Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
1
Comunicação oral apresentada ao GT-5 - Temática Livre.
Tipos de
Definição
Informação
É o conhecimento resultante da pesquisa que se acrescenta ao entendimento
Científica
universal existente.
É todo tipo de conhecimento relacionado com o modo de fazer um produto ou
Tecnológica
prestar um serviço, tendo como objetivo a sua colocação no mercado.
De origem externa e interna, que objetiva conhecer, avaliar, decidir ou transformar
Estratégica
os processos produtivos organizacionais.
Aquela que subsidia o processo decisório do gerenciamento das empresas
De negócios industriais, de prestação de serviços comerciais, nos seguintes aspectos:
companhias, produtos, finanças, estatísticas, legislação e mercado.
A tomada de decisão nas organizações está sujeita a fatores como a incerteza e o risco,
que são fatores corriqueiros não apenas no meio empresarial, mas na sociedade em geral. Para
reduzir o índice de erros dos gestores em meio às situações adversas, o gerenciamento da
informação permite a construção de sólidos cenários para as consequências das ações, já que
são elaborados a partir de informações de qualidade (BAZERMAN, 2004).
Percebe-se que uma organização que gerencia a informação terá condições de inovar
enquanto outras empresas estarão desnorteadas devido à variação mercadológica proveniente
das mudanças e incertezas que ocorrem no contexto empresarial, pois quanto maior for o
fluxo de informação, maior será a competência e o nível de maturidade da GI para realizar
inovações ou transferências de tecnologia (DIAS; BELUZZO, 2003).
Devido às atividades atreladas à produção, coleta, organização, armazenamento,
processamento, comunicação, recuperação e uso da informação nas empresas, a GI tem a
capacidade de gerar riquezas de uma forma mais rápida e mais econômica que os ativos
financeiros e outros instrumentos empregados nas organizações. Segundo Dias e Beluzzo
(2003, p. 65):
A importância que o turismo conquistou no cenário atual possui forte relevância para o
crescimento econômico de uma região. Percebe-se que esta atividade é capaz de gerar novos
empregos e aumentar as receitas de um país. Segundo o Ministério do Turismo (2010), apenas
no mês de março de 2010, os turistas estrangeiros que visitaram o Brasil deixaram US$ 578
milhões. Assim, quando bem planejado, além dos impactos positivos no âmbito econômico, a
atividade turística propicia condições de estimular o aumento da qualidade de vida da
comunidade receptora, auxiliando assim o desenvolvimento social.
É importante salientar que o turismo envolve uma série de ações relacionadas à
promoção do lazer, das viagens e dos elementos complementares que garantem e dão
condições para que exista o deslocamento dos indivíduos. Segundo Barreto (2008, p.17), “o
turismo é um fenômeno social complexo e diversificado”, e por isso é considerado como uma
atividade dinâmica, com conceitos e definições abrangentes, existindo diversas interpretações
a respeito do assunto. Em sua obra, Ignarra (2003, p.14) demonstra a variedade dos serviços
relacionados ao turismo ao afirmar que:
Para fundamentar este artigo, foi realizado um estudo de caráter qualitativo, próprio às
ciências humanas e sociais. A respeito dos meios de investigação e técnicas de coleta de
dados, o presente estudo adotou a pesquisa bibliográfica, que foi alicerçada em livros e artigos
científicos provenientes de anais de congressos e periódicos. Deste modo, o material coletado
foi capaz de fornecer aos autores o embasamento teórico necessário para a possibilidade de
análise dos registros acerca do tema previamente delimitado (MARCONI, LAKATOS, 2009).
