Está en la página 1de 19

ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO

Rafael M O R E N O

A L Z A T E ES U N O DE LOS representantes e n M é x i c o d e l m o v i m i e n -
to l l a m a d o de las luces o de l a razón, de t a n fecundas conse-
cuencias en el m u n d o entero. S i n embargo, n o parece q u e sea
" c o n o c i d a entre"nosotros l a n a t u r a l e z a p o s i t i v a de sus escritos: ~
C o m ú n m e n t e se le concibe o c o m o u n científico más o menos
c o n o c e d o r de los adelantos europeos, o como u n r e f o r m a d o r y
u n g r a n destructor d e l pasado c o l o n i a l , y, p o r eso, n u n c i o de
n u e v o s tiempos y hasta p r e c u r s o r ideológico de nuestra inde-
p e n d e n c i a política, c u a n d o n o de l a e s p i r i t u a l . C i e r t a m e n t e
es u n científico, u n r e f o r m a d o r y u n precursor de l a v i d a
m o d e r n a de M é x i c o . P e r o n i esto agota su o b r a , n i reside e n
esto l a explicación de su recia p e r s o n a l i d a d y, m u c h o menos,
l a significación de su p e n s a m i e n t o i l u s t r a d o o l a razón de to-
dos los desvelos los odios v c u i d a d o s q u e t u v o que s u f r i r p o r
dedicarse a escritor p ú b l i c o .
A l z a t e persigue ante todo u n f i n p o s i t i v o : el de t r a n s f o r m a r
l a m e n t a l i d a d n o v o h i s p a n a p o r la educación. Q u i e n lee aten-
tamente las p u b l i c a c i o n e s periódicas p o r él d i r i g i d a s encontra-
rá q u e a través de l a crítica de la escolástica y de la enseñanza
en general, desde la i n f a n t i l hasta l a u n i v e r s i t a r i a , existe u n a
convicción h o n d a , l a necesidad de u n a n u e v a educación p a r a
todos los habitantes de l a N u e v a España, l a necesidad de u n a
reeducación desde las ideas más sencillas y fundamentales.
T a n d o m i n a n t e es esa p r e o c u p a c i ó n en l a o b r a alzatiana, q u e
p u e d e calificarse toda e l l a c o m o u n p l a n grandioso p a r a edu-
car a los h o m b r e s q u e entonces i n t e g r a b a n l a nación. Sólo
q u e este carácter h a pasado i n a d v e r t i d o a causa de la n a t u r a l e z a
m i s m a de los escritos, cuyos temas son siempre ocasionales, de
circunstancias.

Reforma educativa C i e r t o es q u e en n i n g u n o de sus es-


critos expuso A l z a t e u n a teoría pedagógica en sentido estricto,
" C O M O t a m p o c o p r o p u s o u n p í a n d e t e r m i n a d o de estudios. P e r o
n o es menos cierto q u e e n todas sus p u b l i c a c i o n e s existe u n
372 RAFAEL MORENO

t e m a expreso, d o m i n a n t e , consciente: l a r e f o r m a de l a i n t e l i -
g e n c i a , de las costumbres y de l a v i d a entera de l a c o l o n i a , l o
c u a l era i m p o s i b l e llevar a cabo s i n u n a transformación r a d i c a l
d e todas las formas educativas de l a m e n t a l i d a d n o v o h i s p a n a .
C o m o Z a p a t a y Feijóo en España, A l z a t e está d o t a d o de u n a
c l a r i v i d e n t e c o n c i e n c i a histórica sobre lo q u e M é x i c o h a b í a
s i d o , sobre l o que era y l o que d e b í a ser. C o m o ellos, trata p o r
todos los medios de hacer que sus c o m p a t r i o t a s tengan l a mis-
m a c o n c i e n c i a . D e b i d o a esto, las p u b l i c a c i o n e s periódicas se
c o n v i e r t e n e n e l mejor i n s t r u m e n t o p a r a m o s t r a r a p r o p i o s
y extraños l a c a p a c i d a d d e l i n g e n i o a m e r i c a n o y l a grandeza
d e l a tierra y de las ciudades d e l N u e v o M u n d o ; pero también
p a r a reconocer, n o s i n tristeza, q u e A m é r i c a y M é x i c o e n
p a r t i c u l a r n o sólo son despreciados p o r los viajeros y p o r algu-
nos historiadores europeos, sino q u e de hecho n o p a r t i c i p a n en
la h i s t o r i a u n i v e r s a l , ajenos c o m o están a los progresos logra-
dos p o r e l h o m b r e m o d e r n o . C a d a escrito, cada página, los
prólogos sobre todo, son a l m i s m o t i e m p o u n g r i t o de a l a r m a
c o n t r a los peligros q u e a m e n a z a b a n m a l o g r a r e l destino de
A m é r i c a y u n a predicación en favor de l a c u l t u r a y maneras
de v i d a d o m i n a n t e s a l a sazón e n los p u e b l o s c i v i l i z a d o s p o r
excelencia, Francia e Inglaterra.
Esta c o n c i e n c i a , q u e b i e n p o d r í a m o s l l a m a r histórica, de
M é x i c o y de su l u g a r e n A m é r i c a y e n e l m u n d o , determinó
la n a t u r a l e z a de l a o b r a a l z a t i a n a : u n p l a n maestro, quizá el
más g r a n d i o s o de la segunda m i t a d de nuestro siglo x v m , p a r a
d e s c u b r i r y a n a l i z a r las causas q u e h a c í a n " c u l t o s " y directo-
res de l a h i s t o r i a a los p u e b l o s inglés y francés, así c o m o p a r a
d e s c u b r i r y a n a l i z a r las causas que p r o d u c í a n el atraso c u l t u r a l
de su p a t r i a d e j á n d o l a fuera de los anales h u m a n o s . U n exa-
men de c o n c i e n c i a , p o r cierto, cuyos datos y soluciones n o e r a n
difíciles de e n c o n t r a r . E n efecto, las razones d e l progreso
e u r o p e o s a l t a b a n a l a vista. P o r lo q u e respecta a M é x i c o , n o
era u n secreto q u e se h a b í a a d u e ñ a d o de las aulas y de l a v i d a
t o d a de l a c o l o n i a u n a escolástica r u t i n a r i a y f o r m a l , "filosofía
q u e el t i e m p o y la p r e o c u p a c i ó n tenían r e c o n o c i d a como i n -
f a l i b l e , c o m o l a base que d e b í a d i r i g i r n o s en todas nuestras
acciones, en todos nuestros p e n s a m i e n t o s " . E l l a era l a cau-
sante, n o sólo de q u e los extranjeros l l a m a s e n " i g n o r a n t e s " a
los a m e r i c a n o s (que esto n o sería obstáculo intrínseco p a r a l a
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 373

g r a n d e z a d e l N u e v o M u n d o ) , sino de q u e se estuviese m a -
l o g r a n d o e l destino u n i v e r s a l de M é x i c o y de A m é r i c a a causa
de los prejuicios, l a i g n o r a n c i a , los errores, las falsas t r a d i c i o -
nes, las supersticiones, e l t e m o r a l m u n d o m o d e r n o , caracterís-
ticas todas de l a escolástica. Y c o m o todo e l pasado c o l o n i a l
estaba d o m i n a d o p o r esa filosofía, A l z a t e a f i r m a s i n reserva
q u e era l a h i s t o r i a p r o p i a l a q u e i m p e d í a e l logro de u n a
g r a n d e z a q u e f u e r a r e c o n o c i d a p o r las naciones civilizadas.
D e esta m a n e r a l a h i s t o r i a p r o p i a q u e d a b a sin razón j u s t i -
T i c a t i v a de ra existencia;- P o r eso A l z a t e n o q u i e r e aceptarla-
corno suya, y l a presenta a los lectores como e l m o d e l o de l o
q u e M é x i c o n o debe ser. D e esta negación nacía l a u r g e n c i a
de u n a r e f o r m a q u e c a m b i a r a las ideas, los sentimientos, los
hábitos, en u n a p a l a b r a , q u e c o n f o r m a r a u n nuevo h o m b r e e n
M é x i c o . Éste y n o o t r o es e l alcance q u e A l z a t e d a consciente-
m e n t e a su o b r a . P o r cuantos medios t u v o a su alcance (y los
periódicos le p r o p o r c i o n a r o n bastantes) predicó q u e e l reme-
d i o de los males nacionales estaba en u n a r e f o r m a u n i v e r s a l d e l
m e x i c a n o , y q u e ésta sólo e r a p o s i b l e p o r u n a educación, tam-
b i é n u n i v e r s a l , q u e cambiase l a m e n t a l i d a d d e l c a m p e s i n o y
del comerciante, d e l sabio y d e l h o m b r e de l a calle.
Las p r o p o r c i o n e s educativas de l a o b r a a l z a t i a n a así conce-
b i d a se m a n i f i e s t a n a l q u e lea u n a de sus páginas. E n l a
a m a l g a m a de los temas más diversos, q u e eso son los periódi-
cos, existe l a convicción de q u e l a h i s t o r i a o, l o q u e es l o
m i s m o , e l pasado decadente de l a c o l o n i a aceptó l a filosofía
escolástica y las n o r m a s de v i d a y de pensamiento derivadas
d e e l l a p o r q u e , h a b i e n d o los n o v o h i s p a n o s abdicado de l a
razón, todas las i n t e l i g e n c i a s q u e f o r m a b a n l a p a t r i a se encon-
t r a r o n sumidas e n l a i g n o r a n c i a . E s t a tesis, cuyas raíces mo-
dernas son innegables, tiene c o m o correlato la demostración,
t a m b i é n m o d e r n a , de l o a c c i d e n t a l de l a decadencia. Según
A l z a t e , l a abdicación q u e los antepasados h i c i e r o n de sus de-
rechos fué u n acto v o l u n t a r i o ; p e r o este acto n o podrá repetirse
c u a n d o las luces h a g a n caer l a v e n d a q u e cubre los ojos de los
t r a d i c i o n a l i s t a s . P o r o t r a parte, l a i g n o r a n c i a solamente i m p i -
d i ó el recto uso de l a razón o, c u a n d o más, atrofió su f u n c i o n a -
m i e n t o , pero n o destruyó su n a t u r a l e z a , q u e consiste e n ser
i l u m i n a d a e i l u m i n a r . P o r d e b a j o de errores y p r e j u i c i o s h a
subsistido e n los m e x i c a n o s u n a b u e n a i n t e l i g e n c i a y u n a recta
374 RAFAEL MORENO

