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JUSTIFICATIVA: A procura pelas drogas é resultante de vários fatores e a maioria

ligados ao estado emocional. Há pessoas que são retraídas, contidas e têm dificuldades
na inter-relação e que usam álcool para se liberar; outras que são apáticas usam a
cocaína para ganhar agilidade, energia ou ficarem mais produtivas. Também existem
pessoas que são agitadas e tensas que encontram a tranqüilidade em substâncias como
calmantes ou maconha. Também, por motivos sociais (para se mantiver em um grupo
de amigos, ou porque têm muitos problemas com a família) ou, ainda, por razões de
ordem psicológicas (depressão, transtorno de ansiedade e obsessivo-compulsivo,
distúrbios de personalidade e, mais raramente, alguns tipos de psicoses). Recentemente,
foi descoberto também que pessoas que apresentam transtornos neurocognitivos, ou
dificuldade de aprendizado, são mais propensas ao uso de drogas. Na Policia Militar,
em função do estresse da profissão e até mesmo da sobrecarga no serviço, alguns
policiais desenvolvem doenças como a depressão, ansiedade, insônia. Outros tem
desentendimentos familiares e profissionais e encontram nas drogas uma falsa saída,
que na maioria das vezes é um caminho sem volta.
A Instituição não reconhece que um integrante pode ser um usuário de drogas.
Trata tal assunto como um desvio de conduta e abre procedimentos administrativos para
excluí-lo. Falta a percepção de que este mesmo militar excluído engrossará as fileiras
dos dependentes químicos e será um cidadão propenso ao cometimento de crimes.

CONCLUSÃO: O dependente de drogas da Polica Militar tem encontrado


dificuldades para se libertarem do vício, uma vez que a Instituição considera o problema
como um desvio de conduta do militar ao invés de, tratar-se de um problema social e
globalizado.
Ao analisarmos um caso ocorrido em Belo Horizonte /MG, que por questões
legais não será identificado, onde um militar dependente de drogas teve um surto
quando em serviço e a Instituição tratou o comportamento como um problema
psicológico. Inclusive o militar foi encaminhado para a CLIPS (Clínica Serra Verde)
que trata dos integrantes que tem problemas mentais, ou seja, ou o militar tem
problemas de ordem psicológica ou a Corporação trata como um “bandido fardado”. A
Instituição não tem um programa de apoio para tentar recuperar o militar que se
entregou as drogas, sendo, muitas das vezes, sua origem oriunda da natureza do próprio
serviço.
Dificilmente um viciado em drogas conseguirá sair da dependência sozinho. É
preciso da ajuda de um especialista, família, amigos e apoio profissional. Na grande
maioria dos casos, a internação não é necessária. Usuários de drogas leves, com uma
boa relação familiar e boas condições de vida, geralmente não precisam de internação.
Dessa forma, além do acompanhamento dos profissionais, o dependente pode contar
também com a ajuda e o apoio de familiares e amigos. Em outros casos, onde o usuário
faz uso de drogas mais pesadas, e não haja um suporte familiar, é aconselhável a
internação em uma clínica especializada para um tratamento drogas mais intensivo.
Vale sempre lembrar que o dependente deve estar de acordo com a internação e deve
sentir a necessidade de parar de usar, caso contrário, a internação pode gerar revolta e
fazer com que o dependente use ainda mais quando sair.

TIPOS DE TRATAMENTO

Existem diversos tipo e diversas correntes de tratamento para recuperação de


dependentes químicos, entre elas tratamento médico; grupos de auto-ajuda (do tipo
Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos); terapias cognitivas e comportamentos;
comunidades terapêuticas; psicoterapias; etc…Nenhum método pode haver cem por
cento de eficácia com todos os tipos de dependência e dependentes. Cada um se adapta
melhor em um tipo de metodologia. Normalmente, usuários de drogas leves, como o
álcool e a maconha, por exemplo, conseguem se recuperar em tratamentos terapêuticos
e em grupos de autoajuda, pelo fato que sua dependência é psicológica e não física.

LEIS QUE REGULAMENTAM O ASSUNTO

LEI 11.343 23 DE AGOSTO DE 2006

Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os
produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em
listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.

CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE REINSERÇÃO SOCIAL
DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente
de drogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes:
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer
condições, observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Assistência Social;
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social do usuário e do
dependente de drogas e respectivos familiares que considerem as suas peculiaridades
socioculturais;
III - definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e
para a redução de riscos e de danos sociais e à saúde;
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre
que possível, de forma multidisciplinar e por equipes multiprofissionais;
V - observância das orientações e normas emanadas do Conad;
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais
específicas.
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao dependente de drogas,
respeitadas as diretrizes do Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. 22
desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária adequada.

REGULAMENTOS DA POLICIA MILITAR DE MG QUANTO A ESTE


ASSUNTO
Código de Ética e disciplina dos Militares (CEDM)
Art. 3. A camaradagem é indispensável ao convívio dos militares, devendo-se preservar
as melhores relações sociais entre eles.
§ 1º É dever do militar incentivar e manter a harmonia, a solidariedade e a amizade em
seu ambiente social, familiar e profissional.

Art 13. São transgressão de natureza grave:


VI- apresentar-se com sinais de embriagues alcoólica ou sob efeito de outra substância
entorpecente, estando em serviço, fardado, ou em situação que cause escândalo ou que
ponha em perigo a segurança própria ou alheia.

CÓDIGO PENAL MILITAR


Crime militar CPM (uso e tráfico tem a mesma pena)
Art 290. Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente,
ter em deposito, transportar, trazer consigo ainda que para uso próprio, guardar,
ministrar, ou entregar de qualquer forma a consumo substância entorpecente, ou que
determine dependência física ou psíquica, em lugar sujeito a administração militar, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Pena – reclusão, até cinco anos.

OBS A Policia militar não tem um direcionamento para tratar estes Policiais, mas
apenas, estabelece punições, tornando-a uma instituição fechada e distante das
necessidades de seus súditos.

SOLUÇÃO: Criação de um Centro de Recuperação para usuários de drogas, voltado


ao atendimento de seus integrantes. O militar teria que ser voluntário, seria afastado do
serviço operacional e seria acompanhado por profissionais especializados. Caso ficasse
provado que o militar conseguiu se livrar do vício, voltaria a trabalhar na atividade-fim
da Organização. Caso contrário, dependendo do nível de dependência, os militares
poderiam trabalhar em atividades auxiliares como, por exemplo: TAC (frentista),
atendentes, auxiliares de seção, entre outros.

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