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LISTA 3 - Prof.

Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Dezembro de 2005, às 16:24

Exercı́cios Resolvidos de Óptica Fı́sica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a TERCEIRA prova. Numeração conforme a SEXTA edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo
36 Interferência 2
36.1 A luz como uma onda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
36.2 O experimento de Young . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
36.3 Intensidade das franjas de interferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
36.4 Interferência em filmes finos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
36.5 O interferômetro de Michelson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

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36 Interferência da onda não muda quando ela entra em outro meio. A


diferença de fase é
?)@2 2 A;CB  
1 4>1 / 4 / *-  4 -E
  /D

36.1 A luz como uma onda   
Temos que
 ar &A'  , onde ar é o comprimento de
onda no ar e '  é o ı́ndice de refração do vidro. Analo-
 
E 36-1 (40-1/4 edição) gamente, / ar &(' / , onde ' / é o ı́ndice de refração
do plástico. Isto tudo fornece-nos uma diferença de fase
O comprimento de onda da luz amarela do sódio no ar A;

é de nm. (a) Qual é a freqüência da luz? (b) Qual )
1 4>1 /  ' 4 ' / * -E
é o comprimento de onda da luz em um vidro com um  ar 

ı́ndice de refração de  ? (c) Use os resultados dos  
itens (a) e (b) para calcular a velocidade da luz no vidro. O valor de - que torna tal diferença igual a  . é
) 
(a) 1 4=1 / * ar
- A; ) 
' 4 '0/ *

      
      Hz   )
   . ,    *
A; )    .   IH m
 .F4G *
(b)   A; 
  (b)  . rad é menor do que . rad, que é
"! $# % &(' nm  a diferença de fase para interferência completamente


  nm ;
'  construtiva, e maior do que  J, rad, a diferença de
fase para interferência completamente destrutiva. A in-
(c)
terferência é portanto intermediária, nem completamen-
"!
)    )  te construtiva, nem completamente destrutiva. Ela está,
#     *      *
+ entretanto, mais perto de ser completamente construtiva
     m/s do que de ser completamente destrutiva.

 
P 36-7 (40-11/4 edição) P 36-8 (40-12/4 edição)
As duas ondas na Fig. 36.3 têm um comprimento de
Na Fig. 36.3, duas ondas luminosas no ar, de compri- 
mento de onda de , nm, estão inicialmente em fase. onda de  nm no ar. Determine a diferença de fase
A primeira atravessa um bloco de vidro de espessura - em comprimento de onda, depois de as ondas atraves-
 
e ı́ndice de refração '  . . A segunda atravessa sarem
 os meios  e , se (a) '  e '0/  . e
 LK   +  LK
-  m; (b) ' 
  . e '0/ 
  e -  m;
um bloco de plástico 
com a mesma espessura e ı́ndice   + MK
de refração '0/  . (a) Qual é o (menor) valor de - (c) '  e '0/  e-   m; (d) Su-

para que as ondas saiam dos blocos com uma diferença ponha que em cada uma destas três situações as ondas
  sejam superpostas numa tela. Descreva os tipos de in-
de fase de  . rad? (b) Se as ondas forem superpostas
em uma tela, qual será o tipo de interferência resultante? terferência resultantes.

(a) Suponha a fase de ambas ondas como sendo ze- A solução do problema baseia-se na seguinte ex-
ro antes de atingir a superfı́cie dos meios com diferen- pressão para a diferença de fase:
tes ı́ndices de difração. A fase da primeira A; A;
3onda2 na su- N - - - -
1 1 OQP 4 P OQP 4 P
perfı́cie de
2 ): ; trás do vidro é dada por
   47698 ,
5
- P# / # P P &(' / &(' P
onde & * é o número de onda e é o com- P  P A; P  P
   -
primento de onda no vidro. Analogamente, a fase da  R '0/ 4 ' R 
segunda <onda na superfı́cie2 de 
2 ): trás
; 
do plástico é dada
por 1 / / -=4>698 , onde / & / * é o número de
 (a)
onda e / é o comprimento de onda no plástico.
N  
As freqüências angulares são as mesmas pois as ondas 1       H )  +
tem o mesmo comprimento de onda no ar e a freqüência A ;   .F4G * 
     

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(b) Na Fig. 36.3, duas ondas luminosas de comprimento


 ;
N   de onda .  nm estão inicialmente defasadas de rad.
1IS      H ) +  + 
A;   4G . *  Os ı́ndices de refração dos meios são '  , e
 
      '0/  . . (a) Qual o menor valor de - para que as
ondas estejam em fase depois de passarem pelos dois
(c)
meios? (b) Qual o segundo menor valor de - para que
N 
1IT Q   H ) +A  isto aconteça?
A;   4U *  
   (a) Para resolver este problema usamos a mesma
N N fórmula derivada na solução do problema 36-8 acima.
(d) Como 1IS 1  , a intensidade deve serN a mesma
) A;
* Seja
nas N situações
) ; (a) e (b). Por outro lado, como 1IT &
e 1  & * diferem ambas de um número inteiro por A;
N - ?)  ;a`
  , a intensidade no caso (c) também coincide com 1  R ' 4 '0/ R '  *
 Z
aquela de (a) e (b). ` `bc`
Surpreendente a interpretação e utilidade da parte fra- '   d , que fornece
cionária dos números, não? Pois é!... :-) 
We V
- min - R 
R ' 4 '0/ R
  
P 36-9 (40-14/4 edição) . 
  
Duas ondas luminosas no ar, de comprimento de on- R  , 4U . R
da . nm, estão inicialmente em fase. As ondas pas-  fK
  nm  m
sam por camadas de plástico, como na Fig. 36.28, com
K FK
- , m, - /   m, '  , e '0/  . . (a) (b) O próximo valor para estarem em fase ocorre para
 
Qual será a diferença de fase, em comprimentos de on- '  , o que fornece
da, quando as ondas saı́rem dos dois blocos? (b) Se as

ondas forem superpostas numa tela, que tipo de inter-  ) fK fK
-    m* ," . m
ferência será observada?  R' 4 ' / R
V 

(a) O comprimento de onda . nm fora das
camadas de plástico (i.e. no ar ou, aproximadamente,
no"W vácuo) está relacionado com o comprimento de onda 36.2 O experimento de Young
num "meio '
W com  V ı́ndice de refração através da ex-
pressão &A' . Portanto, a diferença de fase em
termos do comprimento de onda é dada por 
E 36-11 (40-15/4 edição)
BX- / - 4\- / BX- + +gK
1 YV  V 4 YV  Duas fendas paralelas, a  m de distância uma da ou-
&A' /[Z D &A' D tra, são iluminadas com uma luz verde monocromática,
 
 B ) ) de comprimento de onda de  nm. Calcule a posição
 V - / ' / 4G * - L4 ' *
Z   D angular (h na Fig. 36.8 [40-9]) da franja clara de terceira
K ordem (i  ) (a) em radianos e (b) em graus.
 m )  ) ) )
  *  .F4U * , * E4U , *_^
. nm ] Z (a) Da Eq. 36.14 [40-12] obtemos para i 
 
 H )   B"i
 * Y   h sen   j
.   I . D
) 
(b) A interferência observada será intermediária, mais B      * 
sen   + +  . rad
perto de destrutiva, uma vez que a diferença de fase em   H D

termos do comprimento de onda é Y  , que é mais per-
 (b)
to de  (interferência construtiva pura) do que de 

(interferência destrutiva pura). ?)  Bf k  +
h Y . rad ; *   k 
rad D

P 36-10 (40-13/4 edição)

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E 36-13 (40-18/4 edição) Duas figuras de interferência podem ser vistas na tela,
uma produzida por uma luz com comprimento de onda
O experimento de Young é executado com luz azul- de ,   nm e outra por uma luz de comprimento de onda

esverdeada de comprimento de onda de  nm. A de . nm. Qual é a distância na tela entre as franjas

distância entre as fendas é de  mm e a tela de de terceira ordem (i  ) das duas figuras de inter-

observação está a  , m das fendas. Qual é o ferência?
espaçamento entre as franjas claras?
j  j
A condição de máximo é sen h i , onde é a Os máximos de um padrão de interferência de fenda
 j 
separação das fendas, o comprimento de onda, i é um dupla aparecem em ângulos h dados por sen h i ,
j 
inteiro, e h é o ângulo feito pelos raios que interferem e o onde é a separação das fendas, o comprimento de
eixo perpendicular à superfı́cie contendo as fendas. Se h onda, e i um núnero inteiro. Se h for pequeno, sen h
é pequeno, sen h pode ser j aproximado  por h , em radia- pode ser substituido por h emj radianos.  Neste caso, te-
nos. Neste caso temos h i mos mais simplesmente que h i .
e a separação angular j 
[Perceba que EVITAMOS escrever h i para mini-
dos máximos adjacentes, um associado ao inteiro N i  ej o mizar a possibilidade de confusão com algum elemento
outro associado ao inteiro i  , é dada por h & . j
Z diferencial de ângulo h . Uma notação coerente e apro-
Com isto, a separação sobre uma tela a uma distância l
é dada por priada salva muita gente na hora da prova.... :-) ]
 ) ) A separação angular dos dois máximos associados com
N[m N l    I *  , * comprimentos de onda diferentes mas com o mesmo va-
l h j 
  cIn lor de i é
    N i ) 
   In m  mm h j / 4 *

Npm
 e a separação observada numa tela localizada a uma
E 36-14 (40-21/4 edição)
distância l é
Em um experimento de Young, a distância entre as fen-
Npm N N B"i l ) 
das é de  vezes o valor do comprimento de onda da l tan h[q5l h j / 4 * 
D 
luz usada para iluminá-las. (a) Qual é a separação an-
gular em radianos entre o máximo de interferência cen- Como usamos a aproximação tan hq N h , observe que
tral e o mais próximo? (b) Qual é a distância entre es- N h deve estar em radianos.

tes máximos se a tela de observação estiver a  cm de Em números, temos,
distância das fendas?
)
Npm    * ) 
(a) O máximo adjacente ao máximo central é o que  ^ .F4r,  *   
corresponde a i  de modo que ]  
 c
 
 n
 +  + +LK
B"i    Is m   mm m
h sen   j P e
 D P 
) )  Po
B  * *
sen      rad
 D 
P 36-20 (40-27/4 edição)
(b) Como
m <)  )  ` Na Fig. 36.29, t e t / são fontes que produzem ondas
l sen h  cm* sen Y Y rad * mm 
  em fase, de mesma  amplitude e com o mesmo j compri- 
mento de onda . A distância entre as fontes é  .
a separação é Determine a maior distância a partir de t , ao longo do
Npm m m VC m  
4 4\ mm eixo u , para a qual as duas ondas se anulam totalmente
  por interferência destrutiva. Expresse esta distância em
comprimentos de onda.

