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IPET

Cadeira de Introdução à Gestão

Curso de Contabilidade e Auditoria

Texto de leitura: CAPÍTULOS I, II e II: Conceito, Evolução e Importância da Gestão

Conceito

O que é uma organização?

É frequente afirmar-se que vivemos numa “sociedade de organizações”: nascemos numa


organização (hospital/maternidade), estudamos numa organização (escola), trabalhamos em
organizações...nos tempos de lazer utilizamos serviços prestados por organizações (hotéis,
restaurantes, cinemas, museus,) ou os produtos por elas produzidos (artigos de desporto, filmes,
discos, livros...).

Podemos definir a organização como um grupo social em que existe uma divisão funcional
de trabalho e que visa atingir através da sua actuação determinados objectivos, e cujos
membros são, eles próprios, indivíduos intencionalmente co-produtores desses objectivos e,
concomitantemente, possuidores de objectivos próprios.

A palavra gestão tem vários significados. Gerir significa administrar, conferir. Originalmente,
a palavra gestão refere-se a uma função que se desenvolve sob o comando de outro, de um
serviço que se presta à outro.

“A tarefa da Gestão è interpretar os objectivos propostos pela empresa e transformá-los em


acção empresarial através dum planeamento, de organização, de direcção e de controlo de todos

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1 Notas de Apontamentos, por Maxwell M’gogodo
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os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais
objectivos”.

O mais importante e consistente uso do termo Gestão é aquele em que ele é visto como um
processo integrativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos. Gerir é,
portanto, um processo pelo qual o gerente/administrador cria, dirige, mantém, opera e controla
uma organização.

Um outro aspecto a tomar em conta dentro do conjunto de conceitos sobre a gestão é aquele que
envolve um campo profissional, uma carreira propriamente dita, abrangendo colectivamente o
grupo envolvido com o processo de gestão. Esse grupo inclui todos aqueles que exercem
autoridade de supervisão sobre os outros. Como uma concepção de carreira, apresenta uma
variedade de interesses e desafios, enfocando ocupações especializadas dentro de cada área
funcional: marketing, RH, produção. O significado e amplitude da palavra gestão sofreu uma
formidável e ampliação. E o gestor – seja em nível de director da empresa, ou gerente de
departamento ou ainda supervisor de secção – passou a ser uma figura indispensável em
todos os tipos possíveis de organizações humanas.

Evolução e Importância da Gestão

A Teoria da Gestão é, em certos aspectos, uma decorrência da Teoria das Organizações (TO),
um meio de operacionalizar conceitos e ideologias a respeito das organizações. Enquanto a TO
trata do estudo e análise das organizações humanas, a TG trata do estudo da
administração/gestão das organizações em geral e das empresas em particular. A TG é uma
teoria em crescente expansão e gradativamente abrangente. Começou como uma teoria de
sistema fechado, preocupada inicialmente com alguns poucos aspectos e variáveis situados
dentro da organização e voltada exclusivamente para os problemas mais concretos e imediatos
do ponto de vista da sua aplicação e foi paulatinamente espandindo e ampliando o seu objecto de
estudo. Aliás, essa expansão e ampliação não se apresenta de maneira uniforme, mas variando
enormemente de acordo com as escolas e teorias administrativas, e de acordo com os aspectos e
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variáveis que cada uma delas considerou relevantes na sua época para fundamentar as suas
conclusões ou para solucionar os problemas então mais importantes com que se defrontavam. A
TG nasceu a partir da preocupação inicial de alguns engenheiros americanos em racionalizar e
metodizar as tarefas ao nível do operário e melhorar a eficiência do processo produtivo.
Rapidamente verificou-se que apenas a eficiência dos operários e das suas maquinarias e linhas
de montagem não resolvia todos os problemas múltiplos e complexos da empresa como uma
totalidade; tornava-se necessário um estudo mais amplo da estrutura organizacional da empresa
em termos globais. Assim, a inicial ênfase sobre as tarefas foi deslocada para ênfase na
estrutura organizacional. Porém, com o passar do tempo, estas duas abordagens revelaram-se
extremamente rígidas e mecanicistas, além de parcialistas por apenas se preocuparem com os
aspectos formais da organização empresarial. A ênfase sobre as pessoas surgiu logo depois com
o exagero e o parcialismo iniciais valeram-lhe a severas críticas e um certo descrédito, fazendo
com que esta abordagem centrada nas pessoas passasse por profunda reformulação e autocrítica.
Com o advento da Teoria dos Sistemas e sua incorporação à TG., surge a ênfase no ambiente, e a
partir daí, as empresas passam a ser analisadas como sistemas abertos em contínuo intercâmbio
como o ambiente que as circula. A interdependência entre empresas e seus respectivos ambientes
foi pujantemente realçada a ponto de se falar num “imperativo ambiental”: o ambiente tomado
como uma variável dependente. Mais adiante surge a ênfase na tecnologia a partir das
conclusões de algumas pesquisas, que detectaram o tremendo impacto que a tecnologia utilizada
pela empresa provoca numa estrutura organizacional, levando à convicção de que haveria um
“imperativo tecnológico”, ou seja, a influência da tecnologia como determinante da estrutura e
do comportamento organizacional das empresas.

Importância da Gestão

Gerir/ administrar é um processo integrativo da actividade organizacional que permeia nossa


vida diária. A necessidade de administrar surge do confronto entre as variáveis que compõem
uma actividade formalmente estruturada, como recursos materiais e humanos, tecnologia,
restrições ambientais, entre outros.
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A administração não está confinada apenas às fábricas, lojas, escolas ou hospitais. Até mesmo
um núcleo familiar requer certo grau de administração. Quanto maior o nível de complexidade
da actividade definida pelo grupo formal, maior a necessidade de se aprofundar nos
conhecimentos da ciência administrativa.

A teoria das organizações amplia de forma considerável o leque de organizações: a de


transformação – fábricas; as de serviços – hospitais, bancos, as assistências – igrejas. Há
objectivos únicos, múltiplos, colectivos, pessoais. Há organizações temporais e outras
permanentes, sem perder de vista a classificação por tamanho e poder económico, cuja relação é
muito estreita.

