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Desenvolvimento do Capitalismo

 
O capitalismo passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. A
transição que houve do feudalismo para o capitalismo foi bastante desigual; foi mais rápida na
parte ocidental da Europa e mais lenta na parte central e oriental. A transição foi bem mais
acelerada no Reino Unido, do que nos outros países.
 
O capitalismo foi se evoluindo gradativamente, aos poucos foi se sobrepondo sobre
outras formas de produção, até ter sua hegemonia, que ocorreu em sua fase industrial.
 
Considerando seu processo de desenvolvimento, pode-se dividir o capitalismo em 3
fases: capitalismo comercial, industrial e financeiro.
 
Características do Capitalismo
 
Todos os países são diferentes uns dos outros, mas os capitalistas apresentam algumas
características semelhantes.
 
» Estrutura de propriedade: predomina a propriedade privada. Em alguns países o
Estado também é dono de alguns meios de produção; atua como capitalista principalmente em
setores básicos e de infra-estrutura.
 
» Relação de trabalho: o trabalho assalariado é predominante. Mas em muitas regiões
subdesenvolvidas e rurais ocorrem relações de trabalho ilegais, como a escravidão, ou trabalho
forçado por dívida.
 
» Objetivo: o único objetivo é ter constantemente a obtenção de lucro, não importando
quem perca com isso. As empresas estatais recebem ajuda de subsídios do governo, sendo difícil
ir a falência, ao passo que se uma empresa privada operar no vermelho, ela pode falir.
 
» Meios de troca: o principal meio de troca é o dinheiro, que facilitou bastante o
comércio. Outros meios de troca é o cheque e o cartão de crédito, em que é possível
movimentar um fundo em dinheiro depositado no banco. Com um cartão bancário é possível
fazer pagamentos sem o uso de dinheiro real ou cheque.
 
» Funcionamento da economia: os agentes econômicos fazem investimentos se guiando
pela lei da oferta e da procura. Investem com o objetivo de conseguir a maior rentabilidade.
 
A lei da oferta e da procura funciona da seguinte maneira: se houver mais oferta do que
procura os preços tendem a cair; se houver mais procura que oferta os preços tendem a subir.
Essa lei é a essência da economia de mercado.
 
» Relação social:  há uma grande desigualdade social, principalmente nos países
subdesenvolvidos, ficando a maior parte da renda com poucos. Mas nestes últimos anos,
também em países desenvolvidos tem crescido a distancia entre ricos e pobres.
 
Capitalismo Comercial
 
Essa etapa do capitalismo se estendeu do século XV até XVIII. Houve uma expansão de
potencias, como Espanha e Portugal, que tinham como objetivo descobrir uma nova rota para as
Índias, e tirar a supremacia da Itália no comércio com o Oriente, através do Mediterrâneo.
 
Foi uma época marcada por Grandes Navegações e descobrimentos, mas também de
escravidão e genocídios de muitos nativos da América e África. Os europeus comandaram esse
processo de colonização e exploração.
 
Esse termo capitalismo comercial se deu porque o acúmulo de riquezas ocorreu por
meio do comércio. A economia nesse período funcionava sob a intervenção governamental, pois
promover e aumentar o poder do Estado. A riqueza e o poder de um país era medido pela
quantidade de ouro, prata e pedras preciosas.
 
Durante o capitalismo comercial tudo que pudesse ser vendido como lucro virava
mercadoria na mão dos comerciantes europeus. O negócio mais lucrativo foi o tráfico de
escravos negros.
 
Neste período também se acumulava riquezas tendo uma balança comercial favorável,
ou seja, mais exportar do que importar. As colônias garantiam grande lucro, visto que eram
obrigadas a vender os seus produtos por preços baixos, e comprar das metrópoles coisas que
necessitavam por preços altos.
 
Essa fase foi fundamental para se desenvolver o capitalismo, pois permitiu o grande
acúmulo de capitais na mão da burguesia européia. Essa acumulação inicial de capitais criou
condições, no Reino Unido e depois em outros países, para que ocorresse a Revolução Industrial.
 
Capitalismo Industrial
 
O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na sociedade, na
política e cultura. Uma de suas características mais importantes foi a de transformar da
natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro
dos produtores.
 
A essência do sistema não era mais o comércio. O bom lucro vinha da produção de
mercadorias.
 
O mecanismos da exploração capitalista foi chamada por Karl Marx de mais valia.
 
Mais valia:  o trabalhador assalariado recebe uma remuneração por cada jornada de
trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe em forma de
salário. Essa parte de trabalho não pago fica no bolso dos donos das fábricas, minas e etc. Assim
todo produto vendido traz uma parte que não é paga aos trabalhadores, permitindo o acúmulo
de capitais.
 
Por isso que o regime assalariado é a melhor forma de trabalho no capitalismo. O
trabalhador assalariado alem de produzir mais, tem condições de comprar os produtos. Com isso
a escravidão foi “extinta” quando o trabalhador assalariado começou a predominar.
 
