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alunos, ndo apenas pelos saberes da di contextualizar, mas pelos valores que ex. R- Dominio de estratégias de "relagies interpessoais"? O edu- ode abdicar de sua tesponsabilidade de ajudar seus alunos a fazerem-se amigos de si mesmos a construirem relagies de amizades com outros e, para que isso ocorra, nao basta a inten: ‘sao, € essencial saber “quando” e saber “como fazer”, € esse fazer implica conhecer procedimentos para promover relagées sélidas e significativas entre o alunado. O educador néo nasce pronto. Forma-se ao longo de sua pré- pria caminhada de professor, observando em sua experiéncia esta ou aquela agao, este ou aquele cuidado. E por essa razio que esse acrdstico serve menos como ilustracéo e mais como proposta de inicio de uma autoavaliagio. Ao repensar sua pritica pedagégi a, espera-se que o professor pontue cada uma das letras que formam esse acréstico, descobrindo em quais esté pronto em quais € essencial evoluit. Com esta intenglo, descobriré que 0 acréstico € incompleto e que um verdadeiro educador agrega A sua ago ainda outros procedimentos. Mas com serenidade sal 14 identificé-los e incorporé-los, distanciando-se cada ver m das rotinas de professauros. a que aprendem a | -eEEERGEEEEEEEE J* hak Plone le orume Que elementos deve conter uma aula “excelente”? O ato pedagégico & um ato profissional e por essa razio apre- senta pontos de identidade e pontos de diferenga a outros atos pro- fissionais, como, por exer um ato cirdrgico, um ato juridico ou ainda qualquer outro, entre os muitos existentes. Essa peculiarida- de do ato pedagdgico enquanto um ato profissional admite que a qualidade do mesmo independe do local e do momento em que € praticado. Um ato cirtirgico ou um ato jurfdico “excelentes” apre- sentam certos requisitos que falam dessa exceléncia, nfo importan- do onde é desenvolvido. Qualquer cirurgido e qualquer advogado brasileiros sabem reconhecer um ato especifico de sua érea quando ite”, pouco importando o pais e as circunst&ncias que 0 ‘O mesmo prevalece para a aula, Uma aula é excelente, no Brasil ou em qualquer pais do mun- do, quando alcanga com facilidade seu objetivo essencial, no caso “ajudar o aluno a construir sua propria aprendizagem”. Assim considerando, uma boa aula no merece os encOmios des- se elogio porque o professor que a ministrou assim a julga e nem ‘mesmo porque os alunos a adoram, mas simplesmente porque efeti- Yamente auxiliou o aluno a construir sua prépria aprendizagem. Muitas vezes, alunos “amam” uma aula porque a mesma os faz rit, utras vezes porque thes permite agir livremente, ainda outras vezes Porque © professor € ator excelente que encanta pela prodigalidade do discurso, mas se a aula no os ajudou efetivamente a construir aprendizagens, como se mostrou capitulos atrés, essa aula pareceu ‘azniica, porém revelou-se enganadora Iso, 6 claro, também vale cone Outs atos profissionas: se um cirurgdo exerce uma operacao rahe et io, mas leva 8 morte um paciente que poderia Zerque fy cttes Procedimentoscingcos, também se pode d- ainda que cea stléPeia no ao, pois o objetivo essencial do mesmo, Be — ‘etizavel, nesse caso especifico no se concretizou. dente do anildade de se observar a exceléncia da aula, indepen- ‘em que a mesma é ministrada, permite que esse ato bie: cy a a a it ae pedagégico receba a contribuigao de at seria, por exemplo, uma aula excelent Norte? Como seria excelente uma aula na Coreia do Sul, pats que apostou fervorosamente na educagdo hé cerca de 40 anos ¢ hoje colhe seus frutos com um progresso social e econdmico, no Iminimo, fervilhante? Tomando, pois, como referéncia exemplos de aulas em situagdes diferenciadas, € possfvel pensar que uma boa aula deve reunir um conjunto de atributos espectficos. Mas quais seriam esses atributos Sem qualquer pretensio em consider-losdefinitivos, antes apre- sentando uma ideia para confrontos e debates, acreditamos que uma boa aula deve abrigar cinco atributos essenciais, Brincando ‘com os vocébulos iniciais de cada um desses atributos, chega-se & palavra “placa” e, curiosa e coincidentemente, essa palavra serve para aplauso a um ato esportivo magnifico. Nao se em “Um gol de placa”, “uma cortada” (no vol ro que a “placa” usada para 0 ato esportivo no € acréstico algum; sinaliza a ideia de que esse ato, por sua genialidade e singularidade, mereceria uma placa; mas de qualquer forma a construgdo do actéstico excita a meméria ¢ ajuda a se pensar nesses atributos. Entretanto, uma critica é essencial. © conceito de exceléncia que aqui usamos e os atributos para que uma aula possa apresenté- lo ndo deixa de ser fruto de opinifio. Néo achamos de forma alguma que o conceito de exceléncia que usamos seja tinico e seja imutavel € nem seria motivo de surpresa se, ao invés de cinco, se sugerisse mais ou menos procedimentos. Dessa maneira, se mostrarmos que a aula “x” ou “y” nos pareceu excelente ou niio, que nio se creia na niversalidade dos critérios e que se compreenda ser de responsabi- lidade deste autor, que com énfase os defende. Feita esta ressalva, sobra a pergunta: Quais seriam esses atri- butos? Lembrando que nao existe qualquer hierarquia quanto aos atri- butos e que todos os cinco devem estar presentes em toda al para qualquer contetido que se construa e para qualquer nivel a que se ensina, pensamos que esses atributos seriam: P - Proracowismo, Na medida em que € 0 aluno o eixo do processo educacional, é essencial que em toda aula seja ele o prota Bonista essencial e nao um espectador cuja fungéo € a de ouvit 50 anotar e, caso tenha diividas, indagar sem a certeza de que rece- ber resposta conveniente. L - Lincuacem. Nao existe possibilidade de retermos uma aprendizagem se nao falamos, tanto conosco mesmos como com os colegas, discutindo, debatendo, interrogando, sugerindo, ana- lisando, propondo. Proibir um aluno de falar, exaltando-o pelo comportamento silencioso e disciplinado, € proibir um aluno de aptender significativamente. A-- ADMINISTRAGAO DE COMPETENCIAS ESSENCIAIS A APRENDIZA- em. Uma aula excelente necesita ser 0 palec central de estimulos a diferentes competéncias essenciais & aprendizagem, como a préti- ca do pensar, do reflets, do saber fazer perguntas, do aprender pesquisar, a descobrit como se argumenta, a treinar uma visio sistémica, a ligar-se ao mundo, a disciplinar interesses, a saber se relacionar com outros e saber agir. Em sintese, esse item repde os valores educacionais de Jomtien: competéncias para conhecer, vi- ver junto, fazer, mas sobretudo aprender a ser. C-- ConstmucAo bE CONHECIMENTOS ESPECIFICOS. Dominar 0 cor- po de informagées que caracterizam a chamada “matéria, ligando © que se aprende 20 que jd se sabe e fazendo tuma ponte entre o que se aprende e a vida que se vive. A- Auoavauiacio. A descoberta de que a aula foi um efe- tivo instrumento de transformagio ¢ a plena consciéncia de uma tmudanga de estado entre o que se sabia antes da aula comegar e a dimenséo do progresso constatada com essa mesma aula. ‘Uma preocupagao em projetar esses fundamentos em uma rea- lidade vivida e dindmica pode se aferir no quadro a seguir, em que se busca comparar 0 “procedimento dinossdturico” de professores ue os ignoram na aula que ministram e os que, sem dificuldade e sem perda de identidade, assumem esses procedimentos: (out © PROCESS Ue BxGno [Axes ew Gus 0 MUGLOOOSE Ree eres (ona EM TORNO DO PROFESSOR E 00 Siena ana eu tomo oo nine Aoeh ove Ceresan poreowsccn Siena © aluno 6, etetivamente, um protagonista e du [Gesenvolvidas est exposi¢ao dos contetidos Passados pelo professor, ‘A linguagem interior do aluno Faramente & solicitada e sua 6 a todo Momento posta prova, [suscitando que o aluno exponha ‘suas anélises e suas condlusées, A aula é desafiadora, propo de competéncias, inrigante @ os alunos, geralmer as rotinelras taretas de" Jem duplas ou em grupes, ed ponianatar e, eventuaimente, instigados a intrroger, svg Perguntar. classificar, simbolizar, propor, buscar solugdes, Nao existe conhecimento em [0 aluno 6 em cada momento @ om ‘construgdo mas uma tentativa de | todas as oportunidad: 190 de saberes hetero