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PROTEÇÃO DE PLANTAS
Módulo 1
1.2 Legislação fitossanitária e normas em
fitossanidade
Tutores:
Prof°. Dr. Paulo Parizzi (MAPA/MG)
Prof°. M.S. Ilto Antônio Morandini (MAPA/DF)
Brasília - DF
2006
Ficha Catalográfica
1. Lesgilação e normas. 2. Normas. I. Parizzi, Paulo. II. Morandini, Ilto. III. Universidade
Federal de Viçosa. IV. Título. V. Série.
Sumário
Pré-Teste, 04
Introdução, 07
1 - Legislação fitossanitária internacional, 11
A - Organização mundial do comércio – OMC, 11
1 - O surgimento do GATT, 11
2 - A OMC e o acordo agrícola, 12
3 - Acordo sobre aplicação de medidas sanitárias e fitossanitárias – SPS, 14
B - Convenção internacional de proteção fitossanitária (CIPF), 16
C - Acordo de Livre Comércio das Américas – ALCA e a fitossanidade, 19
2 - Legislação fitossanitária no âmbito do COSAVE e Mercosul, 20
A - Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul – COSAVE, 20
B - Mercado Comum do Sul – Mercosul, 24
C - Interação COSAVE/Mercosul, 26
3 - Legislação fitossanitária brasileira,28
A - Legislação básica, 28
B - Legislação complementar, 39
C - Procedimentos operacionais da legislação fitossanitária brasileira, 39
D – Harmonização, 82
E - Diretivas para a análise de risco de pragas – ARP, 90
F - Diretivas para a caracterização de áreas livres de pragas – ALP, 96
Literatura consultada, 100
Questão dissertativa, 101
Respostas do Pré-Teste, 102
Apêndice, 103
A - Glossário de termos fitossanitários, 103
B - Manual de procedimentos operacionais da vigilância agropecuária, 108
C - Regulamento de defesa sanitária vegetal, 108
D - Convenção internacional de proteção fitossanitária – CIPF, 108
E - Organização Mundial de Saúde - 20 questões sobre alimentos geneticamente modificados, 109
Pré-teste
Antes de você iniciar o estudo deste módulo é preciso que realize uma auto-avaliação de
conhecimentos sobre o assunto.
3. O regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, em vigor no Brasil, Decreto 24.114, data de:
a- ( ) 12/04/1945
b- ( ) 31/12/1995
c- ( ) 31/12/1964
d- ( ) 12/04/1934
e- ( ) nda
4. O comércio e o trânsito interestadual de vegetais, são normatizados pelo MAPA através de:
a- ( ) Legislações estaduais
b- ( ) Legislações do Mercosul
c- ( ) Legislação Complementar
d- ( ) Legislação ordinária
e- ( ) nda
6. A livre circulação de bens e serviços e de fatores produtivos, é uma das características do:
a- ( ) Regulamento de Defesa Vegetal
b- ( ) Codex Alimentarius
c- ( ) COSAVE
d- ( ) Bloco Mercosul
e- ( ) nda
11. A Norma Internacional de Medida Fitossanitária nº 15 da FAO (NIMF 15), editada em 2002,
sobre embalagem de madeira, foi internalizada no Brasil pela:
a- ( ) Portaria nº 05 de 19/05/2003
b- ( ) Instrução Normativa nº 04 de 06 de janeiro de 2004
c_ ( ) Decreto 24.114 de 1934
d- ( ) Portaria nº 499 de 03 de novembro de 1999.
e- ( ) Portaria nº 146 de 12 de abril de 2000
Introdução ∗
A produção vegetal está, sob todos os aspectos e qualquer que seja a sua finalidade, sujeita a
um complexo de perdas que responde por um percentual bastante elevado do seu aproveitamento,
quer como insumo para as indústrias, quer dirigida diretamente para o consumo humano e dos
animais.
Desde a fundamentação da safra, com o preparo do solo, o tratamento das sementes ou das
mudas e a semeadura, durante o desenvolvimento das culturas, na ocasião das colheitas, no
beneficiamento, na embalagem, no transporte e no armazenamento da produção, as pragas
consomem ou inutilizam, por vezes, cerca de 30 por cento das colheitas, além do que, durante o
ciclo das culturas, ocorrências climáticas cíclicas anulam uma outra parcela bastante significativa
do que se plantou e do que se pode armazenar.
É notório que a cada dia cresce a demanda de produtos agrícolas, industrializados ou “In
Natura”. Essa crescente demanda é conseqüência do surto populacional que o mundo está
experimentando. Atualmente, calcula-se existir mais de 500 milhões de pessoas subalimentadas,
com estimativas de aumento para 600 a 650 milhões até o final do século 21, em que pesem os
grandes avanços tecnológicos da agricultura, conquistados pela pesquisa agronômica.
Para atender a esse aumento populacional, as estratégias governamentais visam duplicar a
produção de vegetais alimentícios, fibrosos e energéticos. Dois procedimentos poderiam ser
adotados para alcançar este objetivo:
∗
*N. do E. – Não houve mudanças na edição 2005 deste módulo por causa de mudanças estruturais no Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. As possíveis modificações serão discutidas no Primeiro Encontro
Presencial.
controle, e na maioria das vezes, sua erradicação é quase impossível. A convivência com uma
praga estabelecida em uma área exige diversos métodos de controle que, em geral, são bastante
onerosos para o agricultor e danosos para a economia local, estadual e nacional.
O objetivo maior deste capítulo é tratar dos novos atores no cenário internacional, apresentar
a Organização Mundial -OMC e, em especial, o Acordo Agrícola e o Acordo de Medidas Sanitárias
e Fitossanitárias, suas implicações para a produção vegetal brasileira e a inserção do Brasil no
mercado globalizado.
1 - O surgimento do GATT
A última dessas Rodadas, caracterizada como a maior e mais abrangente, foi a do Uruguai
ocorrida em setembro de 1986; planejada para durar quatro anos, estendeu-se até 15/12/1993.
Vale registrar que essa “Rodada Uruguai” ocorreu em meio às transformações da política
agrícola americana, à radical mudança da Política da União Européia, no auge de uma guerra
comercial nos mercados de produtos agropecuários. Aliás, o tema agrícola pela primeira vez era
incluído nas negociações. Essa inclusão gerou sucessivos adiamentos na conclusão da rodada.
Estas dificuldades podem ser explicadas pelo fato que muitas questões vinculadas à agricultura
envolvem aspectos não-econômicos tais como: segurança alimentar; manutenção de estruturas
sociais; questões relacionadas ao meio ambiente e a proteção fitossanitária.
Nessa “Rodada Uruguai”, após sete anos de difícil negociação, em que pesem os temas
polêmicos, os seus resultados foram aprovados por todos os países membros na Reunião
Ministerial de Marrakesh ocorrida no período de 12 a 15 de abril de 1994. Como produto final
dessas negociações foi assinado o “Final act” no qual ficou assentado a constituição de um
organismo responsável pelas regras do comércio mundial denominado Organização Mundial do
Comércio -OMC.
Outros Acordos de comércio plurilaterais não foram aceitos por todos os membros e, desta
forma, somente têm validade entre os países que os subscreveram. Entre eles destacam-se: Acordo
sobre Compras Governamentais; Acordo sobre Lácteos e Acordo Internacional sobre Carne Bovina.
O Acordo Agrícola passou a vigorar no mesmo instante em que a OMC substituiu o GATT
como o novo organismo de regulação do comércio mundial, ou seja, a partir de janeiro de 1995.
Este Acordo compõe-se de 21 Artigos e 5 Anexos versando sobre três grandes temas: acesso
a mercados; medidas de apoio interno e subsídios às exportações.
Por Acesso a Mercados entende-se o conjunto de regras que buscam disciplinar a utilização
de medidas de proteção na fronteira para controlar as importações de produtos agropecuários. Está
acordado que nenhum país pode, doravante, utilizar medidas não-tarifárias para proteger o seu
mercado doméstico. Neste sentido todas as medidas existentes foram convertidas em tarifas através
do processo de “tarifação”.
As Medidas de apoio interno são constituídas de regras que disciplinam o uso e a aplicação
de medidas governamentais voltadas para apoiar o setor produtivo doméstico.
Quanto aos Subsídios à Exportação são regras para se evitar que o comércio internacional
de produtos agrícolas seja distorcido pelo uso de subsídios nas vendas ao mercado externo.
Foi criado o Comitê de Agricultura, que tem por função o gerenciamento do processo de
implementação do Acordo Agrícola. Para tanto, os países deverão submeter, regularmente, ao
Comitê notificações contendo informações sobre medidas voltadas para o setor agropecuário que
sejam praticadas pelos países. Este Comitê reúne-se, ordinariamente, quatro vezes ao ano, para
analisar as notificações enviadas.
Este Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) reafirma que
“nenhum membro deve ser impedido de adotar ou aplicar medidas necessárias à proteção da
vida ou saúde humana, animal ou vegetal, desde que tais medidas não sejam aplicadas de modo a constituir
uma forma de discriminação arbitrária ou injustificável entre Membros em que prevaleçam as
mesmas condições, ou uma restrição velada ao comércio internacional”.
Com a aplicação do SPS o desejo é a melhoria da saúde humana, animal e vegetal no
território de todos os Membros. Entendendo que as medidas sanitárias e fitossanitárias são
freqüentemente aplicadas com base em acordos bilaterais.
O desejo maior é o estabelecimento de um arcabouço multilateral de regras e disciplinas
com vistas a reduzir ao mínimo seus efeitos negativos ao mercado. E, além disso, estimular o uso de
medidas sanitárias e fitossanitárias entre os Membros, com base em normas de organizações como o
Codex Alimentarius, Organização Internacional de Epizootias - OIE, Convenção Internacional
sobre Proteção Vegetal - CIPF, sem que com isso se exija dos Membros que modifiquem seu nível
adequado de proteção da vida e saúde humanas, dos animais e vegetais.
