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PROVA AMARELA
PARTE I - TESTES
(A) Há concentração econômica quando, após um acordo entre empresas, as mesmas passam a
adotar decisões e políticas comuns.
(B) Oligopólios e monopólios são regimes típicos da concentração econômica.
(C) A "concorrência perfeita" é uma abstração conceitual, um modelo que apresenta as
condições ideais de funcionamento de uma economia de mercado.
(D) Um alto grau de concorrência envolve a existência de um número razoavelmente elevado de
agentes operadores no mercado.
(E) As economias de mercado dispensam qualquer tipo de legislação de tutela da concorrência.
5. Proposta de Emenda Constitucional de iniciativa do Presidente da República é regularmente
aprovada na Câmara dos Deputados e enviada ao Senado Federal onde, após dois turnos de
votação, é aprovada por maioria absoluta e promulgada pelo Presidente do Senado, sessenta dias
depois. A Emenda Constitucional, no caso, é:
Instruções: Nas questões de números 7 e 8 são dadas quatro afirmativas que podem estar
corretas ou incorretas. Assinale, na folha de respostas, a alternativa que contém SOMENTE
afirmações corretas.
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e IV
(D) III e IV
(E) I, II e III
I. A autoridade policial pode efetuar busca e apreensão em domicílio, nos casos previstos em
lei, independentemente de determinação judicial e do consentimento do morador.
II. Não constitui crime de violação de domicílio a penetração em casa alheia, durante a noite,
em caso de desastre, mesmo sem o consentimento do morador.
III. Oficial de justiça, munido de mandado judicial de busca e apreensão, pode efetuar a
diligência de dia ou de noite, mesmo sem o consentimento do morador.
IV. Durante a decretação do estado de sítio, poderá ser realizada busca e apreensão em
domicílio, independentemente de determinação judicial ou de previsão legal.
10. Em venda de bem imóvel de incapaz não basta a escritura pública e o registro; é
imprescindível, para que se efetue a venda, prévia autorização do Poder Judiciário. Devendo
essa venda ser realizada com urgência, a autorização é conseguida mediante
11. A celebrou contrato de compra e venda de imóvel com B. B, alegando que na celebração do
contrato sua vontade emanou de erro substancial, poderá promover ação
12. No tocante à sucessão, a companheira sobrevivente de homem divorciado, que com ele vivia
em união estável, há mais de cinco anos,
16. Interrompida a prescrição contra a Fazenda Pública, recomeça a correr pela metade do prazo
PORQUE a prescrição das ações contra a Fazenda Pública está submetida a normas especiais.
17. A tutela antecipada, no Processo Civil, pode ser deferida de ofício pelo juiz PORQUE a
causa deve ser julgada nos limites da demanda.
18. Podem ser reunidos, por efeito de conexão, processos civis em curso no
João faleceu devido ao consumo de medicamento que continha substância nociva à saúde. Essa
substância foi adicionada por Paulo, proprietário do estabelecimento Farmópolis, no qual João
adquirira o medicamento. A Polícia apreendeu, na Farmópolis, frascos do medicamento
expostos à venda e que continham a mesma substância nociva.
Invocando os arts. 81 e 82, II, do CDC, o Município ajuizou ação coletiva visando a obrigar a
Distrimel a indenizar as pessoas que haviam consumido o medicamento com prazo de validade
adulterado. O juiz indeferiu liminarmente a petição inicial, por manifesta ilegitimidade ativa.
Fundamentou-se na inconstitucionalidade do art. 82, II, do CDC, na parte em que legitima o
Município a exercer a defesa judicial coletiva de direitos de consumidores, porque em
contradição com o art. 24, VIII, da Constituição Federal, segundo o qual apenas a União, os
Estados e o Distrito Federal são competentes para legislar sobre responsabilidade por dano ao
consumidor.
Constituição Federal
"Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre: (...)
"Art.55. (...)
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a
produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de
consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do
bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias. (...)"
"Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso,
às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das
definidas em normas específicas. (...)
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; (...)"
"Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. (...)"
"Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (...)
(A) não necessitava de motivação expressa, visto tratar-se de exercício de poder discricionário.
(B) foi praticado por ente competente, pois os Municípios têm o poder de fiscalizar o respeito
ao consumidor.
