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António José Namorado Costa – AG I 41011 02 N.

º1000386

Etnografia Etnologia Antropologia


Ensaio de definição

Para iniciar este E-Fólio, vou começar pelo que me é pedido no primeiro ponto do enunciado,
falando e distinguindo Etnografia, Etnologia e Antropologia.
A diversidade das tradições, dos programas temáticos, das opções teóricas, continua a
produzir frutos e bastante dinâmica para inflectir qualquer tentativa de uma definição minimal
reconhecida internacionalmente. Poderá aqui adoptar-se uma perspectiva induzida pela
experiência francesa para justificar o uso corrente de vários termos sinónimos de
Antropologia. Esta é a mais abrangente e a que reflecte a complexidade dos objectos possíveis
de toda a ciência do homem. Começou por evocar nos séculos XVI e XVII, uma perspectiva
alegórica ou o estudo da alma e do corpo. Já sob a égide dos anglo-saxónicos o termo vai
abranger todas as disciplinas que de alguma maneira de debruçam no passado e no presente da
evolução do homem. Só no final do Século XIX adquire um sentido mais conciso, quando o
Social é associado na Grã-Bretanha e o Cultural nos Estados Unidos. Tornou-se nesta fase
necessário distinguir o uso corrente de antropologia em inglês, que se pode chamar a um
conjunto de ciências humanas, naturais e históricas, ou como disciplina social ou cultural
próxima da etnologia, reconstituindo esta a história dos povos. Já em França, o termo
etnologia especializou-se para se diferenciar da sociologia enquanto ciência social. A
Antropologia Cultural, Social e a Etnologia têm sentidos muito próximos e, de qualquer
maneira, demasiado imprecisos para se diferenciarem com interesse. Designam todos eles, o
estudo dos factos socioculturais, seja ele geral, comparativo ou particular. Quanto muito, pode
notar-se a preferência dos antropólogos Britânicos, de orientação mais sociológica, para o
epíteto “social” e o dos Americanos, de orientação mais psicológica, para o epíteto cultural.
Etnografia tem um sentido mais restrito e designa, exclusivamente, o estudo de factores
socioculturais no seio de um grupo humano particular. A mudança da etnografia à etnologia e,
de seguida à antropologia, revela um processo de comparação elevado. No entanto, existem
diversos factores que há mais factos lógicos que históricos o que torna a autonomia de cada
uma destas três vertentes das ciências bastante relativa. As tradições vão fazendo “jus” a que
o conjunto delas é apenas uma única e mesma disciplina.
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A etnografia apresenta-se-nos como um método de olhar muito de perto, que se baseia em


experiência pessoal e em participação, onde existem três formas de recolha de dados que são;
as entrevistas, a observação e os documentos que podem originar três tipos de dados, como as
citações, descrições e excertos de documentos que vão originar um único produto a que
chamamos de narração descritiva, sendo esta possuidora de grafismos entre outros que nos
permitem perceber o que está a ser contado.

O Objecto de estudo da Antropologia e as razões da mudança desse objecto.


Ensaio a partir do texto de AUGÉ, Mac (2006) “Lições de África” in Para que Vivemos?

(…) O Homem só se descobre ligado a uma historicidade já estabelecida, nunca é


contemporâneo a essa origem que através do tempo e das coisas se delineia furtando-se-lhe;
quando tenta definir-se como ser vivo; só descobre o seu próprio inicio e sobre o pano de
tempo de uma vida que, por seu turno; teve início muito antes dele1

A «aceleração do tempo» parece-me ser o motivo primordial para afirmar com sustentação
que o objecto de estudo a que Marc Augé se refere é a Contemporaneidade.
“O tempo das tribos e da etnologia tradicional acabou;…” (AUGÉ, Marc) esta frase leva-
nos para o outro lado, ou seja, para a convergência dos Etnólogos para uma Antropologia do
próximo (AUGÉ, Marc) onde a Introdução a uma Antropologia da Super modernidade nos
remete para a questão da Contemporaneidade. Os não-lugares, produtos da
contemporaneidade, opõem-se à noção de lugar antropológico, designado desde Mauss por
uma tradição fundada na ideia de totalidade. O homem é, por natureza, desprovido de
qualidades naturais. Os homens devem a sua sobrevivência, ao invés, dos outros animais, ao
saber empírico, técnico e moral, que vão adquirindo ao longo das várias fases das suas vidas.
Super modernidade que se caracteriza pelos excessos; Superabundância factual, espacial e
individualização de referências, distinguindo as categorias, tempo, espaço e indivíduo.
Segundo Marc Augé (2006), na África, um movimento religioso ou Político-religioso era uma
reacção à sua situação contemporânea. Sendo que se mantém segundo o próprio Augé, esta
situação. Existem Profetas que falam do que se passa nos corpos individuais ou na sociedade
em geral.
1
Michel Foucault, As Palavras e as coisas, p.368

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Os Etnólogos que julgam reconstituir o passado, o que se torna muito complicado, deparam-
se sempre com um estado anterior. Mas de facto são especialistas do presente. Significa isto,
que o mais importante na experiência etnológica é que os etnólogos falam do que apelidam
como não sendo puro; o contacto, a relação com o moderno, a crise familiar e o deslocamento
das populações, mas isto é a actualidade. Marcel Mauss, disse que é necessário estudar os
fenómenos sociais totais, nos seus mais variados aspectos. Hoje estudar a crise que se vive na
sociedade, ou melhor da Própria sociedade.
A ilusão nos Etnólogos é pensarem que estão a estudar as sociedades defuntas, quando o que
estão a estudar são as novas sociedades.

Todos os dias ouvimos falar da Globalização e/ou da Mundialização, mas o colonialismo e o


Pós-Colonialismo foram o inicio do nascimento do Planeta como mundo, ao que assistimos
onde nos encontramos em cada local onde estamos.
Com esta era Globalizante surgem novos problemas e outras necessidades de estudo. Augé é
um defensor da continuidade da antropologia adaptada ao mundo na sua forma
contemporânea, para quem o estudo deixou de ser “exótico” mas temos de salientar que foi
devido à experiência de campo de Marc Augé e de outros Antropólogos que nos dias de hoje
há vontade inspiradora para dar continuidade à investigação no meio das sociedades
modernas.

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Bibliografia:

AUGÉ, Marc: Não-lugares - Introdução a Uma Antropologia da Sobre modernidade, Ed.


Bertrand, s.d.
ERMET, Gay (2000) Cultura e Desenvolvimento, São Paulo: Editora Vozes.
FOUCAULT, Michael: As Palavras E As Coisas, Ed. Edições 70, Lisboa 1991
SANTOS, Armindo dos: Antropologia Geral, Universidade Aberta, Lisboa 2009

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