Com o aumento da produção também houve o aumento de mão-de-obra, energia,
matéria-prima e mercado para os seus produtos. A industrialização estava não só na Europa,
mais também nos Estados Unidos, e no Japão estava começando.
 
Nessa nova fase do capitalismo a burguesia industrial, ao contrário da fase comercial
passou a ser um empecilho. Consolidou-se uma nova doutrina econômica, o liberalismo.
 
Mudanças importantes estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de produção
aumentavam rapidamente; e a produção em série crescia. Na segunda metade do século XIX,
estava acontecendo a Segunda Revolução Industrial. Um dos aspectos importantes desse
período foi a introdução de tecnologias e novas fontes de energia, passou a haver um interesse
para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver novas e melhores técnicas de produção.
 
A descoberta da eletricidade beneficiou não só as industriais como a sociedade em geral,
melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento do motor, e utilização de combustíveis
derivados do petróleo, foi aberta novas formas de transporte.
 
Com o grande aumento da produção, houve também competição para se ganhar
mercados consumidores e novas fontes de matérias-primas.
 
Foi nessa época que ocorreu a expansão imperialista na África e Ásia. Esses continentes
foram partilhados entre os países imperialistas. Com essa partilha consolidou-se a divisão
internacional do trabalho, em que as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas
com o preço bem barato aos países que estavam se industrializando.
 
Nessa época surge ema potencia industrial fora da Europa, os Estados Unidos. Eles
adotaram o lema ‘A América para os americanos’. Os Estados Unidos tinham como área de
influencia econômica e política a América Latina.
 
Em fins do século XIX também começou a surgir o Japão como potencia. Passou a
disputar territórios com as potencias européias, principalmente o território da China.
 
Apesar de a primeira metade do século XX ser marcada por avanços tecnológicos, foi
também um período de instabilidade econômica e geopolítica. Houve a Primeira Guerra Mundial,
Revolução Russa, Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas décadas o
capitalismo passou por crises e transformações.
 
Capitalismo Financeiro
 
Com o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer rapidamente
várias empresas, por causa do processo de concentração e centralização de capitais. A grande
concorrência favoreceu as grandes empresas, o que levou a fusões e incorporações, trazendo
monopolização em muitos setores da economia.
 
O capitalismo dessa forma entrava em sua fase financeira e monopolista. O inicio dessa
nova fase capitalista coincidiu com o período da expansão imperialista (1875 – 1914), em fins do
século XIX e meados do século XX. Mas a consolidação só ocorreu após a Primeira Guerra
Mundial, quando as empresas ganharam mais poder e influencia.
 
A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados
Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram aumentando seus
capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Permitindo assim, a formação de
enormes corporações.
 
Os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produção.
 
A livre concorrência e o livre mercado passam a ser substituídos por um mercado
oligopolizado. O Estado também começa a intervir na economia.
 
Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve uma grande crise, que levou
milhares de bancos e industrias a falência, causando até 1933 quatorze milhões de
desempregados. Essa crise se deu devido a grande produção industrial e agrícola, mas pouca
expansão do mercado de consumo externo; a industria européia passa a importar menos e
exportar menos dos Estados Unidos; exagerada especulação com ações na bolsa de valores.
Porem acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria se interferir na
economia.
 
Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prática o New Deal, pelo presidente Franklin
Roosevelt. Foi um plano de obras publicas, com o objetivo de acabar com o desemprego, sendo
este plano fundamental para melhorar a economia norte-americana.
 
Keynesianismo – política de intervenção estatal numa economia oligopolizada. Recebeu
este nome porque seu principal teórico e defensor foi John M. Keynes.
 
Trustes – grandes grupos que controlam todas as etapas da produção, desde a retirada
de matéria-prima da natureza até a distribuição das mercadorias.
 
Cartel – associação entre empresas para uma atuação coordenada, estabelecendo um
preço comum, restringindo a livre concorrência. Geralmente elevam o preço em comum.
 
O truste é o resultado típico do capitalismo, que leva a fusão e incorporação de
empresas de um mesmo setor de atividade. Já o cartel surge quando empresas visam partilhar
entre si, através de acordo, um determinado mercado ou setor da economia.
 
Surgiram também através dos trustes os conglomerados. Eles são corporações que
atuam no capitalismo monopolista. Resultantes de uma grande ampliação e diversificação dos
negócios, visam dominar a oferta de determinados produtos e serviços no mercado.
 
Um dos maiores conglomerados do mundo é o Mitsubishi Group, que fabrica desde
alimentos, automóveis, aço, aparelhos de som, televisores, navios, aviões e etc. O Mitsubishi
tem como financiador o banco Mitsubishi, que após a sua fusão, Tokyo-Mitsubishi, se tornou o
maior do planeta.
 
Após a Segunda Guerra Mundial, as antigas potencias européias foram entrando num
processo de decadência, perdendo seus domínios coloniais na Ásia e África. Esse período pós-
guerra, foi o início do atual processo de globalização da economia.

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