(C) tem natureza jurisdicional, por decidir uma lide e transitar em julgado após a decisão do
recurso final.
(D) é inválido por falta de motivo hábil a suportá-lo.
(E) independia da realização de procedimento administrativo para defesa prévia da empresa.
20. A sentença que entendeu inconstitucional o art. 82, II, do Código de Defesa do Consumidor
realiza controle de constitucionalidade
21. A ilegitimidade de parte reconhecida pelo magistrado, em razão da contradição entre o art.
82, II, do CDC e o art. 24, VIII, da Constituição Federal, envolveu interpretação
(A) gramatical, visto que observou o sentido literal dos textos legais.
(B) extensiva, posto que procurou superar as incompatibilidades entre as normas, com base na
decisão.
(C) contrária à Constituição Federal, pois fere o princípio federativo.
(D) teleológica, uma vez que o sentido do art. 24, VIII, da Constituição Federal, aponta para
fins incompatíveis com aqueles do art. 82, II, do CDC.
(E) contrária à Constituição Federal, já que não existe, no seu art. 24, VIII, nada incompatível
com o art. 82, II, do CDC.
22. A decisão que indeferiu liminarmente a petição inicial da ação coletiva, por ilegitimidade
manifesta de parte do Município, comporta
23. O art. 273 do Código Penal define, no caput , como crime, a conduta de "falsificar,
corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais." No § 1º
consta que incorre na mesma pena "quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para
vender ou, de qualquer forma,distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido,
adulterado ou alterado." No caso, vindo o Promotor de Justiça a acusar Paulo de ter "adulterado
o produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais", "exposto à venda e vendido o
medicamento adulterado", haverá:
25. Após a recente reforma da Lei das Sociedades por Ações, as ações preferenciais garantem o
direito
26. As condutas dos empresários só são caracterizadas como infração da ordem econômica pela
Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, conhecida como Lei Antitruste, se delas resultar
dominação dos mercados, eliminação da concorrência e
27. O art. 21, XI, da Constituição Federal, com a redação que lhe deu a Emenda Constitucional
nº 8, de 15 de agosto de 1995, estabeleceu competir à União "explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos
institucionais." A sociedade anônima, constituída segundo as leis brasileiras com capital
pertencente integralmente a Estado estrangeiro, que, mediante contrato celebrado por prazo
determinado, receba a delegação para prestar serviço de telecomunicações no regime público,
remunerando-se pela cobrança de tarifa dos usuários, é uma:
I. Terrenos de marinha são os imóveis privados que, havendo sido definitivamente cobertos pelo
mar em virtude de fenômenos naturais, passaram a integrar o patrimônio da União Federal, sem
indenização.
II. Os bens públicos de uso especial são insuscetíveis de usucapião e de penhora, só podendo ser
alienados a particular após sua desafetação por lei.
III. A servidão administrativa constituída por processo judicial e mediante indenização prévia
transfere ao Estado a plena propriedade do bem respectivo.
IV. Terras devolutas são aquelas que, tendo sido desapropriadas mas não empregadas em
qualquer fim público, retornam ao domínio privado pelo instituto da retrocessão.
(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV
(E) III e IV
29. Em sua redação original, o art. 41, caput, da Constituição Federal de 1988 estabelecia: "São
estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso
público." Por força da Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998 (EC 19), esse
dispositivo passou a ter a seguinte redação: "São estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público." A esse
respeito é correto afirmar que:
(A) a ampliação do prazo para aquisição da estabilidade não é auto-aplicável, dependendo sua
eficácia de regulamentação por lei federal, estadual ou municipal, conforme o caso.
(B) a Lei Orgânica do Município pode estabelecer prazo superior a três anos para a aquisição da
estabilidade pelo servidor municipal.
(C) antes da EC 19, era possível adquirir estabilidade em cargo em comissão, desde que o
interessado tivesse feito um concurso público.
(D) a alteração de conteúdo introduzida pela nova redação do caput do art. 41 foi apenas a
ampliação do prazo para estabilização do servidor.
(E) o servidor que, em virtude de concurso, tenha sido nomeado em 20 de março de 1996 para
cargo efetivo, só adquirirá estabilidade após três anos de exercício.
