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E L T E A T R O
COLECCIÓN D E O B R A S D R A M Á T I C A S Y LÍRICAS
LA ÚLTIMA LIMOSNA
coEsiia rauta c r i g i s a ! , e n 'JES a:tos y -:a p r o s a
J O S É 1 ECHEGARAY
M A D R I D
F L O R E N C I O F I S C O W I C H , E D I T O R
1 8 9 4
SIC YOS NON VOBIS
ULTIMA LIMOSNA
SIO VOS NON YOBIS
ó
LA ULTIMA LIMOSNA
comedia rustica original, en lies actos y en prosa
pon
JOSÉ " E Ó H E G A R A Y
MADRID
IMPRENTA D E JOSÉ RODRÍGUEZ
1892
PERSONAJES ACTORES
JOSÉ ECHEGARAY.
ACTO PRIMERO
ESCENA PRIMERA
MARC. Ya t e h i c e m i c o n f e s i ó n : c o n f e s i ó n general.
BLAS. Bueno.
MARC. Bueno es q u e digas bueno.
BLAS. Malo.
MARC. ¿ E n qué q u e d a m o s ?
BLAS. E n nada.
MARC. ¿Que no la s e g u i r í a s i m e c o n v e n c i e s e ?
BLAS. No.
MARC. Muchas g r a c i a s .
BLAS. N o h a y de q u é .
MARC. Pero di a l g o ; d i a l g o . ¡ R a y o s y t r u e n o s , q u e v o y á
perder la paciencia! Di q u e m i s p r o y e c t o s s o n d i s p a -
ratados: q u e s o y u n l o c o : q u e s o y u n i m b é c i l : q u e m i
plan n o t i e n e s e n t i d o c o m ú n . ¡Todo l o q u e q u i e r a s ;
pero habla!
BLAS. Pues digO... todo e S O . . . (Haciendo un e s f u o i ' Z O . )
BLAS. Mejor.
MARC. Pues vengan las razones.
BLAS. ¿TU edad?...
MARC. Cincuenta y . . .
BLAS. Nueve.
MARC. ¡Yete al d i a b l o ! C i n c u e n t a y u n o e s c a s o s , p o r q u e n o
los h e cumplido.
BLAS. Te sobran veinte.
MARC Estoy m á s fuerte q u e i l o s treinta; p o r q u e d e u n p u -
ñ e t a z o t e a p l a s t o e l cráneo y eso q u e e s d u r o .
BLAS. ¡ A l g o ! . . . (Tocando»» la c a b e z a . )
MARC D e m o d o q u e si la ü n i c a razón e s l a e d a d . . .
BLAS. NO.
MARC V e n g a n las o t r a s r a z o n e s .
BLAS. Después.
MARC. Pues sigamos con las primaveras.
BLAS. Con l o s i n v i e r n o s .
MARC. lo cincuenta.
BLAS. ¿Y ella?
MARC. Dieciocho.
BLAS. ¡Aprieta!
BLAS. ESO.
MARC. MI abuelo se casó á los setenta y c i n c o .
BLAS. Gran n o v i o .
MARC En s u m a , q u e y o sé l o q u e me h a g o .
BLAS. Corriente.
BLAS. Pulveriza.
MARC. ¡ N o m u j a s ! N o d i g o q u e l o s e a y o : d i g o q u e lo p i e n -
sas t ú .
BLAS. (Levantándose.) P o c o á p o c o . ¿Si sabré y o lo q u e y o
p i e n s o ? Mi p e n s a m i e n t o no necesita intérpretes. ¡ V a -
y a , v a y a ! ¡Aliorase e m p e ñ a en c o n v e n c e r m e d e q u e y o
t e n g o á d o n Marcelo j¡or u n d e c h a d o de perfecciones
m o r a l e s y m a t e r i a l e s ! ¡ D e m o n i o y q u é modestia! (s»
v u e l v e á sentar y v u e l v o á ta p i p a . )
MARC. ¡La primera v e z q u e has ensartado tres o r a c i o n e s s e -
g u i d a s , h a sido para declarar q u e m e crees t o n t o ! ¡ D e -
monio de hombre!
BLAS. Tampoco eso.
BLAS. Cabezudo.
MARC. Y tú irresistible.
MARC E u firme, s i e m p r e l o e s t o y .
BLAS. Sea en horabuena.
MARC P o n g a m o s que hoy e s P a q u i t a , u n a c h i c o t a del cam
p o , u n a pobre l u g a r e ñ a , una pequeña salvaje, ¿ y qué?
S e l a e d u c a , y e n u n a ñ o , e n d o s a ñ o s . . . ¡una g r a n d a m a !
BLAS. ¿Vas á educarla?
MARC Ese e s m i plan. Educar á m i futura mujer antes d e
q u e l o sea. D e Pacorra haré Paquita: d e la rústica una
d o n c e l l a g e n t i l : de la l u g a r e ñ a , u n a d a m a a r i s t o c r á t i
ca é i n t e l i g e n t e : al cristal e n b r u t o l e sacaré facetas;
a l a b o n d a d n a t i v a , s e n t i m i e n t o s d e l i c a d o s ; al v i g o r o
s o r a m a j e , flores y aromas; y c u a n d o termine m i obra,
y la tosca, pero d i v i n a aldeana, se c o n v i e r t a en la m u
m u j e r ideal, m i P a q u i t a será mía, y habré forzado l a s
puertas d e l cielo para v i v i r eternamente entre l o s
b i e n a v e n t u r a d o s . (Pausa.) ¿Qué dices de m i plan? De
aquí s a l l ó . (Tocándose la frente.)
— 12 —
BLAS. Ya se c o n o c e .
MABC. ¡Mentecato!
BLAS. GI acias.
MARC. S i e m p r e fuiste e s t ú p i d o .
BLAS. Edúcame como á Pacorra.
MABC. Q u e te e d u q u e el d i a b l o .
BLAS. Ya lo h i z o .
MARC. Y p u e d e estar o r g u l l o s o d e s u d i s c í p u l o .
BLAS. Lo e s t á .
MARC. Conque y a e s t á s e n t e r a d o . Educo á P a q u i t a y m e c a s o
después.
BLAS. ¿Conque la educas?
MARC. SÍ.
ESCENA lí
DON MARCELO, DON BLAS y MARUJA
M A R U J A . ¿Me l l a m a b a el s e ñ o r ? . . . ¡Ay, J e s ú s ! . . . A h o r a m e l o
han dicho: ¿le hice esperar?
MARC. SÍ: le llamaba á u s t e d ; pero t r a n q u i l í c e s e q u e n o e s -
peré m u c h o .
M A R U J A . ¡Hacer esperar al s e ñ o r ! ¡ V á l g a m e D i o s !
MARC. Si d i g o que n o .
MABUJA. ES q u e si el s e ñ o r m e d i c e : « t u y t u n i e t a 05 vais á
tirar al r e m a n s o de la p r e s a . . . » ¡ y a e s t a m o s allí...
¡conque figúrese!
MARO. Ya lo s é . V a m o s : s i é n t e s e aquí y e s c ú c h e m e c o n m u -
cha a t e n c i ó n .
