negligencia ou falta de exacção no cumprimento de seus deveres. ,y-'A
:'y'y
mmB*mmmmmmtm*t*ma**.**t**mmm*********w***ammmmtmm
-;-•:
***
Um pobre diabo conta que por causa d'uma querella recebera uma bofetada,
Uma bofetada! e qual foi o resultado?
Ora, trouxe a cara inchada durante oito dias.
é%
*%
CAMBIO v
FaZor dos metaes e das moedas dos principaes paizes que têm relaf5es commerciaes
e a Inglaterra.
com o Brasil segundo o estado do cambio entre o Brasil
Desc.
U França Portu* Alie- Estados Uru- Repub. Premio
do do
U •• O
Inglaterra manha Unidos guai Argent. ouro papel
¦**j ti çf** tn gal
II Valor
-,¦¦¦:. ¦
os francos belgas e
** 1) A columna relativa ao valor do franco de França serve tambem para
f'suissos,
as drachmas gregas.
para as liras italianas e para
V -:**y>.t,P 5
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ALMANAQUE BRASILEIRO
455
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Dese.
03 íh França Portu- Alle- Estados Uru- Republ. Premio
do do
?-, •• O Inglaterra i) manha Unidos guai Argent. ouro
gal papel
Valor Valor Valor Valor Valor
Valor de 10000
bíV-9
~<Ct Valor
Valor
do sch.il- do réis
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da £ lin r franco peso peso
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'5$527
1$105 6$ 190 ri 213,04 68,06
8Y8 27$826 1$391 5$877 210,79 67,83
1$381 1$097 6$146 1$355 5 $688
l$37t RO 11345 5$647 5$835 5$44S 208,57 67,59
3/z, ^42
108 1$335
ti»A V ' 51607 5$794 5$409 206,38 t>7,36
K/16 1234 1$36I 51567 5$753 5$371 204,22 67,13
78 27$042 1$352 6101.6 1$326
11066 5$974 5$529 5$713 8*334 202,10 66,90
Wm 26$853 11342°<\3 5$673 5$296 200,00 66,67
9— 261666 1$059 5$932 1$308
i» O o
1$052 5$891 1$298 5$452 197,93 66,44
Vio 26$482 5$415 5$596 5$224 195,89 66,21
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1) A columna relativa ao valor do franco de França serve tambem para os francos belgas e
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% 613,418 12*268,370 487,623 602,001 2*527,133 2/^0 000 273*041,007 2*438,118 38,01 27,54
612,440 12*248,803 486,846 601,041 2*523,102 27*559,'S08 272*605,534 2*434,230 37,80 27,43
% 611,464 12*229,299 486,070 600,084 2*519,085 27*515,923 272*171,449 iy*430,354 37,58 '— ij_i
21/32 610,492 12*209,856 485,298 599,130 2*515,080 27*472,178 271*738,744 2*426,490 37,35 27,19'
"Ag 609,523 12*190,476 484,527 598,179 2*511,088 27*428,571 271*307,413 2*422,638 37,14 27,08
608,557 12*171,156 483,759 597,231 2*507,111 27*385,103 270*877,427 2*418,799 36,92 26,96
% 607,594 12^151,898 482,994 596,286 2*503,141 27*341,772 270*447,345 2*414,972 36,70 26,85
606,635 12*132,701 482,231 ,344 2*499,187 27*298,578 270*021,596 2*411,157 36,49 26,73
m
27/32
605,678 12*113,564 481,470 594,405 ,245 27*255,520 269*592,572 2*407,354 36,27 26,62
604,724 12*094,488 480,712 593,469 2*491,315 27*212,598 269*171,134 2*403,562 36,06 26,50
% 603,773 12^075,471 479,956 592,536 2*487,398 27*169,811 268*742,909 2*399,783 35,84 26,38
2%2 602,825 12*056,514 479,203 591,606 2*483,493 27*127,158 268*359,013 2*396,016 35,63 26,27
i5/l6 601,880 12$0 37,617 478.452 590,678 2*479,601 27*084,639 267*955,439 2*392,260 35,42 26,15
31/32 600,938 12*018,779 477,703 89,754 2*475,720 27*042,253 267*486,181 2*388,517 35,21 26,04
20 600,000 12*000,000 476,9,57 588,8 33 2*471,852 27*000,000 267*068,235 2*384,785 35,00 25,92
V32 599,063 11^981,279 476,212 587,914 2*467,996 26*957,878 266*651,592 $381,064 34,78 25,81
Vio 598,130 11*962,616 475,471 586,998 2*464,151 26*915,887 266*236,246 2*377,355 34,57 2:5,69
3/32 597,200 11*944,012 474.731 586,085 2*460,319 26*874,027 265*823,043 2*373,658 34,37 25,57
]/8 596,273 11*925,465 473,994 585,175 2*456,499 26*832,298 265*409,426 2*369,972 34,16 25,46
m 595,348 11*906,976 473,259 584,268 2*452,690 26*790,697 264*997,938 2*366,298 33,95 25,34
10 / r
3/10 594,427 ,o44¦ 472,527 583,363 2*448,893 26*749,226 264*587,725 2*362,635 33,74 25,23
%2 593,508 11*870,170 471,796 582,462 2*445,108 26*707,882 264*178,779 2*358,983 33,54 25,11
1/4 592,592 11*851,851 471,068 581,563 2*841,335 26*666,606 263*771,096 2*355,343 33,33 25,00
%2 591,679 >33,5^ 470.342 580,667 2*437,573 '325,577 263*364,669 2*351,714 33,12 24,88
3Í6 590,769 11*815,384 469,619 579,794 2*435,640 26*584,615 262*959,492 2*348,096 32,92 24,76
U/32 589,861 11*797,235 468,897 578,883 2*430,085 26*543,778 262*555,561 2*344,489 32,71 24,65
588,9.57 11*779,141 468,178 577,995 2*426,358 26*503,067 262*152,868 2*340,893 32,51 24,53]
13/32 588,055 11*761,102 467,461 577,110 2*422,642J26*462,4S0 261*750,409 2*337,308 32,31 24,42
C^Cfci--3*MrS-^i:-lH.Va..;^^
(*) Esta primeira columna indica a taxa do Cambio na praça,:isto é, o valor do Milreis $ papel em Dinboiros
terlinos (P.nce) e suas fracções (1 Libra == SJ.0 DinheirosJ.