"C - SISTEMAS DE JUSTA CAUSA. Há sistemas jurídicos chamados genéricos nos quais não
existe enumeração das figuras de justa causa. A lei limita-se a conceituar justa causa ou, sem
conceituá-la, simplesmente indicar os seus efeitos. Exemplifique-se com a Lei do Contrato de
Trabalho de Portugal, com a seguinte noção legal: "Considera-se justa causa o comportamento
culposo do trabalhador que, pela sua gravidade e conseqüências, torne imediata e praticamente
impossível a subsistência da relação de trabalho". Outro exemplo é o da lei da França, que
permite as dispensas individuais havendo causa real e séria. Não é demais acrescentar a lei da
Alemanha, segundo a qual a dispensa é autorizada por motivo de justificado interesse social.
Em cada caso concreto o conteúdo desses conceitos é preenchido segundo a avaliação dos
interessados, cabendo a interpretação definitiva do juiz.
Em outros sistemas jurídicos, denominados taxativos, a lei enumera as hipóteses de justa causa,
às vezes tipificando-as, isto é, descrevendo o fato, outras vezes simplesmente denominando-o
sem descrevê-lo, como em nosso direito. Nada impede ainda que o sistema jurídico de um país
adote um critério misto, combinação das duas formas anteriores. Como em nossa lei é seguido o
critério taxativo, não é de maior importância conceituar justa causa. É mais importante indicar
as suas figuras e explicar o nomen juris usado pela lei. Outra conseqüência do sistema taxativo é
que só será justa causa aquela contida em lei. Não nos parece viável dar validade a figuras de
justa causa previstas de outro modo, em convenções coletivas, no regulamento da empresa ou
no contrato individual, diante da taxatividade que implica a observância do princípio, análogo
ao do direito penal, da anterioridade: nulla justa causa sine lege." (Amauri Mascaro Nascimento.
Iniciação ao Direito do Trabalho).
30. De acordo com o texto apresentado, pode-se afirmar a respeito da justa causa para dispensa
de empregado no regime jurídico brasileiro que:
(A) a legislação trabalhista brasileira adota, quanto ao conceito de justa causa, o chamado
sistema híbrido de conceituação.
(B) diante do sistema rígido adotado pela lei brasileira importa, acima de tudo, conceituar a
justa causa e indicar os seus efeitos.
(C) o Brasil segue, no que se refere ao conceito de justa causa para dispensa de empregados, os
modelos europeus de Portugal, França e Alemanha, segundo os quais: nulla justa causa sine
lege.
(D) não obstante o critério taxativo de justa causa adotado pela lei brasileira, podem as partes
acordar, caso a caso, quanto a novas hipóteses de justa causa para a dispensa de empregado.
(E) o Brasil adota o critério taxativo de justa causa, daí decorrendo que só se pode admitir como
justa causa uma das figuras expressamente previstas na lei.
31. Relativamente ao conceito de justa causa, nos vários sistemas jurídicos, e de acordo com o
texto apresentado, é INCORRETO afirmar que
(A) há sistemas jurídicos que não enumeram as figuras da justa causa, limitando-se a conceituar
a justa causa e indicar seus efeitos.
(B) o Brasil adota o modelo da enumeração taxativa das justas causas, consoante o modelo
alemão.
(C) a dispensa por justa causa pode decorrer de motivo de justificado interesse social, no
sistema jurídico alemão, ou de causa real e séria no sistema francês.
(D) o sistema jurídico brasileiro optou pela enumeração das justas causas, não descrevendo cada
hipótese de fato.
(E) as convenções coletivas de trabalho, os regulamentos da empresa e os contratos individuais
de trabalho não podem criar outras figuras de justa causa.
(A) dezoito anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos doze anos.
(B) quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos doze anos.
(C) doze anos, tanto na condição de empregado, quanto na condição de aprendiz.
(D) dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos.
(E) quatorze anos, tanto na condição de empregado, quanto na condição de aprendiz.
33. O aviso prévio tem lugar quando quem recebe o aviso não comete falta e é compatível com
a inexistência de prazo no contrato PORQUE desde que não haja justo motivo para a ruptura, o
aviso prévio fixa termo final para o contrato, podendo ser da iniciativa tanto do empregado,
quanto do empregador.
