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Tratamento Térmico das Ligas Metalicas I LIGAS FERRO-CARBON! |. Intvodugdo. Defin ntre as ligas metélicas, as ligas fereo-carbono (0 as mais importantes, porque sfio as mais utilizadas, quer nas condigdes naturai quer quando submetidas a tratamentos térmicos. Essas operagdes de tratamento tér- ico vém sendo aplicadas hi séculos, ainda que, no inicio, de mode empfrico. Os agos sio ainda as ligas metilicas que mais se prestam As operagdes de fratamento térmico, porque sua estrutura, durante: essas operacées, pode sofrer pro- fundas modificagiies, acarretando, em conseqiiéncia, propriedades de alto significa- do para suas aplicagGes na indtistria e na engenharia em geral. Os ferros fundidos, outro grupo importante de ligas ferro-carbono, reagem igualmente de modo positive aos diversos tratamentos térmicos e tais operagdes esto cada vez mais conuns nessas ligas. O clementa basico da liga Fe-C 6 0 carbono, em (cores qus ¥ até 6.67%, porcentagem exata que corresporide aw composto Fe am de 0,008% Em fungiio do (cor de carbono, na pritica as li faixas aproximadas de: ADOS ce cee ner =. + 0,05% até 1,50% de Ce tite eran 2,509 até 400% de C © estudo das transformagées estruturais que ocorrem nessas ligas, em condigdes diferentes de velocidade de resfriamento, depois de solidificadas, consti- tui a primeira parte desta obra. is mais comuns situam-se nas ferros fundidos .... 2. Alotropia do ferro — O feo é um elemento cuja forma ou reticulade crista- lino € caibico. Caracteriza-se esse clemento pelo fato de apresentar 0 fenémeno de alotropia ou polimorfismo, ou seja a capacidade de possuir diferemtes formas cristali- nas cibicas, como a Figura I mostra: FORMA DCLTA FORMA GAMA FORMA ALFA Fig. 1 - Reliculades cristalines do ferro Tratamento Térmice das Ligas Metalicas. Sao elas: ferro ctibico centrado ¢ ferro cibico de face centrada. Ao ferro eubi- co centrado — com dtomos de ferro em cada vértice do cubo ¢ um dtomo no seu cen- tro — correspondem as formas alotrépicas chamadas "delta" e "alfa". Ao ferro cibico de face entrada — com dtomos de ferro nos vértices ¢ nos centros das faces do cubo ~ corresponde a forma alotrépica chamada "gama", Nessa tiltima forma o centro do cubo estd livre. A forma delta aparece no momento que o ferro solidifica © permanece até a temperatura de | 394°C, Nesse instante, em conseqiiéncia de forgas atémicas, ocorre uma redisposigio dos diomas no reticulado cibico que. passa ’ forma alotrépica gama, a qual permanece até a temperatura de 912 °C. Nessa temperatura, verifica-se nova redistribuigio dos dtomos de ferro no retieulado eibico, que volta a apresentar a forma ctibica centrada, correspondeme agora forma alotrépica alfa, a qual persiste até a temperatura ambiente. As transformagées alotrépicas provecam mudangas de energia, quer durante ‘9 resfriamento, quer durante o aquecimento do ferro, como alids ocorre na su dificagao ou na sua fusio. a soli- cs fenOmenos produzem descomtinuidades nas curvas de restriamento ¢ de aquecimento, as quais sfio apresentadas grafieamente por "paradas”, a uma tempe ratura Constante, enquanto acontece a transformagiio, conforme est indicado na Figura 2, Cada "parada” € represemtada pela letra "a" (do francés arvet). No restria- mento, a letra “A” & acompanhada do indice "r” (do francés refroidissement) ¢ no aquecimento pelo indice “ce” (do francés chauffage) Fors Estiementa Aguecimento, Liquis Liga Solisficarte Fuse ae agestiend (nee Few / Teroo Fig. 2— Traretomapéos ioképcas 0 10 10 ‘Tratamento Térmico das Ligas Metdlicas. A710 °C verifica-se igualmente uma parada que antes se considerava cor- responder a uma outra transformagio alotrépica do reticulado cubico, resultando numa forma a que se tinha atribu/do a designagiio ‘beta’. Posteriormente, verificou- Se que a essa temperatura correspondia um comportamento magnética do ferro, ou seja a 770 °C esse metal comega a comportar-se ferromagneticamente. 