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A sensação, considerada como condição sensorial da percepção, pode ser definida


como o fenômeno psíquico determinado pela modificação de um órgão corporal. Esse
fenômeno comporta dois aspectos distintos: por uma parte, o conhecimento de um objeto,
apreendido com suas qualidades sensíveis (calor, cor, sabor, resistência, etc.) ± e um estado
afetivo mais ou menos acentuado (prazer ou dor), ligado a esta apreensão e determinando por
sua vez uma reação motora (atenção, atração, desejo, repulsão, etc.). Os dois elementos,
cognitivo e afetivo, estão em relação inversa um do outro; quanto mais forte for o estado
afetivo, menos clara será a representação.
Esse processo compreende a excitação, a impressão orgânica, a apreensão das
qualidades sensíveis.
Excitação é a ação de um corpo, ou excitante, sobre o organismo sensorial. A cada
sentido corresponde um excitante especial.
Impressão orgânica é a ação sobre o órgão periférico, a velocidade da condução
nervosa e reações motoras.
Apreensão das qualidades sensíveis resulta do fato de que o objeto externo se torna
presente ao órgão sensorial por uma espécie sensível ou imagem, que é a semelhança do
objeto, presente no próprio sentido, e que constitui como tal o principio determinante do
conhecimento sensível. Segue-se daí que a sensação não é ato unicamente da alma e do
corpo que ela informa - que ela é o ato comum do sujeito que sente e do objeto sentido - enfim,
que o objeto sentido está no sujeito que sente segundo o modo deste, quer dizer, sob a forma
imaterial, ou seja, a sensação refere-se à detecção e experiência sensorial básica proveniente
dos estímulos do meio tal como sons, objetos e odores. Já percepção acontece quando
integramos, organizamos e interpretamos as informações sensoriais de forma significativa.
Exemplo: a resposta física dos seus olhos à luz, manchas coloridas e linhas envolvem
sensação. Integrar e organizar essas sensações para que você interprete a luz, as manchas e
as linhas como uma pintura, uma bandeira ou um outro objeto qualquer envolve a percepção.
Não há uma linha divisória clara entre onde o processo de sensação termina e o
processo de percepção começa quando experimentamos na prática.
A sensação é o resultado da estimulação dos receptores sensoriais por meio de uma
forma de energia física, que é convertida em impulsos neurais e transmitida ao cérebro.
Os estímulos sensoriais chegam ao mesencéfalo, diencéfalo, telencéfalo (hemisférios),
a partir do tronco cerebral, vindos da medula e pares cranianos.
Já no nível talâmico, estes estímulos recebem um tratamento; aqueles extremamente
perigosos já são aí trabalhados. Por exemplo, uma explosão, um objeto que se aproxima em
alta velocidade, um grito. Estes estímulos já são analisados a nível subcortical e o organismo
reage a eles através de reflexos apropriados. Só depois da reação é que o estímulo será
analisado corticalmente (por exemplo, se estivermos escrevendo estas linhas e houver uma
explosão perto de nós, haverá uma tendência instintiva para que nos levantemos, deixemos
cair o teclado do computador para que se aumente o tônus muscular depois de rápida atonia).
São estímulos simples, mas com um alto poder de suscitar reações primitivas, pois podem ser
muito nocivos para o organismo, e este está preparado com mecanismos básicos, instintivos,
para reagir reflexamente.
Todas as sensações são o resultado da estimulação de células especializadas, os
receptores sensoriais, por alguma forma de energia. Assim, para que qualquer tipo de estímulo
seja percebido, a energia do estímulo tem que, em primeiro lugar, ser de tal forma que possa
ser detectada pelas nossas células sensoriais receptoras, caso contrário, a transdução não
ocorre (processo pelo qual uma energia física é convertida em um sinal neural codificado para
ser processado pelo sistema nervoso).