P 36-19 (40-24/4 edição) Chamemos tal distância de u . Então
Em um experimento de Young, a distância entre as fen- ;
 N j {)  ;a`
das é mm e as fendas estão a  m da tela de observação. R 1 R wvyx / u / 4ru i  *
Z o oFz Z

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` |` c`
onde i   dd . Consequentemente, contém as fendas. A distância entre duas franjas cla-
j / )  ras adjacentes é  cm. (a) Qual é a distância entre
i  * as fendas? (b) O que acontece com a figura de inter-
u )  4 Z 
o i  * , ferência quando o professor cobre uma das fendas com
Z  
um pedaço de celofane, aumentando de  o número
O maior valor de u é obtido para i  :
o de comprimentos de onda percorridos pela luz no traje-
j /  )  / 
VC  *  +  to que passa pelo celofane?
u  4  4   N[m  j
, , (a) Aqui, use l & obtendo
 )   ) 
j l .      *   * 
 Npm Y  mm
P 36-21 (40-28/4 edição) ~
 
Um fino floco de mica ('  ) é usado para cobrir Observe o fator acima: ele é devido ao fato da luz ir
uma das fendas em um experimento de Young. O pon- e voltar através da sala! O “D” refere-se ao caminho
to central da tela passa óptico total.
a+ ser ocupado pelo que era a (b) Neste caso a figura de interferência será deslocado.
sétima franja clara (i ) quando a fenda estava livre.
 
se  nm, qual é a espessura do floco de mica? Por exemplo, como no local do máximo central original
(Sugestão: Considere o comprimento de onda da luz no a diferença de fase é agora
interior do floco de mica.) ;
N N ):2 2 N )    A;a`
1 - * -   *
Considere as duas ondas, uma de cada fenda, que pro-
duzem a sétima franja clara na ausência da mica. Elas
existirá ali um mı́nimo em vez de um máximo.
estão em fase nas fendas e viajam distâncias diferen-
tes até a sétima franja clara, onde a diferença de fase é
A; ;
i d, . Quando um floco de mica de espessura u 36.3 Intensidade das franjas de inter-
é colocada na frente de uma das fendas e as ondas não
estão mais em fase nas fendas. Nas fendas, suas fases
ferência
diferem de
A; A; A; 
u u u ) E 36-24 (40-41/4 edição)
1  4   ' 4U * 
m )
o Determine a soma 8 * das seguintes funções:

onde é o comprimento de onda na mica, ' é o ı́ndice m ) m )  )
o    8*  sen 698 / 8* sen 698   k * 
de refração da mica, e usamos relação &(' , 
e
Z
o
sendo o comprimento de onda no vácuo.
Como as ondas estão agora em fase na tela, devemos ter [Nota: perceba que neste enunciado escrevemos explici-
tamente a dependência temporal de cada grandeza, com
A;
u ) ;a` o intuito de distinguir mais claramente as grandezas que
 ' 4U * d,
variam no tempo daquelas que não variam.]

donde tiramos que Seguimos aqui o problema resolvido 36.3. Num ins-
+  + )  tante de tempo 8 qualquer temos
}      * m ) m ) m )
 8* 8* / 8* 
' 4G  4U  Z
K m )
. .,   IH m .Y ., m Escolhendo 8 * como referência, para 8  temos as
 m )
seguintes componentes horizontal e vertical de  *
 m€  
 `
ƒ‚„   k   9ƒ‚„c k
.   . 
P 36-22 (40-32/4 edição)  m… Z Z
  sen   k  ,  sen  k
,"
A luz de um laser com comprimento de onda de .   Z Z
m†
nm passa por duas fendas localizadas em um tela na par- A onda resultante tem uma amplitude [que é cons-
te da frente de uma sala de aula, é refletida por um es- tante no tempo] dada por

pelho situado a  m de distância, no fundo da sala, e m† )
 + `
produz uma figura de interferência na mesma tela que x .  * / , /  ,
Z

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m )
e um ângulo de fase ‡ em relação ao fasor 8 * dado (b) Mı́nimos de intensidade ocorrem onde a diferença
 ;
por de fase é rad. A intensidade no local do mı́nimo não é
m… nula pois as amplitudes das ondas são diferentes. Embo-
B Bˆ, 
‡ 
tg  m € 
tg      k  ra as amplitudes sejam as mesmas nas fontes, as ondas
D .  D viajam distâncias diferentes para chegar ao ponto de in-
tensidade mı́nima, com cada amplitude decrescendo na
Portanto, a soma desejada é
proporção inversa da distância viajada.
m ) + ) 
8*   , sen 698    k * 
Z
36.4 Interferência em filmes finos

P 36-27 (40-40/4 edição) 
E 36-31 (40-47/4 edição)
t e t / na Fig. 36.29 são fontes puntiformes de ondas 
 Uma onda luminosa de comprimento de onda de nm
j 
eletromagnéticas com um comprimento de onda de m.
, m incide
perpendicularmente em uma pelı́cula de sabão
As fontes estão separadas por uma distância  K
e as ondas emitidas estão em fase e têm intensidades ('   ) de espessura   m, suspensa no ar. A
iguais. (a) Se um detector for colocado para a direita ao luz refletida pelas duas superfı́cies do filme sofre inter-
longo do eixo u a partir da fonte t , a que distância de ferência destrutiva ou construtiva?
 ;
t serão detectadas os três primeiros máximos de inter- A reflexão na superfı́cie anterior muda a fase de , en-

ferência? (b) A intensidade do mı́nimo mais próximo quanto que a reflexão na superfı́cie posterior não muda-
é exatamente zero? (Sugestão: O que acontece com a a. Portanto a natureza da interferência dependerá apenas
intensidade da onda emitida por uma fonte puntiforme da mudança de fase sofrida dentro da pelı́cula de sabão.
quando nos afastamos da fonte?) Sabemos que a natureza da interferência é regida pelas
equações:
(a) Para atingir o detector, a onda que vem de t via-

ja uma distância u , enquanto que a onda que vem de t /   "‹ `
j / vi
viaja ‰ u / . A diferença de fase das duas ondas é construtiva Š -
Z

z
Z
A;  ‹ `
N B j / `
1  x u / 4\u destrutiva Š - i
Z D ‹
 onde é o comprimento
‹ 
de onda dentro do filme de
onde é o comprimento de N onda. Para se ter um sabão, que obedece &A' , onde ' é o ı́ndice de
máximo de intensidade, tal 1 deve ser um múltiplo 
A; refreção da pelı́cula de sabão e é o comprimento de
de , o que nos fornece a condição onda no vácuo. Em outras palavras, equivalentemen-
j /  ` te às expressões acima (e já em termos das quantidades
x u / 4\u i que o problema nos fornece), temos que
Z
onde i é um número    `
j inteiro. Escrevendo  a equação
construtiva Š - ' vi 
acima sob a forma ‰ / u / u i , elevando-a ao Z z
Z Z
quadrado e simplificando o resultado, obtemos   `
destrutiva Š - ' i
j / /  /
4\i
u    Destas expressões vemos claramente que a natureza da
i
interferência é determinada pelo valor da quantidade
O maior
valor de i que produz um valor de u positivo é   )  )
i  . Tal valor corresponde ao máximo mais próximo - '     H *   *  f`
  
de t , localizado em  
 
/ / ) */ + que nos diz ser i e a interferência construtiva.
, 4   +
u ) ) ) ~ m
*  *  * . Eis aqui uma maneira talvez um pouco mais trabalho-
 sa de obter o mesmo resultado.
O próximo máximo (i ) esta localizado em u  A onda refletida pela superfı́cie anterior sofre um
;
m. O máximo seguinte (i  ) esta localizado em mudança de fase de pois incide do ar sobre um meio
+ 
u  m. de maior ı́ndice de refração. A fase da onda refletida

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pela superfı́cie posterior não muda na reflexão, uma vez Perceba a utilidade e conveniência
V de estabelecer-se
que o meio fora dela é o ar, cujo ı́ndice de refração é me- analiticamente que -  - : evita-se refazer con-

nor do que o ı́ndice da pelı́cula de sabão. Chamando de tas já feitas, reduz-se a possibilidade de errar, e ganha-
- a espessura da pelı́cula, tal onda viaja uma distância se noção da magnitude relativa das grandezas em jogo.

