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Introduca4o a Botanica “O que garante a existéncia da vida é... uma pequena cor- rente mantida pela luz solar.” O prémio Nobel Albert Szent- Gyérgyi, com esta frase simples, resumiu uma das grandes ma- ravilhas da evolugdo — o processo fotossintético, 0 qual é ne cessrio para a vida neste planeta. Quando uma particula de luz excita uma molécula de clorofila, um de seus elétrons absorve esta energia e ¢ langado para um nfvel energético mais elevado. Este elétron excitado é entdo transferido para uma molécula aceptora, iniciando um fluxo de elétrons que, em uma fragio de segundo, converte a energia momentaneamente ganha pelo el tron em energia quimica, quando este elétron retorna a0 seu es tado fundamental. Este processo é conhecido como fotossintese. Com algumas poucas excegdes, toda a vida neste planeta é d pendente desta energia momentaneamente ganha por tais elétrons. Apenas poucos tipos de organismos — plantas, algas e al- ‘gumas bactérias — possuem clorofila, que pode, quando embe bida nas membranas da célula viva, fazer fotossfntese. Uma vez que a luz é convertida na forma quimica, ela se torna dispontvel como fonte de energia a todos os seres humanos, Nés somos to- talmente dependentes da fotossintese, um proceso para‘o qual as plantas so especialmente adaptadas. A Evolucao das Plantas ‘Como todos os outros organismos, as plantas tém uma longa his ‘ria evolutiva. O proprio planeta Terra — um aglomerado de Ge gases girando em tornoda érbita de uma estrela que €0 nosso sol — tem 4,5 bilhdes de anos. Os fésseis mais antigos que co nhecemos datam de 3,5 bilhes de anos e consistem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples (Fig. 1.1). Es tes fésseis foram encontrados em algumas das mais velhas ro- chas na Terra. A medida que os acontecimentos vao sendo reconstituidos, conclui-se que estas primeiras células eram formadas por uma série de eventos aleat6rios. Imagine a Terra envolta por gases que ram expelidos por um ntimero incontavel de vulcdes, Esta at- mosfera primitiva parece ter sido composta basicamente por gases de nitrogénio, misturados com grande quantidade de diéxido de carbono e vapor dégua. Estas trés moléculas contém os elemen 2 CAPITULO 1 Introdugio 4 Botinica mm rR Aqui estao os fésseis mais antigos conhecidos — bactérias em forma de corrente nas rochas antigas da Austrélia, datadas de 3,5 bilhdes de ‘anos. Elas sao aproximadamente 1 bilhito de anos mais novas que a Terra propriamente dita; de qualquer modo, existem poucas rochas ‘mais antigas que sejam adequadas para se buscar evidéncias anteriores de vida na Terra, Organismos mais complexos — aqueles com organizagio celular eucaribtica — ndo aparecem até ‘aproximadamente 1,5 bilhdo de anos atris. Durante pelo menos 2 bithdes de anos, entretanto, as bactérias foram as tinicas formas de vida na Terra, Estas células foram aumentadas 260 veces. tos quimicos carbono, oxigénio, hidrogénio ¢ nitrogénio, os quais compdem aproximadamente 98% da matéria encontrada nos or- zganismos vivos de hoje. Através da fina atmosfera, os raios de sol iluminavam a sperae nua superficie da jovem Terra, bombardeando-a com luz, calor e radiagao ultravioleta, Moléculas de gases como o sulfeto de hidrogénio, aménia e metano também parecem ter estado pre- sentes na atmosfera primitiva. Ao contrério, o gés oxigénio, que ‘agora perfaz aproximadamente 21% da nossa atmosfera, nao foi formado até que os organismos vivos aparecessem e iniciassem 4 fotossfntese. Entdo as primeiras etapas da evolugdo da vida ‘ovorreram em uma atmosfera anaer6bica (sem oxigénio).. A medida que acrosta da Terra foi resfriando e estabilizan- do-se, tempestades violentas ocorreram, acompanhadas de raios e descargas de energia elétrica. Substancias radioativas na Terra emitiam grandes quantidades de energia, e pedras derretidas ¢ gua fervente safam do interior da superficie da Terra. A energia nesta vasta fornalha quebrava os gases da atmosfera e reorgani- zava-os em moléculas maiores e mais complexas. A luz ultravio- leta banhava a superficie da Terra, quebrando ainda estas molé- culas € gases e causando a formacao de outras moléculas novas. ‘AS teorias atuais propdem que os compostos formados na tmosfera primitiva tenderiam a ser precipitados desta pelas for- tes chuvas, sendo coletados nos oceanos, que cresciam a medida que a Terra se resfriava. Usando os mesmos gases que teorica- ‘mente existiam naquela época, os pesquisadores fizeram experi- imentos nos quais eles simulavam as condigoes imaginadas quele momento primitivo da Terra (Fig. 1.2). Sob estas condi- ‘ses experimentais, formaram-se complexas moléculas orgiini- cas, semelhantes aquelas que sio essenciais para a formagio de toda a vida. Na Terra primitiva, os oceanos, e provavelmente pequenas piscinas proximas aos vuledes, se tornaram cada vez ‘mais ricos na mistura de tais moléculas organicas. Elemcs ENTRADA DOS GASES», ibRocewo, [METANO E AMONIA alts urns 12 Stanley Miller, quando ainda era aluno de pés-graduacao na Universidade de Chicago nos anos 50, usow wma aparelhagem como a iustrada aqui para simular as condigdes que ele acreditaca terem existido na Terra primitioa, Hidrogenio, metano e aménia foram Circulados continuamente em wm pequeno “aceano, 0 qual era aquecido, e numa “atmosfera” superior, na qual descargas elétricas cram transmitidas. Ao final de 24 horas, aproximadamente metade do carbono presente inicialmente no gds metano tinha sido comvertido em aminotcidos e outras moléculas organicas. Verifica-se que algumas moléculas orgdnicas tém a tendén- ccia de se agregarem em grupos. Nos oceanos primitivos estes ‘grupos provavelmente tinham a forma de goticulas, semelhan- tes as gotas formadas pelo leo na gua. Tais goticulas formadas por moléculas orgiinicas aparentemente foram os primérdios das

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