Está en la página 1de 10

Ir PRTE

PRINCÍPIOS

CAPÍTULO 4 - OS OUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO

c-eecerá ncres cr:rr,a -arees c’isr*:-n:e:u uara a coce


a ::‘*rc’unoaçac-. e’ urucum— 5010 3
a eca dera -b-r:eaçãc sul’ 2ec:e carecer urre-era
DC t-D enua ccc eu na ou

— -- ,,
:--------- —--•

Lases cas cccrucererucms .3c: Litura. bTjuitarOanu’u?,re, cçTnir..e’tc 515: 5ff secar e
assmalar as referõesdas que ;mpeçam as pessoas de ficar submergidas
de informações, mais cru menos erémeras, que invadem os espaços r.úbiicos e
vados e as levem a orientar-se para projectos de desenvolvimento ndvuduuc e
colectivos. À educação cabe fornecer, dalgum modo, a cartografia dum mundo
complexo e constantemente agitado e-, ao mesmo tempo, a bússola que r1ermfta
navegar através dele.
Nesta visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade

insaciável de educação uma bagagem escolar cada vez mais pesada fá não é —

possível nem mesmo adequada. Não hasta, de facto, que cada um acumule no
começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que p ssa
abastecer-se indefinidamente ú. 1:.t5, necessário estar á altura de aproveitar e.
explorar, do começo ao fim da vida. toc.as as ocasiões de actualizar, aprofundar e
enriquecer estes primeiros conhec.imentos, e de se adaptar a um mi.;’ndo em
rruidança.
Para poder dar resposta ao ceni e nto , as s:uas missões, a cd ucaç 7jr, desve orga
rúzar-se à volta de quatro aorer:diza.geus fundamentais que, au: ouso de toda
vida serão da]gum modo cara cada incúvíduo. es p:lares d cunhectmeutí’

e
bJCLL4C a -: - —t

4’ - -
YL
contacto de relacionamento e rio cermuta
Lt>,”M’ UM1ESQURQA DUCOMIR
OS QUATRO Pk4*tS DA w)cAçJn

Mas, regra geral, o ensino h,rrn orienta-se, essenc&merIe se não exclusi


y’n.,-’tn ‘5 ‘psry.fr,’.., cientííicas de modo a tornar-se para toda a vida “amta da ciência»” A rNei do
::-::(i,’cr “ “‘: t:;’:- n :‘;rtir ;vr
As ensnc secndric e s’per:cr a !crnação inic: de’» fervcer !vc:s ?s acs
t zr.s:rjmentos rceits e referências resukan:es çt-s ain•;’-’ t*s:.% .; e
-:-‘: ,:a::r c Dar&gnas de rK’ss’2 tempo
,‘- J
:i “-5? 5 ..a:rc-p:49ç 3-: Contudo, corro o c.2nhecnen:o é mút:pk- e ‘2v2’: n:n!tane!te. tcrra-s€
4’afltL’t fl..r :r+c, .._
rçfl,
i:onhec:n’itq,tj deve’ ser oSiec’o .‘jn
srat cada vez riais núil tentar con’ecer tudo e. se excluir ;nts -stc Ltásicc-, a
omnidsdphnaridade é ‘rn ogr2 A espec;a:izaçãc portt. rrern: para futuros
en•4:ar: ris :n’ies:iEadores. não deve exc.u:r a cukra geras ‘Un’ espí’i!:. ver’iadtirarr,crite i2r-
- ::‘ f:’ :‘‘;
mad. oe en dia, tc necessidade duma cutra gera vasta e da p:ssrbi:dade
os
)esnc CfliCO dos seus trahhos qe membios da ce.nssão compreen de trabalhar em pro!undidade determinado número de assuntos. Deve-se, do
tIerm que seria indispensável, para eníentar os desafios do pifixmo século, assi princípio ao fim do ensino, cultivar, simuitaneamente, estas duas tendências” A
na:ar novos objectivos à educação e, portanto, mudar a ideia que se tem da
sua cultura geral, enquanto abertura a outras linguagens e conhecimentos permite,
u;ilidade. lima nova concepção alargada de educação devia fazer com que todos antes de mais, comunicar Fechado na sua própria ciência, o especialista corre o
risco de se desinteressar pelo que fazem os outros Sentirá dificuldade em coope

pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo revelar o
tesouro escondido em cada um de nós. Isto supõe’ que se ultrapasse a visão pura rar, quaisquer que forem as circunstâncias, Por outro lado, a formação cultural
mente instrumental da educação, considerada como a via obrigatária para obter cimento das sociedades no tempo e no espaço, implica a abertura a outros cam
certos resultados (saber-fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem pos do conhecimento e, deste modo, podem operar-se fecundas sinergias entre as
‘?c’:’nõmica), e se passe a considerá-la em toda a sua plenitude: reahzação da pes disciplinas. Especialmente em matériá de investigação, determinados avanços do
¶1. ue na sua totalidade, aprende a ser conhecimento dão-se nos pontos de intersecção das diversas áreas disciplinares.
Aprender para conhecer supõe, antes de mais, aprender a aprender. exercitan
do a atenção a memória e o ensamento Logo desde a intáncia. sobretudo nas
Aprender a conhecer sxiedades dominadas p&a :nagem :eevisva. e •w deve aprerder a prestar
a:enção às coisas e às pessea A sucessão iuitc rámd dc rtc-rrnaçtes rredia::
zidas. o ‘zapptng’ tão frequente. ure;’tc&rr de iacre : :xc-cew de desc&erta
r:as an!es o oun;ír,:o fl.’tÇ propnos ‘pstrumentos que implica uma apreriizagem proiongada e rofuncia Es:a apre!1dzagel!1 da
do co”ecr.
- sr::,.’-z,’ ‘r’”’,’—-,-— ““‘,
u’’ ‘:r’r:
a:eriçãc pede revestir frn’as diversas e tirar parrrdc dc vár:as r:as!&s dvft’a
ioecs estágios em err,zlresas. v;agens, trabahts prátios .de c:nc:ss
?or 0ut7: :ao, -
exercício da rner%5na é jm
ar.t1c.to :‘e: sar.:-c:rtr3 a
::e:-:’, :•€ er:ç e:a.”-’-’ ?:ére:eçsá’k
b suas cpciaies prc4ss,on&s, para
s:brrersào peas :rdc’rnaçães insrantãneas diunddas peles re4es 1€ (c!T”Jfllca
conn2r:car, Finalidade, porque baseado no prazer de compreender, de conhecer, çâo social. Seria perigoso imaginar que a merróra pode vir a tornar-se inútil,
de descobr;:. Apesar dos estudos sem utibdade Imediata estarem a desaparecer, devido à enorme capacidade de armazenamento e difusão das informações de que
;n’iportânda dada actualmente aos saberes utilitários, a tendência para pro dispomos daqui em diante, Há que ser, sem dúvida, selectivo na escolha dos
lon€ar a escolaridade e os tempos de lazer, deveria levar as pessoas a apreciar, dados a aprender “de co( mas, propriamente, a faculdade humana de memoriza
cada vez mais, as alegrias do conhecimento e da investigação individual, O ção associativa, ue não é’ redutível a um automatismo, deve cultivar-se cuidado
aumento dos saberes sob os seus diversos aspectos, leva a compreender melhor o samente. Todos os especialistas concordam em que a memória deve ser treinada
ambiente, favorece o despertar da curiosidade intelectual, estimula o sentido desde a infância, e que é errado suprimir da prática escolar certos exercícios tradi
crí cionais, considerados como fastidiosos.
tico e permite compreender o real mediante a aquisição de autonomia na
capaci
li) Relatório da terceira sess3o ‘ia Comissão. Paris. 1 2-15 de Janeiro de 19°4
dade de discernir. Deste ponto de vista, há que repeti-lo, é essencial que
cada cri
ar:çã. esteia onde estiver, possa ter acesso, de forma adeouada, às 111 cir, taureiit Schwartz ‘I.’e’s.ignement sclentlflque. in insbtulo ie ‘ranca R4kzins tu r.ns.snai, Paris
metodologias flammadoo 1q93
&‘.‘.

noção noção
Finmente. u exerclcic do pens.mento ao qual a cr:ança é iniciada, er” pri Da de qualificação ) de compelêncio
meiro lugar, pelos pais e depois pelos professores, deve comportar avanços e
recuos entre o concreto e o abstracto Também se devem combinar, tanto no ensi Na indústria, especialmente para os operadores e os ttcflicos. o domfnie
I.z n%t ‘,.““;‘“?