Esterlinos (Peiíce) Diuheiros). As outras, excepto as duas ultimas, o valor das
diversas moedas (Ouro; ern Milreis, Reis e Milésimos de Reis papei.
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Anno IV
TABELLA DE CAMBIO
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do
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53 Libra Moeda de ouro PESO
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2 Shillin.
« Esterlina Reichsmark Dollar
dec20$000
100#000 fortes
OURO OURO m
0/0
0/0
20 7/16 587,155 11*743,119 466,746 576,228 2$418,938 26$422,018 261$351,177 2*333,734 32,10 24,30
15/32 586,259 11$725,190 466,034 575,348 2*415,244 26*381,679 260$952,168 2*330,171 31,90 24,18
Y/2 585,365 11*707,317 465,323 574,471 2$4U,563 26*341,463 260$554,385 2*326,619 31,70 24,07
584,474 11$689,497 464,615 573,596 2$407,892 26$301,369 260$157,793 2*323,078 31,50 23,95
% 583,586 11$671,732 463,909 572,725 2*404,233 26*261,398 259$762,417 2*319,547 31,30 23,84
19/32 582,701 11*654,021 463,205 571,856 2$400,584 26*221,547 259$368,240 2*316,028 31,10 23,72
% 581,818 11*636,363 462,503 570,989 2*996,947 26*181,818 258$975,258 2*312,518 30,90 23,61
21/32 580,937 11*618,758 461,804 570,125 2*393,321 26*142,208 258$583,428 2*309,020 30,71 23,49
580,060 11*601,208 461,106 569,264 2*389,706 26*102,719 258$192,855 2*305,532 30,41 23,37
579,185 11*583,710 460,411 568,405 2*385,918 26*063,348 257$803,424 2*302,055 30,32 23,26
578,313 11*566,265 459,717 567,549 2*382,508 26*024,096 257$415,166 2*298,588 o0,12 23,14
577,443 11$548,872 459,026 566,696 2*378,925 25*984,962 257$028,077 2*295,131 29,92 23,03
576,576 11*531,531 458,337 565,845 2*375,353 25*945,945 256$642,147 2*291,685 29,73 22,91
575,712 11*514,242 457,649 564,997 2*371,792 25*907,046 256$257,376 2*288,246 29,53 22,80
574,850 11*497,005 456,964 564,151 2*368,241 25*868,263 255$873,758 2*284,834 29,34 22,68
573,991 11*479,820 456,281 563,308 2*364,711 25$829,596 255$491,246 2*281,408 29,14 22,56
573,134 11*462,686 455,600 562,467 2$361,172 25*791,044 255$109,955 2*278,003 28,95 22,45
572,280 11*445,603 454,921 561,629 2*357,634 25*752,608 254$729,762 2*274,608 28,76 22,33
571,428 11*428,571 454,244 560,793 2*354,145 25$714,285 254^332,023 2*271,223 28,57 22,22
570,579 11*411,589 453,569 559,960 2$350,647 25*676,077 253^972,764 2*267,849 28,38 22,10
569,732 11*394,658 452,896 559,129 2$347,159 25*637,982 253^596,106 2*264,484 28,19 21,99
568,888 U$377,777 452,225 558,300 2*343,682 25*600,000 253*220,252 2*261,129 28,00 21,87
568,047 11$360,946 451,556 557,475 2*340,215 25$562,130 252*845,666 2*257,784 27,81 21,75
567,208 U$344,165 450,889 556,651 2*336,758 25$524,372 252^472,186 2*254,449 27,62 21,64
566,371 11*327,433 450,224 555,830 2*333,311 25$486,725 252*099,808 2*251,124 27,43 21,52
565,537 11^310,751 449,561 555,011 2*329,875 25$449,189 251*728,527 2*247,809 27,24 21,40
564,705 11*294,117 448,900 554,195 2*326,449 25*411,764 251*358,338 2*244,503 27,05 21,29
563,876 11*277,533 448,241 553,381 2*323,032 25*374,449 250*989,236 2*241,207 26,87 21,18
563,049 11*260,997 447,584 552,570 2*319,626 25*337,243 250*621,217 2*237,921 26,68 21,06
562,225 11*244,509 446,928 551,761 2$316,230 25*300,146 250*254,275 2*234,644 26,50 20,94
561,403 11*228,070 446,275 550,954 2*312,844 25*263,157 249*888,407 2*231,377 26,31 20,83
560,583 11*211,678 445,624 550,150 2*309,467 25*226,277 249*523,606 2*228,120 26,13 20,71
559,766 11$195,335 444,974 549,348 2*306,101 25*189,504 249*159,869 2*224,872 25,94 20,60
558,951 11*179,039 444,326 548,548 2*302,744 25*152,838 248*797,191 2*221,633 25,76 20,48
558,139 11*162,790 443,680 547,751 2*299,397 25*116,279 248*435,567 2*218,404 25,58 20,37
557,329 11*146,589 443,037 546,956 2*296,060 25*079,825 248*074,993 2*215,185 25,39 20,25
