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PRINCÍPIOS
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Lases cas cccrucererucms .3c: Litura. bTjuitarOanu’u?,re, cçTnir..e’tc 515: 5ff secar e
assmalar as referõesdas que ;mpeçam as pessoas de ficar submergidas
de informações, mais cru menos erémeras, que invadem os espaços r.úbiicos e
vados e as levem a orientar-se para projectos de desenvolvimento ndvuduuc e
colectivos. À educação cabe fornecer, dalgum modo, a cartografia dum mundo
complexo e constantemente agitado e-, ao mesmo tempo, a bússola que r1ermfta
navegar através dele.
Nesta visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade
—
insaciável de educação uma bagagem escolar cada vez mais pesada fá não é —
possível nem mesmo adequada. Não hasta, de facto, que cada um acumule no
começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que p ssa
abastecer-se indefinidamente ú. 1:.t5, necessário estar á altura de aproveitar e.
explorar, do começo ao fim da vida. toc.as as ocasiões de actualizar, aprofundar e
enriquecer estes primeiros conhec.imentos, e de se adaptar a um mi.;’ndo em
rruidança.
Para poder dar resposta ao ceni e nto , as s:uas missões, a cd ucaç 7jr, desve orga
rúzar-se à volta de quatro aorer:diza.geus fundamentais que, au: ouso de toda
vida serão da]gum modo cara cada incúvíduo. es p:lares d cunhectmeutí’
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contacto de relacionamento e rio cermuta
Lt>,”M’ UM1ESQURQA DUCOMIR
OS QUATRO Pk4*tS DA w)cAçJn
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Finmente. u exerclcic do pens.mento ao qual a cr:ança é iniciada, er” pri Da de qualificação ) de compelêncio
meiro lugar, pelos pais e depois pelos professores, deve comportar avanços e
recuos entre o concreto e o abstracto Também se devem combinar, tanto no ensi Na indústria, especialmente para os operadores e os ttcflicos. o domfnie
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lo crti’;c e do r’omn’ativo rs ssterns d? o’$.;’;’:. omna tct “i:
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:DnI:’oténc:a pessc.ai O orcgressc- :tnicw ed’’s trerav ne-t s ua:fi
parte nas vezes e encadeamento dc’ pensamerto necessita da combinação dos cações exigidas pelos novos processos de produção, As tare!as puramente físi
cas são substituídas por taefas de produção mais intelectuais, mais mentais,
nunca
O processo de aprendizagem do conhecimento está acabado, e pode como o comando de máquinas, a sua manutenção e vigilância, ou por tarefas de
rp.jjg
enrioue::r-se com oualouer exoerikrc’a Nest» entidn ‘i&a-se cada vez à concepção, de estudo, de organização, à medida que as máquinas se tornam.
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:ambtr nats ‘nte:gentes e que o :rabaho se cnsrateria..za
Este aumento de exg€ncias em matéria ‘!e quaificaçã1 tc-d.,s os íves,
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as pesss iorç e as que façam com que continuem a aprender ao longo tem várias origens. Quanto ao pessoa: de execução, a wstaposiçào e trab&hos
de toda a vida, no trabalho, mas também fora dele. prescritos e parcelares deu lugar à organiz.ação em ‘colectivos de trabalho ou
«grupos de projecto, a exemplo do que se faz nas empresas japonesas: uma
espécie de taylorismo ao contrário Por outro lado, à indiferenciação entre traba
Aprender a fazer ‘!‘a±’res sucede a oersor:aHzaçào das rar-fas C’s eçreç:rs substa;em
muito seu
cada vez mais, a exigência tiuma qualificação, ainda lgada a ver à
‘e s’rtH’’ i:t’ ‘—rg ‘e:v .r 4
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de compet4rc:a materia, pela exiancia dua cc’1pet%.ca que se apre
Mas a s’gunda aprendizagtm está mais ligada à questão da formação profissio senta como uma espécie de cocktail individual, em que se juntam a qualificação.
nal: corro ensinar o aluno a levar à prática os seus conhecimentos e. também. em sentido estrito, adquirida pela formação técnica e profissional; o comporta
como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será mento social, a aptidão para o trabalho em equipa. a capacidade de iniciativa, o
.!t” gosto peio risco
Se u:itarmc’s a eqas rovas exigt’c:as a bus:a dn c:’prmrsso essa
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do ;rabali’a±,r, çideradc tome agente dc mt.dança oina-se ev.derte que
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tjomtna :rabathç assalariado do daç outras e:or;omias onde domina, ainda em as qualidades muito sbiect;vas. ir,atas ou adqu.ridas. muit,s vezes denomina
grande escala, o trabalho ndependente ou inFormal. De facto, nas sociedades das «saber-ser pelos gestores, se juntam ao saber e ao sabem-fazer para compor
—
a competência exigida o que mostra bem a ligação que a educação deve man
assalariadas que se desenvolveram ao longo do século XX. a partir do modelo
nduçrvJ a bs’.tuição la mào-d-nhr Dk’4S máquinas ter, como aliás sublinhou a Comissão, entre os diversos aspectos da aprendiza
o traho getr Quahdades zemo a capa::dade de coirun:car d :rabai’ r :crt s crros.