lo crti’;c e do r’omn’ativo rs ssterns d? o’$.;’;’:. omna tct “i:
- ;s:,;:
:‘
:;::%.:‘;c :.,::r
::r,. r. :Y : De ac:rde :o.’t as eta a r,ção de cua”fcaçãc pm ss:crc. t: ea a çe 5e dé mura .;rpr:árcia à
• ‘.:
:“, ,:-: ;‘ ‘,
- ::— ‘:
:DnI:’oténc:a pessc.ai O orcgressc- :tnicw ed’’s trerav ne-t s ua:fi
parte nas vezes e encadeamento dc’ pensamerto necessita da combinação dos cações exigidas pelos novos processos de produção, As tare!as puramente físi
cas são substituídas por taefas de produção mais intelectuais, mais mentais,
nunca
O processo de aprendizagem do conhecimento está acabado, e pode como o comando de máquinas, a sua manutenção e vigilância, ou por tarefas de
rp.jjg
enrioue::r-se com oualouer exoerikrc’a Nest» entidn ‘i&a-se cada vez à concepção, de estudo, de organização, à medida que as máquinas se tornam.
-, -
.‘— ‘‘ ‘L’ ,‘.‘ ‘ ‘ - .z
“‘;‘. :,, ‘‘.“, “
—, —,,—, — ,,
‘-‘—.“.“
,
:ambtr nats ‘nte:gentes e que o :rabaho se cnsrateria..za
Este aumento de exg€ncias em matéria ‘!e quaificaçã1 tc-d.,s os íves,
a oases
as pesss iorç e as que façam com que continuem a aprender ao longo tem várias origens. Quanto ao pessoa: de execução, a wstaposiçào e trab&hos
de toda a vida, no trabalho, mas também fora dele. prescritos e parcelares deu lugar à organiz.ação em ‘colectivos de trabalho ou
«grupos de projecto, a exemplo do que se faz nas empresas japonesas: uma
espécie de taylorismo ao contrário Por outro lado, à indiferenciação entre traba
Aprender a fazer ‘!‘a±’res sucede a oersor:aHzaçào das rar-fas C’s eçreç:rs substa;em
muito seu
cada vez mais, a exigência tiuma qualificação, ainda lgada a ver à
‘e s’rtH’’ i:t’ ‘—rg ‘e:v .r 4
.e:.4... .
de compet4rc:a materia, pela exiancia dua cc’1pet%.ca que se apre
Mas a s’gunda aprendizagtm está mais ligada à questão da formação profissio senta como uma espécie de cocktail individual, em que se juntam a qualificação.
nal: corro ensinar o aluno a levar à prática os seus conhecimentos e. também. em sentido estrito, adquirida pela formação técnica e profissional; o comporta
como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será mento social, a aptidão para o trabalho em equipa. a capacidade de iniciativa, o
.!t” gosto peio risco
Se u:itarmc’s a eqas rovas exigt’c:as a bus:a dn c:’prmrsso essa
: ‘
.r:::, .
÷ ‘
‘ç ;s::;a. . ‘“
do ;rabali’a±,r, çideradc tome agente dc mt.dança oina-se ev.derte que
:,,
tjomtna :rabathç assalariado do daç outras e:or;omias onde domina, ainda em as qualidades muito sbiect;vas. ir,atas ou adqu.ridas. muit,s vezes denomina
grande escala, o trabalho ndependente ou inFormal. De facto, nas sociedades das «saber-ser pelos gestores, se juntam ao saber e ao sabem-fazer para compor

a competência exigida o que mostra bem a ligação que a educação deve man
assalariadas que se desenvolveram ao longo do século XX. a partir do modelo
nduçrvJ a bs’.tuição la mào-d-nhr Dk’4S máquinas ter, como aliás sublinhou a Comissão, entre os diversos aspectos da aprendiza
o traho getr Quahdades zemo a capa::dade de coirun:car d :rabai’ r :crt s crros.
::r.a ‘2 :::t:,. ‘..::a’ ‘::z-::vc- :as t”?f3
. •;“ t ::‘ ‘“
de gerir e de meso’e: corflftos tornam-se cada vez naiç ‘rnpornrt÷s esta
- .“. .‘;: -a :ac
nomiça O tutumo eestas eccsnomias depende. .iiãs, da sua capactdade de trans tnc:a torna-se -a:’da wais forte, dado c- esen’,’:::.’irer: k ec:-:r ie ser
viços.
formar o progresso dos conhecimentos em inovações geradoras de novas empre
sas e de novos empregos. Aprender a fazer não pode. pois, continuar a ter o
A iesmaterialização” do trabalho e a importância dos serviços entre as actividades assalariadas
significado simr.fr’s de oreDarar alguem para t:eterminada tarefa rtateri&. a fim
Ccr ‘:izen’ eevtir e’. :4:r
ÀS consequências sobre a aprendizagem a desn’a:er;a.!zaçk das etortomi
‘?v’’:-:er!M ;:‘‘ !ar!T’s5, t p;áiCas P. as avançadas são pa:’:cuarrrente impressicna!’:es se se sen’ar ev:!uço
rrer\ ;rAne;:÷s. emno!a estas Coflt:nuem d ter um valor iormauvo que não é quantitativa e qualitativa aos serviços. Este sector, muito diversificado, define-se
de desprezar. sobretudo pela negativa, pois reune actividades que não estão nem ligadas à
$0
‘it ‘,‘“ “ ‘ :‘v”
t’ • • ‘ •t :‘ n

