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Faculdade de Direito
Departamento de Direito Privado
APOSTILA 01
1. Histórico
Com a Idade Média tem-se o declínio de toda e qualquer atividade comercial, o que fará
com que o incipiente hábito do registro comercial seja esquecido. O final da Idade Média
marca o renascimento do comércio e o surgimento das corporações de ofício e das ligas de
comerciantes (burgueses), oportunidade em que os “registros de comércio” passam a ter
evidente utilidade e importância. Com a consolidação dos Estados Nacionais, percebe-se a
necessidade de que o Estado discipline a atividade comercial, criando órgãos competentes
para o registro dos comerciantes e da atividade comercial. Todavia, essa disciplina não
deve ser confundida com intervenção estatal, frontalmente contrária ao modelo liberal
dominante.
Nesse mesmo momento histórico, a laicização dos Estados Nacionais faz com que a Igreja
perca para o Estado a primazia no tocante aos registros de pessoas naturais, tornando-o
oficial.
3. Base legal
O art. 22, XXV, da Constituição Federal atribuiu a competência privativa da União para
legislar sobre registros públicos. No exercício dessa competência, posto que também
prevista na Carta Magna anterior, foi editada a Lei 6.015/73 (LRP) e as Leis 8.935/94 e
9.492/97. Alguns dos elementos essenciais da implementação desses serviços são
submetidos à lei estadual, que, na maioria dos casos, é a própria Lei de Organização
Judiciária (LOJ/BA – Lei Estadual 3.731/79 )
d) Eficácia: é a aptidão para produzir efeitos jurídicos, calcada na segurança dos assentos,
na autenticidade dos negócios e declarações para ele transpostos.
5. Efeitos
6. Espécies
O indivíduo nele encontra meios de provar o seu estado, sua situação jurídica. O registro
civil fixa de modo inapagável os fatos relevantes da vida humana, cuja conservação em
assentos públicos interessa ao Estado, ao indivíduo e a todos os terceiros. Seu interesse
reside na importância mesma de tais fatos e, outrossim, na sua repercussão na existência do
cidadão: ele é maior ou menor, capaz ou incapaz, interdito, emancipado, solteiro ou casado,
filho, pai etc.
Em Salvador, o registro civil das pessoas naturais é feito nos cartórios extrajudiciais
denominados “Cartórios de Registro de Pessoas Naturais” (denomina-se cartórios judiciais
os existentes nas “varas”, onde se pode protocalizar petições, fazer carga de processos etc).
De forma geral, quanto maior e mais populosa a comarca, faz-se necessária a existência de
mais cartórios extrajudiciais. Em Salvador, são 21 somente para o registro de pessoas
naturais, um para cada subdistrito. (Subdistrito de Mares, Nazaré, do Paço (Centro),
Paripe, Penha, Brotas, Conceição da Praia, Ilha de Maré, Madre de Deus, Itapuã,
Periperi, Pilar (Comércio), Pirajá, Plataforma, Santana, Santo Antônio, São Cristóvão,
São Pedro, Sé, Valéria e Vitória).
b) Registro civil das pessoas jurídicas (art. 1o, §1o, II, da LRP)
Começa a existência da pessoa jurídica de direito privado com a inscrição de seu contrato,
ato constitutivo, estatuto ou compromisso, no registro regulado pela LRP. Sendo necessária
a aprovação ou autorização da autoridade governamental, estas precederão qualquer
registro, a cuja margem serão averbadas as alterações pelas quais passe a pessoa jurídica.
O registro civil das pessoas jurídicas é feito nos cartórios extrajudiciais denominados
“Cartórios de Registro de Títulos e Documentos e de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas”. Em Salvador, 2 são os cartórios para o registro civil de pessoas jurídicas: o
cartório do 1o Ofício e o do 2o Ofício, estabelecidos, respectivamente, no Jardim Baiano e
no Comércio.
c) Registro de títulos e documentos (art. 1o, §1o, III, da LRP)
Cabem aos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos e de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas:
d) Registro de Imóveis (art. 1o, §1o, IV, da LRP) – será objeto de estudo da 2a aula
7. Registros não expressamente previstos na Lei 6.015/73 (Art. 1o, §2o, da LRP)