0 ponto equivalente a 770 °C é chamado "ponte Curie”. Uma propriedade importante da forma alotrépica gama do ferro é que ela pode manter em solueao quantidades aprecidveis de carbono; ao contrério a forma alfa s6 dissolve quantidades insignificantes de Qs fenémenos deseritos sio fundamentais, pois determinam importantes transformagées de fases durante as etapas de aquecimento ¢ resfriamento nos trata- mentos térmicos das ligas Fe-C, transformagies essas que so responsaveis pelas propricdades finais alcangadas nessas operacées. 3. Diagrama de equilibrie ferro-carbono — Para 0 estudo do compartamento das ligas metdlicas durante o resfriamento a partir do estado ligiiido, langa-se mio. como se sabe dos diagramas de equilibrio. O diagrama de equilibrio da liga Fe-C esta representado na Figura 3. Grete = = ; s iNeeaee ex [Barri | Creed] 7 ‘% Carbono Fig, 3 — Diagrama de equil brie ferre-rarbone 11 SS asm Tratamento Térmico das Ligas Metélicas |A figura mostra 0 diagrama completo, abrangendo 0 grupe dos ages — de 0,008% de © a 2,11% de Ce — 0 grupo dos ferros fundidos ~ de 2.119% a 6.67% de C. Besa ultima porcentagem corresponde ao carboneto de: ferro FeyC, denominado “cementita". Na regitio compreendida entre as linhas As, Aim € Solids esti presente 0 ferro gama, que mantém em solucao 0 carbono, até o maximo de 2,114 i tempersttTs de 1 148 °C. Essa solugio silida corresponde a0 constituinte chamado “austenita" Uma observacée importante pode desde jé ser feita: a presenga de carbone amplia a faixa de temperaturas em que 0 ferro gama esté presente. © ponto C no diagrama, com 4,30% de C efi temperatura de 1 148 °C , cor responde 20 ponto "eutético”. As ligas que obedecem a esse teor-de carbone sie os "ferros fundides cutético: Na parte superior do diagrama, nota-se uma regio, de pequena importincia em que esti presente a forma alotrépica delta do ferro. pritica ‘As ronas mais importantes do diagrama de equilibrio Fe-C stio a austeniticac as chamadas "'zonas criticas", localizadas entre as “linhas de transformagio” Ay, As © A... Nessas tiltimas ocorrem as transformagies da austenita no resfriamento © 2 reposigao da austenita no aquecimento. 3.1, Transformagaes na faixa dos acos — Na faixa correspondente aos gos = entre 0.008% ¢ 2,114 de C — no resfriamento lento, a austenita se transforma aus Jatinamente dentro da zona critica (entre as linhas A, © As) em "ferrita" e "pertita” no caso dos agus hipoeutetéides (de 0.008% a 0.774 de C), ou apenas ex “perlita” (ages cutetides, com 0.77% de C) ou ém “cementita” e "perlila” (agos hipereutetdides = 0.77% a 2.11% de C). Uma vez formados, esses constituintes permanecem. da Tinh inferior de transformagiio Aj, até a temperatura ambiente. [As transformagies se repetem em sentido oposto, ag aquecer 0 ago. No caso do ferro puro, ocorre somente a transformagio do ferro gama em ferro alfa ou ferrita, ‘A.quantidade dos constituinies que esto presentes nos varios tipos de agos pode ser estimada pela aplicagao da conhecida regra da alavanca, Por exemplo, para, um aco hipocutetside com 0,50% de C, tem 4% de fervita = 100, 0.77 = 0.50 = 35% & 077-0 % de perlita = 100, 0.50 — 077-0 05% 12 Tratamento Térmico das Ligas Metilicas No caso do ago cutetdide, ou seja a composigio cstrutural da perlita é = seguinte: % de ferrita = 100, 6.67 —0,77 = 88.5% & 6,67 -0 % de cementita = 100. 0,77 —0 = 11,5% 6,67 —0 Para um ago hipereutetéide com 1,25% de carbone, tem-se: % de cementita = 100. 