- a mais do que a onda) refletida na superfı́cie
 ;  ‹ ;  ‹ anterior. Acostume-se sempre a fazer álgebra (treinar seus neu-
A diferença de fase é - & * 4 , onde é o com- rônios!!) antes de precipitar-se para a calculadora!

primento de onda no filme. Sendo o comprimento de
onda no vácuo ' 
 ‹ e  o ı́ndice de refração da pelı́cula de E 36-34 (40-50/4 edição)
sabão, então &A' e a diferença de fase é
A; Uma lente com ı́ndice de refração maior do que   é
 B ; revestida com um filme fino transparente de ı́ndice de
1 ' -  4 
D refração  para eliminar pr interferência a reflexão de
; 
 ) )  B ; uma luz de comprimento de onda que incide perpen-
  *     H *  4 dicularmente à lente. Qual a menor espessura possı́vel
  D
para o filme?
;
 rad
Como a lente tem um ı́ndice de refração maior que o
; ;
Como a diferença de fase é um múltiplo par de , a in- filme fino, existe um deslocamento de fase de na re-
flexão da interface lente-filme, que cancela com o des-
terferência é completamente
;  ) ;
construtiva.  ;
Note que   * , fornecendo-nos i , como locamento de fase de devido a reflexão da interface
acima obtido. filme-ar. Portanto não existe nenhum deslocamento de
fase efetivo e a condição para interferência destrutiva é
Perceba que as duas maneiras de tratar o problema  ?)  
' / - i  * 
provém de podermos colocar a ênfase ou na diferença Z
de fase ou na diferença entre as distâncias percorridas,
O menor valor de - é obtido para i  :
conforme a Eq. 36.28 [Eq. 40-25] do livro texto:
 
ΠA; Π 
diferença diferença entre as - min )  Y 
  , '0/ ,  *
de fase  distâncias percorridas


 E 36-35 (40-52/4 edição)
E 36-33 (40-48/4 edição)
Os diamantes de imitação usados em jóias são feitos de
 
Uma onda luminosa de comprimento de onda de . , nm vidro com ı́ndice de refração de  . Para que reflitam
incide perpendicularmente em uma pelı́cula de sabão melhor a luz, costuma-se revesti-los com uma camada

(com '   ) suspensa no ar. Quais as duas meno- de monóxido de silı́cio de ı́ndice de refração igual a .
res espessuras do filme para as quais as ondas refletidas Determine a menor espessura possı́vel da camada para

pelo filme sofrem interferência construtiva? que uma onda de comprimento de onda de . nm e in-
cidência perpendicular sofra interferência construtiva ao
Para interferência construtiva usamos a Eq. 36.34 [40-
ser refletida pelas suas duas superfı́cies.
27]: ;

A reflexão na superfı́cie anterior muda a fase de , en-
 {)  
'0/ - i  *  quanto que a reflexão na superfı́cie posterior não muda-
Z a. Portanto a natureza da interferência dependerá apenas
Os dois menores valores de - são aqueles correspon- da mudança de fase sofrida dentro da pelı́cula 
de reves-
dentes a i  ei  , ou seja, timento cujo ı́ndice de refração é ' , menor que o

   ı́ndice  do ‘diamante’.
V & . , nm + +ŽK ` Reconhecemos que o problema é semelhante ao pro-
-  )  nm YJ m
'0/ ,   * blema 36-31 (40-47) acima, com a natureza da inter-
ferência sendo regida pelas expressões
e, para i  ,
   `
  construtiva Š - ' vi 
Q & V ) +ŽK  K Z z
-   -  YJ m*    m
 ' /

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  `
destrutiva Š - ' i Na Fig. 36.33, uma fonte de luz (de comprimento de on-

da de .  nm) ilumina perpendicularmente duas placas
Para termos interferência construtiva, com i  ve- 
de vidro de   mm de largura que se tocam em uma das
mos que a espessura do revestimento deve ser dado por 
extremidades e estão separadas por um fio de Y , mm
  de diâmetro na outra extremidade. O ar entre as placas
.    + +
- )     m  nm se comporta como um filme fino. Quantas franjas cla-
, ' ,  * ras são vistas por um observador que olha para baixo

através da placa superior? [Nota: na , edição do livro
Perceba que a situação mudaria radicalmente se em vez
 
de lidar com um diamante falso, com '‘   , esti- usa-se .  nm.]
vessemos lidando com um diamante real, para os quais
 Considere a interferência das ondas refletidas pelas
'\’  . superfı́cies superior e inferior do filme de ar. A onda
refletida pela superfı́cie superior não muda a fase na re-
A luz refletida pela superfı́cie frontal do revestimento
; flexão, mas a onda refletida pela superfı́cie de baixo mu-
sofre uma mudança de fase de rad, enquanto que a luz ;
refletida pela superfı́cie de tras não muda a fase. Sendo da a fase em rad. Num lugar onde a espessura do filme
- a espessura do revestimento, a luz refletida pela su- de ar é - a condição para interferância totalmente cons-
  ?)  
perfı́cie de tras viaja uma distância - a mais do que a trutiva é - i  & * , onde é o comprimento de
Z
onda e i é um número inteiro.
luz refletida pela superfı́cie frontal.
 ) ; "“ ; 
A diferença de fase das duas ondas é - & * 4 , O maior valor de i para o qual - é menor do que Y ,
"“ MK
onde  é o comprimento de onda da luz no revestimen- mm ( , m) é i d, , pois para tal valor de i
to. encontramos
 “C Se for o comprimento de onda no vácuo, então
&(' , onde ' é o ı́ndice de refração do revestimen- )   )  ) 
i  & * , * . p   *
to. Portanto a diferença de fase é - Z  
A; +A + EK
 B ' ; ,Y   Is m ,  m
-  4 
D 
Para
i ,Y já encontramos mais que  , mm
Para interferência totalmente construtiva tal diferença de EK
A; ( , m):
fase deve ser um múltiplo de , ou seja,
)   )  ) 
A; i  & * ,Y * . p   *
 B ' ;  ;a` - Z  
-  4 i
D
  K
onde i é um número inteiro. Esta equação é um rear- ,Y M  Is m ,   m
ranjo da Eq. 36.34 [40-27]. A solução procurada é
Na extremidade mais fina do filme de ar existe uma fran-
) 
i  * ja branca associada
com i  e, assim sendo, no total
- Z  
 
,   d
 "
, 
, ' temos
Z
franjas claras.
Para determinar a menor espessura do revestimento bas- 
ta tomar i  . Neste caso, obtemos P 36-49 (40-72/4 edição)
 
.    + + A Fig. 36.34a mostra uma lente com raio de curvatura
”
- )     m  nm
, ' ,  * pousada em uma placa de vidro e iluminada  de cima
por uma luz de comprimento de onda . Associadas à
j
Perceba que as duas maneiras de tratar o problema espessura variável do filme de ar, aparecem franjas de
provém de podermos colocar a ênfase ou na diferença interferência circulares (os chamados anéis de Newton),
de fase ou na diferença entre as distâncias percorridas, como mostra a Fig. 36.34b. Determine os raios • dos cir-
culos que correspondem aos máximos de interferência,
conforme a Eq. 36.28 [Eq. 40-25] do livro texto: ”—–
Œ supondo que • &  .
A; Œ
diferença diferença entre as
  Considere o padrão de interferência formado pelas
de fase  distâncias percorridas ondas refletidas nas superfı́cies superior e inferior da cu-
nha de ar. A onda refletida da superfı́cie de baixo sofre
;
 uma mudança de fase de rad enquanto que a onda re-
P 36-43 (40-65/4 edição) fletida pela superfı́cie superior não muda a fase. Num

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j ” 
local onde a espessura da cunha é , a condição para um  , direto de t para , e o caminho , que sofre uma
 j ?)  
máximo de intensidade é i  & * , onde é o reflexão num ponto œ sobre a superfı́cie da água. Tal
Z ;
comprimento de onda no ar e i é um inteiro. Portanto, reflexão causa uma mudança de na fase, de modo que
j <)  
i  * & , . j ” ” / a condição para recepção máxima é dada por
Z
Da geometria da Fig. 36.34 temos 4 ‰ 4r• / ,
”   ` ` |` c` `
onde é o raio de curvatura da lente e • é o raio de um - / 4>- vi  i   d
anel de Newton. Portanto  Z z
)  ” )
i
Z
 * ”
4 x
” /
4\• /
` onde -
”
Rt R x l / ™p4ru * / e - / R taœ R
 Z Z
, Rœ R . Da figura vemos que R taœ RCžR Ÿ œ R , onde Ÿ é
a imagem da fonte t quando refletida dentro da água.
ou, rearranjando, ”
) Obviamente, os pontos Ÿ , œ e estão todos sobre uma
 ” ”
” / ” i  * ` - / RŸ œ R Rœ R RŸ R,
4\• /
mesma linha ” reta. Portanto,
x 4 Z Z
, onde R Ÿ R pode ser calculado usando-se o triângulo
retângulo “dentro da água”, com catetos l e u ™ e
donde obtemos finalmente que ” Z
hipotenusa R Ÿ R :
) ”  ) 
<˜ i  * i  */ / ” ” )
• Z 4 Z  RŸ R x R Ÿ pR / R M  R/ x l / ™ u */ 
. Z Z Z
” )
Quando é muito maior do que um comprimento de Quando l%¡ ™£¢¤u * podemos usar a aproximação
onda, o primeiro termo domina o segundo e temos
)  B™F¢=u / `
) ”  x l / ™F¢¤u * / ¥
q l   ^
?˜ i  * Z ] Z l D
• Z 
de modo que a condição para recepção máxima reduz-se
a

P 36-53 (40-84/4 edição)  B"™ u /
- / 4\- l   Z ^
 ] Z l D
Na Fig. 36.35, um transmissor de microondas situado a
uma altura ™ acima do nı́vel da água de um lago trans-  BY™[4ru /
 4El   ^
mite microondas de comprimento de onda em direção ] Z l D
a um receptor na margem oposta, situado a uma altura 
™u   `
u acima do nı́vel da água. As microondas que são re- q vi 
l Z z
fletidas na água interferem com as microondas que se
propagam diretamente através do ar. Supondo que›aš lar- donde obtemos que
gura l do lago seja muito maior que ™ e u , e que ™ , 
para que valores de u o sinal que chega ao receptor tem o  l
u vi   
máximo de intensidade possı́vel? (Sugestão: A reflexão Z z ™
produz uma mudança de fase?)

36.5 O interferômetro de Michelson


E 36-55 (40-78/4 edição)

Se o espelho ¦ / de um interferômetro de Michelson



(Fig. 36.17) é deslocado de   mm, isto faz com que
+A
as franjas se desloquem de posições. Qual é o com-
primento de onda da luz usada?