Com o intuito de melhor compreender os conceitos abordados e evidenciar os insumos
e contribuições da GI para o processo decisório das organizações, a Empresa de Turismo de
Pernambuco (EMPETUR) foi tomada como objeto de estudo. Para tal investigação, os autores
realizaram entrevistas semi-estruturadas (compostas por questões abertas e fechadas) em
março de 2010, com as quatro funcionárias e as duas gestoras do quadro de colaboradores da
Unidade de Gestão da Informação da EMPETUR. As entrevistas foram compreendidas pelas
seguintes variáveis: a caracterização da instituição; o perfil dos recursos humanos da Unidade
de Gestão da Informação; e as contribuições fornecidas para o processo decisório. Estas
variáveis foram escolhidas devido à inerente relação com os aspectos positivos à certificação
MPS.BR na organização.
Realização de Pesquisas de
Campo
7% 30% Tabulação dos dados
13% coletados nas pesquisas
Transformação dos dados
para informação
10% Construção de Indicadores
Hoteleiros
Estimativa de Fluxo de
23% 17% Entrada de Turistas
Identificação de Oferta de
Meios de Hospedagem
20%
Fonte: Elaboração própria
A gestora 1 ainda ressalta que “todas as ações, não só da EMPETUR, mas também de
entidades privadas, devem estar embasadas nas pesquisas de campo realizadas pela unidade
de gestão da informação, para haver coerência com a realidade” (informação oral). Deste
modo, a importância da Unidade de Gestão da Informação para o processo decisório da
EMPETUR se constata pelos insumos fornecidos por meio da identificação das ameaças e
diagnóstico das vantagens competitivas, assim como pela criação de mecanismos para
intensificá-los.
Portanto, a Unidade de Gestão da Informação da EMPETUR é o ponto de partida para
o planejamento e implementação de atividades operacionais e o levantamento das
necessidades das demandas turísticas, o que proporciona que todos os gestores da empresa
estejam embasados com informações consistentes e precisas para a tomada de decisão, visto
que tal gerência visa atender as necessidades dos consumidores (visitantes do estado).
6 Considerações finais
É fato que os clientes estão cada vez mais exigentes quanto aos serviços de
informação, pois esperam mais qualidade, eficiência e eficácia dos mesmos, por isso a GI
pode ser considerada como uma atividade de resposta às necessidades de informação destes.
O conhecimento dos processos que envolvem geração, organização e difusão da informação é
de grande importância para as empresas. A complexidade da produção do serviço, a relação
face a face com o cliente e a necessidade de atendimento personalizado (customização)
requerem a formação de equipes que tenham habilidades e competências diferenciadas para
lidar com a GI.
Portanto, a instalação efetiva da GI nas organizações pode causar à ampliação das
possibilidades de satisfação dos usuários, assim como a promoção de intercâmbio entre
serviços de informação, a cooperação de dados, a capacitação dos recursos humanos, a
aceitação de normas e padrões, a comutação entre organizações e o fornecimento de
informações para elaboração das metas da empresa (DIAS; BELUZZO, 2003).
Para que os processos e estratégias organizacionais possam ser maximizados e que
haja a otimização dos resultados, faz-se necessário a ocorrência eficaz de um gerenciamento
informacional. E, para que haja a implementação da atividade de GI, é preciso estabelecer
políticas para nortear esse processo, como a qualidade, a produção com criatividade
(inovação) e a satisfação do cliente como pontos essenciais às políticas de GI.
Este artigo trouxe, no decorrer de suas seções, as implicações pertinentes à GI,
principalmente no que tange à geração de subsídios ao processo de tomada de decisão nas
empresas, apoiando na identificação do comportamento ambiental para a elaboração de
diretrizes e estratégias. A partir disso, considera-se que a GI demanda um foco específico das
organizações.
Portanto, os gestores de empresas não devem ser apenas reprodutores das práticas
convencionais e de sucesso, mas sim, devem gerar e modificar – simultaneamente – o
ambiente que os circunda. Desta maneira, gestores embasados por informações obtidas no
ambiente empresarial, tanto externo quanto interno, podem vir a ter uma melhor capacidade
de atuar e tomar decisões nas organizações, mesmo quando o processo decisório estiver
voltado de incertezas e dúvidas.
Referências