À qualquer momento, um indivíduo poderá, sozinho, ou em conjunto com outra pessoa ou em


grupo, iniciar um negócio, necessitando ser administrado, para que, qualquer que seja o
problema decorrente dessa união, ele seja minimizado, ou mesmo previsto, em função de um
objectivo principal.

São muitas as razões pelas quais se inicia um negócio: a independência, a utilização de uma boa
ideia, a projecção social, o poder, o desafio. Para que esses objectivos sejam atingidos, há
necessidade de uma inter-relação intensa entre os membros do grupo que está no negócio.
Assim, a administração é um campo técnico que requer domínio. O tratamento em áreas de
especialização, como o marketing, finanças, produção, RH, foi um avanço no entendimento e
tratamento do complexo organizacional.

O estudo da administração na sua fase introdutória tem como objectivo permitir ao indivíduo,
em primeiro lugar, tomar conhecimento dos vários temas que envolve esse campo da ciência; em
segundo lugar, para permitir que ele identifique qual é a área da organização a que ele mais se
identifica para uma futura especialização; e em terceiro lugar quais as técnicas e princípios mais
adequados para os problemas de nível micro e macro que deverão ser aplicados na tarefa de
solucioná-los com eficácia. Apesar de cientistas e profissionais mais experientes obterem
produzido um corpo de conhecimento bastante expressivo sobre a Administração, um
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entendimento mais consistente da arte de administrar ainda é ilimitado. Assim, um refinamento
das teorias, técnicas e práticas administrativas poderá ser útil para a maioria dos diferentes tipos
de uma organização. Estudando-se esse crescente corpo de conhecimento, poderemos entender
como a administração contribui também para a evolução do aspecto social. Ao mesmo tempo,
um estudo sistemático da matéria, auxilia no reconhecimento das habilidades essenciais a todas
as organizações. Finalmente, um esforço concentrado no estudo. Entendimento e aplicação das
teorias administrativas são requeridos para o caso de termos que nos envolver eficazmente com
os complexos problemas sociais actuais e futuros. Muitos livros têm sido escritos ultimamente,
enfatizando a necessidade de reavaliar a organização na busca da consolidação de sua posição na
economia de uma sociedade, o que demonstra que esse corpo da ciência está muito vivo e
crescente.

História da Administração como Ciência

Onde se inicia a história da administração é puramente uma questão de escolha. Nós podemos,
por exemplo, começar pela Antiguidade, Idade Media ou Renascimento; outros preferem iniciar
pela Revolução Industrial.

A Antiguidade caracterizava-se por ter sido uma época particularmente profícua para as ciências.
Seus pensadores e filósofos criaram e desenvolveram muitas áreas do conhecimento humano,
com tal profundidade que ate hoje se fazem sentir os efeitos de seus trabalhos.

No que se refere à administração, nunca foram encontradas obras que comprovem seu
desenvolvimento na Antiguidade. Entretanto, a construção de uma pirâmide, a estrutura de uma
cidade como Atenas e a administração de um império tão vasto como o Império Romano
certamente revelam conhecimentos de administração.

É difícil compreender, à primeira vista, por que a administração não recebeu igual tratamento na
época; porém, a realidade social contemporânea torna mais fácil a compreensão deste fenómeno.
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Predominava, nessa época, um forte preconceito em relação ao trabalho, a tal ponto que era
considerado uma actividade desprezível.

Umas das principais razoes para esse preconceito foi a escravidão, que na época era legalizada,
oferecendo solução fácil aos problemas práticos, e, ao mesmo tempo, criando uma inevitável
correlação entre trabalho e escravo.

Outra razão, também importante, foi a orientação dos povos primitivos para a guerra, onde se
sobressai a importância social do soldado e consequentemente a inferioridade social daqueles
que trabalham e que, portanto, não podem dedicar-se ‘as guerras.

Os antigos acreditavam que havia dois campos antagónicos e possíveis de actuação: o intelectual,
cabível aos cidadãos, e o material, cabivel aos escravos. A aplicação das ciências das ciências em
problemas era condenada.

A Idade Media e o Renascimento

Embora a Idade Media tenha sido bem mais rica e eficiente no dominio da tecnica do que a
Antiguidade, as condicoes ainda nao permitem o desenvolvimento de uma abordagem racional
ao trabalho.

A crenca religiosa e o misticismo assumiram grande importancia social, a ponto de, na epoca, ter
sido pensamento generalizado que todas as coisas eram dirigidas e controladas por Deus e que
somente a Ele caberia muda-las. Tanto a posicao social do individuo como a propria natureza
seriam imutaveis pelo Homem.

A escravidao que entravou o progresso tecnico da Antiguidade foi substituida pelo


tradicionalismo e pelo misticismo da Idade Medida.

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Alem disso, os preconceitos em relacao ao trabalho ainda permaneceram; os nobres, por
exemplo, se orgulhavam de nao trabalhar.

Com o prenceito das classes mais favorecidas em relacao ao trabalho, e a tradicao e o misticismo
impedindo as inovacoes tecnicas, a Idade Media transcorre sem grandes alteracoes nas
aplicacoes praticas das ciencias.

Essa mudanca so encontra lugar no Renascimento, onde o Humanismo – uma nova doutrina
filosofico, literario e artistico da Antiguidade, e liberta, atraves da racionalidade, o homem do
misticismo medieval.

Com o Renascimento, a estrutura social da Idade Media, baseada no isticismo e na tradicao, d’a
lugar a uma nova ordem social calcada na objectividade e na racionalidade.

Os preconceitos em realacoa ao trabalho sao esquecidos, e inicia-se uma transformacao de


tratamento ao trabalho que culminar’a seculos depois com Taylor e Fayol.

Leonardo da Vinci (1452 – 1519), por exemplo, revela-se um adepto das aplicacoes praticas da
ciencia e condena as as ciencias que nao nascam da experiencia ou que nao permitam aplicacoes
praticas. Considera a mecanica a ciencia mais nobre e util, o paraiso para a aplicacao das ciencias
matematicas.