Um deslocamento de uma franja corresponde a uma
Considere o diagrama acima. Como se ve, dois cami- mudança de um comprimento de onda no tamanho do
”
nhos conduzem da fonte t até o receptor : o caminho caminho óptico. Quando o espelho é deslocado de uma

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j  j 
distância , o caminho óptico muda de pois a luz atra- comprimento no vácuo. Sendo o comprimento  de on-
vessa duplamente o braço que contém o espelho. Cha- da no vácuo, o comprimento de onda no ar é &(' , onde
memos de § a quantidade de franjas deslocadas. Então ' é o ı́ndice de refração do ar. Isto significa que
 j 
§ , donde tiramos A; A; ; )
 j  )   ' , ' G 4  *- `
  p  n * 1 4>1 / -  4  ^ 
+A  ]
§

   onde - é o comprimento da câmara. O fator aparece
   ¨ m nm pois a luz atravessa a câmara duplamente, primeiro indo
para o espelho e depois voltando, após a reflexão.
 Cada deslocamento de  franja corresponde a uma
P 36-57 (40-80/4 edição) A;
 mudança na fase de rad. Assim, se o padrão de in-
Uma câmara selada, com cm de comprimento e jane- terferência desloca-se de § franjas quando a câmara é
las de vidro é colocada em um dos braços de um inter- evacuada, temos
ferômetro de Michelson, como na Fig. 36.36. Uma luz ; )
 
de comprimento de onda  nm é usada. Quan- , ' 4U * -  ;a`
 §
do a câmara é evacuada, as franjas se deslocam de .
posições. A partir destes dados, determine o ı́ndice de
refração do ar à pressão atmosférica. donde tiramos
 )
Seja 1 a diferença de fase das ondas nos dois braços § .          *
 ' G
4    )     
quando a câmara contiver ar e 1 / a diferença de fase -  c / *
quando a câmara é evacuada. Estas quantidades são dis-
tintas pois o comprimento de onda no ar é diferente do Portanto '    .

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Exercı́cios Resolvidos de Óptica Fı́sica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a TERCEIRA prova. Numeração conforme a SEXTA edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo
37 Difração 2
37.1 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.2 Difração por uma fenda: posições dos mı́nimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.3 Determinação da intensidade da luz difratada por uma fenda — método quantitativo . . . . . . . . 3
37.4 Difração por uma abertura circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
37.5 Difração por duas fendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.6 Redes de difração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
37.7 Redes de difração: dispersão e resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
37.8 Difração de raios-X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


(listaq3.tex)

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37 Difração Por outro lado, sabemos que

sen ,@<,R e sen P35S43) ;


donde tiramos facilmente
U
37.1 Problemas e Exercı́cios  3@?  ,WV 
sen 3R? sen ,@G 3@? , T1 A 

37.2 Difração por uma fenda: posições
Comparando as duas expressões para 1 vemos que
dos mı́nimos
U U
1+  3@?  ,V  1 V 
 :   
E 37-1 (41-3/4 edição)
 Portanto
Um feixe de luz de comprimento de onda de nm in-
: U U U ** U*
cide em uma fenda estreita. O ângulo entre o primeiro   3)?  ,V ' V  "$#&X V ?  V
!  H*
mı́nimo de difração de um lado do máximo central e o 1 +
 Y
primeiro mı́nimo do outro lado é  
. Qual é a largura *
da fenda?   mm 

Basta usar a fórmula sen  , com  e (b) Para Z2  

 

. Portanto U U **
 
  V  "$#&X V
! sen A  * T$  " #[M ;
 "$#&%  $
    
  )
' ( m 
sen sen  e, portanto, o ângulo pedido é
, U
A sen # $  L #[M V   " #NM rad 

E 37-4 (41-5/4 edição)
A distância entre o primeiro e o quinto mı́nimo de uma P 37-6 (41-9/4  edição)
*
figura de difração de uma fenda é  mm, com a tela 
a ' cm de distância da fenda, quando é usada uma luz Ondas sonoras com uma freqüência de  Hz e uma
** 
com um comprimento de onda de  nm. (a) determine velocidade de ' m/s passam pela abertura retangular
a largura da fenda. (b) Calcule o ângulo do primeiro de uma caixa de som e se espalham por um grande au-
ditório. A abertura, que tem uma largura horizontal de
mı́nimo de difração. 
 cm, está voltada para uma parede que fica a " m
(a) Chamando de + a posição do primeiro mı́nimo de distância (Fig. 37.32). Em que ponto desta parede
(,-. ) na tela, e de +0/21+ a posição do quinto um ouvinte estará no primeiro mı́nimo de difração e,
*
mı́nimo (435 ), temos que portanto, terá dificuldade para ouvir o som? (Ignore as
6879 + 6879 +/=1+ reflexões.)
,  :<; 3  : 
Suponha que o primeiro mı́nimo esteja a uma
distância + a partir do eixo central, perpendicular ao
que nos fornecem
alto-falante. Neste caso, para Z temos
6>79 6879 1A+ + 4 
3@? ,  :  sen E \ : 3   
/=+ 3
Como +CBD1A+ , podemos aproximar
* Resolvendo esta equação para + obtemos
6879 +E/F1A+ 1+  * : :
3  : G :  IKJ L #NM 
'H + \ U  \ U
 V 3 ?  $]^`_a V 3 ? 
Este número pequeno nos informa que vale a aproxima- L
6879 6879 \ bU  U
ção 35G 3 e, como ,@O 3 , que ,@G , .   c
Nestas aproximações podemos escrever 
  V 
  V  ' 3 ? 

1+  '[  m 
6>79 6>79
P3 ? , G P3 ? ,)1  :Q

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37.3 Determinação da intensidade da luz difração e portanto que o critério de Rayleigh possa ser
difratada por uma fenda — método aplicado.
quantitativo
(a) Use o critério de Rayleigh, Eq. 37.14. Para resol-
ver duas fontes puntiformes o máximo central da figura
 de difração de um ponto deve cair sobre ou além do pri-
E 37-9 (41-13/4 edição)
meiro mı́nimo da figura de difração do outro ponto. Is-
Quando a largura de uma fenda é multiplicada por  , to significa que a separação angular das fontes deve ser
a intensidade do máximo central da figura de difração pelo menos Popq &Pr , onde  é o comprimento de
é multiplicada por ' , embora a energia que passa pela onda e r é o diâmetro da abertura. Portanto
fenda seja multiplicada por apenas  . Explique quanti- U **
   "$#&% V 
tativamente o que se passa. `os *! u ' L #NM rad 
L
  &
# t
(b) Sendo v a distância dos faróis ao olho quando: os
 faróis puderem ser pela primeira vez resolvidos, e a
E 37-10 (41-12/4 edição)
separação dos faróis, então
Uma luz monocromática com um comprimento de on- : 6879
* <v Posw<vx Po ;
da de I nm incide em uma fenda com uma largura de
*  *
  mm. A distância entre a fenda e a tela é  m.
Considere um ponto na tela a d cm do máximo cen- onde 6879
foi feita a aproximação de ângulos pequenos
tral. (a) Calcule o valor de neste ponto. (b) Calcule o P
o y w Po , válida se Po for medido em radianos.
valor de e . (c) Calcule a razão entre a intesidade neste Portanto
:
ponto e a intensidade no máximo central.  '
=
v    u"Y ' km 
(a) o  ' L #[M

,[f  d
 sen #  *hg d"I

 
E 37-19 (41-23/4 edição)
(b) Da Eq. 37.6 temos que
U * Estime a separação linear de dois objetos no planeta
fj j Y   H V Marte que mal podem ser resolvidos em condições ini-
ei g sen  * sen YkLI

 I ciais por um observador na Terra. (a) a olho nu e (b)


*
* usando o telescópio de  polegadas (= k m) do Mon-
  ' I rad 
te Palomar. Use os seguintes dados: distância entre Mar-
*
te e Terra = I Lz km; diâmetro da pupila = mm;
(c) Da Eq. 37.5 tiramos que **
comprimento de onda da luz =  nm.
l U 3 * 3
V f sen e f sen 
  ' I 
lWm  g  * g S n $ (a) Use o critério de Rayleigh, Eq. 37.14: dois ob-
e Y ' I jetos podem ser resolvidos se sua separação angular na
posição do observador for maior que o { &Pr ,
onde  é o comprimento de onda da luz e r é o diâmetro
37.4 Difração por uma abertura circular da abertura (do olho ou espelho). Se v for a distância do
observador aos objetos, então a menor separação + que
6>79
 eles podem ter e ainda ser resolvidos é +|Tv `opw
E 37-15 (41-18/4 edição) v} Po , onde Po é medido em radianos. Portanto,
U U **
L ,€ V
Os dois faróis de um automóvel que se aproxima de um
 v   I  "#N% V
observador estão separados por uma distância de  ' m. +~  *!
Qual é (a) a separação angular mı́nima e (b) a distância r " #Nt
máxima para que o olho do observador seja capaz de  d L z m ud " M km 
resolvê-los? Suponha que o diâmetro da pupila do ob-
*
servador seja mm e que use um comprimento de onda Esta distância é maior do que o diâmetro de Marte. Por-
**
de luz de  nm para a luz dos faróis. Suponha também tanto, não é possı́vel resolver-se totalmente a olho nu
que a resolução seja limitada apenas pelos efeitos da dois objetos diametralmente opostos sobre Marte.

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Dezembro de 2005, às 16:24

* :
(b) Agora r d m e onde é a distância entre o laser e o ônibus espacial.
6879
U ,‚€ V U * * Como ~BBƒ , podemos aproximar !w sen w
 v   I "  "#N% V o que nos fornece
+  *
r d
+Y 
 d " M m  km  : 2  ;
r
Esta é a separação mı́nima entre objetos para que pos- donde tiramos
sam ser perfeitamente resolvidos com o telescópio. :

r   
+Y
 U* U *
E 37-20 (41-25/4 edição)  "$#&% V ' Lt V
   S'YKJ cm 
O sistema de radar de um cruzador emite microondas Y
n k
 P
 
 

com um comprimento de onda de  cm, usando uma

antena circular com $ m de diâmetro. À distância de

  km, qual é a menor separação entre duas lanchas 37.5 Difração por duas fendas
para que sejam detectadas como objetos distintos pelo
radar? 
E 37-27 (41-35/4 edição)
A envoltória central de difração de uma figura de
f   difração por duas fendas contém  franjas claras e
+ min  v} o v g
r os primeiros mı́nimos de difração eliminam (coincidem
U !
U    L$# 3 V * com) franjas claras. Quantas franjas de interferência
   L  t V   m existem entre o primeiro e o segundo mı́nimos da en-

voltória?

