Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
J i
X
íL ...1 —• . z.. IX \ .«
DA
y.
SEGUNDA TIKAGEM
DO í TOMO
¡•¡.¡os: i nr-ií- .
R i o el e J a n s i r o
19 5 5
.
DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO
DA
LÍNGUA PORTUGUESA
"
i.
j:
M
POR
SKEAT
DEPOSITARIOS :
Rio de Janeiro
19 5 5
A
.
SMO AUTOR
LlGEIRAS NOTAS SOBRE REDAgÁO OFICIAL, 5. a ed., 1941.
Elementos de teoría musical (em colaboracáo com José Raimundo da Suva)
8. a ed., 1953.
Um ensaio be fonética diferencial luso-castelhana. Dos
elementos grecos que
se encontram no espanhol. (Tese de concurso)
1919. .
TE
Oracáo de paraninfo, 1938.
EL 5,
DE
"*f°*".™ de la Universidad
de Fclosofza y Educación
Estucos Filológicos, 1. a serie, 1939.
^
BRASIL (Separata dos Anales' de la Facultad
de Chile) 1938 '
nacional, 3. a ed 1952
Antología espanhola e hispano- americana, 2. a
ed., 1945
O problema da regencia, 1944.
O idioma nacional (gramática para o colegio), 1944.
O idioma nacional (antologia para o colegio),' 1944.
Tesouro da fraseología brasileira, 1944.
O idioma nacional (gramática para o ginásio), 1944.
O idioma nacional (antologia para o ginásio), 1944.
Difusión de la lengua portuguesa en el Brasil,
traducáo espanhola e notas
de Alarcon Fernández (publicacáo da Divisáo
de Cooperagáo Intelectual
do Ministerio das Relacóes Exteriores, 1944.
Léxico de nomenclatura gramatical brasileira,
1946.
DlCIONÁRIO BÁSICO DO PORTUGUÉS DO BRASIL, 3. a ed.,
1952.
Fórmulas de tratamento no Brasil nos séculos 'xiX
Revista Portuguesa de Filología, vol. III,
e (Separata da XX
1950).
Adolfo^ Coelho e a etimología (Separata da Miscelánea
Adolfo Coelho) 1950
DlCIONÁRIO ETIMOLÓGICO DA LÍNGUA PORTUGUESA, tomo
II, 1952.
A pronuncia brasileira da língua portuguesa
(Separata de Mélanges Mario
Roques), 1952.
Études dialectologiques au Brésil (Separata da
revista Orbis, tomo I n° 1
1952, tomo II, n.° " '
2, 1953) .
'
'.
DE
—
'
ipaaéío Sarreío
^Vícente de óoaéa?
.--•- .
PREFACIO
Die Etymologie ist derjenige Teil der Sprachgeschiehte, der. auch aus-
serhalb der Fachkreise ein geioisses ínter esse erregt und zwar mit Recht.
Die Frage nach dem Ursprung der Wórter und die Beantwortung dieser
Frage befriedigt ein Bedürfniss das tíef im menschlichen Geist liegt, das
Bedürfniss nach der Erkenntniss der Herkunft alies dessen, ivas um und
in uns ist. Dazu kommt aber noch ein Weiteres. Die Zusammensetzung des
Wortschatzes spiegelt die ganze kulturelle Entwicklung eiraes Volkes wie-
der, alie die verschiedenen Einflüsse, die von aussen her eindringen; ein
v etymologisches Wórterbuch ermóglicht es also, diese Einflüsse kennen zu lernen.
Ich will das an einigen Beispielen zeigen.
Plinius berichtet, dass die Butter, die die Rómer nicht kannten und
zunachst mit einem griechischen Worte butyrum bezeichneten, von den Lu-
sitaniern sehr geschátzt worden sei. Wie sie sie benannten, sagt er leider
nicht. Aber wenn wir nun heute in port. manteiga eine Bezeichnung finden,
die alien Versuchen einer Erklarung spottet, so loird man nicht zógem, in
manteiga eben dieses lusitanische Wort zu sehen. —
Im Nordem des Landes
wohnten vor den Rómern die Galler. Nun gab es Kantabrien im Altertum
einen Ort Octavi olea. Gregor von Tours kennt olea ais "Feld", es lebt im
Altfranzbsichen und heute noch artliche ais ouche und ist offenbar dasselbe
wie port. oiga nordspanisch huelga. Obschon die heutigen keltisehen Spra-
. chen es nicht mehr besitzen, so kann doch an gallischem Ursprung kein
Zioeifel bestehen. —Neben jugo, dessen u auf eine Beeinflussung durch
die lat. Büchersprache hinweist, steht canga, das wiederum gallisch ist und
also das eigentliche Wort der Bauernsprache war Beide zusammen zeigen,
.
dass bei der Romanisierung die gallischen Bauern Ausdrücke, die ihrem en-
gensten Gedankenkreis angehórten, behalten haben Danach kann man
.
schliessen, dass auch seara, in alterer Form senara, gallischen Ursprungs ist.
Nach der Romanisierung kamen die Westgoten und die Sueben. So gross
deren Einjluss auf die Ñamen war, so wenig haben sie sonst den Wortschatz
beeinjlusst. Gasalhado, agasalho und die zugehórige Sippe zeigen uns, dass
'die Beziehung der beiden Vólker keineswegs feindliche oder auch nur un-
freundliche toaren, denn zugrunde liegt die gothische Entsprechung des deut-
i
schen Geselle, wovon Gesellschaft abgleitet ist. Auch laverca ist ein ger-
manisches Wort, das nur dem portugiesischen angehort. Zahlr elche andere
: > wie guardar, guarnecer guerra sind über das ganze romanische Gebiet ver-
; :- breitet, so dass man ihre Aujnahme noch in die spatromanische Zeit setzen
muss, sie also streng genommen bei der Bemessung des germanischen Ein-
flusses auf die speziell portugiesische Kultur-entwicklung nicht in Betracht
kommen. Aber von Wichtigkeit ist luva, das der gothischen Entsprechung
* von engl. glove entstammt, wichtig, weil die Entlehnung auf eine germanische
Rechtssitte hinioeist, die sich im Feudalstaate und mi Rittertum noch lang
erhalten hat.
Damit kommt nun zu einer der wichtigsten Kultur strómung en des Mit-
.
das der Rittertum. Der Ausgangspunkt ist Frankreich, von da sind
telalters,
ungemein viele auch sprachliche Elemente nach der iberischen toie nach der
Apenninischen Halbinsel ausgestrómt. Ein Wort wie jardim beruht natürlich
auf germ. garten, aber das anlautende j weist auf Nordfrankreich hin, auf
jene Gartenarchitektur , wie sie im 16 Jahrhunedrt ihren Gipfel fand, deren
Anfange aber bei den Schlóssern der Adelige des Mittelalters liegen. Eines
.
der wichtigsten Ereignisse ira Leben des Ritters ist der Ritterschlag
Dafür
.
W. Meyer-Lübke.
.
INTRODUgÁ'O
Porque fiz éste dicionárío
!",
¿-J
1.
.
X ANTENOR NASCENTES
A etimología
Desde a mais alta antigüidade o homem foi sempre tentado pelo que
Grimm chamou "o demonio da etimología".
"Se há coisas que em todos os tempos tenha agugado a curiosidade huma-
na, diz J. J. Nunes, em suas Digressóes Lexicológicas, pg . 79, é a etimología.
Por isso dizia Voltaire que a etimología era urna ciencia em que as vogais i
Cicerone dieta est notatio, quia nomen ejus apud Aristotelem invenitur sym-
bolon, quod est nota: nam verbum ex verbo, ductum id est veriloquium, ipse
Cicero, qui íinxit, reformidat.
Para R. Bacon etymologia est sermo vel ratio veritatis (Compendium
studii, cap . 7)
O objeto da etimología é o conhecimento do verdadeiro sentido de um
vocábulo, segundo Walde (Introdugáo do Lat. Etyrn. Wórterbu.ch) .
A íarefa do etirnologisía
8¿¿k
. . . .
VII, 4, apud Egger, Grammaire comparée, pg 156. Quem nao souber as con-
.
digóes especiáis em que foram criadas as palavras como galio, elágico, esto-
vaina, etal, gas, kodak, mórmon, vaselina, volapuque, etc., como poderá des-
cobrir-lhes a origem abrindo as asas a fantasía?
Vm deve consignar palavras pouco cómuns, nao sabidas da
dicionário
generalidade . É conselho do erudito
Leite de Vasconcelos, Opúsculos, /, 491:
"Devem os dicionários ser jeitos de rnaneira que, a par de palavras ou expres-
sóes que já iios sejam conhecidas, achemos neles outras que pretendamos
conhecer".
'
''-'i
V =
. .
! I
DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO DA LÍNGUA PORTUGUESA XV
i
••
alguma
% O léxico portugués
;
Como ñas demais línguas románicas, exceto o romeno, os elementos latinos
i dominam quantitativ amenté no léxico portugués.
O latim popular, implantado pelos soldados e colonos romanos, suplan-
ton a língua falada na Lusitánia, gracas á superioridade da civilizagáo ro-
mana e um tanto ajudado pelo parentesco que tinha com o celta, língua
¡
também indo-européia.
[
Antes dos romanos, habitavam o territorio de Portugal povos de origem
i celta e ibérica, mas raros sao os vestigios dos elementos pre-romanos.
i
Do celta existen tragos na toponimia; do ibero, através do espanhol
muñas vezes, poucas palavras vieram.
Depois dos romanos o país foi conquistado por bárbaros germánicos, cuja
i língua, de povo..inferior em cultura e número, nao pode suplantar o latim.
i Sendo, porém, indo-européia, a fusáo foi relativamente fácil.
— Em seguida ao acervo germánico velo o contingente tr asido pela invasáo
X dos árabes.
I A-pesar da superioridade da civilizagáo árabe e da tolerancia com que
i tratavam os cristáos submetidos, a língua deles, pertencente á familia semí-
tica, difícilmente poderia fundirse com o latim germanizado que encon-
|
f traram. Nao obstante, numerosas palavras árabes se incorporaram ao léxico
;?.
portugués.
\
Na idade moderna, a crescente internacionalizagáo do mundo trouxe á
í língua mnitos vocábulos provenientes de línguas Irmas e de outras.
i As conquistas conseqüentes aos grandes descobrimentos marítimos dos
I
.
séculos XV e XVI trouxeram grande cabedal de elementos oriundas da Asia,
I da Oceania, da África e da América.
I Finalmente, o progresso das ciencias e artes fez buscar ao grego os ele-
mentos constituintes das novas terminologías.
(1) V. Diez, "Gram.", I, 1-50, M. Lübke, "Gram.", I, 19-30, "Intr.", 56-57, 154-74,
Bourciez, "Ling. Rom.", 52-72, 175-205, 393-405, Grandgent, "Vulg. Lat.", 7-40, Ribeiro do
Vasconccloz, "Gr. H.", 79-96, Pacheco Júnior, "Gr. H.", 110-2, Pacheco e Laraeira, "Gr.
Port.", 11-5, J. J. Nunes, "Gr. II.", 10-6.
. . . . .
Outras vez.es a substituigáo era por palavra nova, ex.: patraster em vez
de vitricus. Essa palavra nova podía ser um diminutivo, ex.: ovicula em vez
de ovis; podía, ser urna locucáo da qual um dos termos depois desaparece,
ex. hibernum (tempus) em vez de hieras.
Grande número de palavras existir am no latim popular as quais nao se
encontram no latim clássieo. Urnas, velhos termos das antigás populo.coes
do Lacio, como anima, serutinus, trepalium; outras, neologismos tirados de
línguas de pavos em contato com o romano, ex.: bannus, hanbsrgu.m, werra.
Nagüelas palavras de fundo comum a língua clássica e a popular deram-
se víais tarde substituigoes Assim, em vez de avunculus, amita, dominar am
.
V. Diez, "Gr.", I, 51-5, M. Lübke, "Gr.", I, 30-G, Pacheco Júnior, "Gr. H.",
(1)
108-9 Pacheco o Lameira, "Gr. Port.", 31-3, Eamiz Galvao, "Vocabulario", Nunes, "Gr.
H.", 421, Rebelo Gongalves, "A Língua Portuguesa", I, 37-40, 145-54, 319-26, Mroeau, "Ha-
cines Grecques", I. Carré, Carré, "Mots derives du latín et du grec".
.i :
..
—
O italiano teve grande influencia em toda a Europa, principalmente
pelo papel brilhante que a Italia representou no Renascimento
A maior parte dos termos de belas artes, muitos de teatro, nos vieram
da Italia.
(1) V. Diez, "Gi\", I, 55-66, M. Lübke, "Gr.", I, 3G-42, "Introd.", 78-102, Bourciez,
"Lin«- Rom.", 1S5-3, Pacheco Júnior, "Gr. H.", 112-5, Pacheco e Lameira, 'Gr. P.", lo-6,
Nunes, "Gr. H.", 421.
(2) V Diez "Gr.", I, 86, Pacheco Júnior, "Gr. H.", 119-2-1, Pacheco e Lameira,
"Gr. P.", 17, Nunes, "Gr. H.", 422.
. . .
Elementos exóticos
Estatística
5.050
a) Italiano ,500
b) Espanhol j¡q
c) Francés 200
d) Inglés .
jqq
e) Alemao 50
f) De outras origens, inclus. Tupi (300) ; 400
1.180
4° — Palavras de origem desconhecida, na quase totalidade da ca-
rnada popular, ou cujas hipóteses ainda carecem de verifi-
cacáo .
roo
T °tal 7.2S0
°
" " " americanas 102
—
¡
! 5.°
°- oceánicas 37
6.°— " do grego antigo (1) 16.079
—
\
Total "
100.000
.
Os mais numerosos, os latinos, constituem pouco mais de 0,8 do total,
proporcáo que pouco dijere da encontrada por Sánchez vara o léxico espa-
.: ' nhol (0,6).
• Melhorem os pósteros o meu censo.
anadel, anáfega, anafil, andaime, anexim, anta, aqueme, árabe, araca, aravia,
argel, argola, armazém, arrabalde, arrabil, arraia-(miúda) arrais, arrátel, arre-
,
azaróla, azébre, azeche, azeite, azeitona, azemel (2), azémola, azenha, azerbe,
azeviche, aziar, azimute, azinhaga, azinhavre, azougue, azurracha.
Badana, bafarí, bairro, baldo, baque, baraco, barregana, basílica, bátega,
bedém, beduino, benjoim, berber, bernegal, bolota, bórax, borni.
Cabaia, cabila, cabilda, caciz, cadiz, caíarro, café, cáfila, cafiz, cafre, cai-
macáo, calibre, califa, camelo, camsim, canana, candi, candil, carava', ceca,
ceifa, ceitil, céjana, celamim, cenoura, cequim, cerome, ceteraque, cetim, cha-
fariz, cherivia, cherva, chifra, choca, chué, chúmeas, ciclatáo, cide, cifra, ciran-
da, cítara, cofo, colcotar, cúbeba.
Damas, damasquim, damasquina, dei, dervixe, djin, dora, dorónico.
Elche, elixir, emir, enxaca, enxaqueca, enxara, enxávegos, enxeco, enxercar,
enxoval, enxovia, escabeche, estragáo.
Fágara, falca, falquear, faluca, fanga, faquir, farda, fardo, fasquia, fateixa,
fatia, febra, felá, fílele, forro, fota, friso, fulano, fustáo.
Gabela, galanga, ganhao, garrafa, gavela, gazela, gázua, gelba, gerbo, ger-
gelim, gineta, ginete, girafa, giz, guadamecí, guaral.
Harem, harmala, haxixe, hégira, huri.
Ifrite, imala, imame, iradé, islame.
Jaez, jarra, javali, jazerina, jorráo.
Lacrau, laqueca, lezíria, lima, looque, lufa.
Macana, macaroca, madraco, mameluco, manchil, mandil, maqúia, ma-
rafona, maravedí, marfim, marlota, maromba, marráo, marroquim, máscara,
masmorra, matachim, mate, matraca, mesquinho, mesquita, mezereáo, mim-
bar, minarete, miralmuminim, mitical, mocarabe, mocuaquim, mofatra, mogan-
gas, mogataz, mongáo, moque, mosleme, moxama, moxinifada, muculmano,
mudejar, muezim, mufti, muladi, musselina.
Nababo, nadir, nafé, nazir, nesga, nochatro, ñora, nuca.
Odia, olíbano, orcaneta, osga, osmanli, otomano, oxalá.
Papagaio, .paparrás, pataca.
Quilate, quintal.
Rabeca, racaú, rafez, rafidi, ramadáo, raqueta, ras, recamar, recife, recova,
recua, refém, regueifa, res, resma, retama, ribete, rima, roca, romana, roque,
rosalgar, rume, rusma. .
Saboga, sacre, safaría, sáfaro, safeno, safio, safra (3), saga, sagena, saguáo,
sai, sala, salamaleque, salema, salepo, samarra, sanefa, sarabatana, sarraceno,
sável, sebesta, sene, simum, siroco, sofá, sófora, solimáo, sorvete, sufi, sultáo,
súmeas, sumo, suna, surráo.
Tabaxir, tabefe, tabi, tabica, tabique, taforea, tagarote, talco, talim, támara,
tamarindo, tara; tarbuche, tareco, tarifa, tarima, tarrafa, tauxia, tercena, tere-
niabim, toranja, traga,, treu, tripa, turbito, turgimáo, turquí, tutia. *.
Ulemá, úsnea.
Váli, validé, vaza.
Xácara, xadrez, xairel, xaputa, xara, xareta, xaroco, xarope, xaveco, xáve-
ga, xelma, xeque, xerife, xiita. *
Zacum, zagal, zarabatana, zaragatoa, zarco, zedoária, zeneta, zenite, zero,
zibeta, zingrar, zirbo, zoina, zorzal.
Do arameu 3:
Mamona, marcassita, mouco.
Do araucano 1: Mapuche.
Do aruaque 2: Araruta, aruaque.
Do australiano 1: Canguru.
Do bali 1: Polo.
Do bengali 1: Patchuli.
Do berbere 9:
.'..\l
;
: :-..' Í
. :
¡:~
^P 1^ ANTENOK NAS'CENTES
cTafol mSrf'
m
° nete ° qUenC
'
°'
m
Neblina, necear, necedade, nigua, ninharia,
^^ ^^^ """^ ^Tm¿
minudéncia, miquelSe mircTe
novilho
Oca, ojeriza, ólha, ólha-podrida, orchata,
ostaga oxeu
Palangana, palilho, paloma, palomar, pandeiro,
pántalha, pantomiha para-
deiro, pascaci0> passacale) pastilha>
p pavonc¡n pajuato nec'adilho
pelitre penca, peñol, pepino, pepita,
pepitoria, periquito perpianha
perrexil pemna, peseta, petenera, perponte'
pilho pimpo no, pinchar, pingente,
petrecho, piara, picaresco^ícaro
piorno, piparote, pirueta platina
pSm
polha'
P °lllha P ° 1V ° r ° Sa P° rrilhas pratilho, presilha, píonunci'ameSo,'
pujafpu'ndo^r ' ' -
re-a^Sxo ? Wn
rejaco, relé xo, relinga,
P
***"'
T^' ^^
rebeIde redanho "dondilha,
remanehar, rengo, renzilha, repolho, reslumbrar
tinga retemda rocalha rodovalho, res-
' >
Tí
^ tarraga tarugo
'
tá« te JadriÍ,
tas ilho, ;tercilho, terciopelo, tertulia,
1
> '
^ ^^ ^^' ^ ^°>
t0rrijX traS ° Pana
vZTus:Sr°' '
braJtvteSmoí'vSS' íco ,
vislum-
Zarzuela, zorongo.
Do fenicio 2: Sufete, záinfe.
Do flamenco 2: Colza, quermesse.
Do francés 657:
aüseuf^'aS
diz,
3S& JSíT a^Scí \SS^an^
aproche, arcana, archeiro, arcobotánte, m" af
artesiano artilharia, assembléia,
are krmoS{'
atilar, aval, avalanche aven
r
*
SS" '
frruagem,
Sf'oh
cLa^ler cbanS! Vant"'
f',
10
cartasana,
^ ^T™'- ^^
cartonar, castina,
Chaminé
céntimo
> <^pS
cerne
§SS55£35SaSS
SS ™
——
a
V°"
m '
C " CM '
C ""° m '
"***"=">. cmtlculacScí eré cremí-'
m n?s:r 'í\s^«rTS:' s,
P a sr
espoleta espohm, esquina, esquineta, estágio, estelerídio,
etapa, etiqueta, evolmr.
estere ' estíanSo'
cai ici "&eiro,
-
J
filaea, filé, financa, flainar, flajolé, flanar, folia, foliculário, forja, for-
filete,
mato, forragem, forrar, forro, framboesa, franco, franja, frese, fricando, íri-
cassé' frimário, frufrú, frutidor, funicular, furgáo, furriel, futre.
Gabari, gabinete, gabordo, gaiúta, gajas, gaje, galantina, galimatías, galin-
seto, galocha, galopar, garage, garanca, garante, gavota, gazáo, geléia, gen-
darme, genebra, genepi, germandrea, germáo, gigó, gigote, giroflé, girondino,
glaciar, gobelino, gorja, gradim, grageia, granate, granja, grasseta, gravata,
grávela, gredelém, grela, gremilha, grenetina, gres, greve, grifardo, gripe, gri-
salho, grisáo, grisete, guante, guilhoché, guilhotina, guindalete, guipura.
Harmoniflute, hena, hotel, huguenote.
Imá, instalar.
Jacobino, jalne, jaqueta, jardim, jarrete, jarreteira, jaula, javre,_ joalheiro,
jóia, juliana, j usante.
Lambel, lambrequim, lambril, lampista, lanceta,, laurentino, leste, libré,
lierne,ligeiro, lila, limonita, limusino, lingote, lis, lisma, lissadeira, litomarga,
loja,longeráo, loquete, lote, lucarna, luneta, lupa, luzerna.
Macabro, macaréu, macedónia, macis, macom, maconaria, macrame, ma-
dama, maionese, mala, manicuro, manigáncia, manivela, manjar, manobrar,
mansarda, marchar, maré, marinista, marmita, martinete, marufle, mascóte,
mascoto, mássagem, massicote, mastaréu, mastim, mastoquino, matalotagem,
matalote, matidez, mecha, menestrel, merláo, merlim, messidor, metralha, mi-
cha, minhonete, minuete, mirabela, mitene, moda, moeta,. molinete, monetizar,
montanhaque, moqueta, morena.
Nacrito, nasardo, nielo, nordeste, nórdico.
Oboe, obreia, ogiva, omeleta, onglete, orangita, oriflama, orveto.
Pacotilha, país, paisagem, paisano, paladino, paleto, paquebote, parquete,
passamanes, passaporte, pastorela, patere, patilha, patim, patoá, peagem, pe-
dauca, percaline, percha, pereharáo, persiana, personagem, peruca, petardo,
petigrís, petimetre, petipé, petiz, piafé, pichel, picote, pingüim, pipeta, piqueta,
piquete, piramidona, pistáo, placa, placar, plancha, plantáo, plastráo, plata-
forma, platibanda, plumetis, plumitivo, pluviose, polaina, polia, pomporri/ponjé,
popelina, potagem, potea, poterna, potro, pralina, prama, prancha, prato, prá,
primagem, proeza, projetil, protagáo, provete, pufe, pule, puré, purina.
Quefir, quépi, quitar.
Rabiólo, rabote, radobar, raineta, rampa, rampante, rapé, ratafia, ratina,
recrutar, regola, renete, repes, restaurante, retreta, retrós, richarte, ricochete, .
franco 11:
Ai-auto, ardido, banho, banir, blau, cota, dardo, escancear, franco, ga-
ranháo, ordálio.
Do gaélico 3: Crupe, dolmen, menir.
Do gales 2: Landa, tona.
Do gaulés 6: Braga, brio, grenha, iva, lia, pega.
Do genovés 1: Gacheta.
Do germánico (sera dis crimínete áo de língua) 103:
Abandonar, acha, acre, adubar, agasalho, airáo, albergue, aleive, alemáo,
alna, alodio, anca, antrustiáo, arenque, aspa.
. . .
Do hebraico 62:
Aleluia, amém, babel, badanal, bálsamo, bato, belzebú, bétilo cabala cabo
cado, camez, camez-catuf, caraíta, cinor, coro,
dagues, ébano, éden, efo' éfod'
eloista, fanseu, filisteu, geena, gomor,
hazazel, hebreu, hin, hissopo h'osana'
laveista, jaspe, jeovista, jubilen, judeu, leviatá,
malsim, maná, massorái messias'
nablo, nazareu, nazarita, nitro, páscoa, querubim,
rabi, rabino, sábado saco'
saduceu, sanednm, sarabaíta, serafim, sícera, siclo, sidra,
taled, xevá, xiboleti
ZOüG
Do hindú 1: Tussor.
Do hindustani 3: Gavial, pijama, xampu. .
Do holandés 15:
Atracar, boximane, bur, doca, escaparate, escora,
escota, escuna, espeque,
flibusteiro, lastro, pinque, polaca, polder, sumaca.
m
u Do húngaro 4: Coche, heiduque, hussardo, sutache.
I
Do iacute-tunguz 1: Mamute.-
Do ibérico -4: Arroio, modorra, páramo, sarna.
Do índico 1: Ceroula.
Do inglés 164:
Abolicionismo, abolicionista, absenteismo, actuario, aligátor, '
aló, aristu
Banjo, bar, baronete, batoniano, bebé, belbute, bife,
.
... wiaBMxia^
.
'
Lábdano, lanche, laquista, lias, lidite, liliputiano, limitada, linchar, lorde,
lufa, lugre.
Macadame, magazine, magnata, malte, mildiú, milorde.
Neta.
Palhabote, panfleto, paquete, parlamento, pechisbeque, peni, piche, pinta,
piquenique, pudim, pudlar, puritano.
Quacre, queque.
Rada, raigrás, recital, redingote, repa, repórter, revólver, rifle, ril, rinque,
róber, romántico, rosbife, rufo, rum, rumo.
Sanduíche
Ténder, teste, toa, tosté, trámuei, transepto, truismo, truque, túnel, turfe,
turismo, turista, tumepo.
Vagáo, vanguarda, vareque, veredicto, vibordo.
Xelim, xerife.
Do irlandés 4: Feniano, gaélico, lai, runa.
Do
islandés 1: Geiser.
Do
italiano 383:
alteza,
Adagio, adrica, agio, agüentar, alarma, albinágio, alegro, alerta,
alto, andante, anspecada, apoj atura, aquafortista,
aquarela, aqua-tinta, aqua-
atacar, atitude
tofana, aria, arlequim, arpejo, arquivolta, artesáo, assestar,
aventurina.
-Baeta, bagatela, baixáo, balaustre, balcáo, baldaquim, balsana,
bambo-
bancarrota, bandido, bandola, bandolim, banho, banquete, baqueta, bar-._
chata,
beladona, belvedere,
carola barnabita, barrachel, barrete, batalháo, batuta,
birbante, bisbilhoteiro, bisonho, boletim, borrasca, bravata, brocado,
bergantim,
buril, burlesco, bússola, butarga.
brocatel, brocatelo, brócolos, bufáo, bufo,
cabriola, calamita, calcés, camarim, campir, cantata, cantina, ca-
Caba'eta,
pitáo capitel, capricho, capuchinho, capucho,
carbonario, caricato, caricatura,
casamata, cascata, casino, cavatina, cenario, chanca,
carnaval, cartel, cartucho,
cicerone,, cidadela, cipolino, coda, colunata,
comparsa,
charlatáo, chíchisbéu,
contralto, cornija, coronel,
compósito, concertó, concordata, confeti, contracenar,
crescendo, cúpula.
corsario, corso, cortejo, cortesáo, coxia, credencia,
dueto.
Dataria, diletante, divo, dó, domo, ducado, ducatao,
escara-
Empresario, esbelto, esbirro, esbocar, escaiola, escala, escalinata,
escarpes, escarpim, escátula, escoltar, escopa,
bochio "'escaramuca, escarcela,
esgrafiar, esgrafito,
escopeta escorcioneira, esdrúxulo, esfumado, esfuminho,
espineta, esquadra, esqua-
esguícaro, espadachim, espavento, especione, espinela,
estanca, estralheira,
dráo;"esquadro, esquinencia, esquivar, estafermo, estafeta,
estramboto, estrapada, estropicio.
Facha fachada, fagote, falsete, faquino, fascismo, favorito, faxma, íestao,
forata, fragata, fraticelo,
festim, fiasco, filigrana, florete, florim, fontanela,
fumarola, furbesco, f uriana, fresa, fusaiola.
fresco, frusto,
ga-
Gabiáo, gabro, gageiro, galera, gamba, gambito, gamboína, ganacha,
gazeta, gelosia, girándola, gobo, gorme, grafito, granito, gros-
rabulho, garatuja,
sagrana, grotesco, grupeto.
Haroejo.
incamerar, infantaria, influenza, isolar.
Imbróglio, imposta, impostacáo,
Jaco. ,..,-,.. 1+
lotería, loto,
-
1 n tyi ^i r* i\ p*\ £1
temibilidade
tenor, tenorino, terceto, terracota, tessitura, tinelo, tiorba,
tocata, tómbola
tondinho, torcieolo, torso, totelimúndi, tráfico, tramontano,
tramontar tram-
polín!, travertino, traviata, trecentista, trémolo, trilo, trio,
trombone
Ultramontano.
Vagueza, vedeta, vendeta, ventarola, vila, vilegiatura, violeta, violino vio-
loncelo,, virtuose, volata, voluta. '
'
'.
Zíngaro. • .
Do japonés 20:
Biombo, bonzo, eaquemodo, caqui, catana, gueixa, haraquiri, iene,
_
Do juma 1: Apache.
Do lombardo 3: Estafar, estuque, palco.
Do lunbés 1: Cálele.
Do malabar 2: Cuquiada, ixora.
', DO MALAIALA 14:
....
- Áreca, bátele, canja, -catre, corja, jaca, jangada, manga, naire, ola, paina,
polea,, samorim, teca.
Do malaio 33:
Agar-agar, ailantp, babirussa, bumerá, cacatúa, calaim, calambaque, ca-
nanga, caracora, cassa, casuar, dugongo, geco, gongo, guta, igasúrico, junco, .
Do
napolitano 3: Lava, lazarone, macapáo.
DO
NAUATLE 12:
Abacate, axolotle, cacaú, chila-caiota, chocolate, copal, nauatle, nopal, oce-
lote, tomate, totoloque, xícara.
DO NEERLANDÉS 8:
Amarra, arcabuz, borzeguim, chalupa, dique, droga, orea, urca.
Do neOtÁrico 10:
Bangaló, bangue, cauri, chita, gurú, iógui ou jogue, laque, palanque
pa-
lanquín!,, parse.
''*'*'
Do NÓRDioo 6: Abita, arnés, guindaste, marsuino, tilhá, vaga.
Do noruegués I: Iole.
Do oriá 1: Juta.^
''•',.. Do persa 75: .
,,
_i_J
. " —
gral, jornada, justa, leu, malha, malvado, mesnada, mistral, mota, musango,
ouropel, palafrém, palicada, pavilháo, pelota, peltre, pote, praia, prata, prestes,
rafar, refráo, ribaldo, rocim, romance, rondáo, sala, selvagem, sirventés, te-
nalha, terraco, toalha, trabucar, trompa, tropel, trovador, trovar, truáo,, tudel,
vassalo, viagem, vianda, viola, visagem.
Do quiche 1: Cigarro.
Do quichua 18:
Abipáo, aimará, alpaca, coca, cóndor, guanaco, guano, inca, lhama, mate,
pampa, pita, puma, puna, quichua, quina, quipo, vicunha.
Do quihbundo 12:
Ambundo, banza, banzar, cachimbo, candonga, carcunda, carimbo, maluvo,
.
Estes resultados nao sao definitivos. Muitas palavras de origem nao latina J)
:
segundo volume.
ExpHcacoes necessárias
XXX *
ANTENOR NASCENTES
:
:
—DICIONÁRIO
—— ————— ——- —— ——————-— ———
:
-
\
- — ——
:
- — — XXXI -
,
v; .
. ^
r-
^
;'
:
;
;V :
me foi possível correr todas as fichas para fazer as devidas alteragóes. Desde
que q autor mantém sua doutrina, nao há mal e quem quiser verificar a
citagáo com pouca dificuldade achara a nova colocagdo.
As principáis obras que me, serviram para o. preparo déste dicionário,
foram os de Adolfo Coelho e Meyer-Lübke e as obras dos grandes mestres
portugueses Gongalves Viana, José Joaquim Nunes e Leite de Vasconcelos.
Da bibliografía só fazem parte as obras de caráter geral; as especiáis
sdo indicadas nos vocábulos para cuja elucidagdo serviram.
Na solugao das dúvidas de caráter científico recorrí as luzes dos presados
amigos e colegas Rui de Lima e Silva, Cándido de Meló Leitáo, Luiz Pinheiro
.
1
' . .
Janeiro, 1859.
. .
Figueiredo (Candido de) . Novo dicionário da língua portuguesa. 4. a ed., Lis- '
.''
boa, 1925. -
-
Madrid, 1923.
GoNgALVES Viana (Aniceto dos Reís). ApostUas aos dicionarios portugueses
Lisboa, A. M. Teixeira, 1906.
Vocabulario ortográfico e remissivo da língua portuguesa. 3. a ed., Lis-
boa, Aillaud-AIves, 1914.
Hatzfeld (Adolphe) —
V. Darmesteter.
.
boa, 1813.
Moreau (Charles). Lexique complet des racines grecques. Paris, 1877, Víctor ,
•/'•
Sarlit.
Moura (Pr. José "de Santo Antonio). V. Sousa.
Nunes (José Joaquim). Crestomatía Arcaica. 2. a ed., Lisboa, Portugal-Bra-
sil, 1921.
Compendio de gramática histórica portuguesa. Lisboa, A. M. Tei-
xeira, 1919.
Ortiz (Fernando). Glosario de afronegrismos Havana, 1924. .
s línguas
orientáis e africanas, exceto o 'árabe, in Obras, vol. VIIL. :
Lisboa, '
1876-87. .
DICIONARIO ETIMOLÓGICO
—
DA LÍNGUA PORTUGUESA XXXV
p™ ' ~~
Sousa (Fr. Joáo de). Vestigios da língua arábica em Portugal, ou léxico etimo-
lógico, aumentado e anotado por Fr. José de Santo Antonio Moura.
Lisboa, 1830.
Stappers (Henri). Dictionnaire synoptique d'étymologie frangaise. 8. a ed., Pa-
rís, Larousse, sem data.
Thomas (Antoine). V. Darmesteter.
Vieira (Fr. Domingos). Grande Dicionário Portugués ou Tesauro da língua
portuguesa. Porto, 1871.
Viterbo(Fr. Joaquim de Santa Rosa de). Elucidario das palavras, termos
e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje regu-
larmente se ignoram. Lisboa, 1798.
Walde (Alois). Lateinisches Etymologisches Worterbuch. 2. a ed., Heidelberg,
Cari Winter, 1910.
Zambaldi. Vocabolario etimológico della lingua italiana.
. .
ABREVIATURA.
adj. -- adjetivo it. — italiano
adv. - — adverbio lat. — latim
al. — alemáo mal. — malaio
germ. — germánico
RLP — Revista de Língua Portuguesa
— gótico
subst. — substantivo
gót. -
hebr. — hebraico
suf. — sufixo .
hol. - — holandés
voc. — vocábulo
ingl. — inglés
:_J
. . .
te
ABA origem muito problemática. Nao de. Eoi sem dúvida o traje do abade que de-
tem correspondente ñas línguas románicas. A. terminou esta denominagáo, cfr.6a.iiwa. por
* aba tina, a veste do abade (G. Viana, Apostilas,
Coelho deriva do esp. alabea,, alias alabeo, que
significa vicio que toma urna tábua ou outra 1,-112). A. Coelho também cita o-, espanhol. M.
pega de madeira, torcendo-se de modo que sua Lübke, EEW, 8, aceita o étimo. -.Lokotsch,
superficie nao esteja tódá em um plano. Diez, porém, acha necessário confirmar-se com me-
Dio., II, deriva de alaba, do vascongo adar (.ra),
lhores bases semánticas.
ramo. Ribeiro de Vasconcelos, Gram. Hist., pg. ABADERNAS .— V. B adema.
82, aponta o vasconco alabea. Meyer-Lübke,
EEW, 310, dá o lat. *alapa, asa. Na opiniáo de
ABADIR — Do lat, a&aííJr,
málores probabilidades oferece é o de A; Coe- espanhol tem avallar, que a Academia ^spa-
lho. D espanhol alabeo vem de alabearse, que, nhela filia a vaho, bafo. Atribuiu-se étimo ára-
por sua vez se deriva de alabe. Alabe significa: be (v. Engelmann, Glos., pg. 1, Diez, Dic., II, pg.
ramosde: oliveira estendido e curvado para a 466)
térra; ramo de qualquer árvore caido para o ABALAR —
De origem controversa Cor- .
Isolo; esteira que se póe aos lados de carro responderá ao esp. abalar, do lat. evallare, lan-
tipára que; nao caia o que se conduz nele; íelha gar fora, segundo a Academia Espanhola, ou
V3p Sbéirál de uní telhaclo; paleta curva da ioda ao esp. aballar, de a e valle, segundo a mesma
hidráulica;, cada um dos dentes da roda, que corporagáo? corresponderá ao f r, avalert A.
sücessivamente levantam e abandonara psma- Coelho deriva de a e bala. Cornu, Port. Spr.,
§ 92, aceita o lat. evallare com
íjjQÓsí; do pisáo. Larramendi apontou para alabe
asslmilagáo do
Wóí: étimos vascongo alabea, qué significa o qve e em a, tao preferida na sílaba inicial. Leite
¿pende. Mahn apontou o vascongo ador (ra) be,
; de Vasconcelos, R.L., II, 267, opta.pelo lat.
já adiante citado. Eguilaz aponta o lat. labes, "advallare, langar ao vale, ao fundo. García
pruína; :;queda, vicio os de Diez, Dic, e Larra- ; de Diego, Contr., n. 219, admite o mésmo étimo,
'ímendi, o de Alix ár. lawa, (dobrar) :\& €> seu, ár. no sentido de passar no crivo, para o gal.
ííawaQ oxi: awej, que denota o que é tortuoso, abalar, sacudir, embalangar o bergo, tremular
«encuryadb,íqué:Ldária com íó; ;a¿\^tí alawají, ala- urna bandeira, mover compassadamente, mover :
tSfcesJíqüéKáliás é um singular :\e snáa plural: Diez violentamente, agitar, sacudir urna pesspa ou
Vréjeitou o étimo de Larramendi; G. Viana nao urna coisa, mover dé seu lugar. Náonega. que
aceita o de Eguilaz por julgar fonéticamente o f r. aiia-Zer, que na Chambón dé Roland, significa
g inádmissíyel e, a propósito .de l alaba, apreseri- descer e hoje quér dizer engolir, possa proceder
tado ..por Diez, compara as formas palazo e de "advallare; também acha possível esta ori-
pago talaba —
aba) e salíenta o caso de, nos gem para algumas formas espanholas, como
sustenta Menéndez Pidal na Revista de Filo-,
SE derivados;: de i aba; em que o primeiro a perde "o
{acento tónico, conservar ele o seu valor alf abé- logia Española, admltindó que a idéia funda-
S ticpji ó que prova resultar de aaj ex. desabar, :'' mental é derribar. Os sentidos do galego, -po-
üii»
::;abada, etc.. A nao ser esta, circunstancia, im- rém, o inclinam a admitir que o sentido pri-
mordial foi o de sacudir e, por exterisáo, o de
'.'.;
nética.
ABACANAR — Do fr. basané, curtido, mo-
ABANAR — Do evannare (Cornu, M.
lat. *
:
Abandonar Abismo
similacáo do e ao «,, táo comum na silaba inicial. gado. Cortesáo inventou um baixo latim, ape-
A existencia de * evannare era natural, diz Die- cone, de pecus ou de apica. L. de Vasconcelos,
go, já que o classico cvaniiere nao oferecia ao
RL, IV, 334, tira de a e * pecudone, de pecus,
lavrador romano urna evidente derivacáo de gado.
vannus, como a oferecia " evannare ou » advan- A-BEGOARIA —
De a protético e do lat.
narc. Nur.es, Gram. Ilist., SS, explica o b pela pecuaria ou talvez antes, por causa do acento, i
coníusao comum desta letra com v. um derivado especial do lat. peen, gado, com
ABANDONAR — Do germ. bandon, poder, o sufixo aria (A. Coelho). A derivacáo de peen,
é aceita por M. Lübke, Gram., I, 427.
.
permissáo, licenca, através do ir. abandonner
A expressáo á bandon signifícava cm liberdadc; ABEJARUCO —
Do esp. abejaruco (veja-se
dai abandonner, soltar (Brachct). A. Magne,
RLP, LV, 7G, tira do pref. ct, ant. baldón, per-
ojo confronte-se com a outra forma abe-
Iharuco)
missáo, arbitrio, poder, c desin. ar. Nao do-
cumenta a forma abaldonar. ABELHA —
Do lat. apícla, dim. formal de
apc ; esp.
ABANHEÜM ou ABANHEENGA — Do tupi- O
abeja, it. apa, pecchia, fr. abeille.
latim popular tinha tendencia, assim como
guar. a-ioá-nhccm, lingua de gente. Os guaranis as linguas románicas, a rejeitar os primitivos
julgavam-se os únicos homens existentes ñas para aceitar derivados com o auxilio de sufixos
vastidóes americanas. diminutivos. Nao há sentido diminutivo nestas
ABANO —
Do lat. vannu; it. vanni, gran- formas. E' mera questao de pronuncia; o dimi-
des asas, ir. van, jooira. Ant. averno (G. Viana, nutivo era mais sonoro em conseqüéncia do
Apost, II, G9, A. Coelho, Qucstoes da. linnua alongamento (Diez,. Gram., I, 46; Vcndryes, Le
porli;()uesa., I, 283, M. Lübke, Gram., I, 3G2, RL, Lav.ga.gc, pg. 250). Plinio já empregava apicula.
IV, 52). em lugar de apis. O mesmo se deu com artelho,
ABANTESMA — Do gr. phúntasma. O a cravelha, jcrrolho, funcho, grelha, joelho, len-
tiliía, orellia, ovelha, piolho, vcrmelho.
inicial é aglutinacao do artigo (v. Nunes, Gram.
Hist.. 258), como cm a.brunho, abutre, aduela, ABELHARUCO —
De abelha' com o sufixo
alclj&o, ameaca, ameia, aviora., analice, arrala, irregular ruco, como se viesse de um derivado-
arruda, avenca, ameixa? e as formas populares intermediario abelharo, com o sufixo usual uco 1
anoz e arra. M. Lubke, Gram. I, § 383, repetindo (A. Coelho). Esta ave come abelhas.
a Diez, opina que éste a é resto do artigo ABELHUDO —
De abelha e suf. udo; a
árabe al, cuja consoante final em certos casos peí-soa que se intromete em tudo parece com
se assimila; Cornu, Port. Spr., § 93, nota, e § a abelha, que, á procura do polen e do mel
243, nao aceita esta explicacáo. O plii perdeu a das flores, penetra por toda, a parte.
aspiracáo, dando um simples p que teve seu
tro.tamento normal intervocálico, dando b. ABELMELUCO — Do ár. habb el-meluk,
(Nunes, Gram. Hlst., 85, 100) O c pode expli- grao ou baga dos reis.
—
.
car-se por dissimilaeáo (Hur.es, op. cit., 41). AEELMOSCO Do ár. hubb al-musk, grao
ABARCA — Do vasconeo abarka, coisa de de almíscar.
madeira (Diez, Dic., 415, M. Lübke, REW, 6). ABENCERRAGB — Do ár. Aben as-serraj,
A relacáq com barca nao ó fundada na realidade, filho do' seleiro, nomo
de urna familia do cali-
segundo i\I. Lübke (Schuchardt, Zcitschrift rom. fado de Granada, célebre no século por XV
Phil., XV, 115). O ár. africano purga, barga, sua rivalidade com os Zegris. Foi quase toda
longe de ser o étimo, deve provir do voc. pe- exterminada na Alambra, salvando-se apenas
ninsular (Dozy, Eguilaz, Zcitschrift der deut- um membro.
schen Morgenl&ndteche GescllscliafL LI, 311,
apud Lckotsch). V. Magne, RLP, IÍV, 79. ABERRAR Do lat. aberrare.
ABARCAR — 3,1. Lübke, REW, 13, tira do ABESANA — Do pop. versana, térra
lat.
lat. abbraehicare, abracar; esp. abarcar. A.
* arada, revolvida; esp. abesana, besana. Cfr.
Coelho deriva de barco; para ¿le significa pro- vcrf.ar. Eguilaz repele o étimo árabe que Ma-
priamente meter em barco, carregar um barco rina apresenta.
daí as outras accepcoes já tro.slatícias. Repele ABESPINI-IAR —
De vespa, talvez pela
a derivacáo do lat. b'racciiiu. braco, adotada por anf,' logia, de cspinliar-se, em que o sufi>:o inha
alguns autores o pela Academia Esp., mas no tociavia pertence ao tema da palavra esplnho
Suplemento diz que como sovaco parece estar (A. Coelho). Quem se abespinha, assanha-se
por subbrachiu, pode vir de bracchiu apesar de como urna vespá. Coníusao de v o b.
abracar.
— ABESTRUZ — V. Avestruz.
ABARRISCO De o. o barriscó, de barris-
ABETARDA — Do lat. ave tarda, ave pe-
car, barrer por varrer; outro tanto faz 'a
de
Academia Esp. para o esp. abaiTisco, V. Rev. sada no voo ; avetarda, avutarda,
esp. it. ot-
Lus., XXVI, pg. 112. tarda, fr. outaráe. Confusáo do v e do. b.
A.BARROADO —
De a e barrao, por varrao. ABETE — Do lat. abete (M. Lübke, Intro-
ducao, 110)
ABARROTAR — Talvez de a e barrote por
A-BETO — V. Abete.
significar primitivamente encher o celei.ro até
os barrotes. ABEXIM — Forma antiga de abissinio.
ABASIA— Do gr. a privativo; básis, andar, ABIBE — Do ave ibe, com afórese da
lat.
e suf ia. átona e assimilacáo do v (Nunes, Gram. Hist.,
ABATER — Do lat. abbatluere (6.» século) 54, 103; Cornu, Port. Spr., § 180L
esp. abatir, abbattere, fr. abatiré.
it. A.BIGEATO — Do lat. abigea.tu.
ABATÍS — Do ir. abatís. ABIOGENESE — Do
a privativo, íiios, gr.
ABCESSO — V. Abscesso. vida, génesis, geracáo.
e
Abispado 3 — Abundar
altersier Zeit, 287. Nota: Brachetque os romanos influencia assimilatória do r; nao explica a pró-
empregam o sufixo de superlativo cora substan- tese nem a nasalacáo.
tivos. Em
Plauto ocorre oculissimus e nos es- ABRANQUIO — Do gr. a, privativo e brág-
critores do Imperio domini-ssimus. V. G. Viana, cJiia, branquia.
Apost., I, 6; A. Coelho, Dic. Et.
ABISPADO —
De a, hispo e desinencia de
ABRAQUIA — Do gr. a privativo e brachíon,
m participio passado; os bispos sao geralmente
homens idosos, sensatos. V. M. Lübke, SEW,
braco, esuf.
ABRAQUIOCEFALIA
ia.
—Do gr. a privati-
9272.
vo, bracMon, braco, Tcephalé, cabeca, e suf. ia.
ABISSO — Do gr. ábyssos, sem fundo, pelo ABRENUNCIO — Do l'at. abrenuntio, renun-
abyssu; há urna forma popular avisso, que cio (ao diabo)
lat.
aparece em A Visüo de Túndalo (v. G. Viana, ABRIGAR —
Do lat. apricare, expor ao sol.
Apost., I, 539). •
.
Em abrigar (M. Lübke, REW, 560). Es-
esp.
ABITA — Do velho nórdico biti através do tando exposto ao sol, preservava da sombra, do
frió, da. umidade; desía acepeáo primaria pode
fr. bitte (M. Lübke, ESW, 1135, A. Coelho).
deduzir-se a de lugar protetor. Diez, Dic, 3,
ABIXEIRO — V. Avesseiro. preíere o gót. bairgan, cobrir, porque o que
ABJECTO — Do lat. abjectu. está exposto- ao sol deve ficar descoberto e nao
abrigado.
ABJUDICAR — Do lat. abjudicare. —
ABJURGAR — Do lat. abjurgare. ABRIR Do lat. averire; -em esp. abrir, em
it. aprire, em fr. ouvrir.
ABLACAO — Do lat. ablatione. — Do
ABROGAR abrogare, em que lat.
. ABLACTAR — Do lat. ablactare. rogark significa propor (urna lei)
rbn, pálpebra.
REW,,39, e G. de Diego, Contribución, pg. 2,
: .
,
bóveda, 'it. volta, fr. voute; "•"volvita & participio lat. * pruneu, seil. malum;
-
passado de volvere, volts,?, revirar. A Cámara esp. bruno, it. prugna. fr. prime. V. G. de
ero- daboueda (IV, Livro de Linhagens) P; Diego, Contribución, n. 470. A transformacáo ex-
M. H., Script., pg. 275). V abantesma. . cepcional do p é devida á fonética sintática;: a:
ABOBORA —
Do lat. apopores, encontrado juncáo do artiíro torna, a quela letra interna
(Nunes, Gram. Hist., pg. 85). Cornu, Port, Spr.,
:
-
através do fr. absentéisme, V. G. Viana, Apost.,
demia Espanhola tira b espanhol do baixo latim I, 7, Bonnaffé. -
^abon^ey^éebonus:^: —
ÁBSIDE Do gr. apsís pelo lat. apside pu
• ABORCAR — V. Emborcar. ábside (Plínio) em esp. ábside, em it. ábside,
;
é erudita.
: (Figüeiredd)
ABOVILA — Do fr. , Abbeville, cidade de ABSORTO — Do lat. absorpiu. -
5Í:Qn3é ':-Yiriáka;:fazen^a,:*^^
ABSTEMIO — Do lat. a.bstemiu.
:
ABRA —
A. Coelho tira do baixo, lat. lia- ABSTERGER — Do lat. abstergeré.
de um tema germánico': ánglísáx.
ib^ílvm., porto,
te háfen. ingl. haven. Diez, ZHc> 614, distingue
^etimológicamente ;do.fr.?7ia'ure^;Cortesáb* tira do
ABSTERSO — Do lat. abstersu.
esp. abra, do célt. aber, porto, o qual á Aca- ABSTRAIR — Do lat. abstrahere, em.que':
Illil mia Espanhola faz proyir de abrir. irahere significa arrastar, tirar. _ -
:
— — Do gr.
.
ABRACAR
De a, braga e desin, ar. ABULIA aboulia, privagáo de von-
ABRANGER — Do lat. vergere, segundo-
'"
tade. ,
Ccrnu, Port. Spr., § § :90 e 168 ; ele vé nc- a. urna. ABUNDAR ^- Do lat. abundare.
. . . ,,
Abusao Acatar
ABUSAO — Do lat. abusione. V. RL, III, ACAMPTO — Do gr. ákamptos, que nao é
131. curvado.
ABUSO Do lat, abusu. ACAMPTOSOMO — Do gr. a privativo, kám-
pto, dobrar, sorna, corpo; o manto encerra nume-
ABUTILÁO — Do ár. abutilun, pelo lat. mod. rosas pecas calcarías.
abutilón; nome dado pelo célebre médico árabe ACANAVEAR — De a e * canavear, de cana
Avicena. (A. Coelho).
ABUTRE —
Do lat. vulture ; em esp. buitre, ACANHAR — De a, canho e desin. ar. Sig-
avvoltow, em fr. ant. voutrc, mod.
nifica propriamente tornar canho, coxo, esquer-
em it.
do, mal ajeitado (A. Coelho).
vciiteur. V. abantesma. O v passou a b pela
ccnfusáo muito comum no lat. popular (Nunes, ACANTÁBULO — V. Acantúbolo.
Gram. Hist., 87) o l, vocalizado, deu i, que
;
ACANTO — Do gr. ákanthos pelo lat.
aparece no are. abuitre, reduzindo-se depois o acatithu.
ditongo. Sobro uní anterior ditongo oi v. Nunes, ACANTÚBOLO — Do gr. aka-nthábolos, pelo
loe. cit., pg. 51. V. L. de Vasconcelos, Opuse, lat. acanthobolu.
I, pg. 496. ACANTOC3SFALO — Do gr. ákantha, es-
ACABAR — De a, cabo, no sentido de jim, pinho, kephalc, cabega.
ACANTOCERO — Do gr. ákantha, espinho,
e desin. ar.
e leeros, de keras, chifre, segundo formacoes
ACABRUNHAR — A etimología caput pro- análogas.
nare, dobrar a cabeca, apresentada por Joáo ACANTOCISTIDA —-De gr. ákantha, espi-
Ribeiro, Gram., pg. 42, é fonéticamente e histó- nho, e kystin, vesícula, suf. ida.
ricamente inadmissivel. ACANTOCLÁDIO — Do gr. ákantha, espi-
ACACALAR — Do ár. shikal, pulir. nho, kláclos, ramo, suf. io.
Coellio),
nhcla)
ou kafara, ocultar (Academia Espa-
ACANTOSCELO — Do gr. ákantha, espinho,
e slcC'tos, perna, pata.
ACAFRÁO —
Do ár. azzafaran. O grupo zz ACANTOSTÓMIDA — Do gr. ákantha, es-
está excepcionalmente por g, v.
representado pinho, stó-ma. boca, suf. ida.
Nunes, Gr. Hist., pg. 180; cfr. azar, azougue, ACANTOZÓIDE — Do gr. ákantha, espinho,
-
azulejo. zóon, animal, eidos, forma.
ACAIMO —
Do ár. azimma., pl. de zimám, ACANTURO — Do gr. ákantha,, espinho,
correia atada ao anel que passa pelas ventas do cura-, cauda..
camelo. Cortesáo, Subs., Adit., s. v. alarga- ACAO — Do lat. actione; esp. acción, it.
mento, dá como forma primitiva acamo. Cfr. azionu, fr. aclion.
aileive, amainai; caibro, cáibra, challe, mainel, ACAPNIA — Do gr. a privativo, kaynós,
fumaga (gas carbónico), suf. ia.
painel, pairar, plaina, 'saibro, sotaina, teima.
ACAPNO — Do gr. ákapnos, sera fumo.
M. Lübke REW, 7511, por causa da forma ACARDIA — Do gr. a, privativo, kardia,,
com i, acha duvidosa a filiacao a sagma, apre- coragáo, pelo lat. acardia.
sentada na Miscellanea Caix e Canello, 113. ACAR1ASE — Do gr. ákari, acaro, suf. ase.
ACALEFO — Do ACARNA — Do gr. ákarna, cardo bento.
do provável origem
gr. akaléfe, ortiga do mar,
semítica (Boisacq), pelo lat. ACARO — Do gr. ákari pelo lat. scientifico
acalephe; queima a acaru.
pele.
ACAROFOBIA — Do gr. ákari, acaro, phob,
ACALENTAR — De a,
do lat. calente, quen- raiz de phobco, ter horror, e suf. ia.
te, e desin. ar. G. Viana, Ap., I, 200, em razáo ACAROTÓXICO — Do gr. ákari, acaro,
da manuter.Qáo do l, considera castelhanismo, toxikón, tóxico.
mas em esp. há calentar, que alias nao tem a ACARPO — Do gr. ákarpos, sem fruto.
signifieagao do portugués. Acalentar é propria- ACASO — Do lat. a casu, por casualidade.
mente aquecer nos bracos e conchegar a crianza (Pacheco e Lameira, Gram. Port., pg. 4G3) a ;
para a. adormecer (A. Coelho). Cfr. aquentar. Academia Espanhola tira acaso' de a e caso. O
ACALICE — Do gr. a privativo e kalyx, lat. accidere nao tinha supino.
ACATAFASIA — Do gr. a privativo, katá-
Cálice
phasis, alirmagáo, suf.
ia.
ACALIFA — Do gr. aldypha, corr. de aca- ACATALECTICO — Do akatalektikós
gr.
lephe, ortiga. que nao acaba, pelo lat. acatalecticu; o último
ACAL1PTERO — Do gr. akálypton, desco- metro é inteiro.
ACATALEPSIA — Do gr. akatalcpsia, im-
berto, e pterón, asa.
possibilidade de compreender.
ACAMATO — Do gr. akámatos, infatigável. ACATÁPOSE — Do gr. a. privativo, o katá-
agáo de engolir.
ACAMO — • V. Agaimo.
posis,
ACATAR — Do lat. "accaptare, comprar;
ACAMPSIA — Do gr. akampsia, inflexibi- era esp. acatar, it. ant. accattare, fr. acheter.
lidade. A Academia Espanhola tira de a e catar, olhar.
Acátarsia Acicalar
ACEQUIA —
Do ár. assakyah. dado por A. Coelho no Dicionário) e rejeitado •
.3
Acicate 6 — Acrania
ACICATE —
Do_ ár. ashshukat, plural de ACOCEAR —
Figueiredo tira do cochar, de
ashshuka, espinho (J_,okotsch) Eguilaz deriva . cocha, tercedura do cabo (Alm. Cámara, Ensaio
o árabe do latim sica, punhal, ponta, púa; lem- sobre a construcao naval indígena no Brasil)
bra que as esporas acabam em pantas. Diez Macedo Soares, Dic, tira do esp. A Academia
estranha a passagem irregular do xin para c Espanhola tira lat. ad e coactare, de coaatus,
e lembra a existencia do vasconco. cicatea, es- unido. A Coelho aponta o fr. coiicher, do lat.
pora. Outras paiavras de origem árabe vem de collocare
plurais, ex. algeroz, nababo, ulema. ACODAR — Repelindo o étimo de Constan-
ACICLIA — :
Do gr. a privativo, kyklos, cir- cio, A Coelho julgou forma alterada de acular,
culo, e suf. ia. qu. v., e dá no Suplemento o lat. esubuare, ,!
AC1CLICO — Do gr. privativo «• e kyklikós, de subitus, (Cornu, Port. Spr., § 105). Leite de
circular; neol. de Braun. Vasconcelos aeha que éste étimo oferece difi-
ACICULAR — Do lat. acicula, grampo, e culdade por causa do c (JZL., II, 3Gd)
suf-.ar. ACOPAR — Do ár. esp. assufar, metal
ACICULITA — Do lat. acicula, agulha pe- amarelo, cfr. acá j rao, safra.
quena, e suf. ita; apresenta-se em agulhas nura ACOFEIFA — Do ár. azzufaizaf, do gr.
quartzo aurífero da Sibéria. zizyphon; sobre o grupo zz, v. Acafrao.
ACÍDENTE — Do
accidente. lat.
ACOIMAR — De a, coima e desin. ar.
ACIDIA —
Do gr. akCdeia, pelo lat. acedía; ACOITE — V. Agoute.
esp. acidia, it. accidia, fr. ant. a.ccide. O i em
vez de e indica que o voc. vem depois dos pri- ACOLA — Do lat. eccu'illac; esp. acullá.
meiros sáculos, quando já atuava o iotacismo. ACOLIA — Do gr. a privativo, cholú, bilis,
A conservagao do c e do di mostra que se trata e suí. ia.
ACÓLITO — Do gr. ákúlouthos. o que acom-
de forma er. tardíamente introduzida. Talvez se
tenha influenciado por accidere na linguagem panha, o qué".scrve, pelo lat. acoluthu, acolythu
(.por corruptela)
conventual (M. Lübke, Gram., I, 32, REW, a.
ACOLOGIA — Do gr. ákos, remedio, lagos,
90, Pidal, Gram. Hist. Esp., pg. 25, Rebelo Gon-
calves, ALP, X, 323, tira do gr. através do esp. tratado, e suf. ia.
ACIDO —
Do lat. acidu. V. Max Müller, ACOLURIA — Do gr. a privativo, cholé
bilis, oüron, urina, o suf. ia.
Science of ~La.nguu.ge, II, 62.
ACIDOPIRÁST1CA —
Do gr. akís, alados. . ACOMIA — Do gr. a privativo^ kúme, ca-
beleira, e suf. ia.
ponta, e peirastikós, o que experimenta.
ACIDOSTEOFITO —
Do gr. akís, akídos, ACONCHEGAR — De a c concha gar
ponta, ostéon, osso, e phytón, excrescencia.
.
Vasconcelos, Opúsculos, IV, 1114, tira do lat. acetares aparece em Leges, pg. 3G4. V. Magne,
accinte ou' adeincie. RLP, LVI, 22. Quanto á fonética, consulte-se
ACIROLOGIA — Do gr. ákyros, improprio, Roudé, lítudes de phonólique genérale, 76.
lógos, palavra,
— e suf. ia. ACORDA —
Do ár. aththurda, sopa de pao.
xiga,
ACISTIA Do gr. a privativo, kystis, be- ACORDAO —
De accordam, terceira pessoa
e suf. ia. do plural do presente do indicativo do verbo
ACISTURONEURIA — Do gr. a privativo, acordar, no sentido de concordar.
kystis, bexiga, oüron, urina, neúros, ñervo, —
ACORDAR Do lat. "accordare; esp. acor-
suf. ia. dar, it. accordare, ir. accorder. M. Lübke, REW,
ACISTUROTROFIA
kystis, bexiga,
— Do gr a privativo, 83, rejeita a filiacáo a cor, cordis simples- —
oüron, urina, trophé, nutrigáo mente. Significou recordar e hoje significa con-
e suf. ia. cordar, despertar.
ACITARA —
Do ár. assitara, tudo com que ACORES —
Do gr. achures pelo lat. acho-
alguma coisa é coberta. Segundo Eguilaz, to- res.
mou depois accepgáo analógica ACÓRESE — Do gr. a privativo e chórúsis,
ACLASTO —
Do gr áklastos, nao que- capacidade.
brado. Deixa passar a luz sem refletí-la. ACÓRIA — 1 (fome canina) Do gr. akoria,
ACLIDE — Do gr.
:
;;
. é . . .
Acrasia — 7 Actinozoário
pedon, franja.
ÁCRATA — Do gr. akratés, sem forga. phalós, umbigo, e suf io.
ACRONICO — Do gx.akróny chos, da tarde,
.
2 (medida)
\¡,¿
ACRIDIO —
Do gr. akrís, alcrídos, gaía- molestia, e suf. ia.
ACROPÓSTIA — Do gr. akropo.rthía:
'
morfológico, semántico, pois Rcmiz e Larousse speira, espiral (Ramiz), speiron, involucro (La-
o dáo como significando ausencia de crise. rousse).
ACRITO — Do gr. ákritos, indeciso; com- ACROSPORO —
Do gr. ákron, ^ ponta, e
preendia animáis de varía natureza. sporá, sementé. Desenvolve-se no ápice dásBrá-" ;
ACROAMA — Do
;
akrqbystia, pre-
ACROTELEUTICO — Do gr. akroteleútion,
gr.
iípiüciojséí suf 8,¿íe «f
ACROBRIO — Do gr. ákron, ponta, e bryo, fím de um poema, é suf. ico.
germinar. :\0 v crescimentpj- se; faz únicamente ACROTERIASMO — Do gr. akroieriásmós.
ACROTÉRIO '— Do gr. akroterion.
;
'
pelo áoice
ACROTERIOSE — Do gr. akroterion,, extre-
•
harpas, fruto, e suf. ea. midade, é suf. ose. Dá ñas extremidades; dos.
ACROCEFALIA — Do gr. ákron, ponta, ke- membros.
phálé, eabeca, e suf ¿a. ^" ACROT1MIO — Do gr. ákros, levantado, e
ACROCEFALOSSINDACTILA — V. acrooe-
.
ACTEA —
tem : suf. ose.
bem erguido. Do gr aktaía, sábüguéiroíísSSfií:.,;;;
o cimo
ACROCORDO — Do gr. akrokordón,
ver- ,
ACTINÉNQUIMA
.
—
Do gr. aktís, akiínos,
raio¿; e égchymay parénquima".";As;;;célulás;;í;tem;¿
ruga. O corpo é coberto de pequeñas protube- .".''
rancias verrugosas que. substituem as escamas. forma estreíadá.
ACROCORDONE Do gr. akrokordón, ver- — ACT1NIA —
Do gr. aktís, aktínos, raio, e
suf. ia.: E' um radiado. '(:: :'}:SMífií:.(W¡f
:
rügáppeló«láfé acroeordoiie ;i —
:
siráiz88déASg¿g«b/)w^
.Neol. de; Bindley. g: T3Áo¿:¿: yonht}ial-mós^:óXhogggg^
;" SfACROITA
.
Do.gr. a. privativo, chróa, cor,
w^süfffiíi&ísÉiríBrári^
x i
ACTINOGRAFO .— Do gr. aktis, 'aktinos,
raio, e graph, raíz de grápho, escrever.
.ACROLEINA De acre e oleína. — ACTINÓLITA —
Do gr. aktís, aktinos; raio,
ACROLITO Do gr. ákron, ponta, e litlws, — e lithos, pedrá
—
8;pe3ráS3SBs!;ffi5fin5;;m ACTINÓMETRO Do gr. aktís, aktinos,
— Do gr. a privativo, chró-
'
,
aktís, aktinos,
.-»'. ACRÓMIO— Do gr. ákromion; animálculo^;
•
¡ ; ;
áchromos.
. . . . .
Actografia Aílenopatia
i
ACTOGRAFIA —
Do gr. áchthos, peso, da protónica o, vocalizacáo do p era u e reso-
graph, raiz de qrápho, descrever, e suf. ia. lucáo do au em a. O e aberto é irregular. V. G.
ACTÜMETRO —
Do gr. áchthos, peso, o Viana, Aposi., I, 20, M. Lübke, REW, n. 531,
metr, raiz de mclráo, medir. Cornu, Poí-í. Spr., S§ 927, 993.
ACTUARIO —
Do lat. actuariu pelo ingl. ADEJAR — Do lat. ala, asa, e suf. ejar,
actuary (.Bonnaff é, Anglicismos) com dissimilacáo do 1. V. Cornu, Port. Spr.,
—
ACUAR De a, cu e desin_ ar; cí'r. rccuar, § 129, G. Viana, Apost, II, 205, RL, II, 361,
ACUCAR —
Do sánscr. carleara, graos do A. Coelho acha que a troca do l ñor d foi tai-
areia, prácrito sakkar, através do ár, assukar; vez motivada pela homonlmia de aleijar e faci-
esp. azúcar, it. zucchc.ro, fr. sucre. V. G. litada pela perda de ala.
Viana, Ort. Nac, pg. 122, Apost. II, 20; Dal- ADEDAIDINHA —
De Adelaidc, nome pró-
gado, Glos., I, 9; Said Ali, Meios de expressao, prio feminino, cfr. Maricas.
pg. 203. ADELFA — Do gr. dáphnc, lourciro, pelo
ACUCENA — Do ár. assusana, lirio; esp. ár. addifla, com metátese.
azucena. ADELFO — Do gr. adelphós, irmáo. Estáo
ACUDE — Do ár. assudd; esp. azud. unidos oelos filetes.
ACUDIR — Do lat. 'acculercj esp. acudir, ADELFÓLITA —Do gr. adelphós, irmáo,
cfr. sacudir e o are. recudir. V. Diez, Gram., e Ixlhos, podra E' composto de niobato de ferro
II, pg. 177. e de mánganos hidratado.
ACUIDADE — Do rad. lat. de acus, agulha, ADELO —
Do ár. addallal. V. Sonsa, Ves-
c suf. idade. tigios. Engelmaim, Eguilaz. Cornu, Port. Si>r.,
ACULAR — Dozy tira do ár. saul ou saula, § 258,
adeel, adcl.
dá a cvoluqao Mddellal, adalid, adael,
;
ADAGA —
Do lat. d.aca, scilicet, sica, pu- dula, chandros, cartilagem, e suf. orna.
ADENODIASTASE — Do gr. adán, glán-
nhal dácio; esp. it. daga-, fr. daguc V. aban- .
_4der.oquirapsologia 9 — Adufe
ADENOQUIRAPSOLOGIA Do gr. adán, — § 334. Em oort. ant. amoc'star (Lusíadas, IX,
glándula, cheira/psla, imposicáo das máos, lógos, 49, 8).
tratado, e suf ia. ADMONICÁO — Do lat. admonilione
ADENOSCLEROSE Do gr. adén, glán-
.
glándula, syn, juntamente, chitan, túnica, e Nunes, Gram. Ilist., 163 preíerc a forma tube'.
suí. ita. a que depois se ajuntaria o a; alias fica inex-
ADEKOSTSMONE — Do gr. adán, glándu- plicado o abrandamento do t
la, 6 stómoii, fio ADOLESCENTE — Do lat. adolescente, que
— Do gr. adén, glándula,
ADENOST1LEO cresce.
stylos. coluna, e suf. ea. - ADÓNIO — Do lat. adoniu,
scilicet metrura,
ADENOTOMIA — Do gr. adén, glándula, verso adónio, assim chamado por causa do es-
tom, raiz alterada de térinno, cortar, e suf. ia. tribilho o ton Adónin, usado nos cantos em
ADEÑOTRIQUIA — Do gr. adén, glándula, honra de Adonis.
.
:í:;
í
CalmSi^fálándó--sé v
:
— Y. Adoba.
.
.
adrede.
ADIAFORESE — Do gr. privativo, é dia- o- ADREN AL — Do lat. ad, junto de, renal,
-
vjreñtér;r¿í : ,
';i .i í
::-?-:
Do gr a privativo, diáthe- —
:
ADUA— Do"ár. addula; v G Viana, Apost. . .
.
I, 25. Ha outro adua ou ádua, are, cprn outra
íisisySídisppsigao.W e:':suf Sicp^: Existindo em:: gr.
"
.:
origem.
>
—
:
<~
ididtlictútósi a- formacáo é iricorreta. 'J: :
ADUANA
Do ár. marroquino addiwana;
ADIBE — Do ár. adhdhib, lobo. esp. aduana, it. dogana, fr. douane. Eguilaz
ADICÁO — 1 — soma: Do lat. additione. repele a forma perso-arábica de Sousa e Engel-
\
'^S- termo jurídico:: Do: lat: adiíid?2e; :
ÁDITO*—
Do gr. ádyton, o impenetrável, ADUCCAO "ádductione — Do
— De lat.
BíOKsántúário:.,:;::?^ ADUCHAR aduchas.
'
SADIVÁL i-S-Do: ár: at íúdaí,: corda. i ;'»:: :::: ADUCHAS — Do
ant. aducho, part. pass.
ADIVE — V. Adibe.- de aducir, trazer. Aducho vem do lat. adductu;
ADIVINHAR — Do lat. divinare; esp.. advi- o ch em:vez de it mostra que é castelhanismp
wimxuriXití'indovmare^ V. Nunes,. Grarn. Hist., 120. Cortesáo, Subs.,
ADJECTO ~ Do lat. adjectu. Adit.
ADJETIVO — Do lat. adjectivu, scilicet
-
.'.'•-..'.
do norte it. dovel,
ADJUTÓRIO — Do lat. adjutoriu.
•
''•:
dóuvelle M. Lübke tira o port. o esp.
ADJUVANTB — Do loX. adjuvante.
fr. . e
• .
«estu, vi M. Lübke, n. 180, Gram. II, REW ADUFE .— Do ár., adduff, pandeiro.
ii:
. . , . . .
Adular — 10 Afelio ;
—
ADUMBRAR — Do lat. adumbrare. AEROPIESOTERAPIA Do gr. aér, ar,
ADUNAR — Do lat. —adunare.
Do lat. adunou, adun-
piesis, pressáo,
AEROPLANO — Do gr. aér, ar, e do fr.
e therapeía, íratamento .,
ADUNCIRROSTRO
p laner, pairar. Voc. criado por Langley eiri'i896í
co, e rostru, bico.
ADUNCO — — Do lat. adunen. AEROPLETISMOGRAFO — Do gr. aér; ar,
ADURIR Do lat. adnrere: plethysmús, enchimento, e graph, raiz de gráphó^.
ADUSTO — Do lat. adustu. Inscréver.
—
ADUZIR — Do lat. ad'ducere; are. aduzer, AEROPORTO Do gr. aér, ar, e de porto.
Nunes, Crest. Are, 134. AEROPOSTA — Do gr. aér, ar, e de posta,
ADUSTO — Do lat. adustu. AEROSCOPIA — Do gr. aeroskopia, obser-
ADVENTICIO — Do lat. adveniitiu, chega-
.
e the-
adjicitur (Prisciano). rapeía, tratamento.
significatio verbis
vertir,
ADVERSO — Do lat. adversu, oposto.
ADVERTIR — Do lat. adveriere; esp.
advertiré, ív.
it. averlir. "Virar as ten-
ad- calor
AEROTERMO —
AEROTONÓMETRO — Do gr. aer, ar,
Do
.'''
gr. aér, ar, é thermón,.
tonos,
cSes por meio de ralhos. pressáo, e metr, raiz de metréo, medir.
ADVOGADO — Do advocatu, chamado
lat. AEROTROPISMO — Do gr. aér, ar, tropé,
para junto, a fim de defender are. avogado ; yolta,':eonversáo,:e;suf .íismo.V:. Vi ;i i^^
(Cortesáo). Esp. abogado, it. avvocato, fr. AEROZOARIO ,— Do gr. aér, ar, e zóon,
avoué. animal.ve suf ario. -
•
AETITO —
.
sanguo, tox, raiz de toxikón, veneno, e suf. ia. demia Espanhola deriva de afanar, de a e faena,.
AERÍCOLA — Do lat. aere, ar, e col, raiz faina a Petrocchi parece üerivadoJwdagéxclS-M;^
;:i- :
mentó onomatopeico.
de ¡erre, levar. AFACIA — Do gr. a privativo, phalcós, lenr
AERIFICAR — Do lat. aera, ar, e íic, raíz tilha, e suf. ia. O cristalino tem, forma de len-
alterada de faceré, fazer, e desin.ar. tilha. *-.*
'.V-'
AERIFORME — Do lat. aere, ar, e forma,
-
AEROBIO — Do gr. aer, ar, e bios, vida. "afflaticare {ttomaráa, V, 178) é formalmente
AEROCISTE — Do gr. aér, ar, e leystis, be- impossível. M. Lübke acha por demais .artifi-
xiga. ciosa é fonéticamente duvidosa a derivagao de
AERODBRMECTASIA — Do gr. aer, ar, "faciem largare,
_
onde o^-^erbojnásssnt^riaSJmi^iS: :
dérma, pele, e ékiasis, dilatacáo, e suf. 'M. germ. laígon, lamber (Cornu, Romanía, IX, 133;
AERODINÁMICA — Do gr. aér, ar, e dy- X 404). Cornu, Port. Spr., 130 e 255, citando '§§
namiké, referente a fórcas {scüicet ciencia) o are. afaeaar, deriva do lat. fallas, levado- ,
AERQFAGIA — Do gr. aér, ar, e ptiag, raíz nao aceita as etimologías propostas por Diez,
\
por
: :'
:
¿¿&!'phag;éiiiy comer, e suf Joáo Storm, Gastón
ia..
;
planta.
..-.-
-',.' síyel: arprimeirai apresentada 5por!:CQrnuBéWape.i:;
AEROFOBIA — Do gr: aér, ar, pnob, raíz ga-se ao sentido material primitivo, que'áinda
:
slgiíÍÍicktí¿iAr'0Íé^.aTfíñCé'P¿n
tem inclusóes líquidas. dade alguma o sentido. V, Leo 'Wiener, Zeítsr'-
AEROIDROTERAPIA — Do gr. aerear, chríft -i- fífíné. romanisclié ^7£tíoZofliejSXXXV§S436|;S
'
7ii/¿or_,S7águavM therapeíd, trátamehtó .Me-
AEROIDROPATIA — Do gr. aér, ar, hydor,
:':
''
ÁFÁVEL —Do lat. affabüe, aquem se pode
r;' f aÍár,-fámávél ? ño-trátoVtS«¡5i3 3;;Síí.Wí
;
j
AFECCAO — Do. lat. affectione.
¡
:::;:y' :
ezb
Afeinia — 11 Aglomerar
AFEMIA — Do gr. úphemos, scm fala,, e AGACHAR — Cortesáo deriva do esp ana-
suf ia; voc. criado por Broca. diar. Vindo o esp. do lat. coactu (M. Lübke
AFERENTE — Do lat. aff érenle.
.
tacáo, definicáo precisa, pelo lat. aphorismu ÁGATA — Do gr. achates polo lat. achates.
AFOUTO — Do lat. faulu, favorecido Esta podra abundava no rio Acates, na Sicilia.
(Cornu, Port. Spr., § 33, M. Lübke, REW, 3224);
AGATANHAR Corr. •-_ de aejadanhar por
esp. Jioío. Diez, Dic, 460, prefere lat. fotus, influencia de gato, animal muito dado a furtos.
que é fonéticamente impossive!. Forster prefere V. G. Viana, Apost., I, 483, Joao Ribeiro,
o lat. fultu (.Zciischrifl für romanische Philo- Curios. Ver., 15; A. Coelho.
logie, XII, 503), também fonéticamente inad- AGATURGO — Do gr. agathourgús, bem-
missível. feitor.
AFRACTO — Do gr. áphraklos, descoborto, AGAVE — .Do gr. agauc, admirável. O v
i
.
': '
ÁFRICA — De África, continente onde se AGENDA — E' o lat. agenda, coisas que
praticavam feitos valorosos. devem ser feitas.
i
AFRICATA — Do lat. affricata, esfregada. AGENESIA — Do gr. a privativo, génesis,
AFRI2UTA — Do gr. aphrizo, escumar, e
•
•
ai
Aglossia — 12 Agudelho
fi'íívifí; i Lokotsch- consideras ridicula .umá? étimo- :; it. agro, fr. aigre. Houve mudanga de clas-
'..'.:
;;
AGOMIL: Do :lats "aquiminile por;: aqüw- 41, acer non acrum). Existe um agroi campo.
manile (Nunes, Gram. Ilist.; 5i) Para A. Coe- Do lat. agru.. .
lho talyez um derivado do ár. Icomm, manga do AGROLOGÍA *— Do gr. agros, campo,
vestido, mas no Suplemento dá o étimo latino lógos, tratado, e suf. ia.
-
:
-
chefe dos atletas, pelo lat. agonistarcha. teos, grama, e suf. idea.
AGONÍSTICA — Do gr. agonistilcé, silicet
AGROSTIOGRAFIA — Do gr. ágrostis,
téchne, a arte da luta, pelo lat. agonística.
—
ÁGONO Do gr. ágonos, sem ángulos. grama, graph, raiz de grápho, descrever, e
AGONOTETA —
Do gr. agonothétes, presi- suf. ia. :.-'
:-i
:;'.7. :
--:í:^?;;:^:B^
—
;:
2—
:
substantivo: Do gr. agora, praga pú- deitando-se «(¡(lía no residuo ou; péS das Suvas;W
blica. depois de f éito o vinho. Há outro," v. Glossário.
AGORAFOBIA"—- Do gr. agora, praga, pTiob, AGUARDANTE De agua e ardente, —
raiz de vhobéo, ter horror, e. suf ia: por-- inflamár-sefoui'-ardérVosyvs^Cvíií^y^vsiH^
AGORANOMO —
.
lat. o.qoranomu
n ::
y que este líquido dissolve os tragos do reí dos
AGOURO — Do
:
. :.A'., -
ro, .'fr. ant. aur, Sur, mod. Iteur. Houve dis- de aqua-
—
•
similagáo au ú —
ú e depois atra- —
a rela.
—
:
—
.
cere. A
Academia Espanhola deriva .agradecer AGUA-VIVADe agua e viva, porque,- ¿y
;
-—
de ji "e umSá^ sendo transparente como a agua, é um ani-
: simples Sgradire:;:fíiff :::"::: mal.
AGRAFÍA —
Do gr. a privativo, graplí., AGUAZIL — Forma dissimilada de algua-
.
Agndenho 13 — Alambor
alvado Coelho).
(A.
—
o fr. aguerrir, cujos primeiros testemunhos AIVECÁ Diez, Gram. II, 282, reconhe-
na terminagáo o suf. eca,
sao do séc. XVII, a origem imediata do port. ce
—
Cortesáo, Subs., Adit., deriva do esp. A pri- AJIMEZ V. Animen.,
AJORCA —
.
V. Axorca.
meira opiniáo é mais plausível.
AGUIA — Do lat. aquila; esp.' águila, it. AJOUJAR — Do lat.
ajoijar,
fjugiare, através
atestados por
aquila, fr. aigle. dos plebeismos ajujar,
AGUILHAO — Do lat. "aculeone, aumen- Monte Carmelo (Cornu, Port. Spr., § 220).
tativo de acul&u; esp.aguijón, ant. it. agu- O lat. adjungere ou jugu, proposto por Mo-
glioñe, fr. aiguillon. Cortesáo, Subs., Adit., ráis, oferece, como nota A. Coelho, enor-
cita urna forma aguüon de lat. bárbaro. Gar- mes dificuldades.
cía de Diego, Gontrib., § 10, inclina-se para AJUDAR — Do lat. adjutare; esp. ayudar,
urna forma aquilione no lat. hispánico oci- it aiutare, fr. aider. ,.'
ALA —
1 (subs.) : Do. lat. ala, asa; esp.
'
— do
ah!; esp., it., fr. ah'!
2 —
(interjeigáo) Do imperativo do verbo :
¿ja i lat.
AI —
Esp. ay, que a Academia Espanhola ALABANDINA — Do lat. alabandina¡.
deriva do lat. hei, ii.ahi, fr. a'ie, para alguns scilicet pedrapreciosa de Alabanda,.
gemma,
imperativo are. de aider (Larousse), para ou-
'
encon-.
cidade da Caria na qual "foi primeiro
turos onomatopéia (Clédat). ínter jeicáo comum
a muitas línguas.
— A.LABAO — Do ár. allabbam, que rdá.
_iVl 1 .
—
adverbio: De a. e do are. Hi, muito leite. M. Lübke, REW, 358, do lat.
do lat. Me; esp. ahí. Aglutinou-se o a por *allevamen, cria. A origem ár. e abonada por
sentir-se a exiguidade do voeábulo (L. de Vas- Sbusa e Engelmann. ...
concelos, Ligóos, de FU., pg. 190) Nunes, Gram.
derivam ALABARDA — Do ár harba, especie de.
Hist., 352 Pidal, Gram. Hist., § 128, .
ÁLACRE — Do lat. ^
álacre; V. Alegre.
como voc.
vagens é haiif,
africano,, cuja forma entre os sel-
segundo Paré, médico francés
ALADO — 1 ad].: do lat. alatu, com.
"''.'.
asas.
do sec. XVI.
AILANTO — Do mal. kaytilangit, arvore-
.
.
:
-
do
guarda, apesar da paiávra. :
'::~}<^ ""íSms
3985, apresenta o gót. "hagja,
de estar em nominativo e ser. um' masculino
uso^
ALAMANDA — Do fr. allemande,;.
_
alema..
em a. Repele o lat. avia, avó, fonética e ALAMAR — Talvez dt> ár. alhamera,o ár,:
corda;.
Lokotsch apresenta aínda hamala ou
semánticamente. Diz que o vascongo é de ori- •_' ;
:í
a
Alambrar — 14 Albente
—
'.i'/.
xar para cima. Rejeita a ligacáo com o fr. 2 (Torre) : do ár.; albarran, exterior,
-
leurre, que teve o sentido primitivo de couro fora da muralha da cidade, acusativo adver-
e depois passou a significar o bocado de bial de bar, térra,
couro em forma de ave para chamar o falcáo.
—
ALBARRADA 1 (Jarro) —deserto.
do : ár. albar-
ALARGAR Do lat. -elargare (Cornu, rada, jarro para refrescar a agua (contami-
Port. Spr. § 92). nado com luarrada, áeward, rosa).
ALARIDO —
Do ár. Diez, Dic., 416, apre- 2 (Muro de pedra seca) Do áv al e do lat. :
senta alarir, júbilo de vitória, repetindo Sou- parata por lat. pariete (Eguilaz). Lokotsch ,
sa, que dá alarir, strepitus ; mas o r nao nao distingue os dois vocábulos.
dá d. Dozy-Engelmann dáo garida, gritar, fo- ALBARRAZ
.
—
Do ár. .habbarras, sementé
néticamente inaceitável. Eguilaz tira de da cabeca (Lokotsch, Academia Espanhcla).
alharid, rasgado, dilacerado, scilicet, sia', ALBATOCA V. Albetoca. —
grito, repelindo Diez e Dozy, ou alharir, ga-
ñido de cao. Cortesáo, Subs., Adit., tira do
ALB ATROZ —
Corruptela de alcatraz atra-
.•
V. Albacora. —
pele o \a.t.ululatu, indicado na Zeitschrift für ALBENA —
Talvez do lat. albu, branco
romanische Philologie, XVI, 520. Em o n. (A. Coelho).
4974 dá o grito árabe de guerra le ilah illa
alleh e cita Romanische Forschungen, IV, 374.
ALBENDA —
Segundo Casiri, Marina, Alix
e Engelmann, do ár. band, bandeira; segundo
Lokotsch tira do ár. arir. Dozy, do ár. albanderiya; segundo Larramendi,
ALARIFE —
Do ár. alarif sabio, mestre ', do vascongo aXbenia j; o\xrela., franja; Asegundo" '-.
15 Alearía
Albergue
ALBIFICAR — Do lat. albu, alvo, fie, ALCALÁ Alteragáo do ár. alkolla, copo
de barro' (Eguilaz) Figueiredo deriva do im-
raíz alterada de faceré, fazer, e desin. ar.
;
alcalá.
jiatural da cidade da Albi. —
do ár. alkali, soda. Com des-
ALBINÁGIO — Do it. albinaggio. ÁLCALI .
-
os espanhóis
—
a recebessem dos árabes. ALCÁNAVE — Do artigo ár. .al e do gr.
ADBORCAR
Port. Ser., §§ 120 Cornu, kánnabis, canhamo, pelo lat. cannabe e pelo.,
e 155, tira do lat. emercare e dá as formas .
ár." kunnab:
'
"'¿w'ei forma contracta de: alboroque. calce, calcanhar, que deu o are. encalcar, fun-
ALBORICOQUE V. Albricoque. — dido em "ancalgar com o: are. acalcar, í lat.
'
,i :;
aALBORNOZ,.,— Do -ár.
''
alburnus, do, lat.
Zacateare,- qué apresentav trocáv de pref ixo lyjuma.^ v>
:S 'burrtiSpgr. ,.,.-. birros. metátese completa depois a .transformacao;
"ALBOROQUE —— Do ár. albaruk, dadiva.
alboroque. esp. alcanzar. V. Pidal, Gram. ffist. Esp.,
,
'
ívALBORQUE
' ;
Contracáo de 72; Nunes, Gram. Hist., pg.
;
M. Lübke,
ALBRICOQUE — Do lat. praecociu, tem-. REW, 4338 C Viana,. Apost.,' § 155, :
;
:
$, .540, Cqrtesao,
porá'o, home que os romanos davam ao arme-
;
Subs.,
niacúm' malum, através do gr. praiícókion- e que deriva do ár. <alcai,i encontró,:: s {sará,:-?
áo ár. albarkuk (o ár. nao tem p). andar, cáminhar. M. Lübke deriva do esp; e
ALBUDECA — Do ár. albittaikha, dim. diz que o ár. qanc, despojo do cacador (Diez,
de bittikha. Dlc, 417 e RIí, XII, 300) é poued verossimil
'
ALBUFERIA — Do ár. albühaira, dim. pois o voc. aparece primeiro no séc. XII: e to- ;V/
áe báhr, mar. mou o lugar de encalsar. A; Coelho- :tirpuá
ALBUGEM — Do lat. albugme. de acalcar, lat. ad calcem,.
".'-
./ÁLBUM:,— E' do lat. álbum, registro com ALCÁNDARA — Do ár. glkañdára. „.
"fólh'as em branco. ALCANDORA — Do berbere alkandur.
ALBUMEN — Do albumen, clara de ALCÁNDORA — V. Alcándara.
lat.
ALOÁNEVE — Do artigo ár. al do . e. gr.
•
ALBÚMINA — Do albumen, clara de lat. kánnabis, cánhamo, através do lat- cannabe
e do ár. alkannib. (Nunes, Gram''- Hist., 180).
r>óvo,. a substancia albuminosa por excelencia, —
e
"
'
.gr. ou- crito karapura através' do árv alkofur;;] coras:
epéntése da nasal. V. -Cánfora. .-..
: :
:¡,-
.lát. alburnu;
:
y alburnoy ;
li. aubour;':
"
de canto, extremidade, suf. il, desinencia ado;
ALCA —
;
,,ó'ffiema,
*
—
; ALCACEL —
ALCACER —
segundo Egüilaz.
Do ár. alkasil:
De alcacel por dissimilaeáo.
ALCAPÁO Do are. alga-pom, alcfí e
póe, levanta e' abaixa, segundo D. Carolina
:
- /;.: , ALCACHOEBA— Do ár. alkharshof, com Hist., 225). V. "Rev. Lus.; VIII.
íftitñetátesé do r.: ,
.
:• '
- káppari, através do ár. alkabbar. Boisacq^con-
- gal anáptítica (V. G. Viana, Apost., II, 354). : sidera o voc. "exótico,- de. país ao oriente do:;
v-~-v. ÁLCACUZ -— Do ár. irksus, raiz de regó-, '.'.'
Meditarráneo. :
:í
'•'
fi-'":
—
."/'
:>irMñ: : ;: ;
'
; ':: :
V
liz, "com vogal anaptítica (V. Nunes, Gram. ALCAPETOR Talvez do ár. (A. Coelho).
''Si&isi'., 182, 467). Sus é deyorigem araméia. ALCAPREMA Do imperativo de algar— '
íi3íijmr; *
:
-'!" ;
ALCAR —
Do ár. alkará, marrúbio.
.
•
ALCAICHA
.—-.A. Coelho tira' do artigo careum, atíaves. do .ár. karáwiya. . . -
—
,
árabe al e <de caixa, alegando que éste. vde. ALCARAVIS Dó ár. alkárabis. ,U. -
—
-
í?í
•''-•'^"SQiyjgllig^li'fcsS
'
''' :
:-'
''
; '
.'*'•' ALCARIA (planta):: A. .Coelho refu-1
portuguesa. Existe em ar.
:
:
: -- '
'
-
ii
"
r.
".
ALCAICO ..'-— Do lat. alcaicu, de Alceú, '
ga como pal.avra
poeta grego que inventou éste verso e esta alkariya, nomen plantae hascentis in arenis,
.
ALCAIDE — Do ár. alkáid, chefe. no léxico portugués como qualquer outro .no-;
-
Um
ALCAIOTE — Do ár. alkawwad. adicionador de
.
me de planta arábica.
:
f, ALCAIXA — V. Alcaidía. ' .'. Moráis coligiu ó termo nao sei de que foñte.
;
Alcarrada 1G — Aleijá©
ALCIONE — Do gr. alkyon, pelo lat. al- ALEFANGINAS — Segundo Dozy, taivez
cyone.
ALCMANIO — De Alemana, poeta grego do ár. alcfaioi arómales.
—
ALEFRIS Do ár. alfírad, pl. de alfard,
que inventou éste verso.
ALCOCEIFA — Do ár. alkusaifa, lugar de incisáo.
devassidáo. Eguilaz nao encontrou o voc. nos ALEGAR — Do lat. allegare.
dicionários árabes; V. Dozy. ALEGORÍA — Do gr. (tllegoria, discurso
ALCOFA — 1 (cesto) : Do ár. alkujfa, sobro urna coisa para fazer compreender ou-
cesto, que, segundo Rosal, vera do gr. kó- tra, pelo lat. allegaría.
phinos,
2
lat.
(alcoviteira)
cophinus.
De
alcoveta por derivacao
ALEGRE — Do lat. álacre; esp. alegre,
:
de FU., pg. 119, relaciona o beiráo corea, com ALEGRO — Do allegro, alegre.
it.
assimilacáo silábica, a corga, de corgo por ALEIJAO — Do
lat. laesione, lesáo, com a
córrego. V. Gaicia de Diego, Contr., § 140. prostético; esp. lisian. V. Abantesma. O ant.
Figueiredo vé contracáo do alcórcova. port. tevo leisño. Constancio derivou do lat'.
ALCORCA— Do ár. alkursa, pastiiha, abalicnare ou laxare, fonéticamente inadimis-
pequeña torta. síveis. V. Nunes, Gram Hist., pgs. 258;
ALCORCE — V. Alcorca.
62,
RL, III, 130. Sobre o género, v. M Lübke,
ALCÓRCOVA — Nesta forma, ao lado de Gram., II, § 372. C. Michaélis. RL. III, 130,
alcorca, Garcia de Diego, Contr. § 140, vé senté aglutinacáo do artigo ao substantivo, que
interferencia de cárcava. mudou de genero. Como quase sempre se' fala
- ;
énthesis, introdugáo.
ALENTÓ — Do lat. "alenitu por anhelitu
ALFANDEGA — Do art. ár. al e do gr.
pándochos, através do ár. fundule, hospeda-
(v Korting, Lat. Rom. Wort./ Nunes. Gram. ría (cfr.o esp. fonda), armazem. V.. G. Via-
Hist., 151, Cornu, Port. Spr., § 244). M. Lübke, na, Apost., 1,41.
KEW, 474 e 4000, tirando o port. do esp.,
rejeitay anhelitu por dificuldades fonéticas e
ALFANEQTJE — 1 Cuadrúpede Do< - — :
Garcia de Diego, Gontr., § 34, diz que, exis- nah, falcáo" do alfaneque, com a queda dov
Éítipdb'em {Competencia as formas irmás halare, \
: /
gúlador. Alix alhanek, o bico do corvo. .
fa-
¡li rinhaide trigo, e manteia, advinhacáo.
k Viana,' Apost., 1.42.
ALEURÓMETRO — Do gr. áleuron, fa- ALFECE — V. Alfeca.
:
rinha de trigo, e metr, raiz de inetréo, medir. ALFEIRE — "Bo ár. alhair, curral. De-
ALEURONA Do gr. áleuron, farinha de— pois; designpu provavelmente em especial; pí
w trigópieSdo suf. onctv curral onde se metiam as reses a cujo coito»;
—
;
lilis
¡¡¡¡¡i
ALÉUROSCIFEO Do gr. áleuron, fa- se; quería obstar, (A. Coelho). Eguilaz deriva
rinha de ^rigo, skyphos, taca, 6 suf. eo. do art. ár. al e do lat. hará, estabulo de por-
ALEVIM — Do fr. alevín. cos.
—
'ALEJANDRINO
'
De Aleoiandre, porque — ALFÉIZAR Do berbere afus, plur. ifas-
A¿ ;.;,C.cieÍhp.ví
pijaemÉregado : éste- verso ;pela; primeiraíyez;;
fta;f { sen,, cabo í; de f erramenta (Sousa)
: .
:
Wrío íPoemásídeJ Alezandre (séc; XII)'. ''"";;;;- e;;; :;;:; ";e' Lokotsch; adniitem com dúvida. Paróxitono
—
:
:
;Saturaf:?:e5fsüf. :"¿cí.:
:
—
;
ALFERCE —
De alfece, com epéntese de
m 2 (Letra)
SiWgíALFABAR
,
Do gr. alpha pelo lat. alpha.
:
—
De alfámbar; eaiu; o ím.-
r. V.
Apost., 1,42;
Nunes, Hi'st., 183
Cornu, Port. Sin:, § 160).
Gram.
G. Viana, ;
ALFERENA —
A. Coelho deriva de alfe-
—
:
ALFERES
;
ílHi
Alfil 18 Alguergue
ALFIL — Do persa pil, elefante, pelo ár. matemático Abvi Jafar Moamed Ibn Musa,
autor de urna álgebra com que se introduziu
alfil.
ALFIM
—
— 1 — De alfil.
.