A Revolucao Industrial

A Revolucao Industrial constitui-se numa profunda transformacao na cultura material do


Ocidente. Com os prenceitos ‘as aplicacoes das ciencias na Antiguidade e com o tradicionalismo
da Idade Media, o Sec.XVII encontrou o mundo utilizando, com raras excepcoes, os mesmos
utensilios, as mesmas tecnicas, as mesmas formas de comunicacao que eram usadas desde os
primordios. Os Estados guardavam as caracteristicas do feudalismo, com seus territorios isolados
e praticamente independentes, onde a actividade economica principal era a agricola, explorada
com tecnicas bastante rudimentares.

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Nessa epoca nao existiam empresas da forma como as conhecemos hoje. Elas eram domiciliares,
praticamente nao havia divisao de trabalho e a producao estava a cargo de artesaos que
executavam o trabalho manualmente, sendo poucas as maquinas utilizadas. Os mercados dessas
empresas eram circunscritod pelos respectivos territorios dos Estados, e predominavam as
relacoes empregador-empregado. Nao se pode afirmar que a Revoluccao Industrial tenha tido
inicio numa data fixa, mas foi nos fins do Sec.XVIII que tomou grande impulso.

Nessa epoca era a Inglaterra o pa’is que tinha mais condicoes para efectuar grandes mudancas,
pios havia abundancia de mao-de-obra, de capitais, de meios de transporte e de novas
tecnologias: o vapor.

A revolucao agricola efectuada anos antes liberou grandes contingentes da populacao para as
grandes cidades, em busca de melhores oportunidades.

A comercializacao dos produtos agricolas atraves dos transportes maritimos trouxe para os
ingleses concomitsntemente o desenvolvimento do mercado financeiro ingles e a hegemonia
maritima.

Com essas condicoes, a chamada Revolucaio Industrial nasceu na Inglaterra e posteriormente


espalhou-se para o mundo. Teve como consequencias profundas mudancas economicos, sociais e
politicas, tais como:

• Uma rapida e intenas urbanizacao;

• Durantes o seculo XIX duplica-se a populacao da Europa;

• O desenvolvimento industrial se inicia;

• Aperfeicoam-se os meios de transporte;

• Incrementa-se o comercio interno e internacional;

• E ha a redistribuicao das riquezas e do poder entre os pa’ises.


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A estrutura administrativa dos governos revelou-se inadequada para observar a nova realidade –
muitos governos ainda gurdavam a estrutura medieval. Logo se percebeu esse descompasso e se
tratou de aplicar a racionalidade aos problemas sociais.

As novas industrias se ressentem de melhor administracao, pois passam a enfrentar situacoes


jamais ocorridas ate entao. Nas pequenas oficinas da Idade Media a producao era pequena,
distribuida a mercados regionais, o trabalho era artesanal e praticamente nao havia distribuicao
de trabalho. Com a Revolucao Industrial as empresas crescem, utlizam-se maquinas, emprega-se
grande numero de pessoas, a producao ‘e em larga escala; atendem-se a mercados maiores e mais
distantes, e acirram-se as disputas por mercados – a concorrencia.

As empresas foram adaptando ‘a nova situacao; na medida do possivelo, por tentativa e erro. Foi
nessa ocasiao que surgiram as primeiras obras que buscavam a aplicacao do metodo cientifico no
estudo do trabalho. Alem disso, tornou-se necessaria e a divisao do trabalho.

Advento da Administracao Cientifica

Geralmente, admiti-se que a historia da administracao cientifica comecou com Frederix Winslow
Taylor em 1895. Entretanto, ha indicios de que o enfoque cientifico de controlar as industrias
teria uma origem anterior, especialmente na Gra-Bretanha. Provavelmente, o enfoque foi
aplicado antes de Taylor, desde oa no de 1795, na Soho Factory de James Watt Jr. E Matthew
Boulton. Eles introduziram tecnicas que incluiam a padronizacao dos componentes, o
planeamento da producao, os padroes de operacao e o pagamento de incentivos. Essa empresa,
cuja actividade era de fundicao, poderia reivindicar o papel de ser uma das primeiras ilustracoes
de administracao cientifica.

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Teorias ou Abordagens de Gestao

Principios de Taylor

Taylor entrou em contacto com os problemas de administracao em 1884, quando ele se tornou
engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele reconheceu que, apesar da maneira superior e,
muitas vezes, arrogante da administracao em relacao aos trabalhadores, na verdade eram
essencialmente bos trabalhadores que moviam as fabricas.

Depois de estudar o problema, Taylor formulou a primeira apresentacao sistematica da


administracao cientifica num trabalho entitulado A piece-rate system. Seu objectivo principal era
resolver o problema dos salarios, porque ele verificou que, no sistema de pagamento por dia de
trabalho, os homens logo concluiam que nao nenhuma vantagem, para eles, em trabalhar
arduamente, a eles diminuiam a producao em virtude de seus desejos de evitar cortes.
Consequentemente, ele argumentava que, se a administravcao soubesse quanto tempo um
homem levaria para completar o seu trabalho, esta informacao eliminaria a necessidade de
corets. Por outras palavras, seria forcado a fazer um “dia de trabalho” para receber salarios
razoaveis. Alem disso, a exacta determinacao cientifica da velocidade em que um trabalho
poderia ser feito seria o meio de resolver o problema do salrio.

Taylor osou dois metodos basicos no tratamento desta questao. Estes dois metodos eram: um
estudo do tempo-base e a introducao de padroes diferenciais. Resumidademente, o estudo do
tempo-base era um meio de obter em tempo-oadrao, adicionando os tempos unitarios requeridos
por accoes individuais que, agregadas, comporiam o tarablho todo. Na essencia, ele concebeu um
metodo para a fixacao previa e precisa de um padrao de desempenho, o que permitiria a extensao
do sistema para o trabalho nao repetitivo. Entetanto, este metodo nao era suficiente porque a
administracao ainda necessitava de um meio que induzisse o operario a trabalhar no padrao
maximo estabelecido pelo estudo do tempo-base. Taylor projectou um esquema de pagamento
por peca pelo qual uma baixa remuneracao por peca era paga para uma pequena producao e
remuneracoes mais altas por peca, para producoes maiores. Desse modo, a diferenca entre suas
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respectivas producoes. Embora Taylor pretendesse, atraves deste sistema, diminuir os ganhos
daqueles que nao atingissem os padroes, o efeito foi o mpagamento de slarios substancialmente
mais altos aos bons trabalhadores. Alem disso, foi assegurado aos trabalhadores que, se eles
mantivessem o ritmo especificado de trabalho, seus salarios nunca seriam cortados.

