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INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
A LA

HISTOBie DE LB COPiOEJSOS
EN LA

ASISTENCIA DE ESPAÑA
POR EL

P. ANTONIO ASTRAIN
de la misma Compañía.

MADRID
Hdmioistfaeió'n d e {^AZÓfi V p E
A p a r t a d o de correos 388.

19 12

3£
 R A Z Ó N Y FE
~ Revisto mensual clentífico-religlosi ~

BEDHGTHBH POR PADRES BE Lfl GODIPHlítB DE JESÚS

P u b l i e a a f t í e u l o s s o b f e S a g p a d a EseFituwa
y T e o l o g í a ; D e p e e h o e a n ó n i e o , e i v i l y político; S o e l o l o g í a ; |41stofIa,
e s p e c i a l m e n t e de E s p a ñ a y s u s e o l o n l a s ; F i l o s o f í a ; C i e n c i a s e x a c t a s ,
í í s l o a s y n a t u t f a l e s ; Iiltei<atui<a y H f t e s , y a d e m á s l a s o t p a s s e e e i o n e s
q u e s u e l e n tenei» l a s p e v i s t a s de e a p á e t e p g e n e p a l , c o m o s o n :
l a B i b l i o g r a f í a , l a de f l o t l e i a s y V a r i e d a d e s

PRECIOS DE SUSCRIPCIÓN
_ _ \ Cuatro m e s e s 5 pesetas.
E n E s
P a ñ a
| Un año 15 -

Por corresponsal
, \ Cuatro m e s e s
j U n a ñ o 1
5,50
6
—
5 0
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
Extranjero Un año 20 —

PAGO ANTICIPADO

Colecciones completas de RAZÓN Y FE desde Septiem-

bre de 1901 á fin de Diciembre de 1912; van publicados
XXXIV tomos; se venden al precio de 190 pesetas en Es-
paña y 2 3 5 en ei extranjero, franco de porte.

Número extraordinario de R a z ó n y F e , dedicado á

MARÍA INMACULADA

Forma un precioso libro de 272 páginas en 4.° mayor, ilustrado con

multitud de fototipias y grabados. Obra útilísima para los predicadores
y para cuantos deseen instrucción sólida y amena sobre tan glorioso
privilegio de la Santísima Virgen.—2 p e s e t a s .
NOTA.—Diríjanse los pedidos, acompañados de su importe, más 25 céntimos
por el certificado, al Sr. Administrador de RAZÓN Y FE, Plaza de Santo
D o m i n g o , 14, bajo, Madrid.
 APROBACIONES

INTRODUCCIÓN HISTÓRICA

IMPRIMÍ POTEST
JOSEPHÜS M. A
VALERA, S. J. De dos m o d o s enteramente distintos s u e l e n considerar los h o m -
Praepositus Provinciae Toletavae. bres la fundación de una Orden religiosa cualquiera. Unos, creyen-
tes sencillos y fervorosos, levantando los ojos al cielo, contemplan
solamente la acción de la P r o v i d e n c i a divina, que v i e n e en auxilio
de su Iglesia, enviando en la nueva r e l i g i ó n un n u e v o refuerzo con-
tra los ataques del infierno. Otros, incrédulos ó m e n o s espirituales,
aplican su atención únicamente á las causas humanas, y examinando
el carácter de la época, las ideas entonces predominantes, las insti-
NIHIL OBSTAT tuciones precedentes, los hechos políticos y religiosos y las demás
P. VlLLADA, S. J circunstancias de los tiempos y de las sociedades, procuran expli-
(Cons. cedes.) car bien ó mal el hecho de surgir e n la Iglesia una nueva institu-
c i ó n religiosa.
Deficientes son estos m o d o s de considerar el objeto. N o v e r e n
cada Orden religiosa sino u n beneficio de la Providencia divina, e s
negar al entendimiento humano la legítima satisfacción á q u e aspira
de conocer plenamente la verdad, y de averiguar c ó m o ha obrado
e.ia misma Providencia, y c ó m o los hombres han concurrido á la
I M P R I M ATUR ejecución de las trazas divinas. Este m o d o sencillo, pero imperfecto,
J O S É MARÍA, de considerar el asunto, suele dar por resultado una piedad buena
Obispo de Madrid-Alcalá. de suyo, pero p o c o ilustrada. P o r e l contrario, n o v e r e n cualquiera
Orden nueva sino un producto de las circunstancias, un efecto de la
humana sagacidad, una preocupación de tal hombre, una combina-
ción de tales elementos, e s desconocer la causa primera de todo
bien, y al m i s m o tiempo exponerse á n o entender en toda institu-
ción religiosa lo más importante de ella, cual es el interior espíritu
que la anima. Si los que sólo miran á Dios conciben únicamente
*t2>? ¡ifeclos piadosos, l o s que atienden solamente á l o s hombres suelen
dar e n teorías disparatadas y aducir explicaciones absurdas para l o s
M A D R I D . — E s t . t i p . « S u c e s o r e s d e K i v a d o n e y r a » . — P a s c o d e San V i c e n t e , 2 0 . hochos más obvios y naturales.

INTRODUCCIÓN 1IISTÓHICA
4
Ni Dios solo n i los h o m b r e s solos fundan las Ó r d e n e s religiosas, y
p u e s a m b a s causas c o n c u r r e n á este h e c h o , p r e c i s o es q u e el h i s t o -
r i a d o r e s t u d i e la acción d e a m b a s , si n o q u i e r e f o r m a r s e u n a idea
i m p e r f e c t a , c u a n d o n o e r r a d a , d e l suceso. P e r o c o n s i d e r a n d o la ac-
c i ó n de Dios y la c o o p e r a c i ó n de las c r i a t u r a s , p o d r e m o s l l e g a r al
p l e n o c o n o c i m i e n t o de la v e r d a d y r e c o g e r el fruto q u e en la h i s t o -
ria, c o m o en t o d a ciencia h u m a n a , se d e b e b u s c a r , y es satisfacer la
l e g í t i m a c u r i o s i d a d del e n t e n d i m i e n t o , y c o n s i g u i e n t e m e n t e incli-
n a r la v o l u n t a d á t o d o lo g r a n d e y e l e v a d o . V e r d a d p a r a la inteli-
g e n c i a , v i r t u d p a r a el c o r a z ó n , eso d e b e m o s p e d i r s i e m p r e á la h i s -
toria.
P e r o al e m p e z a r este e s t u d i o , nos sale al paso desde l u e g o u n a difi-
c u l t a d . ¿ P o d e m o s n o s o t r o s p e n e t r a r en I03 s e c r e t o s altísimos de la
P r o v i d e n c i a d i v i n a ? No, c i e r t a m e n t e , con la luz m e z q u i n a d e n u e s -
t r a r a z ó n n a t u r a l , p e r o sí con la l u m b r e s o b r e n a t u r a l de la fe. Dios
t i e n e e m p e ñ a d a s o l e m n e m e n t e su p a l a b r a d e c o n s e r v a r hasta la con-
s u m a c i ó n d e los siglos la Iglesia q u e Él fundó s o b r e la t i e r r a . L o q u e
d i c e S a n P a b l o d e la v i d a e s p i r i t u a l do cada c r i s t i a n o , q u e n o p e r -
m i t i r á el S e ñ o r s e a m o s t e n t a d o s más d e lo q u e p u d i é r e m o s sufrir,
d e b e a p l i c a r s e con m u c h a más r a z ó n al c u e r p o d e t o d a la Iglesia.
N u n c a p e r m i t i r á el S e ñ o r q u e sea m á s c o m b a t i d a d e lo q u e p u d i e r e
r e s i s t i r , y si a l g u n a vez p o r sus i n e s c r u t a b l e s j u i c i o s d i e r e m a j o r
l i c e n c i a á los e n e m i g o s , t a m b i é n c u i d a r á d e r e f o r z a r las lilas d e los
defensores.
A h o r a b i e n : á p r i n c i p i o s d e l siglo x v i v e m o s d e s e n c a d e n a r s e c o n -
t r a la E s p o s a d e J e s u c r i s t o la más h o r r e n d a t e m p e s t a d q u e la haya
c o m b a t i d o desde su n a c i m i e n t o . El p r o t e s t a n t i s m o n o e r a u n e r r o r
a i s l a d o , e r a u n a l e g i ó n de herejías, era u n t o r b e l l i n o d e pasiones
desatado p o r el infierno c o n t r a la E s p o s a d e J e s u c r i s t o . Al misino
t i e m p o q u e se l e v a n t a b a n c o n t r a la Iglesia s u s m á s fieros e n e m i g o s
d e n t r o , a b r í a Dios c a m p o s i n m e n s o s al celo a p o s t ó l i c o fuera d e E u -
r o p a . Las n a v e s d e Colón y Vasco d e Gama, s u r c a n d o m a r e s d e s c o -
n o c i d o s , t r o p e z a b a n con islas y c o n t i n e n t e s i g n o r a d o s . El m u n d o ,
c i r c u n s c r i t o hasta e n t o n c e s , p u e d e d e c i r s e , á las o r i l l a s del Medite-
r r á n e o , dilataba i n c o m p a r a b l e m e n t e sus h o r i z o n t e s , y en esas r e g i o -
n e s r e c i é n d e s c u b i e r t a s , p u e b l o s sin n ú m e r o , d i v e r s o s en r e l i g i ó n , en
c u l t u r a , en trajes, en i d i o m a y en c o s t u m b r e s , p e r o s e n t a d o s t o d o s
e n las s o m b r a s del e r r o r , e s p e r a b a n á los a p ó s t o l e s d e la b u e n a
n u e v a , q u e a c u d i e r a n á d i f u n d i r la luz d e la v e r d a d y á r e g e n e r a r -
l o s c o n las a g u a s del b a u t i s m o . Dos e m p r e s a s i n c o m p a r a b l e s y al
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA Ó
m i s m o t i e m p o trabajosísimas i m p o n í a Dios á su I g l e s i a e n e l si-
g l o x v i : d e n t r o d e E u r o p a , r e s i s t i r á la más t r e m e n d a r e v o l u c i ó n
r e l i g i o s a q u e h a n visto los siglos; fuera de E u r o p a , e v a n g e l i z a r á las
n u e v a s g e n t e s d e s c u b i e r t a s p o r los e u r o p e o s .
A h o r a b i e n : ¿cuáles f u e r o n los m e d i o s y a u x i l i o s s u m i n i s t r a d o s
p o r D i o s á su Iglesia p a r a e j e c u t a r u n a o b r a t a n e s t u p e n d a ? Muchos,
sin duda, y m u y v a r i a d o s ; mas e n t r e ellos s u e l e l l a m a r la a t e n c i ó n
d e t o d o h o m b r e j u i c i o s o la i n s t i t u c i ó n o r i g i n a l ideada p o r San I g n a -
cio d e L o y o l a . E n 1540 p r e s e n t ó s e el h i d a l g o g u i p u z c o a n o á los pies
d e P a u l o I I I , p o n i e n d o á su d i s p o s i c i ó n u n a O r d e n r e l i g i o s a for-
m a d a de p o c o s h o m b r e s , y esos en g r a n p a r t e e s p a ñ o l e s . E s n a t u r a l
q u e t o d o o b s e r v a d o r , al e m p r e n d e r el e s t u d i o d e la C o m p a ñ í a d e
J e s ú s , se p r e g u n t e a n t e t o d o : ¿Qué v e n í a á h a c e r e n la I g l e s i a d e
Dios esta O r d e n fundada p o r San I g n a c i o ? T o d o h o m b r e , al n a c e r e n
este m u n d o , t i e n e a l g ú n d e s t i n o s e ñ a l a d o p o r la d i v i n a P r o v i d e n -
cia, está l l a m a d o á o c u p a r u n p u e s t o e n el m u n d o , á d e s e m p e ñ a r u n
oficio en la s o c i e d a d . Si Dios, c u y a infinita s a b i d u r í a g o b i e r n a t o d o s
los s e r e s , i n f u n d e á cada i n d i v i d u o su p a r t i c u l a r v o c a c i ó n , ¿ c u á n t o
m á s lo h a r á con t o d a u n a O r d e n religiosa? A h o r a b i e n : ¿cuál e r a el
p u e s t o q u e Dios d e s i g n a b a en su I g l e s i a á la C o m p a ñ í a de J e s ú s ?
De dos m o d o s p o d e m o s c o n s i d e r a r los d e s i g n i o s d e Dios s o b r e la
C o m p a ñ í a , s e g ú n q u e p o n g a m o s los ojos ó e n la i n t e r n a c o n s t i t u c i ó n
r
é i n s t i t u t o d e ella ó en la acción a p o s t ó l i c a y e s p i r i t u a l q u e e j e r c i t ó
e n beneficio d e las almas. C o n s i d e r a d a la C o m p a ñ í a en su I n s t i t u t o ,
e r a u n a modificación n o t a b l e en el estado r e l i g i o s o . C o n s i d e r a d a en
su a c t i v i d a d apostólica, era u n e j é r c i t o d e refresco e n v i a d o p a r a p e -
l e a r las batallas d e l S e ñ o r . E n c u a n t o e s p o s i b l e á n u e s t r o c o r t o
e n t e n d i m i e n t o p e n e t r a r los a r c a n o s d e la P r o v i d e n c i a divina, p o d e -
m o s p e n s a r q u e Dios se p r o p o n í a d o s fines en la o b r a i n s t i t u i d a p o r
S a n I g n a c i o . P r i m e r o : modificar p r o f u n d a m e n t e el estado r e l i g i o s o ,
a c o m o d á n d o l o m á s á las n e c e s i d a d e s d e la v i d a m o d e r n a . S e g u n d o :
r e f o r z a r las filas de su Iglesia en las n u e v a s batallas c o n t r a los v i -
cios, la h e r e j í a y la infidelidad. E x a m i n e m o s b r e v e m e n t e estos dos
.puntos.
I
C u a n d o h a b l a n de la fundación de la C o m p a ñ í a d e J e s ú s los h i s t o -
r i a d o r e s eclesiásticos, s u e l e n d e c l a r a r la o p o r t u n i d a d d e la n u e v a
i n s t i t u c i ó n , e x p o n i e n d o l o s trabajos q u e p a d e c í a e n t o n c e s la I g l e s i a
O INTRODUCCIÓN' HISTÓRICA
y las e m p r e s a s q u e p a r a d i f u n d i r el E v a n g e l i o a c o m e t í a . C o n t r a
n u e v o s e n e m i g o s , dicen, se r e q u e r í a n n u e v o s a u x i l i a r e s ; p a r a n u e -
v a s e m p r e s a s , n u e v o s o p e r a r i o s . A estos d o s fines r e s p o n d í a c u m p l i -
d a m e n t e la n u e v a O r d e n r e l i g i o s a , t a n firme e n d e f e n d e r la fe con-
t r a los h e r e j e s c o m o i n c a n s a b l e e n d i f u n d i r l a e n t r e los g e n t i l e s .
E s t e r a c i o c i n i o , sólido e n su fondo, n o d e c l a r a p e r f e c t a m e n t e
t o d o s los d e s i g n i o s d e Dios e n la fundación de la C o m p a ñ í a . P o r q u e
á p r i m e r a vista p a r e c e p r o b a r b i e n la n e c e s i d a d d e n u e v o s o p e r a -
r i o s e v a n g é l i c o s , p e r o n o d e O r d e n religiosa n u e v a . Si h a c í a n falta
n u e v o s d o c t o r e s y c o n t r o v e r s i s t a s c o n t r a los p r o t e s t a n t e s , ¿no bas-
taba q u e Dios enviase, p o r e j e m p l o , cien sabios m á s á los d o m i n i -
cos, o t r o s ciento á los b e n e d i c t i n o s , y así á las otras r e l i g i o n e s ? L o s
m i s m o s q u e h a n i l u s t r a d o c o n s u s a b e r el n o m b r e d e la C o m p a ñ í a ,
¿no p o d í a n h a b e r florecido e n otras O r d e n e s ó en el estado d e l c l e r o
s e c u l a r ? ¿ V a l d r í a n m e n o s B e l a r m i n o , Suárez, M a r i a n a , P e t a v i o y
o t r o s m i l , p o r q u e e n v e z d e la sotana d e la C o m p a ñ í a h u b i e r a n ves-
tido e l h á b i t o d e l C a r m e n ó d e San F r a n c i s c o ? L o m i s m o p u d i e r a
d e c i r s e d e los m i s i o n e r o s . C u a n d o nació la C o m p a ñ í a , y a e v a n g e l i -
zaban á las n u e v a s g e n t e s los hijos d e las Ó r d e n e s m e n d i c a n t e s . Con
r e f o r z a r esas Ó r d e n e s y a establecidas q u e d a b a r e m e d i a d a la n e c e s i -
dad. N o a p a r e c e , pues, á p r i m e r a vista p o r q u é se r e q u e r í a u n nuevo
organismo religioso.
P a r a e n t e n d e r d e raíz e s t e a s u n t o y c o n o c e r lo q u e Dios p r e t e n -
día e n la n u e v a fundación religiosa, n e c e s a r i o es p o n e r los ojos n o
t a n t o e n la s a n t i d a d d e I g n a c i o y d e sus discípulos, n o t a n t o e n las
o b r a s b u e n a s q u e h a h e c h o la C o m p a ñ í a , c o m o e n el i n s t i t u t o y or-
g a n i z a c i ó n d e ella. E x a m i n a d a s las n e c e s i d a d e s d e los t i e m p o s m o -
dernos y considerado el instituto d e nuestra Orden, e n t e n d e r e m o s
c u a n b i e n se b r i n d a b a esta r e l i g i ó n al r e m e d i o d e a q u e l l a s necesi-
d a d e s , y c u a n o p o r t u n a e r a la n u e v a f o r m a d e vida r e l i g i o s a q u e
Dios r e v e l a b a al m u n d o p o r m e d i o d e S a n I g n a c i o .
E l c a r á c t e r d e l o s t i e m p o s m o d e r n o s , c o m p a r a d o c o n el d e la edad
e n q u e s e m o s t r a r o n los a n t i g u o s f u n d a d o r e s , e?, á n o d u d a r l o , u n
exceso i n c o m p a r a b l e d e a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l y u n g r a n m o v i m i e n t o
científico y l i t e r a r i o . Á p r i n c i p i o s d e la E d a d Media existía u n a
g r a n d e a g i t a c i ó n e x t e r i o r , y, p o r d e c i r l o así, c o r p o r a l . H a b í a e n t o n -
ces m u c h a s batallas, f r e c u e n t e s i n v a s i o n e s , a t r o c e s i n c e n d i o s , d e g ü e -
llos d e p r í n c i p e s , s a q u e o s d e c i u d a d e s , c o n s p i r a c i o n e s v i o l e n t a s ,
a g i t a c i o n e s políticas, i n s t a b i l i d a d e n las i n s t i t u c i o n e s , c o n t i n u a i n -
q u i e t u d y desasosiego e n t o d o . E n m e d i o d e t a n t a a g i t a c i ó n e x t e r i o r ,
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 7
es e x t r a ñ a l a i n e r c i a q u e se n o t a e n l o s e n t e n d i m i e n t o s . Lejos d e
p r o g r e s a r las ciencias, se v a o l v i d a n d o lo q u e s e sabía, y sólo e n e l
r e t i r o d e los c l a u s t r o s y d e las c a t e d r a l e s se c o n s e r v a n los r e s t o s d e l
saber antiguo.
P e r o en el siglo X V I ¡cuan d i s t i n t a s e r a n las c o n d i c i o n e s d e l a
sociedad! B i e n q u e d u r a s e n t o d a v í a m u c h a s agitaciones p o l í t i c a s y
se v e r t i e s e n o poca s a n g r e e n los c a m p o s d e batalla, p e r o ya se a d -
v e r t í a m u c h a m á s firmeza en los estados. L a s n a c i o n e s m o d e r n a s se
h a l l a b a n c o n s t i t u i d a s cada u n a c o n s u i d i o m a , a u n q u e n o t o d a s l e
tuviesen formado perfectamente, con sus leyes y costumbres, con
sus g l o r i a s y t r a d i c i o n e s . Al m i s m o t i e m p o u n a s e d v i v í s i m a d e
s a b e r a q u e j a b a á todas las i n t e l i g e n c i a s . E l estudio d e la clásica a n t i -
g ü e d a d f o m e n t a d o p o r el r e n a c i m i e n t o , familiarizaba á los i n g e n i o s
así c o n la c i e n c i a d e P l a t ó n y d e Aristóteles, c o m o c o n e l a r t e d e
H o m e r o y d e V i r g i l i o . La geografía, la h i s t o r i a eclesiástica y p r o -
fana, la j u r i s p r u d e n c i a , la a s t r o n o m í a y o t r a s m u c h a s ciencia?, ó e m -
p e z a b a n ó p r o g r e s a b a n e n o r m e m e n t e . P u e s e n m e d i o d e este g r a n
movimiento intelectual, que bien dirigido pudiera producir tan
a d m i r a b l e s frutos, el d e m o n i o q u e todo lo p e r v i e r t e , lanzó la h e r e -
jía m á s f e c u n d a q u e se h a b í a v i s t o s o b r e la t i e r r a .
Con el p r i n c i p i o d e l l i b r e e x a m e n soltaba L u t e r o la r i e n d a a l
c a p r i c h o d e cada cual, y le p e r m i t í a f o r m a r s e u n a fe y u n a r e l i g i ó n
á su g u s t o . A s e n t a d o el p r i n c i p i o de q u e la ú n i c a r e g l a d e fe es la
Biblia, i n t e r p r e t a d a s e g ú n el j u i c i o d e cada u n o , e r a n a t u r a l q u e e l
p r o t e s t a n t i s m o se d i v i d i e s e y s u b d i v i d i e s e hasta lo infinito, c u m p l i é n -
d o s e el p r i n c i p i o quot eapita, fot sententiac. Esta libertad de creer,
j u n t a c o n la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l d e l siglo XVI, p r o d u j o d e s d e l u e g o
u n efecto q u e n o se h a b í a n o t a d o e n o t r a s h e r e j í a s y cismas a n t e r i o -
r e s , y fué q u e c o n el p r o t e s t a n t i s m o r e n a c i e r o n casi t o d o s los e r r o r e s
p r o s c r i t o s en los t i e m p o s a n t i g u o s . « H a n r e s u c i t a d o , dice R i b a d e -
n e i r a , d e allá d e l i n f i e r n o d o n d e e s t a b a n s e p u l t a d a s , casi t o d a s las
herejías y e r r o r e s q u e d e s d e el p r i n c i p i o d e l S a n t o E v a n g e l i o hasta
a h o r a h a h a b i d o e n la I g l e s i a d e D i o s . A p e n a s e n t o d o s los siglos
p a s a d o s h a h a b i d o d e s a t i n o t a n l o c o , n i blasfemia t a n h o r r i b l e , n i
d o c t r i n a t a n i m p í a y diabólica, q u e n o h a y a r e v i v i d o e n n u e s t r o s
días p o r m e d i o d e L u t e r o y s u s secuaces» (1).
E f e c t i v a m e n t e , si r e c o r r e m o s el c a t á l o g o d e l o s d o g m a s p r o t e s -
(1) Vida de San Ignacio, 1. 11, c. 3 8.
8 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
t a n t e s , h a l l a r e m o s á cada paso e r r o r e s a n t i g u o s q u e v u e l v e n á p r e -
s e n t a r s e e n la escena, tal vez e n f o r m a a l g o d i s t i n t a y r e v e s t i d o s do
e x p r e s i o n e s m á s d e l i c a d a s , p e r o c o n s e r v a n d o s u s t a n c i a l m e n t e el
m i s m o s e n t i d o . La n e g a c i ó n d e l l i b r o a l b e d r í o a s e n t a d a p o r a l g u n o s
filósofos p a g a n o s y p o r o t r o s h e r e j e s a n t i g u o s , r e a p a r e c e con t o d a
su c r u d e z a e n el l i b r o De servo arbitrio, d e L u t e r o . La blasfemia d e
h a c e r á Dios a u t o r d e l p e c a d o , p r o f e r i d a p o r M a r c i ó n , la r e p i t e s e r e -
n a m e n t e C a l v i n o . E l e r r o r d e B e r e n g a r i o , q u e n e g a b a la p r e s e n c i a
r e a l de J e s u c r i s t o en la E u c a r i s t í a , lo d e f i e n d e n t e n a z m e n t e las sec-
tas calvinistas. E l f u r o r iconoclasta, q u e p a r e c í a o l v i d a d o d e s d e el
s i g l o V I I I , r e s u c i t a feroz en las sectas p r o t e s t a n t e s . La ojeriza de los
w a l d e n s e s y de Wicleff c o n t r a las i n d u l g e n c i a s y c o n t r a la p o t e s t a d
q u e t i e n e la Iglesia d e c o n c e d e r l a s , las r e n u e v a L u t e r o en p r o p o r -
c i o n e s e x o r b i t a n t e s . E l d e s d é n á las t r a d i c i o n e s sagradas q u e h a b í a n
m a n i f e s t a d o a n t i g u a m e n t e los v a l e n t i n i a n o s y m a r c i o n i s t a s , se con-
v i e r t e p a r a los l u t e r a n o s en d o g m a i n c o n c u s o , p u e s e n c e r r a d o s en
la Biblia, r e h u s a n p e r t i n a z m e n t e o t r a r e g l a do fe. I n ú t i l es p r o l o n -
g a r esta lista q u e t o d o católico p u e d e e x t e n d e r fácilmente con sólo
r e c o r r e r las Controversias del Cardenal Pelar mino. Pudo decirse
c o n toda v e r d a d q u e el p r o t e s t a n t i s m o e r a u n r e n a c i m i e n t o h e r é -
tico, q u e d a b a n u e v a vida á los e r r o r e s y a c o n d e n a d o s , y los p e r t r e -
chaba con las a r m a s q u e el p r o g r e s o de la ciencia y de la e r u d i c i ó n
s u m i n i s t r a b a ó los sabios del s i g l o X V I .
Dada la afición al e s t u d i o q u e había e n t o n c e s , d a d o el i n t e r é s con
q u e se m i r a b a n las d i s p u t a s r e l i g i o s a s , la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l suelta
p o r L u t e r o d e toda t r a b a , c o n s t i t u í a p a r a la Iglesia el m á s g r a v e de
los p e l i g r o s . Ya n o d e b e t e m e r ésta t a n t o á los e n e m i g o s q u e la c o m -
b a t e n c o n las h o g u e r a s y con el alfanje, c o m o á los q u e la i m p u g -
n a n con la p l u m a , con las i n t r i g a s y con las malas l e y e s . E n los t i e m -
p o s m o d e r n o s m á s d a ñ o h a c e la idea p e r n i c i o s a de u n e s c r i t o r q u e
la espada do u n m a l v a d o m i l i t a r . E r a s m o d e s d e Basilea, C a l v i n o d e s -
d e G i n e b r a , y V o l t a i r e d e s d e F e r n e y h a b í a n de ser más t e m i b l e s á
la Iglesia q u e T a m e r l á n con sus m o n g o l e s y B a y a c e t o c o n sus g e n í -
z a r o s . E l p o d e r o s o influjo d e las ideas, la a c t i v i d a d de los e n t e n d i -
m i e n t o s , la facilidad p a s m o s a d e d i f u n d i r p o r t o d a s p a r t e s la m a l a
s e m i l l a d e l e r r o r , así c o m o f o r m a b a n el más g r a v e p e l i g r o p a r a la
I g l e s i a , así e x i g í a n d e los d e f e n s o r e s d e ésta m á s a c t i v i d a d , m á s va-
r i e d a d d e r e c u r s o s , m á s í n t i m a c o m u n i c a c i ó n con el p u e b l o , p a r a
q u e la v e r d a d e n c o n t r a s e e l c a m i n o d e los c o r a z o n e s tan e x p e d i t o
c o m o lo e n c o n t r a b a el e r r o r . De a q u í nacía la n e c e s i d a d de i n f u n d i r
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
9
e n las O r d e n e s religiosas más flexibilidad, m á s p r e s t e z a en los m o -
v i m i e n t o s , m á s facilidad de a c o m o d a r s e á t o d o g é n e r o de g e n t e s .
Convenía, en u n a p a l a b r a , i m i t a r en lo p o s i b l e el e j e m p l o del Após-
tol, q u e se hacía t o d o á t o d o s á fin de g a n a r l o s á t o d o s p a r a C r i s t o .
Estas e r a n las n e c e s i d a d e s d e los t i e m p o s . V o l v a m o s a h o r a los
ojos al i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a de J e s ú s . ¿Cuál e r a el fin de la r e l i -
gión fundada p o r San I g n a c i o ? «El fin do esta C o m p a ñ í a , dice el
santo p a t r i a r c a , es, n o sólo a t e n d e r á la p e r f e c c i ó n d e las á n i m a s
p r o p i a s con la g r a c i a d i v i n a , mas con la m i s m a i n t e n s a m e n t e p r o c u -
r a r la s a l v a c i ó n y p e r f e c c i ó n d e las de los p r ó j i m o s » ( 1 ) . Con sólo
p r o p o n e r este fin, o b l i g a b a San I g n a c i o á su r e l i g i ó n á u n a a c t i v i d a d
e s p i r i t u a l m a y o r de la q u e se usaba h a s t a e n t o n c e s en el estado r e -
ligioso.
P a r a e n t e n d e r l o m e j o r , c o n s i d e r e m o s el fin q u e se p r o p o n í a n los
f u n d a d o r e s a n t i g u o s y el p u n t o de d o n d e p a r t í a n p a r a e s t a b l e c e r
las leyes q u e i m p o n í a n á sus s u b d i t o s . C u a n d o á p r i n c i p i o s d e l
siglo I V e m p i e z a á d i s t i n g u i r s e en la I g l e s i a el e s t a d o r e l i g i o s o del
e s t a d o c o m ú n d e t o d o s los fieles, a p a r e c e a q u é l con u n c a r á c t e r de
manifiesta i n c l i n a c i ó n á la v i d a c o n t e m p l a t i v a . Los p r i m e r o s r e l i -
g i o s o s , y a viviesen aislados c o m o los e r m i t a ñ o s , y a se r e u n i e s e n
en c o m u n i d a d e s n u m e r o s a s , c o m o los d i s c í p u l o s d e San A n t o n i o y
de San P a c o m i o , s i e m p r e e j e r c i t a r o n la vida c o n t e m p l a t i v a . C u a n d o
poco d e s p u é s San Basilio en O r i e n t e y San A g u s t í n en África d i e r o n
leyes á la vida r e l i g i o s a , e n t i e n d e n p o r ella la v i d a c o n t e m p l a t i v a , y
el m i s m o n o m b r e de m o n j e s ó s o l i t a r i o s con q u e d e s i g n a n á los q u e
la p r o f e s a n está i n d i c a d o el c a r á c t e r d e esas r e l i g i o n e s , fundado e n
el r e c o g i m i e n t o , en la o r a c i ó n m e n t a l y vocal, e n la p e n i t e n c i a y e n
o t r a s p r á c t i c a s piadosas, v a r i a d a s s o l a m e n t e c o n a l g ú n trabajo ma-
nual, n e c e s a r i o p a r a p o d e r p r o l o n g a r los ejercicios e s p i r i t u a l e s . P r e -
g u n t e m o s á San Basilio cuál es el fin de la v i d a m o n á s t i c a , y n o s
r e s p o n d e r á q u e la v i d a de los m o n j e s t i e n e p o r ú n i c o o b j e t o conse-
g u i r la salvación d e l alma, e j e c u t a n d o c o n santo t e m o r t o d o lo q u e
p u e d e c o n d u c i r á este fin (2).
Á p r i n c i p i o s del siglo VI a p a r e c e San B e n i t o y o r g a n i z a en Occi-
d e n t e la v i d a monástica, d á n d o l o tan p r u d e n t e s r e g l a s , q u e su insti-
t u c i ó n unifica y a b s o r b e e n sí casi t o d a la v i d a r e l i g i o s a d e la I g l e -
sia. T o d o s c o n o c e n la í n d o l e de la i n s t i t u c i ó n b e n e d i c t i n a , d e d i c a d a
( 1 ) E.vamen, c. l , n ú i i i . 2 .
(2) De institutione monachorum. Sermo.

INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
10
p r i n c i p a l m e n t e al t r a t o c o n Dios y al e s t u d i o . R e c ó r r a n s e los s e t e n t a
y t r e s c a p í t u l o s d e la r e g l a d e San B e n i t o , y se o b s e r v a r á q u e n u n c a
h a b l a d e los m i n i s t e r i o s e s p i r i t u a l e s con l o s p r ó j i m o s . E s v e r d a d
q u e e n e l c a p í t u l o c u a r t o m e n c i o n a v a r i a s o b r a s d e c a r i d a d con
n u e s t r o s s e m e j a n t e s , c o m o v e s t i r al d e s n u d o , v i s i t a r al e n f e r m o ,
c o n s o l a r al a t r i b u l a d o ; p e r o estas o b r a s las c o n s i d e r a el s a n t o pa-
t r i a r c a n o c o m o t r a b a j o s apostólicos, s i n o c o m o m e d i o s de c o n s e -
g u i r la p r o p i a santificación, c o m o i n s t r u m e n t o s del bien o b r a r , in-
strumenta bonorum operum (1). C u a n d o más a d e l a n t e a p a r e c e n las
r e f o r m a s d e Cluni y del C i s t e r , c u a n d o San B r u n o i n s t i t u y e la Car-
tuja, p o d r á n v a r i a r las c i r c u n s t a n c i a s e x t e r i o r e s , p o d r á n d i f e r e n -
c i a r s e m á s ó m e n o s las p r á c t i c a s de v i r t u d , p e r o el fondo de la vida
r e l i g i o s a p e r m a n e c e el m i s m o , esto es, el r e t i r o y a l e j a m i e n t o del
m u n d o , la o r a c i ó n , la p e n i t e n c i a , el t r a t o con Dios.
E n h o r a b u e n a , d i r á el lector, q u e las O r d e n e s m o n a c a l e s n o fuesen
tan á p r o p ó s i t o p a r a l u c h a r con los h e r e j e s m o d e r n o s ; p e r o las O r -
d e n e s m e n d i c a n t e s y o t r o s i n s t i t u t o s religiosos fundados en la E d a d
Media, ¿no p o s e í a n la a c t i v i d a d e s p i r i t u a l q u e se r e q u e r í a e n el
siglo XVI? No d e l t o d o . A u n q u e la i n c l i n a c i ó n á la vida activa >-i>
fué d e c l a r a n d o cada vez más en los r e l i g i o s o s de la E d a d Media,
o b s e r v a m o s en ella q u e n o la t o m a r o n con la e x t e n s i ó n q u e a b r a z a
la C o m p a ñ í a . Las r e l i g i o n e s de vida activa se d e d i c a b a n d e o r d i n a r i o
á d e t e r m i n a d a s o b r a s d e c a r i d a d , c o m o á r e c i b i r á los e n f e r m o s , á
r e d i m i r c a u t i v o s , á p e l e a r c o n t r a los infieles. Las dos c é l e b r e s Ór-
d e n e s d e Santo D o m i n g o y San F r a n c i s c o , q u e r e s p l a n d e c i e r o n p o r
su a c t i v i d a d e n t r e t o d a s las d e m á s , c o n s e r v a b a n m u c h o del c a r á c t e r
m o n a c a l . E n los v e i n t i t r é s c a p í t u l o s d e q u e consta la r e g l a d e San
F r a n c i s c o p r e s e n t a d a á I n o c e n c i o I I I , a p e n a s se m e n c i o n a n los tra-
bajos apostólicos. I n c i d e n t a l m e n t e se a d v i e r t e e n e l d e c i m o s e x t o
q u e los r e l i g i o s o s q u e f u e r e n á v i v i r e n t r e los m u s u l m a n e s d e b e n
a n u n c i a r á éstos e l E v a n g e l i o , y e n el c a p í t u l o s i g u i e n t e se p r e s c r i b e
q u e n a d i e e j e r c i t e e l oficio d e la p r e d i c a c i ó n sin t e n e r facultad d e
su M i n i s t r o T o d a la a t e n c i ó n d e l seráfico P a d r e p a r e c e d i r i g i r s e á
i m i t a r á J e s u c r i s t o e n la h u m i l d a d , e n la p o b r e z a , en el d e s p r e c i o
d e l m u n d o , e n la m o r t i f i c a c i ó n d e los s e n t i d o s , en la d e v o t a o r a -
ción ( 2 ) . Santo Domingo, como antes de ser fundador había sido
a p ó s t o l e n t o d a la e x t e n s i ó n d e la p a l a b r a , n o p o d í a d e j a r d e i n f u n d i r
(1) Regulad sanctiuimi Palrix nostri Bevedicli Ahhath, o. 4 .
(2) V i d e W a d d i n g o , Anuales Minorum, t. i, p . 5 1 .
INTRODUCCIÓN HIsTÓMCA 11
el m i s m o e s p í r i t u en la O r d e n q u e i n s t i t u í a . E s t o n o obstante, c u a n d o
t r a t ó d e a s e n t a r l o s c i m i e n t o s d e su r e l i g i ó n t o m ó p o r base la r e g l a
de San Agustín, c u y a s leyes a c o m o d ó á la a c c i ó n apostólica q u e
d e s e a b a e j e r c i t a r (1).
Ni S a n t o D o m i n g o ni S a n F r a n c i s c o se p r o p u s i e r o n de u n m o d o
tan e x p l í c i t o el t r a b a j a r p o r el b i e n e s p i r i t u a l de los p r ó j i m o s , c o m o
fin p r i m a r i o d e la vida religiosa. A t e n d í a n á la santificación p r o p i a
en d e t e r m i n a d a s p r á c t i c a s de v i r t u d , y d e s p u é s e x t e n d í a n su c a r i d a d
á p r o c u r a r el b i e n d e los p r ó j i m o s , mas n o e s t a b l e c i e r o n , c o m o San
I g n a c i o , p o r fin y o b j e t o p r i m a r i o de sus r e l i g i o n e s la m a y o r santi-
ficación p r o p i a y la m a y o r santificación ajena p o s i b l e .
V e m o s , pues, q u e y a e n el fin q u e se p r o p o n í a n , lo c u a l es c o m o
el p u n t o de p a r t i d a p a r a t o d o el o r d e n y f o r m a de la v i d a r e l i g i o s a ,
difería la C o m p a ñ í a de las o t r a s r e l i g i o n e s . É s t a s p a r t í a n de u n p r i n -
cipio m o n a c a l , a q u é l l a , de u n p r i n c i p i o a p o s t ó l i c o . De a q u í la dife-
r e n c i a d e m e d i o s q u e a d o p t a r o n p a r a s u s fines. Los o t r o s f u n d a d o r e s
d a b a n á sus h i j o s u n h á b i t o q u e los d i s t i n g u i e r a d e l v u l g o y l e s
r e c o r d a r a la s a n t i d a d del estado q u e p o r a m o r de J e s u c r i s t o h a b í a n
escogido; los e n c e r r a b a n d e n t r o de las p a r e d e s de u n m o n a s t e r i o ,
d o n d e , l i b r e s d e l a i r e c o r r o m p i d o q u e se r e s p i r a e n el m u n d o , pu-
d i e r a n e n t r e g a r s e al t r a t o c o n Dios; les o r d e n a b a n d e t e r m i n a d o s
a y u n o s , a b s t i n e n c i a s y m a c e r a c i o n e s c o r p o r a l e s , p a r a t e n e r la c a r n e
sujeta al e s p í r i t u y d o m i n a r las pasiones q u e c i e g a n el e n t e n d i -
m i e n t o y e s t r a g a n el corazón; les p r e s c r i b í a n , en fin, el canto de las
h o r a s c a n ó n i c a s en el c o r o , p a r a q u e t o d o s j u n t o s se a n i m a s e n á
b e n d e c i r al S e ñ o r , e j e c u t a n d o esta o b r a santa con el b r í o y d e n u e d o
q u e da la p r e s e n c i a d e m u c h o s u n i d o s e n u n p e n s a m i e n t o y e n u n
m i s m o deseo ( 2 ) .
( 1 ) V é a s e !¡i v i d a d e S a u t o D o m i n g o p o r s u c o n t e m p o r á n e o el B . J o r d a n o , c. 2
en los B o l a n d o s , Acta Sancionan Auytisti, t. i, p . 5 1 6 .
( 2 ) Así r e a l i z a b a l a v i d a m o n á s t i c a u n i d e a l q u e a h o r a a p e n a s p u e d e n los h o m -
h r t s e n t e n d e r , p e r o q u n en los t i e m p o s p i i m i t i v o s d e la I g l e s i a j u z g a b a n m u c h o s
el m á s h e r m o s o q u e p u d i e r a d a r s e s o b r e la t i e r r a . V e r á u n a m u l t i t u d d e h o m b r e s
a p a r t a d o s del m u n d o , q u e d o m i n a n d o las p a s i o n e s t e r r e n a s y d e s p r e c i a n d o t o d o lo
p a s a j e r o , s e u n e n e n c a r i d a d y l e v a n t a n j u n t o s al cielo s u s ahnaH y s u s vi.ces p a r a
a l a b a r al S e ñ o r , p a r e c í a , no sin f u n d a m e n t o , u n r e m e d o d e la v i d a c e l e s t i a l , c u a n t o
m e s t e m i s e r a b l e d e s t h r r o se p u e d e c o n s e g u i r . D e s c r i b i e n d o P a adió la v i d a d e l o s
m o n j e s d e N i t r i a , q u e él h a b í a p r e s e n c i a d o , n o s d i c e , e n t r e o t r a s c o s a s : « H a c i a la
h o r a d e n o n a p u e d e s p a r a r t e á e s c u c h a r y o i r á s e n c a d a m o n a s t e r i o los h i m n o s y
s a l m o s q u e se e n t o n a n en h o n o r d e J e s u c r i s t o y las p r e c e s q u e a c o m p a ñ a n á los h i m -
n o s . P a r e c e q u e u n o se s i e n t e l e v a n t a d o á lo alto y t r a n s p o r t a d o al p a r a í s o d e la

INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
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N u e s t r o santo P a d r e I g n a c i o c o n s i d e r ó las cosas d e o t r o m o d o .
B u e n a s y ú t i l e s e r a n esas p r á c t i c a s p a r a la santificación i n d i v i d u a l
d e cada r e l i g i o s o , p e r o p o d í a n e s t o r b a r e n la o b r a d e santificar á
los p r ó j i m o s . Q u e r í a I g n a c i o c o n v e r t i r á l o s h e r e j e s , y ¿ c ó m o h a b í a
de presentarse á ellos vestido con hábito religioso, cuando precisa-
m e n t e este h á b i t o e r a u n a de las cosas q u e los h e r e j e s m á s a b o m i -
n a b a n ? S u p r i m i ó , p u e s , el h á b i t o , m a n d a n d o á sus hijos q u e v i s t i e s e n
e l traje d e los c l é r i g o s h o n e s t o s d e cada país. P a r a g a n a r á l o s p r ó -
j i m o s e r a p r e c i s o s a l i r á b u s c a r las ovejas q u e p e r e c i e r o n d e la casa
d e I s r a e l , s e g ú n la frase del S a l v a d o r (1). P o r c o n s i g u i e n t e , n u e s t r a
c l a u s u r a n o p o d í a ser la r e c l u s i ó n a b s o l u t a d e los Cartujos n i d e
o t r a s Ó r d e n e s m o n a c a l e s . M u y s a n t o era el c a n t a r las alabanzas di-
v i n a s e n el c o r o , p e r o eso n o s h u b i e r a l l e v a d o m u c h o t i e m p o , q u e
se p o d í a e m p l e a r e n la p r e d i c a c i ó n , e n el c o n f e s o n a r i o , en e n s e ñ a r
el c a t e c i s m o y e n o t r a s o b r a s d e m i s e r i c o r d i a e s p i r i t u a l . R e s o l v i ó ,
p u e s , I g n a c i o q u e n o h u b i e s e c o r o e n la Compañía. E l p r e s c r i b i r
m e d i d a u n i f o r m e e n el uso d e las p e n i t e n c i a s p o d í a ocasionar q u e
s e g a s t a s e n las fuerzas n e c e s a r i a s p a r a t r a b a j a r c o n l o s p r ó j i m o s ,
fuera del i n c o n v e n i e n t e de s e ñ a l a r m e d i d a i g u a l p a r a c o m p l e x i o n e s
d e s i g u a l e s . Dispuso p o r lo m i s m o I g n a c i o q u e la r e g l a y m e d i d a
e n las p e n i t e n c i a s fuese p a r a cada u n o su confesor, p o r q u e n i n g u n o
h a g a n i m á s p e n i t e n c i a d e lo q u e p u e d e n i m e n o s d e l o q u e le con-
viene.
S u p r i m i e n d o n u e s t r o s a n t o f u n d a d o r estas o b r a s , a u n q u e tan b u e -
n a s y santas, d e s e a b a i n f u n d i r en la C o m p a ñ í a m á s a c t i v i d a d a p o s -
tólica, m á s m e d i o s d e acción, m á s p r o n t i t u d p a r a t o d o s l o s m i n i s t e -
r i o s e s p i r i t u a l e s . Si v a l e la c o m p a r a c i ó n , s u p r i m i r estas p r á c t i c a s e n
la v i d a r e l i g i o s a e r a c o m o s u p r i m i r e n el e j é r c i t o las a n t i g u a s a r m a -
d u r a s , b u e n a s p a r a d e f e n d e r s e de estocadas y lanzazos, p e r o i n ú t i l e s
c o n t r a los p r o y e c t i l e s m o d e r n o s y e m b a r a z o s a s p a r a la r a p i d e z d e
m o v i m i e n t o s q u e p i d e la a c t u a l milicia. S a b i d o es e l símil c o n q u e
solía e x p l i c a r S a n I g n a c i o la í n d o l e d e la O r d e n q u e f u n d a b a . D e b e
ser la C o m p a ñ í a c o m o u n c u e r p o d e c a b a l l o s l i g e r o s , p r o n t o s i e m -
p r e á a c u d i r a d o n d e c a r g u e el p e l i g r o ó a d o n d e s e ñ a l e la o b e d i e n c i a
d e l S u m o Pontífice, v i c a r i o de C r i s t o e n la t i e r r a .
g l o r i a . » (HistoriaLau$iaca,c.7.) Conmovedor espectáculo, cuya consideración hacia
e x c l a m a r á S a n J u a n C r i s ó s t o m o : « N o e B t a n h e r m o s o el cielo c o n s u s e s t r e l l a s c o m o
los d e s i e r t o s d e E g i p t o c o n sus m o n a s t e r i o s . » (In Matthaeum, hom. 8.)
( 1 ) Matt., c. x , v . 6.
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 13
P e r o se o b j e t a r á : ¿es p o s i b l e santificar á l o s p r ó j i m o s sin santifi-
carse p r i m e r o á sí m i s m o ? ¿ P u e d e u n o c o m u n i c a r á sus s e m e j a n t e s
el e s p í r i t u y d e v o c i ó n d e q u e él m i s m o c a r e c e ? ¿Es c a r i d a d b i e n
o r d e n a d a p o r a t e n d e r á los o t r o s o m i t i r las o b r a s q u e h a n d e m e j o -
r a r á cada u n o ? De n i n g ú u m o d o . G r a v e e r r o r h u b i e r a sido d e San
I g n a c i o sacrificar la santificación p r o p i a p a r a c o n s e g u i r la ajena;
p e r o fué p r u d e n c i a y p r i m o r a d m i r a b l e s u y o c o n d u c i r a m b a s d e
frente y h a c e r q u e a m b a s se diesen la m a n o , p a r a l o g r a r así la m a -
y o r g l o r i a d e Dios, á q u e p u e d e l l e g a r n u e s t r a p o b r e n a t u r a l e z a e n
esta v i d a . Y así, n ó t e s e b i e n este p u n t o , p o r lo m i s m o q u e p r e s c i n d i ó
d e c i e r t a s prácticas e x t e r i o r e s , e x i g i ó con m á s v e h e m e n c i a d e s u s
hijos la solidez y fuerza d e las v i r t u d e s i n t e r i o r e s .
P o r eso a d v e r t i m o s e n S a n I g n a c i o u n a c i r c u n s t a n c i a q u e n o sa-
b e m o s si a p a r e c e t a n c l a r a e n o t r o s f u n d a d o r e s , y es q u e a n t e s d e
e s c r i b i r el C ó d i g o d e las c o n s t i t u c i o n e s , y a u n a n t e s d e f u n d a r la
C o m p a ñ í a d e J e s ú s , y a t e n í a e s c r i t o o t r o C ó d i g o ascético l l a m a d o
Ejercicios espirituales, p a r a i n f u n d i r e n el a l m a d e sus h i j o s las v i r -
t u d e s sólidas y perfectas. Q u i e r e San I g n a c i o e n sus d i s c í p u l o s a b s o -
luta a b n e g a c i ó n d e sí m i s m o s , i n d i f e r e n c i a t o t a l p a r a c u a l q u i e r oficio
en q u e los p u e d a n p o n e r los s u p e r i o r e s , h u m i l d a d p r o f u n d a p a r a
r e c i b i r b i e n las c o r r e c c i o n e s y avisos, castidad a n g é l i c a p a r a p o d e r
t r a t a r con los p e c a d o r e s sin c o n t a m i n a r s e con s u s vicios y s o b r e
t o d o o b e d i e n c i a p e r f e c t í s i m a p a r a d e j a r s e g o b e r n a r p o r el s u p e r i o r .
Y esta o b e d i e n c i a n o s e h a d e c o n t e n t a r con la e j e c u c i ó n m a t e r i a l
d e la o b r a p r e s c r i t a , s i n o q u e d e b e a s p i r a r g e n e r o s a m e n t e á i d e n t i -
ficar la p r o p i a v o l u n t a d con la v o l u n t a d d e l s u p e r i o r , y l o q u e es
más, á sacrificar las ideas y j u i c i o p r o p i o , p a r a a p r o p i a r s e las i d e a s
y d i c t á m e n e s d e q u i e n m a n d a . Estas v i r t u d e s e x c e l e n t e s p r o c u r a
i m p r i m i r I g n a c i o c o n los E j e r c i c i o s , y p a r a q u e n a d i e s e l l a m e á
e n g a ñ o en esta p a r t e , e n el l i b r o q u e t i t u l ó Examen, d o n d e o r d e n a
el m o d o d e e x a m i n a r á los p r e t e n d i e n t e s d e la Compañía, m a n d a
q u e se les manifieste c l a r a m e n t e la g r a n m o r t i f i c a c i ó n , h u m i l d a d y
o b e d i e n c i a q u e n e c e s i t a n p a r a c u m p l i r las o b l i g a c i o n e s d e su voca-
ción (1).
P e r o estas v i r t u d e s , se o b j e t a r á , n o so a d q u i e r e n en c u a t r o días n i
sin r e p e t i d o s actos y p r o l o n g a d o s esfuerzos. E v i d e n t e m e n t e q u e n o ,
y p o r q u e esa a d q u i s i c i ó n p i d e t i e m p o i n t r o d u j o San I g n a c i o o t r a
(1) V é a s e el c. IV d e l Examen, d o n d e se h a l l a n las r e g l a s d e m a y o r p e r f e c c i ó n
q u e t e n e m o s e n la C o m p a ñ í a .
 14 INTRODUCCIÓN H18TÚKICA
modificación sustancial e n la vida r e l i g i o s a , c u a l fué la p r á c t i c a d e
los v o t o s s i m p l e s . E n o t r a s Ó r d e n e s religiosas podía el n o v i c i o c o m -
p r e n d e r d e s d e l u e g o el g é n e r o d e vida q u e d e b í a s e g u i r , los actos
d e v i r t u d q u e p e r p e t u a m e n t e debía e j e r c i t a r y h a s t a el d o m i c i l i o
<>n q u e había d e a c a b a r s u s días. P o d í a , p u e s , en u n año de n o v i c i a d o
d i s p o n e r s e á la profesión s o l e m n e q u e le h a b í a de l i g a r p a r a s i e m -
p r e al c u e r p o de la r e l i g i ó n . E n la C o m p a ñ í a , c o m o los m i n i s t e r i o s
h a b í a n d e ser más v a r i a d o s , las luchas con los e n e m i g o s d e la fe m á s
e n c a r n i z a d a s , los p e l i g r o s d e c a e r más g r a v e s , se r e q u e r í a u n a d i s -
posición m o r a l m á s c o m p l e t a y p o r lo m i s m o u n a e d u c a c i ó n m á s
lenta. P a r a este fin San I g n a c i o p o r de p r o n t o d o b l ó el t i e m p o d e l
n o v i c i a d o , o r d e n a n d o q u e é s t e d u r a s e dos a ñ o s e n t e r o s e n v e z d e
u n o , c o m o a c o s t u m b r a b a n g e n e r a l m e n t e las o t r a s r e l i g i o n e s . Des-
p u é s d e esta p r u e b a el j e s u í t a debía e m i t i r votos s i m p l e s d e p o b r e z a ,
castidad y o b e d i e n c i a , con los cuales q u e d a b a ligado á la O r d e n
m i e n t r a s se f o r m a b a e n el e s p í r i t u y en las l e t r a s y se d i s p o n í a p a r a
e j e r c i t a r con f r u t o los m i n i s t e r i o s d e n u e s t r a vocación. Sólo d e s p u é s
d e m u c h o s años y v a r i a d a s e x p e r i e n c i a s , c u a n d o la C o m p a ñ í a estu-
viese m o r a l m e n t e s e g u r a de q u e el religioso n o v o l v e r í a a t r á s en la
v i r t u d , le d e b í a a d m i t i r á la p r o f e s i ó n s o l e m n e ó á los ú l t i m o s
votos.
P o r o t r a p a r t e , la n e c e s i d a d d e v a r i a d o s e s t u d i o s o b l i g a b a á los
N u e s t r o s á u n a f o r m a c i ó n más lenta y acabada. Las n u e v a s h e r e j í a s
p e l e a b a n c o n t r a la E s p o s a d e J e s u c r i s t o p r i n c i p a l m e n t e con las a r -
mas d e la ciencia. D i s c u t í a n s e a c a l o r a d a m e n t e los t e x t o s d e la Sa-
g r a d a E s c r i t u r a , d e s e n t e r r á b a n s e las o b r a s de los Santos P a d r e s ,
c o n s u l t á b a n s e las actas d e a n t i g u o s c o n c i l i o s , c u l t i v á b a s e el e s t u d i o
d e l h e b r e o y del g r i e g o , e s c u d r i ñ á b a n s e los s e c r e t o s de la a n t i g ü e -
d a d g e n t i l y cristiana; y t o d o s estos c o n o c i m i e n t o s q u e b i e n d i r i g i -
d o s p o d í a n s e r v i r , c o m o s i e m p r e sirvo la v e r d a d e r a c i e n c i a , p a r a
c o n s o l i d a r la fe y e l e v a r las almas á Dios, sólo s e r v í a n á los p r o t e s -
t a n t e s p a r a t o r c e r el v e r d a d e r o s e n t i d o d e las p a l a b r a s r e v e l a d a s ,
p a r a o s c u r e c e r el r e s p l a n d o r de la v e r d a d católica y p a r a d a r u n a
a p a r i e n c i a d e v e n e r a b l e a u t o r i d a d á los n o v í s i m o s e r r o r e s de L u t e r o
y d e Calvino. Hasta las bellezas l i t e r a r i a s se d e s v i a b a n á p e r v e r s o s
fines, y la i m i t a c i ó n de la clásica a n t i g ü e d a d se c o n v e r t í a en f o m e n t o
d e la lujuria, c o m o e n n i u c h o s p o e t a s , ó en i n s t r u m e n t o p a r a e s c a r n e -
c e r á la Santa M a d r e Iglesia, c o m o en E r a s m o y e n o t r o s h u m a n i s t a s
s e p t e n t r i o n a l e s . F o r z o s o era, p o r c o n s i g u i e n t e , a c u d i r á los p u n t o s
atacados, d e f e n d e r la v e r d a d católica en el c a m p o de la ciencia, cas-
IN'TRODUCCIÓN HISTÓRICA 15
t i n c a r el e s t u d i o d e la clásica a n t i g ü e d a d , y h a c e r q u e las i n t e l i g e n -
cias y los c o r a z o n e s se v o l v i e s e n al Dios de las ciencias y de las v i r -
t u d e s . C ó m o l l e v a r á c a b o e m p r e s a tan a r d u a , sin p r e v e n i r s e p r i m e r o
c o n largos, m e t ó d i c o s y b i e n d i r i g i d o s estudios?
P e r o n i los m u c h o s e s t u d i o s , n i las p r o l o n g a d a s e x p e r i e n c i a s bas-
tan p a r a c o n s e r v a r á u n a o r d e n r e l i g i o s a e n la p u r e z a y v i g o r d e s u
o b s e r v a n c i a , si n o se t o m a el a r b i t r i o de e x p u l s a r á los r e l i g i o s o s
i n d i g n o s q u e d e g e n e r a n d e l e s p í r i t u de su santa v o c a c i ó n . E n t o d a s
las r e l i g i o n e s se ha u s a d o este m e d i o s a l u d a b l e , p e r o sólo c o m o
u n ú l t i m o e x t r e m o y en casos m u y r a r o s . E n el capítulo XXVIII d e
su r e g l a d e t e r m i n a San B e n i t o , c u á n d o y c ó m o d e b e s e r e x p u l s a d o
de la r e l i g i ó n u n m o n j e i n c o r r e g i b l e . T a m b i é n San F r a n c i s c o e n su
r e g l a p r e v i e n e el caso d e la e x p u l s i ó n . A h o r a b i e n : d e b i e n d o los
jesuítas v i v i r á la vista d e las g e n t e s y t r a t a r t a n t o con los p r ó j i m o s ,
sería g r a v í s i m o d a ñ o q u e e n t r e ellos a p a r e c i e s e n m a l o s religiosos,
p u e s n o se p o d r í a n o c u l t a r las faltas de éstos c o m o las de u n m o n j e
q u e v i v e r e t i r a d o del m u n d o y e n c e r r a d o e n t r e c u a t r o p a r e d e s . P o r
eso San I g n a c i o facilitó c o n s i d e r a b l e m e n t e el d e s p e d i r á los i n d i g n o s .
El n e g o c i o d e u n i r s e t o t a l m e n t e con el c u e r p o de la C o m p a ñ í a n o
se d e c i d e y t e r m i n a en el n o v i c i a d o , c o m o en o t r a s r e l i g i o n e s se
hacía. T o d o el t i e m p o q u e p e r m a n e c e u n r e l i g i o s o n u e s t r o en el es-
tado d e los v o t o s s i m p l e s , se h a l l a , p o r d e c i r l o así, en e x p e c t a t i v a ,
s a b i e n d o q u e si n o se ajusta á n u e s t r o i n s t i t u t o y n o o b e d e c e á los
s u p e r i o r e s , n o s e r á a d m i t i d o á los iiltimos v o t o s . Dada p o r una p a r t e
la h u m a n a fragilidad y p o r o t r a la v i r t u d e x c e l e n t e q u e se r e q u e r í a
para d e s e m p e ñ a r b i e n n u e s t r o s m i n i s t e r i o s , era u n m e d i o i n d i s p e n -
sable el facilitar la e x p u l s i ó n de los i n d i g n o s .
Con h o m b r e s tan cuidadosamente escogidos como quiere San Igna-
cio e n el E x a m e n q u e se escojan p a r a la Compañía, con r e l i g i o s o s tan
l a r g a m e n t e p r o b a d o s y e j e r c i t a d o s en la v i r t u d , b i e n p u e d e u n a
O r d e n salir á p e l e a r las batallas del S e ñ o r . P e r o ¿bastará la p e r f e c c i ó n
de cada cual p a r a a s e g u r a r el triunfo? S e g u r a m e n t e q u e n o . E n t o d a s
las cosas del m u u d o es n e c e s a r i o p r o c e d e r c o n b u e n o r d e n y a c e r t a -
da d i r e c c i ó n , y este o r d e n e r a t a n t o más n e c e s a r i o en la C o m p a ñ í a ,
c u a n t o se deseaba i n f u n d i r m á s a c t i v i d a d y m o v i m i e n t o en la v i d a
religiosa. La actividad m a l d i r i g i d a p u e d e c o n d u c i r al t r a s t o r n o m á s
b i e n q u e á la e j e c u c i ó n d e g r a n d e s e m p r e s a s . P o r eso San I g n a c i o
estableció en su r e l i g i ó n un o r d e n j e r á r q u i c o t a n p e r f e c t a m e n t e
s u b o r d i n a d o , q u e t o d o el c u e r p o r e l i g i o s o d e p e n d i e s e del G e n e r a l ,
y éste d e s d e R o m a p u d i e s e r e g u l a r t o d o s los m o v i m i e n t o s d e l a

16 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
C o m p a ñ í a , p a r a c o n s e g u i r la u n i d a d d e a c c i ó n y l o g r a r l o s b i e n e s
e s p i r i t u a l e s q u e se p r e t e n d í a n . De esta í n t i m a c o m u n i c a c i ó n con el
P . G e n e r a l r e s u l t a b a n d o s b i e n e s i n a p r e c i a b l e s , u n o p a r a la c o n s e r -
v a c i ó n é i n c r e m e n t o i n t e r i o r d e la C o m p a ñ í a , y o t r o p a r a la eficacia
d e su a c c i ó n e x t e r i o r en beneficio d e las a l m a s .
De t e n e r c o m u n i c a c i ó n con el P . G e n e r a l r e s u l t a b a p a r a cada u n a
d e las casas u n b i e n p a r e c i d o , al q u e r e c i b e n las iglesias p a r t i c u l a r e s
d e c o m u n i c a r s e con el S u m o P o n t í f i c e . C o l o c a d o en p u e s t o t a n e l e -
v a d o y s u p e r i o r á las pasiones é i n t r i g a s locales, l o g r a el V i c a r i o d e
C r i s t o q u e n o se o s c u r e z c a la v e r d a d , q u e se r e s p e t e la j u s t i c i a , y
q u e las codicias h u m a n a s n o q u e b r a n t e n el y u g o d e la ley d i v i n a .
M e r e c e c o p i a r s e u n pasaje d e B a l m e s , e n q u e d e s c r i b e el benéfico
influjo de los P a p a s e n u n caso m u y p r á c t i c o , en d e f e n d e r la s a n t i -
d a d d e l m a t r i m o n i o c o n t r a las c o n c u p i s c e n c i a s de los r e y e s y s e ñ o -
r e s d e la E d a d Media: « P o d í a n los r e y e s b á r b a r o s c o m e t e r u n a t r o -
p e l í a c o n t r a el O b i s p o , ó h a c e r q u e e n m u d e c i e s e con el t e m o r ó los
halagos; p o d í a n v i o l e n t a r los v o t o s d e u n c o n c i l i o p a r t i c u l a r , ó ha-
c e r s e u n p a r t i d o con a m e n a z a s ó con la i n t r i g a y el s o b o r n o : p e r o
allá en o s c u r a l o n t a n a n z a d i v i s a b a n la c ú p u l a d e l Vaticano. La som-
b r a d e l S u m o Pontífice se les a p a r e c í a c o m o u n a v i s i ó n a t e r r a d o r a ;
allí p e r d í a n la e s p e r a n z a , era i n ú t i l c o m b a t i r ; el m á s e n c a r n i z a d o
c o m b a t e n o p o d í a d a r p o r r e s u l t a d o la victoria; las i n t r i g a s m á s
m a ñ o s a s , los r u e g o s m á s h u m i l d e s n o r e c a b a r a n o t r a r e s p u e s t a q u e :
uno con una y para siempre» (1).
E s t a firmeza y v i g o r p a r a el b i e n q u e el P a p a i n f u n d e en las igle-
sias p a r t i c u l a r e s , la c o m u n i c a t a m b i é n cada G e n e r a l d e O r d e n r e l i -
giosa á cada u n o d e los d o m i c i l i o s . Se halla el G e n e r a l c o l o c a d o m u y
lejos y m u y a l t o , p a r a q u e se le p u e d a n i s o b o r n a r n i i n t i m i d a r . P o r
c o n s i g u i e n t e , si él t i e n e m e d i o s de h a c e r s e n t i r su influjo en las casas
p a r t i c u l a r e s d e su O r d e n , difícil s e r á q u e e n ellas p e n e t r e la relaja-
c i ó n . ¿ P o r q u é s e r e l a j a r o n tan l a s t i m o s a m e n t e m u c h o s m o n a s t e r i o s
e n la E d a d Media? P o r su a i s l a m i e n t o . E l vae soli d e la S a g r a d a Es-
c r i t u r a , q u e se dice d e los i n d i v i d u o s , p u e d e a p l i c a r s e en su t a n t o á
las c o m u n i d a d e s r e l i g i o s a s . ¡Ay d e la casa q u e n o t e n g a c o m u n i c a -
c i ó n c o n los s u p e r i o r e s lejanos! P r o n t o el s u p e r i o r local c o n d e s c e n -
d e r á c o n algo q u e n o d e b e p e r m i t i r , t r o p e z a r á con dificultades q u e
n o p u e d e v e n c e r , se v e r á m e t i d o en c o m p r o m i s o s q u e n o s a b e des-
( 1 ) El Protestantismo comparado con el Catolicismo, c. 2 4 .
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
17
e n r e d a r , y p e n e t r a r á n los a b u s o s y q u e d a r á n e s t a n c a d o s p a r a r u i n a
d e la o b s e r v a n c i a y v i d a r e l i g i o s a .
E n c a m b i o , si las casas m a n t i e n e n activa c o m u n i c a c i ó n con el Ge-
n e r a l , éste, c o m o v i g i l a n t e p a s t o r , d a r á la v o z d e a l a r m a e n los p e l i -
g r o s , s e ñ a l a r á los abusos, q u e m u c h a s v e c e s j u z g a r á desapasionada-
m e n t e , p o r lo m i s m o q u e los c o n t e m p l a d e s d e f u e r a , y p o d r á a p l i c a r
r e m e d i o s e x t r a o r d i n a r i o s q u e n o e s t á n e n la m a n o y p o s i b i l i d a d d e
los s u p e r i o r e s p a r t i c u l a r e s . P u e s si á esta u n i ó n con e l G e n e r a l se
a ñ a d e la amistosa c o m u n i c a c i ó n p o r c a r t a s d e u n a s casas c o n o t r a s ,
de u n o s países con o t r o s , d e u n a s m i s i o n e s con o t r a s , ¿ q u i é n n o v e
c u á n t o c r e c e el i n t e r n o v i g o r d e u n a O r d e n religiosa? Q u e r í a n u e s t r o
santo P a d r e , q u e t o d o s sus hijos se a m a s e n c o m o h e r m a n o s , q u e
p a r t i c i p a s e cada u n o d e las p e n a s y a l e g r í a s d e l o t r o , q u e se s u p i e s e
e n cada d o m i c i l i o las e m p r e s a s a p o s t ó l i c a s a c o m e t i d a s e n o t r o s
países p o r la Compañía, los t r a b a j o s y t r i b u l a c i o n e s con q u e Dios la
visitaba, las m u e r t e s edificantes, los e j e m p l o s i n s i g n e s d e v i r t u d , los
f a v o r e s s i n g u l a r e s c o n c e d i d o s á los N u e s t r o s p o r b i e n h e c h o r e s
i l u s t r e s , e n u n a p a l a b r a , t o d o c u a n t o p o d í a c o n t r i b u i r á la edifica-
ción y a u m e n t o d e la v i r t u d . Unidas e n t r e sí las casas p o r el v í n c u l o
de la f r a t e r n a caridad, u n i d a s con el G e n e r a l p o r el v í n c u l o de la
o b e d i e n c i a , e r a m á s fácil q u e n o n a u f r a g a s e n e n las t e m p e s t a d e s q u e
p o d í a n s o b r e v e n i r . C u a n d o t o d o s están b i e n u n i d o s , ó se h u n d e n
t o d o s ó flotan t o d o s .
Claro está q u e e n la E d a d Media, c u a n d o E u r o p a se h a l l a b a d i v i -
d i d a e n u n s i n n ú m e r o d e E s t a d o s p e q u e ñ o s , c u a n d o las c o n t i n u a s
g u e r r a s i n t e r r u m p í a n á cada paso las c o m u n i c a c i o n e s e n t r e los d i -
v e r s o s países, c u a n d o n o existía n i n g ú n s e r v i c i o d e c o r r e o s , c u a n d o
los c a m i n o s e s t a b a n f r e c u e n t e m e n t e infestados p o r s a l t e a d o r e s , e r a
i m p o s i b l e e s t a b l e c e r r e l a c i o n e s r e g u l a r e s y p e r i ó d i c a s e n t r e los
m o n a s t e r i o s , n e c e s i t a b a cada u n o d e éstos v a l e r s e p o r sí, y n o e s p e -
r a r u n a u x i l i o lejano q u e t a r d e ó n u n c a l l e g a r í a . P e r o en los t i e m p o s
m o d e r n o s , la m a y o r t r a n q u i l i d a d d e las s o c i e d a d e s , e l s e r v i c i o r e g u -
lar de l o s c o r r e o s , la c o m o d i d a d d e los viajes, el r e s p e t o m u t u o d e
las p e r s o n a s facilitaba c o n s i d e r a b l e m e n t e lo q u e en siglos a n t e r i o r e s
h u b i e r a s i d o d e t o d o p u n t o i m p o s i b l e . P u d o p u e s S a n I g n a c i o insti-
tuir como principio de g o b i e r n o un r é g i m e n interior más estrecho,
u n a c o m u n i c a c i ó n m á s í n t i m a con el G e n e r a l y u n a d e p e n d e n c i a
m a y o r d e la q u e se u s a b a en o t r a s r e l i g i o n e s .
P u e s si á la c o n s e r v a c i ó n d e l e s p í r i t u y f e r v o r i n t e r n o c o n t r i b u y e
p o d e r o s a m e n t e la e s t r e c h a u n i ó n con el G e n e r a l , m u c h o m á s se h a c e
2
18 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 19
s e n t i r el benéfico influjo d e esta u n i ó n , c u a n d o se m i r a la a c c i ó n d e
vado á e s t e e x t r e m o , y las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s p r o p e n d i e r o n cada v e z
la C o m p a ñ í a e n defensa d e la fe y en p r o v e c h o e s p i r i t u a l d e las
más á la v i d a d e c o m u n i d a d , s o b r e t o d o d e s d e q u e S a n B e n i t o d i o
a l m a s . E n t o d a vasta e m p r e s a , u n o de los e s t o r b o s con q u e se s u e l e
tan p r u d e n t e s r e g l a s á los c e n o b i t a s , esto n o o b s t a n t e , a d v i é r t e s e
t r o p e z a r es lo q u e con v o c a b l o m o d e r n o , p e r o b a s t a n t e p r o p i o , se
desde luego, q u e d e n t r o de las c o m u n i d a d e s a n t i g u a s existía m u c h o
l l a m a i n d i v i d u a l i s m o . No h a b l o a q u í de a q u e l i n d i v i d u a l i s m o v i c i o -
i n d i v i d u a l i s m o . V e r d a d es q u e t o d o s los r e l i g i o s o s se j u n t a b a n e n el
so, q u e consiste e n b u s c a r su p r o p i o h o n o r , su p r o p i o g u s t o y c o m o -
coro, p a r a e n t o n a r las d i v i n a s alabanzas, q u e t o m a b a n el s u s t e n t o en
d i d a d c o n p e r j u i c i o de lo q u e se d e b e á Dios y á los o t r o s h o m b r e s .
c o m ú n y r e u n i d o s e n conferencias e s p i r i t u a l e s , d e s c a n s a b a n d e sus
E s t o y a t i e n e su n o m b r e viejo y se llama en c r i s t i a n o a m o r p r o p i o
fatigas y a n i m a b a n el c o r a z ó n á p r o s e g u i r e n el c a m i n o c o m e n z a d o
a c h a q u e h e r e d a d o d e n u e s t r o p a d r e A d á n , q u e lo m i s m o d a ñ a e n el
del d i v i n o s e r v i c i o . P e r o u n a v e z r e c o g i d o e n s u celda c a d a m o n j e ,
estado r e l i g i o s o q u e en el s e g l a r , lo m i s m o en u n a s Ó r d e n e s q u e en
podía l l a m a r s e a m o y s e ñ o r de su t i e m p o y d e sus o c u p a c i o n e s , q u e
o t r a s , y c o n t r a el c u a l d e b e p e l e a r v a r o n i l m e n t e n o s ó l o q u i e n p r e - él m i s m o o r d e n a b a c o m o c r e y e s e más o p o r t u n o , d e n t r o d e lo p e r m i -
t e n d a la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a en c u a l q u i e r estado de la Iglesia, sino tido p o r la regla, p a r a su p r o p i o a p r o v e c h a m i e n t o y p e r f e c c i ó n .
q u i e n a s p i r e s i m p l e m e n t e á la salvación e t e r n a de su a l m a .
A este a i s l a m i e n t o de cada i n d i v i d u o d e n t r o d e su celda, c o r r e s -
E l i n d i v i d u a l i s m o á q u e a l u d i m o s a h o r a , y q u e en ciertas c i r c u n s -
pondía o t r o a i s l a m i e n t o d e cada m o n a s t e r i o d e n t r o de los m u r o s q u e
tancias p u e d e s e r b u e n o y loable, es a q u e l l a c o n d i c i ó n p o r la cual
c e r r a b a n sus c l a u s t r o s y sus h u e r t a s . E s m u y de n o t a r la d i v e r s a c o n -
c a d a u n o a t i e n d e á sí m i s m o y á su p r o p i o a p r o v e c h a m i e n t o e s p i r i -
dición e n q u e S a n I g n a c i o p u s o los d o m i c i l i o s d e la C o m p a ñ í a , r e s -
tual, p r e s c i n d i e n d o d e lo q u e d i g a n ó hagan los d e m á s h o m b r e s .
pecto de lo q u e se usaba o r d i n a r i a m e n t e e n o t r a s r e l i g i o n e s . P o r d e
I n ú t i l es p r e g u n t a r , si e n t r e los a n t i g u o s r e l i g i o s o s a p a r e c i ó esta
p r o n t o s u p r i m i ó el santo lo q u e se llamaba a n t i g u a m e n t e la filiación.
c u a l i d a d . La vida e r e m í t i c a , p r a c t i c a d a p o r tantos s o l i t a r i o s en E g i p t o
Sabido es q u e c u a n d o u n o t o m a b a el h á b i t o de u n a o r d e n r e l i g i o s a
y e n o t r a s r e g i o n e s del O r i e n t e , llevaba c o m o c o n d i c i ó n esencial el
no sólo e n t r a b a en el c u e r p o de la r e l i g i ó n , sino q u e se afiliaba al
i n d i v i d u a l i s m o . E n c e r r a d o cada r e l i g i o s o en su e r m i t a , vacaba allí
c o n v e n t o q u e le r e c i b í a . M e d i a n t e esta filiación e r a c o n s i d e r a d o
t r a n q u i l a m e n t e á la o r a c i ó n y t r a t o con Dios, leía y m e d i t a b a repo-
como m i e m b r o p e r p e t u o d e a q u e l l a c o m u n i d a d , p o d í a t o m a r p a r t e
s a d a m e n t e las v e r d a d e s r e v e l a d a s p o r el E s p í r i t u S a n t o á los a u t o r e s en las e l e c c i o n e s y e n los d e m á s a c t o s c a p i t u l a r e s , y g o z a b a d e o t r a s
i n s p i r a d o s , m a c e r a b a su c a r n e con a y u n o s , cilicios y o t r a s asperezas ventajas, q u e n o poseía en o t r o s c o n v e n t o s , d o n d e e r a c o n s i d e r a d o
y a g u a r d a b a en silencio y e s p e r a n z a la v e n i d a d e l S e ñ o r , q u i e n al como h u é s p e d .
e n v i a r l e la m u e r t o , lo l e v a n t a b a el d e s t i e r r o de este m u n d o m i s e r a -
Nada de esto s u c e d e en la C o m p a ñ í a . «Las p e r s o n a s desta C o m p a -
b l e , p a r a a b r i r l e las p u e r t a s d e la p a t r i a celestial. Si a l g o t r a t a b a con
ñía, dice San I g n a c i o , d e b e n e s t a r cada h o r a p r e p a r a d a s p a r a discu-
l o s h o m b r e s e r a ú n i c a m e n t e p a r a p r o p o r c i o n a r s e los m e d i o s n e c e -
r r i r p o r unas p a r t e s y o t r a s del m u n d o , a d o n d e f u e r e n i n v i a d o s p o r
s a r i o s d e s u b s i s t e n c i a , ó p a r a p e d i r á sus h e r m a n o s el a u x i l i o d e los
el S u m o P o n t í f i c e ó sus s u p e r i o r e s » (1).
consejos e s p i r i t u a l e s y d e los s a c r a m e n t o s , q u e fortaleciesen á su
I m p o s i b l e era, p o r c o n s i g u i e n t e , e s t a b l e c e r t a n e s t r e c h a u n i ó n
a l m a e n la s o l e d a d á q u e p o r a m o r de Dios se había v o l u n t a r i a m e n t e
entre los r e l i g i o s o s y cada u n a de las casas, c o m o se veía e n las Ó r d e -
c o n d e n a d o . Tan a d e l a n t e p a s a r o n a l g u n o s en este e s p í r i t u de a p a r t a -
nes antiguas. E l j e s u í t a n o está afiliado á d e t e r m i n a d a casa ó c o l e g i o
m i e n t o y r e t i r o , q u e l l e g a r o n á h a c e r v e r o s í m i l la p r e g u n t a q u e San
de la Compañía, ó p o r m e j o r decir, está afiliado á todas las casas y
P a b l o , p r i m e r e r m i t a ñ o , d i r i g i ó á San A n t o n i o , c u a n d o le dijo si c o n -
colegios del m u n d o , p u e s en e n t r a n d o p o r la p u e r t a d e u n d o m i c i l i o
t i n u a b a n los h o m b r e s t o d a v í a edificando casas y palacios e n e l
c u a l q u i e r a de la Compañía, es r e c i b i d o c o m o si toda la v i d a h u b i e r a
m u n d o (1).
estado allí, goza d e los m i s m o s d e r e c h o s y t i e n e los m i s m o s d e b e r e s
A u n q u e e n la E d a d Media n o se vio m u c h o el i n d i v i d u a l i s m o lle-
q u e los m o r a d o r e s h a b i t u a l e s , salvas las e s p e c i a l e s d i s t i n c i o n e s d e

(1) V é a n s e los B o l a n J o s , Acta Sanciona», Juuuarii, t. i, p. COG.

(1) Const., p . 6, c. m , n . 5 .
•20 INTRODUCCIÓN IUST ÓMCA
delicadeza, q u e la c a r i d a d usa con los r e c i é n llegados. P o r n o h a b e r
esta, filiación, n o se d e s c u b r e e n los d o m i c i l i o s d e la C o m p a ñ í a a q u e -
lia i n d e p e n d e n c i a q u e p o s e í a n los a n t i g u o s m o n a s t e r i o s . Cada u n o
d e éstos tenía su v i d a y n e g o c i o s a p a r t e , elegía sus s u p e r i o r e s , a r r e -
g l a b a sus c o n t r a t o s , c o n v o c a n d o p a r a ello á c a m p a n a t a ñ i d a t o d o s
los i n d i v i d u o s de la c o m u n i d a d , c o n s e g u í a d e la Santa Sedo p a r t i c u -
l a r e s p r i v i l e g i o s , o b t e n í a tal vez del p o d e r civil s i n g u l a r e s e x e n c i o -
n e s , y p a r a el d e s p a c h o do estos n e g o c i o s e n v i a b a p r o c u r a d o r e s ó
c o m i s i o n a d o s p o r c u e n t a p r o p i a ; en una p a l a b r a , vivía y o b r a b a con
m u c h a i n d e p e n d e n c i a de los o t r o s m o n a s t e r i o s y a u n de los s u p e r i o -
r e s j e r á r q u i c o s , c u y a i n t e r v e n c i ó n en las cosas i n t e r i o r e s de cada
c o m u n i d a d so veía bastante l i m i t a d a .
E s t e i n d i v i d u a l i s m o d e cada casa podía s e r v i r , y en m u c h o s casos
s i r v i ó , sin duda, p a r a a s e g u r a r los b i e n e s t e m p o r a l e s de la c o m u n i -
dad, p u e s t o s en p e l i g r o m u y á m e n u d o p o r las b o r r a s c a s políticas,
p a r a p e r p e t u a r santas c o s t u m b r e s e s t a b l e c i d a s en el c o n v e n t o p o r
a l g ú n v e n e r a b l e f u n d a d o r ó i n s i g n e m a e s t r o do e s p í r i t u , p a r a m a n -
t e n e r u n a t r a d i c i ó n científica ó ascética q u e se v e n í a t r a n s m i t i e n d o
e n t r e los m o n j e s a m a n t e s de la v i r t u d y del e s t u d i o , para d e s p e r t a r
la n o b l e e m u l a c i ó n q u e inclina á graneles acciones con el e s t í m u l o
d e c o n s e r v a r la g l o r i a de la casa, q u e cada hijo m i r a c o m o p r o p i a .
F i n a l m e n t e , n o se d e b e o l v i d a r el t e r m i n o g l o r i o s o , a d o n d e solía
c o n d u c i r el c r é d i t o e s p i r i t u a l d e u n m o n a s t e r i o b i e n sostenido, cual
e r a el e n v i a r c o l o n i a s d e m o n j e s á o t r o s países, d o n d e a b r i e n d o n u e -
vos c o n v e n t o s , difundían el b u e n e s p í r i t u y establecían las santas
o b s e r v a n c i a s a p r e n d i d a s en la casa m a t r i z .
C o n t o d o eso, n a d i e n e g a r á q u e este a i s l a m i e n t o , si fomenta los
b i e n e s e s p i r i t u a l e s y t e m p o r a l e s de u n a casa, e s t o r b a p a r a las accio- J
n e s g r a n d e s y u n i v e r s a l e s q u e se d e b e n e j e r c i t a r n o con las fuerzas
s i e m p r e c o r t a s d e u n a c o m u n i d a d , sino con el c o n c u r s o b i e n o r d e -
n a d o de u n a r e l i g i ó n . Las vastas e m p r e s a s e x i g e n sacrificios de los
p a r t i c u l a r e s . N e c e s a r i o es p o s p o n e r el bien del i n d i v i d u o al do la
c o m u n i d a d , y el de la c o m u n i d a d al de t o d a la r e l i g i ó n , n i más ni
m e n o s c o m o e n las g u e r r a s y en o t r o s g r a v e s a s u n t o s n a c i o n a l e s se
i m p o n e sacrificios, n o sólo al h o m b r e p r i v a d o , sino al m u n i c i p i o y
la p r o v i n c i a , p a r a c o n t r i b u i r á la salvación y á la p r o s p e r i d a d de la
n a c i ó n e n t e r a . A h o r a b i e n , r e i n a n d o el i n d i v i d u a l i s m o en cada casa,
es m á s difícil l e v a n t a r el á n i m o á las e m p r e s a s u n i v e r s a l e s , y n a t u -
r a l m e n t e p r o p e n d e el h o m b r o á la e s t r e c h e z d e m i r a s . D e a q u í el
d e f e c t o , tan e x a g e r a d o p o r los c a l u m n i a d o r e s m o d e r n o s de las Ó r d e -
INTR0DUCC1CX HISTÓRICA 21
l
ti- nes religiosas, p e r o e n a l g u n o s casos v e r d a d e r o , de n o v e r m á s
í m u n d o del q u e se e n c e r r a b a en las tapias d e l m o n a s t e r i o .
I P o n e d 'enfrente de los e n e m i g o s de la Iglesia las casas d e u n a
O r d e n r e l i g i o s a d o n d e r e i n a el i n d i v i d u a l i s m o , y las de o t r a anima-
das de d i f e r e n t e espíritu, u n i d a s en u n g r a n p e n s a m i e n t o y g o b e r n a -
das p o r u n h o m b r e . Al p u n t o se a d v e r t i r á n o t a b l e d i f e r e n c i a e n el
m o d o de o b r a r . Las casas de la p r i m e r a O r d e n s e r á n c o m o g u e r r i -
llas q u e h o s t i g a n al e n e m i g o . Cada m o n a s t e r i o será u n c u e r p o d e
ejército, a g u e r r i d o y v a l i e n t e c u a n t o q u e r á i s , p e r o desligado de los
otros, y u n i d o s o l a m e n t e en la idea g e n e r a l de v e n c e r al c o n t r a r i o .
Las casas de la s e g u n d a s e r á n c o m o c u e r p o s d i s t i n t o s de u n m i s m o
ejército, q u e m a n i o b r a n d e a c u e r d o , s e g ú n el p l a n r e s u e l t o de a n t e -
mano y á las ó r d e n e s de u n g e n e r a l q u e p r e s c r i b e cada u n o de los
m o v i m i e n t o s . P o s i b l e es q u e el p r i m e r g é n e r o de p e l e a r sea m e j o r
p o r c i r c u n s t a n c i a s p a r t i c u l a r e s , c o m o s u c e d i ó en E s p a ñ a h a c e u n
siglo, p u e s los g u e r r i l l e r o s más q u e los g e n e r a l e s v e n c i e r o n á las
huestes d e N a p o l e ó n ; p e r o n a d i e n e g a r á q u e el s i s t e m a de e j é r c i t o s
o r d e n a d o s y d i r i g i d o s p o r u n h o m b r e , es de s u y o m e j o r y m á s á
p r o p ó s i t o p a r a l o g r a r el t r i u n f o en las a r m a s .
Deseoso n u e s t r o santo P a d r e d e c o n s e g u i r la u n i d a d d e m i r a s y d e
acción q u e n e c e s i t a b a p a r a las g r a n d e s o b r a s q u e e m p r e n d í a , s u p r i -
mió u n a c o n d i c i ó n d e la a n t i g u a v i d a r e l i g i o s a , q u e e r a el n e r v i o d e l
i n d i v i d u a l i s m o en los m o n a s t e r i o s y q u e fácilmente p o d í a e n t o r p e -
cer las vastas e m p r e s a s : el s i s t e m a c a p i t u l a r . S a b i d o es q u e antes d e
San I g n a c i o , la c o s t u m b r e o r d i n a r i a en las casas r e l i g i o s a s p a r a la
resolución de los n e g o c i o s e r a r e u n i r s e en c a p í t u l o , ó t o d o s los r e l i -
! giosos ó a l g u n o s m á s p r u d e n t e s d e s i g n a d o s d e a n t e m a n o , p r o p o n e r s e
el asunto d e q u e se t r a t a b a , d i s c u t i r l o y, finalmente, r e s o l v e r l o á
i p l u r a l i d a d d e votos. De este m o d o se e l e g í a n los s u p e r i o r e s p o r los
votos de los s u b d i t o s ; de este m o d o se c e l e b r a b a n los c o n t r a t o s , con-
c u r r i e n d o á la d e t e r m i n a c i ó n todos los r e l i g i o s o s y d a n d o cada u n o
sus p o d e r e s á la p e r s o n a q u e en n o m b r e d e t o d o s d e b í a c e l e b r a r l o s ;
de esto m o d o , en fin, se p r o c e d í a e n la d e t e r m i n a c i ó n de los p r i n c i -
pales n e g o c i o s ' q u e se ofrecían en cada c o n v e n t o . P a r a el caso de los
negocios q u e n o p u d i e r a n s e r e n t e n d i d o s p o r la m u l t i t u d de los r e l i -
giosos, e s t a b a n s e ñ a l a d o s los definitorios, es decir, j u n t a s de p o c o s
P a d r e s , p r u d e n t e s y v e r s a d o s en las m a t e r i a s p r o p u e s t a s , los c u a l e s
t a m b i é n r e s o l v í a n las d u d a s y t o m a b a n los a c u e r d o s á v o t a c i ó n .
Ahora bien, donde hay votaciones hay partidos, y donde hay par-
tidos h a y luchas, y b i e n s a b e m o s , p o r la e x p e r i e n c i a d e la m o d e r n a
 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
p o l í t i c a , los f r u t o s a m a r g o s q u e se s i g u e n d e la l u c h a d e los p a r t i -
d o s . Cada e l e c t o r t i e n e sus p r e t e n s i o n e s , cada c a n d i d a t o b u s c a p a r -
ciales; de ahí las p r o m e s a s , los c o m p r o m i s o s , los s o b o r n o s ; d e ahí
l a s m u r m u r a c i o n e s , las e n v i d i a s , las c a l u m n i a s ; d e ahí el b u s c a r ,
a n t e t o d o y s o b r e t o d o , el t r i u n f o del p r o p i o p a r t i d o ; de ahí, en fin,
ese d i l u v i o de p e c a d o s y m i s e r i a s q u e tan t r i s t e m e n t e d e p l o r a m o s
e n España. E n m e d i o de estas luchas, ¿ q u é l u g a r p u e d e h a b e r p a r a
las i d e a s g r a n d e s , p a r a los sacrificios p e r s o n a l e s , p a r a los csFuerzos
g e n e r o s o s ? Las l u c h a s de p a r t i d o s e m p e q u e ñ e c e n i r r e m e d i a b l e -
m e n t e á los h o m b r e s , y toda la v i d a política se c o n v i e r t e en lo q u e ,
c o n frase a l g o b á r b a r a , l l a m a m o s c u e s t i ó n d e p e r s o n a l i d a d e s , es
d e c i r , en u n h e r v i d e r o de r u i n d a d e s y m i s e r i a s . P u e s estos males
q u e tan en g r a n d e se m u e s t r a n en el c a m p o do la política, a s o m a n en
p e q u e ñ o , ó, p o r lo m e n o s , hay p e l i g r o de q u e a s o m e n en las eleccio-
n e s y d e l i b e r a c i o n e s d e los r e l i g i o s o s . P o r eso San I g n a c i o c o r t ó p o r
lo sano, s u p r i m i e n d o e n t e r a m e n t e el sistema c a p i t u l a r . Los P r o v i n -
ciales y R e c t o r e s h a n de ser n o m b r a d o s en la C o m p a ñ í a p o r el
P. General. E n los negocios y dudas ocurrentes, todo S u p e r i o r debe
p e d i r el consejo de los c o n s u l t o r e s y a u n buscar, si fuere necesa-
r i o , el d i c t a m e n d e o t r o s h o m b r e s e n t e n d i d o s ; p e r o d e s p u é s d e escu-
c h a r el p a r e c e r d e ellos, la decisión q u e d a al a r b i t r i o riel S u p e r i o r .
Nada de v o t a c i o n e s , si n o es en a l g ú n caso i n e x c u s a b l e , c o m o la
e l e c c i ó n d e l G e n e r a l y o t r o s pocos de q u e á su t i e m p o h a b l a r e -
m o s (1).
P o r este c a m i n o facilitaba San I g n a c i o el g o b i e r n o d e la C o m p a -
ñía, y lo hacía i n c o m p a r a b l e m e n t e m á s á p r o p ó s i t o p a r a la ejecución
d e e m p r e s a s vastas y u n i v e r s a l e s . E l G e n e r a l p u e s t o á la cabeza d e
t o d a la O r d e n , p u e d e m e d i r la m a g n i t u d y e x t e n s i ó n d e las o b r a s q u e
a c o m e t e , c o n o c e m e j o r q u e n a d i e las fuerzas y m e d i o s de q u e d i s -
p o n e la C o m p a ñ í a , y, p o r c o n s i g u i e n t e , sabe d e t e r m i n a r c u á n d o y
c ó m o se p u e d e n h a c e r las cosas. P o r o t r o lado, c o m o el G e n e r a l n o
está l i g a d o á n i n g ú n d o m i c i l i o y es s u p e r i o r á t o d o s los i n t e r e s e s y
m i r a s locales, p u e d e n a t u r a l m e n t e o b r a r con m á s s e r e n i d a d d e j u i -
c i o , d i s t r i b u i r l o s s u j e t o s c o n m á s l i b e r t a d , s e ñ a l á n d o l e s el p u e s t o
q u e les c o n v e n g a , y g u i a r t o d o el n e g o c i o con m e n o s p e l i g r o d e
e r r a r ó p o r pasión, ó p o r e s t r e c h e z d e m i r a s , ó p o r a l g ú n injusto
p r e j u i c i o . E n t r e t a n t o , cada u n o de los s u b d i t o s , a t e n t o á sí y á l o q u e
( 1 ) L é a n s e los c a p í t u l o s m y ív d e la p . 9 d e las C o n s t i t u c i o n e s . í t e m , p . 4,
C. 1 7 , n . 6, I-I.
INTRODUCCIÓN H1S1ÓRICA 23
está á su c a r g o , e s p e r a lo q u e d e él ó de los o t r o s se o r d e n a r e , c o m o
de la m a n o d e l S e ñ o r , d e j a n d o á los S u p e r i o r e s el c u i d a d o d e l
g o b i e r n o , q u e es t a n t o m á s i m p e r f e c t o , c u a n t o m á s se r e p a r t e e n t r e
la m u c h e d u m b r e .
De este m o d o c o m u n i c a b a I g n a c i o á su r e l i g i ó n v i g o r i n t e r n o y
v i r t u d e n é r g i c a p a r a t r a b a j a r d o n d e q u i e r a en la v i ñ a del Señor,
o r g a n i z a c i ó n fácil y flexible p a r a a c o m o d a r s e á t o d o g é n e r o de o b r a s
b u e n a s , á t o d o s los t i e m p o ? , á t o d o s los climas y á t o d a s las c i r c u n s -
tancias; u n i d a d y t r a b a z ó n e s t r e c h a e n t r e sus m i e m b r o s p a r a o b r a r to-
dos á u n a y c o n d u c i r de este m o d o á feliz t é r m i n o vastas e m p r e s a s , y,
p o r fin, d i r e c c i ó n p r u d e n t e y sabia, sin la cual se m a l o g r a n desgracia-
d a m e n t e los o t r o s m e d i o s de acción. Cuan n e c e s a r i a s fuesen estas cua-
lidades en el estado r e l i g i o s o , lo d e m u e s t r a de s o b r a la í n d o l e de
m u c h a s s o c i e d a d e s m o d e r n a s , las cuales p o s e e n toda esa r a p i d e z y
actividad p a r a sus fines d e p r a v a d o s . S e n s i b l e sería, q u e c a r e c i e s e el
estado r e l i g i o s o , para o b r a r el b i e n , de los a r b i t r i o s y m e d i o s q u e
t i e n e n las s o c i e d a d e s p e r v e r s a s p a r a el mal.
C o n s i d e r a n d o el c a r á c t e r de la C o m p a ñ í a y el de las o t r a s r e l i g i o -
nes más a n t i g u a s , y c o m p a r a n d o el e s p í r i t u d e los santos f u n d a d o r e s
con las c i r c u n s t a n c i a s de los t i e m p o s en q u e v i v i e r o n , tal vez n o sea
t e m e r a r i o a f i r m a r q u e , c o m o San B e n i t o es e j e m p l o del f u n d a d o r
a n t i g u o y m o n a c a l , Santo D o m i n g o y San F r a n c i s c o , m o d e l o s d e los
f u n d a d o r e s de la E d a d Media, así San I g n a c i o es el d e c h a d o del fun-
d a d o r m o d e r n o . C u a n d o se d e s m o r o n a b a el m u n d o a n t i g u o , v i n o San
B e n i t o p a r a c o n t e n e r la r u i n a y p a r a a b r i r u n refugio s e g u r o á la
v i r t u d y á la c i e n c i a , q u e a m e n a z a b a n a n e g a r s e en el o c é a n o a g i t a d o
de las i n v a s i o n e s y r e v u e l t a s . E n el siglo XIII, al e m p e z a r á consti-
tuirse las n a c i o n e s m o d e r n a s , c u a n d o con a r d o r j u v e n i l se e n t r e g a -
b a n los h o m b r e s al e s t u d i o d e las ciencias q u e a l b o r e a b a n en los
e n t e n d i m i e n t o s , y p o r ese m i s m o a r d o r y las c o s t u m b r e s i n d ó m i t a s
p e l i g r a b a n de p r e c i p i t a r s e e n los e x t r a v í o s d e u n a j u v e n t u d desati-
nada, a p a r e c e n S a n t o D o m i n g o y San F r a n c i s c o , el p r i m e r o p a r a
a m a e s t r a r las i n t e l i g e n c i a s d e l a s g e n t e s , i l u s t r á n d o l a s con la luz apa-
cible de la v e r d a d ; el s e g u n d o p a r a s a n e a r los c o r a z o n e s del p u e b l o
con el influjo de la a b n e g a c i ó n y c a r i d a d r e l i g i o s a . U n o y o t r o se
p u s i e r o n en í n t i m o c o n t a c t o con los p r ó j i m o s , u n o y o t r o d i e r o n á
sus r e l i g i o s o s t o d a la a c t i v i d a d d e q u e era capaz el estado r e l i g i o s o
en la E d i d Media; p e r o u n o y o t r o c o n s e r v a r o n las c o s t u m b r e s t r a -
dicionales, el h á b i t o , el c o r o , el sistema c a p i t u l a r , etc.
P o r fin, c u a n d o las n a c i o n e s m o d e r n a s l l e g a n á su e d a d m a d u r a ,
24 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
c u a n d o f e c u n d o s d e s c u b r i m i e n t o s p r o p o r c i o n a n á las s o c i e d a d e s
m e d i o s d e acción m á s r á p i d o s y p o d e r o s o s , e n t o n c e s se l e v a n t a San
I g n a c i o , q u i e n r o m p i e n d o en lo n o esencial c o n las c o s t u m b r e s t r a -
d i c i o n a l e s , e s t a b l e c e el estado r e l i g i o s o en la f o r m a q u e m e j o r c o n -
v i e n e p a r a h a c e r b i e n á las almas en el m u n d o m o d e r n o .
Al o i r esto, p o s i b l e es q u e p r e g u n t e a l g u n o : ¿Y p o r q u é n o a d o p -
t a r o n o t r o s s a n t o s f u n d a d o r e s el m o d o d e v i v i r i n s t i t u i d o p o r S a n
I g n a c i o ? ¿ P o r qué, p r i n c i p a l m e n t e los q u e establecían Ó r d e n e s e n t r e -
gadas á la vida activa, c o m o S a n t o D o m i n g o y San F r a n c i s c o , s i g u i e -
r o n u n r u m b o tan d i s t i n t o y al p a r e c e r tan c o n t r a r i o al q u e o b s e r -
v a la C o m p a ñ í a ? P o r m u c h a s razones; p e r o u n a d e las p r i n c i p a l e s
fué p o r q u e cada u n o de los santos P a t r i a r c a s ora d e l t i e m p o e n q u e
v i v i ó . Dios n o v i o l e n t a las cosas, y c u a n d o envía u n s o c o r r o á su
Iglesia, lo envía en el t i e m p o y m o d o o p o r t u n o . A h o r a b i e n , e n el
siglo x n i la C o m p a ñ í a d e J e s ú s h u b i e r a sido p r e m a t u r a . N a d i e
h u b i e r a e n t e n d i d o su i n s t i t u t o , c o m o n a d i e h u b i e r a e n t e n d i d o la
o r g a n i z a c i ó n a c t u a l de los e j é r c i t o s ó las s o c i e d a d e s a n ó n i m a s d e l
c o m e r c i o m o d e r n o . Si a u n en el siglo xvi costó, c o m o v e r e m o s , u n o s
sesenta a ñ o s de l u c h a el d e f e n d e r n u e s t r o i n s t i t u t o c o n t r a las obje-
c i o n e s c o n t r a r i a s ; si fué n e c e s a r i o e s c r i b i r l a r g o s t r a t a d o s , a b o g a r
c a l u r o s a m e n t e d e l a n t e de los t r i b u n a l e s , y lo q u e es más, o b t e n e r
r e p e t i d a s b u l a s pontificias, p a r a d e s h a c e r los a r g u m e n t o s d e los
a d v e r s a r i o s y q u e b r a n t a r la t e n a c i d a d d e la r u t i n a , ¿ q u é h u b i e r a
s u c e d i d o t r e s siglos antes?
E n c a m b i o , e n la E d a d Media, las p r á c t i c a s o m i t i d a s p o r San I g n a -
cio, t e n í a n g r a n fuerza, n o sólo p a r a la p r o p i a santificación, sino
t a m b i é n p a r a la santificación de los p r ó j i m o s . ¿ P o r q u é h a b í a n d e
s u p r i m i r el h á b i t o S a n t o D o m i n g o y San F r a n c i s c o , si e n a q u e l
t i e p i p o a u n los h o m b r e s más i m p í o s y d e s a l m a d o s se d e s c u b r í a n c o n
r e s p e t o d e l a n t e d e u n h á b i t o r e l i g i o s o ? ¿ C ó m o h a b í a n de q u i t a r el
c a n t o d e l c o r o , si las m u c h e d u m b r e s a c u d í a n d e v o t a s á e s c u c h a r l o ,
y e n e l e s p l e n d o r d e las s o l e m n i d a d e s r e l i g i o s a s a p r e n d í a n el c u l t o y
a d o r a c i ó n d e b i d a á Dios n u e s t r o S e ñ o r ? ¿Cómo p o d í a n d e j a r los
ayunos abstinencias y otras mortificaciones exteriores, cuando el
p u e b l o , c r e y e n t e y s a n o de c o r a z ó n , p e r o r u d o , a p e n a s e n t e n d í a o t r o
m o d o d e v i r t u d ? S u p r i m i r estas p r á c t i c a s e n el siglo XIII, h u b i e r a
s i d o tan i m p r u d e n t e c o m o s u p r i m i r los y e l m o s y corazas a n t e s d e
i n v e n t a r s e la p ó l v o r a .
P o r el c o n t r a r i o , c u a n b i e n se a c o m o d e á las c o n d i c i o n e s d e la
s o c i e d a d m o d e r n a el c a r á c t e r de la C o m p a ñ í a , lo d e m u e s t r a el ejeni-
IKTHODUCCTÓN HISTÓRICA 25
pío de las o t r a s Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , q u e h a n i m i t a d o m á s ó m e n o s
l o s p r o c e d i m i e n t o s y c o s t u m b r e s i n t r o d u c i d a s p o r San I g n a c i o . Y
n o h a b l a m o s s o l a m e n t e d e las r e l i g i o n e s fundadas p o s t e r i o r m e n t e ,
p u e s e n éstas a p a r e c e m á s c l a r a la i m i t a c i ó n , sino d e las m á s anti-
guas y a u t o r i z a d a s . N u e v a p a r e c i ó e n el siglo x v i , y p o c o d i g n a d e
la g r a v e d a d r e l i g i o s a , la o c u p a c i ó n d e e n s e ñ a r g r a m á t i c a y e d u c a r
en c o l e g i o s á la j u v e n t u d . E n n u e s t r o s días la m a y o r í a d e los r e l i -
giosos de a m b o s sexos se a p l i c a n más ó m e n o s á este s a n t o e j e r c i c i o .
¡Cuántas c o n t r a d i c c i o n e s se l e v a n t a r o n en el siglo x v i c o n t r a n u e s -
tros v o t o s s i m p l e s ! E n n u e s t r o t i e m p o v e m o s q u e se los h a i m p u e s t o
la Santa S e d e á las r e l i g i o n e s a n t i g u a s . C r e í a n m u c h o s q u e e n e l
estado r e l i g i o s o e r a esencial ó, p o c o m e n o s , el c a n t o del c o r o , y
a h o r a v e m o s q u e e n las r e l i g i o n e s n u e v a s se p r e s c i n d e d e él y e n las
a n t i g u a s d i s m i n u y e , p o r s e r forzoso e m p l e a r s e en o t r a s o c u p a c i o -
nes i n d i s p e n s a b l e s . I n m o d e r a d o p a r e c i ó el p o d e r q u e n u e s t r a s c o n s -
t i t u c i o n e s c o n c e d e n al G e n e r a l , y e x p u e s t o á los a b u s o s de u n des-
p o t i s m o ciego, y a h o r a v e m o s q u e las r e l i g i o n e s t i e n d e n á r o b u s t e -
cer el p o d e r c e n t r a l , s u p r i m i e n d o los c o m i s a r i o s n a c i o n a l e s . P e r e -
g r i n o c r e y e r o n m u c h o s el l i b r o de los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , y oca-
sionada su p r á c t i c a á i l u s i o n e s d e l e n e m i g o , y a h o r a a p e n a s h a y
Orden religiosa que no practique y enseñe á otros algún género de
E j e r c i c i o s . C i e r t o q u e m u c h a s v e c e s n o son los de San I g n a c i o ; p e r o
al fin s o n E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , y c o n ellos santifican á s u s r e l i g i o -
sos y á los s a c e r d o t e s y p i a d o s o s s e g l a r e s .
O t r a s c o n s i d e r a c i o n e s d e e s t e g é n e r o p u d i é r a m o s a ñ a d i r , si d e s -
cendiéramos á examinar algunos p o r m e n o r e s de nuestro Instituto, y
más a ú n , si a n a l i z á r a m o s el e s p í r i t u q u e g e n e r a l m e n t e a n i m a á las
Ó r d e n e s r e l i g i o s a s e n los t i e m p o s m o d e r n o s ; p e r o c r e e m o s q u e lo
dicho b a s t a p a r a d e m o s t r a r c u a n o p o r t u n a e r a e n el siglo x v i y
siguientes la C o m p a ñ í a de J e s ú s , y p a r a c o n v e n c e r n o s d e q u e San
I g n a c i o d e L o y o l a p o s e y ó c u m p l i d a m e n t e la c u a l i d a d q u e s u e l e n
t e n e r los santos p a t r i a r c a s y f u n d a d o r e s , la d e s e r el h o m b r e d e s u
t i e m p o y h o r a , es decir, el s o c o r r o o p o r t u n o , suscitado p o r Dios p a r a
d e f e n d e r á la I g l e s i a d e sus e n e m i g o s , y el i n s t r u m e n t o a c o m o d a d o
p a r a r e a l i z a r en e l m u n d o los a d o r a b l e s d e s i g n i o s d e la d i v i n a P r o -
videncia.
2G INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
II
V o l v a m o s a h o r a los ojos á la a c t i v i d a d e s p i r i t u a l e j e r c i t a d a p o r
la C o m p a ñ í a de J e s ú s . A u n q u e la p u d i é r a m o s c o n s i d e r a r en t o d a la
e x t e n s i ó n de la Iglesia, ya q u e e s c r i b i m o s la h i s t o r i a de la C o m p a -
ñía e n E s p a ñ a , c o n t r a e r e m o s n u e s t r o e s t u d i o al r e c i n t o de n u e s t r a
n a c i ó n . ¿Qué v e n í a á h a c e r en E s p a ñ a la C o m p a ñ í a de Jesús? Dos
p a r e c e n s e r los oficios q u e Dios e n c o m e n d a b a á la n u e v a O r d e n
r e l i g i o s a en este país. P r i m e r o , f o m e n t a r la r e f o r m a científica y
m o r a l d e n u e s t r a sociedad. S e g u n d o , c o n t r i b u i r p o d e r o s a m e n t e al
b i e n u n i v e r s a l q u e la d i v i n a P r o v i d e n c i a deseaba h a c e r e n t o n c e s al
m u n d o p o r m e d i o de n u e s t r a n a c i ó n .
P a r a e n t e n d e r b i e n a m b a s cosas, n e c e s a r i o es i n v e s t i g a r el estado
religioso y m o r a l d e E s p a ñ a p o r e n t o n c e s , y al m i s m o t i e m p o c o n o -
c e r el oficio p r o v i d e n c i a l q u e d e s e m p e ñ a b a el p u e b l o e s p a ñ o l e n t r e
las n a c i o n e s del siglo x v i . A u n q u e sea m u y difícil e s t a b l e c e r con
s e g u r i d a d u n j u i c i o c o m p a r a t i v o e n t r e d i v e r s a s n a c i o n e s , sin em-
b a r g o , n o c r e o a v e n t u r a d o a f i r m a r q u e á p r i n c i p i o s del siglo x v i se
h a l l a b a E s p a ñ a en el e s t a d o m e n o s m a l o d e E u r o p a , y c o n t e n í a e l e -
m e n t o s sanos y f e c u n d o s q u e p o d í a n e n g e n d r a r o b r a s g r a n d e s y
a c c i o n e s m a g n á n i m a s . D e c i m o s menos malo, p a r a p r e v e n i r n o s c o n t r a
la o p i n i ó n de a l g u n o s católicos m o d e r n o s , q u e se f o r m a n de la E s p a ñ a
d e e n t o n c e s u n a idea o p t i m i s t a p o r d e m á s , p e r o tan fantástica y falsa,
c o m o la q u e t e n í a D. Q u i j o t e de los siglos caballerescos. A esta idea
s u e l e c o n t r i b u i r , p o r desgracia, el m o d o p a r c i a l q u e se t i e n e d e con-
s i d e r a r la h i s t o r i a de a q u e l t i e m p o . Católicos y p r o t e s t a n t e s h e m o s
c o n v e n i d o en e s c r i b i r la h i s t o r i a eclesiástica del siglo x v i c o m o
d i c e n q u e p i n t ó A p e l e s á su a m i g o t u e r t o : do perfil; p e r o con esta
diferencia, q u e m i e n t r a s los católicos la p r e s e n t a m o s p o r el lado del
ojo sano, los p r o t e s t a n t e s la m u e s t r a n p o r el lado d e l ojo c i e g o .
M i e n t r a s se e s c r i b a la h i s t o r i a de este m o d o p a r c i a l , s e r á i m p o s i b l e
e n t e n d e r n o s . P r e c i s o es q u e a p a r e z c a n el ojo ciego y el sano; n e c e -
s a r i o es e x a m i n a r lo h e r m o s o y lo feo, lo b u e n o y lo m a l o , si h e m o s
d e l l e g a r al c o n o c i m i e n t o e x a c t o d e los h e c h o s , y sacar los f r u t o s
q u e d e la v e r d a d h i s t ó r i c a se d e r i v a n . ¿Cuál era en a q u e l siglo el
l a d o feo d e n u e s t r a n a c i ó n ? La c o r r u p c i ó n e s p a n t o s a d e c o s t u m b r e s .
¿Cuál e r a el lado h e r m o s o ? La e n t e r e z a de la fe y d e l c a r á c t e r .
E l estado d e E s p a ñ a en la p a r t e m o r a l á fines del siglo x v y en la
p r i m e r a m i t a d del x v i , a u n q u e n o t a n c o r r o m p i d o c o m o el del r e s t o
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 27
d e E u r o p a , n o d e j a b a d e s e r d e p l o r a b l e . E s t o se infiere a n t e t o d o
d e los escándalos q u e d a b a n l a s p e r s o n a s m á s i l u s t r e s del c l e r o . E l
A r z o b i s p o d e T o l e d o , Alfonso d e C a r r i l l o , edificaba e n m e d i o d e u n a
iglesia u n s e p u l c r o p a r a s u hijo n a t u r a l D. T r o i l o , y escandalizaba
tanto al p u e b l o , q u e l l e g a r o n á d a r l e ei n o m b r e i g n o m i n i o s o d e d o n
Opas (1). El g r a n C a r d e n a l D. P e d r o González de Mendoza, p r e d e c e -
s o r d e C i s n e r o s en la silla d e T o l e d o , t u v o t r e s hijos en dos muje-
r e s (2). Los A r z o b i s p o s d e Santiago, Alfonso d e F o n s e c a y su s o b r i n o ,
d e l m i s m o n o m b r e y a p e l l i d o , q u e le s u c e d i ó , t e n í a n tan mala fama
en p u n t o á h o n e s t i d a d , q u e c u a n d o o c u p ó el s o b r i n o la silla de San-
tiago, e x c l a m ó el s e v e r o Cisneros, q u e p u e s se a m a y o r a z g a b a en los
F o n s e c a s el A r z o b i s p a d o de S a n t i a g o , sería d e v e r si se e x c l u í a n las
h e m b r a s (3). E l O b i s p o d e P l a s e n c i a , D. G u t i e r r e de Carvajal, t u v o
u n hijo e n sus m o c e d a d e s , y d e s p u é s s i r v i ó en p e r p e t u a s g u e r r a s
y disensiones, más como soldado p e n d e n c i e r o que como prelado
eclesiástico (4). T o d o e s p a ñ o l sabe las a v e n t u r a s y d e s v e n t u r a s d e l
famoso O b i s p o d e Z a m o r a , A n t o n i o d e Acuña, q u i e n á la cabeza d e
t r e s c i e n t o s c l é r i g o s a r m a d o s , salía á r e f o r z a r las filas d e los c o m u -
n e r o s , y d e s p u é s d e m i l p e r c a n c e s , p r e s o e n el castillo d e S i m a n c a s ,
asesinaba t r a n q u i l a m e n t e á su alcalde N o g u e r o l , y p e r e c í a p o c o des-
p u é s a h o r c a d o p o r e l alcaide R o n q u i l l o . E s t o s d e s ó r d e n e s m o r a l e s
de los O b i s p o s e r a n p o r d e s g r a c i a b a s t a n t e f r e c u e n t e s , t a n t o , q u e
en 1565, c u a n d o y a se m a n i f e s t a b a u n a m e j o r í a i n n e g a b l e e n el estado
eclesiástico, t o d a v í a e s c r i b í a el e m b a j a d o r v e n e c i a n o J u a n S o r a n z o ,
h a b l a n d o d e los Obispos: «La m a y o r p a r t e de a q u e l l o s p r e l a d o s
v i v e n m u y r e g a l a d a m e n t e , y m u c h o s hay q u e gastan c i n c u e n t a y
o c h e n t a m i l d u c a d o s al año e n el t r a t o de sus p e r s o n a s y en c o n s e r -
v a r el l u s t r e d e sus casas. Son p o q u í s i m o s los q u e n o t i e n e n hijos, á
los cuales p r e s e n t a n en p ú b l i c o sin r e b o z o » (o).
( 1 ) M a r i a n a , Historia de España, 1. X X I I I , c. s . L n f u e n t e , Historia eclesiástica
de España, t. lv, p . 449 ( e d i c . 1 8 7 3 ) .
( 2 ) A t o d o s t r e s conoció O v i e d o , q u i e n d;i n o t i c i a s d e ellos en las Batallas y
Quincuagenas. M s s . M a d r i d , B i b l i o t e c a N a c i o n a l , 3 . 1 3 5 , f. 8 7 .
( 3 ) A l v a r G ó m e z d e C a s t r o , De robus gestis a Francisco Ximenio. 1. v m , f. 237.
( 4 ) Vid. infra, 1. II, c. x n .
( 5 ) aVivimo la maggior parte di quei prelati molto deliziosamente, e molti sano
qiielli che in rirere e hi conserrar sua casa spendono 50 o 80.0U0 ducati fauno.
Pocliissimi sonó che non ahbiano figliuoh, e che apertamente non ¡i facciano compa-
rire.it A l b e r i , Rclazioni degli ambasciaiori reneti, s e r i e I, r o l . v, p . 7 9 . P o s i b l e es
q u e en e s t o h a y a a l g u n a e x a g e r a c i ó n , p u e s estos e m b a j a d o r e s e r a n a l g o p r o p e n s o s á
g e n e r a l i z a r los d e f e c t o s q u e v e í a n en las o t r a s n a c i o n e s . D u d o m u c h o q u e n i n g ú n
Obispo español, fuera del d e Toledo, p u d i e r a gastar 80.000 d u c a d o s al año.
 •28 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
Á este d e s o r d e n en las c o s t u m b r e s a c o m p a ñ a b a el l a m e n t a b l e
a b u s o d e a u s e n t a r s e los p r e l a d o s , d e j a n d o sus diócesis en m a n o s
m e r c e n a r i a s , y n o a c o r d á n d o s e de ellas sino p a r a c o b r a r sus r e n t a s
y g a s t a r l a s , sabe Dios c ó m o , en la c o r t e ó en R o m a . C o n o c i d o es el
esfuerzo n o b i l í s i m o q u e hizo el Concilio d e T r e n t o p a r a c o r t a r este
a b u s o , y las s e v e r a s p e n a s con q u e o b l i g ó á r e s i d i r e n t r e sus ovejas
á los p á r r o c o s y Obispos, á q u i e n e s el E s p í r i t u Santo ha p u e s t o p a r a
r e g i r la I g l e s i a de Dios. La h i s t o r i a de v a r i a s diócesis españolas
d e m u e s t r a b i e n c u a n n e c e s a r i a s e r a n estas d i s p o s i c i o n e s . P o r lo
demás, el p e c a d o d e n o r e s i d i r nacía, c o m o c o n s e c u e n c i a e s p o n t á n e a ,
d e l o t r o v i c i o t a n g e n e r a l e n t o n c e s d e c o n c e d e r las diócesis á Car-
d e n a l e s a u s e n t e s , á hijos b a s t a r d o s de p r í n c i p e s , á s o b r i n o s de altos
s e ñ o r e s y á o t r a s p e r s o n a s de este jaez. Desde 1400 se s u c e d e n en la
silla de L e ó n t r e s C a r d e n a l e s i t a l i a n o s (i). Al g r a v í s i m o C i s n e r o s
s i g u e en la silla d e T o l e d o el m u c h a c h o liameneo G u i l l e r m o de Croy,
q u e n o tenía v e i n t e años de edad, sólo p o r s e r hijo del p r i m e r m i n i s -
t r o C h i e v r e s , q u e v i n o á E s p a ñ a con Carlos V. D e s d e 1-J!)1 hasta 15:37
a p a r e c e n e n la s e d e d e P a m p l o n a cinco C a r d e n a l e s e x t r a n j e r o s :
C é s a r Borja, A n t o n i o t t o , F a c c i o S a n t ó n , J u a n 13. Constanzi y Alejan-
d r o C e s a r i n i (2). P o r s u p u e s t o , q u e n i n g u n o de los c i n c o r e s i d i ó e n
P a m p l o n a ; y el p r i m e r o , César Borja, era de tales c o s t u m b r e s , q u e
lo m e j o r q u e p u d o h a c e r fué n o r e s i d i r e n su diócesis. Afirma d o n
Vicente de L a f u e n t e q u e c u a n d o fué n o m b r a d o A r z o b i s p o de Valen-
cia J o r g e d e A u s t r i a e n 1538, hacía y a c i e n t o o n c e años q u e a q u e l l a
c i u d a d n o veía á su p r e l a d o (3). No p u e d o c o m p r o b a r la e x a c t i t u d
d e este a s e r t o ; p e r o c o n s u l t a n d o las h i s t o r i a s d e a q u e l t i e m p o , n a d i e
n e g a r á q u e el a b a n d o n o de las iglesias e r a u n m a l b a s t a n t e g e n e r a -
lizado.
S a b i d o es q u e v a r i o s d e estos O b i s p o s e r a n s o l a m e n t e c o m e n d a -
tarios y se l l a m a b a n t a m b i é n a d m i n i s t r a d o r e s apostólicos de las
diócesis, p u e s a l g u n o s de esos C a r d e n a l e s , c o m o César Borja, ni
s i q u i e r a t e n í a n las ó r d e n e s sagradas; p e r o esto m i s m o e n v o l v í a o t r o
d e s o r d e n , n o de p o c a m o n t a , cual e r a el d e p o s t e r g a r la d i g n i d a d
e p i s c o p a l á los h o n o r e s y p r e e m i n e n c i a s m u n d a n a s . E l p r i m e r h o n o r
( 1 ) V i d . Gil G o n z á l e z D á v i l a , Teatro eclesiástico de las Iglesias... de las
Castillas, t. i, p . 41 I.
( 2 ) V i d . F e r n á n d e z P é r e z , Historia de la Iglesia y Obispos de ramplona,
p á g s . 172 y s i g .
( 3 ) Historia eclesiástica de España, t. v, p . 5 S 9 ( e d i e . 1 8 7 4 ) .
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
y lo p r i n c i p a l d e las r e n t a s se lo l l e v a b a el c o m e n d a t a r i o a u s e n t e , y
el peso de las funciones episcopales c a r g a b a s o b r e a l g ú n p o b r e
Obispo d e a n i l l o (como e n t o n c e s se decía), á q u i e n se gratificaba
con a l g ú n r e s i d u o m e z q u i n o d e la r e n t a . Dar, c o m o a h o r a se hace, á
u n O b i s p o a n c i a n o ó e n f e r m o o t r o O b i s p o a u x i l i a r , sano y r o b u s t o ,
q u e le a y u d e á l l e v a r la c a r g a y le s u p l a en lo q u e n o p u e d e h a c e r
p o r sí, es m u y justo y r a z o n a b l e ; p e r o s u b o r d i n a r u n O b i s p o r e a l y
v e r d a d e r o á u n t i t u l a r a u s e n t e , q u e es tal vez u n m o z a l b e t e , c u y o s
m é r i t o s se r e d u c e n á ser s o b r i n o del P a p a , ó hijo b a s t a r d o del p r í n -
cipe, ó s e g u n d ó n d e a l g u n a familia i l u s t r e , ó, lo q u e o c u r r í a en o t r o s
casos, s u b o r d i n a r l e á u n C a r d e n a l m u y insigne, es v e r d a d , p e r o de
o t r a n a c i ó n , y q u e n i p o r a s o m o p e n s a b a p r e s e n t a r s e e n la diócesis, y
á q u i e n se había c o n f e r i d o la m i t r a s i m p l e m e n t e p a r a d a r l e d i n e r o
y sacarle d e d e u d a s , esto e r a u n d o l o r o s o a b u s o q u e s i e m p r e cedía
en g r a v í s i m o p e r j u i c i o de las almas.
P a r a m u e s t r a d e c ó m o a n d a b a el g o b i e r n o de las diócesis en tales
manos, p r e s e n t a r e m o s un episodio h i s t ó r i c o d e l año 1522, t o m á n d o l o
de G r e g o r i o F e r n á n d e z P é r e z (1). E n este año fué c o n f e r i d a la m i t r a
de P a m p l o n a al C a r d e n a l C e s a r i n i . No s a b e m o s con q u é f u n d a m e n t o ,
m o v i ó l e p l e i t o el C a r d e n a l C o l o n n a . L a r g o fué el d e b a t e e n t r e a m b o s
p u r p u r a d o s ; p e r o al fin a r r e g l ó s e el litigio p o r m e d i o d e u n a c o m -
posición e n esta forma: q u e el C a r d e n a l C e s a r i n i t u v i e s e p e r p e t u a -
m e n t e la m i t r a de P a m p l o n a y gozase d e sus r e n t a s , p e r o q u e h u b i e -
se d e p a g a r t o d o s los años al C a r d e n a l C o l o n n a dos mil y q u i n i e n t o s
d u c a d o s de o r o de c á m a r a , y c e d e r l e a d e m á s la m i t a d d e las p r o v i -
siones y colaciones, t a n t o d e m o n a s t e r i o s c o m o de p r i o r a t o s , d i g n i -
dades, p r e b e n d a s y o t r o s c u a l e s q u i e r a beneficios eclesiásticos. De
este m o d o se r e p a r t í a n las r e n t a s los dos C a r d e n a l e s , sin t o m a r s e
más fatigas p o r la diócesis q u e la de e c h a r de t i e m p o en t i e m p o u n a
firma (y n o la e c h a r í a n d e balde) p a r a c o n f e r i r los beneficios e c l e -
siásticos q u e v a c a b a n en P a m p l o n a . Al año s i g u i e n t e , 1523, e n t r ó en
posesión d e l o b i s p a d o el C a r d e n a l C e s a r i n i . Ya hacía m á s de cua-
r e n t a años (desde 1481) q u e la diócesis n o veía á sus O b i s p o s . Las
c o n t i n u a s g u e r r a s y t r a s t o r n o s p o l í t i c o s de a q u e l t i e m p o h a b í a n
s u m e r g i d o á N a v a r r a en u n a b i s m o d e c a l a m i d a d e s . La d i s c i p l i n a
eclesiástica se h a l l a b a t r i s t e m e n t e relajada. T o d o s c l a m a b a n p o r
dos
alguna r e f o r m a . M o v i d o s p o r estos c l a m o r e s , J u a n R e m m i a , Vicario
t. II,
( 1 ) Historia de la Iglesia y Obispos de Pamplona, t. r, p . 2 0 7 .
30 INTROIJUCUÓN HISTÓRICA
g e n e r a l d e l o b i s p a d o , y J u a n P o g g i o , p r o c u r a d o r del C a r d e n a l Cesa-
r i n i , r e ú n e n s í n o d o d i o c e s a n o . D i s c u t i ó s e l a r g a m e n t e s o b r e la r e f o r -
m a d e los a b u s o s ; p e r o m á s q u e el n e g o c i o d e la r e f o r m a , los d o s
s u s o d i c h o s a g e n t e s u r g i e r o n o t r o , y fué el solicitar del clero un sub-
sidio voluntario y caritativo para el Sr. Cardenal administrador (1).
¡Esta era la s o l i c i t u d p a s t o r a l q u e t e n í a n d e sus iglesias los p r e l a d o s
ausentes!
Si tales a n d a b a n las cabezas q u e d e b i e r a n d a r e j e m p l o de v i r t u d
á los d e m á s , ¿ c ó m o estaría el c u e r p o d e l c l e r o ? Da g r i m a l e e r algu-
nas d e s c r i p c i o n e s q u e n o s h a n dejado e s c r i t o r e s del siglo x v i s o b r e
el estado d e l c l e r o s e c u l a r . Véase c ó m o se e x p l i c a F r . P a b l o d e
L e ó n , d o m i n i c o , en su o b r a t i t u l a d a Guía del cielo. T r a t a n d o del p e -
c a d o d e s i m o n í a , y d e c l a r a n d o c ó m o se i n c u r r e en él, dice así: «Peca
d e s i m o n í a si a l g u n o da a l g ú n beneficio ó lo r e c i b e p r i n c i p a l m e n t e
p o r el s e r v i c i o ; c o m o son m u c h o s q u e van á R o m a , ó v i v e n con
o b i s p o s , q u e n o les dan los beneficios, s i n o p o r q u e h a n s e r v i d o , n o
m i r a n d o q u e n i s a b e n l e t r a s , n i t i e n e n b u e n a s c o s t u m b r e s , sino solo
q u e h a n s e r v i d o . Y d e a q u í es q u e p o r m a r a v i l l a v i e n e u n o de R o m a
c o n r e n t a , q u e sepa a u n g r a m á t i c a , n i c r i a d o s d e obispos, y así t o d a
p o r n u e s t r o s p e c a d o s está llena, ó do los q u e s i r v i e r o n ó fueron
c r i a d o s en R o m a , ó de o b i s p o s ó de hijos ó de p a r i e n t e s ó s o b r i n o s
ó hijos d e eclesiásticos, ó de los q u e e n t r a n p o r r u e g o s c o m o hijos
de g r a n d e s , ó e n t r a n p o r d i n e r o ó cosa q u e valga d i n e r o , y p o r m a -
ravilla e n t r a u n o p o r l e t r a s ó b u e n a vida, c o m o lo m a n d ó J e s u c r i s t o
y m a n d a el d e r e c h o y r a z ó n . Y así c o m o d i n e r o los m e t i ó en la I g l e -
sia, n u n c a b u s c a n s i n o d i n e r o ; n i t i e n e n o t r o i n t e n t o sino a c r e c e n t a r
la r e n t a , y n u n c a p r e g u n t a n sino p o r la r e n t a ; q u e de a q u é l l a t i e n e n
c u i d a d o y n o d e las á n i m a s , q u e de a q u é l l a s n o e n t i e n d e n t e n e r la
solicitud que manda nuestro Señor. Y como entran por servicios,
n u n c a c u r a n sino d e ser s e r v i d o s y h o n r a d o s ; q u e la h o n r a y q u i e -
tud que perdieron sirviendo, quiórenla cobrar después que fueren
e n d i g n i d a d c o n s t i t u i d o s , y éstos c o m ú n m e n t e v e m o s m á s fantásti-
cos y e n t e n d e r m á s en c r i a d o s y cazas y h a l c o n e s y v e s t i d o s , y n u n c a
s u p i e r o n sino c u r a r u n a m u í a ó (con r e v e r e n c i a hablando) t e n e r
c a r g o de u n b a c í n y d e o t r o s oficios viles y infames, y éstos v i e n e n
á r e g i r la Iglesia. Y c o m o en oficios viles fueron criados, y c o m ú n -
m e n t e f u e r o n a m b i c i o s o s y sin l e t r a s y sin b u e n a s c o s t u m b r e s y v i d a
( 1 ) Ibid., p. 210.
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 31
y sin c r i a n z a d e n o b l e s , c u a n d o e s t á n e n a q u e l l a s d i g n i d a d e s , n o sa-
ben h a c e r v i r t u d T o d o el t i e m p o pasan en j u g a r , en c r i a r u n a
muía m á s a n c h a q u e la p u e r t a de la iglesia, l e b r e l e s , c u i d a d o d e
azores, de m a n c e b a s , y así a n d a n m u c h o s hasta q u e m u e r e n . D e s t o s
tales está l l e n a la santa M a d r e Iglesia» (1).
Se d i r á q u e estas s o n e x a g e r a c i o n e s d e c l a m a t o r i a s d e u n fraile
e n c e r r a d o en su celda é i g n o r a n t e d e lo q u e pasa en el m u n d o . P e r o
nadie n e g a r á c o n o c i m i e n t o d e l m u n d o al c a p i t á n G o n z a l o F e r n á n -
dez de O v i e d o , q u e t a n t o c o r r i ó p o r E s p a ñ a , I t a l i a y A m é r i c a , y
cuya p o r t e n t o s a m e m o r i a r e c o g i ó en sus escritos u n c ú m u l o t a n
a s o m b r o s o d e n o t i c i a s p e r s o n a l e s , c u a l n o sé q u e h a y a t r a n s m i t i d o á
la p o s t e r i d a d n i n g ú n o t r o h i s t o r i a d o r (2). E s t e h o m b r e , tan familia-
rizado con t o d a s las clases sociales en la p r i m e r a m i t a d del siglo x v i ,
r e s p o n d i e n d o á u n a carta del a l m i r a n t e d e Castilla, y h a b l a n d o d e los
males q u e afligían á E s p a ñ a en 1524, se e x p r e s a d e este m o d o : «Mu-
chos d e los m é d i c o s de las almas n u n c a e s t u d i a n p a r a curallas en su
medicina, sino en a u m e n t a r el s a l a r i o q u e la Iglesia les da, n i v i s i -
tan los e n f e r m o s , n i c o n o c e n d e p u l s o , p o r q u e n o e s t u d i a r o n m á s d e
para g u a r d a r s e , y a u n eso h a n o l v i d a d o p o r n o lo e j e r c i t a r . Sus Avi-
cenas son aves y cenas, aves de caza y cenas d e b a n q u e t e s , y su Loc-
eras [ H i p ó c r a t e s ] h i p o c r e s í a , y su G a l e n o gallinas, y su A v e r r o e s es
aver y r o e r , a v e r d e p e c u n i a s y o í r m a l d e los o t r o s y r o e r las famas
3 vidas de s i e r v o s do Dios, así c o m o de c o n t r a r i o s e n e m i g o s : q u e
r
t o d o se h a l l a r á e n casas d e eclesiásticos lo q u e falta en palacios d e
seglares Lo q u e d e s e a n es t e n e r v i d a de viciosos y h o n r a de v i r -
tuosos, hijos c o m o casados y a u t o r i d a d c o m o castos, v a n i d a d e s c o m o
m u n d a n o s y r e p u t a c i ó n c o m o r e l i g i o s o s : así q u e la I g l e s i a s i r v e á
<>llos y ellos á la c a r n e y la c a r n e al d e m o n i o . P o c o s veo t e m e r o s o s
de Dios, y éstos q u e lo son m e r e t r a e n la mano» (3).
( 1 ) Guia ilrl cielo. P a r t . V , c. 5 0 . A u n q u e e s t e l i b r o se i i n p i i m i ó e n 1 5 5 3 , p e r o y a
( n l a b a e s c r i t o en 15'28. c o m o c o n s t a p o r el p a r r a l i l o c o n q u e t e r m i n a el l i b r o . D e s -
pués d e n o m b r a r al a u t o r , se d i c e a l l í : u E l q u a l i n i c i a d o y o F r a y J u a n d e G n ó m i c a
t r a s l a d é del o r i g i n a l en el c o n v e n t o de s a n ; K s ' e u a n de S a l a m a n c a , p o r m a n d a d o d e
I ray D o m i n g o d e M u u t e m u y o r , p r i o r á l a s a z ó n q u e lo e s c r i v i d e l m i s i n o c o n v e n i o ,
año M D X X V K I . »
( 2 ) Véase la b i o g r a f í a d e O v i e d o , p u e s t a p o r A m a d o r d e l o s l l í o s al p r i n c i p i o d e
la / / /
storia general // natural de las India?.
( 3 ) M a d r i d . Bibl. X a e i o n n l , t. 4 4 . L a c a r t a d e l a l m i r a n t e a O v i e d o e s t á d i v i l i d a en
doce c a p í t u l o s , y á c a d a u n o v a r e s p o n d i e n d o s e p a r a d a m e n t e O v i e d o . El f r a g m e n t o
c i t a d o es d e la r e s p u e s t a al c a p . 7."
32 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
Á esta r e l a j a c i ó n d e l c l e r o c o n t r i b u í a n p o d e r o s a m e n t e las e n o r
m e s r i q u e z a s q u e e n t o n c e s p o s e í a la Iglesia. E l año 1557 las r e n t a s
d e l A r z o b i s p o d e T o l e d o a s c e n d í a n á d o s c i e n t o s c i n c u e n t a m i l duca-
dos. Así n o s lo d i c e el c é l e b r e c r o n i s t a L u i s C a b r e r a d e C ó r d o b a (1)
q u i e n c o m o e m p l e a d o p o r F e l i p e I I en n e g o c i o s de h a c i e n d a y o f r ^
c o m i s i o n e s delicadas, d e b í a e s t a r e n t e r a d o de las r i q u e z a s del p r i -
m a d o . P o r el m i s m o t i e m p o el A r z o b i s p a d o d e Sevilla r e n d í a más
d e s e t e n t a m i l d u c a d o s a n u a l e s (2). G r a n fama d e r i q u e z a s gozabaí
( 1 ) Fd'ipe II. rey de España. P a r t . T, 1. I V , o. 2 . P a r a a p r e c i a r el v a l o r d e csí
r i q u e z a , sería n e c e s a r i o s a b e r lo q u e v a l í a e n t o n c e s u n d u c a d o , c o s a no t a n f á c i l ei
v e r d a d , no sólo p o r l a s i n n u m e r a b l e s y c a p r i c h o s a s v a r i a c i o n e s q u e i n t r o d u c í a n 1<
m o n a r c a s en el v a l o r l e g a l d e la m o n e d a , sino p i i n c i p a l m e n t e p o r la d i f i c u l t a d di
c o n o c e r el p r e c i o del d i n e r o , c o m p a r a d o c o n el d e o t r a s m e r c a n c í a s , p u e s c o m o t o d o
s a b e n , u n a d e l a s c o s a s c u y o v a l o r t i e n e m á s a l t i b a j o s es el d i n e r o . P o r r e g l a g e n e -
r a l , el d u c a lo solía d i v i d i r s e en el s i ^ l o x v i e n o n c e r e a l e s ó e n t r e s c i e n t o s s e t e n t a \
c i n c o m a r a v e d í e s . D e n t r o d e a q u e l m i s m o s i g l o a s c e n d i ó el valor d e l d u c a d o á cua-
t r o c i e n t o s m a r a v e d i s e s , y e n el s i g l o x v n se le a s i g n ó u n v a l o r l e g a l m á s s u b i d o .
C o m p a r a n d o el b e n e d i c t i n o F r . L i c i n i a n o Sáez el v a l o r del d u c a d o en 1 4 7 5 , c n a n d "
v a l í a t r e s -icntos c i n c u e n t a m a r a v e d i s e s , c o n las m o n e d a s de C a r l o s I V , se e x p r e s a cv.
t a l e s t é r m i n o s : « P o r c o n c l u s i ó n d e l d u c a d o d e c i m o s , q u e si e s t a m o n e d a h u b i e r a
existido hasta nuestros días (1805) valdría c i n c u e n t a y un reales, veinte maravedí
ses y 1 1 7
a v o s d e m a r a v e d í . » (Demostración histórica del verdadero calor de toda-
J
1UU48
las monedas que corrían en Castilla durante el reinado de Enrique IV, p . 2 4 7 . ) P e n i
s e a c u a l f u e r e l a d i v i s i ó n y clasificación m o n e t a r i a del d u c a d o , f á l t m o s s a b e r c u á n -
t a s y c u á l e s c o s a s se p o d í a n e n t o n c e s c o m p r a r ó p a g a r p o r u n d u c a d o . P r e s e n t a r e -
m o s d o s d a t o s q u e d a n a l g u n a luz e n e s t a m a t e r a . I' 1 a ñ o 1 5 7 1 , en l¡i r e a l c é d u l a q u e
e x p i d i ó F e l i p e I I m a n d a n d o h a c e r la c o s t a del v i a j e á nuei-tros m i s i o n e r o s q u e iban
á Méjico, d i s p o n e q u e m i e n t r a s e s t é n en S e v i l l a e s p e r a n d o la n a v e g a c i ó n , se les dé
r e a l y m e d i o c a d a d í a para su entretenimiento y sustentación. ( S e v i l l a , Archiro de In-
dias, 1 5 4 - 1 - 1 8 . ) S e g ú n e s t o , con real y m e d i o d i a r i o , es decir, con un ducado sema-
nal, p a g a b a el l i e y c u m p l i d a m e n t e el h o s p e d a j e d e u n m i s i o n e r o en S e v i l l a . ¿ C u á n t o
c o s t a r í a h o y ese h o s p e d a j e en la f o n d a m á s h u m i l d e ? C a b r e r a d e C ó r d o b a , e x p l i -
c a n d o lo q u e c o s t a b a n á E s p a ñ a los e j é r c i t o s d e F l a n d e s , y d e s c e n d i e n d o á f u e r de
e m p l e a d o a d m i n i s t r a t i v o á m u y m e n u d o s p o r m e n o r e s , d i c e a s í : « C o n f o r m e á la
c u e n t a d e F l a n d e s , u n e j é r c i t o do t r e i n t a mil i n f a n t e s y seis mil y q u i n i e n t o s caba-
llos c o s t a r í a c a d a m e s d o s c i e n t o s m i l e s c u d o s d e o r o poco m á s . » ( F e l i p e II, rey (Ir
España, I. I V , c. 2 4 . ) P o c o a n t e s h a b í a d i c h o e n el m i s m o c a p í t u l o q u e el e s c u d o de
o r o v a l í a c u a t r o c i e n t o s m a r a v e d i s e s , e s d e c i r , q u e c a s i c o i n c i d í a c o n el d u c a d o S e g ú n
e s t a c u e n t a , la r m t a a n u a l del A r z o b i s p o d e T o l e d o b a s t a r í a p a r a c u b r i r durante un
mes t o d o s los g a s t o s d e u n e j é r c i t o d e c u a r e n t a mil h o m b r e s en c a m p a ñ a , l o s milita-
r e s p o d r á n d e c i r á c u á n t o s u b i r í a h o y esa s u m a . L o s l e g o s en 'a m a t e r i a n o s q u e d a -
r e m o s c o n la idea, e v i d e n t e m e n t e s e g u r a , d e q u e sólo el A r z o b i s p o d e T o l e d o tenía
i n c o m p a r a b l e m e n t e m á s r e n t a q u e a h o r a t o d o s los o b i s p o s d e E s p a ñ a r e u n i d o s .
( 2 ) V é a s e la c u r i o s a c a r t a d e l c o n t a d n r H e r n a n d o d e O c h o a á C a r l o s V , f e c h a en
V a l l a d o l i d á 28 d e M a y o d e 1557, y p u b l i c a d a p o r G a c h a r d , d o n d e el b u e n c o n t a d o r
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 33
p o r e n t o n c e s o t r o s o b i s p a d o s , c o m o el de Sigüenza, el d e S a n t i a g o ,
el de Cuenca y a u n de u n o de los más oscuros de España, como e r a
el de P a l e n c i a , e s c r i b e O v i e d o , q u e valía veinticuatro mil ducados de
renta (1). A d e m á s d e lo c u r i o s o d e la n o t i c i a , n ó t e s e lo g r o s e r o d e la
e x p r e s i ó n . ¿ Q u é d i r í a m o s d e l siglo n u e s t r o ? ¿ C ó m o le p o n d r í a m o s d e
positivista y d e s c r e í d o si él h u b i e r a i n v e n t a d o la frase d e q u e u n
obispado vale t a n t o d i n e r o ? P u e s e n el siglo x v r éste era el v e r b o
c o r r i e n t e , así e n E s p a ñ a c o m o e n Italia, p a r a d e s i g n a r la r e n t a d e los
obispos.
Al c o m p á s d e las r i q u e z a s e p i s c o p a l e s i b a n las d e los cabildos,
m o n a s t e r i o s y o t r o s b e n e f i c i a d o s . T a n c r e c i d a iba s i e n d o la r i q u e z a
del c l e r o , así s e c u l a r c o m o r e g u l a r , q u e m u c h o s t e m í a n la r u i n a d e
la n a c i ó n p o r p a s a r t a n t o s b i e n e s a l d o m i n i o d e la I g l e s i a . Véase la
p e t i c i ó n q u e las C o r t e s d e V a l l a d o l i d p r e s e n t a r o n al E m p e r a d o r
en 1523: «Otrosí, q u e s e g ú n lo q u e c o m p r a n las y g l e s i a s y m o n e s t e -
rios, d o n a c i o n e s y m a n d a s q u e se l e s hazen, e n p o c o s años p o d í a s e r
suya la m á s h a z i e n d a d e l r e y n o : suplican á V u e s t r a Majestad q u e se
dé o r d e n , q u e , si m e n e s t e r fuere, se s u p l i q u e á n u e s t r o m u y S a n t o
P a d r e c ó m o las h a z i e n d a s y p a t r i m o n i o s y b i e n e s r a y z e s n o se e n a g e -
nen á y g l e s i a s n i á m o n e s t e r i o s , y q u e n i n g u n o se las p u e d a v e n d e r ;
y si p o r t í t u l o l u c r a t i v o las o v i e r e n , se les p o n g a t é r m i n o en q u e las
v e n d a n á legos y seglares» (2). Los m i s m o s t e m o r e s m u e s t r a n las
Cortes d e S e g o v i a e n 1532. « P o r e x p e r i e n c i a se v e e , dicen, q u e las
yglesias y m o n e s t e r i o s y p e r s o n a s eclesiásticas c a d a día c o m p r a n
m u c h o s h e r e d a m i e n t o s , d e c u y a causa el p a t r i m o n i o de los l e g o s se
"va d i s m i n u y e n d o , y se e s p e r a q u e si ansí va, m u y b r e v e m e n t e s e r á
todo suyo» (3). E n casi t o d a s las c o r t e s d e l siglo x v i a p a r e c e n alar-
mas d e este g é n e r o .
refiere las i n ú t i l e s d i l i g e n c i a s q u e hizo p a r a s a c a r d i n e r o al A r z o b i s p o V a l d é s . O i g a -
mos las p a l a b r a s de Ochoa: «Díjome V a l d é s delante de u n s a c r a m e n t o , que los dia-
blos le l l e v a s e n , si n u n c a t u v o c i e n m i l , n i o c h e n t a m i l , n i s e s e n t a m i ) , n i t r e i n t a
mil d u c a d o s j u n t o s , p o r q u e s i e m p r e h a b í a g a s t a d o m u c h o y h e c h o l i m o s n a s y c o m -
p r a d o en c i e n t o c i n c u e n t a mil d u c a d o s p a r a d o t a c i o n e s y o t r a s cosas, y q u e e s t o e r a
ansí.» Y o le r e s p o n d í A e s t o : «Señor, n o b a s t a q u e vos d i g á i s e s t o p a r a q u e os c r e a n ,
p o r q u e s a b e n q u e h a d i e z a ñ o s y m á s q u e sois A r z o b i s p o d e S e v i l l a , y q u e , d e s p u é s
que le t e n é i s , el a ñ o q u e m e n o s h a v a l i d o v u e s t r o a r z o b i s p a d o h a n s i d o s e t e n t a m i l
d u c a d o s a r r i b a . Y él m e r e s p o n d i ó q u e e r a v e r d a d , q u e el a r z o b i s p a d o le h a b í a v a l i d o
s e s e n t a mil d u c a d o s c a d a a ñ o . » (Retraite et mort de Charles V, t. I I , p . 192.)
( 3 ) Quincuagenas. Estanza 39.
( 2 ) Actas de las Cortes de Castilla, t. i, p . 2 5 1 . E d i c . 1 8 6 1 .
( 3 ) Ibid., t. i , p . 2 6 9 .
3
34 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
¿Qué efecto m o r a l p o d í a p r o d u c i r en el e s t a d o eclesiástico esta
r i q u e z a d e s m e s u r a d a ? No es difícil a d i v i n a r l o . L l e n a r s e el c l e r o d e
g e n t e i n ú t i l , i g n o r a n t e y ociosa, q u e se a c e r c a b a á las s a g r a d a s
ó r d e n e s con la e s p e r a n z a de p i n g ü e s beneficios. H a b l a n d o el c r o n i s t a
d e F e l i p e I I , C a b r e r a de C ó r d o b a , a c e r c a d e la p r u d e n c i a con q u e el
R e y p r o c e d í a en el n o m b r a m i e n t o d e obispos, l l e g a n d o á m e n c i o n a r
la diócesis d e C a l a h o r r a , dice: «Este o b i s p a d o d e C a l a h o r r a t i e n e
diez y o c h o m i l c l é r i g o s , la m a y o r p a r t e m o z o s y e n ocio, y tan
d i g n o s d e c o r r e c c i ó n , q u e s u e l e v a l e r la alcaidía d e su c á r c e l m i l y
q u i n i e n t o s d u c a d o s y las p e n a s d e c á m a r a t r e s y c u a t r o m i l . Y c i e r t o
es de n o t a r y s e n t i r c u a n t o dañe p a r a esto y s a b e r sólo g r a m á t i c a , el
s e r los beneficios y p r e b e n d a s p a t r i m o n i a l e s ; p o r q u e e s p e r á n d o l a s
p o r s u c e s i ó n , se i n t r o d u c e la i g n o r a n c i a y p o c a v i r t u d » (1). ¡Diez y
o c h o m i l c l é r i g o s ociosos e n sola u n a diócesis! ¿Cuántos h a b r í a e n
las c i n c u e n t a y t a n t a s d e España?
E s t a m u l t i t u d d e c l é r i g o s fué u n defecto, q u e , a g r a v á n d o s e más
cada día e n el siglo x v i , llegó á e s p a n t a r á h o m b r e s r e l i g i o s o s y
p r u d e n t e s , q u e t e m í a n la d e s p o b l a c i ó n de E s p a ñ a si n o se p o n í a
remedio.
E s d e v e r la s e r i e d a d con q u e d i s c u r r e s o b r e este p u n t o á p r i n c i -
p i o s del siglo x v n F r . Á n g e l M a n r i q u e en su o b r a titulada Socorro del
clero al Estado. « A g o t á n d o s e el p u e b l o de esta s u e r t e , n o h a y año en
q u e n o se i n s t i t u y a n d e n u e v o g r a n c a n t i d a d d e c a p e l l a n í a s y o t r o s
b e n e f i c i o s , n i c i u d a d d o n d e , de c i n c u e n t a años á esta p a r t e , n o se
h a y a n f u n d a d o t r e s d o b l a d o s c o n v e n t o s q u e t e n í a a n t e s . "Viene á s e r
q u e e n a l g u n a s h a y a m e n o s v e c i n o s q u e eclesiásticos» (2).
E n estos p á r r a f o s de C a b r e r a y de M a n r i q u e d e s c u b r i m o s u n a
v i r t u d y u n defecto d e los a n t i g u o s e s p a ñ o l e s . La v i r t u d es la
r e l i g i o s i d a d p r o f u n d a d e l p u e b l o e s p a ñ o l . Nadie sabía m o r i r e n t o n c e s
sin d e j a r e n t e s t a m e n t o á la I g l e s i a a l g u n a p o r c i ó n de s u s b i e n e s .
E l defecto es ese vicio n a c i o n a l q u e tan d e s a s t r o s a m e n t e c o r r o e la
E s p a ñ a m o d e r n a , la h o l g a z a n e r í a . E l e n j a m b r e de z á n g a n o s q u e a h o r a
a c u d e á las oficinas d e l E s t a d o , r e v o l o t e a b a e n t o n c e s en t o r n o d e los
baneficios y p r e b e n d a s eclesiásticas. A h o r a son los e m p l e a d o s i n ú t i l e s ,
( 1 ) Felipe II, rey de España, p . i, 1. x i , c. 1 1 . N o se crea q u e t o d o s estos c ' é r i -
g o s e r a n s a c e r d o t e s . C o n t e n t á b a n s e m u c h o s con r e c i b i r l a s ó r d e n e s m e n o r e s , y a u n
l a s i m p l e t o n s u r a ; p o r q u e esto bastaba para gozar rentas ecles ásticas.
( 2 ) Snco-ro del clero al Estado, e s c r i t o p ir u n religioso en 1 6 2 4 . L o p u b l i c ó
e u 1814 J n in L ó p e z C a n c e l a d a .
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 35
e n t o n c e s e r a n l o s c l é r i g o s i g n o r a n t e s y ociosos. L a s c i r c u n s t a n c i a s
varían, p e r o la e n f e r m e d a d ( p l e g u é á Dios n o l l e g u e á s e r m u e r t e )
p e r m a n e c e la m i s m a : la h o l g a z a n e r í a .
Se d i r á q u e el c l e r o r e g u l a r s u p l í a v e n t a j o s a m e n t e el defecto d e l
secular, y q u e si e s c a s e a b a n los c u r a s b u e n o s , a b u n d a b a n los frailes
sabios y v i r t u o s o s . C i e r t a m e n t e n o se p u e d e n e g a r q u e esta p r o p o s i -
ción es, en g r a n p a r t e , v e r d a d ; p e r o eso n o q u i t a q u e t a m b i é n e n t r e
los r e l i g i o s o s a p a r e c i e s e n culpas y escándalos l a m e n t a b l e s . E l y a
citado F r . P a b l o d e L e ó n , d e s p u é s d e d e p l o r a r e n el l i b r o a n t e s
citado, q u e en v a r i o s p u e b l o s e l m a y o r j u g a d o r , b a i l a d o r , a m a n c e -
bado y l o g r e r o sea el c u r a , p r o s i g u e d e esta s u e r t e : «Y así d i g o d e
muchos r e l i g i o s o s , q u e , e n i n j u r i a d e sus Ó r d e n e s , e s c a n d a l i z a n
tantos c r i s t i a n o s , y d e ahí v i e n e q u e n i n g u n a t o r p e d a d n i v i c i o
c a r n a l es t e n i d o en nada» (1).
E n el c l e r o r e g u l a r español de a q u e l l o s t i e m p o s c o n v i e n e d i s t i n -
g u i r dos épocas: la q u e p r e c e d i ó y la q u e s i g u i ó á la r e f o r m a d e
Cisneros. A n t e s d e 1494 p a d e c í a n las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s a q u e l l a
relajación q u e se i n t r o d u j o á m e d i a d o s d e l siglo x i v , y q u e con t a n
sentidas p a l a b r a s d e p l o r a el d o c t o h i s t o r i a d o r de los d o m i n i c o s
Fr. H e r n a n d o del Castillo. La p e s t e a s o l a d o r a q u e , t r a í d a d e L e v a n t e
en 1348, d e v a s t ó p r i m e r o las r e g i o n e s de Italia y l u e g o se difundió
p o r t o d a E u r o p a , s e m b r a n d o p o r d o q u i e r a la m o r t a n d a d y el e s t r a g o ,
produjo c o n s i d e r a b l e s m e n g u a s e n las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , c u y a s
c o m u n i d a d e s q u e d a r o n tal vez r e d u c i d a s á p o c o s i n d i v i d u o s . C u a n d o ,
pasada la furia d e la e p i d e m i a , e n t r ó la v i d a e n el c u r s o o r d i n a r i o ,
s i n t i e r o n los s u p e r i o r e s r e l i g i o s o s g r a n dificultad en s o s t e n e r los
c o n v e n t o s y a e s t a b l e c i d o s , p o r faltarles el n ú m e r o d e sujetos q u e
para ello se r e q u e r í a n . D e s e a n d o , p u e s , c o n s e r v a r l a 3 casas y a fun-
dadas, d i é r o n s e p r i e s a á a d m i t i r t o d o s los q u e p r e t e n d í a n la v i d a
religiosa. C o n c e d i ó s e el h á b i t o con e x c e s i v a p r o d i g a l i d a d , y la
m u c h e d u m b r e q u e e n t r ó de g o l p e e n el c l a u s t r o , m e t i ó c o n s i g o la
relajación. P o c o s r e t u v i e r o n la o b s e r v a n c i a p r i m i t i v a , p o c o s se
salvaron d e l n a u f r a g i o , y t a n p o c o s , q u e el P . H e r n a n d o d e l Castillo
los c o m p a r a á la familia de Noé, q u e se salvó del d i l u v i o . «Del r e s t o ,
p r o s i g u e este a u t o r , se p r o d u j o el m o n s t r u o , q u e los s a n t o s l l a m a n
claustra (2), m o n s t r u o c o m p u e s t o d e m u c h o s m o n s t r u o s , d e s t r u c -
(1) Guía del cielo, p . v u , c. 5 .
(2) N o hallo e s t a p a l a b r a e n los d i c j i o n a r í o s , s i n o t a l v e z c o m o v o z l a t i n a q u e s e
usa en estilo u n i v e r s i t a r i o . P o r este y otros p a s a j e s d e F r . H e r n a n d o d e l Cí-.stillo y
 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 37
36 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA

c i ó n d e los b u e n o s e s p í r i t u s , s e p u l t u r a d e la p o b r e z a e v a n g é l i c a . Este p e c a d o d e la blasfemia es el q u e m á s l l a m a b a la a t e n c i ó n d e

c o n g r e g a c i ó n d e flojos, ociosos y v a g a b u n d o s De m a n o e n m a n o ,
d e c o n v e n t o e n c o n v e n t o , d e p r o v i n c i a e n p r o v i n c i a , se fué p e g a n d o
la c l a u s t r a , si n o á t o d o s , á los más» (1).
Á esta d e p l o r a b l e d e c a d e n c i a se o p u s o C i s n e r o s c o n la firmeza
i n c o m p a r a b l e d e q u e Dios le d o t ó , q u i s o l e v a n t a r el e s t a d o r e l i g i o s o
d e la p o s t r a c i ó n e n q u e y a c í a y, f e l i c í s i m a m e n t e , lo c o n s i g u i ó . No
o b s t a n t e , c o m o n o se q u i t a n e n u n día a b u s o s a r r a i g a d o s p o r m á s de
u n siglo, a u n q u e d ó d e s p u é s d e C i s n e r o s m u c h o q u e r e f o r m a r .
S o b r e t o d o se d i s t i n g u i e r o n p o r s u r e l a j a c i ó n los c l a u s t r a l e s ó
c o n v e n t u a l e s (2). R e c u é r d e s e el extcrminaiidi sunt q u e lanzó c o n t r a
e l l o s e l V. F r . B a r t o l o m é d e los M á r t i r e s , A r z o b i s p o d e Braga, e n el
c o n c i l i o d e T r e n t o , y q u e r e p i t i e r o n v a r i o s p r e l a d o s e n el m i s m o
c o n c i l i o (3). E l h e c h o m i s m o d e h a b e r s e l l a m a d o claustra á la rela-
j a c i ó n i n d i c a q u e se h a b í a h e c h o v u l g a r la c r e e n c i a d e q u e los
claustrales estaban relajados.
S i tales m a n c h a s afeaban el e s t a d o eclesiástico á p r i n c i p i o s del
s i g l o X V I , déjase e n t e n d e r q u e las c o s t u m b r e s del p u e b l o n o s e r í a n
m u y e j e m p l a r e s . Las quejas c o n t r a los vicios y p e c a d o s q u e r e i n a b a n
e n la sociedad e r a u n a especie d e l u g a r c o m ú n o r a t o r i o , c u y a l e c t u r a
s u e l e c a n s a r á los q u e h o j e a n l i b r o s ascéticos d e e n t o n c e s . C i t a r e -
m o s , sin e m b a r g o , a l g u n o s d a t o s c o n c r e t o s q u e n o s p a r e c e n d i g n o s
de atención. E n un pueblo tan sinceramente religioso como era
e n t o n c e s el español, c u n d í a d e u n m o d o l a m e n t a b l e e l v i c i o de la
b l a s f e m i a . L a s c o r t e s d e M a d r i g a l , d i r i g i é n d o s e á los R e y e s católicos,
d e c í a n e n 1476: «Otrosy, s e n n o r e s , y a sabe V u e s t r a Alteza, q u a n t o es
g r a n p e c a d o la blasfemia, la q u a l Dios s u e l e p u n i r a g r á m e n t e e las
leyes de vuestro r r e y n o ponen sobrello g r a n d e s penas; p e r o todo
e s t o n o a b a s t a a r r e f r e n a r la c o d i b c i a e p e r v e r s i d a d d e los b l a s -
f e m a d o r e s , e este p e c a d o es t r a y d o t a n e n uso, q u e y a n i p i e n s a n
los q u e blasfeman, q u e o f e n d e n á Dios e n e l l o , n i los j u e c e s c u -
r a n d e los p u n i r » (4).
por algunas CARTAB d e l o s N u e s t r o s se v e q u e se u s a b a e n el s i g l o x v i c o n el s i g n i t i -
cado de relajación.
( 1 ) Hist. gen. de Sto. Domingo y de su Orden, p . I I , 1. n , o. 2.
( 2 ) V i d e L a t ' u ' n t e , 11 tal. de las Universidades de España, t. n , p . GO.
( 3 ) V i d e T u e i n e r , Acia germina Conc. Trid., t. n , p . 4 9 4 . cQui autem pessimc
vunt extcrminandi sunt; el corum plurimi sunt apud conventuales, qui
gia t educanlur.
( 4 ) Cortes de León y Castilla ( E d i c . 1 8 8 2 ) , t. í v , p . 1 0 0 .
O v i e d o , c u a n d o e n l a r e s p u e s t a al a l m i r a n t e d e Castilla, l a m e n t a b a
los males q u e afligían á E s p a ñ a e n 1524. «Esta p r e v a r i c a d a n a c i ó n ,
dice O v i e d o , i n s e n s i b l e p a r e c e e n t r e o t r o s azotes y sofrenadas d e
Dios; q u e en t o d o lo q u e le c u m p l e h a c e al r e v é s , c o m o m á s q u e
i r r a c i o n a l . Á su r e y d e s p r e c i a , á sus p r e l a d o s d e s o b e d e c e , á sus
iguales e n g a ñ a , á sus b u e n o s diffama, á sus m e n o r e s t i r a n i z a , á sus
m a y o r e s se iguala, á sus a m i g o s n o c r e e , de sus e n e m i g o s se fía, á
sus n a t u r a l e s v e n d e , á sus e x t r a ñ o s escandaliza, y lo q u e p e o r es, á
su Dios blasfema. Q u e n i n g ú n r e i n o d e c r i s t i a n o s n i d e infieles se
halla t a n r o t a m e n t e b l a s f e m a r y t a n sin t e m o r d e p u n i c i ó n » (1).
De la i n c o n t i n e n c i a d e e n t o n c e s m e j o r es n o h a b l a r . Si los e c l e -
siásticos f l a q u e a b a n e n esta p a r t e , c o m o h e m o s visto, ¿cuál s e r í a la
relajación d e los legos? C o n o c i d a s son p a r a t o d o el m u n d o las m i s e -
rias d e n u e s t r o s p r í n c i p e s , n o y a d e u n E n r i q u e IV, q u e e n este p u n -
to p a r e c í a d e j a d o d e la m a n o de Dios, s i n o d e m o n a r c a s t a n r e s p e -
tables p o r o t r o s t í t u l o s , c o m o F e r n a n d o el Católico y el E m p e r a d o r
Carlos V. E l q u e se e n t r e p o r las g e n e a l o g í a s d e las familias ilus-
t r e s d e a q u e l t i e m p o , t r o p e z a r á á cada paso c o n hijos h a b i d o s fuera
de m a t r i m o n i o ; y si al e j e m p l o de los g r a n d e s v i v e n los p e q u e ñ o s ,
adivínase el estado m o r a l d e u n a sociedad, á q u i e n los r e y e s , los
g r a n d e s y h a s t a l o s p r e l a d o s y e l c l e r o d a b a n los e j e m p l o s q u e
h e m o s visto. T r i s t e i d e a n o s da d e m u c h o s p u e b l o s d e E s p a ñ a u n a
carta d e F r . L u i s d e E s t r a d a , c i s t e r c i e n s e , q u e e s c r i b i e n d o en 1560 á
n u e s t r o P . A l o n s o R o m á n y d o l i é n d o s e d e las p e r s e c u c i o n e s q u e s e
levantaban c o n t r a la n a c i e n t e C o m p a ñ í a d e J e s ú s , e x c l a m a b a : «¿No es
harta c e g u e d a d v e r e n a l g u n o s p u e b l o s e s c u a d r o n e s de a d ú l t e r o s , d e
a m a n c e b a d o s , d e h o m i c i d a s , d e b l a s f e m o s y de l o g r e r o s , d e j u g a d o -
res, d e p e r j u r o s , d e s i m o n í a c o s , d e l a d r o n e s ? ¡Y c o n t r a éstos n o h a y
lanza n i se p o n e d i l i g e n c i a ! S o l a m e n t e t o d o s l o s e s c u a d r o n e s son
contra los T e a t i n o s , c o n t r a la g e n t e d e s o c o r r o q u e Dios envía, p a r a
a y u d a r á los q u e t i e n e n c a r g o d e g o b e r n a r las almas» (2).
Las m i s m a s o b r a s l i t e r a r i a s d e a q u e l t i e m p o reflejan u n e s t a d o
m o r a l h a r t o r e l a j a d o . H a l l a m a d o la a t e n c i ó n d e n u e s t r o s h i s t o r i a -
d o r e s l i t e r a r i o s la e x t r a o r d i n a r i a l i b e r t a d d e i m p r e n t a q u e h u b o e n
el p r i m e r t e r c i o d e l siglo x v i . «La l i b e r t a d , dice M e n é n d e z y P e l a y o ,
vi- ( 1 ) E s t e p á r r a f o e s t á e n la r e s p u e s t a al n ú m e r o 5 d e l a l m i r a n t e . M a d r i d , Biblio-
iepide el fri- • teca Nacional mss., t. XLiv.
( 2 ) C i e n f u e g o s , Vida de San Francisco de Borja, 1. i r , c. 1 5 .
 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
6 m á s b i e n la l i c e n c i a d e la i m p r e n t a , n o t u v o c o r t a p i s a en a q u e l l o
a ñ o s . La I n q u i s i c i ó n , a t e n t a s ó l o á la p e r s e c u c i ó n d e los j u d a i z a n t e :
q u e había s i d o el p r i m o r d i a l objeto d e su i n t r o d u c c i ó n e n Castilla
n o se c u i d ó , hasta m u c h o m á s t a r d e , de i n t e r v e n i r en la c e n s u r a di
l i b r o s , y a u n el p r i m e r í n d i c e n o se hizo e n España, sino en la Fa
c u i t a d t e o l ó g i c a d e L o v a i n a , c o m o es n o t o r i o . Bajo este a s p e c t o
p u e d e d e c i r s e , h a b i d a c o n s i d e r a c i ó n á los t i e m p o s , q u e la literatur;
d e l r e i n a d o de C a r l o s V (es d e c i r , d e casi t o d a la p r i m e r a m i t a d d e
s i g l o xvi) se d e s a r r o l l ó con pocas t r a b a s , lo cual e x p l i c a su libertar
y audacia, su d e s o r d e n a d a y j u v e n i l lozanía, q u e t a n t o c o n t r a s t a coi
e l t o n o g r a v e , r e f l e x i v o y m a d u r o q u e todas las cosas f u e r o n t o m a n d o
e n t i e m p o d e F e l i p e II» (1). Á c o n t i n u a c i ó n da el i l u s t r e polígrafo
n o t i c i a de a l g u n a s o b r a s p u b l i c a d a s entonces, y a d v i e r t e q u e en 151!
y e n 1521 s a l i e r o n á luz los dos l i b r o s m á s d e s h o n e s t o s d e la l i t e r a
t u r a española (2).
Á la l i v i a n d a d d e c o s t u m b r e s a c o m p a ñ a b a e n el siglo x v i la vio
l e n c i a . D e s d e el siglo x m h a b í a p r o g r e s a d o , y p r o g r e s a b a cada día P
p a s o s d e g i g a n t e , la c u l t u r a d e l e n t e n d i m i e n t o , p e r o se a d e l a n t a b a
m u y p o c o e n la s u a v i d a d de c o s t u m b r e s . Las c o n t i n u a s g u e r r a s e n t r e
l o s p r í n c i p e s , las a m b i c i o n e s d e s a p o d e r a d a s d e los g r a n d e s , las com-
p e t e n c i a s f e r o c e s e n t r e las C o r p o r a c i o n e s y hasta las r i d i c u l a s exi-
g e n c i a s d e u n p u n d o n o r m e t i c u l o s o , t o d o c o n t r i b u í a á q u e se r e c u -
r r i e r a á las a r m a s y se d e c i d i e r a n las c u e s t i o n e s p o r la fuerza. Añá-
d a n s e á esto las d i s c o r d i a s e n t r e familias p o d e r o s a s , d i s c o r d i a s q u e
e n v o l v í a n á p u e b l o s y r e g i o n e s e n t e r a s , c o n v i r t i é n d o l a s tal vez en
t e a t r o s d e a t r o c e s c r í m e n e s y e n lagos d e s a n g r e . Basta r e c o r d a r las
c o n t i e n d a s e n t r e los M a r q u e s e s d e Cádiz y los D u q u e s d e Medina
S i d o n i a , en Andalucía; e n t r e los Zúñigas y Carvajales, e n E x t r e m a -
d u r a ; e n t r e los B e a m o n t e s e s y A g r a m o n t e s e s , en N a v a r r a ; e n t r e los
O ñ a c i n o s y G a m b o i n o s , en Guipúzcoa, p a r a t e n e r u n a i d e a d e los
h o r r i b l e s desafueros á q u e solía c o n d u c i r e n t o n c e s la i r a y la a m b i -
c i ó n . No se m a n i f e s t a b a e n a q u e l t i e m p o la e n e m i s t a d en t r e t a s j u d i -
ciales, e n a r t í c u l o s d e p e r i ó d i c o , e n o p o s i c i o n e s p a r l a m e n t a r i a s ó en
i n t r i g a s e l e c t o r a l e s . C u c h i l l a d a s y a r c a b u z a z o s , a l l a n a m i e n t o s de
d o m i c i l i o s , asaltos de fortalezas, talas de los s e m b r a d o s , i r r u p c i o n e s
en los p u e b l o s , i n c e n d i o s y t u m u l t o s : estas e r a n las f o r m a s c o n q u e
se h a c í a n la g u e r r a los e n e m i g o s y r i v a l e s d e a q u e l t i e m p o .
( 1 ) Orígenes de la novela, t. III, p. CLXXII.
( 2 ) Ibid., p. CLXXVII.
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 39
E f e c t o d e esta v i o l e n c i a d e c o s t u m b r e s e r a t a m b i é n la m u l t i t u d d e
b a n d i d o s q u e d i s c u r r í a l i b r e m e n t e p o r los c a m p o s . Con la i n s t i t u -
ción d e la Santa H e r m a n d a d h a b í a n e m p e z a d o á r e p r i m i r este a b u s o
los R e y e s C a t ó l i c o s . D e s p u é s los e j é r c i t o s p e r m a n e n t e s y el a u m e n t o
del p o d e r r e a l h a b í a n c o n t r i b u i d o á a s e g u r a r m á s la t r a n q u i l i d a d
pública. E s t o n o o b s t a n t e , el año 1571, c u a n d o el C a r d e n a l A l e j a n d r i n o
venía d e l e g a d o a p o s t ó l i c o á M a d r i d , a c o n s e j ó l e F e l i p e I I q u e n o
pasase p o r A r a g ó n , p a r a n o s e r a s a l t a d o p o r a l g u n a d e t a n t a s c u a d r i -
llas d e b a n d i d o s c o m o infestaban a q u e l país. P o d í a d i r i g i r s e de B a r -
celona á Valencia y d e s d e a q u í se e n c a m i n a r í a c o n toda s e g u r i d a d á
la C o r t e (1). A c e p t ó este consejo el C a r d e n a l y s i g u i ó e x a c t a m e n t e e l
i t i n e r a r i o t r a z a d o p o r el R e y . N ó t e s e este h e c h o significativo. E l
año 1571, es d e c i r , el año de la b a t a l l a d e L e p a n t o , c u a n d o F e l i p e I I
se hallaba en el a p o g e o d e su p o d e r í o , n o tenía m e d i o s b a s t a n t e s p a r a
a s e g u r a r la p e r s o n a d e u n l e g a d o a p o s t ó l i c o c o n t r a los i n s u l t o s d e
los b a n d o l e r o s a r a g o n e s e s . C l a r o es q u e esto p r o v e n í a , en p a r t e , d e
la poca fuerza q u e el p o d e r r e a l t e n í a e n A r a g ó n ; p e r o c u a l e s q u i e r a
q u e fuesen las causas q u e influían en e l l o , e r a c i e r t a m e n t e p o c o
e n v i d i a b l e la s u e r t e d e u n p a í s d o n d e t a n s u e l t o s a n d a b a n los la-
drones.
Y n o se crea q u e los T r i b u n a l e s p e c a b a n e n t o n c e s d e c o b a r d í a y
flojedad. No. P u e s si esto acontecía e n los t i e m p o s c a l a m i t o s o s d e
E n r i q u e IV, n o así e n los d e F e l i p e I I , c u a n d o l o s j u e c e s c o n d e n a b a n
á la h o r c a c o n s u m a facilidad. E l P . G a b r i e l Á l v a r e z , e n su h i s t o r i a
m a n u s c r i t a d e la p r o v i n c i a d e A r a g ó n , d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s ,
l l e g a n d o en su n a r r a c i ó n al año 1576, r e f i e r e e n t r e l o s m i n i s t e r i o s
e s p i r i t u a l e s q u e e j e r c i t a b a n los N u e s t r o s en B a r c e l o n a , el d e asistir
á los m u c h o s c o n d e n a d o s á m u e r t e en la ciudad. «Son m u c h o s , d i c e ,
los q u e allí son j u s t i c i a d o s , q u e s u c e d e e n u n día j u s t i c i a r s e t r e i n t a
y m á s . Una vez s a l i e r o n t o d o s los P a d r e s y H e r m a n o s , q u e s e r í a n
c o m o t r e i n t a , a c o m p a ñ a n d o á diez y siete s e n t e n c i a d o s p o r los años
de 1576» (2). El a h o r c a r d e v e i n t e e n v e i n t e y d e t r e i n t a e n t r e i n t a
n o e r a cosa tan desusada, c o m o se infiere d e C e r v a n t e s , q u e e n u n o
d e l o s ú l t i m o s e p i s o d i o s d e l Quijote (3) h a c e a l u s i ó n á esto, c o m o á
( 1 ) Arvh. de Simancas. E s t a d o , 1 5 3 . V é a s e e n e s t e l e g a j o el m a e i t o d e c a r t a s
e n t r e g a d a s á D . F e r n a n d o d e B o r j a , c u a n d o se le e n v i ó á r e c i b i r en C a t a l u ñ a al
l e g a d o . V é a s e p r i n c i p a l m e n t e la i n s t r u c c i ó n d a d a p o r el B e y á D . F e r n a n d o s o b r e el
modo de d e s e m p e ñ a r su c o m e t i d o .
( 2 ) Hist. de la Prov. de Aragón, 1. n i , c. 5 1 1 .
( 3 ) P a r t . n , c. i.x.
 40 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
c o s t u m b r e c o r r i e n t e y n a t u r a l . Los q u e h a y a n leído la vida d e San
F r a n c i s c o de Borja, r e c o r d a r á n q u e el p r i n c i p a l trabajo del santo e n
su v i r r e i n a t o d e Cataluña, q u e d u r ó d e s d e ló'SU á 1541!, fué la p e r s e -
c u c i ó n de los b a n d o l e r o s , cuyas a g r e s i o n e s y d e s m a n e s á d u r a s p e n a s
p o d í a c o n t e n e r . P o r s u p u e s t o q u e á c u a n t o s cogía, d e s d e l u e g o los
a h o r c a b a . La ú n i c a modificación q u e i n t r o d u j o el santo en el p r o c e -
d i m i e n t o c o r r i e n t e , fué m a n d a r d e c i r t r e i n t a misas p o r cada u n o d e
l o s a h o r c a d o s (1). ¡Y con toda esta s e v e r i d a d n o cesaban los fora-
gidos!
C o m o se v e , los defectos m o r a l e s de n u e s t r a n a c i ó n e r a n g r a v í s i -
m o s . P e r o Dios, q u e en sus i n e s c r u t a b l e s j u i c i o s p e r m i t i ó q u e las
n a c i o n e s s e p t e n t r i o n a l e s c a y e r a n de la c o r r u p c i ó n do c o s t u m b r e s en
el a b i s m o d e la h e r e j í a , m i r ó á E s p a ñ a con ojos de m i s e r i c o r d i a , y
r e a n i m a n d o los g é r m e n e s de v i r t u d q u e poseía n u e s t r o p u e b l o , p r e -
p a r ó u n v e r d a d e r o r e n a c i m i e n t o r e l i g i o s o , al cual debía c o n t r i b u i r
p o d e r o s a m e n t e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s . E f e c t i v a m e n t e , en m e d i o d e
tan l a m e n t a b l e relajación, es d e v e r c u a n p u j a n t e s a p a r e c e n a l g u n o s
p r i n c i p i o s de v i r t u d e n el a n t i g u o p u e b l o e s p a ñ o l . El p r i m e r o , y d e l
q u e p a r t í a n t o d o s los demás, era la fe a r r a i g a d a e n el c o r a z ó n espa-
ñ o l é identificada en c i e r t o m o d o con su vida toda. F u e s e p o r la lucha
c o n t i n u a d e o c h o siglos c o n t r a los e n e m i g o s de la fe, fuese p o r el
r e s p e t o d e n u e s t r o s p r í n c i p e s á la Santa S e d e , r e s p e t o q u e n o per-
dían e n m e d i o de los m á s a t r o c e s e x t r a v í o s , fuese p o r n o t e n e r con-
t a c t o con los h e r e j e s de otras n a c i o n e s , de los cuales nos s e p a r a b a
h a s t a la p o s i c i ó n geográfica, fuese p o r o t r a s causas q u e n o alcanza-
m o s , es lo c i e r t o q u e e n la m e n t e y en el c o r a z ó n español d e a q u e -
llos t i e m p o s r e i n a b a la fe d e J e s u c r i s t o con u n i m p e r i o q u e n i n g u n a
pasión, n i n g ú n sofisma, n i n g u n a t r i b u l a c i ó n , n i n g ú n i n t e r é s le p o -
dían d i s p u t a r . ¡Cuan d i s t i n t a a p a r e c e la actitud del p u e b l o español y
la d e l p u e b l o a l e m á n e n p r e s e n c i a d e la h e r e j í a p r o t e s t a n t e ! P r e d i c a
allí L u t e r o , s e g u i d o d e u n o s c u a n t o s c u r a s a p ó s t a t a s , la r e b e l i ó n
c o n t r a la Iglesia, y r e i n o s y p r o v i n c i a s e n t e r a s se a g r u p a n en t o r n o
d e l h e r e s i a r c a . P r e d i c a n u n o s p o c o s e n Valladolid los m i s m o s e r r o -
r e s , y d o s c i e n t o s m i l españoles a c u d e n á v e r q u e m a r á esos p r e d i c a n -
t e s (2), y d e d o s c i e n t o s m i l c o r a z o n e s sale u n g r i t o de a n a t e m a y e x e -
c r a c i ó n c o n t r a los q u e h a n i n t e n t a d o m a n c h a r la p u r e z a d e su fe.
¿ C ó m o e x p l i c a r este p r o c e d e r tan d i v e r s o d e dos p u e b l o s , c o l o c a d o s
( 1 ) R i b a d e n e i r a , Vida de. San Francisco de Borja, 1. i, c. VIII.
( 2 ) V i d e M e n ó n d e z y P t í l a y o , Hisl. de los heterodoxos españoles, t. I I , p . 3 5 2 .
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 41
en el m i s m o p e l i g r o , p u e s t o s en la m i s m a ocasión? ¿ H a b r e m o s d e
a c u d i r á los m i s t e r i o s i n s o n d a b l e s d e la p r e d e s t i n a c i ó n e t e r n a , á los
s e c r e t o s a l t í s i m o s d e la g r a c i a y e l e c c i ó n d i v i n a ? C l a r o es q u e e n
éste c o m o e n t o d o s los g r a n d e s a c o n t e c i m i e n t o s , h a y m u c h o d e m i s -
terioso, q u e el h u m a n o e n t e n d i m i e n t o n u n c a p o d r á p e n e t r a r . P e r o
este m i s t e r i o n o q u i t a su fuerza á la e x p l i c a c i ó n q u e s u m i n i s t r a e l
sentido c o m ú n , y es q u e si los dos p u e b l o s se p o r t a r o n d e d i v e r s o
modo, fué p o r q u e e s t a b a n d i v e r s a m e n t e p r e d i s p u e s t o s , fué p o r q u e e l
español tenía m á s fe y el a l e m á n m e n o s .
Varios h e c h o s c o n t r i b u y e r o n p o d e r o s a m e n t e á f o r t a l e c e r esta fe en
"1 p e c h o d e los e s p a ñ o l e s . F u é el p r i m e r o la i n s t i t u c i ó n del S a n t o
Oficio de la I n q u i s i c i ó n . T o d o s saben el p o d e r i n c o n t r a s t a b l e q u e
tuvo el S a n t o Oficio, d e s d e q u e p r i n c i p i ó en t i e m p o de los R e y e s
Católicos, hasta b i e n e n t r a d o el siglo x v n . Casi t o d o s los e m b a j a d o -
res v e n e c i a n o s , al d e s c r i b i r el estado de E s p a ñ a en el siglo XYI, d e d i -
can a l g ú n p á r r a f o significativo á p o n d e r a r el g r a n influjo q u e en el
pueblo e j e r c e la I n q u i s i c i ó n , t r i b u n a l el m á s t e m i b l e de t o d o s los
(pie existen. La m e r a i n s t i t u c i ó n de este t r i b u n a l indica la fe r o b u s t a
de los españoles. Un p u e b l o q u e dedica la m a y o r de sus fuerzas y la
más p o d e r o s a de sus i n s t i t u c i o n e s al m a n t e n i m i e n t o d e la fe, e v i d e n -
t e m e n t e m u e s t r a q u e m i r a la fe c o m o el m a y o r de sus t e s o r o s y c o m o
la más i n s i g n e de sus g l o r i a s .
El p r i m e r b u e n efecto de la I n q u i s i c i ó n fué p r e s e r v a r la fe d e l
pueblo e s p a ñ o l d e la infección de m o r o s y j u d í o s , q u e á fines d e l
siglo x v v i v í a n en t a n t o n ú m e r o m e z c l a d o s con la p o b l a c i ó n cató-
lica. E l p e l i g r o de j u d a i z a r se disipó en g r a n p a r t e con la e x p u l s i ó n
d é l o s j u d í o s , e j e c u t a d a p o r los R e y e s Católicos l u e g o d e t e r m i n a r
la conquista de G r a n a d a , a u n q u e d e n t r o de E s p a ñ a q u e d a r o n b a s -
a n t e s falsamente c o n v e r t i d o s . Los m o r i s c o s d u r a r o n u n siglo t o d a -
vía, c o n s t i t u y e n d o p a r a la n a c i ó n u n p e l i g r o , más b i e n p o l í t i c o q u o
religioso. P u d i e r o n , en efecto, l e v a n t a r s e e n a r m a s y p e r t u r b a r la
t r a n q u i l i d a d d e la m o n a r q u í a al p r i n c i p i o d e l siglo x v i , y d e s p u é s
eu los días d e F e l i p e I I , p e r o h a c e r p r o p a g a n d a d e sus i d e a s y p r á c -
ticas e n t r e los católicos, eso n o s a b e m o s q u e lo i n t e n t a s e n s i q u i e r a .
¿Qué ideas p o d í a n d i f u n d i r esos m o r i s c o s , la m a y o r p a r t e l a b r i e g o s ,
diseminados p o r n u e s t r a s p r o v i n c i a s , c o n s i d e r a d o s c o m o el d e s e c h o
de la s o c i e d a d , t r a t a d o s p o r los e s p a ñ o l e s p o c o m e n o s q u e c o m o
esclavos?
P e r o si los m o r i s c o s n o n o s p o d í a n c o n t a m i r , t . -.-.is ideas, n o
d i r e m o s lo m i s m o d e los p r o t e s t a n t e s . Á p r i n c i p i o s d e l siglo x v i
42 INTRODUCCIÓN HISTORFA
e r a m u y í n t i m o el c o m e r c i o l i t e r a r i o d e E s p a ñ a con las o t r a s n a c i ó
n e s , la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l e r a g r a n d e e n t r e n o s o t r o s , y e n la fre-
c u e n t e c o m u n i c a c i ó n d e ideas y s e n t i m i e n t o s p o d í a t e m e r s e q u e se
n o s p e g a s e a l g o d e los falsos p e n s a m i e n t o s ó p o r l o m e n o s d e l nía
e s p í r i t u p r o t e s t a n t e . G u a r d ó Dios á E s p a ñ a d e este p e l i g r o , p r i n c i
p á l m e n t e p o r la v i g i l a n c i a y m a n o f u e r t e d e l S a n t o Oficio. Apenar
s a l t a r o n las p r i m e r a s c h i s p a s d e l i n c e n d i o e n V a l l a d o l i d y Sevilla
e l ojo d e s p i e r t o d e los i n q u i s i d o r e s d e s c u b r i ó el d a ñ o , y con la e n e r
gía p r o p i a d e a q u e l t i e m p o , s e a p l i c ó e l r e m e d i o .
Mas n o basta p r e s e r v a r de e r r o r e s la fe. C o n v i e n e f o m e n t a r l a
p a r a q u e esta v i r t u d , raíz y f u n d a m e n t o d e t o d a justificación, p r o
d u z c a e n las a l m a s los frutos e s p i r i t u a l e s q u e Dios desea. Mientra:
la I n q u i s i c i ó n g u a r d a , p o r d e c i r l o así, l o s m u r o s c o n t r a los a t a q u e -
d e fuera, v a r o n e s i n s i g n e s se p r e p a r a n á l u c h a r d e n t r o c o n las pa-
s i o n e s a r r a i g a d a s , c o n l o s a b u s o s i n v e t e r a d o s , c o n las c o s t u m b r e s
viciosas, con la r u t i n a y con t o d o s los e s t o r b o s q u e e l m u n d o opone
á la acción d e la fe. P a r a p r o t e g e r esta e m p r e s a h a b í a p u e s t o Dios á
la cabeza d e E s p a ñ a á d o s g l o r i o s í s i m o s c ó n y u g e s , á q u i e n e s llama-
m o s R o y e s Católicos, q u e fueron, s i n duda, e l m a y o r beneficio q u e
la P r o v i d e n c i a h a y a h e c h o j a m á s á n u e s t r a p a t r i a e n el o r d e n polí-
t i c o . Á la s o m b r a d e t a n i l u s t r e s m o n a r c a s , d o s santos o b i s p o s ini-
c i a r o n á fines d e l siglo x v el m o v i m i e n t o d e r e f o r m a y r e s t a u r a -
c i ó n e s p i r i t u a l , q u e n o cesó d e p r o g r e s a r e n E s p a ñ a e n t o d o el si-
glo x v i Ya adivina el lector q u e n o s referimos á F r . Francisca
Jiménez de Cisneros y á Fr. H e r n a n d o de Talavera.
D o t a d o s a m b o s d e a d m i r a b l e s v i r t u d e s y d e sólida ciencia ecle-
siástica, a n i m a d o s d e l m á s p u r o celo d e la g l o r i a d e Dios, diferían
n o t a b l e m e n t e e n e l g e n i o y c a r á c t e r n a t u r a l . C i s n e r o s p o s e í a la
e n e r g í a i n d o m a b l e q u e se necesita p a r a r e f o r m a r . T a l a v e r a manifes-
t a b a la c a r i d a d p a c i e n t e q u e s e r e q u i e r e p a r a c o n v e r t i r . D i o s los
c o l o c ó e n el puesto m á s o p o r t u n o , p a r a q u e cada c u a l d e s e m p e ñ a s e
b i e n el m i n i s t e r i o á q u e l e d e s t i n a b a . Al a u s t e r o r e f o r m a d o r l e puso
e n la silla d e T o l e d o , c e n t r o n o m e n o s eclesiástico q u e geográfico
d e E s p a ñ a , d e s d e d o n d e a l a m p a r o d e los r e y e s y c o n e l g r a n p o d e r
d e la m i t r a p r i m a d a , p u d o e n t a b l a r y e x t e n d e r la r e f o r m a á t o d o s
l o s á n g u l o s d e la m o n a r q u í a . A l c a r i t a t i v o a p ó s t o l l e c o n d u j o á la
f r o n t e r a d e infieles y le a p o s t ó e n la r e c i é n a d q u i r i d a G r a n a d a ,
d o n d e los m o r o s , s u b y u g a d o s , ofrecían h e r m o s o c a m p o á la caridad
y c e l o apostolice- N o ' u é t a n feliz e n su o b r a T a l a v e r a c o m o Cisne-
f
r o s , p u e s la raza d e l o s m o r i s c o s r e s i s t i ó o b s t i n a d a á l o s esfuerzos
INTRODUCCIÓN HISTÓE1CA 43
del p r e l a d o y á los d e o t r o s i n s i g n e s h e r e d e r o s s u y o s e n e l e s p í r i t u ,
y d e s p u é s d e u n siglo d e i n ú t i l e s t e n t a t i v a s , fué p r e c i s o e x p u l s a r d e
España á l o s e m p e d e r n i d o s r e s t o s d e l m a h o m e t i s m o . C o n t o d o , la
acción d e l A r z o b i s p o d e G r a n a d a fué más eficaz ó i m p o r t a n t e d e l o
q u e se c r e e . G r a v e m e n t e t u r b a r o n á la m o n a r q u í a a l g u n a s s u b l e v a -
ciones d e m o r o s e n el siglo x v i . P u e s si e l p e l i g r o n o fué m a y o r , si
no p u d i e r o n l o s alzados a c o m e t e r g r a n d e s e m p r e s a s , d e b i ó s e n o
p o c o a l celo d e T a l a v e r a , q u e c o n v i r t i e n d o á l o s m á s e s c o g i d o s d e
los m u s u l m a n e s , e n e r v ó c o n s i d e r a b l e m e n t e el p o d e r d e la m o r i s m a .
La r e f o r m a d e C i s n e r o s es u n a d e las o b r a s m á s g r a n d e s d e n u e s t r a
h i s t o r i a eclesiástica. C o n t e s ó n i n a l t e r a b l e i b a r e c o r r i e n d o el s a n t o
p r e l a d o m o n a s t e r i o p o r m o n a s t e r i o , e x h o r t a n d o á la o b s e r v a n c i a d e
la r e g l a , q u i t a n d o las p o s e s i o n e s , p e c u l i o s y o t r o s o b j e t o s q u e p o -
seían l o s r e l i g i o s o s e n d e t r i m e n t o d e la s a n t a p o b r e z a , h a c i é n d o -
les v o l v e r al h á b i t o p r i m i t i v o , r e s t a b l e c i e n d o el e s p l e n d o r d e l c o r o ,
q u e m a n d o e n p ú b l i c o las e x e n c i o n e s y p r i v i l e g i o s q u e f r a u d u l e n t a -
m e n t e h u b i e s e n o b t e n i d o p a r a e x i m i r s e d e la o b s e r v a n c i a r e g u l a r ,
é i n f u n d i e n d o e n las c o m u n i d a d e s e l e s p í r i t u d e los santos fundado-
res (1). H u b o , c o m o e r a d e s u p o n e r , fuertes o p o s i c i o n e s , e n v i á r o n s e
g r a v í s i m a s q u e j a s al P a p a ; v i n o á E s p a ñ a el G e n e r a l d e los francis-
canos c l a u s t r a l e s p a r a i m p e d i r la r e f o r m a ; p e r o , á p e s a r d e t o d o , la
o b r a se l l e v ó a d e l a n t e . C i s n e r o s c o n t i n u ó a j u s t a n d o l o s r e l i g i o s o s á
sus r e s p e c t i v a s r e g l a s , y c u a n d o esto n o se p o d í a c o n s e g u i r , e x p u l -
saba d e la r e l i g i ó n á los r e c a l c i t r a n t e s . S e g ú n c u e n t a n , m u c h o s frai-
les, a l s a l i r d e s u s c o n v e n t o s , se p a s a r o n á M a r r u e c o s , p a r a v i v i r c o n
toda a n c h u r a d e c o n c i e n c i a (2).
B a r r i d a esta b a s u r a , e l e s t a d o r e l i g i o s o r e f l o r e c i ó e n E s p a ñ a c o n
n u e v a vida, y los c e n t e n a r e s d e c o n v e n t o s q u e p o b l a b a n n u e s t r o
suelo se c o n v i r t i e r o n e n fuentes d e p r e d i c a d o r e s celosos, d e p r e l a -
dos e m i n e n t e s , d e d o c t o r e s p r o f u n d o s , d e c o n f e s o r e s d i s c r e t o s , d e
consejeros p r u d e n t e s , d e i n c a n s a b l e s m i s i o n e r o s , d e h o m b r e s , e n
fin, e s p i r i t u a l e s , q u e c o n t r a e l d i l u v i o d e e r r o r e s y p e c a d o s q u e
s o b r e v i n o en e l siglo x v i , m a n t u v i e r o n v i v a la fe e n E s p a ñ a , la d e -
f e n d i e r o n e n e l r e s t o d e E u r o p a y la p r o p a g a r o n e n e l N u e v o M u n -
(1) Q u i n t a n i l l a , Archetipo de virtudes, 1. u , c. 2 .
( 2 ) D i c e M e n é n d e z y P e l a y o , Ilist. de los Heterodoxos, t . n , p . 33, q u e f u e r o n
m a s d e m i l los frailes r e l a j a d o s q u e s e d i r i g i e r o n á M a r r u e c o s ; p e r o no a d u c e n i n g ú n
testimonio p a r a probarlo. Tampoco y o h e podido hallar n i n g ú n d o c u m e n t o p a r a
precisar ese n ú m e r o .
 INTRODUCCIÓN H1STÓH1CA 45
44 INTRODUCCIÓN H1STÓKIOA

dos al v e r el i n m e n s o b e n e f l e i o q u e Dios n o s h i z o p o r m e d i o del

d o (1). H e c h o colosal fué la r e f o r m a d e C i s n e r o s , c u y a i m p o r t a n c i a
h u m i l d e franciscano.
a p a r e c e m a y o r si se cotejan, c o m o a d v i e r t e W a d i n g o , los m o n a s t e -
E l m o v i m i e n t o d e r e s t a u r a c i ó n religiosa, i n i c i a d o en t i e m p o d e
r i o s d e o t r a s n a c i o n e s c o n los e s p a ñ o l e s (2), y s o b r e t o d o si se
los R e y e s Católicos, se hizo s e n t i r bajo el i m p e r i o d e C a r l o s V, y
c o m p a r a el estado r e l i g i o s o e n E s p a ñ a c o n la s u e r t e d e s a s t r a d a d e
más a ú n d e F e l i p e I I en la p r o v i s i ó n d e los o b i s p a d o s . C l a m a b a n las
los c o n v e n t o s en el N o r t e d e E u r o p a , al d e s e n c a d e n a r s e la t e m -
diócesis p o r la s u p r e s i ó n d e l a b u s o l a m e n t a b l e d e t e n e r Obispos
p e s t a d p r o t e s t a n t e . E n I n g l a t e r r a , en F r a n c i a , e n los P a í s e s Bajos,
ausentes. La política, q u e p o r lo r e g u l a r suele h a c e r m a l a o b r a á la
e n A l e m a n i a , en Suecia, c e n t e n a r e s y a u n m i l e s de casas r e l i g i o s a s
religión, le p r e s t ó en este n e g o c i o u n b u e n s e r v i c i o , p u e s i n d i g n a -
v i n i e r o n al s u e l o , d i s p e r s á n d o s e las c o m u n i d a d e s , y lo q u e es m á s
dos n u e s t r o s M o n a r c a s d e q u e las r e n t a s de o b i s p a d o s e s p a ñ o l e s fue-
d o l o r o s o , p a s á n d o s e a v e c e s l o s r e l i g i o s o s al c a m p o d e los h e r e j e s .
sen á e n r i q u e c e r á C a r d e n a l e s ó s o b r i n o s d e C a r d e n a l e s e x t r a n j e r o s ,
C o m p á r e s e este e s p a n t o s o d e s a s t r e c o n la r e s t a u r a c i ó n s e v e r a d e
r e s i s t i e r o n v i g o r o s a m e n t e á la e l e c c i ó n d e éstos y r o g a r o n á la Santa
Cisneros, que p e r t r e c h a á España de u n ejército de h o m b r e s inteli-
Sede q u e las m i t r a s españolas se diesen á españoles. E l m o t i v o d e
g e n t e s y d i s p u e s t o s á m o r i r p o r la fe, y n o s q u e d a r e m o s a s o m b r a -
esta súplica n o e r a quizá m u y l e v a n t a d o . Tal vez c o n s i d e r a b a n
n u e s t r o s R e y e s este n e g o c i o c o m o u n a s u n t o d e e c o n o m í a política;
p e r o , i n d u d a b l e m e n t e , , de a q u í r e s u l t ó q u e se confiriesen las m i t r a s
( 1 ) P o r s u p u e s t o q u e e n E s p a ñ a n o t e n e m o s n i n g u n a h i s t o r i a , ni b u e n a n i m a l a ,
á Obispos q u e r e s i d i e s e n en las diócesis é hiciesen algo m á s q u e
d e t a n i m p o r t a n t e s u c e s o , y e s t a m o s r e d u c i d o s ú las c o r t a s é i n d e c i s a s n o t i c i a s q u e
n o s d a n los b i ó g r a f o s d e C i s n e r o s , Q u i n t a n i l l a y A l v a r G ó m e z , y el j u i c i o s o a n a l i s t a , c o b r a r sus r e n t a s .
d e los f r a n c i s c a n o s L u c a s W a d i n g o . ¿ C u á n t o t i e m p o d u r ó esta r e f o r m a , q u e , s e g ú n P o r eso, e n t r a n d o e n el siglo x v i , e m p i e z a n á m o s t r a r s e P r e l a d o s
c i e r t o a u t o r m o d e r n o , se e j e c u t ó e n d o c e a ñ o s ? ¿ C u á n t a s f u e r o n las r e l i g i o n e s y insignes en n u e s t r a s iglesias, y en los t i e m p o s d e F e l i p e I I a p e n a s se
c u á n t o s l o s c o n v e n t o s r e f o r m a d o s ? ¿ C u á n t o s f u e r o n los r e l i g i o s o s q u e se p a s a r o n á
contará diócesis e s p a ñ o l a q u e n o p r e s e n t e e n sus fastos e p i s c o p a l e s
r e l i g i o n e s m á s o b s e r v a n t e s ? ¿ C u á n t o s f u e r o n l o s c o n v e n t o s s u p r i m i d o s y los f r a i l e s
s e c u l a r i z a d o s ? ¿Qué g e n e r o d e a b u s o s r e m e d i ó el r e f o r m a d o r y c u á l e s f u e r o n las algún n o m b r e i l u s t r e , ya en las l e t r a s , y a en el celo a p o s t ó l i c o , y a
p r á c t i c a s s a n t a s q u e i n t r o d u j o ? ¿ Q u é d i f i c u l t a d e s sa h u b i e r o n d e v e n c e r y q u é i n t r i - en piadosas f u n d a c i o n e s , y a en g r a n d e s s e r v i c i o s p r e s t a d o s al país.
g a s se s u s c i t a r o n en R o m a y e n E s p a ñ a c o n t r a la o b r a d e C i s n e r o s ? E s t a s y o t r a s P a m p l o n a nos m u e s t r a á D. Alvaro Moscoso y á D. D i e g o R a m í r e z
muchas particularidades necesitaríamos sabtr, para apreciar d e b i d a m e n t e un hecho
Sedeño, a s i s t e n t e s a m b o s al Concilio d e T r e n t o , el p r i m e r o e n la s e -
c u y a s c o n s e c u e n c i a s se nos m u e s t r a n t a n a d m i r a b l e s ; p e r o , p o r d e s g r a c i a , n i n g ú n
e s p a ñ o l se h a m o v i d o h a s t a a h o r a á e m p r e n d e r u n a h i s t o r i a t a n i n t e r e s a n t e . ¡ C u á n t a g u n d a c o n v o c a c i ó n y el o t r o e n la t e r c e r a , infatigables e n la visita d e
v e r d a d e s lo q u e d e p l o r a M e n é n d e z y P e l a y o (J-Iixt. de los Heterod., t. n , p á g . 6 8 4 ) sus diócesis y e j e m p l a r e s e n el d e s e m p e ñ o d e las f u n c i o n e s episcopa-
q u e n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s p a s a n p o r a l t o lo m á s i m p o r t a n t e d e los s i g l o s x v i les (1). L e ó n n o s ofrece á D. A n d r é s Cuesta, á q u i e n v e r e m o s p e l e a r
y x v n l U n a r e f o r m a q u e r e a n i m ó el e s p í r i t u e n c e n t o n a r e s d e c a s a s r e l i g i o s a s , l a s
c u a l e s á s u v e z d i f u n d i e r o n la v i r t u d y la c i e n c i a p o r t o d o el m u n d o , ¿ n o h a d e m e -
al lado d e n u e s t r o P . L a í n e z e n la d i s c u s i ó n t e o l ó g i c a m á s f o r m i d a -
r e c e r m á s a t e n c i ó n d e l a h i s t o r i a ? N o lo e n t i e n d e n así n u e s t r o s s a b i o s , q u i e n e s g a s - ble q u e se s u s c i t ó e n el Concilio d e T r e n t o , y á D. J u a n d e San Millán,
t a n s u t i e m p o e n i n v e s t i g a r si l a v a n g u a r d i a l a m a n d a b a P é r e z ó si e n l a r e t a g u a r - g e n e r o s o f u n d a d o r d e l c o l e g i o d e n u e s t r a C o m p a ñ í a e n s u ciudad(2);.
dia iba F e r n á n d e z .
Cuenca, á u n D. P e d r o d e C a s t r o , q u e a c o m p a ñ ó á F e l i p e II, t o d a v í a
( 2 ) M e r e c e n c o p i a r s e las p a l a b r a s de W a d i n g o , p o r q u e d e m u e s t r a n b i e n á las
c l a r a s el a l t o c o n c e p t o q u e el d o c t o a n a l i s t a h a b í a f o r m a d o d e l a r e f o r m a e j e c u t a d a
P r í n c i p e , en sus viajes á F l a n d e s y á I n g l a t e r r a , y d i s p u t ó e n é r g i c a -
e n los r e g u l a r e s p o r C i s n e r o s : «Divina tándem ope corupositis aut sublatis maximis mente con los h e r e j e s , d e j a n d o g r a t o r e c u e r d o de su v i r t u d y
f/nae in dies exoriebaniur difficultatibus, transactum omnino est, atiple confectum saber (3); Segovia, á D. D i e g o d e C o v a r r u b i a s , asistente al C o n c i l i o
negotium; mouasteriaque omnia (paucis quibusdam exceptis) ad vetustnm et integrum
religionis et observantiae statuní reducía sunt, tanta quidem Ximenii laude, ul ínter
egregia ejuspraeclaraque facinora, unum hoc censendum sane sit. máximum et claris-
simum, vel oh rei difflcultatem, vel oh publicam utilitatcm, tanto ex hac religionis (1) V i d e F e r n á n d e z P é r e z , Historia de la Iglesiay Obispos de Pamplona, t. n,
refermationeJ ruclu
c
percepto. Siquis nionasticam disciplinam illius saeculi in memo- páginas 155, 270 y 3 3 3 .
riam revocare volet, aut aliarum hoc tempore nationum monasteria cum hispanis c.on- ( 2 ) V i d e Cril G o n z á l e z ü á v i l a , Teatro eclesiástico de las iglesias de Castilla, t. i.
ferat,facile intelliget, quantum rei monasticae splendorem attulerit.n Anuales Mino- p. 416.
rum, t . v i l , anno 1 4 9 6 , n ú m . 1 5 . ( 3 ) í d e m , ibid., p . 4 8 4 .
 46 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
d e T r e n t o , r e f o r m a d o r d e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a , y , p o r fin,
p r e s i d e n t e d e l Consejo d e Castilla ( l ) ; S i g ú e n z a , a l C a r d e n a l D . P e d r o
P a c h e c o , el m á s f e r v o r o s o d e f e n s o r d e la I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n e n
el Concilio de T r e n t o , y que estuvo m u y cerca de s e r elegido P a p a
e n el c o n c l a v e d e 1559 (2); T a r r a g o n a , al i n c o m p a r a b l e c a n o n i s t a y
. a m e n o l i t e r a t o A n t o n i o A g u s t í n ; P a l e n c i a , á P e d r o de la Gasea, el
c é l e b r e pacificador d e l P e r ú , q u e d e s p u é s d e e m p l e a r c u a t r o a ñ o s e n
esta difícil y g l o r i o s a e m p r e s a , y t r a y e n d o p a r a el E m p e r a d o r m i l l ó n
y m e d i o d e pesos, volvía con la m i s m a capa q u e sacó de E s p a ñ a (3);
S a n t i a g o , á D. A l o n s o Velázquez, c o n f e s o r a l g ú n t i e m p o d e S a n t a
T e r e s a , p r e l a d o d e a d m i r a b l e p a c i e n c i a y a u s t e r i d a d , c o m o lo testi-
fica la m i s m a santa (4); G r a n a d a , á D. P e d r o G u e r r e r o , el v i g i l a n t e
r e f o r m a d o r d e las c o s t u m b r e s d e l c l e r o y e l solícito a p ó s t o l d e l o s
m o r i s c o s , a u n q u e su c a r á c t e r p r o p e n d i e s e más á la e n t e r e z a d e Cis-
n e r o s q u e á la m a n s e d u m b r e d e Talavera, y, finalmente, o m i t i e n d o
o t r o s m u c h o s , e n la silla d e V a l e n c i a se s e n t a r o n dos P r e l i d o s , q u e
p a r e c e n la p e r s o n i f i c a c i ó n de las dos v i r t u d e s q u e d e b e n c a m p e a r e n
t."do c r i s t i a n o ; p e r o , p r i n c i p a l m e n t e en los Obispos, la c a r i d a d d e
D i o s y la d e l p r ó j i m o . ¿ Q u i é n a m ó á J e s u c r i s t o s a c r a m e n t a d o c o m o
el B. J u a n de R i b e r a ? ¿ Q u i é n dilató las e n t r a ñ a s de la c a r i d a d c o n el
p r ó j i m o c o m o Santo T o m á s de V i l l a n u e v a ? A u n hoy, d e s p u é s d e tan-
tas r e v o l u c i o n e s y t r a s t o r n o s , y en m e d i o d e t a n t a s p a s i o n e s y m i s e -
rias c o m o h i e r v e n en las g r a n d e s p o b l a c i o n e s , l l a m a n la a t e n c i ó n del
v i a j e r o en Valencia, la magnificencia con q u e están c o n s t r u i d o s los
h o s p i t a l e s y o t r o s e s t a b l e c i m i e n t o s c a r i t a t i v o s , y el e s p l e n d o r d e l
c u l t o d i v i n o en las iglesias. Son, sin duda, estas o b r a s la estela g l o r i o -
sa, y d e s p u é s d e t r e s siglos t o d a v í a i n d e l e b l e , d e la c a r i d a d i n e x h a u s -
ta d e V i l l a n u e v a y d e l e n c e n d i d o a m o r á J e s u c r i s t o de R i b e r a (5).
¡Y c u á n t o p u d i e r a c r e c e r esta lista, si á los Obispos d e la P e n í n -
s u l a a ñ a d i é r a m o s los d e las diócesis u l t r a m a r i n a s , d o n d e el t r a b a j o
d e la r e d u c c i ó n d e los infieles y e l e s t a b l e c i m i e n t o sólido d e las n u e -
(1) í d e m , ti///., p. 579.
(2) Y i d c Jlinojui-a, El conclave de 1 5 5 9 .
( 3 ) Miniaría, Continuación de la Historia de España, 1. IV, c. 1 4 .
( 4 ) Libro de lasfumhuiones, c. 3 0 .
(5) P a r a conoce'- la c a r i d a d d e S a n t o T o m á s , q u e s e h i z o p r o v e r b i a l en el m u n d o ,
v é a s e á s u b i ó g r f o m á s a u t o r i z a d o M i g u e l B a r t o l o m é S a l ó n , Ldjro de la. vida santa
j/ milagros de Fray Tomás de Villanueva, 1. n , d e s d e el c a p i t u l o 17 b a s t a el 22.
P a r a e n t e n d e r el c a r á c t e r d e l B . J u a n d e l í i b e r a , v é a s e su v i d a e s c r i t a p i r el
V. F r a n c i s c o E ^ c r i v á , S . J .
INTRODUCJIÓN HISTÓRICA 47
vas iglesias ofrecía á l o s O b i s p o s u n c a m p o d e acción p e n o s í s i m o , sin
d u d a , p e r o , p o r lo m i s m o i n c o m p a r a b l e m e n t e p r e c i o s o á los ojos d e
Dios y p r o v e c h o s o p a r a las almas! ¡Cuan g r a t o sería r e c o r d a r las
v i r t u d e s d e u n F r . J u a n de Z u m a r r a g a , A r z o b i s p o de Méjico; d e
Fr. Agustín de la C o r u ñ a , O b i s p o d e P o p a y á n ; d e Santo T o r i b i o d e
Mogrobejo, A r z o b i s p o d e Lima! ¡Qué d i f e r e n t e aspecto p r e s e n t a el
E p i s c o p a d o español á u n siglo de distancia! Á fines del siglo x v , l o s
Obispos, ó n o r e s i d e n e n sus diócesis, p o r s e r C a r d e n a l e s a u s e n t e s ó
P r í n c i p e s m u c h a c h o s , ó, si r e s i d e n , s o n g u e r r i l l e r o s m a l e a n t e s , afi-
liados á este ó al o t r o p a r t i d o p o l í t i c o , y q u e t u r b a n la p ú b l i c a t r a n -
quilidad, c o m o c u a l q u i e r a o t r o s e ñ o r feudal. Á fines d e l siglo x v i
ya se a c a b a r o n p o r c o m p l e t o esas r e v u e l t a s políticas. L o s Obispos
son p e r s o n a s g r a v e s , h o m b r e s d e l e t r a s , q u e h a n c u r s a d o en las aulas
de Alcalá, de S a l a m a n c a , y tal vez de P a r í s ó Bolonia; h o m b r e s q u e
toman en s e r i o el c u i d a d o e s p i r i t u a l de sus ovejas, muníficos funda-
dores de h o s p i t a l e s y o b r a s pías, p r o t e c t o r e s g e n e r o s o s de e s t u d i a n -
tes p o b r e s , de d o n c e l l a s desvalidas y d e t o d o s los n e c e s i t a d o s . Las
rentas e p i s c o p a l e s ya n o se m a l g a s t a n en r i d í c u l o b o a t o y ostenta-
ción. Se d e d i c a n á la f u n d a c i ó n y s o s t e n i m i e n t o d e o b r a s pías, ó al
e s p l e n d o r d e l c u l t o d i v i n o e n p r e c i o s a s alhajas y o b r a s artísticas,
cuyo r e l e v a n t e m é r i t o a c r e d i t a el g u s t o i n t e l i g e n t e , n o m e n o s q u e
la d e v o c i ó n de n u e s t r o s P r e l a d o s .
Á este g r a n m o v i m i e n t o r e l i g i o s o p r o m o v i d o p o r los Obispos, p o r
la I n q u i s i c i ó n y p o r las o t r a s O r d e n e s religiosas, v e n í a á d a r n u e v o
impulso la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , y a p o n i e n d o en j u e g o los m e d i o s usa-
dos h a s t a e n t o n c e s en la Iglesia, y a i n t r o d u c i e n d o a l g u n o s p e c u l i a -
res de la m i s m a C o m p a ñ í a . E n e f e c t o : d a n d o los E j e r c i c i o s e s p i r i -
tuales á i n s i g n e s p r e l a d o s y á p e r s o n a s n o b l e s , p r e d i c a n d o s e r m o n e s
lo m i s m o en las g r a n d e s c i u d a d e s q u e e n las p o b r e s a l d e a s , e n s e -
ñando el c a t e c i s m o á los n i ñ o s p o r las calles y plazas, v i s i t a n d o c a r i -
t a t i v a m e n t e á los e n f e r m o s en los h o s p i t a l e s y á los p r e s o s e n las cár-
celes, e d u c a n d o á la j u v e n t u d en n u m e r o s o s c o l e g i o s , d a n d o l e c c i o -
nes de m o r a l á los c l é r i g o s i g n o r a n t e s , a p o y a n d o t o d o g é n e r o d e
obras b u e n a s , y, p r i n c i p a l m e n t e , f o m e n t a n d o la f r e c u e n c i a de sacra-
mentos, n o p o d í a d e j a r d e c o n t r i b u i r eficazmente la C o m p a ñ í a d e
Jesús á la r e f o r m a d e las c o s t u m b r e s y al f l o r e c i m i e n t o d e las v i r t u -
des cristianas.
La r e f o r m a i n t r o d u c i d a en los r e g u l a r e s p o r C i s n e r o s y la m e j o r a
cada día m á s e v i d e n t e e n los O b i s p o s , s o b r e t o d o d e s p u é s d e l C o n -
cilio de T r e n t o , p e r t e n e c e n á lo q u e p u d i é r a m o s l l a m a r r e s t a u r a c i ó n
48 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
r e l i g i o s a sustancial ó d e p r e c e p t o . E f e c t i v a m e n t e : n i los Obispos p u e
d e n o m i t i r el c u i d a d o d e su g r e y , n i los r e g u l a r e s q u e b r a n t a r SUÍ
v o t o s sin o f e n d e r á Dios m á s ó m e n o s . P e r o s o b r e esta r e f o r m a de
p r e c e p t o , cabe o t r a m á s delicada d e consejo, y se verifica, n o c u a n d o
se pasa d e lo m a l o á lo b u e n o , sino c u a n d o d e n t r o d e lo b u e n o se aspira
á lo m e j o r . E n la p r i m e r a r e f o r m a se q u i t a el a b u s o y el vicio, para
p l a n t a r la v i r t u d y la o b s e r v a n c i a de la r e g l a : e n esta s e g u n d a se
deja lo m e n o s b u e n o , p a r a p r a c t i c a r lo más p e r f e c t o , se r e n u n c i a á
la r e g l a m i t i g a d a , p a r a a b r a z a r la m á s a u s t e r a . ¡Cuan h e r m o s o s ejem-
p l o s d e esta r e f o r m a n o s ofrece n u e s t r a p a t r i a en el siglo x v i ! Desde
l u e g o t o d o s m i s l e c t o r e s h a b r á n p r o n u n c i a d o el n o m b r e d e S a n t a Te-
resa de Jesús.
F e c u n d a p u d i e r a l l a m a r s e la E s p a ñ a d e e n t o n c e s , a u n q u e sólo
h u b i e r a p r o d u c i d o esta p r i v i l e g i a d a c r i a t u r a . S u b l i m e es su v i r t u d ,
i n c o m p a r a b l e s los f a v o r e s y r e g a l o s q u e Dios la c o m u n i c ó , e s t u p e n -
dos los m i s t e r i o s q u e la r e v e l ó , s o b r e n a t u r a l la ciencia ascética y
m í s t i c a con q u e la i l u s t r ó , ¡y, sin e m b a r g o , p a r e c e q u e esa v i r t u d
t a n s i n g u l a r está al a l c a n c e d e todos! P a r e c e q u e t o d o s e n t e n -
d e m o s á Santa T e r e s a , y a u n q u e n o a c e r t e m o s á e x p l i c a r t o d o s los
m i s t e r i o s q u e e n v u e l v e n sus escritos, s i e m p r e e n c o n t r a m o s en ellos
a l g o q u e n o s a t r a e y e n c a n t a . H a b l a n d o de las o b r a s de F r . L u i s de
G r a n a d a , dijo a d m i r a b l e m e n t e C a p m a n i , q u e p a r e c e e s t a r e n ellas
el C r i a d o r a n i m á n d o l a s t o d a s con su majestad, c o m o está e n el m u n d o
s o s t e n i e n d o t o d a s las c r i a t u r a s con su p o d e r . A p l i c a n d o esta i d e a á
S a n t a T e r e s a , p u d i e r a d e c i r s e q u e e n sus o b r a s está el R e d e n t o r ,
p e n e t r á n d o l a s t o d a s con el fuego d e su d u l c í s i m a c a r i d a d . Si F r a y
L u i s a d m i r a y c o n v e n c e , Santa T e r e s a e n a m o r a y extasía. D o t a d a de
d o n e s tan s o b e r a n o s , fundó la santa M a d r e n u m e r o s o s m o n a s t e r i o s
d e la r e f o r m a c a r m e l i t a n a , q u e f u e r o n focos a r o m á t i c o s d e v i r t u d ,
p u e s t o s p o r Dios p a r a d e s i n f e c t a r el a m b i e n t e d e p e c a d o s y c o r r u p -
c i ó n q u e se r e s p i r a e n el m u n d o .
Al h a b l a r d e S a n t a T e r e s a es i m p o s i b l e o l v i d a r l o s dos s a n t o s q u e
la h i s t o r i a , la d e v o c i ó n y a u n el a r t e a c o s t u m b r a n r e p r e s e n t a r n o s á
los lados d e la c é l e b r e r e f o r m a d o r a d e l C a r m e l o : San J u a n d e la
C r u z y San P e d r o d e A l c á n t a r a . E n el h u m i l d e p e n i t e n t e de D u r u e l o ,
d e s p e r t a d o y a p o r la i n t e r i o r m o c i ó n d e l E s p í r i t u S a n t o á la vida
a u s t e r a y a b n e g a d a , e n c o n t r ó la S a n t a M a d r e el h o m b r e q u e le con-
v e n í a , p a r a p l a n t a r e n t r e los v a r o n e s la r e f o r m a q u e ella h a b í a in-
t r o d u c i d o e n las m o n j a s . Las c o n t r a d i c c i o n e s á q u e se v i o e x p u e s t o
S a n J u a n d e la C r u z en la e j e c u c i ó n d e su o b r a , f u e r o n tal vez más
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 49
duras q u e las e x p e r i m e n t a d a s p o r S a n t a T e r e s a ; p e r o c o m o el n e -
gocio e r a d e Dios, i n ú t i l e s f u e r o n los esfuerzos d e l d e m o n i o p a r a
frustrarlo. La r e f o r m a se estableció, y si las c a r m e l i t a s descalzas
continúan edificando á la I g l e s i a con las v i r t u d e s d e Santa T e r e s a ,
los c a r m e l i t a s c o n s e r v a n la h e r e n c i a d e h u m i l d a d , d e p e n i t e n c i a y
de celo a p o s t ó l i c o q u e les l e g ó San J u a n de la Cruz. Dios u n i ó á los
dos s a n t o s en u n p e n s a m i e n t o , e n u n m i s m o e s p í r i t u , y lo q u e es
más, e n e l c o n o c i m i e n t o s o b r e n a t u r a l d e las m i s m a s v e r d a d e s y ma-
ravillas i n t e r i o r e s , v e r d a d e s q u e a m b o s e n s e ñ a r o n en sus e s c r i t o s ,
cada u n o s e g ú n su g e n i o y c a r á c t e r n a t u r a l : Santa T e r e s a con la efu-
sión, n a t u r a l i d a d y desaliñado estilo p r o p i o d e u n a m u j e r , San J u a n
con el m é t o d o , f o r m a y t e c n i c i s m o p r o p i o s de u n t e ó l o g o . Si la p r o s a
de la p r i m e r a es sin c o m p a r a c i ó n m á s a t r a c t i v a q u e la d e l s e g u n d o
éste, en c a m b i o , t u v o la ventaja de c o n d e n s a r s u enseñanza mística e n
algunas poesías, q u e son lo m á s d e l i c a d o , lo m á s s u b l i m e , lo m á s
celestial q u e h a d a d o d e sí la poesía l í r i c a e n t o d o e l m u n d o .
El b e n d i t o F r . P e d r o de A l c á n t a r a , c o m o le solía l l a m a r Santa
Teresa, con su tosco sayal s o b r e las c a r n e s , c o n sus p i e s descalzos,
con su cabeza s i e m p r e d e s c u b i e r t a á la i n t e m p e r i e , con su r o s t r o
enjuto, que no parecía sino hecho de raíces de árboles, s e g ú n la g r á -
fica e x p r e s i ó n d e la santa; con su a b s t i n e n c i a i n v e r o s í m i l , c o n s u
b r e v í s i m o s u e ñ o , r e d u c i d o al espacio d e h o r a y m e d i a ; c o n su e s t r e -
chísima celda, d o n d e n i s i q u i e r a p o d í a p o n e r s e de pie p o r lo bajo
del techo; c o n el t e n o r d e su v i d a t a n a u s t e r o y c o n t e m p l a t i v o , se
nos m u e s t r a c o m o u n o d e esos h o m b r e s , c u y a v i r t u d p a r e c e q u e
mete m i e d o y a n o n a d a d e a s o m b r o á q u i e n la c o n t e m p l a (1). La p e -
nitencia de San P e d r o de A l c á n t a r a es u n o d e esos p r o d i g i o s q u e
obra la g r a c i a en los santos y son m á s d i g n o s de a d m i r a c i ó n q u e d e
imitación. ¡Qué p r o t e s t a c o n t r a la r e l a j a c i ó n e s p a n t o s a d e l falso
r e n a c i m i e n t o ! A u n q u e p a r e z c a i n c r e í b l e , c o n t e m p o r á n e a s f u e r o n la
más d e s e n f r e n a d a l u j u r i a y la m á s á s p e r a p e n i t e n c i a q u e tal vez se
ha visto en la Iglesia. C o n t e m p o r á n e o s f u e r o n E n r i q u e V I I I y S a n
P e d r o de A l c á n t a r a . E n t o r n o d e este g l o r i o s o m o d e l o se j u n t a r o n
algunos ansiosos de e m u l a r sus v i r t u d e s , y p r i m e r o e n A r r a v i d a ,
pueblo d e P o r t u g a l , y d e s p u é s en P e d r o s o , c o n v e n t o de E x t r e m a -
dura, se e n t a b l ó la r e f o r m a d e los franciscanos descalzos, l l a m a d o s
(1) V é a s e el l a r g o p á r r a f o q u e á las v i r t u d e s d e San P e d r o d e A l c á n t a r a d e d i c a
Santa T e r e s a e n el c a p í t u l o 2 7 d e su v i d a .
4
 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
50
a l c a n t a r i n o s , q u e f o r m a n u n a d e las fecundas r a m a s d e l g r a n á r b o
d e la familia franciscana.
E l e s p í r i t u d e r e f o r m a , el a n h e l o d e a s p i r a r á la m a y o r perfección-
p o s i b l e se c o m u n i c ó á o t r a s O r d e n e s r e l i g i o s a s . A fines d e l s i g l o x v
v e m o s s u r g i r al B. J u a n Bautista d e la C o n c e p c i ó n , n a c i d o e n 15(51.
q u i e n d e s e o s o d e i n f u n d i r n u e v o e s p í r i t u y v i g o r e n la O r d e n d
los t r i n i t a r i o s , c u y o h á b i t o había v e s t i d o , funda en el m o n a s t e r i o d
V a l d e p e ñ a s la r e f o r m a do t r i n i t a r i o s descalzos, h o n r a d a p o c o des
p u e s c o n las v i r t u d e s e x c e l e n t í s i m a s d e San M i g u e l d e los S a n t o ;
C o n la r e f o r m a d e los t r i n i t a r i o s c o i n c i d i ó la de los m e r c e d a r i o s ,
c o m o si Dios d i s p u s i e r a , q u e p u e s a m b a s r e l i g i o n e s se p a r e c e n tant;
e n el e s p í r i t u y e n el s a n t o p r o p ó s i t o d e r e s c a t a r c a u t i v o s , así reci
h i e r a n casi á la p a r el beneficio de u n a santa r e f o r m a . E l P . Alón-';
d e M o n r o y dio r e g l a s á los m e r c e d a r i o s descalzos, los cuales se pu-
s i e r o n bajo la d i r e c c i ó n de F r . J u a n d e l S a n t í s i m o S a c r a m e n t o .
La r e f o r m a d e los a g u s t i n o s descalzos d e b i ó sus p r i n c i p i o s al v e n e -
r a b l e F r . T o m é d e J e s ú s , a u n q u e esta fundación n o t a n t o p a r e c e
t e n e r e l c a r á c t e r d e r e f o r m a , c o m o el d e d i s t i n t a f o r m a ó v a r i a c i ó n
d e n t r o d e l m i s m o i n s t i t u t o . C o m o en las r e l i g i o n e s a n t i g u a s e r a eos
t u m b r e , q u e á cada i n s t i t u t o d e frailes c o r r e s p o n d i e s e o t r o d e m o n -
j a s bajo la m i s m a r e g l a , t a m b i é n e n las r e f o r m a s e r a b a s t a n t e co-
m ú n q u e al lado d e los m o n a s t e r i o s r e f o r m a d o s d e h o m b r e s , s e
levantasen otros de monjas también reformadas.
P e r o la f e c u n d i d a d r e l i g i o s a d e E s p a ñ a n o se l i m i t ó á la r e f o r m a
d e O r d e n e s a n t i g u a s . Casi al m i s m o t i e m p o q u e n u e s t r o P . San I g n a
ció f u n d a b a la C o m p a ñ í a en R o m a , ei p o r t u g u é s San J u a n d e D i o -
e c h a b a los c i m i e n t o s en G r a n a d a á la O r d e n d e l o s h o s p i t a l a r i o s , que
e n t o n c e s se l l a m a r o n H e r m a n o s d e la Caridad, y a h o r a d e s i g n a m o s
o r d i n a r i a m e n t e c o n el n o m b r e de H e r m a n o s d e San J u a n de Dios.
La c a r i d a d h e r o i c a d e q u e d i e r o n y s i g u e n d a n d o a d m i r a b l e s ejtmi-
p í o s estos h u m i l d e s religiosos, s i r v i e n d o á los e n f e r m o s más de--
a m p a r a d o s , y en las e n f e r m e d a d e s m á s r e p u g n a n t e s y dolorosas,
m u e s t r a b i e n q u e fué de Dios u n a o b r a q u e tan e v i d e n t e m e n t e re-
t r a t a la c a r i d a d d e D i o s p a r a con el h o m b r e . La felicidad con q u e se
p r o p a g ó p o r a m b o s m u n d o s esta O r d e n y el f e r v o r con q u e se con-
s e r v a e n n u e s t r o s días i n d i c a n á las claras, q u e s i g u e a n i m á n d o l a
a q u e l s o p l o d e l E s p í r i t u S a n t o q u e i n f u n d i ó la c a r i d a d en el pecho
d e San J u a n d e Dios.
P o r , fin c u a r e n t a días d e s p u é s d e m o r i r San I g n a c i o , e n Roma,
n a c í a en A r a g ó n el ú l t i m o d e los g r a n d e s f u n d a d o r e s españoles, San
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 51
J o s é d e Calasanz, P a d r e d e las E s c u e l a s Pías. E n R o m a e m p e z ó ,
en 1597, su santa e m p r e s a d e e n s e ñ a r á los n i ñ o s la d o c t r i n a c r i s t i a n a
y e d u c a r n o m e n o s en ciencia q u e en v i r t u d á los j ó v e n e s , t r a b a j o e n
q u e gastó m á s de m e d i o siglo, p u e s su santa v i d a se p r o l o n g ó hasta
el año 1648. E n San J u a n d e Dios y e n S a n J o s é d e Calasanz p r e s e n -
taba E s p a ñ a dos m o d e l o s p e r feotísimos d e la c a r i d a d c o n el p r ó j i m o ,
los m e j o r e s tal vez q u e t u v o la Iglesia e n el siglo x v i . San J u a n d e
Dios era la m i s e r i c o r d i a c o r p o r a l q u e c u r a al e n f e r m o y asiste a l
m o r i b u n d o ; San J o s é d e Calasanz e r a la m i s e r i c o r d i a e s p i r i t u a l q u e
enseña al i g n o r a n t e y e d u c a al d e s v a l i d o .
E n t r e estas r e l i g i o n e s l l a m a d a s p o r Dios á s o b r e s a l i r p o r s u s h e -
roicas v i r t u d e s en el p u e b l o c r i s t i a n o d e b í a o c u p a r u n p u e s t o la r e -
ligión fundada p o r I g n a c i o . Q u e r í a el g l o r i o s o p a t r i a r c a , q u e s u s
hijos edificasen al p u e b l o a n t e t o d o con el e j e m p l o de toda h o n e s t i -
dad, y q u e c o n la p r á c t i c a d e las v i r t u d e s , p r i n c i p a l m e n t e d e la o b e -
diencia y d e l celo a p o s t ó l i c o , e n s e ñ a s e n á los h o m b r e s á s e r v i r á
Dios y á a m a r á s u s p r ó j i m o s . Cada casa r e l i g i o s a e r a u n foco l u m i -
noso, q u e d e s p e d í a e n t o r n o s u y o los r a y o s d e a p a c i b l e s v i r t u d e s , y
atraía s u a v e m e n t e al s e r v i c i o d e Dios m u c h o s s e g l a r e s .
E f e c t i v a m e n t e : si se l e e n c o n a t e n c i ó n las v i d a s d e n u e s t r o s san-
tos y las h i s t o r i a s d e las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , se o b s e r v a d e s d e l u e g o
| que al lado d e cada s a n t o y en t o r n o de cada c o n v e n t o vivía u n
| círculo m á s ó m e n o s e x t e n s o de s e g l a r e s piadosos, q u e f r e c u e n t a b a n
' los s a c r a m e n t o s , e s c u c h a b a n los s e r m o n e s , e j e r c i t a b a n o b r a s de c a r i -
y dad y se e l e v a b a n tal v e z á g r a n d e v i r t u d . Y n o e r a n s o l a m e n t e u n o s
í pocos los q u e p r a c t i c a b a n las o b r a s b u e n a s . E n c i e r t o s m o m e n t o s
!| solemnes la p o b l a c i ó n e n t e r a , sin d i s t i n c i ó n de clases y c o n d i c i o n e s ,
f
, ejercitaba o b r a s d e p i e d a d y d e v o c i ó n . Esta r e l i g i o s i d a d e r a u n a d e
í las p r o p i e d a d e s q u e d e s c u b r í a n en el p u e b l o e s p a ñ o l d e l siglo x v i
| los e m b a j a d o r e s venecianos. E n 1563 e s c r i b í a d e este m o d o P a b l o
f Tiépolo: «En c u a n t o á la r e l i g i ó n , si p o r m u c h a s d e m o s t r a c i o n e s
$ e x t e r i o r e s se d e b e f o r m a r j u i c i o , n o h a y en el m u n d o p u e b l o m á s
fe religioso q u e el e s p a ñ o l ; sus iglesias están a d o r n a d a s , a d m i r a -
| b l e m e n t e cuidadas y servidas; los r e l i g i o s o s se m u e s t r a n b i e n y
& d e c e n t e m e n t e v e s t i d o s y l l e n o s d e g r a v e d a d ; los l e g o s f r e c u e n -
tan los oficios d i v i n o s , y c o n r e z a r e n v o z a l t a , c o n d a r s e fuer-
tes g o l p e s d e pecho, c o n o f r e c e r p a n , v i n o , c a r n e , d i n e r o y v e l a s
procuran á competencia mostrarse devotos. En ciertos tiempos
salen en p r o c e s i o n e s g r a n d í s i m a s d i s c i p l i n á n d o s e , l l e v a n á c u e s t a s
cruces d e m a d e r a d e e x t r e m a d o p e s o y h a c e n o t r a s señales de
52 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 53

p e n i t e n c i a , q u e á m u c h o s p u d i e r a n p a r e c e r s u p e r s t i c i o s a s » (1; estas causas p u d i e r a n n a c e r e s t á p r o v e í d o c o n e l d i l i g e n t í s i m o y

El mismo juicio forma J u a n Soranzo dos años después. Habland amplísimo T r i b u n a l d e la I n q u i s i c i ó n , q u e es s u m a m e n t e n e c e s a r i o
d e los e j e m p l o s d e p i e d a d y r e l i g i ó n q u e da F e l i p e I I , p r o s i g u e ase en España, y c o n la f i r m í s i m a y c o n s t a n t í s i m a r e l i g i ó n católica q u e
«De esto p r o c e d e q u e t o d a la c o r t e en la a p a r i e n c i a se m u e s t r e m u vemos e n la p e r s o n a d e l R e y a c t u a l , q u i e n así c o n su e j e m p l o , c o m o
r e l i g i o s a y q u e las iglesias estén s i e m p r e l l e n a s d e g e n t e y q u e s e a - con la d e t e r m i n a d a v o l u n t a d de c o n s e r v a r la r e l i g i ó n , r e m e d i a á
p o q u í s i m o s los q u e n o o y e n misa t o d a s las m a ñ a n a s y n o se d e j e - todos los p r i n c i p i o s q u e p u d i e r a n d a ñ a r en esta p a r t e » (1).
v e r en p a l a c i o y p o r las calles c o n el r o s a r i o e n la mano> (2). E n 1 •.< No d e b e m o s d i s i m u l a r q u e c o m o p i e n s a el l a d r ó n q u e t o d o s son
m i s m a , r e p i t i e n d o casi la frase d e T i é p o l o , afirma S o r a n z o q u e , ¡ de su c o n d i c i ó n , así e s t o s d i p l o m á t i c o s p e n s a b a n q u e t o d o s e r a n
j u z g a r p o r lo e x t e r i o r , n o h a y e n el m u n d o n a c i ó n t a n católica diplomáticos, q u i e r o d e c i r , q u e a u n c u a n d o veían señales t a n m a n i -
d e v o t a c o m o la e s p a ñ o l a (3). fiestas de r e l i g i ó n , s o s p e c h a b a n q u e e n t o d o e l l o h a b í a m u c h o d e
T o d a v í a es m á s e x p l í c i t o el E m b a j a d o r L e o n a r d o D o n a t o e n l.¡. hipocresía y fingimiento (2). P e r o q u i e n conozca u n p o c o e l c a r á c t e r
r e l a c i ó n q u e d i r i g e al S e n a d o d e V e n e c i a el a ñ o 1573. Dice así: de las n a c i o n e s e u r o p e a s , y s o b r e t o d o d e E s p a ñ a , f á c i l m e n t e e n t e n -
« H a c e n p r o f e s i ó n los e s p a ñ o l e s e n g e n e r a l d e s e r c a t o l i c í s i m o s , : derá lo i n f u n d a d o y t e m e r a r i o d e e s t e j u i c i o . E l v i c i o d e la h i p o -
s i e m p r e q u e h a b l a n de la Iglesia d i c e n e x p r e s a m e n t e : «Como lo cree
»y inunda la santa I g l e s i a Católica R o m a n a . » Y, c i e r t a m e n t e , en t o d o -
(1) Fauno professione gli spagvuoli in unirersálc di esscr cattolicissinti, e sempre
Ios a c t o s e x t e r i o r e s , c o n los q u e se s u e l e d e m o s t r a r q u e se t i e n e en che parlano del/a chiesa dicono espressamente: conforme qitéllo che crede e comanda
s u m a r e v e r e n c i a el c u l t o d i v i n o y la o b s e r v a n c i a de los r i t o s cris- la S. Chiesa Cattolica Romana; e veramente in tutti gli atti esteriori, con i quali si
sttol dimostrare di aver in somma riverenza il culto di Dio e Vosservazione dei riti
t i a n o s , me p a r e c e q u e p r o c u r a n n o d e j a r s e a v e n t a j a r p o r n i n g u n a
cristiani, a me pare che procurinn di non lasciarsi passare da nessuu' ultra nozione
o t r a n a c j ó n . A u n q u e lo e x t e r i o r n o sea i n d i c i o c i e r t o d e la v o l u n t a d innavzi. 11 qual esteriore, ancorche non sia argomento certo del/a rolontá e delP ani-
y del c o r a z ó n , con t o d o eso es e v i d e n t e q u e r a r a s v e c e s s u c e d e ser mo, tuttavia chiara cosa é che rare volte accade, che chi é interiormente malo sia
u n o i n t e r i o r m e n t e m a l o y m o s t r a r s e e x t e r i o r m e n t e b u e n o . D e donde esteriormente buono. Onde si potrebbe argomentare che ore ci sia molto estertor buono,
ci possa anche ra gionevol mente essere molió interior buouoii <¡Jla a questi pericoli,
se p o d r í a i n f e r i r q u e d o n d e h a y m u c h o b u e n o en lo e x t e r i o r , natu-
el alie perturbazioni che da queste cause, potrebber procederé, é rimediato col diligen-
r a l m e n t e lo h a d e h a b e r t a m b i é n e n lo i n t e r i o r . » A p u n t a l u e g o Do- tissimo ed amplissimo tribunale della Inquisizione, il quale e soturnamente necessario
n a t o los p e l i g r o s q u e p u e d e h a b e r p a r a la r e l i g i ó n e n E s p a ñ a por in Spagna, e con la fermissima e costantissima cattolica religione che é nella persona
r a z ó n d e los c r i s t i a n o s n u e v o s , falsamente c o n v e r t i d o s , p o r los mu- del re moderno; il quale cosi con l'esempio suo, come con la determinata volonta di
conservare la religione, rimedia a tutti i princtpi che in questo potriano nuoceres.
c h o s m o r i s c o s d i s e m i n a d o s e n v a r i a s p r o v i n c i a s y p o r los chispazos
Ibidem, t. v i , p . 4 1 1 .
de herejía que saltaron en Valladolid y en otras partes. «Pero á (2) V é a s e lo q u e e s c r i b e P a b l o T i é p o l o , c o n t i n u a n d o el p á r r a f o q u e d e él h e m o s
e s t o s p e l i g r o s , c o n t i n ú a el E m b a j a d o r , y á las t u r b a c i o n e s q u e de citado: «3fa il mascherarsi, il bailare, far moresche, recitar commedie, atti di amore
e di buffoneria in chiesa e nelle processioni nei giorni di maggior solennitd fquello
appunto che noi sollamo usare ttel carnevale per ricreazione) ; e ch i sa la poca coscienza
( 1 ) Nrllu relii/ione, se da molle dimostrazioni estrinseche si dovesse prender argu- che la maggior parte cosi dei preti come dei laici tiene nella cose essenziali, e che molti
mento, tu n é g-nte al mondo pih de's/iagnui/li religiosa; le lor chiese órnate e ottimn- di loro frescamente discendono da mori e da ebrei, dubita grandemente, che il cuore e
mente tenate ed of/iciate; i religiosi bene e onestamcnte vestiti e pieni di gravita; i l'animo in gran parte non corrisponda alie aparence.l) (lbid., p . 18.) P o r e s t a s p a l a -
luía friuoit nti ai dtvini ofjh-i, i quali colla voce alta, col battcrsi forte il pettn, con bras se v e q u e á T i é p o l o le d i e r o n en r o s t r o n u e s t r o s g i g a n t o n e s d e la p r o c e s i ó n d e l
offrir vino, carne, de.ttari e cándele, procurano a gara di comparir deroti; e in Corpus y los a u t o s s a c r a m e n t a l e s q u e y a e n t o n c e s e m p e z a b a n y t a n t o v u e l o t o m a r o n
certi leni/i' o .s< hiere grandissime si disciplinano, portano croci di legno di estremo después. ¡Ojalá n o t u v i é r a m o s o t ' o s vicios! P e r o d e q u e se c o m e t i e r a a l g ú n a b u s o
peso. t>. jati'io altri lor xegtú di penitenzn, che 2>ossa?to a molti parere superstiz'.osi en las d a n z a s v i l l a n e s c a s , d e q u e h u b i e r a p e c a d o s e n el c l e r o y e n el p u e b l o , ¿ s e
infiere q u e e r a h i p ó c r i t a la r e l i g i ó n d e E s p a ñ a ? S e g ú n eso, t o d a la I g l e s i a c a t ó l i c a
A l b e r i . ¡{r.tiiztoni deg. ambas, veneti, s e r i e I, t . V, p . 18.
sería p u r a h i p o c r e s í a , p u e s , p o r d e s g r a c i a , en t o d o s los p u e b l o s d e l m u n d o se v e n
(2) ha qnetto procede che tutta la corte in apparenza si mostri violto religiosa, t
mezclados los b u e n o s c o n los malos,- las v i r t u d e s c o n l o s v i c i o s y el t r i g o c o n la
the xewji t chiese siano piene di gente, e che pochissimi siano che non odano ogni
cizaña. V e r d a d e r a s s o n l a s v i r t u d e s y v e r d a d e r o s los p e c a d o s q u e v e m o s en la I g l e s i a ,
matt-if lo mensa, e non si lascino veder a palazzo e per le strade con le corone in
y ni las v i r t u d e s n o s d e b e n c e g a r p a r a n o v e r los p e c a d o s , n i los v e r d a d e r o s p e c a d o s
maní. Ibid , p. 113.
d e b e u h a c e r n o s c r e e r q u e son f a l s a s l a s v i r t u d e s .
í3j Iba , p. 8 2 .
54 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
cresía n u n c a h a sido p o p u l a r y m e n o s en E s p a ñ a . El c a r á c t e r e s p a ñ o l
es e l m á s s e n c i l l o y f r a n c o d e E u r o p a . E l e s p a ñ o l sabe callar, s a b e ,
si es p r e c i s o , o c u l t a r c o m o bajo losa s e p u l c r a l sus ideas y deseos;
p e r o fingir y s i m u l a r lo q u e n o t i e n e , eso n o lo h a s a b i d o h a c e r
n u n c a . P u d i é r a m o s a ñ a d i r , sin t e m o r de e r r a r , q u e si el p u e b l o es-
p a ñ o l es m e n o s s i m p á t i c o d e lo q u e p u d i e r a á o t r a s n a c i o n e s , la ra-
z ó n es p o r q u e n o sabe o c u l t a r sus defectos y p o r de fuera a p a r e c e
u n p o c o p e o r de lo q u e es.
S i e n d o tal la situación d e E s p a ñ a en el siglo x v i , p o s p y e n d o n u e s -
t r o p u e b l o , e n m e d i o d e sus m i s e r i a s y p e c a d o s , u n a v i t a l i d a d r e l i -
giosa tan e n é r g i c a , j u n t a con u n c a r á c t e r e m p r e n d e d o r y m a g n á n i -
m o , es n a t u r a l q u e Dios t o m a s e á n u e s t r a n a c i ó n c o m o i n s t r u m e n t o
p a r a d e f e n d e r á su I g l e s i a y p a r a m a n t e n e r firme la fe e n t r e el t o r -
b e l l i n o d e t a n t a s h e r e j í a s . C o m o de A l e m a n i a p a r t i ó el p r i n c i p i o d e
los e r r o r e s m o d e r n o s , d e E s p a ñ a p a r t i ó p r i n c i p a l m e n t e lo q u e lla-
m a n los p r o t e s t a n t e s la c o n t r a r r e f o r m a , es d e c i r , la r e s i s t e n c i a á las
n o v e d a d e s d e l N o r t e y la p r o p a g a c i ó n del e s p í r i t u católico p o r t o d o s
los á m b i t o s d e la t i e r r a . El m i s m o estado p o l í t i c o d e n u e s t r o país,
p o r u n a c o i n c i d e n c i a d e c i r c u n s t a n c i a s felices, ó m e j o r d i c h o , p o r
la s u a v e d i s p o s i c i ó n d e la d i v i n a P r o v i d e n c i a , f a v o r e c i ó n o t a b l e -
m e n t e á las e m p r e s a s e s p i r i t u a l e s q u e la Iglesia realizó en el siglo x v i .
E n el espacio de m e n o s d e c u a r e n t a años, d e c u a t r o r e i n o s e n q u e
se h a l l a b a d i v i d i d a E s p a ñ a : Castilla, A r a g ó n , N a v a r r a y G r a n a d a , se
h a b í a f o r m a d o u n a sola n a c i ó n , u n i é n d o s e los dos p r i m e r o s p o r me-
d i o d e l m a t r i m o n i o d e F e r n a n d o é I s a b e l y s i e n d o a g r e g a d o s los
o t r o s d o s p o r la c o n q u i s t a . De este m o d o se f o r m ó u n a u n i d a d na-
c i o n a l p o d e r o s a p a r a a q u e l l o s t i e m p o s , y q u e p o r las n u e v a s a d q u i -
s i c i o n e s h e c h a s e n E u r o p a , e n África y en el N u e v o M u n d o l l e g ó á
p o s e e r d o m i n i o s d e s m e s u r a d o s , q u e c o n el t i e m p o se h a b í a n d e con-
v e r t i r en p e s o p a r a la m e t r ó p o l i y e n ocasión de t r i s t í s i m a r u i n a .
Ya p o r alianzas m a t r i m o n i a l e s d e p r í n c i p e s , y a p o r la c o n q u i s t a ,
h a b í a l l e g a d o E s p a ñ a á d o m i n a r e n los Países Bajos, e n e l Mílane-
sado, e n Ñ a p ó l e s y Sicilia, en las costas s e p t e n t r i o n a l e s d e África y
e n el N u e v o M u n d o , r e c i e n t e m e n t e d e s c u b i e r t o . D o m i n i o colosal
que por un momento desvaneció á nuestros abuelos, mareándoles
c o n la i d e a d e la m o n a r q u í a u n i v e r s a l y d e s p e r t a n d o e n ellos una
loca a m b i c i ó n q u e los c o n d u j o a d o n d e s i e m p r e c o n d u c e n las a m b i -
c i o n e s d e s m e d i d a s : á la d e c a d e n c i a y á la r u i n a .
C o n e s t e p o d e r d e E s p a ñ a c o i n c i d i ó e l s e r s u p o l í t i c a b a s t a n t e ca-
t ó l i c a y d i s p u e s t a , p o r c o n s i g u i e n t e , p a r a a p o y a r la acción d e l a
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 55
Iglesia y d e las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s . D e c i m o s bastante católica p o r q u e
r e a l m e n t e e n el t r a n s c u r s o de los siglos pocas v e c e s la política h a t e -
nido d e r e c h o p a r a l l a m a r s e católica. E n h o r a b u e n a q u e los m o n a r c a s
se d i s t i n g u i e r a n con los t í t u l o s de c a t ó l i c o , c r i s t i a n í s i m o , fidelísimo
y o t r o s n o m e n o s h o n r o s o s ; p e r o b i e n e x a m i n a d a la c o n d u c t a d e los
p r í n c i p e s y d e sus m i n i s t r o s , y s e p a r a d o lo q u e h i c i e r o n p o r fines
nada católicos, n i s i q u i e r a h o n e s t o s , n o sé cuánta p a r t e d e p o l í t i c a
p o d r í a q u e d a r á la q u e c u a d r a s e el n o m b r e de católica. Sin e m b a r g o ,
ó h e m o s de c e r r a r los ojos á la luz ó h e m o s d e r e c o n o c e r q u e en la
España del siglo x v i se hizo m u c h o en el c a m p o d e la política, p o r
el s i n c e r o d e s e o de f a v o r e c e r la causa d e la fe.
C o n s i d e r a d o el estado de la I g l e s i a en el siglo x v i y los e n e m i g o s
que se le p o n í a n d e l a n t e , v e m o s q u e la política, p a r a p o d e r l l a m a r s e
católica, p o d í a e j e r c i t a r su a c t i v i d a d en t r e s c a m p o s : p r i m e r o , e n
resistir á las a r m a s de la m e d i a luna; s e g u n d o , e n sofocar las r e b e -
liones y t u m u l t o s d e los h e r e j e s ; t e r c e r o , en a p o y a r la acción d e los
m i s i o n e r o s , q u e b r a n t a n d o la fuerza de las n a c i o n e s b á r b a r a s n u e v a -
m e n t e d e s c u b i e r t a s , c u a n d o con las a r m a s p r e t e n d í a n a h o g a r la p r e -
dicación del E v a n g e l i o .
C o n o c i d o s son los s e r v i c i o s q u e en el p r i m e r o d e estos t e r r e n o s
p r e s t ó E s p a ñ a á la causa d e l E v a n g e l i o y de la civilización e u r o p e a .
S i g u i e n d o la idea c o n c e b i d a e n el siglo x m p o r San F e r n a n d o , p r o -
c u r a r o n los R e y e s Católicos d e f e n d e r á E s p a ñ a d e las a r m a s de los
m o r o s , a t a c á n d o l o s en su p r o p i o pais. C o m p l e t a d a la c o n q u i s t a de
Granada y asentadas las cosas en el t e r r e n o c o n q u i s t a d o , d i r i g i e r o n
tus t r o p a s hacia el África. E n 1505 fué c o n q u i s t a d a la plaza d e Ma-
zalquivir; e n 1508, el P e ñ ó n de la G o m e r a ; e n 1509 i n m o r t a l i z ó su
fama, y a tan c é l e b r e p o r o t r o s títulos, el C a r d e n a l C i s n e r o s con la
c o n q u i s t a d e O r a n . E l a ñ o s i g u i e n t e p r o s i g u e el m i s m o m o v i m i e n t o ,
y los e s p a ñ o l e s o c u p a n las plazas d e Bugia, T e l e n c e n , T r í p o l i y o t r a s
varias. E l d e s a s t r e d e D. García de T o l e d o , q u e vio m o r i r á t r e s m i l
españoles á m a n o s d e los m o r o s , d e t u v o el m o v i m i e n t o i n v a s o r d e
los n u e s t r o s y d u r a n t e u n o s v e i n t e a ñ o s m a n t u v i é r o n s e las cosas
según q u e d a r o n en 1510.
C u a n d o las g u e r r a s con F r a n c i a y o t r o s n e g o c i o s p o l í t i c o s d e E u -
ropa d i e r o n r e s p i r o á Carlos V, v o l v i ó su a t e n c i ó n á las costas d e
África, y e n 1535 l l e v ó á c a b o la m á s g l o r i o s a e x p e d i c i ó n d e t o d a su
vida, c u a n d o los e s p a ñ o l e s , m a n d a d o s p o r el E m p e r a d o r en p e r s o n a ,
c o n q u i s t a r o n á T ú n e z . No f u e r o n t a n felices n u e s t r a s a r m a s seis a ñ o s
después, y el m i s m o v e n c e d o r d e T ú n e z h u b o d e r e p l e g a r s e d e l a n t e
56 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
d e A r g e l , v o l v i e n d o á E u r o p a c o n el e j é r c i t o q u e b r a n t a d o y m e d i o
d e s h e c h o . E l año 1550 p r e s e n c i ó la v a l i e n t e c a m p a ñ a d e l v i r r e y de
Sicilia J u a n de Vega c o n t r a el p i r a t a D r a g u t . E l r e i n a d o d e F e l i p e II.
se i n a u g u r ó c o n la e x p e d i c i ó n d e l m a r q u é s d e A l c a u d e t e e n 155S.
D e s g r a c i a d í s i m o fué su r e s u l t a d o , p u e s casi t o d o el e j é r c i t o , com-
p u e s t o d e d o c e m i l h o m b r e s , p e r e c i ó en los a r e n a l e s africanos. Diez
a ñ o s d e s p u é s n o fué n e c e s a r i o p a s a r al África p a r a p e l e a r c o n t r a los
m u s u l m a n e s , p u e s d e n t r o de casa se n o s l e v a n t a r o n los m o r i s c o s
y d i e r o n b i e n e n q u é e n t e n d e r á F e l i p e I I ; p e r o g r a c i a s al v a l o r del
m a r q u é s de Mondéja'r y d e s p u é s d e l m a r q u é s de los Vélez, se p u d o
r e s i s t i r á las p r i m e r a s tentativas; y p o r fin, bajo la d i r e c c i ó n de
D. J u a n de A u s t r i a , se dio feliz r e m a t e á la g u e r r a .
Si c o n t r a los m u s u l m a n e s d e l África h i c i e r o n esfuerzos g e n e r o s o s
los españoles, n o los h i c i e r o n m e n o s h e r o i c o s c o n t r a los t u r c o s . Ya
e l g r a n c a p i t á n c o m b a t i ó c o n ellos en Corfú. E n 1532 a c u d i ó u n
c u e r p o d e v e i n t i d ó s m i l e s p a ñ o l e s y n a p o l i t a n o s al s o c o r r o de Vie-
na, c u a n d o se v i o a m e n a z a d a p o r el e n e m i g o c o m ú n d e E u r o p a .
E n 1565 o t r o c u e r p o d e e s p a ñ o l e s y sicilianos s o c o r r i ó al h e r o i c o
L a v a l e t t e , q u e defendía la isla d e Malta. T o d a s estas g l o r i a s q u e d a n
o s c u r e c i d a s p o r la c e l e b é r r i m a batalla d e L e p a n t o , e n la cual los
e s p a ñ o l e s , aliados con los p o n t i ñ c i o s y con los v e n e c i a n o s , q u e b r a n -
t a r o n p a r a s i e m p r e el p o d e r m a r í t i m o d e l o s t u r c o s . E n los ú l t i m o s
a ñ o s d e l siglo x v i t o d a v í a se p e l e ó algo c o n ellos, c o m o lo p r u e b a la
e x p e d i c i ó n d e P e d r o d e T o l e d o e n 1595 á las costas d e G r e c i a y el
s o c o r r o d e e s p a ñ o l e s q u e C a r l o s d e Mansfelt e n v i ó á los h ú n g a r o s .
D i r á s e q u e t o d a s estas g u e r r a s tenían u n fin m á s b i e n p o l í t i c o q u e
r e l i g i o s o , y q u e España, al e m p r e n d e r l a s , se p r o p o n í a a s e g u r a r su
i n d e p e n d e n c i a ó e x t e n d e r su d o m i n a c i ó n . No n e g a r e m o s q u e al p e -
l e a r c o n t r a l o s m u s u l m a n e s n o p e r d í a d e vista E s p a ñ a su p r o p i a uti-
l i d a d , y q u e al d e f e n d e r la i n t e g r i d a d d e la fe defendía t a m b i é n la
i n t e g r i d a d d e su t e r r i t o r i o ; p e r o t o d o el q u e h a y a e s t u d i a d o la his-
t o r i a d e E s p a ñ a e n su l a r g a l u c h a c o n el i s l a m i s m o h a b r á echado
d e v e r q u e la fe religiosa, así c o m o e r a el ú n i c o v í n c u l o q u e u n í a á
los d i f e r e n t e s p u e b l o s c r i s t i a n o s d e la P e n í n s u l a , así e r a el p r i n c i p a l
m o t i v o q u e los a l e n t a b a c o n t r a el e n e m i g o c o m ú n . Si e n las otras
n a c i o n e s h u b i e r a p e r m a n e c i d o t a n v i v a esa fe, si h u b i e r a n h e c h o
a l g o d e l o q u e hizo E s p a ñ a , n o h u b i e r a n d u r a d o t a n t o , n i las p i r a t e -
r í a s d e los a r g e l i n o s , n i la p r e p o n d e r a n c i a d e los. t u r c o s , q u e consti-
t u í a n u n v e r d a d e r o o p r o b i o p a r a las n a c i o n e s cristianas.
T a m b i é n c o n t r a los h e r e j e s s i r v i e r o n las a r m a s e s p a ñ o l a s c o n más
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 57
p r o v e c h o e s p i r i t u a l q u e t e m p o r a l p a r a E s p a ñ a . E n la e m p r e s a d e
M u l h b e r g , d i r i g i d a p o r el E m p e r a d o r C a r l o s V e n 1584, el n e r v i o d e
sus t r o p a s e r a n los v e t e r a n o s e s p a ñ o l e s . T r a t á n d o s e d e la lucha a r -
mada c o n t r a el p r o t e s t a n t i s m o , d e s d e l u e g o se v u e l v e n l o s ojos á l o s
campos d e F l a n d e s . P o c a s v e c e s se h a b r á n v i s t o en el m u n d o v i c t o -
rias más i n s i g n e s y más e s t é r i l e s q u e las c o n s e g u i d a s allí p o r l o s
españoles. E n la s e r i e i n t e r m i n a b l e d e a q u e l l a s e m b r o l l a d a s c a m p a -
ñas n o s a b e u n o q u é a d m i r a r m á s , s i el v a l o r d e n u e s t r o s m i l i t a r e s
ó la c e g u e d a d de n u e s t r o s p o l í t i c o s . I n c r e í b l e p a r e c e q u e n o v i e r a n
éstos lo q u e p e r d í a n u e s t r a n a c i ó n c o n a q u e l l a s g u e r r a s , la m u c h a
gente q u e m o r í a , y m á s a ú n los e n o r m e s gastos q u e causaba el e m -
p e ñ o de m a n t e n e r a q u e l l o s estados u n i d o s c o n E s p a ñ a . S i n e m b a r g o ,
seguían a d e l a n t e en la lucha, s o s t e n i d o s , es v e r d a d , p o r el p u n d o n o r
español, q u e e r a e n t o n c e s el m á s tieso d e los p u n d o n o r e s , p e r o a l e n -
tados p r i n c i p a l m e n t e p o r el celo de la fe católica y p o r las e x h o r t a -
ciones d e los S u m o s Pontífices, q u e n o v e í a n r e m e d i o p a r a a q u e l l o s
estados sino en las a r m a s de los e s p a ñ o l e s .
P u e s si d e las e m p r e s a s m i l i t a r e s p a s a m o s á otras a c c i o n e s , en q u e
puede la política h a c e r s e n t i r su influencia, e n c o n t r a r e m o s t a m b i é n
no pocos m é r i t o s c o n t r a í d o s p o r n u e s t r o s m a y o r e s p a r a c o n la I g l e -
sia. A fines d e l siglo x v i , c o m o t o d o s s a b e n , el p a r t i d o católico en
F r a n c i a estaba a p o y a d o p o r el influjo y d i n e r o d e F e l i p e I I , y a u n -
que la lucha c o n los h e r e j e s llevó u n sesgo m u y d i s t i n t o d e lo q u e
se p e n s a b a ; a u n q u e el t é r m i n o d e las g u e r r a s d e r e l i g i ó n , esto es, la
exaltación y la c o n v e r s i ó n v e r d a d e r a ó falsa de E n r i q u e I V n o e n -
traba de s e g u r o en los p l a n e s de la política e s p a ñ o l a , p e r o es lo c i e r t o
que el influjo e s p a ñ o l se hacía s i e m p r e s e n t i r en p r o d e la b u e n a
causa. Al R e y Católico v e n í a n á p e d i r f a v o r los católicos ingleses, i r -
landeses, a l e m a n e s , etc. E l R e y Católico fundaba s e m i n a r i o s d o n d e se
educase c l e r o p a r a las r e g i o n e s infestadas p o r la h e r e j í a . E l R e y Cató-
lico p a g a b a el flete á los m i s i o n e r o s q u e d e b í a n e m p l e a r s e en la c o n -
versión d e los infieles. E l R e y Católico f o m e n t a b a la r e f o r m a d e las
Ordenes r e l i g i o s a s . Al R e y Católico, e n fin, se v o l v í a n los ojos d e t o d o
el m u n d o , c u a n d o se t r a t a b a d e c u a l q u i e r o b r a costosa e n defensa y
a m p a r o d e la fe. S i s e e s c r i b i e s e l a h i s t o r i a d e F e l i p e I I con el e s t i l o
que e n t o n c e s se u s a b a p a r a p e d i r l e l i m o s n a , b i e n d i v e r s a a p a r e c e r í a
la p e r s o n a del rey p r u d e n t e d e como la p r e s e n t a la c r í t i c a p r o t e s -
tante y 'racionalista*'»'"
El a p o y o q u e p r e s t a b a n las a r m a s e s p a ñ o l a s e n países d e infieles
puede c o n o c e r s e a l g ú n t a n t o p o r la h i s t o r i a d e las m i s i o n e s católi-
58 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
cas. Al lado d e H e r n á n C o r t é s , d e P i z a r r o y d e t o d o s los c a p i t a n e s de
c u e n t a i b a el s a c e r d o t e c a t ó l i c o , o r d i n a r i a m e n t e r e l i g i o s o , p a r a con
v e r t i r al E v a n g e l i o los infieles, q u e el m i l i t a r s u b y u g a b a á E s p a ñ a ,
y c u a n d o los b á r b a r o s a t e n t a b a n c o n t r a la v i d a d e l m i s i o n e r o , allí
estaba el c a p i t á n español p a r a d e f e n d e r l e y p a r a e s c a r m e n t a r á los
a g r e s o r e s . C i e r t o q u e m u c h a s veces el s o c o r r o se c o n v e r t í a e n g r a -
v í s i m o d a ñ o , y q u e el s o l d a d o l i b e r t i n o y el m e r c a d e r c o d i c i o s o des-
t r u í a n p o r u n a p a r t e lo q u e el m i s i o n e r o edificaba p o r o t r a (¡cuántos
y c u a n d o l o r o s o s l a n c e s de este g é n e r o h a b r e m o s de r e f e r i r e n esta
historia!); p e r o estas m i s e r i a s n o i m p e d í a n q u e la t e n d e n c i a g e n e r a l
d e la n a c i ó n fuese la d e p r o t e g e r la o b r a d e los m i s i o n e r o s y c o m u -
n i c a r á los infieles los beneficios d e la fe católica y do la civilización
e u r o p e a . T a n n e c e s a r i o c r e í a n a l g u n o s el c o n c u r s o del p o d e r t e m p o -
r a l p a r a la o b r a de e v a n g e l i z a r á los g e n t i l e s , q u e l l e g a r o n , c o m o el
P . Alonso Sánchez, misionero de Filipinas, á establecer p o r princi-
p i o g e n e r a l la a b s o l u t a n e c e s i d a d del s o c o r r o de las a r m a s p a r a em-
p r e n d e r las m i s i o n e s , p r e t e n d i e n d o q u e sería t e n t a r á Dios y t e m e r i
d a d r e p r e n s i b l e el a c o m e t e r la c o n v e r s i ó n de u n país, sin t e n e r á
las espaldas la fuerza n e c e s a r i a p a r a h a c e r r e s p e t a r la p r e d i c a c i ó i ;
d e l E v a n g e l i o . Ya esto e r a d e m a s i a d o , y las m i s i o n e s d e l P a r a g u a y
e n el siglo x v n y o t r a s m u c h a s d e n u e s t r o siglo d e m u e s t r a n q u e se
p u e d e h a c e r b a s t a n t e s i n el a c o m p a ñ a m i e n t o , tal vez e m b a r a z o s o , de
los s o l d a d o s ; p e r o i n d i r e c t a m e n t e p a t e n t i z a q u e el a p o y o p r e s t a d o á
l o s m i s i o n e r o s p o r el e s p a ñ o l a r m a d o e r a real y efectivo.
Ya s a b e m o s la o b j e c i ó n q u e la crítica m o d e r n a l e v a n t a c o n t r a todo
lo q u e l l e v a m o s d i c h o a c e r c a d e l c a t o l i c i s m o de la a n t i g u a política
e s p a ñ o l a . S e g ú n estos c r í t i c o s , la p o l í t i c a e s p a ñ o l a e r a a m b i c i o s a y
e g o í s t a c o m o t o d a s las p o l í t i c a s . La r e l i g i ó n era p a r a los r e y e s de
E s p a ñ a u n o de t a n t o s m e d i o s q u e p o n í a n en j u e g o p a r a l o g r a r sus
fines i n t e r e s a d o s . A p a r e n t a n d o u n celo a r d i e n t e d e c o n s e r v a r la fe-
católica, sabían c o n g r a c i a r s e c o n los S u m o s Pontífices, y d e este
m o d o m a n t e n e r su p r e p o n d e r a n c i a en Italia. P o r m e d i o de los misio-
n e r o s p r o c u r a b a n a l l a n a r el c a m i n o á la d o m i n a c i ó n e s p a ñ o l a , y si
e n a l g o f a v o r e c í a n á la Iglesia, b i e n sabían c o b r a r s e con u s u r a en
ventajas t e m p o r a l e s , lo q u e sacrificaban e n p r o v e c h o d e los b i e n e s
e s p i r i t u a l e s d e las a l m a s .
Así d i s c u r r e la crítica i n c r é d u l a , j u z g a n d o de n u e s t r o s a n t i g u o s
m i s i o n e r o s católicos p o r los p a s t o r e s p r o t e s t a n t e s de n u e s t r o s días,
y m i d i e n d o á los m o n a r c a s de e n t o n c e s p o r los d i p l o m á t i c o s de
a h o r a . Si el celo d e n u e s t r o s r e y e s e r a a p a r e n t e , y a q u i s i e r a la I g l e -
INTR0DUCC1ÓN HISTÓRICA 59-
sia d e h o y u n p o c o de esas a p a r i e n c i a s . P o r q u e á la v e r d a d , a p a r i e n -
cias q u e se m u e s t r a n e n p r e p a r a r a r m a d a s c o n t r a los t u r c o s , en pe-
lear c o n t r a los h e r e j e s , e n p r o v e e r de g r a n o s á los estados pontifi-
cios en a ñ o s de c a r e s t í a , e n d o t a r m a g n í f i c a m e n t e las iglesias, en
s o c o r r e r l a r g a m e n t e á los hospitales, en f u n d a r o b r a s pías e n R o m a ,
en p a g a r el flete á c e n t e n a r e s de m i s i o n e r o s , en c o n s a g r a r al c u l t o
d i v i n o el p r i m e r o r o q u e v i n o de A m é r i c a , en p a g a r el a c e i t e de la
l á m p a r a q u e a r d í a d e l a n t e d e l S a n t í s i m o e n las casas r e l i g i o s a s q u e
se a b r í a n e n e l N u e v o M u n d o ¿No p o d r í a n l o s g o b i e r n o s a c t u a -
les i m i t a r u n p o c o estas a p a r i e n c i a s ? P e r o a h o r a se e n t i e n d e n las
cosas de o t r o m o d o . P o r lo visto el i n v a d i r t o d a s las casas y pose-
siones r e l i g i o s a s , c o m o lo h i z o la E s p a ñ a d e Mendizábal; e l a p o d e -
rarse d e los c a u d a l e s d e las o b r a s pías, c o m o lo h a h e c h o la I t a l i a
novísima; el e n v i a r los r e l i g i o s o s al d e s t i e r r o y los s e m i n a r i s t a s al
c u a r t e l , c o m o lo h a c e e l g o b i e r n o francés; el m e r m a r i n c e s a n t e m e n -
te el p r e s u p u e s t o d e l c l e r o , r e d u c i é n d o l o á c a n t i d a d e s i r r i s o r i a s ,
como lo h a c e n todos, esto d e b e ser c a t o l i c i s m o p u r o , lo d e m á s son
a p a r i e n c i a s . A f o r t u n a d a m e n t e h a d e l l e g a r u n día e n q u e e l j u i c i o
de Dios confunda los d i s p a r a t a d o s j u i c i o s de los h o m b r e s .
No n e g a r e m o s q u e al celo d e la r e l i g i ó n a c o m p a ñ a b a n t a l vez
otras m i r a s ambiciosas, c o m o en t o d a s las cosas h u m a n a s lo m a l o
suele a c o m p a ñ a r á lo b u e n o . ¿ Q u i é n p o d r í a d e s c o n o c e r la p o c a con-
ciencia d e F e r n a n d o el Católico e n sus alianzas y t r a t o s p o l í t i c o s ,
la d e s a p o d e r a d a a m b i c i ó n dinástica de Carlos V, la e x t r e m a d a tie-
sura d e F e l i p e I I e n d e f e n d e r sus d e r e c h o s , tal vez i m a g i n a r i o s ?
T a m p o c o h e m o s d e o c u l t a r los d e s ó r d e n e s h o r r o r o s o s q u e á v e c e s
c o m e t i e r o n los e s p a ñ o l e s en la e j e c u c i ó n de s u s e m p r e s a s . La solda-
desca e s p a ñ o l a e r a e n t o n c e s c o m o t o d a s las s o l d a d e s c a s , y si los ex-
t r a n j e r o s q u i e r e n e j e r c i t a r s u s e n s i b i l i d a d y la fantasía e n d e s c r i p -
c i o n e s - c o n m o v e d o r a s , n o n e c e s i t a n a c u d i r á E s p a ñ a . D e n t r o d e casa
e n c o n t r a r á n c o p i o s o a r g u m e n t o p a r a s u filantrópico estilo. L o q u e
decimos es, q u e n i las a m b i c i o n e s d e los p r í n c i p e s , n i los d e s a f u e r o s
de los oficiales y soldados, b a s t a n á q u i t a r á la p o l í t i c a e s p a ñ o l a d e
e n t o n c e s el c a r á c t e r d e católica q u e p r e d o m i n a e n su f o n d o . E l m a l
acompañaba, p e r o n o s u b o r d i n a b a al b i e n .
P e r o m á s q u e p o r la p o l í t i c a influía E s p a ñ a en las o t r a s n a c i o n e s
p o r la fuerza de las i d e a s y p o r la a c t i v i d a d i n t e l e c t u a l . L a f e c u n d i -
dad científica y l i t e r a r i a era e n t o n c e s en n u e s t r o país m u y n o t a b l e .
Al p r i n c i p i o del siglo x v i se h a l l a b a el r e n a c i m i e n t o e n s u m á s a l t o
g r a d o d e e s p l e n d o r . M u l t i t u d i n n u m e r a b l e d e i n g e n i o s se aplicaba,.
 60 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
s o b r e t o d o en Italia, al e s t u d i o d e la clásica a n t i g ü e d a d . E n t r e nos-
o t r o s t a m b i é n se c u l t i v a b a n m u c h o las l e t r a s , y t u v i m o s i n d u d a b l e -
m e n t e esta ventaja, q u e si n u e s t r o r e n a c i m i e n t o fué m e n o s b r i l l a n t e
q u e el i t a l i a n o , p e r o en c a m b i o fué m á s casto y j u i c i o s o . N u e s t r o s
Vives, V e r g a r a s , S e p ú l v e d a s y B r o c e n s e s n u n c a d i e r o n e n los d e l i -
rios infantiles á q u e l l e g a r o n v a r i o s r e n a c i e n t e s p a g a n i z a d o s de
Italia. C i e r t a s e r e n i d a d de j u i c i o , cierta g r a v e d a d de c a r á c t e r , j u n t o
con la fe vivísima q u e i l u s t r a b a los e n t e n d i m i e n t o s , c o n t e n í a á n u e s -
t r o s l e t r a d o s d e n t r o d e los j u s t o s límites, y a u n c u a n d o e s t u d i a s e n
con t a n t o a m o r los m o d e l o s clásicos y se desatasen en i n v e c t i v a s
c o n t r a la b a r b a r i e escolástica, á n a d i e le p a s ó p o r el p e n s a m i e n t o
p o n e r e n d u d a n i n g ú n d o g m a r e l i g i o s o , ó a d m i t i r la m e n o r falsedad
d e d o c t r i n a , p o r m u y e l e g a n t e q u e fuese la f o r m a en q u e se en-
volvía.
E n casi t o d o s los r a m o s del s a b e r h u m a n o se m o s t r a b a p u j a n t e el
i n g e n i o español d e a q u e l siglo. La l e n g u a castellana alcanzó en él la
f o r m a definitiva. E n el espacio d e m e d i o siglo se había pasado del
estilo t í m i d o y e m b a r a z a d o del C u r a de los P a l a c i o s y de H e r n a n d o
del P u l g a r , á la prosa m a g i s t r a l , r o t u n d a y d e s e m b a r a z a d a de la Guía
ele recadares, d e s d e los d e c i r e s a m a n e r a d o s de los c a n c i o n e r o s , al
octosílabo e s p o n t á n e o y g a r b o s o de Castillejo, desde las p e s a d a s y
m o n ó t o n a s coplas de a r t e m a y o r hasta el g r a v e y apacible endecasí-
labo d e Garcilaso.
Ascéticos y místicos i n s i g n e s d e s a r r o l l a r o n la ciencia de la v i r t u d ,
d e c l a r a n d o los más r e c ó n d i t o s m i s t e r i o s de las o p e r a c i o n e s m o r a l e s ,
y r e v i s t i e n d o su enseñanza con las m á s v a r i a d a s formas q u e el estilo
p u e d e s u m i n i s t r a r al p e n s a m i e n t o . A q u í a p a r e c e el m a g i s t e r i o espi-
r i t u a l c o n d e n s a d o en frases concisas y en f ó r m u l a s i n o l v i d a b l e s ,
c o m o en n u e s t r o P . San I g n a c i o , allí e n v u e l t o en el t o r r e n t e de per-
s u a s i v a e l o c u e n c i a , c o m o en F r . L u i s d e G r a n a d a , o r a es la diser-
tación científica y p r o f u n d a de F r . L u i s d e L e ó n , o r a la c o n v e r s a -
c i ó n llana y casera d e l P . Alonso R o d r í g u e z , éste os e n s e ñ a con la
efusión e s p o n t á n e a , p r o p i a del estilo epistolar, c o m o el B. J u a n de
Ávila, a q u é l con la c o m p r e n s i ó n y m é t o d o r i g u r o s o d e l c a t e d r á t i c o ,
c o m o el P . Luis de la P u e n t e , en u n o veis e n t r e l a z a d a s la m á s p r o -
funda d o c t r i n a m í s t i c a con la a m e n a y a p a c i b l e n a r r a c i ó n de los su-
cesos de la v i d a c o m o en Santa T e r e s a , en o t r o s o r p r e n d é i s los
s e c r e t o s m á s r e c ó n d i t o s d e l a l m a e s t a m p a d o s e n las m á s delicadas
f o r m a s d e la p o e s í a lírica, c o m o e n S a n J u a n d e la C r u z , u n o s p r e -
s e n t a n su enseñanza m o r a l m e z c l a d a con la exégesis bíblica, c o m o
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 61
el P . M á r q u e z ; o t r o s la a r m o n i z a n con la h i s t o r i a d e v i d a s d e s a n t o s ,
como el P. Sigüenza, en u n a p a l a b r a , p a r a t o d o s los i n g e n i o s , p a r a
todos los gustos, p a r a t o d o s los g r a d o s de la escala m o r a l q u e p u e d e
h a b e r en la p r á c t i c a de la v i r t u d , ofrece l i b r o s a c o m o d a d o s el in-
agotable r e p e r t o r i o de n u e s t r o s a n t i g u o s ascetas y místicos.
M i e n t r a s los m a e s t r o s d e e s p í r i t u e n s e ñ a b a n á las almas e l c a m i n o
del cielo, d i s c r e t o s h i s t o r i a d o r e s r e f e r í a n á los c u r i o s o s los sucesos
de la t i e r r a . En el siglo x v i se pasó d e f i n i t i v a m e n t e de la c r ó n i c a
informe de la E d a d Media á la h i s t o r i a clásica d e Mendoza y M a r i a n a .
Y n o sólo se p e r f e c c i o n ó el estilo y la f o r m a artística de la h i s t o r i a ,
lo cual c o n s t i t u í a u n v e r d a d e r o p r o g r e s o , a u n q u e a h o r a sea p o c o
estimado, sino t a m b i é n se a d e l a n t ó en la vasta c o m p r e n s i ó n de los
asuntos y en el a c o p i o g r a n d í s i m o de m a t e r i a l e s p a r a la c o n s t r u c c i ó n
histórica. A u n n o a p a r e c i ó la crítica p r o p i a m e n t e dicha, q u e sólo
empezó en el siglo s i g u i e n t e ; p e r o sin duda era i n m e n s a ventaja, q u e
en vez de las c r ó n i c a s e s t r e c h a s y r e d u c i d a s á las e m p r e s a s p e r s o -
nales de los r e y e s ó de a l g u n o s caudillos insignes, se e s c r i b i e r a n
extensas h i s t o r i a s g e n e r a l e s , se a b a r c a r a u n c a m p o h i s t ó r i c o i n c o m -
p a r a b l e m e n t e m a y o r y se f o r m a r a n esos g r a n d e s a l m a c e n e s d e n o t i -
cias, q u e así p o d e m o s l l a m a r á las o b r a s h i s t ó r i c a s de u n O v i e d o , d e
un Zurita y de u n H e r r e r a .
A m e n o s h u m a n i s t a s difundían el e s t u d i o d e las l e n g u a s clásicas y
d e s p e r t a b a n en la j u v e n t u d la afición á los g r a n d e s m o d e l o s l i t e r a -
rios de G r e c i a y R o m a . Esta afición n o s i r v i ó s o l a m e n t e , c o m o el
vulgo c r e e , p a r a e s c r i b i r frías o b r a s l i t e r a r i a s , r e m e d o s insípidos d e
los m o d e l o s clásicos, sino p a r a m e j o r a r n o t a b l e m e n t e la f o r m a de
todos los escritos, c o m u n i c a n d o al estilo d e n u e s t r o s a u t o r e s a q u e -
llas d o t e s de p u r e z a , claridad, o r d e n , m e s u r a y o t r a s v a r i a s q u e r e s -
p l a n d e c e n p r i n c i p a l m e n t e en los g r i e g o s y r o m a n o s , y sin las cuales
todo e s c r i t o r s e r á i r r e m e d i a b l e m e n t e d e f e c t u o s o . La e l e g a n c i a d e
estilo n o s o l a m e n t e c a m p e ó en la n a r r a c i ó n h i s t ó r i c a , c o m o en Se
p ú l v e d a y A l v a r Gómez, sino q u e S U J D O aliarse felizmente ya con las
l u c u b r a c i o n e s filosóficas, c o m o en L u i s Vives, y a con las disquisicio-
nes j u r í d i c a s , c o m o e n A n t o n i o A g u s t í n , ya con las p r o f u n d a s m e d i -
taciuru;s teológicas, c o m o en M e l c h o r Cano.
La i n v e s t i g a c i ó n filosófica alcanzó c o n s i d e r a b l e v u e l o en la E s -
paña del siglo x v i . La filosofía escolástica, d e j a n d o á u n lado las
cavilosidades d i a l é c t i c a s , e n q u e se solía p e r d e r el t i e m p o y las fuer-
zas en el siglo a n t e r i o r , e n t r ó e n u n a e r a d e a m p l i o y j u i c i o s o des-
arrollo, y al m i s m o t i e m p o q u e a s e g u r a b a con d e m o s t r a c i o n e s i n -
62 INTRODUCCIÓN HISTÓRICA
v u l n e r a b l e s las p r i n c i p a l e s v e r d a d e s del o r d e n n a t u r a l , d i s p o n í a la-
i n t e l i g e n c i a s p a r a p e n e t r a r y e x p l i c a r (cuanto es p o s i b l e explicaí
e n la t i e r r a ) los m i s t e r i o s s o b r e n a t u r a l e s r e v e l a d o s p o r la fe. Ai
m i s m o t i e m p o q u e p r o g r e s a b a la filosofía escolástica, o t r o s p e r e
g r i n o s i n g e n i o s , fuese p o r h o r r o r al f o r m u l i s m o á r i d o y al o t e r m
a l t e r c a d o de las escuelas, fuese p o r a m o r á la clásica a n t i g ü e d a d ,
fuese p o r el d e s e o de p o n e r á la filosofía m á s e n c o n t a c t o c o n 1;-
n a t u r a l e z a y con las o t r a s ciencias, q u e s i e m p r e r e c i b e n e s p l e n d o r
y r e a l c e d e la luz filosófica, fuese p o r t o d a s estas causas j u n t a s , idea
r o n ó d e f e n d i e r o n Jos m á s v a r i a d o s s i s t e m a s d e filosofía, y aunque
á veces d e c l i n a r o n á p e l i g r o s a s o p i n i o n e s y a u n á manifiestos e r r e
r e s , p e r o m o s t r a r o n s i e m p r e p o d e r o s a i n t u i c i ó n y sagaz r a c i o c i n i o
La t e o l o g í a p u d o l l a m a r s e en el siglo x v i ciencia e s p a ñ o l a . ¡Ta>
era la a b u n d a n c i a de i l u s t r e s i n g e n i o s q u e la c u l t i v a r o n e n n u e s t r o
país! Casi p u e d e d e c i r s e q u e e n t o n c e s cada O r d e n r e l i g i o s a tenía B\-
escuela t e o l ó g i c a d e n t r o d e casa. Lo q u e h e m o s d i c h o d e la r e f o r m a
e j e c u t a d a en la filosofía escolástica, d e b e e n t e n d e r s e , y con más
r a z ó n , d e la teología. L o s t e ó l o g o s españoles f u e r o n los p r i m e r o s en
a d v e r t i r el c a m i n o e r r a d o q u e l l e v a b a la ciencia sagrada, p e r d i é n -
d o s e e n i n ú t i l e s sutilezas, y la necesidad, i m p u e s t a p o r las n a c i e n t e s
h e r e j í a s , d e v o l v e r la c o n s i d e r a c i ó n al e s t u d i o de las fuentes teoló-
gicas, d e p r e c i s a r b i e n e l v a l o r de cada u n a , de c o n s a g r a r s e al cul
t i v o d e los i d i o m a s en q u e se e s c r i b i e r o n los s a g r a d o s l i b r o s , de
r e c o g e r y m e t o d i z a r las enseñanzas d e los c o n c i l i o s y de h e r m a n a r
la e x p o s i c i ó n d e l d o g m a con el c o n o c i m i e n t o d e la h i s t o r i a eclesiás-
tica, q u e t a n t o c o n t r i b u y e á p e n e t r a r el v e r d a d e r o s e n t i d o d e los
t e x t o s , así d e los Santos P a d r e s c o m o d e las d e c i s i o n e s conciliares.
La r e f o r m a d e la t e o l o g í a , p l a n t e a d a e n S a l a m a n c a p o r F r a n c i s c o
V i c t o r i a y M e l c h o r Cano, fué a b r a z a d a p r o n t o p o r o t r a s U n i v e r s i -
d a d e s , p r e p a r a n d o así a q u e l l a l e g i ó n de t e ó l o g o s p r o f u n d o s , q u e p o r
u n a p a r t e r e f u t a b a n v i c t o r i o s a m e n t e á los h e r e j e s y p o r o t r a p e n e -
t r a b a n en lo s e c r e t o d e los m i s t e r i o s r e v e l a d o s , c u a n t o á la débil
i n t e l i g e n c i a h u m a n a es d a d o p e n e t r a r e n t a n r e c ó n d i t o s a b i s m o s .
Al e s t u d i o de la t e o l o g í a a c o m p a ñ a b a el d e los s a g r a d o s cánones,
l l e v a d o á su m á s a l t o g r a d o p o r los dos e m i n e n t e s c a n o n i s t a s espa-
ñ o l e s , los m á s e m i n e n t e s s i n d u d a de a q u e l siglo, el Dr. N a v a r r o y el
A r z o b i s p o d e T a r r a g o n a A n t o n i o A g u s t í n . Los viajes d e n u e s t r o s na-
v e g a n t e s y c o n q u i s t a d o r e s f o m e n t a r o n v a r i o s c o n o c i m i e n t o s d e cien-
cias n a t u r a l e s . N u e s t r o s c e l o s o s m i s i o n e r o s e m p e z a r o n á d i s t i n g u i r
y analizar los p e r e g r i n o s i d i o m a s d e los n u e v o s países a d o n d e los
INTRODUCCIÓN HISTÓRICA 63
llevaba el d e s e o d e p r o p a g a r el E v a n g e l i o . F i n a l m e n t e , á t o d o e s t e
g r a n m o v i m i e n t o científico y l i t e r a r i o c o n t r i b u í a n p o d e r o s a m e n t e
las U n i v e r s i d a d e s q u e c o n t a n t a p r o f u s i ó n se f u n d a r o n en la p r i m e r a
mitad del siglo x v i , y a d e m á s el e s p l e n d o r i n u s i t a d o á q u e llega-
ron a l g u n a s fundadas e n los siglos a n t e r i o r e s , p r i n c i p a l m e n t e la d e
Salamanca. Y si con esto se j u n t a la p r o t e c c i ó n q u e se d i s p e n s a b a al
v e r d a d e r o s a b e r , p u e s p o c a s v e c e s se h a b r á visto l e v a n t a r s e t a n t o s
h o m b r e s d e la ínfima s u e r t e á g r a n d e s d i g n i d a d e s , sólo e n v i r t u d
del m é r i t o científico, n o s h a b r e m o s f o r m a d o una i d e a d e la g r a n
actividad i n t e l e c t u a l q u e e n t o n c e s b u l l í a en E s p a ñ a , a c t i v i d a d q u e ,
bien d i r i g i d a , se p r e s t a b a a d m i r a b l e m e n t e p a r a las g r a n d e s e m p r e -
sas en defensa de la fe y d e l v e r d a d e r o p r o g r e s o .
Tal e r a E s p a ñ a en el siglo en q u e d e b í a a p a r e c e r la C o m p a ñ í a d e
J e s ú s . N o t a b l e s e r a n , á n o d u d a r l o , las c a l a m i d a d e s m o r a l e s q u e en-
tonces afligían á n u e s t r a p a t r i a . No e r a o r o t o d o lo q u e p o s e í a m o s e n
ese siglo, al q u e f u n d a d a m e n t e l l a m a m o s n u e s t r a edad de o r o . Con
todo eso, la fe p r o f u n d í s i m a a r r a i g a d a e n t o d o s los c o r a z o n e s y casi
c o n v e r t i d a en s a n g r e y v i d a p r o p i a , p o r la l u c h a d e t a n t o s siglos
contra la infidelidad; la e n t e r e z a de c a r á c t e r , a g u e r r i d o en t a n t a s
batallas c o n t r a t o d o el m u n d o ; la i n t r e p i d e z a v e n t u r e r a q u e se lan-
zaba r i e n d o en m e d i o d e los m a y o r e s p e l i g r o s ; la g e n e r o s i d a d , tal
vez excesiva y quijotesca, q u e se sacrificaba d e b u e n g r a d o p o r las
buenas causas; la n o b l e z a de c o r a z ó n , q u e m a n t e n í a , á costa d e la
vida la p a l a b r a e m p e ñ a d a ; la afición d e c i d i d a á los e s t u d i o s s a g r a -
dos, q u e f o r m a b a n las d e l i c i a s d e la g e n t e ilustrada; la v e n e r a c i ó n á
la Cátedra de San P e d r o , a u n al t i e m p o en q u e los P a p a s c o m o Cle-
m e n t e V I I y P a u l o I V n o s h a c í a n c r u d a g u e r r a , y a c o n las a r m a s , y a
con la i n t r i g a ; en fin, el a c e n d r a d o s e n t i m i e n t o r e l i g i o s o q u e i m p e l í a
á los b u e n o s á los m á s h e r o i c o s sacrificios, y q u e o b r a b a c o n v e r s i o n e s
estupendas, t r a n s f o r m a n d o á p e c a d o r e s e m p e d e r n i d o s en p e n i t e n t e s
a u s t e r o s : éstas y o t r a s b u e n a s c u a l i d a d e s , q u e n a d i e n e g a r á al espa-
ñol del siglo x v i , p o r p o c o q u e a h o n d e e n la h i s t o r i a d e a q u e l
t i e m p o , h a c í a n d e n u e s t r o p u e b l o u n sujeto a p t o p a r a q u e D i o s le
tomase p o r p r i n c i p a l i n s t r u m e n t o p a r a r e s i s t i r á los e n e m i g o s d e la
fe en E u r o p a , y p a r a d i l a t a r el E v a n g e l i o en los m u n d o s n u e v a m e n t e
descubiertos.
P u e s p a r a c o a d y u v a r e n la g r a n d e o b r a de d e f e n d e r y p r o p a g a r
la fe católica, e n v i a b a Dios d e u n m o d o especial á la C o m p a ñ í a d e
Jesús. La n u e v a O r d e n r e l i g i o s a h a b í a d e f o m e n t a r t o d o g é n e r o d e
buenos e s t u d i o s , h a b í a d e purificar al r e n a c i m i e n t o de las m a n c h a s
 : iriROSGlRÜCOS
64 ÍXTIÍOLDCCIÓN IllSI'ÓKirA

de i n m o r a l i d a d q u e afeaban á los l i b r o s p a g a n o s , y h a b í a de ensc

fiar el s e c r e t o d e j u n t a r el e s t u d i o de la clásica a n t i g ü e d a d y la ele
gancia del estilo con la más a c e n d r a d a p u r e z a de c o s t u m b r e s . J e s u i
tas i n s i g n e s h a b í a n de salir de E s p a ñ a p a r a r e g e n t a r c á t e d r a s ihu
t r e s e n R o m a y en P a r í s , e n V i e n a y en P r a g a . Los C l a v e s y Mari;, ilotinas circunstanciadas de lo acaecido á los religiosos de la
ñas, los T o l e d o s y M a l d o n a d o s , los S u á r e z y L u g o s , los H u r t a d o s ;
A r r i a g a s h a b í a n de e x p l i c a r la sana d o c t r i n a t e o l ó g i c a en los een * Compañía de ¡esús en la revolución de IPortugal de 1910, »
t r o s u n i v e r s i t a r i o s más c é l e b r e s de E u r o p a , y e n c e r r a r en sus doc-
tos l i b r o s u n a r s e n a l r i q u í s i m o para d e f e n d e r las v e r d a d e s de la fe con un preámbulo del IB. P. C. GOfíZHGfl GflBRBC, S. J.,
p a r a a s e n t a r la p i e d a d s o b r e el sólido f u n d a m e n t o d e la r e v e l a c i ó ;
y de la ciencia. * por el 1P, C GOIiZflGH D6 HZeUCDO, S. ¡.; » » »
Al m i s m o t i e m p o q u e los d o c t o r e s difundían la ciencia p o r Er.
r o p a , c e l o s o s m i s i o n e r o s d e b í a n p r o p a g a r el E v a n g e l i o p o r las regid
versión castellana por el 1P. COnsOffiCirO €GQÍH MIZ, S. I.
nes r e c i e n t e m e n t e d e s c u b i e r t a s en el N u e v o M u n d o . Y n o sólo de-
bían i r al lado del c a p i t á n e s p a ñ o l , p a r a r e p r i m i r los d e s m a n e s d VOLUMEN PRIMERO
la soldadesca y e v a n g e l i z a r al salvaje á q u i e n s u b y u g a b a n las arma-
sino q u e , i m i t a n d o á San F r a n c i s c o J a v i e r , q u e se lanzó d e n t r o d . (RAZÓN Y FE, Madrid.)
la c a p i t a l d e l J a p ó n , sin t e n e r e n su c o m p a ñ í a n i n g ú n m i l i t a r q u e 1-
a p o y a r a , h a b í a n de p e n e t r a r los m i s i o n e r o s jesuítas, c o m o el P. S e Un tgjmo en 4." mayor con XXX y 367 páginas, 4 pesetas en rustica y
g u r a en la F l o r i d a y los P P . M o n t o y a y L o r e n z a n a e n el P a r a g u a y . 5,50 en tela inglesa.

hasta r e g i o n e s d e s c o n o c i d a s y países m e d i t e r r á n e o s , l l e v a n d o el
s a n t o crucifijo a d o n d e n u n c a llegó la espada del s o l d a d o .
Tal era la o b r a q u e Dios i m p o n í a en E s p a ñ a á la C o m p a ñ í a de Je
sus. E l c a r á c t e r d e la n u e v a O r d e n r e l i g i o s a e r a n o b l e y apostolice,
y n i n g ú n p u e b l o d e 'a t i e r r a lo e n t e n d i ó tan b i e n c o m o el catolice'
p u e b l o e s p a ñ o l . P o r eso b r o t a r o n tan copiosas las v o c a c i o n e s á la
C o m p a ñ í a . P e r o al m i s m o t i e m p o , E s p a ñ a estaba r e b o s a n d o d e ecle-
siásticos y r e l i g i o s o s . ¿Cómo f u n d a r n u e s t r a s casas, sin t r o p e z a r con
o t r o s c o n v e n t o s ? ¿ C ó m o e j e r c i t a r n u e s t r o s m i n i s t e r i o s sin q u e sur-
g i e s e n r i v a l i d a d e s , sin q u e se ofreciese a l g ú n r o c e con d e r e c h o s ó
i n t e r e s e s y a a d q u i r i d o s ? Esta l a b o r i o s a fundación d e la Compañía
d e J e s ú s , esta h i s t o r i a e n t r e t e j i d a de triunfos i n s i g n e s y d e encar-
nizadas p e r s e c u c i o n e s , d e s e a m o s d e s a r r o l l a r á los ojos de n u e s t r o s
l e c t o r e s . D í g n e s e el S e ñ o r i l u m i n a r n u e s t r a m e n t e , p a r a q u e nunca
n o s d e s v i e m o s de la v e r d a d .
Esperada, como pocas, esta traducción castellana de la magnífica
obra que apareció en portugués poco tiempo ha; nos hemos apresu-
rado á darla á la estampa, no perdonando medio de que saliera esmerada
en la redacción, tipográficamente bella y económicamente arreglada.
Es un libro encantador, cuya recomendación se la hará él mismo con
sólo cogerle en las manos. Porque, si la modestia atrae y la desgracia
conmueve y la persecución injusta subleva; aquí el ánimo queda cautivo
con la mesura verdaderamente Evangélica de la narración, y enternecen
el corazón las desventuras de aquellos pobres hijos de San Ignacio, y se
nos hacen provechosamente aborrecibles los tiranuelos, á un tiempo ri-
dículos y trágicos, que promovieron y ampararon tamaños excesos.
La documentación es completa, las ilustraciones bellísimas, el trabajo
tipográfico como era de esperar de la casa «Rivadeneyra», y el conjunto
armónico redunda en loor y gloria de los religiosos perseguidos y h a c e
esperar vivamente su segunda y última parte. La versión en castellano
castizo y elegante es digna del original y de la competencia literaria del
traductor.
 H I S T O R I A

HISTORIA D E L A COMPAÑÍA B E J E S 1 DE LA

COMPAÑÍA D E J E S
EN LA

ASISTENCIA DE E S P A Ñ A
por el T \ A N T O N I O A 8 T R A I N

de l a m i s m a Compañía. ASISTENCIA D E ESPAÑA

TOMO PRIMERO ( S E G U N D A EDICIÓN)

San Ignacio e f e Loyola, 1540-1556.

