Alberto

Manguel

Una
liUctot PiniUa Gomez
historia
de la
BiBUQUCA PARTICULAR

lectura
TRADUCCIÖN D E
JOSE LUIS LOPEZ MUNOZ
1 I I i fl

GRUPO EDITORIAL NORMA

B a r c e l o n a B u e n o s A i r e s Caracas
Guatemala L i m a Mexico Panama
Q u i t o S a n Jose S a n J u a n S a n S a l v a d o r
S a n t a Fe d e B o g o t a S a n t i a g o
 Los lectores silenciosos
N E L A N O 3 8 3 , casi m e d i o siglo despues de
que Constantino e l Grande, p r i m e r e m p e r a d o r
E del m u n d o cristiano, fuera bautizado en su
lecho de muerte, u n profesor de retörica l a t i n a
v e i n t i n u e v e anos de e d a d q u e los siglos f u t u r o s cono-
11, m c o m o s a n A g u s t i n l l e g ö a R o m a desde u n a de las
anzadillas d e l I m p e r i o e n e l n o r t e de Äfrica. A l q u i l ö u n a
tsa, creö u n a escuela y atrajo a u n g r u p o de a l u m n o s que
. i l i i . i n oido h a b l a r de las cualidades de a q u e l i n t e l e c t u a l de
11 ivincias, p e r o n o tardö e n darse cuenta de que n o i b a a ser
ipaz de g a n a r s e l a v i d a c o m o m a e s t r o e n l a c a p i t a l d e l
l »crio. E n Cartago, su ciudad de origen, sus alumnos h a b i a n
lo gamberros alborotadores, p e r o p o r l o menos pagaban
s lecciones; e n R o m a sus a l u m n o s escuchaban e n silencio
is d i s q u i s i c i o n e s sobre A r i s t o t e l e s o C i c e r ö n hasta q u e
r^aba e l m o m e n t o de fijar los h o n o r a r i o s , m o m e n t o e n que
p.isaban en masse a o t r o p r o f e s o r dejando a A g u s t i n c o n
•• manos vacias. D e m a n e r a que, cuando u n a n o despues,
prefecto de R o m a le ofreciö l a o p o r t u n i d a d de ensenar
n i .ilura y elocuciön e n l a c i u d a d de M i l a n , i n c l u y e n d o e n
Oferta los gastos de viaje, A g u s t i n acepto agradecido . 1

Quizä p o r q u e era forastero e n l a c i u d a d y deseaba c o m -

n 11 intelectual, o quizä p o r q u e su m a d r e l e h a b i a p e d i d o
«• lo h i c i e r a , A g u s t i n , u n a vez e n M i l a n , decidiö v i s i t a r al
lipo, e l celebre san A m b r o s i o , amigo y consejero de M ö -
1 La m a d r e de A g u s t i n . A m b r o s i o ( q u i e n , como A g u s t i n ,
11.1 < anonizado m ä s adelante) era u n h o m b r e cercano ya
|l 111 incuenta anos, estricto e n l a ortodoxia de sus creencias,
IM no t e m i a n i a los m ä s elevados poderes terrenales; pocos
i>" • despues de l a l l e g a d a de A g u s t i n a M i l a n , A m b r o s i o
• i ' i n . t ) a l e m p e r a d o r Teodosio I a m o s t r a r a r r e p e n t i m i e n t o
Una representaciön del siglo xi de san Agustin ante su atril.
iblico p o r h a b e r o r d e n a d o m a t a r a los asesinos d e l gober-
I d o r r o m a n o de Salönica . Y c u a n d o l a e m p e r a t r i z Justina
3

