LA ESTILÍSTICA TEÓRICA DE AMADO ALONSO.

UNA APLICACIÓN PRÁCTICA:

POESÍA Y ESTILO DE PABLO NERUDA

PEDRO CORREA RODRÍGUEZ

Universidad de Granada

RESUMEN

E x p o n e m o s de m o d o sucinto las piedras angulares de la estilística literaria

tales y c o m o f u e r o n pensadas y llevadas a cabo e n la práctica p o r A. A l o n s o sir­
v i é n d o n o s de su obra Poesía y Estilo de Pablo Neruda. La sistematización c o m ­
pleta de su p e n s a m i e n t o crítico n o p u e d e prescindir de sus estudios específicos
concretos. Todos ellos c o m p l e t a n la doctrina explicitada e n algo más de media
docena de artículos. D e una atenta lectura d e d u c i m o s su m o d e r n i d a d d o c t r i n a l
lingüística y literaria.

PALABRAS CLAVE

Sentimiento, i n t u i c i ó n , expresión, e m o c i ó n , lo psíquico, palabra, f o r m a

interior, r i t m o , sintaxis, metáfora, imágenes, símbolos, fantasía.

ABSTRACT

We set o u t i n a concise w a y the cornerstone o f the stylistic literary the w a y

they w e r e t h o u g h t a n d p u t i n t o practice b y A. A l o n s o m a k i n g use o f his w o r k
Poesia y Estilo de Pablo Neruda. The w h o l e systematization o f his critical
t h o u g h t cannot dispense w i t h his specific concrete studies. A l l o f t h e m c o m p l e t e
the e x p o s e d teaching i n s o m e t h e i n g m o r e thean half a d o z e n articles. F r o m a
carefully reading w e deduce its doctrinal m o d e r n age linguistics a n d literary.

KEY WORDS

Sentiment - I n t u i t i o n - D i c t i o n - Pathos - Psychic - Vocable - G a r b - R h y t h m

- Syntax - Metaphors - Figures - Symbols - I m a g i n a t i o n

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CAVCE, Reiista de Filologia y su Diddctica, n.° 18-19. 1995-96 /pdgs. 241-254

CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 PEDRO CORREA RODRÍGUEZ

RÉSUMÉ

Nous présentons succintement les soutiens fondamentals de la stylistique

littéraire selon fut établie pour A. Alonso dans Poesîa y Estilo de Pablo Neruda.
Toute la systématisation de sa pensée critique ne peut pas faire abstraction de
ses études spécifiques concrets. Touts complètent la doctrine exposé au travers
d'une demie douzaine d'articles. Nous déduisons d'une lecture attentive sa
modernité doctrinal linguistique et littéraire.

MOTS-CLÉ

Sentiment - Intuition - Expression - Emotion - Psychique - Mot - Forme

intérieur - Rythme - Syntaxe - Métaphores - Images - Symboles - Fantaisie

La crítica r e c o n o c e e n la t r a y e c t o r i a i n v e s t i g a d o r a d e A m a d o A l o n s o
cierta a v e r s i ó n o c u a n d o m e n o s i n d i f e r e n c i a a n t e las f o r m u l a c i o n e s t e ó -
ricas d e s u edificio estilístico b á s i c o . N o s e le r e c o n o c e la e x i s t e n c i a d e
u n c o r p u s s i s t e m a t i z a d o q u e p o r otra p a r t e aplica r i g u r o s a m e n t e . C o m o
t o d o s los axiomas universales n o s e n c o n t r a m o s c o n u n a v e r d a d a
m e d i a s . Sí t e n e m o s u n a serie d e a r t í c u l o s e x p o s i t o r e s d e s u m e t o d o l o g í a
y e n tal m a n e r a q u e o r d e n a d o s p u e d e n servir p a r a q u e el l e c t o r s e a
c a p a z d e e x t r a e r d e ellos u n c u e r p o d e d o c t r i n a e n la l í n e a d e u n a p e c u -
liar estilística literaria. P e r o a d e m á s , n o h u b i e r a s i d o n e c e s a r i a la o b r a
d e n s a t e ó r i c a p o r q u e s u s i s t e m a s e t o r n a m e r i d i a n o si l e e m o s c o n i n t e n -
cionalidad cualquiera d e sus múltiples aplicaciones prácticas bien a u n
t e x t o d e t e r m i n a d o b i e n a u n a u t o r c o n c r e t o . Es lo q u e m e p r o p o n g o
1
e x t r a e r d e su o b r a Poesía y Estilo de Pablo Neruda .
A b u n d a n d o e n la p r i m e r a d e las a f i r m a c i o n e s , n a d i e p u e d e d e j a r d e
r e c o n o c e r q u e las c i e n p r i m e r a s p á g i n a s d e Materia y forma en poesía

1. H. Hatzfeld destacó el papel desempeñado por A. Alonso dentro de la crítica

literaria española y tuvo palabras elogiosas para su estudio Poesía y Estilo de Pablo
Neruda al que calificó de profundo y luminoso, lo considera en el fondo obra indis-
pensable para el conocimiento básico del pensamiento de su autor (v. Estudios de esti-
lística, ed. Planeta, Barcelona 1975). También podemos completar la concepción teórica
del estudioso navarro en el artículo de E. Rodríguez Monegal «La crítica literaria en el
siglo XX: la estilística de Amado Alonso», Número IV, 1952, Montevideo, p. 321-332.

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encierran toda u n a programática, especialmente e n artículos tan lumino­

s o s c o m o Sentimiento e intuición en la lírica y l a Carta a Alfonso Reyes
sobre la estilística. En u n sentido más concreto también p o d e m o s recu­
r r i r a Clásicos, románticos, superrealistas, El ideal clásico de la forma
poética, El ideal artístico de la lengua y la dicción en el teatro, La inter­
pretación estilística de los textos literarios y El ritmo de la prosa. En todos
ellos se p u e d e n espigar ideas m u y precisas q u e v a m o s a ver aplicadas
c o n t o d o rigor e n sus múltiples comentarios, especialmente d e autores
clásicos, m o d e r n o s e h i s p a n o a m e r i c a n o s . C e n t r a r e m o s nuestra atención
2
e n la o b r a a n t e s c i t a d a .
Si n o s f i j a m o s e n e l t í t u l o p o d e m o s o b s e r v a r q u e A . A l o n s o p r o c e ­
de simultáneamente a establecer dos grandes caminos cuyas relaciones
s e fijan e n l a c r e a c i ó n p o é t i c a d e N e r u d a ; p o r u n l a d o l a p o e s í a d e l c h i ­
l e n o d e s d e s u s o r í g e n e s h a s t a l a g e s t a c i ó n d e l a s Residencias, p o r otro,
la c o n f i g u r a c i ó n d e u n e s t i l o p e c u l i a r a n a l i z a d o y v i s t o e n c a d a p o e m a
s e g ú n la c o n c e p c i ó n i d e a l i s t a d e la c r e a c i ó n y d e l l e n g u a j e . P o r e s o c a d a
c o m e n t a r i o a u n p o e m a d e t e r m i n a d o suscita, sugiere, se a p o y a e n u n
c u e r p o d e d o c t r i n a e x t r a í d o d e los p r e s u p u e s t o s idealistas tal y c o m o él
los c o n c i b e . Este c o r p u s doctrinal s e p u e d e aislar y a u n q u e sea coinci­
d e n t e al q u e e n c o n t r a m o s e n l o s a r t í c u l o s a n t e s c i t a d o s s i e m p r e s e p u e ­
d e n espigar puntos inéditos o escasamente desarrollados q u e completan
3
su concepción teórica .