Alguns anos mais tarde, examinando o seu trabalho A piece-rate system, Taylor considerou-o de
importancia secundaria, sentindo apenas que seu objectivo principal de defender o estudo do
tempo-base como fundamento de uma administracao eficiente era, ainda, considerado relevante.

O artigo de Taylor de 19º3, intitulado Shop management ‘e coniderado um cvlassico na literatura


da administracao cientifica porque ‘e, ao mesmo tempo, um somatorio das realizacoes no
passado e um modelo de desenvolvimento futuros. Na discvussao aberta sobre o Shop
management, Taylor pertcebeu que, no campo da administracao, os dois factos mais notaveis
sao:

1. A grande desigualdade ou falta de uniformidade,memos nos lugares mais bem


administrados, no desenvolvimento dos varios elementos que constituem a
administracao;

2. A falta de relacao aparente entre uma boa administracao da fabrica e pagamento de


dividendos.

Essencialmente, isto significa que uma fabrica pode ter uma divisao de manufacturados
funcionando bem, mas a fabrica como um todo pode ser mal administrada em relacao ‘as
vendas pode trazer lucros, mesmo apesar de uma boa administracao de vendas, prejuizos
possam resultar de uma administracao de producao pobre.

Taylor demonstrou que seu proposito, ao escrever esse artigo, era pleitar altos salaruios e
baixos custos de producao como um fundamento npara melhor administracao. Ele viu,
como um dos modos de realizar este objectivo, defender a iniciativa do trabalhador. Ele
percebeu que a administracao deveria contratar trabalhadores superiores, pois assim

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haveria a possibilidade de combinar altos salarios com baixos custos de producao, desde
que este trabalhador superior pudesse executar mais trabalho do que um similar inferior.
Havia uma enfase relativamente leve em relacao ao padrao diferencial; realmente, a unica
consideracao importante era usar alguns meios pelos quais trabalhos extras eram
remunerados com altos pagamentos extras. Essencialmente, a maior enfase ainda
permanecia no melhor tempo atraves de um estudo cientifico de tempos unitarios.

Taylor nao estava somente preocupado em obter maior esforco dos trabalhadores, mas
tambem em introduzir metodos de trabalho eficiente que incluia:

Padronizacao de ferramentas e equipamentos;

Rotina de programacacao;

Cartoes de instrucao;

Estudos de movimentos;

Seleccao dos trabalhadores mais adequados;

Garantia de amplo material para os trbalhadores;

Introducao de simbolos como indices.

Ate este ponto poderia-se ter a impressao de que a administracao cientifica foi
principalmente planeada como um esquema para obter o maximo esforco do trabalhador,
ou um sistema de metodos eficientes de fabricas. A aplicacao de tecnicas cientificas na
administracao envolve, de qiualquer modo, um ambito mais amplo, e Taylor reconhece
esta necessidade na dificil tarefa de reestruturar a organizacao toda. Ele nao esperava
obter resultados imediatos, mas comecou com os fundamentos atraves de cuidadosa
experimentacao, observacao, analise, interpretacao e planeamento.

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A alteracao mais evidente na organizacao foi a introducao de um departamento de
planeamento, que Taylor viu como o verdadeiro centro cerebral da fabrica. Sempre que
possivel, o trabalho que era feito antigamente pelos homens da oficina deveria ser
delegado aos auxiliares do departamento de planeamento a fim de aliviar os trbalhadores
da oficina de certas rotinas do escritorio. Taylor listou dezassete funcoes de chefia do
departamento de planeamento e, apesar de muitos itens da lista nao serem considerados
como parte das funcoes de planeamento hoje, outros ainda sao partes caracteristicas do
planeamento moderno.

Uma extensao logica depois da introducao de um departamento de planeamento foi o


estabelecimento da especializacao entre os membros do planeamento e de direccao.
Entao, sob o novo funcionamento da organizacao, cada trabalhador recebia suas ordens
diariamente e mantinha contacto com oitos chefes, sendo que cada um deles realizava sua
propria funcao especifica.

Em 1911, Taylor definiu uma nova teoria importante: The principles of cientific
management. Nesta epoca, Taylor visualizou os efeitos de suas ideias com um ambito
muito maior. Ele sentiu que o pa’is todo estava sofrendo com a ineficiencia em quase
todas as accoes diarias, e que o remedio para esta ineficiencia baseava-se na
administracao sistematica. Ele tambem queria provar que a a melhor administracao ‘e
uma ciencia verdadeira, e que os principios fundamentais da administracao cientifica
eram aplicaveis a todas as actividades humanas, desde as mais simples accoes
individuias ate o trabalho nas grandes companhias.

No desenvolvimento do novo tipo ideal de administracao, Taylor listou quatro (4)


principios fundamentais que diferenciavam a administracao cientifica das outras formas
de administracao industrial. Sob seu sistema, os novos deveres dos administradores eram
os seguintes:

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1. Eles desenvolvem uma teoria para cada elemento do trabalho humano que
substitui o velho metodo das regras basicas.

2. Eles seleccionam cientificamente e entao treinam, ensina e desenvolvem o


trabalhador, enquanto, no passado, ele escolhia o seu proprio trabalho e se
autotreinava da melhor forma possivel.

3. Eles cooperam com os nhomens entusiasticamente de forma a assegurar a


concordancia dos trabalhos que estavam sendo realizados de acordo com os
principios da ciencia que estava sendo desenvolovida.

4. Ha uma divisao quase igual de trabalho e responsabilidade entre a administracao e


o trabalhador.