• I i " q u e e l obispo le cediese u n a iglesia de su c i u d a d para

 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
p o d e r r e n d i r culto de acuer-
do con los ritos arrianos, A m -
brosio organizö u n a sentada,
ocupando el templo dia y
noche hasta que Justina de-
sistiö.
Segün u n mosaico d e l
siglo v, A m b r o s i o e r a u n
h o m b r e pequeno, de aspec-
to inteligente, orejas grandes
y barba corta y n e g r a q u e
c o n t r i b u i a m ä s a comersele
el rostro angular que a llenar-
le l a cara. Era u n predicador
sumamente apreciado; e n la
iconografia cristiana su s i m -
b o l o fue la colmena, e m b l e -
ma de la elocuencia . Agustin,
3 La descripciön, p o r A g u s t i n , de la m a n e r a de leer de A m -
que consideraba afortunado
a A m b r o s i o , puesto que t a n -
tas personas l o a d m i r a b a n ,
fue incapaz de hacer a aquel
sabio las p r e g u n t a s sobre
cuestiones de fe que le preo-
cupaban, porque, cuando A m -
b r o s i o n o estaba c o m i e n d o
frugalmente o atendiendo a
u n o de sus m u c h o s a d m i r a -
Retrato de san Ambrosio en la iglesia de
Milan que lleva su nombre. dores, se encontraba solo e n
su celda, leyendo.
A m b r o s i o era u n lector fuera de lo comün. "Cuando leia",
dice A g u s t i n , "sus ojos r e c o r r i a n las p ä g i n a s y s u c o r a z ö n
p e n e t r a b a e l sentido; mas s u voz y s u l e n g u a descansaban.
M u c h a s veces, estando y o presente, pues e l ingreso a nadie
estaba vedado n i h a b i a c o s t u m b r e e n su casa de a n u n c i a r a l
visitante, asi le v i leer e n silencio y j a m ä s de o t r o m o d o " . 4
Ojos que e s c r u t a n la pägina, l e n g u a inmövil: asi, exacta-
t o r e s s i l e n c i o s o s
im-nle, es como y o d e s c r i b i r i a h o y a u n lector que estuviera
• intado con u n l i b r o e n u n cafe f r e n t e a l a iglesia de san
Ambrosio e n M i l a n , leyendo, t a l vez, las Confesiones de san
J u s t i n . A I i g u a l que A m b r o s i o , e l lector se h a v u e l t o sordo
| > 11 KO al m u n d o , a la gente que pasa p o r la calle, a las facha-
dns calcäreas de los edificios, de color carne. N a d i e parece
I d v e r t i r la presencia de u n lector absorto: aislado, atento solo
| I " que lee, e l lector n o despierta l a c u r i o s i d a d de los t r a n -
Müntes.
A A g u s t i n , s i n embargo, esa m a n e r a de leer le resultö l o
brtstante extrana como p a r a a n o t a r l a e n sus Confesiones. Es
• Ii < ii que ese metodo, l a lectura silenciosa, era e n su epoca
p g i > lüera de lo corriente, y que la lectura n o r m a l , o r d i n a r i a ,
i l i . i c i a e n voz alta. A u n q u e sea p o s i b l e e n c o n t r a r ejemplos
n i i i i iores de lectura silenciosa, h u b o que esperar al siglo x
i '.i i .1 que esa m a n e r a de leer llegara a ser h a b i t u a l e n Occi-
dente .5
i i ' isio (incluida la observaciön de q u e nunca leia e n voz alta)
• ' I p r i m e r ejemplo claro recogido e n la l i t e r a t u r a occiden-
i.11 Los ejemplos anteriores son m u c h o menos fiables. E n e l
ilfdo v a. C , dos obras teatrales p r e s e n t a n personajes q u e
|<•«-II e n escena: e n el Hipölito de E u r i p i d e s , T e s e o lee e n si-
l'-iu io la carta que sostiene su esposa m u e r t a ; e n L o s caba-
Mros de A r i s t ö f a n e s , D e m ö s t e n e s e x a m i n a u n a t a b l i l l a
< 11 v i. ida p o r u n oräculo y sin r e p e t i r e n voz alta su contenido,
I'.H•<•( e s o r p r e n d i d o p o r lo que lee . S e g ü n Plutarco, A l e j a n -
6
III n Magno leyö u n a carta de su m a d r e e n silencio e n e l siglo
IV a. C , ante e l desconcierto de sus soldados . Claudio Tolo-7
ico, e n e l siglo n de nuestra era, senalö, e n Sobre el criterio,
M i i a t a d o sobre e l e q u i l i b r i o ( l i b r o q u e q u i z ä conociese
•II st i n ) , que a veces la gente lee e n silencio cuando se con-
n l i a mucho, p o r q u e p r o n u n c i a r las palabras supone u n a
Itracciön p a r a e l p e n s a m i e n t o . Y Julio Cesar, de p i e j u n t o
8
< '.ilön, su o p o n e n t e e n e l Senado e n e l ano 63 a. C , leyö e n
' • i i i i o u n a cartita de a m o r que le habia enviado la h e r m a n a
ilr ('.itön . Casi cuatro siglos despues, san C i r i l o de Jerusalen,
9
 una h i s t o r i a de la lectura
e n u n sermön catequistico predicado p r o b a b l e m e n t e d u r a n t e
la c u a r e s m a d e l a n o 3 4 9 , r o g ö a las m u j e r e s q u e l e y e r a n
textos sagrados, m i e n t r a s esperaban d u r a n t e las ceremonias,
"pero que lo h i c i e r a n e n silencio p a r a que, de ese modo, a u n -
que sus labios h a b l a r a n , n i n g ü n o t r o oido escuchara l o que
d e c i a n " : u n a l e c t u r a s u s u r r a d a , quizäs, e n l a que los labios
10
apenas e m i t i e r a n o t r a cosa que sonidos ahogados.
Si l e e r e n voz alta fue l a n o r m a desde los comienzos de
la p a l a b r a escrita, <[,que a m b i e n t e r e i n a b a e n las grandes b i -
bliotecas antiguas? E l e r u d i t o asirio que consultaba u n a de
las t r e i n t a m i l t a b l i l l a s de l a b i b l i o t e c a d e l r e y A s u r b a n i p a l
e n e l siglo v i i a. C , quienes d e s e n r o l l a b a n p e r g a m i n o s e n las
b i b l i o t e c a s de A l e j a n d r i a y de Pergamo, e l m i s m o A g u s t i n
buscando u n d e t e r m i n a d o texto e n las bibliotecas de Cartago
y de R o m a , t u v i e r o n que t r a b a j a r e n m e d i o de u n conside-
r a b l e estruendo. S i n embargo, n i s i q u i e r a e n l a a c t u a l i d a d
todas las bibliotecas m a n t i e n e n e l p r o v e r b i a l silencio. E n los
anos setenta, e n l a h e r m o s a Biblioteca A m b r o s i a n a de M i l a n ,
n o e x i s t i a n a d a p a r e c i d o a l i m p r e s i o n a n t e silencio que yo
h a b i a e n c o n t r a d o e n la B r i t i s h L i b r a r y de L o n d r e s o e n la
B i b l i o t h e q u e N a t i o n a l e de Paris. Los lectores de l a A m b r o -
siana h a b l a b a n e n t r e si de p u p i t r e a p u p i t r e ; de cuando e n
c u a n d o a l g u i e n hacia e n voz alta u n a p r e g u n t a o l l a m a b a a
o t r a persona; u n pesado v o l u m e n se c e r r a b a c o n estrepito;
u n c a r r o l l e n o de l i b r o s t r a q u e t e a b a p o r e l p a s i l l o . E n la
a c t u a l i d a d , n i la B r i t i s h L i b r a r y n i la B i b l i o t h e q u e N a t i o n a l e
estän l i b r e s de sonidos; la l e c t u r a silenciosa queda p u n t u a d a
p o r e l r u i d o de a b r i r y c e r r a r y de teclear e n los ordenadores
portätiles, como si bandadas de päjaros c a r p i n t e r o s v i v i e r a n
e n e l i n f e r i o r de salones c o n las paredes c u b i e r t a s de libros.
«[Era d i f e r e n t e , e n los dias de A t e n a s y de Pergamo, t r a t a r de
concentrarse m i e n t r a s docenas de lectores sacaban t a b l i l l a s
o d e s e n r o l l a b a n p e r g a m i n o s , y se r e p e t i a n a m e d i a voz
i n f i n i d a d de relatos distintos? Q u i z ä s n o o y e r a n e l alboroto;
q u i z ä n o s u p i e r a n q u e se p o d i a l e e r de o t r a m a n e r a . E n
c u a l q u i e r caso, n o d i s p o n e m o s de ejemplos d o c u m e n t a d o s
de l e c t o r e s q u e se q u e j a r a n d e l r u i d o e n las b i b l i o t e c a s
r c t o r e s s i l e n c i o s o s
r.i K'gas o romanas, como Seneca, que escribe e n e l siglo 1, y
I i lamenta de t e n e r que e s t u d i a r e n su r u i d o s o a l o j a m i e n t o
privado . 11
El m i s m o A g u s t i n , e n u n pasaje clave de las Confesiones,
describe u n m o m e n t o e n el que las dos clases de lectura - e n
viiz ;ilta y e n s i l e n c i o - t i e n e n l u g a r de m a n e r a casi s i m u l -
i . m r a . A t r i b u l a d o p o r su p r o p i a indecisiön, i r r i t a d o p o r sus
pecados anteriores, temeroso de que p o r f i n h u b i e r a llegado
• l m o m e n t o de r e n d i r cuentas, A g u s t i n se aleja de su amigo
Alipio, c o n q u i e n ha estado leyendo (en voz alta) e n el j a r d i n
l l t i v a l de A g u s t i n , y, d e j ä n d o s e caer e n el suelo bajo u n a
iniMiora, l l o r a a m a r g a m e n t e . D e r e p e n t e , desde u n a casa
\ r t 111a, oye u n a voz i n f a n t i l - n o sabe decir si n i n o o n i n a -
• . m i a n d o u n a c a n c i ö n c u y o e s t r i b i l l o es tolle, lege, " t o m a ,
li<-"' . Convencido de ser el destinatario del mensaje, A g u s t i n
1 iy,i osa c o r r i e n d o j u n t o a A l i p i o y coge el l i b r o inacabado, u n
v o l u m e n c o n las Epistolas de Pablo. A g u s t i n dice: "Tome el
hin o, lo a b r i , y l e i e n silencio e l p r i m e r pasaje sobre el que
««• a r r o j a r o n c o n avidez m i s ojos." Las frases q u e lee e n
• 111 ic:io son de R o m a n o s 13, c o n la exhortaciön de que "no
ttngäis c u i d a d o de l a carne e n sus apetitos""mas vestios [es
' l ' 1 11 «a m o d o de armadura»] de n u e s t r o Senor Jesucristo".
Itönito, llega hasta el f i n a l de la fräse. L a "luz de la confianza"
Ii- i m i n d a el c o r a z ö n y se d i s i p a "la o s c u r i d a d de la duda".
Alipio, s o r p r e n d i d o , le p r e g u n t a que es l o que t a n t o le h a
1 in 111 esionado. A g u s t i n ( q u i e n , c o n u n gesto que t a n familiär
i m ' , resulta pese a los siglos de distancia, h a cerrado el l i b r o
rtrspues de s e n a l a r c o n u n dedo e l s i t i o d o n d e estaba l e -
Htndo) m u e s t r a e l pasaje a su amigo. "Se lo senale, y e l siguiö
i' vi'iulo [ m u y p r o b a b l e m e n t e e n v o z alta] m ä s a l l ä . Y o i g n o -
1 11'. 1 por c o m p l e t o lo que v e n i a a continuaciön, que era como
kgue: AI que estuviera flaco en lafe, recibidlo". Esta exhor-
i.H 1011, nos e x p l i c a A g u s t i n , basta p a r a dar a A l i p i o l a f o r t a -
Ir/.a de e s p i r i t u t a n anhelada. E n e l j a r d i n de M i l a n , e n u n
illn de agosto d e l ano 386, A g u s t i n y su amigo l e e n las Epls-
mOS de Pablo de m a n e r a m u y semejante a c o m o las lee-
1 i . i m o s e n la a c t u a l i d a d : u n o e n silencio, p a r a e l aprendizaje
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
p e r s o n a l ; e l o t r o e n voz alta, p a r a c o m p a r t i r con su a m i g o lo
q u e e l t e x t o acaba de r e v e l a r l e . C u r i o s a m e n t e , s i b i e n l a
p r o l o n g a d a l e c t u r a silenciosa p o r p a r t e de A m b r o s i o h a b i a
parecido inexplicable a A g u s t i n , n o le sorprende, s i n
embargo, su p r o p i o silencio, quizä p o r q u e solo se t r a t a de
unas pocas palabras f u n d a m e n t a l e s .
A g u s t i n , profesor de retörica m u y versado e n arte poetica
y e n los r i t m o s de l a prosa, e r u d i t o q u e aborrecia e l griego
p e r o gustaba d e l l a t i n , t e n i a p o r c o s t u m b r e - c o s t u m b r e
c o m p a r t i d a p o r l a m a y o r i a de l o s l e c t o r e s - l e e r c u a l q u i e r
cosa escrita p o r e l p u r o placer de o i r como sonaba . S e g ü n 13
las ensenanzas de Aristoteles, sabfa q u e las letras, " i n v e n -
tadas p a r a que podamos conversar incluso con los ausentes",
e r a n "signos de sonidos" y que estos, a su vez, e r a n "signos
de las cosas que pensamos" . E l t e x t o escrito era u n a c o n -
14
v e r s a c i ö n trasladada a l p a p e l de m a n e r a que e l c o m p a n e r o
ausente p u d i e r a p r o n u n c i a r las palabras a el destinadas. Para
Agustin la palabra hablada era una parte inseparable del
texto mismo, ya que t e n i a presente la advertencia de M a r c i a l ,
p r o n u n c i a d a tres siglos antes:
El verso es mio, pero al declamarlo tü, amigo,
Parece mäs bien tuyo, tan gravemente lo mutilas.' 5
Las p a l a b r a s escritas, desde l o s t i e m p o s de las p r i m e r a s
tablillas sumerias, estaban destinadas a p r o n u n c i a r s e e n voz
alta, puesto q u e los signos l l e v a b a n i m p l i c i t o s , c o m o si se
t r a t a r a de s u a l m a , sus p r o p i o s sonidos. L a fräse cläsica
scripta manent, verba volant -que, en nuestro tiempo, ha
pasado a significar "lo escrito permanece, las palabras se las
lleva e l a i r e " - significaba antiguamente lo contrario; se acunö
e n alabanza de l a p a l a b r a d i c h a e n voz alta, que t i e n e alas y
puede volar, c o m p a r ä n d o l a c o n l a p a l a b r a silenciosa sobre
la pägina, inmövil, m u e r t a . E n f r e n t a d o con u n texto escrito,
el l e c t o r t e n i a e l d e b e r d e p r e s t a r s u v o z a las letras
silenciosas, a las scripta, p a r a p e r m i t i r l e s convertirse, segün
la matizada distinciön b i b l i c a , e n verba, palabras habladas.
t c t o r e s s i l e n e i o s o s
i p f r i t u . L o s i d i o m a s p r i m o r d i a l e s de l a B i b l i a - a r a m e o y
h e b r e o - n o d i s t i n g u e n e n t r e e l acto de leer y e l de h a b l a r y
i l i s i g n a n a los dos con l a m i s m a p a l a b r a . 16
E n los textos sagrados, e n los que cada u n a de las letras,
nümero y su o r d e n e r a n dictados p o r la d i v i n i d a d , la plena
" i n p r e n s i ö n r e q u e r i a n o solo l o s ojos s i n o t a m b i e n l a
laboraciön del resto del cuerpo: habia que balancearse con
«.i<lencia de las frases y llevarse a los labios las palabras
gradas, de m a n e r a q u e n i n g ü n e l e m e n t o d i v i n o p u d i e r a
perderse e n la lectura. M i abuela leia e l A n t i g u o T e s t a m e n t o
-!<• r s a m a n e r a , a r t i c u l a n d o las palabras y b a l a n c e a n d o e l
i 11< -rpo al r i t m o de sus oraciones. Todavia la veo e n su oscuro
. i p . i r t a m e n t o d e l Once, e l b a r r i o j u d i o de B u e n o s A i r e s ,
I ntonando las antiguas palabras de l a B i b l i a , e l ü n i c o l i b r o
'!<• su casa, cuya c u b i e r t a n e g r a h a b i a llegado a t e n e r e l
mismo aspecto que su p i e l pälida a l p e r d e r la t e r s u r a con e l
piiso de los anos. T a m b i e n e n t r e los m u s u l m a n e s e l cuerpo
r nlero p a r t i c i p a e n l a l e c t u r a d e l texto sagrado. E n e l islam,
I uestiön de s i u n t e x t o sagrado debe o i r s e o leerse es
n u a l . A h m a d i b n M u h a m m a d i b n H a n b a i , u l e m a del siglo
K, lo e x p r e s ö de esta m a n e r a : puesto que e l C o r ä n o r i g i n a l
l.i Madre d e l L i b r o , la Palabra de Dios, t a l c o m o A l ä se la
irvHö a M a h o m a - es i n c r e a d o y eterno, ^se hacia presente
»i 'Ii' .il p r o n u n c i a r l o e n la oraciön o m u l t i p l i c a b a su ser sobre
I«N päginas, utilizadas para que e l ojo las leyera y copiadas
P"i manos distintas a lo largo de las edades? N o sabemos si
H.inbal recibiö respuesta, p o r q u e e n e l a n o 833 su
i m y . u n t a p r o v o c ö la c o n d e n a de la mihna, o i n q u i s i c i ö n
' 1 nnica, i n s t i t u i d a p o r l o s califas abasies' . Tres siglos 7
i l c p i i e s , e l j u r i s t a y teölogo A b u H a m i d M u h a m m a d a l -
(Jlm/.ili (Algazel) estableciö u n a seile de reglas p a r a estudiar
•'I < 111 ,i n s e g ü n las cuales leer y escuchar la l e c t u r a d e l texto
im ni.ili.in p a r t e d e l m i s m o acto sagrado. L a q u i n t a regla
Iblecfa que e l lector h a de seguir e l texto despacio y de
IMII.I precisa, a f i n de r e f l e x i o n a r sobre l o q u e estä
U ' y i i d o . La sexta decia: " E n cuanto al llanto... S i n o Horas de
1
' espontänea, fuerzate a hacerlo", puesto q u e e l dolor
 una h i s t o r i a de la lectura
d e b e estar i m p l i c i t o e n l a a p r e h e n s i ö n de las p a l a b r a s
sagradas. L a n o v e n a exigia q u e e l C o r ä n se leyera "lo bas-
t a n t e a l t o c o m o p a r a q u e l o oyese e l lector, p o r q u e leer
supone d i s t i n g u i r e n t r e sonidos", alejando de ese m o d o las
distracciones d e l m u n d o e x t e r i o r . 18
E l psicölogo estadounidense J u l i a n Jaynes, e n u n p o l e m i c o
e s t u d i o sobre e l o r i g e n de l a c o n c i e n c i a sostuvo q u e u n
cerebro c o n dos c ä m a r a s - e n e l q u e u n o de los h e m i s f e r i o s
se especializa e n l a l e c t u r a s i l e n c i o s a - es u n paso reciente
e n l a evoluciön de l a h u m a n i d a d , y que e l proceso p o r e l cual
se d e s a r r o l l a esa f u n c i ö n t o d a v i a e s t ä p e r f e c c i o n ä n d o s e .
Sugiriö q u e los e j e m p l o s m ä s a n t i g u o s de l e c t u r a p u e d e n
h a b e r sido percepciones auditivas m ä s q u e visuales. " E n e l
t e r c e r m i l e n i o a. C. l a l e c t u r a p u d o h a b e r sido, p o r c o n s i -
guiente, u n a cuestiön de oir l a e s c r i t u r a c u n e i f o r m e , es decir
i m a g i n ä r las p a l a b r a s h a b l a d a s a l m i r a r sus s i m b o l o s
pictöricos, e n l u g a r de l a l e c t u r a V i s u a l de silabas e n e l
sentido e n q u e nosotros l a e n t e n d e m o s " . 19
Esta "alucinaciön a u d i t i v a " p o d r i a haberse dado i n c l u s o
e n los dias de A g u s t i n , c u a n d o las palabras e n l a p ä g i n a n o
se l i m i t a b a n a "convertirse" e n sonidos t a n p r o n t o como e l
ojo las p e r c i b i a , sino q u e e r a n sonidos. E l n i n o q u e cantaba
la c a n c i ö n r e v e l a d o r a e n e l j a r d i n v e c i n o a l de A g u s t i n , a l
i g u a l q u e e l f u t u r o o b i s p o de H i p o n a antes q u e e l , h a b i a
a p r e n d i d o s i n d u d a q u e las ideas, las d e s c r i p c i o n e s , las
h i s t o r i a s reales y ficticias, c u a l q u i e r cosa q u e l a m e n t e p u -
diera m a n i p u l a r , poseia u n a r e a l i d a d fisica hecha de sonidos,
y e r a p e r f e c t a m e n t e lögico q u e esos sonidos, representados
sobre l a t a b l i l l a , e l p e r g a m i n o o l a p ä g i n a d e l m a n u s c r i t o
f u e s e n p r o n u n c i a d o s p o r l a l e n g u a c u a n d o e l ojo los r e -
conocia. L e e r e r a u n a f o r m a de pensar y de hablar. Cicerön,
al o f r e c e r c o n s u e l o a los sordos e n u n o de sus ensayos
morales escribiö: " E n e l caso de q u e a n t a n o d i s f r u t a r a n con
la recitaciön, d e b e r ä n r e c o r d a r e n p r i m e r l u g a r que antes de
que se i n v e n t a r a n los poemas, m u c h o s h o m b r e s p r u d e n t e s
r i i o re s s i Ie n e i o s o s
1|\ leron felices; y, e n segundo lugar, q u e es m u c h o m a y o r e l
i'i.i« er q u e se o b t i e n e c o n l a l e c t u r a de esos p o e m a s q u e
• ••.< u( händolos" . Pero solo se trataba de u n p r e m i o de c o n -
20
lolaciön o f r e c i d o p o r u n filösofo p e r f e c t a m e n t e capaz de
ii' h i t a r s e c o n e l sonido de l a p a l a b r a escrita. Para A g u s t i n ,
i para C i c e r ö n , l a l e c t u r a e r a u n a h a b i l i d a d o r a l : l a
" t . i i o r i a e n e l caso de C i c e r ö n y l a p r e d i c a c i ö n e n e l de
Agustin.
I l.ista b i e n e n t r a d a l a E d a d M e d i a , los escritores d a b a n
i » u sentado q u e sus lectores o i a n e l texto e n l u g a r de l i m i -
i.H ••<• a verlo, de la m i s m a m a n e r a , e n g r a n m e d i d a , e n q u e
• I i " ' , e n u n c i a b a n cada p a l a b r a m i e n t r a s c o m p o n i a n las
fl'iises. Dado que, c o m p a r a t i v a m e n t e , pocas personas sabian
l i i i , las lecturas p ü b l i c a s e r a n m u y frecuentes, y los textos
inrdievales exhortaban repetidamente a su püblico a "prestar
gidos" a u n relato. Es m u y posible q u e u n eco ancestral de
Mus präcticas de l e c t u r a p e r s i s t a e n algunas de nuestras
frnses hechas, como cuando decimos: "Fulano de Tal me dice"
I- " i i el significado d e ' T u l a n o de Tal me escribe") o"Este texto
i i " iiena b i e n " (con e l significado de "no estä b i e n escrito").
I >ado q u e los l i b r o s se l e i a n sobre todo e n voz alta, n o se
lirc esitaba separar las letras que los c o m p o n i a n e n unidades
i i icas, sino que se enlazaban unas con otras e n frases s i n
••"Im iön de c o n t i n u i d a d . L a direcciön e n que se s u p o n i a que
M i »Jos seguian esa s u c e s i ö n de letras h a v a r i a d o s e g ü n los
lugares y las epocas; l a m a n e r a actual de leer e n e l m u n d o
I Ii i II lental - d e i z q u i e r d a a derecha y de a r r i b a a b a j o - n o es
•Dl ' lerto u n i v e r s a l . A l g u n a s escrituras se l e e n de derecha
| uierda (hebreo y ärabe), otras e n columnas, de a r r i b a
UmJo (chino y japones); unas pocas se l e i a n e n parejas de
| " l u m n a s verticales (maya); algunas t e n i a n lineas alternas
• i ' i ' se l e i a n e n direcciones opuestas, aträs y adelante - u n
111' • 11 K 1 o l l a m a d o b u s t r ö f e d o n , "como u n b u e y d a l a v u e l t a
II .i11<lo"—, e n e l griego antiguo. Y a ü n otros serpenteaban p o r
i 11 lägina como e n el juego de la oca, senaländose l a direcciön
iHiihiinte lineas de p u n t o s (azteca) . 21
I ..i antigua e s c r i t u r a sobre p e r g a m i n o s - q u e n i separaba
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
las palabras n i d i s t i n g u i a e n -
tre m i n ü s c u l a s y m a y ü s c u l a s
n i u t i l i z a b a p u n t u a c i ö n - esta-
ba destinada a personas acos-
t u m b r a d a s a leer e n voz alta,
que p e r m i t i a n a l o i d o desen-
t r a f i a r l o que solo era p a r a e l
ojo u n a s u c e s i ö n i n i n t e r r u m -
p i d a de signos. Esta c o n t i n u i -
dad era t a n i m p o r t a n t e que los
atenienses, s e g ü n se cree, l e -
v a n t a r o n u n a estatua a u n t a l
Filacio, que inventö u n a goma
parapegarlashojasdeperga-
m i n o o de p a p i r o . Sin embar-
22
En el siglo v a. C, una lectora habria go i n c l u s o e l r o l l o c o n t i n u o ,
leido en voz alta, desplegando el rollo a u n q u e facilitaba l a tarea d e l
con una mano y recogiendolo con la
otra, dejando al descubierto una
lector, no h a b r i a ayudado m u -
secciön tras otra. cho a d i s t i n g u i r u n i d a d e s de
significado. L a p u n t u a c i ö n ,
t r a d i c i o n a l m e n t e a t r i b u i d a a A r i s t ö f a n e s de B i z a n c i o (circa
200 a. C.) y desarrollada p o r otros e r u d i t o s de l a B i b l i o t e c a
de A l e j a n d r i a , era, e n e l m e j o r de los casos, irregulär. A g u s t i n ,
como antes e l m i s m o C i c e r ö n , h a b r i a t e n i d o q u e p r a c t i c a r
c o n u n texto antes de l e e r l o e n voz alta, y a que l a l e c t u r a a
p r i m e r a v i s t a e r a e n a q u e l l a epoca u n a h a b i l i d a d poco
c o r r i e n t e y, c o n frecuencia, p r o p i c i a b a errores de i n t e r p r e -
taciön. Servio, gramätico d e l siglo iv, critico a su colega Donato
p o r leer, e n la Eneida de V i r g i l i o , las palabras collectam ex Ilio
pubem ("una r e u n i ö n de personas procedentes deTroya") e n
l u g a r de collectam exilio pubem ("un p u e b l o r e u n i d o p a r a e l
e x i l i o " ) . Tales equivocaciones e r a n frecuentes c u a n d o se
23
l e i a u n texto c o n t i n u o .
Las Epistolas d e Pablo q u e l e i a A g u s t i n n o estaban e n
f o r m a de r o l l o sino de cödice; se t r a t a b a de u n m a n u s c r i t o
e n p a p i r o s encuadernados y escritura c o n t i n u a , c o n la nueva
caligrafia u n c i a l o s e m i u n c i a l que apareciö e n los d o c u m e n -
i i t o r e s s i l e n c i o s o s
s romanos e n los Ultimos anos del siglo in. E l cödice era u n a
vonciön pagana; s e g ü n S u e t o n i o , Julio Cesar f u e e l p r i -
24
ero que, para e n v i a r despachos a sus tropas, plegö u n r o l l o
n p.iginas como u n cuaderno. Los p r i m e r o s cristianos adop-
m n e l cödice p o r q u e l o e n c o n t r a r o n s u m a m e n t e präctico
ra llevar, escondidos e n t r e l a ropa, textos p r o h i b i d o s p o r
s autoridades romanas. Las p ä g i n a s se p o d i a n n u m e r a r , l o
|te p e r m i t i a a l l e c t o r acceder c o n m a y o r f a c i l i d a d a las
• l ciones; y v a r i o s textos d i s t i n t o s , c o m o las Epistolas de
I b l o , p o d i a n encuadernarse fäcilmente e n u n v o l u m e n de
ni.iiio c o n v e n i e n t e .
25
La s e p a r a c i ö n de las l e t r a s e n p a l a b r a s y frases se
i odujo de m a n e r a m u y g r a d u a l . L a m a y o r i a de los sistemas
imitivos -los j e r o g l i f i c o s egipcios, la e s c r i t u r a c u n e i f o r m e
niiieria, e l s ä n s c r i t o - n o u t i l i z a b a n tales d i v i s i o n e s . L o s
|( i ibas a n t i g u o s se h a l l a b a n t a n f a m i l i a r i z a d o s c o n las
oi i venciones de su arte que, a l parecer, casi n o necesitaban
uletillas visuales, y los p r i m e r o s m o n j e s c r i s t i a n o s c o n
i c u e n c i a se s a b i a n de m e m o r i a l o s textos q u e t r a n s c r i -
i . i n C o n e l f i n de a y u d a r a los menos häbiles los monjes
l »isias hacian uso de u n metodo de escritura conocido como
M via etcommata, que consistia e n d i v i d i r el texto e n lineas
no 1 u v i e r a n sentido, u n a f o r m a p r i m i t i v a de puntuaciön que
u. I, i ba a l lector menos seguro a baj ar o s u b i r la voz al f i n a l
I u n p e n s a m i e n t o . (Este f o r m a t o t a m b i e n ayudaba a u n
i nililo e n busca de u n pasaje d e t e r m i n a d o . ) F u e san Jerö-
27
BIO q u i e n , a finales del siglo i v al d e s c u b r i r este sistema e n
M l ] ) lares de D e m ö s t e n e s y de Cicerön, lo describiö p o r vez
Hiera e n l a introducciön a su traducciön de Ezequiel, ex-
1
' indo que "lo que estä escrito per cola etcommata resulta
ns fäcil de e n t e n d e r p a r a los lectores" . 28
La puntuaciön siguiö siendo irregulär, p e r o estos meca-
i Hins p r i m i t i v o s c o n t r i b u y e r o n s i n d u d a al progreso de l a
' i m a silenciosa. A finales d e l siglo v i , san Isaac de Siria
Ii i ibiö y a las ventajas d e l metodo: "Practico e l silencio,
ra que los versiculos de m i s lecturas y oraciones me l l e n e n
r.i izo.Y cuando el placer de entenderlos silencia m i lengua.
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
entonces, como e n u n sueno, e n t r o e n u n estado e n e l que
m i s sentidos y p e n s a m i e n t o s se c o n c e n t r a n . Luego, cuando
c o n l a p r o l o n g a c i ö n de este silencio se c a l m a e n m i c o r a z ö n
el t o r b e l l i n o de los recuerdos, m i s pensamientos m ä s intimos,
s u r g i e n d o de r e p e n t e y d e s b o r d a n d o t o d a expectativa, m e
e n v i a n incesantes oleadas de j ü b i l o p a r a d e l e i t e de m i
c o r a z ö n " . Y, a m e d i a d o s d e l siglo v n , s a n I s i d o r a de Sevilla
29
estaba s u f i c i e n t e m e n t e f a m i l i a r i z a d o c o n l a l e c t u r a s i l e n -
ciosa p a r a a l a b a r l a c o m o m e t o d o de " l e c t u r a s i n esfuerzo,
pues se r e f l e x i o n a sobre l o q u e se h a leido, y se hace d i f i c i l
que luego se escape de l a m e m o r i a " . C o m o antes A g u s t i n ,
30
I s i d o r a creia q u e l a l e c t u r a hacia posible l a c o n v e r s a c i ö n a
t r a v e s d e l t i e m p o y e l espacio, p e r o c o n u n a i m p o r t a n t e
distinciön. "Las letras t i e n e n e l p o d e r de t r a n s m i t i r n o s en
silencio los dichos de quienes e s t ä n ausentes" , escribiö e n 31
sus Etimologias. Las letras de I s i d o r o n o necesitaban sonidos.
Las vicisitudes de l a puntuaciön c o n t i n u a r o n . A p a r t i r del
siglo v n , u n a c o m b i n a c i ö n de p u n t o s y rayas i n d i c a b a e l
p u n t o ; u n p u n t o elevado o alto e q u i v a l i a a n u e s t r a coma, y
e l p u n t o y coma se u t i l i z a b a ya como l o hacemos h o y e n d i a . 32
E n e l siglo i x l a l e c t u r a s i l e n c i o s a e r a p r o b a b l e m e n t e l o
bastante h a b i t u a l como p a r a que los escribas o copistas, para
s i m p l i f i c a r e l u s o de u n texto, e m p e z a r a n a s e p a r a r cada
p a l a b r a de sus e n t r o m e t i d a s vecinas a u n q u e quizä, t a m b i e n ,
p o r r a z o n e s esteticas. H a c i a l a m i s m a epoca, l o s escribas
i r l a n d e s e s , alabados e n t o d o e l m u n d o c r i s t i a n o p o r su
p e r i c i a , e m p e z a r a n a aislar n o solo partes d e l discurso, sino
t a m b i e n los c o m p o n e n t e s gramaticales de u n a fräse e i n t r o -
d u j e r o n m u c h o s de los signos de p u n t u a c i ö n que u t i l i z a m o s
h o y e n d i a . E n e l siglo x, a f i n de s i m p l i f i c a r t o d a v i a m ä s l a
33
tarea d e l l e c t o r silencioso, las p r i m e r a s lineas de las p r i n c i -
pales secciones de u n texto (los l i b r o s de l a B i b l i a , p o r e j e m -
p l o ) se e s c r i b i a n de o r d i n a r i o c o n t i n t a roja, a s i c o m o las
rübricas (de l a p a l a b r a l a t i n a p a r a " r o j o " ) , e x p l i c a c i o n e s
i n d e p e n d i e n t e s d e l texto p r o p i a m e n t e t a l . L a a n t i g u a cos-
t u m b r e de comenzar u n nuevo pärrafo con u n a raya d i v i s o r i a
(paragraphos e n griego) o c u n a (diple) c o n t i n u o ; m ä s ade-
i i n r e s s i l e n c i o s o s
IN II I e, la p r i m e r a l e t r a de u n n u e v o pärrafo era de u n t a m a n o
hr, I .nnente m a y o r o m a y ü s c u l a .
1
L a s p r i m e r a s reglas exigiendo silencio a los escribas e n
l " . monasterios d a t a n d e l siglo i x . H a s t a entonces se habia
34
11.11'. i j ado a l dictado o l e y e n d o e n voz alta e l texto que se co-
i ' i . i i ' . i . E n ocasiones, e l a u t o r m i s m o o u n " e d i t o r " dictaba e l
I i i > i I I ij]n algün m o m e n t o d e l siglo v m , u n escriba anönimo,
ii 11uicluir u n a copia, escribe l o siguiente: "Nadie sabe los
i ifuerzos q u e se exigen.Tres dedos escriben, dos ojos v e n .
i 1 I.I lengua habia, todo el cuerpo trabaja" . Una lengua
1 35
habia
ntras e l copista t r a b a j a , e n u n c i a n d o las p a l a b r a s q u e
liiiiiscribe.
11 na vez que la lectura silenciosa se convirtiö e n la n o r m a
• n los escritorios, la comunicaciön e n t r e escribas se hizo p o r
Ii i I.IS: si u n copista necesitaba u n l i b r o nuevo p a r a c o n t i n u a r
H Ii .ibajo, f i n g i a pasar p ä g i n a s i m a g i n a r i a s ; si, m ä s concre-
i i i i i r n t e , necesitaba u n salterio, se l l e v a b a las m a n o s a l a
i ftbeza e n f o r m a de corona (en r e f e r e n c i a al r e y D a v i d , autor
• Ii I n s Salmos); u n l e c c i o n a r i o se i n d i c a b a r e t i r a n d o cera
Itnuginaria de unas velas; u n m i s a l , con e l signo de la cruz;
IIII.I obra pagana, r a s c ä n d o s e e l c u e r p o c o m o l o h a r i a u n
ptrro . 3 6
I .cer e n voz alta cuando otra p e r s o n a estaba presente e n
I . i m i s m a habitaciön i m p l i c a b a u n a l e c t u r a c o m p a r t i d a , de
i n . n i c r a d e l i b e r a d a o no. L a l e c t u r a de A m b r o s i o h a b i a sido
m i acto solitario. "Y acaso t a m b i e n " , r e f l e x i o n a b a A g u s t i n ,
"pura e v i t a r q u e s i p o r V e n t u r a t r o p e z a b a c o n u n pasaje
M l i n o e n e l l i b r o q u e i b a leyendo, fuese m e n e s t e r e x p l i -
I II H o a algün posible oyente atento y cautivado, o d i s c u t i r
• ibre problemas i n t r i n c a d o s " . Pero p o r m e d i o de la lectura
37
U t n c i o s a e l lector e r a p o r f i n capaz de establecer u n a r e -
i.H Inn s i n restricciones con e l l i b r o y las palabras. Estas ülti-
~~"S n o n e c e s i t a b a n y a o c u p a r e l t i e m p o r e q u e r i d o p a r a
i n " i i u n c i a r l a s . P o d i a n e x i s t i r e n u n espacio inferior, p r e c i -
i ni. n idose o apenas empezadas, totalmente descifradas o solo
• i n b . i s a medias, m i e n t r a s los p e n s a m i e n t o s d e l l e c t o r las
in .|n'ccionaban c o n calma, sacando de ellas nuevas ideas.
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
p e r m i t i e n d o comparaciones gracias a l a m e m o r i a o a otros
l i b r o s q u e se m a n t u v i e r a n abiertos p a r a u t i l i z a r l o s s i m u l -
t ä n e a m e n t e . E l l e c t o r t e n i a t i e m p o de c o n s i d e r a r y r e c o n -
siderar las i n a p r e c i a b l e s palabras cuyos sonidos - a h o r a l o
s a b i a - p o d i a n r e s o n a r t a n t o f u e r a como d e n t r o . Y e l texto
m i s m o , p r o t e g i d o de l o s i n t r u s o s gracias a s u c u b i e r t a , se
c o n v e r t i a e n posesion p e r s o n a l d e l lector, e n c o n o c i m i e n t o
i n t i m o , t a n t o e n e l atareado aposento de los copistas como
e n e l m e r c a d o o e n e l hogar.
A algunos dogmäticos les inquietö l a n u e v a tendencia;
p a r a ellos l a l e c t u r a silenciosa p e r m i t i a s o n a r despierto,
c r e a n d o e l p e l i g r o de l a acidia, e l pecado de l a pereza, "la
m o r t a n d a d q u e devasta e n p l e n o d i a " . Pero l a l e c t u r a
38
silenciosa trajo consigo otro p e l i g r o que los p r i m e r o s Padres
cristianos n o h a b i a n previsto. U n l i b r o que puede leerse e n
p r i v a d o , sobre e l que se r e f l e x i o n a a m e d i d a que e l ojo des-
e n t r a n a e l s i g n i f i c a d o de las palabras, n o estä y a sujeto a
i n m e d i a t a aclaraciön o asesoramiento, n i a condena o cen-
sura p o r p a r t e de u n oyente. L a l e c t u r a e n silencio p e r m i t e
la c o m u n i c a c i ö n s i n testigos e n t r e l i b r o y lector, y es Singular
" a l i m e n t o d e l e s p i r i t u " , s e g ü n l a feliz fräse de A g u s t i n .
39
Hasta que l a l e c t u r a e n silencio se convirtiö e n l a n o r m a
d e l m u n d o cristiano, las herejias h a b i a n estado r e s t r i n g i d a s
a personas aisladas o a reducidas congregaciones de d i s i d e n -
tes. A los p r i m e r o s cristianos les p r e o c u p a b a tanto condenar
a los descreidos (los paganos, los judios, los maniqueos y des-
pues d e l siglo v n , los m u s u l m a n e s ) como d e f i n i r u n dogma
c o m ü n . L o s a r g u m e n t o s q u e se a p a r t a b a n de las creencias
ortodoxas se rechazaban c o n v e h e m e n c i a o e r a n cautelosa-
m e n t e i n c o r p o r a d o s a l acervo c o m ü n p o r las a u t o r i d a d e s
eclesiästicas, pero, dado que esas herejias n o c o n t a b a n con
m u c h o s seguidores, se las t r a t a b a c o n c o n s i d e r a b l e i n d u l -
gencia. E n e l catälogo de voces h e r e t i c a s f i g u r a n algunas
invenciones notables: e n el siglo n los montanistas a f i r m a b a n
(ya) h a b e r v u e l t o a las p r ä c t i c a s y creencias de l a I g l e s i a
p r i m i t i v a , asi como h a b e r presenciado l a segunda v e n i d a de
Jesucristo e n f o r m a de m u j e r ; e n l a segunda m i t a d de ese
liires s i l e n c i o s o s
l " los m o n a r q u i a n o s o patripasianos concluyeron, a p a r t i r
i . i clefinicion de l a T r i n i d a d , q u e h a b i a sido Dios Padre
i i n s u l r i e r a e n la cruz; los pelagianos, c o n t e m p o r ä n e o s de
n A g u s t i n y de s a n A m b r o s i o , r e c h a z a r o n l a n o c i o n de
i .K lo o r i g i n a l ; los apolinaristas declaraban, e n los Ultimos
Oft i lel siglo iv, que el Verbo, y no u n a l m a h u m a n a , se habia
Ido a la carne de Cristo e n l a encarnaciön; e n e l siglo i v
II n anos negaban la consubstancialidad del Verbo, recha-
nilo la p a l a b r a homoousios (de l a m i s m a sustancia) y (por
i n u n juego de palabras de la epoca) " c o n m o c i o n a r o n a l a
l'- i . i a causa de u n diptongo"; e n e l siglo v los nestorianos
o|nisieron a los antiguos a p o l i n a r i s t a s y s o s t u v i e r o n l a
I l t e n c i a e n Jesucristo de dos personas, l a d i v i n a y l a
i n . i i i a ; los eutiquianos (o monofisitas), contemporäneos de
nestorianos, n e g a b a n q u e Cristo h u b i e r a s u f r i d o como
11 v 11 todos los seres h u m a n o s .40
A pesar de q u e l a Iglesia instituyö l a p e n a c a p i t a l p o r
M • 11,i e n u n a fecha t a n t e m p r a n a como el ano 382, e l p r i m e r
•" (le ejecucion e n la h o g u e r a no se p r o d u j o hasta e l 1022,
< »1 Irans. E n aquella ocasiön la Iglesia c o n d e n ö a u n g r u p o
• .1 nönigos y nobles que, convencidos de que la v e r d a d e r a
Itrucciön c r i s t i a n a solo p o d i a v e n i r de l a i l u m i n a c i ö n
Pti 1.1 p o r el E s p i r i t u Santo, rechazaron las Escrituras como
MV, nciones q u e h a n escrito los h o m b r e s sobre pieles de
nn.iles" . Lectores t a n i n d e p e n d i e n t e s e r a n a todas luces
41
Ugrosos. L a interpretaciön de la h e r e j i a como d e l i t o c i v i l
I ' " podia castigarse con la m u e r t e careciö de f u n d a m e n t o
l ' T . i l Uasta 1231, c u a n d o e l e m p e r a d o r Federico I I asi l o
11 retö e n las Constituciones de M e l f i , a u n q u e e n e l siglo xn
[glesia y a h a b i a e m p e z a d o a c o n d e n a r c o n e n t u s i a s m o
i n d e s m o v i m i e n t o s hereticos que no a r g u m e n t a b a n a favor
Una r e n u n c i a ascetica al m u n d o (como h a b i a n p r o p u e s t o
i I i M d o n t e s anteriores) sino que desafiaban a las autoridades
uptas, se o p o n i a n a los abusos d e l clero y p r o p u g n a b a n
Ue se r i n d i e r a cuentas a Dios de m a n e r a i n d i v i d u a l . Esos
I n-i nüentos se e x t e n d i e r o n p o r caminos tortuosos y crista-
i r o n e n e l siglo x v i .