MIRUJA. Sí, señor: s i , señor.
MARC. SU vida d e u s t e d . . . y la v i d a d e P a q u i t a .
M A R U J A . ¡Mi v i d a ! . . . ¡qué c o s a s d i c e e l s e ñ o r ! . . . ¡La v i d a d e
P a c o r r a ! . . . ¡pero si no t e n e m o s nada de e s o !
MARC. S í , mujer: todo el q u e v i v e t i e n e vida: y l e h a n p a -
sado c o s a s : y ha t e n i d o p e n a s y a l e g r í a s .
MARUJA. P e n a s , sí s e ñ o r . A l e g r í a s . . . s í , u n a m u y g r a D d e : m i P a -
c o r r a . . . Y las a l e g r í a s d e a h o r a . . . l a s q u e le d e b e m o s
al s e ñ o r d o n M a r c e l o ! . . .
BI.AS. ¿Se c a s ó usted?
M A R U J A . N a t u r a l m e n t e . . . p u e s si t e n g o u n a n i e t a . . . ¿qué r e m e -
dio? Y también t u v e una hija; y t a m b i é n se c a s ó : y
y p o r eso t e n g o á Pacorra, ¿ c o m p r e n d e usted?
BLAS. Me p a r e c e q u e s í .
b u e n a , m u y b u e n a , m e j o r a n d o l o p r e s e n t e . ¿Sabe u s
ted? en aquella casa que s e v e al bajar la c u e s t a . Y
s i r v i e n d o h e v i v i d o e s t o s d o c e años y Pacorra con
migo.
BLAS. ¿Hecha una salvaje?
M A R U J A . ¿Qué quería usted q u e fuese? El s o l , el v i e n t o , la l l u
v i a y el m o n t e , ¿qué h a n de criar? Matorrales, zarzas
y c h i c a s c o m o Pacorra. Ahí tiene usted. Pero e n l o
t o c a n t e á estar bien c u i d a d a . . . ¡ o h , e s o . . . la s e ñ o r a y
yo n o la d e s c u i d á b a m o s !
МАПС. (Como a n t e e . ) (¿Qué tal?)
M A R U J A . N o , s e ñ o r ; n o , s e ñ o r . Sabe h a c e r q u e s o s y m u y r e
tebién,
—п—
Bt.As. ¿De v e r a s ?
MARUJA. SÍ, s e ñ o r . ¡Y sabe tejer y adornar p a l m a s ; c o n u n a s
flores, y u n o s l a z o s , y un e n t r e t e j i d o ! C o m o q u e el
s e ñ o r cura siempre l e daba este e n c a r g o para el D o
m i n g o de R a m o s .
BLAS. Pues con los quesos y las palmas...
Млпс. ¡Hay para l l e v a r l a e n palmitas!
BLAS. Prefiero l o s q u e s o s .
MARC. Acabe u s t e d la h i s t o r i a , María.
MARUJA. SÍ q u e l a acabare, q u e falta lo mejor: lo m á s triste y
lo m á s a l e g r o . N o s e c h a r o n de la easa, c o m o dije, y
n o s e n c o n t r a m o s Pacorra y yo ¡desamparadas! Pasa
ron d í a s . . . v a m o s , no quiero acordarme. Quise pedir
l i m o s n a ; Pacorra n o q u i s o . L a r o g u é q u e s e pusiera
á servir y q u e m e dejase á la g r a c i a de D i o s : no q u i s o
t a m p o c o . Y al a n o c h e c e r del cuarto d í a e s t á b a m o s e n
la c u n e t a de la carretera: y o e c h a d a y l l o r a n d o : P a
corra s o s t e n i e n d o m i cabeza e n s u falda y l l o r a n d o
t a m b i é n ; c u a n d o pasó un c o c h e c o n un s e ñ o r d e n t r o :
era d o n Marcelo: v e n í a á estar u n o s m e s e s al c u i d a d o
de s u s m i n a s . ¿Y y a q u é falta, señor? (muando á don
Marcólo y l e v a n t a n d o las manos.) ¡No es n a d a ! ¡ A y , s e ñ o r ,
ESCENA I I I
D O N MARCELO, DON BLAS, MARUJA, PAQUITA, JUAN
y LORENZA
Don Blas siempre sentado y fumando. Don Marcelo se retira al fondo
para observar. Juan, en traje do mozo de fragua y algo tizn .do, y L o -
renza en trajo de campesina entran corriendo: detrás Paquita con una
rama con hojas pegándolos á los dos: visto trajo de aldeana, poro do m e -
jor clase que Lorenza, y viene descompuesta, a l g o desgreñada y muy
colérica y llorosa.
PAQ. ¡ B e s t i a z a s ! . . . ¡ b e s t i a z a s ! . . . ¡malas e n t r a ñ a s ! ( p e g á n d o -
l o s . ) i o s he de d e s c u a r t i z a r !
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ESCENA IV
PAQUITA, M A R U J A , D O N MARCELO y D O N BLAS
MARC S i t e i n c o m o d a e s e . . . le e c h o á la c a l l e .
PAQ. N O , señor: n o . E s u n borricote, pero es b u e n o . Pero
c o m o e s t a n b o r r i c o t e , y tan t o s c o . . . s i e m p r e m a c h a -
cando h i e r r o . . . y c o m o n o c a v i l a . . . á lo mejor, sin
q u e r e r , h a c e u n a barbaridad.
— 21 —
M A R U J A . ¿Y q u é h i z o ? . . . v a m o s , ¿qué liizo?
PAQ, P u e s v e r á u s t e d , abuela: verá u s t e d , d o n M a r c e l o .
E s t á b a m o s j u n t o al r e m a n s o de la presa l o s t r e s , j u -
g a n d o c o n el Canelo.
BLAS. ¿El p e r r o ?
PAQ. S Í s e ñ o r , el p e r r o . E s feo, pero y o le quiero m u c h o .
Se puede querer á u n animal aunque sea feo, ¿ v e r d a d ,
don Marcelo?
BLAS. ( A p u n t a e s o , q u e te s i r v e . ) ( A Marcelo.)
MARC. T i e n e s razón, Paquita. T i e n e s r a z ó n .
PAQ. (Riendo.) ¡Se ha e m p e ñ a d o usted e n l l a m a r m e P a -
quita!
MARC ¡ P o r q u e eres P a q u i t a ! . . . ¡ p o r q u e e r e s ! . . . (Con e n t u -
siasmo )
BLAS. V a m O S . . . (Conteniéndolo.)
M A R U J A . D o n Marcelo te l l a m a c o m o q u i e r a .
PAQ. Ya lo s é . . . y a lo s é . . . Pero l u e g o me hacen burla
e s o s . . . t o d o el santo d í a e s t á n : «¡Paquita! ¡Paquita!»
MARC ¡ P u e s al q u e se burle d e t í ! . . .
PAQ. N o lo h a c e n c o n mala i n t e n c i ó n . . . pero c o m o siem-
pre m e llamaban Pacorra... y resulta que s o y P a -
quita...
MARUJA. Bueno, sigue.