—
ALFITOMANCIA — Do gr. alphiton, fa- tauracáo e oposigáo, título de urna obra do
rinha de cevada, e inanteía, adivinhacáo. matemático árabe Abu Jafar Moamed Ihn
ALFITOMORFO — Do gr. álphiton, fa- Musa. O. nome era fundado na regra em vir-
rinha de cevada, e rnorphe, forma. tufle da qual se restabelecia num dos., mem-
ALFITRA — Do ár. alfarda, tributo. Egui- bros da equacáo a. quantidade que se supri-
laz; citando a'Viterbo, deriva do ár. alfitra,
almógo. No reino de Granada era um tributo
me no outró, mudando a* funcac positiva ou
negativa "desta quantidade.
em trigo, que pagavam para o almñco das sul- ALGEBRISTA
De álgebra, como no- —
tanas.' mo de
ciencia; ant., de álgebra, no senti-
ALFO — Do gr. alphós, branco. do etimológico de restauracáo, redugáo
.
rnembros deslocadós).
"Nunes, Gram. Hist., 162, 179. ALGEDO —
Do gr. algedon, dor; neol.
ALFOFRE — "V. Alfobre. ;
ae Gockbume.
ALFOLA •,— Do ár. alholla, púrpura, sen- ALGELA — V. Alaela.
da!. •.< -'
... v
ALGEMAS — Do ár. ayami'a, que
ALFOMBRA — Do ár. alkhumra', com V.
;
': ALFORFIAO —
Alforba. • ALGERIFE — Do ár. o que var-
aljerif,.
Do lat. euphorbiu atra- o re^ Cortesáo 'prefere a grafiá ayéri^ei;.v;.-':::rí:;\;.;í í;'
;:
:
vesado!: áriaaí/!tr6í^MK^.
ALFORJE '^- Do
:
;:
;:
.
:
..v;.~:v:
, ALGEROZ — Do ár. azzurub, plural do"
ár.alkhurj. s = g como em zurafa =
*:
azzarb, canal
ALFORRA Do .-ár* alharr, calor; a = — ; .
o por influencia da gutural (Lokotsch, 830, que se daya diante da solar. Ao plural árabe
Nunes, Gram. Hist., 163): Cornu, Port. Spr. juntou-se a desinencia portuguesa,
32 a, dá como étimo, o ár. furre.
dando a
:§
— forma alqerobs, daí algeroz.
ALFORRECAS Do ár: alhurreq (Aca- ALGÉSIMETRo — Do gr. algos, dor (ra-
demia Espanhola;¡ s. v. alhurreca) Dozy deri- ."
e metr.xa.iz de metréo, medir.
dical alges),
va do ár. alhorrek. oü alharrelc, valde salsa
(aguah etimología que A. Coelho acha acei-
ALGIBE — Do ár. aljubb,. com a habitual
:
.
-vre) +
%a (M. Liibke, .BEW, 4184). Egui-
s.uf. ALGIBEBE — Do ár. .aljabbeb, que ven-
:
laz :e.; Lokotsch *dáo ár. alhurriya, liberdade. de casacoes. O a deu i por influencia, do &
A. Coelho opina pela f ormacá'o já árabe. (Nunes, Gram. Hist., Devia
ALFORVAS De alforba, com a confu- —
"
bebe.
(
163).. '
ser' alji-
..
<
—
. .
sáó,; conram; <3p. b .com "o :;Byj: ott 'com á clissi- ALGIBEIRA Do
bolsa, ár. aljaib, bolso,
mulacáo Ib = Iv = rv ;(Nunes, Gram. Hist., vulgarmente pronunciado jib (Lokotsch) e o
~-
.183)..
REW,
-
.;
suf. eirá. M. Lübke,
'
.-
.,.
3939, deriva lie
ALFOSTICO .— Do ár. persa fistik pelo aljava através de aljaveira, q. v. Cornu, Poj-í.
ár. alfustuk.: Spr., § 96, explicou o primeiro i- por influ—
ALFCST.tGO — "V. Alfástico. .
,éncia da palatal. Devia ser aljibeira.
;
—
:
; ^ ;
ALFOUFRE
V. <Alfofre. — ALGIBETA Alteracáo de- aljufoeta. di-
ALFOZ \I)o ár. alhaud; au •*— o, como — :;
: tal;
minutivo de
Devia ser aljibeta.
aljuba, por influencia da'pala-
em foz, orelha, "V. Cornü,Port. Spr., § 39;
Nunes, Gram. Hist.]- 166. ' ÁLGIDO — Do lat. algidu.
ALFREZES >-^ Do ár. alkharash, mobilia- ALGIRÁO — Do ár.? (A. Coelho).
rio meúdp,-. segundo" Eguilaz do ár: al firech, ; ALGO — Do lat. aliqubd, com- o u ab-
segundo 'Dozy. G. Viana,- Apost., 1,44, julga. sórvido pelo o (Nunes, Gram. Hist., 141).
iqueS; hásuihiserro no : t exto sde: >"Viterbo: no qual'
• ALGODÁO — Do ár. alkutun-, eom.abran-
apaVéce o vóc. damentó anormal da gufural inicial (cfr. co-
^ v ALFRO.CHEIRO _ p or alforjero,- de al- táo). •
• ",;
-^- :
í9ag:SLFtJRÍrA*#i^!i!
"?
D^
í terst icioí!p*ffií2: e suf. ño. 'Eguilaz).
ALGORITMO — V. Algarismo.
:
ALGOROVAO — V. Algorabáo.
ALGALIA—
:
:
.i
.;:';
instrumento, pelo ,baixo lat. argalia; alga-
: 1 Sonda
.."
'-..-do gr: ergaleion)' ALGOSTASE — Do gr. algos, dor, e stá-
sis, parada. '"C ;»•;': ::
; :
. C:. ':;
ííi&igiSériátahávIdoíEássimilágáoS
:
confusáó com algalia 2 (Franco de Sá, A lin- ALGOZ t— Do turco Gozz, nome -de'vumáV :
gua portuguesa, pg. 130). V. Julio Moreira, cujos rnembros serviam como carras-
tribo •
algaiianam,
.-í
pas-
ALGOZARIA '—
• algoz (Dozy.-Lokotsdi, Dé
iot:
:
'.'• ."..
;
....'.'.'.'.., .'
A. Coelho). Eguilaz deriva do persa.
:,-. .-..
ALGRAVIA — ,V.. Algaravia.
AÉGUAZIL. — Do ár. alivazir, primeiro
'''
ALGARABÍA :—
'
."
«Do sx.A>-<aVarabiya, a. ¡.ministro, regente, lugar^tenente. ".'
cárabe .(scilicef lirigua), contaminado com al- a*;,;,;: ALGÜfiM2;^^!.D com o u<
garb/ oeste .(Lokotsch).
1,46. W! ..-::=. • Viana, Apost.,
Y. G. ••::
'
. ..
"*.. absorvido pelo, s (Nunes, Gram. Hist. 141)
6 com deslocacáo do acento porque o povo
;
—
.
- - ;ALGARAV;iZ Y. Alcaraviz. i ,
\í:': viu .¿Q'UvQcJíftum cornposto \do pronome reía-!
:: ;¡
StiiS^^^KS
- ; ; • ;
Algueta — 19 — ájjofar
tomo XXII, 1.? fase, n. 68, pg. 88, rejeita a Spr., 111, Nunes, Gram.; Hist., 140).
.etimología de Nunes na Gram. Hist. e, citando
í;o;ív; ;ailleurs , dá o lat. aliorsum, que por si só
ALIMARIA Do lat. anímalia, com . — as-
similacaq alimalia e depois dissimilagáo.
nao explica o caso.
— ALIME —
Do ár. alim; v. Ulema.
( ;
; ,.
(ALHADA
De alho e sur. ada. A. Coe- ALIMENTO —
Do lat. alimentu.
*lKoi: ácha curioso que Dozy. tenha querido; de-: ALINEA — Dolat. a linea, da linha, em-
ífriyarS/dos árabe. ; ; pregado quando se ditava, ( para indicar que
'.''i: ALHEIQ 't— Do lat. alienu; esp. ajeno. :
era preciso partir ( do? cornésq:((da;((linhá (;seH'';
(? v
— •'.
Do lat. ala, asa, e de ne-¡
ríete, etc., dar alenu, tanto mais que se en- gro.
—
'
suf. ina.
SSfALHO — Do e: ( ? ( i ::?
;£r:?ctií. ?:??
lat. alliu; esp. ajo, it. aglio, ALIPOTENTE — Do lat. :Í
ala, asa, e poten- :
te, poderoso.
;
ALHURES —
:
? ((( ( ;? ( ( ((::S|!|(S?"((;?::
Carolina c3Vtichaelis, no Gloss.
:do C, ;A., 4, deriva do prpv. alhurs, fr. ailleurs,
:
•
ALIPTA — Do gr. alíptéi, o que unge, ,
::í
pelo lat! alipta. !;:?;::;(???í?í(??::" ;>-;
do
ADIQUANTA — Do lat. aliquanta, sci-
licet parte;
WeíLameiray/ Gram. Port., 451, ídem Nunss,: Di-
'grésspés ? Lexicológicas, pg. 80, deriva do fr.,:
AL1QUOTA — Do lat. aliquota, scilicet
liarte.
:ou:íahtesV:*, do prov. que dizia alhors. Contra
?a?;;origem: :latina milita a intercalacáo de e
ALISEU — Em esp. alisio, em it. aliséo, em
fr? -.aliséé. Parece? que" a órigem é o (fr;? J_iittré(
jíentre:::J':::e; ;:s, o que impediu a assimilacáo da-?
m
;-
:
ALISMA -
Do gr. álisma, pelo lat. alis^
;
ina. -
?é suso, teria.feito evolucionar o o em m. Vendo —
:
(
— Do
:
'liSHiíPachécó
v:
Do lat. allitterare.
(::e:::Lameirá, :
i
Me na pág. 352 de sua Gram. Hist,, explica
:
illic.
alizári como expressáó comercial para ;a( gá-
ALIÁCEA — Do
^
\ í
lat. alliu, alho, e suf. ranca ou ruiva dos tintureiros.
—
m
m^^SMfí^M'^w
Ü?:.
si|l|lpiiilf:^?
s:?áce¿t;;:;;;:? ?;??;;:'
.'.•.'".'
s
ALIAR
:;f:ALIÁs? ?
niño plural? de
tono.,
::
De a e
V.
—
—
Edon,
': Do
alhis;
lat.
liar.
alias,
outro,
Scriture et pronontiation du
acusativo
pronunciado oxi-
f emi-
ALJAMA
:^eii*a,
Do ár. aljamaa, reuniao.
ALJAMIA:^ Do "ár. alajaviia, a estran-
nao árabe, bárbara (scilicet lingua).'
ALJARAVIA — Do ár. aljallabia, -capa,
(Eguilaz). A. Coelho dá algerivid.
.
wtím0&Mmmm¿ íatin, pg. 278, Prisciano apud Keil, Srrai. <- ALJAROZ s.^- V. Algeroz.
§mm^$$M;m :
Lat., ;
Ii;-. 77 e 528. ,'
ALJAVA — Do ár. aljaba... •? :
/
ALICA — Do lat. alica.
pifáis ? ;
Iflllll
:
( ?ALICANTE — De Alicante, cidade es-
¡
~
ciosa, joia (de origem persa) au ; = 'o, como
isfianlipláHclpnde; provém' éste vinho. (;(;((;; •? em foz, orelha, v. Nunes, Gram. Hist., -pg.
•.
^^^BftS^'"'
Mfi^SS ''•''•
¡Iféi^lltii;??????
. . . . ... .
Aljofre 20 Almocela
166. Bernardos, em Nova Floresta, liga ao no- tilha com síncope do n, insercáo de um r eu-
me do porto de Julfar, na Pérsia. fónico e acréscimo do art. G. Viana, Ap., I, 50,
ALJOFRE — Aljófar.
.'-V. diz que o étimo ainda está por averiguar, ape-
ALJORCES — Do ár. aljaras, campainha. sar do aspecto arábico.
A. Coelho dá aljorzes. ALMAXAR — Do ár. almisharr, derivado
ALJUBA — Do ár. aljubba. do radical sharra, expor ao sol para secar (Mou-
ALJÜBE — Do ár. aljubb, poco, cfr. algibe. ra) cfr. o espanhol almijar. Sousa, Dozy, Egui-
ALJUZ — Pcnsa A. Coelho que a palavra
;
—
Contragao de almadraque-
bro o qual se reza (Lokotsch, 1511 a) Os au-
tores costumam confundir com almucela, que
xa, (Dozy, Lokotsch) Eguilaz eré que seja man-
.
tem significado e étimo diferentes.
. . . . . . . .
21 Alom !
Almogo
de afericáo.
c apresentam dificuldades. Joáo Ribeiro, Gram. ALMOTODIA — Do ár. almutli, com epén-
Port 300, vé na transformagáo d = l urna as- (Nunes, Gram. Hist., 182) Cortesao dá a
simiíácáo incompleta e alias sem exemplo. Hou- tese
Huu pocco de aseite em hua al-
.
depois assimilacao.
varassem tantos almorgos para os homens da —
ALMOXARIFE Do ár. almushrif, inspetor;
cava (Nova Floresta, V, p. 159), sem Ihe lem-
houve epéntese (Nunes, Gram. Hist., 182)
hrar comida/ nem almorco (Hist. de S. Domingos, ALMOXATRE — Do ár. almusliadir.
parte I, liv. IV, cap. XXV). Cortesao rejeita o ALMUADEM — Do ár. almu'addin, o que
étimo admorsu porque fonéticamente devia dar chama para rezar. Sousa dá urna abonaeao da
ahnósso (cfr. morsa, mossa) e acha mais razáo Crónica do conde D. Pedro, cap. 13, pg. 29.
naqueles, como Constancio, Lacerda e Fr. Do- G. Viana, Ap. I, 53, propugna o emprégo desta
mingos Vieira, que derivam do esp. almuerzo, o forma arcaizada em lugar do galicismo usual
que é alias transferir a dificuldade em vez de muezim. O esp. tem almuédano.
res'olve-la Mario Barreto (Fatos da IÁngua Por- ALMUCÁBALA —
D'o ár. almuqabala, com-
tuguesa, pg. 231) acha que almorco deu almógo paracáo, v. Algebra.
por assimilacáo do r ao c, fato ¡solado. O an- ALMTJCELA —
Figueiredo manda ver al-
tígo port. possui mosso; o antigo esp. muesso.
(Será o r urna epéntese plebéia? A transforma-
mocela, a que dá as significacóes de tapete
gao do s em-f (que era diferente do atual), e e de capuz. "Lokotsch deriva do persa mushtü,
em s em espanhol seriam também alteracoes manto de pele com mangas compridas; da forma
plebéias? O problema nao é fácil. Quánto ao pelvi mais velha mustak vem a ár. mustaga,
sentido, A. Coelho manda comparar o ant. que deu o lat. medieval almutiu, donde o fr.
alto al. anbiz, mordedura, almóco.
aumusse, o esp. almucio e o port. murga. Em
ALMOCOUVAR Na opiniáo de Eguilaz — esp. há o diminutivo almocela, que a Academia
Espanhola tira do b. lat. almucia, fazendo de-
é errata de almogouvar ar. almizuar, maioral.
rivar éste do al. Mütse, gorro, capuz. Eguillaz
.
.
popular é amieiro.
o sentido repele.
—
-
ALO —
Do ingl. hallo, halloo (Bonnaffé)
ALOCINESIA — Do gr. állos, outro, kínesis,
:
—
. .
SfesiJuiaespí&r^iKHisí.j,- 163:ts- ;
outro,
"'".'
e gony,
'
,-
vamos Introdu-
'
;v-
zida pelas tropas de Schonberg no seculo
XV 11.
áütoridade.
. :
PJ¡
. : . S .
Alomorfia 22 — Alquilar
ALOMORFIA — Do gr. állos, outro, morphé, opiniáo contraria de Defremery, deriva do ár.
forma, e suf. ia. \ "; barkuk (do lat. praecoemm, gr. praikókkion),
ALoNIMO — Do gr. cilios, outro, e ónyma,
' '
ster) silvestre.
.
ALOPECIA — Do de alópex,
gr. a.lopekia, ALPEXIM ár. al e do íat. faeciniu ou — Do
raposa, pelo lat. alopecia. Este animal é murto faecinu, derivados de faex e que em Plínio e
sujeito a queda dO' pelo. Columela 'significam o que tem pouco sumo, o
ALOPECURA — Do gr. alópex, alópekos, que deixa muita borra. Cortésáo, que prefere a
raposa, e ourá, cauda. grafía alpechim, deriva' do esp. alpechín
ALOQUE — Cortesao do esp. aloque, tira
a
que atribuí p„ étimo lat. olei faecinu, residuo de
a que da, como a Academia Espanhola, o azeite, em cohtradicáo com a etimología, de
étimo ár. haloqui, vermelho claro. Os signifi- Eguilaz, que é a apontada ácima.
cados nao condizem ñas duas língu'as.
ALOQUETE — ALPICOLA De Alpes e da raiz lat. col, —
V. Loqicete. de colero, habitar.
ALOQUEZIA — Do gr. állos, outro, chozo, ALPISTE Coelho supóe que a pal. — A.
evacuar, e suf. ia. é originaria das Canarias, porque significa tri-
ALOQUIRIA — Do gr. állos, outro, cheír, go das Canarias. A Academia Espanhola tira
máo, e suf. ia. alpiste do ár. al e do lat. pistum, pilado, tri-
ALOR —
Será palavra popular recomida turado. Simonet diz que -pistum se encontra era
por Camilo »u por ele formada sobre o fr. Isidoro, L. 17, cap. 3.?. Urna passagem de Du
allure? (Julio Moreira, Estudos, II, 209). V. Cange confirma esta etimología. Larousse e
Sebenta, IV, 13, Narcót., I, 143. V. Felinto, Stappers dáo o fr. alpiste como derivado de
Obras, VII, 224.
ALORRITMIA
thmós, ritmo, e suf.
— Do
ia.
gr. állos, outro, rhy-
.Alpes,
ALPONDRAS — De a e poldras. Oornu, Port.
aponta outras permutas de
ALOSNA — Do ár. aloshna, musgo herbó-
Spr.,
e em
§
150 considera o
§
129,
l antecipácao do n. M.
l em. n,
reo (Eguilaz). M. Lübke, REW, 377, tira o port. Lübke, REW,. 6825.
do esp. alosna e éste do lat. aloxinu. ALPORCAR &De; a -^ lat Yporcay
ALÓTE —
De alar (Figueiredo) de lira, sulco (Cornu, Port. Spr., § 155);
f.íía :',
na: signi-í
ALOTRIODONTIA — Do gr. ullótrios,. es- ficacáo o é antecipagáo "do r. A. Coelho acha que a l
trántío,: odoús, odóntos, dente; e suf. ic : ;
E
nho, phag, raiz, de phagein, comer e, suf. ia.. com: quea sesicobrem:: QSHramosvSdéamerr::: ';
ALOTRIOLOGIA — Do gr. allótrios, estra- panholaítira: &o} lat.; porca, no sentido "desea-:
nho, ^!!dp^s;ítrátad(j;lesüf; A^iáv^V - :'^Kgví;:v
:
;
: ;
;;SiV:"s¿ í.>
; i :
ALOTROFICO — Do gr. állos, outro, dife- scrofula) ALQUEBRAR — Cornu, Port. Spr., § 155,
. :
';
ré; "diz
;
que alquebrar-se é termo de-márinhágém
JóséSFre i-S
ria, arranjada com as primeiras letras de alan-
toína é de oxálico, por terem olhado os ele- e significa o entrarem a render-se e a dobrar-
mentos da aloxana como a soma dos destas ou- se }as cintas do costado; díi ínau, J.oiíl pqr; peso;»: :
"ALPACA— Do quichua_ paco, alpaca, ver- aliquebrado, de asas: caídas, que talvéz "sejá o: '
ALPARCÁ; — :
"i /
Do vasconco abarca, através
.
'
étimo ^;
ALQUEIRE
;
::
:
ALPARCATA —
V. Alpercata. vare, com antecipagao, do Z e depois 'vocaliza--
ALPARGATA —
V. Alpercata. ''qií6i-Xcir. \éeic eiróy:!.saim&^ :
:
ALPARLUZ — Por ap<yra-luz, de apara :e (aido, eido, magicu, meigo) . Cornu, Port. Spr.,
luz; o a, sendo considerado alteracáo do artigo §§ :;154: é: :244,;:':pren'deu :ao ;lát. eve?i!icafej;Sinacei--S;
árabe, ~ corrigiú-se em al. g (sV
: :' :
tavel pela forniár é< pelo "sentido; udáriá-é-üaZpár. w
ALPAVARDO — Alteragáo de aparvado
:
' ;
M. Lübke, REW,
153, cita o étimo de C. Mi-
(aparvalhado), pela troca do a com o artigo '
chaelis . A
'Coelho H deriva j: de- alquei/oe^YY;:YY:SSH::t£
;
'
pendre ; cfr. abegao, ago, curro, etc. Pendorada ALQUERQUE V. Alguergue. "
—
:
mercatores sarcinas solvere solent. O esp. tem sanscríS -krinis ^\vérmé:; íAítí-ítr- &:>¥físmYWWYm>^Yc ¡
alpender. Cornu, Port. Spr., § 155, deriva de Hist., 183), ou com ele, por prolacao do l ini-
e ou ad -K peñclnlum. "Y-;;-- cial (Cornu, Port. Spr., § 156).
ALPERCATA —
Do vascongo através do ALQUIER V. Alquiler. —
.ár.espanhol (v. Alparca). O plural do ár. albar- ALQUIEZ Do ár. .alqiyas, medida; a e — —
ga é albargat, que deu alpargata e depois, por
dissimilacáo, alpercata,. Observe-se que em ár. ALQUIFA —- Do ár. dlkuhl, antimonio (E-
nao tía: 2>í Éngelmann admite ó ár.í fcorfc; /plur/ guiláz): '.''..
korkat (porque era um par) os cristáos diziam ALQUIFOL ; kr. alkuhl, que deu alco- -Do
ai-par-korkat, daí alpargata, dé /que; os árabes fol, alcofor, álcool, com profundas alteragóes.
fizeramaZbartuaí.'-: '- í;^^
;
:
:.:'.-
ALQUIFU Do fr. alqui'foux, derivado do —
" ALPERCE —
V. Alperche. port. alquifol (M. Lübke, REW, Í7S2).
ALPERCHE' —
Do gr. persikós, da Pérsia,
. ALQUILAR
..
Dé alquilé (Lokotsch,, M. —
através de mogárabe- aZ&érc7ii^a-(ém: ár..-n Lübke, REW, 4692) Cornu, Port. Spr:, 92 . B
p) V
. Diez,. Dic. 242 Simonet, Glos, Mozár., ; í:é;f244;:s;deriya,:isum#p'oücbsfórgádá
14; M. Lübke, REW, 6427.: Lokotsch, apesar da elocare, que deu alugar. G. Viana, Ap: I, 55, :
tu-
. . .
23 Alvela-.
Alquiló
considera, um castelhanismo. esp. o voca- Em Port. Spr., § 92, apresenta o lat. elocare, que G.
nao especializou o sentido como em port. Viana, Ap. I, 541, aceita, apesar da permanen-
hiilo
ALQUILÉ, ALQUILES — Do ár. alhírá. A cia do l, só explicável pela- duvidosa eonscién-
cia da composicáo. García de Diego, Contr.,
forma paragógica apresenta urna prolagáo do
%.-.
Port- Spr.,
i = a por"
M.
Inglaterra (Cumberland), e suf: ita,. influencia do Z (Cornu, § 89).
ALTA — (subst.) — Do al. Salte, influen-
parada.
—
Lübke, BEW, 379, Brachet, Dict. Et., dáo o-
ALTAEORMA Do ár. attaforma, lat. "attuminare.
ciado por alto.
,
„
: '
::
ALTAMADO De um verbo
:
--
,;
"
ita:
to
'.'—
ALUNITA
Mineralogía)
ALUNO — Do :
Do
lat.^
fr. alun, alúmen,
isto é, á pressa, para fechar a mala. Figueire- da para espiritualizou depois o sentido..
'
criar; :
palavra por sua vez, replicar Nada tem com de.: «Zt)o; mera coincidencia
ALTERNO — Do
:
século XVI. O vernáculo é altura. redo manda comparar com alvéola; M. Lübke,
ALTÍLOQUO .'— Do lat. altu, alto, e loqu, * albanu, milhano,.
BEW, 316, rejeitándo o lat. Coelho.
SSáiKíídéífiZoijttiv-ífalar. { :::;::::
prefere a etimología de A.
ALTÍMETRO — Do lat. altu, alto,
'
:- e gr. ALVAR — Do lat. * aleare, ao lado de alba-
metr, raiz de meiréo, medir. riu (M. Lübke, BEW, 317); A. Coelho tira de.
¿¿.ALTIPLANO — Do lat. altu, alto, e planu, alvo e suf. ar. O riso alvar mostra a brancura
:B¿pIáhb¿¿¿:¿s¿i¿s:¿¿ dos dentes.
ALTITUDÉ — Do lat. altitudine. ALVARA — Do ár. albar'at, quitagao,
... _
pa-
ALTIVO — De aZio e suf., ivo.
j :
,
V ¿ ¿3 Subst. —
Do it. alto; & violeta é .mais — v
:
ALVEARIO Do lat. alveariu.
¿por alucinari, sem h e de provável origem grega ALVECI - Do ár. alwashi.
ALVEDRIO — Do lat. arbitrhu (Pacheco-
.
:-
¿(v. Waldé, Lat. Et. Wbrt). .V;' ...-'•.:
—
:
:.
—
:::
y I,: ,
¿¿v¿ ¿¿ ALUDEL Do árV alutal (com ímala
f :
: ALVBITAR Do ár. albaitar, possivelmen-
¿¿¿á¿ ; =-'.
e~>. ,' ' '.
... te originado do gr. hippia.tr os, médico de cáva-
¿ALUDIR '— Do lat. alludere.
los veterinario Houve quem o derivasse do
.
.
Rf'í
Alvenaria — 24 — Amarujar
¡forma inicial e que déste modo o étimo é obs- nas^ Remarques sur les mots frangais derwés
curo. de l árabe, 21/22, apresenta dúvidas a respeito.
ALVENARIA — Por "alveneria, de alv'ener. Gorjajew esclarece a etimología que corn Lo-
ALYENBL, ALVENER — V. Alvanel. kotsch aceitamos.
ÁLVEO — Do lat. alveolu. AMAMENTAR —
De a, mama e de um su-
ALVÉOLO — Do lat. alveolu. fixo ento e desin. ar, com analogía talvez de
ALVERCA — Do ár. albirka. acalentar.
ALVERGUE — V. Albergue e Alverca. AMANHÁ — Do lat. ad * manea.na, scil'cet
ALVIDRAR — Forma popular de arbitrar hora (de mane, de manha),.em hora matinal
(A. Coelho rb ; =
rv e por dissimilacáo Iv. (do día seguinte) esp, mañana, it. domani
;
L. de Vasconcelos (Lieóes de Filología , pg. (com outra derivacáo), fr. demain (ídem) O
:215) tira do lat. arbitrare. lat. cra,s foi rareando e aeabou substituido
ALVIDTJCO —
Do lat. alvu, ventre, e duc, _
mane, cuja idéia era vizinha (Bourciez, Lina por
raiz de ducere, levar. Rom,, pg. 110): Gomedatis mecum hodia et di-
ALVILHA —
De alvo e suf. ilha. mittam te mane (Vulg., Reg., I, 9 19)
ALVINITENTE —
Do lat. albu, branco, e
, »
A LAi¥ :aA^S-
^ ~
Por * amanear, de manear
nitente, brilhante. (A. .Coelho, Figueiredo). Seria um caso de
ALVINO — Do lat. alvinu. pecializacao de sentido. Academia Espa-
es-
A
ALVISSARAS — Do ár. albishara, noticia nhola deriva o esp. amañar de mañana; amañar
boa; ainda alvixara no séc. XVI. sena compor manhosamente urna coisa (?)
ADVITANA — Do ár. albitana, forro, se- AMANITA —
Do gr. amanites, especié de
gundo Dozy, alias com dúvida. A. Coelho apo- cogumelo do monte Amdno, na Cilícia
senta o lat. alábela, especie de lampreia. Se-
ria a rede empregada primeiramente para apa-
AMANTÉTICO _
De amanté com um su-
fixo ético, de carater burlesco.
nhar lampreias? AMANUENSE — Do lat. ama7mense, ce-
ALVITRE —
Forma popular de arbitrio
_
(A. Coelho). Pacheco e Lafneira, Gram. Port., AMAR — Do lat. aviare; esp. amar, it. ama-
pg. 383, 386, tiram do lat. arbitriu. Cortesáo, re, fr. aimer.
'Subs., do fr. arbitre, V. RL^ III, 286. AMARÁCINO — Do gr. amarákinon, de
ALVO — Do lat. albu; esp. e it. albo, fr. mairjerona, pelo lat. amaracinu.
aube em aubepin. AMÁRACO — Do gr.
:
amárakos pelo
ALVOR — Do lat. albore. amaracu A planta é da África
lat
Setentrionai
(.iáoisacq)
—
ALVORÓCO —
Do ár. «Zboros tira a Aca-
...
._•_
; ,;
-Amarujem - 25 - Amento
Coelho tira de amor. Cortesao, Subs., diz que esp. almena, que a Academia
é inaceitável o lat. amabiliu, cujo l, seguido 5583, A. Coelho) ;
raiz par, de parere, parir.. Coelho e Dozy tiram do ár. almishmash, da-
ÁMBITO — Do lat.
ambitu. masco. Eguilaz deriva do lat. myxa, que se
AMBIVIO — Do lat.
ambiviu. encontra em Plínio, com a prostético, em gr.
AMBL1GONO
. Do gr. amblys, obtuso, — myxa. Leite de Vasconeellos, RL, II, .373,
s góny, ángulo já existe formado amblygónigs, ; pref ere um lat. damas cina^: gal. ameijenda, séc.
mas o neologismo é. -calcado em pentágono, X Ameixenedo (Portuggliae Monumenta His-
hexágono, etc. tórica), hoje Meixedo, que supóe damascinetu.
AMBLÍOBE Do gr. amblys,- obtuso, e — C. Michaélis, RL, XI, 58, pref ere mixula, dim.
opas, vista. de mixa, gr. myxa (Plínio, 13, 5), que deu
AMBL1PODO — Do.v gr. amblys, obtuso, ámeixoa e ameixia (cfr. amexxoal, ameixoeira,
e poüs, podós, pé. ameixial, ámeixieira) GíSiViana, RL, XI 240, ; .
'
—
amortáis. assim seja.
AMBROSIANO De Ambrosio, santo que AMENCIA —
Do lat. amentia. — :
contrario seja o mais usual ; cfr. cebóla* Fi- distancia, dé consoantes separadas. V. M.
<íf8 s gueiredo apela também para, um gr. amphora. Lübke, Intróducáo, i 136; Córnu, Port.. Spr.
1 M.. Lubke, REW, 431, ve ha forma galúriea § 130, Cortesao dá. urna citagáo em Leges. ,
(Sardenha) ámbula nao a influencia de am- í-fflBráchét ; Citá/S ámándalariüC na. capitular de :
':
—
\
-í
reia do dardo, e suf. ilho. Neol. de Brotero
para ^trádüzir :o:fr.' c7iaton;? ;
—Do
:
',
tos, célula. .; •..
- ; ; .
Ámerim — 26 Amoníaco
AMERIM —
Havia em lat. amerina, no- '
AMILOBACTÉRIA De amilo e bacté-
me de urna pera originaria de Ameria, cidade ria.
Figueiredo diz que éste e o legi- AMILÓIDE — De amilo e gr. eidos, for-
da Umbría.
timo nomo da pera amorim. mi. ....-.
AMERINDIO t- De América e indio. V. AMILOLEUCITO - De amilo e leucito. -
me cíe urna erva que se dizia boa contra a e odoús, odúntos, dente.
embriaguez. Haveria alguma semelhanca en- AM1NTICO — Do gr. amyntikús, capaz.
tre a cor da flor dessa erva e a da pedra ? de defender.
Hoefer, Bist. de la Botanique, pg. 297, apela AMIO — Do gr. ámmi, cuminho real, pelo
também para a cor de. vinho vermelho-violeta. lat. ammiu.
O género feminino veio por influencia de gema, AMIOLITO — Do gr. ámmion, cinabrio,.
pedra preciosa, cfr. esmeralda, opala, safira. e Uthos-, pedra.
AMETRÍA —
Do gr. a privativo, metra, AMIOSTASIA — Do gr. a privativo r.íys,. ; ;
—
;
. ;
.
I, 184; Leite
de Vasconcelos, Dialectología, 47..
terior;; capa. AMITO -^ Do gr. ámmos, areia, e suf.
_AMICTÓRIO — Do lat. amictoriu. ito; é granuloso.
AMÍCULO — Do lat. anviculu. AMITOSE —
Do gr. a privativo; mitos,:
AMIDA — De am, abreviatura de amo- tecidpíaéíjsuf.: osé/-'íy<:«;-...; ' A'
:
: ': /
¡--:£.^/,:):-ií¡0-i
~iiíaco¿;e:i'suf.:idá.
AMIDÁO — Do gr. ámylon, polvilho, pelo
:
;; ;
A-MIÜDE — Do adminutim; em gal..
lat.
; ;f¡
Do a privativo
gr. myxa,. muco, e suf. ia. ;
60.
ÁMIEIRO M. Lübke, REW, 376, deriva- caldes nom faciant amizdoMé cum alios Uom%--
do lat. alnu; A. Coelho acrescenta, com o eie- nes de concilio (Leges, pg. 767, A. 1188-12S0)..
írriento:; derivativo ievroP :Gortesáo, r SM&s. > -iCita
o. b. lat. ameneriu num texto dos Diplómala.
;
AMNESIA —
Do gr. amnesia, esqueci-
mentb.
Hcuye urna forma arcaica amensiro, igual a AMNÍCOLA — Do lat. amnícola.
galega. J. J. Nunes, 'Boletim d.a Classe de
Letras" da Academia das," Ciencias dé Lisboa,
AMNIO — Do gr. ávinion, membrana do.
y
feto, vaso em que se recebia o sangue dos.
XIII, 137, propóe o lat. amoena, scilicet ar- animáis imolados. - -
Em
:
—
:
:
•
;
'VQ, :-;OT#éZos;¿;-;medulá, eglcépltalos";^ éncéíedó¡£:e
AMODITA — Do
:
suf í£ia¿i0::¡M:g¿fí¡Bl
. gr. ammodytes, que se-.
i
V; AMIELIA, — .Do gr.- «privativo; myelos, j entgi^;;;nas;aiS5iá;ífpel9jfJa
;
yy.jí-íAMbFILO.*^^
9méaüla;;;é5süf3'ia^
AMIELOTROFIA — Do gr. a privativo ";p7iiZ|SráízSdev/23ÍiiZédsv;'arnár;:- 'v^S5íH")S'W?íwíí;:ítf¿íi ';
AMOJAR — Do
!
-
:
myelós, medula; trpplié, nutrieáo, e suf. ia. lat. emulgere? (Á. Coe-
.AMÍGDALA — Do gr. amygdále, amén- lho). " "
doa, de origem hebraica (Le\yy, Boisacq) pelo ;; AMOLAR -^ Do esp. amolar, der. do lat..
Lübke, REW, 5641); Nunes,
mó
;
:
cia de Diego, Contr., 205; Cornu, Port. Spr.,
doa, e eidos, forma. § 92)..
AMIGDALÓTOMO — De amígdala e da .yV-.v?j£M0LG^^
raiz gv: tom, ált^ de; témnó; cortara" ;- riv. de mollis, mole, V. Diez, Gram., II, 367;:
AMIGDALÓTRIPSIA — De amígdala, gr.
'
AMIGO — Do la.t. amicu; 'esp. amigo, it. R. L., III, p. 132, A. Coelho (lat. mulcare,
amíco, fr. ami. y:que;:;;náoW"explicaria-: 0;-^).y :;-:'y-v^-"-;:-y :
•
-yH'AMOMO; —- DO gr. ámomon,: de origemy
AMILASE — De amilo e suf. ase (de
; : ;
<--- -^-'M;.-
diástase~). AMONIACO — Do gr. ammoniakón, (sal)
AMILÉNIO — De amilo e suf. énio.- amoníaco, ;;;pelo lat.;:; aTO.mp«íacit.:;: Outrora :;se-; :
jlatS:;am^Zií.;r;-v;;;:;:;:;;;y ^
santuario de' Júpiter Anión.
; .
Amoniemia — 27 Anadose
AMONIEMIA — De amonio, e haima, gi'. AMURCA — Do lat. amurca.
sangue, e suf. ia. AMÜSIA — Do gr. amousia, ignorancia das
AMONÍMETRO — De amonio, e gr. meír, belas artes, sobretudo da música pelo la-t ;
; ANA —
V. Alna.
'.
zélius. ": ANA —
Do gr. ana, com o sentido de rer
AMONITE — Do gr. Ámmon, Amon, sobre- petigáo, pelo lat. ana, usa-se abreviadamente
nome- de Júpiter, e suf. ite. A voluta da concha aa na linguagem farmacéutica.
parece com os cornos de Júpiter Amon.
AMÓNIURIA — De amónia
ANABATA Do gr. anábatcs, o que —
e gr. oilron, "sobe.
urina, e suf.
AMOR — Do
ia.
lat. a-more; esp. amor.
ANABATISTA Do gr. anabaptistas, —
it. que se baptiza segunda vez
amore, fr. am'our.
AMORA — Do
gr. morón, pelo lat. mono.
ANABENODACTILO Do gr. ánabaino, —
subir, trepar, e dáktylos, dedo.
V. Abantesma. Camoes, Lus., IX, 58, 6, deu- ANABENOSAURIO Do .gr. anabaino, su- .^-
Ihe poética etimología, relacionada coni amor. bir, saurós, lagarto, e suf. io.
Esp. it.
AMORAL —
mora, fr.
gr. a privativo e de mo- Do
mure. ANABERGITA — De Annaberg, cidade da
Saxónia e suf. ita.
ral. Mario Barreto, Novissimos Estilaos,
V.
Clédat, Dict. Et.
ANABIOSE — Do gr. -anabiosis, ressur-
-pg. 336;
AMORETE —
Talvez alteracáo do ár.
; reicáo. .
ANABOLISMO — Do gr. anabolé, demora,
-
se, .
em port.. e
rá-sé,.__protege-se aquilo de que
em esp.; com efeito,ampa-
estamos na
ANACANTINO — Do ''7 gr. an privativo e
^alfánttnos,--espiiúiosOffyi';-'/-: ^ :
::
v .
tí:
Córnu, A.. Coelho, Cortesáo, Carolina Michaelis. vida, de um tipo "adnateare, do lat. nataré,.
nadar Mtí Lübke, '/S^W2i!\5tóí::íi^éí^^^¡^i<cir¡:
;-.i
tíGortésáo cita:: formas amparar tí e? amparar tí em ximaQáo -eovci o vélhbtí- aXtOW sAéi^aoManeizan^:
Leges; Cornu, Port. Spr. pg. 947, vé no a
:
pelídos, pequeña vinha, voc. de origem he- de uiTia árvore da India, formado de ana, com
braica (Lagarde, Bpisacq), e suf. ácea; neol. ^sentido de parecenca, e kardia, coracáo. Linneu
de Kunth. : o aplicou ao nosso cajueiro,: cujo fruto ¿tem :
vinha, graph,
suf ia.
AMPELOGRAFIA
raiz de grápho,
Do gr.
descrever,
ámpelos,
e
cuagáo por cima.
ANACATARTICO
líós, que purga por cima.
Do gr. anakatharti- — tí
ámpelos, vi-
ntia., lagos, tratado, e suf. ia. recapitulagao. '".
AMPELOTERAPIA — Do gr. ámpelos,
siSy
— Do gr. analcyklikós, re-
ANAC1CLICO
vinha, e therapeia, cura. virado circularmente. .'-
/'.-
AMPERAGEM —
;
'
cés,; e suf. agem. \
De Ampére, fisico íran- — Do gr. anáklasis, refra-
ANACLASE
cáo, pelo anacíase. lat.
AIvíPffiRIO — ídem e suf. io. .ANACLASTICA — Do gr. análclastos, re-
AMPEROMETRO — De Ampére, fisico fra.tado, e suf, ico. títí
francés, e gr. metr, raiz de metréo, medir. ANACLÉTICO — Do gr. anakletikón (si-
'
títificátía tíorigem. :
o Que :
(Lokotsch);títí:tí:títítítíffl:tí!
ANACORETA — Do gr. ánachoretés, G\
: tí
íi5::Si :
-AMPHlARÍj-^D lat. tíamgwí'arétícortarldostí
dois lados, podar.. ...tí* que se retirá* (do -mundo), pelo? lat.- 'anachoreitií
ANACREÓNTICO — Do lat. anacreonticü,
tí tí
AMUAR —
Bluteau da como derivado de .
mu (mulo), animal duro de domar; A. Coelho de Anacreonte, poeta lírico grego, que ern
S'níándá?t comparar 'com * a éxpressáo prender
- versos graciosos cantou o vinho e o amor.
—
:
XXXVIII, 140 f.
Gesellschaft, ANACTESIA— Do gr. anáktesis,..'.:
recupe-
ragáo, e suf. ia.
AMUO — De amuar. ANADEL :— Do ár. annazaar, inspetor
,
•
AMURA — M. Lübke, REW, 5674, deriva, o é iregülar; v. Nunes,
l Gram. JBist., 177;
de amurar, de muro, A. Coelho diz que existe ..'». -'.= tí .eí pela: .im ala.: -tí?::
—anadema.
:
:
:
;:.dolDro, pelo tíIat.tí?aMdáigZose.:tí;;:::/?:?:;??:tí.:tí
:
::
:
tí:j^
v'
qual passa a manobra. Barcia dá o gr. mod. ANADOSE .— Do gr. anádosis, -distribuí-
moúras para étimo do esp. Qáo.
: ,
Anádromo i
Anapórea
ANÁDROMO — Do gr. anádromos, o que ANALAGMÁTICO — Do gr. anállagma, '
e suf.. al.
ragao, e suf. ico.
ANAPoREA
ros, poro, e suf. ea.
—
Do gr. ana, através; po-
am
;
90 Andar
Anaptisia
1 l
,
30 - Anemático
Andarilho
™rr eso e it., urna metátese analógica com o feminino existente gynaüceíon,
cita o baixo lat. andaré,
Corfesáo
n°o
ern textos das Leges. V. C. C.
Rice Pu-
.
- glneceu.
ANDRODAMAS Do gr. androdamas; —
blicatíon on the Modern Language
Association pío androdamas; os antigos julgavam
lat.
(atinare), ~an-
of America, XIX, 217 (."aunare que esta pedra gozava da propriedade de
nitare) Korting, Latein-Romamsches Wor- .
rolinaMichaelis, R.L. XI, 40-1. Era mascu- ANDROGLOSSA — Do gr. anér, andrós,
em latim. homem, o glóssa, língua.
ANDROGRAF1DEA — Do gr. anér, andrós,
lino
ANDES ITO —
Andes, cordüheira sul-
De
.
o maláiala possüi andoZa, que, na. sua passa- ANEJO — Do esp. anejo (M. Liibke, REW,
gem para o portugués, podía normalmente ter 481, Gortesáo, Subsidios).
dado andor (cfr. anzolo, anzol; mogol, mo- ANEL — Do lat. annellu por annulu (Ho-
gárf. .~Dos paralelos codágu, conarés, túlu, lm- racio) Cor-
esp. anillo, it. aiíello, fr. anneau.
;
güas :dravídicas, cingalés, concani, hindustam nu Port. Spr., § 100, acha estranha a apócope-
é- béngali, línguas néo-áricas, se infere que o
:
do o final, a qual faz M. Lübke, REW, 452,
"r vocábülo é vernáculo; todos se entroncam no tirar a palavra do provengal aneZ. A conser-
sánser. hindula. vacáo do n intervocálico é também estranha,
— .
• .
.
esp. andorina (ao lado de golondrina), it. ron- pg. 177, e confrontem-se bacelo, bástela,
ca-
dina; ir. Mrondelle (com outro suf. diminutivo). dela, fivela, martelo, novelo, reía, rodela, sin-
V. A. Coelho, Díc. et., R. L., I, 135, Leite de qelo, sovela, tabela, trela e vitela.
Vasconcelos (hirudinea), R. L., III, 268; Nunes, ANEDETRICO — Do gr. an privativo e
Gram. Hist,, 60, Cornu, Port. Sp.r., § 244. G. elétrico.
Viana, Apostilas, I, 68, ¡senté influencia de ANELHO — Do anniculu (M. Lub-
• lat.
..
ANDRÁDITA —
De Andrada, sobreno- nes, Gram. Hist., 115).
—
«meKpeló qual: eraS cóntíecido "entre; os natura-
S¡'; i
ANEL1PEDE ;
Do anellu, anei, e lat.
estrangeiros o mineralogista brasileiro -. pes. pédis, pe.
ANñLITO ——Do lat. anhelitu.
listas '
José Bonifacio de Andrada e Silva, patriarca :
.
da nossa independencia (Roquette Pinto, Mi- ANÉLITRO 'Do gr. an privativo e eZi-
Anematopoese 31 — Anfiguri
Aníio-Hexaedro 32 Angiosíenosc
ANFI-HEXAEDRO —
Do gr. amphi, dos virtude que os médicos do século XVI lhc
dois lados, o hexaedro; aprésenla dois 'Hexae- atribuiam contra as picadas dos insetos e as-
dros em sentido diferente. das cobras.
ANFÍMACRO — Do gr. amphimakros, ANGELIM — Do tamul anjile, malaiala.
longo dos dois lados, pelo lat. amphimacru; aññili ou aiyni.
é eomposto do urna vogal breve, precedida e ANGELOGONIA — Do gr. ággelos, anjo, e
seguida de lima longa. noneía, geraeao.
ANFIMALO — Do gr. amphimall.'S, la- ANGEL.OGRAFIA — Do gr. ággelos, an-
nudo do ambos os lados, pelo lat. amphi- jo, graph, raíz de sríipho, descrever, o suf..
TiUllllt. id.
ANFIMfiTRICO — Do gr. amphí, ao re- ANGELOLATRÍA — Do gr. ággelos, an-
dor, o métrico. jo, e látrcia, adoracáo.
ANF1NEURO — Do gr. amphí, em tor- ANGELÜLÜGIA" — Do gr. ággelos, an-
na, o ncúron, ñervo. jo, lóqos, tratado, e suf. ia.
ANFIÚXUS — Do gr. amphi, de ambos ANGIDIOSPONGO — Do gr. aggídiou, va-
os lados, oxys, agudo, pontudo. so pequeño, e spóggos, esponja.
ANFIPiRIDA — Do gr. amphípyros, cer- ANGIESTOPIA — Do gr. aggeion, vaso,
cado de fogo, o suf. ida. o éktasis, cíi/atacáo, suf. ia.
ANFIPNEUSTO — Do gr. amphí, dupla- '
ANGIOEEUCOLOGIA —
Do gr. aggeion,,
quo tem duas bocas, e suf. ida. vaso, leukós, branco' (linfáticos), lagos, tratado,
ANFITALAMO —
Do gr. amphi Chulamos, e suf. ia.
sciíicet
de outro
koitón,
lado,
quarto com leitos de
pelo lat.
e
amphithalamu.
um ANGIOLINFITE — Do gr. aggeion, vaso,
— Do gr. amphithalcs, flo- nymphe pelo lat. lympha, agua, linfa, e suf. fíe..
ANFITALITA
rido ao redor, e suf. ita.
ANGIOL1TICO — Do gr. aggeion, voso,
ANFITEATRO — Do gr. amphíthéatron, líthos, podra, o suf. ico.
ANGIODOGIA — Do gr. aggeion, vaso,.
teatro de ambos os lados, pelo lat. amphithea-
lugos, tratado, e suf. ia.
tru.
ANFITRIAO — Do gr. Amphitry 11, pelo
ANGIOMA — Do gr. aggeion, vaso, c suf.
orna.
lat. Amphitryone ; nome de um principe te-
ANGIOMALACIA — Do gr. aggeion, vaso, e
bano. Na comedia Amphitryon, de Moliere,
imitada de Planto, éste principe oferece um malakía, amolecimento.
grande banquete aos scus oficiáis e entao ANGIOMÉRO — Do gr. aggeion, vaso, meros,
parte, porcáo.
(ato III, cena V) o seu criado Sosia diz "Le
véritable Amphitryon cst l' Amphitryon ou l'^n
ANGIONEURECTOMIA — Do gr. aggeion,
vaso, neúron, ñervo, cktomc, ablacao, e suf ia.
diñe".
ANF1TROPO —
Do gr. amphí, de am- ANGIONEURÓTICO — Do gr. aggeion, vaso..
neñron, ñervo, de ligagáo, e suf. ico.
í
bos os lados, trop, raiz alterada de trepo, vol-
tar; é recurvado na ponta dos cotiledones e
ANGIONOMA — D° gr. aggeion, vaso, e
na radícula (Ricard). nomo, devastacáo.
.
ploké, entrelacamento.
jthílos,
das
amigo; as granulacoes assim chama- ANGIOPTERIDEA — Do gr. aggeion, vaso,.
coloram-se igualmente pela cores acidas pterís, pterídos, feto, e suf. ca.
o pelas básicas. ANGIOB.RAGIA — Do gr.aggeion, vaso,
ANFOLOFÓTRICO — Do gr. amplio, am- rhagé, ruptura, e suf. ia.
bos, lúphos, penacho, thrix, iridios, cábelo; ANGIORREIA — Do gr. aggeion, vaso, e,.
tem um penacho de cilios vibráteis em cada analógicamente, rhoía, de rhéo, correr.
extremidade. ANGIOSARCO — Do gr. aggeion, vaso, e
ÁNFORA — Do gr. amphoreús oelo lat. sárx, sarkós, carne.
amphora. ANGIOSCLEROSE — Do gr. aggeion, vaso,,
ANFÓTERO — Do gr. amphóteros, um e e 'escleroso
outro. ANGÍOSCOPIO — Do gr. aggeion, vaso,
ANFÓTRICO — Do gr. Amplio, ambos, skop, raiz de skopéo, ver e suf. io
thrix, trichós, cábelo; tem cilios vibráteis ñas ANGIOSORO — Do gr. aggeion', vaso, e-
duas extremidades. sorós, montáo.
ANFRACTUOSIDADE — Do lat. anfra- ANGIOSPASMO — Do gr. aggeion, vaso, e.
ctwjsus, de anfractus, lugar onde o caminho spasmós, convulsáo.
faz cotovelo, e suf. idade. ANGIOSPERMO — Do gr. aggeion, receptá-
ANGARIAR — .Do persa pelo gr. agía- culo, e spórma, sementé.
reno, por em requisicao, e pelo lat. anga- ANGIOSPORO — Do gr. aggeion, vaso e
riare. sporá, sementé.
ANGARIARI — Do origem africana ? ANGlOSTEGNOTICO — Do gr aggeion.
ANGARILHA — Do eso. anqarilha. vaso, stegnotós, de stegnóo, apartar, o suf. icol
ANGÉLICO — Do gr. aggelikós, de anjo, ANGIOSTENOSE — Do gr. aggeion, vaso,
pelo lat. angelicu. O nome da planta vem da e sténosís, estreitamento.
. . . . . .
Angiosteose — 83 — Añojo
á treito, e remu, remo, por analogia com trirreme año, it. anno,.
e oütras palavras. ir . an
- ANGUSTIRROSTRO — Do lat. angustu, es- ANOCELIADELFO — Do gr. ano, para
e rostru, bico. cima, koiiía, ventre, adelphós, irmáo.
s?' treito,
- ANGUSTO — Do lat. angustu. ANODINO — Do
gr. anódynos, que nao
.
':".:. ANHO — Do lat. agnu; it. aguo, agnello, causa dor, que
Marcelo Empírico.
acalma, pelo lat. anódynos, em
ánt. aigne (fem.), mod. agneau.
fr.
—
"
ANIAGBM — Por *niagem, corruptela de ANÓDIO Do gr. ano, para cima, hodós,.
Ivnhagem. caminho, e suf. io.
ANIDRIDO — Do gr. an privativo; hydor, ANODONTE — Do.„gr. anódous, anodúntos,.
Mi agua, e terminagáo ido de ácido; torna-se ver- desdentado (na concha).
ANODONTIA — Do gr. an privativo, odoús,.
'
Anol'eno 34 — Anticronismo
ANÓLENO — Do gr. an privativo, olóne., e Lameira, Gram. Port.; pg. ¡), dao como de
brago. origem céltica.
ANOMALECIA — Do gr. a-nomolós, irregu- ANTAGÓNICO — Do gr. antí, contra, e ago-
lar, oikía, casa; nool. de Richard. nizeos, concernente as lutas.
ANÓMALO — Do gr. anómalos, irregular, ANTAGONISTA — Do gr. antagonistas,
pelo lat. anometlu. pelo lat. antagonista.
ANOMIANOS — Do gr. anómios, sem lei, ANTANÁCLASE — Do gr. ardanáklasis, re-
a suf. ano, nome que por trocadilho so dava pcrcussáo, pelo lat. anlanaclasc.
aos ceno mócenos, de anúmoios, dissemelhante, ANTANAGOGE — Do gr. antí, contra, ana-
herejes que negavam que o Verbo íosse da gogo, impulso.
mesma natureza que o Pai. '
ANTANHO — Do
esp. antaño (M. Lüblce,
ANOMOCfif'ALO — Do gr. ánimos, irre- TZEW, Nuncs, Gram. Ilist. Por1%, 111); o
495,
dá ñ espanhol, e n em portugués
latino
gular, kcvhalé. cnbeca. fin
ANOMODONTE "— Do gr. ánomos, irre- (annu —
año — ano). Fr. ant. antera.
gular, oeloús, odónlos, dente. ANTAPODOSE —
Do gr. antapódosis, com-
ANOMURO — Do gr. ánomos, irregular, pensagáo, pelo lat. anlapodoxe.
ANTAPOLOGIA — Do gr. antí, contra, e
ourá, cauda.
ANONA — 1 — Do lat. etnmona, colheita de etnología, defesa.
ANTARTICO — Do gr. eentarktikós, odosIo
l'rutos de um ano.
2 — Dalgado. Glossário, I, 63, b, diz que ao ártico.
ANTE — Do lat. a?ue.
nome nuna, ñas linguas malaias.
A Academia
ciosta fruía é
Espanhola deriva o esp. anona de ANTECESSOR — Do lat. antecessore
anón, voz caribe. Pedro Pinto, Estados Eucli- ANTECIPAR — Do la"t. anticipara.
eiia'iios, pg. 56, diz que a denominagáo í'oi dada
ANTECO — Do gr. ántoikos que mora de- ,
por Adeñson, de Monona, nome do fruto numa fronte, pelo lat. antcecu.
língua da América. ANTECOR — Do lat. ante, antes de, o cor,
ANONFALO —
Do gr. an privativo, e óm- coracáo
ANTÉLICE — Do gr. anthelix, pavilháo da
phalós, umbigo..
ANÓNIMO — Do gr. anúnymos, sem nome, orelha.
ANTÉLIO — Do gr. antí, contra, e helios,
7)elo lat. anonymu.
ANONIQUIA — Do gr. an privativo, ónyx, sol.
ANTÉMIDE — Do gr. anthémís, anthemídos,
óuychos, unha, e suf. -i«. camomila, pelo
ANOOPSIÁ — Do gr. ano, para cima, ópsis, ANTENA
lat.
— Do
anthemide.
lat. autenna, verga de
v-ista, e suf. ia.
navio.
ANOPLODERMEO — Do gr. ánoplos, desar- ANTENIFERO — Do lat. tente una, antena,
mado, dórma, pele, e suf. eo. e_/er, raiz de ferré, trazer.
ANOPDOGNÁTIDA — Do gr. ánoplos, desar- ANTEPARO — De ante e peerar no sentido
mado, gnáthos, mandíbula, e suf. ida. de aparar.
ANOPLOTÉRIO — Do gr. ánoplos, desar- ANTEPIRREMA — Do gr. anlcpyrrhema,
mado, g theríon, animal. contraparte do recitativo do coro.
ANOPLURO — Do gr. ánoplos, desarmado, —
ANTERA Do gr. antherá, florida.
e ourá, caúdá.
— ANTURICO — Do gr. antherikos, asfódelo.
ANOPSIA Do gr. an privativo, ópsis, .
ANTERiDIO — De antera e suf. idio
vista, e suf. ia. Há em grego anopsia, com ou- ANTERIOR — Do lat. anieriore. '
a-
- 35 Antoro
Antictone
antidotan, presente -
tidario da antiguidade.
rielo lat.
ANTIENAEDRO
antidotu.
— Do gr. MÍ» contra, ANTIQUIB.O — Do gr. antícheir, scilicet
dáktylos, o dedo aposto á máo, polegar.
:
e suf.
—ico.
-
testino), :
ANT1LDE
Do gr. anthyllis anthylhdos, meira, pelo lat. antistrophé.
;agriao :OU iva moscada, pelo anthyllide. lat.
,
ANT1TESE —
Do gr. antíthesis, bposigao,
ANTILISSO — Do gr. antí, contra, e lys- pelo lat. antithese. v
raiva.
— Do gr. antí, contra, S - ANTITÉTICO —
Do gr. antithetikós
.sa>,
ANTILITICO
:
Z¡- ANTÍTIPO —
Do gr. antítypos, copia de
thikós, relativo a pedra.
-
um modelo.
ANTILOBIO — Do gr. antilóbion. ANT1TROPO — Do
;
'-
gr. antí, contra, e trop,
ANTILOGÍA — Do gr. antilogía, contra, raiz alterada de trepo, virar.
ANTIXENISMO —
- Do gr. antí, contra,
ANTÍLOPE — De origena desconhecida. ccénos, estrangeiro, e s.uf. isino.
— r
-
francés, que por sua vez o tirou do inglés fcéras/-'chifre,. numa suposta forma anthoke-
(Animal que les Ánglois ont appelé antílope .
-
¿-Garre :aliás-ácrescentá que esta etimología é ANTOFITA
Do gr. ánthos, flor, e -pliy-,
e provaívelmenté sugerida pela com-
. :
; fáritasia
S"íd«^:::planta;.::;::-"g:::
ANTÓFORO — Do gr. anthóphoros, que
i
traz flores.
vic, Eguiláz, ;
é urna alteracáo do ár. aliths-
'¡niudypedxs. de que se preparam os colirios;
ANTOGSNESE — Do gr. ánthos, flor, e
génesis, geragao.
gga;; forma ítsmid corresponde melhor á grega
:M:^iími''oú':stim^ii.ljoKo^S(^ dé. um lat. medie- :
ANTOGRAFIA — Do gr. anthographéo,
pintar cores floridas, e suf. ia.
;>'-'Val cwttimoímf, que filia ao ár. ithmid, de ori- ANTOJO — Do esp. antojo (cfr. antolhos).
ggem coptá, stim, era. velho egipcio sdm.
.'-'
ANTOLHOS — Dé ante olhos, diante dos
ANTINO — Do gr. anthinós, florido, pelo olhos.":::
anthinu. ANTOLOGÍA — Do gr. anthología, co-
ANTIMONIA' — Do gr. antinomia, opo-
- ¡íat.
•:
Iheita de flores, pelo lat. anthología.
ANTOMANIA — Do gr. ánthos, flor, e
:
manía, loucüra.
"'
¡tasis, demonstracáó contraria. ANTOMI1NEO — Do gr. ánthos, flor, myia,
:
-'.-."'.'.--ANTIPATÍA —
Do. gr. antipátheia, sen-
.
.
ANTIPER1STASE — Do gr. .
antiperísta- ma, forma eólica por ónoma, nome.
ANTONOMASIA — Do gr. antonomasia,
'-eisgmudansa em sentido -contrario, antonomasia.
í. ;
—Do gr. antí,. contra, pyon,
ANTIPIICO nome contrario á idea, pelo
ANTORISMO — Do gr, anthorismós, de-
lat.
>; gfogo, febre, e suf/ ina. nome de urna ranunculácea. Houv« ha-
;: :. ANTÍPODA — Do gr. antípous, antipo- thora,
plologia.
-:'..','".vií¿¿¿'.''de'pés'.6p.óstos, pelo lat. antipodes.
.; : : - r
f
Antorrizo 36 Apagar
modernamente significa infiltracS.0 do tecido panhola da o mesmo étimo para o esp. anverso..
pulmonar por partículas de carvao colindas ANZOL —
Do lat. *hamiciolu, dim. de
no ar inspirado. ha-mus, esp. anzuelo, it. amo (no positivo),
ANTRACOTJ5RIDA — Do gr. ánthrax,
fr. hamegon (com outro sufixo diminutivo);.
No séc. XVI aínda anzolo; Cortesáo cita ani-
carvao, thcrion, fera, e suf. ida.
sólo num texto das Leges. Cornu, Portuguie-
ANTRASOD — Do gr. ánthrax, carvao, siche Sprache, § 100, acha estranha a apócope
s eufónico, e suf. ol; voc. mal formado.
ANTRAZ — Do gr. ánthrax, carvao, car- do o. V. Nunes, Gram. Sist. pg.
AORISTO — Do gr. aoristos, indefinido.
67.
búnculo, pelo anthrace; a pele fica
negrecida.
lat. en-
"AORTA — Do gr. aorté pelo lat. aorta
ANTRENO — Do gr. anthréne, abelha em gr. no plural significava orónquios.-
AORTECTASIA — De aorta e ecíasia..
brava.
ANTRO — Do gr. ántron, pelo lat. antru. AORTEURISMA ' — De aorta e do gr..
ANTROPEANO — Do gr. anthrópeios, do eúrysma, dilátacao. -
lancada no vocabulario.
e Xficou :Dois y anos;
ANTROPOGEOGRAFIA — Do gr. ánthro- depois, um bando sinistro de malfeitores era
:
'ou APAGA-FANÓIS —
Segundo- A. Coelho, nao se pode determinar
ANTROPOLOGÍA — Do gr. ánthropos, ho-
v
homem. metr. raiz de metreo, medir. dinam. fane, paño. O esp. tem apagapenol,
ANTROPOMORFISMO — Do gr. -ánthro- que a Academia filia a pénol.
pos, homem, morphú, forma, e suf. ismo. APÁGA-PENoES ou APAGA-PENÓIS —
ANTROPOMORFO — Do gr. anthropúmor- V. o precedente. O segundo elemento_ aquí
devé ser* pendes por pendóes, o :que é- meí
.
phos. ;
ANTROPOPATIA — Do
:
Apage — 37 — Aplacar
REW, 6204). Academia Espanhola deriva uso vulgar, passou a significar o que abre,
apañar de a e paño, paño. M. Lübke filia excita o apetite (Darmesteter, ."Pie des mots,
ao lat pannu, paño, e acha o sentido de ex- pg. 131).
plicagáo difícil. Cortesáo, Subs., deriva do :
—
parar. M. Lübke,
De as e APETRECHO — Do esp. pertrecho (cfr.
mesmo =-
REW, 534, cita o lat. apparare, mas aoderivada ct lat. ch).
[
átono).
: ido, engañar, e suf. ita. Foi tomada como / APIRENOMELA — Do gr. apyrenos, sem
pedra preciosa, tal a sua aparéncia engaña- carogoi > sem: botáo, e méle, sonda.
APIREXIA — Do gr. apyrexia, ausencia
:
:
dora.
; APATÜRIAS — Do gr. Apatoúria, pelo
:
de::;febreV:"' /'Kv'
:
:y:r';^r ;
guar. pito
-'".' APEAR — Da
locugáo a pé. M. Lübke, pito,que se encontra em pitorra. A Academia
REW, 541, considera urna criagáo da língua, Espanhola vé em pito urna voz imitativa.
ao passo que o esp. apear dá como derivado ; . AP1VORO — Do lat. ape, abelha, e vor,
do lat. "appedare. V. Joáo Ribeiro, Gram. .raiz: íde varare, devorar. y -
— Do
.
Aplanetismo 38 — Apomorfina
planétes, errante, e suf. ismo; faltam aber- gar onde a. gente se despe, pelo lat. apody-
ieriu.
racóes das irradiacóes simples.
APDASIA — Do gr. «.privativo; plasis, APODIXE — Do gr. apódeixis, demons-
tragáo, pelo lat. apodixe.
modelagem,
APLASTAR,
e suf.
—
Talvez do esp. aplastar,
».<*.
ÁPODO — Do gr., ápous, ápodos, sem pé.
esmagar, que alias nao tem sentido especia- APODÓGINO — Do gr. a privativo pod,
lizado em náutica. raiz de poús, podós, pé, o de ligacao gyné,.
"APLAUDIR — Do Iat. "applaudire. mulher (ovario)
APLAUSO — Do lat. applausu. APODÓPNICO — Do gr. ápodos, forma
APLESTIA — Do gr. aplestía, avidez in- •
jónica de áphodos, volta, pn, raiz de pneúo,
e suf.
saeiável.
APLEURIA — Do gr. a privativo, pleura,
respirar,
—ico.Do
APODÓSE apódosis, restituic.3.0 g,r.
suf. ida.
APLOMADO — Do esp. aplomado. escapar,- pelo apophyge.
APOFILITA — Do gr. apophyll, tema de
lat.
^cüagaqK¿?ííS" ); appuyer.
APÓCINO — Do gr. apokynon;
;
;
;,
suco
;
APOJAR
A. Coelho filia pojar, inchar —
;
— (vela de navio), ao it. poggiare, que se diz.
'.ÁPOCLISE
-
•
Do gr.. apóklisis, inelina-
do navio: "que- vat de ; ventó em: popa^ isto é, :
tó, ¡déMautorSíobscuróíK^^
:
—
'
-de v
: ; ; ;
;
ap"ó'iátfJ;':'v:'J'''SK:
AFOLAR — Do gr. a priv. e de polar.
;
gDiziSqueffiol sentido: 'primi tivó:; éíconipiííarj -conS semánticamente inaceitáveis. V. Joáo Ribeiro,
tar; manda ver o Dio. Acad. Ramiz Galváo Curiosidades Verbais, pg. 136.
filia com dúvida apodo ao gr. apodos, desa- APOLINOSE — Do gr. apolinosis, agáo
gradável, dissonante. Barcia tira o esp. apodo de atar com fios de linho.
do gr. apodos, volta, giro, repetí cao do norne. APÓLISE — Do gr. apólysis, desligamento.
Mas;; cpmoreyeioiii áoSesp; éste voc. grego sém
; ;; :
APOLISINA — Do gr. apólysis, desliga-
deixar rasto em liarte alguma?. mento, e suf. ina.
APODECTA —
Do gr. apodéktes, rece- APOLOGÍA — Do gr. apología, def esa,
bedor (de impostos) pelo lat. apología.
APÓDEMA — APÓLOGO — Do gr. apólogos, narragáo,
.
:v"' :: :
:.::;,
6.6 ;
Ík;::;;í;'"; ;;;;;;;;;; :
Apona 39 Acmé
Gram. Hist., 78, G. Viana, Vocao., pg. 16, Apost., derar-se; quem aprende, apodera-se do conhe-
79.
cimento . Esp aprender, it.. apprendere, f r. ap-
.
,
e para o prov. apprenlig.
passar, pelo lat. aporia.
APRESIGO —
Do lat. apprehensiculu? (Cor-
APORINOSE — Do gr. apó (lugar donde), tesáo) Cfr. pascigo.
.
APRIQO —
Do lat. a.pricu; cfr. abrigo.
rhin, raiz de rhís, rhinós, nariz, e suf. ose.
APORISMO — Do gr. a priv., poros, passa- APRILINO — Do lat. aprile, abril, e suf..
ino.
gem, solugáo, e suf. ismo.
APORÓ — Do gr. áporos, impenetrável. APRIORISMO — Da expressáo lat.-.á'jH-iori,
APORRINHAR — De a, de um substantivo antecipadamentey e suf. ismo'. ?
APRIOR1STICO — Da expressáo lat. a prio-
feminino que quer dizer cácete e do suf. fre-
ri, antecipádamerité, é süf.ííiístósé3SSSííí; ; '--
i
v :i
i^í--.
qüentativo .inhar.
APRISCO — Para A. Coelho está por apei-
/ ;
Apousentar aínda aparece nos Lusíadas redil mas um curra! para a. ordenhá íjérrib'iáí .
I, 79)
entáOi Oííat? ? appressicacre, -ajuntañ; ás~ bvelháS:;
.
'
APROCHE — Do fr. approche;, introduzido-
APOSITO 'Do lat. apposiUí. no; sáculo XVII. :: X'y;'''y/[r:i^¡MWS¡í'M-ñ:í-ir.
APOSPASMO — Do gr. apospasmós, acáo APROCTIÁ— Do :
gr. a priv., proktós, ánus,
arrancar. , &ysuf:: :ia.\:<:
:
:y:: :y y
. :.de;:.
arco, pelo
latv apsidej: v. Ábside. Vi
APSIQUIA — Do gr. apsycMa.
cáo.fte suf .ia.
APÓSTASE — Do gr. apóstasis, afastamento.
APOSTASIA — Do gr. apostasía, deíecgáo, APSITIRIA
murmurio, e
— Do
suf. ia.
gr. a priv., psíthyros,,
APTENODITA — Do
«pelówiatwapbsíasio-.
APÓSTATA — Do gr. apóstalos, o que se
e dytes, que mergulha.
gr. aptén, que nao voa,
afasta, pelo, lat. apostata.
APOSTEMA — Do gr. apostema, .
"
afasta- APTERIA— Do
suf. ia.
gr. a, priy., pterón, s.sá,, a-
.''.'"''.' ".':'-';'-'''
mento,fíab*cessO;/ "^:.^: :':^/[;"ü:'^:
—
: ::
:
-í :.-/
;;
APOSTELA — :: :
Da
:
expressáo latina
:\
:
« süás'Sglosásí ;com o auxilios das" referidas pála-
vrasí; Darousse deriva o fr. postttleí também. do deiras (propriámente sem asas) e ourá, cauda.
pt
:~
'.'
Do gr. a priv., ptyalon, sa-
:''.;'"''' '';
liva, e SÚf-.'B. -V. '.-.'.í?
APOSTROFE —
Do gr. a,postrophé, acáo de
§
APURAR —
a, puro, e desin. ar; tornar-
De :
virar-se, pelo lat. aposirophe. Quem apostrofa, puro, extraindp os elementos estranho.s, para se
.
.
APOSTROFO —
Do gr. apóstrophos, que se AQUAFORTISTA — Do it. acquaforte, agua-
desvia, pelo lat. apostrophu. forte, e súf. ista.
APOTECA —
Do gr. apothéhé, lugar onde AQTJ ARELA — .
Do it. acquarella.
se guardam coisas, pelo lat. apotheca. V. Bo- AQUARIO — Do lat. aquariu. ''-.,
•
urna orágáó elíptica : acode dqui, gente :d'el-re%.
."
to, pelo lat. apothese. Para o espanhol aqui del rey a Gramática: da.
wBmm
'•
-i —
. : . ; . .
Aquecer — 40 — Arandela
ser alteracáo da vogal átona inicial ou aposi- feminino e ao neutro, permanecendo neste. Diez,
gáo do prefixo a ao lat. calescere (Diez, Dic, Gram., II, 87, considera urna flexáo interior
435 ..Cornu, Port. Sin., § 258, García de Diera,
, usada pela lingua para distinguir as formas
Contr., 94. com mais precisáo. M. Lübke, Gram., I, pg.
Ha outro aquecer arcaico, corñ significado 104, julga o caso urna inflexáo causada pelo
de esquecer; do lat. cadescere, are. acaecer u final.
(Nunes, Gram. Hist., 60, 98; esp. acaecer. AQUILODINIA — Do gr. Achilleús, Aqui-
AQUEDTJTO — Do aquaeductu, canal lat. les, odyne, dor, e suf. ia.
de agua. AQUILOSE — Do gr. a chylós, suco,
AQUEIVAR — V. Alqueivar. e suf. ose.
priv.,
carro.
muta da átona inicial diante de gutural e ÁRABE — Do ár. arab.
apócope da sílaba final por influencia da pró- ARABESCO — De árabe
rabesque n'a-, pas plus été trouvée par les Ara-
e suf. esco "L'a-
clise (Nunes, Gram. Hist., 57, 71, 352) se nao
houve afastamento déla, mais tarde tomada bes que le Nouveau-ntonde n'a été decouvert
como preposigáo. esp. are. aquende. Cornu, Em par America Vespucci, qui lui imposa son nom "
Jousset, L'Esj)agne et le Portugal ilhistrés
Porf. Spr., § 255, tira de acá em. Cortesáo, de pg
aqui em ou acá em. Joao Ribeiro, Gram. Port., 47. Brachet e Clédat tiram do italiano, o' que
335, o julga formado por analogía com além. e provavel, á vista do sufixo. M. Lübke dá
o lat
Bncontra-se em Leges, p. 369, a forma arcaica: - arabuscu e só a forma italiana
(RE-W, 589)
Habeant meiaydum ad portuth moestre de parte ARABI —
V. Rabi; o a é do artigo árabe".
aaquende.
AQUEME Do ár. alháquem, juiz. (Egui- — ARACA —
Do ár. "arate, sciliet attamr,
suor de támaras. Lokotsch repele a etimología
- -
'íaz) de Sousá, que tira o voc. do ár. karik, ardente.
AQUEMENERES — Do al. ja, mein Herr, —
ARACEA Do gr. áron, pelo lat. arum, pé-
sim, meu
senhor, segundo Pigueiredo. de-bezerro, e suf. ácea.
AQUBNIO
Do gr. a. priv., chain, raiz de — aranha,
ARACNEÓLITO — Do gr. arachnaios, de
chaíno, abrir-se, e suf. io, pelo lat. científico parecido com aranha (caranguejo), e
acheniu. : lithos, pedra.
AQUENÓPTERO — Do gr. a' privativo,
ARACNIDEO
SUÍ.: ídep.: ;. — Do gr. aráchne, aranha, e
chain, raiz de chaina, abrir-se, e pterón, asa > :
.
.:.'..
ARADO —
Do lat. aratru (com dissimila-
gao do r) esp arado, It arato, ant. fr. arere.
AQUIESCER
pousar. K;
; Do lat. acquiescere,
" .::-: ;:
re-" —
•
: -
:
: : ¡
¡
;
— .
_
AQÜÍFERO — Do lat. aqua, agua' e fer, vento brando. Joao Ribeiro, Curiosidades ver-
"raíz de ferré, trazer. '''
:;
o: muta da vogal inicial á influencia do r; Lindsay
—
.
: :
AQUILEGIA A.. .Coelho tira, do lat. hi- Latin Language, 201, M. Lübke, REW, 242, In-
potético aquilegia, a que gosta de- agua, ou trod. 120, admite já um lat. pop. " aramen.
tavez recolhe agua. Ramiz deriva de aquilea. /{ j Antigamente significava bronze.
AQUIDIA — Do gr. a priv,, cheilos, labio, ARAMENHA —
Por * aramonha, de agra-
e suf. ia. ...:'.: -v/::
mona (A. Coelho).
AQUILIPERO — Do lat. aquiliferu, o que ARANDELA
. —
A. Coelho tira de aro. Fi-
leva a águia (insignia romana) gueiredo deriva do. castelhano arandela.
. ,
Áraneífero — 41 — Arena
ARCEDIAGO gr. — Do
archidiáconos,
Egui- superior ao diácono, pelo lat. archidiaconu.
cer registro de procos. Dozy-Engelmann, ARCERA —
Do lat. arcera.
laz'apegam-se a alosar ou a.laser, plur. do assir, ÁRCETE —
Do arco e suf. efe ou do fr.
prego, coro epéntese de um n, mudanca de r cm archet (A. Coelho).
1 e do l do artigo em r.
ARÁO Do gr. aron.— ARCÉUTIDE —
Do gr. arlceuthis, ar-
ARAOUE —
V. Araca. keuthidos, oaga de zimbro.
ARÁQUIDA —
Do gr. arachidna. ARCHA— Do lat. artilla por astilla, se-
ARAR —
Do lat. arare; esp. arar, it. arare, gundo Cortesáo. Figueiredo tira do lat. «scia.
—
ant. fr. arer. ARCHEIRO Do fr. archer. A forma
ARARA —
Do tupi-guar. arará, onomato- portuguesa genuina é arquciro, cfr. fr. por-
che?, port. porqueiro.
•peico, segundo Teodoro Sampaio; frequentativo
arara, por mará, pássaro grande, segundo Ro- ARCHOTE — Do archa . o suf. oto, se-
gundo Cortesáo. Para A. Coelho é um de-
dolfo García, Notas a Feriiao Cardim, onde sa-
rivado do lat. arsus, part. pass. de arderé,
lienta que arara no aimavá significa falador,
pálrador ; de ararana, arara, semolhante ao dia, arder; manda comparar com o fr. arsin. Julio
á luz? (Batista Caetano, Vocab., 48). Ribeiro, Gram. Port.., 318, dá o lat. arsa taeda.,
ARARUTA —
Do aruaque aru-aru, farinha
fonéticamente inadmissível.
ARSIFORME — Do lat. arcu, arco, e for-
de farinha. A
forma inglesa arrow-root raiz ma, forma.
•de flecha, que tcm sido dada como étimo (Said ARCIPRESTE — Do gr. archipresby teros,
Ali, Dificuldades da lingua portuguesa, pg. 257, superior ao presbítero, através do lat. arc7ii-
Larousse) se baseia no hábito indígena de apli- presbyteru e do fr. arciprestre.
car os tubérculos da Maranta arundinacea no ARCONTB —
Do gr. árchon, archóntos,
tratamiento de f cridas causadas por flechas en-
venenadas (Lokotsch, Amcrikanische Worter im
ARCO —
Do lat. arcu; esp., it. arco, .fr.:
are.
Meutschen, pg. 28) Tastevin, Nomes de -plantas, .
ARCOBALISTA — Do lat. arcubalista.
StiraSdo tupi sem explicar a composicáo.
— ARCOBOTANTE — Do fr. arc-b 'Utant.
ARATÓRIO Do lat. aratoriu. ARCONTE — Do gr'. árchon, archóntos, 1
tira de arar e diz que a pronuncia minhota macaco parecido com urso.
•aconselha a forma aravessa. ARDA — Diez, Dic, 242, tira do lat. ni-
ARAVIA —
Do ár. arábiga, arabo, scilicet tela, prótese de um a, troca de n por.
com
lingua. r, depor d e síncope do i: árdela, contraí-
t
ARBI, ARBIM
.
Esp. arzón, it. arcione, fr. arcon. E' urna pe- rena.
ARENA — Do
. ,
wm
Arenga ~ 42
ARENGA — Do gót. hrings, círculo; me- ARGEMA Do gr. argema, pelo lat. ar-
dio lat. harenga, reuniáo, discurso (M. Lüb- gema.
ke, REW, 4209). ARGEMONA — Do gr. s.rgemóne pelo
AREN1COLA — Do lat. arena, aroia, e lat. argemone. Passava por curar as árge-
col. raiz de colare, habitar. mas.
ARENÍFERO — Do lat. arena, ARGEMPEL — Do lat. argentu, prata,
fer, raiz de ferré, trazer. e pele, cfr. oura'pel. Cortesáo supoe um baixo.
ARENIPORME — Do lat. arena, arela, seira de quadrúpede.
e forma forma. ARGENTÁRIO — Do lat. argentariu. "
cente.
AREÓTICO — téchne,
Do !
gr.
arte de construir.
araiotikós, rarefa-
plologia que evitou a
ARGIROCERATITA
forma argireritrósio.
—
Do gr. árgyros,
ARESTA — prata, e de cerátita. K a pedra córnea da an-
.
Doarista,
lat. arista: esti. tiga química.
it.__resta, fr. arete. M. Lübke "648, Intr. REW, ARGIRÓCOMO — Do gr. árgyros, pra-
pg, 250, ja aceita urna forma dialetal aresta. ta, e kúmc, cabeleira.
Designava a barba da espiga e passou a desi-
gnar os fragmentos nao filamentosos do linho,
ARGIROCRACIA — Do gr. árgyros, pra-
ta, dinheiro, krátos, forga, poder, e suf. ia,
que saltam quando ele sofre a preparaeao; formada á semeihanca de aristocracia, demj~
conserva-se neste sentido popular (R. de Vas- erada.
concelos. Gram. Hist., pg. 81). ARGIROFILO
ARESTO — Do gr. árgyros, prata, o
Por arresto, de arrestar, de phyllon, folha.
a e restar, se nao vem directamente do fr. ARGIRÓL1TO — Do gr. árgyros, prata, e-
arrét. líthos, pedra. B branco.
ARETOLOGIA
logas, tratado, e suf. ia.
— Do gr. arete, virtude, ARGIROPÉIA — Do gr. árgyros, prata,.
e po.éo, fazer; formado a semelhanca de ono-
ARSU — De ar, segundo Joáo Ribeiro, matopeía, epopéia, tec.
Frases feitas, II, 157.
ARPAR — Como termo pelo
ARGIROPRATA — Do gr. argyroprátes-
náutico, Eguilaz lat. argyroprata.
tira, com
.dúvida, do ár. orf, coma (R. Mar- ARGIROSIO — Do gr. árgyros, prata, o-
tin), crista de colina, de galo (Kasimirski). SUi. io.
Respirar a custo (falando-sé de cávalos), a ARGIVO — Do lat. argiva.
mesmo autor tira de artafa, oitava forma ARGOF1LO — Do gr. araos, brancos, o
do verbo rafáa, levantar-se. Sousa apela para phyllon, folha; apresenta lanugem prateada na
o ar. archa, baloucar, sacudir. Cortesáo de- página inferior do limbo.
riva do esp. arfar. Cornu, P¿rt. Spr., § 116,
deriva do lat. arenare, tomando o u pronuncia
CROÓLA — Do ár. algu.ll, grande coloirg.
de ferro, com dissimilagao do l; a derivara©
consonantica. do arco, proposta por A. Coelho, é fonética-
ARFECE V. Refece. — mente íuaceitavel.
ARFERIA — Do lat. arferia. ARGOMAS — Segundo Eguilaz, o vocábulo.
ARFIL — V. Alfil. c corruptela da expressa.0 árabe azczza ilgcman,
ARFOEDSONITO — De Arfoedson, nos -giesta selvagem, com elipse de ozezza
me de um químico sueco a quem Brooke o ARGONAUTA
argonauta.
—
Do gr. argonaúles, pe'o
dedieou. lat. •
ARGACO— Por algaco, de alga (Cor- ARGóNIO — Do gr. argón, ¡nativo, e suf io -
nil, Port. Spr., § 129, O. Michaelis, RE, foi assim chamado por sua grande inercia era
XXVIII, 25). coinlunar-se "~m n S agentes químicos qu-n-'o
ARGADILHO — Do esp. argadillo. O su- se faz a análise do ar. Neol. criado cm 1894
fixo indica a origem (M. Lübke, RBW, 2894). pelos físicos mgieses Rayleigh e Ramsay (Bon-
ARGAL — Segundo Julio Moreira, Es* ñafie).
tudas, II, 270, forma popular de algalia. V. ARGUCIA — Do lat. argutia, subtileza
R.
argal.
L., I, 262, A. Coelho (Suplemento), s. v. AR^rONINA — Do gr. argos, branco íque
tem a mesma raiz que árgyros, prataj, n do-
ARGALI —
Do mongol arga, crista de ligagao e suf. ina. E' um caseinato de prata.
montanha" (Larousse). Eguilaz deriva do ár. Larousso tira do radical de argent, prata.
alchadi, carneiro. Lokotsch do persa argali.
ARGAMASSA Talvez —
entre no voc.
ARGüEIRO —
Carolina Michaelis de Vas-
•
concelos comparou o vocábulo com o lat. acartt-
a palayra massa (G. Viana, Apost., I, 84). e Joáo Ribeiro, Frases- Fcilas, I, 163; acha c m-
^Bareiájídériva o esp. argamasa de arga, con- provada a conjetura com urna locucáo que se lhe
tragáo de arsila, e massa, massa. deparou na Aulegrafia nao sofrer argueiro ñas
ÁRGANA —
Do esp. árgana, segundo Cor- orclhas, onde equivale a pulga ou outro inseto.
:
tesáo.
ARGANAZ — Figueiredo Mas no rifáo —
fazer de um argueiro cavaleiro
gana, :&em explicar o sentido.
deriva de ár- — está cm que é corrupeáo normal de arqueho,
isto c, besteiro, soldado que müitava a pe e
ARGANEL — Do cataláo arganell, como armado de arco. A evolucao de re para rg.na.o-
o esp.. arganel (M. Lubke, REW, 6097). é normal, por conseguinte fonéticamente já'apre-
.ARGANBU
ARGÁO ——
V. Arganel.
Do gr. úrganon, instrumen-
•
senta esta dificuldade. Nao se vé palavra que
pudesje ter infiuído analógicamente. Parece-
to, em sua forma plural la'rqana, em lat. existir o suf. eirá.
arganiím. M. Lübke, REW, 6097; esp. ár-
gano, it. árgano, Eguilaz dá o gr. crgáte, lat.
ARGU£S — Por aregués, de Aregos ? (Fi-
gueiredo).
ergata, donde o ár. irqad. A. Coelho supóo
.
ARGÜIR — Do lat. "argüiré por arguere..
corruptela cío órgáo.
ARGAU — ARGUMENTO — Do lat. arqumcnlu.
V. Argao, cfr. lacrau, balan- ARGUTO— Do lat. argutu. '
drán, sarau.
ARGEL — ARIA — 1 — Subst. Do it. ario, ar.
Do ár. arjal, de rijl, pata tra-
seira de quadrúpede.
2 — Adj.: Do
:
Ariame — 43 Arquegonie
it. armesi.no e
ceiro sáculo.
ÁRIDO — Do lat. aridu.
-
o armoisin
ARIETE — Do lat. ariete, carneiro; tmfta
fr .
ARMÍFERO — Do
ARMÍGERO — Do
lat. armífera
lat. armigeru.
extremidade urna cabega déste
esculpida na ARMILA — Do lat. armilla, bracelete.
ARMILÜSTRIA —
'
animal.
ARILO — Do lat. anllu, caroco de iiva. ARMIM — V. Armiño.
Do lat. armüustria.
ARISCO— Por areisco, de arela. E'_di£icil
fíina, ARMINHO — Do lat. armeniu, armenio.
a expMcacao do sentido transito. V.
P-.
Ortografía Nacional, 108, Apost., I, 83; II, 4. Esp. armiño, it. armellino, fr. /termine. Foi a.
pele que deu o nome ao animal porque éste nao
A. Ooelíio aceita esta elimuwgia. oonesáü tira ó absolutamente originario da Armenia (Stap-
do esp. arisco, que dá como derivado do vas-
conco arritzco, pedregoso) Pidal, por sua vez, ;
pers). Aparece como adjetivo no po'rt. are. era, :
Gram. Misi. Esp., § 4-6, dá o esp. como de forrado em penna arminha (Crónica troiana,
origem portuguesa. apud Nunes, Crest. Are, pg. 117).
'ARISTARCO —
De Aristarco, nome de um ARMIÑO — De arminho.
crítico imparcial das obras de Homero.
'
lat aristolochia; os antigos atribuiam a esta illa uinea de illo arnato (Id., p. 462 A. 1092),
planta a virtude de favorecer o commento dos apud Cortesao, Subs.
lóquios. '
areia.
ARISTU — Do ingles Irish stew„ (v. RFP, ARNEIRO —
Do lat. arenariuj em gal.
XIX, 55).
ARITBNO-EPIGLÓTICO — „
arneiro (Garcia de Diego, Contr., 49). Cfr. areei-
De anteno por ro A
síncope da protónica impediu a queda do ti
aritenóide e epiglótico. Vai da aritenóide a epi-
(Cornu, Port. Spr., § 105).
glote.
ARITENÓIDE — Do gr. ary taina, copo, ARNELA —
Por arénela, do lat. arena,
areia, segundo diz Figueiredo sem mais expli-
forma.
funil, e eidos,
ARITMÉTICA — Do gr. anthmetiké, sciucet cagáo.
ARNÉS — Do velho nórdico *herrnest, pro-
epistéme, a, ciencia dos números, pelo lat. arith- visáo de viagem, através do fr. llamáis (M.
metica..
'
ARITMOGRAFIA Do gr. arithmós, nú- Dic. 26) é impossível por causa do h. O velho
mero, graph, raiz de grápho, escrever, e suf. ia. bretao hoiam, ferro (Thurneysen, Keltoromanis-
ARaTívIOLOGÍA —
Do gr. arithmós, número, ches, 26) é fonéticamente dificil e nao explica
lóaos, tratado, e suf. ia. o sufixo.
ARNBUTERIA — Do gr. arneutéria,
'
logía, pg. 38, G. Viana, Apost., II, 285). Curio- sílaba inicial, o que nao se deu em esp. nem
sas notas sobre a etimología déste vocabulo os em it. O fr. tem ptarmique.
estudiosos encontraráo em Stappers, em Mudes ARNOSO — Do lat. *arnosw por arenosa.
romanes dédiées á Gastón París, em Rühlemann, com síncope na protónica.
Etymologie des Wortes harlequin. ARO (círculo) — S. Bugge, Romanía, -III,
levado pelo falso paralelismo de sanare-
ARMA — Do lat. arma, plurale tantum L60-1,
sarar, quís derivar de ano (o sentido prim.tivo
neutro; tomado como feminino singular, esp.
do lat. annus.é círculo). Apud Mégacles, Apos-
i
—
Do lat. armaría, propria-
.
ralizou-sé depois' para depósito de mercadorias. mesteter, Dict. Gen., do gr. hárpe, croque,
V. Osear do Pratt. RE, XVII, 346. objeto recurvado.
Al-tiviEi-,A — Do lat. armilla. ARPE JO —
Do it. arpeggio.
ARMBLINA — Do b. lat. armelinu. —
ARPÉU De arpar. A Academia Espanhola
ARMENTIO — Do lat. armentivu. tira o esp. arpeo do lat. arpagiu.
AMENTO — Do lat. armentu. —
... ARMÉU — Para A. Coelho talvez seja do ARQUEGÓNIO Do gr. arché, comégo,
gónos, nascimento, e suf. %o, pelo lat. científico
' ant. alto al. armil, lacinia, mod. Ermel (.RL,
I, 263) . archegoniu.
.
Arquejar 44 — Arrebol
ARQUE JAR — De arco (A. Coelho, M. que se nota em arraigar. Qual a causa desta
Lübke. RW.W. 618) e suf. ciar. nasalagáo? Cornu, Fort. Spr., § 92, tira do lat.
ARQUEOLOGÍA — Do gr. arclié, comégo, eruncare, arrancar com o sacho (as ervas no-
lagos, tratado, e suf. ia. civas) Cortesao apresenta um baixo lat. raneare,
—
.
ARQUENTÉRIO •
Do gr. arclié, comégo, de eruncare também: Totus homo qui rancaue-
énteron, intestino, e suf. io; é o intestino pri- rit uineam aut arborem (Leges, p. 755-A 1188-
mitivo cía gástrula cío Amphioxus. 1230). García de Diego, Contr., 212, .admite o
ARQUEOGRAFIA —Do gr. archaiógraphos, cruzamento do gót. '-vjranUjan com o lat. eradi-
antiquário, e suf. ia. care para explicar o gal. arrincar.
ARQUEOLITICO
.
—Do gr. ar chatos, antigo, ARRANHAR —
A Academia Esp. deriva o
© lithiltós, relativo á pedra.//
:
esp. arañar de araña, aranha.
ARQUEOLOGÍA — Do gr. archaiologia. ARRANJAR — Do fr. arranqer, arrumar (A
ARQUEOPLASMA — Do gr. archaíos, an- Coelho, G. Viana, Apost., I, 389).
tigo, e plasma,, formagáo. ARRAS — Do semítico; em hebraico arra-
ARQUETIPO — Do gr. archétypon, modelo vún, palavra do trato comercial, comunicada
primitivo, pelo archetypu. lat. aos gregos pelos mercadores fenicios; através
ARQUÉU — Do gr. archaíos, primitivo, an- do grego arrhabón e do lat. a.rrhabo, arrhae.
tigo. O hebraico significa penhor (Boisacq).
ARQUIATRO — Do gr. archíatros, pelo lat. ARRAS —
De Arras, cidade francesa donde
archiatru. a principio vinharn essas tapegarias.
ARQUIBANCO — De arco e canco; é um. ARRATAR —
De a e ratar, roer á maneira
banco eom gaveta no assento. García admite de rato.
a mesma composieáo no voc. esp. igual. ARRÁTEL — Do ár. arratl, de origem
ARQUIFERECITA Do gr. mod, archi- — ARRE — O árabe vulgar do Magreb
gre^-a.
tem o
pherekítes, hibridismo grego-caldáico, pelo lat.
archipherecita. A
raíz caldáica phereo significa
grito arrih para estimular camelos.
mia Espanhola
Acade-
aceita esta etimología para a
A
doutrinar.
ARQUIDOQUIO —
Do lat. archilochiu; foi
interjeigao arre, de horre. prov. e it. existe
arri. Diz A. Coelho que é muito provável que
Em
inventado pelo poeta Arquíloco. venha do árabe, de que nos ficaram outras in-
ARQUIMAGIRO —
Do gr. archimdgeiros, terjeigóes mas, como é um grito natural, pode
;
pelo lat. archimagirtc. ter-se originado independentemente. Sousa ape-
ARQUI11ANDRITA — Do gr. archimandri- la para o verbo arra, moverse, andar, caminhar
tas, pelo lat. archimandrita-,
'— ARQUIPSLAGO — Bo gr. archi, com sen-
<M.r
—
„ ARREARREW,
Lubke,
Do lat. * arredare, endireitar
672) esp. arrear, it. arredare
.
;
tido dé principal, pélagos, mar: O mar Egeu
era o principal para os gregos. Como éste mar
fr. ant. areer. A. Coelho deriva de arreio
Academia Espanhola deriva de ad A
encerra grande número de ilhas (Cíelades, Es- e do gót
redan, adornar. Petroechi deriva o it. de arredo
pórades, etc.), o vocábulo perdeu a significa- arreio. V. Arreio.
gao etimológica, passando a significar grupo
de ilhas (Stappers)
'
, »
AR R,? ATA ~ De '
!
a 6 reatar, de re e atar
(A. Coelho), da locugáo
ARQU1PTERO Do gr. arché, coméco, e — Frases Feitas,
;
ARREAZ — V.
.
ARQUITETO. — Do
gr. architékton, chefe _
ARREBANHAR De a, rebanho e desi-
nencia ar (A. Coelho). Nunes, Digressóes Lexi-
—
dos carpiriteiros,, pelo lat. architectu:
ARQUITETONOGRAFIA
tékton, chefe dos carpinteiros, o de
Do gr. archi- — cológicas, 25-8, baseado- no sentido antigo de
furtar, deriva do lat. rapiñare, * arrabinhar
ligagáo, *arrabenhar, arrebanhar; a passagem do i para
graph, raiz de. grüphó, escrever, e suf. ia.
ARQUITRICLINO — Do gr. architríklínos, a,_ atraves de e, em razáo de sua atonicidade
íoi mo avada pelas vogais que o antecederá
:v:péló;?l^;^É^B^i^cZtóM./;¿;r/^:iK:;-;w;kX."' :':V'v e
seguem, as quais se assimilou. Na boca do
:
ARQUIVO; — Do gr. archelon, sede do go- povo o vocábulo soá arrabanhar. A Academia
yérno, pelo lat. archm ou archivu.
ARQUÍVOLTA — Do it. archivolto. Espanhola tira o correspondente arrebañar de
ai e rebañar.
/ ARRABALDE — Do ár. jzrrabad, com
v : - pa- ARREBATAR
:
—
Do íat. * arrapitare por
ragoge de um e de acordó eom a índole do - arraptare, de ad e raptare, roubar (A.
portugués e epéntese de l, considerada prolagáo Coelho).
do r por Cornu, Porí, Spr., § 158.