1.25—0.77 =8,1% ¢ 6,67 = 0,77 %e de perlita = 100, 6,67 — 1.25 = 91.9% 6,670.77 A cementita no apresenta reticulado cubic como os dos ferros gama a alfa. Seu reticulado € ortorrémbico, com 12 tomes de ferro ¢ 4 étomos de curbono loca- Tizados nos intersticios dos étomos de ferro”), ‘As propricdades dos constituintes normais (ou seja, obtidos em condigtes de resfriamento lento) esto indicadas na Tabela 1, de acordo com Saveur(). A fetrita € muito dictil, mole ¢ com resisténcia relativamente baixa. A cementita ¢ muito dura, por isso muito frdgil ¢ sua resisténcia mecdnica é extremamente baixa, exatamente devido sua fragilidade, © que torna inclusive pro- blematica a sua determinagiio, TABELAN? Propriedades mecinicas dos microconstituintes dos ac05 Limite de resisténcia a tragdo Alongamento em 2” Dureza Constituinte = woe kgtimm? MPa Festa 35 340 coma de 40 30 Porita a5, 830 cerca de 10 280-300 Cementita a 30 a 650 =} A perlita apresenta, na média, as melhores propriedades, embora nela estejam Presentes 11,5% de cemeatita, Contuda, a combinacao dos dois constituintes da perlita — ferrita e cementita ~alterao comportamento da perlita sob 0 ponto de vista da resistén- 13 Tratemento Térmico das Ligas Metélicas cia mecdinica, a qual, 20 contnirio do que se poderia esperar, aumenta desde que a quan- tidade de cementita nao ultrapasse a poreentagem mais ou menos correspondent & do eutetdide. Se isso acontecer, a resisténcia jé € afetacla, como alids, podle ser verificado pelo exame da Tabela 20) que mostra a variaco das propriedades dos agos em fungio do teor de carbone (portanto, com a quantidade de cementita) e da Figura 44 que con- stitui uma representagao gréfica aproximada dos dados contidos na Tabela 2. As Figuras 5, 6, 7 ¢ 8 mostram aspectos microgrificos dos constituintes dos agos. TABELANF2 Propricdades mectnicas @ a¢os esfriados lentamente, em lunge de teor de carbone imine | Lint do eatténca erbono| _reearente see Mongometo | eeu | Oureza * me Se ‘Brinell kigimm? | apa | kigimm? | MPa oo | as | ws | os | 26 @ a) ozo | aso | oo | ans | ats @ eo | us ao | aio | oe | as | sts » we) ous aso | 350 | a0 | oxo | 00 2 2 | 1 aso | as | oss | cos | 7s 5 a | 2 10 | 3s | as | zs | 7s 2 a | is vo | a0 | aso | ons | 75 24 a» | 2 vo | aso | oo | cos | ons 9 a | as eumnza mee Fig. 4— Regresantacio grétics ds infiuéneis da teor do carbone sobre a: prapriesiades mecsniess dex spor Tratamento Témico das Ligas Metélicas Fig. n°'5 = Aspecto microgrifico da perlita: aro autetdida, Ataque com restive de ni- tal, Amplingso: 1000 vezes. Estrutura lamelar, as linhas escures correspondendo 8 cn- mentita © as claras a ferrita, a qual, na realidede, 6 uma fase continua no fundo. A constituico lamelar 56 # visivel com grandes aumentos; com aumentes da ordem da 100 au 200 vezes, a porlita ¢ evidenciada por uma érea escura, Fig. 6 - Aspecto micragrdtico de apa hipoautetsice. ‘erpliag 0: 200 vozes. As dreas brancas so de toma 0 as excuras de perita. 9. Ataqus Com reativa de nital, Tratamente Térmico das Ligas Metdlicas Fig. 7 = Aspecto microgrdtien da ago hipGoutotide com cerca de 0,3% de earbano. Abique: reativo da nits. Armplig:Sa: 200-vozes, Fig. # — Aspocto microgeiico de apo hipareuteltige. Alaa: reatvo oe picral. Amplin¢do: 200 veres. A cement esti disposia em lone das gris de feria. 