una h i s t o r i a de la l e c t u r a
E l 31 de o c t u b r e de 1517,
u n m o n j e que, m e d i a n t e e l es-
t u d i o p e r s o n a l de las E s c r i t u -
ras, h a b i a llegado a creer q u e
la gracia d i v i n a s u s t i t u i a a los
m e r i t o s de l a fe a d q u i r i d a , cla-
v ö e n l a p u e r t a de l a iglesia de
Todos los Santos de W i t t e n b e r g
n o v e n t a y cinco tesis c o n t r a l a
practica de las indulgencias - l a
v e n t a de l a remisiön de l a pena
t e m p o r a l p o r los pecados co-
m e t i d o s - y otros abusos ecle-
siästicos. Por a q u e l acto M a r t i n
Retrato c o n t e m p o r ä n e o de Martin L u t e ro se convirtiö e n p r o s c r i -
Lutero, por Lucas Cranach el Viejo. , .
to a l o s ojos d e l I m p e n o y e n
a p ö s t a t a a l o s d e l Papa. E n 1529, Carlos V, e m p e r a d o r d e l
Sacro i m p e r i o r o m a n o g e r m ä n i c o , r e s c i n d i ö l o s derechos
concedidos a los seguidores de L u t e r o , y catorce ciudades l i -
bres de A l e m a n i a , j u n t o con seis p r i n c i p e s luteranos, h i c i e r o n
que se leyera u n a p r o t e s t a e n c o n t r a de l a decisiön i m p e r i a l .
" E n cuestiones relacionadas con e l h o n o r divino, l a salvaciön
y l a v i d a e t e r n a de nuestras almas, cada u n o debe p r e s e n -
tarse a Dios p o r si m i s m o y r e n d i r l e cuentas", a r g u m e n t a b a n
quienes m ä s adelante f u e r o n conocidos como protestantes.
Diez anos antes, e l teölogo r o m a n o Silvester P r i e r i a s h a b i a
a f i r m a d o que e l l i b r o sobre e l que se f u n d a b a l a Iglesia tenia
que seguir siendo u n m i s t e r i o , i n t e r p r e t a d o ü n i c a m e n t e se-
g ü n l a a u t o r i d a d y e l p o d e r d e l Papa . Los hereticos, p o r otra
42
parte, m a n t e n i a n que e l p u e b l o t e n i a derecho a leer l a pala-
b r a de Dios p o r su cuenta, s i n testigos n i i n t e r m e d i a r i o s . 43
Siglos despues, m ä s allä de u n m a r que p a r a A g u s t i n se
h a l l a b a e n los l i m i t e s de l a t i e r r a , R a l p h Waldo E m e r s o n , que
debia su fe a aquellos antiguos protestantes, aprovechö aque-
11a h a b i l i d a d q u e t a n t o h a b i a s o r p r e n d i d o a l santo. E n la
iglesia, d u r a n t e los dilatados y c o n f r e c u e n c i a tediosos ser-
m o n e s a los q u e asistia p o r su s e n t i d o de r e s p o n s a b i l i d a d
tores s i l e n c i o s o s
Ii ii lal, leia e n silencio los Pensamientos de Pascal. Y, de noche.
I n MI f r i a habitaciön de C o n c o r d "tapado c o n mantas hasta
I i i larbilla", leia los Diälogos de Piatön. ("A p a r t i r de e n t o n -
C t l " , senalö u n historiador, "asociö s i e m p r e a Piatön con e l
1 »Ii 11 a lana".) A u n q u e pensaba que h a b i a demasiados libros
44
| i | u e los lectores d e b e r i a n c o m p a r t i r sus hallazgos i n f o r -
m.mdose unos a otros de lo esencial de sus estudios, E m e r s o n
1 101.1 que la l e c t u r a era u n asunto p e r s o n a l y solitario. "Todos
t l t o s libros", escribiö, despues de p r e p a r a r u n a lista de textos
»lagrados» e n t r e los q u e f i g u r a b a n los U p a n i s a d y los Pen-
•'iinirntos, "son l a e x p r e s i ö n s u b l i m e de l a conciencia u n i -
versal, y t i e n e n mäs que ver con nuestras ocupaciones diarias
11111 • el almanaque del ano e n curso o e l periödico de hoy. Pero
Ii.in de g u a r d a r s e e n e l a r m a r i o y leerse de r o d i l l a s . Sus
•nuenanzas n o h a n de darse n i recibirse con los labios n i con
i i punta de l a l e n g u a , sino c o n e l b r i l l o e n l a m i r a d a y e l
• " i .r/.ön p a l p i t a n t e " . E n silencio.
45
AI c o n t e m p l a r a san A m b r o s i o leyendo aquella tarde d e l
u n ' i«4, d i f i c i l m e n t e p o d r i a h a b e r c o m p r e n d i d o A g u s t i n l o
11111 • voia. P e n s ö que estaba v i e n d o a u n l e c t o r que trataba de
• 1111111 visitas molestas, y que reservaba la voz para sus clases.
Pf ro e n r e a l i d a d estaba v i e n d o a u n a m u l t i t u d , a u n ejercito
i!<' lo( tores silenciosos, e n t r e los que, a l o largo de m u c h o s
llglos, f i g u r a r i a n L u t e r o , C a l v i n o , E m e r s o n , y nosotros,
Ii \ i i i d o l o hoy.
79
 Aprender a leer
E E R E N v o z alta, leer e n silencio, l l e v a r e n

L l a m e n t e b i b l i o t e c a s i n t i m a s de palabras
recordadas, son h a b i l i d a d e s asombrosas que
a d q u i r i m o s mediante metodos inciertos. Antes
<• . u l q u i r i r esas h a b i l i d a d e s e l lector t i e n e que a p r e n d e r la
• tlica e l e m e n t a l de reconocer los signos comunes c o n que
sociedad h a d e c i d i d o comunicarse: d i c h o de o t r o modo, el
i < l o r ha de a p r e n d e r a leer. Claude L e v i - S t r a u s s c u e n t a
' u n o , cuando se hospedaba e n B r a s i l e n t r e los i n d i o s n a m -
ik wara, sus a n f i t r i o n e s , al v e r l o escribir, t o m a r o n su läpiz y
H ii.ipel, l l e n a r o n de garabatos u n a s l i n e a s i m i t a n d o sus
t t r a s y le p i d i e r o n que "leyera" lo que h a b i a n escrito. Los
. n i i h i k w a r a esperaban que sus garabatos fuesen t a n i n m e -
l a t a m e n t e i n t e l i g i b l e s p a r a L e v i - S t r a u s s c o m o los que
M n b i a el m i s m o . A Levi-Strauss, que h a b i a a p r e n d i d o a
1

| t r e n u n c e n t r o docente europeo, le r e s u l t a b a absurda la

*ea de que u n sistema de c o m u n i c a c i ö n fuese inmediata-
htnte c o m p r e n s i b l e p a r a c u a l q u i e r persona. Los metodos
I n n l o s que a p r e n d e m o s a leer no solo e n c a r n a n las c o n v e n -
• lones de n u e s t r a sociedad p a r t i c u l a r e n cuanto a la lectura
Pia escritura - l a canalizaciön de informaciön, las j e r a r q u i a s
ilr r o n o c i m i e n t o s y de p o d e r - sino que d e t e r m i n a n y l i m i t a n
Wernas las m a n e r a s e n q u e u t i l i z a m o s n u e s t r a h a b i l i d a d
como lectores.
Vivi d u r a n t e u n ano e n Selestat, u n p u e b l o frances situa-
i l n . i t reinta kilömetros al sur de Estrasburgo, e n el centro de
Iii l l . i n u r a alsaciana e n t r e e l R i n y los Vosgos. A l l i , e n la
l " i [iiena biblioteca m u n i c i p a l , se conservan dos voluminosos
i u.idernos escritos a m a n o . U n o t i e n e 300 p ä g i n a s y el otro
• l 1. e n ambos casos el p a p e l h a ido a m a r i l l e a n d o con el paso
i l r l o s siglos, p e r o la escritura, c o n t i n t a de diferentes colores,
Mgue s o r p r e n d e n t e m e n t e n i t i d a . A n o s despues sus p r o p i e -
I i i n o s procedieron a encuadernarlos para conservarlos
u n | o r , p e r o m i e n t r a s e r a n u t i l i z a d o s e r a n poco m ä s que
 ii i> i c n d e r a l e e r

unmiones de p ä g i n a s plegadas, c o m p r a d a s p r o b a b l e m e n t e
i n el puesto de a l g ü n l i b r e r o e n u n o de los mercados locales.
A I u r r t o s p a r a que p u e d a n e x a m i n a r l o s los v i s i t a n t e s de la
luhhoteca, son - s e g ü n e x p l i c a u n a tarjeta m e c a n o g r a f i a d a -
< uadernos de dos de los a l u m n o s de la escuela l a t i n a de
S«lestat d u r a n t e los Ultimos anos del siglo xv, de 1477 a 1501:
1 . u i l l a u m e G i s e n h e i m , de cuya v i d a solo se sabe lo que nos
lUenta su cuaderno, y Beatus Rhenanus, que se c o n v e r t i r i a
• ii h^ura destacada d e l m o v i m i e n t o h u m a n i s t a y e n e d i t o r
• Ii- muchas de las obras de Erasmo.
En Buenos A i r e s , e n m i s anos de escuela p r i m a r i a , t a m -
1 ni - II leniamos cuadernos "de lectura", escritos a m a n o y c u i -
'i.ulosamente i l u s t r a d o s c o n l ä p i c e s de colores. N u e s t r o s
1 '111nires y asientos estaban u n i d o s c o n soportes de h i e r r o e n
l ' i i ) ' . . i s filas de dos, que c o n d u c i a n a l e s c r i t o r i o d e l maestro,
1 Ii v.ido (no se nos escapaba el s i m b o l o de p o d e r ) sobre u n a
Ii ia, deträs de la c u a l colgaba el pizarrön. Cada p u p i t r e
i i 111.1 u n orificio p a r a el t i n t e r o de porcelana blanca e n el que
i.ihamos n u e s t r a s p l u m a s ; n o se nos a u t o r i z a b a a usar
• 11 Ii igräficas hasta tercer grado. C o n el paso de los siglos, si
1I1 u n b i b l i o t e c a r i o escrupuloso expusiera aquellos cuader-
h()N en v i t r i n a s de museo como objetos preciosos, ^que des-
• HIH i r i a n los visitantes? De los textos patriöticos, copiados
• 11 1'. 1 rrafos b i e n ordenados, p o d r i a n d e d u c i r que la retörica
pullt u a desbancaba e n n u e s t r a e d u c a c i ö n a los p r i m o r e s de
I i literatura; de nuestras ilustraciones, que a p r e n d i a m o s a
Hwiisf o r m a r aquellos textos e n e s l ö g a n e s (la fräse "Las M a l -
I Inas Son A r g e n t i n a s " se c o n v e r t i a e n dos manos enlazadas
• 111«irno a u n p a r de islas recortadas; "La B a n d e r a Es E l S i m -
• " • I " De N u e s t r a Patria", e n tres franjas de color o n d e a n d o
II > 11 • 111 < >). De la u n i f o r m i d a d de los comentarios los visitantes
|Miittl.111 c o n c l u i r que se nos ensenaba a leer no para disfrutar
in [una . i d q u i r i r c o n o c i m i e n t o s sino m e r a m e n t e p a r a i n c u l -
is moralejas. E n u n pais d o n d e la inflaciön alcanzaria
ilustre lector Beatus Rhenanus, coleccionista de libros y editor.
l lo el 200 p o r ciento m e n s u a l , esa era la ü n i c a m a n e r a
ih' I m 1,1 t a b u l a de la cigarra y la horrniga.
t u Selestat h u b o d i s t i n t a s escuelas. Desde el siglo x i v
 una h i s t o r i a de I a l e c t u r a
e x i s t i a u n a escuela l a t i n a , situada e n u n a p r o p i e d a d ecle-
siästica y sostenida t a n t o p o r e l m a g i s t r a d o m u n i c i p a l como
por la p a r r o q u i a . L a p r i m e r a , e n la que e s t u d i a r o n G i s e n h e i m
y R h e n a n u s , ocupaba u n a casa e n e l M a r c h e - V e r t , f r e n t e a
la iglesia de Saint Foy, d e l siglo x i . E n 1530, la escuela, m ä s
prestigiosa ya, se trasladö a u n e d i f i c i o mayor, f r e n t e a u n a
iglesia d e l siglo xm, Saint George: u n a casa de dos pisos, cuya
f a c h a d a estaba a d o r n a d a c o n u n fresco i n s p i r a d o r q u e
r e p r e s e n t a b a a las n u e v e musas j u g u e t e a n d o e n l a sagrada
f u e n t e de H i p o c r e n e , e n e l m o n t e H e l i c ö n . A I trasladarse la
2
escuela, e l n o m b r e de l a calle c a m b i ö de Lottengasse a Ba-
bilgasse, e n r e f e r e n c i a a l o s balbuceos {bablen, "balbucear"
e n e l dialecto alsaciano) de los escolares. Yo v i v i a a solo dos
manzanas de a l l i .
Desde p r i n c i p i o s d e l siglo x i v se sabe q u e e x i s t i e r o n dos
escuelas alemanas e n Selestat; m ä s adelante, e n 1686, abriö
sus p u e r t a s l a p r i m e r a escuela francesa, trece anos despues
de q u e L u i s x i v t o m a r a p o s e s i ö n d e l p u e b l o . E n aquellas
escuelas se e n s e n a b a a leer, escribir, c a n t a r y u n poco de
a r i t m e t i c a e n l e n g u a v e r n ä c u l a , y se aceptaba a todo t i p o de
a l u m n o s . E n u n c o n t r a t o de a d m i s i ö n a u n a de las escuelas
alemanas, e n t o r n o a l ano 1500, se especifica q u e e l maestro
instruirä "a los m i e m b r o s de los g r e m i o s y a otros alumnos
desde l a e d a d de doce anos, a s i c o m o a l o s n i n o s q u e no
p u e d a n i n c o r p o r a r s e a l a escuela l a t i n a , t a n t o v a r o n e s como
m u c h a c h a s " . A d i f e r e n c i a de l o s a l u m n o s de las escuelas
3
alemanas, e n l a escuela l a t i n a se e m p e z a b a a e s t u d i a r a los
seis anos, y s e g u i a n a l l i hasta estar p r e p a r a d o s p a r a la
u n i v e r s i d a d , a los trece o catorce. U n o s pocos se c o n v e r t i a n
e n ayudantes d e l m a e s t r o y seguian e n l a escuela hasta los
v e i n t e anos.
Si b i e n e l l a t i n c o n t i n u o s i e n d o e l i d i o m a b u r o c r ä t k o ,
eclesiästico y e r u d i t o e n l a m a y o r parte de E u r o p a hasta bien
e n t r a d o e l siglo x v n , y a a c o m i e n z o s d e l x v i l o s i d i o m a s
v e r n ä c u l o s e m p e z a b a n a g a n a r t e r r e n o . E n 1521, M a r t i n
L u t e r o iniciö l a p u b l i c a c i ö n d e s u B i b l i a alemana; e n 1520,
M i n d e r a l e e r
William T y n d a l e s a c ö a l a l u z s u t r a d u c c i ö n i n g l e s a de l a
Miliha e n C o l o n i a y W o r m s , y a q u e se h a b i a v i s t o forzado a
i i ' . m d o n a r l n g l a t e r r a b a j o a m e n a z a de muerte; e n 1530, tanto
i n Suecia como e n D i n a m a r c a , u n decreto d e l g o b i e r n o or-
'i'-11.1 ha q u e e n l a iglesia l a B i b l i a se l e y e r a e n l e n g u a
vi 1 näcula; e n Espana, a pesar de p r o h i b i r s e toda traducciön
| | la Biblia c o n e x c e p c i ö n de la Vulgata, f r a y L u i s de L e o n
. n l i i j o y comentö, e n 1562, El Cantar de los Cantares. E n la
ca de Rhenanus, s i n embargo, e l p r e s t i g i o y l a utilizaciön
1.1I d e l l a t i n p e r s i s t i a n o solo e n e l seno de l a I g l e s i a
Ina, donde los sacerdotes t e n i a n que u t i l i z a r l o p a r a las
monias litürgicas, sino t a m b i e n e n u n i v e r s i d a d e s como
i l r la Sorbona, a l a q u e R h e n a n u s q u e r i a asistir. L a s es-
• in l a s l a t i n a s , p o r c o n s i g u i e n t e , e s t a b a n a ü n m u y s o l i c i t a d a s .
I.(is centros docentes, t a n t o l a t i n o s como vernäculos, p o -
i i i . i n c ierto o r d e n e n la caötica existencia de los estudiantes
• Ii 1.1 haja E d a d M e d i a . Dado que se consideraba la erudiciön
' 1 u n "tercer poder", situado e n t r e l a Iglesia y e l Estado,
p a r t i r d e l siglo x n se les c o n c e d i e r o n a los e s t u d i a n t e s
Igunos p r i v i l e g i o s oficiales. E n 1158, Federico B a r b a r r o j a ,
n i | n r a d o r d e l Sacro i m p e r i o r o m a n o germänico, e x c l u y ö a
'1 rsiudiantes de la jurisdicciön de las autoridades seculares
i m i|>lo e n casos de delitos graves, garantizändoles a d e m ä s
vi iconducto p a r a viajar. U n p r i v i l e g i o concedido p o r Felipe
Oslo de F r a n c i a e n 1200 p r o h i b i a a l preboste de Paris
ivelarlos bajo n i n g ü n p r e t e x t o . Y desde E n r i q u e I I I e n
. 1111 e, todos los monarcas ingleses g a r a n t i z a r o n la i n m u -
| d secular a los estudiantes de O x f o r d , 4
l ' . n a asistir a las clases los estudiantes t e n i a n que pagar
1111 ula, cuya c u a n t i a estaba e n relaciön c o n su bursa, u n i -
Hl h.isada e n l o q u e les costaba s e m a n a l m e n t e l a cama y
iida. Si n o p o d i a n pagar, t e n i a n que j u r a r que "carecian
i lios de sustento" y e n ocasiones se les concedian becas
in ladas con subvenciones. E n e l siglo x v e r a n pobres e l
0 1 ciento de los estudiantes parisinos, e l 25 p o r ciento
• vieneses y e l 19 p o r c i e n t o d e los de L e i p z i g . P r i v i l e - 5
 una h i s t o r i a de Ia l e c t u r a
giados p e r o s i n u n c e n t i m o , deseosos de conservar sus d e -
r e c h o s p e r o poco seguros acerca d e c ö m o ganarse l a v i d a ,
m i l e s d e estudiantes v a g a b a n p o r los c a m i n o s v i v i e n d o de
l i m o s n a s y h u r t o s . U n o s pocos s o b r e v i v i a n f i n g i e n d o s e a d i -
v i n o s o hechiceros, v e n d i e n d o talismanes, p r e v i e n d o eclipses
o catästrofes, invocando espiritus, p r e d i c i e n d o el futuro,
ensenando oraciones p a r a sacar almas d e l p u r g a t o r i o , p r o -
p o r c i o n a n d o recetas p a r a p r o t e g e r las cosechas d e l pedrisco
y a l ganado d e sus enfermedades. A l g u n o s aseguraban ser
descendientes d e los d r u i d a s y se u f a n a b a n d e h a b e r pene-
t r a d o e l M o n t e de Venus, d o n d e h a b i a n sido i n i c i a d o s e n las
artes secretas; c o m o signo de e l l o l l e v a b a n sobre los h o m -
bros amarillas esclavinas de malla. M u c h o s i b a n de poblaciön
e n p o b l a c i ö n s i g u i e n d o a u n clerigo de m ä s edad a l que ser-
v i a n a c a m b i o de l a instrueeiön q u e les daba; a l m a e s t r o se
le conocia como bacchante (no de "Baco", sino d e l v e r b o bac-
chari, "vagar") y a sus diseipulos se los llamaba Schützen (pro-
t e c t o r e s ) e n a l e m ä n o bejaunes (necios) e n frances. Solo
aquellos q u e estaban decididos a hacerse clerigos o f u n c i o -
n a r i o s civiles b u s c a b a n los m e d i o s p a r a a b a n d o n a r l a vida
errante e ingresar e n u n centro de ensenanza como la escue- 6 1111111 > superar su estado de dependencia y de comunicaeiön
la l a t i n a de Selestat.
Los a l u m n o s que a e u d i a n a ella p r o c e d i a n de diferentes
partes de Alsacia y L o r e n a e i n c l u s o de lugares m ä s lejanos,
como Suiza. Quienes p e r t e n e c i a n a familias nobles (el caso de
Beatus Rhenanus) o burguesas p o d i a n elegir e n t r e alojarsr
e n l a p e n s i ö n r e g e n t a d a p o r e l r e c t o r y su esposa o quedarsr
c o m o huespedes de pago e n l a casa de s u t u t o r o, incluso, e n
u n a d e las posadas de l a l o c a l i d a d . Pero q u i e n e s h a b i a n
7 IHM lalilas de la L o y en el m o n t e Sinai, al n i n o q u e iba a ser
a f i r m a d o bajo j u r a m e n t o q u e e r a n demasiado pobres para
pagar l a m a t r i c u l a t r o p e z a b a n c o n grandes dificultades para
e n c o n t r a r cama y c o m i d a . E l suizo T h o m a s Platter, que liegt
a l a escuela e n 1495, a l a edad de 18 anos, " s i n saber n a d l
incapaz i n c l u s o de l e e r e l [Elio] D o n a t o [ e l m ä s conocido de
los m a n u a l e s medievales de gramätica, Ars de octo partihu •
orationis]",y que se sentia, e n t r e los estudiantes m ä s j ö v e n e l
"como u n a g a l l i n a e n t r e p o l l i t o s " , describiö e n su autobio
|i r c n d e r a l e e r
grnffa c ö m o e l y u n a m i g o se p u s i e r o n e n Camino e n busca
de instrueeiön. "Cuando llegamos a Estrasburgo, h a b l a m o s
• " i i muchos estudiantes pobres, q u i e n e s n o s d i j e r o n que l a
| H ucla de a l l i n o e r a buena, p e r o q u e h a b i a o t r a excelente
11! -ilestat. Por e l Camino nos encontramos c o n u n noble que
preguntö «^Dönde vais?» A I saber que nos d i r i g i a m o s a
'••tat, nos aconsejö q u e n o l o h i c i e r a m o s , explieändonos
• habia m u c h o s estudiantes pobres e n el p u e b l o y que sus
l a b i l antes d i s t a b a n m u c h o de ser ricos. A I o i r esto m i c o m -
i'. 111<TO se e c h ö a l l o r a r amargamente, m i e n t r a s exclamaba:
•/,A dönde i r e m o s e n t o n c e s ? » L o console diciendole: «Ten
U »eguridad de que si h a y quienes e n e u e n t r a n a l i m e n t o s e n
• f lestat, t a m b i e n m e las apanare y o p a r a que comamos los
4o>»." A m b o s l o g r a r o n s u b s i s t i r e n l a v i l l a u n o s c u a n t o s
nieses, p e r o despues de Pentecostes " l l e g a r o n nuevos e s t u -
itlantes de todas partes y y a n o m e f u e p o s i b l e c o n s e g u i r
l i n i i i d a para los dos, de m a n e r a que nos d i r i g i m o s a l p u e b l o
iti '•"leure" . 8
t u todas las sociedades e n las q u e se u t i l i z a l a e s c r i t u r a
render a l e e r t i e n e algo de iniciaeiön, de r i t o que p e r m i t e
i l i m e n t a r i a . A I n i n o o a l a n i h a que a p r e n d e n a leer se les
Xt partieipes de la m e m o r i a c o m u n i t a r i a p o r m e d i o de los
is, y de ese m o d o se f a m i l i a r i z a n c o n u n pasado c o m ü n
t renuevan, e n m a y o r o m e n o r grado, con cada lectura. E n
| »ex iedad j u d i a medieval, p o r ejemplo, el ritual de a p r e n d e r
1 leer se celebraba c o n s o l e m n i d a d . D u r a n t e l a fiesta de
1 11 istes, e n la que se c o n m e m o r a l a entrega a Moises de
ii lado se le e u b r i a c o n u n c h a l de oraeiön y su p a d r e l o
"M\VA a l maestro. Este sentaba a l n i n o e n s u regazo y l e
»•II .in.iba una p i z a r r a en la que estaban escritos el alfabeto
ilueo, u n pasaje de las Escrituras y las p a l a b r a s " jOjalä sea
i W n t u oeupaeiön!" E l m a e s t r o leia e n v o z alta todas las
1 I I H is y e l n i n o las repetia. L u e g o se u n t a b a c o n m i e l l a
M I 1.1 y e l n i n o l a l a m i a , a s i m i l a n d o a s i c o r p o r a l m e n t e las
I.du as sagradas. T a m b i e n se e s c r i b i a n versiculos b i b l i c o s
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a ' i n d e r a leer