2. Los artículos citados en primer lugar sirven para la exposición de la importan­

cia que adquieren en la estilística tanto la intuición como el sentimiento. Constatamos
que apenas si hay distinción entre la teoría ilustrada expuesta en ellos y la aplicación de
ambos en la obra de P. Neruda. Así como los dos siguientes también encontraron su res­
puesta concreta en los poemas nerudianos. Los citados en último lugar los consideramos
imprescindibles para un mejor conocimiento de su concepción de la estilística.
Importantísimo es el titulado El ritmo de la prosa por las consecuencias doctrinales que
de él se derivan. No hay por lo tanto un corpus doctrinal que va por un lado y una rea­
lización práctica que va por otro. El crítico aplica con todo rigor su ideario hasta el punto
de que encontraremos en el comentario a la obra poética de Neruda fragmentos que el
lector ha leído casi al pie de letra en esa media docena de artículos.
3. Hemos de hacer una salvedad; la cronología anticipa la práctica sobre la teo­
ría. Recordemos la muestra inicial sobre la obra de Valle-Inclán recogida en Estructura
de las Sonatas de Valle-Inclán (Verbum, núm. 71, Buenos Aires, 1928, p. 6-42) y la pos­
terior titulada La musicalidad de la prosa en Valle-Inclán (Materia y forma en poesía,
Madrid 1955. p. 313-369). Algo parecido ocurre con el libro que nos ha servido de base.
Su punto de partida es anterior a sus grandes sistematizaciones. Quizá el ensayo más
próximo sea la Carta a Alfonso Reyes sobre la estilística. Hay aspectos claves desarrolla­
dos en el libro como los relacionados con la fantasía que tendrán cabida en teorizacio­
nes posteriores.

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Y a e n e l c a p í t u l o p r i m e r o , c u a n d o t r a z a la e v o l u c i ó n p o é t i c a d e
Pablo Neruda, c o m i e n z a a e x p o n e r su d o c t r i n a c o m o guía para q u e el
l e c t o r n o se l l a m e a e n g a ñ o y sea c a p a z d e e s t a b l e c e r u n a e s t r e c h a c o r r e -
l a c i ó n entre l o c r e a d o p o r el p o e t a y el i m p u l s o o m o t o r q u e le ha e m p u -
j a d o a d e c i r o e x p r e s a r las cosas así y n o d e o t r a m a n e r a . H e m o s d e e l i -
minar todos aquellos procedimientos p r o p i o s del estilo del poeta y q u e
s o l a m e n t e se d a n e n é l ; s o n l o s c o n f i g u r a d o r e s d e s u p r o p i a p e r s o n a l i -
d a d c o m o c r e a d o r . N o así d e s d e e l m o m e n t o e n q u e d e j a s e n t a d o u n
p r i n c i p i o básico e n su e v o l u c i ó n poética aplicable a m u c h o s otros:
a. N e r u d a p r o c e d e p o r c o n d e n s a c i ó n p r o g r e s i v a d e l s e n t i m i e n t o a
través del e n s i m i s m a m i e n t o .
b. Se a d e n s a e n e l m u n d o d e l s e n t i m i e n t o q u e l e s i r v e d e o b s t i n a d o
anclaje.
c. F i n a l m e n t e se d e s e n t i e n d e d e las e s t r u c t u r a s o b j e t i v a s .
C u a n d o e l c r í t i c o s e l e c c i o n a estos p r i n c i p i o s b á s i c o s n o está más
q u e a p l i c a n d o u n o s c a m p o s semánticos p r i m o r d i a l e s e n t o d a estilística:
e l s e n t i r , la e x p r e s i ó n d e l s e n t i r y e l m e d i o d e r e p r e s e n t a c i ó n d e a m b o s .
P o r e s o e l c r í t i c o e s t a b l e c e d e e n t r a d a q u e e n la o b r a d e N e r u d a e n c o n -
tramos, c o m o en cualquier otro poeta lírico, una nueva relación entre el
sentir y su e x p r e s i ó n y la técnica de r e p r e s e n t a c i ó n . N a d a d e t o d o esto
p u e d e ser a n a l i z a d o c o n p r i n c i p i o s d e r a z ó n , e s c a p a a t o d a c o m p r e n s i ó n
lógica y c o r d i a l , sólo el s e n t i m i e n t o , l o v i v i d o y l o s u f r i d o , p u e d e n hacer
r e a l i d a d e l m u n d o i n t e r i o r e l c u a l a f l o r a m e d i a n t e la r e p r e s e n t a c i ó n v e r -
b a l . Si l a r a z ó n o r d e n a d o r a t i e n e p o c o q u e v e r c o n e s t o ¿ d ó n d e está la
raíz? ¿a t r a v é s d e q u é m e d i o s la t r a d u c e e l p o e t a e n a c t o s d e c r e a c i ó n ? .
Las r e s p u e s t a s a estas p r e g u n t a s se e n c u e n t r a n e n l o s c a p í t u l o s I I y I I I
casi o r d e n a d a s c o m o u n s i s t e m a y las a p l i c a r i g u r o s a m e n t e a p a r t i r d e l
estudio concreto del r i t m o y e n sucesivos capítulos.
Parte A. A l o n s o d e l p r i n c i p i o siguiente:

En la raíz de toda creación poética hay dos cosas que son como la
4
cara y la cruz de una onza: sentimiento e intuición .

A q u í t e n e m o s los dos pilares básicos de su sistema poético-crítico.

C o n ellos c o n f i g u r a u n a estilística d ú c t i l a p l i c a b l e a los p o e t a s d e t o d o s
l o s t i e m p o s . P e r o a m b o s c o n c e p t o s n e c e s i t a n ser c o m p l e t a d o s y e x p l i -

4. Alonso, A. Poesía y Estilo de Pablo Neruda, ed. Sudamericana, Buenos Aires

1954 (cito por la ed. de Barcelona 1971).