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de gerir e de meso’e: corflftos tornam-se cada vez naiç ‘rnpornrt÷s esta
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nomiça O tutumo eestas eccsnomias depende. .iiãs, da sua capactdade de trans tnc:a torna-se -a:’da wais forte, dado c- esen’,’:::.’irer: k ec:-:r ie ser
viços.
formar o progresso dos conhecimentos em inovações geradoras de novas empre
sas e de novos empregos. Aprender a fazer não pode. pois, continuar a ter o
A iesmaterialização” do trabalho e a importância dos serviços entre as actividades assalariadas
significado simr.fr’s de oreDarar alguem para t:eterminada tarefa rtateri&. a fim
Ccr ‘:izen’ eevtir e’. :4:r
ÀS consequências sobre a aprendizagem a desn’a:er;a.!zaçk das etortomi
‘?v’’:-:er!M ;:‘‘ !ar!T’s5, t p;áiCas P. as avançadas são pa:’:cuarrrente impressicna!’:es se se sen’ar ev:!uço
rrer\ ;rAne;:÷s. emno!a estas Coflt:nuem d ter um valor iormauvo que não é quantitativa e qualitativa aos serviços. Este sector, muito diversificado, define-se
de desprezar. sobretudo pela negativa, pois reune actividades que não estão nem ligadas à
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ndústria nem à agricultura e que, apesar da sua diversidade, têm em comum o trabalho mas tem como objectivo mais amplo preparar para uma participação for
‘acto de não rrodj,z$rem um hei., mal ou informal no desenvolvimento Trata-se mais duna q’.i!i’
t.,:’er,’.se, sazie:uo.:’. ::r’. fjn;..:. ua ;eJçc) :rterpessonJ à a
icaçào sotia: do que duma q;al:fcaçk’ prc:ssicna
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:‘:rar-e e:-rr e:: nersnt 1 t:e’rrcs »aises «ir desenv3vnicilto existe ao :hcc 3 açn:•,:tur e durr
;ue piolifera. aiiment,irido-se da complexidade crescente das economias (especi reduzido sector forma;, um sector de economia ao mesmo tempo moderno e
alidades multo variadas, serviços de acompanhamento e de aconselhamento te informal, por vezes bastante dinâmico, à base de artesanato, de comércio e de
:nológico, serviços financeiros, contabilísticos ou de gestã2l. como no sector finanças que revela a existência duma capacidade empreendedora bem adaptada
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“1€ ‘‘raç4o e :‘:r’.r::” Frr ambos es cas:s. após r.umerosos ‘nquritos e’ados a :abo• em ;aSes
rIaac à re’lha e tratamento persoriàlizaci) de nloirnações especihcas para em desenvolvimento. apercebemo-nos que encaram o futuro corno estando
ieterrninado prolecto Neste tipo de serviços, a qualidade da relação entre quem estreitamente ligado à aquisição da cultura científica que lhes dará acesso à tec
oresta o serviço e quem dele se utiliza depende, também muito, deste último. .1 nologia moderna, sem negligenciar com Isso as capacidades específicas de Inova
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eit: i çc etraçâo fladas ar’con:exfl loc&
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aos pa!ses
iwsrpa mareira cç1’,C :DtiaflJO se tratava de rabahxa terra cai de !.3bricar !r Existe questão com’irn deser:c’vidos e m esen;cvr’rto
:ec,u A ieaç& cc r a ir,ar,a € a técnica t,:e\’e ser :omp.e!ada cor a aptdào
como
como aprender a comportar-se, eficazmente, ruma situação de incerteza,
para as relações interpessoais O desenvolvirriento des serviços exige. pois, qua participar na criação dd futuro?
