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ECONOMIA
PAULO VIANA
Nº:20101051
RICARDO MARQUES
Nº: 21120212
4. BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………12
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1. O PESO DO ESTADO NA ECONOMIA
Ao longo dos tempos verificou-se que o Estado não conseguia regular livremente os
mercados, assim colocou-se a questão de o estado entregar a instituições independentes
a função de regulamentar os mesmos, deixando com que a “mão invisível” [3]
perpetuada por Adam Smith actuasse livremente. A ideia de que o estado pudesse
intervir na economia tem vindo a ser substituída por mecanismos de mercado que
progressivamente se impuseram na 2ª metade do século XX.
Dentro dos serviços colectivos podemos distinguir os privados (por exemplo o cinema),
em que é fácil imputar ao consumidor/utilizador o preço do bilhete, e em que é quase
impossível imputar o preço ao consumidor. Este tipo de serviço deve ser pago pelo
Estado, sendo o consumidor beneficiado por um todo. Segundo “Samuelson” e “Adam
Smith” estes bens colectivos puros nunca poderão fazer parte de uma apropriação
privada, isto é, nunca podem ser do interesse de um qualquer indivíduo.
b) A existência de externalidades
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Os mercados sofrem com estas externalidades, e é aqui que o Estado toma um papel
preponderante ao tomar medidas que minimizem os seus efeitos.
c) A existência de monopólios
a) As nacionalizações
Os Estado produtor intervêm através das empresas públicas. Essas empresas são
controladas directa ou indirectamente por administrações públicas, estas administrações
são nomeadas directamente pelos governos e elegidas por sufrágio público.
A noção de sector público é diferente de serviço público, já que estes últimos são de
interesse geral e onde a autoridade pública assegura a execução de trabalhos sejam eles
vendáveis ou não.
Em Portugal, durante um regime liderado por António de Oliveira Salazar, o Estado era
a figura central da Economia, já que, os sectores eram controlados directamente por ele,
desde bancos, indústrias, saúde, energias etc. Um pouco á imagem de vários regimes da
época, tanto “á esquerda” (Cuba, U.R.S.S, China etc.) como “á direita” (Portugal,
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Espanha, Itália etc.), até ao 3º quartel do século XX, a Europa era dominada por este
espírito Estadista.
b) A Planificação
Hoje em dia a Planificação tomou conta de outras áreas sem ser a de Economia, tais
como: a exclusão social e o desemprego, estipulando objectivos e metas a cumprir.
b) As privatizações em Portugal
Se após o 25 de Abril ouve uns tempos conturbados em que se pensou que a melhor
forma de dirigir um país era através das nacionalizações e das corporações, a revisão
constitucional de 1989 introduziu a possibilidade de alienação pelo Estado, das
empresas nacionalizadas depois de 1974. Esta revisão tem uma significativa incidência
ao nível da reconstrução dos mecanismos de mercado, na área económica em geral e na
esfera financeira em particular.
Na verdade já em1987, quer com uma 1ª revisão constitucional, quer com a alteração da
lei de Delimitação de Sectores, através do decreto-lei nº 406/83, de 1983, se haviam
dado passos significativos no sentido da abertura á iniciativa privada de investimentos
nos sectores bancários (ex: Banco Totta & Açores) [3], segurador (ex: Aliança e
Tranquilidade), adubeiro e cimenteiro (ex: Cimpor).
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1.2 A Regulação e Regulamentação
A retracção do Estado enquanto produtor fez com que houvesse mudanças importantes.
Assim a abertura á concorrência dos monopólios públicos permitiu obter uma grande
eficácia económica, contudo criou ao Estado um certo número de problemas. Podemos
mencionar que certos monopólios públicos ancestrais asseguram, pela sua actividade,
uma parte do serviço público. A questão é se o Estado no que respeita ao serviço
público consegue fiscalizar a produção.
È neste contexto que ao longo destes últimos anos de construção Europeia apareceu o
termo «serviço universal», em que o produtor deve oferecer o acesso equitativo ao
mesmo tempo que os consumidor.
A regulação dos mercados não pode ser eficaz, caso o jogo concorrencial seja exercido
verdadeiramente. Portanto, numerosos autores entre os quais Shumpeter, tentaram
mostrar de uma maneira mais ou menos eficaz, o paradoxo da concorrência, já que os
mecanismos de mercado tendem a fazer desaparecer o jogo concorrencial.
Tal como num jogo de futebol se não houvesse regras, poderiam haver mil e uma
maneiras de marcar golo. Aqui a função do árbitro é preponderante já que faz com que
as regras sejam respeitadas, tornando um jogo mais justo para ambas as equipas.
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Outros autores remetem a causa da eficácia á regulamentação. A Economia positiva da
regulamentação considera que o Estado, enquanto regulamentador é submisso á acção
de certos lobbies. O regulamentador tem tendência a ceder a certas pressões em tempo
de eleições, assim a regulamentação não reflecte o interesse geral. As indústrias
procuram impor regras e normas na perspectiva de se protegerem contra a concorrência
estrangeira.