3.2. Transformapaes na faixe dos ferras fundidos — Se se considerar apenas a liga bindria Fe-C, as ligas correspondentes aos ferros fundidos — 2,11% C a 6,67% C = Possuem pequena importincia pritica, porque os altos teores de carhono originam uma clevada quantidade de cementita, resultando em exeessivas dureza ¢ fragilidade. Sie os chamados “ferros fundides brancos". Os ferros fundidos de grande aplicagio siio aqueles em que se adiciona silicio em proporeses acima das que se encontram normalmente nos agos comuns. So ligas 16 Trataments Térmico das Ligas Matalicas semdrias Fe-C-Si correspondentes aos "ferros fundidos einzentos". Essas ligas serio estudadas mais adiante. No diagrama bindrio de equilibrio (Figura 3), os ferras fundidos, a0 ultrapas- sar a linha solidus, aprescntam os constituintes austenita a cementita. © cutético — 4.30% C — é chamado “ledeburita” e €, pois, constituido de austenita ¢ cementita. Os ferros fundidos hipocutéticas — 2,11% C a 4,30% C — serio, pois, consti- tuidos de austenita e ledeburita ¢ os hipereutéticos — 4.30% C a 6,67% C — de lede- “burita ¢ cementita, Ao ultrapassar a linha inferior de transformagao A,, a austenita transforma-se em perlita, de modo que, & temperatura ambiente, esses materiais apresentam a _seguinte constituico estrutural: — ferros fundidos eutéticos — ledeburita (giébulos de perlita sobre um fundo de cementita); — ferros fundides hipoeutéticos —ledeburita e perlita — Ferros fundidos hipereutéticos — longos eristais de cementita sobre um fundo de ledeburita, A presenga de excessiva quantidade de cementita pode originar valores de dureza Brinell superior a 600, 0 que limita a utilizagio desses materiais, como ji foi mencionado. As Figuras 9, 10 ¢ 11 mostram os aspectos microgréficos des materiais cutéti- £0, hipocutético ¢ hipereutético resp. Fig. 9 — Aspecto microgeilico da ledeburita, constiuints presente na ferro fundide banca ‘sutétien: gid uloe Ja perita sebre um fundo de comentia. Ataque: picral. Aumento: 500 ‘vares, Tratamento Térmico das Ligas Metélicas Fg, 10— Aspect lero de fo undo hpoouica, mesando canara de pata, {boas pontisas consizidas do fedeburta algunas reas bronoas consti de i Mnplagl 100 venes Fig. 11 — Aspecto micragréico de ferro fundico bance hiparsutitico, moetanco cxtnis on= "gos de coment sobre um funda de ledeburta, Ataque: ploraL. Aumerit 590 vezes. 4. Efeito do aquecimento ¢ do resfriamente na posigée das linkas de trans- 10 quando se resfria ou se aquece @ ago. A linha A,, mostrada na Figura 3, fa. entre a curva de resfriamento que se localiza ligeiramente abaixo © a curva de aquecimento que se localiza ligeiramente acima, a A Figura 12 ilustra esse fato. As linhas Ay), Ag ¢ Ajo, (do francés refioidisse- ment) correspondem & sua posicao no resfriamento e as linhas Ay, Ag, @ Aga Corres- pondem 4 sua posicao no aquecimento. 18 Tratamento Térmico das Ligas Metalicas c § 8 8 Femperatora, g Fig, 12 ~ Eeito do estiamanio e do.aquecimentonas a 28 fo 4b Cor bono temperaturas.de transtomago 42 ff Contudo, essa diferenca ndo afeta a pritica dos tratamentos térmicos dos agas, quando se objetiva aquecer ¢ resfriar para obter os constituintes normais. 5. Ejeito dos elementos de lige nas zonas austenitica e critica —A influéncia dos elementos de liga no diagrama de equilibrio Fe-C € muito maior que no caso anterior, fato que deve ser cuidadosamente analisade no tratamento térmico dos agos ligados. Qs elementos de liga, ao sercm adicionados a liga Fe-C, assumem tendéncias diversas, como a Tabela 3 mostra: TABELAN® 3 ndiénela da distribulgso dos slemantos de liga nos a¢os eshiados lontamente Combinsdosna tors | Naforma deincksstes | Na forma de composts ‘de carconeton ‘nao metalca invermetaicos SIO, .M,O,, AO AN, 2,02 TAN, wm (race) ins, Mn0.510, Gr (roderada) 1,0, Gr (rodoreda} Mo ((rodarada) Vere) V,0y vn, 11 (om) Tio, TAN, Cr- THN No tort} 19 Tratamento Térmico das Ligas Metalicas Verifica-se que alguns dos elementos tendem a dissolver-se na ferrita apenas; ‘outros dissolvem-se tanto na ferrita como formam carbonctos; hd elementos