556,521 11*130,434 442,394 546,163 2*292,732 25^043,478 247*715,464 2*211,974 25,21 20,13
555,716 11*114,327 441,754 545,373 2*289,414 25$007,235 247*356,976 2*208,773 25,03 20,02
554,913 11*098,265 441,116 544,585 2*286,106 24$971,098 246^999,523 2*205,581 24,85 19,90
554,112 U$082,251 440,479 543,799 2$282,807 24*935,064 246*643,103 2*202,398 24,67 19,79
553,314 11*066,282 439,845 543,016 2$279,517 24*899,135 246*287,709 2*199,225 24,49 19,67
552,517 11*050,359 439,212 542,234 2*276,238 24*8 3,309 245*933,338 2*196,061 24,31 19,56
551,724 11*034,482 438,581 541,455 2*272,967 24$827,586 245*579,986 2*192,905 24,13 19,44
550,932 11*018,651 437,951 540,678 2*269,706 24$791,965 245*227,647 2*189,764 23,96 19,32
550,143 11*002,865 437,325 539,904 2*266,454 24$756,446 244*876,316 2*186,622 23,78 19,21
549,356 10*987,124 436,698 539,131 2*263,212 24$721,030 244*525,994 2*183,494 23,60 19,09
548,571 10*971,428 436,074 538,361 2*259,979 24*685,714 244*176,672 2*180,374 23,43 18,98
547,788 10*955,777 435,452 537,593 2*256,755 24*650,499,243*828,345 2*177,264 23,25 18,86
557,008 10$940,170 434,832 536,827 2*253,540 24*615,384 243*481,012 2*174,163 23,08 18,74
31/32 546,230 10*924,608 434,214 536,061 2$250,334 24*580,369 243*134,666 2*171,070 22,90 18,63
22 545,454 10*909,090 433,597 535,302 2$247,138 24*545,454 242*789,304 2*167,986122,72 18,51
1/32 544,680 10*893,617 432,982 534,543 2*243,951 24*510,638 242*444,922 2*164,911! 22,54 18,40
VÍ6 543,909 10*878,186 432,368 533,786 2*240,772 24*475,920|242*101,516 2$161,844'22,37 18,28
3/32 543,140 10*862,800 431,757 533,031 2*237,603 24*441,301 241*759,081 2*158,787122,20 18,17
542,372 4o „ 431,147 532,278 2*234,442 24*406,779 241*417,504 2*155,737122,03 18,05
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(*) Esta primeira columna indica a taxa do Cambio na praça, isto é, o valor do Milreis $ papel em Dinheiros
Esterlinos (Fence) e suas fracçóes (1 Libra = 2/.0 Dinheiros). As outras, excepto as duas ultimas, o valor das
diversas moedas (Ouro) em Milreis, Reis e Milésimos de Reis papel.
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22 541,607 10*832,157 430,539 531,527 2*231,293 24$372,355 241*077,109 2*152,697 21,86 17,93
540,845 10*816,901 429,933 530,779 2*228,149 24$338,028 240*737,662 2*149,666 21,69 17,82
Kiik Wm.
kj i u • sj \j x 1Ô$801,687 429,328 530,032
2*225,014 24*303,797 240$398,973 2*146,642 21,51 17,70 "}yy
V/32
1/4 539,325 10*786,516 428,725 529,288 2*221,889 24$269,662 240*061,334 2*143,627 21,34 17,59
9/32 538,569 10$771,388 428,124 528,545 2$218,773 24*235,624 239*724,642 2*140,620 21,17 17,47
5/16 537,815 10*756,302 427,524 527,805 2$215,665 24*201,680 239*388,894 2*137,622 21,00 17,36
H/32 537,062 10*741,258 426,926 527,067 2*212,567 24*167,832 239*054,084 2*134,632 20,83 17,24
3/8 536,312 10*726,256 426,330 526,331 2*209,476 24$134,078 238*720,210 2*131,651 20,67 17,12
13/32 535,564 10*711,297 425,735 525,597 ,395 24*100,418 238*387,267 2*128,678 20,50 17,01 -.y-
%B 534,818 10*696,378 425,142 524,865 2*203,322 24*066,852 238*055,251 2*125,713 20,33 16,89
l5/32 534,075 10*691,502 424,551 524,135 2*200,245 24*033,380 237*723,851 2*122,757 20,17 16,78
Vi 533,333 10*666,666 423,961 523,407 2*197,202 24*000,000 237*393,986 2*119,809 20,00 16,66
17/32 532,593 10*651,872 423,373 522,681 2$194,154 23*966,712 237$064,730 2*116,868 19,83 16,55
9/16 531,855 10$637,119 422,787' 521,957 2*191,115 23*933,518 236*736,385 2*113,936 19,66 16,43
1%2 531,120 10*622,406 422,202 521,235 2*188,085 23*900,414 236*408,949 2*111,013 19,50 16,31
5/8 530,386 10*607,734 421,619 520,515 2*185,062 23*867,403 236*082,417 2*108,097 19,33 16,20
•>^!N2,048 23*834,482 235*756,786 2*105,189 19,17 16,08
529,655 10*593,103 421,037 519,797
528,925 10*578,512 420,457 519,081 2*179,04; ) 23$801,652 235*432,052 2*102,289 19,00 15,97