ndústria nem à agricultura e que, apesar da sua diversidade, têm em comum o trabalho mas tem como objectivo mais amplo preparar para uma participação for
‘acto de não rrodj,z$rem um hei., mal ou informal no desenvolvimento Trata-se mais duna q’.i!i’
t.,:’er,’.se, sazie:uo.:’. ::r’. fjn;..:. ua ;eJçc) :rterpessonJ à a
icaçào sotia: do que duma q;al:fcaçk’ prc:ssicna
:. “
:‘:rar-e e:-rr e:: nersnt 1 t:e’rrcs »aises «ir desenv3vnicilto existe ao :hcc 3 açn:•,:tur e durr
;ue piolifera. aiiment,irido-se da complexidade crescente das economias (especi reduzido sector forma;, um sector de economia ao mesmo tempo moderno e
alidades multo variadas, serviços de acompanhamento e de aconselhamento te informal, por vezes bastante dinâmico, à base de artesanato, de comércio e de
:nológico, serviços financeiros, contabilísticos ou de gestã2l. como no sector finanças que revela a existência duma capacidade empreendedora bem adaptada
. ‘.‘:;‘ :, t’: E—. às cc.’diØes lxa:s
, rtit%fl?:.t
‘“:‘ s 4-se
“1€ ‘‘raç4o e :‘:r’.r::” Frr ambos es cas:s. após r.umerosos ‘nquritos e’ados a :abo• em ;aSes
rIaac à re’lha e tratamento persoriàlizaci) de nloirnações especihcas para em desenvolvimento. apercebemo-nos que encaram o futuro corno estando
ieterrninado prolecto Neste tipo de serviços, a qualidade da relação entre quem estreitamente ligado à aquisição da cultura científica que lhes dará acesso à tec
oresta o serviço e quem dele se utiliza depende, também muito, deste último. .1 nologia moderna, sem negligenciar com Isso as capacidades específicas de Inova
.4 :e
eit: i çc etraçâo fladas ar’con:exfl loc&
una
aos pa!ses
iwsrpa mareira cç1’,C :DtiaflJO se tratava de rabahxa terra cai de !.3bricar !r Existe questão com’irn deser:c’vidos e m esen;cvr’rto
:ec,u A ieaç& cc r a ir,ar,a € a técnica t,:e\’e ser :omp.e!ada cor a aptdào
como
como aprender a comportar-se, eficazmente, ruma situação de incerteza,
para as relações interpessoais O desenvolvirriento des serviços exige. pois, qua participar na criação dd futuro?
lidades humanas que as formações tradicionais não transmitem. necessaríamen
‘.
‘e e ¶V; c .eionrier1’ c3otidede cc’
naec.r.’tL,”.nc est4veis e
:rfe •s ;)es.:.:;, Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros

Jéfices elaciuriais possam criar ;ae: icÍn qu;lifca


5
a Sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores
;ôes de novo tipo, mais à base de comportamentos do que de aptid’3es intelec desafios da educação, O mundo actual é. muitas vezes, um mundo de violência
tuais O que pode ser urna orortunidade para os não tiolomados. ou com defíci’ que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A histó
:.
A .rt:,:’;. ‘..t : .::s; :e ;uigar, ria hurrana sempre foi cor.flitucsa mas M elener:c.s nov:.s que a:ertu;t peri
“3:’: f’,,!’’r’7—’ .r ‘r ey:.:: : ‘3::: :.aaces.r.e:ess; 42 «.especi&mente o ex:rac’rdVáric, potercial de au:cdestruiçãc’cr’.aS2 oela
rianw’te, reservadas a pessc’s com aftos estudos Como e onde ensinar estas numanidade no decorrer do século XX. A opinião púbica, através dos meios de
qualidades mais ou menos inatas? Nâo se podem deduzir simplesmente os con comunicação social, torna-se observadora impotente e até refém dos que criam
teúdos de formação, das capicidades ou aptidões requeridas O mesmo proble ou mantêm os conflitos. Até’agora, a educação não pôde fazer grande coisa para
:“
:4’” ::,::: )f:’r”’$: :-::E n’cdfficar esta situação real. ?oderenos conceber urna edt:aç&c :aaz Je etar
os conflitos ou de os resolver de maneira eacif iça. deserw±eni o cvH’ec:rner
todos outros, rias suas cuituras, a sua espir;tuaadade?
O trabalho na economia
inlormal É de louvar a ideia de ensinar a não violência na escola, mesmo que apenas
constitua um instrumento, entre outros, para lutar contra os preconceitos gera
‘j’: at’:’a’”.?C 4
.
Ot’”i’fl’Z
‘‘?
?: .tt’’i nla:ata na:’ 4 dores de cortHtos A tarefa árdua porque. rruito nauralmere. os scrs Suma
grupo a
‘,:omnan:e. a arur’zio’j I;aoa:flo € multo círerre, Em r”j::os pas’s da Áfr;ca ros r&n tendência a sobrevaiurzar as suas quaUdades e as So que per
-.,-.‘.‘::‘ ;s Amt:::r, •:r.’L:e.:’.’aner.:e.s3 te—cem, e a &;menlar preconceres desfaverveis em re:açk aos outros Por
uma pequena parte da população tem emprego e recebe salário, pois a grande outro ado, o clima geral de concorrência que caracteriza, actualmente, a activi
maioria participa na economia tradicional de subsistência. Não existe,. rigorosa- dade económica no interior de cada país, e sobretudo a nível internacional, tem
mente falando, refere,cial de ernoreqo’ as c’)inoerências sk muitas vezes de tendência a dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso indiv!dua! be
:ra3 .7.:.: .::r,; a apre’.c;zagt.r, ;ç s:ma. peras. a .r s !aco. esta cc.’petição :e3ul!’!, 3:tuairfle2te. nur.a f!uerra -x:r&r.::a :rnp:ac:s
numa tensão entre es mais favorecidos e os ixtres, que divide as naØes do
Por t
im. os métodos de ensino. não devem n roNca este reço’ ‘echreoto
dc
aç ‘va[oes i:istór;cas oe arnentai qu. d e&cacão conrrt
que.
nutro Os professores oor dogmatisn’’ matam crivsvlacie nu •?
::.tts ..n:antert.’etaçã:.oõ crft,co
em
n’ais
dos seus alunos, vez de os deseiwo)ver. eslão a ser preju6ciais dc:
deia de ernulaçáo.
que úteis. Esquecendo que funcionam como modelos, com esta sua atitude arris
Que lazer para melhorar a situação? A experiência prova que, para reduzir o cam-se a enfraquecer nos alunos a capacidade de abertura à alteridade e de
::“frr”’
i’enar as re-itáve:s tensões entre oessoas g’pos r;aç-es a:rs
s (atr3és ce sCOâS «inuns a várias e’,ni.i reiiç s D” eye’k” Se
do dt’ e da trcca de razêes é r dos !ntrun-w!cs t!ispers.ve:S etca
E espao comum, estes aderentes grupos entum em competição, ou se o seu çào do século XXI.
&.atuto é desigual, un’ contacto deste gênero pode, peh:; contrário, agravar ainda
nais as tensõe latentes e degenerar em cnnflitos Pelo ,‘ontráricr. se este contac
Te.!dr x’aft 9bW’tÉ?O cyi:uis
a:ZCI i.T, .,‘tex!O :%sitáric ese exsrçem ‘ 1
ect’vos e px’:os conuns.
;:.:cr. :e:aa:e:: e a: .a; a urna cc. Quando se :rab&ha em con)un:o sobre projectos motivadores e lora do habi
)peraçâo :nais serena e até à amizade.
tual, as diferenças e até os conflitos interindividuaís tendem a esbater’se, chegan
Parece, pois. que a educação deve utillzar duas vias compemenares. Num
do a desaparecer nalguns casos. Urna nova forma de identificação nasce destes
);ev&. ea’or.c cro:ectcs que fazen com que se ultrapassem as ‘o:na’ icvL!tas q-ie :akr:zarn
e mdi vida uar;icL)ac,ic) em nro’ecto’ ‘-‘unc ‘:i- r?:ere sr lir fl4!Ot’
4:caz paa evitar ou resover contlitc’s latentes,
acui:o que é comum e :Ao as d!erenças. Graças à prát:ca -t despctrt:. çr cxem
pio, quantas tensões entre classes sociais ou nacionalidades se transformaram,
frç.cobpr do ou?rc afinal, em solidariedade através da experiêneia e do prazer do esforço comum!
E e sector aborai ouartas realizações terarr &egat a cir t!rr.o se os
tos ?‘abitua:s em organizações hierarq.uzadas tivessem S!t’ trars-?r’iDs p”r
:‘
-: T’: :. ‘ :;;r,,;i-e:3s
sotie
.:.. :‘;‘.r-

hversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência um proectocomuml
bs semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do plane A educaçãG formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes nos
• :‘
progra;nas pará iniciar os lovens em prolectos de cooperação. logo desde a
:‘ :e.’
i:r: .t “:a ?:ases tara esa
pla ?rrer,dtz; ‘1:rAnm is riii9a9 st”.” s ada’:as a oste !r en r!áncia. po carrpc- das activdades desx*rtvas e cu:tris. ev.entrner:e mas
,a1cuiar a geografia rumana a partir do ensino básico e as línguas e Hteratu;as :arnbn es’in-!ar.dc sua participação en. actividades &tcias rerovaçc de
strangeiras mas tarde bairros. ajuda aos mais desfavorecidos, acções humanitárias, serviços de solida
Passmdo descoberta do outro riedade entre gerações... As outras organizações educativas e associações
Dela descoberta d’ si ievern, neste can’po. c:-ntinuar e trabalho iriciado p&a escoa P’r ctr3 adc
e po; a: L.’:i.riça dO adoesçente :,a a;us:ãaa do mundo, a
: ;e’ faw, ;e a :...;.,ih::e c I;e,a esco.a, deve na pránca ectiva diárta. a partic:paçâo de prc’!essores e ai’,nos ert’ prjectc’s
ntes de mais ajudá-los a descobrir-se a si mesmos, Só então poderão, verda comuns, pode dar origem à aprendizagem de métodos de resolução de coiflitos
k’iramente, pôr-se no lugar dos outros e compreenderas suas reacç.5es. e constituir uma referência para a vida futura dos alunos, enriquecendo a rela
-
ção professor/aluno.