produzidos. {forma padronizada, ee }O aluno raramente se autoavalia. [A autoavaliagao 6 rotina na E avaliado através de [pratica pedagégica interrogatorios ou de provas que | materializa pelos desalios que sa0 ‘buscam aferir sua capacidade —_|propostos pelo professor e pelos {de retencao das informacdes _|colegas. [anes pal ota Como se percebe, a presenga desses atributos procedimentais pelo professor no depende da disciplina que ensina e menos ainda da faixa etéria de seus alunos. Depende, essencialmente, de acredi- tar nos mesmos e de saber adapté-los a sua realidade e fazer dos ‘mesmos linhas de sua presenca pedagdgica. ®9 Como seria ministrada uma aula “excelente”? A resposta a essa pergunta requer auxilio da fiegdo. For esse motivo, vamos imaginar duas professoras (qualquer se- melhanga com pessoas reais € meramente propos rmentar uma de suas aulas em momentos iferen anélise de cada momento, sempre levando em cons bbutos de uma “aula excelente” que no capitulo anterior se exami nou. E importante realgar que a presente ficgao necesita se inspirar em um conteddo curricular e imaginar um nivel de escolatidade, mas que nao € diffi se transpor esse conteddo para qualquer disc plina escolar e menos dificil ainda serd adaptar os fundamentos da aula a um outro nivel em que o aluno se encontra, Comecemos, pois, com a professora PROFESSAURA. 1° momento: ~ Bom-dia, queridos alunos. Vamos hoje estudar a Grécia Antiga, Para que a aula comece, por favor, alinhem suas cartei- ras, Isto, bem alinhadas, vocés compreendem que sem ordem é impossfvel a aprendizagem. Excelente. Agora, meus queridos, coloquem sobre sua carteira todos os recursos necessérios para a aula, mas apenas os necessérios. Lépis, borracha, canetas, régua ¢, evidentemente, o cademo e 0 nosso livto didético. Excelente Podemos entéo comegat. 2 momento: ~ Agora, queridos, prestem muita atengfo. Vou meu plano de aula, destacando o tema, seus sul Principais referentes a cada um deles. Copiem com atengio e, ‘otarem que sublinhei algumas palavras, sublinhem também. Apés © registro dessa matéria, explicarei detalhadamente cada item pro- Posto. Nao vejo rani & se isso ocorrer, im oral, valendo para nota. Fui clara? iatamente paro a aula e fago uma chamada 3® momento: ~ Bem, meus anjos. Agora que tod ages basicas que dao estructura TasSes eo detalhes que apresentarei seguindo a sequencia da usa. E essencial que estejam atentos, primeiro porque s¢ 08 pi- thar distratdos fago uma chamada oral e segundo porque, ards inhas explicagdes, darei um tempo para que fagam suas anot ses pessoais no caderno, logo abaixo da cépia do plano de aul Fui clara? Entdo vamos comecar... id tém em seu caderno as ma, ougam minhas expli- 42 momento: ~ Bem, meus queridos, como eu havia dito € chegada a hora da “construcio”. Vou percorrer as carteiras e, se alguém tiver algu ma dificuldade, erga 0 brago que estarei pronta para a ajuda. Nesta oportunidade vocés tém a tarefa de sintetizar as explica ges que acabei de apresentar, anotando-as em seu cademo. Nao € necessério uma rotina e nem quero um “ditado”. Gostatia que vocés usassem suas préprias palavras para essa sintese. Podemos entio comecar. 5® momento: — Muito bem, amigos. A aula esta chegando ao fim. Ligéo de casa. Devem procurar no nosso livro didético o tema que apresen- tei. Estd entre as paginas 39 e 46. Devem ler esse contetido e se notarem elementos novos em relacéo a aula, por favor anotem no caderno. Cada caderno deve assim conter, para cada item da maté- ria, trés partes distintas: a primeira com a c6pia de meu plano de aula, a segunda com as referéncias pessoais de cada um de voces a partir de minha explicacao e a terceira, e tiltima, possfveis anota- es sobre acréscimos ao contetido, tomando por base nosso livro didético. Tudo bem. Entéo até logo, até a préxima aula, A andlise dessa aula exalta indiscutivelmente aspectos positi- vos. A professora parece dominar os contetidos que transmite, a aula revela um plano definido, existe uso eficiente da lousa, o sequen-

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