que for- mam inclusées n&o-metilicas ou compostos intermetélicos, Geralmente, todos se dissolvem no ferro gama. De qualquer modo, a princi- pal conseqiiéncia desse comportamento dos elementos de liga é a modificagio das faixas de temperaturas de transformacio. O préprio carbono, como ra a temperatura de passagem da forma alotépica gama a alta, Em consequéneia, surgem novos tipos de diagramas de cquilibrio das ligas Fe-C, como esté ilustrade na Figura 13. RE t f ‘ SN ce = a , i He mal e rE Fe eee PF , a Ab / ha SES = = foot t SS Olen ao) tomted fe an | amr sad Ay [Ee Tpo BT S| Fig. 13 —Deisipes possfvnis — Ae 8 - comas. ‘conespondorins Su-aivieds —te I — ingramas do oquilbsio das igas ce taro Os diagramas superiores A referem-se aos elementos de liga chamados “esta- bilizadores da austenita”. © grupo 1 compreende os elementos de liga que ampliam a faixa de temperatura para austenita estével: resulta rebaixamento de transformacio 20 Tratamento Térmico das Ligas Metdlicas canoe, ° 1 ee ee ce oe PRRRTAGEH OK OMCATO 3G LG Fig. 14—Eleite do alementos de liga sobre 0 teor de cartons ¢-a temperatura do-culetside =} 4LO Tt yum FE E gu jalsy iz | 5 [ote [abe a= a aco = Tae a T = — tare = s Es | — > = Ey fF = vom ——— Za ni | i> 23 ym + KI | I se Te ce | 1 | Beeaees 4 al | esa ava} euuuuowee eNO Eu CAPBONO CARBON. Fig. 15 ~ Ctoitoe cortos elomertos de liga sobre o campo austenitioa 24 Tratamanto Térmico das Ligas Metalicas gama-alfa e elevagiio da temperatura de transformagio gama-delta. Entre esses ele mentos, situam-se o manganés, o niquel ¢ o cobalto. O grupo TI compreende 03 elementos como 6 carbono, o zinco ¢ 0 nitrogénio que tornam estivel 0 diagrama de equilibrio. Os diagramas inferiores B referem-se aos elementos de liga estabilizadores da ferrita, O grupo I compreende os elementos de liga que estreitam a faixa austenitica, até fazé-la praticamente desaparecer. Inclui os elementos silfcio, cromo, molibéénio, fésforo, vanddio, titénio ¢ aluminio. O grupo TI inelui elementos que foram compostos intermetdlicos ou constitu- intes outros que solugées sGlidas de ferro gama c ferro alfa. Exemplos: tantalo, zir- cGnio, boro, enxolre e nidbio. Especificamente, 0 efeito dos elementos de liga sobre o teor de carbono e a temperatura do eutetéide ¢ sobre 0 campo austenitico so mostrados nas Figuras 14 2 150, 6. Liga ternéria Fe-C-Si— Essa liga corresponde aos "ferros fundidos cinzen- ". O silicio possui a propriedade de decompor o carboneto Fe,C que se apresenta em teores aprecidveis nessas ligas. A decomposicao dé-se segundo a seguinte reagao: Fe,C33Fe +C to e é favorecida por um resfriamento muito lento. ues Meroestivet 15% $e Metoestaeel fee e ¢ & r00 2 100 ast , aM Si 73% 5 Mmerossrével Heraestéret vase a ert ae bee oat tee e v fab i Aas | ool Lleol! Tees . ere * we Fig. 16 Ostgramas de equiltxio moia-esidveis Fo-C-Sipara quate orentos torus de sie 22 Tratamento Térmico das Ligas Metalicas O carbono livre formado se apresenta sob a forma de "grafita", em laminas s que sfio denominadas "veios" ¢ que se distribuem ao longo da cstratura da liga, a qual pode ser ferrita ou perlita ou perlita mais ferrita com, even- ite, alguma cementita nZio decompos © estudo do diagrama terndrio Fe-C-Si é facilitado pelo estude de seegdes diferentes teores de silicio. A Figura 16® mostra, para temperaturas acima de 1000 °C , quatro seegdes teores de silicio de 2.3%, 3.5%, 5.2% ¢ 7.9%. Os seguintes efeitos podem ser notados: — a composigaio do cutético diminui A medida que aumenta o teor de silicio ¢ —a reagio do eutético ocorre num i nto do teor de silicio. ervalo de temperatura que aumenta com Assim, 0 silicio € um elemento que exerce importante influéncia na com- do