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QUALIDADE DO SONO DOS ENFERMEIROS EM TRABALHOS HOSPITALARES.

Silmara Veiga Alves1, Taciane Domenico1, Rosangela Nascimento1


Olga Estefania2

RESUMO

O sono é uma questão importante na vida de qualquer pessoa, seja ela enfermeira,
médica ou uma criança. O artigo abordará esse assunto, a qualidade e a influência
positiva de um bom período de sono regular e diário na vida dos enfermeiros em
geral. Normalmente a jornada de um profissional da área de enfermagem é dupla,
ou seja de no mínimo 12 horas de trabalho, primeiro por exigir somente meio
período de trabalho e segundo pelo valor de seu salário não ser alto. Este estudo
com base em pesquisa bibliográfica procurou apresentar a importância de um
período regular de sono para que a qualidade do profissional jovem de enfermagem
no seu trabalho não caia, ou seja, que ele possa trabalhar com entusiasmo,
motivação e atenção ao que está fazendo. As horas de sono bem dormidas
facilitaram o dia-a-dia do profissional de enfermagem. Sabe-se que o sono possui
dois estágios, o de ondas cerebrais grandes e lentas e o estágio onde o cérebro está
muito ativo, seu o repouso necessário. A pesquisa bibliográfica foi realizada
considerando os aspectos cronológicos do sono e respeitando as diferenças quanto
ao cotidiano. Com essa pesquisa observou que a maioria não apresenta sensação
de descanso, dormem menos do que gostaria, sentem bastante sono ao se levantar,
com isso, freqüentemente dormem nas aulas, e apontam que a noite, se dá o sono
mais relaxante. Com problemas sentidos como fatores que alteram os hábitos
saudáveis do sono, a pesquisa aponta o trabalho e a sonolência, a sensação de
cansaço. Esta inversão de horários é sentida intensamente por homens e mulheres,
permeando diversos aspectos da vida, como a saúde, o lazer, os estudos e as
relações amorosas. Tais resultados nos fazem acreditar que este grupo populacional
é caracterizado pelo cansaço e possui influencias desfavoráveis para a
aprendizagem. Como sugestão, chamamos a atenção para maior debate e
abordagem do tema nos locais freqüentados por este grupo, ou seja, hospitais,
universidades, com o intuito de promover boa orientação sobre a saúde e o sono e
os efeitos negativos sobre o resultado de seus atendimentos realizados.

Palavra Chave: Qualidade do Sono, Aspectos Fisiológicos, Estudantes de


Enfermagem.

1
Acadêmicas do Curso de Pós Graduação em Enfermagem da Faculdade Internacional de Curitiba
/IBPEX
2
Orientadora de Pós Graduação em Enfermagem na Faculdade Internacional de Curitiba /IBPEX
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1 INTRODUÇÃO