O espanho! tem arrebatar, que "á Academia Es-
ARRAjBIL —
Do ár. arrabab, violino de urna panhola tira do lat. ad e raptare e que
ke, REW, Lüb-
citando. Diez, Dic. 46, e o
M
ou duas. .cordas; :a=í pela imala (G. Viana, 998, Achiv
Apost., Tí, 327)'. :
fur lateinlsche Lexikographie und Grammatik
ARRACA — V. Araca. I, 249, prende a battuere, bater.
ARREBÉM —
ARRAFECAR — De a e '.rafea, refez.
A. Coelho lembra o esp. ar-
rebenque no sentido de agoite para castigar for-
ARRAFIM -T- Segundo
Moráis, de arfim,
gados e tem dúvida em ligar ao fr. ruban,
urna das antigás pecas do jógo de xadrés mas, ;
pergurita A. Coelho, como explicar a transigáo ingl. ribbon, cuja origem nao é clara.
do sentido? ARREBENTAR A. Coelho tira de a e —
—
ARRAIA Do lat. rata; esp. raya,, it razza, .
rebentar, de pref re, vento e desinencia ar. A"
.
nho (Joap
ARRAIAO
Ribeiro, Frases Feitas, II, 95).
Do ár. arraihan (alkubur), — ARREBIQUE —
(Dozy), Do- ár. arraMk
cujo sentido primitivo é mistura; Eguilaz pre-
perfume (do coveiro), murta.
_
ARRAIGAR —
Do lat. * arradicare; esp. ar-
fere o lat. rnbrlcu, vermelho, como suspeitou
Duarte Nunes de Leáo, e; que se acha emPlínio
raigar, fr. arracher.
A -?^ com o sentido dé vermelháo. ''.
„ IB ,~ E>0 Iat era dere (Cornu, Fort.
Spr., § 92) ; de a, e lat. radere (A. Coelho)
- ARREBITAR —
A. Coelho tira de a e re-
V bitar, sem explicar; éste. ;
-
Raer. ARREBOL —
:
mi
esp. arredrar. A
forma arcaica era arredrar: que derívam o vocábulo» de pele e lhe dáo o sig-
nificado de beliscar.
.
Leáo, Crónicas dos reis de Portugal, vol. II, p. ARRBPENDER — Do e * repender, lat. a
57). Cornu, Port. Spr., § 216, considera o a de do lat. repoenitere; esp. arrepentirse, it. ripen-
tirsi, fr. se repentir. Cornu, Port. Spr., § 246,
base eufónica.
ARREDIO —
Do lat. errativu, com ensur- acha o a- de fundo eufónico nó § 278 dá a forma
anterior arrepeender-se.
;
aberto da pronuncia do continente dificulta a sem dúvida, diz García de Diego, Contr., 302,
identif icagáo com errativu, diz que o c'ast. ra- pela conservagáó; da vogal protónica e do p in-
dío corrobora a derivagáo e manda considerar tervocálico. Nao obstante ere Diego que o vo-
entrevado (com' e aberto na pronuncia de Fpr- cábulo remonta ao í fundo latino vse nao /se
tugal)— e entrava.do. A. Coelho julga evidente a
: :
.
verificaran! as leis fonéticas foi porque a cons-
cpnexáo de arredar na definigáo dada pelos di- ciéncia- dej pites inapediu a:sonprizagáo da con-
cionários e mesmo no uso G Viana acha de . .
so'ántej'coinj'ojqúe'.'cp
todo independente daquele verbo. Cortesáo dá 34. A; forma; galegaf; maisV corrente é arrejsiary
a forma arcaica radio: ..Qui sev, llenado achar onde se- 5 viu; í eni; vez do cómpósto ''Korrére'/ uñir"
; /
radiu... (Leges, p. 883-A. 1209). duplo pref ixo a-re, que nao podia perder-se
AEEEDOE —
".-.
'
sentido se especializou no "estilo; '/forense. A. . :
* airefrientar. Cornu, Port. Spr., § 280, cita urna Coelho tira de a e restar.
forma are arrefeentar.
ARREGALAR
.
—
De a e regalar. Regalar
ARRETAB —
A. Coelho tira de a e reto
em vez; de reí? p. Figueiredo 7 deriva de. arreto,
-
vera de gala, cujo sentido primitivo é jubilo; na- cuja etimologia.v;náp; dáV í,S ;:,:'; y;' :
A
de régo (na face do cávalo) Otpniel Mota, O .
meü idioma, 227, tira de re 4- canis are. + duplicagáp do' rié: urna máheiraSdef indicar; que
;
ARRBIO —
Do antígo gót. reds, cujos de- esta letra; continüaiácter o sómxforte;;de/quando:
inicial;í(Nünés,: '(S'ffim^ñ^^
rivados, através dos Fireneus, chegaram á Pe-
;
desconhecida. Stappers tira arroi de arroyer, ar- ARRIDA — A. CpelhO' tira do; fr. ride, cor-
reer, que filia ao gót. raidjan, preparar. A. dagem de pequeño diámetro que serve para .
.
Coelho, reunindo essas quatro formas románi- entesar qutrá mais grossa.
cas, prende-as ao germ. rat, conselhOj auxilio, ARRIEIBO — De
arre, q.v., interjeigáo que
provisáo, forma dp ant alto al a. que corres- soltam repetidas vezes os guiadores de bestas
;Spondem o velho nórdico rad e o anglp-saxáo
.
;
.
i néncias ar/ esp. arremangara: : : :/^ ao fr. origem germ. provável. M. Lübke, 7321,
.
Arrió 4G Artsriosíenose
ARSE —
Do gr. arsis polo lat. arsc.
plausívcl porjiao explicar o a inicial nem o o ARSENAL — Do ár. dar sina'a, casa de in-
aborto. dustrio, casa de construcáo naval (Lokotsch).
ARRITMO — . , .,,
Do gr. airhythmos, polo ,lat.
,.
M. Lübke, alias, RFAV, 2474, tira do antigo
arrhythmu. veneziano arzaruí ívelo it. arscnale. David Lopes,
ARRIZO — Do gr. árrhizos. RFP, VI, 213, entende que vero pelo fr., de ori-
'
_ARRIZOTóNICO — Do gr. árrhizos, sem gem it. segundo Littré, Hatzfeld, Darmesteter o
Thomas. V. Tar aceña, terecena, tercena.
raiz, e tonikús, tónico.
ARROAZ —
Alix tira do ár. arraax, nome
xVRSÉNICO —
Do gr. arsenikón, pelo lat.
arsenicu; tem prom-iedades fortificantes. Diz A.
de peixe em
Freitag; Eguilaz do ár. addaja.s,
Coelho que o nome íoi dado pelas propriedades
golfinho, ou de armad, torpedo. M. Lübko, enérgicas do corpo. Boisacq tira o gr. de he-
RFAV, 7043, filia o esp. ao port. roas, do lat. braico e éste do persa. * zarnika, cor de ouro,
rapace. com influencia do arsenilcós, macho.
ARROBA —
Do ár. arrub, um quarto (da ARSENICÓFAGO —
De arsénico o phag,
waiba, o quintal). raiz de ph.aqcin, comer.
ARRO'íE Do —
ár. a.rrubb, mel do fruto.
ARSENICOCROCITO De arsénico c gr. —
ARROCHELAR -- A. Coelho deriva de a lcrókos, acafráo, e su. ito.
e Rochela (La Rochelle), praca francesa que ARSENOLAMPRITO -— Do arseno por ar-
os protestantes defenderam valentomente no sénico, srr. lamvrús, brilhantc, o suf. ito.
sec. XVII.
ARROCHO — Figueiredo relaciona com gar- ARSENOLITO — De arseno por arsénico,
gr. lílhos, pedra.
mesmo que garrancho.
ARROGANTE — Do lat. arrogante, de ar-
rocho. oue diz sor o ARSENOPIRITA — Do arseno por arsénico
e pirita.
rogare, atribuir. Talvez da maneira orgulhosa
com que as pessoas se atribuem qualidades, ARSENOSSIDERITA — Do arseno por arsé-
nico e siderita.
bens., etc., viesse o sentido de atrevido.
ARTANITA — Talvez do gr. artos, pao (A.
ARROGAR — Do lat. arrogar, atribuir. Coelho) a Academia Espanhola dá o mesmo éti-
ARROTO —
Do or. ibérica (M. Lübko,
:
Asciíe
_4ríerjosíosc
ík
. . ; ;
Asclepíada 48 Assas;
ascra,' crosta,
.
pensa a respií-agáo por afogamento ou outra acometer (doenga, achaque) E' provável que ti- .
'."c
—
.
——
ASINÁRIO Do lat. asinariu. 3. alguém .; atira-se,:ísaltá -ísóbre ;:a".pes30a8agre-V:
lat.
ASININO
-
ASMA l
— DO lat. asininu.
Do gr. ásthma, respiracáo, pelo
astlinia. S-"
::
":
"y :\" r :
i
::
": }:: y ' :
didáv"
ASSAMBARCAR
gueiredo liga á
—
sa7iibarc(¿ oüí entapa á: Iqcugáójíí::
Cfr. assobarcar. Fi-
—
:
¡ ;
ASSAR — Do lat.
ir. a-ríe. ';
í
;
ASPA Do germ. haspa, dobadoura; esp. sare), alias ;?fóhéticaméhté3 áceitável^ "como^3fáZv
aspa,:ii,-asp0^ír.i-aspei- "83 Joáo Ribeiro, Frases Feitas, 1,-99. -,
i
—
.
lo o nomeisde; >:Hasán3{ib^
ASPECTO — Do lat. aspectu. Ja houve dina.sta (1090-1124) mas tal simplif icagáo é de ;
alias urna forma popular aspeito, que aparece regra, pelo/qué :náó»éí precisó ^pelaKpára outra.w 7
em Camoes, Lus., II, ,86, etc. Esp. aspecto, it. etimologia (Lokotsch) '"'.:'\
*
V
*
—
.
ASSAZ;
• ASPERGES palavra inicial da antí- — Da prov. assatz, esp. assaz, it. assai,.f.v. assez'.
fona que o sacerdote diz ao borrifar com agua ..Éstá.'..'16'cusáól;!apare6e' ?;.erai :
'
bentá; o: altar. fpé^^iq¡^^iiájii^ín^s&M^sperge¿J. idénticamente formadas, como admodum, affa~
me hyssopo. Asperges é a segunda pessoa do . . tim,: dey:ad;:cóirv^
singular do futuro ¿imp.erfeito do verüólaspergerey] cilios, II, 150). Leite de "Vasconcelos, RL, 1I 5 .
Asse — 49 Asteria
concelos. M. Lübke, REW, 199, prefere, como Ihar (assolear) talvez se tivesse querido dis-
;
Diez, Dio. 29, A. Coelho, ad satis, julgando pos- tinguir de assolhar, solhar, de solho (lat. solín).
sível a<Z satie, que separa do fr. e do it. o vo- Figueiredo neste sentido filia a som, sém e.xpli-
eábulo. Apela também para o prov., mas com caepes fonéticas.
dúyida, Citando o Kritischer Jaheresbericht uber ASSOAR —
De a e soar, pelo ruido que
die Fortscliritte- der romanischen Philologie, V., quase sempre produz o ar saindo pelo nariz
407. nesse ato. (A. Coelho).
1,
ASSE — Do lat. asse; v. A.S. ASSOBARCAR —
A Coelho deriva da a o
ASSEAR — Talvez do lat. "assediare, sen- do lat. pop. bracehu por bracchiu, braco, no
.
tar, segundo M. Lübke, REW, 721, que cita caso de ser exata a significacáo atribuida pelo
Puscarin, Etymologisches Worterbuch der ruma- Dicionário de Moráis. O esp. tem asobo.rcar que
nischeoi. Sprache. E' verdade que a formacáo do a Academia Espanhola deriva de sobarcar, do
vocábulo nao é totalmente clara, pois um *sedium lat. sub e bracchiu e significa levar embaixo
de sedero nao foi testemunhado com seguranga. do sovaco urna ccdsa que faga volume. V. As-
A forma Vassedare, Romanía, V, 165, convindo sambarcar.
ao port. e ao esp. asear, nao explica todavía o ASSOBIAR —
Do lat. 'subilare (García de
romeno aseza, assentar, por em ordem. Cortesáo Diego, Contr., 572, M. Lübke, REVS, 7S90, alias
deriva do esp. que tira, com dúvida, do lat. para o gal. asobiar) Cornu, Port. Spr_, § 92,
.
assiduu. Barcia tira do lat. asseu, lugar des- deriva de exsibilare, que é o clássico sibilare
tinado no banho a suar. precedido do prefixo ex apenas reforcativa. G.
ASSECLA Do lat. assecla. — Viana, Apost., I, 99, II, 429, Nunes, Gram. Hist.,
ASSiiDIO Do lat. -absediu, ao lado de — 57 aceitam o étimo adsibilare (A. Coilho dá a,-
obsidiu; esp. asedio, it. assedio, fr. siége (Diez, e 'sibilar, "sibiar) Explicam a mudanga do pri-
.
Dio 289, Archiv für lateinische Lexíkogríophie meiro i átono pela influencia da Jabial. A volta
una Grammatik.. V, 50S, M. Lübke, REW, G022. do b, depois de degenerado em v, explica-se per
'«i ASSEMBLÉIA Do fr. assemblée (Corte- — influencia erudita e confusáo dos dois fonemas
sáo) a epentese do b no grupo mi 6 genuina- (Cornu, § 183, Nunes, 97). V. Silvar. O esp.
mente francesa.
;
ASSEMIA — Do gr. 'a, sema, sinal, c suf. ia. Introd. § 18. Cortesáo dá urna oforma arcaica
ASSENSO — Do lat. assensu. asevio nos Inéditos de Alcobaca, 3 .
•
apoládo eni Du Cange, tira do b. lat jCiásistare^
:
: ;
¿sumados contra el (Inód. de A'cooaca, 3o ,
;qúe deu tanibém: O: fr.: asaisíe?%: : p=- 61), apud Cortesáo, que dá
amda: Dejendo
, . •
ASSEVERAR — Do lat. asseverare, falar aue rricomo nom se asua nem uaa aínda doutrem
severamente, serio, como faz quem afirma. (Leges, p. 222-A 1272). Igual origern aceita
ASSIALIA— Do gr. a privativo, -síalon, sa- García de Diego, Contr., 578, para o gal. assuar,
í;liva¿YéJ'su£M:tóíffl;i;íftÉ;^ assim como para o esp. ant. asonar, apesar da
ASSIDUO —
Do lat. assiduu. vogal déste. A Academia Espannola prende
ASSIFONEO — Do gr .a priv., siphon, sifáo, asonar ao lat. sonu, som. A Coelho pressentiu
o étimo quando disse que o voc. dcrivava de
— Do gr. ásigmos
ASSIGMG
'
ASSUMIR —
Do lat. assumere.
(com primeiro elemento diferente) f r ainsi : , . ASSUMPTIVEL —
Do lat. assumptu, que
(idem). M.Lübke,:BSW, 7892, tira de sic, di- deu em port. assunto, e suf. ivel, que habitual-
zendo que ó a é dos. demonstrativos Cortesáo . ; mente se junta a radicáis verb. da segunda e
d& um exemplo de adsic: Et si adsi non fe- da terceira conjugagao.
cerit... (Leges, p. 769^-A. 118S-1230) e outro, ASSUNCAO —
Do lat. assumptwne, acao
do are. assi: Quomodo ad illos respondierem de tomar, "aplicado especialmente á elevagáo
in ferias assi fáciant illos a los alteros (Id.. da Virgem aos céus no dia 15 de agosto.
P, 777). .'- .': ASTACIDA — Do gr. astalcús, lagosta, o
ASSIMBOLIA — Do gr.: a priv., symbolos,
: . .
. ..
suf. ida.
ASTACOPÓDIO — Do gr. asía/eos, lagosta,
,
ASSÍNDÉTO .".— Do gr. assyndeton, des- chiste de homens de ciclado, oelo lat. asteismu.
unidos, pelo lat. asíndeton. : .,'-.";. ASTELA — A. Coelho deriva do lat. 7i(ts-
ASSINERGIA — De a priv. gr. e sinergia. tella, dim. de hasta, langa; M. Lübke, REW,
ASSINTOTA:— Do gr. asymptoios, que 4072, tira, assim como o esp. astela, do fr.
ffi:;riád"podéxedincidiríf:M:::u ant. astellc, mod. aitelle.
ASSIRIOLOGIA '
— De Assiria, gr. .•'
Zorros, ASTENIA — Do gr. asthóneia, íraqueza.
^í:íÍTatíidó¡íéü3ÜfSidwW(&-¡W ASTENOPIA — Do gr. asthenes, fraco,
'::: ASSISIO Dób. — lat. assisiú (A.Coelho). óps, ólho, e suf. ia.
ASSISTIR — Do lat. assistere, sentar-se
: ASTERIA — Do gr. astár, estréla; é o
:Hj
;
)'
Asíário 50 - Até
AST&RIQ — Do gr. asiér, estréla, e suf. 10; 2 (Aio de príncipes) Do persa ataliJc, aio, :
ASTRACA. — De Asiracá,
cidade da Russia, por "atamarado.
ATAMBOR — V.. Tambor.
na qual primeiro se jireparava esta pele. —
__. ASTRAFIODITO Do gr. astrapé, raio, — ATANAR A. Coelho lembra o fr. tan-
Uyalon, vidro, cristal, e suf. ito; sao produ- ner, curtir; Figúeiredo o al. Tann, pinheiro.
zidos pela acáo do raio. ATAN AZAR — De a, tenaz e desinencia-
A.STRAGÁLISMO Do gr. astragalismós, — ar.
ATANCHAR. — V. Tancliar.
jógo dos ossinhos.
ASTRAGALO —
Do gr. astrágalos, pelo ATANOR — Do ár. attamir, forno, de
'
phob, raiz de ph.obéo, ter horror, e suf. ia. do voc. esp. idéntico.: O esp.- significa tapar: ::
mente com idólatra e outros voc. do trisavó para tras, e suf. ico.- ;
ASTROLOGIA —
Do gr. astrología, pelo ATAVIO —
Do gót. tanjan, fazer (A. .
lat. asiroiogld.:pi:Xí: : / ;i
Coelho, M. Lübke," REW, 8601). O mesmo au-
:
y
tor, acha que o gót. gatevjan, Diez, Die. 427,
ASTROMANCIA — Do gr. astromanteía. nao e fonéticamente póssívelt Á 'Académiáf Es^: ;
tidos o voc. port. e o esp. tenharn a mesma ele, por conseguinte, nao é metátese de aíe-
origeni. No -port. parece que abajar influiu na nazar, a qual sería poueopresurnível i visto ::
—
.
.
persa tablalc, dim. de tabal, segundo Eguilaz. ATlü — Esta preposícáó apreséntáí formas
Dalgado julga o a protético cu o artigo árabe; diversas ñas varias línguas: rpmánicast-: Em:::
: -/
. ::
Ateas: 51 Atocia
port a maioria dos autores reconhecem a exis- ATICAR — Do lat. attitiare; esp. atizar,
it. attizzare, fr. attiser (M. Lübke, 2222 W, 769).
tencia do lat. tenus (Diez, Dic, M. Lübke,
Gram. RBW, 201, Maximino Ma- A. Coelho tirou de a e "tico por tígáo.
III,
ciel Gram. Descritiva,
pg- 291,
231, Pacheco e Lameira, ÁTICO — Do gr. attilcós pelo lat. atiicu;
Gram Ribeiro, Gram. Port.Joáo pequeño andar a rnaneira á.tica.
Port.
ATICURGA — Dó gr. aitikourges, f^ito
468,
ATITO —
Onomatopéia do grito de algu-
chaelis de setembrio (.Leges, p. 566 A. 1212). — mas aves quando se enfurecem (A. Coelho),.
ATEAR —
De tela, no sentido ele arenóte ATITTJDE —
Do italiano attitudlne atra-
(G. Viana, Apost., II, 471, M. Lübke, REY/, vés do fr.- attitude (Sáid Ali, Formacáo das
S520). palavras, pg. 9). Clédat, Brachet, Stappers,
ATECNIA — 1 — Do gr.
,
atechma,
. .
lat. atellana, scilicet fá- zida pela do corno. Cfr. aptidáo, que é o nosso
bula, comedia bufa no género das que se re- voc. semiculto, tirado do lat. aptitudine.
presentavam na cidade de Átela, na antiga ATIVO — Do lat. activu.
Campania romana. ATLANTE — Do gr. Atlas, Atlántos, o
ATELBCTASIA Do gr. áteles, incom- — tita Atlas, que sustentavá na nuca a abó-
pleto, éhtasis, dilatacáo, e suf. Aa. bada celeste, pelo lat. atlante. Estas figuras
ATELENCEFALIA — Do gr. áteles, incom-
.
ATENTAR — Do
-
ATEtT — Do gr. átheos, sem deus, pelo ATOCIA Do gr. atokla, ausencia de
lat. aihev,. parto.
: ' - ;
Atóelo 52 — Aturdir
ATOCIO — Do gr. atókion, que torna es- ATRESIA — Do gr. a priv., tresis, perfu-
téril, pelo lat. atocia, scilioet medicamentu. racáo, e suf. ia.
ATOL, —
Do cingalés atul (etul), dentro ATRETELITRIA — Do gr. átretos, im-
'
de (Dalgado, Glos., I, 66). Lokotsch, 132, de- perfurado, élytron, vagina, e suf. ia.
rivou do maldivense atolu, aparentado com. o ATRETENTERIA — Do gr. átretos, im-
cingalés. O vocábulo foi usado científicamente perfurado, éiiíeroK, intestino, e suf. ia.
ATRETOBLEFARIA — Do gr. átretos,
:
The structure of coral reefs, 1842, pg. 2. imperfurado, blép'haron, pálpebra, e suf. ia.
ATOLAR O :ésp, tem atollar, que á
:
— :
ATRETACISIA — Do gr. átretos, imper-
Academia Espanhola deriva de a e tollo, bu- furado, kysós, ánus, e suf. ia.
ATRETOCISTIA — Do gr. átretos, imper-
.
-¿¡rama:'-- -
lat.
ATORDOAR — A. Coelho tira de a e um . debulliar o trigo (Macer). Tomou sentido fi-
tema tordo, que aparece em aturdir,, do lat. gurado; Cfr. trilhar. :
ATROZ —
Do lat. atroce.
ATRACAR Do hol. trekken, puxar, —
,
língua;
—
:
ATRACTILIDE. Do gr. atraktylis, es- esp. aún. O it. tonnó ;e o fr. : tlton vém: do lat.
pecie de cardo cuja haste servia para fazer thunnu. Boisacq considera o gr. thynnos pre-
helénico ou emprestado. i :
de a tapar com
;;\e í ;. ijim; tenia- >; queií aparece ^iern^írapaZJi.áo,,
.dé'i' forma reflexa, conservar-se tapado, seguro,
trapalhice, trapalhada. Na- verdade existe um firme," dal passou :;aO ;-sentidp:;::átivo(:de;ssu«?
e;:
: :
voc. irappa, ármadilha,, do b. lat. de origem : portar e ao neutro dé; continuar; Cortesáo: tira
franca,; o ;quai;d^ do lat. addurare, com refórgo ido; cí. Leite de
No Suplemento diz que neste verbo fundiram-se Vasconcelos, Licóes de Filología, 442, aceitan-
palavras de duas origens diversas: urna de
do o étimo obturare, explica que da idéiá de
:";íra^o;;e K óütráSdeS5irapa:^S:;>""- ;
:
;
tapar veio a de deter (por exemplo, um lí-
numa vasilha) ; em catalap;; 'aturar
:
origem.
;
troca de prefixo) e mais o prov. abddurar; 6[ :
Aucápio 53 Auíólise
extordire (v. RL, III, 268). A. Coelho tira AURIRRÓSEO — Do lat. aum, ouro, e
de a e um tema turdo, tordo, que se en- róseo. ' -
lat. torpídus, torp'dus, tordus, dando extor- lat. auru, duro, e suf
pidire, extordire (Diez, Cortesáo). Stappers, ito.
declarando duvidosa a etimología, prende o AURIVERDE — Do lat.. auru, ouro, e
fr. e o esp. do lat. turdu, alegando que o
tordo cai aturdido com o grande calor ao AUROQUE — Do .al. auerochs, boi da
día, ponde o proverbio espanhol tener cabeza planicie.
de tordo, isto é, aturdir-se fácilmente. Lá- AURORA — Do lat. aurora.
rousse, s. v. grive, diz que o tordo comum AUSCULTAR — Do lat. auscultare, es-
é o das vinhas, que anda por toda parte so- curar. V. Mscutar.
AUSENTE — Do lat. absenté; esp.
.
AUDITIVO —
Do lat. auditivu. AUSPICE — Do lat. auspice.
AUDITOR —
Do lat. auáilore. AUSPICIO — Do lat. ausplciu.
AUDITORIO —
Do lat. auditoriu. AUSTERO — Do gr. austeros, desseca-
AUDÍVEL —
Do lat. audíbüe. do, pelo lat. austeru.
AUFERIR —
Do lat. auferere por au- AUSTRAL — Do lat. australe, do Aus-
ferre. tro (vento do sul).
AUGE — Do
auj, palavra da lingua-ár. AUSTRO — Do lat. austru, vento sul
gem astronómica de. origem estrangeirae (que desseca) é ; um vento quente do sul
(persa, índica ou grega); significa apogeu do Mediterráneo.
(Lokotsch), linha das ápsides (Devic). AUTARCÍA — Do gr. autárlceia, quali-
AUGITA —Do gr. auge, brilho, e suf. dade do que se basta a mesmo.
AUTARQUÍA —- Do
• si
Síes.'' gr. autarchía, poder
AUGNATO — Do gr. os, outra vea, e absoluto^
griátlios, maxila. AUTENTICO -r- Do gr. authentikós „ de
AUGURE — Do lat. augure. autoridade, que faz autoridade, pelo lat. au-
-AUGURIO — auguriu. Do lat. thentzcu. y
— 'Do
AUGUSTO — augustu, santo. Do lat. ;
atto,
AUTO — 1 lat. actu; esp. auto, it.
IfilSAULA; írrrriypo':; grlaiiZé^palaciol corte, pelo fr. acte. (Diez, D'ic, 428, M. Lübke,
f iát^ii'á^sZííy- Htornou; sentido de classs por cau-:
REW, 117, A. Coelho, Nunes, Gram. Bist.^
sa das escolas anexas aos palacios dos gran- 43, Cornu, Port, Spr., § 231, G. Viana, Aposi..
des. I, 37). * V*
AULÉTRIDA — Do gr. auletrís, —
-
licu, da corte.
— Em — Do gr. autoképhalos,
AUTOCÉFALO
.
te no interior.
:
**
—
:
;;
AURANCIACEA
:
lavra criada para designar a laranjeira, e suf. .AUTOCRACIA — Do gr. autolcr&teia, fór-
ácea, ca própria, poder absoluto.*
AURANTINA Do lat. científico au- — AUTÓCRATA— Do gr. autolcratés, in-
rantium (calcado sobre aurum,, ouro), pala- dependente. *;***..
vra criada para designar a laranjeira, e suf.
'
:
ato. * •
ÁUREO — Do
:
si'í^mesmó.*;;;;;;;*;;;*;*!:;;*;*;**
lat. aureu. AUTODIDAXIA' — Do autos, próprio, gr.
AURÉOLA — Do, lat. aureola, d.im. de :
dídaxis, ;instrucáp;*;e!;súíW;ia!***3*^
áurea, scilicet
AURICALCO
corOBíj,
—
coroazinha * de; ouro. ;**;>;;
Do lat. aurichaícu, la-
AUTODINAMIA — Do gr| autos, próprip,
•
:
dyMamis,*fSrca,;*poder,*;8;8süf;;*iol*;*;.f;**
AUTOFAGIA — Do gr. autos,
.
ico. ,
AUTOFILISMO — Do gr. autos, próprio,
'..'"
AURICOLOR — Do lat. auricolore. p7MZ,;*raiz**de*j^Mféo*;!amár^
AURÍCOMO — Do lat. auricomu. Filáúcid.X-:'í-S ::S y
—
:
¡
;";;.*';, :
*
AURIFICAR Do lat. auru, ouro, e fie, .
ma; de "puro. *;
AUTOGRAFOMANIA •.— De autógrafo a ."
f
manía.
V/orma*; forma. ;'**"e'** **"**** AUTOLÁBIO — Do
gr. autos, próprio, lab,
AURIFULGENTE — Do lat. auru, ouro, raiz de lambánn, prender,K6.;;suf:*;ipV*esta;ipjn.;;
*;**;;"***
fulgente.
¡a;
ga aperta-se; a"; si ;rnésrna.*:;;*;****;";;:*;:; -;;*-;
; :
AUTOMATO — Do gr. autómaton, que se do ancoragem, o diz que " designava primitiva-
mente es cusios exigidos dos navios á entrada
move por si, polo lat. autómaton.
AUTOMATUiíGO —
Do gr. aulonxalour- e saída dos portos.
AVARO Do lat. avaru.—
S °S
'aUTOMEDOKTE —
Do Automedonte no- AVATAR —
Do sánscr. avalara, descida.
mo do cocheiro de Aquiles ULada, XV11, isto é, descida de um ente divino, do céu
cmpregado metafóricamente cm Ju- á torra.
428);
venal.
já
AVE — 1 (Subst.) Do lat. ave; esp.
- :
AUTOMNESTIA — Do
,
ave. O it. ucceiLo o o fr.
. .
gr.
.
proprio,
. •
•
AUTOPISTiA — Do gr. autos, próprio, lo-ngiemps ctú qu'unc erreur. On avait ima-
coníianca, e suf.
2ilstis, ia. ginó que, sorti dn paraláis terrestre, aucur*
AUTOPLASTIA — Do gr. autos, próprio, licu ii'ctait digne de le recevoir un instant, c{
plast, pkisso, modelar, e suf.
ció ia. qu'il ite se reposait que sous les ombragas do
AUTOPSIA — Do gr. autopsia, exame l'Eden" (Wyss, ¡lobinsón ^Suisse, pg. 503).
—
quo se íaz pelos olhos, do interior
próprios AVEIA Do lat. avena; esp. it. avena,
do ura para reconhecer a causa
cadáver, fr. avoiuc.
da morte (Moreau, Hacines, greoques, 38). AVEJÁO — Para A. Coelho é urna for-
Neologismo de Alemanus, que entendía que ma do visao com a protótico; para Cortesao
o médico legista, ao examinar o cadáver, ob- é outra forma de abiisáo, V. Abusdo.
servava-se a si mesmo (Pedro Pinto, Vacá- AVELA —
Do lat. abellana, scilicet nux,
balos e Frases, pg. 10). O grande médico por- noz de Abela, cidade da Campánia (Ai. Lüb-
tugués Souza Marüns (C. do Pigueiredo, Li- ke, REW, G. Viana, Apost., I, 101, A.
17,
góos Fráticas, III, 107), Plácido Barbosa, Pe- Coelho) esp. it. avellana, fr.
; mod. aveline,
dro Pinto, Afranio Peixoto propugnara a for- medio avelame (de or. provengál, segundo M.
ma aut.-pse (cfr. sinopse) que o povo abso- Lübke; clr. noisette).
lutamente nao emprega. A acentuagáo no i, AVELAR — 1 (Subst.) : De avelanar, ave-
aceita por Constancio, Faria, Roquete, La- laar, plantacáo de aveleiras.
cerda, Aulete e Ramiz, nao é popular. O neo- 2 —
Verbo De avelanar, : avelaar, ficar
engelhado como casca de aveld.
I
braico existe iven, iniquidade. Devic acha di- ina; esta substancia foi achada por acaso
pelo Dr. A. Miotti, de Veneza, cérea de 1750
fícil a etimología do voc. Primitivamente si-
(Stappers).
gnificava tributo, multa. Presume Cíe que cor-
responae a um termo d'o levante awaní, que AVERANO — Figueiredo deriva de ave
nao está nos dicíonários e parece ligar-se ao c verao o nome desta ave brasileira. Larous-
velho termo de que veio o lat. angaria, servico se tira o ir. averano, do port. ave e verano
forcado. Erachet inclina-se pela origem turca (alias verao; verano ó esp.) e diz que tal
através do grego moderno. ave só canta durante os grandes calores.
AVANTE —
Do lat. ab ante; esp. avan- AVERIGUAR — Do lat. verificare cora
te, it. avanti, fr. avant. "ANTE ME FUGIT, a protético; esp. averiguar, it. verificare, fr.
di'cimus, non AB-ANTE ME FUGIT; nam vérifier. Para os modificacoes fonéticas, v.
praepositio adjungitur impruden-
praepositiov.e Apaziguar. Joáo Ribeiro, Gram. Port., 119,
ter", numa do gramático Plácido em
glosa tira do lat. ad verum collare. Mario Barreto, •
A VARIA —
Do ár. atoar, daño, através fgar, ver<gvar, veriguar.
verivzar,
AVERNAL — Do
'
Avezar 55 — Azédo-
"Diez, Dio, 344, Nunes, Gram. Hist.. 137 (ví- serve de eixo x^ara o giro do atlas. também E J
tiare) esp. avezar, it. avvezzare. Figueiredo nome de um animal indiano em Plínio.
da outro
;
;:.;;;;
motivo nao podé ser tñnico como alguns o,
AVIR — Do lat. advenire, chegar esp. ; fazem.
aven'iT, it. avvenire, fr. avenir.
AVISAR — Do lat. advisare; esp. avisar,
:
§ 431, 830, encontra dificuldade foné- veira brava (Dozy-Engelmann, Eguilaz, Lo-
tica na falta do ¿.V. Romanía, XVIII, 547, kotsch), através do ár. esp.; Simonet tirou do
Diez, Gram. I, 190. Nunes, Gram. Hist., 140, lat. acerbu, pelo sabor amargo do fruto e pela
alega que desde o lat. pop. havia tendencia aspereza da madeira.
para a absorgao da semivigal pela vogal tó- AZAQUI — Do ár. azzakit.
nica seguinte. Cortesáo da: Uilla que dicent
uillar de auolo (Diplomata, p. 11-A. 908) .... AZAR — 1 (Sorte) do ár.
: vulgar azzahr,
e eu, como voss -s avoos, donde descendedes dado (de jogar), cuja existencia nao é segura.
(Scríptores, p. 186). (Lokotsch). V. Dozy-Engelmann. Eguilaz, M.
Lübke, REW, 9595, Devic. A derivagáo do ár.
AVOCAR — Do lat. avocare, chamar pa- el Hazart, nome de um castelo da Palestina,
ra um lado desviando de outro. onde se inventou o jogo do dado (Guilherme'
AVOCETA — A. Coelho cita o it. avo- de Tiro) deve ser posta de lado, por falta de
cetta como termo de comparagáo. base histórica; nao se pode apoiar no empre-
AVOENGO —
Do b. lat. avolencu (de go da palavra sern artigo no fr. ant. (Forster,
avblu, com o suf. enc\C¡ esp: abolengo, Cor- ;
Erec, 354) O turco zar, dado, é antes um em-
.
tesáo cita: Lara nostra propria q«e abuimus préstimo do árabe do que o étimo.
de auoíenco et de parentum nostrurum (Di- 2 —
(Moeda asiática) Do persa hazar, mu. :
Alcalá, mais usada e mais genuinamente es- a adjetivo; o vinagre íoi tomado como tipo da-
pánhola. bebida azéda, amarga.
. . . < :
Üzeite 56 — Azotaría
— AZINHEIRA — Do
,
AZERBB —
Do ár. azzarb, cérea de madei- arbos), de * iheina, de ilex; esp. encina, it.
lat.' * üicinaria (scilicet
ra para gado. ilicina pela síncope do l podia dar "icina, o i
AZEREDO —
Por * azereiredo, com haplo- inicial átono deu a ou nasalou-se azinha, " inzi-
logia. nha, enzinha (Nunes, Gram. Hist.. 57, 60, Cornu
Port. Spr. § 92)
AZIÜME — Contragáo de azedume (A
,
Coelho)
zahr, flor de laranjeira. Trata-se de urna ro- AZO — Do prov. aize, comodidade (M. Lüb-
tácea do género Prunus (Prunus. lusitanica, L.), ke, REW, 168), conexo com o it. agio e com o
a qual dá frutos semelhantes á ginja. Cbrres- fr. aise. Rejeita fonética e semánticamente o
pbndeadifr .4 laurier-cérise. gót. azéts, fácil (Diez, Dia., 8) e o lat. * ansium
—
;
* agoniar, v
—
A. Coelho pensa que está por
Gram., I, 245; Nunes, Gram. Hist., 100, Acade- Azoar. Figueiredo tira de um lat.
.
aquí para dar aze. M. Lübke, REW, 112, re- cujo nome se deriva de P'mus 'marítima.
-pelindo aquifoliii, aceito em ffraro. I, 447, acei- AZOOFILO — Do gr. a priv. e zoófilo.
AZOOSPERMIA — Do gr. a priv., zóon,
§
ta" ioS'éiimo" \M'acifolÁu, y-porSaxTrifoliu, dá o esp.; ani-
como urna derivagáo regressiva de acebo jo e
* mal, spérma, sementé, e suf. ia.
ymándásyérfio AjrcK. :fih:ítlatpi?ii$che Lexikographie AZORATADO — Da expressáo casa de ora r :
AZIA Forma sincopada de azedía', de azé- nos no. Brasil zqio = olhos éfidlfrXScrípulof xlá :
'latinas usadas, entre los Mozára,bes e repele fo- formas como 'disparar, disparatar, desbaratar.
nética e formalmente a aproximagáo de Diez, Acrescentaque Eindolfo Gomes ligquíoávocábulo
Dic, 428, com: o esp. auce. ao provincialismo mineiro zoreta, zureta, de zu-
AZIAR —
Do ár. azziya,r, instrumento que rita, pomba bravia, e sura. Cita aínda o esp. :
AZICHE •— V.
Azeche. AZORRAGUE — Do
ÁZIGO —
Do gr. ázygos, nao ligado ao jugo, (Diez, Dio-, 501, M. Lübke,
vascongo
REW, 9634).
zurriaga.
O esp,
desemparelhado nao tem parelha do lado es- ;
zurriaga correspondente dele se deriva. Eguüaz
ÁZIMO — ,Do gr. ázymos, sem fermento; filia ao ár. surriyah, corda. ? ^'
AZOTEMIA —^-\
De azoto, gr.' hahna, sangue,
:
": :
mais agvnha acabamiento (Scriptorhs, p, 188, cientif ico.'ítém azotu./^'-y:-^:^ /'^:^/ :-:^ 1
1
—
De azoto, gr. oúron, urina,
:
Azougue 57 — í'acharel
BABA — De uní tema bab, que exprime a para ser primitivo e nao se podendo decom-
por em elementos significativos. Littré pren-
um tRin^o as idóias de salivo r. de tagarelice
<Diez, Dic., 47, M. Lübke, REW, 852, Gram., de o fr. cabillau, cablíau, ao hol. kabeljaauw,
I, § 21; Brachot, Clédat, Stappers, A. Coelho. que deriva do vasconco bacailaba por metátese.
Cfr. o esp. baba, o it. bava, o fr. bave, babil. Bluteau assevera que os biscainhos deram o
Corteólo tira do ár. baba. Note-se a conserva- nome ao peixe quando o trouxeram da América
Qáo do b intervocálico. para a Europa. Pensa G. Viana que a forma
BABA —
Do ir. baba (A. Coelho, Macedo vasconga vem do espanhol bacallao = bacailau,
Soares) agregando-se o artigo vasconco a e mudando-so
BABARiiU — A. Coelho pensa que se liga a o u em b, como é do uso do idioma. Acresce
que bacailau nao é explicável em vasconco e
babar, de baba.
BABAU —
Para A. Coelho é urna forma- nao figura no Dicionário vasconco-francés de
Van Eys, nem como termo vernáculo nem se-
cao onomatopeica. Figueiredo, sem dar razóos,
diz que talvez venha do quimbundo. quer como castelhanismo. Diz mais G. Viana
BABEL —
Do hebr. babel, confusao. Eí id- que o nome do peixe foi mencionado por Pe-
circo vocatum est nomen ejus Babel, quia ibi dro Martire de Anghiera, geógrafo italiano que
coníusum est labium universae terrae (Gíme- viven na Espanha no sáculo XVI, citado por
se, 'XI, 9). H. P. Bigga'r na monografía Voy ages of the
BABIRUSSA — Do malaio bábi, porco, e Cabots and Corte Real, publicada na Revue
Hispanique, t. X. Martire atribuí ao vocábulo
rttssa, vcado.
BABOCA — De babar (A. Coelho, M. Lüb- origem americana, com o que Biggar nao con-
corda, preferindo que o nome tenha sido dada
ke, REW, S52).
B ABORDO — V. Bombordo. por marinheiros espanhóis ou portugueses. Efe-
BABOSA — De baba e suf. osa.; por causa tivamente, concluí G. Viana, o vacábulo, com
esta ou outra forma parecida, nem em groen-
do suco.
BABOSEIRA — De baboso, .de baba, e suf. landés ou esquimo, nem em qualquer dos idio-
baboso no sentido figurado de tolo. mas dos indios bravos da América do Norte
se encontra. V. ainda Meyer Lübke, REW,
eiro;
BABUCHA —
Do persa papush, cobre-pé, 4650.
através do turco papush, do ár. babush e do
francés babouche (Lolcotsch, G. Viana, Apost.,
BACAMARTE —
A. Coelho dá a entender
Bluteau dá a forma arcaica papus, que é forma dissimilada de bracamarte.
urna
II, 226) .
Cita o braquemart, b. lat. braquemardus
fr.
mais próxima do étimo. Larousse dá o b. lat. bragaraardus. Stappers
BABUINO — Lokolsch tira o it. babuino liga ao gr. brachys, curto, e mdchaira, espada.
do ár. maimun, macaco, propriamente feliz, eu- M. Lübke, REW, 1040, prende ao nome da cir
femismo usado porque macaco é o mesmo que dade de Bérgamo. Macedo Soares tira de baca
diabo. Clédat deriva o fr. babouin do fr. ant. Mariis, saco de Marte, bagagem de guerra.. O
babcuc, careta; Stappers liga ao fr. ant. banbe, voc. nao tem correspondente espanhol.
preso a raiz germánica que se encontra no ingl.
baby e no al. Bubc; Líttré ere que o radical se
—
BACANAL Do lat. bacchanale por baccha-
nalia, festas licenciosas de Baco.
encontra nos dialetos alemáes (bappe, focinho).
Talvez tenha vindo pelo it. ou pelo fr.
BACARIJA — Do gr. búkcharis, pelo lat.
baccharis? (A. Coelho).
BACALHAU —A etimología déste voc. foi BACARO — Do
bákcharis, bákkaris,
gr.
exaustivamente estudada por G. Viana, A2JO.SÍ., pelo lat. "baccaru, em vez de baccaris; por
I, 112-5, que aceitou em carater provisorio o intermedio do it. (Leite de Vasconcelos, Opús-
étimo proposto por C. Michaelis de Vasconcelos, culos, T, 592).
Studien sur romanischen Wortschópfung, pg. BACEIRA — De baco e suf. eirá.
Segundo esta
169: o lat. artificial baccalaureu. BACELO — Do bacellu, pequeño bas-
lat.
autora, a aplicac.áo de um termo com a signi- tao; v. Anel. M. Lübke, REW, 870, deriva do
ficacáo de bacharel a denominar um peixe nao lat. bacillu, mas em Gram., II, § 500, aceita
é caso único, pois o mesmo peixe se chama bacellu. Cornu, Port. Spr. § 224, nota a ex-
também badejo, palavra que vem de um di- cepcional conservacáo do c.
minutivo espanhol de abad, abade (v. Badejo BACHAREL — Do - ant. fr. bachaler (mod.
e confrontem-se as denominacoes peixe-frade e, bachelier), "donde vém também o esp. bachiller
em ft>i-<c"io a aves, cardeal, viúva) Outro nomo .
Tcabeljauív, bakel jama, mas G. Viana acha ral, vassalo de ordem inferior, mas ácima
possível que o neerlandés se derive do port. ou do' servo da gleba (lat. merovingio "bacca-
-do esp. bacalao, bacallao, pois é certo ha- laris) vassalo que marcha sob a bandeira
;
verem espanhóis e portugueses conhecido o de outro; f ¡dalgo moco domáis para levan-
dito peixe e a sua vivencia antes dos holan- tar bandeira e que serve sob o comando de
deses, sendo demasiado extenso o voc. neerl. outro jovem que estuda com um mestre para
;
Bacía Baíai
alcancar a dignidade inferior á de doutor; fi- cida. Larousse dá como étimo o ingl. bad,
man, yam,
— V.Do
nalmente, graduado duma faculdade (latini- e fio. Glóssario.
zado no fim 'da idade media cm baccalaureus, BADIANA persa badyan, anís.
como se viesse de bacca lauri, baga de lou- Stappers acha que veio pelo russo.
reiro, por alusáo aos loureiros de Apolo). V. BADIL — Do lat.' *batüe por batillu (M:
Brachet, Pacheco e Lameira, Gram. Port., 3-4. Lübke, 992) ; esp. Archiv
badil, it. badile. V.
BACÍA —
V. Bacio. für lateinische Lexilcographie und Grammatik,:
BACÍFERO — Do lat. baca, baga e fer, I, 249, Cp. "batulu, que deu balde.
—
raíz de ierre, trazer. < BADULAQUE Cortesáo diz que é voc.
BACIFORME — Do lat. baca, baga, e esp. Barcia tira do hebr. badel, dividir,, se-
gundo Covarrúbias.
forma, forma.
•
BACILEMIA —
De bacilo, gr. halma,. san- BAETA —
Do' it. baietta (derivado de baio),
fazenda escura (Diez, Dic, 37, M. Lübke,
gue. e suf. ia.
BACILIFORME — De bacilo e lat. forma, REW, 877, A. Coelho). Cortesáo hesita entre,
forma. o it. e o esp. A Academia Espanhola tira
BACILO — Do lat. bacittu, bastáozinho; bayeta do it.
•
(M. Lübke, REW, 866) o esp. bacín tem a mes- ; imitativa, com o que concordam M. Lübke,
illa origem. REW, 878 (baf), A. Coelho, G. Viana {Apost.,
BAC1VORO — Do lat. baca, baga, e vor, I, 117). Pondera G. Viana que as vozes ono-
raiz de vorare, devorar. matopeicas sao por via de regra suspeitas
BACO — 1 Adj.: Do lat. badiu, baio; quando nao sao meramente interjectivas. Ri-
esp. b'aao (Diez, Gram., I, 217). G. Viana, beiro de Vasconcelos (.Gram. Iíist., 156) e Joáo-
Apost., 1, 173, comparando com o cat. ubach, Ribeiro (Gram. Port., 66) tiram do nomina-
deriva do lat. opaciu, comparativo de opacu. tivo latino vapor. O esp. tern vaho, que a
V. C. Michaolis de Vasconcelos, Glos. do Gane, Academia Espanhola considera também voz:
da Ajuda (moreno escuro). imitativa. Leite de Vasconcellos, RL, II, 364,
2 — Subst. Do bago, por causa da cor apresenta vapidu.
—
:
Bago.
BADAL — Cortesáo deriva do esp. badal.
éste étimo fonéticamente impossivel e aceita,
através cío prov. bagassa, um hipotético bacas-
BADALHOCA — Figueiredo filia a ba- sa, criada, moca, de origem obscura, céltica
dalo.
para Diez (Dic, 35) o nao céltica para Thur-
BADALO — Do lat. battuaculu, "bataclu; neisen (.KeltoromaniscJt.es, 42), Lokotsch nao-
esp. badajo, it. batacchio. fr. batail. M. ±_,übke, vé fundamento algum neste -bacassa. Esp..
REW, 994, acha cstranho por Ih era port. bagasa, it. bagascia, fr. bacasse.
BADAMECO —
Corruptela do lat. vade
l
BAGO 1 —
De baga. —
mecum, vai commigo expressao da gíria es- 2 —
Do lat. bacuhij esp. ant. blago, it.
tudantesca (A. Coelho, G. Viana, Apost., II, bacolo. Are. bagoo, v. Nunes, Gram. Iíist.,.
500, Joáo Ribeiro, Frases Fcitas, I, 194). Joáo 105, Cornu, Port. Spr., § 263, cfr. perigo, povo.
Ribeiro,, Frases Feitas, II, 137, eré que meco Garcia de Diego, Contr., 63, Modern Phílology,
tenha influido com o seu sentido. XVI, 143, supoe urna forma *bacum para o lat..
BADANA —
Do ár. bitana, fúrro de urna espanhol, por nao poder explicar algumas for-
.
roupa ou do um calcado (Lokotsch) Eguilaz ; mas hispánicas que saiam do grupo de blagOj.
prefere a forma battana. I saia cum súa ua- crendo que o primitivo nao é latino mas ibé-
tanna (Diplomata, p. 39-A. 953, wpud Cortesáo). rico ou celta. Neste caso, como irmáo do di-
BADANAL —
Da expressao hebr. beado- minutivo latino, possuia urna língua hispá-
naj, Psalmo 117, 26 (Lokotsch, 21). Figueiredo nica um primitivo 'baco, gancho, garrote, gé-
acha que talvez seja corruptela do badalar. meo do ant. irl. bacc, gancho e báculo. O mais
BADBJO —
Do esp. abadejo, dim. de abad, interessante,, da derivacáo está em que, o vas-;-"
abade (M. Lübke, REW, 8). Foram sem dú- conco conserva urna numerosa familia de pa-
vida os trajes do abade que determinaram a lavras em que perdura a consciéncia plena,
denominacáo; há outra análoga em peixe-frade da idea de encurvar, arquear (mako, báculo,
(G. Viana, Apost., I, 112). Deu-se urna af érese garrote, gancho, garlo) makotu, encurvar, ms-
como em batina por *abatina. O sufixo ó kol, pau com gancho de madeira).
espanhol. Lokotsch, 1, encontra dúvidas de BA1A —
De baía, de provável origem ibé-
fundo semántico. rica segundo M. Lübke, REW, 882, Diez, Dic,
BADERNA —
Figueiredo deriva do fr. 37, opinou pela origem celta, mas o gaélico
baderne; Cortesáo do esp. M. Lübke, REW, badh e o irl. bagh sao empréstimos tardíos,
875, tira o port., esp. e it. baderna e o ir. segundo Thurneysen, Keltoromanisches, 42. A
baderne, do lat. baderna, de origem desconhe- Academia Espanhola tira bahía do cat. badia*.
, : "
Bailar 59 Balandrau
que aparece numa glosa de Isidoro, e a ele das vogais fináis é de regra. Nunes, Gr. Hist.,
prende o esp. bailar, o it. bailare e o fr. 128, tirando do lat. "vaseellu, acha excepcio-
ant. baler; atribuí a bailare origem germáni- nal a representagao do grupo f¡c' por ce, se
ca. M. Lübke, REW/ 909, 887, nao julga clara tal excegáo nao é apenas aparente (v. G.
a relacao do do esp. com bailare; port. e Viana, RL, XI, 240, Ortografía Nacional, 70)
prefere baiulare, carregar.
prendé-los a A aventa igualmente a origem do prov. vaissel.
Academia Espanhola prende bailare ao gr. bal- Quanto a "vascellu por vasculu, dim. de vaso
Usó e Larousse ao gr. balitemos. (A. Coelho), v. Anel. Are. vaxelo; quanto ao b,
:'.'
"BAILE — Ant. bailo, Lusiadas, V. 62; v. Nunes, loe. cit., 87, e quanto á apócope do
v Nunes, Gram. Hist. 70, Cornu, Port. Spr., o, v. Nunes; loe. cit., 67, e Cornu, Port. Svr ,
§ 101. § 100.
BAILÉU —
G. Viana, Apost., I, 1Í9, nao BAIXELA — Do
vaiseelle (M. Lübke,
fr.
(Nunes, "108):; Esp. vaina, it. guaina, fr. gaíne. REW, 1103), por causa da conservágáo do l
intervocálico. Pacheco e Lameira, Gram. ¡Port.,
:
y: :
BÁIO; '"'—- 'Do lat. ;
badiu; esp. bayo, fr.' Sai,
tira duma forma lat. ^bilancea, que 'v.'M.v'
83,
BAIONETA —
bayonnetie , nome da- Do fr. Lübke, Gram. .1; 345, aceita para o esp., o it.
do a urna arma fabricada pela primeira vez e o f r. A. Coelho deriva do lat. bilance.
;
'
Emquanto tiveram pólvora e balas, bateram-se vem a mesma derivagáo para '.'.o" esp. e para
dérnpdo ordinario Acabadas as munigóes, leniT o it.)A Academida Espanhola deriva o esp.
braram-se os gascoes de atar as facas as balandra do neerlandés. .
panhóis, que' foram vencidos: estava inven- deU'.o esp. balandrán, ó ;prov. balandra" (donde :
tada a baioneta, que recebeu éste nome por- o fr. boJandre) e o it. balandra, palandrana
;; quésno ano: seguinte ármeiros de Baiona fra- (M. Lübke, REW, 892). Stappers menciona
gem. A. Coelho dá um b. 1. barriu. balandrana, na Regra de £?.: Bento; 1226. O: ;.'?
demia Espanhola dá a barrio idéntica ori- alto xoallandiire (Schneller, Die romanischen
al.
gem; A. Coelho dá um b. I. barriu. Volksmundarten in Südtirol, I, 110) é antes
BAIÜCA —
Cortesáo tira do esp. bayuca. um esclarecimento da palavra romana. A for-
: :
r" ;»sssg!
::
Balanida — 60 — ilalsamina
'•
. f«:
ma antiga era balandráo: Í3 mandou-lhe de~ BALDE 1 Vaso: Do lat. "batulu (M. — —
presente hum. balandráo vermelho... (Cas- Lübke, REW, 997); esp. balde. A Academia
tanheda, "1, 11). Houve urna dosnasalagáo como, Espanhola dá a mesma origem que o fr. baille
em lacrau, sarau. que Larousse deriva do it. baglia, celha e M.
BALAÑIDA — Do gr. búlanos, glande, e Lübke, REW, 886, do lat. 'bajida aqua¡.
2 —
Ñas locugóes debalde, embalde, o vocá-
suf. ida.
BALÁNIDE — Do gr. bulanís,
hálanos, glande, bulo se deriva do ár. batü, váo, inútil, com
e suf. ide; ha em grego balamdos, metátese do l (Nunes, Gram. Hist., 183) V .
tese de r.
BALONORRÉIA — Do gr. búlanos, glan- BALESTILHA — Do esp. ballestilla.
des r/ioim, de rhéo, correr;: por lanalogia com
.:'
jBALHA ;— I3eybalJia;rRov:i bailo, f orraaí an-; : ::
outras formaeóes.
;
tiga de baile (Nunes, Gram. Hist., 70, nota); A..
BALANQUIM Segundo, Eguilaz é o mes- — ~CdcXhQ'iiróji dé :baü^
BALIDO A.. Coelho supóe um lat.. "balire —
mp que baldaqui, possessivo de ^Bagdad, que ao lado de balaré :e|finanda. comparar; com 6a-
Martin e Alcalá transcrevem Baldac. Figuei-
redo tira, com dúvida, de Balanqüina, nome litans.
de urna povoacáo de Oviedo. BALISTA —1— Máquina: Do gr. hallísta,
BALÁO —
A Coelho deriva do fr. bailón. de bullo, arremessar, pelo
Peixe —
ídem. — lat. ballista.
A Academia Espanhola dá balón como aum. 2
BALÍSTICA
•
ballast {Influencia do inglés no portugués, pg; alias baliza, que a Academia Espanhola prenr
40). A. Coelho " tira do fr. balast, de origem . de - ap hí-: latv; :paZiíiM,;;de palu, pau ^puSestaca-v;;
:
germánica;" :
"
: ;
M. Lübke, Gram. ¿ I, 378, explica o-abranda-r
BALAtrSTEb — Do
gr. balaústion, flor da '.ine.iit6;:'.d6í:-giJ.ppr¿;e's.treita:v :.H
Stappers, considera-ndo de origem incerta 6 fr,;:
rpmeira;brava^; pelo; latí; &aZa«^ :
Deyáux. •
:l
¡ ":: "\ ':fí;: r: ""^^ y : '
:
BALBÜRDIA '.— Talvez do céltico balbord,: congo balsa, assinalado por Larramendi (Diez,
tumultp, desordem (Franco de'Sá, A Lingua Dio., 430, :
M. Lübke, REW, 917), que significa
Portuguesa, 130). mPntáo, daí reuniáo de aguas num ponto, Hum-
BALCA _ V. Balsa. boldt cita o nome de Balsa que tinlíá urna ci-
BALCaO — /Do it. balcone, assealho, es- dade da Bética, mencionada por Plínio. No sen-
trado,balcáo, de origem franca (M. Lübke, tido de bandeira ou ramais de coral pode vir
REW, 907, Diez Gram., I, 65, 300). A Acade- do lat. baltetí e néste caso melhor se escreveria
mia Espanhola tira o esp... balcón, Clédat, com c. Significando matagal, pode vir do lat.
Larousse derivam o fr. balcón também do .
íí)aZíea»oü::;do;::ibéricp: &otcí'ia^: nesté":^ ;
:
it. M. Lübke tira as-formas port., esp. e i t. seria preferível o g. Finalmente no sentido de
do prov. balcón. Alguns filiam o étimo ao •
;
dorna existentes também :;em
eS no de:; jan gada¿ i
m
M. Lübke,': REW,
991, tiram o esp. * balda do
nao é /iácil:' determinar cómo; ;se;:-;produzirá
: :
:
Yapréséhtó.üfíó''?^
tável. V. A. Magne, Miscelánea, RLP, LVI,
declarar;: que; álguém;;^ 239-44. ... -
.
áliásj;:;;tém .a ímesma;:'sign^ ;
;.
:I
:
detuma-fazénda de-sedáSpara'dosséisWorigíná'-;;
; WOTCj/ólhóvdeivíboii'.jou^vsegundo -alguns autores,;
ria de Bagdad, conhecida sob o nome Se Boí- , crisantemo vamarelo. A Impatieyís Sáisa-mima. L, : ;
Bálsamo — Cl Bango
bambarria. Fernando Ortiz supóe éste voc. con- do it. o fr. bandouliérc; Clédat, do esp.
taminado talvez pelo mandinga bambambalia, BANDOLIM —
Do it. mandolino, como o
debilidade. Figueiredo apela para um b. lat. ba- sufixo atesta. A Academia Espanhola dá o
burru, inepto, citado também por Macedo Soa- correspondente osp. bandolín como dim. do ban-
res. dola, mas Clédat, Brachet e Stappers tiram o
BANAL —
Do fr. banal de origem germ., fr. do it':, o que é comum em termos de arte
musical.
aplicado no direito feudal a coisas, como tornos,
moinhos, posos, que por banko (proclamacáo) BANDUDHO —
Do lat. panluculu, dim. do
do senhor feudal eram designados para uso lat. pantex, panca, com juncáo do artigo ou a
público; passou depois a significar comum, protéüco que torne o p intervocálico (A. Coe-
vulgar (Carré, Brachet, Larousse, Darmesteter) lho, Nunes, Crestomatía Arcaica, LXV, em
BANANA — Macedo Soares supóe origem desacordó com RL, III, 292, onde aprésenla
galibi. A Coelho da como palavra originaria 'panduculu, dim. de pandus, curvo, substanti-
da Guiñé. Dalgado cita Garcia da Orta (.Colo- vado). Cortesao deriva do esp. bandullo. Para
quios, XLI: Também ha estes figos (o figo da o voc. port. e para o esp. bandujo, bandullo,
india) Guiñé; chamam-lhes bananas". E o
em Müller, Dozy, M. Lübke, Lokotsch dao como
conde de Ficalho comenta: "E' possível que te- étimo o ár. batn, barriga, com metátese e su-
lina 'razáo; a palavra nao é seguramente asiática fixo románico. Eguilaz prefere o !at. botellu
e também nao 'parece ser americana." Yule in- ou botulu, salchicha, mórcela, chourieo, ou ven-
clina-sé pela origem asiática. Cita o arabista triculu, dim. de vtínter, ventre, por 'contracáo.
Robertson Smith que nota nao se poder consi- BANDURRA —
Do lat. pandura, de origem
derar como acidental a coincidencia déste nome grega; esp. bandurria, fr. mandare, it. pan-
e do ár. banana, dedo, e que, além da deno- dora, G. Viana, Aposl. II, 104, atribuí a influ-
minacáo literaria mauz, podia o fruto ser popu- encia arábica a troca do p por b. Cornu, Port.
larmente conhecidp em alguma parte como Spr., §§ 145 e 164, chama a atengao para as al-
"dedo" acrescenta que é possível que os árabes
;
oriental. Clédat aceita para o fr. banane ori- considera um africanismo; em mandinga bungo
gem asiática. A Academia Espanhola dá o esp. significa casa e assim se teria: bunga, casa,
banana como voz formada pelos indios chaimas, c loto, baixa (inglés). No caso de proceder da
de balatana, corruptela caribe de plátano; Se- India, diz que é preciso averiguar a coincidencia
govia dá também como corruptela india de plá- fonética e ideológica.
tano. Lokotsch tira do ár. bañan o voc, trazido BANGO — V. Banguc.
. . .. . .
G2 Barba
Bangue
pele corda'
noves pcnnc, ant. Ir. pcnnc, gordura de
de porco, de origem incerta. delgada. O m se mudou em
dissimilagáo
6 por
BANHO 1 -- —
(Acao de banhar) Do lat. : no erñprégo com o artigo indefinido (Nunes,
Gram. Hist., 169, Cornu, Port. Spr., § 120). Do-
'bancu por balncu, de origem grega (M. Lübke, o lat. verberaculu
REW, 018, Gram. 1, § 177); esp. baño, it. bagno, mingos Vieira apelou para .
as
esp. liar alia, disputa. Cortesáo cita ;um- ítexto/-; v
por metáfora passar banco a significar a pro- cóm o b. lat. baraliare. Nunes iGram.,Hist~y 55,';;
pria refeigáo; compare-so o al. Tafel que a um outra forma; de embrulhar;
'
25), Amadeu Amaral vé. ares de corrupeáo afri- que o fr. ber, barón, é tirado do mesmo radi-
cana (ou feita ao jeito do linguajar dos pretos) cal. Do sentido primitivo Aecarregadór seriám
do verbo pensar (Dialeto Caipira, 87-8). sucessivamente deduziüpsi¡¡ys;:;;deí;?/<^íe^;;'flepüi¿í;:;':
BANZfi —
A G. Viana (Aposl. I, 127), por homem, depois homem poderoso, üyaisalo. Sciie-
sugestáo de Consiglieri Pedroso, parsce ser o ler prefere ater-se a urna comunidáde: de; origem
japonés banzai, viva V. Palestras Filológicas,
!
de barón com as palavras barn, infans, proles
pg. 102-3. A interjeicáo japonesa significa dez (ant. alto al.) e beom (anglo-sax), homem
mil anos. Mas, pergunta Dalgado, quem a teria forte, que alias remontara igualmente á; 6airom
transmitido á giria portuguesa e por que mo- ou bcrayí, levar, produzir /«;;;; A;
tivo ? (Glos. I, 98). O japonés provem do chi-
nés ven-sui com o mesmo significado (Ibid, II,
BARATA —
Do lat. blatta, com suara-
bácti de a depois que o grupo- bl passou a br;
465) Macedo Soares apela com dúvida para
.
ir. blatle.
urna forma quimbunda "mbanzue, de mazne, BARATAR — Do lat. prattare, de ori-
plur. de rizue, vozes, vozeria. gem grega, negociar (M Lübke, REW, 6731,
BANZEIRO —
Macedo Soares liga a ban- C. Michaelis de Vasconcelos,» Glossário do
zeo.r. banzé, e diz ouc podia ter vindo da nave- Cancioneiro da Ajuda). Á. :Qftelhb-;«:;tirá ;:3 áé; ;
:
gagáo das costas da África. um tema barat, braí, espalha8p.*más de; ori-
BANZO 1 — —
De banzar. gem incerta. Eguilaz dá bátal, falsidade, for-
2 —
Ave africana (de qualquer lingua da ma ár. vulgar africana. Stappers, 3571, apre-
senta unía forma brota ;bara<í/: lengano, ;tral-
Áfi'ica provávelmentc) :
BAOBA —
E' urna árvore da África. La- gao; gales brand, traigáo, irl.; e escoce bratli,:
¿sperteza. O verbo aparece hoje com prefixó:
\
Barbaca — C3 — Baronete
popular (M. Lübke, REW, 890, Lokotsch, 197). o mesmo sentido que o derivado fr., todavía
M. Lübke, acha semánticamente inaceitável as accepgoes aproximadas das do bardeau da-
¡ir. albakar, vitelos (Dozy, Eguilaz) e ainda das nao sao garantidas". M. Lübke, e Lo-
menos barba cana (Zeitsclirift rom. Philologie, kotsch derivam do ár. bardla'a, base da sela,
XXX, 557). de origem persa ou turca, do qual tiram ainda
BARBANTE —
Do Brabante, nomo do albarda, como faz Eguilaz.
BARDANA —
De barda, por causa da
antigo ducado em territorio hoje belga e
bramante, brabante, largura das folhas. Petrocchi tira o it. bar-
holandés. O esp. tem
cordel, fazenda de linho fabricada na cita- dana do um b. lat. bardana.
da regiáo. Larousse da também brabante, BARDILHO —
De barda? (Figueiredo).
fazenda de linho fabricada nos arredores de BARDO 1 — —
Sebe: v. Barda.
Bruxelas, Antuerpia o Utreclit.
— 2 —
Poeta Do lat. bardu, de origem cél-
:
ga.
Lübke, Gram,
barbecho, fr.
•416,
gucret. M.
Introducáo, 110, supoe j¡i em lat. urna
I,
BARGANHA — M. Lübke, REW, 1220,
tira o bargagnare e o fr. bargignicr de
forma assimilada varvactu. Aparece b por v urna
it.
forma franco-lombarda borganjan, to-
pela confusáo habitual dessas labiais (Nu-
nes, " Gram. Hisl., 87). rb por assimilacao (M. mar fiado. Stappers dá um b. lat. barcaniare,
Lübke, Gram., I, 416). de origem céltica. A. Coelho lembra o ingles
BARBELA — Do lat. barbella por bar- bargaiu e o it. Acha M. Lübke que o a, for-
magao em nj e a significacao deixam dúvi-
bula;esp. barbilla, fr. barbolle. V. Anel.
BARBETA — Do fr. barbette (A. Coe- -
das (Fransoslclie Studlen, VI, 53) rejeita a
aproximagao com barca (Diez, Dlc, 43) tanto
;
lho).
como
BARBICACHO — De barbica, dim. de bar- pela forma,
BARGANTE —
pelo sentido.
Cortesáo tira do esp. ber-
acho Coelho). Figueiredo tira
ba, e suf. (A.
gante, a que dá origem céltica. A Academia
do esp. barblcacho. Espanhola dá origem gótica. A. Coelho, da
BARBILHAO — Do fr. barbillon (A. Coe- germ. brákon, fazer ruido, ostentagáo, se-
lho).
BARBITO — Do gr. bárbiton, pelo lat. gundo Storm. Diez ligou ao fr. brlgand.
BARIDRODINAMICA — Do gr. báros,
barbiton. Da origem talvez frigia (Boisacq). hydor, agua, e dinámica.
BARBO — Do lat. barbo; esp. it. bar- peso,
BARIDROSTÁTICA — Do gr. báros, pe-
bo, fr. bar. O b inicial impediu o abranda-
so, hydor, agua, e estática.
mento do interior. Este peixe tem quatro bar-
bullas na boca.
BARIECOIA — Do gr. baryekoía, ouvh
BARCA —
Do lat. barca (Isodoro), por do pesado.
—
'
barlca, dim. de barls, do origem egipcia atra- BARIENCEFALIA Do gr. barys, pe-
vés do gr. bárls; esp. it. barca, fr. barque. sado, egképhalon, encéfalo, e suf. ia.
Lokotsch dá o egipcio va-ra, barca do deus BARIFONIA — Do gr. baryphonía.
do sol Ra, também barí, Heródoto, II, 96, e BARIGLOSSIA — Do gr. barys, pesado,
rejeita a origem nórdica de barkr, cortiga glóssa, lingua, e suf. ia.
(ingl. bark), donde barkr, barco feito de BARIMETRIA — Do gr. báros, peso,
casca do árvore (Wackernagel apud Stappers, metr, raíz de metréo, medir, e suf. ia.
179, 2982). A. Coelho e Ribeiro de Vasconceloz BARINEL — A. Coelho cita o it. barí'
aludem a urna origem fenicia. En copta Barí nello.
(Boisacq, Walde). BARIO — Do gr. barys, pesado neol. do ;
BARCA —
Corr. de balga, segundo Fi- Davv (1808). V. Barita.
gueiredo. BARITA — De bario e suf. ita; deseo-
— berta, em 1774 por Scheele, que a denominou
BARCAROLA Do it. barcarola, can- térra pesada.
loneta dos gondoleiros venezianos. Eram can- BARITINA — De barita e suf. ina; de-
tadas ao ritmo dos remos batendo sobre as nominada outrora espato pesado; é a pedra
aguas dos cañáis.
BARDA —
Este voc. aparece feralmen- de maior densidade.
BARÍTONO — Do gr. barytonos, de voz
te na locucao em barda, que significa em grave, pelo lat. barytonu.
grande quantidade; houve, porém, grande
alteracao do sentido originario. O port. (idén-
BARJOLETA — Cortesáo da como voc.
esp. O esp. tem barjuleta, que a Academia
tico ao esp. e ao it. e em fr. barde) sígnificou Espanhola deriva do b. lat. bursa, bolsa, com
antigamente armadura feita de chapas de ier- dúvida.
ro e colocada no peito dos cávalos, pelo que
se lhe deu como étimo o velho nórdico bardi,
BARLAVENTO — A Academia Espanhola
deriva o esp. barlovento do par le vCnt. fr.
escudo (Diez, Dic, 42). Vé-se, diz Julio Mo-
reira, Estudos, I, 190, que o sentido primitivo
BARNABITA — Do barnabita, nomo it.
dos clérigos regulares da congregacáo de S.
de barda, que procedería talvez de urna pala- Paulo, fundada em Miláo em 1530; um dos
vra que designasse um escudo, era o de ar- confrades de S. Paulo era S. Barnabé.
madura, urna especie de escudo de cávalos;
depois passou a exprimir de um modo mais
BARODINÁMICA —
Do gr. báros, peso,
e dinámica.
geral a idéia de protegáo, de defesa, como
quando se refere a um prancháo ou paredo BAROLOGIA —
Do gr. báros, peso, la-
com que se protege urna casa rústica; era gos, tratado, e suf. .io.
eeguida, da idéia do defesa derivou-se fácil- BAROMACRÓMETRO . — Do gr. bíros,
me-
peso, maleros, grande, e metr, raiz de
mente para a de vedacao, sebe, dando-se com
também á palavra a forma masculina (no
' tréo,medir. A íormacáo devia ter sido
transmontano). E no sentido geral mékos, tamanho.
dialeto
de sebe transitou-se para a significagáo mais BARÓMETRO — Do gr. báros, peso, o
restrita de sebe de vides, pois que o bardo metr, raiz de metréo, medir; mede o peso do
so fprmava principalmente ñas orlas dos cam- ar, a pressáo atmosférica.
pos ou vinhais, e perdeu-se de vista a idéia BAROMETRÓGRAFO — Do barómetro o
accessória de vedacfio". A. Coelho mostra-se grápho, inscrever.
indeciso. "Em francés, diz ele, há bardeau, BARONETE — Do ingl. baronet (Bon-
tábua fina com que se cobrem as casas, se- naffé).
Baropneumodinamica C4 — Basioíribo
barregao do nome de fazenda barregana; for- bascule, sof rendo a acentuacáo analogía de ,
te, resistente como a barregana. Cornu, Port. outros vocábulos terminados em ulo. A Aca-
Spr., § 129, sugeriu um lat. "pellacana, do gr. demia Espanhola aceita igualmente o francés.
pallakó, prostituta, alias com difícil permuta BASCULHAR — Cortesáo tira do lat.
de 11 em Lübke, REW,
rr. M. 9-11, rejeita "vásculeare (de vascala) ? Manda confrontar
ambas as etimologías, assim com o esp., ba- com vascolejar. Joáo Ribeiro, Gram. Port., XIV,
rraco, homem grosseiro (Zeitschrift für ro- tira vascullio do fr. bas cul.
mauische Philologie, XXX, 568, Zeit. für rom. BASE —
Do gr. básis, planta do pé, pelo
Phil., Beihcfte, X, 102). Eguilaz dá ár. oaleg, lat. base.
adulto. BASIDIO —
Do gr. básis, base, pedestal,
BARREGANA — Do ár. barrakan, fa- o suf. ídio.
BASIDIOMICETO — De basídio
-
BASOMATÓFORO — Do
ba- gr. búsis, BASTO — Adj.
1 —
do lat. vastu? (RL,
:
bates (Clédat).
ticamente impossível a ligacáo a bastum, al-
barda, como enanca gerada sobre a albarda
BATALHÁO —
Do it. bataglione, intro-
duzido em Franca no sáculo XVI (Brachet) ; -
tarnae, significa mestico, bastardo (Beitráge .bataille no fr. ant. significava também corpo
macho, o que carrega a albarda, crianza ile- do tropa (Clédat).
gítima__(Caix, Stuái di etimología italiana e ro-
manza, 8) e também rejeitado. Bastum, bastáo, BATATA — Do urna língua americana.
. na significacáo de vergóntca selvagem (Zeit- Macedo Soares, repetindo a Martius, deri-
schrift rom.' Phil., XXXIII, 345 nao convém va do taino, com o que está de acordó Lo-
por causa do aufixo. A significagao básica é kotsch (Apwrikanische Worter, 29). O vod.
filho nao legítimo de um nobre ou principo designava a batata doce (Batatas edulis)
(Du Cange). Trata-se de urna expressáo cío desde 152G (Petrus Martyr e Navijero). Lenz,
dominador germánico e nao do galo-romano Dic, 170, dá o voc. como do Haiti e cita
subjugado. Se o nome de povo blasternr-x, bas- Oviedo, VII, c. IV, t. I, 273. V. Rodolfo
tarnae, significa mestico, bastardo (Beitráge García, Glossário anexo á obra de Glande
zar Geschichte der déutsclien Sprache und d'Abbevílle.
Literatur, XVII, 37), pode entáo ser um urna BÁTEGA — Do ár. batíya, vasilha larga
formacáo do mesmo tronco, ou pertencer a em cima e estreita embaixo, provavelmen-
bastum, bastáo, ao qual se liga por qualquer to (Lokotsch, Dozy, Eguilaz). Chuva gros-
agao simbólica a nos desconhecida (Worter sa, talvez venha' de chuva capaz de rápida-
und Sachen, I, 29). Dcrivacáo do germ. banses, mente encher urna bátega. Observa Dalgado
celeiro (Sprak vetenskapliga Siillskapet i Up-
psala Fórhandlingar 1906-Í2) é realmente ad-
que Dozy acha singular a insercao de g e
missível, mas pressupóe a despari'cao do n.
que seria conveniente saber se o voc. já era
conhecido em Portugal antes do descobriniento
em germ. A Academia Espanhola deriva bas- da India. Viterbo menciona, como um dos
tardo de basto, grosseiro, tosco. Petrocchi tira étimos possíveis, batica, que na India é o no-
o it. de basto, arnés: bésta de carga, mulo. me que se dá á bacia.
O fr. para Larousse vem de bar, baixo, c BATEIA —
Lokotsch, Dozy, Moura, Egui-
célt. tarz, origem. Para Clédat, Stappers e laz i'iliam, com dúvida, ao ár. batiya (v. Bá-
Brachet liga-se a báli, albarda. O sentido pró-
prio seria gerado sobre a albarda por qualquer tega). Dozy a dá também como talvez indo-
arrieiro; fils de bast, como o al. bankert, des- européia (sánscr. vadJia, vasilha, persa bádiya,
cendente do banco, ven afir Bank falten, vaso para beber). Pigueircdo, Ligues Práticas,
ter nascimento ilegítimo. Para as minucias III, 113, alega que a etimología é duvidosa
Brachet manda ver Histoire poétiquo de Char- como a prosodia. Domingos Vieira acentúa
lemagne, de Gastón Parij, pg. 441. Clédat batea e neste caso o étimo árabe tem todo
aínda se refere ao germ. bast, broto, e entáo o cabimento (A. Coelho está de acordó) Mo- ;
Gram. Port., 135, José Oiticica, Manual de da América, rejeita o étimo caribe batáya,
Análise, véem na terminagáo o sufixo ger- proposto por Cuervo, que cita passos de cro-
mánico ardo. Joao Ribeiro, Curiosidades Yer- nistas antigos, como Oviedo, Herrera e ou-
tros.
báis, 104, depois de salientar a carencia des-
te voc. no latim (nothus e spurius sao de BATEL —
Do fr. bateau (ant. batel),
procedencia helénica), diz que os invasores da assim como o esp. batel e o it. batello; ba-
idade media (por "allusion des rapports des teau é dim. de bat, de origem germ. (anglo-
muletiers avec les femines des auberges") es- saxáo, velho nórdico bat, bote, ingl. mod.
colheram essa designacáo tomada ao nome dos boat, v. M. Lübke, REW, 985, Introd., 35).
arreios (bastus) das cavalgaduras. BATER — Do lat. battuere; esp. batir,
it. batiere, fr. batiré. Sobre a porcia do u, v.
BASTIÁO —
Talvez do it. bastione atra- M. Lübke, Introáucáo, 129, Gram. I, pg. 451,
vés do fr. bastión. A Academia Espanhola ,
BATISTE — De Baptistc, que vivcu em ropa no séc. XVII por indo de viajantes e
espalhou-se gracas as il/¡¿ c urna nortes (Lo-
Cambrai no século XIII c inventou esta fa-
kotsch). Dalgado nao aceita o intermedio
zenda. .....
BATISTSRIO — Do gr.
,
baptisterion, ,
pelo do ár. alega que muitos vocábulos se intro-
;
Dalgado acha que venha do landim batchuque, BEBER — Do lat. bibere; esp. beber, it.
tambor, baile. Macedo Soares (Revista Bra- bcre, fr. boire. O are. foi bever: ...nem
sílcira, 15-5-1880, Dic. Bras.) diz que nao en- por Ihe dar de comer nc de bever, (A dona pee
controu em nenhuma lingua africana; no an- de cabra, apud Nunes, Crestomatía Arcaica,
golense bater é cubanda, no congués-bunda 19). Cornu, Port. Spr., § 180, ve formal assi-
é bumba. Acha, porém, que o termo veio milacáo no b inicial ou restauracáo do & ori-
da África e quo o étimo parece portugués ginal. Nunes, Grave. Hist., 98, vé em bever
{bater ?). Se é port., o sufixo ó esporádico. dissimilacáo, de acordó com C. Michaelis
BATUTA —
Do it. battuta, que alias si- de Vasconcelos, Sá de Miranda, 897.
BEBERÁ —
Do lat. bífera scilicet ficus,
gnifica compasso a varinha do maestro é
;
em italiano bucchclta. A batuta marca os figucira que produz duas vezes (ao ano) (RL,
compassos da música; dai a transferencia do I, 298, Romanía, XXIX, 340); esp. bevra, bre-
sentido. O esp. tem a mesma origem. va, gal. hebra. O / deu v e este deu b (Cor-
BAO —
Esp. baúl, it. baule, ir. bahut. nu, "Porf. Spr., § 185), por assimilacao ao b
M. Lübke, REW, 1008, acha de origem in- inicial (Nunes, Gram. ITist., 100).
teiramento desconheciíía: Diez, Dic, 47, lat. BEBRA — V. Beberá.
baiulu (v. Bajular) e al. ant. behút sao fo- BECA — Em esp. existe beca e em it. ' .
néticamente impossíveis. Lokotsch pensa que becca. Barcia filia ao lat. beceus.
vcrossimilmente so liga ao ¡ir. tabut, ataúde, BECHAMEL — Este mólho foi assim cha-
de origemegípcia. Stappers, com dúvida, ape- mado em honra do Sr. Béchamel, gastróno-
la para o celt. bahu. Are: baúl. mo francés do séc. XVII.
BAUNILHA —
Do esp. vainilla, dim. de
•
BECO C. —
Michaelis de Vasconcelos pro-
vaina, bainha, vagan. O it. vaniglia, o e fr. pós, RE, III, 179, com dúvida, o lat. *vicculu,
vanille tém a mesma origem. 11. Lübke, aceito por A. Coelho. O it. tem viccolo. Leite
REW, 9123, da como ponto de partida o lat. de Vasconcelos, RE, XVIII, 307, reproduzido
vaginella. A forma antiga era bainilha, mais em Opúsculos, I, 502, e M. Lübke, REW, 9318,
chégada. ao étimo. "Quais foram, pergunta nao aceitam o étimo proposto. Nao está justi-
G. Viana, Palestras, 29, as causas da mudanca ficada a duplicidade do c (Georges, Grandgent).
anormal do ditongo al em au? Nenhuma lei Korting aceita vicus, que daria vigo como no
fonética, nenhum caso similar existe que de-
terminasse, quer por analogía, quer por mera nome da cidade galega (Vigo), e viculu, que
operacáo fisiológica, esta mudanca inopinada, daria um voéábulo em llio ou are. do. Para
que nao tem precedente em portugués, a nao Leite de Vasconcelos, como beco significa rúa
ser em aito, popular, a par de auto, do lat. pequeña, talvez venha de vía, donde, com o
actum qualquer déles em sílaba tónica porém". suf. eco, podia ter saído "vieco íveeco— —
Diz o mesmo autor que há urna trepadeira "véco. Excmplos de b por v náo_ faltam.
chamada baunilha, voéábulo cuja origem ele Por outro lado há, em semelhante círculo de
desconhece, e pensa ser possível que por se- idéias, sinonimias varias entre feminino e mas-
melhanca de pronuncia éste nome ha.ia influi- culino, como quellia e quelho, caleja e calejo,
do para alterar a antiga denominagáo boini-
Iha. BECORTOPNEIA — Do gr. béx, hechos,
BAUXITA — De Baucc (Franga), onde tosse, e ortopncia.
BEDAME — Do bcc-d'dne (A. Coelho).
descoberto éste mineral de aluminio, e fr.
BEDEL — Do
foi
suf. ita. prov. bedel (assim como
BAXA — Forma arábica do persa paxá o esp.), de origem franca (M. Lübke, REW,
(G. Viana, Apost., II, 206, Dalgado, Glos.) ;
1086) c significando oficial de justiga, algua-
em ár. nao há o fonema p. zil, arauto.
BAZAR — Do persa bazar, mercado per- BEDELHO —
A A. Coelho parece for-
manente ou rúa de lojas. O voc. veio á Eu- ma paralela de bedel. Significa homem de
.
Bedém — 67 — Bem
pouca autoridade, trunfo pequeño. Aparece na Macedo Soarcs, citando Sousa, tira do persa
locugáo meter o bedelho, que pode provir de baldoraca.
metáfora de jógo: cortar oportunamente urna BELEGUIM — O esp. tem belleguín, que.
vaza com um trunfo, pequeño. No Suplemento Cortesao dá como étimo. Sousa deriva do ár
suprimiu a etimología. BELEMNITA — Do gr. belemnitás, sci-
BEDÉM — Do ar. badán, manto sera man- licet líthos, em forma de flecha.
pedra
gas. V.. G. Viana, Palestras, 176, Apost., I, BBLEÍ.IZADA — De Beiúm, onde foi fci-
137). ta urna revolta em 1S36 em Portugal, z de
BEDUINO — Do
vulgar ár. badawiynn, ligacáo. e
BELETRISTA
suf. ada.
—
bedewin, plur. de badawi, adj. possessivo de Figueiredo tira do al.
badio, deserto. Beduvno é urna vcrsáo mi do belletrist, do fr. belles-lettrcs.
francés (G. Viana, Apost., I, 137) a forma ;
BELFA — Do lat. bcllua; it. bclva
vernácula e antiga é bedui, beduim. (u — v = f, Cornu, Port. Spr., § 116). v.
BEGONIA De Bégon, —
governador de G. Viana, Apost., I, 139,
Nunes, Crestomatía Arcaica, LXVII.
Ortografía Nacional,
S^Domingos e protetor da botánica no século 110, 196,
XVII, e suf. ia.
BEGUINO — BELFO —
Cortesao acha que é voc. esp.
A. Coelho tira do fr. beguin, A. Coelho lembra o esp. belfo, befo, o que
do flam. beggem, pedir, por causa da pobreza tem mais grosso o labio inferior; befar, zom-
de que os beguinos f aziam profissáo. Stappers
,
toar estendendo o labio inferior em sinal de
filia o fr. béguine a Santa Begge, duquesa de desprézo; o fr. bafouer, beffler; o it. beffare;
Brabante, morta cérea de G92, fundadora pro- provavelmente do germ.
vável da corporagao religiosa das beguinas
(Bruges). Cortesao manda sobre a origem do BELHÓ —
Cornu propós para étimo o lat.
toc. ver o Leal Conselheiro, pg. 34, n., sem di- "biliola por tibióla; C. Michaelis de Vascon-
zer que edigáo. celos, RL, III, 133, apresentou piliola (de
BEGUM —
Do persa begam, .fem. de begue pila). Como o e. se profere aberto, G. Viana
(Apost., I, 139) 'acha pouco prováveis ambas
(o mesmo que bei), segundo Dalgado. Dcvic
tira do turco beg, bei, e ár. oum, máe. etimologías. A. Coelho diz que o fr. beignet
BEI —
Do turco beg, senhor titulo da no- tem
geral,
a mesma
apenas; gn
significaefio,
é substituido
um pouco
em port.
mais
por
Ipreza feudal turca. Diz Dalgado (begue, be-
que) que o termo é originariamente turques- lh,como em calhamago por "canhamago; urna
tano e que Crooke o deriva do antigo baga forma fr. "beignot explicaría pois, bem a forma
•e o relaciona coro o sanscr. bhaga, senhor. port.; note-so que em bclhú o e é aberto, o
BEIGO -—-Pacheco Júnior acha que é urna que confirma aínda mais a origem fr. da pa-
forma divergente do lat. basiu (que deu beijo) lavra; os díaletos franceses oferecem as for-
e que é um exemplo de metonimia (Gra- mas bugnet e betignon; segundo Littrré bingñe,
matica, 109, 393, Gramática Histórica, 99) bolo, de que esfas formas sao diminutivo, é
M. Lübke, EB^, 976, nao aceita éste étimo, o mesmo que bigne, beugne, tumor, palavra
já apontado por Diez, Dic, 3-1, para o usada em diversas provincias da Franga. G.
port. beigo e para o esp. bezo, labio grosso. Viana observa que em calhamago houve dissi-
Otoniel Mota, O metí idioma, 217 deriva do lat. milacáo da nasal m da silaba seguinte, fato
balteu. Com vocalizagáo do l e mudanca do t que se nao podia dar com belhó. Deriva entáo
em g, ter-se-ia "baigo; daí, com a permuta do de urna forma latina bataneóla, dim. de bala-
•ditongo ai em ei (cfr. lacte Haiic leitc), — — neu, forma adjetival substantivada, derivada
de balanus, castanha. A sucessáo de formas
viria beigo. Acrescenta que a palavra balteus
era popular cita um
trecho de S. Jerónimo e seria entáo; banaleola bandeóla —
baelhola —
diz que a idéia quadra perfeítamente. As outras — baelhó —
bélhó. Cortesao pergunta se nao
línguas románicas tém formas tiradas do lat. estará por ¡ilhó e manda comparar f — b
labru: -esp. Zá&io (erudita em port.), it. labbro, em abantesma e buraco.
fr. lévre. BELICHE G.- Viana, —
Apost., I, 211,
BEIJO — Do
esp. beso,
lat. basiu; it.
acha possível
kechil,
que represente o malaio biliq
alcova pequeña, com deslocagáo do
baccio, fr. baiser (alias do verbo basiare).
BEIJOIM V. Benjoim. — acento do adjetivo para o substantivo e su-
pressáo do q, quase imperceptível, c da ter-
BEILHO —r V.
Belhó.
minagáo il. A. Coelho dá um ar. belij, do
BEIRA — Deribeira, tornado rebeira, por
mal. beliq.
•confusáo com outras palavras cm que o pre-
fiso ora se acrescenta, ora se subtrai, por exem- BÉLICO — Do lat. bellicu.
recanto, elido e rechdo. (Diez, BELIGERANTE — Do lat. belligerante.
plo carato e
Gram., I, 273, A. Coelho, Leite de Vascon- BELIPOTENTB — Do lat. bellipotentc.
celos, Opúsculos, I, 387, Joáo Ribeiro, Gram. BELIS —
Do ár. mau su-iblis, picaro,
Port., 18). A
Academia Espanhola tira o esp. jeito (Dozy, Devic, Eguilaz, Lokotsch), na fra-
vera do lat. ora, donde se disse uera, como de se antiga é um belis (Vieira, Constancio) o ;
Bemol — 68 Beriiques
BEMOL —
Do B, letra que na música BERBERE — Do ár. berber (Eguilaz).
antiga representava o si c mol, mole, sua- BERBERÍS — Do gr. berberí, de ori-
ve, brando; e o si do terrível trítono, o dia- gem hindú, segundo Alexandro. Berberí é urna
bolus in música, araolecido, suavizado, descido concha perulera. A. Coelho atribuí o nome-
do meio tom para ficar igual aos outros á forma da fólha. Eguilaz deriva do ár. ber-
intervalos de quarta (Lavignac, La Musique, berís.
461). BERBIGAO —
A. Coelho manda ver bri-
BENCAO, BÉNCAO — Do benedictiouc
lat. guigdo, cuja etimología nao dá. O esp. tem
esp. benediciún, it. benedizione, fr. béncdiction. berberecho, quo a Academia Espanhola deriva
A. Silva Corroía, A Lingua Portuguesa, vol. do gr. berberí, ostra perlifera.
I, pg. 255, parece que a for.ua beiroa benqoa, BERCA V. Verga.—
posverbal de bencoar, é que deve ter pro- BERCO M. Lübke, — , 1051, tira REW
vocado a prosodia grave búnedo. assim como o esp. ant. brizo, do urna,
o port.,
BENEDITINO —
De Bcnedictu, Bcnto, e forma duvidosa latina berciu, bersiu ou bertiu,
suf. ino. com o sentido inicial de cesta como no prov.
BENEFICIO — Do lat. beneficiu. breso, bres; rejeita pela forma e pelo sentido a
BENEMÉRITO — Do lat. benemérita. aproximacao com o lat. vervex (Diez, Dic,
BENEPLÁCITO — Do lat. bencplacitu. 521). Stappers, citandoo o prov. bressar e
BENESSE — Do lat. bene, bem, e csse, esp. ant. brizar, deriva, de acordó com Mé-
estar? (A. Coelho). nago e Chevallet, do lat. versare, frequenla-
BENÉVOLO — Do lat. benevolu, o que tivo de verteré, virar. Tambím cita o b. lat.
quer o bem. proposto, bersa, grade de* virae. Academia A
BENGALA — De Bengala, regiao da India. Espanhola aceita o lat. versare. G. Viana,
Era feita primeiramente com cana-da-India, Apost., I, 141, dñ o port., assim como o gal.
denorninando-se entao cana de Bengala (cfr. berce, como de origem francesa.
o fr. canne) Ora eu irci a Portugal, e direi
: BERGAMOTA — Do turco beg armudy,
a Sua Alteza que com esta cana de Bengala pera do através do it. e com falsa
senhor,
na máo... (Joáo de Barros, flcc, II, D. i.*>, atribuicáo de Bérgamo (M. Lübke,
á ciclado
cap. 1.»). Depois suprimiu-se o primeiro termo REW, "1019, Lokotsch, 282). E' habito juntar
(A. Coelho, G. Viana, Apost. I, 140, Dalgado, os adjetivos real, imperial e quejandos a pro-
Pedro d'Azcvedo, EL, IX, 3J3). Macedo Soa- dutos cuja excelencia se quer salientar.
res, Revista Brasileira, 15-3-1880, Dic. Eras., BERGANTIM —
Do ;t. brigantina (A.
deriva do bundo bangala. O nome do tecido Coelho), de briganie, bandido, di briga (Pe-
tem a mesma origem. Os fogot,' sao assím trocchi). Larousse dá a mesma origem ao
chamados por causa das iluminacoes dos prin- fr. brigantin. A Academia Espanhola deriva
cipes hindus. o esp. bregantín do fr.
BENGALINHA —
De Bengala, regiao da BfiRIBERE —
Do cingalés beri (propria-
India, da qual éste pássaro é originario (A. monte debilidado (Littré, Yule
beari), e B'Ur-
Coelho, Stappers, 5125). V. Dalgado, Glos. nell, Lokotsch) a repeticáo vale por aumen-
BENGUE —
;
a ora (Cancioneiro de Afonso o Sabio, apitd. fósse o sánscrito vaidurya, (¡onde o persa bil-
Cortesao). V. Cornu, Port. Spr. §§ 13 c 278: laur o o gr. Ocorre na verxáo dos Setenta,
beneito —
beeto beento — bento. — em Ptolomeu e em
•
Berloque G9 - Bicha
—
Do ár. larniya, pote de I, 45 e 4S6, REW, 10CS, 1069. Cfr. vidoeiro.
vidro, de orig3m persa (Lokotsck) fonética e ;
BETUME — Do lat. bitumen; esp. betún,
realmente nao sem dificuidade (M. Lübke, fr. betún, betón.
REY/, 1048). BEVERA — V. Beberá.
BÉRNEO — Do Ilíbernia, nome latino
lat. BEXIGA — Do lat. "-
vessica por vesica; esp.
da Irlanda, com afórese da pilaba inicial; esp. vejiga, it. vessica, fr. vessie. O ss dobrado nao
bernia, it. (s)bernia. (Diez, Dic. 49, 521; A. está bem explicado; talvez soja apego a volha
Coelho. M. Lübke, REW, 412:)). forma (Lindsay, The Latín langxtagc, § 130, M.
BERRAR — M. Lübke, REW, 9239, con- Lübke, Gram., I, 547, Introd., § 129). Houve
sidera, como o esp. berrear, un derivado do confusao de v e b (Nunes, Gram. Hist., 88); o
lat. verre, varrao. Cornu, Port. Sjn'., S 129, ss deu x por assimilacao incompleta a palatal i
vé talvez derivacao do lat. helare através de (Cornu, Port. Spr., § '207; G. Viana, Ortografía
urna forma 'borlare. Figuciredo deriva do lat. Nacional, G9, Apost., I, 145, Nunes, op. cit.,
barrire. 111).
BERZELINA — De Bsrzelius, nome de BESERRO — Do vasconco beicecorra, de
beia, vaca, e cecorra, vitela. O esp. tem becerro.
um químico, o suf. ina. O sufixo 6 genuinamente vasconco. Cortesáo
BERZELITA — De Berzelius, nome de
dá um b. lat. becerru, do ár. bocair, pequeño
um químico sueco, c suf. ina.
BESANTE — M. Lübke, REW, 1436, tira
tomo.
—
BEZOAR Do persa padziihr, protetor con-
a forma e a
port.,
it., ado fr. ant.
esp.
tra o veneno, em ár. badizahr, bazahr, com
bosaut, do
byzantíus (scüicet
lat. num- imala (a=e) bezahr, de que os médicos árabes
mus), moeda do ouro de Bizáncio. Pensa o fizeram o lat. medieval bezoar.
mesmo autor que ou as formas románicas vém BIARISTADO —
Do lat. bis, duas vezes,
de um plural, sob o modelo amanz, amant arista, aresta, e desinencia de part. pass.
(Gram., II, 24), ou se originam do medio gr.
byzantis.
BIAX1FERO —
Do lat. bis, duas vezes,
BESIGUE —
Do fr. búsigue (G. Viana,
axis, eixo, e fer, raíz de ferré, trazer.
BIBE —
V. Abibe. Soüsa deriva de bib, voz
Apost., I, 141). africana.