razón, idénticas a las de los demás h o m b r e s ; u n a vez desterrada


l a i g n o r a n c i a , se adherirán a la v e r d a d , y p o d r á n d a r los mis-
m o s frutos q u e p r o d u c e n en E u r o p a . D e esta m a n e r a l a o b r a
a l z a t i a n a v i e n e a ser u n a b a t a l l a entre e l saber y l a i g n o r a n c i a ,
u n a b a t a l l a de ilustración y, en d e f i n i t i v a , de u n a educación
a d e c u a d a a l p r o b l e m a m e x i c a n o y c o n f o r m a d a al siglo x v m ,
siglo " v e r d a d e r a m e n t e de luces".
P a r a dejar e x p e d i t o el uso de l a razón, A l z a t e d i ó p r i n c i p i o
a su tarea e d u c a t i v a e x t i r p a n d o de l a c o n c i e n c i a t r a d i c i o n a l
los errores y prejuicios q u e a u s p i c i a b a o causaba en e l l a l a
escolástica. C o m o lo h a b í a hecho años atrás Feijóo, A l z a t e
repasa t a n m i n u c i o s a m e n t e todas las materias p o r d o n d e se
c o l a b a l a i g n o r a n c i a , q u e le c i e r r a , a l menos en teoría, cual-
q u i e r resquicio para el futuro. Las innumerables disquisicio-
nes, las sutilezas, las abstracciones, el a r g u m e n t o de a u t o r i d a d ,
el abuso de los sofismas, los dictados, los textos de m e m o r i a , las
disputas i n t e r m i n a b l e s , las jergas de comentarios, l a metafísi-
ca f o r m a l i s t a , el ente de razón, l a p r e p o n d e r a n c i a de l a ló-
gica, las concepciones metafísicas, especialmente l a v e r d a d
i n f a l i b l e de Aristóteles y Santo T o m á s , son objeto de artículos
c o n t i n u a d o s en los q u e se m u e s t r a c ó m o d e f o r m a n l a i n t e l i g e n -
cia y l a s u m e n en l a i g n o r a n c i a . U n a y o t r a vez A l z a t e enseña
q u e todo es falso, q u e l a lógica, la física y l a metafísica de las
Escuelas sobran en los cursos de A r t e s . N o existe el ente de
razón. N o h a y m o v i m i e n t o s v i o l e n t o s e n l a naturaleza, n i los
cuerpos t i e n e n apetitos i n n a t o s h a c i a sus centros. L a genera-
ción espontánea, los cielos sólidos e i n c o r r u p t o s , los c u a t r o
elementos, m u e v e n a risa. L a i n u t i l i d a d de la escolástica es
o t r o de los tópicos comunes. ¿ Q u é b e n e f i c i o , p r e g u n t a , h a n
t r a í d o a l a nación las largas especulaciones sobre e l ente de
razón, sobre l a sustancia, sobre el acto y l a potencia? ¿ C u á l
es el r e s u l t a d o de los discursos sobre l a m a t e r i a y los espíritus,
la f o r m a y l a educción? A l z a t e acusa a los amantes de la " r a n -
cia filosofía" de ser los autores de u n m u n d o i m a g i n a r i o e n
q u e v i v e n los mexicanos a espaldas de su m u n d o real. L a
d e f o r m a c i ó n de l a i n t e l i g e n c i a , el d e s c o n o c i m i e n t o de M é x i c o
y u n a v i d a ajena a los p r o b l e m a s d e l h o m b r e : tales son las
causas ú l t i m a s de l a decadencia.
L a l u c h a c o n t r a l a escolástica es el aspecto más c o n o c i d o
de l a o b r a e d u c a t i v a de A l z a t e , p e r o es sólo l a condición s i n l a
ALZATE, EDUCADOR ¡LUSTRADO 375

c u a l n o h u b i e r a p o d i d o llevarse a cabo su sentido p o s i t i v o :


e l e s t a b l e c i m i e n t o de u n a b u e n a i n t e l i g e n c i a o de u n a recta
razón. E n r e a l i d a d , se trata de dos aspectos que existen s i m u l -
táneamente y se i m p l i c a n u n o a l otro. L a tarea de negar, de
q u i t a r de las aulas y de l a v i d a m e x i c a n a las consecuencias
funestas de l a escolástica f o r m a l i s t a n o se h u b i e r a r e a l i z a d o
de n o h a b e r m e d i a d o u n a línea de comunicación entre e l pre-
d i c a d o r r e v o l u c i o n a r i o y l a m u l t i t u d de oyentes. Ésta fué l a
razón. E n todos los tonos, o p o r t u n a e i n o p o r t u n a m e n t e , A l z a -
te enseña a sus lectores, n o sólo los beneficios q u e se d e r i v a r ,
de u n a b u e n a i n t e l i g e n c i a , s i n o las características q u e l a dis-
t i n g u e n y los m e d i o s p a r a a d q u i r i r l a . A u n s u p o n i e n d o , c o m o
falsamente s u p o n e n los más, q u e l a r e f o r m a e d u c a t i v a h a b l a
de l a educación o de l a filosofía, p e r o n i hace l a b o r educa-
t i v a de t i p o c o n s t r u c t i v o n i hace filosofía, n o puede negarse
e l hecho de q u e su a u t o r es u n ferviente e n a m o r a d o de l a
razón, y de l a razón d e l m u n d o m o d e r n o , de l a razón i l u s t r a d a .
L a s p u b l i c a c i o n e s periódicas c l a m a n desde 1768 hasta 1798
p o r q u e acaben los p r e j u i c i o s q u e i m p i d e n e l r e i n a d o de las
luces en las aulas, en las costumbres, en l a i n t i m i d a d de l a
c o n c i e n c i a de todos los m e x i c a n o s . C a d a página muestra l a ne-
cesidad de v o l v e r a e d u c a r a los coloniales, e m p e z a n d o p o r
las nociones más simples y p o r los p r i n c i p i o s más universales,
pues sólo de esta m a n e r a se podrá d o t a r a todos de u n a b u e n a
i n t e l i g e n c i a o, l o q u e es l o m i s m o , de l a razón d e l siglo de
las luces.
B u e n i l u s t r a d o , A l z a t e estaba c o n v e n c i d o de que en l a edu-
cación así e n t e n d i d a estaba el r e m e d i o de todos los males. C o n
saber, con luces, c o n b u e n gusto, M é x i c o sería u n p u e b l o c u l t o
y los m e x i c a n o s h o m b r e s c i v i l i z a d o s , esto es, semejantes a los
q u e entonces se h a l l a b a n a l a cabeza de l a h u m a n i d a d . Y , e n
efecto, l a b u e n a razón de l a c u a l h a b l a con insistencia n o es
o t r a q u e l a razón n a t u r a l ingénita en el h o m b r e , l i m p i a de for-
malismos escolásticos, c o n c a p a c i d a d crítica tanto p a r a d i s t i n -
g u i r entre las razones y l a a u t o r i d a d , entre l a v e r d a d y l a
falsedad, como p a r a desconfiar d e l pasado y e n j u i c i a r l a tra-
dición. U n a razón, pues, n u e v a e n c o m p a r a c i ó n de l a a n t i g u a .
Ésta se supeditó a l a fe, y su f r u t o , l a v e r d a d , nació i n m u t a b l e
y absoluto; a q u é l l a n o reconoce más criterios que l a e v i d e n c i a
de sí m i s m a , y sus l i m i t a c i o n e s son las de l a n a t u r a l e z a h u m a n a .
376 RAFAEL MORENO