PAQ. Pues estábamos jugando, c o m o d i g o . . . y v a Juan y
t i r a una piedra al r e m a n s o . . . y v a y dice: «cógela,
Canelo.)) Conque y o le grito: «no h a g a s e s o , - q u e e s t a -
m o s cerca del s u m i d e r o d e l molino y el a g u a tira m u -
c h o . Que n o h a g a s e s o , q u e se v a á a h o g a r el p e r r o .
Y él s i n h a c e r m e c a s o : «¡Anda, Canelol» Y yo: «¡quie-
t o , Canelobi Y é l : «¡anda!» Y y o : «¡aquí!» El p e r r o
q u i e t o : el perro á nadie o b e d e c e m a s q u e á m í . T o -
d o s l o s p e r r o s son así c o n m i g o .
BLAS. T o d o s . (Mirando á don Marcelo.) ¿Verdad?
MARC. (Imbécil.) ¿Y qué?
PAQ. Que como Juan es tan duro d e mollera, v a y c o g e al
perro y lo tira al r e m a n s o , diciendo: «¡anda por la
— 22 —
PAQ. E S v e r d a d : u s t e d en el n e g r e r o y Canelo e n el r e m a n -
so d e l a presa.
MARC. Y él n o t u v o l a culpa de caer.
PAQ. Es verdad: n i usted t a m p o c o . ¿Es verdad, abuela, q u e
n o tuvo la culpa?
M A R U J A . ¡Qué había de tener! ¡Por D i o s , si es un b e n d i t o !
MARC. P u e s al v e n d e r ,uu c a r g a m e n t o de e s c l a v o s una v e z ,
m e e n c o u t r é c o n m i tío. lira uno de l e s c o m p r a d o r e s .
Y m i capitán hizo e n t r e g a s o l e m n e de m i p e r s o n a .
PAQ. ¿A S U t í o de usted?
MARC Si.
PAQ. ¿ Y S U t í o de usted c o m p r a b a e s c l a v o s ?
MARC Tema ingenios, plantaciones...
PAQ. ¡ A y , d o n Marcelo, y q u é triste h a s i d o su v i d a de u s -
ted! ¡Primero c o n el q u e v e n d í a y l u é y o c o n el que
compraba! ¡ V a m o s , abuela, q u e c o n e s a vida haber
salido tan b u e n o ! ¡Se c a y ó el pobre Canelo e n el r e -
manso y salió de barro y p o r q u e r í a q u e no se p o d í a
c o g e r : y u s t e d se cae e n el b a r c o n e g r e r o , y se c a e
usted e n l a plantación, y sale usted tan limpio y t a n
honrado te y tan d e c e n t e y tan c o m p a s i v o ! ¡Vamos, q u e
es u s t e d . . . m e dan g a n a s de llorar p e n s a n d o lo q u e
es usted! | A y , a b u e l i t a , qué b u e n o , pero qué b u e n o !
(So abraza á Maruja y l l o r i q u o a . )
PAQ. ¡Yo t a m b i é n ! . . . ¡ A b u e l a ! , . .
MARC U n d i a , por una cosa al parecer i n s i g n i f i c a n t e , e s t a l l ó
la g r a n crisis de m i v i d a , ¡la g r a n crisis!
PAQ. L¿ a q u é ? . . . ¿L a g r a n q u é ? . . . ¿ C ó m o e s eso?
MARC L a c r i s i s . Es decir, q u e de g o l p e se m e d e s p e r t ó l a
c o n c i e n c i a . ¿No has despertado tú n u n c a de g o l p e ?
PAQ. (Dando nna p a l m a d a . ) ¡ S í , s e ñ o r ! u n a vez q u e me caí de
la c a m a .
MARC P u e s e s o : yo m e caí t a m b i é n , ¡de g o l p e !
PAQ. ¿Y c ó m o fué? ¿ S o ñ ó u s t e d c o n el n e g r e r o ?
MARC A l g o d e e s o h u b o . Estaba y o e n el jardín d e n u e s t r o
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e l n e g r e r o y e l l i b e r t i n o . . . al fin se s i n t i ó hombre.
Cuando m u r i ó m i t í o , d e j á n d o m e h e r e d e r o d e su i n -
m e n s a fortuna, d i libertad á todos m i s e s c l a v o s y á la
n e g r a de l o s arañazos la h i c e rica. Desde e n t o n c e s j a -
más atropello al d é b i l : c o n t u v e m i s í m p e t u s , c o n t r a -
bajo , p e r o l o s c o n t u v e , y s e g u í en línea recta y e n l í -
nea recta v o y .
PAQ. ¡ V a m o s ! . . . ( c o n aiogría.)
BLAS. ¿Y y o , puedo m a r c h a r m e e n l í n e a recta?
MARC Haz lo que q u i e r a s .
BLAS. LO d i g o , porque m e aburro.
MARC Pues vete.
BLAS. (¿ES ahora l a declaración?) (Aparta á Marcelo,)
MARC. SÍ.
BLAS. Adiós.
MARC ¿Me dejas?
BLAS. E n familia.
MARC ¿Volverás?
BLAS. Luego.
MARC Pues á pasear.
BLAS. A eSO V O y . (Sale lentamente- por el fondo y f u m a n d o . )
ESCENA V
DON MARCELO, P A Q U I T A y MARUJA
MARC Y ahora, v a m o s á l o i m p o r t a n t e .
M A R U J A . ¡ A y , s e ñ o r ! ¿ocurre a l g o ?
MARC Y muy grave.
PAQ. ¡ A y , D i o s m í o ! ¿le pasa á u s t e d a l g o malo?
MARC Y O creo que no.
PAQ. E n t o n c e s , d e j e l o d e m á s . (Pansa: don Marcelo mira t i e r n a -
mente á Paquita: se acerca y lo coge una m a n o . )
MARC P a q u i t a . . . ¡te q u i e r o m u c h o !
PAQ. ¡Toma, y a s e c o n o c e ! ¡ P u e s l o q u e hace con n o s o t r a s !
¡Si n o s t i e n e . . . v a m o s . . . c o m o s i f u é r a m o s dos s e ñ o -
— 28 —
j e r de u s t e d ! . . . ¡Una s e ñ o r o n a ! . . . ¡Doña P a c a ! . . . ¡ P a
corra en c o c h e ! . . . S e ñ o r . . . pero y o . . . ¿Y q u é vana
decir a q u e l l o s ? . . . Pero si n o p u e d e s e r . . . V a m o s , d í
g a l o usted, a b u e l a .
MARUJA. SÍ él lo m a n d a , hija.
MARC R e s p o ¡de t ú .
ESCENA VI
DON M A R C E L O , P A Q U I T A , MARUJA y DON BLAS;
d o c t o s , DON SILVIO, DON DAMIÁN y DON GABIXO
BLAS. Ya están a h í .
-MARC. ¿Los profesores?
BLAS. Sí.
MARC P u e s q u e v e n g a n : preséntalos t ú .
BLAS. Voy.
PAQ. ¿Son l o s m a e s t r o s ?
MARC, S í , P a q u i t a . (Paquita-se separa á un lado c o n Maruja, mien-
MARC. V e n , P a q u i t a , q u e q u i e r e n c o n o c e r t e estos s e ñ o r e s .