Taylor verificou que os tres itens, na verdade, eram a forma e a essencia de tod o sistema. O
quarto ponto introduziu uma nova consideracao na filosifia da administracao, porque ele
proporcionou uma organizacao para aliviar a responsabilidade do trabalhador que deve ser
previamente orientado e capacitado a concentrar-se sobre a importancia da producao. Taylor
corrigiu seu antigo ponto de vista sobre administracao por incentivos, com o aspecto da
igualdade de responsabilidade.

Para a epoca, as descobertas de Taylor representaram uma evolucao, reforcadas pelos trabalhos
de outros dois grandes precursores da ciencia administrativa. Um deles foi Henry Laurence Gantt
(1861 – 1919), discipulo de Taylor que continuou a aperfeicoar a obra do mestre, mesmo depois
de sua morte (1915). A preocupacao de Gantt era a eliminar o problema humano criado por
Taylor no seu processo de racionalizacao do trbalho; enquanto que Taylor preocupava-se com o
aspecto tecnologico e metodologico, Gantt preocupava-se com o aspecto psicologico e
humanistico insistindo na importancia do elemento humano na produtividade. Houve duas
importantes contribuicoes de Gantt ‘a administracao cientifica: uma foi o desenvolvimento d um
plano salarial e de incentivos ao trabalho operario; outro foi no auxilio do planeamento do

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trabalho do individuo, com o desnvolvimento de um grafico de distribuicao de carga de trabalho,
chamado Grafico de Gantt.

Ooutro individuo que muito contribuiu para o desenvolvimento do trabalho de Taylor foi Frank
Buncker Gilbreth (1868 – 1924), que, seguindo a linha de Grantt na humanizacao do trabalho
operario, procurou dar uma specto mais cientifico aos estudos de tempos e movimentos,
procurando eliminar o aspecto subjectivo do processo.

Como podemos observar, a teoria cientifica foi uma teoria construida basicamente por
engenheiros, cuja preocupacao basica ‘e aumentar a produtividade dentro de um nivel
operacional atraves da utilizacao do que podemos chamar a engenhearia das organizacoes.

Contribuicoes de Henri Fayol

O trabalho do frances Henri Fayol foi considerado uma das maiores contribuicoes para o campo
da gerencia. O seu trabalho foi realizado aproximadamente na mesma epoca que o de Taylor,
pois viveu no periodo de 1841- 1924. Entretanto, ao contrario de Taylor, que comecou no nivel
operacional de uma organizacao (oficinas), Fayol inicio seus trabalhos nos nioveis
organizacionais de cupula administrativa, buscando uma definicao das responsabilidades em
todos os niveis organizacionais. Ele provou tambem a aplicabilidade de seus principios tanto em
organizacao de transformcao (industria) como na areoa governamental.

Fayol estava principalmente preocupado com a funcao administrativa da direccao, pois sentia
que a habilidade administrativa era a mais importante que se requeria da direccao da companhia.
Como resultado, conclui que ha uma necessidadee definida e uma possibilidade de ensinar
administracao. Essas observacoes permitiarm que ele escrevesse um tralho bastante amplo,
publicado em 1908, que se entitulou Os principios da administracao,em que ele mostra as
possibilidades de se formar administradores e criar o ensino formal de administracao.

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Bibliografia utilizada: Kwasnicka, Eunice Lacava; in INTRODUÇÃO À


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Nesse trabalho, ainda, procurou, de forma mais clara, os cinco elementos primarios do processo
administrativo, que vem sendo utilizados ate hoje:

I. Planeamento;

II. Organizacao;

III. Direccao;

IV. Coordenacao;

V. Controle.

Elaborou 14 principios de administracao:

I. Divisao do Trabalho – os principios de especilaizacao do trabalho, de forma a concentrar


actividades para maior eficeincia.

II. Autoridade e Responsabilidade – autoridade ‘e o direito de dar ordens e o poder para


obediencia.

III. Disciplica – disciplina ‘e absolutamente essencial para o progresso da empresa.

IV. Unidade de Comando – um empregado deve receber ordens de somente um superior.

V. Unidade de Direccao – uma cabeca e um plano para cada grupo de actividades, tendo os
mesmos objectivos.

VI. Subordinacao do Interesse Individual para o Interesse Geral – o interesse de um


empregado nao deve prevalecer sobre o da organizacao.

VII. Remuneracao do Pessoal – compensacao deveria ser justa e, na medida do possivel,


satisfatoria ao individuo e ‘a empresa.

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VIII. Centralizacao – ‘e essencial para a empresa e uma consequencia natural do precesso de
organizar.

IX. Rede Escalar – a rede escalar ‘e a cadeia de superiores indo da mais alta autoridade ate o
mais baixo degrau.

X. Ordem – a organizacao deveria providenciar um lugar para cada individuo.

XI. Equidade – equidade ‘e o senco de jsutica que deve prevalecer na organizacao.

XII. Estabilidade – ‘e necessario tempo para o empregado se adaptar ao seu trabalho e


desempenha-lo eficientemente.

XIII. Iniciativa – em todos os niveis organizacionais, o entusiasmo e a iniciativa sao partes da


iniciativa.

XIV. Espirt de corsps – este principio enfatiza a necessidade de trabalho em grupo e a


manutencao de relacionamento interpessoal.

O desenvolvimento da teoria classica foi dedutivo, isto ‘e, o seu fluxo de logica foi do geral para
o especifico, sendo seus fundamentos basicos especificados nos principios acima.

O modelo burocratico

Muito proximo ‘a teoria classica, o modelo burocratico, ‘a primeira vista, faz-nos


imaginar uma organizacao tao complexa que impede que o trabalho seja feito. Porem, on
estudante nao deve prender-se a julgamentos de valores da palavra burocratico. A
organizacao burocratica pode ser boa ou ma, dependendo de como ‘e administrada.

Para o nosso proppsito, significara um modelo de organizacao relativamente formal e


impessoal. ‘e uma teoria que reflecte muitos dos principios da teoria classica, e pode ser

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aplicada tanto ‘a organizacao publica como ‘a privada, e, como todos os modelos, ‘e raro
ser encontrada na forma pura.