D e s l i g a d a p o r definición de l o trascendente, r e g i d a p o r e l p r o -
greso y l a n o v e d a d , tiene p o r objeto e l m u n d o r e a l que ofrece
la n a t u r a l e z a y se conoce p o r l a e x p e r i e n c i a . Y a n o es el m u n d o
de l a o t r a v i d a , sino el q u e interesa de m a n e r a i n m e d i a t a a los
m e x i c a n o s . Se busca, n o e l " a g u z a m i e n t o d e l i n g e n i o " e n la
práctica sumulística, sino l a u t i l i d a d y l a f e l i c i d a d que e l h o m -
b r e p u e d e alcanzar p a r a e l h o m b r e m i e n t r a s vive en este m u n -
, d o . E n dos palabras p u e d e n cifrarse todos los esfuerzos educa-
tivos que A l z a t e p o n e e n los periódicos: enseñar l a razón n u e v a
^ • s u funcionamiento correcto; -
A u n a d i s t a n c i a de más de siglo y m e d i o resulta difícil
i m a g i n a r e l c a m b i o q u e operó e n l a v i d a m e x i c a n a u n a educa
ción considerada p o r e l e d u c a d o r y e n t e n d i d a p o r los educan-
dos m e d i a n t e l a razón m o d e r n a , l a razón p o r excelencia de las
luces, y l o que es más, e l c a m b i o q u e operó u n a educación
c u y a m e t a era enseñar a pensar, a q u e r e r y sentir conforme a
l a n u e v a razón. L a n o v e d a d n o consiste en que a h o r a se ame
a las ciencias y se tenga h á b i t o e x p e r i m e n t a l . N o debe fijarse
la atención e x c l u s i v a m e n t e e n l a n a t u r a l e z a r a c i o n a l i s t a de l a
n u e v a educación. S i las c o l u m n a s d e l Perípato se c o n m o v i e r o n
desde sus cimientos, fué p o r q u e los coloniales c o n t a r o n c o n o t r a
i d e a d e l m u n d o , sostenida p o r u n a a c t i t u d m e n t a l cuyo objeto
e r a n los p r o b l e m a s d e l h o m b r e y e l c o n o c i m i e n t o de l a reali-
dad p r o p i a . T a l es e l r e m e d i o r a d i c a l de l a decadencia sobre
el que insisten tanto las p u b l i c a c i o n e s periódicas. A l z a t e ma-
chaca e n todos los tonos su convicción f u n d a m e n t a l de que l a
salvación d e l h o m b r e en M é x i c o estará g a r a n t i z a d a c u a n d o los
m e x i c a n o s cuenten c o n l a n o t a específica que los separa de
los a n i m a l e s y las plantas; c u a n d o h a g a n uso de l a razón. A l -
zate es, pues, u n educador n o sólo p o r q u e restaura o c o m p o n e
l a educación existente, s i n o p o r q u e m e d i a n t e l a educación
r e f o r m a l a m e n t a l i d a d c o l o n i a l e n e l sentido de v o l v e r a
formarla.

Europeización d e México—Así c o m o e l c o n o c i m i e n t o de
la c u l t u r a y l a v i d a c o l o n i a l e s p r o d u j o l a r e f o r m a educativa,
así el c o n o c i m i e n t o de las causas que hacían poderosos a algu-
nos p u e b l o s europeos trajo p o r secuela l a segunda europeiza¬
.... ..ción — l a p r i m e r a se llevó a c a b o e n e l s i g l o x v i — de A m é r i c a
y de M é x i c o . E l siglo de las luces, u n siglo esencialmente eu-
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 377

r o p e o , influyó de m a n e r a t a n decisiva en las idea de A l z a t e ,


q u e p u d o sostener desde los p r i m e r o s escritos q u e las causas
de los males nacionales estaban en l a h i s t o r i a p r o p i a , y q u e e l
r e m e d i o d e f i n i t i v o llegaría c u a n d o los m e x i c a n o s hubiesen
a s i m i l a d o l o específicamente europeo, l a c u l t u r a y l a v i d a m o -
d e r n a , la l l a m a d a m o d e r n i d a d de O c c i d e n t e . L a r e f o r m a con-
siste p o r eso e n s u s t i t u i r l a educación t r a d i c i o n a l p o r l a m o d e r -
na, mejor, e n e d u c a r las mentes y las voluntades, q u e h a b í a n
desechado las novedades desde hacía u n siglo, e n las m i s m a s
preocupaciones, y f o r m a r l a s e n las mismas maneras de juzgar,
de querer, de v i v i r , q u e se d a b a n en los pueblos cultos de
Europa.
P a r a el siglo x v n i , como aún p a r a nosotros, l a m o d e r n i d a d
se caracterizaba precisamente p o r l a razón y su f r u t o , l a c i e n -
cia. C o n f o r m e a esta i d e a , l a o b r a e d u c a t i v a m o d e r n a n o es
o t r a cosa q u e u n a educación científica o u n a ilustración e n
todo género de ciencias. A l z a t e estaba c o n v e n c i d o de q u e l a
educación de las luces o educación de las ciencias era e l ú n i c o
m e d i o p a r a acabar c o n los f o r m a l i s m o s ignorantes e n q u e f i n -
caba toda su fuerza l a decadencia. U n estribillo d o m i n a en <
todas sus obras: l a i g n o r a n c i a de l a ciencia p o r parte de los
mexicanos contrasta c o n l a necesidad q u e de e l l a t i e n e n y c o n
la u t i l i d a d q u e de e l l a sacarían. Esto e x p l i c a q u e todos sus i
periódicos sean f u n d a m e n t a l m e n t e p u b l i c a c i o n e s científicas,,'
cuyo c o m e t i d o consiste en m o s t r a r la r i q u e z a q u e gracias a l a
c i e n c i a t i e n e n los europeos frente a l a pobreza a m e r i c a n a , n o
menos que en enseñar los nueves d e s c u b r i m i e n t o s , los nuevos
métodos, las nuevas verdades de l a matemática, de l a anato-
mía, de l a m e d i c i n a , de l a botánica, de l a geología, de l a agri-
c u l t u r a y de las artes en general.
P e r o n o se piense q u e e l e m p e ñ o c o n t i n u a d o de A l z a t e p o r
enseñar l a c i e n c i a obedezca a u n p r u r i t o cientificista. S u o b r a
entera es f u n d a m e n t a l m e n t e u n a educación científica p o r q u e ,
lejos de enseñar u n a c i e n c i a abstracta o p u r a m e n t e teórica,
d i s p o n e los p r i n c i p i o s universales d e l saber de t a l m a n e r a q u e
se a p l i q u e n a las necesidades y a l m e d i o n o v o h i s p a n o , y, l o
q u e es más i m p o r t a n t e , p o n e su p r i n c i p a l e m p e ñ o e n d o t a r a
los m e x i c a n o s de u n a c o n c i e n c i a y de u n a razón científicas a l a
m a n e r a e u r o p e a . P e r o esta razón n o está " e n s i m i s m a d a " , c o m o
378 RAFAEL MORENO