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suficiente para assegurarem a sua subsistência e para que tenham capacidade para
financiar as suas despesas de doença, aquando da sua reforma.
Como o crescimento económico pode ser insuficiente para proporcionar aos agentes
rendimentos necessários para fazer face aos riscos sociais, e a distribuição de
rendimentos é desigual, cabe ao Estado implementar um sistema de protecção social
visando numa lógica de redistribuição horizontal (dos activos para os reformados). Em
Portugal há cerca de 4,5milhões de beneficiários activos, 2,5 milhões de pensionistas,
dos quais 1,5 milhões são pensionistas de velhice. A pensão média dos novos
pensionistas ronda os 370 euros, o que significa que o problema da pobreza nos idosos
não é um problema do passado, é também um problema do presente, como uma
consequência de carreiras de desconto curtas, e principalmente de salários muito
reduzidos (dos mais baixos da União Europeia). Posto isto, conclui-se que ainda há
muito para fazer (intervenção do Estado) relativamente a esta matéria, não esquecendo
que o sistema de segurança social português (após a reforma de 2000-2002) prevê
défices anuais máximos na ordem dos 1,8% PIB em 2050, e prevê também o fim das
reservas a partir de 2030.
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efectuada por o Estado no desempenho das suas funções, nomeadamente as
remunerações ou vencimentos (despesas correntes - correspondem a encargos
permanentes) e as despesas de capital (exemplo: construção de um aeroporto, despesas
que tem repercussões no futuro). O saldo orçamental é a diferença entre o total das
receitas e o total das despesas. [7]
No decurso da história económica o Estado tem tido um peso cada vez mais relevante.
Em Portugal o Estado, desde 1980 que nenhum dos 13 Governos Executivos
Constitucionais baixou o peso do Estado na economia, como podemos constatar no
quadro 1:
Este aumento sucessivo do peso do Estado na economia, deve-se sobretudo ao peso que
a despesa pública tem assumido.
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Figura1: A evolução do peso das despesas públicas no PIB [4]
Wagner através da lei que tem seu nome, constata, que as despesas públicas aumentam
mais rapidamente que a produção privada, Wagner explica que o desenvolvimento da
industrialização e da urbanização necessitam de investimentos públicos crescentes. [1]
É de ter em conta que a poupança por parte dos agentes constitui uma “fuga”, visto que,
se há poupança há menos consumo, o que não contribui de forma alguma para o
relançamento do consumo. Princípio da equivalência: supondo que o Estado aumenta a
despesa pública sem aumentar os impostos (financiando o défice por empréstimo), e
caso os agentes prevejam que os impostos só vão ser pagos no futuro ao invés do
presente, então pouparão o excesso de rendimento resultante do aumento da despesa
pública, de modo a financiarem no futuro o acréscimo dos encargos fiscais, contrariando
assim a intenção da intervenção do Estado em relação ao aumento do consumo, com
vista ao crescimento da economia.
Quando o Estado aumenta a despesa pública, não podemos esquecer que parte desse
aumento vai contribuir para o aumento das importações, visto que, parte da fatia da
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despesa pública é destinada ás importações. Ora, como as importações constituem uma
“fuga”, não contribui para que a intervenção seja eficaz, mas sim para agravar a inflação
das importações degradando a balança comercial.
3. PALAVRAS-CHAVE:
ECONOMIA PLANIFICADA; ECONOMIA DE MERCADO; NACIONALIZAÇÕES;
PRIVATIZAÇÕES; MONOPÓLIOS; MECANISMOS DE MERCADO; ORÇAMENTO DE ESTADO;
SALDO ORÇAMENTAL; DESPESA PÚBLICA; MECANISMO DE REACTIVAÇÃO.
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4. BIBLIOGRAFIA
[1] MULLER, JAQUES; VANHOVE, PASCAL; LONGATTE, JEAN – DPECF2
Èconomie. Manuel & Applications, , 4ª Edition, editora Dunod, ISBN -
2100075071 , pp. 187-202.
[3] NEVES, JOÃO CÉSAR DAS, “O que é a Economia?”,da editora Difusão Cultural,
ISBN – 9727091849
LINKS:
[4] http://ssimone.no.sapo.pt/GPE.pdf
[5] http://economia-12c.blogs.sapo.pt/11740.html
[6]HTTP://WWW.NOVASFRONTEIRAS.PT/INDEX.PHP?AREA=INTERVENCOES&ID_TIPO=CO
M4451FB5ADF35F&ID=INT44522B803E7D6&PHPSESSID=E30831AF1CCABA5987D4E
A549AE1B0CD
[7] http://economia-12c.blogs.sapo.pt/11429.html
[8]http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/editorial/pt/desarroll
o/688491.html
[9]http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana#O_papel_do_Estado_na_economia.2
C_segundo_Keynes
[10] http://pt.wikipedia.org/wiki/Stiglitz
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