Este estudo é de suma importância justamente por abordar o sono e sua


importância para todas as pessoas, principalmente para profissionais como os
enfermeiros que trabalham nos hospitais em horários alternados.
A saúde depende de diversos fatores, mas o sono é primordial para que estes
profissionais venham a ter um desempenho ainda maior no que se refere a sua
disciplina e controle emocional como um todo.
O profissional de enfermagem precisa ser responsável, atencioso e dedicar-
se a profissão, pois ela requer muito isso. Mas além disso, ele precisa ter um bom
período de sono, pois seu trabalho é o cuidado com pessoas dentro de um ambiente
hospitalar, e qualquer distração ou erro pode ser muito perigoso para os paciente.
Por exemplo, remédio para pessoa errada, falta de asseio aos pacientes nas horas
corretas, entre outras desatenções causadas pela falta de sono.
Quando o sono não é administrado como deveria, por exemplo, deixa-se de
dormir por um intervalo contínuo de pelo menos seis horas, traz a sonolência, gera a
falta de um desempenho mais flexível e entusiasta no cotidiano, além de tirar boa
parte da concentração. Fatores esses importantes para a boa desenvoltura da
profissão de enfermagem, independente do sexo ou idade.
Assim, a finalidade deste estudo qualitativo é a análise e a importância da
qualidade do sono dos profissionais de enfermagem, focalizando os estudantes e
recém formados da área, na busca pela valorização, saúde e rendimento como
atuantes da profissão.
Como um estado fisiológico, o sono altera a consciência além de variáveis
importantes para que toda pessoa mantenha-se em alerta. Um sono sem
interrupções, mesmo que não venha atingir as importantes oito horas, se torna
superficial, é importante para qualquer pessoa, seja pelo período da noite ou do dia.
Mesmo que o sono sofra variações e alguns problemas como barulho constante,
conversas, trânsito. Principalmente no caso de enfermeiras mulheres, que além da
carga de trabalho fora de casa enfrentam as jornadas de trabalho em seu lar, é
essencial que possam ter pelo menos seis horas de sono, mesmo o ideal sendo oito.
Enfim, o sono no período da noite é o recomendável, pois procede a ordem
natural das coisas. Mas o importante é que a qualidade do sono seja boa e algo
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constante, sem interrupções, para que o corpo r a mente possam atingir o estágio do
relaxamento, assim as pessoas vão despertar renovadas.
Um fator preocupante, também, é o distúrbio do sono que afetam toda uma
população muitas vezes sem tratamento ou diagnóstico e que também envolvem
estes profissionais de enfermagem agravando ainda mais a situação.
Entre estes preocupantes distúrbios estão os hábitos alimentares e vícios que
também afetam o sono das pessoas e dos profissionais de enfermagem como o uso
excessivo da cafeína para inibir o sono, o uso de cigarros e o despertar com leves
estímulos além de preocupações do cotidiano.
No âmbito familiar o distúrbio de sono que afeta profissionais de enfermagem,
também afetam sua vida pessoal causando muitas vezes até mesmo a separação
de casais pela costumeira falta de tempo, problemas de saúde, de concentração
atrapalhando como um todo o atendimento a estas pessoas nos hospitais.
A qualidade do sono é um assunto importante e que deve ser abordado por
profissionais e até mesmo por administradores de hospitais para que a saúde dê
seus profissionais em geral possam estar em primeiro lugar. Isto é a garantia de um
bom desempenho, também guarnição da saúde, não deixando nenhuma influência
negativa para os pacientes atendidos por eles. A responsabilidade de um hospital,
que deve estar em primeiro lugar para uma sociedade que busca também qualidade
de saúde e de vida, deve estar voltada também para a saúde e integridade física de
seus funcionários, pois eles são o mecanismo que mantém o hospital funcionando.
A problematização pode ser expressa na seguinte indagação: O que a falta de
sono, ou noites mal dormidas, de um enfermeiro do turno da noite, pode gerar de
efeitos negativos no desempenho de seu trabalho e trato com os pacientes, como
fator desencadeante do mal estar físico e mental deste profissional?
O objetivo geral do presente artigo é avaliar a qualidade do sono dos
profissionais de enfermagem, através de levantamento de dados bibliográficos. Já
os objetivos específicos são: - Obter informações reais ligadas ao sono desses
profissionais, os distúrbios relacionados e as condições para viabilização dos ajustes
aos padrões adequados; - Fundamentar alguns dados que possam servir para a
promoção e melhoria da qualidade do sono e nível saudável de vida; - Avaliar a
qualidade do sono de enfermeiros de plantas noturnas, as alterações dos padrões
habituais dos profissionais enfermeiros de escolas noturnas, em relação à diária.
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A importância do artigo se dá pela necessidade de boa qualidade de sono do


ser humano, principalmente na profissão de enfermeiro, que lida com pessoas que já
estão passando por algum problema físico e até psicológico. As condições de
trabalho foram analisadas como fonte de impacto à qualidade de sono dos
profissionais e estudantes de enfermagem, as dificuldades de descanso devido a
horários desajustados e locais impróprios.
Todos sabem e reconhece a importância de se ter um período por dia de sono
relaxante, pois a falta de sono não ó traz conseqüências de ordem social, por
desajustes aos padrões culturais, mas também sérias conseqüências fisiológicas.
O enfermeiro deverá acolher o paciente com autenticidade, reciprocidade,
onde ao menor sinal de desconforto ou falta de atenção, por parte desse
relacionamento possam ser sanadas todas as falhas ocorridas.
Todos sabem e reconhecem a importância de se ter um período por dia de
sono relaxante, pois a falta de sono não ó traz conseqüências de ordem social, por
desajustes aos padrões culturais, mas também serias conseqüências fisiológicas.
Quanto a sua metodologia, este importante estudo referente ao sono dos
profissionais de enfermagem trata-se de uma pesquisa descritiva e bibliográfica
como forma de analisar as condições de trabalho e qualidade do sono destes
profissionais e estudantes de enfermagem e as dificuldades de descanso até mesmo
em questão de horário e locais impróprios. Analisou-se também a importante
valorização da saúde destes profissionais na área da saúde, valorização e
rendimento no campo de atuação destes profissionais nos hospitais.
De acordo com Martins e Theóphilo (2009, p. 37), o termo metodologia é
empregado com significados diversos. Assim como ocorre com os vocábulos história
e lógica, utiliza-se a palavra metodologia para fazer referência a uma disciplina e ao
seu objetivo, identificando tanto o estudo dos métodos, quanto o método empregado
por uma dada ciência.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O atendimento no contexto de saúde tende a uma visão interdisciplinar,