Burocracia – foi primeiramente descrita como tipo ideal de estrutura organizacional por
Max Weber, um sociologo alemao, no seu livro A teoria social e economica da
organizacao,em 1947. Quando Weber desenvolveu o seu modelo de burocracia, ele nao
tinha a intencao de que fosse um modelo para uma organizacao, mas, muito mais a
identificacao das caracteristicas tipicas de determinado tipo de organizacao.o seu tipo idel
‘e importante quando encarado como instrumento analitico para comparacoes historicas
de diferentes situacoes reais, ajudando a isolar factotes cruciais de comparacao.

Weber enfatiza o profissionalismo na burocracia, acreditadno que o sistema nao poderia


funcionar eficientemente a menos que estivesse provido de pessoas competentes e
especializadas.

O processo de seleccao deve ser racional, baseado em testes, etc.,certificando a


competencia real.

As origens do modelo burocratico forma baseadas nas defieciencias apresentadas paelas


teorias surgidas anteriormente. Weber definiu as caracteristicas do modelo burocratico da
seguinte maneira:

I. A organizacao burocratica ‘e regida por normas escritas que determinam os actos


e decisoes administrativas. Essas regras estao alem dos individuos que ocupam o
cargo, permitinmdo dessa forma manter a continuidade do trabalho.

II. A burocracia baseia a sua divisao de trabalho de uma forma que estabelece o grau
hierarquico de cada cargo, o poder e responsabilidade; as atribuicoes e as
condicoes necessarias.

III. No sistema burocratico o factor merito individual ‘e o mais importante no criterio


de seleccao, promocoes e trabsfencias d pessoas de um cargo a outro.
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IV. Weber enfatiza a necessidade de separar o corpo administrativo da propriedade da
administracao.

V. Os bens da organizacao burocratica devem estar livres de qualquer controlo


externo, nao se permitindo monopolizacao de posicoes.

VI. A burocaria procua caracetriazar a profissionalizacao dos seus membros.

Weber procura desvincular a empresa e os individuos ao mesmo tempo que exige a


aceitacao dos objectivos organizacionais. Ele procura vincular as identificacoes posicao e
não ao seu ocupante.

A aplicação deste modelo num caso real, deveria sofre os mesmos problemas que uma
organização construida nos moldes dos princípios da teoria clássica. A impessoalidade e
a racionalidade do modelo não permitem liderança competitiva num ambiente dinâmico.
O modus operandi mecânico e a desatenção ao comportamento humano inibem a
criatividade e a flexibilidade, tão nenessárias na organização moderna.

Na realidade, nao há um único modelo de burocracia, mas sim diferentes graus de


burocratização. Se formos analisar o modelo de Weber, ou qualquer outro modelo derivado
desse, poderemos perceber que não há utilização de um mdoelo puro, pois algumas regras não
são seguidas ou mesmo estabelecidas.

Existem alguns autores mais modernos que não encaram o modelo burocratico como uma
situação nova, mas sim uma continuidade de outras teorias ja estudadas anteriormente. Portanto,
podemos rotualr organizacoes mais burocraticas ou memos burocráticas. Essa forma de estudar a
organização foi muito adequada no Seculo XIX, porém, hoje já se esta mostrando inadequada
pelo surgimento de teorias que procuram elimanar as deficiências criadas pelo modelo
burocrático. A rapidez das mudanças tecnológicas nao permite trabalhar com um sistema rígido
imposto por esse modelo.

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SÍNTESE SOBRE A ABORDAGEM CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO

No despontar so seculo XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos pioneiros a


respeito da administracao. Um era americano, Frederick Winslow Taylor, e iniciou a chamada
Escola da Administracao Cientifica, preocupada em: aumentar a eficiencia da industria por
meio da racionalizacao do trabalho operario.

O outro era europeu, Henri Fayol, e desenvolveu a chamada Teoria Classica, preocupada em
aumentar a eficiencia da empresa por meio da sua organizacao e da aplicacao de principios
gerais da administracao em bases cientificas.

Muito embora ambos nao se tenham comunicado entre si e tenham partido de pontos de vistas
diferentes e mesmo opostos, o certo ‘e que suas ideias constituem as bases da chamada
Abordagem Classica da Administracao, cujos postulados dominaram as quatros primeiras
decadas do seculo XX no panorama administrativo das organizacoes.

Em funcao destas duas correntes, a Abordagem Classica da Administracao ‘e desdobrada em


duas orientacoes diferentes e, ate certo ponto, opostas entre si, mas que se complemental com
relativa coerencia:

1. De um lado a Escola da Administracao Cientifica, desnvolvida nos EUA, a partir dos


trabalhos de Taylor. Esta Escola era formada principalmente por engenheiros, como
Frederick Winslow taylor (1856 – 1915), Henry Lawrence Gantt (1856-1915), Frank
Bunker Gilbreth (1868-1924), Harrington Emerson (1853-1931) e outros. Henry Ford
(1863-1947) costuma ser incluido entre eles pela aplicacao desses principios nos seus
negocios. A preocupacao basica era aumentar a produtividade da empresa por meio
do aumento de eficiencia no nivel operacional, isto ‘e, no nivel dos operarios. Da’i, a
enfase na analise e na divisao do trabalho do operario, uma vez que as tarefas do cargo e
o ocupante constituem a unidade da organizacao. Neste sentido, a Abordagem da
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Administracao Cientifica ‘e uma abordagem de baixo para cima (do operario para o
supervisor e gerente) e da partes (operarios e seus cargos) para o todo (organizacao
empresarial). Predominava a atencao para o metodo de trabalho, para os movimentos
necessarios ‘a execucao de uma tarefa, para o tempo padraodeterminado para sua
execucao. Esse cuidado analitico e detalhista permitia a especialaizao do operario e o
reagrupamento de movimentos, operacoes, tarefas, cargos, etc., que constituem a
chamada Organizacao Racional do Trabalho(ORT). Foi, acima de tudo, uma corrente de
ideias desenvolvida por engenheiros que procuramavam elaboar uma engenhearia
industrial dentro de uma concepcao pragmatica. A enfase nas tarefas ‘e a principal
característica da Administração Científica. O nome da Administração Cientifica é
devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração a
fim de aumentar a eficiência industrial.

