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‘Tle orginal: Gale and Practical Resin . “Tiaduptosutorizuda da primeira edo note americana publisadaem 1976 por The Univernty of Chicago Pres ‘Se Chiago, EUR ! [Copyright © 1976, The University of Chiags mall: jeeahaccombe “ste wine saharcom.be ‘ou em part, constitu vilagz de dretos autor (21 9.61098) (Caps: Joana Le CIP-Beas. Catslogago-ns-fonte Sinieso Nacional dos Etre de Livos BE ‘Sahlins, Marshall Devi, 1930 stake Cultura rao praia Marshal Salins ra- tuo Sérgo Tadeu de NiemayerLamarioyevisto ica 5.An- Luopologa etter tl ‘cpp 306” o7.2169 cpu ais? SUMARIO Preféco... 1.0 MARXISMOE 05 DOIS ESTAUTURALISMOS senso (O maraismo eo estruturalisma inglés: acontrovérsia Worsley. Forte © marxisma eo estrutura Doistiposdesociedade dois ios de teria. 2. CULTURA ERAZAO PRATICA ~ don perdignsdetercontopaigka 6 Morgan Boas. A raz cultural 3. AANTROPOLOGIA EOS DoIs MARXtsMOS ~ problemas do materialism histric. 4. La PeNste ROURGEOISE ~asociedade ocidentalenquanto Cutt oom A preferéncia de comida e0 tabu nos animais damesticos americanos [Notas sobre sistema de vestudrio america errmsnneneene 78 ‘Conctusio - autildade ea ordem cultura. : 204 es v0 Calta erent pris natureza do objeto em si nem por sua capacidade de sat material — assim como é pelos valores culturais de hor primeiros normalment ‘nhum objeto, nent famosa logica da maximizagio é somente nao-notada e de ut PreGO, ‘0 que os americanos produzem para satisfazer necessidades basi vestuitio.? 0 objetivo destes comentérios sobre 0s usos americanos de animais domé comuns serd modesto: simplesmente para sugerira presenca de uma razio ral em nossos hébitos alimentares;algumnas das conexdes significativas nas distin 7 sob cart mpect, por ser menos limitsdo « uma stuarfo especie, o valor de uso ¢ mals lubitiie que o valor de troca,epesar de estar em aioe com a8 propriedades tendiment mereadoria come uit ‘Gpnitcade diferencal exabelecido no dscurso das coisas, isto 0 valor da mercadris como © igri) de um dado objeto somente xrves das relaoes desenvolvidas no dscurso No timo aspect, o valor mereadoria€ 3 Adiucuato que eeu &somente um comentiio marginal an ‘comestiblidade « das eelagSes com animais doméstios desencadeae \centralidade da carné, que € também a indicardo de sua “Tora, evoce o plo La ponte bourgsse m bes categéricas de to, 0 ponto principal da sociedade americana com. “adaptagao” da agricul eas relagbes politicas mundiais. A exploragio do meio ambiente americano, a forma de relagdo com a terra dependem do modelo de uma refeicdo que inclui a carne como elemento central com 0 apoio periférico de carboidratos e legumes — enquanto que a da para alimento de cache ‘Um indio tradicional das plancies ou um havaian hindu) fcaria desconcertado em ver como nos perm reproduzam com to es ao seu consumo. Eles vagam pelas ras das aaiores cidades amet tmentos nas calgadas a seu bel-prazer. Todo um sistema de métodos de limpeca ado para se desfazer da sueira — a qual, no pensament6 nav, 1 pass vraindo-earopen por exemple: "como um elemento de vie ou pa ve avesico, Design se por evtetermo oconjunt> mens eatimais (p49). Ou ver 8 extensa discuss das palavras ‘ba propriedade pivada mi eum (9.5555) Ian ec, pecuiaep wm ltr raat pris disso, uma excursto a pé pelasruas de Nova York faz uma caminhada pelos pastos bovinos do Meio-este parecer um passeioidilico pelo campo.) Dentro das casas «apartamentos, os caes Sobem nas cadeiras que foram feitas para seres humanos, ddormem nas camas de pessoas sentam-se A mesa como bem querem a espera de sua porgio da refeicao da familia. Tudo isso com a calma certeza de que nunca sero sacrificados por necessidade ou como oferta as divindades, nem mesmo comidos em caso de morte acidental. Em relacio aos cavalo} os americanos tém alguma raio para suspeitar que eles sejam comestiveis. Ha o boate de que os franceses comem cavalos. Mas a simples mencto dese fato i € suliciente para evocar os sentimentos totémicos de que os franceses estdo para os americanos assim como as “ras” estio para as peswoas* . Em uma crise, as contradigdes do sistema se evelam, Durante a meteérica inflagdo nos custos da alimentaclo durante a primavera de 1973, 0 capitalismo nto Se destruia — exatamente 0 contréio; mas as rachaduras 90 sistema da alimentagao vieram a tona, Autoridades governamentais esponsiveissugeriram {que as pessoas poderiam comprar ob pesos de carne mais baratos, como rins, coragao e visceras — afinal de contas,sio t20 nutrtivos quanto um hambarguer. Para os americanos, essa sugestdo espectfca faz Maria Antonieta parecer um exemplo de compaixio (Figura 10). A razio para a repulsa parece pertencer & ica que recebeu com desagrado algumas tentativas de se substitu a carne bovina por carne de cavalo durante 0 mesmo periodo. O artigo abaixo é extraido do Honolulu Advertise, de 15 de abril de 1973: PROTESTO DOS APRECIADORES DE CAVALOS Westbrook, Connecticut (UP!) — Aproximadimente 25 pessoas a cavalo e a pé fizeram ontem uma passeata em frente ao Mercado Carlson para protestar contra 1 venda, por aquela loja, de carne de cavalo como substituto