Limiar Sensorial - Para que um estímulo seja percebido, ele tem que ser forte o
suficiente para ser detectado, alto o suficiente para ser ouvido, concentrado suficiente para ser
cheirado e brilhante o suficiente para ser visto. O ponto no qual um estímulo é forte suficiente
para ser detectado e ativar uma célula sensorial receptora são chamados de limiar. Há dois
tipos gerais de limiares para cada sentido ± o limiar absoluto e o diferencial.
O limiar absoluto refere-se à menor força possível de um estímulo que pode ser
detectado em 50% das vezes ou tentativas.
O limiar diferencial é a menor diferença possível entre dois estímulos que pode ser
detectada em 50% das vezes ou tentativas.
A diferença quase imperceptível varia dependendo da relação com o estímulo original.
Este princípio de sensação chama-se lei de Weber, esta estabelece que, para cada sentido, o
valor do limiar diferencial é uma proporção constante do tamanho do estímulo inicial. Dessa
forma, a possibilidade de podermos detectar uma mudança na força do estímulo depende da
intensidade do estímulo original.
O que a lei de Weber esclarece é que a nossa experiência psicológica de sensação é
relativa.

Adaptação Sensorial - Por causa da adaptação sensorial, nós nos acostumamos aos
estímulos mantidos constantes e isso permite que notemos rapidamente um estímulo novo ou
a sua mudança. Se estivéssemos continuamente cientes de todos os estímulos que se
apresenta a nós, seríamos esmagados por informações sensoriais e incapazes de nos
concentrarmos. Exemplo: uma vez que você se senta no sofá, não precisa ficar lembrando que
o sofá está embaixo de você.

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O órgão do sentido para visão é o olho, que contém células receptoras sensíveis à
energia física da luz.
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As ondas sonoras são estímulos físicos que produzem a sensação de som. O sentido
da audição é capaz de reagir a uma grande variedade de sons, do mais baixo ao mais alto, do
simples ao complexo, do harmônico ao dissonante. A capacidade de sentir e perceber
diferenças sonoras muito sutis é importante para a sobrevivência, a interação social e o
desenvolvimento da linguagem.

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Os receptores sensoriais para o paladar e o olfato são especializados para reagir a
diferentes tipos de substâncias químicas, os mesmos podem fornecer informações importantes
sobre o meio ambiente. Os sabores os auxiliam a identificar se uma determinada substância é
para ser apreciada ou jogada fora. Os cheiros como de brasas queimando, vazamento de gás
ou comida queimada nos alertam que há um perigo em potencial.



Normalmente não pensamos que a nossa pele seja um órgão de sentido, mas na
realidade a pele é o maior e o mais pesado órgão do sentido.
A pele tem muitos tipos diferentes que receptores sensoriais. Alguns deles são
especializados para reagir a um tipo de estímulo como a pressão, o calor ou o frio; outros
reagem a mais de um tipo de estímulo.
Os receptores sensoriais são distribuídos regularmente entre as diferentes áreas do
corpo. Essa é a razão pela qual a sensibilidade ao tato e à temperatura varia de uma área do
corpo para outra.


      
 

No autismo há um comprometimento da filtragem, organização e inter-relação sensorial


a nível troncular, levando a uma bagunça sensorial, a uma inundação sensorial, a uma
dissinergia sensorial, daí o paciente se isolar, fugir de estímulos múltiplos, e não conseguem
integrar os vários estímulos, sejam eles cutâneos, proprioceptivos (aconchego motor nos
braços da mãe, por exemplo), auditivos etc. O isolamento do paciente é uma tentativa de se
livrar do excesso e da caoticidade dos estímulos.
Já foram demonstradas, no autismo, lesões bem replicadas do tronco e do cerebelo. O
cerebelo e estruturas correlatas tronculares têm um papel importante na adequação postural-
afetiva entre mãe e bebê, como o mostrou muito bem Wallon. A emocionalidade inicial do bebê
está muito ligada à pósturotonicidade e ao diálogo tônico que se estabelece entre mãe e filho.
Este diálogo é também emocional desde o início e, com o crescimento da criança, ele se torna
cada vez menos dependentes de elementos pósturo-tônicos. No entanto, se, desde o início, há
problemas nesta conectividade postural-emocional-social (emoção compartilhada é
sociabilidade), então a criança pode ter sérios problemas em comunicação interpessoal, pois
esta é basicamente, e sobretudo inicialmente, dependente de fatores emocionais. E sem
comunicação interpessoal adequada não há como se estabelecer trocas cognitivas, imitação,
linguagem, e assim todo o desenvolvimento global fica comprometido.

