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1) O problema
- Marginalidade = como compreender a marginalização e como combatê-la através de
diferentes teorias de educação.
Teorias Não-Críticas
- Sociedade = harmoniosa
- Marginalidade = acidente da sociedade e que pode ser corrigido. Problema individual.
- Educação = papel de superar a marginalidade, reforçando laços sociais e integrando o
indivíduo à sociedade.
Teorias Crítico-Reprodutivas
- Sociedade = dividida em classes (dominante – dominado).
- Marginalidade = Classe dominada. A estrutura da sociedade define quem serão os
marginalizados.
- Educação = Instrumento de marginalização, uma vez que a educação reflete a
sociedade.
2) As teorias não-críticas
Pedagogia Tradicional
- Excluído é o sujeito ignorante desprovido de conhecimento enciclopédico.
- Repassa conteúdos em quantidade, estanques e sem articulação conceitual que permite a
crítica.
- Escola = ensinar conteúdos para combater a ignorância enciclopédica.
Pedagogia Nova
- Excluído é o sujeito deslocado socialmente, frente às instituições democráticas.
- Desloca o eixo do conteúdo para os processos de aprendizagem.
- Promete a inclusão total e promove uma pseudo-inclusão social.
- Além de não efetivar o que prometeu, ainda eliminou o que se tinha antes, o conteúdo e
a valorização do mesmo.
- Escola = ensinar para incluir socialmente.
Pedagogia Tecnicista
- Excluído é o sujeito incompetente para as funções produtivas sofisticadas.
- Enfoca a capacidade instrumental de pensamento e de ação corporal.
- Promove a disciplinarização do comportamento de acordo com o modelo industrial.
- Destitui a importância dos conteúdos humanísticos em favor da hipervalorização das
ciências exatas.
- Escola = ensinar para capacitar tecnicamente para o setor produtivo.
3) As teorias crítico-reprodutivas
- Seguem orientação marxista e foram concebidas no campo da sociologia por teóricos
europeus.
- Descrevem mecanismos sociais de segregação, de alienação e de dominação,
destacando o papel reprodutivista da educação na escola: a escola reproduz a segregação
em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de
produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado.
- Função Social da Escola = Denunciam que a função social da escola é a de atender ao
capitalismo, excluindo conteúdos críticos, formando mão-de-obra especializada e dócil e
reproduzindo a estrutura de classes.
Escola Dualista
- Baudelot e Stablet
- São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.
- A escola é organizada em dois níveis básicos: Secundário Superior (os trabalhadores
que gerenciam) e Primário Profissional (os trabalhadores que executam).
- Critica a divisão do trabalho, que reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma
estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem.
P 33 CAPÍTULO 02 – A TEORIA DA CURVATURA DA VARA
-52 - Abordagem política do funcionamento interno da escola de 1º grau.
- Que funções políticas o ensino de 1º grau desempenha?
1ª Tese: filosófica-histórica:
- “Do caráter revolucionário da pedagogia da essência e do caráter reacionário da
pedagogia da existência”.
- “Todos os homens são essencialmente iguais, com os mesmos direitos”.
- A escolarização era condição para converter os servos em cidadãos, para que todos
participassem do projeto político para consolidação da democracia (interesse da
burguesia).
- Após ascender ao poder, já não interessa mais a burguesia transformar a sociedade: a
escola tradicional, a “pedagogia da existência”: os homens são essencialmente diferentes
e temos que respeitar a diferença entre eles. Aí está o caráter reacionário da pedagogia da
existência legitimando as desigualdades, privilégios e sujeição.
2ª Tese: Pedagógico-metodológica:
- Do caráter científico do método tradicional e do caráter pseudocientífico dos métodos
novos.
- Considera-se como científico o caráter do método tradicional, pois os cincos passos
formais de Herbert (preparação, assimilação, comparação e generalização) se baseavam
no esquema do método científico indutivo de Bacon.
- Os métodos novos fizeram uma ideologia à pesquisa, pois pesquisado que já se sabe e
se conhece não existe: caráter pseudocientífico.
A contribuição do Professor
- Através da instrumentalização, isto é, nas ferramentas de caráter político, histórico,
matemático e literário, etc., quer seja capaz de colocar de posse do aluno; serão tanto
mais eficaz quanto mais o professor seja capaz de compreender os vínculos de sua prática
social e global. Ocorrerá quando a catarse alterar a prática, qualitativamente, de seus
alunos, enquanto agentes sociais.
P 73 – CAPÍTULO 04 – ONZE TESES SORE EDUÇÃO E POLÍTICA
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- Educação é um ato político, porém não se deve identificar educação com política,
prática pedagógica com prática política, em conseqüência, a especialidade de fenômeno
educativo.
- Educação e política, embora inesperáveis, não são idênticas: tratam-se de práticas
distintas, cada uma com especialidade própria.
- A educação configura-se uma relação entre não antagônicos; o educador está a serviço
dos interesses dos educadores.
- A relação política o objetivo é vencer e não convencer: trata-se ainda de uma relação
antagônica, onde interesses e perspectivas são mutuamente excludentes.
- “A prática política se apóia na verdade do poder; a prática educativa, no poder da
verdade”.
- “A importância política da educação reside na função de socialização do conhecimento;
assim, realizando a função que lhe é própria que a educação cumpre sua função
política”.
- As reflexões anteriores podem ser ordenadas e sintetizadas através das teses seguintes:
“Tese 5 – A explicitação da dimensão educativa da prática política está, por sua vez,
condicionada a explicitação da especificidade da prática política”.
- (... só se possível captar a dimensão política da prática educativa e vice-versa, na
medida em que essas práticas forem captadas como efetivamente distintas uma da outra –
tese 4 e 5).
“Tese 6 – A especificidade da prática educativa se define pelo caráter de uma relação que
se trava entre contrários não-antagônicos”.
“Tese 7 – A especificidade da prática política se define pelo caráter de uma relação que
se trava entre contrários antagônicos”.