P. ANTONIO A S T R A I N
Esta segunda edición del primer tomo sale enriquecida con una eru-
ditísima I n t r o d u c c i ó n H i s t ó r i c a de unas 60 páginas. Se vende al p r e - DE LA MISMA COMPAÑÍA

cio de 10 p e s e t a s en rústica y 12 en pasta española.

En obsequio á los poseedores de la primera edición del primer tomo
de esta Historia, se ha hecho una tirada aparte de la I n t r o d u c c i ó n
H i s t ó r i c a á la Historia de la Compañía de Jesús en la Asistencia de
España y que se venderá al precio de u n a p e s e t a .
T o m o segundo, 7 p t a s . en rústica y 9 en pasta española; tomo ter-
cero, 10 y 12 p t a s . respectivamente. TOMO I
Diríjanse los pedidos al Sr. Administrador de RAZÓN Y FE, plaza
de Santo Domingo, 14, Madrid.
San Ignacio d e L o y o l a

C A R T A D E D. M. M E N É N D E Z Y P E L A Y O i54°- 55 I 6

AL

P. Antonio Astrain, de la Compañía de Jesús.

R. P. ANTONIO ASTRAIN, S. J.
Santander, 16 de Enero de 1903.

Muy señor mío y de todo mi respeto: No puedo menos de dar á usted

la más cumplida enhorabuena por el primer tomo de su magistral Histo-
ria de la Compañía de Jesús en España, que ha tenido usted la bondad
de remitirme. Era obra que hacía falta, y que, á mi juicio, puede satisfa
cer á la critica más severa, tanto por la riqueza de su contenido c o m o
p o r la severidad del método y la imparcialidad del juicio. Terminada
dicha obra, será un verdadero monumento para la Compañía de Jesús y M A D R I D
p a r a España. Amigos y adversarios tendrán que acudir á ella con la segu-
EST. TIP. «SUCESORES DE RIYADENEYRAB
ridad de encontrar plena satisfacción á sus dudas. El valor de las fuentes IMPBF. SORES DE LA R E A L CASA
está perfectamente determinado, y el estilo, grave y severo, es digno de
la materia. P a s e o d e San V i c e n t e , 2 0
Deseando á usted salud y sosiego para llevar á término su grande
empresa, repite á usted las gracias y el parabién su a. s. s., M . M e n é n - 1 9 Ü 2

dez y Pelayo.
 H I S T O R I A

DE LA

C O M P A Ñ Í A D E JESÚS
EN LA

ASISTENCIA DE ESPAÑA
 H I S T O R I A

DE L A

COMPAÑÍA DE JESÜS
EN LA

A S I S T E N C I A D E E S P A Ñ A

ron EL

P. ANTONIO ASTRAIN
DE I.A MISMA COMPAÑÍA

TOMO I

S a n Ignacio d e L o y o l a

1 5 4 0 - 1 5 5 6

MADRID
EST. TIP. «SUCESORES DE B J V A D E 1 Í E Y R A»
IMPRESORES DE LA KE AL CASA

P a s e o d e S a n V i c e n t e , 20

1 902
 IMPRIMATUR

Matriti, 3 Octobris 1902.

f VICTORIANUS, Episcopus Matriten. et Compluten.

Cum opus, cui titulus est: HISTORIA DE LA COMPAÑÍA DE J E S Ú S EN LA

ASISTENCIA DE ESPAÑA, a P. Antonio Astrain, Socictatis Jesu sacerdote,
compositum, aliqui ejusdem Societatis revisores, quibus id commissum
fuit, recognoverint et in lucem edi possc probaverint, facultatem concedí-
mus ut typis mandetar, si ita iis, ad (píos pertinet, videbitnr.
In quorum fídem has Utteras, manu nostra subscriptas, et sigillo mune-
ris nostri manilas, dedimus.
Matriti, die 13 Septembris 1902.

JACOBUS VIGO,
Praop. P r o v . T o l e t a n a e S. .1.
 PRÓLOGO

La historia de la Compañía de Jesiis, si se considera el tiem-

po, se presenta naturalmente dividida en dos miembros prin-
cipales. El pi'imero comprende los dos siglos largos que corrie-
ron desde que San Ignacio fundó nuestra Orden hasta que Cle-
mente X I V la suprimió. El segundo encierra el tiempo
transcurrido desde la restauración de la Compañía por Pío V I I
hasta nuestros días. A la Compañía del primer período solemos
llamar ordinariamente Compañía antigua, y á la del segundo
Compañía moderna. Estas denominaciones tienen un signifi-
cado puramente cronológico, pues si atendemos á la organiza-
ción y al espíritu, no existe ninguna distinción, y la Compañía
de hoy es, por la bondad divina, la misma que salió de las
manos de San Ignacio.
Con decir que pretendemos escribir la historia d é l a Compa-
ñía en la antigua Asistencia de España, ya entienden todos los
hijos de San Ignacio el objeto y la extensión de nuestro tra-
bajo. Mas como los seglares no pueden alcanzar, desde luego, lo
que significamos con ese nombre de Asistencia, parece necesa-
rio presentar aquí una breve explicación. E s , pues, de saber
que en el año 1558 la primera Congregación general de la
Compañía, siguiendo lo prescrito por San Ignacio en las cons-
tituciones (Part. 9.", c. v), nombró cuatro Padre?, llamados
Asistentes, para que ayudasen al General en el gobierno de
toda la Orden, para que fuesen sus ordinarios consultores en
los negocios ocurrentes, y para que cada uno estudiase prin-
cipalmente los asuntos de aquella parte de la Compañía que
vm PRÓLOGO
se le asignaba, y que por esta razón se llamó Asistencia. De
estos cuatro Asistentes, el uno representaba á Portugal, con
todas las provincias y misiones dependientes de aquel reino.
El segundo a España, al cual correspondían las provincias y
misiones que luego se fueron fundando en los dominios espa-
ñoles. El tercero era para Italia, y el cuarto para el Septen-
drión. Bajo este nombre se comprendía entonces a Alemania,
Flandes, Francia y Polonia. E n l(i08 se dividió esta Asisten-
cia, nombrándose un Asistente aparte para Francia, y que-
dando el otro con el nombre de Alemania para los estados del
Imperio, para Polonia y los Países Bajos. Por fin, el año 1755
se eligió un sexto Asistente para sólo el reino de Polonia, que
se desmembró de la Asistencia alemana. E n la actualidad, los
Asistentes son cinco. Los de Italia, España, Francia y Alemania
siguen con las denominaciones antiguas. No bay Asistentes de
Portugal ni de Polonia. Los jesuítas portugueses pertenecen á
la Asistencia de España; los polacos á la de Alemania. En
cambio, el año 1853 se estableció la Asistencia de Inglaterra
para los jesuítas de lengua inglesa.
Proponiéndonos, pues, escribir la historia de la antigua Asis-
tencia de España, dicbo se está qué extensión ha de tener
nuestro trabajo. Abarcará nuestra narración los sucesos de las
provincias de Castilla, Aragón, Toledo y Andalucía, en que se
hallaban distribuidos los jesuítas de la metrópoli, y además
todo lo perteneciente á las provincias y misiones ultramarinas
fundadas por los jesuítas españoles. E n t r a n , por consiguiente,
en este cuadro las provincias de Méjico, P e r ú , Paraguay,
Chile, Nuevo Reino, Quito y Filipinas. También perteneció á
nuestra Asistencia la provincia de Cerdeña, que fué fundada,
como veremos, por Padres de la provincia de Aragón. Pero
como este país, aunque sujeto mucho tiempo á España en el
orden político, es realmente de nacionalidad italiana, y por la
lengua, por las costumbres y por todas las relaciones sociales
pertenece á Italia, hemos dejado su historia al que escriba la
I'RÓLOGO
historia de la Compañía de Jesús en Italia, contentándonos con
referir brevemente lo que Cerdeña debió á los jesuítas españoles
en el siglo xvi.
En cuanto al modo de escribir la historia, desde luego ad-
vertirá el lector, que no nos contentamos con la forma narra-
tiva y artística de la historia clásica, sino que deseamos dar á
nuestra obra el carácter demostrativo y científico á que suele
aspirar con justa razón la historia moderna. En otros términos:
no nos contentamos con narrar la verdad, sino que procuramos
probar que es verdad cuanto narramos. Para esto hemos acu-
dido á las fuentes primitivas, procurando recoger las cartas y
documentos originales de las personas que intervinieron en
cada asunto. De muchos sucesos de la Compañía de Jesús no
tenemos narraciones ni buenas ni malas. De otros poseemos
historias impresas ó manuscritas, las cuales, con ser entre sí
muy varias y presentar modelos de todos los géneros de estilo,
convienen, por lo regular, en el defecto de no considerar el
asunto por todos lados, sino ofrecer al lector una parte del
suceso, descrita con más ó menos primoroso artificio. Además,
la inmensa mayoría de las obras históricas que tenemos, se re-
fieren, ó á los primeros tiempos de la Orden, ó al grande acon-
tecimiento de su supresión. El principio y el fin de la antigua
Compañía son algo conocidos; el medio yace en tinieblas.
En la presente obra, nuestro propósito es reconstruir toda la
historia de la Compañía de Jesús española desde su fundación
hasta que fué suprimida por Clemente X I V . Algunas personas
aparecerán en nuestra obra con otro semblante, y algunas accio-
nes con otro color, del que muestran en las historias que corren
impresas; pero esperamos que el lector alcanzará las razones
que tenemos para disentir de las opiniones comunes, porque si
siempre procuramos dar la prueba de nuestras afirmaciones,
nunca lo hacemos con más cuidado que cuando nos apartamos
de la narración tradicional.
Como muchos de los documentos en que fundamos nuestra
 l'KÓLOOO
X
historia, son hasta ahora desconocidos, y no se hallan en ar-
chivos abiertos al público, y como, por otra parte, al citar un
documento no es fácil que el lector se forme, desde luego, idea
cabal de lo que vale el texto aducido, nos ha parecido necesa-
rio poner al principio una Introducción bibliográfica, ó sea
catálogo descriptivo de todas las fuentes históricas, ya de pri-
mera, ya de segunda mano, que nos han servido más ó menos
para tejer nuestra narración. En este catálogo exponemos, con
toda la fidelidad que nos ha sido posible, la índole y mérito do
cada colección de documentos ó de cada obra que citamos.
Cuando dude el lector de la importancia de un documento, con
acudir á este catálogo, podrá resolver la duda y apreciar debi-
damente el valor histórico del texto aducido.
Inútil es advertir, que hubiéramos deseado presentar más y
mejores materiales acerca de muchos puntos de nuestra histo-
ria; pero non omnla possumus omnes. No siempre han sido feli-
ces nuestras investigaciones. En más de una ocasión habremos
de manifestar lo que no hemos hallado en los archivos, á pesar
de haberlo buscado. Como en esta labor de investigar lo des-
conocido, más que en ninguna otra, debemos los hombres ayu-
darnos unos á otros, ofrecemos por nuestra parte en esa Intro-
ducción bibliográfica el fruto de nuestras diligencias. Valga lo
que valiere, eso de más tendrán hecho los que nos sucedieren
en la tarea de ilustrar la historia de la Compañía de Jesús. Para
precisar más las fuentes de cada acontecimiento y ofrecer su-
cintamente la bibliografía de cada p a r t e ' d e nuestra historia,
apuntamos al principio de cada capítulo todas las fuentes con-
temporáneas del suceso que hemos podido descubrir. Entendemos
esta palabra contemporáneas en sentido algo lato, designando
con ella, no solamente los documentos escritos á raíz de los he-
chos, sino también los de personas que por entonces vivieron,
aunque escribieron mucho después .
Por último, debemos advertir que las citas de los documen-
tos intercaladas en el texto las escribimos con la ortografía
PRÓLOGO SI
moderna, salvas algunas raras excepciones, en que nos ha pa-
recido conveniente conservar la ortografía del original, por lo
peregrino y C u r i o s o del documento. Sabido es que en el s-i-
glo xvi cada español tenía s u ortografía particular. Además,
las cartas originales de personajes- ilustres, aunque firmadas
por ellos, suelen estar escritas por mano de amanuense. En el
caso de nuestros documentos, los escribientes solían ser senci-
llos Hermanos coadjutores, cuya ortografía consistía en care-
cer de toda ortografía (1). Reproducir textualmente los ca-
prichos ortográficos del original e s propio de colecciones d e
documentos, y nosotros lo hacemos en los que publicamos por
vía de apéndice; pero presentar en el texto de la obra un mo-
saico de abigarradas ortografías, nos ha parecido grave incon-
veniente, porque si gustaría á tal ó cual erudito, había de dar
en ojos á la mayoría de los lectores. Al citar textos no cam-
biamos ni una palabra, y, por consiguiente, ni una idea. Sola-
mente cuando el yerro del amanuense es manifiesto, ó cuando
falta alguna palabra pai'a completar el sentido, ó cuando el
vocablo es hoy desusado, añadimos entre paréntesis cuadrado
la corrección ó aclaración.
Quiera Dios que acertemos en la vasta obra que empezamos.
Complicadísima es la historia de la Compañía de J e s l i s , y sería
temerario esperar que en tanta multitud y variedad de aconte-
cimientos habíamos de llegar siempre al pleno conocimiento d e
la verdad. Algo haremos, si logramos demostrar el verdadero
carácter de los principales hechos de la Compañía, y si conse-
guimos encadenarlos de suerte que, sin mucha dificultad, pueda
seguirlos el atento lector.
( 1 ) L a a n a r q u í a o r t o g r á f i c a l l e g a h a s t a el e x t r e m o c h i s t o s o d e d a r s e c a r t a s e s p a -
ñolas e s c r i t a s c o n o r t o g r a f í a i t a l i a n a . E n e l R e g i s t r o d e l P . L a i n e z h a y c a r t a s q u e d e -
bieron ser e s c r i t a s a l d i c t a d o p o r a l g ú n a m a n u e n s e i t a l i a n o , el c u a l m e z c l ó delicio-
s a m e n t e n u e s t r o l e n g u a j e c o n s u o r t o g r a f í a . A s i , p o r e j e m p l o , la f r a s e « l l é v e n l e á
Valladolid, p a r a q u e s e c u r e d e s u s m u c h o s a c h a q u e s ! , la e s c r i b e el b u e n i t a l i a n o e n
esta f o r m a : nOliévenle á Vagliadolid, para che se cure de sus muscios acciaches.t>
¿ C ó m o h a b í a m o s d e r e p r o d u c i r e n el t e x t o s e m e j a n t e algarabía?
 FUNDACIÓN

COMPAÑÍA DE JESÚS
 LIBRO PRIMERO
Fundación d e la Compañía

CAPÍTULO PRIMERO
SAN IGNACIO D E LOYOLA ANTES D E S U CONVERSIÓN

S u m a r i o : 1. P a t r i a , p a d r e s y n o m b r e d e S a n I g n a c i o . — 2 . F e c h a d e s u n a c i m i e n t o .
— 3 . Noticias acerca d e su j u v e n t u d . — 4 . Instrucción y costumbres.—5. Varios
biógrafos falsean algo la i m a g e n d e Ignacio.—6. Verdadero retrato del joven
caballero s e g ú n los c o n t e m p o r á n e o s . .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. DOCUMENTOS SOBRE LA VIDA Y MILAGROS DE S. IIJN.—2. Gon

'¿Ale/, de Cámara, VIDA DEL V. IGNACIO.—3. Laínez, CARTA AL P. POLANCO.—i. Nadal, —MISCEL-
LANEA DE REGULIS S. J. — 5. Polanco, VITA P. IGN.—6. VARIA HISTORIA. RELACIÓN.—7. Antonio
Láriz, RELACIÓN.—8. Ribadeneira, Vicia DE S. IGN.

1. E n e l t é r m i n o d e la villa d e A z p e i t i a , p r o v i n c i a d e Guipúzcoa,
dos k i l ó m e t r o s a l Oeste d e l casco d e la p o b l a c i ó n , se l e v a n t a e l m a -
jestuoso s a n t u a r i o d e Loyola. E l viajero, q u e desde Azpeitia se d i r i g e
á visitarlo, s e e n c u e n t r a a n t e t o d o c o n la espaciosa escalinata q u e
da acceso á la iglesia d e San I g n a c i o . E s t e t e m p l o , d e figura r o t o n d a ,
sólidamente c o n s t r u i d o y a d o r n a d o c o n algo profusa magnificencia,,
ocupa e l c e n t r o d e t o d a la c o n s t r u c c i ó n . Á l o s d o s lados y á la e s -
palda d e la iglesia se e x t i e n d e n t r e s r e c t á n g u l o s vastos y b i e n p r o -
porcionados. Si al l l e g a r e l viajero a l p i e d e la escalinata, e n d e r e z a
sus pasos á la i z q u i e r d a , hacia la p u e r t a q u e se a b r e e n m e d i o del ala
derecha d e l edificio, p u e d e y a , desde e l u m b r a l d e esa m i s m a p u e r -
ta, c o n t e m p l a r la casa s o l a r i e g a d e los L o y o l a s .
Ésta, q u e a h o r a se l l a m a la Santa Casa, es u n edificio d e f o r m a casi
cúbica y d e n o m u y g r a n d e s pi-oporeiones, e n c l a v a d o e n t r e las p a r e -
des d e l ala d e r e c h a d e l s a n t u a r i o . H a s t a la m i t a d , p o c o más ó m e n o s ,
de su a l t u r a la c o n s t r u c c i ó n es d e p i e d r a , y d e s d e allí e n a d e l a n t e
de ladrillo. E l e n o r m e e s p e s o r d e las p a r e d e s , la falta d e v e n t a n a s
en la p a r t e i n f e r i o r y los t o r r e o n c i t o s en q u e t e r m i n a n las c u a t r o
2 LIl!. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
esquinas, manifiestan c l a r a m e n t e el c a r á c t e r de fortaleza q u e daban
á sus v i v i e n d a s m u c h o s s e ñ o r e s de la E d a d Media (1). E n esta casa
v i n o al m u n d o el fundador de la Compañía de J e s ú s .
F u e r o n los p a d r e s de San I g n a c i o D. B o l t r á n Yáñez de Oñez y L o -
yola y D . Marina Sáenz de Licona y Balda, a m b o s d e n o b l e linaje. L a
a
casa do Loyola, con la q u e si había j u n t a d o p o c o antes la de uña/.,
1
era d e las p r i n c i p a l e s d e Guipúzcoa y do las q u e se l l a m a b a n de ¿Hi-
rientes mayores, los cuales t e n í a n el h o n r o s o p r i v i l e g i o de h a b e r de
s e r invitados p o r cartas d e l r e y m i s m o , c u a n d o d e b í a n r e u n i r s e l o -
n o b l e s p a r a p r e s t a r el j u r a m e n t o de fidelidad y en o t r o s casos solem-
nes (2). La casa de la m a d r e de San I g n a c i o está situada en la villa d e
Azcoitia, a u n q u e , s e g ú n p a r e c e más p r o b a b l e , l).'" Marina vio la luz 1
en O n d á r r o a , p u e b l o c r e c i d o de la costa de Vizcaya (3).
T r e c e h i j o s , s e g ú n R i b a d e n e i r a (4) y Rolanco (5), t u v i e r o n don
B e l t r á n y D . M a r i n a , ocho v a r o n e s y cinco h e m b r a s . El ú l t i m o d e
n
los v a r o n e s , y , s e g ú n varios a u t o r e s , de rodos t r e c e hijos, fué el glo-
r i o s o p a t r i a r c a , q u e , b a u t i z a d o en la p a r r o q u i a de San Sebastián d e
Azpeitia, r e c i b i ó el n o m b r e de Iñigo, q u e d e s p u é s se había de m u d a r
en el d e I g n a c i o .
¿ C u á n d o ó c ó m o se hizo esta mudanza? No está m u y c l a r o . Ate-
n i é n d o n o s á los e s c r i t o s del s a n t o , v e m o s ( p i c a l p r i n c i p i o firmaba
sus cartas con esta h u m i l d e f ó r m u l a : De bondad pobre, Iñigo. La pri-
m e r a vez q u e a p a r e c e el n o m b r e de I g n a c i o es en el año 1537, e n
c a r t a d i r i g i d a á m i c e r P e d r o C o n t a r i n i (ü), y firmando el santo e n
latín. Desde e n t o n c e s , d u r a n t e a l g u n o s a ñ o s , a p a r e c e n los dos nom-
(1) Q u i e n d e s e e m á s n o t i c i a s s o b r e la c a s a d e S a n I g n a c i o , p u e d o c o n s u l t a r el
c u r i o s o e s t u d i o h i s t ó r i c o d e l P . R a f a e l P é r e z , S. .}., t i t u l a d o La Santa Casa de Lu-
yóla. B i l b a o , 1 8 9 1 .
( 2 ) V é a n s e los B o l a n d o s Acta Sanctorum Jnlii, t. v i l . De S. Ignat., §2."
( 3 ) V é a n s e l a s n o t i c i a s q u e liay s o b r e la m a d r e d e Kan I g n a c i o en l í e n a o , Ar-'-
riguaciones de las antigüedades de Cantabria. Adición á la Dedicatoria.
( 4 ) Vida de S. Ign., 1. I , c. I .
( 5 ) Vita I'. Ign., p . 10. El 1 \ l l e n a n , en l a o b r a c i t a d a , I. n i , c. x x x v , r e d u c e á
d i e z los h i j o s d e D. B e l t r á n y D." M a r i n a , s i e t e v a r o n e s y t r e s h e m b r a s , a ñ a d i e n d o
c o m o d u d o s a s dos h i j a s . C o m o no d a n i n g u n a p r u e b a p o s i t i v a do q u e S a n Ignacio
n o t u v i e s e m á s h e r m a n o s do los q u e él 1c a t r i b u y o , n o s a t e n e m o s al d i c h o de Riba-
d e n e i r a y P o l a n c o . P o r lo d e m á s , r e c o m e n d a m o s e s t e c a p i t u l o y los s i g u i e n t e s del
V. H e n a o , p o r l a s c u r i o s a s n o t i c i a s q u e r e c o g i ó s o b r e el l i n a j e d e los B o y ó l a s desde
el s i g l o x n h a s t a el x v n . V é a s e t a m b i é n el árbol g e n e a l ó g i c o d e las f a m i l i a s d e O ñ a x
y L o y o l a e m p e z a d o p o r el P . C a b r é y t e r m i n a d o p o r el P . Vélez, en la o b r a Monum.
hist., S. J. P o l a n c o , Hist. S. J., 1 . 1 , apend. 2.°
( 6 ) Cartas de San Ignacio, i. i, p . 3 8 2 .
CAP. I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA ANTES DE SO CONVERSIÓN 3
bres, a d v i r t i é n d o s e p o r r e g l a g e n e r a l , q u e c u a n d o el santo firma en
castellano se llama Iñigo, y c u a n d o firma en latín ó italiano e s c r i b e
Ignacio. Desde 1542 d e s a p a r e c e el I ñ i g o , y sólo u n a v e z se le v e aso-
mar, el 10 de agosto de 1540, en el r e c a d o escrito p a r a F r . B a r b e r a (1).
Fuera de este caso, n u e s t r o santo P a d r e s i e m p r e se firmó I g n a c i o ,
así e n latín c o m o en castellano, e n las n u m e r o s a s cartas y d o c u m e n t o s
que e x p i d i ó en los c a t o r c e ú l t i m o s años de su vida. Algo se h a dis-
cutido s o b r e esta m u d a n z a de n o m b r e , y v a r i a s r a z o n e s se h a n adu-
cido p a r a explicarla. P e r o la indecisión misma d e l santo e n la firma
y la c o s t u m b r e de llamarse a l g u n o s años s i m u l t á n e a m e n t e I ñ i g o e n
castellano é I g n a c i o en latín, p a r e c e n significar q u e el santo n o c r e y ó
mudar de n o m b r e al a p e l l i d a r s e I g n a c i o , sino s i m p l e m e n t e a d o p t a r
la forma q u e veía usada fuera de España.
2. ¿ C u á n d o v i n o al m u n d o n u e s t r o fundador? E l P . R i b a d e n e i r a
designó el año 1491, sin d e t e r m i n a r el día, y esta fecha se v e r e p e t i d a
en los h i s t o r i a d o r e s q u e le s i g u i e r o n , y confirmada en la b u l a d e
canonización. A l g u n a s dudas se s u s c i t a r o n en el siglo x v i a c e r c a d e
este p u n t o . Una e x p r e s i ó n del P . Luis González de C á m a r a , q u e ,
como es sabido, e s c r i b i ó la p r i m e r a biografía de I g n a c i o s i g u i e n d o
la r e l a c i ó n v e r b a l d e l m i s m o santo, hizo c r e e r á v a r i o s q u e éste ha-
bía nacido e n 1405. P r o n t o , sin e m b a r g o , fué a b a n d o n a d a esta o p i -
nión, q u e nos p a r e c e p o c o p r o b a b l e (2).
(1) Cartas de San Ignacio , t. I , p . 2 5 2 .
N a d a d e c i m o s del e x t r a ñ o n o m b r e lídgo López de Recaí de, q u e p o r p r i m e r a
vez e s t a m p ó el P . l í e n a o y r e p r o d u j e r o n l.)s B o l a n d o s (De S. Ignatio, § 1."), s i n
que ni el u n o ni los o t r o s a c e r t a r a n á e x p l i c a r l o . E l P . F i t a h a p u e s t o en c l a r ó l o
que h a y s o b r e este p u n t o {Jloletin de la Acud. de la Hist., t. x x x m , p p . 4 2 9 ,
457 y 4 5 8 ) . VA tal n o m b r o e s u n y e r r o p a l e o g r á f i c o , c o m e t i d o e n 1GIB p o r el e s -
cribano J u a n d e Q u i n t a n a r n a y a . R e d a c t a n d o e s t e u n a r e l a c i ó n a b r e v i a d a d e l
proceso q u e s e f o r m ó en A l c a l á c o n t r a Pan I g n a c i o , no e n t e n d i ó b i e n los n o m b r e s
ile las p e r s o n a s q u e i n t e r v e n í a n en la c a u s a , y j u n t a n d o en u n o el n o m b r e d e l s a n -
to, Iñigo, el p r i m e r a p e l l i d o do u n c o m p a ñ e r o B u y o , q u e era Lópe~, y el d e o t r o l l a -
m a d o lieinalde, q u e él l e y ó Át vnMe, f o r m ó d e t o d o ello el c u r i o s o n o m b r e Iñigo
López de Hecalde, q u e aplicó á San ]¿-nació. E s t e i n f a n t i l d e s p r o p ó s i t o dio o r i g e n á
ese e x t r a ñ o n o m b r e con q u e a l g u n o s p e r i o d i s t a s m o d e r n o s , d á n d o s e a i r e s d e r e c ó n -
dita e r u d i c i ó n , s u e l e n d e s i g n a r á n u e s t r o s a n t o P a d r e . C o m o e s t a r e l a c i ó n se c o n -
serva junto con el p r o c e s o , a l g u n o s Mtores t o m a r o n en serio ese n o m b r e , c r e y e n d o
que c o n s t a b a e n el p r o c e s o d e A l c a l u . N o e s t á e n el p r o c e s o , s i n o en esa infiel r e l a -
ción h e c h a e n 1613 p o r el e s c r i b a n o Q u i n t a n a r n a y a .
( 2 ) l i e c i e n t e m e n t e la ha d e f e n d i d o el P . K r e i t e n , S. J . (Stimmen aus Alaria-
Laaeh, t. X L I I I , p . 9 2 ) . R e u n i e n d o las a u t o r i d a d e s m á s a n t i g u a s q u e a p o y a n
cada u n a d e las dos o p i n i o n e s , p r e s e n t a el P . K r e i t e n e s t e r e s u l t a d o . P o r el a ñ o 1491
ostin Ribadeneira, Maffei, Orlandini, la Relación consistorial y la B u l a de canoni-
 CAP. I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA ANTES DE SU CONVERSIÓN 5
4 LIH. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

3. ¿Cuál fué la vida de I g n a c i o de L o y o l a antes de su c o n v e r s i ó n ? tal cual e p i s o d i o , se r e d u c e c u a n t o s a b e m o s s o b r e sus p r i m e r o s

Son tan c o r t a s é i n c i e r t a s las n o t i c i a s q u e s o b r e ella p o s e e m o s , que treinta años, y s o n : su e d u c a c i ó n en A r é v a l o , en casa del n o b l e caba-
nos es de t o d o p u n t o i m p o s i b l e t r a z a r una h i s t o r i a seguida de la ju- llero J u a n Velázquez de Cuéllar, c o n t a d o r m a y o r de los R e y e s Ca-
v e n t u d de n u e s t r o santo. A t r e s h e c h o s p r i n c i p a l e s , a u m e n t a d o s con tólicos; su estancia en la c o r t e d e E s p a ñ a , y su c a r r e r a m i l i t a r á las

era f r e c u e n t e en los p r i m e r o s t i e m p o s de la C o m p a ñ í a c o p i a r s e u n o s á o t r o s , n o
z a c i ó n . E n f a v o r del a ñ o 1495 t e n e m o s al I'. C á m a r a , al e s c r i t o a n ó n i m o llamado
s o l a m e n t o las n o t i c i a s h i s t ó r i c a s , s i n o t a m b i é n los a p u n t e s y a v i s o s espirituales.
Chronicon breve, al 1'. P o l a n c o y á E s t e b a n d e G a r i b a v . C o m o e s t a s a u t o r i d a d e s son
Por esto creo q u e el t a l Chronicon brrrr c-s u n e s c r i t o m a s m o d e r n o , q u e en el si-
m á s a n t i g u a s q u e las c i n c o p r i m e r a s , i n c l i n a s e el P. K r e i t e n á c r e e r q u e el sant"
glo XVII f u é i n c l u i d o en el t o m o q u e lo c o n t i e n e p o r el a r c h i v e r o q u e e n c u a d e r n ó los
nació e n 1 4 9 5 . A e s t a o p i n i ó n se a d h i r i ó La Ciriltá Cattolica en su n ú m e r o 1.2(12,
p a p e l e s s u e l t o s del P . N a d a l . L o q u e l l a m a n los B o l a n d o s s e g u n d a p a r l e del Chro-
c o r r e s p o n d i e n t e al día 2 1 d e J u l i o d e 19(10.
nicon. no es s e g u n d a p a r t e , ni q u i e n tal p e n s ó . S o n f r a g m e n t o s de l a s efemérides
E x a m i n e m o s b r e v e m e n t e el p e s o d e e s t a s c u a t r o a u t o r i d a d e s . E s t e b a n deGaribay
del P . N a d a l , p u b l i c a d a s e n Motium. hist. S. J. Lpist. P. Nadal , t. n . Entre dos
p u b l i c ó en 1571 su Compendio historial, d i v i d i d o en 4 0 l i b r o s é i m p r e s o en cuatr:
do esos f r a g m e n t o s se halla c o m o p e r d i d o e s t e d i m i n u t o p l i e g u e c i l l o , q u e no p a r e c e
t o m o s en folio, q u e es u n r e s u m e n h i s t ó r i c o de las c r ó n i c a s de E s p a ñ a , desde los
tener n i n g u n a autoridad.
t i e m p o s m á s r e m o t o s h a s t a m e d i a d o el s i g l o x v i . H a c i a id fin d e l t o m o n i , l l e g a n d o
V e n g a m o s al P . G o n z á l e z do C á m a r a . E n d o s o c a s i o n e s h a b l ó e s t e a u t o r a c e r c a d e
á r e f e r i r el sitio d e P a m p l o n a en 1 5 2 1 , i n g i e r e un c a p i t u l o ( e s el q u i n t o del li-
la e d a d d e S a n I g n a c i o . V a m o s á c o p i a r los d o s t e x t o s . Al p r i n c i p i o del c a p í t u l o p r i -
b r o XXX), en q u e n a r r a el o r i g e n y p r o g r e s o s de la C o m p a ñ í a d e J i s ú s . Por el con-
mero d i c e a s i : u/Justa los veintiséis años ¡Ir su rilad fué [Ignacio"] hombre dadoú las
t e x t o del l i b r o y por la a p r o b a c i ó n , f e c h a d a el 10 de m a r z o d e 15li7, se ve q u e este,
nulidades del mundo, y principalmente si deleitaba en ejercicio de armas con un
c a p í t u l o se e s c r i b i ó e n 15(Ui. 10n él l e e m o s e s t a f r a s e : nh'.nel año ¡nissado de mil y
grande y buen deseo de ganar honra: y asi, estando en una fortaleza que los franceses
quatrocirntos y norenla y cinco na acia el padre maestro beato Iñigo de Loyola >.
combatían'», etc. En el c a p i t u l o m, mili:. 30, s e g ú n la d i v i s i ó n d e los B o l a n d o s ,
Oñez», e t c . A h o r a b i e n : e x a m i n a d o ese c a p i t u l o , se a d v i e r t e d e s d e l u e g o q u e G a r ¡ -
r e ñ r i e n d o C á m a r a la g r a n i l u s t r a c i ó n q u e r e c i b i ó I g n a c i o á o r i l l a s d e l C a r d o n e r , se
b a y , a u n q u e t e n i a b u e n c o n c e p t o d e la C o m p a ñ í a , no h a b í a e s t u d i a d o d e t e n i d a m e n t e
e x p r e s a do esto m o l o : nllecihió una grande claridad en el entendimiento, de manera
e s t e a s u n t o . I.os m u c h o s erro ros d e p o r m e n o r en q u e i n c u r r e p r u e b a n q u e lialilal»;
(¡lie en todo el discurso de su vida, hasta pasados sesenta y dos años, coligiendo
d e o í d a s y bastante, tí la l i g e r a . Por lo d e m á s , el a u t o r d e un c o m p e n d i o h i s t ó r i c o de
todas cuantas ayudas haya tenido de Dios y cuantas cosas ha sabido, aunque las
la h i s t o r i a de E s p a ñ a , q u e p o r v í a de p a r é n t e s i s i n g i e r e u n c a p í t u l o s o b r e los orí-
ayunte todas en uno, no le parece haber alcanzado tanto como de aquella sola rez.y>
g e n e s d e la C o m p a ñ í a , no p u e d e ser mirado como autoridad importante en este
S e g ú n el p r i m e r t e x t o , p a r e c e q u e S a n I g n a c i o , al ser h e r i d o en P a m p l o n a , c o n t a b a
asunto.
v e i n t i s é i s a ñ o s , y c o m o esto o c u r r i ó en 1 5 2 1 , h a b r í a n a c i d o el s a n t o en 1 4 9 5 . P o r el
E l P . P o l a n c o se e x p l i c a a s í : nAliqni auno a Natiritatc. Pomini 1491 natum ígtw-
m i s m o c a s o h a b r í a v i v i d o s e s e n t a y u n a ñ o s , p u e s m u r i ó en 155t>. E l s e g u n d o t e x t o
tium cens:iernut t qui ejus nulricis sciitcntiaiu sec.uti ndentur; sed, si eiilciu Ignati"
dice q u e , c u a n d o a q u e l l o se e s c r i b í a , I g n a c i o jiasaba de los sesenta y dos a ñ o s . A h o r a
de rilae suae et de conrersinuis annis crcdendiini esl, ¡mtiiis (ut CIJO quidem seutio)
b i e n : s a b e m o s por el p r ó l o g o del m i s m o C á m a r a , q u e e m p e z ó á e s c r i b i r su relación
na tus est Ule auno Domini 1495.j Vita ]'. Ign., p. 9. Por e s t a s p a l a b r a s se ve
en s e p t i e m b r e d e 1 5 5 3 , c u a n t í o , s e g ú n la o p i n i ó n o r d i n a r i a , e s t a b a Tgnacio en los
q u e P o l a n c o se a p o y a en la n a r r a c i ó n h e c h a por (1 s a n t o al P. C á m a r a , tínica re-
sesenta y dos, y d e s p u é s tle u n a l a r g a i n t e r r u p c i ó n , se c o n t i n u ó y t e r m i n ó en 1555,
l a c i ó n q u e con g r a n d í s i m o t r a b a j o , y d e s p u é s d o l a r g a s i n s t a n c i a s , se p u d o sacar
entoldo el s a n t o p a s a b a r e t i ñ i e n t e de los s e s e n t a y d o s .
á la h u m i l d a d d e I g n a c i o . 1.a a u t o r i d a d , pues, de Polanco se r e f u n d e en la de
A h o r a b i e n : ¿ c ó m o e x p l i c a r la c o n t r a d i c c i ó n c r o n o l ó g i c a q u e p r e s e n t a n á p r i m e r a
Cámara.
vista e s t o s d o s t e x t o s del P. C á m a r a ? La Ciriltá a d m i t e q u e r e a l m e n t e e x i s t e la
A c e r c a d e l l l a m a d o Chron/con breve, i m p r e s o por los l i o l a n d o s Acta Sanct. Ja-
c o n t r a d i c c i ó n , y q u e e s t a c o n t r a d i c c i ó n es d e b i d a á San I g n a c i o de L o y o l a . «Quindi
lii, t. vil, De S. Tgnalio, § 59, debemos advertir, q u e , c o m o ni los l i o l a n d o s ni
rimane semprc il disaceordo tra i due passl e la conseguente necessitá di ammeitere
el P . K r e i t e n v i e r o n el m a n u s c r i t o , no a c e r t a r o n á calificarlo b i e n . Dicen q u e tiene
che o nelV uno o uelí altrn, ¡I santo stesso cadde in errore.y> A c o n t i n u a c i ó n afirma La
d o s p a r t e s , u n a m á s a n t i g u a y o t r a m á s m o d e r n a , y se i m a g i n a n ([tío la primera,
Ciriltá q u e el e r r o r del s a n t o d e b i ó o c u r r i r en el s e g u n d o t e x t o , n o en el p r i m e r o ,
escrita por autor desconocido, es lo m á s v e t u s t o q u i z á q u e en m a t e r i a de histoiiii
p o r q u e é s t e se r e f e r í a al t i e m p o d e su c o n v e r s i ó n , época i n o l v i d a b l e p a r a Ignacio.
t e n e m o s en la C o m p a ñ í a . N o h a y n a d a de eso. 101 tal e s c r i t o es un p l i e g u e c i l l o do
E s t a e x p l i c a c i ó n n o n o s parecí; p r o b a b l e . E f e c t i v a m e n t e : ¿ e s creíble que u n hom-
ocho p á g i n a s , q u e m i d e n 1(13 m i l í m e t r o s d e l a r g o p o r 105 d e a n c h o . E s t á n escritas
b r e , e m p e z a n d o á c o n t a r su v i d a , d i g a h o y « t e n g o c i n c u e n t a y ocho añosii, y m a -
s o l a m e n t e las p á g i n a s 2 . , 3 . , 4." y 5 . El c o n t e n i d o es lo q u e los B o l a n d o s llamaron
:l a a

ñ a n a , c o n t i n u a n d o su r e l a c i ó n , d i g a « t e n g o s e s e n t a y d o s a ñ o s » ? A e s t o e q u i v a l d r í a
p r i m e r a p a r t e , es d e c i r , el f r a g m e n t o q u o e m p i e z a ([Auno 1521 P. Iguatius», etc., y
la c o n t r a d i c c i ó n , si r e a l m e n t o la c o m e t i ó el s a n t o . ¿Qué c r é d i t o m e r e c e r í a n las p a l a -
t e r m i n a «longe lateque est propágala». N o t i e n e t í t u l o , ni n o t a , ni s i g n o d e ningún
bras d e I g n a c i o , si de u n d í a p a r a o t r o se le e s c a p a b a n t a l e s c o n t r a d i c c i o n e s ?
g é n e r o p o r d o n d e p o d a m o s a d i v i n a r el a u t o r . E s t á incluido el p l i e g o e n un tome
El P . K r e i t e n s u e l t a la d i f i c u l t a d d i c i e n d o quo el P . C á m a r a , al c o n t i n u a r su b i o -
l l e n o d e a p u n t e s d e l P. N a d a l , al q u e se i m p u s o p o r e s t o el t i t u l o Calléela per P. Xa-
g r a f í a , p a d e c i ó u n error, y p r o b a b l e m e n t e escribió el m i m . (52 p o r c á l c u l o p r o p i o ,
talem. Ni en la c a l i d a d d e l p a p e l , n i en el t a m a ñ o , ni en la f o r m a d e la l e t r a se pa-
no p o r q u e así lo o y e s e á S a n I g n a c i o . «./•,'« ¡edre immerhin moglich, dass die Záhl
r e c e n a d a e s t e e s c r i t o á los o t r o s q u e f o r m a n el t o m o . En ninguno de nuestros
02 von P. L. Goni;alves derja e.risspiiiier dieletzten Theile ausarbeiiete, nack eigener
a n t i g u o s P a d r e s lie p o d i d o d e s c u b r i r la m e n o r a l u s i ó n á e s t e e s c r i t o , s i e n d o asi (pie
 CAP. I . — SAN IGNACIO DE L 0 Y 0 L A ANTES DE SU CONVERSIÓN 7
6 MU. I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

nació en la j u v e n t u d , al P . A n t o n i o Láriz en 1577, y m a n d a d a á R o m a

ó r d e n e s d e l d u q u e d e N á j e r a D. A n t o n i o M a n r i q u e , v i r r e y d e Nava-
en 1599 n o s a b e m o s p o r q u i é n . H e a q u í esta curiosa r e l a c i ó n : « E n
r r a . E s t o s h e c h o s , i n d i c a d o s más ó m e n o s c o n f u s a m e n t e p o r todos
esta m e r c e d tan g r a n d e q u e Dios hizo á este p u e b l o de t r a e r a q u í la
los h i s t o r i a d o r e s de San I g n a c i o , se c o m p r u e b a n , s o b r e t o d o , p o r la
Compañía c r e e n a l g u n o s d e v o t o s de ella t e n e r g r a n p a r t e , y d e b e
sencilla r e l a c i ó n h e c h a p o r Alonso de M o n t a l v o , c o m p a ñ e r o de Ig-

m o r i r n o h a b r í a c u m p l i d o a ú n los s e s e n t a y cinco años, y , s e g ú n nuestro modo de

Bereehmmij eitigcfiigt worden ist.t> D o s o b s e r v a c i o n e s se n o s o f r e c e n acerca de esta
h a b l a r , tendría sesenta IJ cuatro años.
s o l u c i ó n d e l 1'. K r e i t e n . P r i m e r a . Si el P . C á m a r a se e q u i v o c ó , ¿ p o r d ó n d e sahornos
La a u t o r i d a d d e l P . N a d a l e s d e p r i m e r o r d e n , n o sólo p o r q u e f u é u n o d e los P a -
q u e f u é en el s e g u n d o t e x t o , y n o en el p r i m e r o ? La s u p o s i c i ó n d e a d m i t i r y e r r o en
dres q u e m á s t r a t a r o n con S a n I g n a c i o , s e g ú n v e r e m o s en el c u r s o d e e s t a historia,
el s e g u n d o t e x t o y n o en el p r i m e r o , es e n t e r a m e n t e g r a t u i t a . S e g u n d a . Si en
sino t a m b i é n p o r q u e f u é el único d e a q u e l l o s P a d r e s q u e visitó la c a s a d e L o y o l a ; y
el P . C á m a r a en ese t e x t o , ¿ c ó m o e r r ó con t a n b u e n a p u n t e r í a , q u e fué á d a r en l,i
así c o m o se e n t e r ó del sitio en q u e n a c i ó San I g n a c i o , s i t i o q u e vio c o n v e r t i d o en
o p i n i ó n o r d i n a r i a ? ¿ P o r q u é no e r r ó en seis, o c h o ó m á s a ñ o s ? ¿ P o r q u é p u s o ese mi
cocina ( E ¡ ñ x t . P. Nadal, t. n, p . 2 8 ) , así t a m b i é n se e n t e r a r í a del t i e m p o en
m e r o (52, q u e era p r e c i s a m e n t e la e d a d en q u e , s e g ú n la o p i n i ó n c o m ú n , e s t a b a Ig-
q u e e! h e c h o o c u r r i ó .
n a c i o al e m p e z a r s e la r e l a c i ó n , y d é l a c u a l p a s a b a c u a n d o é s t a se c o n t i n u ó ? Puc-
P o r ú l t i m o , m e r e c e c o p i a r s e u n a c a r t a del P. Ü í b a d e n e i r a , d i r i g i d a al P . O r l a n d i n i
el t e x t o , c o m o s e v e , n o s o l a m e n t e c o n t r a d i c e á la o p i n i ó n d e l P. K r e i t e n , s i n o que
en 1597 y p u b l i c a d a por el 1'. A l b c r d i n g k T h i j n i , S. J., h o l a n d é s . (Nog eens het ge-
a p o y a p o s i t i v a m e n t e la c o n t r a r i a , p o r q u e si b i e n n o e s t a n preciso en s u s términos,
boortejaar van den II. Ignatius ran Loyola. U t r e c h t , 1 8 9 4 . ) D i c e a s í : « E n lo d e los
p e r o r e s u l t a p e r f e c t a m e n t e e x a c t o en la o p i n i ó n q u e p o n e el n a c i m i e n t o d e I g n a r i e
años q u e vivió N . B . P. I g n a c i o , b i e n sé q u e a á v i d o v a r i e d a d , y y o m i s m o fui de
en el a ñ o 1 4 9 1 . E n t o n c e s ¿ c ó m o e x p l i c a r aquel n u m e r o 2li del o t r o t e x t o ? Los Bolán-
opinión q u e no a v í a v i v i d o sino 6 1 a ñ o s , f u n d á n d o m e en q u e s i e n d o d e 2 6 f u é he-
d o s , al a n o t a r la b i o g r a f í a e s c r i t a por el P . C á m a r a , p r o p u s i e r o n e s t a explicación:
rido en P a m p l o n a el a ñ o d e 2 1 , y del 21 b a s t a el d e 56 en q u e m u r i ó a y B5, q u e
q u e h a s t a los v e i n t i s é i s a ñ o s v i v i ó I g n a c i o en el ocio y en las v a n i d a d e s , y desde
j u n t á n d o l o s con los 2 6 , b a z e n 6 1 . P e r o d e s p u é s m u d é d e o p i n i ó n p o r d o s r a z o n e s :
e n t o n c e s h a s t a los t r e i n t a s i g u i ó la c a r r e r a de las a r m a s . A l g o g r a t u i t a p u d i e r a pa-
La p r i m e r a , p o r q u e el P . P o l a n c o y los o t r o s P a d r e s q u e s t a v a n e n Honia quando
r e c e r á p r i m e r a v i s t a e s t a e x p l i c a c i ó n . N o o b s t a n t e , un h e c h o h i s t ó r i c o p u e s t o fuers. m u r i ó N . P a d r e ( q u e y o s t a v a en F l a n d e s ) , d e s p u é s de a v e r i o m i r a d o y c o n s u l t a d o ,
de duda viene en f a v o r de ella. Por la r e l a c i ó n q u e l u e g o c o p i a m o s en el text<i en la p i e d r a d e su s e p u l c r o p u s i e r o n q u e a v í a v i v i d o 6 5 a ñ o s . L a s e g u n d a r a z ó n f u é
c o n s t a , q u e , m u e r t o el p r o t e c t o r d e I g n a c i o , J u a n V e l á z q u e z , en a g o s t o d e 1517, p o r q u e los P a d r e s q u e e x a m i n a r o n p o r o r d e n del P a d r e F r a n c i s c o d e B o r j a , n u e s t r o
nuestro santo, que entonces tenía p u n t u a l m e n t e veintiséis años, según la opi- ( i e n e r a l , m i l i b r o , f u e r o n de p a r e c e r q u e si p u s i e s e q u e a v í a v i v i d o 6 5 años, y e r a n
n i ó n c o m ú n , se r e t i r ó d e A r é v a l o y d o la c o r t e y p a s ó al s e r v i c i o del d u q u e d e Na- las p e r s o n a s m á s d o c t a s y g r a v e s y q u e m á s a v i a n t r a t a d ) á N . P a d r e de t o d a la
jera. C o m p a ñ í a . Á c u y o j u i c i o y o m e s u j e t e y V . 11. d e v e s e g u i r l o . Y t a n t o m á s estando
E s t e h e c h o e x p l i c a r a z o n a b l e m e n t e el p r i m e r t e x t o d e C á m a r a en el s e n t i d o que ya esto r e c o l a d o en su e p i t a l i o , l i b i o s e s c r i p t o s y e s t a m p a s ; y b a z e r lo c o n t r a r i o s e r í a
l e d i e r o n los B o l a n d o s . Y n ó t e s e q u e d e c i m o s el p r i m e r t e x t o do C á m a r a , y no de t e m e r i d a d , á m i p o b r e j u i c i o . » N ó t e n s e d o s h e c h o s c i t a d o s en e s t a c a r t a por liiba-
S a n I g n a c i o , p o r q u e esa f r a s e e v i d e n t e m e n t e n o es s u y a . C o n s i d é r e s e lo q u e dice denoira. 1." El P . P o l a u c o ( e s decir, u n a d e las a u t o r i d a d e s a d u c i d a s p o r la o p i n i ó n
C á m a r a en el p r ó l o g o d e s u s a p u n t e s , q u e el P . I g n a c i o le l l a m ó y le e m p e z ó á con c o n t r a r i a ) y o t r o s P a d r e s de liorna, p o n e n en la p i e d r a s e p u l c r a l de San Ignacio
t a r t o d a l a s e r i e d e s u v i d a y las t r a v e s u r a s d o m a n c e b o clara, y distintamente.. Pues q u e vivió s e s e n t a y c i n c o a ñ o s . N o ha l l e g a d o
T
h a s t a n o s o t r o s ese p r i m e r epitafio,
b i e n : t o d a esa h i s t o r i a l a r g a , r e f e r i d a p o r I g n a c i o , y q u e p r o b a b l e m e n t e t r a t a r í a (le p u e s c o m o los r e s t o s del s a n t o f u e r o n t r a s l a d a d o s , p r i m e r o en 1568 y d e s p u é s en 1 5 8 7 ,
s u s t r a v e s u r a s en la c o r t e , d o n d e v i v i ó h a s t a los v e i n t i s é i s a ñ o s , t o d a esa historu sólo c o n o c e m o s el epitafio q u e se le p u s o en e s t a s e g u n d a t r a s l a c i ó n , y f u é p u b l i -
s i n g u l a r del t i e m p o a n t e r i o r á la c o n v e r s i ó n , q u e San I g n a c i o m a n i f e s t ó con admi- c a d o p o r los B o l a n d o s {De S. Jynal., íj 9 5 ) . 2." C u a n d o se p u b l i c ó , en 1 5 7 2 , la p r i -
r a b l e h u m i l d a d ; t o d a esa h i s t o r i a , r e p e t i m o s , la s e p u l t ó en el silencio el P. Cámara, m e r a edición de la v i d a d e S a n I g n a c i o p o r l l i b a d e n e i r a , los P a d r e s m á s g r a v e s y
e s c r i b i e n d o t a n sólo a q u e l l a b r e v í s i m a f r a s e : Fué hombre dado ó las vanidades del q u e m á s h a b í a n t r a t a d o al s a n t o d e c l a r a n q u e e s t e nació en 1 4 9 1 . T e n g a s e p r e s e n t e ,
mundo. L a frase, p u e s , p e r t e n e c e al P . Cámara, el c u a l , r e c o p i l a n d o en ella la por otro lado, q u e en esa a ñ o 1 5 7 2 a ú n v i v í a en Portugal el P. C á m a n i j j ; n o h u -
i n m e n s a r e l a c i ó n d e I g n a c i o , n o es m a r a v i l l a q u e p a d e c i e s o e s t a e q u i v o c a c i ó n cro- biera d e j a d o d e a d v e r t i r á San F r a n c i s c o d e Borja u n y e r r o t a n g r a v e , c o m e t i d o en
n o l ó g i c a , aobre t o d o s i s e t i e n e en c u e n t a la p o q u í s i m a a t e n c i ó n q u e d a en t o d o s sus la p r i m e r a v i d a q u e se p u b l i c a b a d e S a n I g n a c i o .
a p u n t e s á la c r o n o l o g í a .
\ p a r a q u e se vea la c o n s i d e r a c i ó n y p r u d e n c i a con q u e so p r o c e d i ó al e s t a m p a r
A e s t a s a u t o r i d a d e s , e x a m i n a d a s p o r el P. K r e i t e n el a ñ o 1 8 9 2 . c o n v i e n e añadir
la p r i m e r a v i d a d e ü í b a d e n e i r a , q u e r e m o s c o p i a r u n a c a r t a (pie San Francisco de
o t r a s d o s , q u e se h a n d e s c u b i e r t o d e s p u é s . E l P . J e r ó n i m o N a d a l , q u e f u é u n o dr
Borja escribió s o b r e e s t e n e g o c i o al P r o v i n c i a l d e C a s t i l l a el 20 d e .Marzo d e 1 5 7 1 .
los q u e m á s c o n o c i e r o n y t r a t a r o n á San Ignacio, afirma e x p r e s a m e n t e en un li-
Dice a s i : « Á n d a s e y a por s a c a r á l u z la v i d a d e n u e s t r o P . I g n a c i o , d e s a n t a m e m o -
b r o m a n u s c r i t o , i n t i t u l a d o P. Natalia O/mscula, p . 1(')4, q u e el s a n t o t e n í a sesenta
ria. D e s e a el P . l l i b a d e n e i r a , q u e la h a e s c r i t o , s a b e r el a ñ o en q u e n a c i ó y el n o m -
y c u a t r o a ñ o s c u a n d o m u r i ó . líObdormivit in Domino Pater ¡(¡natías di<: Vencris «"
b r e de s u s p a d r e s y a b u e l o s , y c u á n t o s h e r m a n o s t u v o , y c ó m o se l l a m a r o n , y q u é
ortum solis, 3 1 Julii 155(1, natus anuos 64, atino post Societatis institutiouem 1(1.» Si
e s t a d o t u v i e r o n , e t c . Y n o se p e d i e n d o e n t e n d e r d e o t r a m a n e r a , le p a r e c e se d e b í a
se t i e n e en c u e n t a la c o s t u m b r e t a n r e c i b i d a en E s p a ñ a d e c o n t a r e n la e d a d los
enviar hombre propio, q u e sería fácil, d e s d e O ñ a t e , para tomar esta información y
a n o s cumplidos, estas palabras de N a d a l continúan la o p i n i ó n c o m ú n , suponiendo
de cosas d e esto g é n e r o , y q u e se h u b i e s e á t i e m p o , p a r a t r a e r l a el P . Procurador
q u e I g n a c i o v i o la l u z en a l g u n o d e los c i n c o ú l t i m o s m e s e s del a ñ o 1 4 9 1 , p u e s al
 3 Lili. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
sur mucha, n u e s t r o s a n t o P a d r e I g n a c i o d e Loyola, p e r s u a d i d o s q
p o r el a m o r y obligación q u e á esta villa t u v o alcanzó del S e ñ o r
el cielo, q u e sus hijos p a g u e n con pan de santa d o c t r i n a el que en
j u v e n t u d a q u í h a b í a c o m i d o , lo cual l'ué de esta m a n e r a . Los R e y
Católicos D . F e r n a n d o y D. I s a b e l , c u y e s n o m b r e s y m e m o r i a <
;l
m u y g r a t a á los españoles, v i v i e n d o lo más o r d i n a r i o en esta part
d e Castilla la Vieja, t e n í a n p o r su c o n t a d o r m a y o r á u n c a b a l l e r o -i
los m á s n o b l e s y r i c o s de esta v i l l a , el cual tenía e s t r e c h a amista
c o n el s e ñ o r R e l t r á n Yáñez de (>ñ;r/. y Loyola, p n ¡ g e n i t o r de n u e s t r
P a d r e , y así lo pidió u n o de sus hijos para c r i a r l e en su casa eoin
p r o p i o y p o n e r l e d e s p u é s en la casa real. F u é para esto embiad
I ñ i g o de Loyola, el cual, pasados a q u í a l g u n o s años, hasta q u e muri
el c o n t a d o r J u a n Velázquez, deseó m u c h o s e g u i r la soldadesca, y !
m u g e r del d i c h o c o n t a d o r le dio q u i n i e n t o s e s c u d o s y dos caballo-
con q u e fuese á visitar al d u q u e de Naje ra, con cuya casa tenía deu
d o ; y de allí se p a r t i ó á P a m p l o n a , cabeza del r e y n o de Navarra
d o n d e le s u c e d i ó lo q u e de él c u e n t a su h i s t o r i a (lib. i, cap. n ) . Esii
contó al P . Láriz, c u a n d o v i n o a q u í á la m i s i ó n , u n c a b a l l e r o nut\
c u a n d o v u e l v a á R o m a . V. 11. v e a lo ijue s e p o d r á ; q u e r a z ó n es a y u d a r ;i qiiivv
t o m a t r a b a j o tan g r a t o ú n u e s t r a C o m p a ñ í a , y , c o m o e s p e r o , no m u i o s p r o v e c h o - "
y a l a b e n d i t a m e m o r i a (le n u e s t r o P a d r e t o d o se d e b e . » liegest. llorgiae ]¡h¡..,
1 5 7 0 - 1 5 7 3 , p. 7'.l. N o se c o n s e r v a la r e s p u e s t a >jne s o dio á e s t a c a r t a ; p e r o bas-
t a n las p a l a b r a s d e San f r a n c i s c o d e ISorja p a r a e n t e n d e r la p r u d e n c i a con q u e pro-
c e d i e r o n en e s t e p u n t o a q u e l l o s P a d r e s tan r e s p e t a b l e s q u e , c o m o N a d a l , Polanco,
M a d r i d , P a l m i o , etc., h a b í a n c o n o c i d o l a m o á S a n I g n a c i o . Y n ó t e s e q u e e s t o i"
h a c í a n t e n i e n d o á la v i s t a el t e x t o del P . C á m a r a y v i v i e n d o t o d a v í a e s t e P a d r e di
P o r t u g a l . ¿No s e r á , p u e s , a l g o t e m e r a r i o , por a p l i c a r á n u e s t r o c a s o la fraso d e Ili-
b a d e n e i r a , q u e n o s o t r o s , d e s p u é s de t r e s s i g l o s , *'ni haber descubierto nada mier»,
q u e r a m o s e n m e n d a r la p l a n a á t a n t o s P a d r e s q u e v i v i e r o n c o n S a n I g n a c i o ?
R e s u m i e n d o , p u e s , t o d o lo d i c h o , r e s u l t a q u e ¡i las c i n c o a u t o r i d a d e s aducida*
por el V. K r e i t e n en f a v o r d e l a ñ o 1491 se d e b e n a ñ a d i r las s i g u i e n t e s : el P . Nadal,
en el t e x t o c o p i a d o ; el P . ¡.Venara, e n su s e g u n d o t e x t o ; el P . P o l a n c o , e n el priiiuv
epitafio j u l o se p u s e al s a n t o p a t r i a r c a : los P a d r e s m á s g r a v e s e x i s t e n t e s en Roma •••!
año l ñ 7 z ^ y , f i n a l m e n t e , los h i s t o r i a d o r e s t o d o s q u e d e s p u é s h a n v e n i d o . ¿Qué queda,
p u e s , e n f a v o r d e la o p i n i ó n que. p o n e el n a c i m i e n t o d e San I g n a c i o en el a ñ o 14'J.") 1
G a r i b a y , a u t o r i d a d e n t e r a m e n t e s e c u n d a r i a en e s t e a s u n t o : el Chronicoii breve, pn
pelillo a n ó n i m o d e n i n g u n a i m p o r t a n c i a ; un t e x t o del P. G o n z á l e z d e C á m a r a , que
t i e n e r a z o n a b l e e x p l i c a c i ó n en la o p i n i ó n o r d i n a r i a , y q u e d e o t r o m o d o e s t á evi-
d e n t e m e n t e c o n t r a d i c h o por o t r o t e x t o d e l m i s m o a u t o r . De t o d o e s t o se i n l i e r e qu>'
d e b e m o s m a n t e n e r la o p i n i ó n t r a d i c i o n a l , q u e señala el a ñ o 14111 c o m o n a t a l i c i o de
S a n I g n a c i o . D e t e r m i n a r el m e s y el día es i m p o s i b l e , p u e s en n i n g ú n a u t o r con-
t e m p o r á n e o d e s c u b r i m o s el m á s leve i n d i c i o q u e lo i n d i q u e . S o l a m e n t e el texto
del 1'. N a d a l p a r e c e m a n i f e s t a r , q u e el n a c i m i e n t o del s a n t o o c u r r i ó en los cinco
ú l t i m o s m e s e s del a ñ o .
CAP. I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA ANTES DE SU CONVERSIÓN 9
noble y rico de esta villa, l l a m a d o Alonso de M o n t a l v o , q u e fué paje
del dicho c o n t a d o r m a y o r de los Royes, y g r a n a m i g o de I ñ i g o de
tj.oyola m i e n t r a s a q u í e s t u v o . Y c u a n d o supo d e s p u é s q u e estaba en
P a m p l o n a , le l'ué á visitar y le halló e n f e r m o de la p i e r n a y le vio
/¡curar de ella, m o s t r a n d o a q u e l g r a n d e á n i m o q u e se r e f i e r e en su
.ilusiona, lo cual c o n t a b a acá id d i c h o Alonso de Montalvo, antes q u e
:1a historia saliese á luz, á los h o m b r e s más a n t i g u o s de este l u g a r
•que le p o d í a n h a b e r c o n o c i d o aquí.
Esto m i s m o refería e l P . Alonso E s t e b a n , q u e fué un s a c e r d o t e
• natural de aquí, g r a n s i e r v o de Dios, q u e p r o c u r ó m u c h o q u e la
C o m p a ñ í a viniese á este lugar, y el año p r i m e r o q u e aquí v e n i m o s
•le d i o el j u e v e s de la Cena una g r a v e e n f e r m e d a d , de que, con o t r a s
muchas q u e se le j u n t a r o n , e s t u v o en la cania diez años e n t e r o s con
.grandes d o l o r e s , y al fin v i n o á m o r i r el V i e r n e s Santo de la C r u z
d e este año de lo'.IS). Este santo v a r ó n decía h a b e r acaecido la h i s t o -
ria dicha á IX Catalina de Velasco, m u g e r del c o n t a d o r J u a n Veláz-
a
quez, á la cual n u e s t r o P a d r e I g n a c i o , siendo ya la Compañía, solía
escribir a l g u n a s veces, r e c o n o c i e n d o el a m o r y gracia q u e en casa so
•le había h e c h o , y así p o d r e m o s p i a d o s a m e n t e c r e e r , q u e p o r las o r a -
ciones y m é r i t o s de n u e s t r o P a d r e I g n a c i o se fundó el Colegio e n
¿esta villa de Arévalo> ( 1 ) .
;/ .í los h e c h o s indicados en esta r e l a c i ó n d e b e m o s a ñ a d i r a l g u n o s
*. otros que, sin d e t e r m i n a c i ó n de t i e m p o ni casi do l u g a r , n o s h a n
:
| transmitido los c o n t e m p o r á n e o s . P o r el d o c u m e n t o j u d i c i a l q u e
;! luego alegamos, consta q u e a n t e s del año 1515 había r e c i b i d o I g n a -
a rio la t o n s u r a clerical. I g n o r a m o s d ó n d e y c u á n d o la r e c i b i ó . P o r la
\ relación de P o l a n c o (12) s a b e m o s q u e m o s t r ó I g n a c i o m u c h o v a l o r y
l desinterés en la toma do Naje ra, y q u e o b r ó con s i n g u l a r p r u d e n c i a
A en cierta ocasión, a p a c i g u a n d o u n t u m u l t o m i l i t a r en Guipúzcoa. Si
á esto a ñ a d i m o s la p e n d e n c i a en las calles de P a m p l o n a , q u e l u e g o
'."i referiremos, h a b r e m o s r e u n i d o t o d o s los sucesos c o n c r e t o s q u e se
•¡ pueden p r e c i s a r e n la oscura j u v e n t u d de I g n a c i o .
Así c o m o p o d e m o s a f i r m a r sin m i e d o estos h e c h o s , así d e b e m o s
: | descartar a l g u n o s o t r o s , q u e t i e n e n traza de ser i n v e n c i o n e s de b i ó -
;| gratos p o s t e r i o r e s . ¿ F u é I g n a c i o en su niñez paje de los Royos Cató-
I lieos? Ningún d o c u m e n t o c o n t e m p o r á n e o lo insinúa. E l P . Maffeo
(1) El o r i g i n a l d e e s t a r e l a c i ó n , d e s c o n o c i d o b a s t a a h o r a , lo h a e n c o n t r a d o
|; el P . \ mi M e d r a e n u n t o m o t i t u l a d o Historia castellana, p . f i o , d e n u e s t r o ar-
í| chivo. El P. P i t a p u b l i c ó u n a c o p i a , ó m e j o r d i c h o , a r r e g l o de esta r e l a c i ó n en el
Boletín de la Acad. de la Jiist., t. x v m , p . 4 9 7 . — ( 2 ) Vita P. Ign., p . 1 3 .
 10
1,1 H. I . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
CAP. I . — SAN IGNACIO DE L0Y0I.A ANTES DE SU CONVERSIÓN 11

fué el p r i m e r o en d e c i r l o en el p r i m e r capítulo de su vida del san

¡desámente los rasgos b u e n o s q u e halló en los p a p e l e s de P o l a n c o , y
i m p r e s a e n 1585 (1). P e r o e n u n e j e m p l a r de esta obra, eme c o n s e n
omitiendo, s e g ú n su c o s t u m b r e , los m a l o s , nos p r e s e n t ó en I g n a c i o
m o s a n o t a d o p o r el P . R i b a d e n e i r a , e s c r i b i ó al m a r g e n este h i s t o r
un modelo del a n t i g u o c a b a l l e r o español, tan p r u d e n t e en el consejo
d o r : «Da á e n t e n d e r [el P . Maffeo] q u e fué [ I g n a c i o ] paje del li.
como b r i o s o en las a r m a s , y d o t a d o de a d m i r a b l e s talentos n a t u r a l e s
Católico, y n o lo fué sino de J u a n V e l á z q u e z , su c o n t a d o r mayor,
.para el oficioá q u e Dios le había de levantar (1). Pasan u n o s t r e i n t a
h a y h o y m u c h o s q u e lo saben y a l g u n o s q u e so a c u e r d a n dello.» ¿F
•años, y el P . Luis de Valdivia, refiriendo la estancia de n u e s t r o santo
I g n a c i o e d u c a d o e n A r é va lo p o r D . María d e G u e v a r a , s u e g r a .
a

Padre en A r ó va lo, dice q u e «el santo mozo I ñ i g o deseaba m u c h o

J u a n Velázquez, c o m o lo e s c r i b e n García (2) y I l e n a o ? (:*). Tampoi
•seguir la g u e r r a » (2). S o n r e i r á s e el lector v i e n d o á un santo con v o -
s u p o n a d i e tal cosa hasta q u e estos dos a u t o r e s lo d i j e r o n á linos d
cación de s o l d a d o ; p e r o p r e s c i n d a m o s de esta i n v e r o s i m i l i t u d , y
siglo XVII. ¿Es h i s t ó r i c o a q u e l d i c h o a t r i b u i d o á D. María d e Gn !l

notemos s o l a m e n t e el alan de h a c e r santo á I g n a c i o antes do q u e lo

v a r a «Huyo, no asesarás ni escarmentarás hasta que te t/uiehren m
•fuese.
pierna?» listo y lo d e m á s q u e n o s c u e n t a el P . I l e n a o en el pasa
citado, n o se p r u e b a ni r e m o t a m e n t e con n i n g ú n d o c u m e n t o conten Algo p a r t i c i p a r o n d e esta t e n d e n c i a los b i ó g r a f o s del siglo x v i i ,
p o r á n e o . T o d o ello es e v i d e n t e m e n t e conseja piadosa, inventada <• íceme P a r t o 1 i, N i o r e m b e r g y N o l a r c i ; p e r o los q u e la l l e v a r o n hasta
el siglo de n u e s t r a s g r a n d e s ficciones h i s t ó r i c a s . el e x t r e m o fueron el P . F r a n c i s c o G a r c í a , en su Vida, del Santo, im-
presa el año 1(385; y el P . I l e n a o , q u e dio á luz sus Averiguaciones
4. Mas y a q u e i g n o r e m o s los h e c h o s a n t e r i o r e s á la defensa d
en 1(589. E n estos a u t o r e s v e m o s u n í ñ i g o ideal y fantástico, u n j o -
P a m p l o n a , ¿ q u é se sabe acerca d o la i n s t r u c c i ó n y c o s t u m b r e s di
vencito m o d e s t o , q u e a c o m p a ñ a á la b u e n a señora D. María de G u e -
;<

santo en su p r i m e r a edad? A n t e t o d o , c o n v i e n e n los a u t o r e s e n qu

vara en las visitas á los e n f e r m o s ; q u e a p r e n d e de ella á m i r a r l o s
t o d a su e d u c a c i ó n l i t e r a r i a se redujo á leer y escribir, lo cual ejoiu
'como i m á g e n e s de J e s u c r i s t o ; q u e les asiste con a m o r , y q u e ya
taba con p r i m o r , tira nnuj hiten escribano, decía R i b a d e n e i r a (4). \
• desde e n t o n c e s c o b r a a q u e l l a afición á s e r v i r en los h o s p i t a l e s , q u e
c u a n d o n o s faltaran o t r o s t e s t i m o n i o s p a r a p r o b a r las pocas letra:
)inás adelante había de infundir á sus h i j o s , c u a n d o tan e n c a r e e i d a -
d e I g n a c i o e n su j u v e n t u d , la m i s m a p r o l i j i d a d con q u e siguió des-
:mente les e n c o m e n d a b a el s e r v i c i o de los p o b r e s d o l i e n t e s .
p u é s paso á p a s o la c a r r e r a eclesiástica, e m p e z a n d o p o r los rudimen-
tos d e l latín, d e m u e s t r a s o b r a d a m e n t e q u e en m a t e r i a de estudie- Viene p o r fin el P . F l u v i á , q u e e s c r i b i ó á m e d i a d o s del siglo x v m ,
t o d o estaba p o r hacer. ;y sin llegar al e x t r e m o de García y de I l e n a o , p r e s e n t a del j o v e n
Ignacio el s i g u i e n t e r e t r a t o , q u e p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o mi dis-
5. A c e r c a d e sus c o s t u m b r e s d e b e m o s e x t e n d e r n o s u n p o c o más
creto r e s u m e n de las ideas y rasgos esparcidos en los biógrafos del
E l P . R i b a d e n e i r a g u a r d ó silencio s o b r e esto p u n t o , contentándose
.siglo x v n : «En su vida soldadesca, d i c e , c o n s e r v ó s i e m p r e la p i e d a d
con d e c i r , q u e I g n a c i o era e n t o n c e s «mozo p o l i d o , a m i g o d e galas y
para con Dios, la d e v o c i ó n á la misa, la v e n e r a c i ó n á los t e m p l o s , el
d e t r a e r s e b i e n » (5). Y a u n q u e e n el c u r s o de su h i s t o r i a aplicó al
respeto á los sacerdotes, religiosos y todas las cosas sagradas. A m a b a
j o v e n I g n a c i o a l g u n o s e p í t e t o s fuertes, c o m o c u a n d o le llamó hom-
la verdad, no j u r a b a , n o maldecía n i m a n c h a b a sus labios con pala-
bre metido hasta los ojos en las vanidades del mundo ((>) y soldado des-
bras de m u r m u r a c i ó n ni q u e p u d i e r a n dar á o t r o el m e n o r m o t i v o
garrado y vano ( 7 ) ; a u n q u e dejó c a e r a l g u n a s frases, de d o n d e se
de r e s e n t i m i e n t o . Mostraba ya e n t o n c e s una s i n g u l a r destreza y n o
infiere q u e I g n a c i o en su j u v e n t u d cometía g r a v e s p e c a d o s ; peni
menor p r u d e n c i a en el m a n e j o do los n e g o c i o s más a r d u o s y difíci-
c o m o n o especificó esos pecados, q u e d ó e n v u e l t o en la s o m b r a el
les, a u n q u e e n las ocasiones q u e se lo ofrecían, gustaba do s e r v i r á
c a r á c t e r moral d e n u e s t r o h é r o e . El P . O r l a n d i n i , q u e escribía pol-
las damas p o r su n a t u r a l g a l a n t e r í a , sin o t r o afecto m e n o s p u r o . E r a
los años de 1(500 la h i s t o r i a g e n e r a l de la C o m p a ñ í a , r e c o g i ó cuida-
ya entonces tan s e ñ o r de sí, q u e aun c u a n d o se le daba a l g ú n m o t i -
vo, nunca r e s p o n d í a a i r a d o ni d e s c o m p u e s t o , y con m u c h a facilidad
(1) De rila et moribiis P . Ign., 1. i, c. i.— (2) Vida de S. Ign., 1. i, c. i.—(3) A c r -
riguaciones sóbrelas antigüedades de Cantabria. Otra, adición á la dedicatoria.— se reconciliaba con los q u e le h u b i e s e n ofendido, o l v i d a n d o sus a g r a -
(4) Vida de S. Ign., 1. i, c. I I . — (5) Jbid., c. I . — ( f l ) Ibkl., 1. i, c. n . — ( 7 ) Ibid., 1. a,
c. xvm.
(1) Iíist. Soc. Jes., 1. I , n . 9.—(2) Colegios de Castilla. Arécalo.
 12
LIB. J.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
v i o s . Así v i v i ó hasta los t r e i n t a años d e su edad, y s i e n d o esta su vida
secular, c o n v e r t i d o d e s p u é s a l a e s p i r i t u a l , la l l o r ó hasta su muerte,
c o m o si h u b i e r a sido llena d e m a l d a d e s y d e los m a y o r e s d e s o r i -
lles^ (1).
6. E s t e es el í ñ i g o ideal d e s c r i t o p o r los biógrafos del siglo xvii,
La h i s t o r i a seria de n u e s t r o s días n o a d m i t e esta i m a g e n ; p e r o coiu«
n o faltan t o d a v í a q u i e n e s q u i s i e r a n c o n s e r v a r l a , b u e n o s e r á demos-
t r a r una vez más, q u e esa i m a g e n es falsa, y q u e el p r i m e r o en des-
c o n o c e r l a sería el m i s m o San I g n a c i o . T a r a r e c o n s t r u i r el r e t r a e
m o r a l d e n u e s t r o s a n t o P a d r e en sus p r i m e r o s a ñ o s , p r e c i s o es acu-
d i r á las ' p r i m e r a s fuentes, esto es, á los P a d r e s q u e v i v i e r o n con e|
santo, y r e c o g i e r o n do sus v e n e r a b l e s labios las n o t i c i a s q u e en mi
p r o f u n d a h u m i l d a d q u i s o él m i s m o c o m u n i c a r l e s . C u a t r o fueron ln-
h o m b r e s , á q u i e n e s p r i n c i p a l m e n t e a b r i ó su pecho n u e s t r o fundador;
los P P . Luis González de Cámara, Diego Laínez, J u a n de Polanco y
J e r ó n i m o Nadal. El p r i m e r o v i v i ó al laclo del s a n t o desde la prima-
v e r a de 155!) hasta linos de 1555, y e s c u c h ó al m i s m o Ignacio la na-
r r a c i ó n de sus h e c h o s , (pie, trasladada luego al p a p e l , formó la pri-
m e r a biografía del santo. Laínez l'ué, c o m o todos saben, u n o de los
diez p r i m e r o s P a d r e s de la Compañía, el más docto de todos ello:,
con q u i e n I g n a c i o c o m u n i c ó tal vez más q u e con n i n g u n o sus ideas
y p l a n e s , y q u i e n e n t e n d i ó tal vez m e j o r q u e n a d i e los pensamientos
y el e s p í r i t u d e n u e s t r o santo fundador. P o l a n c o , n o m b r a d o secreta-
r i o de la C o m p a ñ í a en 1547, n o se a p a r t ó u n p u n t o de I g n a c i o lo-
n u e v e años q u e éste v i v i ó todavía. N a d a l , a d m i t i d o y e d u c a d o por
el s a n t o en la vida r e l i g i o s a , l'ué e n v i a d o á p r o m u l g a r las constitu-
ciones, p r i m e r o en Sicilia y d e s p u é s en España, y c u a n d o , terminail;i
esta c o m i s i ó n , v o l v i ó á R o m a , fué n o m b r a d o V i c a r i o g e n e r a l de la
Compañía, pnvti a y u d a r al a n c i a n o f u n d a d o r en el g o b i e r n o de toda
la O r d e n . Nadie conoció á I g n a c i o t a n t o c o m o estos c u a t r o Padres,
y, s o b r e t o d o , n a d i e les e x c e d í a e n a m o r , e n r e s p e t o , en profundísima
v e n e r a c i ó n á su q u e r i d o P a d r e . P u e s ¿ q u é nos d i c e n estos cuatro
testigos tan abonados?
C á m a r a empieza.su n a r r a c i ó n d i c i e n d o q u e I g n a c i o «hasta los vein-
tiséis años d e su edad fué h o m b r e dado á las v a n i d a d e s del mun-
do» (2). Pase esta e x p r e s i ó n , a u n q u e h a r t o significativa, p o r q u e no
e n u n c i a f o r m a l m e n t e q u e I g n a c i o c o m e t i e s e c u l p a s g r a v e s . El misino
( 1 ) Vida deS. Ign., 1. , , c. i. - ( 2 ) C i t a m o s s e g ú n el m a n u s c r i t o del Vaticano
d e s c r i t o en Monam. lint. S. J. Epist. P. Nadal, t. i, p . X L .
| CAP. ] . — S A N IGNACIO DE LOYOLA ANTES DE SU CONVERSIÓN 13
1
autor, al r e f e r i r p o c o d e s p u é s la c o n v e r s i ó n del s a n t o , a d v i e r t e q u e
el principal e s t o r b o p a r a ella fué el a m o r d e c i e r t a altísima dama, á
quien n u e s t r o j o v e n g a l a n t e a b a . Diría el P . F l u v i á q u e esto lo hacía
Ignacio -por su n a t u r a l g a l a n t e r í a , sin o t r o afecto menospuro->. P e r o
jos que c o n o c e n los t i e m p o s del r e n a c i m i e n t o s a b e n q u e los a m o r e s
y galanteos n o e r a n e n t o n c e s tan platónicos é i n o c e n t e s c o m o s u p o n e
Fluviá. F i n a l m e n t e , e n el p r ó l o g o d e su o b r a , r e f i r i e n d o c ó m o I g n a -
cio le dio c u e n t a do su vida, dice el m i s m o C á m a r a : El P a d r e m e
llamó, y m e e m p e z ó á d e c i r toda su vida y las t r a v e s u r a s de m a n -
cebo clara y d i s t i n t a m e n t e , con t o d a s sus c i r c u n s t a n c i a s . ¿ Q u é sig-
nifica esa e x p r e s i ó n trmvsnras de muucebu'i R e s p o n d a el d i s c r e t o lec-
tor, y ya r e s p o n d i ó b i e n ol P . D u c o u d r a y , c u a n d o t r a d u j o esa frase
al latín p o r estas p a l a b r a s : Libcrinretit vivendi liccitfiain iu jnven-
tulc (1).
L o q u e el P . C á m a r a d e c l a r ó en t é r m i n o s g e n e r a l e s lo e s p e c i ñ e ó
el P. Laínez. E s c r i b i e n d o al P . P o l a n c o desde Bolonia su c é l e b r e
carra en 1547, y c o n t á n d o l e s u m a r i a m e n t e la vida do I g n a c i o , al lle-
gar al voto de castidad q u e el santo hizo c a m i n o de M o n t s e r r a t , dice
¡isí: - P o r q u e p r i n c i p a l m e n t e t e m í a n o ser v e n c i d o e n lo q u e toca á la
castidad, en el m i s m o c a m i n o hizo v o t o dolía, e n d e r e z á n d o l o á Nues-
tra Señora, p o r q u e le llevaba m u y especial d e v o c i ó n , y b i e n q u e n o
procedía m u y sccttndmit sciattittiii, t o d a v í a Dios N u e s t r o S e ñ o r , q u e
le daba a q u e l l a p u r a i n t e n c i ó n y t o m a b a su Madre Santísima c o m o
medio p a r a a y u d a r esta c r i a t u r a , m o s t r ó a c e p t a r a q u e l sacrificio y
tomó debajo de su p r o t e c c i ó n , de m o d o (pie, h a b i e n d o sido antes
hasta aquella h o r a c o m b a t i d o y v e n c i d o del vicio de la c a r n e , des-
pués s i e m p r e le ha d a d o el d o n de la castidad, y esto, s e g ú n c r e o , en
. muy g r a n p e r f e c c i ó n . - P o r estas p a l a b r a s se ve q u e el j o v e n I g n a c i o
había t r o p e z a d o en lo q u e suele t r o p e z a r la j u v e n t u d .
Más c l a r a m e n t e q u e Laínez y C á m a r a se e x p l i c ó el P . P o l a n c o .
Proyectando este P a d r e e s c r i b i r una h i s t o r i a d é l a C o m p a ñ í a , e m -
pezó p o r b o r r a j e a r en español u n s u m a r i o de la vida do I g n a c i o (2),
(1) Cf. Acia Sanclürum. De S. Ign. Acta aniiquinsima, Praef.
(~) P s t e p r i m e r b o r r a d o r f o r m a u n g r u e s o c u a d e r n o , cosido en el p r i m e r t o m o
manuscrito d e la h i s t o r i a d e P o l a n c o , i m p r e s a en el Monumenla hint. S. J. C o m o
todo lo ipie se e n c i e r r a en e s t e c u a d e r n o está e s c r i t o m e j o r y c o n m á s o r d e n p o r el
nii-iino P o l a n c o en la Vita P. Ignatii, q u e e n c a b e z a la h i s t o r i a , h a n o m i t i d o los e d i -
tores este f r a g m e n t o e s p a ñ o l , c o n t e n t á n d o s e c o n p u b l i c a r e l textki l a t i n o . S i n e m -
bargo, por la m a y o r c l a r i d a d y e n e r g í a q u e t i e n e n , h e m o s j u z g a d o d e b e r c o p i a r del
primitivo t e x t o e s p a ñ o l los f r a g m e n t o s q u e s i g u e n en este c a p i t u l o .
 14
Lili. I.—FUNDACIÓN DB LA COMPAÑÍA CAP, í . — SAN IGNACIO DE LO YOLA ANTES DB Sü CONVERSIÓN 15

q u e l u e g o trasladó, algo r e d u c i d o y m e j o r a r r e g l a d o , á la crónica d,. beso que n o s e r v i r í a s e g u r a m e n t e p a r a la canonización. P a r e c e s e r

la Compañía, ya i m p r e s a . H é aquí lo q u e nos c u e n t a s o b r e la juven- q u e allá en los p r i n c i p i o s d e l a ñ o 1515 J u a n Hez-nández d e la Gama,
t u d de n u e s t r o santo P a d r e : «La i n s t i t u c i ó n [ e d u c a c i ó n ] suya fui- •corregidor de Guipúzcoa, empozó á f o r m a r u n p r o c e s o c o n t r a I ñ i g o
más c o n f o r m e al e s p í r i t u del m u n d o q u e al do Dios; p o r q u e desili- de Loyola. Este, q u e p o r lo visto estaba t o n s u r a d o , acudió al o b i s p o
m o c h a d l o , sin (Mitrar en o t r o studio q u e d e l e e r y s c r i v i r , eomoiizñ de Pamplona, p i d i e n d o auxilio c o n t r a el juez secular. El obispo a m e -
á s e g u i r c o r t e c o m o p a j e ; d e s p u é s s i r v i ó d e g e n t i l h o m b r e al tlui|iir
nazó con las c e n s u r a s eclesiásticas al c o r r e g i d o r , si persistía en p r o -
de Nájera y de soldado hasta los veintiséis años, q u a n d o hizo muta- cesar a u n h o m b r e , q u e p o r la t o n s u r a p e r t e n e c í a al fuero eclesiás-
ción e n su vida. Hasta este t i e m p o , a u n q u e era aficionado á la IV, no tico. Recibida esta intimación, H e r n á n d e z de la Gama despacha p a r a
vivía n a d a c o n f o r m e á olla, ni so g u a r d a b a de p e c a d o s ; a n t e s era spe-
Pamplona al e s c r i b a n o J u a n P é r e z Ubilla, p r o v i s t o d e dos b u l a s de
c i a l m e n t e trabioso en j u e g o s y cosas d e m u j e r e s y e n r o b u e l t a s y
Alejandro VI, dadas en 1502, en las cuales se d e t e r m i n a n las condi-
cosas d e armas>- (1). D u r a p o r d e m á s os esta d e s c r i p c i ó n . No vivir
ciones q u e d e b e n c u m p l i r los t o n s u r a d o s p a r a q u e les valga el fuero
nada conformo á la l'e, n o g u a r d a r s e de p e c a d o s , ser tan t r a v i e s o 011
eclesiástico. E n t r e estas c o n d i c i o n e s , las p r i n c i p a l e s e r a n el h a b e r
cosas de m u j e r e s y e n p e n d e n c i a s y r e v u e l t a s d e a r m a s , son indieiiKJ
llevado h á b i t o clerical y t o n s u r a d u r a n t e a l g u n o s meses a n t e s d e l
de u n a conciencia r o t a , y de q u e á n u e s t r o j o v e n le c u a d r a b a dema-
proceso. Con estas b u l a s en la m a n o p r e s é n t a s e Ubilla á J u a n
siado b i e n el e p í t e t o q u e le d i o F r . L u i s d e Granada, d e solilado d,*.;
Pablo O l i v e r i o y á D. J u a n de Santa María, oficial do P a m p l o n a , y
¡jarrado y sin letras (2).
habiéndoles e x p u e s t o q u e el tal I ñ i g o de Loyola, lejos d e v e s t i r há-
E l P . Nadal, d e s c a n d o e x p l i c a r á los j e s u í t a s do Colonia, el año -. bito clerical, suele a n d a r con a r m a s , los r e q u i e r e y r u e g a q u e «no
1567, los p r i n c i p a l e s p u n t o s de n u e s t r o i n s t i t u t o , d e d i c ó la primera i :se e n t r o m e t a n á i m p e d i r al dicho s e ñ o r c o r r e g i d o r la justicia r e a l d e
de sus pláticas á r e s e ñ a r b r e v e m e n t e la fundación de la Compañía su Alteza, p u e s q u e el d i c h o I ñ i g o de L o y o l a n o ha t r a í d o h á b i t o ó
de J e s ú s , y n a r r a n d o á g r a n d e s r a s g o s la vida de I g n a c i o , le aplica ¡- tonsura de antes, é los delictos q u e c o m e t i ó son s i n g u l a r e s é m u y
u n a frase v e r d a d e r a m e n t e d u r a . Dice q u e en su j u v e n t u d no atendía , h e n o n n e s , p o r los a v e r c o m e t i d o él é P e r o L ó p e z , su h e r m a n o , d e
nada á la r e l i g i ó n y p i e d a d . Niliil a»¡itabal de religionc H júctatv (;!).'. noche ó de p r o p ó s i t o , é s o b r e habla é consejo ávido s o b r e asechanza
V e m o s , p u e s , q u e los c u a t r o P a d r e s q u e más c o n o c i e r o n á San [gn;i- \ é alebosamente, s e g u n d p a r e s c e p o r esta p e s q u i s a q u e les p r e s e n t o ,
ció c o n v i e n e n en r e p r e s e n t a r l e c o m o h o m b r e p e c a d o r en sus prime- • . é que les p i d o é r e q u i e r o q u e m a n d e n p r e n d e r al dicho P e r o López
r o s años. \ do Loyola, c l é r i g o , é le d e n la p e n a c o n d i g n a al dicho d e l i c i o , é al
Una tristg c o n f i r m a c i ó n de este j u i c i o nos la s u m i n i s t r a c i e r t o vo- dicho I ñ i g o de L o y o l a r e m i t a n al dicho s e ñ o r c o r r e g i d o r , p a r a q u e
l u m e n q u e p o s e e m o s , i n t i t u l a d o Documentos sobre la vida y inihujm j le dé la p e n a q u e fallare p o r d e r e c h o , p u e s es d e su fuero y j u r i s -
de San Ignacio de Loyola. E s u n g r u e s o t o m o on folio sólidamente; dicción» (1).
e n c u a d e r n a d o , en el cual se hallan r e u n i d o s m u c h o s documentos-' Aquí t e n e m o s á I g n a c i o p r o c e s a d o p o r delitos e n o r m e s , y c o m e t i -
p e r t e n e c i e n t e s á los p r o c e s o s p a r a la c a n o n i z a c i ó n del santo y á la ¡ dos con las c i r c u n s t a n c i a s do p r e m e d i t a c i ó n , asechanza y alevosía.
p r o p a g a c i ó n do su c u l t o , p r i n c i p a l m e n t e en Guipúzcoa. Al folio 1IW ¿Qué delitos e r a n ésos'í ¿So le p r o b a r o n b i e n ante el juez? P a r a r e -
e m p i e z a n u n a s c u a n t a s hojas, e v i d e n t e m e n t e o r i g i n a l e s , d e u n pro- solver este p u n t o n e c e s i t a r í a m o s o ir la r e s p u e s t a de la p a r t e c o n t r a -
ria, y e x a m i n a r todas las piezas del p r o c e s o ; p e r o d e s g r a c i a d a m e n t e ,
( 1 ) H é a q u í c ó m o el m i s m o P o l a n c o t r a d u j o l i b r e m e n t e al l a t í n este párrafo:
. de toda esta causa n o se h a n c o n s e r v a d o sino esas pocas h o j a s , rela-
aTolo hoc tempore vilam nihil minus t/uam spiritualem duxit, et nt jurenes auliri d tivas al i n c i d e n t e m u y n a t u r a l d e i n t e r v e n i r la a u t o r i d a d eclesiás-
militan studio detliti mpe faceré solenl, satis liber in mulierum amore, Indis ct con- tica, para a v o c a r á su t r i b u n a l la causa de u n h o m b r e t o n s u r a d o . Sin
certationibus liannris causa- susceptis virit.v Vita P. Jan., p . 1 0 . P o c o despin'i
( p . 16) c o n f i r m a P o l a n c o e s t a idea, d i c i e n d o : nCtim e.nim liberam admodum vi-
tamjuvenis egisset, poenilenliam sibi agendam esse existimábate [Ignatius], (1) Docum. sobre la vida y milagros de S. Ign. de Loy. D e s p u é s del r e q u e -
( 2 ) C a r t a al I', l l i b a d e n e i r a , i m p r e s a al p r i n c i p i o d e la v i d a de San I g n a c i o . rimiento, q u e es d e m a r z o d e 1 5 1 5 , d e d o n d e t o m a m o s e s t e f r a g m e n t o y las o t r a s
( 3 ) Miscell. de regu/is. S. ./., c u a d e r n o 5." • noticias, se c o p i a n las d o s b u l a s d e A l e j a n d r o V I .
 16
L1B. I.—FUNDACIÓN DB LA COMPAÑÍA
e m b a r g o , esos p o c o s p a p e l e s bastan p a r a f u n d a r u n a s o s p e c h a algo
t r i s t e . C u a n d o e n u n t i e m p o d e tan relajadas c o s t u m b r e s , y e n el que
t a n t o se d i s i m u l a b a á l o s n o b l e s , d e t e r m i n ó el c o r r e g i d o r procesar
a l hijo d e u n a casa t a n p r i n c i p a l c o m o la d e L o y o l a , c u a n d o , á pesa
d e la i n t e r v e n c i ó n d e l o b i s p o , se esforzaba e n l l e v a r a d e l a n t e el pi J
ceso, n o s e r á t e m e r a r i o s o s p e c h a r q u e e l p r o c e s a d o h a b r í a d a d o mo-
t i v o p a r a ello, y estaría c o m p l i c a d o e n a l g ú n g r a v e d e s o r d e n que
era imposible disimular.
O t r o h e c h o a i s l a d o , q u e llega hasta n o s o t r o s p o r c o n d u c t o fide-
d i g n o , n o s c o n f i r m a e n la i d e a q u e p o r los d a t o s a n t e r i o r e s nos f< i-
m a m o s d e l j o v e n I g n a c i o . L o r e f e r i r e m o s con las m i s m a s palabí is
d e la Varia Historia, e n q u e lo h a l l a m o s . H e l o a q u í : «Haciendo pro-
fesión el P . B a r t o l o m é H e r n á n d e z , r e c t o r d e l c o l e g i o d e la Compa-
ñía d e ' J e s ú s do S a l a m a n c a , en m a n o s d e l P . Araoz, p r o v i n c i a l , fué
c o n v i d a d o el o b i s p o d e Salamanca, D o n F r a n c i s c o M a n r i q u e d e L a t a ,
e l cual, e s t a n d o e n la profesión, c o m e n z ó á l l o r a r y d e r r a m a r lágri-
mas d e sus ojos h i l o á h i l o , m a r a v i l l á n d o s e todos. D e s p u é s , sobre
mesa, q u e fué c o n v i d a d o á c o m e r , le p r e g u n t ó el P . A r a o z : «¿Qué
« t u v o V u e s t r a Señoría, q u e t a n t o l l o r a b a e n la iglesia c u a n d o la pro-
»fesión? ¿ N o q u e r é i s , dice, q u e l l o r e ? ¡Que v e o h a c e r profesión
»en r e l i g i ó n q u e i n s t i t u y ó u n I g n a c i o , al cual v i y o p o r estos ojo?
»en P a m p l o n a , q u e p o r q u e iba p o r u n a calle u n a h i l a de h o m b r e s y
« t o p a r o n c o n él y le a r r i m a r o n á la p a r e d , e c h ó m a n o á la espada y
»dió t r a s ellos u n a calle a b a j o , q u e si n o h u b i e r a q u i e n le detuviera,
»ó m a t a r a a l g u n o s de ellos ó le m a t a r a n ! » E s t o le c o n t ó a l P . Cristó-
b a l d e C a s t r o e l P . Gil González, q u e lo había oído a l P . Araoz» (1).
( 1 ) Varia historia, t. I , f o l . 3 2 . N o i g n o r a r o n eBte h e c h o a l g u n o s b i ó g r a f o s fie
s a n t o ; p e r o lo d e s f i g u r a r o n d e v o t a m e n t e , á l a u s a n z a d e l s i g l o x v i i . V é a s e cómo
lo c u e n t a el P . F r a n c i s c o G a r c í a : « E r a [ I g n a c i o ] t a n sofior d e s u ira, q u e a u n q u e le
d i e s e n m u c h a o c a s i ó n , n u n c a r e s p o n d í a a i r a d o n i d e s c o m p u e s t o ; p e r o a ú n no saliiu
d e s p r e c i a r l a s l e y e s d e l d u e l o p o r l a s de C r i s t o , a u n q u e en e s t o m i s m o m o s t r a b a la
g e n e r o s i d a d y p i e d a d d e su á n i m o , p u e s s i e n d o t a l s u v a l o r , q u e él solo e n u n a oca-
sión hizo h u i r u n a calle entera de hombres, por defender e l honor de un sacerdote á
q u i e n p e r d í a n el r e s p e t o , n o s a c a b a la e s p a d a p o r c u a l q u i e r o c a s i ó n » , e t c . Vida
de S. Ign. 1. i, c. I . C a s i lo m i s m o e s c r i b e el P . F l u v i á . P o r la Varia Historia se
v e q u e no h u b o tal d e f e n s a d e s a c e r d o t e , s i n o q u e el m o t i v o d e s a c a r la e s p a d a fué
porque le arrimaron á la pared. E s d e c i r , q u e o c u r r i ó u n o d e a q u e l l o s l a n c e s deplo-
r a b l e s , t a n f r e c u e n t e s en el siglo x v i , c u a n d o p o r t r o p e z a r c o n l a e s p a d a d o u n caba-
llero, p o r d a r u n c o d a z o á u n t r a n s e ú n t e , p o r n o c e d e r á o t r o el l u g a r p r e f e r e n t e ,
p o r c u a l q u i e r f r i v o l o p r e t e x t o d e u n p u n d o n o r v i d r i o s o se d e s e n v a i n a b a n l a s espa-
d a s y - s e e n s a n g r e n t a b a n l a s t i m o s a m e n t e n u e s t r a s c a l l e s y p l a z a s . ¡ L o c u r i o s o es que
s e c i t e e s t e h e c h o , d e s p u é s d e d e c i r q u e era I g n a c i o tan s e ñ o r d e su i r a !
CAP. I . — SAN IGNACIO DE LOTOLA ANTES DE S ü CONVERSIÓN 17
| Adivínase p o r estos h e c h o s q u e la j u v e n t u d de I g n a c i o d e b i ó ser
bastante b o r r a s c o s a . S e g ú n p a r e c e , algo se t r a s l u c i ó en la p r i m i t i v a
Compañía acerca d e los p r i m e r o s años d e su f u n d a d o r ; p e r o n o se
quiso p e n e t r a r el m i s t e r i o . D i g o m á s : se p r o c u r ó g u a r d a r p r u d e n t e
silencio s o b r e este p a r t i c u l a r . Así, el año 1584, h a b i e n d o p e d i d o la
Congregación p r o v i n c i a l do Castilla q u e so i m p r i m i e s e la biografía
del P . C á m a r a , q u e y a debía sor conocida p o r a l g u n a s c o p i a s , r e s -
pondió el P . A q u a v i v a : « L o quo h a y allí de c o m u n i c a b l e y a está es-
crito en el l i b r o del P . R i b a d e n e i r a ; lo d e m á s n o c o n v i e n e q u e a n d e
en manos d e t o d o s » (1). P r e c a u c i ó n m u y p r u d e n t e en a q u e l t i e m p o ,
cuando h a l l á n d o s e cerca los h e c h o s y n o h a b i e n d o s u b i d o al h o n o r
do los altares I g n a c i o , podía t e m e r s e a l g u n a i r r e v e r e n c i a c o n t r a su
santa m e m o r i a . S ó l o el P . Maffeo se a t r e v i ó á h a b l a r c l a r o , a u n q u e
b r e v í s i m a m e n t e , c o m o p u e d e v e r s e e n el capítulo p r i m e r o de su b i o -
grafía latina, p u b l i c a d a en 1585.
Ahora q u e el j u i c i o infalible d e la Iglesia ha r e c o n o c i d o la santi-
dad pasmosa eme d e s p u é s de su c o n v e r s i ó n alcanzó n u e s t r o g l o r i o s o
patriarca; a h o r a q u e el u n i v e r s o a d m i r a la obra s u b l i m e q u e él ins-
tituyó, n o h a y p e l i g r o en n o t a r estos deslices j u v e n i l e s , q u e , sin e m -
pañar la g l o r i a p o s t e r i o r de I g n a c i o , p u e d e n s u m i n i s t r a r á n u e s t r a
pequenez a l g ú n m o t i v o de c o n s u e l o . ¿ Q u i é n desconfiará de la m i s e -
ricordia divina al v e r este p r o d i g i o ? ¡ Q u i é n c r e y e r a q u e D i o s h a b í a
de e n c u m b r a r á tan e s t u p e n d a s a n t i d a d , y p o n e r á la cabeza d e la
Compañía, n o á S a n F r a n c i s c o J a v i e r , d e q u i e n c o n s t a q u e c o n s e r v ó
siempre intacta su v i r g i n i d a d ; n o á San F r a n c i s c o de Borja, q u e , se-
gún p a r e c e , j a m á s c o m e t i ó p e c a d o g r a v e ; n o á San L u i s Gonzagn,
modelo d e p u r e z a angelical, sino al soldado i g n o r a n t e , d e s g a r r a d o y
travieso, ó, h a b l a n d o m á s c r i s t i a n a m e n t e , al p o b r e c i t o p e c a d o r I g n a -
cio! Aquí sí q u e p o d e m o s e x c l a m a r : Domine, quis siinüis Ubi!
Ya que h e m o s n o t a d o las flaquezas j u v e n i l e s de n u e s t r o santo,
apresurémonos á r e c o g e r los rasgos b u e n o s q u e se m o s t r a b a n e n s u
persona, é i n d i c a b a n el b u e n sujeto q u e h a b í a p a r a s e r d e s p u é s lo
que fué. P a r a esto a c u d a m o s al s e s u d o P o l a n c o , q u i e n con sencillez
de estilo n o s d a r á la j u s t a m e d i d a de lo b u e n o , c o m o n o s la dio do
lo malo. C o n t i n u a n d o el p á r r a f o q u e c o p i a m o s m á s a r r i b a , d i c e así:
«Con t o d o ello dejaba [ I g n a c i o ] c o n o c e r e n sí m u c h a s v i r t u d e s n a -
(1) Quae
communicanda videbantur, ea in libro P. Ribadeneirae scripta sunt: cae-
tera non expedit omnium manibus cirenmferri. (Acta Congreq. Provine. Caste-
llao, 1584 J
2
 18 LI13. I. FUNDACIÓN DH LA COMPAÑÍA CAP. I. — S A N IGNACIO DE LOYOLA ANTES DE SU CONVERSIÓN 19

t u r a l e s ; p o r q u e p r i m e r a m e n t e e r a d e su p e r s o n a r e c i o y v a l i e n t e , y autores citados. De t o d o s estos d a t o s p a r e c e i n f e r i r s e q u e I g n a c i o

más a ú n a n i m o s o p a r a a c o m e t e r g r a n d e s cosas. » Y p o c o más abajo en su j u v e n t u d e r a u n o d e a q u e l l o s p e c a d o r e s c o r r e g i b l e s , tan c o -
p r o s i g u e d e este m o d o : «De g r a n d e y n o b l e á n i m o y l i b e r a l también munes en la a n t i g u a E s p a ñ a , h o m b r e s d e a r r a i g a d a fe y d e sano co-
dio m u e s t r a , e s p e c i a l m e n t e c u a n d o s i g u i e n d o al d u q u e , c u y o gentil- razón, á q u i e n e s el í m p e t u j u v e n i l d e s p e ñ a b a e n l a m e n t a b l e s e x t r a -
h o m b r e era, t o m a r o n á Nájera y la s a q u e a r o n ; q u e a u n q u e él pudiera víos, p e r o q u e se v o l v í a n s i n c e r a m e n t e á D i o s , c u a n d o la g r a c i a
m u c h o t o m a r de la p r e s a , le p a r e c i ó caso de m e n o s valer, y nunca llamaba á las p u e r t a s d e sus c o r a z o n e s .
cosa a l g u n a q u i s o de t o d a ella. A s i m e s m o , c u a n d o e n el castillo q u e
dije le h i r i ó u n t i r o en las p i e r n a s , q u e b r á n d o l e la u n a e n más par-
tes, y e n otras m u c h a s aflicciones y trabajos, n u n c a t u v o o d i o á per-
sona n i n g u n a , n i blasfemó c o n t r a D i o s , a n t e s s i e n d o en P a m p l o n a
c u r a d o de los m é d i c o s del c a m p o francés y v i s i t a d o de los c o n t r a r i o s ,
les d a b a con a m o r y l i b e r a l i d a d los d o n e s q u e podía, hasta d a r á uno
su r o d e l a , á o t r o su p u ñ a l , á o t r o sus corazas.
» T a m b i é n dio m u e s t r a s e n m u c h a s cosas de s e r i n g e n i o s o y pru-
d e n t e e n las cosas d e l m u n d o , y d e s a b e r t r a t a r los á n i m o s de los
h o m b r e s , e s p e c i a l m e n t e en a c o r d a r diferencias ó d i s c o r d i a s ; y una
vez se señaló n o t a b l e m e n t e e n e s t o , siendo e n v i a d o p o r el v i s o r r e y
d e N a v a r r a á p r o c u r a r de a p a c i g u a r la p r o v i n c i a de G u i p ú z c o a , que
estaba m u y d i s c o r d e , y t u v o t a n t o b u e n m o d o de p r o c e d e r , q u e con
m u c h a satisfacción de t o d a s p a r t e s , los dejó c o n c o r d e s . E n general,
en lo q u e se p o n í a y a p l i c a b a , se m o s t r a b a s i e m p r e p a r a m u c h o , y
a u n q u e p o r la i g n o r a n c i a d e las cosas de Dios y mala c o s t u m b r e em-
pleaba m a l á las veces la h a b i l i d a d y d o n e s n a t u r a l e s , t o d a v í a se veía
en é l sujeto q u e h a b í a Dios h e c h o p a r a g r a n d e s cosas» (1).
Á las h e r m o s a s cualidades e n u m e r a d a s p o r P o l a n c o e n este párrafo,
d e b e m o s a ñ a d i r o t r a s d o s cosas b u e n a s q u e se d e s p r e n d e n d e lo que
el m i s m o P o l a n c o , C á m a r a y Nadal r e f i e r e n al h a b l a r de la herida
de I g n a c i o . Dice C á m a r a (2) q u e c u a n d o so p r e p a r a b a n u e s t r o h é r o e
en P a m p l o n a á r e s i s t i r á los f r a n c e s e s , confesó sus p e c a d o s á u n su
c o m p a ñ e r o d e a r m a s , acto h u m i l d e q u e solían e j e c u t a r a l g u n o s caba-
l l e r o s d e la E d a d Media, p a r a s u p l i r la falta d e confesión sacramental
q u e n o p o d í a n r e c i b i r . E s t e h e c h o p r u e b a q u e n o v i v í a I g n a c i o ale-
j a d o d e los s a c r a m e n t o s , y q u e si c o m e t í a p e c a d o s , t a m b i é n los con-
fesaba á su t i e m p o . A d e m á s , tenía g r a n d e v o c i ó n á San P e d r o , hasta
c o m p o n e r v e r s o s e n s u e l o g i o (3), d e v o c i ó n m u y n o t a d a p o r los tres

( 1 ) V é a s e e s t o t r a d u c i d o al latín p o r el m i s m o P o l a n c o en Vita P. Ign., p . 1 3 .

( 2 ) Vida del P. Ign., c. I .
( 3 ) P o l a n c o , ibid. E n n i n g u n a p a r t e h e e n c o n t r a d o v e s t i g i o d e estos v e r s o s . Sería
c u r i o s o v e r c ó m o se e x p r e s a b a en v e r s o u n h o m b r e q u e t a n t r a b a j o s a m e n t e escribió
siempre en prosa.

CAPÍTULO II
CONVERSIÓN DE SAN IGNACIO
SUMARIO: 1 E s h e r i d o I g n a c i o en la d e f e n s a del c a s t i l l o de P a m p l o n a . — 2 . Su c u -
ración en L o y o l a . — 3 . M i e n t r a s c o n v a l e c e d a s e 4 l e e r las V i d a s d e Cristo y d é l o s
Santos.—4. Se c o n v i e r t e á D i o s . — 5 . Viaje de Ignacio á M o n s e r r a t . — 6 . Hacealli
confesión general.—7. Vístese d e u n saco p a r a e m p e z a r su v i d a penitente.
F U E N T E S C O N T E M P O R Á N E A S . — 1. C á m a r a , Vida del P. Ign.— 2. L a í n c z , Carta al P. rn-
lanco. — 3. P o l a n c o , VitaP. Ign.—í. N a d a l , Miscellanea de regulis, S. J.— ñ. Ribadeneiva,
Vida de S. Ign.— 6. Procesos de Pamplona tj de Manresa.
1. Tal e r a I g n a c i o d e L o y o l a el año 1521. S e r v í a e n t o n c e s , como
d i j i m o s , de g e n t i l h o m b r e al d u q u e de Nájera, v i r r e y d e N a v a r r a , y
h a l l á b a s e e n P a m p l o n a c u a n d o f u e r o n sacadas de a q u e l país casi to-
das las fuerzas m i l i t a r e s p a r a a c u d i r á Castilla y sosegar allí las re-
v u e l t a s c o n o c i d a s e n la h i s t o r i a c o n e l n o m b r e d e Comunidades.
A p r o v e c h ó esta ocasión el r e y de F r a n c i a , F r a n c i s c o I , y e n son de
r e p o n e r á E n r i q u e d e L a b r i t e n el t r o n o do N a v a r r a , q u i s o i n v a d i r
este r e i n o y d e s m e m b r a r l o de la p o d e r o s a n a c i o n a l i d a d q u e se iba
f o r m a n d o al s u r d e los P i r i n e o s . No n o s p e r t e n e c e e x p l i c a r las cau-
sas y sucesos d e a q u e l l a g u e r r a . D e j a m o s esta l a b o r á los h i s t o r i a d o -
r e s políticos. Basta s a b e r p a r a n u e s t r o i n t e n t o , q u e a d e l a n t á n d o s e un
e j é r c i t o francés, á las ó r d e n e s d e A n d r é s d e F o i x , s e ñ o r d e Asparros,
se a p o d e r ó sin dificultad d e v a r i o s p u e b l o s m e n o r e s y se a c e r c ó á
P a m p l o n a . E l d u q u e d e N á j e r a , v i é n d o s e sin fuerzas p a r a r e s i s t i r al
e n e m i g o , salió á t o d a p r i s a d e la capital y v o l ó á Castilla e n busca
d e s o c o r r o . L o s m a g i s t r a d o s d e la c i u d a d a b r i e r o n á los franceses las
puertas de Pamplona.
Q u e d a b a e n el castillo el c a p i t á n F r a n c i s c o de H e r r e r a con m u y
p o c a g e n t e y con d é b i l e s m e d i o s de defensa, p u e s las fortificaciones
e r a n e n t o n c e s m u y i m p e r f e c t a s (1). I n c l i n á b a s e á r e n d i r la ciudadeln,
( 1 ) C l a r o es q u e a h o r a n o q u e d a n i r a s t r o d e l c a s t i l l o d e f e n d i d o p o r S a n I g n a c i o .
L a s a c t u a l e s m u r a l l a s d e P a m p l o n a f u e r o n c o n s t r u i d a s e n el s i g l o x v i j i , y sólo por
CAP. II. —CONVERSIÓN DE SAN IGNACIO
21
si los franceses le c o n c e d í a n d e c o r o s a c a p i t u l a c i ó n , p e r o I g n a c i o le
animaba á m a n t e n e r s e f i r m e y á r e s i s t i r h a s t a la m u e r t e al e n e m i g o .
Cuando d u e ñ o s d e la c i u d a d los franceses i n t i m a r o n la r e n d i c i ó n del
castillo, p i d i ó H e r r e r a c o n f e r e n c i a r c o n A s p a r r o s . C o n c e d i ó l o éste y
salió á la c o n f e r e n c i a el e s p a ñ o l , a c o m p a ñ a d o de t r e s c a p i t a n e s , u n o
de los cuales e r a I g n a c i o (1). C o m e n z a n d o á t r a t a r s e de la e n t r e g a ,
e x i g i e r o n los franceses c o n d i c i o n e s m u y d u r a s . Tal vez las h u b i e r a
aceptado H e r r e r a , p e r o i n t e r p ú s o s e I g n a c i o , q u i e n disuadió b r i o s a -
mente la e n t r e g a y e x h o r t ó á sus c o m p a ñ e r o s á r e s i s t i r hasta v e n c e r
ó m o r i r . R o t a s d e este m o d o las n e g o c i a c i o n e s , v o l v i é r o n s e los es-
pañoles á la c i u d a d e l a . I g n a c i o , y a q u e n o p o d í a r e c i b i r la confesión
sacramental a n t e s d e la b a t a l l a , t u v o la p r e c a u c i ó n de d e c i r sus p e -
cados á u n su c o m p a ñ e r o de a r m a s , y éste hizo lo m i s m o con I g n a -
cio (2); acto h u m i l d e q u e d e b i ó s e r g r a t o á los ojos de D i o s , p o r el
deseo q u e m a n i f e s t a b a n a q u e l l o s soldados de p o n e r s e en g r a c i a y la-
var las m a n c h a s de sus culpas.
E m p e z a r o n los franceses el a t a q u e , b a t i e n d o con su a r t i l l e r í a los
muros d e l castillo. P e r s e v e r a b a n f i r m e s los españoles, a n i m a d o s p o r
Ignacio, q u e se m a n t e n í a i m p á v i d o e n t r e los p r i m e r o s . E n lo m á s
recio de la p e l e a , u n a b a l a d e c a ñ ó n , p a s a n d o p o r e n t r e las p i e r n a s
de n u e s t r o h é r o e , le r o m p i ó la d e r e c h a debajo d e la r o d i l l a , y le h i -
rió m a l a m e n t e la i z q u i e r d a , a u n q u e sin q u e b r a r l e los h u e s o s (3).
Caído I g n a c i o , d e s a l e n t á r o n s e los d e f e n s o r e s d e l castillo, y n o t a r d a -
ron en r e n d i r s e al e n e m i g o . S u c e d i ó la h e r i d a d e l santo el día se-
gundo de P e n t e c o s t é s , 20 de Mayo de 1521 (4).
2. R e c o g i e r o n los franceses al h e r i d o , y e s t i m a n d o d i g n a m e n t e el
heroico v a l o r q u e h a b í a m o s t r a d o , le t r a t a r o n con t o d a c o r t e s í a , le
sacaron del castillo á u n a casa de la c i u d a d , le h i c i e r o n c u r a r d e s u s
heridas, y al cabo de dos s e m a n a s , a c o m o d á n d o l e e n u n a l i t e r a , le
enviaron á L o y o l a . L l e g a d o á s u casa, e m p e z ó I g n a c i o á e m p e o r a r .
r e s p e t a b l e t r a d i c i ó n c o n s t a , q u e el s i t i o e n q u e f u é h e r i d o el s a n t o , c a í a en el p a r a j e
donde ahora se l e v a n t a su capilla.
( 1 ) P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 1 2 . E l P . C á m a r a no m e n c i o n a esta conferencia,
c o n t e n t á n d o s e c o n d e c i r q u e I g n a c i o e x h o r t a b a á la r e s i s t e n c i a .
( 2 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. I .
( 3 ) S e g u i m o s l a n a r r a c i ó n d e C á m a r a , d e la c u a l se a p a r t a n u n p o c o R i b a d e n e i r a y
Polanco, q u i e n e s a t r i b u y e n la h e r i d a d e l a p i e r n a i z q u i e r d a al g o l p e d e u n a p i e d r a
q u e r e s u r t i ó d e l m u r o . D i f í c i l e s p r e c i s a r esta c i r c u n s t a n c i a , p u e s el m i s m o I g n a c i o
apenas p o d r í a d a r s e c u e n t a d e e l l a .
( 4 ) S o b r e el d í a d e l a h e r i d a , v é a n s e los B o l a n d o s , Acta Sanctorum. De S. Ign.,
§3.", n.25. *
 22 LID. I.—I'TTNDACIÓN DE LA COMIASÍA
L l a m a d o s los c i r u j a n o s , r e c o n o c i e r o n q u e , ó p o r h a b e r s e h e c h o mal
la p r i m e r a c u r a , ó p o r h a b e r s e m o v i d o los h u e s o s con las sacudidas
d e l viaje, e s t a b a n al p r e s e n t e m a l c o l o c a d o s , y era p r e c i s o r o m p e r
lo m a l c o m p u e s t o , p a r a a j u s t a r l o d e s p u é s en la d e b i d a forma. P r o c e -
dióse á la c u r a . Q u i s i e r o n a t a r al p a c i e n t e , c o m o e n t o n c e s se acos-
t u m b r a b a e n las o p e r a c i o n e s d o l o r o s a s , p e r o él n o lo c o n s i n t i ó , y
c o n s e m b l a n t e s e r e n o a g u a n t ó , s i n m o v e r s e , toda a q u e l l a carnicería.
L a ú n i c a d e m o s t r a c i ó n q u e d i o c u a n d o a r r e c i a b a m á s el d o l o r , fué
e l a p r e t a r f u e r t e m e n t e l o s p u ñ o s (1).
T e r m i n a d a la o p e r a c i ó n n o m e j o r ó el e n f e r m o . S o b r e v í n o l o una
f u e r t e c a l e n t u r a , c o n g r a n d e b i l i d a d d e e s t ó m a g o , y á los pocos días
se v i o r e d u c i d o al ú l t i m o e x t r e m o . A v i s á r o n l e d e su p e l i g r o , y é l se
p r o v i n o p a r a la m u e r t e r e c i b i e n d o con m u c h a p i e d a d los ú l t i m o s sa-
c r a m e n t o s . L l e g ó el día 28 de J u n i o , v í s p e r a de los a p ó s t o l e s San Pe-
d r o y San P a b l o , y los m é d i c o s p r o n o s t i c a r o n q u e si la n o c h e si-
g u i e n t e n o m e j o r a b a , se p o d í a d a r p o r p e r d i d a t o d a esperanza. En
este t r a n c e a p u r a d o a c u d i ó I g n a c i o al p r í n c i p e de los a p ó s t o l e s , de
q u i e n e r a m u y d e v o t o , y c o m o él j u z g ó toda su v i d a , d e b i ó el reco-
b r o d e su salud á la i n t e r c e s i ó n de San P e d r o . M uc hos a u t o r e s dicen
q u e se le a p a r e c i ó a q u e l l a n o c h e (2). P o l a n c o y C á m a r a , sin h a b l a r
( 1 ) C á m a r a , Vida del /'. Ign., C . I.
( 2 ) N o e s t á b i e n p r o b a d a e s t a a p a r i c i ó n d e S a n P e d r o . Ni L a i n e z , ni N a d a l , ni
P o l a n c o , n i C á m a r a d i c e n u n a p a l a b r a s o b r e ella. Que la o m i t i e r a L a í n e z n a d a t i e n e
d e p a r t i c u l a r , p u e s s u r e l a c i ó n es u n a c a r t a e s c r i t a á v u e l a p l u m a , en la q u e liay
o m i s i o n e s m u c h o m á s g r a v e s . P e r o el s i l e n c i o de. los o t r o s t r e s n o s e e x p l i c a t a n fá-
c i l m e n t e . P o r q u e los t r e s p r e c i s a n el t i e m p o d e la m e j o r í a , los t r e s la a t r i b u y e n á
la i n t e r c e s i ó n d e S a n P e d r o , los t r e s n o t a n la g r a n d e v o c i ó n q u e le t e n í a I g n a c i o , y
P o l a n c o a ñ a d e q u e p o r e s a d e v o c i ó n h a b í a e s c r i t o a q u e l l o s v e r s o s . F i n a l m e n t e , los
t r e s d e j a n e n t r e v e r q u e a q u e l l a m e j o r í a t u v o a l g o d e s o b r e n a t u r a l . P u e s p a r a n lo
t a n t o la a t e n c i ó n e n el h e c h o y en s u s c i r c u n s t a n c i a s , ¿ h a b í a n d e o m i t i r lo m á s sin-
g u l a r y e s t u p e n d o d e l c a s o , c o m o h u b i e r a s i d o la a p a r i c i ó n d e S a n Pedro'/ E l P. Ki-
b a d e n e i r a , e n l a p r i m e r a e d i c i ó n d e s u b i o g r a f í a , h e c h a e n 1 5 7 2 , se e x p r e s a asi:
«.Oum mui'tem iinininerc judicare.nl medid, ai ad mediam unque nocían nihil meUii*
ereniret: ea ipsa hora vis marlñ remitti aperte coepit, quod non absque divinae. pro-
ridenliae consilio divo Pelro deprecatore factum credimus, quem praecipua quadam
Ignalius religione semper coluerat, quemque adesse, sanitatemque afferre, uve ridere
risas est.j> ( C a p . i . ) C o m o se y e , l a f r a s e e s a m b i g u u , p u e s l a p a l a b r a adesse p u e d e sig-
nificar aparecerse ó s i m p l e m e n t e socorrer. E n la e d i c i ó n cai-tellana d i c e a s í : a La cual
[ m e j o r í a ] creemoH q u e el b i e n a v e n t u r a d o a p ó s t o l S a n P e d r o le a l c a n z ó d e N u e s t r o
S e ñ o r . P o r q u e e n los t i e m p o s a t r á s s i e m p r e I g n a c i o le h a b í a t e n i d o , p o r p a r t i c u l a r
p a t r ó n y a b o g a d o , y c o m o t a l l e h a b í a r e v e r e n c i a d o y s e r v i d o , y asi s e e n t i e n d e q u e
le a p a r e c i ó e s t e g l o r i o s o a p ó s t o l , e t c . » E s t a e x p r e s i ó n se entiende tiene fuerza ate-
n u a n t e , d e m o d o q u e p a r e c e d e c i r R i b a d e n e i r a : N o c o n s t a q u e se le a p a r e c i e s e , pero
c o n j e t ú r a s e ó c r é e s e p i a d o s a m e n t e q u e se le a p a r e c i ó . E n Iob p r o c e s o s * d e beatifica-
C A P . I I . — CONVERSIÓN DE SAN IGNACIO
de a p a r i c i ó n , a t e s t i g u a n q u e d e s d e a q u e l l a n o c h e fué tan s e n s i b l e la
mejoría d e l e n f e r m o , q u e á los p o c o s días se h a l l a b a fuera de p e l i g r o .
Sin e m b a r g o , a ú n le faltaba m u c h o q u e p a d e c e r . E m p e z a n d o á sol-
darse los h u e s o s y á fortificarse la p i e r n a , a d v i r t i ó q u e lo q u e d a b a n
en ella dos d e f o r m i d a d e s . La u n a e r a u n h u e s o q u e sobresalía debajo
de la r o d i l l a , y la o t r a la c o n t r a c c i ó n d e la m i s m a p i e r n a , q u e p o r
haberle sacado a l g u n o s p e d a z o s d e h u e s o , r e s u l t a b a c o r t a y c o n t r a -
hecha. D i s g u s t a d o I g n a c i o al v e r a q u e l l a s d e f o r m i d a d e s , p r e g u n t ó á
los cirujanos si so p o d r í a c o r t a r a q u e l h u e s o saliente. R e s p o n d i é r o n l e
que sí, p e r o a d v i r t i é n d o l e q u e esto h a b í a de c o s t a r l e a g u d í s i m o s d o -
lores. D e s p r e c i ó l o s el v a l i e n t e c a b a l l e r o , y m a n d ó q u e se p r o c e d i e r a
á la o p e r a c i ó n . E s p a n t a d o s los de casa, q u i s i e r o n d i s u a d i r l e de su
p r o p ó s i t o , p e r o n a d a c o n s i g u i e r o n . F u é p r e c i s o c o n d e s c e n d e r con
Ignacio, y é s t e , sin p e r m i t i r q u e le atasen n i sujetasen, m a n t ú v o s e
inmóvil y s e r e n o , m i e n t r a s la s i e r r a c o r t a b a p o r lo v i v o el d e f o r m e
hueso. ¡ E x t r a ñ a fortaleza d e á n i m o , a u n q u e hasta e n t o n c e s m a l e m -
pleada! p u e s t o d o s estos d o l o r e s los sufría, «como y o le oí d e c i r , es-
cribe R i b a d e n e i r a , p o r p o d e r t r a e r u n a b o t a m u y j u s t a y m u y polida,
eión {Ada Beat., a r t . 4 . ° ) se m e n c i o n a e s t a a p a r i c i ó n , p e r o no se a d u c e n m á s p r u e -
bas q u e l a s v i d a s y a i m p r e s a s . R e s u l t a , p u e s , q u e el h e c h o d e e s t a a p a r i c i ó n se f u n d a
ú n i c a m e n t e en u n a a f i r m a c i ó n t í m i d a d e R i b a d e n e i r a .
Voy á e x p o n e r u n a e x p l i c a c i ó n d e e s t e h e c h o , s o m e t i é n d o l a al j u i c i o i m p a r c i a l d e
los l e c t o r e B . S o s p e c h o q u e e s t a a p a r i c i ó n d e S a n P e d r o h a n a c i d o d e u n a f r a s e p o n -
d e r a t i v a del P . P o l a n c o , en la c u a l , s i r v i é n d o s e d e l a f o r m a t a n u s u a l , c o n q u e d e c i -
mos q u e v e m o s c o n los o j o s lo q u e e n t e n d e m o s m u y c l a r o , afirmó q u e I g n a c i o c r e y ó
ver, no la p e r s o n a d e S a n P e d r o , s i n o q u e su c u r a c i ó n se d e b í a ú S a n P e d r o . H e a q u í
la f r a s e : zAb ipso ergo \_Sancto Petro^ eadem illa nocte se adjututn esse sensit, imo id
ridere sibi vide.batur.T) {Vita P. lgn.,p. 13.) Si h u b i e r a e x i s t i d o a p a r i c i ó n , n o h u -
biera e s c r i t o P o l a n c o q u e le pareció ver, sino s i m p l e m e n t e q u e vio. P e r o p r i n c i p a l -
m e n t e l l a m a m o s l a a t e n c i ó n d e los l e c t o r e s s o b r e el p r o n o m b r e n e u t r o id, t é r m i n o
del v e r b o vklere, y q u e d e s i g n a el o b j e t o q u e vio. E s t e p r o n o m b r e n o p u e d e r e f e -
rirse á la p e r s o n a d e S a n P e d r o , s i n o a l e n u n c i a d o do la p r o p o s i c i ó n a n t e r i o r . D i c e
que vio e s t o , q u e e r a s o c o r r i d o p o r San P e d r o , adjutum esse ab ipso. A h o r a b i e n :
para socorrer á un h o m b r e no necesitan los s a n t o s aparecérsele. O r d i n a r i a m e n t e lo
hacen sin a p a r i c i ó n . E n d e f i n i t i v a , el s e n t i d o d e l a f r a s e e m p l e a d a p o r el P . P o l a n c o
p u d i e r a d e c l a r a r s e a s i : « E n t e n d i ó I g n a c i o (sensit), y q u é d i g o e n t e n d i ó , c r e y ó v e r
con sus ojos q u e le h a b í a s o c o r r i d o S a n P e d r o . » S o s p e c h o , p u e s , q u e e s t a f r a s e d e
Polanco, v a r i a d a l i g e r a m e n t e , h a d a d o ocasión á l a c r e e n c i a d e q u e s e a p a r e c i ó San
Pedro.
Por otra parte, no estando aún convertido San I g n a c i o , no debemos p r e s u m i r que
t u v i e s e a p a r i c i o n e s , n i r e c i b i e s e g r a c i a s t a n e x t r a o r d i n a r i a s . Así q u e , salvo meliori.
judicio, c r e o q u e , ó n o d e b e m o s a d m i t i r la a p a r i c i ó n d e S a n P e d r o , ó, p o r lo m e n o s ,
no la d e b e m o s a f i r m a r sin l a sal d e d u d a con q u e l a p o n e R i b a d e n e i r a .
 24
L1B. I.—FUNDACIÓN DB LA COMPAÑÍA
CAP. II. — C0NVBBS:ÓN DE SAN IGNACIO 25

c o m o e n a q u e l t i e m p o se usaba» (1). La o t r a d e f o r m i d a d do la con-

t r a c c i ó n se c o r r i g i ó , a u n q u e n o d e l t o d o , a p l i c á n d o l e v a r i o s emplas-
tos y u n c i o n e s , y p o r m e d i o d e c i e r t a m á q u i n a , c u y o m e c a n i s m o no
e x p l i c a n los a u t o r e s , con la cual t o d o s los días le iban e s t i r a n d o poco
á p o c o la p i e r n a . Á p e s a r d e t o d o , s i e m p r e l e q u e d ó a l g u n a cojera,
la cual con el t i e m p o fué d i s m i n u y e n d o , d e s u e r t e q u e al ñ n de su
vida, como dice P o l a n c o , era menester m i r a r l e bien para conocer
q u e estaba cojo (2).
3. Pasadas felizmente tan d o l o r o s a s o p e r a c i o n e s , convalecía p o c o á
p o c o d e sus h e r i d a s n u e s t r o v a l i e n t e c a b a l l e r o , c u a n d o l l e g ó p a r a él
la h o r a de las d i v i n a s m i s e r i c o r d i a s . C o m o se le h i c i e s e l a r g o y en-
fadoso el t i e m p o d e la c o n v a l e c e n c i a , p i d i ó p a r a e n t r e t e n e r sus ocios
a l g u n o s l i b r o s de c a b a l l e r í a s , l e c t u r a q u e f o r m a b a e n t o n c e s las deli-
cias d e la j u v e n t u d , c o m o a h o r a las n o v e l a s . Q u i s o Dios q u e n o so
h a l l a s e n los l i b r o s q u e I g n a c i o d e s e a b a , y p a r a d a r l e a l g o , le ofre-
c i e r o n la vida d e C r i s t o , e s c r i t a p o r Ludolfo d e Sajonia, l l a m a d o vul-
g a r m e n t e el C a r t u j a n o , y p u e s t a en r o m a n c e p o r F r a y A m b r o s i o
M o n t e s i n o s , y o t r o t o m o d e l Flos Sanctorum, t a m b i é n e n caste-
llano (3), c u y o a u t o r i g n o r a m o s . R e s i g n ó s e I g n a c i o á l e e r a q u e l l o , á
falta de o t r a cosa, é i n s e n s i b l e m e n t e e m p e z ó á e x p e r i m e n t a r una
s u a v e m u d a n z a e n su c o r a z ó n . H i r i e r o n v i v a m e n t e su fantasía los
e j e m p l o s d e Cristo y de los s a n t o s , y e m p e z a r o n á b r o t a r en s u pe-
c h o v e h e m e n t e s i m p u l s o s d e i m i t a r las v i r t u d e s q u e veía descritas
e n el p i a d o s o l i b r o . E l p r i m e r s e n t i m i e n t o q u e so d e s p e r t ó en Igna-
cio p a r e c e h a b e r sido e l d e u n a n o b l e e m u l a c i ó n . I g n a c i o e r a va-
l i e n t e , y c o m o o b s e r v a P o l a n c o (4), e n t o d o lo q u e e m p r e n d í a se in-
clinaba s i e m p r e á lo g r a n d e y e x t r e m a d o . A q u e l h o m b r e q u e había
(1) Vida de San Ign., I. i, c. i.
( 2 ) Aliqua ejus claudicalio in progressu temporis obserrari jioluit, quae turnen us-
que adeo exigua fuit, ut vix ab eo qui non áltente eam considerassel deprehenderetur.
{Vita P. Ign., p . 1 4 . )
( 3 ) S o b r e el p r i m e r o d e l o s l i b r o s n o h a y d u d a . D i c e así el P . N a d a l :
runt illi dúos [libros], alterum Vitam Christi ex Carthusiano, et librum qui
Sanctorum inscribitur, ubi narrantur gesta Sanctorum, utrumque hispanice.})
cell. de reg., S. I., c u a d e r n o 5. B l P . C á m a r a d i c e q u e le d i e r o n el Vita Christi, título
l a t i n o q u e c o n s e r v ó e n la t r a d u c c i ó n el P . M o n t e s i n o s . Cf. G a l l a r d o , Ensayo de una
biblioteca española. A r t . Montesino. S o s p e c h a m o s si el o t r o l i b r o s e r i a a q u e l Flos
Sanctorum a n ó n i m o , d e q u e h a b l a G a l l a r d o e n esa m i s m a o b r a , t. I , n . 7 4 2 .
( 4 ) Ut enim erat animo magno, in utravis parle semper ad magna propendebat,
ullum poenitentiae genus a sanctis suscepitum legerat, quod ipse imitari se posse
deret. Vita P. Ign., p . 1 4 .
permanecido á pie firme e n el castillo de P a m p l o n a , e n f r e n t e d e la
artillería francesa; a q u e l h o m b r e q u e se m a n t e n í a i n m ó v i l e n su l e c h o
entre las s i e r r a s y cuchillos d e los c i r u j a n o s , veía d e l a n t e d e sí otras
hazañas, o t r a s dificultades. ¿No p o d r í a él i m i t a r á Cristo, c o m o lo h i -
cieron los s a n t o s ? ¿ N o p o d r í a v e s t i r s e d e u n saco, a n d a r descalzo,
sustentarse con y e r b a s y h a c e r o t r a s p e n i t e n c i a s p o r sus pecados?
Daba y t o m a b a l a r g o r a t o s o b r e estas ideas, y, c o m o dice el P . Cá-
mara, «todo su d i s c u r s o e r a d e c i r c o n s i g o : S a n t o D o m i n g o hizo esto,
pues y o lo t o n g o do h a c e r ; San F r a n c i s c o hizo esto, p u e s y o lo t e n g o
de hacer » (1).
Á estos b u e n o s p e n s a m i e n t o s s u c e d í a , c o m o es d e s u p o n e r , e l to-
rrente do ideas m u n d a n a s , y c e r r a d o el Flos Sanctorum, el j o v e n ca-
ballero e x p l a y a b a su fantasía p o r el c a m p o de sus a m b i c i o n e s y va-
nidades. R o b á b a l e , s o b r e t o d o , la a t e n c i ó n a q u e l l a s e ñ o r a de sus
pensamientos, c u y o n o m b r e n o q u i s o d e s c u b r i r . « D e m u c h a s cosas
vanas q u e se le o f r e c í a n , dice el P . C á m a r a , u n a tenía t a n t o p o s e í d o
su corazón, q u e se e s t a b a l u e g o e m b e b i d o e n p e n s a r en ella dos, t r e s
y cuatro h o r a s sin s e n t i r l o , i m a g i n a n d o lo q u e había d e h a c e r en
servicio de u n a s e ñ o r a , los m e d i o s q u e t o m a r í a p a r a p o d e r i r á la
tierra d o n d e ella estaba, los m o t e s , las p a l a b r a s q u e le d i r í a , los h e -
chos de a r m a s q u e h a r í a en su s e r v i c i o , y estaba con esto t a n enva-
necido, q u e n o m i r a b a c u a n i m p o s i b l e e r a p o d e r l o alcanzar; p o r q u e
la señora n o e r a de v u l g a r n o b l e z a , n o condesa n i d u q u e s a , m a s era
su estado más alto q u e n i n g u n o destas » (2).
Después de estas locas i m a g i n a c i o n e s , v o l v í a el b u e n p e n s a m i e n t o
de i m i t a r á Cristo y á los santos, y c o m p l a c í a s e I g n a c i o en c o n s i d e r a r
la penitencia q u e h a r í a p o r sus p e c a d o s ; p u e s e n t o n c e s , c o m o r u d o
todavía en m a t e r i a s d e e s p í r i t u , r e d u c í a t o d a la santidad á las aspe-
rezas c o r p o r a l e s . Solicitado p o r tan d i v e r s a s ideas, e m p e z ó el d i s c r e t o
caballero á e x a m i n a r l a s y c o m p a r a r l a s e n t r e sí. N o t ó , p o r d e p r o n t o ,
la diferencia m o r a l d e u n o s p e n s a m i e n t o s y o t r o s (3). Los d e Dios
eran b u e n o s , los d e l m u n d o v a n o s y, p o r lo m e n o s , p e l i g r o s o s .
«Exhibue-
Flos Fuerte era entonces el sentimiento m o r a l , sobre todo en España, y
Mis- aun los más d e s a l m a d o s p e c a d o r e s d i s t i n g u í a n b i e n lo b u e n o d e lo
malo. O b s e r v ó d e s p u é s q u e los p e n s a m i e n t o s d e l m u n d o , a u n q u e le
entretenían s o b r e m a n e r a m i e n t r a s d u r a b a n , p e r o a l cabo c u a n d o s e
iban, le dejaban el c o r a z ó n t r i s t e y c o m o v a c í o . E n c a m b i o los p e n -
nec
diffi-
( 1 ) Vida del P. Ign., c. i . — ( 2 ) Ibidem. — ( 3 ) V i d e P o l a n c o , ibid., p. 15, y Ri-
badeneira, ibid., c . n .
 26 un. i . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
CAP. I I . — C O N V E R S I Ó N DE SAN IGNACIO 27

s a m i e n t o s d e D i o s p a r e c e q u e al r e t i r a r s e le d e j a b a n d e n t r o del
todo afecto de inclinación d e s h o n e s t a . «Desde aquella h o r a , dice el
a l m a c i e r t a d u l z u r a y a p a c i b l e sosiego. E s t e d i l i g e n t e e x a m e n d e lo?
P. Cámara, hasta el Agosto de 1555 q u e esto se e s c r i b e , n u n c a más
d i v e r s o s p e n s a m i e n t o s q u e le s o b r e v e n í a n , esta o b s e r v a c i ó n de lo?
tuvo ni u n m í n i m o consenso en cosas de c a r n e > (1).
i n t e r i o r e s m o v i m i e n t o s q u e e x p e r i m e n t a b a , había de p r o d u c i r aque-
Confortado con estos favores celestiales n u e s t r o v a l i e n t e c a b a l l e r o ,
llas r e g l a s a d m i r a b l e s p a r a d i s c e r n i r espíritus., q u e se h a l l a n en el li-
empezó á t r a z a r el p l a n de su n u e v a vida. P o r d e p r o n t o , r e s o l v i ó
b r o d e los E j e r c i c i o s , y q u e , c o m o v e r e m o s d e s p u é s (1), e m p e z ó Igna-
hacer m u c h a p e n i t e n c i a p o r sus p e c a d o s é i r en p e r e g r i n a c i ó n á J e -
cio á e s c r i b i r l a s c u a n d o convalecía en L o y o l a .
rusalén, p a r a satisfacer sin d u d a á la t i e r n a d e v o c i ó n q u e le había
4. Muchos días d u r ó esta lucha d e los d i v e r s o s y e n c o n t r a d o s es-
inspirado el l i b r o de Ludolfo hacia la s a g r a d a H u m a n i d a d de Cristo
p í r i t u s , este e n t r a r y salir ele u n o s p e n s a m i e n t o s y o t r o s ; p e r o el
Nuestro S e ñ o r . Y v u e l t o de los S a n t o s L u g a r e s , ¿ q u é h a r í a ? O c u r r i ó -
suave i m p u l s o de la g r a c i a , eme cada vez a p r e m i a b a m á s á Ignacio,
sele m e t e r s e c a r t u j o , y p o r e s o , d e b i e n d o p a r t i r s e p a r a B u r g o s u n
le fué p o c o á p o c o i n c l i n a n d o al p a r t i d o d e la v i r t u d . Resolvióse por
criado de la casa de L o y o l a , e n c a r g ó l e I g n a c i o q u e se i n f o r m a s e en
fin, y se r e s o l v i ó c o n a q u e l l a v o l u n t a d i n v e n c i b l e con q u e él se solía
la cartuja d e Mirafiores d e l g é n e r o de vida q u e o b s e r v a b a aquella
r e s o l v e r . U n a n o c h e l e v a n t ó s e d e l l e c h o , y p u e s t o d e r o d i l l a s auto
santa c o m u n i d a d (2). No descansaba, sin e m b a r g o , su c o r a z ó n en esto
u n a i m a g e n d e María S a n t í s i m a , ofrecióse e n t e r a m e n t e al s e r v i c i o ole
pensamiento. Á p e s a r de esta i n c e r t i d u m b r e , n o se d e s a l e n t ó I g n a c i o
Dios y p r o m e t i ó r e n u n c i a r p a r a s i e m p r e á sus v a n i d a d e s antiguas.
y p r o p u s o e j e c u t a r p o r do p r o n t o lo q u e c r e y ó ser clara v o l u n t a d
T e r m i n a d a esta g e n e r o s a o f e r t a , sintióse u n t e m b l o r (2) misterioso
del Señor, la p e n i t e n c i a y la r o m e r í a á J e r u s a l é n . H e c h o esto, la v o -
en t o d a la c a s a , señal sin d u d a con q u e Dios a n u n c i a b a la aceptación
luntad d i v i n a se manifestaría de a l g ú n m o d o y le a b r i r í a c a m i n o
de a q u e l sacrificio. A u n se v e n en las p a r e d e s de la santa casa, en el
para otras cosas de su santo s e r v i c i o .
lienzo q u e m i r a á la iglesia, a l g u n a s g r i e t a s , q u e la t r a d i c i ó n designa
E n t r e t a n t o p r o s e g u í a l e y e n d o la vida de Cristo y d e los s a n t o s , y
c o m o efectos de a q u e l t e m b l o r s i n g u l a r .
para no o l v i d a r los b u e n o s p e n s a m i e n t o s q u e el E s p í r i t u Santo lo
D e c i d i d o I g n a c i o á m u d a r d e vida, c o n t i n u a b a con f e r v o r la lectura
infundía, hizo e n c u a d e r n a r p r i m o r o s a m e n t e u n l i b r o d e 300 hojas, y
d e la v i d a de Cristo y d e los santos. Un favor s i n g u l a r í s i m o d e la di-
en él e m p e z ó á e s c r i b i r los h e c h o s , las ideas, los afectos piadosos q u e
v i n a b o n d a d le confirmó m a r a v i l l o s a m e n t e en sus b u e n o s propósitos.
se le o c u r r í a n e n el c u r s o de su l e c t u r a , y c o m o m u e s t r a de d e v o c i ó n
U n a n o c h e , m i e n t r a s o r a b a , se le a p a r e c i ó la V i r g e n S a n t í s i m a con el
esmerábase en e s c r i b i r con especial p r i m o r los n o m b r e s de J e s ú s , do
N i ñ o J e s ú s en los b r a z o s , y e n t r a m b o s le r e c r e a r o n u n b u e n r a t o con
María y de los santos sus d e v o t o s . P a s a b a t a m b i é n largos r a t o s o r a n d o
su a m o r o s a vista. N o le d i j e r o n p a l a b r a a l g u n a ; p e r o p r o d u j e r o n en
h u m i l d e m e n t e y e n c o m e n d á n d o s e á D i o s , y ya desde e n t o n c e s con-
s u a l m a u n e f e c t o p o r t e n t o s o , c u a l fué e l p u r i f i c a r l e e n t e r a m e n t e do
trajo aquella c o s t u m b r e , q u e c o n s e r v ó toda su v i d a , d e c o n t e m p l a r
el cielo s e r e n o y d e p r o r r u m p i r e n a q u e l afecto: «¡Cuan baja m e pa-
( 1 ) V i d e i n f r a , c. v i n .
( 2 ) N o h a b l a n d e e s t e t e m b l o r ni L a í n e z , ni N a d a l , n i P o l a n c o , n i C á m a r a ; pero
rece la t i e r r a c u a n d o m i r o al cielo!» (3). Al t i e m p o d e esta c o n v a l e -
l i i b a d í n e i r a (ibid., c. l l ) lo p o n e en t é r m i n o s m u y r e s u e l t o s , y a d e m á s lo confirman cencia d e b e r e f e r i r s e , sin duda, la c o s t u m b r e q u e tenía de r e z a r una
v a r i o s t e s t i g o s en los p r o c e s o s p a r a la b e a t i f i c a c i ó n . E n t r e e s t o s t e s t i g o s h a y cuatro Salve desde el c a m i n o d e Azpeitia á N u e s t r a S e ñ o r a de Olaz (4). ¡Cuan
q u e a f i r m a n h a b e r e s t a d o en el a p o s e n t o d e I g n a c i o y v i s t o u n a v i d r i e r a r o t a , que
dulce es c o n s i d e r a r á n u e s t r o h e r i d o c a b a l l e r o e n las s e r e n a s t a r d e s
p o r t r a d i c i ó n s e d i c e h a b e r s e q u e b r a d o e n e s t e t e m b l o r . E l p r i m e r t e s t i g o d e Valen-
cia, d i c e : « Vidit, quod in camera, in qua sanatas est P. Ignatius a confractione tibiaf, del otoño de 1521, l u e g o q u e p u d o m o v e r s e p o r su p i e , a r r a s t r a r s e
adest una fenestra vitrea, in qua depietns est. Christus crucem bajulans, et per traúi- con sus m u l e t a s p o r el c a m i n o de Azpeitia, y, p a r á n d o s e á la o r i l l a del
tionem audivit et publice dicitur, quod dicta fenestra frac ta fitit a daemone, qui ili- r í o , v o l v e r los ojos á la e r m i t a de Olaz, y e n v i a r á María e n v u e l t o s
rersis modis tentabat -sincere P. Ignatium.% (Acta Beatif, a r t . 5 . ° ) T r e s t e s t i g o s de
P a m p l o n a , el 9 , el 17 y el 18, h a n v i s i t a d o t a m b i é n el a p o s e n t o y v i s t o la vidriera
r o t a , q u e p o r t r a d i c i ó n se t i e n e h a b e r s e r o t o en e s t a o c a s i ó n . (Ibid.) F r á g i l indicio
(1) Vida del P. Ign., c. i. Vés se t a m b i é n á R i b a d e n e i r a y á P o l a n c o , locin cit.—
es u n a v i d r i e r a r o t a , q u 3 p o r t a n t a s c a u s a s s e p u d o r o m p e r . C o n t o d o e s o , si el indicio
(2) C á m a r a , ibid., c. I. — ( 3 ) C á m a r a , ibid. R i b a d . , Vida de S. Ign., 1. i , c. I I . —
p r u e b a p o c o , la a f i r m a c i ó n d e l o s t e s t i g o s m a n i f i e s t a q u e á fines del s i g l o x v i existía
(4) U n modesto m o n u m e n t o , renovado en nuestros días, r e c u e r d a este hecho.
m u y v i v a en L o y o l a la t r a d i c i ó n d e l h e c h o .
Cuando llegan los t r a n s e ú n t e s á a q u e l p u n t o , s u e l e n d e s c u b r i r s e y r e z a r u n a s a l v e .
 28
I.IB. I. — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
en las p r e c e s d e una salve los alectos e n c e n d i d o s de su enamorado
corazón!
5. C u a n d o al cabo de a l g u n o s m e s e s h u b o r e c o b r a d o I g n a c i o razo-
n a b l e salud, t r a t ó d e p o n e r e n p l a n t a su n u e v a vida. P a r a esto nece-
sitaba alejarse de su casa y p a r i e n t e s , y b u s c a n d o a l g ú n p r e t e x t o con
q u e e j e c u t a r l o sin r u i d o , ofrecióse le h a c e r u n a salida á Navarrete,
d o n d e e n t o n c e s r e s i d í a el d u q u e de N á j e r a , p a r a a g r a d e c e r á este
i l u s t r e m a g n a t e las visitas q u e de c u a n d o en c u a n d o le había enviado
m i e n t r a s se c u r a b a en Loyola. El h e r m a n o m a y o r d e I g n a c i o , Martín
G a r c í a d e L o y o l a , q u e h a b í a o b s e r v a d o a t e n t a m e n t e lo q u e pasaba
p o r el e n f e r m o , a d i v i n ó lo q u e s i g n i ñ e a b a a q u e l l a salida. E l ver á
I g n a c i o tan ajeno á los p a s a t i e m p o s a n t i g u o s , el v e r l e p a s a r largas
h o r a s l e y e n d o v i d a s d e s a n t o s y e s c r i b i r e n su c u r i o s o l i b r o , la se-
r i e d a d d e las p a l a b r a s y la c o n c e n t r a c i ó n de á n i m o en q u o se encon-
t r a b a , i n d i c a b a n á Martín García q u e su h e r m a n o m e n o r pensaba
mudar de vida.
C o n este p r e s e n t i m i e n t o l l a m ó á su h e r m a n o , y, e n c e r r á n d o s e con
él en u n a p o s e n t o , e m p e z ó á r o g a r l e a h i n c a d a m e n t e q u e n o se per-
diese, n i f r u s t r a s e las b u e n a s e s p e r a n z a s q u e e n é l h a b í a fundado l:i
familia. I g n a c i o , sin m a n i f e s t a r l e todos sus designios n i e n t r a r en
l a r g a s e x p l i c a c i o n e s , le a s e g u r ó q u e n o liaría nada p o r d o n d e viniese
á p e r d e r s e y á d e s d o r a r el l u s t r e d e su casa (1).
C o n esto se d e s p i d i ó de su h e r m a n o m a y o r , y s e g u i d o de dos cria-
dos d i r i g i ó s e p r i m e r o (2) á N u e s t r a S e ñ o r a de Aránzazu, devotísimo
s a n t u a r i o que está c e r c a d e Oñate, y era e n t o n c e s , c o m o a h o r a , muy
f r e c u e n t a d o p o r la p i e d a d d e los g u i p u z c o a n o s . De allí c o n t i n u ó su
c a m i n o á N a v a r r e t e , d o n d e visitó al d u q u e de Nájera. C o m o le de-
b í a n en casa d e l d u q u e a l g u n o s d u c a d o s , los p i d i ó e n t o n c e s al teso-
r e r o , y h a b i é n d o l o s r e c i b i d o , p a g ó con ellos a l g u n a s d e u d a s q u e te-
n í a , y lo q u e s o b r ó del d i n e r o lo d e d i c ó á r e s t a u r a r y a d o r n a r una
i m a g e n de N u e s t r a S e ñ o r a q u e e n c o n t r ó e n m a l estado (3).
( 1 ) C á m a r a , ibid., c. i . — ( 2 ) No p o d e m o s p r e c i s a r c u á n d o salió I g n a c i o d e s u casa.
E l p r i m e r d a t o c r o n o l ó g i c o q u e p r e s e n t a C á m a r a es el d e la v e l a d e las a r m a s , acto
q u e e j e c u t ó I g n a c i o l a a o c h e d e l 2 4 al 2 5 d e M a r z o do 1522. A n t e s d e e s t o h a y que
c o l o c a r los t r e s d í a s q u e g a s t ó e n l a c o n f e s i ó n g e n e r a l , los q u e e m p l e ó en el camino
d e N a v a r r e t e á M o n s e r r a t , los q u e s e d e t e n d r í a e n N a v a r r e t e v i s i t a n d o al d u q u e de
N á j e r a y p a g a n d o s u s d e u d a s , y , f i n a l m e n t e , los q u e t r a n s c u r r i r í a n d e B d e Loyola
h a s t a N a v a r r e t e . A p l i c a n d o á e s t o u n c á l c u l o p r u d e n c i a l , n o s e r á a v e n t u r a d o suponer
q u e I g n a c i o salió d e su c a s a á fines d e F e b r e r o d e 1 5 2 2 , h a b i e n d o g a s t a d o unos
n u e v e m e s e s en l a c u r a c i ó n d e s u s h e r i d a s . — ( 3 ) C á m a r a , ibid., c. n .
CAP. II. CONVERSIÓN DE SAN IGNACIO 29
H a b i e n d o c u m p l i d o con t o d o s los d e b e r e s de la c o r t e s í a y amistad,
despidió á l o s dos c r i a d o s que, le v e n í a n a c o m p a ñ a n d o d e s d e L o -
* yola, y y a s o l o , m o n t a d o e n u n a m u í a , t o m ó el c a m i n o d e Monse-
í rrat. E n e s t e c a m i n o h i z o v o t o d e c a s t i d a d , s e g ú n n o s r e f i e r e el
P. Laínez en el pasaje citado en el capítulo a n t e r i o r , a u n q u e i g n o -
ramos el día y el sitio en q u e hizo este v o t o . E l P . R i b a d e n e i r a (1) pa-
rece i n s i n u a r q u e lo h i z o al l l e g a r á M o n s e r r a t . T a m b i é n t o m ó p o r
costumbre I g n a c i o , d e s d e q u e salió de su casa, d i s c i p l i n a r s e t o d o s
los días. I b a m u y a l e g r e su c a m i n o a d e l a n t e , m e d i t a n d o las p e n i t e n -
cias que había d e h a c e r , a u n q u e y a n o le m o v í a t a n t o el deseo d e
satisfacer p o r sus c u l p a s , c o m o el d e agraciar m u c h o á Dios c o n su
nueva vida (2).
6. Llegado á M o n s e r r a t , hizo u n a confesión g e n e r a l de t o d a su v i d a
con u n p r u d e n t e r e l i g i o s o b e n e d i c t i n o , l l a m a d o F r . J u a n C h a ñ ó n o s
ó Chacones, francés d e n a c i ó n . E m p l e ó t r e s días en esta confesión,
y para más p u n t u a l e x a c t i t u d , q u i s o h a c e r l a p o r e s c r i t o . D e s c u b r i ó
después al confesor el p r o p ó s i t o q u e tenía f o r m a d o d e e m p r e n d e r
nueva v i d a , y h a b i e n d o t o m a d o su c o n s e j o , r e g a l ó a l m o n a s t e r i o la
muía en q u e h a b í a v e n i d o , y colgó en el a l t a r de María S a n t í s i m a la
espada y la daga. H e c h o e s t o , dispúsose á m o s t r a r s e al m u n d o cual
deseaba ser e n a d e l a n t e , esto es, h o m b r e crucificado á t o d o s los de-
leites y g u s t o s d e la t i e r r a .
7. E r a la v í s p e r a de la Anunciación, 24 de Marzo d e 1522 (3), y ha-
biendo e s p e r a d o á q u e a n o c h e c i e r a , l l a m ó á u n p o b r e a n d r a j o s o , y
desnudándose d e los v e s t i d o s p r e c i o s o s q u e t r a í a p u e s t o s , h a s t a d e
la camisa, se los dio t o d o s , y é l s e v i s t i ó u n traje v i l í s i m o q u o h a b í a
comprado p o c o a n t e s . Consistía éste en una t ú n i c a t a l a r ó saco d e
cáñamo, tosco y g r o s e r o , u n p e d a z o de c u e r d a p a r a c e ñ i r l o al c u e r -
po, un z a p a t o , ó, c o m o dice R i b a d e n e i r a , a l p a r g a t e d e e s p a r t o p a r a
el pie d e r e c h o , p u e s a u n n e c e s i t a b a l l e v a r fajada la p i e r n a de la h e -
rida, q u e fácilmente se le h i n c h a b a ; finalmente, u n b o r d ó n d e p e r e -
g r i n o , con su c o r r e s p o n d i e n t e calabacita. C o m o en la E d a d Media
los que se a r m a b a n c a b a l l e r o s solían v e l a r sus a r m a s u n a n o c h e ,
quiso él h a c e r o t r o t a n t o con las a r m a s d e su n u e v a m i l i c i a , y acu-
diendo al altar de María Santísima, pasó t o d a s la n o c h e e n o r a c i ó n , ya
do p i e , ya de r o d i l l a s , ofreciéndose g e n e r o s a m e n t e al d i v i n o s e r v i -
( 1 ) Ibid., c. n i . — ( 2 ) E n e s t e c a m i n o d e M o n s e r r a t o c u r r i ó el c u r i o s o episodio
del e n c u e n t r o c o n el m o r o , c u y a relación puede verse en Cámara y Ribadeneha,
loas cü—(K) Cámara, ibid., c. )i.
 30
Lili. I. FUNDACIÓN Dfí LA COMPAÑÍA
ció é i m p l o r a n d o el favor de la R e i n a de los cielos. Con este acto
e m p e z ó p ú b l i c a m e n t e la v i d a s a n t a d e I g n a c i o .
E n la s e r i e d e t o d o s estos s u c e s o s h a b r á n o t a d o el l e c t o r la conti-
n u a i n t e r v e n c i ó n de María S a n t í s i m a e n la santificación d e Ignacio,
y la m u t u a c o r r e s p o n d e n c i a d e a m o r y beneficios q u e se establece
e n t r e la M a d r e d e Dios y n u e s t r o s a n t o P a d r e . La c o n v e r s i ó n de Ig-
n a c i o se d e t e r m i n a u n a n o c h e d e l a n t e d e u n c u a d r o d e María; poco
d e s p u é s la R e i n a d e los cielos se a p a r e c e á I g n a c i o y le confirma en
sus p r o p ó s i t o s . C u a n d o p u e d e salir d e casa I g n a c i o , v a á r e z a r un¡i
s a l v e á la vista d e N u e s t r a S e ñ o r a d e Olaz. Al d e s p e d i r s e de su casa,
los p r i m e r o s pasos do I g n a c i o se e n d e r e z a n á N u e s t r a S e ñ o r a de
A r á n z a z u ; e l p r i m e r d i n e r o d e q u e p u e d e d i s p o n e r e n N a v a r r e t e lo
e m p l e a I g n a c i o en a d o r n a r u n a i m a g e n de María; e n el c a m i n o de
M o n s e r r a t defiende la p u r e z a de María c o n t r a las blasfemias d e un
m o r o ; e n ese m i s m o c a m i n o h a c e v o t o d e castidad, ofreciéndolo al
S e ñ o r p o r m a n o de M a r í a , y a h o r a , d e s e a n d o a r m a r s e c a b a l l e r o de
C r i s t o , v e l a s u s a r m a s a n t e e l a l t a r d e María. ¡Cuan c l a r o aparece
q u e la m a n o d e María S a n t í s i m a a n d a b a e n este n e g o c i o , y q u e , des-
p u é s de D i o s , á n a d i e se d e b e t a n t o la santificación d e I g n a c i o y ln
f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , c o m o a l c o r a z ó n m a t e r n a l de la
Santísima Virgen!
CAPITULO III
SAN I G N A C I O E N MANRESA
SUMARIO: 1. Sitios e n q u e v i v i ó I g n a c i o . — 2 . S u g é n e r o d e v i d a . — 3. P e r s o n a s q u e l e
trataron. — 4. T e n t a c i o n e s m a n i f i e s t a s . — 5. E s c r ú p u l o s . — 6. F a v o r e s e x t r a o r d i n a -
rios d e Dios.—7. E l r a p t o d e o c h o dias.—8. E s c r i b e los E j e r c i c i o s . — 9 . Peregrina
á Jerusalén.
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1 . C á m a r a , c. n y m . — 2 . P o l a n c o , c. n y ni. — 3. Laínez.
Ubisupra. — í. N a d a l , Ubi supra.— 5. R i b a d e n e i r a . c. v, VI, V I I , v m y IX. — 6 . P . F r a n -
cisco Vázquez, Carta original.—7. Procesos de beatificación.—8. J u a n P a s c u a l , Relación.
1. Apenas a m a n e c i ó el día de la Anunciación d e l año 1522, Ignacio,
vestido y a de p e r e g r i n o y a r m a d o c a b a l l e r o de C r i s t o , oyó misa y
comulgó d e v o t í s i m a m e n t e en M o n s e r r a t . C u a n d o h u b o d a d o g r a c i a s
á Dios p o r este b e n e f i c i o , salió d e l s a n t o m o n a s t e r i o y e m p e z ó á ba-
jar la cuesta d e l m o n t e . Al p o c o t i e m p o e n c o n t r ó s e con I n é s P a s c u a l ,
viuda piadosa y b i e n a c o m o d a d a , q u e residía p o r e n t o n c e s e n Man-
resa, la cual, en c o m p a ñ í a d e su hijo J u a n y d e o t r a s p e r s o n a s , había
ido á visitar á N u e s t r a S e ñ o r a d e M o n s e r r a t , y c u m p l i d a esta d e v o -
ción, se v o l v í a á Manresa. A c e r c á n d o s e al g r u p o n u e s t r o c a m i n a n t e ,
preguntó si h a b r í a e n a q u e l l o s c o n t o r n o s a l g ú n hospital d o n d e p u -
diera r e c o g e r s e . S o r p r e n d i ó á t o d o s el e x t r a ñ o a s p e c t o de a q u e l
hombre, v e s t i d o d e j e r g a , descalzo d e u n p i e y con b o r d ó n e n la
mano, s o b r e t o d o c u a n d o r e p a r a r o n q u e los r u b i o s y e l e g a n t e s cabe-
llos y la delicadeza d e las facciones n o h a c í a n b u e n j u e g o c o n lo as-
troso y d e s h a r r a p a d o d e l t r a j e . L a d i s c r e t a I n é s P a s c u a l , q u e p r e s i n -
tió algo de lo q u e a q u e l h o m b r e p o d í a ser, r e s p o n d i ó á la p r e g u n t a ,
diciendo q u e el h o s p i t a l m á s c e r c a n o estaba e n M a n r e s a , y q u e si é l
quería s e g u i r l a , ella le c o n d u c i r í a hasta las p u e r t a s d e l h o s p i t a l .
Aceptó el p e r e g r i n o t a n cristiano o f r e c i m i e n t o , y cojeando penosa-
mente siguió al g r u p o d e c a m i n a n t e s (1).
(1) N o s c u e n t a e s t e e n c u e n t r o el m i s m o J u a n P a s c u a l , en s u r e l a c i ó n .
 CAP. I I I . — S A N IGNACIO EN MANRESA 33
32 LIB. I. — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

No h a b r í a n a n d a d o u n a l e g u a , c u a n d o se o y e r o n l l a m a r á la es- que los m o n j e s y o t r o s p e r e g r i n o s se a c e r c a b a n á la c u e v a p a r a m i -

palda p o r u n h o m b r e q u e á t o d a p r i s a los s e g u í a . E s p e r á r o n l e , y el
r e c i é n v e n i d o , e n c a r á n d o s e con I g n a c i o , le p r e g u n t ó si e r a verdad
q u e él h a b í a d a d o u n o s v e s t i d o s p r e c i o s o s á c i e r t o m e n d i g o á quien
la justicia había p u e s t o en la c á r c e l , p o r c r e e r q u e los h a b í a hur-
t a d o . Confesó I g n a c i o la v e r d a d , y c o n s i d e r a n d o la t r i b u l a c i ó n que
había ocasionado al i n o c e n t e m e n d i g o , n o p u d o c o n t e n e r las lágri-
mas (1). D e s p e r t a d a c o n esto la c u r i o s i d a d , p r e g u n t ó l e a q u e l hom-
b r e q u i é n era, de d ó n d e venía, c ó m o se llamaba; p e r o á n a d a d e esto
quiso r e s p o n d e r I g n a c i o , p o r q u e vio q u e n o e r a m e n e s t e r para
l i b r a r ' a l p o b r e e n c a r c e l a d o . C o n este i n c i d e n t e c o n f i r m ó s e I n é s Pas-
cual e n la idea q u e había c o n c e b i d o , de q u e n o era p e r s o n a vulgar
a q u e l p o b r e cojo q u e la seguía. C u a n d o l l e g a r o n á M a n r e s a , ella
m i s m a le c o n d u j o al h o s p i t a l , le r e c o m e n d ó á la h o s p i t a l e r a Jcró-
n i m a Claver, y a q u e l l a m i s m a t a r d e le e n v i ó de l i m o s n a la cena que
h a l l ó p r e p a r a d a p a r a s í , y consistía en u n a taza d e caldo y tina
g a l l i n a (2).
La estancia d e S a n I g n a c i o e n M a n r e s a es u n e p i s o d i o i m p o r t a n t í -
s i m o de su v i d a , p u e s y a e n t o n c e s p l a n t ó Dios e n el a l m a de n u e s t r o
santo t o d a s las v i r t u d e s q u e d e s p u é s había de e j e r c i t a r , y y a e n aque-
llos m e s e s e j e c u t ó San I g n a c i o e n p e q u e ñ o , lo q u e d e s p u é s h a h í a de
rar lo q u e él hacía, se r e t i r ó d e allí á la c u e v a d e Manresa, y al c a b o
de algún t i e m p o , m o v i d o p o r el celo d e a p r o v e c h a r á los p r ó j i m o s ,
pasó á m o r a r e n el h o s p i t a l de Santa Lucía. T r e s , p o r consiguiente»
fueron las v i v i e n d a s d e San I g n a c i o : p r i m e r o , la cueva d e Monse-
rrat; d e s p u é s la d e M a n r e s a , y p o r fin el h o s p i t a l d e Santa L u c í a (1)
El d i c h o d e este t e s t i g o n o s p a r e c e i n a d m i s i b l e , y a p o r q u e c o n t r a -
dice m a n i f i e s t a m e n t e al t e s t i m o n i o d e l P . C á m a r a (2), y a p o r q u e n o
ha q u e d a d o v e s t i g i o n i t r a d i c i ó n d e la tal c u e v a d e M o n s e r r a t . E s t a
invención p a r e c e h a b e r p r o c e d i d o de a q u e l afán q u e h u b o a l g ú n
tiempo d e l l e v a r hacia M o n s e r r a t t o d a la g l o r i a p o s i b l e d e San I g -
nacio (3).
G e n e r a l m e n t e se c r e e q u e e l s a n t o p a t r i a r c a , d e s p u é s d e v i v i r b r e -
ves días en el h o s p i t a l d e S a n t a L u c í a , pasó á la c é l e b r e c u e v a d e
Manresa, d o n d e h a b i t ó la m a y o r p a r t e d e l t i e m p o q u e se d e t u v o en
esta ciudad. S i n e m b a r g o , c o n s i d e r a d a s las r e s p u e s t a s d e los t e s t i g o s
más a n t i g u o s e x a m i n a d o s e n los p r o c e s o s , p a r e c e q u e d e b e m o s m o d i -
ficar a l g ú n t a n t o esta o p i n i ó n . S e g ú n se d e s p r e n d e d e esas r e s p u e s t a s ,
el santo i n o r a b a en el h o s p i t a l ó e n a l g u n a casa p a r t i c u l a r (4), p e r o se
dirigía h a b i t u a l m c n t e á la c u e v a , p a r a o r a r y h a c e r p e n i t e n c i a . P a r a
creerlo así, nos f u n d a m o s en las t r e s r a z o n e s s i g u i e n t e s : 1. E n el a

h a c e r e n m a y o r escala en todas las r e g i o n e s d o n d e v i v i ó . p r i m e r p r o c e s o d e M a n r e s a , h e c h o e n 1595, se c o n s a g r a el a r t . 5.° á

Al t r a t a r d e San I g n a c i o e n M a n r e s a , lo p r i m e r o q u e desea saber e x a m i n a r si es v e r d a d q u e I g n a c i o solía o r a r y h a c e r p e n i t e n c i a e n
la c u r i o s i d a d es el sitio e n q u e v i v i ó . L o s P P . C á m a r a y Ribade-
( 1 ) Cum ipse P. Ignatius per aliquot dies mansisset iii dicto monasterio frecuen-
n e i r a d i c e n ú n i c a m e n t e q u e I g n a c i o d i r i g i ó sus pasos d e s d e Monse-
tando sacramenta ccclesiastica , tempore sui discessus dono dedit dicto monasterio ad
r r a t al h o s p i t a l d e Manresa. Ni L a í n e z , n i P o l a n c o , n i Nadal hablan ejus ¡crvitium equum quo gestabatur, et inde pedester ipsum discessisse a dicto monas-
p a l a b r a s o b r e la v i v i e n d a d e I g n a c i o , lo cual n o d e b e m a r a v i l l a r n o s terio et postmodum rematisisse in eodem monte, et in quadam spelunca per tempus
m u c h o . A q u e l l o s h o m b r e s e s p i r i t u a l e s se a p l i c a r o n a n t e t o d o y sobro aliquod permausisse, el certis diebus accedebat. ipse Pater Ignatius ad dictum mo-
nasterium eleemosinam petiturus, quae sibi libenter a monachis dicti monasterii tribue-
t o d o á e s t u d i a r el estado psicológico y el p r o g r e s o e s p i r i t u a l do
batur. Cum auteni nimia frequentia tam monachorum, quam aliorum illuc declinan-
n u e s t r o santo P a d r e , y p r e s c i n d i e r o n de estas m a t e r i a l i d a d e s topo- tiuní inquietaretur, inde iter fecit versas Minorissam, ibique circa dictam cieiiatem
gráficas, á q u e n o s o t r o s d a m o s h o y tal v e z e x c e s i v a i m p o r t a n c i a . En mquodamparvo monte et spelunca ejusdem montis per aliquod tempus permansit, et
los p r o c e s o s apostólicos p a r a la beatificación, h e c h o s en Barcelona postmodum pietate ergapauperes infirmos motus devenit ad hospitale Sanctae Luciae,
dictaecivitatis Minorissae. (Proceso remisorial de Barcelona, f. 7 0 . )
en 1606, el testigo Onofro P a b l o C e l l o r s , d e á n d e a q u e l l a ciudad,
(2) Vida del P. Ign., c. n . N ó t e s e q u e e s t e h e c h o es el ú n i c o d a t o c r o n o l ó g i c o q u e
de s e t e n t a a ñ o s , p r e c i s a d e este m o d o la s e r i e do d o m i c i l i o s en que
nos da C á m a r a , a c o m p a ñ a d o del s u c e s o d e l a l g u a c i l q u e p r e g u n t ó á I g n a c i o s i h a b í a
m o r ó S a n I g n a c i o . S e g ú n este t e s t i g o , n u e s t r o s a n t o P a d r e , des- J a d o los v e s t i d o s á u n p o b r e .
p u é s do v e s t i r s e d e l s a c o , se r e t i r ó á h a c e r p e n i t e n c i a á u n a cueva ( 3 ) S a b i d o e s q u e e n el s i g l o x v u s e l l e g ó a l e x t r e m o d e a f i r m a r q u e S a n I g n a c i o
d e M o n s e r r a t , d e d o n d e v e n í a á p e d i r l i m o s n a á las p u e r t a s d e l mo- había v e s t i d o el h á b i t o d e S a n B e n i t o . V é a n s e l o s B o l a n d o s (Acta Sanctorum. De
n a s t e r i o y á confesarse c o n e l P . C h a n o n e s . Mas c o m o observase S.t» Ign., § 4.°).
( 4 ) J u a n P a s c u a l d i c e q u e su m a d r e , á los c i n c o d í a s d e l l e g a r I g n a c i o á M a n r e s a ,
le buscó a p o s e n t o e n c a s a d e u n a f a m i l i a p i a d o s a , d o n d e p u d i e r a r e c o g e r s e y v i v i r
( 1 ) C á m a r a , Vida del P. Ignacio, c. n . — ( 2 ) J u a n P a s c u a l , Relación.
NIÁS t r a n q u i l o y s o s e g a d o .
3
 34 LIB. I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA CAP. III.—SAN IGNACIO EN MANRESA 35

c i e r t o s sitios c o n o c i d o s de M a n r e s a , á los cuales el p u e b l o conserva daban c a r n e ó v i n o , c o m o lo hacían t a l v e z a l g u n a s p e r s o n a s b u e n a s

d e v o c i ó n p o r este m o t i v o . L o s t e s t i g o s , e n t r e los cuales h a y uno que p r o n t o le e m p e z a r o n á e s t i m a r , n o lo p r o b a b a él, sino q u e lo r e -
ocular, B e r n a r d o Matilla, r e s p o n d e n a f i r m a t i v a m e n t e , y señalan partía e n t r e los o t r o s p o b r e s . S o l a m e n t e los d o m i n g o s y días d e fiesta
c o m o los t r e s sitios m á s c é l e b r e s , la capilla d e l h o s p i t a l d e Santa se p e r m i t í a e l r e g a l o d e u n p o c o d e v i n o . Confesaba y c o m u l g a b a
L u c í a , la e r m i t a d e V i l l a d o r d i s y la cueva; p e r o n i d a n á ésta la pre- cada ocho d í a s , y asistía d i a r i a m e n t e al santo sacrificio de la misa y
ferencia s o b r e las o t r a s , n i d i c e n u n a p a l a b r a p o r d o n d e se infiera al canto de v í s p e r a s , en las c u a l e s , a u n q u e n o e n t e n d í a a ú n los sal-
q u e la famosa g r u t a fué vivienda d e S a n I g n a c i o (1). 2 . E n el proceso a
mos, empezó á s e n t i r a q u e l l a t i e r n a d e v o c i ó n q u e s i e m p r e e x p e r i -
a p o s t ó l i c o de B a r c e l o n a , el t e s t i g o 39, r e f i r i e n d o el d i c h o d e Ber- mentó d e s p u é s al r e z a r el Oficio d i v i n o . S u v e s t i d o y a q u e d a d e s c r i t o
n a r d o Matilla, afirma q u e I g n a c i o m i e n t r a s v i v í a en Manresa, so diri- más a r r i b a . Y c o m o antes h a b í a sido m u y c u r i o s o e n c u i d a r el ca-
gía á la c u e v a p a r a h a c e r p e n i t e n c i a (2). Si se d i r i g í a á la cueva, señal bello y a t a v i a r su p e r s o n a , a h o r a , p a r a castigo d e esta v a n i d a d , lle-
es q u e n o v i v í a e n ella. 3 . E n el p r o c e s o de Manresa e n P r a t s , hecho
a
vaba la cabeza d e s c u b i e r t a , y dejó c r e c e r e l c a b e l l o y las u ñ a s .
en 1595, f u e r o n i n t e r r o g a d o s d o s t e s t i g o s casi n o n a g e n a r i o s , q u e ha- Esta fué la v i d a de I g n a c i o en Manresa. Los c u a t r o p r i m e r o s m e s e s
b í a n c o n o c i d o á San I g n a c i o , G a b r i e l P o r p i ñ á , p r e s b í t e r o , y Damiana los pasó c o n s u m a t r a n q u i l i d a d , o r a n d o v o c a l m e n t e , p o r q u e e n t o n c e s ,
F a b r é s , v i u d a . E s t a s e g u n d a , r e s p o n d i e n d o á las p r e g u n t a s s o b r e los como n o t a P o l a n c o , a u n n o t e n í a e x p e r i e n c i a d e o r a c i ó n m e n t a l . L a s
sitios santificados p o r I g n a c i o e n M a n r e s a , dice q u e el santo solía ir tentaciones q u e e n este t i e m p o se l e o f r e c i e r o n las v e n c i ó sin n i n -
todos los días á la c u e v a q u e está j u n t o al m o n a s t e r i o de los capuchi- guna dificultad. F u é la p r i m e r a la p e r s e c u c i ó n i m p o r t u n a de c i e r t o
n o s (3). E s t o p a r e c e i n d i c a r q u e I g n a c i o tenía su v i v i e n d a e n otra h o m b r e d e s a l m a d o , q u e dio e n b u r l a r s e d e I g n a c i o s i e m p r e q u e le
p a r t e . L o n a t u r a l es q u e el s a n t o estuviese alojado en el h o s p i t a l de encontraba e n la calle. «Todas las v e c e s q u e n u e s t r o P a d r e salía pol-
Santa L u c í a , ó e n casa de a l g ú n p i a d o s o b i e n h e c h o r , y q u e c o m o salía las calles á p e d i r su l i m o s n i t a , d i c e el P . F r a n c i s c o Vázquez (1), p o r
d i a r i a m e n t e á o i r m i s a en los t e m p l o s , así se e n c a m i n a s e á la cueva, una a c e r a , a q u e l h o m b r e iba p o r la o t r a c o n t r a h a c i e n d o p o r mofa
p a r a o c u l t a r e n ella sus l a r g a s o r a c i o n e s y p e n i t e n c i a s . cuanto n u e s t r o P a d r e hacía. Los q u e lo v e í a n n o sabían d e q u é ad-
2. E l g é n e r o de v i d a q u e hizo I g n a c i o e n Manresa fué espantosa- mirarse m á s , si d e la m a l d a d d e l u n o ó d e la b o n d a d y p a c i e n c i a d e l
m e n t e a u s t e r o . Tenía siete h o r a s do o r a c i ó n cada día, y t o d a s siete de otro.» O t r a v e z le t e n t ó el d e m o n i o á las c l a r a s , p a r a h a c e r l e v o l v e r
r o d i l l a s , c i r c u n s t a n c i a m u y r e p a r a b l e en u n h o m b r e r e c i é n c u r a d o de atrás de la senda e m p r e n d i d a . ¿No sería m e j o r , le r e p r e s e n t ó u n día,
tan g r a v e s h e r i d a s en las p i e r n a s . T r e s v e c e s cada día se disciplinaba tomar los v e s t i d o s q u e dejaste y s e r v i r á Dios e n t u e s t a d o , sin m e -
sin p i e d a d (4). S u c o m i d a o r a lo q u e r e c o g í a d e l i m o s n a ; p o r o si le terte e n t r e la h o r r u r a d e estos m e n d i g o s ? Á esta t e n t a c i ó n r e s p o n d i ó
Ignacio, a r r i m á n d o s e m á s á l o s p o b r e s y d á n d o l e s m a y o r e s m u e s t r a s
( 1 ) Proce.no de Barcelona y Manresa, f. 2 2 6 y s i g s . de a m o r . O t r o día le e m p e z ó á fatigar u n p e n s a m i e n t o t r i s t í s i m o .
( 2 ) Audivisse a suis parenübus et a dicto Matilla, quod Pater Ignatius, dam liabi- ¿Quién resiste esta v i d a t a n d u r a c i n c u e n t a años q u e a u n h a s d e v i -
taret Manresae, se conferebat utfaceret poeniteiitiam ad quamdam speluncam sub mo- vir? Y ¿ q u i é n m e a s e g u r a , contestó I g n a c i o , q u e h e d e v i v i r u n a
nasterio capurcinorum., quod antea vocahatur Ecclesia Sti. Bartolomaei, qui locus
hora? C o n esto desvanecióse la t e n t a c i ó n , y n u e s t r o santo p e n i t e n t e
erat tune temporis valde austeras et. inhabitabilis, et ad faciendam orationem et alia
sancta exercitia locus valde aptus et accommodatus, et supra flamen Cardoner, a qua prosiguió a d e l a n t e e n la e m p r e s a c o m e n z a d a .
spelunca videbat montes Sanctae Mariae de Montserrato et unam capellam Sanctac 3. P r o n t o se d i o á c o n o c e r e n t o d a Manresa e l e s p í r i t u q u e a n i m a b a
Catharinae et Monasterium Sti. Pauli, ibique orabat, etc. (Acta Beatif. B. Ignaiii, á aquel m e n d i g o s i n g u l a r . E l h e c h o de h a b e r d a d o s u s p r e c i o s o s v e s -
f. 1 6 8 . )
tidos á u n p o b r e e n Monserz'at se d i v u l g ó r á p i d a m e n t e e n el p u e b l o .
( 3 ) Solebat qualibet die iré ad speluncam seu antrum hodie existena prope mo-
nasterium capuccinorum. (Summar. Act. et Test., f. 9 7 e t s e q q . ) Corrió la voz e n M a n r e s a d e q u e e r a u n i n s i g n e c a b a l l e r o , y c r e -
( 4 ) T o d a e c t a d e a c r i p j i ó n d e la p e n i t e n c i a d e I g n a c i o la t o m a m o s d e l P . Cá-
m a r a (c. n ) , con el cual c o n v i e n e n , sin d i s c r e p a r c a s i u n á p i c e , los P a d r e s Lalnez,
P o l a n c o , N a d a l y Rib&deneira e n l o s p a s a j e s c i t a d o s e n el e n c a b e z a m i e n t o d e este (1) Este P a d r e , q u e fué rector d e Marcliena, escuchó este episodio en 1573 á u n
c a p í t u l o . Véase t a m b i é n Acta Beatif. B. Ign., a r t . 4 5 , d o n d e s e t r a t a d e poenitentia et clérigo a n c i a n o d e M a n r e s a q u e lo p r e s e n c i ó . C o n s e r v a m o s la c a r t a o r i g i n a l d e l
mbstinenlia. P . Vázquez y a d e m á s u n a c o p i a d e e l l a e n la Varia Historia, t. I, £. 3 2 .
 36
Un. I.—FUNDACIÓN PP! LA COMPAÑÍA 37
C A P . m. _ SAN IGNACIO BN MANRESA

c i e n d o c o m o s u e l e la fama de lo d e s c o n o c i d o , p o n d e r á b a s e a ú n más
cados, si n o estaba e n t e r a m e n t e c i e r t o d e h a b e r o m i t i d o a l g u n o .
d e lo q u e e r a la g r a n d e z a d e su valor, la nobleza d e su linaje y las al-
Tranquilizóse al p r o n t o I g n a c i o , p e r o l u e g o el d e m o n i o v o l v i ó á la
tas d o t e s q u e so e n c u b r í a n bajo a q u e l tosco saco. A d e m á s do la buena
carga, r e p r e s e n t á n d o l e q u e , e f e c t i v a m e n t e , e r a c i e r t o q u e n o se ha-
I n é s P a s c u a ] , q u e d e s d e el p r i m e r día m o s t r ó á I g n a c i o afecto d e ma-
bía confesado b i e n . R e c r e c i ó s e la t r i b u l a c i ó n c o n la c i r c u n s t a n c i a d e
d r e , se f u e r o n a c e r c a n d o á él p o c o á p o c o v a r i a s s e ñ o r a s piadosas de
apretarle más los e s c r ú p u l o s e n la misa y al i r á c o m u l g a r . Tal vez
M a n r c s a , e n t r e las cuales n o m b r a n los ¡procesos á c u a t r o más distin-
le s u c e d i ó , d e s p u é s d e a r r o d i l l a r s e p a r a r e c i b i r la E u c a r i s t í a , r e t i -
g u i d a s : B r i a n d a P a g u e r a , Á n g e l a A m i g a n t , Micaela C a m e l l o s y Rui-
rarse del altar, t e m i e n d o c o m e t e r u n s a c r i l e g i o .
d o r a ó R o d a u r a . Éstas y o t r a s s e ñ o r a s e m p e z a r o n m u y p r o n t o á escu-
c h a r los b u e n o s consejos q u e les d a b a I g n a c i o , y sin e s p e r a r á que Vivía p o r a q u e l l o s días en ei c o n v e n t o de los P a d r e s D o m i n i c o s ,
llamase á s u s p u e r t a s , le e n v i a b a n la l i m o s n a al h o s p i t a l d e Santa los cuales, sin d u d a p o r i n d i c a c i ó n del confesor, c o m p a d e c i d o s d e la
L u c í a (1). pobreza y angustias d e I g n a c i o , le h a b í a n r e c o g i d o y le c u i d a b a n c o n
m u c h a c a r i d a d . E s t á b a s e l a r g a s h o r a s e n c e r r a d o en la celda q u e le
4. Á los c u a t r o m e s e s d e v i v i r e n Manrosa e m p e z a r o n p a r a Ignacio
d i e r o n , l l o r a n d o a m a r g a m e n t e y p i d i e n d o tal vez á g r i t o s s o c o r r o á
sus m á s g r a v e s t r i b u l a c i o n e s . A c o n t e c í a l e e s t a r r e z a n d o c o n m u c h o
la d i v i n a m i s e r i c o r d i a . Quiso el d e m o n i o a c a b a r l e con u n g o l p e de-
f e r v o r , y d e r e p e n t e c o m o q u e se le secaba el c o r a z ó n , y q u e d a b a
cisivo. H a b í a en el suelo de la celda u n g r a n d e a g u j e r o , q u e se ce-
s u m i d o e n t e d i o y a m a r g u r a . P r o s e g u í a , n o o b s t a n t e , lo comenzado,
r r a b a c o n una p u e r t a , y d a b a á una p r o f u n d i d a d g r a n d í s i m a . P r o p ú -
y al cabo do a l g ú n t i e m p o , m a y o r ó m e n o r , sentía e n t r a r e n s u alma
solo ol d e m o n i o q u e , p u e s n o h a l l a b a c o n s u e l o en esta v i d a , acabase
el t o r r e n t e d e la s u a v i d a d y d e v o c i ó n q u e a n t e s la i n u n d a b a . Estas
con e l l a , p r e c i p i t á n d o s e e n a q u e l a b i s m o . I g n a c i o , a u n q u e h o r r o r o -
s i n g u l a r e s a l t e r n a t i v a s d e a l e g r í a y d e t r i s t e z a , estas idas y venidas
samente afligido, se c o n t u v o a n t e s e m e j a n t e m a l d a d y r e s i s t i ó á la
del g u s t o e s p i r i t u a l , le l l e n a r o n d e e x t r a ñ a confusión y le infundieron
tentación.
c i e r t o p a v o r s o b r o la c a r r e r a q u e e m p r e n d í a . P e r o esto n o ora sino
O c u r r í a s e l e c o m o r e m e d i o final á tantos males, q u e el confesor le
ol p r e l u d i o d e la batalla. Lo t e r r i b l e fué q u e lo e m p e z a r o n á v e n i r
m a n d a s e n o p e n s a r a b s o l u t a m e n t e e n s u s pecados; p e r o p o r lo m i s m o
d u d a s y e s c r ú p u l o s s o b r e su confesión g e n e r a l . É l la había h e c h o
q u e salía de é l , tenía I g n a c i o p o r sospechoso este r e m e d i o . E n esto
con e x t r e m a d a d i l i g e n c i a ; p e r o c o n t o d o eso, t u r b a d o c o n las imagi-
a c o r d ó s e h a b e r leído de u n santo q u e , p a r a alcanzar c i e r t a g r a c i a
n a c i o n e s s u g e r i d a s p o r el d e m o n i o , e m p e z ó á c a v i l a r s o b r e este
del Señor, h a b í a estado e n a y u n a s hasta q u e la o b t u v o . D e t e r m i n ó
a s u n t o : si callé tal p e c a d o , si o m i t í tal circimstancia, si d e s f i g u r é tal
i m i t a r este e j e m p l o , y u n d o m i n g o , d e s p u é s d e c o m u l g a r , se enca-
h e c h o , y c o n la a g i t a c i ó n d e estas i d e a s , se llenaba su a l m a de una
amargura y zozobra indescriptible. m i n ó á la capilla d e N u e s t r a S e ñ o r a d e Yilladordis, a d o n d e t a n á m e -
n u d o solía r e t i r a r s e á o r a r . Allí e m p e z ó á p a s a r los días de a q u e l l a
5. D e s e a n d o h a l l a r sosiego e n tales congojas, c o n s u l t ó á v a r i o s con-
semana en a b s o l u t o a y u n o y e n p r o l o n g a d a oración, i m p l o r a n d o sin
f e s o r e s , y p o r fin so p u s o en m a n o s d e u n docto P a d r e D o m i n i c o ,
cesar el a u x i l i o de la d i v i n a m i s e r i c o r d i a . ¡Cuan r e s p e t a b l e d e b e s e r
p r e d i c a d o r o r d i n a r i o do la S e o . Ésto, p a r a c o n o c e r m e j o r la concien-
p a r a n o s o t r o s la capilla d e V i l l a d o r d i s , d o n d e n u e s t r o santo P a d r e
cia d e su p e n i t e n t e , le m a n d ó e s c r i b i r t o d o c u a n t o p a s a b a p o r su
t o l e r ó la m á s g r a v e t r i b u l a c i ó n , é h i z o la m á s á s p e r a p e n i t e n c i a d e
a l m a . H í z o l o así I g n a c i o , y p r e s e n t ó su e s c r i t o a l confesor. E x a m i -
toda su vida! (1). Al c a b o d e a l g u n o s días e c h á r o n l e de m e n o s e n la
n ó l o é s t e , y o r d e n ó al s a n t o q u e n o r e p i t i e s e la confesión d e sus pe-
c i u d a d las p i a d o s a s m u j e r e s q u e e s c u c h a b a n sus consejos y le soco-
r r í a n con s u s limosnas. S a l i e r o n á b u s c a r l e p o r d i v e r s a s p a r t e s , y
( 1 ) U n o d e los q u e le l l e v a r o n e s t a s l i m o s n a s f u é B e r n a r d o M a t i l l a , n i ñ o e n t o n c e s d i e r o n con él e n la capilla d e V i l l a d o r d i s . H a l l á b a s e I g n a c i o t a n m a -
d e ocho á n u e v e años q u e v i v í a e n 1 5 9 5 , y a t e s t i g u ó el hecho en los procesos. l i e
a q u í s u s p a l a b r a s e n c a t a l á n : « E t asso dix saber ell testimoni per haver vist lo dit
( 1 ) E s t a c i r c u n s t a n c i a d e l sitio en q u e a y u n ó n u e s t r o s a n t o , y d e l e n c u e n t r o con
Pare Ignacio apres de ser arribat en aquetta ciudat, de. Manresa estar en lo dit hospi-
las p i a d o s a s s e ñ o r a s , n o la n o m b r a n n i C á m a r a , n i R i b a d e n e i r a , n i los p r i m e r o s P a -
tal de Sancta Lucia y Jiaverle aporlat a mentar moltes volles per orde de samare.»
d r e s ; p e r o la p o n e n m u y e x p l í c i t a los p r o c e s o s d e l a beatificación. V é a s e Acta Bea-
P o c o a n t e s d i c e q u e Jo q u e le e n v i a b a l a s e ñ o r a a l s a n t o p a r a c o m e r e r a mina ciste-
lletta ab una olletta de caldo». (Proceso de Barcelona y Manresa, f. 3 3 3 . ) tificationis S. Ign., a r t . 4 5 , d o n d e se a l e g a el t e s t i m o n i o d e l q u i n t o t e s t i g o d e M a n -
resa.
 38
L1B. I . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
c u e n t o y e x t e n u a d o , q u e a p e n a s p o d í a a n d a r n i t e n e r s e e n p i e . Com-
p a d e c i d a s las b u e n a s s e ñ o r a s , b u s c a r o n a l g u n o s h o m b r e s q u e , co-
g i e n d o e n peso a l s a n t o , le t r a n s p o r t a r o n á Manresa. Con todo eso,
q u e r í a é l c o n t i n u a r su a y u n o ; p e r o el confesor, á q u i e n manifestó
esta p e n i t e n c i a el d o m i n g o s i g u i e n t e , le m a n d ó con t o d o r i g o r inte-
r r u m p i r a b s t i n e n c i a tan p r o l o n g a d a , a m e n a z á n d o l e si n o lo hacía
c o n n e g a r l e la a b s o l u c i ó n . O b e d e c i ó el santo, y pasó c o n m u c h o so-
s i e g o el d o m i n g o y el l u n e s . V o l v i e r o n los e s c r ú p u l o s y agitaciones
el m a r t e s ; p e r o e n t o n c e s , p o n i e n d o I g n a c i o la c o n s i d e r a c i ó n , n o en
sus c u l p a s , sino e n las i n c r e í b l e s t u r b a c i o n e s q u e con ocasión de
ellas estaba p a d e c i e n d o , c o n o c i ó c l a r a m e n t e q u e t o d o a q u e l l o era ar-
d i d d e l d e m o n i o p a r a d e s e s p e r a r l e y h a c e r l e v o l v e r atrás d e sus san-
tos p r o p ó s i t o s . C o m o q u i e n d e s p i e r t a d e u n p e s a d o ó i n c ó m o d o sueño,
c o n o c i ó I g n a c i o q u e sus ojos se a b r í a n á la luz, y d e s c u b i e r t a la ten-
t a c i ó n d e l e n e m i g o , q u e d ó el a l m a d e l santo p e n i t e n t e e n m a r a v i -
llosa paz y s o s i e g o .
¿ C u á n t o t i e m p o d u r a r o n estas t r i b u l a c i o n e s ? No lo p o d e m o s pre-
cisar. E l P . C á m a r a dice q u e m u c h o s m e s e s (1). No p u d i e r o n s e r mu-
chos, p u e s e m p e z a r o n á los c u a t r o d e l l e g a r el s a n t o á Manresa, y su
p e r m a n e n c i a allí n o pasó d e u n año, d e b i e n d o a d e m á s descontarse
e l t i e m p o q u e d e s p u é s d e la t o r m e n t a v i v i ó e n g r a n d e consolación.
A u n q u e n o m u y larga, fué d u r í s i m a la p r u e b a , y m e r e c i ó I g n a c i o la
v i c t o r i a p o r su fidelidad y p e r s e v e r a n c i a e n los e j e r c i c i o s p i a d o s o s .
P o r q u e e n t o d o este t i e m p o , a u n en a q u e l l o s o c h o días d e a y u n o ab-
s o l u t o , n u n c a dejó n i sus siete h o r a s d e o r a c i ó n , n i sus t r e s discipli-
nas diarias.
6. T e r m i n a d a la lucha, se s i g u i e r o n las c o n s o l a c i o n e s y r e g a l o s del
S e ñ o r . E l p r i m e r o fué e l a d m i t i r l e Dios á su d u l c e t r a t o , c o m u n i c á n -
d o l e u n d o n d e o r a c i ó n m u y e l e v a d o . No d e c l a r ó I g n a c i o en p a r t i c u -
l a r este p u n t o , p e r o i n f e r i m o s c l a r a m e n t e cuan s u b l i m e d e b i ó d e s e r
su o r a c i ó n , p o r e l h e c h o q u e n o s h a n c o n s e r v a d o los P P . C á m a r a y
P o l a n c o , q u e d e s p u é s d e los e s c r ú p u l o s e m p e z ó á p a s a r las n o c h e s
d e c l a r o e n c l a r o e n t r e g a d o á las d u l z u r a s d e la c o n t e m p l a c i ó n , d e
s u e r t e q u e o b s e r v a n d o lo q u e p a d e c í a su s a l u d p o r esta causa, d e t e r -
m i n ó Ignacio hacerse violencia y no n e g a r á su c u e r p o el necesario
r e p o s o (2).
(1) Vida del P. Ign., c. m . D e e s t e a u t o r h e m o s t o m a d o , c o m o lo h i z o R i b a d e n e i r a ,
• cuanto decimos sobre los e s c r ú p u l o s d e I g n a c i o en Manresa, Véase t a m b i é n á Po-
l a n c o ( Vita P. Ign., c. n i ) .
( 2 ) C á m a r a , Vida del P. Ignacio, c. n i . P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 23.
39
CAP. I I I . — S A N IGNACIO EN MANRESA
Además d e este d o n d e o r a c i ó n , q u e fué c o m o f u n d a m e n t a l p a r a
todos los d e m á s , r e c i b i ó I g n a c i o d e l S e ñ o r g r a c i a s m u y s i n g u l a r e s .
P u e d e n l e e r s e las o b r a s d e l o s P P . C á m a r a y R i b a d e n e i r a , d o n d e
se explican las v a r i a s v i s i o n e s é i l u s t r a c i o n e s d e l cielo q u e p r e m i a -
ron la constancia d e I g n a c i o e n r e s i s t i r á la t e n t a c i ó n . A u n q u e n o s
sea i m p o s i b l e e x p l i c a r u n o p o r u n o t o d o s estos favores, n o d e b e m o s
omitir los d o s más e s t u p e n d o s q u e Dios le c o m u n i c ó , p o r h a b e r sido
p r o b a b l e m e n t e los q u e más i n f l u y e r o n e n el g i r o q u e d e s p u é s había
dn t o m a r la v i d a de n u e s t r o s a n t o f u n d a d o r . H e a q u í c ó m o el P . R i -
badeneira r e f i e r e e l p r i m e r o , c o p i a n d o casi al P . C á m a r a : « S a l i e n d o
un día d e u n a iglesia q u e estaba f u e r a de Manresa, c o m o u n t e r c i o
de legua, y y e n d o t r a s p o r t a d o e n la c o n t e m p l a c i ó n d e las cosas d i v i -
nas, se s e n t ó s o b r e el c a m i n o q u e p a s a b a á la r i b e r a d e u n r í o y p u s o
los ojos e n las aguas. Allí le f u e r o n a b i e r t o s los d e l a l m a y esclare-
cidos con u n a n u e v a y d e s a c o s t u m b r a d a luz, n o d e m a n e r a q u e v i e s e
alguna e s p e c i e ó i m a g e n s e n s i b l e , sino d e u n a m á s alta m a n e r a i n t e -
ligible. P o r lo c u a l e n t e n d i ó m u y p e r f e c t a m e n t e m u c h a s cosas, así
de las q u e p e r t e n e c e n á los m i s t e r i o s d e la fe, c o m o d e las q u e t o c a n
al c o n o c i m i e n t o d e las ciencias; y esto con u n a l u m b r e t a n g r a n d e y
tan soberana, q u e d e s p u é s q u e la r e c i b i ó , las m i s m a s cosas q u e a n t e s
había v i s t o , l e p a r e c í a n o t r a s ; d e tal m a n e r a , q u e él m i s m o dijo q u e
en todo el d i s c u r s o de su v i d a , h a s t a pasados los sesenta y d o s d e ella,
juntando y a m o n t o n a n d o t o d a s las a y u d a s y f a v o r e s q u e h a b í a r e c i -
bido d e la m a n o d e D i o s , y t o d o lo q u e h a b í a sabido p o r e s t u d i o ó
gracia s o b r e n a t u r a l , n o le p a r e c í a q u e p o r ello h a b í a alcanzado t a n t o
como a q u e l l a sola vez. Y h a b i e n d o e s t a d o b u e n r a t o e n este a r r e b a -
tamiento y s u s p e n s i ó n d i v i n a , c u a n d o v o l v i ó e n sí e c h ó s e d e r o d i -
llas d e l a n t e d e u n a c r u z q u e allí e s t a b a , p a r a d a r g r a c i a s á N u e s t r o
Señor p o r tan a l t o y tan i n m e n s o beneficio» (1).
7. E l s e g u n d o f a v o r d e la d i v i n a c l e m e n c i a q u e d e b e m o s r e c o r d a r
es el famoso r a p t o d e o c h o días, o c u r r i d o e n el h o s p i t a l d e S a n t a L u c í a ,
cuando el s a n t o , d e s d e las c o m p l e t a s d e u n sábado h a s t a las c o m p l e -
tas d e l sábado s i g u i e n t e , e s t u v o t a n e n a j e n a d o d e l o s s e n t i d o s , q u e
le t u v i e r o n a l g u n o s p o r m u e r t o , y sólo se r e c o n o c i e r o n señales d e
vida e n l i g e r a s p a l p i t a c i o n e s d e l c o r a z ó n (2). ¿Es v e r d a d q u e e n e s t e
(1) Vida de S. Ign., 1.1, c . v i l . E l P . L a í n e z , e n s u c a r t a á P o l a n c o , p o n e e s t a i l u s -
tración á los c u a t r o m e s e s d e e s t a r el s a n t o e n M a n r e s a , a ñ a d i e n d o la f r a s e á lo que
me puedo acordar. E f e c t i v a m e n t e , p a r e c e y e r r o d e m e m o r i a , p u e s s e g ú u la r e l a c i ó n
más circunstanciada del P . C á m a r a , debió ocurrir esto d e s p u é s d e los e s c r ú p u l o s .
( 2 ) E s t e r a p t o d e S a n I g n a c i o es u n o d é l o s h e c h o s m e j o r p r o b a d o s e n s u v i d a . E l
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LIB. I . — F U N D A C I Ó N DB LA COMPAÑÍA 41
CAP. I I I . — S A N IGNACIO EN MAX RES A

positivas q u e a p o y e n esta c r e e n c i a ; y s e g u r a m e n t e n o d e b e n e x i s t i r ,
pues el santo n o h a b l ó c o n n a d i e d e e s t e r a p t o , s e g ú n lo afirma e l
P. Polanco (1). « L o s p e c a d o s y las a c c i o n e s e x t e r n a s , dice este a u t o r ,
año 1595 f u é interrogado el P . R i b a d e n e i r a , e n el p r o e e s o d i o c e s a n o d e Madrid era fácil h a c é r s e l a s r e f e r i r á I g n a c i o ; p e r o n o los d o n e s i n t e r n o s y
a c e r c a d e e s t e h e d i ó en p a r t i c u l a r . H e a q u í l a r e s p u e s t a q u e dio, bajo juramento: raros, p o r m u c h a d i l i g e n c i a q u e se p u s i e s e en a v e r i g u a r l o s . »
« E l h a b e r e s t a d o el d i c h o P . I g n a c i o o c h o d í a s e n é x t a s i s en la m i s m a M a n r e s a , cnn,.i
8. E x p e r i m e n t a d o n u e s t r o s a n t o P a d r e c o n t a n v a r i a s y f u e r t e s ten-
se dice en el p r i m e r o libro d e s u v i d a , c. v i l , s e lo d i j o á e s t e t e s t i g o e n R o m a p o r los
a ñ o s d e l S e ñ o r d e 1 5 4 4 I s a b e l R o s e l l , q u e e r a u n a s e ñ o r a d e B a r c e l o n a m u y cris- taciones, e s c l a r e c i d o c o n l u c e s s o b r e n a t u r a l e s d e l c i e l o , a u n q u e n o
t i a n a y d e v o t a , y q u e a y u d ó y s u s t e n t ó al P . I g n a c i o en el t i e m p o q u e e s t u d i ó cu poseyese a ú n el c u l t i v o i n t e l e c t u a l d e los e s t u d i o s , p u d o ya e n Man-
Barcelona, y d e s p u é s f u é á liorna por verle, y p o r e s t a r debajo de su obediencia, v resa e s c r i b i r el p r e c i o s o l i b r o l l a m a d o Ejercicios esjurif-u-ales. E n o t r o
n o p u d i e n d o a l c a n z a r l o , v o l v i ó á B a r c e l o n a y s e h i z o m o n j a , y m u r i ó s a n t a m e n t e en
el m o n a s t e r i o . E s t a s e ñ o r a c o n t ó á e s t e t e s t i g o lo q u e e s c r i b e d e e s t e a r r o b a m i e n t o v
capítulo h a b l a r e m o s despacio s o b r e la c o m p o s i c i ó n d e este l i b r o . P o r
é x t a s i s d e los o c h o d í a s , y s e lo d i j o d e la m a n e r a q u e allí se e s c r i b e ; y a ñ a d i ó que ahora b á s t e n o s a ñ a d i r , q u e c o n las n u e v a s l u c e s d e l cielo y c o n el es-
los m i s m o s q u e en M a n r e s a se h a b í a n h a l l a d o p r e s e n t e s y v e l a d o al P a d r e cuando píritu a p o s t ó l i c o , q u e y a e n t o n c e s infundió el S e ñ o r á I g n a c i o , co-
e s t a b a e n a q u e l a r r o b a m i e n t o , se lo h a b í a n c o n t a d o á ella d e a q u e l l a m i s m a s u e r t e .
menzó éste á fructificar e s p i r i t u a l m e n t e e n las almas, c o m u n i c á n d o -
T a m b i é n p a s a n d o e s t e t e s t i g o , c u a n d o v e n í a d e R o m a ¡V E s p a ñ a , p o r B a r c e l o n a , el
a ñ o d e 1 5 7 4 , h a l l ó en a q u e l l a c i u d a d u n h o m b r e q u e s e l l a m a b a J u a n P a s c u a l , qui- les algo d e lo q u e él h a b í a r e c i b i d o d e lo alto. S e g ú n se d e s p r e n d e
e r a v i e j o y m u y b u e n c r i s t i a n o , y t e n i d o en t o d a a q u e l l a c i u d a d p o r tal ; y p o r q u e delproceso d e M a n r e s a (2), d i o a l g u n o s e j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s á v a r i a s
e r a d e M a n r e s a y h i j o d e ' u n a I n é s P a s c u a l , q u e f u é u n a m u j e r m u y s i e r v a d e Dio- señoras d i s t i n g u i d a s , á las cuales el v u l g o m a l i c i o s o e m p e z ó á l l a m a r
y d e v o t a d e l P . I g n a c i o , y le h a b í a t e n i d o e n M a n r e s a y c u r a d o en su c a s a , le pre-
g u n t ó si s e a c o r d a b a q u e el d i c h o P . I g n a c i o h u b i e s e e s t a d o e n M a n r e s a a r r o b a d o
las Iñigos. No p a r e c e p r o b a b l e q u e les d i e r a los e j e r c i c i o s e n t e r o s ;
o c h o d í a s y c o m o m u e r t o , y él le r e s p o n d i ó : ¡Y c ó m o q u e m e a c u e r d o ! Yo e r a e n t o n -
ces d e d i e z y seis á d i e z y s i e t e a ñ o s , y le h a l l é d e a q u e l l a m a n e r a , y f u i corriendo
rrabant dictum raptum , assrrebant durasse per tempus, in articulo designalum [dice
á m i m a d r e y le d i j e : «.Aladre, el s a n t o es m u e r t o . » Canonizaciones. La de N.P. Ig.i.
el artículo a complctorio suhbati usque ad alterum proximi sabbati completorium]
E n el p r o e e s o i n f o r m a t i v o d e B a r c e l o n a , y en el d e M a n r e s a , h e c h o s a m b o s e n 1595,
et eo modo quo articulas narra!, Iiditer quod ridebatur illis qui praesentes erant dic-
s e d e d i c a u n a r t í c u l o , q u e e s el s e x t o , á l a a v e r i g u a c i ó n d e e s t e h e c h o e x t r a o r d i n a -
r i o . A d e m á s d e o t r o s t e s t i g o s , q u e h a b l a n e n t é r m i n o s a l g o v a g o s y g e n e r a l e s , me- tum Patrem Ignatium mortuum c<¡¡«.» (Acia Beatif. Sancti Ign., art. 31.) Tenemos,
r e c e n a t e n c i ó n c u a t r o q u e h a b l a n c o n m u c h a p u n t u a l i d a d d e e s t e s u c e s o , y lo pre- pues, t r e s t e s t i g o s p r e s e n c i a l e s d e l r a p t o , I n é s P u s c u a l , J u a n P a s c u a l y el Sr. P a -
s e n t a n c o m o c o s a c o n o c i d í s i m a . S o n e s t o s t e s t i g o s la m u j e r y t r e s h i j a s d e J u a n guera, sin c o n t a r l o s o t r o s n o b l e s y l a s d e m á s p e r s o n a s q u e lo v i e r o n y n o s e n o m -
Pascual. ( E s t e había m u e r t o seis años antes.) El p r i m e r testigo se a p o y a principal- bran en p a r t i c u l a r . N i s o m b r a d e d u d a p u e d e q u e d a r , p o r c o n s i g u i e n t e , a c e r c a d e la
m e n t e en el d i c h o d e I n é s P a s c u a l , m a d r e d e J u a n P a s c u a l . H e a q u í e s t e t e s t i m o - realidad d e l h e c h o .
n i o : «Audivisse saepissime ab Agnete Pascuala sua socru, quod existente P. Igna- ( 1 ) Ab hominibus praeterea, qui se ridisse testabantur, didicimus tolos octo dies,
Uo Minorissae, dicta Agnes Pascuala etiam ibi exislebat, et ipsa curam hábebat gn- scilicetab uno die sabbati usque ad sabbatum sequens, a sensibus corporis Ignatium
bemandi dictum P. Ignatium, et si illi aliquid dcficie.bat pro se sustentando. Cumque suspensuinfuisse, ut vix alia ratione vivere, quam ex eordis aliquo mota (qui ne sepe-
oblígalafuisset dicta Agnes Pascuala iens ad dictum hospitale Stae. Luciaead eum lirelur effecit), discernerelur, et ad sensum octavo die, saepius nomine Jesit itéralo,
videndum, iuvenit D. P. Ignatium existentem in éxtasi aut rapta tamquam si essrt redüsse. Nam ipse de hoc raptu, iiihil quod sciainus, cuiquam dixit; nec illi silenlium
mortuus, et praedicta Agnes valde de illo dolebat, quoniam timebat, ne per oblivin- miran tur qui Ignatium familiar! ter noverunt, a quo yeccata vitae anleactae et exlerna
nem Ulitis in talem angustiam incidisset, et sic in continenti occidi fecit gallinam et quaedam facile interrogalione extorquen\ poterant, sed interna et, rara non ita, licet
fecitjura seu prodia, et hoc modo permansit ocio diebus tamquam si esset mortuus, diligenter discere ab eo curarent, disci ab eo poterant. (Vita Ign., p . 23.)
et postea in se reversus fuit, et hoc narran audivit ipsa teslis á dicta Agnete et sun T é n g a s e p r e s e n t e e s t e d i c h o d e P o l a n c o , p o r q u e en el s i g l o x v i u se difundió
viro Joanne Pascual, tamquam de re quam viderant et pro re, certa.'» (Summariwu cierta r e l a c i ó n a p ó c r i f a d e lo q u e vio Ignacio en este r a p t o , relación atribuida al
proces. Barcelona, a r t . 6 . ° ) L a s t r e s h i j a s d e J u a n P a s c u a l se refieren m á s b i e n al P. J e r ó n i m o D o m e n e c h , y d e s c u b i e r t a , s e g ú n se d i j o , e n e l c o l e g i o d e T e r m i n i , e n
d i c h o d e s u p a d r e . O t r o t e s t i g o , s o r E s t e f a n í a d e la C o n c e p c i ó n , c o n f i r m a el h e c h o Sicilia. L a tal r e l a c i ó n , i m p r e s a e n 1 7 6 8 , f u é u n a d e t a n t a s c a l u m n i a s divulgadas
d i c i e n d o h a b e r l o oído á p e r s o n a s h o n r a d a s . E n l o s p r o c e s o s a p o s t ó l i c o s d e B a r c e - para p r e p a r a r l a s u p r e s i ó n d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s .
l o n a h e c h o s e n 1 6 0 6 , e n t r e v a r i o s t e s t i g o s , e s n o t a b l e el 1 9 , q u i e n a s e g u r a el h e c h o
( 2 ) Dicebatur per hanc civitatem, quod midieres, nominatae [Brianda Paguera,
p o r h a b e r l o o í d o a l S r . P a g u e r a y á o t r o s n o b l e s q u e lo p r e s e n c i a r o n . aQuia sic
Ángela Amigant, Michaela Canielles, Agnes Claver~\ erant ralde amicae dicti P. Ig-
semper testis audivit a dictis nobilibus Paguera et alus, qui fuerunt praesentes tem-
nahi et faciebanl quoque plura exercilia, et ex tune temporis et citra inolevit in hac
pore quo dictus tam magnus raptas successil Patri Ignatio in dicto hospitali Sanctae
civitate nomen aliquarum mulierum, quas vocabant Iñigas, et toium hoc habuit ortum
Luciae, et recordalur optime, quod dicti nobiles et alii, quando sibi Testi et aliis na-
adoctrina quam dictus P. Ignatius doeebat. (Saín-marium proces. El de Manresa,
articulo 4.°)
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LIB. I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
p e r o n o h a y d u d a q u e les c o m u n i c ó a l g u n a s m e d i t a c i o n e s (1), con las
cuales a d e l a n t a r o n c o n s i d e r a b l e m e n t e e n la v i r t u d . C o n e l deseo do
a p r o v e c h a r á las a l m a s , e m p e z ó I g n a c i o á t r a t a r más c o n los prójimos,
y c u a n d o a l g u n a s p e r s o n a s b u e n a s le c o n v i d a b a n á c o m e r , admitía la
i n v i t a c i ó n , p a r a p o d e r h a b l a r s o b r e m e s a d e cosas e s p i r i t u a l e s y dar
s a l u d a b l e s consejos.
Al fin d e l año 1522, e m p e z a n d o lo c r u d o d e l i n v i e r n o , c a y ó en una
g r a v e e n f e r m e d a d , ocasionada sin d u d a p o r sus excesivas penitencias.
P a r a c u r a r l e m e j o r l e l l e v a r o n s u s d e v o t o s á casa del S r . Andrés
A m i g a n t , d o n d e día y n o c h e le a s i s t i e r o n a l g u n a s p e r s o n a s buenas
c o n e x t r e m a d a c a r i d a d (2). L u e g o q u e se r e p u s o a l g ú n t a n t o , volvió
á sus p e n i t e n c i a s , con lo c u a l r e c a y ó s e g u n d a y t e r c e r a v e z e n la en-
f e r m e d a d . Q u e r í a D i o s , c o m o o b s e r v a P o l a n c o , e n s e ñ a r l e el cuidado
c o n v e n i e n t e q u e se d e b e t e n e r de la salud, y c o m o el m i s m o Ignacio
solía d e c i r , e n esto, c o m o e n o t r a s m u c h a s cosas, « e r r a n d o a p r e n d i ó á
n o e r r a r » (3). C o n v e n c i d o s i n d u d a p o r la e x p e r i e n c i a d e la enferme-
d a d , c o n d e s c e n d i ó c o n los r u e g o s d e s u s a m i g o s , q u e le instaban á
q u e a d m i t i e s e a l g ú n traje q u e le d e f e n d i e s e m e j o r d e las inclemen-
cias d e l t i e m p o . E l S r . Caniellos, h o n r a d o i n d u s t r i a l d e l a n a , se en-
c a r g ó d e h a c e r la c o s t a , q u e n o d e b i ó o c a s i o n a r l e g r a n d e s quebran-
tos e n la h a c i e n d a , p u e s t o d o l o q u e a d m i t i ó I g n a c i o se r e d u j o á dos
r o p i l l a s p a r d a s d e p a ñ o m u y g r u e s o y u n b o n e t e d e lo m i s m o , como
m e d i a g o r r a (4). T a m b i é n e m p e z ó p o r e n t o n c e s á c o r t a r s e el cabello
y las uñas, sin d u d a p o r h a c e r s e m á s accesible á las g e n t e s c o n quie-
nes trataba.
Al e m p e z a r el año 1523, I g n a c i o , r e s t a b l e c i d o m e d i a n a m e n t e de su
e n f e r m e d a d , t r a t ó d e p a r t i r s e p a r a J e r u s a l é n . U n a b u e n a ocasión lo
facilitó el e m p r e n d e r este c a m i n o . D e b í a d i r i g i r s e á R o m a J u a n Pu-
j o l , v i c a r i o d e P r a t s , p o r n e g o c i o s q u e le h a b í a e n c o m e n d a d o e l mo-
n a s t e r i o d e M o n s e r r a t . Un día e n q u e n u e s t r o s a n t o P a d r e visitó á
e s t e m o n a s t e r i o , e n c o n t r ó s e c o n P u j o l , q u e se p r e p a r a b a p a r a el ca-
m i n o d e R o m a , e n c o m p a ñ í a d e G a b r i e l P e r p i ñ á , n i ñ o q u e le servía
(1) Spiritualia ergo illa exercitia, que a Deo ipse edoctus acceperat, mullís
resae communicare caepit. P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 2 5 .
( 2 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. I I I . N o s e n o m b r a a q u í al Sr. A m i g a n t , sino al
p a d r e d e u n F e r r e r a , q u e d e s p u é s f u é c r i a d o d e B a l t a s a r F a r i a . P o r los p r o c e s o s se
v e q u e es la m i s m a p e r s o n a .
( 3 ) Et in re hac (sicut in alus ipse dicebat sibi accidere) prius errando non
didicit. (Ibid., p . 2 4 . )
( 4 ) C á m a r a , ibid., c. m. Acta Beatif., art. 48.
CAP. I I I . — S A N IGNACIO E S MANRESA 43
de criado. E n t e n d i e n d o I g n a c i o el o b j e t o d e a q u e l viaje, r o g ó a l v i -
cario de P r a t s q u e le p e r m i t i e s e i r h a s t a R o m a e n su c o m p a ñ í a (1).
Admitida esta p r o p u e s t a se d i s p u s o n u e s t r o s a n t o P a d r e p a r a la p a r -
tida. «Se fué d e s p i d i e n d o d e M a n r e s a , d i c e u n t e s t i g o o c u l a r , c o n lá-
grimas y s e n t i m i e n t o i n c r e í b l e d e la m e j o r y m a y o r p a r t e d e la ciu-
dad, que sentía su p a r t i d a y ausencia, c o m o a u s e n c i a al fin de u n santo
y de u n ángel» (2). E l b u e n J u a n P a s c u a l y a l g u n o s o t r o s se o f r e c i e r o n
á ir en su c o m p a ñ í a p a r a s e r v i r l e e n tan l a r g a p e r e g r i n a c i ó n , p r e -
viendo los t r a b a j o s q u e se lo o f r e c e r í a n p o r su g r a n p o b r e z a y poí-
no saber n i latín n i i t a l i a n o . E l g l o r i o s o santo n o q u i s o a d m i t i r ser-
vicios d e n a d i e , y fiado s o l a m e n t e e n la d i v i n a p r o v i d e n c i a , fué á
reunirse c o n P u j o l y P e r p i ñ á , y e n c o m p a ñ í a d e ellos se e n c a m i n ó á
Barcelona.
I m p o r t a n t í s i m o es en la v i d a d e San I g n a c i o el p e r í o d o d e su p e r -
manencia en Manresa. T r e s p a r t e s , ó, c o m o p u d i é r a m o s l l a m a r , t r e s
actos t i e n e a q u e l t i e m p o i n t e r e s a n t e y d r a m á t i c o d e s u vida. E l p r i -
mero lo c o n s t i t u y e n los c u a t r o meses d e s p u é s d e s u llegada. E n t o n c e s
Ignacio, l l o r a n d o e n a m a r g u r a de corazón los d e l i t o s é i g n o r a n c i a s
de su j u v e n t u d , se aplica á la o r a c i ó n vocal y al r i g o r de la p e n i t e n c i a .
Padece s o l a m e n t e a l g u n a s t e n t a c i o n e s e l e m e n t a l e s , d e esas con q u e
el demonio s u e l e a t e m o r i z a r á los p r i n c i p i a n t e s . E n e l s e g u n d o acto,
que p r o b a b l e m e n t e o c u r r i r í a e n los m e s e s d e A g o s t o , S e t i e m b r e y
Octubre, es p r o b a d o n u e s t r o h é r o e con e s c r ú p u l o s y t o r m e n t o s i n t e -
riores, los c u a l e s al m i s m o t i e m p o q u e a f i r m a r o n s u v i r t u d , l e infun-
dieron a q u e l d o n a d m i r a b l e d e d i s c e r n i r e s p í r i t u s , e n q u e I g n a c i o
no tuvo r i v a l e n e l m u n d o . F i n a l m e n t e , e n el t e r c e r acto, q u e se ex-
tendería d e s d e O c t u b r e de 1522 hasta F e b r e r o d e 1523, r e c o m p e n s a
(1) E s t e h e c h o lo testificó el m i s m o G a b r i e l P e r p i ñ á e n los p r o c e s o s d e 1 5 9 5 .
tCoiwentus dicti monasterii [Montserrat] misil dictum Joannem Pujol pro negotiis
monasterii et ipsum testem similiter cum dicto D. Joanne ad effectum illi inserviendi,
et hoc intelligens P. Ignatius, deprecatus fuit amore Dei dictum D. Joannem, ut
illum recipere vellet in mi societate, quia valde desiderabat Romam petere, et dictas
D. Pujol de hoc contentusfuit, et ita omnes tres, ridelicet D. Joannes Pujol P. Igna-
Man- tius et testis iste iverunt ad civitatem Barchinotiensem. (Summarium proces. E l d e
Manresa en P r a t s , a r t . 3.°). Á p r i m e r a v i s t a p a r e c e q u e e s t e t e s t i m o n i o se o p o n e á
lo que d i c e el P . C á m a r a ( c . m ) , q u e I g n a c i o r e h u s ó l l e v a r c o m p a ñ e r o d e v i a j e .
Esta a p a r e n t e c o n t r a d i c c i ó n s e e x p l i c a c o n s i d e r a n d o q u e el P . C á m a r a h a b l a d é l o s
manresanos q u e se o f r e c í a n á s e r v i r al s a n t o , á l o s c u a l e s n o p e r m i t i ó v e n i r c o n s i g o
errare por h u m i l d a d ; p e r o e s t o n o q u i t a q u e a d m i t i e s e y a u n b u s c a s e l a c o m p a ñ í a d e P u j o l ,
con quien s o l a m e n t e f u é h a s t a R o m a .
(2) J u a n P a s c u a l , Relación.
 45
44 CAP. I I I . — S A N IGNACIO EN MANRESA
L i l i . 1.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

jol y P e r p i ñ á h a s t a R o m a , d o n d e e n t r ó el d o m i n g o d e R a m o s (1).
e l S e ñ o r con s i n g u l a r e s luces y r e g a l a d a s c o n s o l a c i o n e s la fidelidad y
constancia de su s i e r v o . E n t o n c e s lo r e v e l a , c o m o voremo's m á s a d e - Despidiéndose d e sus d o s a m i g o s , se e n c a m i n ó á V e n e c i a , d o n d e se
lante, la i d e a d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s ; e n t o n c e s le i n s p i r a los gran- embarcó el 14 d e J u l i o , p a r a l l e g a r á J e r u s a l é n e l 4 d e S e p t i e m b r e .
des p r i n c i p i o s de los E j e r c i c i o s espirituales; y n u e s t r o s a n t o , seguro Habiendo c u m p l i d o c o n su d e v o c i ó n , dio la v u e l t a h a s t a V e n e c i a ,
c o n la d i r e c c i ó n d e lo alto, e m p i e z a á e j e r c i t a r e n M a n r e s a aquel celo donde se h a l l a b a á m e d i a d o s d e E n e r o d e 1524. A t r a v e s ó e l n o r t e d e
a p o s t ó l i c o , q u e había de i n f u n d i r más a d e l a n t e e n la Compañía de Italia con g r a n d e s p e n a l i d a d e s , y p o r fin e n t r ó e n B a r c e l o n a p o r la
Jesús. Cuaresma d e l m i s m o a ñ o . V é a n s e e n el P . C á m a r a a q u e l l a s e r i e d e
edificantes e j e m p l o s q u e dio e n esta p e r e g r i n a c i ó n , a q u e l l a confianza
E r a c o s t u m b r e en n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s c o n s i d e r a r el retiro
ilimitada e n D i o s al e m b a r c a r s e e n B a r c e l o n a , a q u e l d e s a m p a r o h o -
d e Manresa c o m o u n a p r á c t i c a de los Ejercicios, q u e San I g n a c i o hizo
bajo la d i r e c c i ó n d e l E s p í r i t u Santo, a n t e s d e e s c r i b i r l o s (1). Q u e esto rrible en el c a m i n o d e R o m a á Venecia, a q u e l l o s p e l i g r o s e n la n a v e
fuese v e r d a d , lo indica b i e n á las claras el s i g u i e n t e pasaje del P . C á - por su celo e n r e p r e n d e r l o s p e c a d o s q u e se c o m e t í a n , finalmente,
m a r a : «En este t i e m p o le t r a t a b a Dios d e la m i s m a m a n e r a q u e trata aquella p i e d a d y d e v o c i ó n t e r n í s i m a c o n q u e v e n e r ó los l u g a r e s
u n m a e s t r o d e escuela á un n i ñ o , e n s e ñ á n d o l e , y o r a esto fuese p o r su santificados p o r la p r e s e n c i a d e l S a l v a d o r . D e j a m o s á los b i ó g r a f o s
r u d e z a y g r u e s o i n g e n i o , ó p o r q u e n o tenía q u i e n le enseñase, ó por del santo la t a r e a d e especificar p u n t o p o r p u n t o cada u n o d e estos
la firme v o l u n t a d q u e e l m i s m o D i o s le había d a d o p a r a servirle, hechos. N o s o t r o s , c o n t e n t á n d o n o s c o n i n d i c a r l o s , p a s a r e m o s a h o r a á
c l a r a m e n t e él j u z g a b a y s i e m p r e h a j u z g a d o , q u e Dios le t r a t a b a de examinar l o s e s t u d i o s q u e h i z o San I g n a c i o p a r a d i s p o n e r s e á ejecu-
esta m a n e r a , antes si d u d a s e en e s t o , p e n s a r í a o f e n d e r á s u Divina tar los p l a n e s c o n c e b i d o s e n M a n r e s a .
Majestad» (2). Dos cosas se infieren d e este n o t a b i l í s i m o pasaje: Pri-
m e r a , q u e Dios fué el i n m e d i a t o m a e s t r o de n u e s t r o P a d r e San Ig- ( , ) Véase en l o s procesos la continuación del testimonio d e P e r p i ü á , citado m á s
n a c i o , tan i n m e d i a t o c o m o lo e s el m a e s t r o d e e s c u e l a p a r a el niño, arriba.
e n t r e o t r a s razones,porque no tenía Ignacio quien le enseñase. Segunda,
q u e el m o d o de e n s e ñ a r l e fué p r á c t i c o , h a c i é n d o l e e j e c u t a r lo que lo
e n s e ñ a b a , c o m o el m a e s t r o d e e s c u e l a e j e r c i t a e n l e e r y e s c r i b i r á !
n i ñ o , y e s t o , n ó t e s e b i e n , lo tenía I g n a c i o p o r tan c i e r t o , q u e pen-
saría o f e n d e r á Dios si d u d a s e d e e l l o . B u e n o e s t e n e r p r e s e n t e este,
pasaje, p a r a c u a n d o se e s t u d i e la c o m p o s i c i ó n de los E j e r c i c i o s y de
las C o n s t i t u c i o n e s . ¡ C u á n t o c a m i n o h a b í a a n d a d o a q v h o m b r e en
menos de u n a ñ o ! Había entrado en Manresa pecador V onvertido, y
salía santo; había e n t r a d o d i s c í p u l o r u d o , y salía m a e s t r o consumado
e n la ciencia d e l e s p í r i t u ; h a b í a e n t r a d o p a r a h a c e r p e n i t e n c i a de sus
c u l p a s , y salía p a r a f u n d a r la C o m p a ñ í a d e J e s ú s (3).

9. E l viaje de I g n a c i o á T i e r r a Santa es u n o de los e p i s o d i o s más

a m e n o s y d e v o t o s d e su v i d a . D e b i ó d u r a r u n o s t r o c e ó c a t o r c e me-
ses, s e g ú n se d e s p r e n d e d e los datos c r o n o l ó g i c o s s u m i r ' s t r a d o s p o r el
P . C á m a r a . Salió de M a n r e s a el p e r e g r i n o á p r i n c i p i o s d e 1523 (pro-
b a b l e m e n t e á fines d e F e b r e r o ) . D e t ú v o s e e n B a r c e l o n a t r e s semanas,
y en cinco días d e n a v e g a c i ó n l l e g ó á Gaeta. De allí fué á p i e con Pu-

O) N a d a l Mucell.de Reg., S. J., cuad. 5 . - ( 2 ) Vida del P. Ign., c. m.-

(d) V é a s e m á s a b a j o el c a p . v i l . '
 47
CAP. IV.—ESTUDIOS DE SAN IQNACIO

' cuando e l a ñ o a n t e r i o r h a b í a s a l i d o p a r a T i e r r a S a n t a , d i s t i n g u i ó s e
CAPITULO I?
ESTUDIOS D E SAN IGNACIO
SCJMARIO: 1 . E n 1 5 2 4 e m p i e z a I g n a c i o á e s t u d i a r en B a r c e l o n a . — 2 . T e n t a c i o n e s v
t r i b u l a c i o n e s q u e l e e s t o r b a n el e s t u d i o . — 3 . E n 1 5 2 6 v a á e s t u d i a r e n Alcalá.—
4. P r o c e s o s q u e a l l í le f o r m a n . — 5 . S a n I g n a c i o e n S a l a m a n c a . — 6 . A principios
d e 1 5 2 8 p a s a á P a r í s . — 7. A p u r o s e c o n ó m i c o s e n e s t a c i u d a d . — 8 . S e r i e d e estu-
d i o s q u e allí h i z o . — 9 . O b l i g a d o á v e n i r á E s p a ñ a , i n t e r r u m p e la t e o l o g í a . — 1 0 .
I n t e n t a c o n t i n u a r l a e n B o l o n i a , p e r o s e lo i m p i d e s u f a l t a d e s a l u d .
F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1 . Laínez, Carta al P. Polaneo.—2. C á m a r a , Vida del P. Ign.,
c. V, VI y v i l . — 3 . P o l a n c o , Vita P. Ign., c. V, VI e t VIL—í. Nadal, Miscellanea de regiüis, S. J —
5 . R i b a d e n e i r a , V i d a d e S. Ign., 1. I, c. XUI y siguiontes.— 6 . Cartas de S. Ignaci». — 7. Pro-
cesos de Alcalá contra Ignacio.—8. Procesos de beatificación.—9. Constituciones.
1. E r a la C u a r e s m a d e l año 1524, y t e r m i n a d a f e l i z m e n t e su traba-
j o s a p e r e g r i n a c i ó n á J e r u s a l é n , d e s e m b a r c a b a San I g n a c i o en Barce-
l o n a (1). ¿ Q u é h a b í a d e h a c e r e n lo r e s t a n t e d e s u v i d a ? L a idea de
b u s c a r la m a y o r g l o r i a de D i o s y d e r e u n i r g e n t e p a r a p r o c u r a r l a ,
c o n t r i b u y e n d o c u a n t o p u d i e s e á la salvación d e las a l m a s , y a estaba
fija e n su m e n t e , d e s d e el r e t i r o de Manresa. Mas p a r a t r a b a j a r con
f r u t o e n el b i e n e s p i r i t u a l d e los p r ó j i m o s , e r a n e c e s a r i o el auxilio
d e la c i e n c i a sagrada, p u e s a u n q u e la i n s p i r a c i ó n d e l A l t í s i m o había
i l u s t r a d o con l u c e s a d m i r a b l e s la m e n t e d e I g n a c i o , n o q u i s o Dios
d i s p e n s a r l e d e l t r a b a j o o r d i n a r i o d e los estudios, o b l i g á n d o l e d e paso
á e x p e r i m e n t a r las p e n a l i d a d e s q u e ellos i m p o n e n , p a r a q u e más
a d e l a n t e , a m a e s t r a d o p o r la e x p e r i e n c i a , p u d i e s e l e g i s l a r p r u d e n t e -
m e n t e a c e r c a d e este p u n t o d e n u e s t r o I n s t i t u t o . T r a t ó , p u e s , d e em-
p r e n d e r la c a r r e r a eclesiástica á los t r e i n t a y t r e s a ñ o s d e su e d a d (2).
(1) C á m a r a , Ibid., c. v.
Entre v a r i a s p e r s o n a s q u e l e h a b í a n c o n o c i d o algo e n B a r c e l o n a ,
una piadosa s e ñ o r a , l l a m a d a I s a b e l R o s e l l (1), q u e f a v o r e c i ó c o n li-
mosnas al s a n t o , y e n c a m b i o r e c i b i ó d e é s t e saludables consejos,
con los q u e se a p r o v e c h ó n o t a b l e m e n t e e n el e s p í r i t u . C o n esta se-
ñora y con u n m a e s t r o d e latín, l l a m a d o A r d e b a l o , c o n s u l t ó n u e s t r o
santo P a d r e (2) e l p e n s a m i e n t o q u e t e n í a d e e s t u d i a r . A m b o s a p r o -
baron su p r o p ó s i t o : e l m a e s t r o se ofreció á e n s e ñ a r l e g r a t i s la g r a -
mática, y la s e ñ o r a I s a b e l á s o c o r r e r l e c o n sus l i m o s n a s mienta as
viviese en B a r c e l o n a . T a m b i é n le f a v o r e c i ó c o n su c a r i d a d la pia-
dosa Inés P a s c u a l , q u i e n c o n t i n u ó e n B a r c e l o n a los b u e n o s oficios
que había e m p e z a d o á e j e r c i t a r c o n I g n a c i o e n Manresa. A c e p t a d o s
estos c a r i t a t i v o s o f r e c i m i e n t o s , p u s o e l s a n t o m a n o s á la o b r a . Al
mismo t i e m p o , s i n t i é n d o s e m e j o r d e s a l u d e n B a r c e l o n a , a c o r d ó t o r -
nar al r i g o r d e las p e n i t e n c i a s , e n las c u a l e s h a b í a aflojado a l g o ,
parte p o r los d o l o r e s d e e s t ó m a g o q u e d e s d e la e n f e r m e d a d d e Man-
resa le m o l e s t a b a n , p a r t e p o r los t r a b a j o s d e la p e r e g r i n a c i ó n . Se
había p u e s t o a n t e s z a p a t o s , p e r o a h o r a les c o r t ó las s u e l a s , q u e d á n -
dose con las c u b i e r t a s d e ellos; c o m í a m u y p a r c a m e n t e , y v e s t í a c o n
suma p o b r e z a , a u n q u e n o j u z g ó o p o r t u n o v o l v e r al a n t i g u o saco d e
Manresa (3). R o g á b a l e la p i a d o s a I n é s P a s c u a l q u e n o se m a l t r a t a s e
tanto y q u e c o m i e s e a l g o m e j o r ; p e r o n o s a b e m o s q u e c o n s i g u i e s e
nada, a u n q u e p a r a esto q u i s o la b u e n a s e ñ o r a i n t e r p o n e r la a u t o r i -
dad del c o n f e s o r d e I g n a c i o (4).
2. No fué ol e x c e s o d e las p e n i t e n c i a s lo q u e le i m p i d i ó p r i n c i p a l -
mente el a p r o v e c h a r e n t o n c e s e n e l e s t u d i o . A c o m e t i ó l e e l d e m o n i o
con una t e n t a c i ó n m u y o r i g i n a l , y fué q u e , a p e n a s t o m a b a la g r a m á -
tica en la m a n o , le s o b r e v e n í a t al g o l p e d e p e n s a m i e n t o s e s p i r i t u a -
les, d e ideas d e v o t a s , d e d u l z u r a y s u a v i d a d i n t e r i o r , q u e se olvi-
daba p o r c o m p l e t o d e l e s t u d i o . Así es q u e , e n t r e esta d e v o c i ó n p o r
( 1 ) E s c r i b i m o s e s t e n o m b r e c o n la o r t o g r a f í a u s u a l e n C a t a l u ñ a , a u n q u e S a n I g -
nacio e s c r i b í a Roser, y el P . N a d a l , t r a d u c i é n d o l o al l a t í n , lo t r a n s f o r m ó e n Rossera.
(Epist. P. Nadal, t . i, p . 2 2 . )
(2) C á m a r a , Ibid., c. v .
( 3 ) Ad sacum non judicavit esse redeundum, P o l a n c o , Ibid., p. 3 2 .
( 4 ) Asi lo testifica e n los p r o c e s o s u n a h i j a d e J u a n P a s c u a l : <i Tantus crat amor

lilit emífá etdiaÍ *' ^ * ^ ^

illius [Ignatii] erga pauperes, ut oblivisceretur propriae sustentationis, et id modi-

iap^sZlZrTae ¡ZÍZTcZ ** ^ ^
cum quod comedebat erat ad meram importunitatem aviae ijisius testis. Ita devene-
salen; pero esto parece un rat ad tantam debilitatem, quod praedicta xignes monuerat suum confessorem, ut
a u t o r e s p o n e n el h e c h o d e s p u é s d e la r o m e r í a 7 t 0 d
° 8 l o S d e m Í S praeciperet ei quod comederet, prout de /acto praeceperat, ut comederet in mensa aviae
etpatris ipsius testis.y> Acta Beatif., art. 3 5 .
48 L i l i . I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
u n lado, y la dificultad p o r o t r o do a p r e n d e r á los t r e i n t a y t r e s años
a q u e l l a s m e n u d e n c i a s , a p e n a s a d e l a n t a b a u n paso en las l e t r a s . Pú-
sose á e x a m i n a r d e s p a c i o este f e n ó m e n o , y con la g r a n luz y expe-
r i e n c i a q u e ya t e n í a e n las cosas e s p i r i t u a l e s , d e s c u b r i ó b i e n pronto
la t r e t a d e l d e m o n i o , q u e le q u e r í a a p a r t a r del e s t u d i o , deslumhrán-
d o l e con a q u e l l a falsa d e v o c i ó n .
P a r a r e s i s t i r á esta tan porfiada astucia d e l e n e m i g o , dice el P . lli-
b a d e n e i r a , «vase á su m a e s t r o , y r u é g a l e ( c o m o el m i s m o P a d r e me
contó) q u e se v e n g a con él á la iglesia d e Santa María d e l M a r , que
estaba c e r c a d e su casa, y q u e allí le oiga lo q u e le q u i e r e decir. Y
así le dio c u e n t a m u y p o r e n t e r o d e t o d o lo q u e p a s a b a en esta
p a r t e p o r su á n i m a , y d e la tela q u e le iba u r d i e n d o el demonio,
y q u e p a r a d e s t e j e r l a y d e s h a c e r l a d e t o d o p u n t o , le empeñaba
su p a l a b r a y le p r o m e t í a n o faltar n i n g ú n día á lección en es-
pacio de los dos p r i m e r o s a ñ o s , con q u e n o le faltase p a n y agua
p a r a p a s a r a q u e l día. Y con e s t o , échase á los pies d e l m a e s t r o , y
r u é g a l e u n a y m u c h a s v e c e s , m u y a h i n c a d a m e n t e , q u e m u y particu-
l a r m e n t e le t o m e á su c a r g o y le t r a t e c o m o al m e n o r m u c h a c h o de
sus d i s c í p u l o s , y q u e le c a s t i g u e y azoto r i g u r o s a m e n t e c o m o á tal,
cada y c u a n d o q u e le v i e r e flojo y descuidado» (1). ¡Sublime abnega-
ción y h u m i l d a d , q u e deshizo e n u n i n s t a n t e los e n g a ñ o s del ene-
migo!
O t r o a c o n t e c i m i e n t o e s t o r b ó en B a r c e l o n a los e s t u d i o s d e Ignacio
y a u n p u s o en g r a v e p e l i g r o su vida. S u p o el s a n t o q u e c i e r t o s jó-
v e n e s d e m a l a v i d a t e n í a n e n t r a d a en el l o c u t o r i o do u n convento
d e monjas. D e s e a n d o con g r a n celo r e m e d i a r a q u e l d a ñ o , buscó
o p o r t u n i d a d p a r a h a b l a r c o n las r e l i g i o s a s , y h a b i é n d o l e s predicado
f e r v o r o s a m e n t e s o b r e las v e r d a d e s e t e r n a s y las o b l i g a c i o n e s del
estado r e l i g i o s o , les e x h o r t ó á n o t e n e r n i n g ú n t r a t o con g e n t e tan
r u i n . C u m p l i e r o n ellas el consejo, y c e r r a r o n á los j ó v e n e s las puer-
tas del l o c u t o r i o . I r r i t á r o n s e ellos s o b r e m a n e r a , y h a b i e n d o averi-
g u a d o q u i é n e r a la causa d e t o d o , a l q u i l a r o n dos b r u t a l e s moriscos,
los c u a l e s , e s p e r a n d o u n día á I g n a c i o en las afueras d e la ciudad,
se a r r o j a r o n s o b r e él y le a p a l e a r o n c r u e l m e n t e hasta dejarle por
m u e r t o . U n m o l i n e r o q u e a c e r t ó á p a s a r p o r allí le r e c o g i ó , le echó
e n c i m a d e su m u í a y le llevó á casa d e I n é s P a s c u a l . Cincuenta y
t r e s días h u b o d e e s t a r I g n a c i o e n c a m a p a r a c u r a r s e d e t a n tre-
m e n d a paliza. Y n ó t e s e el c a r á c t e r v a l i e n t e d e n u e s t r o santo Padre:
(1) Vida de S. Ignacio, 1. i, c. xm.
CAP. I V . — E S T U D I O S DE SAN IGNACIO 49
lo p r i m e r o q u e h i z o , l u e g o q u e p u d o t e n e r s e en p i é , fué v o l v e r al
monasterio y r e p e t i r á las monjas los m i s m o s consejos, y d e c i r las
mismas v e r d a d e s q u e le h a b í a n o c a s i o n a d o tan g r a v e t r i b u l a c i ó n (1).
;!. E n m e d i o de tales trabajos p e r s e v e r ó el santo dos años e n B a r -
celona e s t u d i a n d o la g r a m á t i c a latina. V i é n d o l e r e g u l a r m e n t e i m -
puesto en ella, le aconsejó su m a e s t r o A r d e b a l o p a s a r á la u n i v e r s i -
dad de Alcalá p a r a e m p o z a r el c u r s o d e la filosofía. Ya en B a r c e l o n a ,
se le h a b í a n j u n t a d o t r e s c o m p a ñ e r o s , q u e se decían Calixto d e Sa,
Juan de A r t o a g a y L o p e do C á c e r e s , d e los cuales h a b l a r e m o s des-
pacio e n el c a p í t u l o s i g u i e n t e , a u n q u e i g n o r a m o s e n t e r a m e n t e e l
tiempo y el m o d o c o n q u e se verificó la r e u n i ó n d e estos p r i m e r o s
compañeros d e I g n a c i o (2). S i g u i e n d o e l d i c t a m e n d e s u b u e n m a e s -
tro, dispúsose I g n a c i o p a r a la p a r t i d a , y e n la p r i m a v e r a do 1526 en-
tró en Alcalá, a d o n d e p r o n t o le s i g u i e r o n sus t r e s c o m p a ñ e r o s de
1 Sarco lona (;>).
Hospedóse el santo en el h u m i l d e h o s p i t a l de Antezana, y v i v i e n d o
como solía, de l i m o s n a , e m p o z ó su c u r s o do filosofía. F l o r e c í a en-
tonces la u n i v e r s i d a d de Alcalá e n d i s t i n g u i d o s m a e s t r o s y aplica-
dos estudiantes. Notábase en a q u e l l a s aulas c i e r t o b r í o j u v e n i l , q u e
impelía á m a e s t r o s y discípulos al estudio, a m b i c i o n a n d o p a r a a q u o -
(1) liste licclio no lo t r a e n , ni C á m a r a , n i l ' o l u n c o , ni l l i b a d e n e i r a en la v i d a
castellana. El p r i n c i p a l t e s t i m o n i o q u e lo c o m p r u e b a es la r e l a c i ó n do J u a n P a s -
cual y el p r o c e s o d e B a r c e l o n a , en el c u a l m u c h o s t e s t i g o s d a n f e d e l h e c h o , a ñ a -
diendo q u e el p r i n c i p a l a u t o r d e l c r i m e n f u é u n c o m e r c i a n t e l l a m a d o R i b e r a , q u e
después se a r r e p i n t i ó d e l p e c a d o . V é a n s e el p r o c e s o d e B a r c e l o n a y l o s B o l a n d o s ,
Acia Uanct. JJe S. Ign., ij x u .
(2) P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 3:5.
(3) N o p o d e m o s p r e c i s a r el m e s , ni m e n o s el día en q u e e n t r ó San I g n a c i o e n
Alcalá. El P. Caniai a , c u y o s d a t e s c r o n o l ó g i c o s t o n ¡i m e n u d o b a s t a n t e v a g o s , d i c e
estas p a l a b r a s : « E s t u d i ó en A l c a l á cuasi a ñ o y m e d i o , y p o r q u e el a ñ o de 2 4 , en la
cuaresma, l l e g ó á B a r c e l o n a , e n la c u a l estudié! d o s a ñ o s , el a ñ o d e 2r> l l e g ó á A l -
calá.» Kn el p r i m e r proceso f o r m a d o c o n t r a S a n I g n a c i o , u n o d e l e s t e s t i g o s , p r e g u n -
tado «qué t a n t o t i e m p o ha q u e e s t á n en e s t a villa los s u s o d i c h o s » , r e s p o n d e q u e «el
Iñigo, y el C a l i x t o p o d r á h a b e r c u a t r o m e s e s q u e e s t á n a q u í . » E s t a d e c l a r a c i ó n se
'Hú el 19 de n o v i e m b r e d e 1021!. S e g ú n ella, h a b r í a e n t r a d o San I g n a c i o en A l c a l á á
mediados d e j u l i o : pero c o m o el d i c h o es a l g o i n d e c i s o y l a t o , no p e r m i t e p r e c i s a r
lancho el t i e m p o d e la l l e g a d a . P o r o t r a p a r t e , c o n s t a q u e el s a n t o salió d e Alcalá
en el v e r a n o d e 1 5 2 7 . Si s u p o n e m o s q u e l l e g ó e n la p r i m a v e r a d e 152(i, p o d r e m o s
concordar el d i c h o del t e s t i g o con el del P. C á m a r a . K f e c t i v a n i e n t e , c o n e s t a s u p o -
sición so s a t i s f a c e á la e x p r e s i ó n v a g a d e corno '•nafro mexe.i, u s a d a p o r el t e s t i g o , y
fe explica el cuati año y inedia d e l P. C á m a r a , p o r q u e d e e s t e m o d o h a b r í a a l c a n -
zado I g n a c i o p a r t e d e l a ñ o e s c o l a r d e 1525 á 1 3 2 0 y todo el a ñ o e s c o l a r de 152G
a 1527. P o l a n c o {Ibid., p . 3 7 ) dice q u e I g n a c i o e s t u v o en A l c a l á siete m e s e s ; p e r o
es error m a n i f i e s t o , c o m o se p r u e b a p o r l o s p r o c e s o s .
4
 50 L I B . I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
llu u n i v e r s i d a d u n p u e s t o d i s t i n g u i d o e n t r e todas las universidades
e u r o p e a s . Sólo c o n t a b a diez y o c h o años d e vida, p u e s el i l u s t r e car-
d e n a l J i m é n e z de C i s n e r o s la h a b í a a b i e r t o el 25 d e j u l i o de 15US.
H a b í a l l e v a d o p a r a esto a l g u n o s m a e s t r o s m u y escogidos. E n t r e ellos,
el Dr. P e d r o C i r u e l o o c u p ó la c á t e d r a de teología tomística; el fran-
ciscano F r . C l e m e n t e debía e n s e ñ a r la teología de E s c o t o . La lógica
y filosofía estaban á c a r g o de M i g u e l P a r d o de B u r g o s y de Anto-
nio d e Morales. E l g r i e g o lo e n s e ñ a b a D e m e t r i o C r e t e n s e ; el hebreo,
P a b l o C o r o n e l (1). E n t o r n o de estos y o t r o s c é l e b r e s m a e s t r o s se
a g r u p a b a u n a j u v e n t u d e s c o l a r a l e g r e y b u l l i c i o s a , tan d i e s t r a e n
m a n e j a r el s i l o g i s m o c o m o la e s p a d a , y q u e había c o n c u r r i d o á Al-
calá con el a l i c i e n t e de los g r a n d e s p r i v i l e g i o s q u e había obtenido
p a r a la u n i v e r s i d a d su g e n e r o s o fundador.
L u e g o q u e llegó n u e s t r o santo P a d r e á este c e n t r o u n i v e r s i t a r i o ,
e m p e z ó á e s t u d i a r , s e g ú n dice el P . C á m a r a , « t é r m i n o s de Soto y
física do A l b e r t o y el Maestro de las Sentencias^ (2). E s t o q u i e r e d e -
cir, q u e e m p e z ó á c u r s a r á la vez t r e s cosas bastante distintas, cuales
son: la dialéctica ó p r e p a r a c i ó n p a r a la filosofía; la filosofía, u n a d e
cuyas p a r t e s se c o n s i d e r a b a e n t o n c e s la física, y la teología, q u e se
e s t u d i a b a m u y c o m ú n m e n t e p o r los l i b r o s de P o d r o L o m b a r d o , lla-
m a d o v u l g a r m e n t e el Maestro de las S e n t e n c i a s . Muchas cosas abarcó
á la vez n u e s t r o santo P a d r e , p a r a q u e p u d i e r a salir aventajado e n
n i n g u n a . I g n o r a m o s a b s o l u t a m e n t e q u i é n e s fueron sus m a e s t r o s , } '
c u a n t o fué lo q u e a p r e n d i ó e n Alcalá. Todas las noticias q u e tene-
mos s o b r e ol santo en esta c i u d a d , se r e f i e r a n á las o b r a s de virtud
q u e p r a c t i c ó y á las p e r s e c u c i o n e s q u e ellas le o c a s i o n a r o n . Efecti-
v a m e n t e , l u e g o q u e se instaló e n Alcalá, e m p e z ó , c o m o en Barce-
l o n a , á h a c e r b i e n á los p r ó j i m o s , y a con avisos e s p i r i t u a l e s , y a con
el s o c o r r o de limosnas q u e p a r a esto p e d í a á las p e r s o n a s acomoda-
das. I m i t a b a n su p r o c e d e r los t r e s c o m p a ñ e r o s q u e se le h a b í a n jun-
tado en B a r c e l o n a , y o t r o j o v e n c i t o f r a n c é s , l l a m a d o J u a n Reinaldo,
q u e se les a l l e g ó e n Alcalá. T o d o s cinco v e s t í a n c i e r t o g é n e r o de
sayal tosco y g r o s e r o , q u e les valió el a p o d o de los ensayidu-
dos (3). Causó v i v a i m p r e s i ó n e n t o d o Alcalá, así su m o d o d e vivir,
c o m o las m u d a n z a s do v i d a q u e p r o d u c í a n con su santa conversa-
ción. A l g u n o s los e l o g i a b a n c o m o á h o m b r e s santos. O t r o s , en cant-
i l ) P u e d e n c o n s u l t a r s e : L a F u e n t e , Historia de las Universidades, t. n , c. Xi, y
A z a ü a , Historia de la ciudad de Alcalá de Henares, 1. i, c. x n .
( 2 ) Ibid., c. v . — ( 3 ) P o l a n c o , Sumario de la vida, e t c .
CAP. IV. ESTUDIOS DE SAN IGNACIO 51
bio, se r e c a t a b a n de e l l o s ; y c o m o a q u e l t i e m p o e r a d e t a n t a s h e r e -
jías y n o v e d a d e s , n o faltó q u i e n d e n u n c i a s e á la I n q u i s i c i ó n el n o m b r e
de I g n a c i o , c o m o de s e c t a r i o o c u l t o y p e l i g r o s o . Los i n q u i s i d o r e s
de Toledo c o m i s i o n a r o n al l i c e n c i a d o A l o n s o de Mejía y al D r . Ca-
rrasco, de Alcalá, p a r a q u e e x a m i n a s e n a q u e l n e g o c i o .
4. E l 19 de N o v i e m b r e de 1526, Mejía y Carrasco a b r i e r o n p r o c e s o
sobre la vida y c o s t u m b r e s d e I g n a c i o y sus c o m p a ñ e r o s (1). C i t a r o n
á Fr. H e r n a n d o R u b i o , franciscano; á Beatriz R a m í r e z ; á María, m u -
jer del h o s p i t a l e r o J u l i á n Martínez, y á este m i s m o h o s p i t a l e r o . P r e -
guntáronles t o d o lo q u e sabían acerca de a q u e l l o s j ó v e n e s ensayala-
dos. El objeto de esta p e s q u i s a e r a verificar si e r a n fundadas ciertas
sospechas q u e h a b í a n c o n c e b i d o a l g u n a s p e r s o n a s . P o r q u e c o m o va-
lias m u j e r e s h o n r a d a s a c u d i e s e n al h o s p i t a l de A n t e z a n a , d o n d e
vivía I g n a c i o , p a r a e s c u c h a r sus p r u d e n t e s consejos, h a b í a n t e m i d o
algunos n o se ocultase en aquella c o n v e r s a c i ó n con m u j e r e s a l g u n a
profunda i n m o r a l i d a d . I n f o r m á r o n s e despacio Carrasco y Mejía, y n o
descubrieron lo más m í n i m o c o n t r a la v i d a y c o s t u m b r e s de los
ensayalados (2). C o n t e n t á r o n s e , p u e s , con lo h e c h o , y sin c i t a r si-
quiera á San I g n a c i o , e n c a r g a r o n al v i c a r i o d e Alcalá J u a n d e F i g u e -
roa que estuviese á la m i r a , p o r si acaso b r o t a b a a l g ú n d a ñ o de
aquella n o v e d a d .
Cumplió el v i c a r i o su oficio y n o p e r d i ó d e vista á I g n a c i o y sus
compañeros. P o r de p r o n t o les m a n d ó q u e n o a n d u v i e s e n con el
misino h á b i t o los cinco, sino q u e se c o n f o r m a s e n con el h á b i t o
común q u e los c l é r i g o s ó l e g o s u s a b a n e n Castilla (3). O b e d e c i ó el
Santo y tiñó de n e g r o su r o p a y la de u n o de sus c o m p a ñ e r o s , y de
leonado la de o t r o s dos, q u e d á n d o s e el q u i n t o con su v e s t i d o p a r d o .
Otro día o p i n ó F i g u e r o a q u e I g n a c i o n o debía a n d a r descalzo, y el
santo se p u s o zapatos. E n m e d i o de t a n t a s p e s q u i s a s , «es d e n o t a r ,
dice el P . P o l a n c o , la l i b e r t a d q u e Dios d a b a e n t o n c e s á I ñ i g o , y el
poco r e s p e t o q u e tenía á p e r s o n a n i n g u n a , si n o es c u a n d o s e g ú n
Dios le era o b l i g a d o : q u e h a b i e n d o e s t a d o m u y p a c i e n t o á t o d a s las
(1) T o d o lo q u e v a m o s á d e c i r se f u n d a e n los p r o c e s o s m i s m o s q u e s e c o n s e r -
van en la B i b l i o t e c a N a c i o n a l do M a d r i d , y f u e r o n p u b l i c a d o s p o r el P . F i d e l F i t a
en 1 8 9 8 , Boletín de la Acad. de la Ilist., t. x x x m , p . 4 3 1 . O t r a e d i c i ó n d e eBte
proceso h a b í a h e c h o e n 1 8 9 5 el Sr. S e r r a n o y S a n z , p e r o t o m á n d o l a d e u n a c o p i a
defectuosa.
( 2 ) V é a n s e l a s r e s p u e s t a s d e los t e s t i g o s e n el Boletín de la Acad. de la Hist.
t. x x x m , p p . 4 3 1 - 4 4 1 .
( 3 ) E s t e m a n d a m i e n t o se dio el 2 1 d e N o v i e m b r e d e 1 5 2 6 . (Ibid., p . 4 4 0 . )
 52 L I B . I . — FUNDACIÓN D E LA COMPAÑÍA 53
CAP. I V . — E S T U D I O S D E S A N IGNACIO

i n q u i s i c i o n e s , d e s p u é s d e h a b e r acabado, dijo al v i c a r i o : « P u e s ¿qué consejo, y u n a n o c h e saliéndose d e casa con g r a n s e c r e t o , e n c a m i -

»habéis g a n a d o c o n t a n t o i n q u i r i r ? ¿Qué m a l h a b é i s h a l l a d o e n mí?» náronse á J a é n . C u a n d o se d i v u l g ó el caso en la ciudad, l e v a n t ó s e
Dijo [el v i c a r i o ] : «Nada; si se h a l l a r a en v o s algo, os c a s t i g a r a n , y
gran i n d i g n a c i ó n c o n t r a I g n a c i o , p o r s u p o n é r s e l e a u t o r d e t a n i n -
»aun os q u e m a r a n . » R e s p o n d i ó I ñ i g o : «Así q u e m a r a n á v o s , si errá-
discreto p r o c e d e r . F u é p u e s t o e n la c á r c e l p o r el v i c a r i o , q u i e n a b r i ó
rades.» É l d i c e : «Es ansí» (1).
proceso en t o d a regla, así s o b r e este h e c h o , c o m o s o b r e la c o n d u c t a
P a s a r o n u n o s t r e s m e s e s , y el b u e n F i g u e r o a c o m e n z ó á alarmarse
y enseñanza de I g n a c i o e n Alcalá. H a b í a n r e v i v i d o las a n t i g u a s sos-
de n u e v o . C i e r t a s e ñ o r a de n o b l e familia íbase p o r las m a ñ a n a s em-
pechas c o n t r a su d o c t r i n a . Ciertas m u j e r e s d e las q u e e s c u c h a b a n y
bozada á e s c u c h a r las pláticas de I g n a c i o . ¿Qué p o d r í a s e r aquello?
seguían los consejos d e I g n a c i o , e m p e z a r o n á p a d e c e r fuertes t e n t a -
E l 6 de Marzo de 1527 a b r e F i g u e r o a p r o c e s o c o n t r a I g n a c i o . Llama
ciones, q u e tal vez se m a n i f e s t a b a n e n t r i s t e z a s , d e s m a y o s , bascas y
á Mencía d e B e n a v o n t e , á Ana d e B e n a v e n t e , á L e o n o r , hija de A n a
agitaciones n e r v i o s a s . I n f o r m ó s e despacio F i g u e r o a d e t o d o s estos
d e Mena, y les m a n d a d e c l a r a r lo q u e les enseña I g n a c i o . E s t e se-
p o r m e n o r e s , y a n t e s d e q u e t e r m i n a r a el p r o c e s o v o l v i e r o n d e J a é n
g u n d o p r o c e s o v e r s ó p r i n c i p a l m e n t e s o b r e la d o c t r i n a , y tampoco
María del Vado y su hija. T ó m e s e l e s t a m b i é n á ellas su d e c l a r a -
fué l l a m a d o n u e s t r o santo. Confosaron l l a n a m e n t e las m u j e r e s q u e
ción (1).
la enseñanza de I g n a c i o so r e d u c í a á la explicación do los manda-
P o r fin, el 1." do J u n i o d e 1527, c u a r e n t a y dos días d e s p u é s d e
m i e n t o s , á la fuga del p e c a d o , al m o d o de confesarse b i e n ; en u n a
prender á I g n a c i o , el v i c a r i o le hizo c o m p a r e c e r e n su p r e s e n c i a , y
p a l a b r a , á los e l e m e n t o s do la m o r a l cristiana y de la vida espiritual,
sin n o t a r l e e n lo más m í n i m o n i en las c o s t u m b r e s n i e n la d o c t r i n a ,
«íñigo ha h a b l a d o , d e c l a r a b a Mencía de B e n a v o n t e , enseñándolas l e s
le i m p u s o dos p r e c e p t o s : P r i m e r o , q u e su h á b i t o fuese el m i s m o
m a n d a m i e n t o s é los p e c a d o s m o r t a l e s é los cinco s e n t i d o s é las po-
que el de los d e m á s e s t u d i a n t e s do Alcalá, y d e allí en a d e l a n t e n i
tencias del á n i m a : ó lo d e c l a r a m u y b i e n , é lo declara, p o r los evan-
él ni sus c o m p a ñ e r o s a n d u v i e s e n d e o t r a m a n e r a vestidos. S e g u n d o ,
gelios, é con San P a b l o é o t r o s santos; ó dice q u e cada din f a g a n
que p u e s n o h a b í a n e s t u d i a d o t e o l o g í a , n o t r a t a s e n d e e n s e ñ a r al
e x a m e n de su conciencia dos voces cada día, t r a y e n d o á la memoria
pueblo los m i s t e r i o s d e n u e s t r a santa fe católica e n los t r e s años si-
en lo q u e h a n p e c a d o ante u n a i m a g e n , é los aconseja q u e so confie-
guientes, hasta q u e c o n el e s t u d i o alcanzasen m a y o r c a u d a l d e d o c -
sen d e o c h o en o c h o dias, é r e c i b a n el S a c r a m e n t o e n el mesino tiem-
trina. Aceptó el santo la s e n t e n c i a y r e p r e s e n t ó su g r a n p o b r e z a p a r a
po» (2). Sosegóse F i g u e r o a con estas d e c l a r a c i o n e s , y d u r a n t e algún
poder c o m p r a r v e s t i d o s n u e v o s (2). E l v i c a r i o e n c a r g ó á u n b u e n
t i e m p o dejó en paz á San I g n a c i o .
hombre llamado Lucona que pidiese limosna en compañía de Ignacio
No h a b í a n ¡lasado dos meses c u a n d o de r e p e n t e so levantó otra para costear el v e s t i d o . E n esta ocasión o c u r r i ó a q u e l l a profecía t a n
t e m p e s t a d m á s b r a v a q u e las a n t e r i o r e s . E n t r e las p e r s o n a s que se sonada en los p r o c e s o s p a r a la beatificación d e San I g n a c i o (3). E l
a p r o v e c h a b a n en espíritu con los consejos de I g n a c i o , había dos mu- buen Lucona, l l e v a n d o al santo á su lado, a c e r c ó s e en la plaza á u n
j e r e s ricas y h o n r a d a s , María del Vado, v i u d a , y su hija Luisa Veláz-
quez, b a s t a n t e c o n o c i d a s en Alcalá, y do las cuales tenía cuidado el
D r . P e d r o C i r u e l o . É s t a s , con f e r v o r i n d i s c r e t o de p a d e c e r mucho claraciones d e a m b a s m u j e r e s e n el Boletín de la Acad. de la Hist.., t. X X X I I I ,

p o r Cristo, d e t e r m i n a r o n h a c e r u n a p e r e g r i n a c i ó n á pié á la Veró- p. 454.