e n huevos cocidos ya pelados o e n pastelitos de m i e l , que el

n i n o comia despues de leerle a l maestro los versiculos e n voz
alta 9.
A u n q u e es arriesgado generalizar acerca de varios siglos
y de tantos paises, cabe a f i r m a r q u e e n l a sociedad cristiana
de l a baja E d a d M e d i a y p r i n c i p i o s d e l R e n a c i m i e n t o a p r e n
der a leer y a e s c r i b i r era - f u e r a de l a I g l e s i a - p r i v i l e g i o casi
exclusivo de l a aristocracia y (a p a r t i r d e l siglo xm) de l a alta
b u r g u e s i a . A u n q u e e x i s t i a n nobles y grands bourgeois que
c o n s i d e r a b a n l a l e c t u r a y l a e s c r i t u r a tareas serviles, ade-
cuadas ü n i c a m e n t e p a r a clerigos p o b r e s , a l a m a y o r i a de
10

los n i n o s y a bastantes n i n a s de esas clases sociales se les

e n s e n a b a n m u y p r o n t o las letras. L a n o d r i z a , si sabia leer,
i n i c i a b a l a ensenanza, y p o r esa razön h a b i a q u e escogerla
c o n e l m a y o r c u i d a d o , p u e s t o q u e n o solo p r o p o r c i o n a b a
leche sino q u e h a b i a de g a r a n t i z a r u n h a b i a y u n a p r o n u n
ciaciön correctas . E l g r a n h u m a n i s t a y e r u d i t o i t a l i a n o Leon
11

I M mndres del siglo xv ensenando a sus hijos a leer: izquierda, la Virgen y el Nino;
Bautista A l b e r t i , e n sus escritos entre 1435 y 1444, senalö que iti i n IM, snnta Ana con Maria nina.
"el cuidado de los n i n o s m u y pequenos es tarea femenina,
de las nodrizas o de l a m a d r e " , y que debia e n s e n ä r s e l e s el
12

alfabeto a l a edad m ä s t e m p r a n a posible. Los n i n o s a p r e n -
d i a n a leer f o n e t i c a m e n t e r e p i t i e n d o letras que l a n o d r i z a <>
la m a d r e les senalaban e n u n a c a r t i l l a o abecedario. (Tam-
b i e n yo a p r e n d i de esa m a n e r a , ya q u e m i n i n e r a m e leia las
letras e n n e g r i t a de u n a n t i g u o l i b r o ingles ilustrado, y me
hacia r e p e t i r los sonidos u n a y o t r a vez.) L a i m a g e n de la
m a d r e maestra e r a t a n c o r r i e n t e e n l a i c o n o g r a f i a cristiana
como i n f r e c u e n t e l a de estudiantes m u j e r e s e n las r e p r e
sentaciones de las aulas. E x i s t e n n u m e r o s a s i m ä g e n e s de
M a r i a sosteniendo u n l i b r o delante d e l N i n o Jesus, asi como
de santa A n a ensenando a M a r i a , p e r o n o de Jesucristo n i de
su M a d r e a p r e n d i e n d o a e s c r i b i r n i escribiendo; l o que se
consideraba esencial p a r a e x p l i c i t a r l a c o n t i n u i d a d de las
Sagradas E s c r i t u r a s era l a idea de Jesucristo leyendo e l A n
im inanual de pedagogia e n doce libros. De institutione ora-
N" tu, m u y i n f l u y e n t e a l o largo de t o d o e l Renacimiento. E n
#1 (/uintiliano aconsejaba:"Algunos sostienen que a los ninos
H P »e les debe ensenar a leer hasta los siete anos, p o r ser la
• il.nl mäs t e m p r a n a e n la q u e p u e d e n sacar p r o v e c h o de l a
llinli'ueciön y soportar el esfuerzo d e l aprendizaje. Son, s i n
• lliltargo, m ä s sabios q u i e n e s s o s t i e n e n q u e n o se debe
iiiiiniener e n barbecho la mente del n i n o n i u n solo momento.
l i h i p o , p o r ejemplo, a u n q u e concede a las n o d r i z a s u n
l»<liiad<> de tres afios, m a n t i e n e de todos m o d o s q u e f i g u r a
»nii<- ,us deberes la formaciön de l a m e n t e d e l n i n o e n l o
•» 1 111 vo a los p r i n c i p i o s fundamentales. ^Por que, entonces,
| | ION ninos son susceptibles de formaciön m o r a l , no t e n d r i a n
Wbß i e r capaces de e d u c a c i ö n l i t e r a r i a ? " ' 3

t i g u o Testamento. Despues de a p r e n d i d a s las letras, se c o n t r a t a b a a

Q u i n t i l i a n o , e l abogado r o m a n o d e l siglo 1 a q u i e n l>i> p i * f t t r o s c o m o t u t o r e s p r i v a d o s (si l a f a m i l i a se l o p o d i a
m i c i a n o confiö l a e d u c a c i ö n de sus sobrinos nietos, escribio |N*i ir) p a r a los varones, dejando a l a m a d r e l a e d u c a c i ö n
 una h i s t o r i a de la lectura p ' <• n d e r a l e e r

de las chicas. A u n q u e e n e l siglo x v l a m a y o r i a de los hogares

a c o m o d a d o s d i s p o n i a n d e l espacio, e l s i l e n c i o y e l e q u i -
p a m i e n t o p a r a l a ensenanza a d o m i c i l i o , l a m a y o r i a de los
eruditos r e c o m e n d a b a n que a los varones se los educara lejos
de l a f a m i l i a , e n c o m p a n i a de otros chicos; p o r o t r a parte, los
m o r a l i s t a s medievales d i s c u t i e r o n acaloradamente las v e n -
tajas de l a e d u c a c i ö n - p ü b l i c a o p r i v a d a - p a r a las chicas. "No
es c o n v e n i e n t e q u e las jovencitas a p r e n d a n a l e e r y escribir
a n o ser que deseen hacerse monjas, p o r q u e , de l o contrario,
al a l c a n z a r l a m a y o r i a de edad, p o d r i a n e s c r i b i r o r e c i b i r
cartas de a m o r " , a d v e r t i a e l n o b l e Felipe de N o v a r a , si bien
14

algunos de sus c o n t e m p o r ä n e o s n o estaban de acuerdo. "Las

j ö v e n e s d e b e n saber leer p a r a q u e a p r e n d a n l a v e r d a d e r a fe
y se p r o t e j a n c o n t r a los p e l i g r o s q u e a m e n a z a n e l alma",
a r g u m e n t a b a e l caballero D e l a T o u r L a n d r y . A las ninas
1 5

nacidas e n hogares acomodados se las enviaba c o n frecuen-
cia a l a escuela p a r a a p r e n d e r a leer y escribir, c o n e l f i n de
p r e p a r a r l a s p a r a l a v i d a c o n v e n t u a l . E n los hogares aristo-
cräticos de E u r o p a e r a p o s i b l e e n c o n t r a r m u j e r e s c o n una
excelente e d u c a c i ö n .
A n t e s de mediados d e l siglo x v l a ensenanza e n l a escuela
l a t i n a de Selestat h a b i a sido r u d i m e n t a r i a y m e d i o c r e , de
a c u e r d o c o n los p r e c e p t o s c o n v e n c i o n a l e s de l a tradiciön
escolästica. D e s a r r o l l a d a sobre t o d o e n los siglos x n y x m por
filösofos p a r a quienes "pensar e r a u n arte c o n leyes m e t i
culosamente establecidas" , l a escolästica d e m o s t r ö ser u n
16
m e t o d o ütil p a r a c o n c i l i a r los preceptos de l a fe religiosa con
los a r g u m e n t o s de l a razön, d a n d o como r e s u l t a d o u n a con-
cordia discordantium o " a r m o n i a e n t r e d i s t i n t a s opiniones"
que p o d i a despues u t i l i z a r s e como p u n t o de argumentaciön
Pronto, s i n embargo, l a escolästica se convirtiö e n u n metodo
p a r a defender ideas m ä s q u e p a r a desarrollarlas. E n e l islarfl
sirviö p a r a establecer e l d o g m a oficial; dado q u e n o se celo
b r a b a n n i c o n c i l i o s n i s i n o d o s p a r a ese f i n , l a concorüm
discordantium, l a o p i n i ö n que superaba todas las o b j e c i o n c .
se c o n v e r t i a e n o r t o d o x i a . E n e l m u n d o c r i s t i a n o , aunque
17
c o n variaciones considerables de u n i v e r s i d a d e n u n i v e r s i
I enas escolares de eomienzos del siglo xv en las que se muestra la r e l a c i ö n
Ufa entre maestros y alumnos: izquierda Aristoteles y sus discipulos; derecha
läse a n ö n i m a .
Wd la escolästica seguia i n f l e x i b l e m e n t e los preceptos de
^ i . i d t e l e s p o r m e d i a c i ö n de filösofos c r i s t i a n o s de los
II imeros tiempos como Boecio (siglo v), c u y o D e c o n s o l a t i o n e
\htlosophiae (que A l f r e d o e l G r a n d e t r a d u j o a l ingles) gozö
le i;i an p r e d i c a m e n t o a l o largo de l a E d a d M e d i a . Esencial-
" e l m e t o d o escolästico consistfa e n poco m ä s q u e e n
' l i e . i i ar a los estudiantes a c o n s i d e r a r u n texto de acuerdo
Ml i lertos c r i t e r i o s preestablecidos y o f i c i a l m e n t e a p r o b a -
• • • i uo se les i n c u l c a b a n cuidadosamente y con g r a n esfuer-
" Por lo q u e se r e f i e r e a l a ensenanza de la lectura, e l exito
I i metodo dependia m ä s de la perseverancia de los alumnos
su i n t e l i g e n c i a . A m e d i a d o s d e l siglo x m , A l f o n s o e l
Iblo se extendia sobre este p u n t o : " B i e n y l e a l m e n t e deben
I I maestros m o s t r a r sus saberes ä los escolares leyendoles
I libros y faciendogelos e n t e n d e r lo m e j o r que ellos p u d i e -
o ei desque c o m e n z a r e n ä leer d e b e n c o n t i n u a r e l estudio
» v i a fasta que h a y a n acabados los libros que comenzaron,
e u < uanto f u e r e n sanos n o n d e b e n m a n d a r ä otros q u e
 una h i s t o r i a de I a l e c t u r a r t n d e r a l e e r

Uli i) corriente (las sillas

i i " se p o p u l a r i z a r o n e n la
I i i m p a cristiana hasta e l
«IKIO XV). U n a escultura
• 11 niärmol de u n a t u m b a
IM 1I1 mesa, de mediados del
| l i 1 xiv, muestra a u n ma-
Iro sentado e n u n b a n -
el l i b r o a b i e r t o sobre
<".( ritorio que tiene de-
IAIIIC, m i r a n d o e n d i r e c -
u a sus a l u m n o s . C o n
m. 1 1 1 0 i z q u i e r d a sujeta
in 1.1 pägina, m i e n t r a s que
Eseena en una escuela francesa a comienzos del siglo xvi. Inn 1.1 derecha parece es-
recalcando u n p u n t o ,
I vez una explicaciön so- Un maestro sigue ensenando m ä s allä de
l e a n e n su logar dellos, fueras ende s i a l g u n o dellos mandase la tumba, su p r o f e s i ö n conmemorada en
p el pasaje q u e acaba de
un sepulcro bolones de mediados del siglo
ä o t r o leer a l g u n a vez p o r facerle h o n r a et n o n p o r r a z o n de I 'i 1 voz alta. L a m a y o r i a
se excusar e l d e l trabajo de leer"' . 8
i r . ilustraciones p r e s e n t a n a los estudiantes sentados e n
Ya avanzado e l siglo x v i , e l m e t o d o e s c o l ä s t i c o seguia II >s, sosteniendo hojas rayadas o tablillas enceradas p a r a
v i g e n t e e n las u n i v e r s i d a d e s y e n las escuelas p a r r o q u i a h ar notas, o de p i e a l r e d e d o r d e l p r o f e s o r c o n l i b r o s
monästicas y catedralicias de toda E u r o p a . Estas escuelas. ins U n c a r t e l de 1516, e n e l q u e se a n u n c i a u n a escuela,
antecesoras de la escuela l a t i n a de Selestat, se i n i c i a r o n en senta a dos adolescentes t r a b a j a n d o sobre u n banco,
los siglos iv y v, a raiz de l a decadencia d e l sistema educativo 111.1111 >s sobre sus textos, m i e n t r a s a la derecha u n a m u j er
r o m a n o , y f l o r e c i e r o n e n e l siglo ix, c u a n d o C a r l o m a g i m 1 nI.i ante u n a t r i l se o c u p a de u n n i n o m u c h o m ä s
o r d e n ö que todas las catedrales e iglesias p r o p o r c i o n a i . m 1 • 1111 y le senala c o n e l dedo la pägina; a la i z q u i e r d a otro
centros p a r a educar a los clerigos e n las d i s c i p l i n a s do l | ii.mte, q u e p r o b a b l e m e n t e n o t i e n e m ä s allä de q u i n c e
lectura, l a escritura, e l canto y e l cälculo. E n e l siglo x, cuandi • i i " pie ante o t r o a t r i l , lee de u n l i b r o abierto, m i e n t r a s
el r e n a c e r de las ciudades exigiö l a creaciön de centros pa i .1 l l t r o , tras el, sostiene u n m a n o j o de varas de a b e d u l
la ensenanza bäsica, se c r e a r o n escuelas e n t o r n o a la figiu .1 (astigarlo si n o trabaja. L a vara, tanto como el libro, serä
de u n maestro, d e l que pasaba a d e p e n d e r e l p r e s t i g i o do I.i nii' muchos siglos el e m b l e m a d e l maestro.
escuela. l 11 la escuela l a t i n a de Selestat, a los estudiantes se les
Los aspectos materiales de los centros docentes n o c a n i flnba p r i m e r o a leer y escribir; despues a p r e n d i a n las
b i a r o n m u c h o desde los t i e m p o s de Carlomagno. Las clasoN n . i i n i a s d e l trivium: g r a m ä t i c a sobre todo, r e t o r i c a y
se i m p a r t i a n e n u n a habitaciön a m p l i a . E l maestro se situalix Rica. Como n o todos los estudiantes l l e g a b a n sabiendo
a n t e u n elevado a t r i l , o e n ocasiones ante u n a mesa, en un 11M. la l e c t u r a empezaba c o n u n abecedario o c a r t i l l a y
 una h i s t o r i a de la lectura r e n d e r a l e e r

• 1' • 1111 e al apresurarse a t o m a r

notas, pero a m e n u d o c o m o
im.mera h a b i t u a l de e s c r i b i r
Ulla p a l a b r a - q u i z ä p a r a
»In iirar papel-, de manera que
l 1 i n t o r n o solo tenia que sa-
l " i leer f o n e t i c a m e n t e sino
1 imhien reconocer lo que r e -
l ' i r s e n t a b a la a b r e v i a t u r a .
Un cartel anunciando una escuela, pintado en 1518 por Ambrosius Holbein.
1
m.ii mente, t a m p o c o l a o r t o -
i'.i.Hia era u n i f o r m e ; la m i s m a
c o n colecciones de oraciones sencillas como el Padre Nues- l-nl.ibra podia presentarse de ... .
tro, e l Ave M a r i a y e l Credo. Despues de este aprendizaje r u - diferentes m o d o s 22 M m
' "
a t u r a u m i n a d a q u e p r e s e n t a a u n

maestro preparado para castigar a su

d i m e n t a r i o , los estudiantes t r a b a j a b a n c o n varios manuales
de l e c t u r a q u e se u t i l i z a b a n e n l a m a y o r i a de las escuelas
medievales: Ars de octo partibus orationis, de Donato; l a Doc-
trinale puerorum, d e l f r a i l e franciscano A l e x a n d r e de V i l l e -
d i e u ; y e l m a n u a l de dialectica de Pedro H i s p a n o , titulado
Summulae logicales. Pocos estudiantes t e n i a n d i n e r o sufi-
c i e n t e p a r a c o m p r a r l i b r o s , y a m e n u d o solo e l maestro
19
poseia los costosos v o l ü m e n e s . E l p r o f e s o r copiaba las
complicadas reglas de gramätica e n l a p i z a r r a , de o r d i n a r i o
sin explicarlas, y a que, s e g ü n l a pedagogia eclesiästica, en-
t e n d e r lo que se a p r e n d i a n o era r e q u i s i t o d e l conocimiento.
A los a l u m n o s se los obligaba a a p r e n d e r las reglas de me-
m o r i a . Como cabia esperar, los resultados eran, muchas ve-
ces, decepcionantes . Jakob W i m p f e l i n g (que llegaria a ser,
20
c o m o Rhenanus, u n o de los h u m a n i s t a s mäs destacados de
su epoca), a l u m n o de la escuela l a t i n a de Selestat a principios
Siguiendo el metodo esco- alumno, en una t r a d u c c i ö n francesa de
1.1 •tu O se ensenaba a los es la Po//'f/co de Aristoteles, de finales del
siglo xv.
1
' 1 • 11.1 ntes a leer de cabo a rabo
I" ntarios ortodoxos que e r a n e l e q u i v a l e n t e de nuestros
•I'Mutes r e s u m i d o s de clase. L o s a l u m n o s n o t e n i a n q u e
i p r e n d e r los textos o r i g i n a l e s - n i los de los Padres de l a
Iglesia n i , e n m u c h o m e n o r n ü m e r o , los de los a n t i g u o s
1 tores paganos-, sino q u e se llegaba a ellos a traves de
IIII.I serie de pasos establecidos. P r i m e r o la lectio, o anälisis
Mi.imatical e n e l q u e se i d e n t i f i c a b a n los elementos sintäc-
ii' ns de cada fräse; esto llevaba a l a littera o sentido l i t e r a l
•I' l ii-xto. Por m e d i o de l a littera los estudiantes captaban e l
'••n -ns, o significado d e l texto s e g ü n las distintas i n t e r p r e -
1
»es aceptadas. E l proceso concluia con u n a exegesis - l a
' ntcntia- e n la que se d i s c u t i a n las o p i n i o n e s de los c o m e n -
l l r l s t a s aceptados . E l v a l o r de t a l lectura n o t e n i a nada que
23

del decenio de 1450, c o m e n t a b a anos despues q u e quienes
h a b i a n e s t u d i a d o s e g ü n e l a n t i g u o sistema "no sabian n i
h a b l a r l a t i n n i c o m p o n e r u n a carta o u n poema, n i s i q u i e r i
explicar las oraciones utilizadas e n la m i s a " . E r a n varios los
21
n d e s c u b r i r e n e l texto u n significado personal, sino
" " i la capacidad p a r a e x p o n e r y c o m p a r a r las i n t e r p r e t a -
' 1 s
de autoridades reconocidas, y convertirse de ese modo

