Está en la página 1de 4

Introdução

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) constituem um grave e complexo problema de saúde pública.
A relevância deste problema decorre de fatores diversos dentre os quais se podem destacar os próprios danos
experimentados pela população, o estigma que envolve a sexualidade marcada por tabus, mitos e condutas
repressoras que se combinam potencializando a dificuldade na difusão de informações, inclusive entre os
profissionais de saúde.
No contexto das enfermidades sexualmente transmissíveis, duas compartilham quatro características: alta
prevalência, etiologia viral, associação da infecção com o desenvolvimento de neoplasias e a existência de
vacinação preventiva. São elas a Hepatite B e a Condilomatose pelo papiloma vírus humano (HPV).
Nas linhas que se seguem, será exposta uma breve síntese do cenário atual destas doenças na qual se
poderá avaliar a drástica magnitude da infecção por estes vírus.
Estima-se que ocorra cerca de 685.000 novos casos de infecção pelo HPV por ano no Brasil. Há 15 tipos
oncogênicos de HPV, sendo o HPV16 e o HPV1 os mais comuns. A condição necessária para o surgimento do
câncer do colo do útero é a presença de infecção pelo HPV. Fatores acessórios que contribuem para a etiologia
deste tumor são: tabagismo, baixa ingesta de vitaminas, multiplicidade de parceiros sexuais, iniciação sexual
precoce e uso de contraceptivos orais. O câncer de colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as
mulheres, com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, sendo responsável pelo óbito de,
aproximadamente, 230 mil mulheres por ano. A incidência do câncer do colo do útero é predominante na faixa
etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico geralmente entre 45 e 49 anos
Há uma diferença importante no perfil desta neoplasia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A
incidência é cerca de duas vezes maior nestes e a sobrevida média é de cerca de 49% após cinco anos, enquanto
naqueles varia entre 59 e 69%. No Brasil, o câncer de colo de útero é o mais incidente na região Norte
(22/100.000); é o segundo mais freqüente nas regiões Sul (24/100.000), Centro-Oeste (19/100.000) e Nordeste
(18/100.000); e no Sudeste (18/100.000) ocupa quarta posição. Estima-se um risco de 19 casos a cada 100.000
mulheres, totalizando quase 20.000 casos novos por ano.
É estimada uma redução de até 80% da mortalidade por este câncer através do rastreamento de mulheres na
faixa etária de 25 a 65 anos com o teste de Papanicolaou e tratamento das lesões precursoras. Para tanto, é
necessário garantir a organização, integralidade e a qualidade do programa de rastreamento, bem como o
seguimento das pacientes. A vacina contra HPV constitui uma importante ferramenta no controle deste câncer, ao
prevenir as infecções mais comuns que causam a condilomatose genital (HPV 6 e 11) e o câncer do colo do útero
(HPV 16 e 18).
Mais de 50% da população mundial já foi contaminada pelo vírus da hepatite B. Estima-se que 2 bilhões de
pessoas já tenham entrado em contato com o vírus e que haja 325 milhões de portadores crônicos e 50 milhões de
novos casos a cada ano. Em áreas com maior incidência, 8 a 25% das pessoas carregam o vírus e de 60 a 85% já
foram expostas. No Brasil, 15% da população já foi contaminada e 1% é portadora crônica. Os portadores crônicos
de hepatite B apresentam maior risco de morte por complicações relacionadas à hepatite crônica, como cirrose e
carcinoma hepatocelular (CHC), com relato de 500 mil a 1,2 milhões de óbitos por ano.
A prevalência de hepatite B tem sido reduzida em países onde a vacinação foi implantada, porém
permanece alta em populações de risco e em países onde a transmissão vertical e horizontal intradomiciliar não é
controlada.
No Brasil, considerava-se que ocorriam três padrões de distribuição da hepatite B: alta endemicidade, com
prevalência superior a 7%, na Região Amazônica, em alguns locais do Espírito Santo e no oeste de Santa Catarina;
endemicidade intermediária, com prevalência entre 2% e 7% nas Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste; e
baixa endemicidade, com prevalência abaixo de 2%, na Região Sul do País. No entanto, esta infecção é muito
dinâmica e variável. Com a implementação de campanhas de vacinação o padrão de endemicidade foi sendo
alterado pela diminuição da incidência nas regiões com vacinação vigente. Com o objetivo de reduzir os níveis de
infecção pelo vírus da hepatite B (VHB), a imunização contra a hepatite B foi estendida em todo o território para a
faixa de até 19 anos.