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c a d o s y a m b a s t a r e a s las e n c o n t r a m o s e n las p á g i n a s s u c e s i v a s d e este

l u m i n o s o capítulo. Por riguroso o r d e n expositivo l e e m o s lo siguiente:
1. H a y u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n e n t r e l a t e n s i ó n s e n t i m e n t a l y l a i n s p i ­
r a c i ó n q u e n o e s n i m á s n i m e n o s q u e la f u e r z a n a c i d a e n el s e n t i m i e n ­
t o y p r o y e c t a d a h a c i a la e x p r e s i ó n constructiva.
2 . El s e n t i m i e n t o e s e n c o n s e c u e n c i a i n t u i d o , l o c u a l n o e s o b s t á c u ­
lo para q u e h a y a sido vivido y sufrido. En u n p r o c e s o posterior se revis­
te d e f o r m a p a r a p o d e r p r e s e n t a r s e a n t e el lector. S o n n e c e s a r i a s unas
v i v e n c i a s e n e s t r e c h a r e l a c i ó n c o n la t e n s i ó n e m o c i o n a l q u e producen
e n el interior del creador. T o d o esto es c o n p a l a b r a s del p r o p i o crítico
«intuición del sentimiento».
3 . E n l a l u c h a e n t r e la i n t u i c i ó n , l a b ú s q u e d a d e la e x p r e s i ó n y e l
«contagio s u g e s t i v o d e l sentimiento» n a c e el c a m i n o q u e n o s conduce
d i r e c t a m e n t e al m u n d o q u e n o s r o d e a . S e e x t e r i o r i z a a t r a v é s d e l a p a l a ­
bra.
4 . La i n t u i c i ó n e s c a p a a l a r a z ó n ; s u r a í z r a d i c a e n e l sentimiento
i n e x p l i c a b l e , p o r e s o e s i r r a c i o n a l y p a r a p o d e r salir al e x t e r i o r n e c e s i t a
d e u n o s r e c u r s o s q u e s e a n a p t o s p a r a la e x p r e s i ó n d e la i r r a c i o n a l i d a d .
Su m e d i o i d ó n e o s o n las i m á g e n e s y las m e t á f o r a s .
5. T o m á n d o l a s c o m o b a s e , el p o e t a las e m p l e a c o m o r e c u r s o s v á l i ­
d o s d e naturaleza simbólica q u e h a c e n realidad, d e m o d o indirecto, a lo
intuido a través del sentimiento. Aquellas se a y u d a n necesariamente de
«intuiciones imaginadas» y «vagos atisbos d e p o d e r sugestivo».
6. La l a b o r d e l p o e t a , s e g ú n A. A l o n s o , n o e s o t r a q u e unir por
m e d i o d e la p a l a b r a la i n t u i c i ó n y el s e n t i m i e n t o . D e tal m a n e r a q u e no
h a y a fisura e n t r e ellos, o d i c h o c o n p a l a b r a s d e l p r o p i o analista:

La intuición no se considera lograda cabalmente si el sentido intui­

do en el objeto no es precisamente la configuración objetiva de un modo
genuino de sentimiento; y el sentimiento no se salva si no logra objeti­
varse en una intuición de realidad. Las intuiciones son sentimientos
objetivados.

7. La p e r f e c t a u n i ó n d e s e n t i m i e n t o e i n t u i c i ó n c o n f i g u r a u n a e s t r u c ­
t u r a q u e A . A l o n s o d e n o m i n a « f o r m a i n t e r i o r » ; e s d e c i r , la c r e a c i ó n pasa
d e potencia a acto.
Todas estas consideraciones, es verdad, n o s o n gratuitas, sirven de
i n t r o d u c c i ó n p a r a a p l i c a r l a s al e s t u d i o d e t e x t o s n e r u d i a n o s concretos;
p e r o al c o n t e m p l a r c ó m o e s a p e r f e c t a u n i ó n p r o c l a m a d a n o s e cumple

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e n e l p o e t a , l l e g a m o s a la c o n c l u s i ó n q u e e n la i n t e n c i ó n d e l c r í t i c o e x i s ­
t e la c o n c i e n c i a e x p o s i t i v a d e u n a c o n c e p c i ó n t e ó r i c a d e l a c t o c r e a d o r .
Y e s t a a f i r m a c i ó n s e n o s h a c e e v i d e n t e c u a n d o al final d e l c a p í t u l o sis­
t e m a t i z a la o p o s i c i ó n c l a s i c i s m o - n o c l a s i c i s m o e n f u n c i ó n d e la a r m o n í a
o d e s e q u i l i b r i o d e l s e n t i m i e n t o y d e la i n t u i c i ó n p r e c i s o s y r e v e l a d o s a
t r a v é s d e la e x p r e s i ó n . S u s p a l a b r a s s o n a l e c c i o n a d o r a s :

A los poetas que logran normalmente el equilibrio expresivo de intui­

ción y sentimiento les solemos llamar clásicos. A los atentos a las intui­
ciones, pero débiles de sentimiento (lo cual hace que las intuiciones sean
claras pero pobres), les solemos llamar neoclásicos y también académi­
cos. A los que tienen un desequilibrio a favor del sentimiento, llamamos
5
románticos .

N o es n e c e s a r i o a b u n d a r e n m á s citas p a r a q u e s e n o s h a g a p a t e n ­
t e la r e l e v a n c i a a l c a n z a d a p o r las r e l a c i o n e s e n t r e i n t u i c i ó n y s e n t i m i e n ­
t o e n la c o n s t r u c c i ó n t e ó r i c a d e s u estilística. H e m o s d e h a c e r s i n e m b a r ­
g o u n a p r e c i s i ó n . P a r a A . A l o n s o la p o e s í a d e N e r u d a e s d e n a t u r a l e z a
r o m á n t i c a , e s decir, s e inclina p o r el s e n t i m i e n t o , p o r e s o e s t e pilar s e
c o n s t i t u y e e n eje explicativo del s i s t e m a p o é t i c o d e l c h i l e n o y e n c o n ­
s e c u e n c i a n u e s t r o e s t u d i o s o n e c e s i t a p e r f i l a r y m a t i z a r la f u e r z a d e l s e n ­
t i m i e n t o , e x p l i c a r n o s c ó m o o p e r a e n el a c t o c r e a d o r y s e l e c c i o n a s u s
propios medios de expresión. Aprovecha el c a p í t u l o titulado
« E n a j e n a m i e n t o y e n s i m i s m a m i e n t o e n la c r e a c i ó n p o é t i c a » p a r a p u n t u a ­
lizar a s p e c t o s d e c i s i v o s e n s u c o n c e p c i ó n d e l s e n t i m i e n t o . Establece
A . A l o n s o u n p a r a n g ó n e n t r e u n f r a g m e n t o d e u n a Oda d e f r a y L u i s « D e l
m o n t e e n la l a d e r a » y d i v e r s o s p o e m a s d e N e r u d a c o n la s a n a i n t e n c i ó n
d e enfrentar u n clásico a u n romántico o c u a n d o m e n o s a u n m o d e r n o .
O p e r a el c r í t i c o d e la s i g u i e n t e m a n e r a : e n el p u n t o d e p a r t i d a d e t o d a
c r e a c i ó n e x i s t e u n a d i s p o s i c i ó n o t e m p l e e m o c i o n a l el c u a l al c o n t a g i a r ­
se c o n u n m o d o valioso d e intuición e n g e n d r a n lo g e n u i n a m e n t e poéti­
c o . Es n e c e s a r i o q u e e s a d i s p o s i c i ó n inicial s e a p e n e t r a d a p o r el senti­
m i e n t o q u e el c r e a d o r r e o r d e n a e n c o r r i e n t e , fuerza m o t r i z , j u e g o d e
l u c e s y s o n i d o . Es c o m p e t e n c i a d e l s e n t i m i e n t o la e l e c c i ó n y c o n f o r m a -

5. Hay dos artículos que recogen dichas ideas aparecidas a lo largo de la investi­
gación y en sus lugares oportunos; son Clásicos, románticos, superrealistas y El ideal clá­
sico de la forma poética. La distinción entre unos y otros y los terceros la basa el crítico
en las relaciones equilibradas o no entre intuición y sentimiento por una parte y repre­
sentación por otra. No hay contradicción alguna entre teoría y práctica.