enfocando os aspectos de qualidade de vida no processo saúde-doença. Esta
preocupação refere-se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas,
no sentido de valorizar parâmetros mais amplos do que o controle de sintomas, a
diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida (SEIDL; ZANNON,
2004).

A enfermagem é uma arte e, se pretende que seja uma arte, requer uma
devoção tão exclusiva, uma preparação tão árdua como o trabalho de um
pintor ou de um escultor; mas, como pode comparar-se a tela morta ou o frio
mármore com o ter de trabalhar com o corpo vivo, o templo do espírito de
Deus? É uma das belas-artes, quase diria a mais bela das belas-artes.
(DONAHUE apud CARVALHO, 1996, p. 25).

O sono tem uma influência grande sobre o comportamento das pessoas,


assim a qualidade dos cuidados de um enfermeiro é medida de acordo com seu
estado físico e mental. Quanto mais saúde e sono “em dia” o profissional tiver, mais
qualidade, atenção e atitudes positivas ele terá no trato de seus pacientes.
Muitos pacientes precisam somente de um olhar ou de um sorriso para
receberem estímulos em sua recuparação, mas se o profissional não tiver bem, não
conseguirá passar isso para ele.
De acordo com Martinez (1999) o sono pode ser irreversível quanto a sua
abolição, pois ocorre em períodos e se for interrompido pode causar uma vigília
precedente e sem uma condição saudável para a pessoal e para o profissional como
os enfermeiros.
A falta de um sono saudável mesmo que por algumas horas à noite ou até
mesmo durante o dia pode inibir características como uma percepção mais
controlada que envolve o setor emocional, a memória e até mesmo o julgamento de
uma determinada situação que precisa estar associada ao controle da mente e da
realidade como irritabilidade, desconfiança e controle emocional.
O sono pode ser dividido em duas categorias, de acordo com Suchecki (2003):
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O sono é dividido em duas categorias: sono REM ("Rapid Eye Movements")


e sono não REM ("Non-Rapid Eye Movements") e este é classificado em 4
fases.
Durante o período de sono, normalmente ocorrem de 4 a 6 ciclos bifásicos
com duração de 90 a 100 minutos cada, sendo cada um dos ciclos
composto pelas fases de NREM, com duração de 45 a 85 minutos, e pela
fase de sono REM, que dura de 5 a 45 minutos.
São três os parâmetros fisiológicos básicos utilizados para definir os
estágios do sono: o eletrencefalograma (EEG), o eletroculograma (EOG) e o
eletromiograma (EMG). (SUCHECKI, 2003, p.1)

Na fase não REM, supracitada pela autora Suchecki, o sono possui quatro
estágios e a fase REM é composta por uma fase,

Vigília ou estágio 0
O registro eletrencefalográfico se caracteriza por ondas rápidas, de baixa
amplitude que indicam alto grau de atividade dos neurônios corticais.
Também fazem parte desse estágio, movimentos oculares aleatórios e um
acentuado tônus muscular. Após 5 a 15 minutos no leito, o indivíduo alcança
o primeiro estágio do sono. O período de tempo entre o ato de deitar-se e o
de adormecer denomina-se latência de sono.
Estágio 1
É a transição entre o estado de vigília e o sono, quando a melatonina é
liberada, induzindo-o. Corresponde a 2-5% do tempo total deste. O traçado
do eletromiograma apresenta redução do tônus muscular.
Estágio 2
Corresponde a 45-55% do sono total de sono. Ocorre a sincronização da
atividade elétrica cerebral, que refletre a redução do grau de atividade dos
neurônios corticais. Com isto, diminuem os ritmos cardíaco e respiratório,
(sono leve) relaxam-se os músculos e cai a temperatura corporal.
Estágio 3
Comumente observa-se combinado ao estágio 4. Os movimentos oculares
são raros e o tônus muscular diminui progressivamente. Corresponde a 3-
8% do sono total.
Estágio 4
Corresponde a 10-15% do sono total. As ondas delta correspondem a mais
de 50% da época, podendo até domina-la completamente. Ocorre pico de
liberação do GH (hormônio do crescimento) e da leptina; o cortisol começa
(sono profundo) a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã.
Sono REM
O EEG apresenta ondas de baixa amplitude e freqüência mista que se
assemelham às encontradas no estágio 1, além de ondas em dente de
serra. O indivíduo apresenta máxima hipotonia da musculatura esquelética,
exceto pelas oscilações da posição dos olhos, dos membros, dos lábios, da
língua, da cabeça e dos músculos timpânicos. É neste período que ocorre a
maioria dos sonhos e corresponde a 20-25% do sono total. (IDEM, p. 2)