( 1 ) V é a s e t o d o e s t o en el Boletín citado, pp. 444-457.
nica de J a é n . C o n s u l t a r o n el n e g o c i o con n u e s t r o s a n t o , y él se lo
( 2 ) L o s m a n d a t o s d e F i g u e r o a p u e d e n v e r s e al fin del p r o c e s o . (lbid.,p. 456.)
disuadió e n é r g i c a m e n t e , aconsejándoles q u e e j e r c i t a s e n la virtud
h a objeción d e I g n a c i o v é a s e e n l U b a d é t t e i r a , Mda de S. Ign., 1. i, c. x i v , c o n el
d e n t r o de casa, sin e x p o n e r s e á los p e l i g r o s q u e p o d r í a n e n c o n t r a r
cual c o n c u e r d a n Polarice»*y C á m a r a .
a n d a n d o solas p o r c a m i n o s y d e s p o b l a d o s (3). No a c e p t a r o n ellas el (3) E l h o e h u dq:ki-pix>fecía q u e s i g u e so s a c a p r i n c i p a l m e n t e d e l p r o c e s o d i o c e -
sano p a r a la beatificación d e S a n I g n a c i o h e c h o e n A l c a l á , en el c u a l n u e v e t e s t i g o s
( 1 ) Sumario de la rida, etc. afirman el h e c h o y u n o d e ellos p o r h a b é r s e l o o í d o al m i s m o L u c e n a . Summarium
( 2 ) V é a n s e ésta y las d e m á s d e c l a r a i i o n e s e n el Boletín de la Acad. de la Wat., procer, folios 1 6 0 - 1 7 9 . E l P . ü í b a d e n e i r a , e n las n o t a s á l a b i o g r a f í a d e Maffeo,
t. x x x i n , p p . 4 4 1 - 4 4 4 . dice, q u e o m i t i ó él e s t e h e c h o , p o r q u e a ú n v i v í a n m u c h o s p a r i e n t e s d e D . L o p e d e
( 3 ) V é a s e l a r e s p u e s t a d e I g n a c i o s o b r e e s t e h e c h o en C á m a r a ( c . v i ) , y las de- Mendoza. E n l a s ú l t i m a s e d i c i o n e s d e l a v i d a d e l s a n t o lo i n c l u y ó R i b a d e n e i r a e n
el 1. \ , c. x i .
r
 54
LIB. I . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
g r u p o d e c a b a l l e r o s y les p i d i ó l i m o s n a p a r a v e s t i r á a q u e l estu-
d i a n t e p o b r e . H a l l á b a s e e n el g r u p o u n D. L o p e d e Mendoza, el cual,
fijando la vista e n n u e s t r o s a n t o P a d r e , dijo á L u c e n a c o n a i r e i r a -
c u n d o : « Q u e m a d o m u e r a y o , si ésto n o m e r e c e s e r q u e m a d o . » A lo
c u a l I g n a c i o r e s p o n d i ó g r a v e m e n t e : «Pues m i r a d n o os suceda lo
q u e decís.» A q u e l m i s m o día se r e c i b i ó e n Alcalá la n o t i c i a del naci-
m i e n t o d e F e l i p e H , q u e h a b í a visto la luz e l 21 de m a y o en Vallado-
lid. P r e p a r á r o n s e e n seguida g r a n d e s festejos, y D. L o p e d e Mendoza,
t o m a n d o d o s frascos d e p ó l v o r a , s u b i ó á lo alto d e su casa p a r a dis-
p a r a r u n o s c u a n t o s a r c a b u c e s . No se sabe c ó m o , p r e n d i ó fuego en lo<
frascos, y estallando la p ó l v o r a , se e n c e n d i e r o n t o d o s los vestidos
d e D. L o p e . V i é n d o s e e n v u e l t o e n las llamas, bajó p r e c i p i t a d a m e n t e
y a r r o j ó s e en u n e s t a n q u e d e a g u a q u e estaba en el p a t i o de su casa,
d o n d e á los pocos instantes e s p i r ó d e s a s t r a d a m e n t e .
A t o d o esto I g n a c i o , v i e n d o q u e la ú l t i m a cláusula del mándate
d e F i g u e r o a le i m p o s i b i l i t a b a los m i n i s t e r i o s espirituales* e n Alcalá,
d e t e r m i n ó e c h a r p o r o t r o c a m i n o . V e i n t e días d e s p u é s d e la senten-
cia (1) d i r i g i ó s e á Valladolid, d o n d e e n t o n c e s r e s i d í a Alfonso d e
F o n s e c a , a r z o b i s p o de T o l e d o . No d i c e n los b i ó g r a f o s lo q u e trató
c o n el p r e l a d o . E s d e s u p o n e r q u e lo p r o p o n d r í a a n u l a r la sentencia
d e l v i c a r i o F i g u e r o a , ó p o r lo m e n o s le p e d i r í a a l g ú n g é n e r o do fa-
v o r p a r a sí y p a r a sus c o m p a ñ e r o s . E l d i s c r e t o a r z o b i s p o , teniendo
on c u e n t a sin d u d a las m u c h a s b o r r a s c a s q u e se h a b í a n levantado
c o n t r a I g n a c i o e n Alcalá, le aconsejó q u e se e n c a m i n a s e con sus
c o m p a ñ e r o s á la u n i v e r s i d a d de Salamanca, y al consejo añadió una
l i m o s n a (2). I g n a c i o , q u e y a d e a n t e s había t e n i d o la m i s m a idea, s e
c o n f o r m ó do b u e n g r a d o con esto consejo, y llevándose á t o d o s sus
c o m p a ñ e r o s , e n t r ó en Salamanca. •
P o c o fructuosa p a r a los e s t u d i o s d e I g n a c i o fué s u p e r m a n e n c i a en
Alcalá. E l p o c o m é t o d o en a b a r c a r á la voz m u c h a s m a t e r i a s , el trato
e s p i r i t u a l con los p r ó j i m o s y las p e r s e c u c i o n e s y c a r é e l e s q u e de
esto se s i g u i e r o n , n o le p e r m i t i e r o n s i n duda a d e l a n t a r g r a n cosa
e n las l e t r a s . P e r o si n o fué p r o v e c h o s a p a r a los estudios la estancia
e n Alcalá, lo fué m u c h o p a r a o t r o s fines q u e la divina P r o v i d e n c i a
t e n í a s o b r e I g n a c i o . E f e c t i v a m e n t e , n o s consta q u e e n aquella uni-
( 1 ) E s t e d a t o c r o n o l ó g i c o n o s lo d a P o l a n c o , Vita P. ígti., p . 3 7 . N o inspi-
r a n e n t e r a confianza los d a t o s c r o n o l ó g i c o s d e P o l a n c o , p u e s y e r r a e v i d e n t e m e n t e
a l g u n a s v e c e s . E s t e , s i n e m b a r g o , p a r e c e m u y n a t u r a l , s e g ú n el c u r s o d e los su-
cesos.
( 2 ) P o l a n c o , Vita P. Ign., p. 38.
55
C A P - I V . — E S T U D I O S DE SAN IGNACIO
versidad le c o n o c i e r o n p o r lo m e n o s o c h o h o m b r e s insignes, q u e
nños adelante e n t r a r o n e n la C o m p a ñ í a d e J e s ú s . Allí v i e r o n á I g n a c i o
los P P . Laínez, S a l m e r ó n y Bobadilla, q u e , c o m o p r o n t o e x p l i c a r e -
mos, fueron d e los diez p r i m e r o s P a d r e s d e la Compañía. Allí le
conoció, a u n q u e sin t r a b a r c o n él a m i s t a d todavía, el P . J e r ó n i m o
Nadal (1); allí c o m e n z ó á t r a t a r con I g n a c i o el s a c e r d o t e p o r t u g u é s
Manuel Miona, q u e d e s p u é s fué confesor d e l santo en P a r í s (2),y v i n o
á e n t r a r e n la C o m p a ñ í a el año 154ñ (3); allí e s t u d i a b a e n t o n c e s el
jovencito M a r t í n d e Olave, el p r i m e r o q u e dio l i m o s n a á I g n a c i o
cuando e n t r a b a e n Alcalá, y á q u i e n v e r e m o s a b r a z a r n u e s t r o I n s t i -
tuto veintiséis años d e s p u é s , siendo t e ó l o g o d e l Concilio de T r e n -
to (4); allí, finalmente, c o n t r a j e r o n e s t r e c h a a m i s t a d con n u e s t r o
santo P a d r e los dos h e r m a n o s n a v a r r o s D i e g o y E s t e b a n d e E g u í a ,
quienes le d i e r o n p r u e b a s de a c e n d r a d o afecto, c o n c e d i é n d o l e l a r g a s
limosnas, n o sólo p a r a sí, mas t a m b i é n p a r a s o c o r r e r á o t r o s necesi-
tados (5). T o d o s estos h o m b r e s , q u e tanto h a b í a n de i l u s t r a r á la Com-
pañía con sus v i r t u d e s , r e c i b i e r o n sin d u d a la p r i m e r a s e m i l l a do su
vocación r e l i g i o s a e n Alcalá, c u a n d o c o n t e m p l a r o n los s u b l i m e s
ejemplos do la p e r f e c c i ó n evangélica, q u e en m e d i o d e t a n t a s p e r s e -
cuciones d a b a n u e s t r o p a d r e San I g n a c i o .
ó. Si en Alcalá n o d e j a r o n v i v i r en paz á n u e s t r o santo p a t r i a r c a ,
tampoco e n S a l a m a n c a había d e l o g r a r la deseada q u i e t u d . Á los diez
ó doce días d e estar en la ciudad, u n fraile d e Santo D o m i n g o , c o n
quien empezó á confesarse e n el c o n v e n t o do San Estoban, le con-
vidó á c o m e r p a r a el p r ó x i m o d o m i n g o . P r e s e n t ó s e I g n a c i o acom-
pañado d e Calixto, y fueron a m b o s 111113' o b s e q u i a d o s p o r los r e l i -
giosos. E r a e n t o n c e s s u b p r i o r d e a q u e l c o n v e n t o el j o v e n F r . P e d r o
de Soto, q u e t a n t o se había do d i s t i n g u i r años a d e l a n t e c o m o confe-
sor de C a r l o s V y t e ó l o g o d e l Concilio do T r e n t o (tí). T e r m i n a d a la
comida, F r . P e d r o , c o n o t r o s d o s frailes, t o m ó a p a r t e á los d o s con-
vidados, 3' d e s p u é s d e a l g u n a s frases c o r t e s e s e n alabanza d e l c e l o
apostólico q u e m o s t r a b a n y del b u e n e j e m p l o q u e d a b a n á todos, p r e -
guntó á I g n a c i o q u é e s t u d i o s había h e c h o . E l santo manifestó sin
dificultad las pocas l e t r a s q u e a ú n alcanzaba. E n t o n c e s el s u b p r i o r ,
(1) Epist. P. Nadal, t, 1, p . 1 . -
a
( 2 ) P o l a n c o , Ilist. S. J., t. J , p . 140. C a s t r o ,
Eist. del col. de Alcalá, 1. 1, c. v i n . — ( 3 ) Epist. mixtae, t. 1, p . 2 4 4 . — ( 4 ) 1 ate in-
fra, 1.11, c. x v i i . — ( 5 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v .
( 6 ) E l n o m b r e d e e s t e s u b p r i o r , i g n o r a d o p o r los h i s t o r i a d o r e s d e San I g n a c i o lo
descubrimos en u n a c a r t a del B . P e d r o F a b r o . Véase Cartas y otros escritos del
B. Pedro Fabro, t. 1, p . 5 2 .
 56 LIB. I. • FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
p r o c e d i e n d o a d e l a n t e con devota, p o r o i n d i s c r e t a c u r i o s i d a d , objetó
á I g n a c i o , q u e p u e s n o h a b í a e s t u d i a d o t e o l o g í a y se p o n í a á enseñar
á las g e n t e s , sin d u d a a l g u n a h a b r í a r e c i b i d o la ciencia p o r inspira-
ción de Dios. ¿ E r a v e r d a d q u e Dios le h a b í a r e v o l a d o lo q u e ense-
ñaba? S o r p r e n d i ó s e n u e s t r o santo P a d r e á este tan i m p e n s a d o como
i m p r u d e n t e i n t e r r o g a t o r i o (1), y d e s p u é s d e p e n s a r u n p o c o , negóse
r e d o n d a m e n t e á r e s p o n d e r á la p r e g u n t a (2). H i z o a l g u n a s instancias
F r . P e d r o de S o t o , p e r o n o l o g r ó sacar u n a p a l a b r a m á s al interpe-
lado. E n t o n c e s el s u b p r i o r m a n d a c e r r a r las p u e r t a s del monasterio,
g u a r d a n d o c o m o prestís á I g n a c i o y á Calixto. A c o m o d á r o n l o s en una
celda, d o n d e v i v i e r o n t r e s días, c o m i e n d o con Jos frailes en el relee-
t o r i o . C o n t i n u a m e n t e o r a n visitados e n su celda p o r los religiosos,
e n t r e los cuales, c o m o ora d e s u p o n e r , se f o r m a r o n d i v e r s o s juicios
acerca de I g n a c i o . Unos le a l a b a b a n p o r s a n t o ; o t r o s le reprobaban
p o r sospechoso de herejías y novedades
E n t r e t a n t o el s u b p r i o r le d e n u n c i ó al p r o v i s o r d e l obispado. No
s a b e m o s e n q u é t é r m i n o s se hizo la d e n u n c i a , p u r o los efectos fue-
r o n t e r r i b l e s . E l b u e n o del p r o v i s o r p r e n d e á I g n a c i o y á Calixto, y
m é t e l o s e n u n a p o s e n t o d e la c á r c e l , a p a r t a d o , v i e j o , m e d i o caído,
m u y sucio y de mal olor. < Allí a t a r o n , dice R i b a d e n e i r a , á u n a gruesa
c a d e n a , l a r g a d e d o c e ó t r e c e p a l m o s , á los dos p r e s o s , metiéndoles
u n pié á cada u n o en e l l a , tan e s t r e c h a m e n t e , q u e n o podía apar-
t a r s e el u n o del o t r o p a r a n i n g u n a cosa. Y de esta s u e r t e pasaron
toda a q u e l l a n o c h e v e l a n d o y h a c i e n d o o r a c i ó n » (4); ó c o m o dice
c o n frase m á s realista P o l a n c o : «así e s t u v i e r o n t o d a a q u e l l a noche,
d e j á n d o l e s p o c o d o r m i r g r a n m u l t i t u d de bestias varias» (f>). ¡Extraña
d u r e z a y a r b i t r a r i e d a d d e c o s t u m b r e s ! ¡ P r e n d e r y e n c a r c e l a r con
tanta c r u e l d a d á u n h o m b r e do b i e n , sólo p o r q u e r e h u s a responder
á una pregunta impertinente!
( 1 ) E f e c t i v a m e n t e , los t r i b u n a l e s e c l e s i á s t i c o s p u e d e n y d e b e n e x a m i n a r si la
d o c t r i n a q u e u n o e n s e ñ a es v e r d a d e r a ó f a l s a ; p e r o i n q u i r i r si e s ó n o r e v e l a d a por
D i o s , es m e t e r s e en u n s e c r e t o p e r s o n a l y p u r a m e n t e i n t e r i o r , r e s e r v a d o á sólo Dios
y e n q u e n i n g ú n t r i b u n a l d e l m u n d o t i e n e d e r e c h o á p e n e t r a r , c u a n t o m á s u n sim-
p l e p a r t i c u l a r , c o m o era en e s t e caso el P . S u b p r i o r .
( 2 ) P u e d e v e r s e e n el P . C á m a r a , Vida del 1\ Ign., c. v i , y t n el P . Ribade-
n e i r a , Vida del P. Ign., 1. I, c. x v , t o d o e s t e l a n c e d e S a l a m a n c a y el dialogismo
q u e se e s t a b l e c i ó e n t r e S a n I g n a c i o y el P . S o t o . D e l a s m i s m a s f u e n t e s t o m a m o s
l a s o t r a s c i r c u n s t a n c i a s d e t o d o e s t e e p i s o d i o d o l a v i d a d e I g n a c i o e n Salamanca.
C o n e l l a s c o n c u e r d a P o l a n c o , Vita P. lefn., p . 3 7 .
( 3 ) E n t r e l o s f r a i l e s q u e v i s i t a r o n á S a n I g n a c i o en su celda, d e b i ó ser u n o Mel-
c h o r C a n o , j o v e n e n t o n c e s q u e e s t u d i a b a t e o l o g í a en el c o n v e n t o d e S a n E s t e b a n .
( 4 ) Vida del P. Ign., I. i, c. x v . — ( 5 ) Sumario de la vida del P. Ignacio.
57
CAP. I V . — E S T U D I O S DE SAN IGNACIO
Vino á la c á r c e l e l p r o v i s o r , y les e x a m i n ó á cada u n o e n p a r t i c u -
lar. Llevóse a d e m á s e l l i b r o d e los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , p a r a l e e r l o
despacio. Al cabo d e a l g u n o s días hizo c o m p a r e c e r á I g n a c i o a n t e u n
tribunal de c u a t r o p e r s o n a s d o c t a s , q u e y a h a b í a n v i s t o los Ejercicios.
Dirigieron estos j u e c e s v a r i a s p r e g u n t a s al s a n t o s o b r e los p u n t o s m á s
recónditos de la teología, c o m o la T r i n i d a d y la E u c a r i s t í a , y t a m b i é n
le p r o p u s i e r o n u n a c u e s t i ó n d e d e r e c h o c a n ó n i c o . E l h u m i l d e p r e s o ,
después de confesar con toda llaneza su falta d e estudios, resj>ondió á
las p r e g u n t a s c o n a d m i r a b l e a c i e r t o . M a n d á r o n l e e x p l i c a r el p r i m e r
mandamiento de la l e y d e Dios, y él lo hizo c o n la l i b e r t a d y d e s e m -
barazo de q u i e n estaba familiarizado c o n e l a s u n t o . A s o m b r a d o s los
jueces, r e c o n o c i e r o n q u e h a b í a e n aquel h o m b r e a l g o d e e x t r a o r d i -
nario, y d e s i s t i e r o n de sus p r e g u n t a s . H i c i e r o n , sin e m b a r g o , h i n c a p i é
en una o b s e r v a c i ó n q u e les s u g i r i ó el l i b r o d e los Ejercicios, e n a q u e l
documento q u e e s t a b l e c e la diferencia e n t r e el p e c a d o m o r t a l y el
venial, t r a t á n d o s e d e malos p e n s a m i e n t o s . «¿Cómo u n h o m b r e , decían,
falto de e s t u d i o s t e o l ó g i c o s , se a r r o j a á definir e n m a t e r i a tan deli-
cada?» E l i n s p i r a d o santo se c o n t e n t ó con r e s p o n d e r : «Ó es v e r d a d ,
ó no es v e r d a d eso q u e e n s e ñ o . Si n o es v e r d a d , c o n d é n e n l o ; si es
verdad, d é j e n l o estar.» Mas los j u e c e s n o lo o s a r o n r e p r o b a r .
Á los v e i n t i d ó s días d e p r i s i ó n f u e r o n l l a m a d o s o t r a vez a n t e los
jueces I g n a c i o y su c o m p a ñ e r o , y les fué leída la sentencia. E n ella
se les d e c l a r a b a h o m b r e s i n o c e n t e s e n la vida y o r t o d o x o s e n la doc-
trina; p e r o se les m a n d a b a n o m e t e r s e e n h o n d u r a s , . d e c l a r a n d o la
distinción e n t r e el p e c a d o m o r t a l y el v e n i a l . Leída la s e n t e n c i a , p r e -
guntaron á I g n a c i o si se c o n f o r m a b a c o n olla ( I ) . Él r e s p o n d i ó q u e
no. «Salta u n o de los j u e c e s q u e más le e r a n favorables, dice P o l a n c o ,
demandándole q u é h a l l a b a , q u e n o le c o n t e n t a b a , e n esta s e n t e n c i a .
Respondióle q u e , p u e s n o h a l l a b a n cosa falsa e n lo q u e h a b l a b a d e
pecado m o r t a l y v e n i a l , p o r q u é le i m p o n í a n s i l e n c i o en esta ¡jarte.
Y que a n t e s él n o e s t a r í a e n S a l a m a n c a , q u e p a s a r p o r tal s e n t e n c i a ,
y así lo hizo». (2)
6. Como v i o n u e s t r o s a n t o P a d r e q u e c o n esta s e n t e n c i a se le ce-
rraba la p u e r t a p a r a h a c e r b i e n á los p r ó j i m o s e n Salamanca, p e n s ó e n
trasladarse á la u n i v e r s i d a d d e P a r í s . Q u i s i é r o n l e d e t e n e r a l g u n a s p e r -
sonas p r i n c i p a l e s q u e le h a b í a n c o n o c i d o , y e n t r e ellas D. F r a n c i s c o
( 1 ) N o se c o n s e r v a el t e x t o d e esta s e n t e n c i a , n i pieza a l g u n a d e e s t e p r o c e s o . L o
que d e c i m o s está sacado de C á m a r a , Polanco y R i b a d e n e i r a , que escucharon al
misino I g n a c i o la r e l a c i ó n d e t o d o lo d i c h o .
( 2 ) Sumario de la Vida del P. Ign.

58 LID. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
d e Mendoza, q u e años a d e l a n t e fué c a r d e n a l y a r z o b i s p o d e Burgos.
No accedió á sus instancias I g n a c i o , y h a b i e n d o m a n d a d o á sus c o m -
p a ñ e r o s c o n t i n u a r e n S a l a m a n c a m i e n t r a s él les buscaba a l g ú n m u d o
d e s u b s i s t i r en P a r í s , se d i s p u s o i n m e d i a t a m e n t e á la j o r n a d a . Caigo
u n a s n i l l o c o n sus l i b r o s y c a r t a p a c i o s , y u n o s v e i n t e días después de
h a b e r salido do la c á r c e l , t o m ó el c a m i n o de B a r c e l o n a (1). Llegado á
esta c i u d a d , c o m u n i c ó con sus a m i g o s el p e n s a m i e n t o q u e tenía de
d i r i g i r s e á P a r í s . D i s u a d i é r o n l e e l l o s , r e p r e s e n t á n d o l e las hostilida-
des q u e e n t o n c e s había e n t r e España y F r a n c i a , y los p e l i g r o s á qui-
so e x p o n í a c a m i n a n d o solo y t a n d e s a m p a r a d o . I g n a c i o , q u e m i n e a s »
d e t u v o en sus p l a n e s p o r el m i e d o , siguió adelanto con su idea. C o m o
le v i e r o n tan r e s u e l t o , d e j á r o n l e p a r t i r , a u x i l i á n d o l e con limosnas,
e n t r o las cuales le dio I s a b e l R o s o l i una letra de 25 escudos para P a -
rís. Con estos s o c o r r o s e n c a m i n ó s e n u e s t r o santo P a d r e á la capital
de F r a n c i a , d o n d e e n t r ó el 2 de F e b r e r o del año 1528 (2).
7. Lo p r i m e r o q u e se le ofreció en P a r í s fué la dificultad para m a n -
t e n e r s e , c o m o él lo había p r e v i s t o de a n t e m a n o . C u a n d o llegó á la cé-
l e b r e u n i v e r s i d a d , t o d o su caudal e r a ol j u m e n t i l lo q u e llevó cargado
con l i b r o s y c a r t a p a c i o s , y la l e t r a de 25 escudos q u e le dieron e n
B a r c e l o n a . C o b r ó esta cantidad en P a r í s , y la dio á g u a r d a r á un e.--
p a ñ o l q u e se alojaba en la m i s m a posada d o n d e él se a l b e r g ó . El tal
español lo gastó l u e g o el d i n e r o , y n o tenía con q u é p a g a r l o . Ksta
d e s g r a c i a p u s o á n u e s t r o P a d r e e n el. ú l t i m o e x t r e m o , y a l fin d e la
c u a r e s m a de 1528 h u b o de a c u d i r al m e d i o de subsistencia de que se
s e r v í a n l o s e s t u d i a n t e s p o r d i o s e r o s , cual era b u s c a r a l o j a m i e n t o gra-
t u i t o en a l g ú n h o s p i t a l , y p e d i r de p u e r t a en p u e r t a su o r d i n a r i o s u s -
t e n t o . H e a q u í c ó m o e x p l i c a R i b a d e n e i r a con clásica sencillez los
a p u r o s e c o n ó m i c o s d e San I g n a c i o en P a r í s : «Le fué n e c e s a r i o p e d i r
e n l i m o s n a d e p u e r t a en p u e r t a lo q u e h a b í a de c o m e r . Lo cual, aun-
q u e n o le e r a n u e v o , y en p e d i r c o m o p o b r e h a l l a b a g u s t o y consue-
l o , t o d a v í a le, c r á g r a n d e e m b a r a z o p a r a sus e s t u d i o s , y especial-
m e n t e le e s t o r b a b a el v i v i r tan lejos de las escuelas c o m o vivía.
( 1 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v i l . N o h e m o s p o d i d o a v e r i g u a r ni c u á n d o entra
I g n a c i o e n S a l a m a n c a , n i c u á n d o salió. N i n g u n o d e l o s b i ó g r a f o s p r i m i t i v o s indio;
e s t a s f e c h a s , y sólo a p r o x i m a d a m e n t e p o d e m o s c a l c u l a r c u á n t o t i e m p o d u r ó la per-
m a n e n c i a d e I g n a c i o e n S a l a m a n c a . A los d i e z ó d o c e d í a s d e l l e g a r lo c o n v i d a r o n á
c o m e r el d o m i n g o p r ó x i m o los d o m i n i c o s ( P o l a n c o , p . 3 7 ) ; c o n e l l o s e s t u v o tres
d í a s ; pasó d e s p u é s v e i n t i d ó s d í a s e n la c á r c e l , y salió d e S a l a m a n c a , s e g ú n Cámara,
q u i n c e ó v e i n t e d í a s d e s p u é s . D e b i ó , p u e s , e s t a r I g n a c i o en S a l a m a n c a , u n o s dos
meseB.
( 2 ) Carias de San Ignacio t. i, p . 4. C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v n .
, ESTUDIOS DE SAN IGNACIO 51)
C A P 1 V
Porque c o m e n z á n d o s e las lecciones en i n v i e r n o ( c o m o es uso e n
París) antes d e l d í a , y d u r a n d o las do la t a r d e hasta ya d e n o c h e , él,
por cumplir con el o r d e n d e l h o s p i t a l y c o n sus l e y e s , h a b í a d e salir
á la mañana con sol, y v o l v e r á la t a r d e con s o l , y con esto v e n í a á
perder b u e n a p a r t e do sus lecciones.
-Viendo, p u e s , q u e n o a p r o v e c h a b a e n los e s t u d i o s c o m o quisiera,
y que p a r a t a n t o t r a b a j o e r a m u y p o c o el fruto q u e sacaba, p e n s ó
de ponerse á s e r v i r a l g ú n a m o , q u e fuese h o m b r e docto y q u e ense-
ñase filosofía, q u e e r a lo q u e él q u e r í a oir, p a r a e m p l e a r s e en estu-
diar todo el t i e m p o q u e le s o b r a s e d e su s e r v i c i o Nunca pudo
hallar tal a m o , a u n q u e con g r a n d i l i g e n c i a y p o r m e d i o d e m u c h a s
personas lo b u s c ó . Y así, p o r consejo do u n a m i g o s u y o r e l i g i o s o ,
después d e h a b e r l o e n c o m e n d a d o á N u e s t r o S e ñ o r , t o m ó o t r o ca-
mino que le s u c e d i ó m e j o r .
íbase cada año d e P a r í s á F l a n d e s , d o n d e e n t r e los m e r c a d e r e s
ricos españoles q u e e n a q u e l t i e m p o t r a t a b a n e n las c i u d a d e s d e
Brujas y A m b c r e s , r e c o g í a tanta limosna, con q u e podía pasar p o b r e -
mente un año la v i d a , y con esta p r o v i s i ó n se v o l v í a á P a r í s , h a b i e n d o ,
con p é r d i d a y trabajo de p o c o s días, r e d i m i d o el t i e m p o q u e d e s p u é s
l<» quedaba p a r a e s t u d i a r . P o r esta vía v i n o á t e n e r los dos p r i m e r o s
¡iños lo q u e había m e n e s t e r p a r a su p o b r e s u s t e n t o . Y al t e r c e r o pasó
también á I n g l a t e r r a , p a r a b u s c a r e n L o n d r e s esta limosna, y hallóla
con más a b u n d a n c i a . P a s a d o s los t r e s p r i m e r o s años, los m e r c a d e r e s
que estaban en F l a n d e s , c o n o c i d a y a su v i r t u d y d e v o c i ó n , ellos mis-
mos le e n v i a b a n cada a ñ o su l i m o s n a á P a r í s , d e m a n e r a q u e n o tenía
necesidad p a r a esto d e i r y v e n i r . T a m b i é n d e España le e n v i a b a n s u s
devotos a l g ú n s o c o r r o y l i m o s n a , con la c u a l y c o n la q u e le e n v i a b a n
do Flandes podía pasar más h o l g a d a m e n t e , y a u n h a c e r la costa á o t r o
compañero» (1).
S. Con esta p e n u r i a y estrechez hizo los estudios; p e r o este trabajo
era el menor, p u e d e d e c i r s e . La dificultad m á s g r a v e consistía e n los
mismos e s t u d i o s , dada la edad y las c o n d i c i o n e s d e I g n a c i o . C u a n d o
llegó á P a r í s , ya llevaba el santo c u a t r o años do estudio y estaba e n
los treinta y siete de su edad. ¿ Q u é p l a n seguiría en a d e l a n t o ? P u e s
ya tenía sabida la g r a m á t i c a , ¿ n o bastaría u n b r e v e curso de teología
moral, p a r a r e c i b i r las sagradas ó r d e n e s , y t r a b a j a r e n p r o v e c h o do
los p r ó j i m o s ? No lo e n t e n d i ó así n u e s t r o P a d r e San I g n a c i o , y d e -
seando e s t u d i a r s ó l i d a m e n t e y l l e v a r hasta el cabo la c a r r e r a ecle-
(1) Vida de San Ignacio, 1. II, c. l.
 60
LIB. I. FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
siástica, e x a m i n ó los y e r r o s q u e había c o m e t i d o e n sus estudio?, y
d e t e r m i n ó e n m e n d a r l o s . M o d e r ó su celo d e a p r o v e c h a r á los próji-
mos, y se d e d i c ó casi del t o d o á los l i b r o s . C o m o había p e r d i d o tiempo
e n Alcalá c o n e l afán d e a p r e n d e r m u c h a s cosas á la vez y p o r el mal
m é t o d o en sus e s t u d i o s , v o l v i ó c o m o á e m p e z a r la c a r r e r a , y de<uY
F e b r e r o d e 152S hasta el v e r a n o d e 1529 r e p a s ó d e t e n i d a m e n t e la gra-
m á t i c a y l e t r a s h u m a n a s , a s i s t i e n d o al colegio d e Monteagudo. En
este año d e 1529, i g n o r a m o s e n q u é día, pasó á v i v i r e n el colegie de
Santa B á r b a r a , d o n d e había de e n c o n t r a r sus c o m p a ñ e r o s establos y
los h o m b r e s c o n q u i e n e s h a b í a d e f u n d a r la C o m p a ñ í a de Jesús.
9. E l 1.° de O c t u b r e de esto m i s m o año (1), día en q u e se abrían lo-
c u r s o s d e la u n i v e r s i d a d , e m p e z ó la filosofía, y la c o n t i n u ó paso á
paso d u r a n t e t r e s años y m e d i o . T o m ó el g r a d o de licenciado el lo
d e m a r z o d e 1533 (2). T r a n q u i l o v i v i ó e n t o d o este t i e m p o , sin nú?
p e r c a n c e s q u e el conflicto con el Dr. Govea, q u e en cierta ocasión le
quiso d a r p ú b l i c a m e n t e azotes; p e r o l u e g o , r e c o n o c i e n d o la inocencia
del santo, lo p e r d o n ó y h o n r ó s o b r e m a n e r a (3). Dos años después, ¡i
instancia do a l g u n o s a m i g o s , y s i n d u d a p o r q u e lo c r e y ó conveniente
p a r a el d e b i d o d e c o r o de su p e r s o n a , t o m ó el g r a d o de maestro en
a r t e s ó filosofía. P u e d e v e r s e e n los B o l a n d o s (4) su t í t u l o de maes-
t r o , q u e lleva la fecha de 14 de Marzo de 1534. La teología la había
empozado y a e n o c t u b r e d e 1533, p e r o h u b o d e i n t e r r u m p i r l a , poco
a n t e s do t e r m i n a r el s e g u n d o a ñ o , p o r las c o n t i n u a s enfermedades
de e s t ó m a g o q u e le a q u e j a b a n , y q u e le o b l i g a r o n á v o l v e r á su país
e n la p r i m a v e r a de 1535 (5). Un año d e s p u é s , h a l l á n d o s e e n Bolonia,
i n t e n t ó c o n t i n u a r la t e o l o g í a , m i e n t r a s e s p e r a b a á s u s compañero?
d e P a r í s , q u e c o m o v e r e m o s , h a b í a n de p a s a r á V e n e c i a , p a r a diri-
girse" con él á T i e r r a S a n t a ; p e r o l u e g o h u b o do d e j a r los l i b r o s , y;i
p o r falta d e salud, y a p o r q u e sus c o m p a ñ e r o s v e n í a n a n t e s del tiempo
( 1 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v i l .
( 2 ) Cf. B o l a n d o s . Acta Sanct. De S. Ign., § x v i i , y Cartas de San Ignacio,
p. 24.
( 3 ) V é a s e e s t e c u r i o s o e p i s o d i o en R i b a d e n e i r a , Vida de San. Ign., 1. n , c. U l .
( 4 ) Acta Sanct. De S. Ign., § XVII. N ó t e s e q u e e n e s e p á r r a f o el g r a d o d e licen-
c i a d o lleva la f e c h a d e 1 5 3 2 , y el d e m a e s t r o l a d e 1534. L a r a z ó n e s p o r q u e el
a ñ o se c o n t a b a e n t o n c e s d e s d e la E n c a r n a c i ó n ( 2 5 d e M a r z o ) , y así, el 1 3 de Marzo,
q u e e n el a c t u a l m o d o d e c o n t a r p e r t e n e c e al a ñ o 1 5 3 3 , p e r t e n e c í a e n t o n c e s al fin
del a ñ o 1532. L o m i s m o se d i g a d e l a o t r a f e c h a 14 d e M a r z o d e 1534, la cual, según
el m o d o m o d e r n o d e c o n t a r , p e r t e n e c e al a ñ o 1 5 3 5 .
( 5 ) T a m b i é n t r a e n los B o l a n d o s (Ibid., § x v m ) el t e s t i m o n i o d e q u e I g n a c i o estu-
dió año y medio de teología en París.
C A r . i v . — ESTUDICS DE SAN IGNACIO 61
señalado (1)- Los e s t u d i o s d e San I g n a c i o p u d i e r o n d a r s e p o r t e r m i -
nados en A b r i l d e 1535, c u a n d o d e P a r í s se p a r t i ó p a r a Guipúzcoa..
Recapitulando la s e r i e de sus cursos escolares, v e m o s q u e e m p l e ó dos
años en e s t u d i a r la g r a m á t i c a e n B a r c e l o n a . Cerca do o t r o s dos años
se le pasaron en Alcalá y Salamanca, con p o c o p r o v e c h o p a r a sus es-
tudios, p o r las c o n t i n u a s p e r s e c u c i o n e s q u e le h o s t i g a r o n . D e s d e F e -
brero de 1528 hasta A b r i l d e 1535 e s t u d i ó e n P a r í s , el p r i m e r a ñ o y
medio la g r a m á t i c a , los t r e s y m e d i o s i g u i e n t e s la filosofía, y los d o s
últimos no c o m p l e t o s la teología. Gastó, p u e s , n u e s t r o santo P a d r e
once años e n t e r o s en sus e s t u d i o s , d e s d e la c u a r e s m a de 1524 hasta
Abril de 1535.
10. Y ¿ c u á n t o a p r e n d i ó con t o d o este trabajo? ¿Llegó á s e r u n h o m -
bre doctísimo, c o m o lo h a d i c h o a l g u n o do sus biógrafos? No. E l
r.Laínez, q u e le conocía m e j o r q u e n a d i e , dice e n su c a r t a á P o -
lanco estas p a l a b r a s : - C u a n t o al e s t u d i o , a u n q u e t u v i e s e más i m p e -
dimentos q u e los o t r o s , t o d a v í a t u v o tanta diligencia y t a n t o p r o v e -
cho ó m a y o r , cacteris paribus, q u e los o t r o s de su t i e m p o , v i n i e n d o á
mediocres l e t r a s , c o m o m o s t r ó en r e s p o n d e r p ú b l i c a m e n t e y plati-
cando en el t i e m p o do su c u r s o con sus c o n d i s c í p u l o s . " L l e g ó , p u e s ,
San Ignacio á a d q u i r i r una d e c e n t e m e d i a n í a e n l e t r a s , y n a d a más.
Lo que p r i n c i p a l m e n t e a p r e n d i ó n u e s t r o santo P a d r e en sus estu-
dios, fué la s a b i d u r í a p r á c t i c a p a r a d i r i g i r l o s . F u é p r o v i d e n c i a d e
Dios pasarle p o r t r o s u n i v e r s i d a d e s tan c é l e b r e s c o m o las de Alcalá,
Salamanca y P a r í s , y d e t e n e r l o siete años en esta ú l t i m a , la m á s cé-
lebre del m u n d o , p a r a q u e a p r e n d i e s e p o r e x p e r i e n c i a , así las difi-
cultades do la vida e s c o l a r , c o m o los m é t o d o s d e enseñanza y la a d -
ministración i n t e r i o r de c o l e g i o s y c o r p o r a c i o n e s l i t e r a r i a s . C o m o
veremos á su t i e m p o , la u n i v e r s i d a d de P a r í s le sirvió do m o d e l o
¡«tra m u c h a s cosas d e las q u e o r d e n ó en la c u a r t a p a r t e de las Cons-
t i Iliciones (2).
(1) Decrcrcrat ipse (dii/aaiilahnn Bononiae studere, interim dum socii e.r Gallia ad
t. i,
comlictuiii tempus veuiebanl; nam Domina Isabella Rosell aliquid et pecuniae Bono-
mam transmistrat; sed aun nébulas ejus urbis nonferret, Vcnetiasprogressus est, ubi
socios exspectaril. P o l a n c o , Vita lgnatii Loi/olae, ]>. 54. P o r la c a r t a e s c r i t a á J a i m e
Cazador en 153,5, p a r e c e q u e S a n I g n a c i o t o d a v í a c o n t i n u a b a e s t u d i a n d o p r i v a d a -
mente en V e n e c i a , p u e s p r o m e t e e n v i a r á B a r c e l o n a l o s l i b r o s q u e t i e n e , l u e g o q u e
haya a c a b a d o s u s e s t u d i o s . ( V i d e Cartas de San Ignacio, t. i, p . 3 0 . ) N o sé si e s t e
estudio p r i v a d o , q u e no p u d o ser g r a n cosa, b a s t a r á p a r a afirmar, c o m o B a i t o l i {Vita
di S. lg„., \ |) q f g n a c i o e s t u d i ó el c u r s o c o m p l e t o d e t e o l o g í a en c u a t r o a ñ o s .
u > c ( u e
(2) De esto h a b l a r e m o s en el t o m o s i g u i e n t e , al e x p l i c a r el p l a n d e e s t u d i o s e s t a -
blecido p o r I g n a c i o .

62 L1B. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
O t r a cosa d e b e m o s a p r e n d e r los hijos de la C o m p a ñ í a de los estu-
dios d e n u e s t r o santo P a d r e , y es la diligencia, p o r u n lado, en estu-
d i a r , y p o r o t r o , el a r t e de n o d e c a e r e n la v i r t u d , s a b i e n d o herma-
n a r el f e r v o r de espíritu c o n la a p l i c a c i ó n l i t e r a r i a . Merece copiursi
u n p á r r a f o d e l P . P o l a n c o , e n q u e n o s d e c l a r a j u i c i o s a m e n t e el pri-
m o r con q u e supo I g n a c i o h e r m a n a r la v i r t u d c o n las l e t r a s . D e s -
p u é s d e r e f e r i r el c é l e b r e h e c h o de Barcelona, y a c o n t a d o más a r r i -
b a , c u a n d o I g n a c i o deshizo la t e n t a c i ó n solapada q u e procuraba
a p a r t a r l e d e l e s t u d i o c o n a p a r i e n c i a de d e v o c i ó n , p r o s i g u e así Po-
l a n c o : «Con esta oblación h u m i l d e y f u e r t e m e n t e c i e r t a á Nuestro
S e ñ o r e n a q u e l su m a e s t r o , se q u i e t ó p o r t o d o el t i e m p o del estu-
dio d e la g r a m á t i c a , y d e s p u é s en P a r í s , d o n d e tenía las mismas o c a -
siones y m a y o r e s de s e r tibio e n el e s t u d i o , se q u i e t ó y venció p o r
la m i s m a vía, ofreciéndose á su m a e s t r o e n artes, etc. Y p o r q u e s o l í a
con el m a e s t r o F a b r o e n t r a r e n pláticas e s p i r i t u a l e s , q u e p o r ser
más h a b i t u a l e s y g u s t a r m á s dolías, le hacían t a m b i é n impedimento
p a r a los e s t u d i o s , hizo con él c o n c i e r t o , q u e p o r u n t i e m p o n o ha-
b l a s e n d e las cosas d e Dios. A s i m i s m o e r a su u s a n z a , c u a n d o n o te-
nía otras o c u p a c i o n e s t o m a d a s p o r m a y o r s e r v i c i o de Dios, como se-
ría c u a n d o a n d a b a e n c a m i n o s , e t c . , d a r s e m á s á la larga á la d e v o -
c i ó n y m o r t i f i c a c i o n e s , y c u a n d o se o c u p a b a e n e n s e ñ a r la doctrina
c r i s t i a n a 3 otras a y u d a s i m p o r t a n t e s al p r ó j i m o , q u e r e q u e r í a n H i n -
r
c h o t i e m p o , y t a m b i é n e n los estudios, a b r e v i a r m u c h o el t i e m p o <V
la o r a c i ó n , c o n t e n t á n d o s e c o n o i r misa y los e x á m e n e s d e concien-
cia, y a l g u n a h o r a p a r a la o r a c i ó n , p a r e c i é n d o l e sería m á s grato á
Dios N u e s t r o Señor, q u e diese m á s t i e m p o y trabajo á los ejercicios
q u e sólo p o r su s e r v i c i o y g l o r i a t o m a b a . Y así, e n l o s estudios, aun-
q u e m u c h a s dificultades t u v i e s e , e r a u n o de los m á s d i l i g e n t e s y la-
boriosos.» (1)
A q u í v e m o s c u m p l i d o lo q u e el m i s m o s a n t o h a b í a d e mandar
d e s p u é s á los e s t u d i a n t e s d e la C o m p a ñ í a : «Cuando se a t i e n d e al es-
t u d i o , c o m o es de a d v e r t i r q u e c o n el c a l o r d e l s t u d i a r n o se enti-
b i e n e n el a m o r de las v e r d a d e r a s v i r t u d e s y v i d a r e l i g i o s a , ansí las
m o r t i f i c a c i o n e s y o r a c i o n e s y m e d i t a c i o n e s l a r g a s n o t e n d r á n por el
t a l t i e m p o m u c h o l u g a r , p u e s el a t e n d e r á las l e t r a s , q u e con pura
i n t e n c i ó n d e l d i v i n o s e r v i c i o se a p r e n d e n y p i d e n e n c i e r t o modo el
h o m b r e e n t e r o , s e r á n o m e n o s , a n t e s m á s g r a t o á Dios N u e s t r o So-
ñ o r p o r el t i e m p o d e l estudio» (2).
(1) Sumario arriba citado, c. I I . — ( 2 ) Constituciones, p a r t e i v , c . iv.
CAP. I V . — E S T U D I O S DE SAN IGNACIO 63
De este m o d o p r o c e d i ó e n sus e s t u d i o s n u e s t r o s a n t o fundador, e n
medio de tantas c o n t r a d i c c i o n e s q u e le atajaban e l paso. Á estas di-
ficultades se d e b e n a ñ a d i r las p e n o s a s m o l e s t i a s ocasionadas p o r sus
dolores d e e s t ó m a g o y p o r o t r o s a c h a q u e s , los cuales se a c r e c e n -
taron, como n o t a R i b a d e n e i r a , p o r la g r a n d e y p e r p e t u a c u e n t a q u e
(raía consigo p a r a irse e n todas las cosas á la m a n o (1). A s o m b r a
verdaderamente la firmeza i n q u e b r a n t a b l e de a q u e l h o m b r e q u e ,
ya entrado e n e d a d , v i v i e n d o de l i m o s n a , a g o b i a d o de e n f e r m e d a -
des, obligado á m u d a r d e d o m i c i l i o p o r las p e r s e c u c i o n e s , t r o p e z a n d o
por d o q u i e r a c o n d e n u n c i a s , p r o c e s o s , g o l p e s , c á r c e l e s y cadenas,
tiene sin e m b a r g o v a l o r y constancia p a r a c o n t i n u a r s u s estudios
por espacio de once años seguidos. ¡Y si t u v i e r a g u s t o e n el e s t u d i a r .
Poro como él m i s m o lo confesó más a d e l a n t e , y a e n t o n c e s le d a b a n
en rostro los l i b r o s . Y se lo c r e e m o s sin dificultad. T o m a d á u n h o m -
bre m u n d a n o , d e esos q u e r e p a r t e n su vida e n t r e el t e a t r o , la plaza
do toros y el h i p ó d r o m o , e n c e r r a d l e e n u n a p o s e n t o y o b l i g a d l e á
aprender á los t r e i n t a años los g é n e r o s y p r e t é r i t o s d e N e b r i j a . Ya
veis el g u s t o (pie e n ello p o d r á s e n t i r . P u e s tal e s el caso d e I g n a c i o ,
que, pasada la j u v e n t u d e n la c o r t e y e n los e j é r c i t o s , e n las j u s t a s y
torneos, e m p i e z a á los t r e i n t a y t r e s años la g r a m á t i c a y la r e p i t e e n
París á los t r e i n t a y o c h o . Añádase el t a l e n t o y c a r á c t e r d e l santo,
(¡ne, c o m o e m i n e n t e m e n t e p r á c t i c o , se i n c l i n a b a m á s á los asuntos
de la vida q u e á las e s p e c u l a c i o n e s de la d o c t r i n a . F i n a l m e n t e , r e c o -
jamos esta o b s e r v a c i ó n j u i c i o s a de R i b a d e n e i r a : hasta los d o n e s de
Dios q u e ya había r e c i b i d o I g n a c i o , le e s t o r b a b a n e n e l e s t u d i o ,
pues h a b i e n d o g u s t a d o e n Manresa las d u l z u r a s de la c o n t e m p l a c i ó n ,
y sintiendo tanta d e v o c i ó n sensible e n los ejercicios e s p i r i t u a l e s , se
le t o r n a b a n m á s d e s a b r i d a s las a r i d e c e s d e los libros.
P e r o la g l o r i a de Dios lo q u e r í a , y e n t r a n d o de p o r m e d i o esta r a -
zón, n o h a b í a i m p o s i b l e s p a r a I g n a c i o ; y así, c o n t r a v i e n t o y m a r e a ,
contra la p o b r e z a y las e n f e r m e d a d e s , c o n t r a las cárceles y p e r s e c u -
ciones, c o n t r a la i n c l i n a c i ó n n a t u r a l y el g u s t o e s p i r i t u a l , c o n t r a e l
ciclo y la t i e r r a , si así p u e d e d e c i r s e , l l e v ó a d e l a n t e d u r a n t e o n c e
años s u c a r r e r a eclesiástica. ¡ H e r o í s m o s u b l i m e , q u e , á falta d e o t r a s
pruebas, n o s m o s t r a r í a p o r sí solo e n S a n I g n a c i o u n a d e las v o l u n -
tades m á s firmes y c o n s t a n t e s q u e se h a n v i s t o e n el m u n d o !
(1) Vida del P. Ign., t. I I , o. i .

CAPITULO V
PRINCIPIOS D E LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO D E MOXTMAHTüi:
1524-1534
SUMARIO: 1. P r i m e r a t e n t a t i v a d e r e u n i r c o m p a ñ e r o s , e m p e z a d a en B a r c e l o n a (iifll)
y d e s h e c h a e n S a l a m a n c a ( 1 5 2 8 ) . — - • S e g u n d o e n s a y o , d e s h e c h o l u e g o d e comen-
zarlo e n P a r í s ( 1 5 2 9 ) . — 3 . T e r c e r e s f u e r z o , c o r o n a d o con feliz s u c e s o ( 1 5 3 0 - 1 á.'l-I).—
4. B r e v e s n o t i c i a s b i o g r á f i c a s sobro F a b r o , J a v i e r , L a i n e z , S a l m e r ó n , I í o i l r f c "
y B o b a d i l l a . — 5 . Voto d e M o n t n i a r t r c , el 15 do A g o s t o d e 1 5 3 4 . — 6 . T r e s .•••íuio-
ñ e r o s m á s . C ó m o se c o n s e r v a b a n t o d o s d u r a n t e s u s e s t u d i o s .
F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Laíncz. Carta « Poíifiico.—2. C á m a r a , Vida iW /'. ;.¡..,.
cío. c. v. vr y v i l . Memorial. — 3. P o l a n c o . 1 ¡tu /'. /</».. c. V y v i l . — í. F a b r o . M w r i » ! - . -
5. Simón 1 ¡odríguez. Dc< oriijinc et pro//.. S. J.—(i. Vnctil iones nostrormn. — l. Xadal. /•./.,«••
tilles.—8. l!d>ai.leneira, Vida del 1. /</<;.. 1. I, e. x i V ; y II. c. 1 y i v . — (I. t'rocrso de .lAw.'.r.
10. u n i v e r s i d a d do Alcalá. Libro de actos i) ¡irados.
1. P a r a l e l a m e n t e al n e g o c i o de sus e s t u d i o s c o n d u c í a Ignacio el
o t r o m á s i m p o r t a n t e de f u n d a r la Compañía de J e s ú s . C u a n d o , vuelto
de J e r u s a l é n , e m p e z ó á e s t u d i a r e n B a r c e l o n a , t r a t ó do a l l e g a r e n e
p a ñ e r o s q u e s i g u i e s e n su m o d o do v i v i r . E l p r i m e r o q u e se le juntó
fué Calixto de Sa, n a t u r a l do Segovia (1), q u i e n p o r consejo del santo,
hizo u n a p e r e g r i n a c i ó n á J e r u s a l é n , y d e s p u é s v i v i ó s i e m p r e ¡vi lado
d e I g n a c i o , hasta q u e éste p a r t i ó d e Salamanca p a r a P a r í s . Después *•
le u n i e r o n J u a n d e Á r t e a g a , á q u i e n h a c e n a l g u n o s n a t u r a l de Es-
t e p a , y L o p e d e C á c e r e s (2), s e g o v i a n o , c o m o C a l i x t o , y criado del
( 1 ) X i C á m a r a n i l l i b a d e n e i r a e x p l i c a n c u á n d o ó c ó m o se le j u n t a r o n estos cua-
tro c o m p a ñ e r o s . S o l a m e n t e a d v i e r t e el p r i m e r o q u e y a t e n í a a l g u n o s c u a n d o ¡>e"
d e B a r c e l o n a á A l c a l á , y l u e g o los n o m b r a do r e p e n t e á t o d o s (e. v ) , s i n d-.vir
c u á n d o ó c ó m o se lo j u n t a r o n . F l P. P o l a n c o , De Vita P. Ign., p . 3 3 , e s el q u e ex-
plica con m á s p r e c i s i ó n la r e u n i ó n do los c u a t r o .
( 2 ) L l a m a m o s la a t e n c i ó n del l e c t o r s o b r e el n o m b r o d e pila d e esta p e r s o n a , pie
c o n s t a e n el p r o c e s o d e A l c a l á , Boletín de la Acad. de la liíst., t. x x x n i , p. 440,
p o r q u e s i r v e p a r a d e m o s t r a r l o q u e d o s v e c e s a d v i e r t e P o l a n c o ( c . v 3' v n ) : q u e este
C á c e r e s d e A l c a l á es d i s t i n t o d e l o t r o C á c e r e s q u e ee j u n t ó c o n I g n a c i o e n P a r í s . El
CAP. V . - P R . N C I P I O S DE LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE MONTMARTRE 65
virrey de Cataluña. Á éstos se añadió e n Alcalá u n j o v e n c i t o francés,
llamado J u a n d e R e i n a l d o ( ó J u a n i c o , c o m o dice el P . C á m a r a , tal
voz p o r la p o c a e d a d d e l m u c h a c h o ) . E r a paje d e l v i r r e y d e N a v a r r a
D. Martín de C ó r d o b a , y r e c i b i e n d o u n a h e r i d a e n Alcalá, l e l l e v a r o n
á curar al h o s p i t a l d e Antezana. Allí le conoció I g n a c i o , y asistién-
dolo, sin duda, con la c a r i d a d q u e e l santo p r o d i g a b a á los e n f e r m o s ,
le ganó el c o r a z ó n y le atrajo á i m i t a r su g é n e r o d e v i d a (1).
Estos c u a t r o a p r o v e c h a r o n b a s t a n t e e n la v i r t u d bajo la d i r e c c i ó n
de San I g n a c i o . C o m o él, vestían p o b r e sayal, v i v í a n d e limosna,edifi-
caban c o n santas c o n v e r s a c i o n e s al p r ó j i m o , y lo q u e es m á s , p a r t i -
cipaban c o n c r i s t i a n a r e s i g n a c i ó n d e las c á r c e l e s y p e r s e c u c i o n e s d e
su maestro. F u é a d m i r a b l e , s o b r e t o d o , el e j e m p l o de v i r t u d q u e die-
ron u n a v e z A r t e a g a y C á c e r e s e n S a l a m a n c a . M i e n t r a s I g n a c i o y
Calixto e s t a b a n a h e r r o j a d o s en el a p o s e n t o do q u e h a b l a m o s e n e l
capítulo a n t e r i o r , f u e r o n d e t e n i d o s A r t e a g a y Cáceres, y e n c e r r a d o s
on la h a b i t a c i ó n c o m ú n d e los d e m á s p r e s o s . H a l l a r o n éstos m o d o de
abrir la p u e r t a u n d í a , y t o d o s se f u g a r o n ; p e r o A r t e a g a y Cáceres
permanecieron e n la c á r c e l , sin q u e r e r a p r o v e c h a r s e d e la ocasión
para h u i r (2). Á p e s a r d e t a n b u e n o s p r i n c i p i o s , esta sociedad, c o m o
parto primerizo, s e g ú n la l l a m a el P . P o l a n c o , n o p r o s p e r ó (3). C u a n d o
Ignacio se fué á P a r í s , dejó á sus c o m p a ñ e r o s e n S a l a m a n c a , enco-
mendados á la g e n e r o s i d a d do a l g u n o s a m i g o s s u y o s , hasta q u e p u -
diera l l a m a r l o s á F r a n c i a , si allí e n c o n t r a b a a l g ú n a r b i t r i o p a r a m a n -
tenerlos. N o p u d o verificarse este p l a n , p u e s c o m o v i m o s , h a r t o
trabajo t e n í a á los p r i n c i p i o s n u e s t r o s a n t o , P a d r e en m a n t e n e r s e
a s í mismo, sin q u e le fuera p o s i b l e s u s t e n t a r á o t r o s . E n t r e t a n t o s u s
discípulos, resfriados con la a u s e n c i a d e l m a e s t r o , se fueron cada u n o
por su lado. C a l i x t o p a r ó e n c o m e r c i a n t e , y h a b i e n d o h e c h o d o s via-
jes á las I n d i a s , v o l v i ó d e allá m u y r i c o e n b i e n e s t e m p o r a l e s . Esta-
blecióse e n E s p a ñ a (algunos d i c e n q u e e n Salamanca), y v i v i ó c ó m o -
damente, n o sin a l g u n a e x t r a ñ e z a y b u r l a d e los q u e le h a b í a n v i s t o
lie Alcalá se l l a m a b a L o p e ; el d e P a r í s , D i e g o . O t r a p r u e b a e v i d e n t e d e q u e s o n d o s ,
nos la s u m i n i s t r a u n a c a r t a del P . D o m é n e c h (Epist. mi.ctae, t . ], p . 6 6 ) , e s c r i t a
ta 1541, en la q u e d i c e : ((Maestro C á c e r e s , M i r ó n ó y o o í m o s t o d o s D u r a n d o » . E s
decir, q u e el a ñ o 1 5 4 1 e s t e C á c e r e s e s t u d i a b a t e o l o g í a e n P a r í s . A h o r a b i e n , el C a -
lores de A l c a l á y a e r a e s t u d i a n t e q u i n c e a ñ o s a n t e s , e n 1 5 2 6 , y , p o r c o n s i g u i e n t e ,
tendría a c a b a d o s d e s o b r a t o d o s s u s e s t u d i o s el a ñ o 1 5 4 1 .
(1) E s t a s c i r c u n s t a n c i a s d e la r e u n i ó n d e J u a n i c o las t o m a m o s d e l p r o c e s o d e
Alcalá (Boletín y a c i t a d o , p . 4 3 9 ) i a u n q u e e l P . P o l a n c o p a r e c e c o l o c a r la r e u n i ó n
<le J u a n i c o e n B a r c e l o n a .
(2) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v i . — ( 3 ) Sumario de la vida del P. Ign.
 L 1 B j — FUNDACIÓN DE LA COMrAfsfA
#
66
a n t e s p r o f e s a r con t a n t o b r í o la p o b r e z a e v a n g é l i c a . A r t e a g a siguió
el c a m i n o d e las d i g n i d a d e s eclesiásticas, y l l e g ó á o b t e n e r u n obis-
p a d o en las I n d i a s , a l t i e m p o q u e e n R o m a se estaba f u n d a n d o nues-
t r a O r d e n . E s c r i b i ó e n t o n c e s p o r d o s v e c e s á San I g n a c i o , ofrecién-
d o l e su m i t r a p a r a a l g u n o d e la C o m p a ñ í a ; p e r o r e h u s á n d o l a nuestro
s a n t o P a d r e , se p a r t i ó p a r a su d i ó c e s i s , y al l l e g a r á Méjico, murió
d e u n a m a n e r a b i e n t r i s t e ; p u e s h a b i e n d o caído e n f e r m o , y querien-
do t o m a r u n a n o c h e c i e r t a m e d i c i n a q u e le r e c e t a r o n , tomó por
e q u i v o c a c i ó n o t r o vaso q u e estaba en la m i s m a m e s a con solimán, y
l u e g o e x p i r ó (1). C á e c r c s v o l v i ó á S e g o v i a , su p a t r i a , s i n q u e sepamos
cuál fué su s u e r t e e n a d e l a n t e . E l m e j o r l i b r a d o d e t o d o s fué Jua-
n i c o , q u e e n t r ó e n u n a O r d e n r e l i g i o s a , y e n ella p e r s e v e r ó loable-
m e n t e h a s t a m o r i r (2).
2. M i e n t r a s d e esta s u e r t e se disolvía ol g r u p o d e Salamanca, ensa-
y a b a I g n a c i o r e u n i r o t r o e n P a r í s . Unos q u i n c e meses después de
l l e g a r á esta ciudad, os decir, p o r Mayo ó J u n i o d e 1529, dio los Ejer-
cicios á t r e s e s p a ñ o l e s , m u y d i s t i n g u i d o s p o r su n o b l e z a y tálenlo.
E l p r i m e r o se l l a m a b a J u a n d e Castro, era d e T o l e d o y h a b i t a b a en l;i
S o r b o n a ; el s e g u n d o se decía P e r a l t a , y e l t e r c e r o A m a d o r , que ino-
r a b a e n el colegio d e Santa B á r b a r a . E s t o s t r e s , r e s u e l t o s á renunciar
al m u n d o y s e g u i r , c o m o I g n a c i o , la p o b r e z a e v a n g é l i c a , vendie-
r o n c u a n t o p o s e í a n , lo r e p a r t i e r o n á los p o b r e s y fueron á hospe-
d a r s e de l i m o s n a en el h o s p i t a l d e S a n t i a g o , d e d o n d e salían á men-
d i g a r p o r las calles. F u é i n c r e í b l e el e n o j o q u e c o n c i b i e r o n todos
sus p a r i e n t e s , a m i g o s y c o n o c i d o s al v e r tan e x t r a o r d i n a r i a transfor-
m a c i ó n . L l a m á b a n l o s la d e s h o n r a d e sus f a m i l i a s , y déjase pensar
c ó m o p o n d r í a n las l e n g u a s m a l d i c i e n t e s al h o m b r e q u e les había ins-
p i r a d o a q u e l p e n s a m i e n t o . No p u d i e n d o t o l e r a r a q u e l l a s locuras,
c o m o ellos las n o m b r a b a n , h i c i e r o n t o d a s las d i l i g e n c i a s posible?
p a r a r e t r a e r á los j ó v e n e s d e a q u e l santo p r o p ó s i t o . C o m o no bas-
t a s e n p a l a b r a s y r a z o n e s , a c u d i e r o n á m a n o a r m a d a al hospital de
( 1 ) S e g ú n G a m s , Ser/es episcoporum, o c u r r i ó l a m u e r t e d e A r t e a g a en Méjico el
8 de Octubre de 1540.
( 2 ) E l p a r a d e r o d e e s t o s c u a t r o c o m p a ñ e r o s d e I g n a c i o lo t o m a m o s d e Cánusn-
Vida del P. Ign., c. VI y v a . E l P . K i b a d e n e i r a e n los Diálogos m a n u s c r i t o s sobre
l a s u e r t e d e l o s s a l i d o s d e la C o m p a ñ í a , refiere b r e v e m e n t e a l g u n a s e x t r a ñ a s aventu-
r a s y d e s v e n t u r a s d e C á e e r e s , q u e p u e d e n v e r s e c o p i a d a s en el P . A l c á z a r . (tVom - 1
hhtoria de la provincia de Toledo, libro preliminar, c. í v , § 2.°) C o m o demostra-
m o s en o t r a n o t a , son d o s los c o m p a ñ e r o s d e I g n a c i o l l a m a d o s C á e e r e s , y los hechos
r e f e r i d o s p o r R i b a d e n e i r a p e r t e n e c e n á D i e g o d e C á e e r e s , el d e P a r í s ; no á bope-
d e C á e e r e s , el d e A l c a l á .
CAP. V. —PRINCIPIOS DE LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE MONTMARTBE 67
Santiago, s a c a r o n d e allí á los t r e s e s t u d i a n t e s y los o b l i g a r o n á v i -
vir conforme á su e s t a d o , m i e n t r a s d u r a b a n sus estudios. H u b i e r o n
de ceder á la fuerza los j ó v e n e s ; p e r o , lo q u e fué p e o r , se o l v i d a r o n
poco á p o c o d e sus f e r v o r e s y se v i n i e r o n á a p a r t a r d e I g n a c i o , aun-
que s i e m p r e c o n s e r v a r o n m u c h a estima de la s a n t i d a d de su m a e s t r o .
Castro ejercitó la p r e d i c a c i ó n a l g ú n t i e m p o e n B u r g o s , y v i n o á en-
trar cartujo e n Valencia, d o n d e h a b l ó c o n San I g n a c i o , c u a n d o éste
vino á E s p a ñ a e n 1535. P e r s e v e r ó con g r a n e j e m p l o en la n u e v a vida.
Peralta fué d e s p u é s c a n ó n i g o en T o l e d o . I g n o r a m o s c u á l fué e l p a r a -
dero del ú l t i m o (1).
Segunda v e z se d e s h a c í a n c o m o el h u m o las trazas de I g n a c i o . Ad-
miremos los a d o r a b l e s d e s i g n i o s de la P r o v i d e n c i a , q u e si b i e n g o -
bierna s u a v e m e n t e todas las a c c i o n e s d e los santos, p e r o n o los con-
duce á su fines sin e j e r c i t a r l o s m u c h o en la paciencia y l o n g a n i m i d a d .
Más de seis años se le p a s a r o n á n u e s t r o santo P a d r e e n h a c e r p r u e -
bas y t e n t a r c a m i n o s d e f u n d a c i ó n , s i n o b t e n e r r e s u l t a d o n i n g u n o .
Así c o m o D i o s , d e s p u é s d e h a c e r su p r i m e r a p r o m e s a al p a t r i a r c a
Abrahan, q u e r i e n d o p r o b a r su fe, le hizo e s p e r a r t a n t o s años el na-
cimiento de I s a a c , así t a m b i é n d e s p u é s d e r e v e l a r á I g n a c i o , c o m o
veremos, la fundación d e la Compañía, le p r o b ó f u e r t e m e n t e , p e r m i -
tiendo se f r u s t r a s e n las p r i m e r a s t e n t a t i v a s q u e ensayó p a r a l l e g a r á
tal t é r m i n o . P e r o si Dios h a c e e s p e r a r al j u s t o , es p a r a c u m p l i r l e
después m á s c o l m a d a m e n t e s u s d e s e o s . P o r eso, c u a n d o l l e g ó la h o r a
de las m i s e r i c o r d i a s divinas, ¡qué h o m b r e s v i o I g n a c i o a g r u p a r s e e n
torno suj^o!
3. El p r i m e r o q u e se le j u n t ó p a r a n u n c a d e s a m p a r a r l e fué e l B. P e -
dro F a b r o , s a b o y a n o . H a b í a n a c i d o este santo v a r ó n e n V i l l a r e t o ,
pequeño p u e b l o de la diócesis de G i n e b r a , p e r t e n e c i e n t e al a c t u a l
departamento francés d e H a u t c - S a v o i e e l año 1506 (2). Sus p a d r e s
eran p o b r e s , y p o r eso d u r a n t e a l g ú n t i e m p o h u b o de h a c e r P e d r o
cu su niñez el oficio d e p a s t o r . D e s d e q u e l l e g ó al uso de la r a z ó n e m -
pezó á s e n t i r suaves i m p u l s o s d e s e r v i r m u c h o á Dios N u e s t r o S e ñ o r ,
(1) C á m a r a , Vida del P. Ign., o. 7. P o l a n c o , Vita P. Ign., 4 5 . N o i n d i c a el P . C á -
mara c u á n d o s u c e d i ó e s t o . El P . P o l a n c o p o n e el d a t o d e q u e f u é q u i n c e m e s e s
después de l l e g a r I g n a c i o á P a r í s . S o b r e P e r a l t a , v é a n s e a l g u n a s n o t i c i a s e n Epist.
P. Nadal, i. i, p . 2 3 3 .
(2) T o d a s las n o t i c i a s b i o g r á f i c a s d e l B . P e d r o F a b r o q u e p r e s e n t a m o s a q u í e s -
tin t o m a d a s del Memoriale fíeati Petri Fabri, i m p r e s o p o r el P . B o u i x e n 1 8 7 3 .
^wMe esta p r e c i o s a m e m o r i a , e s c r i t a p o r el m i s m o B e a t o , p . 3 - 1 0 . A ñ a d i m o s al-
guna p e q u e ñ a c i r c u n s t a n c i a q u e n o s s u m i n i s t r a P o l a n c o .

i . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
68
L 1 B -
los cuales, f o m e n t a d o s p o r la c r i s t i a n a e d u c a c i ó n q u e r e c i b í a d e su-
p a d r e s , l e d e c i d i e r o n á c o n s a g r a r s e á D i o s p o r c o m p l e t o á l o s decí-
a n o s , h a c i e n d o v o t o d e castidad. C o n l o s i m p u l s o s d e devoción -e
d e s p e r t a b a n e n F a b r o g r a n d e s ansias d e e s t u d i a r . R e p r e s e n t ó l a s á sus
p a d r e s , y a u n q u e éstos n o p o d í a n p o r su p o b r e z a p e r m i t i r s e mueho>
gastos, h u b i e r o n d e c e d e r á las i n s t a n c i a s d e su hijo y le p u s i e r o n en
l o s estudios. A p r e n d i d a s las l e t r a s h u m a n a s , p a r t i ó s e e n 1525 á Parí-,
y e n t r a n d o en el colegio d e Santa B á r b a r a , hizo el c u r s o completo tk-
filosofía, e n la cual se licenció e l 15 d e Marzo d e 1530 (1). F u é se
m a e s t r o el d o c t o r español J u a n P e ñ a , q u i e n lo e s t i m a b a extraordina-
r i a m e n t e p o r su t a l e n t o , y s o b r e t o d o , p o r su c o n o c i m i e n t o en la-
l e n g u a s a n t i g u a s ; t a n t o , q u e c u a n d o se le ofrecían d u d a s sobre A
t e x t o o r i g i n a l d e A r i s t ó t e l e s , solía c o n s u l t a r l a s c o n su discípulo Fa-
b r o . E l año 1529 i b a á p a r a r a l m i s m o c o l e g i o d e Santa B á r b a r a mío--
t r o P a d r e San I g n a c i o , y p o r el m e s d e O c t u b r e debía e m p e z a r el cura
d e la filosofía. P r o n t o se c o n o c i e r o n estas d o s a l m a s privilegiad;];.
E r a e n t o n c e s c o s t u m b r e b a s t a n t e g e n e r a l q u e los p r i n c i p i a n t e s d<
filosofía r e p i t i e s e n c o n a l g ú n e s t u d i a n t e a v e n t a j a d o las leccione;
oídas e n clase. R o g ó I g n a c i o á F a b r o q u e le p e r m i t i e s e h a c e r con?.
este ejercicio, y e l j o v e n s a b o y a n o se ofreció á e j e c u t a r esta obra di-
c a r i d a d . M u y l u e g o r e c o n o c i ó e l m é r i t o e x t r a o r d i n a r i o d o nqrd
h o m b r e y a e n t r a d o e n e d a d , q u e t a n h u m i l d e m e n t e v e n í a á repetí:
con é l las lecciones d o filosofía; y c o m o e n t e n d i ó l o v e r s a d o que en
e n cosas d e e s p í r i t u , se r e s o l v i ó á c o m u n i c a r c o n é l u n secreto qiii
le a t o r m e n t a b a d e s d o a ñ o s a t r á s .
4. H a b í a h e c h o v o t o d e castidad, y el d e m o n i o le c o m b a t í a con vario
e s c r ú p u l o s y c o n t e r r i b l e s t e n t a c i o n e s d e i m p u r e z a (2). Aumentaba;
la confusión d e l t e n t a d o o t r o s p e n s a m i e n t o s d e v a n i d a d é inclinncio
n e s á la g u l a . Resistía F a b r o á estas t e n t a c i o n e s , p e r o sin manifcsls
á n a d i e lo q u e p a s a b a e n s u i n t e r i o r . Y c o m o n o cesaba la batería,;
él p o r su silencio c e r r a d o se h a l l a b a solo y c o m o aislado dentro J
sí, h a b í a n l l e g a d o s u s congojas á r o b a r l e t o d a la p a z d e l corazón
s u m e r g i r l e e n g r a n p u s i l a n i m i d a d . No s a b i e n d o c ó m o s a l i r de tant;
z o z o b r a s , h a b í a p e n s a d o d e j a r l o s e s t u d i o s , r e t i r a r s e d e t o d o trato¿
g e n t e s , y e n c e r r á n d o s e e n u n a c e l d a solitaria, h a c e r a l l í o r a c i ó n y i"
n i t e n c i a , h a s t a q u e Dios se c o m p a d e c i e s e d e su a l m a .
(1) V é a s e el t e s t i m o n i o e n l o s B o l a n d o s . Acta Sauct. De S. Ign. Loy. § 17.
s e d i c e q u e se g r a d u ó el a ñ o 1 5 2 9 , pero t é n g a s e p r e s e n t e q u e , c o r n o el a ñ o s e o
t a b a e n t o n c e s d e s d e el 2 5 d e M a r z o , l o s t r e s p r i m e r o s m e s e s p e r t e n e c í a n al aííol>
s e g ú n el m o d o a c t u a l d e c o n t a r . — ( 2 ) V é a s e el Memorial, p. 8 y 9.
CAP. V . — PRINCIPIOS DE LA C0MPAÍ5ÍA HASTA EL VOTO DE MONTMARTRE 69
1í
En este estado se h a l l a b a F a b r o , c u a n d o s e d e c i d i ó á c o m u n i c a r s u
'espíritu c o n n u e s t r o santo P a d r e . No p o d í a e n c o n t r a r m a e s t r o m á s
'curtido e n estas peleas. I g n a c i o le o y ó c o n b e n i g n i d a d , le e n s a n c h ó
el corazón, y p a r a s a c a r l e d e a q u e l l a b e r i n t o , l e aconsejó q u e h i c i e s e
una confesión g e n e r a l . Dado este p r i m e r p a s o , le a c o s t u m b r ó á fre-
cuentar los santos s a c r a m e n t o s , le i m p u s o e n e x a m i n a r cada día su
conciencia, y le ensoñó la p r á c t i c a d e l e x a m e n p a r t i c u l a r , p a r a i r
desarraigando u n o p o r u n o t o d o s los vicios. De esta m a n e r a le t u v o
dos años, d e 1530 á 1532 (1), e n los cuales F a b r o , n o sólo alcanzó la
paz de su e s p í r i t u , sino q u e hizo p r o g r e s o s a d m i r a b l e s e n la v i r t u d .
Entonces fué c u a n d o I g n a c i o le manifestó el p l a n q u e tenía d e i r á
Jorusalén, y d e s p u é s c o n s a g r a r s e p o r c o m p l e t o á p r o c u r a r la salva-
ción de las a l m a s . E n t u s i a s m ó s e F a b r o al o i r esta i d e a , y se ofreció
á Ignacio p o r p e r p e t u o c o m p a ñ e r o s u y o . Al a ñ o s i g u i e n t e h u b o d e
hacer u n viaje á S a b o y a p a r a a r r e g l a r a l g u n o s n e g o c i o s d o m é s t i c o s .
Concluyólos c o n felicidad, y d a n d o u n e t e r n o a d i ó s á s u s p a r i e n t e s ,
se volvió al lado d e I g n a c i o . E n el i n v i e r n o d e 1533 á 1534 hizo los
Ejercicios e s p i r i t u a l e s c o n tal f e r v o r y c o n tales excesos d e p e n i t e n -
cia, que h u b o d e m o d e r a r l o s n u e s t r o santo P a d r e , p a r a q u e n o estra-
gase l a s t i m o s a m e n t e la salud. P o r fin e n el v e r a n o d e 1534 r e c i b i ó
¡Fabro el s a c e r d o c i o (2), y c e l e b r ó la p r i m e r a misa e l día d e Santa
María Magdalena (22 d e J u l i o ) .
.; El s e g u n d o d e los d i s c í p u l o s estables fué la m a y o r c o n q u i s t a q u e
hizo Ignacio e n toda su v i d a , el h o m b r e m á s a d m i r a b l e e n su línea
que lia t e n i d o la I g l e s i a d e D i o s , el p r í n c i p e d e los m i s i o n e r o s , San
Francisco J a v i e r . E s t e g l o r i o s o s a n t o , c u y o n o m b r e h a b í a d e u n i r s e
¡para s i e m p r e c o n el d e I g n a c i o e n el h o n o r d e los a l t a r e s y e n la v e -
aeración d e l o r b e c a t ó l i c o , n a c i ó e n e l castillo d e J a v i e r , c e r c a d e
^Sangüesa, e n N a v a r r a . F u e r o n sus p a d r e s J u a n d e Jassu ó J a s o y Ma-
|ría de Azpilcueta, s e ñ o r e s d e J a v i e r . A m b o s e r a n d e linaje m u y dis-
tinguido, y J u a n d e J a s o fué p r e s i d e n t e d e l consejo r e a l d e l o s ú l t i -
jmos reyes de N a v a r r a , á los cuales s i r v i ó c o n fidelidad e n la p r ó s -
¡pera y a d v e r s a fortuna. Vino al m u n d o n u e s t r o santo el 7 d e A b r i l
|de 1506 (3). S o n escasísimos los d a t o s q u o t e n e m o s acerca d e su v i d a
¡~~
.'{ (1) C u a t r o dice J ü b a d e n e i r a (Vida (le S. Ign., I. 11, e. iv) q u e p a s ó F a b r o e n e s t e
j Atado; pero c o m o el m i s m o F a b r o d i c e e n s u M e m o r i a l (Me.moriale, p . 11), y a á los
}
|<lo3 había r e s u e l t o s e g u i r á I g n a c i o , a u n q u e t o d a v í a p e r s e v e r ó o t r o s d o s sin h a c e r
Interiormente m u d a n z a de vida.
i;
I (2) Memoriale, p. 12.
• (3) D u r a n t e u n s i g l o e s t u v i e r o n r e p i t i e n d o - ^ n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s , h a s t a B a r t o l i
\
\^
 v. PRINCIPIOS LE LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE M0NTMAP.T1ÍE 71
70 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
C A P -

hasta los diez y n u e v e años d e su edad (1). T o d o lo q u e sabemos se
r e d u c e á tal cual dato v u l g a r d e la v i d a doméstica, y á q u e a b r a z ó
d e s d e m u y n i ñ o la c a r r e r a d e los e s t u d i o s , p a r a los c u a l e s tenía ex-
c e l e n t e a p t i t u d . C o m o ora el ú l t i m o d e sus h e r m a n o s , y su familia
h a b í a p a d e c i d o g r a n d e s q u e b r a n t o s e n los b i e n e s t e m p o r a l e s c o n
ocasión d e las r e v u e l t a s p o l í t i c a s , d e b i ó , sin d u d a , F r a n c i s c o a p l i -
c a r s e á las letras, p a r a c o n s e g u i r p o r ellas u n a p o s i c i ó n y fortuna q u e
n o p o d r í a e s p e r a r de sus p a d r e s .
E n 1525 se trasladó á P a r í s p a r a c o n t i n u a r sus e s t u d i o s , y se a l o j ó
e n el c o l e g i o do Santa B á r b a r a , d o n d e t r a b ó desdo l u e g o í n t i m a a m i s -
tad con el B. P e d r o F a b r o . Un g r a v e p e l i g r o m o r a l se le ofreció d e s d e
l u e g o á F r a n c i s c o al e m p e z a r el c u r s o do filosofía. Su maestro era
h o m b r e tan vicioso y d e s e n f r e n a d o , q u e n o t e n í a r e p a r o en l l e v a r
p o r sí m i s m o á sus discípulos á las casas de p e r d i c i ó n . L o s e x c e s o s
d e l u j u r i a le h a b í a n p r o d u c i d o feas m a n c h a s e n el cuello y r o s t r o .
mereció d e s p u é s la vocación al apostolado q u e D i o s tan p r o v i d e n -
cialmente le infundió! Al s e g u n d o c u r s o de filosofía se vio J a v i e r
libro do a q u e l p e l i g r o , p u e s al m a e s t r o m a l o s u c e d i ó en la c á t e d r a
el virtuoso d o c t o r J u a n P e ñ a (1). Con él t e r m i n ó J a v i e r el c u r s o d e
filosofía, en la q u e so l i c e n c i ó el 15 d e Marzo de 1530 (2). Tan alta
fama logró de b r i l l a n t e i n g e n i o , q u e al p o c o t i e m p o o b t u v o en la
misma u n i v e r s i d a d u n a c á t e d r a d e filosofía en el c o l e g i o d e Beau-
vais, y la r e g e n t ó con l u c i m i e n t o v a r i o s años.
No s a b e m o s c u á n d o ó c ó m o e m p e z ó á t r a t a r con San I g n a c i o . E s d e
suponer q u e d e s d e 1529 se c o n o c e r í a n , c u a n d o n u e s t r o santo funda-
d o r entró en el colegio do Santa B á r b a r a . A u n q u e m u y l u e g o e m -
pezó Ignacio á t r a t a r de cosas e s p i r i t u a l e s con J a v i e r , lo m i s m o q u e
con F a b r o , p e r o le e n c o n t r ó algo r e b e l d e á sus santas i n s i n u a c i o -
nes (3). No p o r eso se d e s a n i m ó n u e s t r o santo P a d r e , y p r o c u r ó con
t o d o g é n e r o do b u e n o s oficios g a n a r el corazón de J a v i e r .

Varias v e c e s i n t e n t ó el d e s v e n t u r a d o a r r a s t r a r á J a v i e r al m i s i n o
p r e c i p i c i o ; p e r o é s t e , fijando su vista en a q u e l l a s m a n c h a s , concibió
P. Xauier contemplando su santidad, ;/á deshora le vio despertar haziendo grande
tal asco y h o r r o r al v i c i o , q u e n u n c a c o n t a m i n ó su p u r e z a v i r g i n a l
f¡ierra con los bracos, como quien aparta de si alguna persona, y la fuerca que hizo
con el m á s l i g e r o desliz (2). ¡ Q u i é n sabe si con esta p r i m e r a v i c t o r i a fué tamaña, que echó por la boca mucha sangre. El e n f e r m o le p r e g u n t ó q u é e r a a q u e -
llo, él r e s p o n d i ó q u e no era n a d a . D í x o i e el e n f e r m o : veole echar tantas bocanadas de
i n c l u s i v e , q u e San F r a n c i s c o J a v i e r h a b í a n a c i d o el a ñ o 1 4 9 7 . 101 P . M o r e t , conocido mugre, y dice que no es nuda\ D e n t r o d e p o c o s años p i d i e n d o el l!ey D . J u ° el 3 . " d e
a n a l i s t a d e N a v a r r a , f u é el p r i m e r o q u e d e s c u b r i ó la v e r d a d e r a f e c h a d e este acon- Portugal p o r su e m b a x a d o r M a s c a r e ñ a s a n u e s t r o P.o P a d r e s d e la C o m p a ñ í a , f u e r o n
t e c i m i e n t o , s a c á n d o l a d e u n l i b r o d e J u a n d e A z p i l c u e t a , h e r m a n o del s a n t o , donde eailuados el P. Xauier y el AI." Simón. Viniendo por el camino c o m o es lícito á los ca •
se c o p i a b a la n o t a del n a c i m i e n t o d e F r a n c i s c o , e s c r i t a p o r su p a d r e J u a n de Jaso. ' minantes p a r a alinio d e su t r a u a j o d e c i r u n c u e n t o d o s v e z e s le f u é l i c i t o al M.° S i m ó n
V i d e C r o s , Saint-Francois Xavier, t. i, p . 132. preguntar otra v e z a F r a n c i s c o X a u i e r , q u é fué la c a u s a d e e c h a r a q u e l l a n o c h e t a n t a
( 1 ) E l P . J o s é M a r í a Cros, q u e c o n i n f a t i g a b l e a c t i v i d a d h a r e g i s t r a d o los archi- sangre por la b o c a . 101 se lo c o n t ó , t o m á n d o l e p r i m e r o la p a l a b r a d e s e c r e t o m i e n t r a s
v o s d e N a v a r r a , h a p o d i d o , es v e r d a d , r e c o g e r m u c h o s d a t o s s o b r e la f a m i l i a Javier, vinicsse F r a n c i s c o X a u i e r , y a s s i se le dio. Con esta s e g u r i d a d d i x o aueis de saber
h a e s c l a r e c i d o m u c h o las v i c i s i t u d e s q u e ella s u f r i ó e n los t r a s t o r n o s politices ipie hermano M.° Simón, que Dios me a hecho esta merced tan señalada de hauerme con-
r e s u l t a r o n d e la u n i ó n d e f i n i t i v a d e N a v a r r a c o n el r e s t o d e lOspaíia; p e r o en medio tentado itii Virginidad, y atpiella noche soñaba que íbamos camino y en vna possada
d e t a n t o s d o c u m e n t o s s o b r e los J a v i e r e s , la j u v e n t u d d e l a p ó s t o l d e las I n d i a s queda se llegaba vna murada ami y pretendía ponerme las manos en el pecho; yo para apar-
casi t a n a o s c u r a s corno a n t e s . Vid. Saint-Francois Xavier, t. I. tarla meneé los bracos con tanta furia que so me debió romper alguna vena, y assi eché
( 2 ) E s t e h e r m o s í s i m o h e c h o lo s a b e m o s p o r t e s t i m o n i o del P. S i m ó n I'odríguez, aquella sangre.» (Varia Historia, t. i, f. 4 5 )
á q u i e n J a v i e r lo m a n i f e s t ó en el s e n o d e la c o n f i a n z a al d e s p e d i r s e p a r a las Indias. (1) V i d e C r o s , ibid, p . 2 0 3 .
H e a q u í t a l c o m o se lee en el t o m o p r i m e r o d e la Varia Historia. . . C a p í t u l o de vna (2) V é a n s e los B o l a n d o s . De S. Ignacio de Loyola, § 17. 101 d o c u m e n t o l l e v a la
d e l P . F r a n c i s c o V á z q u e z , R e c t o r d e M a r c h e n a , d e 20 d e D i c i e m b r e d e 1590. Al pa- fecha de 1529, p o r el m o d o d e c o n t a r el a ñ o . e m p e z a n d o el 25 d e M a r z o .
d r e C h r i s t o u a l d e C a s t r o , L e c t o r d e e s c r i t u r a en el Collegio d e A l c a l á d e la Compa- (3) Dicen Maffei y O r l a n d i n i , y lo h a n r e p e t i d o v a r i o s b i ó g r a f o s p o s t e r i o r e s d e
ñía de J e s ú s . Javier, q u e é s t e se b u r l a b a á los p r i n c i p i o s d e s v e r g o n z a d a m e n t e d e San I g n a c i o :
l A f f i r m o c o m o s a c e r d o t e y Iíeligioso d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s q u e a h o r a 23 ó 24 iQuin suum iuitio monitorem procacius irridebat, et salubérrima praecepta non modo
a ñ o s , s i e n d o y o R e c t o r d e M o n t i l l a , p a s s ó p o r a q u e l C o l l e g i o el l'.e M." Simón y en o-l) animo, verum ctiam ab auribtts e.cchtdebat.v Ilist.S. I., 1.1, n . 8 1 . Vid. M a f f e i , De
él e s t u v o 2 1 d í a s , y e n t r e o t r a s m u c h a s c o s a s q u e m e c o n t ó d e los p r i n c i p i o s de la rita et moribus S. Ign., 1. I, c. x x i . B u e n o s e r á a d v e r t i r q u e en n i n g ú n a u t o r c o n -
C o m p a ñ í a , m e a f f i r m ó lo q u e a q u í d i r é : q u e l u e g o q u e l l e g a r o n los p r i m e r o s de la temporáneo a p a r e c e q u e la r e s i s t e n c i a d e J a v i e r l l e g a s e á t a n t o . C á m a r a n o d i c e
C o m p a ñ í a á l i o r n a , c a y ó e n f e r m o el M.° S i m ó n y o r d e n ó n u e s t r o P.o al M.° Xauíer nada. R i b a d e n e i r a h a b l a a s í : « F r a n c i s c o J a v i e r se m o s t r ó al p r i n c i p i o m e n o s afi-
f uesse s u e n f e r m e r o , y q u e d á n d o s e v n a n o c h e d u r m i e n d o s o b r e v n a e s t e r a junto a la cionado á s e g u i r l e ; m a s al fin no p u d o r e s i s t i r la f u e r z a del e s p í r i t u q u e h a b l a b a en
c a m a d e l e n f e r m o p a r a d a r l e v n a s p i l d o r a s á la m e d i a n o c h e , d u r m i ó s e el enfermero, este santo v a r ó n [ I g n a c i o ] . » Vida de S, Ign., 1. n , c. i v . P o l a n c o d i c e q u e J a v i e r e r a
y el e n f e r m o e s t a u a e n v e l a c o n el t r a b a j o d e su e n f e r m e d a d p u e s t o s los ojos en d «familiaris Ignatio, sed in rebus spiritualibus non ei admodum addidus». Vita
 72 L1B. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
S i e m p r e q u e se ofrecía ocasión, alababa el t a l e n t o y las buenas do-
t e s d e l j o v e n n a v a r r o , y c u a n d o éste o c u p ó la c á t e d r a de filosolía,
I g n a c i o le b u s c ó b u e n o s discípulos y se esforzó en f o r m a r l e una c l a s e
l u c i d a y n u m e r o s a . No p o d í a h a c e r s e o b s e q u i o m á s d e l i c a d o á u n jo-
v e n p r o f e s o r , cpie a s p i r a b a á d i s t i n g u i r s e en las c á t e d r a s universita-
rias. C o n esto se hizo I g n a c i o d u e ñ o del c o r a z ó n de J a v i e r . E n t ó n e o s
fué c u a n d o n u e s t r o santo P a d r e p u d o p r e d i c a r l e con p r o v e c h o a q u e -
lla sentencia del E v a n g e l i o : < ¿Qué le a p r o v e c h a al h o m b r e g a n a r
t o d o el m u n d o , si p i e r d e su alma?» Esta v e r d a d s u b l i m o , repetida, ex-
p l i c a d a , inculcada p o r San I g n a c i o de L o y o l a , fué la q u e ganó p a r a
la C o m p a ñ í a de J e s ú s al a p ó s t o l de las I n d i a s y del .Japón. N o ¡ " " l o -
m o s p r e c i s a r el t i e m p o en q u e se decidió la vocación de J a v i e r ; p í o
s u p o n e m o s q u e d e b i ó o c u r r i r e n l r e 1 5 3 2 y 1 5 3 1 5 . No p u d o hacer b e
E j e r c i c i o s , p o r sus o c u p a c i o n e s de m a e s t r o , hasta d e s p u é s del v>>t..
de M o n t m a r t r e ( 1 ) .
T o d o s los a u t o r e s c o n v i e n e n en q u e estos dos Fueron los p r i m e r o s
discípulos y c o m p a ñ e r o s estables de I g n a c i o . ¿Con q u é o r d e n M I le
f u e r o n a g r e g a n d o los o t r o s siete? R o ñ e r o el P . L u i s González d e Cá-
m a r a , e n el Mcniurittl i n é d i t o c o n s e r v a d o en n u e s t r o a r c h i v o , q u e el
día 1 7 de F e b r e r o de 1 5 5 5 d i r i g i ó á San I g n a c i o esta p r e g u n t a : ¿ Q u i é n
fué el p r i m e r o de la C o m p a ñ í a d e s p u é s de F a b r o ? » A lo quo respon-
dió el santo: «Laínoz y S a l m e r ó n h i c i e r o n los Ejercicios en oí m i s i n o
t i e m p o , a n t e s q u e J a v i e r , p o r q u e leía a r t e s ; mas J a v i e r era ya m u y
más familiar, en la C o m p a ñ í a » ; y o t r a vez me dijo el P a d r e , a v e ni
[ h a b r á ] q u a s i dos a ñ o s c o n f o r m e á esto. [Es d e c i r , m e dijo esto m i s -
m o hace dos años.] De esta r e s p u e s t a so d e s p r e n d e , q u e los inmedia-
P. Tgn., p 4 8 . El m á s a n t i g u o h i s t o r i a d o r d e San F r a n c i s c o . l a v i e r , quo es el I'. Ale-
j a n d r o V a l i g n a n o , q u e e s c r i b í a por los a ñ o s d e 157-i, ni s i q u i e r a m e n c i o n a esta re-
s i s t e n c i a d e . l a v i e r á la g r a c i a , c o n t e n t á n d o s e c o n d e c i r : « T o m ó m u y e s t r e c h a con-
v e r s a c i ó n c o n el b i e n a v e n t u r a d o P a d r e [ I g n a c i o ] , c o n c u y o e j e m p l o y exhorta-
ción (no d e j a n d o d e c o n t i n u a r su p r o p i o e s t u d i o ) se a p l i c ó c o n m u c h o fervor á otra
m e j o r filosofía, e t c . Monumento. Xarcríaua, t. i, p . 4, apud Monum hist. S. J. Ni si-
q u i e r a h a l d a d e q u e so c o n v i r t i e r a J a v i e r . P o r o t r a p a r t e , el l i . P e d r o F a b r o , en BU
M e m o r i a l ( p . 7 ) , c u e n t a p o r g r a n b e n e f i c i o de Dios el h a b e r t e n i d o por compañero
d e a p o s e n t o á -lavier, a n t e s d e c o n o c e r á I g n a c i o . D e t o d o esto, y d e lo (pie sabemos
s o b r e la p u r e z a d e J a v i e r , p a r e c e i n f e r i r s e q u e el a p ó s t o l d e las I n d i a s era un lmen
j o v e n a n t e s d e c o n v e r s a r con n u e s t r o s a n t o P a d r e .
( 1 ) Memoria-te B. Pelri Fabri, p . 1 3 . P u d o ser q u e c o n t r i b u y e s e á e s t a conversión
a l g ú n f a v o r t e m p o r a l d e S a n I g n a c i o . P o r la p r i m e r a c a r t a d e J a v i e r , q u e se ve en
t o d a s las e d i c i o n e s , a p a r e c e q u e I g n a c i o le socorrió c o n d i n e r o e n a l g ú n apuro. Ne
s a b e m o s si esto s e r í a a n t e s ó d e s p u é s d e c o n v e r t i r s e el a p ó s t o l d e las I n d i a s .
CAP. V . — PRINCIPIOS DB LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE MONTMARTRE 73
tos á J a v i e r f u e r o n Laínez y S a l m e r ó n , y así lo h a n p u e s t o la m a y o -
ría de los h i s t o r i a d o r e s do I g n a c i o y de la Compañía (1).
Diego Laínez h a b í a n a c i d o en Almazán (Soria) el año 1512 (2), y
aunque t e n í a la n o t a , r e p a r a b l e e n a q u e l t i e m p o , de ser de linaje
(1) Pero h e a q u í q u e el P . S i m ó n R o d r í g u e z , al e n u m e r a r los diez p r i m e r o s P a -
dres de la C o m p a ñ í a , se coloca á si m i s m o e n el c u a r t o l u g a r , i n m e d i a t o á J a v i e r ,
con estas h u m i l d e s p a l a b r a s : « E l c u a r t o l u g a r lo o c u p a un p o r t u g u é s , q u e por su in-
dignidad no m e r e c e c o n t a r s e e n t r e t a n e x c e l e n t e s y p e r f e c t o s s i e r v o s d e Dios.» De ori-
ifoie r-1 progresan, S. ,/., p . L u e g o p o n e al P . I . a i n e z c o n la c i r c u n s t a n c i a d e q u e f u é
un año p o s t e r i o r á él. Ibid., p . 10. ¿ C ó m o c o n c o r d a r e s t e t e s t i m o n i o con el d e San I g -
nacio, r e f e r i d o por el P . C á m a r a ? Me p a r e c e q u e p o d r í a soltarse el n u d o con u n a dis-
tinción. E n el h e c h o d e a g r e g a r s e los p r i m e r o s P a d r e s á San I g n a c i o , c o n v i e n e d i s t i n -
guir tres p a s o s ó g r a d o s , por d o n d e l l e g a b a n al t é r m i n o d e s u a d h e s i ó n . El p r i m e r o e r a
el trato e s p i r i t u a l con el s a n t o f u n d a d o r . El s e g u n d o , la p r o m e s a f o r m a l d e s e r c o m p a -
ñero suyo t o d a la v i d a . El t e r c e r o , el h a c e r los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , con los c u a l e s
sancionaban su p r o m e s a y se c o n s o l i d a b a n en la v o c a c i ó n . A h o r a b i e n : s a b e m o s q u e
I.ainez y S a l m e r ó n f u e r o n de A l c a l á á P a r í s c o n g r a n d e s a n s i a s d e t r a t a r c o n S. I g -
nacio, y q u e t u v i e r o n la d i c h a d e e n c o n t r a r s e c o n él a p e n a s l l e g a r o n , y, s e g ú n v a -
rios a u t o r e s , el d í a m i s m o e n q u e e n t r a r o n e n la c a p i t a l d e F r a n c i a . E s , p u e s , d e
suponer, q u e se d a r í a n m u y p r o n t o por c o m p a ñ e r o s s u y o s . P o r o t r o l a d o , n o s d i c e
el 1'. S i m ó n , q u e él n o t e n í a n o t i c i a do San I g n a c i o h a s t a q u e e m p e z ó á t r a t a r l e en
París. P u d o m u y b i e n s u c e d e r q u e n u e s t r o s a n t o P a d r e , c o m o se h u b o c o n F a b r o ,
ejercitándole en o b r a s s a n t a s d u r a n t e dos a ñ o s a n t e s de m a n i f e s t a r l e s u s p l a n e s ,
procediese del m i s m o m o d o c o n el P . S i m ó n R o d r í g u e z , l a b r á n d o l e en el e s p í r i t u
por altrún t i e m p o a n t e s d e t o m a r l e por p e r p e t u o c o m p a ñ e r o . De e s t e m o d o s e r i a n
Laínez y S a l m e r ó n a n t e r i o r e s á l i o d r i g u e z e n la p r o m e s a f o r m a l d e ser c o m p a ñ e r o s
do I g n a c i o , y en e s t e s e n t i d o h a b l a r í a el s a n t o en la r e s p u e s t a d a d a al P . C á m a r a ;
pero en c a m b i o s e r í a el P. S i m ó n a n t e r i o r á ellos e n t r a t a r e s p i r i t u a l m e n t e c o n n u e s -
tro f u n d a d o r , y b a j o e s t e s u p u e s t o se p u e d e i n t e r p r e t a r su t e x t o .
(2) E s t a f e c h a la p o n e R i b a d e n e i r a (Vida del P. Laínez, 1. i , c. i ) , a u n q u e l u e g o
en el m i s m o c a p í t u l o se c o n t r a d i c e , a l a f i r m a r q u e L a í n e z t e n í a diez y o c h o a ñ o s
cuando se g r a d u ó d e m a e s t r o en a r t e s . El t i e m p o en q u e L a í n e z recibió sus g r a d o s
en la f a c u l t a d do a r t e s lo p o d e m o s p r e c i s a r p e r f e c t a m e n t e . E n el A r c h i v o H i s t ó r i c o
Nacional d e M a d r i d e x i s t e u n t o m o en folio con e s t e t í t u l o : Alcalá. IAbro de actos y
finidos, 1523-1544. Al fol. 45° e s t á u n a l i s t a d e s e t e n t a y s i e t e g r a d u a d o s d e b a -
chiller en a r t e s el 14 d e J u n i o d e 1 5 3 1 . El n.° 2 4 d i c e : « U i d a e u s L a í n e z d e A l m a -
zan.i) Al fol. 5 3 a p a r e c e o t r a lista d e los q u e se l i c e n c i a r o n en a r t e s el 13 d e O c t u b r e
'lo 1532. E l t e r c e r o d e los v e i n t i t r é s g r a d u a d o s es « B a c h a l a u r e u s D i d a e u s L a í n e z » .
''or fin, al fol. 5 4 " l e e m o s lo s i g u i e n t e : « S á b a d o x x v i d e O c t u b r e d e M n x x x n .
liste dicho dia, q u e fué á v e i n t i s é i s d i a s del m e s de o c t u b r e del a ñ o s u s o d i c h o , d e n -
tro en el t h e a t r o del c o l e g i o , etc., á la h o r a de las onze a n t e s d e m e d i o d í a , se g r a -
duaron de m a e s t r o s en a r t e s e p h i l o s o p h i a los M a e s t r o s F r a n c i s c o C a u s o , d e la d i ó -
cesis de dallen é D i e g o L a í n e z , d e la d i ó c e s i s d e s i g ü e n z a , é r e c i b i e r o n los g r a d o s
del Señor C a n c e l a r i o , e s t a n d o p r e s e n t e s el Sr. D o c t o r D . P e d r o B i v a s e el P a d r e f r a y
Dionisio y el D o c t o r C a r r a s c o y el a r c e d i a n o d e la F u e n t e y el d o c t o r M e d i n a y el
doctor V a r g a s , y el d o c t o r A l e j a n d r o . » Se v e , p u e s , q u e si L a í n e z n a c i ó en 1512,
debía tener, n o d i e z y o c h o a ñ o s , s i n o v e i n t e c u a n d o se g r a d u ó d e m a e s t r o .
74 LIB. I . — FUNDACIÓN Dli LA COMPAÑÍA
n u e v o ( 1 ) , e r a d e u n a familia s u m a m e n t e cristiana y bastante acomo-
d a d a e n b i e n e s d e f o r t u n a . S u s p a d r e s , J u a n Laínez é I s a b e l Góim"¿
de L e ó n , le e d u c a r o n en t o d a p i e d a d ; y v i e n d o el a d m i r a b l e t a l e n t o
de su h i j o , le a p l i c a r o n á los e s t u d i o s . A p r e n d i d a s las l e t r a s huma-
nas e n S o r i a y S i g ü e n z a , lo e n v i a r o n á la u n i v e r s i d a d de A l c a l á ,
d o n d e c u r s ó la filosofía. G r a d u ó s e d e m a e s t r o e n ella el 2 0 de (>>'ta-
b r e d e 1 5 3 2 . M i e n t r a s s e g u í a e n Alcalá el c u r s o d e s u s estudios, t r a b ó
e s t r e c h a a m i s t a d con u n j o v e n c i t o do T o l e d o , l l a m a d o Alonso Snl-
( 1 ) N o es c r e i b l e el s e n t i m i e n t o q u e m o s t r a r o n los j e s u í t a s e s p a ñ o l e s c u a n d o le-
y e r o n en S a c c h i n i (Hist. Soc. Jesu, Laiuius, 1. II, n.° 3 2 ) , q u e el P . L a í n e z e r a de
l i n a j e n u e v o . U n g r i t o d e i n d i g n a c i ó n se e x b a l ó d e t o d o s los p o c h o s , y las C o n g r e -
g a c i o n e s p r o v i n c i a l e s d e 1(522 d i r i g i e r o n u n a a r d i e n t e s ú p l i c a al P . V i t e l l e s c h i para
q u e n o se p e r m i t i e s e la c i r c u l a c i ó n d e e s a h i s t o r i a , sin h a b e r a r r a n c a d o p ú n i c o i la
h o j a , en q u e se d e j a b a c a e r e s a f e a m a n c h a s o b r e la m e m o r i a del P. L a i n e z . Sobre-
c o g i ó s e el P . G e n e r a l al r e c i b i r t a n c a l u r o s a d e m a n d a , y dio p o r d e p r o n t o u n a rus
p u e s t a v a g a , d i c i e n d o q u e p r o c u r a r í a s a t i s f a c e r á los d e s e o s d e t a n b e n e m é r i t a s pro-
v i n c i a s . ( V é a s e Acta Cougr. prorincialiuin. Toletanae, 1G22.) P e r o e x a m i n a d o des-
p a c i o el a s u n t o , el P . S a c c h i n i p r o b ó , y p r o b ó m u y b i e n , q u e e r a v e r d a d lo • ¡u--
h a b i a e s c r i t o . E f e c t i v a m e n t e , las p r o v i n c i a s d e E s p a ñ a a d u c í a n s o l a m e n t e vaua.-
a f i r m a c i o n e s , l a m e n t o s , y p o r único f u n d a m e n t o d e t o d o e l l o , el d i c h o del marqué*
d e A l m a z á n . ¡ V a y a u n a a u t o r i d a d ! ¿ ' J u é p o d í a s a b e r el m a r q u e s e x i s t e n t e e n 1<>12
s o b r e los a b u e l o s o s c u r o s d e u n h o m b r e p o p u l a r n a c i d o e n 1 5 1 2 ? E n c a m b i o sac-
c h i n i p r e s e n t ó c i n c o a r g u m e n t o s p a r a p r o b a r q u e el P . L a í n e z era c r i s t i a n o nueve.
1.' L a f a m a d e l h e c h o d i f u n d i d a p o r t o d a la C o m p a ñ í a en s u s p r i n c i p i o s , d e la cual
c i t a p o r t e s t i g o s á v a r i o s P a d r e s a n t i g u o s , e n t r e ellos á t r e s e s p a ñ o l e s , B a r i o l o m é
P é r e z , A l o n s o C a r r i l l o y G a r c í a d e A l a r c ó n . 2 . " L a f a m a d i f u n d i d a en liorna, cuuinla
e n 1557 el o b i s p o C e s a r i n o publicó u n libelo en q u e i m p o u í a e s t a n o t a al I'. I.aim-z,
entonec-s v i c a r i o d e la C o m p a ñ í a , sin q u e n a d i e le r e f u t a r a en e s t a p a r t e . 3." I.a mis-
m a f a m a e s p a r c i r l a en l a c o r t e d e E s p a ñ a . 4.° El t e s t i m o n i o del P . N a d a l , q u e en
15(52 h u b o d e r e s p o n d e r en la c o r t e d e E s p a ñ a á los q u o n o t a b a n e n Lainez el des-
c e n d e r d e j u d í o s , y lejos d e n e g a r el h e c h o , lo da por s u p u e s t o , y p r o c u r a compen-
s a r e s t a f a l t a , e n s a l z a n d o los m é r i t o s a l t í s i m o s d e L a í n e z . 5." E l t e s t i m o n i o d e l mis-
m o L a í n e z , q u i e n e s c r i b i e n d o en 15G1 á los p r o f e s o s d e la C o m p a ñ í a p a r a abdicar
el g e n e r a l a t o , dijo « s o n c o n o c i d a s mistadlas», p a l a b r a en q u e t o d o s vieron una
a l u s i ó n á su l i n a j e n u e v o .
E l ú l t i m o a r g u m e n t o e s a l g o f r á g i l , p o r q u e la p a l a b r a tachas es v o z genérica y
v a g a , con q u e se d e s i g n a n los d e f e c t o s d e u n o , y e n e s t e caso p o d r í a m u y bien re-
f e r i r s e á l a s o t r a s f a l t a s q u e e n sí r e c o n o c í a el h u m i l d e G e n e r a l . O t r a cosa sería sr
d i j e s e mi tacha, p u e s e n t o n c e s h a b r í a d e e n t e n d e r s e u n d e f e c t o s i n g u l a r y propio
s u y o . L o s d o s p r i m e r o s n o los h e p o d i d o verificar b i e n . P e r o el t e r c e r o y cuarto,
q u e se p u e d e n r e d u c i r á u n o , c o n s t a n en el d i a r i o d e l P . N a d a l , q u e c o n s e r v a m o s , y
p r u e b a n b i e n el d i c h o d e S a c c h i n i . El P . N a d a l , h o m b r e t a n e m i n e n t e c o m o vere-
m o s , e n v i a d o p o r L a í n e z á t o d a s l a s c a s a s d e E u r o p a c o n el c a r g o d e v i s i t a d o r uni-
v e r s a l d e t o d a la C o m p a ñ í a , al l l e g a r á E s p a ñ a en 15(51, t r o p e z ó , e n t r e o t r a s dificul-
t a d e s , c o n l a a v e r s i ó n q u e los p r i n c i p a l e s s e ñ o r e s d e la c o r t e t e n í a n al P . General, y
la p r i n c i p a l c a u s a d e ella e r a el l i n a j e d e é s t e . H e a q u í l a s p a l a b r a s t e x t u a l e s de
G k ? _ v . PRINCIPIOS I)B LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE M0NTMARTRE 75
merón, n a c i d o e n 1 5 1 5 ( 1 ) , q u e t a m b i é n se d i s t i n g u í a p o r su a p t i t u d
singular p a r a las l e t r a s . S i g u i e n d o a m b o s e n sus t a r e a s l i t e r a r i a s ,
oyeron los g r a n d e s r u m o r e s q u e c o r r í a n en la u n i v e r s i d a d a c e r c a
de San I g n a c i o , á q u i e n u n o s p o n í a n e n las n u b e s p o r su s a n t i d a d , y
otros q u i s i e r a n a r r o j a r á la h o g u e r a c o m o h e r e j e y n o v a d o r . E l d e -
seo de t r a t a r con u n h o m b r e t a n s i n g u l a r , fué u n a de las r a z o n e s q u e
movieron á los d o s j ó v e n e s á d i r i g i r s e á P a r í s . Con t a n b u e n a s u e r t e
llegaron, q u e al a p e a r s e e n su p o s a d a Laínez, el p r i m e r h o m b r e c o n
quien se e n c o n t r ó fué I g n a c i o ( 2 ) . E l c o n o c e r al s a n t o , el c o n v e n -
Nadal: (íAversio magnatam et quidem eoriim qui nostri erant putroni, á Paire Gene'
rali,propter genus.» (Hpistolae P. Nadal, t. n , p . 8 2 . ) Asi a p u n t a el h e c h o el P a d r e
V i s i t a d o r , sin q u e j a m á s m a n i f i e s t e la m e n o r s o m b r a d e d u d a s o b r e s u realidad.
¿Quién m e j o r i n f o r m a d o s o b r e l a s c o s a s d e l P . L a i n e z , q u e el P. N a d a l , q u e e n su
nombre v i s i t a b a á t o d a la C o m p a ñ í a ? ¿ Q u i é n m á s i n t e r e s a d o q u e él e n d e s h a c e r c o n
una enérgica n e g a c i ó n y p r o t e s t a el f u n d a m e n t o d e u n a a v e r s i ó n , q u e t a n costosa
podía ser p a r a la C o m p a ñ í a ?
Otro t e s t i m o n i o d e l P . N a d a l , t o d a v í a m á s e x p l í c i t o , a d u c e el P . S a c c h i n i , t e -
niendo c u i d a d o d e e s c r i b i r e n el m a r g e n l a s p a l a b r a s t e x t u a l e s : « A u n q u e el P . G e -
neral d e s c i e n d e d e h e b r e o s , p e r o ha c o n o c i d o á s u s p a d r e s , a b u e l o s y b i s a b u e l o s ,
buenos cristianos.i> H e a q u í el t e x t o d e N a d a l , c o p i a d o al m a r g e n p o r S a c c h i n i .
Noster Paler, quamvis ex illo sit genere, cognorit turnen párenles, aros et proa eos bonos
christianos; et secuiidttm saecidum nobdes, moribus autem vitaque et privilegiis tales,
•ut nunquam ejus donuts habuerit notam Inquisitionis. Suspicio autem quae solít
sinui ex isto genere propter pericuhnn inconslantiar in jide , potest sinc (labio jienittis
removeri ob conditionem personae. Se v e , p u e s , q u e al P . L a í n e z le f a l t a b a u n a s -
cendiente c r i s t i a n o , p a r a ser d e l i n a j e l i m p i o ó c r i s t i a n o v i e j o , p o r q u e , c o m o e s sa-
bido, la l i m p i e z a d e s a n g r e e x i g í a q u e los c u a t r o i n m e d i a t o s a s c e n d i e n t e s h u b i e r a n
sido cristianos.
No h e p o d i d o d e s c u b r i r , e n t r e los p a p e l e s q u e c o n s e r v a m o s d e N a d a l , e s a a p o l o g í a
ó defemio, d e d o n d e t o m a e s e p á r r a f o S a c c h i n i ; p e r o n o d u d o de la a u t e n t i c i d a d d e l
texto a l e g a d o ; lo p r i m e r o , p o r q u e c o n c u e r d a p e r f e c t a m e n t e c o n las E f e m é r i d e s del
P. Nadal q u e c o n s e r v a m o s ; d e s p u é s , p o r q u e en u n d e b a t e t a n serio c o n t o d a s l a s
provincias de E s p a ñ a , el fingir u n t e x t o corno e s e , h u b i e r a s i d o u n p e c a d o b a s t a n t e
grave c o n t r a el o c t a v o m a n d a m i e n t o d e la l e y d e D i o s , y n a d a n o s a u t o r i z a á s u p o -
ner este pecado en u n b u e n r e l i g i o s o c o m o S a c c h i n i ; finalmente, p o r q u e e n I í o n i a ,
al lado del P. G e n e r a l y del a r c h i v o del t f e s ú y d e S a c c h i n i e s t a b a el P. A s i s t e n t e
de E s p a ñ a , q u i e n , i n t e r e s a d o c o m o el q u e m á s en el a s u n t o , no h u b i e r a d e j a d o
pasar s e m e j a n t e s u p e r c h e r í a . L a m e m o r i a d e S a c c h i n i , d e d o n d e t o m a m o s e s t o s a r -
g u m e n t o s , se h a l l a en el t o m o t i t u l a d o P. Manareí Historia, al fin.
J (1) Hibadeneira s e ñ a l a c o m o d í a del n a c i m i e n t o d e S a l m e r ó n el 8 d e S e t i e m b r e
o e 1515. ( V é a s e la b r e v e v i d a q u e e s c r i b i ó p o r v i a d o a p é n d i c e á la del P . L a í n e z . )
P o r la f a c u l t a d q u e so c o n c e d i ó á n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s p a r a o r d e n a r s e d e s a -
cerdote (27 d e A b r i l de 1 5 3 7 ) , se v e q u e S a l m e r ó n n o h a b í a c u m p l i d o a ú n los v e i n -
tidós a n o s , p u e s se le d i s p e n s a p a r a q u e p u e d a o r d e n a r s e l u e g o q u e l o s c u m p l a .
Véase el d o c u m e n t o en los B o l a n d o s De S. Ign., ¡j 2 4 .
Í 2 ) P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 4 0 .
76 LIB. I . — FUNDACIÓN DB LA COMPAÑÍA V . — P R I N C I P I O S DE LA COMPAÑÍA H A S T A EL VOTO DB MONTMARTRE 77

c c r s e d e su m é r i t o y el o f r e c e r s e p o r sus c o m p a ñ e r o s , fué cosa de de estas c i u d a d e s ; p e r o a n s i o s o d e a p r e n d e r las l e n g u a s sabias, d i r i -

p o c o s días. gióse á la u n i v e r s i d a d de P a r í s . L l e g a d o a l l í , o y ó h a b l a r d e I g n a c i o ,
C o r t a s s o n las n o t i c i a s q u e p o s e e m o s s o b r e S i m ó n R o d r í g u e z de cómodo h o m b r o q u e e s t a b a b i e n q u i s t o e n la u n i v e r s i d a d , y sabía fa-
Azevedo ( 1 ) . H a b í a n a c i d o en V o u c o l l a , diócesis de V i z e u , en Portu- vorecer á sus a m i g o s c o n b u e n a s r e c o m e n d a c i o n e s , y a u n c o n d i n e r o
g a l , y p o r su b u e n i n g e n i o y d i s p o s i c i ó n , m e r e c i ó s e r e n P a r í s uno que a h o r r a b a d e su p o b r e z a . C o m o e l b u e n Nicolás n o e s t a b a m u y
d e los q u e l l a m a b a n e n P o r t u g a l e s t u d i a n t e s r e a l e s , esto e s , estu- sobrado n i d e a m i g o s n i d e d i n e r o , acogióse á I g n a c i o , p i d i é n d o l e
d i a n t e s á q u i e n e s hacía la costa el r e y , p o r q u e , a n t e s de fundarse la favor. P r e s t ó s e l o c u m p l i d a m e n t e el santo, y le a c o m o d ó b i e n e n la
u n i v e r s i d a d de C o i m b r a , los r e y e s de P o r t u g a l , p a r a fomentar los universidad. E s t e a u x i l i o t e m p o r a l fué el p r i n c i p i o q u e atrajo el co-
b u e n o s e s t u d i o s , solían c o s t e a r la c a r r e r a l i t e r a r i a á c i e r t o s jóvem-í razón de B o b a d i l l a , p r i m e r o á e s c u c h a r los consejos d e I g n a c i o , y
aventajados. M i e n t r a s e s t u d i a b a en P a r í s el j o v e n S i m ó n , sentía después á u n i r s e c o n él p e r f e c t a m e n t e ( 1 ) .
g r a n d e s d e s e o s de s e r v i r á D i o s , a u n q u e mezclados con cierta imvr-
t i d u m b r e y c o n g o j a , p o r n o p o d e r p r e c i s a r á q u é g é n e r o do vida le
«.De Bouadi.D F a ' t a el n o m b r e y n o e s t á t e r m i n a d o el a p e l l i d o p o r h a b e r s e gastado
l l a m a b a la divina P r o v i d e n c i a . T o d a s sus d u d a s se desvanecieron el borde del p a p e l . S u p o n e m o s q u e e s t e b a c h i l l e r s e r á n u e s t r o P . B o b a d i l l a .
c u a n d o t r a t ó c o n I g n a c i o , y al o i r de éste los s a n t o s p r o p ó s i t o s que (1) P o l a n c o , ibid. En una colección de relaciones m a n u s c r i t a s que conservamos
m e d i t a b a de i r á J e r u s a l é n y e m p l e a r s e d e s p u é s e n la salvación de con el t í t u l o Vocatinnes Nostrorum , al p r i n c i p i o d e l s e g u n d o t o m o h a y u n a breve
biografía del V. B o b a d i l l a , q u e s i n d u d a f u é d i c t a d a p o r él m i s m o , p u e s d e v e z e n
las a l m a s , r e c o n o c i ó q u e la v o c a c i ó n de I g n a c i o era la suya, y que
cuando a p a r e c e n c o r r e c c i o n e s y a c l a r a c i o n e s d e l e t r a d e B o b a d i l l a . A d e m á s , en una
e n ella debía e m p l e a r los santos deseos q u e e x p e r i m e n t a b a . ocasión pasa d e s c u i d a d a m e n t e d e l a t e r c e r a p e r s o n a á l a p r i m e r a , y el estilo es el
Al t i e m p o q u e e s t o s t r e s ú l t i m o s se a g r e g a b a n á I g n a c i o , empezó mismísimo q u e e n o t r o s e s c r i t o s m u e s t r a el b u e n P . N i c o l á s . C o p i a m o s el p r i n c i p i o
á a r r i m á r s e l e u n j o v e n español do b u e n a í n d o l e , p e r o de carácter le- de esta b i o g r a f í a , t o d a v í a i n é d i t a , y q u e n o s s u m i n i s t r a a l g u n o s d a t o s s o b r e la j u -
ventud d e é s t e P a d r e .
v a n t i s c o y d e s i g u a l . L l a m á b a s e Nicolás Alfonso; p e r o é l , siguiendo
Fuit M. Nicolaus Alphonsus natas in villa Bobadilla del Camino, dioecesis Pa-
u n a c o s t u m b r e b a s t a n t e g e n e r a l en a q u e l t i e m p o , se apellidaba lío- lentinae, ibique nutritus, educatus a decotis et christianís parentibus suis Francisco
badilla, d e l n o m b r o d e su p u e b l o n a t a l , q u e e r a B o b a d i l l a del Cami- Alplionso et Catherina Pérez matre, qui educarunt semper illum in timare Domini,
n o , e n la d i ó c e s i s de P a l e n c i a (2). H a b í a e s t u d i a d o en Yalladolid, y frecuentando ecelesiam cum magna devotione. Cum aitteni esset norem annorum, stu-
duit grammaticae in patria, sed defiincto paire, profecías est VaUisoletam et dedit
d e s p u é s en Alcalá (.3), y e n s e ñ a d o lógica b r e v e t i e m p o e n la primera
operam rhetoricae et logicae usque. ad unnum decimum tertitim aetatis suae. Postea
percenit Complutum et audicit cursum artlum et plúlosophiue sub magistro Georgia
(1) Ni siquiera silbemos c u á n d o nació. Los brevísimos datos q u e suministramos de Naveros, doctore doctissimo et magnae auctoritatis apud Caesarem imjieratorem,
e s t á n t o m a d o s d e P o l a n c o (Vita P. Ign., p . 4 9 ) y d e T é l l e z (Chronica da Comp. l!
i Carolum V, qaem sequutus est in Germaníam praedicando, ibique. mortuus est ante
Jesu en Portugal, 1. t, c. v ) . bellum langraoicum. Fuit, M. N. Bobadilla Compluli in collegio jihilosophorum, quod
( 2 ) N o p o d e m o s p r e c i s a r el a ñ o e n q u e n a c i ó B o b a d i l l a , p e r o n o s p a r e c e bastante Sanctae Liberatae, vel Sanctae Ca.theriuae vocabant, et ibi accepit gradum artinni et
p r o b a b l e el 1 5 0 7 s e ñ a l a d o p o r el P . C r i s t ó b a l d e C a s t r o (¡lint, del colegio de Aléale, philosophiae et in theologia audicit Gabrielem Bíel, sub doctore Medina, theologo
l i b r o i, c. v i t ) . E n el p r i m e r t o m o d e l a c o l e c c i ó n Vocal/oves Nosirorum conserva- doctissimo,professore in academia Complutensi; deinde reversas Vallisoletum, audi-
m o s u n e s c r i t o m u y c a r a c t e r í s t i c o d e B o b a d i l l a , q u e d a a l g u n a luz jorra esta cues- vitlheologianí in scholis pub/icis et in collegio S. Uregorii, sub eximio theologo Ma-
t i ó n . E l e s c r i t o s e i n t i t u l a «Justa el legitima causa, guare Magisler Nicalaus Boba- ejistro Astwlillo, qui legerat ibi S. Thomam per viginti anuos.
dilla non fucile crcdil mediéis, nec obedit illis semper dum infirma tur-». E s t e escrito Sedpnstquam M. N. Bobadilla dederat operam the.ologiae per quattunr annos et
e n q u e B o b a d i l l a e x p l i c a l a s r a z o n e s q u e t i e n e p a r a n o h a c e r c a s o d e los médicos, legerat calhedram vesperarum logices in supradictis scholis pubiicis, adhuc tenebatur
e m p i e z a c o n e s t a f r a s e : «In primis est sciendum, quod M. Nie.olaus Bobadilla <•*' magno desiderio studiorum, máxime bonarum liiterarum et linguarum. Ideo profec-
hodie aetatis ocioginta annorum et ultra » N o s a b e m o s c u á n d o s e escribió est'' tus est in almam Parisiorum acadentiam, in Galliam, ubi non. post inultos dies dede-
p a p e l , p e r o c o m o d i c e B o b a d i l l a q u e t i e n e m á s d e o c h e n t a a ñ o s , y c o n s t a que i m n i i ruitt Mi cursum philosopbiue in collegio Cal cuíco, ¡axla Sorbonam. Eo tempore iuci-
e n 1 5 9 0 , r e s u l t a q u e d e b i ó n a c e r a n t e s d e 1 5 1 0 , y , p o r c o n s i g u i e n t e , e s inexacta ;» ptebat grassuri Parisüs haeresis lutherana et multi comburebantur in platea Mum-
f e c h a 1 5 1 1 , q u e a l g u n o s h a n a s i g n a d o á su n a c i m i e n t o . L a f e c h a del P . Castro sa- bert, et qui graecisabant, lulheranizabant.
tisface bien á todo. Ideo M. Bobadilla reiuisit propasitum quod habebat in Híspanla trium linguarum,
( 3 ) E n el A r c h i v o H i s t ó r i c o N a c i o n a l , c o n s u l t a n d o el t o m o c i t a d o anteriormente seüieet, graecae, iatinae et hebraicae, máxime quía invenit Parisüs vírum sunelum,
Alcalá. Libro de actos y grados, 1 5 2 3 - 1 5 4 4 , al f o l i o 3 4 , e n c o n t r a m o s u n a hoja de Magistrum Ignatium de Loyola, i/ui illum exhortatus est ad prosequenduní studia
5 8 g r a d u a d o s d e b a c h i l l e r e n a r t e s el 2 0 d e J u n i o d e 1 5 2 9 . E n el n ú m e r o 51 leemos: theologiae seholasticae et positioae Sanctorum Doctorum, ctijus consilium est sequu-
 y . — PRINCIPIOS DE LA COMPAÑÍA HASTA EL TOTO DE MONTMARTRE 79
78 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA C A P -

E s t o s f u e r o n los seis c o m p a ñ e r o s q u e , j u n t a m e n t e con San Ignacio, | y á entregarse, t e r m i n a d a esta r o m e r í a , á los m i n i s t e r i o s apostólicos.

h i c i e r o n el c é l e b r e v o t o de M o n t m a r t r e . E n el m o d o de atraerlos,
d e b e m o s o b s e r v a r la p r u d e n c i a q u e iba a d q u i r i e n d o e l santo pa-
t r i a r c a con el t i e m p o y los r e v e s e s pasados. Al j u n t a r los compañe-
r o s estables usó u n a táctica e n t e r a m e n t e distinta d e la q u e siguió
con los a n t e r i o r e s . ¿Qué v e m o s e n los c o m p a ñ e r o s q u e n o perseve-
r a r o n ? U n a c o n v e r s i ó n e s t r e p i t o s a , u n v e s t i r s e de sayal, andar dos-
calzos, m e n d i g a r de p u e r t a en p u e r t a ; e n u n a p a l a b r a , empezaban
d e g o l p e con las e x t e r i o r i d a d e s d e u n a p e n i t e n c i a extraordinaria;
p e r o al p o c o t i e m p o se cansaban de a q u e l m o d o de vida q u e San Ig-
n a c i o p u d o p r a c t i c a r e n M a n r e s a , p e r o q u e e r a i n s o s t e n i b l e sin un
esfuerzo h e r o i c o p a r a e s t u d i a n t e s q u e h a b l a n d o v i v i r e n grandes po-
1 Como esta s e g u n d a y p r i n c i p a l p a r t e d e s u p l a n exigía el a u x i l i o d e
• los estudios s a g r a d o s , d e c i d i e r o n c o n t i n u a r e n P a r í s t r e s años sin
i hacer en lo e x t e r i o r n i n g u n a m u d a n z a de v i d a , hasta q u e t o d o s h u -
' biosen t e r m i n a d o la teología. F i n a l m e n t e , p a r a p r e v e n i r s e c o n t r a las
tentaciones del e n e m i g o y c o n t r a la i n c o n s t a n c i a de la h u m a n a fra-
gilidad, j u z g a r o n c o n v e n i e n t e a s e g u r a r estos b u e n o s p r o p ó s i t o s con
el sagrado v í n c u l o d e u n v o t o . P e r o a n t e s e r a p r e c i s o d e t e r m i n a r
bien el objeto de esta p r o m e s a , p u e s n o so t r a t a b a de v o t o s usados
en alguna o r d e n r e l i g i o s a , sino d e u n v o t o especial y n u e v o , c u y o
alcance ellos m i s m o s d e b í a n d e a n t e m a n o definir. E x a m i n a d o m a d u -
ramente el n e g o c i o , c o n v i n i e r o n t o d o s en q u e el v o t o c o n t e n d r í a
tres cosas: 1. , p o b r e z a ; 2. , castidad; 3 . , i r á J e r u s a l é n y e m p l e a r s e
a a a

b l a c i o n e s . V e n í a n l u e g o las dificultades e x t r í n s e c a s de los amigos y

p a r i e n t e s , l e v a n t á b a n s e p e r s e c u c i o n e s , y los q u e h a b í a n emprendido
con t a n t o b r í o la senda d e I g n a c i o , desfallecían m i s e r a b l e m e n t e y i r
v o l v í a n las espaldas.
Con los n u e v o s c o m p a ñ e r o s se h u b o el santo d e o t r o m o d o . Nada
d e e x t e r i o r i d a d e s e x t r e m a d a s , n a d a d e e s t a m p i d o s . T o d o s , después
d e u n i r s e á I g n a c i o , s e g u í a n c o m o antes e n las tareas de sus estudio?;
p e r o al m i s m o t i e m p o el m a e s t r o los iba f o r m a n d o e n el espíritu, les
hacía f r e c u e n t a r los s a c r a m e n t o s , los i l u s t r a b a e n los exámenes d e
conciencia, y , finalmente, les d a b a los E j e r c i c i o s . C u a n d o al cabo de
meses, y a u n años, m e d i a n t e esta e d u c a c i ó n lenta, los t u v o formados
y r o b u s t o s e n la v i r t u d , e n t o n c e s hizo con ellos el v o t o de Mont-
m a r t r e , y c u a n d o t e r m i n a r o n s u s e s t u d i o s , p u d i e r o n t o d o s empren-
d e r , n o la v i d a q u e h a b í a h e c h o San I g n a c i o e n Manresa, sino la que
h a b í a do h a c e r la futura C o m p a ñ í a d e J e s ú s .
5. C u a n d o I g n a c i o t u v o r e u n i d o s á estos seis j ó v e n e s , empezó á deli-
b e r a r con ellos s o b r e el m o d o de p o n e r en p l a n t a la v i d a q u e deseaba
e s t a b l e c e r (1). T o d o s e s t a b a n r e s u e l t o s á p e r e g r i n a r á T i e r r a Santa
- después en p r o c u r a r la salvación de las almas. E n c u a n t o á la p o b r e -
za, advirtieron q u e m i e n t r a s d u r a s e n los estudios, n o e n t e n d í a n des-
pojarse de la facultad de p o s e e r , p u e s p a r e c í a n e c e s a r i a p a r a conti-
nuarlos; p e r o q u e d e s p u é s n o r e c i b i r í a n e s t i p e n d i o p o r misas y o t r o s
ministerios s a g r a d o s . E l v o t o de castidad n o p e d í a i n t e r p r e t a c i ó n .
Á la promesa de i r á J e r u s a l é n , a ñ a d i e r o n u n a l i m i t a c i ó n , y fué q u e ,
llegados á Venecia, e s p e r a r í a n u n año e m b a r c a c i ó n , y si e n este t i e m p o
no la encontraban, a c u d i r í a n á R o m a , y, p u e s t o s á los p i e s del S u m o
Pontífice, se ofrecerían á su o b e d i e n c i a , p a r a q u e los e m p l e a s e d o n d e
fuese servido en p r o v e c h o d e las almas.
^ Determinada así la n a t u r a l e z a y alcance del v o t o , e s c o g i e r o n p a r a
emitirlo el día d e la A s u n c i ó n , 15 do A g o s t o de 1534, día feliz, en q u e
algunos colocan el n a c i m i e n t o d e la C o m p a ñ í a , si b i e n a c o s t u m b r a -
mos, y con r a z ó n , fijar el p r i n c i p i o de n u e s t r a O r d e n en ol año 1540,
.... cuando fué a p r o b a d a con b u l a p o r la Santa S e d e . Al a m a n e c e r d e
este día, Ignacio y sus seis c o m p a ñ e r o s se d i r i g i e r o n s i l e n c i o s a m e n t e
á la capilla de San D i o n i s i o , sita e n la colina de Montmartre (1). Esta-
.,- ban los siete e n t e r a m e n t e solos. E l B. F a b r o , q u e e r a el ú n i c o sacer-
dote, dijo la misa. Al l l e g a r á la c o m u n i ó n , v o l v i ó s e á sus c o m p a ñ e -

tus, audiendo theologiam sub doctore Benedicto et Magistro De Orí, viris doctissimis
apud S. Dominicum, et apud franciscanos Magisirum De Cornibvs, non satis lauthi-
1'iWa de S. Tejn., 1. n , c. i v , y P o l a n c o , Vita P. Ign., p . 5'"). L a i n e z en su c a r t a m e n -
tum apud omites theologos; audivit etiam actus pvMicos theotogorum licentiandorum,
et domi legebat sanctos Doctores, ut habetur in catalogo librorum suorunt, et tándem ' ' ' e c h o , p e r o n o e s c r i b e r e l a c i ó n d e él.
0 1 0 n a e

scripsit ibi super omnes epístolas Pauli et quattuor evangelistas, et fragmenta quae- p< (1) La capilla en q u e l u c i e r o n e s t e v o t o n u e s t r o s P a d r e s h a d e s a p a r e c i d o p o r
dam super libros Veteris et Novi Testamenti, quia non credebat se posse antplitts sin- > completo en las g r a n d e s t r a n s f o r m a c i o n e s t o p o g r á f i c a s q u e h a s u f r i d o la c i u d a d d e
dere, quia fecerat exercitia spiritualia cum M. Iguatio de Loyola et voverat se itu- París, a u n q u e el sitio era p o c o m á s ó m e n o s el m i s m o q u e o c u p a la b o n i t a c a p i l l a
rum in paupertate ad sanctum Sepulchrum Ilierosolimitanum, etc. de San Dionisio, c o n s t r u i d a i - f c i e n t e m e n t e en ]ni-ue Antoinette. Quien desee más por-
menores sobre e s t e p u n t o p u e d e c o n s u l t a r al P. G a r l o s Clair, La vie de S. lgnace. de
( 1 ) T o d o lo q u e s i g u e l o t o m a m o s p r i n c i p a l m e n t e d e F a b r o (Memoriale, p . 13) y
Loyola d'aprés Pierrs Ribadeneira, p . 165 y s i g u i e n t e s .
d e S i m ó n R o d r í g u e z (De origine etprogr., S. J., p . 1 3 ) . V é a n s e t a m b i é n Ribadeneira
 80 LIB. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
ros, t e n i e n d o en las m a n o s el santísimo S a c r a m e n t o . Arrodillados
los seis e n t o r n o del altar, f u e r o n p r o n u n c i a n d o u n o e n p o s d o ( d i o ,
en voz alta su v o t o , y r e c i b i e n d o la s a g r a d a c o m u n i ó n . El ú l t i m o de
t o d o s , el c e l e b r a n t e , v o l v i é n d o s e al altar, e m i t i ó en voz alta su v m o
c o m o t o d o s los d e m á s . T e r m i n a d a la santa m i s a , y dadas á Dios las
g r a c i a s p o r tan i n m e n s o b e n e f i c i o , b a j a r o n al pie de la colina, v en
t o r n o d e u n a fuentecilla t o m a r o n u n a refección h a r t o frugal, pues se
r e d u j o á p a n y agua. Allí p a s a r o n lo r e s t a n t e del día e n conversación
a n i m a d í s i m a , magna aniíitorttm ladilla ct c.ruUationc, c o m o d i c e el
P . S i m ó n , d e s a h o g a n d o cada cual los afectos e n c e n d i d o s q u e e l E s p í -
r i t u S a n t o l e i n s p i r a b a , y c o l u m b r a n d o los sacrificios, las empresas,
las hazañas q u e h a b í a n do h a c e r en s e r v i c i o d e Dios y b i e n d e las
a l m a s . P o r fin, á la caída d e la t a r d e , v o l v i e r o n t o d o s á sus c a s a s
a l a b a n d o y b e n d i c i e n d o á Dios (1). Acto feliz el v o t o de Montmarhv,
q u e , c o m o t o d o s los i n s p i r a d o s p o r el d i v i n o E s p í r i t u , llevaba e m i -
n e n t e m e n t e el sollo de la h u m i l d a d y do la c a r i d a d . Nadie advirlió
e n P a r í s lo q u e hacían a q u e l l o s siete p o b r e s e s t u d i a n t e s encerrados
e n u n a capillita, y, sin e m b a r g o , ¡cuan fecundo en b i e n e s espirituales
h a b í a de s e r a q u e l h o l o c a u s t o q u e allí se ofrecía al Señor!
6. E s t e v o t o lo r e n o v a r o n lóselos años s i g u i e n t e s , el m i s m o día, m i el
m i s m o sitio y con las m i s m a s c i r c u n s t a n c i a s . No asistió á estas dos
r e n o v a c i o n e s I g n a c i o , p o r q u e , c o m o v e r e m o s , h u b o do v e n i r á Es-
p a ñ a ; p e r o , en c a m b i o , a c r e c e n t ó s e la a l e g r í a de t o d o s con la agre-
( 1 ) E n la n a r r a c i ó n d e l v o t o d e M o n t m a r t r e h e m o s s e g u i d o las d o s relaciones que
p o s e e m o s d e d o s d e a q u e l l o s J ' a d r e s , el B . F a b r o (Memoritde B. P. Fabri, p . 1-) y
el P . S i m ó n R o d r í g u e z (De origine et progressu, S. J., p . 1 4 ) . E s t e s e g u n d o tiene en
s u r e l a c i ó n u n a f r a s e q u e a p r i m e r a v i s t a d e s c o n c i e r t a a l l e c t o r . D i c e q u e San Ignacio
no se halló p r e s e n t e á e s t e v o t o . Atvoto huicquod d'uobnscousequentibusannis,
ipsa (lie, eodem loco et tacedlo Divi Dionysii, eadem coerenionia cou/irmaruul,
quibusdam de causis Pater Ignatius non interfu.it; omnia lamen ex ejus consduitt
judicio fiebant. Ibid. E n c a m b i o el B . F a b r o afirma t e r m i n a n t e m e n t e lo contrario.
Eranms autem. qui hac prima die convenimus, Jgnatius, magister Franctscí'*. c;p>
Faber, magister Bobadilla, magister Lainez, magister Salmerón, magister SiW""-
Memoriale, p . 1 3 . E n caso d e i n c o m p a t i b i l i d a d e n t r o e s t o s d o s t e s t i m o n i o s , mas
d e b i é r a m o s fiarnos d e l B . F a b r o , q u e e s c r i b í a p o c o s a ñ o s d e s p u é s , c o m o q u e uinriu
en 1546, q u e d e l P. S i m ó n , q u e r e d a c t ó s u r e l a c i ó n c u a r e n t a y t a n t o s años más ade-
l a n t e e n el g e n e r a l a t o d e l P . M e r c u r i á n . A d e m á s , c o n e l B . F a b r o c o n v i o n e n todos
los h i s t o r i a d o r e s q u e h a b l a n d e e s t e v o t o , sin q u e a p a r e z c a d i s o n a n c i a en ninguno.
P o d e m o s , p u e s , e x p l i c a r el t e x t o e m b a r a z o s o d e l P . S i m ó n d i c i e n d o q u e la ausencia
d e S a n I g n a c i o allí i n d i c a d a se r e f i e r e á la r e n o v a c i ó n d e l v o t o q u e se hizo los dos
a ñ o s s i g u i e n t e s . A s í lo h a c e el P . Clair [La vie de S. Ignace, p . 4 3 9 ) . ¿Quién sabe si
a q u e l quod d e l P . S i m ó n es u n guando e n a b r e v i a t u r a , ó u n quum, con lo cual todo
q u e d a r í a en claro?
CAP. T.— PRINCIPIOS DE LA COMPAÑÍA HASTA EL VOTO DE MONTMARTRE 81
gación de otros t r e s c o m p a ñ e r o s , q u e , p o r lo m e n o s , ya estaban r e u n i -
dos en la r e n o v a c i ó n d e 1536. L l a m á b a s e el p r i m e r o Claudio J a y o , y
era saboyano; el s e g u n d o Pascasio B r o e t , francés, n a c i d o e n B r e t a n -
court, cerca de A m i e n s , y el t e r c e r o , J u a n C o d u r i , p r o v e n z a l , n a t u r a l
do Seyne, actual d e p a r t a m e n t o de Bnsses-Alpes (1). O t r o s v a r i o s se
movieron con la c o n v e r s a c i ó n de I g n a c i o á s e g u i r la p e r f e c c i ó n
evangélica y á e n t r a r e n r e l i g i ó n . A l g u n o s s i n t i e r o n v e h e m e n t e s
impulsos de a b r a z a r su g é n e r o d e v i d a , e n t r o los cuales c u e n t a
Polanco á u n C á c e r e s , d i s t i n t o d e l o t r o c o m p a ñ e r o d e I g n a c i o e n
Alcalá y Salamanca; p e r o , c o m o sucede en estas cosas d e e s p í r i t u y.
perfección, m u c h o s f u e r o n los l l a m a d o s y sólo n u e v e los escogidos (2)
Una vez r e u n i d o s sus c o m p a ñ e r o s , p r o c u r ó I g n a c i o con toda dili-
gencia c o n s e r v a r l o s e n a q u e l f e r v o r d e e s p í r i t u q u e había sabido
inspirarles, e n c a r g á n d o l e s p a r a esto la f r e c u e n c i a de s a c r a m e n t o s y
los ejercicios de la p i e d a d cristiana. « í b a n s e c r i a n d o , dice Riba-
deneira, con esto en sus c o r a z o n e s u n o s a r d i e n t e s é inflamados
deseos de d e d i c a r s e todos á Dios. Y el v o t o q u e t e n í a n h e c h o (el cual
renovaban cada a ñ o ) d e p e r p e t u a p o b r e z a , el v e r s e y c o n v e r s a r s e
cada día f a m i l i a r m e n t e , el c o n s e r v a r s e en u n a suavísima p a z , con-
cordia y a m o r y c o m u n i c a c i ó n de todas sus cosas y c o r a z o n e s , los
entretenía y a n i m a b a p a r a i r a d e l a n t e en sus b u e n o s p r o p ó s i t o s .
Y aun a c o s t u m b r a b a n , á i m i t a c i ó n de los Santos P a d r e s a n t i g u o s ,
convidarse, según su p o b r e z a , los u n o s á los o t r o s , y t o m a r esto p o r
ocasión para t r a t a r e n t r e sí d e cosas e s p i r i t u a l e s , e x h o r t á n d o s e al
desprecio del siglo y al deseo de las cosas celestiales. Las cuales ocu-
paciones fueron tan eficaces, q u e en t o d o a q u e l t i e m p o , q u e p a r a
concluir sus e s t u d i o s se d e t u v i e r o n en P a r í s , n o s o l a m e n t e n o se
emkm
entibió ni d i s m i n u y ó a q u e l su f e r v o r o s o deseo d e la perfección, m á s
certí-'
antes con señalado a u m e n t o iba c r e c i e n d o d e día en día» (3).
(1) No e s t a r á d e s o b r a a d v e r t i r q u e los e d i t o r e s 1c c o l g a r o n al P. S i m ó n Iíodi i g u e z
un grave yerro a c e r c a d e la p a t r i a d e l I'. C o d u r i . E l P . S i m ó n e s c r i b i ó b i e n ( c o m o s e
ve en el m a n u s c r i t o q u e c o n s e r v a m o s ) q u e era el P . C o d u r i ex Prorincia oriltndus.
1-08 editores no d e b i e r o n r e c o r d a r q u e Prorincia significa Pro venza, y p a r a d a r
digan sentido á la f r a s e , a ñ a d i e r o n u n p r o n o m b r e é i m p r i m i e r o n a s i : €ex eadem pro-
vincia oriundusí). De origine et prog., S. J., p . 1 1 . C o n e s t o h i c i e r o n al P . C o d u r i
natural d e l a m i s m a p r o v i n c i a q u e el P . B r o e t , n o m b r a d o a n t e r i o r m e n t e . C o n s t e q u e
d yerro es de los e d i t o r e s , n o del P . S i m ó n .
(2) Polanco, Vita Ig »., ibid.
(o) Vida de S. Ign., I. n , c. IV.
G
 CA1 ,_ v i . — DESDE EL VOTO DE MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP. a
83

Decidido, pues, el viaje, d i e r o n á I g n a c i o sus discípulos las c a r t a s y

|5 poderes necesarios; y a u n q u e él lo r e h u s a b a , le o b l i g a r o n á a c e p t a r
* una cabalgadura, q u e le e x c u s a s e el t r a b a j o e x c e s i v o p a r a u n e n f e r m o
J de caminar á p i e . No s a b e m o s á p u n t o fijo c u á n d o salió de P a r í s ;
J poro es de s u p o n e r q u e fué á fines d e Marzo ó á p r i n c i p i o s de A b r i l
i do 1535, p u e s la c a r t a de San F r a n c i s c o J a v i e r , q u e traía consigo,
: lleva la fecha de 25 de Marzo de d i c h o año (1). C u a n d o llegó á Azpei-
CAPITULO VI . tía, quiso su h e r m a n o m a y o r , c o m o e r a n a t u r a l , l l e v a r l e á s u casa, y
hospedarle con toda distinción; p e r o el h u m i l d e p e r e g r i n o r e h u s ó fir-
memente estos h o n o r e s . Acogióse al h o s p i t a l d e la M a g d a l e n a , y allí
D E S D E KI, V O T O D E M O N T M A K T U E H A S T A L A ('<(NFIKMACIÓX
" estuvo aposentado, c o m o u n p o b r e , t o d o el t i e m p o q u e p e r m a n e c i ó
D E L A C O M P A Ñ Í A
: en su pueblo (2). Ya q u e n o a c e p t a b a el h o s p e d a j e de Loyola, e n v i ó l e
1534-1540.
; su hermano al hospital u n a b u e n a c a m a p a r a q u e descansase en ella;
.pero no se p u d o c o n s e g u i r q u e el santo la usase n i u n a sola vez. E l
SUMARIO: 1. V I A J E DE IGNACIO Á E S P A Ñ A EN 1 5 3 5 . — 2 . SUS COMPAÑEROS V A N .i W D Í ;, tínico obsequio q u e a c e p t ó , y esto á p u r o s r u e g o s de su cuñada d o ñ a
CIA Á FINES DE 153G.—,'S. RESUELVEN ESPERAR EMBARCACIÓN PARA JERUSALÉII CDOC' 'Magdalena de A r a o z , fué el p a s a r u n día y u n a n o c h e en L o y o l a . E n
AÑO 1 5 3 7 . — 4 . QUEDÁNDOSE IGNACIO E N VONECÍA, VAN Á P O M A L O S D E M Á S , Y smi IV
jcuanto amaneció el día s i g u i e n t e , v o l v i ó s e á toda p r i e s a al h o s p i t a l ( 3 ) .
VORECIDOS POR PAULO III.—:">. VUELTOS Á V E N E C I A , SE ORDENAN DO PRESBÍTEROS e-aya
¡¡ Pronto sintió m e j o r í a e n la salud; y c o m o su celo n o le dejaba r e -
N O LO E R A N ( J U N I O 1 5 3 7 ) . — Ó . EMPIEZAN Á PREDICAR, Y V I E N D O Q U E SE PASA EL ¡AL

D E T E R M I N A N IR Á LIORNA. N O M B R E DE Compañía de Jesús.—7. LLEGAN Á ROMA LN.

po ir, dioso á h a c e r el b i e n e s p i r i t u a l q u e p u d i e s e á sus p a i s a n o s . E m -
CIÓ, F A B R O Y L A Í N E Z Á FINES DE 1 5 3 7 . — 8 . P E R S E C U C I Ó N Q U E P A D E C E N TODOS E N LÉE-I.- pezó á explicar el c a t e c i s m o á los n i ñ o s , y muy l u e g o se v i e r o n v e -
!). DELIBERACIONES P A R A EL E S T A B L E C I M I E N T O D E LA C O M P A Ñ Í A (153'J).— 1 0 . APROL- i iur á la explicación p e r s o n a s g r a v e s , incluso el h e r m a n o m a y o r d e l
?

CIÓN PONTIFICIA, PRIMERO VERBAL E N 153'.), Y D E S P U É S C O N BULA E N 1 5 1 0 .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1 . Constituí iones S o r . .lesa lntinue rt h¡s¡>atiicui:—-. I"*
lutum S. J.—II. Cartas de San Ignacio. — Í . F A B R O , Menwriulc.—b. S I M Ó N R O D R I G U E ? , Jk-n
gine el progressu ,S'. — G . Epislolae mixlae.—7. Proceso de Azpeitia.—8. ( L Á M A R A , Vé/"
P. Ign.. C. VIII.— 9 . L A Í N E Z . Carla al P. Polanco.— 1 0 . P O L A N C O , Vita P. Ign. E. vtil.-
1 1 . R I B A D E N E I R A , Vida de ¿>. Ign., 1. N . — \ ' ¿ . N A D A L , Miscellanca de Instituto ti. J.
>anto, que al p r i n c i p i o le h a b í a q u e r i d o r e t r a e r de a q u e l l a ocupación,
|dtcténdole cpie n o t e n d r í a o y e n t e s (4). Los d o m i n g o s y fiestas p r e d i -
caba al p u e b l o con t a n t o c o n c u r s o , q u e n o c a b i e n d o la g e n t e e n la
.¡¡iglesia, le fué p r e c i s o ¡il p r e d i c a d o r salir al c a m p o y p r e d i c a r al a i r e
í - Muchas cosas b u e n a s e n t a b l ó I g n a c i o e n el b r e v e t i e m p o q u e
1 D i e

¿estuvo en Azpeitia. P r o c u r ó cpie se r e p r i m i e s e con v i g o r el vicio del

1. M i e n t r a s así formaba Ignacio los c o r a z o n e s d e sus discípulo;) | u e g o y la d e s h o n e s t i d a d de los sacerdotes; n e g o c i ó q u e se p r o v e y e s e
trazaba las p r i m e r a s líneas d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , las enl'ermedadó < l°s p o b r e s del m a n t e n i m i e n t o n e c e s a r i o ; r e n o v ó la c o s t u m b r e d e
a

q u e le d e b i l i t a b a n , y p r i n c i p a l m e n t e l o s d o l o r e s a g u d í s i m o s de esto- jtocar la campana á h a c e r o r a c i ó n t r e s v e c e s al día, á la m a ñ a n a , al

m a g o le o b l i g a r o n á i n t e r r u m p i r el c u r s o d e sus e s t u d i o s , y resti- medio día y á la t a r d e ; e x h o r t ó , p o r fin, á r e z a r p o r los q u e están en
t u i r s e p o r a l g ú n t i e m p o á su t i e r r a . E l d e s c a n s o y los a i r e s natalr- pecado m o r t a l (5).
f u e r o n el ú n i c o r e m e d i o q u e h a l l a r o n l o s m é d i c o s á u n sujeto tai
g a s t a d o p o r el e s t u d i o y la p e n i t e n c i a . O t r o m o t i v o c o n c u r r i ó á re-
s o l v e r este v i a j e , y fué el t e n o r los c o m p a ñ e r o s d e I g n a c i o alguna (1) A L U D I M O S Á L A C A R T A D I R I G I D A AL C A P I T Á N M A R T Í N D E A Z P I L C U E T A , Q U E E S LA P R I -

Í
n e g o c i o s p e n d i e n t e s c o n sus familias, y s o r n e c e s a r i o terminarlo; ERA E N TODAS L A S C O L E C C I O N E S D O C A R T A S D E L S A N T O .

(2) EL 2 5 DE ABRIL Y A ESTABA E N AZPEITIA, PUES, S E G Ú N EL TESTIMONIO DE A N A DE

p a r a p o d e r e n t r e g a r s e á Dios en la p r á c t i c a de la p o b r e z a ovantí 1

NCHIETA, E S E D Í A P R E D I C Ó E N N U E S T R A SEÑORA DE ELOSIAGA. Summur. Act. et Proces.

lica. C r e y e r o n t o d o s , y c o n r a z ó n , q u e n a d i e c o m o I g n a c i o podn zpeitiae, ART. 3 . °
c o m p o n e r b i e n a q u e l l o s n e g o c i o s . F i n a l m e n t e , p a r e c e q u e tanibií (3) V É A S E EL P R O C E S O D E A Z P E I T I A , ihld, ART. 4. 1

se i n c l i n a b a e l s a n t o á v e n i r , p o r la e s p e r a n z a d e t r o p e z a r en E^pa» (4) CÁMARA, Vida del P. Ign., C. V M .

(5) V É A S E , PARA M Á S P O R M E N O R E S , á RIBADENEIRA, Vida de S. Ignacio, 1. n, C. v.

c o n s u s a n t i g u o s c o m p a ñ e r o s , y d e a t r a e r l o s o t r a v e z á sus ideas.
 84 LTB. I . FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
Al cabo d e t r e s meses, q u e c o i n c i d i r í a n p r o b a b l e m e n t e con los dj
M a y o , J u n i o y J u l i o d e 1535 (1), s i n t i e n d o I g n a c i o r e s t a u r a d a s M
fuerzas, p a r t i ó s e p a r a N a v a r r a , y d e allí p a r a A l m a z á n , S i g u e n / 1 \
T o l e d o , p u e s e n t o d o s estos p u n t o s tenía n e g o c i o s d e sus compafn n>
q u e a r r e g l a r . P o r fin, h a b i e n d o t e r m i n a d o felizmente estas diligen-
cias, e m b a r c ó s e p a r a G e n o v a , d e d o n d o hizo el c a m i n o á pie hasta
M e r e c e t a m b i é n c o n s u l t a r s e el p r o c e s o do A z p e i t i a ( a r t . 5.°), d o n d e , e n t r e "tr.s
m u e s t r a s d e e s t i m a q u e se h a c e n c o n s t a r , se d i c e q u e los s a c e r d o t e s o í a n con tal ¡\-~
p e t o á I g n a c i o , y le o b e d e c í a n c o n t a l p r o n t i t u d , c o m o si f u e s e su j u e z ó su obispe.
N o e s t a r á d e m á s a d v e r t i r q u e se a t r i b u y e n al s a n t o d o s h e c h o s , u n o e x a g e r a d " •
o t r o a p ó c r i f o , q u e se s u p o n e n o c u r r i d o s e n A z p e i t i a d u r a n t e estos t r e s m e s e s . Kl
p r i m e r o es q u e al e n t r a r e n el p u e b l o le s a l i e r o n á r e c i b i r p r n c e s i o n a l m e n t e el • • 1 eie
s e c u l a r y las ó r d e n e s r e l i g i o s a s . N o h u b o tal p r o c e s i ó n . Lo q u e dice C á m a r a (c. vito,
y se c o n f i r m a c o n los p r o c e s o s , es q u e al llegar á A z p e i t i a se e n c o n t r ó I g n a c i o pu-
ní ero con dos c r i a d o s q u e su h e r m a n o e n v i a b a al c a m i n o p a r a e s p e r a r l e , y desnir-
c o n a l g u n o s s a c e r d o t e s q u e le q u i s i e r o n l l e v a r á casa d e su h e r m a n o . De esto a l¿
p r o c e s i ó n , h a y a l g u n a d i s t a n c i a . El o t r o h e d i ó l o c u e n t a asi l l i b a d e n e i r a : << Est ando
[ I g n a c i o ] p r e d i c a n d o , d i j o q u e u n a d e las c o s a s q u e le h a b í a n t r a í d o á su tierra, v
s u b í d o l e en a q u e l p u l p i t o , era q u e r e r d a r s a t i s f a c c i ó n d e c i e r t a cosa ipie le había su-
c e d i d o , y salir d e c o n g o j a y r e m o r d i m i e n t o d e c o n c i e n c i a . Y e r a el caso q u e siendo
m o z o h a b í a e n t r a d o c o n c i e r t o s c o m p a ñ e r o s en c i e r t a h e r e d a d , y t o m a d o a l g u n a can-
t i d a d d e f r u t a con d a ñ o d e l d u e ñ o ; el cual, p o r m> s a b e r el m a l h e c h o r , hizo prendí!
c o n f a l s a s o s p e c h a á u n p o b r e h o m b r e , y le t u v o m u c h o s d í a s p r e s o , y q u e d ó infa-
m a d o y con m e n o s c a b o d e s u h o n r a y h a c i e n d a : y n o m b r ó l e d e s d e el p u l p i t o , v pi-
dióle p e r d ó n , q u e e s t a b a p r e s e n t e al s e r m ó n : y dijo q u e él h a b í a s i d o el mal" y
p e r v e r s o , y el o t r o sin c u l p a é i n o c e n t e ; y q u e p o r e s t e c a m i n o le h a b í a q u e r i d o res-
t i t u i r p ú b l i c a m e n t e la p é r d i d a d e su b u e n a f a m a y la d e s u h a c i e n d a (porque, la jus-
ticia le h a b í a c o n d e n a d o en c i n c o ó seis d u c a d o s ) con d a r l e d o s h e r e d a d e s q u e el te-
n i a , d e las c u a l e s allí d e l a n t e d e t o d o s le h a c í a d o n a c i ó n . » Vida de S. Ign., 1. u , c. v,
E s t e h e c h o , d i c e L l i b a d e n e i r a (ibid.), q u e lo s u p o d e s p u é s de h a b e r e s c r i t o la vida de
San I g n a c i o . N o p r o c e d e , p o r c o n s i g u i e n t e , d é l a s f u e n t e s p u r a s d e d o n d e se saca-
r o n los o t r o s s u c e s o s d e e s t a p r e c i o s a b i o g r a f í a . D e s e a r í a m o s s a b e r á q u i é n oyó lli-
b a d e n e i r a e s t e h e c h o , q u e t i e n e t o d o s los v i s o s d e a p ó c r i f o . A s í se c o m p r u e b a , prime-
ro, con el s i l e n c i o d e los p r o c e s o s q u e n a d a d i c e n d e él. C u a n d o f u e r o n interrogados
los t e s t i g o s en el a r t . 1." s o b r e la h u m i l d a d d e I g n a c i o , ¿ c ó m o n o c i t a r o n este hecho,
q u e h u b i e r a s i d o el a c t o d e h u m i l d a d m á s i n s i g n e , e j e c u t a d o en p ú b l i c o sermón''
C u a n d o d e s p u é s en el a r t . 3 . " se les p r e g u n t ó a c e r c a d e los s e r m o n e s del s a n t o y del
f r u t o q u e c o n ellos h a c í a , ¿ c ó m o o l v i d a r o n e n t e r a m e n t e e s t e h e c h o t a n edificante,
m i e n t r a s r e f e r í a n o t r a s c i r c u n s t a n c i a s m á s m e n u d a s d e a q u e l l o s s e r m o n e s : Además,
1 . Cámara, T ida. de P. Jp.ii., c. v m . N o s a b e m o s q u e t r o p e z a s e con n i n g ú n o t r o d e s u s
r e p á r e s e en lo q u e se d i c e , q u e le hizo d o n a c i ó n d e d o s h e r e d a d e s q u e t e n í a . No es
c r e í b l e q u e t u v i e s e esas h e r e d a d e s I g n a c i o , q u i e n t r e c e a ñ o s a n t e s se h a b í a despe-
d i d o d e s u casa y f a m i l i a , s i n e s p e r a n z a d e v o l v e r j a m á s á A z p e i t i a .
( 1 ) U n m e s , d i c e P o l a n c o , q u e e s t u v o I g n a c i o e n A z p e i t i a ; p e r o e s t e p a r e c e ser
u n o d e los y e r r o s c r o n o l ó g i c o s q u e s e le e s c a p a n d e v e z e n c u a n d o . E l p r i m e r tes-
t i g o e x a m i n a d o en el p r o c e s o d e A z p e i t i a , D o m i n i c a d e F u g a r t e , q u e h a b í a visto y
t r a t a d o á I g n a c i o c u a n d o e s t u v o e n A z p e i t i a , a l i r m a q u e se d e t u v o , spatio tritón
mensium incirca. Summar. proces. Azpeitiae, a r t . 1."
A1 >, v i . — DESDE KL VOTO DB MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP." 85
Bolonia con g r a n d í s i m o s t r a b a j o s y p e l i g r o s (1). Allí i n t e n t ó c o n t i -
|nuar sus estudios t e o l ó g i c o s e n t o d o el año d e 1536 (2); p e r o le fué
fían mal de salud, q u e h u b o d e r e n u n c i a r á su p r o p ó s i t o y p a s a r á
ÍVenecia, d o n d e e s p e r ó á sus c o m p a ñ e r o s . M i e n t r a s éstos llegaban, en-
tretúvose I g n a c i o en d a r los E j e r c i c i o s á v a r i o s s e n a d o r e s y p e r s o n a s
principales, l o g r a n d o la dicha de g a n a r o t r o s t r e s p a r a la C o m p a ñ í a ,
',el bachiller H o c e s , m a l a g u e ñ o , y los dos h e r m a n o s E s t e b a n y D i e g o
.de Eguía, n a v a r r o s ; a u n q u e estos n o e n t r a r o n h a s t a algo más ade-
lante en la C o m p a ñ í a . A q u í en Venecia se e n c o n t r ó p o r p r i m e r a vez
con J u a n P e d r o Cañifla, q u e d e s p u é s fué p a p a c o n el n o m b r e d e
Paulo IV; y a u n q u e n o s a b e m o s b i e n lo q u e pasó e n t r e los dos, p e r o
consta que Caraffa q u e d ó desde e n t o n c e s a v e r s o á San I g n a c i o (3).
Como en todas p a r t e s , h u b o en Venecia d e l a c i o n e s á la a u t o r i d a d
eclesiástica y el c o n s a b i d o p r o c e s o c o n t r a I g n a c i o . A f o r t u n a d a m e n t e ,
se terminó p r o n t o el n e g o c i o , d e c l a r á n d o s e la i n o c e n c i a d e l s a n t o .
, 2. El t i e m p o prefijado p a r a salir de P a r í s sus c o m p a ñ e r o s , era el 25
•de Enero d e 1537; p e r o la g u e r r a q u e e l a ñ o a n t e s estalló, c u a n d o
Carlos V p e n e t r ó e n F r a n c i a p o r P r o v e n z a , les obligó á a d e l a n t a r la
salida, p o r t e m o r de q u e , e x t e n d i é n d o s e las h o s t i l i d a d e s á o t r a s r e -
giones, se les c e r r a s e el paso p a r a Venecia. P u s i é r o n s e , p u e s , e n ca-
mino el 15 d e N o v i e m b r e de 1536 (4). S a l i e r o n de F r a n c i a hacia Ale-
, inania p o r L o r e n a , y d e s p u é s de los trabajos y a v e n t u r a s q u e se d e -
jan entender e n u n a j o r n a d a h e c h a á pie y e n el corazón d e l i n v i e r n o ,
entraron e n Venecia e l 6 d e E n e r o d e 1537.
3. Allí a b r a z a r o n con efusión á San I g n a c i o y al b a c h i l l e r H o c e s ,
- que desde e n t o n c e s n o se a p a r t ó de ellos hasta m o r i r . C o m o el paso á
Jerusalén no p o d í a verificarse hasta el v e r a n o , r e s o l v i e r o n d e d i c a r s e
entretanto al s e r v i c i o de los e n f e r m o s . Alojáronse e n los h o s p i t a l e s
de San P a b l o y d e los I n c u r a b l e s , y e m p e z a r o n á asistir á los d o l i e n -
tes con tan exquisita caridad, q u e l l a m a r o n la a t e n c i ó n de las p e r s o -
(1) En A a l e n c i a se e n c o n t r ó con el b a c h i l l e r C a s t r o , q u e h a b í a e n t r a d o c a r t u j o .
:
antiguos c o m p a ñ e r o s .
(2) Polanco, De Vita Ign., c. v n , a p u d . Mvtium. Hist. S. J.
(3) (¡ñaméis uulli unquam Ignatius retnlit, quae iüi cum praedicto D. Joanne Pe-
tro Caraffa accidissent, facile tamen ex ejtts rerhis inteüigi poterat, non levis fuisse
momenti. Vita P. Ign., p . 5 6 .
(4) Simón l í o d r í g u e z , De origine et progressu S. p á g . 17. E n e s t e o p ú s c u l o
tiene el lector la m á s e x t e n s a y s e g u r a r e l a c i ó n q u e p o s e e m o s d e las a v e n t u r a s o c u -
•' rridas á n u e s t r o s P a d r e s e n s u s p r i m e r a s p e r e g r i n a c i o n e s a n t e s del a ñ o 1 5 4 0 . V é a s e
también 4 F a b r o , Memoriale.
 8fi LlU. 1 . — FUNDACIÓN I>E LA COMPAÑÍA
ñas p r i n c i p a l e s de Venecia. Descolló e s p e c i a l m e n t e , dice Polanco, el
f e r v o r , c a r i d a d y a b n e g a c i ó n d e l m a e s t r o F r a n c i s c o J a v i e r (1). Pre-
v i e n d o las dificultades q u e se p o d r í a n l e v a n t a r c o n t r a su viaje, cre-
y e r o n o p o r t u n o p r e s e n t a r s e al p a p a , y m a n i f e s t á n d o l e sus deseo-,
p e d i r l e facultad p a r a pasar á J e r u s a l é n , sin q u e n a d i e se lo pudiese
i m p e d i r , y al m i s m o t i e m p o licencia p a r a r e c i b i r las sagradas ó i-do-
n e s los q u e n o fuesen s a c e r d o t e s . Á m e d i a d o s de c u a r e s m a de ló:'i7
f u e r o n á R o m a á pie y m e n d i g a n d o t o d o s , e x c e p t o I g n a c i o , (pie no
j u z g ó p r u d e n t e p r e s e n t a r s e allí, p o r q u e a n d a b a n e n la corte del
p a p a dos h o m b r e s m u y c o n o c i d o s , de q u i e n e s t e m í a fuerte oposi-
ción. U n o e r a el c a r d e n a l Caraífa, con q u i e n h a b í a t e n i d o poco an-
t e s el disgusto m e n c i o n a d o más a r r i b a , y o t r o ol Dr. P e d r o Ortiz,
m u y p r i v a d o d e l e m p e r a d o r , y q u e en P a r í s se había m o s t r a d o ene-
m i g o de I g n a c i o . L l e g a r o n á R o m a los p e r e g r i n o s , y ¡cosas de Dio-!
h a l l a r o n tan o t r o del q u e p e n s a b a n al Dr. Ortiz, q u e él fué quien ¡ES
i n t r o d u j o á P a u l o I I I , y les facilitó el d e s p a c h o do su negocio ('2).
4. Quiso el papa c o n o c e r á los sujetos q u e el d o c t o r le recomen-
daba, y m a n d ó q u e u n día, al t i e m p o de c o m e r , h u b i e s e e n su presencia
u n a d i s p u t a teológica, en la cual los r e c i é n llegados diesen pruebas de
su t a l e n t o y saber. Ilízose así (3), y P a u l o I I I q u e d ó tan prendado m>
m e n o s de la s a b i d u r í a q u e de la modestia y v i r t u d de los di.-putan-
t e s , q u e les dio con t o d o afecto su p a t e r n a l b e n d i c i ó n , les concedió
las dos facultades q u e se le p e d í a n y a ñ a d i ó una l i m o s n a p a r a la pe-
r e g r i n a c i ó n á J e r u s a l é n , l i m o s n a q u e ellos r e s t i t u y e r o n religiosa-
m e n t e d e s p u é s , c u a n d o se l e s frustró el viaje» á T i e r r a Santa (4).
5. V o l v i e r o n á Venecia los c o m p a ñ e r o s de I g n a c i o , y en virtud de
las facultades recibidas, p r e p a r á r o n s e p a r a las s a g r a d a s órdenes lo-
siete q u e n o e r a n s a c e r d o t e s , á s a b e r : I g n a c i o , J a v i e r , R o d r í g u e z , Laí-
nez, S a l m e r ó n , B o b a d i l l a y C o d u r i . P o r el d o c u m e n t o q u e copian lo-
B o l a n d o s (5) se v e q u e San I g n a c i o r e c i b i ó las ó r d e n e s m e n o r e s el l<>
( 1 ) Vita Ign., p . 5 7 .
( 2 ) E n n i n g u n o d e loa c o n t e m p o r á n e o s h a l l o e x p l i c a d a la eam-a <|iic transferí»"
al D r . Ortiz y le c o n v i r t i ó e n u n o d e los m á s linos a m i g o s d e I g n a c i o y grande-
b i e n h e c h o r e s d e la p r i m i t i v a C o m p a ñ í a . P o l a n c o , (Vita P. Ign. c. v i l i ) , Simón lío
d r í g u e z (De origine et,progr. S. J., p . 4 8 ) , y R i b a d e n e i r a ( Vida de S. Ign., I. u, ca-
p i t u l o v i l ) , m e n c i o n a n el h e c h o , p e r o s i n a d u c i r n i n g u n a c a u s a p a r a explicarlo.
( 3 ) L a í n e z , Carta á Polanco.
( 4 ) S i m ó n R o d r í g u e z , De origine et progr. S. J., p . 4 0 .
( 5 ) De Sancto Ignatio de Loyola, § 2 4 . N ó t e s e en e s t e d o c u m e n t o q u e al noti-
ficarse la p r o m o c i ó n d e l s a n t o á las ó r d e n e s m e n o r e s , se le Wa.ma.jam clericum ilut-
en?. V I . — DESDE EL VOTO DE M0NTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA C0MP." 87
de J u n i o , el s u b d i a c o n a d o el 1 5 , el d i a c o n a d o el 17 y, p o r fin, el
presbiterado el 24, día de San J u a n Bautista del año 1537. J u n t a -
mente con él r e c i b i e r o n el s a c e r d o c i o los o t r o s seis c o m p a ñ e r o s su-
yos (1). A d o r n a d o s c o n esta a u g u s t a d i g n i d a d , d e t e r m i n a r o n r e t i r a r s e
algún tiempo, p a r a d i s p o n e r s e c o n la o r a c i ó n y p e n i t e n c i a á c e l e b r a r
dignamente el santo sacrificio y e j e r c i t a r los m i n i s t e r i o s sacerdota-
les. Con esto i n t e n t o se d i s t r i b u y e r o n p o r las c i u d a d e s del d o m i n i o
veneciano e n esta f o r m a : I g n a c i o , F a b r o y Laínez se r e c o g i e r o n á
Vicencia; J a v i e r y S a l m e r ó n , á Montecelso; J a y o y R o d r í g u e z , á Bns-
sano; Broet y Bobadilla, á V e r o n a ; C o d u r i y el b a c h i l l e r H o c e s , á
Treviso. No q u i s i e r o n a p a r t a r s e m u c h o de V e n e c i a , p a r a a c u d i r más
presto á la c a p i t a l , si se p r e s e n t a b a a l g u n a ocasión d e pasar á P a -
lestina.
(S. Á los c u a r e n t a días d e r e c o g i m i e n t o , llegóse á Vicencia el P . Co-
duri, y t r a t ó con I g n a c i o , F a b r o y Laínez si c o n v e n d r í a y a lanzarse
decididamente al m i n i s t e r i o d e la p r e d i c a c i ó n (2). P a r e c i ó b i e n esto
dictamen, y los c u a t r o salen r e s u e l t a m e n t e p o r calles y plazas, pá-
ranse donde v e n a l g ú n c o n c u r s o d e g e n t e , y h a c i e n d o señas con los
bonetes, c o n v i d a n al p u e b l o á o í r la p a l a b r a d e Dios. L o m i s m o e m -
pezaron á ejecutar los o t r o s c o m p a ñ e r o s e n las c i u d a d e s d o n d e r e s i -
dían. El p r i m e r fruto q u e r e c o g i e r o n d e su p r e d i c a c i ó n f u e r o n las
risas y escarnios del p u e b l o , p o r lo m a l q u e h a b l a b a n el italiano (3).
me,- Pampilonenxix, c o n lo c u a l se c o n f i r m a la n o t i c i a q u e y a t e n í a m o s (Vidc, c. l )
de que estaba t o n s u r a d o d e s d e m u y joven.
(1) Simón R o d r í g u e z , De origine et progr. S. ./.. p . 5 0 . L o s B o l a n d o s p a r e c e n d u -
dar (TV & Ignat., § 2 4 ) , q u e s e o r d e n a s e t a n p r o n t o S a l m e r ó n , p o r q u e no t e n í a
edad suficiente, a u n s u p u e s t a la d i s p e n s a . S i n e m b a r g o , el t e x t o d e l P . S i m ó n n o
puede ser m á s e x p l í c i t o , ulnitiati snnt xacrix Pater Jgnatius, Francixcus Xacicr,
Jnrohim Lainez, Alphonms Salmerón, Joannes Codiirius. Xicoloux I'obadilla, Simón
Roderimw, sacerdotiique diguitdtem conxei¡uuti sitnt ipxo die diri Joannix liaptistae.Ti
(2) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. Yin.
(3) « E r a s u i n t e n c i ó n , d i c e P o l a n c o (Sumario, c. m ) , en e s t o s l u g a r e s , u l t r a d e
prepararse á la p r i m e r a m i s a , e x e r c i t a r s e en p e d i r l i m o s n a , y en p r e d i c a r c o n p o c o
o ningún s t u d i o y en l a s p l a z a s m á s p o r m o r t i f i c a c i ó n p r o p r i a q u e o t r a cosa, a u n q n e
siempre sacaba D i o s a l g ú n f n i e t o . » P o c o m á s a d e l a n t e , al r e f e r i r P o l a n c o los s e r -
mones que e m p e z a r o n á p r e d i c a r n u e s t r o s P a d r e s c u a n d o a l g u n o s m e s e s d e s p u é s
hicron á R o m a , d i c e a s í : <<En e s t e p r e d i c a r á lo m e n o s s e g a n a b a m o r t i f i c a c i ó n
para las p e r s o n a s q u e p r e d i c a b a n , y la C o m p a ñ í a se comenzó) á h a c e r c o n o c e r , y
también sacaba D i o s N u e s t r o S e ñ o r f r u t o en a l g u n a s a l m a s . » C o n s e r v e m o s e s t a p r u -
dentísima o b s e r v a c i ó n d e P o l a n c o , q u e el p r i m e r f r u t o r e c o g i d o p o r n u e s t r o s P a d r e s
e
' i la predicación f u é la mortificación del predicador. Con e s t e e j e m p l o á la v i s t a ,
fácil será v e n c e r el d e s a l i e n t o , c u a n d o s a l i e r e . m a l el p r i m e r s e r m ó n ó los p r i m e r o s
pasos que se d e n e n c u a l q u i e r a o b r a b u e n a , y t e n d r e m o s b r í o p a r a p a s a r a d e l a n t e ,
 88 LTB. I . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
« Q u i e n e n t o n c e s m i r a r a el lenguaje d e a q u e l l o s P a d r e s , dice Riba-
d e n e i r a , n o h a l l a r a e n él s i n o toscas y g r o s e r a s p a l a b r a s , cpie, como
tales (1).
t o d o s e r a n e x t r a n j e r o s y tan r e c i é n l l e g a d o s á I t a l i a , y se daban latí
p o c o al e s t u d i o d e las p a l a b r a s , e r a n e c e s a r i o q u e éstas fuesen una
f responderemos, d i j e r o n , á los q u e n o s p r e g u n t e n q u i é n e s somos?
c o m o m e z c l a de d i v e r s a s lenguas» (1). No d u r a r o n m u c h o las burla-;
d e l p u e b l o . La g e n t e s e n c i l l a y sana p e n e t r ó m u y p r o n t o el espíritu
q u e a n i m a b a á los p r e d i c a d o r e s , y al m i s m o t i e m p o q u e se conver-
tía á D i o s , e m p e z ó á v e n e r a r á n u e s t r o s P a d r e s , y á s o c o r r e r l o s ge-
n e r o s a m e n t e con limosnas.
P o r el m e s de S e t i e m b r e r e u n i é r o n s e e n Vicencia t o d o s once (2),
y c e l e b r a r o n la p r i m e r a misa los n u e v o s s a c e r d o t e s , e x c e p t o Igna-
cio, q u e a u n e s p e r ó más de u n año hasta q u e la dijo en Santa María
la Mayor, e n el a l t a r del Santo P e s e b r e el día de Navidad de 153S. El
m o t i v o p r i n c i p a l de r e u n i r s e era el d e l i b e r a r s o b r e su tan d e s o n d a
p e r e g r i n a c i ó n á J e r u s a l é n . Iba ¡jasando el b u e n t i e m p o , y no s o ha-
llaba pasaje p a r a T i e r r a Santa. ¡ P r o v i d e n c i a s i n g u l a r ! Aquel año
1537 fué el ú n i c o desde m u c h o t i e m p o atrás, en q u e n o p u d i e r o n pa-
sar p e r e g r i n o s á J e r u s a l é n p o r h a b e r s e r o t o las h o s t i l i d a d e s (Mitro el
t u r c o y la S e ñ o r í a d e Venecia. Con la e n t r a d a del i n v i e r n o se c e r r a -
lian todas las esperanzas de n a v e g a c i ó n . Quedábales, p o r consiguien-
te, el c u m p l i r la s e g u n d a p a r t e del voto, q u e era p o s t r a r s e á l o s pies
del S u m o Pontífice y ofrecerse p a r a t r a b a j a r á sus ó r d e n e s en cual-
q u i e r p a r t e d e l m u n d o p o r la g l o r i a de Dios y b i e n de las almas.
E n c o m e n d ó s e á Dios f e r v o r o s a m e n t e i d n e g o c i o , y d e s p u é s d e ma-
d u r a d e l i b e r a c i ó n , r e s o l v i e r o n q u e fuesen á R o m a I g n a c i o , Fabro y
Laínez p a r a t a n t e a r el t e r r e n o , y e n t r e t a n t o r e p a r t i d o s los demás en
las c i u d a d e s d e I t a l i a d o n d e h u b i e s e u n i v e r s i d a d , se ejercitasen en
los m i n i s t e r i o s apostólicos, d á n d o s e á c o n o c e r a! m u n d o j-convidando
c o n s u e j e m p l o á los q u e q u i s i e s e n i m i t a r su g é n e r o de v i d a , «por
ver, dice L a í n e z , si D i o s N u e s t r o S e ñ o r sería s e r v i d o l l a m a r algún
e s t u d i a n t e á n u e s t r o i n s t i t u t o » (3). C o n v i n i e r o n a d e m á s e n algunas
p r á c t i c a s v i r t u o s a s q u e d e b í a n o b s e r v a r . T o d o s h a b í a n d e sustentarse
d e l i m o s n a s y a l b e r g a r s e e n los hospitales. S e m a n a l m e n t e sería cada
u n o s u p e r i o r d e su c o m p a ñ e r o . E n los s e r m o n e s e x h o r t a r í a n á la
p e n i t e n c i a , a l h o r r o r del p e c a d o y al ejercicio d e santas obras. Sr
e s p e r a n d o q u e D i o s nos f a v o r e c e r á , si c o n h u m i l d a d c o n t i n u a m o s en h a c e r lo que
podemos.
( 1 ) Vida de S. Ign., I. n , c. v n i .
( 2 ) S i m ó n R o d r í g u e z , De origine et pmgr. S. ./., p . 5:¡.
( 3 ) Carta á Polanco.
C A ¡, V I . — DESDE BL VOTO D E MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN D E LA C0MP." 89
aplicarían á o i r confesiones y s e r v i r á los e n f e r m o s e n los h o s p i -
Por ú l t i m o , s u r g i ó la d u d a d e l n o m b r e q u e d e b e r í a n t o m a r . ¿ Q u é
1 esto satisfizo I g n a c i o , m a n d a n d o q u e r e s p o n d i e s e n ser de la Com-
pañía de J e s ú s (2). T r a z a d o este n l a n d e vida, s a l i e r o n t o d o s de Vi-
cencia. J a v i e r y B o b a d i l l a se d i r i g i e r o n á B o l o n i a ; R o d r í g u e z y
Jayo, á F e r r a r a ; S a l m e r ó n y B r o e t , á S e n a ; H o c e s y C o d u r i , á P a d u a ;
Ignacio, con F a b r o y Laínez, tomó el c a m i n o de R o m a . E n este ca-
mino fué d o n d e n u e s t r o s a n t o f u n d a d o r t u v o la visión m á s c é l e b r e
de su vida, y la ú n i c a q u e él m a n i f e s t ó e s p o n t á n e a m e n t e á s u s com-
pañeros, p o r la i n m e n s a significación y consecuencia q u e h a b í a d e
tener (3). E n el p u e b l o S t o r t a , seis millas d e R o m a , e n t r ó á h a c e r
oración en la i g l e s i a , y c u a n d o estaba en el m a y o r f e r v o r de espí-
ritu, fué a r r e b a t a d o en éxtasis, y se le ofreció á la vista el E t e r n o
Padre, y á su lado J e s u c r i s t o c o n la c r u z á cuestas. E l P a d r e , c o n
muestras de s i n g u l a r a m o r , e n c o m e n d a b a al c u i d a d o del Hijo á I g -
nacio y sus c o m p a ñ e r o s , y J e s u c r i s t o , clavando u n a m i r a d a dulcísi-
ma en I g n a c i o , le d i r i g i ó estas p a l a b r a s : «Ego robis Romae propitiiis
mi.» Yo os ser-é p r o p i c i o e n R o m a . I n e x p l i c a b l e fué el gozo q u e
inundó el alma d e I g n a c i o , q u i e n al salir do la iglesia, r e b o s a n d o d e
alegría, dijo á sus c o m p a ñ e r o s : «No sé lo q u e nos espera e n R o m a ,
üi si quiere Dios q u e m u r a m o s en c r u z ó d e s c o y u n t a d o s ; sólo sé
que Jesucristo n o s s e r á projMcio.- Y c u é n t a l e s p o r m e n u d o t o d a la
visión (4).
1. Llegaron á la c i u d a d e t e r n a á fines d e N o v i e m b r e d e 1537 (5).
(1) Simón R o d r í g u e z , ibid., p . 5 2 et 5 4 .
(2) El P . R i b a d e n e i r a p a r e c e i n s i n u a r (Vida de. San Ignacio, 1. II, c. x i ) q u e e s t e
nombre lo tomó I g n a c i o p a r a su U r d e n á c o n s e c u e n c i a d e la c é l e b r e visión q u e t u v o
en el camino de R o m a : p e r o m á s s e g u r o n o s p a r e c e lo q u e a ñ r m a P o l a n c o , q u e e n
\iceneia por p r i m e r a v e z sonó el n o m b r e d e C o m p a ñ í a d e J e s ú s . V é a s e el ú l t i m o
párrafo de la Vita lynatii Loyolae, p o r el c u a l se v e q u e en t r e s o c a s i o n e s se c o n -
cluyó, digámoslo a s í , el n e g o c i o d e la i m p o s i c i ó n d e e s t e n o m b r e : 1. E n V i c e n c a , á
a :
tiaes de 1537, t o m a n p o r p r i m e r a v e z e s t e n o m b r e al s e p a r a r s e p o r las u n i v e r s i d a d e s
de Italia. 2 . " Con la visión del c a m i n o d e R o m a c o n f í r m a s e I g n a c i o en la d e n o m i -
nación yu t o m a d a . 3." E n 1 5 3 9 . c u a n d o se t u v i e r o n las c é l e b r e s d e l i b e r a c i o n e s , se
íesiulve d e f i n i t i v a m e n t e q u e el n o m b r e i n v a r i a b l e d e n u e s t r a O r d e n sea el d e C o m -
pañía de J e s ú s .
(3) Véanse los B o l a n d o s , De San Ignacio de Logóla, § 2(5.
(4) Cámara, Vida del P. Ign., c. v m . R i b a d e n e i r a , Vida de S. Ignacio, 1. ü , c. XI.
(5) Asi se infiere do la c a r t a d e S a n I g n a c i o á I s a b e l R o s e l l , cf. C a r t a s de San.
I'jnacio, t. i, p . 6 3 .
 110 L i l i . J . — FUK DACIÓN 1)K LA COMI'ANIA
P r e s e n t á r o n s e los t r e s al papa, el c u a l , c o m o ya estabafavorablciiicntc
p r e v e n i d o p o r la e n t r e v i s t a d e la o t r a v e z , les acogió con mucha be-
n i g n i d a d , y e n c a r g ó á Laínez l e e r teología escolástica, y á Fabn> Sa-
g r a d a E s c r i t u r a e n el c o l e g i o de la Sapiencia ( 1 ) . I g n a c i o se d e d i c ó á
p r e d i c a r al p u e b l o , y más a ú n á d a r E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s á c i e r t o ?
p e r s o n a j e s d e i m p o r t a n c i a . E n t r e éstos se d i s t i n g u i ó el D r . P e d r o (ir-
tiz, q u e tan b u e n o s olicios había h e c h o á los c o m p a ñ e r o s de I g n a c i o
c u a n d o la o t r a vez v i n i e r o n á R o m a . A h o r a , t r a t a n d o familiarmente
con el santo p a t r i a r c a , fué i n d u c i d o p o r éste á h a c e r los E j e r c i c i o - .
D e s e a n d o h a c e r l o s b i e n , r e t i r ó s e á Monte Casino, y e m p l e ó e n e l l o -
c u a r e n t a días ( 2 ) . F u é a d m i r a b l e el fruto e s p i r i t u a l q u e recogió, y
sin d u d a h u b i e r a e n t r a d o en la Compañía, s i n o lo d e t u v i e r a n d e s im-
p e d i m e n t o s c o n s i d e r a b l e s . E l p r i m e r o ora su edad ya bastante ade-
lantada, y el s e g u n d o y más g r a v e , los i m p o r t a n t e s y prolijos nego-
cios q u e traía e n t r e m a n o s . E f e c t i v a m e n t e , estaba en R o m a comisio-
n a d o p o r el e m p e r a d o r Carlos V, p a r a d e f e n d e r los d e r e c h o s de la
r e i n a d e I n g l a t e r r a Catalina e n el t r i s t í s i m o conflicto q u e e n t o n t a -
o c u r r í a p o r el d i v o r c i o e s c a n d a l o s o de E n r i q u e V I I I . É r a l e imposi-
b l e al d o c t o r d e s e n t e n d e r s e d e tan i m p o r t a n t e s a s u n t o s , para abrazar
la vida religiosa. Mas y a q u e n o p u d o e n t r a r en la Compañía , d e s d e
e n t o n c e s la a m ó con s i n g u l a r p r e d i l e c c i ó n , y fué u n o do los m á s tu-
rnes v a l e d o r e s q u e ella t u v o en E s p a ñ a á los p r i n c i p i o s ( 3 ) .
M i e n t r a s se o c u p a b a I g n a c i o en d a r estos E j e r c i c i o s , conoció por
r e v e l a c i ó n , la m u e r t e d e u n o d e sus c o m p a ñ e r o s . El b u e n bachiller
H o c e s , c o n s u m i d o de los trabajos q u e p a d e c i ó e n P a d u a p o r el b i e n
de las a l m a s , fué l l a m a d o p o r Dios al p r e m i o d e los j u s t o s . M u c h o s
le c u e n t a n , y con r a z ó n , c o m o el p r i m o r difunto d e la Compañía,
p u e s aunque; ésta n o h a b í a o b t e n i d o a ú n la a p r o b a c i ó n del p a p a , ni
estaba e s t r i c t a m e n t e o r g a n i z a d a c o m o o r d e n r e l i g i o s a , p e r o en rea-
lidad ya existía.
E n t r e t a n t o , con los e j e m p l o s de v i r t u d y celo apostólico q u e daban
los P a d r e s , e m p e z a b a n á d e s p e r t a r s e m u c h a s v o c a c i o n e s . A c e r c á -
b a n s e , p r i n c i p a l m e n t e , a l g u n o s b u e n o s s a c e r d o t e s , deseosos de imitar
a q u e l g é n e r o do vida. I b a d á n d o s e á c o n o c e r en R o m a y en Italia el
g r u p o d e f e r v o r o s o s m i s i o n e r o s r e u n i d o p o r San I g n a c i o . E r a , pne-.
l l e g a d o el m o m e n t o de d a r el ú l t i m o p a s o , esto e s , d e convertir en
( 1 ) P o l a n c o , Vita P. Ign., p. 6 3 . R i b a d e n e i r a , Vida de. S. Ign., 1. n, c. xu.
( 2 ) V é a n s e á P o l a n c o y R i b a d e n e i r a , ibi'l.
( 3 ) V é a n s e a l g u n o s d a t o s m á s s o b r e el D r . O r t i z en P r a t , Histoire du P.
deneira, p. 10.
YI, DESDE EL VOTO DE MONTMARTliE TTASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA C 0 M P . 91
a
C I P I
organismo religioso a q u e l l a p i a d o s a a s o c i a c i ó n , de d e t e r m i n a r los
puntos sustanciales de n u e s t r o m o d o de v i v i r , y p r e s e n t á n d o l o s á Su
Santidad, o b t e n e r la c o n f i r m a c i ó n oficial d e la Compañía c o m o or-
den religiosa. P a r a r e s o l v e r este p u n t o , c o n v o c ó e n R o m a I g n a c i o á
sus compañeros, los cuales f u e r o n l l e g a n d o p a r a P a s c u a d e R e s u r r e c -
ción de 1538. E l P . C o d u r i y o t r o q u e estaba c o n él e n P a d u a , tarda-
ron más en l l e g a r , y p r o b a b l e m e n t e n o se r e u n i e r o n c o n los o t r o s
hasta entrado el mes d e Mayo (1).
8. Bien lejos e s t a b a n d e s o s p e c h a r el t r a b a j o q u e les e s p e r a b a en
Roma. Apenas l l e g a d o s , p i d i e r o n al v i c a r i o las licencias de p r e d i c a r
y confesar, y o b t e n i d a s m u y p r o n t o , d i é r o n s e c o m o solían á los t r a -
bajos apostólicos. S u c e d i ó q u e p o r e n t o n c e s p r e d i c a b a en R o m a u n
fraile a g u s t i n o , p i a m o n t é s , inficionado con los e r r o r e s de L u t e r o , y
procuraba con frases y f ó r m u l a s d i s i m u l a d a s c o m u n i c a r á sus o y e n -
tes aquellos mismos e r r o r e s . C o n o c i é r o n l e los N u e s t r o s , y empeza-
ron á c o m b a t i r las m o d e r n a s herejías ya d e s d e el p u l p i t o , y a en
conversaciones p a r t i c u l a r e s . S o b r e t o d o a v i s a r o n del p e l i g r o á dos
sacerdotes españoles m u y influyentes en la c u r i a r o m a n a , q u e se
daban p o r a m i g o s s u y o s , á los cuales v i e r o n ser a m i g o s t a m b i é n del
hereje. Éstos, lejos d e a p r o v e c h a r s e con el a v i s o , se e n f u r e c i e r o n con
él y empezaron á e s p a r c i r c a l u m n i a s c o n t r a San I g n a c i o y sus com-
pañeros. Decían q u e I g n a c i o h a b í a sido c o n d e n a d o p o r h e r e j e , aña-
dían que los o t r o s P a d r e s e r a n fugitivos de E s p a ñ a , F r a n c i a } V e n e - r
cia, y les i m p o n í a n o t r o s c r í m e n e s g r a v e s . Mas c o m o el d i v u l g a r
tales calumnias p o r sí m i s m o s les p u d i e r a a c a r r e a r a l g ú n p e l i g r o ,
buscaron y h a l l a r o n u n p r e g o n e r o d e esas infamias en u n e s t u d i a n t e
navarro de c a r á c t e r l i g e r o y a l o c a d o . É s t e , á q u i e n d a n el n o m b r e
(loMiguel, había s i d o a n t e s c r i a d o de San F r a n c i s c o J a v i e r , en P a r í s ,
y cuando su a m o se c o n v i r t i ó , i r r i t a d o él p o r a q u e l l a m u d a n z a , q u i s o ,
en un m o m e n t o de c ó l e r a , m a t a r á San I g n a c i o . P a s a d a a q u e l l a furia,
pe arrepintió de su p e c a d o , y t u v o í m p e t u s de i m i t a r la c o n v e r s i ó n
do su amo. Cuando los P a d r e s se p a r t i e r o n p a r a V e n e c i a , él se fué
tras ellos y les r o g ó q u e le a d m i t i e s e n en su compañía. R e h u s á r o n l o
ellos, conociendo la l i g e r e z a é i n c o n s t a n c i a del p r e t e n d i e n t e (2).
Ahora andaba en R o m a , y n o s a b e m o s si s o b o r n a d o p o r los e n e m i -
gos, ó a r r e b a t a d o p o r a l g ú n í m p e t u d e su c a r á c t e r v e l e i d o s o , se hizo
el principal d i f a m a d o r d e n u e s t r o s P a d r e s .
(1) Simón R o d r í g u e z (De origine, el progr. S. J., p . 6 3 ) . R e c u é r d e s e q u e a q u e l
Mi' '
1
año 1538, la P a s c u a c a y ó el 2 1 d e a b r i l .
(2) Simón R o d r í g u e z (De origine et progr. S. J., p. 7 0 ) .
 92 LIB. I. FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
E l d i c h o d e u n h o m b r o q u e a s e g u r a b a h a b e r sido confidente do
e l l o s , y e n e f e c t o , lo había sido años a t r á s de San F r a n c i s c o J a v i e r ,
t u v o u n eco i n c r e í b l e e n t o d a la ciudad. «El n e g o c i o h a seydo tal,
dice San I g n a c i o , q u e d u r a n t e o c h o meses e n t e r o s h e m o s pasado la
más r e c i a c o n t r a d i c c i ó n ó p e r s e c u c i ó n q u e j a m á s h a y a m o s pasado en
esta vida. No q u i e r o d e c i r q u e n o s h a y a n vejado e n n u e s t r a s p e r s o -
n a s , n i l l a m á d o n o s en j u i c i o , n i de o t r a m a n e r a ; mas h a c i e n d o r u m o r
e n e l p u e b l o y p o n i e n d o n o m b r e s i n a u d i t o s , nos hacían ser s u s p e i -
tos y odiosos á las g e n t e s * (1).
P a r a c o n j u r a r esta t o r m e n t a , hizo San I g n a c i o q u e el negocio so
pusiese en tela de j u i c i o . F u é citado M i g u e l ante el g o b e r n a d o r do
la c i u d a d , y c u a n d o h u b o r e p e t i d o todas las a t r o c i d a d e s que d e c í a
c o n t r a los N u e s t r o s , p r e s e n t ó San I g n a c i o una carta(2) del mismo Mi-
g u e l , escrita e n el t i e m p o en q u e era a m i g o de la C o m p a ñ í a , y l l e n a
de g r a n d e s e l o g i o s de n u e s t r o s P a d r e s . La flagrante contradicción en
q u e fué c o g i d o el t e m e r a r i o a c u s a d o r , p u s o de manifiesto su m a l i c i a ,
y el g o b e r n a d o r le c o n d e n ó á salir d e s t e r r a d o de R o m a . Hizo I g n a -
cio q u e c o m p a r e c i e s e n en j u i c i o los o t r o s c a l u m n i a d o r e s , p e r o éstos,
e s c a r m e n t a d o s con el r u i n suceso de M i g u e l , n o q u i s i e r o n mantener
e n j u i c i o los dichos q u e difundían en s e c r e t o , y expresándose en
t é r m i n o s algo v a g o s , d i j e r o n q u e n o se les ofrecía cosa particular
c o n t r a los P a d r e s , de los cuales h a b í a n oído g r a n d e s alabanzas.
Con la p u b l i c i d a d q u e t u v i e r o n estos actos j u d i c i a l e s , empezaron á
l e v a n t a r cabeza n u e s t r o s P a d r e s y se r e p a r ó en g r a n p a r t e el escán-
d a l o ; p e r o a q u e l l o s m i s m o s q u e lo h a b í a n p r o m o v i d o , viendo (pie
i b a n d e v e n c i d a , p r o c u r a r o n e c h a r t i e r r a e n c i m a y q u e n o se pro-
n u n c i a r a s e n t e n c i a e n la causa. C o m o e r a n p e r s o n a s influyentes, lo-
g r a r o n p e r s u a d i r esto al g o b e r n a d o r y á o t r o s m u c h o s , y lo (pie rs
más, a l g u n o s d e n u e s t r o s P a d r e s o p i n a b a n q u e n o era m e n e s t e r revol-
v e r más el a s u n t o . De n i n g ú n m o d o t o l e r ó I g n a c i o eme el negocio
q u e d a r a así á m e d i o c o m p o n e r . P u e s la causa se había llevado á los
( 1 ) D e l a c a r t a á I s a b e l llosell a r r i b a c i t a d a . E s t a c a r t a y la o t r a á P e d r o Conti-
r i n i (Cartas de San Ignacio, t. I, p . 0 1 ) , son los p r i n c i p a l e s d o c u m e n t o s q u e se deben
c o n s u l t a r p a r a la n a r r a c i ó n d e f s t e s u c e s o . G o m p l é t a n s e los p o r m e n o r e s con la rela-
ción d e l P . R o d r í g u e z (De origine et progr. S. </., p . 0',)) y con la s e n t e n c i a dada por
el g o b e r n a d o r . P u e d e n v e r s e a d e m á s t o d o s los b i ó g r a f o s d e San I g n a c i o , que se de-
t i e n e n m á s ó m e n o s en e x p l i c a r este r u i d o s o a c o n t e c i m i e n t o .
( 2 ) C á m a r a , Vida del P. Ign., c. v m . E s p r o b a b l e q u e la c a r t a d e Miguel pre-
s e n t a d a p o r S a n I g n a c i o , f u e s e la q u e h a s i d o i m p r e s a al p r i n c i p i o d e las Kpistolae
mixlae, t. l, p . 1 1 , a p u d . Monum. liisi. S. J.
• vi.—DESDE EL VOTO DE MONTMARTRB HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP.» 93
tribunales, era p r e c i s o , decía é l , l l e g a r á la s e n t e n c i a , lo p r i m e r o ,
para restaurar el h o n o r de la C o m p a ñ í a , q u e n o q u e d a r í a d e l t o d o
limpio si, constando e n a u t o s las c a l u m n i a s , n o constaba la sentencia;
lo segundo, p a r a m a n t e n e r el c r é d i t o d e la b u e n a d o c t r i n a q u e p r e -
dicaban los P a d r e s c o n t r a los e r r o r e s d e l o c u l t o h e r e j e . No se o l v i d e
esta segunda r a z ó n , q u e n o sé p o r q u é , o m i t e n m u c h o s b i ó g r a f o s de
San Ignacio. O i g a m o s al m i s m o s a n t o : « H e m o s q u e r i d o v o l v e r p o r
el honor de la sana d o c t r i n a y de la v i d a sin m a n c i l l a . M i e n t r a s n o s
traten de indoctos, r u d o s , q u e n o s a b e m o s h a b l a r ; i t e m , m i e n t r a s di-
gan de nosotros q u e s o m o s aviesos, b u r l a d o r e s , l i v i a n o s , n o h a r e m o s ,
ayudándonos Dios, g r a n caso; p e r o dolíanos q u e la d o c t r i n a q u e p r e -
dicamos la apellidasen n o sana, y q u e la sonda p o r la cual c a m i n a -
mos se reputase m a l a , no siendo la u n a ni la o t r a n u e s t r a , sino d e
Cristo y de su Iglesia» (I). P o r estas r a z o n e s insistió e n epte se p r o -
nunciase la s e n t e n c i a ; m a s c o m o n o lo p u d i e s e c o n s e g u i r p o r o t r o s
medios, y el asunto se fuese d i l a t a n d o i n d e f i n i d a m e n t e , p r e s e n t ó s e el
santo á Paulo I H , q u e estaba e n F r a s c a t i ; e x p ú s o l e d e t e n i d a m e n t e
toda la serie del s u c e s o , y le r o g ó con h u m i l d a d fuese s e r v i d o d e
mandar al g o b e r n a d o r d a r s e n t e n c i a . C o n v e n c i e r o n al p a p a las ra-
zones del s a n t o ; l'ué i n t i m a d a la v o l u n t a d pontificia al g o b e r n a d o r
de Roma, y éste dio el 18 de N o v i e m b r e de 1538, en favor d e I g n a -
cio y de los suyos, la honorífica s e n t e n c i a , q u e p u e d e l e e r s e e n Ri-
badeneira (2) y e n o t r o s h i s t o r i a d o r e s d e la C o m p a ñ í a .
9. Este pesado i n c i d e n t e paralizó el n e g o c i o d e la f u n d a c i ó n , q u e
apenas dio u n paso a d e l a n t o e n t o d o el a ñ o 1538. P a s a d a la t o r m e n t a ,
volvieron n u e s t r o s P a d r e s á e n c o m e n d a r á Dios el objeto p r i n c i p a l
que los había r e u n i d o en R o m a . Hacia la m i t a d d e la C u a r e s m a d e l
año 1539 e m p e z a r o n las c é l e b r e s d e l i b e r a c i o n e s , q u e d i e r o n p o r r e -
sultado la formación definitiva do la C o m p a ñ í a do J e s ú s . E l P . J u a n
Coduri redactó u n a b r e v e M e m o r i a (3) a c e r c a d e e l l a s , d e la cual t o -
mamos las s i g u i e n t e s noticias. Los p u n t o s p r i n c i p a l e s p u e s t o s en
consulta fueron dos, d e cuya solución d e p e n d í a el d a r á la C o m p a ñ í a
organización y c a r á c t e r d e o r d e n religiosa. P r i m e r o . «Ya q u e el P a p a
desea enviarnos á d i v e r s a s p a r t o s d e l m u n d o , y n a t u r a l m e n t e n o s h a -
(1) Cartas de San Ignacio, t. I, p . 0 2 .
(2) Vida de San Ignacio, 1. u , c. x i v .
(3) Constitutiones Societatis Jesu latinae et hispanicae cura earum declarationibus.
Apperulixprima. Q u i e n d e s e e c o n o c e r la f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a de J e s ú s , el p r i -
mer libro que d e b e t e ñ e r a l a v i s t a es la e d i c i ó n m o n u m e n t a l d e l a s Constituciones,
liecha por el R d o . P. J u a n J o s é d e l a T o r r e el a ñ o 1 8 9 2 .
 94 Lili. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA p vi. DESDE EL VOTO DB MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP." 95

b r e m o s de e s p a r c i r p o r v a r i a s r e g i o n e s p a r a t r a b a j a r en la viña del casos r e c o m i e n d a S a n I g n a c i o en los E j e r c i c i o s . P r i m e r a , q u e d e t a l

Señor, ¿ h e m o s de c o n s e r v a r la u n i ó n q u e a h o r a t e n e m o s , formandu modo orasen á Dios é insistiesen e n los sacrificios y p e n i t e n c i a s , q u e
u n c u e r p o religioso?» P r o n t o se d e c i d i e r o n p o r la afirmativa. « R e s o l - se inclinasen de s u y o m á s á o b e d e c e r q u e á m a n d a r , p o r c o n t r a d e c i r
v i m o s , dice C o d u r i , q u e p u e s el c l e m e n t í s i m o y p i a d o s í s i m o Dios nos más e n é r g i c a m e n t e al a m o r p r o p i o . S e g u n d a , q u e n a d i e t r a t a s e el
h a b í a r e u n i d o y c o n g r e g a d o , s i e n d o n o s o t r o s h o m b r e s débiles y tan asunto con o t r o , sino q u e lo m e d i t a s e n á solas c o n s i g o y con Dios.
d i s t i n t o s en p a t r i a y en c o s t u m b r e s , n o d e b í a m o s r o m p e r , sino oon- Tercera, q u e se i m a g i n e cada cual s e r e n t e r a m e n t e e x t r a ñ o á esta
flrmar y r o b u s t e c e r esta u n i ó n h e c h a p o r Dios» (1). congregación, y q u e , p i d i é n d o s e l e c o n s e j o , v a á r e s p o n d e r lo q u e
E l s e g u n d o p u n t o les dio m u c h o más q u e p e n s a r . H e c h o s los v o t o s juzga más c o n v e n i e n t e p a r a m a y o r g l o r i a d i v i n a .
d e p o b r e z a y castidad, q u e ya e n P a r í s h a b í a n p r o n u n c i a d o , ¿debían Tomadas estas p r e v i a s d i s p o s i c i o n e s , se j u n t a r o n á d i s c u t i r . E l p r i -
h a c e r v o t o d e o b e d i e n c i a á a l g u n o de e l l o s , q u e eligiesen p o r s u p e - mer día p r e s e n t a r o n t o d a s las r a z o n e s q u e se les ofrecían c o n t r a la
r i o r , p a r a m e j o r c u m p l i r la v o l u n t a d d e Dios y el p r e c e p t o d e Su obediencia. Al día s i g u i e n t e se e x p u s i e r o n t o d a s las q u e había en su
S a n t i d a d , á q u i e n h a b í a n ofrecido todas sus p e r s o n a s ? O r a n d o y me- favor. Repitióse esta o p e r a c i ó n v a r i o s d í a s , y se p e s a r o n t o d o s los
d i t a n d o v a r i o s días s o b r e este p u n t o , n o h a l l a b a n u n a solución quu motivos que so ofrecían en p r o y e n c o n t r a de la v i d a de o b e d i e n c i a ,
del t o d o les c o n t e n t a s e . ¡ E x t r a ñ o f e n ó m e n o , q u e a p e n a s puede ex- y iinalmente, <;con el favor d e D i o s , d i c e C o d u r i , r e s o l v i m o s , n o p o r
plicarse, si n o es a t r i b u y é n d o l o á una p r o v i d e n c i a de Dios, que q u i s a pluralidad d e v o t o s , sino con e n t e r a u n a n i m i d a d , q u e n o s e r a m á s
e j e r c i t a r la h u m i l d a d de n u e s t r o s P a d r e s , p e r m i t i e n d o que. no v i e - conveniente y n e c e s a r i o v i v i r en obediencia» (1).
r a n c l a r o lo q u e h a b í a de sor más claro en toda la vida do la Compa- Decididos estos dos p u n t o s , p r o c e d i ó s e á la discusión de o t r o s , p o r
ñ í a , esto e s , la n e c e s i d a d de la o b e d i e n c i a ! (2). D e s c a n d o Hogar á la el mismo o r d e n q u e se h a b í a g u a r d a d o en los p r i m e r o s . No e x p r e s a
solución de estas d u d a s , d e t e r m i n a r o n h a c e r a l g u n a s diligencias üe el P. Coduri cuáles f u e r o n esos p u n t o s , p e r o i n d u d a b l e m e n t e so r e -
a n t e m a n o . O c u r r i ó s c l c s , p o r de p r o n t o , la idea do r e t i r a r s e á la s o l e - fiero á las conclusiones r e d a c t a d a s p o r el P . F a b r o , y q u e h a n sido
dad p o r t r e i n t a ó c u a r e n t a d í a s , p a r a p e d i r á Dios luz con especiales publicadas á c o n t i n u a c i ó n del d o c u m e n t o a n t e r i o r (2). E l 4 d e Mayo
o r a c i o n e s y p e n i t e n c i a s , y ya q u e n o se r e t i r a s e n t o d o s diez, q u e lo fueron d e t e r m i n a d o s siete p u n t o s . E l p r i m e r o y s e g u n d o se r e f i e r e n
h i c i e s e n p o r lo m e n o s a l g u n o s . No a g r a d ó esta i d e a , p u e s si el p u e - á la obediencia d e b i d a a l S u m o P o n t í f i c e , y e x i g e n , así d e los p r o f e -
blo los veía d e s a p a r e c e r s ú b i t a m e n t e d e R o m a , p o d r í a concebir al- sos como de Jos q u e n o lo s o n , q u e se s o m e t a n al papa en el n e g o c i o
g u n a mala s o s p e c h a , y a d e m á s se i n t e r r u m p i r í a n de g o l p e los m i n i s - délas m i s i o n e s , sean e n t r e fieles, sean e n t r e infieles. E l t e r c e r o ,
t e r i o s e s p i r i t u a l e s q u e e j e r c i t a b a n con g r a n p r o v e c h o do las a l m a s . cuarto y q u i n t o v e r s a n s o b r o la enseñanza de los niños, p r e s c r i b i e n d o
Mucho m á s h a c e d e r o y o p o r t u n o les p a r e c i ó p r e p a r a r s e á la solución que se les enseñe los m a n d a m i e n t o s , y s e ñ a l a n d o el t i e m p o d e cua-
de la d u d a , p r o c u r a n d o t r e s disposiciones de á n i m o , q u e para tales renta días al a ñ o p a r a este m i n i s t e r i o . E l s e x t o y el s é p t i m o h a b l a n
de la obediencia á los s u p e r i o r e s o r d i n a r i o s , m a n d a n d o q u e t o d o s se
sujeten á ellos en los trabajos e m p r e n d i d o s p o r el b i e n de las almas.
(1) «Deiiiiivimus partem af/irmativam, scilicet; quodpostquam cteme)Ui**¡mu*(H'
El sábado a n t e s d e la d o m i n i c a c u a r t a d e s p u é s d e P a s c u a se r e s o l -
pientissimus Domittus dignatus fuerat nos, i ta infirmas et tam ex dinersix regíonibut
et moribus natos, invicem uniré et congregare; quod non deherr.mux Dei vnionrm fí vieron estos d o s p u n t o s : P r i m e r o , q u e la e n s e ñ a n z a d e l c a t e c i s m o á
congregatioueni seindere, sed potiux in dies confirmare et xtabilire.» Ibid. los niños se haga d i a r i a m e n t e p o r espacio do u n a h o r a . S e g u n d o , q u o
( 2 ) P u e d e ser q u e esta dificultad p r o v i n i e s e de q u e , u n a v e z h e c h o v o l ó de elie- los novicios de la C o m p a ñ í a sean p r o b a d o s u n m e s e n E j e r c i c i o s es-
d i e n c i a y c o n s t i t u i d o s así e n o r d e n r e l i g i o s a , t e m í a n q u e el p a p a les obligase á las
pirituales, o t r o e n p e r e g r i n a r , y o t r o en s e r v i r á los e n f e r m o s d e l o s
p r á c t i c a s u s a d a s en las o t r a s r e l i g i o n e s , c o n lo c u a l se a p a r t a r í a n del liu primara
q u e so h a b í a n p r o p u e s t o d e b u s c a r y p r o c u r a r j u n t a m e n t e la santificación propia y hospitales.
a j e n a . E s t o p a r e c e d e s p r e n d e r s e do a q u e l l a d i f i c u l t a d , e n u n c i a d a p o r C o d u r i en estos
t é r m i n o s : « S i volumus vivere sub obedtentia, cogemurforte a Summo Pontífice, sidi atm (1) Tándem Domino praestante auxiiium, non per plurium votorvm sententias, sed
regula jamfacta et constituía vivere; quo fieret, ut, cum non ita daretur opporlunitas nullo prorsus dissiaeute, cauclusimus: nobis expedientius esse, et magis necessarium,
et locus operandi circa salutem animorum, cui unicae rei, post nostri ipsorum curam praeslare obedientia.m alicui ex nostris. Jbid.
intendimus, frustrarentur omnia desideria noslra.D Ibid. (2) Con, titutiones S. J. Appendixprima, p. 300.
 96 MF. I . — FUNDACIÓN DR LA COMPAÑÍA
E l v i e r n e s antes de P e n t e c o s t é s se d e c i d i ó p o r p a r e c e r de t o d o ? ,
e x c e p t o de B o b a d i l l a , q u e la enseñanza de los n i ñ o s fuese objeto de
v o t o f o r m a l . C o n t i n ú a el d o c u m e n t o del B. F a b r o d i c i é n d o n o s , que
la v í s p e r a de la octava de C o r p u s Christi fueron d e t e r m i n a d o s , a u n -
q u e n o así c e r r a d o s , los t r e s p u n t o s s i g u i e n t e s (1): P r i m e r o , q u e hu-
biese u n G e n e r a l de toda la C o m p a ñ í a , y q u e este c a r g o fuese v i t a -
licio. S e g u n d o , q u e se p u d i e r a n r e c i b i r casas é iglesias, pon» sin
a d q u i r i r d e r e c h o s o b r e ellas. T e r c e r o , q u e e n r e c i b i r ó d e s p e d i r á los
novicios sea o b l i g a d o el s u p e r i o r á p e d i r consejo á los q u e estén b i e n
informados; p e r o q u e la r e s o l u c i ó n final d e p e n d a d e él solo, e x c e p t o
c u á n d o e l s u j e t o d e q u e se t r a t a es p a r i e n t e , a m i g o ó hijo espiritual
d e l s u p e r i o r , p u e s e n tal caso d e b e r á éste c o n f o r m a r s e con el p a r e -
c e r d e los c o n s u l t o r e s . #
A u n q u e n o lo dice el d o c u m e n t o del B . P e d r o F a b r o , n o cabe d u d a
q u e en estas d e l i b e r a c i o n e s fué c u a n d o Laínez p r o p u s o el p r i m e r o
de t o d o s la idea de f u n d a r c o l e g i o s , p e n s a m i e n t o f e c u n d o , que
d e b i ó al g e n i o de L a í n e z , c o m o lo manifestó San I g n a c i o al P . L u i s
González de C á m a r a (2), y q u e había de a b r i r la p u e r t a á u n o d o los
m i n i s t e r i o s en q u e más se había de e j e r c i t a r la a c t i v i d a d de la Com-
pañía. E l misino Laínez i n s i n ú a , q u e p o r e n t o n c e s se d e l i b e r ó sobre
esta i d e a , p u e s en su carta á P o l a n c o , r e f i r i e n d o s u m a r i a m e n t e la-
d e l i b e r a c i o n e s d e 1539, e s c r i b e d e este m o d o : « A q u e l a ñ o , estando
en Roma y haciendo p r i m e r o oración, nos ayuntamos , y primera-
m e n t e , sin d i s c r e p a r a l g u n o , fué d e t e r m i n a d o q u e sería b i e n h a c e r
u n a C o m p a ñ í a q u e d u r a s e y n o se acabase en n o s o t r o s ; después í b a -
m o s p a r t i c u l a r m e n t e c o n c l u y e n d o los a r t í c u l o s do la p o b r e z a y o b e -
diencia, probaciones, colegios y otros ejercicios, según nuestra vo-
cación.»
Aclarados estos p u n t o s , c e r r á r o n s e p o r e n t o n c e s las deliberacio-
n e s con suave y c o n c o r d e c o n s e n t i m i e n t o d e los á n i m o s , el día de
San J u a n B a u t i s t a , 24 do J u n i o de 1539, h a b i e n d o e m p l e a d o en esta
t a r e a u n o s t r e s m e s e s con g r a n d e s v i g i l i a s , o r a c i o n e s y trabajos de
e s p í r i t u y de c u e r p o (3).
(1) Constituí iones S. J. Appendix prima, p. 301.
( 2 ) Memorial, 17 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 .
( 3 ) ulmmorati sumus in his et cdüs per tres fere menses, a medio quadragesimiK
usque adfestum Joannis Baptistae inclusive. Quo die omnia suaviter el concedí um-
morum conseusu termínala ac finita sunt, non sine magnis vigiliis, oralionihus et lu-
boribus mentís et corporis praemissis, antequam Jiaec definíremus et deliberaremus.y
C o d u r i , ibid.
CA p _ v i . — D E S D E EL VOTO DE MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP. tt
97
X 10. T e r m i n a d a s las d e l i b e r a c i o n e s , r e d a c t ó San I g n a c i o e n cinco ca-
Ipítulos una s u m a ó c o m p e n d i o d e n u e s t r o I n s t i t u t o , p a r a q u e , p r e s e n -
tado al papa, fuese c o n f i r m a d o c o n t o d a s o l e m n i d a d y establecida d e
este modo con a u t o r i d a d apostólica la Compañía. E n t r e g ó s e el escidto
al maestro del sacro palacio F r . T o m á s Badía, y h a b i d o d i c t a m e n fa-
Envorable d e e s t e P a d r e , so t r a t ó d e p r e s e n t a r el p l a n á S u Santidad,
cargoso do esta d i l i g e n c i a el c a r d e n a l Gaspar C o n t a r i n i . E l 3 de Se-
tiembre de 1539 leyó los cinco capítulos P a u l o I I I , e n el cual h i c i e r o n
gratísima i m p r e s i ó n . C o n c e d i ó d e s d e l u e g o su a p r o b a c i ó n v e r b a l , y
el mismo día la t r a n s m i t í a C o n t a r i n i á I g n a c i o e n la s i g u i e n t e carta:
«Reverendo D. I g n a c i o : A y e r r e c i b í p o r m e d i o d e v u e s t r o español
M. Antonio el e s c r i t o d e los capítulos j u n t o c o n u n a c é d u l a del
R. Maestro del sacro palacio. H o y h e estado c o n el p a p a , y a d e m á s
do hacerle la p e t i c i ó n d e p a l a b r a , h e leído á Su S a n t i d a d t o d o s los
cinco capítulos, los cuales satisfacen m u c h o á Su B e a t i t u d , q u i e n
benignamente los ha a p r o b a d o y c o n f i r m a d o . E l v i e r n e s v o l v e r e m o s
á Roma con Su B e a t i t u d , y se d a r á o r d e n con el R e v e r e n d í s i m o Ghi-
nucci para h a c e r el b r e v e ó la b u l a . Me e n c o m i e n d o e n v u e s t r a s ora-
ciones. Saludad á v u e s t r o M. L a c t a n c i o . B e n e v a l e i n D o m i n o . D e
Tívoli á 3 de S e t i e m b r e 1539. V e s t r i a m a n t i s s i m u s , G. Carel. Coiita-
renus> (1).
Á pesar de tan b u e n a a c o g i d a , dilatóse t o d a v í a u n año la confir-
mación de la C o m p a ñ í a . P a r a e x t e n d e r la b u l a e n c a r g ó el S u m o P o n -
tífice, como e r a n a t u r a l , el e x a m e n d e l a s u n t o á u n a c o m i s i ó n d e
cardenales y p r e l a d o s , y ésta se d e c l a r ó al p r i n c i p i o c o n t r a la insti-
tución do u n a o r d e n n u e v a . La o p o s i c i ó n p a r t í a d e l c a r d e n a l B a r t o -
lomé Guidiccioni, el m á s i l u s t r e m i e m b r o d e la j u n t a , á c u y o p a r e -
cer se r e n d í a n los d e m á s . E s t e i n s i g n e p u r p u r a d o , deseoso d e p o n e r
algún r e m e d i o á la r e l a j a c i ó n lastimosa en q u e h a b í a n caído m u c h a s
órdenes, había p r o p u e s t o el año a n t e r i o r la s u p r e s i ó n d e a l g u n a s y
(1) « R e v e r e n d o D o n - I g n a z i o : l e r i p e r M. A n t o n i o v o s t r o h i s p a n o h o r i c e v u t o
lestenzione dei c a p i t o l i i n s i e m e c o n u n a s c h e d u l a d e l R. M a e s t r o del S a c r o P a l a z z o .
pono s t a t o con N . S i g n o r c , e , o l t r a l a p e t i z i o n e a b o c e a , o l e t t o a S u a S a n t i t a .
tntti i e i n q u e c a p i t o l i , i q u a l i m o l t o s a t i s f a n n o a S u a B e a t i t u d i n e , e b e n i g n i s s i m a -
mente g]¡ a a p p r o v a t i e c o n f o r m a d . V e n e r d i v e r r e m o a R o m a con S u a B e a t i t u d i n e ,
o si dará ordine col R e v e r e n d i s s i m o G u i n u c c i d i f a r e il B r e v e , o v v e r o B o l l a . R a c c o -
» mandandemi alli v o s t r e o r n z i o n i . S a l u t a t e M . L a t t a n z i o n o s t r o . B e n e v a l e i n D o m i n o .
DiTivoli, 3 d i S e t t e m b r e 1 5 3 9 . V e s t r i a m a n t i s s i m u s , 67. Car. Ccntarenus.D
; Publicada en Cartas de San Ignacio, t. i , p . 4 3 3 .
E6te maestro A n t o n i o q u e a q u í se n o m b r a , e r a , sin d u d a , el P . A n t o n i o A r a o z ,
,, joven, t o d a v í a n o s a c e r d o t e , q u e h a b í a e n t r a d o e n l a C o m p a ñ í a a l g u n o s m e s e s a n t e s .
I 7

LIB. I — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
98
la i-educción d e m u c h a s á u n a s pocas p r i n c i p a l e s . P u e s c o m o ahora
oyó d e c i r q u e so t r a t a b a d e f u n d a r r e l i g i ó n n u e v a , se enojó tanto,
q u e d u r a n t e a l g u n o s m e s e s n o q u i s o ni l e e r el p r o y e c t o . Imposible
p a r e c í a v e n c e r t a n o b s t i n a d a c o n t r a d i c c i ó n ; mas p a r a las oraciones
d e I g n a c i o n o h a b í a i m p o s i b l e s . No cesaba u n p u n t o d e encomendar
á Dios el n e g o c i o , p e d í a o r a c i o n e s á t o d o s los d e la C o m p a ñ í a , y pro-
m e t i ó á Dios t r e s m i l misas en acción d e g r a c i a s si se obtenía feliz
d e s p a c h o (1). Y, en efecto, se o b t u v o . No se sabe c ó m o , al cabo di al-
g u n o s m e s e s m u d ó s e el c o r a z ó n d e l c a r d e n a l G u i d i c c i o n i , y la comi-
s i ó n a p r o b ó p l e n a m e n t e lo q u e al p r i n c i p i o h a b í a r e c h a z a d o . Exten-
dióse la b u l a Beghnini militantis Ecclcsiac, e n la cual se incluyó la
siguiente fórmula ó sumario de nuestro Instituto:
« C u a l q u i e r a q u e en esta C o m p a ñ í a , q u e d e s e a m o s se distinga con
el n o m b r e de J e s ú s (2), q u i e r e s e r s o l d a d o de Dios bajo la bandera
de la cruz, y s e r v i r al S e ñ o r y al R o m a n o P o n t í f i c e , su Vicario en la
t i e r r a , d e s p u é s d e h a c e r el v o t o s o l e m n e d e p e r p e t u a castidad, per-
suádase q u e os m i e m b r o d e u n a C o m p a ñ í a i n s t i t u i d a p r i n c i p a l monte
p a r a a p r o v e c h a r á las a l m a s en la v i d a y d o c t r i n a cristiana, para pro-
p a g a r la fe p o r m e d i o de la p ú b l i c a p r e d i c a c i ó n y explicación de la
p a l a b r a divina, p a r a d a r los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , e j e r c i t a r las obras
d e c a r i d a d , y s i n g u l a r m e n t e p a r a i n s t r u i r á los n i ñ o s y á los rudo-
en la d o c t r i n a , y p a r a b u s c a r , e n fin, la c o n s o l a c i ó n e s p i r i t u a l do lo?
fieles, o y e n d o sus confesiones. P r o c u r e n , p u e s , t o d o s t e n e r siempre
a n t e los ojos p r i m e r o á D i o s , y d e s p u é s la c o n d i c i ó n d e este Institu-
to, q u e es c a m i n o p a r a l l e g a r á él, y esfuércense t o d o lo posible pura
c o n s e g u i r este fin p r o p u e s t o p o r D i o s , p r o c u r a n d o , sin embargo,
o b r a r cada u n o s e g ú n la g r a c i a q u e el E s p í r i t u Santo le comunican'
y s e g ú n el g r a d o p r o p i o de su vocación, p o r q u e n o se deje arrastrar
d e u n celo b u e n o p e r o i n c o n s i d e r a d o . E n m a n o s del Prepósito ó
p r e l a d o q u e n o s o t r o s e l i g i é r e m o s , estará el s e ñ a l a r á cada uno se
g r a d o , y el d i s t r i b u i r los oficios q u e d e b o e j e r c i t a r , p a r a que su
g u a r d e el c o n c i e r t o n e c e s a r i o e n t o d a c o m u n i d a d b i e n ordenada.
E s t e P r e p ó s i t o t e n d r á a u t o r i d a d de e s c r i b i r c o n s t i t u c i o n e s condu-
centes p a r a la c o n s e c u c i ó n d e l fin q u e n o s h e m o s p r o p u e s t o , sirvióii-
( 1 ) E l P . R i b a d e n e i r a a f i r m ó en los p r o c e s o s p a r a la b e a t i f i c a c i ó n d e Ignacio, que
él t u v o el c a r g o , p o r c o m i s i ó n d e l s a n t o p a t r i a r c a , d e l l e v a r la c u e n t a d e las mis»
q u e se i b a n d i c i e n d o e n los m e s e s s i g u i e n t e s p o r e s t a i n t e n c i ó n , h a s t a c u m p l i r el nu-
m e r o p r o m e t i d o . Acta beatif., a r t . 16.
(2) Quicumque inSocietate noslra, quam Jesu nomine imigniri cupimus
Institutum S. / . , t. i, p . 4.
v i . — D E S D E EL VOTO DE MONTMARTBB HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP.* 99
0 A P
dose para ello d e l consejo d e sus c o m p a ñ e r o s , y d e c i d i é n d o s e cada
cosa á p l u r a l i d a d de v o t o s . E n t i é n d a s e q u e este consejo lo h a n d e
formar en las cosas m á s g r a v e s y p e r p e t u a s la m a y o r p a r t e d e t o d a la
Compañía, q u e el P r e p ó s i t o p o d r á c ó m o d a m e n t e c o n v o c a r , y e n las
menores y t r a n s i t o r i a s , t o d o s a q u e l l o s P a d r e s q u e se h a l l a r e n p r e s e n -
tes en el sitio d o n d e r e s i d i e r e el P r e p ó s i t o g e n e r a l . La p o t e s t a d d e
mandar estará toda en m a n o s d e l P r e p ó s i t o .
1 «Sopan todos los de la C o m p a ñ í a q u e , n o sólo c u a n d o h a c e n p r o f e -
sión, sino s i e m p r e m i e n t r a s v i v a n , d e b e n r e c o r d a r q u e t o d a esta
Compañía y cada u n o de sus hijos son soldados d e D i o s , q u e m i l i t a n
bajo la fiel o b e d i e n c i a de n u e s t r o S a n t í s i m o S e ñ o r el P a p a y d e los
demás r o m a n o s Pontífices, sus s u c e s o r e s . Y a u n q u e el E v a n g e l i o n o s
enseña, y p o r la fe o r t o d o x a s a b e m o s y firmemente c r e e m o s , q u e
todos los fieles c r i s t i a n o s son s u b d i t o s del r o m a n o Pontífice, p o r s e r
éste cabeza de ellos y V i c a r i o d e J e s u c r i s t o , sin e m b a r g o , p a r a m a -
yor humildad de n u e s t r a Compañía, p a r a m á s p e r f e c t a m o r t i f i c a c i ó n
de cada u n o y a b n e g a c i ó n d e n u e s t r a s v o l u n t a d e s , j u z g a m o s m u y
conducente o b l i g a r n o s á esto con v o t o p a r t i c u l a r , fuera de la obliga-
ción común de t o d o s los c r i s t i a n o s ; d e s u e r t e q u e sin t e r g i v e r s a c i o -
nes y excusas, y con toda la p r o n t i t u d p o s i b l e , d e b a m o s c u m p l i r t o d o
cuanto el actual r o m a n o Pontífice y sus f u t u r o s s u c e s o r e s n o s m a n -
daren para b i e n d e las a l m a s y p r o p a g a c i ó n d e la fe e n c u a l e s q u i e r a
provincias a d o n d e n o s q u i s i e r e n e n v i a r , y a n o s m a n d e n á los t u r c o s ,
ya á las t i e r r a s de c u a l e s q u i e r a o t r o s infieles, y a á las p a r t e s q u e lla-
1 man Indias, ya á los países de h e r e j e s , c i s m á t i c o s ó d e fieles cristia-
nos. P o r lo c u a l , los q u e se h a n de a g r e g a r á n o s o t r o s , a n t e s de t o -
mar sobre sus h o m b r o s esta c a r g a , c o n s i d e r e n d e t e n i d a m e n t e si
tienen tantos b i e n e s e s p i r i t u a l e s q u e p u e d a n t e r m i n a r la fábrica de
esta t o r r e s e g ú n el consejo d e l S e ñ o r ; es d e c i r , si el E s p í r i t u Santo
que los m u e v e les p r o m e t e t a n t a gracia, q u e e s p e r e n c o n ella s o b r e -
llevar el peso de esta v o c a c i ó n ; y d e s p u é s q u e , m o v i d o s de D i o s , h a -
yan dado su n o m b r e á esta m i l i c i a d e J e s u c r i s t o , d e b e r á n e s t a r c e ñ i -
dos y dispuestos día y n o c h e p a r a c u m p l i r tan i n s i g n e p r o m e s a .
»Mas p a r a q u e e n t r e n o s o t r o s n a d i e a m b i c i o n e n i r e h u s e estas m i -
siones ó p r o v i n c i a s , p r o m e t a cada u n o q u e n u n c a n e g o c i a r á , n i d i -
recta ni i n d i r e c t a m e n t e , con el r o m a n o Pontífice el s e r e n v i a d o á esta
8 o a la otra r e g i ó n , s i n o q u e d e j a r á t o d o este c u i d a d o á D i o s y al m i s m o
Pontífice, Vicario s u y o , y al P r e p ó s i t o de la Compañía, el c u a l P r e p ó -
sito prometa, c o m o los d e m á s , q u e t a m p o c o n e g o c i a r á c o n el d i c h o
, etc. \ i 6
Pontífice q u e se le e n v í e á él á a l g u n a p a r t e , si n o es c o n el consejo
»
 100 LIB. I. — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
d e la Compañía. T o d o s h a g a n v o t o d e o b e d e c e r al P r e p ó s i t o do la
C o m p a ñ í a e n t o d a s las cosas q u e p e r t e n e c e n á la o b s e r v a c i ó n do esta
regla, y él m a n d a r á lo q u e j u z g u e c o n v e n i e n t e p a r a c o n s e g u i r el fin
q u e Dios y la C o m p a ñ í a le h a n p r e s c r i t o . E n su g o b i e r n o se acordará
s i e m p r e de la b e n i g n i d a d , m a n s e d u m b r e y c a r i d a d de Cristo, y de la
n o r m a q u e d a n San P e d r o y San P a b l o , á la cual a t e n d e r á n conti-
n u a m e n t e , así él c o m o sus c o n s e j e r o s . T e n g a n p o r m u y especial-
m e n t e e n c o m e n d a d a la i n s t r u c c i ó n de los n i ñ o s y d e la g e n t e ruda
e n la d o c t r i n a c r i s t i a n a , la enseñanza d e los diez m a n d a m i e n t o s y dé-
los o t r o s p r i n c i p i o s d e la fe q u e , s e g ú n las c i r c u n s t a n c i a s de perso-
nas, l u g a r e s y t i e m p o s , les p a r e c i e r e o p o r t u n o e n s e ñ a r . M u y necesa-
r i o es q u e el P r e p ó s i t o y sus c o n s e j e r o s c u i d e n con especial vigilan-
cia d e este m i n i s t e r i o , p u e s en los p r ó j i m o s n o p u e d e levantarse el
edificio de la fe sin este f u n d a m e n t o , y h a y p e l i g r o d e q u e los Nues-
t r o s , c u a n t o f u e r e n más d o c t o s , r e h u s e n más este t r a b a j o , como me-
nos b r i l l a n t e á p r i m e r a vista, s i e n d o así q u e n i n g u n o h a y tan útil, ya
p a r a edificar á los p r ó j i m o s , y a p a r a e j e r c i t a r los N u e s t r o s las virtu-
des d e la c a r i d a d y h u m i l d a d . P o r su p a r t e los s u b d i t o s , y a por el
b i e n g e n e r a l de la O r d e n , y a p o r el asiduo ejercicio, n u n c a bastante-
m e n t e alabado, de la h u m i l d a d , sean o b l i g a d o s á o b e d e c e r siempre
al P r e p ó s i t o e n t o d o lo q u e p e r t e n e c e al I n s t i t u t o do la Compañía, y
r e c o n o z c a n y v e n e r e n e n é l , c o m o c o n v i e n e , á la p e r s o n a de Cristo,
cual si e s t u v i e r a p r e s e n t e .
» H a b i e n d o e x p e r i m e n t a d o q u e la v i d a religiosa es t a n t o más agra-
d a b l e , p u r a y edificante, c u a n t o m á s se a p a r t a de t o d o contagio de
a v a r i c i a y m á s se c o n f o r m a c o n la p o b r e z a e v a n g é l i c a , y sabiondo,
p o r o t r o lado, q u e N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o s u m i n i s t r a r á á sus sier-
vos q u e sólo b u s c a n el r e i n o celestial, lo n e c e s a r i o p a r a el sustento
y v e s t i d o , p r o m e t a n t o d o s y cada u n o p e r p e t u a p o b r e z a , entendien-
d o q u e , n o sólo e n p a r t i c u l a r , p e r o n i en c o m ú n , p o d r á n r e c i b i r bie-
n e s estables, ó r e n t a s , ó e n t r a d a s ó d e r e c h o s civiles p a r a el sustento
y uso de la C o m p a ñ í a . T o d o s so c o n t e n t a r á n con r e c i b i r solamente
el u s o d e lo q u e so les da p a r a t e n o r lo n e c e s a r i o á la vida. Esto no
o b s t a n t e , p u e d e n t e n e r e n las u n i v e r s i d a d e s , c o l e g i o ó colegios que
p o s e a n , r e n t a s , censos ó p o s e s i o n e s aplicadas á las n e c e s i d a d e s y uso
d e los e s t u d i a n t e s . C o n s e r v a r á el P r e p ó s i t o y la C o m p a ñ í a el absoluto
g o b i e r n o y s u p e r i n t e n d e n c i a s o b r e d i c h o s c o l e g i o s y estudiantes, en
lo q u e toca á la elección de s u p e r i o r e s y d e e s t u d i a n t e s , á la admisión,
d i m i s i ó n , r e c e p c i ó n ó e x c l u s i ó n d e los m i s m o s , á la ordenación de
e s t a t u t o s p a r a la i n s t r u c c i ó n , e r u d i c i ó n , edificación y corrección de
C A P . vi.—DESDE EL VOTO DE MONTMARTRE HASTA LA CONFIRMACIÓN DE LA COMP.* 101
los mismos e s t u d i a n t e s , p a r a el m o d o de d i s t r i b u i r l e s el s u s t e n t o y
vestido, y p a r a t o d o lo q u e p e r t e n e c e al c u i d a d o , d i r e c c i ó n y g o b i e r -
no de los m i s m o s ; y esto e n tal f o r m a , q u e n i l o s m i s m o s e s t u d i a n -
tes abusen d e esos b i e n e s , ni p u e d a la C o m p a ñ í a aplicarlos á su p r o p i o
uso, sino c o n s a g r a r l o s á s o c o r r e r las n e c e s i d a d e s de los e s t u d i a n t e s .
«Éstos, d e s p u é s de manifestarse a p r o v e c h a d o s e n e s p í r i t u y l e t r a s ,
y después do p a s a r p o r las suficientes p r u e b a s , ¡podrán ser a d m i t i d o s
ánuesta Compañía. T o d o s los N u e s t r o s o r d e n a d o s w sacris, a u n q u e
no posean beneficios ó r e n t a s eclesiásticas, e s t é n o b l i g a d o s á d e c i r
el Oficio d i v i n o , s e g ú n el r i t o eclesiástico, en p a r t i c u l a r y n o e n
común.
-Estas son las cosas q u e , con el b e n e p l á c i t o de n u e s t r o S e ñ o r el
Pontífice P a u l o y d e la S e d e A p o s t ó l i c a , h e m o s p o d i d o e x p l i c a r
acerca de n u e s t r a profesión y m o d o de v i v i r . Lo cual h e m o s h e c h o
para informar s u m a r i a m e n t e , ya á los q u e nos p r e g u n t a n s o b r e
nuestro g é n e r o d e vida, y a á n u e s t r o s v e n i d e r o s , si Dios n o s c o n c e d e
que tengamos a l g u n a vez i m i t a d o r e s de n u e s t r a vida. C o m o h e m o s
experimentado q u e ésta t i e n e anejas m u c h a s y g r a v e s dificultades,
hemos creído o p o r t u n o d e t e r m i n a r q u e n a d i e sea r e c i b i d o e n esta
Compañía, sino d e s p u é s de h a b e r sido m u y b i e n p r o b a d o y p o r l a r g o
tiempo. Cuando se h u b i e r e m o s t r a d o p r u d e n t e en Cristo é i n s i g n e
en la doctrina y e n la p u r e z a d e la v i d a c r i s t i a n a , e n t o n c e s sea ad-
mitido en esta milicia de Cristo, el cual se d i g n e f a v o r e c e r n u e s t r o s
pobres p r i n c i p i o s p a r a g l o r i a d e Dios P a d r e , á q u i e n sólo se d e b e la
honra y g l o r i a p o r los siglos d e los siglos. Amén.»
Después do c o p i a r esta f ó r m u l a , añade P a u l o I I I q u e , n o h a l l á n d o s e
en ella nada q u e n o sea p i a d o s o y santo (nü quod pium non sit ac
sanctum), a p r u e b a , confirma, b e n d i c e y p a r a s i e m p r e c o r r o b o r a t o d o
lo dicho, y t o m a la C o m p a ñ í a bajo la p r o t e c c i ó n d e la S e d e Apostó-
lica. Esta b u l a se firmó el 27 d e S e t i e m b r e de 1540. Ya estaba fun-
dada la Compañía d e J e s ú s .
 CAP. VII.—LABOR DK IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 103

hecho de la r e v e l a c i ó n . Seis h o m b r e s h a l l o e n la p r i m i t i v a C o m p a ñ í a
que la atestiguan. T o d o s seis son v a r o n e s e m i n e n t e s , d e los q u e m á s
conocieron á San I g n a c i o , d e los q u e m e j o r e n t e n d i e r o n su espíritu,
y de cuya v e r a c i d a d n o nos p e r m i t e n d u d a r las v i r t u d e s i n s i g n e s q u e
en todos seis r e s p l a n d e c i e r o n . De e l l o s , d o s , Laínez y M e r c u r i á n ,
fueron G e n e r a l e s d e la C o m p a ñ í a ; o t r o s d o s , P o l a n c o y N a d a l , Vica-
rios generales d e ella; o t r o , González d e C á m a r a , A s i s t e n t e d e l
P. Laínez, y u n o , p o r fin, q u e , sin h a b e r sido n i G e n e r a l , n i V i c a r i o ,
CAPITULO VII
ni Asistente, los e x c e d e á t o d o s p o r la g r a n d e z a d e su s a n t i d a d . E s t e
es San F r a n c i s c o J a v i e r . V a m o s á p r e s e n t a r al l e c t o r la s e r i e d e estos
LABOR D E IGNACIO EN LA FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA D E S D E MANRESA
testimonios. E m p e c e m o s p o r el ú l t i m o .
HASTA SER ELEGIDO GENERAL
2. El apóstol d e las I n d i a s , e s c r i b i e n d o á s u s H e r m a n o s d e E u r o p a
el 15 de E n e r o d e 1544, y c o n g r a t u l á n d o s e c o n ellos d e la confirma-
1522-1541
ción apostólica d e la C o m p a ñ í a , d i c e así: « E n t r e m u c h a s m e r c e d e s
S U M A R I O : 1. D i o s r e v e l a á I g n a c i o la i d e a d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s . — 2. Testimo-
que Dios n u e s t r o S e ñ o r e n esta v i d a m o t i e n e h e c h a s y h a c e t o d o s
n i o s d e S a n F r a n c i s c o J a v i e r , L a í n e z , M e r c u r i á n , P o l a n c o , N a d a l y Cámara.—3. los días, es ésta u n a : q u e e n m i s días v i lo q u e t a n t o d e s e é , q u e es la
E x a m e n d e e s t o s t e s t i m o n i o s . — 4 . D u d a I g n a c i o , e n B a r c e l o n a , si h a r á Orlen confirmación do n u e s t r a r e g l a y m o d o de v i v i r . Gracias sean dadas
n u e v a ó u n a r e f o r m a d e o t r a O r d e n . — 5 . P r u d e n c i a d e I g n a c i o e n o c u l t a r s e entre
áDios n u e s t r o S e ñ o r p a r a s i e m p r e , p u e s t u v o p o r b i e n d e manifes-
s u s c o m p a ñ e r o s , h a c i é n d o l o t o d o c o n el c o n s e j o d e e l l o s . — 6 . ¿ P o r q u é Ignacio no
r e v e l a b a t o d o su p l a n ? — 7 . E s e l e g i d o P r e p ó s i t o g e n e r a l d e la C o m p a ñ í a en láll. tar p ú b l i c a m e n t e lo q u e en o c u l t o s o l a m e n t e á su s i e r v o I g n a c i o y
Padre n u e s t r o dio á sentir» (1).
F U E N T E S CONTEMPOn ANEAS: 1. Monumento Xaveríaua.— 2. Ribadeneira, Vida dcS. Igna- El testimonio d e l P . Laínez nos lo h a c o n s e r v a d o el P . R i b a d e n e i r a
cio, 1. V, c. i. — 3. P . Mercurián apud La Palma, Camino espiritual, 1. V, c. II. — í. Polaina
Sumario de la vida del P. Ign. — 5. Nadal, Miscell. de Instituto S. .1. — 6. Cámara. Slemond por estas p a l a b r a s : « P r e g u n t ó I g n a c i o a l g u n a s v e c e s , m i e n t r a s q u e
Vida del P. Ign., c. VIII. — 7. Simón Rodríguez, De origine ct progressn S. J. — 8. Consfiíiiíio- escribía las C o n s t i t u c i o n e s al P a d r e Maestro L a í n e z , q u e p u e s h a b í a
nes S. J„ latinae et hispanicae.—9. Fabro. Cartas ;/ otros escritos, t. i.
leído todas las v i d a s d e los s a n t o s q u e h a n f u n d a d o r e l i g i o n e s , y l o s
principios y p r o g r e s o s d e l l a s , le dijese si c r e í a , q u e Dios n u e s t r o
1. Ya estaba fundada la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , h e m o s d i c h o al termi-
Señor había r e v e l a d o á cada u n o de los f u n d a d o r e s t o d a s las cosas
n a r el c a p í t u l o p r e c e d e n t e , y casi n o s i n c l i n a m o s á r e t r a c t a r esta frase,
del instituto d e s u r e l i g i ó n , ó si h a b í a d e j a d o a l g u n a s á la p r u d e n c i a
p u e s la p a r t e p r i n c i p a l d e la fundación q u e d a b a t o d a v í a p o r hacer,
dellos, y á su d i s c u r s o n a t u r a l . R e s p o n d i ó á esta p r e g u n t a e l P a d r e
S i e n d o la fundación d e la C o m p a ñ í a u n h e c h o m u y l a r g o y compli-
c a d o , c o m o q u e d u r ó m á s d e t r e i n t a años, y a b s o r b i ó t o d a la vida de Laínez, q u e l o q u e é l c r e í a era, q u e D i o s n u e s t r o S e ñ o r , c o m o a u t o r
n u e s t r o s a n t o P a d r e d e s p u é s d e s u c o n v e r s i ó n , c r e e m o s oportuno y fuente do t o d a s las r e l i g i o n e s , i n s p i r a b a y r e v e l a b a los p r i n c i p a l e s
c o n s i d e r a r d e t e n i d a m e n t e este n e g o c i o , y d e t e r m i n a r , c u a n t o nos sea fundamentos y cosas m á s p r o p i a s y m á s sustanciales do c u a l q u i e r a
p o s i b l e , t o d o s los p a s o s q u e fué d a n d o e n esta e m p r e s a San Ignacio de los institutos r e l i g i o s o s , á a q u e l q u e é l m i s m o t o m a b a p o r cabeza
d e L o y o l a . Así a p a r e c e r á más c l a r a á n u e s t r o s ojos la g r a n d e z a de la y por p r i n c i p a l i n s t r u m e n t o p a r a fundarlas. P o r q u e c o m o la r e l i g i ó n
o b r a e j e c u t a d a , y p o d r e m o s e n t e n d e r m e j o r el g e n i o y v i r t u d de no sea i n v e n c i ó n d e h o m b r e s , s i n o d e D i o s , el c u a l q u e r í a s e r ser-
q u i e n la e j e c u t ó . vido do cada u n a dolías e n su m a n e r a , e r a m e n e s t e r q u e e l m i s m o
Dios d e s c u b r i e s e y manifestase á l o s h o m b r e s lo q u e ellos n o p o d í a n
A n t e t o d o , ¿es c i e r t o q u e Dios r e v e l ó á I g n a c i o la idea fundamen-
por sí alcanzar. P e r o q u e las d e m á s cosas, q u e s e p u e d e n v a r i a r y
t a l y l o s p u n t o s sustanciales d e n u e s t r o I n s t i t u t o ? S i existió revela-
mudar con los t i e m p o s y l u g a r e s y o t r a s c i r c u n s t a n c i a s , las dejaba á
c i ó n , ¿ c u á n d o y c ó m o se h i z o ? ¿ H a s t a d ó n d e d e b e e x t e n d e r s e el
a l c a n c e d e esa r e v e l a c i ó n ? P a r a r e s o l v e r d e b i d a m e n t e estos puntos,
(1) Monumento Xaveriana, t. i , p . 2 9 4 , a p u d Monum. hist. S. J.
e l m e j o r p r i n c i p i o s e r á c o p i a r l o s t e s t i m o n i o s q u e n o s aseguran el
 1C4
MI!. I. — F U N D A C I Ó N DB LA COMPAÑÍA
CAP. VII.—LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 105

la d i s c r e c i ó n y p r u d e n c i a d e l o s f u n d a d o r e s d e las m i s m a s religio-
ría ir contra Dios y o f e n d e r l e , si d u d a s e q u e este n o m b r e convenía;
n e s , c o m o v e m o s q u e lo h a h e c h o t a m b i é n c o n los m i n i s t r o s y pas-
y siéndole dicho y e s c r i t o d e m u d a r l e , p o r q u e u n o s decían q u e nos
t o r e s d e la I g l e s i a e n lo q u e t o c a á s u g o b e r n a c i ó n . E n t o n c e s dijo
alzábamos á J e s u c r i s t o , o t r o s á o t r a s c o s a s , él m e a c u e r d o m e dijo,
n u e s t r o P a d r e : «Lo m i s m o m e p a r e c e á mí.» Do cuyas palabras pa-
que si todos j u n t o s los d e la C o m p a ñ í a j u z g a s e n q u e se d e b í a m u d a r
r e c e q u e se p u e d e colegir, q u e á lo m e n o s las cosas m á s sustanciales,
este n o m b r e , y t o d o s los o t r o s á q u i e n e s n o es o b l i g a d o á c r e e r so
y q u e son c o m o los f u n d a m e n t o s y n e r v i o s de n u e s t r o instituto, Dios
pena de pecado, q u e se debía m u d a r este n o m b r e , él solo n u n c a ven-
n u e s t r o S e ñ o r se los r e v e l ó á n u e s t r o P a d r e I g n a c i o » (1).
dría en ello. Y p u e s está e n C o n s t i t u c i o n e s q u e uno dissentiente n o
E l t e s t i m o n i o d e l P . M e r c u r i á n n o s lo h a t r a n s m i t i d o el P . Luis se haga nada, q u e en sus días n u n c a se m u d a r á este n o m b r e . Y esta
de la P a l m a e n estos t é r m i n o s : « P o r m e d i o d e estos E j e r c i c i o s espi- seguridad tan i n m o v i b l e s u e l e t e n e r el P . M a e s t r o I g n a c i o e n las
r i t u a l e s h a b l ó D i o s c o n San I g n a c i o , y a b r i ó sus labios p a r a con él, cosas que t i e n e p o r vía s u p e r i o r á la n u e s t r a , y así e n las tales n o se
y le d e s c u b r i ó lo q u e tenía e s c o n d i d o e n los s e c r e t o s do su sabidu-
rinde á razones n i n g u n a s » ( 1 ) .
ría ( q u e fué la traza y m o d e l o d e esta r e l i g i ó n ) , y p o r m e d i o de los
En otra ocasión, r e s p o n d i e n d o Polanco al P . A n t o n i o de Araoz, q u e
m i s m o s le i m p r i m i ó la ley de la caridad con q u e la m i s m a religión
había p r o p u e s t o m u d a r la C o n s t i t u c i ó n q u e p r o h i b e a d m i t i r e n la
h a b í a d e c o n s e r v a r s e . Y s e r esto así, lo s a b e m o s p o r constante tra-
Compañía á los q u e h a y a n v e s t i d o el h á b i t o de o t r a O r d e n r e l i g i o s a ,
dición d e n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s . Y el P . Gil González lo afirma
dice que si el sujeto es a v e n t a j a d o , se p o d r á p e d i r d i s p e n s a al papa,
en u n e x c e l e n t e d i r e c t o r i o q u e e s c r i b i ó s o b r e los E j e r c i c i o s . Y yo
pero no se d e b e t r a t a r de n i n g ú n m o d o de a l t e r a r la Constitución, y
m i s m o le oí d e c i r q u e n u e s t r o P . E v e r a r d o , c u a r t o P r e p ó s i t o gene-
termina la carta con estas p a l a b r a s : « P a r a q u e se m u d e la Constitu-
r a l , e s t a n d o él p r e s e n t e h a b í a d i c h o e n u n a plática, q u e h a b í a él oído
ción sé que está n u e s t r o P a d r e tan firme, q u e n u n c a e n sus días se
d e b o c a d e l s a n t o P . I g n a c i o , eme en el ejercicio do las b a n d e r a s (que
le sacará c o n s e n t i m i e n t o , ni yo osaría t e n t a r l o , s a b i e n d o e n estas
está e n el c u a r t o día d e la s e g u n d a s e m a n a ) le h a b í a Dios descu-
cosas esenciales con q u é l u m b r e p r o c e d o . Et de liis satis» (2).
b i e r t o este s e c r e t o , y p u ó s t o l e d e l a n t e d e los ojos la f o r m a y modelo
Tres pasajes h a l l o e n los e s c r i t o s d e l P . N a d a l , e n q u e este e m i -
de esta Compañía» (2).
E l P . P o l a n c o h a b l ó e n d o s ocasiones a c e r c a d e la luz sobrenatu-
(1) Sumario de la Vida del P. Ignacio, l i e a q u í c ó m o t r a d u j o l i b r e m e n t e al l a t í n
r a l q u e i l u m i n ó á I g n a c i o en la f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a . En el
el mismo P o l a n c o e s t a s i d e a s : «Constat autem eumden lgnathun, quod ad nomen hoc
Sumario ele la Vida del P. Ignacio, l l e g a n d o á e x p l i c a r c ó m o se im- altinet, multas illustrationes ac mentales mottones ab Ipso, cujus nomen sumebat,
p u s o á n u e s t r a O r d e n el n o m b r e de C o m p a ñ í a de J e s ú s , dice así: «En liabuisse, tamque multa signa approbationis hujus nominis a Deo accepisse, ut ego
ipse ab Ignatio audierim, quod contra Dei voluntatem se facturum , atque lpsum
esto d e l n o m b r e t u v o t a n t a s v i s i t a c i o n e s e l P . M a e s t r o I g n a c i o de
offensum iri, si dubitasset quod hoc nomen coaveniebat, et cum illi a non paucis et
a q u e l c u y o n o m b r e t o m a r o n , y t a n t a s señales de su a p r o b a c i ó n ) ' dictum et scriptum fuisset de hujus nominis mutatione, eo quod aliqui dicerent, nos id
c o n f i r m a c i ó n d e este a p e l l i d o , q u e le oí d e c i r á é l m i s m o , q u e ponsa- vindicare nobis ac nostrae Societati, quod ómnibus christianis commune esse oportebat,
et alia hujusmodi; tam conslans fuit in nomine hoc retinendo, ut audierim etiam ego
al ipso, si universi socii simul relinquendum vel mutandutn hoc nomen judicassent, et
( 1 ) Vida de S. Ign., 1. v , c. l. Sin d u d a e s t e h e c h o es u n o d e a q u e l l o s á q u e alude omnes alii homines, quibus ipse credere sub poena peccaii non teneretur, se illis nun-
R i b a d e n e i r a e n l a d e d i c a t o r i a d e l a Vida de Sa?i Ignacio, c u a n d o d i c e : <r Escribiré quum assensurum; et quoniam in constitutíonibus id tune habebattir, ut, uno dis-
a s i m i s m o lo q u e y o s u p e d e p a l a b r a y p o r e s c r i t o d e l V. M a e s t r o L a i n e z , el cual fue sentiente, nihil fieret, quamdiu ipse viveret, hoc nomen minime muiatum iri. Quibus
casi el p r i m e r o d e l o s c o m p a ñ e r o s q u e n u e s t r o b i e n a v e n t u r a d o P . I g n a c i o t u v o , y el autem Ignatii consuetudo et humililas nota fuit, hujusmodi stabilitatem vel potius
h i j o m á s q u e r i d o ; y p o r e s t o , y p o r h a b e r s i d o en los p r i n c i p i o s el q u e m á s lo acom- securitatem, quae nullius rationibus vel auctoritati humanae cederet, non ab ipso
p a ñ ó , v i n o á t e n e r m á s c o m u n i c a c i ó n y á s a b e r m á s c o s a s d e l ; las c u a l e s , c o m o padre haberi solitam nisi in rebus, quas superiori lamine cognovisset, satis inteUigebant.
m í o t a n e n t r a ñ a b l e , m u c h a s v e c e s m e c o n t ó , a n t p s q u e le s u c e d i e s e e n el c a r g o , y Nam in talibas inferiori lumini rationis non cedendum esse mérito arbitrabatur. Et
d e s p u é s q u e f u é P r e p ó s i t o g e n e r a l . » E n u n l i b r o q u e c o n s e r v a m o s , c o n el titulo de ita nostros qaidem et cogitasse et contulisse inter se multa de hoc nomine verisimile
Sentimenti del B. Ign. nel far le Conslituzioni, e n t r o o t r o s a p u n t e s s u e l t o s d e l P . lh «sí, sed tañen Ignatio a Deofuisse nomen hoc revelatum, vel certe a Deo confirmatum,
b a d e n e i r a , e s t á r e f e r i d o e s t e h e c h o en la p á g . 1 0 8 , c o n e s t a n o t a m a r g i n a l d e Riba- satis constare ex dictis poiest, quamvis expresse ab eo id uuditum non S Í ' Í . » {Vita
d e n e i r a : «El P. Lainez me lo ha dicho á mi.» P
-l9n., p. 73.)
( 2 ) Camino espiritual, 1. v , c . I I .
(2) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 1 1 6 .
106 LID. I . — FI7NDAOIÓN DE LA COMPAÑÍA CAP. V I I . — LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 107

n e n t e v a r ó n manifiesta b i e n c l a r o la r e v e l a c i ó n s o b r e n a t u r a l que re- las penitencias c o r p o r a l e s n o e s t á n tasadas p o r la r e g l a , sino q u e

cibió I g n a c i o p a r a f u n d a r la Compañía. E n la p r i m e r a plática que
hizo e n 1567 á n u e s t r o s H e r m a n o s d e Colonia, h a b l á n d o l e s del éxta-
sis q u e t u v o el santo p a t r i a r c a á las m á r g e n e s d e l r í o Cardoner, dice:
« E n t o n c e s fué I g n a c i o l e v a n t a d o s o b r e sí, y se le manifestaron los
p r i n c i p i o s de t o d a s las cosas. E n este r a p t o p a r e c e h a b e r recibido el
c o n o c i m i e n t o de t o d a la C o m p a ñ í a . P o r lo c u a l , c u a n d o se le pre-
g u n t a b a p o r q u é instituía esto ó a q u e l l o , solía r e s p o n d e r : «Me re-
»fiero á lo de Manresa.» Y este d o n a s e g u r a b a e x c e d e r á todos lo;
d o n e s q u e h a b í a r e c i b i d o » (1).
E n o t r a o c a s i ó n , e x p l i c a n d o el m o t i v o d e i m p o n e r s e á nuestra
O r d e n el n o m b r e de C o m p a ñ í a de J e s ú s , d e s p u é s do mencionar la
c é l e b r e a p a r i c i ó n d e l c a m i n o d e R o m a , p r o s i g u e de este m o d o : Re-
fiere el P . Laínez q u o c u a n d o se t r a t a b a de la f ó r m u l a del instituto
q u e d e b í a p r e s e n t a r s e á la Sedo Apostólica p a r a s e r confirmada por
ella, n u e s t r o P a d r e I g n a c i o , con u n a i r e de i n t e r n a devoción y de
s e n t i m i e n t o e s p i r i t u a l , p i d i ó i n s t a n t e y r e s u e l t a m e n t e á sus compa-
ñ e r o s q u e a d o p t a s e n este n o m b r e de C o m p a ñ í a de J e s ú s , y que é!
pedía y r o g a b a á t o d o s q u e lo h i c i e s e n á él esta gracia. Yo también
m e a c u e r d o q u e h a b l á n d o s e , c o m o s u e l e s u c e d e r , acerca del nombre
d e n u e s t r a C o n g r e g a c i ó n , d e s p u é s do c o n f i r m a d a la Compañía, y di-
c i e n d o u n o : « ¿ Q u é sería si p u s i é r a m o s o t r o n o m b r e á la Compañía?,
r e s p o n d i ó n u e s t r o P a d r e , con m u c h a d e v o c i ó n y firmeza, que sólo
Dios p o d í a m u d a r este n o m b r o . De esto p o d e m o s i n f e r i r claramente
q u e este n o m b r e fué i m p u e s t o á la C o m p a ñ í a p o r inspiración de
Dios» (2).
E n el m i s m o o p ú s c u l o , d e c l a r a n d o el P . Nadal q u o en la Compañía
( 1 ) Miscell. De regulis S. J., c u a d e r n o 5.° Uic de socello D. Pavli adjluwen, uhi
fuit supra se levatus, tía ut aperirentur sibi omnia rerum principia, In quo raptu -
debe m o d e r a r l a s á cada u n o el confesor ó s u p e r i o r , c o n t i n ú a d e este
modo: «La r a z ó n d e este p r i n c i p i o , c o m o d e t o d o el I n s t i t u t o d e la
Compañía, la p o n í a el P . I g n a c i o en a q u e l l a s u b l i m e i l u s t r a c i ó n d e
su mente, q u e p o r s i n g u l a r beneficio d e Dios é i n s i g n e p r i v i l e g i o d e
la divina gracia, r e c i b i ó p o c o d e s p u é s d e su c o n v e r s i ó n e n Manresa,
pueblo de la E s p a ñ a T a r r a c o n e n s e . De a q u e l l a l u z , d e a q u e l p r i n c i -
pio, de aquel p r i v i l e g i o d e la d i v i n a b o n d a d , se d e r i v a y difunde e n
toda la Compañía, e n t o d a s s u s p a r t e s y e n t o d o s sus m i n i s t e r i o s , esta
luz, esta g r a c i a , q u e s e n t i m o s y e x p e r i m e n t a m o s en la Compañía,
quo nos alegra, q u e n o s c o n s u e l a y conforta en el espíritu» (1).
Del P . L u i s González d e C á m a r a t e n e m o s d o s pasajes m u y n o t a -
bles quo p a t e n t i z a n la i n s p i r a c i ó n s o b r e n a t u r a l r e c i b i d a p o r I g n a c i o
en la fundación do la C o m p a ñ í a . E l p r i m e r o a p a r e c e en el M e m o r i a l
todavía i n é d i t o .
El día 17 de F e b r e r o de 1555 p r e g u n t ó el P . C á m a r a á San I g n a c i o
por qué n o había p u e s t o c o r o e n la Compañía, y p o r q u é h a b í a de-
signado las p e r e g r i n a c i o n e s c o m o u n a d e las p r u e b a s d e los n o v i c i o s .
El santo, d e s p u é s d e satisfacerle con o t r a s r a z o n e s m o r a l e s y ascéti-
cas, t e r m i n ó su r e s p u e s t a d i c i e n d o : «Á estas cosas todas se r e s p o n -
derá con u n n e g o c i o q u e pasó p o r m í e n Manresa.» « E r a este n e g o -
cio, prosigue el P . Cámara, u n a g r a n d e i l u s t r a c i ó n d e l e n t e n d i m i e n t o ,
en la cual N u e s t r o S e ñ o r en M a n r e s a manifestó á n u e s t r o P a d r e
éstas y otras m u c h a s cosas de las q u e o r d e n ó e n la Compañía, y m e
la indicó a q u í , p o r q u e y a m e tenía p r o m e t i d o c o n t a r m e l a r g a m e n -
te todo el p r o c e s o d e su v i d a » (2).
Otro pasaje t i e n e el P . C á m a r a en q u e n o s d e s c r i b e el m o d o q u e
observaba San I g n a c i o en e s c r i b i r las C o n s t i t u c i o n e s , y d e paso n o s
manifiesta las luces s o b r e n a t u r a l e s c o n q u e D i o s le favorecía. Al fin
r|

detur totius Societatis cognitionem accepisse; quare solebat dicere: Ego me refero d
de la biografía q u e e s c r i b i ó , s e g ú n la e s c u c h a b a al m i s m o santo
Manresam, quam quaerebatur, quare hoc aut illud ita institueret. Adque illud donum patriarca, e s c r i b e lo s i g u i e n t e : « Á los 20 de O c t u b r e [ d e 1555]
dicebat omnia quoe acceperat dona excellere.»
( 2 ) * Ad hace referí P. Lainez, cum ageretur de formula instiluti, quo Ulan Sedi (1) lllorum vero omnium,ut totius Institiiti rationem reddebat Pater Ignatius
Apostolicae offerrent confirmandam, ad internam quamdam devotionem atque spiriM illwslrahonem illam eximiam mentís suae, quam singulari Dei benignitate ac magno
sensum compositus Pater Ignatius, enixe ac confírmate poslulavit a si.ciis, ut Mud»»- divmae gratiae privilegio accepit, ad initium suae conversionis Manresae, q"od pppi-
mem Societati facerent; id se rogare et contendere ab ómnibus, ut sibi concederetW' dum est in Tarraconensi Ilispania. Ex illa enim luce, ex illo principio, ex illo divi-
Ego quoque sic commemini, cum incidisset sermo, utjít, de nomine cangregationis nos- "ae benignitatis privilegio, haec lux, gratia haec, quam in Secietate sentimvs et am-
trae, post Societatis scilicet conjirmationem, et diceret quídam, quid si aliud noinn plectnnur, quae nos exhilarat in spiritu mentís nostrae, quae nos consolatur atque
Societati faceremus, respondit Pater noster ex animi devotione constanter, ilhul ti- animat, ex illo inquam principio, ex illa luce ac gratia a clementissimo Paire coe-
men praeter Deum nullum posse ¡inmutare, quibus ex rebus satis aperte possumvs ¡»- kstiin universam, Societatem omnesque ejus partes atque in omnia ministtria derí-
telligere ex divina inspiratíone fuisse a Deo illud nornen Societati imposiü'ni' 1

vala est atque inducta.D Ibid., f. 17.