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ción d e construcciones objetivas externas a d e c u a d a s a su intención. En

c o n s e c u e n c i a el s e n t i m i e n t o c o n f i e r e el s e n t i d o p o é t i c o a la c o n s t r u c c i ó n
s e l e c c i o n a d a . H a s t a a q u í el p r i m e r p a s o .
Pero es necesario seguir a v a n z a n d o p o r q u e t o d o lo establecido por
el s e n t i m i e n t o h a d e t e n e r r e a l i d a d d e n t r o d e u n a c o n s t r u c c i ó n ordena­
d a , l ó g i c a , s o m e t i d a a la r a z ó n , h a d e a l c a n z a r u n s e n t i d o r a c i o n a l que
n o d e b e s e r i d e n t i f i c a d o c o n e l p o é t i c o . P a r a A. A l o n s o e l p o e t a clásico
e s el q u e c o n s i g u e a r m o n i z a r el s e n t i m i e n t o c o n el p e n s a m i e n t o , l o ínti­
m o c o n l o i n t e l e c t u a l . T o d o e s t e p r o c e s o l o t r a d u c e p a r a el c l a s i c i s m o
en este compromiso:

Las cosas acomodan su disposición y figura al sentimiento que las

convoca; la razón las conduce y ordena, y vigila su ejemplaridad; el sen­
timiento se atempera y fija en las formas objetivas que él mismo se ha
hecho bajo la vigilancia de la razórí>.

N o n o s c a b e la m e n o r d u d a q u e e s t a m o s a n t e p r i n c i p i o s d o c t r i n a l e s
propios d e su c o n c e p c i ó n del acto creador q u e p u e d e n integrarse e n
u n a ciencia del estilo literario p e r o s i e m p r e t e n i e n d o p r e s e n t e q u e estos
principios n o s o n gratuitos, n o están c o m o simple exposición, sino
s u b o r d i n a d o s a la d e m o s t r a c i ó n d e q u e l a p o e s í a d e N e r u d a e s f r u t o d e
u n e n a j e n a m i e n t o al n o existir a r m o n í a o e q u i l i b r o e n t r e s e n t i m i e n t o ,
r a z ó n y m u n d o d e los objetos. Esto n o es obstáculo p a r a q u e su c o n ­
c e p c i ó n d e l a c t o c r e a d o r n o s e d é e n la o b r a p o é t i c a d e N e r u d a s i n o
t o d o lo c o n t r a r i o , lo q u e h e m o s d e t e n e r p r e s e n t e e s q u e e n él t o d o e s
f r u t o d e u n a v i o l e n t a r u p t u r a d e la a r m o n í a . P r o c e d e a p r e s e n t a r a l l e c ­
tor u n conjunto d e p o e m a s analizados e n profundidad c o m o c o m p r o ­
b a c i ó n d e s u c o n c e p c i ó n t e ó r i c a p a r a l l e g a r a la c o n c l u s i ó n d e q u e :
1 . El p o e t a N e r u d a c o n f o r m a y c o n f i g u r a s u p r o p i o s e n t i m i e n t o .
2. Su c r e a c i ó n p o é t i c a t r a n s f i g u r a el s e n t i m i e n t o vital s u f r i d o e n s e n ­
timiento lleno de sentido.
3 . El e s t a d o s e n t i m e n t a l s u p o n e u n e s t a d i o i n i c i a l cimentado
m e d i a n t e el s e n t i m i e n t o c o n f o r m a d o r d e las c o r r e s p o n d i e n t e s y n e c e s a ­
rias i m á g e n e s y c o n s t r u c c i o n e s objetivas q u e v a n a p a r e c i e n d o a lo largo
d e los p o e m a s .

ó. La glosa comentario más completa a la cita la encontramos en El ideal clásico

de la forma poética y en los ejemplos ilustrativos de La interpretación estilística de los
textos literarios.

247

CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 PEDRO CORREA RODRÍGUEZ

4 . Si u n i m o s i m á g e n e s y c o n s t r u c c i o n e s c o n l o s r e c u r s o s r í t m i c o s y
m e l ó d i c o s d e la f r a s e s e c o n s i g u e e l c o n t a g i o s u g e s t i v o d e l sentimien-
to.
5. La n e c e s i d a d d e n u e v a s i m á g e n e s o b l i g a a l p o e t a a r e g r e s a r s i e m -
p r e al e s t a d i o inicial, al s e n t i m i e n t o originario, y encontrar e n él esa
nueva imagen necesaria cargada a su vez de auténtico sentido poético
(este paso muy propio de la p o e s í a nerudiana explica el ensimisma-
m i e n t o al q u e el crítico a l u d e ) .
S i n e m b a r g o n o t o d o q u e d a e n e s t o s p r i m e r o s p a s o s ; si n o hiciéra-
m o s r e a l i d a d la c a p a c i d a d de creación, la p o e s í a sería s o l a m e n t e un
conato. Necesitamos una base de sustentación material q u e se haga evi-
d e n t e e n f o r m a d e a c t o . E s t a b a s e e s la p a l a b r a p o é t i c a e n t e n d i d a e n s u
s e n t i d o m á s simple, es decir, el v e r b o e n c a d e n a d o e n f o r m a d e secuen-
cias p l e n a s d e c o n t e n i d o p a r a el p o e t a y el lector. A h o r a b i e n , e s a p a l a -
b r a fruto d e los p i l a r e s t a n q u e r i d o s p o r el crítico está s o m e t i d a o debe
someterse a unas reglas configuradoras d e su lenguaje formal externo,
d e su lenguaje formal interno y d e su estructura textual y cuyos análi-
sis n e c e s i t a n s e r d e s c o d i f i c a d o s p a r a s u r e c o n o c i m i e n t o . Naturalmente
A. A l o n s o r e c u r r e a t o d o s a q u e l l o s q u e c o n s i d e r a e s e n c i a l e s y deben
serlo para su c o n c e p c i ó n p o r q u e e n m a y o r o m e n o r medida, c o n más
o menos rigor, a p a r e c e n en los múltiples acercamientos que nos ha
hecho de obras concretas o de la c r e a c i ó n m ú l t i p l e d e a u t o r e s preci-
sos. H a y dos pilares q u e considera i n d i s p e n s a b l e s : el r i t m o y la sin-
taxis.
El p r i m e r o e s e n t e n d i d o c o m o l a o r d e n a c i ó n l i n e a l d e l a s i n t u i c i o -
n e s q u e d a n s a l i d a y f o r m a al s e n t i m i e n t o . Es decir, c o m p r e n d e dentro
d e él t o d o c u a n t o p e r t e n e c e al l e n g u a j e f o r m a l e x t e r n o : a s p e c t o s nor-
m a l m e n t e e s t u d i a d o s e n la c i e n c i a m é t r i c a , d e s d e la e x i s t e n c i a d e una
estrofa r i g u r o s a h a s t a el v e r s o l i b r i s m o , p a s a n d o p o r la n e c e s i d a d o no
de la r i m a y s u d i s p o s i c i ó n , la m e d i d a de l o s v e r s o s , la acentuación
c o m o m a r c a d o r a d e d e t e r m i n a d o s ritmos y c r e a d o r a d e los versículos,
los encabalgamientos sintácticos tan necesarios para crear ritmos en
c a d e n a , la r e c u r r e n c i a a m e d i o s e x p r e s i v o s p r o p i o s d e la l e n g u a formal
i n t e r n a y c a u s a d o r e s d e q u e el m o v i m i e n t o e x p r e s i v o s e a r e g u l a d o , de
q u e sea posible u n tema con múltiples variaciones mediante elementos
e n a n á f o r a , la n e c e s i d a d ú l t i m a d e u n a s i n t a x i s , c o m o e s t r u c t u r a t e x t u a l ,
c o n f i g u r a d o r a d e u n d e t e r m i n a d o r i t m o . N o p o d í a e s t a r a u s e n t e la f o n o -
estilística e n e s t o s m e n e s t e r e s .
T o d o esto requiere u n a precisión. A.Alonso está insertando los p u n -
t o s r e s e ñ a d o s e n el p á r r a f o a n t e r i o r e n u n a o b r a c o n c r e t a q u e responde

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 LA ESTILÍSTICA T E Ó R I C A D E A M A D O A L O N S O . U N A A P L I C A C I Ó N PRÁCTICA

a su exigencia y p o r lo tanto a su existencia. N o s i e m p r e se h a n d e ver

e n cualquier texto p o é t i c o los m i s m o s c o m p o n e n t e s del ritmo. Pueden
haber coincidencia, disparidad, suelen aparecer otros cuya ausencia es
e v i d e n t e e n la o b r a d e N e r u d a o s i l e n c i a r s e a q u e l l o s i n d i s p e n s a b l e s en
la c r e a c i ó n d e l c h i l e n o . E n la c r e a c i ó n p o é t i c a n o e x i s t e la unanimidad
m á s q u e e n el p u n t o d e p a r t i d a y e s t o t e n i e n d o e n c u e n t a la d o c t r i n a y
p e n s a m i e n t o d e l crítico n a v a r r o . Y así n o s lo h a c e v e r d e s d e el c o m i e n -
z o d e la a p l i c a c i ó n d e l o s e l e m e n t o s c o n f i g u r a d o r e s d e l r i t m o . P a r t e d e l
p r o g r e s i v o a b a n d o n o d e la e s t r o f a y la r i m a e n f a v o r d e l r i t m o . El v e r -
s o l i b r i s m o o el e m p l e o d e l v e r s í c u l o s o n el p u n t o d e p a r t i d a obligado
d e t o d o s los e p í g r a f e s c o n t e n i d o s e n el c a p í t u l o . N o h e m o s d e atener-
n o s al p i e d e la l e t r a s i n o al e s p í r i t u d e l c o n t e n i d o . C u a n t o A. A l o n s o n o s
q u i e r e d e c i r e s la n e c e s i d a d d e c o n t a r c o n l o s r e c u r s o s t o m a d o s al l e n -
g u a j e f o r m a l e x t e r n o , al i n t e r n o y a la e s t r u c t u r a t e x t u a l y e n q u é m e d i -
da se dan en una obra determinada.

La r e c u r r e n c i a a e s t o s p r o c e d i m i e n t o s q u e s o n c o n t a b l e s y s u s c e p t i -
b l e s d e a n á l i s i s y c o m p r e n s i ó n a c e r c a n la c o n c e p c i ó n d e la estilística lite-
raria a la l i n g ü í s t i c a e n c u a n t o é s t a p r o p u g n a q u e p a r t i e n d o d e la e x p r e -
s i ó n c o m o f u n c i ó n d e l l e n g u a j e s u e s t u d i o p e r m i t e c o n o c e r la s i t u a c i ó n
concreta del h a b l a n t e y p o r lo tanto del escritor y q u e aquella función
s e r e c o n o c e m e d i a n t e el análisis d e los d i f e r e n t e s n i v e l e s d e l lenguaje:
fónico, g r a m a t i c a l y l é x i c o - s e m á n t i c o . C u a n d o h a b l a m o s d e las p o s i b l e s
r e l a c i o n e s c o n la estilística lingüística c a p i t a n e a d a p o r C h . Bally hemos
de tener en cuenta que d e la f o n é t i c a expresiva solamente interesan
determinadas funciones más en la l í n e a de las p r o p u g n a d a s por R.
J a k o b s o n q u e d e la fonoestilística d i s e ñ a d a p o r N. T r u b e t z k o y . U n a l í n e a
p a r e c i d a p o d e m o s s e g u i r p a r a los o t r o s c o m p o n e n t e s , el g r a m a t i c a l y el
léxico-semántico. No tanto pensando en las a n o m a l í a s cuanto en la
selección necesaria. Siempre, n o lo o l v i d e m o s , y es idea p r o p u g n a d a por
los idealistas, u n a o b r a c o m o s i g n o lingüístico e s el r e s u l t a d o d e una
serie d e significantes parciales q u e se u n e n e n estrecha correspondencia
c o n u n a serie d e significados parciales nacidos d e d e t e r m i n a d a s pecu-
liaridades psíquicas. En consecuencia, s o l a m e n t e los significantes son
analizables, n o así los significados y su c o n e x i ó n , m e r a m e n t e intuibles.
P e r o h e m o s d e t e n e r e n c u e n t a q u e , s e g ú n l o s d e f e n s o r e s d e la estilísti-
c a literaria, los m e d i o s e x p r e s i v o s e m p l e a d o s n o d e b e n s e r concebidos
e n su estudio c o m o u n a simple e n u m e r a c i ó n d e los m i s m o s y su análi-
sis s i n o , y e s t o e s l o q u e h a c e A. A l o n s o , c o m o c o m p o n e n t e s d e u n t o d o
configurador del acto creador estando sometidos a unas leyes internas.