l a de Descartes o l a de K a n t , sino a b i e r t a a l m u n d o más próxi-


mo y comunicada con la v i d a misma.
E l sujeto, pues, de l a c i e n c i a es e l m e x i c a n o , y su objeto
es t a m b i é n el m e x i c a n o . P o r esto, el a l a n europeísta de las
p u b l i c a c i o n e s p r o p o r c i o n a a i lector e l espectáculo de u n a cien-
cia u n i v e r s a l q u e se v u e l v e m e x i c a n a a l aplicarse a las cosas
m e x i c a n a s de esta t i e r r a y de este m u n d o . P u d i e r a opinarse
q u e esta a c t i t u d es a c c i d e n t a l a l a o b r a de A l z a t e , pero es u n a
de las características s i n l a q u e n o p u e d e concebirse. L a cien-
cia p a r a él, según se h a visto, n o tiene objetos trascendentes y
d i v i n o s , s i n o m e r a m e n t e terrenales y h u m a n o s . A q u í es d o n d e
e l p e n s a m i e n t o a l z a t i a n o a d q u i e r e p r o p o r c i o n e s educativas de
s e n t i d o m o d e r n o Según A l z a t e M é x i c o tenía en a b u n d a n c i a
educadores p a r a e l otro m u n d o , el q u e está más allá de l a tie-
rra, pero n o tenía u n o solo q u e educara p a r a estas tierras p a r a
r e m e d i a r las necesidades d e l c u e r p o y hacer feliz a l h o m b r e
d e este m u n d o . E n m o m e n t o a l g u n o a f i r m a , n i podía hacerlo,
o u e l a c i e n c i a y las aplicaciones de e l l a a las necesidades con¬
cretas y p r o b l e m a s ocasionales e x c l u y a o niegue el m u n d o teo-
l ó g i c o d e l h o m b r e . E n su esfuerzo p o r educar a l a m o d e r n a

y a

la e u r o p e a n o tiene c a b i d a sino l a educación expresa p a r a


este m u n d o , c o n l a i n t e n c i ó n de salvar a l h o m b r e m e x i c a n o
d e l a m i s e r i a de l a i g n o r a n c i a e n las cosas eme atañen p a r t i c u -
l a r m e n t e a este m u n d o .
Se c o m p r e n d e así q u e todos sus escritos p r e d i q u e n el a m o r
a las ciencias naturales y a las matemáticas, y q u e entre sus
f i n a l i d a d e s , c o m o escribió V a l d e z a raíz de su muerte, esté e n
p r i m e r término el f o m e n t o de las i n d u s t r i a s y de l a a g r i c u l t u -
ra, el p e r f e c c i o n a m i e n t o de las artes o l a creación de otras
nuevas. E n este sentido, l a e d u c a c i ó n y e n general l a intención
e d u c a t i v a son u n tema expreso, consciente, d o m i n a n t e . C u a l -
q u i e r p á g i n a , y más e l o c u e n t e m e n t e los prólogos, m u e s t r a n l a
razón p o r l a c u a l A l z a t e abrazó l a v i d a de escritor p ú b l i c o :
enseñar l a c i e n c i a , enseñar a pensar y v i v i r conforme a" l a cien-
cia, c o n f o r m e a l a m o d e r n i d a d , p a t r i m o n i o de E u r o p a . T a n
p r o f u n d a es esta c o n v i c c i ó n e n A l z a t e y t a n decisiva p a r a l a
dirección de su p e n s a m i e n t o , q u e e l lector adquiere l a certeza
de q u e sus logros más plenos, a q u e l l o s e n donde el h o m b r e
h i s p a n o a m e r i c a n o se e n c u e n t r a a sí m i s m o , están e n l a v o l u n -
tad pedagógica. Y l o e x t r a o r d i n a r i o de las G a c e t a s es q u e n o
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 379

uno, s i n o todos los temas son pedagógicos. T o d a s las ideas son


f r u t o de p r e o c u p a c i ó n e d u c a t i v a o ellas mismas son educación.
D a d a s las consecuencias de l a modernización, es p e r t i n e n t e
p r e g u n t a r si A l z a t e era consciente de que su empresa pedagó-
g i c a s i g n i f i c a b a l a occidentalización de M é x i c o y, sobre todo,
si c o n t a b a c o n buenas razones q u e j u s t i f i c a r a n el i n t e n t o de
hacer a l h o m b r e c o l o n i a l semejante a l inglés o a l francés. P u -
d i e r a suceder q u e h a y a sido u n o de los p r i m e r o s e n p o n e r a
M é x i c o en p e l i g r o de malograrse p o r l a imitación de u n a c u l -
t u r a y u n a v i d a extrañas e i m p r o p i a s . ¿No es acaso u n contra-
s e n t i d o e x i g i r q u e el m e x i c a n o sea c o m o el e u r o p e o , o pre-
tender que los p r i n c i p i o s universales encontrados en E u r o p a
t i e n e n n o sólo validez teórica en M é x i c o , sino q u e p r o p o r c i o -
nan soluciones a los graves p r o b l e m a s nacionales? L a situación
de l a c o l o n i a y l a m i s m a l u c h a p o r m o d e r n i z a r a los m e x i c a n o s
¿no e r a n p r u e b a i n c o n c u s a de que éstos estaban condenados
a ser tradicionales, de q u e n u n c a serían h o m b r e s m o d e r n o s ,
n u n c a entenderían n i h a r í a n p r i n c i p i o s universales, n u n c a
tendrían u n a c o n c i e n c i a científica? P o r múltiples razones, y
e n t r e otras p o r q u e n o le p r e o c u p a b a e n c o n t r a r l o m e x i c a n o
de l a c u l t u r a m e x i c a n a , c o n todo y q u e su o b r a tenía u n a recia
f i n a l i d a d patriótica, A l z a t e n o f o r m u l a de m a n e r a expresa este
tema. Quizá sea más cercano a l a v e r d a d decir q u e p a r a él, de
m i r a d a más a m p l i a y p o r eso más h u m a n a , el p r o b l e m a con-
sistía en mostrar e l derecho q u e tiene el m e x i c a n o de p a r t i c i p a r
en l a h i s t o r i a u n i v e r s a l , l o q u e n o p u d o conseguir hasta ense-
ñar e n M é x i c o q u e l a c i e n c i a es u n i v e r s a l y señalar a l m e x i c a n o
la c a p a c i d a d de su razón p a r a a s i m i l a r , q u e n o i m i t a r , e l m u n -
d o e u r o p e o . E n todo caso, e l c o n o c i m i e n t o d e l sentido de l a
m a g n a empresa e d u c a t i v a h a b r á de i n d i c a r las respuestas ade-
cuadas.

Educación y utopía—Puede decirse q u e l a d o l o r o s a cir-


c u n s t a n c i a m e x i c a n a contrastada c o n el f l o r e c i m i e n t o e u r o p e o
es l a ocasión p a r a q u e A l z a t e constituya u n n u e v o espíritu a l
m i s m o t i e m p o q u e j u s t i f i c a l a v a l i d e z de l a razón d e l siglo.
E n efecto, c o m o b u e n r a c i o n a l i s t a , estaba c o n v e n c i d o de q u e
la razón era e l ú n i c o c a m i n o de l a educación, y de q u e e n
consecuencia l a razón de las ciencias, l a m i s m a d e l m u n d o
m o d e r n o , d e b í a estar e n l a c u l t u r a , e n las costumbres, e n los
38o RAFAEL MORENO

hábitos, e n todos los actos, a u n los cotidianos, l o q u e e q u i v a -


l í a — y ésta es l a pretensión e x p r e s a — a hacer de cada h o m b r e
u n filósofo y m e t e r l a filosofía en c u a l q u i e r manifestación de
v i d a h u m a n a . P e r o c o m o l a razón y la ciencia e r a n las d e l
siglo de las luces y se caracterizaban p o r l a autonomía, l a edu-
cación u n i v e r s a l n o v i n o a hacer o t r a cosa que u n a a u t o n o m í a
t o t a l y, p o r eso, u n a i n d e p e n d e n c i a d e l pasado p r o p i o y de
a q u e l l o que n o fuese l a razón m i s m a .
V a r i a s consecuencias se desprenden de esto. U n a , q u e l a
educación tiene p o r objeto d i r e c t o el logro de u n a especie
d e autarquía o s u f i c i e n c i a h u m a n a , de m a n e r a q u e e l h o m b r e ,
c u a l q u i e r h o m b r e , c o n sólo ejercitar l a razón alcance el m á x i -
m o beneficio de l a n a t u r a l e z a y l a f e l i c i d a d que le es esencial
en esta v i d a . L a p r o v i d e n c i a , l o d i v i n o , pertenece a o t r o
p l a n o . E l h o m b r e hace p o r sí solo su p r o p i o m u n d o . O t r a con-
secuencia es q u e e l d e s t i n a t a r i o d e l mensaje pedagógico está
c o n s t i t u i d o p o r todos los h o m b r e s , pues todos deben despertar
de la tradición y todos deben ser ilustrados p o r l a razón. D e
esta m a n e r a , " i l u s t r a c i ó n " v i e n e a s i g n i f i c a r l o m i s m o q u e
educación, y " e d u c a c i ó n " l o m i s m o q u e razón y sus frutos. Y
todo j u n t o ' señala e l sentido h u m a n o de l a o b r a de A l z a t e
L e v a n t á n d o s e sobre los p r o b l e m a s q u e le r o d e a b a n , defiende
las cualidades esenciales de la razón h u m a n a , q u e p a r a él era
s i n ó n i m o de l o h u m a n o en e-enera! v Dor eso educa n o va a
la c o l o n i a , sino a l a h u m a n i d a d m i i r a a . ¡Con cuánta fruición
expresa, a veces c o n c l a r i d a d a veces entre líneas, este c o m e t i -
d o h u m a n o de su o b r a y q u é d o l o r i d o se muestra c u a n d o los
tradicionalistas le escatiman e l título de educador d e l h o m b r e !
P u e d e pensarse q u e A l z a t e educa p a r a el b u e n é x i t o de l a
v i d a i n d i v i d u a l , o a l menos, de l a colectiva. Sus p r e o c u p a c i o -
nes e n c a m i n a d a s a conseguir la f e l i c i d a d en este m u n d o , p e r o
sobre todo su afán de p o n e r en contacto a los mexicanos c o n
el d o m i n i o técnico de l a n a t u r a l e z a y su pensamiento entero
de tintes fuertemente pragmáticos, parecen ser razones de peso.
C o n todo, n o deja de ser ésta u n a m a n e r a s u p e r f i c i a l de ver
las p u b l i c a c i o n e s periódicas. Es cierto q u e A l z a t e q u i e r e ex-
presamente q u e la n u e v a educación tenga esas finalidades, p e r o
es i g u a l m e n t e cierto q u e d e b e n darse p o r añadidura de u n
l o g r o más p l e n o , q u e es l a educación d e l h o m b r e en l o q u e tie-
ne de específicamente h u m a n o , l a razón. P a r a él l a c i e n c i a n o
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 381

