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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Belo Horizonte
2010
Bruna Virgínia Fonseca
Daniel Pires Ferreira
Jonathan Aparecido da Silva Cunha
Márcia Aparecida Vieira
Priscila Cinti Ferreira
Belo Horizonte
2010
Falar de responsabilidade social hoje dentro das empresas não é somente dizer que elas são
responsáveis quando lança na mídia a imagem de que são sustentáveis, que têm programas de
incentivo, que estão preocupadas com o meio ambiente e com a sociedade onde estão
inseridas.
A empresa que realmente se preocupa com a questão social, não deve buscar na mídia um
veículo que promova somente a boa imagem, enganando o público e se fazendo passar por
uma empresa “boazinha”. Ela deve ter além da responsabilidade, a ética, utilizando uma
parte de seu orçamento para elaborar projetos sociais e não apenas visar a maximização dos
lucros.
Um dos grandes problemas é que a maioria dos gestores é extremamente rígidos, voltados
para os processos das empresas e com dificuldades em aceitar a diversidade e a criatividade.
PRIMEIRO PERÍODO
O crescimento demasiado dessa produção faz com que haja um aperfeiçoamento das
máquinas e dos produtos, pois enquanto a organização visa cada vez mais aumentar a
lucratividade, ao mesmo tempo começa a exploração ao trabalhador de forma desumana. Essa
exploração se torna cada vez mais constante nas fábricas submetendo o operário a uma
intensa jornada de trabalho que por muitas vezes perdura por mais dezesseis horas diárias, em
condições precárias, subumanas e insalubres, além de não terem qualquer tipo de higiene,
iluminação inadequada, sendo fria e suja, acarretando aos funcionários vários tipos de
infecções respiratórias, doenças alérgicas dentre muitas outras.
Devido a essa mudança, o trabalhador deixa de conhecer todo o processo de fabricação, onde
se aprendia desde a fixação do primeiro parafuso até o acabamento final do produto,
adquirindo a especialização da tarefa, ou seja, movimentos repetitivos onde a montagem do
produto passa por processos de montagem, surgindo então a administração científica, cujo
objetivo é o aumento da produtividade e a diminuição do desperdício da produção tendo como
seus idealizadores Taylor, Ford e Fayol.
Com a crescente maximização dos lucros, a principal contribuição social é para a própria
empresa, o que aumenta a discussão sobre o conceito de responsabilidade social empresarial,
que abre grandes debates a respeito das obrigações empresariais em relação a seus
empregados. Tenório (2004) reforça: “... a administração científica representou a aplicação da
ideologia liberal no chão de fábrica. O objetivo de maximização do lucro estava presente em
todos os processos empresariais que buscavam a otimização da produção”.
Com tudo isso, a sociedade começa a perceber a irresponsabilidade das empresas (visando
apenas a maximização dos lucros) e começam o boicote aos seus produtos e serviços. A
sociedade começa a se mobilizar, pressionando o governo e as empresas a solucionarem os
problemas gerados pela indústria.
Com tudo isso, as empresas começam ver a necessidade de reverter a situação por causa dos
problemas decorrentes da industrialização, tendo o entendimento das obrigações da empresa
em relação aos agentes sociais. Henry Ford foi o primeiro a perceber e instituiu em sua fábrica
salário mínimo e bonificações para os operários que seguissem uma linha estabelecida por ele
(os funcionários não podiam ter nenhum tipo de vício, deveriam aproveitar o tempo de
trabalho de maneira produtiva e para os homens barba feita e cabelos cortados), além da
redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.
Segundo Tenório (2004) até a década de 1950, a responsabilidade social empresarial assume
dimensão estritamente econômica e com grande capacidade de geração de lucros, criação de
empregos, pagamento de impostos e cumprimento das obrigações legais.
SEGUNDO PERÍODO
Essa fase é marcada pela depressão econômica dos E.U.A. na década de 30, onde o governo
se vê obrigado a intervir na economia do país como forma de controle na expectativa de frear
a crise. Essa manobra do governo ficou conhecida como o “New Deal” e estendeu-se até a
década de 1970.
Os efeitos do “New Deal” contribuem para a superação na década de 1950 e consolida o
modelo industrial, fazendo então as empresas ganharem grandes acúmulos de bens e capitais,
além de realizarem grandes investimentos em tecnologia e adotarem o modelo de produção
em massa. Esses acontecimentos acabam gerando grandes questionamentos por parte da
sociedade (pós-industrial) quanto à crescente maximização dos lucros, como o objetivo das
empresas e o papel que elas devem adotar nessa nova sociedade, além de ampliarem o
conceito de responsabilidade social empresarial.
Singer (2002) faz uma análise da contribuição do pensamento keynesiano para a economia
mundial:
Apesar dessa volta do liberalismo, o panorama teórico da economia nunca mais será
o mesmo; tampouco o da política. A razão disso é que a teoria de Keynes foi
aplicada no mundo inteiro, dos anos 30 aos 70 do século passado, e deu certo.
Durante mais de 30 anos o pleno emprego foi geral, e o comando do Estado sobre a
economia capitalista garantiu altas taxas de crescimento do produto, da
produtividade, do emprego e dos salários. (Singer, 2002. p. 14)
Toffler (1995) afirma a mudança dos valores da sociedade com o novo modelo de produção
ao dizer:
Esse impacto criado pelas organizações, de certo modo vem causando muita discussão, pois
o desenvolvimento sustentável se define como um modelo econômico, político, social,
cultural e ambiental equilibrado. Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o
questionamento do estilo de desenvolvimento adotado, quando se constata que é
ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais, socialmente perverso com
geração de pobreza e extrema desigualdade social, politicamente injusto com concentração e
abuso de poder, culturalmente alienado em relação aos seus próprios valores e eticamente
censurável no respeito aos direitos humanos e aos das demais espécies. O conceito de
sustentabilidade por ser muito amplo se divide em sete tópicos:
Dentre alguns dos focos discriminados na Agenda 21, podemos destacar: cooperação
internacional, combate à pobreza, mudança dos padrões de consumo, habitação adequada
integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisões, proteção da
atmosfera, abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento dos recursos terrestres,
combate ao desflorestamento, iniciativas das autoridades locais em apoio à agenda 21 a
comunidade científica e tecnológica, fortalecimento do papel dos agricultores, transferência
de tecnologia ambientalmente saudável, cooperação e fortalecimento institucional dentre
outros.
TENÓRIO, Fernando Guilherme. Gestão Social: Metodologia e casos. 4. ed. Brasil: FGV,
2003.
<www.catalisa.org.br/site/textoteca-mainmenu-59/30-o-conceito-de-sustentabilidade-e-
desenvolvimento-sustentl> Acesso em 09 maio 2010.