BESOURO —
A. Coelho deriva, com dúvida, BIBLIÁTRICA — Do gr. biblíon, livro, e
do avis-aurea, ave de ouro. G. Viana, que
lat. iatriké, medicina.
cbnfessa ignorar o étimo, Apost., I, 142, apoiado BIBLIÓFILO — Do gr. biblíon, livro, e i>hil,
na pronuncia trasmontana, diz que se deve es- raiz de philéo, amar.
crever com s. O' s trasmontano e de certas re- BIBLIOGNOSTA — Do gr. biblíon, livro, e
gióos do norte de Portugal ó, quando intervocá- gnóstes, cenhecedor.
BIBLIOGRAFÍA — Do gr. bibliographía, ar-
'
166.
de livros, pelo lat. bibliotheca.
BESTA —
Do lat. -balista por ballista, de BIBLIOTECONOMIA — De biblioteca, gr.
origem grega; esp. ballesta, it. ballesira (Diez, nomos, leí, regra, e su. ia.
Gram., I, 190, Leite de Vasconcelos, Licoes de BIBULO — Do lat. bibulu.
Filología, 160, nota 2, Cornu, Po?'í. Spr., § 130). BICA — De bico (A. Coelho, Macedo Soa-
Are: De bestia raorta em capelo de ferro ó res)
espada ó baesta... (Leyes, p. 853, apud Cor- BÍCEPS — E' o lat. bíceps.
tesáo) Depois beesta. De máquina de arremes-
.
BICHA — Do lat. bestia, animal; esp. ant.
sar pedras volumosas passou a significar arma bicha (qualquer sevandija ou animal pequeño),
de lancar setas. it bisela (cobra), fr. biche, veada. 'Em port.
BESTIAL — Do lat. bestiale. significa principalmente certos vermes,, como a
.;...
. . . . . ; . .
Bichanar — 70 Bimbalhar
mar.
nitu, gerado.
BIMBALHAR — Parece palavra imitativa
., .,
—
.
Bimbarra 71 — Bistre
I, 174, que cita a opiniáo de Bluteau no sentido fica o alimento que as aves levam no bico para
de vir do fr. brimbaler. A. Coelho tira do termo os filhos. Todas as tres formas parecem deri-
chulo bimba, parte interior da.coxa, e suf. alliar; vadas do lat. vescu, magro, como propoe Fi-
seria embate das coxas. urna contra a outra. gueiredo.
BIMBARRA —
Figueiredo manda comparar BISCOITO — Do lat. bíscoctu, cozido duas
com o fr. brimbale. vezes; esp. bizcocho, it. biscotto, fr. biscuit.
BINAR — Do: lat. bini, dois a dois, e desi- Cózia-se duas vezes a bolacha para perder bem
nencia ar. a agua e poder durar muito tempo. M. Lübke,
BINARIO — Do. lat. binariu.
REW, 1123, diz que o i parece mostrar que o
BINÓCULO — Do lat. bini, dois 'a dois, e voc. veio da Italia.
BISEGRE —
Do fr. bisaigle (A. Coelho).
oculu, ñlho; luneta para os dois olhos.
BINOMIO — Do lat. bis, duas vezes, gr. BISEL —
O esp. tem hiselj o ir. biseau.
•
BIOCO —
E'igueiredo julga por veoco, de
nhecido.
BISMUTO —
Do al. Wismuth, que Lokotsch
vea. relaciona com o ár. ithmid, uthmud, antimonio.
BIODINAMICA — Do gr. bíos, vida, e di- Eguilaz explica, partindo da forma othmur, que
námica. o dama que move o alef hamzado se converteu
BIOFILIA — • Do gr. bíos, vida, phíl, raiz de em b, a cuja articulagáo se acrescentou por eu-
philéo, amar, e suf ia.
fonía um i (dama é urna, vogal breve árabe, o
BIOFORINA — Do gr. bíos, vida, phor, raiz ou u; hamza é um sinal ortográfico do alef)
de phéro, trazer, e suf. ina; é um fortificante. BISNAGA —
Do lat. pastinaca, chirivra,
BIOGÉNESE — Do gr. bíos, vida, e génesis, pelo ár. bashnaca, forma vulgar por bastinaj.
geragáo.
BIOGENIA — Do gr. bíos, vida, gen, raiz Em árabe nao há o fonema p, daí a transforma-
gao da inicial (Cornu, Port. Spr., § 164, O
de gígnomai, gerar, e suf. ia. Viana, Apost., I, lo2) O a da sílaba inicial
BIOGRAFÍA — Do gr. bíos, vida, graph, transformou-se por influencia da chiante (Cor-
.
do Japáo ocorre a variante biombo, o que indica lat, avis navis, paralelo ao fr. oiseaní, frégaieff
que a, nasalizagáo sé operou dentro do portu- Joáo Ribeiro, Frases. Feitas, I, 235, diz que Mis:
gués, como em palanquim de paiki (Dalgado). navis nada significa em latim e é mera, latiniza- ::
V. G. Viana, Apost., I, 161. gao do romance. Acha que a origem é o: lat.
BIÓMETRO — Do gr. bíos, vida e metr, Mis insto, ave de rnau agouro, quesse; ácha no
raiz de metréo, medir.
BIOPLASTICO — Do gr. bíos¿ vida, e plas- portugués antigo sog a forma avezimau (Gil
Vicente, I, 250). De pássaro vismau se formou
á modelagem.
UTcós, relativo
BIOPSIA — Do gr. bíos, vida e, ópsis, vista, pássaro bisnau (V. C.Míchaelis de Vasconce-
los, Canc. da Ajuda, II, 84). Acrescenta que os
e 3Uf. ia.
BIOQUÍMICA — Do gr. bíos, vida, e quí- ingleses tém o voc. bisnow, designativo de urna
seita da India, mas nao acredita que tenha
mica.
BIOSCÓPIO — Do gr. bíos, vida, slcop, raiz vindo da Asia. Como exemplo da transformacáo
do m em n aponta néspera, nembrar (pg. 160)
de slcopéo, ver, olhai\ e suf. io.
BIOSFERA — Do gr. bíos, vida e sphaira,, BISONHO —
Figueiredo manda comparar
esfera. com o esp. bisoño, que Pidal deriva do ití Pas-
BIOTAXÍA — Do gr. bíos, vida, taxis, or-
.
—
asas. BISPAR De bispo e desin, ar; vigiar
BIPLANO — Do lat. bis, duas vezes, e como bispo, daí lobrigar (Pacheco Júnior, Se-
plano. mántica, pg. 21).
BIRBANTE — Do birbante. it. BISPO — •
Do gr. épískopos, inspetor, pelo
BIRREME — Do biremé. lat. lat. epíscopu. Acha Cornu que houve urna forma
BIRROSTRADO — Do lat. bis, duas vezes, "ebíspo. (efr. o fr. evéque) que depois passoU a
"obispo (cfr. o esp. obispo) por influencia da
rostru, bico, e desinencia ado.
BIS — E' o lat. bis, duas vezes. labial, perdendo-se o o inicial por ser tomado
como artigo {Romanía, X, 338, Port. Spr., § 104).
BISAGRA — Do esp. bisagra (A. Coelho,
•
síncope da A
Franco de Sá, A Língua Portuguesa, 115) V. Nunes, Gram. Bist., 54, 259.
BISALHO — M. Lübke, REW 1121, nao postónica deu em resultado grupo de tres um
aceita como étimo o lat. "bisaccutu (C. Mi- consoantes (scp), que se reduziu a duas (Nunes,
chaélis dé Vasconcelos in Miscelánea Caix e op. cit., 135) Rebelo Gongalves chama a aten-
.
BISAO —
Do gr. bison, boj selvagem da guesa,:¡ZfiA)
—
.
•
Bistónia, antiga regiáo da Trácia; pelo lat. bison. BISPOTE Diz A. Coelho que segundo a
BISAR —
lío lat. bis, duas vezes, e de- ;, etimología usual vem do ingl. piss-pot, mas,
-
—
Do gr. byssos, lanugem, e
jkotscti. O fr. tem brisque, termo do jógo da .gen, raiz de gígnomai, produzir.
Bpélay O:qual Stappers relaciona com 6 it., e
.
BISSoLITO —
Do gr. byssos, lanugem, e
bisque, que corresponde ao voc. port. Macedo IWios, pedra
Soares filia o voc. ao it. BISTORTA —
Do lat. bis, duas. vezes ,e
BISCATE —
,G. Viana, Apost., I, 150, da ¿orto, torcida; á: raiz é torcida sobre si mesma.
como outras formas biscalho, biscato, que signi- -BISTRE — Do fr. bistre.
. . .
Bisturí
— 72 Bobo
BOA —
Do tupi mbói, cobra, aplicado a
\ os emblemas do escudo dos que tomavam parte cobras de grandes dimensóes como a jibóia,^ da
ñas instas. V. G. Viana, Apost., I, 153. familia das pitonídeas, tribo das borneas (leo-
BLASTEMA Do gr. blastema. — doro Samapio, Lokotsch, Amerikanische Worter,
BLASTO -— Do gr. blastós, rebento, germen. A Coelho, a Academia Espanhola, Petrocchi,
BLASTOCARDIÁ Do gr. blaslós, reben- — 30)
Clédat, Brachet, Stappers derivara o vocaoulo
to germen, e Icardía, coracáo.
BLASTOCARPO —
Do gr. blaslós, rebento, do lat boa, que com este sentido aparece em
fr¿ r r^-n - '.,.--,,;.? f~ntO. Plínio H N., VIII, 14, relacionando-so com
BLASTHODERME — Do gr. blastós, reben- bos, boi (táo grande que possa engulir urn boi).
BOA —
Do fr. boa; pela semelhanga com
germen o dórma, pele.
to.
— Do gr.
BLASTÓFORO rebento, animal. A acentuacáo trai a origern.
germen, e phorós, que carrega.
blastos,
BOAL —
A. Coelho acha pouco provavel
que se derive de boa, fcm. de bom. Dozy ín-
BLASTOMÉRIO — Do gr. blastós, germen, clina-se a ver lima palavra ár., de que um via-
íiiéros, parte, e suf. ¡o. jante em Marrocos dá urna forma aparentemente
BLASTOMICETO — Do gr. blastós, germen, incorreta aebua.
c mykcs, mykctos, cogumelo.
BLASTÓPORO — Do gr. blaslós, germen, BOA-NOVA — chamada
A borboleta assimanunciando
e liaros, passagem, buraco. era iulgada de bom presságio, como
BLASTOQUILO — Do gr. blastós, germen, abuim aconteciménto bom (A. Coelho). _
Boca 73 Bola
BOCA — Do lat. biicca, bochecha, esp. boca, besta. Em nosso país veio a significar o arco
bocea, fr. b'ouche. Cicero, ad Atticum, 7, com que se atiram setas.
it.
já empregou em lugar de os. BODUM — De bode e suf. um; propiamen-
:
10,
BOCA. —
Cortesáo deriva do esp. boza, de te de bode (cfr. vacum, cabrum), scilicet cheiro.
(A. Coelho, M. Lübke, Gram., II, pg. 542, G.
origem italiana.
BOCADO —
De bocea e desin. ado; por- Viana, Apost., I, 438).
'
gáo de comida que cabe na boca (Cfr. o esp. BOEDRÓMIAS t- Do gr. boedrómia, corrida
Socado, o it. boccata e, com outra metáfora, com gritos.
morceau) BOEIRO — V. Bueiro.
o fr.
BOCAL — De boca e suí. al (A. Coelho) BOÉMIA — De Boémia, regiáo da Europa
M. Lübke, REW, admite com dúvida ori-
1002, Central, a qual hoje faz parte da Checoslova-
gem do it. boccale, que alias quer dizer can- quia. O nome foi dado por comparagáo com a
giráo. vida nómade dos ciganos( em fr. bohémiens) a
BOCAL —
Cortesáo deriva do esp. bozal ou que viviam de ex-
literatos e artistas parisienses
pedientes. Esta vida alegre e terrível acha-se
do lat. bucceale, de buccea, de bucea, bochecha.
o negro recém tirado do seu descrita ñas Scénes de vie de Bohéme íe Muc-
O esp. signif icava
ger. Os franceses chamaram bohémiens aos óiga-
país; ha também um substantivo que quer dizer
mordaga. A Academia Espanhola deriva do bozo, nos porque se acreditava que tinham vindó da
de um der. do lat. bucea. Talvez amordagassem citada regiáo.
o negro recém escravizado; daí o nome. BOER — V. Bur.
BOCARDAS — Figueiredo manda comparar BOFE — Nome vulgar dos-pulmoes. A. Coe-
com o fr. bossoir. lho o filia a bufar e manda comparar com o
BOCAXIM — Do
turco bogasy, éntretela gr. pneúmoav, pulmáo, de pneuó, soprar. M. Lü-
(Dokotsch, 324, alias sem citar o port.). Dal- bke, REW,
1373, filia á palavra imitativa buff.
gado, que no texto do seu Glossário derivou, A Academia: Espanhola tira o esp. bofe da raiz
com dúvida, do persa buqchah, trouxa de roupa onomatopéica buf ou puf, soprar. Eguilaz deriva
ou saco em que se entrouxa, no Apéndice cita do ár. boff, pulmáo, da raiz baffa, soprar.
s. etimología árabe bogazi proposta por Eguilaz.
— BOFE' — Contragáo de boa-fé (A. Coelho).
BOCBJAR De boca e suf. ejar ? (A.
Coelho). O esp. tem bocear, bozezar, antigos,
BOFETADA —
A. Coelho tira do mesmo
radical que bufar. Diz que o fr. ant. tem buffet
que a Academia Esoanhola deriva de bozo, de com o sentido de bofetada, que o esp. tem 6o-
iim der. do lat. bocea, bochecha. Para aquele fetón (e alias também bofetada) para á*:ligá*
autora-pela pronuncia sibilada do c, seria forma
; ^
antes a forma bosseta. Moreau, Racines grec- chama a atencáo para o ó aberto proveniente
ques 270, dá um b. lat. buxeta, dim. de buxula, de o longo latino.
buxa.
BLP, XLVII,
V. A.
8. V.. Bolsa
Magne, Apostüas Etimológicas,
quanto ao ípsilon.
BOI — Do lat. bove; esp. buey, it. bue,
Diez, Gram., I, 265, admitía um i párá-
BOCETE — Do fr. bossette (A. Coelho). fr. bceuf .
.bocha, idéntico ao fr. bosse, o qual se reflete irregular do ditongo ou (pois o normal seria
no esp. bocha e no it. boccia; manda ver bossa. "bus, cfr. Hicus, nutrix, á& loucos noutrix) deve
Cortesáo repete isto. Figueiredo apresenta um
,
Lübke,
28 e 43).
BÓIA
REW,
— Do
A. Coelho derivou do lat.
fr.
1005).
bouée, de origem germ. (M.
parar com o fr. bosse. boia, cadeia, o que também fez a Academia Es*
—
BODA De bodo. Ao conjunto de práticas, panhola para o esp. boya e Petrocchi para o it.
rituais urnas, profanas outras, qué acompanham bota. M. Lübke tira também o esp. e oítiído::
o casamento, deram os romanos o nome de
.
(sic)
Jcáryón, rioz do Ponto, aveia, através do ár. bun- BOLA — Do
lat. bulla, bolha, esfera oca;
.*
d-ulc; passou a significar bolinha de barro, do esp. bola, bolla, fr. boule. M. Lübke,
it. :
REW,
tamanho de urna avelá, a qual se atirava com 1385, deriva o esp. e o port. do cat. bola.
. .
H
Bolacha 74 — Bonete
de b e o l Intervocálico. A. Coelho tira, com BOM — Do bonu; esp. bueno, it. buono,.
lat.
bon. Are. bao (Nunes, Crestomatía. Arcai-
dúvida, de bola ou do fr. volant, cuja pronuncia fr.
volan,: poderia dar lugar a. modificagao em ca, Cortesáo).
vo^-
landa, bolánda. BOMBA
1 —
Projetil: Do gr. bombos, —
BOLANDEIRA — De bolandas e suf. evia.
'
zumbido, ruido
M. Lübke, BBW, 9431, tira do esp. volandera, co), pelo lat.bombu. M. Lübke, REW, 1199, dá.
mó superior. só a forma it. bomba, da qual tira a fr. bombe,.
BOLANDISTA — De Bolland, jesuíta de
.
Coelho), provávelmen'te através do esp. por nao de Oliveira, Gram,. de linguagem portuguesa,
causa da pronuncia do (Santos Agero
v pg. 83.
A Língua Portuaussa, vol. pg.-286). Obser-
I, BOMBARDINO — De bombarda e suf. ino,
ve-se que boléia em fr. é siége e em esp. pes- provávelmente o dim. it,:
cante. O esp. volea, com sentido de varal, a BOMBÁSTICO — De Bombast e suf. ico.
Academia Espanhola deriva de volear, de vuelo, Aureolus TeofrastJO Bombast de Hohep.heim, ere-i ::
bolas para ver quem atira mais longe. Iclund explica a mutagáo: semánticas ;em:}(?/¡.cwi-;í
BOLHA — Do (certo
lat. bulla; o esp. bolla gements deisignificaUon^de'droitete^
direito fiscal), it. bolla, fr. bulle. tratamento O dans les langues .romanes: : íet :: spécialeme-nt e?u
do II denuncia origem espanhola de vocab'ilo .
f raneáis, 123 : Parece que houve influencia da
talvez perdido, v. Sola. Cornu, Port. üpr., 75, "'
>s
palavra' bom.-'
dá * bulliare por bullare,. fazer bolhas, donde, BOBí-VEDRO De?:bpm: e-are. vDeárogvelhqB::
" ;
:
—
talvez :t<>nT-ia vindd: o voe. Torres Yedras, Pontevedra)' (A: .' Coelho).
''
(cfr.
'
— —
-
BOLINA — Do
ingl. bowline, de i>ow, fle-
-::
—i A. Coelho derivou áe bom e BONANOA
:
::: :
BOLÍVAR —De Bolívar, nome do general pórf causa 'da mánuteningáo/fdoS% intérvoTcálicpv:/::
libertador da Venezuela. Séguindo" a: ópiniao'de:: AméricoBde/jCástrov/áBegí:
=
BOLO — De bola, por causa da forma. O vista de Filología Espanhola, VI, 344, tira 'O-"
esp. /do'lat.: í6pMaeia.,/:por/S^^
termo científico é possivel que nao passe desta
:
palavra vulgar, em vez de vir do gr: bolos, fluencia- de: boJMÍs; como ja DiezvlembróuíaExplKg
gleba, torráo, pelo lat. bolus (A. Coelho, Ramiz). ca/ á /nasal da segunda' sílaba. spor/Hinfluéncia.:: ::
—
:
—
que o adj. bolonio se refere aos estudahtes e
graduados do Colegio Espanhol de Bolonha, bontá, fr. 6o«.té.
fundado no século XIV pelo cardial de Toledo,
it.
BONDOSO De bondade e suf. oso- comu —
D. Gil Carrillo de Arbarnoz (Cortesáo). haplologia,
BOLOR — Do lat. pallare, palidez, mofo; BONBTJQTJE Do fr. bonduc (A.. Coelho). —
gal.// báZpr/ <.MiscenanecíCaix'eCánello,íl20,"ax- BONÉ —- Do fr. bonnei. v. Figueiredo, Li—
tigo de C. MichaSlis de Vasconcelos, M. Lüb- góes Práticas, III, 321.
ke, Gram., I, 378, REW, 6169). Sobre o p — b, BONECA Na palavra boneco diz A. Coe- —
v. Cornu, Port. Spr., § 164; sobre o o por a lho que era talvez o nome de urna figura do •
gragas a labial, v. Cornu, ib., § 95. Leite de teatro dos bonifrates, derivado de bom e signi-
Vasconcelos, //repelindo'/ va/ influencia/: de': &oZ7i<2, ficando o bom homem, denominagáo, equivalente.
aceita por M. Lübke, diz que a forma antiga a bonifrate (bom irmáo) Diez, Gram., II, 282, .
:.'é.:'S¡i2pV;,-'.ámda-\-n
legqil álém Sdissoí- /'náovliá/ pareceneá alguma, acha que o 6 está: por e compara com p gal.. m
A
:
"
"podendo vir o b de 'apollorescer, "abolorescer inoneca e o esp. 'muñeca, sena dar étimo. Aca-
demia Espanhola diz qué -muñeca talvez venha.
r
(RL, II, 371, XIII, 260).: .:._.-
/'/
posta na, borsa pera prol ele todos (Crónica de V://macScó;SffiiSÍ///v//íK::S/://:/:" SK:/S
:
:
D.' Fernando, 4.», p.' 323, apud Cortesáo) O Z BONETE Do fr. bonnette.
.
—
. . .
Bonificar — 75 — Borracha
BONIFICAR — Do lat. bonu, bom, c fie, tira do esp. burbuja, a que atribuí origem cél-
raiz de ¡acere, fazer, análogo a outras forma- tica. V. RL, VIII, 310.
eóes, e desin. ar. BÓRCO —
Subst. deverbal de borcar, vivo
BONIFRATE —
Do lat. bonus frater, bom aínda no derivado emborcar; do lat. volvicare,
irmáo. Segundo A. Coelho, termo forjado. der. de volvere, virar (M. Lübke, Gram., II,
BONINA —Do esp. bonina (M. Lübke,
•
REW, 1208)'. V. Pedro Pinto, Flora Camiliana, <>ueiredo registra bolear, provincialismo tras-
307. Éguilaz, citando Diez, dá como corruptela montano. Cornu, Port. Spr., §§ 21 e 178, deriva
dó ár. babunaj, do persa babuna, camomila. A. da locucáo de porco, isto é, com a boca para
Coelho tira do lat. bona-, b oa, e suf. '¡na.
É
baixo.
BONITO 1 — —Adj. Dím. de bom. As idéias BORDA — Do germ. oord, margem ,,r T -v.
(M. Lüb- , ,
de bom e belo sao muito afins (A. Coelho). O ke, REV,', 1216). Cortesao tira do b. lat. borda,
que é bom interiomente, é belo por fora (Pla- de' origem céltica; A. Coelho, de bordo.
táo, apud Moreau, Rae. Grcc. Dg. 133). Para BORDALENGO — Do lat. burdigalense, de
Cortesao é voc. esp. Com efeito, o « e o suf. Bordeaux (A. Coelho), com influencia do suf.
parecem demonstrar.
2 —Peixe A. Coelho tira de um b. lat.
: BÓRDALO — De borda? (A. Coelho). O
boniton. Para Cortesao é voc. esp., de provável mesmo autor manda comparar com o fr. bar-
origem árabe. A Academia Espanhola dá ao deliérc. de bord, margem; peixe que anda junto
esp. bonito a origem apresentada por A. Coe- á margem do rio.
lho, mas Eguilaz, citando Freitag, dá o ár. BORDÁO —
Do lat. burdone, macho ou
balnito, peixe do mar. Sousa aceita o ár. bai- burro- esp bordón, it. bordo'ne, fr.. bourdon.
nito. Schuchardt, RL, XXVI, 301, pensa que Os objetos de suporte tomavam geralmente o
pertence ao velho tesouro vocabular románico. nome de animáis de carga (cfr. muleta, de
Dalgado parece inclinar-se á aceitagao da ori- muía), v. Sousa da Silveira, Trechos Soletas,
gem árabe (todavía Petrus Hispanus traduz "bo- pg 247 Brachct. O borddo era a muía do pere-
nito pescado" por maca, e o árabe marroquino grino (Clédat, Ribeiro de Vasconceloz, Gram.
oferece bairun, que a olhos vistos procede do Hist 81) No sentido de corda mais grossa de
, .
seto apresentam claro redóbro que indica o danca de sentido tem um paralelo no it. fiocco,
abrir e fechar das asas. Um dos redóbros funda- floco de seda, lá e zombaria, frivolidade (A.
mentáis é pepe, a que se juntou o elemento l, Coelho, M. Lübke, REW, 1415). A Academia
Leite de Vasconcelos aceita em port. o redóbro Espanhola deriva o esp. borla, do b. lat. borla
de bor com o suf. eta. V. Opúsculos, III, 602, e éste do la.t. bulla, franja.
607, 608-10. BORNAL — Para Figueiredo é forma, com
BORBORIGMO —
Do gr. borborygmós (ono- aférese, de embornal. Cortesao tira do b. lat.
matopéico, segundo Boisacq). bornellu, tubo, derivacáo quo a Academia Es-
BORBORINHO —
A. Coelho derivou de panhola admite para o esp. imbornal, embornal.
borborigmo ou borborismo. Cornu, Port. Spr., BORNE — Do ir. borne (pega metálica) .
§ 120, identifica com murmurmho, o que é bem sentido de alburno, M. Lübke, REW, 329,
No
possível pois b e m sao labiais. E' voc. ono- tira, com dúvida, o esp. borne do lat. alburnu.
matopéico (Boisacq) BORNEIO —
A. Coelho relaciona com o
BORBOTAO A- Coelho—deriva de borbo- fr. borne, limite.
—
tar, que tira de um tema céltico borbo, encon- BORNEIRA A. Coelho acha que está por
trado no armoricano burbu, empóla, obulicáo, bruueira, de bruno.
cimbrico berw, agáo de f erver, cacháo no cél- ; BORNÍ —
Do ár. borní (Cortesao, Engel-
•
tico da Península Ibérica e de territorio hoje mann). A. Coelho diz que na África se chama
portugués é atestada a existencia deste radical el-berana, cl-bumi a éste falcáo; sendo origi-
pelo nome da divindade Bormanicus, isto 0, o naria daquele continente a ave, eré que o termo
deus que faz f erver, de Caldas de Vizela; com- de lá veio.
pare-se o gaulés Bor-uo ou Borino, nome de BORO —
De bórax (A. Coelho), que é um
Bourbon d'Archambaud, onde há aguas que fa- sal de boro, o biborato de sodio.
zem cacháo. Cortesao deriva do esp. borbotón, BORRA —
Do b. lat. burra, pelo, fazenda
que a Academia Espanhola tira de borbotar, tosca de lá, d'aí o plur. com sentido bagatelas,
da mesma origem que borbollar, borbulhar. A. coisas sem importancia; esp. it. borra, fr. bour-
Coelho também relaciona com borbulhar. O voc. re (M. Lübke, REW, 1411). Diez, Gram., I, 8,
tem um qué de onomatopéieo. cita um passo de Ausónio: illepidum, rudem Zi-
—
BORBULHAR M. Lübke, REW, 1386, de- belum, burras, quisquillas ineptia-sque.
—
riva do esp. borbollar, que prende ao lat. bulla- BORRACHA A. Coelho derivou de borro
re, langar bolhas. A Academia Espanhola, dan- (macho da especie ovelhum até dois anos de
do a mesma origem, alude á raiz onomatopéica idade) e suf. ocho, porque as borrachas (vaso
bul, bur. A. Coelho tira de tema borbo, que se para bebida) sao feitas de couro de animáis,
encontra em borbotáo (v. éste voc). Cortesao como o bode, etc. M. Soares tira de um b. lat.
. . — , . .
Botija
7G
Borracho
como tomou o |°n tid BOSSA — Do fr. bosse (A. Coelho, Cor-
borratiu. Nao se sabe ¿
u
b6sSAGEM — Do fr. bossage (A.
° S '1
Sególa elásti¿a- (G. Viana Apost I. 264). Coelho).
esp. tem borracha, vas.lha
es» P™/*'""; BOSTA — De hostal (M. Lübke,positat REW, 1228).
tenV b¿rr«ccta que M. ^V^%¿^ prCnd<í
Cornu, Port. Spr., § 1C4, do
BOSTAL — Do lat. bostarc, ver
bcstar A. Coelho manda
lat.
curral de bois;
bosta., que
_
esp
(A. Coelho) tira de um b. lat. bosta, cuja formacao é clara
'9
2 (í-unoie de
(Filhote pombo) De burro, vermelho,
u li.u„ :
(v. Eosia).
cor que tém os pombos
a „„o aínda nao cresce-
o que
e sut. acíio (A. Coelho).
BOSTELA — Do lat. * pustolla por pústula
(v Aucl), esp. postilla. A transformaeáo excep-
int ji!/?-ras
burrus,
<"«'<£ £
ram nenas lat
penas, lat. r.
rOREÍGEM —
VT Do lat.
t ,V,«™«m6: esp.
burra.gmc; osd. boi-
A cional do p se explica por aglutinagáo do artigo
•
á hmracihic borrana, fr. bourrac/ie. definido (Nunes, Cram. Ilist., 85, Cornu, Port.
M.'Lübke, REW, 1412,
orí"em do lat í obscura. burra (Diez, D¡c, 60, 164).
S ?))-.,
"S-t™ n ílerivacao de
Sitzungsberichie
¡i
BOSTON —
De Boston, cidade dos Estados
vUcellanea Caíx'e °CancUo, 43, Klassc dcr kai- Unidos na qual éste jógo foi inventado durante
dcr pMIosophisch-Historischcn Wien o céreo de 1775, na guerra da Independencia
ícrUchcn Akademie der Wisscnschaften pai do suoi (Bonnaffé). E' também o nomo de urna espe-
CLVI 5 18) e a do ár. abu raj,™<"™»> Lo- cie de valsa americana.
(Littró, Hatzfeld, Dermestetor o
ar. aínda c a
•
BORRAR - Demanchar
borra e desin.
para apagai
em esp.
M.
pers tiram do al. o fr. b'otle. O it. botte (odre)
é tirado do gr. boútis por Petrocchi e nao so-
significa apagar, .
deriva do lat. burrus, ver- freu a alteracáo de sentido (bota em it. é stiva-
Lübke, iíSW, 1416,
le). v. M. Lübke, REW, 1247. Eguilaz apela
mel
BÓRRASCA - bo-
Do it. burros*», der de cau- para urna forma batta, do ár. persa, vasilha
para vinho. V. Botelha, Botija.
reai vento.norte. Este vento era violento, ática —
sador de tempestades. Há urna
forma BÓTALOS A. Coelho tira de botar e ló.
Figueiredo manda comparar com o esp. botalón,
borras por bóreas.
BORREGO De borro, —
cordeirmho,
b«rnc» que
f
e suf.
. .
borrico,
borra e su-
cuja primeira signi-
BOTANOLÓGIA — Do gr. botáne, planta,
fixos 050 e ciro), lagos, tratado, e suf. ia.
ficacáo foi talvez salpicos de lama
—
borra. BOTANOMANCIA — Do gr. botanomanteía.
BORRISCO De borra e sut. isco (v. B01- BOTAO — Do bouton (M. Lübke, REW, fr.
rifo)
— burru, ruivo Bor- 1007. A Academia Espanhola deriva o esp. bo-
BORRO Do lat. (v.
tón de botar.
re£,
— brosckin peque- BOTAR — Do prov. botar, de origem franca
°BÓRZEGUIM Do neerl. (M. Lübke, REW, 1007). A. Coelho deriva de
ña bota de couro (M. Lübke, REW, 1330) Lo-
fonético o éti-
um verbo germánico que no ant. alto al. tem
kotsch, repelindo sob fundamento a forma bozen, topar, bater. Cortesáo tira do
mo bdgdadi, bagdali, de Eguilaz, denva, com esp. botar.
usado
Dozy,, do ár. sharki, especie de couro, BOTARfiU —A comparacáo com o fr. arc-
na fabricacáo de finas botas.
em Marrocos — beské, pastio segundo boutant, diz A. Coelho, mostra que deriva de
BOSQUE Do gr.
botar (em fr. bouter), mas a derivacáo náo.é
Baist (v. Roma.nischc Eorschuugen XV Lubke, «17) ,
regular. Cortesáo tira do esp. botarel, da mes-
Zeitschrift rom. PUL, XXXII, 426; M. ma origem que botar, segundo a Academia Es-
REW, 1226) Mudou a significagao para floresta.
.
Be- panhola.
Segundo Kauffmann, Die gallo-romanischen BOTA-SELA —
Do fr. boute-selle (A. Coe-
zcichnungen für den Begriff Wald, de um lat. vo-
lho)
cábulo pre-románico, representado rio o.nunca
boscus, que sempre significou floresta eidentifi-
BOTE — —
Barco: Do ingl. boat (A.
1
Coelho, Pacheco e Lameira, Gram. Port., 16)
pastio, nao podendo por conscguinte
car-se com o gr. boská. O mesmo autor
cita um 2 —
Golpe: Do prov. bot, der. de botar, im-
passo de Cartulario de St. André-le-Bas
ven- pelir, de origem franca (M. Lübke,
—1007). REW
boscum. Baist de-
:
BOTELHA Do fr. boutcille (M. Lübke,
doque eis omnem' silva.m vel REW, 1426) A. Coelho, depois das formas bou-
monstra que nos textos medievais sitúa equase
.
(Romania, V. 169) fonéticamente. Nao acha ve- um tempo em que botica ainda significava loja
rossimil derivacáo regressiva do lat. arbusculu
em geral e nao especialmente farmacia. (G.
Viana, Apost., I, 21-2). G. Viana acha que vem
(Kluge, Etymoío gis ches Worterbuch der deuts- de um it. dialetal.
chen Spra.che, s. v. busche) por faltar esclarecí- BOTICA —
Do baixo gr. apotlióke, depó-
monto da afórese da silaba ar. Pensa que biiscli pronunciado com iotacismo (Pidal, Gram.
soja todavía germánico c, repetindo Diez, Dic,
sito,
románicos, ílist. Esp., § 4, 2) cfr. Adega, Bodega, que
51, daí tenham vindo os vocábulos
;
Botilhao 77 Brando
M. Lübke, Gram., II, § 422, Nunes, Digressoes BRADIARTRIA — Do gr. bradys , lento,
Lexicológicas, 98. árthron, articulagáo (das palavras, neste caso)
BOTILHAO — V. Abutiláo. e suf. ia.
BOTO — M. Lübke, REW, 1007, filia a bo- BRADICARDIA — Do gr. bradys, lento e
kardia, coracáo.
tar. Cfr. esp.,
BOTOQUE — boto,
it. bot.
O mesmo que
batoque (A.
ir.
BRADIDIASTOLIA — Do gr. bradys, lento,
Coelho) Era o nome dado pelos portugueses diástole, e suf. ia.
BRADIESTESIA — Do gr. bradys, lento,
.
alteracáoda forma
bracelet
fr. se nao é
"bracalete, de bracal. A BRAMIR —
De um verbo conexo com o que
deu bramar (v. Bramar), segundo A. Coelho.
Academia Espanhola tira o esp. brazalete de
Cfr. balar e balir. O esp. tem bramido, que a
brazal e Petrocchi o ia. braccialetto de bracciale. Academia Espanhola deriva de bramar.
A. Coelho deriva de um bracili, do brac que se BRANCA-URSINA —
De branca e ursa (A.
encontra em
bracchium. lat.
BRACELOTE —
A. Coelho tira do tema
Coelho) Larousse deriva o fr. branche-ursime
.
122, deriva do lat. blaterare-braderar-bradrar, como se agita urna espada (Clédat, Brachet).
que nao explica a forma arcaica. M. Lübke O germ. brdnd, também significa tigáo (v. Bran-
rejeita todas as derivacoes propostas para *ba- dáo) para mostrar a correlagáo que há entre
;
laterare: balitare (Diez, Dic, 430), balare e la- essas duas idéias, A. Coelho cita a expressáo
trare (Zeitschrift rom. Phil., VI, 82, VII, 633), espada flamejante.
barathare (ibidem, XXXII, 424) aceita que tai- ; BRANDO —
Do lat. blandu; esp. blando,
vez seja urna mistura de baterare, parolar, e ant. fr. blant. M. Lübke, REW, 1151, considera
blatterare, gritar. erudita a forma.
. . . . .
Branquia 78 — Brete
branchia.
BRANQUIOBDKL1DA — Do gr. bragchm,
, . , .
galho (M.
Lübke, REW, 1272) A correlaeáo . o f r. do Cañe, da A)uda, acha que barbaru, barbru,
branchc feita por A. Coelho é repelida por M. deu brabo pela tendencia portuguesa de agru-
Lübke, REW, 1271. gar )'medial com a consoante inicial (v. bra-
BRAQUELITRO —
Do gr. brachys, curto, ndar, fresta, prego, trevas, frágoa, pregw.ca, bre-
va, cstrondo, ¿restar, carangueio, os vulgaris-
c élitro.
BRAQUIA — Do gr. bracheia, breve. mos vrido, erado, ireato) M. Lübke rejeita a .
rio). V. Braquibio.
BRAQUICATALECTO — Do gr. brachyko- ñol, 331, apud Nunes, Digressóes, apresenta o
lat. pravu já indicado por Diez. M. Lübke,
tálcktos, que acaba breve, pelo lat. brachycata-
leclu; falta um pé.
Volkstum und Kultur (lev Romanen, III, 4-8,
BRAQUICÉFALO — Do gr. brachykópha- tratou de novo da questáo. V. ALP, vol. I,
385-6.
lus, de cabera curta.
BRAQUICERO — Do gr. brachys, curto, e BRECA — (Peixe) A Academia Sspanho- .
braco, e cefálico.
BRAQUIÓNIDA — Do gr. brachion, braco, BREJO —
A. Coelho deriva do b. lat. braiu,
(Ramiz) Larousse tira bracliionidés lama, lodo. G. Viana, Apost., I, 167, declara
e suf. ida ;
desconhecido o étimo, pois o gr. bragas, paúl,
de brachion, do gr. brachys, curto.
BRAQUIÓPODO — Do gr. brachion, braco, o mais plausivel, oferece grandes dificuldades
1
53reu — 79 — Bródio
BEEU — Do fr. brai, de origem baixo-alemá BRÍO — Do gaulés fórea, cora- 'brivos,
gem (M. Lübke, REW, Introducao, n. 1318,
OA. Lübke,
—REW, B12G0)
BREVA — Overa, Beberá. 25). Diez, Gram. dúvida, ao
I, 52, filiou, com
BREVE 1 — Adj.: Do lat. breve; esp. ít.
"V".
gr. briün, ser forte, ou a antiga lingua indí-
breve, fr. bref. gena. D'Ovidio tirou de brioso, lat. ebriosu,
2 Subst. Do lat. breve, lista, sumario
:
o it. brio (Archivio Glottologico Italiano, III,
(A. Coelho). E' documento redigido com for- 454),o que é, para M. Lübke, semántica e
mas menos solenes do que as das bulas (Aca- formalmente impossível. Cortesáo deriva do esp.
demia Espanhola). brío.
BRÉVIA — Formacao erudita do lat. b,c- BRIOCHE — Do fr. brioche.
via otia, ocios oue duram pouco tempo (A. BRIOL — Cortesáo deriva do esp. briol,
Coelho). que a Academia Espanhola tira do cataláo.
BREVIARIO — Do lat. breviariu, resumo, A. Coelho cita o fr. brail, breuil.
manual. BRIOLOGIA — Do gr. bryon, musgo, lu-
BREVIFLORO — Do lat. breve, curto, e gos, tratado, e suf. ia.
flore, flor. BRIÓNIA — Do gr. bryonia, serpentaria,
BREVIFOLIADO — Do lat. breve, curto, pelo lat. bryonia.
foliu, fólha, c desin. ado. —
BRIOPSIDEA Do gr. bryon, musgo,
BREVIPEDE — Do lat. breve, curto, e pede, úpsis, aparéncia, e suf. idea.
pé. BRIOZOARIO — Do gr. bryon, musgo, zóon,
BREVIPENE — Do lat. breve, curto, e pen- animal, o suf. ario.
na, asa. BRIQUETE — Do fr. briquette, de ori-
BREVIRROSTRO — Do lat. breve, curto, e gem germánica.
rostru, bico.
BRIÁCEA — Do gr.. bryon, musgo, e suf. BRISA — M. Lübke, REW, 1308, dá co-
ácea. mo étimo um brisa, vento suave, de origem
desconhecida. Acha possível ligagáo com o germ.
BRIAL — Do prov. büalt (Diez, Dic, 56, M. bisa, vento nordeste, que deu o fr. bise (.Ro-
Lübke, REW, 1109), de crigem talvez oriental. manía, IV, 255), todavía o voc. parece per-
BRIDA — Do fr. bride, do medioFors- in-
tenecí- ñ. lingua dos marítimos, de modo que
glés (M Lübke, REW, 1313, Romanischc talvez provenha do ingl. breeze, o que Brachet
chungen, XVI, 63S) M. Lübke rejeita o germ. .
admite para o fr. brise. Diez para o it. brezza
(Diez, Dic, 67, Franzbsiche Studien, VI,
"brida, propos rezza (abreviaeáo de orezza, vento
110) - brando, do lat. aura, vento), com b preposi-
.
BRIGADA —
Coelho deriva do b. lat.
A. BRIZOMANCIA —
Do gr. brizo, dormir,
de origem desconhecida.
brigare, e manteia, adivinhacáo.
brigata,
A Academia
de
Espanhola tira o esp. brigada BROA —
Do gót. brauth, pao (M. Lübke,
de igual proveniencia mas filia brigare ao REW, 1280). A. Coelho, pensando ter. nesta
gót. brikan, lutar, contender. O fr. brigade
-
palavra o principal termo germánico para pao
-veio da Italia no século XVI (Larousse, Stap- (al. Brot., ingl. bread), supóe urna forma fun-
pers, Brachet, Clédat). M. Lübke, REW. 1299, damental portuguesa broda. Cortesáo deriva do
rejeita reía cao do it. brigata com o gót. céltico bron ou bara, pao. O esp. tem borona,
brikan; Petrocchi filia a briga. E' possível o gal. borroa, o astur. borrua. O port. ant. '
que o voc. port. seja termo militar de origem e o pop. hoje tém boroa (Rodrigues Lobo,
italiana adaptado, O pastor peregrino, II, 124).
BRIGUE — Do ingl. brig (Bonnaffé). BROCA — Do lat. broccu, com dentes
BRILHAR — Do lat. 'berillare, cintilar salientes; esp. broca, it. broceo, brocea, fr.
como o berilo ; brillare,
esp. fr.brillar, it. broc, broche. C. Michaélis de Vasconcelos, RL,
briller Essai de sémantique, 120-1,
(Bréal, XI, 56, dá como provengalismo um broca, bo-
"Darmesteter, Vie des mots, 61) sentido depois . O táo do escudo (Graal, 197c), bloca por bocla,
se generalizou. M. Lübke, 1055, 6522a, REW, do lat. buceula.
tira a forma port. da esp. e esta da it. BROCADO — Do broccato, fazenda bor- it.
BRIM Do cat. —bri(n), filamento de dada,assim como o esp. e o fr. (M. Lübke,
canhamo, de origem gaulesa (M. Lübke, REW, REW, 1319).
1304). Cortesáo tira do esp., a que M. Lübke
atribuí origem idéntica a que deu ao port.
BROCARDO — Do lat. medieval brocar-
— da, sentengas de Brocardus, nome alatinado
BRINCAR A. Coelho acha que talvez
de Burckard, bispo de Worms, que no século
venha de urna palavra germánica, cuja for- XI compilou vinte livros de Regras Eclesiás-
ma em al. é blinken, brilhar, reluzir, sentido ticas.
de que se passaria aos de agitar-se, etc.
'.manda comparar o lat. coruscare, flamejar, BROCATEL — Do it. broccatello, dim.
brilhar, agitar-se. Diz mais que Storm ligou de broccato, brocado.
ao it. springare, al. springen e Schuchardt ao BROCATELO — Do it. broccatello, tecido
ant. irl. IMgiin por blingim. G. Viana, Apost.
semelhante ao brocado; éste mármore de va-
diz que ou seja forma convergente rias cores lembra o tecido.
I, 168,
do germ. springan, pular, e blU.n)kan, grace- BROCHA —
Compare-se com broca (Fi-
jar, entreter-se, ou proceda de um só dés- gueiredo) A. Coelho acha -que o ch prova que
;
tes vocábulos, o certo é que em port. adquiriu o voc. vem do fr. broche. Para Cortesáo é
que o seu correspondente es- esp.
significados
panhol nao tem, pois na segunda accepeáo BROCHAR — Do fr. brocher, pregar com
na Espanha se diz jugar, juguetear. broches(A. Coelho, M. Lübke, REW, 1319).
BRINCO — —
Divertimento De brincar. BROCHURA — Do fr. brochure.
—
1
Joia: Do lat. vinculu, lago (RL, I,
2
:
'300, C.
Viana, Apost. I, 168, dá a entender que os
dois substantivos podem ser urna só e mesma BRÓDIO — O germ. tem brod, caldo; a
-
palavra. A
cadeia deve ter sido: vinculu- form. port. e a esp. brodio ou vem de urna
^vinclo-vincro (v. Bravo quanto ao r) brinco — gótica com u ou sao empréstimos italianos
(it. brodo) (M. Lübke, REW, 1321). A Aca-
<confusáo de v e b).
BRINDE — Do al. bring dir's, ofereco-te demia Espanhola e Cortesáo apresentam um
<esta libacáo). M. Lübke, REW, 1303, nao b'.' lat. brodiu; este autor filia as formas ao
da a forma port. céltico brod.
.
Broma 80 — Bruxa
BROMA, —
Verme da madeira: Do gr. Cortesáo. Parece provir do fr. broquel, escude.te
broma Lübke, REW, 1326). Cortesáo da
(M. como os usados na Italia nos sáculos "e XV
como voc. esp., do ingl. worm. XVI; Larousse tira o fr. broquel do it. broc-
Adj. A. Coelho pergunta se será idén-
:
chiere, que M. Lübke deriva do fr. bouclier
tico a broma no sentido de parte da f erra- e Petrocchi do lat. buceulariu. A base de
dura da bésta; acrescenta que .urna derivagao todas as formas é de fato buceulariu, scilicet
do gr. bromos, mau cheiro, parece artificial. clypeu, escudo com bucula, isto é, urna parte
Cortesáo da como voc. esp. (do gr. bromos?). central em que se figurava militas vezes a
BROMARG1RITA — De bromo e argirita. cabega e a boca de um homem. Pidal vé
BROMATOLOGIA — Do gr. broma, bró- no suf. el influencia galicista (Gram. Hist.
matos, alimento, lógps. tratado, e suf. ia. Esp., § 82).
BROM3SLIA — De Broniel, nome dé um BROSIMO —
Do gr. brósimos, comestivel
botánico sueco do sáculo XVIII a quem Linneu (Cortesáo).
dedicou a planta, e suf. ia. BROSLAR — Do germ. bruzdan, bordar
BROMIDROSE — Do gr. brómus, mau (M. Lübke, REW, 1349). que nao cita alias
cheiro, e hídrosis, transpiracáo. o port. e, das línguas da Península Ibérica,
BROMO — Do gr. bómos, mau cheiro. apenas o gal. ant. brozlar. V. Bordar.
BROMOFÓRMIÓ — De bromo, ¡orín, raiz BROSSA — Do germ. "burstia, escóva (M
de fórmico (ácido) e suf. ¡o. Lübke, REW, 1417). Cfr. o fr. brosse, o al.
BRONCO — Diz A. Coelho que o lat. tem Bürste,
—brush.
o' ingl.
broccus, broncus, que se diz dos rostos prog- BROTAR M. Lübke, REW, 1347, tira
natas, de dentes salientes. A Academia Es- o esp. brotar, do prov. brotar, der. de brot,
panhola, para o esp. bronco, apela para o mes- que provém do gót. *brüts. A. Coelho deriva
mo étimo. Cortesáo deriva do lat. broncliu. do ant. alto al. brozzen, deitar rebentos. Cor-
M. Lübke, REW, 1337, dá um lat. *bruncu, tesáo diz ser voc. esp. García de Diego, Contr.,
cepo, talvez de broccus + truncus, como 1, rejeita relagáo com abortar, com o germ.
étimo do port., do esp. e do it. bronco (éste brustian, brotar, e com o fr. brout (Cuer-
significa tronco, massa nodosa de madeira) e vo, Dic., 907), com o got. brüts.
do fr. ant. bronche (cepo). BROTOEJA — De brotar (A. Coelho).
BRONCOCELE — Do gr. brógchos, gar- BROXA — V. Brossa.
ganta, e Ícele, tumor. BRUCO — (Pulgáo) — Do gr. broñehos,
BRONCOFONIA — Do pelo lat. bruchu.
BRUQOS — A. Coelho e Cortesáo tiram
gr. brógchos, gar-
ganta, piloné, voz, e suf. ia.
— Do gr. brógchos, garganta,
'
BRONCORRÉIA —
Do gr. brógchos, gar- BRTJGIA —
De Bruges, cidade do Flan-
ganta, rhag, raiz de rhégnymi, romper, e suf. dres, da qual vinha originariamente.
ia. BRUGO — V. Bruco.
BRULHA — Corr. pop.
,
BRONCORRÉIA —
Do' gr. brógchos, gar-
ganta, e rhoia, de rhéo, correr; formagáo ana-
'
Bruxulear — 81 Buglossa'
G Viana, Apost. I, 171, 542, Palestras, 4G, BUCÓLICO — Do gr. boukolikós, relativo
pensa que talvez tenha sido o nome popu- aos boeiros, á vida pastoral, pelo lat. buco—
lar do fogo fatuo na Península Ibérica (cfr. licu.
bruxulear). A Academia Espanhola deriva o BUCR.ANIO — Do
gr. boukránios, de crá-
esp. brujo de um lat. bruscus, perereca. Joao nio de boi, bucraniu.
pelo lat.
Ribeiro, Frases Feitas, I, 82, diz que a bruxa BUCRE —
V. Bucle.
nao tera cabeca ou parece nao té-la porque BUEIRO —
Figueiredo deriva do lat.bua,
a inclina e esconde-a no capuz; vem do vas- voz infantil para pedir agua. Macedo Soares-
congo buruz, do cabeca abaixo. tira a forma brasileira boeiro de boiar 4- eiro..
BRUXULEAR —
Aventou-se (G. Viana, BUENADICHA — Do esp. buenadicha, boa
Apost., I, 171) para o port. e para o esp. dita, boa sorte.
brujulear, o étimo lat. perustulare, que tam- BOFALO — Do gr. boúbalos (der. de bous,
bém teria dado o it. brustolare e o fr. ant. boi) pelo lat. búfala que aparece em Fortunato,
brusler, mod. brúler, queimar, arder. Joao como forma secundaria de bubalu.
.
Buir 82 — Bus
BUIR — Forma popular de puir. borún, furar, al. mod. bohren, rejeitando a hipó-
BUJÁO — Parece a A. Coelho conexo com tese de F. Krüger, Die Gegenstandskultur Sa-
nabrias, Hamburgo, 1925, propoe cruzamento com
hucha; v. Bucha e compare-se o fr. bouchon.
•BUJARRONA — O esp. tem bujarrón, que bufar, por isso que o vento bufa ou sopra atra-
significa sodomita. vés de um buraco de urna casa e o fumo tam-
BULA Do lat. bulla, bola; esp. bula, it. bora por lá se escapa. M. Lübke, REW, 3430,
bolla, fr. bulle. Déstes documentos vai pendente supóe buracar (alias esbwa.car) derivado de
um solo de chumbo, de forma esférica. furar e o esp. horacar do lat. f orare. Saco Arce,
BULBÍFERO — Do lat. bulbu, tubérculo, Gram. Gal., 239, tira o gal. burato do lat. }o-
cebóla, e fer, vai?: de forre, trazer. ratu. Eguilaz dá o ár. borcha.
BULBIFORME — Do lat. bulbu, tubérculo, BURATO — Do fr. burat (A. Coelho).
BURDO —
-
forma popular de bombo (v. éste voc), influ- mannus quem vulgo burricum vocant (XII, 1, 55).
enciado talvez pela iníerjeicáo bumba. Macedo
Soarcs, citando o lat. bombu, indica na língua BURRO —
Derivado regressivo de burríco
de Angola mbumbi, tambor grande, reconhecen- (M. Lübke, REW, 1413). Diez, Gram. I, !), re r
do fundo onomatopéico no voc. jeita a aproximacáo com o lat. burrus, ruivo,
BUMBUM — feita por Vossius, por causa da cor. V. M.
Onomatopéia.
BUSIERÁ— Do malaio. Lübke, Gram. I, pg. 529.
BÜRSERA —
De Burser, nome de um bo-
BUNDO — Do quimbundo.
BUNODONTE — Do gr. boxinós, mamilo, o tánico alemao do século XVII.
BURUNDANGA Cortesáo manda com- —
cdoús, odóntos, dente.
BUPRÉSTIDA — Do
boúprestis, vaca- gr. parar com o esp. morondanga, que Barcia, tira
de onorpndo, pelado, der. de mondo, do lat.
loura, inseto que passava por fazer arrebentar
os bois que déle cemiam; pelo lat. buprestide. mundu, limpo.
BUQUE —
Macedo Soares deriva do esp. BURUSO —
Do b. lat. brustum, fr. brou,
buque, navio. Figueiredo tira do b. lat. buca, a casca verde da noz, etc. (A. Coelho). Figuei-
tronco. O esp., assim como o port. buco (v. redo compara com o cast. burujo, que a Aca-
éste voc), vem do cat." bule, barriga, capaci- demia Espahhola tira de borujo, do b. lat. volu-
tado de navio, navio de origem franca (M. Lüb- cru, envoltorio.
ke, REW, 1376). BUS —
Aparece na locucáo nao diser nem
BUR — Do'—hol. boer, campónos. chus nem bus, que até hoje nao foi satisf.itó-
BURACO A.Coelho tirou de um radical riamente explicada. G. Viana, Apost. I, 301,
bor, que se encontra em buril. Cornu, Port. Spr., supée que a expressáo é muito popular e foi
§ 1G4, acha que o are ¡uraco (ast. juracu) so- recebida dos ciganos de Espanha, em cujo dia-
freu o cruzamento de palavra aparentada leto bus quer dizer maís. Assim, a loeugáo signi-
(buco). Cortesáo tira de um b. lat. foraccu ficaría: nao dizer mais, nem em portugués nem
e manda comparar com o lat. furaculu. Leite em cigano. Chus é o port. are derivado do lat.
de Vasconcelos diz (Opúsculos, 1, 503) que bu- plus, mais. Joáo Ribeiro, Frases Feitas, I, 26,
raco (port., gal.., leonés é mirandés) existe a dá bus como derivado do lat. basiurn, e buca
par de burato (gal. burato, burata) Furaco . (cfr. buco) filia a urna forma interjetiva bo-
;
(are), ainda hoje está representado em esfu- ca a qual impoe silencio. Osear de Pratt, RE,
.',
racar. A forma furaco explica-se pelo lat. fo- XV, 315-8, rejeitando estas opinioes, entende
ramen com troca de sufixo, podendo o u ser que o "nao dizer mais nem em portugués nem
evolugáo de o ou ter-se originado do influxo de em cigano", sem que de tal forma de expressáo
outras palavras, como fur, Juro. Para explicar surja urna conclusáo lógica e clara, implicaría
o b recorre ao cruzamento com o ant. alto al. sem dúvida a existencia de urna razáo histórica
Busardo — 83 Cabana
aue se teria perdido, como se perderam tantas tórica a intervengáo do amalfitano Plávio
outras. Alega que nao a cncontrou nos antigos Gioia no aperfeicoamento da bússola.
documentos" da lingua c que Joáo Ribeiro apra- BUSTO — Do lat. bustu, monumento
sentou apenas excerptos de Ciliado, Simáo Ma- fúnebre, busto (Grundriss de Grober, I 1
515, ,
Acha que bus nao indica silencio. E' voz com Lübke, loe. cit., rejeita a aproximacáo com
ciue se chamara os caes, sendo clius urna voz pyxis (Diez, Dic. 75) e, pg. 788, nota, com
q'ue impüe afastamento. Chus e bus sao, pois, o germ. bust. Petrocchi filia o it. a busta,
¡lí
m duas vozes de sentido contrario que lógicamente
poderiam ter sugerido a expressáo popular. Nao
síncope de buxida,, caixinha;
xinha das visceras.
interpreta cai-
Larousse, Brachet, Stap-
di-ier chus nem bus significará em rigor "nao pors tiram o fr. buste do it. e o último prendo
repelir nem chamar'', conservar-se indiferente, o it.' ao al. Brust, peito.
nao dizer nada, guardar silencio. A. Coelho fin- BUSTROFÉDON —
Do gr. boustrophedún,
iendo que o voc. significa cortesía, despedida. voltando como o boi. As linhas se sucedem
tjkí
Dai generalizou-se ao sentido de palavra, na da esquerda para a clireita e vice-versa, como
Sis lecucáo interjectiva: ncm bus ! e por fim bus os regos abertos no campo pelo boi com o
veio a ter simplesmente o valor de interjeicao arado.
para mandar calar. Compara com o esp. buz BUTA — Por bota, de botao? (Figueire-
(v Bracos), o valáquio, o albanés, o gaélico e diz do).
qué a palavra se encontra também ñas línguas BUTARGA — Do it. buttarga (B'igueire-
germánicas e no árabe. Sonsa opina também do.
pelo ár. bus, beijo. BUTÍLIO — Do ¡a\ boútyron, manteiga,
BUSARDO —
Do fr. busard (A. Coelho).
BUTIRACEO —
BUSCAR —
C. Miehaéüs de Vasconcelos, boútyron, man- Do. gr.
teiga, de origem cita segvindo Hipócrates, ger-
Glos. do Canc. da Ajuda, supoe termo de
caca, como o de origem
contranome achar, mánica segundo Schrader (Boisacq), e suf.
desconhecida. Nos textos arcaicos aparece uceo.
sempre em sentido abstrato: buscar consclho, BUTIRATO — De bulir, abreviado de
perdón, etc. M. Lübke,, REW, 1420, tira do butírico, e suf. ato.
lat. busca, acha de lenha, de origem desco- BUTÍRICO — Do gr. boútyron, mantei-
nhecida (cfr. fr. buche). Supoe que primeiro ga, e suf. ico.
significou apanhar lenha, depois procurar (cfr. BUTIRINA — Do gr. boútyron, mantei-
esp. buscar, fr. bucher, desbastar). Diez, Dio., ga, e suf. ina.
75, filiou a bosque, ir através do bosque, ca-
BUTIRÓMETRO — Do gr. boútyron, man-
procurar. Romanía, V, 170, aproximou teiga, o metr, raiz do gr. metróo, medir.
car,
de buxus. Sitzungsberichte da Academia de BUTIROSO — Do gr. boútyron, manteiga,
Viena, 141, 3, 136, relacionou com jusiigare. e suf. oso.
M. Lübke rejeita isto tudo fonética e semán- BUTOMÁCEA — Do gr. boútomos, junco,
ticamente. o suf. ácea.
BUSEIRO —
De um tema buso, do qual BUXO — Do lat. buxu, de origem gre-
vem ambusiar, v. Bosta (A. Coelho). ga; esp. boj, bujo, bosso, bossolo, fr. buis.
it.
BUSILIS —
Joáo Ribeiro, Frases Feítas,
BUZA — Do persa buza, milho miúdo,
pelo turco buza, especie de cerveja desta planta
I, 189, refere a anedota de um estudante de (Lokotsch, 376).
latim que, ao ter de traduzir o membro de BUZARANHO — Do
frase In diebus Mis, tomando as partes, como
lat. mus aranca, rato
era de costume, verteu: In dic Undiae), as
aranha (Leoni, Genio da Lingua Portuguesa,
I, 13). V. Musaranho.
Indias, e chegando a bus
Zambaldi, Vocabulario
lilis,
Etimológico
embatucou.
Italiano,
BUZINA — Do lat. bucina (j longo), trom-
s. v. Dio, conta o caso de modo um pouco
beta, em
vez de bucina (¡ breve), por analogía
diferente. Atribuí a um clérigo ignorante que
com os vocábulos acabados pelo suf. ir.u: esp.
bocina, it. buccina, fr. ant. boisine, mod. o er.
encontrou no t'im da última linha de urna
página do Breviario In die e no coméeo da bucoine. Are. vozinha. (Nunes, Gram. Hist.,
85). Leite do Vasconcelos, através do esp. (Li-
seguinte bus Mis.
cóes de Filología, 221).
BÜSSOLA —
Do it. do sul bussola, cai- BOZIO — 1 — Caramujo: Do lat. buci-
xinha (comummente de buxo), v. Franco de nii, caramujo marinho cuja concha servia de
Sá, A Lingua Portuguesa, voc. Nunes, Gram. trombeta.
Hist. Port., 42-1. O esp. brújula e o fr. bous- 2 —
Mergulhador. Observa G. Viana, Aqiost.
solc tém a mesma origem (Academia Es- I, 178, que o esp. tem buzo. A Academia Es-
panhola, Larousse, Brachet, Stanpers). É his- panhola o deriva do gr. bythios, submerso.
CÁ — Do lat. eccu hac (A. Coelho, Nu- apresenta Cabaaza, Cabaazal e Cabaazos, con-
nes, Gram. Hist. Port., 352, M. Lübke, REW, cluí que em épocas antigás se disse calabaca,
3965, Gram. III, 511) esp. acá.
; Sobre a trans- donde por metátese calabaca que explica as
formado do e v. Nunes, op. cit., 57 (vogal formas cabaaca-cabaca. Cortesao dá Et j. ca- :
átona). Are. acá: Que de ducro acá. non venga labaciam vini de j. a.lmude (Inquisitiones, p.
a mi (Leges,- p. 787-A, 118S-1230). Sobre a 6p0). M. Lubke, REW, 1623, rejeitou aproxi
primeira parte do étimo, v. Aquele. macao com o lat. capaciu por causa das for-
CÁ 1 — —
Branca. V. Cas. mas esp., cat., prov.
2 — Título mongol Do turco khan, de CABAQO — V. Cabaca.
CABAÍA — Do ár. vulgar kabaya.
:
Cabaré — 84 Cacarac£
casa est; hoc rustid capanna vocant. No sex- um lat. medieval, do ár. habí, mas Stappers.
to século já se encontra cabanna ñas Glosas o cita, em Isidoro e diz que as palavras ára-
de Reichenau. É de origem céltica. Esp. ca- bes sao posteriores a éste autor.
bana, it. capanna. 3 —Medida: Do hebr. kab (IV Reis, VI,
CABARÉ — Do fr. cabaret. 25).
CABOGRAMA — Do ingl. cablegram (Bon-
CABAZ — Do lat. capaciu, cesto, der. de
capere* (M. Lübke, REW, 1623). Esp. capa- naffé).
zo. Significaría o serve para conter. A.
que CABOTAGEM — A. Coelho tira do fr.
Coelho dá um b. lat. cabaciu. Eguilaz, depois cabotage. O esp. tem cabotaje, que a Aca-
do dar o ár. cafa (Alix), qáfas, gaiola (De- demia Espanhola deriva de cabo (navegagáo
frémery, Devic), apresenta cora Diez o lat. do cabo a cabo). O it. tem cabotaggio, que
cava, oca. nao pode ligar-se a capo. O fr. cabotage tem
CABAZIO —
Do gr. chabázios. etimologia controversa; Larousse o tira de»
\ CABECA —
Do lat. capitiu, pertencente a esp. (do fr. cap nao
Stappers poderia vir),
cabeca (M. Lübke, REW, 1637, Diez, Gram. também. Houve quem filiasse ao sobre nome
1,10, ~G. Viana, Apost. I, 180, Nunes, Gram. dos navegadores ,venezianos Joáo e Sebastiá®
Hist. 137). Esp. cabeza, it. cavezza (cabresto). Cabot.
ant. chevece (rédea, cobertura de cabega, CABOTINO — Do fr. cabotin.
CABOZ — A. Coelho dá um 6.
fr.
colarinho). lat. cabos
CABECILHA — Do esp. cabecilla, cfr. o e filia ao f r. chabot, peixe d'agua doce de-
sufixo (G. Viana, Apost. 181). I, cabeca grande e chata, der. do lat. caput,
CABEDAL — Do lat. capitule, principal. cabega.
CABEDELO — Do lat. capitcllu por ca- CABRA — Do lat. capraj esp. cabra, it.
pitulu, v. Ipsas salinas in loco
Ariel. prcdi- capra, fr. chévre.
cto quod vocitant capetello (Diplomata, p. CÁBRAMO — Por
cabrame, de capula^-
22-A. 929, apud Cortesáo). Esp. caudillo (che- mine,, do lat. capulum, corda, cabo (A. Coe-
fe), it. capitolio (capitel, botáo), fr. ant. cha- lho, Nunes, Gram. Hist., 116). Cornu, Port.
pitel, mod. chapiteau (capitel). Spr., § 137, explica o o porque a palavra re-
CÁBELO — Do lat. capillu; esp. cabello, cebeu significagáo concreta. Cortesáo vé influ-
it. fr. cheveu.
capello, encia de agamó ou julga ser substantivo ver-
CABER — Do lat. capCre, tomar; esp. bal de acabramar (RL, IV, 53).
CABREA -— De cabra (A. Coelho). A Aca-
caber, it. ant. capere.
CABIDE —
A. Coelho derivou do lat. ca- demia Espanhola tira o esp. cabria do lat.
caprea. Muitas máquinas tomaram nome dos;
pitulu. G. Viana, Apost. I, 183-5, do ár.. Ma-
kbid, cabo, punho, pega. Nos países barba- animáis cujos movimentos ou formas imitam,
rescos o prefixo ma é muitas vezes reduzido v. Ariete.
na pronuncia do m
a poderia ter sido consi- CABRESTANTE Do prov. cabestan —
derado com o art. indefenido portugués, um, (M. Lübke, REW, 1631), ligado a .cabestre,.
separando-se do resto do vocábulo, que ficou cabresto (Mémoires de la Sociéte de Linguis-
palavra independente (cfr. a locugáo urna tu- tique de París, VI, 259). A derivagáo <3e cabra-
tu e meia, por macuta e meia). O b, segunda estant, cabra que fica de pé (Diez, Díc, 537),
letra do radical trilitero K-B-D, que significa é inaceitável porque estant nao é um parti-
agarrar, modificou-se em v (cfr. alcavala, cipio popular e a queda do r é inexplicada.
alvaiada, etc.) e resultou pois o voc. cavide, Do port. ant. cabré, cabo, como armacáo cíe-
que é a forma antiga (Fernao Mondes Pinto, construgáo naval, tem a dificuldade de 'estan-
Peregrinagdo, cap. CCXV, Bluteau), depois te nao significar propriamente armagáo.
cabido, talvez por influencia de cabido, erudi- CABRESTO — Do lat. capistru "com me-
ta provavelmente. Rejeita a derivagáo de ca- tátese; esp. cabestro, it. capestro, fr. che-
pitulu, dim.' de caput, cabega nao aceitando vetre.
como forma divergente de cabido. Rejeita igual CABRIOLA — Do capriola,
it, salto de
mentó a etimología de Viterbo, do part. pass. cabra.
cavidado, de cavidar, evitar, acautelar, res- CABRIOLÉ —
— Do ír.cabriolet.
.
guardar, do lat. cavitare, de cavere; cabida CABUCHO Outra forma de capuz (A..
seria o lugar onde se poem os vestidos e ou-
-
Coelho).
trás coisas a seguro do pó e do mais que os CABULA — Para C. Michaélis de Vas-
possa estragar. Ideológicamente o étimo sa- concelos (.RL, XX, 316) é contra-nome de
tisfaz: morfológicamente, porém, é inadmissi- rábula. Réplica humorística, certamente num>
vel. h; rara em portugués a derivagáo de um improviso, de qualquer incipiente advogado.
substantivo concreto de um participio passivo, Reconhece a autora nele reminiscencias da
com perda da desinencia e sufixacao de e, ex forma vulgar de raijo a caba e de cabo a
<
Cacarejar — 85 — Cacique
CACETA —
Para Cortesáo é voc. esp. ramo de árvore cortado e cacho de uvas. Diez,
Dic, propés o lat. capul/u, punhado, mancheia,
A. Coelho da como der. do b. lat. capseta,
dim. de capsa, caixa. Eguilaz como dim. do caplu (cfr. ámplu-ancho). Leite de Vasconcelos
ar. cas, taga para beber. V. Cago. objetoü que pl só deu ch na Península Ibérica
CÁCETE —
A. Coelho derivou do fr. cas- quando precedido de consoante. Nao obstante
esta ponderosa circunstancia, é ainda capulu,
se-téte, quebra-cabega literalmente. G. Viana,
Apost. I, 193, prefere tirá-lo de cago, no sen- para G. Viana, Apost., I, 190, o étimo que por
tido de moca. enquanto apresenta maiores probabilidades.
—
CACHA Deverbal de cachar. Para outros CACHOEIRA —
De cacháo e suf. eirá.
sentidos, v. o Glossário. CACHOLA —
A. Coelho tirou, com dú-
. CACHAQA —
O esp. tem cachaza. Alguns vida, de cacho, pescogo, e suf. oZa.. G. Viana,
Apost-, I, 190, pensa que há relagáo com o
autores consignara como de origem africana o .
voc. (Maximino Maciel, Gram. Descr. 224, Ama- .esp. cholla, cabega (termo chulo) e observa
deu Amaral, O diaieto caipira, 43). que nao é fácil explicar a primeira sílaba do
CACHACO — De caho, no sentido de pes- voc. port. Zeitschrift rom. Phil., XXX, 569, li-
gou ao lat. caccabu, caco, o que M. Lübke,
cogo (Figueiredo).
CACHALOTE — Do cat. quixalot, dim. BEW, 1445, nao aceitou.
de ou caxal, queixal; o cetáceo foi
quixal CACHOLOTE — Forma de cachalote, apro-
assim denominado, provavelmente por causa ximada de cachola, cabega de peixe (G. Viana,
dos den tes (G. Viana, Apost. I, 188). Apost., I, 188).
CACHÁO —
Do lat. coctione, cocgáo (C. CACHOPO — Nao pode representar o lat.
.
,;
Michaelis, RL, XXVIII, 35; a agua que se de modo algum (A. Coelho).
scopulu, escolho,
precipita ñas catadupas, dá urna impressáo de CACHORRO — Do vascongo chakur, cáo-
•
: fervura. <
zinho, com metátese (G. Viana, Apost., I, 189,
CACHAPORRA — O segundo elemento Gerarhd Rohlfs, Baskische Relikworter in Py-
renaengebiet, Zeitschrift rom. Phil., XDVII).
•quer dizer cácete (cfr. porrete) o primeiro
;
Cortesáo tira do esp. Diez, Gram. I, 196, II, 341, tirou do lat. ca-
é obscuro (A. Coelho).
cachiporra. A Academia Espanhola tira o tiltil; animal pequeño, e suf. vascongo orro,
primeiro elemento de cacha, do lat. capilla, mas observa M. Lübke, REW, 1771, que íí em
plur. de capulum, punho, e significando pega
esp. nao dá ch. García de Diego, Contr., 111,
componente do cabo das navalhas e outras acha que a derivagáo do vascongo suscita di-
armas de corte. Barcia tira de cacho de porra, ficuldades enormes. Primeiramente chacurra
pedago de cácete. deve ser um empréstimo espanhpl antes que
CACHAPUZ —
Onomatopéia (Figueiredo) originariamente vascongo. E mais :fácil:shayer:/
a metátese do -espíí para pv vascongo v doS ique- "
CACHAR — O fr." cachev e o prov. ca- ao contrario, pois em vascongo a metátese tem
char vém do lat. coacticare, comprimir, der. extensáo desconhecida ñas demais falas pe-
de coactum (M. Lübke, REW, 2001). A Coe- ninsulares. Cachorro é um diminutivo de ca-
lho dá lat. coactare. O esp. cachar, quebrar, cho; dé que procede cachonda.
tem outra origem (de cacho, segundo a Aca- CACHUCHA — Do esp. cachucha,
demia Espanhola).
— — CACHUCHO — E o esp. cachucho, que na
CACHEIRA
•
Caciz 80 — Caderno
Kessel, caldeira)
fcatiZ, al. 292 G. Viana, Apost., I, 194, Cortesao, Re-
gót.
alto al /caí i,
considera obscura a. belo Goncalves, A Lingua Portuguesa, II, 42),
G vfana Apost. I, 193,
pelo lat. pop. cata; esp. cada, ant. it. ca-
ori-em M. Lübke, REW, 2434, derivac oo prov.
port.,
d(a)uno, ant. fr. chaun. Aparece na Vid-
a im como o esp. cazo, lugar o it. cazza
de cyathos (de gata a forma latina: "Et faciat sacrificium
Sola do lat. cattia, em super eo cata mane", Ezequiel, 46, 14. Na
oriVm grega) e cita o Corpus Glossariorum
colher pereqrinatio, VII, 2, e passim: Cata singu-
Tatinorxtm, 11, 521, 54. Cyathos significa Alen- los hymnos fito ratio. A preposigáo distribu-
e G Viana registra éste sentido
para o
ár. kas, copo; tiva grega vulgarizou-se pelas regióos limí-
tejo. Devic da o étimo provável trofes do Mediterráneo gracas aos mercado-
Escuilaz o ár. kasa, escúdela. res gregos e sobre o modelo kath'ena criou-se
CACOAR A. Cocino —
pensa que esta em
cada um. Ribeiro do Vasconcelos, Gram. Jíist.
vez do' cancoar de cañedo e compara o fr. it.
Port., 109,
pg. rejeitando katá, aceita quem-
canzonare, cantar cangoes e zombar, o
dam como étimo.
chansonner. G. Viana, Apost., I, 193,
ciona com o it. cazzo de significado obsceno,
rela-
CADAHALSO —
Do prov. cadajale, do lat.
catafalcu, com o s do plural originario (M.
o compara com mangar, que também foi ter-
Lubke, REW, 1757). O esp. cadahalso o o cat.
mo obsceno mas se vulgarizou, obliterando-se
cadafal tem a mesma derivacáo.
a signiticacáo imunda que tinha.
CACOCOLIA — Do gr. kakós, mau, cholc, CADARCO — Do lat. catar Uva por ca-
grega
thartru, meio de limpeza, de origem
bilis, o suf. ia.
— Do
, .
CACOETB — Do gr. kakóethes, mau cos- suf. ago (cadargo), significando a carda ou
tume, pelo lat. cacoethe. pente para o barbilho da seda, depois o bar-
CACÓFAGO — Do gr. kakós, mau, e phag, bullo ou seda, tirado com essa.
—
raiz do phagein, comer. CADASTE Por codaste, de coda, cau-
CACÓFATON — Do gr. kakóphaton, ma da ?(A. Coelho).
consonancia, pelo lat. cacophaton.
CACOFONÍA — Do gr. kakophonia, som CADASTRO — Do gr. bizantino IcatásU-
.
rhythmós, ritmo, e suf. ia. catiteara; esp. ant. cadira, atual cadera (par-
CACOSFIXIA — Do gr. kakosphyxia, mau te do corpo), it. dial, cadrega, fr. ant. chaiere,
pulso. mod. chaire, chaise. O aceito se deslocou por-
CACOSMIA — Do gr. kakosmia, mau que se seguía grupo cujo segundo elemento'
CACOSSITIA — Do gr. kakositía, nojo sao dá a forma arcaica: Cubas lectus cadedras
mensas (Diplomata, p. 6-A. 882). No sentido
dos alimentos.
CACÓSTOMO — Do gr. kakóstoinos, quo de parte de corpo aparece em Juvenal, VI,
tem má boca, que injuria, que pronuncia mal; 91: cujus apud molles mínima est jactura ca-
— Um
escoliasta glosou molles cathe-
hoje com o sentido de que tem mau hálito. thedras.
CACOTANÁSIA — Do gr. kakothanasia, matronas. Forcellini parafraseou d - 5
'
dras •
O
. ;; .
CADUCEU —
Do lat. caduceu, de origem Significou propriamente de cao; passou depois
grega. ao significado de mesquinho, porque cao é
CADUCIFERO —
Do lat. caduciferu. palavra injuriosa. A. Coelho inventou um te-
CADUCO —
Do lat. caduca, que tende a ma canhj que se encontra. no fr. cagnard,
eair; daí o sentido de fraco de espirito pela mandriáo, talvez do lat. canís, cao. Macedo
senilidado. Soares relaciona com Caim. Em M. Lübke,
CAPARRO — .REW, 1590, há evidente erro tipográfico.
Do ár. khafra, protecao. CAINITA —
V. Cenita.
Eguilaz julga que talvez soja corruptela do CAIOTA —
V. Chila-cuiota.
ár. sojra.
CAFÉ —
Do ár. kahwa, vinho, pronun- CAiPIRA —
Nome depreciativo com que
os realistas designavam cada um dos cons-
ciado a turca kahwé (o nomo do fruto em titucionais, durante as lutas civis portuguesas
ár. bunn). É provável, porém, que o ver-
é
de 1828-34. Como provincialismo minhoto, quer
dadeiro étimo seja o nome geográfico Kaffa, dizer sovina, avarento (Camilo, Cancloneiro
regiáo da Abissínia, primeiro habitat da plan- Alegre, 2.» V. O GZo.ssci.rio.
ed., 60).
introduzida na Arabia por Axadili. Da
ta,
Arabia passou á Siria o daí á Turquía, onde CAIQUE — Do
turco kajyk, bote.
em 1550 se abriram os primeiros cafés em CAIR —
Do lat. cadera; esp. caer, it. ca-
Constantínopla. Em 15S0 os venezianos trou- dere, fr. choir. Are. caer: si caer pectet mille
xeram da Turquía a bebida ao resto da Eu- morabitinos (LOges, p. G03-A. 1225).
ropa. CAIREL —
Talvez do prov. cairel. A.
CAFETÁ — Do persa khaftan, pelo ár. e Coelho tira de quadrela. Cortesáo tira de
quadrellu, no significado de pOssoeiro ou ca-
pelo turco kaftan, um vestuario.
CÁFILA —
Do ár. kafila, companhia de bera de um casal; manda confrontar com qua-
viagem. drela e quairela. Com efeito, qu em sílaba
CAFIZ — Do ár. kafiz, alqueire. átona dá c (cfr. quaterna-caderno) dr dá ir ,
CAFRE — Do
kafir, part. pres. ativo
ár. (cfr. cathedra-cadeíra) No sentido diverso, o-
.
do verbo ¡cafara, mentir, ser infiel, deseren- mesmo autor confronta com o esp. cairel, do
te. Especializou o sentido, aplicando-sc aos
.
gr. /cairos, fio ou fios em ordem. A Academia..
povos pagaos da África Oriental nos primeiros Espanhola tira o esp. do lat. caliendru, espe-
tempos da hégira. cie de coifa ou peruca. A Cornu, Port. Spr.,
CAFUA —
A. Coelho acha que talvez se § 100, parece estranha a apócope do o. V.
Anel. M. Lubke, REW, 6921, nao dá o port.
ligue a cafiz, caiz, cacifo. Macedo Soares su-
poe talvez do bundo. apresenta o esp. cuadrillo, o it. quadrello, o
CAFURNA —
A. Coelho supóe composto prov. cairel, o fr. carrean.
CAIS —
Do fr. quai, de origem céltica.
talvez de ca, partícula peyorativa que tam-
bera se encontra em fr., e do fuma, ou en- M. Lübke, REW, 1480, rejeita o neerl. kaai
táo urna mistura do cafua e fuma. Talvez (Zcitschrift rom. Phil., XVIII, 521), por jul-
fuma e caverna (Archiv für lateinische hexi- gá-lo derivado fr.
kographie und Grammatik, II, 429, apud M. CAIXA — Do
kapsa pelo lat. capsa
gr.
Lübke, REW, 3602). o pelo prov. caissa (M. Lübke, REW, 1658);
CAGADO — Do lat. cacitu (Cornu, Port. esp. caja, it. cassa, fr. chasse, caisse. Bour-
Spr., G. Viana, Apost., I, 198). As trans- ciz, Line. Rom., 180, supóe o port., o esp. e
§ 107,
formacóes deviam ter sido cacidu — cacdu — o prov. derivados de um tipo vulgar capsea.
— — :
cagdo cáguedo cagado. K um dos raros Nunes, Gram. Hist. Port., 121, explica por
proparoxítonos latinos conservados. Cornu dá vocalizacáo do p (caissa) e palatalizacáo do
urna citagáo de Isidoro de Sevilha: Lutar'.ae,
id est, in cocno et paludibus viventes. Ribeiro CAIXAMARIN — De caíxa e marino, ma-
de Vasconcelos, Gram. Hist., 41, dá o lat. rinho (A. Coelho).
caca(b)atum cacabus) — cacaatum —
(cfr. CAJADO — Do gr. chaios, báculo (Diez,
cácatum. Gram. I, 54, M. Lübke, 1855). Para o REW
CAGAMASSO — De cagar e masso ? Cfr. _
esp. cayado a Academia Espanhola e García
Pegamasso, de pegar é masso (A. Coelho) do Diego, Contr., 91, aceitam o lat. caía, vara,
CAGAR — Do lat. cacare, esp. cagar, it. garrote. Lokotsch, 1006, relaciona as formas
port. e mais a esp. e a cat. com alcaide, co-
cacare, chier. ir.
CAGASTRO — De um voc. cagastrum, for- mandante de fortaleza, alegando que o pastor-
jado por Faracelso. é o chefe, o guia do rebanho. Nunes, Gram.
.
88 Calcar
Cal
er-
vés do cat:.(M. Lübke, 1533) esp col, BEW ya-neve,pelo lat. calainintha.
CALAMISTRAR — Do gr. kalamís,
Sa, A ImíM
;
ca-
it. calce, fr. cftcwta;. Franco de nigo que serve de grampo, pelo lat. calamis-
Portuguesa, 146, Pidal, Gram. -Hisí. Spr;J §calce.
(4, .
BEW, 1666, deriva o port. cabré, do cat. cable, A. Coelho tira do b. lat. calendra.
•do lat. capülu. As transformagóes propostas CÁLAO —'1 Gíriá: Do cigano espa- —
por A. Coelho sao extraordinarias; é mais fá- nhol caló, que é um dos nomes com que. os
cil deviar logo da forma espanhola. M. Lübke,
ciganos se designam a si próprios e com que
os espanhóis, designam a língua dessa raga
BEW, 1756, dá como de origem prov.suí. ote
CALABROTE De calabre e — .
(A. Coelho). V.
tesáo apresenta um lat. caloñe.
C
"Viana, Apost. I, 204, Cor- .
'
.
(Gloss&rio Náutico) tira do lat. calefactare de 1485, deriva do esp. calar, que tira do lat. .
cale] acere, aquecer, e diz que é mero acaso callare, de origem grega. Diez, Gram., I, 54,
parecer-se com Tcalfa, estopa, e com o verbo tira o esp. do gr. chalan, soltar, largar, em
kalafa. A. Coelho dá calefactare e kalafa. M. lat. chalare, em Vitrúvio. Cornu, Port.. Spr.,
Lübke rejeita igualmente a origem germánica § 131, pressupoe um primitivo challare como
por causa da antiguidade do vocábulo (Schro- forma :
básica.;^
—
'
. .:v
der, Streckformen, 242). Lokotsch dá ár. ka- CALASIA Do gr. chálasis, relaxamen-
.lafa como derivado do medio gr. kalphatein to, e suf. ia.
e éste do ár. kafr, asfalto, com permuta de
CALASODERMIA — Do gr. chálasis, re-
r por l e metátese, alteragóes na verdade um laxamento, dérma, pele, e suf. ia.
tanto forgadas. CALATIFORME — Do gr. kalathís, aga-
CALAFRIO —
Diez tira o esp. calofrió de £ate, e lat. formalí forma.
latóide ou calatomorfo.
Seria preferível ca-
•dois adjetivos calo (quente) e frió (Gram. II,
f':
lat.
do e daria calofrió. O esp. tem calofrío, ca- CALAVERITA. De Calaveras, nome de —
losfío, que a Academia Espanhola deriva de distrito da California no qual foi encon- um
trada,..' e suf. ita.
calosfriare, de calor e esfriarse.
CALAIM —
Do malaio kelang, estanho, Do gr. chalaza, granizo, tu-
•:
CALAZA —
nome importante pSrtq bérculo.
CÁLAZIO —
•der. do ár. kala, de •
V. Calmar.
-:.' ,.
cobre,
ke, BEW, 1453).
Lokotsch tira do hebr. kedem,
este, donde o gr. kadmía, mineral de zinco, ínthos, flor, e'. suf. ita.
que com troca de d em l (cfr. dákry-lacrima) CALCAR — Do lat. calcare; esp. ,
calcar,
deu o lat. medieval. V. Cadmía. Joáo Ribeiro, ti. calcare, fr. cocher (galar). >
. .
Calcário 89 — Caliga
ferro presa a perna por urna argola, erara gueiredo tirou do lat. calle, rúa.
empregados em Portugal no caleamento de
rúas; daí o nome, que mais tarde se genera-
CALHAMACO — Do canhamaco, por dissi-
milacáo, de cánhamo c suf. acó (cfr. o esp.
lizou a todos os que so ocupam com este ofi- cañamazo); v. A. Cocino, Leite de Vasconce-
cio (G. Viana, Apost., I, 20C). los, RL, II, 31, G. Viana, Apost. I, 139, 210,
CALCIDICO —
Do gr. chalkidikón, pelo Cortesáo, Subs., pg. 21. O esquecimento do
iat. de Caléis, cidade da Eubéia;
chalciclicu, primitivo permitiu a permuta do nli por Ih.
parece que esta cidade foi a primeira em pos- M. Lübke, REW, 1599, tira o port. do it. do
suir tais pórticos. norte canavaccio.
CALCIFICAR — . Do lat. calce, cal, fie, CALHANDRA — Do esp. calandria, do lat.
raiz alterada de faceré, fazer, e desin, ar. calandra, de origem gr. (M. Lübke, REW,
CALCINAR — Do lat. calcinare, reduzir 14S6) A palatalizacáo do ó urna antecipagao
. l
a cal. do i consoante (Cornu, Port. Srp.,
CALCIO — Do lat. calce, cal, e suf. io.
112)
CALHANDRO (vaso) — A. Coelho tira do
§
de
CALEIRO Do lat. canalariu (Leite
Vasconcelos, Ligoes de Filología, 295) a CALIFA — Do ár. khalifa, sucessor, substi«
;
tuto, especializado aos sucessores de Maomé.
ñérie foi c&aleiro-caüleiro (a nasal impediu a CALIGA — Do lat. caliga. /
. . . . . ' "*
:
Caligem 90 — Cama
CALIGEM — Do lat. calígine. o qual designa as pedras^ com que cada par-
CALIM — V. Calaim. ceiro fica na máo por nao as poder colocar.
CALIGRAFÍA — Do gr. kalligraphia, talen- .
Segovia lembra que carotte em fr. é artificio,
astucia ou pequeño calote por meio de urna
to de escrever bem, com bela letra.
CALIMBA — Do ésp. calima, do lat. calym- mentira; em Honduras há cacalota, que é de
ina, de origem gr. (M. Lübke, REW, 1535)
formagáo parecida.
CAL1N1CO — Do.gr. hallínikos , scilicet oae, CALOURO — Do gr. mod., kalágeros, bom
canto da bela vitóría. velho, título que na igreja grega se dá aos
CALINOPSIA — Do
.
gr. -
chaimas, f reio, óp- monges da ordem de S. Basilio (M. Lübke,
sis, aspecto, e suf.: ida. REW, 4665, Brachet, Dic. Etym., pg. 2) No gr,. .
CALINÓPTERO -^ Do
'..''
gr. chalinas, freio, mod. o gama antes de épsilon tem o som de i,
e pterón, asa. daí a pronuncia kaloieros. Caloyro, com o sen-
CALIPEDIA — Do gr. kallipaidía, felicida- tido apontado, encontra-se no Itinerario de Ter-
de de ter belos filhos. ra Santa, de Fr. Pantaleáo de Aveiros, pgs. 11¿
CALIP1GIA — Do gr. ' kallípygos, que tem 14 e 17 (RE, XVI, 93)'. Fr. Domingos Vieira
belas nádegas; aceitou esta etimología para o voc. empregadá
—
CALIPTSREO Do gr. kályx, involucro, no sentido de estudante novato. Caloiro' passou
pterón, asa e suf. eo. a calouro pela troca freqüente dos ditongos oi
CALIPTÉRIO — Do gr. kalyptérion, co- e ou. C. Michaelis de Vasconcelos (RL, XX,
bertura. 319) eré que caloiro está por calvoiro. A semi-
CALIPTÓLITO — Do gr. kalypt, de kalyp- vogal v evaporou-se como em fíelo de fulvo, ja-
to, cobrir, e líthos, pedra. Neol. de Shepard nela de januella, maneira de manuaria,. manato;
(1851) de manicata, etc., etc.. Ter-se-ia portanto o tema
-. CALIPTRA — Do gr. kalyptra, coifa, veu, cálv e o suf. oiro, pronuncia popular de orio„
pelo lat. calyptra. com a usadíssima atragáo de i postónico;: pela
CALISTBNIA — Do gr. kalós, belo, sthé- tónica. Calvo (que subsiste modificado emecs-
nos, fórga, e suf. ia. veira, caaveira, de calaveira com a epentético
,-CALITRIQUEA — Do gr. kalós, belo, thríx, entre lev) serve bem para caracterizar os; es-
Dáo secregóes muci-
trichós, cábelo, e suf. ea. tildantes do primeiro ano (antigamente os de
iaginosas e emolientes, que servem para con- disciplinas preparatorias), visto que era e é
servar a beleza e a flacidez da cabeleíra. eostume dos quintanistas cortar-lhes rnadeixas'
CÁLIX — V. Cálice. de cábelo táo desajeitadamente que só urna tos-
quia completa ps;5 salva de: tereni; as pectoviridí-:;
:S¡¡' : CALMA ft
ca-»
culo. E -orio como sufixo de adjetivos existe
lor, pelo lat.* cauma. e pelo it, calma (M. Lüb-
ke, REW, .1779)..; significou .propriamente a par- em finório, í siinplório. Leíte;; de ;; Vasconcelos
te quente do dia (Diez, Gram., I, 53). Quando 320)B objetaSque a queda da V semi-vogal
(.ibid.,
nao ha vento, fica no mar calor abafado um em manada, maneira, janela, eié.y se déu ém
e reina tranquilidade na superficie daí a mu- ;
época mais rernota do; que ^aqüela a que ajaü-'
danga do sentido para calmaría. Stappers acha tora refere caloiro. O sufixo -orio na língua mo-
derna é muito fixo, como se ve em finorio, es-
que a mudanga veió de evocar a parte quente cadório, casorio, etc. e, a ter-se dado a supos-
do dia e a idéia de cessagáo do trabalho, re- ta metátese, nao resultaría otro, mas óiro, como*
pouso, tranquilidade. Toclavia ele ainda apare- se deduz da forma vulgar. Gregóiro, cír. Iiís-loí-
ce no adj. calmoso. O u se consonantizou num ra, gióira, Vitóira, m^mói-ra. O sufixo -ório é
l velar (v. Diez, Gram., I, 160, M. Lübke, das épocas iinmitivas da língua e nao das épo-
Gram.,
CALMAR
I,
— Do290).
§1 282,
lat. *calmariu, tmteiro, atra- cas modernas. Se em Braga se diz S. Vitóiro^e:
a par temos a já mencionada forma yiíótro, á.
vés do it. calamar o (ho je calamaio) e contraí- que esta é moderna, eaqueláéantiga. Final-
;do de calamar (M. Lübke, REW, 1485). Passou
mente, um caloiro na.o é própriamenie: calvo, ó
a designar a lula, porque, segundo o poyo, este um tosquiado. Joáo Ribeiro, Frases Feuas, IÍ,
cefalópodo possui tinta (a sepia) e a pena de
98, acha que vem da expressáo vem cá, :/oiro.
escrever (no meio do corpo ha urna concha :
CALÚPTERO — Do
'.'. gr. kalós, belo e pteron sunt caonias, pro
(Leges, 674-A, 1257)
omicidium "tiXX, :morabníñós<(
. Non brite sobrello portas,
asa. .-'-.'•" -
CALOR — Do lat.
•
'
•
calore; esp. calor, it. ou feira alguem sem coonha (Leges, p. 399).
calore, Nunes, Gram. Hist. Port.,
-'ti. chaleur. Componlia 'segundo a cantidade da corüía-quéy
106, explica a conservagáo do l por ser erudito demandar (Leges, p. 400, apud Cortesáo) . Há
o voc. M. Lübke, Gram., I, § 457, explica por tmbém formas arcaicas em que o n se asimila
influencia de caldo. ao m: Non pactent aliquas calomias nisv^tres'-: ^-
CALORÍFERO — Do lat. calore, calor, e fer, (Leges; /p. 519). El des%as iiij caorniaéifiev^n^c
ditas (Leges, p. 314), alguum peyto: ou ew; Em -
CALORÍFICO — Do
raiz de ¡erre, trazer.
:
mómetro.
CALOSOMA — ; Do gr. kalós, belo, e soma, latinizado de Chauvin, teólogo francés do se-
cuto XVI, e suf. ismo.
CALVO — Do
corpo.
CALOTA —
'.
,.
CALOTE — 1 — Calote..
(Parte da esfera): Do fr.
caloite, propriamente solidéu; depois, pela se- CAMA — Do lat. cama; esp. cama. Isidoro-
de Sevilha aprésenla: in camis, in.str.atis/
melhanca, aplicou-se áquela parte da esfera. i. e.,
2 —
(Falta de pagamento de urna divida) : (XIX, 22) ; brevis et circa terram,.
cama est
A Coelho tira de calo (divida que custa a pa-
'
Gmeci ením chamal breve dicut (XX, 11), y..
gar) e suf. ote. G. Viana, Apost., I, 209, pensa Diez,. Gram., I, 31, Dic. 436. M. Lübke, REW,,
que é o fr. culotte., termo de jógo de dominó, 1537, nao aceita que seja de origem grega. cha^
Camafeu — 91 Camarlengo
metí,por térra, no chao, a menos que se su- e do suf acho.O esp. tem cambalache, que a
nonha encurtamento de outro vocabulo (cha-
Academia Espanhola deriva de cambiar.
mcuné, segundo Walde) admite possivel ori- CÁMBALE AR —
A. Coelho tira de um ad-
no sentido de torto (v. camba)
;
jetivo cambal
srem ibérica. A. Coelho deriva talvez dumlat.
e do suf. car. O esp. O esp. tem tambalear,
pop. camare, deitar no chao, dispor no chao que a Academia Espanhola deriva de bam-
6m
CAMAFEU — M. Lübke, REW, 1538, deriva bolear.
CAMBALHOTA — A. Coelho tira de cam-
do lat. "camahaeu, talvez de origem oriental. balear e suf. ota, derivagao um tanto irregu-
Reieita aproximagao com o gr. kómma, corte lar — lh);
(le Figueiredo tirou de cambar.
(Diez, Dic, 80), com o gr. hamateúo, traba- CAMBAO — Da raiz camb, de camba (q.v.).
lhar '(Dictiounalre General), com o prov. cata-
Phil., Belheft, I, 83). Tem ares de aumentativo.
malo (Zeltschrift rom.
A Academia Espanhola tira o esp. camafeo do CAMBAPÉ — De cambar e pé.
b lat cama.hutu. Petrocchi tira o ia. cammeo
CAMBAR — A. Coelho tira do tema camb,
de camba e desin. ar. Maeedo Soares filia ao
do lat. camaeu. Stappers tira o fr. carne, ca- scambu.
maleu do lat. camaeu, camaeu altu (camaho- lat.
Há outro que vem de cambiar (A. Coelho,
tu), de ou cama, representativo, na ida-
camma Maeedo Soares, Cornu, Port. Spr., § 113).
de media, da forma clássiea gemina. E', pois,
segundo Mahn, urna gema em alto relevo. Para
CAMBE ERAD — Da raiz camb, de camba,
no século XVI. e dos suf. eiro e al (A. Coelho). O mesmo que
Brachet veio do it.
CAMAL, — capmalh, parte supe-
Do prov. cambal. V. G. Viana, Apost., I, 213.
CAMBETA —
Da raiz camb, de camba, e
rior da coto, de malha.
CAMALDULAS —
De camáldulo; foram in- suf. ota (A.
CAMBIAR
Coelho).
— Do lat. cambiare por cambl-
ventadas pelos camáldulos, religiososo de urna rc, trocar, de origem céltica (M. Lübke, REW,
ordem fundada por S. Romualdo em um lugar 1540, Introá., § 25) esp. cambiar, it. cambiare,
da Toscana chamado Camaldoli.
;
da nasal final.
localidade de Portugal.
CAMAR1LHA — Do esp. camarilla, cfr. o CAMBRIANO De Cámbria, nome bretáo —
da Cámara de latinizado do país de Gales (Bonnaffé), e suf.
sufixo. Era formada do escol
ano.