lidades humanas que as formações tradicionais não transmitem. necessaríamen
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‘e e ¶V; c .eionrier1’ c3otidede cc’
naec.r.’tL,”.nc est4veis e
:rfe •s ;)es.:.:;, Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros
hversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência um proectocomuml
bs semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do plane A educaçãG formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes nos
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progra;nas pará iniciar os lovens em prolectos de cooperação. logo desde a
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pla ?rrer,dtz; ‘1:rAnm is riii9a9 st”.” s ada’:as a oste !r en r!áncia. po carrpc- das activdades desx*rtvas e cu:tris. ev.entrner:e mas
,a1cuiar a geografia rumana a partir do ensino básico e as línguas e Hteratu;as :arnbn es’in-!ar.dc sua participação en. actividades &tcias rerovaçc de
strangeiras mas tarde bairros. ajuda aos mais desfavorecidos, acções humanitárias, serviços de solida
Passmdo descoberta do outro riedade entre gerações... As outras organizações educativas e associações
Dela descoberta d’ si ievern, neste can’po. c:-ntinuar e trabalho iriciado p&a escoa P’r ctr3 adc
e po; a: L.’:i.riça dO adoesçente :,a a;us:ãaa do mundo, a
: ;e’ faw, ;e a :...;.,ih::e c I;e,a esco.a, deve na pránca ectiva diárta. a partic:paçâo de prc’!essores e ai’,nos ert’ prjectc’s
ntes de mais ajudá-los a descobrir-se a si mesmos, Só então poderão, verda comuns, pode dar origem à aprendizagem de métodos de resolução de coiflitos
k’iramente, pôr-se no lugar dos outros e compreenderas suas reacç.5es. e constituir uma referência para a vida futura dos alunos, enriquecendo a rela
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ção professor/aluno.
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rentos ‘‘:cias a’:’ lG.) de ti”,a a vi-ia n n..’. r,r,r nynrn.i.: ‘c .r’•r-t
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: :‘‘s : a ,‘;t :: s.:’ a Clsã.: a:lere pirarerte c postdalc- :1:. re.tCr.o Apremuíer a 5ff:
Iumi;Irnento E possível que no século XXI c%tes fenón”enos adqtnram aindii “O desenvolvimento tem por objecto a realização completa do homem, em toda a
mais amplitude Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade. f sua riqueza e ria complexidade das suas expressões e dos seus compromissos:
problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelec indivíduo, membro duma família e duma colectividade, cidadão e produtor, inven
tuais que lhts permitam onhecem e mundo que as rodeia e comportar-se nele tor de técnicas e criador de sonhos”. Este desenvolvimento cio ser humano, que
3t eseri:c:ma descie o rasciment.2 aé i;c.r;e é um prc’ces’:. dialéctice qe
:;31?’:i CS’t.Clit’,dt i’c’tmiei:r t’res ilijialo’, . iberijade fIe Pesa- cnmeça pelo conhocmnento de s mesirc para se abri: de secida, a relação com
‘ v’’:’’., ‘ ‘ ::ss’:an
rara er’ .2 W- “S’2 Strdt’ 3 tdUCa.) é atues de nais un; agtrr.. ritenor. u;as eta
vok’-a os seus talentos e permanecvrem tanto quanto possível, donos do seu pas cormespondem às da maturação continua da personalidade, Na hipótese duma
próprio destino experiência profissional de sucesso, a educação como meio para uma tal realiza
Este imperativo não é apenas de natureza individualista: a experiência recen ção é. ao mesmo tempo, um processo individualizado e uma construção social
te niostra que o que poderia aparecer, somente, como urna fôrma de defesa dn interactiva
Ë es.:it$ai ,i :r que os q:a:rc i’res 1, du’i.,:. actad.s de descreve
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:e .m.:gress,. as ‘,;,;eiaavs ; .lme’s.dade tias pe:so nt se ap’,:arn cxclusnarntr.te, nuna Íase -ia vida o num únmce luear Como se
c.pf:uo seguinte ternpcs e as .4rta ca eJucaçãc’ i’’e:t ser mepensa
caÇo, SO OS s;;portes ca cliatividdk e da inC:flÇàO, Pani reduzir a violência ou tios, condetar-se e ir’lerpenelrarse de maneira a que cada pessoa, ao longo de
lula’ contra os diferentes flagelos que afectam a sociedade os métodos inéditos toda a sua vida, possa tirar o melhor pari ido dum ambiente educativo em cons
retirados de experiências no terreno já deram prova da sua eficácia, tante alargamento,
Num mundo em mudança, de que um dos principais motores parece ser a
a
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‘.::a’ :,,‘,‘cE ‘,in’an: ela’,
,;.]:,<:‘-,,“‘:i”3:?” ,.“::“:z,,;” t;:’o:rp’rm’’-—tc’s
mnuhiouams ‘et’ulo XXI necessita oema oe talentos e de personali
dades, para já não falar das pessoas com qu&idades’excepcionais, igualmente
essenciais em qualquer civilização, As crianças e jovens devem, pois, poder dispor
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de ledas as rxasiões possíveis de descoberta e de expc:imentaçâo estética,
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$:$ corn4.n*c’rc4 que se impøs’os .í’ tx1ent’ .‘pt ‘$øtiimeflit ‘mas r,øcess.aades tkni1cas eS.