o
%6
528,198 10*563,961 419,879 518,367 2*176,046 23*768,913 235^108,212 2*099,398 18,84 15,85
527,472 10*549,450 419,302 517,655 2*173,056 23*736,263 234*785,261 2*096,514 18,68 15,74
526,748 10*534,979 418,727 516,945 21170,076 23$703,703 234*463,525 2*093,638 18,51 15,62
£)3$671 9°. 91 233*142,014 2*090,770 18,35 15,50
»
526,027 10*520,547 418,154 516,237 2*167,103
525,307 10*506,155 417,582 515,530 2$164,138 23^$638,850 233*821,789 2*087,910 18,19 15,39
524,590 10*491,803 417,011 514,826 2*161,182 92 3,557 233$502,281 2*085,058 18,03 15,27
29/32 523,874 10*447,489 416,442 514,124 2*158,233 23*574,351 233*183,924 2*082,213 17,87 15,16
¥16 523,160 10*463,215 415,875 513,423 2*155,293 23$542,234 232*866,035 2*079,376 17,71 15,04
31/32 522,448 10*448,979 415,309 512,725 2*152,361 23*510,204 232*549,211 2*076,547 17,55 14,93 'Aj
23 521,739 10*434,782 414,745 512,028 2*149,436 23$478,260 9.3 ,:oo,247 Q
2*073,726 17,39 14,81
1/32 521,031 10*420,624 414,181 511,333 2*146,520 23*446,404 231$91¦ ò 141 2*070,91: 17,23 14,69
Vl6 520,325 10*406,504 413,621 510,641 2$143,611 23*414,634 231$603,889 2*068,106 17,07 14,58 a
519,621 10*392,422 413,061 509,950 2*140,711 23$382,949 231$290,497 2*065,407 16,91 14,46
518,918 10*378,378 412,503 509,260 2*137,818 23*351,351 230$977,932 )2,516 16,75 14,35
518,218 10*364,372 411,946 508,573 2*134,933 23$319,838 230$656,221 ,733 16,59 14,23
517,520 10$350,404 411,391 507,888 2$132,055 23$288,409 230$355,355 2*056,957 16,44 14,12
516,823 10*330,473 410,837 507,204 2$129,186 23*257,065 230$045,316 2*054,189 16,28 14,00
516,129 10*322,580 410,285 506,523 2*126,324 23$225,806 229^730,116 2*051,428 16,12 13,88
515,436 10$308,724 409,734 505 ,843 2*123,470 23*194,630 229$427,745 2*048,674 15,96 13,77
514,745 10*294,906 409,185 r->o0d,16o
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2*120,62 JO<>ilbo,OoO 229$120,201 2*045,928 15,80 13.65
514,056 10*281,124 408,637 504,488 2,1117,78 23*132,530 228*813,481 2*043,189 15,65 13,54
513,368 10*267,379 408,091 503,814 2$114,953 23*101,604 228$507,580 2*040,457 15,50 13,42
,761 228*202,586 2*037,733 15,35 13,3
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512,683 10*253,671 407,546 503,141 2*112,130
512,000 10*240,000 407,003 502,470 2*109,313 23$040,000 227$898,227 2*035,010 15,20"
511,318 10*226,364 406,461 501,801 2*106,505 23*009,320 227$594,767 2*032,306 15,05
â§
510,638 10*212,765 405,920 501,134 2*103,704 22$978,723 227$292,114 2*029,604 14,89 12,96
509,960 10*199,203 405,381 500,468 2*100,910 22$948,207 226$990,262 2*026,909 14,74 12,84
509,283 10*185,676 404,844 499,805 2*098,123 22$917,771 226$689,217 2*024,220 14,59 12,73
508,609 10*172,185 404,307 499,143 2^095,344 22$887,417 226$388,967 2*021,539 14,44 12,61
507,936 10*158,730 403,773 498,482 2$092,573 22$857,142 226$089,511 2*018,865 14,28 12,50,
507,265 10*145,310 403,239 497,824 2*089,809 22$826,948 225$790,845 2*016,198 14,13 12,38
506,596 10^131,926 402,707 497,167 2$087,052 22$796,833 225$492,968 2*013,538 13,98 12,26!A<\
505,928 10*118,577 402,177 496,512 2$084,302 22^766,798 225*195,870 2*010,0v 086 13,83 12,15
505,263 10*105,263 401,6481495,859 2^081,559 22$736,842 224*899,566 -«.. 8,240 13,68 12,0:
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504,599 10*091,984 401,120 495,207 2*078,824 22$706,964 224*604,034 2*005,6 01 13,53 ll,92i
A O O O
503,937 10*078,740 •400,593 494,557 2*076,096 22^677,165 224*309,278 2*002,969 10,00 11,80 3
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(*) Esta primeira columna indica a taxa do Cambio na praça, isto é, o valor do Milreis# papel em Dmlieiros
—%i) Dinheiros). As outras, excepto as duas ultimas, o valor das
Esterlinos (Pence) e suas fracções (1 Libra
diversas moedas (Ouro) em Milreis, Reis e Milésimos de Reis papel.
