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No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas
outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social,
editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do
Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze
anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou
como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi
comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento
cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de
Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de
Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.
Romancista, poeta e dramaturgo, autodidacta, José Saramago apenas concluiu estudos
secundários, dadas as dificuldades económicas familiares. Desenvolveu um percurso
profissional do jornalismo à política, com experiências em serralharia, produção e
edição literária, assim como em tradução. Em 1976, foi o desemprego que o levou a
dedicar-se à literatura. Publica em 1947 "Terra do Pecado", mas não o inclui na sua
extensa obra. Da poesia ao romance, passando pelo conto, crónica, viagem e teatro, é
um dos autores portugueses contemporâneos mais conhecido e distinguido
internacionalmente. Conta já com diversos prémios.
Resumo:
"«Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do
trânsito. A cegueira alastra como ""um rastilho de pólvora"". Uma cegueira colectiva. Romance
contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as
contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que
pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de
Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação
terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da preocupação cívica
O romance nos mostra o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira,
perde tudo aquilo que considera como civilização e, (tal como em A Peste, de Albert
Camus) mais que comentar as facetas básicas da natureza humana à medida que elas
emergem numa crise de epidemia, Ensaio sobre a cegueira mostra a profunda
humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos
físicos os deixam. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens
principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões
cegas, mas também das suas vidas espirituais e da dignidade que tentam manter. Mais
do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza
novamente.
O livro começa com um motorista, que subitamente fica cego enquanto está parado em
um sinal vermelho. Com uma pequena diferença: ele não mergulha numa total
escuridão, mas sim numa cegueira leitosa, completamente branca. A partir daí, a
cegueira vai contaminando outras pessoas como que num ciclo, começando por ele e
seguindo através das pessoas que mantiveram contato com ele, desde o seu médico,
passando pela mulher dele, os pacientes, até que se torna uma epidemia misteriosa.
Todos os cegos são confinados em locais abandonados e fechados, sob as ordens dos
que ainda conservavam a sua visão. Diante desse cenário, quem enxergava tornava-se
uma autoridade, estabelecendo de que forma os cegos deveriam se comportar. Apesar da
"epidemia" chegar a um grau tão extenso, acabando por atingir toda a população do
local, a mulher do médico é a única pessoa que ainda consegue enxergar e assim
registrar todo o horror e provação que os cegos enfrentam. Observando o
comportamento deles a partir e o modo como relacionam-se uns com os outros, ela
chega a concluir que as pessoas tornam-se realmente quem elas são, a partir do
momento em que não podem julgar a partir do que vêem.
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Resumo:
O livro conta a história de uma epidemia de cegueira, denominada “mal-
branco”, que começa num semáforo, num homem que regressava a casa, e
rapidamente se espalha por toda a cidade. Quando o médico que observara
esse homem cega, transmite ao governo que a doença em causa pode ser
contagiosa, pelo que o estado ordena que todas as pessoas já cegas ou que
estiveram em contacto com estas fiquem em quarentena.
A história centra-se no dia-a-dia de um grupo de cegos, da primeira
camarata da ala direita, que todos os dias lutam para sobreviver à cegueira e
aos cegos que, consumidos pelo desespero, quase se transformam em
animais.
Comentário:
O livro foi lido com um ritmo rápido, pois é bastante interessante, de fácil
compreensão (desde que se esteja concentrado na leitura) e a sua linguagem é
acessível. Pode-se afirmar que é uma leitura agradável.
É uma história emotiva, pois faz o leitor perceber que às vezes não
precisamos dos olhos para ver as coisas mais importantes da nossa vida. O
livro é recomendado, devido à profunda moral que contém e à história que nos
conta, que retrata a mente humana na sua forma mais animalesca e irracional,
ilustrando o comportamento do homem quando enfrenta a maior de todas as
lutas. A luta pela sobrevivência.
Comentário:
Uma crítica exacerbada à "cegueira" da sociedade actual, ambiciosa e cruel. É daqueles livros
a ler de uma só vez.
É uma história emotiva, pois faz o leitor perceber que às vezes não precisamos
dos olhos para ver as coisas mais importantes da nossa vida. O livro é recomendado,
devido à profunda moral que contém e à história que nos conta, que retrata a mente
humana na sua forma mais animalesca e irracional, ilustrando o comportamento do
homem quando enfrenta a maior de todas as lutas. A luta pela sobrevivência.
O livro foi lido com um ritmo rápido, pois é bastante interessante, de
fácil compreensão (desde que se esteja concentrado na leitura) e a sua linguagem é
acessível. Pode-se afirmar que é uma leitura agradável.
É uma história emocional, pois faz o leitor perceber que às vezes não
precisamos dos olhos para ver as coisas mais importantes da nossa vida. O livro é
recomendado, devido à profunda moral que contém e à história em si, que retrata
a mente humana, animalesca e quase irracional, quando é necessária uma luta pela
sobrevivência.
Tipo de escrita
Podemos concluir que a obra é de difícil leitura devido a dois importantes factores: