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Nome: Ana Carolina Asatsuma

Data: 13/03/07
Matéria: Formação Econômica Brasileira I
Professora: Regina Gadelha

- Fichamento
Texto: Portugal e Brasil – Na Crise do Antigo Sistema Colonial

Cap. II – A Crise do Antigo Sistema Colonial

- Devemos analisar o sistema de colonização para conseguir entender a


crise do Antigo Sistema Colonial. Pois, trata-se de um mecanismo profundo
que só será apreendido em uma análise global e generalizada sobre o
assunto.

1. Estrutura e Dinâmica do Sistema

a) A colonização como sistema

- O sistema colonial apresenta-se em um primeiro momento como um


conjunto das relações entre as metrópoles e suas respectivas colônias, num
dado período da história da colonização.
- Nem toda colonização se processa, efetivamente, dentro dos quadros do
sistema colonial, pois a colonização se dá nas mais diversas situações
históricas.
- A colonização européia, entre os Descobrimentos Marítimos e a
Revolução Industrial, foi caracterizada pelo sistema colonial do
mercantilismo.
- Ao longo do século XVI, XVII e XVIII é notória a presença de diversos
tipos de relações metrópole–colônia, mas há certos denominadores comuns
que as caracterizam:
- 1. Legislação Ultramarina das várias potências colonizadoras. (p.58,59)
- 2. Comércio e vinculações político-administrativas. (p.58, 59)
- Enquanto se desenrola o processo de colonização, os corifeus da
economia mercantilista teorizam a posição e função das colônias no quadro
da vida econômica dos Estados europeus; fixam, assim, os fins e objetivos
visados nos empreendimentos coloniais. A legislação tem o objetivo de
levar à prática os princípios formulados pela teoria mercantilista.
- Modelo típico das relações e do funcionamento do pacto colonial da
política econômica dos estados colonizadores formulado por Posrlethwayt -
As colônias devem: dar a metrópole um maior mercado para seus produtos,
dar ocupação a um maior número dos seus (da metrópole) manufatureiros,

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artesões, marinheiros, fornecer-lhe uma maior quantidade dos artigos de
que precisa. Em suma, as colônias deviam ser um fator essencial do
desenvolvimento econômico da metrópole.
- Mercantilismo: corpo da doutrina política e econômica que se desenvolvia
e predominava na Europa entre os Descobrimentos e a Revolução
Industrial. Caracteriza-se pela idéia metalista, ou seja, a identificação de
nível da riqueza com o montante de metal nobre existente dentro de cada
nação.
- A idéia básica metalista como orientadora da política econômica supõem
que os lucros se geram no processo de circulação de mercadorias, isto é,
configuram vantagens como prejuízo do parceiro.
- O mercantilismo visa o desenvolvimento nacional a todo custo. Toda
forma de estímulos é legitimada, a intervenção do estado deve criar todas
as condições de lucratividade para as empresas poderem exportar
excedentes ao máximo.
- As colônias garantiam a auto-suficiência metropolitana, meta fundamental
da política mercantilista, permitindo assim ao Estado colonizador
vantajosamente competir com os demais concorrentes.
- A política colonial das potências visava enquadrar a expansão
colonizadora com a política mercantilista.
- Relação política ente metrópole e colônia: havia um centro de decisão
(metrópole) e seu subordinado (colônia). A vida econômica da metrópole
era dinamizada pelas atividades coloniais.
- A expansão ultramarina e a colonização do Novo Mundo são traços
marcantes da história dos séculos XVI a XVIII. Contemporaneamente, a
política absolutista e a sociedade estamental estão em vigor. No plano
econômico, entre a paulatina estrutura feudal e a eclosão da produção
capitalista, surge o capitalismo mercantil. (p.63)
- Acumulação Primitiva do Capital:
Podemos encontrar diversos similares históricos destas sociedades na
utilização do Estado como alavancador do capital. As sociedades
mercantilistas buscavam a criação do que Marx chamou de "acumulação
primitiva". A acumulação primitiva foi interpretada muitas vezes como um
período unicamente de crescimento do volume de produção. Porém, a
principal característica da acumulação primitiva é a dissociação dos
trabalhadores dos objetos e instrumentos de trabalho; em suma, um
processo social de concentração e controle da produção. Na França, onde a
terra não se concentrou tão rapidamente em poucas mãos como na
Inglaterra, surgiu o pensamento fisiocrata que viu como condição da
superação do atraso a expropriação dos pequenos arrendamentos, a
ampliação da exploração do trabalho e a concentração da terra. Todas estas
medidas eram vistas como uma tentativa de elevar a produção e a
produtividade, mas sua substância social era a liberação das forças

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produtivas para a produção de valores, ou seja, a constituição efetiva do
modo de produção capitalista, o capital como relação social de produção.