Justificativa

A dimensão dos alarmantes números exibidos por estas enfermidades, aliada às complicações resultantes da
ausência de prevenção e tratamento precoce, evidenciam as contradições das políticas públicas de saúde. Ainda que
se veja o problema exclusivamente pela vertente econômica, o equívoco se mostra injustiticável, na medida em que
os investimentos estatais seriam menores que os despendidos nas práticas preventivas como, por exemplo, o
tratamento quimioterápico ou suporte para um paciente hepatopata crônico.
A crônica dificuldade verificada na prática preventiva não deve ser atribuída exclusivamente à posição
social. Ademais, a desinformação é variável importante na determinação da falta de adesão às práticas preventivas.
Dessa forma, urge a necessidade de difundir o conhecimento acerca dessas doenças e a importância da
vacinação para ambas. Há também a necessidade concomitante em se aprimorar o rastreio na população, para que
seja possível o diagnóstico precoce das lesões causadas por estes vírus. Neste intuito, é imprescindível que a
notificação destas doenças seja mais efetiva, a fim de permitir quantificação e dimensionamento real do problema e
posterior acompanhamento da efetividade das novas medidas adotadas no combate dessas viroses.

Objetivo Geral

Avaliar o conhecimento e atitude perante às DSTs, mais especificamente à respeito dos agravos
relacionados à infecção pelo HPV e VHB, assim como a motivação para práticas de prevenção, que incluem o
uso de preservativo e realização de Papanicolau.

Objetivos Específicos

1. Avaliar o nível de conhecimento a respeito da transmissão, manifestações clínicas das DSTs e suas
complicações nos grupos de mulheres com diferentes níveis de escolaridade e socioeconômico;
2. Avaliar o nível de conhecimento a respeito das vacinas contra as infecções pelo VHB e pelo HPV;
3. Avaliar o grau de prevenção das DSTs praticado por esses diferentes grupo;
4. Analisar o comportamento sexual detectando o número de parceiros e a prática de atitudes preventivas de
DSTs;
5. Analisar como as especificidades de cada grupo influenciam os resultados obtidos de forma
epidemiologicamente significativa;

Sujeitos e Métodos

Esta pesquisa está dividida em duas frentes de trabalho: uma situada na Universidade Federal Fluminense
em Niterói – RJ e a outra na comunidade do Cantagalo, em Copacabana, Rio de Janeiro – RJ. Na primeira, serão
selecionadas, aleatoriamente, estudantes dos diversos cursos localizados nos diversos campi niteroienses, incluindo
dessa forma universitárias das diferentes áreas de conhecimento (ciências biológicas, exatas e humanas). Na
segunda localidade, serão selecionadas aleatoriamente moradoras da comunidade.
Uma vez selecionado o grupo, este será submetido à entrevista individual que consiste na aplicação de
questionário não identificado, testado e validado (anexo 1). Os entrevistadores serão devidamente treinados para
garantir a privacidade, inviolabilidade das informações, preservação do anonimato e maximizar a imparcialidade
de forma a deixar o entrevistado confortável no fornecimento de informações pessoais e íntimas. Tais garantias
serão oficializadas no termo de consentimento firmado previamente à entrevista (anexo 2). O entrevistador estará
devidamente instruído para fornecer informações e sanar quaisquer possíveis dúvidas sobre o teor das perguntas.
As sujeitas desta pesquisa são mulheres sem especificação de raça, idade, nível de instrução e
socioeconômico, sendo que estas serão as variáveis avaliadas de forma independente no grupo das universitárias e
das residentes na comunidade.
Ao final da entrevista, será entregue um panfleto educativo sobre as DSTs e serão fornecidas orientações
quanto à importância e a freqüência preconizada para assistência ginecológica.

Resultados esperados

Estudos com desenho epidemiológico semelhante demonstraram que as moradoras de comunidades menos
favorecidas economicamente realizam o exame preventivo de câncer de colo uterino com menos freqüência,
havendo uma dicotomia entre a etiologia deste processo, influindo a falta de conhecimento e a dificuldade de
acesso. Portanto, é esperado que estas tenham menor conhecimento sobre os assuntos questionados.

No grupo das universitárias, espera-se que as alunas das ciências biológicas, mas especificamente, dos
cursos da área da saúde, apresentem maior conhecimento a respeito das DSTs e a grande questão é se este fato se
traduz na maior freqüência da prática preventiva.

Cronograma (em construção a posterior)

Ação/Evento Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Atendimento
matinal no
ambulatório de
DST/UFF

Elaboração de
relatórios e
artigos sobre o
atendimento no
Setor DST/UFF
Comunicação
com outras
Unidades de
Saúde de
Niterói
Campanha
Carnaval
seguro!
Distribuição de
panfletos
informativos
das DST’s e de
preservativos
Realização de
palestras em
Escolas do
Ensino Público
Campanha do
Dia
Internacional da
Mulher – 08/03
Semana de
Combate às
DST´s
Campanha do
Dia Nacional de
Combate à
Sífilis
Congênita –
20/10
Campanha do
Dia Nacional de
Combate à Aids
– 1º/12
Campanha do
Dia Nacional da
Saúde – 05/08
Agenda
Acadêmica

■ Ação contínua
■ Pré-produção
■ Produção
■ Pós-produção

También podría gustarte