Franjas claras de interferência ocorrem para ângulos

P 37-22 (41-29/4 edição) dados por sen -„4 , onde r é a separação das
fendas,  é o comprimento de onda, e  é um inteiro.
Em junho de 1985, a luz de um laser foi emitida da Para as fendas deste problema r2"  , de modo que
Estação Óptica da Força Aérea, em Maui, Havaı́, e re- sen ETP&… .
fletida pelo ônibus espacial Discovery, que estava em
H* O primeiro mı́nimo do padrão de difração ocorre num
órbita a uma altitude de ' km. De acordo com as ângulo , dado por sen , † e o segundo ocorre
notı́cias, o máximo central do feixe luminoso tinha um para um ângulo 3 dado por sen 3 ‡ , onde é a
diâmetro de nd m na posição do ônibus espacial e o
* largura da fenda.
comrpimento de onda da luz usada foi  nm. Qual Desejamos contar os valores de  para os quais , B
o diâmetro efetivo da abertura do laser na estação de Bˆ 3 ou, o que é a mesma coisa, os valores de  para
Maui? (Sugestão: O feixe de um laser só se espalha por os quais sen , B sen B sen 3 . Isto implica termos
causa da difração; suponha que a saı́da do laser tem uma
abertura circular.) 
‰B BD ;

A equação que o primeiro mı́nimo de difração para
aberturas circulares é que é satisfeita para

 Z ; J ; I ; n ; " ;
sen Au 
r
fornecendo-nos um total de cinco franjas claras.
onde  é o comprimento de onda da luz e r é o diâmetro
da abertura. 
A largura + do máximo central é definida como a P 37-31 (41-40/4 edição)
distância entre os dois primeiros mı́nimos. Portanto, te- (a) Quantas franjas claras aparecem entre os primeiros
mos mı́nimos da envoltória de difração à direita e à esquerda
6879 Y
+ 
  do máximo central em uma figura de difração de duas
A : ; ** * 
fendas se Š  nm, r!d mm e ~ )( m? (b)

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Dezembro de 2005, às 16:24

Qual é a razão entre as intensidades da terceira franja (b) a distância entre as fendas. (c) Calcule as intensida-
clara e da franja central? des das franjas de interferência com Œ— e ˜™ e
compare os resultados com os que aparecem na figura.
(a) A posição angular das franjas claras de inter-
ferência é dada por r sen D , onde r é a separação
das fendas,  é o comprimento de onda, e  é um intei- (a) Da figura vemos que o primeiro mı́nimo do pa-
*
ro. draão de difração ocorre para
, de modo que
O primeiro mı́nimo de difração ocorre para um ângulo
, dado por sen ,0 , onde é a largura da fen-  Y ''@( m * *
da. O pico de difração extende-se de ? , até /‹ , , de !  *   ( m
sen sen

modo que precisamos determinar o número de valores


de  para os quais ? ,SBŒ qB/‹ , ou, o que é a
(b) Da figura vemos também que a quarta franja clara
mesma coisa, o número de valores de  para os quais
está ausente e, portanto,
? sen , B sen ~BD/ sen , .
Esta última relação significa termos ? PP <B„ŽPrB U* *
` , ou seja, rS'H <'  ( m V T R( m 

r r *
? BˆB ; (c) Para a franja clara com š temos D 


(veja a figura), e a Eq. 37.18 nos diz que
onde
*! U* *
r d " $#&t * j j  V *
    e  sen A sen  
KJPIHJ rad ;
 " #NX   ''
U
Portanto, os valores possı́veis de  ” j r j    V *  
são  sen  sen  
 k"' rad 
  ''
 
Z ? ' ;? ;?  ;"?  ;  ; / ; /‰ ; / ; /‹' ;
U ‘’“ ” 3
NOTE: para máximos sempre teremos V u pois
perfazendo um total de nove franjas. ”
então r sen
U T
m Q
 
  , de modo que
U ‘’“ ” 3 Œ
  j , isto é,
(b) A intensidade na tela é dada por ‘’“ ”
 ?  V e, portanto, V ‡ qualquer que
l l m‘W’“ 3h”–•0f sen e 3 seja o valor U ‘W’H“ ” de3  . Na verdade, poderı́amos usar o fa-
 g ; to que V ˜ para determinar com precisão no
e
gráfico o valor de onde ocorrem os máximos de inten-
”  
onde sidade. Perceba que acima obtivemos  k"' em
”  * *
vez de  j  d'Y por havermos usado !q 

j ” j r
e sen ;  sen ; em vez do valor exato da posição do máximo no gráfico.
 
l m l m
e é a intensidade no centro do padrão. Da figura vemos que a intensidade do máximo cen-
l m 3 l
Para a terceira franja clara de interferência
 ”  W
‘ H
’ “ 3 ”
temos tral vale T
 J mW/cm , de modo que a intensidade
r sen 0  , de modo que   . da franja com Z é dada por
 j *
rad e
 
Analogamente, e— j 
P
 S
r  j  †
 
  j rad, de
modo que l l m U ‘’“ 3h” f sen e 3 U U f sen KJPI…J 3
l   V g  J V  V g
f sen e 3 f sen  j 3 ** e Y JIHJ
lWm  g   g <   *
e  j  KJ mW/cm3 ;

 que concorda com o que a Fig. 37.36 mostra.


P 37-32 (41-41/4 edição) Analogamente, para    a figura nos diz que
* *  ” 
q

Uma luz de comprimento de onda de ''H nm passa por ‘’“ ” ›
 $
 
, de modo que ˜
e œ
  J , [   nY ,
l  3
duas fendas, produzindo uma figura de difração cujo 
  ] e Œ
 
  I mW/cm , também de acordo
l
gráfico de intensidade em função da posição angular com a Fig. 37.36.
aparece na Fig. 37.36. Calcule (a) a largura das fendas e

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Dezembro de 2005, às 16:24

37.6 Redes de difração de onda, e  em inteiro. As duas linhas são adjacen-


tes, de modo que suas ordens diferem de uma unidade.
 Seja  a ordem da linha com sen Z  e Z/2 a
E 37-33 (41-43/4 edição) 
ordem daU linha com sen 4 . Então Y r4™ e

Uma rede de difração com  mm de largura possui Y r0 ¡/ƒ V  . Subtraindo ambas equações encon-
 
 d
 "r , ou
 ranhuras. (a) Calcule a distância r entre ranhu- tramos
ras vizinhas. (b) Para que ângulos ocorrerão máximos 
  " #&% 
de intensidade em uma tela de observação se a radiação r   ( m
d d
incidente na rede de difração tiver um comprimento de
*
onda de In nm? (b) Mı́nimos de um padrão de difração por fenda única
ocorrem para ângulos dados por sen ~T4 , onde
(a)
é a largura da fenda. Como o máximo de interferência
    de quarta ordem encontra-se ausente, ele deve cair num
r  S  mm   ( m destes ângulos.Se é a menor largura da fenda para a

qual esta ordem esta ausente, o ângulo deve ser dado
(b) Para determinar as posições dos máximos de in- por sen A , sendo também dada por r sen S'H ,
tensidade usamos a fórmula r sen F4 , determi- de modo que
nando   todos os valores de  que produzem valores de 
 Nr|BT . Explicitamente, encontramos r "$#&X *
  2 ( m 
' '
para Z!ž <

,~Ÿ  (c) Primeiro, coloque pZnH


para encontrar o maior
para Zu‰ž  sen # valor de  para o qual 4Bˆr sen . Esta é a maior or-
r *
,~Ÿ  In dem difratada naU tela. A condição U equivale a ŒBTr$
 sen #    Ÿ L 
0
e como …
r 
 -
  "
 $
 &
# X V  
  "#N% V ¢L , a or-
U * dem mais alta que se pode ver é œ
 yn . A quarta e
, Ÿ  Y In V
para ZTž  sen #    Ÿ KJ
a oitava ordem estão ausentes, de modo que as ordens
 U * observáveis são os ordens
 ~
, Ÿ Y In V 
para Z ž  sen #    Ÿ $ 
 * 
U * ¢< ;  ;  ; ; ; ; J ; n
,~Ÿ ' Y In V *
para Z<'ž  sen #    Ÿ '

* U * 
* , Ÿ Y In V 
para Z ž  sen #    Ÿ $ 
37.7 Redes de difração: dispersão e reso-

   lução
Para œ obtemos  &PrT ˜ , indicando que os
máximos acima são todos os possı́veis. 
E 37-47 (41-62/4 edição)

E 37-37 (41-49/4 edição) Uma fonte contendo uma mistura de átomos de hi-
 drogênio e deutério emite luz vermelha com dois com-
Uma luz de comprimento de onda de  nm incide H* 
primentos de onda cuja média é  nm e cuja
normalmente (perpendicularmente!!) em uma rede de
separação é d"I nm. Determine o número mı́nimo de
difração. Dois máximos de difração são observados em
 ranhuras necessárias para que uma rede de difração pos-
ângulos dados por sen S†  e sen D† . Os
sa resolver estas linhas em primeira ordem.
máximos de quarta ordem estão ausentes. (a) Qual é a

distância entre ranhuras vizinhas? (b) Qual é a menor Se a grade apenas consegue resolver dois comprimen-
largura possı́vel desta rede de difração? (c) Que ordens tos de onda cuja média é  e cuja separação é 1 , então
de máximos de intensidade são produzidas pela rede, seu poder de resolução é definido (veja Eq. 37.28) como
supondo que os parâmetros da rede sejam os calculados sendo £2&1 . Sabemos (Eq. 37.29) que £ƒ¤ ,
nos itens (a) e (b)? onde ¤ é a quantidade de ranhuras e  é a ordem das
linhas. Portanto N1C<¤Ž , donde tiramos
(a) Os máximos de um padrão de interferência de
H* 
duas fendas ocorrem para ângulos dados por r sen A   *
„
¤   U U   ranhuras 
 , onde r é a separação das fendas,  o comprimento 1  V d"I V

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A lei de Bragg fornece a condição de máximo,
 Eq. 37.31, como sendo
E 37-48 (41-61/4 edição)
 * r sen D ;
Uma rede de difração tem  ranhuras/mm e mm de
largura. (a) Qual é o menor intervalo de comprimentos
onde r é o espaçamento dos planos do cristal e  é o
de onda que a rede é capaz de resolver em terceira or-
* comprimento de onda. O ângulo é medido a partir da
dem para <  nm? (b) Quantas ordens acima da
normal aos planos. Para reflexão de segunda ordem usa-
terceira podem ser observadas?
mos Z , encontrando