34. O Código Penal, no art. 218, define o crime de corrupção de menores, como o ato de
"corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito)
anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo." A
respeito do crime acima definido admite-se a seguinte afirmativa:
(A) Em todas as condutas previstas no tipo penal, se a ação for dirigida a pessoa com 13 (treze)
anos, em face da presunção de violência, haverá atentado violento ao pudor.
(B) O ato de libidinagem referido no tipo penal abrange a conjunção carnal.
(C) A descrição típica permite que o crime possa ser punido por dolo ou culpa.
(D) O crime não admite a tentativa.
(E) Não é possível a prática de vários crimes em continuação.
35. Segundo a teoria dos frutos da árvore envenenada ou venenosa, no Direito Processual Penal,
(A) a declaração de nulidade de um ato processual gera a nulidade dos atos válidos que lhe são
dependentes.
(B) o vício de parte da sentença contamina-a inteiramente.
(C) a prova obtida mediante interceptação telefônica não pode ser utilizada em processo diverso
daquele para o qual foi autorizada.
(D) a obtenção de prova por meio ilícito contamina a prova que lhe é derivada, ainda que esta
seja produzida de forma regular.
(E) se produzida prova não prevista expressamente no Código de Processo Penal, não pode o
juiz considerá-la no momento da sentença, sob pena de nulidade.
(A) afirma-se que o processo é bifásico porque há uma fase de investigação e outra fase
processual.
(B) a primeira fase se encerra com uma decisão do juiz, que pode ser de pronúncia, impronúncia
e absolvição sumária, não se admitindo, nesse momento, desclassificação para o juiz singular.
(C) fixou-se o entendimento de que o julgamento pelos jurados não pode ser em sala secreta,
porque, sobre essa previsão constitucional, prevalece outra norma constitucional genérica da
publicidade dos julgamentos.
(D) a comunicação entre os jurados é permitida para que a votação seja unânime.
(E) o juiz deve fazer quesitos sobre pontos de defesa apresentados pelo réu em seu
interrogatório e sobre as teses apresentadas pelo advogado durante os debates.
(A) sendo levado à autoridade policial, esta não pode, em nenhuma hipótese, arbitrar fiança.
(B) sendo lavrado auto de prisão em flagrante, deve ser assegurado ao preso o direito ao
silêncio.
(C) sendo lavrado auto de prisão em flagrante, poderá haver relaxamento do flagrante pelo juiz
se, no caso, não estiverem presentes os requisitos da prisão preventiva.
(D) é necessária a presença de advogado para a lavratura do auto de prisão em flagrante.
(E) é condição de validade do auto de prisão em flagrante, que vier a ser elaborado, a inquirição
de três testemunhas e do condutor.
Instruções: Na questões de números 38 e 39 são dadas quatro afirmativas que podem estar
corretas ou incorretas. Assinale, na folha de respostas, a alternativa que contém SOMENTE
afirmações corretas.
(A) I e III
(B) II e III
(C) II e IV
(D) III e IV
(E) I, II, III e IV
I. As coisas apreendidas poderão ser restituídas pelo juiz ou pela autoridade policial, conforme o
caso.
II. Se uma das partes arrolar mais testemunhas do que o número permitido e o juiz ouvir todas,
há nulidade por ofensa ao princípio constitucional da isonomia processual.
III.O habeas corpus e a revisão criminal são, segundo o Código de Processo Penal, recursos,
mas a doutrina atribui-lhes a natureza de ação.
IV. Admite-se, durante a execução penal, a conversão de multa em pena de detenção.
40. O Prefeito acusado de crime de homicídio doloso deve ser julgado pelo Tribunal do Júri e
não pelo Tribunal de Justiça PORQUE a competência do Júri, para os crimes dolosos contra a
vida, estabelecida na Constituição Federal, prevalece sobre a competência por prerrogativa de
função do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos, também prevista na Constituição Federal.
