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Pode acreditar: o seu próximo grande vinho não será nem tinto nem branco,
mas um rosé! Os vinhos avermelhados deixaram para trás o preconceito e
provaram que podem ser sofisticados, complexos e versáteis. Um brinde ao
rosé!
Camila Gomes PlayBoy 08/02/2010
Antes olhado com desconfiança pelo universo dos enólogos, o vinho rosé deixou de ser o
patinho feito do mundo vinícola há algum tempo. Grandes rótulos, produtores confiáveis e
uma bebida versátil, que vai bem tanto à beira da piscina quanto em harmonia com pratos
variados, ajudaram a virar esse jogo. Por isso, reunimos aqui tudo o que você queria
saber sobre os vinhos vermelhos mas não tinha a quem perguntar e ainda selecionamos
os seis melhores rótulos para ajudá-lo a escolher o rosé que mais combina com seu
paladar. Rosé e você, tudo a ver!
Origem
É difícil encontrar um país que não produza vinho rosé hoje em dia. A Provença, no sul da
França, é
considerada o berço da bebida e uma das principais regiões produtoras. No entanto,
exemplares cada vez mais sofisticados da categoria têm surgido na Espanha, em
Portugal, na Itália, na Argentina, na África do Sul, na Nova Zelândia e na Austrália. No
Brasil, a maior parte dos rótulos vem do Rio Grande do Sul. “É um tipo de vinho que é
melhor quando consumido jovem, por isso é vantajoso quando a bebida vem de perto e
viaja menos”, explica Alexandra Corvo.
A produção
Há três maneiras de produzir um vinho rosé. Na mais utilizada, uvas tintas são colhidas
precocemente e, durante o processo de fermentação, o mosto – como é chamado o suco
de uvas frescas após a prensagem – fica em breve contato com as cascas, fazendo com
que a bebida ganhe um pouco de cor antes que elas sejam retiradas. Depois o suco
restante passa pelo mesmo processo de produção dos brancos: o líquido vai para uma
cuba de aço inoxidável na qual obtém aromas frutados e frescos. Outro método de
produção é a chamada sangria, em que parte do líquido
é retirada do tanque quando começa a fermentar, enquanto o restante permanece para se
tornar vinho tinto. O terceiro e menos utilizado modo de obter o rosé é a simples mistura
do vinho tinto com o branco.
Briga à francesa
Um dos maiores produtores de rosé no mundo, a França – e a Provença em particular –
entrou em conflito no ano passado com a União Europeia pela forma correta de produzir a
bebida. A UE propunha que os produtores pudessem simplesmente misturar vinhos tinto e
branco para obter o rosé, método que os franceses rejeitam por considerar o resultado de
baixa qualidade.
Best buys
Os sommeliers Manoel Beato, do restaurante Fasano, e Alexandra Corvo, dona da Escola
Ciclo das Vinhas, indicam boas opções de rosados.
R. 2007
Vinícola: Rimauresq
Região: Provença, na França
Uvas: Grenache, Cinsault e Syrah
Preço: R$ 136
O vinho de tom claro produzido pelo enólogo Jean-Luc Colombo é um dos mais
célebres de sua região. Alexandra Corvo o descreve como “bebida leve e
discreta, de textura cremosa. Tem algo de frutas no paladar e um pouco de
louro no aroma”.
Apesar de ser produzido no Sul do Brasil, para Manoel Beato a versão rosé dos
vinhos da produtora Villa Francioni “tem o estilo dos rosados da França
provençal: é um vinho de cor clara, de estilo delicado e perfume não
extravagante, mas saboroso”.
http://playboy.abril.com.br/gastronomia/vinhos/la-vie-en-rose/