(a) Usando o fato que &1C¤ , obtemos U U
*   V Yk` "#N% V 
  "$#&% ** * ,3 r  S  nm 
1!0  U U U*   L # m  sen  sen I

¤Ž V  V V
(b) A posição dos máximos numa rede de difração é de-
finida pela fórmula 
P 37-60 (41-80/4 edição)
r sen S4 ; Na Fig. 37.40, um feixe de raios X de comprimento de
* *
de onde obtemos que onda dL nm incide em um cristal de NaCl a '
com
a face superior do cristal e com uma famı́lia de planos
 refletores. O espaçamento entre os planos refletores é de
sen   *
r r02   nm. De que ângulo o cristal deve ser girado
em torno de um eixo perpendicularmente ao eixo do pa-
Não observarmos difração de ordem  equivale a dizer
pel para que estes planos refletores produzam máximos
que para tal  obtemos Sn
, ou seja, que temos
de intensidade em suas reflexões?
€  max 
sen n ‹w  Os ângulos de incidência que correspondem à in-
r
tesidade máxima do feixe de luz refletida satisfazem
Isolando-se  max , e substituindo os dados do problema r sen E< , ou
em questão encontramos que U *
   dL V 
r "$#&t"    sen 
  U *   
 max   *    r     V '[  
  " #N%  
Como é preciso ter sen Bu , vemos que os valores
Tal resultado nos diz que a maior ordem observável com
permitidos de  são
tal grade é a terceira, pois esta é a última ordem que pro-
duz um valor fisicamente significativo de . 
Zu ;  ; ; ' ;
Portanto, não se pode observar nenhuma ordem supe-
rior à terceira com tal grade.
aos quais correspondem os ângulos

A2"'Y '
; nKJ
; 'IYk
; I I

37.8 Difração de raios-X
Portanto o cristal deve ser girado no

E 37-53 (41-70/4 edição) * 
sentido anti-horário de ž 'IYk
? '
 d 
;
Raios X de comprimento de onda de dL nm sofrem * 
I I
? '
 J$ I
;
reflexão de segunda ordem em um cristal de fluoreto de
lı́tio para um ângulo de Bragg de I
. Qual é a distância *  
interplanar dos planos cristalinos responsáveis pela re- sentido horário de ž '
?  '[ '
 Y 
;
* * 
flexão? '
? nY J
 


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Exercı́cios Resolvidos de Óptica Fı́sica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a TERCEIRA prova. Numeração conforme a SEXTA edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo
37 Relatividade 2
37.1 A relatividade do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.2 A relatividade das distâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.3 Algumas conseqüências das equações de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.4 A relatividade das velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.5 O efeito Doppler para a luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.6 Uma nova interpretação da energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

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37 Relatividade onde  'I  =  , e JI . Portanto


9 NAICO9 A C 
DK76L>:1.  M68.  /P m

37.1 A relatividade do tempo (b) O intervalo de tempo para a passagem da espaçonave



A C
 D P  0!C 
E 38-3 (42-5/4 edição) " Q  NAICO9 9 /: ; .SUT s
   68. 6R:<;=>. ?
O tempo médio de vida de múons estacionários é s.
O tempo médio de vida dos múons de alta velocidade

produzidos pelos raios cósmicos é   s no referencial
da Terra. Determine a velocidade em relação a Terra dos

P 38-12 (42-16/4 edição)
múons produzidos pelos raios cósmicos.

Usamo a equação da dilatação temporal 


(a) Uma pessoa seria capaz, em princı́pio, de viajar da

  , onde  é o intervalo de tempo próprio,   Terra até o centro da galáxia (que está a cerca de :1.4.1.
anos-luz de distância) em um tempo de vida normal?
  , e ! . Portanto,
Explique por quê, levando em conta a dilatação dos tem-

" pos ou a contração das distâncias. (b) Com que velo-
" #
   cidade constante a pessoa teria que viajar para fazer a
viagem em :1. anos (tempo próprio)?
de onde tiramos que
%
(a) Em princı́pio sim. Se a pessoa mover-se suficien-
"   
$ '& temente rápido, pelo argumento da dilatação temporal,
" )(
seu tempo de viagem medido na Terra é muito maior do
O intervalo de tempo próprio é medido por um relógio que um tempo de vida usual. Por outro lado, usando
 *
em repouso em relação ao múon. Ou seja, "   s o argumento da contração do comprimento, a distância

e +,  s. Isto nos fornece então que a pessoa necessita percorrer (medida em relação à

sua espaçonave) é muito menor do que :1.4.1. anos-luz.
 !
  0102 De ambos modos, concluimos que é possı́vel para a pes-
,-  &  /.
  ( soa alcançar o centro da galáxia no perı́odo normal de
duração de uma vida humana.
Portanto a velocidade do múon é (b) Sabemos que
 040  04049 9 
33. 5768. 68:<;=>.1? :@; .4? m/s D D 
<  H
 "

37.2 A relatividade das distâncias onde o subı́ndice . indica tempo e comprimentos


próprios (que não são medidos no mesmo sistema de re-

 ferência inercial!), ou seja D   :1.1.4.+ e "  V:4.
E 38-11 (42-13/4 edição) anos. Sabemos também que " W   , de modo que
Uma espaçonave cujo comprimento de repouso é  :4. m
BAC D   
passa por uma base espacial a uma velocidade de . @
 
.
(a) Qual é o comprimento da nave no referencial da ba- "

se? (b) Qual é o intervalo de tempo registrado pelos tri- Substituindo os dados obtemos
pulantes da base entre a passagem da proa e a passagem
 %
da popa da espaçonave? :4.1.1.#  

@  H
(a) O comprimento de repouso D+EF :4. m da :4. 
espaçonave e seu comprimento D medido pela base
estão relacionados através da relação ou, equivalentemente,

D  
  :1.4.    
DG  /D+   4H  & 
 :   (

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Desta expressão obtemos que válido quando b h  , (a) perceba a relação entre o
valor exato e o valor aproximado acima derivados (b)
  mostre que a aproximação seguinte fornece-nos
 -
X Y[[Z  % OAI0 C \  0
% \ ! 0  Y Z  P . : .4.1P
\ !0 .1.14. .0  OAI0 C
 P >.1.1.4.1.4.1.!.
.1.1.  01010401040 CO0 0*C \ 0iAI!0 C 5] L
 01040101040 CO0 0WC \ 04A!4A A \ 0IC<] ]  .  :1: P .!P4:
 .  :4: : P

Este é o resultado da solução exata do problema.

É possı́vel obter-se uma resposta aproximada ao pro-



blema que, porém, jamais deverá ser aceita como subs- P 38-13 (42-14/4 edição)
titutivo para o resultado exato acima.
Um astronauta parte da Terra e viaja com uma veloci-
Como mostrado no exercı́cio 38-3 acima, temos  040 
% dade de . em direção à estrela Vega, que está a 
"    anos-luz de distância. Quanto tempo terá passado, de
$ '& acordo com os relógios da Terra? (a) quando o astro-
" (
nauta chegar a Vega e (b) quando os observadores ter-
O enunciado do problema nos diz que " ^_:1. anos. restres receberem a notı́cia de que o astronauta chegou
Se soubessemos o valor de , bastaria substitui-lo na a Vega? (c) Qual é a diferença entre o tempo de viagem
fórmula acima para determinar  , i.e. a relação en- de acordo com os relógios da Terra e o tempo de viagem
tre  e . Determinar exatamente foi o que fize- de acordo com o relógio de bordo?
mos acima, ao resolver o problema corretamente, sem
aproximações.
(a) A distância entre a Terra e Vega é D     anos-
Podemos obter uma aproximação do resultado se supu- luz. Portanto
sermos que a velocidade desconhecida da nave pode ser 
tomada como sendo a velocidade da luz. Tal hipótese D   anos  N 
 #   040    anos
(incorreta!) nos induz a considerar " 5` :1.1.4. e, por-  .
tanto, obter da fórmula acima que
% (b) Supondo que “as notı́cias” sejam ondas de rádio, que

 :1.  viajam com a velocidade da luz, elas demoram  anos
   & 
:1.1.4. ( para alcançar a Terra. Portanto o tempo total, no refe-
% \  01040 rencial da Terra, é
 \ !P0 
\  
1. .4.1.  N   
 3X j  anos
 01040104010 C40 C3 aL
 .  :4:1P+.
1 (c) O relógio de bordo mede o tempo próprio  
A diferença aparece na  casa decimal. Mas isto já é " k  , onde 
 040 Ai 0
'I1l .   . . Portanto,
uma diferença grande em tratando-se da velocidade da
 N 
luz.   B A 
"   Ai 0 /: anos
Problema: determine explicitamente a expressão exata .
de " que nos permite obter a resposta correta partindo
da relação A diferença \
 é  que enquanto no relógio da Terra
% passaram-se  anos, no relógio de bordo passaram-
"    BA
$  & se apenas : anos.
" (
Perceba claramente que a palavra “diferença”, no item
Problema: usando o teorema da expansão binomial
(c) do enunciado do problema, de modo algum pede pa-
(Apêndice E):
ra fazermos alguma subtração entre os dois intervalos
9
9dc b 6 g b   ] de tempo, coisa que não tem sentido fazer-se.
6LXKb 'X,e X'e e  X H
1f f

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37.3 Algumas conseqüências das equações 37.4 A relatividade das velocidades


de Lorentz

E 38-24 (42-29/4 edição)

E 38-17 (42-20/4 edição) A partir de medidas do deslocamento para o vermelho,
os astrônomos chegaram à conclusão de que um certo
Um experimentador dispara simultaneamente duas
quasar x y está se afastando da Terra a uma velocida-
lâmpadas de flash, produzindo um grande clarão na ori- 
de de . P1 . O quasar x  , que está na mesma direção
gem de seu referencial e um pequeno clarão no ponto
que x y , mas se encontra mais próximo da Terra, está se
bK7:4. km. Um observador C
N \ que está se movendo com
afastando a uma velocidade de . . Qual seria a velo-
uma velocidade de . no sentido positivo do eixo b
cidade de afastamento de x  medida por um observador
também observa os clarões. (a) Qual é o intervalo de
localizado em x y ?
tempo entre os dois clarões, de acordo com o observa-