MARUJA. A n d a , n i ñ a . . . a n d a . . . (Empujándola.)
PAQ. (Recelosa.) ¿Son e s o s ? . . . ¿son e s o s t r e s ? . . . ¡qué feos y
q u é caras d e m a l g e n i o !
MARC Sí, h i j a . . . no t o n g a s m i e d o . . . (Cogiéndola do la mano y
llovándola.)
PAQ. (icn voz naja.) ¿Y c u á n t o tiempo v a á ser?
MARC. (Unos m e s e s . . . ) Es m u y t í m i d a . . . (PresonUndoia-) Mi
pupila... su e d u c a n d a d e u s t e d e s . . . m i futura e s p o s a . . .
m i P a q u i t a . . (Todos s a l u d a n . Proient.indo á los profesores.)
Don S i l v i o d e l V a l l e . . . D o n Damián Esparraguera...
Don Gabino del Roncal.
' A M I A N . S a l u d a m o s c o n todo respeto á nuestra d i s c í p u l a .
ILVIO. Y c o n toda s i m p a t í a .
ABINO. U n o mi voz á la de m i s d i g n o s c o m p a ñ e r o s
\RC Di a l g O . ( A Paquita.)
— 34 —
ESCENA PRIMERA
DON G-ABINO, DON DAMIÁN , DON SILVIO: dosnuó*
DON BLAS
DAMIÁN. NO v i e n e ese h o m b r e .
SILVIO. DOS v e c e s le hice llamar; pero tiene una c a l m a . . .
D A M I Á N . Hay q u e hablarle c l a r o .
GABINO. Muy claro.
SILVIO. Clarísimo.
GABINO. Y que decida.
SILVIO. Que resuelva.
DAMIÁN. Que determine.
SILVIO. Y sobre l o d o q u e hable: q u e hable al m e n o s u n a v e z
en su vida.
GABINO. Pues m e parece q u e n o s liemos c o n t a g i a d o y q u e e s -
tamos hablando c o m o él: á p i s t o l e t a z o s : ipum!...
¡puní!... ¡puin!
SILVIO. Ya está aquí.
— 36 —
SILVIO. S e ñ o r m í o . . . (Lo m i s m o . )
BLAS. Felices . .
BLAS. Pues s e n t é m o n o s .
SILVIO. H a y q u e tomar la historia de m u y 'Jejos, ¿no los p a r e -
c e í. ustedes? Don Marcelo f u é s i e m p r e d e c i d i d o p r o -
tector d e la l i t e í a t u r a . . . y . . .
DAMIÁN. Y de la c i e n c i a .
Blas.)
SILVIO. ¡Qué l e c c i o n e s !
D A M I Á N . ¡Qué l u c h a ! . . . ¡ A y e r m e r o m p i ó u n a m á q u i n a eléc-
trica!
GABINO. ¡Qué d e s e n t o n o ! . . . A n t e s de ayer m e dio un c a p i r o t a -
z o e n la n a r i z . . . de b r o m a , ¿eh? pero m e h i z o d a ñ o .
SILVIO. S e n o s escapa y se v a á corretear c o u e s o s d o s s a l v a -
jes: con Juan y con Lorenza.
BLAS. ¡Guapa chica!
SILVIO. ¿Quién?
BLAS. Lorenza.
BLAS. ¿Y q u é ?
GABINO. U s t e d se muestra s e v e r o .
BLAS. Me m o s t r a r é .
SILVIO. Pero ahora m i s m o .
BLAS. ¿Ahora?
SILVIO. Hay que ganar tiempo.
BLAS. ¿NO sería mejor mañana?
DAMIÁN. NO, señor.
BLAS. Pues que v e n g a .
SILVIO. Aquí v i e n e la institutriz. Haga u s t e d , d o n Blas, q u e
c o m p a r e z c a ante n o s o t r o s Paquita.
BLAS. Pues que comparezca.
ESCENA II
D O N B L A S , DON S I L V I O , D O N D A M I Á N , D O N GABINO
y DOÑA GERTRUDIS
GEI\T. ( M u y a l a r m a d a . ) ¿lían v i s t o u s t e d e s á P a q u i t a ?
SILVIO. NO la h e v i s t o e n toda la m a ñ a n a . F a l t ó á m i l e c c i ó n .
DAMIÁN. Y á la mía.
ESCENA 111
DON BLAS, D O N SILVIO, DON DAMIÁN, DON G A B I N O ,
DONA GERTRUDIS y MARUJA
ESCENA IV
DON B L A S , DON SILVIO, DON DAMIÁN , DON GABINO;
P A Q U I T A , entra m u y sofocada y con una rcsa en el pecho.
DAMIÁN. ¡Qué c r i a t u r a !
BLAS. ¡ M o n í s i m a ! . . . ¡y Lorenza m u y g u a p a !
SILVIO. ¿ES eso l o q u e r e s u e l v e usted? ( A don B l a s con e n o j o . )
ESCENA V
PAQUITA
ESCENA Vi
PAQUITA y JUAN
ESCENA Vil
P A Q U I T A y JUAN; D O N BLAS, con u n , carta.
BLAS. SÍ.
PAQ. ¿Y q u é dice?
JUAN. ¡Otra!
BLAS. S i l o iba á d e c i r .
PAQ. Léala u s t e d .
JUAN. ¡Dale!
PAQ. D i g o . . . si p u e d e l e e r s e .
BLAS. SÍ.
ESCENA VIII
PAQUITA, JUAN, D O N BLAS, DOÑA GERTRUDIS y
MARUJA
GERT. ¡ P a q u i t a ! . . . ¡Paquita!
MARUJA. ¡Pacorra!...
BLAS. «Acabo d e l l e g a r . . . »
ESCENA IX
PACUITA, JUAN, DON B L A S , DOÑA GERTRUDIS ,
MARUJA y DON SIL VIO
SILVIO. ¡Que v a á l l e g a r d o n M a r c e l o !
BLAS. Sí
SILVIO. ¿Qué d i c e ?
BLAS. ES larguita.
SILVIO. P e r o ¿qué dice?
BLAS. L éanla ustedes.
SILVIO. ¿A ver?
ESCENA X
DON BLAS, DON SILVIO y JUAN; después DON DAMIÁN
y DON GABINO
SILVIO. ¡ U s t e d lo h a v i s t o ! ( A don B l a s . )
BLAS. SÍ.
D A M I Á N . ¿Se puede h a c e r m á s ?
BLAS. NO.
D A M I Á N . ¿Desde el p u e b l o a q u í ? . . .
BLAS. Minutos.
GABINO. ¿Y q u é d i c e l a c a r t a ?
GABINO. Sí q u e v i e n e . A h í está. El c o c h e h e c h a c h i s p a s .
SILVIO. ¡Disparado!
ESCENA X í
D O N B L A S , DON MARCELO, DOiN SIL VIO, DON DAMIÁN
DON GABINO y JUAN
DAMIÁN. ( ¡ C ó m o v i e n e ! ) (A. d o n G a M u o . )
MARC. ¿Y q u é ?