barato da carne de boi “Bu acho que o abate de cavalos para o consumo humano neste pals é uma desgraca’ disse o organizador do protesto, Richard Gallagher. “Nés ainda néo estamos no ponto, aqui nos Estados Unidos, em que sejamos forcados a matar cavalos para ter carne” “Cavalos sio para ser amados e cavalgados’, disse Gallagher. “Em outras palavras, cavalos recebem afeto, enquanto que o gad de corte... eles nunca tive- ram alguém afagando-os, escovando-os, ou algo assim. Comprar 0 cavalo de alguém e abaté-lo, eu no consigo ac * Osamercanosreferemse 1s fanctes como fogs o Le pene bourgcite ___, Omereado comecou a vender a carne de cavalo — “cavalobirguer’ “contrafié equino” — na terca-feir, e © proprietirio Kenneth Carlson disse que mais ou menos 20 mil libra foram vendidas na prim. ‘A maioria dos agougueiros que vendem carne de caval velhos e sem utilidade” que seriam vendidos de qualquer de cachorro ou algo assim’, disse Gallagher. Mas “agora eles e ‘bém os cavalos jovens. Agora nao podemos comprar esses caval assassinos dao lances maiores que 0s nossos.” * file de carne de cavalo’, los porque os *Néo importa como voce o corte.” FIGURA 10 + Do Fonolulu Advertiser, 2 de marco de 1973 A Fie principal postlads no sistema atgricano di Zarme € a relagao das “> 2 “Sapondo-e que um indviaoacostmade comer cach sme cachoro no pegs azo pla il. "Mo comemos cachorros 56 podermesreyponer que mio € nous cote de ee se 1 de alimento Fosse todo flexio- rma que, tomado como um todo, ——~ Caefiarras cavalos participam da sociedade amen “(o3-Tem nomesproprios realmente i ‘como nko conversamos com porce jinlgados ndo-comestiveis porque, como dle conversar com ee, asim Portanto,cachorrose caval sio Raina de Copas, "No ¢ fino lguém a quem voce fo! apresentado Pome co-habtantes domes theo os cachorros a0 mais préximos do homem do que s cavalo, tho. portant € mas oimapindvel: eles so “um membro da fai do mas de trabalho e mais eri: 5, ¢ nio-aparentadc 10 de cavalos ser pelo menos concebivel, embora nlo-generalizado, enquanto que « nogto de cr ‘compreensivelmenteevoca alguma repulsa dof jariicado se dsesse que 8 cachorros sto ia entren6s al como ns esto {alamen sre tbus entre powos primitive Se foserosfrtemente presionados pare dr |, provuelmente baseariamos aoa aversfo em comer cachoros ou carlos sobre a pene bourzeoise ‘peso por peso, a can da coin a humariidade,O mes mais communi das partes comastveis do to que os rgios inter expec /— exceto quando 40 em produtos como Sm enquant Ive apr ac Soe cm coe ee ere ie rem eae pl eee Scie anaes pees cgueers cn eee gpsionier oe le (Sen duma syn pte cia dace pore — ee ets mana (7) Loy) Culture raat pica cida entre espécies comestiveis e espécies tabu, 0 todo construindo uma logica tinica em dois niveis com a implicagao consistente da proibigio do canibalisino. essa logica simbélica que organize a demanda. O valor social do flé ou akcatra, comparado como da tripa ou lingua, éo que estabelece« diferenga em seu ‘alor econdmico. Do ponto de vista nutritivo, tal nogio de “melhor” e “inferior” seria uma posigho dificil de defender. Além disso filé continua a ser 0 peso mais ‘ato, apesar de a oferta absoluta de ile ser muito maior que a de lingua; hé muito ‘uma vaca do que lingua. E, ainda mais, 0 esquema simbélico de ‘com aquele que organiza as telacdes de producto para ibuigdo da renda edemanda, toda uma ordem totemica, lela de.diferengas o status das pessoas ¢ gue eh pessoas mais pobres compram os pesos mais baratos, mais barato porque socialiiente s4o pesos de carne de qualidade interior. Mas’a pobreza a aes de tudo, codificada étnica e racialmente. Pretos x brancos entram difevente-|\ ‘mente no mercado de trabalho americano, sua participacio determinada por uma lizagdo” relativa. O preto € na sociedade americana como tureza objetiva na prépria cultura. Entretanto, em virtude da conseqllente distribuigao de renda, a “inferioridade” dos pretos também é percebida como uma profanagio culindria, Soul food* pode setornar uma virtude, ‘Mas somente como a negago de uma légica geral na qual a degradagio cultural € confirmada por preferéncias alimentares préximas do canibalismo, mesmo quan- do esse atributo metaférico da comida é confirmado pelo status daqueles que a preferem. P -& — Nao invocaria o “chamado totemismo” simplesmente em analogia casual Mas deve-se questionar se nd bstituido por espéciese variedades de objetos manufaturados, os quais como stsmicas tem o poder de fazer mesmo da demarcacao de seus proprie- sais umn procedimento de classificagio social. (Meu colega Milton. ‘Singer sugere que o que Freud disse sobre a diferenciagdo nacional pode muito ‘bem englobar o capitalismo, ou seja, que € narcisismo a respeito de diferengas minimas) E, ainda mais fundamental ser que os operadores totémicos e os de produto: a mesma base no cédigo cultural de caracteristicas naturais, a significagfo atribufda aos contrastes em forma, linha, cor e outras propriedades do objeto apresentadas pela natureza? O “desenvolvimento” que € efetuado pelo 1 Salfedtomme ao cn dopo mesa en) )

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