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MOEDAS
i
Moedas brasileiras : espécies, valores, pesos, titulos e módulos
NOTA. A tolerância no peso das moedas de ouro é : de 5 centig. para mais ou para menos nas
de 20$ ; e de 25 millig. nas de 10$;; — no peso das moedas de prata é : de 10 centig. para mais ou
para menos nas de 2$; de 5 centig. Das de 1$ e de 25 millig. nas de 500 reis; — no peso das
moedas de nickel é de 2 °/0 para mais ou para menos. — A tolerância no titulo tanto das moedas de
l.lirn i?r\m. . ri . o A a r\t>„l i _í /-!__. A /_._ o -.vi .11 acim rs ci Ac v%-i nA/.n_ A y. i-,-.->^, 4-._ „¦_. _» _.,- :.*...__ _.___. _ i
-._._v*x__ U1. rtsjjp. /io iiiuuuoo v_iv_ u.._..i oaw .ia,L-oi-o c io-.cij-u.ci_ cin jj d s a. ui exi t u aitj _.# : as cie conre ate a
a quantia de 200 reis. A relação legal entre o ouro e a prata é _le 1 : Ihfii. ~ As moedas de
cunhadas no periodo de 30 de Se.pt. 1867 a 3 de Sept. 1870 têm o peso : de 25 prata
as de 2$ ; de
12.5 gr. as de \$\ de 6,25 gr. as cie 500 reis e de 2,5 gr. as de 200 reis; as duas gram. do titulo
de 900, as duas últimas, do título de 835 ; as do titulo de 900 têm menos h % deprimeiras,
valor entrinseco,
e as do titulo de 835 menos 10.5% cio que as actuaes. — A lei de 3 Sept. 1870 mandou desmone-
tizar todas as moedas de prata do titulo de 900 e as de valor de 200 reis do mesmo metal.
ii
Principaes moedas extrangeiras
ALLEMANHA
Leis monetárias de 4 de Dezembro de 1871 e 9 de Julho de 1873. ¦" /
Relação de ouro á prata 1 : I3.c
Unidade : Reichsmark de ouro - lft-23457. VALORES AO PAR
Peso
em gram Francos Reis
20 marcos ou dupla coroa 7.96o 24.69 8,719
Ouro a 900 10 marcos ou coroa 3.982 12,35 4,359
5 marcos 1.991 6.17 2,179
5 marcos 27.777 .000 1,972
2 marcos 11.111 2.222 786
Prata a 900 Marco, dividido em 100 pfennig. . . 5.55o 1.111 393
1/2 marco, ou 50 pfennig ....... 2.777 0.555 197
1/5 demarco, ou 29 pfennig 1.111 0.222 78
'>
' :'"'"'1':
:¦' 464 • ALMANAQUE BRASILEIRO
Prata
5 francos . . . . . .... . ; , 25,000 5.00 1.766
a 900
¦'•"_ *Vy ¦& _¦_
ESTADOS-UNIDOS
INGLATERRA
Pr**
¦•'í+-
B_f
___H_w'-'''
.rPyr.!7*y
,Trr,m.^.mmr<---)míy:rÇ PTMWpy^
NiUtí-ÍAM
-.1 rt
yyyvy.
U^uu-uU;
. * .
5,655 1.161 410
a
\ 6
pence. . -»*••• • •**•»• 2,828 0.580 ,205 u!
.yy.
926 | pence (groat) (*). ... . . . . . . . 1,885 0.387 137
¦-'MM
o pence . • . • * 1,414 0.291 101
á pence,»»..•••»••••••• 0,942 0.195 21
Jrenny .......••.•••••• 0,471 0.097 25
Escudo de banco ou dollar de Jorge III. - 28,717 5.22 1.860
Prata 5 13,030 3.19 1.127
5 chilins . .
a 893 / l chüim , 8,015 l.f 562
cavidade real, no dia da
(*) Essas moedas são cunhadas exclusivamente para a distribuição da
a deão de Windsor, seguidos de numeroso
quinta-feira sancta de cada anno. O lord grão esmoler e
nome do soberano, vestuários e dinheiro a
pessoal da aristocracia e do alto clero, distribuem, em
tantos pobres de ambos sexos quantos são os annos do monarcha; o numero de peças de moeda em
cada bolsa é tambem egual ao dos dictos annos. Cunham-se cada anno 198 libras d'essas moe-
dinhas ; as sobras, depois da distribuição, são remettidas á rainha, Este uso remonta a Carlos II,
1666. mm
¦ yy&.
PESOS E MEDIDAS
:M
Synopse do Systema métrico decimal
UNIDADES LINEARES
ITINERÁRIAS
GEOMÉTRICAS
UNIDADES DE SUPERFÍCIE
AGRÁRIAS
' - ...
Myriametro quadrado Mm* 100000000 M« 100km2 \
"i
Kilometro » km2 1000000 1
Hectaro (hectom. quad.). . . ., ha (hm2) 10000 o.oi
Aro (decam. » ). . . a (Dm2) 100
Centiaro (metro » ). . . ca (m) í |
¦¦¦•;.¦•¦• -; ¦¦¦-¦.¦ ¦....¦ . • • -., " • > .- ¦ i- ' •.:
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.
GEOMÉTRICAS
Decilitro di 0.1
Centilitro. ......... cl 0.01
PARA LENHA
Decastereo . . . . Ds 10s
Stereo lm3
Decistero ds 0.1
UNIDADES DE PESO
MÉDIO OU GRANDE
Tonelada. 1000ks
Quintal. ........... 100
Myriagramma Mg 10 = 10000s
Kilogramma Kg = 1000
Hectogramma Hg 0.1 = 100
Decagramma Dg 0.01 = 10
PEQUENO
yy1
{*) Theoricamente deveria ser o metro ¦ cla quarta parte do meridiano terrestre,
ts]
¦I
ALMANAQUE BRASILEIRO 46 i
Medidas itinerárias e topographicas independentes
do systema métrico
x€
MILHA NÁUTICA
0 comprimento da milha náutica sendo definido como
a sexagesima parte de
um grau, tomado em um círculo máximo da esphera
assumir diversos
valores, conforme o círculo máximo fôr um meridiano póde
ou o equador. A repar-
tição hidrographica americana Coast and Geodetic Survey,
com o fim de
impedir inevitáveis confusões, adoptou officialmente
para a milha náutica o
valor de uma sexagesima parte do comprimento de lo do
circulo máximo de
uma esphera, cuja superficie fosse egual d da terra.