Para tanto, o Acordo SPS contempla alguns princípios básicos, quais sejam:
Está consignado na CIPF que os membros cooperarão entre si para o cumprimento dos
objetivos da CIPF em particular:
• no intercâmbio de informações sobre pragas;
• participar em campanhas especiais para combater pragas que possam ameaçar
seriamente os cultivos e requeiram medidas internacionais;
• cooperar na medida do possível, no repasse de informações técnicas e biológicas
necessárias para a Análise de Risco de Pragas;
Quanto ao possível surgimento de alguma controvérsia a respeito da interpretação ou
aplicação da CIPF ou se uma parte contratante considera que a atitude de outra parte está em
conflito com as obrigações definidas na CIPF, especialmente no que se refere às razões que tenha
para proibir ou restringir as importações de plantas, produtos vegetais ou outros artigos
regulamentados procedentes de seus territórios, as partes interessadas deverão consultar entre si
com vistas a solucionar a controvérsia.
Somente se a controvérsia não for solucionada entre as partes, estas poderão solicitar ao
Diretor Geral da FAO que nomeie um comitê de especialistas para examinar a questão controvertida
de conformidade com os regulamentos e procedimentos. As partes interessadas compartirão os
gastos com esses especialistas.
Muito embora o tema ALCA não seja novo é nos dias atuais que a discussão parece avançar
de forma irreversível.
Não tenho dúvidas que a ALCA é um caminho natural e benéfico para os países das
Américas. A questão central é negociar o melhor acordo possível fazendo valer o peso relevante do
nosso agronegócio, por exemplo, obtendo concessões que, sem a ALCA, nunca virão. Se o Brasil se
isolar como querem alguns a situação ficará pior, pois aí sim é que os mercados dos outros países se
fecharão.
É fundamental que todos os países assinem Acordos Internacionais que os obriguem a
praticar a “boa política econômica”, livrando os seus cidadãos dos delírios de alguns governos que
só trazem sofrimento de tempos em tempos.
A partir do exemplo da União Européia, pode-se afirmar, sem medo de errar, que a
liberalização do comércio nas Américas é certa. Porém, nenhum país abrirá mão dos seus direitos
de proteção sanitária/fitossanitária da sua agropecuária.
Por conseguinte, é natural prever que em todos os Acordos deverá constar um capítulo
especial que tratará das Medidas Sanitárias/Fitossanitárias que regerão o comércio dos produtos e
subprodutos do agronegócio, sem que sejam consideradas barreiras infundadas ao comércio.
Portanto, é fundamental que os governos que tem no agronegócio seu maior peso relevante
nas negociações da ALCA, se preocupem em reestruturar a sua Legislação e Normas internas,
tornando-as adequadas às exigências do mercado globalizado, sem descuidar da necessária proteção
da sua agropecuária.
Histórico:
1980 Constituição original (18 de dezembro) como Comitê Ad Hoc, integrado pelos Diretores de
Sanidade Vegetal da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
1989 Assinatura do Convênio constitutivo do COSAVE (Montevidéu – 9 de março)
1989/91 Processo de ratificação do convênio Constitutivo
1989 – Ratificação do Uruguai
1990 – Ratificação do Chile
1991 – Ratificação do Brasil, Paraguai e Argentina.
Estrutura do COSAVE
Conselho d e Ministros
Comitê Diretivo
Qu arentena Praguicid as
Tratamentos
Figura 1
Em 1987 essas cinco ORPF’s acordaram constituir, com o apoio do IICA e da FAO, o
Grupo Interamericano de Coordenação em Sanidade Vegetal (CICSV), como organismo para
coordenação das ações dirigidas à solução de problemas fitossanitários de caráter hemisférico e de
interesse prioritário para as Organizações integrantes.
A existência do GICSV tem adquirido maior relevância a partir das iniciativas de criação da
Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) pelo papel que poderia desempenhar como foro
idôneo para a harmonização hemisférica das normas fitossanitárias requeridas para o intercâmbio
entre as regiões de produtos agrícolas, desempenhando, num contexto mais amplo o papel do
COSAVE em relação ao Mercosul, definindo as bases conceituais e filosóficas que evitem o uso
das restrições fitossanitárias como barreiras ao comércio.
COSAVE Mercosul
Organização Técnica Fitossanitária Organização de Integração Comercial
Desenvolve Standards horizontais sobre conceitos, Desenvolve Standards verticais que utilizam modo
critérios, definições (Filosofia da Fitossanidade) e prático os conceitos e critérios técnicos desenvolvidos
procedimentos e métodos gerais para a harmonização pelo COSAVE, para facilitar o comércio regional de
de normas fitossanitárias. produtos agrícolas.
Figura 2
Figura 3
• Legislação básica
• Legislação complementar
A - Legislação básica
A CIPF tem como objetivo, assegurar uma ação comum e permanente contra a introdução e
disseminação de pragas dos vegetais, partes de vegetais e produtos de origem vegetal e de promover
as medidas para o seu combate. O Brasil como signatário, e, por conseguinte parte contratante,
compromete-se a adotar as medidas legislativas, técnicas e administrativas especificadas nessa
Convenção e em acordos suplementares propostos pela Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação –FAO, por iniciativa própria ou por recomendação de uma das partes
contratantes.
como : Peru, União Européia, África do Sul, Índia, Bolívia, Comunidade Andina das Nações e
Chile.
É importante ressaltar que foi incluído um capítulo especial, chamado de anexo do Acordo
em todos estes Acordos, e dedicado às Medidas Sanitárias e Fitossanitárias.
Os acordos bilaterais são muito relevantes para a integração comercial. A título de exemplo,
informamos que o Brasil tem cerca de 120 acordos bilaterais na área sanitária e fitossanitária com
cerca de 45 países. Muitas vezes a implementação bilateral é mais rápida e traz resultados para o
comércio de forma mais célere, além de facilitar possíveis entendimentos mais abrangentes num
futuro próximo.
Esta Lei substituiu o capítulo VI, do Regulamento da Defesa Sanitária Vegetal, e dispõe
sobre a pesquisa, experimentação, produção, embalagem, transporte, armazenamento,
comercialização, utilização, importação, exportação, destino final dos resíduos e embalagens,
registro, classificação, controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Entre as várias situações que requereram medidas precisas e corajosas do Governo de Vossa
Excelência, quase que imediatamente após sua posse em 1º de janeiro de 2003, destaca-se a crise
em relação à comercialização da soja, colhida pelos produtores rurais no início do ano e plantada,
em algumas regiões do País, com a utilização de sementes geneticamente modificadas, sem o
devido cumprimento dos requisitos legais, em especial os contidos na legislação ambiental.
Essa situação, decorrente de uma cultura de descumprimento, por muitos anos, da legislação
vigente, potencializada por um arcabouço legal com muitos pontos conflitantes, pela omissão no
controle e monitoramento de governos anteriores e pelo desaparelhamento estatal herdado pelo
atual Governo, foi enfrentada com a adoção de algumas medidas que modificaram a própria
legislação e, mais do que isso, estabeleceram novo patamar qualitativo no processo decisório de
governo, focado na interação das diversas visões setoriais e na disposição de passar a controlar
efetivamente o processo de liberação dos organismos geneticamente modificados (OGM) no meio
ambiente e para consumo humano.
Dentre essas, merecem menção o Decreto n° 4.602, de 21 de fevereiro de 2003, que instituiu
Comissão Interministerial para construir uma visão integrada do Governo sobre o tema, a edição da
Medida Provisória nº 113, convertida na Lei nº 10.688, de 13 de junho de 2003, que estabeleceu
normas para a comercialização da produção de soja da safra de 2003, o Decreto nº 4.680, de 24 de
abril de 2003, que estabeleceu regras mais rígidas que as anteriormente existentes, no nível mais
restrito na experiência internacional, sobre a rotulagem de produtos que contêm OGM e, por último,
o encaminhamento ao Congresso Nacional da Mensagem Presidencial nº 349, de 25 de julho de
2003, propondo a adesão do Brasil ao Protocolo de Cartagena, todas medidas voltadas a fortalecer o
poder do Estado no exercício de suas competências sobre a matéria e atender aos interesses da
sociedade. O cenário construído nesses poucos meses difere muito daquele do início de 2003. Além
de superar o risco de crise econômica, deu-se início ao redesenho da estrutura institucional do
Governo e é iminente o envio, por parte do Poder Executivo, de projeto de lei ao Congresso
Nacional, resultado de amplo processo de discussão, que traz nova formatação do marco de
regulamentaçaõ sobre biossegurança de OGM.
Apesar dessa série de iniciativas e das restrições firmadas pela Lei nº 10.688, de 2003,
relativamente ao plantio de soja geneticamente modificada para a safra de 2004, algumas situações
não foram alcançadas pelo exercício do poder de Estado, de forma a adequar a ação de todos os
agentes envolvidos. Com efeito, as dificuldades são expressivas no que se refere à cultura de soja no
País, cuja produção, nos últimos anos, apresenta índices crescentes de participação da soja
Respeitosamente,
SWEDENBERGER BARBOSA
Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República Interino
MENSAGEM DE VETO
e os produtores rurais, matéria essa que deve ser equacionada pelas vias competentes, vale dizer,
pelo Poder Judiciário, tendo em consideração a legislação específica do setor."
Estas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar o dispositivo acima mencionado
do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do
Congresso Nacional.
B - Legislação complementar:
•
considerando a importância do intercâmbio internacional de germoplasma,
geneticamente modificado ou não, de organismos para controle biológico e de solo e
outros fins científicos, necessários à pesquisa agropecuária;
• considerando que este intercâmbio é permitido somente às instituições que ofereçam
condições técnicas de quarentena para garantir a segurança dos recursos filogenéticos
introduzidos;
• considerando a necessidade de se resguardar a vigilância e a segurança desse
intercâmbio, harmonizar e simplificar os procedimentos de inspeção fitossanitária
nas importações desses materiais, sem comprometimento das normas quarentenárias
e de vigilância fitossanitária, conforme propõe o Departamento de Defesa e Inspeção
Vegetal - DDIV, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA, e que consta no
Processo n.º 21000.002152/98-68, resolve :
Art. 1º Aprovar as NORMAS PARA IMPORTAÇÃO DE MATERIAL DESTINADO À
PESQUISA CIENTÍFICA, anexas.