Chame de z o referencial fixo na Terra e de z n o refe-
dor? (b) De acordo com o observador, qual dos dois
clarões ocorreu primeiro? rencial fixo no quasar x y , movendo-se com velocidade


(a) Suponha o primeiro flash em repouso no re- {. P1 em relação à Terra. Desejamos encontrar a
velocidade |}n no referencial z+n , fixo em x y , que corres-
ferencial m e chame de mon o referencial de repouso ponda a uma velocidade |~.  C em relação à Terra
do segundo observador. Os relógios de nenhum des- (velocidade esta que, é claro, vem a ser a velocidade do
tes referenciais medem o intervalo de tempo próprio quasar x como medida na Terra). Portanto, usando-se
entre os flashes, de modo que precisamos usar uma a transformação 
INVERSA da Eq. 38.28, vemos que a
transformação de Lorentz completa. Usamos flashes co- velocidade |}n de x medida em x"y é
loridos para fixar idéias. Seja  o tempo e b  a coor- 
C 
denada do flash azul, como medido no referencial m . €
| 
  . 5. P4
| n    9 C 9
Neste caso, o tempo do flash azul medido no referencial O|!a M68. P4 6R. Ia
mon é \
 3. P1P+ H
 b 
p
n   a&   H onde o sinal negativo indica que x  esta afastando-se de
V(
 \ x"y (i.e. movendo-se em direção à Terra).
onde $I. e
NOTA: leia o livro-texto e aprenda como, a partir da
     OAI0 Eq. 38.28, obter a expressão da transformação INVER -
 N \ 9 ' .4: SA, acima usada.
 
 =  q6R. 
Analogamente, seja Lr o tempo e bsr a coordenada do
flash verde, como medido no referencial m . Neste caso, 37.5 O efeito Doppler para a luz
o tempo do flash verde medido no referencial mon é

pbsr 
nr   & Lrt
P 38-31 (42-36/4 edição)
( Uma espaçonave está se afastando da Terra a uma ve-

de .
Agora, subtraia a primeira transformação de Lorentz da locidade
C \
. Uma fonte luminosa na popa da nave
segunda. Como os flashes disparam simultaneamente, parece azul ( ƒ
‚  . nm) para os passageiros. Que cor

temos u r . Seja bub r qb  V:4. km e seja teria a fonte para um observador terrestre que estivesse
" LnU Lnr  Ln . Então assistindo à partida da nave?
 4A!049 N \ 9 9
Como a espaçonave está se afastando da Terra temos
 v b 6L 1. : R6 . 68:4.j; . Y
" n '   que, de acordo com a Eq. 38-30,
:@; . ?
 \  „ „ =
  P<; .SUw s   - H
X…
(b) Como " Ln é negativo, Ln é maior do que Lnr . O flash „
verde dispara antes no referencial mon . onde  é a freqüência no referencial da espaçonave,
! , e  é a velocidade da espaçonave em relação à

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Dezembro de 2005, às 16:22

 5
Terra. A freqüência
„ e o comprimento de onda obedecem O tempo de vida médio dos múons em repouso é s.
a relação ‚† , de modo que se ‚  for o comprimento As medidas dos múons produzidos em um acelerador
de onda visto na espaçonave
„ „ e ‚ o comprimento detec- de partı́culas mostram que eles têm um tempo de vida
 0†
tado na Terra, então  ‚   ‚ , de onde tiramos que de  s. Determine (a) a velocidade, (b) a energia
cinética e (c) o momento destes múons no referencial
„  A
 XK do laboratório. A massa de um múon é . vezes maior
‚†~‚  „  ‚  -
 que a do elétron.
% N 
(a) Da Eq. 38.9 vemos que intervalos médios de vi-
C \ 9 XG. 1\ \ 
 6 . N ˆ . nm da [ou seja, que o tempo de vida média   em repouso
‡.
e  , viajando com velocidade  ] estão relacionados do
Este comprimento de onda corresponde a uma cor seguinte modo:
amarelo-esverdeada no espectro visı́vel.
    

   
37.6 Uma nova interpretação da energia
Portanto, temos
% %
   
P 38-38 (42-46/4 edição)     ,&
 ^(
Qual é o trabalho necessário para fazer a velocidade de
  0 NQ
um elétron aumentar (a) de . >P1 para .  e (b) de s   0!C 
0  010  -  &  0Ž /. P
. P4 para . ? Observe que o aumento de velocida-  s(

de é o mesmo ( . . ) nos dois casos.  0!C

Portanto, a velocidade pedida é </. P+ .


(a) O trabalho é dado pela diferença das energias
cinéticas calculadas para cada uma das velocidades
(b) Da Tabela\ 38.3 vemos que a energia de repouso dum
elétron vale 1 keV. Portanto, para o múon a energia de
mencionadas. Da Eq. 38.49 sabemos que ‰Š‹ƒ  6  
9 repouso é
 . Portanto,
Œ
 1A 9 \ 9 \ BA
  ‹ˆ‘Q  76 . 6 1Ž;=>. Y  >. ;=>.1’
  ‹ƒ  &  0   “ 
l ‡.   l  ‡.  P4 ( > .1 MeV
  9  
 ‹ƒ  6L .2 P1Qq .  4   . .4. ‹ˆ  Consequentemente,
9
(b) Œ ‰  6  q ‹ˆ‘t 
  0
 ‹ƒ  &  9 1  
 040  0  & N g 6L .4 MeV   MeV
l .  l ‡. P  ( (
A \   \ 19 
 ‹ƒ  6 .4P1P1Œ PŽ  .  Œ .41:4W‹ƒ  (c) Das Eqs. 38.51 e 38.52 temos que
 9
Vemos claramente que  .1:2 P  . Ou seja, ”   •  q68‹ ‘  
quando estivermos andando com velocidades mais ele-
vadas, custa bem mais mudar a velocidade de uma mes-
 9 9
ma quantidade ( . .2 no problema em questão).  6R‰–X…‹ˆ‘Ž   q68‹ƒ‘o  

 1 9 C 
P 38-44 (42-55/4 edição)   6 X .4  g>.1  : MeV I

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 23 de Janeiro de 2004, às 12:07

Exercı́cios Resolvidos de Óptica Fı́sica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

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Conteúdo
37 Relatividade 2
37.1 A relatividade do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.2 A relatividade das distâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
37.3 Algumas conseqüências das equações de Lorentz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.4 A relatividade das velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.5 O efeito Doppler para a luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
37.6 Uma nova interpretação da energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 23 de Janeiro de 2004, às 12:07

37 Relatividade onde  'I  =  , e JI . Portanto


9 NAICO9 A C 
DK76L>:1.  M68.  /P m

37.1 A relatividade do tempo (b) O intervalo de tempo para a passagem da espaçonave



A C
 D P  0!C 
E 38-3 (42-5/4 edição) " Q  NAICO9 9 /: ; .SUT s
   68. 6R:<;=>. ?
O tempo médio de vida de múons estacionários é s.
O tempo médio de vida dos múons de alta velocidade

produzidos pelos raios cósmicos é   s no referencial
da Terra. Determine a velocidade em relação a Terra dos

P 38-12 (42-16/4 edição)
múons produzidos pelos raios cósmicos.

Usamo a equação da dilatação temporal 


(a) Uma pessoa seria capaz, em princı́pio, de viajar da

  , onde  é o intervalo de tempo próprio,   Terra até o centro da galáxia (que está a cerca de :1.4.1.
anos-luz de distância) em um tempo de vida normal?
  , e ! . Portanto,
Explique por quê, levando em conta a dilatação dos tem-

" pos ou a contração das distâncias. (b) Com que velo-
" #
   cidade constante a pessoa teria que viajar para fazer a
viagem em :1. anos (tempo próprio)?
de onde tiramos que
%
(a) Em princı́pio sim. Se a pessoa mover-se suficien-
"   
$ '& temente rápido, pelo argumento da dilatação temporal,
" )(
seu tempo de viagem medido na Terra é muito maior do
O intervalo de tempo próprio é medido por um relógio que um tempo de vida usual. Por outro lado, usando
 *
em repouso em relação ao múon. Ou seja, "   s o argumento da contração do comprimento, a distância

e +,  s. Isto nos fornece então que a pessoa necessita percorrer (medida em relação à

sua espaçonave) é muito menor do que :1.4.1. anos-luz.
 !
  0102 De ambos modos, concluimos que é possı́vel para a pes-
,-  &  /.
  ( soa alcançar o centro da galáxia no perı́odo normal de
duração de uma vida humana.
Portanto a velocidade do múon é (b) Sabemos que
 040  04049 9 
33. 5768. 68:<;=>.1? :@; .4? m/s D D 
<  H
 "

37.2 A relatividade das distâncias onde o subı́ndice . indica tempo e comprimentos


próprios (que não são medidos no mesmo sistema de re-

 ferência inercial!), ou seja D   :1.1.4.+ e "  V:4.
E 38-11 (42-13/4 edição) anos. Sabemos também que " W   , de modo que
Uma espaçonave cujo comprimento de repouso é  :4. m
BAC D   
passa por uma base espacial a uma velocidade de . @
 
.
(a) Qual é o comprimento da nave no referencial da ba- "

se? (b) Qual é o intervalo de tempo registrado pelos tri- Substituindo os dados obtemos
pulantes da base entre a passagem da proa e a passagem
 %
da popa da espaçonave? :4.1.1.#  

@  H
(a) O comprimento de repouso D+EF :4. m da :4. 
espaçonave e seu comprimento D medido pela base
estão relacionados através da relação ou, equivalentemente,

D  
  :1.4.    
DG  /D+   4H  & 
 :   (

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Desta expressão obtemos que válido quando b h  , (a) perceba a relação entre o
valor exato e o valor aproximado acima derivados (b)
  mostre que a aproximação seguinte fornece-nos
 -
X Y[[Z  % OAI0 C \  0
% \ ! 0  Y Z  P . : .4.1P
\ !0 .1.14. .0  OAI0 C
 P >.1.1.4.1.4.1.!.
.1.1.  01010401040 CO0 0*C \ 0iAI!0 C 5] L
 01040101040 CO0 0WC \ 04A!4A A \ 0IC<] ]  .  :1: P .!P4:
 .  :4: : P

Este é o resultado da solução exata do problema.