Princípios da Administração Científica

A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao


administrador levou os engenheiros da Administração Cientifica a pensar que tais
princípios pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis. Um princípio é uma
afirmação válida para uma determinada situação; é uma previsão antecipada do que
deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Dentre a profusão de princípios
defendidos pelos autores da Administração Cientifica, os mais importantes são:

1. Princípio de Planeamento: substituir no trabalho o critério individual do


operário, a improvisação e a actuação empírico-prática, por métodos baseados em
procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência através do
planeamento do método do trabalho.

2. Princípio de preparo: seleccionar cientificamente os trabalhadores de acordo


com suas aptidões e prepara-los e treina-los para produzirem mais e melhor, de

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acordo com o método planeado. Preparar máquinas e equipamentos num arranjo
físico e deposição racional.

3. Princípio de controlo: controlar o trabalho para se certificar de que está sendo


executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A
gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor
possível.

4. Princípio de execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que a


execução do trabalho seja disciplinada.

Apreciação crítica da Administração Científica

A denominação Administração Cientifica deveria ser substituída por estudo científico do


trabalho. Na verdade, Taylor foi o precursor da moderna organização do trabalho. A obra
de Taylor e seguidores é susceptível de críticas, que não diminuem o mérito e o galardão
de pioneiros e desbravadores da nascente Teoria da Administração. Na época, a
mentalidade reinante e os preconceitos – tantos dos dirigentes como dos empregados – a
falta de conhecimento sobre assuntos administrativos, a precária experiencia industrial e
empresarial não apresentavam condições propícias de formulação de hipóteses nem o
suporte adequado para a elaboração de conceitos rigorosos.

As principais críticas à Administração Cientifica são as seguintes:

I. MECANICISMO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA;

A administração científica restringiu-se às tarefas e aos factores directamente


relacionados com o cargo e a função do operário. Embora a organização seja
constituída de pessoas, deu-se pouca atenção ao elemento humano e concebeu-se
a organização como um “arranjo rígido e estático de pecas”, ou seja, como uma
máquina, daí, a teoria da máquina.

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II. SUPERESPECILIZAÇÃO DO OPERÁRIO;

Na busca da eficiência, a Administração Cientifica preconizava a especialização


do operário por meio da divisão e da subdivisão de toda operação nos seus
elementos constitutivos. As tarefas mais simples – o resultado daquela subdivisão
– podem ser mais facilmente ensinadas e a perícia do operário pode ser
incrivelmente aumentada. Por outro lado, alcança-se uma respeitável
padronização no desempenho dos operários, pois na medida em que as tarefas vão
se fraccionando, a maneira de executa-las torna-se padronizada. Essas “formas de
organização de tarefas privam os operários da satisfação no trabalho”.

O taylorismo demonstrou que a maneira espontânea com que os trabalhadores


executavam suas tarefas era a mais fatigantes, a menos económica e menos
segura. “No lugar dos erros do passado, o taylorismo propõe uma verdadeira
racionalização; é este seu papel positivo. Uma nova ordem de coisas. O
taylorismo propõe diminuir o número de atribuições de cada indivíduo e
especializar as atribuições de cada chefe. Isso é uma negação de aprender a
situação total de cada nível. Trata-se de uma decomposição analítica das funções,
a recusa de reconhecer os grupos e a negação da visão da situação a cada nível”.
Contudo, a preposição de que “a eficiência administrativa aumenta com a
especialização do trabalho” não encontrou amparo nos resultados de pesquisas
posteriores: qualquer aumento na especialização não redunda necessariamente
num aumento de eficiência.

III. VISAO MICROSCOPICA DO HOMEM;

A administração científica visualizava cada empregado individualmente,


ignorando que o trabalhador é um ser humano e social.

IV. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA;

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A administração científica é criticada por pretender criar uma ciência sem o
cuidado de apresentar comprovação científica das suas proposições e princípios.
Usou-se pouca pesquisa e experimentação científica para comprovar as suas teses.

V. ABORDAGEM INCOMPLETA DA ROGAANIZAÇÃO;

A administração científica é incompleta, parcial e inacabada, por se limitar apenas


aos aspectos formais da organização, omitindo a organização informal e os
aspectos humanos da organização. Também omite certas variáveis críticas, como
o compromisso pessoal e a orientação profissional dos membros da organização.

VI. LIMITAÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO;

A administração científica também ficou restrita aos problemas de produção na


fabrica, não considerando os demais aspectos da vida da organização, como
financeiros, comerciais, logísticos, etc.

VII. ABORDAGEM PRESCRITIVA E NORMATIVA;

Esta abordagem perspectiva e visualiza a organização como ela deveria funcionar ao


invés de explicar seu funcionamento.

VIII. ABORDAGEM DE SISTEMA FECHADO;

O taylorismo visualiza as organizações como se elas existissem no vácuo ou como se


elas fossem entidades autónomas, absolutas e hermeticamente fechadas a qualquer
influencia vinda de fora delas.

Conceito de homo economicus

A administração científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto é, do homem


económico. Segundo este conceito, toda a pessoa é concebida como influenciada exclusivamente

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por recompensas salariais, económicas e materiais. Noutros termos, o homem procura o trabalho
não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho
proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro
para viver. Assim, as recompensas salariais e os prémios de produção influenciam os esforços
individuais do trabalho.

Conclusão;

Em resumo, os alicerces fundamentais da Administração Cientifica foram:

Comando e controlo: a gerência funciona como uma ditadura benigna inspirada nos
modelos militares. O gerente planeia e controla o trabalho; os trabalhadores executam.
Em suma, o gerente deve pensar e mandar; os trabalhadores obedecer e fazer de acordo
com o plano.

Uma única maneira certa (the one best way): o método estabelecido pelo gerente é a
melhor maneira de executar una tarefa. O papel dos trabalhadores é utilizar o método sem
questioná-lo.

Mão-de-obra, não recursos humanos: a força de trabalho é a mão-de-obra, ou seja, a


mão contratada sem qualquer envolvimento da pessoa na organização. Com a tarefa de
trabalhadores era abundante, e empresa nada devia a eles, embora esperasse lealdade de
sua parte.