Miscell. de Instituto S. J., opuse. 8, f. 1. (2) P u e d e v e r s e e s t e Memorial al d í a 17 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 .
 CAP. VII.—LABOR DB IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 109
108 LIB. 1 . — FDNPACIÓN DE I.A COMPAKfA

hablan sin a m b a g e s d e r e v e l a c i ó n e s t r i c t a m e n t e e n t e n d i d a , y el
p r e g u n t é al p e r e g r i n o d e los E j e r c i c i o s y de las Constituciones,
sentido de estos pasajes n o s d e c l a r a , c ó m o d e b e n e n t e n d e r s e los dos
cpieriendo s a b e r c ó m o los h a b í a h e c h o Me dijo q u e de las Consti-
testimonios, e n u n c i a d o s en t é r m i n o s n o tan p r e c i s o s . No h a y d u d a ,
t u c i o n e s m e h a b l a r í a á la n o c h e . E l m i s m o día, a n t e s q u e cenase, me
pues, que se t r a t a do r e v e l a c i ó n p r o p i a m e n t e dicha.
l l a m ó c o n u n a s p e c t o q u e p a r e c í a e s t a r m á s d i f e r e n t e d e lo ordina-
Ahora b i e n : ¿ c u á l fué el o b j e t o ó la m a t e r i a de esa r e v e l a c i ó n ? El
r i o , y m e h a h e c h o u n m o d o de p r o t e s t a c i ó n , la s u m a de la cual en
P. Mercurián dice, quo r e v e l ó Dios á I g n a c i o la idea d e la C o m p a ñ í a .
el m o s t r a r la i n t e n c i ó n y s i m p l i c i d a d c o n q u e había declarado estas
San Francisco J a v i e r afirma q u e le manifestó nuestra regla y modo de
cosas, d i c i e n d o q u e e r a b i e n c i e r t o q u e n o c o n t a b a n a d a de más, y
vivir. Estas dos e x p r e s i o n e s significan p r o b a b l e m e n t e , q u e el objeto d e
q u e había h e c h o m u c h a s ofensas á Dios n u e s t r o S e ñ o r , después que
la revelación f u e r o n las cosas sustanciales d e n u e s t r o I n s t i t u t o ; p e r o ,
le h a b í a e m p e z a d o á s e r v i r ; mas q u e n u n c a había t e n i d o consenti-
no obstante, c o m o las p a l a b r a s son algo vagas, y e n esta m a t e r i a con-
m i e n t o d e p e c a d o m o r t a l , a n t e s s i e m p r e c r e c i e n d o e n devoción, i<\
viene atenerse á lo m á s e s t r i c t o y r i g u r o s o , i n t e r p r e t a r e m o s los t e x -
est, e n facilidad do h a l l a r á D i o s , y a h o r a m á s q u e n u n c a en toda su
tos de J a v i e r y M e r c u r i á n , d i c i e n d o q u e Dios n u e s t r o S e ñ o r r e v e l ó
vida, y cada vez y h o r a q u e q u e r í a h a l l a r á Dios, lo h a l l a b a , y que
á San Ignacio el fin d e la C o m p a ñ í a , q u e es p r o c u r a r e n el m a y o r
a u n a h o r a m u c h a s v e c e s t e n í a v i s i o n e s , m a y o r m e n t e d e aquellas dr
grado posible la p r o p i a santificación y la de los p r ó j i m o s , p o r q u e y a
q u e a t r á s es d i c h o , de v e r á C r i s t o c o m o solía, y q u e esto le acaecía
en este fin h a y algo d e c a r a c t e r í s t i c o y o r i g i n a l , q u e d i s t i n g u e á la
espeso [á m e n u d o ] h a b l a n d o de cosas de i m p o r t a n c i a , y q u e aquello
Compañía de las o t r a s ó r d e n e s religiosas. E l t e s t i m o n i o d e l P . Laí-
le hacía v e n i r en confirmación. C u a n d o d e c í a m i s a , t e n í a también
nez no pide i n t e r p r e t a c i ó n , p u e s c l a r a m e n t e n o s dice, q u e Dios r e -
m u c h a s visiones, y q u e c u a n d o hacía las C o n s t i t u c i o n e s , las tenía tam-
veló á Ignacio las cosas s u s t a n c i a l e s , q u e son c o m o los f u n d a m e n t o s
b i é n m u y c o n t i n u a m e n t e , y q u e a h o r a lo p u e d e a f i r m a r más fácil-
y nervios de n u e s t r o I n s t i t u t o . E n las p a l a b r a s del P . P o l a n c o se en-
m e n t e , p o r q u e cada día escribía a q u e l l o q u e p a s a b a p o r su alma, y
cierran tres c o s a s : p r i m e r a , q u e fué r e v e l a d o el n o m b r e d e C o m p a -
lo h a l l a b a a h o r a e s c r i t o , y así m e m o s t r ó u n haz, asaz g r a n d e , de es-
ñía de Jesús; s e g u n d a , q u e Dios solía r e v e l a r o t r a s cosas á San I g n a -
c r i t u r a s , d e las cuales m e l e y ó b u e n a p a r t e , y lo más e r a n visiones
cio, pues d e b e n o t a r s e m u c h o a q u e l l a f r a s e : «Esta s e g u r i d a d t a n in-
q u e él veía en c o n f i r m a c i ó n de a l g u n a s de las C o n s t i t u c i o n e s , viendo
movible suele tener el P a d r e Maestro I g n a c i o e n las cosas q u e t i e n e
á veces á Dios P a d r e , y á veces toda la Santísima T r i n i d a d , sciliccl,
por vía s u p e r i o r á la n u e s t r a » ; t e r c e r a , q u e Dios r e v e l ó las cosas
t o d a s las t r e s divinas P e r s o n a s , y á v e c e s N u e s t r a Señora, eme inter-
esenciales. Esto se infiere c l a r a m e n t e d e a q u e l l a frase d i r i g i d a al
cedía y á v e c e s c o n f i r m a b a - ( 1 ) .
P. Araoz: «Sabiendo e n estas cosas esenciales con qué lumbre procede».
3. H e m o s p u e s t o a n t e los ojos del l e c t o r el t e x t o d e los testimonios
Reuniendo, p u e s , las d i v e r s a s p a r t e s de lo q u e dice P o l a n c o , v e m o s
q u o a f i r m a n h a b e r r e v e l a d o Dios á S a n I g n a c i o la i d e a de la Compa-
que su testimonio coincido c o n el d e Laínez e n a s e g u r a r , q u e fueron
ñía. E x a m i n e m o s a h o r a b r e v e m e n t e el alcance d e esos testimonios.
revoladas p o r Dios á n u e s t r o santo P a d r e las cosas sustanciales d e
A n t e t o d o , n o se p u e d e d u d a r q u e se t r a t a d e r e v e l a c i ó n propiamente
nuestro I n s t i t u t o .
d i c h a . P u e s a u n q u e el t e x t o d e S a n F r a n c i s c o J a v i e r y e l segundo de
Los textos del P . Nadal p a r e c e n a b a r c a r algo m á s . P o r d e p r o n t o ,
P o l a n c o n o e n u n c i a n f o r m a l m e n t e r e v e l a c i ó n s o b r e n a t u r a l , y pudie-
el segundo c o n v i e n e c o n e l d e P o l a n c o en d e c i r , q u e fué r e v e l a d o
r a n e n r i g o r e x p l i c a r s e p o r u n a i n s p i r a c i ó n o r d i n a r i a d e las que el
ol nombre d e C o m p a ñ í a d e J e s ú s . Los t e x t o s p r i m e r o y t e r c e r o es-
E s p í r i t u S a n t o i n f u n d e á las a l m a s b u e n a s ; p e r o los o t r o s tcstimo-
tan en t é r m i n o s q u e p a r e c e n c o m p r e n d e r t o d a v í a m á s q u e las cosas
sustanciales. E n e l p r i m e r o , d i c e N a d a l q u e I g n a c i o r e c i b i ó d e Dios
( 1 ) Vida del P. Ign., c. v i n . A d e m á s d e e s t o s t e s t i m o n i o s , p u e d e n verse otros
m á s m o d e r n a s a d u c i d o s p o r loa B o l a n d o s , De Sánelo lgn.,§ x x x i v . E s n o t a b l e tam-
el conocimiento de toda la Compañía; e n el s e g u n d o , n o s manifiesta
b i é n la p r o f e c í a h e c h a p o r S a n I g n a c i o á P e d r o C u a d r a d o e n 1 5 2 8 , d e q u e había do que la sublime i l u s t r a c i ó n r e c i b i d a e n las m á r g e n e s d e l C a r d o n e r
f u n d a r u n c o l e g i o d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , q u e él h a b í a d e i n s t i t u i r . D e esta pro- fué el principio de todo él Instituto de la Compañía, y c o m o m u e s t r a d e
f e c í a h a b l a n l a r g a m e n t e los B o l a n d o s en el p á r r a f o c i t a d o , y el P . Lancicío (De
las cosas allí r e v e l a d a s , a d u c e el p r i n c i p i o d e q u e n o h a y a p e n i t e n -
praestantia inslituti S. J., 1. i, c. i ) , p r o f e c í a q u e r e a l m e n t e p r e s e n t a motivos sali-
dos de credibilidad. cias tasadas p o r r e g l a , p r i n c i p i o q u e n o p e r t e n e c e á las cosas sustan-
110 LII!. 1.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
cialos d e n u e s t r o I n s t i t u t o , a u n q u e f o r m e u n a n o t a característica de
nuestro espíritu.
La m i s m a e x t e n s i ó n a b a r c a n las p a l a b r a s d e l P . González do Cá-
m a r a . E n el p r i m e r t e x t o v e m o s q u e Dios r e v e l ó á I g n a c i o el no te-
n e r c o r o e n la C o m p a ñ í a , el p r o b a r á los n o v i c i o s con las peregrina-
c i o n e s , y , finalmente, o t r a s m u c h a s cosas de las q u e o r d e n ó en la
C o m p a ñ í a . P o r lo m e n o s , eso de las p e r e g r i n a c i o n e s , n a d i e dirá que
p e r t e n e c e á las cosas sustanciales de n u e s t r o I n s t i t u t o .
E l ú l t i m o p á r r a f o quo h e m o s a d u c i d o del P . Cámara, necesita par-
t i c u l a r e s t u d i o y a t e n c i ó n . No se t r a t a allí d e l fin de la Compañía, ni
de las cosas sustanciales de n u e s t r o I n s t i t u t o . Se h a b l a d e las Cons-
t i t u c i o n e s escritas p o r San I g n a c i o d e s p u é s de fundada la Compañía,
y c u a n d o y a estaban r e d u c i d a s á la p r á c t i c a t o d a s ó casi todas las co-
sas sustanciales de n u e s t r a O r d e n .
P a r a e n t e n d e r b i e n lo q u e v a m o s á decir, c o n v i e n e t e n e r presente
lo q u e a n o t a el P . C á m a r a e n s u Memorial, el día 21 d e Febrero de
1555. Dice así: «El P a d r e [ I g n a c i o ] dice q u e n u n c a se a t r e v e á hacer
n i n g u n a cosa d e m o m e n t o , a u n q u e t e n g a todas las razones, sin hacer
r e c u r s o á Dios.» Y c o m o m u e s t r a s de este m o d o d e p r o c e d e r , cita EL
P . C á m a r a el h e c h o de e n v i a r u n n o v i c i o á E s p a ñ a y el d e hacer por
m a r ó p o r t i e r r a el viaje, c u a n d o el P . Nadal y el m i s m o P . Cámara
iban á v e n i r á E s p a ñ a e n a q u e l a ñ o . E n a m b o s casos, d e s p u é s de oir
d e t e n i d a m e n t e el p a r e c e r de los c o n s u l t o r e s , h i z o I g n a c i o oración
s o b r e ello, y d e s p u é s dio la r e s o l u c i ó n definitiva. P u e s si en estas
o c u r r e n c i a s d e la v i d a o r d i n a r i a , e n estos casos t a n secundarios no
q u e r í a r e s o l v e r s e el santo p a t r i a r c a sin r e c u r r i r p r i m e r o á la ora-
c i ó n , ¡ c u á n t o m e n o s lo h a r í a t r a t á n d o s e d e e s c r i b i r las Constitu-
c i o n e s , q u e h a b í a n de r e g u l a r p a r a s i e m p r e las acciones de toda la
Compañía! I n d u d a b l e m e n t e , q u e t o d a s y cada u n a d e las Constitucio-
nes y D e c l a r a c i o n e s f u e r o n c o n s u l t a d a s con Dios p o r medio de la
oración.
¿Cómo c o r r e s p o n d i ó el S e ñ o r á las f e r v o r o s a s súplicas de Ignacio?
T o m e m o s a h o r a e n las m a n o s el t e x t o d e l P . C á m a r a . A n t e todo, ob-
s e r v a m o s q u e el s a n t o f u n d a d o r n o dio i n m e d i a t a m e n t e respuesta á
lo q u e se le p r e g u n t ó s o b r e las C o n s t i t u c i o n e s , sino q u e difirió el
d a r l a h a s t a d e s p u é s d e p e n s a r l o y c o n s u l t a r l o c o n Dios. «Me dijo, que
de las Constituciones me hablaría á la noche.» La r e s p u e s t a , p o r consi-
g u i e n t e , fué d e u n m o d o especial c o n s i d e r a d a y e n c o m e n d a d a al Se-
ñ o r . B i e n lo manifiestan las p a l a b r a s q u e s i g u e n . «El mismo día, antes
que cenase, me llamó con un aspecto que parecía estar más diferente, deh
4
CAP. VII.—LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 111
ordinario, y me ha hecho un modo de protestación, la suma de la cual era
el mostrar la intención y simplicidad con que había declarado estas co-
sas, diciendo que era bien cierto, que no contaba nada de más.» E s t e as-
pecto diferente d e l santo f u n d a d o r , esta p r o t e s t a s i n g u l a r , h e c h a d e
antemano, p a r e c e n significar q u e r e c i b i ó especial m o c i ó n d e l Espí-
ritu Santo, p a r a r e s p o n d e r lo q u e r e s p o n d i ó .
Y á la v e r d a d , es a s o m b r o s o lo q u e c o n t i e n e la r e s p u e s t a . Dice q u e
en aquel t i e m p o e r a f a v o r e c i d o con v i s i o n e s d e Cristo, d e María San-
tísima, de Dios P a d r e y de t o d a la Santísima T r i n i d a d . A ñ a d e q u e ,
cuando escribía las C o n s t i t u c i o n e s , t e n í a v i s i o n e s muy continuamente,
y como p r u e b a d e esta f r e c u e n c i a d e favores celestiales, p r e s e n t a u n
gran paquete de e s c r i t o s en q u e a n o t a b a estas v i s i o n e s s o b r e n a t u r a -
les. Pues cuando u n h o m b r e tan p a r c o en p a l a b r a s , y tan e x t r e m a d a -
mente conciso en s u s a p u n t e s , había l l e n a d o u n g r a n p a q u e t e de es-
critos, un has asas grande de escrituras, r e f i r i e n d o las a p a r i c i o n e s é
ilustraciones s o b r e n a t u r a l e s q u e r e c i b í a , n o h a y d u d a q u e d e b i e r o n
ser numerosísimas.
Pero a d v i é r t a s e q u e casi t o d o lo a n o t a d o p o r San I g n a c i o e r a n
•visiones que él veía en confirmación, de algunas de las Constituciones».
¿Cuáles fueron esas C o n s t i t u c i o n e s c o n f i r m a d a s con la a u g u s t a p r e -
sencia de la Santísima T r i n i d a d ? ¿Cuáles f u e r o n a q u e l l a s o t r a s , e n
que María Santísima intercedía y ú veces confirmaba! No lo p o d e m o s
sabor con p r e c i s i ó n . E s t o n o o b s t a n t e , c o n s i d e r a n d o la c o s t u m b r e
do San I g n a c i o , d e n o r e s o l v e r cosa a l g u n a sin h a c e r especial o r a -
ción sobre ella, y la c o s t u m b r e d e Dios n u e s t r o S e ñ o r , d e c o m u n i -
carse s o b r e n a t u r a l m e n t e con el S a n t o , r e c o r d a n d o la c o n t i n u i d a d de
las apariciones m i e n t r a s él escribía las leyes de la Compañía, y los
especialísimos favores q u o él t e n í a a n o t a d o s en a q u e l l o s escritos q u e
cita el P . Cámara, c r e o n o s e r á t e m e r a r i o d e d u c i r , q u e n o h a y p u n t o
alguno de i m p o r t a n c i a e n n u e s t r a s C o n s t i t u c i o n e s , s o b r e el cual n o
recibiera I g n a c i o ó r e v e l a c i ó n e s p e c i a l , ó p o r lo m e n o s a l g ú n s i g n o
sobrenatural de la a p r o b a c i ó n d i v i n a .
Precisado, e n c u a n t o es posible, el o b j e t o de la r e v e l a c i ó n , v e a m o s
ahora el t i e m p o y c i r c u n s t a n c i a s e n q u e ésta se hizo. P o r lo q u e toca
a las Constituciones, c o m o éstas c o m e n z a r o n á e s c r i b i r s e e n 1547, se-
gún veremos e n el s i g u i e n t e c a p í t u l o , d i c h o se está, q u e las r e v e l a -
ciones p e r t e n e c i e n t e s á ellas• s o n p o s t e r i o r e s á ese t i e m p o . P e r o
¿cuándo y cómo e m p e z ó Dios á i l u s t r a r con luz s o b r e n a t u r a l la m e n t e
de Ignacio en o r d e n á la f u n d a c i ó n do la.Compañía? : '
Sabido es q u e Dios e n sus o p e r a c i o n e s s o b r e n a t u r a l e s s u e l e a t e m -
 112 LIB. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
p e r a r s e m u c h a s voces á la c o n d i c i ó n y flaqueza d e los h o m b r e s , los
cuales, n o d e g o l p e , sino p o r pasos, l l e g a n a l t é r m i n o d o sus e m p r e -
sas. P u d o , p u e s , s u c e d e r q u o fuese r e v e l a n d o p o c o á p o c o á S a n I«.
n a c i ó la f o r m a y traza d e la C o m p a ñ í a ; los t e x t o s d e J a v i e r , L a í n e z ,
M e r c u r i á n y P o l a n c o , n o p r e c i s a n e l t i e m p o e n q u e so h i z o l a r e v e -
lación.
E n c a m b i o , los t e x t o s do Nadal y C á m a r a n o dejan l u g a r á duda
d e q u e las cosas sustanciales le f u e r o n y a r e v e l a d a s e n Manresa. ¿En
q u é t i e m p o y h o r a ? No lo p o d e m o s p r e c i s a r , p o r q u e n o s a b e m o s
c u á n d o o c u r r i ó la i l u s t r a c i ó n á o r i l l a s d e l C a r d o n e r , a q u e l l a i l u s t r a -
ción especialísima, c u a n d o e l E s p í r i t u S a n t o infundió e n u n m o m e n t o
en e l a l m a d e n u e s t r o s a n t o P a d r e m á s ciencia do la q u e alcanzó des-
p u é s e n t o d o e l c u r s o d e s u vida.
Lo q u e n o se p u e d e n e g a r es, q u e la p r i m e r a y fundamental r e v e -
lación d o n u e s t r o I n s t i t u t o s e h i z o e n l a s o b e r a n a i l u s t r a c i ó n r e c i -
b i d a e n las m á r g e n e s d e l C a r d o n e r . Así lo c o m p r u e b a n e v i d e n t e -
m e n t e los t r e s t e x t o s d e l P . Nadal y el p r i m e r o d e l P . Cámara c i t a d o
más a r r i b a .
4. No q u e r e m o s d e c i r con esto q u e desdo a q u e l p u n t o y h o r a c o n o -
ciese I g n a c i o c l a r a m e n t e t o d o l o q u e h a b í a d e s u c e d e r , n i el c u á n d o
y c ó m o h a b í a d e f u n d a r la C o m p a ñ í a d e J e s ú s . Las p e r s o n a s espiri-
t u a l e s s a b e n q u e D i o s n u e s t r o S e ñ o r , a u n á sus s i e r v o s m á s favoreci-
dos, suelo p r o b a r c o n t e n t a c i o n e s , d u d a s y p e r p l e j i d a d e s , para que
s i e n t a n y t o q u e n , d i g á m o s l o así, c o n las m a n o s , q u e n o es suyo lo quo
d e D i o s r e c i b e n . N o es e x t r a ñ o v e r q u e u n s a n t o , d e s p u é s de l e v a n -
tado al t e r c e r c i e l o , sienta, c o m o San P a b l o , el e s t í m u l o d e la c a r n e ,
y q u e , d e s p u é s d e r e c i b i r e s t u p e n d a s i l u s t r a c i o n e s d e lo alto, t r o -
p i e c e c o n las dificultades q u e t r a e c o n s i g o la h u m a n a ignorancia y
flaqueza. A l g o d e esto s u c e d i ó á S a n I g n a c i o e n a l g u n o s pasos que
D I O e n s u c a r r e r a d e f u n d a d o r . C u a n d o fué p o r p r i m e r a vez á J e r a -
salen, q u i s o q u e d a r s e e n a q u e l l o s países y t r a b a j a r allí e n la conver-
sión d e las a l m a s (1). ¿Es q u o p e n s a b a f u n d a r la C o m p a ñ í a en a q u e l
país? E x t r a ñ o p e n s a m i e n t o h u b i e r a s i d o e l d e f u n d a r la Compañía en
a q u e l l a s r e g i o n e s , d o n d e le h a b í a n d e faltar t o d o s los elementos p a r a
la fundación.
C u a n d o , v u e l t o d e su r o m e r í a , se e s t a b l e c i ó e n B a r c e l o n a , empezó
á d i s c u r r i r s o b r e u n a i d e a q u e a h o r a n o s p a r e c e verdaderamente
(1) V é a n s e C á m a r a (Vida del P. Ign., o. i v ) y R i b a d e n e i r a ( Vida de S. Ign-,
1. i, c. x i ) .
CAP. VII.—LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 113
descaminada. P u e s t o q u e se t r a t a b a d e j u n t a r e j é r c i t o p a r a p e l e a r las
batallas del Señor, ¿ c o n v o c a r í a I g n a c i o h o m b r e s d e s e m b a r a z a d o s d e
otras obligaciones, y q u e l i b r e m e n t e q u i s i e r a n s e g u i r l e , ó e n t r a r í a
en alguna o r d e n r e l i g i o s a algo decaída, á la c u a l p u d i e s e i n f u n d i r
nuevo espíritu, t r a n s f o r m á n d o l a e n el ideal r e l i g i o s o q u e é l m e d i -
taba? En otros t é r m i n o s : ¿había d e f u n d a r u n a o r d e n n u e v a , ó u n a
reforma de a l g u n a o r d e n e x i s t e n t e ? E x t r a ñ o p a r e c e r á e n n u e s t r o s
días este segundo p e n s a m i e n t o , p e r o n o lo e r a e n e l siglo x v i , c u a n d o
tanto abundaban los i n s t i t u t o s r e l i g i o s o s y t a n n u m e r o s o s e r a n los
conventos e s p a r c i d o s p o r t o d a España. R e c u é r d e s e q u e m u c h o s d e
los santos fundadores españoles n o e s t a b l e c i e r o n ó r d e n e s n u e v a s , sino
reformas de las a n t i g u a s . E j e m p l o s o n San P e d r o d e Alcántara, refor-
mador de los franciscanos; Santa Teresa, d é l o s c a r m e l i t a s , y e l b e a t o
Juan Bautista d e la C o n c e p c i ó n , d e los t r i n i t a r i o s . P e r o , p r e s c i n -
diendo de e s t o , q u e r e m o s insistir t a n sólo e n e l h e c h o d e q u e S a n
Ignacio no veía e n t o n c e s t o d o t a n c l a r o , p u e s se l e o c u r r í a h a c e r
una cosa tan c o n t r a r i a á lo q u e d e s p u é s m a n d ó , c o m o e r a t o m a r
para la Compañía h o m b r e s d e o t r a s ó r d e n e s r e l i g i o s a s (1).
Durante los años q u e p a s ó I g n a c i o e n ensayos y t e n t a t i v a s i n ú t i l e s ,
no sabemos q u e e s c r i b i e s e n i n g u n o s e s t a t u t o s n i r e g l a s p a r a unifor-
mar la vida d e s u s c o m p a ñ e r o s . C o n t e n t á b a s e c o n e d u c a r l o s e n e l
espíritu p o r m e d i o d e los E j e r c i c i o s , m e t i é n d o l e s e n el corazón los
grandes p r i n c i p i o s d e la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a .
5. Cuando e n P a r í s e m p e z ó á r e u n i r los c o m p a ñ e r o s estables, a d o p t ó
una táctica m u y p r u d e n t e p a r a e l e g i r b u e n o s sujetos y p a r a e s t a b l e -
cer con suavidad los f u n d a m e n t o s d e la C o m p a ñ í a . P o r d e p r o n t o ,
usó la precaución d e a t r a e r u n o p o r u n o á t o d o s sus c o m p a ñ e r o s , c o n
tan prudente r e c a t o , q u e n u n c a manifestaba a l n u e v o a s p i r a n t e e l
que hubiese o t r o s c o m p a ñ e r o s y a i n t r o d u c i d o s e n la m i s m a s e n d a .
Cuando cada u n o d e ellos, m e d i t a n d o á solas s o b r e el n e g o c i o , se d e -
cidía á seguir á I g n a c i o , e n t o n c e s l e d e s c u b r í a éste q u e h a b í a o t r o s
ya alistados en la m i s m a m i l i c i a (2). Cautela m u y p r u d e n t e p a r a q u e
(1) Los datos d e e s t e p á r r a f o s o n d e P o l a n c o , Vita Ign. Loy., p . 3 1 .
(2) El único q u e n o s d a n o t i c i a d e e s t a c a u t e l a u s a d a p o r S a n I g n a c i o e s el P . S i -
men Rodríguez. N i L a í n e z , n i P o l a n c o , n i F a b r o , n i R i b a d e n e i r a , n i N a d a l h a c e n m e n -
ción de esta c i r c u n s t a n c i a . H e a q u í l a s p a l a b r a s d e l P . S i m ó n : aNicolaus Bobadilla
"hmquodalii amplecti decrevit; et quidem antequam quid Mi sequerentur, habtret
txploratum; quod tam huic, quam aliis Patvibus contigit; nam postquam unusquisque
torum, ultro et sponte sua apud se statuerat, Dei servitio praedictoque vitae instituto se
nino devovere, tum demum Mi aperiebatur esse alios, qui totos sese simili vivendi
om
8
114 LIB. I. FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
cada c u a l se decidiese con e n t e r a l i b e r t a d , sin dejarse arrastrar por
ejemplos ó p e r s u a s i o n e s ajenas. Ya q u e los t u v o r e u n i d o s , siguió con
ellos u n p r o c e d i m i e n t o q u e se p u e d e f o r m u l a r e n estos t é r m i n o s :
P o r u n a p a r t e , n o i m p o n e r su v o l u n t a d á los o t r o s , sino e j e c u t a r l o
t o d o c o n e l consejo y d e l i b e r a c i ó n d e ellos, p o r t á n d o s e Ignacio como
si fuera u n o d e t a n t o s ; p o r otra, i r l e s i n s i n u a n d o s u a v e m e n t e las co-
sas q u e d e s p u é s d e b í a n e s t a b l e c e r s e e n la C o m p a ñ í a d e J e s ú s .
Si se lee con a t e n c i ó n la M e m o r i a t a n t a s v e c e s citada, del P. S i m ó n
R o d r í g u e z , De origine ct progressu S. 1., se o b s e r v a q u e siempre habla
en t é r m i n o s q u e i n d i c a n el c o n c u r s o d e t o d o s , n o la d i r e c c i ó n de uno,
Agi caeptum est, decrcvermit, statutum est, jtidicatxm est, talos s o n las
frases con q u e refiere los h e c h o s . Ya e n P a r í s , a n t e s d e l v o t o di'
M o n t m a r t r e , a p a r e c e esta p r á c t i c a d e d i s c u t i r d e t e n i d a m e n t e lo que
se d e b e h a c e r . D e s p u é s , e n V e n e c i a , c u a n d o se j u n t a n con Ignacio,
d e l i b e r a n s o b r e las o c u p a c i o n e s q u e t o m a r á n m i e n t r a s l l e g u e d
t i e m p o d e e m b a r c a r s e p a r a J e r u s a l é n . C u a n d o , o r d e n a d o s d e sacer-
dotes, se r e u n i e r o n en V i c e n c i a , v u e l v e n á d e l i b e r a r . E n París, en
Venecia, en Vicencia, en R o m a , s i e m p r e a p a r e c e i n v a r i a b l e esta cos-
t u m b r e de n o d a r u n paso sin p r e c e d e r consulta de todos. C o n tul
rationi consecrassent. Quibus cognitis quantum laetitiae,, quantum incttnditalix. '/iej«
tum consolationis et animi ad permane ndum in proposito caperent, rerbis ejcplharim
potes!. De origine et progr. S. I., p . 10. D e p l o r a m o s q u e s o b r e el f u n d a m e n t o histó-
rico d e e s t e p á r r a f o h a y a l e v a n t a d o la i m a g i n a c i ó n d e a l g u n o s h i s t o r i a d o r e s una es-
c e n a u n t a n t o t e a t r a l , y n a d a c o n f o r m e con el c a r á c t e r g r a v e y sencillo de San Ig-
n a c i o . S e g ú n B a r t o ü (Vita di S. Ignacio, 1. J I , c. v ) , á q u i e n s i g u e n casi á la lelo
F r a n c i s c o G a r c í a (Vida de S. Ign., 1. n r , c. l v ) y F l u v i á (Vida de S. Ign., 1. n, c.rs),
c u a n d o t u v o I g n a c i o g a n a r l o s s u s p r i m e r o s seis c o m p a ñ e r o s , e n c a r g ó á cada uno,q«t
p e n s a s e e n el p ' a n d e v i d a q u e c o n v e n d r í a a b r a z a r , y q u e p a r a tal día y hora st
p r e s e n t a s e e n u n sitio d e t e r m i n a d o , d o n d e le m o s t r a r í a otros c o m p a ñ e r o s animados
del m i s m o d e s e o . D e s p e r t a d a la c u r i o s i d a d , c o r r e n t o d o s c o n a n s i a al sitio señalado,
y c o n g r a t a s o r p r e s a h a l l a n q u e son s i e t e , c u a n d o c a d a u n o p e n s a b a e s t a r solo con
I g n a c i o . H í n c a n s e t o d o s d e r o d i l l a s , h a c e n b r e v e o r a c i ó n , l e v á n t a n s o conmovidos,
t o m a la m a n o I g n a c i o , y e n u n a a r e n g a a n i m o s a y e l o c u e n t e d e c l a r a á todos ti
p e n s a m i e n t o q u e t i e n e c o n c e b i d o d e p e r e g r i n a r á J e r u s a l é n y c o n s a g r a r s e despws
á la c o n v e r s i ó n d e los i n f i e l e s , a l e n t a d o c o n la e s p e r a n z a d e d e r r a m a r la sangre p»'
C r i s t o . T o d o s a p r u e b a n la i d e a d e I g n a c i o , y d e r r a m a n d o c o p i o s a s lágrimas de sus
o j o s , se a b r a z a n c o n e f u s i ó n , y p r o m e t e n s e g u i r el m i s m o c a m i n o y no separar»'
j a m á s . T o d o e s t o e s p o é t i c o , p e r o p a r e c e c o n t r a d e c i r á l a s p a l a b r a s del P. Simo»
R o d r í g u e z S e g ú n é s t e , l a m a n i f e s t a c i ó n d e los c o m p a ñ e r o s no se hizo en común, m
c o n l a s c i r c u n s t a n c i a s q u e se s u p o n e n , s i n o e n p a r t i c u l a r á c a d a u n o , cuando se de-
t e r m i n a b a á s e g u i r á I g n a c i o . N ó t e n s e a q u e l l a s p a l a b r a s : Postquam unusguifq"'
apud se statuerut tum demum illi aperiebatur esse alios, e t c . S a n Ignacio noe(»
hombre de golpes teatrales.
OAP. V i l . LABOR DE IGNACIO HA8TA SER ELEGIDO GENERAL 115
procedimiento l o g r a b a I g n a c i o dos c o s a s : p r i m e r a , a p r o v e c h a r s e d e
las luces que sus H e r m a n o s p u d i e r a n r e c i b i r d e Dios; s e g u n d a , h a c e r
que saliesen de ellos las p r i n c i p a l e s r e g l a s de n u e s t r a v i d a , con lo cual
se conseguía q u e las a b r a z a s e n con m á s afecto y las m i r a s e n con el
amor y entusiasmo c o n q u e t o d o s m i r a n las cosas p r o p i a s .
6. Aquí objetará a l g u n o : ¿Y p o r q u é usaba el santo d e tanta r e s e r v a ?
¿No hubiera sido m e j o r e x p o n e r f r a n c a m e n t e sus ideas, y d e s a r r o l l a r
álos ojos de sus c o m p a ñ e r o s t o d o el p l a n q u e h a b í a c o n c e b i d o ? De
ninguna m a n e r a . Si I g n a c i o les h u b i e r a p r o p u e s t o el n e g o c i o e n es-
tos términos: «Vamos á f u n d a r u n a o r d e n r e l i g i o s a » , d e s e g u r o h u -
bieran p r e g u n t a d o e l l o s : «¿Bajo q u é r e g l a ? ¿Bajo la d e San B e n i t o ,
ó la de San A g u s t í n , ó la d e S a n Francisco. » A h o r a n o s p a r e c e m u y
3
natural el I n s t i t u t o d e la Compañía, p e r o e n t o n c e s era u n a cosa n u e -
va, y no todos e r a n capaces d e e n t e n d e r l a . Lo q u e s u c e d i ó á fines d e l
siglo xvi nos d e m u e s t r a c u a n i m p r u d e n t e h u b i e r a sido n u e s t r o santo
Padre en p r e s e n t a r á las claras, desde el p r i n c i p i o , t o d o su pensa-
miento. Si d e s p u é s d e m e d i o siglo d e felicísima e x p e r i e n c i a , si des-
pués de difundirse la C o m p a ñ í a p o r t o d o el o r b e c a t ó l i c o , p r o d u -
ciendo en todas p a r t e s copiosos frutos de santidad; si d e s p u é s d e tan-
tas bendiciones d e papas y o b i s p o s , d e s p u é s d e t a n t a s b u l a s d e P a u -
lo III, Julio I I I , P í o I V , P í o V y G r e g o r i o X I I I , t o d a v í a c r i t i c a b a n
muchos el I n s t i t u t o d e la Compañía, y lo q u e es más, t o d a v í a a l g u n o s
jesuítas indignos l i d i a b a n p o r a m o l d a r n u e s t r o m o d o de v i v i r á las
reglas de r e l i g i o n e s a n t i g u a s , ¿ q u é h u b i e r a s u c e d i d o á San I g n a c i o
si hubiera manifestado desde l u e g o t o d a s sus i d e a s ? P o r eso d e b i ó
decirse á sí m i s m o el p r u d e n t í s i m o v a r ó n : « H a g a m o s la cosa; el n o m -
bre vendrá después.»
Por este m o t i v o , sin d u d a , n i e n la f ó r m u l a d e n u e s t r o I n s t i t u t o ,
presentada á P a u l o I I I , n i e n t o d a la b u l a Regimini militantis Ecclc-
síae, se usa la p a l a b r a religión tí orden religiosa. Á la C o m p a ñ í a se la
nombra allí Compañía d e J e s ú s , y n a d a m á s . Societas quam Jesu. no-
mine, insigniri cupimus. F u é c o s t u m b r e c o n s t a n t e d e San I g n a c i o p o -
ner primero en p r á c t i c a las cosas d e la C o m p a ñ í a , p a r a q u e , v i e n d o
por experiencia lo santas q u e e r a n , las a p r o b a s e n los pontífices y las
recibiesen los fieles. ¡Conducta a d m i r a b l e , q u e n o s d e m u e s t r a el g r a n
sentido práctico d e n u e s t r o s a n t o P a d r e !
Pero aunque en lo e x t e r i o r n o se manifestase, existía r e a l m e n t e
la dirección é i m p u l s o d e San I g n a c i o , y b i e n n o s lo da á e n t e n d e r e l
P- Simón R o d r í g u e z e n a l g u n o s pasajes d e su n a r r a c i ó n . D i c e en la
pagina 14 que, si b i e n estaba a u s e n t e I g n a c i o al r e n o v a r s e el v o t o d e

116
L1B. J . — FÜN DACIÓN DE I.A COMPAÑÍA
M o n t m a r t r e (1), sin e m b a r g o , t o d o se hacía s e g ú n su consejo y direc-
ción. Omnia tomen ex ejns consilio et judíelo fíehant. E n la pág. 7 nos
a d v i e r t e q u e los d e m á s P a d r e s s i e m p r e r e s p e t a r o n á I g n a c i o como á
p a d r e , y le s i g u i e r o n c o m o á guía. Quem semper reliqui socii tanquam
parentem colucrunt, tamquan ducem secuti sunt.
E s t a i n t e r n a d i r e c c i ó n d e San I g n a c i o se r e c o n o c e e n la suavidad
c o n q u e les iba i n s i n u a n d o las p r i n c i p a l e s ideas q u e más adelante
h a b í a n de c o n v e r t i r s e e n r e g l a s de la C o m p a ñ í a . Al h a c e r el voto de
M o n t m a r t r e (2), se r e s o l v i ó q u e n o r e c i b i r í a n e s t i p e n d i o p o r los mi-
n i s t e r i o s e s p i r i t u a l e s e j e r c i t a d o s con los p r ó j i m o s . A q u í aparece uno
d e los rasgos de la p o b r e z a usada e n la C o m p a ñ í a . E n las ciudades de
I t a l i a , c u a n d o e m p i e z a n n u e s t r o s P a d r e s á p r e d i c a r la palabra de
D i o s , se les v e a t e n d e r con especial c u i d a d o á e n s e ñ a r el catecismo
á los niños, o c u p a c i ó n santa, q u e había d e s e r o b j e t o d e v o t o formal.
E n t o d o s los viajes c a m i n a b a n á p i e y p i d i e n d o limosna, cumpliendo
así u n a d e las p r o b a c i o n e s d e los f u t u r o s n o v i c i o s de la Compañía,
Al r e p a r t i r s e p o r v a r i a s c i u d a d e s , p r o c u r a b a I g n a c i o q u e siempre
fuesen p a r e a d o s español c o n f r a n c é s , c o s t u m b r e q u e t a m b i é n obser-
v a b a n e n los c a m i n o s . A q u í v e m o s p l a n t a d a esa d u l c í s i m a caridad
f r a t e r n a , s u p e r i o r á t o d a d i v e r s i d a d d e n a c i o n e s , g e n i o s y costum-
b r e s , q u e h a sido, es y e s p e r a m o s s e r á s i e m p r e el m a y o r encanto de
la v i d a d e la C o m p a ñ í a . F i n a l m e n t e , al s e p a r a r s e en Vicencia á últi-
m o s d e l año 1537, les v e m o s t o m a r la r e s o l u c i ó n de q u e p o r sema-
nas sea cada u n o s u p e r i o r d e su c o m p a ñ e r o . Con esto se reducía á
la p r á c t i c a la v i r t u d d e la santa o b e d i e n c i a , a u n a n t e s de que en
R o m a se d e c i d i e s e q u e la d e b í a n p r a c t i c a r los N u e s t r o s ; y, lo que es
m u y de n o t a r , i n t r o d u c í a s e la o b e d i e n c i a e n la Compañía con el
e j e m p l o d e n u e s t r o s a n t o P a d r e , el cual o b e d e c í a diligentísimamente
las s e m a n a s q u e le t o c a b a o b e d e c e r . C o n s e r v e m o s este rasgo pre-
cioso, q u e s u e l e n o l v i d a r m u c h o s h i s t o r i a d o r e s d e l santo, y nos es
t r a n s m i t i d o p o r el P . S i m ó n R o d r í g u e z (3).
Desde q u e , t e r m i n a d a s las d e l i b e r a c i o n e s d e 1539, se o b t u v o la apro-
b a c i ó n v e r b a l d e la C o m p a ñ í a , h a s t a q u e u n año d e s p u é s se expidió
la b u l a , n o s a b e m o s q u e I g n a c i o n i sus c o m p a ñ e r o s d i e r a n un paso
e n la o r g a n i z a c i ó n d e la O r d e n . M i e n t r a s el santo u r g í a en Roma el
d e s p a c h o de este n e g o c i o , los o t r o s P a d r e s , e n v i a d o s p o r el Sumo
Pontífice á d i v e r s a s r e g i o n e s d e la I g l e s i a , h a c í a n p r o d i g i o s en la
c o n v e r s i ó n d e los p e c a d o r e s y r e f o r m a d e las c o s t u m b r e s . En este
( 1 ) V é a s e l a n o t a d e la p . 8 0 — ( 2 ) S i m ó n R o d r í g u e z , ibid.—(3) ídem, ibid,?.®-
. vil.—LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL 117
C A P
tiempo sucedió la c é l e b r e m i s i ó n de San F r a n c i s c o J a v i e r y d e l
P. Simón R o d r í g u e z p a r a las I n d i a s o r i e n t a l e s , h e c h o m u y c o n o c i d o ,
en el cual se manifiesta q u e , si b i e n n o estaba n o m b r a d o San I g n a c i o
superior de la Compañía, e n r e a l i d a d ya lo era, y c o m o á tal le m i r a -
ban sus c o m p a ñ e r o s .
Una vez o b t e n i d a la b u l a de a p r o b a c i ó n , avisóles I g n a c i o q u e con-
currieran á R o m a p a r a e l e g i r P r e p ó s i t o g e n e r a l d e t o d a la C o m p a -
ñ í a ^ en caso de n o p o d e r a c u d i r p e r s o n a l m e n t e , les p r o p o n í a q u e
enviasen sus v o t o s p o r e s c r i t o . Ya para e n t o n c e s h a b í a n e n t r a d o e n
la Compañía más de u n a d o c e n a d e s u j e t o s , y a l g u n o s m u y i n s i g n e s ,
como luego v e r e m o s ; p e r o e n t o d o s los n e g o c i o s r e l a t i v o s á l a fun-
dación de la O r d e n , j a m á s c o n s u l t a b a I g n a c i o las cosas sino con l o s
nueve antiguos c o m p a ñ e r o s r e u n i d o s e n P a r í s . C u a t r o d e éstos n o
pudieron p r e s e n t a r s e en R o m a : J a v i e r y R o d r í g u e z , q u e se h a l l a b a n
en Lisboa e s p e r a n d o e m b a r c a c i ó n p a r a las I n d i a s ; F a b r o , á q u i e n
Paulo I I I había e n v i a d o á Alemania, y B o b a d i l l a , q u e t r a b a j a b a e n
Bisignano y h u b o d e p r o l o n g a r allí su d e m o r a p o r o r d e n d e l m i s m o
papa.
7. Juntos e n R o m a los seis r e s t a n t e s , á s a b e r : I g n a c i o , Laínez, S a l m e -
rón, J a y o , B r o e t y C o d u r i , p r o c e d i e r o n á la elección p o r A b r i l d e
1541; pero esto n o lo r e f e r i r e m o s con p a l a b r a s n u e s t r a s . E l l e c t o r nos
agradecerá, sin d u d a , q u e le c o p i e m o s í n t e g r o u n v e n e r a b l e d o c u -
mento, escrito p o r el m i s m o San I g n a c i o , en q u e se r e f i e r e el h e c h o
de este m o d o :
«La forma q u e la C o m p a ñ í a t u v o en h a c e r su o b l a c i ó n y p r o m e s a
á su Criador y S e ñ o r , es la q u e se s i g u e : E n el año de 1541, pasada
la media cuaresma, se j u n t a r o n t o d o s seis ( y a h e c h a s s u s C o n s t i t u c i o -
nes y firmadas), y d e t e r m i n a r o n e n t r e ellos q u e d e n t r o d e t r e s días
cada uno, e n c o m e n d á n d o s e á Dios n u e s t r o S e ñ o r , d i e s e su voz á al-
guno de la C o m p a ñ í a p a r a q u e t u v i e s e oficio d e P e r l a d o , y cada u n o
trajese una cédula escrita de su m a n o y s e l l a d a , e n la c u a l v i n i e s e el
nombre de a q u e l q u e elegía, p o r q u e más l i b r e m e n t e cada u n o dijese
y declarase su v o l u n t a d .
«Pasados los t r e s días, cada u n o , t r a y e n d o su c é d u l a sellada, f u e r o n
de parecer q u e las j u n t a s e n con las o t r a s d e los c o m p a ñ e r o s d e P o r -
tugal y Alemania, y así todas j u n t a d a s se p u s i e s e n e n u n a arca, d e b a j o
de llave, d o n d e e s t u v i e s e n p o r t r e s d í a s , p a r a m a y o r c o n f i r m a c i ó n
de la cosa.
«Pasados los t r e s días, t o d o s seis j u n t a d o s , a b r i e n d o t o d a s las cé-
dulas, una t r a s o t r a , nemine discrepante, v i n i e r o n t o d a s las voces so-

118
LID. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPARÍA
b r e I ñ i g o , dempto M r o . B o b a d i l l a ( q u e p o r e s t a r en Visiñano, ala
h o r a de su p a r t i d a p a r a R o m a le fué m a n d a d o p o r el Papa se detu-
viese más e n a q u e l l a c i u d a d , p o r el fructo q u e allá hacía) no invió
su voz á n i n g u n o ; y p o r q u e Su S a n t i d a d q u e r í a r e p a r t i r los que es-
t a b a n e n R o m a p o r d i v e r s a s p a r t e s , f u e r o n forzados c o n c l u i r sus co-
sas sin Bobadilla, c o n f o r m e á t o d a s las voces d e t o d o s los absontesy
d e t o d o s los p r e s e n t e s .
»Iñigo h i z o u n a p l á t i c a , s e g ú n q u e e n s u á n i m o sentía (afirmando
h a l l a r e n sí más q u e r e r y m á s v o l u n t a d p a r a sor g o b e r n a d o que para
g o b e r n a r ) , q u e él n o so h a l l a b a con suficiencia p a r a r e g i r á sí mis-
m o , c u a n t o m e n o s p a r a r e g i r á o t r o s , á lo cual a t e n t o , y á sus mu-
chos y m a l o s h á b i t o s pasados y p r e s e n t e s , con m u c h o s pecados, fal-
tas y m i s e r i a s , él se d e c l a r a b a , y se d e c l a r ó , d e n o a c e t a r tal asunto,
n i t o m a r í a j a m á s , si él n o c o n o c i e s e más c l a r i d a d en la cosa de lo
q u e e n t o n c e s c o n o c í a ; m a s q u e él los r o g a b a y p e d í a m u c h o , in /)»•
mino, q u e con m a y o r d i l i g e n c i a m i r a s e n p o r o t r o s t r e s ó cuatro
días, e n c o m e n d á n d o s e á Dios n u e s t r o S e ñ o r ; i t e m , p a r a h a l l a r quien
m e j o r y á m a y o r u t i l i d a d d e t o d o s p u d i e s e t o m a r el tal asunto:
tándem, a u n q u e n o con asaz v o l u n t a d de los c o m p a ñ e r o s , fué así con-
cluido.
«Pasados c u a t r o días, s i e n d o t o d o s j u n t o s , t o r n a r o n á d a r las mismas
voces q u e p r i m e r o , nemine discrepante. F i n a l m e n t e , I ñ i g o , mirandoá
una p a r t e y m i r a n d o á o t r a , s e g ú n q u e m a j o r s e r v i c i o de Dios
r
n u e s t r o S e ñ o r p o d r á s e n t i r , r e s p o n d í ' : « Que p o r n o t o m a r ningún
« e x t r e m o , y p o r a s e g u r a r m á s su oonsciencia, q u e él lo dejaba en
» m a n o s d e su confesor, q u e era e l P . T e o d o s i o , frailo d e Santo Pedro
»de M o n t o r o , de la m a n e r a quo se s i g u e : es á saber, q u e él se con-
«fosaría con él g e n e r a l m e n t e d e t o d o s sus p e c a d o s desde el día en
»que s u p o p e c a r hasta la h o r a p r e s e n t e . A s i m i s m o le daría parte y le
« d e s c u b r i r í a todas su e n f e r m e d a d e s y m i s e r i a s c o r p o r a l e s , y que des-
»pués q u e el confesor le m a n d a s e e n l u g a r de Cristo n u e s t r o Señor,
»ó e n su n o m b r e le diese su p a r e c e r , a t e n t o toda su v i d a pasada y
« p r e s e n t e , si a c e t a r í a ó r e f u t a r í a el tal c a r g o , h a c i é n d o l e primer 0
«oblación q u e d e la s e n t e n c i a d e su confesor u n p u n t o n o saldría*'
Tándem, a u n q u e n o asaz c o n v o l u n t a d y satisfacción d e los compañe-
r o s , c u a n d o m á s n o p u d i e r o n , fué en esto c o n c l u i d o . Así I ñ i g o estuvo
t r e s días e n confesarse con su confesor, los cuales t r e s días estuvo
r e t r a í d o e n Santo P e d r o d e M o n t o r o , sin v e n i r á su compañeros.
»E1 p r i m e r o día d e P a s c u a d e F l o r e s , y a acabada su confesión ge-
n e r a l , c o m o í ñ i g o d e m a n d a s e á su confesor q u e , encomendándose a
119
_ vil.—LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL
C A P
Dios nuestro S e ñ o r , se r e s o l v i e s e a c e r c a d e l o q u e le h a b í a d e m a n -
dar ó declarar, le r e s p o n d e q u o p a r e c í a r e s i s t i r al E s p í r i t u S a n c t o ,
etcétera. Con t o d o esto í ñ i g o , r o g a n d o á su confesor q u e , e n c o m e n -
dando más la cosa á Dios N u e s t r o S e ñ o r , d e s p u é s con á n i m o q u i e t o
quisiese escribir u n a c é d u l a , y a q u é l l a sellada e n v i a s e á la Compa-
ñía, en la cual dijese su p a r e c e r : tándem, e n esto q u e d a n d o , se v u e l v e
íñigo á casa.
»E1 t e r c e r o d í a , s u confesor i n v i a n d o u n a c é d u l a s e l l a d a , y j u n t a -
dos los c o m p a ñ e r o s , se lee d e l a n t e d e t o d o s , c u y a r e s o l u c i ó n e r a q u e
íñigo tomase el a s u n t o y r é g i m e n d e la Compañía, el cual, a c e t á n d o l o ,
dieron o r d e n t o d o s , q u e el v i e r n e s p r i m e r o s i g u i e n t e á la P a s c u a d e
Plores a n d u v i e s e n las siete estaciones d e las siete iglesias d e R o m a ,
y que en u n a dolías, es á saber, e n San P a b l o , h i c i e s e n t o d o s sus p r o -
mesas, c o n f o r m e á la b u l a c o n c e d i d a p o r Su S a n t i d a d .
•>E1 v i e r n e s , 22 d e A b r i l , d e la octava d e P a s c u a , l l e g a d o s en S a n
Pablo, se r e c o n c i l i a r o n t o d o s seis u n o s con o t r o s , y fué o r d e n a d o
entre todos q u e í ñ i g o dijese m i s a e n la m i s m a iglesia, y q u e t o d o s
los otros r e c i b i e s e n el S a n t í s i m o S a c r a m e n t o d e s u m a n o , h a c i e n d o
sus votos en la m a n e r a s i g u i e n t e :
«íñigo, d i c i e n d o la m i s a , á la h o r a d e l c o n s u m i r , t e n i e n d o c o n la
una mano el c u e r p o do C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r s o b r e la p a t e n a , y c o n la
otra mano u n p a p e l , e n el c u a l estaba e s c r i t o el m o d o d e h a c e r su v o t o ,
y vuelto el r o s t r o á los c o m p a ñ e r o s , p u e s t o s d e r o d i l l a s , dice á alta
voz las p a l a b r a s s i g u i e n t e s : «Ego Ignatius de Loyola promitto omni-
-potenli Deo et Summo Pontifici, ejus in terris Vicario, coram ejus Vir-
"jine Medre et tota coelesti curia, ac in praesentia Societatis perpetúan/
• paupertatem, casiitatem, et obedientiam juxta formam vivendi in Bulla
Societatis Domini Nostri Jesu, et in ejus Constitutionibus declaratis seu
•dedarandis contentam. Insuper promitto specialem obedientiam Summo
•Pontifici circa missiones in Bulla contentas. Bursus promitto me cura.
»turum, ntpueri erudiantur in rudimentis fldei juxta eamclem Bullam
»cf Co7istitutiones.» D e s p u é s d e las cuales d i c h a s c o n s u m i ó , r e c i b i e n d o
el cuerpo d e C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r .
"Acabado d e c o n s u m i r , y t o m a d a s c i n c o h o s t i a s c o n s a g r a d a s e n la
patena, y v u e l t o á los c o m p a ñ e r o s , los c u a l e s , d e s p u é s d e h e c h a la
confesión g e n e r a l y d i c h o Domine, non sum dignus, etc., t o m ó u n o de
ellos u n p a p e l e n la m a n o , e n e l c u a l estaba la f o r m a d e h a c e r su
voto, y dice á alta v o c e las p a l a b r a s s i g u i e n t e s : «Ego Jo Coduri pro-
s
MWífo omnipotenti Deo coram ejus Virgine Matre et tota coelesti curia,
»ac in praesentia Societatis et Ubi, Reverende Pater, locum Dei tenentii
 120
LIB. 1 . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
«perpetuam paupertatem, castitatem, et obedientiam juxta formam vi-
"vendi in Bulla Societatis Domini Jesu, et in ejus Constitutionibus dcda-
»ratis sen declarandis, contentam. Jnsuper, promitto specialcm obcdint-
»tiam Summo Pontifici circa missiones in Bulla contentas. Bursu.s prn-
»mitto, me óbeditumm circa ernditionem puerorum in rutlimentis ¡hlñ
>juxta eamdem Bnllam et Constitutiones.» Las cuales a c a b a d a s , recibí-
el c u e r p o d e Cristo n u e s t r o S e ñ o r . D e s p u é s , per ordinem, el segundo
h a c e lo m i s m o ; así el t e r c e r o , c u a r t o y q u i n t o . Acabada la misa, y
h a c i e n d o o r a c i ó n en los a l t a r e s p r i v i l e g i a d o s , so j u n t a r o n en el altar
m a y o r , d o n d e c a d a u n o d e los c i n c o v i n i e r o n á I ñ i g o , é í ñ i g o á cada
u n o de e l l o s , a b r a z a n d o y d a n d o osculum pacis, n o sin m u c h a devo-
c i ó n , s e n t i d o s y l á g r i m a s , d i e r o n fin á su p r o f e s i ó n y vocación co-
m e n z a d a . D e s p u é s d e v e n i d o s , facta est continua et magna traiuptillilus
con augmento ad Tándem Domini Nostri Jcsu Christi» (1).
T a l es e l i n s i g n e d o c u m e n t o , e s c r i t o p o r el m i s m o San Ignacio
p a r a c o n s e r v a r la m e m o r i a d e este acto m e m o r a b l e , c o n e l cual se
e j e c u t a b a lo d i s p u e s t o e n la b u l a d e P a u l o I I I , y se constituía de he-
cho la C o m p a ñ í a de J e s ú s . No s a b e m o s q u e I g n a c i o escribiese de su
m a n o la r e l a c i ó n d e n i n g ú n o t r o suceso de su vida. E s t e cuidado de
e s c r i b i r p o r sí m i s m o la r e l a c i ó n d e l h e c h o , n o s d a b i e n á entender
la s u m a i m p o r t a n c i a q u e él a t r i b u í a , y c o n r a z ó n , a l acto verificado
e n la basílica d e San P a b l o .
C o n t r a t o d o lo q u e l l e v a m o s dicho e n el p r e s e n t e c a p í t u l o , pudiera
suscitarse u n a dificultad, t o m a d a de la c a r t a del P . Laínez y de varios
pasajes d e l P . P o l a n c o . P a r e c e q u e a m b o s P a d r e s n i e g a n , q u e el pen-
(1) Constitutiones S. I., latinae et hispanicae, p. 3 1 3 . Á l o s a r g u m e n t o s aducidos
e n l a n o t a p o r el P . L a T o r r e p a r a p r o b a r l a a u t e n t i c i d a d d e l e s c r i t o , p o d e m o s aña-
d i r el s i g u i e n t e t e s t i m o n i o d e l P . C á m a r a : «En e l c a m i n o d e l a s s i e t e i g l e s i a s nos
h a c o n t a d o P e d r o d e R i b a d e n e i r a l a p r o f e s i ó n y e l e c c i ó n d e n u e s t r o P a d r e c o n los de-
más. Fué h e c h a e n el a l t a r d e l S a c r a m e n t o , e n S a n Pablo. E s t a historia escribió
n u e s t r o P a d r e d e s u m a n o , y d á r m e l a h a el P . P o l a n c o . » Memorial, 2 5 d e Febrero
d e 1 5 5 5 . S i n d u d a q u e e s t e e s c r i t o e s e l q u e h a i m p r e s o e l P . L a T o r r e e n l a página
c i t a d a de las Constitutiones. Nótese q u e , a d e m á s d e l e j e m p l a r d e q u e s e h a b l a en la
n o t a , existe otro e n el t o m o S. P. N. Ignatii litter. adversaria, n ú m . x x n . Por últi-
m o , a d v e r t i r e m o s q u e el P . R i b a d e n e i r a , n o v i c i o e n t o n c e s d e p o c o s m e s e s , acompañó
e s t e d í a á los P a d r e s y p r e s e n c i ó el a c t o , Vida de San
c o m o él m i s m o lo dice o n l a
Ignacio ( 1 . n i , c. i ) . «Yo anduve con los Padres aquel día, y vi lo que pasó.» E n los
procesos p a r a la b e a t i f i c a c i ó n de S a n I g n a c i o , a ñ a d i ó R i b a d e n e i r a o t r a circunstanci»
c u r i o s a , y e s q u e é l p r e p a r ó l a c o m i d a á l o s P a d r e s a q u e l d í a , c e r c a d e S a n J u a n do
Letrán: Jpsepraeparavit illis prandium apud S. Joannem Lateranensem, cum essel
valde sero. Acta beatif., a r t . 1 7 . N o s e r í a m u y e x q u i s i t o e l b a n q u e t e , c u a n d o su pre-
paración estuvo á cargo de tan inexperto cocinero.
vil.—LABOR DB IGNACIO HASTA 8ER ELEGIDO GENERAL 121
0 A P -
Sarniento de f u n d a r la C o m p a ñ í a fuese a n t e r i o r al a ñ o 1538. P l a b l a n d o
el primero d e las o c u p a c i o n e s e n q u e se e j e r c i t a b a n l u e g o d e llega-
dos á Venecia, dice así: « P o r q u e n u e s t r a p r i m e r a i n t e n c i ó n , d e s d e el
tiempo que e s t á b a m o s e n P a r í s h a s t a e n t o n c e s , n o e r a d e h a c e r con-
gregación, mas v i v i r e n p o b r e z a , d e d i c á n d o n o s al s e r v i c i o d e n u e s -
tro Señor y u t i l i d a d d e l p r ó j i m o con p r e d i c a r y s e r v i r e n los h o s p i -
tales, etc. (1). La m i s m a i d e a e n u n c i a el P . P o l a n c o al h a b l a r d e los
compañeros q u e se j u n t a r o n c o n I g n a c i o e n P a r í s . D e s p u é s d e e n u -
merar los n u e v e q u e p e r s e v e r a r o n , dice q u e t a m b i é n se le a l l e g a r o n
otros dos ó t r e s m á s ; p e r o c o m o v i e r o n q u e I g n a c i o y sus c o m p a ñ e -
ros no tenían r e s u e l t o n a d a s o b r e f u n d a r r e l i g i ó n , n o p u d i e n d o su-
frir esta i n c e r t i d u m b r e , e n t r a r o n en la O r d e n d e San F r a n c i s c o (2).
No m u c h o d e s p u é s , d e c l a r a n d o los m e d i o s y las santas i n d u s t r i a s
que adoptó I g n a c i o p a r a c o n s e r v a r u n i d o s á s u s n u e v e c o m p a ñ e r o s ,
señala como el p r i n c i p a l m e d i o la p r o v i d e n c i a s o b r e n a t u r a l d e D i o s
nuestro S e ñ o r . «Es d e c o n s i d e r a r , dice, y t e n e r p o r m a r a v i l l a g r a n d e ,
que ni el m a e s t r o í ñ i g o n i los d i c h o s c o m p a ñ e r o s , c o n e s t a r t a n d e -
terminados d e e m p l e a r s e c u a n t o m á s fuese p o s i b l e e n s e r v i c i o d e
Dios, no se a p l i c a r a n á n i n g u n a r e l i g i ó n , y con n o t e n e r n i n g ú n
cierto instituto q u e h u b i e s e n d e s e g u i r , sin p r e v e n i r n a d a d e h a c e r
lo que ha s u c e d i d o de la C o m p a ñ í a , se e n t r e t e n í a n en u n o . P a r e c e
que siendo c o m o e r a n p e r s o n a s d e l e t r a s y e n t e n d i m i e n t o s , e s t a r
así inciertos y s u s p e n s o s n o e r a sin g r a n p r o v i d e n c i a d e D i o s , q u e ,
sin saberlo ellos, los g u a r d a b a p a r a tan g r a n d e o b r a d e su s e r v i c i o y
gloria» (3).
Estas e x p r e s i o n e s de Laínez y P o l a n c o , q u e p a r e c e n n e g a r el p e n -
samiento de la f u n d a c i ó n , d e b e n e n t e n d e r s e d e l p e n s a m i e n t o colecti-
vo, es decir, d e la r e s o l u c i ó n d e c i d i d a p o r t o d o s d e s p u é s d e m a d u r a
deliberación. Si se p r e t e n d i e r a n e g a r el p e n s a m i e n t o privado d e I g -
nacio, c o n t r a d i r í a n m a n i f i e s t a m e n t e á las a f i r m a c i o n e s d e l m i s m o
santo, c o n s e r v a d a s p o r los P P . C á m a r a y N a d a l , y , l o q u e t o d a v í a
es de más p e s o , c o n t r a d i r í a n al m o d o d e o b r a r c o n s t a n t e d e l s a n t o
(1) Carta á Polanco.
(i) Dúo vel tres alii ipsum institutum Iqnatii sequi constituerant, sed cum ani-
madverterent nihil adhuc Mi certo constilutum esse, quod ad vivendi modum attinet
(quamvis enim Ignatius et socii divinis obsequiis et proximorum se mancipaverant,
nihil dum de religione instituenda cogitaverant), hanc animi suspensionem non fe-
rentes, religionem Sancti Francisci sunt ingressi. Vita P. Ign., p . 5 0 .
( 3 ) Sumario de la Vida de S. Ign. P u e d e v e r s e e s t e p a s a j e , t r a d u c i d o c a s i á l a
letra al l a t í n , p o r e l m i s m o P o l a n c o , e n l a Vita P. Ign., p . 5 1 .
 122 L1B. 1. FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA 123
C A P . TU— LABOR DE IGNACIO HASTA SER ELEGIDO GENERAL

p a t r i a r c a , d e s d e q u e e m p e z ó á e s t u d i a r g r a m á t i c a en 1524. Si no tenía de otras r e l i g i o n e s , t a m b i é n d e b í a s e r d i v e r s a la organización, y q u e

d e t e r m i n a d o f o r m a r c o n g r e g a c i ó n , ¿ p o r q u é se afanaba tanto en re- era menester s u b o r d i n a r ésta al n u e v o fin q u e se h a b í a n p r o p u e s t o .
u n i r c o m p a ñ e r o s ? ¿ P o r q u é e m p e z ó p r i m e r a , s e g u n d a y tercera vez •Sublime p r u d e n c i a la d e San I g n a c i o , q u e , p a r e c i e n d o n o i n t e r v e n i r
la m i s m a l a b o r ? ¿ P o r q u é e m p l e a b a t a n t o s y t a n p r u d e n t e s medios 'en el negocio, lo c o n d u c e c o n t a n t a s u a v i d a d y d e s t r e z a al t é r m i n o
p a r a t e n e r l o s r e u n i d o s e n P a r í s , m e d i o s e x p l i c a d o s t a n claramente- deseado!
p o r el m i s m o P o l a n c o (1)? ¿ P o r q u é c u a n d o se r e p a r t i e r o n p o r las uni-
v e r s i d a d e s d e I t a l i a p r o c u r a b a n , c o m o i n s i n ú a L a í n e z , despertará
o t r o s e s t u d i a n t e s p a r a s e g u i r su m o d o d e v i d a ? ¿Había d e gastar Ig-
n a c i o q u i n c e años de fatigas y d i l i g e n c i a s , p a r a q u e una mañana él y
sus c o m p a ñ e r o s se d i e s e n a f e c t u o s a m e n t e la m a n o , y cada cual se
fuese p o r su lado? I m p o s i b l e . E l p e n s a m i e n t o d e la fundación exis-
t í a , y b i e n c l a r o , e n la m e n t e d e l s a n t o p a t r i a r c a ; p e r o en el modo
d e r e a l i z a r l o avanzaba éste con la p r u d e n t e cautela q u e pedía la de-
licadeza d e l a s u n t o . Ó m u c h o n o s e n g a ñ a m o s , ó en la fundación de
la C o m p a ñ í a p r o c e d i ó San I g n a c i o con sus c o m p a ñ e r o s , según aque-
lla r e g l a p r u d e n t í s i m a q u e él da p a r a h a c e r b i e n los Ejercicios, yes
la a n o t a c i ó n u n d é c i m a e n t r e las p r e l i m i n a r e s . «Al q u e t o m a Ejerci-
cios e n la p r i m e r a s e m a n a , d i c e e l s a n t o p a t r i a r c a , a p r o v e c h a que
n o s e p a cosa a l g u n a d e lo q u e h a d e h a c e r e n la s e g u n d a semana;
m a s q u e así t r a b a j e e n la p r i m e r a p a r a alcanzar la cosa q u e busca,
c o m o si e n la s e g u n d a n i n g u n a b u e n a e s p e r a s e hallar» (2).
S i g u i e n d o esta r e g l a , fué p r o p o n i e n d o I g n a c i o á s u s compañeros
los ejercicios santos, las e m p r e s a s v i r t u o s a s , las o b r a s d e caridad; les
hizo d e d i c a r s e á ellas con toda la fuerza d e su a l m a , sin decirles pa-
l a b r a d e f u n d a r r e l i g i ó n , y al ú l t i m o , c u a n d o p o r e x p e r i e n c i a veían
ellos y veía t o d o el m u n d o la s a n t i d a d d e a q u e l g é n e r o d e vida, en-
t o n c e s p r o p u s o el n e g o c i o d e l i c a d o d e la fundación d e la Compañía.
C o n esto l o g r a b a I g n a c i o o t r a cosa, y e r a q u e , e n t r e g a d o s sus com-
p a ñ e r o s á la v i d a a p o s t ó l i c a y l l e n o s d e l fin de la C o m p a ñ í a , busca-
son e s p o n t á n e a m e n t e u n a o r g a n i z a c i ó n p r o p o r c i o n a d a á este fin. Así
se e n t i e n d e la i d e a q u e les s a l t e ó c u a n d o se p r o p u s o e l negocio de
la fundación. «Si f o r m a m o s c u e r p o r e l i g i o s o , decían, tal vez nos obli-
g u e e l S u m o P o n t í f i c e á a d o p t a r a l g u n a r e g l a d e las antiguas reli-
g i o n e s , c o n lo c u a l se f r u s t r a r á n los d e s e o s q u e t e n e m o s d e aprove-
c h a r á los p r ó j i m o s » (3). E s t o q u e r í a n u e s t r o s a n t o P a d r e q u e sintie-
sen sus c o m p a ñ e r o s , q u e c o m o el fin d e la C o m p a ñ í a e r a diverso del

( 1 ) Vita P. Ign., p. 5 1 .
( 2 ) Ejercicios espirituales. Anotaciones.
( 3 ) V é a s e el párrafo del P. Coduri, copiado en la nota d e la p á g . 94.
 CAP. V I I I . — D E S D E QUE FUE ELEGIDO GENERAL HASTA SU MUERTE 125

cuidado de formar las reglas quedase á cargo de los Padres que p u -

diesen reunirse e n R o m a , y que los ausentes se conformasen con lo
que aquéllos decidieran (1). Un año después, cuando se juntaron los
seis que acudieron para e l e g i r General, r e s o l v i e r o n , el 4 de Marzo
de 1541, designar dos de entre ellos para q u e , estudiando de propó-
sito la materia, redactasen las Constituciones. Los designados fueron
CAPTIULO VIII Ignacio y Coduri (2); p e r o c o m o el segundo murió p o c o después, el
29 de Agosto de aquel m i s m o año, y los otros o c h o , enviados por el
papa á regiones m u y distantes, ni siquiera sabían si podrían v o l v e r
LABOR DE IGNACIO EN LA FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA,
D E S D E QUE F U É E L E G I D O G E N E R A L , H A S T A SU M U E R T E á Roma, resultó, por el curso ordinario de los sucesos y la suave
disposición de la divina P r o v i d e n c i a , que sólo Ignacio hubo de to-
1541-1556 mar sobre sí el trabajo de escribir las Constituciones; lo cual, por otro
lado, no podía ser más natural. Quien había reunido á sus compañe-
S U M A R I O : 1. I g n a c i o y C o d u r i son e s c o g i d o s p a r a e s t u d i a r y p r e p a r a r las Constitu- ros, quien les había infundido el espíritu de la Compañía, quien había
c i o n e s . — 2 . M u e r t o C o d u r i , s i g u e I g n a c i o d i s p o n i e n d o los m a t e r i a l e s p a r a la obra.—
formado con ellos un cuerpo r e l i g i o s o , y conseguido que la Santa
3 . E n 1547 e m p i e z a , a y u d a d o p o r el P . P o l a n c o , á p r e p a r a r la b u l a d e J u l i o III.—
4. C o n c u r s o d e P o l a n c o e n e s t e n e g o c i o . — 5 . F ó r m u l a i n c l u i d a en la b u l a de Ju-
Sede lo confirmase; en una palabra, quien había dado la primera
lio I I I . — 6 . C o t e j o d e e s t a b u l a c o n l a d e P a u l o I I I . — 7 . E s c r i b e I g n a c i o las Cons- vida á la Compañía, debía darle también la legislación c o n que esa
t i t u c i o n e s d e s d e 1547 á 1 5 5 0 . — 8 . L a s c o r r i g e y a u m e n t a b a s t a s u m u e r t e . — 9 . Qué vida se conservase y acrecentase perpetuamente.
a u x i l i o s t u v o p a r a e s c r i b i r l a s . — 1 0 . R e s u m e n d e los p a s o s d a d o s p o r S a n Ignacio
2. En el año 1541, Ignacio y Coduri redactaron algunos apuntes
en la f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s .
acerca de las materias principales que convendría tratar e n las Cons-
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Institutum S. J., t. I . — 2. ConsMutiones S. J., latinae ET tituciones. Este escrito n o es n i siquiera un plan de nuestra legisla-
hispanícete.—3. Epistolae P. Nadal.—í. Epistolae mixtae.—5. C á m a r a , Vida del P. Ign.—6. Ri- ción. Son unas cuantas notas sueltas, en las cuales se establecen algu-
b a d e n e i r a , Vida de S. Ign. — 7. Miscellanea de Constitutionibus. — 8. P o l a n c o , De Instituto —
9. ídem, Historia S. ,1. —10. Memorie varié airea S . Ign. nos sólidos p r i n c i p i o s , mezclándolos con varias menudencias de la
vida ordinaria, que e v i d e n t e m e n t e no debían tener cabida en nues-
1. Nombrado San Ignacio General de la Compañía, así como nunca tras leyes. P o c o después v e m o s al santo redactar un b r e v e escrito
cesó en el cargo de gobernar actualmente á sus subditos, así no so sobre la fundación de los c o l e g i o s (3), en que determina c o n clari-
descuidó u n instante e n su trabajo de fundador, disponiendo las dad algunos principios fundamentales que se deben seguir e n el es-
Constituciones que habían de perpetuar en la Compañía el espíritu tablecimiento de nuestras casas de estudios. En los seis años que
que él la infundió. Aunque al principio procedía, c o m o vimos, con transcurrieron desde 1541 has*ta 1547, n o cesó un punto nuestro
el consejo de sus n u e v e compañeros, pronto fué quedando solo en santo Padre de reunir materiales para formar las Constituciones,
la empresa, y realmente á él solo se debe atribuir la composición consultando continuamente á la experiencia y á los Padres más res-
de las Constituciones. petables que tenía á su lado en Roma.
Ya en Marzo de 1540, observando nuestros Padres, que era impo- Cuando tuvo b i e n estudiada la materia, ó c o m o piadosamente de-
sible continuar m u c h o t i e m p o juntos e n R o m a , p o r q u e S u Santidad bemos creer, cuando el Espíritu Santo le ilustró de l l e n o acerca de
los enviaba á distintas r e g i o n e s , y q u e sería n e g o c i o interminable, nuestro modo de v i v i r , que fué el año de 1547, acometió simultá-
si cada una de nuestras reglas ó constituciones se hubiera de esta- neamente dos obras: la preparación de la bula de J u l i o III y la re-
b l e c e r según el sistema de consultas y deliberaciones que habían dacción de las Constituciones.
observado en el año 1539, r e s o l v i e r o n dar un corte en el asunto, y
reunidos los seis que se hallaban entonces en Roma, y eran Ignacio,
(1) Constitutiones S. J., latinae et hispanicae, p . 3 0 2 . — ( 2 ) Ibid., p . 3 0 3 .
Javier, R o d r í g u e z , J a y o , Salmerón y Coduri, determinaron que el
(3) Ibid,p. 3 1 1 .
 126 LIB. I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
3. Ya e n 1541 h a b í a n s e n t i d o n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s la necesidad
d e r e f o r m a r la b u l a d e P a u l o I I I , es d e c i r , d e p e d i r o t r a E N QUE
n u e s t r o m o d o d e v i v i r se d e c l a r a s e c o n m á s e x a c t i t u d , y se P R E C I S A -
sen m á s los p u n t o s s u s t a n c i a l e s d e n u e s t r o I n s t i t u t o . P o r eso, en EL
escrito d e I g n a c i o y C o d u r i , m e n c i o n a d o m á s a r r i b a , hallamos ESTA
cláusula, firmada p o r los seis P a d r e s r e u n i d o s p a r a e l nombramiento
d e G e n e r a l : « í t e m , q u e r e m o s q u e la b u l a sea r e f o r m a d a , id est, Q U I -
t a n d o , ó p o n i e n d o , ó c o n f i r m a n d o , ó a l t e r a n d o c e r c a las cosas E N ELLA
c o n t e n i d a s , s e g ú n q u e m e j o r n o s p a r e c e r á , y c o n estas C O N D I C I O N E S
q u e r e m o s y e n t e n d e m o s d e h a c e r v o t o d e g u a r d a r la bula» ( 1 ) . A PE-
sar d e esta r e s o l u c i ó n , n o s a b e m o s q u e e n el espacio de unos seis
años se diese u n solo p a s o e n el a s u n t o d e r e f o r m a r la bula, N I con-
s e r v a m o s el m e n o r e s c r i t o q u e i n d i q u e a l g ú n e s t u d i o enderezado á
este fin. E l n e g o c i o d e b i ó t o m a r s e c o n s e r i e d a d el a ñ o 1547, cuando
I g n a c i o e m p r e n d i ó c o n s t r u i r d e s d e sus f u n d a m e n t o s e l A D M I R A B L E
edificio d e n u e s t r a l e g i s l a c i ó n . P a r a l l e v a r á feliz t é r m i n o esta em-
p r e s a , le p r o v e y ó e l S e ñ o r d e u n a u x i l i a r i n t e l i g e n t e , q u e fué EL
P. Juan de Polanco.
E s t e P a d r e , n a t u r a l d e B u r g o s y a d m i t i d o e n la C o m p a ñ í a en 1541,
c o m o m á s l a r g a m e n t e l o e x p l i c a r e m o s á s u t i e m p o , h a b í a terminado
s u s e s t u d i o s e n P a d u a e l a ñ o 1546, y d e s p u é s d e ejercitar un
a ñ o los m i n i s t e r i o s a p o s t ó l i c o s e n Toscana, h a b í a s i d o e l e g i d o secre-
t a r i o d e la C o m p a ñ í a p o r e l s a n t o p a t r i a r c a e n 1547. A u n q u e no po-
d e m o s p r e c i s a r el m e s n i e l d í a e n q u e e m p e z ó á t r a b a j a r e n lo to-
c a n t e á la b u l a , es m u y p r o b a b l e q u e y a e n el m i s m o a ñ o 1547 diese
p r i n c i p i o á la t a r e a o s c u r a , y h a s t a h o y e n t e r a m e n t e desconocida,
de a y u d a r á S a n I g n a c i o e n la c o m p o s i c i ó n d e las Constituciones y
e n p r e p a r a r la b u l a d e J u l i o I I I .
4. T r e s escritos n o s h a n q u e d a d o d e s u m a n o , q u e n o s indican con
a l g u n a c l a r i d a d la p a r t e q u e le c u p o e n 'tan i m p o r t a n t e negocio (2).
Es el p r i m e r o u n a c o l e c c i ó n de c i e n t o s e t e n t a y u n a observaciones
ó p r o p o s i c i o n e s q u e h a c e el P . P o l a n c o p a r a q u e se o r d e n e n en la
C o m p a ñ í a , sin d e t e r m i n a r si d e b e n m e n c i o n a r s e en la b u l a ó prescri-
b i r s e s o l a m e n t e e n las C o n s t i t u c i o n e s . L a s p r o p o n e e n forma de du-
das; p o r e j e m p l o : «Si se h a d e p o n e r e n casa a l g u n a r e g l a para orar
( 1 ) Constituttoñes S. J., latinoe et hispanicae, p . 30U.
(2) L o s d o s p r i m e r o s , r e d a c t a d o s p o r m a n o d e l m i s m o P o l a n c o , s e b a i l a n al prin-
cipio d e l t o m o t i t u l a d o P. Polanci de Instituto, Industríete de Humilitate. E l tercero,
en el Códice A, d e s c r i t o en la o b r a Conttitutiones S. J., latinoe et hispanicae, p. 330
(nota). • deducirse d e esta c i r c u n s t a n c i a : q u e P o l a n c o , al d a r su j u i c i o , n o
0 A p . y i n . — D E S D E QUE FUÉ ELEGIDO GENERAL HASTA SU MUERTE 127
ó meditar, o r d i n a r i a . S i los r e c t o r e s d e los c o l e g i o s h a n d e s e r p r o -
fesos, ó p u e d e n s e r l o ó no.» A l g u n a s v e c e s , d e s p u é s d e la d u d a , es-
cribo Polanco la s o l u c i ó n q u e le o c u r r e ; otras manifiesta i n g e n u a -
mente que n o v e clara la solución; otras n o p o n e n i n g u n a respuesta;
finalmente, e n a l g u n a s cosas indica si c o n v e n d r á d e c i r l o e n las Cons-
tituciones y n o e n la bula, y en q u é f o r m a se p o d r á h a c e r esto. P o r
el poco o r d e n de las cosas, p o r la mezcla algo confusa de lo esencial
con lo accidental, y p o r ciertas m e n u d e n c i a s á q u e d e s c i e n d e , p a r e c e
inferirse q u e este e s c r i t o es la p r i m e r a colección, ó c o m o e n t o n c e s
so decía, silva rernm, q u e se le ofreció á P o l a n c o , c u a n d o n u e s t r o
santo P a d r e le e n c a r g ó p e n s a r e n la b u l a y C o n s t i t u c i o n e s y s u g e r i r l e
lo que se le ofrecía s o b r e a m b o s p u n t o s .
El segundo escrito, q u e se c o n s e r v a e n e l m i s m o v o l u m e n , es m u c h o
más metódico y o r d e n a d o . E n él p r e s c i n d e P o l a n c o casi e n t e r a m e n t e
de las C o n s t i t u c i o n e s , y se aplica á la p r e p a r a c i ó n d e la b u l a . P o r
vía de p r e á m b u l o , establece «las p r o p i e d a d e s q u e d e b e r í a n t e n e r h.s
bulas». Son c u a t r o , q u e el P . S e c r e t a r i o d e c l a r a en estos t é r m i n o s :
íLa primera, q u e sean c u m p l i d a s , t e n i e n d o lo sustancial d e l I n s t i t u t o
de la Compañía, así d e l fin c o m o d e los p r i n c i p a l e s m e d i o s q u e n o
se han de m u d a r . S e g u n d a : q u e sea el m o d o d e d e c i r g e n e r a l , y las
cláusulas p r e ñ a d a s , p o r q u e n o se c i e r r e la p u e r t a á lo q u e p o d r í a
ser conveniente. T e r c e r a : q u e h a y a la c l a r i d a d p o s i b l e , p o r q u e n o
se dé ocasión á d u b i t a c i o n e s ó e s c r ú p u l o s . C u a r t a : s e a n las b u l a s edi-
ticativas p a r a los q u e las l e y e r e n , q u e c o n v i d e n los deseosos d e m u -
cho servir á D i o s , y d e s p i d a n los flacos q u e n o s o n p a r a t a l I n s -
tituto.»
Asentados estos p r i n c i p i o s , t o m a P o l a n c o e n las m a n o s la b u l a d e
Paulo I I I , y e x a m i n a n d o p u n t o p o r p u n t o t o d o lo m a n d a d o e n el r e -
sumen de n u e s t r o I n s t i t u t o q u e e n ella se c o n t i e n e , v a p r o p o n i e n -
do, en forma do dudas, t o d a s las modificaciones ó a d i c i o n e s q u e se le
ofrecen. O r d i n a r i a m e n t e , e n p o s d e la modificación a ñ a d e P o l a n c o
su parecer s o b r e ella. D i s t i n g u e e n la f ó r m u l a d e P a u l o I I I h a s t a
veintinueve p u n t o s , y a u n q u e s o b r e a l g u n o s n a d a se lo ofrece d e
particular, s o b r e o t r o s p r e s e n t a , tal v e z , h a s t a cinco ó seis m o -
dificaciones; de s u e r t e , q u e el n ú m e r o t o t a l d e ellas pasa d e c i e n t o .
Es do s u p o n e r q u e p a r a la r e s o l u c i ó n d e estas dudas y la d i s c u s i ó n
de tantas modificaciones, se t o m a r í a el consejo d e o t r o s P a d r e s q u e
entonces se h a l l a b a n e n R o m a . N o lo dice P o l a n c o , n i n o m b r a á u n o
solo de los P a d r e s c u y o d i c t a m e n se c o n s u l t ó ; p e r o el h e c h o p a r e c e
 128 L1B. I.— FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
h a b l a e n p r i m e r a p e r s o n a , sino s i e m p r e e n t é r m i n o s generales Y
c o n la p a l a b r a v a g a «parece».
E s t u d i a d a c o n m á s d e t e n i m i e n t o la m a t e r i a , y d i s c u t i d o s despacio
t o d o s y cada u n o d e los p u n t o s , r e d a c t ó P o l a n c o e l t e r c e r escrito, en
q u e p r o p o n e c i e n t o d o s modificaciones s o b r e la b u l a d e P a u l o I I I , es-
c r i b i e n d o al p i e d e cada u n a su p a r e c e r y el d e los o t r o s P a d r e s con-
sultados (1). E s t e escrito, así d i g e r i d o y o r d e n a d o , se p r e s e n t ó á San
I g n a c i o , p a r a q u e d i e s e la r e s o l u c i ó n y r e s p u e s t a definitiva sobre cada
u n o d e los p u n t o s . O r d i n a r i a m e n t e , el santo p a t r i a r c a confirma el dic-
t a m e n d e P o l a n c o y d e los o t r o s P a d r e s ; e n a l g u n o s casos da una res-
p u e s t a c o n d i c i o n a l , d i c i e n d o q u e se p r o p o n g a t a l ó cual cosa en la
b u l a , si á los p r á c t i c o s e n l o s n e g o c i o s c u r i a l e s les p a r e c i e r e que se
p u e d e p o n e r . E n a l g u n a s cosas e n q u e P o l a n c o n o se d e c i d e , lo de-
cide I g n a c i o , y t a l c u a l v e z c o n t r a d i c e e l santo á su s e c r e t a r i o . Nota-
r e m o s a l g u n a s d e estas r e s p u e s t a s . La d u d a n o v e n t a y u n a dice así:
«Si se l l a m a r á esta C o n g r e g a c i ó n la C o m p a ñ í a d e J e s ú s ó la Compa-
ñía d e l N o m b r e d e Jesús.» R e s p o n d e P o l a n c o : «Del p r i m e r o modo,
sin p o d e r d e ello d u d a r » ; y a ñ a d e S a n I g n a c i o , confirmando la res-
p u e s t a : «Como está d e c l a r a d o » (2). L a d u d a s é p t i m a está concebida en
estos t é r m i n o s : «Si s e h a d e h a c e r a y u n t a m i e n t o d e la Compañía
p a r a h a c e r las C o n s t i t u c i o n e s p r i m e r a s s o l a m e n t e , ó p a r a cualquier
i n n o v a c i ó n q u e a d e l a n t e s e h a y a d e h a c e r e n ellas.» Á esto responde
P o l a n c o y los P a d r e s c o n s u l t a d o s : « P a r e c e q u e p a r a cualquiera.» No
se c o n f o r m a e l s a n t o p a t r i a r c a c o n este d i c t a m e n , y debajo de esas
p a l a b r a s e s c r i b e las s i g u i e n t e s : «Cuanto á la C o m p a ñ í a p r e s e n t e , ?«-
yative; c u a n t o á la C o m p a ñ í a in posteros, affirmative, así p a r a hacer
C o n s t i t u c i o n e s , ó p a r a c u a l q u i e r a i n n o v a c i ó n , etc.» E n esta decisión
a p a r e c e e l g e n i o d e San I g n a c i o , q u e n o quiso p o n e r e n consulta la
legislación q u e estaba e s c r i b i e n d o , hasta h a b e r l a c o m p l e t a m e n t e re-
d a c t a d o . La e x p e r i e n c i a d e las discusiones d e 1539, y la dificultad
q u e e n t o n c e s h u b o p a r a e s t a b l e c e r t a n sólo u n o s pocos principios
g e n e r a l e s , l e había c o n v e n c i d o , sin d u d a , d e los i n c o n v e n i e n t e s que
lleva consigo e l s i s t e m a p a r l a m e n t a r i o , e n el cual se eternizan Jas
m á s sencillas dificultades. P o r eso a d o p t ó e l c a m i n o t a n razonable
d e e s c r i b i r é l todas las C o n s t i t u c i o n e s , y s o m e t e r l a s después á la
( 1 ) V é a s e e s t e e s c r i t o e n Constituíiones S. J., latinae et hispanicae, p . 3 3 0 .
( 2 ) H e m o s q u e r i d o c i t a r e s t a r e s p u e s t a d e P o l a n c o y d e S a n I g n a c i o , p a r a dar á
e n t e n d e r q u e n o Be d e b e u s a r e s a d e n o m i n a c i ó n d e Compañía del Nombre de Jesús,
q u e f u é e s c r i t a d e b u e n a f e p o r a l g u n o s a n t i g u o s , a u n d e n u e s t r o s P a d r e s , pero que
ha sido repetida con m a l a fe p o r a l g u n o s modernos.
<kj CAP. V I I I . — D E S D E Q U E F U É E L E G I D O GENERAL BASTA SU M U E R T E 129
> aprobación de la C o m p a ñ í a c o n g r e g a d a . Esto es lo m á s n a t u r a l y
prudente, como n o s lo e n s e ñ a la r a z ó n y la e x p e r i e n c i a . E l g e n i o
individual es p a r a c r e a r ; la asamblea p a r a d i s c u t i r . No s e g u i r e m o s
exponiendo otras modificaciones. P u e d e v e r l a s e l l e c t o r e n la o b r a ,
tantas veces citada, Constitittioncs S. J., latinae et hispanicae, p . 330 y
siguientes.
5. Recogidas estas o b s e r v a c i o n e s , y c o n s u l t a n d o sin d u d a el n e g o -
cio con personas e n t e n d i d a s e n el estilo y c o s t u m b r e s d e la c u r i a r o -
mana, rehízose la a p r o b a c i ó n de la C o m p a ñ í a y r e d a c t ó s e la b u l a de
Julio I I I , en la cual se i n c l u y ó la s i g u i e n t e f ó r m u l a y s u m a r i o do
nuestro I n s t i t u t o : « C u a l q u i e r a q u e e n esta C o m p a ñ í a ( q u o d e s e a m o s
que se llame la Compañía d e J e s ú s ) (1) p r e t e n d e a s e n t a r debajo d e l
estandarte de la c r u z , p a r a s e r s o l d a d o d e Cristo y s e r v i r á sola su
Divina Majestad y á su esposa la santa I g l e s i a , so el r o m a n o Pontífice,
Vicario de Cristo e n la t i e r r a , p e r s u á d a s e q u e d e s p u é s d e los t r e s
• votos solemnes de p e r p e t u a castidad, p o b r e z a y o b e d i e n c i a , es y a h e -
cho miembro desta Compañía. La cual es fundada p r i n c i p a l m e n t e
i para emplearse toda e n la defensión y dilatación d e la santa fe cató-
lica, en a y u d a r á las almas e n la vida y d o c t r i n a c r i s t i a n a , p r e d i c a n -
do, leyendo p ú b l i c a m e n t e y e j e r c i t a n d o los d e m á s oficios d e e n s e ñ a r
S. la palabra de Dios, d a n d o los E j e r c i c i o s espirituales, enseñando, á les
: niños y á los i g n o r a n t e s la d o c t r i n a cristiana, o y e n d o las confesiones
de los fieles y m i n i s t r á n d o l e s los d e m á s s a c r a m e n t o s p a r a e s p i r i t u a l
1
consolación de las almas. Y t a m b i é n es instituida p a r a pacificar les
desavenidos, p a r a s o c o r r e r y s e r v i r c o n o b r a s d e c a r i d a d á los p r o -
'. sos do las cárceles y á los e n f e r m o s d e los hospitales, s e g ú n q u e j u z -
=' gáremos ser n e c e s a r i o p a r a la g l o r i a d e Dios y p a r a el b i e n u n i v e r -
sal. Y todo esto h a d e h a c e r g r a c i o s a m e n t e , sin e s p e r a r n i n g u n a
humana paga n i salario p o r su t r a b a j o .
«Procure este tal t r a e r d e l a n t e d e sus ojos t o d o s los días do su
vida á Dios p r i m e r a m e n t e , y l u e g o esta su v o c a c i ó n é I n s t i t u t o , q u e
es camino p a r a i r á Dios, y p r o c u r e alcanzar este alto fin a d o n d e
Dios le llama, cada u n o s e g ú n la g r a c i a c o n q u e lo a y u d a r á el Espí-
ritu Santo, y según el p r o p i o g r a d o d e su v o c a c i ó n . Y p a r a q u e n i n -
guno se guíe p o r su celo p r o p i o , sin ciencia ó d i s c r e c i ó n , s e r á e n
mano del P r e p ó s i t o g e n e r a l , ó d e l p r e l a d o q u e e n c u a l q u i e r t i e m p o
: eligiéremos, ó d e los q u e el p r e l a d o p o n d r á á r e g i r e n su l u g a r , e l
(1) La t r a d u c c i ó n q u e p r e s e n t a m o s es la del P . l ü b a d e n e i r a . Vida de San Igna-
<°, n i , c. x x i . El o r i g i n a l v é a s e en Institutum S. J., t. i, p . 2 3 .
 L1U. 1. — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
130
d a r y s e ñ a l a r á cada u n o el g r a d o y el o ñ c i o q u e lia d e t e n e r y e j e r -
c i t a r e n la C o m p a ñ í a . P o r q u e desta m a n e r a se c o n s e r v a la b u e n ; ! o r -
d e n y c o n c i e r t o q u e en t o d a c o m u n i d a d b i e n r e g i d a es n e r v i n o .
Y este s u p e r i o r , con consejo de sus c o m p a ñ e r o s , t e n d r á a u t e r i d a d
de h a c e r las C o n s t i t u c i o n e s c o n v e n i e n t e s á este fin, t o c a n d o á la ma-
y o r p a r t e de los v o t o s s i e m p r e la d e t e r m i n a c i ó n ; y p o d r á d e c l a r a r
las cosas q u e p u d i e s e n causar d u d a e n n u e s t r o I n s t i t u t o , c o n í - n i j e
e n este s u m a r i o . Y se e n t i e n d a q u e el Consejo q u e so h a d e c o n g r e -
g a r p a r a h a c e r C o n s t i t u c i o n e s ó m u d a r las h e c h a s , y p a r a l a s n t r a -
cosas m á s i m p o r t a n t e s , c o m o sería e n a j e n a r ó d e s h a c e r casas ó c o l e -
gios u n a vez f u n d a d o s , h a de s e r la m a y o r p a r t e de toda la C o m p a -
ñía profesa, q u e sin g r a v e d e t r i m e n t o se p o d r á l l a m a r del P r e p ó s i t o
g e n e r a l , c o n f o r m e á la d e c l a r a c i ó n d e n u e s t r a s Constituciones. Fu
las o t r a s cosas q u e n o son d e tanta i m p o r t a n c i a , p o d r á l i b r e m e n t e
o r d e n a r lo q u e j u z g a r e q u e c o n v i e n e para la g l o r i a de Dios y p a r a el
b i e n c o m ú n , a y u d á n d o s e del consejo de sus h e r m a n o s como l e p a r e -
c e r á , c o m o en las m i s m a s C o n s t i t u c i o n e s se ha de d e c l a r a r . Y t o d o s
los q u e h i c i e r e n p r o f e s i ó n e n esta C o m p a ñ í a se a c o r d a r á n , no s ó l o al
t i e m p o q u e la h a c e n , mas todos los días d e su vida, q u e esta C o m p a -
ñía, y t o d o s los q u e e n ella profesan, son soldados d e Dios q u e m i l i -
t a n debajo d e la fiel o b e d i e n c i a d e n u e s t r o s a n t o P a d r e y S e ñ o r el
papa P a u l o I I I y los o t r o s r o m a n o s Pontífices sus sucesores.
»Y a u n q u e el E v a n g e l i o n o s enseña, y p o r la fe católica conocemos
y f i r m e m e n t e c r e e m o s , q u e t o d o s los fieles de Cristo son sujetos al
r o m a n o Pontífice, c o m o á su Cabeza y c o m o á V i c a r i o do Jesucristo;
p e r o p o r n u e s t r a m a y o r d e v o c i ó n á la o b e d i e n c i a d e la S e d e apostó-
lica, y p a r a m a y o r a b n e g a c i ó n d e n u e s t r a s p r o p i a s v o l u n t a d e s , y para
s e r más s e g u r a m e n t e e n c a m i n a d o s del E s p í r i t u S a n t o , h e m o s juzgado
q u e e n g r a n d e m a n e r a a p r o v e c h a r á q u e c u a l q u i e r a de nosotros, y
los q u e de h o y en a d e l a n t e h i c i e r e n la m i s m a p r o f e s i ó n , demás de
los t r e s v o t o s c o m u n e s , nos o b l i g u e m o s con este v o t o particular,
q u e o b e d e c e r e m o s á t o d o lo q u e n u e s t r o Santo P a d r e q u e hoy es, y
los q u e p o r t i e m p o f u e r e n P o n t í f i c e s r o m a n o s , n o s m a n d a r e n p a r a
el p r o v e c h o de las almas y a c r e c e n t a m i e n t o de la fe. É iremos sin
t a r d a n z a ( c u a n t o será d e n u e s t r a p a r t e ) á c u a l e s q u i e r provincias
d o n d e n o s e n v i a r e n , sin r e p u g n a n c i a n i e x c u s a r n o s , a h o r a nos e n v í e n
á los t u r c o s , a h o r a á c u a l e s q u i e r o t r o s infieles, a u n q u e sean en te
p a r t e s q u e l l a m a n I n d i a s , a h o r a á los h e r e j e s y c i s m á t i c o s , ó á cua-
l e s q u i e r católicos c r i s t i a n o s .
» P o r lo c u a l , los q u e h a n d e v e n i r á n u e s t r a C o m p a ñ í a , antes de
CAP. V I I I . — D E S D E QUE L-'DÉ ELEGIDO GENERAL HASTA SD MUERTE 131
echar sobro sus espaldas esta carga del Señor, c o n s i d e r e n m u c h o y
por largo t i e m p o si se h a l l a n con t a n t o caudal d e b i e n e s e s p i r i t u a l e s ,
que puedan d a r fin á la fábrica de esta t o r r e , c o n f o r m e al consejo
del Señor. C o n v i e n e á s a b e r : si el E s p í r i t u S a n t o , q u e los m u e v e , les
promete tanta g r a c i a , q u e e s p e r e n c o n su favor y a y u d a l l e v a r el
peso dcsta v o c a c i ó n . Y d e s p u é s q u e c o n la d i v i n a i n s p i r a c i ó n h u b i e -
ren asentado debajo desta b a n d e r a de J e s u c r i s t o , d e b e n estar d e día
y de noche a p a r e j a d o s p a r a c u m p l i r con esta obligación. Y p o r q u e
no pueda e n t r a r e n t r e n o s o t r o s la p r e t e n s i ó n ó la excusa destas m i -
siones ó cargos, e n t i e n d a n t o d o s q u e n o h a n de n e g o c i a r cosa a l g u n a
deltas, ni p o r sí n i p o r o t r o s , con el r o m a n o P o n t í f i c e , sino d e j a r
este cuidado á Dios y al papa, c o m o á su Vicario, y al s u p e r i o r d e la
Compañía. £ 1 cual t a m p o c o n e g o c i a r á p a r a s u p e r s o n a c o n el P o n t í -
lice sobre el ir ó n o i r á alguna m i s i ó n , si n o fuese con consejo d e
la Compañía.
Hagan t a m b i é n t o d o s v o t o , q u e en todas las cosas q u e p e r t e n e c i e -
ren á la g u a r d a desta n u e s t r a r e g l a s e r á n o b e d i e n t e s al P r e p ó s i t o d e
la Compañía. P a r a el cual c a r g o se e l e g i r á p o r la m a y o r p a r t e de los
votos (como se d e c l a r a en las Constituciones) el q u e t u v i e r e p a r a ello
más partes, y él t e n d r á t o d a a q u e l l a a u t o r i d a d y p o t e s t a d s o b r e la
Compañía, q u e c o n v e n d r á p a r a la b u e n a a d m i n i s t r a c i ó n y g o b i e r n o
della. Y m a n d e lo q u e v i e r e ser á p r o p ó s i t o p a r a c o n s e g u i r el fin
que Dios y la Compañía le p o n e n d e l a n t e . Y e n su p r e l a c i a se a c u e r -
de siempre d e la b e n i g n i d a d , y m a n s e d u m b r e , y c a r i d a d d e Cristo, y
del dechado q u e n o s d e j a r o n San P e d r o y San P a b l o . Y así él c o m o
los que t e n d r á p a r a su consejo, p o n g a n s i e m p r e los ojos e n este d e -
chado. Y t o d o s los s u b d i t o s , así p o r los g r a n d e s frutos de la b u e n a
orden, como p o r el m u y loable ejercicio d e la c o n t i n u a h u m i l d a d ,
sean obligados en t o d a s las cosas q u e p e r t e n e c e n al I n s t i t u t o d e la
Compañía, n o sólo á o b e d e c e r s i e m p r e al P r e p ó s i t o , mas á r e c o n o -
cer en él c o m o p r e s e n t e á C r i s t o , y á r e v e r e n c i a r l e c u a n t o con-
viene.
»Y p o r q u e h e m o s e x p e r i m e n t a d o q u e a q u e l l a v i d a es más suave,
y más p u r a , y más a p a r e j a d a p a r a edificar al p r ó j i m o , q u e más se
aparta de la avaricia, y m á s se allega á la p o b r e z a e v a n g é l i c a , y p o r -
que sabemos q u e J e s u c r i s t o n u e s t r o S e ñ o r p r o v e e r á de las cosas n e -
cesarias p a r a el c o m e r y v e s t i r á s u s s i e r v o s q u e b u s c a n s o l a m e n t e
el reino del c i e l o , q u e r e m o s q u e de tal m a n e r a h a g a n t o d o s el v o t o
de la pobreza, q u e n o p u e d a n los p r o f e s o s , n i sus casas ó iglesias, n i
en común n i en p a r t i c u l a r , a d q u i r i r d e r e c h o civil a l g u n o p a r a t e n e r
 132 LIB. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
ó p o s e e r n i n g u n o s p r o v e c h o s , r e n t a s ó p o s e s i o n e s , n i o t r o s nin-.-anns
b i e n e s r a í c e s , fuera d e lo q u e p a r a su p r o p i a h a b i t a c i ó n y N I rada
fuese c o n v e n i e n t e , sino q u e se c o n t e n t e n con lo q u e les fuere dado
en c a r i d a d p a r a el uso n e c e s a r i o d e la vida. Mas p o r q u e las cas i que
Dios n o s d i e r e so h a n de e n d e r e z a r p a r a t r a b a j a r en su viña ayu-
d a n d o á los p r ó j i m o s , y n o p a r a e j e r c i t a r los e s t u d i o s ; y p o r q u , por
o t r a p a r t e , p a r e c e m u y c o n v e n i e n t e , q u e a l g u n o s de los m a n c e b a en
q u i e n se v e d e v o c i ó n y b u e n i n g e n i o p a r a las letras, se apa ojén
p a r a ser o b r e r o s de la m i s m a viña del S e ñ o r , y sean c o m o seminario
de la Compañía profesa, q u e r e m o s q u e p u e d a la C o m p a ñ í a pe-do-a,
p a r a la c o m o d i d a d de los e s t u d i o s , t e n e r colegios de estudiantes
d o n d e q u i e r a q u e a l g u n o s se m o v i e r e n p o r su d e v o c i ó n á edilb arles
y d o t a r l o s , y s u p l i c a m o s q u e p o r el m i s m o caso q u e fueren edi lica-
dos y d o t a d o s , se t e n g a n p o r fundados con la a u t o r i d a d aposi'dieu.
Y estos colegios p u e d a n t e n e r r e n t a s , y c e n s o s , y p o s e s i o n e s , para
q u e dellas v i v a n y se s u s t e n t e n los e s t u d i a n t e s , q u e d a n d o al Prepó-
sito ó á la Compañía t o d o el g o b i e r n o y s u p e r i n t e n d e n c i a de l.* di-
c h o s colegios y estudiantes, c u a n t o á la elección de los rectores, y
g o b e r n a d o r e s , y e s t u d i a n t e s , y c u a n t o al a d m i t i r l o s y despedirlos,
p o n e r l o s y q u i t a r l o s , y c u a n t o á h a c e r l e s y o r d e n a r l e s constituciones
y reglas, y c u a n t o al i n s t i t u i r , y e n s e ñ a r , y edificar, y castigar á los
e s t u d i a n t e s , y c u a n t o al m o d o d e p r o v e e r l o s de c o m e r y vestir;?
c u a l q u i e r a o t r o g o b i e r n o , d i r e c c i ó n y c u i d a d o , de tal m a n e r a , que
n i los e s t u d i a n t e s p u e d a n u s a r m a l de los dichos b i e n e s , n i la Com-
pañía profesa los p u e d a a p l i c a r p a r a su uso p r o p i o , sino sólo para
s o c o r r e r á la n e c e s i d a d de los e s t u d i a n t e s . Y estos estudiantes deben
d a r tales m u e s t r a s de v i r t u d y i n g e n i o , quo con razón se espere que
acabados los estudios, s e r á n aptos p a r a los m i n i s t e r i o s de la Compa-
ñía. Y así c o n o c i d o su a p r o v e c h a m i e n t o e n e s p í r i t u y en letras, y he-
chas sus p r o b a c i o n e s b a s t a n t e s , p u e d a n s e r a d m i t i d o s en nuestra
C o m p a ñ í a . Y t o d o s los p r o f e s o s , p u e s h a n do ser s a c e r d o t e s , sean
o b l i g a d o s á d e c i r el oficio d i v i n o s e g ú n el uso c o m ú n de la Iglesia,
m a s n o en c o m ú n , n i on el c o r o , sino p a r t i c u l a r m e n t e . Y en ol comer
y vestir, y las d e m á s cosas e x t e r i o r e s s e g u i r á n el u s o c o m ú n y apro-
b a d o de los h o n e s t o s s a c e r d o t e s , p a r a q u e lo q u e desto se quitare
cada u n o , ó p o r necesidad, ó p o r deseo de su e s p i r i t u a l aprovecha-
m i e n t o , lo ofrezcan á Dios c o m o s e r v i c i o r a c i o n a b l e do sus cuerpos,
n o d e o b l i g a c i ó n , sino do d e v o c i ó n .
«Estas son las cosas q u e , p o n i é n d o l a s debajo del beneplácito de
n u e s t r o Santo P a d r e P a u l o LII y d e la S e d e apostólica, hemos po-
CAF. V I I I . — D E S D E QUE F U É ELEGIDO GENERAL HASTA S ü MUERTE 133
dido declarar c o m o e n u n b r e v e r e t r a t o de a q u e l l a n u e s t r a p r o f e -
sión, el cual r e t r a t o h e m o s a q u í p u e s t o p a r a i n f o r m a r c o m p e n d i o s a -
mente, así á los q u e n o s p r e g u n t a n de n u e s t r o I n s t i t u t o y m o d o de
vida, como t a m b i é n á n u e s t r o s s u c e s o r e s , si Dios fuero s e r v i d o de
enviar a l g u n o s q u e q u i e r a n e c h a r p o r este n u e s t r o c a m i n o . E l cual,
porque h e m o s e x p e r i m e n t a d o q u e t i e n e m u c h a s y g r a v e s dificulta-
des, nos ha p a r e c i d o t a m b i é n o r d e n a r q u e n i n g u n o sea a d m i t i d o á
la profesión en esta Compañía, si su v i d a y d o c t r i n a n o fuere p r i m e r o
conocida con d i l i g e n t í s i m a s p r o b a c i o n e s d e l a r g o t i e m p o , c o m o e n
las Constituciones se d e c l a r a r á . P o r q u e á la v e r d a d , este I n s t i t u t o
pide h o m b r e s del t o d o h u m i l d e s y p r u d e n t e s en C r i s t o , y señalados
e n la pureza d e la vida cristiana y en las l e t r a s . Y a u n los q u e se h u -
bieren de a d m i t i r p a r a c o a d j u t o r e s , así e s p i r i t u a l e s c o m o t e m p o r a -
les, y para e s t u d i a n t e s , n o se r e c i b i r á n sino m u y b i e n e x a m i n a d o s y
hallándose i d ó n e o s p a r a este m i s m o fin de la Compañía. Y t o d o s
estos coadjutores y e s t u d i a n t e s , d e s p u é s de las suficientes p r o b a c i o -
nes, y del t i e m p o q u e se señalará en las Constituciones, sean obliga-
dos, para su d e v o c i ó n y m a y o r m é r i t o , á h a c e r sus v o t o s , p e r o n o
solemnes (si n o fuere a l g u n o s q u e p o r su d e v o c i ó n y p o r la calidad
de sus p e r s o n a s , con licencia del P r e p ó s i t o g e n e r a l , p o d r á n h a c e r
estos tres v o t o s s o l e m n e s ) ; mas h a r á n los v o t o s de tal m a n e r a , q u e
los obliguen t o d o el t i e m p o q u e el P r e p ó s i t o g e n e r a l j u z g a r e q u e
conviene t e n e r l o s , c o m o se d e c l a r a más c o p i o s a m e n t e en las Consti-
tuciones desta C o m p a ñ í a de J e s ú s : al cual s u p l i c a m o s t e n g a p o r b i e n
de favorecer á estos n u e s t r o s flacos p r i n c i p i o s , á gloria de Dios P a -
dre, al cual se dé s i e m p r e h o n o r e n todos los siglos, amén.»
6. Después de c o p i a r esta f ó r m u l a de n u e s t r o I n s t i t u t o , el papa,
considerando cpie n a d a bajeen ella q u e n o sea pío y santo, a p r u e b a y
confirma la Compañía, t o m a n d o á t o d o s y cada u n o d e sus i n d i v i d u o s
bajo la especial p r o t e c c i ó n de la Sede apostólica. F i r m ó s e esta b u l a
el 21 de J u l i o de 1550. C o m p a r a d a esta a p r o b a c i ó n con la de P a u -
lo III, se v e q u e le h a c e n o t a b l e s ventajas. A n t e t o d o a d v e r t i m o s
que en la p r i m e r a b u l a sólo se l l a m a b a s o l e m n e al v o t o de castidad,
y aunque se n o m b r a b a n los o t r o s dos de p o b r e z a y obediencia, n o se
declaraba si e r a n s o l e m n e s ó s i m p l e s . E n ésta de J u l i o I I I se lla-
man solemnes á los t r e s v o t o s de p o b r e z a , castidad y o b e d i e n c i a .
Verdad es q u e n o d e t e r m i n a la b u l a c u á n d o y p o r q u i é n e s d e b e n
emitirse estos v o t o s , p e r o y a en ellos a p a r e c e claro el c a r á c t e r d e la
Compañía profesa. P o c o m á s abajo se e n u n c i a q u e el v o t o especial
de obedecer al papa, en lo q u e toca á las m i s i o n e s , p e r t e n e c e á los

134 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
profesos, cosa o m i t i d a en la b u l a do P a u l o I I I . E l fin do la Compañía
y los m e d i o s a d o p t a d o s p a r a c o n s e g u i r l o están algo más claros n la
s e g u n d a b u l a . E n ésta se explica el m o d o de e l e g i r P r e p ó s i t o g e n e -
ral, ad piltra vota, p o r la C o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , q u e d e b e componer*'
d e la m a y o r p a r t e de la C o m p a ñ í a profesa. O t r a de las cosas ya i n s i -
n u a d a s en la p r i m e r a b u l a , p e r o p e r f e c t a m e n t e d e c l a r a d a en é s ¡ i ,
el g o b i e r n o p a r t i c u l a r d e la C o m p a ñ í a , q u e consiste en p o m a ' e n
m a n o s del P . G e n e r a l el g o b i e r n o s u p r e m o y la r e s o l u c i ó n d e i i n i l i v a
de t o d o , e x c l u y e n d o el sistema capitular, usado h a b i t u a l m e n t e n i las
o t r a s r e l i g i o n e s . La o b e d i e n c i a q u e los s u b d i t o s d e b e n al s u p e r i o r
e s t a r n a s c l a r a m e n t e d e t e r m i n a d a e n esta s e g u n d a bula. E n e l l a se
indica la razón p r i m e r a de fundar c o l e g i o s , y do q u e éstos t u v i e s " i i
en c o m ú n r e n t a s y p o s e s i o n e s , y es n o el deseo de i n s t r u i r y c u n e a r
á los n i ñ o s s e g l a r e s , sino la n e c e s i d a d de f o r m a r á los j ó v e n e s y a ad-
m i t i d o s en la Compañía. P u e s c o m o éstos d e b e n aplicarse con toda
d i l i g e n c i a al e s t u d i o , es i n d i s p e n s a b l e q u e t e n g a n a s e g u r a d o e l >u-
t e n t o y v e s t i d o , p a r a q u e n o gasten u n t i e m p o p r e c i o s o en p e d i r l i -
m o s n a y en b u s c a r r e m e d i o á las n e c e s i d a d e s o c u r r e n t e s . Lo ú l t i m o
s o b r e q u e l l a m a m o s la a t e n c i ó n de n u e s t r o s lectores, os la d i s t i n c i ó n
de g r a d o s y los v o t o s s i m p l e s d e los c o a d j u t o r e s y escolares, c o s í ?
a m b a s e n t e r a m e n t e o m i t i d a s en la b u l a de P a u l o I I I . E n ésta s e n o m -
b r a á los profesos de c u a t r o v o t o s , á los de t r e s v o t o s , á los coadju-
t o r e s formados, así e s p i r i t u a l e s c o m o t e m p o r a l e s , y, finalmente, á los
escolares, y á todas estas clases las toma el p a p a bajo su inmediata y
especial p r o t e c c i ó n .
F u é , p u e s , este d o c u m e n t o pontificio u n v e r d a d e r o p r o g r e s o en la
fundación de la C o m p a ñ í a , p u e s en él se p r e c i s a r o n de tal modo los
c a r a c t e r e s y l i n e a m e n t o s de la O r d e n , q u e ya e r a i m p o s i b l e desviarla
de su fin sin d e s t r u i r l a e n t e r a m e n t e . E n esta b u l a v e m o s bien d e f i -
n i d o s , así el fin q u e p r e t e n d e la Compañía, c o m o los m e d i o s principa-
les q u e e m p l e a p a r a c o n s e g u i r l o ; se especifican los d i v e r s o s géneros
de p e r s o n a s de q u e se c o m p o n e este c u e r p o r e l i g i o s o , se enuncian
l o s v í n c u l o s q u e los u n e n e n t r o sí, c o m o son la d i v e r s i d a d de v o t o s
r e l i g i o s o s , y se establece el m o d o de g o b i e r n o con q u e esta milicia
d e b e r e g i r s e p a r a p e l e a r las batallas d e l S e ñ o r . No es maravilla que
la q u i n t a C o n g r e g a c i ó n g e n e r a l d e c l a r a s e sustanciales todas las cosas
e x p r e s a d a s e n la b u l a de J u l i o I I I , y q u e ésta h a y a sido siempre m i -
r a d a c o m o la p i e d r a a n g u l a r do n u e s t r o I n s t i t u t o .
7. Al m i s m o t i e m p o q u e se p r e p a r a b a este n o t a b l e d o c u m e n t o pon-
tificio, trabajaba I g n a c i o sin t r e g u a n i descanso en la composición de
_ vil!.—DESDE OUE FUÉ ELEGIDO GENERAL HASTA SD MUERTE 135
C A P
las Constituciones. E m p e z ó l a s e l a ñ o 1547 (1), y d u r a n t e t r e s años
continuó esta g l o r i o s a t a r e a . A d v i r t i e n d o lo d e l i c a d o q u e d e b í a s e r
siempre el n e g o c i o d e a d m i t i r sujetos e n la Compañía, f o r m ó u n l i b r o
preliminar a p a r t e , q u e llamó Examen, p a r a p r e c i s a r t o d o lo p o s i b l e
este punto i m p o r t a n t e de las C o n s t i t u c i o n e s . E n este l i b r o establece
Ignacio las c o n d i c i o n e s q u e d e b e t e n e r t o d a a s p i r a n t e á la Compa-
ñía, los i m p e d i m e n t o s p a r a e n t r a r en ella, las p r e g u n t a s q u e d e b e n
dirigirse al n o v i c i o , las v i r t u d e s r e l i g i o s a s c u y a p r á c t i c a se le d e b e
proponer, las p r u e b a s p o r d o n d e d e b e pasar, etc., etc. E x t r a ñ a á p r i -
mera vista, p e r o p r o f u n d a s a b i d u r í a la de n u e s t r o santo P a d r e , q u i e n
escribió m á s a c e r c a d e la a d m i s i ó n d e u n n o v i c i o , q u e s o b r e la elec-
ción del G e n e r a l d e toda la Compañía. No se m a r a v i l l a r á n de tal p r o -
ceder los q u e s e p a n eme á esta p r u d e n t e c i r c u n s p e c c i ó n e n a d m i t i r
sujetos, se d e b e e n g r a n p a r t e el c o n s e r v a r s e la Compañía e n el v i g o r
de su o b s e r v a n c i a r e l i g i o s a (21. E n los t r e s años d e 1547 á 1550 c o m -
puso I g n a c i o la p r i m e r a r e d a c c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s , c u y o t e x t o
ha sido i m p r e s o p o r p r i m e r a vez en n u e s t r o s días en la e d i c i ó n m o -
numental Consiitittiones S. J. latinae et hispanicae, p p . 365-418.
Cuando h u b o t e r m i n a d o su o b r a , llamó I g n a c i o á R o m a á los p r i -
meros c o m p a ñ e r o s q u e aun vivían y p o d í a n c o n c u r r i r , y con-
vocó además á o t r o s P a d r e s i n s i g n e s q u e y a h a b í a n e n t r a d o en la
Compañía, p a r a q u e t o d o s e x a m i n a s e n lo q u e él había escrito y
le diesen con toda l i b e r t a d su p a r e c e r . No p o d e m o s d e t e r m i n a r
todos los P a d r e s q u e fueron llamados p a r a esto. P o r las Ephcnicri-
f'cs del P . Nadal s a b e m o s q u e en 1550 se h a l l a b a n e n R o m a con
San I g n a c i o los P a d r e s L a í n e z , S a l m e r ó n (3), M i o n a , F r u s i o y P o -
(1) Así n o s lo d i c e el P . N a d a l , q u e e s t a b a e n t o n c e s en R o m a : dCoustittttiones iu-
ci/iit serio componere P. Ignatius.v Epistnhíe P. Nadal, t. I I , p . 2 .
(2) Dos e j e m p l a r e s d e l Examen p o s e e m o s . El u n o , q u e p a r e c e e s c r i t o en tiempo
de Paulo I I I , e s t á en el t o m o t i t u l a d o 3íiscellanea de Constitutionibus. O c u p a 57 f o -
lios y t i e n e c u a t r o c o r r e c c i o n e s m a r g i n a l e s d e l e t r a d e S a n Ignacio. P o r el primer
período se v e q u e a u n v i v í a P a u l o I I I , y p r o b a b l e m e n t e n o h a b í a d a d o la b u l a de
1543, p u e s sólo se c i t a la d e 1 5 4 0 . Faltan dos i m p e d i m e n t o s esenciales, el del
vínculo m a t r i m o n i a l y el d e l a locura, q u e v e m o s en el t e x t o d e f i n i t i v o d e l Exame?/.
l'or otros p a s a j e s p a r e c e i n f e r i r s e con b a s t a n t e c l a r i d a d q u e este e s c r i t o es el primer
embrión del Examen, d e l c u a l p r o c e d i ó la r e d a c c i ó n d e f i n i t i v a , que parece haberse
terminado e n t r e la m u e r t e d e P a u l o I I I y la b u l a d e J u l i o I I I , es d e c i r , e n t r e el 19
de N o v i e m b r e d e 154& y el 2 1 d e J u l i o d e 1 5 5 0 . E s t e s e g u n d o e j e m p l a r , c u y o texto
es el definitivo, se baila al p r i n c i p i o del Codex B. ( V é a s e Constitutiones S. J. latinae
<"l hispanicae, p . 12.)
(3) N o e s t a b a en l i o r n a S a l m e r ó n , s i n o e n A l e m a n i a , e s t e a ñ o 1 5 5 0 , c o m o s e i n -
fiere del t e x t o d e P o l a n c o , q u e l u e g o c o p i a m o s ; p e r o l l e g ó á la C i u d a d E t e r n a por
 13G LIB. I . — FUNDACIÓN DI5 LA COMPAÑÍA CAr. V I I I . — D F S D E QUE FUÉ ELEGIDO GENERAL HASTA SU MUERTE 137

lanco (1). P o r O c t u b r e de este m i s m o año llegó á R o m a San Fran- Ignacio en los ú l t i m o s años de su v i d a , y se o b s e r v a r á , q u e la r a z ó n
cisco de B o r j a , e n h á b i t o todavía de d u q u e , c o m o en su T I E M P O suprema que a d u c e p a r a c o n c e d e r ó n e g a r u n a cosa, es q u e sea con-
v e r e m o s , y con él los P a d r e s A r a o z , O v i e d o , M i r ó n , Estrada, Pojas. forme ó c o n t r a r i a á las C o n s t i t u c i o n e s .
T a b l a r e s y Manuel de Sa, ol cual n o era aún s a c e r d o t e . T r e s nn-sis No las dejó d e la m a n o el s a n t o p a t r i a r c a e n los pocos años q u e
d e s p u é s l l e g ó d e P o r t u g a l el P . S i m ó n R o d r í g u e z , acompañado DEL aún vivió. Con las dudas q u e le p r o p o n í a n , con las o b s e r v a c i o n e s
P . A n t o n i o B r a n d ó n (2). C r e e m o s q u e a d e m á s de estos P a d r e s d e b i e - que se le e n v i a b a n d e d i v e r s a s p a r t e s , c o n las p r e g u n t a s q u e le d i r i -
r o n c o n c u r i r á R o m a a l g u n o s más, p r i n c i p a l m e n t e d e los que vivían gían varios P a d r e s p r u d e n t í s i m o s e n R o m a , iba t o m a n d o ocasión de
e n Italia. E x a m i n a r o n estos h o m b r e s el c ó d i g o d e I g n a c i o , y B U L O S aclarar las i d e a s , d e p r e c i s a r las p a l a b r a s y de a n o t a r con n u e v a s d e -
a d m i r a r o n la s a b i d u r í a del santo f u n d a d o r , y a p r o b a r o n de lleno las claraciones el t e x t o , ya escrito y p r o m u l g a d o e n la C o m p a ñ í a . De
C o n s t i t u c i o n e s (3). A l g u n o s d e ellos h i c i e r o n v a r i a s advertencias y este m o d o , c o m o o b s e r v a el P . La T o r r e (1), se p u e d e n d i s t i n g u i r
e s c r i b i e r o n o b s e r v a c i o n e s , ninguna- de las cuales tocaba en lo .sus- tres textos ó r e d a c c i o n e s d e las C o n s t i t u c i o n e s . E l p r i m e r t e x t o es
tancial, n i m u c h o m e n o s , del I n s t i t u t o (1). el quo c o m p u s o I g n a c i o en el t r i e n i o de 1547 á 1550. E l s e g u n d o es
8. R e c o g i ó l a s el santo, y e n los dos años d e 1550 á 1552, rehizo las el que rehizo, con las o b s e r v a c i o n e s de los P a d r e s , en los dos años
C o n s t i t u c i o n e s , i n t r o d u c i e n d o varias c o r r e c c i o n e s y e n m i e n d a s , aña- 1551 y 1552, t e x t o q u e l u e g o se p r o m u l g ó p o r t o d a la C o m p a ñ í a . F i -
d i e n d o n o pocas d e c l a r a c i o n e s , y p r e c i s a n d o más lo q u e en el p r i m e r nalmente, el t e r c e r o es el q u e dejó á la h o r a de la m u e r t e . E s t e úl-
t e x t o podía p a r e c e r indeciso ú o s c u r o . C o n c l u i d a la r e v i s i ó n , dis- timo difiere p o c o d e l a n t e c e d e n t e , sino es p o r la m a y o r claridad e n
p u s o el santo q u o las C o n s t i t u c i o n e s fuesen p r o m u l g a d a s en KUI-OJKI los conceptos y a l g u n a más p r e c i s i ó n e n las p a l a b r a s .
p o r el P . J e r ó n i m o Nadal, y e n la I n d i a p o r el P . A n t o n i o d e Cuadros. 9. Y ¿qué auxilios h u m a n o s t u v o el g l o r i o s o p a t r i a r c a p a r a e j e c u t a r
A d v i r t i ó , sin e m b a r g o , á la C o m p a ñ í a , quo con a q u e l l a promulga- una obra tan g r a n d e y al m i s m o t i e m p o tan o r i g i n a l ? ¿ P o n d r í a la
c i ó n n o e n t e n d í a c o m u n i c a r fuerza de ley á las C o n s t i t u c i o n e s , p u e s vista en alguna otra o r d e n r e l i g i o s a q u e le s i r v i e r a de m o d e l o p a r a
esto lo debía h a c e r la C o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , sino s o l a m e n t e p o n e r - formar la s u y a ? Al c o n t r a r i o , la C o m p a ñ í a d e b í a r e g i r s e p o r p r i n c i -
las en p r á c t i c a p o r vía de ensayo, trizóse la p r o m u l g a c i ó n con ma- pios y c o s t u m b r e s e n t e r a m e n t e d i s t i n t o s d e lo usado hasta e n t o n c e s .
cha felicidad, c o m o d e s p u é s v e r e m o s ; y a u n q u e e n t e o r í a las Cons- ¿Habría h e c h o a l g ú n e s t u d i o c o m p a r a t i v o d e los d i v e r s o s i n s t i t u t o s
t i t u c i o n e s de I g n a c i o n o oran a ú n l e y e s , en r e a l i d a d t o d o s se re- religiosos quo le p r e c e d i e r o n ? Ni p o r p i e n s o . No s a b e m o s q u e San
g í a n p o r ellas c o m o si lo fuesen. Léanse con a t e n c i ó n las cartas de Ignacio estudiase sino la c a r r e r a eclesiástica, tal c o m o e n t o n c e s se
estudiaba. P e r o al m e n o s , ¿ h a b r í a leído las c r ó n i c a s de o t r a s ó r d e n e s
E n e r o d e 1 5 5 1 , d e c a m i n o p a r a Ñ a p ó l e s , y en el b r e v e t i e m p o q o e se d e t u v o , ley >
l a s C o n s t i t u c i o n e s é hizo a l g u n a s a d v e r t e n c i a s . ( V é a s e el m i s m o P o l a n c o , IPisloriu más antiguas? No n o s consta q u e leyese n i n g u n a , y si h e m o s d e d a r
S. J., t. n , p . 1 6 3 ) N o es m a r a v i l l a q u e N a d a l p a d e c i e s e esta p e q u e ñ a equivocación, crédito al dicho del P . D u c o u d r a y (2), n u e s t r o s a n t o , m i e n t r a s escri-
p o r q u e e n t o n c e s se h a l l a b a en Sicilia. bía las Constituciones, n o solía t e n e r e n s u c u a r t o m á s l i b r o s q u e el
( 1 ) Epistolae P. Nuri al, t. u , p . 5.
misal.
( 2 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 5 1 5 .
( 3 ) Fuerunt a P. Ignatio constituí/oves, qnas confecerat. et diligenter Jhmino com- El Espíritu S a n t o fué el p r i n c i p a l m a e s t r o d e I g n a c i o . B i e n c l a r o
mendaveral, antiquioribus Patribus propositar, ut si quid ipsis inmentem. reniret tul- lo conoceríamos, si se c o n s e r v a r a la r e l a c i ó n de las luces i n t e r i o r e s ,
denclum, reí deiruhendum, vel immutandam, Palri Ignatio svggcrerent; Mae lau.i'n de las visiones altísimas y d e las g r a c i a s s i n g u l a r e s q u e en el s e c r e t o
Patribus valde probatae fuerunt. Non aderant omnes antiqui Paires stiperslitcs, t/itiu
variis inregionihus et oceupaliombus distinebantur, etidioqui rices sitas Palrt Igna- ( 1 ) Ibid. Praefalio.
tio ad eas conficiendas jam commiserant, ut ex enrum suliscriptionibus consto!. Itoipte- (-) <iCum scribebat Constituciones nullum librum tenebatin cubículo pro totis septem
nec P. Claudius,nec P. Alpltonsus Salmerón ex Germania tune rocati fueran!, nec meiwbus quibus ei servívit praeter missale.t Hemorie varié circa S. Jgna~io, f. 1 2 7 .
P. Paschasius Bononia, nec P. Bobadilla ex Calabria. P. Simón ex Portugallia w>» Este Padre s a b o y a n o , a d m i t i d o p o r S a n I g n a c i o en la C o m p a ñ í a el a ñ o 154G (Vid. P o -
Jioc sedsequenti anuo pervenit, et lam Ule quam alii abscnt.es, sicut et praesenles alu, lanco, fíist. S. 1., t . i , p . 1 6 9 ) , despué.-i d e v i v i r d o s a ñ o s al lado d e l s a n t o f u n d a -
cum eas vidissent, probaverunt.it P o l a n c o , llist. S. J., u , p . 14. dor, fué e n v i a d o á Sicilia y d e j ó g r a t o r e c u e r d o p o r s u s v i r t u d e s y a m e n i d a d d e i n -
( 4 ) A l g u n a s d e é s t a s se h a n c o n s e r v a d o y p u e d e n v e r s e i m p r e s a s e n ConsCdutio- genio. A él se d e b e la t r a d u c c i ó n l a t i n a d e la b i o g r a f í a del s a n t o p o r el P . C á m a r a .
nes S. J. latinae et hispanicae, p p . 3 3 7 - 3 4 0 . Su nombre es m á s c o n o c i d o p o r l a f o r m a l a t i n a Coudretto.

.138 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
de su corazón r e c i b i ó m i e n t r a s escribía las C o n s t i t u c i o n e s . U n a par-
t e c i t a se h a salvado d e esa r e l a c i ó n , y es el c u a d e r n o e n q u e oí s m i o
a p u n t ó los s e n t i m i e n t o s d e su a l m a en los c u a r e n t a días q u e d e l i b e r ó
en la p r e s e n c i a d e Dios s o b r e si t e n d r í a n r e n t a las iglesias d e l a - ca-
sas p r o f e s a s (1). P o r esto e s c r i t o so infiere las f e r v o r o s a s o r a r i , m . \ <
q u e hacía el s a n t o y las c o n t i n u a s l á g r i m a s q u e d e r r a m a b a p a r a ob-
t e n e r do Dios el a c i e r t o . P u e s si tanto trabajo le costó u n solo p u n t e
n o el m á s i n t e r e s a n t e , de n u e s t r o I n s t i t u t o ; si t a n t o se le c o m u n i c ó
el S e ñ o r e n esos d í a s , i m a g í n e s e e l lector lo q u e el santo h a r í a y lo
q u e Dios le c o m u n i c a r í a e n tantos años c o m o e m p l e ó e n redactar las
Constituciones.
«El m o d o q u e g u a r d a u a [ I g n a c i o ] , dice el P . Cámara, q u a n d o
hazia las C o n s t i t u c i o n e s , e r a d e c i r cada d í a missa y representar el
p u n t o q u e t r a t a u a á D i o s , y h a z e r o r a c i ó n s o b r e e l , y s i e m p r e decía
la misa y o r a c i ó n c o n l á g r i m a s - ('2). A q u í t e n e m o s el s e c r e t o de t o d o
lo q u e e s c r i b i ó n u e s t r o santo P a d r e . Mucha o r a c i ó n , m u c h a s lágri-
m a s , m u c h a s m i s a s , m u c h o t r a t o con Dios: este fué el p r i n c i p i o y
o r i g e n d e todas sus ideas.
10. P o r lo q u e llovamos e x p u e s t o se v e q u e la fundación d e l a Com-
pañía a b s o r b i ó toda la v i d a d e I g n a c i o d e s d e q u e se c o n s a g r ó a l ser-
vicio d e Dios. R e s u m i e n d o los pasos p o r d o n d e llegó á la conclusión
de u n a o b r a t a n a d m i r a b l e , los p o d e m o s señalar de este modo:
Año 1522. B r o t a e n Manresa, bajo la i n s p i r a c i ó n del Espíritu S o n t o ,
la p r i m e r a idea d e la C o m p a ñ í a , el p e n s a m i e n t o d e r e u n i r u n escua-
d r ó n a g u e r r i d o d e los q u e se q u e r r á n señalar e n s e r v i c i o de D i o s
n u e s t r o S e ñ o r , y t r a b a j a r sin t r e g u a n i descanso e n p r o c u r a r la san-
tificación p r o p i a y la ajena, p a r a p r o m o v e r d e este m o d o la m a y o r
g l o r i a d e Dios.
1524. E s t a b l e c i d o en B a r c e l o n a , duda I g n a c i o si esc escuadrón
d e b e e n t r e s a c a r l o d e las filas d e otra O r d e n religiosa ó reclutarlo de
h o m b r e s i n d e p e n d i e n t e s d e o t r a s obligaciones. Decídese p o r l o se-
g u n d o , y d e 1524 á 1530 h a c e esfuerzos i n ú t i l e s , sin p o d e r c o n s o l i -
d a r c o n los c o m p a ñ e r o s q u e e n c u e n t r a , u n c u e r p o r e l i g i o s o .
1530. E m p i e z a á j u n t a r los p r i m e r o s c o m p a ñ e r o s estables y les in-
funde e n el corazón el espíritu d e la C o m p a ñ í a , esto e s , u n deseo
v e h e m e n t í s i m o d e s e r v i r á Dios e n toda a b n e g a c i ó n y pobreza y de
d a r l e á c o n o c e r á todas las almas. Todavía n o les dice u n a palabra
( 1 ) P u e d e v e r s e e s t e e s c r i t o en Constitutiones S. J. latinae et hispanícete,
(2) Vidadel P. Ign., c. v m .
CAP. V I H . — D E S D E QUE FUÉ ELEGIt O GENERAL HASTA SU MUERTE 139
de reglas, a v i s o s , o r d e n a c i o n e s , n i s i q u i e r a d e q u e h a n d e f o r m a r
un cuerpo r e l i g i o s o .
1534. Voto d e M o n t m a r t r e . Desde e n t o n c e s ejercita I g n a c i o , p r i -
mero en P a r í s y d e s p u é s e n I t a l i a , á sus c o m p a ñ e r o s e n las v i r t u d e s
y prácticas de la v i d a religiosa q u e h a de i n s t i t u i r , y antes d e e x i s t i r
la Compañía d e J e s ú s , l o s h a c e i n s e n s i b l e m e n t e j e s u í t a s .
153Í). P r o p o n e I g n a c i o la c u e s t i ó n d e f o r m a r u n o r g a n i s m o r e l i -
gioso, estableciendo el fin d e la Compañía y los p r i n c i p a l e s m e d i o s
para conseguirlo. T r a z a d o á g r a n d e s rasgos el plan d e la O r d e n , o b -
tiene Ignacio d e la Santa S e d e la a p r o b a c i ó n v e r b a l e n 1539, y la es-
crita en 1540.
1541. C o n s t i t u i d o I g n a c i o G e n e r a l do la C o m p a ñ í a , m i e n t r a s g o -
bierna á s u s h i j o s , m á s c o n p a r t i c u l a r e s avisos q u e c o n r e g l a s esta-
blecidas, v a e s t u d i a n d o p o r espacio d e a l g u n o s años el c a r á c t e r d e
la Orden r e c i é n f u n d a d a , é i n t r o d u c i e n d o s u a v e m e n t e las c o s t u m -
bres que h a b r á n d e t r a n s f o r m a r s e e n leyes.
1547. E m p i e z a á e s c r i b i r el p r i m e r t e x t o d e las C o n s t i t u c i o n e s , y
terminado e n 1550, lo m u e s t r a á l o s P a d r e s m á s r e s p e t a b l e s d e la
Compañía, los cuales le d a n s u s o b s e r v a c i o n e s p o r e s c r i t o .
1550. Casi á u n m i s m o t i e m p o da cima San I g n a c i o á d o s i m p o r -
tantísimos n e g o c i o s , la c o m p o s i c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s y la e x p e -
dición de la b u l a d e J u l i o I I I . C o n estos d o s h e c h o s p u e d e d e c i r s e
que t e r m i n ó sitstavciahnciifc la fundación d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s .
En los seis años q u e a u n v i v i ó n u e s t r o santo P a d r e , m e j o r ó y p e r :
í'eecionó su o b r a , p e r o n o i n t r o d u j o e n ella n i n g ú n n u e v o e l e m e n t o
de consideración.
1552. C o r r e g i d a s y perfeccionadas las C o n s t i t u c i o n e s e n d o s años,
las entrega S a n I g n a c i o al P . N a d a l , q u i e n e m p i e z a á p r o m u l g a r l a s
en Sicilia. E n los años s i g u i e n t e s h a c e lo m i s m o e n E s p a ñ a y A l e m a -
nia. E n t r e t a n t o I g n a c i o , e n los c u a t r o años q u e a ú n le q u e d a n d e v i d a
hasta el 31 d e J u l i o d e 1556, añade los ú l t i m o s perfiles al c ó d i g o ya
promulgado e n la Compañía. Si se c o n s i d e r a , p u e s , esta l a b o r i n c e -
sante de S a n I g n a c i o d u r a n t e m á s de t r e i n t a a ñ o s ; si se r e c u e r d a el
trabajo i n t e r n o d e sus o r a c i o n e s , l á g r i m a s y p e n i t e n c i a s : si se m i r a n ,
por otro lado, l o s i n m e n s o s t r a b a j o s y dificultades e x t e r i o r e s q u o
para p l a n t a r su o b r a h u b o d e s u p e r a r , f á c i l m e n t e e n t e n d e r e m o s los
grandes títulos q u e t i e n e I g n a c i o á la v e n e r a c i ó n , á la g r a t i t u d y al
amor de sus hijos. No s a b e m o s c u á n t o costaría á o t r o s f u n d a d o r e s el
p-
establecer sus r e l i g i o n e s ; p e r o d u d a m o s q u e n i n g u n o d e ellos fuese
tan Padre d e su r e l i g i ó n , c o m o S a n I g n a c i o d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s .

CAPITULO IX
EJERCICIOS ESPIRITUALES
SUMARIO: 1. Definición d e los E j e r c i c i o s (le San I g n a c i o . — 2 . E n s e ñ a n z a iniíu-iliüta
y e n s e ñ a n z a m e d i a t a del s a n t o . — 3 . P r i n c i p i o y f u n d a m e n t o . — 4 . C ó m o cocinee
I g n a c i o al e j e r c i t a n t e en la p r i m e r a s e m a n a al dolor d e los p e c a d o s , y en la* tres
s i g u i e n t e s á la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a . — ó . R e g l a s p a r a h a c e r b i e n los Kj.-rcii-ws
y p a r a s a n t i f i c a r s e d e s p u é s de e l l o s . — 6 . A p r o b a c i ó n pontificia del l i b r o . — 7 . Cómo
se e s c r i b i e r o n los E j e r c i c i o s . T e s t i m o n i o s d e San I g n a c i o y d e o t r o s P a d r e s con-
t e m p o r á n e o s . — 8 . E l Ejercitatorio d e G a r c í a d e C i s n e r o s . C o t e j o d e este lile" con
el d e S a n I g n a c i o . — 9 . T e s t i m o n i o s t a r d í o s y p o c o a u t o r i z a d o s p a r a probo-.¡ue
S a n I g n a c i o a p r o v e c b ó el l i b r o d e C i s n e r o s . — 1 0 . I n s p i r a c i ó n s o b r e n a t u r a l ¡l.-
los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , b i e n p r o b a d a p o r t e s t i m o n i o s c o n t e m p o r á n e o s .
FllEXTES CONTEMPORÁNEAS: 1. EjemplarIiisjKinicum E.rcrcitiorum.—2. Cámara. Y'nlu iid
P. Ign.. c. VIII.—3. Nadal. Miscellaiwa de rctjidis S. .l.— í. I.aíncz. Carla a Pnlmn— "'•
P o l a n c o . Vita P. Ign.—6. R i b a d e n e i r a , Vida de S. Ign.—7 Cisneros. Ejercitatorio r/f /•< riih
espiritual.—8. M c r c u r í á n íapud La P a l m a . Camino espiritual).
1. H e m o s visto hasta a q u í c ó m o I g n a c i o fundó la Compañía, llora
es y a d e e x a m i n a r q u é es lo q u e fundó, m a n i f e s t a n d o el carácter de
la O r d e n r e l i g i o s a p o r él establecida. P a r a c o n o c e r p l e n a m e n t e este
objeto os n e c e s a r i o e s t u d i a r dos l i b r o s : el de los E j e r c i c i o s espiri-
t u a l e s y el de las C o n s t i t u c i o n e s . Con el p r i m e r o f o r m ó I g n a c i o el es-
p í r i t u ; c o n el s e g u n d o o r g a n i z ó el c u e r p o de la C o m p a ñ í a . Vamos á
d a r u n a idea del l i b r i t o d e los E j e r c i c i o s , el m á s p e q u e ñ o , pues su
e x t e n s i ó n s e r á c o m o las dos t e r c e r a s p a r t e s de la Imitación de Cristo,
y al m i s m o t i e m p o e l m á s o r i g i n a l y s u b l i m e q u e h a escrito la as-
cética.
¿Qué son, e n g e n e r a l , E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s ? E l santo n o s lo dirá:
« P o r este n o m b r e , Ejercicios espirituales, se e n t i e n d e t o d o modo de
e x a m i n a r la conciencia, de m e d i t a r , de c o n t e m p l a r , de o r a r vocal y
m e n t a l , y de o t r a s e s p i r i t u a l e s o p e r a c i o n e s , s e g ú n q u e adelante se
d i r á . P o r q u e así c o m o el pasear, c a m i n a r y c o r r e r son ejercicios cor-
p o r a l e s , p o r la m i s m a m a n e r a t o d o m o d o d e p r e p a r a r y disponer el
á n i m a p a r a q u i t a r de sí t o d a s las afecciones d e s o r d e n a d a s , y después
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 141
de quitadas, p a r a b u s c a r y h a l l a r la v o l u n t a d d i v i n a en la disposición
de su vida p a r a la salud del á n i m a , se l l a m a n E j e r c i c i o s e s p i r i t u a -
les •> (J). E x p l i c a d a así la idea g e n e r a l de E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , p r e -
gúntase: ¿Qué t i e n e n d e p a r t i c u l a r estos E j e r c i c i o s de San I g n a c i o ?
Para e n t e n d e r l o , c o n s i d e r e m o s el t í t u l o q u e encabeza e l c u e r p o d e
la obra, después de las v e i n t e a n o t a c i o n e s q u e son c o m o su p r ó l o g o .
Dice así este t í t u l o : «Ejercicios e s p i r i t u a l e s p a r a v e n c e r á sí m i s m o
y ordenar su vida, sin d e t e r m i n a r s e p o r afección a l g u n a q u e d e s o r -
denada sea.» Son, p u e s , los E j e r c i c i o s d e San I g n a c i o u n a s e r i e d e
meditaciones, e x á m e n e s , l e c t u r a s , p e n i t e n c i a s , etc., dispuestas de tal
modo y eslabonadas con tal a r t e , q u e h a c i é n d o l a s el h o m b r e d u r a n t e
algunos días, se determine á v e n c e r sus pasiones d e s o r d e n a d a s y á vi-
vir santamente.
No son los E j e r c i c i o s p a r a h a c e r al h o m b r e santo en pocos días,
como c a l u m n i o s a m e n t e dijo a l g u n o en el siglo x v i , p u e s el santifi-
carse no es o b r a d e o c h o ó q u i n c e días, sino d e t o d a la vida. S o n p a r a
que el h o m b r e se r e s u e l v a á s e r santo. Q u i e r o I g n a c i o q u e , despi-
diéndose el h o m b r e p o r u n o s días de todo n e g o c i o t e m p o r a l , y p o -
niéndose bajo la d i r e c c i ó n de u n p r u d e n t e m a e s t r o de espíritu,
medite, lea, e x a m i n e , o r e y haga o t r o s ejercicios y prácticas espi-
rituales para c o n o c e r lo q u e Dios q u i e r e de él y p a r a d e c i d i r s e
generosamente á e j e c u t a r l o . P e r o el c o n s e g u i r u n a decisión, a u n q u e
tan importante, d e la v o l u n t a d , n o es el ú n i c o f r u t o d e los E j e r c i -
cios. Al m i s m o t i e m p o q u e I g n a c i o c o n d u c e al e j e r c i t a n t e á esa de-
cisión, le va e x p l i c a n d o tales p r i n c i p i o s ascéticos, le va p r o p o n i e n d o
tan oportunas r e g l a s y avisos p a r a santificarse, q u e q u i e n c o n f o r m e
después su vida c o n lo q u e a p r e n d e al t i e m p o d e h a c e r Ejercicios,
• llegará infaliblemente á la p e r f e c c i ó n r e l i g i o s a .
2. Por eso c o n v i e n e d i s t i n g u i r e n este p r e c i o s o l i b r o dos e n s e ñ a n -
zas espirituales: una q u e p o d r í a m o s l l a m a r i n m e d i a t a , y o t r a m e d i a t a .
Por la p r i m e r a enseña I g n a c i o lo q u e d e b e p r a c t i c a r el h o m b r e en
aquellos b r e v e s días d e r e t i r o , e n q u e h a c e Ejercicios, p a r a conse-
guir el deseado fin do c o n o c e r la v o l u n t a d de Dios y r e s o l v e r s e á
cumplirla. P o r la s e g u n d a , e x p o n e el santo las v i r t u d e s y actos pia-
dosos que se p u e d e n y d e b e n p r a c t i c a r c o n s t a n t e m e n t e hasta m o r i r .
El objeto de la p r i m e r a enseñanza es ordenar la vida; el objeto d e la
segunda p u e d e l l a m a r s e santificar la vida. Á lo p r i m e r o e n d e r e z a San
Ignacio las a n o t a c i o n e s p a r a h a c e r b i e n los E j e r c i c i o s , las a d i c i o n e s
(!) Ejercicios, Anotación 1. a
 LIB. 1.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
142
p a r a o r a r y e x a m i n a r la c o n c i e n c i a . Á este ftn d i s p o n e c o n are- ad-
m i r a b l e la s u c e s i ó n d e l a s m e d i t a c i o n e s y la s e r i e d e súplica.- que
e n cada m e d i t a c i ó n d e b e d i r i g i r á Dios el e j e r c i t a n t e ; p a r a e s t u son
las r e g l a s s o b r e la e l e c c i ó n de e s t a d o ; á este b l a n c o se ordenan, i i u a l -
m e n t e , los d e m á s avisos q u e da I g n a c i o s o b r e la penitencia, o! r e d r o ,
el silencio, e l t e n e r poca luz e n el a p o s e n t o y o t r a s prescripciones
p r u d e n t e m e n t e excogitadas, p a r a q u e el e j e r c i t a n t e m e d i t e b i e n , s r
p e n e t r e b i e n d e las v e r d a d e s r e v e l a d a s y l l e g u e á resolverse con
t o d a decisión á s e r v i r p e r f e c t a m e n t e á Dios n u e s t r o S e ñ o r .
La enseñanza m e d i a t a d e San I g n a c i o se e n d e r e z a primariamente
á lo q u e el h o m b r e d e b e i r p r a c t i c a n d o t o d a su vida, p a r a p r o c e d e r
a d e l a n t e e n el d i v i n o s e r v i c i o y c o m p l e t a r la o b r a q u e en los K j e r -
cicios e m p r e n d i ó . E n las r e g l a s p a r a s e n t i r c o n la Iglesia p r e v i e n e
I g n a c i o a l e j e r c i t a n t e c o n t r a los e r r o r e s y t r o p i e z o s q u e puede t e n e r
e n m a t e r i a de fe. Las n o t a s p a r a s e n t i r y e n t e n d e r escrúpulos le
a r m a n c o n t r a las t e n t a c i o n e s y e n g a ñ o s d e l e n e m i g o , q u e suelen pa-
d e c e r las p e r s o n a s e s p i r i t u a l e s . L a s r e g l a s para d i s c e r n i r e s p í r i t u s
i l u s t r a n a d m i r a b l e m e n t e e l e n t e n d i m i e n t o , p a r a c o n o c e r las v e r d a -
d e r a s i n s p i r a c i o n e s d e Dios y d i s t i n g u i r l a s d e las inclinaciones del
a m o r p r o p i o y d e las s u g e s t i o n e s d e l d e m o n i o . L a s r e g l a s p a r a dis-
t r i b u i r limosnas y o r d e n a r s e e n el c o m e r p r e v i e n e n c o n t r a l a s ten-
t a c i o n e s d e la avaricia y c o n c u p i s c e n c i a , q u e tan á m e n u d o c o m b a -
t e n al h o m b r e . E n todas estas e n s e ñ a n z a s , S a n I g n a c i o considera al
e j e r c i t a n t e , n o p r e c i s a m e n t e e n a q u e l l o s días d e r e t i r o q u e consagra
á los E j e r c i c i o s , sino e n m e d i o d e las o c u p a c i o n e s y trabajos une
d e s p u é s se le h a n d e p r e s e n t a r e n el c u r s o d e la vida.
Á esta enseñanza m e d i a t a p e r t e n e c e n t a m b i é n v a r i a s cosas que
h e m o s colocado e n t r e las m a t e r i a s p e r t e n e c i e n t e s á la inmediata. M f e r -
t i v a m e n t e : al e n s e ñ a r I g n a c i o c ó m o d e b e o r a r y e x a m i n a r la c o n -
ciencia el e j e r c i t a n t e , lo e n s e ñ a la p r á c t i c a d e la o r a c i ó n y examen
q u e d e b e h a c e r toda la v i d a ; p u e s la o r a c i ó n y e x a m e n q u e hacemos
e n t i e m p o d e Ejercicios n o difiere d e la o r a c i ó n y e x a m e n que ha-
c e m o s e n c u a l q u i e r o t r a ocasión. Al e x p l i c a r n o s los principios p a r a
h a c e r b u e n a elección, n o s indica S a n I g n a c i o el m o d o más infalible
p a r a h a l l a r la v o l u n t a d d e Dios e n c u a l q u i e r n e g o c i o d u d o s o (pie se
nos p r e s e n t e e n la vida. La t e o r í a d e los t r e s g r a d o s d e humildad
manifiesta al h o m b r e la m á s s u b l i m e p e r f e c c i ó n m o r a l , á q u e puede
a s p i r a r n u e s t r a n a t u r a l e z a e n el d e s t i e r r o d e este m u n d o . De todo lo
d i c h o se infiere q u e e l l i b r o d e S a n I g n a c i o , a u n q u e enderezado pri-
m a r i a m e n t e á los días d e r e t i r o , q u e l l a m a m o s Ejercicios, sin embaí -
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 143
go, difunde l u z c l a r í s i m a s o b r e t o d o lo r e s t a n t e d e la vida d e l h o m -
bre, y presenta t a l e s p r i n c i p i o s d e p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a , q u e q u i e n
se ajuste á ellos se h a r á santo i n f a l i b l e m e n t e .
Ahora t o m e m o s e n las m a n o s el l i b r o d e S a n I g n a c i o , y v e a m o s
el camino p o r d o n d e c o n d u c e al e j e r c i t a n t e á la g e n e r o s a r e s o l u c i ó n
de ser santo. S e g ú n el ideal del a u t o r , los E j e r c i c i o s d e b i e r a n h a c e r s e
en un mes, p o c o m á s ó m e n o s , y s i e m p r e bajo la d i r e c c i ó n d e u n
maestro q u e los p r o p o n g a y dirija al e j e r c i t a n t e . D i v i d i ó e l l i b r o e n
cuatro partes, q u e l l a m ó semanas, p o r q u e el espacio e m p l e a d o e n
cada una se a c e r c a b a e f e c t i v a m e n t e a l t i e m p o d e s i e t e d í a s , y toda-
vía seguimos l l a m a n d o s e m a n a s á estas c u a t r o p a r t e s d e los E j e r c i -
cios, a u n q u e n o las d i s t i n g a m o s p o r el t i e m p o , sino p o r la m a t e r i a
de las m e d i t a c i o n e s . E n c u a n t o al a s u n t o d e éstas, n u e s t r o santo P a -
dre, ni i n v e n t ó , n i podía i n v e n t a r n a d a ; p u e s el o b j e t o d e las m e d i -
taciones son y d e b e n ser, p a r a todo c r i s t i a n o , las v e r d a d e s y m i s t e r i o s
de nuestra santa fe. Lo único q u e p u e d e l l a m a r s e i n v e n c i ó n d e S a n
Ignacio son c i e r t a s p a r á b o l a s ó ejemplos, c o n q u e r e v i s t i ó d e vez en
cuando las v e r d a d e s r e v e l a d a s , p a r a q u e p r o d u j e r a n u n efecto m á s
seguro y c e r t e r o . L o s i n g u l a r d e l a r t e ignaciano c o n s i s t e e n la d i s -
posición p r u d e n t í s i m a c o n q u e están o r d e n a d a s las m e d i t a c i o n e s d e
las verdades religiosas, p a r a q u e el e j e r c i t a n t e , c o n s i d e r á n d o l a s des-
liado una t r a s o t r a , vaya v i e n d o poco á p o c o lo q u e le c o n v i e n e p a r a
su santificación, y se vaya r e s o l v i e n d o á p o n e r l o p o r obi a. -
3. Nuestro s a n t o P a d r e e r a h o m b r e q u e r e d u c í a su m a g i s t e r i o á
muy pocos p r i n c i p i o s . T o d a la m á q u i n a d e los E j e r c i c i o s e s t r i b a e n
dos v e r d a d e s : e n lo q u e l l a m a m o s p r i n c i p i o y f u n d a m e n t o , q u e está
explicado b r e v e m e n t e al e m p e z a r los E j e r c i c i o s , y e n la m e d i t a c i ó n
, del reino d e C r i s t o , c o n q u e se encabeza la s e g u n d a s e m a n a . « E l
hombre es c r i a d o , dice S a n I g n a c i o , p a r a a l a b a r , h a c e r r e v e r e n c i a y
servir á Dios n u e s t r o S e ñ o r , y m e d i a n t e esto, s a l v a r s u alma» (l).PIe
aquí el fin d e l h o m b r e s o b r e la t i e r r a ; h e a q u í la v e r d a d q u e llama
San Ignacio Principio y fundamento d e los E j e r c i c i o s . P a r a eso v a n
ú ser todas las m e d i t a c i o n e s y p r á c t i c a s q u e v i e n e n d e s p u é s , p a r a
ver cómo s e r v i r e m o s á Dios y p a r a a n i m a r n o s á e j e c u t a r l o .
Conocido así el t é r m i n o d e l c a m i n o , lo p r i m e r o q u e h a d e h a c e r
todo caminante es d e s a n d a r lo m a l a n d a d o . A h o r a b i e n : lo m a l a n -
dado en el d i v i n o s e r v i c i o es el p e c a d o , p u e s p o r é l , e n vez d e c a m i -
nar hacia Dios, v o l v e m o s ' á éste las espaldas y n o s d i r i g i m o s á las
1
(1) Ejercicios espirituales. Principio y fundamento.
 144 LID. I . — FUNDACIÓN DE L i COMPAÑÍA
c r i a t u r a s . Á d e s h a c e r este y e r r o y l i m p i a r el a l m a de t o d a culpa sí-
e n d e r e z a la p r i m e r a p a r t e , ó, c o m o llamó San I g n a c i o , la primen
s e m a n a de los E j e r c i c i o s .
4. ¿Qué es el pecado? Antes de c o n s i d e r a r l o en su n a t u r a l e z a misma,
q u i e r e n u e s t r o santo P a d r e q u e lo c o n t e m p l e m o s en t r e s ejemplos
e s p a n t o s o s , en el de los malos á n g e l e s , en el de Adán y Eva y ••n el
de u n a l m a quo se h a y a c o n d e n a d o p o r u n solo p e c a d o m o r t a l . Des-
p u é s p r o p o n e el s a n t o , con a d m i r a b l e artificio, la m e d i t a c i ó n do los
pecados p r o p i o s , y de esto m o d o p r o c u r a l l e v a r al e j e r c i t a n t e tí• -silo
u n a saludable v e r g ü e n z a , hasta u n c r e c i d o é i n t e n s o d o l o r y lágrimas
p o r sus pecados. Mas c o m o p u e d e s u c e d e r q u e el corazón humano
resista á tan b u e n a s c o n s i d e r a c i o n e s , añade n u e s t r o santo Padre la
m e d i t a c i ó n del i n f i e r n o , d o n d e , a u x i l i a d a la m e n t e con los vivos
c o l o r e s de la i m a g i n a c i ó n , se d e s p i e r t e el a l m a de su l e t a r g o , delecte
la culpa y, s i q u i e r a p o r el m i e d o del c a s t i g o , se c o n f i r m e en el pro-
p ó s i t o do n o c a e r en p e c a d o .
No e x p o n o San I g n a c i o m á s m e d i t a c i o n e s , p e r o da licencia pan
a ñ a d i r otras s o b r e los n o v í s i m o s y las v e r d a d e s e t e r n a s . Lo que sí
r e c o m i e n d a m u c h o es r e p e t i r é i n s i s t i r con firmeza e n las meditacio-
nes q u e se p r o p o n e n , hasta c o n s e g u i r con la g r a c i a del S e ñ o r la per-
fecta c o n t r i c i ó n q u e se desea. U n a f e r v o r o s a confesión g e n e r a l es el
t é r m i n o feliz de esta p a r t e d e los E j e r c i c i o s .
Para q u i e n sólo p r e t e n d e e n este santo r e t i r o l i m p i a r el alma áv
pecados y h a l l a r el descanso q u e da la b u e n a c o n c i e n c i a , p u e d e de-
cirse q u e c o n esto h a n t e r m i n a d o los E j e r c i c i o s . P e r o los que se
a n i m a n á s e g u i r los consejos d e la p e r f e c c i ó n evangélica, pasen ade-
l a n t e , y San I g n a c i o les c o n d u c i r á p o r la m a n o á la más heroica y
s u b l i m e v i r t u d q u e se p u e d e p r a c t i c a r en la t i e r r a . Así c o m o el fin
del h o m b r e es el p r i n c i p i o y f u n d a m e n t o de t o d o s los Ejercicios, así
la m e d i t a c i ó n del R e i n o do Cristo es c o m o el f u n d a m e n t o de la se-
g u n d a . s e m a n a , y de todo lo q u e s i g u e , p a r a alcanzar la v i d a perfecta.
T o m a n d o u n e j e m p l o d e las ideas caballerescas d e su t i e m p o , nos
r e p r e s e n t a San I g n a c i o á J e s u c r i s t o . b a j o la i m a g e n de u n r e y á quien
o b e d e c e toda la c r i s t i a n d a d , el cual d e t e r m i n a c o n q u i s t a r todas las
t i e r r a s d e infieles, y p a r a esta e m p r e s a c o n v i d a á t o d o s sus vasallos,
a s e g u r á n d o l e s q u e n i n g u n o p a d e c e r á más q u e é l , n i h a b r á de sufrir
t r a b a j o s q u e n o sufra p r i m e r o él. ¿ Q u é d e b e r á n r e s p o n d e r á esta
i n v i t a c i ó n los b u e n o s c a b a l l e r o s ? Del m i s m o m o d o J e s u c r i s t o quiere
c o n q u i s t a r e s p i r i t u a l m o n t e el m u n d o , y c o n todas las almas entrar
t r i u n f a n t e e n la g l o r i a . É l va d e l a n t e p a d e c i e n d o m á s q u e nadie,
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 145
¿¿Quién q u i e r e s e g u i r l e ? «Todos los q u e t e n g a n j u i c i o y r a z ó n , dice
San Ignacio, o f r e c e r á n sus p e r s o n a s al t r a b a j o ; p e r o los q u e m á s se
querrán afectar y s e ñ a l a r ( a q u í e n t r a la flor de la p r e s e n t e m e d i t a -
ción) en todo s e r v i c i o d e su r e y e t e r n o y s e ñ o r u n i v e r s a l , n o sola-
mente ofrecerán sus p e r s o n a s al trabajo, mas a u n h a c i e n d o c o n t r a su
propia sensualidad y c o n t r a su a m o r c a r n a l y m u n d a n o , h a r á n obla-
ciones de m a y o r estima y m a y o r m o m e n t o , d i c i e n d o : Eterno Dios de
todas las cosas, yo hago mi oblación, con vuestro favor y ayuda, delante
vuestra infinita bondad y delante vuestra Madre gloriosa y de todos los
simios y santas de la corte celestial, C[ue yo quiero y deseo y es mi deter-
minación deliberada, sólo que sea vuestro mayor servicio y alabanza, de
imitaros cu pasar todas injurias y todo vituperio y toda pobreza, así
actual como espiritual, queriéndome vuestra santísima majestad elegir y
recibir en la tal vida y estado ••> (1).
He aquí el a r r a n q u e g e n e r o s o con q u e d e b e m o s e m p r e n d e r el ca-
mino de la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a . Al m i s m o t i e m p o , n ó t e s e el m é t o d o
sencillísimo de alcanzarla, q u e es i m i t a r á J e s u c r i s t o , é i m i t a r l e v e n -
ciendo la p r o p i a s e n s u a l i d a d y el a m o r c a r n a l y m u n d a n o . P r o s i g u e
el santo p r o p o n i e n d o las m e d i t a c i o n e s de la E n c a r n a c i ó n y do la in-
fancia del Salvador, i n s i s t i e n d o en q u e se p i d a al S e ñ o r c o n o c i m i e n t o
interno de J e s u c r i s t o . C u a n d o se llega á m e d i t a r d e l Niño p e r d i d o y
hallado en el t e m p l o , e n t o n c e s q u i e r e el santo p a t r i a r c a q u e se
empiece á r e s o l v e r el g r a n n e g o c i o d e la elección do estado en los
que no le h a y a n e l e g i d o . P a r a esto p r o p o n e la m e d i t a c i ó n de las dos
banderas, n o p a r a e s c o g e r e n t r e la b a n d e r a de Cristo ó la de Satanás,
pues en esto n o d e b e p e n s a r el c r i s t i a n o , sino p a r a q u e , v i e n d o c ó m o
ambos caudillos s u e l e n r e c l u t a r g e n t e s p a r a su ejército, a d q u i e r a luz
el ejercitante p a r a c o n o c e r d e d ó n d e le v i e n e n los p e n s a m i e n t o s é
impulsos q u e s i e n t e al h a c e r la elección. Y llegando más á las i n m e -
diatas, añade San I g n a c i o la c o n s i d e r a c i ó n de t r e s clases (ó, c o m o él
dice, binarios) de h o m b r e s , q u e p o s e y e n d o r i q u e z a s , desean alcanzar
la perfección e v a n g é l i c a . E n las d i v e r s a s disposiciones con q u e estos
bes géneros de h o m b r e s se a c e r c a n á e l e g i r e s t a d o , n o s d e m u e s t r a
el santo, ya las malas c o n d i c i o n e s d e los q u e n o h a c e n b i e n la elec-
ción, ya las b u e n a s do los q u e e l i g e n con a c i e r t o y s e g ú n Dios.
Terminada la elección de e s t a d o , q u e es la o b r a p r i n c i p a l do la
segunda s e m a n a , sigue la t e r c e r a p a r t e ó s e m a n a , en la cual las m e -
ditaciones de la P a s i ó n d e J e s u c r i s t o c o n f i r m a n y p e r f e c c i o n a n al
(!) Ibid. S e g u n d a s e m a n a . E l l l a m a m i e n t o del líey t e m p o r a l .
10
 LIB. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
e j e r c i t a n t e , ya e n el d o l o r d e los p e c a d o s , y a en los b u e n o s propósi-
t o s y r e s o l u c i o n e s c o n c e b i d a s . P o r fin, e n la c u a r t a s e m a n a , medi-
t a n d o s o b r e la R e s u r r e c c i ó n y los m i s t e r i o s g l o r i o s o s d e Jesucristo,
descansa el a l m a e n la u n i ó n c o n Dios, á q u i e n ha a b r a z a d o resuelta-
m e n t e , r e n u n c i a n d o p a r a ello t o d o s los g u s t o s y d e l e i t e s de la tierra.
5. Tal es la s e r i e de m e d i t a c i o n e s q u e f o r m a n el l i b r o d e los Ejerci-
cios e s p i r i t u a l e s . Mas p a r a c o n s e g u i r el f r u t o do estas meditaciones
es n e c e s a r i o h a c e r l a s s e g ú n el o r d e n p r e s c r i t o p o r San Ignacio,Y
s i g u i e n d o los avisos q u e da e n v a r i a s p a r t e s do su l i b r o . Estos aviaos
se c o n t i e n e n p r i n c i p a l m e n t e e n las v e i n t e p r i m e r a s anotaciones, que
s o n u n a c o m o i n s t r u c c i ó n p r e l i m i n a r p a r a d i r e c c i ó n del quo da y del
q u e r e c i b o los E j e r c i c i o s , y e n las l l a m a d a s adiciones, p u e s t a s al fia
d e la p r i m e r a semana, y q u e e n s e ñ a n u n m é t o d o p r á c t i c o para hacer
b i e n la o r a c i ó n m e n t a l . La o b s e r v a n c i a de estos avisos y do otros QUE
va s e m b r a n d o San I g n a c i o en el c u r s o do la o b r a , es indispensable
p a r a sacar el f r u t o e s p i r i t u a l q u e se p r e t e n d e en los Ejercicios,Y
p r o p i a m e n t e h a b l a n d o , p a r a h a c e r los m i s m o s E j e r c i c i o s do San Ig-
n a c i o . Q u i e n e m p l e a s e o c h o , q u i n c e ó t r e i n t a días e n piadosas consi-
d e r a c i o n e s , en l e c t u r a s edificantes, en r o z a r s a l m o s y en otras PRÁE-
ticas p i a d o s a s , h a r í a , os v e r d a d , e j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , p e r o no lo?
d e San I g n a c i o d e L o y o l a . P a r a h a c e r estos E j e r c i c i o s es noce-ario
p r o c e d e r e n las m e d i t a c i o n e s p o r el o r d e n p r e s c r i t o p o r San Ignacio,
e j e c u t a r cada m e d i t a c i ó n s e g ú n la f o r m a e n s e ñ a d a p o r San Ignacio,
p e d i r á Dios las g r a c i a s q u e en cada m e d i t a c i ó n q u i e r e q u e se pidan
San I g n a c i o , y, finalmente, a c o m p a ñ a r la m e d i t a c i ó n c o n la saludable
p e n i t e n c i a y las o t r a s p r e c a u c i o n e s i n d i c a d a s p o r San I g n a c i o . Sólo
(d q u e o b r a r e de este m o d o p u e d e p r e c i a r s e de h a b e r h e c h o perlW-
l a m e n t e los E j e r c i c i o s de San I g n a c i o . Si d e s p u é s de h a c e r l o s en esta
f o r m a , o b s e r v a c o n s t a n t e m e n t e los avisos y d o c u m e n t o s que liemos
l l a m a d o más a r r i b a e n s e ñ a n z a m e d i a t a de San I g n a c i o , s e g u r o puede
estar do q u e la santificación e m p e z a d a e n los E j e r c i c i o s c r e c e r á como
la luz d e la a u r o r a , h a s t a l l e g a r al día p e r f e c t o d e u n a admirable
perfección evangélica.
0. T a l es el i n c o m p a r a b l e l i b r i t o q u e Dios i n s p i r ó á San Ignacio,]'
q u e y a en v i d a del a u t o r m e r e c i ó de la S a n t a S e d e la aprobación
más e x p l í c i t a y h o n r o s a q u e j a m á s l l e v ó l i b r o a l g u n o . P a u l o III,
r u e g o s d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , h i z o e x a m i n a r e s t e libro el
a ñ o 1548, y e x t e n d i ó l u e g o el b r e v e Pastoralis of/icii, e n el cual, des-
p u é s d e r e c o n o c e r q u e estos E j e r c i c i o s , sacados de la Sagrada Escri-
t u r a y d e la e x p e r i e n c i a e n la v i d a e s p i r i t u a l , están admirablemente
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 147
dispuestos p a r a m o v e r los c o r a z o n e s á la p i e d a d (1), les c o n c e d e esta
magnífica a p r o b a c i ó n : «Los d o c u m e n t o s y E j e r c i c i o s p r e d i c h o s , y
todas y cada u n a de las cosas e n ellos c o n t e n i d a s , a p r o b a m o s , alaba-
mos y d e f e n d e m o s p o r m e d i o del p a t r o c i n i o d e l p r e s e n t e escrito, c o n
la autoridad p r e d i c h a , p o r el t e n o r d e las p r e s e n t e s l e t r a s y de n u e s -
tra ciencia c i e r t a ; e x h o r t a n d o m u c h o e n el S e ñ o r á t o d o s y á cada
uno de los fieles c r i s t i a n o s de a m b o s sexos, c o n s t i t u i d o s e n c u a l q u i e r
estado, á q u e u s e n de tan p i a d o s o s d o c u m e n t o s y E j e r c i c i o s , y á q u e
se instruyan d e v o t a m e n t e e n ellos» (2).
E1P. D i e g o Laínez solía d e c i r g r a c i o s a m e n t e d e San I g n a c i o , q u e
era h o m b r e d e pocas v e r d a d e s , y e x p l i c a n d o este d i c h o , p o d e m o s
añadir que e r a h o m b r e de g r a n d e s v e r d a d e s . Á n i n g ú n asceta se le
puedo aplicar c o n más r a z ó n q u e á n u e s t r o s a n t o P a d r e la t e o r í a de
Santo T o m á s , d e q u e los g r a n d e s i n g e n i o s t i e n e n pocas i d e a s , p e r o
ésas, g r a n d e s y f e c u n d a s . M i r a d o p o r este l a d o , n i n g ú n m a e s t r o d e
espíritu llegó n i r e m o t a m e n t e á n u e s t r o santo f u n d a d o r , p u e s n a d i e
supo r e d u c i r á m e n o s p r i n c i p i o s todo c u a n t o i m p o r t a s a b e r p a r a el
negocio de la más e m i n e n t e s a n t i d a d , y esos p r i n c i p i o s n a d i e los
supo e n u n c i a r e n m e n o s p a l a b r a s . No e r a I g n a c i o h o m b r e d e l a r g a s
explicaciones, de e s t u d i a d o s d i s c u r s o s , d e a m e n o y s e d u c t o r estilo.
Escoger unas c u a n t a s v e r d a d e s r e l i g i o s a s , h i n c a r l a s e n el c o r a z ó n ,
dar sobre ellas c o m o con u n a maza, hasta q u e el h o m b r e , t r a s p a s a d o
de parte á p a r t e p o r esas v e r d a d e s , caiga á los p i e s de Dios, c l a m a n d o ,
como otro S a u l o : «Domine, quid me ris faceré», ese es el g e n i o , ese es
el carácter ascético de San I g n a c i o .
Por lo q u e h a c e al estilo y d o t e s l i t e r a r i a s de este l i b r o , n o h a y
mucho que d i s c u r r i r . San I g n a c i o n o t i e n e p r i m o r e s d e e s t i l o . E s -
cribe un castellano t o s c o , i n c o r r e c t o y p r e m i o s o , d o n d e sólo l l a m a
la atención, de vez e n c u a n d o , c i e r t a e n é r g i c a precisiém, c o n q u e h a
estampado a l g u n a s ideas e n frases concisas é i n o l v i d a b l e s , lo cual es
electo, n o de e s p e c i a l e s d o t e s l i t e r a r i a s q u e el santo p o s e y e r a , sino
(1) Cum Ignatius de Loyola Exercitia spiritualia ex Sacris Scripturis et
i-'iíae spirilualis experimentis elicita composuerit, et in ordinem, ad j)ie movértelos fide-
tium unimos , aptissimum redegerit
a
(2) «Documenta et exercitia praedicta ac omnia et singula in eis contenta, avetori-
tate praedicta [Apostólica'} tenore piraesentium ex certa scientia riostra approbamvs
collaudamus, ac praesentis scripti patrocinio communimns ; hurtantes plurimurn in
Domino, omnes et singulos utriusque sexus Christi fideles ubilibet constituios, ut tam
P'ús documentis et exercitiis uti et illis instruí devote velinl.» ( P u e d e v e r s e e s t e b r e v e
*1 principio d e l a s e d i c i o n e s d e los E j e r c i c i o s . )
 CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 149
148 L1B. I. —FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

nez parece i n s i n u a r t a m b i é n q u e los E j e r c i c i o s se h i c i e r o n e n Man-

d e a q u e l l a p o d e r o s a i n t u i c i ó n con q u e p e n e t r a b a p r o f u n d a m e n t e la?
resa. Así se d e s p r e n d e d e dos frases suyas e n la carta, t a n t a s v e c e s
verdades del orden moral.
citada, al P . P o l a n c o . H a b l a n d o d e la v i d a q u e e n Manresa hacía I g n a -
7. P o r ú l t i m o , d e s e a r á s a b e r el l e c t o r c ó m o se e s c r i b i ó el libro de
cio, dice: «Vino, c u a n t o á la s u s t a n c i a , á h a c e r las m e d i t a c i o n e s q u e
los E j e r c i c i o s . E s t a c u e s t i ó n se p u e d e d i v i d i r e n dos: u n a q u e llamare-
llamamos E j e r c i c i o s . - P o c o más a b a j o , e x p l i c a n d o las b u e n a s o b r a s
m o s c r o n o l ó g i c a , y o t r a científica. La p r i m e r a t r a t a d e i n q u i r i r en
que en B a r c e l o n a p r a c t i c ó n u e s t r o santo P a d r e , e s c r i b e lo s i g u i e n t e :
q u é , t i e m p o se e m p e z ó , se siguió y t e r m i n ó la c o m p o s i c i ó n de lns
«Daba t a m b i é n m e d i t a c i o n e s ó E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , e n q u e t e n í a
E j e r c i c i o s . La s e g u n d a p r e t e n d e a v e r i g u a r q u é a u x i l i o s tuvo San
particular gracia y eficacia, y el d o n d e d i s c e r n i r e s p í r i t u s y a y u d a r
I g n a c i o e n los m a e s t r o s d e e s p í r i t u q u e le p r e c e d i e r o n , y cómo con-
¡i enderezar u n á n i m a . »
cibió y d e s a r r o l l ó el p l a n de los E j e r c i c i o s .
Por otra p a r t e , el P . M e r c u r i á n , en el t e x t o citado m á s a r r i b a , al
P a r a satisfacer á la p r i m e r a c u e s t i ó n , el p u n t o d e p a r t i d a deben
hablar de la f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a , n o s dice q u e el p r i m e r p e n -
s e r las p a l a b r a s q u e el m i s m o I g n a c i o se d i g n ó r e s p o n d e r cuando
samiento do esta O r d e n r e l i g i o s a le v i n o e n Manresa, c u a n d o consi-
fué p r e g u n t a d o s o b r e ella. H e a q u í lo q u e n o s c u e n t a el P. Luis
deraba en la m e d i t a c i ó n de las dos b a n d e r a s (1). De a q u í se infiere
González do C á m a r a : «Á los v e i n t e d e O c t u b r e [ d e 1555] preguntó
que pues esta m e d i t a c i ó n es de las m á s características de los E j e r c i -
al p e r e g r i n o [á San I g n a c i o ] de los E j e r c i c i o s y do las Constituciones
cios, y se halla p u e s t a en la s e g u n d a semana, ya m u y adelantada, in-
q u e r i e n d o s a b e r c ó m o los h a b í a h e c h o , y él m e dijo q u e no había
dudablemente la p r i m e r a y s e g u n d a s e m a n a de los E j e r c i c i o s , q u e
h e c h o los E j e r c i c i o s t o d o s de u n a vez, sino quo a l g u n a s cosas que él
son la p a r t e más i m p o r t a n t e d e e l l o s , e s t a b a n y a h e c h a s e n Manresa.
g u a r d a b a e n su a l m a y las h a l l a b a ú t i l e s , le p a r e c í a q u e también se-
Vemos, p u e s , q u e el t e s t i m o n i o d e los c o n t e m p o r á n e o s c o n c u r r e á
r í a n ú t i l e s á o t r o s , y así las escribía. V e r b i g r a c i a : d e l examinarla
demostrar q u e los E j e r c i c i o s , á lo m e n o s e n su p a r t e p r i n c i p a l , fue-
c o n c i e n c i a con a q u e l l a s líneas. La e l e c c i ó n e s p e c i a l m e n t e , me dije
ron escritos e n Manresa.
q u e la h a b í a sacado de a q u e l l a v a r i e d a d de e s p í r i t u s y pensamiento-
Bien es v e r d a d q u e L a í n e z , P o l a n c o y los p r o c e s o s , a u n q u e h a b l a n
q u e t e n í a c u a n d o estaba en L o y o l a , c u a n d o estaba enfermo de lns
de los Ejercicios q u e d a b a I g n a c i o e n M a n r e s a y B a r c e l o n a , n o m e n -
piernas» (1).
cionan el libro de los E j e r c i c i o s ; p e r o u n h e c h o c o n o c i d í s i m o de la
Dos cosas se i n f i e r e n d e esta d e c l a r a c i ó n del s a n t o patriarca. Una.
vida del santo p a t r i a r c a p a t e n t i z a q u e el l i b r o y a estaba e s c r i t o
q u e la c o m p o s i c i ó n del l i b r o e m p e z ó e n 1521; otra, q u e n o se hizo
en 1527. E f e c t i v a m e n t e ; c u a n d o en ese año p r e n d i e r o n á I g n a c i o e n
d e u n a vez, s i n o p r o g r e s i v a m e n t e . P o r o t r o lado, p o s e e m o s una tra-
Salamanca, los j u e c e s le t o m a r o n el l i b r o de los E j e r c i c i o s , y h a -
d u c c i ó n latina, h e c h a e n 1541, en la cual a p a r e c e el l i b r o todo entero,
biéndolo e x a m i n a d o , r e c o n o c i e r o n q u e allí se e n c e r r a b a u n a doc-
tal c o m o a h o r a lo l e e m o s , a u n q u e e n u n latín m u y b á r b a r o y to-
trina s u p e r i o r á lo q u e p o d í a e s p e r a r s e d e u n h o m b r e q u e sólo ha-
co (2). C o n esto fijamos i n d u d a b l e m e n t e los t é r m i n o s e x t r e m o s del
bía estudiado g r a m á t i c a y u n p o c o de filosofía (2). P o r o t r o lado,
t i e m p o e n q u e se e s c r i b i ó el l i b r o , q u e s o n los años 1521 y 1541. Vea-
los procesos d e Alcalá a p o y a n la c r e e n c i a d e q u e l o s E j e r c i c i o s fue-
m o s si se p u e d e n e s t r e c h a r esos l í m i t e s y p r e c i s a r m á s el tiempo en
ron escritos antes de 152G, p u e s , c o m o o b s e r v a j u i c i o s a m e n t e el pa-
q u e s e e s c r i b i ó la o b r a . Los P P . Nadal (3) y R i b a d e n e i r a (4) alirmaii
dre W a t r i g a u t , las r e s p u e s t a s d e v a r i a s m u j e r e s i n t e r r o g a d a s e n esos
q u e los E j e r c i c i o s f u e r o n escritos e n Manresa, sin d i s t i n g u i r en ellos
procesos indican á las claras, q u e la d o c t r i n a e s p i r i t u a l q u e I g n a c i o
p a r t e s a n t e r i o r e s ó p o s t e r i o r e s . E l P . P o l a n c o (5) y los procesos
les comunicaba e r a la q u e v e m o s escrita e n v a r i o s pasajes de los
p a r a la beatificación d e I g n a c i o (G) d i c e n e x p r e s a m e n t e q u e ya en
Ejercicios (3).
Manresa dio el santo E j e r c i c i o s á v a r i a s p e r s o n a s b u e n a s . E l P. Laí-
La dificultad d e q u e t o d o el l i b r o se e s c r i b i e s e e n M a n r e s a n a c e
de dos circunstancias: p r i m e r a , d e las p a l a b r a s y frases latinas i n t e r -
(1J Vida del P. Ign., c. v i l l . — ( 2 ) H á l l a s e al fin d e l v o l u m e n q u e contiene el
Exemplar hispanicuui Exercitigrum.—(3) Miscelkinea de regláis S. I., cuaderno.').
(1) Vide supra, c. v n . — ( 2 ) Vide supra, c. i v . — ( 3 ) La Genése des Exercices,
— ( 4 ) Vida de S. Ign., 1. i , c . v m . — ( 5 ) Vida del P. Ign., c. n i . . — ( 6 ) Summorim»
PP- 45-47.
proces. ( M a n r e s a ) , a r t . 4.°
 CAP. IX.—EJERCICIOS ESPIRITUALES 151
150 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

doso de la e x a c t i t u d en la locución. N u n c a se cansaba d e e n m e n d a r

caladas e n el t e x t o , cosa q u e el santo n o p u d o e s c r i b i r e n Manresa,
y retocar sus e x p r e s i o n e s , no' p a r a b u s c a r bellezas l i t e r a r i a s ( j a m á s
p u e s e n t o n c e s i g n o r a b a e l l a t í n ; s e g u n d a , d e la n a t u r a l e z a de ciertas
pensó en ollas I g n a c i o ) , sino p a r a c o n s e g u i r q u e sus p a l a b r a s n o di-
enseñanzas, q u e p a r e c e n i n d i c a r e n su a u t o r u n h o m b r e que había
jesen ni p u n t o más, n i p u n t o m e n o s , d e lo j u s t o (1).
c u r s a d o los e s t u d i o s .
Por lo q u o h a c e á las p a l a b r a s l a t i n a s , d e b e m o s a d v e r t i r q u e las
P a r a e s c l a r e c e r d e b i d a m e n t e este a s u n t o , d i s t i n g a m o s en el libro
frases e n t e r a s son s o l a m e n t e t r o s : u n a en la c o n t e m p l a c i ó n p a r a al-
dos p a r t e s : u n a q u e f o r m a el c u e r p o p r i n c i p a l y c o m o la sustancia
canzar a m o r , y dos, t o m a d a s d e San G r e g o r i o y d e San B e r n a r d o , en
d e los Ejercicios, y o t r a q u e t i e n e el c a r á c t e r d e a d i c i o n a l y comple-
las reglas p a r a e n t e n d e r e s c r ú p u l o s . A d e m á s d e estas frases, h a b r á
m e n t a r i a . La p r i m e r a la c o n s t i t u y e el n ú c l e o d e meditaciones que
como u n a d o c e n a de p a l a b r a s s u e l t a s , la m a y o r p a r t e a d v e r b i o s ,
c o n a d m i r a b l e m é t o d o se v a n s u c e d i e n d o , d e s d e el p r i n c i p i o y fun-
como tamen, probabiliicr, forsaii, ó m o d o s a d v e r b i a l e s , cuino J K C dia-
d a m e n t o hasta la c o n t e m p l a c i ó n p a r a alcanzar a m o r , y juntamente
mctrnni., pro uihUo, y tal cual s u s t a n t i v o , c o m o beatittidhtes. su.pclec-
las a n o t a c i o n e s y a d i c i o n e s p a r a h a c e r b i e n los E j e r c i c i o s y las re-
Ulr. Los t r e s t e x t o s t i e n e n el c a r á c t e r d e a ñ a d i d u r a s p o s t e r i o r e s ,
glas d e la b u e n a elección. Á la s e g u n d a p a r t e p o d e m o s referir el
pues se o b s e r v a q u e , q u i t á n d o l o s , q u e d a el s e n t i d o e n t e r a m e n t e
catálogo d e los m i s t e r i o s de la v i d a d e C r i s t o , y v a r i o s capítulos,
perfecto. A l g u n a s de las p a l a b r a s sueltas p o s i b l e es q u e el santo las
c o m o el d e los e s c r ú p u l o s , el de las limosnas, etc., q u e sirven, ó para
escribiese y a e n M a n r e s a , p u e s e n los l i b r o s v u l g a r e s d e e n t o n c e s ,
d e s a r r o l l a r lo i n s i n u a d o e n el c u e r p o d e los E j e r c i c i o s , ó para re-
sobre todo e n los p i a d o s o s , solían i n t e r c a l a r los a u t o r e s esas pala-
d o n d e a r la enseñanza e s p i r i t u a l q u e el a u t o r c o m u n i c a al ejercitante.
bras latinas, q u e h a b í a n e n t r a d o casi e n el lenguaje v u l g a r y e r a n
A h o r a b i e n : p a r e c e fuera d e d u d a q u e la p r i m e r a y p r i n c i p a l do es-
entendidas p o r t o d o s los q u e leían l i b r o s e s p i r i t u a l e s . C o n t o d o eso,
tas dos p a r t e s fué y a e s c r i t a en M a n r e s a . Así lo c o n v e n c e la suma de
más r e g u l a r n o s p a r e c e q u e al r e p a s a r I g n a c i o s u m a n u s c r i t o , des-
los t e s t i m o n i o s a d u c i d o s , y lo p r u e b a todavía m á s la poderosa uni-
pués de los e s t u d i o s t e o l ó g i c o s , añadiese, n o s o l a m e n t e los t r e s tex-
d a d artística d e l l i b r o . Una o b r a e n q u e t o d a s las p a r t e s conspiran
tos arriba c i t a d o s , sino t a m b i é n las p a l a b r a s s u e l t a s , q u e en el
t a n a d m i r a b l e m e n t e á r e a l i z a r la idea f u n d a m e n t a l establecida por
lenguaje a s c é t i c o y m o r a l t e n í a n e n t o n c e s fuerza casi d e t é r m i n o s
el a u t o r , n o es, e v i d e n t e m e n t e , i n v e n c i ó n h e c h a p o r p a r t e s , ni com-
técnicos.
p u e s t a á pedazos e n d i s t i n t a s c i r c u n s t a n c i a s y t i e m p o s . O b r a s do este
Lo que i n d u d a b l e m e n t e se e s c r i b i ó en P a r í s , ó d e s p u é s e n Italia,
g é n e r o , n o t a n t o b r o t a n del p r o l o n g a d o e s t u d i o , c o m o d e la intuición
son algunas d e a q u e l l a s p a r t e s q u e h e m o s l l a m a d o c o m p l e m e n t a r i a s .
p r i v i l e g i a d a d e l g e n i o , y a u n q u e el a u t o r las e n m i e n d e y lime des-
En efecto; la s e r i e do los m i s t e r i o s d e la v i d a d e C r i s t o , c o n las citas
p a c i o d e s p u é s do e s c r i b i r l a s , o r d i n a r i a m e n t e las lanza p r o n t o al pa-
puntuales de los E v a n g e l i s t a s , a u n q u e p u d o sacarse d e l l i b r o d o L u -
p e l y ejecuta d e u n í m p e t u su p r i m e r a r e d a c c i ó n .
dolfo, p a r e c e i n d i c a r u n e s t u d i o d e l s a g r a d o t e x t o q u e San I g n a c i o
Así d e b i ó s u c e d e r á I g n a c i o . La s e r i e de m e d i t a c i o n e s , desde el
no pudo h a c e r c ó m o d a m e n t e a n t e s do c u r s a r la t e o l o g í a . L o m i s m o
p r i n c i p i o y f u n d a m e n t o hasta la c o n t e m p l a c i ó n p a r a alcanzar amor,
se diga de las r e g l a s p a r a d i s t r i b u i r limosnas, d o n d e se a d u c e la doc-
se e s c r i b i e r o n , sin d u d a , e n Manresa. Allí t a m b i é n d e b i e r o n redac-
trina de u n c o n c i l i o c a r t a g i n e n s e q u e I g n a c i o n o p u d o c o n o c e r
t a r s e d e f i n i t i v a m e n t e las r e g l a s p a r a d i s c e r n i r e s p í r i t u s , cuyos pri-
m e r o s datos se h a b í a n a p u n t a d o e n L o y o l a . De Manresa debon ser
(1) El c u i d a d o q u e t e n i a I g n a c i o d e p r e c i s a r l o s c o n c e p t o s se c o n o c e b i e n á las
t a m b i é n las r e g l a s p a r a e n t e n d e r los e s c r ú p u l o s , p a r t e q u e Ignacio claras en las d i e z y s i e t e c o r r e c c i o n e s m a r g i n a l e s q u e p u s o d e su l e t r a al m a n u s c r i t o
e s c r i b i r í a d e s p u é s d e p a s a r la t e r r i b l e t r i b u l a c i ó n q u e describimos mas a n t i g u o q u e t e n e m o s d e l o s E j e r c i c i o s . P o r e j e m p l o , el t i t u l o p u e s t o d e s p u é s
e n el cap. n i . C o n el t r a n s c u r s o del t i e m p o d e b i ó el santo ir per- de las a n o t a c i o n e s lo e s c r i b i ó así el a m a n u e n s e : Ejercicios espirituales para vencer
« «( mismo y ordenar su vida sin afección alyuna que desordenada sea. S a n I g n a c i o
f e c c i o n a n d o y p r e c i s a n d o m á s los c o n c e p t o s , s e g ú n v e í a ser nocesa-
borra la p r e p o s i c i ó n sin , y e s c r i b e al m a r g e n : sin determinarse por. E x a m i n a d a l a
r i o p a r a q u e le e n t e n d i e s e n b i e n y n o le d e l a t a s e n á los tribunales frase con la c o r r e c c i ó n d e San I g n a c i o , se v e q u e es e x a c t í s i m a , y e x p r e s a , c o m o c o n
por hereje y novador. precisión m a t e m á t i c a , el o b j e t o p r i m a r i o d e los E j e r c i c i o s . Lo m i s m o p u d i é r a m o s
P o r los o r i g i n a l e s d e las C o n s t i t u c i o n e s , y p o r o t r o s escritos que decir de las o t r a s e n m i e n d a s , l a s c u a l e s p a t e n t i z a n la e x t r e m a d a s o l i c i t u d de S a n
Ignacio en e x p r e s a r con t o d a p u n t u a l i d a d su p e n s a m i e n t o .
c o n s e r v a m o s d e n u e s t r o santo P a d r e , se v e q u e e r a éste m u y cuida-
 152 LID. 1 . — FUNDACIÓN DE LA COMTAÑÍA
hasta h a b e r m a n e j a d o l i b r o s t e o l ó g i c o s . F i n a l m e n t e , las reglas P A R A
s e n t i r con la Iglesia manifiestan u n h o m b r e ya e n t e r a d o de los E R R O -
r e s p r o t e s t a n t e s y m u y c o n o c e d o r del estado r e l i g i o s o del siglo xvi,
cosa q u e I g n a c i o d e b i ó alcanzar en la u n i v e r s i d a d d e P a r í s , D O N D E
p u d o e s t a r en c o n t a c t o con h o m b r e s de todas las sectas y de I O D O S
los países.
8. La cuestión científica, q u e p r e t e n d e d e s c u b r i r los a u t o r e s y l i b r o s
e n q u e p u d o t o m a r algo San I g n a c i o , ha d a d o ocasión á varios e s c r i -
tos, y en ol siglo x v n excitó u n a p o l é m i c a b a s t a n t e acalorada. E l
año 1613, el P . F r . A n t o n i o de Y e p e s i n t e n t ó p r o b a r q u e San I g n a c i o
leyó el l i b r o t i t u l a d o Ejercitatorio espiritual, c o m p u e s t o p o r F r . F i a n -
cisco García de C i s n e r o s , a b a d de M o n s e r r a t , é i m p r e s o el año lóOO,
y q u e los E j e r c i c i o s q u e el s a n t o dalia en M a n r e s a , n o e r a n lo.- que
v e m o s en su l i b r o , sino los q u e a p r e n d i ó e n el t r a t a d o d e Cisnoro- (l).
T o m a n d o pie de las a f i r m a c i o n e s de Y e p e s , p u b l i c ó a l g u i e n c o n el
n o m b r e de C o n s t a n t i n o C a y e t a n o , en 1641, u n opúsculo, pretendiendo
d e m o s t r a r q u e los E j e r c i c i o s de San I g n a c i o e r a n u n plagio ó p o c o
m e n o s del Ejercitatorio de Cisneros ( 2 ) . Esta o b r a p r o v o c ó una res-
p u e s t a del P . J u a n R h o , S. J., i n t i t u l a d a Achates ad Constaiilinttm
Cajetamim; y c o m o e n t o n c e s e r a tan r a r o el g u a r d a r la moderación
on estas c o n t i e n d a s , e m p e z a r o n á a c a l o r a r s e los á n i m o s más d e lo
j u s t o , hasta q u e los s u p e r i o r e s d e la O r d e n de San B e n i t o y d e la
C o m p a ñ í a s o s e g a r o n p r u d e n t e m e n t e tan i m p o r t u n o s debates. E l
año 1644, los P P . B e n e d i c t i n o s , r e u n i d o s en c a p í t u l o general en
R á v e n a , d e s a p r o b a r o n p ú b l i c a m e n t e el l i b r o de C o n s t a n t i n o Caye-
t a n o , m a n i f e s t a n d o ol d o l o r q u e les causaba la injuria q u e on aquel
escrito se infería á la C o m p a ñ í a d e J e s ú s ( 3 ) . N u e s t r a Congregación
g e n e r a l V I I I , r e u n i d a en 1646, a g r a d e c i ó en su d e c r e t o 13 el acto de
c a r i d a d usado p o r los P a d r e s de San B e n i t o (4), y con esto se procuró
p o r a m b a s p a r t e s s o s e g a r a q u e l l a i m p e r t i n e n t e c o n t r o v e r s i a (ó).
(1) Crónica general de la Orden de. San Benito, t . iv, p . 2 3 5 .
("2) De religiosa suncti Ignatii sen Enneconis, fundatoris Societatis Je»u,prr
nedictinos instilvtionc, deque libe/lo Exercitiorum cjusdem ab Excrcitalorio
magna ex parte desurnpto, Constantivi abbatis Cajetani, Yivdicis benedictini,
dúo. Superiorum permissu et privilegiis.
( 3 ) V é a s e e s t e d o c u m e n t o en los B o l a n d o s , Acta Sanctorum. De Sancto
§ 7. D e b e c o n s u l t a r s e t a m b i é n s o b r e e s t e d e b a t e el P . W a t r i g a u t (La
Exercices), y t a m b i é n u n a r t í c u l o d e D . J u a n M a r c i a l B e s s e , t i t u l a d o Une question
d'histoire littéraire au xvi« siécle, p u b l i c a d o en la r e v i s t a Revue des questions liiston-
ques, t. L X I , p . 2 2 .
( 4 ) Institutum S. I., t. n , p . 3 4 7 .
( 5 ) B u e n o es a d v e r t i r q u e la I g l e s i a , s i e m p r e c u i d a d o s a en a p a c i g u a r todo género
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 153
En nuestros días, c o m o apenas h a y h e c h o h i s t ó r i c o q u e n o se v u e l v a
á examinar, n i p e r s o n a ó c o n t i e n d a científica c u y o m é r i t o n o se p r o -
cure esclarecer, ha r e n a c i d o la c u e s t i ó n s o b r e los o r í g e n e s d e los
Ejercicios. Ya n a d i e afirma q u e son éstos u n p l a g i o ó i m i t a c i ó n d e l
Ejercitatorio de Cisneros; p e r o s o s t i e n e n a l g u n o s q u e n u e s t r o S a n t o
Padre debió t e n e r á la vista el l i b r o d e l abad de M o n s e r r a t , y a p r o -
vechar en más d e una ocasión los p r u d e n t e s consejos e s p i r i t u a l e s q u e
allí se leen. E l P . D. J u a n Marcial Bosse, c o m p a r a n d o diez y siete
ideas ó b r e v e s p á r r a f o s de San I g n a c i o , con o t r o s tantos pasajes d e
Cisneros, c r e e d e s c u b r i r tal semejanza e n t r e e l l o s , q u e sin d u d a
arguye una i m i t a c i ó n de p a r t e de n u e s t r o santo P a d r e (1).
Para p r e c i s a r b i e n lo q u e h a y e n esta cuestión, n o s p a r e c e necesa-
rio hacer dos cosas: P r i m e r a , c o m p a r a r a m b o s l i b r o s e n t r e sí. Se-
gunda, c o n s u l t a r los t e s t i m o n i o s h i s t ó r i c o s q u e existan, p a r a p r o b a r
que Ignacio leyó el l i b r o de Cisneros. P e r o a n t e s de c o m p a r a r las
dos obras, d e b e m o s h a c e r u n a o b s e r v a c i ó n p r e l i m i n a r q u e n o s pa-
rece i m p o r t a n t e .
Suelen v a r i o s a u t o r e s , al d i s c u t i r esta c u e s t i ó n s o b r e los o r í g e n e s
de los Ejercicios e s p i r i t u a l e s , c o n c e n t r a r t o d a su a t e n c i ó n e n ideas
particulares, en n o m b r e s p r o p i o s , e n c i r c u n s t a n c i a s accesorias, c u y o
origen p r e t e n d e n s e ñ a l a r en este ó e n el o t r o a u t o r . Ó m u c h o n o s
engañamos, ó la a t e n c i ó n d e l i n v e s t i g a d o r n o d e b i e r a p a r a r s e t a n t o
en estos p o r m e n o r e s a c c e s o r i o s , q u e n i q u i t a n n i p o n e n , t r a t á n d o s e
de la sustancia d e u n l i b r o . La c o n s i d e r a c i ó n d e b i e r a v o l v e r s e a l
pensamiento f u n d a m e n t a l , á la c o n c e p c i ó n artística d e la o b r a , al
modo peculiar de e j e c u t a r l a . S u p o n e d q u e e m p r e n d o y o e s c r i b i r
una monografía s o b r e el S a n P e d r o d e R o m a . ¿Gastaré m u c h o
tiempo en i n v e s t i g a r q u i é n t r a j o esta p i e d r a , q u i é n l e v a n t ó a q u e l l a
columna, q u i é n enlosó tal p a v i m e n t o , q u i é n esculpió tal estatua?
Esto no sería e s c r i b i r u n a m o n o g r a f í a s o b r e el t e m p l o , sino, c u a n d o
más, sobre l o s m a t e r i a l e s a p r o v e c h a d o s en la c o n s t r u c c i ó n del t e m -
Be- plo. Lo que se h a b r í a d e e s t u d i a r (como e n efecto se hace) es el p l a n
Cisncru primitivo de B r a m a n t e y la s e r i e de t r a n s f o r m a c i o n e s b u e n a s ó m a -
Hbn
Ignatio, ne discordias e n t r e r e l i g i o s o s , p r o h i b i ó el l i b r o del P . C o n s t a n t i n o C a y e t a n o , y p u s o
Genesr da también en el í n d i c e la r e s p u e s t a d e l P . l í h o . V é a s e el a r t í c u l o y a c i t a d o d e D. Besae,
Revue des questions bistoriques, t. L X l , p . 5 0 . L o s q u e s e p a n las d e p l o r a b l e s d i s c o r -
dias que en el s i g l o x v n s o l í a n t u r b a r la p a z d e las ó r d e n e s r e l i g i o s a s , n o s e m a r a v i -
llarán de e s t a p r o h i b i c i ó n . P a r a c o m p l e t a r la n o t i c i a d e e s t a c o n t i e n d a , p u e d e n c o n -
sultarse los dos p á r r a f o s 6 y 7 d e los B o l a n d o s , s o b r e S a n I g n a c i o d e L o y o l a .
(1) Revue des questions bistoriques, t. L X I , p . 2 2 .
 154 LIB. 1 . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA
las, p o r d o n d e se l l e g ó , d e s d e la c o n c e p c i ó n p r i m e r a del arquitecto,
hasta la iglesia q u e a h o r a c o n t e m p l a m o s . E s t o es lo p r o p i o del ar-
q u i t e c t o . L o d e m á s p e r t e n e c e al c a n t e r o , al c o n t r a t i s t a ó á los oficia-
les s u b a l t e r n o s . A p l i q u e m o s el s í m i l á n u e s t r o caso. P o r e j e m p l o :
en la m e d i t a c i ó n de los p e c a d o s , e s c r i b e S a n I g n a c i o , q u o Adán y
E v a f u e r o n c o l o c a d o s en el campo damasceno. Esta circunstancia
está t o m a d a de L u d o l f o , se n o s dice. C o n v e n i d o ; p e r o suponed que
e n vez d e c a m p o d a m a s c e n o h u b i e r a p u e s t o I g n a c i o , campo s o c o
v i a n o . P r e g u n t o : ¿ h a b r í a v a r i a d o en n a d a el c a r á c t e r y m é r i t o d é l a
m e d i t a c i ó n ? Lo m i s m o se diga de o t r a s ideas sueltas q u e so s u p o n e n
t o m a d a s d e o t r o s a u t o r e s . P ó n g a n s e ó q u í t e n s e esas ideas, el libre
p e r m a n e c e r á el m i s m o . A t e n d e r t a n t o á estos p o r m e n o r e s accesorio?
n o s p a r e c e , salvo mcliori judicio, q u e es d a r i m p o r t a n c i a á lo q u e n n
la t i e n e . E x a m i n e m o s , p u e s , a h o r a , n o frases s u e l t a s , sino el e i i e r p c
de la o b r a de Cisneros.
El Ejercitatorio do la vida cspiritiad está d i v i d i d o en c u a t r o partes,
y consta de sesenta y n u e v e capítulos. Los diez y n u e v e primeros
p e r t e n e c e n á la p r i m e r a p a r t e , los seis s i g u i e n t e s f o r m a n la segunda,
los cinco i n m e d i a t o s c o m p o n e n la t e r c e r a , y los t r e i n t a y nueve últi-
m o s se d e d i c a n á la c u a r t a . Lo p r i m e r o q u e llama la atención e n este
l i b r o es q u e , h a b l á n d o s e á cada paso de E j e r c i c i o s espirituales, no
a p a r e c e en p a r t e a l g u n a la definición d e ellos. La e s p e r a el lector 011
el cap. v, q u e se i n t i t u l a : «¿Qué tales h a n de s e r los Ejercicios?',
y n o la h a y ; p o r q u e allí se dice s o l a m e n t e q u e los Ejercicios h a n de
ser: 1.°, c o n c o r d e s c o n la S a g r a d a E s c r i t u r a ; 2.°, m o d e r a d o s ; 3.' , aco-
1
m o d a d o s al q u e se e j e r c i t a , y 4.°, estables y firmes. P e r o ¿qué son
E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s ? E n n i n g u n a p a r t e lo explica Cisneros. Infe-
r i m o s , sin e m b a r g o , su p e n s a m i e n t o , de u n a s p a l a b r a s del prólogo y
de o t r a s q u e l e e m o s e n el capítulo ú l t i m o . Dice así en el prólogo:
«En este l i b r o t r a t a r e m o s de c ó m o el e j e r c i t a d o r y v a r ó n devoto se
h a d e e j e r c i t a r s e g ú n las t r e s v í a s , q u e son llamadas p u r g a t i v a , ilu-
m i n a t i v a y u n i t i v a ; y c ó m o p o r c i e r t o s y d e t e r m i n a d o s Ejercicios,
s e g ú n los días d e la s e m a n a , m e d i t a n d o , o r a n d o , c o n t e m p l a n d o o r d e -
n a d a m e n t e , p o d r á s u b i r á alcanzar el fin d e s e a d o , q u e es juntar
el á n i m a con Dios.» E n el ú l t i m o c a p í t u l o , r e c o p i l a n d o lo que lia
e s c r i t o e n t o d o el l i b r o , d i c e e l p i a d o s o a u t o r : «Habernos tratado
c ó m o el v a r ó n d e v o t o se d e b o e j e r c i t a r , m e d i t a n d o , o r a n d o y con-
t e m p l a n d o , p a r a j u n t a r su á n i m a con Dios.» E n estos t r e s gerun-
d i o s , meditando, orando, contemplando, v e m o s u n a síntesis de toda la
o b r a . C i s n e r o s e s c r i b e u n t r a t a d o d e o r a c i ó n , y c o m o se infiere
CAP. I X . EJERCICIOS ESPIRITUALES 155
del contexto, l o d i r i g e á m o n j e s , q u e se d a n á la v i d a c o n t e m p l a t i v a .
Consideremos a h o r a e l o r d e n c o n q u e d i s p o n e C i s n e r o s la s e r i e
de sus m e d i t a c i o n e s . No las d i v i d e e n s e m a n a s c o m o San I g n a c i o ,
sino en los días d e la s e m a n a . Á q u i e n c a m i n a p o r la vía p u r g a t i v a
le propone, p o r m a t e r i a d e m e d i t a c i ó n , los s i g u i e n t e s objetos: «Lunes,
la memoria de los pecados; m a r t e s , la m e m o r i a d e la m u e r t e ; m i é r c o -
les, la m e m o r i a d e l i n f i e r n o ; j u e v e s , la m e m o r i a d e l J u i c i o ; v i e r n e s ,
la memoria d e la P a s i ó n ; s á b a d o , la m e m o r i a d e N u e s t r a Señora;
domingo, la m e m o r i a d e la g l o r i a » (I). L u e g o v a d e s a r r o l l a n d o e n
capítulos a p a r t e cada u n a d e estas m a t e r i a s d e m e d i t a c i ó n . E l q u e
hubiere e n t r a d o e n la vía i l u m i n a t i v a , m e d i t a r á lo s i g u i e n t e : «Lunes,
el beneficio de la c r e a c i ó n ; m a r t e s , el beneficio de la gratificación;
miércoles, el beneficio d e la v o c a c i ó n ; j u e v e s , el beneficio d e la j u s -
tificación; v i e r n e s , el beneficio de la s i n g u l a r d o t a c i ó n ; s á b a d o , el
beneficio de la g o b e r n a c i ó n ; d o m i n g o , el beneficio de la glorifica-
ción» (2). F i n a l m e n t e , c u a n d o el e j e r c i t a d o r h u b i e r e l l e g a d o á la vía
unitiva, el a s u n t o de su c o n t e m p l a c i ó n será lo s i g u i e n t e : « L u n e s ,
cómo Dios es p r i n c i p i o y fin de todas las cosas; m a r t e s , c ó m o es h e r -
mosura del u n i v e r s o ; m i é r c o l e s , c ó m o es g l o r i a del m u n d o ; j u e v e s ,
cómo es todo c a r i d a d ; v i e r n e s , c ó m o es r e g l a d e t o d a s las cosas; sá-
bado, cómo es q u i e t í s i m o g o b e r n a d o r ; d o m i n g o , c ó m o es suficicntí-
simo dador» (3). Todas estas m a t e r i a s d e m e d i t a c i ó n son más ó m e n o s
desarrolladas e n los capítulos s i g u i e n t e s , y a d e m á s i n t e r c a l a C i s n e r o s
varias enseñanzas s o b r e el m o d o d e h a c e r o r a c i ó n , s o b r e las v i r t u d e s
áque se d e b e a p l i c a r e l q u e se e j e r c i t a , los afectos e n q u o d e b e in-
sistir, las p e t i c i o n e s q u e d e b e d i r i g i r á Dios, y, p r i n c i p a l m e n t e , s o b r e
los provechos e s p i r i t u a l e s q u e t r a e á t o d o s el ejercicio de la o r a c i ó n
en cualquiera d e sus f o r m a s . E l f r a g m e n t o m á s n o t a b l e e n esta m a t e -
ria son, sin d u d a , los c a p í t u l o s de la c u a r t a p a r t e , e n q u e el p i a d o s o
autor explica l a r g a m e n t e las p r o p i e d a d e s de la c o n t e m p l a c i ó n y el
modo práctico d e e j e r c i t a r l a .
Los que h a y a n h e c h o los E j e r c i c i o s de San I g n a c i o , se a s o m b r a r á n ,
y con r a z ó n , de q u e o c u r r i e s e á n a d i e e n el siglo x v n a s i m i l a r dos
libros tan d i v e r s o s c o m o el d e n u e s t r o santo P a d r e y el q u e acaba-
mos de analizar. La d i f e r e n c i a r a d i c a l q u e existe e n t r e los E j e r c i c i o s
enseñados p o r C i s n e r o s y los q u e e s c r i b i ó San I g n a c i o , e s , á n o d u -
darlo, que los p r i m e r o s se o r d e n a n á santificar la v i d a , y los s e g u n -
dos son, p r i m e r o , p a r a ordmar la v i d a , es d e c i r , p a r a r e s o l v e r s e á s e r
(1) Ejercitatorio, c. x n . — ( 2 ) Ibid., e. x x i n . — ( 3 ) Ibid., c. x x v n .
156 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
s a n t o , y d e s p u é s p a r a p r a c t i c a r lo q u e se h a r e s u e l t o . Los primeros
E j e r c i c i o s h a n de s e r estables y firmes, c o m o dice Cisneros en d
c a p í t u l o v, es d e c i r , h a n de c o n t i n u a r s e p e r p e t u a m e n t e ; mientras
q u e los d e San I g n a c i o d e b e n h a c e r s e en pocos días, q u e cuando más,
l l e g a n á t r e i n t a . E s t a diferencia p r i m o r d i a l en el o b j e t o de los Ejer-
c i c i o s , i n t r o d u c e la diferencia absoluta d e p r o c e d e r e n ellos. Supone
C i s n e r o s q u e la o r a c i ó n se h a c e u n a vez al día, y, s e g ú n p a r e c e , en el
espacio de u n a h o r a . Á q u i e n se ejercita e n la vía p u r g a t i v a , se le
r e c o m i e n d a p a r a o r a r la h o r a d e s p u é s de m a i t i n e s (1). Á los que ca-
m i n a n en la vía i l u m i n a t i v a , les es más c o n v e n i e n t e , s e g ú n Cisneros,
la h o r a d e s p u é s de las c o m p l e t a s (2). P o r el c o n t r a r i o , vemos que
San I g n a c i o desea q u e el e j e r c i t a n t e h a g a cada día cinco h o r a s , ó pol-
lo m e n o s c u a t r o , d e o r a c i ó n , q u e so d e s o c u p o de t o d o trabajo exte-
r i o r , q u e se recoja todo lo p o s i b l e p a r a t r a t a r á solas con Dios. Toda
esto i n d i c a q u e , s e g ú n San I g n a c i o , los E j e r c i c i o s son b r e v e s , eso sí,
p e r o tales, q u e d e c i d a n al e j e r c i t a n t e á t o m a r u n a r e s o l u c i ó n radical.
No es m e n o r la d i f e r e n c i a e n t o d o lo d e m á s .
Nada h a y en Cisneros de lo q u e c o n s t i t u y e la p a r t e original y ca-
r a c t e r í s t i c a de n u e s t r o s E j e r c i c i o s . E n n i n g u n a p a r t e h a b l a del que
da los E j e r c i c i o s y del q u e los r e c i b e . E s t o de dar y recibir Ejercicio;
h u b i e r a sido u n lenguaje i n i n t e l i g i b l e p a r a C i s n e r o s . Ni pensó en
d i v i d i r l o s p o r s e m a n a s . ¿ C ó m o h a b í a de d i v i d i r p o r semanas uno;
E j e r c i c i o s quo h a n d e d u r a r t o d a la v i d a ? Ni p a l a b r a t i e n e acerca del
p r i n c i p i o y f u n d a m e n t o ; n a d a e s c r i b e s o b r e el e x a m e n particular, ni
s o b r e la m e d i t a c i ó n q u e San I g n a c i o l l a m ó d e l R e i n o de Cristo, ni
s o b r e las dos b a n d e r a s . E n n i n g u n a p a r t e t r a t a C i s n e r o s de la elección
de e s t a d o , p u n t o c u l m i n a n t e a d o n d e I g n a c i o d i r i g e casi toda la bate-
r í a d e sus m e d i t a c i o n e s y avisos. Nada l e e m o s en Cisneros acerca del
d i s c e r n i m i e n t o de e s p í r i t u s , n i s o b r e las r e g l a s p a r a s e n t i r con la
I g l e s i a , ó p a r a r e p a r t i r limosnas. F a l t a , e n fin, en el l i b r o del abad
d e M o n s e r r a t lo q u e f o r m a la idea m a d r e de t o d o s los Ejercicios,
esto e s , la i n g e n i o s a c o m b i n a c i ó n de m e d i t a c i o n e s , l e c t u r a s , exáme-
n e s , p e n i t e n c i a s y o t r a s o b r a s e s p i r i t u a l e s e n d e r e z a d a s á este fin, que
e l e j e r c i t a n t e conozca la v o l u n t a d de Dios s o b r e el estado de su vida,
y se d e t e r m i n e á c u m p l i r l a p e r f e c t a m e n t e . R a z ó n t u v o el último
e d i t o r de C i s n e r o s , D. J u l i á n González d e S o t o , p a r a escribir las
s i g u i e n t e s l í n e a s : «El b u e n P . C o n s t a n t i n o d e b i ó l i m i t a r s e á observar
sólo el s o n s o n e t e d e l t í t u l o d e a m b a s o b r a s ; p o r q u e á l e e r l a s , le hu-
(1) Ejercitatorio, c . XII.—(2) Ibid., c. x x x .
C A P . IX.—EJERCICIOS ESPIRITUALES 157
biera bastado el sentido c o m ú n p a r a d i s t i n g u i r l a s y clasificarlas c o m o
muy diversas» (1). E f e c t i v a m e n t e , lo ú n i c o q u e h a y d e c o m ú n e n t r e
las obras d e San I g n a c i o y C i s n e r o s , es el sonsonete del título.
Pero los pasajes d e n u e s t r o santo, c o m p a r a d o s con los de C i s n e r o s
por D . Bosse, ¿no p r u e b a n a l g u n a i m i t a c i ó n de p a r t e de San I g n a c i o ?
Ante t o d o , a d v e r t i r e m o s q u e la c o m p a r a c i ó n h a sido h e c h a e n t r e e l
texto latino de C i s n e r o s y la t r a d u c c i ó n latina de los E j e r c i c i o s . E l
rigor crítico, d e q u e h o y t a n t o nos p r e c i a m o s , h u b i e r a e x i g i d o q u e
el paralelo se h i c i e r a e n t r e el t e x t o c a s t e l l a n o , ú n i c o q u e S a n I g n a -
cio pudo l e e r en Manresa, p u e s e n t o n c e s i g n o r a b a el latín, y el t e x t o
original, t a m b i é n castellano, q u e el santo e s c r i b i ó . Algo p e l i g r o s o es
comparar u n t e x t o q u e n o leyó I g n a c i o con o t r o q u e t a m p o c o escri-
bió. Mas, p r e s c i n d i e n d o de este i n c o n v e n i e n t e , t o d o l e c t o r s e n s a t o
observará, q u e las semejanzas o b s e r v a d a s e n t r e a m b o s a u t o r e s n o
versan sobre n i n g u n a d e a q u e l l a s ideas q u e d a n á los E j e r c i c i o s s u
grande o r i g i n a l i d a d . Son ideas s u e l t a s , g e n e r a l i d a d e s a s c é t i c a s , e n
las cuales c o n v i e n e n I g n a c i o y C i s n e r o s , c o m o c o n v i e n e n t o d o s los
autores a n t i g u o s y m o d e r n o s q u e h a b l a n d e o r a c i ó n ; c o m o c o n v i e -
nen todas las a r i t m é t i c a s del m u n d o e n d e c i r q u e dos y dos son cua-
tro (2). Las n o c i o n e s g e n e r a l e s de la ascética, es n a t u r a l q u e las t o -
mase San I g n a c i o d e los l i b r o s p i a d o s o s q u e e n t o n c e s c o r r í a n e n E s -
paña, como C r i s t ó b a l C o l ó n a d q u i r i ó sus c o n o c i m i e n t o s n á u t i c o s e n
los libros q u e a n d a b a n e n m a n o s d e los m a r i n o s e n el siglo x v , c o m o
(1) Ejercitatorio de la vida espiritual, c o m p u e s t o p o r el I l d o . P . F r . F r a n c i s c o
García de C i s n e r o s , a d i c i o n a d o , a n o t a d o y a c l a r a d o p o r el Dr. D. J u l i á n G o n z á l e z
de Soto. B a r c e l o n a , 1 8 5 7 .
(2) No d e j a r e m o s d e a d v e r t i r q u e a l g u n a s s e m e j a n z a s n o t a d a s p o r D . B e s s e ,
.son bastante p r o b l e m á t i c a s . V é a s e , p o r e j e m p l o , la t e r c e r a . E n el u l t i m o c a p í t u l o d e
su obra, h a b l a n d o C i s n e r o s d e l fin s a n t o q u e se d e b e t e n e r e n la m e d i t a c i ó n , r e s u m e
su doctrina con e s t a s p a l a b r a s : « B r e v e m e n t e h a b l a n d o , d e b e s e n t o d o e s t o b u s c a r
la gloria de D i o s , y d e s p u é s l a h o n r a d e l o s s a n t o s , la v i r t u d d e la I g l e s i a , la s a l u d
tuya, o r d e n á n d o l o t o d o á g l o r i a d e D i o s , s e g ú n a q u e l l o d e l A p ó s t o l : «.Ora c o m á i s ó
rtebáis, ó h a g á i s o t r a c o s a , h a c e d l o t o d o á g l o r i a d e D i o s . » C o m o s e m e j a n t e á e s t e
pasaje p r e s e n t a D . B e s s e l a a n o t a c i ó n 5 . d e San I g n a c i o , c o n c e b i d a e n e s t o s
a
términos: «Al q u e r e c i b e los E j e r c i c i o s , m u c h o a p r o v e c h a e n t r a r en ellos c o n g r a n d e
íanimo y l i b e r a l i d a d c o n su C r i a d o r y S e ñ o r , o f r e c i é n d o l e t o d o su q u e r e r y l i b e r t a d ,
spara que Su D i v i n a M a i e s t a d , así d e s u P e r s o n a , c o m o de t o d o lo q u o t i e n e , se
nsirva c o n f o r m e á s u s a n t i s s i m a v o l u n t a d . ^ (Ejercicios. Anotaciones preliminares.)
¿En qué se p a r e c e n e s t a s d o s cosas? C i s n e r o s h a b l a d e l fin s a n t o q u e d e b e m o s t e n e r
en todas las o b r a s . S a n I g n a c i o se refiero á la disposición para cualquier sacrificio
•fue Dios e x i j a , c o n q u e d e b e el e j e r c i t a n t e e m p r e n d e r los E j e r c i c i o s , p o r q u e el m u -
dar de vida y el e m p r e n d e r el c a m i n o d e l a v i r t u d , v a n s i e m p r e a c o m p a ñ a d o s d e
algún trabajo.
158 LIB. I . — FUNDACIÓN D E LA COMPAÑÍA
N e w t o n a p r e n d i ó las n o c i o n e s do m a t e m á t i c a s e n l o s tratados de
esta ciencia q u e se u s a b a n e n I n g l a t e r r a á m e d i a d o s d e l siglo xvu.
P o r q u e I g n a c i o t o m a s e t a l cual idea suelta d e u n a u t o r piadoso,
a t r i b u i r á éste e n t o d o ó e n p a r t e la i n v e n c i ó n d e los Ejercicios, es
tan a b s u r d o c o m o a t r i b u i r e l d e s c u b r i m i e n t o d e la atracción u n i -
v e r s a l al a u t o r d e la a r i t m é t i c a e n q u e N e w t o n a p r e n d i ó á s u m a r y
restar.
9. E s t o da do sí la c o m p a r a c i ó n d e l E j e r c i t a t o r i o de Cisneros c o n los
E j e r c i c i o s d e n u e s t r o s a n t o P a d r e . Y ¿ q u é d i c e n s o b r e esto los testi-
m o n i o s h i s t ó r i c o s ? P o r d e p r o n t o , t e n e m o s u n d i c h o de San I g n a c i o ,
r e f e r i d o p o r el P . L u i s González, de C á m a r a , e n el cual i m p l í c i t a -
m e n t e se afirma q u e n o conoció el l i b r o do Cisneros. H e aquí las pa-
l a b r a s t e x t u a l e s do C á m a r a , escritas el 29 d e E n e r o d e 1555: í t e m ,
dijo más [ I g n a c i o ] , q u e e n Manresa h a b í a visto p r i m e r o el G e r s o n -
cito [ l a I m i t a c i ó n d e C r i s t o ] , y n u n c a m á s h a b í a q u e r i d o loor otro
l i b r o d e d e v o c i ó n , y ésto e n c o m e n d a b a á t o d o s l o s q u e trataba, y
leía cada día u n capítulo p o r o r d e n , y d e s p u é s d e c o m e r y [ á ] otras
h o r a s lo a b r í a así s i n o r d e n , y s i e m p r e t o p a b a lo q u e e n a q u e l l a
h o r a t e n í a e n e l c o r a z ó n y lo d e q u e t e n í a necesidad» (1). Aquí pare-
c e n a f i r m a r s e dos cosas: u n a , q u e el p r i m e r l i b r o q u e leyó I g n a c i o
e n Manresa fué el Kempis; otra, q u e d e s p u é s n o epuiso v e r más l i b r o s
d e d e v o c i ó n , c o n lo cual q u e d a d e m o s t r a d o q u e n o c o n o c i ó el E j e r -
c i t a t o r i o d e C i s n e r o s . A l g ú n efugio t i e n e , s i n e m b a r g o , este r a c i o c i -
n i o , p u e s a q u e l l a s p a l a b r a s : había visto primero, es p o s i b l e i n t e r p r e -
t a r l a s p o r estas otras: había visto por primera vez, c o n lo cual el sen-
t i d o do la a f i r m a c i ó n sería e l s i g u i e n t e : L a p r i m e r a vez q u e v i o la
I m i t a c i ó n d e Cristo fué e n M a n r e s a , y desde e n t o n c e s n o quiso otro
l i b r o d e v o t o . C o n esto n o se e x c l u y e q u e a n t e s d e t r o p e z a r c o n el
K e m p i s n o h u b i e r a leído á C i s n e r o s . P e r o esta i n t e r p r e t a c i ó n p a r e c e
r e b u s c a d a y n o t a n obvia c o m o la p r i m e r a . P o r eso n o s i n c l i n a m o s
á c r e e r , q u e lo afirmado p o r I g n a c i o fué, q u e el ú n i c o l i b r o que leyó
e n M a n r e s a fué la I m i t a c i ó n do C r i s t o . H a s t a e l año 1613, es d e c i r ,
e n e l espacio do casi u n s i g l o , n a d i e e s t a m p ó la especie do que Ig-
n a c i o h u b i e s e leído el l i b r o d e C i s n e r o s . C u a n d o n o s dio esta n o t i c i a
F r . A n t o n i o d e Y e p e s , la p r o b ó ú n i c a m e n t e c o n la tradición del
m o n a s t e r i o d e M o n s e r r a t . R e c i e n t e m e n t e h e m o s p o d i d o hallar mi
t e s t i m o n i o algo m á s a n t i g u o q u e el d e Yepes, y es e l d e los p r o c e s o s
p a r a la beatificación d e San I g n a c i o , h e c h o s e n 1595. E n e l de Man-
(1) Memorial, 29 de E n e r o de 1555.
CAP. I X . — EJERCICIOS E S P I R I T U A L E S 159
resa fueron i n t e r r o g a d o s c u a t r o m o n j e s d e M o n s e r r a t ( l ) , . y t r e s d e
ellos, Fr. L o r e n z o N i e t o , F r . J o a q u í n B r i a n t y F r . M i g u e l d e Santa
Fe, afirman q u e e l P . C h a ñ ó n o s d i o á S a n I g n a c i o l o s E j e r c i c i o s d e
Cisneros. E s d e sabor q u e n i n g u n o de estos t r e s t e s t i g o s había c o n o -
cido á San I g n a c i o , p u e s el más a n c i a n o , F r . M i g u e l d e Santa F e , se
dice tener sesenta y cinco a ñ o s ; d e d o n d e r e s u l t a q u e n a c i ó s i e t e
años después q u e San I g n a c i o salió d e Manresa. E s t o s t e s t i m o n i o s
fueron dados e n u n t i e m p o e n q u e t o d o el m u n d o estaba l l e n o d e
la fama d e los E j e r c i c i o s d e I g n a c i o . E s t o s t e s t i m o n i o s p r o c e d e n d e
una fuente d o n d e , c o n el afán d e a p r o p i a r s e t o d a la g l o r i a p o s i b l e
de San I g n a c i o , se i n v e n t a r o n v a r i a s t r a d i c i o n e s p i a d o s a s , c o m o la
cueva de M o n s e r r a t y el h á b i t o d e d o n a d o d e S a n B e n i t o , q u e se
dice haber v e s t i d o n u e s t r o s a n t o . R e c u é r d e s e , p o r fin, q u e la t r a d i -
ción, cuyo t e s t i m o n i o es s i e m p r e t a n i n s e g u r o , fué e n t o n c e s e n E s -
paña el testigo m á s m e n t i r o s o q u e jamás se h a visto e n el m u n d o .
Con el escudo d e la t r a d i c i ó n , se l l e n a r o n n u e s t r a s h i s t o r i a s , y so-
bre todo n u e s t r a s vidas d e s a n t o s , d e las fábulas m á s i n v e r o s í m i l e s .
Aquel siglo fué el siglo d e los falsos p l o m o s , d e los falsos c r o n i c o -
nes, de las falsas llagas, do las falsas profecías, d e las falsas visiones,
de los falsos a r r o b a m i e n t o s , d e u n d i l u v i o , e n fin, d e falsedades d e -
votas, q u e se d i f u n d i e r o n c o n el e s c u d o d e la t r a d i c i ó n local. E s t o
nos debo e n s e ñ a r la c a u t e l a c o n q u e d e b e p r o c e d e r s e a n t e s d e a d -
mitir osa t r a d i c i ó n d e M o n s e r r a t . E n s e t e n t a y t r e s a ñ o s , esto es,
de 1522 á 1595, n i u n a p a l a b r a suena p a r a d e c i r n o s q u e S a n I g n a c i o
leyó el l i b r o d e C i s n e r o s . G u s t a r á e l l e c t o r d e s a b e r e l j u i c i o q u o
dio Ribadeneira s o b r o esta c u e s t i ó n , c u a n d o e n 1607 fué c o n s u l t a d o
sobro la o p i n i ó n q u o q u e r í a e s t a m p a r F r . A n t o n i o d e Y e p e s . D e s p u é s
de manifestar la e n o r m e d i f e r e n c i a q u e h a y e n t r e los E j e r c i c i o s y e l
Ejercitatorio, r e s u m e s u p a r e c e r e n estas p a l a b r a s : «Lo q u e á m i m e
parece son dos c o s a s : la p r i m e r a , q u e es cosa m u y p r o b a b l e q u e
uostro B. P . I g n a c i o h a y a t e n i d o n o t i c i a e n M o n s e r r a t d e l l i b r o
ó ejercitatorio d e l P . F r . García d e C i s n e r o s , y q u o á l o s p r i n -
cipios so haya a p r o v e c h a d o d e l p a r a su o r a c i ó n y m e d i t a c i ó n , y q u e
el P. F r . J u a n C h a ñ ó n o s h a y a i n s t r u i d o y enseñado a l g u n a s cosas
del, y t a m b i é n q u e h a y a l l a m a d o a l l i b r o q u e d e s p u é s c o m p u s o ,
Ejercicios e s p i r i t u a l e s , t o m a n d o e l n o m b r e d e l l i b r o ó e j e r c i t a t o -
rio del P . F r . García; la s e g u n d a cosa, es q u o el l i b r o d e n u e s t r o
(1) Proceso de Barcelona y Manresa, f. 3 2 6 . ( V é a s e la p a r t e t i t u l a d a Proceso de
Manresa en Monserrat.)
 160 LIB. I. FUNDACIÓN D E LA COMPAÑÍA
P a d r e es m u y d i f e r e n t e d e l d e l P . García» (1). M u c h o concedía Riba-
d e n e i r a c u a n d o d a b a c o m o muy probable q u e San I g n a c i o había leído
el E j e r c i t a t o r i o . Lo más p r o b a b l e e s , c o m o se d e s p r e n d o de las pa-
l a b r a s del santo c o n s e r v a d a s p o r el P . C á m a r a y citadas más a naba,
q u e n o l e y ó el l i b r o d e C i s n e r o s .
10. Con lo dicho hasta a q u í se cae de su peso lo q u e t o d o s los cató-
licos c r e e n d e b u e n a fe a c e r c a de la fuente p r i n c i p a l do donde ma-
n a r o n los E j e r c i c i o s . E l E s p í r i t u Santo fué q u i e n los enseñó á San
I g n a c i o . Un s o l d a d o r u d o ó i g n o r a n t e , r e c i é n c o n v e r t i d o de las va-
n i d a d e s del s i g l o , ¿ c ó m o podía c o n c e b i r y d e s a r r o l l a r u n a obra tan
o r i g i n a l , u n l i b r o tan p r o v e c h o s o p a r a la salvación y perfección de las
a l m a s , u n l i b r o q u e h a p r o d u c i d o t r a n s f o r m a c i o n e s t a n sobrehuma-
n a s , y q u e c u a n t o más se le e s t u d i a , t a n t o m á s a s o m b r a p o r la origi-
n a l i d a d d e su m é t o d o y p o r la p o d e r o s a eficacia de su v i r t u d ?
Confirman c l a r a m e n t e esta idea los t e s t i m o n i o s de n u e s t r o - pri-
m e r o s P a d r e s . R i b a d e n e i r a , al h a b l a r de los E j e r c i c i o s en la 17'Ai ''<•
San Ignacio, dice a s í : «El cual [ l i b r o ] está tan l l e n o d e documentn-
y delicadezas en m a t e r i a d e e s p í r i t u , y con tan a d m i r a b l e orden, que
se v e b i e n la u n c i ó n d e l E s p í r i t u Santo h a b e r e n s e ñ a d o y suplido la
falta de estudio y d o c t r i n a » (2). Más e x p l í c i t o es todavía el P. Polan-
c o , q u i e n , r e f i r i e n d o el b i e n e s p i r i t u a l q u e San I g n a c i o empezó á
h a c e r e n M a n r e s a , e s c r i b e estas p a l a b r a s : « C o m e n z ó á comunicará
m u c h o s en Manresa a q u e l l o s E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , q u e él había re-
c i b i d o , e n s e ñ a d o p o r Dios» (3). E l P . Cámara c o r r o b o r a manifiesta-
m e n t e este p e n s a m i e n t o en a q u e l b r e v e p á r r a f o quo -transcribimos
en el cap. n i . N ó t e n s e b i e n a q u e l l a s dos i d e a s : p r i m e r a , que
D i o s e n s e ñ a b a á I g n a c i o c o m o e l m a e s t r o d e e s c u e l a al n i ñ o ; se-
g u n d a , q u e esto lo hacía Dios p o r q u e I g n a c i o n o t e n í a o t r o maes-
t r o (4). Con los t e s t i m o n i o s de estos P a d r e s c o n c u e r d a la tradición
g e n e r a l d e la p r i m i t i v a C o m p a ñ í a , la cual s i e m p r e m i r ó los Ejerci-
cios c o m o u n d o n s i n g u l a r í s i m o y e n t e r a m e n t e s o b r e n a t u r a l , hecho
p o r Dios á n u e s t r o santo P a d r e , p a r a santificarse p r i m e r o á sí mis-
m o , y p a r a santificar p o r m e d i o de ellos á i n n u m e r a b l e s almas (ó).
( 1 ) C a r t a p u b l i c a d a p o r el P . Y e p e s , Crónica general de la Orden de San
t o m o iv, p . 237.
(2) Vida de S. Ign., 1. r, c. v m .
( 3 ) dSpiritualia crgo illa exercitia, quae a Den ipse, ecloclus acceperat,
resae communicare coepit.» Vita, Ignatii Loy., c. i n .
( 4 ) V é a s e el final d e l c a p í t u l o I Í I .
( 5 ) D e s e a r á s a b e r el l e c t o r q u é h a y s o b r e l a p i a d o s a c r e e n c i a , do q u e M a r í a San-
CAP. I X . — EJERCICIOS ESPIRITUALES 161
tfsima inspiró los E j e r c i c i o s á S a n I g n a c i o , c r e e n c i a r e p r o d u c i d a e n t a n t o s c u a d r o s ,
que r e p r e s e n t a n al s a n t o e s c r i b i e n d o s u l i b r o d e l a n t e d e la M a d r e d e Dios, q u e se le
muestra en los a i r e s . E l P . YVatrigant h a e s c r i t o u n o p ú s c u l o d e 110 p á g i n a s s o b r e
este punto (La Tres Sainte Vierge a-t-elle aidé Saint Ignace a composer le livre des
Exercices spirituels'/J. P e r o d e s p u é s d e l e e r ese o p ú s c u l o y d e c o n s u l t a r l a s f u e n t e s
históricas q u e h e p o d i d o h a b e r á las m a n o s , v e n g o á s a c a r en l i m p i o , q u e d u r a n t e
un siglo no a p a r e c e n i n g ú n d o c u m e n t o q u e p r u e b e t a l c o s a . A l e g a r o n a l g u n o s , p o s -
teriormente, l a a u t o r i d a d del P . L a í n e z ; p e r o e n n i n g u n a p a r t e s e m u e s t r a el t e x t o d e
este P a d r e , y a u n q u e en v a r i a s o c a s i o n e s h a b l a d e los E j e r c i c i o s , e n n i n g u n a h a c e
alusión á la i n t e r v e n c i ó n d e M a r í a S a n t í s i m a . P u d o c o n f i r m a r e s t a c r e e n c i a u n p á -
rrafo de la h i s t o r i a m a n u s c r i t a d e n u e s t r o c o l e g i o d e B a r c e l o n a , en c u y o f o l . 2 1 se
leen estas p a l a b r a s : « P a s a n d o p o r M a n r e s a [el P . L o r e n z o d e San J u a n ] , s u p o d e l
señor A m i g a n t , q u e la V i r g e n h a b í a d i c t a d o los E j e r c i c i o s á n u e s t r o P . San I g n a c i o
después de u n r a p t o en l a A n u n c i a t a d e su c a s a , c o m o lo t e n í a n o t a d o y s a b i d o d e
boca del s a n t o , c u a n d o e s t u v o allí.» L a a f i r m a c i ó n d e e s t a h i s t o r i a no p u e d e t o m a r s e
en serio, p u e s es d e a q u e l l a s q u e q u e d a n r e f u t a d a s p o r su m i s m a e n o r m i d a d . U n
hombre t a n c a u t o c o m o S a n I g n a c i o e n o c u l t a r l o s f a v o r e s c e l e s t i a l e s ; u n h o m b r e
que por h u i r la v a n a g l o r i a n o q u e r í a á los p r i n c i p i o s m a n i f e s t a r ni s i q u i e r a s u a p e -
llido y su p a t r i a ( P o l a n c o , Vita P. Ign., p. 2 3 ) ; un h o m b r e que resistió meses y
años á las s ú p l i c a s d e s u s h i j o s , q u e d e s e a b a n c o n o c e r l e i n t e r i o r m e n t e , y sólo al fin
de su vida se d e c i d i ó á c o m u n i c a r l a s b r e v e s n o t i c i a s q u e e s c r i b i ó el P . C á m a r a ; u n
hombre que g u a r d a b a t a n t a r e s e r v a c o n s u s h i j o s m á s q u e r i d o s , ¿ h a b í a d e d e s c u -
brir sin m á s n i m á s á u n s e g l a r u n p r o d i g i o t a n e s t u p e n d o y j a m á s v i s t o e n el
mundo, c o m o s e r í a u n l i b r o d i c t a d o p o r M a r í a S a n t í s i m a ? E s t o e x c e d e l o s l í m i t e s
de todo lo v e r o s í m i l y r a z o n a b l e . N i en L a í n e z , n i e n C á m a r a , n i e n P o l a n c o , ni e n
Nadal, n i en R i b a d e n e i r a , n i e n los h i s t o r i a d o r e s q u e i n m e d i a t a m e n t e l e s s u c e d i e -
ron, como O r l a n d i n i y M a f f e i , n i en las c a r t a s d e los p r o v i n c i a l e s y s u p e r i o r e s d e l
siglo x v i , q u e h a b l a n d e los E j e r c i c i o s , b e p o d i d o d e s c u b r i r l a m e n o r i n d i c a c i ó n
de que María S a n t í s i m a i n t e r v i n i e s e e n l a c o m p o s i c i ó n d e ellos. E l p r i m e r o e n e s t a m -
par esta i d e a f u é el V . P . L u i s d e l a P u e n t e , e l a ñ o 1 6 1 5 , e n la c é l e b r e Vida q u e
escribió del P . B a l t a s a r A l v a r e z . L é a s e el c a p . X L I I I , d o n d e se a f i r m a el h e c h o , p r o -
bándolo, n o c o n t e s t i m o n i o s h i s t ó r i c o s , s i n o c o n c i e r t a r e v e l a c i ó n d e l a r c á n g e l S a n
Gabriel á u n a p e r s o n a q u e n o s e n o m b r a . P o c o s a ñ o s d e s p u é s , el P . M u c i o V i t e l l e s -
chi hizo p i n t a r el c é l e b r e c u a d r o q u e , r e p r o d u c i d o c o n l i g e r a s v a r i a n t e s en t o d a s
nuestras c a s a s , d i f u n d i ó l a c r e e n c i a d e q u e M a r í a S a n t í s i m a h a b í a i n s p i r a d o á S a n
Ignacio los E j e r c i c i o s . E l h e c h o p o d r á s e r v e r d a d e r o , p e r o h a s t a a h o r a n o se h a
descubierto n a d a a n t e r i o r á 1 6 1 5 p a r a p r o b a r l o .
limite,
multi* -"<<«-

CAPITULO X
CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA
S r j i í A R i O : 1. C a r á c t e r g e n e r a l d e las C o n s t i t u c i o n e s . — 2 . L i b r o del Examen.—.1. Fin
d e la C o m p a ñ í a y d i v e r s i d a d d e g r a d o s en ella. — 4. E x a m e n q u e el pretendiente
d e b e h a c e r d e la C o m p a ñ í a . — 5 . E x a m e n q u e la C o m p a ñ í a d e b e h a c e r del preten-
d i e n t e . — 6. D i v i s i ó n g e n e r a l d e las C o n s t i t u c i o n e s en d i e z p a r t e s . — 7 . Breve aná-
lisis d e c a d a u n a d e e l l a s .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: Constil¡dionea S. I., latinae et hispanicae.
1. Ya e x p l i c a m o s en el cap. VIII c ó m o c o m p u s o I g n a c i o el libro de
las C o n s t i t u c i o n e s . C ú m p l e n o s a h o r a p r e s e n t a r a l g u n a noticia de ellas
á los l e c t o r e s , p a r a q u e c o n c i b a n idea cabal de' la i n s t i t u c i ó n fundada
p o r el s a n t o . A n t e t o d o , d e b e m o s a d v e r t i r q u e esta o b r a n o es una
colección d e s c a r n a d a d e l e y e s , myo t e x t o se e s c r i b e escueto, sin dar
r a z ó n a l g u n a de lo q u e se m a n d a . E s u n c ó d i g o r a z o n a d o , donde, á
p e s a r de la s u m a c o n c i s i ó n á q u e aspira el legislador, l e e m o s clara-
m e n t e , n o sólo el t e x t o de cada ley, sino t a m b i é n la r a z ó n verdadera
de q u e a q u e l l a l e y se i m p o n g a . Aúneme e n p a l a b r a s brevísimas y en
frases t o s c a s , es de a d m i r a r con cuánta p r e c i s i ó n a p u n t a nuestro
s a n t o P a d r e la v e r d a d e r a y s ó l i d a r a z ó n d e cada cosa q u e insti-
tuye.
2. C o m o y a i n s i n u a m o s e n el cap. V I I I , el l i b r o l l a m a d o Examen es
c o m o p r e l i m i n a r p a r a t o d a s las C o n s t i t u c i o n e s . Q u i e r e el santo fun-
d a d o r q u e se p r o c e d a con s u m a c a u t e l a e n r e c i b i r sujetos para la
C o m p a ñ í a , y con la m i r a de g u i a r á los S u p e r i o r e s en este negocio,
e s c r i b e u n l i b r o a p a r t e , d i v i d i d o e n o c h o capítulos. A u n q u e el nom-
b r e d e e x a m e n p a r e c e i n d i c a r q u e s e t r a t a d e e x a m i n a r á todo el
q u e p r e t e n d e e n t r a r en la r e l i g i ó n , b i e n p u e d e d e c i r s e q u e este libro
e n s e ñ a t a m b i é n e l e x a m e n q u e el p r e t e n d i e n t e d e b e h a c e r de la Com-
pañía. Q u i e r e San I g n a c i o q u e a m b a s p a r t e s se conozcan bien, antes
d e c o n t r a e r c u a l q u i e r m u t u o c o m p r o m i s o . A l e x a m e n q u e el pre-
t e n d i e n t e d e b e h a c e r d e la C o m p a ñ í a se r e f i e r e n los capítulos i y V-
CAP. X . CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 163
Los restantes c o n t i e n e n el e x a m e n q u e la C o m p a ñ í a d e b e h a c e r d e l
pretendiente.
3. Al e m p e z a r el p r i m e r c a p í t u l o e x p o n e San I g n a c i o á los ojos del
aspirante el fin d e la r e l i g i ó n fundada p o r é l : « E l fin desta Compa-
ñía, dice, es, n o s o l a m e n t e a t e n d e r á la salvación y p e r f e c c i ó n de las
ánimas p r o p i a s con la g r a c i a d i v i n a , mas con la m e s m a i n t e n s a m e n t e
procurar de a y u d a r á la salvación y p e r f e c c i ó n d e las d e los p r ó j i -
mos» (1). P o r estas p a l a b r a s v e m o s q u e el fin p r i m a r i o de la Com-
pañía es d o b l e : la santificación p r o p i a y la del p r ó j i m o . No p e r t e n e -
ce, por c o n s i g u i e n t e , n u e s t r a r e l i g i ó n á las c o n t e m p l a t i v a s , q u e sólo
atienden al p r o p i o a p r o v e c h a m i e n t o , n i á las a c t i v a s , q u e se a p l i c a n
principalmente á s e r v i r al p r ó j i m o en o b r a s de c a r i d a d , sino á las
mixtas, q u e j u n t a n la c o n t e m p l a c i ó n con la acción. Y e n t r e estas r e -
ligiones m i x t a s , ¿ t i e n e algo la C o m p a ñ í a q u e la c a r a c t e r i c e y la dis-
tinga de las demás, a u n c o n s i d e r a n d o s o l a m e n t e el fin? Sí. Lo p e c u -
liar de la Compañía es el j u n t a r p r i m a r i a m e n t e estos dos fines: el
buscar la m a y o r g l o r i a d e D i o s e n la m a y o r santificación p r o p i a y
en la m a y o r santificación ajena q u o le sea p o s i b l e l o g r a r , y el d i r i -
gir, como dice S u á r c z , t o d o el p e s o d e la r e l i g i ó n al c u m p l i m i e n t o
de este doble fin (2).
4. Expuesto a n t e los ojos d e l p r e t e n d i e n t e el fin d e la Compañía, é
indicada b r e v e m e n t e la v a r i e d a d de p e r s o n a s q u e e n t r a n en ella, ex-
plica San I g n a c i o en el cap. i v d e l Examen « a l g u n a s cosas q u e m á s
conviene s a b e r á los q u e e n t r a n , de lo q u e h a n de o b s e r v a r e n la
Compañía». E n este l a r g o capítulo d e c l a r a San I g n a c i o sin a m b a g e s
y con toda la c l a r i d a d p o s i b l e , las e m i n e n t e s v i r t u d e s q u e exige n u e s -
tro Instituto, y las p r á c t i c a s m á s difíciles q u e se h a n de ofrecer en
nuestra vida religiosa. P o r de p r o n t o , q u i e n e n t r a r e en la C o m p a ñ í a
debe d e s p r e n d e r s e de t o d o s los b i e n e s t e m p o r a l e s , sin e s p e r a n z a d e
volverlos á t o m a r ; d e b e h a c e r c u e n t a q u e , s i g u i e n d o el consejo d e
Cristo, qui dimiseritpatrem, etc., h a de d e j a r el p a d r e y la m a d r e y
hermanos y h e r m a n a s y c u a n t o tenía e n el m u n d o . T r a s esta r e n u n -
cia, siempre costosa, avisa el santo p a t r i a r c a al p r e t e n d i e n t e d e la
disposición d e e s p í r i t u c o n q u e d e b e e n t r a r e n r e l i g i ó n p a r a s e r
corregido de todas sus faltas. «Para más a p r o v e c h a r s e en su e s p í r i t u ,
(1) Examen, c. i, § 2 .
(2) De Instituto S. I, 1. i, c. n . P u e d e v e r s e t o d o e s t e c a p í t u l o , d o n d e S u á r e z
«Plica, con su a c o s t u m b r a d a m a e s t r í a , el fin d e n u e s t r a O r d e n y el v e r d a d e r o c a -
rácter de ella.
164 L1B. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
y e s p e c i a l m e n t e p a r a m a y o r bajeza y h u m i l d a d p r o p i a , le será de-
m a n d a d o [al p r e t e n d i e n t e ] si se h a l l a r á c o n t o n t o q u e t o d o s errores y
faltas, y c u a l e s q u i e r a cosas q u e se n o t a r e n y s u p i e r e n suyas, sean
m a n i f e s t a d a s á sus m a y o r e s p o r c u a l q u i e r a p e r s o n a q u e fuera de
confesión las s u p i e r e , s i e n d o él m i s m o y cada u n o de los otros con-
t e n t o d e a y u d a r á c o r r e g i r y d e s e r c o r r e g i d o , d e s c u b r i e n d o el uno
al o t r o c o n d e b i d o a m o r y c a r i d a d , p a r a m á s a y u d a r s e en espíritu,
m a y o r m e n t e c u a n d o le sea d e m a n d a d o p o r el s u p e r i o r q u e dellos tu-
v i e r e c u i d a d o , á m a y o r g l o r i a divina.»
No m e n o s e x p l í c i t o es el s a n t o f u n d a d o r en las p r u e b a s que deben
h a c e r s e d e los n o v i c i o s y e n las v i r t u d e s q u e en el n o v i c i a d o y toda
la v i d a h a n d e e j e r c i t a r n u e s t r o s r e l i g i o s o s . E n c u a n t o al comer, be-
b e r , v e s t i r , calzar y d o r m i r , s e r á c o m o cosa p r o p i a d e p o b r e s . E n los ofi-
cios bajos y h u m i l d e s , cada u n o d e b e t o m a r más p r o n t a m e n t e aque-
llos e n l o s c u a l e s h a l l a r e m a y o r r e p u g n a n c i a , si le f u e r e ordenado
q u e los h a g a . P a r a m e j o r d i r e c c i ó n e s p i r i t u a l de cada u n o en el foro
i n t e r n o , n u e s t r o s r e l i g i o s o s d e b e n d a r c u e n t a d e conciencia en con-
fesión ó e n s e c r e t o ó d e o t r a m a n e r a q u e m á s les p l u g u i e r e ó se con-
s o l a r e n e n su á n i m a , con t o d a h u m i l d a d , p u r i d a d y caridad, sin celar
cosa a l g u n a q u e sea ofensiva al S e ñ o r de t o d o s . E n c a r g a el santo pa-
t r i a r c a q u e al e n t r a r e n la C o m p a ñ í a , y d e s p u é s e n el noviciado, sr
e n t e r e n b i e n los n o v i c i o s de las b u l a s q u e c o n f i r m a n n u e s t r o Insti-
t u t o y d e las o b l i g a c i o n e s q u e p o r los v o t o s se h a n d e contraer. Por
ú l t i m o , p a r a r e m a t e d e este c a p í t u l o p r e s e n t a San I g n a c i o á los ojos
d e l p r e t e n d i e n t e la s u b l i m e p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a á q u e debe aspi-
r a r t o d o b u e n hijo de la C o m p a ñ í a . «Así m e s m o , d i c e , es mucho de
a d v e r t i r á los q u e se e x a m i n a n , e n c a r e c i e n d o y p o n d e r á n d o l o delante
d e n u e s t r o C r i a d o r y Señor, e n c u á n t o g r a d o a y u d a y aprovecha en
la v i d a e s p i r i t u a l a b o r r e c e r e n t o d o , y n o e n p a r t e , c u a n t o el mundo
a m a y abraza, y a d m i t i r y d e s e a r con t o d a s las fuerzas posibles
c u a n t o C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r h a a m a d o y a b r a z a d o . C o m o los munda-
n o s q u e s i g u e n al m u n d o a m a n y b u s c a n c o n t a n t a diligencia hono-
r e s , fama y e s t i m a c i ó n d e m u c h o n o m b r e en la t i e r r a , c o m o el mundo
les e n s e ñ a , así los q u e v a n e n e s p í r i t u y s i g u e n d e v e r a s á Cristo
n u e s t r o S e ñ o r a m a n y d e s e a n i n t e n s a m e n t e t o d o lo c o n t r a r i o , es á
s a b e r , v e s t i r s e d e la m i s m a v e s t i d u r a y l i b r e a d e su Señor, por su
d i v i n o a m o r y r e v e r e n c i a , t a n t o , q u e d o n d e á la su D i v i n a Majestad
n o le fuese ofensa a l g u n a , n i al p r ó j i m o i m p u t a d o á p e c a d o , deseen
p a s a r i n j u r i a s , falsos t e s t i m o n i o s , afrentas, y ser t e n i d o s y estimados
p o r locos (no d a n d o ellos ocasión a l g u n a dello), p o r d e s e a r parecer y
CAP. X.—CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 165
imitar en a l g u n a m a n e r a á n u e s t r o C r i a d o r y S e ñ o r J e s u c r i s t o , v i s -
tiéndose de su v e s t i d u r a y l i b r e a , p u e s la v i s t i ó él p o r n u e s t r o m a y o r
provecho e s p i r i t u a l , d á n d o n o s e j e m p l o , q u e en todas cosas á n o s -
otros posibles m e d i a n t e su d i v i n a gracia, le q u e r a m o s i m i t a r y s e g u i r
como sea la vía, q u e l l e v a los h o m b r e s á la vida. P o r t a n t o , sea i n t e -
rrogado si se halla e n los tales deseos, t a n t o s a l u d a b l e s y fructíferos
para la perfección de su á n i m a »
«Para m e j o r v e n i r á este tal g r a d o d e p e r f e c c i ó n , t a n p r e c i o s o e n
la vida e s p i r i t u a l , su m a y o r y m á s i n t e n s o oficio d e b e s e r b u s c a r e n
el Señor n u e s t r o su m a y o r a b n e g a c i ó n y c o n t i n u a m o r t i f i c a c i ó n e n
todas cosas p o s i b l e s , y el n u e s t r o a y u d a r l e e n e l l a s , c u a n t o el S e ñ o r
nuestro nos a d m i n i s t r a r e su g r a c i a p a r a m a y o r alabanza y g l o r i a
suya.»
5. Tal es la idea de la Compañía, q u e San I g n a c i o p o n e a n t e los ojos
al pretendiente. V e a m o s a h o r a el e x a m e n delicado q u e d e é l h a c e
nuestro santo f u n d a d o r . P r i m e r a m e n t e le p r e g u n t a si h a i n c u r r i d o
en alguno de los cinco i m p e d i m e n t o s , de los cuales n o q u i e r e I g n a -
cio que le p u e d a d i s p e n s a r «ni el G e n e r a l P r e p ó s i t o n i t o d a la C o m -
pañía» (1). E s t o s i m p e d i m e n t o s s o n : el h a b e r s e h e c h o h e r e j e ó cis-
mático, el h a b e r sido h o m i c i d a ó infame p o r p e c a d o s e n o r m e s , el
haber vestido h á b i t o r e l i g i o s o e n o t r a O r d e n , el s e r ligado con
vínculo de m a t r i m o n i o ó s e r v i t u d l e g í t i m a ; finalmente, el p a d e c e r
locura ó t e n e r n o t a b l e p r o p e n s i ó n á ella. Desde l u e g o se e n t i e n d e
la razón de d e s e c h a r á los i n d i v i d u o s afeados con g r a v e s defectos
morales ó n a t u r a l e s . No a p a r e c e tan c l a r o el m o t i v o del t e r c e r i m -
pedimento, n i lo v i e r o n tan f á c i l m e n t e a l g u n o s d e n u e s t r o s p r i m e -
ros Padres. ¿ P o r q u é , d e c í a n , c e r r a r á cal y canto la p u e r t a d e la
Compañía á los r e l i g i o s o s de o t r a s Ó r d e n e s , q u e p u e d e n ser tal vez
hombres e m i n e n t e s ? Con t o d o e s o , San I g n a c i o m a n t u v o este i m p e -
dimento p o r dos r a z o n e s p r o f u n d í s i m a s , q u e d e c l a r a e n estos t é r m i -
nos: «Así m e s m o n o se r e s c i b e n c o n el t e r c e r o [ i m p e d i m e n t o ] , p a r e -
ciéndonos en el S e ñ o r n u e s t r o , q u e cada b u e n c r i s t i a n o d e b e e s t a r
firmo en la su p r i m e r a v o c a c i ó n , m a y o r m e n t e c u a n d o a q u é l l a es
tanto santa, y d o n d e , dejado t o d o el s é c u l o , se d e d i c a u n o en t o d o á
mayor servicio y g l o r i a de su C r i a d o r y S e ñ o r . F i n a l m e n t e , nos p e r -
suadimos en la su D i v i n a Majestad, q u e u l t r a de la m a y o r edificación
de nuestros p r ó j i m o s , c u a n t o m á s se h a l l a r e n t o d o s los profesos,
coadjutores y escolares, fuera de los tales i m p e d i m e n t o s , s i e n d o t o d o s
( 1 ) Constitutiones, P. I., c. m, G.

16G LIB. I.—FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
d e u n a m i s m a c o l o r ó s e m e j a n z a , tanto m e j o r se p o d r á n conservar
in Domino, m e d i a n t e su g r a c i a divina» (1). La firmeza de la vocación
y la u n i d a d de e s p í r i t u , el s e r t o d o s d e una misma color, cosa dilici-
lísima de c o n s e g u i r e n t r e h o m b r e s e d u c a d o s en d i f e r e n t e s re ligio"
n e s , d e t e r m i n a r o n á n u e s t r o s a n t o P a d r e á p o n e r c o m o sustancial
este i m p e d i m e n t o .
P r o c e d i e n d o a d e l a n t e e n el e x a m e n del c a n d i d a t o , infórmase San
I g n a c i o d e las c o n d i c i o n e s de su casa, familia, p a r i e n t e s y relaciones
sociales, p a r a v e r si p o r esta p a r t e n a c e a l g ú n e s t o r b o q u e impida la
e n t r a d a en r e l i g i ó n . T r a s esto lo p r e g u n t a los t a l e n t o s y aptitudes
q u e t i e n e , y, s o b r e t o d o , i n q u i e r e c u á n d o y c ó m o sintió el d e s e o de
h a c e r s e r e l i g i o s o , si fué e s p o n t á n e o ese d e s e o ó si le fué s u g e r i d a
p o r a l g u n o de la Compañía, p u e s en tal caso el santo le detiene a l g ú n
t i e m p o , p a r a q u e , c o n s i d e r a n d o m á s en ello, «se e n c o m i e n d e en todo
á su C r i a d o r y S e ñ o r , c o m o si n i n g u n o de la C o m p a ñ í a le h u b i e r e
movido».
H a s t a a q u í el e x a m e n p u e d e l l a m a r s e i g u a l ¡jara t o d o s los q u o lla-
m a n á las p u e r t a s de la C o m p a ñ í a . E n los t r e s ú l t i m o s capítulo:-de
este l i b r o p r e s c r i b e I g n a c i o las cosas p a r t i c u l a r e s q u e se deben pre-
g u n t a r á los l e t r a d o s , á los q u e so r e c i b e n p a r a c o a d j u t o r e s , ya espi-
r i t u a l e s , y a t e m p o r a l e s , á los j ó v e n e s q u e son a d m i t i d o s p a r a escola-
r e s , y, p o r ú l t i m o , á los q u e se p r e s e n t a n c o m o i n d i f e r e n t e s . En estos
c a p í t u l o s a d v e r t i m o s la p r u d e n t e s o l i c i t u d de I g n a c i o en manifestar
á los p r e t e n d i e n t e s , no- sólo las v i r t u d e s q u e g e n e r a l m e n t e d e b e n
p r a c t i c a r todos n u e s t r o s r e l i g i o s o s , s i n o t a m b i é n los oficios y actos
especiales q u e se d e b e n e j e r c i t a r e n a q u e l g r a d o á q u e a s p i r a el pie-
t e n d i e n t e . Nada se le d i s i m u l a , y si d e s p u é s se q u e j a r e de las d i f i c u l -
t a d e s o c u r r e n t e s e n n u e s t r o g é n e r o de v i d a , n o s e r á p o r q u e al p r i n -
cipio n o se le a d v i r t i e r a do ello.
E n p o s del E x a m e n p r e s e n t a San I g n a c i o el c u e r p o de las Consti-
t u c i o n e s , e n cuya r e d a c c i ó n desea o b s e r v a r t r e s circunstancias: '-la
p r i m e r a , q u e sean c u m p l i d a s , p a r a q u e se p r o v e a á todos casos
c u a n t o se p u e d e . L a s e g u n d a , q u o sean c l a r a s , p o r q u e se dé menos
ocasión á e s c r ú p u l o s . La tercei-a, q u e sean b r e v e s c u a n t o el cumplí"
m i e n t o y c l a r i d a d c o m p a d e c e n , p a r a q u e p u e d a n t e n e r s e en la me-
m o r i a » (2). Al lado de las C o n s t i t u c i o n e s e s c r i b e I g n a c i o en el mar-
g e n a l g u n a s declaraciones q u e , c o m o lo i n d i c a su n o m b r e , se ponen
( 1 ) Examen, c. II, § 6.
( 2 j P r o e m i o de lus C o n s t i t u c i o n e s
CAP. X. —CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 167
para explicar, p r e c i s a r y tal vez a m p l i a r lo q u e se dice e n las Cons-
tituciones, p e r o c o n la a d v e r t e n c i a p r e c i s a , de q u e h a n de t e n e r la
misma a u t o r i d a d q u e las C o n s t i t u c i o n e s (1). H e c h a esta a d v e r t e n c i a ,
he aquí c ó m o traza San I g n a c i o m a g i s t r a l m e n t e el p l a n de la legis-
lación que p r e t e n d e e s t a b l e c e r : « S u e l e s e r c o n v e n i e n t e m o d o d e
proceder d e lo m e n o s á lo m á s p e r f e c t o , en especial p a r a la p r á c t i c a ,
siendo lo p r i m e r o en la ejecución lo q u e es ú l t i m o e n la c o n s i d e r a -
ción, que del fin d e s c i e n d e á los m e d i o s , y así se p r o c e d e e n diez
partes p r i n c i p a l e s , á las c u a l e s se r e d u c e n todas las C o n s t i t u c i o n e s .
6. »La p r i m e r a , d e l a d m i t i r á p r o b a c i ó n los q u e d e s e a n s e g u i r
nuestro I n s t i t u t o .
La s e g u n d a , d e l d e s p e d i r los cpie n o p a r e c i e r e n i d ó n e o s p a r a él.
»La t e r c e r a , d e l c o n s e r v a r y a p r o v e c h a r en el e s p í r i t u y v i r t u d e s
los que q u e d a r e n .
-La c u a r t a , d e i n s t r u i r e n l e t r a s y o t r o s m e d i o s d e a y u d a r el p r ó -
jimo los q u e se h u b i e r e n a y u d a d o á sí m e s m o s en el e s p í r i t u y
virtud.
»La q u i n t a , del i n c o r p o r a r en la C o m p a ñ í a los q u e así f u e r e n ins-
truidos.
••La sexta, d e lo q u e d e b e n o b s e r v a r en sí m e s m o s los ya e n c o r -
porados.
•La s é p t i m a , d e lo cpie se h a d e o b s e r v a r p a r a c o n los p r ó j i m o s ,
repartiendo los o p e r a r i o s y e m p l e á n d o l o s en la viña de C r i s t o n u e s -
tro Señor.
•La octava, de lo q u e toca al u n i r e n t r e sí y c o n su cabeza los q u e
están r e p a r t i d o s .
•La n o n a , d e lo q u e toca á la cabeza, y al g o b i e r n o q u e d e l l a al
cuerpo d e s c i e n d e .
•>La d é c i m a , de lo q u e u m v e r s a l m e n t e toca á la c o n s e r v a c i ó n y
aumento de todo el c u e r p o desta C o m p a ñ í a en su b u e n ser.
»Esta es la o r d e n , la cual se t e n d r á e n las C o n s t i t u c i o n e s y Decla-
raciones, m i r a n d o el fin q u e t o d o s p r e t e n d e m o s d e la g l o r i a y ala-
banza de Dios n u e s t r o C r i a d o r y S e ñ o r » (2).
7- Tal es el p l a n g r a n d i o s o , q u e I g n a c i o f o r m ó , d e n u e s t r a legisla-
ción. Veamos c ó m o lo d e s a r r o l l a . E n la p r i m e r a p a r t o p r e s c r i b e lo
que se debe o b s e r v a r al a d m i t i r sujetos en la C o m p a ñ í a . P o c o de
(1) Dos v e c e s d e c l a r a S a n I g n a c i o e s t e p u n t ó : en el P r o e m i o , y d e s p u é s en la
sexta p a r t e , c. i , A .
(2) Constitutiones. Proemio.
 168 LIT!. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
n u e v o a ñ a d e esta p a r t e á lo q u e l e e m o s e n el l i b r o d e l Examen,
A q u í se r e c o p i l a b r e v e m e n t e lo q u e allí se dijo, y sólo se detiene
e l s a n t o f u n d a d o r e n d e t e r m i n a r q u i é n e s d e b e r á n a d m i t i r en la
C o m p a ñ í a , y c ó m o se d e b e h o s p e d a r e n la casa d e p r o b a c i ó n á los
ya admitidos.
L a s e g u n d a p a r t e establece lo q u e se d e b e o b s e r v a r en el despedir
á los q u e n o son a p t o s p a r a la C o m p a ñ í a . Al p r i n c i p i o asienta San
I g n a c i o la l e y d e q u e t o d o s los d e la C o m p a ñ í a p u e d e n s e r despedi-
dos si n o c o r r e s p o n d e n á su v o c a c i ó n . « A u n q u e t o d o s , d i c e , puedan
s e r d e s p e d i d o s , en a l g u n o s h a b r á m e n o s dificultad q u e en otros. Los
q u e son a d m i t i d o s en la casa d e la p r i m e r a p r o b a c i ó n , antes de con-
v e r s a r con los o t r o s , si e n a q u e l l o s días diesen m u e s t r a de no ser
p a r a la C o m p a ñ í a , con más facilidad q u e o t r o s p o d r í a n despedirse
E n s e g u n d o g r a d o , los q u e están e n la s e g u n d a p r o b a c i ó n e n casas ó
c o l e g i o s y n o se h a n a ú n ligado con a l g ú n v o t o , si se j u z g a r e por la
e x p e r i e n c i a n o s e r p a r a m a y o r s e r v i c i o d i v i n o q u e q u e d a s e n en la
C o m p a ñ í a . E n t e r c e r o g r a d o , los q u e d e s u y o se h a n ligado con vo-
t o s , p e r o n o h a n sido a d m i t i d o s p o r e s c o l a r e s a p r o b a d o s ó coadjuto-
r e s f o r m a d o s de la C o m p a ñ í a , p a s a d o el t i e m p o q u e p a r a probación
se les deja. E n c u a r t o , y con m a y o r dificultad y c a u s a , los escolares
a p r o b a d o s . E n q u i n t o , y con m a y o r dificultad, los coadjutores for-
m a d o s e s p i r i t u a l e s ó t e m p o r a l e s , si d e s p u é s d e h e c h o s sus votos pú-
blicos, a u n q u e n o s o l e m n e s , se j u z g a r e n e c e s a r i o despedirlos. En
a l g u n o s casos t a m b i é n los p r o f e s o s , de c u a l q u i e r g r a d o q u e fueren
y d i g n i d a d e n la C o m p a ñ í a , p o d r í a n d e s p e d i r s e c u a n d o se juzgase
q u e el r e t e n e r l o s s e r í a en d a ñ o de ella y d e s e r v i c i o de Dios nuestro
S e ñ o r » (1). T r a s esto e x p o n e el santo P a d r e las causas p o r quo se
d e b e n d e s p e d i r , y el m o d o q u e so d e b e o b s e r v a r en la despedida.
Ya q u e t i e n e I g n a c i o r e u n i d o s á los h o m b r e s q u e Dios llama á la
C o m p a ñ í a , d e s a r r o l l a e n la t o r c e r a p a r t e d e las Constituciones la
e d u c a c i ó n e s p i r i t u a l q u e d e b e d a r s e á l o s n o v i c i o s . S o n admirables,
n o sólo p o r s u h e r o i c a p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a , sino t a m b i é n por su
g r a n sagacidad y destreza, las l e y e s q u e e s t a b l e c e I g n a c i o p a r a la for-
m a c i ó n d e los n o v i c i o s . E l g u a r d a r l o s r e t i r a d o s e n las casas de pro-
b a c i ó n , sin t r a t a r c o n p e r s o n a s q u e les p u e d a n e n t i b i a r e n sus bue-
n o s p r o p ó s i t o s ; e l e j e r c i t a r l o s e n la g u a r d a d e l o s s e n t i d o s , para que
n o se d e s m a n d e n á n i n g ú n d e s o r d e n ; e l t e n e r l o s b i e n ocupados en
cosas e s p i r i t u a l e s ó e x t e r i o r e s , p o r q u e e l o c i o , q u e es o r i g e n de to-
(1) Constitutiones, P . I I , c. i , A .
CAP. X . — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 169
dos los males, n o t e n g a en casa l u g a r en c u a n t o fuere p o s i b l e ; el
acostumbrarlos al ejercicio de la santa p o b r e z a , n o p e r m i t i é n d o l e s
prestar, ni t o m a r , n i d i s p o n e r de n a d a de la casa sin q u e el S u p e r i o r
lo sepa y se c o n t e n t e ; el i n s t r u i r l o s p a r a g u a r d a r s e d e las ilusiones
del demonio en sus d e v o c i o n e s y d e f e n d e r s e de todas las t e n t a c i o -
nes; el inducirlos á q u e se d e n t o d o s á la e n t e r a o b e d i e n c i a , r e c o n o -
ciendo al S u p e r i o r , c u a l q u i e r a q u e s e a , e n l u g a r d e Cristo n u e s t r o
Señor, y t e n i é n d o l e i n t e r i o r m e n t e r e v e r e n c i a y a m o r ; el e x h o r t a r l o s
á la completa r e s i g n a c i ó n y a b n e g a c i ó n v e r d a d e r a d e sus p r o p i a s v o -
luntades y j u i c i o s , c o n f o r m a n d o t o t a l m e n t e el q u e r e r y s e n t i r s u y o
con lo que su S u p e r i o r q u i e r e y s i e n t e e n t o d a s cosas d o n d e n o se
viese p e c a d o : éstos y o t r o s p r i n c i p i o s de v i r t u d q u e San I g n a c i o
propone á los n o v i c i o s , manifiestan la p e r f e c c i ó n s u b l i m e á q u e as-
piraba el santo, y á q u e deseaba q u e a s p i r á s e m o s t o d o s sus hijos.
Educado el r e l i g i o s o en el e s p í r i t u , le aplica I g n a c i o al e s t u d i o d e
las letras, y en la c u a r t a p a r t e de las C o n s t i t u c i o n e s o r d e n a t o d o lo
que se debe g u a r d a í , n o sólo e n la f o r m a c i ó n científica y l i t e r a r i a
-
de los N u e s t r o s , sino t a m b i é n e n la enseñanza de la j u v e n t u d seglar,
que el santo c o n s i d e r a c o m o u n o de los oficios m á s p r o p i o s do la
Compañía. Esta c u a r t a p a r t e p u e d e ser m i r a d a c o m o el p r i m e r p l a n
de estudios q u e t u v i m o s e n n u e s t r a O r d e n . E n diez y siete capítulos
legisla San I g n a c i o s o b r e los colegios y u n i v e r s i d a d e s c u y a d i r e c -
ción puede t o m a r la C o m p a ñ í a ; y a u n q u e p o r los l í m i t e s á q u e debía
ceñirse no d e s c i e n d e á m u c h a s p a r t i c u l a r i d a d e s y p o r m e n o r e s d e
enseñanza, lo c u a l es p r o p i o do t r a t a d o s e s p e c i a l e s , n o h a y d u d a
que en estos diez y s i e t e capítulos estableció n u e s t r o f u n d a d o r
con claridad los p r i n c i p i o s g e n e r a l e s á q u e d e b e a t e n e r s e la C o m -
pañía, ya en las m a t e r i a s q u e d e b e e n s e ñ a r , y a e n los l i b r o s q u e s e
deben a d o p t a r , y a e n la o r g a n i z a c i ó n q u e se h a d e e s t a b l e c e r , ya,
por fin, en la a d m i n i s t r a c i ó n e c o n ó m i c a q u e e n los c o l e g i o s d e b e
regir.
La quinta p a r t e v e r s a s o b r e e l m o d o d e a d m i t i r ó i n c o r p o r a r los
sujetos en la C o m p a ñ í a . J u n t a n d o lo q u e se dice e n el cap. i d e esta
parte con u n f r a g m e n t o d e l c a p . i d e l E x a m e n , t e n e m o s d e s a r r o -
llada toda la t e o r í a d e San I g n a c i o a c e r c a d e los g r a d o s ó clases d e
personas que f o r m a n n u e s t r a O r d e n . A n t e t o d o se ofrece e n t r e n o s -
otros la distinción q u e existe en todas las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s de clé-
rigos y no c l é r i g o s , ó sea d e s a c e r d o t e s ó a s p i r a n t e s al s a c e r d o c i o , y
coadjutores t e m p o r a l e s ó legos. Los p r i m e r o s e j e r c i t a n los m i n i s t e -
rios espirituales, p r e d i c a n d o , confesando, e n s e ñ a n d o , e t c . , y los se-
 170 L i n . I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
gímelos d e s e m p e ñ a n los oficios t e m p o r a l e s y d o m é s t i c o s , como do
p o r t e r o , cocinero, enfermero y otros semejantes.
P r e s c i n d i e n d o d e esta d i s t i n c i ó n , q u e es c o m ú n á todas l a s r e l i -
g i o n e s , p a r a e n t e n d e r la d i v e r s i d a d de g r a d o s r e l i g i o s o s q u e h a y en
la Compañía, c o n v i e n e c o n s i d e r a r la i n n o v a c i ó n q u e introdujo San
I g n a c i o e n la e m i s i ó n d e los v o t o s . H a s t a el siglo x v i e r a coshunbiv
c o r r i e n t e e n t o d a s las Ó r d e n e s , p r o b a r á los a s p i r a n t e s u n a ñ o n\A
n o v i c i a d o , y l u e g o a d m i t i r l o s á la p r o f e s i ó n s o l e m n e . N u e s t r o santo
P a d r e v a r i ó s u s t a n c i a l m e n t e este m o d o de i n c o r p o r a r los s u j e t o ? á
la O r d e n r e l i g i o s a . P o r de p r o n t o d u p l i c ó el t i e m p o del n o v i c i a d o ,
m a n d a n d o q u e éste d u r a s e d o s años c u m p l i d o s . T e r m i n a d a e s t a p r u e -
ba, n o d e b í a n s e r a d m i t i d o s los n o v i c i o s á la p r o f e s i ó n s o l e m n e , sino
al estado de v o t o s s i m p l e s . E n o t r o s t é r m i n o s : el n o v i c i o de l a C o m -
p a ñ í a , c o n c l u i d o s los dos años do p r o b a c i ó n , debía h a c e r v o t o s sim-
p l e s d e p o b r e z a , castidad y o b e d i e n c i a , y a d e m á s , el de e n t r a r e n la
C o m p a ñ í a e n el g r a d o q u e á ésta le p a r e c i e s e c o n f e r i r l e , y c o n este-
v o t o s q u e d a r p e r p e t u a m e n t e ligado á la C o m p a ñ í a , a u n q u e é s t a im
se o b l i g a b a p o r su p a r t e á i n c o r p o r a r l o en a l g u n o de sus g r a d o s . En
este estado de v o t o s s i m p l e s d e b í a n p e r s e v e r a r los religiosos, y a es-
c o l a r e s , y a c o a d j u t o r e s , h a s t a q u e al cabo de a l g u n o s años, s a l i - d -
cha la C o m p a ñ í a d e la v i r t u d y b u e n a d i s p o s i c i ó n d e los s u j e t o s , 1« -
a d m i t í a á la ú l t i m a i n c o r p o r a c i ó n . A h o r a b i e n : esta incorporaeó'n
n o debía s e r p a r a t o d o s la p r o f e s i ó n s o l e m n e , sino q u e había c u a t r o
g é n e r o s de p e r p e t u a a g r e g a c i ó n al O r d e n r e l i g i o s o . Unos d e b í a n ha-
c e r p r o f e s i ó n s o l e m n e d e c u a t r o v o t o s , q u e son los y a usados d e po-
b r e z a , castidad y o b e d i e n c i a , y el p a r t i c u l a r de o b e d e c e r a l S u m a
Pontífice en las m i s i o n e s á q u o éste q u i e r a d e s t i n a r l o s . Otros d e b í a n
h a c e r p r o f e s i ó n s o l e m n e , p e r o sólo de los t r e s v o t o s p r i m e r o s . O t r o -
h a b í a n d e e m i t i r los v o t o s s i m p l e s , p e r o p ú b l i c o s , de pobreza, cas-
t i d a d y o b e d i e n c i a . F i n a l m e n t e , los c o a d j u t o r e s t e m p o r a l e s d e b í a n
s e r i n c o r p o r a d o s á la C o m p a ñ í a p o r los m i s m o s t r e s v o t o s s i m p l e s ,
pero públicos.
Esta disposición de e m i t i r los v o t o s i n t r o d u c e en la Compañía seis
g r a d o s ó c a t e g o r í a s d e s u j e t o s , dos p r e p a r a t o r i a s y c u a t r o estables.
E l p r i m e r o es el d e l o s n o v i c i o s q u e d u r a n t e dos años están en pro-
b a c i ó n . Al s e g u n d o p e r t e n e c e n los r e l i g i o s o s q u e , concluido el no-
v i c i a d o , h a n h e c h o los v o t o s s i m p l e s y se p r e p a r a n d u r a n t e algunos
años con la p r á c t i c a de las v i r t u d e s , y los escolares con los estudios
sagrados, á la ú l t i m a i n c o r p o r a c i ó n . Las c u a t r o v a r i e d a d e s de esta
i n t r o d u c e n c u a t r o g é n e r o s de r e l i g i o s o s : 1." Los profesos de cuatro
CAP. X . — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 171
votos. 2.° Los profesos de t r e s v o t o s . 3.° Los c o a d j u t o r e s e s p i r i t u a l e s
formados. 4.° Los c o a d j u t o r e s t e m p o r a l e s f o r m a d o s . Los t r e s p r i m e -
ros han de ser s a c e r d o t e s ; los ú l t i m o s n o r e c i b e n ó r d e n e s sagradas.
Estas diferencias de g r a d o , si son m u y necesarias p a r a el b u e n g o -
bierno de la Compañía, n o p o n e n , p o r o t r a p a r t e , n i n g u n a diferencia
en la comunicación de las g r a c i a s e s p i r i t u a l e s d e q u e goza n u e s t r a
Orden. El p r o v e c h o es el m i s m o p a r a todos, a u n q u e las o b l i g a c i o n e s
varían según los g r a d o s . Véase c ó m o los e x p r e s ó n u e s t r o santo P a -
en las Constituciones: «La C o m p a ñ í a , en u n m o d o u n i v e r s a l í s i m o ha-
blando, c o m p r e h e n d e t o d o s los q u e v i v e n debajo de la o b e d i e n c i a
del Prepósito G e n e r a l dolía, a u n los n o v i c i o s y p e r s o n a s q u e p r e t e n -
diendo vivir y m o r i r en la C o m p a ñ í a , están en p r o b a c i ó n p a r a ser-
admitidos en ella e n u n o d e los o t r o s m o d o s q u o se d i r á n . E n el s e -
gundo y m e n o s u n i v e r s a l m o d o , c o n t i e n e la Compañía, n o s o l a m e n t e
los profesos y c o a d j u t o r e s f o r m a d o s , p e r o a u n los escolares a p r o b a -
dos; p o r q u e destas t r e s m a n e r a s d e p a r t e s ó m i e m b r o s consta el
cuerpo de la C o m p a ñ í a . E n el t e r c e r o m o d o y más p r o p i o c o n t i e n e
con los profesos los c o a d j u t o r e s f o r m a d o s ; y así se e n t i e n d e el en-
trar en la C o m p a ñ í a q u e p r o m e t e n los escolares, scilicct, p a r a p r o f e -
sos ó coadjutores f o r m a d o s della. E l c u a r t o y p r o p r í s i m o m o d o deste
nombre de la C o m p a ñ í a c o n t i e n e los profesos s o l a m e n t e , n o p o r q u e
el cuerpo della n o t e n g a o t r o s m i e m b r o s , sino p o r ser éstos los p r i n -
cipales, y do los c u a l e s , a l g u n o s , c o m o a d e l a n t e se d i r á , t i e n e n v o t o
activo y pasivo en la e l e c c i ó n del P r e p ó s i t o G e n e r a l , etc. E n cual-
quiera destos c u a t r o m o d o s q u e u n o esté en la C o m p a ñ í a , os capaz
de la c o m u n i c a c i ó n d e las g r a c i a s e s p i r i t u a l e s q u e en ella el P r e p ó -
sito General p u e d e , segiin la c o n c e s i ó n apostólica, c o n c e d e r , á m a y o r
gloria divina» (1).
En lo r e s t a n t e de esta q u i n t a p a r t e San I g n a c i o d e t e r m i n a el t i e m p o
y modo con q u e d e b e n ser a d m i t i d o s los sujetos al g r a d o q u e les co-
rresponde, t e n i é n d o s e p r e s e n t e q u e p a r a la a d m i s i ó n á estos ú l t i m o s
grados no a t i e n d e t a n t o n u e s t r o santo P a d r e á los años d e v i d a r e l i -
giosa, cuanto á la v i r t u d y capacidad de cada u n o . E x i g e t i e m p o p a r a
conceder estos g r a d o s , p e r o el t i e m p o sólo n o le basta. Es i n d i s p e n -
sable la v i r t u d .
En la sexta p a r t e o r d e n a San I g n a c i o lo q u e se d e b e o b s e r v a r p a r a
que los ya a d m i t i d o s é i n c o r p o r a d o s on la Compañía crezcan e n toda
perfección r e l i g i o s a . Su p r i m e r a d i l i g e n c i a d e b e s e r e s m e r a r s e e n la
(1) Constitutiones S. I. P . v, c . I, A .

172 LIB. r . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
o b s e r v a n c i a de los v o t o s r e l i g i o s o s . «Lo q u e toca al v o t o de castidad
dice I g n a c i o , n o p i d e i n t e r p r e t a c i ó n , c o n s t a n d o c u a n perfectamente
d e b a g u a r d a r s e , p r o c u r a n d o i m i t a r e n ella la p u r i d a d angélica con
la l i m p i e z a del c u e r p o y mente.» Ya en la t e r c e r a p a r t e , al explicar
las v i r t u d e s en q u e d e b e n e j e r c i t a r s e los n o v i c i o s , h a b í a hablado el
santo p a t r i a r c a con m u c h o e n c a r e c i m i e n t o a c e r c a de la obediencia.
A h o r a v u e l v e al m i s m o a s u n t o , y e n la d e t e n c i ó n c o n q u e lo trata,
e n las p a r t i c u l a r i d a d e s á q u e d e s c i e n d e , y en el afecto espiritual con
q u e e s c r i b e , se v e b i e n c l a r o c u a n e n t r a ñ a d a tenía e n el corazón cfta
v i r t u d , y c u á n t o deseaba i n f u n d i r á t o d o s sus hijos el verdadero es-
p í r i t u de ella. O i g a m o s sus p a l a b r a s : « E s t o p r e s u p u e s t o , se dirá de
la santa o b e d i e n c i a ; la cual t o d o s se d i s p o n g a n m u c h o á observar y
s e ñ a l a r s e en ella, n o s o l a m e n t e e n las cosas de o b l i g a c i ó n , pero aun
e n las o t r a s , a u n q u e n o se v i e s e sino la señal d e la voluntad del
S u p e r i o r s i n e x p r e s o m a n d a m i e n t o , t e n i e n d o a n t e l o s ojos á Dios
n u e s t r o C r i a d o r y S e ñ o r , p o r q u i e n se h a c e la o b e d i e n c i a , y procu-
r a n d o de p r o c e d e r con e s p í r i t u d e a m o r y n o t u r b a d o s de temor: de
m o d o q u e t o d o s nos a n i m e m o s p a r a n o p e r d e r p u n t o de perfección,
q u e con su d i v i n a g r a c i a p o d a m o s alcanzar en el cumplimiento de
t o d a s las C o n s t i t u c i o n e s y m o d o n u e s t r o d e p r o c e d e r en el Señor
n u e s t r o , m u y e s p e c i a l m e n t e p o n i e n d o t o d a s n u e s t r a s fuerzas en la
v i r t u d d e la o b e d i e n c i a , d e l S u m o Pontífice p r i m e r o , y después de
los S u p e r i o r e s de la C o m p a ñ í a : e n m a n e r a q u e e n todas cosas á que
p u e d e con la c a r i d a d e x t e n d e r s e la o b e d i e n c i a , s e a m o s prestos ala
voz d e l l a , c o m o si de C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r s a l i e s e , p u e s en su lugar
y p o r su a m o r y r e v e r e n c i a la h a c e m o s , d e j a n d o p o r acabar cual-
q u i e r a l e t r a ó cosa n u e s t r a c o m e n z a d a , y p o n i e n d o t o d a la intención
y fuerzas en el S e ñ o r d e t o d o s , e n q u e la santa o b e d i e n c i a cuanto á
la e j e c u c i ó n , y c u a n t o á la v o l u n t a d , y c u a n t o al e n t e n d i m i e n t o , sea
s i e m p r e en t o d o p e r f e c t a , h a c i e n d o c o n m u c h a p r e s t e z a , y gozo es-
p i r i t u a l , y p e r s e v e r a n c i a , c u a n t o n o s s e r á m a n d a d o , persuadiéndonos
s e r t o d o j u s t o , y n e g a n d o c o n o b e d i e n c i a c i e g a t o d o n u e s t r o parecer
y j u i c i o c o n t r a r i o e n t o d a s cosas q u e e l S u p e r i o r o r d e n a , donde no
se p u e d a d e t e r m i n a r ( c o m o es d i c h o ) q u e h a y a a l g u n a especie de
p e c a d o : h a c i e n d o c u e n t a q u o cada u n o d e los q u e v i v e n e n obedien-
cia, se d e b e d e j a r l l e v a r y r e g i r d e la d i v i n a p r o v i d e n c i a p o r medio
d e l S u p e r i o r , c o m o si fuese u n c u e r p o m u e r t o q u e se deja llevar
a d o n d e q u i e r a y t r a t a r c o m o q u i e r a , ó c o m o u n b a s t ó n de hombre
v i e j o , q u e e n d o n d e q u i e r a y e n c u a l q u i e r a cosa q u e del ayudarse
q u e r r á el q u e lo t i e n e e n la m a n o , s i r v e ; p o r q u e así e l o b e d i e n t e para
173
C A P - x . — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA
cualquiera cosa e n q u e le q u i e r a el S u p e r i o r e m p l e a r e n a y u d a d e
todo el c u e r p o d e la R e l i g i ó n , d e b e a l e g r e m e n t e e m p l e a r s e , t e n i e n d o
por cierto q u e se c o n f o r m a e n a q u e l l o con la d i v i n a v o l u n t a d m á s
que en otra cosa de las q u e él p o d r í a h a c e r , s i g u i e n d o su p r o p r i a v o -
luntad y j u i c i o d i f e r e n t e » (1).
Después do la o b e d i e n c i a l l a m a la a t e n c i ó n d e l s a n t o la p o b r e z a .
En el cap. n p r e s c r i b e la p e r f e c c i ó n con q u e d e b e g u a r d a r s e este
voto, el d e s i n t e r é s con q u e h a n d e e j e r c i t a r s e los m i n i s t e r i o s de la
Compañía, y los p r i n c i p i o s q u e d e b e n s e g u i r en esta v i r t u d , así las
casas como los c o l e g i o s n u e s t r o s . T r a s esto d e c l a r a San I g n a c i o l o s
trabajos y n e g o c i o s e n q u e d e b e n o c u p a r s e los N u e s t r o s , y a q u e l l o s
de que d e b e n a b s t e n e r s e , p o r s e r ajenos de n u e s t r o I n s t i t u t o .
En la séptima p a r t e v u e l v e San I g n a c i o la c o n s i d e r a c i ó n á los m i -
nisterios apostólicos q u e d e b e t o m a r la C o m p a ñ í a en beneficio d e los
prójimos. A n t e t o d o d e t e r m i n a la p u n t u a l i d a d y s u m i s i ó n con q u e se
lia de o b e d e c e r á S u S a n t i d a d en las m i s i o n e s q u e p e r s o n a l m e n t e
encargue. E n el capítulo s i g u i e n t e enseña el santo f u n d a d o r á los Su-
periores de la C o m p a ñ í a los p r i n c i p i o s q u e les d e b e n r e g i r , p a r a
acertar en e s c o g e r los m i n i s t e r i o s apostólicos y t r a b a j o s , c u a n d o el
Sumo Pontífice n o lo d e t e r m i n e p o r sí m i s m o . S o n r e g l a s p r u d e n t í -
simas, en las q u e se a d m i r a a q u e l l a firmeza con q u e San I g n a c i o
tenía siempre clavada la vista y el c o r a z ó n e n la m a y o r g l o r i a d e
Dios, y al m i s m o t i e m p o el e m i n e n t e c r i t e r i o p r á c t i c o con q u e sabía
escoger y d i r i g i r todas las o b r a s á este fin s u p r e m o . Q u i e r e el S a n t o
que se atienda s i e m p r e al m a y o r b i e n e s p i r i t u a l , q u e se c o n s i d e r e la
mayor ó m e n o r n e c e s i d a d d e los países, la m a y o r ó m e n o r o b l i g a c i ó n
que haya c o n t r a í d o la C o m p a ñ í a c o n los p r í n c i p e s y c i u d a d e s , la
mayor ó m e n o r u r g e n c i a d e los n e g o c i o s , la m a y o r ó m e n o r p r o b a -
bilidad de b u e n é x i t o , la m a y o r ó m e n o r u n i v e r s a l i d a d d e l b i e n q u e
se puede h a c e r , y j u n t a m e n t e c o n esto se p i e n s e d e t e n i d a m e n t e e n
los elementos d e q u e se d i s p o n e , se m i d a n las fuerzas e s p i r i t u a l e s y
corporales de n u e s t r o s o p e r a r i o s , y se e x a m i n e el m o d o y f o r m a c o n
que éstos p o d r á n a p r o v e c h a r á los p r ó j i m o s sin p e r j u i c i o d e sus p r o -
pias almas. T o d a s estas c i r c u n s t a n c i a s q u i e r e el p r u d e n t í s i m o funda-
dor que t e n g a n á la vista n u e s t r o s S u p e r i o r e s , p a r a h a c e r t o d o el
bien posible á las a l m a s á m a y o r g l o r i a d e D i o s .
Ya que t i e n e d e t e r m i n a d o el l e g i s l a d o r c ó m o se d e b e n a d m i t i r ,
probar é i n c o r p o r a r los sujetos e n la C o m p a ñ í a , y a q u e les h a ense-
(1) Constiiutiones S. I., P. vi, c. r.
 174 LID. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
nado lo q u e d e b e n h a c e r p a r a santificarse á sí m i s m o s y á los p r ó j i -
m o s , e m p r e n d e e n la octava p a r t e la e x p o s i c i ó n d e l g o b i e r n o q u e lia
d e d i r i g i r á los r e l i g i o s o s así f o r m a d o s y d i s p u e s t o s . E n el p r i m o r
capítulo e x p o n e el Santo los p r i n c i p i o s g e n e r a l e s d e u n i ó n m u t u a y
de s u b o r d i n a c i ó n á los S u p e r i o r e s q u e d e b e e x i s t i r en toda c o r p o r a -
ción r e l i g i o s a b i e n o r d e n a d a . D e s p u é s d e esto t r a t a e n lo restante de
esta p a r t e o c t a v a , a c e r c a d e las c o n g r e g a c i o n e s d e la Compañía.
T o d o s saben q u e , así c o m o e n la I g l e s i a , a d e m á s de la dirección or-
d i n a r i a d e l p a p a y d e los o b i s p o s , se r e ú n e n do vez en cuando con-
cilios u n i v e r s a l e s ó p r o v i n c i a l e s , p a r a r e s o l v e r los n e g o c i o s m á s im-
p o r t a n t e s y e x t r a o r d i n a r i o s , así e n la C o m p a ñ í a (como e n toda O r d e n
r e l i g i o s a ) se j u n t a n c o n g r e g a c i o n e s , y a g e n e r a l e s d e toda la O r d e n ,
ya p r o v i n c i a l e s e n cada p r o v i n c i a , p a r a los a s u n t o s cuya resolución
es difícil s i n el consejo y luz d e m u c h o s h o m b r e s p r u d e n t e s . Las con-
g r e g a c i o n e s g e n e r a l e s n o t i e n e n plazo fijo p a r a r e u n i r s e . Solamente
h a y p r o c i s i ó n d e c e l e b r a r l a s á la m u e r t e d e l G e n e r a l , para nombrarle
sucesor, y e n t o n c e s se a p r o v e c h a la ocasión p a r a t r a t a r los o t r o ;
n e g o c i o s r e l a t i v o s a l b i e n u n i v e r s a l d e la C o m p a ñ í a . Al p r i n c i p i o
solían comj:>oner la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l t o d o s los profesos que
p u d i e r a n asistir á R o m a ; p e r o y a e n las C o n s t i t u c i o n e s ( 1 ) p r e v i e n e
San I g n a c i o q u e sólo e n t r e n á f o r m a r esta c o n g r e g a c i ó n tres p r o f e -
sos d e cada p r o v i n c i a , q u e d e b e n s e r el P r o v i n c i a l y o t r o s dos esco-
gidos e n la c o n g r e g a c i ó n p r o v i n c i a l q u e h a d e c e l e b r a r s e p r e v i a -
m e n t e a n t e s d e c o n c u r r i r á la g e n e r a l .
Las a t r i b u c i o n e s d e las c o n g r e g a c i o n e s g e n e r a l e s y provinciales
son m u y distintas. La g e n e r a l t i e n e j u r i s d i c c i ó n sobro toda la Orden,
y a u n q u e d e b e e s t a r p r e s i d i d a p o r el P . G e n e r a l , sin e m b a r g o , ella
t i e n e j u r i s d i c c i ó n s o b r e é l , c o m o s o b r e o t r o c u a l q u i e r a d e los Padres
c o n g r e g a d o s . E n la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l r e s i d e e l p o d e r legislativo
de la C o m p a ñ í a . La c o n g r e g a c i ó n p r o v i n c i a l n o t i e n e jurisdicción.
C u a n d o n o se r e ú n e p a r a la futura c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , nombra un
P r o c u r a d o r q u e v a á R o m a , d o n d e , r e u n i d o s t o d o s los d e las provin-
cias, d e l i b e r a n si es ó n o n e c e s a r i o c o n v o c a r c o n g r e g a c i ó n general.
E s t a t u i d o e n la p a r t e octava c u a n t o p e r t e n e c e á las congregacio-
n e s , c o n s a g r a S a n I g n a c i o la p a r t e n o n a á p r e c i s a r e l g o b i e r n o ordi-
n a r i o d e la C o m p a ñ í a , q u e se h a c e p o r m e d i o d e l G e n e r a l , Provin-
ciales y R e c t o r e s . E n e l P r e p ó s i t o G e n e r a l desea Ignacio varias
c u a l i d a d e s : p r i m e r a , q u e sea h o m b r e m u y u n i d o c o n Dios por la
(1) Cunslitutloncs, P. v m , c . t u .
CAP. X. — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 175
oración; s e g u n d a , q u e se distinga p o r las v i r t u d e s r e l i g i o s a s , p r i n c i -
palmente p o r la c a r i d a d , h u m i l d a d , m o r t i f i c a c i ó n d e las pasiones,
mansedumbre y fortaleza; t e r c e r a , q u e sea d o t a d o d e g r a n d e e n t e n -
dimiento y j u i c i o ; c u a r t a , q u e sea v i g i l a n t e y eficaz e n l l e v a r las co-
sas al fin y p e r f e c c i ó n p r o p i a de cada u n a ; q u i n t a , q u e posea la salud
y fuerzas c o r p o r a l e s q u e este c a r g o r e q u i e r e , y f i n a l m e n t e , q u e le
acompañen, si es posible', las o t r a s c i r c u n s t a n c i a s q u e s u e l e n d a r
crédito y a u t o r i d a d e n t r e los h o m b r e s . «Y si a l g u n a s d e las p a r t e s
arriba dichas faltasen, p r o s i g u e S a n I g n a c i o , á l o m e n o s n o falte
bondad mucha y a m o r á la Compañía, y b u e n j u i c i o , a c o m p a ñ a d o d e
buenas letras» (1).
Inmediatamente debajo d e l G e n e r a l g o b i e r n a n los P r o v i n c i a l e s ,
que son los s u p e r i o r e s d e los jesuítas c o m p r e n d i d o s e n d e t e r m i n a d o s
países ó r e g i o n e s . L a s p r o v i n c i a s e n q u e de este m o d o está r e p a r t i d a
la Compañía, s u e l e n l l e v a r el n o m b r e d e la p r i n c i p a l r e g i ó n ó c i u d a d
comprendida e n su t e r r i t o r i o . Así, el P r o v i n c i a l d e A r a g ó n os el Su-
perior do todos los j e s u í t a s n a c i d o s e n A r a g ó n , Cataluña y Valencia.
El de Toledo es el q u e g o b i e r n a á t o d o s los n a t u r a l e s d e Castilla la
Nueva, E x t r e m a d u r a , Andalucía y Murcia. Debajo d e l o s P r o v i n c i a -
les están los S u p e r i o r e s locales, q u e e n los colegios se l l a m a n R e c t o -
res, y en las r e s i d e n c i a s , s i m p l e m e n t e S u p e r i o r e s . N i n g u n o do estos
cargos es p e r p e t u o . E l G e n e r a l p o n e y q u i t a l o s - P r o v i n c i a l e s y R e c -
tores.
Todo S u p e r i o r t i e n e en t o r n o s u y o a l g u n o s P a d r e s c o n s u l t o r e s ,
cuyas luces le d i r i g e n y a u x i l i a n e n e l m a n e j o d e los n e g o c i o s . Al
General r o d e a n cinco q u e l l a m a m o s A s i s t e n t e s , los cuales l l e v a n los
nombres y c o m o la r e p r e s e n t a c i ó n d e las p r i n c i p a l e s n a c i o n e s e n
que vive la C o m p a ñ í a .
Ha existido a l g u n a v a r i e d a d , s e g ú n los t i e m p o s , en el n ú m e r o d e
Asistentes y e n las r e g i o n e s q u e cada u n o r e p r e s e n t a b a . E n la anti-
gua Compañía h u b o u n o p a r a P o r t u g a l y las I n d i a s o r i e n t a l e s , y
llegó á h a b e r o t r o p a r a P o l o n i a . E n c a m b i o , I n g l a t e r r a n o t e n í a
Asistente p a r t i c u l a r . A c t u a l m e n t e s o n c i n c o : u n o p a r a I t a l i a , o t r o
para España, e l c u a l r e p r e s e n t a a d e m á s á P o r t u g a l ; o t r o p a r a
Francia, o t r o p a r a A l e m a n i a , e l cual lleva a d e m á s la r e p r e s e n -
tación de A u s t r i a , Bélgica y H o l a n d a ; f i n a l m e n t e , h a y u n A s i s t e n t e
por Inglaterra y los E s t a d o s U n i d o s . E s t o s P a d r e s f o r m a n c o m o e l
Consejo S u p r e m o d e la C o m p a ñ í a , y p o r sus m a n o s pasan los n e g o -
(1) Comtitutiones, P . í x , c. n , n ú m . 10.
 176 L'B- I . — FUNDACIÓN DK LA COMPAÑÍA
cios q u e p e r t e n e c e n al g o b i e r n o u n i v e r s a l , y m u y especialmente los
r e l a t i v o s á los países q u e r e p r e s e n t a n . L o s Asistentes son n o m b r a d o s
p o r la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , la cual se los da al P . General como
c o n s e j e r o s p e r p e t u o s m i e n t r a s él viva. E n caso d e m o r i r algún Asis-
t e n t e a n t e s q u e e l G e n e r a l , ó d e i m p o s i b i l i t a r s e p o r sus e n f e r m e d a -
des p a r a el oficio, el P . G e n e r a l le e s c o g e u n s u c e s o r ; p e r o antes
d e c o n f e r i r á éste el c a r g o , d e b e s o m e t e r la e l e c c i ó n á la a p r o b a c i ó n
d e t o d o s los P r o v i n c i a l e s . Cada P r o v i n c i a l t i e n e asimismo cuatro
c o n s u l t o r e s ; y lo m i s m o s u c e d e c o n los R e c t o r e s y S u p e r i o r e s , lo-
cales.
E l p o d e r d e l G e n e r a l de la C o m p a ñ í a , si b i e n es m a y o r d e l que
s u e l e n t e n e r o t r o s G e n e r a l e s en sus r e s p e c t i v a s Ó r d e n e s , n o es, sin
e m b a r g o , tan e x t e n s o é i l i m i t a d o c o m o se i m a g i n a el v u l g o igno-
r a n t e , q u i e n p i e n s a q u e n i n g ú n j e s u í t a m e n e a p i e n i m a n o s i n pre-
via o r d e n d e l G e n e r a l . « P a r a el b u e n g o b i e r n o do la C o m p a ñ í a , dne
San I g n a c i o , se j u z g a s e r m u y c o n v e n i e n t e q u e el P r e p ó s i t o Gene-
r a l t e n g a t o d a a u t o r i d a d s o b r e la C o m p a ñ í a ad aedificatioiiem••> (1).
P r o s i g u e l u e g o e x p l i c a n d o v a r i o s p o r m e n o r e s de esta a u t o r i d a d , y
así d i c e : «Y los P r e p ó s i t o s p r o v i n c i a l e s ó p a r t i c u l a r e s y R e c t o r e s } '
o t r o s c o m i s a r i o s suyos t e n d r á n la p a r t e d e e s t a a u t o r i d a d que les
f u e r e c o m u n i c a d a p o r el G e n e r a l ; y n o h a b r á n d e c o n g r e g a r colé-
g i a l m e n t e p a r a símiles actos los c o l e g i a l e s » ( 2 ) . Y más abajo:
«Y é l m e s m o p o n g a de su m a n o Jos R e c t o r e s de colegios y uni-
v e r s i d a d e s , y así d e los P r e p ó s i t o s locales do las casas, c u a l e s él
j u z g a q u e s e r á n m á s á p r o p ó s i t o , y t a m b i é n los P r o v i n c i a l e s p o r tros
años c o m ú n m e n t e , p u d i e n d o a c o r t a r y p r o r r o g a r este término
c u a n d o le p a r e c i e r e á m a y o r g l o r i a de Dios n u e s t r o Señor, y dándo-
les la p o t e s t a d q u e le p a r e c i e r e c o m u n i c a r l e s » (1).
E n e s t o s p á r r a f o s d e las C o n s t i t u c i o n e s t i e n e el l e c t o r u n o d e los
p u n t o s m á s i m p o r t a n t e s y c a r a c t e r í s t i c o s d e l g o b i e r n o d e la Compa-
ñ í a , y q u e en t i e m p o d e San I g n a c i o p o d í a l l a m a r s e n u e v o . Hasta
e n t o n c e s , lo o r d i n a r i o e n las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s e r a s e r elegidos los
S u p e r i o r e s á v o t a c i ó n p o r s u s r e s p e c t i v a s c o m u n i d a d e s , ya tuvieran
d e r e c h o d e v o t a r t o d o s los i n d i v i d u o s d e casa, y a se r e s e r v a r a esta
facultad á u n o s p o c o s P a d r e s p r u d e n t e s y e n t e n d i d o s . Asimismo era
y es c o s t u m b r e e n m u c h a s r e l i g i o n e s d e c i d i r a l g u n a s cosas por la
m a y o r í a d e v o t o s . N u e s t r o s a n t o P a d r e s u p r i m i ó c u a n t o pudo este
s i s t e m a d e v o t a c i ó n , y d e j á n d o l o en a l g u n o s casos q u e n o se pueden
(1) Constitution.es, P. ix, c. ni—(2) Ibid.— (3) Ibid.
CAP. X . — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 177
excusar, c o m o es e n la e l e c c i ó n del G e n e r a l , e n la d e los A s i s t e n t e s
y en algunas o t r a s m u y r a r a s c i r c u n s t a n c i a s , a d o p t ó c o m o l e y o r d i -
naria para la r e s o l u c i ó n d e los n e g o c i o s , q u e los v o t o s de los con-
sultores no sean d e f i n i t i v o s , sino s o l a m e n t e c o n s u l t i v o s . E l G e n e r a l
es quien n o m b r a los P r o v i n c i a l e s y R e c t o r e s , q u i e n a d m i t e los suje-
tos á la profesión s o l e m n e ó á la i n c o r p o r a c i ó n final, q u i e n d e c i d e ,
en fin, los v a r i a d o s n e g o c i o s q u e se le p r e s e n t a n . T i e n e , es v e r d a d ,
obligación e s t r e c h a de o i r el consejo d e los A s i s t e n t e s , d e t o m a r los
debidos i n f o r m e s , d e c o n s u l t a r e n m u c h o s casos al P r o v i n c i a l r e s -
pectivo de la r e g i ó n d o n d e s u r g e el n e g o c i o ; p e r o al c a b o , la d e c i -
sión final d e p e n d e de sólo él. Del m i s m o m o d o los P r o v i n c i a l e s e n
sus provincias y los S u p e r i o r e s locales en sus casas, a u n q u e n o p u e -
den dar u n paso d e i m p o r t a n c i a sin o i r el p a r e c e r de sus c o n s u l t o -
res, al fin ellos son los q u e d e c i d e n , cada u n o d e n t r o d e su esfera.
Para e n t e n d e r la l i m i t a c i ó n p u e s t a al p o d e r d e l G e n e r a l p o r San
Ignacio, c o n v i e n e r e c o r d a r los casos en q u e la C o m p a ñ í a , r e p r e s e n -
tada por los A s i s t e n t e s , t i e n e a u t o r i d a d y p r o v i d e n c i a s o b r e el P r e -
pósito General. Á seis los r e d u c e el santo p a t r i a r c a : «1.° C u a n t o á las
cosas externas de los v e s t i d a s , c o m e r y gastos c u a l e s q u i e r a t o c a n t e s
ala persona d e \ P r e p ó s i t o 2.° A c e r c a d e l t r a t a m i e n t o de su c u e r p o ,
para que n o e x c e d a e n t r a b a j o s ó r i g o r d e m a s i a d o . 3.° A c e r c a d e su
ánima, p o r a l g u n a n e c e s i d a d q u e p o d r í a d e l l o h a b e r , a u n e n v a r o n e s
perfectos, c u a n t o á su p e r s o n a ó á su oficio. (El q u e t i e n e este c a r g o
de advertir al G e n e r a l a c e r c a d e s u s faltas se l l a m a A d m o n i t o r , y e s
nombrado p o r la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l . ) 4.° Si se le h i c i e s e instan-
cia, aunque n o o b l i g á n d o l e á p e c a d o , p a r a t o m a r a l g u n a d i g n i d a d ,
con la cual es n e c e s a r i o d e j a r el c a r g o , n o p u e d e , sin c o n s e n t i m i e n t o
de la Compañía, a c e p t a r l a . 5.° E n caso q u e fuese m u y d e s c u i d a d o ó
remiso en las cosas i m p o r t a n t e s d e su oficio, p o r e n f e r m e d a d ó v e j e z
grande, sin q u e h a y a e s p e r a n z a d e m e j o r í a e n e s t o , y q u e p a d e c e
notablemente el b i e n c o m ú n , e l e g i r á s e u n c o a d j u t o r ó v i c a r i o q u e
haga oficio de G e n e r a l . 6.° E n a l g u n o s casos ( q u e se e s p e r a e n la d i -
vina bondad, p o r su g r a c i a n u n c a se v e r á n ) , c o m o es d e p e c a d o s
mortales actuales, la C o m p a ñ í a p u e d e y d e b e d e p o n e r l e d e su oficio
(constando del caso s u f i c i e n t e m e n t e ) , y si es m e n e s t e r , a p a r t a r l e d "
la Compañía, e n t o d o h a c i e n d o lo q u e se j u z g a r e á m a y o r g l o r i a d i -
vina y bien u n i v e r s a l de la C o m p a ñ í a » (1).
No deja do s e r s i n g u l a r la p r e c i s i ó n c o n q u e San I g n a c i o legisla
(1) Constitutiones, P. ix, c. i v .
12
178 LUÍ. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
s o b r e este ú l t i m o p u n t o , c o n s a g r a n d o u n capítulo e n t e r o á lo que
d e b e h a c e r la C o m p a ñ í a si s u c e d i e s e este c a s o , q u e , gracias á Dios,
n u n c a se h a v i s t o . S e g ú n las p r e s c r i p c i o n e s del santo, los Asistentes,
u n a vez c o n v e n c i d o s de la culpa d e l G e n e r a l , d e b e n convocar la
c o n g r e g a c i ó n , y si los Asistentes se d e s c u i d a r e n , y el caso fuese no-
t o r i o , los P r o v i n c i a l e s se c o n v o c a r á n m u t u a m e n t e á congregación
g e n e r a l . Una vez r e u n i d o s los P a d r e s , d e b e c o m p a r e c e r ante ellos
el P r e p ó s i t o G e n e r a l p a r a d a r r a z ó n de sí; se e x a m i n a r á madura-
m e n t e su causa, y s e g ú n la culpa q u e en él se d e s c u b r i e r e , será, ó
castigado con o t r a s p e n i t e n c i a s , ó d e p u e s t o del oficio y aun expulsa-
do d e la C o m p a ñ í a . E n estos dos ú l t i m o s casos d e b e la congregación
e l e g i r d e s d e l u e g o o t r o G e n e r a l , «y si es p o s i b l e , dice San Ignacio, no
salgan de allí, q u e la C o m p a ñ í a n o tenga P r e p ó s i t o G e n e r a l (1). For-
esta s e v e r i d a d de San I g n a c i o , se e n t i e n d e b i e n q u e en la Compañía
n a d i e p u e d e d e s c u i d a r s e e n el c u m p l i m i e n t o de su oficio.
D e t e r m i n a d o c u a n t o p e r t e n e c e al P r e p ó s i t o G e n e r a l en la parte
n o n a , t e r m i n a el santo p a t r i a r c a las C o n s t i t u c i o n e s explicando bre-
v e m e n t e e n la d é c i m a «cómo se c o n s e r v a r á y a u m e n t a r á todo este
c u e r p o en su b u e n s e r » . A n t e t o d o r e c o m i e n d a la esperanza en Dios,
« p o r q u e la C o m p a ñ í a q u e n o se h a i n s t i t u i d o con m e d i o s humanos,
n o p u e d e c o n s e r v a r s e n i a u m e n t a r s e con e l l o s , sino con la mano
o m n i p o t e n t e d e Cristo, Dios y S e ñ o r n u e s t r o » . P a r a este fin, además
d e e n c o m e n d a r la o r a c i ó n y t r a t o con D i o s , e n c a r g a San Ignacio á
sus hijos q u e se d e n á las v i r t u d e s sólidas y p e r f e c t a s , y á las cosas
e s p i r i t u a l e s , y q u e se h a g a do ellas más caudal q u e de las letras y
o t r o s d o n e s n a t u r a l e s y h u m a n o s . P e r o con estas v i r t u d e s quiere el
santo f u n d a d o r q u e se j u n t e n l o s m e d i o s h u m a n o s de la ciencia y
d e o t r a s h a b i l i d a d e s , «no p a r a confiar e n ellos, sino p a r a cooperará
la d i v i n a g r a c i a , s e g ú n la o r d e n de la s u m a p r o v i d e n c i a do Dios
n u e s t r o S e ñ o r , q u e q u i e r e s e r glorificado c o n lo q u e él da como
C r i a d o r , q u e es lo n a t u r a l , y con lo q u e da c o m o a u t o r de la gracia,
q u e es lo s u p e r n a t u r a l » (2).
E n p o s de estos p r i n c i p i o s i n d i c a el santo a l g u n a s cosas que con-
t r i b u y e n á m a n t e n e r la C o m p a ñ í a c o m o c u a l q u i e r a o t r a religión, en
su v i g o r y o b s e r v a n c i a r e g u l a r . Tales s o n , el g u a r d a r la disciplina
r e l i g i o s a , el c u i d a d o d e la p o b r e z a , el e x c l u i r con g r a n d e diligencia
la a m b i c i ó n , p a r a lo cual m a n d a á los p r o f e s o s o f r e c e r á Dios que
( 1 ) Constitutiones, c. v .
( 2 ) Ibid., P . x, n ú n i . 3 . E n esta p a r t e d é c i m a no h a y división de capítulos.
CAP. X . — CONSTITUCIONES DE LA COMPAÑÍA 179
nunca p r e t e n d e r á n p r e l a c i ó n ó d i g n i d a d a l g u n a n i d e n t r o n i f u e r a
de la Compañía, el c u i d a r «de n o a d m i t i r t u r b a n i p e r s o n a s q u e n o
sean aptas p a r a n u e s t r o I n s t i t u t o , y de d e s p e d i r á los i n ú t i l e s é i n c o -
rregibles». Con e s t o , q u e p e r t e n e c e g e n e r a l m e n t e á t o d o s , j u n t a
San Ignacio el c u i d a d o q u e d e b e t e n e r s e d e e l e g i r b u e n P r e p ó s i t o 1
General, y la d i l i g e n c i a con q u e éste d e b e e s c o g e r los P r o v i n c i a l e s
y Rectores. Ú l t i m a m e n t e , e n c o m e n d a n d o á t o d o s la c a r i d a d f r a t e r n a ,
la moderación en el trabajo, la caridad con los p r ó j i m o s ; p r o c u r a n d o
que, sin ceñirse á esta ó á la o t r a p a r c i a l i d a d , aspiren los N u e s t r o s
á un amor u n i v e r s a l q u e a b r a c e t o d a s p a r t e s ( a u n q u e e n t r e sí con-
trarias) en el S e ñ o r n u e s t r o , la d i s c r e c i ó n en u s a r m o d e r a d a m e n t e
de las gracias c o n c e d i d a s p o r la S e d e A p o s t ó l i c a , el cuidado c o m p e -
tente de m i r a r p o r la s a l u d , c i e r r a I g n a c i o el c ó d i g o a d m i r a b l e de
las Constituciones, r e c o r d a n d o á sus hijos e l c u i d a d o q u e d e b e n t e -
ner en saberlas, á lo m e n o s las q u e t o c a n á cada u n o .
Tal es la m a r a v i l l o s a legislación q u e San I g n a c i o legó á sus hijos.
Si en ella s o r p r e n d e la s a b i d u r í a s u b l i m e de q u i e n c o n c i b i ó u n a
obra tan original y p o r t e n t o s a , n o m e n o s edifica y a t r a e la s a n t i d a d
eminente q u e el a u t o r deja t r a s l u c i r . E n cada p á g i n a , e n cada l í n e a
de las Constituciones, se siente l a t i r a q u e l corazón g r a n d e de I g n a -
cio, lleno do la g l o r i a de D i o s , ansioso d e e n d e r e z a r todas s u s ac-
ciones y las de sus hijos á este fin, el más s u b l i m e q u e p u e d e p r o p o -
nerse el h o m b r e . Razón t e n í a n n u e s t r o s a n t i g u o s P a d r e s p a r a p r e -
sentar las Constituciones c o m o u n a p r u e b a de la s a n t i d a d de I g n a c i o .
Interrogado el P . R i b a d e n e i r a el año 1595 e n los p r o c e s o s p a r a la
beatificación del santo p a t r i a r c a , «qué c o n c e p t o y o p i n i ó n t e n í a de
la vida y santidad d e l d i c h o P . I g n a c i o , y c o n q u é f u n d a m e n t o » ,
responde «que él t i e n e y s i e m p r e t u v o al P . I g n a c i o p o r santo y p o r
muy gran santo y a m i g o de Dios»; y d e c l a r a n d o los f u n d a m e n t o s en
que apoya esta o p i n i ó n , e n t r e o t r o s alega «las C o n s t i t u c i o n e s q u e el
dicho P . I g n a c i o escribió, tan e m p a p a d a s en e s p í r i t u celestial y sabi-
duría divina, c o n t a n t a g r a v e d a d d e s e n t e n c i a s y d e p a l a b r a s , q u e
ponen admiración á los q u e las l e e n » ; y el P . M. Laínez dijo á
este testigo, «que sólo el l i b r o de las C o n s t i t u c i o n e s del P . I g n a c i o
bastaba para g o b e r n a r y r e f o r m a r las r e l i g i o n e s de la I g l e s i a , y es
buena p r u e b a la r e v e r e n c i a c o n q u e las c i n c o c o n g r e g a c i o n e s g e n e -
rales que se h a n h e c h o e n la Compañía, d e s p u é s q u e m u r i ó e l P . I g -
nacio, han r e c i b i d o y v e n e r a d o las dichas Constituciones» (1). E s t o
(l) Canonizaciones. La de S. Ign.
180 L1B. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA

decía R i b a d e n e i r a e n 1595. E n los t i e m p o s s i g u i e n t e s n o se ha des-

m e n t i d o , p o r la g r a c i a d e D i o s , la v e n e r a c i ó n d e la Compañía á las
l e y e s escritas p o r su santo f u n d a d o r . E s p e r e m o s q u e esas leyes, ve-
n e r a d a s y o b s e r v a d a s p e r p e t u a m e n t e , c o n s e r v a r á n e n la Compañía
el e s p í r i t u q u e Dios le infundió p o r m e d i o d e San I g n a c i o .

CAPÍTULO XI

ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA

S u i í A t u o : 1. N o m b r e de C o m p a ñ í a d e J e s ú s . — 2 . S u p r e s i ó n d e l c o r o . — 3 . N o t e n e r
hábito p a r t i c u l a r . — 4 . N o a s i s t i r á p r o c e s i o n e s . — 5 . N o t e n e r c a r g o d e m o n j a s . —
6. Prolongación d e las p r o b a c i o n e s . — 7 . V o t o s s i m p l e s . — 8 . D i l a c i ó n d e la p r o f e -
sión s o l e m n e . — 9 . S u p r e s i ó n d e l s i s t e m a c a p i t u l a r , ó sea n o m b r a m i e n t o d e l o s S u -
periores por el G e n e r a l . — 1 0 . V o t o d e n o a c e p t a r d i g n i d a d e s . — 1 1 . N o t e n e r l a s
penitencias t a s a d a s p o r la r e g l a . — 12. E s p í r i t u d e la C o m p a ñ í a , q u e se f u n d a e n
el amor y en l a o b e d i e n c i a . — 1 3 . D e s c r i p c i ó n d e e s t e e s p í r i t u , h e c h a p o r el P . J e -
rónimo N a d a l .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS. — 1. Institutum S. I. — 2. Monumento Xaveríana. — 3. Nadal,

histructiones et regulae.

1. Hemos d e s c r i t o á g r a n d e s r a s g o s el edificio r e l i g i o s o c o n s t r u i d o
por San I g n a c i o de L o y o l a . C o m o m u c h a s de las p r o p i e d a d e s d e la
Compañía e r a n r e a l m e n t e n u e v a s , y c o n t r a s t a b a n con los usos y cos-
tumbres g e n e r a l m e n t e r e c i b i d o s en las o t r a s r e l i g i o n e s , n o s h a p a r e -
cido conveniente r e u n i r e n este c a p í t u l o las p r i n c i p a l e s d e esas p r o -
piedades, y a ñ a d i r las a p r o b a c i o n e s pontificias q u e h a r e c i b i d o cada
una do ellas. Así se e n t e n d e r á , p o r u n a p a r t e , la o r i g i n a l i d a d d e la
fundación h e c h a p o r I g n a c i o , y p o r o t r a , el f u n d a m e n t o c a n ó n i c o
que tienen las p r i n c i p a l e s p a r t i c u l a r i d a d e s d e n u e s t r o I n s t i t u t o .
Hasta cincuenta y o c h o p r o p i e d a d e s e n u m e r a el P . Lancicio (1) e n
que la Compañía se a p a r t ó de las r e l i g i o n e s m á s a n t i g u a s . No fatiga-
remos al lector r e p r o d u c i e n d o tan prolija e n u m e r a c i ó n , p e r o i n d i -
caremos c l a r a m e n t e las p r i n c i p a l e s i n n o v a c i o n e s i n t r o d u c i d a s p o r
San Ignacio.
Algunas de ellas p u d i e r a n l l a m a r s e n e g a t i v a s , p o r q u e e x c l u y e n al-
guna práctica santa, usada c o m ú n m e n t e en las o t r a s r e l i g i o n e s , y q u e
Ignacio s u p r i m i ó p o r q u e e s t o r b a b a n al fin de la C o m p a ñ í a . O t r a s p o -

(1) De praestantia instituti S. I., 1. I, c. v i l .


182 LIP. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
d r í a n d e n o m i n a r s e p o s i t i v a s , p o r q u e consisten en a l g u n a práctica
santa, desusada hasta e n t o n c e s , y q u e n u e s t r o santo P a d r e adoptó
c o m o m e d i o n e c e s a r i o ó m u y c o n v e n i e n t e p a r a r e a l i z a r el fin de su
r e l i g i ó n . P e r o a n t e t o d o , d i g a m o s u n a p a l a b r a sobro el nombre de
ella.
Lo p r i m e r o q u e l l a m ó la a t e n c i ó n e n la O r d e n religiosa fundada
p o r I g n a c i o , fué el n o m b r e m i s m o d e C o m p a ñ í a d e Jesús. Pare-
ció a r r o g a n t e y n u e v o este t í t u l o , y, s o b r e t o d o , so r e p r e n d i ó como
u n a u s u r p a c i ó n , p u e s s e r c o m p a ñ e r o s d e J e s ú s , decían nuestros ad-
v e r s a r i o s , es c o m ú n á t o d o s los fieles cristianos, y n o p e c u l i a r do una
O r d e n religiosa. A q u í a p u n t a b a , sin d u d a , M e l c h o r Cano cuando, ci-
t a n d o a q u e l t e x t o de San P a b l o : «Fidel is Dcus per quem vocal i ralis in
societafeiu Filii ejus Jesu Clirisli» (1), añadía esta r e f l e x i ó n : < Como
esta C o m p a ñ í a es, sin d u d a a l g u n a , la Iglesia de C r i s t o , los que se
a r r o g a n este título c u i d e n de n o m e n t i r , d i c i e n d o , c o m o los herejes,
q u e e n ellos solos está la Iglesia» (2).
Desde la p r i m e r a a p r o b a c i ó n , dada p o r P a u l o I I I , se había siempre
a p r o b a d o , más ó m e n o s e x p l í c i t a m e n t e , el n o m b r e m i s m o de Com-
pañía de J e s ú s ; p e r o n i á la a u t o r i d a d d e los p a p a s , n i á las buenas
r a z o n e s d e n u e s t r o s d o c t o r e s se r e n d í a n los c o n t r a r i o s . Su causa pa-
r e c i ó ganada, c u a n d o S i x t o V t r a t ó s e r i a m e n t e do m u d a r el nombre
á n u e s t r a r e l i g i ó n ; m a s c o m o la m u e r t e s o r p r e n d i ó á este Pontífice
a n t e s de acabarse el n e g o c i o , sólo s i r v i ó la p r e c e d e n t e borrasca para
q u e G r e g o r i o X I V c o n f i r m a s e , e n t é r m i n o s más e x p r e s o s , lo que ra
estaba a p r o b a d o p o r o t r o s papas y p o r e l Concilio d e Trento. He
a q u í las p a l a b r a s de G r e g o r i o XIV on la b u l a Ecclcsiae Calliolicac, ex-
p e d i d a el 28 de J u n i o d e 1591: « P o r lo q u e h a c e á las otras cosas, que
h a n sido p u e s t a s en duda, e s t a t u í m o s q u o el n o m b r e de Compañía de
J e s ú s c o n q u e esta l o a b l e O r d e n r e l i g i o s a fué l l a m a d a en su origen
p o r la S e d e A p o s t ó l i c a , y d e s i g n a d a hasta a h o r a , se d e b e retener en
ella p e r p e t u a m e n t e en las e d a d e s futuras» (3).
( 1 ) 1 a d Cor., 1 , 9.
( 2 ) (íQuae sine dubio societas cum Chrisli Ecclesiasil, qui titulum sibi illum cirro-
gant, hi videant, an haereticorum more penes se Ecclesiam exislere mentiantur.v
loéis theologicis, 1. IV, c. n . B u e n o s e r á a d v e r t i r q u e e s t a o b j e c i ó n se f u n d a en una
i n t e r p r e t a c i ó n a l g o i m p r o p i a , a u n q u e b a s t a n t e g e n e r a l i z a d a , del t e x t o d e Han Pablo.
L a p a l a b r a societas n o significa a l l í C o m p a ñ í a ó r e u n i ó n d e h o m b r e s , sino partici-
p a c i ó n , c o m u n i c a c i ó n , c o m o se v e p o r el v o c a b l o o r i g i n a l xotviuvtst. D e aquí se in-
fiere q u e el s e n t i d o r e c t o d e l t e x t o es el s i g u i e n t e : « F i e l es D i o s , q u e o s h a llamado
á p a r t i c i p a r d e los b i e n e s q u e h a y en C r i s t o . »
( 3 ) aQuo vero adreliqua, quae in controversiam vocata erant, sic statuimus:
CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 183
2. Examinada la i m p o s i c i ó n d e l n o m b r e , v e a m o s las p r i n c i p a l e s
cualidades n e g a t i v a s q u e San I g n a c i o i n t r o d u j o e n su O r d e n . Una d e
las que más d i e r o n e n r o s t r o á m u c h a s p e r s o n a s religiosas d e l si-
glo xvi, fué el n o t e n e r c o r o . Mirábase el canto del oficio d i v i n o e n el
coro como u n a d e las p a r t e s m á s esenciales de la v i d a c o n t e m p l a -
Societatis Jesu, quo laudabilis hic ordo nascens a Sede Apostólica nominatus est et
hactenus insignitus,perpetuis futuris temporibus in ea relinendum esse.y)
Aquí p r e g u n t a r á el l e c t o r c u á n d o ó c ó m o n a c i ó el n o m b r e d e Jesuítas, q u e se h a
hecho tan p o p u l a r . N o s a b e m o s q u e lo u s a r a n u n c a S a n I g n a c i o , q u i e n , al i m p o n e r el
nombre á s u O r d e n , t r a t ó s i e m p r e d e l n o m b r e en a b s t r a c t o , m a n d a n d o q u e s u r e l i -
gión se llamase C o m p a ñ í a d e J e s ú s . P r o n t o se hizo s e n t i r la n e c e s i d a d d e u n a d e n o -
minación c o n c r e t a , q u e d e s i g n a s e á l o s i n d i v i d u o s . Si la r e l i g i ó n s e l l a m a C o m p a ñ í a
de Jesús, ¿ c ó m o se l l a m a r á c a d a u n o d é l o s r e l i g i o s o s ? E s c r i b i e n d o en l a t í n u s a r o n
algunos la p a l a b r a Socii; p e r o e s t e v o c a b l o , d e p u r o v a g o , n o s i g n i f i c a b a n a d a , y
nunca t u v o u n u s o c o r r i e n t e y m u c h o m e n o s p o p u l a r . E n l a s a c t a s d e l C o n c i l i o d e
Trento aparece tal v e z el P . L a í n e z c o n el n o m b r e d e Presbi/ter reformaius. Algo
debió correr p o r I t a l i a este n o m b r e d e Presbítero reformado, que tiene t u funda-
mento en la s e m e j a n z a d e h á b i t o q u e g u a r d a la C o m p a ñ í a c o n los s a c e r d o t e s s e c u l a -
res del país en q u e v i v e . E n P o r t u g a l dio el p u e b l o á los N u e s t r o s el e s t u p e n d o d i c -
tado de Apóstoles. (Vid. Epistolae mi.rtae, t. I, p . 162, O r l a n d i n i , Hist. S. I., 1. n i ,
n. 40.)
Más f o r t u n a t u v o la d e n o m i n a c i ó n d e Teatinos, i m p u e s t a á l o s N u e e t r o s p o r h a -
berse f u n d a d o ¡a C o m p a ñ í a casi al m i n i n o t i e m p o q u e l a O r d e n d e los T e a t i n o s , y
parecerse algo a m b a s r e l i g i o n e s e n el t r a j e y en a l g u n o s m i n i s t e r i o s y o c u p a c i o n e s
del servicio d i v i n o . N o s a b e m o s p o r q u é , e s t e n o m b r e , o l v i d a d o p r o n t o e n I t a l i a , ó,
por mejor decir, v i n c u l a d o alli á la O r d e n f u n d a d a p o r S a n C a y e t a n o , p r o s i g u i ó
aplicándose en E s p a ñ a á los r e l i g i o s o s d e la C o m p a ñ í a en los s i g l o s x v i y x v n , si
bien á lo ú l t i m o no t e n í a t r a z a d e n o m b r e d a d o e n s e i i o , sino d e a p o d o f a m i l i a r y
burlón. A l g u n a v e z q u e o t r a a s o m a en las c a r t a s d e n u e s t r o s P a d r e s a n t i g u o s el
nombre d e Iñiguistas, q u e se difundió un poco en los p r i m e r o s años de la C o m p a -
nia. Véanse los n o m b r e s c o n q u e se n o s d e s i g n a b a e n la c o r t e d e E s p a ñ a el a ñ o 1 5 4 5 .
«Algunos n o s l l a m a n , d i c e el P . A r a o z , l o s Iñiguistas, o t r o s Papistas, o t r o s Apósto-
les, otros Teatinos y reformados.» (Epistolae mi.rtae, t. l, p . 2 1 2 . )
A todos estos n o m b r e s h a s u s t i t u i d o el d e Jesuítas, no mal derivado del de J e -
sús. La p r i m e r a v e z q u e s u e n a e s t a d e n o m i n a c i ó n es en el a ñ o 1544 y e n l a s r e g i o -
nes del N o r t e . E s c r i b i e n d o el B . P e u r o C a n i s i o al B . P e d r o F a b r o el 3 0 d e D i c i e m -
bre de ese a ñ o , le d i c e : « D e nobis dícam potius qui Jesuitae dicimur.» BraunBber-
ger, B. P. Canisii S. I., Epistulae et acta, t. I, p . 1 2 1 . E l a ñ o s i g u i e n t e n o s e n s e ñ a i l
ínismo B e a t o q u e e s t e n o m b r e d e J e s u í t a s e r a u n i n s u l t o c o n t r a les N u e s t r o s . aFaci-
nus ita quidem, tametsi non sine quorumdam invidia simul et obtrectalione, quae nobis
Dt
etiam Jesuitae nomen dedi/.n Ibid., p . 134. E n el m i s m o s e n t i d o q u e el B . P e d r o C a -
niBio habla el P . A d r i a e n s s e n s el a ñ o 1 5 5 2 , d i c i e n d o q u e e n F l a n d e s n o s d a b a n el
nombre d e J e s u í t a s , c o m o u n a p o d o d e s p r e c i a t i v o d a d o á s a c e r d o t e s h i p ó c r i t a s .
(Vid. Litterae quadrimestres, t. I , p . 5 5 0 . )
Aunque t e n g a t a n r u i n o r i g e n e s t e n o m b r e d e J e s u í t a s , e s lo c i e r t o q u e se p r o p a g ó
muy pronto, y , c o m o o b s e r v a j u i c i o s a m e n t e S u á r e z , b i e n e n t e n d i d o , n a d a c o n t i e n e
contra la v e r d a d y la p i e d a d . L o s c a t ó l i c o s e m p e z a r o n á u s a r l o , p r i n c i p a l m e n t e d e s -
nomo
 184 LIB. I . — F U N D A C I Ó N DE LA COMPAÑÍA CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 185

tiva, y p o r eso el c é l e b r e t e ó l o g o D o m i n g o Soto, al h a b l a r de l a o b l i - y no en c o m ú n ó en el c o r o , p a r a q u e p u e d a n aplicarse con m á s

g a c i ó n q u e t i e n e n los r e g u l a r e s al c a n t o del oficio d i v i n o , estampó
esta frase, u n p o c o f u e r t e , e n su t r a t a d o De justitia el jure: « H a b l o de
los r e g u l a r e s a n t i g u o s , p o r q u e si se f o r m a s e a l g u n a O r d e n religiosa
sin esta obligación, s e g u r a m e n t e apenas m e r e c e r í a el n o m b r e d o r e l i -
g i ó n , p u e s c a r e c e r í a del e s p l e n d o r p r i n c i p a l de las Ó r d e n e s r e l i g i o -
sas» (1).
Así c o m o S i x t o V p e n s ó e n s u p r i m i r el n o m b r e d e Compañía do
J e s ú s , así P a u l o I V y San P í o V j u z g a r o n c o n v e n i e n t e imponer el
c o r o á la C o m p a ñ í a , p e r o n u n c a lo e s t a b l e c i e r o n p o r m e d i o d e le-
t r a s apostólicas, sino s o l a m e n t e con p r e c e p t o s p a r t i c u l a r e s q u e e x p i -
r a r o n á la m u e r t e de a q u e l l o s Pontífices. G r e g o r i o X I I I , ratificando
lo q u e ya estaba i m p l í c i t a m e n t e c o n c e d i d o p o r P a u l o I I I y J u l i o III,
d e t e r m i n ó e x p r e s a m e n t e q u e en la C o m p a ñ í a n o h u b i e s e c o r o . - C o n -
s i d e r a n d o Nos, dice, q u e la p r e d i c h a r e l i g i ó n ha p r o d u c i d o en todo
fervor á los estudios, lecciones y p r e d i c a c i o n e s » (1).
3. Otra p r o p i e d a d d e la C o m p a ñ í a , q u e á los p r i n c i p i o s n o dejó d e
disonar algún t a n t o , fué el n o t e n e r h á b i t o p a r t i c u l a r . Decíase q u e
despreciábamos el h á b i t o r e l i g i o s o . M u y b i e n satisfizo el P . R i b a d e -
neira á esta objeción, q u e ya en n u e s t r o s días á n a d i e h a c e fuerza.
Nos contentaremos con c i t a r la reflexión final, q u e r e s u m e toda la
contestación. « S u p u e s t o q u e el fin de la C o m p a ñ í a p r i n c i p a l es r e d u -
cir á los h e r e j e s y c o n v e r t i r á los g e n t i l e s á n u e s t r a s a n t í s i m a fe, y
que el h á b i t o se h a d e t o m a r c o m o m e d i o p a r a a l c a n z a r este fin, n o
pudo la Compañía t o m a r h á b i t o de fraile ó distinto, p o r q u e n o fuera
medio p r o p o r c i o n a d o á su fin. T o m ó el h á b i t o de c l é r i g o s , p o r q u e es
religión de c l é r i g o s , n o d i s t i n t o y n o t a b l e con a l g u n a p a r t i c u l a r in-
signia, sino c o n f o r m e al de los c l é r i g o s h o n e s t o s de cada p r o v i n -
c i a (2).

el m u n d o frutos copiosísimos p a r a g l o r i a d e Dios y propagación de Esta práctica fué a p r o b a d a p o r J u l i o I I I en la b u l a Erposcit úebi-

la santa fe católica, y q u e es m u y j u s t o m a n t e n e r los piadosos e s t a t u - lum: «Por lo q u e h a c e á la comida, v e s t i d o y d e m á s cosas e x t e r i o r e s ,
tos de esta O r d e n , de n u e s t r o p r o p i o m o t i v o y ciencia cierta, a p r o - sigan la c o s t u m b r e c o m ú n y a p r o b a d a de los s a c e r d o t e s h o n e s t o s ; d e
b a n d o l o s p r e d i c h o s estatutos, p o r el t e n o r do las p r e s e n t e s c o n c e - suerte que, lo q u e de esto so c e r c e n a r e p o r la n e c e s i d a d ó d e s e o d e l
d e m o s d e n u e v o , en c u a n t o sea n e c e s a r i o , p o r a u t o r i d a d apostólicaá provecho e s p i r i t u a l , se ofrezca á Dios p o r d e v o c i ó n y n o p o r obliga-
los i n d i v i d u o s de la Compañía, q u e estén o b l i g a d o s á r e z a r las h o r a s ción, como u n o b s e q u i o racional d e l c u e r p o h e c h o á Dios.» R e f e r i -
canónicas cada u n o p r i v a d a m e n t e s e g ú n el uso de la Iglesia r o m a n a , das estas p a l a b r a s , q u e son de la f ó r m u l a p r e s e n t a d a á la a p r o b a c i ó n
de Su Santidad, p r o s i g u e así J u l i o I I I : «Nos, c o n s i d e r a n d o q u e en la
dicha Compañía y e n s u s loables e s t a t u t o s y e n la v i d a e j e m p l a r y
pues q u e el Concilio d e T r e n t o lo h u b o s a n t i f i c a d o , p o r d e c i r ' o a s í . C i e r t o que no se en las c o s t u m b r e s de I g n a c i o y de sus c o m p a ñ e r o s , n o h a y n a d a q u e
e m p l e ó la p a l i b r a . l e s n í t a s e n el t e x t o d e los d e c r e t o s , c u a n d o se h u b o d e habíanle no sea pío y santo » etc. (3). De d o n d e se infiere q u e la citada
la C o m p a ñ í a , p e r o c o n s t a p o r l a s a c t a s d e los a ñ o s 1502 y 6 3 , q u e los Padres del
Concilio l l a m a b a n c o m ú n m e n t e J e s u í t a s ¡i los N u e s t r o s . «Jesuilaeforendi sunt, decían
muchos obispos, c o m o v e r e m o s en el t o m o s i g u i e n t e ; y en las a c t a s del Concilio, (1) iNos, considerantes religionem praedictam ubérrimos fructus ad Dei laudem
c l a n d o se c i t a el d i c t a m e n d e l P . L a í n e z , se le s u e l e l l a m a r Gcneralis Jesuitarmn. et sanctae catholicae fidei propagationem per universum orbem dedisse, meritoque in
N ó t e s e , sin e m b a r g o , q u e l a C o m p a ñ í a no h a u s a d o o f i c i a l m e n t e h a s t a ahora este tí- uní piis institutis conforendam este, mofa proprio et e.r certa riostra scientia, sociis
tulo p a r a d e s i g n a r á s u s h i j o s , i n t i m a m e n t e , y p o r v í a d e c u r i o s i d a d e r u d i t a , dire- praedietts, ut horas canónicas singuli et piriratim juxta usum liomanae Ecclesiae, non
mos que este n o m b r e de jesuíta fué e m p l e a d o dos siglos a n t e s d e n a c e r la Compa- uiitcm communiter seu in choro, recitare teneanttir, quo acrius studiis, leetionibus et
ñ í a d e J e s ú s , en el s e n t i d o d e salvado por Jesucristo. Véase c ó m o lo u s a el piadoso praedicationibus intendere possint instituía praedicta approbantes, tenore proe-
L u d o l f o , c a r t u j a n o , a q u e l c u y o l i b r o c o n v i r t i ó á San I g n a c i o : «Est autem secumhn» seiitnan auetorilate apostólica, quatenus opus sit, de novo concedimus.» Bulla E.r. Sedis
Auyustinum, differentia ínter nomen Jesús et nomen Christus: quia nomen Jesus esl Apostolicae, 2 3 d e F e b r e r o d e 1 5 7 3 . (Institutum S. J., t . I, p . 5 4 . )
nomen proprium, sed nomen Christus esl nomen commune el saeramenti. ítem nomen (2) Razón del Instituto de la Compañía de. Jesús, c. m.
Christus est nomen gratiae; sed nomen Jesus est nomen gloriae. Sicul enim hic per gra- (3) «In eis quae ad victum et vestítum et caetera exteriora pertinent, honestorum sa-
tiam baptismalem a Christo dicuntur christiani, sic in coelesti gloria ah ipso ./esu cerdolum communem et approbatum usum sequentur, ut quod inde pro cujusque ne-
dicemur Jesuitae, id est a Salvatore salvati.ii ( Vita Christi, P . J, c. X . ) Entendida li C'ssitate vel spiritualis prafectus desiderio subtractum fuerit, ex devotione et non ex
p i l a b r a en e s t e s e n t i d o , t o d o h o m b r e d e b e a s p i r a r a ser j e s u í t a . °l>í>íiatione ralionabili obsequio corporis Deo, prout expedit, offeratur Consideran-
( 1 ) aLoquor de regularibus antiquis; nam si alius religionis molus ciUa hujusmoii nihil quod pium sanctumque non sit, in dicta Societate, ejusque laudabilibus ins-
obligationem admittatur, certe vix nomen religionis meretur, quippe quae máximo titutis, ac exemplari Ignatii et aliorum sociorum praedictorum vita et moribus repe-
splendore religionis caret.T) (De justitia el jure, 1. x , quaest b.*, a r t . 3 ° ) r i v i
», etc. (Institutum S. J., t. i, p . 2 6 . )
 186 LIB. I.— FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 187

C o n s t i t u c i ó n de San I g n a c i o , lo m i s m o q u e las d e m á s , es pía y santa. así: «Á esto se r e s p o n d e q u e la C o m p a ñ í a n o a d m i t e este c u i d a d o ,

4. I n d i c a r e m o s o t r a p r o p i e d a d d e la Compañía, en quo s e reparó porque no falta en la Iglesia de Dios q u i e n l o a b l e m e n t e se e j e r c i t e
algo e n los p r i m e r o s t i e m p o s . « A l g u n o s n o s r e p r e n d e n , dice Riba- en él; y ella, c o m o d i c e n las C o n t i t u c i o n e s , desea estar d e s e m b a r a -
d e n e i r a , p o r q u e n o v a m o s á las p r o c e s i o n e s , c o m o v a n las demás re- zada para a c u d i r á los o t r o s m i n i s t e r i o s , q u e n o t i e n e n tantos q u e se
l i g i o n e s , y n o s t a c h a n p o r q u e nos a p a r t a m o s t a n t o del uso común v ocupen en ellos, y p a r a p o d e r con m á s l i b e r t a d d i s c u r r i r p o r v a r i a s
de u n a cosa q u e toca al c u l t o d i v i n o , á la edificación del p u e b l o , á partes del m u n d o , s e g ú n las o c u r r e n c i a s de los n e g o c i o s y la o b e -
e v i t a r s i n g u l a r i d a d y m u r m u r a c i ó n , y á m o s t r a r q u e s o m o s miembros diencia de la S e d e Apostólica.» Y p o c o m á s abajo: « A u n q u e u n a cosa
de este c u e r p o d e la r e p ú b l i c a religiosa» (1). La r a z ó n de e s t e proce- sea obra de caridad, n o p o r eso se sigue quo d e b e la C o m p a ñ í a a b r a -
d e r se explica sin dificultad, r e c o r d a n d o lo q u e d i j i m o s acerca del zarla, p o r q u e las o b r a s d e c a r i d a d son casi i n n u m e r a b l e s , y es i m p o -
c o r o . Santo es c a n t a r el oficio d i v i n o y c o n c u r r i r d e v o t a m e n t e á las sible que una r e l i g i ó n las a b r a c e todas. E s p e c i a l m e n t e q u e las u n a s
p r o c e s i o n e s y s o l e m n i d a d e s ; p e r o c o m o n o p u e d e h a c e r s e t o d o , pre- embarazan á las o t r a s , y m u c h a s v e c e s las m e n o r e s y m e n o s i m p o r -
fiere la C o m p a ñ í a e m p l e a r s e en la p r e d i c a c i ó n , e n o i r confesiones ven tantes i m p e d i r í a n á las m a y o r e s y m á s p r o p i a s de su I n s t i t u t o » (1).
o t r o s m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s , c o m o en o b r a s m á s propias de su
Paulo I I I sancionó esta p r á c t i c a e n la b u l a Licet debituiu, d i c i e n d o
I n s t i t u t o . E l p a p a G r e g o r i o X I I I sancionó esta c o s t u m b r e e n e l breve
así: «Concedemos c o m o g r a c i a especial, p o r a u t o r i d a d y t e n o r de las
Quaecumque Sacra ruin, dado á 1G de J u l i o de 157G. «Eximimos, dice,
presentes, q u e n o estén o b l i g a d o s á p r e s t a r el oficio d e c o r r e c c i ó n ,
y l i b r a m o s al P . G e n e r a l y á t o d o s y á cada u n o d e los presbíteros,
visitación ó i n q u i s i c i ó n á n i n g u n o s m o n a s t e r i o s , iglesias ó p e r s o n a s ,
r e l i g i o s o s y o t r a s p e r s o n a s de la dicha Compañía, dondequiera que
ni á proceder al c o n o c i m i e n t o de causas, á las citaciones d e p a r t e s y
e s t u v i e r e n , d e la o b l i g a c i ó n de p r e s e n t a r s e en las r o g a t i v a s y p r o c e -
á las denunciaciones de sentencias de e x c o m u n i ó n ó e n t r e d i c h o , n i á
siones» (2).
tomar cuidado de monjas ó de religiosas de c u a l q u i e r g é n e r o , p o r
5. Así c o m o el deseo de p r o c u r a r la m a y o r g l o r i a do Dios e n la san- medio de letras Apostólicas y a i m p e t r a d a s , ó q u e en a d e l a n t e se im-
tificación p r o p i a y ajena, m o v i ó á San I g n a c i o á p r e s c i n d i r d e l core petraron, si n o se h i c i e r e e x p r e s a m e n c i ó n de este i n d u l t o y de esta
y de la asistencia á las p r o c e s i o n e s , p a r a p o d e r d e d i c a r más tiempo Orden religiosa» (2).
á los trabajos apostólicos, así t a m b i é n le d e t e r m i n ó á r e h u s a r ciertos 6. Pero si el fin a l t í s i m o de la Compañía p e r s u a d i ó á I g n a c i o á o m i -
m i n i s t e r i o s q u e p u d i e r a n c o a r t a r la actividad apostólica y e n c e r r a r tir ciertas prácticas y o b r a s b u e n a s , p o r q u e p u d i e r a n i m p e d i r o t r a s
á los N u e s t r o s en u n c í r c u l o d e m a s i a d o e s t r e c h o , imposibilitándolos más excelentes, e n c a m b i o la dificultad de r e a l i z a r u n fin tan e l e v a d o
p a r a e m p r e s a s más vastas de la g l o r i a de Dios. P o r esto s i n d u d a , no le obligó á a d o p t a r c i e r t o s m e d i o s q u e n o e r a n a n t e r i o r m e n t e u s a d o s
q u i s o San I g n a c i o q u e sus hijos t u v i e r a n c a r g o o r d i n a r i o d e mon- en otras r e l i g i o n e s . A c o m e t í a I g n a c i o u n a e m p r e s a e m i n e n t e m e n t e
jas. « A l g u n o s se m a r a v i l l a n , dice el P . R i b a d e n e i r a , p o r q u e e j e r c i - apostólica. A h o r a b i e n : el a p ó s t o l d e b e i n f u n d i r la v e r d a d en los en-
t á n d o s e la C o m p a ñ í a e n t a n t o s m i n i s t e r i o s y o b r a s de caridad como tendimientos y la v i r t u d en los corazones, y esto, n a t u r a l m e n t e , n o
se ejercita, n o q u i e r e o c u p a r s e e n t e n e r c a r g o de r e g i r monasterios lo puede h a c e r si él m i s m o n o está p r o v i s t o d e sana d o c t r i n a y d e
d e monjas debajo de su o b e d i e n c i a , n i confesarlas de ordinario, como sólida virtud. ¿Cómo c o m u n i c a r í a el santo á sus hijos estas p r e c i o s a s
se dice en la sexta p a r t e , cap. n i , p á r r a f o 5.° de las Constituciones. cualidades? Lo p r i m e r o q u o d i s p u s o el p r u d e n t e f u n d a d o r p a r a s a c a r
Y la causa de la m a r a v i l l a es v e r q u e m u c h a s do las o t r a s religiones
h a c e n lo c o n t r a r i o , y q u e esta es o b r a de m u c h a caridad.» Poco des- (1) Razón del Instituto de la Compañía-, c . x x x v n .
(-) tQuodque nullis ipsorum correctionis seu visitationis, vel inquisitionis officium,
p u é s , p r e s e n t a el m i s m o a u t o r la r a z ó n de este p r o c e d e r , d i c i e n d o
monasteriís vel ecelesiis seu quibuseumque personis impenderé, vel ad cognitiones cau-
caran, citationes pariium et denuntiation.es sentenliarum interdicti vel excommuui-
( 1 ) Razón del Instílalo de la Compañía de Jesús, c . V. cahonumprocederé, aut curara monialium, seu religiosarum quarumlibetpersonarían
( 2 ) aPraeposilum ac omnes et singulos presbyteros ac religiosos et personas «»<"" recipere teneantur per litleras Apostólicas impétralas vel in posterum impetrandas,
mines dictae Societatis, ubique locorum existentes, ab interessentia supplicatwn>i«> >M de hoc indulto et ordine sociorum
n
hujusmodi, expressam facieutes mentionem,
seu precum vel processionum hujusmodi auctoritate Apostólica, tenore praesentnii» a
wtoritate et tenore praedictis de speciali gratia indulgemus.n Bulla Licet debilum,
perpetuo eximimus et liberamus.v (Institutum- S. J., t . i, p . 6 2 . ) 18 de Octubre d e 1 5 4 9 . (Institutum S. J., t. i, p . 1 7 ) .
 188 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 189

á sus d i s c í p u l o s aventajados en la v i r t u d , fué el p r o l o n g a r más c p rarias, se v u e l v a á e n c e n d e r con el ejercicio más f r e c u e n t e d e las

e n o t r a s r e l i g i o n e s el t i e m p o de la p r o b a c i ó n .
mismas v i r t u d e s y c o n la i n v o c a c i ó n más f e r v o r o s a d e l a u x i l i o d i v i -
Ya el solo h e c h o do d i l a t a r tantos años la p r o f e s i ó n solemne es un
no, sino que », etc. (1).
g é n e r o de p r u e b a q u e á los p r i n c i p i o s p a r e c i ó á m u c h o s excesiva-
7. Para este m i s m o fin d e f o r m a r con m á s l e n t i t u d y solidez á l o s
m e n t e d u r a . P e r o lo q u e c o n m á s p r o p i e d a d se l l a m a y es probación
religiosos y sacarlos m á s e x c e l e n t e s en v i r t u d y d o c t r i n a , i n t r o d u j o
d e la Compañía, son los dos años de n o v i c i a d o , y el año de tercera
San Ignacio a q u e l l a n o v e d a d , q u e tantas c o n t r a d i c c i o n e s suscitó e n
p r o b a c i ó n , q u e s e i m p o n e á los e s t u d i a n t e s c u a n d o h a n terminado la
el siglo xvi. Plablamos d e los v o t o s s i m p l e s , q u e n o s o t r o s l l a m a m o s
c a r r e r a eclesiástica. E n las o t r a s r e l i g i o n e s el n o v i c i a d o duraba un
del bienio, p o r q u e se h a c e n á los dos años d e l n o v i c i a d o . H a s t a
a ñ o s o l a m e n t e ; p e r o e n la n u e s t r a p a r e c i ó n e c e s a r i o extenderlo ¡i
entonces, como y a dijimos, la p r á c t i c a o r d i n a r i a de las Ó r d e n e s r e l i -
dos, p o r la sólida v i r t u d q u e se r e q u i e r e p a r a e j e r c i t a r con fruto la
giosas era t e n e r u n año d e n o v i c i a d o y l u e g o h a c e r la p r o f e s i ó n
v a r i e d a d de m i n i s t e r i o s á q u e n o s d e b e m o s c o n s a g r a r . Así lo declara
solemne. No se e n t e n d í a a n t i g u a m e n t e ese estado i n t e r m e d i o e n t r e
G r e g o r i o X I I I , q u i e n , h a b i e n d o e n u m e r a d o los m i n i s t e r i o s que em-
el noviciado y la profesión, e n el c u a l los r e l i g i o s o s e s t á n l i g a d o s a l
p l e a la C o m p a ñ í a p a r a la s a l u d de las almas, p r o s i g u e de este modo
cuerpo de la r e l i g i ó n p o r los v o t o s s i m p l e s d e p o b r e z a , castidad y
e n la b u l a Ascendente, Domino: « P a r a d e s e m p e ñ a r suficiente y digna-
obediencia. Decíase q u e estos v o t o s n o c o n s t i t u í a n r e l i g i o s o s á l o s
m e n t e t o d o esto, p a r a v e n c e r las dificultades, p a r a a c o m e t e r los pe-
Nuestros. Á su t i e m p o e x p l i c a r e m o s las acaloradas p o l é m i c a s q u e se
l i g r o s á q u e e s t á n e x p u e s t o s los r e l i g i o s o s de la dicha Compañía en
suscitaron con este m o t i v o . D i r i m i ó la c u e s t i ó n el p a p a G r e g o r i o X I I I
s e m e j a n t e s e x c u r s i o n e s y m i n i s t e r i o s , es n e c e s a r i o q u e estén pro-
en la bula Qitanto fntcfitosins, dada el 1.° de F e b r e r o de 1583. «Esta-
v i s t o s d e g r a n caridad, d e v i r t u d y d e v o c i ó n , los q u e h a n de obrar tu-
tuímos y d e c r e t a m o s , d i c e , q u e n o s o l a m e n t e los a d m i t i d o s á l o s
les cosas, lo cual se ve q u e lo c o n s i g u e n , p r i m e r a m e n t e con la gra-
grados y m i n i s t e r i o s de los c o a d j u t o r e s f o r m a d o s , ya espirituales, y a
cia de Dios, y d e s p u é s con la m i s m a educación, con las p r u e b a s largas
temporales, sino t a m b i é n t o d o s los d e m á s q u e , a d m i t i d o s e n la C o m -
d e la C o m p a ñ í a y con la o b s e r v a n c i a de las r e g l a s y Constituciones.
pañía, y hechos los dos años de p r o b a c i ó n , h u b i e r e n p r o n u n c i a d o y
E s t á e s t a b l e c i d o en esas m i s m a s C o n s t i t u c i o n e s , p a r a asegurar los
pronunciaren e n a d e l a n t e los t r e s v o t o s p r e d i c h o s , a u n q u e s i m p l e s ,
f u n d a m e n t o s d e la v i r t u d á la cual so les destina, q u e los novicios
han sido y son v e r d a d e r a y p r o p i a m e n t e r e l i g i o s o s , y p o r tales se
d e la C o m p a ñ í a sean p r o b a d o s p o r espacio de dos años» (1).
les debe tener, y así se les d e b e l l a m a r , lo m i s m o q u e si h u b i e r a n
E s t a m i s m a n e c e s i d a d de fundarse b i e n en v i r t u d , antes de expo- sido agregados al n ú m e r o de los profesos p r e d i c h o s » (2).
n e r s e á los p e l i g r o s q u e p u e d e n o c u r r i r en los trabajos apostólicos Como á p e s a r d e tan t e r m i n a n t e declai'ación n o se q u i e t a r o n l o s
m o v i ó á S a n I g n a c i o á s e ñ a l a r u n a ñ o d e s p u é s d e los estudios, para ánimos y c o n t i n u a r o n las a r g u c i a s escolásticas c o n t r a los v o t o s sim-
r e h a c e r s e en el e s p í r i t u y r o b u s t e c e r s e e n la v i r t u d . Así lo explica ples de la C o m p a ñ í a , el m i s m o S u m o Pontífice e x p i d i ó , el 25 d e
el m i s m o G r e g o r i o X I I I en la m i s m a b u l a : «Los e s c o l a r e s , termina- Mayo de 1584, la famosa b u l a Ascendente Domino, e n la c u a l , d e s p u é s
d o s los e s t u d i o s en la Compañía, a n t e s de q u e se h a g a n profesos ó
c o a d j u t o r e s e s p i r i t u a l e s f o r m a d o s , n o sólo e m p l e a r á n todavía imano
(1) tScholares vero studiis in Societate absolut/s, antequam professi vel coadjuton s
e n los ejercicios de .devoción y h u m i l d a d , p a r a q u e si acaso se hu-
spirituales formati fiant, non solum tertium adhuc ulttrioris probationis annum in
b i e r a resfriado el f e r v o r d e estas v i r t u d e s e n t r e las ocupaciones lite- devoüonis et humilitatis exercitiis impeuduut, ut si qua fortasse in re harum virtutum
fervor per litterarum oceupationem intepuerit, per earnmdum virtutum frequenliorem.
( 1 ) (¡.Ad quae sufficienler etpro dignitate praeslanda, difjicultatessuperandas pen-
l
eiercitationem ardentioremque divini auxilii invocationem recalescat; sed ,» e t c .
culaque adeunda, quibus dicti Societatis religiosi in hujusmodi discursionibus et m- (2) tStatuimus ac etiam decernimus, non modo eos qui in coadjutorurn formatorum,
nisieriis exponuntur, vecesne est, ut ipsi talia obituri, magno virtutis ac dcrotwiM ¡he spiritualium, sive temporalium gradus et ministeria admittuntur, sed etiam alio*
praesidio muniantur; quoi illis gratia inprimis omnipotentis Dei, simidque educaho
omnes, et quoscumque, qui in ipsa Societate admissi, biennio probationis a quocumque
ipsa, langa item in Societate probado, necnon regularum et constitutionum observan-
peracto, tria vota praedicta, tametsi Simplicia, emiserint emittentque infuturum, veré
tia praestare noscuntur. Quibus constitutionibus, ut tantae, ponant rvdimenta virtulv,
ttproprie religiosos fuisse et e>se, et ubique semper et ab ómnibus censeri et nominan
ad quam aluntur, slatutum est, ut novitii in Societate biennio probentur.7) (Institu-
debere.acsiinprofesorumpraedictorum numei um adscriplifuissent.» (Institulum S. J.,
tum S. J., t. I, p . 9 1 . )
i. P- 87.)
 190 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA CAr. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 191

d e i n c r e p a r s e v e r a m e n t e la t e m e r i d a d d e los q u e i n t e r p r e t a r o n mal del noviciado? Y y a q u e se d i l a t e p o r a l g ú n t i e m p o , ¿ p o r q u é n o se

el a n t e r i o r d o c u m e n t o , confirma de n u e v o , e n t é r m i n o s más claros, determina plazo fijo, c u m p l i d o el cual, o b t e n g a n t o d o s los r e l i g i o s o s
lo q u e h a b í a e s t a b l e c i d o s o b r e n u e s t r o s v o t o s s i m p l e s . «Estatuímos la profesión? E s t a dificultad, r e p e t i m o s , n o t a n t o fué d e los e x t r a ñ o s
y d e c r e t a m o s , d i c e , q u e estos t r e s v o t o s , a u n q u e s i m p l e s , son, por la cuanto de algunos hijos i n d i g n o s de la C o m p a ñ í a , los c u a l e s , a d v i r -
i n s t i t u c i ó n de la Santa S e d e y p o r n u e s t r a d e c l a r a c i ó n y confirma- tiendo que se les difería la profesión, p o r q u e n o se e n m e n d a b a n d e
ción, v o t o s v e r d a d e r a m e n t e sustanciales d e r e l i g i ó n , y q u e han sido sus defectos, a g i t a r o n las p r o v i n c i a s de España, y v a l i é n d o s e d e l
y son a d m i t i d o s en la m i s m a Compañía, c o m o en r e l i g i ó n aprobada apoyo de los s e g l a r e s , p r e t e n d i e r o n a l t e r a r e n esta p a r t e n u e s t r o
p o r la m i s m a Santa Sede.» Y p o c o d e s p u é s r e p i t e la frase ya copiada Instituto. Ya el Concilio de T r e n t o h a b í a a p r o b a d o i m p l í c i t a m e n t e
d e la b u l a a n t e r i o r , a ñ a d i e n d o e s t e inciso m u y significativo: Esta- esta Constitución, p u e s h a b i e n d o d e c r e t a d o e n la sesión 25, cap. x v i ,
t u í m o s q u e h a n sido, son y s e r á n v e r d a d e r a y p r o p i a m e n t e rtdigio- que el religioso, t e r m i n a d o el t i e m p o d e su n o v i c i a d o , h a g a p r o f e -
sos [ l o s q u e h a n h e c h o los v o t o s s i m p l e s ] , y q u e t o d o s deben creer- sión ó sea d e s p e d i d o de la O r d e n , añadió en favor de la C o m p a ñ í a
los y l l a m a r l o s t a l e s , n o m e n o s q u e á los m i s m o s profesos de la esta célebre e x c e p c i ó n : «Con esto, sin e m b a r g o , e l s a n t o C o n c i l i o
C o m p a ñ í a y q u e á los profesos de c u a l q u i e r a o t r a O r d e n de regu- no intenta i n n o v a r n a d a ó p r o h i b i r q u e la r e l i g i ó n de c l é r i g o s de la
lares» (1). Compañía de J e s ú s p u e d a s e r v i r al S e ñ o r y á la I g l e s i a s e g ú n el pia-
8. No le b a s t ó á San I g n a c i o el estado d e los v o t o s s i m p l e s para ase- doso instituto de ellos, a p r o b a d o p o r la Santa S e d e apostólica» (1).
g u r a r s e de la v i r t u d y b u e n a f o r m a c i ó n de sus hijos. Quiso á todo La confirmación más s o l e m n e de este p u n t o de n u e s t r a s Constitu-
t r a n c e q u e n a d i e fuese a d m i t i d o á la p r o f e s i ó n s o l e m n e y á la última ciones la dio el p a p a G r e g o r i o XIV p o r estas p a l a b r a s : «La d i s t i n c i ó n
i n c o r p o r a c i ó n , si en h e c h o de A e r d a d n o e r a d i g n o . P o r oso intro-
r
y discernimiento de los g r a d o s , la p r o m o c i ó n de los c o a d j u t o r e s , así
dujo la n o v e d a d de q u e n o h u b i e s e plazo fijo p a r a h a c e r la profesión espirituales c o m o t e m p o r a l e s , y t a m b i é n d e los p r o f e s o s , esté del
y los ú l t i m o s v o t o s . H e a q u í c ó m o se e x p r e s a en el cap. n de la mismo modo en la m a n o del P r e p ó s i t o G e n e r a l , s e g ú n las m i s m a s
q u i n t a p a r t e de las C o n s t i t u c i o n e s : «No d e b i e n d o a d m i t i r s e en nin- Constituciones. Q u e r e m o s q u e de n i n g ú n m o d o sea c i e r t o y d e t e r -
g u n o de los d i c h o s m o d o s sino q u i e n fuere r e p u t a d o idóneo en el minado el t i e m p o de la p r o m o c i ó n á estos g r a d o s : a n t e s b i e n , q u e -
S e ñ o r n u e s t r o , r o p u t a r á n s e t a l e s p a r a s e r a d m i t i d a s á profesión las remos y m a n d a m o s q u e se o b s e r v e n t a m b i é n en esta p a r t e las Cons-
p e r s o n a s cuya v i d a , con l u e n g a s y d i l i g e n t e s p r o b a c i o n e s , sea muy tituciones y d i p l o m a s p r e d i c h o s , los cuales d e t e r m i n a n q u e sola-
c o n o c i d a y a p r o b a d a p o r el P r e p ó s i t o G e n e r a l , á q u i e n darán infor- mente h o m b r e s escogidos, d e b u e n e s p í r i t u y d o c t r i n a , m u y b i e n
m a c i ó n los p a r t i c u l a r e s P r o p ó s i t o s ó p e r s o n a s d e q u i e n e s el General ejercitados p o r l a r g o t i e m p o y p a s a d o s p o r las p r u e b a s d e v i r t u d y
q u i s i e r e s e r informado.» P o r estas p a l a b r a s del santo se ve que, no el abnegación de sí m i s m o s , c o n edificación y satisfacción d e todos,
t i e m p o de r e l i g i ó n , s i n o la b u e n a c u e n t a q u e cada u n o h u b i e r e dado sean admitidos á la p r o f e s i ó n , y esto s o l a m e n t e c u a n d o h u b i e r e n
d e su v i r t u d , es lo q u e d e b e d e c i d i r de su definitiva incorporación satisfecho p l e n a m e n t e en el S e ñ o r á la C o m p a ñ í a ó al G e n e r a l d e
á la C o m p a ñ í a . ella» (2).
C o m o l o s v o t o s s i m p l e s f u e r o n i m p u g n a d o s p o r r e l i g i o s o s de otras
Ó r d e n e s , así esto de d i f e r i r l a p r o f e s i ó n fué p i e d r a de escándalo para (1) « P e r haec tamen sancta synodus non intendit aliquid innovare, aut prohibere,
a l g u n o s de la C o m p a ñ í a , q u e n o se c o n f o r m a b a n , c o m o debieran, giim religio clericorum Societatis Jesu, juxta pium illorum institutum, a Sancta Sedé
Apettolica approbatum, Domino et ejus Ecclesiae inservire possit.i)
c o n s u santa r e g l a . ¿ P o r q u é n o se e m i t e la p r o f e s i ó n , decían, luego
(2) tGraduum autem discretio et judicium, ac coadjutorum tam spiritualium,
quam tempovalium simulque et professorum promotio,juxtahujusmodi constitutiones,
( 1 ) dStaluimusatque decernimus, tria vola hujusmodi, etsi Simplicia, ex Iwjus Seáis similiter sit in manu Praepositi Generalis. Tempus autem promotionis ad hujusmodi
institutione ac riostra etiam declaratione, esse veré suhstantialia religionis vota, ac, in gradus, nullo modo volumus ctrtum seu determinalum esse; sed constitutiones ac di-
dicta Societate tanquam in religione approhata per Sedem eamdem admissa fuisse et plómala praedicta, hac etiam in parle omnino observan volumus el mandamus, quae.
e s s e
Statuimus veré etproprie religiosos fuisse et esse acfore, et ubique semper et statituntselectos tantum spiritus et doctrinae viros et ¡nultum diuque exercitatos, ac
ab ómnibus censeri ac nominan deberé, non secus atque ipsos tune Societatis, tutn variis probationibus virtutis et ábnegationis sui ipsorum, cum omnium aedifica-
quorumvis aliorum regularium Ordinumprofessos.n (Institutum S. J., t. l, p. 00.) tione et satisfactione satis cognitos, ad proftssionem esse admittendos; et denique no-
 192 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
9. Las i n n o v a c i o n e s citadas a n t e r i o r m e n t e i b a n e n c a m i n a d a s á for-
m a r b i e n e n e s p í r i t u y l e t r a s á cada u n o d e n u e s t r o s operarios.
A d e m á s de d i s p o n e r b i e n p a r a la vida apostólica á cada u n o de los
i n d i v i d u o s , q u e r í a I g n a c i o i m p r i m i r á t o d o el c u e r p o d e su religión
m á s flexibilidad y m á s r a p i d e z e n los m o v i m i e n t o s p a r a pelear las
batallas d e l S e ñ o r . Á este fin s u p r i m i ó el s i s t e m a capitular, dispo-
n i e n d o q u e los S u p e r i o r e s fuesen n o m b r a d o s p o r el P . General, y
e n los n e g o c i o s o c u r r e n t e s la decisión esté e n m a n o s de cada Su-
p e r i o r . T a m p o c o esto a g r a d ó á m u c h o s e n el siglo xvx. Eso de ex-
c l u i r d e las c o m u n i d a d e s la v o t a c i ó n , eso de q u e el G e n e r a l nombre
los P r o v i n c i a l e s y R e c t o r e s , les p a r e c í a a b r i r la p u e r t a á u n despo-
t i s m o i n t o l e r a b l e , p u e s con esta C o n s t i t u c i ó n q u e d a b a t o d a la Orden
e n m a n o s do u n sólo h o m b r e , á q u i e n se podía f á c i l m e n t e engañar.
E n v a n o se les r e s p o n d í a r e p r e s e n t á n d o l e s el e j e m p l o del p a p a , que
t i e n e en la Iglesia m u c h o más p o d e r q u e el G e n e r a l en la Compa-
ñía (1). No h a b í a m o d o d e d e s t r u i r la c o n t r a r i a p r e o c u p a c i ó n , la
cual, c o m o es s a b i d o , s u e l e a p a r e c e r á los ojos d e los ignorantes
c o m o u n a de las m o n s t r u o s i d a d e s m i s t e r i o s a s q u e e n t r a ñ a el go-
b i e r n o de la C o m p a ñ í a . H a s t a a h o r a , g r a c i a s á D i o s , n u n c a hemos
d e b i d o a r r e p e n t i m o s de este s i s t e m a d e g o b i e r n o , cpue t i e n e en su
favor solidísimas ventajas (2) y h a sido a p r o b a d o p o r la Sedo apostó-
lica desde q u e fué a p r o b a d a la O r d e n m i s m a . E f e c t i v a m e n t e , Pau-
lo I I I , e n la b u l a Regimini militantis Ecclesiac, y J u l i o I I I e n la ]•'.<••
poscit dcbitum, al a p r o b a r la f ó r m u l a de n u e s t r o I n s t i t u t o , habían
s a n c i o n a d o esta f r a s e : «El j u i c i o del g r a d o de cada cual y la distin-
ción y d i s t r i b u c i ó n d e los oficios esté del t o d o en m a n o s del Prepó-
sito G e n e r a l » ( 3 ) .
nnisi cum Societate, vel ejus Praeposito Generali fuerit ab eis plene in Domino sa-
tisfactum. Bulla Pcclesiae Cathoiicae, 2 8 d e J u n i o d e 1 5 9 1 . » (Insttlulunt S. J-,
t. i , p. 121.)
( 1 ) E f e c t i v a m e n t e , el p a p a es s u p e r i o r al C o n c i l i o , m i e n t r a s q u e el P . General
e s t á s u b o r d i n a d o á la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l . E l p a p a p o s e e p l e n a m e n t e el poder
l e g i s l a t i v o p a r a t o d a l a I g l e s i a . N u e s t r o P . G e n e r a l c a r e c e d e e s t e p o d e r , q u e íesidu
s o l a m e n t e en l a c o n g r e g a c i ó n . E l p a p a p u e d e p o n e r y r e m o v e r á t o d o s los indivi-
d u o s d e la j e r a r q u í a e c l e s i á s t i c a ( s e e n t i e n d e e n el o r d e n j u r i s d i c c i o n a l ) . E n cambio
n u e s t r o P . G e n e r a l d e b e r e c i b i r los A s i s t e n t e s y el a d m o n i t o r q u e le s e ñ a l e la Com-
p a ñ í a . E l p a p a no p u e d e s e r j u z g a d o p o r n a d i e ; el P . G e n e r a l p u e d e ser procetado
y d e p u e s t o , en los c a s o s q u e j a v i m o s , p o r la c o n g í e l a c i ó n g e n e r a l .
( 2 ) Vide S u á r e z , De Reiigione S. J., 1. x, c. o í .
( 3 ) aProprii cujusque gradus judicium et offciorum discretio ac disti ilutio
sit in inanu Praepositi Geueralis.»
CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 193
G r e g o r i o XIV, e n la b u l a a n t e s citada, Ecclesiac Cathoiicae, dio la
confirmación m á s c u m p l i d a q u e podía d e s e a r s e á este p u n t o de n u e s -
tras C o n s t i t u c i o n e s . «La e l e c c i ó n d e los S u p e r i o r e s , así p r o v i n c i a l e s
como v i s i t a d o r e s , c o m o locales d e c u a l q u i e r g é n e r o , esté e n t e r a -
mente en m a n o s d e l P . G e n e r a l , s e g ú n las m i s m a s C o n s t i t u c i o n e s , y
mandamos e s t r e c h a m e n t e , q u e se c o n s e r v e e n él este d e r e c h o con la
potestad de r e v o c a r las facultades d e ellos, d e r e s t r i n g i r l a s ó a u m e n -
tarlas, de e x i g i r l e s la c u e n t a de su a d m i n i s t r a c i ó n y d e r e m o v e r l o s
del oficio, s e g ú n j u z g a s e c o n v e n i r en el Señor» (1).
10. Otra do las n o v e d a d e s f e l i c í s i m a m e n t e i n t r o d u c i d a s p o r I g n a -
cio, fué el v o t o q u e h a c e n los profesos de n o a c e p t a r d i g n i d a d e s , si n o
fueren c o m p e l i d o s p o r la o b e d i e n c i a del p a p a , q u e les p u e d e m a n -
dar bajo p e n a d e p e c a d o . L o a b l e c o s t u m b r e fué s i e m p r e d e los san-
tos, así r e l i g i o s o s c o m o s e g l a r e s , r e h u s a r l a s d i g n i d a d e s p o r e s p í r i t u
de cristiana h u m i l d a d ; p e r o n u e s t r o santo f u n d a d o r q u i s o afianzar
esta c o s t u m b r e , ó m e j o r d i c h o , c o n v e r t i r l a en ley sagrada, m a n d a n d o
que los p r o f e s o s , d e s p u é s d e h e c h a la p r o f e s i ó n , h i c i e s e n v o t o sim-
ple de n o a c e p t a r d i g n i d a d e s , y d e d e n u n c i a r á los q u e las a m b i c i o -
nasen. G r e g o r i o X H I , en la b u l a Ascendente Domino, c o n f i r m ó la
Constitución de I g n a c i o p o r estas p a l a b r a s : « D e s p u é s de e m i t i d a la
profesión, y a de c u a t r o , y a de t r e s v o t o s , los profesos e m i t e n algu-
nos votos s i m p l e s , p a r a c o n s e r v a r la p e r f e c c i ó n de la p o b r e z a , q u e es
el m u r o y defensa d e los in¥itutos religiosos, y p a r a e x c l u i r todas las
ocasiones de a m b i c i ó n . E n estos v o t o s p r o m e t e n , q u e n u n c a p r o c u r a -
rán de n i n g ú n m o d o n i c o n s e n t i r á n q u e lo establecido en las Cons-
tituciones de la C o m p a ñ í a acerca de la p o b r e z a se i n m u t e , si n o es
que por justas causas d e las c i r c u n s t a n c i a s y de los t i e m p o s p a r e c i e s e
deber e s t r e c h a r s e la p o b r e z a ; q u e n o p r e t e n d e r á n , n i a u n i n d i r e c t a -
mente, el s e r e l e g i d o s p a r a a l g u n a p r e l a t u r a ó d i g n i d a d d e n t r o ó
fuera de la C o m p a ñ í a , y q u e n o c o n s e n t i r á n , c u a n t o p u d i e r e n , e n la
elección q u e se h a g a de ellos fuera d e la C o m p a ñ í a , si n o f u e r e for-
zados p o r la o b e d i e n c i a d e q u i e n les p u e d e o b l i g a r bajo p e n a d e p e -
cado; item, q u e d e n u n c i a r á n á la C o m p a ñ í a ó al P . G e n e r a l , si su-
pieren q u e a l g u n o p r e t e n d e a l g u n a s de estas cosas» (2).
( 1 ) lElectio vero Superiorum tam Provin< ialivm et Visitatorum quam quoruin-
qumque localium, iota sit penes Praepositum Generalem, juxta constitutiones easdem;
prout penes ipsum esse et conservari districte praecipimns, cum potestate iVorum fa-
cúltatela revocandi, restringendi, et etiam augendi, ac admhdstrationis rationem ab
tota
Mis exigend.i et eosdem ab officio removendi, prout in Domino judicaverit expedirán
(2) tP st emissam vero professionem,
0 sive quattuor sive trium votorum, professi ad
 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA CAT. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA 195
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11. T a m b i é n es m u y d e n o t a r otra i n n o v a c i ó n q u e s i r v e así para la que ha de ser c o m o la raíz de t o d o n u e s t r o m o d o de p r o c e d e r , es, sin

f o r m a c i ó n e s p i r i t u a l de cada i n d i v i d u o , c o m o p a r a el m e j o r y más duda, el a m o r . Nos m a n d a San I g n a c i o q u e p r o c u r e m o s p r o c e d e r c o n
d e s e m b a r a z a d o m o v i m i e n t o d e toda la O r d e n , y es q u e n o esté obli- espíritu de a m o r , m á s b i e n q u e t u r b a d o s de t e m o r . Claro está q u e el
g a d o cada u n o á d e t e r m i n a d a m e d i d a de p e n i t e n c i a s , sino q u e el con- p r i n c i p i o de la s a b i d u r í a es el santo t e m o r d e D i o s , y p o r a q u í d e b e
fesor y S u p e r i o r tase á cada cual las q u e d e b e h a c e r . « Una de las empezar la santificación de t o d o c r i s t i a n o ; p e r o esto s u p u e s t o , q u i e n
cosas q u e más n o t a n y r e p r e n d e n en la C o m p a ñ í a , dice el P . Riba- de m e r o cristiano q u i e r a pasar á j e s u í t a , es p r e c i s o q u e conciba
d e n e i r a , a l g u n a s p e r s o n a s d e v o t a s y e s p i r i t u a l e s , es q u e n o tenga- v e h e m e n t e a m o r de D i o s , n o a q u e l a m o r m a l e n t e n d i d o , q u e se t e r -
m o s p e n i t e n c i a s c o r p o r a l e s o r d i n a r i a s y ciertas p o r estatuto y regla, mina en s u s p i r o s t i e r n o s , q u e se deslíe e n e s t é r i l e s l á g r i m a s y se
p a r a m o r t i f i c a r y d o m a r n u e s t r a c a r n e , c o m o las t i e n e n las d e m á s r e - evapora en v a h í d o s y d e s m a y o s , sino el a m o r r o b u s t o q u e abraza la
l i g i o n e s y todos los santos a n t i g u o s nos lo e n s e ñ a n con su doctrina y cruz de Cristo y la lleva hasta m o r i r . El t e m o r es m u y b u e n o p a r a
ejemplo» (1). Satisface á este r e p a r o el m i s m o piadoso a u t o r , demos- evitar p e c a d o s ; mas p a r a e j e c u t a r o b r a s g r a n d e s y costosas, suele s e r
n e c e s a r i o a q u e l a m o r s o b r e n a t u r a l q u e ensancha el c o r a z ó n , a q u e l
t r a n d o el v a l o r i n t r í n s e c o d e las p e n i t e n c i a s c o r p o r a l e s y el uso que
fuego q u e el H i j o d e Dios v i n o á t r a e r á la t i e r r a .
de ellas se hace en la C o m p a ñ í a . Su conclusión se r e s u m e en estas bre-
v e s y p r e c i s a s p a l a b r a s : « E n t r e la C o m p a ñ í a y las d e m á s religiones Este e s p í r i t u de a m o r h a de r e i n a r c o n t i n u a m e n t e en las r e l a c i o -
n o está la diferencia, en q u e la C o m p a ñ í a n o usa d e n i n g u n a peniten- nes m u t u a s q u e t e n g a n e n t r e sí los hijos de la Compañía. E s i n d i s -
cia y las d e m á s sí, sino e n q u e las o t r a s r e l i g i o n e s c o m ú n m e n t e tie- pensable, q u e d e s p u é s de t r a b a j a r y afanarse p o r el b i e n de las almas
n e n tasadas p o r r e g l a sus p e n i t e n c i a s o r d i n a r i a s , y la Compañía, aun- e n c u e n t r e n los jesuítas e n la c a r i d a d d e sus h e r m a n o s el descanso, la
q u e t i e n e p e n i t e n c i a s , deja la tasa y m o d o d e ellas á la p r u d e n c i a y paz y el a l i e n t o q u e so n e c e s i t a n p a r a c o n t i n u a r t r a b a j a n d o . O i g a m o s
c a r i d a d del S u p e r i o r . » en este p u n t o al g l o r i o s o San F r a n c i s c o J a v i e r : «Hasta a h o r a , á n i n -
guno m e p a r e c i ó p o r fuerza, c o n t r a su v o l u n t a d , si n o fuese fuerza
Véase la c o n f i r m a c i ó n de esta p r á c t i c a e n la b u l a Exposcit dcbilum
de a m o r y c a r i d a d , d e t e n e r e n la C o m p a ñ í a , m a s antes, á l o s q u e n o
d e J u l i o I I I , citada más a r r i b a .
eran p a r a n u e s t r a Compañía, los despedía, d e s c a n d o ellos de n o salir
12. E x a m i n a d a s estas p r o p i e d a d e s , o c u r r e d e c i r u n a p a l a b r a acerca
della; y á los q u e m e p a r e c í a q u e e r a n p a r a la C o m p a ñ í a , con a m o r
del e s p í r i t u de la C o m p a ñ í a . Si p o r espíritu se e n t i e n d e los medios
y caridad t r a t a r l o s , p a r a más los c o n f i r m a r e n olla, p u e s tantos t r a -
q u e t o m a cada r e l i g i ó n p a r a c o n s e g u i r su fin, el e s p í r i t u d e la Com-
bajos llevan en estas p a r t e s p o r s e r v i r á Dios n u e s t r o S e ñ o r ; y t a m -
pañía es lo q u e l l e v a m o s e x p u e s t o en estos dos c a p í t u l o s . P e r o en-
bién p o r m e p a r e c e r q u e C o m p a ñ í a de J e s ú s q u i e r e d e c i r C o m p a -
t e n d i e n d o p o r e s p í r i t u d e u n a r e l i g i ó n e l c a r á c t e r v i r t u o s o , la fiso-
ñía de a m o r y c o n f o r m i d a d de á n i m o s , y n o d e r i g o r y t e m o r
n o m í a e s p i r i t u a l , d i g á m o s l o así, d e cada O r d e n , ó, e n o t r o s términos, servil» (1). A q u í t i e n e el l e c t o r a q u e l l a definición de la Compañía,
las v i r t u d e s e n q u e e s t r i b a p r i n c i p a l m e n t e su m o d o de o b r a r , pode- que con t a n t a d e v o c i ó n r e p e t í a n n u e s t r o s P a d r e s : «Socictas Jesu, So-
m o s d e c i r q u e t o d a la v i d a y m o v i m i e n t o de la C o m p a ñ í a gira en cietas avioris.»
t o r n o d e estos dos polos, c a r i d a d y o b e d i e n c i a . La v i r t u d principal,
Como fruto del v e r d a d e r o a m o r , q u e n o r e h u s a n i n g ú n sacrificio
por el a m a d o , d e b e o b s e r v a r s e e n la Compañía la más p e r f e c t a a b n e -
paupertaiis, t¡uae regularis instituti muras est el propugnaculum , perfectionem tuen-
dam, omnemque ambitionis occasionem excludendam, nonnulla alia Simplicia vota gación. D e b e m o s v e n c e r n o s , c o m o dice San I g n a c i o , en la p a r t e m á s
emiltant, quibus promitlunt, se nunquam quacumque ratione acturos, vel consensuros, alta y difícil d e n o s o t r o s m i s m o s , q u e son n u e s t r a s v o l u n t a d e s y j u i -
ut quae in constituíionibus Societatis circa paupertatem ordinata sunt, imnwteulur, cios. De a q u í la p r á c t i c a de la santa obediencia, q u e es la v i r t u d m á s
nisi guando ex justa rerum exigeniium causa, paupertas magis restHngenda v/deretur;
necesaria p o r u n lado, y m á s u s u a l p o r o t r o , e n la Compañía. Y c o n
ñeque pretensuros, ne indirecte quidem, ut in aliquam praelationem vel dignitalem in-
ira vel extra Societatem eligantur; ñeque extra Societatem in sui electioneni, quamtum esta v i r t u d están y a dichos t o d o s los actos de mortificación, t o d o s los
in eis fuerit, consensuros, nisi coactos obedientia ejus, qui id ipsis 2>ossit sub poma
peccati praecipere: item Societati, vel ejus Praeposito manifestaluros, si quem sciant
aliquid hujusmodi moliri.» ( 1 ) Carta á San Ignacio. C o c h í n 12 d e E n e r o d e 1 5 4 9 . (Monumenta Xaveriana,
tomo i, p . 4 7 6 . )
(1) Razón del Instituto de la Compañía de Jesús, o, ni.
 LIB. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
196
sacrificios q u e en la v i d a religiosa se p u e d e n ofrecer. Son los minis-
t e r i o s d e la C o m p a ñ í a s u m a m e n t e v a r i a d o s . P a r a e j e r c i t a r l o s bien,
se necesita m u c h a a c t i v i d a d , p o n e r e n j u e g o t o d a s las facultades del
h o m b r e y h a c e r v a l e r todas sus h a b i l i d a d e s ; y a q u í está el p r i m o r y
la dificultad al m i s m o t i e m p o de n u e s t r o m o d o d e p r o c e d e r . E s ne-
cesario o b r a r con toda la fuerza d e q u e u n h o m b r e es capaz, y jun-
t a m e n t e se r e q u i e r e q u e toda esa fuerza esté dócil, p a r a dejarse go-
b e r n a r p o r la santa o b e d i e n c i a . E l j e s u í t a d e b e e s t a r dispuesto á
r e n u n c i a r á sus g u s t o s , á sus deseos, y lo q u e es más, á sus planes y
á sus ideas, p a r a a d m i t i r los deseos, los p l a n e s y las ideas d e la santa
o b e d i e n c i a . Los h o m b r e s q u e a l g u n a vez h a y a n a c a r i c i a d o ideas in-
t e r e s a n t e s y trabajado l a r g o t i e m p o e n r e a l i z a r l a s , p o d r á n adivinar
l o q u e cuesta este sacrificio.
P a r a d i r i g i r este m o v i m i e n t o tan v a r i a d o , y m a n t e n e r al h o m b r e
s i e m p r e s u m i s o al g o b i e r n o d e los s u p e r i o r e s , p r o c u r a la Compañía
i n c u l c a r á sus hijos a q u e l l o s g r a n d e s p r i n c i p i o s de p e r f e c c i ó n evan-
gélica, q u e San I g n a c i o e n s e ñ a en los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s . Aquella
i n d i f e r e n c i a p a r a todas las cosas n o ligadas n e c e s a r i a m e n t e con nues-
t r o ú l t i m o fin, a q u e l deseo g e n e r o s o de señalarse e n el s e r v i c i o tíol
R e y celestial, a q u e l l a a b n e g a c i ó n de t o d o p r o p i o q u e r e r é interés,
a q u e l o b r a r el opposito per diametram de lo q u e s u g i e r e la tentación,
y p r i n c i p a l m e n t e , a q u e l t e n e r s i e m p r e fija la m i r a d a en el m a y o r
s e r v i c i o d i v i n o , a c o s t u m b r á n d o s e á m i r a r c o m o accesorio y pequeño
t o d o lo d e m á s , estos g r a n d e s p r i n c i p i o s , r e p e t i m o s , g r a b a d o s en el
c o r a z ó n d e t o d o hijo d e la Compañía, son los q u e le h a c e n al mismo
t i e m p o f u e r t e en el t r a b a j o y flexible á la d i r e c c i ó n d e los Supe-
riores.
C o n estos p r i n c i p i o s p u e d e y d e b e s u p l i r la C o m p a ñ í a la falta de
a l g u n o s a u x i l i o s e x t e r i o r e s q u e s a n t a m e n t e usan o t r a s religiones,
s e g ú n su i n s t i t u t o . No t e n e m o s h á b i t o q u e n o s a c r e d i t e á los ojos del
p u e b l o ; n o t e n e m o s c o r o q u e n o s a y u d e á la o r a c i ó n f e r v o r o s a ; no
u s a m o s la c l a u s u r a , v . gr., d e los cartujos, p a r a p r e s e r v a r n o s d e las
t e n t a c i o n e s . P e r o si l l e v a m o s e n el c o r a a ó n las g r a n d e s v e r d a d e s do
los E j e r c i c i o s , n o s h a r e m o s r e s p e t a b l e s p o r n u e s t r a m o d e s t i a , aun
s i n el a u x i l i o del h á b i t o ; o r a r e m o s á Dios en t o d o t i e m p o y lugar, y
n o s m a n t e n d r e m o s firmes e n m e d i o d e las ocasiones en q u e Dios nos
quisiere poner.
U n sistema p a r e c i d o s u e l e e m p l e a r la C o m p a ñ í a e n la santificación
d e los p r ó j i m o s . S i e n d o tan i n f i n i t a m e n t e v a r i a d o s los c a r a c t e r e s de
las n a c i o n e s y d e los i n d i v i d u o s c o n q u i e n e s trata; v a r i a n d o , p o r con-
CAT. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMPAÑÍA
s i g u i e n t e , los m e d i o s é i n d u s t r i a s de q u e se vale p a r a santificarle?,
se p u e d e , con t o d o , a f i r m a r q u e la C o m p a ñ í a u s a , p o r lo g e n e r a l , d e
estos dos m e d i o s : 1." S u m a firmeza e n i n c u l c a r las v e r d a d e s funda-
m e n t a l e s d e la r e l i g i ó n . 2." S u m a b l a n d u r a y flexibilidad p a r a h a -
cerse t o d o á t o d o s , s e g ú n el consejo de San P a b l o , e n las cosas n o
necesarias p a r a la e t e r n a salvación.
13. C o m o feliz r e m a t e de este capítulo, q u e r e m o s c o p i a r las p r i n -
cipales p r o p i e d a d e s d e l e s p í r i t u d e la C o m p a ñ í a , s e g ú n las e x p r e s ó
u n o de los h o m b r e s q u e m e j o r lo h a n c o n o c i d o , el P . J e r ó n i m o Nadal:
« A u n q u e el m o d o d e v i v i r de la Compañía, c u a n t o al e x t e r i o r , sea
c o m ú n p o r j u s t o s r e s p e t o s , es tamen de p o b r e s , y c u a n t o al i n t e r i o r ,
se esfuerza, con la g r a c i a del S e ñ o r , e n t e n e r m u c h a p e r f e c c i ó n .
»Sigue la p e r f e c c i ó n de t o d a s las v i r t u d e s , e n ellas [ e n el o b j e t o ] ,
en el m o d o y c i r c u n s t a n c i a s , y más de las m á s p e r f e c t a s , y m u y in-
t e n s a m e n t e la o b e d i e n c i a y la a b n e g a c i ó n y o r a c i ó n m e n t a l , ejerci-
tada y e x t e n d i d a e n t o d a s las o p e r a c i o n e s ; n o deja tamen la v o c a l .
No busca n i q u i e r e más d e l m u n d o d e lo q u e Cristo n u e s t r o S e ñ o r ,
esto e s , a y u d a r á las a l m a s , y p o r esto p a d e c e r y m o r i r , y e n t o d o
imitar á Jesucristo.
» E x a m i n a con m u c h a d i l i g e n c i a la v o c a c i ó n de cada u n o p o r espí-
ritu y d i s c r e c i ó n , y la confirma y a y u d a p o r largas p r o b a c i o n e s , y
e s p e c i a l m e n t e p o r E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s y ejercicio de perfecta
obediencia. T i e n e l i b e r t a d g r a n d e en p o n e r á cada u n o en su g r a d o
y m i n i s t e r i o , p r o b a d o su t a l e n t o . T i e n e r i g o r , constancia y u n i f o r -
midad en t o d o su m o d o de p r o c e d e r , esto e s , e n c o m e r , v e s t i r y
todas sus o p e r a c i o n e s , p r o c e d i e n d o furtifer et suaviter. T i e n e p r o n t i -
tud s u m a e n t o d o s sus m i n i s t e r i o s p o r salud d e las á n i m a s . T i e n e
inclinación especial á a y u d a r q u e se c o n v i e r t a n los h e r e j e s é infie-
les, y así t i e n e especial luz c o n t r a las h e r e j í a s é infidelidades. T i e n e
la c o n v e r s a c i ó n a l e g r e , clara, d e v o t a , fácil, familiar y c o m ú n . T i e n e
facilidad d e h a l l a r o r a c i ó n y á Dios n u e s t r o S e ñ o r e n t o d a s las co-
sas, m e d i a n t e su d i v i n o favor y ayuda. Sigue y abraza la v e r d a d e n
todas las cosas, y e n ella se afirma y de ella se g u í a e n el S e ñ o r n u e s -
t r o . No t i e n e c o l o q u i o n i c o n v e r s a c i ó n , sino p o r a l g ú n fruto e s p i r i -
tual, medíate ó immcdiate. Tiene mucha claridad y mucha caridad
con todas las r e l i g i o n e s , y en la v e r d a d y g r a c i a d e l S e ñ o r e n ellas,
y esto se e x t i e n d e etiam á t o d o s los r e l i g i o s o s .
«Desea y se esfuerza á t o d o s los h o m b r e s a y u d a r p a r a la salud y
perfección d e s u s á n i m a s y v i d a , y e s p e c i a l m e n t e d e p o n e r á cada
uno en su v o c a c i ó n y v e r d a d d e su c a m i n o p a r a la g l o r i a , de m o d o

198 LIP. I . — FUNDACIÓN DE LA COMPAÑÍA
q u e conozca á Dios in spirilu y p u e d a p o r s í , c o n la g r a c i a del Se-
ñ o r , n o sólo a y u d a r á sí, mas ctiam á los o t r o s , con t o d a obediencia á
la I g l e s i a santa y al V i c a r i o d e C r i s t o y á sus l e g í t i m o s s u p e r i o r e s .
P r o c u r a d e v a l e r s e d e la v i r t u d divina, o b r a r s i e m p r e e n el Señor,
y e n É l ser, m o v e r s e y v i v i r in spiritu. P r o c u r a de c a m i n a r s i e m p r e
d e b i e n e n m e j o r , y o b r a r á m a y o r g l o r i a y alabanza de Dios. Nunca
h a n de s e r ociosos, sino c u a n d o e n sus iglesias ó casas n o tienen
ocupaciones espirituales, van á buscar quien ganen á Jesucristo, y
h a n de t e n e r el fin de la C o m p a ñ í a m u y a c t u a d o s i e m p r e d e l a n t e los
ojos de su c o r a z ó n . S i g u e j u n t a m e n t e la p e r f e c c i ó n de e s p í r i t u y
d o c t r i n a , m i n i s t r a tomen y h a c e p r i n c i p a l i n s t r u m e n t o del espíritu, y
sírvese d e la d o c t r i n a y de todas las v i r t u d e s m o r a l e s y actos de
ellas, y de t o d o s d o n e s n a t u r a l e s con t o d a l i b e r t a d y c l a r i d a d en el
S e ñ o r . S i g u e y platica [ p r a c t i c a ] m u y do v e r a s la mortificación en
t o d a s las cosas, q u e sean c o n t r a r i a s ó q u e p u e d a n i m p e d i r á la per-
fección. S i g u e m u y e s p e c i a l m e n t e la o b e d i e n c i a d e l e n t e n d i m i e n t o .
»Tiene l i b e r t a d en el S e ñ o r de c o n v e r s a r y t r a t a r con t o d o s , chi-
cos y g r a n d e s , p o r salud de las á n i m a s , y con esto n o t i e n e familia-
r i d a d c o n m u j e r e s ctiam d e v o t a s , sino q u e t r a t a con todas con gra-
vedad p a t e r n a en Cristo, y así n o t o m a c u r a d e m o n j a s , p o r serlo
p r o p i o de a y u d a r á t o d o s , cada u n o en su v o c a c i ó n , á s e g u i r la ver-
dad y p e r f e c c i ó n d e ella, á m a y o r g l o r i a y s e r v i c i o d e Dios n u e s t r o
S e ñ o r y salud de las á n i m a s , y así p r e d i c a y da E j e r c i c i o s á monjas
y á r e l i g i o s o s , y los r e d u c e con la g r a c i a d e l S e ñ o r á perfección do
o b e d i e n c i a en m a n o de sus s u p e r i o r e s . T i e n e o r d i n a r i o deseo do pa-
d e c e r o p r o b i o s , i n j u r i a s y trabajos p o r C r i s t o . T i e n e la Compañía
síndicos e n las cosas e x t e r i o r e s , y s u p e r i n t e n d e n t e s en las i n t e r i o r e s .
Los S u p e r i o r e s t i e n e n b i e n con q u i e n c o n s u l t a r , mas n o son obliga-
d o s á s e g u i r el consejo d e los c o n s u l t o r e s . T i e n e el G e n e r a l de la
C o m p a ñ í a c u a t r o Asistentes (1), los cuales o b s e r v a n su m o d o de p r o -
c e d e r , y en sus casos p u e d e n a v i s a r la C o m p a ñ í a y c o n g r e g a r l a para
la p r o v i s i ó n dello, y d e p o n e r al G e n e r a l , si fuere m e n e s t e r , y así
t a m b i é n los P r e p ó s i t o s locales y R e c t o r e s sus c o n s u l t o r e s , los cuales
a v i s e n al G e n e r a l y P r o v i n c i a l , etc., y los P r o v i n c i a l e s los s u y o s que
a v i s e n al G e n e r a l .
»Tiene t a m b i é n [la C o m p a ñ í a ] sus casos r e s e r v a d o s á los S u p e r i o -
r e s , y c o n s u e t u d [ c o s t u m b r e ] q u e n o h a y a cosa s e c r e t a , fuera de la
(1) C u a n d o e s t o e s c r i b í a el P . N a d a l e r a n e f e c t i v a m e n t e c u a t r o los a s i s t e n t e s : el
d e I t a l i a , el d e E s p a ñ a , el d e P o r t u g a l y el d e l S e p t e n t r i ó n .
CAP. X I . — ORIGINALIDAD DEL INSTITUTO DE LA COMrAKÍA 199
confesión, q u e n o se p u e d a m a n i f e s t a r al S u p e r i o r . P r o m e t e n e n la
Compañía los p r o f e s o s , y t o d o s lo p r o p o n e n y o f r e c e n , de n o s e r e n
n i n g ú n t i e m p o e n a l a r g a r la p o b r e z a y m o d o della e n la C o m p a ñ í a .
Ofrecen t o d o s q u e n i n g u n a d i g n i d a d p r e t e n d e r á n , n i e n la C o m p a -
ñía n i fuera de ella, ni c o n s e n t i r á n en la tal e l e c c i ó n , sino p o r m a n -
dado d e l p a p a , del G e n e r a l ó d e la C o m p a ñ í a , s e g ú n consta en las
C o n s t i t u c i o n e s y sus d e c l a r a c i o n e s . T i e n e la C o m p a ñ í a i n d i f e r e n c i a
do t o d a s las cosas y p l e n a r e s i g n a c i ó n al S e ñ o r e n m a n o y p e r s o n a
del S u p e r i o r . N i n g u n o d u r a e n la C o m p a ñ í a f i n a l m e n t e ficto [fin-
gido] y q u e d e v e r a s n o siga á Cristo en la p e r f e c c i ó n , y s e h u m i l l e
p l e n a m e n t e e n el e s p í r i t u d e la C o m p a ñ í a . H a y p r o n t i t u d en la C o m -
pañía, con la g r a c i a del S e ñ o r , d e i r á c u a l e s q u i e r i n f i e l e s , ctiam
a d o n d e se v e facilidad d e m o r i r p o r Cristo. C a m i n a p o r la vía d e l
espíritu y m i l i t a sub erncis vcxillo, Deo ac soli Domino, ac Ecclesiae
cjus sjxjnsae, sub romano Pontífice Christi in terris Vicario servit.
»No se g o b i e r n a la C o m p a ñ í a e.r jure communi e n todas cosas, sino
p o r sus especiales p r i v i l e g i o s d e la Iglesia santa. S i g u e la C o m p a ñ í a
m u c h a e x a c c i ó n y d i l i g e n c i a e n q u e c u a n d o u n á n i m a le v i e n e e n
manos, n o dejarla hasta t a n t o q u e la o r d e n e y c o n c i e r t e e n el S e ñ o r
en t o d o lo q u e es capaz p a r a su salud y p e r f e c c i ó n . E l m o d o d e p r o -
c e d e r d e la C o m p a ñ í a es fortiter et suaviter, in spiritu et virtute, ut in-
terior sit sensus, sit et virtus spiirifus, executio et verax et in virtute spi-
ritus fmulata; amplexatur vero Christum, ut est via, veri tas et vita (1).
Tiene especial c u i d a d o y o b s e r v a c i ó n c o n t r a toda n o v e d a d d e doc-
t r i n a en la Iglesia católica, y así ella sigue la c o m ú n d o c t r i n a d e los
santos y de los d o c t o r e s c o m ú n m e n t e r e c i b i d o s , y n u e v a s o p i n i o n e s
n o las j u z g a ex communi receptioue, sin a l g u n a c u r i o s i d a d (2).
(1) E s t e p a r r a h t o , no t a n f á c i l d e t r a d u c i r , p u d i e r a e x p r e s a r s e así : « E l m o d o d e
p r o c e d e r de la C o m p a ñ í a es c o n f o r t a l e z a y s u a v i d a d , c o n e s p í r i t u y e n e r g í a , d e
suerte q u e h a y a on lo i n t e r i o r d e v o c i ó n y f u e r z a d e e s p í r i t u , y la e j e c u c i ó n s e a s i n -
cera y f u n d a d a en l a i n t e r i o r f u e r z a del e s p í r i t u . A b r a z a la C o m p a ñ í a á J e s u c r i s t o
en c u a n t o es c a m i n o , v e r d a d y v i d a . »
(2) Instructiones et reyulae cum ordinationibvs P. Naialis, f. 2 8 2 .
 LIBRO II
San Ignacio de L o y o l a .

1540-1556

CAPÍTULO PRIMERO
PRIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA

S o v H R l O : 1. L a p r i m i t i v a C o m p a ñ í a , f o r m a d a en g r a n p a r t e p o r e s p a ñ o l e s f u e r a d e
E s p a ñ a . — 2 . El b a c h i l l e r D i e g o d e J l o z e s . — 3 . L o s d o s h e r m a n o s D i e g o y E s t e b a n
de E g u i a . — 4 . F r a n c i s c o l i s t r a d a . — 5 . A n t o n i o d e A r a o z . — 6. . J e r ó n i m o D o m é -
n e c h — 7 . P e d r o de llibadeneira.—8. Vocaciones españolas fuera de E s p a ñ a des-
p u é s d e a p r o b a d a la C o m p a ñ í a . M i r ó n , O v i e d o , V i l l a u u e v a , M i g u e l d e T o r r e s . —
9. J u a n d e P o l a n c o . — 1 0 . J e r ó n i m o N a d a l .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio.—2. P o l a n c o , Hist. S. I.—3. Vo-

c-\tiones nostromm.—4. Ü í b a d e n e i r a , Vida de S. ]gn. llist. de la Asistencia. Confesiones.—
!). Simón Rodríguez. De origine et progressu S. I—ti. B. F a b r o , Cartas.—7. Nadal, Diarium
Vocationis.—8. Clamara, Memorial.—9. L a P a l m a , Vida manuscrita del P. Ribadeneira.

1. E s u n h e c h o b a s t a n t e s i n g u l a r , q u e h a b i e n d o n a c i d o fuera de E s -
paña la C o m p a ñ í a de J e s ú s , sin e m b a r g o , las p r i m e r a s v o c a c i o n e s q u e
so d e s p e r t a r o n p a r a ella, fuesen en g r a n p a r t e de españoles. R e c u é r -
dese la p a t r i a de los s i e t e q u e h i c i e r o n el v o t o d e M o n t m a r t r e el 15
de Agosto d e 1534. Sólo el B. P e d r o F a b r o había n a c i d o a l l e n d e los
P i r i n e o s . I g n a c i o e r a g u i p u z c o a n o ; J a v i e r , n a v a r r o ; Laínez y Boba-
dilla, castellanos v i e j o s ; S a l m e r ó n , t o l e d a n o , y R o d r í g u e z , p o r t u -
gués (1). ¿ S u c e d e r í a e s t o p o r q u e el c a r á c t e r d e n u e s t r o p u e b l o se
prestaba e n t o n c e s m e j o r q u e el de otras n a c i o n e s al g é n e r o d e v i d a
apostólica q u e D i o s q u e r í a e s t a b l e c e r e n la I g l e s i a ? ¿Sería tal v e z la
causa, q u e I g n a c i o , p o c o d i e s t r o y e x p e d i t o e n el u s o d e la p a l a b r a ,
se explicaba m e j o r c o n sus c o m p a t r i o t a s , y les p o d í a c o m u n i c a r c o n
más e x a c t i t u d las i d e a s q u e m e d i t a b a ? Algo influirían e n el h e c h o

( 1 ) V é a s e el c . v d e l 1 . 1 .
 202 I.IB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA 203
C A F . Í.—PRIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA

estas r a z o n e s h u m a n a s ; p e r o alzando u n p o c o más la consideración, t r a r o n con I g n a c i o e n Venecia dos h e r m a n o s , a n t i g u o s a m i g o s suyos,

p o d e m o s p i a d o s a m e n t e a t r i b u i r este f e n ó m e n o á la suave providen-
cia de D i o s , q u e ejecutaba e n este p u n t o p a r t i c u l a r , el p l a n general
q u e p a r e c e h a b e r f o r m a d o s o b r e los d e s t i n o s de n u e s t r a península
en a q u e l siglo.
E s p a ñ a y P o r t u g a l d e b í a n e n el siglo x v i s o s t e n e r la fe e n Europa,
y dilatarla en los n u e v o s m u n d o s . Q u e r i e n d o , p u e s , Dios l e v a n t a r en
la I g l e s i a u n a O r d e n r e l i g i o s a q u e h a b í a d e c o n t r i b u i r á este fin, se
d i g n ó e s c o g e r á u n español p a r a P a d r e de esta O r d e n , y despertar
desde l u e g o e n t r e n o s o t r o s n u m e r o s a s v o c a c i o n e s á ella. A d e m á s , la
situación política d e E s p a ñ a en a q u e l siglo favorecía á esto mismo
i n t e n t o , p u e s c o m o los españoles estaban e n t o n c e s m u y d e r r a m a d o s
p o r E u r o p a y p o r el N u e v o M u n d o , t e n í a n más facilidad p a r a comu-
n i c a r s e con todas las n a c i o n e s y difundir en ellas el b i e n q u e Dios
deseaba h a c e r p o r m e d i o de la Compañía do J e s ú s .
2. E l p r i m e r o q u e se a g r e g ó á ella d e s p u é s de los diez r e u n i d o s en
P a r í s , fué el b a c h i l l e r D i e g o d e I l o z e s , m a l a g u e ñ o (1). H a l l á b a s e en
Venecia el año 1536, c u a n d o San I g n a c i o e s p e r a b a allí á sus compa-
ñ e r o s d e P a r í s . T r a b a r o n a m i s t a d los d o s , n o s a b e m o s c o n q u é oca-
s i ó n , y el b a c h i l l e r , q u e e r a h o m b r e b u e n o y bastante d a d o á las co-
sas e s p i r i t u a l e s , se dejó p e r s u a d i r p o r el santo á e n t r a r en Ejercicios.
Mas c o m o e n t o n c e s c o r r í a n e n t r e el v u l g o t a n e x t r a ñ o s r u m o r e s
acerca de I g n a c i o y de su d o c t r i n a , t e m i e n d o Hozes n o lo metiese en
a l g ú n e r r o r c o n t r a la fe, p r e v í n o s e p a r a h a c e r los E j e r c i c i o s con
g r a n c a n t i d a d d e l i b r o s t e o l ó g i c o s , q u e e n c e r r ó consigo en su apo-
s e n t o . P r o n t o se d e s v a n e c i e r o n sus t e m o r e s , y e n a r d e c i d o con las
m e d i t a c i o n e s q u o le daba el santo p a t r i a r c a , se le e n t r e g ó p o r per-
p e t u o discípulo. D e s d e a q u e l p u n t o n u n c a se a p a r t ó d e I g n a c i o y sus
c o m p a ñ e r o s , é i n d u d a b l e m e n t e h u b i e r a sido n o m b r a d o en los diplo-
m a s apostólicos q u e c o n f i r m a n la C o m p a ñ í a , si la m u e r t e n o le hu-
b i e r a s o r p r e n d i d o a n t e s d e q u e se verificara la fundación. Trabajó
f e r v o r o s a m e n t e e n los m i n i s t e r i o s apostólicos d u r a n t e t o d o el año
1537; p e r o á p r i n c i p i o s do 1538, c u a n d o , j u n t o con el P . C o d u r i , pre-
dicaba en P a d u a , le l l a m ó Dios á g o z a r el p r e m i o d e sus trabajos.
llamados Diego y E s t e b a n de E g u í a , n a v a r r o s y n a t u r a l e s de E s t e l l a (1).
Habían c o n o c i d o á San I g n a c i o c u a n d o éste e s t u d i a b a en Alcalá.
Diego h a b í a h o s p e d a d o p o r e n t o n c e s e n s u casa, n o sólo al s a n t o ,
sino t a m b i é n á sus c o m p a ñ e r o s , y lo q u e es m á s , c o m o I g n a c i o se
emplease e n o b r a s de c a r i d a d r e m e d i a n d o á los p o b r e s , y se hallase
tal vez falto de m e d i o s , acudíale g e n e r o s a m e n t e D i e g o e n estos casos,
y h u b o ocasión e n q u e le f r a n q u e ó todas s u s a r c a s , r o g á n d o l e q u e
tomase c u a n t o quisiese de sus vestidos y alhajas, p a r a s o c o r r e r á los
necesitados (2). Estos dos h e r m a n o s h a b í a n h e c h o u n a piadosa p e r e -
grinación á J e r u s a l é n , y d e s e m b a r c a n d o en V e n e c i a á fines d e 1536,
t r o p e z a r o n allí con I g n a c i o , q u e e s p e r a b a á s u s c o m p a ñ e r o s de P a r í s .
R e a n u d a d a felizmente la a n t i g u a a m i s t a d , se d i e r o n desde e n t o n c e s
por d i s c í p u l o s do n u e s t r o santo P a d r e . V e r d a d es q u e su a g r e g a c i ó n
definitiva á la C o m p a ñ í a n o p u d o efectuarse d e s d e l u e g o , p o r los
negocios d o m é s t i c o s q u e p r i m e r o h u b i e r o n de d e s e n r e d a r . D i e g o
entró p r o n t o en la C o m p a ñ í a , y ya á p r i n c i p i o s del 1540 se d i r i g i ó á
París p a r a t e r m i n a r sus estudios (3). Años a d e l a n t e fué confesor d e
San I g n a c i o , y m u r i ó m e s y m e d i o a n t e s q u e é l , c o n g r a n d e s e n t i -
m i e n t o de los N u e s t r o s , á q u i e n e s h a b í a p r o m e t i d o r e v e l a r cosas
estupendas s o b r e la v i r t u d i n t e r i o r d e I g n a c i o , si Dios le p e r m i t í a
s o b r e v i v i r á éste s i q u i e r a u n a h o r a . E s t e b a n d e E g u í a n o p u d o c u m -
plir t a n p r o n t o sus b u e n o s deseos. L o s n e g o c i o s d e su casa le d e t u -
v i e r o n en Estella u n o s ocho a ñ o s , y e n t o n c e s e n t r ó en el g r a d o d e
coadjutor t e m p o r a l (4).
4. Al m i s m o t i e m p o q u e e x p i r a b a el b a c h i l l e r Hozes, g a s t a d o p o r las
( 1 ) El P . O r l a n d i n i (Ilist. S. / . , 1. I , n ú m . 1 1 9 ) l l a m a p a m p l o n e s e s á los E g u í a s ;
pero, según todas las probabilidades, eran de Estella, donde tenían cai-a puesta,
s e g ú n lo i n d i c a R i b a d e n e i r a (Ilist. de la Asistencia de España, 1. I , c. i ) , y d o n d e
era m u y c o n o c i d o d e s d e t i e m p o a t r á s el l i n a j e d e los E g u í a s .
(2) Véanse estas noticias e n Cámara Vida dtl P. Ign., c. v.
(3) Vide P o l a n c o , Hist. S. I., t. i , p . 8 5 . D u r a n t e el a ñ o 1539 los dos heimanos
E g u í a s d e b i e r o n v i v i r en liorna al l a d o d e S a n I g n a c i o , c o m o se infiere d e las c a r .
tas del P . E s t r a d a , quien, escribiendj á S a n I g n a c i o , solía e n v i a r r e c u e r d o s para

3. Casi al m i s m o t i e m p o q u e el b a c h i l l e r Diego de Hozes, so encon- estos d o s h e r m a n o s . ( V í a s e Epistolae mixtae, t. i , p p . 3 0 y 4 1 . )

( 4 ) H e a q u í el e l o g i o b r e v e , p e r o m u y s i g n i f i c a t i v o , q u e h a c e el P . P o l a n c o de
los d o s h e r m a n o s E g u í a : (linter eos, qui ante cenjirmationem Societatis, Mi se adjun-
( 1 ) D e él h a b l a n t o d o s los h i s t o r i a d o r e s d e la C o m p a ñ í a , r e p i t i e n d o las pocas no- xcrunt, fuit vir puritatis et charitatis admiraudae, Didacus de Eguia, navarrus,
t i c i a s q u e n o s d i e r o n el P . S i m ó n R o d r í g u e z (De origine et progressu S. I., p . 51 y jam ab imunte aetate perfectionis evangelicae studiosus. Is postquam Tlierosolymis
s i g u i e n t e s ) , R i b a d e n e i r a ( Vida de S. Ign., 1. I I , c. Ti) y P o l a n c o ( V i t a P. Ign., c. v m ) . rediit cum, fratre Slephano de Eguia, na tu rnajore (simplicitatis, innocentiae et pro-
S ó l o s a b e m o s s u p a t r i a , s i é n d o n o s d e s c o n o c i d a s u e d a d , su f a m i l i a y las d e m á s cir- bitatis similitudine rere germano) P. Ignatio adhaesit et ejus confessarius fuit.»
c u n s t a n c i a s d e su p e r s o n a . (Hist. S. I., t. i , p á g . 8 5 . )
 204 LIB. I I . — SAN IGNACIO Dfl LOYOLA
fatigas d e la predicación^ suplía D i o s su falta con o t r o español, quo
h a b í a d e c o n s e g u i r i n m e n s o fruto e n las almas con su p a l a b r a elo-
c u e n t e y fervorosa. F r a n c i s c o E s t r a d a , n a c i d o e n D u e ñ a s , cerca do
V a l l a d o l i d , p o r los años de 1516 (1), había pasado á Italia m u y joven,
y p o r influjo d e l D r . O r t i z o b t u v o u n a plaza do paje e n casa del car-
d e n a l Caraffa. Al cabo d e a l g ú n t i e m p o fué d e s p e d i d o , n o se dice
p o r q u é , de casa del C a r d e n a l . D e s a m p a r a d o de todo f e r v o r humano,
e n c a m i n ó s e á Monte-Casino, á p r i n c i p i o s de 1538, en busca del Dr. Or-
t i z , q u e allí hacía E j e r c i c i o s , p a r a v e r si p o r su m e d i o conseguía
a l g u n a o t r a colocación. E s t o d i c e n a l g u n o s a u t o r e s más modernos;
p e r o el P . P o l a n c o indica, q u e el j o v e n se e n c a m i n a b a á Ñapóles con
á n i m o d e s e n t a r plaza d e s o l d a d o (2). C u a l q u i e r a q u e fuese el intento
d e E s t r a d a , q u i s o Dios q u e e n el c a m i n o t r o p e z a s e c o n San Igna-
cio, q u e v o l v í a de Monto-Casino, d e s p u é s de d a r los Ejercicios al
D r . Ortiz. T r a b a r o n a m b o s c o n v e r s a c i ó n , y n u e s t r o santo P a d r e , con
a q u e l d o n s i n i g u a l q u e poseía p a r a t r a n s f o r m a r los c o r a z o n e s , con-
m o v i ó d e tal m o d o el dé E s t r a d a , q u e r e n u n c i a n d o éste á sus prime-
r o s d e s i g n i o s , v o l v i ó con I g n a c i o á R o m a , e n t r ó l u e g o en Ejercicios
y t e r m i n a d o s éstos con m u c h o f e r v o r , se a g r e g ó á la Compañía.
5. E l m i s m o año 1538 fué á b u s c a r á I g n a c i o en R o m a u n j o v e n doc-
t o r t e ó l o g o , algo p a r i e n t e s u y o , y q u e había de h a c e r u n p a p e l muy
i m p o r t a n t e e n la h i s t o r i a de la Compañía. Nacido e n V e r g a r a el
a ñ o 1515 (3), y g r a d u a d o de d o c t o r en S a l a m a n c a , el j o v e n Antonio
d e A r a o z , a d m i r a d o d e las cosas q u e oía c o n t a r d e San I g n a c i o , cuya
p e r m a n e n c i a en Azpeitia en 1535, había dejado tan edificantes re-
c u e r d o s , r e s o l v i ó i r e n su b u s c a , y d e s p u é s de a l g u n o s viajes infruc-
t u o s o s , dio con él en R o m a el año 1538, p r e c i s a m e n t e al t i e m p o que
la fama d e S a n I g n a c i o y d e s u s c o m p a ñ e r o s a n d a b a t a n malparada
( 1 ) Sólo a p r o x i m a r ] a m e n t e p o d e m o s d e s i g n a r el a ñ o e n q u e n a c i ó E s t r a d a , pues
P o l a n c o y o t r o s a u t o r e s d e a q u e l t i e m p o i n s i n ú a n q u e c u a n d o e n t r ó en la Compañía
tenía veinte ó veintidós años de edad.
( 2 ) V é a s e Sumario de la Ilist. de la Comp., ad finem.
( 3 ) H e m o s l e í d o e n a l g u n o s a u t o r e s q u e el P . A r a o z n a c i ó en 1 5 1 6 ; p e r o el P. líi-
b a d e n e i r a , q u e t a n t o l e t r a t ó y a d e s d e l o s p r i n c i p i o s , p r e c i s a s u e d a d c o n e s t a s pa-
l a b r a s : « E l c u a l A r a o z , h a b i e n d o e s t u d i a d o y g r a d u á d o s e en S a l a m a n c a , siendo
m o z o d e s o l o s v e i n t i t r é s a ñ o s , f u é á l i o r n a e n b u s c a d e n u e s t r o 13. P . I g n a c i o . »
(Ilist. de la Asistencia, 1. I, c. i.) C o m o la l l e g a d a d e A r a o z á R o m a f u é en la prima-
v e r a d e 1 5 3 8 , s e g ú n se infiere d e l m i s m o p a s a j e d e R i b a d e n e i r a , r e s u l t a q u e debió
n a c e r e n 1 5 1 5 . Su p a r e n t e s c o c o n S a n I g n a c i o e r a p o r a f i n i d a d , p u e s u n a tía suya,
Magdalena de Araoz, se había casado con el h e r m a n o m a y o r d e San I g n a c i o . (Vca'e
P u l a n c o , Ilist. S. I , t. i. Á r b o l g e n e a l ó g i c o p u e s t o al fin.)
CAr. I . — PRIMEROS ESPAÑOLES QDE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA 205
por las c a l u m n i a s d e a q u e l h e r e j e p i a m o n t é s . D i c e n a l g u n o s a u t o r e s ,
que y a e n t o n c e s t e n í a i n t e n t o A r a o z d e e n t r a r r e l i g i o s o , p e r o e l
P. P o l a n c o significa q u e e r a n o t r a s las ideas del r e c i é n l l e g a d o .
«Vino á R o m i , d i c e , con diseños de mundo» (1). Los h e r m o s o s v e s t i -
dos d e seda q u e llevaba consigo d a b a n á e n t e n d e r q u e n o era su
ánimo a b r a z a r la p o b r e z a evangélica. A l g o h a b r í a influido en este
viaje a q u e l deseo de a v e n t u r a s q u e e n t o n c e s a n i m a b a á la j u v e n t u d
española.
C u a n d o , l l e g a d o á R o m a , oyó los r u m o r e s q u e c o r r í a n s o b r e S a n
Ignacio, q u e d ó a v e r g o n z a d o de h a b e r v e n i d o á b u s c a r á u n h o m b r e
de q u i e n t a n t o s males se d e c í a n , y p r o c u r ó b u e n a m e n t e d i s i m u l a r
que era p a r i e n t e s u y o . Mas c u a n d o , pasada la t o r m e n t a , v i o c e l e b r a -
da p o r t o d o s la i n o c e n c i a y v i r t u d d e n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s ,
mudó e n t e r a m e n t e su corazón, y, f r a n q u e á n d o s e con I g n a c i o , se d e -
t e r m i n ó á los p o c o s lances á e n t r a r en E j e r c i c i o s (2). E n ellos c o n o -
ció la v o l u n t a d de Dios, y á p r i n c i p i o s de 1539 e n t r ó en la C o m p a ñ í a .
«Fué una de sus p r i m e r a s p r u e b a s , dice P o l a n c o , q u e c a r g a d o d e se-
das con q u e v e n í a v e s t i d o , se fué á p r e d i c a r e n los b a n c o s , y c o m o
era v e h e m e n t e de n a t u r a , e n t r ó m u c h o en mortificaciones y p e n i t e n -
cias y d e v o c i ó n » (3). Con estos f e r v o r e s e m p e z ó la vida r e l i g i o s a e l
p r i m e r jesuíta q u e había de v e n i r á España.
6. E n el m i s m o año d e 1539, s e g ú n p a r e c e , p o r el v e r a n o , trajo D i o s
á la Compañía u n c a n ó n i g o de la iglesia m e t r o p o l i t a n a de Valencia y
natural d e esta m i s m a c i u d a d . T r a b a j a b a n a p o s t ó l i c a m e n t e e n P a r m a
los P P . F a b r o y L a í n e z , q u i e n e s , d e s p u é s d e las conferencias d e
R o m a , d e q u e h a b l a m o s e n el cap. v i , h a b í a n sido e n v i a d o s allí e n
compañía del c a r d e n a l d e S a n t á n g e l o . La fama d e l copiosísimo f r u t o
que r e c o g í a n l l e g ó á oídos de J e r ó n i m o D o m é n c c h (así se l l a m a b a
el c a n ó n i g o v a l e n c i a n o ) , q u e con a l g u n o s a m i g o s se d i r i g í a de R o m a
á P a r í s . A c e r c ó s e á n u e s t r o s P a d r e s con la n a t u r a l c u r i o s i d a d de c o -
nocer á h o m b r e s de q u i e n e s t a n t o se h a b l a b a . F a b r o y Laínez le in-
dujeron s u a v e m e n t e á r e t i r a r s e p o r a l g u n o s días á los santos E j e r c i -
cios. E l efecto d e ellos fué d e s p e d i r s e al i n s t a n t e D o m é n e c h d e s u s
c o m p a ñ e r o s , a v i s á n d o l e s q u e c o n t i n u a s e n ellos su c a m i n o hacia P a -
rís, p o r q u e él h a b í a d e t e r m i n a d o s e g u i r la v i d a d e los P P . F a b r o y
Laínez. A s o m b r á r o n s e a q u é l l o s de tan i n e s p e r a d a m u d a n z a , y q u i s i e -
( 1 ) Sumario de la Vida del P. Ign., ad finem.
( 2 ) R i b a d e n e i r a . Ubi supra.
( 3 ) Sumario. Ubi supra.
 20G LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA CAÍ'. I.—PRIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA 207

r o n l l e v á r s e l o c o n s i g o á la f u e r z a , j u z g a n d o q u e n u e s t r o s P a d r e s le niño. í l í z o l o así e l b u e n d o c t o r , y e n t r e o t r o s consejos q u e dio a l

h a b í a n e n g a ñ a d o . A c u d i e r o n al p r o v i s o r del obispado d e P a r m a pi-
d i é n d o l e a u x i l i o ; h a b l a r o n a c a l o r a d a m e n t e al c a r d e n a l , y h u b o no
pocas d e m a n d a s y r e s p u e s t a s s o b r e este n e g o c i o . D e c i d i ó l o , p o r fin,
u n s o l e m n e j u r a m e n t o q u e p r e s t ó D o m é n e c h e n P a r m a , delante de
los n e c e s a r i o s testigos, d e c l a r a n d o q u e los P P . F a b r o y Laínez no le
h a b í a n d e t e n i d o p o r e n g a ñ o , sino q u e él, de su p r o p i a v o l u n t a d , ha-
bía suplicado le a d m i t i e s e n en la C o m p a ñ í a (1). Allí m i s m o , en Par-
m a , e m p e z ó á t r a b a j a r en los m i n i s t e r i o s apostólicos al lado do Fa-
b r o y Laínez, y, c o m o v e r e m o s más a d e l a n t e , fué con el t i e m p o uno
d e los h o m b r e s m á s n o t a b l e s q u e t u v o la C o m p a ñ í a en sus prin-
cipios.
7. Más r e n o m b r o q u e los a n t e r i o r e s había de d e j a r en n u e s t r o s fas-
tos u n e s p a ñ o l i t o q u e e n t o n c e s b u l l í a e n t r e los pajes d e l c a r d e n a l Ale-
j a n d r o F a r n e s i o . P e d r o de R i b a d e n e i r a , n a c i d o en T o l e d o el 1." de
N o v i e m b r e de 1526 (2), h a b í a sido l l e v a d o á Italia, en calidad do paje,
p o r a q u e l p u r p u r a d o , c u a n d o volvía de c i e r t a legación en Madrid.
L l e g a d o á R o m a R i b a d e n e i r a en la p r i m a v e r a de 1539, p e r s e v e r ó
c a t o r c e m e s e s e n e l s e r v i c i o d e l c a r d e n a l , d i s t i n g u i é n d o s e p o r el
g a r b o y despejo con q u e d e s e m p e ñ a b a su oficio, y t a m b i é n de vez
e n c u a n d o p o r las t r a v e s u r a s infantiles de su c a r á c t e r , q u e en algu-
nas ocasiones p r o d u j e r o n a n i m a d a s p e n d e n c i a s (3). La piadosa madre
d e R i b a d e n e i r a , Catalina de Villalobos, e s c r i b i ó al D r . Ortiz, á quien
c o n o c í a , r o g á n d o l e q u e t u v i e s e c u i d a d o d e c o r r e g i r y a m o n e s t a r al
pajecito, le e x h o r t ó á t r a t a r con el P . I g n a c i o , c u y a casa le señaló.
No se fijó el m u c h a c h o p o r e n t o n c e s e n este consejo; p e r o la n e -
cesidad le o b l i g ó p r o n t o á c u m p l i r l o . Salió u n día el c a r d e n a l F a r -
nesio á pasearse p o r el c a m p o , y n u e s t r o paje, d e s e a n d o pasearse con
más l i b e r t a d , escabullóse del a c o m p a ñ a m i e n t o c a r d e n a l i c i o , y an-
duvo t o d o el día c u r i o s e a n d o p o r las calles de R o m a . L l e g ó la n o c h e ,
y a q u í e m p o z a r o n s u s a p u r o s . ¿ C ó m o p r e s e n t a r s e d e l a n t e del c a r d e -
nal, d e s p u é s d e h a b e r faltado u n día e n t e r o á su s e r v i c i o ? A n d a n d o
con esta congoja, a c o r d ó s e d e a q u e l P . I g n a c i o c u y o t r a t o lo h a b í a
r e c o m e n d a d o el Dr. Ortiz. No le p a r e c i ó m u y b u e n a ocasión p a r a
t r a b a r r e l a c i o n e s con u n h o m b r e d e s c o n o c i d o ; p e r o al fin, a p r e t a d o
de la n e c e s i d a d , llegóse á la casa del santo, y, h a b i é n d o s e s a n t i g u a d o ,
llamó á la p u e r t a . A b r i ó s e é s t a , y e n c o n t r ó s e R i b a d e n e i r a con San
I g n a c i o m i s m o , q u e le r e c i b i ó con g r a v e b e n i g n i d a d . E l j o v e n c i t o ,
con s i n c e r i d a d i n f a n t i l , contó sus t r i b u l a c i o n e s al santo, y le p i d i ó
favor y p r o t e c c i ó n . O y ó l e I g n a c i o b e n i g n a m e n t e , y p o r d e p r o n t o le
ofreció a l b e r g u e en casa p a r a a q u e l l a n o c h e . A u n q u e n o lo dice cla-
r a m e n t e R i b a d e n e i r a , n i sus dos p r i m e r o s biógrafos, p a r e c e m u y na-
t u r a l lo q u e afirma el P . P r a t (1), q u e San I g n a c i o n e g o c i ó del car-
denal F a r n e s i o , q u e p e r d o n a s e la falta de R i b a d e n e i r a y p e r m i t i e s e
á éste c o n t i n u a r en el oficio q u e e j e r c i t a b a .
Con esta licencia salió el d e l i n c u e n t e d e la casa d e I g n a c i o p a r a la
d e l c a r d e n a l ; p e r o l l e v a b a el c o r a z ó n h e r i d o c o n u n a i m p r e s i ó n

( 1 ) V é a s e la c a r t a del B . F a b r o en q u e se r e d e r o t o d o e s t o ( Cartas p afros escri- ( 1 ) Ilistoire du P. Ribadeneira, p. 1 2 . L a P a l m a y Cristóbal López parecen in-
tos del B. Pedro Fabro, t. l , p . 4 ) , y el t e s t i m o n i o d e l j u r a m e n t o , p u b l i c a d o en el dicar q u e R i b a d e n e i r a so i¡ue íó e n c o m p a ñ í a d e San I g n a c i o la p r i m e r a v e z q u e e n -
m i s m o tomo, p. 399. tró e n s u c a s a ; p e r o el m i s m o Ribadeneira d a á e n t e n d e r , a u n q u e no en términos
( 2 ) E l F . P r a t (Ilistoire da P. Ribadeneyra, p. 2), siguiendo al P . L a Palma claros, q u e a c u d i ó d o s v e c e s á S a n I g n a c i o . - p r i m e r o p a r a p e d i r l e f a v o r e n su a p u r o ,
(Vida manuscrita del P. llibadeneira, c. i ) , d i c e q u e n u e s t r o h é r o e n a c i ó en 1527; y d e s p u é s p a r a e n t r a r en la C o m p a ñ í a , y e s t o c o n t r a el p a r e c e r d e h o m b r e s pruden-
p e r o el d i c h o d e l m i s m o Ribadeneira nos convence d e q u e e r a u n a ñ o m á s viejo. tes. H e a u n el t e x t o d e s u s c o n f e s i o n e s : « E l m i s i n o d í a [ o h D i o s m í o ] q u e y o e n t r é
A p r i n c i p i o s d e s ú s Confesiones dice e s t a s p a l a b r a s : « V i n e d e n o c h e á v u e s t r a casa, en v u e s t r a c a s a , q u e a p e n a s s a b í a q u e h a b í a t a l c a s a , n i t a l C o m p a ñ í a e n el m u n d o ,
s i e u d o d e e d a d d e c a t o r c e a ñ o s n o c u m p l i d o s » ; y p o c o d e s p u é s r e p i t e q u e era mu- ni m e h a b í a p a s a d o p o r el p e n s a m i e n t o q u e r e r h a c e r lo q u e h i c e ; m a s h a b i e n d o v e -
chacho de catorce a ñ o s c u a n lo e n t r ó e n la C o m p a ñ í a , p o r S e t i e m b r e d e 1540. Si,
nido á ella c o n c i e r t a o c a s i ó n , y h a b l a n d o p o c a s p a l a b r a s c o n el s a n t o P a d r e Igna
pues, hubiera n a c i d o en Noviembre de 1527, no hubiera dicho quo tenía catorce
cío, y d á n d o m e v o s d i s g u s t o d e l p a l a c i o , y t e m o r d e q u e n o m e c a s t i g a s e n los q u e
años, sino trece no c u m p l i d o s . Poco después, en l a s m i s m a s Confesiones, refiriendo
m e g o b e r n a b a n , p o r h a b e r e s t a d o t o d o a q u e l d í a f u e r a sin l i c e n c i a , contra el pare-
una enfermedad q u e padeció en Florencia por Setiembre de 1549, dice : « Y o era
cer d e los d o c t o s y p r u d e n t e s q u e m e q u e r í a n b i e n , s a n t i g u á n d o m e y haciendo la
mozo como de veintitrés años.» P a r e c e , p u e s , i n d u d a b l e q u e el P . R i b a d e n e i r a nu-
señal d e la c r u z sobre m í , g u i á n d o m e vuestra Santísima Madre y el á n g e l d e mi
ció e n 1 5 2 6 .
g u a r d a , sin p e n s a r l o ni d e l i b e r a r l o m á s , m e v i n e d e n o c h e á v u e s t r a casa, s i e n d o d e
(3) D o s d e e s t a s p e n d e n c i a s l a s refiere él m i s m o al p r i n c i p i o d e l l i b r o manuscrito e.lad d e c a t o r c e a ñ o s n o c u m p l i d o s , y p a r a q u e se v i e s e q u e v o s m e g u i á b a d e s y
d e l a s Confesiones. De ellas y d e las biografías q u e escribieron sus contemporáneos que ésta e r a o b r a v u e s t r a , fui r e c i b i d o d e n u e s t r o s a n t o Padre Ignacio y de todos
el P . L a P a l m a y el I I . C r i s t ó b a l L ó p e z , s a c a m o s lo3 d a t o s s o b r e la v o c a c i ó n d e Ri- los d e m á s P a d r e s c o n t a n t o r e g o c i j o c o m o si y o f u e r a persona y pudiera servir en
badeneira. algo á la Compañía.»
 208 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
a g r a d a b l e . A q u e l l a d u l c e acogida del s a n t o p a t r i a r c a , a q u e l interés
q u e se t o m ó p o r é l , la c o n v e r s a c i ó n s u a v e y edificante d e n u e s t r o s
p r i m e r o s P a d r e s q u e le h a b l a r o n a q u e l día, t o d o le r o b a b a e l cora-
zón. Desde l u e g o b r o t ó en el n i ñ o el d e s e o de v i v i r con u n o s hom-
b r e s tan b u e n o s . C o n s u l t ó el caso con a l g u n a s p e r s o n a s g r a v e s de la
casa del c a r d e n a l ; p e r o éstas, ó le d i s u a d i e r o n d e a q u e l propósito
j u z g á n d o l o v e l e i d a d do m u c h a c h o , ó le a c o n s e j a r o n d i f e r i r su ejecu-
ción p a r a más a d e l a n t e . No se a q u i e t ó R i b a d e n e i r a con estos parece-
r e s , ^ e n u n a r r a n q u e d e su g e n i o p r o n t o y d e c i d i d o , fuese d e r e c h o á
S a n I g n a c i o , e x p ú s o l e sus deseos, y le p i d i ó s e r a d m i t i d o e n la Com-
pañía. Á p r i m e r a vista n o p a r e c í a p r u d e n t e r e c i b i r e n u n a Orden
q u e se estaba f u n d a n d o y n e c e s i t a b a h o m b r e s f o r m a d o s y doctos, á
u n pajecillo r e v o l t o s o de c a t o r c e años. No o b s t a n t e , fuese revelación
d e l c i e l o , fuese i n t u i c i ó n de su p r u d e n c i a p r i v i l e g i a d a , San Ignacio
a d i v i n ó lo q u e podía d a r de sí a q u e l n i ñ o , y sin v a c i l a r le recibió
e n t r e los suyos. E l suceso m o s t r ó c u a n a t i n a d a fué la p r e v i s i ó n del
santo. Verificóse la e n t r a d a de R i b a d e n e i r a en la C o m p a ñ í a el 18 de
S e t i e m b r e d e 1540, es d e c i r , n u e v o días a n t e s d e la c o n f i r m a c i ó n de
la O r d e n p o r P a u l o I I I (1).
8. T o d a s estas v o c a c i o n e s se l o g r a r o n a n t e s d e s e r a p r o b a d a solem-
n e m e n t e la C o m p a ñ í a , y t o d a s , e x c e p t o las de D o m é n c c h y Ribade-
n e i r a , fueron las p r i m e r a s , d e s p u é s d e los diez p r i m e r o s P a d r e s . El
p r i m e r jesuíta n o español q u e s u c e d i ó á los diez f u n d a d o r e s , fué
el P . P e d r o Codacio, i t a l i a n o , q u e e n t r ó en 1539. Confirmada la
Compañía, n o cesó e n los años s i g u i e n t e s d e c o r r e r la v e n a d e voca-
c i o n e s españolas fuera d e España. Á p r i n c i p i o s d e E n e r o de 1541
e m p e z a b a los E j e r c i c i o s e n P a r í s , bajo la d i r e c c i ó n del P . J e r ó n i m o
D o m é n e c h , el j o v e n v a l e n c i a n o D i e g o M i r ó n , q u e h a b í a t e r m i n a d o
e n a q u e l l a u n i v e r s i d a d el c u r s o d e las a r t e s . C o n t a l f e r v o r hizo los
E j e r c i c i o s y se e n t r e g ó al s e r v i c i o de Dios, q u e su d i r e c t o r escribía
d e él á San I g n a c i o estas p a l a b r a s : « P i e n s o q u e h a de p o n e r fuego
e n la t i e r r a , si sale c o m o e s p e r a m o s » (2). A p e n a s t e r m i n ó los Ejerci-
cios, e s c r i b i ó á San I g n a c i o p o n i é n d o s e á sus ó r d e n e s (3), y t r e s me-
s e s d e s p u é s , p o r A b r i l d e a q u e l m i s m o año, d a b a los E j e r c i c i o s á un
r e l i g i o s o apóstata, c o n v i r t i é n d o l o d e v e r a s y h a c i é n d o l e v o l v e r á la
O r d e n r e l i g i o s a q u o h a b í a a b a n d o n a d o (4). E s t e P . D i e g o M i r ó n fué
y a a l año s i g u i e n t e el p r i m e r R e c t o r d e l c o l e g i o d e C o i m b r a , a u n q u e
( 1 ) Confesiones, ibid.— ( 2 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 5 6 . — ( 3 ) Ibid., p. 5 7 . -
( 4 ) Ibid., p . 6 0 . '
CAP. 1.—r-RIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA 209
todavía n o estaba o r d e n a d o d e s a c e r d o t e , y años a d e l a n t e h a b í a d e
d e s e m p e ñ a r , c o m o v e r e m o s , el c a r g o d e P r o v i n c i a l y, p o r fin, d e
Asistente d e P o r t u g a l .
Casi al m i s m o t i e m p o r e c i b í a la C o m p a ñ í a e n R o m a á d o s sujetos
llevados de E s p a ñ a p o r el P . A r a o z , q u e e r a n Millán d e L o y o l a , s o -
b r i n o d e San I g n a c i o , y M a r t í n d e Santa Cruz (1). E n el m i s m o año 1541,
el 19 de J u n i o (2), a d m i t i e r o n en R o m a al P . A n d r é s de O v i e d o , n a -
t u r a l do I l l e s c a s , h o m b r e d e s i n g u l a r c a n d o r é i n o c e n c i a , q u e c o n
el t i e m p o h a b í a d e s e r p a t r i a r c a d e E t i o p i a y e j e r c i t a r e n a q u e l l a
insigne d i g n i d a d la m á s espantosa p o b r e z a d e q u e h a y m e m o r i a e n
n u e s t r o s anales (3). P o r e n t o n c e s t a m b i é n fué r e c i b i d o en R o m a
el P . F r a n c i s c o d e V i l l a n u e v a , e x t r e m e ñ o , de q u i e n l u e g o h a b r e m o s
de h a c e r l a r g a y g r a t a m e n c i ó n . •
E n este m i s m o año de 1541 acercóse á San I g n a c i o e n R o m a u n
d o c t o r a r a g o n é s , l l a m a d o M i g u e l de T o r r e s , n a c i d o e n A l a g ó n , á
q u i e n la u n i v e r s i d a d d e Alcalá h a b í a e n v i a d o á la C i u d a d E t e r n a p a r a
d e f e n d e r c i e r t o s p l e i t o s c o n t r a el a r z o b i s p o d e T o l e d o D. J u a n d e
Tavera. E s t a b a el d o c t o r p r e v e n i d o c o n t r a n u e s t r o santo P a d r e , p o r
los malos r u m o r e s q u e c o n t r a él había oído en Alcalá. H u b o d e ma-
nifestar el r u i n c o n c e p t o quo t e n í a d e San I g n a c i o , en u n a c o n v e r s a -
ción c o n el e m b a j a d o r e s p a ñ o l J u a n d e Vega. C o m o este s e ñ o r e r a
devotísimo de I g n a c i o , r o g ó a h i n c a d a m e n t e al d o c t o r q u e h a b l a s e
con a q u e l h o m b r e , de q u i e n estaba tan m a l i n f o r m a d o . R e s i s t i ó s e
algún t a n t o el b u e n o d e T o r r e s ; p e r o al fin, p o r r e s p e t o al embaja-
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. i, p . 1 1 6 .
( 2 ) A s í lo t e s t i f i c a el m i s m o O v i e d o e n u n a c a r t a f e c h a d a e n G a n d í a el 2 2 d e
Abril d e 1 5 4 9 . El o r i g i n a l l o p o s e e el Sr. D . L u i s J i m é n e z d e l a L l a v e e n T a l a v e r a .
Yo h e v i s t o u n f a c s í m i l e . D i c e a s í : a Y o , A n d r é s d e O v i e d o , n a t u r a l d e l a v i l l a d e
I l l e s c a s , de l a d i ó c e s i s d e T o l e d o , e n t r é en la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , e n R o m a , en el
año 1 5 4 1 , á 19 d e l m e s d e J u n i o . P i e n s o q u e e n t o n c e s s e r í a d e 2 4 a ñ o s s
(3) E n el t. I d e Vocationes nostrorum, f. 4 9 , s e h a b l a d e l a v o c a c i ó n del P . O v i e -
d o , q u e se a t r i b u y e á los a p ó s t o l e s S a n P e d r o y S a n P a b l o , los c u a l e s , a p a r e -
ciéndose a l P a d r e , le o r d e n a r o n a c u d i r á S a n I g n a c i o . H e a q u í c ó m o refiere e l h e c h o
el P . C l e m e n t e F a n t o z z i : « M i r i c o r d o c h e s t a n d o d i s t a n z a n e l Collegio d i N a p o l i
l'anno 1588 h a u e r e u d i t o d a l P a d r e G i o a n C o l a P e t r e l l a , h u o m o v e r d a d e r o e t r e l i g i o s o
di q u e l e s s e m p i o et u i r t ú c h e t u t t i B a n n o , c h e e g l i uiuae vocis oráculo s e n t i d i r é al p a -
dre A n d r e a d i O v i e d o , d i f e l i c e m e m o r i a , p r i m o r e t t o r e d i q u e l l Collegio c h e p o i m o r i
c a t t i u o , e P a t r i a r c h a d i ( E t h i o p i a ) h a u e r e e g l i h a u u t a t a l r e u e l a t i o n e . Gli a p p a -
ruero d o n e q u e i n u i s i o n e li S a n t i P i e t r o e t P a u l o A p o s t o l i , e t g l i d i s s e r o c h e s e
n ' a n d a s s e a l P a d r e N . I g n a t i o , d i s a n t a m e m o r i a , d e n u n c i á n d o l a il n o m e l o r o c h e
Christo N . S í g . r e , s'era c o m p i a c i u t o s e r u i r s e d e la p e r s o n a di l u i p e r b e n u n i u e r s a l e ,
et u t i l i í A d e la s a n t a c h i e s a , e ció d e t t o , d i s p a r u e r o e si d i l e g u a r o n o . »
14
210 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOVOLA
d o r , consintió on t e n e r u n a e n t r e v i s t a con n u e s t r o s a n t o P a d r e , pero
d e n o c h e y d o n d e n a d i e le v i e s e , p o r t e m o r d e q u e lo infamase el
t r a t a r c o n u n h o m b r e acusado d e h e r e j í a (1). Hízose así. A c u d i ó To-
r r e s de n o c h e , c o m o o t r o N i c o d e m u s , á v e r s e con I g n a c i o , y ¡cosa
singular! á los p o c o s m o m e n t o s do c o n v e r s a r con el santo, se sintió
tan t r o c a d o el d o c t o r , q u e , d e p u e s t a s todas sus p r e v e n c i o n e s , se ofre-
ció desde l u e g o á h a c e r los E j e r c i c i o s . Dióselos I g n a c i o , y cuando
l l e g a r o n á la elección de e s t a d o , n o q u i s o el doctor- h a c e r l a p o r sí,
s i n o q u e p r o m e t i ó e j e c u t a r la q u e h i c i e r a p o r él su d i r e c t o r . Tan
i l i m i t a d a confianza lo h a b í a i n f u n d i d o a q u e l h o m b r e , á q u i e n antes
n o q u e r í a n i h a b l a r . P e n s ó I g n a c i o u n o ó d o s días s o b r e el ne-
g o c i o , y c u a n d o le p a r e c i ó v e r c l a r o , dijo al d o c t o r q u e su pare-
c e r sería, q u e e n t r a s e e n la C o m p a ñ í a . I b a l u e g o á e x p o n e r las razo-
n e s en q u e se fundaba el c o n s e j o , p e r o atajóle el d o c t o r , diciéndole
q u e e s t a b a n de s o b r a a q u e l l a s r a z o n e s , p u e s él se fiaba p l e n a m e n t e
d e la p r u d e n c i a do su m a e s t r o . No p u d o p o n e r p o r o b r a su santo de-
seo tan p r o n t o c o m o q u i s i e r a , p u e s h u b o de c o n t i n u a r la g e s t i ó n de
l o s n e g o c i o s q u e le había e n c o m e n d a d o la u n i v e r s i d a d de Alcalá.
C u a t r o años d u r a r o n t o d a v í a estos n e g o c i o s ; p e r o y a d e s d e aquellos
E j e r c i c i o s se t r a t ó al D r . T o r r e s c o m o j e s u í t a , i m i t a n d o en cuanto
p o d í a n u e s t r o m o d o de v i v i r . É s t e es a q u e l Dr. T o r r e s , p r i m e r Rec-
t o r d e S a l a m a n c a , p r i m e r P r o v i n c i a l d e Andalucía, P r o v i n c i a l des-
p u é s de P o r t u g a l , d e q u i e n solía d e c i r San I g n a c i o : «El quo tocare
al D r . T o r r e s m e toca á m í e n las n i ñ a s de los ojos» (2).
9. P e r o d e j a n d o o t r a s v o c a c i o n e s q u e p u d i é r a m o s citar, referiremos
a h o r a las d e dos h o m b r e s d e p r i m e r o r d e n , q u e e n t r a r o n e n Roma
y f u e r o n c o l u m n a s d e la C o m p a ñ í a en los t r e s p r i m e r o s generalatos.
A l u d i m o s á los P P . J u a n de P o l a n c o y J e r ó n i m o Nadal. E r a el
p r i m e r o d e B u r g o s , d o n d e d e b i ó n a c e r p o r los años 1515 ó 16. Muy
j o v e n pasó á e s t u d i a r filosofía á P a r í s . De allí se d i r i g i ó á Roma,
d o n d e h a b í a o b t e n i d o el oficio d e Scriptor Apóstol i cus. T e n í a amistad
c o n o t r o e s p a ñ o l , b u r g a l é s c o m o é l , l l a m a d o F r a n c i s c o T o r r e s , el
c u a l c o n o c i ó al P . Laínez el año 1541. I n d ú j o l e éste á e n t r a r en Ejer-
( 1 ) E l P . K i b a d e n e i r a d i c e q u e T o r r e s c o n s i n t i ó e n t e n e r la e n t r e v i s t a con San
I g n a c i o , p o r c o n s e j o d e p e r s o n a s g r a v e s y d o c t a s . Hist. de la Asistencia
1. I I , c. v i l . El P . C r i s t ó b a l d e C a s t r o (Hist. del Colegio de Alcalá,
q u i e n n o m b r a al e m b a j a d o r , a t r i b u y é n d o l e l a p a r t e p r i n c i p a l e n la decisión de
Torres.
( 2 ) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia, 1. i, c. v i l . — O r l a n d i n i , Ilist.
número 73.
CAP. I.—PRIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA 211
cicios, y e n ellos se d e c i d i ó T o r r e s á a b r a z a r n u e s t r o I n s t i t u t o . Hu-,
h i é r a l o p u e s t o m u y p r o n t o p o r o b r a , si n o se lo i m p i d i e r a la m u e r t e ,
que le atajó los pasos e n lo m á s florido de su edad. E l e j e m p l o d e s u
amigo m o v i ó á P o l a n c o á e n t r a r t a m b i é n e n E j e r c i c i o s , y con ellos
le trajo Dios á la C o m p a ñ í a el m i s m o año 1541.
Hasta a q u í n o t u v o c i r c u n s t a n c i a p a r t i c u l a r esta v o c a c i ó n ; p e r o ,
en los años a d e l a n t e se i l u s t r ó con e j e m p l o s d e a d m i r a b l e constan-
cia. Los p a d r e s y p a r i e n t e s d e P o l a n c o , q u e e r a n g e n t e poderosa,,
d i e r o n g r a n d e s quejas c o n t r a la Compañía, y p r o c u r a r o n r e c o b r a r á
su hijo. V i e n d o esta a l t e r a c i ó n , m a n d ó San I g n a c i o al P . A r a o z (1),
el año 1542, q u e pasase p o r B u r g o s y p r o c u r a s e a p l a c a r el enojo d e
una familia, p o r o t r a p a r t e , tan cristiana y r e s p e t a b l e . No s a b e m o s si
Araoz p u d o c u m p l i r este e n c a r g o . Lo q u e sí consta es q u e c u a t r o
años d e s p u é s , a ú n d u r a b a n las d i l i g e n c i a s p a r a s e p a r a r d e la C o m p a -
ñía á n u e s t r o P . P o l a n c o . H a b í a t e r m i n a d o éste sus e s t u d i o s e n P a -
dua, y e m p e z a b a á e j e r c i t a r la p r e d i c a c i ó n en T o s c a n a , c u a n d o d e
r e p e n t e se e n c o n t r ó con u n h e r m a n o suy o, q u e h a b í a ido allá p a r a
r
p e r s u a d i r l e q u e se v i n i e s e á B u r g o s .
Resistió el j o v e n á esta i m p o r t u n a b a t e r í a , y avisó á San I g n a c i o
del p e l i g r o e n q u e se hallaba. N u e s t r o s a n t o P a d r e le c o n t e s t ó q u e ,
ó se fuese á T r e n t o , d o n d e e s t a b a n e n t o n c e s Laínez y S a l m e r ó n , ó
se d i r i g i e s e á R o m a . H u b o de e n t e n d e r el h e r m a n o de P o l a n c o lo
que se fraguaba, y c o m o tenía m u c h o favor con el d u q u e de Toscana,
hizo q u e se p r e n d i e s e á su h e r m a n o y se le a r r e s t a s e e n u n a casa
p a r t i c u l a r . H a l l ó i n d u s t r i a el p r i s i o n e r o p a r a forzar la p u e r t a de su
a p o s e n t o , y d e s c o l g á n d o s e con u n a soga p o r u n a v e n t a n a , h u y ó á
Pistoya y se refugió c o m o e n s e g u r o e n casa d e l Sr. O b i s p o . D e s d e
allí se e s c r i b i ó de n u e v o á San I g n a c i o los t é r m i n o s e n q u e a n d a b a
el n e g o c i o .
Al m i s m o t i e m p o , solicitados p o r la familia P o l a n c o , f u e r o n e n
Roma á v e r s e con n u e s t r o santo P a d r e el G e n e r a l d e los francisca-
nos, P . L u n e l , y u n D r . S a n d o v a l , y le r o g a r o n q u e diese licencia
al P . P o l a n c o p a r a i r á B u r g o s . R e s p o n d i ó el santo, q u e p r i m e r o
viniese á R o m a el p r i s i o n e r o y fuese d a d o p o r l i b r e , y e n t o n c e s é l
dejaría al a r b i t r i o d e dos p e r s o n a s p r u d e n t e s , u n a d e las cuales fuese
de España, el m i s m o P . L u n e l , la c o n c e s i ó n de la tal licencia. A l g o se satisficie-
1. n , c. v i ) es ron con la r e s p u e s t a , y e s c r i b i e r o n á F l o r e n c i a acerca d e este n e g o -
cio. P e r o al m i s m o t i e m p o , San I g n a c i o , c o n m u c h o s e c r e t o , hizo
S. J., c. vi,
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. i, p . 1 1 4 .
212 L 1 B . I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA CAP. I . — P R 1 M E R O S ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMrAÑIA 213

q u e el e m b a j a d o r español, J u a n d e Vega, e s c r i b i e s e al d u q u e d e Tos- N u e v o T e s t a m e n t o , le dijo estas p a l a b r a s : «Mirad, y o q u i e r o s e g u i r

cana y á D. P e d r o d e T o l e d o , c a p i t á n d e los e s p a ñ o l e s q u e estaban este l i b r o ; d e v o s o t r o s n o sé lo q u e será. No m e t r a t é i s m á s , n i p e n -
e n F l o r e n c i a , r o g á n d o l e s q u e p u s i e s e n en l i b e r t a d al P . P o l a n c o . séis j a m á s e n mí.» C o n esto le v o l v i ó las espaldas y se fué á su casa,
P r o d u j e r o n estas c a r t a s el efecto d e s e a d o , y n u e s t r o j o v e n misio- r e v o l v i e n d o esta idea: «No q u i e r o n a d a c o n e s t o s h o m b r e s , q u e p r o -
n e r o , a m p a r a d o p o r el d u q u e , d e s e m b a r a z ó s e de su h e r m a n o y voló b a b l e m e n t e i r á n á p a r a r á la I n q u i s i c i ó n » (1).
á R o m a á los b r a z o s d e San I g n a c i o (1). C o n este lance se c o r t a r o n p o r e n t o n c e s las r e l a c i o n e s e n t r e I g n a -
10. Más p e r c a n c e s t u v o la v o c a c i ó n d e l P . J e r ó n i m o Nadal. Nacido cio y Nadal. C o n t i n u ó ésto sus estudios, y q u e r i e n d o v o l v e r á su país,
e n Mallorca el 11 d e A g o s t o de 1507 (2), hallábase e n Alcalá estudian- d e t ú v o s e e n A v i ñ ó n a l g u n o s meses, e n los cuales se o r d e n ó d e sacer-
d o filosofía, c u a n d o conoció p o r p r i m e r a vez á San I g n a c i o . E n Parí?, d o t e , y se g r a d u ó d e d o c t o r e n t e o l o g í a . E n 1538 estaba e n Mallorca.
d o n d e c u r s ó la t e o l o g í a , v o l v i ó á e n c o n t r a r s e c o n é l y le t r a t ó con Siete años v i v i ó en su p a t r i a , sin t e n e r n i u n día, n i u n a h o r a d e paz
b a s t a n t e familiaridad. C o m o Nadal descollaba e n t r e los estudiantes, y t r a n q u i l i d a d . A n d a b a m a l de salud. « S i e m p r e m e dolía, d i c e , la
p o r su i n g e n i o y h a b i l i d a d , p u s o e n él los ojos n u e s t r o santo P a d r e , cabeza, s i e m p r e el e s t ó m a g o , s i e m p r e estaba m e l a n c ó l i c o , s i e m p r e
c u a n d o a n d a b a j u n t a n d o g e n t e p a r a f u n d a r la C o m p a ñ í a . No le aco- e n t r e m é d i c o s y medicinas» (2). E m p e z ó á e j e r c i t a r el m i n i s t e r i o d e
m e t i ó p o r sí m i s m o á la p r i m e r a . E n v i ó l e á L a í n e z , q u i e n t u v o con la p r e d i c a c i ó n , y n o le salían b i e n los s e r m o n e s ; i n t e n t ó e x p l i c a r a l
Nadal u n a l a r g a c o n f e r e n c i a do m a t e r i a s e s p i r i t u a l e s ; p e r o el último p u e b l o la E p í s t o l a ad Romanos, s e g ú n se usaba e n t o n c e s , s o b r e t o d o
n o se dio p o r e n t e n d i d o . Vino d e s p u é s F a b r o , y t a m p o c o dio l u m b r e en Italia. La n o v e d a d del h e c h o le atrajo m u c h o s o y e n t e s , p e r o l u e g o
la e n t r e v i s t a (3). E l confesor d e I g n a c i o , D i e g o M i o n a , sacerdote f u e r o n d i s m i n u y e n d o e n tales t é r m i n o s , q u e h u b o d e s u s p e n d e r la
e j e m p l a r , q u e d e s p u é s e n t r ó e n la C o m p a ñ í a , e x h o r t ó p o r su parte e x p l i c a c i ó n . Á estas p e s a d u m b r e s se añadió tal c u a l d i s g u s t o e n el
á Nadal á s e g u i r los pasos d e n u e s t r o s a n t o P a d r e ; p e r o el j o v e n ma- seno de su familia, y t o d o p a r e c í a c o n j u r a r s e p a r a s u m e r g i r al p o b r e
l l o r q u í n le t a p ó la b o c a con esta r e f l e x i ó n : «¿Queréis h a c e r m e iñi- Nadal e n u n a b i s m o d e tristeza y a b a t i m i e n t o . A l g ú n t a n t o se m i t i -
guista? P u e s ¿ p o r q u é n o lo sois vos?» (4). g a r o n sus m e l a n c o l í a s con el ejercicio de la oración, á la c u a l e m p e z ó
V i e n d o I g n a c i o q u e le salían m a l las trazas p o r m e d i o de o t r o s , de- á d e d i c a r s e p o r consejo d e u n b u e n e r m i t a ñ o . E n t r e las m i l ideas
t e r m i n ó e m b e s t i r la plaza p o r sí m i s m o . Citó á Nadal p a r a u n a pe- que agitó en su m e n t e e n a q u e l t i e m p o , se le o c u r r i ó j u n t a r c o m p a -
q u e ñ a i g l e s i a , y allí lo dijo q u o deseaba l e e r l e u n a carta q u e dirigía ñ e r o s y t r a b a j a r c o n ellos e n p r o c u r a r la salud d e las almas. E n o t r o s
á c i e r t o p a r i e n t e , p a r a p e r s u a d i r l e á q u e s i g u i e s e la p e r f e c c i ó n evan- t é r m i n o s , se le o c u r r i ó h a c e r s e j e s u í t a , d e s p u é s d e r e ñ i r c o n el fun-
g é l i c a , y q u e deseaba o i r su p a r e c e r s o b r e el m o d o de redactar d a d o r d e la Compañía.
a q u e l l a carta. T r a s e s t o , r e c l í n a n s e a m b o s s o b r e la p i l a b a u t i s m a l , y E n este estado se h a l l a b a N a d a l , c u a n d o e l año 1545 s u c e d i ó lo si-
e m p i e z a I g n a c i o á l e e r y Nadal á e s c u c h a r . E n t e n d i ó el a g u d o ma- g u i e n t e . L l e g ó á sus m a n o s u n a c a r t a d e San F r a n c i s c o J a v i e r , d e
l l o r q u í n á q u i é n iba d i r i g i d a la tal c a r t a , y saliéndose de la iglesia, aquellas q u e , r e p r o d u c i d a s en m u c h a s copias, solían c o r r e r p o r t o d a
p a r ó s e e n m e d i o d e l a t r i o , v o l v i ó s e á San I g n a c i o , y e n s e ñ á n d o l e un E u r o p a c o n g r a n d í s i m o c o n s u e l o y edificación d e los católicos. E n
esta c a r t a r e f e r í a el s a n t o el i n m e n s o fruto e s p i r i t u a l q u e se hacía e n
( 1 ) E s t a s l u c h a s d e P o l a n c o son r e f e r i d a s p o r el P . C á m a r a e n su Memorial, día
las I n d i a s , y se c o n g r a t u l a b a p o r las felices n o t i c i a s q u e le l l e g a b a n
29 de E n e r o de 1555. Allí se copia t e x t u a l m e n t e u n a carta de B a r t o l o m é Ferrón, de e s t a r la C o m p a ñ í a , n o sólo c o n f i r m a d a , s i n o m u y favorecida p o r
s e c r e t a r i o d e S a n I g n a c i o , p a r a el D r . T o r r e s , e s c r i t a á r a í z d e los h e c h o s , en la cual
s e refiere t o d o lo d i c h o .
( 2 ) Opúsculo, piae cogitationes, e t c . , p á g . 2 5 4 . N o h e p o d i d o a v e r i g u a r el sitio del
n a c i m i e n t o , a u n q u e , s e g ú n t o d a s las p r o b a b i l i d a d e s , debió s e r la m i s m a capital (1) dEgo hunc librtim voló sequi (habebam Novum Tcxtamentum in manu). Vos
P a l m a , q u e e n t o n c e s se l l a m a b a M a l l o r c a , c o m o t o d a la isla. nescio quo evadetis. Nilúl amplius mecum de bis rebus egeris, nec de me cures. Sen-
( 3 ) Chronicon vocationis suae. De e s t e o p u s c u l i t o , t o d o a u t ó g r a f o del P . N a d a l , sus animi mei He fuit: nolo me his adjungere; quis scit an tándem ii incident ah-
t o m a m o s t o d a la p r e s e n t e n a r r a c i ó n . E s t á y a i m p r e s o e n Epistolae P. Nadal, t. i, quatido in Inquisitores.Tn (Ibid.)
p . 1.* y s i g u i e n t e s , apud Monumenta hist. S. J. ( 2 ) «Semper dolebat mihi caput, semper stomachus, sempereram melancholicus....,
(4) (íCum tu Iñiguista non sis, cur me vis faceré Iñiguistam?» (Ibid.) semper ínter médicos, in medicinis.» (Ibid.)
 215
CAr. I . PRIMEROS ESPAÑOLES QUE ENTRARON EN LA COMPAÑÍA
214 LID. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA

eso. V o s o t r o s deseáis q u e y o e n t r e e n la C o m p a ñ í a ; p e r o a n t e s d e d a r
la Santa Sede (1). C u a n d o esto l e y ó Nadal, sintió c o m o q u e despertaba
este p a s o , q u i é r o o s d e s c u b r i r a l g u n a s cosas m í a s , p o r las cuales m e
d e u n p r o f u n d o s u e ñ o , r e p a s ó e n su m e n t e los d u l c e s r e c u e r d o s que
p a r e c e q u e n o soy a p t o p a r a v i v i r c o n v o s o t r o s » (1). H e c h a esta ad-
a ú n c o n s e r v a b a de San I g n a c i o y d e sus c o m p a ñ e r o s , y h e r i d o viva-
v e r t e n c i a , refirió N a d a l t o d o s los lances y sucesos d e su vida, e x c e p t o
m e n t e e n lo más p r o f u n d o de su c o r a z ó n , d i o u n a p a l m a d a s o b r e la
l o s p e c a d o s . O y ó t o d a la h i s t o r i a n u e s t r o santo P a d r e , y s o n r i é n d o s e ,
m e s a e x c l a m a n d o : «Ya esto es algo» (2).
r e s p o n d i ó c o n s u a v i d a d : « E s t á b i e n : si Dios os llamase á la C o m p a -
A l p u n t o d e t e r m i n ó e n c a m i n a r s e á R o m a e n busca de San Ignacio.
ñ í a , n o faltaría a l g u n a cosa en q u é o c u p a r o s » (2). P o r fin se d e c i d i ó
Salió de Mallorca el 2 d e J u l i o de 1545, y h a b i é n d o s e d e t e n i d o algún
e l h u é s p e d á e n t r a r e n E j e r c i c i o s . San I g n a c i o , t e m i e n d o las m e l a n -
t i e m p o en B a r c e l o n a , l l e g ó p o r fin á R o m a el 10 de O c t u b r e . Fuese
colías d e l e j e r c i t a n t e , m a n d ó b u s c a r l e u n a p o s e n t o m u y c ó m o d o c o n
d e r e c h o á b u s c a r al P . J e r ó n i m o D o m é n e c h , q u e era a n t i g u o cono-
u n a m e n o j a r d í n . E n t r ó e n él Nadal m u y i m p a c i e n t e , y e m p e z ó los
cido s u y o . É s t e le condujo á San I g n a c i o , con q u i e n se e n c o n t r a r o n
E j e r c i c i o s el 5 d e N o v i e m b r e d e 1545. E r a su d i r e c t o r el P . D o m é n e c h .
c u a n d o v o l v í a d e l m o n a s t e r i o d e Santa Marta. P r e s e n t ó D o m é n e c h
La p r i m e r a s e m a n a la pasó Nadal f e r v o r o s a m e n t e , y al fin d e ella
al r e c i é n l l e g a d o , y el santo p a t r i a r c a , a u n q u e al p r o n t o m o s t r ó un
hizo confesión g e n e r a l con San I g n a c i o .
a s o m o de a l e g r e s o r p r e s a , d e s p u é s , c o m o quo se c o n c e n t r ó dentro
E m p o z ó c o n n u e v o s f e r v o r e s la s e g u n d a s e m a n a ; p e r o al l l e g a r á
d e sí m i s m o , y se c o n t e n t ó con d a r al r e c i é n l l e g a d o f r í a m e n t e la
la e l e c c i ó n , fué tal la b o r r a s c a d e p e r t u r b a c i o n e s y trabajos q u e l e
b i e n v e n i d a . S i n t i ó v i v a m e n t e Nadal este d e s p e g o , q u e se le hizo
s o b r e v i n o , q u e p e n s ó n o p a s a r a d e l a n t e en l o s E j e r c i c i o s . V o l v i e r o n
i n e x p l i c a b l e en u n h o m b r e q u e años a t r á s a n d a b a t r a s él buscándolo
los d o l o r e s d e cabeza y d e e s t ó m a g o , las c a l e n t u r a s y d e m á s acha-
con t a n t o s afanes. Quiso el P . D o m é n e c h h o s p e d a r á Nadal en una
q u e s d e l c u e r p o ; la v o l u n t a d estaba d é b i l , e l e n t e n d i m i e n t o oscu-
casa á p r o p ó s i t o , y m e t e r l e l u e g o , f e r v i e n t e c o m o v e n í a , en Ejerci-
r e c i d o , y p o r t o d a s p a r t e s p a r e c í a c e r r a d o el c a m i n o p a r a t o m a r u n a
cios; p e r o deshízose esta t r a z a , p o r q u e p r e s e n t á n d o s e dos personas
sólida d e t e r m i n a c i ó n . Á los diez y siete días d e E j e r c i c i o s e m p e z ó á
d e la familia de D. J a i m e d e l P o z o , a u d i t o r de M a l l o r c a , c o g i e r o n á
desconfiar el P . D o m é n e c h , y a u n p r o p u s o á Nadal d e j a r a q u e l l o d e
Nadal y se lo l l e v a r o n á casa d e l a u d i t o r , c u y o hospedaje n o fué po-
la elección y p a s a r a d e l a n t e . « Q u i e r o h a c e r u n esfuerzo, dijo el ejer-
sible r e h u s a r .
c i t a n t e , y v e r si h o y p u e d o r e s o l v e r algo.» A p e n a s h i z o este esfuerzo,
T r e i n t a días p e r m a n e c i ó Nadal e n a q u e l l a casa, algo distraído de
c u a n d o se d i s i p a r o n t o d a s las t i n i e b l a s y so afirmó e n lo q u e c o n v e -
los b u e n o s p r o p ó s i t o s q u e h a b í a l l e v a d o á R o m a , y e n t r e t e n i d o en
nía la v o l u n t a d d e Nadal. S e n t í a , sí, la r e s i s t e n c i a y la fuerza p o d e -
v i s i t a r los m o n u m e n t o s de la a n t i g ü e d a d . Con t o d o e s o , frecuentaba
rosa d e las dificultades y malas i n c l i n a c i o n e s , p e r o con u n a s u b l i m e
las visitas á San I g n a c i o . B u s c a r o n ocasión de h a b l a r l e los P P . Laínez
r e s o l u c i ó n t o m ó la p l u m a y e s c r i b i ó lo s i g u i e n t e :
y D o m é n e c h , y le e x h o r t a r o n m u c h o á e n t r a r en E j e r c i c i o s . P o r su
« E n el n o m b r e d e la S a n t í s i m a T r i n i d a d , P a d r e , H i j o y E s p í r i t u
p a r t e el santo p a t r i a r c a le c o n v i d a b a á c o m e r a l g u n a s v e c e s , y sin
S a n t o , y o d e t e r m i n o y p r o p o n g o s e g u i r los consejos e v a n g é l i c o s ,
u s a r de las calurosas e x h o r t a c i o n e s de los o t r o s d o s , le iba ganando
h a c i e n d o los v o t o s e n la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , y e s t o y p r e p a r a d o á eje-
e l c o r a z ó n con la d u l z u r a y a m a b i l i d a d d e su t r a t o .
c u t a r t o d o lo q u e sea n e c e s a r i o , a u n q u e sea p r e c i s o h a c e r los v o t o s
Á t o d o e s t o , N a d a l , i n c i t a d o p o r el i n t e r i o r e s p í r i t u q u e le traía,
e n s e g u i d a , y c o n s u m o t e m o r y t e m b l o r d e Dios y n u e s t r o S e ñ o r
q u i s o u n día f r a n q u e a r s e con San I g n a c i o . U n a d e las veces que
J e s u c r i s t o , y m o v i d o d e la s u m a m i s e r i c o r d i a q u e h a usado c o n m i g o ,
h a b í a ido á c o m e r con é l , le p i d i ó facultad p a r a h a b l a r l e á solas.
h a g o v o t o d e c u m p l i r esto con t o d a m i a l m a , con t o d a m i v o l u n t a d ,
L u e g o q u e la o b t u v o , se e x p r e s ó así: « E s t o s P a d r e s s i e m p r e me
están h a b l a n d o d e los E j e r c i c i o s . Ya sé y o lo q u e q u i e r e n con todo
( 1 ) «Tui, inquam, Paires multa mihi infarciunt, similiter credo me esse oguutum
de exercitiis, quae ego non sum nescius quo spectant, ut scüicet, vüaernstitutum et
( 1 ) L a c a r t a q u e l e y ó N a d a l d e b i ó ser, Bin d u d a , l a q u e e s c r i b i ó el a p ó s t o l de las statum mutem et ad vos veniam; quocirca voló, Inquam, intelhgere multa ex me, quae
I n d i a s e n G o c b í n , á 15 d e E n e r o d e 1 5 4 4 , e n la c u a l d a c u e n t a m i n u c i o s a d e la mi- faciunt, ut non videar aptus ad vestrum vitae insütutum.D
s i ó n e n l a P e s q u e r í a . C i r c u l ó m u c h o e s t a c a r t a , p o r ser l a p r i m e r a r e l a c i ó n d e misio-
( 2 ) «.Recle res habet: non deerit in Societate qua in re possis oceupan, si Dommus
nes nuestras que llegó á E u r o p a .
( 2 ) <íPalma percutiens mensam exclamavi: a Est nunc lioc aliquid.» (Ibid.) te ad eam vocaverit.v
 216 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA

c o n t o d o m i p o d e r . Á Dios sea la g l o r i a d e t o d o . A m é n . R o m a , año

d e J e s u c r i s t o 1545, día 23 de N o v i e m b r e á la h o r a diez y ocho y
m e d i a [es decir, á eso d e las d o c e y m e d i a d e l d í a ] » (1).
Siguióse á este acto u n a i n c r e í b l e c o n s o l a c i ó n d e l a l m a , y hasta
n o t a b l e alivio e n la salud. C u a n d o San I g n a c i o oyó el v o t o q u e había
h e c h o el e j e r c i t a n t e , se a l e g r ó m u c h í s i m o , d á n d o l e á e n t e n d e r q u e
CAPITULO II
y a le h a b í a o c u r r i d o á él s e m e j a n t e r e m e d i o c o n t r a a q u e l l a s tenta-
EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO Á SUS HIJOS
c i o n e s ; p e r o q u e n o h a b í a q u e r i d o s u g e r í r s e l o , p a r a d e j a r l e e n ma-
y o r l i b e r t a d de e l e g i r lo q u e t u v i e r a p o r c o n v e n i e n t e á la m a y o r SUMARIO: 1 . C ó m o les e n s e ñ a b a á s a n t i f i c a r s e á sí m i s m o s , a) O r a c i ó n q u e h a c í a
g l o r i a de Dios. E l día 29 de a q u e l m i s m o m e s d e N o v i e m b r e fué p o r ellos, b) E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , c ) O b r a s d e h u m i l d a d y p e n i t e n c i a , d) P e -
Nadal r e c i b i d o en la C o m p a ñ í a . r e g r i n a c i o n e s y h o s p i t a l e s , e) O b e d i e n c i a p e r f e c t a . — 2 . C ó m o les e n s e ñ a b a á
s a n t i f i c a r á los p r ó j i m o s , a ) E j e m p l o d e t o d a v i r t u d . 6) V i d a c o m ú n e n lo e x -
t e r i o r , c) M o d e s t i a s i n g u l a r , d) A n i m o y c o n f i a n z a e n D i o s , e) C i r c u n s p e c c i ó n y
r e s p e t o á t o d o s , p r i n c i p a l m e n t e á los s u p e r i o r e s e c l e s i á s t i c o s y s e g l a r e s .
( 1 ) « 7 » nomine SS. Trinitatis, Patris, Jesu Christi et Spiritus Soncti, definió et
propone seguí consilia evangélica cum votis in Soc. Jesu, et animo paratus sum fa-
ceré quae ad illam altineant, etiamsi velint ut statím voveam, et hoc cum summo ti- F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio.— 2. Cámara, Memorial.— 3. Re-
more et tremor» Dei et Dni. N. J. C. et ipsins summa qua in me usus est misericordia gestum litt. S. lgnaiii. — í. Memorie varié circa S. Ignasio.—5. Constitutiones S. I., latinae.
et hispanicae.— 6. Instntctiones. 15-Í6-1582.—7. Ribadeneira, Tintado del gobierno de nuestro
t
" " ' '
t a n m
' <>,
a t 0 t a
tota virtute. SU gloría. Amen.
volu ltat
Eomae, anno Dni
P. Ignacio.—8. Epistolae mixtae.—9. Castro, Historia del colegio de Alcalá.
154o, die 2 3 Novemb. hora 18 cum dimidio, cum fuissem in exercitiis 18 dies.»

1. T a l e s e r a n los h o m b r e s q u e Dios l l a m a b a á la C o m p a ñ í a y p o n í a
en m a n o s d e I g n a c i o p a r a a s e n t a r los f u n d a m e n t o s de t o d a la O r d e n ,
y de u n m o d o especial p a r a d a r p r i n c i p i o á la Asistencia de E s p a ñ a .
Y ¿ c ó m o los i n s t r u í a y e d u c a b a el santo p a t r i a r c a p a r a p e l e a r las b a -
tallas d e l S e ñ o r ? E s t o p r o c u r a r e m o s d e c l a r a r b r e v e m e n t e e n este
capítulo. I n d i c a r e m o s p r i m e r o c ó m o los e n s e ñ a b a á santificarse á sí
m i s m o s , y d e s p u é s , c ó m o los i n d u s t r i a b a p a r a santificar á los p r ó -
jimos.
a) L a p r i m e r a d i l i g e n c i a q u e t o m a b a I g n a c i o p a r a e d u c a r á sus h i -
jos, c o m o p a r a c u a l q u i e r o t r o n e g o c i o del s e r v i c i o d i v i n o , e r a la fer-
vorosa o r a c i ó n . O r a b a I g n a c i o i n f a t i g a b l e m e n t e por; sus h i j o s , s o b r e
todo c u a n d o los veía e n a l g u n a g r a v e t r i b u l a c i ó n . « C u a n d o a l g u n o
estaba, dice R i b a d e n e i r a , n o t a b l e m e n t e t e n t a d o y afligido, hacía m u -
cha o r a c i ó n y p e n i t e n c i a p o r él, y á u n o d e los p r i m e r o s c o m p a ñ e r o s
conservó e n la C o m p a ñ í a , e s t a n d o p a r a d e j a r l a , a y u n a n d o t r e s días
sin c o m e r b o c a d o , y h a c i e n d o o r a c i ó n p o r él» (1).
b) D e s p u é s d e la oración, el m e d i o f u n d a m e n t a l q u e t o m a b a e l
santo p a r a f o r m a r e n el e s p í r i t u á los a d m i t i d o s e n la Compañía, e r a

( 1 ) Tratado del gobierno de N. P. Ignacio, c. m . S u p o n e m o s q u e a l u d i r á R i -

b a d e n e i r a al P . S i m ó n R o d r í g u e z , q u i e n , á c o n s e c u e n c i a d e los s u c e s o s q u e m á s a d e -
lanta r e f e r i r e m o s , e s t u v o e n p e l i g r o d e p e r d e r la v o c a c i ó n el a ñ o 1 5 5 4 . ( V é a s o
Epistolae mixtae, t. í v , p . 1 8 5 y s i g u i e n t e s . )
218 LID. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
el d a r l e s con t o d o d e t e n i m i e n t o los E j e r c i c i o s espirituales. E s t e me-
d i o , t a n f e c u n d o s i e m p r e en b u e n o s r e s u l t a d o s , p r o d u j o en aquellos
p r i m e r o s P a d r e s t r a n s f o r m a c i o n e s m a r a v i l l o s a s , y ya e n el mismo
t i e m p o de h a c e r los E j e r c i c i o s p r a c t i c a b a n actos de v i r t u d q u e ver-
d a d e r a m e n t e a s o m b r a n . C o p i a r e m o s p a r a p r u e b a lo q u e el mismo
San I g n a c i o refirió al P . L u i s González de C á m a r a el día 1.° de Abril
d e 1555: « H a b l a n d o el P a d r e c o n m i g o de los E j e r c i c i o s del abad (1),
m e dijo lo q u e se s i g u e . P r i m e r a m e n t e , q u e a h o r a ya n o valía nada,
h a b l a n d o del r i g o r con q u e so d a b a n los E j e r c i c i o s al p r i n c i p i o ; que
e n t o n c e s n i n g u n o los hacía q u e n o estuviese a l g u n o s días sin comer
(vemine fmnenpcrsuadcntc), y q u e a h o r a esto n o se a t r e v e r í a á con-
s e n t i l l o más de u n día á a l g ú n sujeto r e c i o , a u n q u e de lo pasado no
t e n í a a l g ú n e s c r ú p u l o . T o d o s los p r i m e r o s P a d r e s h i c i e r o n los Ejer-
cicios e x a c t a m e n t e y a p r e t a d o s , y e l q u e m e n o s a b s t i n e n c i a hizo, es-
t u v o t r e s días sin c o m e r n i b e b e r n i n g u n a cosa, e x c e p t o S i m ó n , que
p o r n o d e j a r sus e s t u d i o s y n o a n d a r b i e n s a n o , n o dejó su casa ni
hizo n i n g u n o destos e x t r e m o s , sino q u e le daba el P a d r e las medita-
ciones, etc. F a b r o hizo los E j e r c i c i o s en el a r r a b a l de San J a q u e s , en
u n a casa á m a n o i z q u i e r d a , en t i e m p o q u e el r í o S e n a se pasaba con
c a r r e t a s p o r e s t a r h e l a d o ; y a u n q u e el P a d r e t e n í a esta advertencia
d e m i r a r en los l a b i o s , si se p e g a b a n , p a r a c o n o c e r si n o comía el
q u e se e j e r c i t a b a , c u a n d o e x a m i n ó á F a b r o h a l l ó q u e y a había seis
días n a t u r a l e s q u e n o c o m í a n i n g u n a c o s a , y q u e d o r m í a en camisa
s o b r e las b a r r a s eme le t r a j e r o n p a r a h a c e r f u e g o , el cual n u n c a ha-
bía h e c h o , y q u e las m e d i t a c i o n e s hacíalas s o b r e la n i e v e e n u n cor-
til [ p a t i o ] . C o m o el P a d r e de esto supo, le d i j o : «Yo p i e n s o cierto
» q u e v o s n o h a b é i s p e c a d o e n esto, a n t e s h a b é i s m e r e c i d o m u c h o . Yo
« v o l v e r é a n t e s de u n a h o r a á vos, y os d i r é lo q u e h a b é i s de hacer ;
y así se fué el P a d r e á u n a iglesia c e r c a n a á h a c e r o r a c i ó n , y su deseo
e r a q u e F a b r o e s t u v i e s e t a n t o t i e m p o sin c o m e r c u a n t o e l mismo
P a d r e h a b í a estado, p a r a lo cual le faltaba p o c o ; m a s , a u n q u e esto
d e s e a b a , n o se a t r e v i ó el P a d r e á c o n s e n t i l l o d e s p u é s de h e c h a ora-
ción, y así v o l v i ó á h a c e l l e fuego y d e c o m e r . Maestro F r a n c i s c o [Ja-
v i e r ] , u l t r a de su a b s t i n e n c i a g r a n d e , p o r q u e era e n la isla de París
u n o d e los m a y o r e s s a l t a d o r e s , se ató t o d o el c u e r p o y las piernas
con u n a c u e r d a r e c i a m e n t e , y así atado, sin p o d e r s e m o v e r , hacía las
m e d i t a c i o n e s » (2).
( 1 ) El a b a d d e M a r t i n e n g o , d e q u i e n h a b l a el P . C á m a r a e n la p á g i n a a n t e r i o r .
( 2 > Memorial, 1.° d e A b r i l d e 1 5 5 5 .
CAP. I I . — EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO Á SUS HIJOS 219
T a l e s e r a n las m a r a v i l l o s a s t r a n s f o r m a c i o n e s q u e e n los p r i m e r o s
P a d r e s e j e c u t a b a n los E j e r c i c i o s . P o r m e d i o d e ellos p r o c u r a b a a n t e
todo I g n a c i o a c o s t u m b r a r á sus hijos á o b r a r p o r los g r a n d e s p r i n c i -
pios d e la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a , q u e todos se r e d u c e n al fin s u p r e -
mo d e b u s c a r s i e m p r e y en t o d o la m a y o r g l o r i a d e Dios. E n la s e x t a
p a r t e d e las C o n s t i t u c i o n e s e m p i e z a el s a n t o el cap. i v con estas pa-
l a b r a s : « C o m o en la v i d a t o d a , así t a m b i é n en la m u e r t e , y m u c h o
m á s , d e b e cada u n o de la C o m p a ñ í a esforzarse y p r o c u r a r q u e D i o s
n u e s t r o S e ñ o r sea e n él glorificado y s e r v i d o . » Glorificar á D i o s e n
vida y e n m u e r t e , y g l o r i f i c a r l e t o d o lo p o s i b l e , h e a q u í e l s u p r e m o
a n h e l o d e San I g n a c i o y lo p r i m e r o q u e p r o c u r a b a e n s e ñ a r á sus
discípulos. E n u n o s b r e v e s avisos q u e el s a n t o p a t r i a r c a e s c r i b i ó ,
antes d e las C o n s t i t u c i o n e s , y d i r i g i ó al n a c i e n t e c o l e g i o de Alcalá,
l e e m o s a n t e t o d o este d o c u m e n t o : « T e m e m o s c u i d a d o de g u a r d a r él
corazón con m u c h a limpieza e n e l a m o r d e D i o s , d e s u e r t e q u e n i n -
g u n a cosa a m e m o s sino á É l , y con sólo D i o s d e s e e m o s c o n v e r s a r , y
con el p r ó j i m o p o r a m o r de É l , y n o p o r n u e s t r o s g u s t o s y pasa-
tiempos.» Y p o c o m á s a b a j o : «No q u e r a m o s v e r n i h a c e r cosa
q u e n o se p u e d a h a c e r d o l a n t e de Dios y de sus c r i a t u r a s , y así n o s
i m a g i n a r e m o s s i e m p r e e s t a r d e l a n t e d e É l » (1). I n ú t i l es m u l t i p l i c a r
ejemplos d e este g é n e r o , p u e s b a s t a r e c o r d a r q u e e n las C o n s t i t u -
ciones r e p i t e d e u n m o d o ó de o t r o hasta c i e n t o c u a r e n t a v e c e s la
idea de la m a y o r g l o r i a d i v i n a , c o m o h o m b r e q u e n o a c e r t a b a á d a r
u n paso sino m o v i d o p o r este s u p r e m o p r i n c i p i o d e la p e r f e c c i ó n
evangélica.
c) D e s p u é s d e i n f u n d i r á s u s h i j o s este deseo i n t e r i o r , p r o c u r a b a
ejercitarlos en o b r a s de m o r t i f i c a c i ó n y p e n i t e n c i a , p a r a q u e n o se
quedase t o d o e n deseos. Á t o d o s m a n d a b a s e r v i r p o r a l g ú n t i e m p o e n
la cocina y en o t r o s m i n i s t e r i o s h u m i l d e s d e la casa. De sí m i s m o
cuenta e l P . Nadal q u e le m a n d a b a el s a n t o a l g u n a s v e c e s c a v a r e n la
h u e r t a (2). P a r a este m i s m o ejercicio de la h u m i l d a d y p e n i t e n c i a in-
trodujo las p r u e b a s de p e r e g r i n a r y s e r v i r e n los h o s p i t a l e s . P r e -
g u n t ó l e u n día el P . Luis González de C á m a r a p o r q u é había insti-
tuido c o m o p r u e b a d e los n o v i c i o s las p e r e g r i n a c i o n e s . R e s p o n d i ó
el s a n t o : « P o r q u e e n m í m i s m o h a b í a e x p e r i m e n t a d o c u á n t o a p r o -
(1) N o s h a n c o n s e r v a d o e s t o s a v i s o s el P . R i b a d e n e i r a (Hist. de la Asist. de Es-
paña, 1. i , c. v i ) , y el P . C a s t r o (Hist. del col. de AIcalá, 1. 1 1 , c. i x ) .
(2) «Jubebat me P. Ignatius fodere in borlo cum suffulta pellibus veste.» (Epist.
P. Nadal, 1.1, p . 2 0 . )
 220 L1B. I I . — 8AN IGNACIO DE LOYOLA
v e c h a b a n » (1). E s t a e x p e r i e n c i a de lo q u e a p r o v e c h a b a la p e n i t e n c i a
e x t e r i o r y los actos d e h u m i l d a d y a b n e g a c i ó n , e j e r c i t a d o s e n pú-
b l i c o , fuera d e la p a r t i c u l a r i n s p i r a c i ó n d e q u e l u e g o h a b l a , m o v i ó
sin d u d a al s a n t o f u n d a d o r á l l e v a r p o r el m i s m o c a m i n o á sus hijos.
d) E s t o s actos d e m o r t i f i c a c i ó n y h u m i l d a d los i m p o n í a t a m b i é n
I g n a c i o c o m o p e n i t e n c i a de las faltas y c o m o m e d i o p a r a t r a e r al b u e n
c a m i n o á los q u e se h u b i e r a n d e s v i a d o de él. E n los a p u n t e s del
P . C á m a r a o b s e r v a m o s r e p e t i d a s veces, q u e u n a d e las mortificacio-
n e s q u e el santo exigía d e los i m p e r f e c t o s , e r a e l h a c e r a l g u n a p e r e -
g r i n a c i ó n á pie y p i d i e n d o limosna. E l año 1547, c u a n d o el P . P o -
l a n c o , j o v e n r e c i é n salido de los e s t u d i o s , p o r su celo i n d i s c r e t o
e n a c o n s e j a r y d i r i g i r á los d u q u e s d e T o s c a n a , p u s o e n p e l i g r o de
p e r d e r s e la f u n d a c i ó n d e l c o l e g i o q u e se p r o y e c t a b a en F l o r e n c i a ,
S a n I g n a c i o , p a r a r e p a r a r esta falta y e n s e ñ a r al i n e x p e r t o joven,
d e s p u é s de r e p r o b a r con p a l a b r a s g r a v e s la i n d i s c r e c i ó n c o m e t i d a ,
le da este c o n s e j o : « D e s e o q u e p o r esas p a r t e s d o n d e m á s desedifi-
cación se h a t e n i d o , q u i e r d e v u e s t r a p e r s o n a , q u i e r d e t o d o s nos-
o t r o s , q u e ahí os e j e r c i t á s e d e s en actos d e m a y o r h u m i l d a d , á m a y o r
confusión d e l e n e m i g o , d e l m u n d o y, d e la c a r n e , así c o m o s i r v i e n d o
a l g u n a s h o r a s d e l día á p o b r e s e n h o s p i t a l e s y c o n s o l a n d o sus áni-
mas en confesiones y e x h o r t a c i o n e s » (2).
P e r o e n esto d e las p e n i t e n c i a s y mortificaciones e x t e r i o r e s no
g u s t a b a t a n t o I g n a c i o d e i m p o n e r l a s , c o m o de m o d e r a r las q u e los
s u b d i t o s e s p o n t á n e a m e n t e se i m p u s i e s e n . N o t e m o s lo q u e so dice en
el f r a g m e n t o citado m á s a r r i b a a c e r c a d e l f e r v o r con q u e los p r i m e -
r o s P a d r e s h i c i e r o n los E j e r c i c i o s : q u e a q u e l l a s e x t r a o r d i n a r i a s pe-
n i t e n c i a s las h i c i e r o n nomine persuadiente. P r o c u r a b a el santo pa-
t r i a r c a d e s p e r t a r e n el c o r a z ó n de sus hijos u n a r d i e n t e d e s e o d e la
p e r f e c c i ó n , y q u e r í a q u e d e este i n t e r n o deseo, y n o d e l m a n d a t o ex-
t r í n s e c o d e l s u p e r i o r , p r o c e d i e s e n las p e n i t e n c i a s d e los subditos.
Véase esta táctica del santo d e s c r i t a e n el s i g u i e n t e p á r r a f o del
P . C á m a r a : « S u e l e n u e s t r o P a d r e m u c h o c o o p e r a r con las inclina-
ciones, vehti c o n c u r r i e n d o . No h a c e n u n c a , e n c u a n t o se p u e d e , vio-
lencia á n i n g u n o , a n t e s a u n las cosas q u e n o se h a c e n o r d i n a r i a m e n t e
v o l u n t a r i a m e n t e , c o m o son disciplinas p ú b l i c a s y o t r a s p e n i t e n c i a s
p o r defectos, el P a d r e o r d e n a d e m a n e r a q u e a q u e l t a l las elija y las
q u i e r a , imo d e lo q u e él elige h a c e q u i t a r , d e m o d o q u e s i e m p r e el
( 1 ) Memorial, 17 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, 1.1, p. 328.
CAP. II.—EDUCACIÓN RELIGIOSA QDE DABA SAN IGNACIO Á SDS HIJOS 221
que h a c e la p e n i t e n c i a q u e d a c o n a m o r y c o n o c i m i e n t o q u e m e r e c í a
más y sin a m a r i t u d » (1).
E s t a s u a v i d a d usaba I g n a c i o c o n los b u e n o s r e l i g i o s o s , y q u e h a b í a n
llegado á r e s i g n a r s e e n la v o l u n t a d d e los s u p e r i o r e s . « P o r q u e e n los
que n o t e n í a n esta i n d i f e r e n c i a y a b n e g a c i ó n p r o p i a , p r o s i g u e e l
P. C á m a r a , ó n o descansaba I g n a c i o hasta v e r l o s m u e r t o s á sus v o -
l u n t a d e s y j u i c i o s , ó, finalmente, los despedía de la C o m p a ñ í a » (2).
ej Y con esto l l e g a m o s al p u n t o e n q u e m á s insistía n u e s t r o santo
P a d r e , y e n q u e deseaba se d i s t i n g u i e s e t o d o h i j o d e la Compañía,
la v i r t u d d e la santa o b e d i e n c i a . E n u n a c a r t a d i r i g i d a en 1547 á los
H e r m a n o s e s t u d i a n t e s d e l c o l e g i o d e G a n d í a , l e s d i c e estas p a l a b r a s
sobre la o b e d i e n c i a al r e c t o r : « T o d a la a u t o r i d a d q u e y o si p r e s e n t e
estuviese q u e r r í a t e n e r p a r a m e j o r a y u d a r o s , á m a y o r h o n r a y g l o r i a
de Dios n u e s t r o S e ñ o r , t o d a a q u e l l a d e s e o t e n g a e l r e c t o r p a r a e l
m i s m o fin. Así q u e n o le t e n g á i s o t r o r e s p e t o q u e á m í m e s m o t e n -
dríades, a n t e s n i á él n i á m í , mas á J e s u c r i s t o S e ñ o r n u e s t r o , á q u i e n
en e n t r a m b o s o b e d e c é i s y p o r él á sus m i n i s t r o s . Q u i e n n o se dispu-
siese á o b e d e c e r y d e j a r s e r e g i r al m o d o d i c h o , a g o r a sea d e l o s q u e
p r e s e n t e s se h a l l a n en Gandía, a g o r a sea de los q u e s u c e d e r á n , a g o r a
sea este r e c t o r , a g o r a o t r o q u e e n s u l u g a r e n t r a r e p o r o r d i n a c i ó n
del q u e fuere P r e p ó s i t o G e n e r a l de la Compañía, dispóngase á t o m a r
otra v í a , d e j a n d o v u e s t r a c o n g r e g a c i ó n y c o m ú n v i v i r e n e l l a , e n la
cual n i n g u n o c o n v i e n e ser q u e n o p u e d a ó n o q u i e r a sojuzgarse á la
obediencia así d e c l a r a d a » (3).
P e r o d o n d e San I g n a c i o d e s a r r o l l ó p o r c o m p l e t o su t e o r í a d e la
obediencia, f u é , c o m o t o d o s saben, e n la c é l e b r e c a r t a d i r i g i d a á los
P a d r e s y H e r m a n o s de la P r o v i n c i a de P o r t u g a l el 26 d e Marzo
de 1553 (4). Ya e n o t r a s h a b í a i n s i n u a d o el santo sus ideas, y las h a b í a
difundido o r a l m e n t e e n R o m a , c o n f i r m á n d o l a s c o n la p r á c t i c a . E n
este año los d i s t u r b i o s o c u r r i d o s e n P o r t u g a l , q u e á tantos c o s t a r o n
la vocación, c o m o á su t i e m p o lo v e r e m o s , d e t e r m i n a r o n al g l o r i o s o
patriarca á r e d a c t a r esta c a r t a , q u e es u n b r e v e p e r o c o m p l e t o t r a -
tado s o b r e la o b e d i e n c i a r e l i g i o s a . P a r e c e q u e esta m a t e r i a , n o sola-
m e n t e la t e n í a b i e n p e n s a d a San I g n a c i o , sino q u e t a m b i é n la h a b í a
consultado m u y de p r o p ó s i t o con los p r i n c i p a l e s P a d r e s de la C o m -
pañía.
Después de u n s u a v e e x o r d i o en q u e se c o n g r a t u l a e l santo c o n sus
( 1 ) Memorial, 3 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 . — ( 2 ) Ibid.—(3) Cartas de San Ignacio,
t. l i , p . 1 3 . — ( 4 ) Ibid., t. m , p . 1 8 4 .
 222 LIB. I I . — SAN IQNAC10 DE LOYOLA
h i j o s d e P o r t u g a l , p o r los v i v o s deseos d e la p e r f e c c i ó n religiosa
q u e Dios les d a , y d e c l a r á n d o l e s c u á n t o ansia q u e los i n d i v i d u o s de
la C o m p a ñ í a se d i s t i n g a n en la santa o b e d i e n c i a , asienta el p r i n c i p i o
f u n d a m e n t a l e n esta m a t e r i a , cual e s , q u e n o se d e b e o b e d e c e r al
s u p e r i o r p o r sus v i r t u d e s y t a l e n t o s ó p o r o t r a s r a z o n e s n a t u r a l e s ,
s i n o p o r q u e t i e n e las v e c e s y a u t o r i d a d d e D i o s . E l b u e n o b e d i e n t e
n o h a d e r e c i b i r el m a n d a t o c o m o salido de u n h o m b r e , sino como
d e Cristo n u e s t r o Señor, q u e p o r m e d i o d e l h o m b r o le g o b i e r n a .
T r e s g r a d o s d i s t i n g u e San I g n a c i o p o r d o n d e se s u b e á la perfección
de esta v i r t u d , q u e son: o b e d i e n c i a de ejecución, o b e d i e n c i a de v o l u n -
t a d y o b e d i e n c i a de e n t e n d i m i e n t o . E l p r i m e r o es m u y b a j o , y aun-
q u e b a s t e p a r a la sustancia de esta v i r t u d , apenas m e r e c e el n o m -
b r e d e o b e d i e n c i a . E s p r e c i s o s u b i r al s e g u n d o g r a d o , c o n f o r m a n d o
la v o l u n t a d con la v o l u n t a d del s u p e r i o r .
P o n d e r a I g n a c i o la e x c e l e n c i a de este g r a d o , p o r la excelencia del
d o n q u e en él se ofrece, cual es la v o l u n t a d p r o p i a . E s t o se e n t i e n d e
si e l s u b d i t o p r o c e d e c o n s i n c e r i d a d , y n o p r o c u r a m a ñ o s a m e n t e
t r a e r la v o l u n t a d del s u p e r i o r á la s u y a , p u e s en tal caso no obedece
él cd prelado, sino el prelado á él. F i n a l m e n t e , e x h o r t a n u e s t r o santo
P a d r e á s u b i r al t e r c e r o y s u p r e m o g r a d o , t e n i e n d o u n m i s m o sentir
c o n el s u p e r i o r y s o m e t i e n d o el p r o p i o j u i c i o al s u y o . D e m u e s t r a
b r e v e , p e r o c l a r a m e n t e , q u e este g r a d o es p o s i b l e , p o r q u e d o n d e la
e v i d e n c i a n o fuerza al e n t e n d i m i e n t o , c o m o sucedo o r d i n a r i a m e n t e ,
p u e d e la d e v o t a v o l u n t a d i n c l i n a r s e á s e n t i r lo q u e el s u p e r i o r s i e n t e .
A ñ a d e á c o n t i n u a c i ó n , q u e este g r a d o es d e b i d o p a r a q u e el h o l o -
causto de la o b e d i e n c i a sea c o m p l e t o . E n s e ñ a d e s p u é s cuan necesario
sea p a r a la p r á c t i c a de esta v i r t u d , p u e s si n o h a y o b e d i e n c i a de jui-
c i o , es m u y difícil q u e la o b e d i e n c i a d e v o l u n t a d y ejecución sea cual
c o n v i e n e . H a b i e n d o d i v e r s i d a d de p a r e c e r e s e n t r e los s u b d i t o s y supe-
r i o r e s , f o r z o s a m e n t e h a n d e b r o t a r m u r m u r a c i o n e s , quejas, excusas,
d o b l e c e s y o t r a s i m p e r f e c c i o n e s , y s i e m p r e s e r á v i o l e n t o p a r a el in-
d i v i d u o y p a r a la c o n g r e g a c i ó n , p r o c e d e r en la o b r a c o n t r a las ideas
y j u i c i o s q u e se g u a r d a n e n la cabeza. P o r fin ensalza el s a n t o pa-
t r i a r c a la s u b l i m i d a d de este g r a d o d e o b e d i e n c i a , p u e s así el obe-
d i e n t e se ofrece e n h o l o c a u s t o p e r f e c t o á la D i v i n a Majestad, ven-
c i é n d o s e p o r su a m o r en la p a r t e más alta y difícil d e l h o m b r e , cual
es la v o l u n t a d y el e n t e n d i m i e n t o .
Y ¿cómo se l l e g a r á á tan s u b l i m e p e r f e c c i ó n ? Á esto r e s p o n d e San
I g n a c i o con San L e ó n , p a p a : « N i n g u n a cosa h a y difícil á los h u m i l -
d e s , n i á s p e r a á los mansos.» H a y a e n v o s o t r o s h u m i l d a d , h a y a man-
CAP. II,—EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO Á SDS HIJOS 223
s e d u m b r e , q u e Dios n u e s t r o S e ñ o r d a r á g r a c i a , con q u e suave y
a m o r o s a m e n t e le m a n t e n g á i s s i e m p r e la o b l a c i ó n q u e le h a b é i s
hecho. Á este principio general añade nuestro santo P a d r e tres me-
dios p r á c t i c o s m u y b u e n o s . E l p r i m e r o es a c o s t u m b r a r s e á m i r a r e n
el s u p e r i o r á J e s u c r i s t o n u e s t r o S e ñ o r ; e l s e g u n d o es t e n e r a m o r á
lo q u e la o b e d i e n c i a o r d e n a , y el t e r c e r o , a c o s t u m b r a r s e á o b r a r de
un m o d o s e m e j a n t e al q u e se suele t e n e r en cosas d e fe, es decir, q u e
p r e s u p o n i e n d o s e r b u e n o c u a n t o se manda, p r o c e d a la v o l u n t a d con
todo b r í o á la e j e c u c i ó n , c e r r a n d o la p u e r t a á las cavilaciones y j u i -
cios c o n t r a r i o s q u e s u g i e r e el d e m o n i o . E s t o es lo q u e suele l l a m a r -
se, en lenguaje a s c é t i c o , o b e d i e n c i a ciega. T o d a esta d o c t r i n a de la
obediencia d e b e aplicarse á t o d o s u b d i t o r e s p e c t o de c u a l q u i e r legí-
timo s u p e r i o r , lo m i s m o al G e n e r a l c u a n d o o b e d e c e al p a p a , q u e al
ínfimo r e l i g i o s o c u a n d o se s o m e t e al s u p e r i o r i n m e d i a t o .
Esta c é l e b r e carta, r e d u c i d a á unas cuantas r e g l a s prácticas q u e
t e n e m o s e n el s u m a r i o , f o r m a la p a u t a d e t o d a la C o m p a ñ í a e n lo q u e
toca á esta v i r t u d . E s u n e r r o r v u l g a r c r e e r q u e la o b e d i e n c i a es en
la C o m p a ñ í a u n a v i r t u d d i f e r e n t e d e la o b e d i e n c i a usada en o t r a s r e l i -
g i o n e s , y q u e e n t r e n o s o t r o s r e v i s t e u n c a r á c t e r de m i s t e r i o s o fana-
tismo q u e n o se d e s c u b r e en o t r a s c o n g r e g a c i o n e s . N u e s t r a o b e d i e n -
cia es la m i s m a v i r t u d q u e se usa e n t o d a la Iglesia, e n t r o r e l i g i o s o s
y n o r e l i g i o s o s . P o d r á h a b e r diferencia en el más y e n el m e n o s , p e r o
la sustancia es la m i s m a . C o m o el silencio del cartujo n o es v i r t u d
distinta d e l s i l e n c i o , v. gr., d e l franciscano, t a m p o c o n u e s t r a o b e -
diencia se d i s t i n g u e ' d e la o b e d i e n c i a de c u a l q u i e r a o t r o . L o q u e h a y
de p a r t i c u l a r es q u e , c o m o cada r e l i g i ó n se d i s t i n g u e e n a l g u n a v i r -
tud y p r á c t i c a p i a d o s a , s e g ú n el e s p í r i t u q u e Dios le h a c o m u n i c a d o ,
así la C o m p a ñ í a p r o c u r a d i s t i n g u i r s e en la v i r t u d de la santa o b e -
diencia. De este m o d o , i n f u n d i e n d o e n el c o r a z ó n p o r m e d i o d e los
Ejercicios u n deseo a r d e n t í s i m o de s e r v i r á D i o s , r e d u c i e n d o á la
práctica ese deseo p o r m e d i o d e actos e n é r g i c o s d e a b n e g a c i ó n y
p e n i t e n c i a , y g o b e r n a n d o t o d a la a c t i v i d a d h u m a n a p o r m e d i o de la
obediencia r e l i g i o s a , disponía I g n a c i o á sus discípulos p a r a l l e g a r á
una v i r t u d y p e r f e c c i ó n e m i n e n t e .
2. Y ¿ c ó m o los i n d u s t r i a b a p a r a a p r o v e c h a r e s p i r i t u a l m e n t e á los
p r ó j i m o s ? Claro está q u e I g n a c i o , c o m o t o d o s l o s m a e s t r o s d e espí-
r i t u , exigía c o m o p r i m e r a c o n d i c i ó n p a r a c o n v e r t i r á los o t r o s , e l
ejemplo d e la v i d a santa y p e r f e c t a . E n la s é p t i m a p a r t e d e las Cons-
t i t u c i o n e s , cap. i v , i n d i c a n d o el santo f u n d a d o r l o s m e d i o s q u e t o -
m a r a n los N u e s t r o s p a r a santificar al p r ó j i m o , e s c r i b e estas p a l a b r a s :
 224 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
a) «Lo p r i m e r o o c u r r e s e r el b u e n e j e m p l o d e t o d a h o n e s t i d a d y
v i r t u d c r i s t i a n a , p r o c u r a n d o , n o m e n o s , sino m á s , edificar con las
b u e n a s o b r a s q u e c o n las p a l a b r a s » (1). E s t e p r i n c i p i o , q u e tan ad-
m i r a b l e m e n t e p r a c t i c a b a e n su p e r s o n a el santo, lo r e c o m e n d a b a ante
t o d o y s o b r e t o d o á sus d i s c í p u l o s c u a n d o los e n v i a b a á t r a b a j a r en la
v i ñ a d e l S e ñ o r . «La p r i m e r a cosa, dice R i b a d e n e i r a , y m á s p r i n c i p a l
q u e n u e s t r o b i e n a v e n t u r a d o P a d r e e n c o m e n d a b a á los de la Com-
pañía q u e a n d a b a n e n m i s i o n e s , ó se o c u p a b a n e n t r a t a r con los p r ó -
j i m o s p a r a a y u d a r l o s e n las cosas e s p i r i t u a l e s , e r a q u e e n t e n d i e s e n
q u e su m a y o r c u i d a d o y m á s i m p o r t a n t e p a r a a p r o v e c h a r á los otros,
e r a a p r o v e c h a r s e á sí, y p e r f e c c i o n a r s e y c r e c e r cada día e n v i r t u d
c o n el favor del S e ñ o r , p o r q u e d e esta m a n e r a v i e n e e l h o m b r e á
s e r d i g n o i n s t r u m e n t o d e Dios p a r a e n g e n d r a r e n los o t r o s la perfec-
ción y e n c e n d e r á los d e m á s en e l fuego de c a r i d a d q u e a r d e en su
p e c h o » (2).
b) P r e s u p u e s t o e s t e p r i n c i p i o g e n e r a l , v e a m o s los a r b i t r i o s em-
p l e a d o s p o r el s a n t o con el fin d i r e c t o d e santificar á los p r ó j i m o s .
A n t e t o d o , p a r a p o n e r s e m e j o r e n c o n t a c t o c o n la sociedad, y a b r i r s e
m á s fácil c a m i n o p a r a t r a t a r con t o d o g é n e r o d e g e n t e s , dispuso Igna-
c i o q u e n u e s t r o m o d o d e v i v i r fuese c o m ú n e n lo e x t e r i o r ; p o r lo cual,
así c o m o n o q u i s o p r e s c r i b i r d e t e r m i n a d a s p e n i t e n c i a s y a u s t e r i d a -
d e s , así t a m b i é n n o q u i s o d e s i g n a r h á b i t o á la C o m p a ñ í a , e n c a r g a n d o
s o l a m e n t e q u e n u e s t r o traje fuera el de los c l é r i g o s h o n e s t o s del
p a í s d o n d e v i v i m o s . G u s t a r á á n u e s t r o s l e c t o r e s c o n o c e r a l g u n a s par-
t i c u l a r i d a d e s a c e r c a d e l v e s t i d o y v i d a o r d i n a r i a d e l santo. H e aquí
c ó m o le d e s c r i b e u n a M e m o r i a a n ó n i m a , p e r o q u e p a r e c e s e r del
siglo x v i y p o c o p o s t e r i o r á la m u e r t e d e San I g n a c i o : « S u sotana
e r a de p a ñ o r o m a n e s c o ; la p a r t e q u e c u b r í a el e s t ó m a g o estaba r e -
forzada y c o m p u e s t a d e v a r i a s p i e z a s ; el s o m b r e r o e r a bajo, c o n dos
c i n t a s , c o m o se u s a b a n e n t o n c e s , p a r a q u e n o lo l l e v a r a el v i e n t o ,
p e r o n o t e n í a d e n t r o f o r r o , n i l l e v a b a a l r e d e d o r n i n g u n a c i n t a de
s e d a ó b o r l a s ; el b o n e t e c u a d r a d o . No se veía f u e r a d e la sotana el
c u e l l o d e la camisa. C u a n d o salía fuera, l l e v a b a e n vez d e l m a n t e o la
v e s t e d e l o s e s c o l a r e s , q u e e r a tal c o m o la l l e v a n a h o r a e n Italia
n u e s t r o s e s t u d i a n t e s q u e n o son t o d a v í a s a c e r d o t e s . E n casa, c u a n d o
h a c í a f r í o , p o n í a s e s o b r e la sotana el m a n t e o . E n l u g a r d e b a s t ó n se
servía de u n a caña. No l l e v a b a el r o s a r i o en el c e ñ i d o r , sino q u e lo
( 1 ) Constitutiones S. I , latinae et hispanicae, p. 2 2 1 .
( 2 ) Tratado del gobierno de nuestro P. Ignacio, c. v .
CAP. II.—EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO i SUS HIJOS 225
tenía e n el c u a r t o (1). C u a n d o se acostaba t e n í a c o n s i g o el r o s a r i o en
la c a m a , y d o r m í a c o n é l . E n casa a n d a b a c o n u n p a r d e zapatillas,
cosa q u e n o u s a b a n o t r o s , sino é l , c o m o viejo y m á s achacoso q u e
los d e m á s . F u e r a de casa n o a n d a b a con zapatillas, sino con zapatos.
Su r o s a r i o n o e r a n i m u y p e q u e ñ o n i m u y g r a n d e , s i n o m e d i a n o , sin
medalla n i n g u n a , de u n e n g a r c e c o m o s u e l e n s e r cavalieri» (2).
E r a t a n t o lo q u e g u s t a b a San I g n a c i o d e la v i d a c o m ú n e n lo e x t e -
r i o r , q u e á los p r i n c i p i o s n i s i q u i e r a q u e r í a q u e p a r a n o m b r a r á los
Nuestros se usasen las p a l a b r a s P a d r e y H e r m a n o . Véase lo q u e nos
cuenta el P . C á m a r a a c e r c a d e e s t o : «Al P a d r e n o le p a r e c e se d e b e
d e l l a m a r Padres n i Hermanos, p o r q u e así c o m o l e p a r e c e b i e n n o
t e n o r n o s o t r o s h á b i t o s d i f e r e n t e s , lo m i s m o d e b e m o s de s e g u i r en
el m o d o d e h a b l a r . Manda q u e se h a g a consulta p a r a h a l l a r m e d i o s
cómo se h a b l a r á d e c e n t e m e n t e , y esto sea t a n t o a q u í e n casa [ e n la
casa p r o f e s a ] c o m o e n el c o l e g i o [ r o m a n o ] , y so refiera al P a d r e ;
y tocaba S. R. q u e se p o d í a d e c i r u n o do los N u e s t r o s , u n o de la
C o m p a ñ í a , u n s a c e r d o t e , u n l a i c o , y lo d e m á s p o r sus n o m b r e s » (3).
A esta n o t a añade el P . C á m a r a la s i g u i e n t e e x p l i c a c i ó n ó c o m p l e -
m e n t o e n p o r t u g u é s : La c o s t u m b r e de l l a m a r s e s i m p l e m e n t e u n o s
á o t r o s p o r sus p r o p i o s n o m b r e s es m u y a n t i g u a e n la C o m p a ñ í a .
C o n t ó m e el H . í ñ i g o de O c h a n d i a n o , de q u i e n y a h a b l é más a r r i b a ,
que oyó c o n t a r al P . Araoz, quo a n t e s de e n t r a r en la C o m p a ñ í a fué
u n día á v i s i t a r e n R o m a á n u e s t r o P . I g n a c i o , q u e e r a t í o s u y o , y
llegando á la p u e r t a , dio el p o r t e r o , q u e e n t o n c e s e r a el P . F r a n c i s c o
de la I n d i a [San F r a n c i s c o J a v i e r ] , el r e c a d o p o r estas p a l a b r a s : «íñi-
»go, está a q u í Araoz, q u e os q u i e r e h a b l a r . » Del m i s m o m o d o h a b l a b a
e l P . P e d r o F a b r o á n u e s t r o P . I g n a c i o , c o m o consta d e m u c h a s c a r t a s
suyas, q u e a u n a h o r a a n d a n e n t r e n o s o t r o s . Á este p r o p ó s i t o n o s con-
taba el P . Araoz, e n Valencia, el a ñ o 1545, q u e m a n d ó u n día el P . Fa-
b r o al p o r t e r o d e a q u e l c o l e g i o q u e llamase á u n o d e casa, q u e y a
( 1 ) L l a m a m o s la a t e n c i ó n d e l l e c t o r s o b r e e s t e d a t o , p o r q u e los p i n t o r e s m o d e r n o s
h a n d a d o en la c o s t u m b r e d e p i n t a r á I g n a c i o c o n el r o s a r i o en el c e ñ i d o r . E s t a es
u n a f a l s e d a d h i s t ó r i c a d e t a n t a s c o m o s u e l e n c o m e t e r los a r t i s t a s . Q u e S a n I g n a c i o
no l l e v a b a el r o s a r i o en el c e ñ i d o r , lo p r u e b a , a d e m á s d e l d o c u m e n t o p r e s e n t e , el
hecho q u e l u e g o r e f e r i m o s d e q u e n o q u i s o a d o p t a r ningún distintivo que nos dife-
r e n c i a s e d e l o s c l é r i g o s h o n e s t o s . A h o r a b i e n : el r o s a r i o p e n d i e n t e e n l a c i n t u r a n o
h a y d u a q u e es u n d i s t i n t i v o , p u e s el clero s e c u l a r n o lo l l e v a . L u e g o si S a n I g n a -
cio lo h u b i e r a l l e v a d o , se h u b i e r a p u e s t o en m a n i f i e s t a c o n t r a d i c c i ó n c o n s i g o m i s m o .
( 2 ) Memorie varié circa S. Ignazio, f. 4 1 . N o h e p o d i d o a v e r i g u a r q u é g é n e r o d e
e n g a r c e es ese l l a m a d o e n I t a l i a cavalieri.
( 3 ) Memorial, 18 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 .
 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
226
iba p o r la calle h a c i a f u e r a ; y p o r q u e c u a n d o le l l a m ó , le h a b l ó p o r
esta p a l a b r a , Hermano, le r e p r e n d i ó el P . F a b r o , d i c i e n d o q u e le lla-
mase p o r su p r o p i o n o m b r e . » Sin e m b a r g o , al fin d e su v i d a consin-
t i ó San I g n a c i o e n las d e n o m i n a c i o n e s de P a d r e y H e r m a n o , quo,
p o r estar usadas e n todas las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , y h a b e r s e ya i n t r o -
d u c i d o i n s e n s i b l e m e n t e en la C o m p a ñ í a , p a r e c í a v i o l e n t o s u p r i m i r -
las. P o c o d e s p u é s de m o r i r el santo, se r e g u l a r i z ó p o r el P . Nadal id
t r a t a m i e n t o de las p e r s o n a s c o m o hasta a h o r a se usa.
Á este m i s m o p r i n c i p i o do la vida c o m ú n e n lo e x t e r i o r se d e b e la
r e s i s t e n c i a q u e hizo n u e s t r o santo P a d r e á i n t r o d u c i r h á b i t o ó adop-
t a r s i q u i e r a a l g ú n d i s t i n t i v o e x t e r i o r . Ya q u o n o t u v i é r a m o s h á b i t o
p a r t i c u l a r c o m o las o t r a s r e l i g i o n e s , p r o p u s i e r o n v a r i o s de los Nues-
t r o s ado]Jtar a l g ú n d i s t i n t i v o , p a r a e v i t a r u n i n c o n v e n i e n t e g r a v e ,
q u e se hizo s e n t i r e n v a r i a s ocasiones, y fué q u e a l g u n o s eclesiásti-
cos p e r v e r s o s , d i c i e n d o ser de la C o m p a ñ í a , e n g a ñ a b a n á personas
p i a d o s a s , y c o n los d e s ó r d e n e s de sus c o s t u m b r e s h a c í a n r e c a e r
m a l a n o t a s o b r e t o d a n u e s t r a O r d e n , p o r c r e e r l o s el v u l g o indivi-
d u o s d e ella. E s t o so e x p e r i m e n t ó , p r i n c i p a l m e n t e , en Alcalá el año
1549, con el caso q u e á s u t i e m p o r e f e r i r e m o s d e l escandaloso sacer-
d o t e B a r r a s a . Q u i s i e r o n e n t o n c e s v a r i o s a d o p t a r a l g u n a señal ó dis-
t i n t i v o q u e n o s d i f e r e n c i a r a d e l c l e r o s e c u l a r (1); p e r o el P . Villa-
n u e v a se o p u s o á e l l o , y San I g n a c i o confirmó este d i c t a m e n . Consul-
t a n d o s o b r e ello el P . A r a o z á San I g n a c i o , r e c i b i ó esta r e s p u e s t a del
P . P o l a n c o : « D e l t r a e r señal d i f e r e n t e , n o le p a r e c e [al P . I g n a c i o ]
i n n o v a r nada» (2).
c) E l d i s t i n t i v o q u e San I g n a c i o q u e r í a v e r e n sus hijos era la mo-
destia y c o m p o s t u r a r e l i g i o s a . P o r e s o , n o c o n t e n t o c o n e s c r i b i r re-
glas especiales s o b r e esta v i r t u d , las p r o m u l g ó e n R o m a con singu-
l a r s o l e m n i d a d . Véase la d i l i g e n c i a q u e e n esto p u s o , s e g ú n lo que
n o s r e f i e r e el P . C á m a r a :
«La m o d e s t i a y c o m p o s i c i ó n del h o m b r e e x t e r i o r las estimaba
n u e s t r o P a d r e m u c h o en los d e la C o m p a ñ í a , y p a r a a y u d a r n o s en
ella se p u s o c o n m u c h a a p l i c a c i ó n á h a c e r las r e g l a s s i g u i e n t e s , las
c u a l e s m e m a n d ó q u e h i c i e s e e j e c u t a r en casa con p e n i t e n c i a s y to-
dos los d e m á s m e d i o s q u e se usa e n o t r a s cosas (3); y p a r a q u e estas
r e g l a s fuesen d e t o d o s e n t e n d i d a s , m a n d ó e l P . I g n a c i o al P . Laínez
( 1 ) Vide Epistolae mixtae, t. n , p . 3 1 4 .
( 2 ) Eegest. S. Ignatii, t. i, p . 1 7 2 . L a c a r t a es d e l 24 d e D i c i e m b r e d e 1 5 4 9 .
( 3 ) T é n g a s e p r e s e n t e q u e el P . L u i s G o n z á l e z d e C á m a r a e r a m i n i s t r o d e la casa
p r o f e s a , y , p o r c o n s i g u i e n t e , d e b í a c u i d a r p o r oficio d e la o b s e r v a n c i a r e g u l a r .
CAf. II.—EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO Á SUS HIJOS 227
que las p u b l i c a s e en u n a plática quo hizo en casa p a r a e s o , á la c u a l
m a n d ó a c u d i r á t o d o s los de casa, así a n t i g u o s c o m o m o d e r n o s ,
sin faltar n i n g u n o (1). E n el m i s m o p á r r a f o a ñ a d e este dato h i s t ó -
rico s o b r e lo m i s m o : • E s t á b a m o s u n día á la mesa c o n n u e s t r o P a d r e
algunos de casa, y saliendo la c o n v e r s a c i ó n d e lo q u e se decía p o r
Roma q u e é r a m o s t o d o s h i p ó c r i t a s , r e s p o n d i ó el P a d r e q u e d e s e a b a
t u v i é s e m o s m u c h o m á s de a q u e l l a h i p o c r e s í a , y a ñ a d i ó : «Yo h e p e n -
sado y d i s c u r r i d o p o r t o d o s los d e la Compañía, y n o h e h a l l a d o e n
; ella h i p ó c r i t a a l g u n o , si n o fuero B o b a d i l l a y S a l m e r ó n . » E s t a b a n
estos P a d r e s p r e s e n t e s , y t e n í a n a m b o s u n e x t e r i o r n o t a b l e m e n t e
alegre y o p u e s t o á la hipocresía.»
Después de p r e v e n i r á sus hijos con la v i r t u d d e la m o d e s t i a y c o n
un p o r t e e x t e r i o r q u e los h i c i e r a accesibles á t o d o g é n e r o d e g e n -
tes, deseaba San I g n a c i o q u e se diese p r i n c i p i o á las e m p r e s a s d e l
divino s e r v i c i o p o r los ejercicios de h u m i l d a d y caridad. P r e d i c a n d o
en las p l a z a s , e n s e ñ a n d o la d o c t r i n a c r i s t i a n a á la g e n t e r u d a , sir-
viendo á los e n f e r m o s en los h o s p i t a l e s , así se d i e r o n á c o n o c e r los
diez p r i m e r o s P a d r e s en el estado d e Venecia. Así p r i n c i p a l m e n t e
formó I g n a c i o al g r a n a p ó s t o l de las I n d i a s , San F r a n c i s c o J a v i e r ,
quien, s i r v i e n d o á los a p e s t a d o s , y p o n i e n d o sus labios e n las llagas
de los e n f e r m o s , se p r e p a r ó p a r a las hazañas i n c o m p a r a b l e s q u e h a b í a
de o b r a r en el O r i e n t e . C u a n d o se p a r t í a n p a r a el Concilio de T r e n t o
los P P . Laínez y S a l m e r ó n , e n c a r g ó l e s I g n a c i o q u e , a n t e s d e d a r su
voto e n t r e l o s ' t c ó l o g o s , p r o c u r a s e n edificar á las g e n t e s e n s e ñ a n d o
el catecismo á los n i ñ o s y v i s i t a n d o los h o s p i t a l e s (2). « E n s e ñ a b a I g -
nacio, dice R i b a d e n e i r a , q u e a u n q u e la a u t o r i d a d es n e c e s a r i a p a r a
a y u d a r y a p r o v e c h a r á los p r ó j i m o s , y q u e p a r a este fin se d e b e p r o -
curar; mas q u e esta a u t o r i d a d n o se g a n a con n i n g u n a cosa q u e sopa
ó h u e l a á m u n d o , sino con el m e n o s p r e c i o de él, y con la v e r d a d e r a
h u m i l d a d , y con m o s t r a r , con o b r a s m á s q u e con p a l a b r a s , q u e e l
h o m b r e es d i s c í p u l o é i m i t a d o r de Cristo h u m i l d e , y q u e n o p r e -
tende n i b u s c a sino su g l o r i a y la salvación d e las a l m a s . Y p a r a esto
de n i n g u n a cosa se d e s d e ñ e , p o r p e q u e ñ a q u e sea, n i p o r v i l q u e p a -
rezca e n los ojos de los h o m b r e s , si de ella se p u e d e sacar g l o r i a p a r a
Dios, y s i e m p r e c o m i e n c e p o r lo bajo si q u i e r e l l e g a r á lo alto y s e r
favorecido d e l Señor» (3).
d) Mas c o m o las e m p r e s a s d e l d i v i n o s e r v i c i o v a n s i e m p r e a c o m p a -
( 1 ) Memorial, 26 d e E n e r o d e 1 5 5 5 . — ( 2 ) Vide infra, c. x v i . — ( 3 ) Tratado del
gobierno de nuestro P. Ignacio, c. v .

228 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
nadas de g r a v e s c o n t r a d i c c i o n e s y d i f i c u l t a d e s , d e s e a b a I g n a c i o en
sus hijos v a l o r y p e c h o f u e r t e p a r a n o e s p a n t a r s e e n los trabajos y
p a r a l l e v a r a d e l a n t e lo c o m e n z a d o , á posar d e todas las t r i b u l a c i o -
n e s . « P a r a e m p r e n d e r cosas g r a n d e s e n s e r v i c i o d e n u e s t r o Señor,
decía, es n e c e s a r i o v e n c e r e l v a n o t e m o r , n o h a c i e n d o caso d e la po-
b r e z a , i n c o m o d i d a d e s , c a l u m n i a s , i n j u r i a s y afrontas, n i de la misma
m u e r t e , n i e x a s p e r a r s e ó c o n c e b i r o d i o y a b o r r e c i m i e n t o c o n t r a las
p e r s o n a s q u e nos c o n t r a d i c e n y p e r s i g u e n » (1).
e) P e r o este v a l o r debía i r a c o m p a ñ a d o do s u m a c i r c u n s p e c c i ó n ,
v i r t u d q u e San I g n a c i o r e c o m e n d a b a p r i n c i p a l m e n t e e n t r e s cosas.
P r i m e r a . C i r c u n s p e c c i ó n e n el t r a t o con m u j e r e s . « E n c o m e n d a b a
m u c h o , dice R i b a d e n e i r a , el r e c a t o con m u j e r e s , a u n q u e p a r e z c a n san-
tas ó lo sean , así p o r h u i r n u e s t r o p e l i g r o , c o m o el e s c á n d a l o de
los o t r o s y e l d e c i r d e las g e n t e s , q u e s i e m p r e se i n c l i n a n m á s á sos-
p e c h a r y á d e c i r m a l d e los r e l i g i o s o s y s i e r v o s de Dios, q u e á excu-
sarlos ó defenderlos» (2). S e g u n d a . C i r c u n s p e c c i ó n e n n o m e t e r s e en
n e g o c i o s ajenos á n u e s t r o I n s t i t u t o , s o b r e t o d o e n n o t o m a r p a r t e
e n los b a n d o s y p a r c i a l i d a d e s q u e s u e l e n d i v i d i r á las ciudades y re-
p ú b l i c a s . C u a n d o e n 1551 e n v i ó I g n a c i o al P . Laínez á t r a b a j a r en
F l o r e n c i a , el p r i m e r aviso q u e le dio fué el n o d e c l a r a r s e p o r nin-
g u n a de las p a r c i a l i d a d e s q u e d i v i d í a n á los c i u d a d a n o s . « D e b e evi-
t a r s e p r i m e r a m e n t e , le d i c e , t o d a d e m o s t r a c i ó n de i n c l i n a r s e á una
secta ó á o t r a , c o m o d e F r . H i e r ó n i m o ó la c o n t r a r i a , p o r q u e n i se
ofendan los q u e le favorecen, n i los c o n t r a r i o s . Ultra, de n o m o s t r a r
i n c l i n a c i ó n á la d o c t r i n a , d é b e s e t a m b i é n e x c u s a r la m u c h a familia-
r i d a d con las p e r s o n a s d e la u n a ó la o t r a p a r t e , c o m o son los que
l l a m a n P i a g n o n e s y los c o n t r a r i o s , así c o m o n o se d e b e e s q u i v a r los
u n o s n i los o t r o s . Así q u e es m e n e s t e r seáis c o m ú n , y p o r q u i t a r tal
sospecha c o n v e r s é i s con todos, s i e n d o señor, y n o sujetándoos á una
n i o t r a p a r t e » (3). S i g u i e n d o este p r i n c i p i o , m a n d a l u e g o I g n a c i o á
Laínez q u e n o se h o s p e d e e n casa de c i e r t o a m i g o do la Compañía,
p o r q u e c o m o es a d v e r s o al d u q u e , p o d r á éste i n t e r p r e t a r ese acto
c o m o señal de f a v o r e c e r al p a r t i d o c o n t r a r i o .
L a t e r c e r a cosa e n q u e I g n a c i o e n c a r g a b a m u c h a c i r c u n s p e c c i ó n
era e n n o d e j a r s e e n g a ñ a r p o r falsas a p a r i e n c i a s d e v i r t u d , sobro
t o d o t r a t á n d o s e d e m u j e r e s q u e p r e s u m e n r e c i b i r favores especiales
d e Dios. E s t e aviso e r a m u y i m p o r t a n t e e n el siglo xvi, p u e s a u n q u e
e n t o d o s t i e m p o s h a p r o c u r a d o el d e m o n i o t r a n s f i g u r a r s e on ángel
( 1 ) R i b a d e n e i r a , ibid— ( 2 ) Ibid.—(3) Instructiones, 1516-1582, p. 30.
CAP. II.—EDUCACIÓN RELIGIOSA QUE DABA SAN IGNACIO A SUS HIJOS 229
d e luz y e n g a ñ a r á los h o m b r e s con fingidas v i r t u d e s y d o n e s celes-
tiales, n u n c a c o m o e n t o n c e s h a a b u n d a d o la p l a g a de g e n t e s ilusas
que, e m p e z a n d o p o r a l u c i n a r s e á sí m i s m a s , p r o c u r a b a n d e s p u é s en-
gañar á los o t r o s , fingiéndose i l u m i n a d a s p o r Dios y m o v i d a s de su-
p e r i o r e s p í r i t u en todas sus acciones. G u s t a r á el l e c t o r d e l e e r el
aviso q u e s o b r e este p u n t o dio I g n a c i o á Laínez al e n v i a r l e á F l o -
rencia. Dice así: « T a m b i é n d e b é i s m i r a r q u e e n esa t i e r r a suele h a -
b e r m u c h o s falsos e s p i r i t u a l e s y o t r o s h i p ó c r i t a s q u e t i e n e n escar-
m e n t a d a esa ciudad, y es v e r i s í m i l q u e a l g u n o s de ellos, con p r e t e x t o
e s p i r i t u a l , se os a l l e g a r á n , si en ello n o m i r á i s , los cuales con s u
c o n v e r s a c i ó n n o a y u d a r á n n a d a , p o r s e r c o n o c i d o s en la t i e r r a p o r
h o m b r e s qui quacrunt quae sita sunt, y t e n g o i n f o r m a c i ó n d e q u e
está mal el d u q u e con éstos, q u e él llama colli lorfi. Así q u e s e m e j a n -
tes p e r s o n a s es b i e n , c o n o c i é n d o l a s , d e c l i n a r l a s , así c o m o c u a l q u i e r
gesto ó d e m o s t r a c i ó n q u e p a r e c i e s e á ellas c o n f o r m e » (1).
P o r ú l t i m o , d e j a n d o o t r o s m u c h o s avisos q u e d a b a Ignacio á sus
hijos p a r a c o n v e r t i r las almas á D i o s , c e r r a r e m o s este capítulo r e -
c o r d a n d o el r e s p e t o y v e n e r a c i ó n con q u e les m a n d a b a t r a t a r á
los p r í n c i p e s , así eclesiásticos c o m o s e g l a r e s , y á todas las p e r s o -
nas constituidas en a l g u n a d i g n i d a d . « T u v o m u y p a r t i c u l a r c u i d a d o ,
e s c r i b e R i b a d e n e i r a , q u e n i n g u n o d e s u s hijos diese á los g r a n d e s
p r í n c i p e s ocasiones de j u s t o e n o j o , y si a l g u n o le h a b í a t e n i d o , d e
atajarle con g r a n p r u d e n c i a p a r a q u e n o r e c i b i e s e d a ñ o t o d o el c u e r p o
de la Compañía» (2).
Tales e r a n los soldados q u e I g n a c i o f o r m a b a p a r a p e l e a r e n esta
sagrada m i l i c i a , h o m b r e s m u e r t o s al m u n d o , llenos del g r a n p e n s a -
m i e n t o de b u s c a r s i e m p r e y en t o d o la m a y o r g l o r i a d e Dios, d ó c i l e s
y p r o n t o s á la voz de la santa o b e d i e n c i a , m o d e s t o s y afables e n su
e x t e r i o r , p a r a q u e p u d i e r a n , s e g ú n el consejo d e l A p ó s t o l , h a c e r s e
todo á t o d o s á fin de g a n a r l o s á t o d o s p a r a C r i s t o ; v a l i e n t e s y d e n o -
nados e n las e m p r e s a s , cautos y c i r c u n s p e c t o s p a r a n o d e j a r s e e n r e -
dar en l o s p e l i g r o s y t e n t a c i o n e s q u e t r a e c o n s i g o el t r a t o de las
g e n t e s ; finalmente, h u m i l d e s y r e s p e t u o s o s con t o d o g é n e r o d e p e r -
sonas. V e a m o s a h o r a á estos h o m b r e s e n a c c i ó n , y e x a m i n e m o s l o s
p r i m e r o s pasos de la C o m p a ñ í a en España.
( 1 ) Instrucciones, 1546-1582, p . 30. — ( 2) Tratado del gobierno de nuestro P. Ig-
nacio, c. v i .