ESCENA XII
DON MARCELO, DON BLAS, D O N DAMIÁN, D O N SILVIO,
y DON GAB1NO; PAQUITA, con traje de señorita, -MARUJA y
DOÑA G E R T R U D I S .
GERT. (Muy b i e n . )
M A R U J A . (¡Habla c o m o u n á n g e l !
SILVIO. ( ¡ V a m o s c o n la n i ñ a ! )
MARC. P a q u i t a , y o te felicito por tus a d e l a n t o s . T e dejé h e c h a
una l u g a r e ñ a . . . y te e n c u e n t r o c o n v e r t i d a . . . (¡en u n
mamarracho!)
PAQ. ( c o n enternecimiento y on s u tono do siempro. ) P u e s como
á usted le g u s t e . . . e s o es lo q u e y o q u i e r o . . . ¡ p o r q u e
eso es lo q u e d e b o h a c e r ! . . . ¡por usted s o y capaz d e
p o n e r m e á cuatro p a t a s ! . . .
Su.vio. (¡Ya metió la pata!) (Movimiento do horror on todos l o s
profesores )
MARC. (Acercándose.) ¡Eso!... ¡eso!... ¡Paquita!... (¡Todavía
h a y a l g o de a q u e l l o ! )
GEIIT. (¡Por Dios!)
. M A R U J A . (Más fina, hija; m á s fina.)
PAQ. Perdone usted... todavía no he podido desechar l a
rusticidad a g r e s t e de m i s t i e r n o s a ñ o s , en estas s e l -
váticas espesuras y en estos eminentes montes trans-
c u r r i d a . (¿Está bien?) ( A doña Gertrudis.)
GERT. (Muy b i e n . )
MARC. ( N a d a , ¡que me la han puesto e n solfa e s t o s imbéci-
les!) ¿Pero t ú m e q u i e r e s ?
PAQ. P u e s si con lo q u e m e q u i e r e u s t e d , y o n o l e q u i s i e -
s e . . . ¡haría usted bien en d e s c u a r t i z a r m e ! (Doña G e r -
trudis la tira del v e s t i d o . )
MARC. ¡ A s i ! . . . ¡así!...
PAQ. Con m i propia existencia e s c a s a m e n t e p a g a r í a la p r o -
pia deuda d e m i ánima. (¿Es fino l o del ánima?)
GERT. (Sí, pero n o h a b í a n e c e s i d a d . )
MARC. B u e n o : basta. Y por todas l a s á n i m a s del p u r g a t o r i o ,
que m e t r a i g a n el a l m u e r z o , q u e t e n g o q u e m a r c h a r -
me...
PAQ. Allá v o y . . .
GERT. Usted, n o .
MARUJA. Iré y o . (Sale.)
— 63 —
ESCENA XIII
D O N MARCEL O, PAQUITA, D O N SIL VIO, DON DAMIÁN,
D O N G A B I N O , MARUJA, D O Ñ A GERTRUDIS y DON BL AS;
BLAS. L orenza.
— 65
BLAS. El de a n t e s .
MARC. ¡Ah! S Í . (Mirando a los d o s . )
LOR. Señor...
MARC Gracias. Empieza t ú , Paquita, porque s e h a c e tarda y
v o y á m a r c h a r m e sin oirte ese párrafo de l a t í n .
SILVIO. V a m o s , hija: b u e n á n i m o , no te c o r t e s . (Se pono ai lado
do P a q u i t a . )
ESCENA XIV
DICHOS, menos DON MARCELO
JUAN. ¡Ahora y o m a n d o ! . . .
MARUJA. ¡Pero Paquita!...
ESCENA PRIMERA
DON SILVIO y DON GABINO; después DON DAMIÁN,
en traje do camino.
D A M I Á N . ¿Quién le recibió?
SILVIO. Ya lo h e d i c h o : d o ñ a G e r t r u d i s .
DAMIÁN. ¿Y Paquita?
GABINO. NO s e e n t e r ó . D o r m í a , por lo visto, c o n s u e ñ o p r o f u n -
dísimo.
DAMIÁN. ¡Ya lo c r e o ! ¡Tal ejercicio h a c e ! Todo el día por e s o s
valles y por esos montes c o n su ilustre preceptor.
SILVIO. El i n s i g n e J u a n .
D A M I Á N . Y a . . . y a . . . ¡Conque de paseo Paquita y J u a n i t o ! Yo n o
h e v u e l t o por aquí d e s d e q u e m e d e s t i t u y ó solemne-
m e n t e d o n Marcelo.
SILVIO. Ni yo.
GABINO. ¡ O h ! . . . Ni yo t a m p o c o .
SILVIO. P e r o n o s mandó d o n Marcelo, de palabra y p o r c a r t a
d e s p u é s , que e s p e r á s e m o s . . . y e s p e r é .
D A M I Á N . E r a un a c t o de c o r t e s í a .
SILVIO. P e r o yo sé todo l o q u e p a s a por doña Gertrudis...
(Con m i s i o n o . ) q u e , entre paréntesis, se ha d e d i c a d o á
l a e d u c a c i ó n de d o ñ a María. (n;endo.)
D A M I Á N . ¿Y qué posa? (Con curiosidad.)
GABINO. ¿Qué pasa? ( Lo mismo.)
SILVIO. Nada: lo que les h e referido: Paquita y J u a n i t o . . . de
p a s e o . . . (Con malicia.)
D A M I Á N . ¡Solos el n u e v o profesor y la p r e c i o s a e d u c a n d a !
SILVIO. N O : les a c o m p a ñ a Lorenza, la h e r m a n a d e J u a n , ¡una
chica muy guapa!
DAMUN. ¡Ya... ya l o reparé hace algunos meses!... ¡Muy
guapa!
SILVIO. Y d o n B l a s , saliendo de s u apatía, l e s acompaña t a m -
b i é n . ' D i c e que n e c e s i t a v e l a r por la p r o m e t i d a de s u
amigo.
DAMIÁN. Y los c u a t r o . . .
GABINO. Los cuatro...
SILVIO. Por e s o s a n d u r r i a l e s .
D A M U N . ¿Saben ustedes lo q u e y o creo? Q u e d o n Marcelo e s . . .
¡un pobre h o m b r e ! (Con s i g i l o . )
— 71 —
ESCENA II
DON DAMIÁN, D O N GABINO, D O N SILVIO
y DOÑA GERTRUDIS
ESCENA III
DOÑA G E R T R U D I S , D O N S I L V I O , D O N DAMIÁN y D O N
GABINO; P or oí fondo, LORENZA y DON BLAS
ESCENA IV
DOÑA GERTRUDIS, D O N B L A S , D O N SILVIO, D O N
DAMIÁN, DON CA31NO y LORENZA; MARUJA, por l a derecha.
M A R U J A . S e ñ o r e s . . . s e ñ o r e s . . . q u e h a d e s p e r t a d o don Marcelo
y p r e g u n t a por u s t e d e s . ¡ V e n g a n , vengan pronto!
que se l e v a n t a de mal humor! Y q u e v a y a usted t a m -
b i é n , don Blas.
BLAS. Luego.
M A R U J A . P u e s le l l a m a á u s t e d .
BLAS. Ahora, esos.
M A R U J A . Dice que usted.