eutético. Por isso, considerou-se convenient criar-se 0 conceita de "car- mivalente", 0 qual combina a influ€neia dos elementos carbono ¢ silicio sobre igao do eutético, © "carbono equivalente” é representado pela seguinte equagiio: carbono equivalente = %C + 1/3% Si Se 0 carbono equivalente de um ferro fundido, obtido pela equagio acima, 24.3%, a liga é eutética, Se carbono equivalente da liga, em fungio das ens de carbone ¢ silicio, for inferior a 4,3%, a liga é hipocutttica ¢ se for 24,3% a liga € hipereutética. Quando a liga apresenta porcentagens aprecidveis de fésforo (0 que no am nos ferros fundidos), seu carbono cquivalente é representado pela equagio: 2% _Silicio Temperatura, *C % dec ig, 17— Seep vertical do stoma Fe-C-Siauen ‘mor toesaip de 20% dns 23 Tratamento Termico das Ligas Metélicas (C+ 1/3 (%Si+ GP) ‘A Figura 17 representa um diagrama de equilibrio. completo Fe-C-Si, para um teor de silicio constante de 2%. carbono equivalente = Existem dreas, indicadas em hachurado, de més fases; uma dessas fases ¢ a grafita O que se pode concluir do estudo desse diagrama, ao compari-lo com 0 dia- Fig. 18 — Migoasintira do ferro fundida cinzento do tipa hipccultcn, mosrando veics d2 _graita o mais os consthuints pert « toma, Ataque: pleral. Amoact 100 wanes. Fig. 19 ~ Esrutura do foro fungigo cinzento apresentanda grandes weios de giasis: nott-se também a presenga de um euldtico cormplexo rich am tSstom @ algumas InckisSes: a maviz peritica, Ataguer pieral, Aumonte: 100 vazae, 24 atamento Térmico das Ligas Metalicas bindrio Fe-C, € 0 fato de que, se nesse ultimo, acima das linhas de transfor- , ocorre a presenca de ferro gama (austenita) ¢ carboneto de ferro, no diagra- Figura 17, em que a liga possui 2% de silicio, essa regio € caracterizada pela a de austenita ¢ de grafita, originada da decomposigan do carboneto. Desse sob 0 ponto de vista de aquecimento para tratamento térmico, poucas ‘as ocorrerdio em fungio de preset ilicio, desde que as temperaturas de itizagio sejam corretamente eseolhidas, As Figuras [8 e 19 mostram estruturas de ferro fundido cinzento, com os de grafita bem nitidos. 7. Conclusées parciais — O conhevimento do diagr: ite fazer, imediatamente, as seguintes consideragoes —no aquecimento das ligas ferro-carbono, a escolha da temperatura de aque- nto deve levar em conta a necessidade ou niio de produzir transformagées de ama do equilibrio Fe-C ao determinar a temperatura adequada de aquecimento, assim como o tempo E atura, deve-se levar em conta o fato de que quanto mais clevada for a tem- tura ou mais longo o tempo de permanéncia da liga a temperatura, pode ocorrer 1 ento dos gros, o que prejudica a qualidade de produto; — para obtengio, pela transformacao da austenita, dos constituintes normais, é sdrio restriamento lento; qualquer velocidade que rompa as condigdes de equi- io resulta em outras transformagoes e nde as que produzem a ferrita, a perlita ou jentita; —a presenga de elementos de liga altera 6 campo austenitico ¢ a posigdo das ss de transformacao, resultando em novas temperaturas de aquecimento para que ram ou nao trunsformagdes de fas —na faixa do diagrama de equilibrio correspondente aos fcrros fundidos, a resultante tem uma aplicagae prética muito restrita; na verdade, os ferros fund mais empregados so ligas terndrias, em que além da carbono, esté presente 0 oe — nessas condigées, o diagrama de equilibrio binirio Fe-C fica alterado pela enca do silicio ¢ as reagdes que ocorem na solidificagdo ¢ resfriamento levam & omposigio do Fe,C, formando-se carbono livre, na forma de grafita, que modi totalmente 0 compertamento meciinico das ligas corresponde 7 25

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