es u n f i n en sí m i s m o , n i l a u t i l i d a d e l término de l a l a b o r
e d u c a t i v a . P o r su preocupación h u m a n a v a más allá d e l u t i l i -
t a r i s m o y de u n estrecho c i e n t i f i c i s m o . E n m a n e r a a l g u n a
q u i e r e r e v o l u c i o n a r l a c i e n c i a : i n t e n t a , y en p a r t e l o l o g r a ,
r e v o l u c i o n a r a l h o m b r e m i s m o p o n i e n d o e n su i n t e l i g e n c i a
t o d a l a c u l t u r a m o d e r n a . E n esa educación n o aparece e l Es-
tado o e l i n d i v i d u o : solamente los derechos d e l h o m b r e . T a m -
p o c o aparece l a m o r a l . A l z a t e no educa c o n e l f i n de d o t a r a l
h o m b r e de u n a c o n d u c t a recta, n i s i q u i e r a a l a m a n e r a socráti-
ca, m u c h o m e n o s a l a católica. N o educa t a m p o c o p a r a pensar ~
rectamente, c o m o Descartes. E n consecuencia n o le interesa
de m a n e r a d i r e c t a l a v i r t u d , n i las reglas p a r a pensar a dere-
chas. L e p r e o c u p a ante todo c o n f i g u r a r a l h o m b r e cambiándo-
le l a v i d a , e l m u n d o , los hábitos, hacer u n h o m b r e n u e v o , q u e
parece ser l a m a n e r a r a d i c a l de educar.
Q u i e n se h a y a asomado a l g u n a vez a los escritos alza ti anos
sabe q u e e n n i n g u n a parte se e n c u e n t r a d e f i n i d a esta d o c t r i n a ,
p e r o t a m b i é n sabe q u e el p e n s a m i e n t o expresado en ocasión
de temas casuales y de m e r a c i r c u n s t a n c i a , q u e le sirven de
e n v o l t u r a , es éste. L a s consecuencias parecen ser graves. S i l a
e d u c a c i ó n d e l h o m b r e entraña l a constitución de u n n u e v o
espíritu, l a e d u c a c i ó n de los habitantes de l a N u e v a España
s u p o n e l a constitución de u n n u e v o h o m b r e a m e r i c a n o y m e x i -
cano. P e r o , además, l a consecuencia i n m e d i a t a de l a n u e v a
e d u c a c i ó n es l a rehabilitación de las i n t e l i g e n c i a s , con l o q u e
los a m e r i c a n o s q u e d a n en p o s i b i l i d a d de l i b r a r s e p o r sí mismos
del p r o p i o pasado y de c o n s t r u i r a l m i s m o t i e m p o , t a m b i é n p o r
sí m i s m o s , u n n u e v o m u n d o . N a d a tiene de e x t r a ñ a o de ilógi-
ca l a c o n v i c c i ó n a l z a t i a n a de q u e l a razón h a empezado a
c o n s t r u i r e n M é x i c o o t r o m u n d o , u n m u n d o n u e v o con nuevos
h o m b r e s , c o n nuevas inteligencias, de l a m i s m a m a n e r a que h a
c o n s t r u i d o , p o r lo menos desde fines de l a E d a d M e d i a , e l
m u n d o m o d e r n o en l a parte c u l t a de E u r o p a . Este m u n d o c o n
características distintas" a l a n t e r i o r , según se h a visto, todavía
no es, p e r o será necesariamente: n a d a p u e d e oponerse a l t r i u n -
fo de l a e d u c a c i ó n i l u s t r a d a , n a d a p u e d e oponerse a las luces
de l a razón. L a decisión de a p r e s u r a r el a d v e n i m i e n t o d e l
n u e v o m u n d o e x p l i c a l a m a n e r a c o m o A l z a t e l l e v a a cabo l a
t a r e a e d u c a t i v a . P o r eso es i n q u i e t o , r e f o r m a d o r , destructor;
por eso flagela a los enemigos y los zahiere s i n p i e d a d ; p o r eso
3 82 RAFAEL MORENO

escribe artículos y sostiene, s i n o t r a a y u d a que su e x h a u s t o


p e c u l i o , sus p u b l i c a c i o n e s periódicas.
Y así M é x i c o , que nació como toda A m é r i c a a l c a l o r de l a
utopía, se convierte p o r segunda vez en u n a u t o p í a n u e v a ,
vale decir, e n u n m u n d o que n o existe más que en el pensa-
m i e n t o de unos pocos, p e r o que sirve de refugio real. E l R e -
n a c i m i e n t o concibe l a u t o p í a como u n paso a o t r o m u n d o y
a otra t i e r r a . E l siglo x v n i m e x i c a n o n u n c a pensó s i q u i e r a
h u i r de América- a l c o n t r a r i o los pensadores ilustrados, y entre
ellos especialmente A l z a t e , t i e n e n una c o n c i e n c i a tan clara
de la grandeza d e l N u e v o M u n d o que en las diferentes rei-
v i n d i c a c i o n e s frente a E u r o p a puede ya verse l a convicción
de que en él los valores de la c u l t u r a u n i v e r s a l encontrarán el
l u g a r a p r o p i a d o p a r a realizarse s i n trabas. C o n t r a l o q u e p u -
d i e r a aparecer p o r l o expuesto hasta a a u í A l z a t e n o n i e f a el
pasado n i a f i r m a que n o pertenezca a sus contemporáneas y
a él m i s m o . Sus escritos son u n c o n t i n u o g r i t o de a l a r m a
ante la i n c u r i a a m e r i c a n a que n i defiende su h i s t o r i a n i l a
encauza p o r el c a m i n o de la grandeza. Y n o es aberración
a f i r m a r que las G a c e t a s a b a d a n a s son lecciones de h i s t o r i a en
e l doble sentido de otie n a r r a n los hechos materiales v esoi-
rituales de M é x i c o y de q u e f o r m a n u n c o n c i e n c i a ' h i n ó r i c ,
?