QUESTÃO 1
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída no Senado Federal para investigar notícias
genéricas de corrupção no âmbito da Administração Pública federal determinou:
QUESTÃO 2
A literatura sempre foi rica de comentários, alusões e observações penetrantes em relação ao
direito e às leis. Dentre as incontáveis passagens da literatura brasileira do século XIX a respeito
das leis, tome-se como exemplo o seguinte trecho de A CARNE, de Júlio Ribeiro:
"A fazenda paulista em nada desmerecia do solar com jurisdição da idade média. O fazendeiro
tinha nela cárcere privado, gozava de alçada efetiva, era realmente senhor de baraço e cutelo.
Para reger os súditos, guiava-se por um código único - a sua vontade soberana. De fato estava
fora do alcance da justiça: a lei escrita não o atingia. Contava em tudo e por tudo com a
aquiescência nunca desmentida da autoridade, e, quando, exemplo raro, comparecia à barra de
um tribunal por abuso enorme e escandalosíssimo de poder, esperava-o infalivelmente a
absolvição. O seu predomínio era tal que às vezes mandava assassinar pessoas livres na cidade,
desrespeitava os depositários de poderes constitucionais, esbofeteava-os em pleno exercício de
funções, e ainda ... era absolvido. Para manter o fazendeiro na posse de privilégios
consuetudinários, estabeleciam-se praxes forenses, imorais e antijurídicas."
QUESTÃO 3
"A" adquiriu a fazenda Petrópolis pelo preço de R$ 2 000,00 (dois mil reais) o alqueire. No ato
da escritura pagou pelo imóvel R$ 20 000,00 (vinte mil reais). Depois de registrar a escritura,
percorreu o imóvel, mediu-o e encontrou apenas nove alqueires. Procurou um advogado com a
intenção de resolver o problema, esclarecendo que o vendedor tem no local mais terras. Como
Advogado, oriente "A" sobre eventuais direitos e ações civis.
QUESTÃO 4
Determinado empregado procurou um advogado alegando que a convenção coletiva da
categoria profissional a que pertence determinou às empresas o reajuste salarial de 7%, a partir
de 1º de fevereiro de 1999. Não tendo recebido esse reajuste, procurou saber da empresa o
motivo. A empresa alegou que, embora pertença à categoria econômica em questão, não é
associada ao sindicato patronal, não participou da assembléia que autorizou o sindicato à
negociação coletiva, nem foi consultada a respeito do reajuste, motivos por que é indevido o
pleiteado. Na qualidade de Advogado oriente o empregado a respeito de seus direitos.
QUESTÃO 5
João começou a reforma de sua residência, mas não desejando se submeter às exigências legais,
ofereceu, no dia 10 de março de 1999, importância em dinheiro para o fiscal Antonio, que
deixou a reforma prosseguir. Ficou combinado que, durante o tempo da reforma, João daria a
Antonio, por mês, a importância de R$ 100,00 (cem reais). A primeira parcela foi entregue no
mesmo dia 10 de março. Pedro, vizinho de João, importunado com a reforma, informou à
Delegacia de Polícia o ocorrido, e, também, que haviam sido pagas mais outras duas parcelas
nos dias 10 de abril e de maio. Disse, ainda, que no próximo dia 10 de junho, Antonio iria
receber a importância de R$ 100,00. Os policiais civis ficaram, no dia 10 de junho, escondidos
na casa de Pedro, à espera do momento em que Antonio iria receber o dinheiro. No ato da
entrega, prenderam Antonio e João em flagrante delito. Elaborado o auto de prisão em flagrante,
os autos do inquérito foram remetidos a Juízo e encaminhados ao Promotor de Justiça. O
advogado de João ingressou com pedido de relaxamento da prisão em flagrante, afirmando que
se trata de flagrante preparado. O advogado de Antonio alegou que o crime já se consumara por
ocasião da entrega da primeira parcela combinada, não havendo mais situação de flagrância.
Como Promotor de Justiça, analise as condutas de João e de Antonio e as alegações de seus
Advogados.
GABARITO (TESTES)
Questão Resposta
001 D
002 E
003 C
004 E
005 A
006 E
007 C
008 B
009 C
010 D
011 B
012 E
013 C
014 A
015 D
016 A
017 D
018 A
019 D
020 A
021 E
022 C
023 A
024 E
025 B
026 C
027 C
028 B
029 D
030 E
031 B
032 D
033 A
034 B
035 D
036 E
037 B
038 C
039 A
040 E