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CENTRO EDUCACIONAL DO ALTO SÃO FRANCISCO

FACULDADE SÃO FRANCISCO PIUMHI - FASPI

CURSO DE DIREITO

TRABALHO DE TEORIA GERAL DO ESTADO

O Estado para Aristóteles

Flávio Camargos Oliveira


Mário Rogério Ferreira
Trajano P. R. Neto
Sheila Lopes de Mendonça
Jonatã Maruyama de Pádua
Xênia Cristina Costa Faria

PROFESSOR: Leandro Hollionalicy Luiz

PIUMHI - MG
DATA: 08 DE SETEMBRO DE 2010
Aristóteles acreditava que a máxima perfeição da moral pode ser encontrada no
Estado. Situado na Grécia antiga, e é este estado que Aristóteles questiona, e devemos
levar em conta, que estado moderno é uma questão evolutiva, de conflitos entre moral
e política, e Aristóteles entende por política a máxima organização da moral.
Aristóteles estuda os fundamentos e a organização da cidade (polis, em grego, que deu
origem ao termo “política”). Naquele tempo, as principais cidades gregas eram estados
independentes – tinham os seus próprios governos e exércitos, além de leis e tribunais
próprios. Por isso lhes chamamos cidades-estado.

Iniciemos com alguns conceitos sobre os pilares do Estado para Aristóteles:


Sobre a escravidão = o escravo é o instrumento do trabalho
Sobre o cidadão = o cidadão é o instrumento político
Sobre a família, para Aristóteles a essência do Estado, é constituída por:
a) senhor e escravo;
b) marido e mulher;
c) pais e filhos;
d) a arte de acumular fortuna.
O pequeno burgo (espécie de colônia da família) é a primeira família, formada por uma
utilidade comum. Para Aristóteles, diversos burgos formam uma cidade completa.

Sobre a cidade = Nascida principalmente da necessidade de viver, ela subsiste para


vida feliz, e deve possuir:
1- meios de subsistência;
2- artes;
3- armas;
4- finanças;
5- serviços das coisas divinas;
6- interesses gerais da República e sobre os direitos recíprocos entre os cidadãos (o
mais essencial na teoria política de Aristóteles).
“Aqueles que possuem as armas têm o poder de derrubar o governo”
Aristóteles propõe duas condições básicas para alcançar o bem comum:
a) um ideal e que o fim seja louvável;
b) encontrar os atos que materializem este ideal.
“A virtude necessita de uma certa quantidade de meios, que deve ser pequena para
aqueles que são melhor dispostos, e maior para os que têm disposições menos
favoráveis” [pg. 134]

Três princípios da virtude:


a) natureza – ato de nascer
b) costume – desenvolve ou altera a natureza humana
c) razão – leia-se “o pensar”

Segundo Aristóteles, o Estado é o caminho para atingir a natureza, isso porque o


TODO deve, forçosamente, ser colocado antes da PARTE.

Conceito de natureza = a reunião das condições da existência, das faculdades e dos


meios, é o objetivo dos seres e determina o modo e o último grau de desenvolvimento
que eles são destinados a atingir.

Aristóteles entendeu os seres humanos como naturalmente sociais, e a disposição para


se organizarem politicamente como uma propensão inata.
Todavia, a organização política variava. Aristóteles, sempre no seu estilo sistematizador
e classificador, falou em três formas de governo: a monarquia, a aristocracia e a
democracia constitucional.

Democracia:
a) fundada pela igualdade = pobres e ricos são soberanos na mesma proporção. Existe
aqui apenas a igualdade política;
b) a escolha dos magistrados ocorre por meio de um censo e estes devem ocupar-se
das funções públicas
c) subordinados à lei, os magistrados seriam os incorruptíveis;
d) materialização da soberania da multidão, qualquer indivíduo poderá gerir a cidade;
e) mantem-se o princípio acima, porém mediado pela escolha da multidão.

Sobre a democracia:
Para Aristóteles o princípio fundamental do governo democrático é a liberdade.
Segundo ele, a sabedoria reside na massa do povo, desse modo na democracia os
pobres têm mais autoridade que os ricos.
“Uma das características essenciais da liberdade é que os cidadãos obedeçam e
mandem alternativamente, porque o direito ou a justiça, em um estado popular, consiste
em observar a igualdade em relação ao número, e não a que se regula pelo mérito”.
[pg.206]

A democracia originou-se do fato dos homens, por serem iguais em certos aspectos,
julgarem sê-lo em tudo; porque, sendo todos igualmente livres, imaginam que, entre
eles, existe uma igualdade absoluta” [pg.225]

A democracia aristotélica, como ele a explicitou, seria uma forma de governo dos
cidadãos, mas de não muitos cidadãos, uma vez que ele admitia a escravidão. Aliás, a
distribuição de funções na democracia aristotélica não lhe trazia vantagens em relação
à rígida divisão da república platônica, quando ambos modelos são vistos através do
que nós, modernos, entendemos como democracia pluralista e com igualdade de
direitos, ascensão social etc.

Sobre as revoluções
Aristóteles aponta que existem duas motivações:
a) os cidadãos se revoltam contra o governo com o fim de mudar a forma da
constituição estabelecida;
b) descontentes com os governantes, e não com a forma, querem eles próprios
governar (monarquia, oligarquia)
Conceito de igualdade em Aristóteles:
a) igual na relação de quantidade e grandeza;
b) proporcional: identidade de relação
Ele sinaliza que na democracia é difícil ocorrerem revoluções.
“O povo jamais se insurge contra si mesmo” [pg. 226].
Ele sustenta que todas as revoluções têm por objetivo o restabelecimento da igualdade.
“Quando se estabelece a igualdade de fortunas, é forçoso que se mude a forma de
governo; e abolindo as leis relativas à preeminência das classes, abole-se o próprio
governo” [pg.246]

A importância da educação
“As leis mais úteis, aquelas que são sancionadas pela aprovação unânime de todos os
cidadãos de nada servirão se os costumes e a educação não estão conforme os
princípios da constituição” [pg. 246]
Essência do Estado: para ele estado é uma comunidade de cidadãos; e cidadão é o
homem livre que tem participação na administração, na justiça e no governo.
O estado e os seus elementos individuo e comunidade: Aristóteles é realista no entanto,
no entanto assenta toda a sua prioridade lógico idealista do Estado em função do
indivíduo, da família, a constituição do estado não tem para não tem existência real,
essa realidade, esta baseada no indivíduo, famílias, comunidades rudimentares, que
vivem num espaço-tempo. E são estes que constituem a realidade do estado. A sua
teoria sobre a essência do estado só tem em conta o cidadão livre formado, como
personalidade individual, não dando asas ao individualismo.

Referências bibliográficas:
WOLFF, Francis. Aristóteles e a política. São Paulo: Discurso Editorial, 1999.

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