n a c i o n a l a l a m a n e r a de los g a n d e s historiógrafos europeos


M helo de l a erand-va q u e no se considera J u i m u e ^ r i con
i e u i l vippr h penuria e s p i r i t u a l v m a t e r i a l la i n o r a n c i a los
errores °los p r e i u i c Y s l a notas /odas de l a d e c e n c i a inri
tado pór el c o n o c i m i e n t o de estos des aspectos de h h i s t o r i a
c o l c n f a l so-tien- con enseñanzas oue a b a r o n todas hs* ma
t e r h s que esa h i s t o r i a en cuamo causa o entraña l a decaden
c i a ' v ' i no d»be e x i s t i r ' carece d» u n a n z ó n oue h iustífiaue
d p¿ el m o m e n t o o u e i m p o s i b i l i t a ei a d v e n i m i e n t o de u n
f u t u r o ae R u d e z a m r a M é x i c o F n este sentTdo e b a s a d o
nolsrefonnVb^
es e m u n d o p r o p i o ^ loVm~eíano^"~7ero 7 * ^ 7 ^
táculo para o u e X el t r a m p o T ™ M é j i c o es L n z a
do por o b r a v ZrL d l a razón d n í rada del X l o otro a

m u n d o y a otra ^ c o m i d e r a d a ^
Se trata de l a proyección h a c i a u n m u n d o y una v i d a q u e
todavía n o e x i s t e n : A m é r i c a , M é x i c o m i s m o , sin l u g a r p a r a ser
proyectado a u n f u t u r o q u e n o p u e d e resultar ajeno p o r q u e
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 383

en él m i s m o está el l u g a r d o n d e se realizará. De p a r e c i d a
m a n e r a , el q u e concibe l a utopía y l a l l e v a a cabo no es u n
e u r o p e o y u n a m e r i c a n o europeo, s i n o un m i s m o sujeto, el
a m e r i c a n o y el m e x i c a n o . A m é r i c a , pues, s i n l u g a r , no y a p a r a
u n e x t r a ñ o (como c u a n d o a l i m e n t ó l a u t o p í a renacentista d e l
e u r o p e o ) , p e r o n i p a r a el m i s m o a m e r i c a n o . Si e l a m e r i c a n o
es e l q u e tiene que c o n s t r u i r u n l u e a r c o n el f i n de h u i r de
u n m u n d o a otro, y esto s i n a b a n d o n a r A m é r i c a , l a n u e v a
u t o p í a a m e r i c a n a 'no es el paso de u n a tierra, a otra t i e r r a o
e r a b l m d o n o de u n c o n t i n e n t e e n 'seguimiento de otro, sino e l
paso de l a c o n c i e n c i a t r a d i c i o n a l a l a m o d e r n a de la razón
escolástica a l a d e l siglo de las luces, de l a h i s t o r i a decadente
a u n a h i s t o r i a de "grandeza. A m é r i c a vuelve a ser utopía c o n
el naso a o t r o m u n d o i n t e r n o o r o n el cambio d e v i d a es
piritual.

H a c i e n d o a u n lado l a cuestión d e l alcance teórico de estas


a f i r m a c i o n e s , parece p e r t i n e n t e hacer n o t a r q u e con esto A l z a -
te l o g r a el paso d e f i n i t i v o a o t r o m u n d o o, l o que es i g u a l ,
c o n c i b e la u t o p í a r a d i c a l que es h u i r de sí m i s m o p a r a encon-
trarse a sí m i s m o en los tiempos m o d e r n o s . Y así c o m o la
a p l i c a c i ó n de l a p r i m e r a u t o p í a convirtió a A m é r i c a en el N u e -
v o M u n d o , así el a d v e n i m i e n t o de l a n u e v a razón habrá de
h a c e r de A m é r i c a en general y de M é x i c o en p a r t i c u l a r p u e b l o s
nuevos, e n d o n d e u n " h o m b r e c o n otro t i e m p o i n t e r n o realiza-
rá el l u g a r que no tienen y que les pertenece como p r o p i o .
Si el a m e r i c a n o m i s m o es el encargado de realizar l a utopía
y si n o pasa a o t r a tierra físicamente d i s t i n t a , cabe p r e g u n t a r
por ese algo que se logrará c u a n d o el f u t u r o advenga.
A este"respecto las p u b l i c a c i o n e s periódicas son bastante
explícitas, pues se trata de l a f i n a l i d a d que les dió n a c i m i e n t o .
M é x i c o y A m é r i c a están sin l u g a r p o r q u e n o sólo n o p a r t i c i p a n
de l a h i s t o r i a de los p u e b l o s cultos d e l orbe, sino que están
i m p o s i b i l i t a d o s para hacer p o r sí m i s m o s y e n sí mismos his-
t o r i a u n i v e r s a l . " C o m o M é x i c o n i hace h i s t o r i a u n i v e r s a l n i
c o n t r i b u y e a e l l a , es t i e r r a de utopía. L o m i s m o sucede a l con-
t i n e n t e a m e r i c a n o . L a h i s t o r i a les p r o p o r c i o n a r á el l u g a r , n o
u n l u g a r c u a l q u i e r a , sino u n l u g a r d i g n o en e l consorcio de los
p u e b l o s m o d e r n o s que d i r i g e n "los destinos de l a h u m a n i d a d .
m c o n f o r m i d a d c o n estas ideas, A l z a t e n o pretende c o n f i g u r a r
u n n u e v o m e x i c a n o o u n n u e v o a m e r i c a n o , sino u n n u e v o
384 RAFAEL MORENO

h o m b r e m e x i c a n o y a m e r i c a n o . D i c h o de o t r o m o d o , la reali-
zación de la u t o p í a no es l a tarea de un i n d i v i d u o , n i s i q u i e r a
ele u n a n a c i ó n o de un c o n t i n e n t e . Es u n a tarea d e l h o m b r e , al
c u a l acontece ser m e x i c a n o , a m e r i c a n o , español, francés o in-
glés. D e este m o d o A m é r i c a , que nació a l c a l o r de la utopía
renacentista, consciente ya de su existencia v su v a l o r , a l i m e n t a
la u t o p í a h u m a n a . Y n o se crea que A l z a t e c o n c i b e l a realiza-
ción de l a utonía c o m o la perfección límite o a r a e l desarrollo
del h o m b r e . N a d a más e x t r a ñ o a su p e n s a m i e n t o que
a, .A-inérlca. com o un. lusrar t r a n q u i l o d o n d e estén abolido" los
oasos a otros hipares P i r a él el i m e r i r a n o v el h o m b r e a
Leas t i e n e n p o r n o t a esencial ser utópicos p o r q u e l a c u l t u r a
« u e los hace posibles está f u n d a d a en la razón v ésta se r i - e p o r
i í progreso Sabe p o r a m a r g a e x p e r i e n c i a q u e la razón de
las esencias'es l a que realiza la u t o p í a y acaba c o n e l l a pero
n o l a razón m o d e r n a p a r a l a c u a l l a v e r d a d n u n c a estará hecha
v siemnrp se irá h a c i e n d o Así desde la secunda m i t a d del si
elo xv , A m é r i c a es c o n c e b i d a c o m o u t o p f a c o m o u n a tierra
c u v o l u g a r está e n e l f u t u r o P o r eso l a u t o p í a a m e r i c a n a
a l i m e n t a la u t o p í a d e l h o m b r e .

E s t a p e c u l i a r i d e a de la educación, q u e d i f e r e n c i a a A l z a t e
de otros pensadores ilustrados ( B a r t o l a c h e , p o r ejemplo), mues-
tra c o n c l a r i d a d las i n f l u e n c i a s p r i n c i p a l e s de su pensamien-
to: la m o d e r n i d a d s e n t i d a a través d e l c r i s t i a n i s m o , y a u n a
través de la escolástica, c o m o resultado de l o c u a l la educación
tiene p o r objeto l o h u m a n o en general, sea que se encuentre
e n e l i n d i v i d u o , e n la sociedad, e n la nación, e n e l c o n t i n e n t e
o e n e l m u n d o . S u objeto es, pues, e l h o m b r e , y a l m i s m o
t i e m p o el h o m b r e c o n p r o b l e m a s y necesidades definidas. E l
s e n t i d o h u m a n o a d q u i e r e m a y o r r e l e v a n c i a c u a n d o se cae en
la c u e n t a de que l a u t o p í a es n o sólo e l t é r m i n o lógico de las
ideas educativas, s i n o q u e e l l a m i s m a es educación. E n efecto,
es de la esencia de la u t o p í a dejar de ser t a l p o r la realización
en un l u g a r concreto, cosa que sólo p o d í a ser posible m e d i a n d o
la existencia de un h o m b r e , de u n espíritu v de u n a c u l t u r a en
d o n d e se l l e v e a cabo.
E d u c a c i ó n y u t o p í a se i m p l i c a n m u t u a m e n t e . L a educa-
ción es la q u e desplaza a o t r o m u n d o , y la u t o p í a es e l c o m p e n -
dio de la tarea e d u c a t i v a . U n a y o t r a son e l s í m b o l o de l a
c u l t u r a m o d e r n a y al m i s m o t i e m p o el i n i c i o de u n a m a y o r
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 385

p a r t i c i p a c i ó n de M é x i c o e n l a h i s t o r i a u n i v e r s a l . A u n a dis-
t a n c i a de siglo y m e d i o , se sabe q u e l a u t o p í a ha dejado de
realizarse e n más de u n a ocasión; p e r o A l z a t e , i l u s t r a d o y p o r
eso creyente p e r t i n a z de los frutos de l a razón, estuvo siempre
c o n v e n c i d o d e l a d v e n i m i e n t o i n m i n e n t e de u n nuevo m u n d o
p a r a M é x i c o , mejor, de u n M é x i c o n u e v o q u e ya presentía, y
c u y o p r i n c i p i o feliz le tocó p a l p a r c u a n d o se d a b a c u e n t a de
q u e las luces e m p e z a b a n a r e n d i r frutos y de que los ameri-
canos n o estaban tan dejados de l a m a n o de D i o s , c o m o fal-
samente s u p o n í a n algunos historiadores europeos. L e d i e r o n
la razón todos aquellos, enemigos o seguidores, que entendie-
r o n e l sentido de su o b r a . P e r o si l a educación m o d e r n a n o
era ajena p a r a los lectores de los D i a r i o s y las G a c e t a s , l a uto-
pía h u m a n a , a l a q u e A l z a t e d e d i c ó sus esfuerzos, estaba e n
vías de realización. D e ser cierto esto, M é x i c o justificó desde
el siglo XVIII su existencia ante l a h i s t o r i a u n i v e r s a l y t u v o
desde ese t i e m p o u n a h i s t o r i a p r o p i a capaz de ser p a r a n g o n a d a
con l a de los pueblos q u e d i r i g í a n l a h u m a n i d a d . Y p a r a l e l a -
m e n t e , A m é r i c a contó c o n u n l u g a r p r o p i o a l c o n t r i b u i r el
a m e r i c a n o a a l i m e n t a r l a u t o p í a q u e parece esencial a l h o m b r e .