CAPITULO III
ENTRADA DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA POR LOS MINISTERIOS APOSTÓLICi >S
S U M A R I O : 1. V i e n e el P . A r a o z p o r n e g o c i o s d e f a m i l i a : p a s a l i g e r a m e n t e p o r Bar-
celona, A l m a z á n , Valladolid y Hnrgos, y m i e n t r a s d e s p a c h a sus negocios, predica
e n G u i p ú z c o a , d e 1539 á 1 5 4 1 . V u e l v o á P o m a . — 2. El B . P e d r o F a b r o d a los
E j e r c i c i o s á p e r s o n a j e s e s p a ñ o l e s en A l e m a n i a . ' — 3 . V i e n e á E s p a ñ a e n 1 5 4 1 . —
4 . V u e l v e á A l e m a n i a e n 1542. — 5. S e g u n d a v e n i d a d e A r a o z e n 1542. V u e l v e á
R o m a el m i s m o a ñ o . — 6. T e r c e r a v e n i d a d e A r a o z , c o n seis j ó v e n e s j e s u í t a s ,
en 1 5 4 4 . — 7 . P a s a p o r V a l e n c i a y G a n d í a , y se d i r i g e á C o i m b r a . — 8 . El B. F a b r o
v a á P o r t u g a l . — 9. F a b r o y A r a o z , r e c o m e n d a d o s p o r J u a n I I I , p r e s ó n t a n s e en
V a l l a d o l i d , c o r t e e n t o n c e s d e E s p a ñ a , p o r M a r z o d e 1545.
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Epistolae mi.rlne.~2. Cartas de San Tgnacio.—'A. Cartas ¡i
otros escritos del B. Pedro I-'abro.—Í-. P o l a n c o , Historia S. J.— 5. l i i h a d c n c i r a , Historia de le
Asistencia de España.—(i. Memorialc P. Pclri Eabri.
1. E n t r e m o s e n España. E l p r i m e r jesuíta q u e p u s o los pies en nues-
t r o p a í s , d e s p u é s de establecida la C o m p a ñ í a , fué el P . A n t o n i o de
Araoz. H a b i é n d o l e e n v i a d o San I g n a c i o , p a r a t e r m i n a r c i e r t o s nego-
cios d o m é s t i c o s q u e t e n í a p e n d i e n t e s , d e s e m b a r c ó en B a r c e l o n a el
19 de O c t u b r e de 1539 (1). H o s p e d ó s e en casa del a r c e d i a n o Jaime
C a z a d o r , b i e n h e c h o r d e San I g n a c i o desde el t i e m p o en q u e éste
e s t u d i a b a g r a m á t i c a en B a r c e l o n a , y á q u i e n el s a n t o h a b í a pagado
sus beneficios con p r u d e n t í s i m o s avisos e s p i r i t u a l e s (2). L u e g o q u e se
s u p o e n la c i u d a d la l l e g a d a d e l P . A r a o z , c o n c u r r i e r o n á d a r l e la
b i e n v e n i d a m o s é n J u a n C l a r e t , m o s é n F r a n c i s c o Gralla y o t r o s mu-
c h o s s e ñ o r e s , de q u i e n e s dice A r a o z q u e estaban, de oídas, bien afec-
tados á I g n a c i o (3). T a m b i é n se d e j a r o n v e r I s a b e l de J o s a y otras
b u e n a s s e ñ o r a s , e n t r e las cuales n o f a l t a r í a n , sin d u d a , I n é s Pascual
( 1 ) Epistolae mixtae, t . i, p . 3 1 . C a r t a e s c r i t a á San I g n a c i o , d e s d e Zaragoza, el
30 de Octubre de 1539.
( 2 ) V é a n s e Cartas de San Ignacio, t. i, p . 2 6 .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 3 2 .
C A 1 ,_ J H — E N T R A D A DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA
#
231
é I s a b e l R o s o l i , q u e tan c a r i t a t i v a m e n t e h a b í a n f a v o r e c i d o á I g n a -
cio desde q u e le c o n o c i e r o n e n Manresa. E s t e p i a d o s o c o n c u r s o , r o -
d e a n d o al r e c i é n l l e g a d o , e s c u c h a b a con v i v í s i m o i n t e r é s c u a n t o éste
le r e f e r í a a c e r c a de los p r i n c i p i o s d e la C o m p a ñ í a y de las hazañas
de I g n a c i o . No se h a r t a b a n de a l a b a r á Dios, al v e r s u r g i r e n la I g l e -
sia u n a O r d e n r e l i g i o s a q u e tan felices esperanzas infundía. A u n q u e
Araoz n o e r a t o d a v í a s a c e r d o t e , le r o g a r o n a p r e t a d a m e n t e q u e les
p r e d i c a s e . V e n c i d o d e s u s piadosas i n s t a n c i a s , hizo a l g u n a s q u e él
llama e x h o r t a c i o n e s , en estilo sencillo y familiar, y fué Dios s e r v i d o
q u e p r o d u j e s e n m a r a v i l l o s o efecto en los c i r c u n s t a n t e s . «Algunos,
e s c r i b e A r a o z , m e o f r e c i e r o n el d i s p o n e r d e sus p e r s o n a s taliter,
q u e lo q u e y o les p e r s u a d i e s e ser en m á s g l o r i a de Cristo n u e s t r o
S e ñ o r , eso d e s d e l u e g o h a r í a n , h a b i e n d o a n t e s d e s e n f r e n a d a m e n t e
vivido» (1). C o m o el p r e d i c a d o r n o p o d í a d e t e n e r s e allí m u c h o
t i e m p o , se c o n t e n t ó con d a r á tan dóciles o y e n t e s a l g u n o s saluda-
b l e s consejos, y á l o s t r e s días d e h a b e r d e s e m b a r c a d o , salió de Bar-
celona, con g r a n s e n t i m i e n t o de v a r i a s p e r s o n a s b u e n a s , q u e ofrecían
sus b i e n e s p a r a f u n d a r casa de la Compañía.
P a s ó Araoz p o r M o n s e r r a t , d o n d e t r a t ó con a l g u n o s m o n j e s c o n o -
cidos de San I g n a c i o , y de allí se d i r i g i ó á Zaragoza. M u y p o c o
t i e m p o se d e t u v o en esta ciudad. P a r t i ó s e l u e g o p a r a Almazán,
d o n d e d e b í a e n t r e g a r u n a c a r t a escrita e n n o m b r e d e la C o m p a ñ í a
p o r el P . S a l m e r ó n , e n la cual se p r o c u r a b a satisfacer al b u e n s e ñ o r
J u a n L a í n e z , p a d r e de n u e s t r o famoso L a í n e z , q u i e n v i v í a i n q u i e t o
p o r i g n o r a r la v i d a y p r o c e d e r de su hijo (2). C u m p l i d o esto d e b e r
con la familia del P . Laínez, pasó Araoz á v e r s e con D . L e o n o r Mas- a
c a r e ñ a s , g r a n p r o t e c t o r a do San I g n a c i o ; visitó á las infantas, hijas
de Carlos V , y h a b i e n d o p r e d i c a d o algo d e pasada e n V a l l a d o l i d y
B u r g o s , p o r fin hizo alto en G u i p ú z c o a , d o n d e debía a r r e g l a r los
n e g o c i o s d e su familia.
M i e n t r a s d e s p a c h a b a esta d i l i g e n c i a , a p l i c ó s e á p r e d i c a r e n V e r -
g a r a , O ñ a t e , Azpeitia y en los p u e b l o s de la costa. E n la p r i m a v e r a
de 1540 r e u n i ó s e e n V e r g a r a la J u n t a g e n e r a l de Guipúzcoa, y r o g a -
r o n á n u e s t r o Araoz q u e p r e d i c a s e e n p r e s e n c i a d e t a n r e s p e t a b l e
a u d i t o r i o . C o n d e s c e n d i ó el j e s u í t a , y véase el fruto q u e se s i g u i ó , y
el e n t u s i a s m o q u e d e s p e r t a b a e n el p u e b l o . «Yo les p r e d i q u é , d i c e
A r a o z á San I g n a c i o , y N u e s t r o S e ñ o r o b r ó t a n t o , p o r el h i n c a p i é
( 1 ) Epistolae mixtae, 1.1, p . 32.
( 2 ) V é a s e e s t a c a r t a e n Cartas de San Ignacio, t. i, p . 8 0 .
 232 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
q u e h i c e e n q u e los p e c a d o s p ú b l i c o s fuesen castigados, q u o c u a n d o
e l C o r r e g i d o r fué d e a q u í , l l e v ó c o n s i g o m á s do t r e i n t a u s u r e r o s y
amancebados públicamente, en acémilas, y ahora me escribe que
t i e n e m á s d e o t r o s t a n t o s , y a u n m e i m p o r t u n a q u e v a y a á Tolosa,
a d o n d e él está. O t r a s p a r t i c u l a r i d a d e s se h a n h e c h o , c i e r t o , m u y b u e -
n a s , y c o n c e r t a d o m u c h o s l i t i g a n t e s e n e m i s t a d o s . Yo h e p r e d i c a d o
e n toda la m a r i s m a y t o d o s los p u e b l o s de esta p r o v i n c i a , a u n q u e lo
m á s r e s i d o en O ñ a t e , e n V e r g a r a , en Azcoitia y Azpeitia, a d o n d e
N u e s t r o S e ñ o r o b r a m a r a v i l l o s a m e n t e . E l día d e Santa C r u z de
Mayo p r e d i q u é en N u e s t r a S e ñ o r a de E l o s i a g a , a d o n d e v u e s t r a
m e r c e d p r e d i c ó c u a n d o a q u í e s t u v o . F u é t a n t o el c o n c u r s o de la
g e n t e , q u e u l t r a de los cinco p u e b l o s q u e a q u e l día v i e n e n a h í , á la
letanía de Azpeitia y Azcoitia, y o t r a s p a r t e s , q u e estaban p r e v e n i -
dos q u e h a b í a d e h a b e r s e r m ó n ( p o r q u e y o p r e d i q u é en San Sebas-
tián (1) el día antes y lo dije), q u e c i e r t o pasaban de c u a t r o m i l per-
s o n a s , t a n t o , q u e se hizo u n p u l p i t o en el camjjo, y con h a b e r el es-
p a c i o q u e v u e s t r a m e r c e d sabe, el t i e m p o q u e p r e d i c a b a se s u b i e r o n
m u c h o s al t e j a d o d e la iglesia y á los á r b o l e s , p o r m e j o r o í r m e » (2).
Así e m p l e ó s u c e l o e l P . A r a o z e n éste su p r i m e r viaje á España,
q u e d u r ó d e s d e O c t u b r e d e 1539 h a s t a el v e r a n o d e 1541.
A r r e g l a d o s f e l i z m e n t e los n e g o c i o s d e su familia, t r a t ó d e vol-
v e r s e á R o m a . Dios d i s p u s o q u e n o v o l v i e r a solo. Dos j ó v e n e s vir-
tuosos y b i e n d i s p u e s t o s , Millán de L o y o l a , s o b r i n o d e San I g n a c i o ,
y Martín de Santa C r u z , n a t u r a l d e T o l e d o , se a n i m a r o n á e n t r a r en
la C o m p a ñ í a , y p a r a c o n s e g u i r este b e n e f i c i o , se o f r e c i e r o n á i r á
R o m a con el P . Araoz. Accedió éste á tan p i a d o s o s d e s e o s , y acom-
p a ñ a d o d e los dos j ó v e n e s , v o l v i ó á la C i u d a d E t e r n a , d o n d e e n t r ó el
ú l t i m o día d e A g o s t o de 1541 (3).
2. P o r el m i s m o t i e m p o , sin h a b e r pisado t o d a v í a t e r r i t o r i o es-
pañol, e m p e z ó á influir s a l u d a b l e m e n t e e n E s p a ñ a el B. P e d r o F a b r o -
E n v i a d o p o r P a u l o I I I , e n c o m p a ñ í a d e l D r . O r t i z , á A l e m a n i a para
asistir á la d i e t a de W o r m s , l l e g ó á esta c i u d a d el 24 de O c t u b r e
d e 1540 (4). A l g u n o s m e s e s p a s ó a l l í , y d e s p u é s en S p i r a y Ratisbo-
n a , p r e s e n c i a n d o la i n u t i l i d a d d e a q u e l l o s c o l o q u i o s c o n los p r o t e s -
t a n t e s , y, lo q u e e r a m á s d o l o r o s o , las m i s e r i a s d e los católicos, que,
lejos d e r e d u c i r á los h e r e j e s , d e s e r t a b a n , t a l vez, á las filas d e ellos.
M i e n t r a s c o n t e m p l a b a c o n h o n d a aflicción n u e s t r o F a b r o a q u e l l a s
( 1 ) I g l e s i a p a r r o q u i a l d e A z p e i t i a . - ( 2 ) Kpistolae mixtae, t. i, p . 4 6 . — ( 3 )
tas de San Ignacio, 1.1, p . 1 1 0 . — ( 4 ) Memoriale B. Pelri Fabri, p . 1 8 .
CAr. I I I . — ENTRADA DE LA COMPAÑÍA FN ESPAÑA 233
t r i b u l a c i o n e s de la I g l e s i a , p r o c u r a b a , con piadosas c o n v e r s a c i o n e s ,
y s o b r e t o d o con d a r los E j e r c i c i o s , h a c e r a l g ú n fruto en los s e ñ o r e s
de la c o r t o i m p e r i a l q u e h a b í a n a c u d i d o á la dicta. C o m o e n t r e éstos
se c o n t a b a n v a r i o s m a g n a t e s e s p a ñ o l e s , de a q u í es q u e el influjo
del B. F a b r o e n E s p a ñ a fué m u y a p r e c i a b l e , p o r q u e desde A l e m a -
nia g a n ó p a r a la C o m p a ñ í a la p r o t e c c i ó n d e p e r s o n a j e s d e la p r i m e r a
nobleza. E n t r e l o s q u e se a p r o v e c h a r o n con su s a n t a c o n v e r s a c i ó n ,
c o n t a r e m o s á D. S a n c h o de Castilla, á q u i e n llama F a b r o «mi p r i m o -
g é n i t o de esta c o r t e c u a n t o á los Ejercicios» (1); á D. H e r n a n d o d e
la C e r d a , hijo d e l d u q u e d e M c d i n a c e l i ; á D. F r a n c i s c o d e T o l e d o ;
á dos h e r m a n o s del c o n d e de B e n a v e n t c ; á D. J u a n M a n r i q í i e , h e r -
m a n o d e l d u q u e de Nájera; al capitán B r a c a m o n t e , y á o t r o s q u e d e -
signa F a b r o , sin e x p r e s a r sus n o m b r e s (2). Á t o d o s éstos c o m u n i c ó ,
más ó m e n o s , los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , s e g ú n los veía m á s ó m e n o s
dispuestos p a r a la v i r t u d , y s e g ú n les d a b a n l u g a r p a r a r e c o g e r s e
las o c u p a c i o n e s d e la c o r t e . T o d o s a p r o v e c h a r o n n o t a b l e m e n t e e n
el e s p í r i t u , p e r o n i n g u n o t a n t o q u i z á c o m o D. J u a n d e G r a n a d a ,
d e s c e n d i e n t e de A b u l - I I a c e n . r e y de G r a n a d a . No sin a l g u n a a d m i -
ración, e s c r i b e de él n u e s t r o B e a t o : «Don J u a n do G r a n a d a , a u n q u e
s i e m p r e fué c r i s t i a n í s i m o , va m u y a d e l a n t e , c o m u l g á n d o s e al m e -
nos cada q u i n c e d í a s , y c o n f e s a n d o cada s e m a n a » (3). ¡Laudable fre-
c u e n c i a de s a c r a m e n t o s en u n c o r t e s a n o de a q u e l t i e m p o , c u a n d o
estaba t a n o l v i d a d a esta santa c o s t u m b r e , q u e p o r h a c e r esto
San F r a n c i s c o d e Borja, e r a r e p r e n d i d o , c o m o l u e g o v e r e m o s , h a s t a
e n los p u l p i t o s !
E n t r e los ilustres p e r s o n a j e s españoles q u e se aficionaron á F a b r o ,
y p o r él á la C o m p a ñ í a , n o d e b e m o s o m i t i r d o s , q u e años a t r á s h a -
bían t r a t a d o ó , p o r m e j o r d e c i r , m o l e s t a d o a l g o á n u e s t r o P . S a n
I g n a c i o . E r a n éstos D. J u a n de F i g u e r o a , el quo s i e n d o V i c a r i o d e
Alcalá p r o c e s ó á n u e s t r o santo f u n d a d o r , . y F r . P e d r o de S o t o , S u b -
p r i o r d e l c o n v e n t o d e San E s t e b a n d e S a l a m a n c a , q u e hizo p r e n d e r
á I g n a c i o en 1527, y a c t u a l m e n t e e r a confesor d e Carlos V. No pa-
rece quo F a b r o dio los E j e r c i c i o s á estas dos p e r s o n a s ; p e r o F i g u e -
roa se confesaba con éf (4), y el P . F r . P e d r o de S o t o , i n f o r m a d o c u m -
p l i d a m e n t e s o b r e el e s p í r i t u y m o d o d e p r o c e d e r d e la C o m p a ñ í a ,
concibió d e s d e e n t o n c e s la g r a n e s t i m a y s i n c e r o afecto q u e m a n i -
festó á n u e s t r o s P a d r e s t o d a su vida. «El confesor de S. M., dice
Car- ( 1 ) Cirtas y otros escritos del B. Pedro Fabro, t . I , p . 9 1 . — ( 2 ) Ibid., ps. 69 y
7 4 . — ( 3 ) Ibid., p . 9 1 . — ( 4 ) Ibid., p. 74.
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LIB. I I . — SAN ICfNACIO DE LOYOLA
F a b r o , c o m o sea u n P a d r e t o d o b u e n o , t o d a s n u e s t r a s cosas toma
• c o n p í a y s i n c e r a m e n t e y b u e n afecto» (1). E l d a r E j e r c i c i o s y t r a t a r
espiritualmente á tantos caballeros, tenía tan entretenido á Fabro,
q u e , c o m o escribía á San I g n a c i o , «si diez d e la C o m p a ñ í a a q u í estu-
v i e s e n al p r e s e n t e , t e m í a m o s q u é h a c e r c o n f o r m e á n u e s t r a profe-
sión» (2). P e r o si el trabajo e r a m u c h o , consolábase el m i s i o n e r o con
el g r a n d í s i m o fruto e s p i r i t u a l q u e veía b r o t a r en a q u e l l a s a l m a s es-
cogidas. «Es p a r a a l a b a r á Dios n u e s t r o S e ñ o r , e x c l a m a , ¡cuánto
p r e p a r a d o s están p a r a n u e s t r a s cosas t o d o s estos c a b a l l e r o s espa-
ñoles!» (3).
3. N u e v e m e s e s c o n t i n u ó el Beato en estas apostólicas fatigas, santi-
ficando con su f e r v o r o s o celo las ciudades do W o r m s , S p i r a y Ratis-
bona, c u a n d o en el v e r a n o d e 1541, d i s p o n i e n d o el D r . Ortiz v e n i r á
E s p a ñ a , o b t u v o de San I g n a c i o q u e le p e r m i t i e s e t r a e r consigo al
P>. F a b r o . M u c h o s e n t í a n la p a r t i d a d e éste a l g u n a s a l m a s piadosas
q u e v e í a n el g r a n fruto q u e e m p e z a b a á c o g e r e n A l e m a n i a ; p e r o á
p e s a r de esta resistencia, el h u m i l d e m i s i o n e r o e m p r e n d i ó el camino
q u e la o b e d i e n c i a lo señalaba, y el 27 de J u l i o d e 1541 salió de lía-
t i s b o n a p a r a España. E n t r a b a e n n u e s t r o país p o c o s días d e s p u é s q u o
h a b í a salido el P . Araoz do G u i p ú z c o a p a r a R o m a . C u a n d o F a b r o
l l e g ó á los P i r i n e o s , y c o n s i d e r ó el vasto y feracísimo c a m p o q u e so
a b r í a á s u celo a p o s t ó l i c o , v o l v i ó s e al S e ñ o r h u m i l d e m e n t e ó i m p l o r ó
su m i s e r i c o r d i a p o r m e d i o d e los santos e s p a ñ o l e s q u e conocía. Te-
nía el Beato esta piadosa c o s t u m b r e , de i n v o c a r con especial devo-
ción á los santos d e l país e n q u e trabajaba. E n esta ocasión, s e g ú n él
m i s m o n o s dice en su M e m o r i a l , e n c o m e n d ó s e con g r a n f e r v o r de
e s p í r i t u á San N a r c i s o , de G e r o n a , á Santa E u l a l i a , de B a r c e l o n a , á
N u e s t r a S e ñ o r a do M o n s e r r a t , á N u e s t r a S e ñ o r a d e l P i l a r , al apóstol
S a n t i a g o , á S a n I s i d o r o , á S a n I l d e f o n s o , á los s a n t o s m á r t i r e s J u s t o
y P a s t o r , á N u e s t r a S e ñ o r a d e G u a d a l u p e , y á Santa E n g r a c i a , d e Za-
r a g o z a , r o g a n d o á t o d o s q u o b e n d i j e s e n a q u e l viaje q u e él hacía á
E s p a ñ a y le alcanzasen d e Dios el a p r o v e c h a r á las a l m a s de los es-
p a ñ o l e s (4).
P o r de p r o n t o d i r i g i ó s e con e l D r . Ortiz á Madrid, y y a en los
p u e b l o s p o r d o n d e pasaban, p r e d i c a n d o , s e g ú n podía, el B. F a b r o ,
q u e d ó a g r a d a b l e m e n t e s o r p r e n d i d o al c o n t e m p l a r la v i v a fe y la
m a r a v i l l o s a disposición p a r a las cosas e s p i r i t u a l e s q u e d e s c u b r í a en
( 1 ) Cartas y otros escritos del P. Pedro Fabro, t . i , p . 5 2 . — ( 2 ) Ibid., p . 90.—
( 3 ) Ibid.— (4) Memoriale B. Petri Fabri, p . 2 5 .
CAP. I I I . — E N T R A D A DE LA COIITAÑÍA EN ESrA.ÑA 235
el p u e b l o e s p a ñ o l . « E s t o y e s p a n t a d o , in bonam partan, e s c r i b e á S a n
I g n a c i o , d e l g r a n a p a r e j o q u e h a y en E s p a ñ a p a r a el m o d o de p r o c e -
d e r en las cosas e s p i r i t u a l e s » (1). P o c o s días se d e t u v o en M a d r i d
de d o n d e pasó á G a l a p a g a r , p u e b l o s i t u a d o pocas leguas al N o r t e , y
del cual e r a e n t o n c e s c u r a p r o p i o el D r . Ortiz. Con el t r a t o de S a n
I g n a c i o y d e los o t r o s P a d r e s e s p a ñ o l e s h a b í a F a b r o a p r e n d i d o m e -
dianamente nuestra lengua, y ya antes de venir á España escribía en
español sus c a r t a s á San I g n a c i o . Así es q u e desde l u e g o p u d o d e d i -
carse en n u e s t r o país á la p r e d i c a c i ó n , y s o b r e t o d o r e c o g i ó a b u n -
dante fruto en Galapagar. No descollaba, sin e m b a r g o , en la p r e d i c a -
ción. M u c h o m á s p r o v e c h o hacía con sus c o n v e r s a c i o n e s p a r t i c u l a r e s
y s o b r e t o d o d a n d o los E j e r c i c i o s , en cuya d i r e c c i ó n n o t e n í a r i v a l ,
según el d i c t a m e n d e l m i s m o San I g n a c i o .
4. M i e n t r a s de este m o d o se e m p l e a b a e n Galapagar, pasó el d o c t o r
Ortiz á Ocaña p a r a h a c e r u n a visita á las infantas D . María y D . a a
J u a n a , hijas de Carlos V, y en este i n t e r m e d i o llegó de R o m a u n a
o r d e n d e l papa, e n q u e se m a n d a b a á n u e s t r o Beato v o l v e r i n m e d i a -
t a m e n t e á A l e m a n i a . Dispuso al p u n t o su v i a j e , y c o m o s i n t i e r a al-
g ú n t a n t o v o l v e r s e s o l o , sin g a n a r a l g u n o p a r a la C o m p a ñ í a , le p r e -
p a r ó el S e ñ o r d o s c o m p a ñ e r o s , cuales n o los h u b i e r a e s p e r a d o . F u é
el caso, q u o a n t e s d e p a r t i r s e p a r a A l e m a n i a j u z g ó c o n v e n i e n t e visi-
t a r él t a m b i é n á las I n f a n t a s , ya p o r n o faltar al r e s p e t o q u e m e r e -
cían t a n i l u s t r e s p e r s o n a s , ya p o r el favor q u e ellas p u d i e r a n d a r á
la n a c i e n t e C o m p a ñ í a do J e s ú s . E n c a m i n ó s e , p u e s , á Ocaña p o r E n e r o
de 1542, y e n t r e s días q u e allí se d e t u v o t r a t ó c o n las Infantas y
con los p r i n c i p a l e s c a b a l l e r o s y s e ñ o r a s q u o las r o d e a b a n , s o b r e t o d o
con D . L e o n o r Mascareñas, á q u i e n e n c o n t r ó t a n aficionada c o m o
a
s i e m p r e á San I g n a c i o y á la C o m p a ñ í a (2). Al t i e m p o de d e s p e d i r s e
de tan altos p e r s o n a j e s , las Infantas m a n d a r o n á c i e r t o capellán s u y o
p a r a q u e a c o m p a ñ a r a a l g u n o s días al B e a t o . Doña L e o n o r Mascare-
ñas e n v i ó á o t r o p a r a q u e h i c i e r a el m i s m o oficio. E s t o s dos capella-
nes, l l a m a d o s J u a n de A r a g ó n y Alfonso A l v a r o , e m p e z a n d o á cami-
n a r c o n F a b r o , se s i n t i e r o n t a n c o n m o v i d o s c o n sus p a l a b r a s y santos
e j e m p l o s , q u e p i d i e r o n s e r a d m i t i d o s e n la C o m p a ñ í a . V o l v i é r o n s e
p r i m e r o el u n o y d e s p u é s el o t r o á Ocaña, p a r a p e d i r licencia á las
Infantas do e n t r a r religiosos, y en A l m u n i a a l c a n z a r o n al Beato, c o n
q u i e n c o n t i n u a r o n e l viaje h a s t a A l e m a n i a (3). E s t o s b u e n o s capella-
(1) Cartas y otros escritos del B. P. Fabro, t . i , p . 1 1 5 . — ( 2 ) Ibid., p . 126 —
( 3 ) Ibid., p . 130.
 236 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. I I I . — E N T R A D A DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA 237

n c s f u e r o n los d o s p r i m e r o s e s p a ñ o l e s q u e e n t r a r o n e n la C o m p a ñ í a
Araoz c o n n o m e n o r d e v o c i ó n q u e la v e z p a s a d a . P r e d i c ó e n la cate-
d e n t r o de España.
dral y en N u e s t r a S e ñ o r a d e la Mar. E n el p r i m e r s e r m ó n q u e p r o -
P r o s i g u i e n d o los t r e s su viaje, l l e g a r o n á B a r c e l o n a á fines de F e - n u n c i ó e n N u e s t r a S e ñ o r a del P i n o , o c u r r i ó u n i n c i d e n t e q u e edificó
b r e r o de 1542 (1). Allí f u e r o n m u y b i e n r e c i b i d o s y a p o s e n t a d o s p o r m u c h o á la ciudad. E r a c o s t u m b r e e n t o n c e s q u e , c u a n d o bajaba e l
S a n F r a n c i s c o d e Borja, v i r r e y e n t o n c e s de Cataluña, q u i e n dio cuenta p r e d i c a d o r las g r a d a s d e l p u l p i t o , se le a c e r c a s e u n oficial y le en-
a l P . F a b r o d e su c o n c i e n c i a , y se s i n t i ó m u y a n i m a d o e n sus b u e n o s tregase el e s t i p e n d i o p o r el s e r m ó n . E n c o n t r á n d o s e A r a o z con esto
p r o p ó s i t o s p o r la p r u d e n t e d i r e c c i ó n q u e r e c i b i ó d e él. al bajar d e l p u l p i t o , r e h u s ó s u a v e m e n t e lo q u e se l e ofrecía. Insis-
5. A p e n a s éste h a b í a salido d e España, c u a n d o e n t r ó en ella p o r se- t i e r o n los e n c a r g a d o s do d a r el e s t i p e n d i o , p e r o n o p u d i e r o n v e n c e r
g u n d a vez el P . Araoz. Venía m á s a u t o r i z a d o q u e la p r i m e r a vez, la r e s i s t e n c i a d e l p r e d i c a d o r . «Me o f r e c i e r o n d i n e r o s , dice A r a o z , y
p u e s ora y a s a c e r d o t e y p r o f e s o d e la C o m p a ñ í a . P o c o d e s p u é s do en c u a n t i d a d , é h i c i e r o n t a n t a i n s t a n c i a e n q u e l o s t o m a s e , q u e al
l l e g a r á R o m a , c o n c l u i d a su p r i m e r a e x c u r s i ó n á E s p a ñ a , el santo r u m o r c o n c u r r i ó m u c h a g e n t e , y p i e n s o q u e d a r o n d e l l o edificados
p a t r i a r c a le h a b í a h e c h o r e c i b i r todas las s a g r a d a s ó r d e n e s , y el día y a u n a d m i r a d o s » (1).
d e N a v i d a d de 1541, en Santa María la Mayor, en la capilla del Santo
E s t e d e s i n t e r é s a c r e d i t ó m u c h o los m i n i s t e r i o s del P . Araoz. Acu-
P e s e b r e , d o n d e t r e s años antes h a b í a d i c h o su p r i m e r a misa n u e s t r o
día la g e n t e así á los s e r m o n e s c o m o á r e c i b i r d e él i n s t r u c c i o n e s
P a d r e San I g n a c i o , la dijo e l P . Araoz, a y u d á n d o s e l a el e n t o n c e s n o -
p a r t i c u l a r e s y á h a c e r l o s E j e r c i c i o s . T a n o c u p a d o le t e n í a n , q u e es-
v i c i o P e d r o de R i b a d e n e i r a , q u e n o sin m u e s t r a s do t i e r n a d e v o c i ó n
c r i b i ó á San I g n a c i o estas p a l a b r a s : «Yo n o t o n g o l u g a r p a r a c u m p l i r
n o s h a c o n s e r v a d o este g r a t o r e c u e r d o (2). P o c o d e s p u é s le concedió
con m i s oficios s i n faltar c o n los p r ó j i m o s , y así, d e las n o c h e s m e
e l s a n t o f u n d a d o r la p r o f e s i ó n s o l e m n e , y se la r e c i b i ó el d o m i n g o
a p r o v e c h o y h u r t o a l g ú n t i e m p o , p o r q u e de día n o t e n g o l u g a r , d e
d e Q u i n c u a g é s i m a , 19 d e F e b r e r o d e 1542, en la iglesia d e San Pa-
confesiones y E j e r c i c i o s y confesiones g e n e r a l e s , q u e m e dan m u c h a
b l o , d o n d e diez meses a n t e s la h a b í a h e c h o el m i s m o santo c o n los
i n s t a n c i a , y t a n t a , q u e dejo ( p o r q u e os apiadéis de m i a l m a lo digo)
p r i m e r o s P a d r e s (3). E r a el P . Araoz el p r i m e r o q u e hacía la p r o l e -
m u c h a s voces d e d e c i r misa p o r n o h a b e r t i e m p o » (2). E n o t r a c a r t a
sión d e s p u é s do los f u n d a d o r e s . C u a t r o días d e s p u é s , el 23 de Fe-
añade q u e e r a n t a n t o s los q u e d e s e a b a n h a c e r E j e r c i c i o s , q u e a u n q u e
b r e r o , le e n v i ó I g n a c i o á E s p a ñ a en c o m p a ñ í a del P . D i e g o d o E g u í a ( 4 ) ,
e s t u v i e r a n diez P a d r e s n o p o d r í a n satisfacer á t o d o s .
y c o n p r ó s p e r o viaje l l e g a r o n a m b o s á B a r c e l o n a (5). F u é r e c i b i d o
Dada esta d e v o c i ó n d e los b a r c e l o n e s e s , fácilmente se c o n c i b e el
s e n t i m i e n t o q u e e x p e r i m e n t a r o n t o d o s al d i f u n d i r s e la n o t i c i a d e
( 1 ) Cartas y otros escritos del B. P. Fabro, t. I, p . 1 3 1 . — ( 2 ) Historia de la q u e el P . A r a o z d e b í a v o l v e r á R o m a (3). H a b í a l e l l a m a d o San I g n a -
Asistencia de España, 1. i , c. l . — ( 3 ) R i b a d e n e i r a , ibid.—(4) R i b a d e n e i r a , ibid.
( 5 ) A l g u n o s a u t o r e s , c o m o A l c á z a r (Chronohistoria de la provincia de Tole- saronpor allí el P. Fabro y el P. Araoz, los cuales le visitaron, y él, como á mi
do, t. I, p . 1 4 ) ; Cienfueg'os ( Vida de San Francisco de Borja, 1. I I , c. x i v ) , P r a t me lo dijo, desde entonces se aficionó mucho al P. Fabro, y la Marquesa, su mujer,
(Le Bienhcureux Fierre Lefévre, c. í v ) , B o e r o (Vita del />'. Pielro Fabro, p . 1 0 5 ) y
al P. Araoz.ti ( C i e n f u e g o s , 1. II, c. X I V . ) E s m u c h a v e r d a d lo q u e afirma Doménech;
o t r o s , a f i r m a n q u e F a b r o y A r a o z l l e g a r o n d e d i r e c c i o n e s o p u e s t a s el m i s m o día á
p e r o r e p á r e s e b i e n : n o d i c e q u e l o s d o s P a d r e s v i s i t a r a n al V i r r e y simultáneamente,
B a r c e l o n a , y s o b r e ol f u n d a m e n t o do e s t a c o i n c i d e n c i a un p o c o d r a m á t i c a , se per-
ni m u c h o m e n o s q u e l l e g a r a n á B a r c e l o n a el m i s m o d í a . P r i m e r o d e b i ó l l e g a r F a b r o ,
m i t e n a ñ a d i r a l g u n o s p o r m e n o r e s y c o n s i d e r a c i o n e s q u o h e r m o s e a n el c u a d r o . L a s
y algunos días después Araoz.
c a r t a s 2 9 y 3 0 d e l B . F a b r o , y la 2 8 d e S a n Ig-nacio (Cartas de San Ignacio, t. i,
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 9 5 .
p . 1 1 2 ) , d e m u e s t r a n q u e n o p u d o v e r i f i c a r s e tal e n c u e n t r o , p u e s F a b r o d e b i ó salir
(2) Ibid.
d e B a r c e l o n a á p r i n c i p i o s do M a r z o , p u e s el 22 y a e s t a b a en L y o n (Vid. Cartas
(3) N o v e o c l a r o el o b j e t o q u e p u d o t e n e r e s t e s e g u n d o v i a j e d e A r a o z á E s p a ñ a .
del B. Fabro, t. J, p . 136), y A r a o z se e s p e r a b a q u e l l e g a s e á la m i s m a c i u d a d p a r a
¿ P a r a q u é v i n o á B a r c e l o n a , si h a b í a d e v o l v e r á Roma tan pronto? San Ignacio,
P a s c u a d e R e s u r r e c c i ó n , ó, c o m o d i c e San I g n a c i o , p a r a P a s c u a d e F l o r e s , q u e a i | u e l
e s c r i b i e n d o á I s a b e l Hosell, l e a n u n c i a b a q u e A r a o z i r í a á B a r c e l o n a p a r a l a P a s c u a
a ñ o d e 1452 c a y ó e l 9 d e A b r i l . (T7rf. Cartas de San Ignacio, t. i, p . 1 1 3 ) . S e g ú n
R i b a d e n e i r a (llist. de la Asistencia de España, 1.1, c. i ) , salió d e R o m a A r a o z el día de F l o r e s . (Cartas de San Ignacio, t. i, p . 1 1 3 . ) Casi a l m i s m o t i e m p o escribía el
s e g u n d o d e C u a r e s m a , e s t o e s , el 2 3 d e F e b r e r o d e 1 5 4 2 . E l e r r o r d e los a u t o r e s santo á su h e r m a n o Beltrán d e Loyola estas p a l a b r a s : « [ A r a o z ] irá derecho para
a r r i b a c i t a d o s p r o v i n o d e e n t e n d e r m a l u n t e x t o del a b a d P e d r o D o m é n e c h , q u e dice Barcelona, d o n d e residirá por algunos meses exhortando e n el S e ñ o r nuestro.»
a s í : « E s t a n d o en Barcelona por Virrey de Cataluña [San Francisco de Borja~] , pa- (Ibid., p . 1 1 7 . ) P o r o t r a p a r t e , d e u n a c a r t a d e l P . A r a o z (Epistolae mixtae, t. i,
p . 9 5 ) so infiere q u e y a el 12 d e J u n i o le h a b í a e s c r i t o S a n I g n a c i o mandándole
 238
LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
ció p a r a fines d e S e t i e m b r e . S a n F r a n c i s c o d e Borja e s c r i b i ó al
santo p a t r i a r c a r o g á n d o l e q u o t u v i e s e á b i e n d e j a r l e s al P . Araoz.
O t r a s p e r s o n a s q u i s i e r o n a c u d i r al e m p e r a d o r é i n t e r p o n e r la a u t o -
r i d a d de éste p a r a i m p e d i r la salida del P a d r e . Con t o d o eso, el je-
suíta so dio b u e n a m a ñ a p a r a f r u s t r a r s u a v e m e n t e a q u e l l o s piadosos
e m p e ñ o s , y a u n q u e n o tan p r o n t o c o m o q u e r í a , p o r ñ u se e m b a r c ó
el 5 de N o v i e m b r e de 1542, a c o m p a ñ á n d o l e el t i e r n o s e n t i m i e n t o do-
tada la ciudad.
T a m p o c o esta v e z l o g r a b a la Compañía a s e n t a r el p i e en España.
E n t r e t a n t o iba Dios d e s p o r t a n d o v o c a c i o n e s p a r a n u e s t r o I n s t i t u t o
e n v a r i a s r e g i o n e s d e E u r o p a . Al p r i n c i p i o d e 1543 c o n t a b a I g n a c i o
u n o s o c h e n t a discípulos (1), y a u n q u e m u c h o s e r a n j ó v e n e s q u e n o
h a b í a n t e r m i n a d o sus e s t u d i o s , con t o d o eso o l e ó l o m u l t i p l i c a b a las
fuerzas, y u n a v e i n t e n a de h o m b r e s ( n o e r a n más los o p e r a r i o s dis-
p o n i b l e s ) a s o m b r a b a con su f e r v o r en a l g u n a s c i u d a d e s i l u s t r e s de
Europa.
E n este m i s m o año de 1543 p o d e m o s fijar la e n t r a d a estable de la
C o m p a ñ í a en n u e s t r a p a t r i a , p u e s e n t o n c e s se a c o m o d ó en Alcalá el
h u m i l d e H e r m a n o F r a n c i s c o d e Y i l l a n u e v a , q u e había de f u n d a r en
a q u e l l a v i ' l a e l m á s f e c u n d o d e n u e s t r o s colegios. D e ello h a b l a r e -
m o s e n el capítulo s i g u i e n t e . P o r a h o r a s i g a m o s los p a s o s d e los
m i s i o n e r o s Araoz y F a b r o .
Disponíase este año el m a t r i m o n i o de F e l i p e I I , p r í n c i p e e n t o n c e s
d e E s p a ñ a , con D . M a r í a , hija do J u a n I I I de P o r t u g a l ; y como
a
este r e y e r a tan a m i g o de la Compañía, solicitó q u e u n P a d r e de ella
a c o m p a ñ a s e á su hija al e n t r a r en E s p a ñ a . P o r su p a r t e , el P . Simón
R o d r í g u e z indicó á San I g n a c i o la b u e n a o p o r t u n i d a d quo este hecho
ofrecía p a r a i n t r o d u c i r s e e n Castilla, ó i n s i n u ó quo la p e r s o n a del
P . F a b r o s e r í a m u y á p r o p ó s i t o p a r a el caso (2). A p r o b ó e l santo la
i d e a , y e s c r i b i ó á C o l o n i a m a n d a n d o á su p r i m e r discípulo, q u o con
los P P . J u a n d e A r a g ó n y Alfonso A l v a r o , pasase l u e g o á P o r t u g a l .
q u e p a r a el p r i n c i p i o ó fin d e S e t i e m b r e so v o l v i e s e á l i o r n a . Se v e , p u e s , q u e A r a o z
h a b í a sido e n v i a d o s o l a m e n t e á B a r c e l o n a , y p a r a p o c o s m e s e s . ¿Qué c o m i s i ó n
t r a í a ? P o s i b l e e s q u e , c o m o e r a t a n c o n o c i d a l a v i r t u d d e l v i r r e y d e C a t a l u ñ a , San
F r a n c i s c o d e B o r j a , y el g r a n v a l i m i e n t o q u e g o z a b a c o u el e m p e r a d o r C a r l o s V,
q u i s o S a n I g n a c i o g a n a r la v o l u n t a d d e t a n i l u s t r e m a g n a t e , y p o r m e d i o de él
a b r i r s e c a m i n o h a s t a el e m p e r a d o r , p a r a c o n s e g u i r c o n el t i e m p o el r e c o n o c i m i e n t o
d e la C o m p a ñ í a e n l o s E s t a d o s d e C a r l o s V . Q u i z á c o u e s t e p r o p ó s i t o e r a e n v i a d o el
P . Araoz á Barcelona.
( 1 ) O r l a n d i n i , Hist. S. I., 1. IV, n ú m . 1.
(2) P o l a n c o , Hist. S. I., t . i , p . 1 1 9 .
CAP. I I I . — E N T B A D A DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA 239
Púsose e n c a m i n o F a b r o ; p e r o l l e g a n d o á L o v a i n a , con i n t e n c i ó n de
e m b a r c a r s e e n A m b e r e s (1), le s o b r e v i n i e r o n u n a s fuertes t e r c i a n a s ,
que en m á s de dos m e s e s n o le p e r m i t i e r o n l e v a n t a r s e del l e c h o .
Con esto p e r d i ó s e la ocasión de a c o m p a ñ a r á la infanta p o r t u g u e s a ,
quien e n t r e t a n t o c e l e b r ó sus b o d a s el 13 de N o v i e m b r e de 1543 e n
Salamanca; y c o m o de A l e m a n i a i n s t a b a n al p a p a y á San I g n a c i o
para q u e les dejase á F a b r o , envióse o r d e n d e R o m a p a r a q u e , m a n -
dando á C o i m b r a v a r i o s e s t u d i a n t e s n u e s t r o s q u e c u r s a b a n e n Lo-
vaina, v o l v i e s e el B e a t o á Colonia á c o n t i n u a r s u s fructuosos t r a b a -
jos apostólicos.
6. P e r o la idea de i n t r o d u c i r la Compañía en la c o r t e de E s p a ñ a con
la p o d e r o s a r e c o m e n d a c i ó n de J u a n I I I , era m u y b u e n a , y n o quiso
I g n a c i o a b a n d o n a r l a , a u n c u a n d o había pasado la b u e n a ocasión d e l
m a t r i m o n i o d e D. F e l i p e . D e s p a c h ó , p u e s , p a r a P o r t u g a l , á fines
de 1543, al P . A r a o z , con seis c o m p a ñ e r o s , á q u i e n e s el m i s m o A r a o z
da los n o m b r e s d e C e s á r e o , J a c o b o , M a r t í n , S a b a t i n o , J u a n y H e r -
nando (2), j ó v e n e s jesuítas q u e d e b í a n c o n t i n u a r sus estudios e n
C o i m b r a . Hasta Savona h i c i e r o n el c a m i n o á p i e , s i r v i é n d o s e u n o s á
o t r o s con sencillez y caridad, y t o m a n d o c a b a l g a d u r a s s o l a m e n t e p o r
algún t i e m p o p a r a dos q u e estaban e n f e r m o s . E j e r c i t ó su celo A r a o z
en Savona, y h a l l a n d o u n a n a v e q u e se d i r i g í a á E s p a ñ a y estaba allí
e s p e r a n d o v i e n t o favorable, l o g r ó q u e el c a p i t á n y v e i n t i o c h o m a r i -
n e r o s h i c i e s e n u n a b u e n a confesión y se a c e r c a s e n j u n t o s á la s a g r a d a
Mesa. C o n m o v i ó este e s p e c t á c u l o á los c i u d a d a n o s , y o c u r r i e n d o
e n t o n c e s las fiestas d e N a v i d a d d e l año 1543, a c u d i ó g r a n m u l t i t u d
de p e n i t e n t e s á los p i e s del P . Araoz, y se e x p e r i m e n t a r o n m u d a n z a s
de v i d a m u y edificantes. T e r m i n a d a s estas faenas a p o s t ó l i c a s , lucié-
r o n s e á la v e l a los N u e s t r o s , d e s e m b a r c a r o n e n P a l a m ó s , y l l e g a r o n
á B a r c e l o n a á p r i n c i p i o s de E n e r o de 1544 (3).
Deseaba A r a o z p a r t i r s e l u e g o p a r a Valencia, a d o n d e le l l a m a b a u n
n e g o c i o i m p o r t a n t e ; p e r o las g r a n d e s lluvias é i n u n d a c i o n e s le d e -
( 1 ) Kpistolae, mixtae, t. I , p . 153 Memoriale B. Petri Fabri, p . 335.
( 2 ) Kpistolae mixtae, t. i , p . 149. P o l a n c o (Hist. S. I., t. i , p . 1 1 8 ) y O r l a n d i n i
(Hist. S. I , 1. i v , n ú m . 5 2 ) d i c e n q u e f u e r o n c i n c o los c o m p a ñ e r o s d e A r a o z ; p e r o
en e s t a c a r t a h a b l a el m i s m o A r a o z do los seis n o m b r a d o s , d i c i e n d o c ó m o c a m i n a b a
c a d a u n o . E l y e r r o d e los d o s a u t o r e s c i t a d o s t a l v e z p r o v e n g a d e h a b e r t o m a d o d o s
n o m b r e s p o r u n solo s u j e t o , lo c u a l n a d a t i e n e d e e x t r a ñ o e n a q u e l t i e m p o , e n q u e
se n o m b r a b a a los i n d i v i d u o s m u y c o m ú n m e n t e p o r el n o m b r e d e p i l a , y s e m e z c l a -
b a n m u c h a s v e c e s los n o m b r e s c o n los a p e l l i d o s .
( 3 ) Kpistolae mixtae, t. i , p . 158.
 240 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
t u v i e r o n e n la c a p i t a l d e l P r i n c i p a d o a l g u n a s s e m a n a s . E n ellas dos-
p l e g ó su c e l o c o m o e n l o s d o s viajes a n t e r i o r e s , y el fruto c o r r e s -
p o n d i ó c o p i o s í s i m o á sus trabajos. Ya n o era v i r r e y S a n Francisco
d e B o r j a , p u e s p o r la m u e r t o d e su p a d r e h a b í a i d o el año a n t e r i o r
á G a n d í a ; p e r o el m a r q u é s d e A g u i l a r , q u e lo s u c e d i ó e n a q u e l pues-
t o , p r o t e g i ó d e c i d i d a m e n t e los i n t e n t o s d e l P . Araoz. U n a cosa b u e n a
l o g r ó é s t e c o n el favor d e l v i r r e y , y fué el r e p r i m i r a l g ú n t a n t o la
l i c e n c i a d e las c o s t u m b r e s p ú b l i c a s . O r g a n i z ó u n a cofradía d e p e r -
s o n a s q u e se o b l i g a b a n á f r e c u e n t a r los santos s a c r a m e n t o s (1), y
t a m b i é n se e m p l e ó , c o m o las o t r a s v e c e s , e n d a r los E j e r c i c i o s á
v a r i o s h o m b r e s v i r t u o s o s , d e los c u a l e s e n t r a r o n a l g u n o s e n la Com-
pañía. H a c í a n l e v i v a s instancias p a r a q u e se q u e d a s e e n Barcelona
t o d a la c u a r e s m a ; p e r o é l , s i g u i e n d o las i n s t r u c c i o n e s d e San Igna-
c i o , l u e g o q u e las lluvias c e s a r o n y le p e r m i t i e r o n c a m i n a r , salió
p a r a V a l e n c i a , a d o n d e l l e g ó el 24 d e F e b r e r o (2).
E l n e g o c i o q u e le llevaba á esta c i u d a d e r a la f u n d a c i ó n d e un
c o l e g i o , q u e d e s e a b a e s t a b l e c e r allí con s u s b i e n e s el P . J e r ó n i m o
D o m é n e c h . E n el p r ó x i m o c a p í t u l o r e f e r i r e m o s el é x i t o d e este
a s u n t o . P o r a h o r a s i g a m o s el c u r s o d e las faenas apostólicas del
P . A r a o z . Si e n B a r c e l o n a fué e s c u c h a d o con g u s t o , e n Valencia se
e x c e d i ó á sí m i s m a la d e v o c i ó n p o p u l a r . P r e d i c ó el p r i m e r día de
c u a r e s m a (27 d e F e b r e r o ) á r u e g o d e los d u q u e s d e C a l a b r i a , q u e le
e n v i a r o n á v i s i t a r c u a n d o s u p i e r o n su v e n i d a . E l d o m i n g o s i g u i e n t e ,
2 d e M a r z o , o c u p ó el p u l p i t o d e la c a t e d r a l . Véase lo q u e c u e n t a el
m i s m o A r a o z e n c a r t a a l P . D o m é n e c h : « F u é t a n t o el a u d i t o r i o , q u e
n o sólo a l p u l p i t o , m a s a u n á la s a c r i s t í a , n o se p u d o l l e g a r s i n o con
t r a b a j o . D e s p u é s d e c o m e r [ p r e d i q u é ] á la M a d r e d e D i o s y do los
p e c a d o r e s , q u e es la casa d e las c o n v e r t i d a s , que. está al p o r t a l de
C u a r t e e n u n a plaza. F u é t a n t a g e n t e , q u e a l g u n o s e s t u v i e r o n sin
c o m e r , y o t r o s c o m i e r o n e n la iglesia lo q u e p u d i e r o n ; t a n t o , que
c u a n d o f u i m o s a l l á , la iglesia y la plaza d e f u e r a , las v e n t a n a s y te-
j a d o s y la m u r a l l a , estaba o c u p a d a d e g e n t e ; p o r q u e a u n y o t u v e
m u c h o q u e h a c e r d e p o d e r p a s a r á la p o r t e r í a d e l m o n a s t e r i o , q u e á
la i g l e s i a n o p u d i e r a , d á n d o m e , los q u e e s t a b a n f u e r a , v o c e s , q u e
h i c i e s e sacar e l p u l p i t o f u e r a , y así, se sacó á la plaza, d o n d e había
t a n t o c o n c u r s o , q u e p a r a m í fué m u c h a confusión; q u e a u n la con-
d e s a d e P u l a m o s , q u e v i n o allá, c o n dificultad t u v o l u g a r p a r a b i e n
o i r . Y c o n h a b e r t a n t o p u e b l o , p o r la b o n d a d d e l S e ñ o r e s t u v i e r o n
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 1 6 6 . — ( 2 ) Ibid., p . 160.
CAI>. I I I . — E N T R A D A DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA 241
con t a n t o s i l e n c i o , q u o p i e n s o , a n t e s m e c a n s a r a y o d e h a b l a r , q u e
ellos d e oir. Y así fué q u e , s e g ú n m e d i c e n , en los dos s e r m o n e s
p r e d i q u é m á s d e cinco h o r a s , y fuénos el S e ñ o r tan b e n i g n o , q u e
unas n u b e s , p a r e c i e n d o q u e q u e r í a l l o v e r , sin h a c e r l o , n o s h i c i e r o n
s o m b r a » (1).
C u a n d o el P . Araoz h u b o a r r e g l a d o el n e g o c i o d e l colegio, dispuso
su viaje p a r a P o r t u g a l . F u é á d e s p e d i r s e de los a m i g o s , y e n t r e o t r o s ,
de los r e l i g i o s o s de u n m o n a s t e r i o d o n d e h a b í a p r e d i c a d o . D i r i g i ó s e
allá, a c o m p a ñ a d o de a l g u n a s p e r s o n a s , y v i é n d o l e p a s a r el p u e b l o ,
sospechó q u e iba á h a b e r s e r m ó n . C o r r i ó esta voz p o r v a r i a s calles,
y al p u n t o afluyó t a n t a g e n t e al m o n a s t e r i o , q u e c u a n d o acabó la
visita el P . A r a o z , le a v i s a r o n q u e estaba la iglesia l l e n a de u n n u -
m e r o s o c o n c u r s o d i s p u e s t o p a r a o i r l e . F u é l e p r e c i s o s u b i r al pulpito
é i m p r o v i s a r a l g o , p a r a saciar el h a m b r e de la d i v i n a p a l a b r a q u e se
m o s t r a b a e n tan d e v o t o a u d i t o r i o (2).
Desde Valencia hizo u n a b r e v e e x c u r s i ó n á Gandía p a r a s a l u d a r al
santo d u q u e F r a n c i s c o d e B o r j a , q u i e n se a p r o v e c h ó en el e s p í r i t u
con la c o n v e r s a c i ó n d e A r a o z , y ofreció c o n t r i b u i r á la fundación
del' c o l e g i o de Valencia. De Gandía e n d e r e z ó el m i s i o n e r o su c a m i n o
á P o r t u g a l . Al pasar p o r M a d r i d , p r e d i c ó u n s e r m ó n á las infantas,
las cuales le q u i s i e r o n d e t e n e r hasta Pascua; p e r o él n o c o n d e s c e n d i ó
con estos d e s e o s , y c o n t i n u ó su viaje hasta C o i m b r a , d o n d e e n t r ó el
Martes S a n t o , 8 de A b r i l d e 1544 (3). G r a n d í s i m o c o n s u e l o r e c i b i ó e n
v e r a q u e l c o l e g i o , el m á s n u m e r o s o de la Compañía, d o n d e m o r a b a n
unos sesenta r e l i g i o s o s , aplicados la m a y o r p a r t e á los e s t u d i o s , p e r o
q u e con t o d o t r a b a j a b a n b a s t a n t e en o b r a s d e c a r i d a d e s p i r i t u a l y
aun t e m p o r a l con los p r ó j i m o s . « E n t r a n d o en P o r t u g a l , dice Araoz,
oía m u c h o h a b l a r de los A p ó s t o l e s cosas m u y edifica ti v a s , q u e llá-
manlos así» (4).
E f e c t i v a m e n t e , d u r ó b a s t a n t e e n P o r t u g a l y en sus c o l o n i a s este
n o m b r e , d e s m e d i d a m e n t e h o n r o s o , q u e e l p u e b l o i m p u s o á los N u e s -
t r o s , p o r o q u e d e m u e s t r a cuál sería la v i d a y celo d e a q u e l l o s p r i -
m e r o s j e s u í t a s , c u a n d o dio ocasión á q u o se les i m p u s i e r a t a n h o n o -
rífico a p e l l i d o .
( 1 ) Cartas y otros escritos del B. P. Fabro, t. i , p . 4 0 2 .
( 2 ) Ibid.
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 162. D e c a m i n o s e d e t u v o u n d í a e n G a l a p a g a r
donde g o z ó m u c h o v i s i t a n d o al b u e n Dr. O r t i z . (Ibid., p . 1 6 6 . )
(4) Ibid.
16
242 Lili. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
CAP. I I I . — ENTRADA DE LA COMPAÑÍA EN ESPAÑA 243

Ocho días p e r m a n e c i ó Araoz e n C o i m b r a , de d o n d e se t r a s l a d ó á

sus c o n v e r s a c i o n e s e s p i r i t u a l e s , d i e r o n á c o n o c e r v e n t a j o s a m e n t e á
A l m e i r í n (1), r e s i d e n c i a de los r e y e s en a q u e l l a t e m p o r a d a , y d o n d e
la C o m p a ñ í a . Q u i s i e r a n m u c h o s d e t e n e r l o s a l g ú n t i e m p o e n a q u e l l a
á la sazón so h a l l a b a t a m b i é n el P . S i m ó n R o d r í g u e z e n f e r m o . F u é
ciudad; p e r o n o a c c e d i e r o n á este deseo los P a d r e s , p u o s u r g í a e l
r e c i b i d o do los m o n a r c a s p o r t u g u e s e s con e x t r a o r d i n a r i o cariño.
p r e s e n t a r s e e n la c o r t e , p a r a q u e , o b t e n i e n d o el r e c o n o c i m i e n t o ofi-
P r e g u n t á b a n l e m i n u c i o s a m e n t e t o d o s los i n c i d e n t e s de su viaje, y
c i a l , d i g á m o s l o a s í , del P o d e r p ú b l i c o , p u d i e s e la C o m p a ñ í a o b r a r
t o d o c u a n t o sucedía á la C o m p a ñ í a fuera de P o r t u g a l ; l u c i é r o n l e
con m á s d e s a h o g o y l i b e r t a d e n t o d a la m o n a r q u í a . E n t r a r o n e n Va-
p r e d i c a r e n su p r e s e n c i a , y d e s p u é s de p r o d i g a r l e todas las m u e s t r a s
lladolid los P a d r e s el 18 de Marzo de 1545 (1).
d e a m o r y r e s p e t o q u e p o d í a desear, t r a t a r o n de r e m i t i r l e á Castilla.
J u z g ó s e o p o r t u n o p a r a esto e s p e r a r la v e n i d a d e l B. F a b r o , á q u i e n
se h a b í a n c o m u n i c a d o n u e v a s ó r d e n e s p a r a d i r i g i r s e á P o r t u g a l . P o r ( 1 ) H e a q u i c ó m o p r e c i s a el B . P e d r o F a b r o los d a t o s c r o n o l ó g i c o s d e e s t e v i a j e :
eso se d e t u v o A r a o z c u a t r o meses, hasta la llegada de su c o m p a ñ e r o , «.Die quarta mensis Martii. Licentiatus Araoz et ego, obtenta tándem licentia a rege
Portugalliae, recessimus ab Ebora; et in die sancti Gregorii, Salmanticam perveni-
el c u a l d e s e m b a r c ó e n L i s b o a el 24 de Agosto d e 1544. mus; die autem decima octava, qua scüicet celebratur festum divi Gabrielis, Valliso-
8. Ya, p o r las noticias q u e les h a b í a dado el P . S i m ó n , t e n í a n los re- letum.i) Memoriale, p . 3 6 2 . L o m i s m o a f i r m a el P . A r a o z , q u i e n , e s c r i b i e n d o á S a n
y e s a l t í s i m o c o n c e p t o de F a b r o . C u a n d o le t r a t a r o n c r e c i ó la estima- I g n a c i o d e s d e V a l l a d o l i d el 2 5 d e M a r z o , d i c e a s í : « H o y h a c e v e i n t e días q u e p a r t í -
timos de Évora ; l l e g a m o s e n e s t a c o r t e h o y e n o c h o días.» Epistolae mixtae, t. I,
ción á tal p u n t o , q u e en vez d e d e s p a c h a r l e b i e n r e c o m e n d a d o para
p. 2 0 2 . P o r eso l l a m a la a t e n c i ó n q u e la c a r t a 61 d e l B . F a b r o (Cartas, e t c . , 1.1,
Castilla, c o m o era el p l a n do San I g n a c i o , q u i s i e r o n d e t e n e r l e á su p. 256-385) esté fechada en Évora, 2 0 d e Marzo d e 1515. L a edición se hizo, no por
lado p a r a a p r o v e c h a r s e de su celo e n P o r t u g a l , y, e n efecto, le detu- el o r i g i n a l q u e se h a p e r d i d o , s i n o p o r u n a c o p i a - t r a d u c c i ó n , q u e se h a l l ó e n É v o r a .
v i e r o n a l g u n o s m e s e s . S u c e d í a con F a b r o a h o r a lo q u e c u a t r o años P o s i b l e es q u e el t r a d u c t o r ó el c o p i s t a a ñ a d i e s e u n c e r o , e s c r i b i e n d o 2 0 d e M a r z o e n
vez de 2 de Marzo.
a n t e s h a b í a o c u r r i d o con San F r a n c i s c o J a v i e r , q u i e n , l l a m a d o á la
c o r t e p o r t u g u e s a p a r a p a s a r á las I n d i a s , era d e t e n i d o p o r la piedad
d e l r e y e n Lisboa ¡Dichosos r e y e s , q u e así sabían c o n o c e r el m é r i t o
d e los h o m b r e s e s p i r i t u a l e s , y con t a n t o afán p r o c u r a b a n t e n e r l o s en
sus e s t a d o s ! « E s p a r a d a r i n c e s a b l e s g r a c i a s á Dios n u e s t r o Señor,
dice el P . Araoz, d e la c r i s t i a n d a d y celo d e estos p r í n c i p e s , y d e l mu-
cho c o n c i e r t o y r e f o r m a c i ó n q u e e n su c o r t o t i e n e n » (2).
9. Sin e m b a r g o , c e d i e n d o á las p o d e r o s a s r a z o n e s q u e m i l i t a b a n en
c o n t r a r i o , dio licencia J u a n I I I p a r a q u o F a b r o y A r a o z se d i r i g i e r a n
á Valladolid. P r o v e y ó l o s d e c u a n t a s r e c o m e n d a c i o n e s p o d í a n desear,
y d e s p u é s de d a r l e s e x t r e m a d a s m u e s t r a s de a m o r , los d e s p i d i ó en
É v o r a el 4 de Marzo d e 1545. De É v o r a p a s a r o n á Salamanca. Apenas
e r a c o n o c i d a en esta c i u d a d la C o m p a ñ í a ; p o r o c o m o h a b í a allí dos
i n s i g n e s m a e s t r o s , F r . F r a n c i s c o V i c t o r i a , d o m i n i c o , y F r . Alonso do
Castro, franciscano (3), q u e h a b í a n t r a t a d o en P a r í s al P . F a b r o , y
le t e n í a n especial a m o r , e n c o n t r ó e n ellos t o d a la p r o t e c c i ó n que
p o d í a desear. P o c o s días se d e t u v i e r o n n u e s t r o s P a d r e s e n Sala-
m a n c a ; p e r o e n ellos A r a o z , con u n b r i l l a n t e s e r m ó n , y F a b r o con

( 1 ) Epistolae mixtae, 1 . 1 , p . 1 6 3 .
( 2 ) Ibid., p . 1 6 9 .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. I., t. I, p . 160.

CAPITULO IV
FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA
1545-1547
SUMARIO: 1. Son m u y b i e n r e c i b i d o s l o s d o s P a d r e s en V a l l a d o l i d . — 2 . T r a b a j a n feliz-
m e n t e , A r a o z en la p r e d i c a c i ó n , y F a b r o en la d i r e c c i ó n e s p i r i t u a l d e las a l m a s . —
3. Por M a y o d e 1545 hace Fabro una excursión á T o l e d o . — 4 . V e r b a p a r a con-
s e r v a r la c a s t i d a d . — 5 . M u e r t e d e D." M a r í a , e s p o s a d e l p r i n c i p e D. Felipe.—
6. T r a s l á d a s e la C o r t e á M a d r i d , y allí F a b r o y A r a o z t r a b a j a n b r e v e t i e m p o . — 7 . F a -
b r o es l l a m a d o al C o n c i l i o d e T r e n t o . D i r í g e s e á l i o r n a , p a s a n d o p o r G a n d í a ,
I e n c i a . y B a r c e l o n a . M u e r e en liorna el 1.° d e A g o s t o d e 1 5 4 G . — 8 . S i g n o el P a d r e
A r a o z t r a b a j a n d o en la c o r t e y e n o t r o s p u e b l o s , h a s t a ser n o m b r a d o Provincial
en 1 5 4 7 .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Curias del B. Pedro Fabro.—2. Epistolae mixtae. —
3. Carlas de San Ignacio.—4. Polarrco, Historia S. I.—5. Colección de documentos inéditos para
la Historia de España, t. n i . Relación anónima.—6. R i b a d e n e i r a , Historia de la Asistencia de
España.
1. S e g ú n se colige do u n a carta del B. P e d r o F a b r o (1), deseaba San
I g n a c i o , p a r a e s t a b l e c e r s ó l i d a m e n t e la C o m p a ñ í a en E s p a ñ a , que
estos dos o p e r a r i o s i n s i g n e s , P e d r o F a b r o y A n t o n i o de A r a o z , se
p r e s e n t a r a n en la c o r t e d e E s p a ñ a b i e n r e c o m e n d a d o s p o r n u e s t r o
g r a n d e a m i g o J u a n I I I , y t r a b a j a n d o d u r a n t e u n a ñ o e n l o s ministe-
r i o s d e la C o m p a ñ í a e n t r o los p r e l a d o s y la n o b l e z a q u e c o n c u r r í a
e n t o n c e s en Valladolid, d i e s e n á c o n o c e r á la O r d e n r e c i é n fundada,
y le facilitasen el m e d i o do e s t a b l e c e r s e e n t o d a la n a c i ó n .
E n el m e s d e Marzo d o 1545 e n t r a b a n F a b r o y A r a o z on Vallado-
lid. Sin p r e s e n t a r e n t o n c e s la c o r t e do E s p a ñ a el aspecto d e esplen-
d i d e z q u e a d m i r a m o s en la de u n L e ó n X ó de u n L u i s XIV, ofrecía,
sin e m b a r g o , al c u r i o s o e s p e c t a d o r u n c o n j u n t o de v a r o n e s distin-
g u i d o s e n las l e t r a s , e n las a r m a s y e n la p o l í t i c a , los c u a l e s , si no
d e s l u m h r a b a n p o r el e s p l e n d o r del lujo, a g r a d a b a n n o t a b l e m e n t e
(1) Cartas y otros escritos del B. Pedro Fabro, t. i, p . 2 9 3 .
C A P _ lv .—-FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA 245
p o r la g r a v e d a d d e c o s t u m b r e s , la e n e r g í a d e c a r á c t e r y la d i s t i n c i ó n
de sus t a l e n t o s . E n t o d o s se c o n s e r v a b a p u r a é intacta la fe católica,
y a u n q u e n o faltasen las flaquezas q u e s i e m p r e lleva consigo la h u -
mana f r a g i l i d a d , p r e s e n t a b a n , sin e m b a r g o , e x c e l e n t e disposición á
las o p e r a c i o n e s d e la g r a c i a .
Allí aparecía el c é l e b r e d u q u e de A l b a , q u e e n t r a b a e n t o n c e s e n
la p l e n i t u d d e su g e n i o y v i g o r m i l i t a r , p a r a s e r m u y p r o n t o el m á s
ilustro g u e r r e r o de España. Allí se p r e s e n t a b a de paso el m a r q u é s
del Valle, el ya a n c i a n o H e r n á n C o r t é s , c o n q u i s t a d o r d e Méjico, q u e
dos a ñ o s d e s p u é s h a b í a d e m o r i r casi e n la o s c u r i d a d . Allí se m o s -
t r a b a n a l g u n o s ilustres t í t u l o s de A n d a l u c í a , c o m o el d u q u e d e Me-
d i n a - S i d o n i a , el m a r q u é s de G i b r a l e ó n y el c o n d e do N i e b l a , c u y o s
n o m b r e s s o n a b a n t a n g r a t o s e n los oídos e s p a ñ o l e s , p o r q u e r e c o r -
d a b a n los l a u r e l e s , t o d a v í a frescos, d e la c o n q u i s t a d e G r a n a d a . O t r o s
insignes s e ñ o r e s , c o m o los m a r q u e s e s de C e r r a l b o y de Astorga, los
c o n d e s de B e n a v e n t e , d e L u n a y de M o n t e r e y , r e p r e s e n t a b a n e n la
c o r t e la d i g n i d a d y e n t e r e z a t r a d i c i o n a l q u e h a b í a d i s t i n g u i d o á la
Va-
a n t i g u a n o b l e z a de Castilla (1). Con estos s e ñ o r e s c a s t e l l a n o s a l t e r n a -
b a n e n V a l l a d o l i d a l g u n o s i l u s t r e s c a b a l l e r o s p o r t u g u e s e s , q u e ha-
bían v e n i d o a c o m p a ñ a n d o á la p r i n c e s a r e c i é n casada con D. F e l i p e ,
los cuales f a v o r e c i e r o n á los P P . F a b r o y A r a o z , p o r q u e t o d o s p a r -
ticipaban, más ó m e n o s , d e la b e n e v o l e n c i a con q u e J u a n H I m i r a b a
á la C o m p a ñ í a .
Al lado de estos c o r t e s a n o s s e g l a r e s asistían e n Valladolid a l g u n o s
d i s t i n g u i d o s p r e l a d o s , e n t r e t e n i d o s en la c o r t e , y a p o r los n e g o c i o s
p a r t i c u l a r e s de sus d i ó c e s i s , y a p o r los i m p o r t a n t e s c a r g o s q u e d e s -
e m p e ñ a b a n e n la n a c i ó n . A l l í c o n o c i e r o n los N u e s t r o s al c a r d e n a l
P o g g i o , q u e t a n t o s años fué n u n c i o en E s p a ñ a ; al c a r d e n a l T a v e r a ,
arzobispo de T o l e d o , q u e había desposado á F e l i p e I I e n Salamanca;
á Martínez Siliceo, o b i s p o de C a r t a g e n a , m a e s t r o del p r í n c i p e y su-
cesor d e T a v e r a en la Silla p r i m a d a ; al o b i s p o d e P a m p l o n a , A n t o n i o
d e F o n s e c a ; al D r . B o r n a l , n o m b r a d o o b i s p o d e C a l a h o r r a , y á
o t r o s p r e l a d o s é i n s i g n e s eclesiásticos, q u e y a desde e n t o n c e s t o m a -
r o n a l g u n a n o t i c i a del e s p í r i t u y p r o f e s i ó n d e la C o m p a ñ í a . T a m -
poco faltaban n u n c a e n la c o r t e a l g u n o s sabios d o c t o r e s d e v a r i a s
(1) Los principales señores q u e figuraban p o r e n t o n c e s en la c o r t e d e E s p a ñ a p u e -
d e n v e r s e e n l a Relación a n ó n i m a d e l p r i m e r m a t r i m o n i o d e F e l i p e II, h e c h a p o r u n
t e s t i g o p r e s e n c i a l , y p u b l i c a d a e n la Colección de documentos inéditos para la Histo-
ria de España, t. m, p p . 3 6 1 - 4 1 8 . V é a s e t a m b i é n á S e p ú l v e d a , De rebus gestis Ca-
roli V, 1. x x i u , c. x v n i .
 246 LIB. 1 1 . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
ó r d e n e s r e l i g i o s a s , sin c u y o d i c t a m e n n o solían d a r n i n g ú n paso d e
i m p o r t a n c i a n u e s t r o s católicos r e y e s , s o b r e t o d o e n n e g o c i o s ecle-
siásticos y e c o n ó m i c o s (1).
E l r e c i b i m i e n t o q u e h a l l a r o n n u e s t r o s d o s m i s i o n e r o s e n la c o r t e ,
n o s lo da m i n u c i o s a m e n t e d e s c r i t o el P . Araoz (2), en c a r t a q u e di-
r i g i ó á San I g n a c i o el 25 d e Marzo de 1545. H e a q u í , e n t e r a , esta
c a r t a : «G-ratia et pax Domini nostri Jcsu Christi sit, semper nobiscum.
H o y h a c e v e i n t e días q u e p a r t i m o s de É v o r a con m u y b e n é v o l a y
g r a t a l i c e n c i a d e S u s Altezas; b i e n q u e m o s t r a r o n m u c h a v o l u n t a d
para q u e quedásemos en su reino. Y con sus letras para el príncipe
y la p r i n c e s a d e aquí, l l e g a m o s en esta c o r t e h o y o c h o días, y d a n d o
á Sus Altezas las l e t r a s , fuimos con m u c h a d e m o s t r a c i ó n r e c i b i d o s ,
y lo m i s m o d e l c o m e n d a d o r m a y o r de L e ó n y a l g u n o s p r e l a d o s , ha-
l l a n d o , p o r la b o n d a d d e l S e ñ o r , p e r s o n a s m u c h o i n c l i n a d a s á la
C o m p a ñ í a . M a e s t r o F a b r o h a confesado a l g u n a s d a m a s en palacio.
Y o , c o n t e n e r c o n f e s i o n e s , acabo, h a b r á u n a h o r a , d e p r e d i c a r e n la
A n t i g u a , y m e h a n , c o n s e r la p r i n c i p a l p a r r o q u i a d e s t a c o r t e , ofre-
cido el pulpito. A u n q u e p a r a el v i e r n e s m e t i e n e n y a p r e v e n i d o p a r a
( 1 ) B u e n a p r u e b a d e l r e s p e t o c o n q u e e n t o n c e s se m i r a b a en n u e s t r a c o r t e á la cien-
cia, es q u e c u a n d o F e l i p e I I se c a s ó en S a l a m a n c a , p o r N o v i e m b r e d e 1 5 4 3 , n o h a b i é n -
d o s e d e t e n i d o e n a q u e l l a c i u d a d s i n o s i e t e d í a s , e m p l e a d o s en los r u i d o s o s e s p e c t á c u -
l o s y f e s t e j o s q u e l a b o d a e x i g í a , s i n e m b a r g o , g a s t ó d í a y m e d i o e n e s c u c h a r á los m á s
i n s i g n e s m a e s t r o s d e la U n i v e r s i d a d . O i g a m o s la Relación citada m á s arriba: «Ce-
s a r o n l a s fiestas [ e l 14 d e N o v i e m b r e ] h a s t a l a n o c h e , p o r q u e e l p r í n c i p e g a s t ó t o d a
l a t a r d e e n v e r las e s c u e l a s , y o y ó a l g u n a s l i c i o n e s , y asistió á u n a s c o n c l u s i o n e s
q u e t u v o T>. G a s p a r , hijo d e l c o n d e d e M i r a n d a E l j u e v e s s i g u i e n t e , el p r í n c i p e
n u e s t r o s e ñ o r f u é á oir u n a r e p e t i c i ó n q u e h a c í a el bachiller B e c e r r a , hijo del doc-
t o r M o r e n o , s u m é d i c o , p a r a l i c e n c i a d o , y f u é t o d a l a c o r t e c o n é l , y á e s t a causa,
S u A l t e z a a c a b ó d e oir á t o d o s los c a t e d r á t i c o s q u e le r e s t a b a n d e l d í a p a s a d o , y
a s i s t i ó á u n a s c o n c l u s i o n e s q u e t u v o e n D e r e c h o el l i c e n c i a d o D. D i e g o d e C ó r d o b a ,
y a s í salió m u y t a r d e d e a q u í . » (Colección de doc. inéd. para la JBist. de Esp., t. i n ,
p á g i n a 408.) E x t r a ñ o parecerá en nuestros días este gusto de escuchar á tales maes-
t r o s en u n m u c h a c h o d e d i e z y seis a ñ o s y m e d i o , c o m o e n t o n c e s e r a F e l i p e I I , y
en t o d a la c o r t e q u e le s e g u í a . E s t e h e c h o s i g n i f i c a t i v o n o s d e m u e s t r a l a s e r i e d a d
c o n q u e e n t o n c e s s e t o m a b a n los e s t u d i o s e n E s p a ñ a , y l a a l t í s i m a e s t i m a c i ó n en
q u e e r a n t e n i d o s los m a e s t r o s d e S a l a m a n c a .
( 2 ) C a ° t t o d a s las n o t i c i a s d e e s t e c a p í t u l o l a s t o m a m o s d e l a s c a r t a s d e F a b r o y
Araoz. L a á p r i m e r a s , p u b l i c a d a s e n Bilbao e n 1 8 9 4 , son por lo general m u y conci-
s a s en n o t i c i a s h i s t ó r i c a s , y a b u n d a n t e s e n c o n s e j o s y m á x i m a s e s p i r i t u a l e s . El
P . A r a o z , c o m o más parlero ( a s í se l l a m a él m i s m o e n u n a c a r t a ) , refiere m á s m i -
n u c i o s a m e n t e los hechos. P a r a los siete ú ocho p r i m e r o s años d e n u e s t r a historia en
E s p a ñ a , n o h a y f u e n t e m á s r i c a q u e l a s c a r t a s d e A r a o z , i m p r e s a s en el p r i m e r t o m o
d e las Epistolae mixtae.
C A P . 1 V —FABKO Y AEA0Z EN LA CORTE DE ESPAÑA
247
San M a r t í n . Mies se a p a r e j a : ¡plegué al S e ñ o r d a r e s p í r i t u y v i r t u d á
los o p e r a r i o s !
»E1 o b i s p o de C a l a h o r r a n u e v a m e n t e e l e c t o , q u e es el D r . B e r -
n a l , d e V. R. m u y a m i g o , d e la C o m p a ñ í a c e l a d o r y m u y a n t i g u o
d e v o t o , con m u c h a instancia n o s p i d e p a r a c o a d j u t o r e s y o p e r a r i o s ,
sctlfem ad lempas, p a r a su diócesis. V i e n d o en n o s o t r o s d e p e n d e r
d e V. R., p r e s t o h a r á confiado r e c u r s o . E l obispo de C a r t a g e n a ,
q u e es e l m a e s t r o S i l í c e o , m a e s t r o del P r í n c i p e , s e n o s h a m u c h o
c o m u n i c a d o con m u e s t r a s d e p e r s o n a q u e t i e n e m u c h a o p i n i ó n
de la C o m p a ñ í a . D e l n u n c i o P o g g i o , p u e s V. R. le c o n o s c e , n o h a y
p a r a q u é le i n f o r m a r ; p o r q u e n i n o s q u e r r í a d e j a r , n i q u e le dejá-
semos. E l c o m e n d a d o r m a y o r d e Castilla y la c o n d e s a d e P a l a m ó s ,
su s u e g r a , y d e n u e s t r a C o m p a ñ í a m u y afectada, están a q u í , y se
h a n m u c h o h o l g a d o . E l c o n t a d o r H o n d a r z a , el s e c r e t a r i o Lasao y
D . Catalina d e L o y o l a , su m u j e r , se h a n m u c h o c o n s o l a d o , á lo
a
q u e p a r e c e , c o n n o s o t r o s y e n s a b e r d e la C o m p a ñ í a .
>De los p o r t u g u e s e s q u e están con la p r i n c e s a s o m o s m u y a m a d o s ,
p o r q u e allá en P o r t u g a l y a t e n í a m o s m u c h o c o n o c i m i e n t o ; q u e a u n
la d o m i n i c a ú l t i m a q u e p r e d i q u é , m e h i c i e r o n p r e d i c a r el m i s m o
día e n cinco p a r t e s c o m o p o r d e s p e d i d a , y d e s p u é s e n e l ú l t i m o l u g a r
del r e i n o , q u e r i é n d o n o s h a c e r d e t e n e r p o r esta c u a r e s m a . No p u d i é n -
d o l e s p r e d i c a r m á s d e u n a v e z , N u e s t r o S e ñ o r hizo tal c o n m o c i ó n ,
q u e m u c h o s q u i s i e r a n s e g u i r n o s si l e s p e r m i t i é s e m o s . E n S a l a m a n c a
h a l l a m o s m u c h a g e n t e m u y d i s p u e s t a y deseosa d e la C o m p a ñ í a .
P r e d i q u é sola una vez. De m u c h o s fui r o g a d o q u e allí q u e d a s e , ó á
lo m e n o s t o r n a s e p r e s t o . N u e s t r o S e ñ o r , p o r su b o n d a d s u m a , sea
en n u e s t r o c o n t i n u o favor y ayuda» (1).
2. Con tan felices auspicios e m p e z a r o n á t r a b a j a r a n i m o s a m e n t e Fa-
b r o y Araoz, cada u n o á su m o d o , c o m o t e n í a n de c o s t u m b r e . Araoz,
c o n sus s e r m o n e s c o n m o v í a á la m u c h e d u m b r e ; F a b r o , c o n sus con-
v e r s a c i o n e s e s p i r i t u a l e s , con o i r confesiones y c o n d a r los E j e r c i c i o s
á g e n t e m u y e s c o g i d a , l o g r a b a u n fruto m e n o s r u i d o s o , p e r o m á s
sólido q u e su c o m p a ñ e r o . C o m o el t e r r e n o estaba b i e n d i s p u e s t o , el
b i e n y edificación q u e se s i g u i ó fué m u y c o n s i d e r a b l e . O i g a m o s d e
n u e v o al P . Araoz, e n carta d e 14 d e A b r i l d e 1545:
«Decíame u n c a b a l l e r o a m i g o m í o , q u e h a y m u c h o r u m o r do n o s -
o t r o s ad bonum; p o r q u e , al p a r e c e r , n o t a b l e m e n t e se h a n m o v i d o en
los s e r m o n e s . A l g u n o s n o s l l a m a n los iñiguistas; o t r o s , papistas; o t r o s ,
(1) Epistolae mixtae, t. i, p . 2 0 2 .
 248
LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
a p ó s t o l e s ; o t r o s , t e a t i n o s y r e f o r m a d o s . Maestro F a b r o h a confesado
y r e c o n c i l i a d o m á s q u e q u i n c e d a m a s , sin o t r a s p e r s o n a s de palacio
y fuera. E s p a r a a l a b a r á N u e s t r o S e ñ o r c u á n t o c r é d i t o t i e n e n d e la
C o m p a ñ í a e n esta c o r t e , y c u á n t o se sabe della. E l b u e n Dr. Ortiz
h a p r e d i c a d o m u c h o dolía y n o cesa. T e n e m o s t a m b i é n c o n c e r t a d o
d e h a b l a r al c a m a r e r o m a y o r d e l p r í n c i p e . H a y m u c h a r e l i g i ó n en-
t r e estos c o r t e s a n o s , t a n t o , q u e á u n o s l l a m a n c l a u s t r a l e s ; á los m á s
r e c o g i d o s , o b s e r v a n t e s , y á los m á s e s p i r i t u a l o s , c a p u c h i n o s . Y así
c o m o se h a b l a d e u n o , d i c e n , es o b s e r v a n t e ó es c l a u s t r a l , etc. El
p r í n c i p e , á lo q u e p a r e c e , y t a m b i é n nos h a d i c h o el o b i s p o d e Car-
t a g e n a , los c u a t r o días d e S e m a n a Santa n o c o m i ó p e s c a d o , n i h u e -
vos, n i c o n s e r v a s . E s m u y b i e n inclinado» (1).
E s t o s u c e d í a ya á las c u a t r o s e m a n a s d e h a b e r s e p r e s e n t a d o n u e s -
t r o s P a d r e s e n Valladolid. E n los t r e s m e s e s l a r g o s q u e p e r m a n e c i ó
A r a o z e n a q u e l l a c i u d a d , fué t o m a n d o v u e l o cada vez m á s el fruto
e s p i r i t u a l , e x c i t a d o p o r sus s e r m o n e s . No f a l t a r o n , sin e m b a r g o , al-
gunos envidiosos que, aunque tímidamente, dejaron escapar indi-
r e c t a s m á s ó m e n o s i n t e n c i o n a d a s c o n t r a la C o m p a ñ í a . Así lo i n s i n ú a
F a b r o en carta á San I g n a c i o , escrita el m i s m o día 14 do A b r i l :
«Hasta a g o r a , d i c e , n o se n o s ofresee n i n g u n a c o n t r a d i c c i ó n , poí-
n o h a b e r o b r a á la c u a l so d e b a c o n t r a d i c c i ó n , a u n q u e y a h a h a b i d o
p r e d i c a d o r q u e h a d i c h o e n p u l p i t o , a v i s a n d o q u e se g u a r d e n d e al-
g u n o s q u e se c u e l a n p o r las casas c a r g a n d o las m u j e r e s d e e s c r ú p u -
los; t e m o q u e lo d i g a p o r n o s o t r o s . P e o r señal es q u e a l g u n o s , p o r
v i t u p e r i o , d i g a n q u e s o m o s papistas» (2).
C o m o es d e s u p o n e r , m i e n t r a s a m b o s P a d r e s santificaban c u a n t o
p o d í a n á los c o r t e s a n o s y al p u e b l o d e V a l l a d o l i d , n o p e r d í a n las
ocasiones q u e b u e n a m e n t e se les p r e s e n t a b a n de h a b l a r á D. F e l i p e
y á su joven esposa, para inspirarles los sentimientos de piedad que
p r o c u r a b a n c o m u n i c a r á todos, y p a r a d a r l e s noticia d e la C o m p a ñ í a ,
c u y o s p r i n c i p i o s e n E s p a ñ a d e s e a b a n a s e g u r a r c o n el a m p a r o de t a n
a u g u s t a s p e r s o n a s . A m b o s c o n s o r t e s r e c i b í a n c o n m u c h o a g r a d o las
visitas d e F a b r o y Araoz, y m o s t r a b a n b u e n a v o l u n t a d á las cosas de
la C o m p a ñ í a : « E s c r i b i m o s , dice A r a o z , d e l m u c h o a m o r c o n q u e d e
S u s Altezas fuimos y somos s i e m p r e r e c i b i d o s , d á n d o n o s , c u a n d o les
v a m o s á h a b l a r , g r a t a a u d i e n c i a . E s p a r a a l a b a r al S e ñ o r cuan afec-
t a d o s s o n á las cosas de esta C o m p a ñ í a y á t o d a v i r t u d y c r i s t i a n d a d ;
t. i ! l m l b > l a e m i x t a e
' *" '
P 2 1 2
'~ ( 2 ) C a r t a s y o t r o s e s c r i l o g
249
C A r . i v . — F A B R O Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA
y c o m o tales, a u n q u e d e t i e r n a edad, p r o c u r a n e l b i e n e s p i r i t u a l d e
sus s u b d i t o s con m u c h o e j e m p l o , d e q u e estos r e i n o s están m u y
contentos» (1).
3. P o r el m e s de Mayo y á p r i n c i p i o s de J u n i o hizo F a b r o u n a ex-
c u r s i ó n h a c i a T o l e d o p a r a v i s i t a r á las i n f a n t a s , hijas de Carlos V,
q u e solían r e s i d i r e n Ocaña. E n este viaje t u v o ocasión d e h a b l a r
d e s p a c i o c o n el c a r d e n a l T a v e r a , a r z o b i s p o d e T o l e d o , q u i e n le r e c i -
bió c o n s i n g u l a r e s m u e s t r a s d e afecto y c o n s i d e r a c i ó n (2). E n e l e n t r e -
t a n t o p r o s e g u í a el P . A r a o z en la c o r t e , t r a b a j a n d o sin cesar en la san-
tificación de las almas. M u c h o e r a su celo y a c t i v i d a d , p e r o n o p o d í a n
b a s t a r sus fuerzas para r e c o g e r t a n t a m i e s c o m o Dios le p o n í a d e l a n t e .
«Las o c u p a c i o n e s q u e t e n e m o s , e s c r i b e á San I g n a c i o , p o r la
b o n d a d d e l S e ñ o r son t a n t a s y tales, quo y o n o sé c ó m o lo p o d e r es-
c r i b i r , p o r q u e es así, q u e á sor v e i n t e n o p o d r í a m o s satisfacer, p o r -
q u e t e n e m o s las dos p a r t e s , scilkct, los p r e l a d o s y los s e ñ o r e s c o n
las c o n v e r s a c i o n e s , y t o d o el p u e b l o c o n los s e r m o n e s , s i e n d o e l
f r u t o , per aratiam Bmnhii, n o m e n o s n o t a b l e q u e el a u d i t o r i o y el
c o n c u r s o , q u e es m u y g r a n d e . P o r q u e si p u d i e s e t o l e r a r l o la casa de
las c o n v e r t i d a s , b i e n p u d i é r a m o s d u p l i c a r l a s ; p o r q u e m u c h a s y de
las más p r i n c i p a l e s , n o con p o c a edificación, se h a n c o n v e r t i d o , y
a l g u n a s se s u s t e n t a n c o n limosnas hasta q u e se casen ó v u e l v a n á
sus m a r i d o s , ó e n t r e n las l i b r e s e n r e l i g i ó n , h a b i e n d o d o n d e e s t é n .
H a y m u c h a s p e r s o n a s do c u a l i d a d , quo u l t r a d e las d e p a l a c i o , se
confiesan con n o s o t r o s , f r e c u e n t a n d o la confesión. E n los h o s p i t a l e s
y c á r c e l e s es p a r a a l a b a r al S e ñ o r lo q u e se h a c e , así e n confesiones
como en predicar
^Tándem, p o r la b o n d a d del S e ñ o r n o sé p e r l a d o n i s e ñ o r e n esta
c o r t e q u o n o esté b i e n con la C o m p a ñ í a , h a b i e n d o y a cesado t o d a
s u s p i c i ó n . A l g u n o s r e g i d o r e s desta villa son m u y n u e s t r o s , especial-
m e n t e H e r n a n d o d e Vega, q u e es p a r i e n t e d e l e m b a j a d o r , q u e es u n
b e n d i t o (3). l l a m e d i c h o q u e y a h a visto u n sitio d o n d e se p o d r í a
h a c e r u n c o l e g i o , y da m e d i o s p a r a ello. M a e s t r o F a b r o está en m u -
cha o p i n i ó n y c r é d i t o con Sus Altezas y estos s e ñ o r e s . De m í n o
t e n g o q u é d e c i r , s i n o s u p l i c a r á N u e s t r o S e ñ o r m e dé g r a c i a p a r a
( 1 ) Cartas y otros escritos del B. Fabro, t. i, p . 2 2 4 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 2 2 5 .
( 3 ) E s t a p a l a b r a bendito, q u e se r e p i t e v a r i a s v e c e s e n las c a r t a s d e A r a o z y a p a -
r e c e e n las d e o t r o s P a d r e s a n t i g u o s , n o d e b e t o m a r s e e n el s e n t i d o b u r l ó n e n q u e
h o y se u s a , s i n o c o m o s i n ó n i m a d e v i r t u o s o y s a n t o . D e b e e n t e n d e r s e e n e s e n t i d o
d d
* F a h r o
,
e n q u e la u s a b a S a n t a T e r e s a c u a n d o h a b l a b a d e l Bendito Fr. Pedro de Alcántara.
 CAP. IV.—FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA 251
250 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA

chas c o n v e r s a c i o n e s esta v i r t u d de n u e s t r o s P a d r e s , y c i e r t a p e r s o n a
satisfacer á la e x p e c t a c i ó n y e s t i m a q u e t i e n e n ; lo q u e n o sin m u c h a
r e s p e t a b l e , q u e r i e n d o e x p l i c a r a q u e l f e n ó m e n o , e c h ó á v o l a r la es-
confusión mía d i g o No p u e d o d e s c e n d e r á los p a r t i c u l a r e s , m á s
p e c i e d e q u e los N u e s t r o s l l e v a b a n c o n s i g o c i e r t a y e r b a m i s t e r i o s a ,
d e r e f e r i r lo q u e M a e s t r o F a b r o d i c e , q u e en n i n g u n a p a r t e h a es-
q u e les p r e s e r v a b a d e las t e n t a c i o n e s i m p u r a s . L l e g ó este d i c h o á
t a d o d o n d e t a n t a m i e s h u b i e s e ; é y o d i g o lo m i s m o , q u e es así; m e
oídos d e F e l i p e I I , el c u a l e n c a r g ó á su ayo D. J u a n de Z ú ñ i g a q u e
p a r e c e u n l a b e r i n t o h a b e r d e e s c r i b i r las p a r t i c u l a r i d a d e s » (1).
p r e g u n t a s e á l o s P a d r e s q u é y e r b a era a q u e l l a . V i n o Z ú ñ i g a c o n e l
O t r o a p o y o e n c o n t r a r o n en V a l l a d o l i d F a b r o y A r a o z , s e g ú n pa-
r e c a d o al P . A r a o z , y éste, con m u c h a cortesanía, e m p e z ó á p o n d e -
r e c e sin b u s c a r l o , a u n q u e p r o b a b l e m e n t e las r e c o m e n d a c i o n e s del
r a r l e las a d m i r a b l e s v i r t u d e s d e a q u e l l a y e r b a s i n g u l a r . A s o m b r a d o
D r . Ortiz y d e o t r o s a m i g o s p o d e r o s o s facilitarían el n e g o c i o .
su i n t e r l o c u t o r , instó v i v a m e n t e al P a d r e p a r a q u e le dijese el n o m -
Nos r e f e r i m o s á la I n q u i s i c i ó n , cuyos i n d i v i d u o s d i s p e n s a r o n á n u e s -
bro de a q u e l l a p o r t e n t o s a y e r b a . «Esta y e r b a , s e ñ o r m í o , dijo e l
t r o s P a d r e s t o d o g é n e r o d e c o n s i d e r a c i o n e s . D i c e así A r a o z e n la
m i s i o n e r o , se l l a m a e l santo t e m o r de Dios.» V o l v i ó Z ú ñ i g a a l p r í n -
m i s m a c a r t a : «Cuánto n o s a m e n y n o s t r a t e n los s e ñ o r e s d e la I n q u i -
cipe c o n esta r e s p u e s t a , la cual, difundida de b o c a en b o c a , dejó á la
s i c i ó n , n o p o d r í a d e c i r l o m á s de q u o m e p a r e c e q u e t i e n e n e l s e n t i r
c o r t e m u y edificada de la v i r t u d de F a b r o y A r a o z (1).
d e l D r . O r t i z e n las cosas do la C o m p a ñ í a . E l más a n t i g u o dellos m e
D e s p u é s de t r a b a j a r a l g u n o s m e s e s en la c o r t e , j u z g a r o n o p o r t u n o
d i j o , á q u i e n h e m o s e n s e ñ a d o a l g u n a s d e v o c i o n e s á instancia suya,
n u e s t r o s P a d r e s h a c e r u n a visita á los colegios q u e e m p e z a b a n á
q u e n u n c a e n la I n q u i s i c i ó n se había d e p u e s t o d e l P . Maestro I ñ i g o
f o r m a r s e e n España, d e los cuales h a b l a r e m o s e n el capítulo s i g u i e n -
m á s d e la c o m ú n s o s p e c h a q u e se t e n í a , de en q u é p a r a r í a . Esle
t e . E n c a r g ó s e de esta d i l i g e n c i a el P . Araoz. La v í s p e r a de San P e -
m u y aficionado. E l s o b r i n o d e l c a r d e n a l d e T o l e d o , q u e es el i n q u i -
d r o , p r e d i c a n d o e n Valladolid, se despidió de su a u d i t o r i o , i n d i c a n d o
s i d o r g e n e r a l , q u e se dice D. D i e g o T a v e r a , l e t r a d o y d e l m i s m o
q u e d e b í a a u s e n t a r s e p o r a l g u n o s m e s e s . D e s a g r a d ó m u c h o esta n o -
Consejo, es m u y n u e s t r o , n o sólo d e v o t o , mas a u n a b o n a d o r y e x p o -
ticia á los o y e n t e s , e n t r e los cuales h u b o a l g u n o s q u e q u i s i e r o n in-
sitor. Nos h a e n c o m e n d a d o q u e , e n u n a u t o q u e se t e r n a p r e s t o , n o s
t e r p o n e r la a u t o r i d a d de F e l i p e I I p a r a d e t e n e r al P . Araoz en Valla-
h a l l á s e m o s p a r a c o n f o r t a r l o s [á los s e n t e n c i a d o s ] y e n s e ñ a r l o s , y
dolid (2). E s t a piadosa r e s i s t e n c i a r e t r a s ó a l g ú n t a n t o la salida d e l
q u e si t u v i é s e m o s casa n o s d a r í a n u n l u t e r a n o , q u e está p r e s o y se h a
m i s i o n e r o ; p e r o al fin, r e m o v i d o s s u a v e m e n t e los e s t o r b o s , p u d o d i -
c o n v e r t i d o , p a r a q u e le s t a b i l i é s e m o s [ c o n f i r m á s e m o s e n la fe]. Mu-
r i g i r s e el P a d r e al colegio d e Alcalá p o r el m e s d e A g o s t o (3).
chas veces n o s c o n v i d a y c o m e m o s con él. E s u n b e n d i t o - .
4. M i e n t r a s así t r a b a j a b a n e n V a l l a d o l i d n u e s t r o s dos o p e r a r i o s , de-
bió o c u r r i r a q u e l e p i s o d i o chistoso, c e l e b r a d o e n n u e s t r o s anales, so- ( 1 ) E n l a s c a r t a s q u e c o n s e r v a m o s d e a m b o s P a d r e s n o se h a c e m e n c i ó n d e e s t e
b r e la y e r b a p a r a c o n s e r v a r la castidad. Es, p u e s , d e s a b e r q u e t r a t a n d o i n c i d e n t e . T a m b i é n lo o m i t i ó P o l a n c o . E l P . M i g u e l d e T o r r e s a l u d e á e s t e h e c h o ,
d a n d o á e n t e n d e r q u e el i n v e n t o r del c h i s t e d e la y e r b a fué M e l c h o r C a n o . E s c r i -
F a b r o y A r a o z c o n las p r i n c i p a l e s d a m a s y c a b a l l e r o s d e la c o r t e ,
b i e n d o al P . A r a o z d e s d e S a l a m a n c a el 25 d e A b r i l d e 1 5 4 8 , y r e f i r i é n d o l e la p e r s e -
l l a m a r o n p r e s t o la a t e n c i ó n p o r la m o d e s t i a s i n g u l a r y la p u r e z a do c u c i ó n q u e el t e ó l o g o d o m i n i c o e m p e z a b a á m o v e r c o n t r a la C o m p a ñ í a , d i c e e s t a s
c o s t u m b r e s q u e en ellos r e s p l a n d e c í a . D e b i ó d e s e r o b j e t o do m u - palabras: « A q u e l buen hombre, que ya antes comenzó de infestarnos, echando
tretas contra este nuestro santo I n s t i t u t o ; a q u é l , d i g o , q u e decía que usábamos d e
c i e r t a y e r b a p a r a m o r t i f i c a r l a s c o n c u p i s c e n c i a s , q u e es a g o r a a q u í c a t e d r á t i c o d e
( 1 ) Kpistolae mixtae, t. I , p . 2 2 4 . E s c u r i o s o u n d a t o q u e se e n c u e n t r a en e s t a p r i m a d e t e o l o g í a , éste m e s m o p a r e c e q u e h a t o m a d o d e p r o p ó s i t o esta c u a r e s m a d e
carta acerca del fruto que hacían en E u r o p a las cartas d e San F r a n c i s c o J a v i e r .
h a c e r c i e r t o s s e r m o n e s , al p a r e c e r d e r e c h a m e n t e c o n t r a n o s o t r o s . » Ep>istolae mixtae,
« E s t a n d o e l M a e s t r o F a b r o e n M a d r i d , d i c e A r a o z , f u é el c a r d e n a l d e T o l e d o [ T a -
t. i , p . 4 9 1 . E l P . R i b a d e n e i r a (Hist. de la Ásist. de Ksp., 1. i, c. n ) n a r r a el h e c h o
v e r a ] a las i n f a n t a s , y quiso q u e Maestro F a b r o le fuese á h a b ' a r , y después vino
t a l c o m o l o r e f e r i m o s , a t r i b u y e n d o el d i c h o á u n a p e r s o n a d e a u t o r i d a d . E l P . O r l a n -
c o n S u S e ñ o r í a R m a . h a s t a G a l a p a g a r , d o n d e p o s ó en casa d e l D r . O r t i z é hizo q u e
d i n i (Hist. S. I., 1. v , n . 63) n o m b r a , s i n a m b a g e s , á M e l c h o r C a n o .
l e l e y e s e n t o d a la l e t r a d e n u e s t r o H e r m a n o M a e s t r o F r a n c i s c o J a v i e r , d e q u e f u é
m u y c o n t e n t o , y a s í lo h a n s i d o m u c h o s e n e s t o s r e i n o s , d e m a n e r a q u e n o m e n o B ( 2 ) Kpistolae mixtae, t. r, p . 2 2 6 .
f r u t o h a h e c h o e n E s p a ñ a y P o r t u g a l con su l e t r a , q u e en las I n d i a s c o n su d o c t r i - ( 3 ) P o l a n c o , Hist. S. I., t. I , p . 1 6 3 . N o p o d e m o s p r e c i s a r el d í a en q u e s a l i ó
na.» P o r algunas frases del B . F a b r o se a d i v i n a t a m b i é n el entusiasmo indecible A r a o z . D e b i ó d i r i g i r s e d e A l c a l á á B a r c e l o n a , p u e s F a b r o e s c r i b í a a l P . S i m ó n Ro-
q u e d e s p e r t a b a n en los N u e s t r o s y en t o d a s las p e r s o n a s - p i a d o s a s las noticias del d r í g u e z el 1 3 d e S e t i e m b r e d e 1 5 4 5 : « E l P . Araoz, c o n M a r t í n , y a d e b e e s t a r e n B a r -
g r a n Apóstol de las I n d i a s . celona.» Cartas del B. Fabro, t. i, p . 2 7 7 .
 252 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
5. M i e n t r a s se p r e p a r a b a esto viaje d e A r a o z s o b r e v i n o e n Vallado-
lid la t e r r i b l e d e s g r a c i a , t a n c o n o c i d a e n n u e s t r a h i s t o r i a , y q u e ha-
bía de t e n e r i m p o r t a n t e s c o n s e c u e n c i a s p a r a a q u e l l a c i u d a d y p a r a
t o d a la m o n a r q u í a . E l 9 de J u l i o dio á luz la p r i n c e s a D . María al a
n i ñ o q u e , con el t i e m p o , h a b í a de a d q u i r i r t r i s t e c e l e b r i d a d con el
n o m b r e de el p r í n c i p e D. Carlos, y t r e s días d e s p u é s , el 12 de J u l i o ,
m u r i ó d e s o b r e p a r t o . D o l o r o s í s i m o fué esto g o l p e p a r a t o d a España,
y e n especial p a r a e l j o v e n p r í n c i p e D. F e l i p e , q u e se v e í a v i u d o á
los diez y ocho años. E l P . F a b r o j u z g ó c o n v e n i e n t e e s c r i b i r una
c a r t a c o n s o l a t o r i a al p a d r e de la difunta, ai g r a n b i e n h e c h o r de la
C o m p a ñ í a , J u a n I I I . « ¡ Q u i é n p u d i e s e e s c r i b i r , le d i c e , las l á g r i m a s
q u e están en esta c o r t e y en esta villa de Valladolid! Cosa sería p a r a
n u n c a a c a b a r y p a r a a u m e n t a r la p e n a de V u e s t r a s Altezas Han
sido t a n t a s las v o c e s deste p a l a c i o , q u e p a r e c í a q u e t o d a E s p a ñ a se
finaba, y c o m o si n o q u e d a r a en esta v i d a vía n i n g u n a p a r a p o d e r s e
c o n s o l a r las p e r s o n a s » (1). J u n t a m e n t e con esta s i n c e r a e x p r e s i ó n de
su d o l o r , c o m u n i c a b a F a b r o al r e y de P o r t u g a l las r a z o n e s s o b r e n a -
t u r a l e s de c o n s u e l o , ú n i c a s q u e p u e d e n c o n f o r t a r al h o m b r o en tan
graves calamidades.
6. Esta a c e r b a d e s g r a c i a dio ocasión á F e l i p e I I p a r a t r a s l a d a r s e con
t o d a la c o r t e á Madrid, lo cual so e j e c u t ó p o c o t i e m p o d e s p u é s . El
P . F a b r o h u b o de s e g u i r á la c o r t e , y en el o t o ñ o de 1545 le h a l l a m o s
t r a b a j a n d o a p o s t ó l i c a m e n t e en la n u e v a capital (2). L l e v a b a m u y
g r a t o r e c u e r d o de los v a l i s o l e t a n o s , c o m o lo manifiesta en carta es-
c r i t a al P . S i m ó n R o d r í g u e z . « I r e m o s á M a d r i d con la c o r t e , le dice,
si Dominns volmrit E n n i n g u n a p a r t e , e n t r a n d o e n la c u e n t a P a r í s ,
R o m a y P a r m a , t u v e c o n o c i m i e n t o con t a n t a s p e r s o n a s p a r a en
c u a n t o la c o n v e r s a c i ó n e s p i r i t u a l , c o m o a q u í e n Valladolid» (3). Tan
s o r p r e n d e n t e era el fruto r e c o g i d o en esta c i u d a d , q u e l l e g ó á es-
p a n t a r s e de tan feliz é x i t o el m i s m o F a b r o , y b u s c a n d o la causa de
t a n t a s m a r a v i l l a s , c r e y ó h a l l a r l a e n las t r i b u l a c i o n e s q u e p a d e c i ó
S a n I g n a c i o m i e n t r a s e s t u d i a b a e n estas t i e r r a s (4). E s t a m i s m a idea
(1) Cartas del B. F. Fabro, t. i, p . 2 7 1 .
(2) N o h e p o d i d o a v e r i g u a r el d í a p r e c i s o en q u e F a b r o salió d e V a l l a d o l i d . L a
ú l t i m a c a r t a s u y a e s c r i t a e n e s t a c i u d a d , l l e v a l a f e c h a d e l 1 1 d e S e t i e m b r e . (Vide
Cartas del B. Fabro, t. i, p . 2 7 8 . ) L a s i g u i e n t e e s t á f e c h a d a e n M a d r i d a 10 d e
N o v i e m b r e . (Ibid., p. 281.) P r o b a b l e es, p u e s , q u e F a b r o se t r a s l a d a s e á M a d r i d p o r
O c t u b r e de 1545.
( 3 ) Ibid., p. 278.
( 4 ) P o l a n c o , Hist. S. I., t. i, p . 1 6 3 .
CAP. IV. —FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA 253
la r e p i t i e r o n a l g u n o s o t r o s de n u e s t r o s a n t i g u o s P a d r e s . S e g ú n estos
sencillos y santos v a r o n e s , el P . I g n a c i o h a b í a s e m b r a d o la p a l a b r a
de Dios e n t r e p e r s e c u c i o n e s y a m a r g u r a s en Alcalá y S a l a m a n c a , y
a h o r a v e n í a n sus i n d i g n o s hijos á r e c o g e r el fruto con q u e Dios r e -
c o m p e n s a b a los a n t i g u o s t r a b a j o s de su b u e n P a d r e . ¡ S i n g u l a r filo-
sofía d e la h i s t o r i a , q u e h a r á s o n r e í r á los i n c r é d u l o s , p e r o q u e es la
p u r a v e r d a d , c o m o lo s a b e n los q u e t i e n e n fe y c o n o c e n los c a m i n o s
p o r d o n d e s u e l e Dios l l e v a r á sus e s c o g i d o s ! C o m o e r a d e s u p o n e r ,
en m e d i o de t a n t o fruto e s p i r i t u a l , b r o t a r o n m u c h a s v o c a c i o n e s á la
Compañía. E n t r e l o s n u m e r o s o s p r e t e n d i e n t e s q u e se p r e s e n t a r o n ,
escogió F a b r o a l g u n o s q u e , con o t r o s e n v i a d o s de C o i m b r a , f o r m a -
r o n los dos colegios d e V a l l a d o l i d y Alcalá. E n el capítulo s i g u i e n t e
e x p l i c a r e m o s este p u n t o . P o r a h o r a , s i g a m o s las t a r e a s apostólicas
del P . F a b r o . T r a s l a d a d o á la n u e v a c o r t e , c o n t i n u ó sin v a r i a r u n
p u n t o los oficios do celo y c a r i d a d q u o h a b í a e m p e z a d o en Vallado-
lid. Y n o se c o n t u v o su celo en el r e c i n t o de M a d r i d . S e g ú n se infiere
de sus c a r t a s (1), hizo u n a e x c u r s i ó n d e diez días á T o l e d o , se d e t u v o
a l g ú n t i e m p o e n IUescas, y visitó t a m b i é n á las villas d e O c a ñ a , Y e -
pes, Alcalá y á o t r o s p u e s t o s i m p o r t a n t e s en las cercanías de la n u e v a
c o r t e , d e s p e r t a n d o en todas p a r t e s los c o r a z o n e s al s e r v i c i o do Dios,
y g o z á n d o s e do v e r lo b i e n q u e c o r r e s p o n d í a el t e r r e n o á la s e m i l l a
do la p a l a b r a d i v i n a . E n t o d a s las cartas de este santo m i s i o n e r o se
s i e n t e , p o r ima p a r t e , el copioso f r u t o con q u e D i o s b e n d e c í a sus
trabajos, y p o r otra, la a p t i t u d s i n g u l a r q u e m o s t r a b a el país p a r a las
cosas d e l d i v i n o s e r v i c i o . « H a s t a a h o r a , dice e n u n a c a r t a , se n o s
h a n d e s c u b i e r t o t a n t o s c a m i n o s y vías p a r a h a c e r s e o b r a s y o b r e r o s
e n Castilla, q u e y a m e p a r e c e q u e n o h a y e n e l m u n d o l u g a r d o n d e
fuese más razón de a l l e g a r m u c h a g e n t e q u e p o r acá, y s o b r e t o d o
en Toledo» (2).
7. A b r u m a d o p o r las m u c h a s o c u p a c i o n e s q u e se le ofrecían e n la
c o r t e , e s c r i b i ó F a b r o á su c o m p a ñ e r o e l P . Araoz, q u e e n t o n c e s so h a -
llaba e n Valencia, r o g á n d o l e q u e a b r e v i a s e la visita d e los colegios y
acudiese p r o n t o á M a d r i d . O b e d e c i ó á este l l a m a m i e n t o el i n t e r p e l a -
do, y l l e g ó á la c o r t e á m e d i a d o s d e F e b r e r o d e 1546 (3). R e u n i d o
con su c o m p a ñ e r o , c o n t i n u ó a l g ú n t i e m p o t r a b a j a n d o á su l a d o ; p e r o
p r o n t o h u b i e r o n do s e p a r a r s e a m b o s P a d r e s p a r a n o v e r s e más e n
(1) Vid., Cartas del B. P. Fabro, t. i, p . 2 8 2 - 2 8 6 .
(2) Ibid., p . 279.
(3) Vid. Epistolae mixtae, t. i, p . 2 4 9 . Cartas del B. P. Fabro, t. I, p . 2 9 1 .
 CAP. IV.—FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA 255
254 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA

año p a r a e n t r a r e n la Ciudad E t e r n a . A u n q u e al l l e g a r se m o s t r a b a
la t i e r r a . H a b í a s e c o m e n z a d o p o c o antes e l Concilio d e T r e n t o , y
b u e n o d e salud, n o h a b í a pasado u n a s e m a n a c u a n d o le r e p i t i e r o n
P a u l o I I I , d e s e a n d o e n v i a r c o m o t e ó l o g o s suyos á t r e s P a d r e s d e la
las c a l e n t u r a s , y t o d o s se c o n v e n c i e r o n d e q u e e r a i n e v i t a b l e su
C o m p a ñ í a , m a n d ó á San I g n a c i o q u e escogiese e n t r e s u s hijos á los
m u e r t e . R e c i b i ó d e v o t í s i m a m e n t e los santos S a c r a m e n t o s , y c o n
t r e s q u e le p a r e c i e s e n m á s aptos p a r a este delicado m i n i s t e r i o . La
a q u e l l a t r a n q u i l i d a d d e á n i m o q u e s i e m p r e le a c o m p a ñ a b a , e x p i r ó
e l e c c i ó n d e I g n a c i o r e c a y ó e n los P P . F a b r o , Laínez y S a l m e r ó n .
Los d o s ú l t i m o s , q u e e s t a b a n e n I t a l i a , p u d i e r o n p o n e r s e l u e g o en p l á c i d a m e n t e e n los b r a z o s d e San I g n a c i o el 1.° d e Agosto d e 1546 (1).
c a m i n o p a r a T r e n t o . Á F a b r o se e s c r i b i ó q u e se d i r i g i e s e á Roma, Vivo s e n t i m i e n t o causó e n toda la C o m p a ñ í a la m u e r t e d e l B . P e -
v i s i t a n d o d e paso los colegios d e G a n d í a , Valencia y B a r c e l o n a . Re- d r o F a b r o . E r a c o n s i d e r a d o c o m o e l p r i m o g é n i t o d e San I g n a c i o y
c i b i d a esta carta, d e s p i d i ó s e F a b r o d e l P . Araoz, d e j a n d o e n s u s ma- s u m a m e n t e v e n e r a d o p o r la s i n g u l a r p r u d e n c i a y e m i n e n t e s v i r t u -
n o s el g o b i e r n o d e la C o m p a ñ í a e n las p r o v i n c i a s d e E s p a ñ a (1). Sa- des q u e le hacían m u y p a r e c i d o al santo f u n d a d o r . No poseía, es ver-
lió d e M a d r i d el 20 d e A b r i l (2); d e t ú v o s e e n Valencia a l g u n o s días, d a d , esas c u a l i d a d e s b r i l l a n t e s q u e d e s l u m h r a n , n o e r a h o m b r e d e
e n los cuales p r e d i c ó t r e s s e r m o n e s , y desde allí se e n c a m i n ó á facundia e l o c u e n t e , d e fogosa i m a g i n a c i ó n , d e s e d u c t o r e s m o d a l e s ;
Gandía. p e r o la fuerza i n t e r i o r d e la g r a c i a suplía e n é l c o n ventaja la falta
do a q u e l l a s p r e n d a s n a t u r a l e s . C u a n d o F a b r o d e s c u b r i ó su c o n c i e n -
T r a t á b a s e e n t o n c e s d e e m p e z a r la c o n s t r u c c i ó n d e l n u e v o colegio,
cia á n u e s t r o santo P a d r e , y a e r a h o m b r e i n c l i n a d o á la v i r t u d y h a -
y e l s a n t o d u q u e F r a n c i s c o d e B o r j a , a p r o v e c h a n d o la v e n i d a d e Fa-
bía a d q u i r i d o sólida i n s t r u c c i ó n eclesiástica. S o b r e este b u e n funda-
b r o , q u i s o q u e él p u s i e s e la p r i m e r a p i e d r a d e l edificio. Así se hizo
m e n t o la m a n o d i e s t r a d e I g n a c i o l e v a n t ó u n edificio d e a d m i r a b l e
c o n d e v o t a s o l e m n i d a d (3). T e r m i n a d a esta piadosa c e r e m o n i a , salió
p e r f e c c i ó n evangélica, h a c i e n d o d e su discípulo u n m o d e l o d e l h o m -
F a b r o p a r a B a r c e l o n a c o n i n t e n t o d e e m b a r c a r s e allí p a r a R o m a . No
b r e i n t e r i o r y v e r d a d e r a m e n t e e s p i r i t u a l . S i e m p r e u n i d o c o n Dios
se h a b í a n d e l o g r a r las e s p e r a n z a s q u e se f u n d a b a n e n él, c u a n d o se
p o r m e d i o d e la o r a c i ó n , dócil á la d i r e c c i ó n d e la santa o b e d i e n c i a ,
le d e s t i n a b a p a r a el Concilio d e T r e n t o . Dios n u e s t r o S e ñ o r le que-
fiado ú n i c a m e n t e e n el favor d i v i n o , p r e s e n t á b a s e F a b r o e n las u n i -
r í a l l e v a r p a r a sí. A u n q u e sólo c o n t a b a c u a r e n t a años d e edad, su sa-
v e r s i d a d e s , e n los p a l a c i o s , e n los h o s p i t a l e s , e n las p o s a d a s , e n los
l u d se había d e b i l i t a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e p o r las p e n i t e n c i a s y tra-
m o n a s t e r i o s y e n todas p a r t e s , c o n a i r e m o d e s t o y a p a c i b l e , h a c i e n d o
bajos apostólicos. Ya e n M a d r i d h a b í a estado diez días e n c a m a , y
profesión d e h o m b r e e s p i r i t u a l y piadoso. P e n e t r a d o c o m o n a d i e d e
a u n q u e sanó, q u e d a r o n sus fuerzas m u y q u e b r a n t a d a s . E n Barcelona
los E j e r c i c i o s d e San I g n a c i o , d i e s t r í s i m o e n la d i r e c c i ó n d e las a l -
r e c a y ó p e l i g r o s a m e n t e , y h u b o d e d i l a t a r p o r eso la n a v e g a c i ó n . Re-
m a s , p r o d u c í a F a b r o u n b i e n i n m e n s o , n o c o n la fuerza d e l o r a d o r
p u e s t o a l g ú n t a n t o d e su dolencia, e m b a r c ó s e p a r a I t a l i a , y v i n o á
q u e a r r a s t r a á las m u c h e d u m b r e s , sino c o n la s a b i d u r í a y suave u n -
e n t r a r e n R o m a el 17 d e J u l i o (4), es decir, e n la t e m p o r a d a p e o r del
ción d e l P a d r e e s p i r i t u a l , q u e p e n e t r a los c o r a z o n e s y los l e v a n t a á
la p r á c t i c a d e h e r o i c a s v i r t u d e s . N o fueron m u c h o s s u s discípulos,
( 1 ) A d v i é r t a s e q u e n i el P . F a b r o , n i t o d a v í a el P . A r a o z , t e n í a n el t í t u l o d e P r o -
v i n c i a l , el c u a l f u é d a d o el a ñ o s i g u i e n t e al P . A r a o z . E r a u n a e s p e c i e d e s u p e r i o r i - p e r o sí m u y escogidos, p u e s el p r i m o r d e este g r a n m a e s t r o n o t a n t o
d a d p a t r i a r c a l , s i n t í t u l o d e f i n i d o . V é a n s e l a s p a l a b r a s c o n q u e F a b r o a n u n c i a al consistía e n c o n v e r t i r á los m a l o s , c o m o e n h a c e r p e r f e c t o s y santos
P . Simón Rodríguez esta m u d a n z a . «El P . Licenciado Araoz, por m a n d a d o de nues-
á los b u e n o s .
tro P a d r e , queda para residir o r d i n a r i a m e n t e en esta corte, y á él queda encargada
t o d a m i c a r g a . P o r a m o r d e N u e s t r o S e ñ o r , q u e s i e m p r e le a y u d é i s á l l e v a r l a . » ( Car- M u c h o le d e b i ó la C o m p a ñ í a e n E s p a ñ a , p u e s é l la dio á c o n o c e r
tas del B. P. Fabro, t. I, p . 3 1 5 . ) en la c o r t e y le g r a n j e ó las v o l u n t a d e s d e los p r i n c i p a l e s p r e l a d o s y
( 2 ) Epistolae mixtae, 1 . 1 , p . 2 7 0 . c a b a l l e r o s d e la n a c i ó n . Bien lo conocía s u c o m p a ñ e r o e l P . Araoz,
( 3 ) Cartas del B. Fabro, t. I, p . 3 1 9 . E n e s t a c a r t a d i c e e x p r e s a m e n t e el B e a t o
q u e , p o c o d e s p u é s d e d e s p e d i r l e e n M a d r i d , escribía estas p a l a b r a s
q u e s e d e t u v o e n G a n d í a sólo dos dias. N o p u d o , p o r c o n s i g u i e n t e , d a r los Ejercicios
á S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , c o m o d i j e r o n a l g u n o s a u t o r e s . E s o s d o s d í a s d i c e q u e «se al s e c r e t a r i o d e San I g n a c i o , B a r t o l o m é F e r r ó n : « L o q u e N u e s t r o
e x p e n d i e r o n p a r t e c o n los N u e s t r o s , p a r t e ( q u e es c u a s i t o d o ) con el d u q u e , y p a r t e S e ñ o r h a h e c h o y o b r a d o e n estos señores, qui videntur columnae, p o r
c o n l a s m o n j a s ^ á l a s cuales p e d í l i m o s n a s e s p i r i t u a l e s , d a n d o á c a d a u n a e n p a r -
t i c u l a r su c o n s e j o » .
( 1 ) P o l a n c o , Hist. S. 1., 1 . 1 , p . 1 7 2 .
( 4 ) Cartas de San Ignacio, t. 1, p. 2 4 9 .
 256 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
m i n i s t e r i o d e l P . M a e s t r o F a b r o , p o r q u e v a allá, casi n o lo q u e r r í a
d e c i r ; m a s c r e e d , H e r m a n o m í o , q u e es n o t a b l e m e n t e n o t a b l e , y q u e
está e n m u y alta o p i n i ó n d e t o d o s ; y él es t a l , q u e si lo s u p i é s e d e s
p o r e x p e r i e n c i a , c o m o este p o b r e q u e q u e d a sin tal F a b r o , d a r í a d e s
g r a c i a s á N u e s t r o S e ñ o r p o r q u e os lo dejara v e r . E s u n a l m a llena
d e m i s e r i c o r d i a s d e l q u e es P a d r e dolías y Dios de t o d a consola-
c i ó n » (1). C u a n d o p o c o d e s p u é s s u p o Araoz q u e F a b r o se había de-
t e n i d o e n f e r m o en B a r c e l o n a , e s c r i b i ó á San I g n a c i o d i c i é n d o l e q u e
esta d e t e n c i ó n d e b í a s e r m i s e r i c o r d i a q u e el S e ñ o r q u e r í a h a c e r á
a q u e l l a ciudad, p o r q u e F a b r o e r a un instrumento continuo y no ocioso
p a r a h a c e r b i e n á las a l m a s (2). T o d a la C o m p a ñ í a v e n e r ó s i e m p r e su
m e m o r i a c o m o la d e u n s a n t o . P í o I X le beatificó e l año 1873.
8. Q u e d a n d o solo en M a d r i d el P . Araoz, c o n t i n u ó afanándose p r o -
v e c h o s a m e n t e e n b i e n d e los p r ó j i m o s . E n la p r i m a v e r a d e 1546 hizo
u n a e x c u r s i ó n á Alcalá, cuyos efectos refiere en estos t é r m i n o s á San
I g n a c i o : « P o c o s días ha q u e y o e s t u v e en Alcalá y p r e d i q u é en el
c o l e g i o m a y o r y á las infantas con m u y n o t a b l e aplauso y fruto p o r
la b o n d a d d e l Señor, c o m o p a r e c i ó l u e g o en confesiones y en algu-
n o s d e l c o l e g i o m a y o r q u e p i d i e r o n los E j e r c i c i o s , y o t r a s mutacio-
n e s p ú b l i c a s y editicativas q u o se h a n h e c h o , a u n q u e sin y o s a b e r l o ,
c o m o de a n d a r descalzos y p e d i r limosna y a n d a r c o n saco; n o sien-
d o escándalo, a n t e s m u c h a edificación y confusión, p o r s e r tal la
cualidad y n o b l e z a y b i e n e s t e m p o r a l e s , q u e a u n h o y m e h a n ha-
b l a d o d e l l o . U l t r a el s e r m ó n á las infantas me m a n d a r o n les dijese
a l g u n a s cosas p a r a s u r e f o r m a c i ó n , ó , p o r m e j o r decir, i n s t r u c c i ó n ,
y m e p i d i e r o n q u e les diese en e s c r i t o lo q u e les p l a t i q u é , p o r q u e
eran algunas consideraciones, y queríanlas frecuentar y conti-
n u a r » (3).
V u e l t o A r a o z á M a d r i d d e esta e x c u r s i ó n , c o n t i n u ó a l g ú n t i e m p o
sus trabajos apostólicos; p e r o p r o n t o h u b o d e i n t e r r u m p i r l o s , p o r
h a b e r s e q u e b r a n t a d o su salud c o n tantas fatigas. D i é r o n l o u n a s ter-
cianas d o b l e s , y c o m o r e c a y e s e d o s veces, j u z g a r o n los m é d i c o s q u e
debía t o m a r los a i r e s natales p a r a r e s t a b l e c e r s e . D i s p u s o , p u e s , su
viaje á G u i p ú z c o a , y al d e s p e d i r s e de la c o r t e r e c i b i ó do F e l i p e I I y
d e o t r o s p e r s o n a j e s señaladas m u e s t r a s d e a m o r . « E s c r i b i e n d o el
p r í n c i p e a l o b i s p o do P a m p l o n a , d i c e A r a o z , y al c o r r e g i d o r , para
q u e m i r a s e n m u c h o p o r m í , m e e n v i a r o n e n m í a l i t e r a h a r t o flaco.
E s c r i b i e n d o a s i m i s m o el s e ñ o r n u n c i o (eme h a sido n o sólo m i m é -
( 1 ) Epiéiolae mixtae, t. i, p . 2 7 3 . — ( 2 ) Ibid., p . 2 8 9 . — ( 3 ) Ibid., p . 289.
CAP. I V . — FABRO Y ARAOZ EN LA CORTE DE ESPAÑA 257
d i c o , m á s a u n , e n f e r m e r o ) p a r a el d i c h o o b i s p o , p a r t í de M a d r i d á
2 d e S e t i e m b r e , y l l e g u é a q u í [á V e r g a r a ] á los 2 1 , g r a c i a s á Dios,
con m u c h a m e j o r í a » (1).
C u a t r o ó cinco meses p e r m a n e c i ó Araoz e n su p u e b l o natal, r e p o -
n i é n d o s e de sus a c h a q u e s y d i r i g i e n d o p o r c a r t a s v a r i o s n e g o c i o s d e
la C o m p a ñ í a . E n las q u e c o n s e r v a m o s , q u o son las d i r i g i d a s á R o m a ,
va d a n d o c u e n t a , e n t r e o t r a s cosas, d e la e n f e r m e d a d d e Millán d e
Loyola, s o b r i n o de San I g n a c i o . E s t e f e r v o r o s o j o v e n , a d m i t i d o en
la C o m p a ñ í a e n 1541, h a b í a t e r m i n a d o sus e s t u d i o s e n P a r í s y L o -
vaina, y e n v i a d o á P o r t u g a l , se h a b í a d e d i c a d o c o n m u c h o celo á la
p r e d i c a c i ó n . Una p e l i g r o s a e n f e r m e d a d d e l p e c h o q u e le s o b r e v i n o ,
m o v i ó á los s u p e r i o r e s á e n v i a r l e á G u i p ú z c o a . Allí se r e s t a b l e c i ó
b a s t a n t e al p r i n c i p i o , y se dio de n u e v o á la p r e d i c a c i ó n ; p e r o r e -
c r u d e c i é n d o s e el m a l , a r r o j ó m u c h a s a n g r e p o r la b o c a , y m u r i ó tí-
sico p o r Marzo de 1547 (2).
O t r o d e l o s n e g o c i o s q u e c o n m á s c a l o r se t r a t a r o n , e r a el t r a e r d e
P o r t u g a l al P . F r a n c i s c o de E s t r a d a , cuya f e r v o r o s a e l o c u e n c i a p o -
día h a c e r p r o d i g i o s e n E s p a ñ a y a c r e d i t a r d e p a s o los p r i n c i p i o s d e
la C o m p a ñ í a . « E s c r í b e m e H e r n a n d o , dice A r a o z á San I g n a c i o , q u e
D . L e o n o r M a s c a r c ñ a s h a h e c h o q u e e l p r í n c i p e y las infantas e s -
a
c r i b a n al r e y de P o r t u g a l , y t a m b i é n ella m i s m a , p a r a q u e n o s
p r e s t e p o r a l g u n o s meses á F r a n c i s c o d e E s t r a d a , s e g ú n q u e V. R. m e
lo m a n d a b a p o r unas suyas d e l fin de J u l i o » (3).
R e s t a b l e c i d o d e su e n f e r m e d a d el P . A r a o z , v o l v i ó á M a d r i d , y e n
la c u a r e s m a d e 1547 t r a b a j ó en Alcalá con g r a n d í s i m o fruto d e las
almas (4). I n f i é r e s e c u a n p r o f u n d a i m p r e s i ó n hacía c o n sus s e r m o n e s ,
p o r lo q u e c u e n t a el P . C r i s t ó b a l d e Mendoza, i n d i v i d u o d e l c o l e g i o
d e A l c a l á , q u i e n dice así: « E l P . l i c e n c i a d o A r a o z v i n o á esta villa
de Alcalá el s á b a d o a n t e s d e l d o m i n g o de los cinco p a n e s en la cua-
r e s m a , y e s t u v o hasta el d o m i n g o d e la t a r d e d e R a m o s . E n este
t i e m p o hizo siete s e r m o n e s c o n g r a n d e e s p í r i t u y d o c t r i n a . Casi
toda la g e n t e d e l p u e b l o le s e g u í a , y t a n t a g e n t e s e g u i r al p r e d i c a -
d o r a q u í e n esta u n i v e r s i d a d , n o así f á c i l m e n t e se v e . E n t r e ellos,
hizo d o s [ s e r m o n e s ] á las infantas, y d e c í a n a l g u n a s p e r s o n a s q u e
v i n i e r o n p o r o i r al l i c e n c i a d o d o n d e hizo u n s e r m ó n d e la C r u z , y
h u b o m u y n o t a b l e a t e n c i ó n y m u c h a s l á g r i m a s , e n lo cual p i e n s o se
hizo m u c h o p r o v e c h o en las á n i m a s O t r o [ s e r m ó n ] h i z o e n pala-
( 1 ) Epistolae mixtae, t . I, p . 3 0 7 . — ( 2 ) Ibid., p p . 3 2 9 , 3 4 5 , 3 5 9 . — ( 3 ) Ibid, pá-
g i n a 3 3 0 . — ( 4 ) Ibid., p . 3 5 8 .
17
258 L I B . I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

ció á las infantas, y tal f u é , q u e si la g e n t e h u b i e r a c o n o c i m i e n t o

v e r o , debía de i r á b u s c a r al P . L i c e n c i a d o a d o n d e q u i e r a q u e estu-
v i e s e , p a r a oillo, c o m o hizo la R e i n a de Sabá p o r o i r á S a l o m ó n . Con
toda la c e g u e d a d los m o v i ó t a n t o , q u e d i c e n q u e n u n c a h a b í a n visto
á la infanta D . María tan a t e n t a á s e r m ó n , y el m a r q u é s decía que
a

n u n c a tal h a b í a oído en su v i d a , y al fin t o d a la g e n t e lo m e s m o , di-

ciendo que más era aquel h o m b r e divino que h u m a n o . Ciertamente
h a s t a h o y lo d i c e n así esas p e r s o n a s , y c i e r t a m e n t e , s e g ú n m i mal
j u i c i o , y o n o p u d i e r a c r e e r q u e tal s e r m ó n h i c i e r a , p o r q u e fué una
cosa a d m i r a b l e . E l S e ñ o r sea b e n d i t o . Al fin tal fué la n o t i c i a q u e de
n o s o t r o s dio e n esta u n i v e r s i d a d , q u e d o n d e cuasi e s t á b a m o s escon-
d i d o s , q u i e r o d e c i r quo n o nos c o n o c í a n , a h o r a n o s c o n o c e n tanto,
q u e c u a n d o sale a l g ú n H e r m a n o lo v a n m i r a n d o y d i c i e n d o : Ecce ex
Mis est. Al q u e lo h a c e sean dadas las g r a c i a s . Amén.» (1).
E n el v e r a n o de 1547 fué l l a m a d o el P . A r a o z á M o n z ó n , d o n d e
d e b í a n r e u n i r s e las c o r t e s de A r a g ó n . Allí p u d o t r a t a r despacio con
San F r a n c i s c o d e Borja, q u e era u n o de los p r i n c i p a l e s p e r s o n a j e s
c o n v o c a d o s e n a q u e l i l u s t r e c o n g r e s o . Así en a q u e l l a c i u d a d como
e n Zaragoza, s e m b r ó , c o m o solía, la d i v i n a p a l a b r a el P . Araoz, y r e -
c o g i ó a b u n d a n t e fruto de sus f e r v o r o s o s s e r m o n e s (2). E n estos mi-
n i s t e r i o s se h a l l a b a o c u p a d o c u a n d o le llegó de R o m a la p a t e n t e en
q u e se le n o m b r a b a P r o v i n c i a l d e toda E s p a ñ a . P e r o a n t e s d e refe-
r i r este h e c h o , n e c e s a r i o es h a c e r alto y d e c l a r a r los colegios q u e se
h a b í a n fundado y los sujetos q u e se h a b í a n a d m i t i d o e n la Compañía,
p a r a p o d e r c o n s t i t u i r la P r o v i n c i a de E s p a ñ a .
(1) Litterae quadrimestres, t. i, p . 1 4 7 . C r e e m o s n e c e s a r i o a d v e r t i r q u e se p a d e -
ció u n a e q u i v o c a c i ó n , al p u b l i c a r e s t a c a r t a , f e c h á n d o l a en Alcalá, á los 15 de Abril
de 1 5 4 9 . N o es d e l a ñ o 1 5 4 9 , s i n o del 1 5 4 7 , c o m o lo p r u e b a e v i d e n t e m e n t e el hecho
d e s u p o n e r e n A l c a l á al P . D r . T o r r e s , s o l i c i t a d o con u n a c á t e d r a d e S i g ü e n z a . (Ibi-
dem, p p . 1 4 8 y 1 4 9 . ) E s t e h e c h o o c u r r i ó e n 1 5 4 7 (Epistolae mixtae, t. i, p . 3G0),
c u a n d o el P . T o r r e s , r e c i é n l l e g a d o d e R o m a , n o e r a c o n o c i d o e n A l c a l á c o m o jesuí-
t a . P o r F e b r e r o d e 1 5 4 8 y a T o r r e s h a b í a s a l i d o d e A l c a l á p a r a f u n d a r el colegio de
S a l a m a n c a , c o m o lo v e r e m o s m á s a b a j o al r e f e r i r e s t e h e c h o .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 3 9 6 .
CAPÍTULO V
COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA H A S T A LA CREACIÓN
DE LA PROVINCIA E N 1547.
S U M A R I O : 1. Q u i é n e r a el P . V i l l a n u e v a . — 2 . V i e n e á A l c a l á e n 1 5 4 3 , y e m p i e z a á
e s t u d i a r g r a m á t i c a c o n o t r o p r e t e n d i e n t e d e l a C o m p a ñ í a . — 3 . D a s e f o r m a defini-
t i v a d e c o l e g i o á la c a s a d e A l c a l á en 1 5 4 6 . — 4 . V i c i s i t u d e s d e l c o l e g i o h a s t a el
o t o ñ o d e 1 5 4 7 . — 5 . C o l e g i o d e V a l l a d o l i d , e m p e z a d o en 1 5 4 5 . — 6 . Colegio d e V a -
l e n c i a , a b i e r t o en 1 5 4 4 . — 7 . S a n F r a n c i s c o d e B o r j a d a p r i n c i p i o al d e G a n d í a ' e n
1 5 4 5 , y allí e m p i e z a l a C o m p a ñ í a á e n s e ñ a r á los s e g l a r e s e n 1 5 4 6 . — 8 . O r i g e n
d e l c o l e g i o d e B a r c e l o n a e n 1 5 4 5 . — 9 . El P . A r a o z es n o m b r a d o P r o v i n c i a l e n
1 5 4 7 . — 1 0 . E s t a d o d e n u e s t r a s c a s a s al c o n s t i t u i r s e la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a .
F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio.—2. Cartas del B. Fabro.—3. Cartas
de San Francisco de Borja.—í. Epistolae mixtae.—5. Epistolae PP. Bobadillae et Roderici.—
6. Polanco, Historia S. J.—7. Ribadeneira, Historia de la Asistencia de España.—8. Castro,
Historia del colegio de Alcalá.—9. Examina Patrum S. J. a P. Nadal collecta.
1. Al t i e m p o q u e se t r a b a j a b a e n R o m a en la c o n f i r m a c i ó n y esta-
b l e c i m i e n t o d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , a n d a b a p o r allí u n p o b r e e x -
t r e m e ñ o , hijo de h u m i l d e s l a b r a d o r e s . Decíase F r a n c i s c o d e Villa-
n u e v a , y quizá este a p e l l i d o lo h a b í a t o m a d o d e l n o m b r e d e s u p u e -
blo n a t a l , q u e e r a V i l l a n u e v a , c e r c a d e P l a s e n c i a , d o n d e h a b í a n a c i d o
el año 1509. (1). T o d o s s u s c o n o c i m i e n t o s se r e d u c í a n á l e e r y e s c r i -
bir, y al oficio d e sacristán, q u e t e n í a en u n p u e b l o l l a m a d o E l Losar.
E l P . R i b a d e n e i r a , q u e fué s u c o n n o v i c i o e n R o m a , n o s le d e s c r i b e
con los e p í t e t o s de «rústico, p o b r e c i t o , p e q u e ñ o d e c u e r p o , m o r e n i -
11o d e r o s t r o , idiota y sin l e t r a s h u m a n a s , v i l y m e n o s p r e c i a d o e n l o s
ojos d e los h o m b r e s » (2). R u i n c o n c e p t o n o s h a c e n f o r m a r d e Villa-
n u e v a tales calificaciones. E s t o n o o b s t a n t e , algo d e b u e n o h a b r í a e n

( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c. i. A l g u n o s h a c e n d o s a ñ o s m á s

j o v e n a l P . V i l l a n u e v a ; p e r o s e g u i m o s la o p i n i ó n d e l P . C a s t r o , m e j o r i n f o r m a d o
q u e n a d i e e n las c o s a s d e l c o l e g i o d e A l c a l á .
( 2 ) Hist. de la Asistencia, 1. i, o. i .
260 LIB. ] I . — SAN IGNACIO DE LOTOLA
el h u m i l d e sacristán, c u a n d o , á p e s a r d e m e r e c e r tan t r i s t e s epítetos,
su p á r r o c o le e n v i ó á R o m a p o r p r o c u r a d o r s u y o en c i e r t o pleito
q u e se le ofreció. E f e c t i v a m e n t e , el b u e n V i l l a n u e v a , c o m o confie-
san t o d o s los q u e le c o n o c i e r o n , p o s e í a dos c u a l i d a d e s e m i n e n t e s :
m u y b u e n j u i c i o y g r a n fuerza do v o l u n t a d .
M i e n t r a s a n d a b a o c u p a d o e n los n e g o c i o s do su p á r r o c o , t u v o n o -
ticia d e la C o m p a ñ í a , y sintió deseos d e p r e t e n d e r l a . F u e r t e s r e p u g -
nancias le d e t u v i e r o n a l g ú n t i e m p o ; p e r o al fin, d e s c u b r i é n d o s e á
San I g n a c i o , se d e t e r m i n ó á e n t r a r en E j e r c i c i o s . D i ó s e l o s el P . Sal-
m e r ó n (1), y en ellos c o n o c i ó V i l l a n u e v a q u e D i o s le llamaba á la
C o m p a ñ í a . H u b o d e e s p e r a r a l g ú n t i e m p o hasta q u o se decidiese el
p l e i t o d e su p á r r o c o ; m a s c u a n d o este n e g o c i o t u v o la feliz conclu-
sión q u e se deseaba, p r e s e n t ó s e de n u e v o V i l l a n u e v a á n u e s t r o santo
P a d r e , ol c u a l le a d m i t i ó e n t r e los suyos en 1541, y le m a n d ó s e r v i r
e n la cocina. G r a v e r e p u g n a n c i a e x p e r i m e n t ó el r e c i é n a d m i t i d o al
v e r s e colocado en oficio tan h u m i l d e ; p e r o c o n o c i e n d o l u e g o la ten-
t a c i ó n del d e m o n i o , h i n c ó s e do r o d i l l a s dolante de u n crucifijo, é
hizo v o t o de s e r v i r p e r p e t u a m e n t e e n la cocina, si los s u p e r i o r e s no
le m a n d a b a n o t r a cosa (2). Con este b r í o y d e n u e d o e m p r e n d i ó Vi-
l l a n u e v a la v i d a r e l i g i o s a , a c o m e t i e n d o d e f r e n t e t o d a s las contra-
dicciones d e l g u s t o y d e l a m o r p r o p i o . Gozoso San I g n a c i o al v e r el
r e s u e l t o v a l o r d e l n o v i c i o , p r o b ó l e con a l g u n a s fuertes mortificacio-
nes, y y a d e s d e e n t o n c e s , c o m o dice R i b a d e n e i r a , « n u e s t r o b e a t o Pa-
d r e I g n a c i o c o b r ó á V i l l a n u e v a p a r t i c u l a r a m o r y lo m a r c ó c o m o á
h o m b r e , de q u i e n Dios n u e s t r o S e ñ o r se q u e r í a s e r v i r m u c h o para
g r a n b i e n do n u e s t r a Compañía» (3). D e s p u é s de h a b e r l o p r o b a d o
e n R o m a u n o s dos m e s e s , dispuso n u e s t r o santo fundador, q u e Villa-
n u e v a se d i r i g i e s e á C o i m b r a con o t r o s c u a t r o j ó v e n e s jesuítas,
q u e se m a n d a b a n d e R o m a p a r a q u e diesen p r i n c i p i o al colegio quo
J u a n I H n o s q u e r í a f u n d a r e n a q u e l l a c i u d a d (4). E n las palabras
con q u e el Santo a n u n c i ó al P . S i m ó n R o d r í g u e z el e n v í o de Villa-
n u e v a , se manifiesta la g r a n e s t i m a q u e t e n í a d e éste. Dice así: «Aun-
q u e V i l l a n u e v a p a r e z c a u n p o c o d e edad c r e c i d a , sin p r i n c i p i o s de
l e t r a s , c u a n t o m á s le t r a t á r e d e s , lo j u z g a r é i s p a r a más. Yo p a r a con-
m i g o m e p e r s u a d o q u e es u n a de las b u e n a s piezas d e allá» (5). Sa-
( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio ele Alcalá, 1. n , c. i . — ( 2 ) Ibid.— ( 3 ) Ilist. de la
Asistencia, 1. i, c. i.—(4) Cartas de San Ignacio, t. i, p . 1 1 0 .
( 5 ) Epistolae PP. Bobadillae et Roderici. Se h a l l a e s t a c a r t a , q u e n o t i e n e firma
n i f e c h a , al p r i n c i p i o d e l a s d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z . E n el e n c a b e z a m i e n t o p u s o
CAP. V.—COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 261
l i e r o n de R o m a los c i n c o e s t u d i a n t e s el 3 de N o v i e m b r e d e 1541. Oi-
g a m o s c ó m o c u e n t a R i b a d e n e i r a con clásica sencillez los t r a b a j o s de
V i l l a n u e v a e n este c a m i n o :
«Cuando s a l i e r o n d e R o m a , y o los a c o m p a ñ é u n b u e n r a t o , y é n -
dose ellos á e m b a r c a r en Civita-Vieja p a r a v e n i r á E s p a ñ a p o r m a r .
Mas la n a v e g a c i ó n fué tan trabajosa y b o r r a s c o s a , q u e les fué n e c e -
s a r i o saltar en t i e r r a erí F r a n c i a , y h a c e r el r e s t o d e l c a m i n o p o r
t i e r r a , á p i e y m e n d i g a n d o con m u c h a i n c o m o d i d a d , p o r q u e el t i e m -
p o era r e c i o y á s p e r o , la p o b r e z a g r a n d e y el c a m i n o largo; y el b u e n
V i l l a n u e v a , c o m o e r a f e r v o r o s o y de m a y o r e s p í r i t u q u e c u e r p o ,
p a r a a l i v i a r á sus c o m p a ñ e r o s hizo m i lío del h a t o q u e l l e v a b a n é
iba c a r g a d o con él. De este trabajo y carga se le hizo u n a p o s t e m a
p e l i g r o s a y m o l e s t a en los r í ñ o n e s , y p a r a c u r a r s e , s i g u i e n d o los
o t r o s c o m p a ñ e r o s su c a m i n o , él se q u e d ó e n la c i u d a d de Estella,
del r e i n o de N a v a r r a , en casa de E s t e b a n d e E g u í a , q u e fué h e r m a n o
m a y o r del P . D i e g o de E g u í a , el confesor de n u e s t r o b e a t o P a d r e ,
el cual E s t e b a n , d e s p u é s , s i e n d o m u y viejo, e n t r ó e n la C o m p a ñ í a y
m u r i ó e n R o m a s a n t a m e n t e . E n casa, p u e s , d e E s t e b a n d e E g u í a es-
t u v o n u e s t r o V i l l a n u e v a hasta q u e n u e s t r o S e ñ o r le dio a l g u n a m á s
salud y fuerzas p a r a p r o s e g u i r su j o r n a d a , la cual acabó y llegó á
P o r t u g a l » (1).
V e n i d o á C o i m b r a en 1542, le d i e r o n el oficio de c o m p r a d o r d e l
c o l e g i o ; p e r o la e n f e r m e d a d c o n t r a í d a en el c a m i n o c o n t i n u a b a m o -
l e s t á n d o l e g r a v e m e n t e , y a p e n a s le dejaba facultad p a r a h a c e r n a d a .
Avisó el P . S i m ó n á San I g n a c i o d e lo q u e p a s a b a , d á n d o l e a l g u n a
queja de q u e le h u b i e s e e n v i a d o p a r a e s t u d i a r á u n h o m b r e d e t a n t o s
años y de tan poca salud (2). Á esto r e s p o n d i ó el santo p a t r i a r c a q u e
se c o n t e n t a r í a él si de sesenta e s t u d i a n t e s q u e t e n í a e n t o n c e s la C o m -
pañía, saliesen v e i n t e tan ú t i l e s c o m o V i l l a n u e v a . Añadía p o r fin, q u e
si el e n f e r m o s e g u í a m a l , se le e n v i a s e á t o m a r los a i r e s n a t u r a l e s , y
u n a m a n o p o s t e r i o r é del 1 5 4 2 . P o r el c o n t e x t o se s a c a q u e es u n a i n f o r m a c i ó n d a d a
p o r S a n I g n a c i o d e los c i n c o H e r m a n o s e n v i a d o s á C o i m b r a e n 1 5 4 1 .
( 1 ) Hist. de la Asistencia, 1. I, c. i .
( 2 ) H e a q u í las p a l a b r a s d e l P . S i m ó n : ir D e F r a n c i s c o V i l l a n u e v a e s t o y h a r t o c o n -
t e n t o , s i n o q u e d e s q u e v i n o , s i e m p r e f u é e n f e r m o d e los r í ñ o n e s , y s e g ú n el p a r e -
c e r q u e v e o e n él y en los m é d i c o s , n o sé si p o d r á a c a b a r d e ser g r a m á t i c o ; m i r a d
lo q u e q u e r é i s q u e d e él h a g a Yo no puedo acabar de entender cómo tomáis per-
s o n a s q u e n o s e a n m u y b i e n d i s p u e s t a s p a r a t a n t o s t r a b a j o s c o m o los n u e s t r o s . »
Epistolae PP. Bobadillae et Roderici. X o e s t á f o l i a d o el t o m o . L a c a r t a ea d e l 1 8
d e E n e r o de 1543.
 262 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
d e s p u é s á la u n i v e r s i d a d de Alcalá, p a r a q u e allí estudiase lo q u e ha-
bía d e e s t u d i a r e n C o i m b r a (1).
2. Con esta d e t e r m i n a c i ó n d e San I g n a c i o , e n c a m i n ó s e V i l l a n u e v a
á Castilla; y c o m o se sintiese m e j o r de salud e n el c a m i n o m i s m o ,
n o q u i s o d e t e n e r s e e n su p u e b l o n a t a l , sino q u e se fué d e r e c h o á
Alcalá, d o n d e e n t r ó p o r A b r i l d e 1543 (2). P r e g u n t ó l u e g o p o r Bea-
t r i z R a m í r e z y Mencía d e B e n a v e n t e , a q u e l l a s m u j e r e s piadosas q u e ,
c o m o el l e c t o r r e c o r d a r á , h a b í a n e s c u c h a d o diez y seis años a n t e s los
consejos de San I g n a c i o . É s t a s , q u e c o n s e r v a b a n m u y fresca la m e -
m o r i a d e n u e s t r o s a n t o P a d r e , r e c i b i e r o n con j ú b i l o á V i l l a n u e v a , es-
c u c h a r o n las n o t i c i a s quo éste les c o m u n i c ó s o b r e la p e r s o n a de I g n a -
cio y los p r i n c i p i o s de la C o m p a ñ í a , y , c o m o era de s u p o n e r , se
m o s t r a r o n d i s p u e s t a s á s o c o r r e r , c u a n t o p u d i e s e n , al discípulo de San
I g n a c i o q u e v e n í a á e s t u d i a r e n Alcalá. B u s c á r o n l e u n a p o s e n t o de
l i m o s n a en casa del m a e s t r o L o s a d o (3), y r e c o g i d o allí el b u e n H e r -
m a n o , e m p e z ó á los t r e i n t a y c u a t r o años de e d a d , i m i t a n d o g l o r i o -
s a m e n t e á n u e s t r o santo P a d r e , á e s t u d i a r g r a m á t i c a latina. E l año
1544, p o r r e c o m e n d a c i ó n del D r . O r t i z , o b t u v o u n a c o l e g i a t u r a ó
b e c a d e g r a m á t i c a en el c o l e g i o de San I s i d r o , y p o r eso e m p e z ó á
v i v i r e n u n a p o s e n t o do dicho colegio.
Así c o n t i n u ó a l g ú n t i e m p o n u e s t r o Villanueva, e s t u d i a n d o su g r a -
m á t i c a y edificando c o n su h u m i l d a d y d e v o c i ó n á c u a n t o s le trata-
b a n . P e r o n o se l i m i t a b a á d a r b u e n o s e j e m p l o s . P o s e í a , c o m o diji-
m o s , g r a n j u i c i o , y j u n t á n d o s e á esta p r e n d a la f o r m a c i ó n e s p i r i t u a l
d e S a n I g n a c i o y e l c o n t i n u o t r a t o c o n Dios, h a b í a l l e g a d o V i l l a n u e -
va, a u n q u e sin l e t r a s , á s e r u n m a e s t r o aventajado de e s p í r i t u . Daba
los E j e r c i c i o s con s u m a d e s t r e z a ; e x h o r t a b a á la v i r t u d con estilo
l l a n o y casero, p e r o con v i g o r y eficacia; aconsejaba e n m a t e r i a s
m o r a l e s y p r á c t i c a s c o n m u c h o t i n o y s e g u r i d a d , y c o n estas d o t e s
t e n í a u n h o m b r e lo b a s t a n t e p a r a h a c e r s e r e s p e t a r e n la E s p a ñ a del
siglo x v i . E n t r e las p e r s o n a s q u e desdo l u e g o se le a f i c i o n a r o n , fué
el P . J u a n M a n c i o , d o m i n i c o , m a e s t r o d e t e o l o g í a , el cual se gozaba
e n t e n e r l a r g a s c o n v e r s a c i o n e s e s p i r i t u a l e s con el h u m i l d e H e r m a n o
V i l l a n u e v a (4).
( 1 ) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia de España, 1. n , c. x .
( 2 ) E l P . P o l a n e o (Historia S. J., t . i, p . 1 0 4 ) d i c e q u e V i l l a n u e v a e n t r ó en Al-
c a l á el a ñ o 1542; p e r o v é a s e en l a p . 142 la n o t a p r i m e r a , p u e s t a q u i z á p o r el m i s m o
P o l a n c o , d o n d e s e c o r r i g e e s t e y e r r o . D i c e así e s t a n o t a : Litterae P. Simonis datae
Januarii 1 5 4 3 , testantur Villanovam adliuc esse in Lusitania,
( 3 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c . n . — ( 4 ) Ibid., c. n i .
C A P. y.—COLEGIOS FONDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 263
D e s d e q u e e n t r ó éste e n Alcalá, se le a c e r c ó u n j o v e n c i t o estu-
d i a n t e d e g r a m á t i c a , l l a m a d o P e d r o S e v i l l a n o , el c u a l , edificado de
la v i r t u d d e V i l l a n u e v a , n u n c a q u i s o a p a r t a r s e d e é l ; y , s o b r e t o d o ,
d e s p u é s q u e hizo el año s i g u i e n t e los E j e r c i c i o s , se r e s o l v i ó firmísi-
m a m e n t e á s e r do la C o m p a ñ í a . Vivía e n el m i s m o a p o s e n t o con Vi-
l l a n u e v a e n el c o l e g i o de San I s i d r o , y allí los e n c o n t r ó á e n t r a m b o s
el B. P e d r o F a b r o c u a n d o , p o r J u n i o de 1545, hizo u n a e x c u r s i ó n
d e s d e V a l l a d o l i d á T o l e d o y Alcalá (1).
3. C o n f i r i e n d o con V i l l a n u e v a s o b r e el estado de a q u e l l a u n i v e r -
sidad, y s o b r e el c o n c u r s o d e e s t u d i a n t e s q u e allí se j u n t a b a , r e c o -
n o c i ó F a b r o l o c o n v e n i e n t e q u e s e r í a f u n d a r u n c o l e g i o d e la C o m -
pañía en u n a p o b l a c i ó n d o n d e t a n t a s y tan b u e n a s v o c a c i o n e s se
p o d r í a n d e s p e r t a r . R e s o l v i ó , p u e s , p o n e r m a n o s á la o b r a . V u e l t o á
V a l l a d o l i d , e s c r i b i ó á P o r t u g a l p i d i e n d o a l g u n o s sujetos, q u e l u e g o
le f u e r o n r e m i t i d o s (2). C o n c u a t r o q u e le e n v i ó el P . S i m ó n R o d r í -
guez, y con a l g u n o s q u e f u e r o n a d m i t i d o s en la c o r t e , p u d o F a b r o
f o r m a r las dos c o m u n i d a d e s q u e h a b í a n de c o n s t i t u i r los c o l e g i o s
de Valladolid y Alcalá. E n v i ó , p u e s , á esta ú l t i m a c i u d a d dos H e r -
m a n o s e s t u d i a n t e s ' d o los c u a t r o q u e h a b í a n v e n i d o d e P o r t u g a l . E r a
u n o M a x i m i l i a n o Capella, flamenco, n a c i d o en Lila el año 1521 (3),
á q u i e n el m i s m o F a b r o h a b í a r e c i b i d o en Colonia dos años a n t e s ,
y el o t r o M a n u e l L ó p e z , ¡ p o r t u g u é s , n a t u r a l d e O p o r t o , y r e c i é n ad-
m i t i d o en la C o m p a ñ í a . E s t o s dos H e r m a n o s , q u e y a e s t u d i a b a n t e o -
l o g í a , d e b i e r o n e n t r a r e n Alcalá á fines d e l año 1545 (4). E n c a r g ó
F a b r o á V i l l a n u e v a b u s c a r a u n sitio c u a l q u i e r a d o n d e p u d i e r a n e s t a r
i n d e p e n d i e n t e s y h a c e r v i d a d e c o m u n i d a d , y le n o m b r ó S u p e r i o r
del futuro colegio.
C u m p l i e n d o estas ó r d e n e s el b u e n H e r m a n o , dióse á b u s c a r sitio
p a r a v i v i r . Á espaldas d e l c o n v e n t o d e la T r i n i d a d , y p e g a d o al
( 1 ) V é a s e el c a p i t u l o a n t e r i o r .
( 2 ) Caí tas del B. Pedro Fabro, t. I , p . 2 7 6 .
( 3 ) Examina Patrum S. J. a P. Nadal collecta.
( 4 ) Así s e infiere d e la c a r t a d e l B . F a b r o f e c h a d a el 1 6 d e N o v i e m b r e d e 1 5 4 5 ,
d o n d e se d i c e q u e e s t á n l o s H e r m a n o s « p a r a i r s e a l i a n . Cartas, p . 2 8 2 . D e l a m i s m a
c a r t a se c o l i g e q u e d e s e a b a el B e a t o e n v i a r m á s g e n t e al colegio d e A l c a l á , p u e s t o
q u e d i c e : « E n A l c a l á e s t á n V i l l a n u e v a , J u a n d e P a l a c i o y el S e v i l l a n o ; y p a r a i r s e
a l l á , el P . R o j a s , M a x i m i l i a n o , E m a n u e l y J u a n p o r c i o n e r o . » N o f u e r o n ni el P . R o -
j a s , n i J u a n , q u e s e r í a el P . J u a n G o n z á l e z . E n c u a n t o á e s a p e r s o n a , J u a n d e
P a l a c i o , q u e a q u í se n o m b r a c o m o r e s i d e n t e y a e n A l c a l á , confieso q u e n o h e p e d i d o
d e s c u b r i r n o t i c i a a l g u n a d e e l l a . P o s i b l e es q u e f u e s e a l g ú n p r e t e n d i e n t e d e l a
Compañía que no perseveró.
 264 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
m u r o de la v i l l a , h a b í a u n p a t i o s u c i o , y e n é l u n o s a p o s e n t i l l o s
a b a n d o n a d o s y caedizos. Allí solían p a s a r la n o c h e a l g u n o s estu-
d i a n t e s m e n d i g o s , de a q u e l l o s q u e h a c í a n la c a r r e r a a n d a n d o á la
sopa de los c o n v e n t o s , c o m o e n t o n c e s se decía. Al e s p í r i t u de p o -
b r e z a d e los N u e s t r o s p a r e c i ó a q u e l a l b e r g u e b a s t a n t e p a r a v i v i r .
Con d e c i r q u e les c e d i e r o n los a p o s e n t o s de b a l d e , y q u e el p a t i o
t e n í a el i n n o b l e a p e l l i d o d e M a t a p e r r o s , se p o d r á f o r m a r el l e c t o r
u n a idea de la o p u l e n c i a de a q u e l l a m o r a d a . « T u v i e r o n m u c h o q u e
h a c e r , dice R i b a d e n e i r a , en l i m p i a r el sitio y aderezaide de m a n e r a
q u e se p u d i e s e v i v i r en él. F i n a l m e n t e , se p a s a r o n los c u a t r o H e r -
m a n o s á él p o r e l m e s de A b r i l de 1546, v i v i e n d o con g r a n d e r e g o -
cijo y p o b r e z a , y c o n r a r o e j e m p l o y edificación d e los q u e los tra-
t a b a n , s i e n d o S u p e r i o r el H e r m a n o Y i l l a n u e v a , q u e en t o d o era el
m a e s t r o y la g u í a d e los d e m á s » (1). P a r a a d e r e z a r m e j o r tan p o b r e
m o r a d a c o n t r i b u y ó c o n sus l i m o s n a s D . L e o n o r Mascareñas, q u e ,
a
e n t r e o t r a s c o s a s , les dio lo n e c e s a r i o p a r a h a c e r u n a capilla d e n t r o
de casa (2).
C o n esto t e n í a n lo b a s t a n t e p a r a h a b i t a r . Mas ¿ c ó m o t e n d r í a n p a r a
c o m e r ? Á r u e g o s , sin d u d a , d e l P . F a b r o , se o b l i g ó el C o n d e d e
Cifuentes á d a r 30 d u c a d o s a n u a l e s , c a n t i d a d q u e se j u z g ó bastante
p a r a s u s t e n t a r á u n e s t u d i a n t e p o b r e . La infanta D . María empozó á a
h a c e r la costa á o t r o . Doña María de V e l a s c o , condesa de O s o r n o ,
p a g a r í a p o r el t e r c e r o , y , finalmente, D . L e o n o r Mascareñas d a r í a
a
l i m o s n a p a r a el c u a r t o (3). «No e r a n m u y c r e c i d a s estas limosnas,
p e r o c o m o p a s a b a n p o r m a n o s d e o t r o s , dice el P . Castro, c u a n d o
l l e g a b a n á las d e V i l l a n u e v a q u e d a b a m u y p o c o , p o r lo cual les e r a
forzado f a v o r e c e r s e de o t r a s p e r s o n a s , y a u n les faltaba lo n e c e s a r i o ;
y h o l g a r a n do t e n e r el p a n q u e h a b í a n m e n e s t e r , q u e de c a r n e , con
m e d i a a s a d u r a q u e t r a í a d e l R a s t r o , pasaban u n a s e m a n a , c o n t e n -
( 1 ) Hist. de la Asistencia de España, 1. I , c. m . D e b e m o s a d v e r t i r q u e , a d e -
m á s d e los c u a t r o q u e f o r m a r o n la c o m u n i d a d , e x i s t í a e n t o n c e s en A l c a l á o t r o j e -
s u í t a , q u e era el P. A l v a r o Alfonso. H a b í a v e n i d o de Colonia, y h u b o de pasar por
A l c a l á ; p e r o c o m o e n t o n c e s r e s i d í a n y a en e s t a c i u d a d laB I n f a n t a s , c u y o c a p e l l á n
h a b í a s i d o , e n el p a l a c i o d e ellas h u b o d e e s t a r el t i e m p o q u e allí t e d e t u v o . V é a s e
c ó m o d a c u e n t a al P . F a b r o d e e s t e i n c i d e n t e : « A l v a r o A l f o n s o e s v e n i d o d e C o l o -
n i a y e s t á e n A l c a l á , a u n q u e no 1c f a l t t n t e n t a c i o n e s , p o r e s t a r a h í la C o r t e d e
d o n d e él s a l i ó ; a u n n o e s t á d e a s i e n t o con V i l l a n u e v a , c o n M a x i m i l i a n o y c o n e l
Sevillano; pero y a se h a ofrecido para entrar y estar con ellos, estudiando en casos
d e c o n c i e n c i a p a r a las c o n f e s i o n e s . » (Cartas del B. Fabro, t. i, p . 2 9 4 . )
( 2 ) Epistolae mixtae , t. I , p . 2 9 0 .
(3) Carlas del B. Fabro, t. I, p . 2 9 1 .
CAP. V.—COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1 5 4 7 2G5
tándose con y e r b a s cocidas á las n o c h e s , y a n d a n d o , con t o d o esto,
a l e g r e s y c o n t e n t o s y g l o r i f i c a n d o á Dios» (1).
4. Así e m p e z ó p r o p i a m e n t e el c o l e g i o d e Alcalá en A b r i l de 1546,
p u e s n o p u e d e l l a m a r s e c o l e g i o la r e u n i ó n de V i l l a n u e v a y S e v i l l a n o
q u e h a s t a e n t o n c e s había existido. Los H e r m a n o s M a x i m i l i a n o y Ma-
n u e l L ó p e z e s t u d i a b a n t e o l o g í a ; S e v i l l a n o h a b í a e m p e z a d o la filoso-
fía, y el r e c t o r V i l l a n u e v a estaba t o d a v í a e n g r a m á t i c a . E l o r d e n d e
los ejercicios e s p i r i t u a l e s y d e las o c u p a c i o n e s o r d i n a r i a s lo d i s t r i -
b u y ó V i l l a n u e v a s e g ú n lo q u e h a b í a visto p r a c t i c a r e n R o m a y en el
colegio de C o i m b r a . C o m o n i n g u n o de los c u a t r o e r a s a c e r d o t e , i b a n
d i a r i a m e n t e á oir m i s a al v e c i n o c o n v e n t o de la T r i n i d a d , y allí
t a m b i é n se confesaban con u n r e l i g i o s o de a q u e l c o n v e n t o , y r e c i -
bían la s a g r a d a C o m u n i ó n cada ocho días. Los oficios d o m é s t i c o s se
los r e p a r t í a n b u e n a m e n t e e n t r e sí, t o m a n d o el r e c t o r los dos más
p e n o s o s , cuales e r a n el de c o m p r a d o r y el de c o c i n e r o (2).
C u a n d o l l e g ó el v e r a n o de 1546, salió V i l l a n u e v a de Alcalá p a r a
d a r los Ejercicios á c i e r t o c a b a l l e r o . E n t r e t a n t o , los o t r o s t r e s H e r -
m a n o s , a p r o v e c h a n d o el t i e m p o d e las v a c a c i o n e s , q u i s i e r o n refor-
m a r u n p o c o su m e z q u i n a h a b i t a c i ó n . D e j a n d o , p u e s , p o r u n m o -
m e n t o los l i b r o s , e m p u ñ a r o n el a z a d ó n , la e s p u e r t a y la escoba, y
d i é r o n s e á sacar e s c o m b r o s y b a s u r a de a q u e l m i s e r a b l e p a t i o ; p e r o
al p o c o t i e m p o , y a fuese p o r los e x c e s i v o s c a l o r e s , ya p o r el r u d o
trabajo, y a p o r la g r a n p o b r e z a , ya p o r t o d o j u n t o , c a y e r o n los t r e s
p e l i g r o s a m e n t e e n f e r m o s , y q u e d a r o n t e n d i d o s p o r a q u e l l o s suelos
y d e s a m p a r a d o s de t o d o favor h u m a n o . H i c i e r o n s a b e r á V i l l a n u e v a
el estado en q u e se h a l l a b a n . Vino c o r r i e n d o á Alcalá, y aconseján-
dose con D . L e o n o r Mascareñas, t r a s l a d ó los e n f e r m o s á Guadalajara,
a
d o n d e los a c o m o d ó e n t r e la s e r v i d u m b r e de las infantas D . María a
y D . J u a n a , q u e p o r e n t o n c e s e s t a b a n e n a q u e l l a c i u d a d (3).
a
R e s t a b l e c i d o s los e n f e r m o s , y pasada la fuerza del calor, v o l v i e r o n
t o d o s á s u p a t i o de M a t a p e r r o s . P o r e n t o n c e s se a u m e n t ó la c o m u n i -
dad c o n el b a c h i l l e r J u a n d e V a l d e r r á b a n o , n a t u r a l d e Valladolid,
a d m i t i d o e n la C o m p a ñ í a p o r el P . A r a o z , y q u e y a iba m u y a d e l a n t e
e n ei e s t u d i o d e la t e o l o g í a . E l r e c i é n l l e g a d o t o m ó el oficio de co-
c i n e r o , q u e e j e r c i t ó c o n tanta m á s edificación, c u a n t o m a y o r e s e r a n
las e s p e r a n z a s q u e h a b í a dejado e n el m u n d o , p u e s el o b i s p o d e Mon-
d o ñ e d o le t e n í a escogido p a r a c o a d j u t o r s u y o (4). O t r a s dos p e r s o n a s
( 1 ) Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c. v . — ( 2 ) C a s t r o , Ibid.
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 2 9 0 . C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, l.n, c.v.
( 4 ) Epistolae mixtae, t . I, p . 3 9 8 .
 266 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
i m p o r t a n t e s l l e g a r o n á Alcalá e n el o t o ñ o d e este m i s m o año 154G,
y f u e r o n el D r . M i g u e l d e T o r r e s y el P . C r i s t ó b a l de M e n d o z a , en-
v i a d o s p o r San I g n a c i o desde R o m a (1). E l P . Mendoza se a p o s e n t ó ,
s e g ú n p a r e c e , e n el p a t i o de M a t a p e r r o s ; p e r o el D r . T o r r e s , cuya
e n t r a d a e n r e l i g i ó n n o debía p u b l i c a r s e t o d a v í a , se h o s p e d ó e n el
c o l e g i o d e San I l d e f o n s o (2), y allí fué d a n d o c u e n t a á la u n i v e r s i d a d
d e l o s n e g o c i o s c u y a g e s t i ó n h a b í a t e n i d o e n R o m a . A c a b a d a esta
d i l i g e n c i a , d i r i g i ó s e á M a d r i d p a r a v e r s e con el P . A r a o z , á cuyo
l a d o a n d u v o v a r i o s m e s e s e n M o n z ó n , Z a r a g o z a y o t r a s p a r t e s , hasta
q u e á fines de 1547 v o l v i ó á p r e s e n t a r s e en Alcalá (3).
E n t r e t a n t o , la h u m i l d e c o m u n i d a d , p r e s i d i d a p o r V i l l a n u e v a , con-
t i n u a b a e n sus ejercicios piadosos y en sus t a r e a s l i t e r a r i a s , a u n q u e
la n e c e s i d a d de b u s c a r l i m o s n a s y el d a r E j e r c i c i o s á v a r i o s q u e los
p e d í a n , n o d e j a b a n m u c h o t i e m p o al h u m i l d e r e c t o r p a r a e s t u d i a r su
g r a m á t i c a . Los b r i l l a n t e s s e r m o n e s p r e d i c a d o s p o r el P . A r a o z en
Alcalá, e n la C u a r e s m a d e 1547, a c r e d i t a r o n m u c h o á la C o m p a ñ í a , y
d e s p e r t a r o n en a l g u n o s j ó v e n e s el deseo de p r e t e n d e r l a . E l p r i m e r
a d m i t i d o , d e s p u é s del P . V a l d e r r á b a n o , fué u n paje de D . L e o n o r a
Mascaroñas, p o r t u g u é s , l l a m a d o D u a r t e P e r e i r a . A este s i g u i ó un
s a c e r d o t e g r a n a d i n o , de u n o s t r e i n t a años de e d a d , h o m b r e de suave
c o n v e r s a c i ó n , de mucha, m a n s e d u m b r e y de b a s t a n t e t a l e n t o p a r a el
pulpito. Su n o m b r e era J u a n Á l v a r e z , p e r o al e n t r a r r e l i g i o s o quiso
l l a m a r s e J u a n P a b l o Á l v a r e z , quizá p o r el deseo q u e tenía d e i m i t a r
la santa v i d a d e l A p ó s t o l de las G e n t e s . O t r o s j ó v e n e s estudiantes
l l a m a r o n á las p u e r t a s d e la C o m p a ñ í a ; p e r o e l H . V i l l a n u e v a les
hizo e s p e r a r p a r a a s e g u r a r s e más d e su firmeza en la v o c a c i ó n (4).
C u a n d o l l e g ó el v e r a n o d e 1547, t e m i e n d o V i l l a n u e v a las e n f e r m e -
dades d e l año a n t e r i o r , d e t e r m i n ó sacar á los H e r m a n o s de su mez-
q u i n a h a b i t a c i ó n , y l l e v a r l o s á p a s a r los c a l o r e s en u n a casa del du-
q u e de M a q u e d a , situada en M o n a s t e r i o , c e r c a de G a l a p a g a r . P a r e c e
q u e el D r . O r t i z fué q u i e n le i n s p i r ó el p e n s a m i e n t o y le facilitó el
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i , p . 1 8 5 . N o s a n e m o s el d í a p r e c i s o e n q u e lle-
g a r o n e s t o s P a d r e s á A l c a l á . P o r d o s c a r t a s d e l P . M i r ó n se v e q u e h a b í a n l l e g a d o á
Valencia á principios de Noviembre. E s de creer que a n t e s d e terminar aquel mes
e s t a r í a n en A l c a l á . Epist. mixtae, t. i , p . 3 2 5 .
( 2 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c. v i .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 3 3 2 . P o r e s t a c a r t a se v e q u e el P . T o r r e s llegó
M a d r i d á p r i n c i p i o s d e l a ñ o 1 5 4 7 . P a r a s a b e r l o s v i a j e s q u e h i z o c o n el P . Araoz,
v é a n s e en el m i s m o t o m o las p á g i n a s 3 3 9 , 3 8 7 , 3 9 0 y 4 9 3 .
( 4 ) C a s t r o , Historia del colegio de Alcalá, 1. n, c. i v .
CAF. V. — COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 267
sitio. No b a s t ó esta p r e c a u c i ó n p a r a p r e v e n i r el m a l q u e se t e m í a .
T o d o s , e x c e p t o el P . V a l d e r r á b a n o , c a y e r o n e n f e r m o s c o m o el año
a n t e r i o r . E l b u e n D r . O r t i z , c o m p a d e c i d o d e esta d e s g r a c i a , r e c o g i ó
á t o d o s los e n f e r m o s y los l l e v ó á su casa de G a l a p a g a r , d o n d e l o s
asistió y c u r ó c o m o si f u e r a n sus hijos. A g r a d e c i e r o n los N u e s t r o s
tanta c a r i d a d , y c o n sus f e r v o r o s a s o r a c i o n e s y p a c i e n c i a e n los t r a -
bajos p r o c u r a b a n c o r r e s p o n d e r á los b u e n o s oficios q u e c o n ellos s e
hacían. No fué e s t é r i l esta v i r t u d de n u e s t r o s e n f e r m o s . Movidas c o n
el e j e m p l o d e ella t r e s p e r s o n a s d e la s e r v i d u m b r e del D r . O r t i z ,
se d e c i d i e r o n á e n t r a r e n la C o m p a ñ í a . E r a la p r i n c i p a l , el l i c e n c i a d o
P e d r o Cavallar, capellán d e l d o c t o r , h o m b r e de u n o s t r e i n t a años,
que poseía a l g u n o s beneficios eclesiásticos y los anejó t o d o s al c o l e -
gio de Alcalá. I m i t ó l e D i e g o Cavallar, s o b r i n o s u y o , e s t u d i a n t e , d e
q u i n c e a ñ o s , y o t r o j o v e n l l a m a d o J u a n S á n c h e z , del cual n o t e n e -
m o s n o t i c i a s p a r t i c u l a r e s (1). C u a n d o h u b i e r o n c o n v a l e c i d o los e n -
f e r m o s , v o l v i ó la c o m u n i d a d á Alcalá; m a s c o m o o b s e r v a s e n q u e la
h a b i t a c i ó n de M a t a p e r r o s e r a t a n i n s a l u b r e y h a b í a de ocasionar for-
z o s a m e n t e las m i s m a s e n f e r m e d a d e s , b u s c ó V i l l a n u e v a o t r a v i v i e n d a
m e n o s i n c ó m o d a , y la h a l l ó en u n a s casas d e l l i b r e r o Atanasio Sal-
c e d o , q u e e s t a b a n fuera d e la p u e r t a d e S a n t i a g o , y se a l q u i l a r o n
p o r p o c o p r e c i o . E n estas casas se a c o m o d a r o n al e m p e z a r el c u r s o
d e 1547, c u a n d o fué c o n s t i t u i d a la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a .
5. Con la fundación de Alcalá está m u y u n i d a la de V a l l a d o l i d ,
p u e s , c o m o h e m o s visto, en esta c i u d a d r e u n i ó el B. F a b r o , el año 1545,
el g r u p o de jesuítas que d e b í a n d a r c u e r p o á las dos c o m u n i d a d e s d e
Valladolid y Alcalá. E f e c t i v a m e n t e , c u a n d o en el o t o ñ o de a q u e l a ñ o
se j u n t a r o n n u e v e de los N u e s t r o s e n la p r i m e r a d e estas c i u d a d e s (2),
y F a b r o t r a t ó de t r a s l a d a r s e en s e g u i m i e n t o de la C o r t e á M a d r i d
r e p a r t i ó sus s u b d i t o s e n esta forma: los H e r m a n o s M a n u e l L ó p e z y
M a x i m i l i a n o Capella f u e r o n r e m i t i d o s á Alcalá; el P . A n d r é s d e
O v i e d o fué d e s t i n a d o al c o l e g i o q u e d e b í a a b r i r s e l u e g o en Gandía;
el P . F r a n c i s c o de Rojas v o l v i ó á V a l e n c i a , d o n d e y a h a b í a e s t a d o
a l g ú n t i e m p o , y el H . H e r n a n d o d e A v e n d a ñ o a c o m p a ñ ó á F a b r o
á M a d r i d . Q u e d a r o n en Valladolid, p a r a e m p e z a r el c o l e g i o , el
P . D i e g o M é n d e z , s a c e r d o t e d e A l c a l á , r e c i é n a d m i t i d o e n la C o m p a -
ñía, á q u i e n llama el P . Araoz « h o m b r e d e g r a n j u i c i o y h a r t o b i e n
p r o v e c t o y e x p e r t o e n confesiones»; el b a c h i l l e r J u a n González
a
( 1 ) C a s t r o , Ibid A. n , c. Yin. R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia, 1. i, c. v i .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i , p . 1 6 3 .
 268 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
« b i e n e n t e n d i d o y d e m u c h o ejemplo», y el h e r m a n o H e r m e s P o e n ,
flamenco, «bien docto y de g r a n d e fervor» (1).
N i F a b r o ni A r a o z n o s d i c e n en sus cartas d ó n d e y c ó m o se aloja-
r o n l o s t r e s i n d i v i d u o s q u e f o r m a r o n este c o l e g i o . E l P . L u i s d e Val-
d i v i a , q u e u n siglo d e s p u é s e s c r i b í a la h i s t o r i a d e l o s c o l e g i o s de
Castilla, dice q u e e s t o s p r i m e r o s P a d r e s h a b i t a r o n al p r i n c i p i o e n el
sitio de N u e s t r a S e ñ o r a de la A n t i g u a , q u e p o c o d e s p u é s se p a s a r o n
á v i v i r á u n a casa de la calle d e T e r e s a Gil, y q u e , f i n a l m e n t e , e n el
año 1547 c o n s i g u i e r o n de la c i u d a d q u e les d i e s e n p a r a h a b i t a c i ó n
u n hospital p e q u e ñ o , q u e era de los cofrades de San Lázaro y do San
A n t o n i o d e P a d u a (2). Estas n o t i c i a s , a u n q u e r e c o g i d a s u n siglo des-
p u é s , m e r e c e n c r é d i t o p o r h a b e r s e e s c r i t o e n V a l l a d o l i d , d o n d e vi-
v i ó v e i n t e años el P . V a l d i v i a , y d o n d e n o faltaría a l g u n a t r a d i c i ó n
d e l h e c h o . P o r lo d e m á s , la h i s t o r i a de este c o l e g i o es b a s t a n t e os-
c u r a e n s u s p r i n c i p i o s . E l P . V a l d i v i a , en el pasaje c i t a d o , dice que
n o s u c e d i ó cosa d i g n a d e h i s t o r i a h a s t a el año 1554, y, efectivamente,
n i e n las c a r t a s d e F a b r o y Araoz, n i e n la H i s t o r i a d e P o l a n c o , n i on
n i n g u n a r e l a c i ó n a n t i g u a , d e s c u b r i m o s s u c e s o s p a r t i c u l a r e s d e este
c o l e g i o , hasta pasados a l g u n o s años.
6. Más v i d a t u v o desde sus p r i n c i p i o s el c o l e g i o de Valencia, q u e
p u e d e l l a m a r s e en c i e r t o m o d o el más a n t i g u o de E s p a ñ a , p u e s es-
taba f o r m a l m e n t e .constituido desde el v e r a n o de 1544. La idea de
esta fundación se d e b i ó al P . J e r ó n i m o D o m é n e c h , a q u e l j o v e n ca-
.nónigo de V a l e n c i a , q u e el año 1539 se h a b í a j u n t a d o c o n F a b r o y
Laínez en P a r m a . C o m o poseía b a s t a n t e s b i e n e s en el siglo, o c u r r i ó -
le e l p e n s a m i e n t o d e l e v a n t a r con ellos u n c o l e g i o de la Compañía
e n su p a t r i a . T r a t ó el n e g o c i o c o n S a n I g n a c i o , y e s c r i b i ó á su p a d r e
y p a r i e n t e s . C u a n d o á fines d e 1543 fué e n v i a d o de R o m a p a r a Coim-
b r a el P . Araoz, se le o r d e n ó p a s a r p o r V a l e n c i a y e x a m i n a r d e cerca
la disposición q u e h a b í a p a r a h a c e r e l c o l e g i o , así e n los ciudadanos,
c o m o p r i n c i p a l m e n t e e n el Sr. P e d r o D o m é n e c h , p a d r e d e n u e s t r o
( 1 ) Epistolae mixtae, t . 1 , p . 2 7 5 . E l P . R i b a d e n e i r a (Hist. de la Atistencia, 1.1, c. v . )
p o n e el p r i n c i p i o d e l colegio d e V a l l a d o l i d e n el a ñ o 1 5 4 6 ; p e r o la c a r t a del D . P e d r o
F a b r o , en q u e h a b l a d e la r e p a r t i c i ó n d e los s u j e t o s c i t a d o s e n el t e x t o (Cartas del
B. Pedrn Fabro, t . i , p . 2 8 2 ) , n o s certifica q u e el c o l e g i o s e e m p e z ó e n O c t u b r e del
a ñ o a n t e r i o r . D i c e F a b r o , q u e se h a q u e d a d o c o n H e r n a n d o , y q u e « h a d e j a d o en
V a l l a d o l i d al P . M é n d e z , al b a c h i l l e r G o n z á l e z y H e r m e s » . E s t o se e s c r i b í a el 16 de
N o v i e m b r e d e 1 5 4 5 . Y a q u e d a b a , p u e s , c o n s t i t u i d o el c o l e g i o d e V a l l a d o l i d . C o m o
el P . R i b a d e n e i r a n u n c a v i v i ó e n V a l l a d o l i d , s o n p o c a s y n o m u y s e g u r a s las n o t i -
c i a s q u e d a s o b r e los o r í g e n e s d e e s t e c o l e g i o .
( 2 ) Colegios de Casulla. V a l l a d o l i d , § 1.
CAP. V . — COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 269
J e r ó n i m o . Ya r e c o r d a r á el l e c t o r el g r a n d í s i m o e n t u s i a s m o q u e e x -
c i t a r o n en Valencia los s e r m o n e s d e l P . A r a o z d u r a n t e la C u a r e s m a
de 1544 (1). No e s , p u e s , d e m a r a v i l l a r q u e las p e r s o n a s p r i n c i p a l e s
de la c i u d a d a c o g i e s e n con j ú b i l o el p e n s a m i e n t o de la fundación.
S o b r e t o d o , el S r . P e d r o D o m é n e c h se m o s t r ó m u y d i s p u e s t o á se-
c u n d a r la idea de su hijo. E l P . A r a o z c o m u n i c ó estas noticias á n u e s -
t r o P a d r e San I g n a c i o , y é s t e , d e s e a n d o a p r o v e c h a r tan b u e n a oca-
s i ó n , e s c r i b i ó al P . D i e g o M i r ó n , v a l e n c i a n o y r e c t o r d e l colegio d e
C o i m b r a , m a n d á n d o l e p a r t i r s e á su p a t r i a con a l g u n o s c o m p a ñ e r o s
p a r a e m p e z a r el colegio q u o deseaba fundar el P . J e r ó n i m o D o m é -
nech.
O b e d e c i ó l u e g o M i r ó n , y t o m a n d o al P . F r a n c i s c o de Rojas, caste-
llano, y á los H e r m a n o s A n t o n i o Muñiz, p o s t u g u é s , y J a c o b o R o m a -
n o , e n c a m i n ó s e á Valencia, d o n d e e n t r ó el 1.° de J u l i o de 1544.
H e a q u í c ó m o d e s c r i b e él m i s m o en su p r i m e r a carta d i r i g i d a des-
de Valencia á San I g n a c i o , la e n t r a d a q u e h i c i e r o n e n esta ciudad:
«Allegando a q u í n o s o t r o s á V a l e n c i a , e s c r i b i m o s l u e g o , d a n d o aviso
á V. R. c ó m o l l e g a m o s a q u í el 1." d e J u l i o con el a u x i l i o d e l S e ñ o r ,
y más con c u á n t o a m o r y c a r i d a d nos r e c i b i e r o n esta b e n d i t a g e n t e ,
la c u a l , p o r g r a c i a d e l S e ñ o r , s i e m p r e la m u e s t r a n con la m u c h a di-
ligencia q u e p o n e n en m i r a r lo q u e es m e n e s t e r p a r a n u e s t r o asien-
to. H a s t a a h o r a h a b e r n o s estado en casa d e u n d e v o t o P a d r e sacer-
dote, hasta t a n t o q u e h a l l á s e m o s u n a p o s e n t o c e r c a d e l e s t u d i o [ u n i -
v e r s i d a d ] . Así lo h a b e r n o s h a l l a d o , y nos p a s a r e m o s l u e g o á m o r a r
en él. E s t á j u n t o al e s t u d i o g e n e r a l , y es b u e n a p o s e n t o p a r a los es-
t u d i o s , p o r q u e t i e n e m u c h o espacio d e n t r o , con a l g u n o s n a r a n j e r o s
á modo de h u e r t a H a s t a a h o r a n o s o m o s idos al e s t u d i o , hasta q u e
se e m p i e c e los c u r s o s p o r San Lucas. H a n n o s o c u p a d o m u c h o e n con-
fesiones y c o n v e r s a c i o n e s hasta a h o r a . Con la a y u d a d e l Señor, d e
aquí a d e l a n t e t e n e m o s p r o p ó s i t o d e m á s r e c o g e r n o s p a r a i r a d e l a n t e
con n u e s t r o s estudios, y solos los sábados á la t a r d e y d o m i n g o s ocu-
p a r n o s e n confesiones y c o m u n i o n e s . »
Al fin d e la c a r t a dice lo q u e p i e n s a n h a c e r los c u a t r o e n c o m e n -
zando el c u r s o . «El P a d r e y H e r m a n o n u e s t r o Rojas y a e s c r i b e á V. R.
P a r é s c e m e h a b r á d e e m p e z a r las a r t e s . J a c o b o t a m b i é n o i r á a r t e s
a h o r a al p r i n c i p i o . Moñiz m e dice q u e t i e n e n e c e s i d a d d e o i r filosofía,
a u n q u e y a h a oído el c u r s o d e las a r t e s , p o r q u e dice q u e las e s t u d i ó
m a l y toda la lógica m u y b i e n . Yo i r é a d e l a n t e con m i t e o l o g í a e l
( 1 ) Vide supra, c. l l .
 270 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
t i e m p o q u e p u d i e r e , y t e n g o m u c h a n e c e s i d a d de e s t u d i a r , p o r q u e
e n C o i m b r a n o t e n í a l u g a r p a r a eso» (1).
C o n este p l a n e m p e z a r o n á t r a b a j a r los c u a t r o en O c t u b r e d e a q u e l
m i s m o año. L l a m a r á la a t e n c i ó n de a l g u n o s l e c t o r e s el v e r q u e ha-
b l a m o s d e c o l e g i o s y q u e n a d a d e c i m o s de lo q u e allí se enseñaba,
y lo q u e es más, q u e n i h a b í a p o s i b i l i d a d de enseñar, c o m p o n i é n d o s e
a q u e l l a s c o m u n i d a d e s d e u n o s p o c o s sujetos, y ésos e s t u d i a n t e s , más
b i e n n e c e s i t a d o s de a p r e n d e r , q u e d i s p u e s t o s p a r a la enseñanza. P a r a
e n t e n d e r esto, t é n g a s e p r e s e n t e q u e en la C o m p a ñ í a la p a l a b r a cole-
g i o se t o m a p o r casa de e s t u d i o s , y a sea u n e s t a b l e c i m i e n t o p a r a en-
s e ñ a r á los seglares, ya sea u n a casa p a r a f o r m a r s e en las l e t r a s nues-
t r o s j ó v e n e s r e l i g i o s o s . E n los p r i m e r o s años de la C o m p a ñ í a era
p r e c i s o , a n t e s de l l e g a r á lo p r i m e r o , e m p e z a r p o r esto s e g u n d o , y
así, d u r a n t e a l g ú n t i e m p o , e s t o , y n o m á s , f u e r o n los c o l e g i o s de la
Compañía.
M i e n t r a s se e m p l e a b a n e n el estudio los c u a t r o del c o l e g i o de Va-
l e n c i a , d a b a n t a m b i é n los E j e r c i c i o s á a l g u n o s s e g l a r e s , y el 7 de
Marzo de 1545 e s c r i b í a M i r ó n q u e ya t e n í a t r e s g a n a d o s p a r a la
C o m p a ñ í a , q u e h a b í a n h e c h o v o t o de e n t r a r e n ella. P r o n t o se acre-
c e n t ó el n ú m e r o d e los N u e s t r o s en el n u e v o c o l e g i o , p u e s el P . Si-
m ó n e n v i ó de P o r t u g a l a l g u n o s i n d i v i d u o s , e n t r e los cuales desco-
l l a b a e l P . L u i s González d e Cámara, j o v e n n o b i l í s i m o , r e c i é n entra-
d o e n la C o m p a ñ í a , á q u i e n se e n v i ó á V a l e n c i a p a r a a l e j a r l e d e sus
poderosos parientes, que deseaban á todo trance hacerle abandonar
s u v o c a c i ó n y v o l v e r l e al seno d e la familia. T a m b i é n San Ignacio
s u m i n i s t r ó desde R o m a a l g u n o s i n d i v i d u o s m á s .
B i e n n e c e s a r i o e r a este r e f u e r z o d e n u e v o s h o m b r e s y do n u e v o
f e r v o r , p u e s n o t o d o fué p r o s p e r i d a d e n el n a c i e n t e c o l e g i o de Va-
l e n c i a . E n los t r e s años q u e c o r r i e r o n d e s d e su a p e r t u r a hasta la
f o r m a c i ó n de la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a , h u b o d e n t r o d e casa p e s a d u m -
b r e s g r a v í s i m a s q u e e j e r c i t a r o n b i e n la p a c i e n c i a d e l P . D i e g o Mi-
r ó n . P o r u n a d e s g r a c i a s i n g u l a r , n i n g u n o d e los t r e s c o m p a ñ e r o s
q u e l l e v ó p a r a e m p e z a r el c o l e g i o , p e r s e v e r ó e n la Compañía. El
m á s r e s p e t a b l e d e e l l o s , q u e e r a el P . F r a n c i s c o d e R o j a s , empozó
m u y p r o n t o á m a l e a r s e y á s a c u d i r el y u g o d e la santa obediencia.
N o s a b e m o s cosas p a r t i c u l a r e s s u y a s , p e r o p o r a l g u n a s indicaciones
d e las c a r t a s de e n t o n c e s (2) a d i v i n a m o s q u e n o a n d a b a d e r e c h o , y
( 1 ) Epistolae mixtae, t . I, p . 176.
( 2 ) Vide Epistolae mixtae, t. i, p . 2 5 7 .
C A P . y . — COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 271
ya e n el año 1548 estaba San I g n a c i o d i s p u e s t o á d e s p e d i r l e de la
Compañía; p e r o r e m i t i ó el n e g o c i o al P . A r a o z y á San F r a n c i s c o d e
Borja (1). É s t o s p r o c u r a r o n e n d e r e z a r á R o j a s , y e n p a r t e lo consi-
g u i e r o n (2), p e r o n o fué d u r a d e r a la e n m i e n d a . A u n q u e Rojas v i v i ó
a l g u n o s años e n la C o m p a ñ í a , p o r fin faltó á su v o c a c i ó n (3).
E l H . A n t o n i o Muñiz t a m b i é n e m p e z ó á t u r b a r s e p o c o t i e m p o
d e s p u é s de l l e g a r á Valencia. Acabó de p e r d e r l e u n h e c h o q u e ocu-
r r i ó p o r J u n i o d e 1545. U n día e n q u e é l solo estaba e n casa, p o r h a b e r
salido M i r ó n y los d e m á s á m i n i s t e r i o s e s p i r i t u a l e s , se p r e s e n t ó d e
r e p e n t e u n h e r m a n o suyo s e g l a r , y e x p o n i é n d o l e n e c e s i d a d e s v e r -
d a d e r a s ó falsas q u e p a d e c í a , le suplicó q u e le h i c i e s e d o n a c i ó n de
c i e r t o s b i e n e s q u e e l H e r m a n o h a b í a t e n i d o e n e l siglo, y q u e al en-
t r a r r e l i g i o s o h a b í a dado al colegio de C o i m b r a . E l p o b r e Muñiz,
sin e s p e r a r al P . M i r ó n , sin c o n s u l t a r el caso c o n n a d i e , d e j á n d o s e
l l e v a r de su afecto n a t u r a l , allí m i s m o firmó u n p a p e l , e n q u e hacía
d o n a c i ó n d e a q u e l l o s b i e n e s á su h e r m a n o seglar. C u a n d o v e n i d o á
casa el P . M i r ó n e n t e n d i ó lo q u e h a b í a p a s a d o , r e p r e n d i ó al i n c o n -
s i d e r a d o M u ñ i z , y le d e m o s t r ó la n u l i d a d d e a q u e l l a d o n a c i ó n , p u e s
él t e n í a v o t o d e p o b r e z a , y a q u e l l o s b i e n e s y a e s t a b a n dados y en-
t r e g a d o s e n d e b i d a f o r m a al c o l e g i o d e C o i m b r a . R e c o n o c i ó s u y e r r o
el H e r m a n o , p e r o n o se a q u i e t ó . A f e r r a d o á su idea de s o c o r r e r al
seglar, n o s o s e g ó h a s t a c o n s e g u i r q u e le e n v i a s e n a l c o l e g i o d e C o i m -
b r a , d o n d e e s p e r a b a q u e el P . S i m ó n R o d r í g u e z r e s c i n d i r í a la p r i -
m e r a d o n a c i ó n (4).
C u a n d o u n h o m b r e se deja d o m i n a r hasta tal p u n t o d e u n afecto
d e s o r d e n a d o , su v i d a e n la r e l i g i ó n es i m p o s i b l e . Al p o c o t i e m p o d e
l l e g a r á C o i m b r a , salió Muñiz de la C o m p a ñ í a . S i g u i e n d o los i m p u l -
sos d e d e v o c i ó n q u e s e n t í a , e m p e z ó á p a s a r la v i d a p e r e g r i n a n d o d e
s a n t u a r i o e n s a n t u a r i o . Al año s i g u i e n t e d e 1546, h a b i e n d o l l e g a d o á
M o n s e r r a t , sintió fuertes r e m o r d i m i e n t o s d e c o n c i e n c i a p o r su pa-
sada d e f e c c i ó n , y d e t e r m i n ó s e i r á R o m a p a r a p e d i r p e r d ó n de su
falta. L l e g a d o á la C i u d a d E t e r n a el 12 de A b r i l , se a p o s e n t ó e n el
h o s p i t a l de San A n t o n i o , y d e s d e allí e s c r i b i ó á San I g n a c i o u n a c a r t a
( 1 ) Regest. S. Ign., t. i, f. 1 1 5 .
( 2 ) V é a s e e n A l c á z a r (Chrono-historia de la Provincia de Toledo, t. i, p . 1 2 5 ) l a
a f e c t u o s a y s e n t i d a c a r t a q u e le e s c r i b i ó S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , e x h o r t á n d o l e á la
o b e d i e n c i a y á la e n t e r a s u m i s i ó n á s u s s u p e r i o r e s .
( 3 ) P o l a n c o , Hist. S. J., t . I, p . 2 4 8 . N o h e p o d i d o a v e r i g u a r el t i e m p o p r e c i s o en
q u e salió d e la C o m p a ñ í a , p e r o d e b i ó d e s e r e n t r e 1 5 5 6 y 1 5 5 8 .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. I, p . 2 1 8 .
 272 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAr. V . — COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 273

s e n t i d í s i m a , confesando su c u l p a y p i d i e n d o m i s e r i c o r d i a p o r ella.
q u e iba á v e r s e con San I g n a c i o (1); p e r o e n vez de i r á R o m a , h e
E l Santo le hizo t r a s l a d a r á o t r a casa d o n d e e s t u v i e s e m e j o r h o s p e -
a q u í q u e se p r e s e n t a d e n u e v o e n Valencia. T a n t o se h u m i l l ó y r o g ó
d a d o . O t r o día, sin d e c i r n a d a á San I g n a c i o , salió á v i s i t a r las esta-
al P . M i r ó n , q u e éste le a d m i t i ó en casa, y e n castigo de su p e c a d o
ciones de R o m a , d e s n u d o de la c i n t u r a a r r i b a y d i s c i p l i n á n d o s e san-
le i m p u s o v a r i a s p e n i t e n c i a s , y e n t r e ellas el t r a b a j a r h a b i t u a l m e n t e
g r i e n t a m e n t e . P a r é c e s e q u e el santo p a t r i a r c a estaba d i s p u e s t o á
e n la h u e r t a . Á los p o c o s días v o l v i ó á d e s a p a r e c e r d e casa. Descu-
r e c i b i r l e de n u e v o ; p e r o al p o c o t i e m p o m u r i ó el b u e n Muñiz, tal
b r i é r o n l e d e s p u é s e n J á t i v a , d o n d e se h a b í a p u e s t o á s e r v i r d e m o z o
v e z p o r los excesos de su p e n i t e n c i a (1).
d e espuelas á u n c a b a l l e r o . La causa d e su defección la a t r i b u í a n l o s
T a m p o c o p e r s e v e r ó e n Valencia n i e n la C o m p a ñ í a e l o t r o H e r -
N u e s t r o s e n g r a n p a r t e á falta de t a l e n t o ; pues, c o m o e s c r i b í a e l
m a n o l l a m a d o J a c o b o R o m a n o . No s a b e m o s p o r q u é , e m p e z ó á t u r -
P . O v i e d o á San I g n a c i o , e r a J a c o b o « m o c h a c h o n a z o m u y s i m p l e y
b a r s e m u y p r o n t o y á d e c i r q u e deseaba e n t r a r e n o t r a r e l i g i ó n más
falto d e d i s c u r s o n a t u r a l » (2). Q u i s o la m i s e r i c o r d i a d i v i n a q u e a l
á s p e r a y p e n i t e n t e . E n v i ó s e l e á R o m a , y c o m o allí n o r e n u n c i a s e á
fin a b r i e s e los ojos, y a r r e p e n t i d o d e su c u l p a v o l v i e s e á la C o m p a -
su i d e a , ó p o r m e j o r d e c i r , al deseo d e v o l v e r al siglo, fué d e s p e d i d o
ñía, en la cual v i v i ó t r e i n t a años s i r v i e n d o d e c o a d j u t o r t e m p o r a l ,
de la Compañía. B i e n se v i o q u e n o le m o v í a el deseo d e p e n i t e n c i a ,
hasta q u e m u r i ó r e l i g i o s a m e n t e en Gandía el año 1577 (3).
p u e s , c o m o dice R i b a d e n e i r a , «la p r i m e r a cosa q u e hizo en saliendo,
7. I n t i m a m e n t e ligada con la fundación d e V a l e n c i a e s t u v o la d e l
fué b u s c a r u n a m o á q u i e n s e r v i r . D e n t r o d e p o c o s días (continúa el
m i s m o a u t o r ) le dio u n a e n f e r m e d a d y le l l e v a r o n al h o s p i t a l d e San colegio d e G a n d í a , q u e se d e b i ó , c o m o t o d o s s a b e n , á la g e n e r o s i d a d
J u a n d e L e t r á n , d o n d e acabó su v i d a > (2). de San F r a n c i s c o d e Borja. Ya e n la c u a r e s m a d e 1544, c u a n d o e l
P . A r a o z pasó p o r G a n d í a , le p r o p u s o el santo d u q u e esta fundación,
M a y o r e s d i s g u s t o s q u e l o s p r e c e d e n t e s ocasionó o t r o H e r m a n o lla-
y si n o se a p r e s u r ó más á p o n e r e n p l a n t a su idea, fué p o r q u e d u r a n t e
m a d o t a m b i é n J a c o b o , n a t u r a l d e M i l á n , q u e había sido m a n d a d o
algún tiempo estuvo pensando en abrir u n colegio para catequizar
e n 1545 p a r a f u n d a r el c o l e g i o d e G a n d í a , y pocos m e s e s d e s p u é s r e -
s o l a m e n t e á los m o r i s c o s , q u e a b u n d a b a n m u c h o e n el estado d e
m i t i d o á V a l e n c i a p a r a e s t u d i a r . D e s d e l u e g o c o n o c i e r o n q u e era
Gandía. B i e n c o n s i d e r a d a s las cosas, se j u z g ó m á s o p o r t u n o f u n d a r
a b s o l u t a m e n t e i n h á b i l p a r a los e s t u d i o s , y p o r o s o le a p l i c a r o n á los
u n c o l e g i o de la C o m p a ñ í a , n o p a r a los m o r i s c o s , sino p a r a t o d o s l o s
oficios d e c o a d j u t o r t e m p o r a l (3). C e r c a d e u n año c o n t i n u ó e n este
q u e q u i s i e r a n a p r o v e c h a r s e de n u e s t r a enseñanza. E s c r i b i ó s e , p u e s , á
e s t a d o ; p e r o fuese p o r s o b e r b i a , fuese p o r n a t u r a l i n q u i e t u d d e su
I g n a c i o , h a c i e n d o la p r o p u e s t a , y el s a n t o f u n d a d o r a c e p t ó el c o l e g i o
c a r á c t e r i n d ó m i t o , él c o m e n z ó á d e s a s o s e g a r s e , y e n la p r i m a v e r a
e n c a r t a d e l 14 d e Marzo d e 1545, á la c u a l r e s p o n d i ó B o r j a , c o n es-
d e 1547 se fugó d e l c o l e g i o . E n c o n t r ó l e San F r a n c i s c o d e Borja
peciales m u e s t r a s de a g r a d e c i m i e n t o el 28 d e Mayo d e l m i s m o año (4).
c u a n d o iba á las c o r t e s d e M o n z ó n , y l l e v á n d o l e consigo á esta ciu-
P a r a d a r p r i n c i p i o á este c o l e g i o , d i s p u s o San I g n a c i o q u e se d i r i -
dad, le d e t u v o en ella a l g ú n t i e m p o . E l p r ó f u g o , m o s t r a n d o v o l v e r á
giesen á G a n d í a dos sujetos n o t a b l e s , q u e e s t u d i a b a n e n C o i m b r a .
m e j o r e s s e n t i m i e n t o s p o r las p a l a b r a s d e l santo y d e l P . A r a o z , q u e
E r a e l u n o e l P . A n d r é s do O v i e d o , c u y a v o c a c i ó n r e f e r i m o s m á s
p o r e n t o n c e s se h a l l a b a e n M o n z ó n , se d e s p i d i ó d e e l l o s , d i c i e n d o
a r r i b a , y el o t r o el H . F r a n c i s c o Onfroy, á q u i e n l l a m a b a n v u l g a r -
m e n t e F r a n c i s c o G a l l o , p o r ser d e n a c i ó n francés. C o n estos d o s d e -
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. i , p . 2 4 2 . E n e s t a c a r t a r e f i e r e el S a n t o l a p e n i t e n - bían j u n t a r s e o t r o s cinco q u e San I g n a c i o m a n d ó d e R o m a , y e r a n
cia d e M u ñ i z , y p u e d e v e r s e e n el m i s m o t o m o , p á g . 4 4 9 , la c a r t a d e M u ñ i z á San
I g n a c i o . E l P . O r l a n d i n i (Hist. S. J., 1. v , n 7 6 ) da á e n t e n d e r q u e M u ñ i z fué d e
e l H . A m b r o s i o d e L y r a , b e l g a ; los H e r m a n o s J u a n G o t t a n y P e d r o
n u e v o a d m i t i d o en la C o m p a ñ í a p o r el s a n t o p a t r i a r c a , y lo m i s m o e s c r i b i ó el P . Bal- C a n a l , franceses; e l H . A l b e r t o Cavalino, m o d e n é s , y el H . J a c o b o , m i -
t a s a r T é l l e z (Chronica da Companhia de Jesu em Portugal, 1. I , c. x x x i u ) ; p e r o en
l o s d o c u m e n t o s c o n t e m p o r á n e o s n o v e o c l a r o el h e c h o d o s u r e c e p c i ó n . N ó t e s e , a d e -
( 1 ) Epistolae mixtae, t . i, p . 3 9 2 .
m á s , el y e r r o c r o n o l ó g i c o d e O r l a n d i n i , q u e p o n e la p e n i t e n c i a d e M u ñ i z en el
( 2 ) Ibid, p . 4 3 8 .
a ñ o 1 5 4 5 , s i e n d o así q u e s u c e d i ó en A b r i l d e 1546, c o m o lo p r u e b a n la c a r t a d e San
( 3 ) A l v a r e z , Hist. de la Prov. de Aragón, 1. n i , c. x x v i .
I g n a c i o y o t r a d e A r a o z . (Epist. mixtae, t. I, p . 2 8 1 . )
( 4 ) Epist. S. Franc. Borgiae. G a n d í a , 2 8 d e M a y o 1 5 4 5 . N o se c o n s e r v a l a c a r t a
( 2 ) DiálogoB.
d e S a n I g n a c i o ; p e r o su f e c h a y la a c e p t a c i ó n c o n s t a n p o r eBta c a r t a d e S a n F r a n -
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 3 0 1 .
cisco d e B o r j a .
18
274 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
l a n é s , de q u i e n h e m o s h e c h o t a n t r i s t e m e n c i ó n al h a b l a r d e l colegio
de Valencia (1). E n t r a r o n e n Gandía el 16 de N o v i e m b r e d e 1546 (2),
y f u e r o n r e c i b i d o s p o r el santo d u q u e con e x t r a o r d i n a r i a s m u e s t r a s
d e a m o r . B i e n se t r a s l u c e esta d e v o c i ó n en la carta q u e e s c r i b i ó á
San I g n a c i o a n u n c i á n d o l e los p r i n c i p i o s del c o l e g i o : «El P . Maestro
A n d r é s llegó de P o r t u g a l , y t a m b i é n los h e r m a n o s q u e v e n í a n de
R o m a , y t o d o s m u y b u e n o s , p o r q u e t o d o s t r a í a n á Dios e n sus almas.
La consolación q u e con ellos r e c i b í , y d e s p u é s c o n la v e n i d a del pa-
d r e A r a o z , será e x c u s a d o d e c i r l a , p o r q u e c r e o s e r é b i e n creído» (3).
C o m o h a b i t a c i ó n p r o v i s i o n a l , m i e n t r a s se c o n s t r u í a el c o l e g i o defini-
t i v o , a l q u i l ó p a r a los n u e s t r o s el santo d u q u e u n a casa p a r t i c u l a r .
E n ella se r e c o g i e r o n los h e r m a n o s , y m i e n t r a s el P . O v i e d o santi-
ficaba con s e r m o n e s , pláticas y ejercicios á los p r ó j i m o s , los n o sa-
c e r d o t e s e s t u d i a b a n c o n los hijos d e l s e ñ o r d u q u e e n palacio (4).
No se dilató m u c h o la c o n s t r u c c i ó n del n u e v o c o l e g i o . A p r o v e -
c h a n d o la v e n i d a d e l B. F a b r o , q u e pasó p o r Gandía á p r i n c i p i o s de
Mayo d e 1546, q u i s o F r a n c i s c o p o n e r la p r i m e r a p i e d r a d e l edificio.
E l 4 d e Mayo, d e s p u é s de d e c i r F a b r o la m i s a , á la q u e asistió el
d u q u e c o n t o d a su familia, s a l i e r o n p r o c e s i o n a l m e n t e los Nuestros
d e la iglesia de San S e b a s t i á n , s e g u i d o s de g r a n c o n c u r s o , y se diri-
g i e r o n al t e r r e n o d e s t i n a d o p a r a el c o l e g i o . Allí se r e z a r o n siete sal-
m o s , y d e s p u é s de r o c i a r el sitio c o n a g u a b e n d i t a , p u s o F a b r o la
p r i m e r a p i e d r a ; San F r a n c i s c o de Borja la s e g u n d a ; el P . A n d r é s de
O v i e d o la t e r c e r a ; el m a r q u é s D. C a r l o s , p r i m o g é n i t o d e l d u q u e , la
( 1 ) H a y a l g u n a v a r i e d a d e n los a u t o r e s al d e s i g n a r los p r i m e r o s i n d i v i d u o s que
f o r m a r o n el c o l e g i o d e G a n d í a . O r l a n d i n i (Hist. S. J., 1. v i , n . 6 0 ) d i c e q u e fueron
e n v i a d o s d e R o m a c u a t r o s u j e t o s , e n t r e los c u a l e s c u e n t a á O n f r o y . E l 1'. Á l v a r e z
(Hist. de la Prov. de Aragón, I. n , c. v ) p o n e t a m b i é n c u a t r o c o m o e n v i a d o s de
R o m a . A m b o s a u t o r e s y e r r a n e v i d e n t e m e n t e , p u e s F a b r o (Cartas, p . 2 8 3 ) y P o l a n c o
(Hist. S. J., t. i, p . 164) d i c e n b i e n claro q u e f u e r o n c i n c o los e n v i a d o s d e Roma,
a u n q u e n o p o n e n s u s n o m b r e s . T a m b i é n es e r r o r p o n e r á O n f r o y ó G a l l o e n t r e los
v e n i d o s d e R o m a , p u e s e s t u d i a b a e n C o i m b r a (Epist. mixtae, t. i, p . 1 4 2 ) , d e d o n d e
h a b í a salido p a r a V a l l a d o l i d c o n el P . O v i e d o ( F a b r o , Cartas, p . 2 7 6 ) . N i O r l a n d i n i
n i Á l v a r e z n o m b r a n e n t r e los p r i m e r o s al H . J a c o b o , m i l a n é s ; p e r o s u v e n i d a en esta
p r i m e r a e x p e d i c i ó n se p r u e b a c l a r a m e n t e c o n las p a l a b r a s q u e e s c r i b í a el P . Oviedo
á S a n I g n a c i o el 3 d e N o v i e m b r e d e 1 5 4 7 : « J a c o b o , m i l a n é s , el q u e v i n o con A l b e r t o
y l o s o t r o s s (Epist. mixtae, t. i, p . 4 3 8 ) . E l P . R i b a d e n e i r a es el ú n i c o q u e p u s o bien
l o s c i n c o v e n i d o s d e R o m a (Hist. de la Asist., 1. 1 , c. v ) , a u n q u e n o a c e r t ó en decir
q u e f u e r o n e n v i a d o s a G a n d í a L u i s G o n z á l e z d e C á m a r a y M a n u e l d e Sa. E s t o s f u e -
r o n e n v i a d o s á V a l e n c i a , a u n q u e el s e g u n d o p a s ó d e s p u é s á G a n d í a .
( 2 ) P o l a n c o , Hist. S. J., t . i , p . 1 6 4 .
( 3 ) Epist. S. Franc. Borgiae. G a n d í a , 16 d e E n e r o d e 1 5 4 6 .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 2 8 7 .
CAP. V . — COLEGIOS FUNDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1 5 4 7 275
« u a r t a (1), y d e s p u é s cada u n o de los o t r o s hijos d e éste fué p o n i e n d o
la s u y a (2).
Con esta r e l i g i o s a p i e d a d se e m p e z ó la c o n s t r u c c i ó n d e l colegio
de G a n d í a , y m i e n t r a s los oficiales y o b r e r o s , e s t i m u l a d o s p o r e l
d u q u e , a d e l a n t a b a n la o b r a del edificio m a t e r i a l , n u e s t r o s b u e n o s
H e r m a n o s se e s m e r a b a n lo p o s i b l e e n su p r o p i a f o r m a c i ó n , así espi-
r i t u a l c o m o l i t e r a r i a . E s t e m i s m o a ñ o , 1546, d e t e r m i n ó el P . O v i e d o
a c o m e t e r u n a e m p r e s a n o usada a ú n e n la C o m p a ñ í a , cual e r a la en-
señanza. C o m o y a lo dijimos al r e f e r i r la fundación de V a l e n c i a , los
c o l e g i o s a b i e r t o s hasta e n t o n c e s en la C o m p a ñ í a n o e r a n p a r a ense-
ñ a r á o t r o s , sino s o l a m e n t e p a r a q u e e s t u d i a s e n n u e s t r o s j ó v e n e s
r e l i g i o s o s y a d q u i r i e s e n la ciencia n e c e s a r i a p a r a e j e r c i t a r c o n fruto
los m i n i s t e r i o s apostólicos. A h o r a b i e n : p o s e y e n d o la c o m u n i d a d d e
Gandía u n h o m b r e m u y v e r s a d o en filosofía, cual e r a el h e r m a n o
F r a n c i s c o Onfroy, r e s o l v i ó el P . O v i e d o a b r i r u n c u r s o d e a r t e s , n o
sólo p a r a los N u e s t r o s , sino t a m b i é n p a r a t o d o s los s e g l a r e s q u e
q u i s i e r a n a c u d i r á e s c u c h a r las lecciones. D e s e a n d o i n a u g u r a r este
t r a b a j o con la s o l e m n i d a d q u e se usaba e n las u n i v e r s i d a d e s de en-
t o n c e s , p r o p u s o p ú b l i c a m e n t e el H e r m a n o O n f r o y v a r i a s tesis d e
l ó g i c a , física, m o r a l , metafísica y t e o l o g í a , y d u r a n t e dos días las
explicó y defendió d e l a n t e d e l S r . D u q u e y d e u n n u m e r o s o c o n -
c u r s o q u e fué i n v i t a d o á esta s o l e m n i d a d l i t e r a r i a . A g r a d ó t a n t o la
función y la destreza con q u e el h e r m a n o O n f r o y r e s p o n d i ó á los ar-
g u m e n t o s , q u e , p a s a n d o p o r Gandía p o c o s días d e s p u é s S a n t o T o m á s
d e V i l l a n u e v a , a r z o b i s p o de V a l e n c i a , q u i s o el santo d u q u e q u e de-
fendiera e n p r e s e n c i a s u y a el n u e v o m a e s t r o o t r a s c o n c l u s i o n e s d e
filosofía, y así se hizo, en efecto, con s i n g u l a r a g r a d o d e l santo a r z o -
bispo. De este m o d o e m p e z ó el c u r s o de filosofía á p r i n c i p i o s de
O c t u b r e de 1546 (3).
A u m e n t ó s e p r o n t o el n ú m e r o de los N u e s t r o s c o n a l g u n o s q u e
f u e r o n r e m i t i d o s de n u e v o , a u n q u e es v e r d a d q u e y a e n este año
de 1546 se s a c a r o n dos ó t r e s de este c o l e g i o p a r a q u e e s t u d i a s e n en
(1) E l P . F a b r o l l a m a D. Luis al p r i m o g é n i t o d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . C o m o
n o e s t u v o s i n o d o s d i a s en c a s a d e l d u q u e , n a d a t i e n e d e e x t r a ñ o q u e n o r e c o r d a r a
b i e n los n o m b r e s d e t o d o s los h i j o s d e é s t e .
( 2 ) Cartas del B. Pedro Fabro, t. i , p . 3 2 0 . N o p r e c i s a F a b r o el d i a e n q u e se
c e l e b r ó e s t a p i a d o s a f u n c i ó n ; p e r o c o m p a r a n d o los o t r o s d a t o s c r o n o l ó g i c o s d e la
c a r t a , y r e c o r d a n d o q u e a q u e l a ñ o c a y ó la P a s c u a el 2 5 d e A b r i l , p a r e c e p r o b a b l e
q u e la p i a d o s a c e r e m o n i a se e j e c u t ó el m a r t e s 4 d e M a y o .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 3 1 5 .

276 LIB. I I . — SAN IGNACIO DK LOYOLA
Valencia. E r a b a s t a n t e f r e c u e n t e la c o m u n i c a c i ó n d e p e r s o n a s y n e -
gocios e n t r e e s t o s dos colegios tan c e r c a n o s . Déjase e n t e n d e r q u e ,
e n G a n d í a , el s u s t e n t o de t o d o s los N u e s t r o s c o r r í a p o r c u e n t a del
d u q u e , el c u a l , n o c o n t o n t o c o n p r o v e e r g e n e r o s a m e n t e á los d e su
c o l e g i o , e n v i a b a de vez on c u a n d o b u e n a s limosnas á las c o m u n i d a -
des d e Valencia y Alcalá. Á esto favor añadía o t r o n o m e n o s i m p o r -
t a n t e , cual e r a el r e c o m e n d a r la C o m p a ñ í a á p e r s o n a s p o d e r o s a s ,
c o m o los arzobispos de Z a r a g o z a , d e T o l e d o y d e Sevilla (1), de
s u e r t e q u e , a u n a n t e s de h a c e r s e r e l i g i o s o , era Borja el p r i n c i p a l
a m p a r o de los N u e s t r o s e n E s p a ñ a .
8. Coetáneo de los a n t e r i o r e s fué el c o l e g i o de B a r c e l o n a , e m p e -
zado en 1545. Ya c u a n d o A r a o z pasó p o r esta ciudad á p r i n c i p i o s del
año 1544, p a r e c e q u e se m o v i e r o n a l g u n a s p e r s o n a s á e n t r a r en la
C o m p a ñ í a (2), p e r o e n t o n c e s n o se f o r m ó p r o p i a m e n t e casa religiosa.
E s t o so e j e c u t ó p o r S e t i e m b r e de 1545, c u a n d o , saliendo Araoz de
la c o r t e p a r a v i s i t a r los colegios i n c i p i e n t e s de E s p a ñ a , se d e t u v o
a l g u n a s s e m a n a s e n B a r c e l o n a . E n t o n c e s se d e t e r m i n ó p o n e r casa
a p a r t e y c o n s t i t u i r u n a c o m u n i d a d c o n c u a t r o b u e n o s s a c e r d o t e s ca-
t a l a n e s quo el P . Araoz a d m i t i ó e n la Compañía. E r a n éstos J u a n
Q u e r a l t , M o n s e r r a t S o l e r , L u i s C i s t e r ó y B e r n a r d o Casellas (3). La
casa q u e les a l q u i l a r o n estaba d e l a n t e de la p a r r o q u i a del P i n o . El
a l q u i l e r lo p a g ó D . J e r ó n i m a do G r a l l a ; las alhajas de iglesia fueron
a
s u m i n i s t r a d a s p o r las monjas d e Santa C l a r a , d e v o t í s i m a s de la Com-
p a ñ í a , y el b u e n m a e s t r o J u a n P u j o l s , al m o r i r el 21 d e O c t u b r e de
este año, dejó su b i b l i o t e c a á n u e s t r o c o l e g i o (4). P o r la a y u d a de
estas l i m o s n a s , y con ol favor d e o t r a s p e r s o n a s piadosas, comenza-
r o n los c u a t r o s a c e r d o t e s , a u n q u e n o v i c i o s , á e j e r c i t a r los m i n i s t e -
r i o s e s p i r i t u a l e s con g r a n a p r o v e c h a m i e n t o d e los p r ó j i m o s . «Que
así lo h a n usado, dice R i b a d e n e i r a , t o d a s las r e l i g i o n e s en su niñez,
s i r v i é n d o s e d e sus n o v i c i o s c o m o si fueran v e t e r a n o s , y Dios les
e c h a b a su b e n d i c i ó n p o r q u e se q u e r í a s e r v i r de ellos p a r a p l a n t a r
la r e l i g i ó n » ( 5 ) .
C o n estas fundaciones p u d i e r a j u n t a r s e la de Z a r a g o z a , a u n q u e
t o d a v í a n o p o d e m o s l l a m a r c o l e g i o al d o m i c i l i o q u e e n esta ciudad
p u s i e r o n los N u e s t r o s p o r J u l i o de 1547. Baste s a b e r q u e , c e d i e n d o
( 1 ) Epistolae mixtae, t. I , p s . 3 3 9 y 3 9 9 . — ( 2 ) Ibid., p. 159.—(3) Ea
q u e d o s d e e s t o s s a c e r d o t e s e s t a b a n y a a d m i t i d o s d e s d e el a ñ o a n t e r i o r , c o m o p a -
r e c e i n f e r i r s e d« la c a r t a d e A r a o z e s c r i t a el 3 d e F e b r e r o d e 1 5 4 4 . (Epistolae
tae, t . i , p . 1 5 9 . ) — ( 4 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 2 3 5 . — ( 5 ) Hist. de la
de España, 1. i , c. v .
C A P . v.—COLEGIOS FONDADOS EN ESPAÑA ANTES DE 1547 277
n u e s t r o s P a d r e s al v i v o d e s e o q u e m o s t r a b a el d u q u e d e G a n d í a d e
e s t a b l e c e r la C o m p a ñ í a e n la capital d e A r a g ó n , d e t e r m i n a r o n en-
v i a r dos sujetos q u e t r a b a j a s e n a p o s t ó l i c a m e n t e en la c i u d a d y a b r i e -
s e n el c a m i n o á la f u n d a c i ó n d e l f u t u r o c o l e g i o . P a r a este fin f u e r o n
m a n d a d o s , d e V a l e n c i a el P . F r a n c i s c o d e Rojas, y d e P o r t u g a l el
H e r m a n o H é r c u l e s B u c c e r i , italiano, r e l i g i o s o s a m b o s q u e , a n d a n d o
e l t i e m p o , v i n i e r o n á p e r d e r la v o c a c i ó n y salir d e la C o m p a ñ í a (1).
9. E s t e era el estado de la C o m p a ñ í a e n n u e s t r a p a t r i a , c u a n d o .
S a n I g n a c i o d e t e r m i n ó f o r m a r la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a . E l 1.° d e Se-
t i e m b r e de 1547 firmó la p a t e n t e en q u e n o m b r a b a P r o v i n c i a l al
P . Araoz. M e r e c e n s e r citados, p o r lo m u y h o n o r í f i c o s q u e son p a r a
el P r o v i n c i a l e l e g i d o , los t é r m i n o s q u e usa el santo e n este d o c u -
m e n t o . « P o r q u e desde los p r i n c i p i o s , dice, de t u vocación, con seña-
lada fe, c o n s t a n c i a , o b e d i e n c i a , r e l i g i ó n , y con g r a n d e a r d o r d e ca-
r i d a d , has trabajado e n la h e r e d a d d e l S e ñ o r e n t o d a s las d e m á s o b r a s
d e c a r i d a d , p e r o s o b r e t o d o e n s e r m o n e s h e c h o s al p u e b l o , n o sólo
e n E s p a ñ a , d o n d e a h o r a estás, sino e n t o d a s las p a r t e s d e la t i e r r a
d o n d e a n t e s has a n d a d o , t a n e s f o r z a d a m e n t e y con t a n t a destreza y
p r u d e n c i a te has aplicado á e x a l t a r la g l o r i a d e l n o m b r e d e J e s u -
c r i s t o , q u e e n p o c o t i e m p o m e t i s t e e n la I g l e s i a de Dios O m n i p o -
t e n t e , m e d i a n t e su g r a c i a , g r a n d e s y copiosos frutos. P o r t a n t o , Nos,
e s t r i b a n d o en la b e n i g n i d a d y consejo del E s p í r i t u S a n t o , p o r a u t o -
r i d a d a p o s t ó l i c a , y c o n f o r m e á n u e s t r a s C o n s t i t u c i o n e s , te c r e a m o s y
d e p u r a m o s P r e p ó s i t o P r o v i n c i a l de t o d a E s p a ñ a , e x c e p t u a n d o á P o r -
t u g a l , y te d e c l a r a m o s c r e a d o y d e p u t a d o en el n o m b r e d e l P a d r e , y
d e l H i j o y del E s p í r i t u S a n t o . Amén» (2). E s t a p a t e n t e d e b i ó r e c i -
b i r s e en E s p a ñ a á fines d e S e t i e m b r e ó á p r i n c i p i o s de O c t u b r e .
10. ¿Cuál era el n ú m e r o de sujetos y de casas q u e f o r m a b a n la
P r o v i n c i a de España? Los d o m i c i l i o s e r a n s i e t e : la r e s i d e n c i a d e l
P . P r o v i n c i a l e n M a d r i d , la r e c i é n e m p e z a d a e n Zaragoza, y los co-
l e g i o s n o m b r a d o s e n A l c a l á , V a l l a d o l i d , Valencia, Gandía y B a r -
celona.
L o s j e s u í t a s r e p a r t i d o s e n estos siete d o m i c i l i o s p o r O c t u b r e de
1547, e r a c u a r e n t a y u n o , e n t r e los cuales h a b í a a l g u n o s e x t r a n j e r o s ,
c o m o y a h e m o s i n d i c a d o e n el c u r s o d e la n a r r a c i ó n . E n M a d r i d
(1) Polanco, Historia 8. J., t. i , p . 2 4 8 . N o s a b e m o s el t i e m p o p r e c i s o e n que
probable
s e e s t a b l e c i e r o n e n Z a r a g o z a ; p e r o c o n s t a q u e y a e s t a b a n allí el 3 d e A g o s t o d e 1547,
s e g ú n lo e s c r i b í a el P . A r a o z á S a n I g n a c i o c o n e s a f e c h a . (Epistolae mixtae, t. i,
mix-
p. 392.)
Asistencia
(2) Cartas de San Ignacio, t. l i , p . 396.
 278 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

residía el P. Provincial con otros tres, en Alcalá eran o n c e , o t r o s

tantos e n Gandía, seis e n Valencia, cuatro e n Barcelona, t r e s e n Va-
lladolid y dos en Zaragoza. Pequeña hueste, es verdad, sobre todo si
se considera q u e la m a y o r parte eran H e r m a n o s estudiantes que n o
habían recibido aun el sacerdocio; pero la divina P r o v i d e n c i a , q u o
había v e l a d o sobre e l h u m i l d e p e r e g r i n o d e Manresa para h a c e r l e
Padre fecundo de g e n e r o s o s a p ó s t o l e s , velaba sobre estos sus tier-
nos h i j o s , q u e e n el retiro y humildad se preparaban para las g l o r i o -
sas fatigas del apostolado, y aunque principiantes en la vida reli-
g i o s a , difundían y a e n t o r n o s u y o u n suave olor de Cristo, q u e
edificaba sobremanera á los fieles (1).
( 1 ) N o e s t a m o s s e g u r o s d e a c e r t a r e n el n ú m e r o y d i s t r i b u c i ó n d e los j e s u í t a s a l
t i e m p o d e c o n s t i t u i r s e la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a , p u e s a d e m á s d e n o e x i s t i r c a t á l o g o
a l g u n o d e a q u e l l a é p o c a , s a b e m o s q u e en a q u e l m i s m o o t o ñ o d e 1 5 4 7 c a m b i a r o n de
d o m i c i l i o v a r i o s s u j e t o s y f u e r o n a d m i t i d o s a l g u n o s en la C o m p a ñ í a . P a r a p r e s e n -
t a r al l e c t o r u n r e s u m e n d e n u e s t r a s i n v e s t i g a c i o n e s , p o n d r e m o s á c o n t i n u a c i ó n el
e s t a d o d e las c a s a s , c i t a n d o los d o c u m e n t o s e n q u e n o s a p o y a m o s p a r a e s t a b l e c e r l o .
E n Madrid, P. Antonio de A r a o z , P r o v i n c i a l ; H e r m a n o s Martín de V e r á s t e g u i ,
F r a n c i s c o y H e r n a n d o A v e n d a ñ o (Epist. mixtae, t. i , p . 2 7 5 ) . E s t o s d a t o s son del
3 d e Mayo d e 1546. E s m u y posible q u e u n año después estuviera hecho algún c a m -
b i o e n e s t o s t r e s q u e v i v í a n c o n el P . A r a o z .
E n Alcalá, H . Francisco V i l l a n u e v a , rector; P . Miguel de Torres, P . Cristóbal d e
M e n d o z a , el l i c e n c i a d o C a v a l l a r , el P . J u a n P a b l o A l v a r e z , el H . M a x i m i l i a n o C a -
p e l l a , el H . M a n u e l L ó p e z , el H . P e d r o S e v i l l a n o , el I I . D i e g o C a v a l l a r , el H J u a n
S á n c h e z , e l H . D u a r t e P e r e i r a (Epist. mixtae, t. i , p p . 3 4 6 y 3 6 0 ) . P r o b a b l e m e n t e ,
y a h a b í a s a l i d o d e A l c a l á el P . A l o n s o A l v a r o . E n c a m b i o , p o r el o t o ñ o d e 1547
f u é á A l c a l á el P . D r . T o r r e s , a u n q u e p a r a p o c o t i e m p o , c o m o v e r e m o s . P u e d e
c o n s u l t a r s e t a m b i é n C r i s t ó b a l d e C a s t r o (Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c a p í t u l o
v n i ) , R i b a d e n e i r a (Hist. de la Asist. de. España, 1. i , e s . v i y v n ) .
CAPITULO VI
VOCACIÓN D E SAN F R A N C I S C O D E BORJA
(1546-1551)
S U M A R I O : 1. L i n a j e y e s t a d o d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . — 2 . S u e d u c a c i ó n y v i d a e n
la c o r t e . — 3 . Resuélvese en G r a n a d a á vivir s a n t a m e n t e . — 4 . Su g é n e r o d e vida
s i e n d o v i r r e y d e C a t a l u ñ a . — 5 . M u e r t a su e s p o s a , e s a d m i t i d o e n la C o m p a ñ í a e n
1 5 4 6 . — 6 . P o r u n b r e v e d e P a u l o I I I h a c e p r o f e s i ó n s o l e m n e en 1 5 4 8 , c o n s e r -
v a n d o t o d a v í a el a p a r a t o d e d u q u e . — 7 . P a r t e p a r a R o m a e n 1 5 5 0 , y allí d a e j e m -
p l o s a d m i r a b l e s d e v i r t u d . — 8 . P i d e l i c e n c i a al e m p e r a d o r p a r a r e n u n c i a r s u s E s -
t a d o s . — 9 . M i e n t r a s e B p e r a r e s p u e s t a , t r a t a el p a p a d e h a c e r l e c a r d e n a l . — 1 0 . H u y e
e l s a n t o á G u i p ú z c o a , y e n O ñ a t e r e n u n c i a s u s E s t a d o s , y v i s t e l a s o t a n a d e la
C o m p a ñ í a en 1 5 5 1 .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio.—2. Epist. S. Frane. Borgiae.—3.
Regestum litter. S. Ignatii.—i. Cartas del B. P. Fabro.—5. Epistolae mixtae.—6. Litterae qua-
drimeslres.—7. Procesos de beatificación de San Ignacio.—8. Ídem de San Francisco de Borja.—
9. Archivo secreto del Vaticano, Brevi.—10. Ibid. Lettere dei Printípi.—11. Epist. Principum.—
12. Archivo municipal de Valencia, 1 . 1 de la Universidad de Gandía. — 1 3 . R i b a d e n e i r a , Vida
de San Francisco de Borja.—14. Dionisio Vázquez, Vida manuscrita del P. Francisco.

E n Valladolid, P . Diego M é n d e z , rector, H . J u a n González, H . J u a n de V a l d e r r á -

b a n o . Epist. mixtae, t. i, p . 2 7 5 . Ibid, p . 3 9 8 .
1. «El m u n d o n o tiene orejas para oir tal estampido,» escribía San
En Valencia, P. Diego Mirón, rector; H . Pedro Canal, H. J u a n Gottan, II. A m -
b r o s i o d e L y r a , H . I s i d o r o B e l l i n i , l l a m a d o t a m b i é n S b r a n d o , I I . J a c o b o M a r í a , el
Ignacio (1) á San Francisco de Borja, encargándole guardar secreto
r n i l a n é s . V é a n s e l a s c a r t a s d e los P P . M i r ó n y O v i e d o , e s c r i t a s e n el a ñ o 1 5 4 7 (Epis- acerca de la mudanza de vida que pensaba hacer entrando en n u e s -
tolae mixtae, t. i ) . E l P . L u i s G o n z á l e z d e C á m a r a h a b í a v u e l t o á P o r t u g a l d e s p u é s tra r e l i g i ó n . F u é , en verdad, providencia amorosa de Dios, que cuan-
d e p a s a r a l g u n o s m e s e s en V a l e n c i a (Ibid, p . 3 4 8 . )
do la Compañía empezaba á extenderse e n España, y levantaba, n o
En G a n d í a , P . Andrés de Oviedo, rector; P. Francisco Onfroy, P . Vicente Salva-
dor, P . B a l t a s a r D í a z , H . C é s a r d e A v e r s a n o , H . M a n u e l d e S a , H . A n t o n i o C o r d e - sin fatiga, sus p r i m e r o s c o l e g i o s , la acreditase de g o l p e el gloriosí-
s e s , I I . A l b e r t o C a b a l l i n o , H . S i m ó n O l i v e r a , H . J u a n G a r c í a (Epist. mixtae, t. i , s i m o estampido que dio entrando en ella u n h o m b r e , e n q u i e n c o m -
p . 4 3 0 ) . A é s t o s se d e b e a ñ a d i r S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , q u e y a e s t a b a a d m i t i d o petía lo n o b l e del linaje c o n lo h e r o i c o de las virtudes.
e n la C o m p a ñ í a , c o m o lo v e r e m o s e n el c a p í t u l o s i g u i e n t e , a u n q u e t o d a v í a n o s e
h a b í a p u b l i c a d o su a d m i s i ó n .
D o n Francisco de Borja y A r a g ó n , biznieto del papa Alejandro V I
E n B a r c e l o n a , P . J u a n Queralt, P . MonseTrate Soler, P . L u i s Cisteró, P . Bernardo- por parte de padre, biznieto del r e y católico Fernando V p o r parte
C a s e l l a s . R i b a d e n e i r a (Hist. de la Asist. de España, 1. l, c. v ) .
E n Zaragoza, P . Francisco de R o j a s , H . Hércules B u c e e n (Epist. mixtae, t. l r

p. 392). ( 1 ) Cartas de San Ignacio, t . I, p . 2 8 5 .

 _ vi.—VOCACIÓN DB SAN FRANCISCO DE BORJA 281
280 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA C A P

d e m a d r e (1), h a b í a n a c i d o e n G a n d í a e l 28 d e O c t u b r e d e 1510 (2), y d e a d a d e u n h o n o r h u m a n o q u e pocas familias p o d í a n p r e s e n t a r e n

e r a h i j o p r i m o g é n i t o d e D . J u a n d e B o r j a , t e r c e r d u q u e d e Gandía, Europa.
y d e D . J u a n a d e A r a g ó n . C o n o c i d o es e n t o d o e l m u n d o e l l u s t r e
a

2. Á los siete años d e s u e d a d e m p e z ó F r a n c i s c o á i n s t r u i r s e e n

q u e alcanzó e n e l siglo x v el linaje d e los Borjas p o r la e l e v a c i ó n los d e b e r e s d e c r i s t i a n o y d e c a b a l l e r o . E n los p r i m e r o s le i n d u s -
d e d o s i n d i v i d u o s s u y o s a l S u m o P o n t i f i c a d o , e n e l cual l l e v a r o n los t r i a b a A l o n s o d e Á v i l a , c a n ó n i g o d e G a n d í a , á q u i e n t o m ó la d u -
n o m b r e s d e C a l i x t o n i y A l e j a n d r o VI. B i e n q u e e l a p e l l i d o d e B o r - q u e s a p a r a confesor d e l t i e r n o n i ñ o , y e n los s e g u n d o s l e e j e r c i t a b a
ja d e s p i e r t e e l r e c u e r d o d e m u c h o s c r í m e n e s y d e m u y l a m e n t a b l e s el D r . F e r r á n , e l e g i d o p o r e l d u q u e p a r a a y o d e s u p r i m o g é n i t o (1).
m i s e r i a s (3), n o se p u e d e n e g a r q u e e n la p r i m e r a m i t a d d e l siglo x v i , I b a éste d a n d o cada día m e j o r e s m u e s t r a s d e s í , c u a n d o á los diez
la familia B o r j a , g r a c i a s a l favor d e los p a p a s y d e los r e y e s , y á s u s a ñ o s p e r d i ó á s u b u e n a m a d r e , y p o c o d e s p u é s , l l e g a n d o á G a n d í a la
alianzas m a t r i m o n i a l e s c o n a l g u n o s p r í n c i p e s d e I t a l i a , s e v e í a r o - t e m p e s t a d d e a q u e l l a s r e v u e l t a s civiles, q u e e n Castilla se l l a m a r o n
Comunidades y e n Valencia Gemianías, h u b o d e salir á toda p r i e s a
(l) d e su casa, a r r e b a t a d o p o r su b u e n a y o , q u e le salvó d e los f u r o r e s
p o p u l a r e s y lo c o n d u j o á Z a r a g o z a . E r a a r z o b i s p o d e esta c i u d a d d o n
Rodrigo
de Borja, Vanozza J u a n d e A r a g ó n , t í o m a t e r n o d e F r a n c i s c o . E n casa d e este p r e l a d o
después Fernando V.
Alejandro V I .
C a t a n e i. c o n t i n u ó e l n i ñ o s u e d u c a c i ó n , y a c r e c e n t ó su p i e d a d c o n la f r e c u e n -
cia d e s a c r a m e n t o s (2).
E n 1523, á instancias d e D . María d e L u n a , m u j e r d e D . E n r i q u e
a

D. Juan, D." María

0. Alonso E n r í q u e z , pasó d e Z a r a g o z a á Baza, e n Andalucía, d o n d e fué r e c i b i d o
segundo Duque Enrlquez Ana de Guerrea.
de Gandía. de Luna. de Aragón. y agasajado c o n e x t r a o r d i n a r i a s d e m o s t r a c i o n e s p o r los p a r i e n t e s su-
y o s q u e allí r e s i d í a n (3). A l a ñ o s i g u i e n t e l e e n v i a r o n á T o r d e s i l l a s
p a r a s e r v i r d e m e n i n o á la infanta D . Catalina, hija d e D . J u a n a la
a a

D. Juan, 0. a
Juana Loca, p r o m e t i d a y a a l r e y d e P o r t u g a l J u a n LLI. P o r fin e n 1527 fué
tercer Duque
de Gandía. de Aragón. n u e s t r o F r a n c i s c o p r e s e n t a d o e n la c o r t e d e l e m p e r a d o r , d o n d e se
a t r a j o la a d m i r a c i ó n d e t o d o s , así p o r la b i z a r r í a d e su p e r s o n a y s u
d e s t r e z a e n l o s ejercicios caballerescos, c o m o p o r la m o d e s t i a y apa-
c i b l e d i g n i d a d d e s u s c o s t u m b r e s . Carlos V y la e m p e r a t r i z le co-
San Francisco de Borja. braron extraordinario amor, nombráronle montero mayor del em-
p e r a d o r y c a b a l l e r i z o m a y o r d e la e m p e r a t r i z , y d i s p u s i e r o n casarle
Monumento, hist. S. J. S. Franciscus Borgia, p . 1 6 4 . V é a n s e t a m b i é n e n el m i s -
m o t o m o , p . 5 1 , nota y p . 275. E n estos paBajesy en los biógrafos d e S a n Francisco ( 1 ) E s t a s noticias nos las suministra D . T o m á s d e Borja, h e r m a n o del s a n t o , e n
d e Borja p u e d e n verse m á s pormenores sobre el complicadísimo árbol genealógico el l a r g o t e s t i m o n i o q u e dio en l o s p r o c e s o s s o b r e l a s v i r t u d e s d e F r a n c i s c o . (Procesa,
d e la c é l e b r e f a m i l i a . remiss. Valentiae, f s . 175-189.) E s d e advertir q u e D . T o m á s n o conoció á su her-
( 2 ) Procesa, remisa. Valentiae, f. 3 8 6 . L a f e c l i a d e l n a c i m i e n t o l a c o m p r u e b a m a n o hasta el a ñ o 1548. T i e n e d o s p a r t e s s u t e s t i m o n i o : la primera encierra lo q u e
e s t e p r o c e s o , c o p i a n d o d e l l i b r o d e m e m o r i a s d e l n o t a r i o A l f o n s o Salelles e s t a s p t - D. T o m á s vio p o r sí m i s m o e n l a s v a r i a s o c a s i o n e s e n q u e a c o m p a s ó a l s a n t o ( f o -
l a b r a s : Die lunae compútala vigésima ociara octobris anni 1 5 1 0 natusfu.il D. Fran- lios 1 7 5 - 1 8 0 ) . L a s e g u n d a p a r t e c o m p r e n d e lo q u e e l m i s m o t e s t i g o o y ó e n e l s e n o
ciscus de Borgia. d e la familia, y conoció p o r pública voz y fama ( f s . 181-189).
( 3 ) E s m u y d e n o t a r l a d i f e r e n t e i m p r e s i ó n q u e c a u t a el n o m b r e d e B o r j a d e n " ( 2 ) P a r a m á s pormenores sobre los p r i m e r o s años del s a n t o , p u e d e n consultarse
t r o y fuera d e E s p a ñ a . E n t r e nosotros e s p r o n u n c i a d o con religiosa veneración, por- s u s d o s b i ó g r a f o s c o n t e m p o r á n e o s , D i o n i s i o V á z q u e z (Vida del P. Francisco, 1. i ,
q u e r e c u e r d a , a n t e t o d o , á n u e s t r o s a n t o , con cuyos hijos e m p a r e n t a r o n las princi- c. v ) y K i b a d e n e i r a (ídem, 1. i, e s . i y n ) .
pales familias d e nuestra aristocracia. F u e r a d e España, el nombre de Borja designa ( 3 ) S u e s t a n c i a e n Z a r a g o z a y s u v i a j e á B a z a l o a t e s t i g u a D. T o m á s , d i c i e n d o
principalmente á Alejandro V I , y, p o r consiguiente, recuerda las mayores ignomi-
q u e f u é á B a z a á l o s d o c e a ñ o s d e e d a d . (Ibid., f. 1 8 2 . ) V é a s e allí m i s m o la h o n e s -
nias del falso renacimiento.
t i d a d d e c< s t u m b r e s d e n u e s t r o s a n t o .
 282
LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
con D . L e o n o r d e C a s t r o , d a m a d e la p r i m e r a n o b l e z a d e P o r t u g a l .
a
Verificóse tan feliz e n l a c e á p r i n c i p i o s de S e t i e m b r e d e 1529, y p a r a
r e a l z a r la d i g n i d a d d e l n o v i o q u i s o C a r l o s V c o n f e r i r l e el t í t u l o d e
m a r q u é s d e L o m b a y (1). Bendijo Dios la u n i ó n d e F r a n c i s c o y do
L e o n o r con la s u c e s i ó n feliz d e o c h o h i j o s , c i n c o v a r o n e s y t r e s
hembras.
3. T r a n q u i l o s c o r r i e r o n los diez p r i m e r o s años d e l m a t r i m o n i o d e
F r a n c i s c o , c u a n d o e n 1539 e l t r e m e n d o e s p e c t á c u l o , d e q u o t o d o el
m u n d o t i e n e n o t i c i a , d e t e r m i n ó en n u e s t r o h é r o e , n o d i r e m o s u n a
c o n v e r s i ó n ( F r a n c i s c o n u n c a fué m a l o ) , s i n o u n a r r a n q u e v a l i e n t e ,
q u e le h a b í a d e c o n d u c i r á la s a n t i d a d m á s e s t u p e n d a .
E l 1.° d e Mayo d e 1539 h a b í a m u e r t o en T o l e d o la e m p e r a t r i z
D . I s a b e l , hija d e D. M a n u e l , r e y d e P o r t u g a l . D i s p u s o el e m p e r a -
a
d o r q u e el j o v e n m a r q u é s d e L o m b a y c o n d u j e r a la difunta á G r a n a -
da p a r a s e p u l t a r l a j u n t o á los R e y e s C a t ó l i c o s , sus a b u e l o s . Ejecu-
t ó s e así, y l l e g a d o el f ú n e b r e c o r t e j o al t é r m i n o d e su v i a j e , hizo
F r a n c i s c o la e n t r e g a d e l c a d á v e r el 16 de Mayo (2) e n p r e s e n c i a d e l
a r z o b i s p o , d e l c a b i l d o y d e u n c o n c u r s o n u m e r o s o . Al v e r i f i c a r s e
este acto s o l e m n e , a b r i ó s e e l a t a ú d p a r a r e c o n o c e r el c u e r p o d e la
difunta, y e n t o n c e s a p a r e c i ó el a n t e s h e r m o s o r o s t r o d e la e m p e r a -
t r i z t a n h o r r o r o s a m e n t e d e s f i g u r a d o y feo, q u e n o e r a p o s i b l e des-
c u b r i r n i r a s t r o de sus p r i m e r a s facciones. «El m a r q u é s de L o m b a y ,
d i c e R i b a d e n e i r a , h a b i e n d o d e c o n s i g n a r y e n t r e g a r el c u e r p o , y ha-
c e r e l j u r a m e n t o e n f o r m a d e l a n t e de t e s t i g o s y e s c r i b a n o , q u e a q u e l
e r a el c u e r p o d e la e m p e r a t r i z , p o r v e r l e t a n t r o c a d o y afeado, n o
( 1 ) N o h e p o d i d o a v e r i g u a r el d í a p r e c i s o en q u e se verificó el c a s a m i e n t o ; p e r o
es d e c r e e r q u e s e r i a á p r i n c i p i o s d e S e t i e m b r e , p o r q u e la e m p e r a t r i z , en c a r t a al
d u q u e d e G a n d í a , f e c h a en M a d r i d á 10 d e S e t i e m b r e d e 1529, a n u n c i a q u e 3 a se _
h a c e l e b r a d o el m a t r i m o n i o d e F r a n c i s c o y d e L e o n o r . (Procesa, remiss. Valentiae,
f. 3 9 1 . ) V é a s e en el m i s m o p r o c e s o el t í t u l o d e m a r q u é s d e L o m b a y , q u e e s t á e n el
f o l i o s i g u i e n t e , y f u é c o n c e d i d o en A u s b u r g o , á 7 d e J u l i o d e 1 5 3 0 .
( 2 ) E l d í a p u n t u a l en q u e o c u r r i ó e s t e h e c h o c é l e b r e lo c o n o c e m o s p o r l a s a c t a s
c a p i t u l a r e s d e l a c a t e d r a l d e G r a n a d a . E n el t. n , f. 2 8 9 v . ° , l e e m o s l o s i g u i e n t e :
« V i e r n e s x v i d e M a y o d e 1 5 3 9 a ñ o s , e s t a n d o c a p i t u l a r m e n t e a y u n t a d o s los s e ñ o r e s
E s t e d í a s e j u n t a r o n p a r a el r e c i b i m i e n t o d e la e m p e r a t r i z , y a c o r d a r o n q u e e s t e d í a
s e h i c i e s e el r e c i b i m i e n t o m u y s o l e m n e , y m a n d a r o n q u e a decano usqne ad acolitum
v a y a n y v e n g a n en p r o c e s i ó n , so p e n a d e un d u c a d o d e o r o al q u e se s a l i e s e d e l l a . »
« E s t e d í a se s a l d r á á r e s c i b i r á l a e m p e r a t r i z d e s p u é s d e l m e d i o d í a . s ( G r a n a d a ,
Archivo de la Catedral.) P o r l a s p a l a b r a s t r a n s c r i t a s d e b e c o r r e g i r s e la f e c h a 7 d e
Mayo que Cienfuegos y otros señalaron á este acontecimiento, fecha, p o r otra parte,
i n v e r o s í m i l , p u e s si la e m p e r a t r i z m u r i ó e n T o l e d o el 1.° d e M a y o , d i f í c i l e r a q u e
en tan pocos d í a s se verificase la traslación d e sus restos á G r a n a d a .
CAP. VI.—VOCACIÓN DE SAN FRANCISCO DE BORJA 283
se a t r e v i ó á j u r a r l o . L o q u e j u r ó fué q u e , s e g ú n la d i l i g e n c i a y cui-
d a d o q u e se h a b í a p u e s t o e n t r a e r y g u a r d a r el c u e r p o d e la e m p e -
r a t r i z , t e n í a p o r c i e r t o q u e e r a a q u é l y q u e n o podía s e r otro» (1).
E s t e e s p e c t á c u l o e s p a n t o s o , q u e en los c i r c u n s t a n t e s p r o d u j o u n
m o v i m i e n t o de asco y h o r r o r , fué p a r a F r a n c i s c o u n saludable des-
e n g a ñ o q u e le hizo f o r m a r a q u e l l a p r u d e n t e r e s o l u c i ó n : «Nunca m á s
s e r v i r á s e ñ o r q u e so m e p u e d a m o r i r . » A h o n d ó e n este s e n t i m i e n t o
al o i r o t r o día u n s e r m ó n f e r v o r o s o del B. J u a n d e Ávila s o b r e la
v a n i d a d d e l m u n d o , y a n t e s d e s a l i r d e G r a n a d a , f o r m ó dos p r o p ó s i -
t o s , u n o d e a b a n d o n a r la c o r t e , p a r a e n t r e g a r s e á los ejercicios d e
p i e d a d , y o t r o do e n t r a r e n r e l i g i ó n si s o b r e v i v í a á su esposa y q u e -
d a b a e n edad c o m p e t e n t e (2).
4. V u e l t o á la c o r t e , p i d i ó á Carlos V licencia p a r a r e t i r a r s e á
G a n d í a ; p e r o , lejos d e c o n c e d e r l e el ansiado r e t i r o , l e n o m b r ó el
e m p e r a d o r v i r r e y de Cataluña. P a r t i ó Borjá á su n u e v o d e s t i n o y
e n t r ó e n B a r c e l o n a el 23 d e A g o s t o d e 1539 (3), y e n los t r e s años
l a r g o s q u e o c u p ó a q u e l p u e s t o , dio m u e s t r a s n o m e n o s de p r u d e n c i a
y firmeza e n el g o b i e r n o , q u e de p i e d a d y r e l i g i ó n e n las c o s t u m -
b r e s . E n este t i e m p o c o n o c i ó á la C o m p a ñ í a , e n 1542, p o r e l t r a t o
q u e t u v o c o n los P P . F a b r o y Araoz. E l p r i m e r o n o p u d o d e t e n e r s e
m u c h o e n B a r c e l o n a , p e r o el s e g u n d o h a b l ó más despacio c o n el
v i r r e y , le i n f o r m ó s o b r e el i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , s o b r e la v i r t u d
y p r u d e n c i a d e San I g n a c i o , y p r o b a b l e m e n t e le e x h o r t ó á c o n s u l t a r
c o n el santo p a t r i a r c a u n a d u d a e s p i r i t u a l q u e d e a l g ú n t i e m p o a t r á s
le a c o n g o j a b a .
Solía el m a r q u é s r e c i b i r la s a g r a d a c o m u n i ó n t o d o s los d o m i n g o s
y fiestas. C o m o e n a q u e l l a é p o c a estaba t a n l a s t i m o s a m e n t e o l v i d a d o
el uso d e los s a c r a m e n t o s , l l a m ó la a t e n c i ó n de t o d o s esta f r e c u e n -
cia d e c o m u n i o n e s . A l g u n o s se edificaron d e e l l a , p e r o o t r o s j u z g a -
b a n i n d i g n o q u e u n s e g l a r , casado y e n t r e t e n i d o en t a n t o s n e g o c i o s
p o l í t i c o s , p a r t i c i p a s e tan á m e n u d o d e los s a g r a d o s m i s t e r i o s . T o -
m a n d o c u e r p o esta v a r i e d a d d e p a r e c e r e s , l l e g ó á m a n i f e s t a r s e , n o
( 1 ) Vida de San Francisco de Borja, 1. I, c. vil.
( 2 ) D o n T o m á s d e B o r j a c u e n t a la c o n v e r s i ó n , el s e r m ó n d e l B . A v i l a y el p r o p ó -
sito d e r e t i r a r s e d e la c o r t e . (Process. remiss. Valentiae, f. 1 8 3 . ) D e s p u é s (f. 1 8 6 )
a ñ a d e q u e h i z o v o t o d e e n t r a r en r e l i g i ó n .
( 3 ) A r c h i v o m u n i c i p a l d e B a r c e l o n a . Dietario del Ayuntamiento, día 23 de
A g o s t o d e 1 5 3 9 . P o r e s t e r e g i s t r o se c o r r i g e el e r r o r d e C i e n f u e g o s (Vida de San
Francisco de Borja, 1. l i , c. v m ) , q u e p o n e la e n t r a d a d e l s a n t o en B a r c e l o n a e n el
m e s de Noviembre.
 284 LID. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA CAP. VI.—VOCACIÓN DE SAN FRANCISCO DE BORJA 285

sólo e n las c o n v e r s a c i o n e s , sino h a s t a en los p u l p i t o s y en los l i b r o s . asistida p o r los P a d r e s d e la C o m p a ñ í a , la d u q u e s a D . L e o n o r d e a

P e r p l e j o el v i r r e y e n t r e tan e n c o n t r a d a s o p i n i o n e s , e s c r i b i ó á San Castro (1). H a l l á n d o s e el d u q u e e n los t r e i n t a y seis años d e su edad,

