Está en la página 1de 5

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

“PROF. ALEXANDRE VRANJAC”

CENTRO DE OFTALMOLOGIA SANITÁRIA

Av. Dr. Arnaldo, 351 – 6º andar – sala 613


CEP -01246-000 São Paulo, SP
Tel. (11) 3066-8120-Fax (11) 3066 – 8153
E-mail: dvoftal@saude.sp.gov.br

INFORME TÉCNICO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

SURTO DE CONJUNTIVITE VIRAL

A conjuntivite viral caracteriza-se por olhos avermelhados (hiperemia da conjuntiva),

lacrimejamento, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção esbranquiçada em pouca quantidade,

sensação de areia nos olhos. São autolimitadas e com duração de aproximadamente 15 dias até a

evolução para a cura.

Os agentes etiológicos virais mais comuns são os adenovirus e os enterovirus. Outros

diagnósticos menos freqüentes incluem conjuntivite viral herpética e conjuntivite por molusco

contagioso.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa principalmente por objetos contaminados

(equipamentos oftálmicos, toalhas, travesseiros, lenços, lápis, copos etc.), quando não são observados

cuidados de higiene pessoal. Dissemina-se rapidamente em ambiente fechado como escola, creche,

escritório.

A infecção confere imunidade tipo-específica. Não existem vacinas contra essa infecção.

Medidas preventivas - Sugere-se o afastamento de pessoas com conjuntivite viral aguda dos

ambientes coletivos por pelo menos 7 dias. Recomenda-se cuidados de higiene pessoal, como lavar

com freqüência as mãos e o rosto com água e sabão; evitar coçar os olhos; usar quando possível,

lenços e toalhas descartáveis e/ou individuais; utilizar travesseiros individuais; evitar o uso de

objetos (lápis, copos) de pessoas com conjuntivite; evitar atividades de grupo enquanto secreção

ocular estiver presente, evitar freqüentar piscinas e uso de lentes de contato;realizar limpeza com

água e sabão e posteriormente, com álcool 70% as superfícies que foram tocadas por pessoas com

conjuntivite.
Como medidas terapêuticas orientar:

• compressas geladas com água fervida ou filtrada gelada, água destilada ou soro fisiológico

gelados, 3 – 4 vezes ao dia, durante 15 minutos, principalmente enquanto persistir sintomas;

• utilização de colírios lágrimas artificiais (por exemplo: colírio de hipromelose), 1 gota em ambos

os olhos de 4 a 6 vezes ao dia;

• para melhorar o queixa de fotofobia (aumento de sensibilidade à luz) pode-se indicar a utilização

de óculos de sol.

• na eventual contaminação secundária bacteriana (conjuntivite bacteriana associada – secreção

purulenta), receitar colírio de antibiótico de 2/2h, diminuindo progressivamente por um período

de 7 dias.

• não prescrever colírios de corticosteróides ou antibióticos sem indicação ou acompanhamento

especializado, pois podem levar a sérias complicações visuais;

• nos casos com edema (inchaço) palpebral intenso fornecer, por curto período, anti-inflamatórios

não hormonais sistêmicos; e

• na presença de redução da acuidade visual (infiltrados corneanos ou outras causas de olho

vermelho) e/ou presença de membranas ou pseudomembranas referir o caso para médico

oftalmologista.

• Sempre reforçar a importância da lavagem freqüente das mãos, evitar coçar os olhos para

diminuição da irritação ocular, assim como todos os cuidados de higiene pessoal.

Todo o caso de conjuntivite deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e

orientações quanto ao tratamento e controle.

Realizar investigação epidemiológica para identificar se existem outros casos relacionados a

ele, pois se houver mais de um caso epidemiologicamente relacionado caracteriza-se um surto.

Na vigência de surto realizar atividades de educação em saúde para o controle e a prevenção

de novos casos.

Notificar surtos de conjuntivite nos impressos próprios do SINAN ou em vigência de

epidemia por meio de notificação rápida ‘a Central de Vigilância Epidemiológica do CENTRO DE

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “Prof Alexandre Vranjac” da Secretaria de Estado da Saúde – São

Paulo Tel: 0800 - 555466

Notificação rápida surtos de conjuntivite Email: notifica@cve.saude.sp.gov.br


O diagnóstico específico de surtos de conjuntivite é de extrema importância para a

Vigilância Epidemiológica para que medidas de prevenção e controle sejam adotadas prontamente.