Castela e constituía o
creto do rei (M. Lübke, REW, 1545). Clédat
conselho de Estado se-
CAMBROEIRA A. Coelho tira de cam- —
broes "camaráo) e suf. eirá. O esp. tem
(de
entende que era a rodinha de palacianos que, arbusto da familia das solanáceas,
por sua proximidade as pessoas reais, freqüen- cambronera,
tando as antecámaras, influiam nos negocios que a Academia Espanhola tira de cambrón,
de Estado. O fr. tem camarilla, que é o próprio outro arbusto da mesma familia. Barcia tira
termo esp. de cambra, ant. cámara, por semelhanc.a do
CAMARIM — Do it. camerino, pequeña cá- forma.
CAMBULHADA De cambo e dos sufixos —
mara; tem a mesma origem de outros tantos
termos de arte (G. Viana, Apost., I, 210, II, ulho e áda (A. Coelho, G. Viana, Apost., I,
328). A. Coelho tira de cámara c desin. im. A 213). Figueiredo tira de cambulho a que com-
Academia Espanhola dá camarín como dim. de para o esp. cambujo, alias adjetivo que signi-
cámara. A passagem do e it. para a em port. fica morzelo. G. Viana julga cambulha ou
explica-se por influencia do r. cambulho forma supostá.
CAMAROTE De —
cámara, e suf. ote. CAMECKFALO Do gr. chamal, por torra, —
CAMARTELO —
De martelo e talvez de um e hephalc, cabega.
prefixo ca peyorativo (A. Coelho). CAMELAO — De camelo (A. Coelho, Figuei-
CAMBA —
De urna raiz céltica camb, que redo) compare-sc com chamalote.
CAMELAUCÍNEA — Do gr. chamaileuke,
;
A. Coelho tira de um tema espalhado que de- mente leáo rasteiro,chao, pelo chegado com o
signa coisas curvas, da mesma raiz que o lat. chamaeleone.
lat camarus, camera, etc. G. Viana, Apost.,
termo grego. que
CAMBLIA — De Kamell, sobrenome de um
I 213 deriva do lat. camiie, jesuíta alemáo que em 1738 trouxe para Lon-
significa curvatura í.kampé) O fr. jante vern .
dres dois exemplares da planta (Hoefer, tíis-
de urna forma alongada do tema célticoj9.
camb Botanique, 200, Lokotsch, 6o3)
toire de la
(cambita). V. Mégacles, RLP, XXVI,
— ada (A. Coe- CAMELO — Do ár. jamal, atraves do
REW,
gr.
CAMBADA De camba e suf.
enfiada de cor- hámulos e do lat. "cameltu (M. Lübke,
came-
lho, G. Viana, Apost., I, 213). E' 154J Introdúcelo, § 128, Lokotsch); esp.
cordel, etc., O
sas penduradas no mesrno gancho, llo it cammello, fr. chameau. l gr. foi tra-
ta,s objetos, fazendo peso, obrigam o
cordel,
tado com 11, ñas formas do port., do esp., do it.,
vara, etc., a curvar-se. Se nao vem de camba, do cat do contrario em port. teria
caído e ñas
vira de cambo, que significa enfiada, vara (cur- outras linguas nao tena dado o que deu. deu
Na
va, geralmente de salgueiro). Maeedo Soares Sicilia e na Italia do Sul o duplo
lambda
aventa a hipótesc de vir do quimbundo ma- dd orenalatar como normalmente: kamiddu.....
camba, os parceiros, os co-escravos, no sentido c/mELOPARDAL — Do gr. hameloparda-
de turba de gente ruim (Revista Brasllelra, los Jirafa, pelo lat. camelopardale ; camelo, por
15-5-1880). V. Santos Agero, ALP, VIII-IX, 285. causa, do pescogo; párdalis, leopardo,
por causa
CAMB AIO —
A. Coelho derivou de cambar. das manchas. Párdalis vem do anano -parda,
Oornu, Port. S2>r., § 105, supóe forma' sincopada V Leopardo.
de "camblbaio. Se vem da raiz céltica camb, CAMELÓRNITO
.
Caraeróstoxao — 92 Camurga
séc. III, muito antes das cruzadas por cor.se- xico, do qual provinha esta madeira.
guinte. CAMPBFAGO — Do gr. kámpe, lagarta, a
CAMITA — De Ca;n, filho de Noé, povoador phag, raiz de phagein, comer.
da África, e suf. ita. CAMPÉLIA — Do gr. Uampé, curvatura, e
CAMOÉS — Segundo
Severim de Faria, esta helios, sol (Figueiredo)
denominacáo provém do castelo de Camoes, na CAMPENOMIA — Do gr. kampé, curvatu-
Galiza. "peste territorio (Camoes) ha noticia ra, fiexáo, nomos, lei, o suf. ia; neologismo de
q. tomarao nome os peros chamados camoe- Julio Ribeiro.
ses".. (Discursos, fl. S9v., apud Cortesáo). O CAMPESINO —
De "campes, í semelhan-
esp. tem camueso. Barcia deriva-o de camuesa, ca de montes, e suf. ino (A. Coelho).
do ár. e significando paito de mulhcr. CAMPESTRE —
Do lat. campestre.
CAMOMILA —
De gr. chamaímelon, lite- CAMPIDO —
De campir (v. G. Viana,
ralmente macieira rasteira, pelo lat. camomilla Apost., I, 216).
(M. Lübke, REW, 1553). Já veio do gr. mod., CAMPILITA —
Do gr. kámpylos, recurva-
pelo traco de iotacismo que apresenta (eta=j). do, e suf. ita.
Foi assim chamada por causa do cheiro da flor CAMPILÓTROPO — Do gr. kámpylos, cur-
(Clédat) vo, e trop., raiz alterada de trepo, virar.
CAMORRA —
De Camorra, nome de antiga CAMP1METRO — Do lat. campu, campo, e
metr, raiz do gr. metréo, medir.
associacáo napolitana de malfeitores.
CAMPA 1 —
Laje sepulcral —
"nao é :
CAMPIR — Do it. campire (v. G. Viana,
fácil de subordinar a um étimo"" (G. Viana, Apost., I, 216).
Apost., I, 215). Relacionar-se-á com a segun- CAMPO — Do lat. campu; esp., it. campo,
da accepeáo ?""" fr. champ.
2 —
Sino: Do lat. campana; esp. it. cam- CAMPODACTILIA — Do gr. kamptós, re-
pana. Veio através de urna forma campaa, de- curvado, dáktylos, dedo, e suf. ia.
pois campaa-campd, em que se deu recuo do CAMSIM. —
Do ár. khamsin, cinqüenta;
acento porque a índole da lingua nao tolera dura este número de dias éste vento.
á tónico final. Outro tanto se deu em quinta e. CÁMURCA —
A. Ooelho lembra só as for-
venta (Cornu, Port. Spr., § 123; Leito de Vas- mas paralelas do esp., do it. e do fr. Corte-
concelos, Licóes de Filoloqia, pg. 306; G. Via- sao deriva do esp. ant. carnuza, do ár. cha-
na, Apost., "I, 215, II, 318, 531; Julio Moreira, mús, búfalo, influenciado talvez pelo voc. murga.
Estudos, II, 178; Nunes, Gram. Hist., 35, 124; M. Lübke, REW, 1555, tira do lat. camox
Sonsa da Silveira, Trechos Selctos, 258) Acha . numa lorma básica "camoda, esp. gamuza, it.
Julio Moreira que, considerando campa um de- camoscio (do genovés), camozza (do lombardo) ;
rivado, deduziu-se campa que se supós pri- fr. chamóte. Á Academia Espanhola e Larous-
mitiva; ou, entáo, mera alteragáo fonética, fa- se dáo um ant. alto al. gamuz, al. mod. Gemse.
cilitada pela analogía de palavras semelhantes, Eguilaz, citando Diez liga ao lat. damu, que deu
com acento na primeira sílaba, como campo e gamo, o que M. Lübke, REW, 2466, rejeita. M.
principalmente campa (sepultura ou laje de se- Lübke exDlica o r por influencia de coreo
pultura), passando depois a vogal tónica a (Zeitschrift rom. Phil., XXXI, 718). Pensa éste
oral. Quanto ao recuo do acento o mesmo au- autor que o voc. procede de velha populacao
tor manda comparar com o voc. bénedo por pré-romanica dos Alpes, com o que concordam
bencao e quanto á dcnasalacáo a forma popular Brachet e Clédat, e prende com dúvida ao dia-
bonca. ao lado de bencao, como orfa e orfo em leto de Hérémence, eyema, cabra, de -ca.ma.
vez de árfdo e órfd. O diminutivo campainha Stappers aceita o étimo proposto por Pougens
ainda se va um vestigio da antiga acentua§áo o ár. kohy mais, cabrito das montanhas, que
. . . . . . . . ,
Cana Canga
concordada perfcitamente com o termo latino jo pelas veías que dele partem, semelhantes
rupicapra, cabra dos rochedos. as patas do animal (Mario Barreto, De Gra-
CANA — Do gr. kánna, junco, que pelo as- mática e de Linguagem, II, 146)
—
sírio-babilónio remonta ao súmero-acadiano (Boi- CANCRO Do lat. cancru; esp. cancro, it.
sacq), pelo lat. canna; esp. caña, it. canna,, fr. canchero, fr. chancre.
canne (do it.) CANDEIA —
Do lat. candela, vela; esp. it.
CANABÍNEA —
Do gr. kánnabis, cánha- candela, fr. chandelle.
CANDELABRO —
mo, e suí. ea. O gr. ó de origem oriental quicá Do lat. candelabru.
sánscrita, osseta, txeremisse, zirianovotiaca (Boi- CANDELARIA — Do lat. "candelaria, sci-
saq, Walde) licet testa das
¡esta, velas, N. S. das Can-
CANADÁ — De cana e suí. ada (A. Coe- deias (2 de íevereiro)
repartcm nelos fiéis.
; benzem-se velas que se
lho). A Academia Espanhola tira o esp. calla- CANDELINHA — Do lat. candela,
da do b. lat. cannata, de caima, cántaro. vela o
CANAF1STULA— Do lat. cannafistula. suf. inha.
CANDENCIA — Do lat. candentia.
CANAFRECHA — Do lat. canna fcricula,
CANDENTE — Do lat. candente.
dirá, de férula (Diez. Dic, A. Coelho) O esp.
tem cañahcrla, cañajieja, que M. Lübke, REW,
.
CANDI —
Do ár. kandi, adj. derivado de
1597, tira do lat. canna- férula, juntamente com kand, suco da cana de agúcar, tornado esposso
o port. por segunda cocgáo (Lokotsch) Dalgado dá .
—
CANANA Do ár. kenana, al java. mia Espanhola deriva do lat. candidariu, que
CANANGA —
Do malaio kananga. faz pao bi'anco.
—
CANAPÉ —
Do gr. konopelon, mosquiteiro,
.
illius inquo recumbebat in ebrietate sua, mos- CANDONGO — Do bundo (A. Coelho), de
ca, pequeño, e ndong, bemzinho (Alfredo Go-
trara que de mosquiteiro o sentido se transfor- Port., pg. 490). Macedo Soares
mo u em tapete e leito ou canapé. mes, Gram.
atribuiu origem africana (Revista Bra-
CANARIO — De Canarias, ilhas de África também
sileira, Fernando Ortiz, s. v. ca-
15-5-1880).
das quais é originario o pássaro. ñandonga, dá um indonga significando do reino*
CANASTRO — Do gr. kánastron, cesta de rte Angola, o Dongo, como se chamou outrora;
junco, pelo lat. canistru, que restituiu a forma
originaria por influencia de canna (M. Lübke,
candonga seria, pois,. pequeño angolés. O esp.
REW, 1594; Cornu, Port. Spr., § 13). Cortesao •
tem candonga, adulagáo, cagoada.
supóe urna forma cannisiru, naturalmente para
CANDOR — Do lat. candare.
justificar a conservacáo do n intervocálico. Te-
CANDURA — Haplologia de *candidura, de ,
burro.
CANCAO — Do lat. cantione; esp. canción, CANELURA Do gr. cannélure. Figuei- -
J ' Cantaría
Cangalha
concelos, RL, II, 34, vom do verbo cangar. O' CANHOTO — 1 — Adj.: de canho (q.
Dalgado, palavra, diz v.). V. Julio Moreira, Estudos, I, 195, II,
sentido oriental desta
é "tábua de suplicio", usada especialmente na
214.
China e na Cochinchina. Baseando-se em > ule, 2 — Subst. M. Lübke, REW, 1G05, de-
:
tugueses dao ao instrumento diversos nomes idéia de magreza. O segundo aparece em outro
colar (Fernao Mendos Pinto), tábua (Belchior derivado daquele tema: escanifrado. Talvez a
Nunes, Fr. Gar,par da Cruz). O P. Semelo dá forma fundamental seja caniface, que tem face,
como noma chinés kia hao. De urna citacao de aparéncia de cao.
Antonio Bocarro, infere Dalgado que o étimo CANIL — Do lat. canile; it. canile, fr.
chenil.
é o anamita gane/, por atracáo convertido em CANINO — Do lat. canino; v. cainho.
canga. O mesmo Dalgado alias, no Suplemeyíto Os caes tém muito desenvolvidos estes den-
ao Glossário, se corrige e, dizendo que o nome
chinés é kia, dá como étimo kang-kia, tra-
zer a canga. M. Lübke, REW, 1541, filia ao lat.
'
CAÑIVETE —
Do germ., ant. nórdico kníf,
neerl. ingl. knife, faca, atra-
knif, al. Kneif,
"cambica, cambita, camba, de origem gaulesa. vés do fr. ant. cauivet. Lokotsch, apoiando-so
Macedo Soares lembra possível origem afri- em Defrémery e Dozy, lembra a possível de-
cana, de um verbo que significa amarrar, atar, rivacao do ár. jambiya para o esp. cañivete;
prender (Revista Brasileira, 15-5-1880). Egui'laz, que cita ainda Devic, repele a ori-
Há um tecido com éste nome, v. Ganga.
gem ár. nara éste voc.
— CANGALHA — De canga e suf. alha (A. —
Do malaiala kañji, arroz com
CANJA
Coelho, G. Viana, I, 222).
agua (Dalgado). G. Viana, Apost. I, 224, tirou
—
.
CANHO — de um radical
Diez derivou
CANTAO — Do fr. cantón, propriamente
canto de térra, porcáo do país.
céltico kamm, curvo. Korting apresenta canius, CANTAR Do lat. cantare, freqüentativo
der. do lat. cañe, cao. A. Coelho e Julio Mo- de canere; esp. cantar, it. caMíare, fr. chanter.
reira perfilham o primeiro étimo; Figueiredo
o segundo. M. Lübke, REW, 1605, tira do lat.
CANTARÍA — De canto (podra) e suf.
aria.
•cannius, da especie de um bastáo. V. Canhoto.
.
Cantárida — 95 Capialzado
de Ménage (Stappers). Clédat observa que o peron e o prov. capairo, e, podia acrescentar,
chantepleure se considerou "também, por o it. capperone.
fr.
causa de certa semelhanca de forma entre éste CAPARIDÁCEA —
Do gr. kápparis, al-
objeto e urna lagarta, como alteracáo de chatte caparra, pelo lat. capparis, is, com um pre-
pélense (gata peluda), nome popular da la- tenso genitivo "capparidis, e suf. cíceas.
garta. M. Lübke acha fonéticamente impos- CAPA-ROSA —
Do al. Kupferasche, vi-
sivel caima impletoria (Caix, Studi di etimo- triolo, através do fr. couperose (M. Lübke,
logía italiana e romanza, 18), e além disso REW, 4794, Romanische Forschungen, III, 493).
necessitando de eselarecimento no ponto de A. Coelho cita a etimología de Diez: cuprí
vista material. rosa, rosa do cobre, Moreau, 170. dá aínda
CANTINA — Do it. cantina, adega. A cupri ros, orvalho do cobro. Eguilaz dá um
Academia Espanhola da idéntica origem ao étimo ár. alcaparrosa, de cubrusi¡ adjetivo pos-
esp. cantina e -Brachet e Larousse ao fr. sessivo de cubres, transcrieáo do gr. Kypros,
e subentende zach, azeite.
cantine.
CANTITE — Do gr. kanthós, canto do CAPATACO —
A. Coelho supoo que está
filho, e suf. itc. por "compatago ou é formado do prefixo ca
CANTO — 1 — Agáo de cantar: Do lat. e de pataco, der. de
—
pata.
cantu; esp. it. canto, ir. chant. CAPATAO A. Coelho tira do lat. capi-
2 _
Ángulo, podra grande para esquadria. toné, cabecudo; Figueiredo lembra o esp. capi-
M. Lübke, REW, 1610, A. Coelho, do gr. . ton. Naturalmente o nome vem de ser de grande
kanthós, canto do Olho, -pelo lat. canthu, cír- cabeca o peixe.
culo de ferro que rodeia a roda. Diez, Gram'. CAPATAZ —
A. 'Coelho tira do lat. capi-
I, 85, fala era origem ibérica do voc. e diz taciu, de capito, capitáo. Em esp. há também
que, segundo Quintiliano, I, 5, 7-8, é espanhol capataz, que a Academia Espanhola deriva
ou africano (Schneider, I, 211).' Cortesáo tira do lat. caput, cabeca.
do célt. kant. V. Mégacles, RLP, XXVI, 52-4. CAPAZ — Do lat. capace.
CANTOCHAO — De canto e chao, isto é, CAPCIOSO — Do lat. cantiosu.
canto plano, igual, seni acidentes (outros que CÁPELA — Do lat. cappela, dim. de cappa,
o si bemol) ou sem acompanhamento (outro manto; esp. capilla, it. capella, fr. chapelle.
que em uníssono). Segundo Du Cange, o voc. passou a aplicar-
CANTOPLASTIA Do gr. kanthós, canto— se especialmente a capa de S. Martinho de
do Glho, plast, de plásso, modelar, e suí. Tours e depois ao lugar sagrado onde ela
ia. estava guardada: "In c/uam (aedem) eUam
CANTORRAFIA — Do gr. kanthós. canto praecipua sanctorum aliorum leipsata illata,
do, ólho rliaphé, costura, e suf.
ia. unde ob eiusmodi reliquiarum reverenVam ae-
CANUDO — De cano e suf. udo. diculae istae, sanctae capellae appellantur"
CANUDA — Do lat. cannula. Outros dao o sentido de dossel que cobre um
CANUTILHO — Do esp. cañutillo, canu- altar, donde por extensáo, lugar separado numa
dinho, influenciado pelo port. canudo (G. '
igreja. Chevallet aproximou o lat. capella de
Viana, Apost. I, 227). O sufixo diminutivo capsella, caixinha (para reliquias). Como o
é essencialmente espanhol. O it. cannutiglio e fr. ant. chapelet, dim. de chapel, dim. de
•o fr. canntetille tem a mesma origem (M. Lü- chape, devia ter significado pequeño toucado
bke, REW, 1597). que consistía comumente numa coroa de flo-
CAO — Do lat.
cañe; esp. can (antiquado), res; daí o sentido de grinalda, que aínda apa-
cañe,' Arcaico cam, can: Come
chien. rece na expressao de palmito e cápela.
!t. fr.
can que sal de grade, D. Afonso Méndez, de CAPELO — Do lat. cappcllu; esp. capillo,
Beesteiros, Cancioneiro da Biblioteca Nacio- it. cappello, fr. chapean. No sentido de chanéu
nal, n. 431 apud Nunes, Crestomatía Arcaica, de cardeal vem do it. como o esp. capelo (M.
Lübke, REW, 1645).
390).
outra palavra, um adjetivo que signi-
Hi CAPEROTADA — O esp. tem capirotada,
fica branco e aínda está vivo no feminino plu- guisado de ervas, ovos,alhos, etc. para co-
ral substantivado: cas, do lat. canu, esp., it. brir outros pratos ; a Academia Espanhola de-
cano. riva de capirote, de capirón, do lat. cappa,
CAOS — Do gr. chaos, abismo onde os ele- capa. O it. tem capperottato. O fr. possui
capitolade, que uns tiram de capo, capao;
mentos formadores do universo se achavam
misturados, pelo lat. chaos. outros do esp., outros do gr. kapyrós, seco,
CAPA — Do lat. cappa, manto (M. Lübke, kapyridia, especie de bolo; Stappers pensa no
REW, 1642) esp. capa, it. cappa, Ir. chape. verbo capulare, fr. chapeler.
Aparece em Isidoro.
;
CAPIADCADO —
O esp. tem capialzar,
CAPACETE — O fr. ant. tem cabasset, oue a Academia Espanhola deriva de cap,
de cabás, cabaz, segundo Littré. Entende A. raíz de caput, cabeca, e alzar, alear.
. . ;
Capigorrao — 96 Caracol
substancia.
—
•
tornear. M. Lübke, RBW, 2009, citando a de- CARANGO — Por crango, de cancro. Como
•
CARÁDRIDA Do gr. charadrios, ta- — ' lho pensa que talvez seja alteragao de cara-
peba (v. Glossário). No de pessoa magra, tal-
rambola, e suf. ida.
CARAGO Do esp., segundo Figueiredo. — vez o seja de varapau.
CARAPELA — :/ :
;
; "
CARAMANCHAO —
A. Coelho tira de crepé-
De cámara, com o su-
suf. inhe. Cortesáo, do esp. garapiña, es- e
fixo depreciativo acho e com sufixo pejorativo
congela formando gru-
de aum. fio (C. Michaelis de "Vasconcelos, í¡¿, tado do líquido que se
III, 136). Ha camaracha em esp/ Camaracháo mos. •
sofreu depois metátese que deu camaracháo, CARAPUCA Voc. af im do esp. cape* —
que se encontra nos Inéditos de Alcobaga, II, rusa, com permuta do e em a por influencia,
153¿ Desenvolveu-se depoisi antes do da vibrante r, caparuca, e metátese das sí-
240,y: III,
ch urna ressonancia nasal como no esp. cama- labas mediáis (cfr. o fr. carapasse, onde se-
ranchón. G. Viana, Apost., I, 212, entende que deu o mesmo). E em última análise um deri-
se trata do aum. de urna palavra compos- vado terciario de capa; o esp. ant. tem capa-
taSdé acamara e ancha, ao que se opóe nao
í
racon e em :lat. bárbaro existe documentada
aó a forma antiga c'amaracho, mas também a a forma caparo (G. Viana Apost. I, 234).
semántica^ ispois: 'a ¿ia,inplitüd.e;;/ náP;i^éí;^poMtiyár,;w. CARATER Do gr. charaktér, gravagáo, —
iriéritéiVó característico de um cárarnanchao. r impressáo, marca, pelo lat. character; é o que;
—
::
Sá-0. _ ,.,
CARAMBA —
•
— e sufixosi; oZe;ico. v
'— Do
.-. por tremelga (A. Coelho, Cornu; Port. Spr., CARBONARIO carbonaro, car- it.
91 >- voeiro. A principio foi aplicado este nome a-
conspiradores guelfos que sb" reuniam em ca-
$
CARAMELO —
A. Coelho dá a etimología banas de carvoeiros, no meio dos bosques.._
) i em /Sousa o ar^V
de;>fiLittre,pa: quaüís se actíá: :
/ ; : :
;
tanos refugiados
;Aposí¿i? J,: :231, deriva: do lat. calamellu, dim. honra a palavra. A Academia -Espanhola e
3
;
:
•
ALF,. VII, 372). M. Lübke, REW, 1602, ale- CARBONÍFERO — Do lat. carbone,' car-
gando que a historia do vocábulo e a da coisa váo, e Ser, raiz dé ferré, trazer.
/nápKéXtí CARBONCULO — Do lat. carbunculu, car-
váozinho. O nome se aplicou a um rubí que
;
;*: comoS:nao / f
ühdada: 'na; realidades Rropoeülat.:
;ca«?ia»ieZKs/g;cana '.des/ágücarr " esp.w cafíam^ ; luzia no escuro com um carváo aceso. -Fot
... .-^ também aplicado a urna especie de antraz-
cálemete, fr. mod. caramel (.Zeitschrift rom. porque a superficie da pele por ele atacada,
PUL, XXVIII, 106). ficava enegrecida como se tiyesse sido car-
CARAMILHO — Talvez do esp. caramillo, bonizadá. J; ;j/iS:i«i'
CARBURACAO — Adaptagao Ao fr. car-
• :
: /'r:-:X}-a:^/fíiM^W
.
.- -;
' ,
do turco kal, comercio/ e mucel, portador. CARCACA — O esp. tem carcasa, que
.
a;.
CARAMUJO
,..:. A. Coelho deriva de ca- — Academia Espanhola. deriva do f r. o it. tem ; .
tylu; manda ver Ameijoa. Outros ligam a Laroússe, Brachet e Clédat tiram o fr. car-
carartíucal, navio turco de popa aleada. Cfr. casse do it. (sáculo XVI), Stappers filia ao'
caro; carne, e capsus (b. lat. cassus),
.
: :
-6caracol.'Sf:li:::'-^:
:
:y ^- ^ lat.
CARAMUNHA —
:
Do lat. querimonia, :
queixa. (Pacheco e Lameira, Gram. Port., 387; rnitivó ser caixa de carne, designando espe-
C. Michaelis, Miscellanea Caix e Canello, 121; cialmente o esqueleto do peito.
:
CARCAVAR —
Do lat. concavare (Cor-,
qu em c, 57 a do e em a, 64, a do i em a: nu, Port. Spr.,-% 91, M. Lubke, RBW, 2111)..
absorgao da semivogal u pela yogal seguinte, Cortesáo dá um ár. kárkab,. véntre.
permuta de e por a por influencia da vibrante CARCAS —
Do persa tirkash, que langa,
jy síncope do i protónico, desenvolvendo-se pos- flecha, através do medio gr. tarkásión (C
teriormente um a, devendo a forma atual- ter Michaelis, Jahrbuch für romanische und en-
; sidósprecedidá-; de pütraíca7-mM»ftci.v A./ Coelho glische LUeratur, XIII, 212, e do it. tur casso' :
98 Carestía
Cárcel
deal.
CARDIOCELE — Do gr. kardia, coracáo,
CARCELA —
A. Coelho da urn lat. pop.
e kele, tumor.
carcella, por carcerula, dim. de carcer; do
mesmo modo se chama casa a parte em que CARDIODEMIA — Do gr. kardia, cora-
cáo, demos, gordura, e suf. ia.
o botáo entra.
'CARCERE —
Do lat. carcere. CARDIODINIA — Do gr. kardia, cora-
CARCINOIDE —
Do gr. karkinoeidés, se- gáo, odyne, dor, e suf. ja.
CARDIOGRAFÍA — Do gr. kardia, cora-
melhante ao caranguejo.
CARCINOLOGIA —
Do gr. karkinos, ca- gáo,
ia.
graph^ raiz de grápho, inscrever, e suf.
ranguejo, lagos, tratado, o suí. ia.
CARCINOMA — Do gr. karkínoma, tumor CARDIÓGRAFO — Do gr. kardia, cora-
carcinoma. gao, e graph, raiz de qripho, inscrever.
canceroso,
CARCINOSE
pelo lat.
— Do gr. karkinos, caran- CARDIOGRAMA — Do gr. kardia, cora-
guejo, cancro, suf. ose. gáo, o grámma, letra.
CARDIÓLISE — Do gr. 7cardia, coragáo,
e
CARCOMER —
A. Coelho nao aceitou a
antiga etimología de carne c comer; acha e lysis, desligamento.
que o segundo elemento é de fato comer e CARDIOLOGÍA — Do gr. kardia, cora-
pergunta se o primeiro será o mesmo que cáo, lusos, tratado, e suf. ia.
em cara-pito, talvez idéntico ao cal de cahnur- CARDIOMALACIA — Do gr. kardia, co-
rar, etc. Cornu, Port. Spr., §§ 91 e 121, tira ragáo, e malakía, amolecimento.
do lat. concomedere, que den corcomer, depois CARDIOPATIA — Do gr. kardia, cora-
.com assimilagáo do o á gutural carcomer, com gáo, path, raiz de páscho,. sofrer, e suf. ia.
transformagáo do n em r que lembra o par- CARDIOPERICARDITE — Do gr. kardia,
carp'us do Appendix Prooi. Cortesáo tira do coragáo, o pericardite.
esp. carcoma, quo deriva do lat. carie, carie, CARDIOPÉTALO — Do gr. kardia, co-
e comedero, comer, e eme a Academia Bspa- ragáo, e pétalon, fólha, pétala, por causa da
nhola tira da raiz carc, donde o gr. karkínoma. forma.
carcinoma. M. Lübke, REW, 2414, tira do CARDIOPLEGIA — Do gr. kardia, cora-
cruzamento do lat. curculio, gorgulho, e co- cáo, pleg, raiz de plésso, ferir, e suf. ia.
mer (Zeitschrijt rom. Phil., XXVI, 411; Ro- CARDIÚPTERO — Do gr. kardia, cora-
manía, XXXV, cáo, e pterón, asa; por causa da forma.
CARDIOPTOSE — Do gr. kardia, cora-
172).
CÁRCOVA — V. Cárcava.
CARCUNDA — Do quimbundo caricunda, cáo, o ptósis, oueda.
costinhas, o das costas; significa "quem tem "
CARDIORRAFIA — Do gr. kardia, cora-
as costas defeituosas" e o próprio defeito (G. cáo, rhaph, raiz de rhápto, coser, e suf. ia.
Vianá, Ap:>st. I, 208). Macedo Soares dá a CARDIORREXIA — Do gr. kardia, cora-
forma cacunda, que diz ser do bundo ma- cáo, rhéxis, despedacamento, e suf. ia.
cunda, plur. de ricunda, a costela (Revista
'
CARDIOSCLEROSE — Do gr. kardia, co-
Brasileira, 15-5-1880). Fernando Ortiz pensa ragáo, o esclerose.
que ¿. contaminacáo de corcova e kunda, do CARDIOSPASMO — Do gr. kardia, cora-
Congo, significando curvas as costas. Existe gáo, o espasmo.
de fato outra forma corcunda. A. Coelho, CARDIOSTENOSE — Do gr. kardia, eo-
comparando com corcovado, conjeturou um racao, o escler se.
tema karko, korko, significando ser curvo, CARDIOTOPOMETRIA — Do gr. kardia,
'
cuja raiz kar é a mesma que a do lat. circus, coracáo, topos, lugar, mcir, raiz de metreo,
curvus, etc.;, carcundus seria urna forma do medii.', o suf. ia.
lat. vulgar com o mesmo sufixo que se acha
'
CARDITE — Do gr. kardia, coragáo, e
em secuudus, rotundus, etc. manda ver Car- suf. ite.
quilha. —No Suplemento dá o angolés ka-
;
-do
CÁRDEO —
Do lat. cardinu, cor da flor
cardo; esp. cárdeno.
ke, REW, 99) esp. it. prov. carestía. Tobler
;
CAROLA carolo 1 Danca: Do fr. porcm, nao justifica a etin->ologia. Com efefto,
ou do it. e prov. carola, de origem discutivel carquesa ó forno para objetos de vidro;.o voc.
(v. M. Lübke, REW, 1884, e G. Viana, Apost., esp. é carquexia.
I. 240). CARQUILHA — A. Coelho manda ver
2 Beato : Do lat. corolla,
,
üim. de co- Carqueja. Cortesáo tira de um b. lat. car-
rona, coroa; designou primeiro individuo- que quilea.
tem coroa aberta na cabega o irmáo que acom- CARRACA —
M. Lübke, 740, de- REW,
panha procissoes de cabec.a descoberta, o in- riva do ár. korkor, no p!ur. korakir, etimo-
dividuo quo se compraz era figurar em festi- logía que também está em A. Coelho. Lokotsch,
vidades religiosas (G. Viana, ibidem). V. Leo 831, dA o ár. harraka, brulote, como forma
Spitzer, Die epizónen Nomina auf ais) .
m básica quo se foi buscar para o it. carraca.
den ibcrisch c n Sprachen. Joáo Ribeiro, Auto- M. Lübke tira o it. e o fr. do e'sp.-port.
res Contemporáneos, 71, diz que é palavra Figueiredo diz que, segundo ICorting, veja do
quo vcio do gr. pelo lat. choraules e choraula, ncerl. kraecke.
flautista de coro; daí carolar, dangar, o ca- CARRACA — Segundo Eguilaz, do ár.
rdada; passou a significar deprecativamente corad ou cára'a, tinha. Figueiredo pensa que
o frequentador do igrejas, o devoto. talvez esteja por aearraca de agarrar.
CAROLIM — De carolo e suí. im. CARRANCA —
A. CoV.ho supoe urna for-
CAROLO — (Pancada na cabega) Do : ma reforcada de caraca, por cara. (cfr. cer-
carola, cabeca descoberta (G. Viana, Apost. rar). G. Viana, Apost., I, 241, alegando que '
—
Do lat. carraria; scilicet
CARREIRA CARTONAR — Do fr. cartonner, enca-
vid, estrada para carros; esp. carrera, it. ant.
dernar. com papeláo (.cartón)
carraia, ir. ant. charriere (M. Lubke, REW, CARTÓRXO — De
ca-ta, no sentido pri-
;
tira
S.
CARUNCHO .
—
Bruno fundou o primeiro convento.
Corau, Port. Spr., §§117
derivou do- lat: carbunculu atraves de
o esp carroza e o fr. carrosse do it. carrozza; e 136,
o port. deve ter a mesma origem. Era
urna • urna forma carunclo. M. Lübke, Gram. II,
earruagem luxuosa de quatro rodas, usada na pcs 473, 514, vé um cruzamento de careolus
intrqduzída em Xde cario, cfr. lombardo kairol, veneziano
Italia desde o sáculo 'XVI e
Icariol) com carúncula, da caro (cfr. caronea,
Franca por Catarina de Médicis peiorou de ; .
CARÚNCULA —
Do lat. carúncula, car-
a mesma origem. A. Coelho tira de um D. ninha.
—
'
, , -
t , .
de." origem
B CARTAZ —
Do gr. chártes, papel, atra- esp. it. casa, fr. chez (em de).
.
CARTILAGEM
Do éles, juntos no mesmo casal.
í'-SííSCARTOGRAFIA — Do
'....; cartilágine. lat.
—
'
:
.
'
; ch&rtes, papel gr. CASAMATA Do it. casamatta, casa
- B(carta geográfica), graph, raiz de grápho, es- doida, casa feia que ñáo é casa (Petrocchi).
crever, desenriar, e suf. ia. A Academia' Espanholá tira o esp. casamata
:
-«CARTÓGRAFO
'
CASAVEQUE — Formagáo irregular, de- milho, gasab, usado tía" África móura e na
rivada sem dúvida de casaca (A. Coeiho). costa ocidental negra onde o árabe estendia-
CASCA — De cascar. seu influxo. Passou ao espanhol como cazabe,
CASCABTJLHO — Do esp. cascabullo, e estendeu-se depois, por agao dos conquista-
casca de bolota, que M. Lübke, REW, 1731, - dores, entre os indios de diversos países ame-
tira do la't. cascabellu, guizo. Corte=áo tira ricanos. Beaurepaire Rohan supóe do mesmo
de casca e cabulho (cfr. capulho). radical de acacá (v. Glossário). .;';/-
CASCALBO De cascar e suf. alho (A. — CASSANJE De Gassanje, localidacle —
Coeiho), cruzado em parte com cusculiu, gra, de Angola, onde se fala um dialeto crioulo
(M. Lübke, REW, 6941, 2424). A Academia do porcugués (cfr. Solecismo).
Espanhola deriva de cascar o esp. cascajo. CASSaR —
Do lat. cassare; esp. casar.
CASCAR —
Do lat. quassicare, despe- A. Coeiho tirou do lat. quassare, quebrar.
.
especializagáo
de sentido. CASSINOIDE — De Cassini, sobrenome
CASCARRA — De casca e suf. arra. de um célebre astrónomo, e eidos, forma,
CASCARRILHA — Alteragáo do esp. cas- criado analógicamente a outros derivados.
carilla. -
CASSITERITA — Do gr. kassíteros,
CASCATA — Do it. cascata, queda (de tanho, e suf. itaj neol. de Beudant. O esta-
es-
agua). A Academia Espanhola deriva o esp. nho era tirado pelos fenicios, gregos e roma-
cascada de cascar. Brachet, Stappers, La- nos das ilhas Cassiterides, hoje Sorlingas e
rousse tiram o fr. cascade do it. (século Scilly. Lokotsch, 1111,- deriva do ár. kasdir,
XVI). estanho, o gr. Boisacq diz que, segundo Lewy
CASCAVED —Do prov. cat. cascavel é assirio. Para Reinach é análogo ao gaulés
(M. Lübke, REW,
1731). O nome da cobra Gassiyelaunus, Cassignatus, nao devendo as
vem de urna especie de chocalho que ela tem ilhas hoje Scilly seu nome ao metal (Heró-
na cauda.
CASCO —
Para M. Lübke, REW, 6941,
é um ^derivado de cascar. A. Coeiho manda
.
doto, III, 115), ao contrario dando-lhe como
Brimdusiumffe" Kyprosyy^
xikón e Spraclivergleichúng.
.
:
'-" ;:
í^--''
;
;
;:
;
'o:vK;^í-v
-
í; ;Í--.!
ver casca; no Suplemento dá, com dúvida,
o gr. kodískos.A Academia Espanhola deriva
— Do
CASSO cassu, vazio esp. ca- lat. ;
:
tido de casca de castanha, filia ao lat. cus- CASTANHA — Do gr. kástanon pelo lát.
culiu. castanea; esp. castaña, it. cástagna, fr. chá-
CASEBRE — Do lat. casubla (M. Lübke, taigne. Proveniente da cidade de Castaña, na.
REW, 1754) it. casipola. Tessália (Moreau, 138), efr. aveld, cereja, pés-
CASEIFORME — Do lat. caseu, queijo,
;
ke,/ RE ¡W};[ 6944) primiuvamente casa de guar- ; instrumento músico bem« /espanhol, «.compara-
da, destinada a quatro soldados (Gastón Pa- do, a urna castanha.
rís, Mélanges
CASIMIRA
ILinguistiqííes ,
— 507). CASTAO
.
.Do antigo alto al. kasten, —
kerseymere, fa- Do ingl. arca (A. Coeiho, M. Lübke, REW, 4682, que
zenda pura de Kerséy Larousse) ou (Clédat, alias dá a forma gastao) ;.it.'castone.;iír.r
..'v.
CASMURRO
A terminacáo parece in- CASTIQAL — C. Michaelis, RL, XI, 25,
"
CASO— Do lat. casu; esp., it. casa, fr. tell). O castigáis primitivo^ erá¿;íúmáKcestanteA/
:
/•
casfym de canas^Sdeí íhastei ócáK:ev ^d^í^oím0Cotí1M^fí^&:
'.'Vi.riá de cánstígalScainstical, í cqmf;rnetSteséSd3K:
.i
'.-'' CASPA --!- Sousa tira do ár. hasseba. Fi- sí e c, porque ;o; i süfixo/ duplo^ieaZgéi ívülgar, ¿
;
dividuo que vale sómente Déla casca (A. Coe- da igreja de Santa María, de Guimaráés, in,.-
iho). Como termo de artllharia pode ter a O Arqueólogo Pjrtugués, X, 135 (G. Viana,:
mesma origem ou ter vindo do esp. casquillo. Apost.
CASTIGO —
II, 122).
:• CASQUINAR Alteragáo de caquinar — De casta e suf. ico.'
(q. v.) Julio Moreira, Estud.s, II, 214. Cfr.
; CASTXFICAR — Do lat. castifeare.
CASTIGAR — Do lat. castigare; esp>
.
— castdico —
. castaico (til no O castinco (cfr. — scítri/í für noujranr.osíche Sprache und Líte-
painco de paniciu) (A. Coelho, Cortesáo). ratur, XXXIII, 274).
CASTO — Do lat. castu; esp., it. casto, CATaFASE — Do gr. katáphasis, afir-
magac, pelo lat. cataphase.
íi. chastc.
CASTOR — Do gr. kástor, pelo lat. cas- CATAFÓNICA — Do gr. katá, contra,
torc. phonó, voz., o suf. íca.
CASTÓREO — Do lat. castoreu; ó se- CATÁFORA — Do gr. kataphorá, queda,,
gregado por glándulas que se acham debaixo
da pele do ventre do castor. Segundo Boi-
sacq vem de Castor, protetor das mulheres;
descida, soñolencia.
xo,
CATAFORESE
e
Do gr. katá, para bai-
phóresis,
—
agáo dé levar. V /
castor.
CASTORITA — De Castor, nome de um emprégo de palavrás rebuscadas.
,.
que ele chamou Pólux. que acaba, completo, pelo lat. catalecticu.
CASTRAMETAR Do lat. castra me- — CATALECTOS- — Do katálekta, coisas-
gr.
tarl, delimitar um acampamento. escomidas, pelo lat. * cataleatw (phirale tan-
CASTRAR — Do lat. castrare; esp. cas- tum alias). •
lat. casuate.
CASUAR — Do
-
—
.
CATACÁUSTICA— Do gr. katakaío, quei- sea/ um rio que / rompe obstáculo naturalíque/"'
¿
7
mar- 7 / inteiramerité,"' :íá 7 semelhansa' :';'.ae./.'^:'cáííS-.
.
' ,
7 ; :
r 7
»ÍÍCO;-S:" y>í": 7777:77 7" 77 7 7rf: ::' y7
lhé impede a passagem e faz irrupgáo: para
"
:
;
:'
7 7 /'/ 7
/// / // /:////;//:// 7 7 7
::tidó: para-grandes
7 ::
M. Lübke, Gram. II, § 547, admite que o CATARRINO í— Do gr. katá,, para baixo,
/ primeiro /elemento z'séja o; prefixo grego/ fcaíá. e rMs, :Tftinós;: : nariz;// es tes;: 77 macacos;/:tém/ 7 a;
'-.)
G" segundo 7 7 Díez /6ra7íi. 7 /;l¿/;- 69, /supóé?- ser/ 7 o
;
f
abertura das ventas dirigidas para baixo, qua-
;; sabino /cSite/em /vez de /Zecticct./: Esp. caía- /-sé 7 comdí.na< 7 hómetó¿¿;S;f;:;^
cumba, it.
CATACOSTICA
catacomba,
-—
fr.
Do
catacombe.
katá, contra,
gr.
CATARRO — Do gr. katárrhóos, que corre
para baixo (.scílicet muco), pelo lat. catarrhu.
e ;ociíSíica. Em gr. ha katakoúo,. que signi- CATARSE — Do gr. kátharsis, 7 purifica-
z ficá/;ouvir:; 7 comz;atericáo¿:/escútár7;//;::^
— limpeza. '"
cao, 7 ' ;
tra,
CATADIÓPTRICÁ
e dióptrica.
Do gr. katá, con- CATÁRTICO, — i
Do gr.
:
/
(M. Lübke, Gram, II, §547); o segundo ífaUcu
viravolta;/ diá: lat: :catdstroplie. // Prihieiramente 7 /
zzse/Spíendé// a/ /ftía,;Stablauo/ ll>i(;£¿</»í¿«ir«//trii-/
se refería aos terremotos; generáiizou depois
néral) . A
Academia Espanhola .reconhece a .
que. Stappers alias .supóe o it. de origem ger- . ton, raiz alterada de ieino,: estender, e suf..
Z/mánicáj ///vendo no prinieiró/Zelémerito;/ o Zlát7 :
:
7
ia..; 7 /;// 77 /:: 7 :/:////;/::/ 7 /; 7 ; 7 /;:/
captare, scilitíet oculis, apanhar com os plhos, CATÁTUA .— -Forma assimilada de ca-
//catar,/ e/r/CíZco,/c catúa' \G. Viana, Apost., II, .514).
de vigas. M. Lübke, rejeitou por foneticamen- CATECISMO — gr. -fcciie.cAi.smds,'
Do ins-
z/tozimpossíveiz áproximagao 'com/catcisto'/íZeií- '
/
-trugáo, 7 ::
peló:;/láL: ;/caíeciíismu.::/;;; 7 7 ;/z ;
¡JJ
, . .
que catrafilar.
CATRAFILAR — Figueiredo deriva de um
'
cas milhas a noroeste da cidade de King-te-chen, atual caveira (pronuncia de Portugal) com
na qual havia grandes jazidas de urna espe- a aberto resultante de erase. A
forma -cal-
cie de feldspato empregado na fabricagáo da varía sem suarabáeti parece subsistir enr caí-
porcelana. veira, ainda viva na linguagem popular do
CAULIODONTE — Do lat. caule, caule, Sul de Portugal (Cortesáo, Subsidios, in loco.
o do gr. odoús, o&óntos, dente. e Aditamento, pg. 41 Nunes, Gram. Hist.
CAULOCARPO — Do gr. kaulús, caule,
;
—
Do lat. cavitlare.
ma, pelo lat. causticu. CAVIDHA —
Do prov. cavilha, do lat.
CAUTELA — Do lat. cautela. cavucula, por
clavicula, dim. de clave, cha-
CAUTERIO — Do gr. kautérion, ferro quen- ve (M. Lüblte, REW, 1979). Cfr. Ghavelho,.
Cortesáo preferiu
teí para queimar, pelo cauteriu. lat. cravellia-, derivar do it.
"CAUTO — Do
:
DAVALA —
.
cenare.
Sjiña.:-; semelhangar deye
Do lat. caballa, agua. Algu-
ter com o quadrúpede.
CÉBIDA — Do gr.
'
kébos, cebo, e suf.
ida.
BSluitoSf ínpmes;: deP animáis mamíferos foram
:
CAVÁLETE
De cávalo e suf. ete, (A. — kephalé, cabega.
CEBÓLA — Do lat. caepulla; esp. ce-
sCpeltio) ';''
armagáo comparada a um cávalo bolla, it. apolla, fr. ciboule.
(cf r. borddo, muleta), o lat. tinha eculeus.
M. Lübke, REW, 1440, tira do fr. chevalet. CEBOLÓRIO! — De cebóla e suf. ario.
CECA-E-MECA — Do
'
e- sofera conferido depois de atos de valor. Para Fr. Domingos Vieira a locugáo se refere
,
Dai passar á significágáo de homem digno a Asseca e Meca, ppyoagóes que; :dizí ;próxi- \'y,
CAVADO — >Do lat. caballu, mau cávalo, José María: Adrláo, B£, XX,: 304/:;:M :
. tppéiá)?S6SlÍesiri;?!^^gjg!:;ífi^
ptts|fi { cávalo iiOsSgrégdsA ehámayám-lhé fcippofcamjjos;, CECEM — Azucena. ~V.
a geayalq^lagartág:::::;;™":^ CECO, CfiCUM _— Do lat. coecum, cegó;
,:> CAVANEJO : Para A. Coelho parece és- —
l^ar3spbr?Mcotó«ejoJídb % mesmo tema v de ^ca&aa.;
porque
'
CEDER — Do ::náo:,: ten^v"saída.S:;:::::;::x:i:/:g
lat. cederé.
CEDICO — Do
^
"
CAVATINA : Do —
it. cavatina, cavadinha. lho aceita sedititiu. Franco de Sá, A Lingua :
Na escola italiana do sáculo XIX, solo bri- Portuguesa, 184, tira de seer, estar assentado;
em sentido
:
lhante que o divo cantava ao sair dos basti- agua sediga, isto ,é, estagnada ;
!
:ldovesB (cavare," ssLÍr)i: segundo Stappers. gg traslato, o que é veího, estragado, corriqueiro.
GAVEA — Do lat. 'cavea. M. Lübke-D'Ovidio, Gram. Stor. Itál., .33i..'dá-,
CAVEIRA — Do lat. fcalavaria por cal- situs, sita, mau cheiro,. proveniente de -'estar-,
varia, cránio (Diez, Dic, 435, M. Lübke, REW, muito tempo nuna lugar, napol. sedeticcio, port.
1529, Cornu, Port. Spr. § 248) esp. calavera.
; sedigo "iedeticiu. Em REW, 7780, prende'.a
A forma arcaica era v
'*caaveira, que deu a sedere.
. .
Cetlilha
— 106 ~ Celidonia
cedo, it. cetto (M. Lübke, 1954). O que REW, CÉJANA — Do ár. sijn, prisáo, voc. de
é feito rápidamente, nao tarda a ficar pronto.
CEDRBLA — De cedro! E' árvore de ma- origem latina (Lokotsch, G. "Viana, Apost.
413).
II,
deira odox'ífera.
CEDRO — Do gr. kédros, de origem se-
CELA — Do lat. celia, lugar onde se guar-
da alguma coisa; esp. ánt.-'cieZZa,'-'mod'.'vc¡ZZí»- ;
cabega violenta e inveterada, pelo lat. cepha- tários) ; houve dissimilagao do segundo e, Sá
laea. Nogueira, A. VIII-IX,
-CEFÁLICO — Do kephalilcós,
gr. relativo
CELARÍA—
L.
De
P.,
celia
pg. 291.
(Figueiredo). e suf.
á cabega, pelo lat. cephalicu.
CEFALOBRÁNQUIO — Do gr. kephalé, área.
CELASTRÁCEA — Do gr.. kélastros, abru-,
cabega, e brágcMa; branquia/
CEFALOCISTE — Do gr. kephalé, cabega, TÍheivo,esuí. ácea.
CBLAgTRINA .— Do gr. kélastros, abru-
• éikystiSy- vesícula;; y
- CEFALOEMATOMA — Do gr. kephalé, nheiro, e suf. ina.
CELEBRE — Do lát celebre, frequeñta-
.
e hematoma, q.
—
:
--cabega, v.
do, concorrido, depois notável, ilustre.
CEFALOEMOMETRO ' ' Do gr. kephalé,
CELEBREIRA — De célebre; mas, sig^ .
Kc^begáírlteíñiaió san^
'
,
Sr -
\
nificando também /manía, pode ser um deri-
:;: ' ';'5
méírá6iSmédir; ':'-
:
: -'
f í :
"-'V
:
c
CEFALOGRAFIA Do gr. kephalé, ca- lho). Há urna forma antiga e popular celebro
bega, graph, raiz de grápho, descrever, e suf. (vv'"'Cdrtésáojr'''i:v:!F'' :;?S^ :;
' ia. .
leste. '
—-Planta,
:
-
suf. ia. ma, ordem, exportagáo, canto de animagáo
CEFALOTORACÓPAGO — Do gr. kephalé, dos remadores, pelo lat. celeumá. (M. Lüb-
i/cabegá,"/7íftq?"aa;,7í thórak .'S¿;- cpurága,; tórax, e ke, REW, 1801). Generalizou depois o sentido..
Kpacjji ráizí áéi'pégnymiy: fixar^ v :
-7; ; : .
V. Cornü, Fort. Spr., § 211, sobre o émude-'
CEFALÓTÓRAX
gr. kephalé, ca.be- — Do V,.ciméntóivdaí;'sííí;'::£S3is5®Sésí^
iS^gáp'e;SiKoraa;«2Courágá* tórax.: \"
CEFALÓTRIBO •'— Do gr. kephalé, cabe-
CELGA
CELHA
—— V. —Acelga.
Balde, 1 V. Selha.
."-
—
:
:ce, We"Str¿&:- raiz" á& tribo, esmágar^iiSÍSiwíTíi/iSO 2 Pelos: Do lat. cilia, plur. de cilium,
CEFALOTRIPISIA — Do
;
gr. kephalé, ca- tomado como feminino; .esp. cejas, it. cíglio,
ijbegáf:sí7-íj3si-SJ: triturágáo, e suf.- ios." v s
fr. cil. Está vivo ainda o vocábulo no deri-
;
:
-vaAoy:ísdbrarieelhas:m^~0i/;^
íícáb'ésa;^
;
CELiACO —
Do gr. koüiakós, relativo á
CEGA-REGA — Alargado de cigarra, com cavidade do ventré, pelo lat. CjeZiocM.
CEDIADELFO — Do gr. ko'clía,
:
;
:;jí^?ísufix6"íi'ppiic^ííusuat- esa (eco),: com inten- cavidade
gao onomatopéica (A. Coelho). do ventre, e adelphós, irmáo.
tí>p'V;CEGQ;i~;fio7latí;;cóera/ ;esp;'\ ciego, it. cie-
;
—
:
—
;
7, deriva do caribe o. esp. ceiba. dos, -mancha, graph,, raiz de grápho, ^áescre-
CEIFA Do ár. saifa, veráo, cfr. o fr. —
—
.
ventre das andorinhas novas (Plinio, II. N., esp. nao deve corresponder á inicial greco-
XI, 203, Bluteau). O povo portugués tem para latina, a menos
que tivesse paTTsado a um
si (Leite do Vasconcelos, Opúscul >s ? I, 507) sad arábico. Coelho dá em dúvida o lat.
A.
que a podra do andorinha (celidonia) servo pop. sindale ao lado de smdone, tecido fino.
nao só para as andorinhas abrirem os olhos Dozy-Engelmanu, com Eguilaz, prendo ao o.r.,
aos filhos, mas para lhes restituirem a vista, tafetá em Devic, segundo Covarrúvias do gr.
quando alguém os cega nos ninhos e para sindon.
curar nos próprios homens as molestias ocu- CENDRADO —
Do esp. cendrado, acin-
lares. zentado a epéntese do d justifica 'plenamen-
CELIPERO —
;
superior de um cenobio.
e jer, raiz de ¡erre, trazer. CENOBIO — Do gr. koinóbion, lugar onde
CELULIFORME — Do lat. cellula, célu- se vive em comum, comunidade, convento,
la, o forma, forma. pelo lat. coenobiu.
CELULIFUGO — Do lat. cellula, célula, CENOBITA — Do lat. coenobita, que re- •
e jug. raiz de fugere, fugir. produz com um sufixo o gr. koinóbios, que
CELULIPETO — Do lat. cellula, célula, vive em comum.
e pet, raiz de petere, procurar. CENOFOBIA — Do gr. Ícenos, vacuo, va-
CELULÍTELO — Do lat. cellula, célula,
•
—
Do lat. caenaculu, sala de CENSURA —
Do lat. censura, dignidade
de censor (v. éste voc).
jantar.
CENADELFO — Do gr. koinós, comum,
CENTAFOLHO —
Do lat. centifoliu, que
tem cem f olhas chama-se livro no Brasil.
e adclphós, irmáo.
CENAGAL — Do esp. cenagal. CENTÁO — ;
CENTRO —
Do gr. kéntron, aguilhao, senta o musgo ceratodon.
braco puntiagudo do compasso, ponto picado CERATOFAR1NGEO — Do gr. leerás,
pelo braco do compasso, pelo lat. centru. kératos, chifre, phárygx, faringe, e suf. eo;
CENTROBÁRICO —
Do gr. kéntron, cen- vai dos cornos do ósso hióide ao constritor
tro, báros, peso, gravidade, e su I. -ico. medio da faringe.
CENTROLECITO —
Do gr. kéntron, cen- CERATOFILO — Do gr. kéras, kératos,
tro, e lékithos, gema de ovo. chifre,c phyllon, fólha.
CENTROLEPIDACEA Do gr. kéntron, — CERATÚFITO — Do gr. kéras, kératos,
centro, lepis, lepídos, escama e suf. ucea; chifre e phytón. excrescencia.
tem fólhas filiformes. CERATOGLOSSO — Do gr. kéras, kéra-
vai do corno do
CENTROSCOPIA — Do gr. kéntron, cen- tos, chifre, e glóssa,
hióide á lingua.
lingua;
tro, skop, raiz de skopéo, olhar, e suf. ia.
CENTROSÓMIO — Do gr. kéntron, cen- CERATOLENO — Do kéras, kératos, gr.
chifre, e oléne, brago.
tro, soma, corpo, e
— suf.
CENTRURO Do gr. kéntron, aguilhao,
íj:
CERATÓLITO — Do gr. kéras, kératos,
chifre, e litaos, pedra.
e ourá, cauda.
CENTONVIRO — Do centunviru. lat.
CERATOLITICO — Do gr. kéras, kéra-
capaz de dissolver, des-
CÉNTUPLO — Do centuplu. lat.
tos,
manchar.
chifre, e lytikós,
CENTURIA — Do centuria. lat.
CERATOMA — Do
CENURO — Do gr. /cornos, comum, e ourá, chifre, o suf. orna.
gr. kéras, kératos,
cauda.
CEPA — Do cipjiu, coluna, tronco,
lat.
CERATOMALACIA — Do gr. kéras, ké-
ratos, chifre, e malakia, amolecimento.
Lübke, Gram. II, pg. 47S, REW, 1935)
(M.
it.ceppa (suporte), esp. cepa. A. Coelho ti- CERATÓNIA — Do gr. kéras, kératos, .
chifre.
ra de cepo & a Academia Espanhola dá um
b. lat. ceppa. CERATOPLASTIA — Do gr. kéras, ké-
CEPÁCEO — Do lat. caepa, cebóla, e suf. ratos,
delar,
chifre
e suf.
(córnea),
ia.
plast, de pliisso, mo-
CERATOSPONGIO — Do gr. kéras, ké-
áceo~.
CEPILHO —
Do esp. cepillo (M. Lübke, ratos, chifre, spóggos, esponja, e suf. ¿o.
REW, 1935). CERATOSTAFILINO — Do gr. kéras,
CEPO — Do lat. cippu, coluna, tronco; kératos, chifre, staphyle, uva, e suf. ino; vai
esp .cepo, it. ceppo, fr. cep (cepa).
CÉPOLA — Figueiredo deriva de um lat. do corno do hióido á úvula.
CERATOTECA — Do gr. kéras, kératos,
caepola. Há caepula, cebolinha, em latim.
CÉPTICO — Do gr. skeptikós, que chifre (antena), e théke, depósito, estojo.
.
CÉRAMO —
Do gr. kéramos, vaso de esp. cerca.
Subst. deverbal de cercar.
barro.
—
:
mllagáo do primeiro fonema Icé gutural. Fi- Histoirc de la Eotanique, 67. Segundo Boisacq
gueiredo dá um lat. 'quercale. o gr. é de origem asiánica, talvez traeo-í ripia
CERCANÍA — Do esp. cercanía. CERERITA De Ceres, segundo La- —
CERCAO — Adaptagao do esp. cercano, rousse, ou melhor de cario, pois é um sili-
próximo. cato déste corpo.
CERCAR — Do lat. c'ircare; esp. cercar, CERESINA De cera e resina; é urna —
cercare (procurar), fr. chercher (ídem). resina extraída da ozocerita da Galicia.
it.
CERCARIO —Do gr. kérkos, cauda, e CERIEIRA De cera; produz cera ve- —
suf. ario; tem um
longo apéndice muscular. getal.
CERCE — Cortesáo tira de cérceo. Cornu, CERÍFERO — Do lat. cera, cera, e fer,
Port.Spr. § 14, do lat. circen, círculo. M. ra.iz de ferré, produzir.
Lübke BEW, 1941, deriva de cercear. Cortar OER1LIO De cera e suf. — ílio.
cerce quer dizer cortar circularmente, em tor- CERIMÓNIA Do lat. caerimonia —
no do tronco, junto á raíz. (Walde). V. Leite de Vasconcelos, As licoes
1
CERCEAR —
Do lat. circinare, cortar cir- , de línguagem, 2.« ed., pg. 12; Candido de Fi-
cularmente, esp. cercenar, fr. cerner. gueiredo, Ligóes Práticas, I, 55-7). M. Lübke,
CERCEFI Figueiredo deriva do nor- — BEW, 1470, dá as formas arcaicas ceramunha,
mando. Há outra forma salsifí, que G. Viana garmunha, cirmonha, citando
,. Miscellanea
considera menos boa. O esp. tem salsifí e o Caix e Ganello, 121.
fr. salsifis. CERIO — Do nome do planeta Ceres.
CERIRROSTRO — Do lat. cera, cera, e
CÉRCEO — Do lat. cercinu, círculo (Cor- •
rostru, bico.
no, (Port. Spr. § 14); esp. cercem (Pidal). CERITA — De cério e suf. ita.
CERCETA — Do lat. * cercednla por "quer- CERNAR — Do lat. circinare, cortar um
quedula (M. Lübke, Gram. I, pgs. 375, 450, círculo (M. Lübke, BEW, 1941) esp. cercenar, -
;
Introducdo, § 137, BEW, 6952), com absor- fr. cerner. Cfr. cercear. A. Coelho tirou de
Q&o do it, com urna provável dissimilagáo cerne e;desin. ar.
i'cerquedula),
dulla) esp. cerceta,,
seguida de assimilacáo (cerce-
it. farchetola, fr. sarcelle.
CERNE — Do fr. cerne, que significa
;
etimológicamente círculo anual que se nota
No port. e no esp. houve troca de sufixo. ñas secóes dos troncos das árvores.
CERCILHAR — A. Coelho tira de >¡cer- CERNELHA — Do
cerniculú, alto da lat.
,-•
de cerce e
cilho, suf. üho. M. Lübke, BEW, cabéca esp, icernejci,:: it. ••cerríéccMo (M. Lübke,
;
;1941;: rde circinare, com mudanca
:
de sufixo. B-EW, 1833). A Academia Espanhola dá como
:Cbftésáb deriva do esp. zarcillo.: étimo o J lat.:: crinis, cábelo, crina;: M: ybübké
CERCO — Deverbal de cercar. A. Coelho rejeita discerniculu
CEROFÉRARIO
(Diez, Éic. 96).
— Do b. lat.
M. Lübke, BEW, 1948, derivam do lat. circu. ceroferariu.
e
CERCOMONÁDIDA — Do gr. kérkos, cau- CERÓIDE — Do gr. leeroeidés, com .aspecto
da, de mónada e suf. ida; é um flagelado. de: cera.;: ;;
CERCOPITECO — Do gr. kérkos, cauda, CEROL — - A. Coelho derivou de cera e
é píthekos, macaco, pelo lat. cercopíthecu; tem suf. ol, mas nao deixou de consignar, no
cauda comprida. Suplemento ao dicionárió, o étimo de Cornu,
. CERDA — Do lat. setula, dim. de" seta, Port. Spr., § 26, cerotu com influencia de
cerda, segundo a Academia Espanhola para linliol. •
~'-
—
.
;:: "
pedra.:
dana. CEROMANCIA Do gr. kerós, cera, e —
CERDO — Diez, Dic. 438, derivou do lat„ manteía, adivinhacáo.
sordidu, sujo; M. Lübke, Gram. I, pg. 202, CEROME — Do ár. sulham, manto com
BEW, 8096; rejeita éste, étimo que exigiría capuz. V. BL, III, 141.
a redugáo do ditongo ue em e. A Academia CEROMEL — Do gr. kerós, cera, e méli,
Espanhola derivou o esp. cerdo de cerda. rnel. A. Coelho tira de elementos portugueses
CEREAL— Do lat. cereale; relativo ; a
:
CEREBRO Do lat. cerebru. — mente -que] cobre as icoxas, : :péló ár. sarwál,
CERIFÓLIO — Do gr. chairéphytton •
pelo ziOTolur^saratml; no: medieval saraballa : lat. -
:
:
:
CERQUINHO
:
' \
:; ; " :
ZArmerúa: subjxigatis, de Cerasunte primius Bo- primeiro > fonema gutural' V fcé (Diez; (jram;;; I,
: :
",:,
niq/m pertulit. Houve /vaeilagáo na vogal ; 274, M. Lübke, Introducdo, § 137, BEW, 6950,
átona da penúltima sílaba. Cornu, Bomania, Nunes, VJrctm. Hist. Port., 108, 149, Garcia de
XII, 286,3 ceresus; Schuchardt, Vokalismus, — Diego, Contr., n. 483, Cornu, Port. Spr. § 244,
;I, 192 atesta ceresea; as formas románicas e A.. Coelho).
; i
mo.ü Vcerasus do nome desta eidade do Ponto. que; o c; seKdesenvolveu;: na; eomposigáp; emper-
Desta opiniáo sao: Plínio (H. N., XVIII, 6 - rar ou mqstra aprQxiipacáo com cercear.
: :
:
—-; -; cerasi ante viptoriam mithrüaticam ;; E. Pidal, Gram;]rHist. Esp.,i §;37, atribuiu a in-
Lüculli non fuere in Italia); Amiano Marcelino ;fluéncia;;andalusa.; Observa;; :M. Lübke,: Zníro-
(XXII, 8), Tertuliano (Apolog. XI), S. Jeró- ducao, § 142;-: que já; emiilatim ;aerrcs tinha
; ; <: ;
nimo (Epist. XIX ad Eustachium). V. Hoefer, influido sobre sera dando rr. A confusáo já
. ;
110 Chabisque
Cerro
bordado, o cinto bordado de Venus, pelo lat.
é atestada pelo Appendix Probl (Lindsay, 115).
cestu.
Glosas dao ambas as formas. ,,, CESTO De —
CERRO — Do lat. cirru, penacho
Vasconcelos
(M.
CESTOIDE — Do
cesta.
gr. kestós, cinta, fita,
Lübke REW, 1919, Leite de
do esp. cerro, forma.
o eidos,
Ovúscü'os I 383). Cortesáo tira
do clt'ico' tur altura, eminencia.
Alguns con- CÉSTRACIÓNIDA no- — De Cestracion,
serra, montanha, e mo de um género de peixes plagióstomos da
sideran, o masculino de sub-ordem dos esqualos, e suf. ida. Os auto-
neste caso deveria escrever-se com s (A. Coe-
res antigos davam o nome de Ccstracio aos
Hio, Pacheco e Lameira, Gram. Poit. o9„). esqualos-martelo do atual género Zyyaena.
V 'RL, I, 181. — Cortesáo manda confron- Cestracion deve vir, pois, do gr. késtra, mar-
CERRUCHO telo pontuado, e nao de késtra, mugem, como
tar com o esp. cerrojo, ferrólho.
CERTAMEN — Do certamen. lat. opina Ramiz.
—
CURTIDA — Do gr. kérthios, picancilha, baleia,
CETÁCEO
e suf. áceo.
Do gr. kétos, peixe
Os antigos nao conside-
grande,
e suf. ida.
CERTIDAO — Do certiludine are. lat. ; raran! a baleia
CESTRINEA — Do
um mamífero.
gr. késlron, betónica,
certidde (Nunes, Gram. Hist. Port., 386).
CERTIFICAR — Do certificare, fazer lat. e suf. inca.
CESURA — Do lat. caesura, corte.
certo'.
CERTO — Do certu, seguro; esp.
lat. CETERAQUE — Do ár. shetrak, certo
certaln (de um derivado).
certo, medicamento indiano.
cierto, it. fr.
Tomou significacao indefinida, do que ja em CET1LIO —
Do gr. Icétos, baleia, e suf.
latim ha exemplo: insolentiam certorum ho- ¡lio; é o nome de um
radical cujo hidrato
minum, Cicero, Pro Marcello, VI, 16. é o álcool cetílico, obtido pela saponificagáo do
CERÚLEO —
Do lat. caeruleu. espermacete.
— Do ár. zaituni, adj. derivado
CERULICRINITO —
Do lat. caerulu, azul, CETIM
e crinitu, cabeludo. do nome da cidade chinesa de Tseu-thong,
CERULINA —
Do lat. caerulu, azul e chamada pelos árabes Zaitune, atualmente
suf. ina. Thsiuan-tchu-fu, afamada pelo fabrico déste
CERUL1PEDE — Do lat. • caerulu, azul, tecido de seda (v. G. Viana, Apost. I, 271-2,
e peda, pé. que se apóia ñas autoridades do Yule e Dozy).
CERLULIPENE — DoÍN lat. caerulu, azul, A Academia Espanhola deriva o esp. satén
e gemía, pena. do francés. Petrocchi tira o it. setlno de
CÉEULO — Do lat. caerulu. seta, seda. Clédat, Carro e Larousse derivam
CERUMEN — Do lat. "cerumen, de cera,
.
111 Chaiiceler
Chaca
50 consideram vocábulo onomatopéico. Egui- it. fiamma, fr. flamme. Are. frama (Cornu,
V -
6ste étimo no Suplemento do seu dicionário. mar, it. chiámare, fr. clamer. ant.
G. Viana, Apost, I, 275-8, nao o aceita por
CHAMARIZ — G. Viana, Apost., I, 345,
causa do chi que nao podia provir do cci deriva de chamar. Cornu, Port. Spr., § 194,
latino e pela conservagáo do n puro (.bovina tira do lat. clamatrice. A Academia Espanhola
e ovina, apontados por Cornu, sao eruditos) dá como étimo do esp. chamariz o ár. shama-
riz, canario campestre.
ina devia ter dado inha em ..portugués. Aceita .
—
siccina para o esp. cecina, que significa car- CHAMBAO Subst. do fr. jambón, pre- :
ne seca para conservagáo, ao passo que cha- sunto? (A. Coelho). Adj.: pl-ovavelmente do
."'•' "¡í Y"'jí:^Y¡í--Y:
cina é carne cortada e salgada, mas nao seca, esp. chambón (Cortesáo).
:
:
:
influencia de Ghacim, nome de urna vila de o fr. jambón, presunto (A. Coelho). V. Cham-
Trás-os-Montes na qual se prepara muito bem bao,
— y ,
CHAMICA manda comparar
:
c'ónné. E' possível que o port. venha tam- que nao atuou na popular cheminé (G. Viana,
bem do esp. Segundo Teófilo Braga, vem do
.
chico, pequeño chacota pertence a esta serie. nasalada de chapa, cfr./ tampa. Cornu, / poríí /
OHAFALHO V. Chanfalho.
;
esp. tem zahondar, ant. sofondar, a que a chama por analogía de formas como enfuscar,
Academia dá aquéle étimo, e zafurda, chi- patuscar, pois nao existe sufíxo verbal uscar. .
qúeiro, do al. Sau, porco, e Hürde, cercado. Acrescentá qué /Parodi? :ppe:/em: % cónexáo vó/:gah Y :
—
'
—
,
.
¿peló la,í: chelandiu originado do grego medieval. da ver sanco'. Córhü, Port. Spr. §: 134, tira '''.
:
Y: >/ CHALANTE — Figueiredo tira do esp. de planea] (por causa da sola de pau), o que
Nunes, Grdm. Hist. Port., 91, aceita. A Aca-
-
:
chalanear. O esp. tem: chalán, de origem árabe, .
ram aos demáis países. Dalgádo relaciona, zagehe, b. lat. zancha ou zanga.
B85cómKdüvida,i o-: persa" ao "sanscr. eJieZaY YYY v CHANCA— Do it. ciancia, frioleira. zom-
'CHALÉ — Do fr. chalet, voc. da Suiga baria (A. Coelho). A Academia Espanhola re-
conhece a mesma origem para, o esp. chanza.
/Romanda. (Larousse), do patuá dos Grisóes .
/(Brachet), primitivamente cabana de vaqueiro, Cortesáo tira o port. do esp. Eguilaz deriva,
¿depois pequeña vila feita de madeira. com dúvida do &x. tanza, escarnio/.
CHALOTA "— Do gr. échalotte, cebóla de
"'
CHÁNCELA Dé chancelar. —
;,
Ascaláo.'.A Academia Espanhola dá.a mesma
.
CHANCELAR De chanceler. —
"•''origem'
:
ir. chalóupe (Diez, Dio., 542, M. Lübke, REW, o chefe da chancelaria, repartigáo onde se re-
,
CHANTAR — Do lat. -plantare, plantar. forma ortográfica, pg. 31). O sentido etimo-
lógico é o de instrumento de sópro feito com
V. T anchar. V. Nunes, Gram. Hist. Port., 91,
Viana, Apost. II, 299; M. Lübke, pequeños canigos.
.124;
REW,
G.
Arcaizou-se no sentido próprio, fi-
G578. CHARANGA —
O esp. tem charanga, que
cando no figurado:... onde nos •parecen que Barcia declara voc. recente.
seria melhor chantar a cruz... (Carta de Pero CHARAO — Do chin, zat-liao, laca chi-
Vaz de Caminha) A cruz foi chantada, a 1 de nesa (.Zeitschrift rom. Phil. XXXV, 568, M.
Lübke, REW, 9C06, Lokotsch, 2207). A primeira
.
igreja) cfr.
; o ch (v. Nunes, Gram. Hist. chim do chareto: tchi-yáu. Ouvindo pronun-
Port., 87). A Academia Espanhola reconhece ciar esta palavra a um chinés, parece-me
a mesma origem para o esp. chantre. clara a derivagáo". Joaquim C. Crespo, Cau-
CHAO — Do lat. planu, plano; esp. llano, sas da China, pg. 192, diz que o nome da
it. piano, fr. plain. árvore que produz esta goma é tsi em chinés
CHAPA — Do fr. chape (cfr. o ch) (A. e tsat no dialeto de Cantáo. Dalgado diz
Coelho). que o nome chinés é tsi, tchi] ou ci, que com
CHAPARRA. —
A. Coelho tira do esp. aditamento lian, tinta ou óleo, dá chiliau.
chaparro, roble, azevinho, que, segundo Lar- Os fonemas iniciáis che, chi, chu, de palavras
ramendi, vem do vascongo acliaparra, garra, orientáis transformam-se as vezes em cha na
por causa dos ramos curtos da árvore. M. língua dos portugueses. O ditongo chinés cu
Lübke, REW, 89G0, tira o esp. do vascongo passa a do, cfr. aitao e inedo. A troca de
tsapar, espinhal indaga se o vascongo nao
; 1 e r de um idioma para outro nao é fenó-
vem do esp. .(Zeitschrift rom. Phil., XXIII, meno raro. Nao seria, portanto, difícil chi-
200) e rejeifa por causa do sentido o vasconco liau, ou chi-yau converter-se em charao. G.
achaparra, garra (Diez, Dic. 439). Viana, Ortografía Nacional, 129, Apost. I, 286,
CHAPA-TESTA — De chapa c testa (Fi- considera problemática a origem. Parece-lhe
gueiredo). que o vocábulo nao existe em qualquer das
línguas da China ou do Japáo. A forma por-
CHAPE — Onomatopéia
-
CHERUVIA — V. Gherivia.
sáculo a forma era charoto, que represen- CHERVA. — Do ár. khenoa (Dozy).
tava a leitura da escrita inglesa; cfr. um artigo
do n. 7 de juiho de 1802, do jornal lisboeta CHESMIMINES — Joáo Ribeiro, Fabor-
Espreitador do Mundo Novo, citado por C. dáo, 329, observa que lembra o fr. chemin,
Figueiredo) mais tarde corrigiu-se por se ou-
;
caminho, e urna forma antiga ceminines, que
vlr pronunciar como os ingleses. Antes usa- ocori-e no Lapidario, atribuido a Afonso o
vá-se cigarro, como ñas mais línguas euro- Sabio.
.
peas (G. Viana, Apost. II, 451-2). CHEVIOTE — De Cheviots, montes de Es-
CHASCO 1 — —
Gracejo: formacáo onoma- cocia, onde viviam carneiros
se fabricava esta fazenda.
c om cuja la
topéicá, significando, como o esp. chasco,
originariamente ponta de chicote, depois 'figu- CHIAR —
A. Coelho declara talvez ono-
radamente zombaria (A. Coelho, M. Lübke, mapéica, podendo ligar-se a piar, pilar, por
Gram. I, pg. 51, REW, 1662). Figueiredo de- pipilar, dando por metátese pliar, daí chiar.
riva do al., segundo Korting. O esp. tem chillar, que á Academia Espanhola
—
Pássaro :'talvez onomatopéico Figuei-
2 :
e M. Lübke,
asspbiar.
REW, 7890, tiram do lat. sibilarc,
redo confrontar com cháschás, pro-
manda
;
yiriciaíismo U:ques .se: aplica; ao cartaxo.
,
CHICANA —
Do fr. chicane, de remota
cie de culto aoseu imperador. Hoje o vocá-
:
-> -
'
CHAVE — Do lat. clave; esp. llave; it.
CHÍCHARO — Do lat. *ciceru por cice-
ehiave, fr. clef.
re (Nunes, Gram. Hist. Port. 87, A. Coelho,
—
CHAVECO.'— V. Xaveco. M. Lübke, REW, 1900); esp. chicharo, it.
CHAVEGA V. Xávega. chiche (Braehet, Clédat). Nu-
CHAVEIRaO — De chave e suf. aum.
cece,
nes
fr.
nao
(pois)
clara a transformacao do c
acha
•eirSaiñ (Awfl >Cpellió}i íseriáo adaptagáo do í r.
; i ;
CHSFE —
Do fr. ichef (A. Coelho). Stendhal, citado por Larousse, trata-se de urna
instituicáo espanhola introduzida na Italia no
CHEGÁR .— Do lat. plicare, dobrar (as século XVI.
Velas, quando
p navio ehega) esp. llegar,
it. piegare (dobrar), f r. player, plier Xidem).
;
CHICO —
:
Do lat. ciccU; coisa pequeña (A.
Coelho) esp. cinche.
V.". M. Lübke, Introducao, § 53, REW, 6601,
; cílico, fr.
. Cornu, Port. Spr. § 134, Max Müller, Science' CHICOLAPÉ — Figueiredo manda compa-
óf language, II, 34. Cortesáo da... usque írar com chinclopé:
— Do gr. kichória pelo
-
CHBIO — Dp lat. plenu; esp. lleno, it. chicorée. Segundo Braehet, era chichorúa no
pieno, fr. plein. fr. do século XVI; Larousse e Clédat admitem
que tenha vindo por intermedio do italiano,
CHEIRAR— Dp lat. flagrare, forma dis- o que. dá alguma luz á transformacao da incial.
similada.de fragrare (Diez, Dic, 146, Cornu, —
Port.- Spr.; § 135, G: Viana, Apost. I, 438, M. CHICOTE Lenz eré com seguranca que
Lübke, REW,
3476; Nunes, Gram. Hist. Port. épalavra americana: EmS. Salvador há urna
113) ; f r flairer . Sobre o tratamento do grupo vespa' chamada chicote, nome que vcio do .
se tem
Espanhola dá como étimo o lat. zinzilare, , atribuido fantasiosas
as mais etimologías.
voz onomatopéica. Clédat supoe urna abreviatura de chicane,
—CHILRO — Lenz registra um adjetivo chicana; a principio teria significado fine-
chilr que significa aguado e dá como eti- aa de chicana, depois elegancia. Larousse
mología, segundo Middendorf, o quichua chirli, ao lado desta cita o al. Schick, aptidáo, abre-
papa rala de milho, mas pondera que existe viacao de Geschiclc. Segundo outros, viria o
um adjetivo castelhano chirle, insípido, in- vocábulo do nome de um rapaz pobre, filho
. substancioso. Nao sabe se um se deriva do de um horteláo e discípulo do célebre pintor
outro, ou se há mera coincidencia casual. David. Os trabalhos de Chic agradavam sem-
CHIMARRA —V. Samarra. Cfr. esp. cha- pre ao pintor, de modo que, depois da morte
marra e zamarra. Pidal, Gram. Hist., § 37, do discípulo, o artista aludia sempre a ele
ch dialetal. quando via um trabalho .bom ou mau Isto
CHIMPANZfi — Segundo Fernando Ortiz, me faz lembrar Chic. Chic nao ¡aria urna
:
procede diretamente da lingua quivili talada coisa destas. Assim, os discípulos de David se
ao longo do baixo curso do Kuili-Nyari, rio acostumaram a dizer quando viam um tra-
congués que se interna bastante até a regiáo balho: £ chic. Nao é chic.
montanhosa, ou seja ao norte do Luango, onde Na locucáo nem chique nem mique
pen-
se diz Cim-penze, segundo Johnston. A Aca- sa A. Coelho que está em vez de chico, do
demia Espanhola, Stappers, Larousse ates-
. lat. ciccu, coisa pequeña, estando mique por
tam a origem conguesa do vocábulo. mica, migalha. Joáo Ribeiro, Frases Feitas,
CHIMPAR —
Para A. Coelho está talvez I, 71, identifica esta locucáo com tiquesmi-
por champar, de champa, chapa. Cornu, Port. ques, onde vé formagóes calcadas na palavra
Spr., § 244, pensa que é forma metatética de tique e na correlagáo dos pronomes ti e
pinchar. V. Silvio de Almcida, O antigo ver- mi.
náculo, 42-3.
CHINCHA —
A. Coelho tira do lat. cym-
CHIQUEIRO — De chico, provincialismo
minhoto que significa porcof O esp. chiquero,
bula e, para explicar a transformacáo do bl para a Academia Espanhola, vem de cochi-
em ch, cita diacho, de diabolu. O exemplo quero de cocho, porco. M. Lübke, REW, 1899,
nao justifica a transformagáo, porque diacho o deriva de chivo, pequeño.
nao passa de _uma forma eufémica de diabo.
— CHIRIMOIA — A Academia Espanhola
CHINCHE Do lat. cimice ; esp. chin- dá o esp. chirimoya como voz americana.
che, it. cimice-. Houvo palatalizacáo secun- CHIRINOLA — O esp. tem chirinola.
daria que M. Lübke, Gram. I, pg. 367, ape- CHISGARAVIS — V. Joáo Ribeiro, Fra-
nas cita, e que Pidal, Gram. Hist. Esp., § 37, ses Feitas, II, 109. De garavim, antigo tou-
explica como alteragáo dialetal do c fricativo, cado, do esp. garbín, segundo Moráis.
pronunciado primeiro como urna africata ts,
depois tx, havendo formas duplas cimee (are.)
CHISME —
Do lat. cimice (M. Lübke,
e chinche. No port. are. chimse, Miscellanea
REW, 1915, Nunes, Gram. Hist. Port., 89).
Caix e Camello, 165, apud M. Lübke, REW,
A respeito do ch, v. chinche. Cornu, Port.
Spr., § 242, acha que o i de cimex foi atraído
1915. como s para a sílaba tónica, e, § 305, que o
CHINCHILA —
Lenz diz que há um ani- voc. vem do nominativo.
CHISPA —
O esp. tem chispa, que Ca-
mal parecido com a chinchila e chamado chin--
cha, do qual o espanhol chinchilla pode ser landrelli deriva do vascongo cheizpí, de che,
antigo diminutivo. Acha que o nome da ci- pequeño, e izpi, filamento. Barcia cita o lat.
dade espanhola Chinchilla de Monte Aragón scintilla.
nao pode ter relagáo com o animal chileno. CHISTE — Do esp. chiste (A. Coelho).
Lokotsch, Amerikanische Worter, 33, acha
verossimil a derivacao do aimará. Larousse
.
CHITA — Do neo-árico c7i.7i.ii (marata,
bengali), do sánscr. chitra, matizado.
deriva de Djindjala, nome de urna cidade cé-
lebre no século XII pela delicadeza dos seus
CHITAO, CHITOM — Do fr. chut done,
caluda! V. G. Viana, Apost., I, 295.
tecidos de la, aos quais se comparavam as
peles cinzentas trazidas da América. A prí-
CHUIRA — O mesmo que cheúra, de cheio,
plenitude? (Figueiredo).
meira mengáo da palavra é em D'Acosta,
Historia Indiarum, IV, 38. A. Coelho dá o esp. CHOCA — 1 — Jógo: Do persa chogan,
chinchilla a derivacao de chinche, persevejo, jógo de pelota a cávalo, introduzido no im-
por causa do meu cheiro que o animal deixa. perio bizantino e modernamente pelos ingle-
CHINCHINIM — Onomatopéia (Figuei- ses, sob o nome de poZo; chuca no latim
Lokotsch, 434,
redo). medieval (Dalgado, Glos., II, 484,
CHINCHONINA — De Chinchón, nome A. Coelho).
—
de urna viee-rainha do Perú, e suf. ina. Em 2 Campanha: Do lat. clocca, sino, de
1638 foi a condessa de Chinchón tratada de origem germ. (al. mod. Glocke), v. Cornu,
urna grave febre terca com o auxilio da cas- Port. Spr., § 136, A. Coelho, M. Dubke, REW,
ca da quina; dois anos depois. ela levou para 1993.
;
—
O ár. khuss, cabana de palha,
CHOCA Spr., §§ 135 e 303; C. Mi'chaelis de Vasconcelos,
REW,
a que Eguilaz atribuí orígem latina, é fo- RL, III, 140; M. Lübke, 3382, Nunes
néticamente impossivel (M. Lübke, REW, 661) Crestomatía Arcaica, LXXI). A. Coelho tirou
veja-se o tratamento da aspirada gutural ini- de um tema choro e suf. ume; esse tema
cial. M. Lübke aceita o lat. pluteu, parapeito
viria do lat. jus, juris, substancia das car-
(Diez Dic, 440, Romanische Forschungcn, IV, nes cozidas.
359, Cornu, Port. Spr., §§ 29, 111, e 134, G. CHOUPA — Do lat. clupea, certo peixi-
Viana, Apost. I 296), que no dizer de A. Coc- nho do rio Pó (G. Viana, Apost, I, 296, Cor-
ino ofereco dúvidas quanto ao sentido e apre- nu, Port. Spr., pg. 595, Nunes, Gram. Hist. Port.
senta um a aberto provindo de u breve. Lo- 92, 139) esp. chopa, it. cheppia. G. Viana
;
kotsch rejeita por nao explicar o ch espanhol acha que a forma verdadeira é chopa. Nunes
de choza. explica o u pela atragáo da semivogal (clupya
CHOCALHO —
De choca (2) e suf. alho. — cluypa, oi —
ou). Cornu dá garoupa como
CHOCAR 1 —
Encontrar-se —
De cho- : forma paralela. M. Lübke, 199S, nao REW,
que o desin. ar. dá a forma portuguesa.
2 —
Aquecer os ovos: Do lat. glocire, No sentido de ponta de ferro. A. Coelho
cararejar, com influencia onomatopéica do tira do fr. échoppe, forma paralela ao port.
grito da galinba choca (M. Lübke, REW, escópro.
3795, A. Coelho) esp. el -quear, it. chiocciarc, CHOUPANA — De chou,po? (A. Coelho).
CHOUPO — Do lat. "ploppxi por populu
;
demia Espanhola tira o esp. chocarrero quigá ao dicionário rejeita o étimo de Cornu salsa
do lat. scurra. sicia. Cornu, alias na segunda edigáo da Port.
CHOCHO —
Do lat. fluxu (Cornu, Port. S})r., §§ 15, 111 e 174, apresenta o lat. soricini,
Spr., §§ 28, 135 e 233, Nunes, Gram. Hist. de sorex, ratinho. O i é estranhável pois o
Port. 92). A. Coelho tjnha tirado do lat. latim apresenta í breve. O ch explica-so como
dissimilagao da forma arcaica sourico. M.
CHOCO — De chocar (2), segundo' A. Lubke, REW, 4551, deriva do prov. sausisa,
Coelho, aplicando-se á ave. O esp. tem llue- preso ao lat. *-¡stciii e rejeita o étimo salciccia,
ca, clueca, de cloquear, chocar. M. Lübke, , de salsa, proposto por Diez, Dic. 280, assim
REW, 2011, nao acha claro o relacionamento como o de Cornu. García de Diego, Contr.,
com cloca r>or cochlea, caracol (Sitzungsberí- 557, aceita soriceu, baseando-se na forma ga-
chte da Academia de Viena, CXDI, 3, 21). lega sorza, carne de porco picada e tempera-
Joáo Ribeiro, Gram. Port., 300, tira de um da para chourigos, linguicas, etc., gémea do
lat. suctu, que deu sochj e por assimilacáo aragonés zoiz, ratinho, e esp. ant. soize.
regressiva choco. Quanto ao ch apela para a forma antiga
CHOCOLATE —
Do nauatle. Lenz diz sourica; quanto ao ou; senté, como
cinho, influencia do alguma palavra
em tou-
semán-
que as bebidas preparadas entre os antigos
mexicanos eram muitas. Molina dá, entre ticamente aparentada.
outras, cacauatl (cacau + agua) e xocoatl CHOUSO — Do lat. clausu, fechado.
(bebida feita com milho fermentado). O éti- CHOUTAR — Do lat. ilutare por tolu-
mo proposto por Eufemio Mendoza é xocoatl, tare, do tema de tolutarius, tolutim (A. Coe-
que é de milho e nao de- cacau. Provavel- lho, Nunes, RL, III, 285, G. Viana, Apost.
mente, como pensa Lenz, ter-se-á confundido I, 297). Esta etimología apresenta grandes di-
xocoatl com cacauatl e o l intercalado será f iculdades fonéticas ti ch, passando talvez =
devido a outras formagoes parecidas, como por el (cfr. vetlu veclu), u dando ou, t
:
—
pocolatl, pinolatl. Del Castillo, Mexicanismos, intervocálico conservado. Cornu, Port. Spr.,
75, apoiando-se na autoridade de Cecilio A. §§ 33 e 136, apresenta o lat. clauditare por
Róbelo, deriva de xocoatl, de xococ,. azédo, e atl, claudicare, que apresenta menos dificuldades.
agua. A primeira citacáo do vocábulo é de 1640; No caso seria forma alotrópica de
primeiro
está em d'Acosta Historia Indiarum, IV, XXII, trotar. Souza indica o ár. shauto. García de
271. Diego, Contr. 526, dá o gal. choutar como o
ant. sotar, que se aparece ñas Glosas Silenses,
CHOLA —
Eguilaz rejeita como étimos com palatalizagáo do s inicial, a qual nao
o ár. shalscha e o sánscr. chodá, que se en- é sem exemplo. Sotar vem do lat. saltare,
'
contra no dialeto cigano. Esp. chola, que Bar- saltar.
cia liga a sciolu, sabidinho, do lat. scire, sa-
ber. CHOVER —
Do lat. plovere, que apare-
CHOLDRA — Do germ. gelda, reuniáo ce em Petrónio, Satyricon, 44 (Cornu, Port.
REW,
festiva, através do fr. jaude (M. Lübke, REW, Spr., § 319, M. Lübke, Introducdo, 142,
forma paralela
existe a joldra. 6610); esp. llover, it. ptovere, fr. pleuvoir.
3763)
CHOQUE — Do germ., al.
;
De chuchar, com o —
fr. pleurer.
CHORINA — Figueiredo manda comparar mesmo caráter' onomatopéico (A. Coelho). Sus-
surrar, proposto por Vieira, convém menos.
com chordo. —
CHORLO — Do Schorl (A. Coelho). al. CHUCO A. Coelho acha que está por
CHORRILHO — Do esp. chorrillo, dim. piuco, pilugo, do lat. pilu, langa. A Academia
de chorro,- jorro, cfr. e .suf. e o ch inicial. Espanhola deriva o esp. chuzo de suizo, suígo;
CHORUME — Do lat. florumen, der, de houve outrora em Franga e aínda há em Ro-
flore; it. fiorume (flor de ferro) (Cornu, Port. ma, mercenarios suígos. Ambos os étimos sao
;
Figueiredo.
CIIULIPA — Do ingl. slceper, dormente.
abrevíacao de hidrogenio, e suf. ico. V. Cia-
CHULO — Do esp. chulo, que faz ou diz
nogcnio.
CIANINA — Do gr. kyanós, azul, e suf.
as coisas de maneira indecorosa (G. Viana", tna.
Apost. I, 299), de provável
Dozy, Eguilaz.
origem árabe, v.
CIAN1PEDE — Do gr. kyanós, azul.
CHUMACO — lat. Do
plumaciu, traves-
lat. pede, pé.
CIANIRROSTRO — Do gr. kyanós, azul
seiro de penas Dübke, RE1V, 6611, Diez,
(¡VI.
e lat. rostru, bico.
•
um orador romano, por alu- Apost I, 311) Devia ter havido urna forma . .
nome de célebre
intermediaria análoga ao gal. cibdade (Cornu,
sao á facundia dos guias. „„;„„;„ Port Spr., § 227) e ao esp. ant. cibdad. Desig-
CICI Do gr. —
y de origem
apud
egipcia,
-Boisacq.
UU .
C ICDITE' — Do gr. kyklos, círculo, e suf. moeiro (Nunes, Gram. Hist. Port., 46);. a res-
Ate; limita-se ao círculo ciliar. péito do e, v. Camisa.
CICLO — Do gr. kyklos, círculo, pelo lat.
. -
lo,
CICLOBRANQUIO - Do Sv. J^os, circu-
brágehia, branquia,
e
das pela disposigáo
(Figueiredo)
CIENCIA
CIÉNIDA
—— DoDo lat.
gr.
sctentia.
skíaina,
.
certo peixe
... .-
branquias.
CICLOCBFALO — Do gr.
_ t
,'
„ V„
kyklos, círculo, do mar, e suf. ida.
GIEROP1A — Do gr. skieros,
.
. .
sombrío,
.
e suf. m. ..-..
"
é a curva gerada por um ponto situado sobre lóaos, tratado, e suf. la. .,„„
circunferencia que rola sem escorregar
.
CIESTE1NA .— Do gr Kyesu .. .
t,, .gravidez,
(Ka-
urna reta. e suf. ina; má derivagáo, atraves do fr.
CICLOMETOFO Do kyklos, círculo, e ml
métopon, parte anterior; de fronte curva.
-
carateriza por urna especie de vórtice ou tur- CIFOITA Do gr. kyphós, curvo, e. sut.
"bilhao em que o ar se precipita em círculos ita.
' "!.. :
'.'
' :' '
-com-oWosp^íabMeZofá-^' Vffiiíiríí^^íí'Uxí^^íSiíSSijiKE'SSSsíj
Wffeisuf;:. idea: '^ CIGANO Do .cigano.. "Em alemao, em —
CICUTA — Do lat.. cicuta. Houve urna italiano, em portugués, zigeuner, zingan, c%->
ganos, o, nome é étimo deles próprios,,, con-
forma arcaica segudo: Na boa térra nace o
segudo venenoso (Arrais, fls. 18 y.). V..- M. quanto os de Espanha, por exemplo, o riao .
.
usem já, substituindo-o por cincallés G. Viana, urna forma arcaica simprez. troca das la- A
Apost. I, 308). O vo£ábulo ja aparece ñas bias p e b nao é fenómeno de difícil expli-
Ordenagoes. Filipinas (L. V, tit. LXIX) e '
cagáo, V. Manuel Murias, AliP, VII 209
A
S™ M
'
CILADA —
Do lat. celata, ocultada; esp. esverdeada como as ondas do mar có¿
celada. O e trans£ormou-se
(Cornu, Port. Spr., § 96).
por influencia do c CIMÓGRAFO —
Do gr. kyma\ onda, e
grapn, raíz de grdpho, inscrever. Oliveira
CILHA —
Do lat. cingula, cinta; esp. cin- maraes adota a forma quimógrafo Gui-
cha, it. cinghia, fr. sángle. -Deü-se na. forma —
.
CIMóLIA
-arcaica cinlha a absorgáo da ressonancia nasal
pelo fonema palatal (Nünés, Gram. Hist. Port-,
A. —
roo!
!?í,mTT
CIMOLITC £i—DoDe
C
gr. kimolía pelo lat. ci-
creta, -greda da.ilha de Címoli.
nome de uma
Címoli,
115): Et scinlia de asino (Leges, p. 195 ilha do mar Egeu, e suf. ito
1253). Estranhando a evolugáo do grupo ngl
(cfr. úngula unha, singulos —
senhos), Leite — nereida,
CIMOTÓIDA
e
— De Cimótoe, ñome 'de urna
suf. ida.
de Vasconcelos, Opúsculos, I, 511, propóe como CIÑA -—^Do lat. cyna, algodoeiro.
étimo urna forma * cigula que desse regular- CINABRIO — Do gr. kinnábari, minio,
mente cilha, .como tegula e regula deram telha aplicado depois ao sulfeto de mercurio, voc
e relha. Tal forma se explicaría por analogía de ongem persa; pelo lat. cinnabari, no lat
com outras como jugulu de jungere, flgulu de científico cmnabriu. O gr. é de origem
fingere. M. Lübke, REW, 1926, julga desne- imprecisa (Boisacq).
oriental
cessaria' esta forma hipotética.
CILICIO —
Do gr. Icilíkion, da Cilícia, pelo
CINACANTA —
Do gr. Icynákantha, foseira
de cachorro,, roseira brava, pelo lat. cyna^
lat. cilicm; era urna fazenda grosseira de pele cantha.
de cabra, a qual se fabricava naquela regiáo.
De fazenda passou a significar um vestuario C1NAMO — Do gr. Mnnamon, caneleira,
de penitencia e depois um. largo cinturáo*
'
/
CINCA — De cinco, perda de cinco pontos
CILINDROMA — De cilindro e
:
—
: ;
CILOSE Do gr. kylTósis, agáo de tornar CINCLISE— Do gr. fcí gklisis, agitacáo.
i disfÓÉméV'KftoSS"^ CINCLO — Do lat. cinclu.