- O sistema colonial é o conjunto de relações entre as metrópoles e suas


respectivas colônias em uma determinada época histórica. O sistema
colonial que nos interessa abrangeu o período entre o século XVI e o século
XVII, ou seja, faz parte do Antigo Regime da época moderna e é conhecido
como antigo sistema colonial. Segundo o seu modelo teórico típico, a
colônia deveria ser um local de consumo (mercado) para os produtos
metropolitanos, de fornecimento de artigos para a metrópole e de ocupação
para os trabalhadores da metrópole. Em outras palavras, dentro da lógica do
“Sistema Colonial Mercantilista” tradicional, a colônia existia para
desenvolver a metrópole, principalmente através do acúmulo de riquezas,
seja através do extrativismo ou de práticas agrícolas mais ou menos
sofisticadas. Uma Colônia de Exploração, como foi o caso do Brasil para
Portugal, tem basicamente três características, conhecidas pelo termo
técnico de “plantation”:

Latifúndio: as terras são distribuídas em grandes propriedades rurais.


Monocultura voltada ao mercado exterior: há um “produto-rei” em torno do
qual toda a produção da colônia se concentra (no caso brasileiro, ora é o
açúcar, ora a borracha, ora o café...) para a exportação e enriquecimento da
metrópole, em detrimento da produção para o consumo ou o mercado
interno.

Mão-de-obra escrava: o negro africano era trazido sobre o mar entre


cadeias e, além de ser mercadoria cara, era uma mercadoria que gerava
riqueza com o seu trabalho.

- O sentido da colonização – A atividade colonizadora européia aparece


como desdobramento da expansão puramente comercial. Passou-se da
circulação (comércio) para a produção, No caso português, esse movimento
realizou-se através da agricultura tropical. Os dois tipos de atividade,
circulação e produção, coexistiram. Isso significa que a economia colonial
ficou atrelada ao comércio europeu. Segundo Caio Prado Jr., o sentido da
colonização era explícito: "fornecer produtos tropicais e minerais para o
mercado externo".

- Assim, o antigo sistema colonial apareceu como elemento da expansão


mercantil da Europa, regulado pelos Interesses da burguesia comercial. A
conseqüência lógica, segundo Fernando A. Novais, foi a colônia
transformar-se em instrumento de poder da metrópole, o fio condutor, a
prática mercantilista, visara essencialmente o poder do próprio Estado.

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- As razões da colonização – A centralização do poder foi condição para os
países saírem em busca de novos mercados, organizando-se, assim, as
bases do absolutismo e do capitalismo comercial. Com isso, surgiram
rivalidades entre os países. Portugal e Espanha ficaram ameaçados pelo
crescimento de outras potências. Acordos anteriores, como o Tratado de
Tordesilhas (1494) entre Portugal e a Espanha, começaram a ser
questionados pelos países em expansão.

- A descoberta de ouro e prata no México e no Peru funcionou como


estímulo ao início da colonização portuguesa. Outro fator que obrigou
Portugal a investir na América foi a crise do comércio indiano. A frágil
burguesia lusitana dependia cada vez mais da distribuição dos produtos
orientais feita pelos comerciantes flamengos (Flandres), que impunham os
preços e acumulavam os lucros.

- Mercantilismo: como conduzir políticas para o enriquecimento do


Estado? Através de um estado autoritário com regulamentação intensa
(riqueza – quantidade de metais preciosos).

- manter uma balança comercial favorável (superávit – exportações>


importações). A balança comercial superavitária é desejável porque gera
riqueza.

- medidas: incentivar a importação de matérias primas baratas e promover a


exportação de manufaturados, enfatizar o aumento da população para
manter salários baixos.

- comércio internacional - jogo de soma zero – enriquece empobrecendo


seu vizinho- enriquecer as custas dos outros, se alguém tem superávit o
outro tem déficit, por isso a grande disputa por mercados.

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