Teoría d e salvación—Que l a r e f o r m a y l a tarea e d u c a t i v a


n o sea en A l z a t e algo s u p e r f i c i a l , es evidente. Pero t a m p o c o
obedece a u n c a p r i c h o o depende de l a v o l u n t a d de su a u t o r .
D a d a l a c o n c i e n c i a histórica q u e tiene de M é x i c o , A m é r i c a
y E u r o p a , l a e d u c a c i ó n u n i v e r s a l es necesaria. E n efecto, en
todos los escritos se e n c u e n t r a u n a convicción i n a l t e r a b l e según
la c u a l l a razón a n t i g u a y el h o m b r e s a l i d o de e l l a n o sólo
son inútiles, sino q u e i m p o s i b i l i t a n de raíz l a vinculación de
M é x i c o c o n el resto de los p u e b l o s cultos. Y , p a r a l e l a m e n t e ,
sostienen q u e el pasado c o l o n i a l , así c o m o e l p o r v e n i r de M é x i -
co e n l a h i s t o r i a u n i v e r s a l , están ligados a l a aceptación o
rechazo de u n n u e v o m u n d o p a r a los'integrantes de l a nación,
el m u n d o de l a razón y de l a c i e n c i a , el m u n d o de l a moder-
n i d a d . E l tema insistente de l a decadencia tiene por correlati-
vo el tema, insistente t a m b i é n , de l a salvación. E l m e n o s p r e c i o
con q u e veían a l N u e v o M u n d o los europeos (sin e x c l u i r a los
españoles) fué u n acicate p a r a c o n c e b i r l a realización de su
o b r a c o m o u n a tarea i n a p l a z a b l e . D e esta m a n e r a p a r a Alza¬
te, y más tarde p a r a los liberales, l a educación resume los
386 RAFAEL MORENO

p r o b l e m a s nacionales y es e l l a m i s m a e l p r i m e r p r o b l e m a
nacional.
E l c o m p r o m i s o de l l e v a r sobre sus h o m b r o s u n a tarea salva-
d o r a de tales m a g n i t u d e s h i z o de A l z a t e e l pensador i l u s t r a d o
m á s i n q u i e t o , el p r e d i c a d o r de vicios y verdades más atrevido
y audaz d e l siglo x v m , y de su o b r a (el D i a r i o L i t e r a r i o en
1768, los A s u n t o s V a r i o s e n 1772, las O b s e r v a c i o n e s V a r i a s
en 1778 y l a G a c e t a d e L i t e r a t u r a de 1788 a 1795) u n g r a n
s e r m o n a r i o laico, cuyo tema consciente, expreso, i n a c a b a b l e ,
es l a grandeza n a c i o n a l y el e x a m e n atento de las causas y
r e m e d i o s de la decadencia d e l h o m b r e e n A m é r i c a y especial-
m e n t e en " l a n a c i ó n " . Ésta es l a u n i d a d q u e algunos n o
a l c a n z a n a ver en las noticias más variadas y las materias más
heterogéneas que i n t e g r a n los periódicos. Y desde este p u n t o
de vista se conoce el sentido q u e g u a r d a n en relación c o n la
c u l t u r a u n i v e r s a l y l a q u e podría l l a m a r s e m e x i c a n a . L a re-
f o r m a y l a conformación de u n n u e v o m u n d o y de otro h o m -
b r e n o son accidentes en la o b r a a l z a t i a n a , y tampoco lo es l a
consecuente ilustración en todo género de materias.
E n A l z a t e , más q u e en n i n g ú n o t r o a u t o r de las postrimerías
de l a c o l o n i a , existe u n a estrecha c o r r e s p o n d e n c i a entre v i d a
y p e n s a m i e n t o , entre l a f o r m a de expresar las ideas y la reali-
dad. U n a salvación u n i v e r s a l sólo era p o s i b l e c o n u n a educa-
ción, t a m b i é n u n i v e r s a l , de todos ios mexicanos, d e l ignorante
y el sabio, d e l a g r i c u l t o r y el obrero, de grandes y chicos, de
h o m b r e s y mujeres. P o r eso concibió, a l a m a n e r a de los tiem-
pos i l u s t r a d o s , ' u n o s diarios enciclopédicos que revolucionarían
el p e n s a m i e n t o , las tradiciones, las costumbres, l a v i d a m e x i -
c a n a entera. Consciente de estas verdades, pone sus recursos,
su i n g e n i o , su t r a n q u i l i d a d y hasta su s a l u d a l servicio de la
tarea de salvación. ¿Quién como él se desprende de sí m i s m o
en el siglo x v m p a r a hacer q u e los demás se e n c u e n t r e n a sí
m i s m o s p o r l a educación? C i e r t a m e n t e Ignacio B a r t o l a c h e l o
i g u a l a , y a u n l o sobrepasa en l a concepción teórica de l a mo-
d e r n i d a d , pero n a d i e escribe t a n h u m a n a m e n t e , n a d i e pone en
sus obras o en su v i d a l a pasión y l a e m o c i ó n con q u e A l z a t e
tapa los resquicios de l a d e c a d e n c i a y construye las bases de l a
grandeza nacional.
" • - C u a n d o - l o s t r a d i c i o n a l i s t a s d e s p e r t a r o n dé su letargo de-
b i d o a l a crítica d e m o l e d o r a d e l siglo de las luces, acusaron
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 387

a A l z a t e de a b a n d o n a r las venerables verdades d e l pasado, de


sostener proposiciones peligrosas p a r a l a religión y "ofensivas
y p o c o decorosas a l a ley y a l a n a c i ó n " . A l z a t e , a l i g u a l q u e
los otros pensadores ilustrados, también fué acusado de "ex-
t r a n j e r i s m o " . Parecía i n c o n c e b i b l e a los ciegos amigos d e l
P e r í p a t o que se procurase l a salvación p a t r i a negando l a t r a d i -
ción e i m p o r t a n d o las d o c t r i n a s extrañas de la E u r o p a i l u m i -
n a d a con las luces d e l siglo. N u n c a da u n a respuesta concreta
a esta objeción insistentemente f o r m u l a d a . Su o b r a entera,
h e n c h i d a de p a t r i o t i s m o , es el m e j o r a r g u m e n t o c o n t r a l a
c u l t u r a cerrada y l a idea estrecha de l a p a t r i a que p r i v a b a n a
los m e x i c a n o s de l a c o m u n i d a d de las naciones cultas, j u s t i f i -
c a n d o con e l l o el título de " b á r b a r o s " .
Precisamente l a rebeldía c o n t r a l a exclusión de A m é r i c a
de l a historia u n i v e r s a l , i n c e n t i v o c o m ú n a los hombres mo-
d e r n o s d e l siglo m e x i c a n o de las luces, h i z o que A l z a t e abriese
las fronteras de l a c o n c i e n c i a p a t r i a a los métodos científicos
y a l a razón de l a c u l t u r a m o d e r n a de O c c i d e n t e . P o r todo
esto l a r e f o r m a e d u c a t i v a de A l z a t e significó de hecho l a se-
g u n d a modernización y occidentalización de M é x i c o y, en
c u a n t o hay preocupaciones americanas en su pensamiento,
de América. A l c o n t r a r i o de l o q u e sucedía con los defenso-
res de la educación a n t i g u a , l a m o d e r n i d a d no era p r o b l e -
mática, n i necesitaba j u s t i f i c a r su aplicación a las mentes y a
los p r o b l e m a s americanos. Así c o m o la importación de' l a
c u l t u r a renacentista q u e d ó j u s t i f i c a d a frente a los p r o b l e m a s
o r i g i n a d o s p o r el d e s c u b r i m i e n t o , l a c o n q u i s t a y la c o l o n i z a -
ción, así esta segunda i m p o r t a c i ó n de c u l t u r a e u r o p e a se
j u s t i f i c a b a ella m i s m a y tenía en sí m i s m a el porqué de su a p l i -
cación más allá de los límites en q u e había nacido. P e r o ' n o
p u e d e seguirse h a b l a n d o de q u e l a educación nueva i m p l i q u e
una "occidentalización", u n a "europeización", u n a " i m i t a -
c i ó n " de la c u l t u r a m o d e r n a .
A l z a t e es u n o de los m á x i m o s representantes en M é x i c o
de l a filosofía de l a ilustración, en la q u e c u l m i n ó el m o v i -
m i e n t o h a c i a l a u n i v e r s a l i d a d d e l saber y h a c i a el r e i n a d o de
l a razón u n i v e r s a l . C o m o b u e n i l u s t r a d o , n o podía c o n c e b i r
q u e la c u l t u r a h u b i e r a sido entregada en p a t r i m o n i o a l inglés,
al francés o a! i t a l i a n o , n i p o d í a aceptar t a m p o c o q u e l a única
c u l t u r a europea v á l i d a p a r a M é x i c o fuera l a d e l siglo x v i .
388 RAFAEL MORENO