CILOSOMO — Do gr. kyllós, disforme, . CINCO — Do lat. quinqué através de uma
estropiado, e soma, corpo. forma dissimilada cisgue' (com c palatal e
. CIMA — Do gr. kyma, broto novo, é daS :
com o analógico de quatro, numeral que o pre-
por extensáo o que está em cima, pelo lat. :
cede); esp.. cinco, it. cinque, fr. cinq. for- A
cima, Cima est enim sximmitas arbo-
fr. cime. ma dissimilada aparece ém" inscrigóes: septua-
rum apüd Brachet). No lat. medie-
(Isidoro, giiita et cinque (C. I. h-, X, 7172), v. M. Lübke,
val: a pele jusquéad cimam (Ribeiro de Vas- Introducao, § 137, Gram. I, 6. Aparece no
celos, Gram. Hist. Port/, 113) Larea que iacet . port. are: Compravam-nos logo seus padres
ín cima de ipso viniale'(Diplomata, p. 4- A- 870?).
— por cinque dinheiros cada um (Inéditos de Al-
CIMALHÁ Do gr. kymátion, pequeña cobaga, 2.', p. 109, apud Cortesáo). V. Iíí'p de
onda, sinuosa, com substituigáo de su-
linha Vasconcelos, Licóes de Filología Portuguesa,
íixo- cimáculd^ (Leite "de Vasconcelos, íiftSffóes-v 96, Nunes, Gram. Hist. Port., 124, 149, 206,
de Filología, 471). A. Coelho tirou de cima e 207. ..;-..
;
suf .
' aVid:'í]
CÍMATóLITO — Do gr. kyma, kymatos,
CINCOIDEO — Do gr. skígkos, especie de
:
: .
lagarto, eidos, forma, e suf. eo.
::dnda,Wé^Zít7ios;iípedra; l*^
CÍMBALO Do gr. —
:
.'.:
:
suf. ia.
CINESIALGIA — Do gr. kínesis, movimen- ae se tivesse transformado em i (The Latín
to, algos, dor, e suf. id. language, 190). M. Lübke acha que a forma
CINESIOTERAPIA — Do gr. kínesis, mo- cisellu devia corresponder á forma dialetal ci-
vimento, e therapeía, tratamento. sorié por caesoria e foí influenciada por com-
CINÉTICA — Do gr. kinetiké, scihcet
:
skop, raíz de skópéo, olhar, e suf. m. sciselu, de scindere, fender. "V. C. Michaelis,
CINGALSS —
Do cingales-sanscr. simhala. RL, III,
—143.
o .indo-
Os autores antigos diziam chingóla; clnngla. CIO Do gr. nélos, fervor, zélo, pelo lat.
port de Ceiláo só conhece a forma zelu. Cornu, Port. Spr., § 175, nota a trans-
Joáo de Barros, Década III, II, 1, derivou de formagao do s e cita outro exemplo (sumo} r
chim e Galle, nome de urna ponta. V. G. Viana, O i pode vir de um e surdo de forma derivada
Apost, II, 425 e Dalgado. Chingóla era o nome (cíame). Do sentido de cuidado^ ípassou aoKde
indígena da ilha (Cortambert, Géographíe, 634) brama. Are. seo, que Nunes acha que Seu *
CINCEL, —
Do lat. "cingellu por cmgulu, por estar o e em hiato (Gram. Hist. Port-,
segundo Figueiredo. ' 47). Esp. celo, it. meló, fr. zéle. A. Cavacas,.
CINGIR — Do _.
lat. .
cmgere; esp. ceñir, it. Metafonia, 67, explica o i por urna forma iota-
cinaere, fr. ceíndre. A forma arcaica foi cinger cizada do gregó bizantino. M; Lübke^ Gram. v
(Nunes? Gram. Hist. Fort-, 124, Cornu, Port. I, § 102, ve influencia de ceoso..
Spr. § 320). CIOGRAFIA — Do gr. skiographía, esbógo,.
pintura em perspectiva, pelo lat. sciographia.
.
o wlat;;7 scio.macftia;iS:^
sargos, arrabalde de Atenas, onde leeionava
Antístenes, discípulo de Só- CIONITE — Do gr. kíon, úvula, e suf. ite.
fundador da escola.
crates (Schcell). Querem cútaos que
o nome CIONOCRANIO— Do gr. kíon, coluna,
as pilar, e kránion, cránio. Neol. criado por Hae-
veriha do- desprézo déstes filósofos a todas e ckel para os saurios por possüirem a ..colu-
conveniencias sociais, de sua vida errante^ '.'.''
com mella auris.
do habito de atormentar os transeúntes emble- :
::.QSyj;: ; .í
e pelo lat. cinyra CLewy, Boisacq). V.
Reís,
I, XVI, v. 23, Salmo, 136, v. 2.
CIPREIDA gé- —
•
De Cypraea, nome do
CINISMO —
Do gr. kymsmos pelo lat. ci~
.
nero típico, do
ida. O gr. é
kypraía, de Chipre, e suf.
de urna língua mediterránea,
gr.
nismu. segundo Boisacq, pu« Ae or.ffisemitica.WseguridcfW
CINOCÉFALO — Do gr. kynoképhalos, com Lewy.".".:
cabera de cao, pelo lat. cynocephalu. _ CIPRESTE — Do gr. kypárissos, pelo lat.
— Do
CINÓFILO gr. kyon, kynos, cao, e ¿.
;;
cypressu; ' o t de ¡:éxplicáQ§tó!í;3ificilííaíS5:SWW;:rE
'-.é:',
;
CIPRIDOLOGIA —
ráiz'íide pliobéo , ;tervhórrór^3éB?suí^adW!^ííSi^B:l t
Do gr. kypris, kypri-
Venus, í:.iníQlé^ia!Ss^en^^jísS?ft^S^Í
;
;
í¡S&8íf6ÍKás7 -"::'_„
:
í;':)" ".,"' tratado,- e suf ia.
CINOGRAFIA — Do gr. kyon, kynos, cao,
V _á
—
:
: '
.
'-:"m¿-: : :
CINOREXIA Do gr.
.
kyon, kynos, cao,
especie de fome
CIPSSLIDA Do gr. kypselos, gáiváo,. —
orexia, apetite, e suf. íes; e suf i- id a
:
"
canina. CIRANDA ár. saranda, crivo, de — Do
"
CINORRODO —
gr. :kynórrhodon, ro-
Do origem persa. M. Lübke, REW, 1832, rejeitá
brava (literalmente roseira de cao), .pelo o étimo lat. cerneré, peneirar (Romanía, V,
seira 188). '''..'' •;' >-.:
lat. cynorrhodon.
CINQÜENTA '.:— Do lat. qumquagmta
-
. „„,-„+„
CIRBASIA— Do gr. kyrbasía, ;
tiara em
'atrávés le urna forma dissimilada
cmquaginta, forma de chapéu pontudo, -de origem persa.
(com c gutural). A forma^dissimilada aparece CIRCAETO — Do gr. .Mrkos, falcáo, e
no latim- das inscrigóes (C. .! L,., oaóaj,
.X-,. aetós, águia.
v M Lübke, Introducao, § 137, Gram. I, b, CIRCÉIA — Do gr. kirkaia, de Circe,-- pelo,
Nunes, Gram. Hist. Port-, 149, 208._ _ lat. circáea. Circe foi urna grande maga esta,
CINQUINHO De cinco e suf. %nho, vana —Coelho). planta
GIRCINAD
era/ empregada
— Do
nos
lat.
encantamentos.
circinu,
;
círculo, a
cinco réis. (A.
CINTILAR — Do lat. scintillare. suf. al.
CINTO —-¡Do lat. cinctu; esp., it. cinto, CIRCO — Do lat. circu.
CIRCUITO — Do lat. circuitu. B
CIRCULO — Do lat. circulu.
'ir.'ceint."
..;
CINZA —.Do, lat. *cinisia; esp. cenisa,
it. cinigiá, ir. cendre (de ciñere sem o su- CIRCUNCIDAR — Do lat. circumcidere,.
;':'-,
..
fixo que aparece ñas outras línguas) V. Diez, cortar ao redor (do prepucio). '.:
. .
:?nU
CrRCUNFERÉNClA - Do. lat. S-Srcitm/e-
7<ilrcaica¿%94);.íawsí^ rentia. - .-'.'
. , .
111='
8 l.
tativo de scindere.
freqüen-
^ '
•raneú, que vive ao redor das pragas. —
.
CISaO V. Cissao. —
CISIO — Do
agáo de olhar ao redor,
tione,
no falar e no proceder.
CIRCUNSPECTO — Do lat.
daí prudencia
circumspectu,
ri-,
M <~
da, pelo f ^
lat. schisma.
cisiu.
gr scM¿™a, separagáo, fen-
CI MAR "~, A. Coelho, M. Lübke, REW,
-
,
lat.
-
-
CIRIO —
Do lat. cereu, de cera; esp. cirio, TBoisac
CISSAM'PSLIDA Do B —
it. cero, fr. cierge. Cornu, Port. Spr., § 11,
eampainha, e suf. ida.
gr l"ssámP e ™>
kittñmnpln,
explica o primeiro. i por influencia da semi-
vogal da sílaba seguinte. Nao tendo havido
atragáo do e, houve metafonia (Nunes, Gram.
c.rrSdMPE
campamna,
N^ - Do ¿r-
e suf. ma. H ™s*rnpelo S, -
I a
^CISTA
-'
r,^?
r anaíogia com o
— Do gr. kiste contorno da hera
pelo lat. cista.
raiz alterada de lego, dizer, falar, e suf. ia.
CIROCELE — Do gr. skírrhos, pedago de — Do
oibiAOluA gr. kistos, estéve, e suf.
pedra ,etumor.
Ícele,
CIROFORIAO — Do gr. sMrophorión. ~ T>0ST
C S L< A h V stis > bexiga, algos,
CIROFORIAS — dor e s^ a
-
dago
CIRROGASTRIA — Do . gr. skírrhos, pe-
e encéfalo.
CISTEPATICO - Do gr.
•;>,
kystis, bexiga,
;:';: ::-.>; ;
:
cábelo.
GIRRUS
-
CIRSGIDE — Do
CISTICO-LITOTRIPSIA — De cístico, sci-
gr. kirsós, variz, e eidos, licet canal, e Zi íróíripsia i - ^^ii í ~"xm XrW¡'m:y::í"y::'--r'-/ :
(yformaiíKíjSKK
CIRSÓNFALO — Do gr. Icirsós, variz, e
CISTICOTOMIA — De cístico, scilicet ca-
. nal, tom, raiz alterada de témno, cortar, e
omphalós, umbigo. suf. ia.
CIRSOTOMIA — Do gr. kirsós, variz, tom, — Do gr. kystis, vesícula, e suf.
CISTIDA
... raiz alterada de témno, cortar, e suf. ia. idair':r
:
::>
:
r:-^rr;\[ r .\^
:
;;_ CIRTÓLITO
,
hthos, pedra
—
Do gr. kyrtós, curvo, e CIST1DIO — Do gr. kystis, vesícula, e .
sVlí. idio.
CTRTÓMETRO — Do gr. kyrtós, curvo, e CISTINA — Do gr. kystis, vesícula (bi-
.
CITRINELA —
Do lat. citrinu, de limáo, e
suf. ela; a especie típica tem plumagem amá-
pus, e suf. ico.
CISTORRAFIA — Do gr. Kystis,, bexiga,
lela .
C T TRINO
V
— Do
.
citrina, de limao.
lat.
.
',._' r '
lat. civitate. V. O i-
xiga, thrómbos, .coágulo, e éidos, forma,
,
CITAREDO gr.
kéras, chifre; tem antenas ramosas.
.de cítara, pelo lat. citharcsdu.
— ,
célula, e sur. ase.
CLADODIO —
Do gr. kladódes, ramoso, pelo
CÍTASE Do gr. kytos,
lat. científico cladodium; ramo
achatado, si-
CITEMIA —
Do gr. kytos, célula, haíma, mulando fólha.
.sangue, e suf. la.
CITEMÓLISE '— Do gr. kytos, célula, ftai-
CLADOFOREA — Do gr.
,.
klados,
„,„,«
ramo,
phorós, que carrega, e suf. ea.
raa, sangue, e Zi/sis, dissoluQao.
CITERIOR — Do lat. citeriore.
CLAMAR —
Do lat. clamare. V. Chamar.
arcaica cramar (Leite
CIT1NEA — Do gr. ky tinos, flor ou iruto Há urna forma semiculta Portuguesa,
de Vasconcelos, Licúes de Filología
da romanzeira, ao nascer, e suf. ea. pg. 298; Cornu, Port. Spr-, § 137).
CÍTISO — Do gr. kytlsos pelo lat. — ,
cytisu.
CLÁMIDEDo gr. chlamys pelo lat. ciua
CITOBLASTEMA .— Do gr. kytos, célula,
myde:
CLA.MIDOSPORO — Do gr. chlamys, man-
blastema. „
—
'
•s . .
CDARABÓIA —
Do fr. claír e-voie, espe-
_
CITOLISE — Do gr.
:
:
"i:: ,
:,
kytos, célula, e lysis, ver claramente
cie de tapamento que permite
dissolugáo. ' *
através. A Academia Espanhola atribuí
a mes-
CITÓLITO — Do
kytos, célula, e lithos,
gr. ma origem ao esp. claraboya.
pedra; neol. de Maximino Maciel. Ramiz pre- CLAREIRA - De claro e suf. e"-»;.P9'-
espago donde
.
gr.
.'.,.'.
kytos,
.
célula, e
ISSerno ^^V^l^tern ^^^
ia
. . . .
f R9 ~3 Do
ó™s, boletim, sufragio gr -
fcz
mic °
OLEVEITA
e
amieiro.
De Cleve, nome de Um
" at «ralista sueco, un
e suf. ¿ta
„,„
qU1 -
lizou depois o sentido, tomando
no emsmo um T
sentido_ especial.
CLASSICO — Do lat.
.
SLÍgÜTR^CAÍE ^"do^T',^
S U Ze ei
te
classicu, de Brimeira tf
^»»-«, ClaVÍCUla:
classe,
a
de primeira ordem
(aplicado p?r™uto ÍVlie^t: artÍc u £ko :
|^,
omnes
o ^- eSCri
qu%
0re )
?,
%n classibus
7
Olassici dicebantur non - CLIDOMANCIA — Do S ett- 7í7p,-c. Wj ¡t.-,. "
erant, sed- primae tan-
ium classis homines... (VII, 13) chave esteta, adivinha ao 7cZe Í0S -
caga° de
¿a tismifi
hom CLIDORREXIA — DoS gr S kleh hleMos
l-l^írt,-,
por notável na s óciedade chaye rhéañs, ruptura, e suf ' >
..pertenceí a primeira classe, passou ia
mero, notavel ñas letras (XIX a o> So-
S)
TICO D ° gr &tos f <*/ Varado, e ~
'
^uf.°feof
s£H=--""
-'
S^KPI?-^ ——
D« lat claudicare.
•••» s¿sva--,.
CLAUSTALITA De
-
Klausial, cidado da J Do
SS.~
:
Do gr klimaTctp-ríT^u.
o que se decide, o. que se concluí, crítico, decisivo, pelo lat cltmacten™
mentoí
T
~ D ° lat claus ^i: fecha-
CLAVA — Do lat. clava..
tos
ios,
C
clima,
T ° GIA
CLIMATOTERAPIA^- De
+ r* D °e
7^ tratado,
c^im^ Zorros, suf. ia
^ ^" ™™~
-
T gr^ kllma.
.«wT AVARI ° — mat klí-
Do lat. clavariu nr'^lT^ eWrapeia, tratamento
'
NO "
r Dp fr
"
clctve
™h ¿e crigem perurbanismo, ou por um castelhanismo,
™óm»
quer G Viana Uposí., II, 1S2).
'
italiana :
-
em forma de maca. ke P
Ni
^¡ ^^° ~ D
T -
°
medicina.
gr *«««'-
Ieit °. e '
t
Junta
a.: urna
r
o .acrpmio ao
CLAVICULA
chave de abobada. V. Cravelha
— Do clavicula., chavlnha.
lat.
esterno e foi comparada inclS^^Tat-ur^e^suf*ft
CLINOCLORO — Do gr. fcZin,
^ de
raiz de
«^^
, .S íCLAVIFORME Do lat. clava., maca,
."'.-... e — no, inclinar, e c/^rós, esverdeado; a forma
7c7í-
; r-; .
.CLAVILAMINA; -; Be clavi, abreviagáo '
laI ta sarmentosa.
-
/;
.
-
:
therapeía, tratamento.
gada aeklépto, furtar; plwb, raíz^de
ter horror,
phobéo
r.-^uw, ,e suf. id. -•'•;. '
.;
CLINTONITA - De
. nome pró-
CZwíoto,
^
gada
•,
de Mépto, furtar
CLEPTOMANÍA — Do S t.Klept, raiz alon- toi (1828)
tt " h de Finch Mather e Hor- >
.
CLERESTÓRIO _ eD omareía-/ lbucura
ingli clerK-siory pa
y pa-
CLIPEASTROIDEO
clypeaster, formado de clipeus, escudo e
— Do lat. científico.
vimento dos clérigos. -: ^ :
>
astér, estréla, gr. etdos, forma e suf. eo.
gr
-
. . . .
grupo de eorpos cuja composigáo elementar 65). V. Garcia de Diego, Contr., 166.
representa o ácido fórmico, no qual o oxigo-
nio seria substituido por outros tantos equi- COBRA — Do lat. colobra (paroxítono),
valentes de cloro. forma assimilada de colubra (M. Lübke, REW,
CLOROLEUCITO —
Do gr. chlorós, verde, 2060) culebra, fr. couleuvre. Depois da
; esp.
e leucito. síncope do l intervocálico, deu-se a erase dos
CLOROMA —
Do gr. chlorós, verde, e suf. oo, mantendo-se o br sem dar vr pela confusáo
orna. habitual entre as duas labiais. V. M. Lübke,
CLOROMELANITA —
Do gr. chlorós, ver- Gram., I, 178, Introdugao, 82 e 110, Nunes,
de, -nielan, raiz de mélas, negro, e suf. ita. Neol. Gram. Ilist. Port., 33, 48, 62, 86, 113). O Ap-
de Damour (1865). pendix Probi, 199, 2, dá: coluber non colober.
.
V. Edor., lícriture et prononclation du latín, Koszi é urna localidade perto de Raab. Cfr.
162; Sc-el'nan, Aiissprachri des Latcin, 217; Lind- berlmda, lando. Eguilaz filia o húngaro ao lat.
say, The Laiin Zanguayo, 37. coobra... Are. conchula e Diez da o it. cocchio como dim. da
sempre dcllos averemos maaos merecimientos, cocea., bote barca. Lokotsch, 1029, nao acha fun-
.corno fes esta coobra... (Livro do Esopo, i'a- damento histórico na derivagáo da localidade
"bula X) húngara; opina pelo turco kosh, unido, parolha.
COBRAR
.
—
Derivado regressivo do reco-
.
COCHICHAR —
Formacao nomatopéica (A.
brar com perda do prefixo (A. Coelho, M. Coelho; G. Viana, Palestras, 106, M. Lübko,
Lübke, REW, 7136, Cornil, Port. Spr., §§ 42 o Introdúcelo, 65) A Academia Espanhola dá a
.
108, Diez, Gram., I, 24, 273). Pacheco e La- mesma formacao ao esp. cuchichear c Stappers,
meira, Gram. Port., 3S7, derivam do laí. coo- Brachet, Clódat ao fr. cJiuciiotcr.
perare, mverossimil pelo sentido. A Academia COCHICI-IO — 1 — De cochichar.
Espanhola explicou 'O esp. cobrar por um lat. 2 — Ave (onomatopéia, v. G. Viana, Pales-
cuperarc, derivado de capero, tomar, recollicr. iras, 106).
COBRE —
Do gr. kyprios, scilicet clialkús, COCHICHOLO — Figueiredo deriva de cc-
cobre de Chipre, pelo lat. aes cyprium (Vitrú- chicho no sentido de casa pequeña.
vio e Plinio), milis tardo cuprum em Espar- COCHINO — A. Coelho cita o esp. cochi-
eiano, Historia Augusta, I, 725; esp. cobre, ir. no e o fr. cochon; Figueiredo deriva do esp.,
cnivre. A ilha do Chipre tinha outrora abun- que a Academia Espanhola deriva do astu-
dantes minas de ouro, prata e sobretudo do riano cocho, de origem onomatopéica (M. Lüb-
cobre. ke, REW, 4745).
CÓBRELO —
De cobra e suf. cío (A. Coe- COCHO —A. Coellro, citando o it. cocchia,
lho), quer no sentido de pequeña serpente, deriva do lat. concliula. Deite de Vasconcelos
quer no de doenea que o povo supoe produ- tira do lat. *coplu, metátese de poculu, copo
cida pela roupa de vestir sobre que passou (G. Viana, Apost, I, 315). Ambas as deriva-
cobra. Qxes suscitam grandes dificuldados fonéticas.
COBRIR —
Do lat. cooperire; esp. cobrir, COCHON1LHA — Do esp. cochinilla, com
it. coprire, fr.
COBRO — 1couvrir.
— Do cobrar, quando signifi-
assimilacáo do primeiro i (cfr. o suf.). A. Coe-
lho aceita a mesma origem com urna explica-
ca acao de cobrar. gao alias inaceitável dim de cochino, porco,
2 — Do
cobra, quando significa afeceáo eri-
:
'COCANHA —
Derivado de gót. koka bolo, COCLORINCO — Do gr. Jcóchlos-, concha,
mod. Ruchen. (M. Lübke, REW, 1734). espiral, c rhyqchos, bico.
COCO — — Papao: V. Coca.
al.
Ñas crendices medievais, país imaginario cujas i
casas eram f citas de bolos (em cat. e velho 2 — Fruto de coco (papao)
: Quanto á eti- .
prov. coca, em fr. ant. coque, hoje couque). mología do vocábulo, diz Dalgado, tém-se aven-
COCAO —
A. Coelho filia ao fr. coche, a tado varias hipóteses, nao faltando quem Ihe
atribua origem egipcia, kuku! Mas, se tiver-
que Stappers atribuí origem céltica, ou vem do
lat. cocha. mos em vista o que dizem os nossos indianis-
COCAR —
Do fr. cocard, antigamento tufo tas, mais competentes no assunto, nao pode
restar nenhuma dúvida acerca da provenien-
de penas de galo (fr. coq.) o qual se usava
no chapéu, ou, segundo outros, crista de galo, , cia. O autor do Roieiro (1498), referindo-se a
depois insignia encarnada como a crista do Mombaga, diz «As palmeiras desta térra dam
:
^i
Coco — 125 Coguniel®
COCO bacteria) —
Do gr. (cochonilha, — COEFICIENTE — Do
pref. co e de eficien-
kókkos, baga do carvalho de cochonilha, pelo o que ajuda a produzir efeito.um
COSFORA —
te,
lat coccu. cochonilha foi tomada, diz Barniz,A Do gr. clwephóros , portador
eomo fruto de urna árvore. Boisacq conside- de oferenda.
ra o grego um empréstimo de língua nao mdo-
COELHO — Do lat.cuniculu, caminho sub-
terráneo, vocábulo provavelmente de origera
européia (Pauli, Vanicek)
COCÓLITO — Do gr. kókkos, no sentido de ibérica; esp.
Houve urna metonimia
conejo, it. coniglio, fr.
que mudou o efeito
ant. conil.
grao, e líthos, pédra ; apresenta-se em massas
pela causa: da toca passou-se ao animal.
granulosas. ™ COEMPCAO — Do
COCONOTE — Do fr. coconoie, segundo Di-
.
lat. coemptione.
COBNTRO — Do gr. koríandron pelo Tat.
por
apresentado
COGNOME — Do —lat. cognomen.
crusta, crosta, i
\a,i
e Lameira, Gram. Port., 387, é
fonéticamente
COGNOSCÍVEL Do lat. cognoscibile
fnadrnissível. M. Lübke, REW, 243,
repebndo
eJcutmea, (Boecio)
os 'étimos 'cutánea (Diez, Dio., 111)
CArchivio Glottologico Italiano, III, 134), apre-
i
'
':
í 157. Rebelo Goncalves, A.L.P., II, 39,
admite
aceitando que fr. coule.
cocolía,,
urna forma lusitana, cutissji, náó it.
COGULO — Do lat. cucvXlu, capuz, esp. co-
a troca do s por ss tenha sido devida a ana-
Cyparissu
logía de palavras como cyparissu.,
era' cultismo e jamáis penetrou no latim
vul-
9
COGUMELO — Cornu, Porf. Spr., §§ que
5 e 131,
M.
cupressu. De ve deriva do gr. kokkymelon, amelxa, o
gar, em que me correspondía
Lübke, REV/, 2010, acha difícil quantoá for-,
ter sido analogia com palavra popular Cornu,
•-'
"Porí Spr. § 13, estranha a mudanca de acen-
;
ma e quanto ao sentido (ce — g) O pepino,
Dictíonna%re
com
.
''.•
erever. " '
A. Masne, RLP, XIX, 63, justifica éste étimo
CODICILO — Do lat. codicillu, pequeño có- com o*r*ome de cantharellus (do gr. kantharos,
'
te dim. de codo, cotovelo; figuradamente lance de árvore, 4- elo. "Nada mais natural, diz ele,
do que chamar ao tortulho, como diz o povo
:
do jogo do solo e outros, no qual se perde portugués, urna pequeña copa". No n. VII, da
a entrada por tiaver outro jogador feito mais mesma revista, pg. Í73, deixando de lado ca-
/.:: vazas. Larousse dá idéntica origern ao fr.
^B^éódiMé^W^y^-^}- cumen, inclina-se para cucumere e para cucuma,
'""."-:
CODÓRIO Da expressáo litúrgica quod
,
— transcrevendo a observacáo de Du Cange quanto
ore; que aparece na missa (B.eaurepaire Rohan, ao último: lato ventre instar cucumeris, de
Julio Moreira, Estudos, II, 162). ventre hojudo á semelhanca de um pepino.
CODORNIZ — Do lat. coturnice; esp. co- Cucuma alias se prende a coquere e nao a
cucumis, conforme provou Walde. De cucumere
.
126 Colega
Coi
Col Figueiredo manera comparar com o (de grau), V. Mario Barreto, Novisshnos Es-
cama bordo. tudos da Lingua Portuguesa-, 52.
hol. kooi,
— de 3 —
Subst. do lat. collare, do pescoco;
— DoDolat.lat.calce, calcanhar;
COIBIR. cohibcre. :
Venancio Fortunato), de origem germánica arg, raiz do gr. árgyros, prata; e suf. ol.
(lombardo kupphia) esp. cofia, it. cu/fia-, fr. COLARINHO — Dim. de colar.
coiffe. V. M. Lübke, Introducáo,
;
p. 704
non peyten por
—
A. 1262). O ár. quima-
el
tam- foi CÓLCHETE — Do fr. crochet, ganchmho
bém apresentado como étimo, v. Franco de (Diez., Dic, 557, M. Lübke, REW, 4780, A.
por hiperurbanismo ou por influen-
Sá, A Lingua Porhig%iesa, 46. O esp. tem coime, Coelho),
direito que se paga ao dono da casa de tavo- cia de colcha.
lagem, vocábulo de sentido parecido e a que COLCOTAR — Do ár. kulkutar, de origem
Bguilaz e a Academia Espanhola atribuem grega (flor de cobre)
origem árabe. V. M. Lübke, Gram-., I, 462. COLDRE — Do gr. icorythós, carcas, Port.
pelo
— Para Figueiredo e lat. corythu (M. Lübke, REW, 2273, Cornu,
COIO (Valhacouto) .
— Do
COLEGIO collegiu, associaeao lat. COLGAR — Do lat. collocare, pó r (M
regida por urna lei. Lübke, REW, Nunes, Garm. Hist. Port'
2052;
COLEICO — Do gr. cholo, . e suf. bilis, 130, Cortesáo), através de urna forma inter-
ico. Devia ser cólico (cfr. gr. cholilcós). mediaria -cologar; esp. colgar, it. coricara
COLEIRA — De coló (pescoco) o suf. (deitar, através do lombardo e por simplifi-
eirá. cacáo da expressáo collocare in lecto), ir.
COLELIT1ASE — ,Do gr. cholo, e bilis, coucher (deitar). Tomou o sentido de pendu-
litíase. rar.
COLÉLITO — Do gr. cholo, e lithos, bilis, COLHAO — Do lat. eolcone, aum. de colea, ; .
COLENDO — Do lat. colendu, que deve cuillére, cuiller, prov. culher. Cochlcare vem
do gr. kókhlos, concha de caracol. As primei-
ser respeitado.
'COLBNQUIMA — Do gr. kólla, cola, e ras colheres 'foram conchas as quais se
adaptou um pedaco de pau como cabo. Há
égchyma, injegáo, infusao, derramamento
neol. de Dink. urna forma arcaica colhar (Nunes, Gram. Hist.
COLEOCELE — Do gr. Icoleós, bainha, Port. 115, 136). G. Viana acha possível que
tenha vindo do fr. (.Ortografía Nacional, 03,
vagina, e Ícele, tumor.
COLEODERMO — Do gr. koleós, bainha, nota) o e faz pensar nisso. Parece que a
;
CQLEOF1LIO — Do gr. Icoleós, bainha, cial devia ter-se reduzido a u talvez por in-
fluencia da palatal (V. Pidal, Gram. Hist.
•phyllon, fólha, e suf. io.
COLEÓPODO — Do gr. Icoleós, estojo, e Esp., § 20, 2 e cfr. cunhado). Servitium de
mensam I» salar... et dúos coliares (Diplo-
poús, podós, pé. .
bilioso, o adjetivo atrabiliario, o substantivo quando ao fr. collimation. O esp. tem colima-
melancolía. A molestia se caracteriza por de- ción (Toro y Gómez). O it. collimare, para
jecoes liquidas muito abundantes e vómitos Petrocchi vem do lat limus, obliquo; para M.
Lübke, REW, 5044, vem do lat. limare, limar.
-
biliosos.
CÓLERA-MÓRBUS — Do lat. citolera, COLIMBO — Do gr. kólymbos.
cólera, e morbus, doenga. COLINA — Do lat. collina, dim. de colle ;
COLERÍGENO — Do gr. cholera, cólera, sp. colina, it. collina.
julga pelo menos a forma port. e a esp. cul-
M. Lübke, REW, 2049,
e gen, raiz de qignomai, produzir.
COLESTEATOMIA — Do gr. cholé, bilis, tismos. A forma aparece no Gromaticum
.
—
;
colobiu.
COLOSOMA — Do gr. kolóboma, coisa COLPOISTEROSTOMIA Do gr. kólpos,.
mutilarla. vagina, hystéra, útero, stóma, boca suf..
COLOCAR — Do lat. collocare. ia.
COLOCASIA — Do gr. kolokasía, fava do COLPOPBRINEOPLASTIA Do gr. kól- —
Egito. pelo lat. colocasia. pos, vagina, perineos, perineo, plast, raiz acres-
COLOCOLOSTOMIA — Do gr. kólon, in- cida de pláss-o, modelar, e suf. ia.
testino grosso; kúlon, ídem; stóma, boca, e COBPOPERINEORRAFIA Do gr. kól- —
suf. ia; é de duas .isas do colon. pos, vagina, perineos, perineo, rhaph,- raiz de-
COLOCUTOR Do lat. collocutore. — rhápto, coser e suf. ia.
suf.
COLÓDIO —
Do gr. kollódes, viscoso, e COLPOPTOSE —
Do gr. kólpos, Vagina,.
io. e ptósis, queda.
COLOEMÍA — Do gr. Tcólon,- intestino COLPORRAFIA — Do, gr. kólpos, vagina,
grosso, haima, sangue, o suf. ia. e rhaph, raiz de rhávto, coser, e suf. ia.
COLOFONIA — Do gr. kolopTwnia, sci- COLPOSTENOSE — Do gr. kólpos, va-
Hcet rhetitie, /resina de Colofáo, cidade da gina, e sténosis, estreitamento.
Asia Menor, pelo lat. colophonia, scilicet re- COLPOTOMIA — Do gr. kólpos, vagina,
sina. tom, raiz alterada de. témno, cortar, e suf,
COLOFÓNIO - Do gr. kolophón, fuste, -
ia.
remate, conclusáo.
COLOFONITA — Do gr. kolophonia, co-
CÓLQUICO — Do
gr. kolchikós, da Cól-
quida, pelo lat. colchicii, "narciso K do^ dutoñbi "
lofonia, e suf. ita; pelo aspecto. plan+a: ciña batata: produz üm:: suco:- venenoso. -
COLOIDE — Do gr. hulla, kola, e eidos, A Cólquida era a patria da feiticeira Medéia.:
forma; neol. do químico inglés T. Graham UuuíaK — V. Coaltar.
(Bonnaffé). COLUBR1DEA — Do lat. colubre, cobra,
COLOMBIO — Do Coulomb, sobrenome de e suf. idea.'
um físico francés, e suf. io. COLUBRINA — Do lat. colubrina, de co-
COLON — Do gr. kúlon pele lat. colon. bra; é comprida e fina feito urna cobra.
COLONDRO — Do gr. kyl-mdros, cilindro, CODUBRINO — Do lat. colubrinu.
pelo lat. culindrii por cyUndru. O « deu o COLUDIR -- Do lat. colludere.
-.
:e
COLONEMA — Do gr. kóla, cola e nema, oghli, filho. : -"- :
'"::>/:{'
teia, tecido. COLUMBARIO — Do lat. columbariur
COLONIA — Do lat. colonia. pomb.il.
COLONIA -- De colono e suf. ia. COLUMBINO — Do lat. columbinu.
COLONO — Do lat. colonu. CODUMBOFILIA — Do lat. columbu, pom-
COLOPATIA — Do gr. ¡colon, intestino bo, e do gr. philia, amizade.
grosso, patlt-, raiz de pilucho, sofreí e suf. ia. -
COLUMELA — Do lat. columeUd, í coluna-
CODOPEXIA _ Do gr. kúlon, intestino
,
zinha.
grosso, püxix, íixacüo, e suf. ia. COLUMNITO — Do lat. columna, coluna,,
COLOQUINTIDA — Do gr. kolokynthis' e suf. ito.
pelo lat. colocynthidc, mantendo-se o som gu- COLUNA — Do lat. columna.
tural do c. diarito de i. COLUNATA — Do it. colonnato (cfr. bra-
COLOQUINTINA -• Do coloquint-, abre- '
vata, serenata): é termo de arte.
viacao de colonuintida, o suf. ina. COLURIA — Do gr. cholé, bilis, oúrotí,.
COLOQUIO — Do lat. colloquiu. urina, e suf. ia.
COLORAR — Do lat. colorare, dar cor, V.
- COLURNO — Do lat. colurnu, de ave-
Corar. leira.
COLORAU — Do esp. colorao, corado, ver- COLUROS — Do gr. kólouroi, truncados,
melho.
COLORÍMETRO — Do lat. colore, cor e de
que
cauda mutilada, pelo lat. coluros, ou por-
nao estao inteirámente /.ácimag ddiShori-K
metr, raíz de metreo, medir.
COLORRAGIA — Do gr. kúlon, intestino zonto ou por causa dos cortes que se fazem<
sobre estes círculos ñas esferas vármila-res,;
grosso, rliag, raiz de rhegnymi, romper e suf.
na intersecao de outros círculos." 'i
ia.
COLORR.EIA — Do gr. kúlon, intestino
— Do gr. koloutéa, pelo
COLOTEA lat..
colutea.
grosso, e rhoia,
com outras formaeoes
de rliéo, correr, por analo-
como diarrúia. — Do lat. collusione.
COLUSAO
gía
COLOSSO — Do gr. kolossús pelo lat.
COLUSIVO — De um lat. ~-collusivu, cal-
cado em collusu de colludere. ^ .
§ 110).
— Do gr. kúlon, íntestinno
COLOTIFO COLZA — Do flam. koh-lzaád, sementé de
grosso, e tifo.
COLOTOMIA — Do gr. kólon, intestino couve.
grosso, tom, raiz alterada de témno, cortar, COM — Do lat. cum; esp., it. con.
e suf. ia. COMA — 1 — Cabeleira: do gr. kóme,,:
—
.
COLPITE —
Do gr. kólpos, vagina, e suf. Intervalo musical, vírgula: do gr..
tie. Icómma, pedaco, fatia, pelo lat. comma.
COLPOCELE — Do —
—DoDo lat. comatu.
gr. kólpos, vagina <-"->->T.<Tin
ex Jcfsl& f COMADRE lat. "commatre, que é-
t"
COLPOCELIOTOMIA
1 3 TT"1
COMARCA —
A. Coalho deriva de comar- COMESTIVEL — Do lat. comestibile (Isi-
con e marcar). Segundo outros, de doro).
ear (de
eomarco. Figueiredo dá o b. lat. commarca COMETA — Do gr. kométes, scilicet astér,
dotada de cabeleira, pelo lat. cometa.
e comarcha, em que a preposieáo cum
se estréla
junta a marca} fronteira, provincia de fron-
COMETOLOGIA — Do gr. cometes, cometa,.
a Academia lógos, tratado, e~ suf. ia.
teira, o que ó o mais provável;
COMEZAINA — De comer, e suf. ana,
.
Espanholá o aceita.
alongado em aina; v. M. Lübke, Gram. II,
COMARCO Do gr. homar chos, chele ele
439, quanto ao z.
aldeia.
COMATO — Do lat. comatii. COMBZINHO — De comer suf. inho, e
COMATOSO — Do gr. kóma, kómatos, bom
lho).
para se comer,
Quanto ao z,
primitivamente (A. Coe-
v. M. Lübke, Gram. II,
soñolencia, e suf. oso.
COMBA — Do gr. kymbe, barca, pelo
Gram. I,
439).
COMICt-IAO — Do lat. comestione (Nunes,
cymba (A. Coelho). M. Lübke,
-
lat.
emnréstimo recente do céltico, gales Gram. Hist. Port. 137); esp. comezón. Cfr..
45, 447, démangeoÁson), que Moreau, Hacines-
cuniba, vale. V. REW, 2388. fr.
COMBALIR —
Cornu, Port. Spr., § 188, Grecques, 195, diz ser palavra expressiva,
pecialmente,: quando' se trata da sarna.
es-
A.
tira do lat. conveliere, arrancar. A. Coelíio Coelho tirou de comer, e suf. icháo.
bal, que se encontra
apela para urna raíz
COMICHAR — De comicháo.
em abalar, balango (q. vS)
COMBATE -i- De combaler; are. combato COM1CIO
CÓMICO
— DoDo
—
lat.
gr.
comitiu.
komikós, pelo lat..
(Nuiles, Gram. Sist. Port. 70; Cornu, Port.
-
coniieu.
Spr. § 101).
— . ^ COMIGO — V. Commigo.
Do lat. combinare, juntar COMILaO — A. Coelho
\
como o esp. convoy, Vieira, Carta ao mar- II, 364, alegando que o d intervocálico cairia, .
qués de Niza em 23-12-1647. O v deu b pela deriva de comilar, formando com o sufixo di-
eonfusáo usual; houve paragoge de um o minutivo '¡liare (Diez, Gram., II, 372).
para dar forma, de masculino ao vocábulo.
—
.
COMINAR Do lat. comminare por com- —
COMBOKA V. Gamboa. A. Coelho man- minari, ameacar com torga. ;:
-*
—
::
COMBORCA —
O .esp. tem combruezo, ,
minges, ajudante de campo de Luís XiV, que
comblezo, que M. Lübke, Gram. I, 202, con- comparava com a sua estatura o morteiro (A.. ;
5-: :
ombro
:
;ff:M®^
é entullio, cascalho (Worter und Sachen, -VI COMISSURA — Do lat. commissura, jun-
juntura/
'COMBURENTE — Do lat. comburente. ta,
:
;
:
::
Moreáu, Hacines grecques, 175, Laurand, Ma- todavía em algumas falas populares, iaparece.
nuel, I, 173, Boisacq, Ramiz Galyáo) commigo como no Brasil, por analogía a
COMEDIÓGRAFO Do., gr. komodiogra-
.
— contigo (Nunes, Gram. Hist. Port., .240). A.
phos, autor cómico, que Alexandre dá alias preposigáo já aparece em .'Gil Vicente e Chía-
como forma duvidosa por homodográphos. do. Are. comego dé ir comego tornar {.Can- M
CÓMEND A — De comendar ( v. encomen- ción, da Ajuda,
:
Z2S). O e transfórmou-se em
dar).
'•
commendare, en-
comendar; esp. comendar.
CÓMENOS — "A forma verdadeira desta COMO —
do; esp. como, it. come, ir. comme. Audollent,
Do lat. quomodo, de que mo-
locucao deve ter sido o are. comeos, que já
DefixiomCm. Tabellas, 536, dá urna forma có-
-ele si proveio de comeo com acreseentamento modo. Bourciez, Ling. Bom., § 129, admiteA
do s paragóglco (ambos ocorrem na Crónica urna forma abreviada quomo. V. Nunes, Gram.
da Ordem dos Frades Menores, I, 356, II, 258) Hoist. Port., 94, -141,. .quanto ao. qu; 98 quanto-
a atual resultou, a meu ver do ressurgimento ao d. Are. qxiomo: Que li fazia tal fjro quomo
do-w-no antigo advéi-bio meos e da confu-
faz d devandita vila (Inquisltiones, 330).
sáo deste com o plural do substantivo, que COMODATO — Do lat. .commodatu.
,;
sendo entáo igual áquele, se difereneoü depois, CÓMODO — Do lat. commodu, vantagem.
pela dltongagáo do e tónico final de silaba,
por isso Viterbo cita também comeios, todavía
COMODORO — Dó ingl.. commodore, de
provável origem holandesa (Bonnaf fe). A. Coe-
á anterior parece persistir no emprego do pro- lho tira do hol. "commodore,, alias komm.an-
nome éste de que vem acompanhado". (Nunes,
.
deur. ','. : :
.,
COMENTAR >— Do lat. "commentare, em ; '^ CÓMORO — Do lat. .cumulu (A. Coelho,
Afeí:véz':ídé';ícóroméntárí.w
COMER: — Do lat. comedere; esp. comer. Pacheco e Lameira, Gram. Port. 381, 388, Ri- .
67,,
"
M. Lübke, REW, 2390, pg. 806, nota.) ; f r. com- COMUM — Do lat." commune; esp. co-
ble. V. Combro. mún, comune, fr. commum.
it.
COMPACTO— Do lat. compactu. COMUNA — Do fr. commune, comum.
COMPADRE — Do lat. compatre, o que , COMUNGAR — Do lat. communicare, por
é pai juntamente: esp. compadre, it. com- em comum; esp. comulgar, it. comunicare, fr.
pare, compére. O padrinho^é pai espiritual
fr. communier. Tomou sentido eclesiástico espe-
COMPANHA Do lat. compañía; esp. — cial: receber a hostia sagrada, ficar comum
compaña^ í£.:cor>ipagna, fr. ant. V compaigne. com Jesús Cristo.
Etimológicamente o grupo- de pessoas que co- COMUNHAO — Do lat. communione.
miam pao (pane) .juntamente, que repartiam COMUNICAR— Do lat. communicare. V.
o pao entre si, depois generalizotí o sentido. Gomungar.
Aínda aparece nos Lusiadas, ex. c. VI, 57, 3: COMüTAR — Do lat. commutare.
Mas dos onze a üustrissima companha. Ho- . . CONANAS — De cono e suf. anas.
je em dia significa associacao de pescado- CONANTBREA — Do gr. Iconos, cone,
res, tripulaeáo de barco. V. M. Lübke, REW antera e suf. ea.
2092, Nunes, Gram. Hist. Port., 12i, A Coe- CONCA — Do gr. Itógche, concha, pelo
lho, C. Miehaelis, Glos. do Gane, da Aínda.
COMPANHEIRO — De companha e suf.
lat. concha. (M. Lübke, 2112, G. Viana,
Apost-, I, 343, Ortografía Nacional, 63)
REW
e\ro.
esp ;
COMPASCUO — Do
CONCELA
concelare,
— Figueiredo deriva do lat.
compascuu. lat. encubrir.
COMPASSO — De comimssar (M. Lüb- CONCELHO — Do lat. concilin, assem-,
ke, REY/, 2095). Compassar vem do lat. com- bléia esp. concejo. Especiálizou o sentido.
CONCENTO — Do lat. concentu.
;
COMPITÁIS —
.
que compoe. A. Coelho tira do lat. componere, Stappers, Brachet, Clédat, reconhecem a mes-
compor, esuf. <ior. ma origem paar o fr. concert.
.
COMPONENDA — Do lat. componenda, CONCHA — Do lat. conchula (M. Lüb-
coisas que devem REW, 2113, G. Viana, Ortografía Nacio-
COMPOSITO
posto; é lima mistura do jónico e do corin-
— serDocompostas, ajustadas.
composito, com-
it.
ke,
nal, 63, -Ría, II,272, 307, Nunes, Gram. Hist.
Port., 115); esp. concha, it. concola¡ escúdela.
tio; criagáo dos arquitetos do sáculo XVI. Ha de admitir-se urna forma * concia para o
..COMPOSTA —
O nome desta familia de port. e o esp. V. Cornu, Port. Spr., § 136,
plantas vem de formarem as flores urna ou Leite de Vasconcelos, Opúsculos, II, 104
duas fileiras em torno do receptáculo (Stap-
pers).
CONCHAVAR —
Do lat. conclavare, pre-
gar.
COMPOTA — Do
compote, fr. composta, CONCHAVO — De conchavar.
.
doce composto de frutas, acucar, etc. (Car- CONCHO — De concha; significa pro-
ra, 236). '.."..• :
panha; esp. conde, it. conté, fr. comte. Cor- cartilagem, e esternal. ;: .- :
;
-yy :
p. 352 —
A. 1080)^ Era urna dignidade do Bai- CONDROTOMIA Do gr. chandros, car-
xo ImpérioV tilagem, torn, raiz alterada; de íémuj-^ cortar,
CONDENSADOR — Adaptacáo do ingl. e suf.-; ia.
CONDUTOR — Do
;
.'./CONDENSAR -r- Do lat. condensare. conducir, it. .condurre, fr. conduire. ;'"
os "étimos contexta e condensa nao ;justificam de Tui, milley.'l mr. 'por íméiíii aniversarios -;(TésH
:
a graf ia condega e que a grafía condessa está tamento de D. Afonso II) ; coo.nigos Dom
;
'
;
companheiro do estabulo, intendente das cavá- apud Nunes,- Crestomatía Arcaica, pg_.. 10).
"laricas reais, a través do fr. connétable (M. Nota-se urna tentativa de reconstituicao da
Lübke, RE~W, 2128). Are. condestabres. dous . .
forma erudita pela persistencias ;dp;;;íi (Rebelp;;;
-Off icios em Portugal novamente, que ataa es-
;
tonge em
non avya, a saber, XJondeestabre,
él celos, Licoes de Filología Portuguesa,^):
e Manchal (Crónica de D. Fernandos Fernáo ;
CONEXO Do lat. connexu. —
"Lopes, 4. v p. 452, apud Cortesáo). HaS -altera-;. —-Do lat. canoñicia.
CONEZIA
CONFABULAR — Do lat. Confabulare por
.
gao i do vocábulo influiu o y suf ávpl. Este dig-
';
' ;
;
havlaVa-oferendaídéSumSpapíí
comes ¿stabiiM: quem: corrupte cpnéstabulus
: :
{ferreus pañis) a Júpiter.
<appeUamüs:
GONDICAO conditione
/
—
' ;
Do
••''"
lat.
CONFEITO —
Do lat. confectu, f eito ;em
cbniunto,;; terminado^ -satravéSvsdoSSfr^cowfi^-^sé^;;?
—
,
;;
CONDÍLARTRO gr. kóndylos, ar- Do gundo M. Lübke, 2133, ou' do it/ con- REW,
:iiculafiá6: ¡dos; dedos das máos, e árthrón, :ar- :
;
:
:
CONDBÁL — Do gr. chandros, cartilagem, ;;a; ésta ;; planta a virtude de ;; cicatrizar rff^é.s L :
chagas.
CONDRARTRÓCACE — Do gr. chandros,
K'éSíS'üfiBuZKtt
;
CONFESSAR -^ Do lat. cpnfessere, frequen-
cartilagem, árthron, articulaeáo, e káke, vicio. t&tivo -do rCOnfiteri.
CÓNDRICO Do gr. chandros, cartila- — CONFETTI —
Do it. confetti, confeitos.
gem; ;e;suf.; ico. 5 -
A plural se perdeu, de modo que
nogáo de
CONDRIFICAR
-
.''.-.: I, 319.
CONFIDENTE — Do. lat. ponfidente, o
-ar.
CONDRINA — Do gr. chandros, cartila-
i::^ém/íé::;:süííVina.:^ que confia, --tomado em- sentido; rípasisvoií9S4Síí5S;9
-
•'
conflictu.
CONFORME: — Do
:
— Do lat. Conimbriae,,.
talecer; esp. confortar, it. confortare, fr. con~ Coimbra, e suf. ense (Leite de Vasconcelos, IA-
forter (Nunes, Gram. Sist. Port., 128). gdes de Filología Portuguesa, 288)
CONFORTO —
Be confortar; are. cofor- CONIOMICETO — Do gr. kónis, poeira, »
'
to (Nunes, Gram. Bist. Port., 128). No ir. aní. mykes, myketos, cogumelo.
significa ? ajuda, assisténcia; desapareceu e CONIOTBCA — Do gr. kónis, poeira, 6 thé-
voltou da Inglaterra com o sentido de como- ke, depósito guarda o pólem.
CONIRROSTRO — Do lat. conu, cone, ®
;
'
320). '
m
:t:ir'
CONFUSO — Do lat. confusu.
CONFUTAR" — Do lat. confutare.
CONGÉNERE — Do lat. congenere.
'
CONO — Do lat.
:
para urna forma básica lat. congustu (Neuphi- ro, pelo lat. conopeu.
lologische Mitteilungen, 1912, 15). Cortesáo,
CONORANFO — Do gr. kónos, cone, e rhám-
cita: Bt exinde per illa congusta ínter Trovamos phos, bico.
et Vimaredi (Diplómala, p. 513 A. 1097). O — CONOST1LEA — Do gr. kónos, cone, sty~
esp. tem congosto, o gal. congostro'., o cat. los, estilete,: e suf. ea.
congost. CONQU1COLA — Do lat. concha, concha,
e col, raiz de colere, habitar.
i, CONGOXA — Do lat. angustia através do CONQU1FERO .— Do lat. concha, concha,.,
prov. angoista, precedido de con, como r. esp. e fer, raiz de fe?'re, trazer. ;;; "
gano.
CONGREGAR — Do lat. congregare, júntal- chinha, lógos, tratado e suf. ia.
os rebanhos. CONQUILIOSO — Do gr. kogchylion, coh-
CONGRESSO — Do lat.
conrjrossu, conver-
gencia de passos, encontró, entrevista. No sen-
_
tido de corpo legislativo é um anglo-america- pass. de conquiro, conquistar, com retracáo da-
nismo (Bonnaffé). acento, ou de urna forma "conquesesta "calca-
—
CONGRO Do gr. kóggros, enguia, pelo lat. da em "quaesta por quaesita (Grandgent, 436)
Cfr. Bemquisto. M. Lübke, RBW, 2154, tira »
congru; esp. congrio, it. congr(i)o, fr. congre
CONGRUA —
De congruo. Subentenda-se
pprcao; e a parte que sobre a dízima conví-
port. e o esp. conquista do it. conquista. Pode-
ser também um deverbal de conquistar.
nha, reservar para o cura e que, na falta de CONQUISTAR Do lat. *conquisitare, fre- —
casual, Ihe teria com dificuldade permitido qüentativo de conquiro, conquistar (EL, IV,
viver. 273). "
'
coincidente. CÓNSCIO ,— Do
CONHA — De cunlia? (A. Coelho). CONSCRICaO —
consciu.
lat.
Do lat. conscriptiome.
CONHAQUB — De Cognac, cidade francesa -CONSECRANTE — Do lat. consecrante.
-.
133 Contradanza
Consistir
em
— contemplare, empregado por Plauto e Enio. Vem
CONSISTIR Do lat. consastere.
CONSISTORIO Do lat. consisionn, lugar
sen-
— de templum, cujo sentido etimológico era o de
espaco limitado livre do céu, o qual os augures
snde a gente se assenta. Especializou o circunscreviam e subdividiam tragando sinais
CONSOADA — Do lat. cum+sub+unare, no ai* co'm um pau, para ai observar depois o
RL,, l, vóo dos pássaros (Bréal, Essai de Sémantique,
segundo C. Miehaelis de Vasconcelos, locugao 129, Dic. Etym.^Lat.).
117 III, 365. Esta autora .apela para a
arcaica' de consum (cum, sub, uno). Rejeita os CONTEMPORÁNEO Do lat. coniempo- —
sonare como imposslvel, conso- raneií.
étimos cum + CONTEMPT1VEI — Do lat. contemptibile
ís'-ri (Aulete) como de formaeáo
impropria, coti-
CONTENCIOSO Do lat. contentiosu, li-
sear ÍD. Vieira) e contienan. G. Viana, Apost., tigioso.
REW, o étimo
I 321, M. Lübke, 9075, aceitam
C MichaSlis. G. Viana aponta consonata
CONTENDOR — Forma haplológica de con-
.fie
Corte- tendedor, de contender.
eomo proposto p'or Estanislau Prato.
sao propóe consubunare, apoiando-se num texto
CONTENTE — Do lat. contentu, contido,
através do conten, segundo M. i_.übke,
cat.
arcaico: Et resebit me pro sua mullere et con- 'REW, 2182. it. contento, fr. contení. Are.
Esp.
sudunasti ' nos todos tres in tua cosa, ad, tua que el Rey de Castella fosse
bemfeitoria (Diplomata, p. 124 A. IDOS) — contento : Dé
guisa
contento (Fernáo Lopes, Crónica de D. Pedro,
Ale^a que em vez de suum também havia tex- su-
4.e, p. 53). O e é estranhável- (Otoniel, O meu
dunus e suduniter, que cita em outros dois
Idioma, 68) talvez venha por influencia do
tos Este suum é um adv. are. citado por A. ;
CONTER —
Do lat. cantinero; esp. conte-
eomo contido na frase de consum (V. C. Mi-
ner, it. conteneré, fr. contenir.
-sfeaelis, ibidem)
CONSOLA V. Consolo. — .
CONTESTAR —
Do lat. contestare, em vez
CONSOLAR Do lat. ^consolare por con- — de contestan, lutar com alguém por meio de
testemunhas (testis) e provas. Tomou o sentido
CONSOLDA — Do lat. consolida, esp. (con) antonímico de refutar.
CONTEtrDO —
Do lat. contenwtu, contido.
.suelda, it. soldóla, Sv. consolide.
CONSOLIDADO »^ Adaptacao do mgl. com-,
.
CONTIGO —
De con e tigo, do lat. tecum,
(annuity),
5
í%»af£é} ;r:oí-:i;íííí
* :
,' '.;
„ :
CONTIGUO —
Do lat. contíguu.
CONSPICUO — Do lat. conspicuu, que faz CONTINENCIA — Do lat. continentia. Hou-
ve urna forma arcaica conteenga. (Nunes, Gram.
.
. convergir as vistas.
CONSPIRAR Do lat. conspirare, soprar — Hist. Port., 107) e outra contenenga Tarde, com
ma-a vontade, pallavras, e contenenga (Leal
:
juntamente, em uníssono, estar de acordó, ma- Conselheiro, pg. 172) Tomou o sentido de sau-
.
•
toca. ''.,'.
CONSTRANGER — Do lat, constnngere CONTINUO — Do lat. continuu. Como subs-
tantivo, é o empregado que. serve continuada-
ssp it. costringeré, fr. contraiiidre.
constreñir,
mente, está sempre as ordens.
'O i deu« em
sílaba átona (Cornu, Port. Spr.,
i 13). Are. costrenger por que cos'treegeu o CONTÓ —1—
(Número, especialmente um
milháo, tratando-se de réis) Do lat. computu,
. ' : . .
:
:sseu auerssayro (Lcis e posturas antigás, fls. cuento, it. contó, fr. compte (Nu-
cálculo; esp.
2, apud Nunes, Crestomatía Arcaica, 5)
nes, Gram. Hist. Port., 135; M. Lübke, REW,-
CONSTRIQAO — Do lat. constrictíone.
.
CONTRABAIXO — De contra
it.
"-já. houve urna forma construtgao (Fernáo d'Oli- e baixo, por-
ireira, Gramática de Linguagem Portuguesa, 2.' é contra o violoncelo,
cfr. déstruigáo.
que é o instrumento que
ad., 127)
CONSTRUIR — Do lat. construere, cons- que o acompanha.
;
mm
LL
. . . ; , .
CONVOLVULÁCEA Do convólvulo
CONTRAFORTE — De contra e forte; é campanilla (urna trep'adeira
lat.
que se enrusea)'
urna forte, alvenaria de apoio, e suf. ácea. r ...>
CONTRAPONTO
:
::
— De
contra, e ponto; com-
copa,
se no
it. coppa, fr. coupe. Em port. arcajzoú-
sentido de taca, copo com pé. erobora
posigáo musical em que se opóe nota a nota, o derivado masculino, copo (com pé ou sem é!«)
punctum contra punctum (Lavignac, La Mu- esteja perfectamente vivo. Tem o sentido dé
sique, 343) parte superior das árvores, do
CONTRARIO — Do lat. contrdriu; are. con- compartimento da casa no qual se lavam os
chapeu e de
trairo E com ventos contrairos a desvia
: (La- copos, a louca. O nome do naipe 3o barajbo
siadas, I, 100, 7). provém de serem tagas nos antigos baral'iio&
CONTRASTAR _ Do lat. 'contrastare. portugueses, como aínda nos espanhóis de hoje,
OWT^^qrr-p, _ Deverbal de con trastar. e nao coragóes, como nos baralhos franceses
CONTRATEMPO — De contra e tempo; M. Lübke, Introducao, 129, nao acha verossi-
bate desencontrado com o tempo mil que cujrpa,, vas vinarium quod vulqo per
CONTRAVENCAO — Do lat. * contraven- u et per dua pp profemnt, sej'a o mesriio que
tione, calcado em '"contraventii, vindo contra (a cupa, "vas balnearium, non copa per a sed capa
lei)
per u {Corpus Glogsariorum Latinorum, V, 5S4,
CONTRAVENTOR — Do
«contraven-
lat. I,), nem que cuppa —
cupa, como orova a s g-
.
!
totore, calcado em "contraventu, vindo contra nificagáo absolutamente distinta das respecti-
(a leii vas representantes románicas: it. coppa ir
CONTRIBUIR — Do lat. contribuere, pagar coupe, esp. e port. cuba. V. Egger, Grammai-
em companhia de outros.
o tributo re Comparée, 167; Said Ali, Meios de expressao
CONTRICAO — Do lat. contritione. 193, Worter, und Sachen, XXV, 97.
CONTRITO — Do lat. cóntritu.
-
lat.
copioso) Da expressao copiam faceré scripti.
.
—
COPRÓFAGO Do gr. kópr.os, excremento, CORAGEM — Do lat. -'-coraUcu, der de
phag, raiz de phagein, comer.
e
CÓPROLALIA — 'Do gr. kópros, excremen-
cor, coragáo
it.
(cfr. viaticzi-viagem)
coraggio, fr. courage.
esp
"' coraie
J > ;
—
.
—
(residuo do carváo de pedra) do ir¡gl. : riva do esp. corcho, qué é propriamente rolha.
coke. ~V. Bonnaffé. V. Pidal, Gram. Hist. Esp., § 61, 3; 35 bis, 2,
COQUELUCHE Do fr. coqueluche, de. — final; M. Lübke, Gram., I, §536. Mégacles,.
origem-germ., segundo Scheler e Stappers. Nos BLP, XIX, 58-60. -
gséculós; nXIVf f ef X\f reinou na f Europa. f ximai CORCHO — Do esp. corcho (Figueiredo)
CORQO — De' um deverbal do
; ¡.
da memoria. G. Viana, Áíjqst., I, 353, citando ke, REW, 2119); esp. corcovar. A. Coelho tira
com dúvida Cuervo, lemhra que a locugáo pode de carcavar, mas parece que houve erro ti-
proceder í de aprender de memoria com ouyir '
pográfico que fez com *jue arj&reeesse o pró- '
repetir por muitos urna leitura :(em coro); pois prip corcovar, e cita hoK 'Apéndice ó étimo cotí-:
cor, cordis, teria dado corde em portugués (como curvare que Cornu apresentou para careo oar;-
nao fdeüí em ^r.; e it.?) Ayenta a hipótese de . manda comparar com corcunda. M. Lübke, "
üniáf ;f orma íf alótropa í corum em « vez de Peor, Gram., 437v facha :o s Sr:pouco claro, «
CORCUNDA —
i !
;I¿ 2
qué teria dado coro, depois cor, como foro, for. Segundo Leo Spitzer, cite do
KGom fOffsentido de ; w por Joáo Ribeiro, RFP, XVIII, 122, de um éti-
rece :^ mo mediato do lat. concurvare. Para Cortesáo
368, 7355 7510, 7592, 7594. Veja-se ainda
7084, o étimo seria um adjetivó; f o rmadoído: lat,: ]cor-
f Jóáo 'fRibeiro, ;f Frases Feitas, II, 297. ¥ com o sut.-cundu {c-un-dp) A. Coelho mésela
'COR—Do lat. colore; esp. color, it. co-
ípre;Sfr*> couleur. O port. e o fr. trocaram o
:
gr. kordakismós.
;
CORDAO — Do
fr. cordón, atento o valor-
diminutivo do sufixo (G. Viana, Apost., 1, 246)..
acorocoar, descorogoar (C. Michaelis de Vas-
concelos, Glos. do Canc. da Ajuda) esp. cora-
CORDATO — Do lat. cordatu, propriamen-
;
te que tem. coragáo, prudente, sensato, de boa
zón. O it. e ofr. tém formas simples cuore e
.
:;:;::
—
;
Juvenál.::f:K
CORDIAL — Do \3±.* cordiale, (Je cor, cc-
:
f'/oZiwSífólháf;f:::::fi:f:ff ñffff;:ffi:::::ff
Icurá, tartaruga-do-mar, e presume que o ár. CORDIFORME — Do lat. corde, coragáo,
a feprfcorffé'f def procedencia^ nialáia. Dozy registra e forma, forma.
CORDILHA -— Do gr. kordyle pelo lat. cor?
,
Pkurküra); quefi por suayez prende 'aó ib.fi "latVf dyía (Cortesáo). Figueiredo deriva de corda por-
vca/rricare^ já mencionado por S. Jerónimo.;: ;f ter o feitio de urna pequeña corda. Esp. cordila..
. .
fora de, tom, raiz alterada de témno, cartar, e do v, átono. Leite de Vasconcelos, Opúsculos, I,
-suf. ia. 419, diz que já num códice, provavelmenté do
CORECTOPIA — Do gr. hóre, pupila, ele,
.
éste nome urna molestia, chamada danga de S. tena de objetos d'a mesma natureza; atual-
Guido, caracterizada por movimenf.os irregula- mente, é multidáo de gente desprezível. "Quan-
res e independentes da vontade. to a origem do vocábulo, diz Dalgado, há di-
CORÉIDA —
Do gr. fcdris/ percevejo, e suf. vergencia entre os etimologistas Devic suge-
re como* étimo provável o ár. hiiórdj, talvez
.
ida.
baseado na errada definigáo de íaittré: Paquet
CORELISE — Do gr. hóre, pupila, e lysis, de toile de cotón des Indes" Mas hhordj ! .
' js¿ory^añ^es«i&' y
:
curia se entende vinte". Mas nao vejo comoé
que a citagáo mos'trá a palavra em urna forma
:
ff:^
centamento"' do a. A
palavra curia ou corja de-
..-com.. que os atletas se exercitavam, pelo lat.
via entáo vogar na costa ocidental, entre os
y ' : corypu::«j:/;K fl? y
•
portugueses, para designar particularmente o
COBICOBOLIA — Do gr. horyhobolía.
:
y: córydahíX&^" x¡"- :
cqnhece hodi, ipossui hórcliclik, ¿que; quereK di-.
CÓRIFEA — Do gr. horyphé, come, e
:
:-
: ::
.
zeri«enf iádaí ramal'" derivado do; verbo horhlc, : :
suf. ea.. ; -
"enfia,r",;> sendo Tcpr&aí; v "enf iada de pérolas".
CORIFETJ — Do gr. koryphaios, que está,
•
, ,-... ,, :
'
.
;
'.. CORIMBACTERIA
_
eonmbo\ e bacteria.
_
^os. ftste chifre era considerado proveniente Leito de Vasconcelos, Liceos de Filología Por-
da cabra Ámn.Héia, ama de .T"^ífer, ou arran- tuguesa. 119 García de Diego, Contr.. n. 140,
cado por Hércules ao rio Aquelóo. A. Magnc. RLP. XXVI. 78. Are. corrooo: Si
CORNÜPETO —
Do lat. cornupetu, que qujs fecerH mollinos in corrogos (Legos, p.
ataca cora o chifre. 518-A. 1201).
CORO — Do hebr. kor através do gr. CORREIA —
Do lat. corrigia; esp. correa,
Jcóros e do lat. coru (Números, XI, 32). V. it. coreaaia. fr. courroie.
Le\vy. Boisacq.
— CORRETCÁO —
Do lat. correctione.
junto,
CORO Do gr.
geralmente acompanhada de canto, pelo
choros, danca em con- CORRETO —
Do nrov. ant. corrieu
(Zeitschrift rom. Phil., XXXII, 32. 426. M.
lat. choru. Lübke. REW, 2415), der. de corre, correr.
COROA — Do lat. corona, de origem grega E' o homem que leva a correspondencia rá-
esp., it. corona, fr. couronne. pidamente, a correr. A. Coelho tirou do fr.
COROCA — Forma suarabáctica de eroga. courrier. A Academia Espanhola deriva o esp.
COROCORA — V. Coracora.
COROGRAFÍA — Do gr. chorographía, des- correo de correr; Petrocchi o it. corriere de
corre, Braehet do fr. ant. courre. mod. courir.
do país, chorographía.
— pelo
ciricáo lat.
M. Lübke. Introducdo n. 32, ao tratar da raíz
CORÚIDE Do gr. chórion, membrana,
,
COROLA Do lat. corolla. pequeña coroa; curreriu (Genio da ÍAngua Portuguesa. I. 37).
'
esp. corola (erudita), it. corolla, fr. corolle
CORREPCAO — Do lat. correptione.
(erudita).
CORRER — Do lat. currere; esp. correr,
COROLARIO Do — corollariu, pequeña
lat. it. correré,
courir. fr.
coroa, o que se acrescenta ao que é devido; CORRETO — Do lat. correctu (Cfr. es-
como termo de geometría já em Boecio. Era correito).
um sinal que indícava a consequéncia de urna CORRETOR — Do lat. curatore, curador,
'proposiqao, de um teorema. procurador, influenciado pelo verbo correr por
COROL1FERO —
Do lat. corolla, corola, causa da diligencia que os procuradores em-
e fer, raíz de ferré, trazer. pregam (?). O esp. tem corredor, que a Aca-
COROLIFLORA — Do lat. corolla, corola, demia Espanhola filia a correr. O fr. tem
e flore, /'or; é planta de corola monopétala. courtier, que Clédat filia a courir e Braehet
COROLIFORME — Do lat. corolla, corola, e Stappers ao lat. "curatariu. Stappers
€ forma, forma. cita formas antigás couretier, couratier. O it.
COROL1TICO — De corola; qualificativo de tem curattiere. A. Coelho acha estranha a
falta de abrandamento do t; vé talvez influen-
coluna ornada de flores em espiral.
COR.ONAL — Do lat. corónale, de coroa. cia da forma francesa e acha que a forma
' ) .
do lat. cur'riculu, que alias quer dizer carreira. maniére plus assidue (Lai-ousse).
CORRIMACA — De correr (A. Coelho), CORTESAO Do it. cortigiano (A. Coe- —
com urn sufixb arbitrario. lho, M. Lübke, REW, 2032).
CORRIMÁO — De correr e máo. CÓRTEX — E' o lat. cortecc, casca.
CORRIÓLA — Do lat. corrigiola, correia- CORTICA — Do corticea; esp. cor-
lat.
zinha, senáo dim. de correia, formado na lín^ tesa (casca), it. corteccia. Especializou o sen-
tido.- ._
gua. E' urna planta, a Gonvolvulus arvensis
!!!!"
que
CORSARIO
cursu, corrida.
tira
Do it.
do
corsaro.
lat.
Stappers e — CORUJA —
Cortesao dá um b. lat. curugia.
e manda confrontar com o esp. curuja, que-
Clédat atribuem igual origem ao fr. corsaire. Barcia? deriva do lat.: iciircuca.-
Corsario e o que faz corso (.corsa). Nunes, CORUSCAR —^ Do lat. coruscare, agitar,
-
;'.aé£Óisf-.?.cortai>ó^ da cñr.
em vez de tafetá, resedá, perú), depois *cpr- CORVO
lat. cornu; — Do esp. cuervo, it.:
tav a m, cortayáO/Sté :\Coryo;ís¿ír:::::cOrbeaM.:::s ::::¥P :
í
por etimología popular cortamao. M. Lübke, COS — Do
prov. cors (M. Lübke, REW,
'2248). Cornu, Port. Spr., § 148, filia ao ant.
REW, 6936, rejeita éste étimo. Na verdade, fr. cors, do lat. corpus, com a assimilagáo
®sáo Jí ihúltipíasiS-ás ^transí OTxnáqÓsS.filtiiíqumítd--
;
buono. . .
regular no grupo rs. Are. corpo as feyturas- :
Port. 49. Diz Ribéiro de Vasconcelos, Gram. noz.iiáétfi galha, :e: Cuervo i i dávconio fáumii dé; :
Hist, Port., 89: Cohortem significava a ca- . ': cuscurro (Apuntaciones^- 5iQ) : :
—
.
v
:;::lezar.;s ;"::?
, - , .
postónico. Deppis no grupo mil o n se assi- COTRIM "— Por quatrim, de quatro (A.
;milou ao e o m
m, dobrado simplificou-se. Coelho). Eguilaz dá um ár. katá'a ou kitá,
r
v
COSTURA
: Do lat. consutura (M. — moeda. Em
esp. ha Cttcítrrá, que a Academia,
Lübke, RBW, 2179); esp. it. costura, fr. cou- ..
Espanhola .tira do lat quatrini O it. tém
'" . .
'.
.ture. -'.
quatrino, moeda de quatro dinheiros
COTA— (eitagáp, diferenea de nivel): "V.
COTURNO — Do gr. kóthoumos pele lat.
quota. cothurnu. «
iK:cásácd.sHS3™-BW;s
, CO-TANGENTE — De co, abreviatura de da porta, por comparagáo com o calcanhar,
;
complemento, e tangente; é a tangente do parte posterior do pé, e suf. eirá.
s^TCÓííícoiripÍéméhtár; :v-;;yrf
COTANILHO — De coíctp e suf.. üho.
s
COUCELA —
Do lat. capsella por capsula
(A. Coelho).
COTANOSO — De cotao e suf. oso.
; '
COUCELOS —
De coucelat (A. Coelho).
COTAO — Do fr. cotón,, algodáo.
.
A.
Coelho deriva do ar. koton. Figueiredo tira
COUD.EL — "Do" lat. capitellu, dim. de
.
caput, cabega, eni lugar de capitulu. As ínter-.
tHComSduMSíStt SpM^M^ioXc^iqngííG^Góís^ con- y ::':m.édiáriás;¿saó':
,
c^ l
SXsideralsuiiiSgalicism ';.i
á :'';v.óé áÍizaQáQ
:
COVAO —
Do gr. kóphinos, arca, pelo lat.
•
> CRANCELIM — Do al. Kranzlein, pequeña
cophinu (cfr. Stéphanos, Estéváo); esp. cueba- 'coroa.
;
; .
no, it. cofano. V. Cornu, Port. Spr., § 19, G. CRANIECTOMIA — Do gr. kránion, cránio,
Viana, Apost. I, 336. A. Coelho tirou do lat. ele, fora de, tom, raiz alterada de témno, cortar, .
e . ia.: ::
:
'
que a Academia Espanhola deriva de cubillo, e rhoía, de rhéo, correr, por analogia com for-
dim. de cubo. O esp. nao tem o l molhado que magoes análogas.-
aparece em portugués: se vem de cubillo, é CRANIOSCOPIA — Do gr. kránion, crá-
estranho que tenha perdido éste fonema enquan- nio, slcop, raiz de skopéo, olhar, e suf. 'in
to o portugués o conservou. M. Lübke, REW, CRANIOSQUISE — Do gr. kránion, cránio,
2409, rejeita aproximagáo de gobelet e cubilete e schisis. acáo de fendervv''' ^ í5¡í™Ei ; '''';:-
: ^'i: : ;; :
-i
;
í:":-?; :: i
ft-:
i
:
::Com:::cuppa.::::::: ::::: : .
—
: :
COVO —
de cóvao (Franco
1 .
•
Sutas. :
e de tabes.
de .
Sá, A Lingua
Portuguesa, 137, Nunes,
Gram. Hist. Port., 109, Cornu, Port. Spr, § 127).
CRANIOTOMIA — Do gr. kránion, cránio,
tom, raiz alterada de témno, cortar, e suf. id.
_ 2. —
Adj. :. do lat. covu, citado por Paulo CRANOUE — Do ingl. crank (Figueiredo).
Festo, 46 (García de Diego, Contr., 145, Cornu, CRÁPULA — Do gr. kraipále, bebedeira,
Port. Spr:, § 22, 244, onde alias apresenta o pelo lat. crápula.
étimo, vocuu com metátése), em vez de cavu, CRAOUE — Onomatopéia de urna coisa que
concavo. G. Viana, Apost. I, 335, admite um se quebra.
adj. cophu, formado regressivamente de co- CRASE — Do gr. krüsis, mistura.
phinu, arca. It. cavo, esp. cueva, (substan- CRASIOGRAFIA — Do gr. ¡crasis, tempe-
tivo). V. M. Lübke, Introdugao, n. 114, Lindsay, ramento, graph, raiz de grápho, descrever, e
The Latín language, 235. suf. ia.
COXA —
Do lat. coxa, ósso do quadril,
parte superior da coxa; esp. ant. coxa, it. CRASIOLOGIA — Do gr. krásis, tempera-
mento, logos, tratado, e suf. ia
CRASSATELA — Do
COXALGIA — De coxa, gr. algos, dor, e CRASSICAULE — Do
fr.
lat.
crassetelle.
crassu, grosso,
suf. id. A forma toda grega é meralgia. e caule, caule.
COXIA — Do it. corsia, parte que fica CRÁSSICOLO — Do lat. crassu^ "grosso;: ^
Hvre para se poder passar, correr (corso) Diz . e collu, pescogo. •
'
;í;":í#v5ííKK;;íW;;-
G. Viana, Apost. X, 337, que a forma portu- CRASSICORNEO — Do lat. crassu, grosso,
guesa, se nao veio diretamente de qualquer e cornu, chifre, e suf. eo. '
Z Aiujustu-agosto)
(cfr.
§ 37
tamento do au, em sílaba tónica
estranha
alias
viana,
rmtru-rosto, por dissimüacao). V. Or.. Port.,
[256, Pacheco e Lameira, Gram.
o Ira-
Cor-
vez de cremore.
CREMNOBATA
CREMNOFOBIA
Do gr. kremnobátes, o
que sobe montanhas escarpadas.
Do gr. kremnós, pre-
—
—
en la clastra da
tejo dá: Seendo en cabidoo Díssertacoes cipicio, phob, raiz de pliobéo, ter horror, e
Cro- suf. ia.
dicta stee (D. P. Ribeiro,
noWaicas 5° Vg. 266, A. 1369). E Atoobooo,
feaerom. CREMNOMETRIA — Do gr. hremnós; pre-
tao lustra «obre (Inédito» de
**!» d 15) E os alpenderes da crastra todos
JX cipicio, metr, raiz de metréo, medir, e suf. ia.
CREMNOCARPO — Do gr. krem, raiz de
cüberios com lagos de cedro (Inéditos
de Aleo- kremáo, suspender, e Uarpós, fruto.
baga, 3.", pg. 15). CREMÓMETRO — De creme, o de ligagáo,
CRÁSTINO — Do lat. crastmu. metr, raiz do gr. metréo, medir.
CRATEGO — Do gr. krátaigos, nespereira, CREMONE — De Cremona, cidade italiana?
.
,
:;
CRENCA —
Do lat. credentia; esp. creen-
CRAVEIRA — De cravo e furos em
(A. cia it credenza, fr. créance (fianga), croyance.
•
.
CRENDEIRO A. — !
—
:
CREMASTER
:
— Do gr. chrestomathem,
Ji; pénspr;v^:; ;
.;:
; -
:
instrugáo útil..
; :
.
conjugacáo é com i: crio, crias, etc.; nao se oposicáo ao trazido da África. Fernando Ortiz
podendo alterar alterar a pronuncia, a solucáo diz que Garcilaso e o cubano Armas dáo aó
foi conformá-la com a grafia. Daí o apareci- esp. criollo origem africana e Monner Sans
mento do i no verbo e em todos os cognatos. americana.
V. Seelmann, Aussprache des Latein, 188, Epi- CRIPSORQTJE —
Do gr. krypsorchis, de
testículo
CRIPTA — Do gr. krypte, abobada sub-
fanio Dias, Gram. Port. Elementar, 49, G. Via- oculto.
na, Apost I, 33S, Joáo Ribeiro, Autores Contem-
poráneos, 30", Otoniel Mota, O meu idioma, 198, terránea, oculta, pelo .lat. crypta. V. Gruta.
Nunes, Gram. Hist. Port-, 302, Said Ali, Gra- CRIPTANDRIO — Do gr. kryptós, oculto,
mática Secundaria, 118, Revista da Academia anér, andrós, homem, elemento masculino, e
Brasileira de Letras, n. 101, pg. 5S, Sousa da suf. ¡o.
Silveira, artigo no Jornal do Commercio, do CRIPTIA — Do gr. krypteía.
Rio de Janeiro, de 6-4-1930. CRIPTOALITA — Do gr. kryptós, oculto,
CRIATURA —
Do lat. crcatura. liáis, sal, e suf. ita.
CRIPTOBRANQUIO — Do gr, kryptós, ocul-
CRIBRIFORME —
Do lat. cribru, crivo,
to, e brágehia, branquia.
o ¡orina, forma.
CRICO-ARITENOIDEO — De crico, por CRIPTOCÉFALO — Do gr. kryptós, oculto,
cricóide, aritenóide e suf. eo; insere-se nestas c leephalé, cabega.
cartilagens. CRIPTOCERO — Do gr; kryptós, oculto,
CRICÓIDE — Do gr. krikoeidcs, em forma e leeros,
análogas.
de kéras, chifre, segundo formacoes
de círculo.
CRICO-FAR1NGEO — De crico,por cri- CRIPTOFIALIDA — Do gr. kryptós, oculto,
cóide, faringe, e suf. eo; vai da cartilagem phulle, taqa, e suf. ida.
cricóide á faringe. CRIPTOFTALMIA — Do gr. kryptós, ocul-
CRICÓSTOMO — Do gr. kríkos, círculo, c to, ophthalmós, ólho, e suf. ia. "
stú'ma, boca. CRIPTOGAMO — Do gr. kryptós, oculto
CRICO-TIRÓIDEO — De
por cricóide, crico, e gamos, casamento
c. tiróide, e suf. eo; vai da cartilagem cricoido CRIP.TOGAMOLOGIA — De criptógamo, gr.
a tiróide. lógos, tratado, e suf. ia.
CRICRI —
Onomatopéia do barulho que faz CRIPTOGENICO — ,Do gr. kryptós, oculto,
o grilo. A
repetiQáo da vogal exprime, idéia da genos, geraeao, origem, e suf. ico.
repeticáo no mesmo sentido, continuidade de CRIPTOGRAFÍA — Do gr. kryptós, oculto,
ruidos ou movimentos idénticos. graph, raiz de qráplio, escrever, e suf. ia.
CRIESTESIA —
Do gr. kryos, gélo, aíslhe-
- CRIPTOGRAMA — Do gr. kryptós, oculto,
sis, sensacao, e suf. ia. e grámmn letra, escrita "
CRIFIOLITO —
Do gr. kryphios, oculto, CRIPTCLITO — Do gr. kryptós, oculto, e
, . :
i
CRIFTOR1STICO Do gr. kryptós, oculto, CR1PTON — Do gr. kryptón, oculto; des-
horizo, limitar, e suf. ico. aspiracáo do espi-A coberto só em 1898, por Travers e Ramsay.
rito forte de horizo comunicou-se ao grupo pt,
dando phth=ft.
CRIPTONEM1DEA — Do gr. kryptós, ocul-
nema, e suf. idea.
CRIME — Do lat. crimen, acusacáo.
to, fio,
cies ;-
; .
mento, decisáo, momento decisivo, pelo lat. fr. eróte. O i por e yem de sílabas átonas de
erise. derivados (M. Lübke, REW, 2330).
— Do gr. chrysele-
CRISELEFANTINO CRISTAL — Do gr. Icrystallos, pelo lat.
nhántinos, marfim. ouro crystallit. E' estranha a apócope do o. Os
— Doe gr. chrysós, ouro, e suf.
CRISSNIO
de'
gregos criam que o cristal de rocha, que foi
é«io;neol. de Berthelot. a priméira forma cristalina que lhes chamou
CRISÍDIDA — Do gr. chrysís, chrysídidos, a atencao, fósse gélo (fcrj/ós) superendurecido.
de oui'o, dourado, e suf. ida; sao revestidos O nome depois se generalizou a todas as subs-
de tons metálicos brilhantes. tancias cristalinas. V. Hoefer, Histoire de la
CRISÍNICO Do gr. chry sinos, áureo, — Botanique, 294-5, 346, que cita Teofrasto, Dio-
e ,suf ico; apresenta-se em tábuas brilhantes doro, Plinio, Séneca.
de um amarelo claro.
.
— De
znante como o ouro. CRISTAO Ghristu, Cristo, e suf. do,
CRISOFANIO — Do gr. chrysophanés, bri- adepto de Cristo. E' urna forma referida por-
lhánte como o ouro, e suf. io. que do étimo lat. christianu veio p port. are.
CRISOFILO — Do gr. chrysós, ouro, e cris chao, cricháo: Costume, he, que seSMgwro
há demanda contra o
phyllon, fólha. alguu que forro seia,
CRISOFTALMO — Do gr. chrysós, ouro, Crischáo... (Foros de Santarém, 4.?, pg. 553).
ophthalmós, ólho. E' um género de compostas, V. Leite de Vasconcelos, Ligoes de Filología
de flores amárelas. Portuguesa, 297. O nome surgiu em Antioquia
CRISOGASTRO — Do gr. chrysós, ouro, e {cognominarentur primum ^ AntiochiaeXdiSci.- :
- Cristiano, nome de
CRISOGLIFIA — Do gr. chrysós, ouro, um ;rei da. [
Dinamarca, ;;; pitayó; de; snomé;;
;
CRISOLITA
:
chrysólithos, pedra
;;
— Do gr.
to, lógos, tratado, e suf. ia.
CRISTOMACO
combaténté; :í de; ;:Cristo.
— '.
;
Do
;;;;
gr. christ'ómachos,
—
•
•de ouro, pelo lat. chrysolithu; tem cor verde CRITERIO Do gr. hritérion, o que serve
¿arnarelada e brilho vitreo para .iulgar. "
•
— —
.: :
— Do gr. hrithomanteía,
lat. chrysoprasu; é de. cor verde maga com
reflexos dourados. Os gregos comparam p seu adivintíacáó por; meio de cevadá.; ;;;;;; ;; ;í};;"5íi:.; ;:v;-; ;
REW,
.
l_L._i
Crócico 144 Crucial
suf.
CRÓCICO
ico.
Do lat. croen, acafráo,
e
CROMOLEUCITO
leucito,
q. v.
— Do gr. chróma, cor
CROCIDISMO — Do gr. krokidismós, agáo CROMÓLISE — Do gr. chróma, cor colo-
de apanhar felpas, pelo lat. crocidismu. ragáo (da retina),
CROCIDOLITA —
e lysis, dissolucáo. Devia
Do gr. krokís, urdidura, ser cromatólise.
e líthos, pedra.
CROCÍPEDE — Do lat. crocu, agafráo, cor,
CROMOLITOGRAFÍA
e litografía.
— Do gr. chróma J
e pede, pé.
CROCITAR — Do lat. crocitare,
CROMÓMETRO — Do gr. chróma, cor
frecuen- (a cor vermelha da hemoglobina),
tativo de crocire, de fundo onomatopéico e metr
raíz de metréo, medir. Devia ser cromato-
(Leoni, Genio da Lingua Portuguesa, I, 297). metro.
CROCO —
Do gr. krókos pelo lat. crocu. CROMOPSIA — Do
CROCODILO —
Do gr. krokódeilos; de visao, e suf. xa. Devia
gr.
ser
chróma, cor, ópsis
cromatovsia
origem egipcia e cujo sentido primitivo foi
verme das pedras, pelo lat. crocodilu. A for-
CROMOSFERA _ Do gr. chróma, 'c6r
e sphaira, esfera. Devia ser cromatosfera
ma grega com iota é a dos papiros ptolo- CROMOSÓMIO — Do gr. chróma',
maicos (Boisacq) é dissimilagao de krokó- cor
;
soma, corpo, e suf. io; porque obtém
drilos. O nome vem do hábito de esquentar- tensa coloragáo com as substancias corantes
in-
se animal
o ao sol sobre pedras lisas. V. ditas básicas. Devia ser cromatosóviio
Heródoto, II,
CROCOISMO
69, IV, 192, 44
—
Do gr. krokóeis, aea-
OROMOTERAPIA
e therapexa, tratamento.
- Do gr. chróma, cor
froado, e suf. ísmo; pela cor do pó. Neol. "de Devia ser cromatote-
rapia.
Beudant. CROMOTIPIA —
CROCÓNICO — V. DÓ gr. chróma, cor tw
Crócico. raíz de typto, bater,- imprimir, e suf. ia
CROCOTA — Do gr. krokotós, scilicet ser cromatotipia.
Devíá
chiton, túnica cor de acafráo, pelo lat ero-
cota, scilicet vestís, túnica.
CROMURGIA
teria corante, érgon, trabalho e suf.
— Do gr. chróma, cor (ma-
CROCUTA
pelo lat. crocuta.
_
Do gr. krokoútas, hiena, do ourgia, segundo formagoes análogas.
ia dan-
'Devia
CROIA —
"Talvez seja urna forma corres-
pondente a coira (ou coiro), para evitar o
emprégo desta palavra, que se usa no mesmo
ser cromaturgia.
fort.
1 11
^
d„ f ¿384, denvam ^
Pac heco e Lameira, Gram. ~
do lat. corona, coroa Fi-
gueiredo deriva do esp. cureña, armacáo
de
.
'•
sentido. Cfr. á palavra curta, com que se canhoes, que a Academia Espanhola tira
procura evitar o emprégo de urna palavra do
lat. curru, carro. M. Lübke, REW 2437 re-
obscena". Julio Moreira, Estudos, II, 218, Corte- jeita aproximagao com o lat. "colondra '
—
• - :
CUME — Do lat.
culmen; esp. cumbre, que deu alcova e com sufixo diminutivo ro-
it. colmo, fr. ant. coume. Are. cuime (Cornil, mánico passbu A ao italiano. grafía com o é
Port. Spr., §§142 e 143, Nunes, Gram. Bist. preferível á adotada por G. Viana.
Port., 78, 126). Cbrtesáo tira do b. lat. cumine CUPUL1FERA — Do lat. cúpula, pequeña
(do lat. acumen). cuba, e fer, raiz de ferré, trazer.
COMEADA —
— De cume e suf. ada. CUPULIFORME — Do lat. cúpula, pe-
CUMBEIRA De cume e suf. eirá. quena cuba, e forma, forma.
CUMINAS — Do lat. cuminu, cominho, CUPULIM — De cúpula e suf. im..
de origem semántica, e desin. as. CUQUIADA — Do malabar kukkuya,
CÓMPLICE — Do lat. "cómplice, unido, bradar, e suf. ada, segundo Yule & Burnell,
junto. apud Viana, Apost L I, 344. Este autor
G.
CUMPKIMENTO — De cumprir, preencher acha estranho por nao haver um verbo
(os '(leyeres da polidez). A Academia Es- 'cuquiar; lembra que o prov. tem coquiado,
panhola deriva o esp. cumplimiento de cum- cotovia, que também assume a forma coquiado:
plir, mas Brachet e Larousse tiram o fr. A. Coelho tirou do tamul kukkuia. Dalgado
coinpliment do it. cumplimento, pelo que é deriva do malaiala kukkuka, bradar, dar re-
possível que o vocábulo tivesse partido da bate. Joáo Ríbeiro, Frases Feitas, I, 138,
Italia. Darmesteter, entretanto, Vie des mots, origina de um jógo de criancas, das quais
158, diz que pertenee ao espanhol o desen- urna se esconde, canta, melhor do que diz,
volvimento do novo sentido. A. Coelho (s. v. as sílabas Cucul a imitacáo do cuco.
Comprimento) acha que a diferenca de sen- CURA — Do lat. Cura, cuidado, se nao
tido entre comprimento e c'umprimento nao um deverbal de curar. O cura é o homem
justifica a duplicidáde de grafía. que cuida das almas.
CUMPRIR
Do lat. complere, encher; — CURABILIDADE — De um suposto lat.
esp. cumplir, it. compiere, fr. ant. complir, "curabilitate, provindo de "curabile, de curare,
mod. accomplir. O u pode explicar-se como ,
curar.
influenciado pelas formas nao rizotónicas. Are.
comprir os '..qua.es assi compriram com a
CURACAU —
De Curgcaii, nome' de urna
:
das Antilhas de Sotavento, na. qual cresce
obrigacáo de seus oficios (Arrais, Diálogos, p. a especie de pequeñas laranjas cuja casca
285). é empregada na fabricagao déste licor.
CUMQUIBUS — - _E' o lat. cum quibus, CURANDEIRO — De um lat. hipotético
com .os quais, isto é, recursos com os quais "curandariu, de curandu (Figueiredo).; V
sé- compram as coisas.
CUMULO
CUNCA —
V. conca (Coran,
— Do lat. cumulu.
Port. Spr.,
curar,
CURAR — Do
it. curare,
lat.
fr.
curare, cuidar; esp.
curer (limpar,* desen-
tupir). Do sentido de cuidar (de um doente) .'
cuneu;
':';
CÚNHA
esp.
— cuña,
Do, lat.
fr.
"cunea
íoin (canto).
em
O
vez de
port.
(das raizes ur, chegar, e ar, cair, e sufixo,
relativo i, propiciamente cai onde chega).
CÚRATELA Do lat. curatella. —
% cuneuj-
are:
:
'
teye
:V:r
conho, regularmente derivado de CURCULION1DEO •• Do lat. curculione, —
:•:>:; KCUNHADQ cognatu, aparen- "
— Do lat.
gorgulho, e suf, ideo.
CÚRCUMA —-Do sánscr. kunkuma, ár.
x tadq esp. cuñado, it. cognato. Especializou
;
'
kurkum.
'
y..^-í;ói-yí?';';vííV;it-lí .í'Sí;:i ;
'
CURRAL —
..,. CUPÉ /
CUPID1NEO — Do
lat. cupidineu.
de corro, de correr (Academia Espanhola),
ensurdecendo-se o u átono. Cortesáo dá um b;
CUPIDO — Do
lat. cupidu.
CUPOM — Do fr. coupon, retalho. lat. cúrrale, de currere, correr.
CURRO —
"
'
.
CUPRATO — Do lat. cupru, cobre, e suf.
A. Coelho tira do lat. currere,
correr. Figueiredo deriva do esp. curro, alias
CUPRESSIFORME — Do lat. cupressu,
..'.
corro; : ;
:
;
V
CURRUCA — Do
VKÍ-ív'i-!¡;i. V;'^;;. ';;í/.
;;
>
cipreste, e forma, forma. lat. curruca, certa ave
CUPRESSINO — Do lat. cupressinu. desconheeida
CURSO — (Juvenal).
Do lat.' cursu; are. cosso
CUPRESSITE — Do lat. cupressu, cipres- ;
:j ...nom se podía cpnlieecr no cosso de suas
:
:rj-'
-
:
: '•
:
;
—
: :
.'.-
-¡ .
ico.
CURTIR Do lát. "conterire por con-
CUPRÍFERO .— Do lat. cupru, cobre, e terere, malhar; esmagar; esp. curtir (Diez,
fer, raiz de ferré, produzir.
Dic. 443, M. Lübke, REW, 2183, Gram. I,
CUPRINQ — Do lat. cuprinu. 437, II, 166).
CUPRIPENE — Do lat. cupru, cobre, e CURTO —
Do lat. curtu; esp. cortó, it.
ipejiñaiií-périáí v;^í^v;ffi/;t\:;i.'i í: í -*:;
; :
'írfv :
:
desoxido, r ,,
CURVIFLORO — Do lat. curvu, curvo, e
COPULA — Do it. cupola, dim. do lat.
'
:
flore, flor.
/icuppft;; taca ; comparou-se a urna taga embor- '
CURVIFOLIADO — Do lat. curvu, curvo, -
Acadá.y SáO' célebres ..* as :: de Santa í Mariá :dei e foliu, fólha, e desin. ado. ; : ;
l
S:í ;.:Q;íft/;;í":i-'
:
, ;
CUSTAR '
Do lat. - constare; esp: —cos- velha palavra oriental que encerrava a idéia
tar, it. costare, fr. coúter. O u
pode pro- de poder supremo pode-se reencontrá-la no fi-
;
vir de' formas nao rizotónicas; Cornu, Port. nal dos nomes dos reis assírios e babilo-
Spr.„ § 25, cita mistas no Testamento de nios Nabukadnestsar, Nabonassar, etc. A
:
; -/
te), dom, proveito. Brachet da ao lat. o sen- DAÑAR — Do lat. damnare ; esp. dañar,
tido de jogad sobre a mesa; de daré, langar, it. dannare, fr. damner.
em cxprcssoes tais como daré ad terram. DANCAR — Diez, Dic, 117 tirou do ant.
Saraiva dá com a accepgáo de piao jogado, alto al. danson, puxar (V. Franzosiche_ Stu-
mudanca de um piáo (no jógo do xadrez). V. dien, 73), al. mod. tanzenr Zeitschrift rom.
Carro, pg. 191. Esp. dado, it. dato, fr. dé. Phil, XXXII, 35, clerivou do lat. demptiare.
Stappers, reproduzindo Scheler, acha que pri- M. Lübke, REW, 2582, tira do fr. ant. dan-
meii'o significou azar, depois jógo de dado, cier que filia, com dúvida, ao lat. dentiare,
jógo de 'azar, finalmente passou a designar proveí* de dentes. Todos éles térn dificulda-
o instrumento que serve para tentar a for- des fonéticas ou semánticas. Esp. danzar, it.
tuna. Eguilaz, que aceita o étimo latino, apoi- danzare, fr. danser.
ando-se cm Forcellini, apresenta o ár. dadd, DANDI — Do ingl. dandy, casquilho.
jógo (Marinha e Souza). V. Golio, Dicionário DANDINAR — Do fr. dandiner (Figuei-
arábico. redo).
DAFNACEA — Do gr. dáphne, loureiro, PANIFICAR — Do lat.. damnu, daño, e
o área.
suf. fie, raíz alterada de faciere, fazer, e desin.
DAFNEFORO — Do gr. da'phnephóros, por- ar.
tador (de ramo) de loureiro. DANISMO — Do gr. danevsmós.
DAFNINA — Do gr. dáphne, loureiro, o DANISTA — Do gr. . daneistés, pelo lat.
suf. ina. danista.