Este valor calculado com os elementos de Clarke
para o espheroide terrestre
dá para uma milha : 1853 m. SA8.
Eis como comparação, differenl.es valores da milha deduzidos
de outras
definições :
o
l.
(') Relação entre cada unidade e a seguinte, a não ser esta irregular
. y- sàmm
fe;'7»V?;'U'.^'e;^;.e.'\'A , ,ív ,
li«!-w-:y *'>V"ee ,it;.i.-.y;.';-.. y.« r..l
MEDIDAS
DE COMPRIMENTO
Braça (b) . . . . •'.-'*. '. ....
2*. 20
Vara (5 pm) .'"'. . . . lm. 10
Pé (12 pi) ...... . 11/2 0». 33
. 8 •0m. 22 yyy
Palmo (pm) . . . .
Pollegada (pi) . ... . 12 0*. 0275 .;
Linha (ln) 12 0m. 00228
.
Ponto ...... . . 0m. 000191
Covado ..... . . 0m. 68
Passo geométrico . . . * • . . . lm. 65
ITINERÁRIAS
Légua. . . . ... v . . . 6km.600
Milha ....... . • 2km.200
Légua geométrica . . . 6 km
Milha geométrica ... . • e
2 km
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Milha quadrada •
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Selamim. • • • - • • • • • P.1334
DE CAPACIDADE PARA LÍQUIDOS
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ALMANAQUE BRASILEIRO
469
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11 09 88.72 2.83908 3 11.35630
14.19 118.29 3.38543 4 15.14174
18 48 147.87 4.73179 5 18.92717
2218 177.44 5.67815 6 22.71261
ÕS-88 207.02 6.62451 7 26.49804
I 29'57 286.59 7.57087 8 30.28348
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0.03086 30864.71 0.70548 4.40924
0.04630 46297.07 1.05822 6.61387
0.06173 61729.43 1.41096 8.81849
0.07716 5 ' 77161.78 1.76370 11.02311
0.09259 92594.14 2.11644 13.22773
0.10803 108026.49 2.46918 15.43236
0.12346 123458.85 2.82192 17.63698
0.13889 138891.21 3.17466 19.84160
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Tabeliã de coèfficientes para passar das unidades métricas para as diversas unidades inglezas
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474 ALMANAQUE BRASILEIRO ff
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A:
TABELLAS DE JUROS
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Juros simples
Modo de usar. — Multiplica-se o capital pelo numero de dias durante os quaes venceu juros.
Tira-se ao producto a fracção (si elle a tem) e mais dous algarismos. O numero que resta divide-se
em milhares, centenas* dezenas e unidades. Procuram-se na tabeliã os juros d;estas portes (conforme a
fh-y f eolumna da taxa) e sommando-se estes juros parciaes, tem-se o juro total procurado. Exemplo : Qual li-o
'Mi juro de 6:252#000 rs. em 125 dias ao l/2 % ? O producto do capital pelo n.° de dias é 781.500.
rando-se dous algarismos, resta 7.81o. Procurando-se na tabeliã o juro de 7.000, de 800, de 10 e de
5, acha-se 115.068; 13.151; 0.16A e 0.082. Sommando estas parcellas, tem-se 128^65,ojuro desejado.
Para os múltiplos de 10.000, para 70 ou 80 mil (por exemplo) toma-se o juru de 7.000 ou 8.0C0 e
multiplica-se por 10. Para várias quantias durante números de dias differentes com a mesma taxa de
juro, obtera-se primeiro os numeros (producto ádas quantias pelos números de dias). Sommam-se os
I / vários numeros e com a sua totalidade vai-se tabeliã em busca dos juros.
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ALMANAQUE BRASILEIRO
475
•A
Juros compostos
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capitalizado
Mostra o valor do capital 1$000 réis collocado a faro composto
annualmente, a diversas taxas, no fim de annos.
a 11 «/o a 12 o/o
ANNO tt 7 o/; a 8 «/< a 9 °/o a 10 %
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ALMANAQUE BRASILEIRO
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i-9; •.. '; J
Fevereiro... 31 365 337 306 276 215 184 153 123 92 62
myy:fs Março. 59 28 334 304 273 243 212 181 151 120
Abril 90 59 31 365 335 304 274 243 212 182 151 121
Maio 120 89 61 30 365 334 304 273 242 212 181 151
61 273 243 212 182 ¦ . i
Junho 151 120 92 31 365 335 304
Julho 181 150 122 91 61 30 365 334 303 273 242 212
Agosto 212 181 153 122 92 61 31 365 334 304 273 243
Septembro.. 243 212 184 153 123 92 62 31 365 335 304 274 ./¦•.;
Outobro..... 273 242 214 183 153 122 61 30 365 334 'I
Novembro... 304 273 245 214 184 153 123 92 61 31 365 335 1
Dezembro. .. 334 303 275 244 214 183 153 122 91 61 30 365 .-"
BHMBBMBttMi luiilll
Explicação. — O numero de dias decorridos entre duas datas quaesquer se acha no encontro da
columna vertical e da linha horizontal, que trazem, aquella o nome do mez da primeira data, e esta
o nome do mez da segunda : ¦ '. c
Exemplos : 1,° Quantos dias entre duas datas eguaes do mez de Janeiro e do mez de Março? —
Procura-se a columna vertical do mez de Janeiro, desce-se por ella até encontrar a linha horizontal
do mez de Março e acha-se : 59. S.° Quantos dias de 5 de Março a 5 de Novembro ? — Desce-se pela
columna de Março até a linha de Novembro e encontra-se : 2A5. Si fosse de 5 de Março a 15 de-
Novembro accrescentar-se-hia 10 (a differença entre 5 e 15) ao numero 12/.5 achado, e ter-se-hia $55.