Para identificação do agente etiológico do surto deve se coletar material de secreção

conjuntival segundo as orientações do Serviço de Virologia do Instituto Adolfo Lutz descritas

abaixo.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE


COORDENAÇÃO DOS INSTITUTOS DE PESQUISA
INSTITUTO ADOLFO LUTZ
Serviço de Virologia
Av. Dr. Arnaldo, 355 - Cerqueira César - São Paulo - SP.
Fone: ( 011) 3068-2904 Fax: (011) 3085-3505

PROTOCOLO PARA O DIAGNÓSTICO VIROLÓGICO DE

SURTO DE CONJUNTIVITE

Para o diagnóstico etiológico de surto de conjuntivite serão analisados 05 pacientes por

semana, por local (município / GVE).

MATERIAIS:

1- Secreção da conjuntiva coletado do saco lacrimal nas primeiras 48 horas da infecção.

2- Soro: duas amostras (01 na fase aguda e 01 na fase convalescente)

COLETA:

1 - SECREÇÃO DA CONJUNTIVA: coletar a secreção com cotonete estéril ou “swab” estéril;

mergulhar e deixar o cotonete em meio de transporte (3,5 mL de caldo comum estéril ou Solução

Fisiológica estéril) contido em tubos de plástico com tampa rosqueada resistente a alterações de

temperatura e pressão (polipropileno) ou tubo de “Vacutainer” seco, sem anticoagulante, com a base

envolvida com esparadrapo ou tubo de coleta VIROCULT. Após a coleta colocar imediatamente em

banho de gelo até o envio ao laboratório local.

OBS.: TEMPO MÁXIMO DE 2 HORAS PARA A PERMANÊNCIA EM BANHO DE GELO.

OBS.: SE COLETAR SECREÇÃO DAS CONJUNTIVAS DO OLHO DIREITO E DO OLHO

ESQUERDO, COLOCAR OS COTONETES NO MESMO TUBO.


2- SANGUE: coletar a primeira amostra de sangue no momento da coleta da secreção da conjuntiva,

e a segunda amostra de sangue 15 a 21 dias após a primeira.

OBS.: coletar 10 mL de sangue em sistema “Vacutainer” sem anticoagulante. Deixar o sangue à

temperatura ambiente para retrair o coágulo. Centrifugar e separar o soro em ambiente estéril e

colocar em frascos plásticos com tampa rosqueada resistente a alterações de temperatura e pressão

(polipropileno).

CONSERVAÇÃO:

No laboratório, conservar o material da secreção ocular em freezer –70 o C ou em tambor de

nitrogênio líquido ou em gelo seco, e o soro em freezer –20o C até o transporte.

OBS.: O transporte do material deverá ser de responsabilidade da unidade coletora.

OBS.: Entrar em contato com o Laboratório de Referência Regional para o envio do material ao IAL

Central.

TRANSPORTE PARA O INSTITUTO ADOLFO LUTZ CENTRAL:

O material deverá ser transportado de acordo com a disponibilidade das instituições envolvidas na

região, em caixa de isopor contendo gelo seco ou no próprio tambor de nitrogênio liquido, para o

endereço abaixo:

Instituto Adolfo Lutz

Prédio da Virologia - Laboratório de Vírus Entéricos

Avenida Dr. Arnaldo 355 CEP: 01246-902 – São Paulo, SP

OBSERVAÇÕES:

1- Antes da coleta dos materiais contatar o Instituto Adolfo Lutz para estabelecer o

fluxo. Telefone: (011) 3068-2909

2- As amostras deverão vir encaminhadas com a ficha de solicitação de exames em formulário

para a notificação de surto (SINAN), com todos os dados preenchidos.

3- Amostras enviadas em desacordo com o protocolo não serão processadas.

4- Na falta da 2a amostra de soro, NÃO será realizada a pesquisa de anticorpos.


5- Muito cuidado com o manuseio do nitrogênio liquido! Não utilizar frascos de vidro, pois há

perigo de quebra (“de forma explosiva”) ao serem retirados do balão de nitrogênio. Usar

tubos de polipropileno com tampa rosqueada (criotubos).

6- Para o transporte de amostras em gelo seco, observar que 10 Kg de gelo seco garante

conservação durante 48 horas. Recomenda-se forrar a caixa isotérmica com bastante jornal.

7- Tempo médio para a liberação de resultados: 30 dias

También podría gustarte