Art. 2º Determinar que o trânsito internacional de vegetais se realize exclusivamente nos
pontos onde houver o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 3º Determinar que a quarentena seja realizada nas estações quarentenárias credenciadas
pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 4º Revogar as Portarias n. º 148, de 15 de junho de 1992, e n. º 74, de 07 de março de
1994.
Art. 5º Esta Instrução Normativa entrará em vigor sessenta dias após a data de sua
publicação.
Anexo
Disposições gerais
Procedimentos
- Portarias complementares
f) Vegetais de importação permitida sem Certificado Fitossanitário:
- Vegetais e partes de vegetais que tenham sofrido beneficiamento, secagem,
industrialização ou qualquer processo que os desvitalizem.
“Vide Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilância Agropecuária Internacional,
Incluído na Integra no Apêndice deste Módulo”
OBSERVAÇÃO : Este Manual do Vigiagro está em processo de revisão. Foi publicada a
Portaria nº 234, 29/12/2005, que coloca em consulta Pública um NOVO Manual do VIGIAGRO,
que deverá ser publicado em definitivo e, conseqüentemente, entrar em vigência, no primeiro
trimestre de 2006. (Nesse momento estaremos disponibilizando a nova versão).
A Norma Internacional de Medida Fitossanitária - NIMF nº 15, editada pela FAO em março
de 2002, estabelece diretrizes para a certificação fitossanitária de embalagens, suportes e material
de acomodação confeccionados em madeira e utilizados no comércio internacional para o
acondicionamento de mercadorias de qualquer natureza.
A exigência consiste, basicamente, na certificação fitossanitária prevista naquela Norma, ou
seja, do Tratamento Térmico e na Fumigação com Brometo de Metila nas embalagens, seus
suportes e material de acomodação, de madeira. Estes, quando constituídos de outro material que
não a madeira ( plásticos, papelões, fibras, etc ) e os constituídos de madeira industrializada ou
processada ( compensados, aglomerados e outras peças de madeira que, no processo de fabricação,
foram submetidos ao calor, colagem e pressão ), não estão sujeitas àquela certificação.
Tendo como foco principal as pragas florestais de interesse agrícola e a condição
excepcional das embalagens e suportes de madeira que circulam no mercado internacional na
veiculação e disseminação das mesmas, a NIMF 15 apresenta recomendações e orientações quanto
ao estabelecimento de medidas fitossanitárias, com vistas ao manejo do risco dessas pragas.
Estarão isentas das exigências da certificação fitossanitária previstas na Norma as
embalagens, seus suportes e material de acomodação constituídos de outro material que não a
madeira (plásticos, papelões, fibras, etc.) e os constituídos de madeira industrializada ou
processada, a exemplo de compensados e aglomerados e outras peças de madeira que, no processo
de fabricação, foram submetidas ao calor, colagem e pressão.
Os tratamentos fitossanitários, internacionalmente reconhecidos, e que podem ser utilizados
com o objetivo de reduzir o risco de introdução e/ou disseminação de pragas quarentenárias
associadas a embalagens e suportes de madeira e levados em consideração no trabalho de
certificação fitossanitária exigida pela Norma são os seguintes:
A Secagem de Madeira em Estufa ou Kiln Drying (KD), a impregnação de produtos químicos sob
pressão e outros tratamentos similares podem ser considerados tratamentos térmicos, desde que os
equipamentos utilizados para a sua aplicação cumpram com as especificações exigidas e com os
parâmetros de tempo e temperatura descritos no Tratamento Térmico (HT).
Para cada 5°C de queda da temperatura ambiente, abaixo dos 21°C, deverão ser
acrescentados 8 g/m³ ao tratamento. A temperatura mínima para realização da fumigação com
Brometo de Metila não deve ser inferior a 10°C e o tempo de exposição mínimo deverá ser de 16
horas. Há países que exigem um tempo mínimo de exposição de 24 horas.
Os tratamentos citados e outros, passíveis de utilização no tratamento de embalagens de
madeira e seus suportes, à medida que tiverem seus procedimentos de aplicação registrados junto à
Coordenação de Fiscalização de Agrotóxicos, serão reconhecidos e liberados, mediante
normatização específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Embalagens de madeira, seus suportes e material de acomodação que forem submetidos a
tratamentos reconhecidos deverão ser sinalizadas com a marca internacional, aprovada pelo Comitê
Interino de Medidas Fitossanitárias da FAO, conforme ilustração abaixo:
Art. 1° A entrada de madeira no Brasil, em forma de lenha, somente será permitida após
análise de risco de pragas, aprovada pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 2° A entrada no território nacional, de madeira de qualquer espécie, com casca, para
efeito de comercialização, ou casca isolada de coníferas e de latifoliadas dos gêneros botâncicos,
Acacia, Acer, Castanea, Eucalyptus, Fagos, Juglanas, Nothofagos, Populus, Quercus, Salix, Tilia e
Ulmus, somente será permitida após a análise de risco de pragas aprovada pela Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
vegetais, caso atendam às exigências da Instrução Normativa M.A.n° 05, de 16 de março de 1999,
publicada no D.O.U. de 18 de março de 1999.
Art. 4° Declarar como preferências para entrar no país embalagens que não utilizam
madeira, bem como aquelas que, muito embora constituídas de madeira, sejam devidamente
tratadas, conforme determina esta portaria, de modo a impedir que sejam hospedeiras de insetos ou
que mesmo não tratadas forem constituídas por madeira processada (compensados, chapas de
partículas como por exemplo aglomerados, isto é, material em cuja fabricação usa-se madeira, cola,
calor e pressão).
Art. 5° Toda embalagem e suporte de madeira não tratada, utilizados nos transportes de
qualquer classe de mercadoria que entre no país, deverão estar livres de casca, de insetos e danos
por este produzidos e caso não atenda a essas exigências deverão submeter-se no previsto do § 1
deste artigo.
§ 1° - As embalagens de madeira que se originaram ou transitaram pela China (inclusive da
região administrativa especial de Hong-Kong), Japão, Coréia do Norte e Estados Unidos da
América, deverão ser incineradas preferencialmente nas áreas primárias e, na impossibilidade de
atendimento desta exigência, deverão ser transportadas ao seu destino dentro dos próprios
containers ou em caminhões fechados, cabendo ao importador o ônus de sua incineração,
acompanhamento dessa ação e todos os demais custos decorrentes.
§ 2° - A incineração poderá ser fiscalizada a critério das delegacias do Ministério da
Fazenda ou do Ministério da Agricultura e do Abastecimento em não havendo o cumprimento da
mesma estará o responsável sujeito às penalidades da legislação em vigor.
registrado para esse fim, mas que não ataque metais, ou ainda tratamentos alternativos
comprovadamente eficientes como o da secagem da madeira em estufas a altas temperaturas, de
modo a reduzir o seu teor de umidade a, no máximo, 20%.