• 11 un hombre mejor". Con tales ideas,el profesor de retörica

factores q u e d i f i c u l t a b a n l a l e c t u r a p a r a u n p r i n c i p i a n l e
H l siglo x v L o r e n z o G u i d e t t i r e s u m i ö a s i l a f i n a l i d a d de
Como hemos visto, e n e l siglo xv l a p u n t u a c i ö n todavia er.i
• 11 M-nar a d e c u a d a m e n t e a leer: "Porque c u a n d o u n b u e n
errätica, y las m a y ü s c u l a s se u t i l i z a b a n de m a n e r a incohe-
i n . i r s i r o procede a e x p l i c a r c u a l q u i e r pasaje, s u objeto es
rente. M u c h a s palabras se a b r e v i a b a n , a veces p o r e l estu
•Ulli slrar a sus a l u m n o s a h a b l a r c o n elocuencia y a v i v i r

108
 p r e n d e r a l e e r
una h i s t o r i a de Ia l e c t u r a

I Ii 'i ras. Si b i e n D r i n g e n b e r g h a b i a concentrado sus esfuer-

v i r t u o s a m e n t e . Si e n e l texto aparece alguna fräse oscura que
|os e n dar a conocer a sus a l u m n o s los textos de los Padres
n o c o n t r i b u y e a n i n g u n o de esos dos fines, p e r o es fäcilmente
• le l, 1 Iglesia, H o f m a n p r e f e r i a los cläsicos griegos y l a t i n o s . 28

explicable, estoy a favor, e n ese caso, de e x p l i c a r l a . Si el sig-

j j l l o d e sus diseipulos s e n a l ö que, a l i g u a l q u e D r i n g e n b e r g ,
nificado n o es evidente, n o considerare negligente a l maestro
l Ii'I man aborrecia los antiguos c o m e n t a r i o s y glosas" ; e n 29

que p r e s c i n d a de explicarlo. Pero si insiste e n sacar a r e l u c i r

cosas t r i v i a l e s q u e e x i g e n m u c h o t i e m p o y esfuerzo, l o
llamare simplemente pedante" . 24
E n 1441, Jean de Westhus, sacerdote de l a p a r r o q u i a de
Selestat y m a g i s t r a d o local, decidiö n o m b r a r a u n licenciado
de l a u n i v e r s i d a d de H e i d e l b e r g - L o u i s D r i n g e n b e r g - para
el p u e s t o de d i r e c t o r de l a escuela. I n s p i r ä n d o s e e n los e r u -
ditos h u m a n i s t a s de l a epoca, que p o n i a n e n d u d a l a i n s -
trueeiön t r a d i c i o n a l e n I t a l i a y e n los Paises Bajos, y cuya
de o b l i g a r a la clase a atravesar u n p a n t a n o de reglas
" r i m a t i c a l e s , pasaba r ä p i d a m e n t e a l a l e c t u r a de los textos
e.inos, a f i a d i e n d o l e s g r a n a b u n d a n c i a de aneedotas ar-
nlögicas, geogräficas e histöricas. O t r o a l u m n o suyo r e -
aba que, d e s p u e s de h a b e r l o s g u i a d o a t r a v e s de las
as de Ovidio, Cicerön, Suetonio, V a l e r i o Mäximo, M a r c o
i n i u o Sabelico y otros, l l e g a r o n a la u n i v e r s i d a d "con u n
d u m i n i o perfecto d e l l a t i n y u n p r o f u n d o c o n o e i m i e n t o de la
nmätica" . S i n d e s e u i d a r la c a l i g r a f i a , "arte de e s c r i b i r
30

e x t r a o r d i n a r i a i n f l u e n c i a estaba l l e g a n d o g r a d u a l m e n t e a .unente", la capacidad de leer con soltura, de manera p r e -

F r a n c i a y a A l e m a n i a , D r i n g e n b e r g i n t r o d u j o cambios f u n - e inteligente, "extrayendo c o n h a b i l i d a d d e l texto hasta
damentales. M a n t u v o los a n t i g u o s m a n u a l e s de l e c t u r a de Ii una gota de significado", era p a r a H o f m a n de la mäxima
Donato y Alexandre, p e r o hizo uso ünicamente de ciertas sec- ortancia.
ciones de sus libros, p e r m i t i e n d o que se c o m e n t a r a n e n clase;
l . i m p o c o s i g n i f i c a eso q u e e n l a clase de H o f m a n se
e x p l i c ö las r e g l a s de g r a m ä t i c a , e n l u g a r de o b l i g a r a los
M e n t e r a m e n t e al a r b i t r i o de los estudiantes la i n t e r -
estudiantes a m e m o r i z a r l a s ; d e s e c h ö los c o m e n t a r i o s y glo-
1.11 iön de los textos; antes b i e n , p o r e l c o n t r a r i o , se los
sas tradicionales, que, s e g ü n deseubriö, "no a y u d a b a n a los
Ii/.iba de m a n e r a s i s t e m ä t i c a y c o n m u c h o r i g o r ; se
a l u m n o s a a d q u i r i r u n l e n g u a j e e l e g a n t e " , y trabajö en
25

•Jan ensenanzas morales de las palabras copiadas, asi

c a m b i o c o n los textos cläsicos de los m i s m o s Padres de la
111 ortesia, u r b a n i d a d , fe y consejos para evitar los vicios:
Iglesia. D e s e n t e n d i e n d o s e e n g r a n m e d i d a de los conven-
eptos sociales de todo tipo, desde los buenos modales e n
cionales t r a m p o l i n e s de los comentaristas escolästicos, y per
esa hasta los peligros de los siete pecados capitales. " U n
m i t i e n d o que la clase d i s c u t i e r a los textos que se ensenaban
• t r o " , escribiö u n c o n t e m p o r ä n e o de H o f m a n , "no debe
(aunque t o d a v i a g u i a n d o con m a n o f i r m e las discusiones),
Rar solo a l e e r y a escribir, s i n o t a m b i e n m o r a l i d a d y
D r i n g e n b e r g c o n c e d i ö a sus a l u m n o s u n g r a d o de l i b e r t . x l d e s cristianas; h a de esforzarse p o r p l a n t a r e n e l a l m a
desconocido hasta entonces. N o le asustaba l o que G u i d e t t i
o la s e m i l l a de la v i r t u d ; esto es i m p o r t a n t e , porque,
h a b i a descartado como "cosas t r i v i a l e s " . C u a n d o falleciö en
<> dice Aristoteles, u n a p e r s o n a se c o m p o r t a e n la v i d a
1477, e n Selestat se h a b i a n puesto los eimientos p a r a ensenar
n uerdo c o n la e d u c a c i ö n que h a r e e i b i d o ; todos los
a leer de u n a m a n e r a d i s t i n t a . 26

llos, especialmente los buenos, si se h a n enraizado e n el

E l sucesor de D r i n g e n b e r g fue Crato H o f m a n , t a m b i e n
l i n i n a n o d u r a n t e su j u v e n t u d , n o se p u e d e n a r r a n c a r
licenciado de H e i d e l b e r g , e r u d i t o de v e i n t i s i e t e anos a quien
pues" '.3

sus alumnos recordaban como "alegremente estricto y estrir

1.1 is i uadernos de R h e n a n u s y G i s e n h e i m que se conser-
tamente alegre" , siempre dispuesto a u t i l i z a r la p a l m e t a cofl
27

r n Selestat c o m i e n z a n c o n oraciones p a r a e l d o m i n g o y
q u i e n n o se consagraba con suficiente seriedad a l estudio de

110
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a I f tn d e r a l e e r

c o n selecciones de los Salmos

q u e se e s c r i b i a n e n l a pizarra
e l p r i m e r d i a de clase y quo
luego c o p i a b a n los alumnos.
P r o b a b l e m e n t e se los sabian
y a de m e m o r i a ; a l c o p i a r l o s
m a q u i n a l m e n t e - s i n saber to-
davia leer- asociarian las series
IIP 1 de palabras con los sonidos de
las lineas memorizadas, como
e n e l metodo "global" para en-
senar a leer expuesto dos si-
glos m ä s t a r d e p o r Nicolas
A d a m e n su Vraie manierc
d'apprendre une langue quel-
Deslizando las manos sobre un texto
conque ["La v e r d a d e r a m a I I t'uuderno escolar de Beatus Rhenanus adoleseente, que se conserva en la
en braille, Helen Keller lee, sentada lllillnina Humanista de Selestat.
junto a una ventana. n e r a de a p r e n d e r c u a l q u i e r
idioma"]: "Cuando ensenamos
u n objeto a u n n i n o , u n vestido, p o r ejemplo, £se nos ocurre (lal.ilu a s f o r m a n d o pequenas frases; p e r o antes de p o n e r las
m o s t r a r l e p o r s e p a r a d o los a d o r n o s p r i m e r o , l u e g o las fin »»es e n e l marco las convertia en objetos. Buscaba los trozos
mangas, despues el delantero, a continuaciön los bolsillos, los lt< i . 11 >el que representaban, p o r ejemplo, muneca, estä, sobre,
b o t o n e s y asi s u c e s i v a m e n t e ? Por s u p u e s t o q u e n o ; se lo i unm y colocaba cada sustantivo sobre e l objeto respectivo;
e n s e n a m o s e n t e r o y le decimos: esto es u n vestido. A s i es |lii*K» colocaba m i m u n e c a sobre l a cama c o n las palabras
cömo los ninos a p r e n d e n a h a b l a r escuchando a sus nodrizas; f j M , sobre, cama e n o r d e n j u n t o a l a muneca, f o r m a n d o asi
^por que n o hacer l o m i s m o c u a n d o les ensenamos a leer? in I.I I rase c o n las palabras y a l m i s m o tiempo, dando r e a l i d a d
O c ü l t e n s e l e s todos los abecedarios y m a n u a l e s de frances y I IM I d e a d e la fräse mediante las cosas mismas" . Para la n i n a
33

l a t i n ; entretengaselos c o n palabras completas que pueden
e n t e n d e r y que r e t e n d r ä n con m u c h a m ä s f a c i l i d a d y gusto
que letras y silabas i m p r e s a s " . 32
E n n u e s t r a epoca los ciegos a p r e n d e n a leer de manera
similar, " s i n t i e n d o " la p a l a b r a e n t e r a - q u e y a c o n o c e n - en
l u g a r de d e s c i f r a r l a l e t r a a l e t r a . A I r e c o r d a r sus anos de
a p r e n d i z a j e , l a c e l e b r e ciega H e l e n K e l l e r decia que, tan
p r o n t o como aprendiö a deletrear, su profesor le daba trocitos
de cartön con palabras completas impresas e n relieve. "Ense
g u i d a a p r e n d i que cada p a l a b r a r e p r e s e n t a b a u n objeto, un
acto o u n a c u a l i d a d . D i s p o n i a de u n m a r c o p a r a colocar las
ftffKA, d a d o que las palabras e r a n objetos concretos que se
Im u l i a n , e r a posible i n t e r c a m b i a r l a s , como signos d e l l e n -
MUhJc, c o n l o s objetos que r e p r e s e n t a b a n . Por supuesto, n o
HM ese e l caso de los estudiantes de Selestat, p a r a quienes
Ihr p a l a b r a s d e la pägina seguian siendo signos abstractos.
I.I m i s m o c u a d e r n o se u t i l i z a b a a lo largo de varios anos,
l " ' ililementeporrazonesdeahorro,enrazöndelpreciodel
c n»-I pero quizä, m ä s p r o b a b l e m e n t e , p o r q u e H o f m a n que-
i t i t | u e s u s a l u m n o s c o n s e r v a r a n u n r e g i s t r o de sus p r o -
iii i'si is La l e t r a de R h e n a n u s apenas m u e s t r a c a m b i o alguno
il i " p i . u diferentes textos a lo largo de los anos. U t i l i z a n d o
 una h i s t o r i a de la l e c t u r a
s i e m p r e el centro de l a pägina, con a m p l i o s m ä r g e n e s y c o n -
siderable s e p a r a c i ö n e n t r e las lineas p a r a u l t e r i o r e s glosas
y comentarios, su letra i m i t a la caligrafia götica de los manus-
critos alemanes d e l siglo xv, la elegante l e t r a que G u t e n b e r g
c o p i a r i a c u a n d o p r e p a r a b a l a s l e t r a s p a r a s u B i b l i a . Los
trazos, decididos y claros de l a copia h e c h a p o r s u p r o p i a
mano, e n tinta morada brillante, p e r m i t i a n a Rhenanus
seguir el texto cada vez c o n m a y o r soltura. E n varias päginas
e n c o n t r a m o s i n i c i a l e s a d o r n a d a s (que m e r e c u e r d a n los
complicados rötulos con que yo e m b e l l e c i a m i s deberes con
la esperanza de conseguir mejores notas). Despues de las
oraciones y las breves citas de los Padres de l a Iglesia -todas
c o n notas gramaticales y etimolögicas a t i n t a negra e n los
m ä r g e n e s y e n t r e lineas, acompanadas, a veces, p o r obser
vaciones criticas p r o b a b l e m e n t e anadidas m ä s adelante cn
la c a r r e r a d e l e s t u d i a n t e - los c u a d e r n o s p r o s i g u e n c o n el
estudio de d e t e r m i n a d o s escritores cläsicos.
H o f m a n subrayaba l a p e r f e c c i ö n g r a m a t i c a l de aquellos
textos, p e r o de c u a n d o e n c u a n d o se sentia i m p u l s a d o I
r e c o r d a r a sus a l u m n o s que s u l e c t u r a , ade m ä s de m e t i c u -
l o s a m e n t e a n a l i t i c a , h a b i a de ser u n a s u n t o d e l corazön.
Puesto que e l h a b i a e n c o n t r a d o belleza y s a b i d u r i a e n los
textos antiguos, a n i m a b a a sus a l u m n o s a buscar, e n las pa-
labras escritas p o r personas desaparecidas m u c h o t i e m p o
aträs, algo que les h a b l a r a p e r s o n a l m e n t e , e n sus circuns
tancias p a r t i c u l a r e s y e n s u p r o p i a epoca. E n 1498, pol
ejemplo, cuando e s t u d i a b a n los l i b r o s IV, V y V I de los Fasti
de Ovidio, y a l ano siguiente, c u a n d o c o p i a r o n las p r i m e r a !
p ä g i n a s de las Bucölicas de V i r g i l i o y luego, e n su totalidad,
las Geörgicas, u n a apresurada p a l a b r a de elogio a q u i y alli,
una glosa entusiasta a n a d i d a a l m a r g e n , nos p e r m i t e ima
g i n a r que, e n a q u e l verso concreto, H o f m a n se e x p l a y ö coa
sus a l u m n o s p a r a c o m p a r t i r c o n ellos s u a d m i r a c i ö n y SU
deleite.
E x a m i n a n d o las notas de G i s e n h e i m , anadidas a l texto
t a n t o e n l a t i n como e n a l e m ä n , p o d e m o s seguir e l tipo d l
lectura analitica que se llevaba a cabo e n l a clase de H o f m . 111
r e n d e r a l e e r
Ui l i a s d e las palabras que G i s e n h e i m escribiö e n los mär-
H'iies de s u copia l a t i n a son s i n ö n i m o s o t r a d u c c i o n e s ; a
Vt>( e s l a n o t a e s u n a explicaciön concreta. A s i , p o r ejemplo,
»ohre l a p a l a b r a prognatos el estudiante escribiö el sinönimo
\mwnitos, explicando despues, e n alemän, "aquellos que na-
1 «II d e u n o m i s m o " . Otras notas p r o p o r c i o n a n l a e t i m o l o g i a
i l r u n a palabra, y su relaciön con el e q u i v a l e n t e alemän. U n
» u l o r p r e f e r i d o e n Selestat era I s i d o r a de Sevilla, cuyas Eti-
"ii»/(>g(as, u n a extensa obra e n v e i n t e libros, explica y analiza
• I s i g n i f i c a d o y u s o d e las palabras. A H o f m a n parece haberle
I upado de m a n e r a especial i n s t r u i r a sus a l u m n o s e n e l
UNO correcto de las palabras, e n e l respeto p o r su sentido y
»UN « onnotaciones, de manera que e s t u v i e r a n en condiciones
i l r I n l e r p r e t a r o traducir con autoridad. A I f i n a l de los cuader-
nos e l p r o f e s o r hizo c o m p i l a r a sus a l u m n o s u n Index rerum
01 wrborum (indice de cosas y palabras), d o n d e l i s t a b a n y
1I1 t u i i a n l o s temas que h a b i a n estudiado, paso que sin d u d a
I r * p e r m i t i a captar m e j o r los progresos realizados, a d e m ä s
ilr proporcionarles instrumentos para otras lecturas que
hli l e i a n p o r cuenta p r o p i a . Ciertos pasajes v a n acompana-
IION por las observaciones de H o f m a n sobre los textos. E n
Minium caso se t r a d u c e n f o n e t i c a m e n t e las palabras, lo que
Mitn l l e v a a s u p o n e r que, antes de copiar u n texto, Gisenheim,
M l i o n a n u s y los otros a l u m n o s lo h a b i a n r e p e t i d o e n voz alta
• l Hin i e n t e n ü m e r o de veces como p a r a m e m o r i z a r su p r o -
hUMi i.iciön. Tampoco l l e v a n acentos tönicos, p o r lo que n o
M l u ' i n o s si H o f m a n exigia cierta cadencia e n la l e c t u r a o si
| » r a s p e c t o s e dejaba al azar. E n los pasajes poeticos, sin
i l u d a , s e e n s e n a r i a la cadencia h a b i t u a l , y nos p o d e m o s
I l M . i K i n a r a H o f m a n leyendo con voz resonante los musicales
v r i sos antiguos.
1 b < onclusiön a la que nos p e r m i t e n l l e g a r esos cuader-
M s
que, a mediados del siglo xv, la lectura, al menos en
Ml •< nela h u m a n i s t a , se estaba c o n v i r t i e n d o gradualmente
IM l e s p o n s a b i l i d a d de cada lector. A u t o r i d a d e s a n t e r i o r e s
I l m t i K t o r e s , comentaristas, anotadores, glosadores, catalo-
1
" s . antölogos, censores, c o m p i l a d o r e s de c ä n o n e s - ha-
 una h i s t o r i a de la lectura • I' 1 f n d e r a leer

b i a n establecido j e r a r q u i a s oficiales y a t r i b u i d o i n t e n c i o n e s
11 losofia y la fe. A raiz de D r i n g e n b e r g , H o f m a n y los demäs,
a las d i f e r e n t e s palabras. A h o r a se p e d i a a los estudiantes
01 i l u m n o s f o r m a d o s e n aquellas escuelas, los nuevos h u -
q u e l e y e r a n l o s textos p o r s i m i s m o s , y e n ocasiones q u e
" i m 1 stas, a b a n d o n a r o n las aulas y los foros püblicos y, como
d e t e r m i n a r a n su v a l o r y su s e n t i d o p o r cuenta p r o p i a , a l a
l( 1 lenanus, se r e t i r a r o n a la celda d e l estudio o de la biblioteca
l u z de esas a u t o r i d a d e s . E l c a m b i o , p o r supuesto, n o f u e
I'.M.I leer y p e n s a r e n p r i v a d o . L o s maestros de l a escuela
r e p e n t i n o n i p u e d e n fijarse l u g a r y fecha. Ya e n e l siglo x m ,
Irtllna de Selestat t r a n s m i t i e r o n p r e c e p t o s o r t o d o x o s q u e
u n copista a n ö n i m o h a b i a escrito e n l o s m ä r g e n e s de una
| n e s u p o n i a n u n a l e c t u r a "correcta" y c o m ü n , p r e v i a m e n t e
crönica monästica: "Deberäs c o n v e r t i r e n häbito, cuando leas
1 a.iblecida, p e r o t a m b i e n o f r e c i e r o n a sus a l u m n o s u n a
libros, fijarte m ä s e n e l sentido que e n las palabras, concen-
pectiva h u m a n i s t a m ä s a m p l i a y personal; a l a larga los
t r a r t e m ä s e n e l f r u t o que e n l a hojarasca" . Esta m a n e r a de
34

diantes r e a c c i o n a r o n c i r c u n s c r i b i e n d o e l acto de l a lec-

p e n s a r q u e d a r e f l e j a d a e n l a e n s e n a n z a de H o f m a n . E n
.1 s u p r o p i o m u n d o i n t i m o y a sus experiencias y afir-
O x f o r d , e n B o l o n i a , e n Bagdad, i n c l u s o e n Paris se f u e po-
ItWtndo sobre cada texto su a u t o r i d a d de lectores singulares.
n i e n d o e n tela de j u i c i o l a eficacia de los metodos escoläs-
ticos, q u e e m p e z a r o n a cambiarse de m a n e r a g r a d u a l . Esto
aconteciö e n p a r t e p o r l a n u e v a a b u n d a n c i a de l i b r o s que
p r o v o c ö l a i n v e n c i ö n de l a i m p r e n t a , p e r o t a m b i e n p o r q u e
la estructura social europea de siglos anteriores, l a estructura
m e n o s c o m p l e j a de l a E u r o p a de C a r l o m a g n o y d e l m u n d o
m e d i e v a l posterior, se h a b i a fraccionado econömica, politica
e i n t e l e c t u a l m e n t e . Para los nuevos e r u d i t o s - p a r a Beatus
Rhenanus, p o r e j e m p l o - e l m u n d o parecia h a b e r p e r d i d o su
e s t a b i l i d a d a l t i e m p o que a d q u i r i a u n a desconcertante com-
p l e j i d a d . Y p a r a e m p e o r a r a ü n m ä s las cosas, e n 1543 se
p u b l i c ö e l c o n t r o v e r t i d o t r a t a d o de C o p e r n i c o De revolutio-
nibus orbium coelestium ["Sobre e l m o v i m i e n t o de los euer-
pos C e l e s t e s " ] , q u e situö a l s o l e n e l c e n t r o d e l universo,
desplazando alAlmagesto deTolomeo, e n el que se aseguraba
que l a t i e r r a y l a h u m a n i d a d e r a n e l c e n t r o de l a creaeiön '. 1

E l paso d e l m e t o d o escolästico a sistemas de pensamien

to m e n o s r i g i d o s p r o v o c ö o t r o c a m b i o . H a s t a entonces la
tarea d e l e r u d i t o h a b i a sido - c o m o l a d e l m a e s t r o - l a bus( a
del saber, i n s c r i t a d e n t r o de ciertas reglas y c ä n o n e s y siste
mas p r o b a d o s de ensenanza; se consideraba que l a respon
s a b i l i d a d d e l p r o f e s o r era püblica, y que s u misiön consist ia
e n h a c e r accesibles l o s textos y sus d i f e r e n t e s n i v e l e s do
s i g n i f i c a d o a u n a a u d i e n c i a l o m ä s a m p l i a p o s i b l e , afian
zando de ese m o d o u n a c o m ü n h i s t o r i a social de l a politica,

117
 •.q r
i'A P£

Metäforas de la lectura
L 2 6 D E M A R Z O de 1892, e n l a casa que
m e n o s de diez anos antes c o m p r a r a e n C a m -
E den, N e w Jersey, m o r i a W a l t W h i t m a n ; t e n i a el
aspecto de u n r e y del A n t i g u o Testamento 0,
1.1I como E d m u n d Gosse l o describiö, de " u n gato de A n g o r a
1: runde y viejo". L a f o t o g r a f i a que, pocos anos antes de s u
ninerte, le h i c i e r a e l artista T h o m a s E a k i n s nos l o m u e s t r a
Con su desgrenada melena blanca, sentado j u n t o a la ventana,
i ' o n t e m p l a n d o r e f l e x i v a m e n t e e l m u n d o e x t e r i o r que, como
habia explicado a sus lectores, era u n a glosa de sus escritos:

Si quereis entenderme, subid a las cumbres o descended a la

[orilla del mar,
La mosca que zumba a vuestro lado es una explicaciön, y una
[gota o un movimiento de las olas una clave,
El mazo, el remo, la Sierra de mano secundarän mis palabras'.