É considerável que o sono sofre alterações de acordo com a idade da pessoa e


advindo de um sono na juventude, por exemplo, sem uma considerável estabilidade
de acordo com as necessidades do sono, são cada vez mais prejudicadas com o
decorrer dos anos.
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Em hospitais a escala de trabalho é organizada em turnos fixos, ou seja,


durante 24 horas do dia, sete dias da semana em um turno de 12h de trabalho entre
o período diurno e noturno.
Segundo Batista (2000), o sono denominado REM, ocorre durante o período
noturno alternando-se ao sono NREM em um intervalo de 80 a 100 minutos
aproximadamente.
A falta de um sono saudável para estes enfermeiros pode acarretar em
prejuízos que de acordo com Fundacentro (1985) deixa seqüelas como aspectos
físicos, emocionais, aspectos sociais, familiares e interpessoais.
Muitos destes profissionais com sono alterado necessitam utilizar
medicamentos auxiliares para dormir o que além de gerar custos sociais alto, altera
o metabolismo destes profissionais de enfermagem além do risco de acidentes de
trabalho causados também por medicamentos para inibir este sono de acordo com
Inocente (2005).
O conceito de Inocente (2005) é um fator importante e real em muitos
hospitais em todo o país, pois muitos profissionais que precisam trabalhar e não
dormem de forma adequada utilizam estes medicamentos inibidores do sono sem ás
vezes ter em mente o prejuízo que pode causar a sua profissão e aos cuidados com
os pacientes principalmente no período noturno.
Necessita então, de uma revisão mais aprofundada pelos próprios
profissionais que devem adequar os seus hábitos de vida e escolher um momento
certo para repor este sono perdido sem que seja necessária a utilização destes
medicamentos.
Para enaltecer a descrição dos autores acima, Fischer (2002) realizou uma
pesquisa em que constatou que o ajuste do sistema circadiano mantém o corpo alerta
durante as horas de claridade ao longo do trabalho pode ser detectado pelo sono em
um ciclo importante de vigília.
Assim, torna-se mais evidente a preocupação com o trabalho noturno que
interfere em sono saudável e qualidade de vida dos profissionais de enfermagem e
de outras áreas, principalmente nas mulheres onde o sistema hormonal é mais
afetado e sensível.
Além desta preocupante realidade, muitos profissionais de enfermagem não
acreditam que a maioria dos acidentes de trabalho ocorram devido à falta de sono
ou pelo fato de estarem em mais de um emprego, ou seja, a falta de consciência
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deste aspecto é outro fator a ser analisado com mais responsabilidade