Art. 7° - Poderão ser acrescidos novos países no Art.5°, parágrafo 1°, desta portaria, ou
novas determinações relativas ao tema, por ato conjunto das Secretarias da Receita Federal, do
Ministério da Fazenda e da Secretária de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
Acarina
- Acarus siro, grãos armazenados;
• Aculus shlechtendali, maça;
• Brevipalpus chilensis, fruteiras diversas;
- Brevipalpus lewisi, polífaga;
• Eotetranychus carpini, fruteiras diversas;
• Steneotarsonemus spinki, arroz;
• Tetranychus mcdanieli, fruteiras diversas;
• Tetranychus pacificus, fruteiras diversas, ornamentais e algodão;
• Tetranychus turkestani, polífaga;
Coleóptera
• Anaplophora glabripennis, árvores de madeira dura,
- Anthonomus eugenii, Capsicum spp
- Anthonomus pyri, pomáceas;
• Anthonomus pomorum, maçã
• Anthonomus vestitus, algodão;
- Anthores leuconotus, café
- Bixadus sierricola, café
- Brachycerus spp; alho, cebola e ervilha;
- Bruchidius spp; ervilha;
- Chaectonema basalis, arroz e trigo;
- Conotrachelus nenuphar, drupáceas e pomáceas;
- Dicladispa armigera, arroz;
- Diocalandra taitense, coco;
- Epicaerus cognatus, batata;
- Gryctis rhinocerus, coco
Diptera
• Anastrepha ludens, frutas diversas;
• Anastrepha suspensa, frutas diversas;
- Atherigona orzae, arroz;
- Atherigona soccata, sorgo, arroz, trigo e milho;
• Bactrocera spp.,(exeto B. carambolae), frutas diversas;
• Ceratitis rosa, frutas diversas;
- Chromatomyia horticola, curcubitáceas e hortaliças;
- Contarinia tritici, trigo;
• Dacus spp., frutas diversas e cucurbitáceas;
- Delia spp. (exeto Delia platura), cereais
- Mayetiola destructor, cereais;
- Ophiomya phaseoli, feijão;
- Orseolia oryzivora, arroz;
- Orseolia oryzae, arroz e outras gramíneas;
- Rhagoletis cingulata, Prunus spp.;
• Orseoletis pomonella, frutas diversas;
- Sitodiplos mosellana, trigo;
• Torcotrypana curvicauda, mamão
Hemiptera
• Aleurocanthus woglumi, citros;
• Aleurocanthus spiniferus, citrus, rosa, videira e pêra;
• Bemisia spp.(complexo de raças e espécies, exceto biótipos A e B), polífaga;
- Ceroplastes destructor, citros e polifaga;
- Cicadulina mbila, milho, trigo, cana-de-açúcar e gramíneas
• Diuraphis noxia, trigo, cevada, aveia e centeio;
• Eurigaster intregriceps, trigo, triticale, centeio e aveia;
- Helopeltis antonii, caju
- Lygus spp., algodão
- Maconellicoccus hirsutus, polífaga;
- Perkinsiella saccharicida, cana- de-açúcar
- Plancoccoides njalensis, cacau e café;
- Pseudococcus comstocki, maçã, pêra, pêssego e café
- Rastrococcus invadens, manga;
Hymenoptera
- Cephus cinctus, trigo, triticale, aveia e centeio;
- Cephus pygmaeus, trigo, triticale, aveia e centeio;
Lepidoptera
- Agrius convolvuli, citros;
- Agrotis segetum, algodão e cucurbitáceas
- Anarsia lineatella, Prunus spp., pêra;
- Amyelois transitella, amêndoas, nozes e laranja;
- Argyrogramma signata, crucíferas, legumes e girassol;
- Carposina niponensis, frutas diversas;
- Cephonodes hylas, café;
- Chilo partellus, sorgo e milho;
- Chilo supressalis, arroz;
- Cryptophlebia leucotreta, frutas diversas;
• Cydia spp. (exceto C. molesta, C. araucariae e C. pomonella), frutas diversas;
• Dyspessa ulula, alho e cebola;
- Eurias biplaga, algodão e cacau;
- Earias biplaga, algodão e cacau;
- Earias insulina, algodão;
- Ectomyelois ceratoniae, nozes e sementes;
- Eldana saccharina, milho, sorgo, arroz e cana-de-açúcar;
Nematoda
- Anguina agrostis, Agrostis spp., Dactylis spp., Lolium spp. e Poa spp.;
- Anguina tritici, trigo, aveia, cevada e centeio;
- Bursaphelenchus xylophilus, Pinus spp., bálsamo e cedro;
- Ditylenchus angustus, arroz;
- Ditylenchus destructor, batata e bulbos florais;
- Ditylenchus dipsaci (todas as raças, exceto as do alho), polífaga;
- Globodera pallida, batata, tomate e berinjela;
- Heterodera punctata, milho e trigo,
• Heterodera oryzae, arroz;
• Heterodera oryzicola, arroz;
• Heterodera trifolli, soja;
• Heterodera zeae, milho;
- Meloidogyne chitwoodi, batata;
• Nacobbus aberrans, batata e tomate;
• Nacobbus dorsallis, batata;
- Pratylenchus fallax, frutíferas, rosa, morango e crisântemo;
Procariontes
- Citrus greening bacterium, citrus;
- Clavibacter iranicus, trigo;
- Clavibacter michiganensis spp. insidiosus, alfafa e trevo;
- Clavibacter michiganesis spp. sepedonicus, batata;
- Clavibacter tritici, trigo;
- Curtobacterium flaccumfaciens pv. Flaccumfaciens, leguminosas;
• Erwinia amylovora, rosáceas;
- Pantoea stewartii, milho;
- Pseudomonas syringae pv. Phaseolicola, feijão;
- Spiroplasma citri (Stubborn), citros
- Xanthomonas campestris pv. Cassavae, mandioca;
- Xanthomonas axonopodis pv. Citri (Biotiopos B e E), citros;
- Xanthomonas oryzae pv. Orazae, arroz;
- Xanthomonas oryzae pv. Orizicola, arroz;
- Xylella fastidiosa (peach phony disease), pêssego;
- Xylophilus ampelinus, uva;
Fungos
- Alternaria vitis, uva;
- Alternaria triticina, trigo;
- Thecaphora solani, batata;
- Thecaphora solani, batata;
• Apiosporina morbosa, Prunus spp.;
• Aureobasidium lini; algodão;
- Cercospora sorghi, sorgo e milho;
- Cladosporium alli-cepae, cebola e cebolinha;
- Cladosporium pisicolum, ervilha;
• Colletotrichum kahawae, café;
- Dactyliochaeta glycines (Pyrenochaeta glycines), soja;
- Entyloma oryzae arroz;
• Balansia oryzae-sativae, arroz;
- Fusarium oxysporium f.sp. elaidis, palma africana;
- Fusarium oxysporium f.sp. radicis lycopersici, tomate;
- Gibberella fujikuroi, arroz;
- Gibberella xylarioides, café;
- Glomerella cingulata, café;
- Glomerella manihotis, mandioca;
• Gtmnosporangiumm spp., pomáceas e rosáceas ornamentais;
• Haplobasidion musae, banana
- Heliococeras ss., arroz;
• Hemileia coffeicola, café;
- Hendersonia oryzae, arroz;
- Cephalosporium gramineum, trigo;
• Moniliophthora roreri, cacau;
- Mycosphaerella zeae-maydis, milho;
Plantas daninhas
- Cirsium arvense;
• Striga spp;
• Taenatherum caput-medusae;
§ 1º As pragas listadas neste artigo deverão ser objeto de Planos de Controle e Planos de
Ações Preventivas elaborados pelas Comissões de Defesa Sanitária Vegetal –CDSV e
encaminhados ao Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal – DDIV, desta Secretaria, para
aprovação.
§ 2º As CDSV dos estados serão também responsáveis pela apresentação de Planos para o
estabelecimento de Áreas Livres ou de Baixa Prevalência de Pragas, quando da existência de
condicionantes que permitam, por meio de evidência científica, sua caracterização.
Art. 4º As Pragas Não Quarentenárias Regulamentadas, entendidas como aquelas não
Quarentenárias cuja presença em plantas, ou partes destas, para plantio, influi no seu uso proposto
com impactos econômicos inaceitáveis, são:
• PVC vírus, batata;
• PVY vírus, batata;
• PLRV vírus, batata;
• PVS vírus, batata;
• Alternaria spp., batata;
• Erwínia spp., batata;
• Fusarium solani (Tipo eumartii), batata;
quarentenárias A2, bem como os aspectos sobre biologia, sintomatologia, controle e prevenção
dessas pragas e com duração mínima de 16 (dezesseis) horas.
§ 3º O treinamento deverá ser ministrado em segmentos de acordo com as pragas que se
pretende conter a disseminação, sendo o credenciamento específico para cada praga.
§ 4º No ato de inscrição para o treinamento o profissional deverá apresentar comprovante de
seu registro, ou visto, junto ao CREA da unidade da federação onde atuará após o credenciamento.
§ 5º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá, a qualquer tempo,
requerer à instituição executora da defesa sanitária vegetal a realização de treinamento específico
para determinada praga, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária –SDA, se entender que
existe a necessidade de ampliação do número de profissionais credenciados para emissão de CFO
ou CFOC.
Art. 4º Os profissionais aprovados em cada curso serão credenciados junto aos órgãos
executores da defesa sanitária vegetal nas unidades da federação, que emitirão credencial numerada
e seqüencial.
§ 1º A credencial deverá indicar o ano do credenciamento e siglas da unidade da federação
correspondente.
§ 2º Para recebimento da credencial, o profissional deverá assinar ficha de autógrafo,
objetivando conferência de assinaturas, conforme modelo anexo, estando a partir desse momento
habilitado a emitir os certificados.
Art. 5º Todas as vezes que uma praga classificada como Quarentenária A2 ou não
Quarentenária Regulamentada seja introduzida ou estabelecida em uma unidade de federação ou
região dessa unidade da federação indene, o órgão executor de defesa sanitária vegetal será
responsável pela notificação aos técnicos credenciados para emissão de CFO da sua ocorrência, e da
necessidade de providenciarem a extensão de seus credenciamentos quanto a essa praga.
§ 1º Uma vez credenciados para a emissão de certificados Fitossanitários, os profissionais
habilitados poderão fazer a extensão de seu credenciamento para novas pragas que necessitem de
certificação, sem a necessidade de passarem por curso completo.
§ 2º Para obter a extensão citada, o profissional deverá solicitá-la ao órgão executor de
defesa sanitária vegetal que o credenciou, que por sua vez o encaminhará a um especialista na praga
para a qual se deseja o credenciamento.
§ 3º Os órgãos executores de defesa sanitária vegetal deverão manter, permanentemente,
especialistas em pragas quarentenárias A2 e não quarentenárias regulamentadas, credenciados para
procederem a capacitação e reciclagem dos profissionais que atuam na certificação fitossanitária e
no seu controle.
§ 4º Após o treinamento sobre a nova praga, o especialista credenciado emitirá um
certificado atestando que o profissional está apto a identificar e controlar a praga no campo, nos
seus diferentes estágios de desenvolvimento, para que órgão credenciador emita a extensão do
credenciamento.
Anexo I
(modelo de CFO)
Órgão Controlador do Sistema de Certificação
Obs: Certifico, que mediante acompanhamento a(s) cultura(s) acima especificada(s), está(ão) livre(s) de
Pragas Quarentenárias A2 E Não Quarentenárias Regulamentadas.
Declaração adicional:
Este certificado é válido por ________ dias e será nulo se rasurado. A responsabilidade do emitente é limitada
ao período estabelecido e a produção da área acima identificada.
__________________________________________________________________
Assinatura e carimbo
§ 1º Não poderá ser exigida a emissão da Permissão de Trânsito nos casos de Unidades da
Federação onde a praga está presente para outra onde ocorra a mesma praga e não haja programa
oficial de controle aprovado pelo Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal – DDI.
§ 2º Quando os vegetais ou seus produtos, citados no caput deste artigo, tenham que transitar
por Estados indenes e sejam oriundos de áreas com presença de pragas Quarentenárias A2 ou Não
Quarentenárias Regulamentadas, haverá necessidade de emissão da Permissão de Trânsito.
§ 3º A Permissão de Trânsito poderá ser emitida para lotes de produtos, compostos por
cargas certificadas por diferentes CFO’s ou mesmo Permissões de Trânsito, conforme regulamento
específico que trata dos Certificados Fitossanitários de Origem.