T a m b i e n W h i t m a n estä a l l i p a r a que el lector lo contemple.

h o s W h i t m a n de hecho: e l de Hojas de hierba, "Walt W h i t -
m a n , u n cosmos, de M a n h a t t a n e l h i j o " p e r o nacido a d e m ä s
r n todas p a r t e s ("Soy de A d e l a i d e . . . Soy de M a d r i d . . . M i
I t r i a es M o s c ü " ) , y el W h i t m a n o r i g i n a r i o de L o n g I s l a n d ,
2

.1 Hiiienle gustaba leer novelas de aventuras y cuyos amantes

i'i a n j ö v e n e s de la c i u d a d , soldados, conductores de autobüs.
\ 1111 ios se c o n v i r t i e r o n en el W h i t m a n que, anciano ya, dejaba
j b i e r t a l a p u e r t a de s u casa a l o s v i s i t a n t e s e n busca d e l
'iflbio de Camden", y ambos se h a b i a n ofrecido al lector, unos
Ii e i n t a anos aträs, e n l a ediciön de 1860 de Hojas de hierba:

Camarada, esto no es un libro,

Walt Whitman en su casa de Camden, en New Jersey. Quien lo toca, toca a un hombre,
(lEs de noche? lEstamos aqui solos?)
Es a mia quien sostienes, ytüa quien yo sostengo;
Salto desde las päginas a tus brazos -la muerte me inspira .
3

219
 una h i s t o r i a de Ia lectura "' < t ä f 0 r a s de I a l e c t u r a

A n o s despues, e n l a e d i c i ö n ültima d e Hojas de hierba, libi 11 Pero m i a m i g o n o se convencia. Por a m i s t a d acepte su v e r e -

tantas veces revisado y ampliado, e l m u n d o n o "secunda" sua • c t o y t u v i e r o n q u e pasar u n p a r de anos antes de q u e se
p a l a b r a s s i n o q u e se c o n v i e r t e e n l a v o z p r i m o r d i a l ; nl cruzara e n m i c a m i n o u n e j e m p l a r d e Hojas de hierba e n
W h i t m a n n i sus versos t i e n e n i m p o r t a n c i a ; e l m u n d o mismo P f les y me enterase de que W h i t m a n h a b i a pensado su l i b r o
se basta, p u e s t o q u e n o es n i m ä s n i m e n o s q u e u n l i b r o para m i :
abierto, dispuesto p a r a que todos l o leamos. E n 1774, Goe 1111 •
(que W h i t m a n leia y a d m i r a b a ) h a b i a escrito: Para ti, lector, vida, orgullo y amor palpitan igual
[que para mi,
Ved cömo la Naturaleza es un libro vivo,
Para ti son, por tanto, los cantos que siguen . 7

Incomprendido pero no incomprensible . 4

L«*f l a b i o g r a f i a d e W h i t m a n , p r i m e r o e n u n a c o l e c c i ö n
A h o r a , e n 1892, dias antes de su m u e r t e , W h i t m a n decia m
luvend q u e s u p r i m i a t o d a r e f e r e n c i a a s u s e x u a l i d a d y l o
estar de acuerdo:
lim ia t a n a n o d i n o q u e casi l e negaba l a existencia, y luego
En todo objeto, montana, ärboly estrella; en todo nacimientn y »I Walt Whitman de G e o f f r e y D u t t o n , i n s t r u c t i v o p e r o e n
[Vl,l,l i'li'ito m o d o demasiado sobrio. A n o s despues, la b i o g r a f i a de
parte de cada uno... surgiendo de cada uno... el significado iMillip C a l l o w m e p r o p o r c i o n ö u n a i m a g e n m ä s c l a r a d e l
[deträs de lo apan-m, 11 hre y me p e r m i tiö reconsiderar u n p a r de preguntas que
N me h a b i a p l a n t e a d o a n t e r i o r m e n t e : S i e l l e c t o r q u e
La cifra mistica espera oculta .
5

WI11I m a n h a b i a i m a g i n a d o era yo, <,cömo era ese lector? Y,

Estos versos l o s l e i p o r v e z p r i m e r a e n 1963, e n 11114
t r a d u c c i ö n espanola poco f i a b l e . U n d i a , e n e l colegio. un
a m i g o m i o q u e q u e r i a ser p o e t a ( a c a b ä b a m o s de cuniplll
q u i n c e anos p o r entonces) a p a r e c i ö c o n u n l i b r o de la colei <
ciön A u s t r a l , d o n d e h a b i a descubierto los poemas de Wh II
m a n , i m p r e s o s e n ä s p e r o p a p e l a m a r i l l e n t o y traducidos 1 >i i|
a l g u i e n cuyo n o m b r e h e olvidado. M i amigo era admiradm
de E z r a P o u n d , a q u i e n hacia e l c u m p l i d o de i m i t a r y, d.nln
que los lectores n o s i e n t e n e l m e n o r respeto p o r las cr<
logias l a b o r i o s a m e n t e establecidas p o r profesores de Iii 1
t u r a , p e n s a b a q u e W h i t m a n e r a u n a p o b r e imitac imi <\»
P o u n d . P o u n d , p o r su parte, h a b i a t r a t a d o de p o n e r las < c mi«
e n su sitio, p r o p o n i e n d o u n "pacto" c o n W h i t m a n :
Fuiste tu quien se abriö camino por el bosque nuevo,
Ahora es tiempo de tallar.
Compartimos la misma savia y raiz...
Que haya, pues, comunicaciön entre nosotros . 6
, 1 "tiio, a su vez, se h a b i a c o n v e r t i d o W h i t m a n m i s m o e n
Betör?
W h i t m a n a p r e n d i ö a leer e n u n a escuela c u ä q u e r a de
i i ' o k l y n , gracias a l o q u e p o r entonces se conocia c o m o
metodo lancastriano" (asi d e n o m i n a d o p o r e l c u ä q u e r o i n -
(Irs |oseph Lancaster). U n ünico maestro, ayudado p o r n i n o s
Hlnnilores, se hacia cargo de ciases de unos cien alumnos,
illiv en cada mesa. A los mäs pequenos, s i n distineiön de
• 11, se les daba clase en e l sötano, a las n i n a s e n e l piso bajo
> Ins ( hicos e n el p i s o superior. U n o de los m a e s t r o s d e
Wlniinan comentö que le p a r e c i a " u n b u e n muchacho, torpe
»ilr .qianencia deseuidada, pero corriente en todo lo demäs".
Wlniinan c o m p l e m e n t a b a los escasos l i b r o s de texto con los
Wß mi padre, demöcrata f e r v i e n t e que h a b i a puesto a sus tres
I n s n o m b r e s de l o s f u n d a d o r e s de Estados U n i d o s .
1
• hos de aquellos l i b r o s e r a n o p ü s c u l o s politicos de T o m
1 ' ' i m delsocialista Frances W r i g h t y d e l filösofo frances d e l
^ B o xviu C o n s t a n t i n - F r a n c o i s , conde de Volney; pero tarn-
 una h i s t o r i a de la lectura
b i e n h a b i a colecciones de poesia y unas c u ä n t a s novelas S n
m a d r e era analfabeta pero, segün W h i t m a n "sobresalia comi I
n a r r a d o r a " y " t e n i a g r a n capacidad d e imitaciön" . W h i t r n . m
8
a p r e n d i ö sus p r i m e r a s letras e n la b i b l i o t e c a de su p a d r e v
su e n t o n a c i ö n escuchando los relatos de su madre.
W h i t m a n dejö la escuela a los once anos y se i n c o r p o m
a las oficinas de James B. Clark. A E d w a r d , e l h i j o de Clai l
le g u s t ö a q u e l m u c h a c h o d e s p i e r t o y l o s u s c r i b i ö a una
b i b l i o t e c a c i r c u l a n t e . Eso, e x p l i c ö W h i t m a n m ä s a d e l a i i i r
"fue u n acontecimiento decisivo e n m i v i d a de aquella epcx .1
De l a b i b l i o t e c a sacö y leyö las Mil y una noches -todos l o j
v o l ü m e n e s - , a s i c o m o las novelas de sir W a l t e r Scott y <!<•
James F e n i m o r e Cooper. Pocos anos despues, a los dieciseil
adquiriö " u n r e c i o v o l u m e n e n octavo, c o n m i l p ä g i n a s d l
l e t r a a p r e t a d a . . . , q u e c o n t e n i a l a o b r a p o e t i c a de W a l i r i
Scott", l i b r o que c o n s u m i ö con avidez. "Mäs adelante, a i n d i
valos, veranos y otonos, m e m a r c h a b a , a veces d u r a n t e t o d l
u n a semana, al c a m p o o a las playas de L o n g I s l a n d , d o n d e
al aire libre, f u i l e y e n d o de cabo a r a b o el A n t i g u o y e l Nuevt |
Testamentos y a s i m i l e ( p r o b a b l e m e n t e c o n m a y o r a p r o v i
c h a m i e n t o p a r a m i q u e si h u b i e r a estado e n c u a l q u i e r bl
b l i o t e c a o h a b i t a c i ö n c e r r a d a , t a n t a es l a i m p o r t a n c i a d (
donde se lee) a Shakespeare, Osiän, las mejores traduccionel
q u e p u d e e n c o n t r a r de H o m e r o , Esquilo, Söfocles, los prima
ros nibelungos alemanes, los antiguos poemas hindües y i m 1
o dos obras maestras mäs, las d e D a n t e e n t r e ellas. A de< Ii
v e r d a d , a este U l t i m o l o l e i sobre todo e n u n bosque cent«
n a r i o " . Y W h i t m a n i n q u i e r e : "Con f r e c u e n c i a me h e p r e g i m
t a d o desde e n t o n c e s p o r q u e n o m e a b r u m a r o n a q u e l l "
g r a n d i s i m o s maestros. P r o b a b l e m e n t e p o r q u e los l e i , com4
y a h e dicho, e n p l e n a presencia de l a N a t u r a l e z a , bajo el sol
ante vastos paisajes y panoramas, o c o n e l m a r agitändn ,
cerca" . E l l u g a r e n e l q u e leemos, c o m o sugiere W h i t r n . m
9
es i m p o r t a n t e n o solo p o r q u e p r o p o r c i o n a u n escenario pai |
el texto, sino p o r q u e sugiere, a l y u x t a p o n e r s e c o n e l Im so
r e p r e s e n t a d o e n l a pägina, que ambos c o m p a r t e n l a m i s m l
222
d i e t ä f o r a s de la l e c t u r a
1 ualidad h e r m e n e u t i c a , q u e ambos t i e n t a n a l lector c o n e l
desafio de la dilucidaciön.
W h i t m a n n o durö m u c h o e n aquellas oficinas; antes de
(|ue t e r m i n a r a e l a n o se h a b i a c o n v e r t i d o e n a p r e n d i z de
Impresor e n el Long Island Patriot, y aprendiö a manejar u n a
Imprenta m a n u a l e n u n exiguo sötano bajo la supervisiön del
d i r e c t o r d e l p e r i ö d i c o y a u t o r de todos sus a r t i c u l o s . A l l i
iprendiö W h i t m a n "el agradable m i s t e r i o de las diferentes
letras y sus divisiones: e l a m p l i o cajetin de la «e», e l cajetin
de los espacios..., e l de l a «a», e l d e l a «i», y todos los demäs".
Ins h e r r a m i e n t a s d e l oficio.
De 1836 a 1838 trabajö como maestro r u r a l e n N o r w i c h ,
r n e l estado de N u e v a York. L a r e m u n e r a e i ö n e r a escasa e
Insegura y p r o b a b l e m e n t e p o r q u e los inspectores escolares
[ desaprobaban l a i n d i s e i p l i n a q u e r e i n a b a e n sus clases, se
vio forzado a c a m b i a r ocho veces de escuela e n aquellos dos
«nos. A sus superiores n o p o d i a agradarles demasiado q u e
r n s e n a r a esto a sus a l u m n o s :
No aeeptes ensenanzas de segunda 0 de tercera mano,
ni observes desde los ojos de los muertos, ni te alimentes
con los espectros de los libros'".
0 esto otro:
Honra mäs que nadie mi estilo
quien aprende con el
a destruiral maestro".
* Despues de a p r e n d e r a i m p r i m i r y de ensenar a leer, W h i t -
innn deseubriö que p o d i a c o m b i n a r ambas habilidades como
director de u n periödico: p r i m e r o d e l Long Islander, de H u n -
tington, e n N u e v a York, y mäs adelante d e l Daily Eagle de
Hiooklyn. A l l i e m p e z ö a f o r m u l a r s u idea de la demoeracia
B o m o sociedad de "lectores libres", n o c o r r o m p i d o s p o r el fa-
liiil ismo n i p o r los grupos politicos; lectores a quienes e l autor
ilr lextos -poeta, impresor, maestro, d i r e c t o r de p e r i ö d i c o -
 una h i s t o r i a de I a I e c t u i
ha de servir con todas sus fuerzaj
"Sentimos r e a l m e n t e e l deseo da
h a b l a r de m u c h a s cosas", expli
caba e n u n e d i t o r i a l d e l 1 de |U
nio de 1846, "a todos los v e c i n J
de B r o o k l y n ; y n o s o n sus nuev|
p e n i q u e s l o q u e n o s interes. 1 e l
\ pecialmente. Es v e r d a d que s u 1 •
1 u n a p e c u l i a r a f i n i d a d (ino lo Ii,111
p e n s a d o ustedes n u n c a a n l c . 1
entre la mente del director d e u i
periödico y e l p ü b l i c o a l q u e sil
ve... L a comunicaciön diaria i r e |
algo semejante a u n a herma nd.nl
entre ambos" . 13
Una lectora apasionada,
Margaret Füller. Por esa epoca, m ä s o m e i m
W h i t m a n d e s c u b r i ö los esc 1 ilti
de M a r g a r e t Füller. F ü l l e r e r a u n p e r s o n a j e f u e r a de In
c o m ü n : p r i m e r a c r i t i c a d e l i b r o s p r o f e s i o n a l de Estadol
Unidos, p r i m e r a corresponsal e n el extranjero, feminisli
lücida y a u t o r a d e l apasionado o p ü s c u l o La mujer en el stallt
xix. E m e r s o n pensaba q u e "todo e l arte, t o d o e l pensamienla)
y l a nobleza de N u e v a I n g l a t e r r a . . . p a r e c e n relacionarse coft
ella, y ella con todas esas cosas" . H a w t h o r n e , s i n embai'KH
13
la calificö de " g r a n f a r s a n t e " ; Oscar W i l d e , p o r s u parte, d!|o
14
q u e V e n u s le h a b i a dado " t o d o e x c e p t o belleza" y Palajf
A t e n e a " t o d o excepto s a b i d u r i a " . A u n convencida de que l n |
15
libros n o p o d i a n s u s t i t u i r a l a experiencia, Füller veia en ellofl
" u n m e d i o p a r a c o n t e m p l a r a toda l a h u m a n i d a d , u n nüclwj
a l r e d e d o r d e l cual puede r e u n i r s e todo c o n o c i m i e n t o , lud»
e x p e r i e n c i a , t o d a c i e n c i a , t o d o i d e a l , y t a m b i e n todos In«
aspectos präcticos de nuestra naturaleza". W h i t m a n , respon
d i e n d o c o n e n t u s i a s m o a sus ideas, escribiö, p o r ejempl< 1
iNo sentimos la grandeza, oh alma, de penetrar en los Inn
de los grandes libros.
' i . i f o r a s de la l e c t u r a
De absorber, con profundidad y plenitud, ideas, dramas,
[reflexiones?
Pero ahora, de tu espacio al mio, päjaro enjaulado, siento tus
[alegres trinos,
l.lcnando el aire, la habitaciön solitaria, la tarde que se alarga,
,No tienes acaso la misma grandeza, oh alma?' 6
1.1 W h i t m a n , texto, autor, l e c t o r y m u n d o se r e f l e j a b a n
i i 1.1 mente e n e l acto de leer, acto cuyo significado e l a m -
lldha hasta abarcar toda a c t i v i d a d h u m a n a , y t a m b i e n e l
liverso e n e l q u e todo o c u r r i a . E n esta asociaeiön e l lector
r | . i a l escritor (el y y o somos u n o ) , e l m u n d o se hace eco
1111 Iibro (el l i b r o de Dios, e l l i b r o de l a Naturaleza), el l i b r o
i.i hecho de carne y sangre (la carne y la sangre del escritor,
•t i uales, m e d i a n t e u n a t r a n s u b s t a n c i a e i ö n l i t e r a r i a , se
n i mias), e l m u n d o es u n l i b r o q u e h a y q u e deseifrar (el
ema d e l e s c r i t o r se c o n v i e r t e e n m i p r o p i a l e c t u r a d e l
U n r i o ) . Se d i r i a q u e W h i t m a n b u s c ö toda su v i d a llegar a
1111 a e n d e r y a d e f i n i r e l acto de leer, q u e es a l m i s m o t i e m -
|| acto m i s m o y la metäfora de todas sus partes.
Las metäforas", h a escrito e l c r i t i c o a l e m ä n H a n s B l u -
nherg,"no se c o n s i d e r a n y a p r i m o r d i a l e s representantes
la i-sfera q u e g u i a nuestras vacilantes coneepeiones teö-
| l , a modo de v e s t i b u l o p a r a l a formaciön de coneeptos,
1 anismo p r o v i s i o n a l d e n t r o de u n o s lenguajes espe-
i/.idos q u e n o e s t ä n a ü n consolidados, s i n o m ä s b i e n
11 medio autentico para captar contextos" . D e c i r que u n 17
Im i's u n lector o u n lector u n autor, v e r u n l i b r o como u n
1 11111 nano o u n ser h u m a n o como l i b r o , d e s c r i b i r e l m u n d o
11 lexto o u n texto como e l m u n d o , s o n maneras de n o m -
1 i i arte de ser lector.
M'i.iforas como esas s o n m u y antiguas, c o n raices e n la
i ' d a d j u d e o e r i s t i a n a m ä s t e m p r a n a . E l c r i t i c o a l e m ä n E.
' m uns, e n u n c a p i t u l o sobre e l s i m b o l i s m o d e l l i b r o e n
i i i i ' i i u m e n t a l Literatura europea y Edad Media latina,
i i i ' i 11.1 que las m e t ä f o r a s e n l i b r o s se i n i c i a r o n e n l a Grecia
225
 una h i s t o r i a de la lectui
' i ;i f o r a s de la l e c t u r a

cläsica, p e r o h a y pocos ejemplos, puesto que la sociedad g r i l

gay, m ä s tarde, t a m b i e n l a sociedad r o m a n a n o c o n s i d e i . i i u
el l i b r o como objeto cotidiano. Las sociedades j u d i a , cristiaiu
e islämica e l a b o r a r o n u n a relaciön p r o f u n d a m e n t e simböht I
c o n sus respectivos l i b r o s sagrados, que n o e r a n simboli >s m
la Palabra de Dios sino e l m i s m o Verbo divino. Segün CurtiUI
"la idea de q u e e l m u n d o y l a n a t u r a l e z a son l i b r o s n a n M
Kiendose a Dios, san A g u s t i n hace la reflexiön de que los
liNzeles "no necesitan c o n t e m p l a r los cielos n i leerlos para
I t r T u verbo. Porque siempre v e n T u faz, y alli, s i n las silabas
i' I M e m p o , l e e n T u v o l u n t a d e t e r n a . L a l e e n , l a eligen, l a
MI u n L e e n s i e m p r e y lo que l e e n n o llega n u n c a a su f i n . . .
1
1 libro q u e l e e n n u n c a se cerrarä, e l p e r g a m i n o n u n c a
Dlverä a enrollarse. Porque T ü eres su l i b r o y eres eterno" .) 21

la retörica de l a Iglesia catölica, r e t o m a d a p o r los filösoffl

Los seres h u m a n o s , hechos a i m a g e n de Dios, son t a m -
de l a alta E d a d M e d i a , hasta que, a l a larga, se c o n v i e r t e n ei»
N n Ii b r o s que se h a n de leer. A q u i , e l acto de la lectura sirve
lugares comunes".
D metäfora que nos ayuda a e n t e n d e r la i n c i e r t a relaciön
E n el siglo xvi, el m i s t i c o fray L u i s de Granada piensa q u |
IM. icnemos con n u e s t r o cuerpo, e l e n c u e n t r o y e l contacto
si el m u n d o es u n libro, las cosas de este m u n d o son las Ich •
• I d o s c i f r a r d e signos e n otra persona. Leemos expresiones
d e l alfabeto con e l que estä escrito e l l i b r o . E n s u IntrodtH
M u n rostro, seguimos los gestos d e l amado como si fuese
ciön al simbolo de la fe, preguntaba:"^Que s e r ä n luego t o d f l
tu libro abierto. "Tu rostro, m i Senor", le dice l a d y M a c b e t h
las c r i a t u r a s deste m u n d o , t a n hermosas y t a n acabadas s11 I >
11 i narido, "es como u n l i b r o e n e l que los h o m b r e s p u e d e n
unas como letras quebradas y i l u m i n a d a s , que declaran biet!
••i cosas e x t r a f i a s " , y H e n r y K i n g , p o e t a d e l siglo x v n ,
22

el p r i m o r y l a s a b i d u r i a de su a u t o r ? . . . A s i n o s o t r o s . . . h.i
11 ibiö, de su j o v e n esposa m u e r t a :
b i e n d o n o s puesto vos delante este t a n m a r a v i l l o s o l i b r o M
todo el universo para que p o r las criaturas del, como p o r u n a
jAmada a quien perdi! desde tu prematura desaparicion
l e t r a s vivas, leyesemos y c o n o c i e s e m o s l a excelencia d r |
mi tarea ha sido meditar
C r i a d o r que tales cosas h i z o " . 18