Segurança, não insegurança: embora os operários não ganhassem reconhecimento ou


responsabilidade, havia um acordo táctico baseado na segurança e permanência no
emprego. As empresas davam uma sensação de estabilidade dominando seus mercados.
O futuro parecia previsível e o destino de cada empresa no futuro ainda mais previsível.

A Administração Científica constitui a primeira teoria


administrativa. A preocupação em criar uma Ciência da
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Administração começou com a experiência concreta e imediata do
trabalho de operários e com ênfase nas tarefas. No primeiro
período da sua obra, Taylor voltou-se para a racionalização do
trabalho dos operários, estendendo-se no segundo período à
definição de princípios de Administração aplicáveis a todas as
situações da empresa.

2. Do outro lado, a corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da organização, desenvolvida


na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. Essa escola teve como expoentes: Henri
Fayol (1841- 1925), James D. Mooney, Lyndall F.Urwick (1891-1979), Luther Gulick e
outros. A essa corrente chamaremos Teoria Clássica. A preocupação básica era aumentar
a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da
organização (departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Daí, a ênfase na
anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização. Nesse sentido, a
abordagem da Corrente Anatómica e Fisiológica é uma abordagem inversa à da
Administração Científica: de cima para baixo (da direcção para a execução), e do todo
(organização) para as suas partes componentes (departamentos).

Predominava a atenção para a estrutura organizacional, para os elementos da


Administração, os princípios gerais da Administração e departamentalização. Esse
cuidado com a síntese e com a visão global permitia a melhor maneira de subdividir a
empresa sob a centralização de um chefe principal. Foi uma corrente teoria e orientada
administrativamente. A ênfase na estrutura é a sua principal característica.

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O objectivo de ambas teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo
a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do
trabalho do operário e do somatório da eficiência individual.

Na teoria Clássica, ao contrário, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para


garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (como secções,
departamentos, etc.,) ou pessoas (como ocupantes de cargos e executores de tarefas). O micro
abordagem no nível individual de cada operário com relação à tarefa é enormemente
ampliado no nível da organização como um todo em relação a sua estrutura organizacional.
A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvida, uma
substancial ampliação do objecto de estudo da TGA. Fayol, um engenheiro francês, fundador
da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal
da empresa, inaugurando uma abordagem anatómica e estrutural que rapidamente suplantou a
abordagem analítica e concreta de Taylor.

As Funções Básicas da Empresa

Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber:

Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.

Funções Comerciais: relacionadas com compra, venda e troca.

Funções financeiras: relacionadas com procura e gerência de capitais.

Funções de segurança: relacionadas com protecção e preservação dos bens e das pessoas.

Funções contáveis: relacionadas com inventários, registos, balanços, custos e estatísticas.

Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,


pairando sempre acima delas.
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Conceito de Administração

Fayol define o acto de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e


controlar. As funções administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as
funções do administrador, a saber:

1. Prever. Visualizar o futuro e traçar o programa de acção.

2. Organizar. Constituir o duplo organismo material e social da empresa.

3. Comandar. Dirigir e orientar o pessoal.

4. Coordenar. Ligar, unir, harmonizar todos os actos e esforços colectivos.

5. Controlar. Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as


ordens dadas.

Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo


administrativo: são localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de
actividade da empresa. Em outros termos, tanto o director, o gerente, o chefe, como o
supervisor – cada qual no seu respectivo nível – desempenham actividades de previsão,
organização, comando, coordenação e controle, como actividades administrativas
essenciais.

Princípios gerais de Administração para Fayol

Como toda ciência, a Administração Cientifica deve se basear em leis ou em princípios.


Elaborou 14 princípios de administração:

I. Divisão do Trabalho – os princípios de especialização do trabalho, de forma a concentrar


actividades para maior eficiência.

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II. Autoridade e Responsabilidade – autoridade ‘e o direito de dar ordens e o poder para
obediência.

III. Disciplina – disciplina é essencial para o progresso da empresa.

IV. Unidade de Comando – um empregado deve receber ordens de somente um superior.

V. Unidade de Direcção – uma cabeça e um plano para cada grupo de actividades, tendo os
mesmos objectivos.

VI. Subordinação do Interesse Individual para o Interesse Geral – o interesse de um


empregado não deve prevalecer sobre o da organização.

VII. Remuneração do Pessoal – compensação deveria ser justa e, na medida do possível,


satisfatória ao individuo e ‘a empresa.

VIII. Centralização – é essencial para a empresa e uma consequência natural do processo de


organizar.

IX. Rede Escalar – a rede escalar ‘e a cadeia de superiores indo da mais alta autoridade ate o
mais baixo degrau.

X. Ordem – a organização deveria providenciar um lugar para cada indivíduo.

XI. Equidade – equidade é o senso de justiça que deve prevalecer na organização.

XII. Estabilidade – é necessário tempo para o empregado se adaptar ao seu trabalho e


desempenha-lo eficientemente.

XIII. Iniciativa – em todos os níveis organizacionais, o entusiasmo e a iniciativa são partes da


iniciativa.

XIV. Espirt de corsps( espírito de equipa). – Este principio enfatiza a necessidade de trabalho
em grupo e a manutenção de relacionamento interpessoal.

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APRECIAÇÇO CRÍTICA DA TEORIA CLÁSSICA

1. Abordagem simplificada da organização formal;

2. Ausência de trabalhos experimentais;

3. Extremo racionalismo na concepção da Administração;

4. Teoria da máquina;

5. Abordagem incompleta de sistema fechado.

Apesar de todas as criticas, a Teoria Clássica ‘e ainda a abordagem mais utilizada


para os iniciantes da Administração, pois permite uma visão simples e ordenada.

Taylor – administração cientifica ênfase nas tarefas – aumentar a eficiência da


empresa por meio do aumento de eficiência ao nível operacional.

Fayol – teoria clássica – ênfase na estrutura aumentar a eficiência da empresa por


meio da forma e deposição dos órgãos componentes da organização e das suas inter-
relações estruturais.

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