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O autismo é definido por certo conjunto de comportamento que variam de leves a


severos. Alguns comportamentos característicos do autismo podem estar aparentes nos
primeiros meses da vida da criança, ou podem surgir a qualquer momento durante os primeiros
anos.
A seguir alguns possíveis indicadores de autismo:
- não balbuciar, apontar ou fazer gestos significativos até 1 ano de idade.
- não falar uma palavra até 16 meses.
- não combinar duas palavras até os 16 meses.
- não responder ao nome.
- perda de linguagem e habilidades sociais já adquiridas.

Outros indicadores de autismo:


- contato de olho ruim.
- parecer não saber como brincar com brinquedos.
- ficar observando excessivamente brinquedos e outros objetos.
- ficar ligado a um brinquedo ou objeto em particular.
- não sorrir.
- às vezes parecer ter problema de audição.

  


De acordo com o Programa Mundial para Pessoas com Deficiência da ONU, ³é um


processo de duração limitada e com objetivo definido, com vista a permitir que uma pessoa
com deficiência alcance o nível físico, mental e/ ou social funcional ótimo, proporcionando-lhe
assim os meios de modificar a sua própria vida. Pode compreender medidas com vista a
compensar a perda de uma função ou uma limitação funcional, com ajudas técnicas e outras
medidas para facilitar ajustes ou reajustes sociais´.

    
  

Terapia de integração sensorial envolve a exposição leve a vários estímulos sensoriais.


O objetivo desta terapia é fortalecer, equilibrar e desenvolver o sistema nervoso central de
processamento de estímulos sensoriais. Delacato (1974), que introduziu o conceito de terapia
de integração sensorial, a terapia focada nos cinco sistemas sensoriais ± visão, paladar, olfato,
audição e tato. Hoje, terapeutas ocupacionais continuam a concentrar-se nestas áreas, bem
como incorporar o vestibular e de propriocepção, quando da criação e planejamento de um
cronograma de atividades para um indivíduo.


  

Problema: mastiga tudo, incluindo roupas e objetos.


Possíveis razões sensórias: acha relaxante.
Possíveis soluções: tubos livres de Látex, palhas.

Problema: manchando.
Possíveis razões sensoriais: pode gostar da textura em suas mãos ou ser hipo-sensível
aos cheiros.
Possíveis soluções: experimente introduzir materiais similares, tais como geléia, farinha
de milho e água.

Problema: se recusa a usar certas roupas.


Possíveis razões sensoriais: podem não gostar da textura ou pressão na pele.
Possíveis soluções: transforme os itens de dentro para fora, isso onde não há costura,
remover quaisquer etiquetas ou rótulos, que lhes permita usar roupas que são confortáveis por
dentro.

Problema: dificuldade para pegar no sono


Possíveis razões sensoriais: pode ter dificuldade em fechar os sentidos, em especial,
visual e auditiva.
Possíveis soluções: use cortinas blackout ou cobertores pesados.

Problema: dificuldade em concentrar-se na sala de aula.


Possíveis razões sensoriais: pode ter muitas distrações sensoriais, pode ser muito
ruidoso (falando, sinos, cadeiras raspando no chão), os lotes de estímulos visuais (pessoas,
retratos na parede), também pode encontrar desconforto ao segurar o lápis (pode sentir duro/
frio).
Possíveis soluções: posicioná-los longe das portas e janelas, móveis, use a sala para
criar uma área livre de distrações ou, se possível, uma estação de trabalho individual,
experimente diferentes texturas para tornar o lápis mais confortável.

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