BLAS. Después.
M A R U J A . Dice q u e ahora m i s m o .
BLAS. E s t o y ocupado.
MARUJA B u e n o . . . y o . . . c o n d e c í r s e l o . . . Conque ¿vienen u s t e -
des?... ¡Miren q u e s e l e v a n t a mu) e m b e r r e n c h i n a d o !
SILVIO. ¿ V a m o s allá?
GABINO. Vamos.
se dirigen lentamente á l a d e r e c h a . )
ESCENA V
DON BLAS y LORENZA.
Don Blas, sentado y fumando siempre. Lorenza, á su alrededor.
ESCENA VI
ESCENA VII
PAQUITA, y LORENZA
ESCENA VIII
PAQUITA; detpuós JUAN
JUAN. ¡Y te c a s a s c o n el o t r o !
PAQ. i Ay, pero q u é mollera tan dura t i e n e s ! ¿Pero no te l o
h e e x p l i c a d o , hombre? A tí te quiero c o m o á Juan y á
él como á u n p a d r e .
JUAN. P u e s con los padres está prohibido c a s a r s e .
PAQ. ¡Pue3 que me lo p r o h i b a n ! . . . Pero que s a l g a de é',
q u e no s a l g a de mí.
JUAN. P u e s díle esto q u e m e has dicho y que d i s p o n g a él. Y
yo te juro q u e no d i g o ni palabra y q u e m e v o y p.ira
siempre.
PAQ. ¡ E S O n o ! . . . yo quiero v e r t e d e c u a u d o en c u a n d o .
JUAN. SÍ, de visita de etiqueta, c o m o las de allá arriba que
decías antes.
PAQ. N O , h o m b r e ; n o . No serán de e t i q u e t a .
JUAN. P u e s yo se l o digo á d o n Marcelo.
PAQ. ¿El qué?
JUAN. ESO q u e h a s dicho: q u e me quieres c o m o á Juan y á
él como á papá y á v e r q u é r e s u e l v e el papá.
PAQ. Si h i c i e s e s e s o , te odiaba. ] Mal c o r a z ó n ! ¡Eso era c l a -
varle u n puñal al pobre h o m b r e !
JUAN. El q u e t e n g o aquí clavado q u e lo l l e v e é l u n r a t o .
PAQ. T Ú n o dices ni palabra.
JUAN. La verdad h a y q u e decirla y n o hay q u e e n g a ñ a r á e s e
hombre.
PAQ. E s q u e y o . . . entiéndelo, a n i m a l . . . ni le he e n g a ñ a d o
n i le e n g a ñ a r é n u n c a , ¡en j a m á s de Dios!
JUAN. Ni y o t a m p o c o : por eso hay q u e hablar claro, ahora
q u e e s cuando h a y t i e m p o .
Paq. ¡Mira, Juan, n o m e v u e l v a s loca! mira q u e y a t e n g o
m á s calentura q u e t ú .
JUAN. ¿A v e r ? . . . {Se acerca y le c o g e la mano.)
PAQ. S Í . . . t o c a . . . t o c a . . . ¡á v e r si n o a b r a s o !
JUAN. ¡SÍ a b r a s a s ! . . . ¡Y l o s ojos l o s t i e n e s m u y e n c e n d i d o s ! . . .
¡no los a p a r t e s ! . . .
PAQ. E s que t u s o j a z j s me dan m i e d o .
JUAN. ¿Por q u é si te quieren tanto?
— 83 —
ESCENA IX
• P A Q U I T A , JUAN y DON MARCEL O
PAQ. N O , señor, n o e s t a m o s e n o j a d o s .
JUAN. SÍ, s e ñ o r : lo e s t a m o s .
PAQ. (¡Más i m p r u d e n t e ! )
MARC. ¿4 q u i é n creo?
PAQ. Á m í , don Marcelo: ese no d i c e ni pizca de verdad.
JUAN. U s t e d verá á quién cree: e s o n o es cuenta m í a .
MARC. Yo te creo á tí, l u á n . Porque ya me han d i c h o . . . ya
m e han d i c h o . . . He hablado c o n d o n Damián, c o n don
S i l v i o , con don Gabino, con d o ñ a Gertrudis y c o n el
Director que te da l e c c i o n e s .
JUAN. Sí, v a m o s : habló u s t e d non todo el m u n d o . Me alegro:
así estará usted i n s t r u i d o de t o d o .
PAQ. (¡Nada! ¡que no lo deja!) No haga u s t e d caso de ese
z á n g a n o , don Marcelo. Vete á la herrería.
•JUAN. N O me v o y hasta que no me lo m a n d e d o n Mar-
celo.
MARC. N O te v a y a s . T e n e m o s q u e hablar.
PAQ, (¡Se nos cayó la c a s a l . . . )
MARC. ¿Conque os habéis d i v e r t i d o tanto y os h a b é i s p a s e a d o
trinlo mientras y o e s t u v e en Madrid?
PAQ. S Í , señor... a'guuas veces.
JUAN. T o d o s los días.
PAQ. Como usted mandó que le o b e d e c i e s e . . . como usted
dijo: «el a m o e s J u a n . . . » por e s o .
MARC. ¿Por eso le obedeciste?
PAQ. Claro.
MARC. B i e n h e c h o ; es oatural.
PAQ. ( P u e s p irece m u y tranquilo.) (Obaorvándoia.)
MARC. Y os ibais l o s d o s . . .
PAQ Con d o n Blas y c o n L o r e n z a s i e m p r e .
MARC. ¿Siempre? I A Juan.)
JUAN. SÍ, s e ñ o r : s i e m p r e l l e v á b a m o s esos p e g o t e s .
MARC. Te c r e o . T o d o s me d i c e n q u e eres u n h o m b r e honra-
do y uo tan bestia c o m o yo t o r p e m e n t e i m a g i n é , n o
s é porque c a u s a . . . por h a b é r s e l o o í d o á Paquita. Me
e n g a ñ a s t e , Paquita.
— 87 —
PAQ. Y O n o le e n g a ñ é , ni le e n g a ñ a r é n u n c a : se l o j u r o p o r
el alma de ¡ni madre q u e está en g l o r i a . ¡Antes m e
aplaste la m u e l a del m o l i n o !
JUAN. ( ¡ S i ha de ser c o m o antes d e c í a m o s ! . . . )
PAQ. ( ¡ Y a está aquél p e n s a n d o a l g o ! . . . )
MARC. Te c r e o , Paquita: t a m b i é n te c r e o .
JUAN. S í , v a m o s , usted cree á todo el m u n d o . . .
MARC. ¡ Y O no Creo á n a d i e ! . . . (Con los (Hontei api-otados j a v a n -
zando descompuesto.)
PAQ. ¡Don Marce'iOÍ... (Cerrándolo el paso.)
JUAN. P u e s yo n o m i e n t o .
MARC ¡ T Ú m i e n t e s c o m o todos!
PAQ. S Í , s e ñ o r : ¡ m i e n t e á todas h o r a s !
JUAN. D i g o q u e n o , q u e n o . . . y si n o , p ó n g o m e u s t e d á
prueba.