Sobre ti, ünicamente sobre ti: tü eres el libro,

" E l dedo de Dios", escribiö s i r T h o m a s B r o w n e enRclnii<< La biblioteca en la que busco
Medici, r e t o m a n d o l a metäfora de f r a y L u i s de Granada, "Im Aunque me haya quedado casi ciego .
23

dejado u n a inscripciön e n todas sus obras, inscripciön qu«

n o es gräfica n i estä compuesta de letras, sino de sus dil<-
Y B e n j a m i n F r a n k l i n , g r a n amante de los libros, compuso
rentes formas, disposiciön, partes y operaciones que, adec u.i
propio e p i t a f i o (desgraciadamente, n o se utilizö e n su
d a m e n t e u n i d a s , p r o d u c e n u n a p a l a b r a q u e expresa stt niba) e n e l q u e l a i m a g e n d e l l e c t o r como l i b r o h a l l a su
n a t u r a l e z a " . A esto, siglos despues, e l fisösofo Jorge S a n
19
Ii ripciön cabal:
tayana anadia: " H a y l i b r o s e n los que las notas a p i e de N
gina, o los c o m e n t a r i o s garrapateados a l m a r g e n p o r algüj
Elcuerpo de
lector, son m ä s interesantes q u e e l texto. E l m u n d o es Ufll
B. Franklin, impresor,
de esos l i b r o s " .20

Como la cubierta de un libro viejo.

N u e s t r a tarea, como s e n a l ö W h i t m a n , es leer e l mundfl
Las päginas arrancadas,
puesto q u e ese l i b r o colosal es l a ü n i c a f u e n t e de com» i
Y privado de sus rötulos y dorados,
m i e n t o p a r a los mortales. (Los ängeles, s e g ü n san A g u s i m
Yace aqui, alimento de gusanos.
n o n e c e s i t a n l e e r e l l i b r o d e l m u n d o p o r q u e v e n direi t l
Pero la obra no se perderä;
m e n t e a su A u t o r y de E l r e c i b e n e l V e r b o e n t o d a su g l o r i l
Porque, como el creia,

227
 una h i s t o r i a de la lectu < l i f 0 r a s de I a l e c t u r a

Aparecerä una vez mäs

En una nueva ediciön, mäs elegante,
Corregida y mejorada
Por el autor . 24

D e c i r que leemos - e l m u n d o , u n l i b r o , e l c u e r p o - n o b a s t l m
m
L a m e t ä f o r a de l a l e c t u r a r e q u i e r e a s u vez o t r a m e t ä f o u . V >- ^ >
| , f h-< \\u v .
exige u n a explicaciön m e d i a n t e i m ä g e n e s que q u e d a n fuei i 5? s - v -
de l a b i b l i o t e c a d e l l e c t o r p e r o d e n t r o de s u cuerpo, m
m a n e r a que l a f u n c i ö n de l e e r se asocia c o n nuestras o l i . n
funciones corporales bäsicas. L e e r - c o m o h e m o s v i s t o - sim*
como v e h i c u l o metaförico, pero para entenderlo h a y que
r e c o n o c e r l o t a m b i e n m e d i a n t e metäforas. D e l a m i s m a m.i mm
V- <
n e r a que los escritores h a b i a n de que u n l i b r o es u n r e i n in ' A,;

de s a l p i m e n t a r u n a escena, de h i n c a r l e e l d i e n t e a u n texlo,
n o s o t r o s , l o s lectores, h a b l a m o s de s a b o r e a r u n l i b r o , <l<<
a l i m e n t a r n o s c o n e l , de d e v o r a r l o e n u n a sentada, <lr
r e g u r g i t a r u n texto, de r u m i a r u n pasaje, de s e n t i r l e e l gusto
^ 4
-r/J^WM^fi
a l a poesia, de m a n t e n e r n o s c o n u n a d i e t a de novelas p o l i
ciacas. E n u n ensayo sobre el arte de estudiar, Francis B a r o n ,
»rö .IMIIII,) er» WK8 (A^wmBiirl mo cvamHomm HM*ABI £ «fSri«0
e l e r u d i t o ingles d e l siglo x v i , catalogö e l proceso: "Alguno-i 'IN 11 Ulifl.HllK W B t j!3f T ÄI« HflOfT.! BHHS fi m»M(9%K HJI»»^.Ul)ft««a*M3(«M
l i b r o s h a y que saborearlos, otros h a y que tragärselos y u n o i
pocos h a y que m a s t i c a r l o s y d i g e r i r l o s " . 25

in:» 1 f.'.i rM»st«Hab*«4(g7.fi. u m H f « k : ? . 3 « « a p e w ^ W w i s 1

Por u n a e x t r a n a c a s u a l i d a d sabemos l a fecha e n qu«' I i
recogiö p o r vez p r i m e r a esta curiosa metäfora . E l 3 1 de j u I n > 26

d e l ano 5 9 3 a. C , j u n t o a l r i o Quebar, e n l a t i e r r a de los c t j «M.4»KXBH« r,i/fj.i'^«7.r^^MW.WCT0Kj)HA e s ra*Hi.w«ft|

deos, e l sacerdote E z e q u i e l t u v o la visiön de u n r e m o l i n o <lr
fuego e n e l c u a l v i o "la i m a g e n de l a g l o r i a de Yave" onle
n ä n d o l e q u e h a b l a r a a los rebeldes hijos de I s r a e l . "Abre I.i
boca y come l o que te presento", l e e x p l i c a l a visiön.
M i r e y v i q u e s e t e n d i a h a c i a m i u n a m a n o q u e t e n i a u n rollo
L o desenvoh/iö a n t e m i y v i q u e e s t a b a e s c r i t o p o r d e l a n t e y
deträs, y l o q u e e n e l e s t a b a e s c r i t o e r a n l a m e n t a c i o n e s , e l e g i a j
y ayes . 2 7
San Juan, a n o t a n d o su v i s i ö n apocaliptica e n Patmos, r e c i b f l
la m i s m a r e v e l a c i ö n que E z e q u i e l . M i e n t r a s espera, l l e n o d e
»1 in.in, disponiendose a comer el libro que le ofrece el ä n g e l , s e g ü n la
MI K n t a c i ö n de un pliego suelto ruso del siglo xvn.
1101; desciende d e l cielo u n ängel c o n u n l i b r o a b i e r t o que
1 • 111 a c o n poderosa voz, como leön que rüge, que n o escriba
• que h a oido, sino que t o m e e l l i b r o de l a m a n o d e l ängel.
pflj
F u i m e h a c i a e l ängel d i c i e n d o q u e m e d i e s e e l librito. E l m e
1' . I iondiö: " T o r n a y cömelo, y amargarä t u v i e n t r e , m a s e n t u b o c a
.11 .i d u l c e c o m o l a m i e l . " T o m e e l l i b r i t o d e m a n o d e l ä n g e l y m e
puse a comerlo, y e r a e n m i b o c a c o m o m i e l dulce; p e r o c u a n d o
 una h i s t o r i a de la lectur.i r t ä f o r a s de la l e c t u r a

lo hübe c o m i d o s e n d a m a r g a d a s m i s entranas. M e dijeron: "Iv. a n 1 erior; pareciendose (si se m e p e r m i t e u t i l i z a r u n s i m i l t a n

preciso q u e de nuevo profetices a los pueblos, a las naciones, I basto) a u n p e r r o que sujeta u n hueso con las patas, mientras
las lenguas y a los reyes numerosos" . 2 8
< Ome otra cosa q u e le h a n echado" . 31

Por m u c h o q u e los lectores hagan suyo u n l i b r o , e l r e -

A l a larga, a m e d i d a q u e l a l e c t u r a e v o l u c i o n a b a y se a m
p l i a b a , l a metäfora gastronömica se convirtiö e n p u r a retö
rica. E n l a epoca de Shakespeare se contaba c o n ella e n el
h a b i a l i t e r a r i a , y l a r e i n a I s a b e l I l a utilizö p a r a d e s c r i b i r sus
lecturas devotas: " M e a d e n t r o m u c h a s veces p o r los agra
dables campos de las Sagradas Escrituras, d o n d e recojo las
buenas h i e r b a s verdes de las frases, m e las como a l leerlas,
las mastico a l reflexionar, hasta que, f i n a l m e n t e , las deposito
e n e l asiento de l a m e m o r i a . . . , de m a n e r a que advierta menos
la a m a r g u r a de esta v i d a m i s e r a b l e " . Para 1695 l a metäfora
20
•Ultado es que l i b r o y lector se c o n v i e r t e n e n uno. E l m u n d o ,
M u e es u n libro, lo devora u n lector que es u n a letra e n e l texto
el mundo; de esa manera se crea u n a metäfora circular para
lo inagotable de l a lectura. Somos l o q u e leemos. E l proceso
p o r el q u e e l c i r c u l o se c o m p l e t a n o es, a r g u m e n t a b a W h i t -
n 1.111, s i m p l e m e n t e intelectual; leemos intelectualmente a u n
111 ve 1 superficial, captando ciertos significados y conscientes
d e ciertos hechos, pero, a l m i s m o t i e m p o , i n v i s i b l e , i n c o n s -
< lentemente, t e x t o y lector se e n t r e l a z a n , creando nuevos

niveles de significado, de m a n e r a que cada vez que ingerimos

estä t a n i n c o r p o r a d a a l a lengua que W i l l i a m Congreve pudo
un texto, s i m u l t ä n e a m e n t e nace algo a escondidas q u e
p a r o d i a r l a e n l a escena i n i c i a l de Amor por amor, a l hacer
l o d a v i a n o h e m o s captado. Esa es l a r a z ö n de q u e - c o m o
que e l pedante V a l e n t i n e diga a su ayuda de cämara: "jLee,
W l u i m a n creia, r e s c r i b i e n d o y r e e d i t a n d o sus poemas u n a
lee, caballerete! Y r e f i n a t u apetito; a p r e n d e a v i v i r de ins
Otra v e z - n i n g u n a lectura sea d e f i n i t i v a . E n 1867 escribiö,
trucciön; regälate con l a m e n t e y m o r t i f i c a l a carne; lee, y all
modo de explicaciön:
m e n t a t e c o n los ojos; c i e r r a l a boca y r u m i a e l p i e n s o del
c o n o c i m i e n t o " "Engordarä u s t e d m u c h i s i m o con esa dieta de
No me cerreis vuestras puertas, orgullosas bibliotecas,
papel", es e l c o m e n t a r i o sarcästico de s u m a v o r d o m o . 30

Porque lo que estaba ausente de vuestros repletos estantes,

Menos de u n siglo despues, aunque mäs necesario
el doctor Johnson leia u n l i b r o Elfruto de un combate,
c o n los m i s m o s m o d a l e s q u e Nada son las palabras
cuando se sentaba a l a mesa. Un libro autönomo,
Leia, segün Boswell, "con h a m - Pero que a ti, a vosotros,
bre canina, como si lo devorase,
lo q u e era, s e g ü n todas las a- cosas latentes .
32
que toda otra cosa, yo lo traigo
un libro hecho por mi,
de mi libro, el propösito lo es todo,
libre del resto, que el intelecto no capta,
os emocionarä en cada pägina con
[inauditas

pariencias, su m e t o d o de estu-
dio". A juzgar p o r e l t e s t i m o n i o
de B o s w e l l , e l doctor Johnson
conservaba e n el regazo, d u r a n -
te l a comida, u n l i b r o envuelto
e n e l m a n t e l " p o r l a avidez de
tener u n entretenimiento dis- Samuel Johnson, e/ lector voni
puesto cuando t e r m i n a r a el por sir Joshua Reynol.K

231
 Principios
U R A N T E E L V E R A N O de 1989, dos anos
antes de la G u e r r a d e l Golfo, viaje a I r a q para
D v i s i t a r las r u i n a s de B a b i l o n i a y l a t o r r e de
Babel. E r a u n viaje que llevaba m u c h o t i e m p o
u i T i e n d o hacer. R e c o n s t r u i d a e n t r e 1899 y 1917 p o r e l
K|iieölogo a l e m ä n R o b e r t K o l d e w e y , B a b i l o n i a se h a l l a a
1

• 0 mäs de sesenta kilömetros a l sur de Bagdad; se t r a t a de

n e n o r m e l a b e r i n t o de m u r o s de color m a n t e q u i l l a , m u r o s
ue f u e r o n e n o t r o t i e m p o l a c i u d a d m ä s p o d e r o s a de l a
• •ira, m u y cerca de u n m o n t i c u l o de arcilla que, s e g ü n d i c e n
•. guias, es todo l o q u e queda de la t o r r e q u e Dios m a l d i j o
• •ii el m u l t i c u l t u r a l i s m o . E l taxista que m e llevö a l l i conocia
I lugar ü n i c a m e n t e p o r q u e estaba cerca de H i l l a h , c i u d a d a
que se h a b i a trasladado u n a o dos veces para v i s i t a r a u n a
. Yo llevaba c o n m i g o u n a antologia de cuentos fantästicos
despues de r e c o r r e r las r u i n a s de l o que era para m i , como
1 i m occidental, e l p u n t o de p a r t i d a de todos los libros, me
n i f a l a s o m b r a de u n a adelfa y m e puse a leer.
Muros, adelfas, p a v i m e n t o s b i t u m i n o s o s , portales abier-
• montones de arcilla, torres desmochadas: parte d e l se-
il 1 de B a b i l o n i a es que l o que el visitante ve n o es u n a sino
i n I i a s ciudades, sucesivas e n e l t i e m p o p e r o simultäneas
el espacio. H a y u n a B a b i l o n i a de l a era acadia, u n a pe-
111 na poblaciön d e l 2350 a. C. a p r o x i m a d a m e n t e . H a y otra
I b l l o n i a donde - u n dia d e l segundo m i l e n i o a. C - se recitö
1 v e z p r i m e r a l a epopeya de Gilgames, que i n c l u y e u n o de
rolatos m ä s a n t i g u o s d e l D i l u v i o u n i v e r s a l . E x i s t e l a
bilonia d e l rey H a m m u r a b i , d e l siglo xvni a. C , cuyo sis-
y
tna legal fue u n o de los p r i m e r o s i n t e n t o s de codificar la
• I i de toda u n a sociedad. Sigue la B a b i l o n i a d e s t r u i d a p o r
«> asirios e l a n o 689 a. C. Luego la B a b i l o n i a r e c o n s t r u i d a
Un lector de cinco mil anos de edad: el escriba sumerio Dudu.
Nabucodonosor, q u i e n , hacia e l 586 a. C. puso sitio a
111..den, s a q u e ö e l t e m p l o de S a l o m ö n y llevö a los j u d i o s
1,1 i a u t i v i d a d , t r a s l o c u a l se s e n t a r o n j u n t o a los r i o s y