DAFNÓIDEA — Do gr. daphnoeidés, se- " DAÑO — Do lat. damnu; esp. daño, it.
melhante ao loureiro, e suf. eot. danno, fr. ant. dam.
DAFNOMANCIA — Do gr. dáphne, lou- DANTESCO' De Dante, nome de um—
reiro, e manteía, adivinhagáo. poeta italiano que no Inferno, urna das par-
DAGUERREÓTIPO — Do fr. daguerreó-
•
tes da Divina Comedia', pintou horrorosas vi-
type, de Dagnerre, nome de um dos inven- sóes dos martirios dos condenados. O suf. estío
tores da fotografía, e type, tipo. trai a origem italiana.
.PAGUES —
Do hebr. daguesh. DAPÍFERO — Do
"DÁIMIO —
Do chin, tai-ming, grande no- DAR — Do lat; daré; esp.
lat. dapiferu.
dar, it. daré:
me, pronuncaido á japonesa (Lokotsch, 1992).
G. Viana, Apost., I, 348, tira do japonés dai DARDEJAR — De dardo e suf. ejar; f e-
(grande) e viiyau (excelente), sendo o acento rir com dardos. Os raios do sol sao compa-
rados a dardos de fogo.
atraído no composto para a sílaba mais lon-
ga, que neste caso é a primeira por conter
DARDO — Do franco
daroth. M. Lübke,
ditongo. Entende este autor que o vocábulo, 1 REW, 2479, tira o esp., it. dardo do prov. d r, rt.
Diez, Dic., 107, apelou para o anglo-saxñnio
de introducao recente, veio por vía indireta,
provavelmente a francesa, por intermedio dos darth. Larousse cita o céltico dared, langa.
DARGA — Adarga.
periódicos. Dalgado da o étimo de G. "Viana,
jap. daimyo c apresenta o voc. também como
DAB.ICO — V.Do
gr. dareijeós, moeda persa
oxítono, daímió.
com a efigie de Darío. Boisacq tira do velho
DALA — 1 —
(calha do navio) do ant. :
persa e considera fortuita a relacáo com Da-
rio.
germ. dal, fossa (Eguilaz). Para G. Viana.
Apost., I, 349, vem provavelmente do baixo DARMADEIRA — Talvez de adarme (Fi-
Gram. I, 305, tira do ar. daíala, o gueiredo).
af. Diez,
esp. adala, dala, equivalente. V. RFII, I, DAROEIRA — De dragoeira através das
304. formas daraoeira, daaroeira (Cornu, Port.
Spr. 247
§§
—e 255). "
licettúnica, túnica branca, bordada de púr- origem oriental, mas das próprias fontes, as
pura e de longas mangas, importada da Dal- reproduziam com mais f idelidade etimológica
mácia em Roma. e com mais conformidade com a língua portu-
DALTONISMO — De JJalton, nome de guesa do que os "modernos, que acham mo-
delar tudo quanto nos vem da Franca "ou da
um célebre químico inglés que sofría deste
Inglaterra, e até o que nos vem de torna-
defeito visual, c suf. ismo; n'eol. do proCessor
Píerro Prévost, de Genebra. viágem, já avariado". V. G. Viana, Apost.,
DAMA — Do fr. dame. Quanto ao jogo, I, 350.
V. Damas. DASIANTO — Do gr. dasys, peludo, e
DAMALICO —
Do gr. damále, novilha, e ánthos, flor.
suf. ico; foi achado na urina da vaca. DASIGASTRA — Do gr. dasys, felpudo, e
DAMALüRICO — Do gr. damále, novilha, qastér gastr.ós, ventré.
DAS'iMETRO '— Do gr. dasys,
,
oúron, urina, e suf. ícj; foi achado na urina espéssor o
da vaca. metr, raíz de metréo, medir.
DAMAS —
Do ár. ash-shitranj at-taman, DASIPO — Do gr. dasyp.ous, certa lebre
de pos felpudos, pelo lat. dasypu.
o xadrez inteiro, por etimología popular xa-
drez da dama, jogo das damas, damas (Lo- DASIÜRO — Do gr. dasys, peludo, e ourá,
kotsch, 1871). Eguilaz reconhece que o íóto cauda.
procedo do Oriente. Houvo quem derivasse DATA —
Do lat. data, dada, por ser a
.
do céltico tam, disco de madeira, ou do al. primeira palavra da nota costumada, ñas car-
damm, trincheira , (Bonneveine, Académie des tas e documentos, para indicar o sitio e a
jeux, pg. 34). época em que se fazem ou expedem (Whitney,
DAMASCO — De Damasco, cidade da Si- apud Rui Barbosa, Réplica, pg. 154) V. G. Viana, .
<?!
Daíiírio
— 1-Í9 — Decreto
trapa que acumulara ridiculamente thu, ángulo de urna bilha, gargalo (Academia
o suf. ismo. , n
Espanhola, Brachet, Stappers). O esp. tem
dativu, que dado. ,
—Do Do
DA.TIVO lat. e
neo-arico decantar, o it. decantare, o fr. décanter.
DATURA sánscrito e
DECAPÍTALO —
Do gr. déka, dez, e
'"¿"yUCINEA — Do Sr daükos, ataman- -
pétala.
DECAPITAR — Do lat. decapitare, arran-
pelo lat. dau-
to de Creía, urna umbelífera, car a cabeca..
e suf. inea.
ru ' espacie de
Di¿ _
cenoura brava,
Do lat. de; esp., ir. de. it. d' Assu- DECÁPODO — Do gr. dekápous, dckdpo-
dos, que tem dez pés.
miu no latim tardío c no románico forca ge- DECAPROTOS — Do gr. dckñprotoi, os
nitiva (M. Lübke, Gram. II, -14). „„ T „ •
DEAO -
Do fr. doyen (M. Lübke, REW, dez primeiros. pelo lat. deca.pr di.
DECAPTER1GIO — Do gr. dcka, dez, e
'«96- Nunes, Gram. Hist. Port., 96, G. Viana,
348). O tratamento do c revela a
ptéryx, ptérygos, asa, barbatana, e suf i o..
Ano'st I
a Corma portuguesa seria DECASSÍLABO — Do gr. dckasyllabos.
origemíV.' Brachet) ;
urna for-
deado (cfr. o are. deganha). Existiu etimológi-
DECASTBREO — Do gr. dcka, dez, e es-
téreo.
ma intermediaria daiCio. Significou
camente o sub-oficial que comandava dez sol-
DECASTICO — Do gr. dskástichos, que
tem dez versos.
DEALBAR — Do lat. dcalbarc. DECASTILO — Do gr. dckásiylos, que
DEAMBULAR —— Do
lat. deambulare.
debacchare por
tem dez colunas, pelo
DECATLO — Do gr.
lat. decastylos.
déka, dez, e áthlon,
DEBACAR-SE Do lat.
recompensa.
(como urna bacante).
debacchari, enfurecer-se
DEBALDE —
V. Balde. Alfredo Gomes, DECEINAR — Do lat. de e ciáis, cinza
•
o gal. deitar.
DEDICAR — Do lat. dedicare, consagrar DEIXAR
Do lat. laxare, soltar; esp. de- —
dízendo (dicere) o nome. jar, lasciare, fr. laisser. Em
DEDO — Do • lat. digitu; esp. dedo, it.
it. port. ant.
houve leixar: Orne da Guarda que rnolher ou-
dito, fr. doigt. ver a beegó,, se el ha leyxar. (Floráis da
DEDO-DE-DAMA — É urna especie de Guarda, apud Nunes, Crestomatía Arcaica, 4).
. .
uva de longos bagos. A expressao nao é mais As formas comegadas por d nao estáo ainda
que a traducáo do ár. al.-'inab-al-'adzari (Do- esclarecidas talvez, revelem influencia de daré
;
:;
DEFEITO .—> Do lat. Aefectu, falta; esp. assim como que no esp. medieval já aparece ,
.'
Em
re, conceder, dar noticia; esp. deferir, it. de- deixar dá exemplos arcaicos dé deleixar.
feriré, fr.
DEFESA
déferer.
— Do lat. defensa; esp. defen-
DEJECAO — Do lat. dejectione, ato de lan-
gar f ora .'''
sa, it.dtfesa, fr. défense. V
Devesa. V. No- DEJECTO — Do lat. dejectu, o que se
nes, Gram. Hist. Port., 100; o / indica forma langa ora. f
culta ou .estranha.
DEFESSO — Do lat. defessu, cansado.
DELACAO — Do lat. delatione, ato de le-
var (denuncias).
DEFICIENTE — Do DELATOR — Do lat.
—
:
deficiente lat.
DÉFICIT É o lat. déficit, terceira pes- delatare, o que leva
(denuncia).
soa do singular; do; présente do indicativo do
verbo " defícere; faltar. :;:- v '::-
;
tare,
DEFINHAR pref. de e dó lat. fine, — Do o port., assim como o esp., do prov. deleitar
fim (A. Coelho) e desin. ar. DELEITE ^- De deleitar. Are. deleito: vi-
DEFINIR Do lat. definiré, delimitar. —— .
-: :
:
-
DEFLtjVIO-
:
vita,o que já se desobrigou da vida (Bréal, pera, pelo lat. delphica,. scilicet -mensa, mese, de
Essai de Sémantique l&l) ^ Delfos, a trípode da Pitia.
def unto,
.
fr. défunt.
, : it.
, DELFIM
Do gr. delphís, golf iriho, pelo' — .
desiníSar.íSsS-y'j-'W
,
DELFINORINCO '— Do gr. delphís, delphi-'
DEGRAU — Do -lat. *degradu; fr. degré,
.
grau.
nos, golfinho
DELGADO tenro, —rhygchos,
e
Do
foeinho.
delicatu, mole, lat.
DEGREDAR — Forma alterada de degradar depois esp. delgado, it. delicato
fino; (deli- .
(A. Coelho). Do lat. decretare, Cornu, Port. cado), delget, délgé, deugé, dougé.
fr. ant.
Spr., § 214. DÉLIA —
Do gr. delia, festas em honra de
DEGUSTAR — Do lat. degustare. Apolo, deus nascido na ilha de Délos; urna
—
.
DEI Do ár. da'i, título do enviado que das -Cícla.dés: pelo lat. delia.
os crentes mándávam para-a guerraj santa. O :
'
DELIBERAR
Do lat. deliberare, pro- —
titulo,que era trazido pelos dominadores da priamente pesar o pro e o contra na balangá
Argelia, caiu em tal esquecimento no século (.libra) e depois decidir. V. Moreau, Rae. Grec,
XVIII, que foi confundido com o vocábulo tur- 184.
co ddjy, tio materno. .'';
DELICADO — Do lat. delicatu. V. Delgado.
DÉIA : — DoJlat.-: ¿Zea; -deusa. --S- :'' — De delicado e doce (Fi-
'
"' :-
;
DELICODOCE
DEIC1DIO — Do .lat. deicidíú.
-i : -
gueiredo)
DEICOLA — Do lat. deu, deus, e col, raiz DELINEAR — Do lat. delineare.
6\s^co^ere,raáov&r^:^í¿í'í"m:W;:^ DELICIA — Do lat. delicia, (alias prurale
DE1CTICO Do gr. deikt%kós, demonstra- — '-''. tantúm) -.
tivo. '',..-
DBIDADE —Do lat. deitate, divindade. cometer- üma-: falta. ;:
DEIFICAR—
Do lat. deificare, endeusar. DEDIQUAR — Do lat. deliquare, derramar.
DEIFORME — Do lat. deu, deus, e forma, .. DELIQUIO — Do lat deliquiu, abandono .
' '
"
DELTA —
Do gr. delta, nome da quarta
ao
suf
mificacóes (Hoefer, Hisioire de la Eotamque,
letra do alfabeto grego, a qual corresponde
37)
nosso d e tem forma triangular; pelo lat. del.a. DENDRÓBATA — Do gr. déndron, arvorc,
De origem fenicia, cfr. hebr. dalet, porta (Boi- e de
bat, baíno, andar, segundo formacoes
sacq, Go'w e Reinach, Minerva, 5, Isaías Levi, análogas.
Gram ebr., 6). A
denominacao aplicou-se pri-
DÉNDROCÉLEO — Do gr. dendron, arvore,
, . .
DEMITIR —
Do lat. demittere, despedir. :
monio, ,
dentitione. lat.
it. dentro (Archiv für lateinische LexVcographie DERMATOG ASTRO — Do gr. dérma, dér-
und Grammatik III, 2G8). V. Peregrinatio, matos, pele, e gastér, gastrós, ventre
XXIV, 4. DERMATOGRAFIA — Do gr. dérma dér-
DENUNCIAR — Do lat. denuntiare. matos, pele, graph, raiz de grápho, descrever
DEONTOLOGIA — Do gr. déon, déontos, e suf. ia.
<-»»-i,
&
de rhégnymi, romper
G S XXL . ?(í ..
6684, reduz post a pos. Bourciez, IAng. Rom.,
§ 243. apresenta *de-posteis. Cornu, Port. Spr., tos,
DERMATORREIA
peje, e
— Do gr. dérma dérma-
rhoiía, de rhéo, correr, segundo
§ 211. admite que despois deu depois por dissi- formacoes análogas. ^= ""uu
milacao. Leite. de Vasconcelos, Filología Miran-
desa, I, 449, acha o étimo pouco claro por causa
DERMATOSCLEROSE _ Do gr. dérma, dér-
matos. pele, e esclerose
do i. Julga que talvez esteta em poste (lat.
are, conservado em lat. vulgar), tornado na
DERMATOSE - Do gr. dérma, dérmatos, ,>
pele, e suf. ose. ; .
pronuncia comum "posti, como tardi por tarde; BR:iV ATO 'í? RAPIA
de 'posti viria "poiste ou *poist', como quaise ,„„ f?
matos, í - 3Do S r dérma, dér-
pele, e therapeía, tratamento
-
precan. '
DERMOGRAFISMO
graph, raíz de grápho, descrever, e suf.' vsmo
— Do gr. dérma pele
«•><«>.
DEPRECIAR — Do lat. depretiare. Devra ser dermatografismo
DEPREDAR — Do lat. "depraedare por de- formT^f^Iío^^ d6rma > P £le '
e eMos >
predan.
DEPREENDER — Do lat. deprchendere. Ha °S?oV. ~ °
D e su ° gr dÉrma P6le l
PFP^H.rTR _ Do lat. deprimerc. " ' ' - -
.
adeln'nóx. irmáo.
DERENCÉFALO — Do gr. dérc, pescoco, e PnM£-T%
pa
9 °„ í?-
rás
M-Vchí ? e,ls °i<J«e'fica-para tras' .'A.'
:
,-
Cncéinl'K de Vasconcelos, RL, III,
?R?f ñ
IW
DEPTSAO — Do lat. derisiove. ° a " t 'í-
<.
teve deretano, o ant. retranu-
-
tongos quando se segué vogal. que nao é o arrancar os ramos dispersando-os, depois ge-
caso presente. Carré, 428, diz que é de uso nerahzou o sentido. A Academia Espanhola dá
em francés substituir o ípsilon por v quando um b. lat. deramare.
precede r.
DERMATEMIA — Do gr. dérma, dérmatos, DERRANCAR — Para A. Coelho há .iim,
que significa tornar rangoso, arruinar, e vem
pele, Haima, sangue, e suf. ia. do lat. ramcw, donde rancidu, rangoso, © outro,
DERMATITE — Do gr. dérma, dérmatos que significa desarraigar, deslocar, derrear, e
pele, e suf. ¿fe. está por dej-raicar, do pref. de e vem do lat.
DERMATOBRÁNQUIO — Do gr. dérma, radicare (cfr. desarraigar). Cornu, Port. Spr.,
dérmatos, pele, e brágehia, branquia. § 211, vé assimilagáo de de e raneare (de Tun-
DERMATOFIDIO — Do gr. dérma, dérma- eare), com dúvida. Figueiredo vé também dois
tos, pele, e ofidio. verbos, vindo talvez um de raucus e estándosq
. W ¡ .
«.utro. por derrengar. A Academia Espanhola privando-o de carne. Figueiredo pensa que se
deriva» esp derrancar cíe de e ranear, do al. relaciona com sanha.
renken e
.
-.
:
DESBOTAR — Do pref. des e botar no sen-
J do Jvteirtá por nao ser. iñteligível, desde o mo-
1
tido de destnaiar, empalidecer, segundo A. Coe-
v: tnento em que ñipes, rocha sé perdéu; ^no. pas- lho. Mas o prefixo nesse caso seria desneces-
um
:
DERRUBAR Do lat. derupare, atirar do — (C. Michaelis, (ílos. do Cano, da Ajuda, Cornu-,
Port. Svr., §§224 e 319, Nunes. G-ram. Hist.
alto í de ¿urna rocha (rupes) García de Diego, , .
'Contr., n. 180. O esp. tem derrumbar, o it. Port., 301). Esp. ant. decir, v. Cantar de mío
dürv.'nare. Leoni, Genio da Línauá Portuguesa, :
ex, 17~f¡, 1394. Port. are. decer. Canc. da Aiuda,
1, 15, dirupare, que está em Dueange. Cornu, 9772. Na segunda época da literatura aparece
Port. Spr., § 95, acha que vem de derribar, ori- gratado com se, por analogía com os incoativos,
•glnando-se o u por influencia da labial. A. sendo possível que o sindnimo descender tam-
Coelho filia a rupes. Cortesáo, Aditamento, 29, bém tivesse atuado. A. Coelho no Dic, apre-
supóe forma popular de derribar (cfr. Furmino senta o étimo desidere (Diez, Dic. 444) e no ,'
-por Firmino) .
Suplemento decidere com dúvida. Cornu estra-
nha que o c de decidere nao tenha dado ¡i. M.
DERRTJTR — Do lat. deruere. Lübke, REW, 2530, rejeita os étimos apunta-
DERVIXE — Do ár. persa darwesh, men- dos e apresenta o lat. dejicere. atirar t.ai-a
digo, pobre,em turco denvish. V. Da/roés. baixo (Zeitschrift rom. Phil., Beilieft, XXVI,
DESABRIDO — A. Coelho tira do pref. 139) García de Diego, Contr., 191, propóe *disci-
.
passagem do s surdo, ou melhor, dos dois ss esp. tem descoco, a que a Academia Espanhola
a um só, que, por estar entre vogais, tomou o atribuí igual origem.
som sonoro. :
PESflOMPONENDA —
Formacáo latinizada
de descompor.
i.pouco
-abotoar.
usado abrochar, apertar com broche, DESCOROCOAR — Do pref. des, corac&o,
e desin. ar; arrancar o coracáo, a eoragem,
DESAFIAR — Do pref. des e de um hipo- desanimar. Cfr. acorocoar. Houve assimilaeáo
tético*afiar, *.afidar, do lat. fides, fé; signi- do «no. O esp. tem descorazonar, análogo.
;flcariaprimeiro deixar de .confiar e depois pro- DESCRICAO — Do lat. descriptione.
vocar ao combate. Esp.- desafiar, it. disfidare, DESDE — Do lat. de+ex esp. (port. e
sjidare, fr. défier. are. des, prov. que mais tarde
des, ir. des) a
DESAFORO Do pref. des e de um are. — se juntou a preposigáo de. Esp. desde. V. Diez.,
-aforo, aforamento, ato de aforar. Significou Gram., II, 447, M. Lübke, REW, 2514, Nunes,
primitivamente o ato violento que priva, de foro Gram; rrixt. Port., 361.
y a íEpéssoa;! que í o tinha; depois, ato contrario DESDÉM. —
Por desdenh, deverbal de des-
aos bons costumes. denhar (C. Michaelis de Vasconcelos, Glos. do
DESAGUISADO Do pref. des e de aguí' — Cano.- da Ajuda). Pidal, Gram. Hist. Esp., §§
^sado, part. pass. de aguisar, de a e guisar, 63 e 83, explica o esp. desdén por um arcaico
•preparar, 'acomodar. desdeño, desdeñe. O port. e o esp. bem se.po-
DESAINAR Do pref. de, saina (do lat. — .
ala*
•i
-
--JI
; ; . :
hespíame
DESMOPRIO —
Do gr. desmós, la.eo, e- prío,
.. DESFACA 1'EZ — Talvez- adaptaeao do it.
sfacciaiezza. O esp. tem desfachatez que a DESMORREXIA — Do gr. desmós, ligamen-
.'Academia Espanhola. .filia a um facha, cío it. to, rliéfñ-s, ruptura, e suf. ia. ';
.:-defl^rgp^há;í^;:-;'::V:V:ví;;:;' :
-vi
:
-l^V:'íA:' propriamente desfazer um montículo de -
tei-ra
— DESFALCAR _ Do' lat. defalcare, deceoar;
(moróíi)'. V. A. Coelho, Otoniel Moca, O
idioma,, 229, Cortcsáo.
k¡c-„
esp dc-fL' ', it dif}ol"o;e (51 Z-ui ", T l.T' ,
.2519). Diez, Dio., 132, .da o ant. alto al. falgan.
,
Filología Portuguesa,
Viana, Avost., 193, G.
i, zm.^_ cesamento ao flam.. Van Pauteren, sobrenome-
'
__ __ _ ^_ it> _ __
t
de- um gramático que esereveu urna obra. Com-'-
ao germl Usi, liso, escorregadio.; esp. deslizar. ;
mentar-ii Grammatici, difusa, obscura, e chela, '
Ogr.Assós,: Diez, Dic., 191, nao convém fonéti- de moxinif acias. V. Joáo Ribeiro, Curiosidades-
camente;! aiéni: clifíso; q voeabuio so ana.rece /em: Verbads, "174. 1
.Homero. A. Coelho filia a liso; So-usa" da Siivei- DESPEAR — 1 (tirar as peia.s) : do pref.
ra.acha cluyidosal a cognaeao. O s espanhoi des, peia, e desin. ar.
em; deslizard&oi
firmar 1 a 1 dúvida.1 Y. -Ansia,' ieesr, pg. 34..
lado:; do s: em liso parece con-. 2
clesin.
— (gastar os cascos)
ar (BjU, XII, 57) .
: cto
García
pref. desyiriéle-
de Diego,
DESLOCAR ^-dup pref. ciss e do lat-, lo-
.
Conir., 194, dá. o lat. "dispeda.re e .cita o esp. -
—
i :
•
;
M. Lübke, :
-
;.., ;
dismay ,1 1 ma %f, 1 q iai^fmogenji Macht (poder) O . tas esp. despesa, it. speáa, fr. dépense: lil
DESPICAR — •''..
;
,
DI11SP1R
1 Para A. Coelho" é outra forma
que nada tem com mancha. A. Coellro tira, do de despedir; diz §le_ que' lo l&tf expediré! signi- i
acha que está-'por "desmanchar, do lat. emas- Hist. Port., 98) Pode admitir-se urna troca de-
.
prefixos.
culare, de masculu, macho, e quanto a. nasa- —
lagáo do af manda : confrontar; mancha e ma- '-.
DESPITORRADO Do pref. des, pitorra,
etilo -i
:
;i
-
—
1
bastes, e desin. ddd. (
DESMANTELAR Do. pref. des, mantel,
DESPLANTE' —
" .;;:"
desplantar, perder a
De
e desih. ;cí?';:ltira;r::c):; mantel, a Imuralha prote-
]
'"i;l
:
'"l:
y
:;"lltl'tli;
::
. . . /
Despojar
DESPOJÁIS. —
Do esp. despojar (GA Via- J_>ETLRGi.R -A X5o Ia.t. detergeré.
:na, ¿~posi.,
¡
1, Bourciez, L¡ing. Rom., 395).
364, DETERIORAR — Do lat. deteriorare. ^
^
ta de cestuma.
DESTACAR —
Cíes, tima, raíz tac Do pref. rninuicáo pelo atrito. '
(v. atacar) e desin. Esp. destacar, it. ar. DETRITO — Do lat. deiri-Uí, gasto pelo
sia.ccare, ir. détacher. M. Lübke, 8218, HBW, atrito.
liga_ao gót. jrtakica, estaca. DBTüRPAR. — Do lat. de: ¿r-pare '
a gota.
DíuSTiLAjA
Sjaraiva,
—da JAo
f ora,
desculare] caír gota
iat.
tarnbém uní lat. distUtáre.
segundo, e_ canón'íco.
DEUTERÓGAMO — Do gr. cleuterógamos.
DESiiHAE — Do- lat. destinare. casado^ pela segunda! :vezr.A- "A:Á -:'::;;' :
deíiieros,
¡íefr. '"fñneiu, finetu,.eic.). De apertar, : comba- segundo e |)i/raroís A pirámide. A
;i.er; dé perio, por: siríctius ''/interpretar i (traduzir -. DEUTBROPRISMA:: :^ :Do- ;
;
!
:gr.:: deúteros, se-
e interpretar cora exatidáq e rigor) cnegou-se a gundo, e_ prisma, prisma....
DEUTERDSCOPLfv — Do
. ..
calisio, caliriiro), nem analogia (cfr. esiréla, DEUTÓXIDO Do gr. deut, abreviatura —
astro, lagosira, ostra). M. i_-übke, RBW, de aeiííeros, segundo,:- e-óxiaoi i;;;;;; ;;;;K;;f;;
aceita, "o étimo de
ta-o e a'omesmo tempo propoe o esp. destrisar,
8302,
Michaéiís Cortesáo acei- O . .
:
,
DEVA-
VANAGARI DE
—
Do sánsc. devas, brillrante. A
Do sanscr. devanaaari. —
de irisa, pedacinho. Leite de Vasconcelos, Opús- da cidade de deus. A. t A|}HA;íi;Aví';\SVAVUAA^!S¡vA¿::i A :
:
:
DESTRO — -
Do lat. desiru, que ;iá a.parece DE VASSO-- Eigueireclo;: deriva do > pref idey :
.-
por de vitra L direito, no Corpus Glossariorum La- e do lat. fassu, parí, pass.- de /aíeor/'confes-
iinoruvi , li, 45, 14 (l,f. Lübke, Introdncáo, 130, sar. Devasso seria entilo aquele que confessa- :
:'..,-.'. DESTROCAR "destructiare, des- Do lat. DEVASTAR Do laí. devastare, abrir lu-
truir (M. Lübke, RE'W, 2605 esp. áestrosar gar: vazio, arruinar. ; : --::--
A Academia Esp'anhola filia o esp. a iroso,
:
;
Do lat. desulto'riu, Gram., I, 402, Gram., I, .402, RL, 5CIV, 66, Mario
DESV AIRAR —Por desvariar, diferenciar, Barrete, Patos- da Ungua, Portuguesa, 217, Cor-
.
Do ia.t. devoluUt,A'prbpria- —
Abar o conteúdó- de/ uma: maleta. :¡V .AEigueiredo. :
De
DESVELO — De desvelar, vigilar. tDevonsíiíre, condado da
DESVENCILHAE — Do pref. des, vence- Inglaterra, noA^qual- prirneird 7 se 7 estudpu: és^^
tipo, de terreno; neol.. de Murchisonv V. Ho'e-
; :
llio, venci'lho, e desin. ar. O esp. tem. desven-- fer,- Hist. de la,:- Boianigue,; 398/; Bonhaff é - A
:
cijar.
DESVIAR
:
.
—
A. Coeiho tira do' pref. des
'
¡DEVORAR." —
Do lat. devorare; esp. de-
vorar, it.¡divorare, fr. A déuorér A AA
e via. Cortesáo, repetinclo Diez, Gra'úi., I, 11,
tira do lat. deviare, esp. ant. devia-r, it. de-
DEVOTO, -a. Do iat. .devoUí, dedicado, ¡con-
viare, fr. devoyer. Brachet supóe um lat. de- sagrado a Deus_; esv.'it.' devoto, ir. dévot.
^
-
-
ex-viosre, fazer sair do caminho direito; E' pos-
DBXIOCARDIA Do gr. dexiós, direito,
kard, dé 7 7caf íííaA coraeáo, e-suff ici 77 7 --- 7
'^-
DETECTOR —
:
mais possível, substituindo-o por expressóes dwphráamatos, diafragma, odyne dor e suf ia
vagas, tais como demonio e outras (M. Lübke, DIAGAL, DIAGALVES — De Diogo Álves
Gram., I, 25) O sentido etimológico é atirar-se
.
sem dúvida (A. Coelho).
no meio, através. Diabolum Scriptura vocat a DIAGNOSE — Do gr. diagnosis, discerni-
prima sua adversus hominem calumnia (S. Jus- mento, exame..
tino) .
DIÁMETRO
Do gr. diámetros, scilicet — '
DIASTEMATOPIELIA Do gr. diástema, —
grammé, linha que mede, a distancia através diastématos, disjungáo, pyelós, bacía, e suf. ia.
do circulo, pelo lat. diámetros. DiASTEMA.'rOC¿LflDÍj\ Do gr. diástema, — ff
DIANDRO —
Do gr. di por dis, duas vezes, diastématos, disjungáo, cheílos, labio, e suf. ia.
DXASTEMATORRAQUiA — Do
e anér, andrús, homem, elemento masculino. gr. diáste-
DIANGAS — Forma eufemica de diabo ma, diastématos, disjungáo, rháchis, coluna ver-
tebral, e suf. ia.
(Nunes, Gram. Bisi. Port., 157). —
DIANHO — ídem. DIASTEMATORRINIA Do gr. diástema,
DIANTB — Do lat. de+ante (Nunes,denante,
Gram. diastématos,
suf. ia.
disjungáo, rMs, rhinús, nariz, e
Port., 352); esp. delante (ant.
Hist.
de de m
ante), it davanti (de de ab ante), ir. DIASTEMATOSTAFILIA — Do gr. diáste-
deva?it (ídem). Repelindo o étimo ad+in-¡-ante ma, diastématos, disjungáo, staphylé, úvula, e
de Hibeiro de Vasconcelos, Luiz de Lacerda pro- suf. ia.
DIASTEMATOSTERNIA —
póe de+in+ante através de urna forma "delante Do gr. diáste-
(.RFP, III, 234, V, 157). ma, diastématos, disjungáo, stérnon, esterno, e
DIANTO —
Do gr.- di por dís, duas vezes, suf. ia.
DIÁSTILO— Do gr. diástylos, de colunas
e ánthos, flor.
DIAPASAO
,
Do gr. d%a pason, através — espacadas
tytos.
tres diámetros), peló lat. dias-
(de
de todas, scilicet, as cordas, as notas; pelo DIÁSTOLE — Do gr. diastolé, dilatagáo,
lat. diapasón. Era o antigo nome da oitava.
pelo diastolé.
lat.
Cfr. diacatolicao, diaquilao, diafenicaó.
DIAPASMA Do gr. diápasma, o que — DIASTROFIA — Do gr. diastrophé, distor-
sáo, suf. ia.
serve para polvilhar, pelo lat. diápasma. —
DIAPBDESE Do gr. diapádesis, agao — DIATSRMANO V. Diatérmico. for- A
de saltar através
magáo bárbara talvez seja influenciada por
ÍUAPEINTÜ] Do —
gr. diá ponte, scilicet
.
diájano.
DIATÉRMICO — Do gr. diá, através, ther-
choraón, através de cinco coraas, harmonía món, calor, e suf. ico.
que abrange um intervalo de quinta; pelo lat. DIATERMOSTATICA — Do gr. diá, atra-
diapente.
DIAPIÉTICO Do gr. diapyetikos, supu- — vés, thermón, calor, e estática.
DIATESE — Do gr. diáthesis, disposígáo
rativo
DIAPLEGIA
.
Do gr. día, através, en — pelo-lat. diathese (que alias significa urna enfer-
midade dos olhos).
diversas partes, pleg, raíz de plésso, ferir, e DIATESSARÁO — Do gr. diá tessaron,
suf. ia.
DIAPNOICO —
Do gr. diapnoe, transpira--
. . , .
scilicet chordón, através de quatro cordas, har-
monía de duas notas que formam intervalo de .
...
.
persáo,
DIASTÁLT1CO
e metr, raíz do gr. metréo, medir.
— Do gr. diastaltikós, que DIAZOMA Do gr.
•
—diázoma, cmto, divi-
,
cabegas.
DICÉLIFO — Do gr. di por dis, duas vezes,
. .
.
disjungáo, élytron, bainha, e suf. id.
DIASTEIvfATBNCEFALIA Do gr. diáste- — e kélyphos, casca, concha.
ma, diastemalos, disjungáo, encéfalo e suf. ia.
DIASTEMATIA Do gr. diástema, diasté-— DICEOLOGIA — Do gr. dike, justiga, di-
.
reito, lagos, tratado, e suf. ia.
matos, disjuneáo, e suf. ia.
DIASTEMATOCISTIA Do gr. diástema, — DICHOTB — Do" esp. dicho, dito, e suf.
ote. V
DICICLO — Do gr. díkyklos, de dois circuios.
;
,
diastématos, disjungáo, kystis, bexiga, e suf. ia.
DIASTEMATOCRANIA Do gr. diástema, — DICIÉMIDA — Do gr. di por dís, duas
diastématos, disjuneáo, kránion, cránio, e suf. ia. kyema, feto, e suf. ida.
DIASTEMATOGASTRIA Do gr. diáste- — vezes,
DICLINIO —
Do gr. di por dis, duas vezes,
ma, diastématos, disjungáo, gastér, gastrós, vén- e klíne, leito; os orgáos sexuais estáo em
íi; flores
:
diferentes.
;
DIASTEMATOGLOSSIA
<=,
.
'
ma, diastématos, disjungáo, metra, útero e mente, gamos, casamento, e suf. ia.
.:v:yv: :
suf; ia.'
. : _ .
jJicoreu
ite.
DICTTOPSiA —¡ Do gr. díkiyon, rede, ópsis, DIGASTRO3C0PIA — Do gi\ di por dis, .
rliíza, raiz.
:
—
;
ir.s-
truo'^" poetas aos autores").
f.-"5-r, DIG-iTO Do lat. digitu, dedo: os nu- '
'
'
BIDÁTÍCA — Do gr. didaktikó, seilicet .meros d!guos sao aqueles eme se
oom os _dedos das maos (de 1 a*" 10).
nodem contar-
íéchne. a_ arte do ensillo.
-UIDjíil.-PIO — Do gr. di por dis, duas ve-
DiGijj.FO
duas vezes.
—
Do gr. diglyphos, gravado
zes, delphii.s, útero.
DID33MNIDA' — Do gr. di por dis, duas ^
DiGNO Do ~
Iat. dignu; esp. digno, it.
vezes; déinnion, leito, e suf.. ida; aeg-fj rr. digne. Are. diño (Nunes, Gram.
o corpo é jtIísi,. Porz., 118): Eslava o Padre ali sublime
dividido era duas regioes.' e avno (Lisiadas/ i, 22). V. M.'Lübke, Intro-
DIDIMADG-IA — Do gr. áídymoi, testículos, • aucao, § 92.
algos, dor. e suf. ia:
; DID1HIO — Doigr. día ymos, gémeo, - e suf DÍC-OHO
gpnz raiz de gorda, ángulo.
—
Do gr. di- -aováis, liras
io ."
desdebra-se em dois oí itros corpos o pra- e
seódimo e o neódimo. D.LGONÓPORO '— Do gr. di por ais, duas
DIDIMITA Do gr. d/íd.ijmos, ,d rplo, c
vezes, raíz alterada' de gígnomai, gerar,
oon-
suf. Ha: é urna variedad^ de mica.. e .poros, ornicio. o
,;
•
DIDIMITE — Do gr.' dídlimioi, tes ticulos DÍGEAFt) ~
Do gr. di por dis, duas ve-
e sui. ríe. zes, e grajsh, jcsAz'., de. gráplio, esbrever. i
:
.
DIDIMO — Do
DíDtjnAMO — Do
r gr. di por dis, dynarais,
:
g?, dídyr'íios,- gémeo. D-IGRESSaO -— Do ia,t. dÁgressione, caniinho
para sentido diverso'.A: o ;
-
ís.t.diaersse.
DiESE
passar. ssnuton. pelo lat. diese.
—
Do gr. díesis, aeáo de deixar
zélo,
DILIGENCIA — Do
ateneáo pressurosa.
dilectu.
lat áüigentia, amor,
±±oúve urna carrua-
DIET- (regimen) do dáaita, re- :
gem que tinlia éste nome; a principio dizia-se
• ñeroo de rvida. pelo lat. diaeta. ca.rruage-m. de diligencia, isto é, rápida, cncur-
2 (assembléia) do lat. medie%-al diasta, :
tando-se der.ois a. locuc:ao.
dia, eepojs assembléia com dia fixo. mes- A DILIGENTE._ D
o lat. diligente.
DiLOGIA —
,
-M -,•.-'.•- :
iiRi-snsao 159
DIMENSAO .Oo lat. dimensione. — DIOPS1DIO — Do gr. .tíi por dis, duas
D'fMEEO —
gr. di per sis, duas veses, Do •
vezes, ópsis, aspecto, e sufs. iae e io; as vezes
incolcr, as vezes cinsento esverdeada ou verde
em grego dimerés com o
;
e meros , parte; há
mesmo sentido mas que' nao deu o pon..vezes, claro
—
A D1MSTRO — Do gr: di por ais, duas DIOPSIMETRO Do gr. diá, através,
dpsis. visao, e meir, raiz de vietréo, medir.
meir. raía de rastreo, medir, —
:e
DIMIÁRIO — Do gr. di por ais, duas ve- DlOP'TÁSIO Do gr. diá, através, ópio-
mai, ver, e um suf. arbitrario dsio; quando
zes e mys, músculo, e suf. cirio.
'DIMINUIR — Do lat. dhniniiers. os eristais sao clhados por transparencia, vfiem-
DIMORFO — Do
~
gr.. dímorplios, com duas se ordinariamente os reflexos interiores dos
planos de elivagern.
x0L
DINAMIA — Do gr. dynamis, fórca e DIóPTRICA — Do gr. tiAoptrucé, semeet
iéclins, a. arte relativa á refracáo da luz.
DIN AMIGA Do gr. áynamüié, forte, P'OPTRO — Do gr. dioptron, espelho.
á fórca.
.ativo DIORAMA — Do gr. diá, através, e hóra-
Do gr. dynamis, fórca, e espetáculo.
DIN ÍISMO T,ia,
DICRITO — Do gr. dior, de dioríao, lími-
su -s.0
e iio; neol. de d'Aubuisson,
"din AI 1ITE Do gr. dynamis, í-órca, tai 1
, definir, e suf.
su " indica que -os elementos da. rocha se distinguen!
DIN AI IIZAE Do gr. dynamis, fórca, fácilmente.
s suf._ sr r. DIORTONTE Do —
diorthoún, clior- gr.
T
IO — De »". d.ynamis, fórca (elé- íliónios, corretor, retifica.dcf
DIORTOSE — Do gr. diórihosis, corregao.
DIÓSMEA — Do gr. diá, por meio de,
-
.-erica;.
DINAMOGEMIA — _^
-
dynamis,
-
Do Í6r-
ea
suf
nen, raiz de gignomvsi, gerar, e su¿. , .. ia- osmé, cheiro, e suf. ea; as fólhas tém na
" '
DINAMÓMETRO — Do gr. aynamis ~ór- parte inferior j^ontos glandulosos que segregan!
ea msir, raiz de metrso, medir. urna esséncia ~ de cheiro aromático milito .pe-
" '
e'
DINáMOSCcPIO — Do gr. dynamis, ¿orea, netrante, percebido de multo longe.
skop. raiz. do skopéo, clhar, e suf. ío. DIÓSPIRO — Do gr. dJ.óspyros, pelo lat.
DINA.R —
Do servio e do arabe-persa diñar. diospyros
—
O étimo primordial é o lat. áenariu, já conhe- DIOSTILO . Do dyo, dois, stylos,
eido na india em principios da era vulgar, coluña.
¡
—
>
(éfr.
'
deriva do fr. ant. lintel (mod. Mnteau). Acsrps. carnada dé tecido celular entre as dalas tábuas
do étimo primario reina a maior diversidade. dos ossos So :;oránio. :
—
. :
:: :
: em torno;] comoi termo : de: arte,; .-é- ppssível- que — Do gr. dipióos,. duplo, e suf
DÍPLOITA
;
:.;
.
— .
—
.
DIPLOPIA —
Do gr. dipióos, duplo, óps, DISCÓFORO —
Do gr. diskophóros, por-
opós, ólho, vista, e suf. ia. tador de disco, pelo lát. discophoru, o escravo
DIPLOPODO —
Do gr. dipióos, duplo, o que serve á mesa, carregando travessas.
poús, podós, pé. DISCCGÁSTRUDA De disco e gástrula. —
DIPLOPTERO —
Do gr. diplóos, duplo, e DISCOIDE — Do gr. diskoeidés.
ptcrón, asa. DÍSCOLO — Do
dyslcolos, difícil de gr.
DIPLOSSOMIA —
Do gr. diplóos, duplo, viver, pelo lat. dyscolu; própriamente é o que:
soma, corpo, e suf. ia. nao se contenta com qualquer comida.
DIPLOSTfiMONE —
Do gr. diplóos, duplo, DISCOMICETO Do gr. dískos, disco, s —
e stcmon, filamento, estamc; o número de mykes, myketos, cogumelo.
cstames é duplo do de pétalas. DISCONANTQ — Do gr. dískos, disco, n
DIPLOXILO —
Do gr. dipióos, duplo, e de ligacao, e 'ánthos, flor.
xylon, madeira, lonho. DISCONDROPDASIA — Do gr. díslcos, dis-
DIPNEUA1ÓNEO — Do gr. di por dís, duas co, chandros, cartilagem, plásis, agáo de mo-
vezes, pnetímon, pulmáo, e suf. eo. delar, e suf. ia.
DIPNEUSTA — Do gr. di por dís, duas DISCORDE — Do lat. discorde, que nao
vezes, pneústes, asmático, que respira. Tem concorda.
respiracáo pulmonal e branquial. -nipr^T-Rico —
Do gr. dískos, disco, e
DIPNÓ1CO —
Do gr. rfi p«r dís, duas ve- thríx, trichós, cábelo os cilios estáo dispostos ;
DIPTERIGIO
vezes, ptóryx, ptórygos, asa, barbatana, SScIs 6 SVlf XOj
suf. 10.
e
DISÉCELA — Do gr. dysekoia, dureza dé-
DÍPTERO — Do gr. dípteros, de duas ouvido
asas. DISEMIA — Do gr. dys, mal, haima, san-
gue, e suf.
DIPTEROCARPACEA — Do gr. dípteros, ia.
DISENTERIA — Do gr. dysentería pelo,
de duas asas, karpós, fruto, e suf. ácca; o lat. dysentería.
.fruto o protegido por um cálice persistente
com duas grandes asas. DISENTERIFORME — Do lat. dysentería
e forma, forma.
DIPTEROLOGIA — De diptero, gr. lógos, DISEPATIA — Do gr. dys, mal, hépar,
tratado, e suf.
DÍPTICO— ia.
Do gr. díptychos, dobrado em hépatos, fígado, e suf. ia.
DISERTO — Do lat. disertu, que diserta.
dois, pelo diptychu.
lat.
DIPTOTO — Do gr. díptotos, com dois DISESPERMATISMO — Do gr. dys, mal,
e espermatismo.
casos, pelo lat. díptotos.
DIQUE — Do neerl. áijk. DISESTESIA — Do gr. dys, mal, aistliesis,
sensacáo,
DIREITO — Do lat. directu; esp. derecho, DÍSFAGIA
e suf.
—
ia.
Do
gr. dys, mal, phag, raiz
it. diretto, fr. droit. Are. dereito: firmadas
en sseu dereyto en sseu poder (Traducáo por- de phageín, comer, e suf. ia.
tuguesa do Fuero Real de Afonso X, apud DISFARCAR M. Lübke, —
3215, re- REW,
.
jeita filiagáo ao lat. */ars« ou fartu, recheado,
Nunes, Crestomatía Arcaica, 10). Nao parece
farto, igualmente "disfartiare (Studies and notes
procedente a afirmacáo de Pacheco Jor., de
que o sentido jurídico venha por influencia ger- in philology and litterature) O esp. teni dis- .
DISLOGIA — Do gr. dys, mal, lagos, DISTERMASIA - Do gr. dys, mal, e ther-
masía, aquecimento.
discurso, e suf. ia.
DISLOQUIA — Do gr. dys, mal, lochia, DÍSTICO — Do gr. dístíclwn, dois versos,
pelo lat. distichon.
e suf.
DISTICOFILO — Do gr. díslwhos, disposto
lóquios, ia.
DISMENORRÉIA — Do gr. dys, mal, e
em duas filas, e phyllon, fólha.
DISTILO — Do gr. di por dls, duas vezes,
menorreia.
DISMNESIA — Do gr.
. .
dys, mal, mnesis,
e stylos, coluna, estilete.
memoria, e suf. ia.
DISMORFOBIA — Do gr. dysmorphos, DISTINGUIR — Do lat. distinguere, se-
deforme, phob, raiz de phobéo, ter horror, e parar.
DISTINTO — Do lat. distinctu.
suf. ia.
DISODIA — Do gr. dysodia, mau cheiro.
.
urna almunita em que o antimonio é substi- DISTOMATOSE — Do gr. di por dís, duas
tuido por arsénico (Lapparent) vezes, stóma, stómatos, boca, e suf. ose. E'~
DISOPIA — Do gr. dys, mal, óps, opós, estado mórbido
DISTÓMIDA
causado por dístomas.
— Do gr. distamos, de duas
ólho, vista, e suf. ia.
DISOREXIA — Do gr. dys, mal, órexis, bocas, e suf. ida.
— Do gr. dys, mal, topos, lugar,
apetite, e suf. ia.
'- DISTG'PIA
DISOSMIA — Do gr. dys, mal, osmé, e suf. ia.
— Do lat. distrahere, arrastár
cheiro, e suf. ia. DISTRAIE.
DISOSTOSE — Do gr. dys, mal, ostéon, para diversos lados.
6sso, e suf. ose. DISTRIBUIR — Do lat. distribuere, repar-
DISPAR — Do lat. dispare, desigual. tir entre as tribos
DISPARAR — Do lat. disparare, separar, DISTRITO — Do medieval districtu,. lat.'
diferenciar. Ode arrojar, soltar veio
sentido extensao de territorio dependente da meuma.
da maneira rápida de fazer a separacjáo. jurisdicáo.
DISPARATAR — Do lat. -disparatare, fre- DISTROFIA — Do gr. dys, mal, trophé,
qüentativo suposto de disparare, separar, alimento, e suf. ia.
DISURIA — Do gr. dysouría, dificuldade
tor-
nar desigual.
de urinar, pelo lat. dysiiria.
DISPARÉUNIA — Do gr. dys, mal, pá- DITA — Part. pass. fem, de dizer, subs-
rennos, esposa, e suf. ia. tantivado, cfr. esp. dicha, buenadicha (A. Coe-
DISPENDIO — Do lat. dispendio. lho). Figueiredo tira, com dúvida, do rad. do
DISPENSAR — Do lat. dispensare. lat. ditare, enriquecer. Cortesáo, citando além
DISPEPSIA — Do gr. dyspepsía, digestao
'
dispersu.
DITADOR — Do lat. diot atore, o
lat.
DISPIREMA — Do gr. di por dís, duas que dita
vezes, e speírema, novelo. (as ordens)
DISPLICENTE — Do lat. displicente. DITAME — Do lat. dictamen.
DíSPNÉIA — Do gr. dyspnoia, respiragáo DITAR — Do lat. dictare; esp. dechado.
pelo lat. dyspnoea.
difícil, DITEISMO — Do gr. di por dís, duas
DISPONDEU — Do gr. dispóndeios, de e suf. ismo.
vezes, iheós, deus,
dois espondeus, pelo lat. dispondeu. DITÉRIO — Do gr. deilctérion pelo lat.
DISPON1VEL — Do lat. "disponibile, cal- dicteriu.
cado em disponer dispor. e,
DITICIDA — Do gr. dytihós, mergulhador,
DISPROSIO — Do gr. dysprósodos, de e suf. ida.
acesso difícil; neol. de Lecoq de Boisbaudran.
DISPUTAR — Do lat. disputare.
DITIONICO —
Do gr. di por. dís, duas
vezes, theíon, enxofre, e suf. ico.
DISQUESIA — Do gr. dys, mal, chézo, DITIRAMBO — Do
dithyrambos, epí- gr.
evacuar, e suf. ia. teto de Baco; pelo lat. dithyrambu. Segundo
DISQUISIQAO — Do lat. disquisitione. alguns autores, Baco tinña éste epíteto (.di por
DISSECAR — Do alt. dissecare, cortar. dís, duas vezes, thyra, porta, e ambaíno, pas-
DISSEMINAR — Do lat. disseminare, se- sar), porque, saldo do seío de Semele e de-
mear em diversas diresóes. pois da coxa de Júpiter, tinha entrado na vida
DISSENSAO — Do lat. dlssensione. por duas portas. Segundo outros, o epíteto vem
DISSERTAR — Do lat. dissertare, desen- de thríambos, hiño triunfal, e segundo outros
volver, discutir. ainda, de Dithyrambos, nome de um sátiro do
DISSIDENTE — Do lat. dissidente, que se cortejo do deus. Nenhuma etimología satisfaz
a Boisacq, que dá ainda tentativas de Stur-
senta á parte, que tem opiniáo diferente.
DISS1DIO — Do lat. dissidiu. tevant, Peterson e Charpentier.
DISSÍLABO — Do gr. disyllabos, que tem DITIRO —
Do gr. díthyros, de duas portas.
'
duas sílabas, pelo lat. disyllabu. DITO — Do lat. dictu; esp. dicho, it. delto,
DISSIMETRIA — Do gr. dys, mal, e ss- fr. dit.
M/ietria.
DISSIPAR — Do lat. dissipare, espalhar DITOGRAFIA — Do gr. dittographía, escri-
i:Cáe la. ta dupla.
DiTOLOGIA — Do gr. dittología, palavra
DISSISTÓLICO — Do gr. di por dls, duas dupla, sinonimia.
vezes, e sistólico.
DISSOLUTO — Do lat. dissolulu.
DITOMO
6 íom, raiz alterada
—
Do gr. di por dís, duas vezes,
témno, cortar. de.
DÍSSONO — Do dissonu. lat. DITC'NGO — Do gr. díphthoggos, dois sons,
DISSUADIR — Do lat. dissuadere, desviar pelo lat. diphthongu.
de urna idéia. DÍTONO — Dó gr. dítonos, de dois acentos.
DISTANÁSIA — Do gr. dys, mal, e tha- DITRIGLIFO — Do gr. di por dís, duas
nasía, morte, segundo a analogía cora eutha- vezes, e. triglifo.
nasía, morte feliz.
DISTAQUIO — Do gr. di por dís, duas DITROPO — Do gr. di por dís, duas vezes,
vezes, stáchys, espiga. e trop, raiz alterada de trepo, virar; o funículo'
DISTAR — Do lat. distare. descreve urna volta espiralada.
—
DISTELASIA — Do gr. dys, mal, thelázo, DITROQUEU Do gr. ditróchaios, duaá
árnamentar, e suf. ia. vezes troqueu, pelo lat. ditrochaeu.
DISTÉMONE — Do gr. di por dís, duas DIURüJSE .— Do gr. diá, atiavés, oúresis,
vezes, stémon, estame. ato de urinar.
DISTBNIO — Do gr. di por dís, duas DIURNO —
Do lat. diurnu.
vezes, e sthénos, fórga;'pelo atrito desenvol- DIUTURNO — -Do lat diutumu
DIVA — Do
. .,
_
verse urna eletricidade positiva em certos cris- it. diva. Larousse atribm ;
tri-
um-
bunal, depois assento dos empregados,
e de elivagens.
. . . . . . .
-- 162 Dftjaroía'.íiía
assento cómodo, para repouso. Segundo Eguilaz, Spr., §§ 95 e 25¡ A. Coelho, Leite de Vas-
o eonselho de estado, "presidido- pelo Sultao, concelos, Esquíese d'une dialeciologie portugai-
reunia-se em sala onde, junto as paredes, liavia se, Cortesáo aa o der. are. debadoira.:
98).
soíás sem costas nem bracos. Mandara a meestre Joane fazer urnas de B aaaoy-
DIVAGAR — Do lat. amagare, vagar por ras pera sacar os navyos. (Dissertagóes crono-
diversos- lados. : -
DOBLETE —
Do esp. doblete. A Coelho
fio, raíz alterada de faceré, íazer. e desin. ar. tira do lat. dupla, duplo, e suf. efs; duplu
DIVEBSIFLOBG Do lat. diversu, di- deu dobro, em port., o qual daria *dobreie.
verso, e flore, flor. DOERA —
De dobro. "Porqué se llaman
DIVERSO — Do lat. aivB'i m, volcado para así es difícil apurar y puede ser le dijesen
-
D-OBREZ
DoBRO — Do lat. duplu, duplo: esp.
— De dobro e suf. es.
DIVIDA — Do
debita, .devida (quan-
DOCA — Do hol. doles, bacia, através
lat. doble, it. ácavio, fr. aovóle.
tia) esp. deuda, ant. it-.' detta, fr. dette.
; A " .
formo, devida (proparoxítona e nao paroxítona do ingí. dock (A. Coelho, Bonnaffé)
corno era Lecies, I," 232) aparece no Testamento DOCAINA — De doce e suf. aina; o esp.
de A.fenso II (Leite de Vasconcelos, Eicóes de tem dulzaina, o ant. it. dolzaiita, que M. Lübke,'
Filología -Portuguesa, 92) .- Cornu, Port. Spr. REW, 2792, dá corno tirados do ánt. fr. dous-
§ 11, explica o i tónico por influencia do i saine, der. -de douco, doce. Bevia ser um instru-
silaba seguiate. Nunes, Gram. ílist. Port. 66, mento de suave som.
salienta que é vocabulo popular- apesar de pro- DOGAL — De doce (Figueiredo)
paroxítono.
DIVIDENDO" — Do dividendu,
V -
. :
".
y lat/ y dvoim/iii y tyv y Adivinho) ticada, a principio amarga, fica depois ado-
DIViSA — Do fr. devise (M. Lübke, REY/, cicado.
—
•
2708) DOCENTE
— Do — DoDo gr.
lat. docente, míe ensina.
._
Di ViSAR divisare, ronartir, di- lat.
DOCBTA. dokéo, parecer; estes
vidir; esp. divisar, it. divisare, fr. deviser. Í)o
heresiarcas pretendiam que Jesús só tinha nas-
sentido de dividir, distinguir! por influencia cido, morrido'-e ressucitado em apa.réncia..
de visiio vsio o de ver distintamente.
—
.
pelo novo.
lat. divulgar espalhar DODECAEDRO — Do gr. dodecaedros, de
doze faces.
DIVULSAO — Do DODECÁGINO — Do gr. dódeka, doze, e
, ,
divulsione. lat.
— DIXE Cortesáo deriva do esp. '.je, que ¡
gyné. muiher, .elemento feminino.
tira do- ár. deh. A .Academia Espanhola' tira DODECÁGONO — Do gr. dodekágonos, de
do gr.. dípiyclia, a-través do lat. divtycha, ta- doze- ángulos -
'
decir, it.
;
-
DODECABSTALO — Do gr. 'dódeka, doze,
.fr. diré. -
:
B — Do lat.
"
e pétala.
'mam matar um
.
DI
em des, depois fazer- perecer.': em grande- nú-
. '
"'
.
DOGE—
Do veneziano doge, que se prende
-ser.- intermediario: entre y os homens e os anjos. V
:
:
— no va
'
deverbol de doleré, doer (Diez, Gram. II, 267, DOGMA — Do gr. dogma, decisao, decreto,
Wiener Siudden, XXV, 99, M. Lübke, :REW, ;
pelo- lat. dogma.
2727, Cornu, Port. Spr., § 130).. A forma dolus DC'GUE — Do' ingl.
dog, cao (A. Coelho).
(dolor) aparece noyyOorpus-ylnscriptionu'm. Eati- Ant. dogo, v. Silva Correia, Influencia do
narum, III, 103; V, Í63S X, 1760, e em Como- ;
>
inglés, no portugués, 36.
»diarro A Aro. AábA:A.bsí ymdisyypellios dos -sacer-
;. DOIDIVANÁS
-
De doído e vüo (A. —
dotes cv.bert.os de doo (Inéditos de Alcobaca, Coelho).
,3a p. 76). Esp. duelo, it. duolo, fr. ant.. duel, DOIDO —
Diez, Gram.. I, 91, tirou do ingl.
raod. deuil. V. Bourciez, Ling. \Rom. §-191, dold, insensato Leoni, Genio da. Lingua- Por-
Ciaulc,c , iiin i/t'f 'i, ;s e 21 2 (nota — .
atribuí ao teorista italiano Doni a substituicáo como -o fr. dodeliner, dorloter, de urna palavra
XLcí Musique, pg. -475). D -.-,!
Dourai
DGLICOCBFALO — Do gr. doliónos, com- DOINA — Do lat. domina; esp. dueña, : it;
,;;
í
s;
?
meiho usado ñas parada,la (I pelos, janízaros bonito e delicado. Seu nome apresenta dimi-
"fcotsch, 530). "Alguns autores admite
me nutivo ern vária.s Irnguas esp. comadreja, :
tíiacao do húngaro e de iínguas esl comadrinb.a. it'. donno!a,_ mulherainha, fr. be-
""DOLMEN —- Do gaélico taimen, meas de
;
Zsíís, belinha, Schdnücrlein, animalzinho bo-
cedra. nito em. bávaro. A. Coelho rejeita s. origem de
DOLO -=- Do lat. dolu. '
"DOLOMÍA
DOLOMITA — De Dolomie-u, .
sobrenome DONO —Do lat. domnu por dominu, senhor;
de una eoiogo francés: neologismo criado pe'io
s
-
Vasconcelos. Licoes de Filología portuguesa, 'cora door e tristeza (Leal ConseVn.eiro, p. 18).
49). "V. JA Lübke, Gram., I, § "634,. Ili, § 130).- ¿carece masculino no Boosco dellsyioso: todo
DOMABTLIDADE — Do lat. "domabilitaie, o 'dor Ivomrioso (can. I).
calcado era d.omat¡ile, domável. AOOP — —
Do ár. dJinrra.
DOMAR — Do lat. domare, acostumar ern Dc-RCADB Do gr. d.orhás/ cabrito mon-
casa,, domesticar; esp. domar, it. domare. tes nelo lat. d,orcad,e.
DOMESTICO — "Do lat. domesíicu, habi- 'dGRIDIDA —
Do f'.r. dorís, dorídddos, faca
tuado em casa., manso. de cozinlia. segundo Rámiz.'
DOMICILIO — Do lat. d.omicil-iu DORtEORO — Do gr. doryplióros, porta-
DOMINAR — Do lat.. ".dominare por do- nelo
dor de lanea. lanceiro, lat. doryplioru.
DORMINHOCO — De dormir e "do suf.
'
minari.
DOMINGO — Do lat dominica. seilicet composto inh-oco (A. Coelho). __
DORMITORIO — Do lat. dorviiiorin. tiá
' ' - :
mingos, neme do santo fundador da Ordem, e r. o aberto exia'em todavía, esclareclmento (Iví.
suf. .ano: Lübke, BEW, "9086). Esp. duerna, prov. ant,
A
—— DoDo
DOMINIO lat. dominin.
dorna. Academia. Espanliola tira, do o, lat.
DOMiNó atra- lat. domino, Senhor,
dorna. A :
•:
:
penitencia dois frades culposos. Para matar De dose e de fie, raiz alte-
ó xcrooo, co.faiam ern cuadriláteros pequeñas ra.da. do lat. faceré, fazer, e desin. o:r.
•
pedras brancas ñas' quais gravaram pontos pre- DOSIMETRÍA —
Do- gr. dosis, dose, metr,
tos em número variado Em seguida comecaram .
raiz do gr. meiréo, medir, e suf. ia.
a, díspor as peoras de maneira que formassern DOSSEL —
A. Coelho, que escreve docel,
diferentes eombinacoes. E táo agradável se diz que o fr. tem d,aís, o prov. deis; o sen-
Ihes tornoií essa distracáo que, urna vez cum- tido "primitivo" é o de mesa de jantar, lat.
'.,
-'..prieta- a pena, a comunicaran!-' aos demais -fra- disou (Littré). A
Academia Esrjanholo. dá o b.
des cía comunidade os auais se a,pai:-;onaram la.t. dor sale como étimo. Cortesáo dá o lat.
logo polo novo jógo. O jogador qtie colocava dorse'dv, e cita a forma '.arcaica dorsel: BTuito
tod" as 'ni: -ieá r= o "neno rué os ostros, bem alcatifada, dorsel. cadeiras e almofadas
'
',-
rnanif estava sua saíisfacáo (como é- de praxe
/: (García de- Rezende. Vida da- InfaniaD.Bee^-
entre religiosos ao fim de qualquer trabarho), tris, fl. 99 v.). Guando se distinguía na pro-
exclamando Bened.ica.mus Domino i E assiro. á
pálavra Domino, proferida no fim de ea.da par-
nuncia oes
escrevia-se dossel, como nota,
Ribeiro de Vasccnceloz, Grant. Hist., 34; pa.ra ,
tida, .acabou por designar o jógo. Be non é a grafía docel talvez tivesse havido influencia
.".
vero. Bonneveine, Académie des -jeux-, 296,
'.'
. -
do vocábulo latino caeln, devida a urna falsa
At alega oue certa, ordena de: mongos usava. habito, analogía.
rneio -branco meio preto, chamado dominó, de DOTE' — Do lat. dote: ésp. dote, it. cZoíe
A modo que é possivel que o nome fósse apli-
-
(íem.), fr.- dot (fem.). Trocou o género la-
ca.do as pocas do jogo porque tarnbém eram tino. em port. (como em esp,), talvez por mríuen-
brancas e" pretas: cia de dom.
— — .. ^
'
.,
De Dome, norne de um célebre
,
DOMITO DOTIENENTERIA Do gr. dcihien, lu-
Puy da Alvérnia, cujo macice é formado deste morzinho doloroso e inflamado; ente-ron, intes-
material (Roauette Pinto, .Mineralogía, ÍT9) tino, e suf. ia. '-
DOURADA — De
A.s
-
DOUS — Do-
lat. dúos, esp.
fr. deux. Devia ter havido urna forma inter-
dos, it. due,
ques
— Do gr. dryás, ninfa dos bos-
DRÍADE
(de carvalhos);
pelo lat. dryade
mediaría *doos onde houve urna dissimilagáo
com o ensurdecimento do segundo o (Nunes, rir.;£?
dríade, e suf.
- Do gr dr y &s lat 'dryade,.
^ en.IADE - > -
DOUTO — Do lat. doctu, ensinado, ins- cobra, e suf. ida; sao cobras de árvores
truido DRIóFILO — Do gr. drys, carvalho, árvo-
DOUTOR
.
—
Do lat. doctore, o que ensina, re, e phil, raiz de philéo, amar.
o que sabe para ensillar.
— DROGA — Do neerl. droogen,. seco (mer-
DOUTEINA Do lat. doctrina. caduría enxuta), segundo M. Lübke BEW
DOXOLOGIA —
Do gr. doxología, agáo 2777. Lokotsch, 549, tira do ár. durawa, debu-
de glorificar. Reeíta-se no fim dos salmos e lho, donde, através de drawa, "drowa, o esp
comeca por Gloria Patr'i {dóxa, gloria) droga e o
DOZE — Do
duodecim; esp. doce, it.
lat.
it.
neerlandés,
drogue; rejeita derivacáo d¿
fr.
do persa daru, medicina, do lat
dodici, fr. douze. Houve provávelmente urna trochiscus, gr. trochískos, pilula, do eslavo-
forma "dodece com absorcáo do u, outra dodce
sincopada (Pidal, Gram. Hist. Es2i., § 89, cita DROGUETE Do fr. droguet. —
o esp. ant. dodze, ainda atestado pela forma
dodzi dos judeus espanhóis de Viena e Belgra-
DROMEDARIO
_
—
Do lat. dromedariu, de-
rivado de dromeda, de dromas, do gr. dromás
do). O grupo dz depois simplificou-se dando s scilicet kámelos, camelo corredor. Bernardes
que por formar sílaba com o o devia trazer Nova Floresta, Confianza em Deus, diz: '
a apócope do e final (esp. ant. doz, Pidal, op. especialmente os (canrelos) da especie que
cit. § 28, nota), mantendo-se esta vogal por chamam drómade, ou dromedarios, é tal a sua
analogía com onze, quatorze e quinze, onde velocidade (como o mesmo nome grego indica
devia ficar (Pidal, op. cii., § 71). V. Nunes, porque DROMOS quer dizer ligeireza) que ven-
Gram. Hist. Port., 133, 141, 154. cem por
DRACINA —
Do gr. drákaina, dragáo- DROMOMANIA
dia trinta leguas.
— Do gr. drómos, corrida,
fémea, pelo lat. dracaena, se nao da raiz drac, e manía, loucura.
de drákon, dragáo, e suf. ina, próprio de subs-
tancias químicas; extrai-se do sangue de drago. e
DROMORNITO —
ornis, órnithos, ave.
Do gr. drómos, corrida,
V. Draconina. _DROPACISMO — Do gr. dropakismós, epi-
—
DRACMA Do gr. dr achiné, pelo lat. dra-
DROSERA — Do gr. drosera, orvalhada,
I3.CÍ10
chma. Lewy filiou o gr. ao semítico e Cppert
áo assírio, o que Boisacq repele. '
grifo.
DRACONIANO — De Drácon, nome de um DROSÓMETRO — Do gr. drósos, orvalho,
arconte eponimo que promulgou um código que e metr, raiz de metréo, medir.
prescrevia a pena de morte nao só para os DRUIDA — Do, lat. druida, de origem cél-
erimes mas também para as menores faltas; tica. Em certos días do ano estes sacerdotes •
daí dizer-se que as suas leis eram escritas com gauleses deviam recolher com foices de ouro
sangue. o visco sagrado nos carvalhos das florestas
DRACONINA —
Do gr. drákon, dragáo, e (célt. deru, carvalho, bosque, floresta).
su. ina; é urna resina vermelha, extraída do DRUPA —
Do gr. arupepés, maduro na
arvore, pelo lat. druppa. Aplicava-se á azei-
sangue-de-drago.
DRACONT1ASB —
Do gr. drakóntion, pe- tona que comegava a amadurecer (Saraiva)
queño dragáo, a filária de Medina, e suf. ase. generaiizando-se depois a todo fruto carnudo
DRACONTOSOMO —
Do gr. drákon, drá- de caroeo lenhoso.
RX
kontos, dragáo, e soma, corpo.
n-
Pmto, ? Ü^
~~, Do aL Dr üse, bolota
Mineralogía, 37).
(Roquette
DRACUNCULOSE — Do lat. dracunculu, DRUSIPORME —
De drusa e lat. forma,
pequeño dragáo, a filária de Medina, e suf. forma. :' '
ose.
DRAGA — Do ingl. drag (de to drag, arras- DUAL Do— lat. duale.
tar). V. Bonnaffé.
DüBIO — Do lat. dubiu.
— ~
DRAGaO — Do gr. drákon, pelo lat. dra- ^¥tW-?-£? 1VO Do lat dubitativu.
cone. DUCADO
Do it. ducato. Esta moeda
-
DRAGONA —
De dragáo. Originariamente, de origem ita-
pega do equipamento dos dragoes; em francés
DUCHE —— Do lat.
é urna correia ou cordáo duplo, preso ao punho JRVCIN-A- Do'fr. doucine (Figueiredo).
da espada ou do sabré e passando pelo pulso. ductile, que pode ser-
levado.
Em espanhol também Toro DUELO — Do lat. duellu, combate de
— Do lat. ydráconariu,
Gómez)(v.
DRAGONÁRIO o duas pessoas.
soldado que carregava a insignia do dragáo. DUENDE — Do esp. duende, de origem.
DRAGONITA — Do dragáo e suf. Ha.; duvidosa (Cornu, Port. Spr., § 205, M. Liibké,
BEW, 2744, Academia Espánhola
. :
DRAMA — Do gr. drama, agáo, pelo lat. DUGAO — V. Dugongo,. Dalgado dá esta
drama. A representagáo teatral nao ó mais forma sem entretanto abonar.
do
um
que o desenvolvimento
ou mais atos.
de urna anáo por
em fr. e em
DUGONGO — Do mal. duyong, dugono
ingl. (Dalgado, Lokotsch, 541).
DRAMATURGO — Do gr. dramatourgós, Nao há nome próprio algum Dugong em causa,
o que faz dramas. como aduz Figueiredo.
DRAPETOMANIA — Do gr. drapetás, fu- DULCAMARA — Do lat. dulcamara, doce-
gitivo, e inania, loucura. amarga. V. Doce-amarga.
DRÁSTICO — Do gr. drastikós, ativo,
enérgico. DULCIFICAR — Do lat. dulce, doce, e
DRENAR — Adaptagáo portuguesa do ingl. fie, raíz de faceré, fazer, e desin. ar.
to dram, f azor escoar, esgotar, tirar agua (A DULC1FLUO — Do lat. dulcifluu.
Coelho), V. Bonnaffé. DULC1LOQUO — Do lat. duíciloquu.
DREPANÉFORO — Do gr. drepanephóros, DULC1SSONO — Do lat. dulcisonu. '
Ortografía, 134).
penna,, pena. „,-
DUPLO — Do lat. duplu; v. Dóbro. DÜZIA — De doze com obscura formaeáo.
Leite de Vasconcelos, Linóes de Fttolowa Por-
DUPONDIO — Do lat. dupondiu, soma tuguesa, 310, imagina como protótino "duocina
de dois a.sses.
por cruzamiento de duodécima^* duodenena (duo-
DUQUE —
Do lat. duce. guia, cíiefe, ge- dena), com o recuo do acento por influencia de
neral, através do gr. bizantino douka, acusa- duodécima e com metafonia causada pelo i.
tivo de doúx fefr. .it. duca) V. A. Coelho,
Cornu, Port. Spr-, § 24; tira de doze+a. O
.
E
ÉBANO
—
Do lat. et; esp.
— Do hebr.
e, y, it. e, ed, fr.
ebem, pedra (madeira
et. EBfrRNEO — Do lat. eburneu, de marfim.
ÉCBA.SE — Do gr. ékbasis, saída, pelo
idurá comoV pedra.r» cfr; •gpaii-f erro). através do lat ecbase.
fiCROLA — Do gr. ek^olé, acáo de langar
':, .
de soltar bnlha.s.
— ECFRÁCTICO — Do gr. ekphraMikós, que
: .
Lcní'.iOíCi
SriSj_
juCiAPTiCA
-
— Do
'
bo-
ECMNEdlA Do gr. ek, desde, -mnésis, — táo de ardencia, irritaeao. '-
Do t
gr. aichraé, ponta, "
EDELVA.tS
__
phob, raíz de phobéo, ter 'horror, e suf. ia.. cura nobre, imaculada..
ECNBFIA Do gr. ecknephías, que sai — EDEMA — Do gr. oldema, AnchacfioAv
cía nuvem.
" '""
EDMsEIDA — Do gr, oidéó, -incirar, irné-
ECO—
•;
BCOMATISI. yo — Do
gr.
—
aidoion, píartes
t-i
Do
e "".-.
.
:
'
:
'
de i noAoiriai, at irár-se,
— e i. rf. ismo. EDEC'SCOPXA— Do gr. aidoion, partes'-:
ECOMETEO Do gr. echó, eco, e rnetr,
;
—
:
;
- :
.EDITAR —
Do lat. editare.
""
CC J E
ECOirPóTiCO
_ i gr.- ekkopé, separacáo, corte.
— 1SDITO —
Do lat. editu.
faz evacuar.
Do gr; ekkopróiikós, que '
EDITOKIAij — Do ingl. editorial, artigo
.-.-A de' fundo, geralmeníe _escrito pelo re'dator chefe:
— Do gr. ekpíesma,
ECPIESMÁ
faz sair pela pressao.
o que se
'..'.. (editor) do jornal (Donnaffé) .
cencia, de carne. — .
;"..>:
lat. aducare. A; ; ;
proclamacao.
ECTILó'TICO — i (depilatorio): do' gr. EDULCORA.B Do ,b. lat; edulcorare, —
ektíllo, arrancar cábelo, í de' ligacao e suf. ico.
der. de dulce, doce; esp. edulcorar, it. edul-
corare, fr. édulcorer.
2 (que faz desaparecer calos) do gr. ek, para :
fiDULO' —
Do lat. edulu.
;fora, tylcs, calo, i de ligacáo te suf; ico.-
:
ECTIMA
Do gr. ékthyma, erupeáo (cutá- — EDÜZIR —
Do lat. educere,. fazer sair.
nea)
'
EFEBO —
Do gr.. éphebos,- adolescente,- -
—
.
pelo lat. "'.-ephebu; Era o nomédos' rnogos -det
ECTIPO Do gr. élítypon, copia extraída
dezoito anos / que f aziam o servigo militar''
do modelo. .
'
. . . . ,
sfedra — Vól
(Laurand . Manuel des études gracqv.es sí la- - El A - - jjo lat. eía, de origein grega
1
(Wal-
tines, I, 44. ' de) esp. ea, ir. ant. aie (Ivl. Dübke, RUY/,-
tiFÉDríA — Do gr. evhédra, suo-amusto
;
•
,
, .
•2832)
coníunuiuo cpm a cavaiinha, pelo lat. ephedra. sIDEj i — Do sueco eidar, especie de ganso:"'
EPE1TO — Do lát. efjecvu. EIRA — Do lat. área, superficie plana;-
EFEDCi'STICO — Do gr. ephelkystwón, esp. era, it.aja, ir. aire.
aue atra.i. ... EIRO — C. ivlichaelis de
Vasconcelos, RL,
BFi:LIDE — Do gr. épnehs, sarcia aln-
'
do diño; psio Uat. ephelíde. RhjW, 633, aceita éste étimo e rejeita v are-
EFBMlDRIDA — Do ephémeros, que gr. neola (Krlsiischer Jahresbcricht iioer día Fort-
dura um día, -e suf. ida.Depois de metamor- schritte der rotnanischen Phiiologien, IV, 1.
íoses que cíiegam a levar tres anos, o mseco 314) Figueiredo deriva, de aeróla, ue círeici., por
.
adulto vive apenas aiguns días. aiusao a a.reia. com que misturara éste peixe
EPESiSRIDES — Do gr. ephevierís , sci- ñas seibas das vendedeiras. G-. Viana, em íaita.
licet historia., a historia que se iaz día, a i
¿¡í», de rnelhor étimo, aceita, éste (Palestras, 57,
pelo lat. ewicmerids. Apost. I, 92, 377). Cornu, Poi-t. Bpr , i.i> ecücao,
EPEMBRINA — De
.
e/ésiero (Figueireao), §
pg. 6o, 1,
Ivi3.Ximmo Macie U-ram.' Jjescr.
ÉFETÁ —
Do gr. é-phétes, juiz de ultima
.
nca.
Cram. Hisí.
1>;
Pori-, 355, onde alias
instancia. verá- o lat. "hais por iiabeiis). maciei apré-
'fr"M'ETF.r C' Do lat. ejfectivu-.
senla corno argumento a possibiliaaue de se
eÍtALTA. —
Do gr. ephiáltes, que se atira juntaren! puonomes. obliquos. Outro étimo apun-
por cima, demonio incubo, pesadelo, pelo
lat.
tado é o lat. ecce (.Diez, Gra'íii. .1, '¿H, Pa- _
EplP IO — Do gr. ephippion, sela, pelo da.do para étimo ciéste vocábulo, (V. ivrorais,
lat. ephippiu. v.), se convém peio sentido, é repelido' peía
EFLUVIO — Do lat. efrluwu.aVí, ¡>o.
, . i
s,.
fonética; também nao pode ser explicado peio
EFO ——Do hebr. V.
o^
mxodo,
ephod, revesar,..ves- esnanhol he, cié igual signiíieacao, cuja lornia
SPOD Do hebr.
(Éxodo, _ X.áA/xí.1, =, niais antiga foi ja (de orig'em árabe segundo
tuario do grao sacerdote a Academia Espanhoia), ao passo ciue^ o uosso
redo, Lígoes Praticas,
'12, 15, 27, 31) sempre assim se escreveu ou ex; deve,^ se-
'
IIÍ,
— Do eplwdion, pro- gundo pensó, ser a segunda pessoa cío piurai- ,
""'eFODIOFOBIA gr.
clo indicativo presente do yerbo haver !.anxes
/isóes' de viagem.-e phob, -vaiz de píiooeo, ter
vise aver) na sua forma encurtada; o emprego;
horror,
ro e suf
1' xa.
'— Do gr. inspetor, pelo dessa pessoa, em vez do imperativo, como era
É ÉFORO éphoros,
de esperar, nao é sem exempio cí na' antiga : .
EFUGIO — Do r,
, ,
Amalt'éia; peló lat. aegide. rleródoto, IV, 1S9, étimo, de que os pron¡ giram ern .torno
comparou o escudo de Atene com as peles cíe de verbos e nao de ac¡ ios ei-lo
_ _
vem- de ; :
esca
cabra, fisluin iacrimai, pelo lat. aogdope; estes ern-' lugar' de veis por vedes.
Enconcrou ves e
animáis sao ;;;:;¡e¡to.-; a esta moíesua (.ctr. veis por e-is em'- Sá de ivÁiranda e diz que Xvla-
escrófula, ala-necia) dureira, na sua Ortografía, notou o mesmo.
EG1PA —
Do gr.' aigipan, pelo lat. acgi-
.
EITO —
1 (fieira) :_ do lat. ictu (C. i-.ii-
pan; era bode (aiiv, aigós) da cintura para —
:
ÉGLOGA — Do lat. eglogc, que aparece Pkil., III, 5G-1, VII, liG, o lat. addictu aceito,
no Cor-pus Iuscrivtionuvi Laimarum, iV, 21-.8, por Cornu primeiramenie e que daria "adevto.
v. Seehnann, Áusspracho dos Laievn, «aC, V. Cornu, Pori. S'pr.,- § 231, concordando com.
Écloga. Ascoii, Archivio Gloltologico Italiano, XII, 601-2,
ÉüOFGNIA — Do gr. aix, aigos, caoia,
. .
yegua,
EIXO.
—
Do gr. úxon, pelo lat. axis, *axuj
ir.
(Cornu, Port. .Spr., § 303, M. Lübke; BBW,-
ant. ive (M. Lübke, BBW, 28S3).
. . . . . . . . . .
ELEUTÉRIAS — Do gr. eleuthéria, fes- trabalho que se faz durante a vigilia, a lur-
tas celebradas em de Zeus
Platéias em honra {lux) das lámpadas.
libertador (eleuthérios), que fez Pausánias ven- ELUTRIACÁO — De um 'suposto "elutriar
cer os Persas, na crenca grega; pelo lat. do lat. elutriare, trasfegar, de origem grega'
eleuthéria. e suf. cao.
ELEÜTEROBLÁSTEA — Do gr. eleúthe- ELZEVIR — De Elzevir, nome de ilustre
ros, livre, bláste, gomo, renovó, e suf. ea. familia de impressores holandezes do século
ELEUTERODACTILO — Do gr. eleútheros, XVI e do XVII.
livre. e dálctylos, dedo. EM — Do lat. in; esp., fr. en, it. in; no,
ELEUTERÓGINO — Do gr. eleútheros locucáo conjuntiva em que está por "ahí que,
livre, e qyné, mulher, ovario. ainda que (Cornil, Port. Spr., § 109).
ELEVADOR — Adaptacáo do ingl. elevator. EMA — Do molucano emeu ou eme ou
V. Bonnaffé. samu (Dalgado) Diz éste autor que é o nome
.
tuacáo latina. Houve confusáo do gr. eulogia, Academia Espanhola dá a mesma origem que
embarazar, isto ó, barra. M. Lübke, REW, 4277,
louvor, com o lat. elogiu, epitafio. Como ge-
ralmente os mortos sempre sao bons, Cortesáo dá um iat. 'imbarricarc, preso a barra. V. Diez,
vé um deverbal de elogiar porque se viesse de Dic, 445.
elogiu teria acento no primeiro o. EMBASBACAR —
A. Coelho afirma que
ELOISTA —
Do hebr. Elohim, plural de '
Parodi liga esta palavra a embabacar, por meio
Eloah, Deus, e suf. ista. Aplicado ao Senhor, de ~¡iie:c-bavica,re.
é um plural de excelencia, como vos em por- EMBAUCAR — A. Coelho supüe forma du-
tugués; neste caso o verbo fica no singular. pla de embabocar, de baboca, tolo, composto de
ELOQÜENTE — Do lat. eloquente. babar e suf. oca. Figueiredo acha que está por
ELóQUIO — Do lat. eloquiu. embaiucar de baiúea, ou embiocar, de bioco.
ELUCIDAR — Do lat. elucidare. EMBEBECER — Incoativo de embeber (A.
ELUCUBRACÁO — Do lat. elucubraiione, Coelho).
; .
EMBELECO '
- A. Coelho tirade um em- logía Portuguesa., I, 159, vem emborcagáo com
belecar, de em, belo, e suf. icar, encañar com sentido aproximado de embrocagáo. O Dict. Ge-
artificios, embelezar. Figueiredo tira do lat.. neral tira do gr. embracilé, acao de embeber,
implicare, com dúvida. o fr. embrocation, através do lat. embrocalio.
— Do al. emmeriz, segundo
EMBERIZA Plácido Barbosa acha emborcagáo urna corrup-
Figueiredo. tela popular.
BMBEVECER — Incoativo de embever, de EMBRULHAR — Do lat. Hnvornclare por
um are. bever por beber M. Lübke, Gram., 1, "involucrare, de involuci-u, envólucro (Corñu
446). V. Embebecer. Port. Spr., §§ 140 e 186, Nunes, Gram. Hist.
x EMBLEMA — Do gr. emblema, tudo o que Port., 113. Teria havido metátese do l e do r,
está metido' mima eoisa, ornato em relevo sincope do oscilacao entre ve b, e transfor-
o,
pelo lat. emblema. macao normal do el. Nao deixa de ser compli-
EMBOCAR. — A Academia Espanhola tira cada a etimología. Cortesáo dá um b. lat.
o esp. embozo de en e bozo, de um derivado 'imbroliare . A
Academia Espanhola tira o esp.
do lat. bucea, boca. embrollo do b. lat. brólium, bosque cerrado. Pe-
EMBÓFIA — V. Empáfia. trocchi tira o it. imbrogllo, de broglio, tumulto,
EMBOLIA — Do gr. embolé, choque, acáo cabala, talvez de brolo, vergel, do pro'v. de ori-
de atirar em algum lugar, e suf. ia,- é a intro- gem céltica. O fr. enibrouiller vem de brouiller,
missáo de um coágulo mima arteria, obstruin- rad. breuil, de b. lat. brogilium, bosque cerrado,
do-a como se obstruí um émbolo. de origem céltica, ou talvez do al. brodeln, bor-
EMBOLISMO — Do gr. embolismos, ínter- buihar (Larousse, Stappers). García de Diecro,
calacáo, pelo lat. embolismu. Conlr., 338, filia a *inwruclu o gal. embrullo
ÉMBOLO — Do gr. émbolos, alavanca, es- e ó esp. emburujar. Nunes, Gram. líteí., 2.? ed'.,
poráo, pelo lat. embolu. 121, dá b are. envorilhar e cita o gal. envorulhar
EMBOLOFRASIA — Do gr. emboté, inter- ou envurulhar. Duarte Nunes do Leáo, Origem,.
calaeáo. plirásis, frase, e suf. ia. 52, tirou do it. imbrogliare.
EMBONAR — D'o. pref. em, bom e desin. EMBTJCAR —
De em, bugo e desin. ar (A.
ar; ref orear o costado do navio, melhorar. Cfr.
A bonar. Coelho), por se cobrir o rosto até ao bugo, ou.
EMBOBA —
De em boa hora,; cfr. esp. en
hora buena. Era urna locueáo oposta a em ora
queixo superior. D. C. Michaelis de Vascon-
celos aceita éste étimo e manda comparar com
má, are. arama, que aparecía com quaisquer o esp. embozo. G. Viana, Aposf., I, 174, afirma,
verbos no optativo em época em que domina- que nesse caso o vocábulo teria em port. u- ~
vam as práticas astrológicas. Restringiu-se de- derivado de «.lat. (bucceu) quando boca apre-
pois o seu emprégo aos verbos ir e inr, passando senta o, mas nao se pode admitir que o port.
a loeucáo a significar pleonásticamente o 'afasta- bugo tenha origem diferente do bozo espanhol..
mento. V. Julio Moreira, Estudos, 1,-35; Leite- EMBUSIAR (sujar) De em e buso (A. —
Coelho).
de Vasconcelos, Opúsculos, I, 373, Apéndice, pg.
IX Said Ali, Lexiologia, 176, Nunes, Gra?n. EMBUSTE —
Figueiredo deriva do esp.
que a Academia Espanhola
;
tira do
EMBORCAR —
M. Lübke, BEW, 9444, de- lat. impositu, imposto (cfr. o fr. imposer, en-
gañar). Há tres dificuldades fonéticas: o b, o
riva do lat. "volvicare, revolver, de volvere,
o qual deu o cat. bolear, volcar, e. o esp. volcar. u e o e final.
A. Coelho tira de borco, nao existindo o sim- EMBUTIR —
M. Lübke, BEW, 1427, prende
ples borcar em portugués. Duarte Nunes do ao gr. buttis, tonel, e rejeita aproximacáo com
Leáo, Origem, 52, tira do ít. imbrocare. o germ. '"bavAan, franco boioAv, impelir, feita
EMBORNAL —
Figueiredo pensa que tai- por Diez, Dic, 445. A Academia Espanhola tira,
o esp. embutir do lat. imbutu, de imbuere,
vez venha do lat. ambire e urnalis. Acade- A embeber.
mia Espanhola, deriva do es. imbornal, como
o cat. imbrunal, do lat. bomellu, tubo. EMENDAR — Do lat. emendare ; esp. en-
EMBOSCADA —
Part. pass. substantivado mendar, ant. ámmendare, fr. amender.
it.
EMENAGOGO — Do gr. émmena, mens-
.
Esp. embriagar, it. ubbriacare, imbriacare. de emerej merecer, que se aplicava especial-
EMBRIAO —
do gr. -émbryon, o que ger- mente ao soldado que se reformava.: Como os.
veteranos e.ram soldados, de valor, o sentido
mina dentro, embriáo, feto, recém-nascido.
EMBRIOCARDIA Do gr. émbryon, em-— "
passou para distinto, valeroso V Mario Bar-
reto, De Gramática e de Dinguagem, I, 87.
. .
EMPADA —Do ant. empanada, ooberta to, o lat. pina, ameia, e pino, pinheiro.
REW, 6519, deriva do esp. o port.
M. Lüb-
de massa de pao; de um súposto verbo empanar. ke,
EMPIOCELE — Do gr. émpyos, purulento,
BMPÁFIA —
Franco de Sá, A Lvngua Por-
hele, tumor.
tuguesa, 130, dá como de origem asiática. e
EMPALAR —
Do esp. empalar, espetar num EMPIÓNFALO — Do gr. émpyos, purulento,
pan (palo). Figueiredo deriva do lat. palu, pa.-a. e amplíalos, umbigo.
A conservacáo do l intervocálico mostra a - EMPIOSB — Do gr. empyomai, supurar, e
suf. ose.
origem.
EMPANADA —
1 (empada grande): do esp.
•
EMP1RIO —
Do gr. empyrios, inflamado,
empanada. queimado, afogueado. Nesta esfera celeste su-
2 — (Caixilho de janela) : de empanar, perior, onde habitavam os deuses, estava reu-
nido o elemento ígneo.
cobrir com panos. —
EMPANAR — De em, paño e desin. ar; EMPIREUMA
ro de coisa queímada, pelo lat.
Do gr. empyreuma, chei-
empyreuma.
cobrir com paño, por um paño para diminuir
—
o brilho.
EMPÍRICO Do gr. empirihós, experi-
EMPANTURRAR — Do pref em e de "pan- .
mental, pelo lat. empiricu.
turra, do lat. pantice, panca. Cfr. Panturrilha.
EMPANZINAR — A. Coelho deriva do pref.
EMPLASMAR Por — "encataplasmar, de
cataplasma (Figueiredo)
em e por pausa. Figueiredo
pansa, diz que EMPLASTRO — Do gr. émplastron, coisa
talvez venha do radical de panga. que se aplica em cima; pelo lat. emplastru.
EMPAPUQAR — Do esp. empapujar ?
EMPÓFIA — V. Empdfia,. -
(Cortesáo) EMPÓLA — Do lat. ampulla, frasco, esp.
EMPAR — V. Impar. empolla, it. ampolla, fr. ainpoule.
EMPASMA — Do gr. empásso, polvilhar. EMPOLGAR — Do lat. impollicare, de pol-
EMPATAR — A. Coelho deriva de um
'
REW, 431Q.
forma de empinar. Diz Figueiredo que alguna
supóem que se relaciona com o. lat. pina, e per-
.
EMPRESARIO —
Adaptacáo do.it. impre-
gunta se nao se relacionará antes, com o esp. sario.Brachet e
-
Stappers atribuem a mesma
peinar, pentear. origem ao fr. impresario.
EMPENHA —
M. Lübke, REW, 4297, tira
EMPRESTIMO — Do are empréstido, do
.
do lat. "impedina. Figueiredo deriva do esp. O minagáo atual por influencia de préstimo ou
esp. tem empeña,, que a Academia Espanhola de préstenlo, prestimonio, que- vem do mesmo
filia ao lat. penna, asa.. verbo: dar um casal ou herd'ade em prestemo, }
Gorpo. M. Lübke, 6490, nao dá. a forma port. EMPSICOSE Do gr. empsy chasis, ani-
Cortesáo tira de um b. lat. impignare e cita magáo, incorporacáo da alma.
urna forma impennarent em Leges, p. 796. EMPUBESCER — Do lat. "impuoescere
EMPERRAR — Do pref. em,_perro e desin. EMPULHAR — Do pref. em, pulha, e c!e-
um sin. ar (A. Coelho).
ar. Fazer-se raivoso como
EMPERTIGAR — Do pref.
cao (perro)
em, pértiga, e EMPUNIR — Talvez do rad. de punho (Fi-
gueiredo) .
desin. ar.
EMPESGAR — A. Coelho tira do pref. em EMPURRAR — Talvez do esp. empujar,
tomada a aspirada gutural j como um r.
e de um lat. "picicare de píce, pez.
EMPETRÁCEA — Do gr. émpetron, saxí- EMULGBNTE
ÉMULO' — Do
Do lat. emulgentc.
lat. aemulu.
—
fraga ou, segundo outros, critmo marítimo, —
planta que cresce ñas pedras (paira), e suf. EMULSAO Do lat. "emulsione, calcado
ácea.
"""
'"."' '"" em emulsu, de eimilgere, ordenhar; é um lí-
.
v
quido leitoso:
ÉMPIDA — Do gr. empís, especie de mos-
EMUNCTORIO Do lat. 'emunctoriu, —
quito, e suf. ida. .
ENALIOSAURO — Do mari-
•
ar. A Academia Espanhola aprésente tres orí- gr. enálios,
gens para o esp . empinar : um adj. pino, direi- nho, e saúra, lagarto.
. . .. . . . ,
tivo, mas ha o adjetivo enarenamos, aqueles aluga, fr. ancháis (do esp.). A Academia Es-
cujas partes estáo em harmonía. panhola dá o étimo extravagante alecula. O
ENARTKOSE — Do gr. enárthrosis, arti- ch nao é o desenvolvimento usual do pi; o v
culacao. é inexplicado. O vasconco antsu do JDict.
ENCACHAR — De em e cacha, ato que se Gen. nao convém pois nao significa seco riera- a v
faz a ocultas (A. Cocino) Figueiredo filia a . enchova pode ser designada como peixe seco, e
encacho, de cacha, pana da India com o qual além disso quer dizer que nao dá leite algum.
se. faziam tangas. Outro étimo grego, agehiopa,, de ollios aperta-
ENCALACRAR —
Figueiredo deriva de ca- dos, apresenta dif iculdades fonéticas (Roma-
lacre, provincialismo transmontano que signifi- nische Forschungen, XV, 813)
ca divida, nao dando a etimología déste.
'" ENCALCAR —
Do lat. "incalceare , ' pisar
ENCICLIA — Do gr. égkyklos, circular, e
suf. ia.
os calcanhares (.calce) do que é perseguido. ENCÍCLICA — Do gr. égkyklos, circular,
Ai-caizado (Nunes, Gram. Hisí. Port., 155) Esp. .
c suf. ica; scilicet carta.
ant. encalzar (Pidal, Gram. Hist.Esp.;§12'):
ENCALCO —
De.verbal de encalgar
ENCICLOPEDIA — Do gr. egkyklopaideía,
educagáo que compreende o ciclo dos conheci-
ENCALHAR —
Do pref. en e calhar (A. mentos.
Coelho) O osp. tem encallar; o it incagliare.
.
ár. hindab, hindlba, que considera empréstimo como noutras palavras, além de que poderia
do' gr. ou do lat. influir eloendro.
ENDOBDASTO Do gr. éndon, dentro, e ENDROMINA —
Larramendi apresentou co-
blastós, germen. mo étimo para o esp. andrómina, o vasconco an-
ENDOCARDIO Do gr. éndon, dentro, e drominac, achaque de mulher.- V. Diez, Dic,
kardía, coracáo. voí. 2.°, II, 6, Franco de Sá, A Língua Por-
ENDOCARPO Do gr. éndon, dentro, e tuguesa, 171, G. Viana,- Apost. I, 386. G. Viana
karpós, fruto. objeta que em vascongo existe andré e nao
ENDOC1MIO — Do gr. éndon, dentro, ky- andró (mulher casada) e que o plural andre-
ma, teto, e suf. io; neol. de I. G. St. Hilaire. minac tinha naturalmente de ser acentuado
ENDOCÓRION — Do gr. éndon, dentro, e no
córion.
i.
ENEADECAETÉRIDE Do gr. ennea, —
ENDOCRINOLOGÍA — Do gr. éndon, den- nove, e dekaeterís, dekaeterídos. espaco de
tro, Icrínp, separar, segregar, lógos, tratado, e <}ez anos. Existe em grego enneaküidekaeteris,
suf. ia. .'
:
dentro, phytús,
acáo, fñrga, pelo lat. energía.
que cresce. ENERGÚMENO — Do gr. enerqoúmcnos,
ENDÓGENO —
Do gr. éndon, dentro, e trabalhado, possuido (por um demonio),
gen, raiz de gígnomai, gerar. possesso.
ENDOGÓNIO —
Do gr. éndon, dentro, gon, ENERVAR — Do lat. enervare, arráncal-
raiz alterada de qignomai, gerar, e suf. ¡o. os ñervos.
ENDOMIQUIDA — Do gr. éndon, dentro, ENFADAR •-- A. Coelho tirou do pref.
mycliús, fundo, e suf. ida.
ENDOPLASMA — Do gr. éndon, dentro, e em
Fatuu alias
e do lat. fatuu,
significa
sem gósto, desgostoso.
bobo, néscio. M. Lüb-
plasma, obra modelada.
ENDOPLEURA — Do éndon, e pleura gr. ke, REY/,
fade, insípido;
3223,
a
tira o esp. enfadar do Ir.
Academia Espanhola ape-
(q. v.), adaptado da zoología á botánica.
ENDOPODiO —
Do gr. éndon, dentro, poús, ga-se ao
ENFARAR —
lat. f.utuu como A. Coelho.
A. Coelho, explicando a
podas, pé, e suf. io.
ENDOPROCTO —
Do gr. éndon, dentro, e significagáo
o sabor de
como enjoar-se com
urna coisa,
o
deriva do pref. em
cheiro ou
proktós, ánus.
ENDÓPTERA -- Do gr. éndon, dentro, e -
e de faro. C. Michaelis de Vasconcelos, RL,,
pterán, asa. III, 163, igualmente.