MARC S Í q u e te p o n d r é . A ver: ¿no es verdad q u e tú m e r e s -
petas m u c h o y m e q u i e r e s m u c h o ?
JUAN. R e s p e t a r l e , si s e ñ o r . P o r q u e e s a dice q u e e s usted
m u y b u e n o , y p o r lo que ha h e c h o u s t e d p o r doña
Maruja y por Pacorra, Pero q u e r e r l e . . . ¡ni e s t o l (Hace
chascar la uña con los d i e n t e s - )
PAQ. ( ¡ A y , qué b r u t o ! . . . ) ¡don Marcelo!
MARC. ¡Silencio! ( A P a q u i t a . ) ¿Por qué no m e quieres? ( A Juan.)
JUAN. P o r q u e así s o n las cosas del m u n d o .
MARC. ¿Nada más?
JUAN. Nada más.
PAQ. (¡Gracias á Dios!)
MARC. ¿Ves c ó m o al cabo m i e n t e s ?
JUAN. ¡ P u e s n o m i e n t o ! ¡No le quiero á usted, y casi le o d i o ,
y siento i m p u ' s o s de hacerle p e d a z o s !
MARC ¿Por qué? ¡Dílo si te atreves!'...
PAQ. ¡Juan!...
MARC ¡Dílo, cobarde!..!
JUAN. ¡ P j r q u e se c a s a u s t e d c o n Pacorra!
PAQ. (¡Ya la soltó! ¡ V i r g e n Santísima!)
MARC Eres u n h o m b r e : v e n g a esa m a n o .
— 88 —
ESCENA. X
MARC T ú p u e d e s q u e d a r t e para d e s p e d i r t e d e e l l a , ( A J u a n
JUAN. Me q u e d a r é .
BLAS. (Entrando con Lorenza.) ( T e d i g O que Se V a . )
LOR. (¿Con P a q u i t a ? )
BLAS. (Con P a q u i t a . )
Lon. ( ¡ P o b r e JUt.n!) (Acercándose á su h e r m a n o . )
MARC ¿TÚ, V i e n e s c o n m i g o ? ( Á don B l a s . )
BLAS. No.
MARC ¿Es decir q u e t e quedas?
BLAS. Sí.
— 9i —
МАИС. P u e s v e n al p u e b l o .
BLAS. Iré.
MARC. ¿Conque h a g o un disparate e n casarme?
BLAS. ¿Qué s é yo? ¿A dónde se fué e s a L orenza? iBascandc
con la vista.)
МАИС. ¿Pero n o v i e n e Paquita?
BLAS. A l l i e s t á . (Viendo á L orenza.)
МАПС. ¿Quién?
BLAS. L o r e n z a , ( s e va junto á e l l a . )
ESCENA XI
DON MARCEL O, JUAN, DDN BL AS y LORENZA; PAQ UITA
y MARUJA; con ollas DOÑA G E R T R U D I S
ESCENA XII
DON B L A S ? sentado en toda esta e s c e n a ( fumando y mirando á
Lorenza. JUAN y L O R E N Z A , aparte y j u n t o s . Formando otro grupo
DOÑA G E R T R U D I S y MARUJA ; PAQUITA, separada triste
monte: D O N MARCEL O, ia contempla.
ESCENA XIII
P A Q U I T A , D O N MARCELO, J U A N , D O N BLAS
y LORENZA
PAQ. ¿SO'O?
МАКС. Claro: q u e d á n d o l e tú c o n é l . . . m e v o y s o l o .
PAQ. ¡Don M a r c e l o ! . . . ¡Dios m í o !
MARC. T e q u i e r o de v e r a s y quiero q u e s e a s feliz. Conmigo
n o lo h u b i e r a s s i d o . S é feliz c o n J u a n . ¿Creíste q u e
m e la l l e v a b a ? ( A Juan. ) N o : desde q u e s u p e vuestro
a m o r , p e n s é en c e d é r t e l a ; pero en el t u r b u l e n t o t r a s
t o r n o de mi s e r , todas l a s a n t i g u a s crueldades del n e
grero subieron del fondo del c o r a z ó n á la superficie y
m e g o c é en v u e s t r o l l a n t o . No duró m u c h o mi c r u e l
dad. P e r d o n a d m e . Más durará la v u e s t r a . A d i ó s .
PAQ. L¡ e q u i e r o á usted c o n toda m i a l m a !
МАИС. E o eso estamos. Adiós, Juan.
JUAN. Don Marcelo... perdóneme u s t e d . . . v o y á pedirle un
ú l t i m o favor.
МАИС. Pido.
JUAN. ¿Me l o c o n c e d e r á usted?
МАИС. Si te c o n c e d í á e s a , ¿qué v o y á n e g a r t e ?
JUAN. D o n Marcelo, s é trabajar y sé g a n a r m e la v i d a .. p e r
m i t a usted q u e le d e v o l v a m o s e s e caudal q u e r e g a l ó
usted á Paquita.
MARC. C o n c e d i d o : h a c e s b i e n : lo r e c o g e r é . Adiós, J u a n .
Jl'AN. L¡ a m a n o ! . . . (L a estrecha y la besa después.)
MARC. Basta. A d i ó s , P a q u i t a .
PAQ. ¡Padre mío!... (Tendiéndolo los brazos.)
MARC. ¡ N o ! . . . T e q u i e r o d e m a s i a d o para abrazarte h o y . P u
diera a r r e p e n t i r m e de lo q u e hice... N o : d é j a m e : a d i ó s .
(Quiere irse.)
PAQ. ¡ N o l . . . ¡ T o d a v í a n o ! . . . (Suplicante: don Marcelo so d o t i o
ne.) ¡He d e c o n s e n t i r q u e se m a r c h e u s t e d . . . y q u e s e
marche sin darme u n abrazo! ¡Sin d e c i r m e que m e
p e r d o n a ! ¡Sin d e c i r m e que me quiere como siempre!
¡No, d o n Marcelo; e s o sí q u e n o lo c o n s i e n t o ! ¡ S e g u i r é
l l o r a n d o s u c o c h e de usted y m e v o l v e r é á caer e n la
cuneta! ¡De allí salí; pues allá v u e l v o ! ¡Don j l a r c e l o ,
n o h a y felicidad para m í si usted m e rechaza! Mire
— 9S —
usted q u e la v o l u n t a d s e m e v a c o n e s e z á n g a n o : p e r o
el a l m a . . . ¡el alma se v a c o n u s t e d ! ¡ H á g a m e u n h u e -
q u e c i l o s o b r e el c o r a z ó n !
MARC. ¡Paquita!... ¡ P a q u i t a ! . . . ¡Ven! (i.e abre ios brazos.)
PAQ. (Precinitándcso.) ¡Don M a r c e l o ! . . . ¡pudre m í o ! . . . ¡padre
de mi a l m a ! . . . ¡mi r e d e n t o r ! . . . ¡mi a l e g r í a !
Marc. Paquita... mucho he d e b i d o v e n c e r mi voluntad...
c u a n d o m e q u e d a v o l u n t a d para d e c i r l e : «¡sé feliz!»
(intonta abrir los brazos: Paquita lo impide.)