.
—s e.---: ara :s
rentos ‘‘:cias a’:’ lG.) de ti”,a a vi-ia n n..’. r,r,r nynrn.i.: ‘c .r’•r-t

ikiptat perspectiva doutros grupos etrucos ou re!iiosos podem evitarse


ncompreensôes geradoras de ódio e violência entre os adultos. Assim, o ensino Aprender a ser
13 história das relig5es ou dos co3tumes oode servir de referênca útil para
Desde a sua primeira reunião que a Comissão reafirmou energcat’erte ur
princípio fundarnenta’ a educação deve cotr:bnir para o desen vmer’tc :oai
(acnegw :‘i>po(alIctr. f ffrw ‘orIc, Ljgcijen fr Co4fri Rr,ehifWq, retirado de Miwal
won 1*14, por C’õ’id A. da pessoa — espírito e corpo, rntehgência, sensibiiidade, sent:do estético, respon’
1
Hambw
, Presldenie da Carn÷Ie corporation of t4ew Vo&
sabilidade pessoal, espiritualidade Todo o ser humano deve ser preparado. espe
ciahnerite graças à educação que recebe na juvelude, para eiaborar Pr-nsan1eltos
sentação amraente daquilo que, nestes domínios. foram capazes de criar as gerações
autonomos e criticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a que os precederam ou suas contemporâneas, Na escola, a arte e a poesia deve
poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vicia,
riam ocupar um lugar mais importante do que aquele que lhes é concedido, em
fl reIatõri’ Avrender a ,‘r 19721 exnrimia, ri’ preâmbulo, o temer da cl’,sm ‘nuil,os p”Ses pei uni ensino (ornado mait utilitarista do que cuhurat, preocu
:‘
Ãetc uçã::ls.::i i:açãc em dese:v.c,ver a .mai-iaçáo e a c:dti’.l1acle deerl3 :ami:én.revalorizar a
‘,
i?;i,4i’Ie, ei)el o enorme
1e W vmi;’’4c • cu
rn.jijji ice vem aren.
“mmli uma —rale c conhecimentos retirados fi experiência ia crian ou do adulto.

‘, :‘

: :‘‘s : a ,‘;t :: s.:’ a Clsã.: a:lere pirarerte c postdalc- :1:. re.tCr.o Apremuíer a 5ff:
Iumi;Irnento E possível que no século XXI c%tes fenón”enos adqtnram aindii “O desenvolvimento tem por objecto a realização completa do homem, em toda a
mais amplitude Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade. f sua riqueza e ria complexidade das suas expressões e dos seus compromissos:
problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelec indivíduo, membro duma família e duma colectividade, cidadão e produtor, inven
tuais que lhts permitam onhecem e mundo que as rodeia e comportar-se nele tor de técnicas e criador de sonhos”. Este desenvolvimento cio ser humano, que
3t eseri:c:ma descie o rasciment.2 aé i;c.r;e é um prc’ces’:. dialéctice qe
:;31?’:i CS’t.Clit’,dt i’c’tmiei:r t’res ilijialo’, . iberijade fIe Pesa- cnmeça pelo conhocmnento de s mesirc para se abri: de secida, a relação com
‘ v’’:’’., ‘ ‘ ::ss’:an
rara er’ .2 W- “S’2 Strdt’ 3 tdUCa.) é atues de nais un; agtrr.. ritenor. u;as eta
vok’-a os seus talentos e permanecvrem tanto quanto possível, donos do seu pas cormespondem às da maturação continua da personalidade, Na hipótese duma
próprio destino experiência profissional de sucesso, a educação como meio para uma tal realiza
Este imperativo não é apenas de natureza individualista: a experiência recen ção é. ao mesmo tempo, um processo individualizado e uma construção social
te niostra que o que poderia aparecer, somente, como urna fôrma de defesa dn interactiva
Ë es.:it$ai ,i :r que os q:a:rc i’res 1, du’i.,:. actad.s de descreve
3
j.r
:e .m.:gress,. as ‘,;,;eiaavs ; .lme’s.dade tias pe:so nt se ap’,:arn cxclusnarntr.te, nuna Íase -ia vida o num únmce luear Como se
c.pf:uo seguinte ternpcs e as .4rta ca eJucaçãc’ i’’e:t ser mepensa
caÇo, SO OS s;;portes ca cliatividdk e da inC:flÇàO, Pani reduzir a violência ou tios, condetar-se e ir’lerpenelrarse de maneira a que cada pessoa, ao longo de
lula’ contra os diferentes flagelos que afectam a sociedade os métodos inéditos toda a sua vida, possa tirar o melhor pari ido dum ambiente educativo em cons
retirados de experiências no terreno já deram prova da sua eficácia, tante alargamento,
Num mundo em mudança, de que um dos principais motores parece ser a
a
, r;ae
‘.::a’ :,,‘,‘cE ‘,in’an: ela’,
,;.]:,<:‘-,,“‘:i”3:?” ,.“::“:z,,;” t;:’o:rp’rm’’-—tc’s
mnuhiouams ‘et’ulo XXI necessita oema oe talentos e de personali
dades, para já não falar das pessoas com qu&idades’excepcionais, igualmente
essenciais em qualquer civilização, As crianças e jovens devem, pois, poder dispor

de ledas as rxasiões possíveis de descoberta e de expc:imentaçâo estética,
‘ —
‘:‘e’íí’:’ s’:»: :‘:€ ‘,‘‘‘‘art :::r.p’f.3r 3 arre’