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 PEDRO CORREA RODRÍGUEZ

La l a b o r d e l c r í t i c o c o n s i s t e e n e l i n t e n t o d e a c e r c a m i e n t o d e e s a s l e y e s ,
7
tal y c o m o s e p r e s e n t a n e n u n a o b r a d e t e r m i n a d a , y el l e c t o r .
C o n r e s p e c t o a la s i n t a x i s c o n v i e n e t e n e r p r e s e n t e s c i e r t a s c o n s i d e -
r a c i o n e s q u e e s c a p a n a la c o n c e p c i ó n n o r m a t i v a q u e d e ella t e n e m o s .
Se i n t e r e s a el crítico p o r t o d o c u a n t o d e a n ó m a l o o d e i n c o r r e c t o o d e
a g r a m a t i c a l a p a r e c e e n los p o e m a s c o n tal d e q u e s e c o n s i g a u n a b u s -
c a d a expresividad. R e c o r d e m o s p o r u n m o m e n t o q u e este capítulo in-
cide e n el e m p l e o c o n s t a n t e m e n t e t o r p e del g e r u n d i o , e n el u s o d e
estructuras oracionales carentes d e u n orden lógico y n o necesariamen-
t e p o r q u e s o b r e e l l a s h a y a p e s a d o l a c o n c u r r e n c i a d e la r e t ó r i c a , e n l a
p r e s e n c i a d e c a m p o s a d v e r b i a l e s i n s o s p e c h a d o s e n el c o n t e x t o e n el
cual a p a r e c e n , e n el a b u s o d e los a d v e r b i o s d e m o d o t e r m i n a d o s e n
« m e n t e " , e n c o o r d i n a c i o n e s a n ó m a l a s , e n c o n s t r u c c i o n e s q u e r o z a n la
i n c o r r e c c i ó n , e n el e m p l e o a s i s t e m á t i c o d e la p u n t u a c i ó n , e n la i n s i s t e n -
cia e n p r o s a í s m o s sintácticos, e n otras m u c h a s l i b e r t a d e s q u e s e t o m a y
harían interminable nuestra letanía. T e n i e n d o e n cuenta q u e c a d a p o e m a
postula su propia sintaxis o c u a n d o m e n o s c a d a cancionero, n o es n e c e -
sario c r e e r q u e las a n o m a l í a s s o n s i e m p r e las citadas s i n o q u e p u e d e n
ser múltiples y distintas y su actuación sólo es m e d i ó l e e n función d e su
recurrencia. Con esas anomalías se consigue u n efecto d e sorpresa,
hacen realidad u n determinado estado d e ánimo; con palabras del pro-
p i o crítico,

En el lenguaje de la creación poética nada es adorno ni añadido;

todo es expresión del sentir, movimiento del alma trasmitido al organis-
mo y a la memoria con estética regulación.

D e d u c i m o s q u e c o n s i d e r a la s i n t a x i s e n e s t r e c h a r e l a c i ó n c o n el
r i t m o , c o n t r i b u y e al r i t m o , y ella a s u v e z e s m o d e l a d a p o r a q u é l .

7. Importantes aspectos doctrinales e inclinaciones personales se pueden espigar

y sorprender en las traducciones que ha hecho, casi siempre con la colaboración de
Raimundo Lida de K. Vossler, Filosofía del lenguaje, ed. Losada, Buenos Aires 1943 (el
prólogo se debe exclusivamente a A. Alonso; son interesantes sus aportaciones com-
prendidas en «Concepción espiritualista», «Valores prácticos y estéticos en el lenguaje» y
«El lado 'letal' del lenguaje»); sintomática es la traducción de Ch. Bally, El lenguaje y la
vida, ed. Losada, Buenos Aires 1941; importantísima para todos los estudios sincrónicos
de la lengua el manual de F. de Saussure, Curso de Lingüística General, ed. Losada,
Buenos Aires 1945 (el extenso prólogo puesto por A. Alonso reclama por sí mismo un
artículo comprensivo); así como la Introducción a la estilística romance de K. Vossler, L.
Spitzer y H. Hatzfeld., Instituto de Filología, Buenos Aires 1932.

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 LA ESTILÍSTICA TEÓRICA DE AMADO ALONSO. UNA APLICACIÓN PRÁCTICA

I n t u i m o s la c l a v e d e u n a d e s u s i d e a s m á s q u e r i d a s e n e s t a s o t r a s p a l a -
b r a s c u a n d o A. A l o n s o trata d e r e s p o n d e r a u n a d e las p e c u l i a r i d a d e s d e
la p o e s í a d e N e r u d a :

Pero, ¿por qué la sintaxis suele ser simple en la poesía y por qué tan-
tos giros correctos del idioma no tienen en ella cabida? El pensamiento
prúsico tiende a agotar su desarrollo y exposición en la arquitectura lógi-
co-sintáctica; el temple de alma poético, como especialmente cargado de
esencias de sentimiento y de fantasía no intelectualizadas, tiende a
expresarse por procedimientos sugestivo-contagiosos entre los cuales, no
pueden faltar los rítmico-melódicos. El ritmo, en la más alta poesía, es
indispensable. Pues la más alta poesía será aquella en cuyos poemas toda
la materia esté henchida de espíritu, y no haya giro sintáctico, ni flexión,
ni siquiera partícula fonética que no esté allí como expresión sugestiva
de ese fondo misterioso que no es posible comunicar con razones. La poe-
sía es la creación artística con palabras, como la pintura lo es con colo-
res y la música con sonidos.

C o n f o r m e p r o g r e s a m o s e n la l e c t u r a , l a s a n o t a c i o n e s a s u p r o p i o sis-
tema se v a n adelgazando; desaparece esa tendencia a hacerse presente
el crítico b i e n p a r a c o r r o b o r a r a t r a v é s d e l c o m e n t a r i o a s p e c t o s doctri-
n a l e s d e s u c o n c e p c i ó n d e lo p o é t i c o b i e n p a r a disentir c u a n d o el p o e t a
r o m p e s u s e s q u e m a s p a r a ir p o r l i b r e . A s í o c u r r e c o n l o s d o s ú l t i m o s
c a p í t u l o s d e s u e s t u d i o . L o s a n á l i s i s d e la f o r m a y d e la f a n t a s í a e n la
creación nerudiana necesitan del desarrollo práctico y a este dedica pre-
f e r e n t e m e n t e la a t e n c i ó n . Sin e m b a r g o l a s r e l a c i o n e s q u e e s t a b l e c e e n t r e
el a c t o c r e a d o r y s u e x p o s i c i ó n , e n t r e a q u é l y la f o r m a , la s e l e c c i ó n d e
p o e m a s y el a c e r c a m i e n t o a los m i s m o s t i e n e n m u c h o q u e v e r c o n su
c o n c e p c i ó n d e la l e n g u a p o é t i c a y p o d e m o s e n c o n s e c u e n c i a s e g u i r a n a -
l i z a n d o y v i e n d o la a p l i c a c i ó n d e u n a d o c t r i n a estilística e n la l í n e a d e
a r m o n i z a c i ó n d e lo lingüístico c o n lo literario. D i c h o c o n otras p a l a b r a s
u n a vez q u e d i s p o n e m o s del q u é (lo e x p r e s a b l e ) h a y q u e conectarlo c o n
u n c ó m o ( e l m a t e r i a l d e e x p r e s i ó n ) . El p r o p i o c r í t i c o l o d a p o r s e n t a d o
con sobreabundancia:

Así como todo sonido está físicamente compuesto de su tono básico y

de numerosos sobretonos o armónicos, fundidos todos sintéticamente en
timbre, así poéticamente el sentimiento, para existir con identidad de
entidad, necesita constituirse fundiendo sintéticamente sus tonos secretos
en una nota: Forma.