PAQ. ¿Ya me s u e l t a u s t ' d ? . . . ¿ya abre l o s brazos?... ¡ A h ! . . .
¡ya lo c o m p r e n d o ! ¿Es q u e hace usted sitio para
aquél? (sL-ñaiando á Juan.) ¡Juan!... ¡ a q u í ! . . .
JÜAN. D o n M a r c e l o . . . ¿quiere usted?
MARC ¡ S í . . . V e n ! (Juan se precipita: don Marcelo abraza á l o s d o s . )
¡ S e a ! . . . ¡Os p e r d o n o ! . . . ¡ o s q u i e r o ! . . . ¡velaré por v o s -
otros!., ¡echaré m i s ternuras por o l r o cauce.!... ¡ A y ,
qué triste y qué seco se quedará el a n l i g u o ! Basta...
¡Adiós! (Desprendiéndose.)
PAQ. ¡Padre miol
JUAN. ¡Don Marcelo!
MARC A d i ó s , P a q u i t a . . . adiós, J u a n . . . Que n o m e mire... N o
m e m i r e s . . . es el ú l t i m o favor que te p i d o . (Pa quita
llorando oculta la cabeza er. ol pocho do Juan. Jur.n y Paquita
forman un grupn que vuolvo la espalda á don Marcólo. Este so
detiene en la verja y los contempla.) ¡CreO ([UQ eStáll llo-
rando l o s d o s ! ¡no s e olvidarán de mí!
JUAN. ¡ P a c o r r a ! (Don Marcelo so acerca algo entro los árboles.,)
PAQ. ¡Juanillo!... (Se niir.-n y sonríen eolio lágrimas.) No me
m i r e s , n o : ¡hoy n o q u i e r o tener n i n g u n a a l e g r í a !
JUAN. ¡Pero m a ñ a n a ! . . .
PAQ. ¡Mañana, sí!... Pero déjame llorar hoy...
MARC ¡ H o y , n o : mañana, sí! ¡Eso llanto!... ¡ese llanto!... ¡La
ú l t i m a l i m o s n a ! ( So precipita en ol cocho y Ó!>le arranca si
es que o s t i presunto )
b
OBRAS DEL MISMO AUTOR
EL LIUIIO T A L O N A R I O , c o m e d i a e n u n a c t o , original y e n v e r s o .
LA ESPOSA DEL VENGADOR, drama e n tres a c t o s , original y e n v e r s o .
LA ÚLTIMA NOCHE, drama e n tres a c t o s y u n e p i l o g o , original y
en verso.
E N E L P U Ñ O D E LA E S P A O A , drama trágico en tres a c t o s , original
y en verso.
UN SOL QUE NACE Y UN SOL QUE MUERE, comedia en un acto, ori-
ginal y en verso.
CÓMO E M P I E Z A Y CÓMO ACABA, drama trágico c u tres a c t o s , ori-
ginal y e n v e r s o . (Primera parte de una trilogía.)
EL GLADIADOR DE R A V E N A , tragedia e n u n acto y e n v e r s o , i m i -
tación.
Ó LOCURA Ó S A N T I D A D , drama e n t r e s a c t o s , original y en p r o s a .
IRIS D E PAZ, coinedia e n un a c t o , original y e n v e r s o .
PARA TAL CULPA TAL PENA, drama e n d o s a c t o s , original y e n
verso.
Lo Q U E NO P U E D E D E C I R S E , drama original e n tres a c t o s y en
prosa. ( S e g u n d a parte d e la trilogía.)
EN EL PILAR Y EN LA CRUZ, drama original e n t r e s a c t o s y e n
verso.
C O R R E R E N P O S D E UN I D E A L , c o m e d i a original, e n t r e s a c t o s y
en verso.
ALGUNAS VECES AQUÍ, drama original e n tres a c t o s y e n p r o s a .
MORIR P O R NO D E S P E R T A R , leyenda draináüca original en un
acto y en verso.
E N E L S E N O DH LA M U E R T E , l e y e n d a trágica original e n tres a c -
tos y cu verso.
BODAS TRÁGICAS, cuadro dramático del s i g l o x v i , o r i g i n a l , e n u n
acto y e n v e r s o .
.MAR S I N O R I L L A S , drama original e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
LA MUERTE E N LOS LABIOS, d r a m a e n tres a c t o s y e n p r o s a .
EL GRAN GALEOTO, drama original en tres a c t o s y e n v e r s j , p r e -
cedido de u n diálogo c:i prosa.
. -- 7
HARQLDO EL NORMANDO, l e y e n d a trágica original e n t r e s a c t o s y
en verso.
Los DOS CURIOSOS I M P E R T I N E N T E S , drama en t r e s a c t o s y e n v e r s o .
( T e r c e r a parte de la t r i l o g í a . )
CONFLICTO ENTRE DOS D E B E R E S , drama e n t r o s actos y e n v e r s o .
UN MILAGRO E N EGIPTO, estudio trágico en tres actos y e n v e r s o .
PIENSA M A L . . . ¿Y ACERTARÁS? casi p r o v e r b i o e n t r e s a c t o s y e n '
verso.
LA PESTE DE OTRANTO, d r a m a original en t r e s a c t o s y en v e r s o .
VIDA ALEGRE Y MUERTE TRISTE, d r a m a original e n ( r e s a c t o s y
en verso.
EL BANDIDO LISANDRO, e s t u d i o dramático cu t r e s c u a d r o s y en
prosa.
DE MALA RAZA, d r a m a en prosa y en t r e s a c t o s .
Dos FANATISMOS, drama en prosa y en tres a c t o s .
EL CONDE LOTARIO, drama en u n acto y en v e r s o .
LA REALIDAD Y EL DELIRIO, drama en t r e s a c t o s y e n prosa.
E L HIJO D E C A R N E Y E L HIJO D E H I E R R O , drama en t r e s a c t o s y en
prosa.
Lo S U B L I M E E N LO V U L G A R , d r a m a en t r e s a c t c s y en v e r s o .
MANANTIAL QUE NO SE AGOTA, drama en t r e s a c t o s y en v e r s o .
L o s R Í G I D O S , d r a m a en tres a c t o s y e n v e r s o p r e c e d i d o de un
d i á l o g o - e x p o s i c i ó n en p r o s a .
SIEMPRE EN RIDICULO, drama en tres a c t o s y en prosa.
E L PRÓLOGO D E UN D R A M A , drama en u n acto y en v e r s o .
IRENE DE OTRANTO, ópera en t r e s a c t o s y en v e r s o .
UN CRÍTICO I N C I P I E N T E , capricho c ó m i c o en tres a c t o s y en prosa.
COMEDIA SIN DESENLACE, e s t u d i o c ó m i c o - p o l í t i c o en t r e s a c t o s
y en p r o s a .
EL HIJO DE DON JUAN, drama original en tres a c t o s y en p r o s a
inspirado por la lectura de la obra de Ibsen titulada Gengan-
gere.
Sic v o s NON VOBIS ó LA Ú L T I M A LIMOSNA, c o m e d i a rústica o r i -
g i n a l , en t r e s actos y en p r o s a .
ARCHIVO Y COPISTERIA MUSICAL