235
 una h i s t o r i a de la lectura
l l o r a r o n . T a m p o c o h a y q u e o l v i d a r l a B a b i l o n i a d e l h i j o <>
n i e t o de N a b u c o d o n o s o r (los genealogistas d u d a n ) , e l rey
Baltasar, e l p r i m e r h o m b r e que v i o escrita sobre l a p a r e d la
t e m i b l e caligrafia d e l dedo de Dios. Existe l a B a b i l o n i a que
A l e j a n d r o M a g n o se p r o p u s o c o n v e r t i r e n l a c a p i t a l de u n
i m p e r i o q u e se e x t e n d i a desde e l n o r t e de l a I n d i a hasta
Egipto y Grecia, l a B a b i l o n i a donde, e n aquellos remotos dias
e n que los generales sabian leer, e l C o n q u i s t a d o r d e l M u n d o
muriö a l a edad de t r e i n t a y tres anos, e n e l ano 323 a. C , con
u n e j e m p l a r de l a Iiiada e n l a m a n o . H a y q u e m e n c i o n a r
t a m b i e n B a b i l o n i a l a G r a n d e evocada p o r san Juan, M a d i e
de Rameras y A b o m i n a c i ö n de la Tierra, l a B a b i l o n i a que hizo
b e b e r a todas las naciones e l v i n o de l a i r a de su fornicaciön
Y, f i n a l m e n t e , la B a b i l o n i a de m i taxista, u n l u g a r cercano al
p u e b l o de H i l l a h , d o n d e h a b i t a b a s u t i a .
A q u i (o, a l menos, n o m u y lejos de a q u i ) , s e g ü n sostienen
los arqueölogos, e m p e z ö l a p r e h i s t o r i a de los libros. Hacia
m e d i a d o s d e l cuarto m i l e n i o a. C , c u a n d o e l c l i m a d e l Cer
cano O r i e n t e se hizo m ä s fresco y mäs seco, las comunidades
agricolas de la M e s o p o t a m i a o r i e n t a l a b a n d o n a r o n sus pue
b l o s d e s p e r d i g a d o s y se r e a g r u p a r o n e n g r a n d e s centros
u r b a n o s q u e p r o n t o se c o n v i r t i e r o n e n ciudades-estado'.
Para m a n t e n e r las escasas tierras fertiles i n v e n t a r o n nuevas
tecnicas de irrigaciön y e x t r a o r d i n a r i a s construcciones ai
quitectönicas y, con e l f i n de o r g a n i z a r m e j o r u n a sociedad
cada v e z m ä s c o m p l e j a , c o n sus leyes, edictos y reglas de
comercio, los h a b i t a n t e s de las nuevas ciudades i n v e n t a r o n ,
hacia finales d e l c u a r t o m i l e n i o a. C. u n arte que c a m b i a r u
p a r a s i e m p r e l a n a t u r a l e z a de l a c o m u n i c a c i ö n e n t r e los se
res h u m a n o s : e l arte de escribir.
C o n toda p r o b a b i l i d a d l a e s c r i t u r a n a c i ö p o r razones c< I
merciales, p a r a r e c o r d a r que cierta c a n t i d a d de ganado per
tenecia a u n a f a m i l i a d e t e r m i n a d a o debia ser traslada d a .1
cierto sitio. U n signo escrito servia de m e c a n i s m o m n e m o
t e c n i c o : e l d i b u j o de u n b u e y r e p r e s e n t a b a a l buey, p a n
r e c o r d a r a l l e c t o r q u e l a t r a n s a c c i ö n se hacia c o n b u e y t l
c u ä n t o s bueyes, y q u i z ä l o s n o m b r e s d e l c o m p r a d o r y el
ndedor. L a m e m o r i a , de esta m a n e r a , es t a m b i e n u n docu-
inento, e l registro de u n a d e t e r m i n a d a transacciön.
E l i n v e n t o r de las p r i m e r a s tablillas quizä se diera cuenta
de las ventajas que aquellos trozos de a r c i l l a t e n i a n sobre l a
" l e m o r i a del cerebro: e n p r i m e r lugar, l a c a n t i d a d de i n f o r -
inaciön almacenable e n las tablillas era i l i m i t a d a , ya que se
podian seguir p r o d u c i e n d o t a b l i l l a s ad infinitum, mientras
q u e la capacidad del cerebro para r e c o r d a r no l o era; e n se-
r.undo lugar, las t a b l i l l a s n o r e q u e r i a n l a p r e s e n c i a de l a
11 ie 1 noria v i v a para r e c u p e r a r la informaciön. De pronto, algo
i n i . i n g i b l e - u n nümero, u n a noticia, u n a idea, u n a o r d e n - p o -
dia conocerse s i n la presencia corpörea de q u i e n t r a n s m i t i a
el mensaje; algo, como p o r arte de magia, se grababa y se
n ansmitia a traves del espacio y mäs allä d e l t i e m p o . Desde
las p r i m e r a s civilizaciones prehistöricas, de acuerdo c o n los
vesiigios conservados, l a sociedad h u m a n a h a b i a tratado de
aiperar los obstäculos de la geografia, l a i r r e v o c a b i l i d a d de
la muerte, l a erosiön d e l olvido. C o n u n solo acto - l a incisiön
de una figura en u n a t a b l i l l a de a r c i l l a - aquel p r i m e r escritor
1 «nönimo logrö de p r o n t o realizar todas aquellas hazanas e n
rtpariencia imposibles.
I v r o la e s c r i t u r a n o es la ünica invenciön q u e cobra v i d a
n i el m o m e n t o de a q u e l p r i m e r signo escrito: otra creaciön
produjo e n aquel m i s m o instante. Puesto que e l propösito
d e l acto de e s c r i b i r era rescatar e l texto -es decir l e e r l o - , la
| Incisiön creo s i m u l t ä n e a m e n t e u n lector, u n a funciön que
r m p e z ö a e x i s t i r antes de l a e x i s t e n c i a d e l p r i m e r lector.
Mientras e l p r i m e r escritor ideaba u n arte nuevo haciendo
•rrtales en u n trozo de arcilla, o t r o arte se hacia täcitamente
presente, u n arte s i n e l cual las senales h a b r i a n carecido de
»iKnificado. E l escritor era u n hacedor de mensajes, creador
d r signos, p e r o a q u e l l o s signos y mensajes r e q u e r i a n u n
tnago que los descifrara, que reconociera e l significado, que
l e s prestara voz. L a e s c r i t u r a exigia u n lector.
La relaciön p r i m o r d i a l e n t r e escritor y lector presenta
u n a paradoja maravillosa: a l crear e l p a p e l de lector, e l es-
11 Itor decreta t a m b i e n su p r o p i a muerte, puesto que, a f i n de
 una h i s t o r i a de la l e c t u i
que u n t e x t o se de p o r concluido, e l escritor debe r e t i r a r a
dejar de existir. M i e n t r a s este presente, e l texto sigue inconi
pleto. Solo cuando e l escritor desaparece cobra existencia 1
texto. Liegado ese m o m e n t o , la existencia d e l texto es s i l e n
ciosa hasta que e l lector lo lee. Solo c u a n d o ojos capacitados
e n t r a n e n contacto c o n los signos de l a t a b l i l l a comienza I.i
v i d a activa d e l texto. Todo escrito depende de l a generosidad
del lector.
Esta i n c ö m o d a relaciön e n t r e escritor y lector tiene i m
comienzo, que q u e d ö establecido p a r a s i e m p r e e n u n a m i s
teriosa t a r d e m e s o p o t ä m i c a . Se t r a t a de u n a relaciön fru<
t i f e r a p e r o anacrönica e n t r e u n creador p r i m i t i v o que da n
luz e n e l m o m e n t o de morir, y u n creador posf mortem o, am
b i e n , generaciones de creadores post mortem gracias a los
cuales l a creaeiön m i s m a habia, p o r q u e s i n ellos cualquior
escrito estä m u e r t o . Desde s u i n i c i o m i s m o , l a l e c t u r a es l.i
apoteosis de l a escritura.
R ä p i d a m e n t e se reconociö que l a escritura era u n valio |
c o n o e i m i e n t o präetico y e l escriba fue escalando puestos e n
la j e r a r q u i a m e s o p o t ä m i c a . E v i d e n t e m e n t e , e l arte de l e e i
t a m b i e n era esencial, pero n i e l n o m b r e dado a su ocupac i o n
n i l a p e r e e p e i ö n social de sus actividades r e c o n o c i e r o n el
acto de leer, c e n t r ä n d o s e e n c a m b i o casi exclusivamente en
su h a b i l i d a d para escribir. Püblicamente, era mäs seguro p a i a
el escriba que se l o v i e r a n o como a l g u i e n que recuperaba
informaeiön (y que era capaz, p o r consiguiente, de dotarla
de sentido) sino como a l g u i e n que se l i m i t a b a a dejar cons
tancia de esa informaeiön p a r a e l b i e n püblico. A u n q u e el
escriba b i e n p o d i a ser los ojos y l a lengua de u n general, 1
incluso de u n rey, n o h a b i a que p r e s u m i r de semejante poder
politico. Por esa razön, e l s i m b o l o de Nisaba, l a diosa meso
potämica de los escribas, era e l estilete y n o l a t a b l i l l a sos
t e n i d a delante de los ojos.
Seria d i f i c i l exagerar l a i m p o r t a n c i a de s u p a p e l en la
sociedad m e s o p o t ä m i c a . Los escribas e r a n i m p r e s c i n d i b l e s
p a r a e n v i a r mensajes, p a r a t r a n s m i t i r noticias, p a r a tomai
n o t a de las ö r d e n e s d e l rey, p a r a r e g i s t r a r las leyes, p a i . i
I II i i pi os
lar los datos a s t r o n ö m i c o s q u e p e r m i t i a n m a n t e n e r el
• »lendario, para calcular los soldados o los trabajadores o los
II nistros o las cabezas de ganado que se necesitaban en
un momento dado, p a r a seguir las transacciones financieras
V ei onömicas, p a r a r e g i s t r a r diagnösticos medicos y recetas,
|nii a acompahar a las expediciones militares y escribir partes
| ucas de guerra, p a r a calcular impuestos, p a r a redactar
i m i l ratos, p a r a conservar los textos religiosos y para e n t r e -
l e n e r a l p u e b l o c o n l e c t u r a s de l a epopeya de Gilgames.
i i n n . u n a de estas cosas p o d i a lograrse sin el escriba, q u e era
i.i mano y e l ojo y la voz p o r m e d i o de los cuales se estable-
• I.III las comunicaciones y se deseifraban los mensajes. Esa
i"t la razön p o r la cual los autores mesopotämicos se d i r i g i a n
ni escriba directamente, sabiendo que seria e l q u i e n t r a n s -
i i n i i i ia e l mensaje: " D i esto a M i Senor: asi h a b i a F u l a n o de
I i i tu siervo" . " D i " se d i r i g e a u n a segunda persona, p r i m e r
3
i n i e i edente d e l " Q u e r i d o lector" de l a n a r r a t i v a posterior.
i KI.I uno de nosotros, al leer esa fräse, se convierte, a traves
| f los siglos, e n ese "tü".
E n la p r i m e r a m i t a d d e l segundo m i l e n i o a. C , los sacer-
i l o i e s del t e m p l o de Shamash, e n Sippar, e n M e s o p o t a m i a
ineridional, e r i g i e r o n u n m o n u m e n t o reeubierto de i n s c r i p -
i e s p o r sus doce lados, todas ellas relacionadas c o n l a
leuovaciön del t e m p l o y con u n a u m e n t o de la asignaeiön
i |gia. Pero e n l u g a r de fecharlo e n su p r o p i a epoca, aquellos
lOliticos p r i m i t i v o s l o f e c h a r o n e n e l r e i n a d o d e l soberano
i nushtushu d e A c a d i a (circa 2276-2261 a. C ) , estableciendo
ii .1 la antigüedad que avalaba las exigencias financieras d e l
11 1111 >lo. Las inscripeiones t e r m i n a n con la siguiente promesa
Iii Igida a l lector: "Esto n o es u n a m e n t i r a , sino l a v e r d a d " . 4
1 o m o m u y p r o n t o deseubriö el escriba-lector, su arte le daba
i i posibilidad de m o d i f i c a r e l pasado histörico.
I )ado el poder acumulado e n sus manos, los escribas me-
npotämicos e r a n u n a elite aristoerätica. (Muchos anos mäs
i n de, e n los siglos v n y v m de l a era cristiana, los escribas
ii l.mdeses todavia se b e n e f i c i a b a n de esa situaeiön p r i v i l e -
glada: e l castigo p o r m a t a r a u n escriba era el m i s m o que por
239
 una h i s t o r i a de la lectura
m a t a r a u n obispo .) E n B a b i l o n i a solo ciertos c i u d a d a n o
5
e s p e c i a l m e n t e adiestrados, p o d i a n l l e g a r a escribas, y s u
f u n c i ö n les daba p r e e m i n e n c i a sobre otros m i e m b r o s de s u
sociedad. Se h a n e n c o n t r a d o l i b r o s de t e x t o (tablillas esco-
lares) e n l a m a y o r i a de los hogares m ä s acomodados de U i .
de l o que cabe d e d u c i r que e l arte de l e e r y e s c r i b i r se con
sideraba u n a a c t i v i d a d aristocrätica. A quienes se elegia p a r i
escribas seles adiestraba, desde u n a edad m u y t e m p r a n a , en
u n c e n t r o p r i v a d o , l a e-dubba o "casas de las tablillas". U n i
habitaciön a m u e b l a d a c o n bancos de a r c i l l a e n e l palacio del
r e y Z i m r i - L i m de M a r i , a u n q u e n o h a p r o p o r c i o n a d o tabli-
6
llas escolares a los arqueölogos, se considera m o d e l o p.u.i
esas escuelas de formaciön.
E l p r o p i e t a r i o d e l centro, d i r e c t o r o ummia, era a s i s t l d l
p o r u n adda e-dubba o " p a d r e de l a casa de las tablillas" y un
ugala u oficinista. Se i m p a r t i a n varias asignaturas; e n una d l
esas escuelas, p o r ejemplo, el director, l l a m a d o I g m i l - S i n ' ,
ensenaba escritura, religiön, historia y matemäticas L l
d i s c i p l i n a se le e n c o m e n d a b a a u n e s t u d i a n t e de m ä s edad
que d e s e m p e n a b a m ä s o m e n o s las f u n c i o n e s de prefe« lo
Para u n escriba era i m p o r t a n t e destacarse e n su profesion
y e x i s t e n p r u e b a s de que los padres s o b o r n a b a n a los maes <
tros p a r a que sus h i j o s o b t u v i e r a n buenas calificaciones
D e s p u e s de d o m i n a r c u e s t i o n e s p r ä c t i c a s c o m o la f l
b r i c a c i ö n de t a b l i l l a s de a r c i l l a y e l m a n e j o d e l estilet« i i
a l u m n o t e n i a que a p r e n d e r a d i b u j a r y reconocer los sigm i
bäsicos. E n el segundo m i l e n i o a. C , la escritura mesopotäml
ca h a b i a pasado de pictogräfica - d e s c r i p c i o n e s m ä s o m e n o l
precisas de los objetos r e p r e s e n t a d o s p o r las palabras a In
que conocemos como e s c r i t u r a " c u n e i f o r m e " (del latincuncu*(
"clavo"), signos c o n f o r m a de c u n a que r e p r e s e n t a b a n sonl
dos e n l u g a r de objetos. Los p r i m i t i v o s p i c t o g r a m a s (hahU
m ä s de dos m i l , p o r c u a n t o cada signo r e p r e s e n t a b a nil
objeto) e v o l u c i o n a r o n hasta convertirse e n marcas abst r a i i i
q u e p o d i a n r e p r e s e n t a r n o solo los objetos descritos sinn
t a m b i e n ideas asociadas; d i f e r e n t e s p a l a b r a s y silabas | » t n
240
p r i n c i p i o s
ininciadas de la m i s m a m a n e r a se r e p r e s e n t a b a n c o n e l
mismo signo. Signos a u x i l i a r e s - f o n e t i c o s o g r a m a t i c a l e s -
• r v f a n p a r a f a c i l i t a r la c o m p r e n s i ö n del texto y p e r m i t i a n
in. 11izar el significado. A I poco tiempo, el sistema p e r m i t i a que
i-l escriba recogiera u n a l i t e r a t u r a c o m p l e j a y s u m a m e n t e
l e l i n a d a : relatos epicos, l i b r o s de s a b i d u r i a , h i s t o r i a s h u -
isticas, poemas a m a t o r i o s . De hecho, la e s c r i t u r a c u n e i -
8
i " i m e se m a n t u v o d u r a n t e los sucesivos i m p e r i o s de
k i m e r i a , Acadia y A s i r i a , conservando la l i t e r a t u r a de quince
' e i i o m a s d i s t i n t o s y abarcando la zona que e n la a c t u a l i d a d
o t u p a n I r a q , I r a n o c c i d e n t a l y S i r i a . A h o r a no sabemos leer
Ins t a b l i l l a s p i c t o g r ä f i c a s o r a l m e n t e p o r q u e i g n o r a m o s el
vnlor f o n e t i c o de los signos p r i m i t i v o s ; solo p o d e m o s reco-
ftocer u n a cabra, u n a oveja. Pero los lingüistas h a n recons-
l i mdo de m a n e r a a p r o x i m a d a la p r o n u n c i a c i ö n de los textos
• uneiformes tardios de S u m e r i a y Acadia y podemos, aunque
| r n de m a n e r a r u d i m e n t a r i a , p r o n u n c i a r sonidos acufiados
h l c e m i l e s de anos.
Las p r i m e r a s nociones de e s c r i t u r a y l e c t u r a se a p r e n -
rilun p r a c t i c a n d o el enlace de signos, n o r m a l m e n t e p a r a for-
ma r u n n o m b r e . E x i s t e n n u m e r o s a s t a b l i l l a s que m u e s t r a n
• l a s p r i m e r a s , t o r p e s etapas, c o n marcas hechas p o r u n a
Mio vacilante. E l a l u m n o t e n i a que a p r e n d e r a e s c r i b i r s i -
n e ndo las convenciones que luego le p e r m i t i r i a n leer. A s i
or ejemplo, la p a l a b r a acadia ana t e n i a que escribirse a-na,
11 ana n i an-a, de m a n e r a que e l e s t u d i a n t e acentuara las
»Ilabas c o r r e c t a m e n t e . 9
' aiperada esta etapa, se daba a l e s t u d i a n t e u n t i p o d i s -
Mo de t a b l i l l a de arcilla, r e d o n d a esta vez, e n la que el p r o -
|or habia grabado u n a breve fräse, u n refrän o u n a lista de
embres. E l a l u m n o estudiaba la inscripciön, luego daba l a
l e i i . i a la t a b l i l l a y r e p r o d u c i a lo escrito. Para hacerlo t e n i a
• a l l nacenar las palabras e n la m e n t e para llevarlas de u n a
r i a o t r a de la t a b l i l l a , c o n v i r t i e n d o s e p o r vez p r i m e r a en
n i m i s o r de mensajes: e l e s t u d i a n t e pasaba asi de lector
I« e s c r i t u r a d e l maestro, a e s c r i t o r de lo que ha leido. C o n
241
 una h i s t o r i a de Ia lectura
a q u e l gesto i n s i g n i f i c a n t e nacia u n a f u n c i ö n p o s t e r i o r del
lector-escriba: c o p i a r u n texto, anotarlo, glosarlo, t r a d u c i i l> 1
transformarlo.
H a b l o de los escribas m e s o p o t ä m i c o s e n m a s c u l i n o pol
que e r a n casi s i e m p r e varones. E n a q u e l l a sociedad patriar-
cal, l a l e c t u r a y l a e s c r i t u r a se r e s e r v a b a n p a r a q u i e n e i
ejercian e l poder. Hay, s i n embargo, excepciones. E l p r i 111 < • 1
a u t o r q u e a p a r e c e e n u n a c i t a h i s t ö r i c a es u n a mujer. I i
p r i n c e s a E n h e d u a n n a , nacida a l r e d e d o r d e l 2300 a. C , hiju
d e l r e y S a r g ö n I de Acadia, s u p r e m a sacerdotisa d e l dios <l«
la l u n a , N a n n a , y c o m p o s i t o r a de u n a serie de cantos e n Im
n o r de I n a n n a , diosa d e l a m o r y de l a g u e r r a . E n h e d u a n n i
10
f i r m a b a c o n s u n o m b r e a l f i n a l d e l a s t a b l i l l a s . Esto er«
h a b i t u a l e n M e s o p o t a m i a , y g r a n p a r t e d e n u e s t r o s cono«
cimientos sobre escribas procede de esas firmas, o colofom"»,
que i n c l u y e n e l n o m b r e d e l escriba, l a fecha y e l n o m b r e du
la c i u d a d d o n d e se e s c r i b i ö l a t a b l i l l a . Esta identificac idit
p e r m i t i a al l e c t o r leer e l t e x t o c o n u n a voz d e t e r m i n a d a en
e l caso de los h i m n o s a I n a n n a , la voz de E n h e d u a n n a - iden
t i f i c a n d o e l "yo" d e l t e x t o c o n u n a p e r s o n a concreta y, oft
242
p r i n c i p i o s
cnnsecuencia, c r e a n d o u n personaje pseudonovelesco, " e l
autor", c o n q u i e n e l lector se relacionaba. Esta estratagema,
inventada al comienzo de l a l i t e r a t u r a , aün se sigue u t i l i z a n -
io mäs de cuatro m i l anos despues.
Los escribas n o i g n o r a b a n , s i n duda, e l e x t r a o r d i n a r i o
I»oder que les otorgaba l a lectura, y c o n s e r v a r o n esa p r e r r o -
K-diva celosamente. L a m a y o r i a de los escribas m e s o p o t ä -
M I K O S t e r m i n a b a n sus textos, de m a n e r a arrogante, c o n este
colofön: "Que los sabios i n s t r u y a n a l o s sabios, p o r q u e los
ignorantes no saben v e r " . E n Egipto, d u r a n t e la 19/ dinastia,
11
hacia e l 1300 a. C , u n escriba c o m p u s o este e l o g i o de su
profesiön:
jSe escriba! [Graba esto en tu corazön
Para que tambien tu nombre sobreviva!
El papiro es mejor que la piedra tallada.
Un nombre ha muerto: su cuerpo se convierte en polvo,
Y sus familiäres se extinguen.
Un libro es lo que hace que sea recordado
En la boca del hablante que lo lee' . 2
Un escritor puede e l a b o r a r u n texto de varias maneras, e l i -
|iendo, del p a t r i m o n i o c o m ü n de palabras, aquellas q u e m e -
rr parecen expresar e l mensaje. Pero el lector que recibe e l
ItXto no estä l i m i t a d o a u n a sola interpretaciön. Si b i e n , como
lirinos dicho, las lecturas de u n texto no son i n f i n i t a s - e s t ä n
1 1 1 nscritas p o r las convenciones gramaticales y los l i m i t e s
•I1 • t- unpone el sentido comün-, tampoco estän estrictamente
I« i.idas p o r e l texto mismo. C u a l q u i e r t e x t o escrito, dice e l
itlco frances Jacques D e r r i d a , "es legible a u n q u e e l rao-
13
nlo de su producciön se haya p e r d i d o i r r e v o c a b l e m e n t e
f I m luso aunque no sepamos lo que e l supuesto autor se p r o -
decir conscieniemente en e l m o m e n t o de escribirlo, es
l i m Ir aunque el texto haya quedado abandonado a s u t e n -
picia esencial". Por esa razön e l autor (escritor, escriba) que
Kirre preservar e i m p o n e r u n significado tiene t a m b i e n que
243
 una h i s t o r i a de la l e c t u i «

ser e l l e c t o r d e l t e x t o . T a l es e l p r i v i l e g i o secreto que sa e s c r i t u r a c u n e i f o r m e , e i m a g i n a b a n q u e si l o g r a b a n

c o n c e d i e r o n los escribas m e s o p o t ä m i c o s y que yo, leyendo
e n las r u i n a s de lo que quizä fuera su biblioteca, he usurp.K le
E n u n famoso ensayo, R o l a n d B a r t h e s p r o p o n i a una d i l
tinciön e n t r e ecrivain y ecrivant: e l p r i m e r o c u m p l e u n a I n n
ciön y e l segundo u n a a c t i v i d a d ; p a r a e l ecrivain escribir e i
u n v e r b o i n t r a n s i t i v o ; p a r a e l ecrivant e l v e r b o siempre • <
propone u n objetivo: adoctrinar, dar testimonio, expln •
e n s e n a r . Es posible que se p u e d a a p l i c a r l a m i s m a distin
14
ciön a dos m a n e r a s de leer: la d e l lector p a r a q u i e n el texfl
j u s t i f i c a su p r o p i a existencia (la d e l texto) e n e l acto misinu
l Ifrar esos signos confusos s a b r i a n lo que p e n s a b a n los
ses. Generaciones de eruditos h a n t r a t a d o de convertirse
lectores de e s c r i t u r a s cuyos cödigos h e m o s p e r d i d o :
uinerio, acadio, minoico, azteca, maya...
Algunas veces l o h a n conseguido. Otras, no, c o m o e n el
••< 1 de la e s c r i t u r a etrusca, cuya c o m p l e j i d a d t o d a v i a se les
liste. E l poeta R i c h a r d W i l b u r r e s u m i ö la t r a g e d i a que
p n n e para u n a civilizaciön p e r d e r a sus lectores:
A LOS POETAS ETRUSCOS

de l a l e c t u r a , s i n m o t i v o s u l t e r i o r e s ( n i s i q u i e r a e l e n t r e ie
n i m i e n t o , puesto que l a n o c i ö n de placer estä i m p l i c i t a e n I.i Sonad en paz, hermanos inmöviles, que de ninos
c o n s u m a c i ö n d e l acto), y la d e l lector con u n m o t i v o u l t e i Lflj Mamasteis, con la leche, la lengua materna,
(aprender, c r i t i c a r ) p a r a q u i e n el t e x t o es u n v e h i c u l o p.u.i
o t r a funciön. L a p r i m e r a a c t i v i d a d t i e n e l u g a r d e n t r o d e u n En cuya matriz inmaculada. uniendo mundo y mente,
m a r c o t e m p o r a l d i c t a d o p o r l a n a t u r a l e z a d e l texto; la M Os esforzasteis por dejar, para la posteridad, algunos versos,
g u n d a existe e n u n m a r c o t e m p o r a l i m p u e s t o p o r el lectoi v
ligado a la f i n a l i d a d de esa l e c t u r a . Esto t a l vez coincida col Semejantes a una huella sobre un campo nevado.
lo que san A g u s t i n creia que era u n a distinciön establei id.i Sin preverque todo pudiera derretirse y desaparecer' .6

p o r Dios e n p e r s o n a . " L o que dice m i E s c r i t u r a , soy Yo q u i e n

lo dice", oye A g u s t i n que D i o s le revela. "Pero l a E s c r i t u n i
h a b i a e n e l t i e m p o , m i e n t r a s que e l t i e m p o n o afecta a Ml
Verbo, que p e r m a n e c e p a r a siempre, i g u a l a M i e n la e t e i
n i d a d . Las cosas que ves p o r m e d i o de M i E s p i r i t u , las v e n
Yo, de l a m i s m a m a n e r a q u e Yo d i g o las p a l a b r a s q u e i n
r e p i t e s p o r m e d i o de M i E s p i r i t u . Pero, si b i e n tü ves e i l
cosas e n el t i e m p o , n o asi Yo. Y a u n q u e tü dices esas palahi •
e n el t i e m p o , Yo n o las digo e n el t i e m p o " . 15

Tal como el escriba sabia, t a l como la sociedad descu 1

la e x t r a o r d i n a r i a i n v e n c i ö n de l a p a l a b r a escrita con t o d M
sus mensajes, sus leyes, sus listas, sus l i t e r a t u r a s , dependi.in
de la h a b i l i d a d d e l escriba p a r a restaurar el texto, p a r a leei 1 1

P e r d i d a esa h a b i l i d a d , e l texto se c o n v i e r t e u n a vez m a l e n

signos silenciosos. Los antiguos h a b i t a n t e s de Mesopolann.i
c r e i a n que los päjaros e r a n sagrados p o r q u e , e n l a a r c i l l
todavia blanda, sus patas dejaban marcas que se asemeja I I i i

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