251

CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 P E D R O CORREA R O D R Í G U E Z

P e r o la f o r m a e s c o m p l e j a y y a el c r í t i c o s e e n c a r g a d e p o n e r n o s e n
g u a r d i a ; h a y u n a f o r m a inicial s í m b o l o s u g e s t i v o d e l s e n t i m i e n t o y otra
b a s a d a e n la d i s p o s i c i ó n r e g u l a d a d e l o s e l e m e n t o s m e n t a l e s , s e n t i m e n ­
t a l e s y s o n o r o s , e s d e c i r la n e c e s i d a d d e r i t m o n o s o l o e x i s t e n t e e n el
p l a n o e l o c u t i v o s i n o e n la a r q u i t e c t u r a d e l p o e m a . Le i n t e r e s a a h o r a a A.
A l o n s o insistir e n la p r i m e r a d e l a s c o n c e p c i o n e s , e n la f o r m a d e la r e a ­
lidad representada. Bien es verdad q u e su c o n c e p c i ó n se manifiesta e n
la e x p l i c a c i ó n d e l m u n d o r e p r e s e n t a d o e n p o e m a s c o n c r e t o s , e n e s p e ­
c i a l a l c o n s i d e r a r e l p o e m a Barcarola, p e r o los e l e m e n t o s constitutivos
e n c u a n t o n o r e s p o n d e n al i d e a l d e l crítico m a n i f i e s t a n p o r n e g a c i ó n l o
e s e n c i a l y n e c e s a r i o d e la f o r m a . D o s l í n e a s « m e l ó d i c a s » s e d i b u j a n e n
t o d o p o e m a : la c o r r e s p o n d i e n t e al m u n d o r e p r e s e n t a d o , o b j e t i v o y c o n ­
c r e t o , r e c o n o c i b l e p o r el lector y q u e p u e d e t r a d u c i r a h e c h o s d e e x p e ­
r i e n c i a , s o n s i g n i f i c a t i v o s , y o t r a a s e n t a d a e n la f a n t a s í a , q u e p u e d e
a c t u a r c o n d e s e n f r e n o v i o l e n t a n d o , r e p r i m i e n d o , o c u l t a n d o la p r i m e r a
m e d i a n t e el r e c u e r d o , e l s e n t i m i e n t o d e s e q u i l i b r a d o o el d e s e o . E n la
p o e s í a d e N e r u d a la s e g u n d a l í n e a o c u l t a a la p r i m e r a . Su p o e s í a s e p r e ­
s e n t a v e s t i d a «sin f o r m a o b s t i n a d a » .

Los m a t e r i a l e s c o n l o s c u a l e s el p o e t a h a c e r e a l i d a d la f o r m a e q u i l i ­
brada son muchos pero hay unos cuantos considerados de necesidad:
metáforas, i m á g e n e s , c o m p a r a c i o n e s , e s decir las figuras reinas d e t o d a
creación poética. Pero teniendo en cuenta q u e éstas n o son indepen­
d i e n t e s s i n o q u e e n c u a n t o c o n f i g u r a d o r a s d e la f o r m a r e d u c e n l o m a t e ­
rial h a s t a f o r m a l i z a r l o . Es p r e c i s o e n c o n t r a r la a r m o n í a e n t r e l o s e n t i d o
y l o e x p r e s a d o ; la o b j e t i v a c i ó n d e l m u n d o n e c e s i t a s e r e l e v a d a a u n
p l a n o alegórico-poético rico e n sugerencias p o r m e d i o d e recursos
t o m a d o s e n p r é s t a m o a la c o h e r e n c i a :

Hay pues una forma de realidad, cuya función poética es expresar

indirecta y sugestivamente el sentimiento. A su vez, cada aspecto o
momento de esa realidad se expresa indirectamente por medio de imá­
genes y metáforas que trasmudan lo real práctico en real poético.

E s t a m o s a u n p a s o d e u n a c o n c e p c i ó n t o t a l i z a d o r a d e la c r e a c i ó n y
d e su realización. C o n especial incidencia e n los h e c h o s d e lenguaje.
C u a n d o A. A l o n s o a f i r m a q u e e l l a d o i n t e l e c t u a l d e la f o r m a e s t á e s t r e ­
c h a m e n t e u n i d o al l a d o i d i o m á t i c o r e c o n o c e la i m p o r t a n c i a d e la p a l a ­
b r a e n c u a n t o m a t e r i a ú n i c a d e la q u e d i s p o n e el p o e t a . Y al a n a l i z a r l a
la a n u d a c o n l o q u e e l l a e s p o r t a d o r a d e p o r sí, el s i g n i f i c a d o , y n o es
posible desprenderse d e é l y l o m i s m o q u e le o c u r r e a la p a l a b r a le

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 LA ESTILÍSTICA TEÓRICA DE AMADO ALONSO. UNA APLICACIÓN PRÁCTICA

a c o n t e c e a c a d a frase, o r a c i ó n o p e r i o d o , t o d o significa su objeto. H a s t a

a q u í el p r i m e r p a s o . T a m b i é n r e c o n o c e q u e a d e m á s d e significar las
palabras sugieren, «expresan nuestro clima interior anímico», y es a q u í
d o n d e h a d e e n c o n t r a r s e el e q u i l i b r i o n i v e l a d o r p o s t u l a d o p o r los clási-
c o s y c o n s c i e n t e m e n t e o l v i d a d o p o r N e r u d a . A q u í e s d o n d e e n t r a la f u n -
c i ó n d e la f o r m a c o n f o r m a d o r a d e la i n t u i c i ó n s e n t i m e n t a l , d e l p e n s a -
m i e n t o i n t e l e c t u a l , d e la f o r m a s i n t á c t i c a y d e la f o r m a r í t m i c a .
El h e c h o d e q u e t o d o e s t o c o n s t i t u y a u n a u n i d a d s u p o n e e n l a c o n -
c e p c i ó n lingüística d e los h e c h o s literarios u n a s u p e r a c i ó n d e las limita-
c i o n e s q u e la estilística s e h a b í a i m p u e s t o ; s e a c e p t a d e C h . B a l l y l a s v i n -
c u l a c i o n e s c o n el h a b l a y la r e a l i d a d p r á c t i c a y c o n c r e t a d e la l e n g u a
h e c h a d í a a d í a p o r u n a c o l e c t i v i d a d y s e a c e p t a d e K. V ó s s l e r y L.
Spitzer, s e g ú n l o s p r e s u p u e s t o s d e B . C r o c e , la c o n d i c i ó n l i t e r a r i a d e la
l e n g u a d e s d e su e s t a d o e m b r i o n a r i o hasta su c o n c r e t a realización. Es
i n d u d a b l e q u e la f o r m a c i ó n d e A. A l o n s o h a c o n t r i b u i d o a a t e m p e r a r las
a c t i t u d e s d e i n t r a n s i g e n c i a . U n c o n o c i m i e n t o p r o f u n d o d e la l e n g u a p o r
s u l i g a z ó n c o n la e s c u e l a d e M e n é n d e z P i d a l y u n a f o r m a c i ó n c e n t r o e u -
r o p e a e n el m o m e n t o d e a p o g e o d e l i d e a l i s m o , a m é n d e s u s m u c h a s
i n c u r s i o n e s c o m o t r a d u c t o r e n el c o n o c i m i e n t o d e lingüistas y críticos,
p r o p i c i a r o n la e x i s t e n c i a d e u n p e n s a m i e n t o l ú c i d o y c i e n t í f i c o a n u n c i a -
d o r d e l e s t r u c t u r a l i s m o y d e la s e m i ó t i c a . E s c a p a s u i n v e s t i g a c i ó n al p r o -
f u n d o s u b j e t i v i s m o y p s i c o l o g i s m o s u b y a c e n t e s e n las t e o r í a s al u s o . N o
d e s d e ñ a la r e a l i d a d m e d i a t a o i n m e d i a t a s u m i n i s t r a d o r a d e d a t o s ; a c u d e
a ella c u a n d o e s n e c e s a r i o y e n el m o m e n t o o p o r t u n o , e s t a b l e c i e n d o a
través d e u n m é t o d o u n t o d o c o h e r e n t e . N o se le p u e d e a c h a c a r c o m o
a t a n t o s i d e a l i s t a s la falta d e u n p o d e r o s o s u s t r a t o o b j e t i v o a u n q u e
h e m o s d e r e c o n o c e r q u e lo subjetivo y p e r s o n a l a d q u i e r e n u n p e s o
8
específico de consideración .
Es e n el e x t e n s o c a p í t u l o d e d i c a d o a la f a n t a s í a d o n d e e n c o n t r a m o s
e x p l i c a d o el v e r d a d e r o s e n t i d o del c o s m o s p o é t i c o d e N e r u d a h e c h o