Art. 4º Somente será permitida a cobrança de Permissão de Trânsito referente a pragas já
existentes no Estado, quando o organismo oficial estadual comprovar a existência de trabalhos
técnicos para o controle e erradicação destas pragas, junto ao Departamento de Defesa e Inspeção
Vegetal – DDIV, visando o estabelecimento de Áreas livres ou Zonas de Baixa Prevalência das
referidas pragas.
§ 1º A exigência da Permissão de Trânsito por Unidade da Federação onde uma praga está
presente, mas apresentam áreas Livres ou Zonas de baixa prevalência estabelecidas para ela,
aprovadas pelo DDIV, só será permitida para as rotas de risco, ou seja, quando os produtos
transitem pelas respectivas áreas estabelecidas.
§ 2º O estabelecimento de Áreas Livres de Pragas deverá seguir a sistemática estabelecida
pelo Standard do Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul – COSAVE, que se encontra na Portaria
nº 641, de 3 de Outubro de 1995, publicada no Suplemento do DOU, de 10 de outubro de 1995.
Art. 5º A Permissão de Trânsito deverá ser carimbada e assinada por um fiscal, em cada
barreira fitossanitária, com o carimbo próprio de identificação padronizado, conforme consta no
anexo II.
Art. 6º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada
o item 8.5, Anexo V-XXV da Portaria nº 151, de 15 de setembro de 1998, publicada no Diário
Oficial da União de 18 de setembro de 1998.
Anexo I
(modelo de permissão de trânsito)
Órgão Executor
Permissão de trânsito de vegetais Nº_______________ Série: __________
Credencial Nº__________________
Origem de produto
Nome:_________________________________________________________________________
Estabelecimento: _________________________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________________________
Município:_______________________________________uf:____________________________
Produtor: Viveirista Comerciante Registro nº
Produto Vegetal
Espécie:__________________cultivar:___________qte:________________cfo/cfoc_______
Espécie:__________________cultivar:___________qte:________________cfo/cfoc_______
Espécie:__________________cultivar:___________qte:________________cfo/cfoc_______
Destinatário
Nome:__________________________________________________________________________
Estabelecimento:__________________________________________________________________
Endereço:________________________________________________________________________
Município:______________________________________UF:__________________________________
Transportador X itinerário
Veículo:______________________placa nº_____________carreta placa nº____________
Município:__________________________________________________uf:_________________
Itinerário¹:______________________________________________________________________
Declaração adicional²
unidades da federação consideradas indenes, após análise e aprovação dessas medidas pelo DDIV,
desta Secretaria.
§ 4º A obrigatoriedade da Permissão de Trânsito emitida por unidade da federação indene
entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias após a publicação desta Instrução Normativa.
Art. 5º Quando se tratar de produtos a que se refere o artigo anterior, não se aplica o disposto
no art. 3º, da Instrução Normativa nº 11, de 27 de março de 2000.
Art. 6º As Secretarias de Agricultura ou órgãos de defesa vegetal nas unidades da federação
deverão fortalecer os trabalhos nas barreiras interestaduais, portos, aeroportos, terminais rodoviários
e postos utilizados no trânsito interno de plantas e partes de plantas de bananeira (Musa spp. e seus
cultivares), objetivando incrementar o cumprimento da presente Instrução Normativa, sobretudo da
certificação fitossanitária.
§ 1º É proibido trânsito de plantas e partes de plantas de bananeira oriundas de áreas
infestadas, para áreas ou locais de produção livres de Sigatoka Negra.
§ 2º Os órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal serão responsáveis por garantir que, nas
áreas infestadas, os bananais infestados ou abandonados e as bananeiras abandonadas serão
eliminados, não cabendo aos proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título, de imóveis
ou propriedades, indenização no todo ou em parte, das plantas eliminadas por força desta Instrução
Normativa.
Art. 7º O DDIV coordenará as atividades de prevenção e controle da praga Sigatoka Negra
em todo território nacional, visando a impedir o seu avanço.
Art. 8º As suspeitas e ocorrências da praga Sigatoka Negra deverão ser notificadas às
autoridades fitossanitárias mais próximas, sejam de âmbito federal ou estadual, que repassarão
imediatamente as informações ao DDIV, desta Secretaria.
Art. 9° O descumprimento das exigências desta Instrução Normativa configurará os crimes
previstos no art. 259, do Código Penal, e no art. 61, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e
implicará o cancelamento do reconhecimento oficial de área ou local de produção livre de Sigatoka
Negra.
Art. 10. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 11. Fica revogada a Instrução Normativa nº 23, de 7 de junho de 2001.
Anexo
Procedimentos para caracterização de área ou local de produção livre de Sigatoka Negra
2.1 - Do levantamento para detecção da praga (conduzido pelo órgão executor de defesa
vegetal na unidade da federação, em uma área considerada indene, para determinar se a praga está
presente).
4.1 - O órgão responsável pela defesa sanitária vegetal na unidade da federação deverá
supervisionar todos os setores envolvidos no processo de certificação garantindo a realização de
todos os levantamentos e medidas fitossanitárias de controle estabelecidas por este regulamento.
4.2 - O DSV em conjunto com o SEDESA, da Superintendência Federal de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, na unidade da federação, deverá realizar no mínimo 2 auditorias por ano,
nas áreas ou locais de produção livres.
6.1 - O DSV deverá analisar o processo e proceder à auditoria técnica para verificar a
conformidade na aplicação das medidas fitossanitárias estabelecidas por este regulamento.
6.2 - O DSV deverá publicar ato de reconhecimento oficial da situação da área ou local de
produção e dar ampla divulgação a todas as SFA’s e aos órgãos estaduais de defesa vegetal.
3 - Campanhas fitossanitárias
Quando por fatores climáticos, desequilíbrio biológico, algum incidente que predisponha ou
estabeleça condições propícias ao surgimento, erupção ou introdução de pragas, que afetem
determinadas culturas de expressão, causando prejuízos de grande monta para a economia do país,
cabe ao Governo mobilizar os meios necessários, visando o controle desse mal.
Diante desse quadro, surgem as Campanhas fitossanitárias para cuja execução, lança-se mão
de recursos específicos, objetivando uma ação imediata.
Campanha fitossanitária é a união de esforços, visando a prevenção, controle ou a
erradicação de alguma ocorrência de ordem fitossanitária, através de estabelecimento de normas e
procedimentos específicos.
O objetivo básico de uma campanha é o equacionamento emergencial de determinados
problemas fitossanitários, que afetam as culturas de expressão econômica, com vistas a se manter a
rentabilidade destas culturas em determinada região do país.
Atualmente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Coordenação
de Proteção de Plantas – CPP/Departamento de Sanidade Vegetal – DSV – MAPA, coordena as
seguintes Campanhas fitossanitárias:
• Campanha Nacional de Erradicação de Cancro Cítrico
• Programa de Controle do Gafanhoto
• Programa de Controle do Bicudo do Algodoeiro
• Programa de Controle da Vassoura de Bruxa
• Programa de Controle da Mosca das Frutas
• Programa de Controle do Moko da Bananeira
• Programa de Controle da Vespa da Madeira
• Programa de Controle da Cydia pomonella
• Programa de Controle do Nematóide de Cisto da Soja
• Programa de Controle da Mosca Branca
D – Harmonização
Princípios gerais
1 – Soberania
Com o objeto de prevenir a introdução de pragas quarentenárias em seus territórios, se reconhece que os
países podem exercer o direito de soberania para utilizar medidas fitossanitárias que regulem a entrada de
plantas e produtos vegetais e outros materiais capazes de abrigar pragas vegetais.
2 - Necessidade
Os países poderão instituir medidas restritivas somente quando tais medidas se façam necessárias por
considerações fitossanitárias, para prevenir a introdução de pragas quarentenárias.
3 - Mínimo impacto
As medidas fitossanitárias devem ser consistentes com o risco de pragas envolvidas e deverão representar a
medida da menos restritiva disponível que resulte no mínimo impedimento ao movimento internacional de
pessoas, produtos básicos e remessas.
4- Transparência
Os países deverão publicar e distribuir as proibições, restrições e exigências fitossanitárias, incluindo as
justificativas e fundamentação de tais medidas.
5 - Modificação
Quando as condições se alteram, assim como, quando se dispõe de novas informações, as medidas
fitossanitárias deverão ser modificadas rapidamente por inclusão das proibições, restrições ou requerimentos
necessários para seu sucesso, ou por remoção daquelas consideradas desnecessárias.
Princípios gerais
6 - Harmonização
As medidas fitossanitárias deverão estar baseadas, sempre que possível, em standards, diretrizes e
recomendações internacionais desenvolvidas dentro do padrão da CIPF.
7 - Equivalência
Os países deverão reconhecer como equivalentes aquelas medidas fitossanitárias que não sendo idênticas,
mas que tenham o mesmo efeito.
9 - Cooperação
Os países deverão cooperar para prevenir a disseminação e introdução de pragas quarentenárias e para
promover medidas para o seu controle oficial.
10 - Competência Técnica
Os países deverão dispor de uma organização oficial de proteção vegetal.
11 - Quantificação Do Prejuízo
Para determinar que pragas são quarentenárias e a intensidade das medidas a serem tomadas contra elas, os
países deverão utilizar métodos de análise de risco baseados em evidências biológicas e econômicas, e
quando for possível, seguir os procedimentos desenvolvidos dentro do padrão da CIPF.
12 - Manejo de Risco
Tendo em vista que sempre existe algum risco de introdução de pragas quarentenárias, os países deverão
concordar com a política comum de manejo do risco, quando formulem medidas fitossanitárias.
14 - Ação de emergência
Os países podem, quando estão enfrentando uma situação fitossanitária nova e/ou inesperada, tomar medidas
de emergência imediatas, com base em uma análise preliminar de risco de praga. Tais medidas emergenciais
devem ser de aplicação temporária e sua validez estará sujeita a uma análise/estimativa detalhada do risco de
praga, tão logo seja possível.
15 - Notificação de não-cumprimento
Os países importadores deverão notificar aos países exportadores qualquer falta de cumprimento em relação
às proibições, restrições e requisitos fitossanitários.