I g n a c i o p i d i é n d o l e consejo a c e r c a d e la f r e c u e n t e c o m u n i ó n . E n t r e -
g a r o n esta carta á San I g n a c i o c u a n d o se d i r i g í a á la iglesia d e Ara-
celi en c o m p a ñ í a de u n j o v e n d o c t o r e s p a ñ o l , l l a m a d o Miguel d e
R o v i r a . L u e g o q u e el santo f u n d a d o r t o m ó el p l i e g o en la m a n o ,
m o s t r á n d o l o á su c o m p a ñ e r o , e x c l a m ó : « ¡ Q u i é n dijera á este s e ñ o r ,
q u e a n d a n d o el t i e m p o h a de s e r de n u e s t r a C o m p a ñ í a y v e n i r á
R o m a á s e r su cabeza!» P r e g u n t ó R o v i r a d e q u i é n e r a la c a r t a , y
c o m o oyese q u e del m a r q u é s d e L o m b a y , v i r r e y de Cataluña, q u e d ó
a b s o r t o , s a b i e n d o q u e el v i r r e y era casado y con h i j o s , y al p a r e c e r
m á s d i s t a n t e q u e n a d i e d e e n t r a r e n r e l i g i ó n . Mas c u a n d o al cabo d e
a l g u n o s años v i o los sucesos q u e se f u e r o n d e s a r r o l l a n d o , r e c o n o c i ó
e l e s p í r i t u p r o f é t i c o q u e a n i m ó á San I g n a c i o (1). R e s p o n d i ó e l s a n t o
f u n d a d o r á la c o n s u l t a d e l v i r r e y , q u e s o b r e la frecuencia de r e c i b i r
al S e ñ o r n o p o d í a d a r s e r e g l a fija, d e b i e n d o a t e n d e r s e á la disposi-
c i ó n con q u e se llegan las a l m a s á la E u c a r i s t í a ; p e r o q u e p o r las
n o t i c i a s q u e le d a b a en su c a r t a , y p o r lo q u e sabía do las c o s t u m -
b r e s y s a n t o s e j e r c i c i o s d e l v i r r e y , p o d í a m u y b i e n S u S e ñ o r í a con-
t i n u a r con la m i s m a frecuencia de c o m u n i o n e s , p u e s e s p e r a b a s e r í a n
t r a t ó d e p o n e r p o r o b r a la p r o m e s a d e e n t r a r r e l i g i o s o q u e siete
años a n t e s h a b í a h e c h o á Dios e n p r e s e n c i a del desfigurado c a d á v e r
de la e m p e r a t r i z . D u d ó a l g ú n t i e m p o s o b r e la r e l i g i ó n en q u e h a b í a
do e n t r a r , p u e s su c a r á c t e r a u s t e r o y s u a m o r á la c o n t e m p l a c i ó n le
inclinaban á escoger alguna Orden donde pudiera entregarse de
lleno á la o r a c i ó n y p e n i t e n c i a . C o n s u l t ó el n e g o c i o c o n el B. F a b r o ,
q u e , c o m o v i m o s , pasó p o r Gandía e n a q u e l l a p r i m a v e r a ; h i z o los
E j e r c i c i o s bajo la d i r e c c i ó n d e l P . A n d r é s de O v i e d o , y e n ellos co-
n o c i ó c l a r a m e n t e la v o l u n t a d d e Dios. D e s e a n d o , p u e s , c u m p l i r l a lo
m e j o r q u e le fuese p o s i b l e , el día 2 d e J u n i o d e 1546 se confesó con
el P . O v i e d o , y, l l a m á n d o l e a p a r t e d e s p u é s de m i s a , hizo en su p r e -
sencia v o t o d e e n t r a r en la C o m p a ñ í a l u e g o q u e h u b i e s e d e s p a c h a d o
a l g u n o s n e g o c i o s d o m é s t i c o s de q u e n o p o d í a p r e s c i n d i r (2).
P o c o t i e m p o d e s p u é s , el d u q u e d e s p a c h ó u n c r i a d o suyo con u n a
carta á San I g n a c i o , e n la cual f o r m a l m e n t e le p e d í a la a d m i s i ó n e n
( 1 ) San F r a n c i s c o d e B o r j a c o m u n i c ó al S u m o P o n t í f i c e P a u l o I I I l a m u e r t e d e
D . L e o n o r e s c r i b i é n d o l e u n a c a r t a sencilla y m u y a f e c t u o s a , q u e p u e d e v e r s e e n el
a

d e g r a n fruto p a r a su a l m a ( 2 ) . A r c h i v o s e c r e t o d e l V a t i c a n o . [Lettere dei Principi, t. I X , f. 207.) P a u l o I I I , q u e p o r

haber sido hecho cardenal por Alejandro V I , conservaba m u c h o respeto y gratitud
Desde este p u n t o e m p e z a r o n a q u e l l a s a m i g a b l e s r e l a c i o n e s , q u e á la f a m i l i a B o r j a , c o n t e s t ó á la c a r t a del d u q u e con el s i g u i e n t e B r e v e : «.Dilecte
n u n c a se h a b í a n d e i n t e r r u m p i r , e n t r e los d o s g l o r i o s o s santos. P o r jili, nobilis vir, salutem, etc. Lectis litteris ¡Sobilitatis tuae, nobis obitum bo. me.
m u e r t e del d u q u e d e G a n d í a , D. J u a n de B o r j a , o c u r r i d a á p r i n - Ducissae consortis tuae sigidjicantibus, sane nos pro nosiro in illam et in vos omites
praecipuo amore non potuimus non admodum doleré, vestrocpie dolori compati. Sed
cipios d e 1543, h e r e d ó F r a n c i s c o el d u c a d o , y con licencia del e m -
intellecto ex eisdem ¡ilteris, id quod etiam sine litteris erat nobis persuasum, illam
p e r a d o r , d e j a n d o el v i r r e i n a t o d e Cataluña al m a r q u é s d e Á g u i l a r , et pie et christiane vixisse ac mortuam esse, dolorem nostrum non parum temperavi-
pasó á p o n e r o r d e n en su casa y familia. Aplicóse con b r í o á la m e - mus, idemque te, Jili, faceré decet. Non enim illam diutius defiere debes ut mortuam,
j o r a m o r a l y m a t e r i a l d e su estado, y e n t r e las o b r a s m á s insignes quae ad aeternam vitam translata est, sicut nos semper credimus, et Deus Omnipo-
tens ita ei concedat. Nos eamdem intimam ac praecipuam benevolentiam quam hacte-
d e su piedad, d e b e m o s c o n t a r la fundación d e l c o l e g i o de la Compa- nus erga vos omnes conservamus, et semper conservabimus, sicut pilenius ex litteris
ñ í a , cuyos c o m i e n z o s q u e d a n r e f e r i d o s en el capítulo a n t e r i o r . Decani Roccae camerarii nostri, cum quo sumus locuti tua Nobilitas intelliget, quam
5. T r e s a ñ o s l l e v a b a el n u e v o d u q u e d e G a n d í a r i g i e n d o sabia- muneribus suis ómnibus benedicat Deus omnipotens. Dalum 3 0 Angustí 1546, an. XII.»
Archivo secreto del Vaticano. Brevi, Paido III, a n n . 1 5 4 6 , t. n , n ú m . 5 8 2 .
m e n t e su estado, c u a n d o el 27 de Marzo d e 1546 m u r i ó s a n t a m e n t e ,
( 2 ) E s t e h e c h o lo c o m u n i c ó el m i s m o P . O v i e d o e n c a r t a c i f r a d a q u e e s c r i b i ó á
S a n I g n a c i o c o n f e c h a 2 2 d e S e t i e m b r e d e 1 5 4 6 . E s t a , q u e e s s i n d u d a la cart.i
( 1 ) E s t a p r o f e c í a la testificó el m i s m o M i g u e l I í o v i r a el a ñ o 1 5 9 5 e n los p r o c e s o s c i f r a d a m á s a n t i g u a q u e se e s c r i b i ó e n la C o m p a ñ í a , se c o n s e r v a e n el t o m o Epist.
p a r a l a b e a t i f i c a c i ó n d e S a n I g n a c i o . (Acta Beatif. S. Ign., a r t . 5 2 . ) S. Franc. Borgiae, y es d e l a s p r i m e r a s d e l v o l u m e n . N o d e j a r e m o s d e a d v e r t i r
q u e el P. H i b a d e n e i r a (Vida de San Francisco dé Borja, 1. I , e s . x i v y x v ) y o t r o s
( 2 ) V á z q u e z ( D i o n i s i o ) , Vida manuscrita de San Francisco de Borja. D e e s t a
b i ó g r a f o s d e l s a n t o c o m e t e n u n e r r o r c r o n o l ó g i c o s u p o n i e n d o q u e la a p r o b a c i ó n
c a r t a d e San I g n a c i o h a b l a D . T o m á s d e B o r j a . (Process. remiss. Valentiae, f. 186.)
p o n t i f i c i a d e l o s E j e r c i c i o s p r e c e d i ó á l a r e s o l u c i ó n d e e n t r a r e n la C o m p a ñ í a . M u y
A u n q u e t o d o s los b i ó g r a f o s d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , y D . T o m á s e n los p r o c e s o s
al c o n t r a r i o , el v o t o d e e n t r a r e n la C o m p a ñ í a se hizo d o s a ñ o s a n t e s , l a v í s p e r a d e
d e su h e r m a n o , y l t o v i r a e n los d e San I g n a c i o , h a b l a n d e la c a r t a d e S a n F r a n c i s c o
l a A s c e n s i ó n , q u e a q u e l a ñ o , 1 5 4 6 , e r a el 2 d e J u n i o , c o m o n o s lo m u e s t r a la c a r t a
y d e la respuesta q u e o b t u v o , en n i n g u n a p a r t e h e p o d i d o descubrir el t e x t o de a m -
d e l P. O v i e d o .
b a s c a r t a s , q u e f u e r o n las p r i m e r a s q u e se d i r i g i e r o n los d o s s a n t o s .
 286 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
la C o m p a ñ í a , y p a r a s e r m e j o r d i r i g i d o p o r el santo fundador, le
e n t e r a b a m e n u d a m e n t e d e l a s c i r c u n s t a n c i a s d e su p e r s o n a , hacien-
d a , n e g o c i o s , o b l i g a c i o n e s y o b r a s e m p r e n d i d a s p a r a la utilidad
pública.
San I g n a c i o , q u e , c o m o v i m o s , h a b í a c o n o c i d o y a p o r r e v e l a c i ó n
tan fausto a c o n t e c i m i e n t o , r e c i b i ó c o n los b r a z o s a b i e r t o s al hijo
i l u s t r e q u e Dios le traía. Mas c o m o , dada la calidad d e l d u q u e y el
estado d e sus n e g o c i o s , e r a p r e c i s o p r o c e d e r c o n m u c h o t i e n t o en
s u t r á n s i t o á la v i d a r e l i g i o s a , el m i s m o I g n a c i o , e n su afectuosa
c o n t e s t a c i ó n , le traza el p l a n d e lo q u e d e b e h a c e r p a r a l l e g a r al
t é r m i n o de sus s a n t o s deseos.
«En el n o m b r e d e l S e ñ o r , dice I g n a c i o , y o a c e p t o y r e c i b o desde
a h o r a á V. S . p o r n u e s t r o H e r m a n o , y c o m o á tal l e t e n d r á s i e m p r e
r í a
m i a l m a a q u e l a m o r q u e se d e b e á q u i e n c o n t a n t a l i b e r a l i d a d se
e n t r e g a e n la casa d e Dios p a r a e n ella p e r f e c t a m e n t e s e r v i r l e . Y
v i n i e n d o á lo p a r t i c u l a r q u e V. S . desea s a b e r d e m í , d e l cuándo
r í a
y c ó m o d e su e n t r a d a , d i g o q u e , h a b i é n d o l o m u c h o p o r m í y p o r
otros encomendado á nuestro Señor, m e parece q u e , para mejor
c u m p l i r c o n t o d a s las o b l i g a c i o n e s , se d e b e esta m u d a n z a h a c e r de
espacio y c o n m u c h a c o n s i d e r a c i ó n á m a y o r g l o r i a d e Dios n u e s t r o
S e ñ o r . Y así se p o d r á n i r allá d i s p o n i e n d o las cosas d e t a l m a n e r a
q u e , sin q u e á n i n g u n o s s e g l a r e s se d é p a r t e d e su d e t e r m i n a c i ó n ,
e n b r e v e t i e m p o os h a l l é i s d e s e m b a r a z a d o p a r a lo q u e e n e l Señor
t a n t o deseáis.
»Y p a r a v e n i r a ú n á d e c l a r a r m e m á s e n pai-ticular, d i g o q u e , p u e s
esas S e ñ o r a s d o n c e l l a s [las hijas d e l d u q u e ] t i e n e n y a edad p a r a p o -
n e r l a s e n sus casas, V. S . las d e b r í a casar m u y h o n r a d a m e n t e , con-
rIa
f o r m e á cuyas hijas son. Y si h a y b u e n a o c a s i ó n , el m a r q u é s [ D . Car-
los e l p r i m o g é n i t o ] t a m b i é n se case. Y á los d e m á s hijos n o sólo les
deje e l a m p a r o y s o m b r a d e su h e r m a n o m a y o r , a l c u a l q u e d a r á el
e s t a d o , p e r o d e m á s d e s t o , les q u e d e á ellos h a c i e n d a c o m p e t e n t e ,
c o n l a c u a l p u e d a n h o n e s t a m e n t e p a s a r , á lo m e n o s e n u n a p r i n c i p a l
u n i v e r s i d a d , p r o s i g u i e n d o los e s t u d i o s e n q u e t i e n e n echados t a n
b u e n o s c i m i e n t o s . P u e s d e c r e e r es q u e la majestad d e l e m p e r a d o r ,
s i e n d o ellos lo q u e d e b e n ( y y o e s p e r o q u e s e r á n ) , les h a r á la m e r -
ced que tienen merecida vuestros servicios, y p r o m e t e el amor que
s i e m p r e os h a t e n i d o .
«Débese t a m b i é n p o n e r d i l i g e n c i a e n las fábricas c o m e n z a d a s , p o r -
q u e deseo q u e d e n e n s u p e r f e c c i ó n t o d a s v u e s t r a s cosas, c u a n d o
n u e s t r o S e ñ o r fuere s e r v i d o q u e se h a y a d e p u b l i c a r la m u d a n z a
CAP. VI.—VOCACIÓN DB SAN FRANCISCO DE BORJA 287
d e v u e s t r a p e r s o n a . E n t r e t a n t o q u e estas cosas se c o n c l u y e n , p u e s
V. S . r í a
t i e n e t a n fundados p r i n c i p i o s d e l e t r a s p a r a s o b r e ellas edi-
ficar la s a g r a d a t e o l o g í a , h o l g a r í a y o , y e s p e r o q u e Dios dello se
s e r v i r á , q u e a p r e n d a y e s t u d i e m u y d e p r o p ó s i t o , y si s e r p u e d e ,
q u e r r í a q u e e n ella se g r a d u a s e d e d o c t o r e n esa u n i v e r s i d a d d e
G a n d í a , y esto c o n m u c h o s e c r e t o p o r a h o r a ( p o r q u e el m u n d o n o
t i e n e orejas p a r a o i r t a l e s t a m p i d o ) , hasta q u e e l t i e m p o y las oca-
siones n o s d e n , c o n e l favor d e D i o s , e n t e r a l i b e r t a d .
»Y p o r q u e las d e m á s cosas q u e o c u r r i e r e n se p o d r á n i r cada día
d e c l a r a n d o , n o d i r é e n ésta m á s d e q u e e s p e r a r é á m e n u d o cartas
de V. S . , y y o e s c r i b i r é o r d i n a r i a m e n t e , y s u p l i c a r é á la d i v i n a y
ría
s o b e r a n a b o n d a d llevo c o n su favor y g r a c i a a d e l a n t e las m i s e r i c o r -
dias c o m e n z a d a s e n el a l m a do V. S . » (1). ría
R e c i b i d a esta c a r t a , q u e d e b i ó e s c r i b i r s e á p r i n c i p i o s d e O c t u b r e
de 1546, e m p e z ó B o r j a , s e g ú n e l p l a n t r a z a d o p o r S a n I g n a c i o , á
d i s p o n e r l o s n e g o c i o s d e s u casa, y al m i s m o t i e m p o á e s t u d i a r t e o -
logía, p a r a g r a d u a r s e e n ella e n su colegio d e G a n d í a , q u e e n t o n c e s
se t r a t a b a d e e l e v a r á u n i v e r s i d a d . A l a ñ o s i g u i e n t e se p r e s e n t ó u n
e s t o r b o , q u e , p r e t e n d i e n d o a p a r t a r al santo d u q u e d e su e n t r a d a e n
r e l i g i ó n , le dio p r e t e x t o p a r a a c e l e r a r l a m á s . H a b í a n d e r e u n i r s e e l
año 1547 las C o r t e s a r a g o n e s a s e n M o n z ó n , y Carlos V, a u s e n t e d e
E s p a ñ a , e n c a r g ó á s u hijo F e l i p e I I , m o z o e n t o n c e s d e v e i n t e años,
q u e p r o c u r a s e t e n o r e n las C o r t e s a l d u q u e de Gandía y le c o n s u l t a s e
e n t o d o s l o s n e g o c i o s . H í z o l o así e l p r í n c i p e , y q u e d ó t a n p r e n d a d o
d e la v i r t u d y p r u d e n c i a d e F r a n c i s c o , q u e p e n s ó s e r i a m e n t e e n con-
s e r v a r l e s i e m p r e á su lado c o n e l h o n r o s o oficio d e m a y o r d o m o m a -
y o r (2). C o m u n i c ó esta idea c o n e l e m p e r a d o r , s u p a d r e , y sin d u d a
la h u b i e r a p u e s t o e n e j e c u c i ó n , si e l s a n t o , e n t e n d i e n d o a q u e l p r o -
y e c t o , n o h u b i e r a n e g o c i a d o c o n más a c t i v i d a d p o r o t r o c a m i n o , p a r a
verse libre de aquella h o n r a .
6. E s c r i b i ó á S a n I g n a c i o r e p r e s e n t á n d o l e e l p e l i g r o q u e a m e n a -
zaba á s u v o c a c i ó n , y p r o p o n i é n d o l e e l r e m e d i o más eficaz q u e se le
ofrecía p a r a l i b r a r s e d e s e m e j a n t e s asaltos. E s t e e r a , q u e c o n licen-
cia p a r t i c u l a r d e l S u m o Pontífice h i c i e s e , d e s d e l u e g o , los v o t o s d e
la C o m p a ñ í a , c o n s e r v a n d o a l g ú n t i e m p o las a p a r i e n c i a s d e seglar,
m i e n t r a s p o n í a e n estado s u s hijos. E s c r i b i ó t a m b i é n á P a u l o I I I m a -
nifestándole e l m i s m o p e n s a m i e n t o . C o n s u l t ó I g n a c i o c o n D i o s la
(1) Cartas de San Ignacio, t. l, p. 231.
(2) P o l a n c o , Historia S. J., t. I, p . 2 5 0 .
288 LIB. 1 1 . — S A N IGNACIO D « LOYOLA
p r o p u e s t a d e l d u q u e , y r e c o n o c i e n d o q u e á éste a n i m a b a el divino
E s p í r i t u , a c u d i ó al p a p a , y a p o y ó c o n c a l o r la d e m a n d a d e F r a n c i s c o .
C o n d e s c e n d i ó P a u l o I I I con tan santos d e s e o s , y e x p i d i ó u n b r e v e
s e c r e t o e n q u e d a b a licencia al d u q u e D. F r a n c i s c o d e Borja para
h a c e r s o l e m n e p r o f e s i ó n e n la C o m p a ñ í a , q u e d á n d o s e p o r espacio de
t r e s años con la a d m i n i s t r a c i ó n d e su estado, m i e n t r a s d a b a feliz tér-
m i n o á los n e g o c i o s i n e x c u s a b l e s q u e tenía e n t r e m a n o s (1).
C u a n d o r e c i b i ó este b r e v e F r a n c i s c o , a p r e s u r ó s e á p o n e r p o r obra
lo q u e t e n í a p e n s a d o . E l día 1.° d e F e b r e r o d e 1548, d i c i e n d o la misa
el P . A n d r é s de O v i e d o , r e c t o r d e l c o l e g i o d e Gandía, p r e s e n c i á n -
d o l a s o l a m e n t e los jesuítas d e l c o l e g i o y los hijos del d u q u e , se ade-
lantó éste hacia el a l t a r , al t i e m p o de la c o m u n i ó n , y p u e s t o de ro-
d i l l a s , p r o n u n c i ó c o n f e r v o r i n e x p l i c a b l e estas p a l a b r a s . «Yo, F r a n -
cisco de B o r j a , d u q u e de G a n d í a , p e c a d o r a b o m i n a b l e y i n d i g n o de
la v o c a c i ó n del Señor, y d e a q u e s t a p r o f e s i ó n , confiado d e la b e n i g -
n i d a d del Señor, del cual e s p e r o q u e e n este p u n t o m e s e r á p r o p i c i o ,
h a g o v o t o s o l e m n e d e p o b r e z a , castidad y o b e d i e n c i a , c o n f o r m e al
I n s t i t u t o de la C o m p a ñ í a , p o r p r i v i l e g i o q u e m e ha e n v i a d o el P . Ig-
n a c i o , P r o p ó s i t o g e n e r a l . P o r l o cual r u e g o á los á n g e l e s y santos
d e l c i e l o , q u e s e a n m i s p r o t e c t o r e s y t e s t i g o s , y lo m i s m o pido á
los P P . y H H . q u e están p r e s e n t e s . E n G a n d í a , día d e San Ignacio,
1.° d e F e b r e r o d e 1548» (2).
Ya e r a Borja r e l i g i o s o profeso d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s . Ya estaba
l i b r e de s e r m a y o r d o m o m a y o r y de todas las d i g n i d a d e s seglares
q u e le p u d i e r a n p e r s e g u i r . A n i m a d o el d u q u e con este p r i m e r paso,
p r o c u r ó a c e l e r a r la r e s o l u c i ó n d e los n e g o c i o s q u e lo o b l i g a b a n á
v i v i r t o d a v í a e n el s i g l o . Casó á su p r i m o g é n i t o D. Carlos con doña
( 1 ) N o h e p o d i d o h a l l a r e n el r e g i s t r o d e b r e v e s d e P a u l o I I I é s t e q u e se c o n c e -
d i ó á S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . L a c a u s a d e b e ser, sin d u d a , p o r q u e se s a c ó p o r m e d i o
d e l a P e n i t e n c i a r i a p a r a m a y o r s e c r e t o en u n n e g o c i o t a n p e r e g r i n o . A s í so colige
d e las p a l a h r a s d e P o l a n c o : «Jam inde ab anno praecedenti [ 1 5 4 7 ] tácito nomine, fa-
cultas fuerat a Summo Pontífice impétrala, ut siprofessionem, emitteret Dux Gandiae;
nihilominusper triennium a Maio mense hujus anni [ 1 5 4 8 ] computandum administra-
tionem ducatus et bonorum omnium, retineret.» Historia S. J., t. i , p . 3 1 5 . P o r la
m i s m a v í a le c o n s i g u i e r o n d e s p u é s u n b r e v e p a r a o r d e n a r s e extra témpora, y el
P . P o l a n c o s e lo r e m i t i ó al d u q u e el 1 3 d e E n e r o d e 1 5 5 0 c o n e s t a s p a l a b r a s : « E l
b r e v e para ordenarse secreto v a aquí de la P e n i t e n c i a r í a , y m u y secreto q u e no h a y
q u i e n s e p a n a d a , p o n i e n d o sólo el n o m b r e y s o b r e n o m b r e q u e p u e d e n t e n e r otros.»
Regest. S. Ign., t. i , f. 1 7 2 .
( 2 ) Epist. S. Francisci Borgiae. E s t a f ó r m u l a d e los v o t o s e s t á en c i f r a á los
p r i n c i p i o s del v o l u m e n .
CAP. VI. —VOCACIÓN DE SAN FRANCISCO DE BORJA 289
Magdalena Centelles y C a r d o n a , hija de D. F r a n c i s c o Centelles, c o n d e
de Oliva. Dejó c o l o c a d o s , ó p o r lo m e n o s b i e n e n c a m i n a d o s , á los
o t r o s h i j o s , y c o n c l u y ó las o b r a s de caridad cristiana y o b r a s de for-
tificación y defensa q u e h a b í a e m p e z a d o en Gandía. E s v e r d a d e r a -
m e n t e a d m i r a b l e q u e en o c h o años q u e p o s e y ó su d u c a d o p u d i e s e
t e r m i n a r o b r a s tan c o m p l i c a d a s . Léase la s i g u i e n t e n o t a , e n la q u e
r e s u m e n d i s c r e t a m e n t e estas o b r a s do F r a n c i s c o los e d i t o r e s de las
cartas d e San I g n a c i o :
«Edificó y d o t ó e n L o m b a y u n g r a n c o n v e n t o d e d o m i n i c o s , c u y o
p r i m e r p r i o r fué el V. P . F r . J u a n Micón, y u n o d e los p r i m e r o s
m o r a d o r e s San Luis B e l t r á n , j o v e n todavía. Reedificó, a g r a n d á n d o l e ,
y alhajó e n t e r a m e n t e d e n u e v o , el h o s p i t a l de Gandía. A m u r a l l ó y
t o r r e ó la m i s m a c i u d a d de Gandía, c o m p r e n d i e n d o sus b u r g o s den-
t r o d e l r e c i n t o fortificado, y la p e r t r e c h ó d e b u e n a a r t i l l e r í a p a r a
g u a r e c e r á sus vasallos de los f r e c u e n t e s r e b a t o s , q u e p o r su cerca-
nía al m a r les d a b a n los a r g e l i n o s y o t r o s p i r a t a s africanos. L a b r ó e n
la p r o p i a c i u d a d c o l e g i o y u n i v e r s i d a d á la C o m p a ñ í a , d á n d o l e r e n -
tas suficientes. A d e m á s , c o n t r i b u y ó á la fundación d e l colegio de
Zaragoza, d a n d o u n a casa; á la d e l de S e v i l l a , c e d i e n d o u n a r e n t a q u e
c e r c a allí p o s e í a ; á la edificación d e la casa é iglesia d e R o m a , c o n
u n a g r u e s a c a n t i d a d ; y fué el p r i m e r fundador, a u n q u e r e h u s a n d o el
título, del famoso c o l e g i o r o m a n o . Estos gastos, h e c h o s e n b i e n d e sus
e s t a d o s , de su p a t r i a y d e la Iglesia u n i v e r s a l , n o le e s t o r b a r o n , n i
la m u y h o l g a d a colocación de sus h i j o s , n i las c o n t i n u a s l i m o s n a s
q u e hacía á t o d a clase de n e c e s i t a d o s , e s p e c i a l m e n t e á los v e r g o n -
zantes, á los cuales buscaba p o r sí m i s m o y p o r u n a p e r s o n a m u y
sagaz, q u e á esto t e n í a destinada» (1).
No f u e r o n las l i m o s n a s t e m p o r a l e s los ú n i c o s beneficios q u e e n
estos años d i s p e n s ó el s a n t o d u q u e á la C o m p a ñ í a . E l g r a n c o n c e p t o
q u e San I g n a c i o f o r m ó d e Borja le hizo d e p o s i t a r e n éste u n a con-
fianza sin l í m i t e s , y en las cartas q u e p o r estos años escribía á los
P a d r e s d e España, les r e c o m i e n d a á cada paso el c o m p l a c e r al d u q u e
d e G a n d í a , el c o n s u l t a r los n e g o c i o s con el d u q u e , y aun el modificar
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t . I, p . 2 8 5 . S o b r e las l i m o s n a s r e p a r t i d a s p o r S a n
F r a n c i s c o d e B o r j a , m e r e c e n c o p i a r s e u n a s p a l a b r a s q u e el P . O v i e d o e s c r i b í a al
P . A r a o z el 8 d e N o v i e m b r e d e 1 5 4 9 : « N o s o l a m e n t e e s t a s l i m o s n a s en g r u e s o h a c e
S u S e ñ o r í a , p e r o d a l a s c o n t a n t a l i b e r a l i d a d , q u e e n seis ó s i e t e a ñ o s h a d a d o en li-
m o s n a c i n c u e n t a mil d u c a d o s , y e s t o d e lo q u e se p u e d e s u m a r , s i n h a b l a r d e las
c h a r i d a d e s d e o t r o s a ñ o s a t r á s , y e s t o BÓ y o p o r t e s t i m o n i o d e m u c h a v e r d a d . » Epis-
tolae mixtae, t . n , p . 3 1 8 .
19
290 LIB. I I . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
lo q u e él m i s m o m a n d a , si así p a r e c i e r e al d u q u e . ¿ Q u é m á s ? Hasta
oficio de p a d r e e s p i r i t u a l t u v o quo h a c e r el S r . D u q u e p o r e n c a r g o
de San I g n a c i o . P u e s c o m o el P . O v i e d o , r e c t o r del colegio, so diese
á u n a v i d a e x c e s i v a m e n t e c o n t e m p l a t i v a y r e t i r a d a , San I g n a c i o ,
d e s p u é s de p r o b a r o t r o s m e d i o s , e n c a r g ó al d u q u e de Gandía h a b l a r
s e r i a m e n t e con el r e c t o r , y m a n i f e s t a r l e los engaños d e l d e m o n i o ,
q u e le i b a n d e s v i a n d o del v e r d a d e r o e s p í r i t u de la Compañía (1).
C o n m u c h a razón p u d o d e c i r Cienfuegos: «Todas las e m p r e s a s y di-
ficultades d e la C o m p a ñ í a en E s p a ñ a , y a u n e n E u r o p a , d a b a n vuelta
á Gandía, á b u s c a r d i r e c c i ó n en el j u i c i o de B o r j a , a m p a r o de su
g r a n d e z a y a b r i g o en su s o m b r a » (2).
E n t r e estos favores, n i n g u n o d e b i ó s e r tan g r a t o á I g n a c i o y á toda
la C o m p a ñ í a , c o m o la a p r o b a c i ó n pontificia d e l l i b r o de los Ejerci-
cios q u e F r a n c i s c o o b t u v o de P a u l o I I I , y d e q u e ya h e m o s hablado
e n el l i b r o a n t e r i o r . P i d i ó l a el santo Borja en 1548, con ocasión de
las p e r s e c u c i o n e s q u e p o r e n t o n c e s se s u s c i t a r o n c o n t r a la Compañía
y los E j e r c i c i o s , c o m o l u e g o lo e x p o n d r e m o s .
A r d í a el santo Borja en v i v o s deseos de v e s t i r s e de r e l i g i o s o y
a r r o j a r de sí a q u e l a p a r a t o de g r a n s e ñ o r q u e a u n d e b í a m a n t e n e r .
Y c o m o en este t i e m p o le i n t e r r u m p i e s e n a l g u n a v e z los n e g o c i o s y
h o n o r e s de la c o r t e , j u z g ó el Santo q u e lo m á s s e g u r o sería salir de
E s p a ñ a é irse á R o m a , d o n d e se p o d r í a p u b l i c a r su p r o f e s i ó n religiosa.
C o n s u l t ó el caso con San I g n a c i o , y en R o m a t a r d a r o n n u e s t r o s Pa-
d r e s a l g u n o s meses en r e s o l v e r este p u n t o . E l 13 de E n e r o de 1550,
el P . P o l a n c o , en n o m b r e do San I g n a c i o , e s c r i b i ó al d u q u e , envián-
d o l e u n b r e v e s e c r e t o , p o r el cual se le concedía o r d e n a r s e de sacer-
d o t e c u a n d o y c o m o lo juzgase c o n v e n i e n t e . E n lo do su viaje á Roma
n o se d e t e r m i n a n a d a t o d a v í a , d e j a n d o á Borja el d e c i d i r el m o d o y
las d e m á s c i r c u n s t a n c i a s d e l viaje (3). H a b i e n d o p e n s a d o más despa-
cio s o b r e el n e g o c i o , p o r fin San I g n a c i o le e s c r i b i ó r e s u e l t a m e n t e
el 13 de J u n i o de 1550: «Su v e n i d a p o r acá con los d e m á s p a r e c e muy
a c e r t a d a : g u í e l o t o d o la s a p i e n c i a e t e r n a c o m o m á s crezca en todo
su g l o r i a . A m é n » (4).
7. R e c i b i d a esta r e s p u e s t a n o e s p e r ó más la santa impaciencia de
F r a n c i s c o . E m p e z ó á d i s p o n e r de p r i e s a lo n e c e s a r i o p a r a su viaje.
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. I I , p . 1 8 9 .
( 2 ) Vida de San Francisco de Borja, 1. m , c. v.
( 3 ) Regest. S. Ign., t. i , f. 1 7 2 .
( 4 ) Cartas de San Ignacio, t. l l , p . 2 3 2 .
CAP. V I . — V O C A C I Ó N D E SAN FRANCISCO D E BORJA 291
G r a d u ó s e d e d o c t o r e n t e o l o g í a el 20 de Agosto (1). P u b l i c ó en Gan-
día q u e p a r a g a n a r con m á s fruto el j u b i l e o d e l año 1550, d e s e a b a
v i s i t a r la c i u d a d de R o m a , y h a b i é n d o s e d e s p e d i d o d e sus g r a n d e s
a m i g o s , q u e e r a n Santo T o m á s de V i l l a n u e v a , los P a d r e s d o m i n i c o s
de L o m b a y y otras c o m u n i d a d e s r e l i g i o s a s , salió, p o r fin, de Gandía
el 31 d e A g o s t o . L l e v a b a consigo diez y n u e v e c r i a d o s , a c o m p a ñ a -
m i e n t o quo e n t o n c e s p a r e c i ó e x c e s i v a m e n t e m o d e s t o p a r a u n p e r s o -
naje tan i l u s t r e . S a l i e r o n t a m b i é n de Gandía con el d u q u e n u e v e d e
los N u e s t r o s .
Ya r e c o r d a r á el l e c t o r , p o r lo q u e dijimos m á s a r r i b a (2), q u e h a -
b i e n d o San I g n a c i o t e r m i n a d o p o r e n t o n c e s la c o m p o s i c i ó n d e las
C o n s t i t u c i o n e s , deseó m o s t r a r l a s á los p r i n c i p a l e s P a d r e s de la C o m -
pañía. I n s i n u ó , p u e s , á los N u e s t r o s , q u e , a p r o v e c h a n d o el viaje d e l
d u q u e , fuesen a c o m p a ñ á n d o l e hasta R o m a los p r i n c i p a l e s sujetos q u e
p u d i e s e n d e s e m b a r a z a r s e de o t r o s n e g o c i o s . E n c u m p l i m i e n t o de esta
o r d e n p u s i é r o n s e en c a m i n o con San F r a n c i s c o de Borja e l P . P r p r i
v i n c i a l A r a o z , el P . L u i s de E s t r a d a , el P . A n d r é s d e O v i e d o , eL
P . D i e g o M i r ó n , el P . P e d r o de T a b l a r e s , el P . F r a n c i s c o d e Rojas,
e l P . H é r c u l e s B u c c e r i , el P . M a n u e l de Sa, q u e a ú n n o era sacer-
d o t e , y el H e r m a n o c o a d j u t o r J u l i á n de V e r á s t e g u i , q u e solía s e r v i r
a l P . P r o v i n c i a l e n sus viajes (3). La nobleza altísima d e los B o r j a s , y
más a ú n , c o m o o b s e r v a p r u d e n t e m e n t e Cienfuegos, el c o n s i d e r a r l e
v a l i d o del e m p e r a d o r Carlos V, hizo q u e en t o d a s p a r t e s se le p r e v i -
n i e s e n magníficos r e c i b i m i e n t o s . O i g a m o s c ó m o d e s c r i b e este viaje
el P . P e d r o d e T a b l a r e s , u n o de los N u e s t r o s q u e f u e r o n al lado d e l
duque hasta R o m a :
«El g u s t o q u e el s e ñ o r d u q u e r e c i b í a e n el c a m i n o con los e j e r c i -
cios de los P a d r e s quo v e n í a m o s con é l , lo p a g a b a de m o r t i f i c a c i ó n
con los r e c i b i m i e n t o s quo le h i c i e r o n en F r a n c i a é I t a l i a , especial-
m e n t e e n P a r m a el d u q u e C a m a r i n o . L l e g a d o s á B o l o n i a , fué á v e r
e l s e ñ o r D u q u e á los P a d r e s , con cuy o a m o r y r e c i b i m i e n t o se g o z ó
r
m á s su e s p í r i t u q u e con n i n g u n o de los pasados. De allí v e n i m o s á
( 1 ) Archivo municipal de Valencia, 1. i d e la U n i v e r s i d a d d e G a n d í a . A l f o l . 4 3
e s t á r e g i s t r a d o el g r a d o d e d o c t o r c o n f e r i d o al s a n t o p o r el 1'. O v i e d o , c o m o r e c t o r
d e la U n i v e r s i d a d .
( 2 ) L i b r o i , c. V I I I .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. I I , p . 10. N o n o m b r a el P . P o l a n c o á los P P . T a -
blares y B u c c e r i ; p e r o la i d a á R o m a d e l p r i m e r o se p r u e b a p o r v a r i a s c a r t a s s u y a s
y a p u b l i c a d a s (Cartas de San Ignacio, t. n , p p . 5 3 9 y 5G7), y la d e l t e g u n d o p o r
u n a d e P o l a n c o e s c r i t a el 1.° d e M a r z o d e 1 5 5 1 (Ibid,, t. l l , p . 3 1 3 ) .
292 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
F e r r a r a ; el r e c i b i m i e n t o fué más g r a n d e . Q u e d ó el d u q u e de F e -
r r a r a con la c o m u n i c a c i ó n del s e ñ o r d u q u e d e t e r m i n a d o á h a c e r u n
c o l e g i o de la C o m p a ñ í a . De allí v e n i m o s á F l o r e n c i a : dejo las d e m o s -
t r a c i o n e s q u e el d u q u e y la d u q u e s a h i c i e r o n con Su S e ñ o r í a . Que-
d a r o n t a m b i é n e n v o l u n t a d de h a c e r u n a casa d e la C o m p a ñ í a .
»De allí p a r t i m o s p a r a esta c i u d a d [ R o m a ] , y q u e r i e n d o el s e ñ o r
d u q u e e n t r a r de n o c h e , sin h a c e r s e n t i m i e n t o d e su v e n i d a , t o p a m o s
m á s allá d e V i t e r b o u n c r i a d o d e l c a r d e n a l d e la C u e v a , q u e escribía
al s e ñ o r d u q u e , c o m o y a se sabía e n R o m a su v e n i d a , q u e p e r m i -
tiese se le h i c i e s e el r e c i b i m i e n t o q u e c o n v e n í a á su p e r s o n a , p o r -
q u e esto so debía á la a u t o r i d a d d e l e m p e r a d o r y á la do s u s m a y o -
r e s ; y q u e a u n q u e v i n i e r a á pie con u n b o r d ó n en la m a n o , se debía
esto. O t r o s s e ñ o r e s a c u d i e r o n á n u e s t r o P a d r e G e n e r a l , y fué bien
m e n e s t e r q u e Su P a t e r n i d a d e s c r i b i e s e al s e ñ o r d u q u e q u e recibiese
esta mortificación con las p a s a d a s , p u e s v e n í a t a n sin q u e r e r l a , y tan
i m p o r t u n a d o de t a n t o s s e ñ o r e s ; y a s í , á dos ó t r e s l e g u a s comenza-
r o n á l l e g a r m u c h o s c a b a l l e r o s italianos y e s p a ñ o l e s ; d e s p u é s salió
e l e m b a j a d o r con m u c h o s s e ñ o r e s y p r e l a d o s . D i c e n q u o n o q u e d ó
c o r t e s a n o a l g u n o q u e n o saliese allí. C i e r t o , p a r e c í a u n ejército, y
c o n t o d o él se v i n o á a p e a r á esta casa, a n t e s tan p e r s e g u i d a y ahora
t a n estimada» (1).
Á la p u e r t a d e esta casa e s p e r a b a n al d u q u e San I g n a c i o y los de-
más P a d r e s d e R o m a . Al a p e a r s e el p e r e g r i n o , le saludó el P . A n d r é s
F r u s i o (2), d i s c r e t o h u m a n i s t a , con n u e v e dísticos l a t i n o s , e n q u e le
d a b a la b i e n v e n i d a (3). R e c i b i d o este o b s e q u i o , e n t r ó F r a n c i s c o en
casa, d o n d e fué h o s p e d a d o c o n t o d a s u s e r v i d u m b r e p o r San I g n a -
cio. S e ñ a l á r o n s e l e t o d o s los a p o s e n t o s d e u n a p a r t e d e la casa, d o n d e
e s t u v o algo a p a r t a d o de la c o m u n i d a d , p a r a p o d e r r e c i b i r más l i b r e -
m e n t e las visitas d e la g e n t e n o b l e (4). E l 28 d e O c t u b r e fué con
m u c h o a c o m p a ñ a m i e n t o á b e s a r el p i e á Su S a n t i d a d . R e c i b i ó l e J u -
lio I I I c o n p a r t i c u l a r a m o r , y así el p a p a c o m o t o d a la c o r t e r o m a n a
se m o s t r a r o n m u y edificados d e la santidad d e F r a n c i s c o . Todas las
p e r s o n a s d i s t i n g u i d a s a c u d í a n á v i s i t a r l e , y c o m o dice el P . Tablares
( 1 ) C i e n f u e g o s , Vida de San Francisco de Borja, 1. n i , c. X.
( 2 ) C o n s e r v a m o s la o r t o g r a f í a d e e s t e n o m b r e t a l c o m o se v e en t o d a s las c a r t a s
d e n u e s t r o s a n t i g u o s P a d r e s , y se h a g e n e r a l i z a d o e n los l i b r o s i m p r e s o s . El n o m -
b r e v e r d a d e r o e r a D e F r e u x . S o m m e r v o g e l , Bibliothce/ue des écrivcúns de la C. de J.
( 3 ) V é a n s e e s t o s d í s t i c o s e n C i e n f u e g o s , Ibid.
( 4 ) V é a s e l a c a r t a d e l P . P o l a n c o al P. B a u t i s t a V i o l a , en q u e refiere e s t a s y o t r a s
m u c h a s p a r t i c u l a r i d a d e s . (Cartas de San Ignacio, t. n, p . 5 3 4 . )
CAr. VI.—VOCACIÓN DE SAN FRANCISCO DE BORJA 293
e n la carta a r r i b a citada, «está cada día esta casa l l e n a de c a b a l l e r o s
y señores, que parece corte».
U n o s t r e s m e s e s y m e d i o p e r m a n e c i ó en R o m a San F r a n c i s c o d e
B o r j a , y fué el ú n i c o t i e m p o de su vida en q u e p u d o t r a t a r d e pala-
b r a con San I g n a c i o . A u n q u e las visitas y o t r o s n e g o c i o s le r o b a s e n
b a s t a n t e t i e m p o , n o dejó d e c o n s a g r a r las m e j o r e s h o r a s d e su es-
tancia en R o m a á i n s t r u i r s e de b o c a de San I g n a c i o en la p e r f e c c i ó n
r e l i g i o s a . F u e r o n a d m i r a b l e s los e j e m p l o s de v i r t u d q u e d a b a p o r
e n t o n c e s , n o sólo á los s e g l a r e s , sino t a m b i é n á los más e m i n e n t e s
r e l i g i o s o s . Véase lo q u e c u e n t a el P . P o l a n c o e n carta al P . Bautista
Viola:
«Es g r a n d e la edificación q u e n o s da [el d u q u e ] en casa con su p r o -
funda h u m i l d a d y a b n e g a c i ó n de sí m i s m o , y perfecta o b e d i e n c i a y
r e v e r e n c i a á n u e s t r o P a d r e . E s t a m b i é n ocasión el v e r d ó n d e h a lle-
g a d o él y d ó n d e m u c h o s de n o s o t r o s . Sin e m b a r g o , n o es n o t o r i o á
t o d o s , a u n á los de n u e s t r a casa, su p r o p ó s i t o y p r o f e s i ó n , n i se p u -
b l i c a r á h a s t a p a s a d o s a l g u n o s días; p e r o él n o p u e d e d e j a r d e h a c e r
a l g u n o s actos c.r abinidantia cordis, c o m o la o t r a n o c h e , q u e q u e -
r i e n d o n u e s t r o P a d r e , c o n a l g u n o s s a c e r d o t e s , c e n a r e n su a p o s e n t o ,
v i n o Su E x c e l e n c i a con su h i j o , q u e h a t r a í d o consigo (1), y e s , e n
pocas p a l a b r a s , c o m o hijo d e tal p a d r e : v i n o , d i g o , con él y c o n al-
g u n o s de los suyos, con d e l a n t a l e s blancos, ceñidos p o r d e l a n t e y sin
g o r r a s ( b i r r e t t e ) , y los s i r v i e r o n , e m p e z a n d o del agua d e m a n o s , y
l l e v a n d o d e s p u é s y q u i t a n d o t o d o s los p l a t o s , y d a n d o de b e b e r con
d i s t i n t a s a u t o r i d a d e s d e la E s c r i t u r a , con g r a n d e h u m i l d a d , s i e m p r e
e n p i e y d e s c u b i e r t o s . Acabada la c e n a , q u e r í a n i r al r e f i t o r i o y co-
cina á l a v a r las escudillas; p e r o n u e s t r o P a d r e , s o s p e c h a n d o eso, ha-
bía d a d o o r d e n de q u e el M i n i s t r o con o t r o s m u c h o s se p u s i e s e n en
el c o r r e d o r , c e r r a n d o el c a m i n o d e m a n e r a q u e n o p u d i e s e n pasar,
y así h u b i e r o n do v o l v e r al a p o s e n t o del P a d r e , d o n d e les hizo ce-
n a r . Á o t r o s de fuera, m á x i m e p e r s o n a s g r a n d e s y n o b l e s , h a d a d o y
da g r a n d e edificación con su m o d o de h a b l a r m u y eficaz de las cosas
de D i o s , y con su t r a t o , en el q u e el S e ñ o r le h a dado g r a n t a l e n t o ,
y m á s a ú n con el ejemplo.»
E n la m i s m a c a r t a p o n í a P o l a n c o estas o t r a s noticias: «Ha sido n e -
c e s a r i a g r a n d e i n s t a n c i a , y a u n m a n d a r l e [al d u q u e ] , p a r a q u o se
m o d e r e e n los cilicios, disciplinas c u o t i d i a n a s de s a n g r e , a y u n o s
( 1 ) D o n J u a n d e B o r j a , q u e a n d a n d o el t i e m p o f u é e m b a j a d o r d e E s p a ñ a e n A l e -
m a n i a , y desempeñó otros cargos importantes.
 294 LIB. II. S A N IGNACIO DE LOYOLA
continuos y todo g é n e r o de penitencias; y sus oraciones y medita-
ciones tan c o n t i n u a s y f e r v o r o s a s , q u e si se p a r t i c u l a r i z a s e n , causa-
r í a n g r a n d e a d m i r a c i ó n , y m u c h o m á s las v e r d a d e r a s y sólidas v i r -
t u d e s do h u m i l d a d , p a c i e n c i a y caridad con los p r ó j i m o s , y . t o d a s las
o t r a s v i r t u d e s q u e el S e ñ o r le h a dado» (1).
Á t o d o e s t o , la g r a n n o t i c i a d e q u e el d u q u e h a b í a e n t r a d o e n la
C o m p a ñ í a , se iba d i f u n d i e n d o con sigilosa a d m i r a c i ó n . I g n a c i o o b -
s e q u i a b a á los g r a n d e s a m i g o s con d e s c u b r i r l e s el s e c r e t o . Así, el
15 d e D i c i e m b r e d e 1550, e s c r i b i e n d o al c a r d e n a l de L o r e n a , le d i c e :
« A u n q u e d u r a n t e a l g u n o s m e s e s se e n c u b r e p o r santos r e s p e t o s or-
d e n a d o s al m a y o r s e r v i c i o d e D i o s , n o h a y p o r q u é o c u l t a r á Vues-
t r a S e ñ o r í a R e v e r e n d í s i m a q u e v i e n e [el d u q u e ] con su s e g u n d o
hijo á e n t r a r on n u e s t r a Compañía» (2).
8. F i n a l m e n t e , v i e n d o los n e g o c i o s del d u q u e ó del t o d o a r r e g l a -
dos, ó p o r l o m e n o s e n vías do feliz a r r e g l o , j u z g ó San I g n a c i o q u e
y a e r a t i e m p o d e d a r e l e s t a m p i d o , r e n u n c i a n d o F r a n c i s c o á sus es-
t a d o s y h a c i e n d o p ú b l i c a su p r o f e s i ó n r e l i g i o s a . P a r a d a r este paso,
fué Borja á v e r s e con Su S a n t i d a d , d e s c u b r i ó l e los v o t o s q u e tenía
h e c h o s , a u n q u e c o n s e r v a n d o la a d m i n i s t r a c i ó n de sus b i e n e s p o r
b r e v e especial de P a u l o I I I , y le p i d i ó su b e n d i c i ó n p a r a d e j a r el
m u n d o p o r c o m p l e t o y v e s t i r la sotana d e la C o m p a ñ í a . E d i í i c ó s e
g r a n d e m e n t e J u l i o I I I d e lo q u e o y ó , y c o n c e d i ó g r a t a licencia p a r a
lo q u e se lo pedía. V u e l t o á casa el d u q u e , d e s p a c h ó al i n s t a n t e á u n
c a b a l l e r o de su s e r v i d u m b r e p a r a A l e m a n i a , con u n a c a r t a al e m p e -
r a d o r , e n la q u e le s u p l i c a b a i n s t a n t e m e n t e le p e r m i t i e s e r e n u n c i a r
el estado en su h i j o p r i m o g é n i t o D. Carlos.
9. I m p a c i e n t e e s p e r a b a e l d u q u e la r e s p u e s t a , c u a n d o d e p r o n t o
h e t e a q u í u n a n u e v a c o m p l i c a c i ó n . C o m o J u l i o I I I vio p a s a r al es-
t a d o r e l i g i o s o á u n p e r s o n a j e tan p r i n c i p a l , p e n s ó en v e s t i r l e la sa-
g r a d a p ú r p u r a , gratificando de paso al e m p e r a d o r , c u y o p r i v a d o era
F r a n c i s c o (3). C o m u n i c ó el p e n s a m i e n t o con v a r i o s c a r d e n a l e s , y to-
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. u , p . 5 3 4 .
( 2 ) Ibid., t. II, p . 2 8 3 .
( 3 ) L o a t e s t i g u a D . T o m á s d e B o r j a (Process. remiss. Valentiae, f. 1 8 8 ) , R i b a -
d e n e i r a (Vida de San Francisco de Borja, 1. i , c. x x m ) y t o d o s l o s b i ó g r a f o s d e l
s a n t o . E s d e a d v e r t i r q u e y a c u a n d o el s a n t o salió d e G a n d í a , e m p e z ó á s u s u r r a r s e
e s t o d e l c a p e l o . V é a s e lo q u e e s c r i b í a el P. F r a n c i s c o S a b o y a el 4 d e S e t i e m b r e d e
1 5 5 0 : « E s t á la g e n t e b u e n a m u y a d m i r a d a d e las c o s a s del D u q u e ; la r u i n dice q u e
v a á R o m a p a r a q u e le h a g a n c a r d e n a l , ó q u e le h a r á n G e n e r a l d e la C o m p a ñ í a d e
J e s ú s . » Epistolae mixtae, t. n , p . 4 5 1 .
CAr. VI.—VOCACIÓN DE S A N FRANCISCO DE BORJA 295
d o s le a p r o b a r o n á porfía. P r o n t o c o r r i ó p o r t o d a R o m a q u e el d u -
q u e d e Gandía iba á s e r C a r d e n a l . M u c h o s i n t i e r o n I g n a c i o y F r a n -
cisco este i n c i d e n t e , y b u s c a n d o m e d i o s p a r a p a r a r el g o l p e , escogió
B o r j a u n a r b i t r i o , q u e e n t o n c e s era m u y eficaz p a r a e v i t a r este g é -
n e r o de p e l i g r o s . C o m o p a r a h u i r las d i g n i d a d e s s e g l a r e s había ido
d e E s p a ñ a á R o m a , así, p a r a e s q u i v a r las eclesiásticas, saldría d e
R o m a é iría á e s c o n d e r s e en Guipúzcoa, d o n d e n o e r a c o n o c i d o .
A p r o b a d a la idea p o r San I g n a c i o , dispuso F r a n c i s c o su viaje con el
m e n o r r u i d o p o s i b l e , y el día 4 de F e b r e r o d e 1551, y a e n t r a d a la
n o c h e , a c o m p a ñ a d o de D. J u a n , su hijo, y de los P a d r e s q u e h a b í a
t r a í d o á R o m a (excepto el P . O v i e d o y H é r c u l e s B u c c e r i , q u e q u e -
d a r o n allí), t o m ó el c a m i n o de E s p a ñ a (1). ¡Extraño e s p e c t á c u l o , q u e
q u i e n t r e s meses a n t e s h a b í a e n t r a d o e n t r i u n f o e n la C i u d a d E t e r n a ,
saliese a h o r a s ú b i t a m e n t e , de n o c h e , c o m o u n p r ó f u g o á q u i e n p e r s i -
g u e la justicia! Y t o d o esto, ¿ p a r a q u é ? P a r a e v i t a r la h o n r a d e s e r
c a r d e n a l . No e n t i e n d e el m u n d o este p r o c e d e r , p e r o los s i e r v o s d e
Dios e n t e n d e r á n y a p r e n d e r á n lo q u e vale la h u m i l d a d cristiana.
10. D e s p u é s de u n viaje d e dos m e s e s b a s t a n t e feliz, llegó F r a n -
cisco á L o y o l a el 5 de A b r i l (2), visitó d e v o t í s i m a m e n t e la casa don-
d e n a c i ó San I g n a c i o , y l u e g o fijó su r e s i d e n c i a en O ñ a t e . P o c o des-
p u é s l l e g a b a d e A l e m a n i a la ansiada licencia p a r a r e n u n c i a r el es-
t a d o . M e r e c e c o p i a r s e la c a r t a d e l E m p e r a d o r , q u e es m u y discreta.
Dice así:
« I l u s t r e D u q u e p r i m o : R u i G ó m e z m e dio v u e s t r a c a r t a d e 10 d e
E n e r o , y p o r lo q u e m e dijo y e n ella e s c r i b í s , h e e n t e n d i d o la d e -
r
t e r m i n a c i ó n q u e t e n é i s d e e n t r a r en la r e l i g i ó n d e J e s ú s , y las c a u :
sas q u e á ello os m u e v e n , q u e son fundadas en zelo de s e r v i r á Dios
n u e s t r o S e ñ o r , p o r q u e le d e b é i s d a r m u c h a s g r a c i a s , c o m o lo hacéis,
d e q u e h e h o l g a d o p a r t i c u l a r m e n t e p o r el afición q u e os t e n g o . Y
ansí os a g r a d e z c o la c u e n t a q u e desto m e h a b é i s q u e r i d o d a r y lo
d e m á s q u e c e r c a d e l l o decís. Q u e b i e n c i e r t o soy q u e en v u e s t r o s
sacrificios y o r a c i o n e s h a r é i s lo q u e d e c í s , lo c u a l t e m é y e s t i m a r é
en lo q u e es r a z ó n . Y c u a n t o á a c a b a r l o d e efectuar, n o h a y q u e r e -
p l i c a r , sino q u e lo p o d r é i s h a c e r c o m o y c u a n d o os p a r e c e r á q u e
a q u e l l o s e r á lo m e j o r . Y á v u e s t r o s hijos y casa t e r n e s i e m p r e en
( 1 ) Epistolae mixtae, t . n , p . 3 1 3 . E n v e z d e l o s d o s P a d r e s q u e q u e d a r o n en
l i o r n a , v i n o á E s p a ñ a c o n el d u q u e el P . M i g u e l d e O c h o a , n a v a r r o , q u e h a b í a t r a -
b a j a d o a p o s t ó l i c a m e n t e a l g u n o s a ñ o s en T í v o l i y en o t r a s c i u d a d e s d e I t a l i a . P o -
l a n c o , Historia S. J., t. I I , p . 1(34.
( 2 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 5 4 2 .
 296 LIB. II. — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. V I . VOCACIÓN DE SAN FRANCISCO DE BORJA 297

m e m o r i a d e f a v o r e c e r y h a c e r m e r c e d e n lo q u e h u b i e r e l u g a r , Ya t o c a b a F r a n c i s c o al t é r m i n o de su dicha. D e s p u é s de d a r g r a -
c o m o lo m e r e c e v u e s t r a p e r s o n a y s e r v i c i o s y los d e la D u q u e s a . Y cias á Dios p o r la c a r t a i m p e r i a l q u e h a b í a r e c i b i d o , llamó al n o t a r i o
e n lo q u e toca á las cosas q u e m e suplicáis rjor el m e m o r i a l q u e P e d r o López L a g a r r a g a y á los n e c e s a r i o s t e s t i g o s , y el día 11 d e
v i n o e n v u e s t r a l e t r a , t e n g o p o r b i e n q u e los c u a t r o c i e n t o s m i l ma-
Mayo de 1551 (1) con e s c r i t u r a p ú b l i c a r e n u n c i ó t o d o s sus estados,
r a v e d í s d e j u r o p o r v i d a q u e t e n é i s , p o d á i s g o z a r y g o c é i s de e l l o s
r e n t a s y t í t u l o s , en D. Carlos, su hijo p r i m o g é n i t o ; r e p a r t i ó todas sus
p o r c i n c o años c u m p l i d o s d e s p u é s q u e hayáis h e c h o e x p r e s a p r o f e -
r o p a s y alhajas e n t r o D. J u a n , su hijo, y los c r i a d o s q u e lo acompaña-
sión en esa r e l i g i ó n , y e n esta sustancia m a n d a r é d a r el d e s p a c h o
ban; c o r t ó s e el cabello y la b a r b a , c u y o s despojos g u a r d a r o n p o r r e -
n e c e s a r i o . Y e n lo d e l asiento de la boca p a r a v u e s t r o h e r m a n o , y e l
liquia, n o sin l á g r i m a s , sus c r i a d o s ; vistióse u n a sotana del más g r o -
de d a m a (1) p a r a v u e s t r a h e r m a n a e n la casa del s e r e n í s i m o P r í n c i -
s e r o b u r i e l , y con esto se m o s t r ó al m u n d o tal cual e r a en su i n t e -
p e , m i h i j o , c u a n d o s e t r a t e d e cosas d e s t a calidad, se m e a c o r d a r á ,
r i o r , h u m i l d e r e l i g i o s o de la C o m p a ñ í a de J e s ú s . D e s p e d i d o s su hijo
y e n t o n c e s se m i r a r á lo q u e se p o d r á h a c e r . Y la causa d e l V i z c o n d e
y el a c o m p a ñ a m i e n t o , q u e d ó s e en Oñate con a l g u n o s de los Nues-
d e E v o l se v e r á y p r o v e e r á lo q u o sea j u s t i c i a lo m á s b r e v e m e n t e
t r o s , y p a r a p r a c t i c a r la h u m i l d a d y p o b r e z a q u e h a b í a profesado,
q u e s e r p u e d a . Y e n l o q u e ú l t i m a m e n t e t r a t á i s c e r c a de f a v o r e c e r
e m p e z ó á s a l i r p o r las calles con su alforjita al h o m b r o , p i d i e n d o li-
esta r e l i g i ó n e n cosas e s p i r i t u a l e s , c o m o lo p e d í s y decís q u e lo h a
m o s n a c o m o p o b r e r e l i g i o s o . L l o r a b a n de t e r n u r a los piadosos ha-
h e c h o la S e d e A p o s t ó l i c a y los o t r o s p r í n c i p e s c r i s t i a n o s , t e n e d p o r
b i t a n t e s de O ñ a t e , y á porfía le l l e n a b a n con sus d o n e s las alforjas,
c i e r t o , q u e ansí p o r s e r cosa en q u e n u e s t r o S e ñ o r será s e r v i d o ,
p o r t e n e r el c o n s u e l o , d e c í a n , de d a r l i m o s n a al d u q u e s a n t o (2). E l
c o m o p o r v u e s t r o r e s p e t o se h a r á de b u e n a v o l u n t a d . P e r o si h o -
sacrificio estaba c o n s u m a d o . El d u q u e de G a n d í a , el valido del e m -
b i e s e a l g u n a p a r t i c u l a r i d a d , s e r í a n e c e s a r i o m a n d a r l o v e r e n el Con-
p e r a d o r , ya era s o l a m e n t e , c o m o él decía d e s p u é s , u n h o m b r e q u e
sejo, p a r a q u e se l l e v e p o r la vía o r d i n a r i a . — D e A u g u s t a , 10 d e Marzo
se llamaba F r a n c i s c o .
d e 1551.—Yo el Rey.—Francisco ele Eraso» (2).

d e h a c e r con las a r e n g a s d e los h é r o e s . C o m o son t a n d i f e r e n t e s los t e x t o s y las f e -

( 1 ) Asiento ú oficio de la loca se l l a m a b a e n el P a l a c i o R e a l á c u a l q u i e r a d e l o s
c h a s d e los d o s d o c u m e n t o s , o c u r r e la i d e a d e si e s c r i b i r í a C a r l o s V dos v e c e s s o b r e
olicios á c u y o c a r g o e s t a b a a l g u n a d e l a s c o s a s p e r t e n e c i e n t e s á la c o m i d a d e l a s
Personas Peales. lo m i s m o . P e r o e s t a h i p ó t e s i s es i n v e r o s í m i l . E l estilo del d o c u m e n t o p r e s e n t a d o p o r
el P . V á z q u e z es d e m a s i a d o c o r r e c t o y m á s p r o p i o d e l i t e r a t o q u e d e oficial c a n c i -
( 2 ) Epistolae Principum, f. 4 3 . E n e s t e v o l u m e n se c o n s e r v a el o r i g i n a l , c u y o
l l e r e s c o . A d e m á s , ¿por q u é h a b í a d e e s c r i b i r el e m p e r a d o r d o s v e c e s á la m i s m a
t e x t o r e p r o d u c i m o s . E n la Varia Historia, t. l, f. 2 0 6 , h a y u n a c o p i a d e f e c t u o s a ,
p e r s o n a s o b r e el m i s m o a s u n t o y p a r a d e c i r l e lo m i s m o ? L a c a r t a , p u e s , d e l P . V á z -
p o r q u e el a m a n u e n s e se t o m ó la l i b e r t a d d e s u p r i m i r las l i n e a s q u e se refieren ó l o s
q u e z es u n a ficción l i t e r a r i a s o b r e u n f u n d a m e n t o v e r d a d e r o . T é n g a s e p r e s e n t e e s t a
oficios d e l o s h e r m a n o s del s a n t o . E n p r e s e n c i a del t e x t o o r i g i n a l v a m o s á p r e s e n -
o b s e r v a c i ó n p a r a los o t r o s d o c u m e n t o s q u e i n s e r t ó D i o n i s i o V á z q u e z e n su Vida m a -
t a r el q u e e s c r i b i ó el P . D i o n i s i o V á z q u e z e n s u Vida m a n u s c r i t a d e l s a n t o ( 1 . i,
nuscrita, y copiaron de buena fe üíbadeneira y Cienfuegos
c . X L I ) y r e p r o d u j e r o n l l i b a d e n e i r a (Vida de San Francisco de Borja, 1. i , c. x x i v )
( 1 ) P a s c u a l S a n z y F o r o s , Memorias de Gandía, p . 1 3 1 . A c e p t a c i ó n d e la villa y
y C i e n f u e g o s (1. n i , c. x m ) : « I l u s t r e D u q u e p r i m o : C o n G a s p a r V i l l a l ó n , v u e s t r o
d u c a d o d e G a n d í a , p o r D . C a r l o s d e Borja. P u b l i c a el a u t o r e s t e d o c u m e n t o , s a c á n -
c r i a d o , r e c i b í v u e s t r a c a r t a , y a u n q u e la d e t e r m i n a c i ó n q u e m e e s c r i b í s q u e t e n é i s
dolo del p r o t o c o l o d e O n o f r e P é r e z d e C u l l a , Archivo ducal. E n e s t e d o c u m e n t o
d e r e c o g e r o s p a r a t r o c a r lo d e l m u n d o y t i e r r a p o r lo d e l c i e l o es s a n t a , y n o p u e d o
c o n s t a q u e la r e n u n c i a se h i z o p o r San F r a n c i s c o d e B o r j a , instrumento jJer Domi-
d e j a r d e l o a r l a , n o se e x c u s a q u e no la s i e n t a c o m o es r a z ó n ; m a s el s e n t i m i e n t o no
nationem vestram firmato in 0}ipido sive villa de oñate in posse seu manibus discreti
e s t o r b a r á el d a r o s la g r a c i o s a l i c e n c i a q u e m e p e d í s d e r e n u n c i a r en D . C a r l o s , v u e s -
viri, Petri López Lagarraga, regii notarii, undécima die mensis maii et aimi 1 5 5 1 .
t r o h i j o , el e s t a d o ; q u e ésta y o h u e l g o d e d a r l a d e v o l u n t a d , y e n t i e n d o q u e d e lo
q u e e m p r e n d é i s h a c e r t e n é i s m á s e n v i d i o s o s q u e i m i t a d o r e s , p o r q u e el t e n e r o s e n - E s t e d o c u m e n t o lo l l e v ó á G a n d í a G a s p a r d e V i l l a l ó n . A s í lo testifica L u i s d e
vidia, costará poco, y el s e g u i r o s , m u c h o . E n dejar vos ¿ v u e s t r o s hijos m e obligáis V e r l e g a l M a z a l i z a n a , t e s t i g o o c u l a r , q u e v i v í a e n G a n d í a . (Process. remiss. Valentiae,
á q u e y o m i r e p o r e l l o s , y así lo h a r é e n lo q u e se o f r e c i e r e , p o r q u e s u m a d r e n o s f. 6 5 9 . )
lo m e r e c i ó y su p a d r e n o lo d e s m e r e c e , n i c r e o q u e ellos p e r d e r á n p o r su p a r t e lo ( 2 ) P u e d e v e r s e la d e v o c i ó n c o n q u e d a b a n l i m o s n a al s a n t o los g u i p u z e o a n o s e n
q u e ¡-us p a d r e s les g a n a r o n . G u í e D i o s n u e s t r o S e ñ o r v u e s t r o s c o n s e j o s , i l u s t r e d u - la c a r t a d e l P . M i g u e l O c h o a . (Litterae quadr., t. I, p . 490.)
q u e , y e n c o m e n d a d l e m u c h o los n u e s t r o s y las c o s a s d e la c r i s t i a n d a d e n v u e s t r a s
o r a c i o n e s . — D e A u g u s t a , 1 2 d e F e b r e r o d e 1 5 5 1 . » C o m p a r a n d o e s t e t e x t o con el o r i -
g i n a l , c u a l q u i e r a a d v e r t i r á q u e el P . D i o n i s i o V á z q u e z h i z o con e s t e d o c u m e n t o u n o
d e a q u e l l o s a r r e g l o s l i t e r a r i o s q u e l o s h i s t o r i a d o r e s c l á s i c o s s e t o m a b a n la l i b e r t a d

CAPÍTULO VII
INCREMENTO D E LA COMPAÑÍA DESDE LA ERECCIÓN DE LA PROVINCIA
DE ESPAÑA H A S T A LA PROMULGACIÓN D E L A S CONSTITUCIONES
(1547-1553)
S U M A R I O : 1. P r i n c i p i o s d e l c o l e g i o d e S a l a m a n c a . — 2 . E l é v a s e á u n i v e r s i d a d el d e
G a n d í a . — 3 . E n t r a d a d e los N u e s t r o s e n B u r g o s . — 4 . E m p i e z a á f u n d a r s e el co-
l e g i o d e M e d i n a d e l C a m p o . — 5. P e q u e ñ o c o l e g i o e n O ñ a t e , d o n d e r e s i d e S a n
F r a n c i s c o d e B o r j a . — 6. O r d é n a s e el s a n t o d e s a c e r d o t e , y n a c e v a r i a s e x c u r s i o -
nes apostólicas d e s d e 1551 hasta 1553.
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Carlas de San Ignacio. — 2. líegestum lili. S. Ign.—
3. Epistolae mi.ilac. — 4. Epistolae quíulriviestres. — 5. Polanco, Historia S. J. — (i. Ribade-
n e i r a , Historia de la Asistencia de Espatia.— 7. C á m a r a . Vida del P. Ignacio.— 8. Castro,
Historia del colegio de Alcalá. — 9. N a d a l , Examina Patrian S. J.—10. IJbro I de la Univer-
sidad de Gandía.
1. E l suceso d e la v o c a c i ó n de San F r a n c i s c o de Borja n o s h a con-
d u c i d o hasta b i e n e n t r a d o el año 1551. V o l v a m o s a l g u n o s años atrás, y
p o n i é n d o n o s en el m e s do S e t i e m b r e d e 1547, c u a n d o fué n o m b r a d o
P r o v i n c i a l e l P . Araoz, v e a m o s el i n c r e m e n t o q u e fué t o m a n d o la Com-
p a ñ í a e n E s p a ñ a d e s d e a q u e l l a fecha m e m o r a b l e . E x i s t í a n ya, c o m o
d i j i m o s , cinco c o l e g i o s e n las c i u d a d e s de Alcalá, G a n d í a , Barcelona,
V a l e n c i a y Valladolid. E n ellos se e d u c a b a n los n o v i c i o s r e c i b i d o s
e n la C o m p a ñ í a ; e n ellos h a c í a n sus e s t u d i o s n u e s t r o s j ó v e n e s esco-
l a r e s , y finalmente, e n ellos r e s i d í a n los pocos P a d r e s q u e con sus
s a g r a d o s m i n i s t e r i o s p o d í a n t r a b a j a r e n la santificación do los p r ó j i -
mos. I b a Dios d e s p e r t a n d o v o c a c i o n e s m u y e s c o g i d a s , s o b r e todo en
la u n i v e r s i d a d de Alcalá.
E n t r e t a n t o I g n a c i o , a u n q u e conocía m u y b i e n las pocas fuerzas
d e su h u e s t e e n E s p a ñ a , e x t e n d í a sin e m b a r g o sus a s p i r a c i o n e s y
a d m i t í a n u e v o s c o l e g i o s . E s t e a ñ o d e 1547 dio o r d e n p a r a q u e se
a b r i e s e u n o e n S a l a m a n c a . I n d ú j o l e á ello la g e n e r o s i d a d d e l c a r d e -
nal D. Francisco de Mendoza, obispo de Coria, que habiendo cono-
CAP. VII.—-INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 299
cido al santo en S a l a m a n c a p o r los años d e 1527 (1), le fué s i e m p r e
m u y aficionado. E n el v e r a n o d e 1547, h a b l a n d o c o n I g n a c i o , l e m a -
nifestó la idea q u e h a b í a c o n c e b i d o de f u n d a r á la C o m p a ñ í a u n co-
l e g i o al lado de la m á s c é l e b r e u n i v e r s i d a d española, a s i g n á n d o l e
u n a r e n t a de dos m i l d u c a d o s (2). Objetó el santo la p e n u r i a de suje-
t o s q u e n u e s t r a r e l i g i ó n padecía en España, p e r o n o p o r eso desistió
el b u e n c a r d e n a l . «Así, d e s p u é s de su r e s o l u c i ó n , e s c r i b e I g n a c i o al
H e r m a n o V i l l a n u e v a , p a r a d a r p r i n c i p i o al colegio le h e h a b l a d o t r e s
ó c u a t r o v e c e s hasta a h o r a , y todas las v e c e s m e h a h a b l a d o d e esta
m a t e r i a , in dics crcscicudo, p a r a p o n e r e n efecto lo q u e así h a b í a d e -
t e r m i n a d o » (3). D i s c u r r i e n d o c o n el c a r d e n a l acerca d e las p e r s o n a s
q u e á tal e m p r e s a se p o d r í a n e n v i a r , p r o p u s o San I g n a c i o p a r a r e c -
t o r d e l f u t u r o colegio al P . M i g u e l de T o r r e s , y el c a r d e n a l a p r o b ó
la idea c o n g r a n d e s e l o g i o s d e l sujeto e l e g i d o .
B i e n los m e r e c í a esto h o m b r e s u p e r i o r , q u e fué u n o do los m á s
v i r t u o s o s y p r u d e n t e s q u e t u v o la C o m p a ñ í a e n sus p r i n c i p i o s . Ya
r e c o r d a r á n los l e c t o r e s c ó m o en 1542 había h e c h o el D r . T o r r e s los
E j e r c i c i o s bajo la d i r e c c i ó n de San I g n a c i o y se h a b í a r e s u e l t o á en-
t r a r e n la C o m p a ñ í a . C o m o e n t o n c e s e r a p r o c u r a d o r d e la u n i v e r s i -
dad de Alcalá en los litigios q u e ésta tenía p e n d i e n t e s e n R o m a c o n
el c a r d e n a l Ta v e r a , a r z o b i s p o d e T o l e d o (4), fué p r e c i s o e s p e r a r
el t é r m i n o de a q u e l l a c o n t i e n d a p a r a a l i s t a r s e e n n u e s t r a O r d e n .
M u e r t o T a v e r a á fines de 1545, la u n i v e r s i d a d de Alcalá avisó á s u
a g e n t e q u e p o d í a v o l v e r s e á España. San I g n a c i o e n t o n c e s r e c i b i ó al
D r . T o r r e s e n la C o m p a ñ í a , y le e n v i ó á E s p a ñ a con el P . C r i s t ó b a l
d e M e n d o z a , e n c a r g á n d o l e d e paso el despacho d e v a r i o s n e g o c i o s
q u e so ofrecían e n F l o r e n c i a , B o l o n i a , P a r m a , B a r c e l o n a , Gandía,
Valencia y Alcalá (5). S o b r e t o d o tenía e n c a r g o de v i s i t a r al d u q u e
de Gandía y d a r l e c u e n t a do lo q u e so h a b í a h e c h o e n R o m a p a r a el
b u e n é x i t o d e sus piadosos n e g o c i o s . P a r e c e q u e deseaba I g n a c i o
q u e so v i e s e n y confirmasen m u t u a m e n t e e n su v o c a c i ó n estos d o s
g r a n d e s h o m b r e s , r e t e n i d o s todavía e n el siglo p o r l o s g r a v e s a s u n -
tos d e q u e n o p o d í a n d e s e m b a r a z a r s e .
C u m p l i ó r e l i g i o s a m e n t e el Dr. T o r r e s los e n c a r g o s d e l fundador, y
(1) Véase C á m a r a , Vicia del P. Ignacio, c. v n . — ( 2 ) Cartas de San Ignacio,
t. n , p. 2 9 . — ( 3 ) Ibid.
( 4 ) P u e d e v e r s e a l g u n a n o t i c i a d e e s t o s l i t i g i o s e n V i c e n t e d e l a F u e n t e , Histo-
ria de las Universidades en España, t. n , p . 1 1 3 .
( 5 ) V é a s e e n l a s Cartas de San Ignacio, t i , p . 2 5 9 , la m e m o r i a q u e le dio el s a n t o
p a r a los n e g o c i o s q u e d e b í a t r a t a r .
 300
LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
l l e g a d o á Alcalá p o r N o v i e m b r e de 1546 (1), se a p o s e n t ó en el colegio
d e San Ildefonso, d e l cual e r a colegial m a y o r , y allí p r o c u r ó a s e n t a r
la c o n c o r d i a e n t r e la u n i v e r s i d a d y la m i t r a . M i e n t r a s d u r ó este n e -
g o c i o n o hizo m u d a n z a en su e x t e r i o r , n i p u b l i c ó su a d m i s i ó n en la
C o m p a ñ í a , s e g ú n la o r d e n q u e t r a í a de San I g n a c i o . L l a m a d o á Ma-
d r i d p o r el P . A r a o z , hizo con él u n a b r e v e e x c u r s i ó n á T o l e d o , y
d e s p u é s á Zaragoza ('2), d e la cual v o l v i ó á Alcalá p o r J u l i o d e 1547.
E n este año, p o r fin, c o n c l u i d o s t o d o s sus n e g o c i o s , r e s o l v i ó e m p e -
z a r á v i v i r c o n los N u e s t r o s , y a u n q u e le o f r e c i e r o n v a r i a s d i g n i d a -
d e s eclesiásticas (3), é l , r e n u n c i á n d o l a s t o d a s , se v i s t i ó u n a p o b r e
s o t a n a d e b u r i e l y se m o s t r ó p ú b l i c a m e n t e c o m o hijo d e la C o m p a -
ñía de J e s ú s .
A p e n a s h a b í a h e c h o esta d e m o s t r a c i ó n , c u a n d o r e c i b i ó d e n u e s t r o
s a n t o P a d r e el s i g u i e n t e r e c a d o : « E l c a r d e n a l D. F r a n c i s c o d e Men-
doza m e p i d e e n v í e a l g u n o s d o l o s N u e s t r o s á f u n d a r u n c o l e g i o en
S a l a m a n c a , q u e él q u i e r e d o t a r . No t e n g o á q u i é n e n c o m e n d a r esto
s i n o á V. R., y así, p o d r á t o m a r u n o ó dos c o m p a ñ e r o s d e los q u e en
ese colegio de Alcalá e s t á n , y irse con ellos á Salamanca de Supe-
r i o r » (4). T o m ó el P . T o r r e s este m a n d a t o c o m o v o z del ciclo, y al
p u n t o se p a r t i ó p a r a Salamanca con los H e r m a n o s P e d r o S e v i l l a n o y
J u a n G u t i é r r e z , h e r m a n o del c é l e b r e P . M a r t í n G u t i é r r e z . Á éstos se
a g r e g ó el s a c e r d o t e t o l e d a n o J u a n Bautista S á n c h e z , q u e y a t r a t a b a
desde t i e m p o a t r á s de e n t r a r en la C o m p a ñ í a , y e n esta ocasión fué
a d m i t i d o é i n c o r p o r a d o al n u e v o colegio ( 5 ) .
E l P . D r . T o r r e s , con sus t r e s c o m p a ñ e r o s , e n t r ó en Salamanca el
9 d e F e b r e r o d e 1548 ( 6 ) . P o c o h a l a g ü e ñ o fué el r e c i b i m i e n t o q u e
se les hizo e n esta ciudad. H a b í a c o m i s i o n a d o el cardonal Mendoza
á su h e r m a n o P e d r o d e Mendoza p a r a q u e a c o m o d a s e en Salamanca
á n u e s t r o s P a d r e s ; p o r o n o s a b e m o s p o r q u é , c u a n d o éstos l l e g a r o n ,
( 1 ) N o s a b e m o s el d í a p r e c i s o e n q u e l l e g ó á A l c a l á , m a s p o r u n a c a r t a del
P . M i r ó n (Epistolae mixtae, t . I , p . 3 2 5 ) s e infiere q u e d e b i ó d e s e r p o r N o v i e m b r e .
( 2 ) V é a s e la c a r t a d e l P . A r a o z , d e 9 d e J u l i o d e 1547, e n las Epistolae mixtae,
t. i, p. 387.
( 3 ) Ibid., p. 360.
(4) Cartas de San Ignacio, t. I I , p p . 3 3 y 4 6 .
( 5 ) C a s t r o , Ilist. del colegio de Alcalá, 1. u , c. x . E n e s t e c a p í t u l o p u e d e v e r s e
y a el e x t r a o r d i n a r i o f e r v o r y t a m b i é n a q u e l g e n i o e x t r a v a g a n t e del b u e n P . B a u -
t i s t a S á n c h e z , q u i e n , c o m o v e r e m o s , si p r e B t ó g r a n d e s s e r v i c i o s á la C o m p a ñ í a ,
t a m b i é n l a o c a s i o n ó g r a v e s d i s g u s t o s , y e s t u v o á p i q u e d e p e r d e r s e p o r la t e r q u e -
d a d d e su juicio.
( 6 ) Epistolae mixtae, t . i, p . 4 9 1 .
CAP. Vil.—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 301
n a d a estaba p r e v e n i d o p a r a r e c i b i r l o s . « N i h a l l a m o s casa, dice el
P . T o r r e s , ni aparejo ninguno para nuestra provisión, ni aun rastro
p a r a i n q u i r i r c ó m o b u s c á s e m o s á q u i e n estaba d a d o el c a r g o d e e l l o
p o r el Sr. D. P e d r o de Mendoza; y así, h u b i m o s de e s t a r a l g u n o s días
en u n m e s ó n , hasta e n t a n t o quo h a l l a m o s u n a casa d o n d e nos m e t i -
m o s c o m o p u d i m o s , y esta casa está á cinco casas de la p o r t e r í a d e
San A g u s t í n , á la m e s m a a c e r a , más hacia San J u a n de Alcázar, d o n d e
después de haber estado algunos pocos días, acabó ya de venir aquel
b u e n h o m b r e á q u i e n se h a b í a dado c a r g o d e esta n u e s t r a p r o v i -
s i ó n , a u n q u e n u n c a h a acabado de c u m p l i r lo q u e c o n v e n í a p a r a e l
c u m p l i m i e n t o de ella» (1). E s t a casa p a r t i c u l a r fué la p r i m e r a m o -
rada q u e o c u p a r o n los N u e s t r o s en Salamanca. P o c o t i e m p o d u r a r o n
e n esta h a b i t a c i ó n , p u e s e l 23 d e J u l i o d e a q u e l m i s m o a ñ o s e pasa-
r o n , s e g ú n dice R i b a d e n e i r a , « á o t r a casa t a m b i é n p e q u e ñ a , e n f r e n t e
de la iglesia de San Blas, q u e e r a d e u n a capellanía d e u n s a c e r d o t e ,
l l a m a d o F r a n c i s c o de V a l e n c i a , n a t u r a l de Alba de T o r m e s , d o n d e
e n u n a p o s e n t o bajo a d e r e z a r o n con lodo y paja u n a c a p i l l a , y e n
ella p u s i e r o n u n a i m a g e n d e p a p e l p o r r e t a b l o » (2). Tales f u e r o n l o s
h u m i l d e s p r i n c i p i o s d e l c o l e g i o de S a l a m a n c a , q u e m e d i o siglo d e s -
p u é s h a b í a d e ser el m á s i m p o r t a n t e d e E s p a ñ a , y q u e e n el siglo x v n
h a b í a d e c o n s t r u i r el colosal edificio q u e h o y v e m o s e n m e d i o d e
a q u e l l a ciudad.
E n esta s e g u n d a casa, m á s ó m e n o s modificada, p e r s e v e r ó el c o l e g i o
m i e n t r a s v i v i ó San I g n a c i o . E s t r e c h a y d e s a c o m o d a d a d e b í a ser la
v i v i e n d a , s o b r e t o d o c u a n d o , a d m i t i d o s a l g u n o s n o v i c i o s e n la C o m -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 4 9 1 . E n e s t a s p a l a b r a s , e s c r i t a s p o r el P . T o r r e s el
2 4 d e A b r i l d e 1 5 4 8 , t i e n e el l e c t o r e x a c t a m e n t e p r e c i s a d a la p r i m e r a c a s a q u e
o c u p a r o n los N u e s t r o s e n S a l a m a n c a . N o s a b e m o s d e d ó n d e p u d o s a c a r F e r m í n Ca-
b a l l e r o el o r d e n d e n u e s t r a s casas e n e s t a c i u d a d , q u e p r e s e n t a en la p á g . 3 6 2 d e s u
m o n o g r a f í a d e M e l c h o r C a n o . « P r i m e r o se e s t a b l e c i e r o n , d i c e , e n el l u g a r d e V i l l a -
m a y o r d e A r m u ñ a , e n l a h e r m i t a d e los T e m p l a r i o s , á s i e t e k i l ó m e t r o s d e Sala-
m a n c a ; de otra embestida se trasladaron á Villasendln, poco m á s de un kilómetro
d e l a c i u d a d ; d e o t r o s a l t o á la c a s a q u e h o y es h o s p i c i o , d e n t r o d e l a p o b l a c i ó n , y
ú l t i m a m e n t e se m e t i e r o n e n lo m á s c é n t r i c o , c e r c a d e l a u n i v e r s i d a d . » P r o b a b l e es
q u e e s t o s d a t o s l o s r e c o g i e s e d e u n Compendio histórico de la ciudad de Salamanca,
e s c r i t o e n el s i g l o x v m p o r B e r n a r d o D o r a d o . E n l a p á g . 3 9 5 d e e s t a o b r a l e e m o s
lo s i g u i e n t e : « E n el a ñ o d e 1 5 4 8 , D . F r a n c i s c o d e M e n d o z a , c a r d e n a l d e R o m a y
o b i s p o d e C o r i a , f u n d ó en e s t a c i u d a d el c o l e g i o d e l a C o m p a ñ í a , y a extinguida,
e n el s i t i o q u e h o y eBtá el R e a l H o s p i c i o d e p o b r e s , h a b i e n d o e s t a d o a n t e s e n l a
h e r m i t a d e V i l l a m a y o r , y d e s p u é s e n la c a s a y h u e r t a d e V i l l a s e n d í n . » P o r l a c a r t a
d e l P . T o r r e s , c i t a d a e n el t e x t o , se v e el e r r o r q u e p a d e c i e r o n D o r a d o y C a b a l l e r o .
( 2 ) Hist. de la Asistencia de España, I. i , c. v i l .
 302 LID. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
p a ñ í a , c r e c i ó b a s t a n t e la c o m u n i d a d . T r e s años d e s p u é s , el 25 d e
J u l i o d e 1551, L u i s d e M e n d o z a , n o b l e c a b a l l e r o , q u o años a d e l a n t e
e n t r ó e n la C o m p a ñ í a , escribía estas p a l a b r a s al P . J u a n d e P o l a n c o :
«En Salamanca entiendo que hay veintidós personas, y que tienen
u n a m u y r u i n casa; y a l l e n d e de ser r u i n , q u e n o es capaz p a r a ocho;
m i r e c ó m o h a n de v i v i r v e i n t i d ó s . V. R. solicite al R m o . y l i m o . Car-
d e n a l d e Mendoza p a r a q u e h a g a lo eme h a t a n t o s días q u e t i e n e p e n -
s a d o y p r o p u e s t o , q u e n o m e t e á c u e n t o e s t a r c o m o está e s t r e c h a la
C o m p a ñ í a , q u e si h u b i e s e l u g a r capaz, h a b r í a h o y d o s c i e n t o s h o m -
b r e s en a q u e l l a casa, de d o n d e en p o c o t i e m p o se p o d r í a n sacar p a r a
muchas provincias M i r e q u e Salamanca es el m e j o r p u e r t o q u o
h a y en la c r i s t i a n d a d , p a r a p e s c a r b u e n o s sujetos y m u l t i p l i c a r la
C o m p a ñ í a - (1).
A c o m o d a d o s t a n p o b r e m e n t e e n esta casa, e m p e z a r o n el P . T o r r e s
y sus t r e s c o m p a ñ e r o s á e j e r c i t a r c u a n t o p o d í a n los m i n i s t e r i o s e s -
p i r i t u a l e s con los p r ó j i m o s . Salían p o r las calles á e n s e ñ a r la d o c t r i -
n a cristiana á los n i ñ o s , v i s i t a b a n á los p r e s o s de la c á r c e l , s e r v í a n
c o n toda c a r i d a d y h u m i l d a d á los p o b r e s e n f e r m o s e n los hospita-
l e s , confesaban los dos s a c e r d o t e s á a l g u n a s p e r s o n a s q u e e m p e z a -
r o n á t r a t a r l o s , y, s o b r e t o d o , p r o c u r a b a n edificar á las g e n t e s con
su m o d e s t i a y s a n t a v i d a (2). «La c i u d a d , dice R i b a d e n e i r a , so m o v í a
t a n t o con a q u e l l a n o v e d a d , q u e e n v i ó dos r e g i d o r e s á n u e s t r a casa
p a r a q u e p o r vista de ojos v i e s e n lo q u e había en ella y e x a m i n a s e n
q u é g e n t e é r a m o s , q u é p r e t e n d í a m o s y c ó m o v i v í a m o s . De esta v i s t a
y e x a m e n , los r e g i d o r e s q u e d a r o n t a n p r e n d a d o s y aficionados á l o s
N u e s t r o s , q u e e n v i a r o n á sus m u j e r e s p a r a q u e se confesasen con
e l l o s , y u n o d e ellos m a n d ó t r a e r d e su casa u n a i m a g e n de p i n c e l y
p o n e r l a e n l u g a r d e la i m a g e n d e p a p e l q u e sólo ( c o m o dije) h a b í a
e n n u e s t r a capilla, y p o c o á p o c o so fué e s p a r c i e n d o el b u e n o l o r d e
la Compañía» (3).
Á fines d e l m i s m o año 1548 fué e n v i a d o á Salamanca el P . J u a n
P a b l o Á l v a r e z ; t a m b i é n a c u d i ó d e s d e P o r t u g a l , p o r la r a z ó n q u e v e -
r e m o s e n el c a p í t u l o s i g u i e n t e , el P . F r a n c i s c o E s t r a d a , y m u y p r o n t o
e m p e z a r o n á b r o t a r i n s i g n e s v o c a c i o n e s p a r a la C o m p a ñ í a e n la m i s -
ma universidad. N o m b r a r e m o s , entre otros, á Fernando Álvarez del
( 1 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 5 7 1 .
( 2 ) S o b r e los m i n i s t e r i o s e j e r c i t a d o s e n e s t e t i e m p o p o r el P . T o r r e s , v é a s e la c a r t a
d e l P . J u a n Á l v a r e z , e s c r i t a el 26 d e A b r i l d e 1 5 4 9 . (Epist. mixtae, t. n , p . 1 7 6 . )
( 3 ) Hist. de la Asist. de España, 1. i , c. v i l .
CAP. VII.-—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 303
Á g u i l a , hijo d e u n a familia i l u s t r e avilesa; al P . Gonzalo González,
q u e fué años a d e l a n t e P r o v i n c i a l d e T o l e d o , y al P . A n t o n i o d e C ó r -
d o b a , n o b i l í s i m o j o v e n , q u e e n S a l a m a n c a se r e s o l v i ó á e n t r a r en la
C o m p a ñ í a , y lo ejecutó p o c o d e s p u é s e n O ñ a t e .
D i c h o s o s , a u n q u e h u m i l d e s , e r a n estos p r i n c i p i o s , p e r o n o i b a n
e x e n t o s d e g r a v e s t r i b u l a c i o n e s . E n a q u e l m i s m o año 1548 se l e -
v a n t ó en Salamanca la m á s b r a v a t o r m e n t a q u e hasta e n t o n c e s h a b í a
p a d e c i d o la C o m p a ñ í a . E n el capítulo s i g u i e n t e h a b l a r e m o s de Mel-
c h o r Cano. P o r a h o r a , d e j a n d o al Dr. Miguel d e T o r r e s y á sus c o m -
p a ñ e r o s en la m o d e s t a casita q u e a l q u i l a r o n , v a m o s á e x p o n e r la
h i s t o r i a d e o t r o s c o l e g i o s q u e se a b r i e r o n e n E s p a ñ a desdo e l n o m -
b r a m i e n t o del P . Araoz hasta la p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s .
2. P r o s p e r a b a e n v i r t u d y l e t r a s el c o l e g i o de G a n d í a , a m p a r a d o
p o r la s o m b r a del d u q u e y e n f e r v o r i z a d o p o r el b u e n r e c t o r P . An-
d r é s de O v i e d o . P o r d i l i g e n c i a s del santo Borja se h a b í a a u m e n t a d o
el n ú m e r o d e los N u e s t r o s , y c r e c i e n d o el ansia d e m a y o r b i e n espi-
r i t u a l con el a u m e n t o de m e d i o s q u e Dios p o n í a en su m a n o , conci-
bió Francisco el pensamiento de elevar á universidad aquel colegio.
La g r a n p r i v a n z a q u e alcanzaba con P a u l o I I I y Carlos V le facilitaba
los m e d i o s d e s a l i r airoso de a q u e l l a e m p r e s a , n o m u y a r d u a , p o r
o t r a p a r t e , d a d a la g r a n facilidad con q u e e n t o n c e s se a b r í a n u n i v e r -
sidades en E s p a ñ a (1). P r o p u e s t o el n e g o c i o á San I g n a c i o , éste le
a p r o b ó d e s d e l u e g o (2), a u n q u e n o d e j a r o n d e s u s c i t a r s e d e s p u é s al-
g u n a s d u d a s , s o b r e t o d o acerca de u n p u n t o i m p o r t a n t e . D e s e a b a n
a l g u n o s q u e en la b u l a d e e r e c c i ó n se n o m b r a s e á los d u q u e s d e
Gandía p a t r o n o s y p r o t e c t o r e s p e r p e t u o s de la u n i v e r s i d a d . San I g -
n a c i o , q u e l u e g o h a b í a de e s c r i b i r en las C o n s t i t u c i o n e s , q u e n o d e -
bía h a b e r p a t r o n a t o e n n u e s t r o s c o l e g i o s , p r e v i o los i n c o n v e n i e n t e s
q u e d e a q u í p o d r í a n r e s u l t a r , y así se dio f o r m a p a r a q u e la C o m p a -
ñía c u m p l i e s e con los d e b e r e s d e g r a t i t u d á los d u q u e s , sin q u e apa-
r e c i e s e e n la b u l a u n a cláusula q u e p o d r í a , con el t i e m p o , s e r oca-
sión d e abusos p a r a los d u q u e s de Gandía q u e n o fuesen tan s a n t o s
c o m o F r a n c i s c o (3).
P o r p a r t e del p a p a n o h u b o dificultad e n la c o n c e s i ó n . El 4 d e N o -
v i e m b r e d e 1547 firmó la b u l a , e n la c u a l , d e s p u é s d e p o n d e r a r e l
b i e n q u e r e s u l t a de l o s e s t u d i o s s a g r a d o s , las c o m o d i d a d e s d e la
( 1 ) V é a s e e n L a F u e n t e (Hist. de las Universidades, t. n ) el g r a n n ú m e r o d e ellas
q u e se a b r i e r o n en la p r i m e r a m i t a d d e l siglo x v i .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. I I , p . 2 2 .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. I , p . 3 4 3 .
 304 L I B . I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
v i l l a d e Gandía p a r a e s t u d i a r , y los m é r i t o s d e l d u q u e q u o hacía la
s ú p l i c a , c o n t i n u a b a así Su S a n t i d a d : « E r i g i m o s é i n s t i t u í m o s , á h o n r a
d e Dios y g l o r i a d e su s a n t í s i m o n o m b r e , e n el d i c h o p u e b l o d e Gan-
día u n i v e r s i d a d d e e s t u d i o g e n e r a l , la c u a l allí p o r los siglos v e n i -
d e r o s florezca y se f r e c u e n t e , y en la cual se e n s e ñ e n l ó g i c a , d i a l é c -
tica, filosofía, teología escolástica y p o s i t i v a , y las d e m á s f a c u l t a d e s
y l e n g u a s q u e se j u z g a r e c o n v e n i r p a r a la salud d e las almas, á j u i c i o
del r e c t o r de a q u e l e s t u d i o , q u e el P r e p ó s i t o de la C o m p a ñ í a de J e -
sús e l i g i e r e , á c u y o c a r g o t a m b i é n esté p o n e r , q u i t a r y d i r i g i r los
m a e s t r o s , l e c t o r e s , los d e m á s oficiales y m i n i s t r o s , s e ñ a l a r y m o d e -
r a r sus s a l a r i o s , y la disposición y g o b i e r n o de todas las d e m á s cosas
q u e p e r t e n e c i e r e n á la u n i v e r s i d a d » (1).
P o c o d e s p u é s , el 20 d e Marzo d e 1548, S a n I g n a c i o d e s p a c h ó la
p a t e n t e , en la q u e a d m i t í a la d i r e c c i ó n d e la u n i v e r s i d a d , y m a n d a b a
q u e se p u s i e r a n en ella o c h o m a e s t r o s , t r e s de g r a m á t i c a y d e l e t r a s
h u m a n a s , t r e s de filosofía y dos de t e o l o g í a ; d e j a n d o , e m p e r o , al ar-
b i t r i o del d u q u e el a u m e n t a r ó d i s m i n u i r el n ú m e r o d e m a e s t r o s (2).
T a m b i é n se p i d i ó y o b t u v o , a u n q u e más a d e l a n t e , la sanción de Car-
los V, el cual, á 9 do F e b r e r o de 1550, d e s p a c h ó u n a p r o v i s i ó n , o r d e -
n a n d o á D. H e r n a n d o de A r a g ó n , d u q u e de Calabria y v i r r e y e n t o n -
c e s d e V a l e n c i a ; á S a n t o T o m á s d e V i l l a n u e v a , a r z o b i s p o de la ciudad,
y á los d e m á s p r e l a d o s eclesiásticos y á los d e l R e a l C o n s e j o , q u e
e j e c u t e n , d e n favor y asistencia á lo q u e Su S a n t i d a d c o n c e d e , d i s -
p o n e y o r d e n a e n la b u l a s o b r e d i c h a , p a r a el e s t a b l e c i m i e n t o d e la
u n i v e r s i d a d (3).
Un año a n t e s d e r e c i b i r s e esta p r o v i s i ó n se h a b í a i n a u g u r a d o la
u n i v e r s i d a d con t o d o el a p a r a t o q u e se usaba en tales casos. E l 1.° d e
Marzo de 1549 j u n t á r o n s e e n la iglesia d e l c o l e g i o t o d o s los N u e s t r o s ,
q u e e r a n : A n d r é s d e O v i e d o , F r a n c i s c o Onfroy, P e d r o C a n a l , P e d r o
J u a n G o t a n o , P e d r o Baeza, B e n i t o L a u r e n c i o , M a n u e l d e Sa, César
d e A v e r s a n o , A n t o n i o C o r d e s e s , F r a n c i s c o C a r r e r a s , J u a n García,
J u a n Baena, Simón de Olivera y Alberto Cabalino. Concurrió con
e l l o s el P . P r o v i n c i a l A n t o n i o d e Araoz. P r e s e n t á r o n s e allí e l d u q u e
D . F r a n c i s c o , el d e á n F r a n c i s c o Roca y o t r a s m u c h a s p e r s o n a s d o
(1) El original d e esta bula y otros muchos documentos pertenecientes á este n e -
g o c i o p u e d e n v e r s e en el Archivo municipal de Valencia,en u n l e g a j o r o t u l a d o Uni-
versidad de Gandía.
(2) Cartas de San Ignacio, t. II, p . 1 1 0 .
_ ( 3 ) V é a s e e s t a p r o v i t i ó n e n el m i s m o l e g a j o del Archivo municipal de Valencia
citado m á s arriba.
CAP. VII.—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 305
c u e n t a , así eclesiásticas c o m o s e g l a r e s . E n t o n c e s el n o t a r i o p ú b l i c o ,
Onofre P é r e z d e Zalla, notificó á los p r e s e n t e s , c ó m o Su S a n t i d a d
P a u l o H I , á instancia d e l d u q u e de G a n d í a , h a b í a e r i g i d o u n i v e r s i -
dad e n a q u e l c o l e g i o , y el P . I g n a c i o h a b í a a c e p t a d o la d i r e c c i ó n .
H e c h o e s t o , el d u q u e y el d e á n r e q u i r i e r o n q u e se p u s i e s e n e n eje-
c u c i ó n las l e t r a s d e Su S a n t i d a d y las ó r d e n e s d e l P . I g n a c i o . E l
P . A r a o z o r d e n ó al P . A n d r é s d e O v i e d o q u e aceptase el c a r g o de
r e c t o r . O b e d e c i ó el P . O v i e d o , y al i n s t a n t e t o d a la c o m u n i d a d le
besó la m a n o e n señal de quo le a c e p t a b a p o r s u p e r i o r .
E n c a m i n ó s e t o d o el c o n c u r s o desde la iglesia h a s t a el salón más
capaz del c o l e g i o . Allí se l e y ó e n voz alta t o d a la b u l a d e l p a p a , y
l u e g o el P . O v i e d o n o m b r ó p o r m a e s t r o s d e la u n i v e r s i d a d á los si-
g u i e n t e s : Al R d o . P . J e r ó n i m o P é r e z , de la O r d e n de la M e r c e d , p o r
m a e s t r o de teología (1); á los P P . M a n u e l d e Sa y J u a n G o t a n o , p o r
m a e s t r o s de filosofía, y , f i n a l m e n t e , á los P P . F r a n c i s c o Saboya y
J u a n F e r r i les i m p u s o las c á t e d r a s de l a t i n i d a d y r e t ó r i c a . T o d o s
ellos a c e p t a r o n el c a r g o y p r o m e t i e r o n h a c e r lo p o s i b l e p o r a p r o v e -
c h a r á sus discípulos (2).
C o n estos b r í o s e m p e z ó la u n i v e r s i d a d d e G a n d í a , a u n q u e el é x i t o
n o c o r r e s p o n d i ó e n lo s u c e s i v o á tan s o l e m n e s c o m i e n z o s . F a l t a n d o
la p e r s o n a d e San F r a n c i s c o de B o r j a , faltó lo q u e d a b a i m p o r t a n c i a
á la v i l l a do G a n d í a , e n la cual n u n c a p u d o f o r m a r s e , c o m o a l g u n o s
h a b í a n e s p e r a d o , u n c e n t r o de enseñanza q u e c o m p i t i e r a con Valen-
cia ó Alcalá. De a q u í es q u e los p r o f e s o r e s n u n c a p a s a r o n d e cinco;
n o l l e g a r o n á e n s e ñ a r s e las facultades m a y o r e s d i s t i n t a s de la t e o l o -
g í a , y a u n ésta se s u p r i m i ó e n 1556, t o d o p o r falta d e l n e c e s a r i o con-
c u r s o d e e s t u d i a n t e s . D e s d e e n t o n c e s Gandía fué u n c o l e g i o d e se-
g u n d o o r d e n , a u n q u e con t í t u l o d e u n i v e r s i d a d .
3. P o c o t i e m p o d e s p u é s , en el v e r a n o d e 1550, e n t r a b a la C o m p a -
ñía e n la c i u d a d d e B u r g o s . Dice el P . R i b a d e n e i r a (3) q u e la ocasión
d e f u n d a r s e el c o l e g i o d e esta c i u d a d fué u n a piadosa r o m e r í a q u e
h i c i e r o n d e s d e S a l a m a n c a los dos P a d r e s n o v i c i o s J u a n Bautista Sán-
( 1 ) H u b o d e e n c o m e n d a r s e la c á t e d r a d e t e o l o g í a á e s t e r e l i g i o s o d e o t r a O r d e n ,
p o r q u e la C o m p a ñ í a n o t e n í a a ú n p e r s o n a q u e p u d i e r a e n s e ñ a r e s t a f a c u l t a d . T a m -
p o c o d e b í a s e r d e la C o m p a ñ í a el m a e s t r o J u a n F e r r i ; al m e n o s n o c o n s t a s u n o m -
b r e e n t r e los N u e s t r o s .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 1 0 2 . E n el l e g a j o a n t e s c i t a d o d e l Archivo munici-
pal de Valencia h a y u n a e x t e n s a r e l a c i ó n d e e s t e a c t o s o l e m n e . P u e d e t a m b i é n c o n -
s u l t a r s e al P . G a b r i e l A l v a r e z (Hist. manuscrita de la Prov. de Aragón, 1. i , c. x v ) .
( 3 ) Hist. de la Asist. de España, 1. i , c. x x .
20
306 LIB. II. — S A N IGNACIO DE LOYOLA
chez y F e r n a n d o Á l v a r e z del Á g u i l a , los c u a l e s , d e s p u é s d e v i s i t a r
el S a n t o C r i s t o d e B u r g o s , p r e d i c a r o n f e r v o r o s a m e n t e p o r las calles
y plazas de la c i u d a d ; y a u n q u e al p r o n t o p a d e c i e r o n a l g u n a s con-
t r a d i c c i o n e s , y a u n f u e r o n p u e s t o s e n la c á r c e l , al fin, manifes-
tada su i n o c e n c i a y santas i n t e n c i o n e s , g r a n j e a r o n p a r a la Compañía
los á n i m o s de los p r i n c i p a l e s c i u d a d a n o s . P o s i b l e es q u e así fuera,
p e r o n i en las cartas de los p r i m e r o s P a d r e s q u e f u e r o n á B u r g o s , n i
en la H i s t o r i a d e l P . P o l a n c o , q u e y a e r a s e c r e t a r i o de la Compañía,
v e o n i n g u n a m e n c i ó n de s e m e j a n t e r o m e r í a .
Más p r o b a b l e p a r e c e lo q u o i n s i n ú a el P . P o l a n c o (1), q u e el cole-
gio do B u r g o s se d e b i ó á la súplica del c a r d e n a l F r a n c i s c o de Men-
d o z a , q u i e n , t r a s l a d a d o p o r e n t o n c e s d e la Silla d e Coria á la d e B u r -
gos, q u i s o e s t a b l e c e r á los N u e s t r o s e n la capital de su n u e v a diócesis.
H a b i e n d o , p u e s , d e m a n d a d o el c a r d e n a l q u e n u e s t r o P . M i g u e l de
T o r r e s c o n a l g u n o s c o m p a ñ e r o s e v a n g e l i z a s e e n la diócesis d e B u r -
gos, s a l i e r o n de S a l a m a n c a el 23 de Agosto de 1550 los P P . Bautista
S á n c h e z , F e r n a n d o Á l v a r e z del Á g u i l a , J u a n Á l v a r e z y M e l c h o r P e -
ñalosa. P o c o s días d e s p u é s les siguió el P . T o r r e s . E n el c a m i n o de
S a l a m a n c a á B u r g o s e j e r c i t a r o n los P a d r e s su celo a p o s t ó l i c o , p r e -
d i c a n d o e n M e d i n a , V a l l a d o l i d y e n o t r o s p u e b l o s , y edificando á las
g e n t e s con su a b n e g a c i ó n y p o b r e z a . L l a m a b a p r i n c i p a l m e n t e la
a t e n c i ó n el P . F e r n a n d o Á l v a r e z del Á g u i l a , p o r s e r de u n a familia
m u y c o n o c i d a e n Castilla. A h o r a , v i é n d o l e a n d a r descalzo y tan h u -
m i l l a d o , las g e n t e s le s e ñ a l a b a n a d m i r a d a s con el d e d o , y decían:
«¿Veis aquél? S a b e d q u e dejó m i l y q u i n i e n t o s ducados de renta» (2).
Á m e d i a d o s d e S e t i e m b r e l l e g a r o n á B u r g o s los m i s i o n e r o s , ex-
c e p t o el P . P e ñ a l o s a , q u e h a b i e n d o e n f e r m a d o en Valladolid, n o p u d o
pasar a d e l a n t e (3). D e s p u é s d e p r e d i c a r a l g u n o s f e r v o r o s o s s e r m o n e s
( 1 ) Historia S. J., t. I I , p . 1 0 8 .
( 2 ) D o s r e l a c i o n e s p o s e e m o s d e e s t e v i a j e y m i s i ó n c o n s t a n t e d e los P a d r e s q u e
s a l i e r o n d e S a l a m a n c a p a r a B u r g o s : la u n a e s t á e s c r i t a p o r el P . B a r t o l o m é H e r n á n -
d e z el 31 d e A g o s t o d e 1550, eB decir, o c h o d í a s d e s p u é s d e h a b e r s a l i d o d o Sala-
m a n c a los m i s i o n e r o s ; la otra es d e l P . P e ñ a l o s a , e s c r i t a el 6 d e S e t i e m b r e del
mismo año. E n a m b a s cartas p u e d e verse aquel modo de predicar, fervoroso y apos-
t ó l i c o , q u e t e n í a n n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s , a u n q u e a c o m p a ñ a d o d e a l g u n a s indis-
c r e c i o n e s p r o p i a s d e n o v i c i o s , y q u e n o son p a r a i m i t a d a s . P r o b a b l e m e n t e á este
v i a j o d o los c i n c o m i s i o n e r o s d e b i ó r e f e r i r s e el P . ü í b a d e n e i r a c u a n d o e s c r i b i ó l o
q u e h e m o s c i t a d o m á s a r r i b a s o b r e la p i a d o s a p e r e g r i n a c i ó n al S a n t o C r i s t o d e B u r -
g o s . E l l a n c e de la p r i s i ó n d e los P a d r e s , q u e R i b a d e n e i r a p o n e e n B u r g o s , d e b o ser
e l q u e o c u r r i ó e n V a l l a d o l i d y e B t á r e f e r i d o p o r e l P . P e ñ a l o s a . ( Vide Epist. mixtae,
t. I I , p p . 4 3 9 y 4 5 3 . )
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 1 1 1 .
CAP. VII.—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 307
en la c i u d a d , d e t e r m i n a r o n , s i g u i e n d o los deseos del c a r d e n a l F r a n -
cisco de M e n d o z a , salir á e v a n g e l i z a r p o r v a r i o s p u e b l o s de la d i ó -
cesis (1). E l P . J u a n Á l v a r e z e n f e r m ó e n t o n c e s y h u b o d e q u e d a r s e
en B u r g o s . L o s t r e s r e s t a n t e s s a l i e r o n á c a m p a ñ a e s p i r i t u a l . E l P . Ál-
v a r e z d e l Á g u i l a se e n c a m i n ó á Medina d e P o m a r , y desde allí se
e x t e n d i ó hasta Castro U r d í a l e s y P o r t u g a l e t e ; el P . B a u t i s t a Sánchez
predicó principalmente en Aguilar, en Laredo y en otros puebleci-
tos d e a q u e l l a c o m a r c a ; el P . T o r r e s d e s p l e g ó su celo e n las r e g i o n e s
m á s v e c i n a s do la capital. De esta s u e r t e e m p l e a r o n el o t o ñ o d e 1550,
y d e s p u é s de santificar á m u c h a s a l m a s con la p r e d i c a c i ó n y con el
e j e m p l o , r e u n i é r o n s e de n u e v o en B u r g o s , d i e r o n c u e n t a de lo h e c h o
al g o b e r n a d o r eclesiástico, y le e x p u s i e r o n , p o r esci'ito, a l g u n a s n e c e -
sidades e s p i r i t u a l e s q u e c o n v e n í a r e m e d i a r en la diócesis. Con esto
volvióse á Salamanca el P . T o r r e s , l l e v á n d o s e consigo al P . Bautista
S á n c h e z , y dejó en B u r g o s p a r a e m p e z a r el colegio á los P P . Á l v a r e z
del Á g u i l a y J u a n Álvarez (2).
A p o s e n t á r o n s e e n u n a m o d e s t a casita c e r c a d e la p a r r o q u i a d e San
Gil, y allí v i v i e r o n de limosna los dos P a d r e s , f a v o r e c i d o s p r i n c i p a l -
m e n t e p o r D. F e r n a n d o d e Mendoza, h e r m a n o d e l c a r d e n a l y g o b e r -
n a d o r d e l o b i s p a d o , p o r Gonzalo T a m a y o y p o r el b a c h i l l e r R i o -
seco (3).
E l año s i g u i e n t e de 1551 l l e g ó á B u r g o s el P . F r a n c i s c o E s t r a d a ,
d e s i g n a d o p o r S u p e r i o r d e l n a c i e n t e colegio. A c o m p a ñ á b a l e el P a -
d r e P e d r o d e l P o z o , y a m b o s , j u n t a m e n t e con los dos P a d r e s q u e allí
e s t a b a n , se a p l i c a r o n f e r v o r o s a m e n t e á los m i n i s t e r i o s apostólicos
e n la c i u d a d . C o m o la casa ora i n c ó m o d a y e s t r e c h a , d i é r o n s e á b u s -
car o t r a h a b i t a c i ó n más d e s a h o g a d a . Después de m u c h a s diligencias,
u n c a n ó n i g o b u r g a l é s , o r i u n d o de F l o r e n c i a , q u e se decía B e n i t o H u -
g u c c i o n i , les c o m p r ó , p o r m i l seiscientos ducados, u n a casa e n la
calle q u e a u n h o y se l l a m a H u e r t o del R e y , y q u e e r a e n t o n c e s ,
c o m o a h o r a , u n o d e los p u n t o s más c o n c u r r i d o s do la c i u d a d (4).
P a r a a c o m o d a r l a á los usos de la C o m p a ñ í a se d e r r i b a r o n v a r i o s
t a b i q u e s y p a r e d e s i n t e r i o r e s , y se f o r m ó u n a capilla p r o v i s i o n a l
d o n d e p u d i e s e n n u e s t r o s P a d r e s d e c i r misa y a d m i n i s t r a r los sa-
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J'., t . n , p . 1 0 9 . — ( 2 ) Ibid., p . 1 1 1 .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. II, p . 1 1 1 . R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asist. de Es-
paña, 1. i , c. x x . N o es p o s i b l e p r e c i s a r a h o r a c u á l f u é eBta p r i m e r a c a s a h a b i t a d a
p o r los N u e s t r o s , p u e s e n t r e las c a s a s q u e a h o r a r o d e a n á la p a r r o q u i a d e S a n Gil n o
a p a r e c e i n d i c i o q u e r e c u e r d e la p r e s e n c i a d e a q u e l l o s p r i m e r o s P a d r e s .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. I I , p . 8 5 7 .
308 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
c r a m e n t o s . L u e g o q u e p u d o h a b i t a r s e la n u e v a casa, p a s á r o n s e á
ella, e l 1.° d e D i c i e m b r e d e 1552 (1).
F u e r t e c o n t r a d i c c i ó n l e v a n t a r o n t o d o s los v e c i n o s á la a p e r t u r a
d e la n u e v a casa. U n o s p r e t e x t a n d o celo d e r e l i g i ó n , o t r o s p o r c r e e r
indecoroso que viviese una comunidad religiosa tabique en medio
c o n familias s e g l a r e s , o t r o s con v a r i o s y d i v e r s o s m o t i v o s , p r o c u r a -
r o n i m p e d i r q u e pasase a d e l a n t e la o b r a e m p e z a d a (2). P a r e c e q u e
los N u e s t r o s se h a b í a n lisonjeado do p o d e r e n s a n c h a r s e c o m p r a n d o
las casas a d y a c e n t e s ; p e r o ; lejos d e c o n c e d e r l e s esta gracia, p r o c u r a -
r o n los v e c i n o s e s t r e c h a r l o s m á s , e s t o r b á n d o l e s la c o n t i n u a c i ó n de
las o b r a s i n t e r i o r e s q u e h a b í a n e m p e z a d o . B i e n c l a r o lo d e m u e s t r a
u n a e s c r i t u r a d e r e s g u a r d o q u e h u b o d e firmar el P . E s t r a d a el 3 de
A g o s t o d e 1553. H a b í a c o n s t r u i d o u n p e q u e ñ o c o b e r t i z o a r r i m a d o á
la casa d e A l v a r o d e Malvenda. P u e s á r e q u e r i m i e n t o s d e este v e c i n o
h u b o d e o b l i g a r s e el P . E s t r a d a , p o r m e d i o de esta e s c r i t u r a , á no
f a b r i c a r n i n g u n a h a b i t a c i ó n s o b r e el tal c o b e r t i z o y á n o s e r v i r s e d e
éste p a r a o t r a cosa q u e p a r a salir á la calle (3).
M u c h o se d i s g u s t a r o n n u e s t r o s P a d r e s en R o m a c u a n d o l l e g a r o n
á e n t e n d e r las c o n d i c i o n e s d e la n u e v a casa d e B u r g o s . E l P . P o l a n c o
escribía e n estos t é r m i n o s al P . Araoz: «No sé c ó m o se h a e m b a r a z a d o
el P . E s t r a d a e n a q u e l l a casa con tanta costa. P a r e c e q u e su b e n d i t o
celo se p u e d e f á c i l m e n t e más a l a b a r quo el h a b e r a c e r t a d o en lo q u e
c o n v e n í a á n u e s t r a C o m p a ñ í a p a r a m a y o r b i e n c o m ú n » (4). P o r eso
c u a n d o v i n o el P . Nadal á p r o m u l g a r las C o n s t i t u c i o n e s e n 1553, se le
e n c a r g ó q u e m i r a s e , c ó m o se p o d r í a r e m e d i a r el y e r r o d e h a b e r to-
m a d o u n a casa «la cual, decía P o l a n c o , p o r v e n t u r a , si d a d a se ofre-
»ciera, n o e r a d e a c e p t a r » (5). C u a n d o e l P . Nadal l l e g ó á B u r g o s
e n 1554, y e x a m i n ó las c o n d i c i o n e s d e a q u e l edificio, lo ú n i c o q u e
p u d o h a c e r fué d e j a r e n c a r g a d o p o r escrito, q u e e n la p r i m e r a oca-
sión o p o r t u n a v e n d i e s e n a q u e l l a casa y c o m p r a s e n o t r a d o n d e so pu-
d i e s e f u n d a r con m á s c o m o d i d a d el c o l e g i o . I n d i c ó p a r a esto c i e r t a
( 1 ) Epistolae mixtae, t. II, p . 8 5 7 .
( 2 ) V é a s e l a c a r t a d e B e n i t o H u g u c c i o n i al P . A r a o z , e s c r i t a el 18 d e D i c i e m b r e
d e 1 5 5 2 , en q u e se e x p l i c a l a r g a m e n t e l a o p o s i c i ó n l e v a n t a d a c o n t r a n u e s t r o colegio
p o r l o s v e c i n o s d e H u e r t o d e l R e y . (Epistolae mixtae, t. n , p . 8 7 2 . )
(3) E l o r i g i n a l d e e s t a e s c r i t u r a se c o n s e r v a e n el Archivo municipal de Burgos,
sección iv, clase2?. N o están t o d a v i a catalogados los d o c u m e n t o s d e esta clase; por
e s o n o p u e d o p r e c i s a r m á s su s i g n a t u r a . E l d o c u m e n t o e s t á e n u n o d e los l e g a j o s d e
p a p e l e s p e r t e n e c i e n t e s á l a C o m p a ñ í a , q u e f o r m a n esa clase E.
( 4 ) Regest. S. Ign., 14 d e A g o s t o d e 1 5 5 3 .
( 5 ) Ibid., 2 7 d e O c t u b r e d e 1 5 5 3 .
CAP. VII.—INCREMENTO DE LA COMPAÑ/A 309
casa a n t i g u a d e l c o n d e s t a b l e d e Castilla, la cual, e f e c t i v a m e n t e , v i n o
á c o m p r a r s e d e s p u é s de los días de San I g n a c i o (1). Á su t i e m p o e x -
p l i c a r e m o s c ó m o se a r r e g l ó d e f i n i t i v a m e n t e la fundación de B u r g o s .
E n t r e t a n t o , a u n q u e m a l a c o m o d a d o s de v i v i e n d a , p r o c u r a r o n n u e s -
t r o s P a d r e s h a c e r el b i e n q u e p o d í a n á los b u r g a l e s e s . E n el t r i e n i o
de 1551 á 1554 g o b e r n ó el c o l e g i o el P . E s t r a d a , y c o m o e n t o n c e s es-
t a b a e n t o d o el v i g o r de su e l o c u e n c i a , fué m u y n o t a b l e el fruto es-
p i r i t u a l q u e r e c o g i ó , así en los s i m p l e s fieles c o m o e n v a r i a s c o m u -
n i d a d e s religiosas, á las cuales c o n s i g u i ó r e f o r m a r (2). T a n e s t i m a d o
era d e t o d a la c i u d a d , q u e costó a l g ú n trabajo sacarle d e allí p a r a
p o n e r l e al f r e n t e de la P r o v i n c i a de A r a g ó n , lo cual se h i z o , c o m o
v e r e m o s , e n la p r i m a v e r a de 1554.
4. C o n los p r i n c i p i o s del c o l e g i o de B u r g o s c o i n c i d e n los d e Me-
dina d e l C a m p o . C u a n d o pasaba p o r allí la f e r v o r o s a e x p e d i c i ó n d e
m i s i o n e r o s , q u e , c o m o v i m o s , se e n c a m i n a b a n de Salamanca á B u r -
gos, viólos predicar Rodrigo de Dueñas, h o m b r e rico y poderoso,
i n d i v i d u o del Consejo d e H a c i e n d a d e l e m p e r a d o r Carlos V, y con-
c i b i ó d e s e o s de f u n d a r e n Medina u n c o l e g i o de la C o m p a ñ í a . Ya la
conocía a l g ú n t a n t o , p o r q u e años atrás había t e n i d o c o n v e r s a c i ó n en
la c o r t e con los P P . F a b r o y Araoz. (3). A h o r a , c o n la vista d e los
n u e v o s o p e r a r i o s se r e a n i m ó su a n t i g u o afecto á los N u e s t r o s , y es-
c r i b i ó c a r t a s á Salamanca p i d i e n d o al D r . T o r r e s seis d e la C o m p a -
ñía, á los cuales él s u s t e n t a r í a en Medina. C o m u n i c ó el P . T o r r e s
este n e g o c i o con el P . A r a o z , q u e e n t o n c e s se h a l l a b a e n Guipúzcoa
al lado de San F r a n c i s c o de Borja. F u é a p r o b a d o el p e n s a m i e n t o de
R o d r i g o de D u e ñ a s , y e n el v e r a n o d e 1551 p a r t i e r o n de S a l a m a n c a
p a r a Medina el P . Bautista Sánchez y el H . P e d r o S e v i l l a n o . No c u m -
p l i ó R o d r i g o de D u e ñ a s t o d o lo q u e h a b í a p r o m e t i d o , y c u a n d o p o c o
d e s p u é s , l l e g á n d o s e el P . T o r r e s á M e d i n a , e m p e z ó á t r a t a r con él
a c e r c a de la casa e n q u e se h a b í a de a b r i r el c o l e g i o , y de la r e n t a con
que debían sustentarse nuestros P a d r e s , no prometía nada de cierto
y d e t e r m i n a d o , d e s u e r t e q u e t e m i e r o n los N u e s t r o s , q u e a q u e l l a in-
v i t a c i ó n d e R o d r i g o d e D u e ñ a s h a b í a sido s o l a m e n t e p a r a c o m p r o -
m e t e r l e s á e s t a b l e c e r s e e n Medina, d e j a n d o d e s p u é s q u e ellos busca-
r a n p o r sí los m e d i o s de subsistir. Lo m á s q u e se p u d o c o n s e g u i r d e
é l fué u n a p r o m e s a , n o m u y s e g u r a , d e q u e c o n t r i b u i r í a con u n a li-
m o s n a d e c i e n t o c i n c u e n t a d u c a d o s a n u a l e s p a r a el sostén d e l c o l e -
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i v , p . 4 B 9 . — ( 2 ) Litterae quadrimestres, t. n , p. 7 .
•-—(3) P o l a n c o , Historia S. J., t. II, p . 3 2 9 .

310 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
g i o (1). A l g o e m b a r a z ó á n u e s t r o s P a d r e s esta i n c i e r t a situación;
p e r o c o n s i d e r a n d o la g r a n i m p o r t a n c i a q u e e n t o n c e s p o s e í a Medina
del C a m p o , c r e y e r o n c o n v e n i e n t e T o r r e s y A r a o z n o v o l v e r a t r á s
d e la e m p r e s a y b u s c a r de u n m o d o ó d e o t r o los m e d i o s n e c e s a r i o s
p a r a s o s t e n e r el colegio (2).
E n v i a r o n , p u e s , á Medina á los P P . Maximiliano Capella y Diego
d e l Castillo, y a d e m á s á u n IT. Coadjutor, q u e , con los dos P a d r e s
a n t e s r e m i t i d o s , f o r m a r o n u n a m o d e s t a c o m u n i d a d de cinco sujetos.
E l P . Bautista Sánchez aplicóse á los m i n i s t e r i o s s a g r a d o s , p r e d i -
c a n d o f e r v o r o s a m e n t e en las iglesias y en las plazas, e n s e ñ a n d o el
catecismo á los n i ñ o s y v i s i t a n d o las c á r c e l e s y los h o s p i t a l e s ; el P a -
d r e M a x i m i l i a n o Capella a b r i ó u n c u r s o d e filosofía, i n v i t a n d o á la
j u v e n t u d de Medina á e s c u c h a r g r a t u i t a m e n t e sus lecciones, y de v e z
e n c u a n d o p r o p o n í a t a m b i é n casos de c o n c i e n c i a . Vivían t o d o s h u -
m i l d e m e n t e r e c o g i d o s en u n a casa a l q u i l a d a , y s u s t e n t á b a n s e c o n las
l i m o s n a s d e l p u e b l o (3).
D u r a n t e a l g u n o s meses c o n s i d e r ó s e esta c o m u n i d a d c o m o m i e m -
b r o d e l c o l e g i o de S a l a m a n c a , y la g o b e r n a b a , p o r c o n s i g u i e n t e , el
P . M i g u e l de T o r r e s ; p e r o á p r i n c i p i o s de 1552 c r e y ó n e c e s a r i o el
P . A r a o z q u e esto d o m i c i l i o t u v i e s e v i d a i n d e p e n d i e n t e , y así n o m -
b r ó p o r r e c t o r d e l colegio al P . P e d r o S e v i l l a n o (4). No e r a éste a ú n
s a c e r d o t e , y oía el c u r s o d e filosofía q u e e x p l i c a b a el P . Capella;
p e r o confiriósele a q u e l c a r g o p o r s e r el m á s a n t i g u o en r e l i g i ó n y
e s t a r m e j o r i m p u e s t o en el e s p í r i t u de la C o m p a ñ í a . T r a n q u i l o p r o -
cedía el año 1552 e n t r e las o c u p a c i o n e s l i t e r a r i a s y los m i n i s t e r i o s
a p o s t ó l i c o s , c u a n d o u n i n c i d e n t e i n e s p e r a d o v i n o á p e r t u r b a r súbi-
t a m e n t e á los N u e s t r o s , h a c i é n d o l e s t e m e r g r a v e t e m p e s t a d .
F u é el caso q u e el 11 de N o v i e m b r e , el a b a d d e M e d i n a , Diego
R u i z de la C á m a r a , S u p e r i o r eclesiástico d e la c i u d a d (pues e n t o n c e s
n o existía a ú n el o b i s p a d o de Valladolid), p r e v e n i d o n o s a b e m o s p o r
q u i é n , e n v i ó á n u e s t r a casa u n n o t a r i o c o n u n edicto en q u e se
p r o h i b í a confesar y p r e d i c a r á t o d o s los N u e s t r o s , a n t e s de q u e h u -
b i e r a n sido e x a m i n a d o s . L l e g a d o á n u e s t r a casa el n o t a r i o , e n t r ó en
la capilla, i n t i m ó el edicto á u n P a d r e á q u i e n e n c o n t r ó e n la sacris-
tía, y sin d e c i r m á s , se r e t i r ó . C u a n d o el P . S e v i l l a n o e n t e n d i ó lo
q u e p a s a b a , fué á v e r s e c o n el a b a d e n c o m p a ñ í a d e l P . Castillo.
E n t r a r o n a m b o s en la sala, y el b u e n a b a d , a n t e s de q u e dijesen
(1) P o l a n c o , Historia S. J., t. I I , p . 3 3 0 . V é a s e t a m b i é n la p . 6 2 3 . — ( 2 ) Ibid.—
( 3 ) Ibid., p . 3 3 1 . - ( 4 ) Ibid., p . 6 2 3 .
CAP. VII.—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 311
p a l a b r a , d i r i g i é n d o s e á ellos c o n r o s t r o e n f u r e c i d o , e m p e z ó á lla-
m a r l o s l a d r o n e s , r o b a d o r e s , e n g a ñ a d o r e s , y m a n d ó á sus alguaciles
q u e los l l e v a s e n al c e p o . S e v i l l a n o r o g ó á S u S e ñ o r í a q u e le o y e s e u n
m o m e n t o y se e n t e r a s e d e las b u l a s pontificias q u e c o n f i r m a b a n la
C o m p a ñ í a . R e s p o n d i ó el A b a d : «Esas b u l a s son b u r l e r í a y b e l l a q u e -
r í a , q u e n o bulas.» Y d i c i e n d o y h a c i e n d o , c o g e c o n a m b a s m a n o s el
b á c u l o d e q u e se servía, y lo t i r a al P . S e v i l l a n o . No le a c e r t ó , p e r o
los alguaciles e c h a r o n m a n o de los d o s P a d r e s y los m e t i e r o n e n la
c á r c e l . C u a n d o s u p i e r o n n u e s t r o s a m i g o s lo q u e h a b í a p a s a d o , acu-
d i e r o n p r e s u r o s a m e n t e al a b a d , y p o n i é n d o l e á la vista la i n o c e n c i a
y celo de los P a d r e s , le r o g a r o n q u e los soltase y les p e r m i t i e s e t r a -
b a j a r c o m o a n t e s e n p r o v e c h o d e los p r ó j i m o s . Aplacóse el abad
a l g ú n t a n t o , y p u s o á los dos P a d r e s en l i b e r t a d ; p e r o n o quiso toda-
vía p e r m i t i r l e s los m i n i s t e r i o s sagrados. C o m o el P . S e v i l l a n o le v i o
t a n fuera d e sí p o r la c ó l e r a , n o le quiso h a b l a r p o r e n t o n c e s . Dejó
pasar algún tiempo, y entretanto, p o r medio de personas respe-
t a b l e s , p r o c u r ó d e s e n g a ñ a r al a b a d , y e f e c t i v a m e n t e , lo c o n s i g u i ó
tan d e l t o d o , q u e a l g u n o s m e s e s d e s p u é s , e n J u n i o de 1553, dispen-
saba á los N u e s t r o s g e n e r o s a p r o t e c c i ó n ( 1 ) .
P a s a d a esta ráfaga t e m p e s t u o s a , p r o s i g u i e r o n los N u e s t r o s s u s o r -
d i n a r i a s t a r e a s , y o b s e r v a n d o c u á n t o crecía el a m o r y b e n i g n i d a d
d e los c i u d a d a n o s p a r a c o n e l l o s , a n i m á r o n s e á b u s c a r t e r r e n o p a r a
edificar casa é iglesia. P u s i e r o n los ojos p r i m e r a m e n t e e n u n a i g l e -
sia d e los c a b a l l e r o s d e San J u a n , j u n t o á la cual había a l g ú n t e r r e n o
p a r a c o n s t r u i r u n a casa; p e r o el n e g o c i o p r e s e n t ó a l g u n a s dificulta-
d e s q u e n o se p u d i e r o n v e n c e r . Más o p o r t u n o p a r e c i ó o t r o sitio
c o m p r a d o p o r R o d r i g o d e D u e ñ a s , el cual lo d o n ó á la C o m p a ñ í a el
día de San P e d r o de 1553. P a s a r o n l u e g o p o r allí S a n F r a n c i s c o d e
B o r j a , q u e iba á P o r t u g a l , y el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a . A p r o v e -
c h a n d o la p r e s e n c i a de dos p e r s o n a j e s t a n i l u s t r e s , p ú s o s e c o n t o d a
s o l e m n i d a d la p r i m e r a p i e d r a d e l edificio á p r i n c i p i o s de Agosto (2).
( 1 ) T o d o e s t e i n c i d e n t e lo refiere el P . S e v i l l a n o e n c a r t a á S a n I g n a c i o , e s c r i t a
el 2 8 d e N o v i e m b r e d e 1 5 5 2 . (Litterae quadrimestres, t . n , p . 60.) P r o b a b l e m e n t e
q u i e n i r r i t ó al b u e n a b a d y l e sacó p o r u n m o m e n t o f u e r a d e sí f u é a l g ú n d i s c í p u l o
d e Melchor Cano, q u e d i s e m i n a b a en M e d i n a las i d e a s hostiles q u e aquel maestro
había d i f u n d i d o , como v e r e m o s , en Salamanca. Asi parece deducirse de dos párra-
f o s d e l P . P o l a n c o : el p r i m e r o e s t á e n la Historia, t . n , p . 6 2 7 , y el s e g u n d o e n el
tomo m, p . 309.
( 2 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 430. Véase también la narración de Polanco,
Historia S. J., t. l i l , p . 3 1 2 . D e e s t e e d i f i c i o , e m p e z a d o e n 1 5 5 3 , sólo q u e d a a c -
 312 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
N u e s t r o s P a d r e s y H e r m a n o s t r a b a j a b a n c o m o j o r n a l e r o s e n la o b r a ,
y e n vista de tan e j e m p l a r h u m i l d a d , c a b a l l e r o s p r i n c i p a l e s d e Me-
dina q u i s i e r o n p o n e r sus m a n o s y s e r v i r p o r sus p e r s o n a s e n la
o b r a . « H a edificado t a n t o en este p u e b l o , dice el P . S e v i l l a n o , v e r
así á los P a d r e s y H e r m a n o s h e c h o s o b r e r o s d e C r i s t o , q u e v i n i e n d o
m u c h o s h o m b r e s h o n r a d o s y r i c o s á v e r la o b r a , el e j e m p l o los h a
c o n s t r e ñ i d o á q u i t a r s e las capas y d e s c e ñ i r s e las espadas d o r a d a s , y
con sayos d e seda y calzas de aguja a n d a r con n o s o t r o s t r a y e n d o
ladrillos y arena» (1).
A n i m a d o s los N u e s t r o s con la b e n e v o l e n c i a de los m e d i n e s e s , p r o -
c u r a r o n p a g a r l e s en c u a n t o p o d í a n , con s e r v i c i o s e s p i r i t u a l e s , las
limosnas t e m p o r a l e s q u e de ellos r e c i b í a n . E n t r e otras cosas h i c i e -
r o n u n a o b r a d e n o escasa i m p o r t a n c i a . C o m o , c o n ocasión d e las
ferias, tan c é l e b r e s en a q u e l t i e m p o , había en Medina g r a n c o n c u r s o
de c o m e r c i a n t e s , era c o s t u m b r e c o m e t e r s e en los c o n t r a t o s n o p o c o s
fraudes y engaños. N u e s t r o s P a d r e s e x p l i c a r o n la m o r a l s o b r e este
p u n t o , y c o n s i g u i e r o n e v i t a r m u c h o s p e c a d o s q u e la c o d i c i a y m a l a
costumbre tenían autorizados (2).
T a m b i é n en la j u v e n t u d se sintió m u y p r o n t o el s a l u d a b l e influjo
de la C o m p a ñ í a , s o b r e t o d o desde q u e en 1555 se p u s i e r o n clases d e
latín (3). « C r i á b a s e , d i c e el P . R i b a d e n e i r a , la j u v e n t u d de, M e d i n a
v i c i o s a m e n t e , p o r las m u c h a s r i q u e z a s q u e á la sazón había en ella
y p o r d e m a s i a d o r e g a l o , q u e c o m ú n m e n t e s u e l e a c o m p a ñ a r la a b u n -
dancia de las cosas t e m p o r a l e s . P a r a r e f o r m a r l a deseó m u c h o la
v i l l a q u e se p u s i e s e n e n n u e s t r o c o l e g i o e s t u d i o s d e latinidad. P u -
s i é r o n s e , y fué r a r o y m a r a v i l l o s o el fruto q u e se cogió de e l l o s , n o
s o l a m e n t e p a r a la i n s t i t u c i ó n de los m o z o s e n la v i r t u d y l e t r a s , s i n o
p a r a h e n c h i r las r e l i g i o n e s d e e x c e l e n t e s sujetos q u e d e n u e s t r a s
escuelas s a l i e r o n » ( 4 ) .
E n el p r i n c i p i o de t o d o s los c o l e g i o s se a d v e r t í a q u e b r o t a b a n
m u y l u e g o e n t o r n o de cada u n o m u l t i t u d d e v o c a c i o n e s á la C o m -
pañía. E s t o , q u e e r a c o m o l e y g e n e r a l , se c u m p l i ó m u y e s p e c i a l m e n t e
e n e l c o l e g i o d e Medina. E n el m i s m o año d e 1551, e n q u e l l e g a r o n
los N u e s t r o s , se les j u n t a r o n dos s a c e r d o t e s doctos d e la m i s m a ciu-
t u a l m e n t e l a i g l e s i a , q u e e s la p a r r o q u i a d e S a n t i a g o . E l c o l e g i o e s t a b a edificado e n
la h u e r t a q u e a h o r a c i ñ e p o r d o s p a r t e s á la i g l e s i a .
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. II, p . 4 2 7 .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t . n , p . 615.
( 3 ) Ibid., t. v, p . 4 2 1 .
( 4 ) Hist. de la Asistencia de España, 1. I, c. x x i .
CAP. VII.—INCREMENTO DB LA COMPAÑÍA 313
d a d , l l a m a d o s A n d r é s González y J e r ó n i m o Concha ( 1 ) . E n los a ñ o s
s i g u i e n t e s f u e r o n e n t r a n d o o t r o s m u c h o s , e n t r e los cuales l l a m a r o n
la a t e n c i ó n dos g r u p o s d e h e r m a n o s q u e v i s t i e r o n n u e s t r a sotana.
F u e r o n é s t o s , p o r u n l a d o , c u a t r o hijos del b u e n R o d r i g o de Dueñas,
l l a m a d o s Mateo, B e r n a r d i n o , G a b r i e l y Gaspar, y p o r o t r o , cinco hijos
de A n t o n i o de Acosta y Ana d e P o r r e s , q u e f u e r o n D i e g o , m a e s t r o
de t e o l o g í a e n R o m a y P r o v i n c i a l d e A n d a l u c í a ; B e r n a r d i n o , q u e
trabajó l a r g o s años en Méjico; J o s é , el m á s j o v e n y el m á s c é l e b r e
de t o d o s , a u n q u e su c e l e b r i d a d sea en p a r t e tan t r i s t e c o m o á su
t i e m p o v e r e m o s ; C r i s t ó b a l , q u e m u r i ó a] p o c o t i e m p o de e n t r a r en
r e l i g i ó n , y J e r ó n i m o , el m á s viejo de t o d o s , p e r o q u e e n t r ó el ú l t i -
m o e n la Compañía y la s i r v i ó e n v a r i o s c a r g o s i m p o r t a n t e s (2). Con
estas v o c a c i o n e s y con a l g u n o s o t r o s sujetos q u e de o t r a s casas se
m a n d a r o n , l l e g ó á t e n e r el colegio de Medina, e n el v e r a n o de 1553,
hasta v e i n t i d ó s s u j e t o s , d e los cuales s i e t e e r a n s a c e r d o t e s ( 3 ) .
5. Al lado de estos c o l e g i o s , q u e tanto h a b í a n d e florecer con el
t i e m p o , escasa m e n c i ó n m e r e c e r í a el de Oñate, q u e a r r a s t r ó u n a v i d a
l á n g u i d a y o s c u r a hasta fines d e l siglo xvi, si n o lo h u b i e r a i l u s t r a d o
e n sus p r i n c i p i o s la p r e s e n c i a de San F r a n c i s c o d e Borja, q u e e n
a q u e l r i n c ó n d e G u i p ú z c o a d e s p i d i ó los p r i m e r o s r e s p l a n d o r e s d e
su vida r e l i g i o s a . C u a n d o salió de R o m a el s a n t o , p o r F e b r e r o d e
1551, t r a í a c o n s i g o u n b r e v e m u y c u m p l i d o de J u l i o H I , p o r el cual
se le c o n c e d í a r e c i b i r las sagradas ó r d e n e s d e m a n o s de c u a l q u i e r
o b i s p o q u e él e s c o g i e r a . U n a vez efectuada e n Oñate la r e n u n c i a d e
sus e s t a d o s , e s c r i b i ó Borja á u n o b i s p o t i t u l a r , l l a m a d o G a o n a , q u e
r e s i d í a e n C a l a h o r r a , r o g á n d o l e se d i g n a s e c o n f e r i r l e las s a g r a d a s
ó r d e n e s . Accedió el obispo, y l l e g á n d o s e á Oñate, o r d e n ó al santo d e
m e n o r e s el m i é r c o l e s d e la s e m a n a de P e n t e c o s t é s , y e n los t r e s días
s i g u i e n t e s le confirió las t r e s ó r d e n e s m a y o r e s . La v í s p e r a de la T r i -
n i d a d , 23 de Mayo d e 1551, San F r a n c i s c o d e Borja e r a s a c e r d o t e (4).
H a b i é n d o s e p r e p a r a d o d u r a n t e dos m e s e s c o n ejercicios de o r a c i ó n
y p e n i t e n c i a p a r a c e l e b r a r el i n c r u e n t o sacrificio, d i r i g i ó s e á L o y o -
la, y allí, en el o r a t o r i o d e la casa q u e v i o n a c e r á San I g n a c i o , cele-
b r ó la p r i m e r a m i s a c o n inefable d e v o c i ó n el 1.° d e Agosto de 1551.
A y u d á b a l e la m i s a su hijo J u a n d e Borja, y asistían á ella u n a s pocas
p e r s o n a s c o n o c i d a s d e l s a n t o (5).
( 1 ) E n el p r i m a r c a t a l o g o h e c h o en 1 5 5 4 p o r el P . N a d a l se l e l l a m a Cuenca.—
( 2 ) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia de España, 1. I , c x x i . — ( 3 ) P o l a n c o , His-
toria S. J., t. i n , p . 3 0 5 . — ( 4 ) Epistolae. mixtae, t. n , p . 5 5 2 .
( 5 ) Epistolae mixtae, t . n , p . 5 9 7 . E n ese m i s m o o r a t o r i o , d o n d e se c e l e b r ó t a n
 314 L1B-. I I . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
6. J u l i o LTI h a b í a c o n c e d i d o j u b i l e o p l e n í s i m o á t o d o s los q u e en
e s t a d o do g r a c i a o y e s e n la p r i m e s a misa q u e F r a n c i s c o d i j e r a en pú-
blico. Dilatóse algo m á s d e lo q u e se c r e í a este a c t o , p e r o al fin se
verificó e n V e r g a r a el 15 de N o v i e m b r e d e l m i s m o año. H a b í a s e
p e n s a d o t e n e r esta función e n la p a r r o q u i a d e San P e d r o ; p e r o c u a n -
d o se s u p o la m u c h e d u m b r e de g e n t e q u e iba á c o n c u r r i r , se m u d ó
d e p l a n , y e l s a n t o dijo su p r i m e r a misa c a n t a d a al a i r e l i b r e , e n u n
a l t a r q u e se p u s o d e l a n t e d e la e r m i t a de Santa Ana. E l c o n c u r s o y
la d e v o c i ó n d e l p u e b l o e r a n a d m i r a b l e s . «Hasta los á r b o l e s , d i c e u n
t e s t i g o o c u l a r , e s t a b a n c a r g a d o s de h o m b r e s y m o c h a d l o s » (1). Más
d e d o c e m i l p e r s o n a s la oían, y el santo dio la c o m u n i ó n p o r su m a n o
á m i l d o s c i e n t o s c u a r e n t a y t a n t o s (2).
I n ú t i l es d e s c r i b i r el a s o m b r o q u e e n E s p a ñ a y e n toda E u r o p a
causó la n u e v a v i d a e m p e z a d a p o r el a n t i g u o d u q u e d e Gandía. E n
a q u e l l o s t i e m p o s d e fe tan v i v a se sabía a p r e c i a r m u c h o m e j o r q u e
a h o r a estos actos h e r o i c o s d e d e s p r e n d i m i e n t o y r e l i g i ó n . No falta-
r o n , es v e r d a d , a l g u n o s m u r m u r a d o r e s q u e m i r a b a n c o m o u n a falta
á s u d e b e r e l a b a n d o n a r e l p u e s t o e l e v a d o é i m p o r t a n t e q u e Borja
o c u p a b a (3). P e r o estas l i g e r a s m u r m u r a c i o n e s p r o n t o e n m u d e c i e -
r o n a n t e el c o r o d e alabanzas, q u e t o d o el o r b e católico t r i b u t ó y
s i g u e t r i b u t a n d o á n u e s t r o h é r o e p o r su g e n e r o s a r e n u n c i a .
Muchas p e r s o n a s , así eclesiásticas c o m o s e g l a r e s , c o r r í a n á O ñ a t e
p a r a v e r con s u s ojos la m u d a n z a q u e t a n t o les a s o m b r a b a , y n o ca-
b í a n de e s t u p o r a n t e el e s p e c t á c u l o de h u m i l d a d q u e v e í a n e n el
santo. O t r o s p e r s o n a j e s q u e n o p o d í a n i r á G u i p ú z c o a , le d i r i g í a n
r e s p e t u o s a s c a r t a s , m a n i f e s t a n d o con franqueza la a d m i r a c i ó n q u e
s e n t í a n al v e r el n u e v o estado e n q u o se c o n s a g r a b a al s e r v i c i o di-
v i n o . E l d u q u e d e M a q u e d a , v i r r e y de N a v a r r a , le instó v i v a m e n t e
p a r a q u e se a c e r c a s e á la f r o n t e r a de su v i r r e i n a t o , p u e s n o podía
r e s i s t i r al ansia de t e n e r u n a e n t r e v i s t a con él. C o n d e s c e n d i ó Borja
con t a n p i a d o s o s d e s e o s , y en el m e s de O c t u b r e d e 1551 hizo u n a
t i e r n o a c t o , se c o n s e r v a a c t u a l m e n t e u n c u a d r o q u e r e p r e s e n t a á San F r a n c i s c o d e
B o r j a d a n d o la c o m u n i ó n á los q u e o í a n s u m i s a .
( 1 ) El H . B e n i t o , en carta á San I g n a c i o , escrita por D i c i e m b r e de 1 5 5 1 .
tolae mixtae, t. n , p . 6 5 2 . )
( 2 ) A c o r c a d e e s t a f u n c i ó n , v é a s e l a c a r t a y a c i t a d a del H . B e n i t o , y a d e m á s otra
d e l H . A n t o n i o G o u e n Litlerae quadrimestres, t . n , p . 69. Adviértase que estas dos
r e l a c i o n e s c o n t e m p o r á n e s s n o m e n c i o n a n el s e r m ó n q u e , s e g ú n « C i e n f u e g o s
de San Francisco de Borja, 1. i v , c . i ) , p r e d i c ó el s a n t o d e s p u é s d e m i s a . D i f í c i l es
que tuviera fuerzas para tanto.
( 3 ) V i d e R i b a d e n e i r a , Vida de San Francisco de Borja, 1. II, c. n .
CAP. VII.—INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 315
e x c u r s i ó n á P a m p l o n a , d o n d e se d e t u v o t r e s s e m a n a s , e n s e ñ a n d o el
c a m i n o d e la v i r t u d , n o sólo al v i r r e y , s i n o á o t r a s p e r s o n a s p r i n c i -
pales q u e a c u d í a n á r e c o g e r las p a l a b r a s y a d m i r a r los e j e m p l o s d e
t a n s a n t o v a r ó n (1). T a m b i é n el infante D. L u i s , h e r m a n o d e J u a n LH,
de P o r t u g a l , q u e a ñ o s a t r á s h a b í a c o n o c i d o á Borja e n V a l l a d o l i d , l e
e s c r i b i ó u n a afectuosa carta, felicitándole p o r su n u e v o estado.
V i v í a n con el s a n t o e n O ñ a t e o t r o s c i n c o de los N u e s t r o s : el P . Mi-
g u e l Ochoa, q u e hacía d e s u p e r i o r , el P . B e n i t o , el H . P e d r o D o m é -
n e c h , el H . B e r n a r d o y o t r o H e r m a n o C o a d j u t o r á q u i e n d e s i g n a n
con el a p e l l i d o Isla (2). Q u e r i e n d o h a c e r u n p e q u e ñ o c o l e g i o , p i d i e -
r o n á la v i l l a de Oñate la e r m i t a de Santa María Magdalena. F u é l e s
c o n c e d i d a sin d i f i c u l t a d , y a l l a d o d e la e r m i t a se edificó e n p o c o
más de u n m e s (¡qué tal sería el edificio!) u n a h u m i l d e casa q u e h a -
bía de s e r v i r p a r a c o l e g i o . M i e n t r a s d u r a b a n estas o b r a s , F r a n c i s c o ,
a u n q u e algo a t a r e a d o en los m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s , p r o c u r a b a
en los r a t o s d e ocio s e r v i r á los oficiales, y e n más de u n a ocasión
los q u e v e n í a n á v i s i t a r al d u q u e de Gandía le h a l l a r o n c o n v e r t i d o
y a en c o c i n e r o , y a e n p e ó n de a l b a ñ i l (3).
No t o d o s los q u e le v i s i t a b a n i b a n sólo p o r v e r l e . H a b í a q u i e n e s
se a c e r c a b a n á.Oñate con i n t e n t o de v e s t i r la sotana d e la C o m p a ñ í a
é i m i t a i !¡. ;i del santo d u q u e . E s t e año de 1551 se p r e s e n t ó B a r -
7
tolomé de Bustamante, h o m b r e docto y secretario que había sido
d e l c a r d e n a l T a v e r a , a r z o b i s p o de T o l e d o . H a b í a t r a t a d o i m p o r t a n -
t e s n e g o c i o s , y a en Toledo,"ya e n la c o r t e , v i s i t a n d o tal v e z al m i s m o
e m p e r a d o r . S i n t i e n d o a h o r a deseos de s e r v i r á Dios, y n o a c e r t a n d o
con el c a m i n o , o y ó la r u i d o s a m u d a n z a de v i d a del d u q u e de G a n -
día. No n e c e s i t ó m á s . Al p u n t o m o n t ó á caballo y v o l ó á Oñate, d o n -
de se p u s o á las ó r d e n e s de Borja (4). De Cataluña l l e g a r o n el a b a d
P e d r o D o m é n e c h y A n t o n i o d e G o u . P o c o d e s p u é s se p r e s e n t a r o n
dos d i s c í p u l o s d e l B. J u a n de Ávila, a m b o s de n o b l e linaje, D. D i e g o
de G u z m á n , hij o d e l c o n d e de Bailen, y el D r . G a s p a r de L o a r t e , a m -
( 1 ) L a r e l a c i ó n d e e s t e v i a j e á P a m p l o n a p u e d e v e r s e e n la c a r t a a n t e s c i t a d a d e l
H . B e n i t o . (Eqristolae mixtae, t. n , p . 6 4 7 . )
(Epis-
( 2 ) E s t o s n o m b r e s n o s l o s d a el I I . A n t o n i o G o u en c a r t a á S a n I g n a c i o , f e c h a
el 2 1 d e S e t i e m b r e d e 1 5 5 1 . (Epistolae mixtae, t. n , p . 597.)
( 3 ) R i b a d e n e i r a , Vida de San Francisco de Borja, 1. n , c. i v . T a m b i é n en o t r a s
o c a s i o n e s r e p i t i ó F r a n c i s c o e s t e a c t o d e h u m i l d a d . D o s a ñ o s d e s p u é s , e n la c o n s -
(Vida
t r u c c i ó n d e l c o l e g i o d e C ó r d o b a , le vio l l e v a r t i e r r a c o n u n a e s p u e r t a p a r a la o b r a
el t e s t i g o P e d r o d e T o r r e s , q u e lo d e p u s o e n l o s p r o c e s o s p a r a l a B e a t i f i c a c i ó n d e
F r a n c i s c o . (Proceso remisoria! de Madrid, f. 2 6 . )
( 4 ) R i b a d e n e i r a , Vida de San Francisco de Borja, 1. ir, c. i v .
 \
316
LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
bos dotados de grandes virtudes, y q u e en adelante prestaron bue-
n o s s e r v i c i o s á la C o m p a ñ í a . E l a ñ o d e 52 l l e g ó e l m á s i l u s t r e d e
t o d o s , a q u e l D. A n t o n i o d e C ó r d o b a , hijo do los c o n d e s d e F e r i a y
a l g o p a r i e n t e d e S a n F r a n c i s c o d e Borja. O t r o s d e m e n o s n o m b r a d l a
e n t r a r o n e n n u e s t r a O r d e n , e n O ñ a t e , ó p o r lo m e n o s s i n t i e r o n e n -
tonces la v o c a c i ó n q u e años a d e l a n t e h a b í a n d e s e g u i r (1).
E n t r e t a n t o p r o c u r a b a F r a n c i s c o a p r o v e c h a r s e á sí y á los p r ó j i m o s
en s u n u e v o e s t a d o . D u d ó á los p r i n c i p i o s si e j e r c i t a r í a la p r e d i c a -
c i ó n , p o r n o s e r e n t e n d i d o el castellano e n t r e e l v u l g o d e a q u e l l a
t i e r r a ; p e r o d e s p u é s , c o n v e n c i d o d e q u e lo e n t e n d í a n m u c h a s p e r -
sonas e n los p u e b l o s g r a n d e s , y r o g a d o d e v a r i o s q u e a n s i a b a n v e r l e
e n e l p u l p i t o , dióse al m i n i s t e r i o d e la p a l a b r a d i v i n a c o n el f e r v o r
q u e es d e s u p o n e r . V e r g a r a , E l g u e t a , M o n d r a g ó n , B i l b a o , V i t o r i a y
o t r o s p u e b l o s i m p o r t a n t e s do las P r o v i n c i a s Vascongadas e s c u c h a r o n
la p r e d i c a c i ó n apostólica d e l Santo (2).
E n estos santos ejercicios e m p l e ó Borja la s e g u n d a m i t a d d e l
año 1551 y los p r i m e r o s m e s e s d e l 1552. E n t o n c e s le l l e g ó u n a c a r t a
de S a n I g n a c i o c o n c e b i d a e n estos t é r m i n o s : «En el n o m b r e d e Dios
os e x h o r t o , H e r m a n o carísimo, y o r d e n o q u e , s a l i e n d o d e esa p r o v i n -
cia, paséis á la c o r t e d e Valladolid y vais p o r d i v e r s a s p a r t e s , c u a n t o
la c o r p o r a l salud lo s u f r i e r e , c u m p l i e n d o c o n tantas p e r s o n a s p r i n -
cipales q u e p a r a s e r v i c i o d e D i o s y b i e n d e s u s a l m a s os h a n d e s e a d o
y l l a m a d o , y j u n t a m e n t e a y u d a d y d a d c a l o r á esos p e q u e ñ o s p r i n c i -
pios d e fundaciones d e c o l e g i o s d e la C o m p a ñ í a , s e g ú n q u e e n el S e -
ñ o r n u e s t r o e n t e n d i é s e d e s s e r á m a y o r g l o r i a suya» (3). C o n esta carta
le e n v i a b a San I g n a c i o u n a i n s t r u c c i ó n s e c r e t a y c o p i a s d e o t r a s car-
tas escritas á P o r t u g a l , d e q u e h a b l a r e m o s m á s a d e l a n t e . Deseaba
el santo p a t r i a r c a q u e F r a n c i s c o se r e u n i e s e e n S a l a m a n c a c o n el
P . Miguel de T o r r e s , n o m b r a d o visitador de P o r t u g a l , y quo ambos
(1) S o b r e t o d a s e s t a s p e r s o n a s h a y m u c h a s n o t i c i a s e n los t o m o s n y n i d e laB
Epistolae mixtae, y p o r m e d i o d e l o s í n d i c e s s e p u e d e n r e c o g e r f á c i l m e n t e l o s d a t o s
q u e h a g a n f a l t a . N o d e j a r e m o s d e r e c o m e n d a r la l e c t u r a d e l a s d o s c a r t a s e s c r i t a s
p o r el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a á S a n I g n a c i o (Ibid., t . n , p p . 6 9 7 y 7 8 8 ) , p o r q u e e n
ellas resplandece la i n s i g n e h u m i l d a d y candor d e este h o m b r e v e r d a d e r a m e n t e
santo.
( 2 ) P a r a c o n o c e r la p r e d i c a c i ó n d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a , y la g r a n d e edifica-
ción q u e producía en el pueblo vascongado, léanse las cartas del P . Miguel Ochoa y
d e l P . S o l í s , e s c r i t a s d e s d e O ñ a t e el 8 d e E n e r o y el 1.° d e M a r z o d e 1 5 5 2 . (Litterae
quadrimestres, t. I, pp. 490 y 557.)
( 3 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p. 4 9 .
CAP. V I I . — INCREMENTO DE LA COMPAÑÍA 317
c a m i n a s e n j u n t o s e n a q u e l l a v i s i t a , p a r a m a y o r a c i e r t o e n la r e s o l u -
c i ó n d e los d e l i c a d o s n e g o c i o s q u e allí se ofrecían.
A p e n a s r e c i b i ó F r a n c i s c o estas ó r d e n e s , salió d e Oñate e l 19 d e
Marzo d e 1552 (1). D e t ú v o s e algo e n Casa la R e i n a , p u e b l o d e la Rioja,
d e s p u é s e n B u r g o s , y el 2 d e A b r i l e n t r ó e n Valladolid (2). Aunqtie
h a b í a p r o c u r a d o q u e fuese su l l e g a d a s e c r e t a , a p e n a s e n t r ó e n casa
p r e s e n t ó s e e l m a r q u é s d e T a v a r a c o n o t r o s c a b a l l e r o s p a r a visitarlo.
E n los d o s días q u e allí se d e t u v o fué t a n t o e l c o n c u r s o q u e a c u d í a
á v e r l e , q u e , c o m o e s c r i b í a e l P . J u a n G o n z á l e z , S u p e r i o r d e Valla-
dolid, «no n o s p o d í a m o s d e f e n d e r d e g e n t e s e n casa, d e d o n d e n u e s -
t r a p r o b e c i l l a d e casa v i n o á s e r u n g r a n palacio do s e ñ o r e s y o t r a s
m u c h a s p e r s o n a s » (3). De Valladolid so e n c a m i n ó á T o r d e s i l l a s p a r a
v e r s e c o n la infeliz D . J u a n a la Loca (4); pasó d e s p u é s á T o r o p o r
a
c o m p l a c e r á la infanta D . J u a n a , h e r m a n a d e F e l i p e I I , y el día d e
a
Sábado S a n t o , 14 do A b r i l , e n t r ó e n S a l a m a n c a (5).
A u n q u e h a b í a trabajado p o r o c u l t a r s u l l e g a d a , c o n t o d o eso, a p e -
nas e n t r ó e n casa, p r e s e n t á r o n s e e n ella dos c a n ó n i g o s p a r a d a r l e la
b i e n v e n i d a e n n o m b r e d e l c a b i l d o , y r o g a r l e q u e se d i g n a s e p r e d i -
car e n la c a t e d r a l (6). R e s p o n d i ó e l santo o f r e c i e n d o s u b u e n a v o -
l u n t a d , y e n lo d e l s e r m ó n se r e m i t i ó al P . M i g u e l d e T o r r e s , q u e
e r a allí su s u p e r i o r . C o n c e r t ó s e q u e p r e d i c a s e la Dominica in albis,
pero después, viniendo varios religiosos agustinos y u n a comisión
d e c a b a l l e r o s , le r o g a r o n c o n m u c h a instancia q u e e l s e r m ó n fuese
e n e l m o n a s t e r i o d e S a n A g u s t í n , p o r c e l e b r a r s e allí e n a q u e l d í a
u n a fiesta m u y p r i n c i p a l . Á la cabeza d e la c o m i s i ó n v e n í a u n j o v e n
n o b i l í s i m o , q u e c o n el t i e m p o había d e s e r u n a d e las g l o r i a s m á s
p u r a s d e l e p i s c o p a d o español. E r a el B . J u a n d e R i b e r a , m a n c e b o
e n t o n c e s d e v e i n t e a ñ o s , q u e e s t u d i a b a e n la u n i v e r s i d a d d e Sala-
m a n c a (7). H ú b o s e d e c o n d e s c e n d e r c o n r u e g o s t a n a u t o r i z a d o s , y e l
santo Borja p r e d i c ó e n la iglesia d e San A g u s t í n , e s c u c h a d o p o r e l
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J , t . n , p . 6 0 6 .
( 2 ) L a r e l a c i ó n m á s c u m p l i d a d e e s t e v i a j e la t e n e m o s e n la c a r t a d e l P . B u s t a -
m a n t e , q u e a c o m p a ñ a b a a l s a n t o - y refirió á S a n I g n a c i o d e s d e S a l a m a n c a , el 2 9 d e
A b r i l d e e s t e a ñ o , t o d o lo q u e h a b í a s u c e d i d o . (Litterae quadrimestres, 1.1, p . 579.)
(3) Epistolae mixtae, t. n , p . 7 0 5 .
(4) S o b r e la e n t r e v i s t a d e l S a n t o e n T o r d e s i l l a s c o n D.* J u a n a , y s o b r e la o t r a
visita q u e l a h i z o e l a ñ o 1 5 5 4 , p u e d e v e r s e á R o d r í g u e z V i l l a , La reina Doña
Juana la Loca, p . 3 8 4 y s i g u i e n t e s .
(5) Litterae quadrimestres, t. i, p . 5 8 4 .
( 6 ) Ibid., p . 5 9 9 .
( 7 ) E s t e h e c h o l o testifica el m i s m o B e a t o p o r e s t a s p a l a b r a s : « L a p r i m e r a v e z
 318 LIB. I I . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
s e ñ o r O b i s p o y p o r u n g r a n d í s i m o c o n c u r s o , en el q u o so d i s t i n g u í a n
los m á s i l u s t r e s c a b a l l e r o s y d o c t o s l e t r a d o s d e S a l a m a n c a . E n los
p o c o s días q u e allí se d e t u v o n o c e s a r o n u n i n s t a n t e las visitas d e los
s e ñ o r e s m á s p r i n c i p a l e s y de m u c h o s r e l i g i o s o s i n s i g n e s q u e m o r a -
b a n e n a q u e l l a ciudad. Á t o d o s r e c i b í a c o n a g r a d o el P . F r a n c i s c o , y
t o d o s so r e t i r a b a n a t ó n i t o s d e v e r t a n t a h u m i l d a d y llaneza en u n
p e r s o n a j e p o c o antes tan e n c u m b r a d o .
N o p a s ó m á s a d e l a n t e , á P o r t u g a l , p o r las r a z o n e s q u o á su t i e m p o
e x p l i c a r e m o s l a r g a m e n t e (1). P o r eso F r a n c i s c o , al cabo d e a l g u n o s
días d e t e r m i n ó v o l v e r s e á O ñ a t e . P a s ó p o r T o r d e s i l l a s , d o n d e t u v o
l a r g a conferencia c o n el p r í n c i p e D. F e l i p e y la p r i n c e s a D . J u a n a . a
E l p r i m e r o le a n u n c i ó , c r e y e n d o d a r l e u n a a l e g r e n u e v a , q u o el e m -
p e r a d o r , su p a d r e , le había p r o p u e s t o al p a p a J u l i o I I I p a r a c a r d e -
n a l . No e s p e r a b a tal cosa el santo v a r ó n , y c o n t o d o el f e r v o r q u o le
d a b a su h u m i l d a d p i d i ó al S e ñ o r q u e le l i b r a s e de tales h o n r a s . Sus
o r a c i o n e s y las d i l i g e n c i a s d e S a n I g n a c i o , q u e h a b í a sido i n f o r m a d o
o p o r t u n a m e n t e d e l n e g o c i o , e v i t a r o n la d i g n i d a d q u e t a n t o s u e l e n
o t r o s a p e t e c e r . E n esta s e g u n d a oferta d e l capelo q u e se hizo á San
F r a n c i s c o de B o r j a , s u c e d i ó lo q u e r e f i e r e el P . R i b a d e n e i r a c o m o
a c o n t e c i d o en el año de 1551, esto e s , la d e l i b e r a c i ó n q u e hizo I g n a -
cio s o b r e el a c e p t a r d i g n i d a d e s , y la r e s o l u c i ó n firmísima q u e t o m ó
d e r e h u s a r l a s c u a n t o p u d i e s e . D e s p u é s de e n c o m e n d a r á Dios t r e s
d í a s este a s u n t o , «fué t a n g r a n d e , dice R i b a d e n e i r a , la c l a r i d a d q u o
t u v o , y t a n firme la c e r t i d u m b r e q u e Dios le d i o , d e q u e lo d e b í a es-
t o r b a r [ e l c a p e l o ] , q u e el m i s m o P a d r e m e dijo q u e a u n q u e t o d o
el m u n d o se e c h a r a á sus p i e s y le r o g a r a q u e n o t r a t a r a de e l l o , n o
d e j a r a de h a c e r lo q u e h i z o , q u e fué h a b l a r al p a p a y d a r forma,
c o m o c u m p l i e n d o c o n el e m p e r a d o r , el P . F r a n c i s c o se quedase en
s u bajeza, y c o n ella a d m i r a s e y edificase al m u n d o » (2).
q u e le vi [á S a n F r a n c i s c o d e B o r j a ] f u é e n S a l a m a n c a el a ñ o 1 5 5 3 , a l g o m á s ó m e -
n o s , y e n t o n c e s le b e s é las m a n o s p o r c u m p l i r con lo q u e se d e b í a á su p e r s o n a y
s a n t i d a d , y p o r s u p l i c a r l e , c o m o lo h i c e , q u e p r e d i c a s e el d o m i n g o d e Q u a s i m o d o e n
el c o n v e n t o d e San A g u s t í n d e a q u e l l a c i u d a d , á la fiesta q u e los e s t u d i a n t e s a n d a l u -
c e s h a c e n . E s t o m e c o n c e d i ó c o n m u c h a b e n i g n i d a d , y a s í p r e d i c ó , o y é n d o l e con
g r a n d e v o c i ó n el s e ñ o r o b i s p o , q u e e n t o n c e s e r a D . P e d r o d e C a s t r o , y g r a n d í s i m o
c o n c u r s o d e g e n t e . » C a r t a al n u n c i o D e c i o C a r a f f a , e s c r i t a e n V a ' e n c i a á 2 5 d e Oc-
t u b r e d e 1608, é i n c l u i d a e n el p r o c e s o c o m p u l s o r i a l d e M a d r i d p a r a la b e a t i f i c a c i ó n
d e F r a n c i s c o , fol. 8. N ó t e s e el p e q u e ñ o o l v i d o c r o n o l ó g i c o q u e p a d e c e el B e a t o , p o -
n i e n d o e n el a ñ o 1 5 5 3 lo q u e s u c e d i ó p o r P a s c u a d e 1 5 5 2 , c o m o lo d e m u e s t r a n l a s
d o s c a r t a s c o n t e m p o r á n e a s del h e c h o . (Litterae quadrimestres, t. I , p s . 5 8 4 y 5 9 0 . )
( 1 ) V é a s e m á s a b a j o el c a p . x v m .
( 2 ) Vida de Sa?i Ignacio, 1. m , c . x v . P u e d e n v e r s e l a s d o s c a r t a s q u e c o n e s t a
319
CAP. V I I . — I N C R E M E N T O D E LA COMPAÑÍA
Salió F r a n c i s c o de T o r d e s i l l a s p a r a v o l v e r á G u i p ú z c o a ; v i s i t ó e n
M e d i n a de R i o s e c o al a l m i r a n t e de Castilla, y e n P a r e d e s y C a s t r o -
g e r i z á los c o n d e s de estos t í t u l o s , y en el m e s de J u l i o descansó o t r a
vez e n su casita de O ñ a t e . D e s d e el v e r a n o de 1552 h a s t a Marzo de 1553
r e s i d i ó el s a n t o e n a q u e l h u m i l d e c o l e g i o , s a l i e n d o , c o m o la o t r a
v e z , á las p o b l a c i o n e s v e c i n a s p a r a e j e r c i t a r su celo apostólico. Ya
estaba allí p a r a e n t o n c e s el j o v e n A n t o n i o d e C ó r d o b a , q u e al lado
d e F r a n c i s c o , é i m i t a n d o sus h e r o i c a s v i r t u d e s , e m p e z ó su n o v i c i a d o
r e l i g i o s o (1).
El obispo de C a l a h o r r a , J u a n B e r n a l , g r a n d e a m i g o de la C o m p a -
ñ í a , r o g ó v i v a m e n t e al S a n t o q u e se d i g n a s e a c u d i r á su diócesis,
d o n d e los escándalos y p e c a d o s p ú b l i c o s e x i g í a n el f e r v o r d e u n
a p ó s t o l . A c e p t ó F r a n c i s c o la i n v i t a c i ó n , y d u r a n t e u n m e s dio misio-
n e s , p r i m e r o en C a l a h o r r a y d e s p u é s e n L o g r o ñ o . S e c u n d a b a n sus
esfuerzos los P P . L o a r t e y G u z m á n , q u e e s p a r c í a n la s e m i l l a d e la
d i v i n a p a l a b r a en los p u e b l o s m e n o r e s de la diócesis (2). E n t r e t a n t o
h a b í a n e g o c i a d o c o n S a n I g n a c i o e l c a r d e n a l F r a n c i s c o d e Mendoza,
a r z o b i s p o de B u r g o s , q u e pasase Borja á santificar á sus diocesanos.
E s c r i b i ó s e d e s d e R o m a a l s a n t o este d e s i g n i o , y l u e g o q u e lo r e c i -
b i ó , salió de L o g r o ñ o , d o n d e se h a l l a b a , y se e n c a m i n ó á B u r g o s .
P o c o s días d e s p u é s fué l l a m a d o á la m i s m a c i u d a d e l P . A n t o n i o d e
C ó r d o b a p a r a q u e allí se o r d e n a s e de s a c e r d o t e . V í s p e r a d e l Corpus
Christi, 31 d e Mayo d e 1553, el P . D. A n t o n i o , c o m o e n t o n c e s se le
l l a m a b a , fué o r d e n a d o de p r e s b í t e r o (3), y al día s i g u i e n t e c e l e b r ó
su p r i m e r a misa en p r e s e n c i a d e u n d e v o t o c o n c u r s o .
D o s meses se d e t u v i e r o n e n B u r g o s S a n F r a n c i s c o d e Borja y el
P . A n t o n i o d e C ó r d o b a , o b r a n d o m a r a v i l l a s con sus s e r m o n e s , c o n
sus e j e m p l o s y c o n los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s q u e d i e r o n á v a r i a s
p e r s o n a s i l u s t r e s . A m b o s a s o m b r a b a n al p u e b l o c o n el e j e m p l o d e
su h u m i l d a d y a b n e g a c i ó n , y este e j e m p l o e r a t a n t o m á s edificante,
c u a n t o estaba m á s fresca la m e m o r i a de la d i g n i d a d c a r d e n a l i c i a q u e
o c a s i ó n e s c r i b i e r o n S a n I g n a c i o y el P . P o l a n c o á San F r a n c i s c o d e B o r j a , c o n f e c h a
1.° d e J u n i o d e 1552 (Cartas de San Ignacio, t. m, p . 59 y s i g u i e n t e s ) . E s d e a d v e r -
t i r q u e e n e s t a v u e l t a d e l s a n t o d e s d e S a l a m a n c a á G u i p ú z c o a , a d e m á s del p r í n c i p e
D . F e l i p e le h a b l ó el c a r d e n a l P o g g i o , n u n c i o e n E s p a ñ a , p e r s u a d i é n d o l e q u e a c e p -
t a s e la d i g n i d a d ; p e r o á u n o y á o t r o satisfizo el s a n t o , c o n v e n c i é n d o l e s d e q u e le
c o n v e n i a el e s t a d o d e h u m i l d e r e l i g i o s o q u e h a b í a e s c o g i d o . ( V i d e P o l a n c o , Histo-
ria S. J., t . I I , p . 6 1 3 . )
( 1 ) Ibid., t . n , p . 6 1 1 .
( 2 ) Ibid., t . n i , p . 3 4 5 .
( 3 ) Epistolae mixtae, t . m, p . 3 2 5 .
 320 LIB. I I . — S A N IGNACIO CE LOYOLA

a m b o s h a b í a n r e n u n c i a d o . E f e c t i v a m e n t e , en la p r o p o s i c i ó n q u e de
p a r t e d e l e m p e r a d o r se h i z o á J u l i o I I I p a r a c u a t r o capelos e n 1552,
se h a b í a p r o p u e s t o e n p r i m e r l u g a r á S a n F r a n c i s c o d e Borja, y e n t e r -
c e r o al P . A n t o n i o d e C ó r d o b a (1). I m a g í n e s e el l e c t o r la i m p r e s i ó n
q u e h a r í a e n el católico p u e b l o b u r g a l é s la vista de a q u e l l o s dos h o m -
b r e s n o b i l í s i m o s , q u e , d e s p u é s d e r e n u n c i a r las h o n r a s d e s u linaje,
a b a n d o n a b a n t a m b i é n p o r Cristo las m a y o r e s d i g n i d a d e s eclesiásti-
cas y se c o n s a g r a b a n al s e r v i c i o d e los p o b r e s en los ejercicios más
a d m i r a b l e s d e la c a r i d a d c r i s t i a n a .
CAPÍTULO VIII
H u b i e r a d e s e a d o San F r a n c i s c o d e Borja v o l v e r s e de B u r g o s á su
PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO
r e t i r o d e O ñ a t e ; p e r o í u é l e n e c e s a r i o e n d e r e z a r sus pasos á P o r t u -
gal en el v e r a n o d e 1553. Ya n u n c a m á s había de r e s i d i r e n O ñ a t e , y
este colegio, á q u i e n la p r e s e n c i a d e u n h o m b r e tan e x t r a o r d i n a r i o (1548)
había dado momentáneamente tan singular nombradla, perdió m u y
S U M A R I O : 1 . Q u i é n e r a M e l c h o r C a n o . — 2 . C u á n d o e m p e z ó su e n e m i s t a d c o n t r a la
l u e g o toda su i m p o r t a n c i a , y fué m á s b i e n e n a d e l a n t e u n a p o b r e
C o m p a ñ í a . — 3 . R e s u m e n d e u n l i b e l o q u e e s c r i b i ó c o n t r a e l l a . — 4 . Lo q u e d e c í a
r e s i d e n c i a , de la cual a p e n a s se h a c e m e n c i ó n en n u e s t r a s h i s t o r i a s . e n el pulpito en 1 5 4 8 . — 5 . M e d i o s s u a v e s q u e se t o m a r o n p a r a a p l a c a r l e . — 6 . C a r t a -
c i r c u l a r del G e n e r a l d e los D o m i n i c o s eu f a v o r d e la C o m p a ñ í a . — 7 . D o c u m e n t o s
pontificios o b t e n i d o s p o r S a n I g n a c i o c o n t r a M e l c h o r C a n o . — 8 . D e f e n s a v a l i e n t e
( 1 ) H a b í a s e p e n s a d o c o n f e r i r l e s los c a p e l o s p o r P a s c u a d e P e n t e c o s t é s d e 1 5 5 2 . q u e h a c e d e l a C o m p a ñ í a el d o m i n i c o F r . J u a n d e l a P e ñ a . — 9. Cesa l a t e m p e s -
V é a s e la h u m i l d e y p r u d e n t í s i m a c a r t a q u e el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a e s c r i b i ó á San tad, y calla por a l g ú n t i e m p o Melchor Cano.
I g n a c i o e n e s t a o c a s i ó n , p i d i é n d o l e consejo y m a n i f e s t á n d o l e s u d e s e o d e n o a c e p t a r
t a n e m i n e n t e d i g n i d a d . (Epist. mixtae, t. n , p . G97.) V é a s e t a m b i é n lo q u e d i c e so-
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Persecuciones Fratrum.— 2. Cartas de San Ignacio.—
b r e lo m i s m o el P . M i g u e l d e T o r r e s en c a r t a d e 3 0 d e M a r z o d e 1 5 5 2 . (Ibid., p . 696.)
'A. Regeshim S. Ignatii.— i. Epistolae mixtae.— 5. Htterae (ptadrimestres.— 6. P o l a n c o , His-
toria S. J. — 7. Ribadeneira, Historia de la Asistencia de España.—8. Brevia et rescripta
antiquísima pro S. J.—9. Cartas de Melchor Cano, p u b l i c a d a s p o r F e r m í n C a b a l l e r o .

1. Así avanzaba la C o m p a ñ í a en E s p a ñ a ; p e r o n o avanzaba sin t r o -

p e z a r con g r a v e s dificultades. D e s d e los p r i n c i p i o s h a b í a n p a d e c i d o
los N u e s t r o s a l g u n a s fuertes t r i b u l a c i o n e s ; p e r o n i n g u n a les h i r i ó
t a n e n lo v i v o c o m o la p e r s e c u c i ó n q u e se suscitó en S a l a m a n c a
el año 1548. E l c a r á c t e r s a g r a d o y el m é r i t o a l t í s i m o de q u i e n la m o -
vía la h i c i e r o n m u y t e m i b l e , y el p a r t i r el g o l p e d e l s e n o d e u n a
O r d e n r e l i g i o s a , lo hizo m u c h o m á s d o l o r o s o , si b i e n d e s p u é s se
c o n s o l ó m u c h o la C o m p a ñ í a , v i e n d o q u e la m i s m a s a g r a d a r e l i g i ó n
le c u r a b a las h e r i d a s , c o r r i g i e n d o p r u d e n t e m e n t e a l h o m b r e q u e las
causaba.
Nacido e n 1509 en la v i l l a de T a r a n c ó n , p r o v i n c i a d e Cuenca, Mel-
c h o r Cano vistió el h á b i t o d e Santo D o m i n g o e n el c o n v e n t o d e San
E s t e b a n , d e Salamanca, en 1523. Allí m i s m o , h e c h a la profesión, con-
t i n u ó s u s estudios, y el a ñ o 1527, s i e n d o e s t u d i a n t e t e ó l o g o , d e b i ó
d e c o n o c e r á n u e s t r o santo P a d r e , c u a n d o , c o m o v i m o s , e s t u v o é s t e
e n a q u e l c o n v e n t o t r e s días, y fué e x a m i n a d o p o r el S u p e r i o r y p o r
21
 322 LIB. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
o t r o s r e l i g i o s o s . T e r m i n a d o s los e s t u d i o s con a p l a u s o de aventajadí-
s i m o i n g e n i o , fué d e d i c a d o M e l c h o r Cano á la e n s e ñ a n z a , y adelan-
t a n d o r á p i d a m e n t e p o r este c a m i n o , l l e g ó á s e r m a e s t r o do t e o l o g í a
e n Alcalá e l año 1543, y d e s d e allí fué t r a s l a d a d o á S a l a m a n c a
e n 1546, p a r a d e s e m p e ñ a r la c á t e d r a do p r i m a de teología (1).
Su i n g e n i o era sin d u d a de p r i m e r o r d e n ; p o r o á las altas dotes
i n t e l e c t u a l e s hacían f u e r t e c o n t r a p e s o en este h o m b r e a l g u n o s de-
fectos de c a r á c t e r . E r a el p r i m e r o su s o b e r b i a , vicio q u e ya r e c o n o -
ció e n é l , c u a n d o e s t u d i a b a , s u m a e s t r o F r a n c i s c o V i c t o r i a , q u i e n
t e m i ó n o se despeñase su discípulo en a l g ú n g r a v e p r e c i p i c i o , a r r a s -
t r a d o p o r la lozanía de su i n g e n i o (2).
A d e m á s afeaba el c a r á c t e r de M e l c h o r Cano su ira i n t e m p e r a n t e ,
q u e le hacía d e s c e n d e r á p o l é m i c a s enconosas, i n d i g n a s de t o d a p e r -
sona delicada (3). De a q u í sus a r r a n q u e s coléricos, sus rasgos venga-
t i v o s y o t r a s faltas q u e c o m ú n m e n t e r e c o n o c e n en él ios h i s t o r i a d o -
r e s , y q u e b r o t a n e s p o n t á n e a m e n t e del c o r a z ó n d o m i n a d o p o r la ira.
( 1 ) V é a s e F e r m f n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 4 0 y s i g u i e n t e s .
( 2 ) } Así lo confiesa el m i s m o M e l c h o r U a n o p o r e s t a s p a l a b r a s : <r FratremFran-
• císcum Victoria, Lector optime, eum (¡ítem summum Theologiae praeceptorem Híspa-
nla Dei singulari muñere uccepil, solituiu tiiccre audioi poslquam ah illíus scholn
discessi, ¡se. ingenio mea qnidem egregie delectari: sei/ id nereri, ne liuius e.ecellentía
quadam elatus et exiiltans inmcderate iaetarer, et grandiar ejfecius, non laete modo et
libere ingrederer, sed temeré, etiam se licenter praeceptoris vestigio, conculcarem.» (De
locis theologicisj 1. x n , p r o e m i o . ) E s t a s u b t r b i a B B m a n i f i e s t a e n la c e n s u r a a l t i v a
q u e s u e l e h a c e r n u e s t r o t e ó l o g o d e l e s q u e no p i e n s a n c u i n o é l . A s í , p o r e j e m p l o ,
r e c o r d a n d o la i d e a q u e d e c í a n e n t o n c e s m u c h o s , y h o y t o d o s , q u e el m a t r i m o n i o de
los fieles es s i e m p r e s a c r a m e n t o , p r o s i g u e a s í : (í~¿Debe l l a m a r s e t e ó l e g o al q u e así
d i s c u r r a ? A l a r g u m e n t a r d e ese m o d o , no sólo n o se m u e s t r a t e ó l o g o , p e r o ni s i q u i e r a
m e r e c e l l a m a r s e filósofo, n i a u n d i a l é c t i c o ) Appelletur vero lúe Theologus,[aut hoc
etiam nomine dignus putetur? Dum quidem ita argiunentabitur, non modo Theologus,
sed Philosaphus aut etiam Dialécticas omnino habendus non erit.:¡> (De. locis theologi-
cis, 1. v a l , c. v.) Con e s t a a l t a n e r í a i n c r e p a b a M e l c h o r C a n o á ' l o s q u e d e f e n d í a n lo
q u e h o y d e b e y a d e f e n d e r t o d o c a t ó l i c o , p u e s P í o I X definió q u e t o d o m a t r i m o n i o
d e los fieles es s a c r a m e n t o . ' J E n la c e n s u r a q u e dio a c e r c a d e l c a t e c i s m o d e C a r r a n z a ,
o f r e c i ó s e l e u n p a s a j e e n q u e el a c u s a d o c i t a b a el Tratado de la Oración d e f r a y
L u i s d e G r a n a d a , y e n t o n c e s , v o l v i é n d o s e el c e n s o r c o n t r a F r . L u i s , dice q u e la
I g l e s i a l e p o d í a r e p r e n d e r g r a v e m e n t e p o r v a r i a s c o s a s , y la ú l t i m a es la s i g u i e n t e :
«En aquel libro de F r . Luis h a y a l g u n o s e r r o r e s g r a v e s q u e t i e n e n u n cierto sa-
b o r do la h e r e j í a d e los a l u m b r a d o s , y a u n o t r o s q u e m a n i f i e s t a m e n t e c o n t r a d i c e n á
l a f e y d o c t r i n a c a t ó l i c a . » ( F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 5 0 7 ) H e a q u í tra-
t a d o n a d a m e n o s q u e d e h e r e j e el V . P . F r . L u i s d e G r a n a d a !
( 3 ) P u e d e v e r s e l a c e n s u r a q u e h i z o del c a t e c i s m o d e C a r r a n z a , q u e h e m o s citado
e n la n o t a a n t e r i o r . A u n q u e en v a r i a s c o s a s d e esa c e n s u r a t e n i a r a z ó n M e l c h o r C a n o ,
t o d o s o b s e r v a r á n q u e d e s d e el p r i n c i p i o h a s t a el fin r e b o s a ese e s c r i t o l a ira r e -
c o n c e n t r a d a c o n t r a el c é l e b r e a c u s a d o . ( F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 5 0 0 . )
CAP. VIII.—PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO
323
Con este c o n j u n t o de b u e n a s y malas c u a l i d a d e s e m p e z ó á e n s e ñ a r
t e o l o g í a en Salamanca e n 1546. E n n u e s t r o s días, difícilmente n o s
f o r m a m o s i d e a de lo q u e significaba e n el siglo x v i ser m a e s t r o d e
p r i m a en Alcalá ó Salamanca. E n t o n c e s se m i r a b a á la teología c o m o
á la r e i n a de t o d a s las ciencias; se la e s t u d i a b a , s o b r e t o d o en España,
c o n u n e n t u s i a s m o febril. Á las d i s p u t a s t e o l ó g i c a s acudía de lo más
g r a n a d o d e la sociedad u n c o n c u r s o más s e l e c t o , e n t e n d i d o y e n t u -
siasta , d e l q u e p u e d e c o n c u r r i r h o y á la r e c e p c i ó n de u n a c a d é m i c o
ó á u n i n t e r e s a n t e e s p e c t á c u l o t e a t r a l . Las más i l u s t r e s u n i v e r s i d a -
d e s se d i s p u t a b a n t e n a z m e n t e u n b u e n m a e s t r o de teología, y lo b u s -
c a b a n , si e r a p r e c i s o , e n o t r a s n a c i o n e s , sin r e p a r a r en p u n d o n o r e s
n a c i o n a l e s . Los p r í n c i p e s , los obispos, los consejos, l o s cabildos, p e -
d í a n p a r e c e r e n sus d u d a s al m a e s t r o d e t e o l o g í a , y éste se veía r o -
d e a d o de tal c o n s i d e r a c i ó n , q u e e l o c u p a r u n a c á t e d r a d e p r i m a , s o -
b r e t o d o e n u n i v e r s i d a d e s c o m o S a l a m a n c a ó Alcalá, e r a t e n i d o
c o m o u n s u e ñ o d o r a d o , c o m o el t é r m i n o de las a m b i c i o n e s á q u e
p u d i e r a a s p i r a r la j u v e n t u d estudiosa.
2. P u e s en esta posición se h a l l a b a el h o m b r e q u e e m p e z ó á p e l e a r
c o n t r a la C o m p a ñ í a e n Salamanca. ¿ C u á n d o ó c ó m o n a c i ó la a v e r s i ó n
d e M e l c h o r Cano c o n t r a los hijos de I g n a c i o ? E n su c a r t a á F r . Mi-
g u e l d e A r c o s e s c r i b e lo s i g u i e n t e : « E n lo q u e toca á la Compañía,
á V. R. le h a n d i c h o lo c i e r t o ; p e r o l o s f u n d a m e n t o s q u e t e n g o p a r a
ello n o s o n p a r a carta, y s e r í a l a r g o p r o c e s o . Sé q u e h a c a t o r c e años
q u e p i e n s o s o b r e e l l o , y los seis n o h a b l é p a l a b r a á p e r s o n a v i v i e n -
t e ; y c u a n t o m á s lo h e p e n s a d o y t r a t a d o , t a n t o m á s m e d e s c o n t e n t a
este n e g o c i o » (1). S e g ú n esto, y a q u e e m p e z ó á h a b l a r e n la c u a r e s -
m a d e 1548, s u a v e r s i ó n t u v o p r i n c i p i o e n 1542. ¿ D e d ó n d e le p u d o
v e n i r esta e n e m i s t a d e n t o n c e s , c u a n d o n o h a b í a e n E s p a ñ a m á s j e s u í -
tas q u e F a b r o y A r a o z ? Tal vez se dejaría l l e v a r d e la m a l a i m p r e -
sión q u e v a r i o s c o n c i b i e r o n en Alcalá y S a l a m a n c a c o n t r a S a n I g n a -
cio, p u e s d u r ó allí l a r g o t i e m p o c i e r t a m a l a a t m ó s f e r a , f o r m a d a p o r
los e n e m i g o s d e l santo, con la cual se i n f i c i o n a r o n a l g u n o s , c o m o lo
i n s i n u a m o s al r e f e r i r la c o n v e r s i ó n del D r . T o r r e s . C u a l e s q u i e r a q u e
fuesen las causas d e esta e n e m i s t a d , es lo c i e r t o q u e ella se manifestó
r u i d o s a y v i o l e n t a e n los s e r m o n e s c u a r e s m a l e s d e l año 1548.
3. Y ¿ q u é decía c o n t r a la C o m p a ñ í a e l P . Cano? P u e d e n c o n o c e r s e
sus ideas p o r las d i v e r s a s c a r t a s q u e e s c r i b i ó s o b r e este p u n t o los
años s i g u i e n t e s , y h a n sido p u b l i c a d a s p o r F e r m í n C a b a l l e r o . L o q u e
( 1 ) F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 4 9 9 .

324 LIB. II. — S A N IGNACIO DB LOYOLA
e s t e e s c r i t o r n o c o n o c i ó , a u n q u e hizo d i l i g e n c i a s p a r a d e s c u b r i r l o (1),
fué e l t r a t a d o c o n t r a e l i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , ó, c o m o decía
M e l c h o r Cano, sus apuntamientos s o b r e este n e g o c i o . P o s e e m o s u n a
copia d e este e s c r i t o (2), q u e d e b i ó ser r e d a c t a d o , en p a r t e al m e n o s ,
e n los años s i g u i e n t e s , a u n q u e las ideas p r i n c i p a l e s c o n t e n i d a s e n él
las v e r t í a ya el m a e s t r o e n los s e r m o n e s d e 1548.
H e a q u í u n b r e v e r e s u m e n de este t r a t a d o . Divídese en t r e s p a r t e s .
E n la p r i m e r a e x p o n e M e l c h o r Cano b r e v e m e n t e lo q u e f a v o r e c e á
la C o m p a ñ í a de J e s ú s ; e n la s e g u n d a refuta los a r g u m e n t o s do la
p r i m e r a , y, p o r fin, e n la ú l t i m a a d u c e las r a z o n e s q u e , s e g ú n él,
d e m u e s t r a n ó s e r m a l a ó estar e n c a m i n o d e s e r m a l a n u e s t r a
Compañía.
Al p r i n c i p i o a l e g a M e l c h o r Cano, p o r vía d e o b j e c i ó n , q u e los
f u n d a d o r e s d e la C o m p a ñ í a son b u e n o s , q u o s u i n s t i t u t o está a p r o -
b a d o p o r la I g l e s i a , y q u e lejos de v e r s e pecados en n u e s t r o s p r i m e -
r o s P a d r e s , dan éstos m u y b u e n e j e m p l o y c o n v i e r t e n á los peca-
d o r e s . ¿Cómo h a d e s e r m a l o u n á r b o l q u e da tan b u e n o s frutos?
T e m i e n d o la fuerza de este ú l t i m o a r g u m e n t o , p r o c u r a s a c u d i r l o al
i n s t a n t e , o b s e r v a n d o q u e b i e n p u e d e u n p r e d i c a d o r ser m a l o y
d a r s e , con t o d o , á o b r a s b u e n a s y h a c e r fruto en las a l m a s , p o r q u e el
d e m o n i o se t r a n s f i g u r a tal vez e n á n g e l d e luz ( ¡ d e s d i c h a d a aplica-
ción d e l t e x t o ! ) , y d a n d o s e n t i m i e n t o s e s p i r i t u a l e s , d e r r i b a d e s p u é s
en p e c a d o s .
E m p i e z a d e s p u é s M e l c h o r Cano á h a b l a r d e los P a d r e s d e q u i e n e s
t i e n e a l g u n a n o t i c i a , y á t o d o s los t r a t a , ó, p o r m e j o r d e c i r , les
( 1 ) V é a n s e l a s p á g i n a s 3 5 1 y s i g u i e n t e s , d o n d e m a n i f i e s t a F e r m í n C a b a l l e r o los
pasod q u e dio p a r a b a i l a r el e s c r i t o d e q u e h a b l a m o s .
( 2 ) E s t á al p r i n c i p i o d e u n t o m o en f o l i o , i n t i t u l a d o Persecutiones Fratrnm, en
el cual se e n c i e r r a n c o p i a s d e v a r i o s e s c r i t o s d e r e l i g i o s o s c o n t r a la C o m p a ñ í a , y d e
o t r o s d o c u m e n t o s s o b r e e s t o s n e g o c i o s , las c u a l e s c o p i a s s e e n v i a b a n á l i o r n a p a r a
i n f o r m a r á n u e s t r o P . G e n e r a l . ¡Sobre la a u t e n t i c i d a d d e este e s c r i t o d e M e l c h o r
C a n o , a p e n a s p u e d e c a b e r d u d a p o r las r a z o n e s s i g u i e n t e s : 1 . N o h a b í a n d e e n v i a r
a
los N u e s t r o s , p a r a i n f o r m a r al P . G e n e r a l , u n escrito falso q u e luego d e d a sepul-
tarse en los a b i s m o s del archivo. 2 . E l estilo a c r e , a l g o incorrecto y e n t r e v e r a d o
a
d e l a t i n e s c o n q u e e s t á r e d a c t a d o e s t e l i b e l o , es el m i s m o q u e a p a r e c e en las c a r t a s
y e s c r i t o s f a m i l i a r e s d e M e l c h o r C a n o . 3 . " E n e s t e t r a t a d i t o se v e n las m i s m a s i d e a s
y los m i s m o s t e x t o s a/lucidos c o n t r a la C o m p a ñ í a e n l a s c a r t a s d e l t e ó l o g o p u b l i c a -
d a s p o r F e r m í n C a b a l l e r o . 4." Y é s t a es la r a z ó u m á s d e c i s i v a , a q u í e s t á n literal-
m e n t e los c u a t r o f r a g m e n t o s , i n t e r c a l a d o s c o n l e t r a b a s t a r d i l l a en el l i b e l o Juicio
universal y parte singular de conceptos ocultos, f r a g m e n t o s q u e F e r m í n C a b a l l e r o
c o n j e t u r ó p r u d e n t e m e n t e h a b e r s i d o c o p i a d o s del t r a t a d o p e r d i d o d e M e l c h o r C a n o .
( V é a n s e e s t o s f r a g m e n t o s en F e r m í n C a b a l l e r o , p . 3 5 7 y s i g u i e n t e s . )
CAP. VI.I.—PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 325
insulta con s o b e r a n o d e s p r e c i o . í ñ i g o (así llamaba s i e m p r e á San
I g n a c i o ) se escapó de E s p a ñ a h u y e n d o de la I n q u i s i c i ó n , q u e le q u e -
ría p r e n d e r p o r a l u m b r a d o . F u e s e á R o m a , y n o h a b i e n d o allí q u i e n
le acusase, fué dado p o r l i b r e . E l tal I ñ i g o es u n h o m b r e v a n o y
p r e s u m i d o , q u e , h a b l a n d o con el a u t o r , adujo las r e v e l a c i o n e s q u e
r e c i b í a de D i o s , sin n e c e s i d a d n i n g u n a de manifestarlas (1). « E l F a -
b r o t u v o licencia del p a p a p a r a pasar e n A l e m a n i a y l l e v a r consigo
dos c l é r i g o s m u y n e c i o s , y sabido [ p r e g u n t a d o ] p a r a q u é ; p a r a q u e
dijesen misa e n t r e los h e r e j e s , cosa de g r a n i m p r u d e n c i a . Insuper
e c h a r o n fama q u e el p a p a los e n v i a b a , cosa de g r a n v a n i d a d » (2).
O t r o s d o s , S a l m e r ó n y L a í n e z , á q u i e n e s el a u t o r conoció en T r e n t o ,
son u n o s d e s v e r g o n z a d o s ; el Dr. T o r r e s , s e g ú n le d e s c r i b e M e l c h o r
C a n o , es u n p o b r e h o m b r e e n g a ñ a d o p o r los o t r o s y m u y entusias-
m a d o con la s a n t i d a d del D r . O r t i z , el c u a l d o c t o r se m u r i ó u n a n o -
che s ú b i t a m e n t e de u n a i n d i g e s t i ó n .
Á lo s e g u n d o , q u e el i n s t i t u t o de la C o m p a ñ í a h a sido a p r o b a d o
p o r el p a p a , r e s p o n d e el m a e s t r o con u n a d i s t i n c i ó n . H a sido a p r o -
b a d o , d i c e , el fin de la O r d e n , seiliect el p r e d i c a r p o r el m u n d o ; p e r o
n o las r e g l a s y c o n s t i t u c i o n e s , ó sea los m e d i o s p a r a este fin, q u e
son los q u e c a r a c t e r i z a n á u n a r e l i g i ó n . Se v e q u e n u e s t r o i m p u g -
n a d o r n o h a b í a leído, ó n o había q u e r i d o l e e r , las b u l a s q u e confir-
m a n la Compañía. A u n q u e las l e y e r a , n o d e b i ó e s t i m a r l a s en m u c h o ,
p u e s s e g ú n él d i c e , u n a de ellas, la de 1544, fué sacada p o r s o b o r n o
del c a r d e n a l F a r n e s i o .
Lo q u e se aduce en favor de la C o m p a ñ í a , á saber, q u e sus i n d i v i -
d u o s son b u e n o s y h a c e n b i e n en las a l m a s , n o se a t r e v e á n e g a r l o
n u e s t r o censor; p e r o á toda esta b o n d a d le saca el defecto de s e r
m u y p r e m a t u r a . « E l s e r ellos b u e n o s agora, y al cabo de c u a r e n t a
días de E j e r c i c i o s ó al cabo d e c u a t r o meses de C o m p a ñ í a s e r santos
y h a c e r l u e g o santos a q u e l l o s con q u i e n t r a t a n , n o h a c e p o r ellos,
antes esos son los frutos de los q u e dice Cristo q u e los conocería;
p o r q u e esa fruta es sin sazón y m u y t e m p r a n a : son los c o r n e z u e l o s
de las c i r u e l a s . TJnde suspicandum est, n o sea artificio d e l diablo.»
( 1 ) L a e n t r e v i s t a d e C a n o con S a n I g n a c i o e n liorna d e b i ó o c u r r i r e n 1 5 4 2 ,
c u a n d o el t e ó l o g o d o m i n i c o a c u d i ó á u n c a p i t u l o g e n e r a l d e su O r d e n . E l P . P o -
l a n c o , e s c r i b i e n d o la C r ó n i c a d e 1548, al l l e g a r á la p e r s e c u c i ó n d e S a l a m a n c a , d i c e
d e M e l c h o r C a n o : «Erga Patrem lgnatium, quem Rmnae noverat, non bene affectus
erat.y> 'Historia S. ./., t. I , p . 2 9 8 . P a r a los v i a j e s q u e hizo M e l c h o r C a n o , v é a s e
F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 139.
( 2 ) E s t e p a r r a f i t o s o b r e el P . F a b r o es u n o d e l o s c o p i a d o s p o r F e r m í n C a b a l l e r o .
326 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
I n s i s t e m u c h o s o b r e este p u n t o d e la n e c e s i d a d de m u c h o t i e m p o
p a r a santificarse, é i n s i n ú a q u e el f u n d a d o r de la C o m p a ñ í a n o h a
h e c h o m i l a g r o s , cosa n u n c a vista e n f u n d a d o r e s d e s d e San Basilio
h a s t a el ú l t i m o d e los M í n i m o s [ S a n F r a n c i s c o de P a u l a ] .
E n t r a l u e g o en la t e r c e r a p a r t e , y a q u í t r i u n f a M e l c h o r Cano apli-
c a n d o á la C o m p a ñ í a a q u e l l a s t e r r i b l e s p r e d i c c i o n e s q u e San P e d r o ,
y m á s c l a r a m e n t e San P a b l o e n su s e g u n d a carta á T i m o t e o , c. n i ,
h a c e n s o b r e los h i p ó c r i t a s q u e e n los siglos a d v e n i d e r o s h a n de e n -
g a ñ a r al m u n d o , p e n e t r a n d o e n las casas, s e d u c i e n d o á las m u j e r -
cillas y l l e v a n d o e n p o s de sí á los i g n o r a n t e s . R e p r e n d e e n la C o m -
pañía la falta d e l c o r o , el n o t e n e r a y u n o s y asperezas c o r p o r a l e s ,
fuera de los m a n d a d o s p o r la Iglesia á todos los fieles; el n o v i v i r
e n c l a u s u r a , el m o s t r a r s e e x c e s i v a m e n t e b e n i g n o s con los p e n i t e n -
tes, y, p o r fin, c o n d e n a el uso de los Ejercicios, n o t a n d o a l g u n a s p r o -
p o s i c i o n e s d e ellos. T o d o esto v a escrito con a q u e l l a a c r i m o n i a
t e r r i b l e q u e c a r a c t e r i z a la p o l é m i c a d e M e l c h o r Cano, el cual des-
c i e n d e á v e c e s hasta r e f e r i r c u e n t e c i l l o s , i n d i g n o s de u n a p e r s o n a
b i e n e d u c a d a , c u a n t o más de u n r e l i g i o s o (1).
4. La m a y o r p a r t e de estas i d e a s , a u n q u e p r o b a b l e m e n t e f u e r o n
e s c r i t a s a l g u n o s años d e s p u é s , c o m o lo p r u e b a el t e x t o e n q u e h a b l a *
del Concilio d e T r e n t o , y a las difundía el m a e s t r o e n sus s e r m o -
n e s d e 1548. C o n s e r v a m o s u n a c a r t a del P . J u a n P a b l o Álvarez, fe-
chada e n 25 d e N o v i e m b r e d e l m i s m o a ñ o , en la cual se explica á
San I g n a c i o lo q u e M e l c h o r Cano había p r e d i c a d o e n a q u e l m i s m o
día. «Lo q u e h o y h a p r e d i c a d o , dice este P a d r e , es esto: q u e u n a de
las cosas q u e h a n e s c u r e c i d o la c r i s t i a n d a d es el p o c o m i r a m i e n t o
de los p e r l a d o s , q u e p o r c o n d e s c e n d e r con p e r s o n a s devotas, a p r u e -
b a n r e l i g i o n e s n u e v a s y l i b r e s , de r e l i g i o s o s q u e c o m ú n m e n t e a n d a n
p o r esas calles c o m o t o d o s , y c o m e n c o m o todos, y son r e l i g i o n e s
ociosas, en las cuales se dan al ocio, n o c u r a n d o de m o r t i f i c a r sus
c u e r p o s p o r asperezas, y p r o c u r a n d o r e z a r r o m a n o b r e v e ; y t o d o
esto e n t i e n d e n h a s t a los n i ñ o s d e n o s o t r o s » (2).
Q u i n c e días d e s p u é s , el 10 de D i c i e m b r e , se d e s a h o g a b a M e l c h o r
Cano con esta i n v e c t i v a , q u e le e s c u c h ó el P . Bautista Sánchez. «Ven-
d r á n señales a n t e s d e l j u i c i o , y e n t r e o t r a s v e n d r á n h i p ó c r i t a s , v e n -
( 1 ) A l u d i m o B al h e c h o o c u r r i d o e n T a r a z o n a , y q u e e s t á r e p r o d u c i d o e n u n o d e
I O B f r a g m e n t o s p u b l i c a d o s p o r F e r m í n C a b a l l e r o . T é n g a s e p r e s e n t e q u e la C o m p a -
ñía no h a b í a entrado en Tarazona m i e n t r a s vivió Melchor Cano.
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 4 8 7 .
CAP. V I H . — PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 327
d r á n a l u m b r a m i e n t o s y E j e r c i c i o s , y los q u e a h o r a son t e n i d o s p o r
santos, e n t o n c e s s e r á n m a l d i t o s é i r á n al infierno» (1). P u e s las i d e a s
q u e v e r t í a en c o n v e r s a c i o n e s p a r t i c u l a r e s n o e r a n m e n o s fuertes,
c o m o se deja s u p o n e r , q u e las p r e d i c a d a s e n el pulpito. P u é d e s e cole-
g i r esto p o r lo q u e dijo al P . J u a n P a b l o Á l v a r e z , y éste nos h a
c o n s e r v a d o e n la c a r t a a n t e s citada. «Las cosas, d i c e , q u e á m í e n
p a r t i c u l a r m e dijo f u e r o n tan r e c i a s , q u e y o e s t u v e e s p a n t a d o de
t a n t a l i b e r t a d , y t o d o r e p r o b a n d o la a p r o b a c i ó n del p a p a , t r a y é n -
d o m e e j e m p l o d e los a l u m b r a d o s , c ó m o h a b í a n t r a í d o tan santos
p r i n c i p i o s , y c ó m o d e s p u é s c a y e r o n ; y d i c i é n d o l e y o q u e el S e ñ o r
d e c l a r a r í a la v e r d a d , y q u e si esto e r a m a l o n o dejaría s e r e n g a ñ a d a
su Iglesia, dijo q u e a n t e s que Dios lo d e c l a r a s e , p a s a r í a m u c h o t i e m p o
p o r n u e s t r o s p e c a d o s , p a r a que m u c h o s fuesen e n g a ñ a d o s , y q u e
h a r í a Dios m e r c e d á los q u e de n o s o t r o s nos m u r i é s e m o s a n t e s q u e
a q u e l l o v i n i e s e . Decía t a m b i é n , q u e t e m í a q u e esta C o m p a ñ í a fuese
madre del Anticristo y q u e v e m u c h a s señales d e v e n i r el A n t i -
c r i s t o , y q u e n i m á s n i m e n o s q u e los de la C o m p a ñ í a h a c e n , así h a n
d e h a c e r a q u e l l o s p s e u d o p r o f e t a s q u e está e s c r i t o q u e h a n de v e -
nir Vea, V. P . , q u é p u e d e d e c i r y p r e d i c a r q u i e n encajado t i e n e
esto, y p i e n s a q u e h a c e s e r v i c i o á Dios e n ello» (2).
O t r a c i r c u n s t a n c i a d e b e m o s n o t a r en esta p e r s e c u c i ó n , y es q u e
M e l c h o r Cano n u n c a n o m b r a b a e n el pulpito á la C o m p a ñ í a de J e s ú s ;
p e r o h a b l a b a en t é r m i n o s q u e t o d o s a p l i c a b a n lo d i c h o á la C o m p a -
ñía. Con esto tenía a b i e r t a la r e t i r a d a , d i c i e n d o q u e su p r e d i c a c i ó n
n o iba c o n t r a los N u e s t r o s . Así p r e t e n d i ó e x c u s a r s e e n la c o n v e r s a -
ción q u e t u v o con el P . J u a n P a b l o Á l v a r e z . O i g a m o s d e n u e v o á
este P a d r e : «Habida ocasión, fui á h a b l a r l e [á M e l c h o r C a n o ] á su casa,
y él m e dijo q u e a q u e l l o q u e h a b í a p r e d i c a d o d e lo cual n o s h a b í a -
m o s s e n t i d o , q u e n o lo decía e n p a r t i c u l a r d e la C o m p a ñ í a porque
él n o p r e d i c a b a sino e n c o m ú n lo q u e s e g ú n la S a g r a d a E s c r i t u r a le
p a r e c í a . Lo cual n o m e p a r e c i ó b a s t a n t e satisfacción, p o r q u e p o c o
h a c e al caso q u e él n o p r e t e n d a d e c i r e n p a r t i c u l a r de la C o m p a ñ í a ,
si t o d o s los q u e le o y e n lo e n t i e n d e n de ella, s a b i é n d o l o él y p e r s e -
v e r a n d o e n d e c i r cosas p o r las cuales se q u i t a m u c h a a u t o r i d a d al
S u m o Pontífice, y tan c l a r a s , q u e las m i s m a s p a l a b r a s q u e al P a d r e
D o c t o r [ T o r r e s ] y á m í . m e h a d i c h o en p a r t i c u l a r , las h a p r e d i c a d o
h o y día d e Santa Catalina d e l a n t e d e toda esta U n i v e r s i d a d , de c u y o
s e r m ó n s a l i e r o n t o d o s m u y escandalizados, d i c i e n d o : Qiiis est de quo
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 4 8 8 . — (2) Ibid.
 328 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
flicitP Et spedaculnm fadi sumus ómnibus homivibiis, y e n el m i s m o
s e r m ó n e s t a n d o , t o d o s v o l v í a n e l r o s t r o á m i r a r n o s » (1).
R e s u m i e n d o , p u e s , t o d o lo q u e hacía M e l c h o r Cano c o n t r a los N u e s -
tros, p o d e m o s e n u n c i a r l o e n las tros a f i r m a c i o n e s s i g u i e n t e s : P r i m e -
r a : los c a r g o s q u e h a c í a á la C o m p a ñ í a e r a n g r a v í s i m o s , p u e s llegaba
á i n f a m a r á n u e s t r o s P a d r e s de h i p ó c r i t a s , e m b u s t e r o s y p r e c u r s o r e s
d e l A n t i c r i s t o , y les aplicaba u n t e x t o de tan espantosa significación
p r á c t i c a c o m o es a q u e l d e S a n P a b l o , qui penetrant domos et captivas
ducunt mulicrculas (2), S e g u n d a : estas i n c u l p a c i o n e s las hacía s i n n i n -
g ú n f u n d a m e n t o e n la r e a l i d a d , p u e s n i e n t o n c e s n i e n t o d a s u v i d a
d e s c u b r i ó M e l c h o r Cano en los hijos de la Compañía n i n g ú n p e c a d o ,
n i se a t r e v i ó j a m á s á s e ñ a l a r un solo hecho concreto q u e p u d i e s e s e r v i r
de base á tan h o r r i b l e s acusaciones, c i r c u n s t a n c i a b i e n n o t a d a p o r el
p a p a P a u l o I I I en la c o n s e r v a t o r i a q u e e x p i d i ó con esta ocasión, p u e s
d i c e q u e n u e s t r o s e n e m i g o s c a l u m n i a n á la C o m p a ñ í a , cerium quid
non afferentes, ñeque cinsdem Societatis aliquem in iudicinm focan-
tes (3). T e r c e r a : e l m o d o d e a t a c a r á la C o m p a ñ í a e r a i n n o b l e , e n v o l -
v i e n d o la i n v e c t i v a e n el a n ó n i m o , p a r a t e n e r la e s c a p a t o r i a d e d e c i r
q u e sus p a l a b r a s n o i b a n c o n t r a los jesuítas, sino c o n t r a los l u t e r a n o s ,
y e n g e n e r a l c o n t r a los e n e m i g o s d e la Iglesia. T é n g a s e m u y p r e s e n t e
este a r d i d , q u e a p r e n d i e r o n de M e l c h o r Cano o t r o s e n e m i g o s d e la
C o m p a ñ í a , y v e r e m o s r e p e t i d o en m á s de u n a ocasión.
5. Tal fué el a t a q u e . V e a m o s a h o r a la defensa. Al p r i n c i p i o p a r e c e
q u e e l P . T o r r e s n o dio m u c h a i m p o r t a n c i a á las d e c l a m a c i o n e s d e
M e l c h o r C a n o . E s c r i b i e n d o al P . A r a o z e l 24 d e A b r i l d e 1548, le da
la n o t i c i a de los s e r m o n e s a g r e s i v o s del d o m i n i c o , p e r o a d v i r t i e n d o
q u e p r o n t o p a s a r á la t r i b u l a c i ó n , y h a b l a n d o do ella c o m o de u n dis-
g u s t o p a s a j e r o (4). P a r a r e m e d i a r el m a l sin h a c e r r u i d o , fué el
P . T o r r e s á v i s i t a r á M e l c h o r C a n o , á q u i e n y a conocía d e s d e Al-
calá. E x p l i c ó l e e l i n s t i t u t o de la Compañía, la a p r o b a c i ó n q u e éste
h a b í a r e c i b i d o d e l S u m o Pontífice; h a b l ó l e d e n u e s t r o s p r i m e r o s
Padres y de otras personas insignes que estimaban á nuestra Orden,
y finalmente le r o g ó q u e se d i g n a s e f a v o r e c e r é l t a m b i é n á la na-
c i e n t e r e l i g i ó n . Á esto r e s p o n d i ó M e l c h o r Cano q u e n o h a b l a r í a nada
c o n t r a la C o m p a ñ í a . P o c o a p r o v e c h ó esta p r o m e s a , p u e s e n el s e r m ó n
s i g u i e n t e se d e s a h o g ó con m á s furia c o n t r a los N u e s t r o s , a u n q u e , p o r
s u p u e s t o , sin n o m b r a r l o s (5). O t r a d i l i g e n c i a d e l P . T o r r e s fué el visi-
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 4 8 8 . — ( 2 ) II ad Tim., c. n i . — ( 3 ) Cartas de
San Ignacio, t . II, p . 4 8 1 . — ( 4 ) Epistolae mixtae, t. I, p . 4 9 2 . — ( 5 ) Ibid. V é a s e a d e -
m á s Epist. P. Nadal, t . n , p . 4 4 .
OAP. VIII.—PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 329
t a r á los p r i n c i p a l e s m a e s t r o s y á las p e r s o n a s más influyentes d e
Salamanca, p a r a d a r l e s c u e n t a de n u e s t r a s cosas y q u i t a r l e s la m a l a
i m p r e s i ó n q u e e n ellos p u d i e r a n p r o d u c i r las p a l a b r a s de n u e s t r o
c o n t r a r i o . C o n esto se e s p e r a b a q u e cesaría t o d a la t o r m e n t a ; p e r o
pasó la c u a r e s m a d e 1548, y n o pasó la a n i m o s i d a d d e M e l c h o r Cano.
Seguía éste p r e d i c a n d o , y seguía desatándose c o n t r a la Compañía y
a r r a s t r a n d o e n p o s de sí á m u c h í s i m a g e n t e de Salamanca. No e r a
s o l a m e n t e la g e n t e p o p u l a r q u i e n se dejaba p e r s u a d i r p o r M e l c h o r
C a n o . T a m b i é n s e d u j e r o n sus discursos á v a r i o s religiosos, p r i n c i -
p a l m e n t e d o m i n i c o s , los c u a l e s , con más ó m e n o s artificio, difundían
e n sus s e r m o n e s las ideas d e l m a e s t r o (1). E l efecto de tan l a r g a b a -
t e r í a fué el v e r s e n u e s t r o s P a d r e s señalados con el d e d o y e v i t a d o s
e n el t r a t o , c o m o si fueran r e o s de h e r e j í a ó de o t r o s p e c a d o s e n o r -
m e s . «Cuando p o r las calles nos t o p a n , dice el P . J u a n P a b l o Álva-
rez, u n o s á o t r o s se avisan d i c i e n d o cávete, lo cual m e h a acaecido á
m í h o y . O t r o H e r m a n o de casa, e s t a n d o r e z a n d o en u n a iglesia oyó
d e c i r á u n o s q u e allí estaban: = Veis a q u í u n o de los q u e el P . Cano
»dice cávete vobis, y de los q u e p r e d i c a q u e nos g u a r d e m o s de u n o s
» p s e u d o p r o f e t a s q u e a h o r a a n d a n , n o nos e n g a ñ e n » (2). Tal estado de
cosas d u r ó d e s d e la c u a r e s m a hasta fines del año 1548.
Los N u e s t r o s , a u n q u e h o s t i g a d o s t a n i n c e s a n t e m e n t e , p r o c u r a r o n
t e n e r p a c i e n c i a , y s i g u i e n d o el consejo de C r i s t o , v o l v e r b i e n p o r
m a l . H a b l a b a n b i e n de M e l c h o r C a n o , e x c u s a b a n su i n t e n c i ó n , a t r i -
b u y e n d o á celo d e la fe lo q u e decía desde el pulpito, e l o g i a b a n los
m é r i t o s de la s a g r a d a O r d e n de P r e d i c a d o r e s , y, s o b r e t o d o , se g u a r -
d a b a n m u c h o de d a r e n p ú b l i c o n i n g u n a m u e s t r a de r e s e n t i m i e n t o
ó enemistad.
Con t o d o eso, v i e n d o el e n o r m e d e s c r é d i t o q u e caía en el n o m b r e
de la Compañía, y a d v i r t i e n d o q u e con esto se i m p e d í a n t o d o s n u e s -
t r o s m i n i s t e r i o s , p u e s la g e n t e h u í a de n o s o t r o s , a v i s a r o n de t o d o á San
I g n a c i o p a r a q u e se p u s i e s e r e m e d i o eficaz á tantos m a l e s . E n el m e s
de Agosto de 1548 e m p i e z a n á n o t a r s e los m o v i m i e n t o s de San I g n a -
cio e n este n e g o c i o . P o r de p r o n t o e s c r i b e al P . T o r r e s m a n d á n d o l e
(1) No n o m b r a n nuestros P a d r e s á n i n g u n o de estos religiosos, secuaces de Mel-
c h o r C a n o , p o r q u e e v i t a n e n lo p o s i b l e s e ñ a l a r los n o m b r e s d e los q u e h a c e n a l g u n a
i n d i g n i d a d ; p e r o l e y e n d o á P o l a n c o (Historia S. J., t. i, p . 2 9 8 , y t. n , p . 6 2 7 ) , y
la m i s m a c o n s e r v a t o r i a d e P a u l o I I I , q u e h a b l a d e los e n e m i g o s d e la C o m p a ñ í a en
plural, se convence uno de que Melchor Cano tuvo desde luego algún séquito en Sa-
l a m a n c a . P o r lo d e m á s , el h e c h o es t a n o b v i o y n a t u r a l , q u e n o n e c e s i t a d e m o s t r a c i ó n .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 4 8 6 .
 330 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOTOLA
q u e t o m e p o r t e s t i m o n i o d e n o t a r i o ó d e p e r s o n a s calificadas d e Sa-
lamanca, las c a l u m n i a s q u e M e l c h o r Cano s i e m b r a c o n t r a la C o m p a -
ñ í a , y al m i s m o t i e m p o se le indica q u e se p r o c u r a r á e n R o m a q u e
e s c r i b a n á n u e s t r o c o n t r a r i o el c a r d e n a l d e B u r g o s y el G e n e r a l d e
su O r d e n (1). E l 4 d e S e t i e m b r e e s c r i b e P o l a n c o al m i s m o T o r r e s ,
significándole q u e n u e s t r o g r a n d e a m i g o el c a r d e n a l M e n d o z a q u e -
r í a p r o c e d e r con t o d o r i g o r , o b t e n i e n d o u n m o n i t o r i o del p a p a en
el q u e se m a n d a s e á M e l c h o r Cano p r e s e n t a r s e en R o m a p a r a d a r
r a z ó n de sí; p e r o q u e n u e s t r o P . I g n a c i o , n ó t e s e b i e n esta frase, como
es su condición mirar bien lo que comienza, y después ponerse de veras
en ello, p r o c u r ó r e t i r a r l e [el m o n i t o r i o ] (2). E f e c t i v a m e n t e , a u n q u e
San I g n a c i o o b t u v o p o r el m e s de O c t u b r e el b r e v e d e q u e l u e g o
h a b l a r e m o s , q u i s o , sin e m b a r g o , p r o c e d e r p r i m e r o con suavidad.
H i z o q u e e l G e n e r a l de su O r d e n e s c r i b i e s e á M e l c h o r Cano u n a car-
ta p r i v a d a , e x h o r t á n d o l e á d e s i s t i r de su i n t e n t o (3). No b a s t a n d o
esta c a r t a p a r t i c u l a r , c o n s i g u i ó n u e s t r o P a d r e q u e el m i s m o r e v e -
r e n d í s i m o G e n e r a l de la O r d e n d e P r e d i c a d o r e s e x p i d i e s e á t o d o s
sus r e l i g i o s o s u n a c a r t a - c i r c u l a r , q u e es u n a b r e v e p e r o d i g n a de-
fensa y r e c o m e n d a c i ó n de la C o m p a ñ í a . E l P . R i b a d e n e i r a p u b l i c ó
e l t e x t o l a t i n o d e esta c a r t a e n la Vida l a t i n a d e San I g n a c i o . E n la
castellana p u s o el m i s m o a u t o r la s i g u i e n t e t r a d u c c i ó n :
6. «A t o d o s n u e s t r o s v e n e r a b l e s e n C r i s t o , P a d r e s y H e r m a n o s d e
la O r d e n de P r e d i c a d o r e s , d o n d e q u i e r a q u e se h a l l a r e n , F r . F r a n -
cisco R o m e o de C a s t e l l ó n , p r o f e s o r en s a g r a d a t e o l o g í a y h u m i l d e
M a e s t r o G e n e r a l y s i e r v o d e t o d a la dicha O r d e n , salud y consola-
ción d e l E s p í r i t u S a n t o .
»Sabed c o m o e n estos m i s e r a b l e s t i e m p o s en q u e la r e l i g i ó n cris-
t i a n a es c o m b a t i d a d e las a r m a s de los h e r e j e s , y m a l t r a t a d a de las
p e r v e r s a s c o s t u m b r e s d e los m a l o s c r i s t i a n o s , n o s h a e n v i a d o la m i -
s e r i c o r d i a de D i o s , c o m o g e n t e de s o c o r r o , una n u e v a r e l i g i ó n d e
c l é r i g o s r e g u l a r e s , l l a m a d a la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , la cual h a a p r o -
b a d o y c o n f i r m a d o n u e s t r o s a n t í s i m o e n Cristo P a d r e y S e ñ o r P a u -
lo n i , m o v i d o d e los g r a n d e s frutos q u e e n la Iglesia esta r e l i g i ó n
h a c e c o n sus s e r m o n e s y l e c c i o n e s p ú b l i c a s , con e x h o r t a r los fieles
á la v i r t u d , con o i r las confesiones y con los o t r o s sacros ejercicios
y c o n el e j e m p l o de santa vida. De lo cual os h e q u e r i d o avisar, p o r -
q u e n i n g u n o d e v o s o t r o s , m o v i d o d e la n o v e d a d d e este I n s t i t u t o , se
( 1 ) Regest. S. Ign., t. I, p . 1 6 4 . — ( 2 ) Ibid.—(S) Carta del P . J u a n P a b l o Á l v a -
rez, arriba citada.
CAP. V I I I . — PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 331
v u e l v a p o r e r r o r c o n t r a los s o l d a d o s q u e Dios le h a e n v i a d o d e s o -
c o r r o , n i m u r m u r e d e a q u é l l o s , de c u y o a c r e c e n t a m i e n t o se d e b í a
a l e g r a r , é i m i t a r sus pías o b r a s .
»Bien c r e e m o s q u e v o s o t r o s , c o m o a m i g o s y a m a d o s d e l celestial
e s p o s o , n o v i t u p e r a r é i s n i s e n t i r é i s m a l de la v a r i e d a d de los v e s t i -
dos de su esposa, a n t e s los e s t i m a r é i s y h o n r a r é i s con a q u e l l a c a r i -
dad q u e se goza con la v e r d a d ; mas p o r n o faltar á lo q u e d e b e m o s
á n u e s t r o oficio, y p o r p r e v e n i r á c u a l e s q u i e r i n c o n v e n i e n t e s , p o r
estas n u e s t r a s l e t r a s os o r d e n a m o s , y p o r la a u t o r i d a d de n u e s t r o
oficio y en v i r t u d del E s p í r i t u Santo y d e la Santa O b e d i e n c i a y so
las p e n a s q u e q u e d a r á n á n u e s t r o a r b i t r i o , os m a n d a m o s , q u e n i n -
g u n o de v o s o t r o s , los dichos n u e s t r o s r e l i g i o s o s , se a t r e v a á m u r -
m u r a r n i d e c i r m a l desta dicha O r d e n , a p r o b a d a y confirmada p o r
la Santa S e d e A p o s t ó l i c a , n i de sus i n s t i t u t o s , así en las l e c c i o n e s
p ú b l i c a s y s e r m o n e s y a y u n t a m i e n t o s , c o m o en las pláticas y c o n -
v e r s a c i o n e s f a m i l i a r e s , a n t e s trabajéis d e a y u d a r á esta r e l i g i ó n y á
los P a d r e s d e ella, c o m o á soldados de n u e s t r a m i s m a c a p i t a n í a , y
los d e f e n d á i s y a m p a r é i s c o n t r a sus a d v e r s a r i o s , en fe d e lo c u a l
m a n d a m o s sellar estas n u e s t r a s l e t r a s con el sello de n u e s t r o oficio.
Dada en R o m a á 10 de O c t u b r e de 1548.—Francisco Romeo, M a e s t r o
de la O r d e n de P r e d i c a d o r e s , e n el t e r c e r año de su asunción» (1).
M u y a g r a d e c i d o s d e b e m o s e s t a r á la O r d e n de P r e d i c a d o r e s p o r
esta d i g n a carta, la cual, sin duda, d e s p e r t ó e n m u c h o s P a d r e s d o m i -
n i c o s el celo q u e m o s t r a r o n en a d e l a n t e d e d e f e n d e r á los j e s u í t a s ,
á p e s a r d e los d i c h o s d e M e l c h o r Cano y de sus s e c u a c e s .
7. Al m i s m o t i e m p o q u e se o b t e n í a la carta p r e c e d e n t e , c o n s i g u i ó
t a m b i é n I g n a c i o u n b r e v e e n é r g i c o de P a u l o I H , n o m b r a n d o j u e c e s
c o n s e r v a d o r e s á los obispos d e C u e n c a y S a l a m a n c a p a r a q u e en.
n o m b r e de Su S a n t i d a d p r o c e d a n c o n t r a los d e t r a c t o r e s de la C o m -
pañía. E n este b r e v e se d e b e n n o t a r dos cosas q u e dice el papa: L a
p r i m e r a es q u e los e n e m i g o s de la C o m p a ñ í a la c a l u m n i a n , sin c i t a r
n i n g ú n h e c h o d e t e r m i n a d o , y sin l l a m a r á j u i c i o á n i n g ú n j e s u í t a .
La s e g u n d a es q u e t a c h a á n u e s t r o s e n e m i g o s d e m a l a i n t e n c i ó n .
«La fama d e la C o m p a ñ í a , d i c e , h a sido tan violada y o s c u r e c i d a
p o r a l g u n o s h o m b r e s m a l i n t e n c i o n a d o s a nonnidlis mali animi ho-
minibus, así e n s e r m o n e s y lecciones p ú b l i c a s , c o m o e n c o n v e r s a -
( 1 ) P o s e e m o s u n a copia d e e s t e d o c u m e n t o , a u t e n t i c a d a p o r el v i c a r i o d e R o m a
F e l i p e A r c b i n t o el 2 3 d e E n e r o d e 1 5 4 9 . E s t á e n el t o m o Brevia et rescripta anti-
quissima pro Societate, 1 5 3 9 - 1 5 8 9 , p . 4 1 .
 332 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
CAr. VIII.—PEBSECÜCIÓN DE MELCHOR CANO 333

c i o n e s p a r t i c u l a r e s , q u e los de la C o m p a ñ í a , q u e r e s i d e n en Sala-
copia del b r e v e p o n t i f i c i o , s u p l i c á n d o l e , al fin, q u e e n c o m e n d a s e a l
manca, deseando e m p r e n d e r obras de mucha piedad, según que
S e ñ o r este n e g o c i o , p a r a q u e t u v i e s e el é x i t o q u e más c o n v i n i e r a á
a c o s t u m b r a n , n o lo h a n p o d i d o h a c e r hasta a h o r a , p o r h u i r de ellos
la m a y o r g l o r i a d i v i n a (1). F e l i z r e s u l t a d o p r o d u j o esta carta d e I g -
e l p u e b l o y g e n t e p r i n c i p a l , c o m o de g e n t e sospechosa» (1). E s t e
n a c i o , p u e s el B. J u a n d e Á v i l a , lejos de a l u c i n a r s e p o r los sofismas
b r e v e fué e x p e d i d o el 19 de O c t u b r e de 1548.
de n u e s t r o s a d v e r s a r i o s , n o s favoreció e n a d e l a n t e con m á s d e c i d i d o
O b t e n i d o s el b r e v e y la carta d e l G e n e r a l de los d o m i n i c o s , n o
e m p e ñ o . Si las i n v e c t i v a s de M e l c h o r Cano e n e m i s t a r o n c o n t r a la
q u i s o I g n a c i o s e r v i r s e de ellos desde l u e g o , y los t u v o r e s e r v a d o s
C o m p a ñ í a á v a r i o s r e l i g i o s o s de otras Ó r d e n e s , las r e c o m e n d a c i o n e s
t r e s m e s e s p o r v e r si se aplacaba la t e m p e s t a d de s u y o sin h a c e r
y elogios d e l m a e s t r o Ávila n o s v a l i e r o n m u c h a s y e x c e l e n t e s v o c a -
m á s r u i d o . P o r fin, v i e n d o q u e c o n t i n u a b a la p e r s e c u c i ó n , y n o t e -
c i o n e s , é i n f l u y e r o n c o n s i d e r a b l e m e n t e en la fundación de a l g u n o s
nía trazas do m e n g u a r , r e m i t i ó estos d o c u m e n t o s al D r . T o r r e s p o r
c o l e g i o s de A n d a l u c í a (2).
E n e r o d e 1549, p r e v i n i é n d o l e q u e , si e r a p o s i b l e , se t e n t a s e n t o d a v í a
8. A f o r t u n a d a m e n t e n o fué n e c e s a r i o l l e g a r al último* e x t r e m o n i
dos m e d i o s suaves. «Yo oí, e s c r i b e P o l a n c o , á M. I g n a c i o , q u e si pu-
p r o c e d e r c o n t r a M e l c h o r Cano p o r vía j u d i c i a l , p o r q u e en ese m i s -
d i e s e p o n e r s e silencio ó q u e n o se h a b l a s e e n esta cosa, n o q u e r r í a
m o t i e m p o , esto e s , á p r i n c i p i o s de 1549, la t e m p e s t a d fué c e s a n d o
vía j u r í d i c a . S e g u n d o , q u e si n o se p u e d e p o n e r [se m i r a s e ] , si allá
p o c o á p o c o . E l p ú b l i c o s e fué d e s e n g a ñ a n d o d e s u y o , y r e c o n o c i e n d o
e l Cano dijese e n p u l p i t o q u e h a e n t e n d i d o q u e lo q u e h a d i c h o in
q u e e n a q u e l l o s p o b r e s j e s u í t a s , q u e v i v í a n r e t i r a d o s en u n a h u m i l d e
{¡enere se e n t e n d í a de la Compañía, y q u e s e p a n q u e n o era. su inten-
casa, h a c i e n d o el b i e n q u e p o d í a n y callando en m e d i o de tanta con-
c i ó n , d e b a n e n t e n d e r d e ella.» F i n a l m e n t e se r e c o m i e n d a á T o r r e s
t r a d i c c i ó n , n o h a b í a la e n o r m e m a l d a d q u e s u p o n í a g r a t u i t a m e n t e
q u e si estos m e d i o s s u a v e s n o b a s t a n , se p r o c e d a c o n t r a M e l c h o r
M e l c h o r Cano. Á esta i n c l i n a c i ó n d e l p ú b l i c o e n n u e s t r o favor soco-
C a n o c o n t o d o r i g o r j u d i c i a l . T e r m i n a la c a r t a d e P o l a n c o e x h o r -
r r i ó m u c h o , si n o fué lo q u e p r i n c i p a l m e n t e la d e t e r m i n ó , la v a l i e n t e
t a n d o á los P a d r e s de S a l a m a n c a á n o d e s a n i m a r s e p o r la p r e s e n t e
defensa q u e h i z o d e la C o m p a ñ í a o t r o P a d r e d o m i n i c o , s u m a m e n t e
t r i b u l a c i ó n , y d i c i é n d o l e s p o r b u r l a « q u e hasta q u e n o t e n g a n una
r e s p e t a d o e n S a l a m a n c a , q u e fué el P . F r . J u a n de la P e ñ a . No con-
c a d e n a al p i e , no igualarán á M. I g n a c i o » (2).
s e r v a m o s esta a p o l o g í a , q u e d e b i ó ser la p r i m e r a q u e se e s c r i b i ó e n
A l m i s m o t i e m p o q u e e n v i a b a el s a n t o estos d e s p a c h o s á Sala-
defensa d e n u e s t r o i n s t i t u t o ; p e r o el P . R i b a d e n e i r a , q u e l e y ó a q u e l
m a n c a , r e d a c t a b a u n a c a r t a p r u d e n t í s i m a p a r a el B. J u a n de Ávila.
e s c r i t o , nos h a t r a n s m i t i d o u n c o m p e n d i o , q u e v a m o s á t r a n s c r i b i r ,
H a l l á b a s e e n t o n c e s este a p o s t ó l i c o v a r ó n en t o d a la p l e n i t u d d e su
j u z g a n d o q u e será leído n o sin a l g ú n i n t e r é s .
celo y a c t i v i d a d , y c o m o era tan r e s p e t a d a su v i r t u d y ciencia en
«Dice, p u e s , s e g ú n R i b a d e n e i r a , este r e l i g i o s í s i m o y s a n t í s i m o P a -
t o d a E s p a ñ a , y h a b í a d a d o y a claras m u e s t r a s de a p r o b a r el i n s t i t u t o
d r e , q u e la p i e d a d c r i s t i a n a s i e m p r e d e b e i n c l i n a r n u e s t r o j u i c i o e n
d e la C o m p a ñ í a , q u i s o San I g n a c i o p r e v e n i r l o con esta c a r t a , para
los n e g o c i o s d u d o s o s á la p a r t e m á s f a v o r a b l e , y á t e n e r p o r b u e n a
t e n e r l e de su p a r t e y o p o n e r su r e s p e t a b l e a u t o r i d a d á la c o n t r a r i a
la raíz d e la i n t e n c i ó n , c u a n d o los frutos d e las o b r a s t i e n e n s a b o r y
a u t o r i d a d de M e l c h o r Cano. E m p i e z a el santo p a t r i a r c a a g r a d e c i e n d o
color de s a l u d , y a u n m u c h a s v e c e s e x c u s a r la i n t e n c i ó n , c u a n d o la
c o n h u m i l d e s y s i n c e r a s frases el f a v o r q u e el m a e s t r o Ávila ha p r e s -
o b r a n o se p u e d e e x c u s a r . Q u e los n e g o c i o s de la r e l i g i ó n n o se d e -
t a d o á la C o m p a ñ í a , alega d e s p u é s a l g u n a s a u t o r i d a d e s de santos
b e n p o n e r en ojos y l e n g u a s del v u l g o i g n o r a n t e , p o r q u e es a n i m a l
P a d r e s y d o c t o r e s , q u e d e m u e s t r a n la n e c e s i d a d d e v o l v e r p o r la
d e m u c h a s cabezas, sino en el peso d e los j u e c e s y p a d r e s d e la fe, y
p r o p i a h o n r a , c u a n d o así lo p i d e el s e r v i c i o d i v i n o , y c u a n d o es n e -
c e s a r i o h a c e r l o p a r a e v i t a r p e c a d o s a j e n o s , y , p o r fin, d e c l a r a los
pasos q u e se h a n d a d o y se piensa d a r p a r a r e b a t i r á M e l c h o r Cano y ( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 1 5 9 .
d e f e n d e r el c r é d i t o d e la C o m p a ñ í a . Con esta c a r t a le r e m i t í a una ( 2 ) E n t r e los h o m b r e s q u e e n e s t o s a ñ o s e n t r a r o n , m o v i d o s m á s ó m e n o s por los
c o n s e j o s d e l P . Á v i l a , d e b e m o s m e n c i o n a r al P . A n t o n i o d e C ó r d o b a , al P . Gaspar
d e L o a r t e , al P . D i e g o d e G u z m á n , y u n p o c o d e s p u é s al P . J u a n R a m í r e z , el m á s
( 1 ) V é a s e el t e x t o l a t i n o d e e s t e b r e v e e n Cartas de San Ignacio, t. I I , p . 4 8 0 . c é l e b r e p r e d i c a d o r q u e e n el siglo x v i t u v o l a C o m p a ñ í a e n E s p a ñ a . ( Vide Ribade-
( 2 ) Regest. S. Ign., t. I, f. 1 6 7 . n e i r a , Ilist. de la Asistencia de España, 1. n i , c. x v . )
 334 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
c u y o t r i b u n a l s a n t í s i m o es c o m o u n a a d u a n a , d o n d e se r e g i s t r a n las
e s p i r i t u a l e s m e r c a d e r í a s d e d o c t r i n a y c o s t u m b r e s , p a r a q u e c o n su
m a r c a y a p r o b a c i ó n p u e d a n s e g u r a m e n t e c o r r e r e n t r e los fieles, q u e
e s t e es el c o n t r a s t e y p i e d r a d e t o q u e p a r a c o n o c e r y d i s t i n g u i r el
o r o fino d e l falso, y q u e así, á é l le p a r e c í a q u e n o cae debajo de
d u d a la a p r o b a c i ó n d e la C o m p a ñ í a , p u e s está a p r o b a d a y confirmada
p o r el V i c a r i o d e Cristo n u e s t r o S e ñ o r , c o m o lo están las d e m á s r e -
l i g i o n e s , y q u e n o t o d a n o v e d a d es hija d e n o v e d a d , s i n o las t o r r e s
n u e v a s q u e se l e v a n t a n y n o s o b r e p i e d r a firme y f u n d a m e n t a l do la
fe, q u e Cristo d e p o s i t ó e n los sucesores de San P e d r o , q u e c o m o la
d e B a b e l c a e r á n . Mas otras n o v e d a d e s é i n v e n c i o n e s santas q u e Dios,
p o r m e d i o d e sus v i c a r i o s , r e n u e v a casi e n t o d o s los siglos de su
I g l e s i a , a n t e s se d e b e n l l a m a r r e n o v a c i o n e s de la m i s m a I g l e s i a q u e
n o v e d a d e s e n ella, p o r q u e t o d a s las r e l i g i o n e s t u v i e r o n su niñez y
f u e r o n e n s u s p r i n c i p i o s d e s c o n o c i d a s , y c o m o t a l e s , sospechosas,
s i e n d o v e r d a d q u e e n la o b s e r v a n c i a r e l i g i o s a y f e r v o r de espíritu,
e n a q u e l l o s t i e m p o s f l o r e c i e r o n m á s . Q u e n i n g ú n h e r e j e j a m á s se
s u j e t ó al R o m a n o P o n t í f i c e , sino q u e p o r el m i s m o caso q u i e r e
d e j a r de s e r l o ; y q u e estos P a d r e s n o s o l a m e n t e se sujetan á él y le
o b e d e c e n c o m o los o t r o s fieles, sino q u e h a c e n v o t o p a r t i c u l a r y so-
l e m n e de o b e d e c e r l o , y con el u s o d e v o t o de los santos s a c r a m e n t o s
y la r e v e r e n c i a y c u l t o de los santos y de sus i m á g e n e s y r e l i q u i a s ,
y las d e m á s cosas q u e p r o f e s a n , h a n p r e g o n a d o y h a c e n g u e r r a á
t o d o s los h e r e j e s de n u e s t r o s t i e m p o s . Q u e n o es odio do las r e l i g i o -
n e s el n o u s a r d e capilla y d e e s c a p u l a r i o , sino m e d i o c o n v e n i e n t e
p a r a los p r u d e n t e s fines q u e t i e n e n , y n o sin i m i t a c i ó n d e otras r e -
l i g i o n e s m á s a n t i g u a s , p u e s la q u e f u n d ó San A g u s t í n de c l é r i g o s
r e g l a r e s n o s a b e m o s q u e h a y a t e n i d o h á b i t o d i f e r e n t e d e l q u o usan
los o t r o s s a c e r d o t e s , y n u e s t r o g l o r i o s o P . Santo D o m i n g o confir-
m a d a t e n í a s u r e l i g i ó n c o n i n s t i t u t o d i f e r e n t e de t o d a s las demás,
p e r o n o e n o t r o h á b i t o q u e el d e c a n ó n i g o s r e g l a r e s , h a s t a q u e años
d e s p u é s , la r e v e l a c i ó n h e c h a á F r . R e g i n a l d o nos le m a n d ó m u d a r y
t o m a r e l q u e a g o r a t e n e m o s . N i es cosa n u e v a e x c l u i r á l o s q u e u n a
v e z h a n d e s a m p a r a d o su p r i m e r a v o c a c i ó n e n o t r a s r e l i g i o n e s , p u e s
d e m á s d e s e r p a r a d e s f a v o r e c e r á l o s apóstatas y á los q u e p o r su
l i v i a n d a d g u s t a n d e a n d a r c a d a día p r o b a n d o n u e v a s m a n e r a s d e vida,
t i e n e n e j e m p l o en las Ó r d e n e s m i l i t a r e s , q u e si n o es con e x p r e s a dis-
p e n s a c i ó n , n o p u e d e n a d m i t i r e n t r e sus frailes á los q u e o t r o s insti-
tutos han excluido.
»Lo d e l c o r o se t i e n e p o r m á s esencial en la r e l i g i ó n , p e r o n o lo
CAP. VIH.—PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 335
es t a n t o q u e n o p u e d a h a b e r r e l i g i ó n sin c o r o , p u e s n u e s t r o g l o r i o s o
P a d r e t u v o a l g u n o s años la s u y a sin él y n o f u e r o n los p e o r e s . T a m -
b i é n s a b e m o s q u e desde el t i e m p o de los A p ó s t o l e s h a y r e l i g i ó n y
v o t o s m o n á s t i c o s e n la I g l e s i a , y el o r i g e n de j u n t a r esta m a n e r a d e
c o r o y s a l m o d i a c o m e n z ó m u c h o s años d e s p u é s , y San A g u s t í n a t r i -
b u y e el uso d e ella en las p r o v i n c i a s o c c i d e n t a l e s á San A m b r o s i o , y
San G r e g o r i o , p a p a , p r o h i b i ó e n u n c o n c i l i o r o m a n o , con p e n a de
a n a t e m a , q u e e n la I g l e s i a r o m a n a n i n g ú n s a c e r d o t e , n i a u n d i á c o n o ,
cantase e n el c o r o . P u e s si le p a r e c i ó á a q u e l g l o r i o s o Pontífice q u e
los s a c e r d o t e s de su t i e m p o (que n o e r a n pocos) d e b í a n d e s o c u p a r s e
d e l c o r o p a r a m á s l i b r e m e n t e a c u d i r al oficio de la p r e d i c a c i ó n , y si
e n t o d a s las d e m á s r e l i g i o n e s los c o l e g i a l e s , p r e d i c a d o r e s y l e c t o r e s
y g e n t e o c u p a d a s o n r e l e v a d o s de esta c a r g a , ¿ p o r q u é se le h a de
a t r i b u i r á falta y m e n o s p r e c i o de la r e l i g i ó n , q u e d o n d e t o d o el ins-
t i t u t o y p r o f e s i ó n es a y u d a r á los p r ó j i m o s , y t o d o s los q u e h a y (que
n o son m u c h o s ) se e j e r c i t a n e n e s o , ó a p r e n d e n p a r a e l l o , se desocu-
p e n de c a n t a r e n el c o r o p a r a a t e n d e r m e j o r á su oficio y m i n i s t e r i o s ?
De u n a c o n g r e g a c i ó n d e c l é r i g o s h a b l a m u y b i e n San A g u s t í n e n el
l i b r o de Moribus Ecclesiae, y p o r c i e r t o q u e y o n o h a l l o allí sino lo
q u e esta C o m p a ñ í a p r o f e s a , y n o p i e n s o q u e el faltarle el c o r o des-
h a c e la r e l i g i ó n / c o m o t a m p o c o allí p a r e c e q u e le había.
» P e r s u a d i ó r a m e q u e la m o d e s t i a y c o m p o s i c i ó n e x t e r i o r q u e e n
estos P a d r e s v e m o s e r a fingida y engañosa, s i n o e s t u v i e r a satisfecho
d e la v e r d a d , con q u e a n d a n e n los ojos de Dios. P e r o c u a n d o esto
hay, n o es a q u é l l a m e n o s n e c e s a r i a p a r a h e r m o s e a r y c o n s e r v a r e n
su frescor y g u s t o la v i r t u d , q u e las hojas, de q u e la n a t u r a l e z a p r o -
v e y ó tan c o p i o s a m e n t e á los á r b o l e s , n o t a n t o p a r a su a d o r n o de
e l l o s , c u a n t o p a r a q u o sazonasen y d e f e n d i e s e n sus frutos. Ni escon-
d e n de los ojos d e l sol su i n s t i t u t o , a n t e s c o m u n i c a n sus cosas y dan
c u e n t a de ellas á la g e n t e g r a v e y docta q u e d e s a p a s i o n a d a m e n t e las
q u i e r e e n t e n d e r , si b i e n las h u r t a n á los d e l v u l g o , c u y a c o r t a ca-
p a c i d a d , n i p u e d e dar, n i es b i e n q u e dé su v o t o en cosas tan g r a v e s
y q u e t a n t o la e x c e d e n . Y n o se c o n t e n t a n en e n s e ñ a r á la g e n t e y a
c r i a d a y de e n t e n d i m i e n t o , sino t o m a n á s u c a r g o los n i ñ o s q u e co-
m i e n z a n á a p r e n d e r e n las e s c u e l a s , p o r q u e s a b e n q u e la enseñanza
d e ellos es tan eficaz r e m e d i o p a r a la r e f o r m a c i ó n ó d e s t r u c c i ó n d e
la r e p ú b l i c a . Q u e n o es el e s p í r i t u d e Dios m e n o s sagaz q u e el d e
n u e s t r o e n e m i g o . A n t e s los h e r e j e s q u e p o r este m e d i o q u i s i e r o n
c o n t a m i n a r , ó, p o r m e j o r decir, c o n t r a m i n a r , la Iglesia a p r e n d i e r o n
esta i n d u s t r i a de los santos a n t i g u o s , q u e c o m o celestiales m i n e r o s
 336 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
u s a r o n de esta m i n a , i n f u n d i e n d o c o m o en vasos n u e v o s en los p e c h o s
d e los n i ñ o s la fe con Dios y la d e v o c i ó n .
»No h a y p a r a q u é a t r i b u i r á a r r o g a n c i a y s o b e r b i a el n o m b r e d e
la C o m p a ñ í a d e J e s ú s q u e su f u n d a d o r p u s o y la S e d e Apostólica
c o n f i r m ó á esta r e l i g i ó n , p o r q u e si esto v a l i e r e , t a m b i é n p o d r í a n
p o n e r á p l e i t o á n u e s t r o g l o r i o s o P a d r e S a n t o D o m i n g o el n o m b r e
d e P r e d i c a d o r e s q u e t i e n e su r e l i g i ó n , c o m o si p o r e s o q u i s i é r a m o s
l e v a n t a r n o s c o n el oficio d e la p r e d i c a c i ó n . No es así, n o ; n i p o r q u e
la r e l i g i ó n de San F r a n c i s c o se llama de los M e n o r e s se q u i e r e p o r
eso alzar con la h u m i l d a d . No es la T r i n i d a d p a r a solos los r e l i g i o -
sos q u e se i n t i t u l a n de ella. E s t o de n o m b r e s déjase á la d e v o c i ó n y
p a r t i c u l a r e s r e s p e t o s d e cada u n o .
»Yo confieso s e n c i l l a m e n t e q u e n o es cosa d u r a b l e u n a r e l i g i ó n
sin p e n i t e n c i a , y q u e n o se p u e d e c o n s e r v a r el estado r e l i g i o s o sin
aflicción d e l c u e r p o ; p e r o n o m e p e r s u a d o q u e la C o m p a ñ í a es tan
ajena n i e n e m i g a d e esto. P o r q u e si b i e n es v e r d a d q u e su regla n o
señala e x p r e s a s c o m u n e s y q u e c o m p r e h e n d a n p o r o b l i g a c i ó n á to-
dos, p e r o da l u g a r y e n c i e r t a m a n e r a c o m p e l e q u e los p a r t i c u l a r e s
la u s e n , y con d e j a r l o á su d e v o c i ó n y á j u i c i o de sus m a y o r e s , h a c e
la p e n i t e n c i a n o m e n o s c i e r t a y p r o v e c h o s a , q u e si p u s i e s e u n a mis-
m a tasa p a r a t o d o s . P o r q u e á q u i e n le m a n d a n t e n e r r e c o g i m i e n t o
y p e n s a r en sus p e c a d o s y en la v i d a y pasión de Cristo n u e s t r o Se-
ñ o r , y le e n c a r e c e n de p a l a b r a y o b r a la i m p o r t a n c i a g r a n d e d e la
a s p e r e z a y p e n i t e n c i a , c i e r t o , sin obligarle, le obligan. Q u e n o es p o -
sible a n d a r de v e r a s en o r a c i ó n sin m o r t i f i c a c i ó n , c o m o lo m u e s t r a
la e x p e r i e n c i a . D e a q u í se s i g u e s e r d e g r a n f r u t o i n t e r i o r la p e n i -
t e n c i a q u e estos P a d r e s h a c e n , p o r t o m a r s e con espíritu y v i v o de-
seo d e m o r t i f i c a r s e , y el n o e x c e d e r n i aflojar d e m a s i a d o , d a n d o á
cada u n o lo q u e h a m e n e s t e r , c o n f o r m e á su n e c e s i d a d y fuerzas. Ni
la c o m ú n m a n e r a d e c o m e r y v e s t i r q u e p r o f e s a n se p u e d e l l a m a r
r e g a l o , n i d e s m e r e c e p o r esta p a r t e esta O r d e n el n o m b r e do la Com-
pañía d e J e s ú s , p u e s el m i s m o S e ñ o r dice del Bautista: Venit Joanncs
Bapiista ñeque manducans ñeque bibens; y de sí, al c o n t r a r i o : Venit
Filius hominis manducans et bibem; y c o m o á estos P a d r e s los calum-
n i a n a l g u n o s el c o m ú n v e s t i r y c o m e r , p o r vida r e g a l a d a y sensual,
así n o faltó q u i e n d e l S a l v a d o r d i j e s e : fiem homo vorax et potator
vini. S a n t í s i m a m e n t e otras r e l i g i o n e s t o m a n d e m o s t r a c i ó n e x t e r i o r
d e e s t r e c h u r a y a s p e r e z a , p u e s eso alaba el H i j o d e Dios e n su P r e -
c u r s o r . P e r o si a l g u n a r e l i g i ó n n o t r ú j e s e ese e x t e r i o r , sino u n co-
m ú n y o r d i n a r i o t r a t o , n o p o r eso d e b e s e r t e n i d a p o r e x t r a ñ a d e
CAP. VIH.—PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO 337
J e s ú s . P u e s n o p u e d e c o n r a z ó n d e c i r q u e É l t o m ó p a r a sí esas p a r -
t e s , y las o t r a s dejó a l B a u t i s t a .
« T a m p o c o se ha de v i t u p e r a r e l a p l a u s o y h o n r a q u e la g e n t e les
da, p o r q u e s i e m p r e la h o n r a s i g u e c o m o s o m b r a á la v i r t u d q u e
h u y e de e l l a , y así es tan h e r m o s a , q u e l u e g o q u e se d e s c u b r e l l e v a
los ojos t r a s sí y e n c i e n d e y r o b a los c o r a z o n e s d e los q u e la v e n ,
a u n q u e sea en su e n e m i g o .
» L o q u e d i c e n de los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s q u e usan y d a n estos
P a d r e s , t i e n e m e n o s s o s p e c h a , p o r q u e el l i b r o d e los m e s m o s E j e r -
cicios, d e s p u é s de h a b e r sido e x a m i n a d o , p o r o r d e n d e Su Santidad,
p o r t r e s p e r s o n a s g r a v í s i m a s , y dos de ellas d e n u e s t r a i n s i g n e r e l i -
g i ó n , fué a p r o b a d o p o r la S e d e A p o s t ó l i c a , y los e j e m p l o s d e los
santos y la e x p e r i e n c i a y t o d a b u e n a r a z ó n n o s e n s e ñ a n q u e dificul-
t o s a m e n t e se p u e d e e n c e n d e r fuego e n los á n i m o s d e los p r ó j i m o s , si
el q u e le q u i e r e e n c e n d e r n o a r d e e n sí, y si c o n r e c o g i m i e n t o i n t e -
r i o r n o está c o m p u e s t o . San Basilio y S a n B e n i t o , p a d r e s é i n s t i t u i -
d o r e s d e la v i d a m o n á s t i c a , e l u n o e n O r i e n t e y e l o t r o e n O c c i d e n -
te , la m a y o r p a r t e d e s u r e l i g i ó n e n esto la p o n í a n . N u e s t r o g l o r i o s o
P a d r e Santo D o m i n g o , y San F r a n c i s c o , ¿ d e d ó n d e sacaban el f u e g o
con q u e a b r a s a b a n los c o r a z o n e s , sino de la f r a g u a d e la o r a c i ó n y
t r a t o con Dios?
»Más f á c i l m e n t e se n o s p e g a n las c o s t u m b r e s y vicios de los se-
glares, q u e n o s o t r o s les p e g u e m o s el d e s e n g a ñ o y v i r t u d d e r e l i g i o -
sos. Y, e n efecto, v e m o s q u e si q u e r e m o s con las m a n o s c a l e n t a r u n
g u i j a r r o frío, m i e n t r a s n o s o t r o s le p e g a m o s u n p o c o d e calor, él n o s
c o m u n i c a t r e s d o b l a d a frialdad, y así, p a r a c o b r a r el c a l o r e s p i r i t u a l
q u e cada día p e r d e m o s con el t r a t o de los seglares, es n e c e s a r i o v o l v e r
f r e c u e n t e m e n t e á la fragua e n c e n d i d a de la m e d i t a c i ó n , p u e s p o r
h a b e r s e e n esto d e s c u i d a d o , v e m o s m u c h a s brasas e n c e n d i d a s y h e r -
mosas v u e l t a s d e s p u é s e n feos y d e n e g r i d o s c a r b o n e s .
» N i h a y p o r q u é p o n e r d o l o e n el v o t o q u e h a c e n d e n o a d m i t i r
d i g n i d a d e s , p u e s se sujetan á la o b e d i e n c i a d e l S u m o P o n t í f i c e , q u e
cuando juzgare convenir podría mandárselo; y no habiendo extrema
n e c e s i d a d n i p r e c e p t o , lícito e s y o b r a v i r t u o s a t e n e r s e los s u j e t o s
de u n a r e l i g i ó n p o r i n h á b i l e s p a r a t a n g r a n d e s c a r g o s , y r e h u s a r l o s
d e su p a r t e , i m i t a n d o á t a n t o s y t a n aventajados s a n t o s q u e así lo h i -
c i e r o n . Y si t o d o esto q u e h e d i c h o es así, c o m o c r e o q u e lo es, m u y
d i g n o p a r e c e de alabanza y e s t i m a el f u n d a d o r d e esta r e l i g i ó n , q u e
frutos tan suaves y d u l c e s n o a r g u y e n m a l i c i a n i a m a r g u r a e n su
raíz.
22
338 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. VIII. PERSECUCIÓN DE MELCHOR CANO
339
»Ni h a b e r sido p e r s e g u i d o c o m o i n v e n t o r d e n o v e d a d e s le h a c e
b o n a n z a q u e fué la t e m p e s t a d . G l o r i a y alabanza sea á J e s u c r i s t o
s o s p e c h o s o , p u e s este es el c a m i n o r e a l q u e h a n l l e v a d o los d e m á s
n u e s t r o S e ñ o r , q u e se h a a c o r d a d o de a l g u n a s á n i m a s d e tal m a n e r a ,
santos y f u n d a d o r e s de r e l i g i o n e s ; y s i e m p r e fué así, q u e la l i b e r t a d
q u e m u c h a s p e r s o n a s de m u c h a s l e t r a s y d e m u c h a a u t o r i d a d , sin-
y r e l a j a c i ó n h a l l ó e n el m u n d o m i l v a l e d o r e s , y la v i r t u d á d u r a s
t i e n d o e n s u á n i m a e l f r u t o , d i c e n á v o c e s : G l o r i a y b e n d i c i ó n sea á
p e n a s q u i e n la a p o y e » (1).
J e s u c r i s t o , q u e se h a q u e r i d o a c o r d a r d e n o s o t r o s , q u e hasta a h o r a
E s t a es la p r i m e r a a p o l o g í a escrita en favor d e la C o m p a ñ í a , de
v e r d a d e r a m e n t e e s t á b a m o s c i e g o s , y a h o r a v e m o s la l u m b r e de J e -
q u e t e n g a m o s n o t i c i a . No deja de s e r c o n s o l a d o r el c o n s i d e r a r , que
s u c r i s t o , la cual n o s a l u m b r a á v e r n u e s t r a m a l a v i d a p a s a d a , y v e -
si u n P a d r e d o m i n i c o fué el p r i m e r o en i m p u g n a r a c e r b a m e n t e
m o s el c a m i n o d e r e c h o d e l cielo » P r o s i g u e l u e g o el P . Á l v a r e z
n u e s t r o i n s t i t u t o , o t r o P a d r e de la m i s m a O r d e n y c o n v e n t o fué
e x p l i c a n d o el é x i t o a d m i r a b l e q u e l o g r a con sus s e r m o n e s el P . E s -
t a m b i é n el p r i m e r o de n u e s t r o s d e f e n s o r e s . D i f u n d i d o el escrito de
t r a d a , y la g r a n d e edificación q u e da el D r . T o r r e s v i s i t a n d o á los
F r . J u a n de la P e ñ a e n t r e el p ú b l i c o , d i s p u s o los á n i m o s e n favor de
e n c a r c e l a d o s , d e s h a c i e n d o las e n e m i s t a d e s é i n f u n d i e n d o e n t o d o s e l
la C o m p a ñ í a .
e s p í r i t u d e la c a r i d a d c r i s t i a n a . Dejando p a r a m á s a d e l a n t e este n o -
9. C o m p l e t a r o n la v i c t o r i a los s e r m o n e s del P . E s t r a d a , q u e p o r
t a b l e f r a g m e n t o d e la carta, sólo t r a n s c r i b i r e m o s a q u í el p á r r a f o final,
N o v i e m b r e de 1548 e m p e z ó á p r e d i c a r e n S a l a m a n c a . H a b í a l e en-
en q u e h a b l a d e M e l c h o r Cano y d e l t é r m i n o de esta c o n t i e n d a :
v i a d o d e P o r t u g a l el P . S i m ó n R o d r í g u e z , y el 18 de A b r i l de este
«Los o t r o s días e s c r i b í á V. P . de u n a c a r t a q u e d e R o m a e s c r i b i ó
año e n t r ó e n el n u e v o c o l e g i o ; p e r o e n v i a d o á Valladolid p o c o s días
n n o q u e se l l a m a e l l i c e n c i a d o M a d r i d (1) á u n s o b r i n o suyo, la c u a l
d e s p u é s (2), fué d e t e n i d o allí v a r i o s m e s e s p o r el n u n c i o P o g g i o (3),
t r a í a m u c h a c ó l e r a c o n t r a el P . Cano, la cual él m e s m o t i e n e , y la
y n o p u d o v o l v e r á S a l a m a n c a h a s t a el m e s d e N o v i e m b r e . Al p r i n -
h a e n s e ñ a d o á unw p e r s o n a , d i c i e n d o : Veis aquí una carta que escribió
cipio a c u d í a p o c a g e n t e á sus s e r m o n e s , p o r q u e a u n d u r a b a la t e r r i -
uno de la Compañía á un sobrino sut/o, de mí, etc. H a t a m b i é n p r o c u -
b l e a v e r s i ó n i n f u n d i d a en el v u l g o p o r n u e s t r o a d v e r s a r i o (4). P e r o
r a d o s a b e r si a q u e l p r o c e s o q u e e l P . M. P o l a n c o n o s e n v i ó , si v i e n e
c u a n d o la apología de F r . J u a n de la P e ñ a y la fuerza m i s m a do la
r e m i t i d o acá á a l g ú n j u e z ó á R o m a . Y p o r q u e lo p a s a d o q u e d a p r o -
v e r d a d e m p e z ó á i n c l i n a r al p u e b l o e n favor n u e s t r o , e n t o n c e s los
f u n d a m e n t e g r a b a d o en su p e c h o , n o h a b l a p ú b l i c a m e n t e , p o r q u e
s e r m o n e s d e l P . E s t r a d a a r r a s t r a r o n t o d a la c o r r i e n t e hacia n o s o t r o s
t e m e al p u e b l o ; p e r o e n los r i n c o n e s dice ( 2 ) q u e V. P . n o h a h e c h o
y c o n v i r t i e r o n e n aplauso y a c l a m a c i ó n i n c r e í b l e el r e t r a i m i e n t o r e -
m i l a g r o s , y u n h o m b r e vicioso t i e n e c o n v e r s a c i ó n e n R o m a m u y
celoso y la a v e r s i ó n , q u e h a b í a d u r a d o u n año p r ó x i m a m e n t e . l í e
i n t r í n s e c a c o n V. P., y q u e le a p a r t e n d e los v i c i o s , y q u e p u e s p r e -
a q u í c ó m o d e s c r i b e esta m u d a n z a el m i s m o P . J u a n P a b l o Álvarez, dicamos humildad, para qué nos llamamos doctores y maestros y
q u e antes d a b a c u e n t a á San I g n a c i o de la p e r s e c u c i ó n . La siguiente licenciados. P e r o , c i e r t o , es lástima lo q u e a l g u n o s c a b a l l e r o s y c i u -
c a r t a es de 26 d e A b r i l d e 1549: d a d a n o s y e s t u d i a n t e s se d e s m a n d a n á d e c i r y d e t r a e r d e estos P a -
«La g r a c i a y paz de J e s u c r i s t o n u e s t r o S e ñ o r sea en n u e s t r a s áni- d r e s , n i es p a r a d e c i r l o a q u í . N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o , qui fecit
m a s . A m é n . O t r a c a r t a t e n g o e s c r i t a , en la c u a l m u y s u m a r i a m e n t e ntraqne unum, nos h a g a á t o d o s v e r d a d e r o s h e r m a n o s y hijos d e tal
d a b a c u e n t a á V. P . de la m u d a n z a g r a n d í s i m a q u e N u e s t r o S e ñ o r ha P a d r e c o m o É l es. A m é n . H a n m e certificado q u e los frailes d e S a n
h e c h o e n esta c i u d a d c u a n t o á esta C o m p a ñ í a santa d e J e s ú s , el cual E s t e b a n h a n d i c h o q u e e n esta c u a r e s m a h a n e n t r a d o e n s u O r d e n
h a p l a n t a d o e n los c o r a z o n e s d e los d e esta c i u d a d t a n t o a m o r y tanta
d e v o c i ó n y b u e n a e s t i m a c i ó n , c u a n t a fué la m a l a o p i n i ó n y odio y
m e n o s p r e c i o q u e el d e m o n i o , e n e m i g o d e l n o m b r e y C o m p a ñ í a de ( 1 ) S u p o n e m o s q u e s e r á C r i s t ó b a l d e M a d r i d , el q u e a l g u n o s a ñ o s a d e l a n t e e n t r ó
J e s ú s , había s o b r e s e m b r a d o ; y sin c o m p a r a c i ó n es m u c h o m a y o r la e n la C o m p a ñ í a , y siendo a ú n novicio fué n o m b r a d o p o r San I g n a c i o consultor, y
e n e l g e n e r a l a t o d e l P . L a l n e z t u v o m u c h a p a r t e e n el g o b i e r n o d e la C o m p a ñ í a ,
s o b r e t o d o c u a n d o é s t e se h a l l a b a a u s e n t e en F r a n c i a y e n el Concilio d e T r e n t o .
(1) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asist. de España, 1. I , c. x i l .
(2) Epistolae mixtae, 1 . 1 , p . 4 9 3 . ( 2 ) Manet alta mente repostum, non loquitier palam, guia timet populum, sed in
(3) P o l a n c o , Historia S. J., t . I , p . 3 0 4 . angulis. T o d o e s t e p e d a z o l a t i n o i n s e r t a el P . Á l v a r e z e n s u c a r t a , e n l a z á n d o l o c o n
la f r a s e c a s t e l l a n a , s e g ú n la c o s t u m b r e d e a q u e l l o s t i e m p o s , e n q u e t a n f a m i l i a r e r a
(4) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 4 8 8 .
e l u s o d e l l a t í a á la g e n t e d e e s t u d i o s .
340 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA

t r e i n t a frailes m o v i d o s d e N u e s t r o S e ñ o r p o r m e d i o d e la d o c t r i n a
y c o n v e r s a c i ó n d e los P a d r e s d e la C o m p a ñ í a . — De S a l a m a n c a 26
d e A b r i l d e 1549, servus per Christum.—Joanncs Alvares» ( 1 ) .
O t r a c a r t a p a r e c i d a , a u n q u e m á s b r e v e , r e m i t i ó el P . T o r r e s al
c a r d e n a l F r a n c i s c o de M e n d o z a c o n f i r m a n d o e n sustancia las n o t i c i a s
d a d a s p o r el P . Á l v a r e z ( 2 ) . E s t e fin t u v o el p r i m e r acto, d i g á m o s l o
así, d e la p e r s e c u c i ó n do M e l c h o r Cano. C o m o se v e , a u n q u e calló
CAPÍTULO IX
p o r e n t o n c e s , p e r o g u a r d ó m u y g u a r d a d o el j u i c i o d e s f a v o r a b l e q u o
h a b í a f o r m a d o de la C o m p a ñ í a , y lo m o s t r ó m u y á las claras a l g u n o s PERSECUCIONES E N ALCALÁ
a ñ o s d e s p u é s , c u a n d o , c o m o v e r e m o s , v o l v i ó á la carga c o n n u e v a
furia e n V a l l a d o l i d . S i g u i é r o n s e , p u e s , u n o s seis ó siete años d e t r e - (1548-1552)
g u a s n o m u y s e g u r a s , en los cuales sólo dio m u e s t r a p a t e n t e de su
e n e m i s t a d M e l c h o r Cano e n u n lance o c u r r i d o en el Concilio d e SUMARIO: 1. Acrecentamiento del colegio de Alcalá. — 2 . Protección q u e le dis-
T r e n t o , d e l c u a l d a r e m o s c u e n t a c u a n d o e x p o n g a m o s lo q u e e n este p e n s a el D r . V e r g a r a . — 3 . O r d é n a s e de sacerdote el P . V i l l a n u e v a , y crece el
colegio con m u y b u e n a s v o c a c i o n e s . — 4 . Son i n f a m a d o s los N u e s t r o s c o n ocasión
C o n c i l i o h i c i e r o n n u e s t r o s P P . Laínez y S a l m e r ó n .
de un mal sacerdote, llamado Barrasa, á quien el v u l g o t o m ó por jesuíta.—
5 . C a l u m n i a s d e l D r . C a s a s . — 6 . El a r z o b i s p o d e T o l e d o , S i l i c e o , e m p i e z a á i n -
d i s p o n e r s e c o n la C o m p a ñ í a . — 7 . D a u n e d i c t o p r o h i b i e n d o á los N u e s t r o s el p r e -
(1) Epistolae mixtae, t. n , p . 1 7 6 .
d i c a r , c o n f e s a r y a d m i n i s t r a r los s a c r a m e n t o s . — 8 . E l P . V i l l a n u e v a se entiende
( 2 ) Ibid., t. l i , p . 1 8 1 . c o n el n u n c i o y h a b l a c o n S i l i c e o , s i n l o g r a r c o n v e n c e r l e . — - 9 . Es enviado á To-
l e d o el P . M i g u e l d e T o r r e s . —• 1 0 . D e s p u é s d e m u c h a s d i l i g e n c i a s i n ú t i l e s , logra
Villanueva intimar al a r z o b i s p o las b u l a s d e la C o m p a ñ í a . — 1 1 . I n f o r m a d o de
todo San I g n a c i o , consigue cartas apremiantes del p a p a en f a v o r d e la C o m p a -
ñ í a . — 1 2 . P o r tin, Siliceo r e v o c a su e d i c t o y d e j a en p a z á los N u e s t r o s , aunque
g u a r d a n d o aversión á ellos. — 1 3 . Carta de San Ignacio á Siliceo agradeciéndole
su reconciliación.

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio.— 2 . Epistolae mixtae.— 3 . Litterae

quadrimestres.—í. P o l a n c o , Historia S. J.— 5. R i b a d e n e i r a , Vida de San Ignacio.—6. ídem,
Hist. de la Asistencia de España.—7. C a s t r o . Hist. del colegio de Alcalá.—8. Epistolae P. Nadal.

1. M i e n t r a s se f u n d a b a n los colegios c u y a h i s t o r i a r e f e r i m o s e n e l
c a p í t u l o v i , r o b u s t e c í a n s e los a n t i g u o s y p r o s p e r a b a n e n v i r t u d y
l e t r a s , s o b r e t o d o el de Alcalá. Ya r e c o r d a r á el l e c t o r , c ó m o al c o n s -
t i t u i r s e la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a p o r O c t u b r e d e 1547, f o r m a b a n e l
c o l e g i o d e Alcalá o c h o p e r s o n a s , q u e se a c o m o d a r o n e n u n a casa
a l q u i l a d a . Las l i m o s n a s d e a l g u n o s piadosos b i e n h e c h o r e s , y p r i n c i -
p a l m e n t e d e l D r . O r t i z , e r a n t o d a la h a c i e n d a de a q u e l c o l e g i o .
Á p r i n c i p i o s de 1548 m u r i ó el piadoso d o c t o r , y e n él p e r d i e r o n los
N u e s t r o s u n p o d e r o s o a m i g o y u n p a d r e b o n d a d o s o (1). Mas n o los
«
( 1 ) E r a t a n i m p o r t a n t e el f a v o r q u e p r e s t a b a á l o s N u e s t r o s el D r . O r t i z , queá
s u m u e r t e decían algunos e n e m i g o s nuestros q u e pronto se desharía la C o m p a ñ í a de
Jesús faltándole el a p o y o de hombre tan principal. (Polanco, Eist. S. J., t. i,
p. 300.)
 342
LIB. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
d e s a m p a r ó la d i v i n a m i s e r i c o r d i a , y m u y p r o n t o el D r . O r t i z fué
sustituido p o r otro doctor no menos rico y generoso.
2. A l o n s o R a m í r e z de V e r g a r a , hijo d e J u a n R a m í r e z d e A r e l l a n o
y d e D . J u a n a d e V e r g a r a , h a b í a n a c i d o e n Cala, p u e b l o s i t u a d o e n
a H í z o l o así V i l l a n u e v a , y p o r J u n i o d e 1549 a l q u i l ó u n a casa j u n t o á
la p r o v i n c i a d e H u e l v a , c e r c a d e la r a y a d e E x t r e m a d u r a . D e s p u é s
d e e s t u d i a r las p r i m e r a s l e t r a s e n la casa d e sus p a d r e s y e n la d e
u n tío s u y o , c a n ó n i g o d e C u e n c a , pasó á la u n i v e r s i d a d d e Alcalá,
d o n d e se p e r f e c c i o n ó en latín y g r i e g o , y d e s p u é s c u r s ó la filosofía
y t e o l o g í a . G r a d u a d o d e d o c t o r en esta facultad, con fama d e a v e n t a -
j a d o i n g e n i o , t o r n ó s e á C u e n c a , d o n d e , y a p o r el c r é d i t o d e su doc-
t r i n a y p r u d e n c i a , y a p o r el influjo d e sus p o d e r o s o s p a r i e n t e s , fué
n o m b r a d o m u y p r o n t o v i s i t a d o r d e l o b i s p a d o y c o n s u l t o r d e la
S a n t a I n q u i s i c i ó n . E s t a n d o allí vacó la m a g i s t r a l d e a q u e l l a iglesia.
O p ú s o s e á ella el D r . V e r g a r a , y la g a n ó ; p e r o h a b i e n d o s u r g i d o
c i e r t o p l e i t o , q u e se h u b o d e r e s o l v e r en el Consejo R e a l , d i l a t a r o n
los c a n ó n i g o s el d a r l e la p o s e s i ó n d e la p r e b e n d a , y e n t r e t a n t o v o l -
vióse el d o c t o r á Alcalá p a r a hacer presencia, c o m o e n t o n c e s se d e -
cía, y g a n a r a n t i g ü e d a d p a r a las canongías q u e h a b í a e n S a n J u s t e ,
p r o p i a s d e la u n i v e r s i d a d .
A l o j ó s e e n u n a casa d e l l i b r e r o Atanasio de Salcedo, v e c i n a d e la
q u e h a b í a n a l q u i l a d o l o s N u e s t r o s . C o m o su h u é s p e d le contase
a l g u n a s cosas edificantes d e los j e s u í t a s , e n t r ó el d o c t o r e n d e s e o s
de c o n o c e r a q u e l l a g e n t e . E m p e z ó á t e n e r pláticas c o n V i l l a n u e v a ,
el c u a l , s e g ú n c o s t u m b r e , le h a b l ó de cosas e s p i r i t u a l e s . Q u e d ó tan
p r e n d a d o e l d o c t o r d e la sólida v i r t u d y de la g r a n p r u d e n c i a q u e
r e s p l a n d e c í a n e n e l H e r m a n o , q u e desde e n t o n c e s se aficionó s o b r e -
m a n e r a á su p e r s o n a , y p o r ella á t o d a la C o m p a ñ í a . V i l l a n u e v a le
p e r s u a d i ó al p o c o t i e m p o q u e h i c i e s e los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , y
s e los dio e n su m i s m a posada. Ocho días gastó e n ellos e l d o c t o r , y
h a b i e n d o h e c h o confesión g e n e r a l , salió e n t e r a m e n t e r e n o v a d o e n
el e s p í r i t u y r e s u e l t o á d e d i c a r s e á la v i r t u d . T u v o t a m b i é n i m p u l s o s
d e e n t r a r e n la C o m p a ñ í a , y a l g u n o s años d e s p u é s a g i t a b a todavía
este p e n s a m i e n t o ; p e r o a u n q u e San I g n a c i o le facilitó la e n t r a d a , n o
a c a b ó d e d e t e r m i n a r s e , y q u e d ó s e e n e l s i g l o , f a v o r e c i e n d o c o n sus
r e n t a s ( q u e las t e n í a m u y b u e n a s en beneficios eclesiásticos) á los
c o l e g i o s d e Alcalá y d e C u e n c a (1).
D e s e a n d o r e m e d i a r la p o b r e z a é i n c o m o d i d a d q u e p a d e c í a n los
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 343
N u e s t r o s e n Alcalá, aconsejó á V i l l a n u e v a q u e alquilase o t r a casa
m á s p r ó x i m a á la u n i v e r s i d a d , o f r e c i é n d o s e á p a g a r l e s el a l q u i l e r .
la p u e r t a d e G u a d a l a j a r a , en c u y o solar se h a b í a d e c o n s t r u i r m á s
a d e l a n t e el c o l e g i o definitivo. P o r e n t o n c e s y a estaba el D r . V e r g a r a
e n C u e n c a , d o n d e había t o m a d o p o s e s i ó n d e la m a g i s t r a l . A p e n a s se
h a b í a n p a s a d o los N u e s t r o s á la n u e v a p o s a d a , oyó d e c i r el d o c t o r
q u e a q u e l l a casa estaba e n v e n t a . E s c r i b i ó al i n s t a n t e á V i l l a n u e v a ,
e n c a r g á n d o l e q u e se p a r t i e s e á T o l e d o , y r e c o g i e n d o allí o c h o c i e n t o s
ó m i l d u c a d o s q u e él t e n í a e n d e p ó s i t o , c o m p r a s e c o n ellos la casa.
E j e c u t ó V i l l a n u e v a lo q u e s e le i n d i c a b a , y , v e n c i d a s a l g u n a s difi-
cultades, al fin a d q u i r i ó la casa p o r m i l d u c a d o s . Hízose esta c o m p r a
el 22 d e D i c i e m b r e d e 1549 (1).
No fué ésta la ú n i c a l i m o s n a q u e hizo á los N u e s t r o s el b u e n d o c -
t o r V e r g a r a . E l m i s m o año de 1549 e n v i ó á San I g n a c i o los p o d e r e s
n e c e s a r i o s p a r a q u e se anejasen al c o l e g i o d e Alcalá v a r i o s benefi-
cios s i m p l e s q u e poseía (2). E s t a l i b e r a l i d a d , a u m e n t a d a de vez en
c u a n d o con d o n a t i v o s e v e n t u a l e s , p e r m i t i ó á los N u e s t r o s v i v i r con
m á s d e s a h o g o , y excusó á V i l l a n u e v a el t r a b a j o q u e a l g u n a s v e c e s
h u b o d e t o m a r en los p r i m e r o s años, d e p e d i r l i m o s n a d e p u e r t a e n
puerta.
3. E l a ñ o s i g u i e n t e d e 1550, c r e c i e n d o la c o m u n i d a d d e Alcalá, y
a c r e d i t á n d o s e cada día m á s la p r u d e n c i a y v i r t u d d e su r e c t o r , c r e y ó
c o n v e n i e n t e San I g n a c i o m a n d a r l e r e c i b i r las sagradas ó r d e n e s y
c o n f e r i r l e el g r a d o de c o a d j u t o r e s p i r i t u a l ( 3 ) . P o c o s e s t u d i o s t e n í a
V i l l a n u e v a , p u e s , c o m o decía él m i s m o , t o d o su s a b e r e r a u n p o c o
d e g r a m á t i c a mal sabida. H a b í a e m p e z a d o dos ó t r e s v e c e s la filoso-
fía, p e r o c o n el m a y o r d e s a r r o l l o d e l c o l e g i o , con la n e c e s i d a d d e
b u s c a r l i m o s n a s , con la o c u p a c i ó n d e d a r E j e r c i c i o s y c o n el t r a t o
e s p i r i t u a l d e t a n t o s c o m o le b u s c a b a n , n o h a b í a p o d i d o p a s a r d e las
s ú m u l a s . Y c o m o las o c u p a c i o n e s y n e g o c i o s del c o l e g i o n o t e n í a n
t r a z a de d i s m i n u i r , fué i n d i s p e n s a b l e c e r r a r los l i b r o s , y con la p o c a
c i e n c i a q u e tenía l l e g a r s e á las s a g r a d a s ó r d e n e s . La g r a n v i r t u d y
e l b u e n j u i c i o d e V i l l a n u e v a s u p l i e r o n j ) o r la ciencia q u e le faltaba.
(1) T o d a s e s t a s n o t i c i a s s o b r e el D r . V e r g a r a las t o m a m o s del P . C r i s t ó b a l d e
C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. m , e s . i y n i . V é a s e t a m b i é n á P o l a n c o , His-
toria S. J., t. i , p . 3 0 1 .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S.J., t. i , p . 4 3 2 . V é a s e t a m b i é n Cartas de San Ignacio,
t. II, p. 3 1 2 .
( 3 ) Cartas de San Ignacio, t. u , p . 169.
 344
U B . I I . — S A N IGNACIO DE LO VOLA
P a r a o r d e n a r s e fué á V a l l a d o l i d , l l a m a d o p o r e l P . A r a o z , y allí e l
o b i s p o d e T r í p o l i , F r . A n d r é s de F u e n s a l i d a , de la O r d e n d e l Cister,
le confirió las s a g r a d a s ó r d e n e s e n e l m e s d e Mayo de 1550. E l sa-
c e r d o c i o l o r e c i b i ó e l día d e la A s c e n s i ó n ( 1 ) .
A d o r n a d o c o n esta d i g n i d a d , n o se a t r e v í a , s i n e m b a r g o , á d e c i r la
p r i m e r a misa y e j e r c i t a r las funciones s a c e r d o t a l e s . F u é p r e c i s o q u e
San I g n a c i o p o r u n a p a r t e , y e l P . A r a o z p o r o t r a , l e i m p e l i e s e n a l
e j e r c i c i o d e los s a g r a d o s m i n i s t e r i o s (2). E l s a n t o f u n d a d o r le c o m u -
n i c ó el 1.° d e E n e r o d e 1551 la l i c e n c i a de confesar y la a u t o r i d a d d e
a b s o l v e r c u a n t o se e x t e n d í a n las facultades de la C o m p a ñ í a (3). C o n
t o d o eso, a u n d i l a t a b a d e c i r la p r i m e r a misa, y fué n e c e s a r i a n u e v a
o b e d i e n c i a del P . A r a o z p a r a e j e c u t a r l o . Díjola p o r fin, dos años des-
p u é s d e o r d e n a r s e , e l día d e P e n t e c o s t é s d e 1552. E l d e v o t o acto s e
verificó e n e l p a t i o de n u e s t r o c o l e g i o , p o r s e r la capilla m u y p e -
q u e ñ a p a r a el c o n c u r s o q u e se e s p e r a b a . E n t o l d a d o e l p a t i o y a d o r -
n a d o con a l g u n a s m o d e s t a s c o l g a d u r a s , dijo el P a d r e r e z a d a s u p r i -
m e r a misa, y d e s p u é s p r e d i c ó u n s e r m ó n el P . F r . J u a n Mancio,
d o m i n i c o . C o n la n u e v a d i g n i d a d se h a l l a b a e l P . V i l l a n u e v a , n o so-
l a m e n t e m á s h a b i l i t a d o p a r a t r a b a j a r e n p r o v e c h o d e l p r ó j i m o , sino
también mejor dispuesto para presidir á aquella comunidad, que con
e l t i e m p o y las m u c h a s v o c a c i o n e s so i b a h a c i e n d o cada v e z m á s r e s -
petable.
E f e c t i v a m e n t e , d e s d e 1547 hasta la p r o m u l g a c i ó n d e las C o n s t i t u -
c i o n e s f u e r o n m u y e s c o g i d o s l o s sujetos q u e v i s t i e r o n la sotana d e
la C o m p a ñ í a e n Alcalá. Ya h a b l a m o s d e l P . P e d r o d e T a b l a r e s , q u e
e n t r ó en 1547, y fué u n o d e los P a d r e s q u e a c o m p a ñ a r o n á San F r a n -
cisco de Borja el año 1550. Al año s i g u i e n t e e n t r a b a e l D r . D i e g o d e l
Castillo, n a t u r a l de G u a d a l a j a r a , m u y d o c t o e n a m b o s d e r e c h o s . E l
a ñ o 1550 fué r e c i b i d o el s a c e r d o t e D i e g o C a r r i l l o , á q u i e n v e r e m o s
c o n e l t i e m p o g o b e r n a r la P r o v i n c i a de Castilla. E n eso m i s m o a ñ o
trajo la V i r g e n S a n t í s i m a á la C o m p a ñ í a á s u fidelísimo d e v o t o el
P . M a r t í n G u t i é r r e z . H a l l á b a s e e n Alcalá c u r s a n d o la facultad d e
Medicina, y y a e m p e z a b a á e j e r c i t a r s u ciencia, c u a n d o , m o v i d o p o r
u n o s E j e r c i c i o s q u e le dio el P . V i l l a n u e v a , y c o n s i d e r a n d o e l p o c o
t i e m p o d e v i d a q u e , a t e n d i d a s u flaca salud, le p o d í a q u e d a r , a c o g i ó s e
á n u e s t r o c o l e g i o , p a r a o f r e c e r á Dios y á María S a n t í s i m a los p o c o s
( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. m , c . vm
( 2 ) C a s t r o , Ibid., 1. i v , c. i x .
(3) Cartas de San Ignacio, t. n , p . 2 9 4 .
C A P . I X . — PERSECUCIONES EN ALCALÁ 345
días q u e p e n s a b a v i v i r s o b r e la t i e r r a . No f u e r o n t a n p o c o s , g r a c i a s
a l S e ñ o r , y e n los v e i n t i t r é s años q u e a u n d u r ó a q u e l l a p r e c i o s a v i d a ,
v e r e m o s al P . G u t i é r r e z s e r v i r á la C o m p a ñ í a e n cargos i m p o r t a n t e s
y edificar á t o d o s con el e j e m p l o d e sus e m i n e n t e s v i r t u d e s (1).
P e r o la a d q u i s i c i ó n más p r e c i o s a q u e e n estos años hizo el P . Vi-
l l a n u e v a , fué el m a e s t r o Gil González D á v i l a . H a b í a n a c i d o el año 1532
en Burujón, p u e b l o distante unas cuatro leguas de Toledo, hacia Ex-
t r e m a d u r a . A p r e n d i d a s las l e t r a s h u m a n a s , s i g u i ó e n Alcalá e l c u r s o
d e los e s t u d i o s hasta t e r m i n a r la filosofía, y e n t o n c e s , s i e n d o d e diez
y n u e v e años, p r e t e n d i ó la C o m p a ñ í a . F u e r t e o p o s i c i ó n h i c i e r o n sus
p a d r e s ; p o r o el j o v e n s u p o a p l a c a r l o s con a q u e l l a m o d e s t i a y s u a v i -
d a d s i n g u l a r , q u e desde e n t o n c e s le e m p e z ó á a c r e d i t a r c o m o u n o d e
los h o m b r e s más p r u d e n t e s q u e tuvo la C o m p a ñ í a (2). E n t r a d o e n
r e l i g i ó n , t e r m i n ó sus e s t u d i o s e n Alcalá, y c o m o v e r e m o s e n el d e -
c u r s o d e esta h i s t o r i a , el P . Gil González Dávila, V i s i t a d o r p r i m e r o ,
P r o v i n c i a l d e s p u é s , l u e g o asistente d e l P . M e r c u r i á n , y en t i e m p o
d e l P . A q u a v i v a , P r o v i n c i a l s u c e s i v a m e n t e d e t r e s p r o v i n c i a s , fué
d u r a n t e u n o s t r e i n t a años el m e j o r S u p e r i o r y el h o m b r e m á s i m p o r -
t a n t e q u e t u v o la C o m p a ñ í a e n E s p a ñ a . Al l a d o d e estos h o m b r e s
f o r m á b a n s e e n Alcalá el f e r v o r o s o p r e d i c a d o r P . M i g u e l G o b i e r n o ,
el c é l e b r e c a t e q u i s t a J e r ó n i m o d e Ripalda, a m b o s a r a g o n e s e s , y o t r o s
sujetos de m e n o s n o m b r a d l a , con los cuales fué c r e c i e n d o la h u m i l d e
c o m u n i d a d q u e r o d e a b a al P . V i l l a n u e v a , e n t é r m i n o s q u e c u a n d o
v i n o e l P . Nadal á p r o m u l g a r las C o n s t i t u c i o n e s , el c o l e g i o de Alcalá
c o n t a b a 35 sujetos (3).
4. Mas n o a d e l a n t a b a a q u e l l a casa sin fuertes c o n t r a d i c c i o n e s . La
p r i m e r a q u e e n estos a ñ o s les m o l e s t ó v i n o d e p a r t e d e u n i n d i g n o
s a c e r d o t e . L l a m á b a s e F e r n a n d o B a r r a s a , y e n el t r a j e y e n la c o m -
p o s t u r a e x t e r i o r p r o c u r a b a i m i t a r á los N u e s t r o s , y l o q u o es más,
d u r a n t e u n o s dos años, d e s d e p r i n c i p i o s d e 1547 hasta 1549, hizo r e -
p e t i d a s instancias á V i l l a n u e v a p a r a q u e le a d m i t i e s e en la C o m p a ñ í a .
F u é cosa e x t r a ñ a y p r o v i d e n c i a l q u e , n o h a b i e n d o á los p r i n c i p i o s e n
la c o m u n i d a d de Alcalá n i n g ú n s a c e r d o t e , y d e s e a n d o t o d o s t e n e r l o
d e la C o m p a ñ í a p a r a las confesiones o r d i n a r i a s , con t o d o eso s i n t i ó
V i l l a n u e v a c o m o i n s t i n t i v a r e p u g n a n c i a á r e c i b i r á este h o m b r e . P o r
( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. n i , c. v n .
( 2 ) Vide P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 3 3 2 , itemque Litterae cuadrimestres,
t. i. p . 2 9 2 .
( 3 ) V é a s e m á s a b a j o el c a p . x .
 CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 347

346 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

p ú b l i c o t e s t i m o n i o d e c l a r a n d o h a b e r a v e r i g u a d o p o r sí y p o r e l d i -
m á s q u e r e p i t i ó B a r r a s a la d e m a n d a , p e r s i s t i ó V i l l a n u e v a e n la n e -
cho d e p e r s o n a s fidedignas, q u e B a r r a s a , a u n q u e h a b í a p r e t e n d i d o
g a t i v a . E l a ñ o 1549 d e s c u b r i ó el h u m i l d e r e c t o r lo a c e r t a d a q u e h a -
e n t r a r e n la C o m p a ñ í a y se h a b í a v e n d i d o p o r i n d i v i d u o d e ella,
bía sido a q u e l l a r e s i s t e n c i a , q u e é l m i s m o n o se sabía e x p l i c a r .
e n r e a l i d a d n u n c a lo h a b í a sido n i e n t o n c e s lo e r a (1). C o n esto se
F u é el caso q u e este s a c e r d o t e , d á n d o s e al m i n i s t e r i o d e o i r con-
disipó a q u e l l a b o r r a s c a , s o b r e t o d o c u a n d o e l c u l p a b l e fué s e n t e n -
fesiones, y h a c i e n d o c r e e r al p ú b l i c o q u e e r a d e la Compañía, atrajo
ciado p ú b l i c a m e n t e á c á r c e l p e r p e t u a , y e n la s e n t e n c i a se hizo cons-
con sus buenos modales á muchas mujeres devotas q u e empezaron á
t a r la ficción c o n q u e h a b í a p r e t e n d i d o dai-se p o r r e l i g i o s o d e n u e s -
confesarse c o n é l . P o r lo visto, n o t o m ó las d e b i d a s p r e c a u c i o n e s
tra Orden.
p a r a e v i t a r los p e l i g r o s q u e e n este m i n i s t e r i o p u e d e n o c u r r i r , y e l
5. P o r estos m i s m o s años e m p e z ó á h a b l a r m a l d e la C o m p a ñ í a e n
infeliz, t e n t a d o d e l d e m o n i o , e m p e z ó á c o m e t e r a b o m i n a b l e s e x c e s o s
Alcalá u n colegial m a y o r , l l a m a d o e l D r . d e las Casas. P r o c u r a r o n
con sus p e n i t e n t e s . E m p e z ó á d i f u n d i r s e e l r u m o r d e estas m a l d a d e s ,
p o n e r l e e n r a z ó n m u c h o s h o m b r e s doctos d e la u n i v e r s i d a d , q u e c o -
y V i l l a n u e v a , l u e g o q u e lo oyó, fué á v e r s e c o n B a r r a s a , y d e l m e j o r
n o c í a n y a m a b a n á los N u e s t r o s . N o b a s t a r o n estas y o t r a s d i l i g e n c i a s
m o d o q u e p u d o le avisó s e c r e t a m e n t e d e lo q u e se decía d e él. L e j o s
p a r a c o n t e n e r a l a t r e v i d o d o c t o r , q u e seguía c a l u m n i a n d o cada v e z
d e a c e p t a r el a v i s o , l o ú n i c o q u e h i z o el p e r v e r s o s a c e r d o t e fué e n -
m á s á la C o m p a ñ í a . A v i s a d o S a n I g n a c i o d e l e s c á n d a l o q u e c o n e s t o
f u r e c e r s e c o n t r a e l a d m o n i t o r y a r r o j a r l e d e su p r e s e n c i a c o n g r a n -
se l e v a n t a b a e n la u n i v e r s i d a d , j u z g ó q u e se d e b í a o b r a r c o n firme-
des a m e n a z a s . Y n o p a r ó e n amenazas, sino q u e c o n c i b i ó el p r o y e c t o
za, y e n v i ó á V i l l a n u e v a u n a p a t e n t e latina, e n q u e se e x p r e s a b a así;
d e m a t a r á V i l l a n u e v a , y c o n esto i n t e n t o salió á b u s c a r l e al c a m p o
«Como p o r r e l a c i ó n y c a r t a s d e v a r i a s p e r s o n a s dignas d e fe, h a y a -
u n día e n q u e el b u e n H e r m a n o h a b í a d e v o l v e r d e M a d r i d . F r u s t r ó s e
m o s e n t e n d i d o q u e u n d o c t o r l l a m a d o d e las Casas, h a b i t a n t e e n ésa,
afortunadamente el crimen, p o r q u e Villanueva llegaba en compañía
se e m b r a v e c e c o n m u c h a s p a l a b r a s m u y c o n t u m e l i o s a s c o n t r a n u e s -
d e o t r a s p e r s o n a s (1).
tra Compañía y su instituto, bien que n o condenamos su intención,
E n t r e t a n t o los escándalos d e B a r r a s a i b a n siendo cada día m á s
t o d a v í a n o s h a p a r e c i d o r e p r i m i r t a l licencia ó n i m i a l i b e r t a d , q u e
enormes y públicos. Nuestro rector creyó entonces que debía d a r
r e d u n d a e n d i m i n u c i ó n d e la h o n r a d e Dios y edificación d e los p r ó -
p a r t e á la I n q u i s i c i ó n , a u n q u e n o i g n o r a b a las m u r m u r a c i o n e s q u e
j i m o s , y h a s t a e n escándalo d e é s t o s , y atajarle c o n los r e m e d i o s
se p o d r í a n l e v a n t a r c o n t r a los N u e s t r o s si B a r r a s a e r a p r e s o p o r e l
o p o r t u n o s q u e la Silla A p o s t ó l i c a h a p r o v i s t o . P o r t a n t o , t e m a n d a -
S a n t o Oficio, p u e s m u c h o s l e c r e í a n j e s u í t a . H i z o V i l l a n u e v a s u d e -
mos, en n o m b r e de Nuestro Señor Jesucristo, y e n v i r t u d de santa
n u n c i a , y la I n q u i s i c i ó n p r e n d i ó p r o n t a m e n t e al c u l p a b l e . C o m o se
o b e d i e n c i a , q u e u s a n d o d e las l e t r a s apostólicas q u e se t e h a n m a n -
h a b í a p r e v i s t o , c o r r i ó al i n s t a n t e la v o z d e q u e u n o d e la C o m p a ñ í a
d a d o , y d e las facultades e n ellas c o n t e n i d a s , d e m a n d e s al s u s o d i c h o
estaba e n las c á r c e l e s d e l Santo Oficio p o r d e l i t o s feos y a b o m i n a -
D r . d e las Casas y á c u a l q u i e r a o t r o á él s e m e j a n t e , si a l g u n o h a y ,
b l e s . A l g ú n trabajo costó d e s v a n e c e r este falso r u m o r . P r o c u r ó V i -
ante el juez ó conservador q u e t ú , en nuestro n o m b r e y con autori-
l l a n u e v a q u e se t o m a s e e n Alcalá i n f o r m a c i ó n d e v a r i o s t e s t i g o s
d a d d e la S e d e A p o s t ó l i c a , h a s d e e l e g i r ; y si n o p u e d e d a r r a z ó n d e
i n t a c h a b l e s , d e c ó m o B a r r a s a n i e r a n i h a b í a sido n u n c a d e la C o m -
sus d i c h o s y p r o b a r q u e son v e r d a d e r o s , cuides q u e sea castigado c o n
pañía. P a r a r e f o r z a r m á s la p r u e b a d e n u e s t r a i n o c e n c i a , el P . P o l a n c o ,
c e n s u r a s y p e n a s eclesiásticas p a r a su c o r r e c c i ó n y a p a r t a m i e n t o d e l
d e o r d e n d e S a n I g n a c i o , m a n d ó á V i l l a n u e v a q u e p r o c u r a s e , si e r a
e s c á n d a l o y p a r a e j e m p l o d e los d e m á s , c o m o la r e c t i t u d d e la j u s t i -
p o s i b l e , q u e le h i c i e s e n j u r a r á B a r r a s a n o h a b e r sido a d m i t i d o n u n c a
cia p i d e . N u e s t r o S e ñ o r t e g u a r d e . — D e R o m a á 13 d e N o v i e m b r e
e n t r e l o s N u e s t r o s (2). L o g r ó s e esta confesión d e l r e o , y a d e m á s
d e 1550» (2).
el 16 d e S e p t i e m b r e d e 1549, e l r e c t o r d e la u n i v e r s i d a d d e Alcalá,
No fué n e c e s a r i o u s a r d e este r e c u r s o c o n t r a e l m a l d i c i e n t e d o c t o r ,
maestro J e r ó n i m o Vela, á petición de nuestro rector, expidió u n

(1) El t e x t o i n t e g r o d e e s t e d o c u m e n t o s e b a p u b l i c a d o e n Epistolae mixtae, t. I I ,

( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. i n , c. I I . R i b a d e n e i r a , Hist. de la p. 272.
Asistencia de España, 1. I, c . x m .
(2) Cartas de San Ignacio, t . n , p . 272.
(2) Regest. S. Ign., 1.1, p . 170.