principalmente pelo próprio profissional de enfermagem.
É importante ressaltar que a quantidade do sono não está diretamente
relacionada à duração do sono de acordo com Moreno (2003), pois a duração de
cada um dos importantes estágios do sono é que determinam esta qualidade na
realidade.
Entende-se, portanto, que a qualidade do sono é individual, pois cada
organismo obedece às regras do corpo e suas necessidades. Este fator precisa ser
revisto por profissionais de enfermagem que estão em constante aprimoramento
com as regras de saúde, de bem estar e de cuidados dos pacientes que muitas
vezes servem de apoio as suas necessidades pessoais além de um esclarecimento
preciso sobre dúvidas mal resolvidas para sua realidade profissional.
Segundo Reis (2010), a saúde do trabalhador é uma subárea da Saúde
Pública, que “tem como objeto de estudo as relações entre trabalho e a saúde”.
Estes profissionais de enfermagem quando éticos, sempre estão
empenhados em desenvolver as suas habilidades nos cuidados com os pacientes
em hospitais que de acordo com Murofuse (2004) está sendo prejudicado
consumido pelo próprio desempenho profissional afetando o corpo e a mente destes
profissionais além de outros problemas como depressão, LER/DORT, angústia,
alcoolismo e até mesmo o infarto do miocárdio.
Na realidade, o trabalho do enfermeiro é cansativo e desgastante pois
convive diariamente com problemas de outras pessoas e até mesmo o sofrimento
também das famílias que sempre procuram alento em horas mais difíceis e que
exige ainda mais destes profissionais.
De acordo com Shimizu (1996), estas atividades executadas em diversas
facetas além de interrupções causadas para com o sono destes enfermeiros trazem
imprevistos até mesmo com a morte como fator agravante no trabalho de
enfermagem causando ainda mais o desgaste mental.
Diante de todos estes fatores preocupantes é necessária uma revisão quanto
a estes aspectos e a saúde destes profissionais que é de suma importancia assim
como as demais equipes de trabalho em um hospital, como a intervenção de uma
equipe multidisciplinar para que a qualidade de vida destes enfermeiros possa estar
cada vez mais acentuada e para que estes problemas possam a cada ano estar
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amenizadas não causando tantos riscos a saúde dos enfermeiros e para a qualidade
no atendimento de pacientes em leitos hospitalares.
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CONCLUSÃO

Constatou-se com este importante estudo baseado em uma pesquisa


bibliográfica que com as constantes mudanças na economia, surge na sociedade
profissionais que atuam quase que vinte e quatro horas, por sete dias na semana.
São os enfermeiros, que por razões financeiras e sede de aprender, precisam
trabalhar em dois hospitais, passando a realizar dois turnos por dia.
Este é o principal motivo dos profissionais de enfermagem, com turnos de 12
horas de trabalho, estarem apresentando alterações em seus padrões de sono
habituais.
Dormir à noite parece fazer parte da ordem natural das coisas, a alteração
dessa ordem é percebida pelo corpo ou pela mente destacam o cansaço e
sonolência diurna, como fatores contribuintes para uma diminuição no
aproveitamento acadêmico.
Entre os hábitos e distúrbios evidenciou-se o uso de cigarros, café, o
despertar com leves estímulos, entre outros.
Em geral, nossos profissionais de enfermagem vêm apresentando sérios
problemas relacionados ao sono, uma vez que o cansaço tornou-se um problema
diário. Com as constantes horas de trabalhos os profissionais de enfermagem ficam
com a saúde prejudicada, deixando seqüelas, infelizmente também refletidas em
seus pacientes.
Em fim, o trabalho noturno tem sido uma grande fonte de problemas de
saúde, deixando seqüelas nos profissionais de enfermagem, seqüelas essas que
podem atrapalhar o resultado nos atendimentos realizados por eles.
A sugestão apresentada por este trabalho é a aplicação de palestras
explicando a real necessidade do corpo do ser humano de uma boa noite, ou
período, de sono. Sugestiona-se também a diminuição da carga horária de trabalho
por turno, redução de seis horas para cinco horas, pois essas duas horas (uma hora
por turno) podem fazer a diferença na saúde, da vida e na qualidade do atendimento
do profissional da área de enfermagem.
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REFERÊNCIAS

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privados. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.

FISCHER, F. M. et. Al. Percepção de sono: duração, qualidade e alerta em


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Caderno Saúde Pública, 2002.

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apresentado ao curso de enfermagem, pela Universidade do Vale do Paraíbe. São
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http://biblioteca.univap.br/dados/INIC/cd/inic/IC4%20anais/IC4-15OK.pdf. Acesso em
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trabalho. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

MUROFUSE, N. T. O adoecimento dos trabalhadores de enfermagem da


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SUCHECKI, Deborah (Orient.). Fisiologia do sono. Tese apresentada ao curso de


biomedicina pela USP, 2003. Disponível em:
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REIS, Paulo. A gestão estratégica da informação de saúde do trabalhador.


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SEIDL, E.M.F; ZANNON, C.M.L.C. Qualidade de vida e saúde: aspectos


conceituais e metodológicos. v. 20, n. 2, mar/abr. Rio de Janeiro: Escola Nacional
de Saúde Pública Sergio Arouca, 2004.
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SHIMIZU E. Sofrimento e prazer no trabalho vivenciado por enfermeiras que


trabalham na Unidade de Terapia Intensiva em um Hospital-Escola de
Enfermagem. [Dissertação] São Paulo: USP; 1996.
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AUTORIZAÇÃO DO TCC
1. Silmara Veiga Alves

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