E assim em os todos casos análogos.
Quando o anno é bissexto accrescenta-se um dia ao número achado, si o mez de Fevereiro está
coraprehendido entre as duas datas.
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NOVA EDIÇÃO CORRECTA
Para uso dos seminaristas e dos sacerdotes, pelo R. Padre Xavier REIDER
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DIVISORES FIXOS
Para calcular juros a diversas taxas
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ANNUAES
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FIXOS
TAXAS
ANNUAES
TAXAS
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DIVISORES
FIXOS
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3^ 2880.
m 10285
9600
12V2
13 2769
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Vs 9000 13V2 11/8 2667 *: L:w
8471 14 11/6 2571
41/4
3/8 8000 14V2 2483
41/2
7579 15 11/4 2400
4% 2323
5 7200 15V2
5'A 6857 16 lVs 2250
¦ ¦ 6545 161/2 1% 2182
M 2118
5% 6261 17 _**',.-.,$¦ y»,.
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• Peso especifico de algumas substancias
(0 peso da água distillada na temperatura de -f- ã° C. è tomado
como unidade)
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Ácido carbônico. . . . o 00152 Ferro fundido . 7,207*'-•
iVÇO . . . . , . . . . 820 Ferro forjado. . . . . . . . 7,788
Água distillada. . . . 1 000 Flint glass v . . „ . . . . . 3,329
Água do mar. . . . . i Gallio ......... . . 5,950
Aguardente 18°. . . . o 947 ^jClü ............ 0,930
Aguardente 22°. . . . o 923 Graxa de vacca. ...... 0,923
Aguardente, 36° . . . o Hydrogenio (gaz). . . ..,;••. . 0,00089
VM Álcool absoluto. . . . o 715 Iridio . ; . 22,400
Aluminio. . . . . \."\. 2 560 Jjatão . . . . . . .... . . . . 8,395
Ammoniaco . . . v . O 897 Leite de vacca . . . . . . . 1,032
Antimonio ....... 6 712 Leite de cabra. . . . . . . . 1,034
Ar atmospherico . . . O 00129 Manteiga. . . . . . ...... . 0,942
Arêa de rio. . . . . . 1 880 Magnesio. . . . . . . . . . 1,740
Argilla. .... . . . 1 930 Marfim. .......... 1,917
Arsênico . . . . . . . 670 Mármore de Garrara . . . . 2,716
Assucar ..... . . . 1 606 Mercúrio. 13.598
Azeite de oliveira. . . . O 915 Mel 1,450
Azoto (gaz) . O 00125 Niekel . . . . 8.279
Datara. . ...... . O 940 Oxygenio (gaz) ....... 0,00143
Banha de porco. . . . . o 936 Ouro puro . . . 19,258
Bismutho. ... . . . . 9 Óleo de amêndoas. . . . . . 0,917
%
borracha. . . ... . . . . O 973 Óleo de linhaca. ...... 0,940
Cálcio . ... . . . . . 1 570 Osmio 22,470
Cal viva ....... . O 840 Palladio . . ........ 12.050
Canfora . . o Pedra pomes . . 0,914
Carvão vegetal . . .. . . O 250 Phosphoro . . . 1,770
Carvão de pedra . . . . 1 329 Platina laminada ...... 21,450 •
Cera branca . . . . . . O 968 Platina batida. ....... 23,000
Cera amarella . . . . . o 974 Porcellana ......... 2,150
Centeio. . . . . . . . . o 740 Prata pura . . 10,475
Cerveja..... . . . . . 1 024 Rhodio. .......... 12,410
Cevada. . . . . . -. . . o 633 0,942
Chloreto de sódio. . . . 2 260 Selenio. . 4,320
Chumbo . . . . . ...-'--. . 11 Tellurio .......... 6,115 .-f
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• . . . • .y. i . O 340 Terra argillosa . 1,240
Clara d^vo...... . 1 041 Tungsténio......... 17,600
Cobre fundido . . . . 8 788 Urânio 18,350
Diamantes leves. . . . 3 501 Vapor d'agua 0,00080
Diamantes pesados . . 3 531 Vidro de garrafa 2,732
Espirito de vinho 33° . O 863 Vidro de vidraça 2,527
, Espirito de vinho 36° . O 848 Vinagre . 1,019
Estanho . ... 7 Vinho de Bordeus 0,993
Enxofre ....... 033 ¦2 Vinho de Malaga 1,030
Ether sulfurico . . . . O 712 Vinho do Porto . . . ... . 0,997
iFarinha de trigo . . . . i 035 /iinco. ........... 7.100
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CONVERSÃO
POLLEG. MILLI- POLLEG. MILLI- POLLEG. MILLI- DE CENTÉSIMOS
DÉCIMOS METROS DÉCIMOS METROS DÉCIMOS METROS DE POLLEG. INGL.