ENDÓPTILO —
Do gr. éndon, dentro, e ENFAROAR — Do pref. em e jaron, aum.
ptílon, pena. de faro (A. Coelho, C. Michaelis de Vascon-
ENDORRIZO —
Do gr. éndon, dentro, e celos, RL, III, 163).
rhíza, raiz. ENFARRUSCAR —.Do pref. em. furrusca
ENDOSCOPIO — Do gr. éndon, dentro, skop, e
:
desin.
ar.
raiz de skopéo, olhar, e suf. io. BNFASE — Do gr. émphasis, demonstra-
ENDOSMÓMETRO — Do gr. éndon, dentro, cáo, ímagem, pelo lat.. emphase.
aparéneia;
—
osmós, impulso, e metr. raiz de metréo, medir. ENFÉITAR Do
"infectaré, l'reqüen- lat.
ENDOSPERMA — Do gr. éndon, dentro, e tativo de inficerc, tingir; propriamente, fazer
sperma, sementé. pinturas pora melhorar o aspecto. M. Lübke,
ENDOSPÓREO — Do gr. éndon, dentro, cs- REW, 253, deriva do fr, ant. afaiticr, do lat.
poro, e suf. co -a)-jactare.
ENDOSPORO — Do gr. éndon, dentro, o ENFERMO Do lat. injirmu, — que nao
esporo. '
está firme, mal seguro, .fraco; esp. enfermo,
ENDOSSAR — Do endosser. V. G. Góis, fr.
it. infermo, fr. infirme.
ENFESTA —
A. Coelho tira do germ.,
Olcionário de Galicismos. A. Coelho, tirou do
em cita o al. First, cume e aprésenla c fr. ant.
pref. e dosso, dorso; Pigueiredo, do b. lat.
indorsare. O vocábulo ó moderno e veio atra- jest, mod. falte. Figueiredo deriva do lat.
vés do fr. onde significa propriamente colocar fastigiu, o que é fonéticamente inaceitável.
sobre as costas (.dos). ÉNFESTAR —Do pref. em, jesto c desin.
ENDÓSSO —
Deverbal de endossar. Apesar ar (M. Lübke, REW, 3321, Figueiredo).
de vir do fr. o verbo, o substantivo foi formado ENFEZAR — Do pref. em, fezes? (A.
na língua e nao tirado do fr. endossement. Coelho) e desin. o?-.
.
.
contrar a forma eiguar. G. Viana, Apost. I, pelo lat. enhydride, cobra d'água.-
387, diz que na rcalidade, a quantidade longa ENIDRO — Do gr. énydros, scilicet líthos,
do segundo de iniquare torna difícil de admi- podra que contém agua; pelo lat. enliydros.
i
dá um do De Pallio de Tertuliano:
texto
stupucre illico Garthagincnses ut novum extra- oftalmía.
neum ingenium e outro de Isidoro Hanc : ENOJAR — Do lat. inodiare (M. Lüb-
enim multorum ingeniorum prohibent. ke, REW, 4448, Archiv für lateinische Le-
ENGODO Figueiredo filia com — dúvida xikografie und Grammatik, XII, 49, Bour-
ao lat. gaudiu, gozo, que é fonéticamente ciez, Ling. Rom., Nunes, A.L.P., VI, 165).
inaceitável. equivalente a in odio habere. It. annojare,
- .
175 Enterocistocele
Enojo
•
tel- inodio (habere), esp.
admite a forma intermedia "ensousso.
ódio( Cornu, Port. Spr., § 111, M. Lübke,
143,
era
REW, 4448, pelo cat. enujar, Gram. li, 617, ENSTATITA —
Do gr: enstátes, que re-
siste, e suf. ita. E' muitó retrataría.
III 454); esp. enojo, it. noia,, fr. enn.it'. ENTABLAMENTO — Do fr. cntablcmcnt
'ENOL — Do gr. oínos, vinho, e sur. ol.
ENOLATO — De enol suf. ato. e (Fig., A. Coelho).
BNTABOLAR — Do pref. em c tábola,
BNOLBO — De enol e suf. eo.
ENÓLICO — De enol e suf. ico. túvola (A. Coelho). G. Viana, Vocabulario,
ENOLINA — De enol e suf. ina. dá entabiclar. No Brasil usa-se a primeira
ENOLOGÍA — Do gr. olnos, vinho, ló- forma, cuja pronuncia difere da segunda.
ENTALAR — Do pref. em e tala e desin.
</os, tratado, e suf. ia. ,
Pcrc. Spr., §
Aeostinho, Confissóes, VIII, 9). Duarte Nunes, Origem,
ENQUIMOSE — Do gr. egchymosis, dis- 79, 35)
golfo.
ENSEJAR — Do lat. "insidiare, armar intestino, e hidrdnfalo.
ENTERISQUIOCELE — Do gr. énteron,
por insidian (M. Lübke, REW, 4461).
ciladas,
Quem arma urna cilada ,toma precaucóes, es- intestino, íschion, ísquion, e Ícele, tumor, hernia.
preita, até apx'oveitar urna boa ocasiáo. ENTERITB — Do gr. énteron, intestino,
ENSÉJO — De ensejar. e suf. ííe.
ENTEROCEDE — Do gr. enierokele pelo
ENSIFORME — Do lat. erase, espada, e .
tino
ENTERÚTOJ.IO — Do gr. énteron, intes-
entre.
ENTREMENTES — Do lat. dum interím,
e tom, raiz alterada de témno, cortar
ENTEROZOARIO — Do gr. énteron, in- enquanto, de que resultou o are. dementre,
testina, zóon, animal, c suf. ario.
que depois tomou um s, perdeu o r e passou
ENTEU — Do gr. éniheos, inspirado pelos a ser usado com as preposicoes entre e em
deuses, -oelo lat. entlieu. (Nunes, Digressocs Lexicológicas, 82). Esp.
suf.
ENTIBESCER — Do pref. mi, tibio e
mientras, it. mentre. V. M. Lübke, REW,
2794, A. Coelho derivou de entre c mente.
esccr.
ENTIDADE — Do lat. escolástico cntitatc,
ENTREMEZ —
Do fr. entrements, prato
que se serve entre dois outros. A. Coelho
der. de ente, ser. tirou do it. intermezzo, a que M. Lübke,
ENTIMEMA — Do gr. cnlhymcma, con- REW, 5612, dá idéntica origem e Petrocchi
cepcao, pelo lat. enthymema-. tira do lat. intermediu. Ñas cortes de Fran-
ENTLASIA — Do gr. énüilasis, depressüo, ca era um espetáculo que se clava entre os
e suf. ia. diferentes servicos de um festim; foram cé-
ENTOCÜFALO — Do gr. cntós, dentro, lebres os da corte de Eorgonha, pouco apos
6 kephalc, cabeca. á queda de Constantinopla, nos quais se íazia
ENTODERME — Do gr. entós, dentro, c o famoso voto "do faisáo.
dérma, pele. ENTREMICHA V. Entremedia. —
ENTOFILOCARPO Do gr. entós, den- -- ENTRETENIMENTO — Do esp. entrete- .
Do ár. asli-shakilca, ,
um
en e de tupir, de um radical conexo com lado da cabeca. Representacao irregular do i
tap, topar. Cortesáo deriva do esp. entupir, (Nunes, Gram. Hist. Port., 163). Quanto ao.
que M. Lübke, REW, 8333, prende ao lat. n, v. Ensato e Nunes, op. cií., 164.
stuppare,- tapar (com estopa), com troca de ENXARA — Do ár. "esh-sha'ra, cardo, ma-
sufixq.__Figueiredo dei-iva do germánico, se- tagal. Quanto ao n, v. Ensaio.
gundo Korting. ENXARAVIA — Na accepqáo de toncado,.
ENTUSIASMO — Do gr. enthousiasmós vem
de
esh-sliarbiya.
do ár. (Viterbo, Eguilaz r
do lat. byssu, gr. byssos)
sherb e no
ihspiracao como sentía a vidente de
divina,
de polaina, do ár. jarab (Eguilaz, apoiado
;
-
inviter.
'
guma fazenda transparente de seda, através
da qual enxergasse? O esp. tem enjer-
ENVIPERAR Do pref. en, do — lat. ví-
gar, que
se
significa principiar e dirigir _ um
pera, víbora, e desin. ar; a víbora é ani- um negocio.
ÍHt
mal irritável fácilmente (cfr. abespinhar, e n - ENXERIR — mesmo que inserir (Fi- *.0
y: can8inar)::/ }>^\ >/ :/: :'/•. './.- :
-
:
gueiredo).
-
Envidar). M; Lübke, REW, 4535, tira o esp. asolóla (M. Lübke, lat.
envite do cat. envit. -"-V- REW, 698, A. Coelho, RL, I, 304; esp. azuela,
-i • í - ;
'Tidal,
influencia mourisca certos casos especiáis de Gram. Hist. Port. 128). Quanto ao n, v.
palatalizagáo do s. V. M. Lübke, Gram., I, Ensaio. Are. eixó, ixó (Nunes, op. cit., 76),
t;
"
§ 417. precedido de "eixoa (Cornu, Port. Spr., §§
—
-
•
ENXACA- Do ár. shaka, dividir (A. 130, 261.
Coelho). ENXOFRE — Do lat. sulfure; esp.- azu-
BNXADA — Do lat. "asciata, de ascia,
'
fre, it. soufre. O port. are. teve
zolfo, fr.
<M. Lübke, REW, 697, A. Coelho, Diez, Gram. axufre como o gal. ant. axofre, análogos ao
II, 330, Cornu, Port. Sx>r., § 161, Otoniel Mota. esp. O a seria o art. árabe. Desta forma
Cortesáo); esp. asada.
O vieu Idioma, 225, proviria, sob influencia de outra palavra,
especial, do grupo se',
Houve representagáo.
"anxofre, donde o atual. E' possível que esta
ítpor troca /dos componentes (G. Viana, Orto- já se ache representada na arcaica exufre-
grafía Nacional, 70, RL, XI, 240) e seguindo {Inédüos de Alcobaga, 3.°, 221, apud (Cortesáo),
.depois a evdlugáo natural (Nunes; Gram. Hist., á qual poderia ter-se omitido o til indicador
Port., 128). Are. aixada, eixada, ixada do som nasal. O l vocalizou-se. V. Cornu,
'''.-
(ibidem, 16).Cavaram as eixadas e rodos mea Port. Spr., §§ 28, 142, 207, Nunes, Gram. Hist.
: . ,
(Cornu, §§ Port.
95, 161, Spr.,
quanto ao x, v. Ensato, e quanto ao o, vem correcao, pelo lat. epanorthose.
por influencia da labial. Cortesáo tirou do EPÉNDIMA — Do gr. epéndyma, roupa
esp. sobajar, amarrotar, de sobar, do lat.
de cima.
subigere.
tira
Joáo Ribeiro, Frases Feitas, I, 206,
de ex-pluviale ou ex-pluvia, como enxa-
EPÉNTESE — Do gr. epénthesis, inser-
cáo, pelo lat. epenthese.
guar, de eos-agua, tendo havido interferencia
sem.ántica de enxoval.
EPEXEGESE — Do gr. epexégesis, expli-
ENXOVIA — Do ár. al-jubb, poco, e suf. cacáo ajuntada
epexegese.
ao que se disse, pelo
....
lat.
gordura da galinha. Cornu, Port. Spr. § 221, EPICAP.PO — Do gr. epí, sobre, e kar-
pós, fruto.
vé no d urna .dissimilacáo.
ENXURRAR —
Do pref. en e jorrar (A. EPICAUMA — Do gr. epíkauma, queima-
durá na superficie (da córnea).
Coelho).
ENXUTO — Do lat. exsuctu, seco; esp. EPICEA — Do e e picea (Figuei- lat.
c suf. ico. gado a urna curva móvel que rola sem es-
ENZOOTIA — Do gr. en, em, rsoon, animal, corregar sobre urna curva fixa.
EPICLINO — Do gr. epi, sobre, e kline,
t de ligacao e suf. ia.
EOCENO — Do aurora, e kainús,
gr. cus, leito ;
SPICO
assenta sobre
—
Do gr.
o recptáculo da
epikós, relativo
flor.
á epo-
novo. E' um terreno dos primeiros tempos péi'a (épos), pelo lat. epicu.
neol. de Lyell (Hoefer, Histoirc de
cía
la
torra;
Botanique, -100), o qual data de 1833 EPICÓMBIO epikómbia, bol- — Do gr.
(Bonnaffé). sas de dinheiro que se atiravam ao povo
EoES — Do gr. aión, aiónos, tempo, ge- ñas cerimónias do Baixo Imperio, como por
racáo, século, eternidade pelo lat. acones. exemplo na salda da igreja ñas coroacóes de
EÓLICO — Do gr. aiolikós, da Eólidc.
;
' imperadores.
EOLINA — De 'E'olo, o deus dos ventos, EPÍCOMO —
Do gr. epíkomos, cabeludo.
EPICONDILALGIA — De epicóndilo, gr.
—V. Do
o suf. ina. Eolio.
EOLIO deus
gr. aiúlios, de E'olo, o algos, dor, e suf. ia.
do -v'ento pelo ;
lat. acolín. Dava-se éste
qua- EPICOPO — Do gr. epíkopos, guarnecido
lificativo a urna harpa que vibra va ao soprar de remos, pelo epicopu. lat.
do vento. EPICORIO — Do gr. epichórios.
EOL1PILA —
Do lat. acolipiht. bola de EPICÓRION— Do gr. epí, sobre, c chó-
liólo; quando aquecida, emite urn jato con- rion.
tinuo de vapor. Varios filósofos procuraram EPICRATE — Do gr. epikratcs, segundo
explicar a natureza e a origem dos ventos Figueiredo o étimo
; significa o que preva-
pela comparacáo com
éste aparelho. lece, o que vence.
EOLITO —
Do gr. cós, aurora, e líthos, EPICTONIO — Do gr. epicltthúnios, ter-
podra; primeiros vestigios do talho da pe-
dra pelo homem (G. Viana, Apost, I, 398).
— EPICURISTA — De Epicuro e suf. ista.
EOODo gr. eóos, pelo lat. eou, da au- "Parece que Epicuro pessoalmente fósse de
rora, oriental. vida moderada e austera ou, pelo menos, na-o
EOSINA —
Do gr. eos, aurora, e suf. ina; mais dissoluta que a de seus contemporáneos.
é vermelho parda. Mas suas doutrinas, substituindo o bem pelo
EOSINÓFILO De eosina c gr. phil, — prazer e o mal pela d5r e estatuindo como
raiz de philéo, gostar. norma suprema de moral um criterio eminente-
EPACMASTICO — Do gr. cpakmastikós, mente subjetivo, tornaram-se mais tarde a
de progressiva intensidade. dissolucáo de todo vínculo moral e o germen
. .
que fez
da abominável corrupgáo de costumes sensual,
EPÍGONO — Do gr. epígonos, descenden-
pelo lat. epigonu.
do epicúrea o sinónimo do homem te,
EPÍGRAFE — Do gr. epigraphó, título, ins-
efeminado, incapaz de qualquer esforgo, de qual-
quer luta moral neto dever". (Leonel Franca, crigáo.
EPIGRAMA — Do gr. epígramma, inscri-
Historia da. Filosofía,; pg. 46).
EPÍDEMA — Do gr. epí, sobre, e cierna, gáo,
tra
depois requerimento feito
um adversario, depois poesia satírica; pelo
em justiga con-
'
EPIDEMIA — Do gr. epidemia, chegada lat. epigramma.
EPILACAO — Do pref. e e lat. pilare, pe-
sem intencao de
a um país ou demora nele, endemia,) E?pe- lar (Figueiredo)
(cfr. residencia
EPILAMPO — Do gr. epí, sobre, e lamp,
.
estabelecer ..
cializou o sentido.
EPIDEMIOLOGÍA — De epidemia
_
EPIDERMOIDE —
De epiderme e gr. eidos,
mado de
EPILEPTÓGENO
surpresa, e gen,
Do gr.
raiz
epüeptós, to-
de gígnomai,
forma.
EPIDERMOSE — Do gr. epidermis, epider- gerar.
EPILEPTÓIDE — De epilept, abreviacao
me, e suf. ose (por analogía com celulose, glí- •
epidídimo, efe, f ora. tom, raiz alterada de <tém- pelo lat. epimenia.
iio ;-- cortar,-, e suf. ia. '--,/.:: EPIMERO — Do gr. epí, sobre, e meros,
EEIDÍDIMO — Do gr. epididymís, sobre os
^ .
coxa.
gémeos, isto é, sobre os testículos.
EPIDOTO — Do gr. epidótss, que faz acrés- EPÍMETRO —
Do gr. epímetron, pelo lat.
cimos, ao que deu incha no macarico. epimetru, (salario do piloto, quota do cobra-
EPIDROMO Do gr. epídromos, — ;
o que . dor)
ová,rio
O termo botánico vem de metra, útero,
.
de flor.
corre por cima, pelo lat. epidromu. — Do gr. epí, sobre, nastás,
EPIBCIA — Do gr. epí,- sobre, oíkos-, casa, EPINASTICO
calcado, e suf.
.
e suf. ia.
EPIFANITA — Do gr. epiplianés, aparente, EPINEMA —ico.
Do gr. epí, sobre, e nema, fio.
e suf: ita. EPINffiURIO — Do gr. epí, sobre, neúron,
EPIFILO — Do gr. epí, sobre, e phyllon, ñervo, e suf. io.
EPINICIO — Do gr. epiníkion, que celebra
fólha.
urna vitória, pelo lat. epinicion.
EPIFILOSPERMO — Do gr. epí, sobre, EPIODIA — Do gr. epí, sobre, e oide (Fi-
phyllon, fólha, e spérma, sementé.
— gueiredo) Em grego ha epódion, estribilho,
.
EPIFTSE Do gr. epíphysis, excrescencia. de epí e odé, canto oicZe nao se encontra. nos
.
'
EPIFITIA — Do gr. epí, phytón,
sobre, dicionários.
;
t
Formada pelo modelo de epi-
planta, e suf.
demia.
ia.
EPIODONTE — Do gr. epí, sobre, e odoús,
EPÍFITO — Do gr. epí, sobre, e phytón,
.-
odóntos, dente.
EPIÓRNIS — Do gr. aipys, alto, e órnis,
planta.
EPIFLEOSE — Do gr. epí, sobre, phloiós, ave; foi maior do que o avestruz.
—
casca, e suf. ose. EPIPÁSTICO Do gr. epipast, de epípás-
EPIFLOGOSE — Do gr. epí, sobre, e phló- so, polvilhar, e suf. ico.
gosis, inflamagáo. EPIPEDO — Do gr. epí e pedos, segundo
EPÍFORA — Do gr. epiphorá, afluxo (de Figueiredo.
.humores), pelo lat. epiphorá. EP1PETRO — Do gr. epí, sobre, e pétra,
EPIFRAGMA — Do gr. epíphragma, rólha,
..
pedra.
tapagem. EPIPIGMA — Do gr. epí, sobre, e pigma,
EPIGAMIA — Do gr. epigamía, direito de segundo Figueiredo. Como se trata de um apa-
contrair casamento num país. relho círúrgico para reduzir as luxagóes do tea-
EPIGASTRALGIA — Do gr. epigástrion, go, talvez seja pygmé. punho.
—
epigastrio, algos, dor, e suf. ia¡. i EPIPLOCELE Do gr. epíploon, epíploon,
EPIGASTRIO — Do
epigástrion, re- gr. e kéle, tumor, hernia.
EPIPLOENTEROCEDE Do gr. epíploon, —
giáo ácima do estomago. Ramiz da o lat. Spi-
gastriw. epíploon, éniteron, intestino, e kéle, tumor,
EPIGASTROCELE — Do gr. epigástrion, hernia. -
—
epigastrio, efcéZe, tumor, hernia. EPIPLOISQUIOCELE Do gr. epíploon,
EPIGÉNESE — Do gr. epí, sobre, urna em epíploon, ischíon, isquion, e kéle, tumor, hernia.
—
:&-eima"da routra,' e; génesis, igeracáo.'' EPIPLOMEROCELE Do gr. epíploon,
EPIGENIA — Do gr. epí, sobre, depois, epíploon, meros, coxa., e kéle, tumor, hernia.
—
¡7em, raiz de gígnomaA, gerar, e suf. ia; neol. EPIPLONFALO Do gr. -epíploon, epí-
de Haüy. Sem mudar de forma, muda de na- ploon, e omphajós, umbigo.
tureza química. EPÍPLOON —
Do gr. epíploon, flutuante;
EPIGENITA —
Do gr. epí, sobre, gen, raiz
de gígonomai, gerar, e suf. ita. Observada sem-
é urna membrana
testinos. ";:/
que fica por cima dos in-
EPIPLOSSARCONFALO
epíploon, sárx,
Do gr. epíploon,
; sarkós, carne,
— © omphalós,
EPIGINOFÓRICO ..- - Do gr. epí, sobre, gi-. umbigo.
nóforo, e suf . ico. EPIPÓDIO — Do gr. epí, sobre, poús, po-
EPIGINÓMENO - Do gr. epiginómenos, dos, pé, pedúnculo, pata, e suf. io; neoí. de
.
— Do gr. epichcírema,
EPIQUEREMA ata- EPIZÓICO — Do gr. epí, sobre, nóon, ani-
que feito pelo lat. epicherema.
com a máo, mal, e suf. ico; anterior ao que tem vida,
— Do- gr. epí,
EPIRIZO sobre, e rhisa, raíz. animal.
EPIEREMA — Do gr. epirrhema, o que se EPIZOOTIA — Do gr. epí, sobre, zóon,
ajunta ao discurso, ao canto do coro. animal, i de ligacao, e suf. ia. Formada pelo-
EPISCÉNIAS — Do gr. epískenos, que se modelo de epidemia.
faz em tendas, e suf. ¿a. ÉPOCA — Do gr. epoché, parada, reten-
EPISCENIO — Do gr. episkénion pelo lat. cáo (para dar comego a outro período).
episceniu. EPODO — Do gr. epodos, canto repetido
EPÍSCIO — Do gr. epislcios, sombrío. depois de outro, estribilho, a terceira estrofe-
EPISCLERITE — Do gr. epí, sobre, escler, dos cantos liricos; pelo lat. epodu.
abreviaeáo de esclerótica, e suf.
EPISCOPADO — Do gr. episkopos, bispo, e
ite. EPONIMO —
Do gr. epónymos, que dá. seu
nome a alguma coisa era o qualificativo do ;
desin. ado; pelo lat. episcopatu, (Tertuliano). arconte que dava nome ao ano.
EPISCOPAL — Do gr. epískopos, bispo, e EPOóFORO —
Do gr. epí, so>re, e oophó-
suf. al; pelo lat. episcopale (Sidónio). ros, que traz ovos, ovario.
EPISEMO — Do gr. epísemon. EPOPÉIA — Do um
EPISFERIA — Do gr. epí, sobre, sphaira, poema épico. .
gr. epopoiía, que faz
esfera, e suf. ia.
EPISIOCELE — Do gr. epeísion, pubis, e
EPOPTA — Do epóptes, admitido á
gr.
contemplacáo (dos misterios de Eleusis), pelo
kéle, tumor, hernia. lat. epopta.
EPISIORRAFIA — Do gr. epeísion, pubis; EPOSTRACISMO — Do gr. epostrakimós,
rhaph, raiz de rhdpto, coser, e su. ia. jogo de ncochete, feito com cascas de ostras,
EPISIOTOMIA — Do gr. epeísion, pubis, sardinheta.
tom, raiz alterada de tonino, cortar, e suf. ia. EPSIDÓN — Do gr. epsiló?i, e sem aspira-
EPISODIO — Do gr. epeisódion, coisa intro- cáo, com espirito
duzida acessoriameníe, sobrevinda, incidente. EPSOMITA — fraco.
De .Epsom, eidade inglesa,
EPISPÁDIAS — Do gr. epí, sobre, spáo, em cujas aguas existe dissolvido éste mineral'
puxar, arrancar. Formagáo arbitraria. (Lapparent, Roquette Pinto, Mineralogía, 122),
EpíSPASE — Do gr. epíspaMs, agáo de e suf. Ha.
atrair. EPULAO —
Do lat. epulone.
EPISPASMO — Do gr. epispasmós, acáo ÉPULAS — Do lat. epulas.
EPOLIDE — Do gr. epoulís, epoulídos, tu-
• ,
de atrair, aspirar.
— Doi gr. epispastikós pró-
:
pelo lat. epithese, que alias, tem outro sentido. mal), ourico (de eastanha), parte media do-
_
EPÍTETO — Do gr. epítheton, imposto, capitel dórico (em forma de ourico de easta-
nha) pelo lat. echinu.
apuntado, scilicet ónoma, nome acrescentado a
outro, adjetivo; pelo lat. EQUINO
;
—
Do lat. equinu.
EPITÓGIO — Do lat.
epithetu
epitoqiu.
EQUINOCARPO Do gr. echinos, ourigo; —
. .
EPITOME — Do
gr. epitomé, corte, abre-
viacáo, pelo lat. epitome. Passou para o géne-
e karpós, fruto.
EQuiNoCIO —
Do lat. aequinoctiu, igual-
ro masculino, talvez por influencia de resumo. dade do dia e da noite (nocte)
EPITRITO — Do
EQUINOCOCO
•
Do gr. echinos, ourico, —
gr. epítritos, que contém e kókkos, vesicula; o anel da frente tem mul-
a mais um- terco, pelo lat. epitritu tas ponías.
EP1TROPE
— Do gr. epí,
EPIXILIO
^- Do
epitropé; concessáo.
sobre, e xylon,
gr. EQUINODERIDA Do gr. echinos, ourigo,. —
dére, pescogo, e suf. ida; munido de longos?
madeira. aguilhoes retractéis.
EPIZEUXE — Do gr. epíaeuxis, ligacáo, EQUINODERME Do gr. echinos, ouri- —
encadeamento, pelo lat. epizeuxe. go, e dérma, pele.
EPIZOARIO — Do gr. epí, sobre, aoon, ani- EQUINOFÓREA
.
— Do gr. echinophóros,.
mal, e suf. ario. que traz ourigo, e suf. ea; tem espetos junto-
. :
á umbela. Em
grego a palavra significa ra- ERETRIA —
De eretria ten-a, creta (Vitrú-
diaáo, estrellido, e se 'aplica a certas conchas. vio, especie de alvaiade da Eretria, empregado
EQUINOFTALMIA Do gr. echinos, au- — em medicina). '•
\ :
—
>
gado.
EQUIPAGEM — Do fr. équipage. ERGUER — Do
"ergere por erigere,
EQUIPAR — Do.fr. équiper, ant. esquiper, lat.
levantar (M. Lübke, REW, 2899, Introducao,
propriamente prover um esquife (eskip), um § 80, Cornu, Port. Spr., § 221) esp. erguir, it.
barco, um navio, do necessário, depois, de
;
Lübke, REW, 241, Cornu, Port. Spr., § 299, haimá, sangue, e suf. ia.
Leité de Vasconcelos, Li'gSes de Filología Por- ERITRINA — Do gr. erythrós, vermelho, e
tuguesa, suf. Ana; o pó é de colorido róseo (Roquette
129, Nunes, Crestomatía Arcaica, Pinto, Mineralogía, 130).
XXXII). Esp., it. era, fr. ere. Stappers cita
ainda Lucilio e Isidoro. Savary, Le Coran, pg. ERITRISMO — Do gr. erytrrós, vermelho,
e. suf.- ismo. r \
- '.'
'
:
26, diz que a palavra é árabe e vem de erkhe,
: :
./-r/Í.¿'-- ::
;
:
lho, gen, raiz de
. . . . . . . .
Eritróide Escabichar
lho, Ó23SÍS, vista, e suf. ia,. (cfr. port. érvedo) M. Lübke,. RBW, 610, tira
ERITROPTERO — Do gr. erythrós, verme- de urna forma arbitu. O a deu e por su'posta
lho, pterón, asa.
e- relaeáo com herva,. Assim parece dar a entender
-
ERITRÓPTICO — Do gr. erythrós, verme- a grafía hérbedo, que Valladares Nuñes usa
lho, e optikós, que vé. em seu Díc. gal.-cast. (Nunes, Gram. Hist Port
ERITRORRETINA — Do gr. erythrós, ver- 41). V. G. Viana, Apost, I, 399, A.L.P., Vlf
melho, e rhetíne, resina. 233. Apesar de proparoxítona, é urna forma po-
ERITROSE — Do gr. erythrós, vermelho; pular (Nunes, op. cit., 66) O fr. arbouse vera .
redo.
EROSÁO -^- Do lat. erosione. gueiredo)
EROTEMÁTICO — Do gr. erotematikós, ESBOROAR — Do pref es, boroa por broa,.
.
pelo nariz.
se toma BSBULHAR — Do lat. spoliare, despojar
(Figueiredo); é .difícil explicar o V. De-
ERRÓNEO — Do lat. erroneu. bulhar.
b.
7909,
diz que nao se deve mais tomar em. considei'a-
vor, raíz de vorare, devorar. gáo a etimología escam vectare (Romanía,.
ERUCTAR — Do lat. eructare; v. Ai-rotar. XXIX, 346)
ERUDITO — Do lat. erudita, que deixotí ESCABELA — De escabelar, arrancar os
de ser rude; desbastado, instruido. cábelos.
ERUGA —
Do lat. eruca; esp. oruga, it. ESCABELO — Do lat. scabellu; esp. esca-
ruca, fr. roquette (dim.) bel, it. sgabello, fr. escaoeem. O b conservou-
ERUGINOSO — Do lat. aeruginosu se por influencia erudita ou confusáo com v
ERUPCAO — Do lat. eruptionc. (Nunes, Gram. Hist. port., 97, Cornü, Port.
ERVA — V. Hcrva. Spr., 183).
ERVANCO — Do gr. erébinthos ; esp. gar-
§
ESCABICHAR —
Do pref. es, radical do
banzo, gal. herbanzo. V. Grava-neo. lat. capere, tomar, suf. ich e desin. ar (Leite
ÉRVEDO — De érvodo. de Vasconcelos, Opúsculos, I, 424, 520) ..
. . . ; .; . ;
gp£E
183 Escapar
Escabino
246).
ESCAFIDEO — Do gr. skaphos, barco, e ESCANCARAR —
M. Lübke, REW, 1575,
suf. ideo. prende ao gr. canchalus, gonzo da porta. G.
ESCAFOCEFALIA — Do gr. skaphos, bar-
, ,
—
f-Iist
ESCANHOAR — Do pref. es, canhao, e de-
ESCALDAR Do lat. excaldare, esquentar
canh5es que a
sin. ar; tirar os navalha da pri-
escaldar, it. scaldare, fr. échauder.
esp.
ESCALDO —
Do escandinavo skald, poeta, meira vez nao raspou bém (A. Coelho)'. Silva .
ESCANIFRADO —
A- Coelho manda ver
canifraz.
desigual, pelo lat. scalenu.
ESCALENOEDRO Do gr. skalenos, obh- — ESCANINHO —
Dim. de escaño, visto que
além de servir de assen-
o escaño ov> escabelo,
quo, desigual, e hédra, assento, base, face.
— to serve de caixa(V. Arquibancada):
ESCALER
cada
Ligar-se-á ao lat. scala, es-
ESCAÑO —
Do lat. -scamnu; esp. esca.no.
de
?
ESCALFAR —
excalfacere, esquen-
Do lat.
BSCANSAO.— Do lat. scansione, agáo
subir Sobe-se do principio ao fim do verso.
tar (Korting, apud G. Viana, Apost., I, 401,
A. Coelho, M. Lübke, REW, 2947); esp. escal-
ESCANTILHAO A. Coelho' tira—de um
positivo "escantüho, de es e cantilho, de ''can-
far, it. do sul skarfare, ív. échauffer. es-
ESCALHO —
A. Coelho tira do lat. squalu; tillo, donde
cantillón,
cantil: Cortesáo tira do esp
ó que
é mais provável
'. Tirar um
.
queño peixe de agua doce. Squalus em latim cantinho, um pedacinho, para amostra.
é lixa (peixe do mar) V. Esqualo. .
ESCANZELADO — Do rad. de cao,, cfr.
ESCALINATA —-Do it. scalinata. Escanifrado.
ESCALMAO —
Aum. de escalmo. ESCAPAR — Do lat. "excappare; esp. es-
ESCALMO —
Do gr. skalmás, tolete, pelo capar, it. scappare,lv. échapper- (M- Lubke,
REW, 2952) Desembaragar-se. da capa,
.
para
lat; scalmu. que o gre-
ESCALPO — V. Escalho. fugir melhor (Clédát). Brachet nota
,
lat. carperc, assim como á raiz germánica caldado em portugués e escamado em espa-
slcarp. Cuervo, Apuntaciones , 406, rejeita re- nhol. Rejeita o étimo do Cornu, por causa
lagáo com pelar. Cornu, Port. Spr., § 247, tira do sentido e o de C. Miehaelis por considerar
de scalpellare mediante as formas escarpelar singular a mudanca de p em c. C. Miehaelis
— escrapelar. García de Diego, Contr., n. 217, explicou esta mudanca por eufonía ou por
analogía e alegou que nenhuma palavra po-
'
ESCARAVALHO — Por
escravalho, de pular comesa por spre ou spri e que, muitas
principiam por scar ou sera. García de Diego,
cravo? (A. Coelho). Figueiredo manda ver
cscarvalho. Contr., n. 223, hesita em tirar escarmentar dé
ESCARAVELHO — Do lat. scarabeu ou escarmar (excarminare) -como sentar de se-
scarabacu. ftí. Lübke, REW, 7658, tira o esp. dere e aposentar de pausare, ou de escarmen-
escarabajo, o prov. escaravai e o it. scara- tó, como atormentar de tormento.
faggio de urna forma osea scarafahi. ESCARNECER Incoativo de escarnir. —
ESCARCA — De escarcar. A Academia Espanhola dá idéntica origem
ESCARCAR — Do lat. excarptiare, de ao esp. escarnecer. Nada tem com carne, como
carpere, colher (M. Lübke, REW, 2962, C. podía parecer: arrancar as carnes (cfr. sar-
Miehaelis de Vasconcelos, RL, III, 143, Cornu, casmo).
Port. Spr., § 211, n. 3, G. Viana, Apost, I, 406,
no sentido de tirar' a cera das colmeias) M.
ESCARNIFICAR — Do lat. excarnificare ,
. rasgar. as carnes.
Lübke, rejeita o lat. excastrare (Diez, Dic, ESCARNIO — De escarnir.
488, A. Coelho). No sentido de esgargar, v. este
vocábulo e escachar (G. Viana). A. Coelho no
ESCARNIR — Do germ. skirnjan, zom-
ba r (M. Lübke, RBW, 7999)
-
esp. escarnir,
Suplemento dá o étimo de Raist, excarptiare it. schermre, fr. ant. eschernir.
;
V. Escarióla.
gem germ. A. Coelho, definindo como bolsa ESCAROLAR — Do pref. es, carolo e de-
para o que se poupa, filia a escasso. A Aca- sm.
.
ar.
demia Espanhola, pa,ra escarcela, e Larousse, ESCARÓTICO — Do gr. escharotikós.
Brachet, Stappers, Clédat, para escarcelle, re-
conhecem idéntica origem. S
ESCARPA — Do germ. slcarps, agudo (al.
através
ESCARCfiU —
Cortesáo deriva do esp. °'™TP>
REvV, 7982).
do it. scarpa (M. Lübke, ' ''
ESCARCHAR —
Cortesáo deriva do esp.
tir.a através do espanhol.
ESCARPIAR — Do pref.. es e carpir (Á.
escarchar, que significa^ preparar doces de Coelho). Figueiredo- compara com
modo que o acucar cristalize no exterior como
so íóssé geada (v. Escarcha). Convém pouco, , a
E SCARPIM — Do it. scarpino,carpiar.
sapatinho '
(A Coelho).
Cortesáo tira através do espa-
por conseguinte, o étimo de Korting, Latei- nhol. Larousse, Clédat, Brachet dáo a mesma
nisch-Rorcianisclies Wbrterbuch, 3006, e G. origem ao fr. scmyin. Devic apresentou o
Viana, Apost, I, 406, lat. exquartiare, esquar- ,
ESCARVAR —
Do lat. scarifare, de ori- ra (A. Ccelho). Impossível; em prora houve
gem grega (Cornu, Port. Spr., § 185, G. Viana, dissimilaeáo.
RL, i, üj.8, n. 2, Ortografía Nacional, 66, Nu- ESCOAR — Do lat. excolare; esp. esco-
iles, Gram. Hist. Port., 100). O / teria dado lar, it. scolaré, fr. écouler.
v antes da sincope do i. A. Coelho, que no ESCOCIA — Do gr. skotía, lugar escuro,
Dícionário apresentou o medio alto al. schra- triglifo, pelo lat. seotia.
pjen, nú Suplemento dá o lat. scabrave, com ESCOCIÓ — De Escocia (Figueiredo).
possível influencia de cavar e cravar pela ESCODAR — Do esp. escodar, tirar os
signif icacao. M. Lübke, RE \V, 7636, aceita o cotovelos,as asperezas da pedra (M. Lübke,
lat. scabrare, raspar (Zeitschrift rom. Phil., REW, 2354, A. Coelho). Figueiredo apresenta,
V, 240), para o port. e para o esp. e cat. es- com dúvida, um lat. excudare.
carbar, rejeitando o hol. schrapen (Diez, Dic, ESCOFIA — Cortesáo tira do lat. scupliia.
-448). A -Academia Espanhola derivou o esp. O tem escopia, de
esp. cofia, coifa, segundo
talvez -do lat. scabere, raspar. a' Academia Espanhola.
ESCASSO — Do lat. excarpsu, comido ESCOIMAR — Do pref. es, coima, e desin.
(M. Lübke, REW, 2961, Gram. I, 428, II, 484, ar.
A. Coelho, Nunes, Crestomatía Arcaica, 568, s. ESCOIRA — Metátese de escoria. (Fi-
v. escassez) échars.
esp. escasso, it. scarso, fr. gueiredo).
ESCOL — De escolh, deverbal de esco^
;
scyhala.
ESCINDIR — Do lat. sclndere, fender. ESCOLECITA — Do gr. skólex, skólekos,
ESCIRPO — Do lat. scirpu. verme, e suf. ita.
ESCLAVINA — A. Coelho deriva de es- ESCÓLEX — Do gr. skólex, verme.
clavo, escravo, e- suf. ina; Figueiredo, do
esp. ESCOLHER — Do lat. excolligere, esp.
esclavina. Era vestuario usado pelos esclavóes escoger.
'
(ALP, II, 146).. ESCOLHO — Do lat. scopulu através do
ESCLERAL — Do gr. sklerós, duro, e genoves
M. Lübke, Gram.
REW, 7738). V.
skogu (M.
Cornu, Port. Spr., §I,
Lübke,
442,
suf. al.
ESCLBRANTO — Do gr. sklerós, duro, e 137, nao acha razáo em Madureira que con-
sidera o vocábulo um castelhanismo. Tira-o
ánthos, flor.
ESCLERECTOMIA — Do gr. escVr, abre- de urna forma com bl e manda ver- Arcliiv
für lateinische Lexikographie und Grammatik,
•viagáo de esclerótica, tom, raiz alterada do
témno, cortar, e suf. ia. V, 461, e Archivio Glottológico Italiano, XIII,
gr.
ESCLBREMA — Do gr. sklerós, duro, e 374, 454, 458. Diz mais que Grober e D' Ovidio,
dáo. como forma básica scochi, aceita por Nu-
.suf. etitd.
ESCLEReNQUIMA — Do gr. sklerós, duro, nes, Gram. Hist., 49.
ESCOLIASTA — Do gr. scholiastés, co-
e éachyma, parénquima.
ESCLERINA — Do gr. sklerós, duro, e mentador.
ESCOLIO — Do gr. schólion, comentario.
suf. ina.
ESCLERITE — De escler, abreviagao de ESCOLIÓSE — Do gr. skolíosis, acao de
•
encurvar, entortar.
esclerótica, e suf. ite.
ESCLEROCARPO — Do gr. sklerós, duro, ESCOLIPACIDA — Do gr. skolópax, sko*
lópakos, galinhola, e suf. ida.
e karpós, fruto.
ESCLEROCLÁSIO — Do gr. sklerós, duro, — Do gr. skolópendra,
ESCOLOPENDRA
Iclásis, fratura, e suf. io. lacraia, pelo scólopendra. lat.
.
WL
, .
Formacáo arbitraria de —
XXIV, 111). correr no sentido de expulsar. Figueiredo tira
do it. scorrazzare.
ESCONDER — Do lat. abscondere ; esp. ESCORRALHAS De escorrer e suf. —
esconder, fr. ant. escondre. Houve redugáo alha.
especial do grupo bsc em se (Nunes, Gram.
Hist. Port., 122). A forma arcaica é asconder:
ESCORREGAR — Do pref. es e corregar
de coj'rer (A. Coelho). Figueiredo deriva de
a verdade s'ascondcsse por ellos (Flores de córrego.
dereito,
15).
apud Nunes, Crestomatía Arcaica,
Para Nunes, Gr. His.t. 00, as deu es por
ESCORREITO — Do lat. "excorrectu,
pass. de excorrigere, corrigir (Cornu, Port..
analogía com os vocábulos que prineipíam por Siir., § 231). M. Lübke, REW, 2251, dá como
es; para Cornu, Port. Spr., § 96, por influen- étimo o lat. cprrectu. A. Coelho tira do pref.
cia da sibilante; para Pidal, Gram. Hist. Esp., es e correito, antiga forma de correto. Joáo
§ 17, por confusáo com o pref. ex. Ríbeiro, Gram. Port., 195, dá como part. pass..
-ESCONSO —
Do lat. absconsu, escondido de escorrer.
(A. Coelho). Cornu, Port. Spr., § 128, explica
o n por influencia do esconder. M. Lübke,
ESCCORRIPICHAR — De escorrer (Leite.
de Vasconcelos, Opúsculos, I, 436).
REW, 2982, dá como um derivado, do lat. ESCORROPICHAR — (A. Coelho, G. Via-
exeómptiare. No sentido de inclinado, esgue- na), ESCORRUPICHAR (forma brasileira) —
lhado, de ángulo ou esquina regular de um D.e escorrupichar, variando a vogal por influen-
edificio, quarto, teto inclinado, A. Coelho (.Su- cia da labial (Leite de Vasconcelos, Opús-
plemento) liga ao esp. esconzado, esconce, que culos, I, 436). Joáo Ribeiro, Frases Feitas I,
Baist tira do lat. excuniare, sem explicar 273,, deriva de escorre-espiche (espicho é ga-
o z. meta ou pichel), sob o influxo de corrupio..
ESCOPA —
Do it. scopa, vassoura. ;A. Coelho tira de escorrer e pichar, de picho'-'
ESCOPEIRO —
Do lat. scopa, escova, e cfr. pichel.
suf. eiro (A. Coelho). ESCORTINHAR — Freqüentativo de cor-
ESCOPELISMO — Do gr. skópclos, esco- tar (Figueiredo).
lho, segundo Eigueiredo. ESCORVA — Reflexo de escarvaf (Figuei-
ESCOPETA — Do it. schi: ppetto, diiri. de redo).
schioppo, espingarda (Nunes, Gram. Hist., 424). ESCOTA — Do hol. schoote (M. Lübke,
Cortesao tirou do espanhol. Pidal, M. Lübke, REW, 7707, Diez, Dic, 288) A. Coelho tirou.
(REW, 8270), Larousse, Brachet, Clédat re- do sueco e Cortesao do esp. ou do it. 1£. Lüb-
conhecem origem idéntica para o esp. esco- ke, rejeita o ant. nórdico skaut, canto inferior
peta e para o fr. escopette.. da vela (Zeitschrift für deutsche Wortfor-
ESCOPO —
Do gr. skopós, aquilo que se schung, IV, 269; Würter and Sachen, IV, 64).
tem em vista, alvo; pelo lat. escopu. Eugenio de Castro derivou do norreno (RFH,.
ESCOPRO —
Do lat. scalpru; esp. esco- I, 300).
plo, fr. échoppc. O l vocalizou-se dando a for-
ma arcaica escoupro (Nunes, Gram. Hist: ESCOTE — Do cat. escot, de origem fran- .
—
Do lat. scopa, vassoura; esp..
ESCORBUTO —
Do russo skorbotu atra- escoba (vassoura), it. scopa (idem), fr. ant.
vés do it. scorbutto (M\ Lübke, REW, 8012). escouve (idem). O v deu v através do & nor-
A. Coelho tirou do al. Scharbock. M. Lübke, mal (Nunes, Gram.' Hist. Port., 95).
.
No' grupo inicial si a sibilante passóu a cíñ- do lat. sculta; em ingl. to sculk, esconder-se'
ante, transcrita a principio se e depois assim M. Lübke, REW, 802, cita Romanía, XXXVII,
pronunciada (M. Lübke, Gram. I, 41). Fouché, 460, a propósito da relacáo do pisano-luquensa
E' tudes de phonétiqne genérale, 54, 78, ex- scolca ao lat. exculcator.
plica a transiormacao do grupo si em sel atra- ESCULENTO —
Do lat. acscuientu.
vés de stl. A palavra escravo lembra as guer- ESCÜLICO —
Do lat. aesculu, carvalho
ras travadas pelos francos com esses povos que da bolotas comestiveis, e suf. ico; é ex-
da Europa oriental que em sua língua se cha- traído do fruto do castenheiro-da-India (Aes-
mavam os bri-lhantes, os ilustres, os Eslavos, culus hippocastanus)
e que os inimigos que os captufavam aos mi- ESCULINA —
Do lat. aesculu, carvalho
niares chamavam esclavóniós ou esclavos, de que dá bolotas comestiveis, e suf. íha; é ex-
modo que, por cruel ironía da sorte, este traído da casca ou do fruto do castanheiro-
nomo' glorioso tornou-se um dos mais mise- da-India (Aesculus hippocastanus)
ráveis das línguas modernas (Darmesteter, ESCULPIR — Do sculpcre. iat.
Vie des mots, 94). 1C a mesma palavra que ESCUMA — Do gei-in. skuma ; it. svli-iu-
csclavdo, c tomou esta accepeáo em virtude ma, fr. écume (al. Schaum).' V. Diez Gram
do terem sido cativados os esclayoes que es- I, 286, M. Lübke, REW, 8013, Nunes Gram.
caparan! ao exterminio, que, no IX e no X Hist. Port., 162, 179). No sentido de materia
sáculos, lhes foi infligido pelos exércitos de prima de piteiras tem origem interessante.
Carlos Magno e de seus sucessores (Nyrop- Kummer, fabricante alemao, aproveitando-se
Vogt, Das Leben der Worter, pg. 108, apud das incombustibilidade o leveza do silicato de
G. Viana, Ortografía Nacional, 428). No port. magnesia, com ele fez cachimbos c piteiras. Os
,
ant. se dizia cativo-. A palavra escravo é mo- franceses chamavam a ésses cachimbos pi2ies
derna (c£r. Gama Barros, Historia da admi- de Kummer, depois, por analogía, piq>c$ ¿¡.'
nistragdo pública em Portugal, II, 24, nota écume de mer, de que íizemos cscuma do mar,
4). Segundo Pedro de Azevedo, Arqwivo Histó- ou- simplesmente escuma. A torga do nome foi
rico Portugués, I, 290, o texto maís antigo tal que os próprios alemáes mais tarde pas-
em que ela aparece é de 1462 (cfr.' todavía saram a dizer Meerschaum, escuma do mar
F. de Almeida, Historia de Portugal, I, 400, (Vendryes, Le Langage, 213).
nota 1). A par de escravw aínda aparece a ESCUNA — ;
ninho. O esp. tem escribanía "papelera". -Es- . Gram. Hist. Port., 60, também vé analogía;
crivania é um nome em ia, corerspondente a Cornu, Port. Spr., § 96, vé a acao da sibi-
escrivao (de scriba-anis REW, 7744). (Leite lante.
de Vasconcelos, Opúsculjs, I, 520): V. Cornu, ESCURRIL — Do lat. scurrile.
Port. Spr., § 151. A. Coelho tirou de escrivano, ESCUSO — Do lat. absconsu, escondido
forma fundamental de escrivao e suf. ¡a. (Joáo Ribeiro, Gram. Port., 123, Nunes, Gram.
ESCREVER — Do lat. scribere; esp. es- Hist. Port., 60, 147) Are. escoso: outros 2Jr¿- .
cribir, it. scrívere, fr. écrire. rentes teuere en seu poder 'manceba escosa...
ESCRIBA — Do lat. scriba, escrivao pú- (Tradueáo portuguesa do Fuero Real de Afon-
blico. so X, 'apud Nunes, Crestomatía Arcaica, 13).
ESCRIBOMANIA —
Do lat. scrib, raíz de Nunes vé no es analogía o o = u por metafonia.
scribere, escrever, e gr. manía, loucura. De- Cfr. Esconso.
via ser grafomanía, todo grego.
ESCRINIO •— Do lat. scrimiu. ESCUTAR —
Do lat. ascultare por aus-
ESCRIVAO —
Do lat. scriba, scribanis
•
cultare;
altare,
esp; escuchar, ant. ascuchar, it. as-
écouter, ant. ascouter. Are. ascuy-
fr.
(3.i declinacáo e nao 1.'.'); esp. escribano,
it. scrivano, fr. écrivain (escritor); v. M. tar, escuitar: Filho, ascuyta os preceptos do
Lübke, Introdugáo, § 153, REW, 7744. meestre (Inéditos de Alcobaea, I, p. 2-19). Kou-
ESCROB1CULO — Do lat. scrobiculu. ve dissimilacá.o, que do au ú fez a—-ú; o l —
ESCRÓFULA — Do lat. scrofula (alias vocalizou-se; uí reduziu-se a u (cfr. chuva) ;
plurale tantum), dim. de scrofa, porca; em as deu es por analogía com outras palavras
razao de tumores g'ianglionares análogos aos ou troca com o prefixo ex ou por influencia
que o porco apresenta (Larousse, Moreau,
da sibilante (M.- Lübke, Introdugáo, § 112,
21) ou á imundieie desses tumores Nunes, Gram. Hist., Port., 60, 77, Cornu,
(Walde). Port. Sin:, § 32, 37, 96, Pidal, Gram. Hist.
Cfr. Alporca, Alopecia, etc.
ESCRÚPULO
drinha.
—
Do lat. scrupulu, pe- Esp., § 17).
ESDRÜXULO —
Do it. sdrucciolo, escor-
ESCROTO — Do lat. scrotu, bolsa; esp.
regadio. A
Academia Espanhola reconhece esta
escroto. origem para o esp. esdrújulo.
ESCROTOCELE — De escroto e gr. hele,
ESPACELARlNEA Do gr. sphálcelos, —
tumor, gangrena, que formou o lat. científico Spha-
hernia;" seria melhor osqueocele, todo
grego. celaria, nome do género típico, e suf. inea.
ESFACELAR — Do gr. sphálcelos, gan-
ESCRÚPULO — Do lat. scrupulu, pedri- grena, e desin. ar; a gangrena destrói os
nha usada para pesar a vigésima quarta par- tecidoS.
te da onca. Passou depois a significar a hones- ESFÁCELO Do gr. — sphálcelos, gangre-
tidado do negociante que nao quería causar na.
ao fregués o menor prejuízo no peso da mer- ESFAGNACEA. — Do gr. sphágnos, espe-
caduría, generalizando depois o sentido. cie de liquen, e suf. ácea.
ESCRUTAR — Do lat. scrutare por scru- ESFAIMAR — Por esfamear, do pref. (A.
es,
tari, sondar, remexer. fame, antiga forma de jome, e desin. ar.
ESCÚDELA — Coelho, Leite de Vasconcelos, Ligóos de Filo-
Do lat. scutella; esp. es-
logía Portuguesa,, 194, Nunes, Gram. Hist-
cudilla, fr. écuelie. O étimo to-
sucudella,
Port., 151), Houve atracao do e. O verbo es-
it.
mou u que deu u, por cruzamento com
longo, ',
famear é atestado por Cardoso, Dic, Lusit-
scutu, escudo, provávelmente por compafacáo
do objeto com um escudo arqueado (Nunes, Lat., pg. 44, ed. de 1570; está representando
Gram. Hist. Port-, 155, M. Lübke, Introdugáo, em mirandés pelo part. sfamiado e pelo e s fa-
miado no portugués dialetal do Brasil.
142 Clédat).
ESFALERITA — Do gr.
§
ESCUDO — Do lat.• scutu; esp. escudo, sphalerós, escor-
scudo,
fr. ccu. regadío, e suf. ita. V. Blenda.
ESFALEROTOCIA — Do
it.
ESCULÁCEA — Do lat. aesculu, carva-
-
gr. sphalerós, en-
lho que da bolotas comestiveis, e suf. ácea. gañador, tókos, parto, e suf. ia.
. . . . .
Esfandegado — 188
propriamente elo.
algos, dor, e suf. ia.
ESFINGE — Do gr. sphígx, monstro que ESLAVO — Da raiz eslava slav, que quer
dizer gloria, 'através do lat. slavu (M. Lübke,
eslraugulava (.sphíggo) quem nao adivinhasse
REW, 8023). A verdadeira forma portuguesa é
os seus enigmas; pelo lat. sphinge.
ESFÍNGIDA — De
esfinge e suf. ida; sao esclavo, escravo (q. v.). V. G. Viana, Orto-
grafía Nacional, 106, Larousse, Stappers.
borboletas crepusculares, misteriosas.
ESFOLAR —
Cortesao tira do lat. 'exfol- ESLINGA — Do ingl. e hol. slinge, funda
(M. Lübke, REW, 8028, A. Coelho).
iare, propriamentc, tirar o fole, isto é, a pele.
Manda confrontar os antigos Forais, em que ESMADRIGAR — Figueiredo filia ao lat.
matrice, matriz.
se fala de folies de coelho, isto é, peles de coe-
lho. Figueiredo compara com o esp. desollar, ESMAECER — Por "desmaiecer, de des-
des follar, do lat. folie, bolsa de couro, segundo maiar (Figueiredo).
a Academia Espanhola. Silva Bastos dá como ESMAGAR — Do lát. -cxmagare, de ori-
gem f oreas (M. Lübke, REW,
germ., roubar as
contracáo de esfrolar, de frol, flor.
ESFOLIAR —
Do lat. exfoliare. Sendo urna 3022); esmagarse (apodrecer a fruta), it.
gal.
ant. esmagare, fr. ant. esmayer. G. Viana,
palavra erudita, devia escrever-se com x em
vez de s; popular ja existe desfolhar. Palestras, 78, prende, assim como o it. smne-
ESFRAGiSTICA —
Do gr. sphragistikc, sci- care, a um vocábulo hipotético maco, cuja sig-
licet téchne, a arte relativa aos selos, sinetes, nificacáo parece ser a de pressao violenta,
carimbos. embate, que determina divisao mínima, des-
truicao; Diez, Dic, s. v. maceo.
manda ver
ESFREGAR — Do lat. "exfricare (Cortesao) ; Garcia de Diego, Contr.. n. 374, amplia as re-
csp. fregar (sem o prefixo), it. sfregare. V. láceos deste radical a "maceare (M. Lübke,
Nunes, Gra.m. Hist. Port., 112. M. Lübke, REW, RFAV, 5196).
2829, dá o lat. effricare e diz que também pode ESMAIAR — Por desmaiar.
ser formacáo moderna. ESMALTE — Do germ. smalto (alemao
ESFUMADO —
Do it. sfumato. A Acade- Schmelz). V. M. Lübke, REW, 8040, Diez, Dic,
mia Espanhola reconhece a mesma origem pt-ra 296.
o esp. esfumar; em fr. há sfumato (Larousse). ESMALTINA — De esmalte e suf. %na;
ESFUMINHO —
Do it. s fumino. A Acade- serve para colorir os esmaltes.
mia Espanhola reconhece a mesma origem para ESMANIAR — O it. tem smaniare.
o esp. esfumino. BSMAR — Do lat. aestimare, julgar. Com
ESFURACAR —
Do pref. es e f uraco, de a mesma simplificacáo fonética (stm=S7n),
furar (A. Coelho); v. buraco e furar. Figuei- M. Lübke, REW, 246, dá o fr. ant. esmer e o
redo compara com o esp. furacar, que a Aca- prov, cat. esma.r, donde tira o port. ant. osmar.
. . ; . .
BSOFAGOSTOMIA — Do *
gr. oisophágos,
matos, sabao, e suf. ita; é um sabáo natural. esófago, stóma, boca, e suf. ia
ESOFAGOTOMIA — Da
J.
Spr., §§ 35, n.?. 7, e 236, dá a forma esmerauda ESOTÉRICO — Do gr. esoterikós, peculiar
como' intermedia (cfr. calma, enxalmo) Mudou .
aos de dentro (éso), aos íntimos, os que Pi-
o género por influencia de pedra (cfr. ame- tágoras recebia em sua habitacáo como um
tista', opalá, safira) Boisacq prende o gr. ao dos fiéis (Schuré, Les grands iniiiés, pg. 325).
Semita (hebr. oarequet, brilhar) no prácrito
.
;
ESPACO — Do lat. spatiu; esp. espacio, it.
maragada-, sánscr. marak(a)tam. spozio, fr. espace.
ESMERAR — Do lat. '-exmerare, purifi- ESPADA — Do gr. spáthe, espada de la-
car, Lübke, REWj 3024,
de meru, puro (M. mina alargada na ponta, pelo lat. spatha, es-
Diez, Dic, 398). A. Coelho, que no Dicionário pada (diferente do gladius) esp. espada, it.
;
:dá reste ;étimo, no Suplemento diz que Baist o spada, fr. ,épée.
íliga ao gr. smyris, esmeril. Nunes, Gram.
'
;i
-
ESPADACHIM — Do it. spadaccino. Pidal
Hist. Port., 121, e G. Viana, Ortografía Na- e a Academia Espanhola reeonhecem a mesm'a
cional, 69, aceitara a origem latina. Esp. es-
.
origem para o esp. espadachín (Gram. Hist.
merar, it. smerare (pulir), fr. ant. esmerer. Esp., § 4). Larousse, Stappers, Brachet assim
ESMERIL Do medio gr. smerís (da ilha — procedem quanto ao fr. spadassin. Os esgri-
de Naxos, v. M. Lübke, Gram., I, 30, REW, mistas italianos foram célebres no século XVI.
8044, Diez, Gram., I, 54, Dic, 296), substancia ESPADAÑA —
De espada (A. Coelho). E'
encontrada nos ealcários e dolomias daquela o nome de urna planta cuja fólha semelha
ilha. Provavelmente atravós do it. smerigho a fólha da espada (A. Coelho). Segundo ésto
ou, segundo Rebelo Goncalves, A.L.P., X, 323, autor é urna irídea, a Iris xyphium. Significa
do esp. esmeril. No gr. clássico o vocábulo é também jacto de líquido que semelha urna fó-
smyris. lha de espada (A. Coelho). Esp. espadaña:
ESMERILHÁO —- Do ant. alto al. smerl Confronte-se o fr. gla'ieul do lat. gladiolu, es-
(M. Lübke, REW, 8043). Cortesáo rejeitou o Dada pequeña. Toro y Gómez traduz o esp.
étimo de Fr. D. Vieira, para aceitar *minllu, espadaña por masse d'eau, planta aquática da
i proposto por Constancio e seguido por Lacerda, familia das tifáceas. Cortesáo tira do esp. o
ou "smiritulone (donde smirit'lone) manda ver ;
port.
—
smerintliü na Prosodia de B. Pereira. ESPADARTE De espada' e suf. arte (A.
BSMERILHAR — De esmeril (A. Coelho) Coelho) é um seláquio que dilacera a baleia
;
—
dice, de origem grega, e flore, flor.
Michaelis de Vasconcelos, RL, III, 174). A. Coe-
lho tira do pref. es e minea.
ESPADILHA — Do esp. espadilla (cfr. o
ESMO De esmar. — ,
suf.); v. G. Viana, Apost., I, 410.
ESPADUA — Do lat. spathula, omoplata,
ESMOCAR — Do pref. es, moca e 'desin. dim. de spatha, de origem grega, coísa chata
ar. M. Lübke, REW, 5706, prende ao lat. "muc- e larga; esp. espalda, it. spalla, fr. ant. espa-
edre, assoar. ';
G. Viana, Apost., I, 409, assim estabelece corpos. Palavra usada por Paracelso e talvez
a serie de transtormacóes elemosna, etmos- :
forjada por ele (A. Coelho).
na (almosna no Livro de Alexandre), esmol- ESPAIRECER De pairar (A. Coelho).—
na, esmonla (cfr. monleíro, moleiro). Cornu, O espirito de quem espairece, como que paira
Port. Spr., § 244, cita esmolna na Regrade S. sobre as ocupacóes habituáis, sobre as tris-
Rento. Cortesáo dá: Dixerunt que, por esta es- tezas.
molna... (Inquisitiones, p. 380). Algua cousa
offerecer quiserem in esmolna ao moesteyro
ESPALDA —
Do lat. spaHita, forma meta-
.
ESNOCAR — O mesmo que desnocar, de mas como para isso podemos servir-nos de um
deslocar, talvez com inf luécia de nó (Figuei- instrumento de penas, o espanador, ou de um
redo) .
paño, A. Coelho -hesita entre a derivacáo de
. . . .
pena (.espenar, espanar com alteracáo da áto- ESPASMO — Do gr; spasmós, , convulsáo,.
arranque, pelolat.- spasmu.
na) e a de paño.
ESPANCAE — Do -prefespanar.
es, . panca e desm.
.
gueiredo)-. V. Bonnaffé.
.
ESPARGIR —
Do lat. spargere; esp. ant. ESPECIE — Do lat. specie, vista, aspecto;
csparzer, mod. esparcir, it. spargere, fr. ant. esp. especie, it. specie, Ir. espéce.
cspardre. Port. ant. esparger (Nunes, Gram. ESPECIFICAR — Do lat. specíficare, en-
Hist. Port., 123). Diez, Gram., II, 386, apré- contrado em textos medievais (Brachet).
senla o étimo exspergere. ESPñCIMEN — Do lat. specimen.
ESPARGO —
Alteragáo de aspargo (Nunes, ESPECIONE — Do it. spezione, segundo
Gram. O esp. apresenta igual
Hist. Port., 59). Figueiredo. A. Coelho tirou de especie.
alteracáo (espárrago) que Pidal,. Gram. Hist.
,
ESPECIOSO — Do lat. speciosu, helo, de
"
desusada de espargo, e suf. eirá. culare por speculari, observar daí fazer teo-
ESPARRALHAR — De esparrar e suf. ajho
;
em esp. absorveu o sentido de exspectare, pea (til e), "expsnnar, * espenare, *espear
no
aguardar (cfr. it. asjiettare) (til no espear, ou panu, os últimos restos
e),
ESPERDICAR — V. Desperdigar.
,
cia na cabeea dos cachalotes. Os franceses e os 2569, tira do cruzamento de depanare, dobar,
italianos escrevem com i no fim (spermaceti) com penna. O inesmo M. Lübke, REW, 3045,
ESPERMATIO —
Do gr. spermátion, semen- prende o port. ao lat. Recopilare. A forma
devia ser espear, mas houve, como em criar,
te pequeña.
ESPBRMATOCELE Do gr. sperma, spér- — eonfusáo com os verbos em-ior, daí fazer a
conjugagáo espía e nao espeiá. G. Viana, Apost.,
inatos, sementé, esperma, e Ícele, tumor, hernia.
ESPERMATOCISTECTOMIA Do gr. sper- — I,. 414, ainda .apresenta uma_possível derivagáo
de espigar e manda confrontar ligar e liar.
ma, sementé, esperma, kystis, vesícula, ek, fora,
tom, raiz alterada de témno, cortar e suf. ia. ESPICACAR — Do pref. es, pico e suf. aga.
ESPERMATOCISTITE — Do sperma, ESPICHAR — De espicho.
ESPICHE — Do ingl. speech (A. Coelho).
gr.
spérmatos, sementé, esperma, kystis, vesícula,
e suf. íte. ESPICHO — Do lat. spiculu, dardo (A.
ESPERMATÓFORO — Do gr. sperma, spér- Coelho,
A
Joáo Ribeiro,
Academia Espanhola
Feitas, I, 273)
e Diez, Gram., I, 196,
Frases
matos, sementé, esperma, e phorós, portador.
ESPERMATOGÉNESB — Do gr. sperma, pro-
dáo á
Lübke,
mesma
REW,
esp. espiche. M.
etimología ao
8147, ao it. spigolo.
esperma, e génesis,
spérmatos, sementé,
ducáo. ESPICIFLORO— Do. lat. spica, espiga, e
-BSPERMATOGRAFIA — .^
Do gr. sperma,, flore, flor.
ESPICIFORME— Do lat. spied, espiga, e
spérmatos, sementé, esperma, graph, raiz de
forma, forma.
grápho, descrever, e suf. ia.
ESPICILSGIO — Do
.
nardu, nardo.
esperma, e poíesis, fabri-
spérmatos, sementé,
ESPICULO — Do sjiiculu. V. Espicho. lat.
cacáo.
ESPERMATORREIA — Do .
sperma, spér-
gr. ESPIGA — Do lat. spica; esp. espiga, it.
rhoía, *de rhéo,. cor- spiga, fr. épi.
matos, sementé, esperara, e
rer, segundo formacoes análogas.
ESPIGELIA — De Spieghel, nome de um
ESPERMATOTECA — Do gr. sperma, spér- médico belga (A. Coelho), e suf.
ESPIGÓ — De espiga (cfr. cesta, cesto)
ia.
matos, sementé, e tliéke, depósito.
ESPERMATOZOIDE — Do gr. sperma, spér- ou forma alótropa do lat. spiculu (cfr. oaculu,
bago). V. Espicho. G. Viana, Apost., I, 414.
matos, sementé, esperma, zóon, animal, e eidos, —
formáis ESPILRÁR Por "espirlar do lat. expi-
ESPERMOGÓNIO Do gr. sperm, de sper- — rulare (Figueiredo)
ESPIM
forma pop. de espirrar.
— ;
ESFERTINA •— De esperto e suf. ina (A. demia Espanhola eLarouse atribuem a mesma
Coelho). '
it. spesso, fr. épais. o it. spingarda- (peca de artilharia) ; o fr. ant.,
ESPETACULO — Do lat. spectaculu. espringale, espringalde, espringarde (idem), de
de esprvnguer. M. Lübke, REW,
' :? ESPETO — Do germ. Nunes, Gram. Hist. espri?igaler,
Port., dá 162, 179, spit, latinizado em. spittu. 8185, filia com dúvida ao franco springen, saltar
springen). Cortesáo tira do esp. o port.
M. Lübke, REY/, 8163, tira do got. spiuts o (al,
esp. espeto, filiando a urna forma franca o fr. A Academia Espanhola, Petrocchi, Stappers,
sprmgan.
ant. espieu, espiet, mod. épieu, donde o it. Larousse filiam ao ant. alto. al.
sgjeáo.- ;fi" Mario Barreto, REP, XVIII, 182 aceita esta
ESPEVITAR — A. Coelho tira do. pref. es raiz acompanhada do sufixo germánico arda,
e do l'at. pituita e manda ver pevide. Figueire- com o que concorda Joáo Ribeiro (Gram- Port-,
do'perguntá se está por *espevidar, de pevide. 135) haveria urna forma intermediaria nao
;
tira do plural pés e su. inha. latim. V. Otoniel Mota, O meu idioma, 162.
ESPÍA —
1 (espiáo) : de espiar1 M. Lübke, . ESPINHO — De espinha (cfr. caneca, Mota,
REW, 8136, tira do cataláo espía. caneco, chinela, chínelo, etc.). V. Otoñiel
.-.•'. 2 (corda): de espiar'. Néste sentido, A. O meu idioma, 162. Academia Espanhola A
Coelho. por intermedio de trave, barrote, para : filia o esp. espino a. espina e Petrocchi o it.
segurar, liga ao fr. épieu, ant. espieu. ; spino a spina .
:
. .
—
.
ESPOROCARPIO — De esporo, gr. karpós, me faz escaecer (Gane, da Ajuda, 251); esque-
fruto, e suf. io ecer: Nosso Senhar Ihesu Christo, que nao se
ESPOROCISTE — De esporo, e gr. kystis, esqueece dos seus amigos. .. (Estoria de Uespa-
vesícula. siano, apud Nunes, Crestomatía Arcaica, pg.
ESPOROFIMA — De esporo e gr.. phyma, 160) Houve assimilacáo no grupo se e erase
.
spoponderai ducturum, sjjonsus (Aulo Gélio, faz sombra (s7ciá) com a cauda (ourá) ; pelo
Noites Áticas, IV, 4). Tomou o lugar de vir lat. sciuru; no dial., campidanés (Sardenha)
e seu feminino o de uxor. slárru. O
esp. esquirol, it. scoiattoló, fi'. écu-
ESPREITAR —
Do lat. explic'tare por
, reuil veem de alongamentos de urna forma scu-
explicitare (C. Michaelis de Vasconcelos, RL, riolu (M. Lübke, 'Gram. II, 520, REW,. .8003)
"III, 146). Cfr. Emprelta, Estreito, V. G. Viana, Sc=sk, v. Esqueleto. "Sa jolie figure est enco-
Apost., I, 416, A. Coelho, Cortesáo; M. Lübke, ré rehaussée, paree par une 'belle queue en
REW, 3053, dá o fr. exploiter, e o prov. forme de panache, qu'il releve jusque dessus
espleitar. sa tete, et sous laquelle il se met a. l'ombre
ESPREMER — Do lat. exprimere; esp. (Buffon)". Opiano ja tinha dado esta expli-
cagáo na Cinegética, II, 586.
esprim.°r.
ESPUIR
spvemere,
it. épreindre.
— Do lat. fr.spuere. ESQUIMO, ESQUIMO Nome dado pelos —
ESPUMA — Do lat. spuma; esp. espuma, indios norte-r'americanos aos habitantes das tér-
ras árticas significa comedor de pelxe en.; ("Lo-
it. spuma. Cfr. escuma. ;
e M. Lübke reconhecem a mesma origem para acha dificuidades de forma e de sentido para
o fr. escadre. Passou a significar divisáo de filiar ao franco-lombardo skina, pedaco estreito
frota. de ósso.No sentido de planta vem do fr. squine
ESQUADRÁO — Do it. squadronc, sexta (A. Coelho).
parte de um regimentó de cavalaria. V. Es- ESQUINDILESE — Do gr. schindglesis,
quadra. acáo de cortar em pedacinhos.
ESQUADRIA — De esquadro e suf. ia ; 6 ESQUINENCIA — Do it. schinanz'ia. de
feitaa esquadro por causa dos ángulos retos origem grega (A: Coelho). V. Cin&ncin. Bra-
que apresenta. chet, Stappers atribuem a mesma oriorem ao
ESQUADRINHAR — Do lat. "scrutlniare fr. esquinancie. Ramiz, M. Lübke, REW, 4798,
(Diez, Dic.,449, M. Lübke, REW, 7752, Leite a Academia Espanhola, Larousse, Clédat admi-
de Vasconcelos, Ligoes de -Filología Portuguesa, terr> a origem grega direta.
463, Mario Barreto, Novos Estudos, 428). Are. ESQUINETA —
Do fr. lansquenet, de ori-
escrudinhar, escudrinhar e de outro lado "cscul- gem alema, influenciado por esquina (Julio
divhar (com metátese o dissimilacáo), escul- .
Moreira, Estudos, II, 283, G. Viana, Apost.,
drinhar (Leite de Vasconcelos, loco cit-, Nunes, I, 417).
Gram. Ilist. Port., 112). A. Coelho senté na . ESQUIPAR — Do anglo-saxónio skipan, na-
forma moderna influencia de esquadro. Leite vegar (al. schiffen) . A. Coelho reconhccc a
de Vasconcelos, ou influencia de etimología po- identidade de raiz com esquife. Cortesáo tirou
pular (quadrinlio, etc.), ou mais provávcl- do esp. esquipar.
mente, da equivalencia entre qua e co (cfr. ESQUIPETAR — Do albanés skipelar (G.
coniia, coronta, corentena, coresma, cartel). Viana, Palestras, 147, Larousse, s. v. Albanic).
Esp. escudriñar, it. scrutinare. ESQUÍROLA — Franco de Sá, A Lingua
—
ESQUADRO Do it. squadro (A. Coelho). Portuguesa, tiram do esp.
133, e Cortesáo
ESOUALIDO — Do lat. squalidu.
_
Ufe -J
. . . .
ESTAFETA _
Do it. staffetia, dim. do
:
e ^TcSf ^-
ESQUIZOPROSOPIA - Do
D ° «* «^ '«*«.
.
e suf ia
E QUI ?P T0RAX
1 tórax. - Do -r
"
5cAfe °, ^nder,
'
A IL OPLASTIA - Do
_ ESplast,
T F de plasso, gr. starphylé,
.
e ,,
tiiorax, uva, 1 7
modelar,
'
e suf ia
ESTAFILORRAFIA _ Do
. :
yel; eso
A ANA:DO
ESTABELECER ~_ De um& esíoi;ít»ioiío.
?,'f£ 5 Corr d
lat.
scere, incoativo de outro «stabilirc,
•'stabíli-
tornar está-
establecer, it. stabilirc (seni suf)
-
raíz
caí
T A
ECTALACT1FÉRO
cfo
^ota^oS?
E
faí
gota a gota,
3
S™ 1
|.° ze
XIII
7
~, Do Sr-
e suf.' iré.
^
r,
aVV &ach et).
Í7
estalacMe e &>
estalaktós, que
fr. otabhr (ídem).
íígTABIEIDADE _ Do
ESTA.LAGEM
Cortesáo supóe corruntelo —
ESTABULO —
Do lat. stabulu; esp. esta-
lat. stabilitate.
(cVfr
leu. fr. ^nt
al e h Stal
?
ant. osieZ, hoje 7ióíeZ)> P° r ^r>/ - Wtafe
do, stabbio, fr. atable. E' forma refeita,
it. Nunes, Gram. Bist. Port., 179, e suf daem
pois liouve o are. cstabro (Nunes, Gram.
Hist. assento; estalagem seria o' lugar filia, a esS'
1 O7 T .
í li) ) se assentava para descansar onde a -ente
ao ant. alto al. stal, estabulo.A. Coelho füia
, .
ESTALEIRO —
A. Coelho tirou de estar germ. ard, hard (M. i_,übke, REW, 3083) c
'e um suf ixo leiro Figueiredo prende com dú-
. Michaelis de "Vasconcelos, RE, XI, 18, tira '
vida ao esp. astillero, o que nao se pode admi- do fr. ant., que é, igual ao prov.' Co'rtesáo
tir porque a forma portuguesa nao é ~astilheiro tira do esp., a que atribuí origem alemáo
ou ''estalheiro- com l molhado. Otoniel Mota, A
Coelho tirou do ingl. standard. V. Joáo Ril
O meu idioma, 229, tira do ant. alto al. slal, beiro, Gram. Port-, 135, e RFP, XVIII 182
lugar, que deu o ir. étal, que outrora signi-
fieava tábua em que se expunham as merea-
ESTANHO —
1 (metal) :• do lat. stanneü,
de estanho (M. Lübke, REW, 8228), de origem
•dorias nos mercados públicos". M. Lübke, REW, céltica (Walde) esp. estaño, it. stagno, fr.
740, aproxima do fr. atelier o esp. astillero, étain. — ;
me, parte do tosao da lá, composta de fibras Vasconcelos, RE, III, 159. !
longasr esp. estameña, it. stamegna, fr. éta- ESTAPÉDICO — Figueiredo deriva de um
mine (certa fazenda). b. lat. stapediu, Larousse, s. v. stapédien,
ESTAMENTO — Do esp. estamento. dá um lat. sta,pes, estribo.
E8TAMETE — De estome e suf. ele. ESTAQU1DEA — Do gr. stáchys, espiga,
ESTAMINÁCEO — Do lat. "staminaceu, e suf. idea.
calcado em stamine, estame. ESTAR — Do lat. stare; esp. estar, it.
ESTAMINADO — Do lat. "staminatu, cal-
'
.
stare, fr. ant. ester. ' ";
éter sentido completo. Brachet, Clédat, La- *estatulado, der. de estatuía, forma popular
rousse, Stappers aíribuem a mesma origem o de estatua (cfr. trévulas, trégolas e outras).
fr. stance. A oitava rima dos poemas dé Boiar- Cortesáo acrescenta aínda recula, gazula. M.
do, Ariosto, Tasso veio da Italia com Sá de Lübke, REW, 8236, aceitou éste étimo. Para
Miranda (Remedios, Literatura Portuguesa, 152). Figueiredo está talvez por estartalar, do esp:
Esta é a forma que Camóes usa: Mais estancas estartalado, descomposto. G. Viana, ^ Apost.,
cantara esta Syrena, X, 45, 1, e nao estancia. I, 420, acha singular que um verbo, cuja
V, G. Viana, Apost. II, 285, e Silvio de Almeida, significagáo é ficar estendido, fósse: tirado
RFP, V, 121. de um nome que quer dizer figura erecta, er-
ESTANCAR —
Do lat. ~*stangare por stag- guida, em pé. Mesmo para o poyo, que alte-
rou estatua em estatuía, esta última "forma
oiare, formar pantano (Diez, Pacheco e Lameira,
Gram. Port. 381) A Academia Espanhola e designa sempre figura depessoa em pé, e
forma épouCo; A
.
S225, prende o port. esp. a um lat. "stancu, ramente vulgares sao estartalar-sej . estratalar- }'<
cansado, que deu o it. stanco. se e cujo participio é confirmado pelo esp.
ESTANCIA — Do stantia, coisas que
lat.
'
destartalado, que está para estardalado como J ;
ESTANDARTE —
Do prov. cstendart, for- ESTÁTER — Do gr. statér pelo lat.- sta-
mado do lat. extendere, estender, e do suf. tere. ,
; r.
,
se prendería o
ESTATMSTICA
suf.
— ica.
Do gr. siathme ,,-ihe
.
ESTEIO — A. Coelho derivou do ingl.
stay Bstai). Cornu, Port. Spr., §§ 9 e
scilicet téclme, a arte relativa as medidas e (v.
com mudanca
130, do gr. stéle, lat. stela, de.
pesos.
•
ESTATUA — Do siatua, coisa que
lat. género. A. Coelho cita no Suplemento éste
étimo, que é aceito por C. Michaeüs de Vas-
está de pé; generalizou depois o sentido, apli-
concelos, RE, XI, 42; M. Lübke, REW, 8241.
cando-se a representacáo de pessoas senta-
das deitadas, a cávalo ou acocoradas. M. Lübke alias, 8216, tira do prov. estai,
ESTATUIR — Do lat. statuere. de origem anglo-saxonia e, 8260, do gr. stylos,
ESTATURA — Do lat. statura. Ant. es- lat. stilu.
ESTEIRA —.1 (tecido de palha) do lat.
tadura : ... a estadura do sen corpo era :
meda (Corte Imperial, apud Nunes, Crestomatía storea (Diez, Dic. 308), através do esp. es-
Arcaica, pg. 137). "tera (M. Lübke, REW, 8279, dando-se redueao
ESTATUTO —
Do lat. statutu. do ditongo ue proveniente do o {Gram. I,
ESTAUROLATRA Do gr. staurós, cruz, — 202). Ríbeiro de Vasconcelos, Gram. Hist., 46,
e a influencia da semivogal.
e latr, raiz de latreúo, adorar. atribuí o . G.
ESTAURÓLITA —
Do gr. staurós, cruz, Viana, Apost. I, 421, considera storea, o étimo
mais evidente entretanto nao deixa de acha.i 1
e líthos, pedra; os cristais se cruzam. ;
análogas. ESTENDAL —
De estender e suf. al (A.
ESTEATITA —
Do gr. stéar, stéatos, gor- Coelho).
dura, sebo, e suf. ita; dá a sensagáo de um ESTENDERETE
„
De stender e suf. ite — , L
corpo graxo (Hoefer, Hist. de la Botanique, (cfr. berberete) (A. Coelho). Neste jogo es-
317). tendem-se as cartas quando nao se tem se-
ESTEATOMA — melhantes as que estáo na mesa.
seboso, pelo lat. steátoma.
Do gr. steátoma, tumor
ESTENELITRO Do gr. stenós, estreito, —
ESTEATOPIGIA — Do gr. stéar., stéatos, e élyiron, élitro.
ESTENIA —
Do gr. sthénos, f Srga, e
gordura, sebo, pygé, nádega, e suf. ia.
ESTEATOSE — Do gr. stéar, stéatos, gor- suf. ia.
dura, -sebo, e suf ose. ESTENOCARDIA — Do gr. stenós, es-
ESTÉPANIO — Do gr. stephánion, pe-
.
e hardía, coragáo.
•
treito,
quena coroa; é o ponto onde a crista tém- ESTENOCÉFALO — Do gr. stenós, es-
pora! cruza com a sutura coronal. treito, e hephalé, cabeca.
ESTEFANITA Do gr. Stéphanos, Es-
: — ESTENOCORDA — Do gr. stenós, estreito,
<¡>
ESTBNOCROMIA — Do
.
Eslenotermes Esíigraologia
treito,
c5es de temperatura, abreviam-lhes a vida. BSTERNOTIROIDEU — Do gr. stérnon,
BSTENOTÓRAX —
Do gr. stenós, estrei- esterno, thyroeidés, tiróide,
ESTBRNUTACÁO — Do lat. sternutatione.
e suf. eu.
to, e thórax, tórax.
ESTENTÓREO —
De, Estentor, guerreiro BSTERQUIL1ÑIO — Do lat. sterquüiniu.
argivo, célebre em Tróia pela torca da sua ESTERRECER — Do lat. '"exterrescere,
que equivalía á de cinquenta homens incoativo de e-xterrere, aterrorizar.
•voz
aliada, X. 785)'. ESTERROAR — Do pref. es, terrdo, for-
ESTEPE —
Do russo stepí (G. Viana, ma primitiva de torrcio, e dasin. ar.
Apost., I, 421). ESTERTOR — Do lat. -síertore, calcado
ESTEQUIOLOGIA Do gr. stoicheion, — •
1
esp. ant. estierco. Ant. estércure; Portu- sacáo, (jen, raiz de gígnomai, gerar.
ESTESIOMETRO — Do gr. aísthesis, sen-
eo, "
qalia Monumenta, 384, esp. ant. estiércore
'(Glossas Silenses, 279), mod. estiércol, vera sacáo, e metr, raiz de metréo, medir.
de *stercore, segundo Garcia de Diego, Re- ESTETA — Do gr. aisthetés, o que senté,
"
vista de Filología Espanhola, IX, 138, Conir., através de um hipotético lat* "-aestheta.
564. ESTÉTICA — Do gr. aisthetiké, ..sensitivo,
§
ESTEREOGNOSIA — Do gr. stereós, so- sensivel; neol. de Baumgarten (Joáo Ribeiro,
lido, e agnosia. Gram. Port. XVI. Leonel Franca, Hist. da.
ESTÉREO — Do gr. stereós, sólido ; me- Filosofía, 2¡> ed., 131).
—
de lenha. G. "Viana, Vocabulario, grafa estere, ESTETOFONOMETRO Do gr. ste-
que lembra o stére. ihos, peito. e fonómetro.
ESTETOGRAFO — Do
fr.
ESTEREÓSATA — Do gr. stereobátes, gr. stéthos, peito,
embasamento. e graph, de grápho,raiz inscrever; inscreve
BSTEREOCROMIA — Do gr.
.
ESTEREOGRAFÍA — Do gr. stereós, só- esteva, milanés, toscano stevola, stegola, fr.
lido, de gráplw, escrever,
graph, raiz toma- ant. estolve. E'- estranha a. transformacáo do
do no sentido de representar no plano, e suf. i. Seelmann, Aussprache des Latein, 293, já
ia. admitía origem dialetal. Entende M. T.áibke
ESTEREOLOGIA — Do gr. stereós, só- que nao é possível dar urna explicaeáo se-
lido, lóc/os, tratado, é suf. ia. gura disto. Varrao, De re rustica, i. 48, 2,
ESTEREOMA — Do gr. steréoma, apoio, assinala como rústico speca em vez spica;
coisa que consolida. e assim é provável, como pensa D'Ovidio,
ESTEREOMÉTRIA — Do gr. stereós, só- Grunclríss, I, 507, que esteva seja igualmente
lido, metr, raiz de metréo, medir, e suf. ia. rústico. Ora, observando que o indo-e.uropeu
Há em latina stereometria (Boecio), medida ei deu em látim i e e nos dialetos umbro-
.
— liani, com
d'Ovidio, pg. 45).
ESTEREORAMA Do gr. stereós, só-
—
lido, e hórama, espetáculo. ESTIAR De estío e desin. ar (A. Coe-
ESTEREOSCOPIO — Do gr. stereós, só- lho, Pacheco e Lameira, Gram. Port. 3S9,
raiz de slcopéo, olhar, e suf. ío. M. LUbke. EBW. 248); secar (o tempo).
lido,
E'
sltop,
um áparelho em que a imagem aparece
'
ESTIBIO — Do gr. stíbi, óxido negro de
•em relevo. Neol. de Wheatstone (Bonnaffé). antimonio, pelo lat. stibiu. Boisacq, apoiado
ESTEREOSTÁTICA Do stereós, em Lev/y, prende o gr. ao egipcio stm, de-
sólido, e estática. mótico stim, cfr. copta cthem, ctem.
ESTEREOTIPIA — Do gr. stereós, só- ESTIBORDO — Do dinamarqués styrbord,
lido, typos. molde, e suf. ia. bordo do timáo, através do fr. (es)tribord
ESTBRBOTOMIA '— Do gr. stereós, só- (M. Lübke, REW, 8341). O comandante Eu-
lido (pedras e madeiras empregadas na cons- genio de Castro (RFH, . I, 294) deriva do nór-
trucao), tora, raiz alterada ele témno, cor- dico stjórn-bori ou styríbordhi e explica' que
tai', e suf. ia.
'
tes das cidades hanseáticas e os holandeses, através do lat. sticha. A. Coelho tirou só do
cuja moeda era do melhor quilate. Bonnaffé lat. e Figueiredo só do grego.
deriva o ingl. do anglo-sax. steorling, estre- ESTICAR — Figueiredo tira de estica.
linha, por causa da estréla que figura em Pode ser corruptela de estirar.
alguns dos primeiros dinheirqs de prata anglo- ESTIFELÍNEA — Do gr. styphelós, duro,
normandos.
ESTERNALGIA — Do gr. stérnon, ester- áspero,
ESTIGMA
e suf.
—inea.
Do gr. stígma, picada, ponto,
alaos, dor, e suf. ia. em
ESTÉRNEBBA — De esterna e ebra, ter-
lis
no, marca de ferro brasa, ferrete ;
pelo lat.
•
stígma.
minacáo de vértebra (Figueiredo).
ESTERNO — Do gr. stérnon pelo lat. ESTIGMATIZAR — Do gr. stigmatíso,
marcar com ferro em brasa, e desin. ar.
sternu.
ESTERÍTOCLIDOMASTOIDEU — Do gr. ESTIGMATÓFORO — Do gr. stigmato-
chave, claví- phóros, que traz marcas de ferro em brasa.
ESTIGMATOGRAFIA — Do gr. stígma,
stérnon, esterno, Kleís, luidos,
cula, mastoeidés, semelhante a urna teta, e
stígmatos, ponto, graph, raiz de grápho, es-
suf. en.
ESTERNOIOIDEU — Do gr. stérnon, es- crever, e
ESTIGMOLOGIA
suf. ia.
-Do gr. stígma,
..'."_ _.
smal
terno- hyoieidés, hióide, e suf. eu.
ESTERNÓPAGO — Do gr. stérnon, es- (diacrítico), lógos, tratado, e suf.' ia: Devia
terno, e pag, raiz de pégnymi, fixar. ser estigmatologia.
m
.
ESTIGMÓNIMO — Do gr. sligma, ponto, Cornu, Po?-f. Spr., S 117, tirou do lat..
extenuare, que A. Coelho aceitou com dú-
e ányraa, iorma cólica de ónoma, nomo; de-"
vía ser estlgmatónimo. vida e M. Lübke, REW, 8746, rejeitou por
ESTILA V. Estilita — (Figueiredo) motivos de forma é de sentido. M. Lübke
ESTILAR —
Há um que é o mosmo que prende ambos a tinha.
— Do
destilar (A. Coclho), lat. s tillare, gotejar, e ESTÍO aestivu, scilicet tem-
lat.
outro, ferir, de estilo (Figueiredo), ser conforme pus; esp. (M. Lübke, REW, 248).
estío
03 estilos (A. Coelho) ESTIPE — Do stipe, do nominativo
lat.
ESTILASTJÉEIDA Do gr. eslylos, co- — .
de stípes. V. Estípite.
luna, áster, cstrüla, o suf. ida. ESTIPELA — De um suposto lat. *sti~
ESTILBITA — Do gr. slílbe, brilho, e pella por stipula (v. Anel).
ESTIPENDIO
suf. ¡la.
ESTILETE — Dim. de estilo. ESTIPIFORME estipe.— DoDolat:lat.stipendiu.
stipe,
ESTIDHA — De has
tilla, do luis tile,
lat. e forma, forma. G. Viana, Vocabulario, dá.
segundo A. Coclho. O esp. tem astilla, que estipl(ti) forme, melhor, do lat. stimie, estí-
a Academia Espanhola deriva de liaste. Cor- pite.
nil, Porl.
Spr., § 96, tira de aslillia com EST1PITA — Figueiredo manda comparar
a = e por influencia da sibilante. M. Lübke, com estípite.
REW, 740, tira do csp. astilla do lat. "as- ESTÍPITE — Do lat. siipite.
tula (V. anel), por assula, lasca de madeira; ESTIPTERITA — Do gr. styptería,
alú-
o Ih parece confirmar a derivacáo. men, e suf. ita.
ESTILHAQO —
Do cstllha e suf. acó. ESTIPTICINA — Do gr. styptilcós, estí-
ESTILIAL —
De estilo, abreviacao de ptico, e suf. ina; pelos seus
estllóldc, e h-ial, por hioidal, relativo ao ósso ESTIPTICITA — Do gr. efeitos.
styptilcás, es-
hióide. V. Estilo-hlodieu. típtico, e suf. ita.
ESTILIC1DIO —
Do lat. stilllcidiu. ESTÍPTICO — Do gr. styptilcás, adstrin-
ESTÍLICO —
Do gr. stylos, estilete, e gente.
suf. ico; relativo á apófise cstilóide do rochedo. ESTÍPULA — Do lat. stipula, - palha.
ESTILIDIACEA — De Stylidiu, nome de ESTIPULAR — Do lat. stipulare por-
um género típico, derivado
do gr. stylis, stipulari, contratar. Entre os romanos primi-
stylidos, pequeña coluna, o "suf. ucea. tivos as ao fazer uim
partes contratantes,
ESTILITA — Do gr. slylitcs, colocado pacto, quebravam um pedacinho de palha,
numa coluna; é o sobrenome de S. Simeáo um (.stipula), e em ocasiáo 'oportuna juntávam
que viveu retirado no alto de urna coluna. os dois fragmentos para ver se eram os mes-
• —ESTILO 1 (ponteiro) —
do lat. stilu, pon- mos (Carré, Stappers).
ESTIRACACEA — Do gr. styracc,
:
stylos, a que dá o significado de estilete. tiam aos males físicos e moráis com resigna-
V. Estilo. gao admirável. V: Leonel Franca, Ilist. da
ESTILOMASTOIDEU De estilo, abre- — Filosofía, 2u ed„ 46-7, Carneiro Ribeiro, Seroes
Graniaticais, 209.
'
ESTINGAR —
Do lat. slringere? (Figuei- ESTOMA — V. Estómato.
redo). ESTOMÁCACE — Do gr. stomalcáke, mal
ESTINHAR — Significa rccolher o se- da boca, pelo lat. stomacace.
gundo mel há um provincialismo algarvio
; ESTOMACAL — Do gr. stómachos, estó-
que quer dizer afastar a tinha 'das colmeias. mago, pelo lat. stomachu, e suf. al.
.
ESTOMAGAR —
lat. stomachare, en- Do ESTORTEGAR — Do pref. es, íorío, o
colerizar-se, stomachus, estómago,
deriv. de suf. egar. Cortesao tira do lat. extortic/are.
que também aparece com a signiíicacáo de Cfr. esmorsegar, escorregar, estorcegar.
PH cólera (.gravem Pelidae stomachum, Horacio, ESTORVAR Do lat. exturbart esp.
Odes, I, V, 5-6). Cfr. Lusíadas, I, 39, 6, III, estorbar, it. sturbare. A. Coelho tirou de
lilt
48, 1. Para os antigos certas visceras, estó- torvar. M. Lübke, REW, 8992, deriva de
mago, fígado, coracao, bago, eram sede cíe turbare, mas 3019 dá exturbare.
sentimentos de ira, amor, tedio. ESTOU-FRACA — Onomatopéia do grito
ESTOMAGO — Do gr. stómachos, orifi- desta ave (G. Viana, Apost. I, 422).
cio, estómago especialmente, por
orificio do ESTOUVADO — De estavanado através de
extensáo estómago pelo lat. stomachu. O sen-
;
urna forma estovoado (Cornu, Port. Spr. ¡i
tido de orificio do estómago aparece depois 116, A. Coelho, Julio Moreira, Estudos, II,
de Aristóteles (Eoisacq). 229).
ESTOMALGIA — Do gr. stóma, boca, ESTOVA1NA — Do ingl. stove, estufa, tra-
algos, dor,e suf. ia. Devia ser estomatología. dugáo do sobrenome do francés Poumeau, o des-
ESTOMÁQUICO — Do gr. stomachikós, cobridor, e suf. ina.
relativo ao estómago, pelo lat. stomachicu. ESTRABÁO — Do lat. strabone, de ori-
ESTOMÁTICO — Do gr. stomatikós, da gem grega.
boca. ESTRABAR — Do lat. stabulare, encar-
ESTOMATITE — Do gr. stóma, stómatos, ralar. Deve ser metátese de estabrar. It.
boca e suf. ite. stabbiare.
ESTOMATO — Do gr. stóma, stómatos, ESTRÁBICO — Do lat. s'irabu, vesgo, do
boca. A verdadeira forma seria estoma, que origem grega, e suf. ico.
Ramiz propoe (cfr. problema, poema, cama, ESTRABISMO — Do gr. strabismós, aqáo
e,tc), mas a forma estóinato (G. Viana, Voca- de envesgar.
bulario) ja está perfeitamente enraizada. O ESTRABO — De estrabar. Há um are.
esp. tern estoma. por estabulo (Nunes, Gram. líist: Port., 116
ESTOMATOLALIA — Do gr. '
stóma, ESTRABOMETRO — Do gr. strabós, vesgo,
stómatos, boca, raiz de laléo, falar, o e metr, raiz de metróo, medir.
ESTRABÓTOMIA — Do gr. strabós, ves-
lal,
suf. ia.
ESTOMATOLOGÍA — Do '
Tem na tromba fortes estiletes que furam mo alatinado de Stradivari, célebre constru-
a pele dos animáis. Devia ser estomatoxíida. tor cremonense de violinos.
ESTONTEADO —
Por "estontado, do pref. ESTRADO —
Do lat. statu, estendido; esp.
es, tonto, e desin. ado, cfr. Aiordoar. estrado, it. ant. strato. O adj. com sentido de
C.
Miehaelis de Vasconcelos, RE, XI, 44). alastrado, tem a mesma origem mas está an-
ESTOPA —
Do "gr- stúppe, filaca de li- tiquado.
ESTRAFEGAR — Metátese de trasfegar.
,
trocchi, prende-se ao gr. strabón, vesgo, lat. chaelis de Vasconcelos, RL,, XI, 51). M. Lübke,
strabo. A Academia Espanhola, para o esp. es- REW, 3501, tira do eruzarrt'ento do lat. fricare,
tramboie, e Larousse, para o £r. strambotto, esfregar, com strigile, almofaga.
aceitara a origem italiana ligando este ao
lat. ESTREITO — Do lat. strictu; esp. estrecho, -
pop. sirambu, coso, o que é bem aceitavel. it. stretto, fr. étroit. O i deu e e o c vocali-
ESTRAME — Do lat. stramen. zou-se em i (Nunes, Gram. Hist. Port. 47
ESTRAMONIO — Lio lat. stramomu. 118)
—
ESTRAMONTADO — Calcado em tramon-
'