Princípios gerais
16 - Não discriminação
As medidas fitossanitárias devem ser aplicadas sem discriminação entre os países da mesma situação
fitossanitária, se tais países podem demonstrar que eles aplicam medidas idênticas ou equivalentes em
manejo de pragas.
No caso de uma praga quarentenária presente em um país, as medidas deverão ser aplicadas sem
discriminação entre as remessas para o estrangeiro ou mesmo doméstica.
Para identificar como quarentenária uma determinada praga, usa-se a definição adotada pela
FAO, cujos elementos básicos incluem considerações sobre a presença ou ausência da praga em
uma área posta em perigo, a distribuição da mesma, sua importância econômica e se está ou não
sendo objeto de controle oficial.
Adicionalmente, leva-se em consideração critérios acerca do potencial de disseminação, da
importância relativa dos meios naturais e artificiais de disseminação, do potencial de
estabelecimento e da adequação climática da área.
Praga quarentenária: aquela que pode ter importância econômica potencial para uma
área posta em perigo, quando a praga ainda não está presente ou, se existente na área, não
está disseminada e se encontra sob controle oficial.
• A lista regional só inclui a relação de pragas cujo “status” nas listas nacionais
não tenha sido observado pelos representantes dos países no Grupo de
Trabalho Permanente em Quarentena Vegetal (GTP-CV).
• As listas A1 nacionais só podem incluir gêneros, espécies, raças, patovares
ou biótipos não presentes no país.
• As listas A2 nacionais só podem incluir pragas de distribuição restrita,
sujeitas a controle oficial ativo e eficiente no país membro. O cumprimento
destas condições deve ser fundamentado mediante documentação técnica
correspondente, que deverá indicar o tipo de controle aplicado para cada
praga. As listas nacionais deverão precisar a localização de cada praga.
• As listas A1 e A2 nacionais devem ser submetidas à consideração do
COSAVE (GTP-CV) para efeito de se verificar o cumprimento das condições
estabelecidas e como passo prévio à sua consideração para inclusão na lista
regional.
• O GTP-CV deve considerar as listas nacionais e, no caso destas merecerem
observações, devem ser realizadas por escrito, juntando a documentação
técnica de respaldo.
• As pragas das listas nacionais cujo “status” tenha sido observado no seio do
GTP-CV devem ser mantidas em estado transitório, não podendo incluir-se
nas listas nacionais reconhecidas pelo COSAVE, até que as observações
tenham sido aclaradas mediante o aporte tecnicamente fundamentado do país
interessado.
• A lista de pragas quarentenárias de importância nacional reconhecida pelo
COSAVE e a lista de pragas quarentenárias de importância para a região
devem ser revisadas semestralmente.
1 -Codificação de requerimentos
AFIDI) e (DAs).
[R4] Sujeito à análise oficial ao ingresso.
[R5] Requer Certificado do ISTA-CI que declare que o lote está livre de (pragas).
[R6] Requer Certificado de Qualidade -CC
DA9 “No lugar de produção ou sua vizinhança imediata (raio) não foram
observados sintomas de infecção / infestação por (praga/s) desde
(período)”.
DA10 “As plantas propagadas vegetativamente foram produzidas sob um
esquema de certificação fitossanitário aprovado (pela autoridade
fitossanitária nacional) para (praga/s), utilizando-se indicadores
apropriados ou métodos equivalentes, encontrando-se livres de pragas”.
DA11 “As plantas propagadas vegetativamente foram derivadas em linha
direta de material que foi mantido sob condições apropriadas e que foi
submetido dentro de (período), ao menos uma vez à análise oficial para
(praga/s), utilizando indicadores apropriados ou métodos equivalentes e
encontradas livres de pragas”.
DA12 “O material (plantas, estacas, talos, gemas, etc.) deve provir de
Estações de Quarentena Intermediária (em um terceiro país)”.
DA13 “As plantas mães das quais procedem foram indexadas e se encontram
livres de pragas transmissíveis por sementes (sexual, assexual)”.
DA14 “O envio não apresenta risco quarentenário com respeito a (a/s praga/s)
como resultado da aplicação oficialmente supervisionada do sistema
integrado de práticas de minimização de risco, acordado com o país
importador segundo Protocolo (nº)”
DA15 “O envio se encontra livre de: (a/s praga/s) de acordo com o resultado
da análise oficial de laboratório no( )”
1 - Objetivo
Oferecer uma maior agilidade às operações comerciais de produtos vegetais entre os Estados
partes do Mercosul, diminuindo substancialmente os tempos consumidos pelos controles
fitossanitários praticados nas fronteiras.
2 - Caracterização
3 - Âmbito
O RVD é aplicável ao conjunto de produtos vegetais que detalham neste standard de acordo
com a sua origem ou destino, para os países parte do MERCOSUL.
Os produtos incluídos são aqueles que cumprem com os seguintes critérios:
“Pertencem às categorias 1 de risco fitossanitário estabelecidas na nomenclatura
quarentenária do MERCOSUL ” ou “nas restantes Categorias e representam produtos cujos
4 - Operacionalização
a) Opção: Só para caso dos produtos amparados pelo RVD, o operador comercial poderá
optar entre o regime normal ou o RVD. Esta opção se realizará no momento de solicitar a permissão
fitossanitária de importação (Declaração Prévia ou AFIDI), indicando sua escolha no campo do
formulário previsto para tal feito.
b) Documentação: Dita opção será consignada na documentação emitida pela ONPF do país
exportador e comunicada à Passagem de Fronteira e à ONPF do país importador, quando
corresponda.
c) Ponto de ingresso: Para o embarque em cuja documentação oficial, conste haver optado
pela RVD, os Servidores Fitossanitários do Ponto de Ingresso (P. Fronteira), limitarão sua
intervenção à verificação documental, à verificação de mercadoria e precintado, autorizando o
trânsito até o Ponto de Destino.
d) Ponto de destino: Procederá a verificação de pré-cintados e a inspeção fitossanitária e de
qualidade dos embarques amparados no RVD, emitindo os Certificados de aprovação (liberação) ou
adotando as medidas de intervenção ou rechaço que correspondam.
O trânsito entre o Ponto de Ingresso e os Pontos de Destino deverá efetuar-se dentro dos
seguintes prazos:
• Argentina: 96 horas
• Brasil: 20 horas
• Paraguai: 48 horas
• Uruguai: 48 horas
diminuir o risco, de forma tal que barreiras comerciais alicerçadas em questões fitossanitárias
injustificadas sejam evitadas.
Toda medida fitossanitária regulamentada por um país deverá estar baseada em normas
aprovadas pela CIPF/FAO. No caso da análise de Risco de Pragas deve-se utilizar, principalmente,
o estabelecido nas Normas Internacionais para Medidas Fitossanitária (NIMFs), desenvolvidas pela
CIPF/FAO.
A Análise de Risco de Praga (NIMF nº 11, 2001) consiste em três fases: iniciação do
processo para a análise de risco, avaliação do risco de praga e manejo do risco de praga.
O início do processo envolve a identificação da praga ou vias de ingresso, para as que se
requerem uma ARP.
A avaliação do risco de praga determina quando uma praga identificada como tal, ou
associada a uma via de ingresso é uma praga quarentenária, caracterizada em termos de
probabilidade de ingresso, estabelecimento, dispersão e importância econômica; ou se trata de uma
praga de qualidade ou nociva (caracterizada em termos de sua importância econômica) ou se trata
de praga não passível de regulamentação fitossanitária.
O manejo de risco de praga envolve desenvolver, avaliar, comparar e selecionar opções para
reduzir o risco.
A ARP só tem sentido em relação a uma área considerada em risco. Esta é usualmente
um país, mas também pode ser uma área dentro do país ou uma área que abrange todo ou parte de
vários países.
Com o objetivo de atingir o nível aceitável de risco de risco combinações de duas ou mais
medidas podem ser consideradas. Além disso, outras opções de manejo poderão ser estabelecidas
por meio de acordos bi ou multilaterais, com o propósito de garantir o cumprimento das medidas
fitossanitárias.
À medida que as condições fitossanitárias mudem e se obtenham novas informações, as
medidas fitossanitárias deverão ser modificadas imediatamente, incorporando as proibições,
restrições ou requisitos necessários para sua efetividade ou eliminando aquelas desnecessárias.
A CIPF e o principio da transparência (NIMF nº 01,1995). Exigem que os países
comuniquem, quando solicitados, dos fundamentos dos requisitos fitossanitários. O processo
completo, desde o inicio até o manejo de risco de pragas, devera estar suficientemente
documentado, de maneira que quando se efetue uma revisão ou surja uma controvérsia, possam
demonstrar claramente as fontes de informações 4e os princípios utilizados para adotar a decisão
com respeito ao manejo de risco.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Instrução Normativa (IN)
Ministerial nº 59 de 21/11/02, publicada no D.O.U. em 22/11/02, estabelece em seu artigo 1º que a
importação de produtos vegetais obedecerão aos requisitos fitossanitários estabelecidos através de
Analise de Risco de Pragas – ARP, e que a mesma obedecera aos procedimentos constantes no
anexo da referida IN. Em seu parágrafo único diz: “Em caso de relevante interesse publico, os
produtos vegetais que não disponham de requisitos fitossanitários estabelecidos poderão,
excepcionalmente, ter a sua importação autorizada pelo MAPA, em volumes e por períodos
determinados, com base em requisitos fitossanitários de aplicação emergenciais, estabelecidos pelo
DSV”.
Os produtos vegetais tradicionalmente importados de uma determinada origem, que não
disponham de requisitos fitossanitários específicos regulamentados, poderão continuar sendo
importados, enquanto se conclui a respectiva ARP, sendo necessária a existência de processo
devidamente instruído e protocolado no MAPA. A importação poderá ser suspensa, até que se
conclua a ARP, quando ocorrer a interceptação de praga quarentenária por ocasião da inspeção no
ponto de entrada; quando verificada a relação entre a ocorrência da praga quarentenária no campo e
uma determinada importação; ou quando constatada a alteração da situação fitossanitária do
produto, tradicionalmente importado, no pais de origem, conforme estabelece a IN Ministerial nº 60
de 21/11/02, publicada no D.O.U. de 22/11/02.