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,;;,nl,dade lnlekt ,ut e alectiva ile qida um,
- ?Ixo de ezpiils’. pelas máquinas, do mundo do trabalho, no qial a pessoa pelo menos tinha,. impressAo
de se
mover livremente e de decidir po si própria
IrAURE, Edgar e outros, App’n14i? * jfq, Reat3.mo da comiss’ Internacional sobre o D.nen’olinienic da
!s.’:aço,ONFS.,” [aprd Pais 07)1
OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇAO DO FlutUO ‘3
PRÓLOGO
&d 4th 4a%,ttd Ate Ctttat4i, Capftulo 1: As cegueiras do conhecirnerito: o erro e a ilusão
d QDMC4fC 6y4L >v >- É impressionante que a educação que visa a transmitir conhe
4.f. , : cimentos seja cega quanto ao que é o conhecimento huma
1%
EDOAR Momn OS SETE SABERES NEcESSÁRIOS A EDUAçAO DO PUWRO
: [\:f:c, o co!;hecimento não pode ser cultural, social, histórico. Esta unidade complexa da natureza
considerado uma fer humana é totalmente desintegrada na educação por meio
:mér,t3 re’ca’ rnade. que poce ser t:hzada sem que sua na
das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que
tureza $&a examinada. Da mesma forma, o conhecimento
significa ser humano. E preciso restaurá-la, de modo que cada
t:L’n:.ecjmer:ro deve aparecer como necessidade primeira,
um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e cons
ue ser’iria de preparação para enfrentar os riscos perma
ciência, ao mesmo tempo, de sua identidade complexa e de
nemes de erro e de ilusão, que náo cessam dc parasitar
a sua identidade comum a todos os outros humanos.
mente humana. Trata-se de armar cada mente no combate
vital rumo à lucidez. >- Desse modo, a condição humana deveria ser o objeto essen
>
cial de todo o ensino.
É necessário introduzir e desenvolver na educaçâo o estudo
das características cerebrais, mentais, culturais dos conheci >- Este capítulo mostra como é possível, com base nas discipli
mentos humanos, de seus processos e modalidades, das dis nas atuais, reconhecer a unidade e a complexidade huma
posições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao nas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas
erro ou à ilusão, ciências da natureza, nas ciências humanas, na literatura e na
filosofia, e põe em evidência o elo indissolúvel entre a unida
de e a diversidade de tudo que é humano.
Capítulo TI: Os prh;cípios do cor; hecimento pertinente
— Existu um problema capital. sempre ignorado, que é o da
Capítulo IV: Ensinar a identidade terrena
necessidade de promover o ccnhecimentc capaz de apreen
der p’roblemas globais e fundamentais para neles inserir os > O destino planetário do gênero humano é outra realidade-
cc’nhecimenos parciais e locais, chave até agora ignorada pela educação. O conhecimento
>-
dos desenvolvimentos da era planetária, que tendem a cres
A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com
cer no século XXI, e o reconhecimento da identidade terrena,
as disciplinas impede qüentemente de operar o vinculo entre
que se tornará cada vez mais indispensável a cada um e a
as partes e a totalidade, e deve ser subsütuída por um modo
todos, devem converter-se em um dos principais objetos da
de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu con
educação.
texto, sua complexidade, seu conjunto.
> Convém ensinar a história da era planetária, qde se inicia
> É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito huma com o estabelecimento da comunicação entre todos os conti
no para situar todas essas informações em um contexto e um
nentes no século XVI, e mostrar como todas as partes do
conjunto. É preciso ensinar os métodos que permitam es
mundo se tomaram solidárias, sem, contudo, ocultar as opres
tabelecer ‘as relaçôes mútuas e as influências recíprocas entre
sões e a dominação que devastaram a humanidade e que
as partes e o todo em um mundo complexo.
ainda não desapareceram.
EDGAR MORIN
OS SETE SABERES NECES.SÃRIOS A EDUCAÇÃO DO FUflJRO 17