,‘
,,“‘cv,,Z,:”:-,i.,” :.‘.r:r-r
$:$ corn4.n*c’rc4 que se impøs’os .í’ tx1ent’ .‘pt ‘$øtiimeflit ‘mas r,øcess.aades tkni1cas eS.

,;;,nl,dade lnlekt ,ut e alectiva ile qida um,
- ?Ixo de ezpiils’. pelas máquinas, do mundo do trabalho, no qial a pessoa pelo menos tinha,. impressAo
de se
mover livremente e de decidir po si própria
IrAURE, Edgar e outros, App’n14i? * jfq, Reat3.mo da comiss’ Internacional sobre o D.nen’olinienic da
!s.’:aço,ONFS.,” [aprd Pais 07)1
OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇAO DO FlutUO ‘3

PRÓLOGO

Este texto antecede qualquer guia ou compêndio de ensino.


Não é um tratado sobre o conjunto das disciplinas que são ou
deveriam ser ensinadas: pretende, única e essencialmente, expor
problemas centrais ou fundamentais que permanecem totalmen
te ignorados ou esquecidos e que são necessários para se ensinar
no próximo século.
1-lá sete saberes “fundamentais” que a educação do futuro
deveria tratar em toda sociedade e em toda cultura, sem exclusi
vidade nem rejeiçáo, segundo modelos e regras próprias a cada
sociedade e a cada cultura.
Acrescentemos que o saber científico sobre o qual este texto
se apóia para situar a condição humana não só é provisório, mas
também desemboca em profundos mistérios referentes ao Uni
verso, à Vida, ao nascimento do ser humano. Aqui se abre um
indecidível, no qual intervém opções filosóficas e crenças religio
sas através de culturas e civilizações.

Xdr t51sn’ (.tns) Os setes saberes necessários

&d 4th 4a%,ttd Ate Ctttat4i, Capftulo 1: As cegueiras do conhecirnerito: o erro e a ilusão
d QDMC4fC 6y4L >v >- É impressionante que a educação que visa a transmitir conhe
4.f. , : cimentos seja cega quanto ao que é o conhecimento huma
1%
EDOAR Momn OS SETE SABERES NEcESSÁRIOS A EDUAçAO DO PUWRO

no, seus dispositivos, enfermidades, dificuldades,


tendências Capítulo III: Ensinar a condição humana
ao erro e à ilusão, e não se Preocupe em fazer conhecer
o que
é ccnhece > O ser humano é a um só tempo físico, biológico, psíquico,

: [\:f:c, o co!;hecimento não pode ser cultural, social, histórico. Esta unidade complexa da natureza
considerado uma fer humana é totalmente desintegrada na educação por meio
:mér,t3 re’ca’ rnade. que poce ser t:hzada sem que sua na
das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que
tureza $&a examinada. Da mesma forma, o conhecimento
significa ser humano. E preciso restaurá-la, de modo que cada
t:L’n:.ecjmer:ro deve aparecer como necessidade primeira,
um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e cons
ue ser’iria de preparação para enfrentar os riscos perma
ciência, ao mesmo tempo, de sua identidade complexa e de
nemes de erro e de ilusão, que náo cessam dc parasitar
a sua identidade comum a todos os outros humanos.
mente humana. Trata-se de armar cada mente no combate
vital rumo à lucidez. >- Desse modo, a condição humana deveria ser o objeto essen
>
cial de todo o ensino.
É necessário introduzir e desenvolver na educaçâo o estudo
das características cerebrais, mentais, culturais dos conheci >- Este capítulo mostra como é possível, com base nas discipli
mentos humanos, de seus processos e modalidades, das dis nas atuais, reconhecer a unidade e a complexidade huma
posições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao nas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas
erro ou à ilusão, ciências da natureza, nas ciências humanas, na literatura e na
filosofia, e põe em evidência o elo indissolúvel entre a unida
de e a diversidade de tudo que é humano.
Capítulo TI: Os prh;cípios do cor; hecimento pertinente
— Existu um problema capital. sempre ignorado, que é o da
Capítulo IV: Ensinar a identidade terrena
necessidade de promover o ccnhecimentc capaz de apreen
der p’roblemas globais e fundamentais para neles inserir os > O destino planetário do gênero humano é outra realidade-
cc’nhecimenos parciais e locais, chave até agora ignorada pela educação. O conhecimento
>-
dos desenvolvimentos da era planetária, que tendem a cres
A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com
cer no século XXI, e o reconhecimento da identidade terrena,
as disciplinas impede qüentemente de operar o vinculo entre
que se tornará cada vez mais indispensável a cada um e a
as partes e a totalidade, e deve ser subsütuída por um modo
todos, devem converter-se em um dos principais objetos da
de conhecimento capaz de apreender os objetos em seu con
educação.
texto, sua complexidade, seu conjunto.
> Convém ensinar a história da era planetária, qde se inicia
> É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito huma com o estabelecimento da comunicação entre todos os conti
no para situar todas essas informações em um contexto e um
nentes no século XVI, e mostrar como todas as partes do
conjunto. É preciso ensinar os métodos que permitam es
mundo se tomaram solidárias, sem, contudo, ocultar as opres
tabelecer ‘as relaçôes mútuas e as influências recíprocas entre
sões e a dominação que devastaram a humanidade e que
as partes e o todo em um mundo complexo.
ainda não desapareceram.
EDGAR MORIN
OS SETE SABERES NECES.SÃRIOS A EDUCAÇÃO DO FUflJRO 17