As ARPs são realizadas pelo DSV ou em cooperação com Centros Colaboradores
credenciados contratados e indicados pelo interessado. As analises realizadas pelos Centros
Colaboradores deverão ser encaminhas ao DSV para parecer final. Os requisitos fitossanitários
estabelecidos através de ARPs aprovadas pelo DSV são parte integrante das Autorizações
Fitossanitárias de Importação (AFIDI). O resultado das ARPs deverá ser publicado no D.O.U., por
meio de Instruções Normativas da SDA.
Esta categoria de pragas regulamentadas é relativamente nova. Seu conceito foi definido no
ultimo texto revisado da CIPF (novembro, 1997) e poucas referencias existem a este respeito.
Recentemente, foi aprovada a NIMF nº 16 (2002) – “Pragas Não Quarentenárias
Regulamentadas: Conceito e Aplicação”. Esta NIMF descreve o conceito de PNQR e identifica suas
características. Também descreve a aplicação do conceito de PNQR e identifica suas características.
Também descreve a aplicação do conceito na pratica e os elementos relevantes para sistemas de
regulamentação.
A aplicação do conceito compreende os princípios de justificação técnica, analise de risco,
manejo do risco, mínimo impacto, equivalência e transparência. Todos estes fatores devem ser
considerados quando forem definidos os requerimentos para aplicação de medidas para as PNQRs.
O Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (COSAVE) desenvolveu o pré - Estândar
Regional de Proteção Fitossanitária (ERPF): “Diretrizes para a Analise de Risco de Pragas Não
Quarentenárias Regulamentadas”, o qual esta em fase final de aprovação (consulta pública). Este
ERPF deverá ser encaminhado, como proposta de NIMF, à Comissão Interina de Medidas
Fitossanitárias/CIPF/FAO, para consideração. Todo trabalho desenvolvido pelo COSAVE seguiu os
princípios e conceitos aprovados pela NIMF nº 16, 2002.
Segundo o PRÉ-ERPF, a analise de risco de PNQRs consta de quatro etapas: Inicio do
Processo, Categorização da Praga, Avaliação do Risco e Manejo do Risco. Em uma ARP para
PNQRs deve-se considerar em todo o processo, além da praga, o hospedeiro específico e o uso
proposto da planta para plantar (PPP).
O inicio do Processo de ARP é dado pela identificação da praga, de uma PPP ou por uma
decisão política de revisar uma medida fitossanitária.
A categorização da praga define se a mesma é em potencial PNQR.
Na etapa de avaliação do risco de uma PNQR examina-se o risco da praga causar uma
repercussão econômica inaceitável (qualquer perda direta ocasionada pela praga, demonstrada
cientificamente e que se considera inaceitável na área de ARP, como resultado de um juízo) A
etapa de manejo do risco envolve o desenvolvimento, avaliação, comparação e seleção de opções
para reduzir o risco. Nesta etapa, estabelecem-se as medidas fitossanitárias necessárias para reduzir
as chances de uma eventual repercussão econômica inaceitável ocasionada pela PNQR na área.
Diferentemente do exposto para PQ, a área de ARP de PNQRs se refere a um país, uma vez que,
por definição, as PNQRs estão presentes e possivelmente, amplamente distribuídas.
O Brasil já está trabalhando para a categorização destas pragas em sementes. Para tanto foi
instituído, a nível nacional, o “Programa de Sanidade de Pragas Não Quarentenárias
Regulamentadas na Produção e Comercialização de Sementes”.
As figuras 1,2 e 3 mostram as etapas que devem ser seguidas durante uma Análise de Risco
de Pragas
Observação: O Grupo de Trabalho de Pragas não Quarentenárias Regulamentadas do
COSAVE, juntamente com o Grupo de Pragas Quarentenárias, está desenvolvendo um novo
modelo de ARP, com o objetivo de adequá-lo ao novo texto da Convenção Internacional de
Proteção Fitossanitária (29 sessão, nov/97), que criou uma nova categoria de praga: Praga Não
a
Quarentenária Regulamentada.
1 - Extensão geográfica
Uma ALP pode ser definida, em princípio, em qualquer escala, relacionada à biologia da
praga quarentenária em questão.
2- País inteiro
Neste caso, “país livre de uma praga específica se aplica a uma entidade política sobre a qual
a Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) tem responsabilidade. Podem ser usados
dois sistemas para fornecer garantias”:
Quando a declaração “ausência da praga indicada” é fornecida por uma ONPF, ela pode ser
documentada com mais detalhe em discussões bilaterais por solicitação do país importador. Deve
existir um fundamento definido para esta declaração, por exemplo, revisão bibliográfica,
informação histórica, mapas de distribuição internacional, bancos de dados internacionais etc.
3 - Parte não infestada de um país no qual ocorre uma área infestada limitada
Neste caso a distribuição da praga está limitada a uma parte do país, como estabelece a
ONPF. Utilizam-se controles oficiais para conter e/ou suprimir a população da praga. Quando a
declaração “área livre de praga” é fornecida por uma ONPF suas bases podem ser descritas em
discussões bilaterais por solicitação do país importador. Estas podem incluir:
Este tipo de ALP se aplica a uma área, dentro de uma área infestada, na qual se estabeleceu a
ausência da praga e se mantém, de maneira que um país exportador possa utilizar este status como
base para a certificação fitossanitária de vegetais ou produtos vegetais.
Em certos casos uma ALP pode ser estabelecida dentro da área cujo estado de infestação não
se verificou. Em tais casos, a área que a rodeia considera-se como infestada para propósitos
práticos.
Quando a declaração “área livre de pragas” é fornecida por uma ONPF, suas bases podem
ser fundamentadas em discussões bilaterais por solicitação do país importador.
Isto deve incluir:
5.1 - Prospecções: deve alcançar-se um acordo entre duas (ou mais) ONPFs envolvidas, em
relação aos detalhes técnicos dos procedimentos apropriados de prospecções. Tais detalhes técnicos
podem incluir:
• O nível de garantia fornecido pela prospecção;
• Métodos de detecção, técnicas de amostragem e análises apropriadas da biologia da
praga;
• Duração da prospecção de acordo com a biologia da praga; e
• Factibilidade operacional.
Literatura consultada
ABEAS. Curso de Especialização por Tutoria a Distância. Curso de Proteção de Plantas. Módulo
1.2 - Legislação e Normas. Brasília, 2000.
BRASIL. Ministério de Relações Exteriores. O Mercosul Hoje. Site na Internet. Brasília, 1998.
FAO. International Standards for Phytosanitary Measures. Requirements for the establishment
of Pest Free Areas. Rome, 1996.
FAO. International Standards for Phytosanitary Measures. Guidelines for Pest Risk Analysis.
Rome, 1996.
Questão dissertativa
Descreva resumidamente (no máximo uma folha) sobre uma das opções abaixo:
Resposta do pré-teste
Questões Respostas
1 a
2 b
3 d
4 c
5 a
6 d
7 a
8 d
9 c
10 c
11 b
Apêndice
(Texto traduzido para o português a partir de original em inglês que pode ser obtido no
endereço: http://www.who.int/foodsafety/publications/biotech/20questions/en/ )
Estas perguntas e respostas foram preparadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS,
em resposta às questões e preocupações de diversos Estados Membros da OMS acerca da natureza e
segurança dos alimentos geneticamente modificados.
Organismos geneticamente modificados (OGMs) podem ser definidos como organismos nos
quais o material genético (DNA) foi alterado de uma maneira que não ocorreria naturalmente.
Normalmente, esta tecnologia é denominada "biotecnologia moderna" ou "tecnologia genética",
algumas vezes também pode ser denominada "tecnologia de recombinação de DNA" ou ainda
"engenharia genética". Esta tecnologia permite que genes individuais selecionados sejam
transferidos de um organismo para outro, inclusive entre espécies não relacionadas.
Estes métodos são usados para criar plantas GM – que são, então, usadas para o cultivo de
alimentos.
De uma maneira geral, os consumidores consideram que os alimentos tradicionais (que têm
sido consumidos há milhares de anos) são seguros. Quando novos alimentos são desenvolvidos
através de métodos naturais, algumas das características existentes dos alimentos podem ser
alteradas de uma forma positiva ou negativa. As autoridades nacionais podem ser chamadas para
examinar os alimentos tradicionais, mas este nem sempre é o caso. Na verdade, as novas plantas,
desenvolvidas através de técnicas tradicionais de concepção podem não ser rigorosamente avaliadas
utilizando-se as técnicas de avaliação de risco.
Com alimentos GM a maioria das autoridades nacionais considera ser necessária uma
avaliação específica. Foram criados sistemas específicos para uma rigorosa avaliação dos
organismos e alimentos GM tanto com relação à saúde humana como com o meio ambiente.
Geralmente, os alimentos tradicionais não são submetidos a avaliações similares. Portanto, há uma
grande diferença no processo de avaliação para estes dois grupos de alimentos antes de serem
comercializados.
Um dos objetivos do Programa de Segurança Alimentar da OMS é auxiliar as autoridades
nacionais na identificação de alimentos que deveriam ser submetidos à análise de risco, incluindo os
alimentos GM, e recomendar avaliações corretas.
Embora discussões teóricas tenham coberto uma ampla gama de aspectos, os três principais
pontos debatidos são as tendências em provocar reação alérgica (alergenicidade), a transferência do
gene e a mutação externa.