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11,11 8,89 97 36,11 28,89
13,89 11,11 52 29,33
$yr:m 10,67 53 11,67 9,33 98 36,67
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A 9 12,78 10,22 12,22 9,78
55 12,78 10,22 100 37,78 30,22
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9,33 56 13,33 10,67 101 38,33
11,67 102 38,89 31,11
y\y 12 11,11 8,89 57 13,89 11,11
14,44 11,56 103 39,44 31,56
A] 13 10,56 8,44 58 32,00
12,00 104 40,00
lé u 10,00 8,00 59 15,00
12,44 105 40,56 32,44
_AA 15 9,44 7,56 60 15,56
61 16,11 12,89 106 41,11 32,89
1% 16
'¦;¦: 8,89 7,11 33,33
6,67 16,67 13,33 107 41,67
17 8,33 42,22 33,78
"18 7,78 6,22 63 17,22 13,78 108
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18,33 14,67 110 43,33 34,67
20 6,67 5,33 35,11
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21 6,11 112 44,44 35,56
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í: 22 16,00 113 45,00 36,00
¦•-', 23 5,00 4,00 68 20,00
\. 69 20,56 16,44 114 45,56 36,44
24 4,44 3,56 36,89
3,11 70 21,11 16,89 115 46,11
25 3,89 46,67 37,33
3,33 '2,67 71 21,67 17,33 116
26 117 47,22 37,78
27 2,78 2,22 72 22,22 17,78
73 22,78 18,22 118 47,78 38,22
28 2,22 1,78 38,67
74 23,33 18,67 119 48,33
V 29 1,67 1,33 48,89 39,11
1,11 0,89 75 23,89 19,11 120
30 121 49,44
31 —0,56 —0,44 76 .24,44 19,56
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77 25,00 20,00 122 50,00 40,00
£ 32 0,00 0,00 50,56 40,44
78 25,56 20,44 123
33 +0,56 +0,44 124 51,11 40,89
li"' 34 i,n 0,89 79 26,11 20,89
80 26,67 21,33 125 51,67 41,33
35 1,67 1,33 41,78
1,78 81 27,22 21,78 126
36 2,22 127 52,78 42,22
2,78 2,22 82 27,78 22,22
37 22,67 128 53,33 42,67
38 3,33 2,67 83 28,33
84 28,89 23,11 129 53,89 43,11
. 3,89 3,11 43,56
3,56 29,44 23,56 130 54,44
40 4,44 55,00 44,00
5,00 4,00 86 30,00 24,00 131
41 132 55,56 44,44
42 5,56 4,44 87 30,56 24,44
jo, 88 31,11 24,89 133 56,11 44,89
6,11 4,89
Diai 43 5,33 89 31,67 25,33 134 56,67 45,33
44 '*?, 6,67 135 57,22 45,78
7,22 5,78 90 32,22 25,78
45 26,22 136 57,78 46,22
46 7,78 6,22 91 32,78
92 33,33 26,57 137 58,33 46,67
47 8,33 6,67 47,11
27,11 138 58,89
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9,44
7,11
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93
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PRIMEIRA PARTE I
Paginas Paginas
Dr. Ramiz Galvão 4 Festas estadoaes §|
Chronologia — Calendário... 6 Festas nacionaes dos prineipaes pai-
Calendário gregoriano» x.yV. 8 zes estrangeiros 19
Calendário ecclesiastico 9 Festas officiaes observadas nas lega-
Século XX J ções e consulados extrangeiros 2Í
Eclipses de 1907 13 Calendário perpetuo x%2
Q anno de 1907..., 15 Aspecto do céu 2*
Festas nacionaes brasileiras 17
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SEGUNDA PARTE vr ;
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ÍNDICE
i: 482
Paginas Paginai
O arco da veflha • • • 226 Uma pagina de historia da literatura
........ .... 232
tlma nova historia do Brasil......... 228 popular
Etymologias 237
O futuro das liaguas novi-latinas.... 230
A termiuologia scientifica 231 Povoamento e desenvolvimento eco-
nomico do Brasil. • • • • 240
TERCEIRA PART£
1 Literatura
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A tres Julias ™*
9.LK
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Illusões... 324
283 Joao do Rio - Paulo Barreto
A porfia «¦'• 325
^Milagre.. 283 Mello Moraes ...; ••••
Le Bemtevi ."..;-.;'. •• • 326
283
O sentimento trágico no século XIX. 328
284 Essência Captiva
Academia brasileira • 328
286 Os Estados-Unidos no século XX..
O grande circulo * * » » •
330
287 Adherbal de Carvalho
Anhangá....-. 331
A lua 288 Historia territorial do Brasil
A America Latina ¦• • 334
Alberto de Oliveira.. 289
O riso *,' ..•••• • • 337
Castro Alves 293
"Academias A primavera 345
294
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294
,|P I Dr. Maximino Maciel
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QUARTA PARTE
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Paginas Paginas
A revolução na Rússia »¦ ¦... 364 O anno jornalístico 376
O anno religioso., '.. .¦ 368 O anno necrologico 377
O anno artístico 370 Extrangeiros 382
O anno litterario 374
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QUINTA PARTE
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SEXTA PARTE
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INDlGfe
. Paginas
Tabeliã de coefflcientes . '.- Paginai
para passar ¦ Conversão em njllimetros das alturas
das unidades métricas
para as doibarometros graduados em
diversas unidades inglezas ou ame-, ]WE palie-a- ^ J
ricanas e vice-versa... ........473 gadas (e fracçoes de pollegada) in-/-';>:',
Tabellas de juros....... ..... glezas ...'.. /Lnn
% 474 Comparação das escalas dos thermo-
Peso especifico dealgumas substancias
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