> Será preciso indicar o complexo de crise planetária que mar


Cà o século XX, mostrando que todos os seres humanos, de compreensão mútua. Considerando a importância da edu
con
ftcn!adc.s de egora em diante aos mesmos problemas de vida cação para a compreensão, em todos os níveis educativos e
e de morte, partilham um destino comum. em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede
a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra para a edu
Capítulo V: F:;&entar as incertezas cação do futuro.
> A compreensão mútua entre os seres humanos, quer próxi
As c:êncas permitiram que adquiríssemos muitas certezas,
mas igualmente revelaram, ao longo do século XX, inúmeras mos, quer estranhos, é daqui para a frente vital para que as
zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das relações humanas saiam de seu estado bárbaro de incom
:ncertazas que surgiram nas ciéncas físicas (microfísicas. preensão.
:er:todinãrnica, cosmologia), nas ciências da evolução bioló > Daí decorre a necessidade de estudar a incompreensão a partir
gica e nas ciências históricas. de suas raízes, suas modalidades e seus efeitos. Este estudo é
Seria oreciso ensinar princípios de estratégia que permiti tanto mais necessário porque enfocaria não os sintomas, mas
as causas do racismo, da xenofobia, do desprezo. Constitui
riam nfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza,
ria, ao mesmo tempo, uma das bases mais seguras da educa
e modificar seu desenvolvimento, em virtude das informa
ção para a paz, à qual estamos ligados por essência e vocação,
ções adquiridas o longo do tempo. É preciso aprender a
navegar em um bceano de incertezas em meio a arquipé
Capítulo VII: A ética do gênero humano
lagos de certeza.
> A educação deve conduzir à “antropo-ética”, levand em
>‘ A fórmula do poeta grego Eurípedes, que data de vinte e o
conta o caráter ternário d& condição humana, que é ser ao
cinco séculos, nunca foi tão atual: «O esperado não se cum mesmo tempo indivíduo/sociedade/espécie. Nesse sentido, a
pre, e ao fnespercdo um deus abre o caminho”. O abandono ética indivíduo/espécie necessita do controle mútuo da
das conccpções deterministas da história humana que acre sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade, ou
ditavam poder predizer nosso futuro, o estudo dos grandes seja, a democracia; a ética indivíduo/espécie convoca, ao sé
acontecimentos e desastres de nosso século, todos inespera culo XXI, a cidadania terrestre.
dos, o caráter doravante desconhecido da aventura humana
>- A ética não poderia ser ensinada por meio de
devem-rtos incitar a preparar as mentes para esperar o ines lições de mo
perado, para enfrentá-lo. E necessário que todos os que se ral. Deve formar-se nas mentes com base na consciência de
ocupam da educação constituam a vanguarda ante a incerte que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da socieda
za de nossos tempos. de, parte da espécie. Carregamos em nós esta tripla reali
dade. Desse modo, todo desenvolvimento verdadeiramente
Capítulo VI Ensinar o compreensão humano deve compreender o desenvolvimento conjunto das
autonomias individuais, das participações comunitárias e da
> A compreensão é a um só tempo meio e fim da
comunicação consciência de pertencer à espécie humana.
humana. Entretanto, a educação para a compreensão está
>- Partindo disso, esboçam-se duas grandes finalidades ético-
ausnie do ensino. O planeta necessita. em todos os sentidos.
políticas do novo miénio: estabelecer urna relação de con
EDGAR MORFN

cntrc a socieciacic e os :nd:víduos pela democracia


a aoncacr a lurnanidade conco comunidade planetária. A
educacão deve contribuir não somente para a tornada de
consciãncia de nossa Terra •Pótrío, mas também permitir que
esta cc.’nsci.ência se traduza em vontade, de realizar a cidada
ria tc

También podría gustarte