Alergenicidade. Como uma questão de princípio, a transferência de genes de alimentos que
normalmente são alergênicos é desencorajada a menos que se possa demonstrar que a proteína, que
é produto da transferência do gene, não é alergênica. Embora os alimentos criados de maneira
tradicional não sejam testados quanto à alergenicidade, os protocolos para testes de alimentos GM
foram avaliados pela Organização de Alimentos e Agricultura dos Estados Unidos (FAO) e pela
OMS. Nenhum efeito alérgico foi detectado com relação aos alimentos GM que estão atualmente no
mercado.
Transferência de Gene. A transferência do gene Alimentos GM para as células do corpo ou
para a bactéria encontrada no trato gastrintestinal seria motivos de preocupação se o material de
transferência genética afetasse de maneira adversa a saúde humana. Isto seria particularmente
relevante se genes com resistência a antibióticos, fosse transferidos no desenvolvimento de OGMs.
Embora a probabilidade de transferência seja baixa, o uso da tecnologia sem genes resistentes a
antibióticos foi desencorajado por um recente painel de peritos da FAO/OMS.
Mutação Externa. A mutação dos genes de plantas GM para culturas convencional ou
espécies relacionadas na natureza (denominado "cruzamento externo"), bem como a mistura de
culturas derivadas de sementes convencionais com aquelas cultivadas usando culturas GM, pode ter
um efeito indireto sobre a segurança dos alimentos. Este é um risco real, como foi demonstrado
quando traços de uma tipo de milho, o qual somente foi aprovado para uso como ração apareceu em
produtos para consumo humano nos Estados Unidos da América. Diversos países adotaram
estratégias para reduzir a mistura, incluindo uma clara separação dos campos onde são plantadas
culturas GM e culturas convencionais.
Encontra-se em discussão a possibilidade e os métodos de monitoramento de segurança pós-
comercialização de produtos de alimentos GM.
premissa destes princípios determina uma avaliação antes da inserção no mercados, realizada caso a
caso e incluindo a avaliação tanto dos efeitos diretos (a partir do gene introduzido) como dos efeitos
indesejáveis (que podem surgir como conseqüência da inserção de um novo gene). Os princípios
estão em um estágio avançado de desenvolvimento e espera-se que sejam adotados em julho de
2003.
Os princípios do Codex não têm um efeito compulsório sobre a legislação nacional, mas são
referidos especificamente no Acordo de Sanitariedade e Fito-sanitariedade da Organização Mundial
do Comércio (Acordo SPS), e podem ser usados como referência em caso de disputas comerciais.
O Protocolo de Cartagena sobre Bio-segurança (CPB), um tratado ambiental legalmente
compulsório para suas Partes, regulamenta as mutações de organismos vivos modificados (OVMs).
Os alimentos GM somente são incluídos no escopo do Protocolo se contiverem alguns
OVMs capazes de transferir ou replicar material genético. O fundamento do CPB é uma exigência
de que os exportadores busquem o consentimento dos importadores antes da primeira emissão dos
OVMs que se pretende lançar no meio ambiente. O protocolo entrará em vigor 90 dias após o 50
país o ter ratificado, o que pode ocorrer no início de 2003, tendo em vista a rapidez das declarações
registradas desde Junho de 2002.
Q13. Porque tem havido tanta preocupação acerca dos Alimentos GM entre alguns
políticos, grupos de interesse público e consumidores, especialmente na Europa?
todos os casos considerou que as informações submetidas pelos Estados-Membros não justificavam
o banimento.
Durante a década de 1990, a estrutura de regulamentação foi, posteriormente, estendida e
aperfeiçoada em resposta às legítimas preocupações dos cidadãos, organizações de consumidores e
operadores econômicos (descritos sob a Pergunta 13). Uma portaria revisada entrará em vigor em
outubro de 2002. Ela atualizará e fortalecerá as normas existentes em relação ao processo de
avaliação de riscos, de gerenciamento de riscos e de tomada de decisões no que diz respeito à
liberação de Organismos Geneticamente Modificados no ambiente. A nova portaria também prevê a
monitoração obrigatória dos efeitos em longo prazo associados à interação entre os Organismos
Geneticamente Modificados e o ambiente. Na União Européia, a rotulação de produtos derivados da
moderna biotecnologia de produtos que contenham Organismos Geneticamente modificada é
obrigatória. A legislação também aborda o problema de contaminação acidental de alimentos
convencionais por materiais Geneticamente Modificados. Ela apresenta um limiar mínimo de 1%
para DNA ou proteína resultante de modificação genética, abaixo dos quais, a rotulação não é
exigida.
Em 2001, a Comissão Européia adotou duas novas propostas de legislação sobre
Organismos Geneticamente Modificados no que diz respeito à rastreabilidade, reforçando as normas
atuais de rotulação e otimizando o procedimento de autorização para Organismos Geneticamente
Modificados em alimentos e na alimentação e para sua liberação deliberada no meio ambiente.
A Comissão Européia é da opinião que, essas novas propostas, estruturadas sobre a
legislação já existente, tem por objetivo tratar da preocupação dos Estados-Membros e fortalecer a
confiança do consumidor na autorização de produtos Geneticamente Modificados. A Comissão
espera que a adoção dessas propostas vá preparar o terreno para dar prosseguimento à autorização
de novos produtos Geneticamente Modificados na União Européia.
Q15. Como anda o debate público sobre alimentos Geneticamente Modificados em outras
partes do mundo?
consenso sobre esses tópicos, um significativo progresso tem sido alcançado na harmonização dos
pontos de vista sobre a avaliação de riscos. A Codex Alimentarius Commission está prestes a adotar
princípios sobre avaliação de riscos em fase de pré-comercialização, e as disposições do Protocolo
de Cartagena sobre Bio-segurança também revelam uma crescente compreensão em âmbito
internacional.
Mais recentemente, a crise humanitária na África do Sul chamou a atenção para o uso de
alimentos Geneticamente Modificados em situações de emergência. Vários governos na região
levantaram questionamentos sobre os receios em relação à segurança ambiental e a de alimentos.
Embora tenham sido encontradas soluções viáveis para a distribuição de grãos processados em
alguns países, outros países restringiram o uso de recursos para alimentos Geneticamente
Modificados e obtiveram produtos que não contêm Organismos Geneticamente Modificados.
Q16. As pessoas têm diferentes formas de encarar os alimentos, nas diferentes partes do
mundo?
Q18. Por que alguns grupos têm-se preocupado com a crescente influência da indústria
química na agricultura?
Alguns grupos estão preocupados com o que eles consideram ser um nível indesejável de
controle dos mercados de sementes por algumas poucas indústrias químicas. A agricultura
sustentável e biodiversidade beneficiam-se do uso de uma ampla variedade de culturas agrícolas,
tanto em termos de boas práticas de proteção das lavouras quanto do ponto de vista da sociedade,
como um todo, e dos valores atribuídos aos alimentos. Esses grupos temem que, como resultado dos
interesses das indústrias químicas nos mercados de sementes, as variedades usadas pelos
agricultores possam ficar reduzidas principalmente a culturas GM. Isso impactaria a cesta de
alimentos de uma comunidade e, em longo prazo, a proteção das lavouras (por exemplo, com o
desenvolvimento de resistência contra insetos daninhos ou determinados herbicidas). A exploração
exclusiva de culturas General Meeting tolerantes a herbicidas poderia também tornar o agricultor
dependente desses produtos químicos.
Esses grupos temem uma posição de dominação da indústria química no desenvolvimento
da agricultura, uma via que eles não consideram ser sustentável.
Q20. O que a OMS tem feito para melhorar a avaliação dos alimentos GM?
A OMS terá participação ativa com respeito a Alimentos GM, principalmente por duas
razões: (1) sob o argumento de que a saúde pública poderá beneficiar-se enormemente do potencial
da biotecnologia, por exemplo, com o aumento do teor nutritivo dos alimentos, menor
alergenicidade e produção mais eficiente de alimentos; e (2) em razão da necessidade de analisar os
potenciais efeitos negativos que o consumo de alimentos produzidos por meio de modificações
genéticas pode trazer à saúde humana, também em nível mundial. Parece claro que as tecnologias
modernas precisam ser extensamente avaliadas para que possam constituir um verdadeiro
aperfeiçoamento da forma como os alimentos são produzidos. Essas avaliações devem ser holísticas
e exaustivas e não podem ser interrompidas em sistemas de avaliação previamente segmentados,
incoerentes e que consideram apenas e isoladamente a saúde humana ou efeitos sobre o meio
ambiente.
A OMS está portanto trabalhando para apresentar um trabalho mais amplo sobre a avaliação
de alimentos General Meeting, a fim de permitir que outros fatores importantes sejam levados em
consideração. Essa avaliação mais holística de Organismos GM levará em consideração não apenas
a segurança do ponto de vista da saúde mas também do ponto de vista de segurança estratégica,
social e aspectos éticos, acesso e capacitação. A realização de trabalhos internacionais nessa nova
direção pressupõe o envolvimento de outras organizações- chave nessa área. Num primeiro passo, a
Diretoria Executiva da OMS discutirá o conteúdo de um relatório da OMS sobre esse assunto, em
janeiro de 2003. O relatório está sendo desenvolvido em cooperação com outras organizações
chave, principalmente a FAO e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP).
Espera-se que esse relatório possa constituir a base para futuras iniciativas na direção de uma
avaliação mais sistemática, coordenada, multi-organizacional e internacional de determinados
Alimentos GM.
Tutores:
Ilto Antonio Morandini
Engenheiro Agrônomo / Fiscal Federal Agropecuário
Chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional-Vegetal da Coordenação Geral
do sistema de Vigilância Agropecuária – CGS/VIGIAGRO, SDA/MAPA
Fone/Fax: (61) 3218-2829 / 3218-2831
E-mail: morandini@agricultura.gov.br
Brasília-DF
Paulo Parizzi
Fiscal Federal Agropecuário - SFA/MG-MAPA
Fone: (31) 3891-1742 / 9278-1959
Fax: (31) 3891-1742 / 3899-2722
E-mail: parizzi@homenet.com.br / pauloparizzi@yahoo.com.br / pparizzi@vicosa.ufv.br
Viçosa-MG