P a r a él l a c i e n c i a y l a razón son p r o p i e d a d d e l h o m b r e y
desconocen barreras nacionales. Sus obras enseñan con insis-
t e n c i a q u e l a c u l t u r a m o d e r n a n o es e u r o p e a , sino h u m a n a .
Y así, m i e n t r a s puede sostenerse c o n é x i t o q u e l a o b r a de
A l z a t e es u n tratado de c ó m o salvar a l h o m b r e s i n l i m i t a c i o n e s
n a c i o n a l e s y a u n continentales, n o pasa i g u a l c o n el falso pro-
b l e m a de l a "occidentalización", pues p o r n i n g ú n lado se en-
c u e n t r a n preocupaciones m o t i v a d a s p o r l a ascendencia e u r o p e a
de l a m o d e r n i d a d . D e b i d o a esta c o n v i c c i ó n o r i u n d a d e l pen-
s a m i e n t o i l u s t r a d o , l a m o d e r n i z a c i ó n es desplazada de las ur-
gencias mexicanas y americanas a u n p l a n o h u m a n o , tal c o m o
acontecía c o n las inteligencias conductoras de las luces en F r a n -
cia e I n g l a t e r r a . Sería falso d e c i r q u e los pensadores d e l siglo
o l v i d a n sus respectivos países, pues c o n t i n u a m e n t e están a p l i -
c a n d o l a c i e n c i a a los p r o b l e m a s patrios, pero i n h e r e n t e a su
m a n e r a de entender estas ideas está su insistencia en l a n a t u r a -
leza u n i v e r s a l de sus a m b i c i o n e s . C a d a u n o era u n h a b i t a n t e
del m u n d o de l a razón o, según l a frase feliz acuñada p o r el
v e n e r a b l e Feijóo, que tanto gustaba de r e p e t i r A l z a t e , u n
c i u d a d a n o de l a r e p ú b l i c a l i b r e de las letras. Consecuente-
m e n t e , e l a u t o r de las G a c e t a s m u e s t r a s i n complejos q u e el
a m e r i c a n o p a r t i c i p a de l a m i s m a n a t u r a l e z a q u e e l europeo,
y q u e tiene l a m i s m a c a p a c i d a d p a r a a s i m i l a r y hacer c u l t u r a
moderna.
T a l e s son las actitudes espontáneas, p r i m a r i a s , con que los
periódicos alzatianos b u s c a n r e m e d i o a l a decadencia ameri-
cana. N o debe extrañar, pues, q u e se d e f i e n d a el acceso de
A m é r i c a a l a m o d e r n i d a d c o m o u n derecho ingénito, n o sólo
por h a b e r n a c i d o l i g a d a u m b i l i c a l m e n t e a l saber o c c i d e n t a l ,
s i n o p o r ser l a c u l t u r a m o d e r n a u n a n o t a esencial d e l h o m -
bre. P a r a A l z a t e esta condición h u m a n a es i n c o n t r o v e r t i b l e : n i
el a m e r i c a n o podía rechazarla a u n q u e q u i s i e r a , n i el europeo
p o d í a negársela. Desde este p u n t o de v i s t a l a modernización
de M é x i c o y de A m é r i c a n o ' t i e n e o t r o sentido q u e el de u n
g r a n d i o s o esfuerzo p o r c o l o c a r a l m e x i c a n o y a l a m e r i c a n o
en el p l a n o u n i v e r s a l , r e i v i n d i c a n d o p a r a u n o y otro los de-
rechos h u m a n o s amenazados p o r l a decadencia. Y l a educación
aparece c o m o u n a tarea i n a p l a z a b l e , necesaria, c o n dos f i n a l i -
dades b i e n d e t e r m i n a d a s : h u m a n i z a r a los mexicanos hacién-
dolos gozar, m e d i a n t e l a m o d e r n i z a c i ó n , de su p a t r i m o n i o de
ALZATE, EDUCADOR ILUSTRADO 389

h o m b r e s , y c o r r e g i r e l resultado defectuoso de l a p r i m e r a a p l i -
c a c i ó n de l a cu i t u r a europea, t o m a n d o providencias, a l m i s m o
t i e m p o , p a r a e v i t a r desviaciones en el f u t u r o .
Es difícil e n c o n t r a r e n el siglo x v m otro e d u c a d o r - — t a l vez
solamente B a r t o l a c h e , y en ciertos aspectos G a m a r r a — q u e
l u c h e p o r l a salvación d e l m e x i c a n o m e d i a n t e l a salvación de
t o d o l o q u e h a b í a de h o m b r e e n él. C i e r t a m e n t e n a d i e v i ó
con i g u a l c l a r i d a d q u e el p r o b l e m a consistía de u n a m a n e r a
f u n d a m e n t a l e n l a salvación d e l h o m b r e y n o d e l m e x i c a n o ,
c o m o tampoco- nadie- v i v i ó la- convicción de q u e e l m e x i c a -
no se salvaría c o m o h o m b r e c u a n d o se m o d e r n i z a r a . A s í , pues,
A l z a t e c o n t r i b u y ó más q u e n i n g ú n otro a l a existencia de
M é x i c o c o m o p u e b l o m o d e r n o , c o m o p u e b l o q u e hacía histo-
r i a u n i v e r s a l e n c u m p l i m i e n t o de sus derechos.

A ESTAS ALTURAS Y A ES c o m p r e n s i b l e cómo en el p e n s a m i e n t o


de A l z a t e l a occidentalización o l a modernización s i g n i f i c a
el e n c u e n t r o d e l m e x i c a n o p o r e l m e x i c a n o m i s m o y p o r l o
t a n t o el r e m e d i o d e f i n i t i v o de l a decadencia. L a salvación de
lo h u m a n o de los americanos h i z o posible, n o sólo l a a p l i c a -
ción válida de u n a c u l t u r a q u e parecía extraña, sino t a m b i é n
u n a c o n t i n u a m e d i t a c i ó n sobre M é x i c o , su c u l t u r a y sus p r o -
blemas. L a educación en las verdades europeas se revierte
sobre M é x i c o creando u n a c o n c i e n c i a n a c i o n a l . H u e l g a d e c i r
q u e A l z a t e es e d u c a d o r en el sentido p r o f u n d o y h u m a n í s t i c o
de l a p a l a b r a . P o r razones obvias n o se considera a q u í el
alcance y l a a c t u a l i d a d de su i d e a r i o educativo, pero es e v i d e n -
te q u e en este aspecto sufre decorosamente l a c o m p a r a c i ó n c o n
los m á x i m o s pensadores de l a E u r o p a i l u s t r a d a y c o n los más
grandes educadores de H i s p a n o a m é r i c a , Fernández de L i z a r d i ,
M o n t a l v o , S a r m i e n t o , R o d ó , M a r t í , Sierra, Caso. Y aún debe
añadirse q u e si A l z a t e es u n escritor representativo d e l pensa-
m i e n t o m e x i c a n o , esto se debe a q u e sobre otras cualidades es
educador, y p o r eso creador de c o n c i e n c i a n a c i o n a l , g u í a y
c o n d u c t o r d e l h o m b r e , f u n d a d o r de u n p u e b l o n u e v o .

También podría gustarte