8. La muerte de A. Alonso propició la recogida de numerosas impresiones acerca

a
de su persona y obra en la revista ínsula, VII, 1952 (recordemos las de D. Alonso, M
Rosa Lida y especialmente el recuerdo de su maestro R. Menéndez Pidal. Por su parte,
E. Carilla presentó en Cuadernos Hispanoamericanos, XVIII, 1954, p. 369-376 la labor
desempeñada por A. Alonso en Argentina. Casi todos los libros dedicados a la estilística
considerada tanto sincrónica como diacrónicamente hablan por extenso de nuestro crí-
tico. Recordemos a título meramente representativo J. L. Martín, Crítica estilística, ed.
Credos, Madrid 1973; A. Yllera, Estilística, Poética y Semántica literaria, ed. Alianza,
Madrid 1979; M.A. Vázquez Medel, Historia y Crítica de la Reflexión Estilística, ed. Alfar,
Sevilla 1987.

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...
 PEDRO CORREA RODRÍGUEZ

r e a l i d a d a t r a v é s d e la r e c u r r e n c i a a n u m e r o s o s p o e m a s d e m u y d i v e r s a
índole. Y t a m b i é n es d o n d e c o n m á s insistencia v e m o s d e t e r m i n a d a s
insistencias q u e tienen m u c h o q u e ver c o n su c o n c e p c i ó n del acto cre-
a d o r y su c o n c r e t a realización. A u n q u e y a h a b í a h e c h o i n c u r s i o n e s e n el
p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r la i m a g e n y la m e t á f o r a e s a q u í d o n d e s e n o s
r e v e l a s u v e r d a d e r o s e n t i d o y p e r c i b i m o s la i m p o r t a n c i a q u e p a r a e l i d e -
a l i s m o t i e n e n a m b o s r e c u r s o s así c o m o , y e s t o e s l o m á s a s o m b r o s o , la
misión reservada a los s í m b o l o s a los q u e dedica u n a b u e n a parte del
c a p í t u l o . N o interesa t a n t o el d e s c u b r i m i e n t o d e los c a m p o s s i m b ó l i c o s
e n la p r o y e c t i v a d e l p o e t a c u a n t o la i n s i s t e n c i a e n l o s m i s m o s y s u n e c e -
s i d a d p a r a la a p r e h e n s i ó n d e la r e a l i d a d y t r a n s m u t a c i ó n e n m a t e r i a l
p o é t i c o . N a d a e s c a p a a la p e n e t r a c i ó n d e l c r í t i c o e n s u i n t e n t o d e c e r c o
y c o m p r e n s i ó n . Así, y d e n t r o d e la n a t u r a l e z a r o m á n t i c a o r i g i n a r i a d e la
c r e a c i ó n n e r u d i a n a , m á s l o s a p o r t e s d e la m o d e r n i d a d , e n c o n t r a m o s ati-
n a d a s o b s e r v a c i o n e s e n t o r n o a la s o l e d a d d e l h o m b r e y d e l p o e t a , a la
d e s c o m p e n s a c i ó n q u e e x i s t e n e n t r e el e n t o r n o o e s p a c i o e x t e r i o r y el
y o , al g u s t o p o r la d e s m e s u r a , a la i n s t a l a c i ó n e n u n p e n s a m i e n t o o n í r i -
c o e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d o c o n el s u r r e a l i s m o . N a d a e s c a p a al i n t e r é s
d e l i n v e s t i g a d o r ; la p o r m e n o r i z a c i ó n d e la f a n t a s í a c o m o n e c e s i d a d
s u p o n e otro capítulo d e s v e l a d o r d e las i n q u i e t u d e s p e n s a n t e s y eruditas
d e A . A l o n s o y t o d o e s t o s e p u e d e r e d u c i r a d o c t r i n a si b u s c a m o s e n
c a d a s u s t r a t o el f u n d a m e n t o t e ó r i c o q u e lo explícita.
C r e e m o s e n c o n t r a r e n las d e c e n a s d e e j e m p l o s s u s t e n t a d o r e s d e s u
c e r c o el v a l o r c o n c e d i d o a la e x p r e s i ó n e n c u a n t o t i e n e d e a f e c t i v o y
v a l o r a t i v o , d e i n d i c a d o , d e s u g e r i d o y n o d i c h o o significado. S u p o n e el
p u n t o final la c a b a l c o m p r e s i ó n d e la d o b l e n a t u r a l e z a d e l l e n g u a j e , la
l ó g i c a y l a a f e c t i v a . La i n s i s t e n c i a e n l o s a s p e c t o s e x p r e s i v o s , e n l a
i m p o r t a n c i a d a d a s a la i n t u i c i ó n y al s e n t i m i e n t o , a l o s a c t o s d e h a b l a
p o é t i c a , s u p o n e n q u e l o s v a l o r e s e s t é t i c o s y la f u n c i ó n p o é t i c a d e b e n lle-
v a r s e l a p a r t e d e l l e ó n e n l a c o m p r e n s i ó n d e l o l i t e r a r i o . La e n e r g í a o
e s p í r i t u y el e r g o n o t r a b a j o n o q u e d a n e n s a c o r o t o a p e s a r d e la leja-
nía d e su formulación. T o d o c u a n t o es analizable constituye u n sistema
y p o r lo t a n t o está s o m e t i d o a u n p r i n c i p i o d e s o l i d a r i d a d . Su m é t o d o e s
u n p u e n t e m u y útil e n t r e la estilística t r a d i c i o n a l y l o s m é t o d o s e s t r u c -
t u r a l e s d e l a m o d e r n i d a d . Si e l m o v i m i e n t o s e d e m u e s t r a a n d a n d o , t o -
m a d o e n su s e n t i d o lineal, n o h a constituido u n d e m é r i t o , p o r ser i n n e -
c e s a r i a , la i n e x i s t e n c i a d e u n t r a t a d o m i n u c i o s o y c r í p t i c o d o n d e s u
p e n s a m i e n t o h u b i e r a s i d o e x p u e s t o c o n la d e n s i d a d d e u n a filosofía d e
la c r e a c i ó n literaria b a s a d a e n la s u t i l e z a d e l o p o é t i c o .

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CAUCE. Núm. 18-19. CORREA RODRÍGUEZ, Pedro. La estilística teórica de Amado Alonso. ...