É possı́vel obter-se uma resposta aproximada ao pro-



blema que, porém, jamais deverá ser aceita como subs- P 38-13 (42-14/4 edição)
titutivo para o resultado exato acima.
Um astronauta parte da Terra e viaja com uma veloci-
Como mostrado no exercı́cio 38-3 acima, temos  040 
% dade de . em direção à estrela Vega, que está a 
"    anos-luz de distância. Quanto tempo terá passado, de
$ '& acordo com os relógios da Terra? (a) quando o astro-
" (
nauta chegar a Vega e (b) quando os observadores ter-
O enunciado do problema nos diz que " ^_:1. anos. restres receberem a notı́cia de que o astronauta chegou
Se soubessemos o valor de , bastaria substitui-lo na a Vega? (c) Qual é a diferença entre o tempo de viagem
fórmula acima para determinar  , i.e. a relação en- de acordo com os relógios da Terra e o tempo de viagem
tre  e . Determinar exatamente foi o que fize- de acordo com o relógio de bordo?
mos acima, ao resolver o problema corretamente, sem
aproximações.
(a) A distância entre a Terra e Vega é D     anos-
Podemos obter uma aproximação do resultado se supu- luz. Portanto
sermos que a velocidade desconhecida da nave pode ser 
tomada como sendo a velocidade da luz. Tal hipótese D   anos  N 
 #   040    anos
(incorreta!) nos induz a considerar " 5` :1.1.4. e, por-  .
tanto, obter da fórmula acima que
% (b) Supondo que “as notı́cias” sejam ondas de rádio, que

 :1.  viajam com a velocidade da luz, elas demoram  anos
   & 
:1.1.4. ( para alcançar a Terra. Portanto o tempo total, no refe-
% \  01040 rencial da Terra, é
 \ !P0 
\  
1. .4.1.  N   
 3X j  anos
 01040104010 C40 C3 aL
 .  :4:1P+.
1 (c) O relógio de bordo mede o tempo próprio  
A diferença aparece na  casa decimal. Mas isto já é " k  , onde 
 040 Ai 0
'I1l .   . . Portanto,
uma diferença grande em tratando-se da velocidade da
 N 
luz.   B A 
"   Ai 0 /: anos
Problema: determine explicitamente a expressão exata .
de " que nos permite obter a resposta correta partindo
da relação A diferença \
 é  que enquanto no relógio da Terra
% passaram-se  anos, no relógio de bordo passaram-
"    BA
$  & se apenas : anos.
" (
Perceba claramente que a palavra “diferença”, no item
Problema: usando o teorema da expansão binomial
(c) do enunciado do problema, de modo algum pede pa-
(Apêndice E):
ra fazermos alguma subtração entre os dois intervalos
9
9dc b 6 g b   ] de tempo, coisa que não tem sentido fazer-se.
6LXKb 'X,e X'e e  X H
1f f

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37.3 Algumas conseqüências das equações 37.4 A relatividade das velocidades


de Lorentz

E 38-24 (42-29/4 edição)

E 38-17 (42-20/4 edição) A partir de medidas do deslocamento para o vermelho,
os astrônomos chegaram à conclusão de que um certo
Um experimentador dispara simultaneamente duas
quasar x y está se afastando da Terra a uma velocida-
lâmpadas de flash, produzindo um grande clarão na ori- 
de de . P1 . O quasar x  , que está na mesma direção
gem de seu referencial e um pequeno clarão no ponto
que x y , mas se encontra mais próximo da Terra, está se
bK7:4. km. Um observador C
N \ que está se movendo com
afastando a uma velocidade de . . Qual seria a velo-
uma velocidade de . no sentido positivo do eixo b
cidade de afastamento de x  medida por um observador
também observa os clarões. (a) Qual é o intervalo de
localizado em x y ?
tempo entre os dois clarões, de acordo com o observa-

Chame de z o referencial fixo na Terra e de z n o refe-
dor? (b) De acordo com o observador, qual dos dois
clarões ocorreu primeiro? rencial fixo no quasar x y , movendo-se com velocidade


(a) Suponha o primeiro flash em repouso no re- {. P1 em relação à Terra. Desejamos encontrar a
velocidade |}n no referencial z+n , fixo em x y , que corres-
ferencial m e chame de mon o referencial de repouso ponda a uma velocidade |~.  C em relação à Terra
do segundo observador. Os relógios de nenhum des- (velocidade esta que, é claro, vem a ser a velocidade do
tes referenciais medem o intervalo de tempo próprio quasar x como medida na Terra). Portanto, usando-se
entre os flashes, de modo que precisamos usar uma a transformação 
INVERSA da Eq. 38.28, vemos que a
transformação de Lorentz completa. Usamos flashes co- velocidade |}n de x medida em x"y é
loridos para fixar idéias. Seja  o tempo e b  a coor- 
C 
denada do flash azul, como medido no referencial m . €
| 
  . 5. P4
| n    9 C 9
Neste caso, o tempo do flash azul medido no referencial O|!a M68. P4 6R. Ia
mon é \
 3. P1P+ H
 b 
p
n   a&   H onde o sinal negativo indica que x  esta afastando-se de
V(
 \ x"y (i.e. movendo-se em direção à Terra).
onde $I. e
NOTA: leia o livro-texto e aprenda como, a partir da
     OAI0 Eq. 38.28, obter a expressão da transformação INVER -
 N \ 9 ' .4: SA, acima usada.
 
 =  q6R. 
Analogamente, seja Lr o tempo e bsr a coordenada do
flash verde, como medido no referencial m . Neste caso, 37.5 O efeito Doppler para a luz
o tempo do flash verde medido no referencial mon é

pbsr 
nr   & Lrt
P 38-31 (42-36/4 edição)
( Uma espaçonave está se afastando da Terra a uma ve-

de .
Agora, subtraia a primeira transformação de Lorentz da locidade
C \
. Uma fonte luminosa na popa da nave
segunda. Como os flashes disparam simultaneamente, parece azul ( ƒ
‚  . nm) para os passageiros. Que cor

temos u r . Seja bub r qb  V:4. km e seja teria a fonte para um observador terrestre que estivesse
" LnU Lnr  Ln . Então assistindo à partida da nave?
 4A!049 N \ 9 9
Como a espaçonave está se afastando da Terra temos
 v b 6L 1. : R6 . 68:4.j; . Y
" n '   que, de acordo com a Eq. 38-30,
:@; . ?
 \  „ „ =
  P<; .SUw s   - H
X…
(b) Como " Ln é negativo, Ln é maior do que Lnr . O flash „
verde dispara antes no referencial mon . onde  é a freqüência no referencial da espaçonave,
! , e  é a velocidade da espaçonave em relação à

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Terra. A freqüência
„ e o comprimento de onda obedecem O tempo de vida médio dos múons em repouso é s.
a relação ‚† , de modo que se ‚  for o comprimento As medidas dos múons produzidos em um acelerador
de onda visto na espaçonave
„ „ e ‚ o comprimento detec- de partı́culas mostram que eles têm um tempo de vida
 0†
tado na Terra, então  ‚   ‚ , de onde tiramos que de  s. Determine (a) a velocidade, (b) a energia
cinética e (c) o momento destes múons no referencial
„  A
 XK do laboratório. A massa de um múon é . vezes maior
‚†~‚  „  ‚  -
 que a do elétron.
% N 
(a) Da Eq. 38.9 vemos que intervalos médios de vi-
C \ 9 XG. 1\ \ 
 6 . N ˆ . nm da [ou seja, que o tempo de vida média   em repouso
‡.
e  , viajando com velocidade  ] estão relacionados do
Este comprimento de onda corresponde a uma cor seguinte modo:
amarelo-esverdeada no espectro visı́vel.
    

   
37.6 Uma nova interpretação da energia
Portanto, temos
% %
   
P 38-38 (42-46/4 edição)     ,&
 ^(
Qual é o trabalho necessário para fazer a velocidade de
  0 NQ
um elétron aumentar (a) de . >P1 para .  e (b) de s   0!C 
0  010  -  &  0Ž /. P
. P4 para . ? Observe que o aumento de velocida-  s(

de é o mesmo ( . . ) nos dois casos.  0!C

Portanto, a velocidade pedida é </. P+ .


(a) O trabalho é dado pela diferença das energias
cinéticas calculadas para cada uma das velocidades
(b) Da Tabela\ 38.3 vemos que a energia de repouso dum
elétron vale 1 keV. Portanto, para o múon a energia de
mencionadas. Da Eq. 38.49 sabemos que ‰Š‹ƒ  6  
9 repouso é
 . Portanto,
Œ
 1A 9 \ 9 \ BA
  ‹ˆ‘Q  76 . 6 1Ž;=>. Y  >. ;=>.1’
  ‹ƒ  &  0   “ 
l ‡.   l  ‡.  P4 ( > .1 MeV
  9  
 ‹ƒ  6L .2 P1Qq .  4   . .4. ‹ˆ  Consequentemente,
9
(b) Œ ‰  6  q ‹ˆ‘t 
  0
 ‹ƒ  &  9 1  
 040  0  & N g 6L .4 MeV   MeV
l .  l ‡. P  ( (
A \   \ 19 
 ‹ƒ  6 .4P1P1Œ PŽ  .  Œ .41:4W‹ƒ  (c) Das Eqs. 38.51 e 38.52 temos que
 9
Vemos claramente que  .1:2 P  . Ou seja, ”   •  q68‹ ‘  
quando estivermos andando com velocidades mais ele-
vadas, custa bem mais mudar a velocidade de uma mes-
 9 9
ma quantidade ( . .2 no problema em questão).  6R‰–X…‹ˆ‘Ž   q68‹ƒ‘o  

 1 9 C 
P 38-44 (42-55/4 edição)   6 X .4  g>.1  : MeV I

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