348 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
p u e s c u a n d o éste e n t e n d i ó la t e m p e s t a d q u e le venía e n c i m a , p o r q u e
los N u e s t r o s t o m a b a n c o n s e r i e d a d el n e g o c i o , p r o c u r ó r e p o r t a r s e , y
a u n q u e n u n c a a m ó á la C o m p a ñ í a d e c o r a z ó n , con t o d o e s o , deshizo
m u c h a s d e sus c a l u m n i a s , y a u n p r o c u r ó c o m p e n s a r con g r a n d e s elo-
g i o s los m a l e s q u e a n t e s h a b í a d i c h o d e los N u e s t r o s .
6. E s t o s e n c u e n t r o s p u d i e r o n l l a m a r s e l i g e r a s e s c a r a m u z a s en com-
p a r a c i ó n de la fiera batalla q u e se l e v a n t ó c o n t r a n u e s t r o c o l e g i o el
a ñ o 1551. E l Sr. J u a n Martínez Guijeño (1), ó S i l i c e o , c o m o se l l a m ó
é l m i s m o l a t i n i z a n d o su a p e l l i d o , e r a hijo d e u n o s p o b r e s l a b r a -
d o r e s , y h a b í a v e n i d o al m u n d o en V i l l a g a r c í a , p u e b l o de E x t r e -
m a d u r a s i t u a d o c e r c a d e L l e r e n a . E n esta c i u d a d e m p e z ó á e s t u d i a r
g r a m á t i c a desdo m u y n i ñ o , «con tan p o c o r e g a l o y con tanta p o b r e z a ,
d i c e F r a n c i s c o de Pisa, q u e iba cada sábado de L l e r e n a á Villagarcía
y t r a í a p a n d e casa d e sus p a d r e s p a r a e l s u s t e n t o d e t o d a la s e m a n a
s i g u i e n t e , y d e s p u é s s i r v i ó de sacristanejo en su lugar» (2). Concluida
la g r a m á t i c a , e s t u d i ó lógica en S e v i l l a , con las mismas i n c o m o d i d a -
d e s y e s t r e c h e c e s do L l e r e n a (3). Do Sevilla se e n c a m i n ó á R o m a con
d e s e o de e s t u d i a r y v e r m u n d o ; p e r o en Valencia le aconsejó u n fraile
q u e fuese á la u n i v e r s i d a d de P a r í s , y le dio doce d u c a d o s p a r a el
c a m i n o . A d m i t i ó el consejo y la limosna S i l i c e o , y á pie c a m i n ó
d e s d e Valencia á la capital d e F r a n c i a . V a r i o s años pasó en a q u e l l a
universidad, padeciendo gran pobreza, pero acreditándose también
do h o m b r e i n t e l i g e n t e y l a b o r i o s o . A d e m á s do los e s t u d i o s sagrados,
á q u e se c o n s a g r ó con p r e f e r e n c i a , c u l t i v ó las ciencias n a t u r a l e s ,
c o m o lo p r u e b a n la Aritlimética theórica ct práctica q u e p u b l i c ó en
P a r í s e n 1514, y la n u e v a edición q u e dispuso en S a l a m a n c a do u n
l i b r o de m a t e m á t i c a s d e b i d o á u n a u t o r inglés (4).
( 1 ) A l g u n o s m o d e r n o s l e h a n l l a m a d o G u i j a r r o , p e r o su n o m b r e e r a G u i j e ñ o , c o m o
s e v e e n F r a n c i s c o d e I ' i s a (Descripción de la imperial ciudad de Toledo, 1. V, c. xxii)
y lo a f i r m a D . C i i s t ó b a l P é r e z P a s t o r e n s u o b r a La Imprenta en Toledo, p . 110,
d o n d e d i c e q u e t o d o s los d o c u m e n t o s d e la é p o c a l l a m a n G u i j e ñ o ó G u i x e ñ o al céle-
b r e Arzobispo de Toledo.
( 2 ) Deserción de la imperial ciudad de Toledo, 1. v, c. x x u . E s t a o b r a se i m p r i -
m i ó e n 1 6 0 5 , y el a u t o r afirma h a b e r r e c o g i d o s u s n o t i c i a s s o b r e Siliceo, ide memo-
riales d i g n o s d e f e , d e J u l i á n C r e s p o , su s e c r e t a r i o , y d e l m a e s t r o P é r e z , y a l g u n o s
p u n t o s particulares!) q u e halló e n o í r o s a u t o r e s . P o d e m o s , p u e s , fiarnos del t e s t i m o -
n i o d e u n a u t o r t a n c e r c a n o á S i l i c e o , y q u e t u v o e n s u s m a n o s l o s p a p e l e s d e l se-
cretario del arzobispo.
( 3 ) Bispali artem logicam in sordibus et egestate hausit. (Nicolás Antonio, Biblio-
theca nova.)
(4) Vide N i c o l á s A n t o n i o , Bibliolheca nova, en el a r t . Joannes Martínez Siliceus.
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 349
A c r e d i t a d o c o n el n o m b r e d e sabio y estudioso v i n o Siliceo d e
París á Salamanca, donde m u y pronto obtuvo una cátedra de artes
y filosofía, y l l e g ó á s e r i n d i v i d u o d e l c o l e g i o m a y o r de San B a r t o -
l o m é . N o m u c h o t i e m p o d e s p u é s , v a c a n d o la c a n o n g í a m a g i s t r a l d e
C o r i a , la g a n ó p o r o p o s i c i ó n , e n c o n c u r s o de o t r o s o p o s i t o r e s b a s -
t a n t e n o m b r a d o s . E n esta p o s i c i ó n se h a l l a b a J u a n Martínez S i l i c e o ,
c u a n d o fué escogido p a r a m a e s t r o del p r í n c i p e D . F e l i p e I I . T u v o e n
la casa r e a l j u n t a m e n t e t r e s c a r g o s m u y i m p o r t a n t e s , cuales e r a n
ser m a e s t r o , confesor y capellán d e l p r í n c i p e . E l r e g i o discípulo c o -
r r e s p o n d i ó con i n s i g n e g r a t i t u d á las enseñanzas de su m a e s t r o : h í z o l e
p r i m e r o obispo d e C a r t a g e n a , y c u a n d o e n 1545 m u r i ó el c a r d e n a l
T a v e r a , c o n s i g u i ó el m i s m o D. F e l i p e de su p a d r e el e m p e r a d o r /
q u e fuese p r e s e n t a d o Siliceo p a r a la m i t r a p r i m a d a d e las E s p a ñ a s .
Á p r i n c i p i o s de 1546, el a n t i g u o sacristanejo de Villagarcía era a r -
zobispo d e T o l e d o , y el q u e se h a b í a s u s t e n t a d o con p o b r e s m e n d r u -
gos e n L l e r e n a , gozaba u n a r e n t a de d o s c i e n t o s c i n c u e n t a m i l d u c a -
dos a n u a l e s (1).
Nadie p o d í a n e g a r al n u e v o a r z o b i s p o s o b r e s a l i e n t e s d o t e s i n t e -
lectuales. P o r ellas y n o p o r m a l o s m e d i o s se h a b í a e n c u m b r a d o al
i n s i g n e p u e s t o q u e o c u p a b a ; p e r o si era g r a n d e el e n t e n d i m i e n t o , e r a
t a m b i é n t e r r i b l e la c o n d i c i ó n del n u e v o p r e l a d o . «El g e n i o d e l n u e -
v o A r z o b i s p o , dice D. V i c e n t e La F u e n t e , e r a c o m o su a p e l l i d o . A p e -
nas q u e d ó p e r s o n a e n el a r z o b i s p a d o c o n q u i e n n o r i ñ e r a » (2). La r i -
gidez y t e r q u e d a d de c a r á c t e r , el deseo i m p e r i o s o de d o m i n a r á t o d o
el m u n d o , y, lo q u e e r a p e o r , la facilidad q u e t e n í a de r e c u r r i r á m e -
dios v i o l e n t o s p a r a c o n s e g u i r los fines q u e deseaba (3), h a c í a n al a r -
zobispo u n o d e esos h o m b r e s a n t i p á t i c o s q u e t i e n e n el don d e d e s -
a g r a d a r á t o d o s , a u n e n lo b u e n o q u e h a c e n . La cara m i s m a , e n j u t a
y huesosa (si n o m i e n t e n los r e t r a t o s q u e c o r r e n de S i l i c e o ) , e s t a b a
d e n u n c i a n d o la t i e s u r a e x t r e m a d a d e a q u e l h o m b r e inflexible.
Á los p r i n c i p i o s n o m o s t r ó e n e m i s t a d á la C o m p a ñ í a , y, c o m o r e -
c o r d a r á e l l e c t o r , c u a n d o se p r e s e n t a r o n e n la c o r t e los P P . F a b r o y
Araoz el año 1545, les dio Siliceo a l g u n a s m u e s t r a s de b e n e v o l e n -
( 1 ) S o b r e las r i q u e z a s d e l a r z o b i s p o d e T o l e d o , v é a s e á C a b r e r a d e Córdoba
(Felipe II, Rey de España. P a r t e p r i m e r a , 1. i v , c. n).
( 2 ) nist. de las Universidades de España, t. n , o. x x .
( 3 ) V é a n s e en L a F u e n t e (Hist. de las Universidades de España, t. n , p . 1 1 5 )
las v i o l e n c i a s q u e c o m e t i ó e n s u s p l e i t o s c o n l a u n i v e r s i d a d d e A l c a l á ; y e n el t o m o
s i g u i e n t e h a b r e m o s d e r e f e r i r las i n j u s t a s ' v e j a c i o n e s q u e i m p u s o al f u n d a d o r d e
n u e s t r o colegio de Ocaña.

350 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
cia (1). P r o n t o , s i n e m b a r g o , e m p e z a r o n á n o t a r s e s í n t o m a s d e a l g ú n
r u i d o s o r o m p i m i e n t o . E l 31 d e O c t u b r e de 1549, el b u e n V i l l a n u e v a
d i o la v o z d e a l a r m a , e s c r i b i e n d o al P . A r a o z lo s i g u i e n t e :
.«El a r z o b i s p o n o está b i e n con n o s o t r o s . T i e n e d a d o m a n d a t o que
e n t o d o su a r z o b i s p a d o n o confiese h o m b r e q u e n o sea e x a m i n a d o
p o r su v i s i t a d o r , y q u e n i n g u n o , p o r suficiente q u o sea, p u e d a a d m i -
n i s t r a r el s a c r a m e n t o de la E u c a r i s t í a á n i n g u n a a l m a , salvo los cu-
r a s . C u a n d o a l g u n o se va á e x a m i n a r p a r a c l é r i g o , lo p r i m e r o le p i d e ,
s e g ú n d i c e n los q u e lo h a n visto, q u e si es d e la Compañía. D i c e n q u e
d i c e della m u c h o mal, d i c i e n d o q u e son h e r e j e s , y tanto, q u e a l g u n o s
d i c e n q u e s e r í a b i e n q u e Su S a n t i d a d m a n d a s e á los i n q u i s i d o r e s ,
q u e d e su oficio e n t e n d i e s e n , en castigar los q u e c o n t r a d i c e n la Com-
p a ñ í a , p u e s es confirmada p o r la Iglesia; p u e s es especie d e espíritu
l u t e r a n o n o a q u i e t a r á lo q u e el S u m o Pontífice h a a p r o b a d o , y des-
t o s h a y m u c h o s . D i g o e s t o , p o r q u e V. P . v e a la n e c e s i d a d q u e t e n e -
m o s d e q u e se n o s e n v í e n las b u l a s y c o n c e s i o n e s p a r a p o d e r confe-
s a r y a d m i n i s t r a r los s a c r a m e n t o s en este colegio, y m i e n t r a s n o nos
los e n v i a r e n , n o lo o s a r e m o s h a c e r , a u n q u e in foro i n t e r i o r se p u -
d i e s e u s a r d e las g r a c i a s , p o r q u e al q u e t i e n e e s t r a g a d a la v o l u n t a d ,
p o c a o c a s i ó n le b a s t a p a r a e j e c u t a r su i n t e n c i ó n » (2).
Dos años c o n t i n u ó el a r z o b i s p o en este estado de oculta a v e r s i ó n ,
q u e , c o m o e r a fácil d e p r e v e r , d a d o su c a r á c t e r c o l é r i c o , había de
p a r a r al fin en g u e r r a manifiesta. E n la p r i m a v e r a d e 1550, p o r insi-
n u a c i ó n d e l c o n d e de Mélito y de o t r o s a m i g o s do la C o m p a ñ í a , dis-
p u s o el P . A r a o z q u e el P . M i g u e l de T o r r e s p a r t i e s e á T o l e d o , y ha-
b l a n d o c o n el a r z o b i s p o , á q u i e n c o n o c í a , le d i e s e l a r g a c u e n t a del
I n s t i t u t o de la Compañía. E n c u m p l i m i e n t o de esta o r d e n , llegóse á
T o l e d o el r e c t o r de S a l a m a n c a p o r el m e s de Mayo. R e c i b i ó l e con
s i n g u l a r e s m u e s t r a s de a m o r el p r e l a d o . Casi t o d o s los días q u i s o
t e n e r l e á su m e s a , c o n f e r e n c i ó con él l a r g a m e n t e , y manifestó bas-
t a n t e c l a r o el deseo q u e t e n í a de c o n s e r v a r á su lado al p r u d e n t e
d o c t o r . É s t e , p o r su p a r t e , a p r o v e c h a n d o tan c o r d i a l a c o g i m i e n t o ,
e x p l i c ó á Silíceo el fin é I n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , le m o s t r ó las b u -
las apostólicas q u e lo c o n f i r m a b a n , y le d e c l a r ó c u a n t o p u d o la ra-
z ó n d e n u e s t r o m o d o d e p r o c e d e r . No t o d o p a r e c i ó b i e n al a r z o b i s -
p o . V i t u p e r ó los excesivos p r i v i l e g i o s d e q u e gozaba la Compañía,
y s o b r e t o d o la e x e n c i ó n d e l O r d i n a r i o . R e p l i c ó el P . T o r r e s q u o la
(1) Vide supra, c. m .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 3 0 2 .
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 351
e x e n c i ó n n o e r a n i n g u n a s i n g u l a r i d a d d e la C o m p a ñ í a , sino p r i v i l e -
g i o g e n e r a l c o n c e d i d o á t o d a s las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , y a ñ a d i ó q u e
la v o l u n t a d e x p r e s a d e l P . I g n a c i o e r a q u e los N u e s t r o s n o usasen
d e n u e s t r o s p r i v i l e g i o s , sino c o n el b e n e p l á c i t o d e los obispos. No se
a q u i e t ó d e l t o d o Siliceo c o n esta e x p l i c a c i ó n .
Al m i s m o t i e m p o a p r o v e c h ó el d o c t o r s u estancia e n T o l e d o p a r a
v i s i t a r á v a r i o s m a g n a t e s p o d e r o s o s é i n t e r e s a r l o s en favor de la
C o m p a ñ í a . T o d o s ellos le r e c i b i e r o n m u y b i e n , y m á s q u e n a d i e el
c o n d e d e M é l i t o , q u e y a desde t i e m p o a t r á s e r a a m i g o d e la C o m p a -
ñ í a , y e n a d e l a n t e n o s h a b í a de d i s p e n s a r tan i n s i g n e s favores. Al
c a b o de u n m e s , q u e r i e n d o v o l v e r s e á S a l a m a n c a el P . T o r r e s , r o g ó
al a r z o b i s p o le dijese c o n franqueza q u é sentía a c e r c a de la C o m p a -
ñía, y si g u s t a r í a q u e los N u e s t r o s se e s t a b l e c i e s e n e n T o l e d o . E l a r -
zobispo dio u n a r e s p u e s t a e v a s i v a , insistió e n el i n c o n v e n i e n t e d e
q u e t u v i é r a m o s el p r i v i l e g i o de la e x e n c i ó n , y d e c l i n a n d o la plática
á o t r a p a r t e , h a b l ó al D r . T o r r e s de c i e r t o m o n a s t e r i o de doncellas
q u e p e n s a b a fundar, y a u n q u e e n t é r m i n o s algo e m b o z a d o s , le ofre-
ció la d i r e c c i ó n de a q u e l m o n a s t e r i o y o t r a s p i n g ü e s m e r c e d e s . E l
p r u d e n t e d o c t o r r e s p o n d i ó con o t r a e v a s i v a , y a m b o s se d e s p i d i e -
r o n , p r o m e t i e n d o h a b l a r s e e n o t r a ocasión. P o r lo v i s t o , n i el u n o
n i el o t r o q u e d a r o n c o n t e n t o s de lo o b t e n i d o e n la e n t r e v i s t a ; p e r o
lo q u e sí q u e d a p a t e n t e p a r a n o s o t r o s , es q u e el a r z o b i s p o Siliceo
a d q u i r i ó en 1550 p l e n a n o t i c i a de la C o m p a ñ í a , se e n t e r ó d e n u e s t r a s
b u l a s y p r i v i l e g i o s , y, p o r c o n s i g u i e n t e , n o p u d o a l e g a r i g n o r a n c i a
p a r a e x c u s a r lo q u e h i z o u n año d e s p u é s (1).
7. C o n o c i e n d o l o s N u e s t r o s la m a l a d i s p o s i c i ó n d e l p r e l a d o , p r o -
c u r a r o n n o d a r l e n i n g ú n m o t i v o d e r e s e n t i m i e n t o , y p o r eso m a n d ó
V i l l a n u e v a q u e los pocos s a c e r d o t e s q u e i b a n e n t r a n d o e n la C o m -
pañía, y los H e r m a n o s d e ésta q u e se o r d e n a b a n , pasasen p o r e l exa-
m e n d e a q u e l v i s i t a d o r d e s i g n a d o p o r Siliceo (2). L l e g ó el m e s d e
O c t u b r e d e 1551, y d e p r o n t o o y e n n u e s t r o s P a d r e s q u e e l a r z o b i s -
p o h a b í a d a d o dos t r e m e n d o s e d i c t o s : u n o r e t i r a n d o las licencias á
t o d o s los s a c e r d o t e s q u e h a b í a n h e c h o los E j e r c i c i o s , y o t r o p r o h i -
( 1 ) Dos relaciones p o s e e m o s de esta larga entrevista del P . Torres con Siliceo.
L a p r i m e r a fué e s c r i t a e n S a l a m a n c a el 30 d e J u n i o d e 1 5 5 0 , p o r el P . B a r t o l o m é
H e r n á n d e z , p o c o s d í a s d e s p u é s d e v o l v e r el P . T o r r e s . (Epist. mixtae, t. n , p . 4 1 0 . )
L a s e g u n d a e s d e l P . P o l a n c o (Historia S. J., t . n , p . 1 0 6 ) , q u i e n , r e c o g i e n d o l o s
d a t o s del P . H e r n á n d e z , a ñ a d e a l g u n a s c i r c u n s t a n c i a s , q u e p r o b a b l e m e n t e tomaría
d e a l g u n a carta, ya perdida, del P. Torres.
( 2 ) Asi c o n s t a p o r la c a r t a d e V i l l a n u e v a d e 3 0 d e O c t u b r e d e l ó í l . (Ibid.)
 352 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
h i e n d o t e r m i n a n t e m e n t e á t o d o s los de la C o m p a ñ í a el p r e d i c a r ,
confesar, a d m i n i s t r a r la E u c a r i s t í a y d e c i r misa e n t o d a s las iglesias
d e su a r z o b i s p a d o , m a n d a n d o al v i c a r i o d e Alcalá y á t o d o s los cu-
r a s y b e n e f i c i a d o s , q u e n i n g u n o p e r m i t i e s e d e c i r m i s a á l o s d e la
C o m p a ñ í a , n i les facilitase los o r n a m e n t o s p a r a ella, so p o n a do e x -
c o m u n i ó n y de cinco m i l m a r a v e d í s d e m u l t a . ¿Cuál fué la causa d e
tan t e r r i b l e m a n d a t o ? H e a q u í el h e c h o .
A l g u n o s b u e n o s s a c e r d o t e s de T o l e d o h a b í a n oído h a b l a r de los
E j e r c i c i o s de San I g n a c i o , y d e s e a n d o a p r o v e c h a r s e del fruto espi-
r i t u a l q u e e n ellos se recogía, los h i c i e r o n e n Alcalá con m u c h o fer-
v o r . S a l i e r o n d e ellos r e s u e l t o s á t r a b a j a r con m u c h a firmeza en su
p r o p i a santificación y e n la d e los p r ó j i m o s , é i m i t a n d o el e j e m p l o
d e los N u e s t r o s de A l c a l á , c o m e n z a r o n ellos en T o l e d o á e x h o r t a r á
los fieles á la d e v o c i ó n y frecuencia d e s a c r a m e n t o s . C o n s i g u i e r o n
m u c h o fruto e n las almas, y j u n t a m e n t e el m e r e c i d o c r é d i t o de h o m -
b r e s santos y e s p i r i t u a l e s . A m b i c i o n a r o n esta g l o r i a o t r o s s a c e r d o -
tes i g n o r a n t e s , y d i é r o n s e á d i r i g i r e n el e s p í r i t u á m u c h a s p e r s o n a s ,
p e r o con tan poca d i s c r e c i ó n y con tan m a l e n t e n d i d o c e l o , q u e p o r
a c o n s e j a r la frecuencia d e s a c r a m e n t o s , l l e g a r o n al e x t r e m o a b s u r d o
d e p e r m i t i r á sus discípulos c o m u l g a r dos v e c e s al día.
Los s a c e r d o t e s b u e n o s m a n t e n í a n r e l a c i o n e s con el P . V i l l a n u e v a ,
el c u a l , c u a n d o se le ofrecía ocasión d e i r á T o l e d o , a c o s t u m b r a b a
visitarlos para hacerles piadosas exhortaciones y animarlos á prose-
g u i r e n sus b u e n o s p r o p ó s i t o s . C o m o , p o r o t r a p a r t e , ellos n o disi-
m u l a b a n s e r d i s c í p u l o s d e la C o m p a ñ í a , y e n t o d a s o c a s i o n e s la e l o -
g i a b a n , c r e y ó el v u l g o q u e e r a n jesuítas ó , c o m o e n t o n c e s se d e c í a
e n España, t e a t i n o s . Así c o m o se d i v u l g a r o n las santas o b r a s de estos
b u e n o s s a c e r d o t e s , se p u b l i c a r o n t a m b i é n las i n d i s c r e c i o n e s y des-
a t i n o s de los i g n o r a n t e s , y c o m o s u e l e s u c e d e r , la fama lo c o n f u n d i ó
t o d o , lo e x a g e r ó t o d o , y l l e g o á oídos d e l s e ñ o r a r z o b i s p o q u e se h a -
b í a n e s p a r c i d o p o r su d i ó c e s i s m u c h í s i m o s c l é r i g o s , l l a m a d o s t e a t i -
n o s , c u y a casa c e n t r a l estaba e n Alcalá, los cuales d a b a n c i e r t o s E j e r -
c i c i o s m i s t e r i o s o s y c o m e t í a n g r a v e s a b u s o s e n la a d m i n i s t r a c i ó n d e
l o s s a c r a m e n t o s . A ñ a d i ó la m a l i g n i d a d , q u e sólo e n T o l e d o h a b í a
m á s d e 500 t e a t i n o s , a l g u n o s d e los cuales e r a n c a s a d o s , y q u e t o d o s
p r e t e n d í a n e s t a r e x e n t o s d e la j u r i s d i c c i ó n e p i s c o p a l (1). E s t e ú l t i -
(1) T o d a e s t a e x p l i c a c i ó n d e los m o t i v o s q u e d e t e r m i n a r o n á Silíceo á p u b l i c a r
t a n s e v e r o e d i c t o , la t o m a m o s d e l P . C r i s t ó b a l d e C a s t r o (Historia del colegio de Al-
calá, 1. i v , e. i ) .
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 353
m o p u n t o fué lo q u e h i r i ó m á s e n lo v i v o al c o l é r i c o S i l í c e o . N o
p a r ó a q u í la c a l u m n i a . C o m o el a r z o b i s p o h a b í a d a d o p o c o t i e m p o
a n t e s u n t e r r i b l e d e c r e t o p r o h i b i e n d o el acceso á las d i g n i d a d e s
eclesiásticas, de c u a l q u i e r g é n e r o , á los d e s c e n d i e n t e s de m o r o s , j u -
d í o s ó h e r e j e s , d i j e r o n n u e s t r o s e n e m i g o s q u e el P . V i l l a n u e v a y los
d e m á s j e s u í t a s d e Alcalá n o e r a n , en su m a y o r p a r t e , c r i s t i a n o s n u e -
v o s (1).
P e r o e n t r e las causas q u e d e c i d i e r o n al a r z o b i s p o á d a r este p a s o
r u i d o s o , n o f u e r o n quizá las m e n o s p o d e r o s a s a l g u n a s c a r t a s y c e n -
s u r a s c o n t r a la C o m p a ñ í a y los E j e r c i c i o s , q u e , s e g ú n p a r e c e , le r e -
m i t i ó p o r este t i e m p o M e l c h o r Cano. No h e p o d i d o d e s c u b r i r e s t o s
e s c r i t o s p o r m á s q u e los h e b u s c a d o ; p e r o al v e r afirmado el h e c h o
p o r n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s , y más a ú n el e s c u c h a r d e labios de Silí-
c e o los m i s m o s a r g u m e n t o s a d u c i d o s c o n t r a la C o m p a ñ í a p o r Mel-
c h o r Cano, p a r e c e p o n e r fuera d e d u d a q u e existió c o m u n i c a c i ó n d e
i d e a s e n t r e estos dos i m p u g n a d o r e s n u e s t r o s . C u a l e s q u i e r a q u e fue-
sen las causas q u e a g r i a r o n el á n i m o d e l a r z o b i s p o , fué u n acto d e
injusta v i o l e n c i a q u i t a r d e g o l p e las l i c e n c i a s d e confesar y p r e d i c a r
á t o d a u n a O r d e n r e l i g i o s a , e x e n t a de su j u r i s d i c c i ó n , sin h a b e r eje-
c u t a d o p r e v i a m e n t e n i n g ú n acto j u d i c i a l y sin h a b e r t o m a d o las m á s
v u l g a r e s p r e c a u c i o n e s q u e d i c t a n la p r u d e n c i a y c a r i d a d , a n t e s d e
p r o c e d e r á r o m p i m i e n t o s t a n e s t r e p i t o s o s (2).
(1) E r a n b a s t a n t e r i g u r o s o s e s t o s e s t a t u t o s d e l i m p i e z a d e s a n g r e e s t a b l e c i d o s
p o r Silíceo, p u e s no sólo n e g a b a n á los d e s c e n d i e n t e s d e m o r o s , j u d í o s y h e r e j e s el
a c c e s o a l a s d i g n i d a d e s m a y o r e s , sino q u e l e s p r o h i b í a n p o s e e r t o d o g é n e r o d e b e n e -
ficios e c l e s i á s t i c o s , h a s t a las b e c a s d e los e s t u d i a n t e s q u e l l a m a b a n clerizones. Hubo
n o p o c a o p o s i c i ó n p u r a e s t a b l e c e r los t a l e s e s t a t u t o s , p e r o al fin Siliceo salió a d e -
l a n t e con ellos. E n el a r c h i v o d e la s e c r e t a r i a d e l c a b i l d o d e T o l e d o h a y u n l e g a j o
lleno de d o c u m e n t o s sobre este negocio.
(2) P a r a calificar d e b i d a m e n t e la c o n d u c t a d e Siliceo e n e s t e caso, n o s p a r e c e
o p o r t u n o c o p i a r las s i g u i e n t e s r e f l e x i o n e s e s c r i t a s p o r l o s a n o t a d o r e s d e l a s c a r t a s
de San I g n a c i o : «Dado q u e los religiosos, dicen, a u n q u e t e n g a n d e l P a p a la misión
d e p r e d i c a r y la f a c u l t a d d e a d m i n i s t r a r los s a c r a m e n t . s d e la P e n i t e n c i a y E u c a -
r i s t í a , n o d e b e n u s a r d e e l l a s sino con el b e n e p l á c i t o d e 1< s p r e l a d o s o r d i n a r i o s , y
d e s p u é s del Concilio de T r e n t o , p a r a p r e d i c a r f u e r a de s u s iglesias necesitan la li-
c e n c i a d e ellos, y p a r a c o n f e s a r , l a a p r o b a c i ó n ; p e r o i m p e d i r p o r p ú b l i c o s e d i c t o s y
c o n c e n s u r a s á u n a O r d e n e n t e r a en g e n e r a l , e n t o d a u n a d i ó c e s i s , p r e d i c a r , a d m i n i s -
t r a r los s a c r a m e n t o s y d e c i r m i s a , y eso sin c a u s a n i n g u n a j u s t i f i c a d a y s i n q u o
n i u n solo i n d i v i d u o d e ella h a y a c o n s u c o n d u c t a d a d o m o t i v o á t a n t o r i g o r , y h a -
c e r e s t o , c o m o lo h a c í a el a r z o b i s p o S i l i c e o , p a r a f o r z a r l o s á r e c o n o c e r s e s o m e t i d o s
á s u j u r i s d i c c i ó n , eso era desconocer la e x e n c i ó n c o m ú n á la C o m p a ñ í a con t o d a s
las otras órdenes religiosas a p r o b a d a s , invalidar de hecho las L e l r a s Apostólicas de
BU c o n f i r m a c i ó n y p r i v i l e g i o s , é i n f a m a r l a á ella y á l a S a n t a S e d e , q u e la h a b í a
354 L I B . I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
S u p o el P . V i l l a n u e v a p r o n t a m e n t e q u e h a b í a l l e g a d o á Alcalá el
edicto d e l a r z o b i s p o , y q u e , h a b i é n d o s e leído en el c a b i l d o , se h a b í a
t o m a d o la r e s o l u c i ó n de p u b l i c a r l o el d o m i n g o s i g u i e n t e , intra missa-
rtim solemnia, e n todas las iglesias d e la villa. C o n s u l t ó el caso c o n los
P a d r e s y H e r m a n o s de casa y c o n su g r a n d e a m i g o el D r . V e r g a r a ,
q u e e n t o n c e s se h a l l a b a en Alcalá, y t o d o s f u e r o n de p a r e c e r q u e
i n t i m a s e al v i c a r i o y al cabildo de Alcalá las b u l a s de c o n f i r m a c i ó n y
los p r i v i l e g i o s de la Compañía, p a r a i m p e d i r q u e se p r o m u l g a s e e n
las iglesias u n edicto tan m a n i f i e s t a m e n t e injusto. H í z o l o así Villa-
n u e v a , y el v i c a r i o , a t e n d i e n d o con el d e b i d o r e s p e t o á la i n t i m a c i ó n
q u e so le hizo, r e n u n c i ó á p r o m u l g a r el e d i c t o ; p e r o c o m o éste se
p r o m u l g ó en T o l e d o y e n o t r o s p u e b l o s de la diócesis, p r o n t o co-
r r i ó p o r t o d a E s p a ñ a la n o t i c i a de la g r a v í s i m a c o n d e n a c i ó n q u e el
a r z o b i s p o Silíceo h a b í a h e c h o d e la C o m p a ñ í a (1).
8. B i e n e n t e n d i ó V i l l a n u e v a la g r a v e d a d d e l g o l p e r e c i b i d o , y en-
c o m e n d a n d o á Dios f e r v o r o s a m e n t e el n e g o c i o , dióse á b u s c a r los
m e d i o s m á s o p o r t u n o s p a r a c o n j u r a r la t o r m e n t a q u e se d e s e n c a d e -
n a b a . H e a q u í la r e l a c i ó n q u e h a c e él m i s m o á San I g n a c i o , en c a r t a
d e 30 d e O c t u b r e de 1551, s o b r e las d i l i g e n c i a s q u e iba p r a c t i c a n d o .
Refiere p r i m e r o el p a s o q u e dio a n t e el v i c a r i o de Alcalá p a r a im-
p e d i r la p r o m u l g a c i ó n del edicto, y l u e g o p r o s i g u e de este m o d o :
« T a m b i é n les p a r e c i ó [á los de casa y al Dr. V e r g a r a ] q u e el a r z o -
b i s p o n o t e n í a culpa m i e n t r a s n o le p r e s e n t a r a n las bulas, p u e s n o le
c o n s t a b a de las facultades de la C o m p a ñ í a , y q u e era j u s t o se i n t i m a -
s e n al a r z o b i s p o . P a r a este efecto m e p a r t í y v i n e á la c o r t e , d o n d e
h a l l é al n u n c i o , al c u a l le p a r e c i ó q u o e r a m e n e s t e r se m o s t r a s e r i -
g o r e n este caso, y se ofreció á t o m a r el n e g o c i o p o r s u y o . P a r e c i ó l e
q u e p r e s e n t á s e m o s las b u l a s en consejo, y se p i d i e s e u n a p r o v i s i ó n
a l r e y p a r a los c o r r e g i d o r e s y j u s t i c i a s q u e , s i e n d o r e q u e r i d o s , h a -
g a n i n t i m a r las b u l a s á c u a l q u i e r a s e ñ o r q u e s e a , y n o p e r m i t a n q u e
s e a n v e j a d o s ; y e n t r e t a n t o , le p a r e c i ó quo y o m e llegase á T o l e d o
a p r o b a d o ; y e r a d i f í c i l , o b r a n d o a s í , n o v e r a l A r z o b i s p o i n c u r s o e n la e x c o m u n i ó n
latae sententiae, r e s e r v a d a al P a p a , q u e la b u l a d e la C e n a , e n el p á r r a f o t r e c e , f u l -
m i n a b a contra apostolicarum litterarum impetrationem execulionem vel usum prohi-
bentes. A d e m á s , c o m o con t e r r i b l e s a m e n a z a s e s t o r b a b a q u e l a s b u l a s le f u e s e n i n -
t i m a d a s , lo c u a l e r a p r e c i s o p a r a q u e la C o m p a ñ í a a c u d i e s e á l o s t r i b u n a l e s d e l
P a p a e n p r o s e c u c i ó n d e s u d e c r e t o , t a m b i é n p o r a q u í p a r e c e c a í a el A r z o b i s p o e n
i g u a l e x c o m u n i ó n , l a n z a d a e n el p á r r a f o d o c e d e la m i s m a contra agentium in causis
recursus ad Curiam Romanam offensores.y> (Cartas de San Ignacio, t. u i , p. 1G.)
( 1 ) Epistolae mixtae, t. I I , p. 6 0 8 .
CAP. I X . — P E R S E C U C I O N E S EN ALCALÁ 355
c o n sus c a r t a s , c r e y e n d o q u e p o r su r e s p e t o y r u e g o s se m i t i g a r í a ; y
así fui y h a b l é á su s e ñ o r í a r e v e r e n d í s i m a . R e s p o n d i ó m e [ e l a r z o -
b i s p o ] d á n d o m e m u c h a s quejas p o r las cuales él está m a l con la Com-
pañía.
»La u n a es q u e p o r q u é se h a n d e l l a m a r d e la C o m p a ñ í a de J e s ú s ;
q u e los o t r o s , ¿de q u é C o m p a ñ í a son? S e g u n d a : q u e p o r q u é h a n de
confesar y p r e d i c a r sin su licencia y sin q u e él los e x a m i n e . T e r c e -
r a : q u e p o r q u é h e m o s fundado casa en Alcalá sin su l i c e n c i a , y q u e
los E j e r c i c i o s n o los t i e n e p o r e v a n g e l i o , y q u e escandalizamos al
p u e b l o , y h a c e m o s q u e el c a v a l l c r o n o sea c a v a l l c r o , etc. (1). Yo le
r e s p o n d í á todo; p e r o c u a n d o se v e c o n c l u i d o , l u e g o lo m e t e á voces.
No p u e d e sufrir q u e h a y a s u p e r i o r s o b r e é l , t a n t o , q u e v i n o á d e z i r
q u e acá n o era m e n e s t e r papa, de q u e n o p o c o se escandalizó u n ca-
n ó n i g o q u e allí estaba p r e s e n t e .
» H a h a b i d o tan p o c a r a z ó n p a r a q u e su s e ñ o r í a diese este m a n -
d a t o , q u e , p o r n o le enojar, hasta a h o r a n o se h a p u e s t o S a c r a m e n t o
e n la c a p i l l a , y los q u e allí confesaban los h i c e q u e fuesen al visita-
d o r , á q u i e n el a r z o b i s p o c o m e t e los e x á m e n e s , y el V i s i t a d o r (2)
dio licencia a n t e s p a r a q u e confesasen y a d m i n i s t r a s e n los s a c r a m e n -
t o s . Ni esto basta á m i t i g a r la pasión q u e t i e n e c o n c e b i d a . É l n o r e s -
p o n d i ó al n u n c i o , y de p a l a b r a m e r e s p o n d i ó q u e él v e r n í a y q u e
acá se v e r í a , q u e es r e s p u e s t a q u e da dos años h a á t o d o s los n e g o -
c i o s q u e n o t i e n e g a n a q u e se h a g a n » (3).
A ñ a d e l u e g o V i l l a n u e v a q u e p a r a i n t i m a r las b u l a s al a r z o b i s p o y
p a s a r a d e l a n t e e n u n n e g o c i o t a n g r a v o , n o le h a p a r e c i d o c o n v e -
n i e n t e o b r a r p o r sí, y q u e al día s i g u i e n t e se p a r t e p a r a Valladolid,
d o n d e lo p o n d r á t o d o e n m a n o s d e l P . P r o v i n c i a l Araoz. «En T o l e d o
es g r a n d e el favor q u e m u e s t r a n á la C o m p a ñ í a m u c h a s p e r s o n a s
p r i n c i p a l e s , s o b r e t o d o el licenciado Q u i r o g a , q u i e n dice «que él
f a v o r e c e esta o b r a y h a de m o r i r p o r e l l a » ; e n c a m b i o , n u e s t r o s e n e -
m i g o s t r i u n f a n c o n lo q u e el a r z o b i s p o h a h e c h o , y h a b l a n c o m o si
y a p e r e c i e s e la Compañía» (4).
9. P a r t i ó s e , p u e s , V i l l a n u e v a á Valladolid en b u s c a del P . A r a o z .
L l e g a d o á Medina del C a m p o , e n c o n t r ó s e c o n el P . T o r r e s , el cual se
(1) P r o b a b l e es q u e e s t a o b j e c i ó n la h u b i e s e r e c i b i d o Silíceo d e M e l c h o r C a n o ,
quien la e x p o n e con m u c h o b r í o e n l a c a r t a á F r . J u a n d e R e g l a , e s c r i t a a ñ o s d e s -
pués, el 2 1 d e S e t i e m b r e d e 1 5 5 7 . ( V é a s e F e r m í n C*aballero, Melchor Cano, p . 5 2 6 . )
(2) E r a é s t e el v i s i t a d o r P a l a c i o s .
(3) Epistolae mixtae, t. n , p . 6 0 8 .
(4) Ibid., p . 610.

356 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
d i r i g í a á T o l e d o c o n i n s t r u c c i o n e s d e Araoz p a r a a y u d a r á V i l l a n u e v a
e n este n e g o c i o . V i e n d o q u e e l P . P r o v i n c i a l h a b í a d a d o y a al
P . T o r r e s c u a n t a s i n s t r u c c i o n e s se p o d í a n desear, n o pasó a d e l a n t e V i -
l l a n u e v a , y d e s d e Medina v o l v i ó s e c o n T o r r e s á T o l e d o . E n e l e n t r e -
t a n t o , s i g u i e n d o e l p r u d e n t e consejo d e l n u n c i o P o g g i o , se h a b í a n
p r e s e n t a d o las b u l a s d e la C o m p a ñ í a e n e l Consejo Real, y éste, r e c i -
biéndolas con veneración y respetándolas como era justo, dispuso
q u e se e n t r e g a s e u n a p r o v i s i ó n r e a l , e n q u e se m a n d a b a á los e s c r i -
b a n o s y n o t a r i o s q u e i n t i m a s e n las b u l a s d e la C o m p a ñ í a á c u a l e s -
q u i e r a p e r s o n a s , s i e m p r e q u e l o s N u e s t r o s lo c r e y e s e n n e c e s a r i o .
E s t a p r o v i s i ó n está firmada e n M a d r i d á 6 d e N o v i e m b r e d e 1551 (1).
A r m a d o s c o n esta p r o v i s i ó n r e a l , sólo les faltaba á los P a d r e s i n t i -
m a r las b u l a s d e la C o m p a ñ í a al a r z o b i s p o . E s t o deseaba v i v a m e n t e
V i l l a n u e v a . « Á m i v e r , e s c r i b í a á S a n I g n a c i o , las b u l a s se l e h u b i e -
r a n d e h a b e r i n t i m a d o al p r i n c i p i o , p u e s t i e n e excusa m i e n t r a s n o
le c o n s t a r e , n i c o n ellas f u e r e r e q u e r i d o » (2). S i n e m b a r g o , e l n u n -
cio y e l P . A r a o z o p i n a r o n q u e se t e n t a s e n d e n u e v o los m e d i o s sua-
ves d e r u e g o y c o n c i l i a c i ó n . Véase lo q u e se hizo c o n este i n t e n t o ,
s e g ú n n o s lo r e f i e r e e l P . T o r r e s . « T o m a m o s , d i c e , c a r t a s d e l s e ñ o r
n u n c i o m u y e n c a r e c i d a s , c u a n t o y o las p u d i e r a p i n t a r , j u n t a m e n t e
c o n cartas d e l s e ñ o r c a r d e n a l d e S a n t i a g o , q u e d e allá v i n i e r o n , y
t o m a m o s p o r m e d i o [ m e d i a n e r o ] a l S r . D. Alfonso E n r í q u c z , a b a d
d e Valladolid, q u e es m u y a m i g o d e l s e ñ o r n u n c i o , y p i e n s o p a r a m í
q u e es u n o d e los h o m b r e s q u e t i e n e n m á s a u t o r i d a d y c r é d i t o c o n
e l a r z o b i s p o d e c u a n t o s h a y p o r acá, y t o d a s estas diligencias n o h a n
sido b a s t a n t e s p a r a h a c e r l e m u d a r d e sus diseños [ d e s i g n i o s ] y p r o -
pósitos; m a s a n t e s , e n t r e t a n t o q u e el P . V i l l a n u e v a fué á Medina y s e
t r a t a b a la p a z , m a n d ó q u e se l e y e s e n p ú b l i c a m e n t e los e d i c t o s e n
Alcalá y a q u í e n T o l e d o , y n o h e m o s p o d i d o c o n c l u i r c o n él q u e n o
p a s e n a d e l a n t e los e d i c t o s , a u n q u e g r a n d í s i m a m e n t e y c o n m u c h a
instancia e n p ú b l i c o y e n s e c r e t o se lo h a s u p l i c a d o e l s e ñ o r a b a d p o r
causa d e las cartas d e l s e ñ o r n u n c i o ; y p o r e s o , c o n e l p a r e c e r y
acuerdo de personas de letras y de b u e n juicio, que conociendo el
escándalo y p e r j u i c i o q u e c o n esto r e d u n d a e n las ovejas d e l S e ñ o r ,
n o s l o h a n p u e s t o e n conciencia, si n o l o l l e v a m o s a d e l a n t e , p o r s e r
cosa q u e toca, n o á p a r t i c u l a r e s , sino al i n s t i t u t o u n i v e r s a l d e la
C o m p a ñ í a , c o n la p r o v i s i ó n r e a l q u e p a r a e s t o t e n e m o s , e s t a m o s d e
( 1 ) V é a s e el t e x t o e n Cartas de San Ignacio, t. n i , p . 4 5 5 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t . n , p . 6 3 3 .
CAP. I X . — PERSECUCIONES EN ALCALÁ 357
a c u e r d o e n q u e esta t a r d e se le n o t i f i q u e n las b u l a s , y se le h a g a r e -
q u e r i m i e n t o p a r a q u e r e p o n g a lo hecho.» E n u n a h i j u e l a a p a r t e , aña-
d i d a á la carta, p r o p o n e á S a n I g n a c i o e l p r u d e n t e P . T o r r e s si con-
v e n d r á q u e e l p a p a escriba u n a c a r t a al a r z o b i s p o , y si se e n c o m e n -
d a r á el n e g o c i o al i n q u i s i d o r m a y o r , « p o r q u e a q u í m á s t e m o r t i e n e n
á la i n q u i s i c i ó n q u e n o al papa» (1).
E s t o e s c r i b í a e l P . T o r r e s e n T o l e d o e l día 15 d e N o v i e m b r e d e 1551.
A q u e l l a m i s m a t a r d e , s e g ú n lo a n u n c i a d o en la carta, p r e s e n t ó s e c o n
e l P . V i l l a n u e v a al p r e l a d o . ¿Qué pasó e n a q u e l l a a u d i e n c i a ? Oigá-
m o s l o á V i l l a n u e v a , q u i e n e l m i s m o d í a lo c o n t a b a d e este m o d o á
S a n I g n a c i o : «El a r z o b i s p o h a h a b l a d o c l a r o e n esta s e g u n d a v e z q u e
f u i m o s y o y el D r . T o r r e s . Q u e r i é n d o l e i n t i m a r las b u l a s , digo, p i -
d i é n d o l e licencia p a r a e l l o , c o m e n z ó á d e c i r q u e n o s q u e m a r í a á
t o d o s (2). D e s p u é s le l l a m ó a p a r t e [ a l D r . T o r r e s ] , y le dijo q u e é l
n o t e n í a e n e m i s t a d c o n la Compañía n i la q u e r í a m a l , p e r o q u e é l
hacía esto p o r q u e e n la C o m p a ñ í a se hiciese el e s t a t u t o q u e él h a b í a
h e c h o en la iglesia d e T o l e d o , y q u e él p r e t e n d í a q u e n o h u b i e s e c u r a
n i beneficiado q u e fuese d e s t a casta [ d e linaje n u e v o ] , n i p u d i e s e con-
fesar n i p r e d i c a r ; y q u e p o r q u e v e n g a la C o m p a ñ í a á h a c e r lo m i s m o ,
e n t r a b a p o r a q u í (3), y q u e si esto se hace e n la Compañía, q u e h a r á
y n o h a b r á m a y o r a m i g o q u e é l y q u e m á s le favorezca» (4). F u é ,
p u e s , i n ú t i l la d i l i g e n c i a q u e se i n t e n t ó e n la t a r d e d e l 15 d e N o -
viembre.
10. F i r m e el r e c t o r d e Alcalá e n la idea d e q u e e r a p r e c i s o i n t i m a r
( 1 ) Epistolae mixtae, t . n , p s . 0 2 2 y 6 2 4 .
( 2 ) A u n q u e e n lo h e c h o h a s t a a q u í s e v e í a b i e n c l a r a la i n j u s t i c i a y p a s i ó n c o n
q u e p r o c e d í a Siliceo c o n t r a la C o m p a ñ í a , d e s d e e s t e m o m e n t o n o h a y m o d o p o s i b l e
d e d i s c u l p a r su c o n d u c t a y s a l v a r s u b u e n a f e , p u e s l e v e m o s c e r r a r v o l u n t a r i a m e n t e
los ojos p a r a n o v e r la l u z . A p e n a s e n t e n d e m o s hoy l o s c a t ó l i c o s e s t e m o d o d e p r o -
c e d e r . ¿ S e c o n c i b e c o m o p o s i b l e h o y e n d í a q u e u n o b i s p o a m e n a c e c o n la m u e r t e á
quien se presente á leerle un d o c u m e n t o d e L e ó n X I I I ? P u e s esto sucedía no t a n
)aras veces en aquellos tiempos d e m u c h a fe, pero d e ccnciencia m u c h o m á s a n c h a
que h o y en ciertos puntos.
(3) E s t o e s d e l i c i o s o . ¡ C o n q u e p a r a o b l i g a r á la C o m p a ñ í a á r e c i b i r u n a l e y q u e
se le antoja al Sr. Siliceo, se j u z g a éste d u e ñ o d e retirar las licencias, d e p r o h i b i r
todo ministerio sagrado y de infamar á toda u n a Orden religiosa, sin q u e e d a haya
d a d o el m á s l e v e m o t i v o ! El d e s a t i n a d o a f o r i s m o a e l fin j u s t i f i c a los m e d i o s » , h u -
biera tenido plena aplicación en este hecho del arzobispo. Debemos p i a d o s a m e n t e
s u p o n e r q u e no admitiría Siliceo, estando sereno, semejantes a t r o c i d a d e s , y q u e si
dio e s t a r e s p u e s t a , f u é p o r q u e , t u r b a d o c o n la i n t i m a c i ó n d e las b u l a s q u e s e i b a á
h a c e r , q u i s o s a l i r d e l p a s o d e s v i a n d o la a t e n c i ó n h a c i a o t r o p u n t o .
( 4 ) Epistolae mixtae, t . n , p . 6 2 6 .
 359
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ
358 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

ó d i s c e r n i d o [ d e c r e t a d o ] p a r a q u e los d e la d i c h a C o m p a ñ í a d e J e s ú s
á t o d o t r a n c e n u e s t r a s b u l a s á Siliceo, v i e n d o q u e á b u e n a s n o había
n o a d m i n i s t r e n los santos S a c r a m e n t o s , n i d i g a n m i s a , n i p r e d i q u e n
p o d i d o h a c e r s e , c o m o lo h a b í a n i n t e n t a d o él y T o r r e s , b u s c ó a l g ú n
s i n s e r e x a m i n a d o s p o r Su S e ñ o r í a R e v e r e n d í s i m a ó p o r los d i c h o s
n o t a r i o q u e lo h i c i e r a con t o d a s las f o r m a l i d a d e s d e oficio; p e r o n i n -
sus j u e c e s , v i c a r i o s ó v i s i t a d o r e s ; y r e v o c a d o s los d i c h o s m a n d a -
g u n o se a t r e v i ó á p r e s e n t a r s e c o n tal c o m i s i ó n d e l a n t e d e l p r e l a d o .
m i e n t o s y p r o v i s i o n e s , deje l i b r e m e n t e á los d e la d i c h a C o m p a ñ í a
H a c e r l o V i l l a n u e v a p o r sí m i s m o ó p o r a l g u n o d e la C o m p a ñ í a , era
a d m i n i s t r a r los santos S a c r a m e n t o s , y d e c i r misa y p r e d i c a r la pala-
e x p o n e r s e á a l g u n a v i o l e n c i a t e r r i b l e (1). P a r a salir del paso a c u d i ó
b r a d e D i o s , c o n f o r m e al t e n o r d e las dichas L e t r a s A p o s t ó l i c a s ; y
d e n u e v o n u e s t r o r e c t o r al Consejo Real, p i d i e n d o una p r o v i s i ó n en
d e esta notificación y r e q u e r i m i e n t o , y d e lo q u e S u S e ñ o r í a R e v e -
q u e se m a n d a s e al a r z o b i s p o n o h a c e r m a l á V i l l a n u e v a n i á o t r o al-
r e n d í s i m a r e s p o n d i e r e é h i c i e r e , r u e g o y p i d o á los p r e s e n t e s sean
g u n o p o r q u e le i n t i m a s e las b u l a s de la C o m p a ñ í a . F i r m ó s e esta p r o -
t e s t i g o s , y á v o s e l d i c h o n o t a r i o m e lo d e i s p o r t e s t i m o n i o p a r a en
v i s i ó n el 27 d e N o v i e m b r e de 1551. Lo sustancial d e ella es lo si-
g u a r d a y c o n s e r v a c i ó n d e m i d e r e c h o » (1). No s a b e m o s lo q u e el a r -
g u i e n t e : «D. Carlos, E m p e r a d o r , etc., etc Nos m a n d a m o s q u e p o r
z o b i s p o r e s p o n d i ó á esta i n t i m a c i ó n . La p r o v i s i ó n r e a l q u e m o s t r a b a
r a z ó n de i n t i m a r o s las dichas bulas y g r a c i a s y b r e v e s y m a n d a m i e n -
e n la m a n o , d e b i ó l i b r a r á V i l l a n u e v a d e a l g u n a g r a v e c a l a m i d a d .
tos é s e g u i r su j u s t i c i a é h a z e r t o d o s los a u t o s y diligencias q u e á su
11. E n t r e t a n t o l l e g a b a n á R o m a las c a r t a s escritas á p r i n c i p i o s d e
d e r e c h o c o n v e n g a n , n o p r e n d á i s al d i c h o F r a n c i s c o d e V i l l a n u e v a ,
N o v i e m b r e p o r V i l l a n u e v a y T o r r e s , en las q u e d a b a n p a r t e á S a n
c l é r i g o , n i á o t r a p e r s o n a a l g u n a q u e f u e r e á lo s u s o d i c h o , n i les
I g n a c i o d e t o d o lo o c u r r i d o . C u a n d o n u e s t r o s a n t o P a d r e fué avi-
hagáis n i c o n s i n t á i s q u e se les h a g a a g r a v i o n i v e j a c i ó n a l g u n a ,
e t c é t e r a (2). sado d e esta c o n t r a d i c c i ó n q u e hacía á la C o m p a ñ í a u n p r í n c i p e t a n
p o d e r o s o c o m o el a r z o b i s p o de T o l e d o , se a l e g r ó e n e l S e ñ o r , adi-
No b a s t ó esta p r o v i s i ó n p a r a q u e se les q u i t a s e á los n o t a r i o s el
v i n a n d o q u e la C o m p a ñ í a h a b í a d e s e r v i r m u c h o á D i o s e n a q u e l l a
m i e d o d e notificar n u e s t r a s b u l a s á Siliceo. P o r fin h u b o u n o algo
c i u d a d , y c o m o decía a l g u n o s m e s e s d e s p u é s , h a b l a n d o c o n e l P . R i -
m á s a t r e v i d o , F r a n c i s c o M a r t í n e z , n o t a r i o a p o s t ó l i c o , el cual se ofre-
b a d e n e i r a , «tenía p o r m u y b u e n a n u e v a p a r a la C o m p a ñ í a a q u e l l a
ció, n o á i n t i m a r las b u l a s é l , sino á p r e s e n c i a r la i n t i m a c i ó n q u o
p e r s e c u c i ó n , p u e s e r a sin culpa d e ella; y q u e e r a señal e v i d e n t e q u e
hiciese V i l l a n u e v a . C o n v e n i d o s en esto, b u s c ó s e ocasión o p o r t u n a , y
se q u e r í a s e r v i r Dios n u e s t r o S e ñ o r m u c h o d e la C o m p a ñ í a e n T o l e d o ,
el 12 de D i c i e m b r e (3), p r e v e n i d o s a l g u n o s q u e se hallasen p r e s e n t e s
p o r q u e en t o d a s p a r t e s había sido así, q u e d o n d e m á s p e r s e g u i d a
c o m o t e s t i g o s , e n t r ó V i l l a n u e v a con su n o t a r i o al lado y con su p r o -
h a b í a ella s i d o , allí había h e c h o más f r u t o , y q u e p u e s el A r z o b i s p o
visión r e a l en la m a n o , y h e c h o el d e b i d o a c a t a m i e n t o al a r z o b i s p o ,
ora viejo y la C o m p a ñ í a m o z a , n a t u r a l m e n t e m á s v i v i r í a ella q u e n o
h i z o s u notificación y r e q u e r i m i e n t o e n esta f o r m a :
él» (2). E n c o m e n d a d o á Dios el n e g o c i o , aplicóse I g n a c i o c o n la p r u -
«Notario q u e p r e s e n t e estáis, dad p o r t e s t i m o n i o en m a n e r a q u e
d e n c i a y a c t i v i d a d q u e le d i s t i n g u í a n , á b u s c a r los m e d i o s n e c e s a r i o s
h a g a fe á m í , F r a n c i s c o de V i l l a n u e v a , r e c t o r del c o l e g i o d e la C o m -
p a r a salir a i r o s o d e l lance. I n f o r m ó d e t o d o á Su S a n t i d a d , h a b l ó d e s -
pañía de J e s ú s de la villa d e Alcalá de H e n a r e s , c o m o p i d o y s u p l i c o ,
p u é s á v a r i o s c a r d e n a l e s , y e s p e c i a l m e n t e á a l g u n o s q u e solían fa-
y con el d e b i d o a c a t a m i e n t o r e q u i e r o al l i m o , y R m o . Sr. D . J u a n Mar-
v o r e c e r á Siliceo e n o t r o s n e g o c i o s . F á c i l m e n t e l o s c o n v e n c i ó á t o -
tínez S i l i c e o , A r z o b i s p o de T o l e d o , q u e e n c u m p l i m i e n t o d e las L e -
d o s d e la injusticia q u e el a r z o b i s p o d e T o l e d o h a b í a c o m e t i d o
t r a s A p o s t ó l i c a s , d e las cuales h a g o m o s t r a c i ó n y notificación, con
c o n t r a la C o m p a ñ í a . «No h a y q u i e n n o sea e n favor n u e s t r o » , e s c r i b í a
las cuales a s i m i s m o r e q u i e r o á Su S e ñ o r í a R e v e r e n d í s i m a , r e v o q u e
P o l a n c o á V i l l a n u e v a e n la c a r t a q u e v a m o s á e x t r a c t a r .
y dé por ninguno [nulo] cualquier mandamiento ó provisión que
Su S e ñ o r í a ó c u a l e s q u i e r j u e c e s , v i c a r i o s ó v i s i t a d o r e s , h a y a n d a d o M i e n t r a s d a b a estos pasos e n R o m a , c o n t e s t ó I g n a c i o , p o r m e d i o
d e P o l a n c o , al P . V i l l a n u e v a el 2 do E n e r o d e 1552: «En c u a n t o á la
( 1 ) P o r u n a i n t i m a c i ó n p a r e c i d a e s t a b a p r e s o h a c í a u n a ñ o u n n o t a r i o e n el c a s - c o n d u c t a q u e se h a o b s e r v a d o en el n e g o c i o , s i e n t e m u c h o e l S a n t o
tillo d e S a n T o r c a z . ( C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. i v , c. n . )
( 2 ) V é a s e el t e x t o c o m p l e t o d e e s t a p r o v i s i ó n e n Cartas de San Ignacio, t. n i ,
p. 457. ( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p. 458.
( 3 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p . 4 5 8 . (2) Vida de San Ignacio, 1. i v , c. i v .
 360
UB. U.—SAN IGNACIO DE LO TOLA
q u e n o se h a y a n i n t i m a d o a l a r z o b i s p o n u e s t r a s b u l a s . E s t e p a s o de-
b i e r a h a b e r s e d a d o á t o d a costa. (Cuando P o l a n c o e s c r i b í a esto, y a lo
h a b í a d a d o V i l l a n u e v a . ) La m a n u t e n e n c i a en e l oficio d e c o n f e s a r y
p r e d i c a r es lo p r i m e r o q u e se d e b e p r o c u r a r , p o r q u e n o se s u s p e n d a
e l s e r v i c i o divino.» E n c u a n t o á la c u e s t i ó n accesoria de q u e se a d m i -
t i e s e n e n la C o m p a ñ í a los e s t a t u t o s d e l i m p i e z a d e s a n g r e , q u e e l
a r z o b i s p o h a b í a i m p u e s t o á s u c l e r o , S a n I g n a c i o la d e s c a r t a con
esta frase d i g n a y significativa: «De v e n i r á c o n c i e r t o c o n e l a r z o -
b i s p o , a c e p t a n d o sus d i s e ñ o s [ d e s i g n i o s ] y a p l i c a n d o n u e s t r a s C o n s -
t i t u c i o n e s á las s u y a s , n o es m e n e s t e r p e n s a r : b á s t e l e á é l e n t e n d e r
e n lo q u e está á s u cargo.» S e h a h e c h o la d i l i g e n c i a q u e s u g e r í a Vi-
l l a n u e v a , d e q u e n o se d i e s e e n esta causa u n j u e z á g u s t o d e l a r z o -
b i s p o . P o r si acaso éste envía i n f o r m a c i o n e s al p a p a , e n c a r g a I g n a -
cio á V i l l a n u e v a q u e p r o c u r e h a b e r t e s t i m o n i o s d e la u n i v e r s i d a d
d e A l c a l á , así c o m o d e l cabildo eclesiástico y d e los r e g i d o r e s d e la
v i l l a , a c e r c a del m o d o de p r o c e d e r q u e o b s e r v a la C o m p a ñ í a (1).
E l m i s m o día e n q u e d e s p a c h a b a San I g n a c i o esta c a r t a , firmaba
e l c a r d e n a l Maffeo o t r a s d o s , u n a p a r a el n u n c i o y o t r a p a r a S i l i c e o .
La d e l n u n c i o se r e d u c e á e n c o m e n d a r l e e n c a r e c i d a m e n t e la defensa
d e la C o m p a ñ í a . La d i r i g i d a al a r z o b i s p o m e r e c e c o p i a r s e , p o r q u e
m u e s t r a la o p i n i ó n q u e t e n í a f o r m a d a d e la C o m p a ñ í a el p a p a J u -
l i o ILT. Dice así:
« l i m o , y R m o . S e ñ o r : A u n q u e n u e s t r o S e ñ o r [el P a p a ] n o p u e d a
a c a b a r d e p e r s u a d i r s e n i c r e e r q u e sea v e r d a d lo q u e le h a n r e l a t a d o
acerca de u n edicto publicado en n o m b r e de Vuestra Señoría Reve-
r e n d í s i m a , p a r a q u e n i n g u n o d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s sea a d m i t i d o
e n iglesia a l g u n a p a r a p r e d i c a r , o i r confesiones ó a d m i n i s t r a r o t r o s
s a c r a m e n t o s , p o r p a r e c e r l e q u e e d i c t o s e m e j a n t e e s cosa ajena d e
los h e c h o s d e V u e s t r a Señoría R e v e r e n d í s i m a y d e la o b s e r v a n c i a q u e
á esta S a n t a S e d e Apostólica t i e n e , p o r los p r i v i l e g i o s c o n c e d i d o s á
la d i c h a C o m p a ñ í a , d e la c u a l j a m á s e n estas p a r t e s n o se h a s e n t i d o
s i n o b o n í s i m o olor, ansí d e la s a n t i d a d y b o n d a d de los de la C o m -
p a ñ í a , c o m o d e l p r o v e c h o q u e c o n t i n u o h a c e n e n el s e r v i c i o y h o n r a
d e Dios n u e s t r o S e ñ o r e n t o d o l u g a r d o n d e se halla; todavía, a u n q u e
esto es así, S u S a n t i d a d m e h a m a n d a d o q u e y o e s c r i b a d e s u p a r t e
á V u e s t r a S e ñ o r í a R e v e r e n d í s i m a , p a r a q u e a n t e s q u e se v e n g a á o t r a
cosa so sopa la v e r d a d d e l h e c h o , a s e g u r á n d o s e q u e V u e s t r a S e ñ o r í a
Reverendísima n o h a b r á procedido sino con toda debida considera-
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p . 1 3 .
CAP. I X . - PERSECUCIONES EN ALCALÁ 361
c i ó n ; y si acaso de a l g u n a cosa se a g r a v i a de la dicha C o m p a ñ í a , se
c o n t e n t e c o n d a r acá de ello a v i s o , con tal q u e e n t r e t a n t o s u s p e n d a
t o d o c u a l q u i e r edicto é i n h i b i c i ó n q u e t e n g a h e c h a c o n t r a ella, c o m o
es r a z ó n : y t e n g a p o r c i e r t o q u e Su S a n t i d a d n o dejará d e u s a r de
c u a l e s q u i e r p r o v i s i o n e s q u e j u z g a r e s e r e x p e d i e n t e s , así p a r a en-
m i e n d a de t o d o e r r o r y defecto de e l l o s , c o m o p a r a satisfacción d e
V u e s t r a S e ñ o r í a R e v e r e n d í s i m a , la c u a l , a l l e n d e de q u e h a r á e n esto
c o n f o r m e á justicia y á la o p i n i ó n q u e do ella se t i e n e , t a m b i é n s e r á
á Su S a n t i d a d g r a t í s i m o . Y con esto, p o n i e n d o fin, m e le e n c o m i e n d o
y ofrezco s i e m p r e . — D e R o m a , 2 de E n e r o d e 1552» (1).
M i e n t r a s estas c a r t a s estaban e n c a m i n o de E s p a ñ a , se c o m p u s o acá
el n e g o c i o , a u n q u e se h a b í a n p a d e c i d o con ocasión de él g r a v e s dis-
g u s t o s . Dos molestias p r i n c i p a l m e n t e h a b í a n t e n i d o q u e sufrir los
N u e s t r o s de p a r t e d e l a r z o b i s p o . E s t a b a n u e s t r o colegio p e g a d o al
m u r o d e la villa d e Alcalá, y h a b í a n p e d i d o licencia n u e s t r o s P a d r e s
á la villa p a r a a b r i r u n p o s t i g o e n el m u r o , p o r d o n d e p u d i e s e n salir
al c a m p o y á u n a h u e r t a q u e t e n í a n j u n t o al m u r o (2). O b t e n i d a esta
facultad, a b r i ó s e el p o s t i g o , p e r o m a n d ó Siliceo t e r m i n a n t e m e n t e
q u e se c e r r a s e (3). Oyó t a m b i é n d e c i r q u e los N u e s t r o s d e s e a b a n ad-
q u i r i r u n a s casas c o n t i g u a s al colegio, p a r a h a c e r allí iglesia, y t r a t a -
ban de c o m p r a r p o r el o t r o lado o t r a s dos casas p a r a e n s a n c h a r el
edificio. «Al i n s t a n t e , dice V i l l a n u e v a , con g r a n furia e n v i ó á c o m -
p r a l l a s t o d a s de u n a p a r t e y de o t r a , y p o r h a b e l l a s él dio t r e s c i e n t o s
y q u i n c e d u c a d o s p o r u n a q u e m e la d a b a n á m í p o r ciento y c u a r e n t a ;
y así n o s t i e n e a h o r a a p r e t a d o s » (4). Varias v e c e s le fué á v i s i t a r n u e s -
t r o h u m i l d e r e c t o r , y e n estas visitas se r e n o v a r o n , c o m o era d e su-
p o n e r , las disputas s o b r e el i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , esforzando Si-
liceo las m i s m a s o b j e c i o n e s , y r e s p o n d i e n d o s u j u i c i o s o a d v e r s a r i o
con más a g u d e z a y e x a c t i t u d de lo q u e p u d i e r a e s p e r a r s e de sus p o -
cas l e t r a s .
12. P o r fin, la i n t e r v e n c i ó n p e r s o n a l d e l n u n c i o d e c i d i ó la batalla.
H a b í a e s c r i t o al a r z o b i s p o , s u p l i c á n d o l e c o n b u e n o s t é r m i n o s q u e
r e v o c a s e sus e d i c t o s y r e p a r a s e el a g r a v i o i n f e r i d o á la Compañía;
h a b í a h e c h o q u e o t r a s p e r s o n a s i n f l u y e n t e s ( e n t r e las cuales d e b e -
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. n i , p . 460.
( 2 ) Litterae quadrimestres, t. i, p . 2 9 6 . P u e d e n v e r s e allí a l g u n o s d a t o s s o b r e las
dimensiones y comodidad de esta huerta.
( 3 ) R e c u é r d e s e q u e el a r z o b i s p o d e T o l e d o , a d e m á s d e s e r s u p e r i o r e c l e s i á s t i c o ,
e r a s e ñ o r t e m p o r a l d e la villa d e A l c a l á .
(4) Epistolae mixtae, t. l l , p . 6 6 1 .
302
UB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
m o s c o n t a r al m i s m o p r í n c i p e D. F e l i p e ) (1) le p i d i e s e n el m i s m o
favor. C o m o vio q u e Siliceo n o d a b a r e s p u e s t a satisfactoria, p r e s e n -
tóse e n T o l e d o p a r a r e s o l v e r p o r sí m i s m o la c u e s t i ó n . E x p u s o al
a r z o b i s p o c u a n g r a t o s e r í a al p a p a si e j e c u t a b a lo q u e se le p r o p o -
n í a ; d e c l a r ó l e c u a n j u s t a e r a la causa d e la C o m p a ñ í a ; p e r o c o m o n i
p o r estas n i p o r o t r a s r a z o n e s diese n a d a de sí el a r z o b i s p o , y r e s -
p o n d i e s e al n u n c i o que le dejase gobernar sus ovejas, e n t o n c e s el
c a r d e n a l P o g g i o le dijo con t o d a osadía, que dejase Su Señoría Reve-
rendísima á los de la Compañía, pues no eran sus ovejas, y si no que,
por vida del Papa, le enviaría preso ú Roma ( 2 ) .
¿Qué h a c e r ? Veíase Siliceo solo c o n t r a t o d o s , p u e s e n f a v o r do la
C o m p a ñ í a se d e c l a r a b a n el n u n c i o , el Consejo R e a l y, lo q u e él d e b i ó
s e n t i r m á s v i v a m e n t e , el p r í n c i p e D. F e l i p e . F u é l e , p u e s , p r e c i s o
c e d e r . E n v i ó al n u n c i o u n a p r o v i s i ó n y m a n d a m i e n t o A r m a d o d e su
m a n o , e n el cual r e v o c a b a los a n t e r i o r e s e d i c t o s , p e r m i t í a á las p e r -
s o n a s de la C o m p a ñ í a confesar y p r e d i c a r , y m a n d a b a á t o d o s s u s
d i o c e s a n o s t r a t a r á los N u e s t r o s con cristiana c a r i d a d . Sin e m b a r g o ,
a u n en este d o c u m e n t o q u i s o salir con la suya e n el p u n t o m á s d e l i -
cado de la j u r i s d i c c i ó n , p u e s a l p e r m i t i r á los jesuítas el uso l i b r e d e
sus p r i v i l e g i o s , añadió esta f r a s e : « a t e n t o q u e el r e c t o r del d i c h o
c o l e g i o y r e l i g i o s o s do la dicha C o m p a ñ í a se s o m e t e n á su j u r i s d i c -
c i ó n , c o m o los o t r o s m o n a s t e r i o s d e las ó r d e n e s m e n d i c a n t e s d c s t a
diócesis» ( 3 ) .
E l P . T a b l a r e s , q u e e n n o m b r e de n u e s t r a c o m u n i d a d fué á r e c i -
b i r esta p r o v i s i ó n d e m a n o s d e l n u n c i o , r e p a r ó en esa frase p e l i -
g r o s a , y r e h u s a b a a c e p t a r el d o c u m e n t o . L o m i s m o hizo el P . Araoz,
q u e p o r a q u e l l o s días l l e g ó á M a d r i d ( 4 ) . E m p e r o el c a r d e n a l , juz-
( 1 ) U n a f r a s e d e l P . A r a o z p a r e c e p r o b a r q u e F e l i p e I I h a b l ó á Siliceo e n f a v o r
d e la C o m p a ñ í a . E s c r i b i e n d o á S a n I g n a c i o el 14 d e E n e r o d e 1 5 5 2 , d i c e a s í : « E l
a r z o b i s p o d e T o l e d o h a h e c h o g r a n d e i n s t a n c i a p a r a q u e , a lo m e n o s e n las c a s a s y
c o l e g i o s d e Bu d i ó c e s i s , n o r e c i b a m o s c r i s t i a n o s n u e v o s , y q u e si a l g u n o h a y l e
p a s e m o s á o t r a p a r t e , y d i c e n q u e h a c i e n d o e s t o , h a r á g r a n d e s c o s a s p o r la C o m p a -
ñ í a , y d i z q u e e s t a o b j e c i ó n p u s o al P r í n c i p e corara mullís c u a n d o le h a b l ó e n
n u e s t r o f a v o r . » (Epistolae mixtae, t. n , p . 056.) Se v e , p u e s , q u e F e l i p e I I d i j o
a l g o e n n u e s t r o f a v o r á Siliceo, a u n q u e i g n o r a m o s d ó n d e y c u á n d o lo h i z o , y m u -
c h o m á s los t é r m i n o s e n q u e le h a b l ó .
( 2 ) E s t a s d o s f r a s e s d e S i l i c e o y d e P o g g i o n o s l a s h a c o n s e r v a d o a s í el P . C r i s -
t ó b a l d e C a s t r o e n s u Hist. del colegio de Alcalá, I. i v , c. VIII.
( 3 ) V é a s e Carlas de San Ignacio, t. m , p . 4 6 7 . A l l í se p u b l i c a el e x p e d i e n t e
f o r m a d o p o r el n u n c i o s o b r e e s t e n e g o c i o , tal c o m o se e n c u e n t r a en l a Historia
varia, 1.1, 2 6 8 .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 6 5 5 .
CAP. I X . — P E R S E C U C I O N E S EN ALCALÁ 363
g a n d o c o n v e n i e n t e p a r a el h o n o r d e la C o m p a ñ í a el n o l l e v a r las
cosas t a n p o r los c a b o s , y s u p o n i e n d o q u e Siliceo n o r e n o v a r í a los
a n t e r i o r e s d e b a t e s , instó p a r a q u e se a d m i t i e s e la p r o v i s i ó n y se
t e r m i n a s e la c o n t i e n d a . O b e d e c i e r o n los N u e s t r o s , m á s p a r a p r e v e -
n i r u n p e l i g r o q u e r e a l m e n t e podía ser g r a v e , p r o t e s t a r o n , al a d m i t i r
la p r o v i s i ó n , c o n t r a a q u e l l a frase, é i n t e r p u s i e r o n a p e l a c i ó n al p a p a
si acaso a l g u n a vez el a r z o b i s p o i n t e n t a s e algo c o n t r a la C o m p a ñ í a
en v i r t u d d e a q u e l l a cláusula. P i d i e r o n p a r a esto al n u n c i o los apos-
tólos r e v e r e n c i a l e s , ó sea los d o c u m e n t o s n e c e s a r i o s p a r a e n t a b l a r
una apelación á Roma. Concedióselos Poggio de m u y b u e n g r a d o .
De este m o d o e s t a b a n los N u e s t r o s p r e v e n i d o s y , p o r d e c i r l o así,
con el cañón c a r g a d o p o r si el e n e m i g o v o l v í a á r o m p e r el fuego.
Gracias á Dios n o fué m e n e s t e r u s a r de esta a p e l a c i ó n , p u e s el a r z o -
b i s p o n o i n q u i e t ó e n a d e l a n t e á los jesuítas e n el ejercicio de s u s
m i n i s t e r i o s . A l g ú n t i e m p o d e s p u é s l l e g a r o n las c a r t a s d e l c a r d e n a l
Maffeo al n u n c i o y al a r z o b i s p o . A u n q u e ya p a r e c í a t e r m i n a d a la
c o n t i e n d a , fueron m u y ú t i l e s estas c a r t a s , p u e s h a b i é n d o s e difun-
dido v a r i a s copias de e l l a s , a c r e d i t a r o n á la C o m p a ñ í a , m o s t r a n d o á
t o d o s el firme a p o y o q u e tenía en el Vicario d e J e s u c r i s t o . A d e m á s ,
el n u n c i o , p a r a p r e v e n i r n u e v o s a t a q u e s c o n t r a la C o m p a ñ í a , e n -
c a r g ó al c h a n t r e d e la iglesia colegial d e San J u s t o , con fecha 2 d e
A b r i l do 1552, q u e t o m a s e i n f o r m a c i ó n a c e r c a d e la d o c t r i n a , v i d a y
c o s t u m b r e s d e la C o m p a ñ í a e n Alcalá. E l r e s u l t a d o d e esta i n f o r m a -
ción f u e r o n t e s t i m o n i o s h o n o r í f i c o s de la v i r t u d é i n o c e n c i a de l o s
N u e s t r o s ( 1 ) . Con esto se c o m p l e t ó , p o r d e c i r l o así, n u e s t r a v i c t o r i a ,
q u e n o dejó de ser estimada, c o m o o b s e r v a P o l a n c o , p o r el p ú b l i -
co (2), v i e n d o q u e se h a b í a h e c h o c e d e r á u n h o m b r e t a n t e n a z
c o m o el a r z o b i s p o (3).
13. C u a n d o supo San I g n a c i o el t é r m i n o d e esta c o n t i e n d a , e s c r i b i ó
u n a afectuosa c a r t a al n u n c i o P o g g i o , a g r a d e c i é n d o l e d e t o d o c o r a -
( 1 ) Vide Cartas de San Ignacio, t. m , p . 4 7 1 .
( 2 ) Historia S. J., t. n , p . 6 4 0 .
( 3 ) N ó t e s e el g r a v e y e r r o c r o n o l ó g i c o d e O r l a n d i n i (Hist. S. J., 1. X I , m í m . 6 1 ) ,
d e C r i s t ó b a l d e C a s t r o (Hist. del colegio de Alcalá, 1. í v , c. v m ) y d e o t r o s a u t o r e s ,
q u e p o n e n la r e v o c a c i ó n d e l e d i c t o d e Siliceo d e s p u é s d e r e c i b i r s e l a s c a r t a s d e
l i o r n a , y d e s p u é s d e h a c e r s e l a i n f o r m a c i ó n t o m a d a p o r el c h a n t r e , es d e c i r , e n l a
p r i m a v e r a d e 1 5 5 2 . P o r el e x p e d i e n t e i m p r e s o e n l a s Carias de San Ignacio, t. i n ,
p . 4 6 1 , y p o r u n a c a r t a d e l P . A r a o z d e 14 d e E n e r o d e 1 5 5 2 (Epistolae mixtae,
t. l l , p . 6 5 4 ) , se v e q u e l a r e v o c a c i ó n e s t a b a y a h e c h a p o r lo m e n o s el 12 d e E n e r o .
V é a s e á P o l a n c o , Hist. S. J., t. n , p . 6 3 9 , d o n d e se h a l l a n l o s h e c h o s b i e n o r d e -
nados.
 364
LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
z ó n la p a t e r n a l s o l i c i t u d c o n q u e h a b í a d e f e n d i d o la causa d e la
C o m p a ñ í a (1). P e r o n o se c o n t e n t ó con a g r a d e c e r al a m i g o y b i e n -
h e c h o r . T a m b i é n c u m p l i ó con el a d v e r s a r i o , y a u n q u e n o debía
n i n g ú n favor al i r a c u n d o Silíceo, le d i r i g i ó la s i g u i e n t e c a r t a , e n la
c u a l n o se sabe q u é a d m i r a r m á s , si la c a r i d a d h u m i l d e y afectuosa
c o n q u e I g n a c i o c o r r e s p o n d í a a u n á s u s m a y o r e s e n e m i g o s , ó la d e s -
t r e z a c o n q u e sabía t r a t a r á los c a r a c t e r e s m á s difíciles. Dice así:
« l i m o , y R m o . m i s e ñ o r en el S e ñ o r n u e s t r o o b s e r v a n d í s i m o : La
s u m a g r a c i a y a m o r e t e r n o d e Cristo n u e s t r o S e ñ o r s a l u d e y visité
á V u e s t r a S e ñ o r í a l i m a , y R m a . c o n sus s a n t í s i m o s d o n e s y g r a c i a s
espirituales.
» A u n q u e sea cosa n u e v a á m í e s c r i b i r á V u e s t r a S e ñ o r í a R m a . , n o
d e b e s e r n u e v o á n a d i e el t e n e r y m o s t r a r r e c o n o c i m i e n t o de los
beneficios r e c i b i d o s , y ansí y o e n t i e n d o los q u e V u e s t r a S e ñ o r í a R m a .
h a h e c h o á n u e s t r a m í n i m a C o m p a ñ í a estos días p a s a d o s , c o m o m e
t e n g o p o r m u y o b l i g a d o d e r o g a r á la divina y s u m a b o n d a d los
r e m u n e r e con l i b e r a l í s i m a y e t e r n a r e m u n e r a c i ó n , así m e p a r e c i ó
d e b í a , e s c r i b i e n d o , n o d i g o d a r g r a c i a s , q u e lo dejo al m e s m o p o r
c u y o a m o r se n o s h a n h e c h o , p e r o d a r a l g u n a señal á V u e s t r a S e ñ o -
ría R m a . q u e n o h a h e c h o n i ofrecido las m e r c e d e s d e q u o soy in-
formado, á personas ingratas y no reconocidas. Y aunque á quien
p u s o Dios n u e s t r o S e ñ o r en estado t a n e m i n e n t e y g r a n d e en su
I g l e s i a , sea m u y p o c a cosa el s e r v i c i o q u e p u e d o h a c e r n u e s t r a p o -
b r e profesión, todavía y o suplico á Vuestra Señoría R m a nos tenga
á t o d o s p o r cosa e n t e r a m e n t e suya e n el S e ñ o r n u e s t r o , y c o m o d e
t a l , se s i r v a á m a y o r g l o r i a de su d i v i n a Magestad. Y en señal d e
q u e t e n e m o s á V u e s t r a S e ñ o r í a R m a . p o r s e ñ o r y p a d r e , y p o r tal le
h a b e r n o s s i e m p r e do t e n e r , y o e s c r i b o á los N u e s t r o s q u e allá están,
q u e e n Alcalá ó en' o t r a p a r t e d e ese r e i n o n o a c e p t e n p e r s o n a n i n -
g u n a p a r a la c o m p a ñ í a q u e n o sea c o n f o r m e á la i n t e n c i ó n ó m u e s -
t r a de V u e s t r a S e ñ o r í a R m a . , y a u n q u e la S e d e Apostólica nos h a y a
c o n c e d i d o m u c h a s g r a c i a s p a r a a y u d a r á las á n i m a s , los e s c r i b o
t a m b i é n q u e n o u s e n d e l l a s sino e n c u a n t o á V u e s t r a S e ñ o r í a R m a .
é l i m a , p a r e s c e r á d e b a n u s a r l a s , p a r a le a y u d a r á l l e v a r a l g u n a p a r -
t e c i l l a de la m u c h a c a r g a q u e Dios n u e s t r o S e ñ o r h a p u e s t o á Vues-
t r a S e ñ o r í a R m a . P o r q u e c o m o a t r i b u y o al g r a n d e á n i m o d e V u e s t r a
S e ñ o r í a R m a . y celo d e l d i v i n o s e r v i c i o , las cosas pasadas con n o s -
o t r o s , a n t e s d e t e n e r i n f o r m a c i ó n d e n u e s t r o p r o c e d e r , ansí, t e n i é n -
( 1 ) Viole Cartas de San Ignacio, t. n i , p . 7 2 .
CAP. IX.—PERSECUCIONES EN ALCALÁ 365
dola, p o r el mesmo m e persuado que nos ha de s e r v e r d a d e r o p r o -
tector y señor y p a d r e Vuestra Señoría lima., ayudándonos más que
n i n g ú n o t r o p e r l a d o e n ese r e i n o , p a r a m e j o r c u m p l i r los d e s e o s
b u e n o s del d i v i n o s e r v i c i o y a y u d a de las á n i m a s q u e n o s da e l
a u t o r de t o d o b i e n , á c u y a infinita b o n d a d y sapiencia p l e g a c o m u -
nicarse m u y abundantemente á Vuestra Señoría Rma. é lima., y á
t o d o s d a r su g r a c i a c u m p l i d a p a r a q u e su santísima v o l u n t a d siem-
p r e s i n t a m o s , y a q u e l l a e n t e r a m e n t e la c u m p l a m o s . — D e R o m a , 1.°
d e J u n i o 1552.—De V u e s t r a S e ñ o r í a R m a . h u m i l d e s i e r v o e n e l Se-
ñ o r n u e s t r o . — Ignacio» (1).
N o s a b e m o s la m ú s i c a q u e h i z o esta c a r t a e n los oídos d e Silíceo.
A u n q u e d e allí a d e l a n t e se m o s t r a b a sosegado y dejaba v i v i r en paz
á los N u e s t r o s , p e r o b i e n se g u a r d ó de h a c e r l e s el m e n o r beneficio,
y d e t i e m p o e n t i e m p o , con u n a ocasión ó con o t r a , n o dejaba d e
d e r r a m a r a l g u n a s g o t a s d e la h i é l q u e e n c e r r a b a su corazón. P o c o s
m e s e s d e s p u é s , e n S e t i e m b r e de a q u e l m i s m o a ñ o , escribía Villa-
n u e v a á San I g n a c i o : «Al a r z o b i s p o se l e dio t o d o lo q u e él q u i s o ,
y n o sólo el c a r d e n a l , p e r o e l P . P r o v i n c i a l d e p a l a b r a , y c o n esto
d e c í a q u e h a r í a y a c o n t e c e r í a . D e s p u é s acá n i n g u n a ocasión s e l e h a
d a d o e n esta casa: c o n t o d o eso, está a h o r a p e o r q u e d e a n t e s ó t a n
m a l , y dice l o q u e l e p a r e c e d e la C o m p a ñ í a , y á los q u e h a b l a n d e -
11o dice q u e la C o m p a ñ í a n o está tan a c r e d i t a d a en R o m a c o m o
d i c e n ; q u e u n c r i a d o s u y o se lo h a escrito d e s d e R o m a . F i é m o s l e
p e d i d o q u e n o s diese la p u e r t a [es d e c i r , q u e p e r m i t i e s e a b r i r a q u e -
lla p u e r t a d e l m u r o q u e d a b a . á la h u e r t a ] , y s u p l i c a d o sea s e r v i d o
d e q u e p o n g a m o s S a c r a m e n t o . Ni lo u n o n i lo o t r o se h a p o d i d o
a c a b a r c o n é l , a u n q u e sabe t e n e m o s g r a c i a s p a r a le p o n e r : lo q u e
d e é l so p u e d e c o l e g i r es q u e m u e s t r a g r a n d e s p e g a m i e n t o c o n r e l i -
giones» (2).
Así c o n t i n u ó S i l í c e o los cinco años q u e a u n v i v i ó . De vez e n c u a n -
d o r e c i b í a c o r t é s m e n t e á los N u e s t r o s c u a n d o le i b a n á v i s i t a r , p e r o
c o m o á éstos les c o n s t a b a la i n t e r n a disposición d e l a r z o b i s p o , p r o -
c u r a r o n n o m o l e s t a r l e m u c h o con súplicas y r u e g o s ; y a u n q u e m u -
chas p e r s o n a s b u e n a s d e s e a b a n e s t a b l e c e r la C o m p a ñ í a e n T o l e d o ,
d i l a t a r o n n u e s t r o s P a d r e s la e j e c u c i ó n d e este p l a n m i e n t r a s v i v i ó
e l a r z o b i s p o . E n t r e t a n t o , él y los j e s u í t a s s i g u i e r o n t r a t á n d o s e c o n
la d e b i d a c o r t e s í a , p e r o á r e s p e t a b l e d i s t a n c i a .
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p . 6 8 .
(2) Epistolae mixtae, t. n , p . 7 8 7 .
 367
CAP. X. PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS

s u s c o m p a ñ e r o s , y r e n o v á d o l a d e s p u é s c u a n d o el B . F a b r o e s t u v o e n
España. P u b l i c a b a n éstos las alabanzas d e la C o m p a ñ í a y p o n d e r a b a n
e l m é r i t o d e l o s Ejercicios. M u r m u r a b a n o t r o s , p o r el c o n t r a r i o ,
pintándolos como desvarios de herejes y alumbrados. Oyendo á unos
y á o t r o s , seis p i a d o s o s s a c e r d o t e s , l l a m a d o s J u a n d e l R i n c ó n , P i n e d o ,
Sosa, B e r n a l d e V e n e g a s , Bautista S á n c h e z y T o m á s d e l S o t o , d e los
cuales los t r e s ú l t i m o s e n t r a r o n e n la C o m p a ñ í a , r e s o l v i e r o n q u e e l
CAPÍTULO X p r i m e r o se p a r t i e s e á Alcalá, y h a c i e n d o allí los ejercicios les refi-
r i e s e lo q u e e r a a q u e l l o . H í z o l o así J u a n d e l R i n c ó n , y v u e l t o á T o -
PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS
l e d o , c o n t ó tales m a r a v i l l a s , q u e los o t r o s d e t e r m i n a r o n h a c e r los
E j e r c i c i o s , y J u a n d e l R i n c ó n se los dio, c o m o á é l se los h a b í a d a d o
(1547-1553) V i l l a n u e v a . L o s m a l é v o l o s a c u s a r o n de s u p e r s t i c i o s o s á estos sacer-
d o t e s y á los E j e r c i c i o s a n t e el a r z o b i s p o S i l i c e o . M a n d ó éste h a c e r
S U M A R I O : 1. P r i m e r a s h o s t i l i d a d e s c o n t r a los E j e r c i c i o s e n 1 5 4 7 . — 2 . F u e r t e i m p u g -
nación q u e h a c e d e ellos Melchor C a n o . — 3 . E n 1553 se agita la cuestión en T o -
s e c r e t a m e n t e d i l i g e n t í s i m a p e s q u i s a a c e r c a d e la v i d a y c o s t u m b r e s
ledo.—4. U n a C o m i s i ó n , p r e s i d i d a p o r el d o m i n i c o F r . T o m á s d e P e d r o c h e , c o n - de aquellos sacerdotes, y averiguar qué eran aquellos Ejercicios de
d e n a v a r i a s p r o p o s i c i o n e s d e los E j e r c i c i o s . — 5 . C e n s u r a d e P e d r o c h e p r e s e n t a d a á q u e t a n t o se h a b l a b a . T r a t ó s e e l n e g o c i o m a d u r a m e n t e e n el consejo
S i l i c e o . — 6 . O h j e c i o n e s h e c h a s c o n t r a los E j e r c i c i o s p o r el P . M a n c i o , d o m i n i c o . —
d e l A r z o b i s p o , y s a l i e r o n los p i a d o s o s s a c e r d o t e s p o r s e n t e n c i a u n á -
7. A r a o z y V i l l a n u e v a i n f o r m a n á laB p e r s o n a s principales d e T o l e d o y A l c a l á . —
8. B r i l l a n t e a p o l o g í a h e c h a p o r el D r . B a r t o l o m é d e T o r r e s .
n i m e a b s u e l t o s , y los E j e r c i c i o s a p r o b a d o s y a l a b a d o s . E s t o o c u r r í a
e n 1547 (1).
L l e g ó á la U n i v e r s i d a d d e Alcalá e l r u m o r d e lo q u e pasaba e n
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Exemplar hispanicum Exercitiorum. — 2. Exercitiorum
secnmda translatio.—3. Polanco, Historia S. J.—í. Epistolae mixtae.—5. Epistolae P. Nadal. T o l e d o , y , c o m o es d e s u p o n e r , e m p e z a r o n á c o r r e r s o b r e e l v u l g o
6. Codex Vaticanus.—7. Persecutiones Fratrum.—8. Castro, Historia del colegio de Alcalá. las h a b l i l l a s c o n t r a los E j e r c i c i o s y c o n t r a e l i n s t i t u t o d e la C o m p a -
ñía. A ñ a d í a la fama q u e m u y p r o n t o se p r e s e n t a r í a e n Alcalá el a r z o -
1. C o m o u n o d e los m e d i o s m á s eficaces q u e la C o m p a ñ í a usaba b i s p o d e T o l e d o p a r a a v e r i g u a r la d o c t r i n a q u e e n s e ñ a b a n a q u e l l o s
p a r a su p r o p i a santificación y p a r a a p r o v e c h a r e n e s p í r i t u á los p r ó - t e a t i n o s . C u a n d o V i l l a n u e v a o y ó l o q u e se decía, y s o b r e t o d o c u a n d o
j i m o s , e r a el l i b r o de los E j e r c i c i o s , i n s p i r a d o p o r Dios á n u e s t r o e n t e n d i ó el m a l e s p í r i t u con q u e se d e n i g r a b a á los N u e s t r o s , j u z g ó
s a n t o P a d r e , n o es d e m a r a v i l l a r q u e al a c o m e t e r n u e s t r o s e n e m i g o s q u e c o n v e n í a r e s i s t i r sin m i e d o á la c a l u m n i a . R o g ó á u n d o c t o r
á la Compañía, d i r i g i e s e n m u c h o s de sus t i r o s c o n t r a este p r e c i o s o a m i g o q u e s u g i r i e s e , c o m o d e s u y o , al r e c t o r d e la u n i v e r s i d a d el
l i b r i t o . Ya e n 1527, al s e r j u z g a d o I g n a c i o en Salamanca, se h a b í a i n f o r m a r s e p o r sí m i s m o d e a q u e l l a s cosas, l l a m a n d o p a r a esto a l
e x a m i n a d o la d o c t r i n a e n c e r r a d a e n los E j e r c i c i o s . E n P a r í s f u e r o n S u p e r i o r d e l o s j e s u í t a s . A d m i t i ó la idea e l r e c t o r , y l l a m ó á su p r e -
d e n u n c i a d o s al i n q u i s i d o r F r . Mateo de O r i . É s t e los l e y ó atenta- s e n c i a á V i l l a n u e v a . P r e s e n t ó s e éste al p u n t o , y satisfizo c u m p l i d a -
m e n t e , y lejos d e d e s c u b r i r los e r r o r e s q u e le d e l a t a b a n , q u e d ó tan m e n t e á t o d a s las p r e g u n t a s q u e e l r e c t o r le d i r i g i ó . N o c o n t e n t o con
p r e n d a d o del l i b r i t o , q u e hizo sacar u n a copia p a r a su uso p a r t i c u - esto, p r o p u s o á S u S e ñ o r í a q u e , p u e s e r a n t a n t o s y tan i n d i g n o s los
l a r (1). r u m o r e s q u e c o r r í a n a c e r c a d e los E j e r c i c i o s y d e la C o m p a ñ í a , s e
Los m á s s e r i o s a t a q u e s c o n t r a los E j e r c i c i o s e m p e z a r o n e n T o l e d o n o m b r a s e u n a c o m i s i ó n d e d o c t o r e s p a r a e x a m i n a r d e raíz el a s u n t o ,
h a c i a 1547. H a b í a allí dos i n s i g n e s p r e d i c a d o r e s , los d o c t o r e s P e r a l t a p u e s e l d e s e o d e los N u e s t r o s e r a m o s t r a r á t o d o s la v e r d a d d e s u
y Montalbán, q u e e n P a r í s h a b í a n t e n i d o a m i s t a d c o n San I g n a c i o y d o c t r i n a y la r e c t i t u d d e s u p r o c e d e r .
A g r a d ó al r e c t o r la p r o p u e s t a d e V i l l a n u e v a , y d e s i g n ó p a r a este

(1) Polanco, Historia S. J., t. i, p. 46. Ribadeneira, Vida de San Ignacio, 1. n,

capítulo ll. ( 1 ) C a s t r o , Hist. del colegio de Alcalá, 1. n , c . x .
 1

368 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA

CAP. X.—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 369

efecto á t r e s d o c t o r e s de los q u e m e n o s afectos p a r e c í a n á los j e s u í -

cicios d e c o n t e m p l a c i ó n , c o m o n o t o d o s sean aptos p a r a ella; l u e g o
tas. C o m p a r e c i ó a n t e e l l o s n u e s t r o h u m i l d e r e c t o r , y l e s s u p l i c ó q u e
señal es q u e n o p e r m a n e c e r á m u c h o t i e m p o . Añádese más, q u e e n los
expusiesen con toda franqueza cuantas dudas y sospechas hubiesen
t a l e s E j e r c i c i o s h a y a l g u n a s cosas n o tan sanas; p o r q u e d e s p u é s do
c o n c e b i d o c o n t r a los E j e r c i c i o s y la C o m p a ñ í a . P o l a n c o , q u e n o s h a
t a n t a s s e m a n a s , pollicentur graiiam [ p r o m e t e n la g r a c i a ] y t e r n u r a do
t r a n s m i t i d o este episodio, n o dice cuáles f u e r o n las o b j e c i o n e s p r e -
corazón y s e n t i m i e n t o s e s p i r i t u a l e s , q u e p a r e c e q u e o b l i g a n á Dios,
s e n t a d a s p o r a q u e l l o s t r e s d o c t o r e s . Sólo afirma q u e t e n í a n m u c h a s
y es u n g é n e r o de t e n t a l l e , lo cual r e p r e n d i ó a q u e l l a m u j e r judía,
v a n a s a p r e n s i o n e s c o n t r a los E j e r c i c i o s ( 1 ) . R e s p o n d i ó V i l l a n u e v a
p o r q u e h a b í a n d i c h o los de B e t u l i a q u e se r e n d i r í a n , si d e allí á seis
p u n t o p o r p u n t o á t o d a s dificultades q u e se le o p u s i e r o n , y los d o c -
días n o les s o c o r r í a Dios. Insuper [ a d e m á s ] t i e n e n u n a cláusula n o
t o r e s , n o sólo q u e d a r o n satisfechos con las r e s p u e s t a s , sino q u e se
m u y sana, q u e d i c e n q u e quam vis ¡icitum sitaptum ad consilia, consi-
c o n v i r t i e r o n e n s i n c e r o s a m i g o s d e la C o m p a ñ í a .
lia amplccti, quod consuUius erit ut anima ejus maneat in ucquilibrio (1),
E s c r i b i ó V i l l a n u e v a la r e l a c i ó n d e t o d o lo s u c e d i d o á S a n F r a n c i s c o p a r a h a c e r lo q u e Dios le i n s p i r a s e .
d e Borja (2), y este p r u d e n t í s i m o v a r ó n , d e s e a n d o a c a b a r p a r a s i e m -
»Hay t a m b i é n o t r a cosa, de la cual se p u e d e t e m e r m a l , q u e de la
p r e con las i m p u g n a c i o n e s de u n a cosa tan santa c o m o los E j e r c i -
m a n e r a q u e P e l a g i o v i n o á l e v a n t a r t a n t o el a l b e d r í o , q u e n e g ó la
cios, r o g ó á la S a n t i d a d d e P a u l o I I I q u e m a n d a s e e x a m i n a r l o s y les
n e c e s i d a d de la g r a c i a d e Dios, y L u t o r o l e v a n t ó t a n t o la g r a c i a d e
c o n c e d i e s e su a p r o b a c i ó n , si la m e r e c í a n . Acogió el P a p a la súplica
Dios, q u e v i n o á n e g a r el l i b r e a l b e d r í o , así t a m b i é n l l e v a n éstos
d e F r a n c i s c o , e n c a r g ó el e x a m e n de los E j e r c i c i o s al c a r d e n a l F r a n -
t a n t o el c o n f o r m a r s e con la v o l u n t a d de D i o s , etiam in volito mafe-
cisco de Mendoza, al v i c a r i o d e R o m a , F e l i p e A r c h i u t o , y al m a e s t r o
riali [ a u n e n el o b j e t o m a t e r i a l de la v o l i c i ó n ] , q u e q u i e r e n d e c i r
d e l s a c r o p a l a c i o , E g i d i o F o s e a r a n , y e n vista de la c e n s u r a favora-
q u e d e n i n g u n a m a n e r a nos e n t r i s t e z c a m o s , ó á lo m e n o s p a r e c e q u e
b l e q u e d i e r o n t o d o s t r e s , e x t e n d i ó el b r e v e Pastoralis of/icii, e n q u e
se d e b e t e m e r n o v e n g a n á esto, c o m o q u i e r a q u e C r i s t o se e n t r i s -
a p r u e b a y confirma t o d a s y cada u n a d e las cosas c o n t e n i d a s e n el
tecía, cptamvis cum rationi superiori [ a u n q u e e n la p a r t e s u p e r i o r ]
p r e c i o s o l i b r i t o . F i r m ó s e esto B r e v e el 31 d e J u l i o d e 1548. F e l i c e s
estuviese c o n f o r m e con Dios. Y J o b sentía su m i s e r i a , a u n q u e h u -
p u d i e r o n l l a m a r s e las c o n t r a d i c c i o n e s d e T o l e d o y Alcalá, p u e s p r o -
biese v e n c i d o á Dios p o r ella. Y esto de n o d a r s e n a d a n i e n t r i s t e -
d u j e r o n u n a a p r o b a c i ó n q u e d e s v a n e c e toda s o m b r a de d u d a a c e r c a
c e r s e p o r cosa n i n g u n a , es v i d a d e c o n t e n t o , y lo q u e decía San P a -
d e la o r t o d o x i a y santidad d e los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s d e San I g -
nacio.
(1) El texto á que alude Melchor Cano, es, sin duda, la anotación 1 5 . del princi- a

2. P r o n t o , s i n e m b a r g o , r e n a c i e r o n las c o n t r a d i c c i o n e s . Al susci- p i o d e los E j e r c i c i o s , d o n d e d i c e así S a n I g n a c i o : « D a d o q u e f u e r a d e los E j e r c i c i o s

t a r s e e n S a l a m a n c a la t e m p e s t a d d e M e l c h o r Cano, h u b i e r o n d e su-
f r i r los E j e r c i c i o s la i m p u g n a c i ó n d e t a n a c r e c e n s o r , q u i e n m i r a b a
á este l i b r o c o m o u n a d e t a n t a s i n v e n c i o n e s i n t r o d u c i d a s p o r l o s
N u e s t r o s p a r a e n g a ñ a r á los i n c a u t o s . Véase el f r a g m e n t o q u e d e d i c a
á los E j e r c i c i o s e n el o p ú s c u l o c o n t r a la Compañía, q u e e x t r a c t a m o s
e n el cap. v n .
«Añádese á esto, q u e c o m o en el c a m i n o d e Dios, alius sic, alius sic
eat, cum Beatus Augitstinus distinguat quatuor qualitates humorum (3),
y c u a t r o m a n e r a s d e santos, éstos t i e n e n p a r a t o d o s u n o s m i s m o s E j e r -
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 3 0 1 .
( 2 ) N o se c o n s e r v a e s t a c a r t a q u e c i t a P o l a n c o (Ibid.), y d e la c u a l s a c a t o d o s l o s
datos que nos d a sobre este negocio.
( 3 ) U n o vaya de un m o d o , otro de otro, distinguiendo San Agustín cuatro cuali-
d a d e s de h u m o r e s .
l í c i t a y m e r i t o r i a m e n t e p o d a m o s m o v e r á t o d a s p e r s o n a s , q u e probabiliter tengan
s u b y e c t o , para elegir continencia, v i r g i n i d a d , religión y toda m a n e r a de perfección
e v a n g é l i c a ; tamen en los t a l e s E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , m á s c o n v e n i e n t e y m u c h o m e -
j o r es, b u s c a n d o la d i v i n a v o l u n t a d , q u e el m i s m o C r i a d o r y S e ñ o r se c o m u n i q u e á
la su á n i m a d e v o t a a b r a s á n d o l a e n su a m o r y a l a b a n z a , y d i s p o n i é n d o l a p o r la v í a
q u e m e j o r p o d r á s e r v i r l e a d e l a n t e . » E s o d e maneat in aequilibrio d e b e s e r la r e g l a
s e g u n d a del p r i m e r m o d o de hacer b u e n a elección, q u e dice así: « E s m e n e s t e r t e n e r
p o r o b y e c t o el fin p a r a q u e soy c r i a d o , q u e es p a r a a l a b a r á D i o s n u e s t r o S e ñ o r y
s a l v a r m i á n i m a ; y c o n e s t o h a l l a r m e i n d i f e r e n t e , sin a f e c c i ó n a l g u n a d e s o r d e n a d a ;
d e m a n e r a q u e n o e s t é m á s i n c l i n a d o n i a f e c t a d o á t o m a r l a cosa p r o p u e s t a q u e a
d e j a r l a , n i m á s á d e j a r l a q u e á t o m a r l a ; m a s q u e m e h a l l e como en medio de un peso,
p a r a s e g ú n a q u e l l o q u e s i n t i e r e s e r m á s en g l o r i a y a l a b a n z a d e D i o s n u e s t r o S e ñ o r
y s a l v a c i ó n d e m i á n i m a . » E n el p r i m e r p a s a j e p r o h i b e S a n I g n a c i o q u e el d i r e c t o r
d e l o s E j e r c i c i o s se m e t a á d a r v o c a c i o n e s r e l i g i o s a s , p u e s esto es d e sólo Dios. E n
el s e g u n d o m a n d a q u e el h o m b r e n o se d e j e a r r a s t r a r p o r las p a s i o n e s d e s o r d e n a d a s
a l h a c e r la e l e c c i ó n d e e s t a d o . I n c r e í b l e p a r e c e q u e u n t e ó l o g o c o m o M e l c h o r C a n o
v i t u p e r a s e e s t a s r e g l a s , q u e son p r o p i a s d e la p r u d e n c i a m á s e l e m e n t a l e n la d i r e c -
ción de las almas.

24
370 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
b l o : Eriint in novissimis dicbus homincs se ipsos amantes» [ H a b r á en
los ú l t i m o s días h o m b r e s a m a d o r e s de sí m i s m o s ] (1).
Difícil es d a r u n a i n t e r p r e t a c i ó n más d e s c a b e l l a d a al t e x t o de San
P a b l o , n i falsear de u n m o d o tan l a m e n t a b l e la h e r m o s a v e r d a d as-
cética de la i n d i f e r e n c i a q u e d e b e m o s t e n e r p a r a t o d a s las cosas no
ligadas n e c e s a r i a m e n t e c o n la salvación d e n u e s t r a a l m a ; v e r d a d q u e
San I g n a c i o enseña en el p r i n c i p i o y f u n d a m e n t o de los E j e r c i c i o s .
Se v e q u e al p o b r e M e l c h o r Cano le c e g a b a d e tal m o d o la pasión,
q u e , o l v i d a n d o los p r i n c i p i o s más e l e m e n t a l e s de la ascética cristia-
n a , e n t e n d í a tan al r e v é s á San P a b l o c o m o á San I g n a c i o . No se con-
t e n t ó con esta i m p u g n a c i ó n , n i con las i n v e c t i v a s más ó m e n o s em-
bozadas q u e lanzaba desde el pulpito c o n t r a los E j e r c i c i o s (2), sino
q u e , t o m a n d o u n e j e m p l a r del p r e c i o s o l i b r o , escribió al m a r g e n
n o t a s y c e n s u r a s con su a c r i m o n i a a c o s t u m b r a d a , y r e m i t i ó el ejem-
p l a r así a n o t a d o al a r z o b i s p o Siliceo (3). D u r ó a l g u n o s años este
o c u l t o m u r m u r a r , sin q u e p r o d u j e s e efecto m u y sensible, hasta que
á p r i n c i p i o s d e 1553 e m p e z ó á m e t e r r u i d o la c u e s t i ó n d e los E j e r -
cicios.
3. E l a r z o b i s p o S i l i c e o , q u o , c o m o h e m o s v i s t o , c o n s e r v a b a en su
p e c h o la a v e r s i ó n hacia los hijos d e I g n a c i o , n o m b r ó u n a junta
d e h o m b r e s doctos, p r e s i d i d a p o r F r . T o m á s do P e d r o c h e , d o m i n i c o ,
p a r a e x a m i n a r el l i b r o d e los E j e r c i c i o s . E l d i c t a m e n de esta j u n t a
lo t e n e m o s r e s u m i d o en la c e n s u r a q u e r e d a c t ó el p r e s i d e n t e , y
acaba d e p u b l i c a r s e e n el t o m o i n d e l P . P o l a n c o (4). D a r e m o s á los
l e c t o r e s u n a b r e v e idea d e esta c e n s u r a .
4. Diez y n u e v e pasajes d e los E j e r c i c i o s c o n d e n a F r . T o m á s de
P e d r o c h e . Los c u a t r o p r i m e r o s n o p e r t e n e c e n á San I g n a c i o , sino
q u e están t o m a d o s del B r e v e d e P a u l o I I I y del p r ó l o g o a n ó n i m o
q u e se v e al f r e n t e d e casi todas las e d i c i o n e s de los E j e r c i c i o s . E n
( 1 ) Perseeutiones Fratrum, p . 1. a
( 2 ) R e c u é r d e s e el t e s t i m o n i o del P . B a u t i s t a S á n c h e z , q u e c i t a m o s e n el c a p i -
tulo vil.
( 3 ) A e s t a s n o t a s a l u d e el P . A r a o z e n l a c a r t a q u e c i t a m o s l u e g o . V a r i o s P a d r e s
a n t i g u o s h a b l a n de este ejemplar a n o t a d o por Melchor Cano. E l P . Gonzalo Gonzá-
lez, P r o v i n c i a l d e T o l e d o , lo vio e n 1 5 6 5 . E n c a r t a á S a n F r a n c i s c o d e B o r j a n o s
d i c e e s t a s p a l a b r a s : « S o b r e la d é c i m a c u a r t a a n o t a c i ó n p a r a el q u e d a los e j e r c i c i o s ,
d i c e [ M e l c h o r C a n o ] pestilentissima regula. Y d e la i n d i f e r e n c i a d i c e q u e e s d e
a l u m b r a d o s , y o t r a s m a l i c i a s : q u e N u e s t r o S e ñ o r le a y u d e . » (Epistolae ad P. N. Ma-
d r i d 1 3 d e S e p t i e m b r e d e 1565.) P o r m á s d i l i g e n c i a s q u e h e h e c h o n o h e p o d i d o
descubrir estos Ejercicios anotados por Melchor Cano.
( 4 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n i , p . 5 0 3 .
CAI\ X.—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 371
esas c e n s u r a s e m p i e z a P e d r o c h e p o r r e p e t i r la c a l u m n i a d e q u e I g n a -
cio e r a h e r e j e y se h a b í a r e f u g i a d o e n R o m a h u y e n d o de la I n q u i s i -
ción española. D e s p u é s añade p o r su c u e n t a q u e « e s t e I g n a c i o ó
í ñ i g o de L o y o l a fué e s p a ñ o l , y fué d e tan pocas l e t r a s , q u e n o s u p o
n i fué b a s t a n t e p a r a e s c r i b i r estos E j e r c i c i o s y d o c u m e n t o s en latín,
sino en r o m a n c e y l e n g u a española. ítem m á s se h a de n o t a r y p o n -
d e r a r , q u e más de la e x p e r i e n c i a i n t e r i o r de su p e c h o y de la i n t e r i o r
u n c i ó n del E s p í r i t u S a n t o , q u e n o de los l i b r o s , sacó y c o m p u s o el
dicho I g n a c i o ó í ñ i g o estos E j e r c i c i o s y d o c u m e n t o s e s p i r i t u a l e s . Lo
cual sabe, y n o p o c o , á la fuente de los dejados y a l u m b r a d o s , los
c u a l e s , dejado y p o s p u e s t o lo r e v e l a d o e n los l i b r o s , se r e m i t e n y
e n t r e g a n á lo q u e el e s p í r i t u les dice d e n t r o d e su p e c h o » (1). V i t u -
p e r a l u e g o el q u e n o se d i v u l g u e n los E j e r c i c i o s si son b u e n o s , y,
p o r fin, se e n s a ñ a c o n t r a el n o m b r e d e C o m p a ñ í a d e J e s ú s d a d o á
n u e s t r a O r d e n . « C i e r t a m e n t e , dice, este título y a p e l l i d o es s o b e r b i o
y cismático, y n o p o c o i n j u r i o s o á t o d o el p u e b l o cristiano»; y l u e g o
añade e n l a t í n , q u e n o p u d i o n d o h a b e r más q u e dos s o c i e d a d e s , se-
g ú n el E v a n g e l i o , u n a d e J e s u c r i s t o y o t r a del diablo, sigúese q u e si
éstos son de la C o m p a ñ í a de J e s ú s , t o d o s los d e m á s s e r á n de la C o m -
pañía del d e m o n i o .
5. E n t r a l u e g o P e d r o c h e en el t e x t o de San I g n a c i o , y a n t e t o d o
v i t u p e r a c o m o s u p e r s t i c i o s a la d u r a c i ó n de los E j e r c i c i o s p o r t r e i n t a
días, y el espacio d e u n a h o r a señalada p a r a cada m e d i t a c i ó n ; r e -
p r e n d e la a n o t a c i ó n u n d é c i m a , d o n d e dice San I g n a c i o q u e al q u e
t o m a los E j e r c i c i o s e n la p r i m e r a s e m a n a a p r o v e c h a q u e n o sepa
cosa a l g u n a de lo q u e h a d e h a c e r en la s e g u n d a s e m a n a . E s t o le pa-
r e c e á P e d r o c h e s u p e r s t i c i o s o y v a n o , p u e s n a d i e h a t o m a d o la i g n o -
rancia c o m o m e d i o p a r a la p e r f e c c i ó n e v a n g é l i c a .
P e r o d o n d e m á s se entusiasma el c e n s o r es al c r i t i c a r la a n o t a c i ó n
d é c i m a q u i n t a . Dice e n ella San I g n a c i o q u e , si b i e n p o d e m o s e x h o r -
t a r á o t r o s á t o m a r estado d e c o n t i n e n c i a y r e l i g i ó n , sin e m b a r g o , e n
t i e m p o de los E j e r c i c i o s m e j o r es q u e el d i r e c t o r n o se m e t a á d a r
estos c o n s e j o s , sino q u e deje al e j e r c i t a n t e e l e g i r p o r sí el estado
q u e le c o n v i e n e . C o n t r a esta p r u d e n t í s i m a r e g l a fulmina P e d r o c h e
la s i g u i e n t e c e n s u r a : «Esta l e t r a manifiesta y c l a r a m e n t e c o n t i e n e y
afirma y enseña u n a p r o p o s i c i ó n y a s e r c i ó n t e m e r a r i a , y escandalosa,
y h e r é t i c a , y es q u e e n t r e t a n t o q u e d u r a el t i e m p o de los E x e r c i c i o s
n o t i e n e l u g a r la p r e d i c a c i ó n , n i el p r e d i c a d o r p a r a p e r s u a d i r q u e
( 1 ) P o l a n c o , . Historia S. J., t. m , p . 5 0 5 .
 CAP. X.—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 373
372 LIB. I I . — SAN IGNACIO DK LOYOLA

m e d i t a c i ó n , a d v i e r t e q u o , a u n q u e e n la E s c r i t u r a n o se r e f i e r a esto;
e n t r e m u c h o s b i e n e s se h a g a la elección de u n o d e l l o s en p a r t i c u l a r .
s e t i e n e p o r d i c h o e n d e c i r q u e a p a r e c i ó J e s u c r i s t o á tantos o t r o s ,
C i e r t a m e n t e es n e g o c i o de a d m i r a c i ó n q u e la p r e d i c a c i ó n y suasión,
p o r q u e la E s c r i t u r a s u p o n e q u e t e n e m o s e n t e n d i m i e n t o , c o m o está
q u e es lícita y sancta fuera d e l t i e m p o de los E x e r c i c i o s , n o sea lícita
e s c r i t o : Adhuc et vos sine intcllcctu cstis? Esta c o n s i d e r a c i ó n la en-
n i se p e r m i t a d u r a n d o y c o r r i e n d o el t i e m p o d e l l o s . Á m i v e r , clara
c u e n t r a P e d r o c h e c o n t r a r i a al E v a n g e l i o , p u e s dice San Marcos q u e
y a b i e r t a m e n t e esta d o c t r i n a es de dejados y a l u m b r a d o s , p u e s q u e
•se a p a r e c i ó p r i m e r o á María M a g d a l e n a . P o r c o n s i g u i e n t e , s e g ú n e l
p o s p u e s t o y dejado lo e s c r i t o , y p o s p u e s t a y d e x a d a t o d a la e n s e -
l i b r o d e los E j e r c i c i o s , Marcus est sine intellectn.
ñanza y d o c t r i n a q u e p o r b u e n a s voces d a n los b u e n o s y s a b i o s , se
r e m i t e n , r i n d e n y e n t r e g a n , y d e x a n á lo q u e el e s p í r i t u y Dios d i x e - T a m b i é n e n las r e g l a s p a r a d i s c e r n i r e s p í r i t u s , d e s c u b r e P e d r o c h e
r e n allá e n lo s e c r e t o del a l m a . Y si esta d o c t r i n a n o es de d e x a d o s m a l i c i a s de a l u m b r a d o s . E x a m i n a n d o la definición q u e da n u e s t r o
y a l u m b r a d o s , q u e r r í a v e r u n a q u e fuesse d e l l o s p a r a cotejarla con santo P a d r e do la c o n s o l a c i ó n e s p i r i t u a l , n o t a a q u e l l a s p a l a b r a s :
ésta y v e r c u á n t a d i s t a n c i a h a y de la u n a á la otra.» «Cuando n i n g u n a cosa criada s o b r e la haz d e la t i e r r a p u e d e el a l m a
E n el b r e v e p á r r a f o q u e l l a m a m o s P r i n c i p i o y f u n d a m e n t o , descu- a m a r e n sí, sino e n el C r i a d o r de t o d a s ellas » E s t o lo j u z g a P e d r o -
b r e P e d r o c h e e r r o r e s c o n t r a la fe y c o n t r a el d e r e c h o n a t u r a l , p u e s c h e e n t e r a m e n t e a b s u r d o , p u e s p a r e c e s u p o n e r q u e el h o m b r e en
e n el l i b r o de los P r o v e r b i o s se d i c e : «Dlvitlas ct panpertatcm ne dc- esta v i d a p u e d e l l e g a r á la p e r f e c c i ó n de los b i e n a v e n t u r a d o s y ha-
deris mihi », etc.; p o r c o n s i g u i e n t e , es a b s u r d a la indiferencia q u e cerse i m p e c a b l e . Si esto n o lo t u v i e r o n n i los á n g e l e s en el cielo, n i
el p r i m e r h o m b r e en el p a r a í s o , ¿cómo lo h a de t e n e r u n p o b r e p e -
r e c o m i e n d a n los E j e r c i c i o s . Cuan c o n t r a r i a sea al d e r e c h o n a t u r a l ,
c a d o r en la t i e r r a ?
l o d e m u e s t r a P e d r o c h e p o r la i n c l i n a c i ó n q u e t e n e m o s á la salud y
La ú l t i m a c e n s u r a d e P e d r o c h e está fundada e n u n y e r r o d e la
n o á la e n f e r m e d a d , á los b i e n e s d e l m u n d o y n o á las c a l a m i d a d e s
t r a d u c c i ó n latina de los Ejercicios. H a b í a escrito San I g n a c i o e n la
y desgracias.
r e g l a c a t o r c e p a r a s e n t i r con la Iglesia, estas p a l a b r a s : «Dado q u e sea
Salta l u e g o el c e n s o r á las r e g l a s de elección, y se fija e n la p r i m e -
r a , q u e dice así: «La p r i m e r a es q u e a q u e l a m o r q u e m e m u e v e y m u c h a v e r d a d q u e n i n g u n o se p u e d e salvar sin ser p r e d e s t i n a d o »,
m e h a c e e l e g i r la tal cosa, d e s c i e n d a de a r r i b a del a m o r de D i o s , do e t c é t e r a . E s t a s p a l a b r a s f u e r o n t r a d u c i d a s al latín e n esta f o r m a :
f o r m a q u e el q u e elige sienta p r i m e r o e n sí q u e a q u e l a m o r m á s ó Etiamsi plañe coinpcrtum defiuifuiuquc esset, neinini contingere sahttem
m e n o s q u e t i e n e á la cosa q u e elige, es sólo p o r su C r i a d o r y Señor.» nisi praedestinato (1). C o m o se v e , h a b í a sido a l t e r a d o l i g e r a m e n t e el
C o n t r a esta regla, q u e el c e n s o r d i v i d e e n dos p a r t e s , escribo u n a t e x t o de I g n a c i o , p o n i e n d o u n i m p e r f e c t o e n vez de u n p r e s e n t e . I g -
f u e r t e i m p u g n a c i ó n , s a c a n d o , c o m o s u e l e , las cosas d e s u s q u i c i o s , nacio p u s o sea, y en el latín se e s c r i b i ó esset. P o r c o n s i g u i e n t e , I g n a -
y a t r i b u y e n d o á San I g n a c i o cosas q u e n o dijo. Lo p r i m e r o , si el cio decía: Es verdad que nadie se salva sin ser predestinado, y en la t r a -
a m o r , d i c e , q u e m u e v e á e l e g i r u n a cosa, h a de p r o c e d e r del a m o r d u c c i ó n le h i c i e r o n d e c i r : Arinque fuese verdad que nadie se salva sin
d e Dios, coelitus infuso, se sigue q u e n i los g e n t i l e s n i los p e c a d o r e s ser predestinado. C o n t r a este s e g u n d o s e n t i d o se l e v a n t a P e d r o c h e ,
p u e d e n h a c e r e l e c c i ó n , p u e s les falta ese a m o r q u e l l a m a m o s cari- c o n d e n a n d o á San I g n a c i o , p o r q u e seguía la o p i n i ó n d e C a t a r i n o ,
dad. Después d e esto, m é t e s e P e d r o c h e en c a v i l a c i o n e s metafísicas á q u i e n sostenía q u e p o d í a n salvarse los n o p r e d e s t i n a d o s . Á m u c h o s
p r o p ó s i t o de la frase sentir el amor, y d i s t i n g u e t r e s c o s a s : sentiré, hizo i m p r e s i ó n esta idea q u e , c o m o v e m o s , se a t r i b u í a falsamente á
sentiscere y praesentiscere amorem; y s e g ú n e l t e x t o d e San I g n a c i o , n u e s t r o santo P a d r e . Al fin d e la c e n s u r a , p r e s e n t á n d o l a al arzobis-
p a r e c e q u e el e j e r c i t a n t e , a n t e s de e l e g i r estado, d e b e sentiré, sentis- p o d e T o l e d o , p r o t e s t a F r . T o m á s d e P e d r o c h e q u e n o h a s i d o su
cere y praesentiscere amorem. P e r o es a b s u r d o e x i g i r d e l e j e r c i t a n t e i n t e n t o d e t r a e r e n n a d a á esta n u e v a C o m p a ñ í a ( n o la llama de J e -
estos s e n t i m i e n t o s . Ergo sús), sino s o l a m e n t e purificar la d o c t r i n a de los E j e r c i c i o s e s p i r i -
L o c u r i o s o es q u e h a l l e P e d r o c h e m a t e r i a d e c e n s u r a e n u n a cosa t u a l e s (2).
t a n sencilla y piadosa c o m o la c o n s i d e r a c i ó n q u e h a c e m o s todos los (1) A s í se lee e s t a f r a s e e n la Exerciiiorum secunda translatio, y t a m b i é n en la
católicos de q u e J e s u c r i s t o , l u e g o d e r e s u c i t a d o , se a p a r e c i ó á María t r a d u c c i ó n l a t i n a d e los E j e r c i c i o s q u e l l e v a b a el B . P e d r o F a b r o . (Vide Polanco,
Historia S. J., t. m , p . 336, n o t a 2.')—(2) P o l a n c o , Historia S. J., t. ni, p . 524.
S a n t í s i m a antes q u e á o t r a s p e r s o n a s . San I g n a c i o , p r o p o n i e n d o esta
 374 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
Las p e r s o n a s p r u d e n t e s y algo v e r s a d a s en m a t e r i a s e s p i r i t u a l e s
n o n e c e s i t a n q u e se les d e m u e s t r e la futilidad d e estas c e n s u r a s , y si
a l g u n a d u d a les q u e d a s e s o b r e e s t o , b a s t a r í a r e m i t i r l a s al P . S u á r e z
(De relig. S. J., 1. ix, c. v), d o n d e con r i g o r t e o l ó g i c o d e m u e s t r a la
v e r d a d d e la d o c t r i n a e n s e ñ a d a e n los E j e r c i c i o s , y d e s h a c e las s u t i -
lezas i n v e n t a d a s p a r a falsear el v e r d a d e r o s e n t i d o de San I g n a c i o .
P a r a n u e s t r o objeto s e r á suficiente i n d i c a r los f u n d a m e n t o s e n q u e
e s t r i b a b a n esas c e n s u r a s . P u e d e n r e d u c i r s e á t r e s : 1.° A l g u n a s de las
c e n s u r a s e r a n lisa y l l a n a m e n t e c a l u m n i a s . No m e r e c í a n o t r o n o m b r e .
A q u e l l a c o n f o r m i d a d , etiam in volito material i, con la v o l u n t a d d i v i -
n a p a r a l l e g a r á u n a i n s e n s i b i l i d a d a b s o l u t a , de q u e h a b l a M e l c h o r
C a n o ; a q u e l d e s p r e c i o d e las Sagradas E s c r i t u r a s y de los s a n t o s
d o c t o r e s p a r a s e g u i r las i n s p i r a c i o n e s y c a p r i c h o s d e l p r o p i o j u i c i o ,
c o m o dice P e d r o c h e , ¿ d ó n d e n i c u á n d o e s c r i b i ó San I g n a c i o s e m e -
j a n t e s desatinos? 2.° O t r a s c e n s u r a s p r o v e n í a n d e d a r á las p a l a b r a s
d e l santo u n s e n t i d o falso q u e n o t e n í a n . P o r e j e m p l o : c u a n d o n u e s -
t r o santo P a d r e r e c o m i e n d a tan p r u d e n t e m e n t e q u e al t i e m p o de la
e l e c c i ó n n o se m e t a e l d i r e c t o r á s u g e r i r sus ideas al e j e r c i t a n t e ,
sino q u e le deje h a c e r la elección p o r sí m i s m o , p o r q u e « m e j o r es,
dice I g n a c i o , b u s c a n d o la d i v i n a v o l u n t a d , q u e el m i s m o C r i a d o r y
S e ñ o r se c o m u n i q u e á la su á n i m a d e v o t a » , creían n u e s t r o s e n e m i -
g o s q u e a q u í se t r a t a b a d e c o m u n i c a c i o n e s e x t r a o r d i n a r i a s p o r vía
d e v i s i o n e s y r e v e l a c i o n e s . No h a y tal. San I g n a c i o h a b l a d e las o r -
d i n a r i a s i n s p i r a c i o n e s d e la g r a c i a q u e el E s p í r i t u Santo c o n c e d e á
t o d o s los h o m b r e s , y sin las cuales n o p o d e m o s e m p e z a r n i c o n t i -
n u a r n i n g u n a o b r a b u e n a , c o m o e n s e ñ a la d o c t r i n a católica.
Á este p r i n c i p i o se p u e d e n r e d u c i r a q u e l l a s cavilosidades s o b r e
s e n t i r el a m o r , y la c e n s u r a g e n e r a l q u e hacían de los E j e r c i c i o s
Cano y P e d r o c h e , c o n d e n á n d o l o s p o r i n e p t o s p a r a l o g r a r la santifi-
cación. «Estoy m a r a v i l l a d o , decía P e d r o c h e , c ó m o J e s u c r i s t o , Maes-
t r o de p e r f e c c i ó n , y los evangelistas y San P a b l o , con los d e m á s
apóstoles, n o t o p a r o n con ejercicios q u e en tan b r e v e t i e m p o y con
t a n t a facilidad y c o n t a n t a eficacia bastan p a r a la p e r f e c c i ó n » (1). Si
l o s c e n s o r e s h u b i e r a n l e í d o c o n a t e n c i ó n á San I g n a c i o , h u b i e r a n
visto q u e los E j e r c i c i o s n o son p a r a h a c e r s e santo en pocos días,
sino p a r a o r d e n a r la v i d a sin d e t e r m i n a r s e p o r afección a l g u n a q u e
d e s o r d e n a d a sea. U n a cosa es o r d e n a r la vida, y o t r a santificarla,
c o m o u n a cosa es e m p r e n d e r el c a m i n o , y o t r a a n d a r l o t o d o hasta e l
(1) Historia S . t . n i , p. 507.
C A r . X . — PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 375
c a b o . 3.° Una c e n s u r a , a q u e l l a de la p r e d e s t i n a c i ó n , se fundaba e n
u n y e r r o d e la t r a d u c c i ó n latina. F i n a l m e n t e , a d v e r t i r e m o s q u e e n
t o d a s estas c e n s u r a s t e n í a n b u e n a p a r t e la i m p e r i c i a e n m a t e r i a s es-
p i r i t u a l e s y el e n c o n o c o n t r a la C o m p a ñ í a , c o m o lo n o t a r á cual-
q u i e r a q u e sin p a s i ó n c o n s i d e r e el m o d o d e h a b l a r q u e o b s e r v a n
así M e l c h o r Cano c o m o P e d r o c h e .
A u n q u e n o f u e r o n d e s t i n a d o s á la p u b l i c i d a d los e s c r i t o s de estos
d o s P a d r e s , p r o n t o , sin e m b a r g o , c i r c u l a r o n p o r Alcalá, T o l e d o , Va-
lladolid y Salamanca, con esa agitación oculta, p e r o activa, q u e suele
t e n e r lo escandaloso. C o m o los c e n s o r e s e r a n t e ó l o g o s d e p r o f e s i ó n
y las m a t e r i a s algo delicadas, h u b o m u c h o s q u e se d e j a r o n p e r s u a d i r
p o r las c e n s u r a s , y f o r m a r o n m a l c o n c e p t o de los E j e r c i c i o s . E n cam-
b i o , n u e s t r o s a m i g o s , a l a r m a d o s con la infamia q u e se iba difundien-
d o c o n t r a u n a cosa tan santa, a c u d i e r o n á los P a d r e s m á s autoriza-
d o s , p i d i é n d o l e s consejo y luz e n este n e g o c i o .
H e a q u í c ó m o r e f i e r e lo q u e o c u r r í a el P . Araoz, e n c a r t a á San
F r a n c i s c o de Borja y al P . Nadal: «Antes q u e p a r t i e s e de Valladolid
m e h a b l ó el M a r q u é s d e Tavara, a d v i r t i é n d o m e m u c h o , con el a m o r
q u e n o s t i e n e y con a l g ú n t e m o r , q u e m i r á s e m o s si e n los E j e r c i c i o s
( q u e c o n t r a ellos es t o d a la g u e r r a ) h a b í a algo q u e n o fuese m u y
llano, p o r q u e e n t e n d í a de u n a m i g o suyo q u e el obispo Cano estaba
t o d a v í a e s c r u p u l o s o , y q u e decía q u e ya n o lo p o d í a sufrir, sino q u e
h a b í a d e d a r voces p o r las calles, p o r q u e t e n í a m o s e n l o s E j e r c i c i o s
a l g u n o s a r t í c u l o s q u e e r a n de los a l u m b r a d o s , y q u e él lo p r o b a r í a .
Yo le satisfice de m a n e r a , q u e m e dijo q u e n o tenía q u é r e p l i c a r m e ;
y c o m o estos c a t o r c e años t e n g o h e c h o s los oídos á estas v o c e s , pasé
p o r ello c o m o o t r a s v e c e s , y a u n a h o r a h a g o lo m i s m o . Después,
y é n d o m c á d e s p e d i r , p a r a v e n i r a q u í [á A l c a l á ] , d e u n a p e r s o n a p ú -
blica y de t r i b u n a l e m i n e n t e , á q u i e n c o n o c e años h a el P . Busta-
m a n t e y y o t a m b i é n , m e a p u n t ó q u e había algo de n u e v o s o b r e los
E j e r c i c i o s , y q u e c u a n d o v o l v i e s e allá t r a t a r í a m o s d e l l o , significan-
d o q u e se hacía i n s t a n c i a , etc.; y satisfaciéndole lo q u e p u d e , m e
p a r t í , d e j a n d o c a r g o al P . T a b l a r e s q u e le visitase y e n t e n d i e s e lo
que pudiese.
6. « A n t e a n o c h e v i n o R o d r i g o de T o l e d o . A u n q u e allí n o e n t e n d i ó
n a d a , a q u í en Alcalá le h a d i c h o el P . M a n c i o , q u e es d o m i n i c o y
l e c t o r de Santo T o m á s , q u e t a m b i é n h a b í a estado p o c o h a e n T o l e -
d o , c ó m o allá e s t a b a n a l g u n o s m u y a l b o r o t a d o s s o b r e los E j e r c i c i o s ,
y q u e h a l l a b a n p r o p o s i c i o n e s n o católicas en ellos; y p i d i e n d o al
c o n d e el l i b r o q u e t i e n e , le m o s t r ó a l g u n o s l u g a r e s , d e los cuales
 376 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
él t a m b i é n m o s t r a b a n o e s t a r satisfecho. R o d r i g o le dijo q u e lo c o -
m u n i c a s e c o n m i g o , y él se fué a y e r t a r d e p a r a Valladolid, y le p a r e -
ció q u e y o m e d e t u v i e s e a q u í a l g u n o s días p a r a t r a t a r d e s t o , y t a m -
b i é n p a r a i r á T o l e d o al S r . A r z o b i s p o , si fuese m e n e s t e r , y m e c o n -
tó lo q u e pasaba.
»Y a s í , h o y m e h e v i s t o c o n e l P . Mancio y m e h a r e f e r i d o los es-
c r ú p u l o s q u e t i e n e n los o t r o s y los suyos. L o s de los o t r o s (1), en q u e
él ñ o h a c e m u c h o f u n d a m e n t o , s o n : de l l a m a r s e de la C o m p a ñ í a d e
J e s ú s , y d e q u e se s e ñ a l e n t r e i n t a días p a r a los E j e r c i c i o s , y q u e n o
se sepa e n la p r i m e r a s e m a n a lo q u e han de d e c i r l e s la s e g u n d a , y
o t r a s cosillas desta calidad. L o q u e á él, j u n t a m e n t e con los o t r o s ,
ofende, s o n : p r i m e r o : q u e si los E j e r c i c i o s son b u e n o s , p o r q u é n o
q u i e r e n q u e se d e n y v e n d a n á t o d o s ; s e g u n d o : quo lo q u e se dice
e n e l p r i m e r f u n d a m e n t o d e la i n d i f e r e n c i a d e t o d a s las c r i a t u r a s ,
q u e es p r o p o s i c i ó n c o n d e n a d a á los a l u m b r a d o s , y q u e a u n q u e él c r e e
q u e lo q u e q u e r e m o s d e c i r es v e r d a d e r o , q u e lo q u e dice la l e t r a n o
lo e s , y q u e los q u e n o lo m i r a n con la p i e d a d q u e él, p u e d e n d u d a r
con r a z ó n ; t e r c e r o : lo q u e dice la r e g l a c a t o r c e de q u e en los E j e r c i -
cios n o se m u e v a á los v o t o s y p e r f e c c i ó n , n o lo t i e n e p o r b u e n o , y
n o q u i e r e a d m i t i r en esto n i n g u n a r a z ó n , sino q u e le p a r e s c e p r o p o -
sición d u r a ; c u a r t o : lo q u e dice e n la m i s m a r e g l a [es la s i g u i e n t e , la
q u i n c e ] , quaerere voluntatem Dei ctpracstolari, ct cifra médium (2), q u e
es p r o p o s i c i ó n de los a l u m b r a d o s ó dejados, y en esto está m u y f u e r t e ,
sin a d m i t i r r a z ó n n i n g u n a ; q u i n t o : y lo q u e más a c r i m i n a , y p o r p r o -
p o s i c i ó n h e r é t i c a , es lo q u e dice al fin d e los E j e r c i c i o s : Etiam si plañe
compertum deflnitumque esset, nemini contingere sahttem nisi praedesti-
nato, etc. D i c e q u e esta m a n e r a de d u d a r m u e s t r a q u e r e r d a r á e n t e n -
d e r q u e sedas contingat etiam non praedestinafo, q u e es d u d a r m a l ,
c o m o si n o fuese o b v i o quod non contingat nisi praedestinato. E n fin,
d i c e q u e si n o es e r r o r d e la i m p r e s i ó n , q u e es p r o p o s i c i ó n h e r é t i -
ca, y d í c e n m e q u e l e y e n d o e n el c o l e g i o h a c o n d e n a d o t a m b i é n la
o p i n i ó n de A m b r o s i o C a t a r i n o en la p r e d e s t i n a c i ó n .
»Allá le d e j a m o s l o s E j e r c i c i o s , q u o p i e n s a h a l l a r á t a m b i é n o t r a s
cosas; y e n c a r é s c e l o esto m u c h o , y q u e r e l i g i o s o s y b u e n a s p e r s o -
n a s e s t a b a n e n esta m i s m a o p i n i ó n en T o l e d o , quo h a b í a m u c h o s
( 1 ) E s t o s otros d e q u i e n e s h a b l a el P . M a n c i o , s o n , s i n d u d a , los m i e m b r o s d e la
j u n t a presidida por F r . T o m á s de P e d r o c h e .
( 2 ) M e j o r e s , b u s g a n d o l a d i v i n a v o l u n t a d , q u e el m i s m o C r i a d o r y S e ñ o r se c o -
m u n i q u e á l a su á n i m a d e v o t a .
C A P . —'—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 377
e r r o r e s , y h a l o e n c a r e s c i d o t a m b i é n al c o n d e [ d e M é l i t o ] y á R o -
d r i g o , a u n q u e á lo m e n o s en éste n o h a h e c h o m u c h a m e l l a , p o r -
q u e él m e dijo q u e se les p a r e s c í a la p a s i ó n , y q u e e r a m e n e s t e r ha-
c e r r o s t r o á e s t o , p o r q u e n o p u s i e s e n e s c r ú p u l o e n los q u e q u e r í a n
s e g u i r n u e s t r o consejo» (1).
Después de i n d i c a r las acusaciones l e v a n t a d a s c o n t r a el l i b r o de
los E j e r c i c i o s , p r o p o n e Araoz los m e d i o s q u e se p u e d e n t o m a r p a r a
r e s p o n d e r á ellas y d e s h a c e r la c a l u m n i a . E s u n p o c o e x t r a ñ o lo q u e
o b s e r v a q u e «de la a p r o b a c i ó n y e x a m e n de R o m a n o m u e s t r a n la
satisfacción q u e sería razón m u c h o s de p o r acá, p o r q u e si la t u v i e -
s e n n o i n t e n t a r í a n lo q u e h a c e n » . ¡ E x t r a ñ o p r o c e d e r y q u e h u e l e á
p r o t e s t a n t i s m o , n o c o n t e n t a r s e con la a p r o b a c i ó n d e l p a p a e n m a t e -
rias d o g m á t i c a s ! E n vista d e e s t o , desea el P . Araoz q u e p o r m e d i o
d e l c a r d e n a l infante d e P o r t u g a l se o b t e n g a u n a a p r o b a c i ó n d e la
u n i v e r s i d a d d e C o i m b r a . «Las u n i v e r s i d a d e s d e a q u í [Alcalá] y d e
S a l a m a n c a , a u n q u e sean cuales s a b e m o s t o d o s , e n l e t r a s y v i r t u d ,
t o d a v í a con ser los p r i n c i p a l e s dellas d o m i n i c o s , quizá se e x c u s a r í a n
d e t r a t a r desto.» A ñ a d e A r a o z q u e c o n v e n d r í a l l e v a r á T o l e d o al
P . M i g u e l de T o r r e s , p o r la e s t i m a c i ó n q u e allí t i e n e n de su ciencia
y v i r t u d . T a m b i é n sería b u e n o alcanzar a p r o b a c i ó n p o r escrito d e l
P . M. Ávila y do a l g u n o s d o c t o r e s , e s p e c i a l m e n t e d o m i n i c o s (2).
Al fin do la carta indica el P . A r a o z los fines o c u l t o s q u e con estas
m a q u i n a c i o n e s p r e t e n d e n n u e s t r o s e n e m i g o s . « P a r e c e , d i c e , q u e el
arzobispo está m u y p u e s t o e n t r a t a r d e s t o , y sospéchase, casi c o n
e v i d e n c i a , q u e h a h e c h o c o n g r e g a c i ó n de l e t r a d o s , y q u e se h a y a
p r o p u e s t o e n el consejo d e la I n q u i s i c i ó n . T o d o esto p a r e c e q u e se
m u e v e a h o r a , p o r q u e el p r í n c i p e y R u i G ó m e z e s c r u p u l e n [ t e n g a n
m a l a s s o s p e c h a s ] d e la C o m p a ñ í a y de los d e ella. A u n q u e d e u n p e r -
lado c o m o él [ S i l í c e o ] n o se d e b e s o s p e c h a r t a l , c r é e s e q u e o t r o s se
a p r o v e c h a n de su d o l o r y le p r o v o c a n á esto. E l P . Cano h a r e n u n -
ciado el o b i s p a d o d e C a n a r i a s , y e n t i e n d o q u e a n d a b r a m a n d o d e
n u e v o . T o d a la t e m p e s t a d es c o n t r a los E j e r c i c i o s . V e n e r a b l e P a d r e ,
vea si s e r á b i e n q u e Su S a n t i d a d e s c r i b i e s e al p r í n c i p e y al a r z o -
b i s p o d e T o l e d o , y a u n al d e S e v i l l a , q u e es i n q u i s i d o r g e n e r a l , p a r a
q u e se a v e r i g ü e la cosa c o m o conviene.»
E n o t r a c a r t a escrita t r e s días d e s p u é s á los m i s m o s P a d r e s , añade
A r a o z este d a t o : « P o r la o t r a e n t e n d e r á n VV. R R . lo q u e p a s a , y p o r
los a p u n t a m i e n t o s q u e el P . M a n u e l e n v i a r á , q u e los h a l l a m o s n o t a -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 6 6 6 . — ( 2 ) Ibid., p . 669.
 378 LIB. J I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
dos en u n o s E j e r c i c i o s q u e t e n í a el a r z o b i s p o de T o l e d o , q u e n o sé
d e d ó n d e los h u b o ; y p u e s el P . Mancio los t i e n e , señal es q u e se los
h a d a d o Su S e ñ o r í a , c o n q u i e n p a r e c e e s t a r m u y c o n f e d e r a d o y u n i -
d o , y t a m b i é n los s e ñ o r e s c o n d e s de M é l i t o , á lo q u e m u c h o s c r e e n
y t o d o s v e n ; a u n q u e n i d e su P a t e r n i d a d ni de sus S e ñ o r í a s so d e b o
c r e e r cosa n i n g u n a q u e n o sea o r d e n a d a al s e r v i c i o de n u e s t r o Se-
ñ o r . D i m o s u n o s E j e r c i c i o s al P . M a n c i o , é y e n d o el P . M a n u e l p o r
e l l o s , le dio los o t r o s d e l a r z o b i s p o , d o n d e t e n í a a p u n t a d o s los lu-
g a r e s q u e le p a r e c í a n : y p u e s el P . M a n u e l los e n v í a , VV. RR. n o s
e n v í e n p o r e s c r i t o las r e s p u e s t a s á las o b j e c i o n e s ; p o r q u e a u n q u e
a q u í las d a m o s á n u e s t r o j u i c i o b a s t a n t í s i m a s , t o d a v í a las de V u e s t r a s
R e v e r e n c i a s t e r n á n m á s fuerza y e s p í r i t u , y t a m b i é n es j u s t o q u e
t o d o s n o s a y u d e m o s e n cosa q u e t a n d e v e r a s t o m a n los otros» (1).
P o r las n o t i c i a s q u e n o s da el P . Araoz en estas c a r t a s , se d e b e n
c o r r e g i r a l g u n a s ideas q u e e n c o n t r a m o s en O r l a n d i n i , R i b a d e n e i r a ,
Castro y Alcázar (2), t o c a n t e s al p a p e l q u e hizo el P . Mancio e n este
d e b a t e s o b r e los Ejercicios. Dice el P . Alcázar, q u e al t r i u n f o de la
v e r d a d «condujo g r a n d e m e n t e la f a v o r a b l e c e n s u r a d e l P . M. Mancio,
á q u i e n , h a b i e n d o el a r z o b i s p o y los i n q u i s i d o r e s d a d o á r e v e r el li-
b r o , y h a b i é n d o l e leído con toda a t e n c i ó n p o r a l g u n o s d í a s , testificó
con santa l i b e r t a d , q u e n o h a l l a b a en él cosa d i g n a de c e n s u r a . Dióle
t a m b i é n el a r z o b i s p o el l i b r o escoliado p o r el P . Maestro de Sala-
m a n c a [ M e l c h o r C a n o ] , y h a b i é n d o l e v i s t o r e s p o n d i ó n o h a b e r en-
c o n t r a d o e n él cosa m a l a , sino los escolios» (3). P o s i b l e es q u e an-
d a n d o el t i e m p o modificase el P . Mancio sus ideas y a p r o b a s e de l l e n o
los E j e r c i c i o s ; p e r o en el año 1553, m u y lejos estaba do d a r la favo-
r a b l e c e n s u r a q u e se le a t r i b u y e . P o r el c o n t r a r i o , v e m o s q u e t e n í a
a l g u n o s j u i c i o s c o n t r a l o s E j e r c i c i o s , y c o n d e n a b a e n ellos a l g u n a s
p r o p o s i c i o n e s , 'aunque, c o m o b u e n r e l i g i o s o y a m i g o leal de la C o m -
pañía, e x p u s o á los N u e s t r o s f r a n c a m e n t e s u s d u d a s , y n a d a hizo q u o
n o fuese o r d e n a d o al s e r v i c i o de Dios n u e s t r o S e ñ o r .
7. A f o r t u n a d a m e n t e , n o fué n e c e s a r i o p a r a d a r e n t i e r r a con a q u e -
llas c a l u m n i a s , t o m a r t a n t o s m e d i o s n i m o v e r tan g r a n d e s m á q u i n a s
c o m o p r o p o n í a el P . A r a o z , p u e s a u n q u e m u c h o h u r g a r o n el n e g o -
cio a l g u n o s e n e m i g o s de la C o m p a ñ í a , el a r z o b i s p o de T o l e d o n o se
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 1 3 .
( 2 ) O r l a n d i n i , Hist. S. J., 1. x m , n . 3 8 . R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia de
España, 1. i , c. X X I I . C a s t r o , Ilist. del colegio de Alcalá, 1. i v , c. XV.
( 3 ) Crono-historia de la Provincia de Toledo, d é c . I I , a ñ o n i , c. i.
CAP. X — PERSECUCIONES CONTRA EL LTBRO DE LOS EJERCICIOS 379
a d e l a n t ó á n i n g ú n paso r u i d o s o , n i sacó la cara e n este a s u n t o , s i n o
q u e se c o n t e n t ó c o n d e j a r c o r r e r las c e n s u r a s de P e d r o c h e y M e l c h o r
Cano. T a m p o c o s a b e m o s q u e la I n q u i s i c i ó n d i e r a i m p o r t a n c i a á las
d e n u n c i a s q u e se le p r e s e n t a r o n . B a s t ó , p u e s , p a r a c o n j u r a r la t o r -
m e n t a q u e V i l l a n u e v a y A r a o z v i s i t a r a n á los p r i n c i p a l e s m a e s t r o s y
s e ñ o r e s d e Alcalá y T o l e d o , y les m o s t r a r a n la a p r o b a c i ó n d e P a u -
lo I I I y las c e n s u r a s d e t r e s d o c t o r e s q u e e n este caso s a l i e r o n v a l e -
r o s a m e n t e á la defensa d e los E j e r c i c i o s . F u e r o n éstos el D r . B a r t o -
l o m é de T o r r e s , más a d e l a n t e o b i s p o de C a n a r i a s , el D r . J u a n d e
la C u e s t a , d e s p u é s obispo de L e ó n , y n u e s t r o g r a n d e a m i g o e l
Dr. Alonso Ramírez de Vergara.
8. H i z o p r i n c i p a l m e n t e viva i m p r e s i ó n la c e n s u r a , ó, m e j o r d i c h o ,
b r i l l a n t e a p o l o g í a d e l D r . B a r t o l o m é d e T o r r e s . Decía así (1): « J e -
sús. H e sido p r e g u n t a d o q u é s i e n t o a c e r c a d e los E j e r c i c i o s d e la
Compañía d e J e s ú s , y N u e s t r o S e ñ o r sabe c u á n t o m i a l m a se goza e n
la p r e g u n t a , p o r q u e deseo s i m p l e y c r i s t i a n a m e n t e d e c i r á t o d o e l
m u n d o la v e r d a d de lo q u e s i e n t o , y p o r m á s c l a r a m e n t e h a b l a r ,
q u i e r o r e s p o n d e r p o r capítulos.
»Y c u a n t o á lo p r i m e r o , p o r q u e n o se p i e n s e q u e e n este caso y o
h a b l o c o n p a s i ó n , q u i e r o q u e t o d o e l m u n d o sepa q u e n o soy d e la
C o m p a ñ í a d e J e s ú s ó t e a t i n o , c o m o los llama el v u l g o m a l i n f o r m a d o ,
y esto p o r m i i m p e r f e c c i ó n y flaqueza, q u e á ser y o b u e n o d e v e r a s ,
ya había de e s t a r en la C o m p a ñ í a ó e n o t r a d e las santas r e l i g i o n e s ;
de m a n e r a q u e a c e r c a de la p r e g u n t a y o h a b l o c o m o e x t r a ñ o .
»Digo lo s e g u n d o , q u e acerca de esta p r e g u n t a ( a u n q u e y o sea e n -
t r e los q u e a l g o s a b e n el m á s i g n o r a n t e ) soy u n o d e los q u e á ella
p u e d e n r e s p o n d e r , p o r q u e conozco á la Compañía d e s d e eme c o m e n -
zó, y c o n o c í y c o n v e r s é al P . M. I g n a c i o e n Salamanca, y d e s p u é s h e
t e n i d o m u y g r a n c u e n t a con la C o m p a ñ í a y p e r s o n a s d e ella, p a r a v e r
en q u é p a r a b a , s i e m p r e e c h a n d o ojo á sus o b r a s , q u e n o c o n s i e n t e n
e n g a ñ o p o r m u c h o t i e m p o ; y digo m á s , q u e d e s d e q u e esta C o m p a -
ñía c o m e n z ó , el m e n o r e r r o r del m u n d o n o se les h a p r o b a d o , n i h a s t a
(1) N o s e h a p u b l i c a d o h a s t a a h o r a el v e r d a d e r o t e x t o d e e s t a a p o l o g í a . H i z o d e
ella u n a r r e g l o l i t e r a r i o el P . O r l a n d i n i (Hist. S. J., 1. x i u , n ú m . 34), y d e él lo t r a -
d u j o al c a s t e l l a n o el P . A l c á z a r . (Crono-historia de la Provincia de Toledo, d é c . n ,
a ñ o I I I , c. l.) E l t e x t o g e n u i n o q u e a h o r a p u b l i c a m o s está en u n t o m o m a n u s c r i t o d e l
V a t i c a n o , q u e p u e d e v e r s e m i n u c i o s a m e n t e d e s c r i t o e n Epistolae P. Nadal, t. i,
p á g i n a 4 0 . E s t a a p o l o g í a e m p i e z a e n el f o l . 6 6 v.°, p e r o a d e m á s c o n t i e n e el m i s m o
t o m o v a r i a s h o j a s , e n las c u a l e s el m i s m o B a r t o l o m é d e T o r r e s r e s p o n d e e n l a t í n y
e n f o r m a e s c o l á s t i c a á v a r i a s o b j e c i o n e s c o n t r a los E j e r c i c i o s .
 380
LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
CAP. X.—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 381

a h o r a de n i n g u n a p e r s o n a q u e v e r d a d e r a m e n t e sea d e ella se h a p r o - este t i e m p o n o h e sabido t a n t o p a r a m i a p r o v e c h a m i e n t o , si de ella

b a d o n i n g ú n p e c a d o escandaloso; digo q u e v e r d a d e r a m e n t e sea d e
m e q u i s i e r e a p r o v e c h a r , c u a n t o m e e n s e ñ a r o n e n la dicha casa de la
ella, p o r q u e los q u e n o e s t á n i n f o r m a d o s , en h a c i e n d o m a l a l g ú n clé-
C o m p a ñ í a h a c i e n d o los E j e r c i c i o s p o r espacio de pocos días; y si al-
r i g o , l u e g o d i c e n q u e es d e la Compañía.
g ú n l e t r a d o m u y c o n t e n t o con sus l e t r a s y d i s p u t a s se e s p a n t a r e d e
»Digo lo t e r c e r o , q u e v e r d a d e r a y p e r f e c t a m e n t e n i n g u n o p u e d e esto, á la o b r a m e r e m i t o , h a g a los E j e r c i c i o s , q u e es p r o c u r a r y
s a b e r l o q u e v a l e n los E j e r c i c i o s hasta q u e los haga y use, p o r q u e se
g u s t a r d e c o n s i d e r a r b i e n lo q u e sabe p o r s u s l e t r a s , p o n i é n d o l o p o r
o r d e n a n á p l a n t a r v i r t u d e s e n el á n i m a y d e s a r r a i g a r v i c i o s , y n i n -
ejecución, y é l testificará j u n t a m e n t e c o n m i g o . Y la r a z ó n es p o r q u e
g u n o p u e d e s a b e r c u á n t o v a l e la v i r t u d n i s e n t i r el g u s t o d e ella, si
lo q u e y o a n t e s e s t u d i a b a era p a r » e n s e ñ a r á o t r o s , y en la C o m p a -
p r i m e r o n o se ejercita en e l l a , y de a q u í es q u e h e visto m u c h o s le-
ñía, los días q u e e s t u v e h a c i e n d o los E j e r c i c i o s , trabajaba de s a b e r
t r a d o s e s p a n t a r s e d e cosas q u e h a y en los E j e r c i c i o s y n o las p o d e r
p a r a o b r a r , y es m u y distinto el s a b e r p a r a enseñar, del s a b e r p a r a
e n t e n d e r , s i e n d o ellas claras y católicas, sacadas d e l E v a n g e l i o y de
obrar.
los santos d o c t o r e s , las cuales f á c i l m e n t e e n t i e n d e n los q u e las ejer-
»Digo lo sexto, q u e esto q u e se t r a t a en los E j e r c i c i o s n o es d o c -
c i t a n y g u s t a n p o r o b r a , p o r q u e es m u y d i f e r e n t e cosa el s a b e r le-
t r i n a n u e v a , sino a n t i q u í s i m a , d e s d e el t i e m p o d e J e s u c r i s t o , el c u a l
t r a s , d e l e n t e n d e r las cosas e s p i r i t u a l e s , q u e consiste, a l l e n d e de las
t a n t o n o s e n s e ñ ó la o r a c i ó n p o r o b r a , s i e m p r e o r a n d o , c o m o d i c e e l
l e t r a s , e n t e n e r u s o y e j e r c i c i o d e la o r a c i ó n y o t r a s v i r t u d e s .
e v a n g e l i s t a San Lucas e n el capítulo v i , «et crat pernoctans in oratio-
»Digo lo c u a r t o , q u e y o h e v i s t o y c o n o c i d o m u y m u c h o s q u e h a n
ne», y p o r p a l a b r a , d i c i e n d o p o r San Lucas en el capítulo x v í n ,
h e c h o los E j e r c i c i o s , y á m u c h o s h e p e r s u a d i d o los h a g a n , p r i n c i p a l -
«oportct semper orare et non deficere», y lo m i s m o dice San P a b l o ad The-
m e n t e m i s discípulos, ansí frailes c o m o s e g l a r e s , y á n i n g u n o h e co-
salons, c. v, «sine intermissione orate», y finalmente, es cosa clarísima
n o c i d o q u e n o saliese c o n g r a n d í s i m o a p r o v e c h a m i e n t o y q u e n o
en el E v a n g e l i o , y t o d o s los santos de a q u í c o m e n z a r o n dándose á
confesase q u e n o q u i s i e r a h a b e r dejado de los h a c e r p o r n i n g u n a
la o r a c i ó n , y e n ella a c a b a r o n y con ella se h i c i e r o n s a n t o s , d i s p o -
cosa. Y si a l g u n o en s u m a q u i s i e r e s a b e r q u é son los Ejercicios, d i g o
n i é n d o s e á la g r a c i a y d o n e s del E s p í r i t u S a n t o , y sin d u d a estos E j e r -
q u e n o s o n o t r a cosa sino c o n s i d e r a r con g r a n a t e n c i ó n y q u i e t u d
cicios es u n r i c o t e s o r o e s p i r i t u a l , si lo s u p i é s e m o s c o n o c e r , e n los
d e l á n i m a los a r t í c u l o s d e la fe y c o n s i d e r a r la l e y d e Dios y los m i s -
cuales p o r d a r s e a r t e a d m i r a b l e de o r a r y c o n s i d e r a r , m u c h o s e n
t e r i o s d e n u e s t r a santa fe católica, c o n s i d e r a r las g r a n d e z a s d e Dios,
pocos días alcanzan m á s q u e o t r o s alcanzaban antes en m u c h o s t i e m -
las m e r c e d e s y beneficios infinitos q u e de su m a n o h a b e r n o s r e s c c -
pos con g r a n d e s trabajos t o m a d o s sin o r d e n .
b i d o ; es c o n s i d e r a r m u y p a r t i c u l a r m e n t e el E v a n g e l i o , toda la vida
»Digo lo s é p t i m o , q u e , s e g ú n m e d i c e n , h a y a l g u n o s q u e m u r m u -
y m u e r t e de J e s u c r i s t o , y c o n s i d e r a r c u á l h a sido la v i d a pasada y
r a n d e los E j e r c i c i o s , y d i c e n q u e h a y e s c r ú p u l o s e n ellos. Yo los h e
c u á l h a d e s e r la p o r v e n i r ; y v i e n d o el d e m o n i o el g r a n d í s i m o fruto
visto y leído m u c h a s veces, y a h o r a m u y p a r t i c u l a r m e n t e , y h e v i s t o
q u e e n la r e l i g i ó n c r i s t i a n a se h a c e c o n l o s E j e r c i c i o s , p r o c u r a p o r
en lo q u e q u i e r e n p o n e r e s c r ú p u l o sin h a b e r l o . E s t o y e s p a n t a d o d e
t o d a s las vías p o s i b l e s d e d e s t e r r a r l o s d e l m u n d o , y p o c o s años h a
estos tales, p o r q u é n o v a n á la santa I n q u i s i c i ó n á d e p o n e r d e e l l o ,
q u e en R o m a se l e v a n t a r o n c i e r t o s r u m o r e s c o n t r a l o s Ejercicios, y
p o r q u e ella, c o m o sea fundada p o r el E s p í r i t u S a n t o , p o n d r á r e m e d i o
p a s ó el n e g o c i o p o r r i g o r d e justicia, y se dio s e n t e n c i a e n f a v o r d e
en ello y m a n i f e s t a r á la v e r d a d , y t a m b i é n es c l a r o q u e los tales (si
la C o m p a ñ í a y E j e r c i c i o s c o n t r a los c o n t r a d i c t o r e s , la cual y o h e
a l g u n o s h a y ) n o g u a r d a n la r e g l a d e J e s u c r i s t o d e la c o r r e c c i ó n fra-
v i s t o ; y es de d o l e r g r a n d e m e n t e , q u e s i e m p r e a n d e n p o n i e n d o es-
t e r n a , p o r q u e si la g u a r d a s e n , i r í a n á c o r r e g i r f r a t e r n a l m e n t e á los d e
c r ú p u l o s d o n d e n o los h a y , sin q u e r e r s e i n f o r m a r d e los q u e t r a t a n
la Compañía, y n o lo h a c e n , sino m u r m u r a n de ellos p o r los r i n c o -
y e n t i e n d e n este n e g o c i o . Y b i e n p a r e c e s e r n e g o c i o éste de Dios,
n e s , q u e es señal q u e les m u e v e a l g u n a pasión, y q u e d e l t o d o n o s o n
p u e s c u a n t o m á s es c o n t r a d i c h o d e los h o m b r e s , m á s c r e c e cada día.
m o v i d o s p o r r a z ó n y a m o r d e J e s u c r i s t o , a u n q u e s u i n t e n c i ó n se d e b e
»Digo lo q u i n t o , q u e y o h i c e los E j e r c i c i o s e n la casa d e la C o m p a - c r e e r s e r b u e n a . Mas d e s e o q u e m e r e s p o n d a n á esta r a z ó n : c u a n d o
ñ í a d e J e s ú s e n Alcalá, y h a g o á D i o s testigo de esta v e r d a d , q u e con d i c e n , q u e h a y e r r o r e s e n la C o m p a ñ í a y s u s E j e r c i c i o s , ó l o c r e e n ó
h a b e r t r e i n t a años q u e e s t u d i o y m u c h o s q u e l e o teología, e n t o d o n o lo c r e e n . Si n o lo c r e e n , l e v a n t a n falso t e s t i m o n i o á la C o m p a ñ í a .
 382 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
Si lo c r e e n , están en p e c a d o m o r t a l y e x c o m u l g a d o s , p u e s p e n s a n d o
q u e h a y tales e r r o r e s , n o los manifiestan á la santa I n q u i s i c i ó n . C i e r t o
y o deseo s a b e r r e s p o n d e r á este a r g u m e n t o e n f a v o r s u y o , y n o sé
r e s p o n d e r con c u a n t a lógica h e e s t u d i a d o y e n s e ñ a d o .
»Digo m á s lo octavo, q u e n o s o l a m e n t e el i n s t i t u t o de la Compa-
ñía está a p r o b a d o p o r el S u m o Pontífice, m a s t a m b i é n los E j e r c i c i o s
e s t á n a p r o b a d o s todos y cada u n o de ellos, c o m o p a r e c e c l a r a m e n t e
e n el p r i n c i p i o del l i b r o , d o n d e el P a p a dice estas p a l a b r a s q u e se
s i g u e n : «Documenta ct exercitia praedicta, ac omnia et sinc/tda in eis
contenta, auctoritatc praedicta, tenore praesentiuiu, ex certa scientia nos-
tra, apj>rouaimts,collandamu$, ac praesentis seripti patrocinio comnmni-
mus», a d o n d e c l a r í s i m a m e n t e el S u m o Pontífice los a p r u e b a á t o d o s y
á cada u n o do ellos, y a m o n e s t a y e x h o r t a á todos los fieles cristianos,
c o m o allí c o n s t a , á q u e so a p r o v e c h e n de la d o c t r i n a tan b u e n a ; y
cosa sería i n d i g n a de n i n g ú n l e t r a d o d e c i r q u e el S u m o Pontífice
a p r o b a s e y e x h o r t a s e cosa d e e r r o r ; y p a r a m a y o r a b u n d a n c i a y j u s -
tificación d e este n e g o c i o , y p a r a q u i t a r t o d o e s c r ú p u l o á t o d o s el
S u m o Pontífice, c o m o p a r e c e en la m i s m a a p r o b a c i ó n , hizo g r a n di-
ligencia, p r i m e r o i n q u i r i e n d o y c o n s u l t a n d o si e r a n católicos y p r o -
v e c h o s o s , y h a c e m u c h o á este n e g o c i o , q u e e n t r e o t r a s p e r s o n a s
e m i n e n t e s fueron c o n s u l t a d o s dos frailes d o m i n i c o s (á q u i e n e s p a r e c e
q u e N u e s t r o S e ñ o r h a dado celo de la fe, c o m o t a m b i é n á los francis-
canos y á o t r o s r e l i g i o s o s ) , los cuales e x a m i n a r o n y a p r o b a r o n los
d i c h o s E j e r c i c i o s . P u e s q u i e r o quo m e r e s p o n d a n a h o r a si h a y algu-
n o s q n e d i c e n q u e h a y e r r o r e s e n los E j e r c i c i o s . E s t a es d o c t r i n a
católica, y la c o n t r a r i a es e r r o r de L u t e r o , q u e el papa n o p u e d e e r r a r
d e t e r m i n a n d o a l g u n a cosa q u e p e r t e n e z c a á los s a c r a m e n t o s , ó á la fe,
ó á las c o s t u m b r e s . E s t o s E j e r c i c i o s y cada cosa d e ellos p e r t e n e c e n á
las c o s t u m b r e s ; l u e g o d e c i r q u e e n los E j e r c i c i o s , q u e y a están a p r o -
b a d o s p o r el S u m o Pontífice, h a y e r r o r , es cosa clara q u e sabe á doc-
t r i n a de L u t e r o . Yo n o d i g o q u e son los tales l u t e r a n o s , antes los
t e n g o p o r católicos c r i s t i a n o s , p u e s q u e de su i n t e n c i ó n n o se h a do
c r e e r tal cosa; mas q u e r r í a q u e m e r e s p o n d i e s e n á este a r g u m e n t o ,
q u e c i e r t o y o n o sé c ó m o los tales osan a f i r m a r tal cosa, n i y o c r e o
q u e h a y a n a d i e q u e tal cosa ose afirmar, y p i e n s o q u e si los d e la
C o m p a ñ í a n o fuesen tan m a n s o s y p a c i e n t e s , q u e q u i e r e n p a d e c e r
a f r e n t a s p o r a m o r d e J e s u c r i s t o , á q u i e n s o l a m e n t e b u s c a n e n este
m u n d o , s i d e los tales (si a l g u n o s h a y ) se q u e j a s e n á la santa I n q u i s i -
c i ó n , los c a s t i g a r í a n g r a v e m e n t e .
«Digo lo n o n o , q u e p u e s los E j e r c i c i o s y cada cosa de ellos están
CAP. X.—PERSECUCIONES CONTRA EL LIBRO DE LOS EJERCICIOS 383
a p r o b a d o s p o r e l S u m o Pontífice, e n n i n g u n a m a n e r a es lícito d e c i r
quo h a y a e r r o r e s en ellos, n i es lícito t r a t a r de e n m e n d a r l o s , y si
h u b i e s e algo e n ellos dificultoso, h a b í a s e de t r a t a r d e d e c l a r a r l o s ,
e m p e r o en n i n g u n a m a n e r a e n m e n d a r l o s , p o r q u e sería e n m e n d a r al
E s p í r i t u S a n t o , q u e h a b l a p o r el S u m o Pontífice e n el g o b i e r n o de su
Iglesia. D i g o más: q u e t o d o c u a n t o h a y e n los E j e r c i c i o s a p r o b a d o s
p o r el S u m o Pontífice es católico, y los pasos y l u g a r e s q u e a l g u n o s
n o t a n d i c i e n d o q u e n o son católicos, d i g o q u e son católicos, y lo con-
t r a r i o es e r r o r , p u e s están a p r o b a d o s p o r el S u m o P o n t í f i c e , y á to-
das las r a z o n e s y a r g u m e n t o s q u e los c o n t r a r i o s h a c e n , se r e s p o n d e
tan c l a r o , q u e t o d o h o m b r e d e b u e n j u i c i o lo e n t e n d e r á , y e n o t r a
p a r t e r e s p o n d o á sus razones, las c u a l e s , si n o m e e n g a ñ o , son h a r t o
flacas y de p o c a a p a r i e n c i a , y m u c h a s m u e v e n á risa.
»Digo lo d é c i m o , q u e esta santa C o m p a ñ í a n o s o l a m e n t e se funda
en o r a c i ó n , p e r o t a m b i é n se funda en d a r s e m u y de v e r a s á las letras,
y así h a y e n t r e ellos g r a n d í s i m o s l e t r a d o s , y los p r i m e r o s q u e e n el
santo concilio t r i d e n t i n o v o t a b a n , e r a n dos l e t r a d o s d e la C o m p a ñ í a
e n v i a d o s p o r Su Santidad. Yo conozco e n E s p a ñ a g r a n d e s l e t r a d o s
e n t r e e l l o s , y m u c h o s h o m b r e s do g r a n d e s e n t e n d i m i e n t o s , y o t r o s
que d e n u e v o se v a n h a c i e n d o en las l e t r a s , q u e p r e s t o s e r á n d e los
g r a n d e s l e t r a d o s q u e h a y en España, y m u y p o q u i t o s h a y e n t r e ellos
q u e n o e s t u d i e n , y á n i n g u n o dejan p r e d i c a r q u e n o h a y a oído s u s ar-
tes y teología, y esta es la v e r d a d , q u e e n n i n g u n a O r d e n se d a n m á s
á las l e t r a s q u e e n t r o ellos, y conozco y o á m u c h o s l e t r a d o s d o c t o r e s
de g r a n d e e n t e n d i m i e n t o q u e a h o r a de n u e v o se h a n e n t r a d o e n la
C o m p a ñ í a d e j a n d o sus colegios y d e j a n d o el m u n d o , p u d i e n d o v a l e r
m u c h o e n é l , si el m u n d o fuese a l g o . Y c o n o z c o m u c h o s l e t r a d o s
q u e están d e t e r m i n a d o s de e n t r a r e n la Compañía; y esto h a b í a de
c o n f u n d i r á los q u e m u r m u r a n , q u e n o se v a n los d e la C o m p a ñ í a ¿
los r i n c o n e s , sino á las u n i v e r s i d a d e s , e n ojos d e t a n t o s l e t r a d o s y
doctos, y a d o n d e h a y t a n t a s l e t r a s y s a b i d u r í a , p a r a q u e su d o c t r i n a
sea m á s manifiesta; y q u e r r í a q u e estos q u e d e la C o m p a ñ í a m u r m u -
r a n m i r a s e n el g r a n d í s i m o y a b u n d a n t í s i m o f r u t o q u e h a n h e c h o y
h a c e n e n España, c o m o es manifiesto á t o d o el m u n d o , y fuera d e
E s p a ñ a p o r Italia, F r a n c i a y A l e m a n i a y p o r las I n d i a s , h a s t a l l e g a r á
los j a p o n e s e s , q u e están distantes seis m i l l e g u a s de n o s o t r o s ; y c l a r o
está q u e si este n e g o c i o n o fuese d e Dios, n o se h a r í a tan a b u n d a n t í -
s i m o p r o v e c h o , p o r q u e el d e m o n i o n o a n d a á h a c e r los h o m b r e s cris-
tianos. Y finalmente, c o n c l u y o con s u p l i c a r á J e s u c r i s t o n u e s t r o Dios
d é c o n o c i m i e n t o á los'tales d e u n a v e r d a d c o m o ésta tan i m p o r t a n t e
 384 L I B . I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
a l m u n d o , y s u p l i c o á la d i v i n a c l e m e n c i a q u e á e l l o s y á m í tan h u -
mildes, p a c i e n t e s y c a r i t a t i v o s , y tan m e n o s , p r e c i a d o r e s d e l m u n d o y
sus vanidades, h o n r a s y d i g n i d a d e s , c o m o y o v e o q u e lo son los de
la C o m p a ñ í a de J e s ú s , q u e c r e o n o n o s h a r í a p e q u e ñ a m e r c e d J e s u -
cristo n u e s t r o S e ñ o r . A dos d e E n e r o 1554 años.—El Dr. Torres.
»Después de h a b e r firmado se m e ofrece u n a r a z ó n c o n t r a los q u e
m u r m u r a n de los Ejercicios, y sea a n s í : q u e ellos h a n h e c h o t o d a la
diligencia p o s i b l e i n q u i r i e n d o si h a y e r r o r e s e n los E j e r c i c i o s , y
h a g o esta razón c o n t r a ellos. E l l o s h a n h e c h o g r a n d i l i g e n c i a en sa-
b e r si h a y e r r o r e s ; si d e s p u é s de h e c h a la tal d i l i g e n c i a d i c e n q u e los
h a y , el p a p a h a h e c h o tanta y m a y o r d i l i g e n c i a q u e e l l o s , c o m o pa-
r e c e e n la a p r o b a c i ó n , y d e s p u é s de h e c h a dice q u e n i n g ú n e r r o r halla
en los E j e r c i c i o s . D í g a n m e a h o r a los tales á q u i é n es más razón q u e
c r e a y o , al p a p a ó á ellos. C i e r t o esta razón, á m i p a r e c e r , basta p a r a
c o n v e n c e r á t o d o h o m b r e de b u e n e n t e n d i m i e n t o , p a r a q u o n o ha-
b l a s e e n los E j e r c i c i o s m á s d e p a r a loarlos.»
Con esta b r i l l a n t e defensa y con las c e n s u r a s f a v o r a b l e s de los d o c -
tores Cuesta y Vergara, que también corrieron de mano en mano,
desvanecióse fácilmente la p o l v a r e d a l e v a n t a d a c o n t r a los E j e r c i c i o s .
E l año s i g u i e n t e , 1554, m i e n t r a s Jel P . Nadal p r o m u l g a b a las C o n s t i -
t u c i o n e s , le p r o p u s o el i n q u i s i d o r D. Diego de C ó r d o b a q u e p r e s e n -
tase á la I n q u i s i c i ó n los E j e r c i c i o s p a r a q u e , a p r o b a d o s p o r tan r e s -
p e t a b l e t r i b u n a l , e s t u v i e s e n s e g u r o s c o n t r a las i m p u g n a c i o n e s de los
m a l é v o l o s . R e s p o n d i ó p r u d e n t e m e n t e el P . Nadal q u e u n l i b r o a p r o -
b a d o p o r la Santa S e d e n o debía s o m e t e r s e á n i n g ú n t r i b u n a l del
m u n d o , y v i e n d o q u e y a cesaba la t e m p e s t a d , n o c r e y ó n e c e s a r i o d a r
paso a l g u n o e n este n e g o c i o . C o n t e n t ó s e con e n s e ñ a r á los s u p e r i o -
r e s el v e r d a d e r o s e n t i d o e n q u e d e b í a n e n t e n d e r a l g u n o s pasajes c r i -
ticados en los E j e r c i c i o s (1).
(1) Vicie Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 4 3 . P o l a n c o , Historia S. J., t. i v , p . 4 7 3 .
CAPÍTULO XI
PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES
(1553-1554)
S U M A R I O : 1. Q u i é n e r a el P . J e i ó n i m o N a d a l . — 2 S u s p r o e z a s en Sicilia y e n
Á f r i c a . — 3 . P r o m u l g a las C o n s t i t u c i o n e s e n Sicilia. — 4 . E s e n v i a d o á E s p a ñ a
c o n el t i t u l o d e C o m i s a r i o . — 5. P a s a r á p i d a m e n t e p o r B a r c e l o n a , V a l e n c i a ,
C u e n c a y A l c a l á , y d i r í g e s e á P o r t u g a l , d o n d e e m p i e z a á p r o m u l g a r las C o n s t i t u -
c i o n e s . — 6 . Á fines d e 1 5 5 3 e n t r a en E s p a ñ a y d a p r i n c i p i o á la p r o m u l g a c i ó n
p o r el c o l e g i o d e C ó r d o b a . — 7. V i s i t a en T o l e d o á Siliceo, y d u r a n t e u n m e s p r o -
m u l g a las C o n s t i t u c i o n e s e n A l c a l á . — 8. P r o y e c t o s d e c o l e g i o en S a n t i a g o . —
9 . J u n t a N a d a l en M e d i n a del C a m p o á los p r i n c i p a l e s P a d r e s , y d i v i d e l a P r o -
vincia de España en t r e s : Castilla, A r a g ó n y A n d a l u c í a . — 1 0 . Juicio que da
s o b r e los p r i n c i p a l e s P a d r e s d e E s p a ñ a . — 1 1 . V i s i t a t a p i d a m e n t e los o t r o s cole-
gios, y vuelve á R o m a por Octubre de 1554.
F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Carias de San Ignacio.— 2. liegestum S. Ign.— 3. Epis-
tolae P. Nadal.— í. Epistolae mixtae.— 5. Litterae qnadrimestres.— 6. Toletanae provinciae
catalogi.— 7. Polanco, Historia S. J.— 8. Constituciones S. J. latinae et hispanicae.—9. Jíis-
cellanea de regidis S. X—10. R i b a d e n e i r a . Historia de la Asistencia de España. —11. Castro,
Historia del colegio de Alcalá. — 12. Archivo de E s t a d o en R o m a . Examina Patrum ac
Fratrum.
1. L l e g a m o s al h e c h o m á s i m p o r t a n t e de n u e s t r a h i s t o r i a d u r a n t e
el g e n e r a l a t o de San I g n a c i o , cual fué la p r o m u l g a c i ó n de las Cons-
t i t u c i o n e s . D e s p u é s do h a b e r i m p l o r a d o la luz d e l E s p í r i t u Santo con
i n c r e í b l e s o r a c i o n e s , l á g r i m a s y g e m i d o s ; d e s p u é s de h a b e r t r a z a d o
e n d i v e r s a s ocasiones v a r i o s b o s q u e j o s s o b r e p u n t o s p a r t i c u l a r e s d e
n u e s t r o I n s t i t u t o ; d e s p u é s de h a b e r c o n s u l t a d o la e x p e r i e n c i a en al-
g u n o s c o l e g i o s d e la C o m p a ñ í a ; d e s p u é s d e h a b e r r e d a c t a d o c o m p l e -
t a m e n t e t o d o el c u e r p o d e las C o n s t i t u c i o n e s e n el t r i e n i o d e 1547
á l 5 5 0 ; d e s p u é s de h a b e r m o s t r a d o lo e s c r i t o á los p r i m e r o s P a d r e s
d e la C o m p a ñ í a q u e p u d i e r o n a c u d i r á R o m a e n 1551; d e s p u é s d e
h a b e r r e t o c a d o su o b r a s e g ú n las o b s e r v a c i o n e s q u e ellos le h i c i e -
r o n , p o r fin, el año 1552 d e t e r m i n ó n u e s t r o santo P a d r e I g n a c i o co-
25
386 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA CAP. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 387

m u n i c a r á la C o m p a ñ í a las C o n s t i t u c i o n e s q u e con tantas fatigas ha- t o d o , y e j e c u t a r á la vez los m á s v a r i a d o s oficios. P o r eso el P . Nadal
bía e l a b o r a d o , ó, p o r m e j o r d e c i r , q u e Dios, e x i g i é n d o l e p r e v i a m e n t e se p r e s e n t a p o r e n t o n c e s con los c a r g o s de r e c t o r , m a e s t r o de h e -
tantas o r a c i o n e s , sacrificios y consultas, se había d i g n a d o i n s p i r a r l e . b r e o , m a e s t r o d e teología, m a e s t r o d e m o r a l , ó, c o m o e n t o n c e s se
P a r a este delicado m i n i s t e r i o se r e q u e r í a u n h o m b r o s u p e r i o r , y decía, de casos de conciencia, p r e d i c a d o r el más a s i d u o de casa, con-
San I g n a c i o le halló e n el P . J e r ó n i m o Nadal. E r a este P a d r e de fesor de las familias p r i n c i p a l e s , c o n s u l t o r , en fin, d e l v i r r e y e n los
e s t a t u r a m e d i a n a , p o r n o d e c i r p e q u e ñ o ; de r o s t r o v i v o y m o d e s t o , n e g o c i o s p i a d o s o s , q u e el b u e n J u a n de Vega e j e c u t a b a p r i n c i p a l -
y con la h u m i l d a d r e l i g i o s a q u e f á c i l m e n t e e n c u b r e las i n t e r i o r e s m e n t e p o r m e d i o de la C o m p a ñ í a . La clase de h e b r e o la dejó p r o n t o
p r e n d a s d e l e s p í r i t u , n o a p a r e c í a á p r i m e r a vista el m é r i t o d e a q u e l á o t r o P a d r e ; p e r o en c a m b i o t o m ó á su c a r g o el e x p l i c a r los días d e
h o m b r e e x t r a o r d i n a r i o . P e r o la c l a r i d a d d e l e n t e n d i m i e n t o , cultiva- fiesta las epístolas de San P a b l o en la c a t e d r a l (1). Á t o d o s espantó
do en las u n i v e r s i d a d e s de Alcalá y do P a r í s , el g r a n j u i c i o p r á c t i c o la a c t i v i d a d pasmosa de este h o m b r e , s o b r e t o d o c u a n d o m i r a b a n la
p a r a t r a t a r los n e g o c i o s , la fecundidad de m e d i o s p a r a c o n s e g u i r lo poca salud q u e hasta e n t o n c e s h a b í a gozado e n R o m a . A t r i b u y ó s e á
q u e d e s e a b a , la actividad y e n e r g í a en el o b r a r , la m u c h a e x p e r i e n - u n m i l a g r o de la o b e d i e n c i a el q u e p u d i e s e l l e v a r tan excesivos t r a -
cia d e m u n d o , y lo q u e realzaba m a r a v i l l o s a m e n t e estas d o t e s n a t u - bajos q u i e n hasta e n t o n c e s había estado b a s t a n t e e n f e r m i z o , sin p o -
rales, la sólida f o r m a c i ó n r e l i g i o s a q u e h a b í a r e c i b i d o de m a n o s del d e r e m p r e n d e r n i n g ú n m i n i s t e r i o n i trabajo n o t a b l e . Dios, sin duda,
m i s m o San I g n a c i o , hacían d e l P . Nadal u n s u p e r i o r a d m i r a b l e y p r e m i a b a la h u m i l d a d y o b e d i e n c i a de este s a n t o v a r ó n (2).
a p t o c o m o n i n g u n o p a r a la o b r a q u e deseaba h a c e r el santo P a - P u e s si s a l i m o s del colegio p a r a v e r l e t r a b a j a r en los m i n i s t e r i o s
t r i a r c a (1). Ya r e c o r d a r á el l e c t o r la s i n g u l a r v o c a c i ó n de este h o m - c o n los p r ó j i m o s , causa a d m i r a c i ó n el e n t u s i a s m o con q u e n o s ha-
b r e á la C o m p a ñ í a , en la cual e n t r ó á fines d e 1545. L o s dos años si- b l a n d e él las r e l a c i o n e s c o n t e m p o r á n e a s . O i g a m o s al P . B e n i t o P a l -
g u i e n t e s , 46 y 47, v i v i ó s i e m p r e al lado de San I g n a c i o , d i r i g i d o poz- m i o , el q u e había de ser con el t i e m p o A s i s t e n t e de I t a l i a , y e n t o n -
ol m i s m o santo e n todas las p r á c t i c a s de la vida religiosa. C u a n d o ces era m a e s t r o del c o l e g i o de Mesina. « E m p e z a r é , dice, p o r n u e s t r o
e n 1548 se t r a t ó d e e n v i a r la e x p e d i c i ó n d e Sicilia, fué e s c o g i d o el R e v e r e n d o P a d r e en Cristo Nadal, c u y o e s p í r i t u nos m a n t i e n e á t o d o s
P . Nadal p a r a r e c t o r d e l p r i m e r colegio q u e se debía a b r i r e n a q u e - en el S e ñ o r . ¿ Q u i é n más d i l i g e n t e q u e él? ¿ Q u i é n m á s f e r v o r o s o ?
lla isla, en la c i u d a d d e Mesina. Con este objeto salió d e R o m a en el ¿Cuándo descansa? ¿Qué t r a b a j o n o e m p r e n d e ? ¿Cuándo cesa u n
m e s de Marzo, y d e s p u é s de los p e r c a n c e s y t r a b a j o s q u e e r a n tan p u n t o de m i r a r p o r la g l o r i a de Dios y el b i e n de las almas?» (3).
o r d i n a r i o s e n los viajes de e n t o n c e s , e n t r ó en Mesina con s u s c o m - P r o s i g u e l u e g o r e f i r i e n d o con e n t u s i a s m o las d i l i g e n c i a s q u e h i z o
p a ñ e r o s e l 8 d e A b r i l d e 1548 (2). Nadal p a r a q u e se h i c i e s e n r o g a t i v a s p ú b l i c a s e n toda la isla c u a n d o
2. C o m o es d e s u p o n e r , en a q u e l l o s p r i n c i p i o s , c u a n d o se a b r í a u n se t e m í a u n a i n v a s i ó n d e t u r c o s , y d e s p u é s d e s c r i b e los t r a b a j o s q u e
c o l e g i o con tan pocos sujetos y r e c u r s o s , el r e c t o r tenía q u e s e r l o el m i s m o P a d r e está l l e v a n d o á cabo en África, a d o n d e p a r t i ó con
la a r m a d a d e l v i r r e y . F u é v e r d a d e r a m e n t e u n a r r a n q u e g e n e r o s o ,
q u e h o y calificaríamos de f e r v o r i n d i s c r e t o , el o f r e c e r s e á sí m i s m o ,
(1) V é a s e c ó m o le d e s c r i b e el P . S a c c h i n i , el c u a l , a u n q u e n o c o n o c i ó p e r s o n a l -
s i e n d o r e c t o r , p a r a a c o m p a ñ a r á los s o l d a d o s e n la e x p e d i c i ó n al
m e n t e al P . N a d a l , t r a t ó e n R o m a , á fines d e l s i g l o x v i , c o n m u c h í s i m o s P a d r e s
q u e le h a b í a n c o n o c i d o : iStaturae fuit modicae potius quam pusillae, vtiltus in África q u e se verificó p o r J u l i o de 1551.
modestia ac religione admodum vividi. Porro animo indefessus, industrius, acer: in-
genio non solum ad rerum hmnanarum, divinarumque scientiam promqitissimo, sed
etiam ad res gerendas, riasque negotiorum ineundas sagacitatis et efficacitatis exi- ( 1 ) V é a s e P o l a n c o , Historia S. J., t . i, p . 2 8 2 .
miae Sane non aliorum modo Patrum de Societate, atque etiam externorum viro- ( 2 ) A s í lo e x p l i c a el P . P o l a n c o , q u e h a b í a e s t a d o u n a ñ o e n R o m a al l a d o d e l
rum principum, qui ¡i.ominem nnssent, sed etiam Ignatii, quod potest instar omnium P. N a d a l . (Litterae quadrimestres, t. i, p . 138.)
essejudicium, eafuit opinio, ubi implicatum negotium, atque arduum esset, aptiorem ( 3 ) € Atque a Edo. in Christo P. nostro Natali incipiam, cujus spiritu et alimur
ad omnia explicanda ac transigenda ex volúntate, Natali non facile inveniri.» (His- et nutrimur omnes in Domino. Quantum enim prosit nobis, tum máxime sentimus
toria S. «/., P . i v , 1. v i u , n. 25.) cum illo caremus. Quis enim eo diligentior autferventiort Quando quiescitt A qui-
(2) V é a s e la r e l a c i ó n d e e s t e v i a j e en dos c a r t i s m a n d a d a s p o r N a d a l á R o m a , bus sibi laboribus parcit? Quando Dei gloriae et proximorum saluti non invigilat!»
u n a d e s d e Ñapóles y o t r a d e s d e M e s i n a . (Lilterae quadrimestres, t. i, p s . 91 y 94.) [Litterae quadrimestres, t . i, p . 4 2 5 . )

388 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
• C o n t o d o eso, allá se lanzó N a d a l , y u n a vez d e s e m b a r c a d o , e m p e z ó
á e j e r c i t a r e n t r e los s o l d a d o s los m i n i s t e r i o s apostólicos. P r e d i c a b a
á m e n u d o d e l a n t e d e los capitanes y g e n t e d e g u e r r a , hacía t o d o s los
días u n a e x p l i c a c i ó n d e l c a t e c i s m o , á la c u a l solía asistir D. F e r n a n d o
d e V e g a , hijo d e l v i r r e y , y a d e m á s enseñaba los p u n t o s más necesa-
r i o s de la m o r a l á v a r i o s s a c e r d o t e s q u e a c o m p a ñ a b a n á la e x p e d i -
c i ó n , y n o e s t a b a n m u y s o b r a d o s d e t e o l o g í a . E n t r e los soldados p r o -
c u r a b a c o m p o n e r las d i s c o r d i a s , y fuera d e o t r o s b i e n e s e s p i r i t u a l e s
q u e c o n s i g u i ó , hizo v o l v e r á Sicilia á v a r i o s frailes apóstatas q u e ,
d e s e a n d o m á s l i b e r t a d , h a b í a n s e n t a d o plaza d e s o l d a d o s . A c t i v ó , p o r
o t r a p a r t e , la e r e c c i ó n de u n h o s p i t a l , d o n d e t o d o s los días servía con
m u c h a h u m i l d a d y c a r i d a d á los e n f e r m o s . E n t u s i a s m a d o al r e f e r i r
esto, e x c l a m a B e n i t o P a l m i o : «¿Quién n o a m a r á á este P a d r e ? ¿Á q u i é n
n o edificará su conducta?» (1).
E n estas g l o r i o s a s fatigas pasó Nadal d e s d e J u l i o hasta N o v i e m b r e
d e 1551. A u n q u e a d m i r a s e n su celo S a n I g n a c i o y los o t r o s P a d r e s d e
R o m a , e s c r i b i é r o n l e , sin e m b a r g o , q u e v o l v i e s e á Sicilia, d o n d e e r a
i n d i s p e n s a b l e su p r e s e n c i a (2). O b e d e c i ó el P a d r e , y dispuso t o r n a r
con las g a l e r a s q u e h a b í a n d e v e n i r á Sicilia, c o n c l u i d o el p r i n c i p a l
o b j e t o d e la e x p e d i c i ó n . No q u e r í a s o l t a r l e el g e n e r a l D. S a n c h o d e
L e i v a , q u e h a b í a d e q u e d a r con b u e n a p a r t e d e l e j é r c i t o p a r a g u a r -
n e c e r lo c o n q u i s t a d o . T r a t ó , p u e s , d e o c u l t a r al m i s i o n e r o la salida
d e las g a l e r a s , y dispuso q u e p a r t i e s e n u n a n o c h e con m u c h o s e c r e t o ,
d e j a n d o e n t i e r r a á n u e s t r o h é r o e . Así se h i z o , ó se c r e y ó hacer; p e r o
c u a n d o y a i b a n n a v e g a n d o e n alta m a r las g a l e r a s , a s o m ó d e n t r o d e
u n a el P . Nadal. D i c e el P . V i n c k q u e n u e s t r o m i s i o n e r o conoció p o r
r e v e l a c i ó n la salida d e las n a v e s y p u d o con t i e m p o m e t e r s e en
u n a (3). C r e e m o s q u e sin r e v e l a c i ó n d e Dios t e n í a Nadal b a s t a n t e ta-
l e n t o p a r a n o dejarse c o g e r e n el p i a d o s o a r d i d de D. S a n c h o d e
L e i v a . C u a t r o años pasó e n Sicila, a r r e b a t a n d o la a d m i r a c i ó n de p r o -
pios y e x t r a ñ o s , así p o r la p r u d e n c i a con q u e g o b e r n a b a el c o l e g i o
d e Mesina, c o m o p o r el celo con q u e e j e r c i t á b a l o s m i n i s t e r i o s apos-
tólicos.
Si los e l o g i o s t r i b u t a d o s al P . Nadal p o r los P P . P a l m i o y V i n c k
p u d i e r a n t o m a r s e c o m o u n a efusión cariñosa d e l a m o r filial, a h o r a
( 1 ) «Q-tis autem eum non amett Quem ipse non aedificat?» (Litterae quadrimes-
tres, t. i, p . 4 2 7 . )
( 2 ) Litterae quadrimestres, t. i , p . 4 7 5 .
( 3 ) Ibid. V é a s e t a m b i é n a P o l a n c o , Historia S. J., t. ir, p . 2 3 9 .
CAP. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 389
p o d r á n v e r los l e c t o r e s o t r o elogio m á s conciso y s e v e r o , p e r o segu-
r a m e n t e m a y o r , d e la m i s m a p e r s o n a . Véase c ó m o le r e t r a t a el
P . P o l a n c o , e s c r i b i e n d o al P r o v i n c i a l de P o r t u g a l , D i e g o M i r ó n : «Es
el P . Nadal p e r s o n a d e g r a n d e e n t e n d i m i e n t o e s p e c u l a t i v o y p r á c t i c o ,
y así, n o s o l a m e n t e es docto e n t o d o s g é n e r o s de l e t r a s y p r u d e n t e en
el g o b i e r n o y e n d e r e z o d e las cosas a g i b l e s , p e r o señalado e n la u n a
p a r t e y la o t r a , c o m o allá lo v e r á n si lo t r a t a n . C u a n t o al e s p í r i t u , es
p e r s o n a q u e m u y d e v e r a s se h a dejado p o s e e r d e la d i v i n a gracia; y
sería m u y l a r g a h i s t o r i a c o n t a r sus cosas d e s p u é s q u e e n t r ó e n la
C o m p a ñ í a a q u í en R o m a , v i n i e n d o al Concilio h a r á ocho ó n u e v e
años. T i e n e m u c h o c o n o c i m i e n t o de n u e s t r o P a d r e Maestro Ignacio^
p o r q u e le ha t r a t a d o m u c h o , y p a r e c e t i e n e e n t e n d i d o su e s p í r i t u y
p e n e t r a d o , c u a n t o o t r o q u e y o sepa do la C o m p a ñ í a , el i n s t i t u t o de
ella. Y con esto, en h u m i l d a d y o b e d i e n c i a p e r f e c t a , n o s o l a m e n t e de
e j e c u c i ó n , p e r o d e v o l u n t a d y e n t e n d i m i e n t o , es de los q u e más cons-
t a n t e m e n t e se h a n m o s t r a d o ser v e r d a d e r o s hijos desta C o m p a ñ í a .
Sin e s t o , es h o m b r e de g r a n d e á n i m o e n el s e r v i c i o d i v i n o y p a r a
cosas g r a n d e s y u n i v e r s a l e s , y en t o d a s , finalmente, m u y e s t r e n u o
[ v i g o r o s o ] . Y esto h e q u e r i d o e s c r i b i r p o r q u e V. R. esté al cabo de
lo q u e se siente do su p e r s o n a , y noli te secnndum faciemjudicare, sed
rectum judicium jndicate [no j u z g u é i s p o r la c a r a , sino j u z g a d de las
cosas con r e c t i t u d ] » (1). Magnífico e n c o m i o , d a d o p o r u n g r a n m a e s -
t r o , y q u e b a s t a p a r a t e n e r á Nadal p o r u n religioso d e p r i m e r o r d e n
en santidad y talento de gobierno.
3. E s t e fué el h o m b r e q u e San I g n a c i o escogió p a r a la g r a n d e o b r a
de p r o m u l g a r las C o n s t i t u c i o n e s . Ya d e s d e el año 1548 le había q u e -
r i d o d a r la p r o f e s i ó n s o l e m n e d e c u a t r o v o t o s . E l h u m i l d e P a d r e r e -
h u s a b a este favor, p r o p o n i e n d o q u e se le a d m i t i e r a c o m o c o a d j u t o r
e s p i r i t u a l . Añadía q u e , d e h a c e r la p r o f e s i ó n , s e r í a su g u s t o o f r e c e r l a
e n m a n o s d e l P . I g n a c i o , p o r la s i n g u l a r í s i m a d e v o c i ó n y a m o r q u e
tenía a l s a n t o p a t r i a r c a (2). S u s p e n d i ó s e , p u e s , este n e g o c i o h a s t a el
año 1552. E n t o n c e s San I g n a c i o le llamó á R o m a y r e c i b i ó su p r o f e -
sión s o l e m n e el día d e la A n u n c i a c i ó n , y l u e g o , t o m a n d o el l i b r o d e
las C o n s t i t u c i o n e s , se lo p u s o e n las m a n o s , m a n d á n d o l e p r o m u l g a r l a s
en Sicilia. Volvióse, p u e s , Nadal á a q u e l l a i s l a , t e a t r o g l o r i o s í s i m o d e
s u s fatigas a p o s t ó l i c a s , y d u r a n t e v a r i o s m e s e s r e c o r r i ó t o d a s las ca-
( 1 ) Regest. S. Ign., t. I, p . 6 6 .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i , p . 2 8 6 . V é a s e t a m b i é n Epistolae P. Nadal,
t . n , p . 6.
390 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
sas d e la P r o v i n c i a , ajusfando las c o s t u m b r e s d e t o d o s á las r e g l a s
escritas q u e l l e v a b a d e R o m a (1).
4. E l 21 d e E n e r o d e 1553 lo l l a m a r o n o t r a vez á R o m a (2), y se
p r e s e n t ó e n la Ciudad E t e r n a á p r i n c i p i o s de Marzo (3). E n t o n c e s fué
c u a n d o San I g n a c i o le e n c o m e n d ó el c a r g o d e C o m i s a r i o g e n e r a l d e
E s p a ñ a , d á n d o l e p l e n a a u t o r i d a d s o b r e los P r o v i n c i a l e s y P r o v i n c i a s
d e la P e n í n s u l a , c o n facultades absolutas p a r a h a c e r , e n n o m b r e d e l
G e n e r a l , c u a n t o j u z g a s e c o n v e n i e n t e al b i e n de la C o m p a ñ í a , y con
e n c a r g o d e p r o m u l g a r las C o n s t i t u c i o n e s y d e ajusfar á ellas la v i d a ,
así d e los i n d i v i d u o s c o m o de las c o m u n i d a d e s . « P o r q u e V. R. sea
i n f o r m a d o , decía P o l a n c o al P r o v i n c i a l d e P o r t u g a l , de la ida y p e r -
sona del P . M. J e r ó n i m o N a d a l , q u e envía n u e s t r o P a d r e á P o r t u g a l ,
las causas d e la ida s o n éstas: U n a p a r a les a y u d a r e n la n u e v a f o r m a
d e las escuelas q u e en ese r e i n o se h a n de i n s t i t u i r , c o m o el q u e m e j o r
lo e n t i e n d e q u e o t r o q u e acá se s e p a , p o r h a b e r l o t r a t a d o y p r a c t i -
cado m u c h o y con m u y b u e n s u c e s o ; q u e los colegios m e j o r funda-
d o s y o r d e n a d o s e n t o d o lo q u e p o r estas p a r t e s t i e n e la Compañía,
son los q u e él ha o r d e n a d o en Sicilia. La s e g u n d a es p a r a quo les de-
c l a r e las C o n s t i t u c i o n e s d e la C o m p a ñ í a , q u e lo s a b r á b i e n h a c e r ,
c o m o p e r s o n a q u e t i e n e e n t e n d i d a y p e n e t r a d a la m e n t e de n u e s t r o
P a d r e M a e s t r o I g n a c i o » (4).
A d e m á s d e estas causas aducidas p o r el P . P o l a n c o , n o d e b e des-
a t e n d e r s e u n a q u o el P . R i b a d e n e i r a p o n e e n p r i m e r l u g a r p a r a la
m i s i ó n d e l P . N a d a l , y fué, d i c e , « q u e r e r n u e s t r o P a d r e v i s i t a r y
c o n s o l a r á t o d o s sus hijos q u e e s t a b a n e n estos r e i n o s , y n o p u d i e n d o
p o r su p r o p i a p e r s o n a , p o r q u e su e d a d , poca salud y las o c u p a c i o n e s
forzosas q u e t e n í a e n R o m a p a r a p l a n t a r , e x t e n d e r y g o b e r n a r la
C o m p a ñ í a , n o le d a b a n l u g a r , q u i s o h a c e r l a p o r o t r a , e n v i a d a de su
m a n o , y así fué la v e n i d a d e l P . N a d a l m u y p r o v e c h o s a p a r a e s t o , y
p a r a q u e t o d o s los de la C o m p a ñ í a de acá e n t e n d i e s e n el c u i d a d o q u e
su b i e n a v e n t u r a d o P a d r e tenía de ellos, y q u e desde R o m a los en-
v i a b a á v i s i t a r y consolar» (5). I d e a dulcísima, q u e da á e n t e n d e r cuan
p a t e r n a l es el g o b i e r n o de la C o m p a ñ í a . L o m i s m o v e r e m o s p r o c l a -
(1) Véasela fórmula de su p r o f e s i ó n e n Epistolae P. Nadal, t. i , p . 1 2 ' , y d e s -
p u é s d e ella a l g u n a s c a r t a s q u e e s c r i b i ó d e s d e Sicilia m i e n t r a s p r o m u l g á b a l a s C o n s -
t i t u c i o n e s en a q u e l l a isla.
( 2 ) R'gest. 8. Ign., t. I , f. 9 0 .
( 3 ) Epistolae P. Nadal, t. l, p . 142.
< 4 ) Regest. S. Ign., t . I , f. G6.
( 5 ) Ilist. de la Asistencia de España, 1. n, c. I.
CAP. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 391
m a r c a t o r c e años d e s p u é s al P . Gil González D á v i l a , c u a n d o visitaba
las P r o v i n c i a s d e A r a g ó n y Castilla. «El p r i m e r oficio d e l V i s i t a d o r ,
d e c í a , es ser consolador» (1).
5. Salió d e R o m a el P . Nadal el 11 d e A b r i l d e 1553, y d e s e m b a r c ó
en B a r c e l o n a el 5 de Mayo (2), y desde allí se d i r i g i ó á Valencia, d o n d e
e n t r ó el 24 d e l m i s m o m e s (3). A u n q u e l l e v a b a i n t e n c i ó n d e e m p e z a r
sus trabajos p o r la P r o v i n c i a de P o r t u g a l , y a en este paso p o r Bar-
celona y Valencia e n d e r e z ó a l g u n o s n e g o c i o s p e r t e n e c i e n t e s á a q u e -
llos colegios. A p e n a s h a b í a l l e g a d o á esta ú l t i m a ciudad, j u n t ó s e l e e l
P . P e d r o T a b l a r e s , á q u i e n enviaba el P . Araoz p a r a s e r v i r y a c o m -
p a ñ a r al C o m i s a r i o . E n los pocos días q u e éste se d e t u v o en Valencia
s i n t i é r o n s e b u e n o s efectos d e su v e n i d a .
E r a p o r e n t o n c e s v i r r e y el d u q u e d e M a q u e d a , a q u e l m i s m o q u e
d o s a ñ o s antes, s i e n d o v i r r e y d e N a v a r r a , había l l a m a d o á San F r a n -
cisco de Borja y le h a b í a t e n i d o t r e s s e m a n a s en P a m p l o n a . A h o r a ,
o y e n d o q u e e r a l l e g a d o el P . N a d a l , le c o n v i d ó á c o m e r . A c e p t ó la
i n v i t a c i ó n el P . C o m i s a r i o , y p r e s e n t ó s e en casa del d u q u e en c o m -
pañía d e l P . T a b l a r e s . D e s p u é s d e la c o m i d a , e n c e r r ó s e el v i r r e y c o n
el P . Nadal*y le dio c u e n t a m i n u c i o s a d e todos sus n e g o c i o s , p i d i é n -
d o l e consejo y d i r e c c i ó n p a r a a c e r t a r e n ellos. Á esta confianza c o -
r r e s p o n d i ó su i n t e r l o c u t o r d á n d o l e noticias de la Compañía, y al fin
le p i d i ó su f a v o r p a r a la iglesia q u e deseaba edificar el c o l e g i o do
Valencia. Acogió la súplica con m u c h o a g r a d o el v i r r e y , y o t r o día,
l l e v a n d o c o n s i g o á su h i j o el m a r q u é s d e E l c h e y á u n g r a n s é q u i t o
d e c a b a l l e r o s , llegóse á n u e s t r a casa p a r a oir misa. C o n c l u i d o el acto,
visitó el s o l a r q u e se destinaba p a r a la iglesia, y allí, en p r e s e n c i a d e
T
g r a n d e y lucido c o n c u r s o , d e s p u é s de e l o g i a r con p a l a b r a s afectuo-
sas á la Compañía, dio la p r i m e r a l i m o s n a p a r a la c o n s t r u c c i ó n d e l
t e m p l o . E s t a p r o t e c c i ó n d e l v i r r e y , y la q u e al m i s m o t i e m p o nos dis-
p e n s a b a el a r z o b i s p o S a n t o T o m á s d e V i l l a n u e v a , h i c i e r o n m u y r e s -
p e t a b l e el n o m b r e de la Compañía en Valencia, de m o d o q u e p u d o
e s c r i b i r el P . T a b l a r e s p o r a q u e l l o s días: «Á lo q u e v e o , n o sé si h a y
en esta c i u d a d r e l i g i ó n más r e s p e t a d a y a c r e d i t a d a q u e la Compa-
ñía» (4).
Gozando d e t a n t o c r é d i t o n u e s t r o s P a d r e s , n o es m a r a v i l l a q u e se
( 1 ) G a b r i e l Á l v a r e z , Ilist. de la Prorincia de Aragón, 1. l l , c. x c v .
( 2 ) Epistolae P. Nadal, 1.1, p. 148.
( 3 ) Epistolae mixtae, t. n i , p . 3 1 9 .
( 4 ) Epistolae P. Nadal, 1.1, p . 7 6 3 .
392 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
d e s p e r t a s e n e n Valencia m u c h a s v o c a c i o n e s á la C o m p a ñ í a . V a r i o s
j ó v e n e s se p r e s e n t a r o n al P . Nadal p i d i é n d o l e q u e les a d m i t i e s e . E n -
t r e ellos fué n o t a b l e u n g r u p o de c u a t r o e s t u d i a n t e s q u e le v i s i t a r o n
j u n t o s , y le h i c i e r o n la m i s m a d e m a n d a . R e c i b i ó l o s con e n t r a ñ a s d e
c a r i d a d el P . C o m i s a r i o , hizo!es v a r i a s p r e g u n t a s p a r a a s e g u r a r s e
d e la d i s p o s i c i ó n de los p r e t e n d i e n t e s , y p o r fin v i n o á d e c i r l e s q u e ,
e n vista de la g r a n p o b r e z a del c o l e g i o de Valencia, d o n d e n o p o d r í a n
s u s t e n t a r s e , y d e q u e n o e r a fácil t r a s l a d a r l o s p o r e n t o n c e s á o t r o s
países, le e r a forzoso d i l a t a r su a d m i s i ó n p a r a m á s a d e l a n t e . Con esto,
e x h o r t á n d o l o s á p e r s e v e r a r e n sus santos p r o p ó s i t o s y á p r o s e g u i r
sus e s t u d i o s , los d e s p i d i ó c a r i ñ o s a m e n t e . P r e s e n c i ó esta escena u n
j o v e n a r a g o n é s , a m i g o de los c u a t r o , q u e p o r p u r a cortesía había ido
á a c o m p a ñ a r l o s . E r a m o z o de v e i n t e a b r i l e s , d i e s t r o de i n g e n i o , p e r o
más d i e s t r o de m a n o s , espadachín f o r m i d a b l e , cuyas a v e n t u r a s y de-
safíos le h a c í a n el tipo del g a l á n español q u e m e d i o siglo d e s p u é s
p u s i e r o n en escena L o p e de Vega y T i r s o de Molina.
C u a n d o s a l i e r o n de n u e s t r o colegio, el j o v e n a r a g o n é s se despidió
de sus c u a t r o a m i g o s , fuese d e r e c h o á su casa, r e u n i ó t o d a su r o p a ,
sus cartapacios y alhajas, hizo u n lío de t o d o a q u e l l o , y o c h á n d o s e l o
al h o m b r o , v i n o r e s u e l t a m e n t e á n u e s t r a p o r t e r í a . ¿Qué s u c e d i ó en
ella? O i g á m o s l o al P . T a b l a r e s : « E n t r ó con su h a t o á cuestas en casa,
d i c i e n d o q u e suplicaba le r e c i b i e s e n p a r a cavar en esta h u e r t a , q u e
p o r n i n g u n a m a n e r a saldría de casa. Ni el P a d r e [ N a d a l ] , n i la poca
p a c i e n c i a de T a b l a r e s , fué p a r t e p a r a e c h a r l e de casa. D i c i é n d o l e
q u e la casa es p o b r e , r e s p o n d e q u e n o h a c e al caso, q u e él n o v i e n e
á c o m e r , sino á trabajar. Dícenle q u e n o h a y d ó n d e d u e r m a ; dice q u e
n o v i e n e á d o r m i r ; y así, p o r fuerza, se q u e d ó a q u e l l a n o c h e on casa.
Á la m a ñ a n a le p a r e c i ó al P a d r e q u e e r a b i e n e x a m i n a r l e ; h á l l a n l o
lógico y filósofo, d e b u e n linaje, s o b r i n o del r e g e n t e de A r a g ó n .
C i e r t o m e p a r e c e q u e y o n o h e visto á n a d i e i r así h u y e n d o d e la
justicia, c o m o éste v i e n e h u y e n d o del m u n d o . E s b u e n t a l e n t o y do
b u e n a d i s p o s i c i ó n , y al fin él solo h a p o d i d o más q u e t o d o s , c o m o
acaece al q u e t r a e la g r a c i a d e l S e ñ o r d e su p a r t e » (1).
¿ Q u i é n e r a este h o m b r e q u e t o m a b a c o m o p o r asalto el estado r e -
ligioso? No le n o m b r a n n i T a b l a r e s n i P o l a n c o ; p e r o n o cabe d u d a
q u e e r a el p r i m e r m á r t i r q u e t u v o e n A m é r i c a la Asistencia d e
España: el P . P e d r o Martínez (2). Mozo hasta e n t o n c e s d e v i d a
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 7 6 3 .
( 2 ) N i T a b l a r e s e n el l u g a r y a c i t a d o , n i P o l a n c o (Historia S. J., t. n i , p . 3 7 4 ) ,
CAP. XI. —PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 393
d e s g a r r a d a , sólo se había a c o r d a d o de los jesuítas p a r a b u r l a r s e d e
ellos; p e r o q u i s o D i o s q u e oyese u n a plática del P . G a m e r o , r e c t o r de
n u e s t r o colegio, y esto le i m p r e s i o n ó s a l u d a b l e m e n t e . O t r a v e z , v i -
n i e n d o á n u e s t r a p o r t e r í a , o b s e r v ó la c a r i d a d con q u e se t r a t a b a n
n u e s t r o s H e r m a n o s , y s i n t i ó c o n m o v i d o su corazón. P o r fin, c u a n d o
escuchó al P . Nadal y v i o la s a n t i d a d q u e r e s p i r a b a a q u e l h o m b r e , ya
n o p u d o c o n t e n e r s e , r o m p i ó del t o d o con el m u n d o y p r e s e n t ó s e en
n u e s t r o c o l e g i o . Con este acto g e n e r o s o e m p e z ó el P . P e d r o Mar-
tínez u n a v i d a h u m i l d e y p e n i t e n t e , q u e al cabo de t r e c e años debía
t e r m i n a r s e con el m a r t i r i o (1).
T e r m i n a d o s l o s n e g o c i o s d e V a l e n c i a , Nadal y T a b l a r e s t o m a r o n
el c a m i n o de Alcalá. H i c i e r o n alto en C u e n c a , d o n d e el P . Comi-
s a r i o deseaba v o l v e r al r e d i l de la C o m p a ñ í a á una oveja d e s c a r r i a d a .
E n t r e los q u e se m o v i e r o n á e n t r a r r e l i g i o s o s con el e j e m p l o d e San
F r a n c i s c o de Borja, había sido D. E n r i q u e de la C u e v a , hijo del car-
d e n a l D. B a r t o l o m é d e la Cueva, é i n q u i s i d o r d e Cuenca. A c u d i e n d o
á Oñate, fué r e c i b i d o e n la Compañía, y p o c o d e s p u é s hizo los v o t o s
de ella; p e r o c o m o dejaba en la I n q u i s i c i ó n de C u e n c a a l g u n a s cau-
sas y n e g o c i o s p e n d i e n t e s , h u b o de v o l v e r s e p a r a t e r m i n a r l o s , á r u e -
gos de la I n q u i s i c i ó n y p o r consejo de San F r a n c i s c o de Borja. Me-
t i d o en su p r i m e r oficio y enfrascado en los a n t i g u o s n e g o c i o s , se
resfrió en su f e r v o r , y y a n o p e n s a b a e n v o l v e r á la Compañía. E l
c a r d e n a l , su p a d r e , q u e h a b í a v i s t o con g u s t o la e n t r a d a de su hijo
on el estado r e l i g i o s o , sintió v i v a m e n t e esta d e s e r c i ó n y t r a t ó con
n i L u c i o C r o c e (Litterae /juodrimestres, t. 11, p . 3 6 0 ) , al c o n t a r el h e c b o , p o n e n el
n o m b r e d e l p r e t e n d i e n t e ; p e r o é s t e v i e n e á d e s c u b r i r s e p o r el e x a m e n d e l P . P e d r o
M a r t í n e z , h e c h o en S a l a m a n c a e n ei m e s d e E n e r o d e 1 5 6 2 . R e s p o n d i e n d o á l a s p r e -
g u n t a s q u e s o l í a n h a c e r s e s o b r e el t i e m p o d e la v i d a r e l i g i o s a , d i c e el P . M a r t í n e z :
«Puf r e c i b i d o p o r el P . M a e s t r o N a d a l e n V a l e n c i a . H a q u e e s t o y r e c i b i d o en la C o m -
pañía ocho años, siete m ° s e s y diez y siete días, y ha q u e entré ocho a ñ o s , tres m e -
s e s y v e i n t i s é i s d i a s . s (Examina Putrum ac Fratrum S. J., P e d r o M a r t í n e z . ) Ksta
d i f e r e n c i a e n t r e el d í a d e su r e c i b i m i e n t o y el d e s u e n t r a d a , c i r c u n s t a n c i a o m i t i d a
por T a b l a r e s , la p o n e L u c i o Croce en su c u a d r i m e s t r e , el c u a l refiere' q u e el P . N a -
dal, r e c i b i e n d o al j o v e n , le d i j o . «In posterum tibipersnadebis, te jam in Societatem
admissum; interim tamen domum redibis, Deoque diligenler servies ac sedulam operam
litteris dabis, doñee oblata occasione alio mittaris.i) (Ibid.) E s d e n c t a r q u e el P a d r e
G a b r i e l A l v a r e z , (Ilist. de la Prov. de Aragón, 1. n , c. 4 6 ) , al r e f e r i r la v o c a c i ó n d e l
P . M a r t í n e z , o m i t e las c i r c u n s t a n c i a s e s o r i t a s p o r T a b l a r e s y Croce, c u y a s c a r t a s n o
c o n o c í a , y sólo p o n e las o t r a s , q u e t o m ó d e b o c a d e u n P a d r e c o n o c i d o d e l P. M a r -
tínez.
( 1 ) L o s d a t o s d e e s t a v o c a c i ó n los t o m a m o s d e las c a r t a s c i t a d a s d e T a b l a r e s y
Lucio Croce, del e x a m e n t a m b i é n citado, y del P . Gabriel A l v a r e z , q u e a ñ a d e a l g u -
nos p o r m e n o r e s o m i t i d o s p o r l o s o t r o s .
394 LIB. I I . — SAN IGNACIO D i LOYOLA
San I g n a c i o d e r e m e d i a r a q u e l d e s o r d e n . E n c a r g ó s e el a s u n t o al
P. Comisario.
C u a n d o éste l l e g ó á Cuenca con el P . T a b l a r e s , h o s p e d ó s e e n casa
de D. E n r i q u e , y d e s p u é s de las cortesías y o b s e q u i o s q u e p e d í a la
c a r i d a d , r e t i r á r o n s e los t r e s j u n t o s á t r a t a r d e l n e g o c i o . L a r g a y ani-
m a d a fué la d i s p u t a . E x p l i c ó b i e n Nadal á D. E n r i q u e la o b l i g a c i ó n
e n q u e le p o n í a n sus v o t o s de v i v i r en r e l i g i ó n . R e p l i c ó D. E n r i q u e ,
a m o n t o n a n d o m i l r a z o n e s y sutilezas p a r a p r o b a r q u e t e n í a j u s t o s
m o t i v o s de a b a n d o n a r la C o m p a ñ í a . C u a n t o él más se a c a l o r a b a , m á s
suave y f i r m e m e n t e insistía su i n t e r l o c u t o r en las v e r d a d e r a s r a z o -
n e s q u e c o n v e n c í a n la o b l i g a c i ó n d e D. E n r i q u e á s e g u i r el estado
r e l i g i o s o . C o m o al cabo de l a r g o c o l o q u i o p e r s i s t i e s e el i n q u i s i d o r
en su d i c t a m e n , p e r s u a d i ó l e el P . Nadal q u e al día s i g u i e n t e confe-
sase y c o m u l g a s e , p i d i e n d o al S e ñ o r el c o n o c i m i e n t o d e su d i v i n a
v o l u n t a d . Hízolo así D. E n r i q u e . Se confesó, oyó la misa d e l P . Na-
d a l , y l u e g o de r e c i b i r la sagrada C o m u n i ó n , s ú b i t a m e n t e sintió en
el a l m a tan e s t u p e n d a m u d a n z a , q u e , sin p o d e r s e c o n t e n e r , t e r m i -
n a d a la m i s a , se a r r o j ó á los pies d e l P . N a d a l , y, a n e g a d o e n l á g r i -
m a s , se p u s o c o m p l e t a m e n t e en sus m a n o s . A b r a z ó l e con t e r n u r a el
P . C o m i s a r i o y le m a n d ó q u e , c u a n d o t e r m i n a s e c i e r t o n e g o c i o u r -
g e n t e e n c o m e n d a d o p o r la I n q u i s i c i ó n , se p a r t i e s e al c o l e g i o de
C o i m b r a (1).
A l e g r e s con la r e d u c c i ó n de D. E n r i q u e , c o n t i n u a r o n Nadal y Ta-
b l a r e s su c a m i n o h a s t a el colegio d e Alcalá. Allí les e s p e r a b a n el
p r o v i n c i a l Araoz y a l g u n o s o t r o s P a d r e s q u e h a b í a n a c u d i d o p a r a
c o n o c e r al C o m i s a r i o . T r e s días se d e t u v o éste en Alcalá, «y e n estos
p o c o s , e s c r i b e T a b l a r e s á San I g n a c i o , dio señal d e sus l e t r a s y m u -
cho m a y o r de su g r a n h u m i l d a d y b e n d i c i ó n de alma, tan e n c e n d i d a
en a m o r del S e ñ o r , q u e más p a r e c e t r a í d o d e su fuego q u e e n v i a d o
p o r V. P . » ( 2 ) . D e j a n d o p a r a más a d e l a n t e la visita d e Alcalá y d e
los o t r o s c o l e g i o s d e E s p a ñ a , a p r e s u r ó el C o m i s a r i o su viaje á P o r -
t u g a l , p u e s p o r allí deseaba e m p e z a r la p r o m u l g a c i ó n de las Consti-
t u c i o n e s . L l e g ó á Lisboa el 7 d e J u l i o de 1553, p o c o s días d e s p u é s de
h a b e r salido de a q u e l r e i n o el P . S i m ó n R o d r í g u e z , con q u i e n so
c r u z ó , a u n q u e sin v e r l e , en E s p a ñ a ( 3 ) .
6. D e s p u é s h a b l a r e m o s d e la p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s
(1) T o d o e s t e i n c i d e n t e d e D . E n r i q u e lo refiere el P . T a b l a r e s á S a n I g n a c i o e n
e a r t a d e 2 6 d e J u n i o d e 1 5 5 3 . (Vide Epistolae P. Nadal, t. i , p . 7 6 8 . )
( 2 ) Ibid.
( 3 ) Epistolae P. Nadal, t. I , p . 1 7 0 .
CAT. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 395
en P o r t u g a l (1). P o r a h o r a b á s t e n o s a d v e r t i r q u e h a b i e n d o e m p l e a d o
en esta o b r a la s e g u n d a m i t a d d e l año 1553, despidióse el P . Nadal
en É v o r a d e los P a d r e s p o r t u g u e s e s , y se d i r i g i ó á C ó r d o b a , d o n d e
se estaba c o m e n z a n d o el colegio de q u e l u e g o h a b l a r e m o s . P o r allí
empezó la p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s en E s p a ñ a el 24 d e
D i c i e m b r e de 1553. ¿Cuál era el estado de la Compañía en n u e s t r o
país al e n t r a r en é l , p a r a e s t a b l e c e r las r e g l a s de San I g n a c i o , el
P. N a d a l ? A u n q u e n o t o d o s los colegios estaban s u f i c i e n t e m e n t e
d o t a d o s , n i m u c h o m e n o s , y los edificios e r a n tal vez casas p r e s t a d a s
y a r r e g l a d a s b i e n ó m a l p a r a el ejercicio de n u e s t r o s m i n i s t e r i o s ,
es lo c i e r t o q u e y a v i v í a n y funcionaban á fines de este año e n
España los c o l e g i o s s i g u i e n t e s : B a r c e l o n a , Valencia, G a n d í a , Alcalá,
S a l a m a n c a , Medina d e l C a m p o , V a l l a d o l i d , B u r g o s y Oñate. Si á
éstos se a ñ a d e n los c o l e g i o s de C ó r d o b a y Á v i l a , q u e p o r e n t o n c e s
se e s t a b a n e m p e z a n d o , y la r e s i d e n c i a de Z a r a g o z a , d o n d e se hacían
diligencias p a r a a b r i r u n c o l e g i o , t e n d r e m o s q u e subsistían en n u e s -
tra p a t r i a d o c e d o m i c i l i o s de la Compañía. E l n ú m e r o de sujetos q u e
en estas casas v i v í a n era de 138, s e g ú n el catálogo q u e de ellos f o r m ó
el m i s m o P . Nadal (2).
E m p e z ó , p u e s , su l a b o r el P . Nadal p o r el colegio d e C ó r d o b a , y
p u e d e d e c i r s e q u e su viaje p o r E s p a ñ a se p a r e c i ó á la figura de u n a
N m a y ú s c u l a , p u e s se d i r i g i ó de S u r á N o r t e , desde C ó r d o b a hasta
Oñate; l u e g o al S u d e s t e , desde Oñate hasta Gandía y M u r c i a , y, p o r
fin, al N o r d e s t e , d e s d e Gandía á B a r c e l o n a , d o n d e se e m b a r c ó p a r a
Italia. E n C ó r d o b a se h a l l a b a n los P P . V i l l a n u e v a y A n t o n i o de Cór-
d o b a , y p o r E n e r o d e 1554 se l l e g a r o n San F r a n c i s c o d e Borja y el
P . B u s t a m a n t e , los cuales estaban v i s i t a n d o á v a r i a s familias n o b l e s
de Andalucía. La p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s n o ofreció e n
esta casa c i r c u n s t a n c i a p a r t i c u l a r . T o d o s a c o g i e r o n las C o n s t i t u c i o -
nes con la v e n e r a c i ó n q u e ellas m e r e c í a n , y p r o m e t i e r o n sincera-
m e n t e o b s e r v a r l a s . A p r o v e c h a n d o esta o c a s i ó n , el P . Nadal r e c i b i ó
los v o t o s d e l b i e n i o de los P P . A n t o n i o d e C ó r d o b a y B a r t o l o m é d e
B u s t a m a n t e , q u e todavía e r a n novicios (3). E l ú n i c o trabajo q u e d e -
( 1 ) Vide infra, c. x x .
( 2 ) A l fin d e l c a p í t u l o d a m o s en n o t a e s t e c a t á l o g o . Á e s t o s 138 se d e b e n a ñ a d i r
los j e s u í t a s e s p a ñ o l e s q u e se h a l l a b a n f u e r a d e E s p a ñ a , c o m o S a n I g n a c i o , S a n
F r a n c i s c o J a v i e r , L a í n e z , S a l m e r ó n y otros v a r i o s , q u e , c o m o v e r e m o s m á s a d e -
l a n t e , t r a b a j a b a n e n o t r a s n a c i o n e s . V e r d a d es q u e t a m b i é n e n E s p a ñ a h a b í a tal c u a l
jesuíta de otro país.
( 3 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 2 2 2 .
 396 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
t u v o en C ó r d o b a a l g ú n t i e m p o al P . C o m i s a r i o , fué el a s e n t a r la fun-
d a c i ó n d e l c o l e g i o , n e g o c i o q u e se t e r m i n ó f e l i z m e n t e , c o m o l u e g o
v e r e m o s , el 24 d e E n e r o de 1554. P a r a r e c t o r d e a q u e l l a c o m u n i d a d
e s c o g i ó el P . Nadal al j o v e n , p e r o v i r t u o s í s i m o P . A n t o n i o de Cór-
d o b a , de q u i e n h a c e el s i g u i e n t e elogio, e s c r i b i e n d o á San I g n a c i o :
« E l P . D. A n t o n i o es u n a m u y b u e n a cosa, P a d r e , y sujeto de g r a n
e s p e r a n z a en s e r v i c i o de D i o s , n o sólo e n v i r t u d e s p a r t i c u l a r e s y
b i e n s e n t i r y e n t e n d e r el m o d o de la C o m p a ñ í a y g r a n afecto á él,
m a s en lo u n i v e r s a l t i e n e á n i m o n o b l e en el S e ñ o r Ha parecido
a l P . F r a n c i s c o y á m í d e j a r l e á D. A n t o n i o p o r r e c t o r de a q u e l cole-
g i o , p o r la c i r c u n s t a n c i a del t i e m p o y t i e r r a y n e g o c i o s , y p o r a p r o -
v e c h a r s e en las c o n s t i t u c i o n e s , r e g l a s y p r á c t i c a de n u e s t r o v i v i r ; y
simplicitcr, P a d r e , e s p e r o se le p u e d e fiar, a u n q u e n o v i c i o E l di-
seño [ d e s i g n i o ] es q u e sea D. A n t o n i o u n año r e c t o r , y d e s p u é s vaya
á S a l a m a n c a á e s t u d i a r y s e r r e c t o r de a q u e l c o l e g i o , y a y u d a r á m u -
c h o con la gracia del S e ñ o r » (1). E f e c t i v a m e n t e , a u n q u e sólo tenía
v e i n t i s é i s a ñ o s , el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a , c o m o era hijo de la m a r -
q u e s a de P r i e g o , p e r s o n a q u e trabajaba m á s q u e n a d i e en e s t a b l e c e r
á los N u e s t r o s en A n d a l u c í a , y c o m o era a d e m á s m u y a c e p t o á las
p r i n c i p a l e s familias d e l p a í s , podía m e j o r q u e o t r o a r r e g l a r los
a s u n t o s e c o n ó m i c o s q u e o c u r r í a n en a q u e l l a fundación.
7. Á fines de E n e r o de 1554 despidióse el P . Nadal de los c o r d o -
b e s e s y t o m ó el c a m i n o d e Alcalá. P a s a n d o p o r T o l e d o , c r e y ó n e c e -
s a r i o h a c e r u n a visita al a r z o b i s p o Siliceo, el cual le r e c i b i ó b e n i g -
n a m e n t e . « R e c o g i ó m e b i e n , dice el P . Nadal e n carta á San I g n a c i o ,
y p ú s o m e m u c h a s n u e v a s de la C o m p a ñ í a , y ansí t u v e y o ocasión de
d e c i r l e t o d o lo q u e m e p a r e c i ó q u e le p o d r í a a y u d a r . D e m a n d ó m e
e l n ú m e r o de los p r o f e s o s , y se lo d i j e ; el n ú m e r o de los sujetos
q u e están e n la C o m p a ñ í a . No lo s u p e y o , y él m e dijo q u e s o m o s
m i l y q u i n i e n t o s ( 2 ) ; y así, o f r e c i é n d o n o s á su s e r v i c i o , m e dio su
b e n d i c i ó n y la m a n o , y lo dejé al b u e n a r z o b i s p o , el c u a l , s e g ú n su
e d a d y n a t u r a , p e r s u a d i d o c o n t r a la C o m p a ñ í a de q u i e n n o la en-
t i e n d e , es difícil q u e se m u d e de sus p r o p ó s i t o s . E n T o l e d o , P a d r e ,
n i n g u n a e s p e r a n z a h a y p o r a h o r a d e o b r a a l g u n a , p a r t e p o r e s t a r el
a r z o b i s p o con esta a v e r s i ó n , y p a r t e p o r q u e si a h o r a fuese allí p o -
( t ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 2 3 .
( 2 ) N o e r a n t a n t o s e n r e a l i d a d ; y a u n q u e no p o d e m o s d e t e r m i n a r el n ú m e r o do
l o s j e s u í t a s e n t o n c e s e x i g e n t e s , se p u e d e a s e g u r a r q u e n o l l e g a r í a n á 8 0 0 . V é a s e lo
q u e d i r e m o s d e e s t o al h a b l a r d e la m u e r t e d e S a n I g n a c i o y d e l e s t a d o e n q u e dejó
á la C o m p a ñ í a .
CAP. XI.—PB0MULC1AC1ÓN DE LAS CONSTITUCIONES 397
sible a l g u n a cosa, se h a b r í a de n e g o c i a r con p e r s o n a s q u e son e n e -
migas d e l a r z o b i s p o » ( 1 ) .
H e c h a esta v i s i t a , p r o s i g u i ó el C o m i s a r i o su c a m i n o p a r a Alcalá,
d o n d e e n t r ó el 6 d e F e b r e r o . Este e r a el c o l e g i o p r i n c i p a l de España,
y p o r lo m i s m o se d e t u v o el P . Nadal u n m e s e n t e r o p a r a p r o m u l g a r
allí las C o n s t i t u c i o n e s y o r d e n a r p o r c o m p l e t o la v i d a r e g u l a r . C o n -
cedió los v o t o s d e l b i e n i o á v a r i o s n o v i c i o s , hacía d i a r i a m e n t e p l á -
ticas, d e c l a r a n d o los p u n t o s p r i n c i p a l e s d e n u e s t r o I n s t i t u t o , y con
la suave e n e r g í a y eficacia q u e le d i s t i n g u í a n , así c o m o soltaba las
dificultades e s p e c u l a t i v a s , así allanaba los o b s t á c u l o s p r á c t i c o s q u e
algunos e n c o n t r a b a n en el c u m p l i m i e n t o de n u e s t r a s r e g l a s . No l e
era p r e c i s o e x h o r t a r á la p e r í e c c i ó n , p u e s e n los P a d r e s y H e r m a n o s
de Alcalá h e r v í a el celo d e la g l o r i a de Dios; p e r o fué i n d i s p e n s a b l e
m o d e r a r i n d i s c r e t o s f e r v o r e s y a c o m o d a r al e s p í r i t u de la C o m p a ñ í a
la v i r t u d de a q u e l l o s h o m b r e s , m u y á v i d o s de s e r v i r á D i o s , p e r o tal
vez n o d e l t o d o ajustados al m o d o de v i d a q u e Dios i n s p i r a b a á San
Ignacio.
A c o s t u m b r á b a s e d a r al s u e ñ o s o l a m e n t e seis h o r a s , de diez y m e -
dia á c u a t r o y m e d i a e n i n v i e r n o , y de n u e v e y m e d i a á t r e s y m e d i a
en v e r a n o ; a d e m á s de la h o r a d e o r a c i ó n p o r la m a ñ a n a , t e n í a s e o t r a
h o r a p o r la t a r d e , q u e p o r lo r e g u l a r hacían t o d o s en c o m ú n , r e u n i d o s
en la capilla. A y u n a b a n los v i e r n e s y s á b a d o s , y solían h a c e r u n a v i -
sita al S a n t í s i m o d e s p u é s d e c o m e r y c e n a r , q u e d u r a b a u n c u a r t o d e
h o r a . O b s e r v a n d o lo q u e estas cosas p o d í a n p e r j u d i c a r á la s a l u d , e l
P . Nadal o r d e n ó q u e t o m a s e n siete h o r a s de s u e ñ o , s u p r i m i ó la h o r a
de o r a c i ó n q u e t e n í a n á la t a r d e , q u i t ó los a y u n o s del v i e r n e s y d e l
sábado, y m a n d ó q u e fuesen más b r e v e s a q u e l l a s visitas al S a n t í s i m o
después d e c o m e r y c e n a r . A l g u n a s o t r a s c o s t u m b r e s h a b í a , n o d e l
todo c o n f o r m e s con lo q u e d e s p u é s se estableció e n la Compañía;
p e r o p o r e n t o n c e s n o c r e y ó c o n v e n i e n t e a l t e r a r l a s el P . C o m i s a r i o (2).
La p r e s e n c i a de San F r a n c i s c o de B o r j a , q u e v o l v i e n d o d e A n d a l u c í a
p a r ó siete días e n Alcalá, facilitó las d i l i g e n c i a s q u e se estaban h a -
ciendo p a r a e n t a b l a r la p r á c t i c a de las C o n s t i t u c i o n e s .
Dos dificultades e n c o n t r ó el P . Nadal e n este c o l e g i o , q u e p o d í a n
e s t o r b a r n o t a b l e m e n t e la o b s e r v a n c i a religiosa. La p r i m e r a consistía
en la d e p e n d e n c i a excesiva q u e t e n í a n los N u e s t r o s d e l D r . V e r g a r a .
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 2 3 2 .
( 2 ) V é a s e el P . C r i s t ó b a l d e C a s t r o (Ilist. del colegio de Alcalá, 1. v, c. v m ) , d e
quien t o m a m o s e s t o s p o r m e n o r e s .
398 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
E r a la s e g u n d a la p r e s e n c i a d e a l g u n o s s e ñ o r e s s e g l a r e s q u e se hos-
p e d a b a n d e n t r o del colegio. O i g a m o s al m i s m o N a d a l : « D e p e n d e , Pa-
d r e , este colegio t a n t o del Dr. V e r g a r a , q u e h a y p o c a l i b e r t a d de or-
d e n a r en él n i n g u n a cosa, sino lo q u e le p a r e c e b i e n , y t i e n e ciertas
c a r t a s d e V. P . el d o c t o r ( s e g ú n m e d i c e V i l l a n u e v a ) , p o r las cuales
se g u í a c o m o p o r e v a n g e l i o , y q u e se lo h a n de c u m p l i r . P r e t e n d e
d o m i n i o s o b r e el c o l e g i o , y viene hasta á a m e n a z a r q u e si le sacan á
V i l l a n u e v a ó al tal de Alcalá, q u e dejará de f a v o r e c e r al c o l e g i o
T i e n e n en Alcalá u n a g r a n i n c o m o d i d a d , y á m i j u i c i o i n c o m p o r t a -
ble, p o r q u e D. J e r ó n i m o [de V i v e r o ] , v i n i e n d o de R o m a , t u v o licen-
cia de V. P . d e estar en el c o l e g i o con D. J u a n de B o r j a , y t e n í a n los
dos sus m o z o s y g e n t e fuera d e é l : d e s p u é s , c r e o q u e p o r q u e n o p u -
d i e r o n h a b e r la casa, ó n o sé p o r q u é , h e h a l l a d o quo está d e n t r o ,
•in visceribus colegii, con siete c r i a d o s , de m o d o q u e t e n e m o s u n século
d e n t r o de casa. A u n q u e D. J e r ó n i m o es b u e n h o m b r e , y sus criados
d e b i e n , m a s s e g ú n v e o , n o t i e n e D. J e r ó n i m o t i n o a l g u n o d e r e l i -
gión» (1).
D e s e a n d o v e n c e r estas dificultades, t o m ó Nadal p a r a la p r i m e r a
dos m e d i o s á cual más sagaces. U n o fué q u e , en son d e a g r a d e c e r sus
beneficios al Dr. V e r g a r a y d e b u s c a r su p r o t e c c i ó n , le dio a m p l i a
n o t i c i a de los o t r o s colegios d e la C o m p a ñ í a , y le excitó i n d i r e c t a -
m e n t e á p r o c u r a r el b i e n u n i v e r s a l do t o d o s , sin e s t r e c h a r s e tan p o r
c o m p l e t o á la casa de Alcalá. E l s e g u n d o fué h a c e r q u e San F r a n c i s c o
d e Borja se hiciese a m i g o del d o c t o r , p a r a q u e éste c o n o c i e r a á o t r o s
de la C o m p a ñ í a y n o e s t u v i e r a tan a p e g a d o á la p e r s o n a de Villa-
n u e v a . P a r a d e s e m b a r a z a r e l c o l e g i o d e la g e n t e q u e e s t o r b a b a , hizo
e l C o m i s a r i o q u e San F r a n c i s c o d e Borja, c o m o algo p a r i e n t e d e l
D. J e r ó n i m o , e x h o r t a s e con s u a v i d a d al i m p o r t u n o h u é s p e d á b u s c a r
o t r o a l o j a m i e n t o (2).
F i n a l m e n t e , á la feliz p r o m u l g a c i ó n d e las C o n s t i t u c i o n e s e n Al-
calá y al asiento de t o d o s los n e g o c i o s , c o n t r i b u y ó la p r e s e n c i a del
P . P r o v i n c i a l Araoz. E l año a n t e r i o r h a b í a éste p r e d i c a d o la cuares-
m a d e l a n t e d e l p r í n c i p e D. F e l i p e c o n u n é x i t o s o r p r e n d e n t e . T o d o s
los c o r t e s a n o s le e s t i m a b a n s o b r e m a n e r a , y R u i G ó m e z d e Silva le
h a b í a t o m a d o p o r su í n t i m o a m i g o y c o n s e j e r o . P o r o t r a p a r t e , el
santo Borja atraía e n t o r n o s u y o , d o q u i e r a q u e se p r e s e n t a b a , á toda
la n o b l e z a , q u e c o r r í a á v e r l e y a d m i r a r l e . De a q u í r e s u l t ó q u e , r e -
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. I , p . 2 3 6 .
( 2 ) Ibid., p. 236.
CAT. X I . — PROMULGACIÓN DE LAS COhSTITCCIONES 399
u n i d o s e n Alcalá c u a t r o h o m b r e s t a n n o t a b l e s c o m o N a d a l , V i l l a n u e -
v a , A r a o z y B o r j a , e s t a b l e c i e r o n p o r u n a p a r t e la o b s e r v a n c i a r e g u -
lar d e n t r o de casa, y p o r o t r a a c r e d i t a r o n la Compañía á los ojos d e
los más d i s t i n g u i d o s c a b a l l e r o s de la c o r t e de E s p a ñ a , q u e concu-
r r i e r o n en Alcalá y se o f r e c i e r o n g e n e r o s a m e n t e á f a v o r e c e r á los
Nuestros.
El H . Gil González D á v i l a , á q u i e n v e r e m o s con el t i e m p o d e s e m -
p e ñ a r los p r i m e r o s c a r g o s d e la C o m p a ñ í a , y e n t o n c e s e r a e s t u d i a n t e
teólogo de Alcalá, c u a n d o refiere e n la carta c u a d r i m e s t r e de 1.° de
Mayo de 1554 (1) esta e n t r e v i s t a do los P a d r e s en a q u e l c o l e g i o , n o
acaba de a d m i r a r s e de la h o n r a quo todos hacían á la C o m p a ñ í a , so-
b r e t o d o en la p e r s o n a d e l P . F r a n c i s c o . L u e g o q u e éste llegó á la
villa, p r e s e n t ó s e á v i s i t a r l e el r e c t o r de la u n i v e r s i d a d con g r a n a c o m -
p a ñ a m i e n t o de c a b a l l e r o s . Los siete días q u e allí se d e t u v o el santo,
estaba la casa l l e n a d e g e n t e p r i n c i p a l q u e v e n í a á v e r l e , t a n t o , q u e
los N u e s t r o s sentían n o t e n e r t i e m p o p a r a g o z a r c u a n t o q u i s i e r a n de
la c o n v e r s a c i ó n del P . F r a n c i s c o . Un día fué á visitar la u n i v e r s i d a d
y q u i s o h o n r a r con su p r e s e n c i a , s e g ú n e r a c o s t u m b r e de p e r s o n a s
p r i n c i p a l e s , u n a lección de teología d e l P . M a n c i o , d o m i n i c o . C u a n d o
a c u d i e r o n t o d o s á la clase, el r e c t o r hizo o c u p a r al santo Borja el lu-
gar p r e f e r e n t e , p o r m á s q u e él lo r e h u s a b a . E l d i s c r e t o P . Mancio,
después d e h a b l a r u n p o c o s o b r e la m a t e r i a teológica q u e le tocaba
explicar, c e r r ó el l i b r o , y v o l v i e n d o su discurso á la c e l e b r i d a d p r e -
sente, d i s e r t ó c o n m u c h o i n g e n i o s o b r e la excelencia d e la v i d a espi-
r i t u a l , s o b r e la p r u d e n c i a d e l P . F r a n c i s c o e n p o s p o n e r los b i e n e s
t e r r e n o s á los celestiales, en fin, s o b r e la h u m i l d a d y sólidas v i r t u -
des q u e n a c e n del t r a t o con Dios. C o m o el e j e m p l o del i l u s t r e p e r -
sonaje q u e se h a l l a b a p r e s e n t e c o n f i r m a b a c u a n t o p r o p o n í a e l o r a d o r ,
fué i n c r e í b l e el e n t u s i a s m o q u e se d e s p e r t ó en los c i r c u n s t a n t e s , y
los s i n c e r o s aplausos q u e se d i e r o n al sabio y d i s c r e t o P . Mancio (2).
E l ú l t i m o p á r r a f o de su c a r t a lo dedica el b u e n H . Dávila á la p r o -
m u l g a c i ó n d e las C o n s t i t u c i o n e s h e c h a p o r el P . Nadal. No q u i e r e
d e s c e n d e r á cosas p a r t i c u l a r e s , p o r q u e s u p o n e , d i s c r e t a m e n t e , q u e el
m i s m o C o m i s a r i o se las c o n t a r í a m e j o r á San I g n a c i o . P e r o n o p u e d e
m e n o s d e a t e s t i g u a r el gozo s i n c e r o con q u e t o d o s h a n r e c i b i d o las
Constituciones, la avidez con q u e h a n e s c u c h a d o al P . Nadal c u a n d o
se las e x p l i c a b a , y l o s p r o p ó s i t o s f i r m í s i m o s q u e t o d o s h a c e n d e
g u a r d a r h a s t a las más m e n u d a s r e g l a s .
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. n , p. 6 3 2 . — ( 2 ) Ibid., p. 629.
4C0 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
T e r m i n a d o s f e l i z m e n t e los n e g o c i o s d e Alcalá, p a r t i ó s e el P . Nadal
el 5 d e Marzo p a r a Valladolid (1). E l p r i m e r n e g o c i o con q u e aquí
t r o p e z ó fué e l m o l e s t í s i m o d e la f u n d a c i ó n d e u n c o l e g i o e n Santiago,
q u e y a se h a b í a f r u s t r a d o a n t e s p o r dos v e c e s . D e s e a b a n s i n c e r a m e n t e
i n t r o d u c i r á la C o m p a ñ í a e n S a n t i a g o el c a r d e n a l J u a n A l v a r e z d e
T o l e d o , a r z o b i s p o de la diócesis, y el c o n d e de M o n t e r r e y , Alonso de
A c e v e d o y Z ú ñ i g a ; p e r o las o t r a s p e r s o n a s q u e p o d í a n influir e n este
a s u n t o se o p o n í a n o c u l t a m e n t e á n u e s t r a e n t r a d a e n a q u e l l a ciudad.
8. Año y m e d i o antes, p o r J u n i o d e 1552, h a b í a t r a t a d o l a r g a m e n t e
el P . T o r r e s con el c o n d e de M o n t e r r e y , en Valladolid, acerca de los
m e d i o s q u e se p o d r í a n t o m a r p a r a e s t a b l e c e r u n c o l e g i o n u e s t r o en
Santiago (2). Q u e d ó c o n c e r t a d o e n t r e los dos quo a l g ú n t i e m p o des-
p u é s se r e u n i r í a n e n esta c i u d a d p a r a e x a m i n a r más de cerca el
a s u n t o . P r e s e n t ó s e allí el P . T o r r e s p o r S e t i e m b r e , p e r o n o sabe-
m o s q u e c o n s i g u i e r a n a d a (3). P o r J u n i o d e l año s i g u i e n t e , 1553,
hizo o t r o viaje á S a n t i a g o , y t r a t ó d e l n e g o c i o con el c o n d e d e Mon-
t e r r e y y con el p r o v i s o r . C o n v e n c i ó s e e n t o n c e s de las g r a v e s dificul-
tades q u e se o p o n í a n al e s t a b l e c i m i e n t o de la C o m p a ñ í a , p u e s las
p e r s o n a s p r i n c i p a l e s q u e i n t e r v e n í a n en ello, a u n q u e ofrecían d o m i -
cilio y a l g u n a r e n t a á los N u e s t r o s , p a r a m o s t r a r q u e s e c u n d a b a n
los deseos de su p r e l a d o y d e l c o n d e d e M o n t e r r e y , lo ofrecían con
tales c o n d i c i o n e s , q u e n o e r a p o s i b l e fuesen a d m i t i d a s p o r la C o m -
pañía (4).
C u a n d o en la s e g u n d a m i t a d de 1556 p r o m u l g a b a el P . Nadal las
C o n s t i t u c i o n e s e n C o i m b r a , hizo u n a e x c u r s i ó n á Santiago p a r a v e r
las c o n d i c i o n e s q u e se n o s ofrecían, y h u b o de v o l v e r s e , sin c o n c l u i r
nada, con el c o n v e n c i m i e n t o de q u e , fuera d e l c a r d e n a l y del c o n d e
d e M o n t e r r e y , t o d o s los d e m á s d e s e a b a n f u n d a r u n i v e r s i d a d sin con-
t a r con la Compañía, ó, á lo más, a d m i t i é n d o l a p a r a r e g e n t a r a l g u n a s
clases, p e r o con el c a r á c t e r d e u n c u e r p o e n t e r a m e n t e s u b o r d i n a d o
al r e c t o r d e la u n i v e r s i d a d (5). D e s i s t i ó s e , p u e s , t a m b i é n d e p a s a r
a d e l a n t e e n este n e g o c i o . Mas c o m o t o d a v í a instase el c a r d e n a l á
San I g n a c i o p a r a q u e se i n t r o d u j e s e e n su diócesis la C o m p a ñ í a , se
dio o r d e n al C o m i s a r i o de e x p l o r a r los t é r m i n o s d e l a s u n t o . Con-
s u l t ó el P . Nadal al P . Araoz, y a m b o s h a b l a r o n al c o n d e d e Monte-
r r e y , e x i g i é n d o l e q u e se especificasen con m u c h a c l a r i d a d las con-
d i c i o n e s c o n q u e ofrecían el c o l e g i o . T r o p e z ó s e c o n las m i s m a s
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i v , p . 9 9 . — ( 2 ) Ibid., t. n , p . 7 3 2 . — ( 3 ) Ibid., p. 806.—
( 4 ) Ibid., t. 11), p . 3 7 5 . — ( 5 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 1 8 9 .
CAr. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 401
dificultades, y el P . Nadal p r o p u s o al c o n d e eme la C o m p a ñ í a so en-
c a r g a r í a do t o d a la u n i v e r s i d a d y daría e n ella enseñanza g r a t u i t a ,
c o m o solía en los o t r o s c o l e g i o s , con tal q u e le a s e g u r a s e n la r e n t a
suficiente p a r a m a n t e n e r á los m a e s t r o s . A u n q u e se e x p l i c a r o n m á s
p o r u n a y otra p a r t e , n o p u d o c o n c l u i r s e el asunto e n t r o el P . Nadal
y el c o n d e , y a m b o s c o n v i n i e r o n en r e m i t i r la r e s o l u c i ó n á San I g -
nacio y al c a r d e n a l , q u e se h a l l a b a en R o m a (1).
Mientras e n Valladolid se d a b a y t o m a b a s o b r e este n e g o c i o , llegó
al P . Nadal una carta de San I g n a c i o , fechada el 7 d e E n e r o , en q u e
le m a n d a b a e j e c u t a r u n o de los p u n t o s m á s i m p o r t a n t e s d e su c o m i -
sión, cual e r a e l d i v i d i r e n t r e s la P r o v i n c i a d e España. H e a q u í las
palabras de San I g n a c i o : « Me h e d e t e r m i n a d o e n el S e ñ o r n u e s t r o
o r d e n a r o s , q u e antes d e v u e s t r a salida de esos r e i n o s dejéis señaladas
t r e s P r o v i n c i a s , sin la d e P o r t u g a l , e n ellos. U n a será del r e i n o de
A r a g ó n , Valencia y Cataluña; otra de Castilla la Vieja y el r e i n o d e
T o l e d o ; o t r a de Andalucía, á la cual se a y u n t a r á , si os p a r e c i e r e , Sa-
lamanca, y lo q u e so h i c i e r e en E x t r e m a d u r a y G r a n a d a . Y p o r q u e
el b i e n q u e h a y e n h a b e r q u i e n tenga c u i d a d o u n i v e r s a l e n esos r e i -
nos de lo q u e toca á la Compañía, n o falte, s o b r e t o d o s los P r o v i n c i a -
les, así do P o r t u g a l c o m o los t r e s a r r i b a d i c h o s , p o n e d u n C o m i s a r i o
q u e t e n g a m i s v e c e s e n esas c u a t r o P r o v i n c i a s , p u e s el r e c u r s o á
Roma a l g u n a s v e c e s sería más t a r d í o de lo q u e las n e c e s i d a d e s p r e -
sentes allá d e m a n d a n . E l P r o v i n c i a l de P o r t u g a l será el q u e lo es
a g o r a ; el d e A n d a l u c í a , el Dr. T o r r e s ; el d e A r a g ó n , el m a e s t r o E s -
trada ; el de Castilla, el D r . A r a o z , p o r q u e la c o r t e es de c r e e r q u e
más o r d i n a r i a m e n t e e s t a r á ahí q u e en o t r a p a r t o , y su estada en la
corte c r e o s e r á p a r a m u c h o s e r v i c i o d i v i n o , s e g ú n lo q u e soy infor-
mado E l C o m i s a r i o s o b r e t o d a s las c u a t r o P r o v i n c i a s s e r á el P a -
dre F r a n c i s c o ; y t o d o esto se e n t i e n d a p o r t r e s años, s e g ú n las Cons-
tituciones, y á cada u n o de los P r o v i n c i a l e s y al C o m i s a r i o d a r é i s
a s i m i s m o c o l a t e r a l ( 2 ) ; y t o d o esto o r d e n a d o p a r a el S e t i e m b r e q u e
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. t. n , p . 4 7 8 . V é a s e c o n a t e n c i ó n la n o t a q u o h a n
T
p u e s t o los e d i t o r e s á e s t a p á g i n a del P . P o l a n c o . E n e l l a se r e c t i f i c a u n e r r o r á q u e
podría c o n d u c i r u n a f r a s e d e V i c e n t e d e l a p u e n t e . (Hist. de las Unircrsidades,
t o m o i i , c. x x x m . ) D i c e e s t e a u t o r q u e l o s P a d r e s j e s u í t a s se resistían á dar la en-
señanza gratuitamente, y p o r e s t o h u b o p l e i t o s . T o d o e s al r e v é s . L o s N u e s t r o s s i e m -
p r e d a b a n la e n s e ñ a n z a g r a t u i t a ; p e r o p o r lo m i s m o n e c e s i t a b a n a l g u n a r e n t a p a r a
m a n t e n e r s e , y s o b r e el a j u s t e d e e s t a r e n t a E o l í a n ser las d i s p u t a s , y l o f u e r o n en
este caso p a r t i c u l a r .
( 2 ) E l c o l a t e r a l e r a e n t o n c e s e l q u e a h o r a l l a m a m o s admonitor, e s t o es, u n P a d r e
r e s p e t a b l e q u e a v i s a al S u p e r i o r d e sus f a l t a s . S i n e m b a r g o , h a y u n a d i f e r e n c i a s u s -
26

402 LIB. II. — S A N IGNACIO DE LOYOLA
v i e n e , con ]¡i d i v i n a g r a c i a , p r o c u r a d d a r v u e l t a p a r a R o m a » (1).
9. E n c u m p l i m i e n t o d e esta o r d e n , el P . N a d a l c o n v o c ó á los p r i n -
cipales P a d r e s d e E s p a ñ a p a r a M e d i n a d e l C a m p o . M i e n t r a s ellos se
r e u n í a n , p r o m u l g ó él las C o n s t i t u c i o n e s e n V a l l a d o l i d , y el 20 d e
Marzo salió p a r a S a l a m a n c a (2). Nada de p a r t i c u l a r se nos r e f i e r e d e
este colegio, si n o es la m u c h e d u m b r e de v o c a c i o n e s q u e b r o t a b a n
e n a q u e l l a u n i v e r s i d a d , y las b u e n a s e s p e r a n z a s q u e ya e n t o n c e s se
c o n c e b í a n d e e l e v a r a q u e l c o l e g i o al m á s alto g r a d o de e s p l e n d o r .
Diez ó doce días d u r ó la r e s i d e n c i a del P . Nadal en Salamanca, y
el (i de Abril e n t r a b a en M e d i n a , d o n d e ya e s t a b a n j u n t o s los o t r o s
P a d r e s ( 3 ) . E s t a r e u n i ó n p o d r í a tal vez l l a m a r s e la p r i m e r a c o n g r e -
g a c i ó n p r o v i n c i a l q u e c e l e b r ó la C o m p a ñ í a en E s p a ñ a ; p e r o c o m o
e n t o n c e s e s t a b a n las cosas lan en los p r i n c i p i o s , y n o h a b í a n e m p e -
z a d o c o n r e g u l a r i d a d las c o n g r e g a c i o n e s p r o v i n c i a l e s , n o s u e l e d a r s e
esto n o m b r e á la m o d e s t a r e u n i ó n d e Medina.
H e a q u í c ó m o d e s c r i b e el m i s m o P . Nadal lo s u c e d i d o e n esta j u n -
t a : «Vine á M e d i n a , p u b l i q u é las C o n s t i t u c i o n e s d e r e g l a s y o r d e n é
los c o l e g i o s e n t o d o lo q u e m e p a r e c i ó n e c e s a r i o y ú t i l e n el S e ñ o r
n u e s t r o , y e n M e d i n a , h a l l á n d o s e el P . F r a n c i s c o , el D r . A r a o z , el
D r . T o r r e s , el M. E s t r a d a y el P ; V i l l a n u e v a y y o , se hizo la p a r t i -
c i ó n de las P r o v i n c i a s y p u s i é r o n s e los P r o v i n c i a l e s y C o m i s a r i o .
A m í m e p a r e c í a difícil d a r c o l a t e r a l e s , los cuales h a n de s e r e x e n -
tos y n o p u e d e n e s t a r con sus P r o v i n c i a l e s y C o m i s a r i o , y los t r e s
de ellos h a n de s e r r e c t o r e s . T o d a v í a d e s p u é s , v i e n d o lo q u e or-
d e n a V. P . en su carta, h e dado p o r colateral á M. M i r ó n el P . T i b u r -
cio d e C u a d r o s , al D r . Araoz el P . D. A n t o n i o de C ó r d o b a , c u a n d o
v e n g a á S a l a m a n c a , q u e s e r á p o r el S e t i e m b r e , y e n t r e t a n t o , el
¡ u n c i a l e n t r e el a d m o n i t o r y el a n t i g u o c o l a t e r a l , y e s q u e el c o l a t e r a l e s t a b a e x e n t o
d e la j u r i s d i c c i ó n d e l S u p e r i o r y e r a s u p r i n c i p a l c o n s u l t o r e n t o d o s l e s n e g o c i o s .
D e a q u í la dificultad q u e l u e g o i n s i n ú a el C o m i s a r i o d e h a l l a r c o l a t e r a l e s p a r a el
j i a r a estudiar; y c o n s i d e r a n d o esto, h a b e r n o s t e m p l a d o su c a r g o desta
C o m i s a r i o y los P r o v i n c i a l e s , p u e s d e b i e n d o ser r e c t o r e s , p o r n o h a b e r o t r o s s u j e t o s
a p t o s , h a b í a n d e ser, e n c u a n t o r e c t o r e s , s u j e t o s al P r o v i n c i a l , y e n c u a n t o c o l a t e r a -
les, e x e n t o s d e su j u r i s d i c c i ó n . L a d i f i c u l t a d d e c o n c i l i a r l a s a t r i b u c i o n e s d e ¡os S u -
p e r i o r e s y d e s u s c o l a t e r a l e s , hizo q u e se r e s t r i n g i e r a n l a s f a c u l t a d e s d e e s t o s s e g u n -
d o s , l o s c u a l e s b o y , c o n el n o m b r e do a d m o n i t o r e s , s o n s u b d i t o s , c o m o los d e m á s ,
d e l S u p e r i o r , y t i e n e n el c a r g o ú n i c o d e a v i s a r al S u p e r i o r d e s u s t a i t a s .
(1) Cartas de San Ignacio, t. í v , p . 9.
( 2 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 2 4 7 .
( 3 ) Litterae quadriniestres, t. n i , p . 0. P o r esta c a r t a , e s c r i t a en M e d i n a el 3 1 d e
M a y o d e a q u e l m i s m o a ñ o , so fija c o n t o d a s e g u r i d a d l a f e c h a d e la j u n t a de M e -
d i n a , q u e f u é p o r A b r i l d e 1554.
CAc. XI.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 403
M. Bautista de M e d i n a , y al D r . T o r r e s , e n t a n t o q u e e s t á D . A n t o n i o
allá e n C ó r d o b a , s e r á su c o l a t e r a l , y después, y e n d o allá V i l l a n u e v a ,
q u e h a d e i r p o r la fundación d e S e v i l l a , lo s e r á él. D e l M . E s t r a d a
será el M. B a u t i s t a [ d e B a r m a ] , y del P . F r a n c i s c o , s e g ú n él m i s m o
se inclinaba, el P . B u s t a m a n t e .
»IIase h e c h o t o d o con m u c h a s u a v i d a d , b e n d i t o D i o s , y t o m a d o
m u c h o á n i m o p a r a a d e l a n t e . H a p a r e c i d o n o s e p a r a r s e Salamanca de
Castilla, y a u n al Dr. T o r r e s , a u n q u e d e s p u é s de h e c h o , m i r a n d o
más en ello pedía eme se lo diesen, n o p a r e c i ó m u d a r s e , con q u e el
Dr. T o r r e s t e n g a el m i s m o efecto q u e deseaba, de s e r v i r s e d e los su-
jetos del colegio d e Salamanca p a r a sus o b r a s de Andalucía. Ya y o
dejo toda cosa p u b l i c a d a , P a d r e , en estas t r e s P r o v i n c i a s , y p á r t o m e
mañana con la g r a c i a de Cristo p a r a B u r g o s , y pasando p o r Oñate y
Zaragoza, v e r n é á V a l e n c i a y Gandía y B a r c e l o n a , p a r a e m b a r c a r m e
p o r el S e t i e m b r e » (1).
10. D e s p u é s do d e c l a r a r n o s el P . C o m i s a r i o la p a r t i c i ó n de las t r e s
P r o v i n c i a s ejecutada e n Medina, añade i m p o r t a n t e s noticias acerca
de los P a d r e s q u e allí c o n c u r r i e r o n . Dice así: « E l P . F r a n c i s c o está
de b u e n á n i m o e n el c a r g o q u e t i e n e , y con m u c h a e s p e r a n z a del
a u m e n t o . Dase al g o b i e r n o , á las C o n s t i t u c i o n e s y al r e s t o lo q u e se
desea. Yo me m a r a v i l l o , c i e r t o , y consuelo de v e r l e con tan b u e n áni-
mo; ha m e n e s t e r , lumen, m u c h a a y u d a p o r sus i n d i s p o s i c i o n e s y r e c o -
g i m i e n t o s . Va tan f e r v i e n t e e n f u n d a r c o l e g i o s y t o m a r g e n t e , q u e
es u n a b e n d i c i ó n de Dios. T i é n e s e m u y g r a n o p i n i ó n de él e n t o d a s
partes, y h a c e m u y g r a n f r u t o c o n su e j e m p l o . E l D r . A r a o z r e s t a r á
en su P r o v i n c i a , y e s p e r o en el S e ñ o r n u e s t r o , m i r a r á m á s á los p a r -
ticulares q u e antes, y se a p a r t a r á más de n e g o c i o s s e c u l a r e s , q u e t r a t a
muchos. E l P . Dr. T o r r e s se h a p a r t i d o p a r a C ó r d o b a con dos P a d r e s ,
hoc est, González y Ávila, y t r e s H e r m a n o s , t o d o s de Salamanca. Va
animado m u c h o con esperanza q u e el M. Avila m i s m o h a de e n t r a r
en la Compañía. E l P . M. E s t r a d a estaba y está e n q u e r e r s e r e c o g e r
manera: q u e él sea P r o v i n c i a l , y q u e le d e m o s u n o de Gandía, q u e ya
ha acabado los estudios de teología, con el cual p u e d a s e c r e t a m e n t e
pasar su teología, y con él se recoja e n B a r c e l o n a p o r a h o r a , y q u e
p o r n o o c u p a r s e él t a n t o e n el c a r g o , d e p a r t e mía y s u y a se d é t o d o
el c a r g o de la a d m i n i s t r a c i ó n de la P r o v i n c i a al P . M. Bautista [ d e
Barma], con q u e se le dé razón, y él n o sea o b l i g a d o á confesar, n i
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 4 7 .
 CAP. X I . — PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 405
404 LIB. 1 1 . — SAN IGNACIO DE LOTOLA

d i d a d de la casa q u e h a b í a n t o m a d o los N u e s t r o s e n la calle H u e r t o

a d m i t a visitas, q u e dice le e s t o r b a r á n e n g r a n m a n e r a , y q u e p r e d i -
del R e y , dejó e n c a r g a d o q u e la v e n d i e s e n , é indicó el v e r d a d e r o ca-
q u e d e o c h o á o c h o días más ó m e n o s , c o m o p a r e c e r á . E s p e r o a p r o -
m i n o p o r d o n d e so p o d r í a l l e g a r á u n a b u e n a fundación e n B u r g o s .
v e c h a r á este t e m p e r a m e n t o (1).
A u n q u e se t a r d ó u n o s doce años, al fin se r e a l i z ó , c o m o v e r e m o s , el
»E1 P . V i l l a n u e v a t i e n e g r a n á n i m o ; h e , tatúen, e x p e r i m e n t a d o en
p e n s a m i e n t o s u g e r i d o e n 1554 p o r el P . Nadal.
él u n a f o r t e z a [dureza] d e j u i c i o y poca o b e d i e n c i a d e l e n t e n d i m i e n t o ,
O t r o n e g o c i o se a g i t ó a l g ú n t a n t o e n t r e los N u e s t r o s , m i e n t r a s el
y n o m e m a r a v i l l o , p o r q u e n o ha t e n i d o s u p e r i o r q u e le h a y a h e c h o
P . Nadal visitaba estas casas de Castilla. C o m o e n a q u e l año se p r e -
o b e d e c e r , c o m o h e dicho y a al m i s m o Araoz. Si le p a r e c e alguna
p a r a b a el viaje á I n g l a t e r r a del p r í n c i p e D. F e l i p e , q u e se h a b í a de
cosa d e su c o l e g i o , c o n t a n t a p r o p i e d a d q u e t i e n e e n é l , t i e n e t a n t a
casar con la r e i n a María T u d o r , o c u r r i ó á San I g n a c i o la idea d e q u e
o b s t i n a c i ó n e n lo q u e le p a r e c e , q u e me h a d a d o m u c h a s aflicciones,
sería esta b u e n a ocasión p a r a i n t r o d u c i r la C o m p a ñ í a e n I n g l a t e r r a ,
y secundo quoque verbo [á cada dos p a l a b r a s ] apela al D r . V e r g a r a , y
m e t i é n d o s e a l g u n o s P a d r e s e n t r e el a c o m p a ñ a m i e n t o de D . F e l i p e (1).
d i c e q u e t i e n e c a r t a s d e V. P . q u e le h a n d e s e r v a r [ g u a r d a r ] la p a -
E n c o m e n d ó s e el n e g o c i o al P . Araoz, el cual lo t r a t ó d e p a l a b r a con
labra, y otras cosas do esta m a n e r a ; de m o d o q u e m e ha p a r e c i d o
el p r í n c i p e . Éste r e s p o n d i ó q u e n o q u e r í a l l e v a r jesuítas c o n s i g o
a l g u n a vez eme la C o m p a ñ í a n o t i e n e l i b e r t a d e n aquel colegio, sino
hasta e n t e n d e r la disposición de a q u e l r e i n o . Una vez e n t r a d o e n I n -
c u a n d o le p a r e c e r á á Villanueva.» H a b l a d e s p u é s Nadal de a l g u n a s
g l a t e r r a , si había b u e n a d i s p o s i c i ó n , él m i s m o cuidaría de l l a m a r á
d e u d a s q u e t i e n e el colegio de Alcalá, y l u e g o p r o s i g u e de esto m o d o :
los P a d r e s do la C o m p a ñ í a . Q u e d ó s e así el n e g o c i o p o r e n t o n c e s ; p e r o
«Con el P . B u s t a m a n t e h e e n v i a d o m u y b u e n capelo á V i l l a n u e v a , y
c u a n d o p o c o d e s p u é s lo e s t u d i ó el P . N a d a l , n o se satisfizo d e l p o c o
t a m b i é n v a p o r q u e h a b l e con el D r . V e r g a r a y c o n c i e r t e q u e se vea
b r í o con q u e lo había t r a t a d o el P . Araoz (2). H u b i e r a q u e r i d o el va-
c o n el P . F r a n c i s c o , p o r q u e en estas r e p u g n a n c i a s q u e h a t e n i d o con
l i e n t e C o m i s a r i o q u e de u n m o d o ó de o t r o se h u b i e r a lanzado la
n o s o t r o s V i l l a n u e v a , n o se h a y a e x t e n d i d o la cosa al Sr. D o c t o r . E s -
Compañía e n m e d i o de a q u e l r e i n o h e r e j e . Tal vez fué p r o v i d e n c i a
p e r o , c o n la g r a c i a de J e s u c r i s t o , q u e q u e d a r á a q u e l colegio o r d e n a d o
de Dios, c o m o piensa P o l a n c o , el n o a c o m e t e r s e a q u e l l a e m p r e s a ,
y p r o v e í d o , y con estar u n i d o el P . F r a n c i s c o con el Dr. V e r g a r a , y
pues e n t o n c e s n o tenía a ú n n u e s t r a O r d e n las fuerzas suficientes p a r a
V i l l a n u e v a o b e d i e n t e ó fuera de a q u e l c o l e g i o , y breei el P . F r a n -
llevar el poso de tan e n o r m e s trabajos. H a b í a dificultad e n e n c o n t r a r
cisco t o m a r á especial c u r a do t o d o , y el P . P r o v i n c i a l a t e n d e r á m á s
los n e c e s a r i o s P r o v i n c i a l e s p a r a las n u e v a s P r o v i n c i a s . ¿Qué h u b i e r a
d e a q u í a d e l a n t e á los p a r t i c u l a r e s » (2).
sido, si se h u b i e r a n de e n t r e s a c a r a l g u n o s sujetos e m i n e n t e s p a r a la
11. T e r m i n a d o s los n e g o c i o s de Medina, visitó el P . Nadal la casa
e x p e d i c i ó n de I n g l a t e r r a ? (3).
de Valladolid. M u y p o c o le a g r a d ó la r u i n h a b i t a c i ó n q u e t e n í a n , y
e n vista d e lo p o c o q u e e n n u e v e años había a d e l a n t a d o a q u e l cole- Mas ya q u e los N u e s t r o s n o p o d í a n i r e n a q u e l l a e x p e d i c i ó n , p r o -
gio, hasta le v i n o el p e n s a m i e n t o d e l e v a n t a r l o y d e s t i n a r sus m o r a - c u r ó el P . Nadal quo so manifestase el deseo q u e t e n í a el p r í n c i p e de
d o r e s á otras ciudades (3). Dejó, sin e m b a r g o , las cosas c o m o estaban, establecer la C o m p a ñ í a en I n g l a t e r r a . Mandó á San F r a n c i s c o de
e n c a r g a n d o al P . Araoz q u e p r o c u r a s e h a b e r m e j o r casa y a c r e c e n - Borja q u e c u a n d o h a b l a s e con D. F e l i p e i n t r o d u j e s e s u a v e m e n t e la
t a r algo más el p e r s o n a l , c o m o p a r e c í a p e d i r l o la i m p o r t a n c i a de c o n v e r s a c i ó n de este n e g o c i o . H í z o l o así el Santo, y c o m o el p r í n -
la ciudad. De V a l l a d o l i d se e n c a m i n ó á B u r g o s . Nada n o s dice el cipe r e s p o n d i e s e lo q u e había ya r e s p o n d i d o al P . Araoz, q u e c u a n d o
P . C o m i s a r i o de lo q u e hizo e n esta ciudad. S a b e m o s s o l a m e n t e , p o r e s t u v i e r a e n I n g l a t e r r a tenía p r o p ó s i t o de l l a m a r P a d r e s jesuítas,
la n a r r a c i ó n d e P o l a n c o (4), q u e , c o n s i d e r a n d o la e s t r e c h e z é i n c o m o - p r o c u r ó el P . Nadal q u e se d i v u l g a s e esta r e s p u e s t a e n Valladolid
p a r a c r é d i t o de la Compañía. «Yo b i e n v e o , e s c r i b e á San I g n a c i o ,
que p o r a h o r a sería difícil p r o v e e r á lo de I n g l a t e r r a ; a u n q u e d e
( 1 ) E l P . O r l a n d i n i (Hist. S. J., 1. x i v , n ú m . G7) d i c e q u e á E s t r a d a se lo dio e s t e
socio p a r a q u o p u d i e s e t r a b a j a r m á s e n la p r e d i c a c i ó n . N o f u é p o r eso, s i n o p a r a q u e F l a n d e s y d e Colonia v i e n e m u y á p r o p ó s i t o , t o d a v í a busco p o r a h o r a
el P r o v i n c i a l e s t u d i a s e t e o l o g í a .
( 2 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 5 1 .
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. í v , p . 4 3 5 . — ( 2 ) Epistolae P. Nadal, t. I , p . 2 6 1 .
( 3 ) Ibid, t. i , p . 2 5 6 . — ( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n \ p . 4 9 3 .
( 4 ) Historia S. J., t. í v , p . 4 8 9 .
 CAÍ'. X I . — PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 407
406 LID. II. SAN IGNACIO DB LOYOLA

p r i n c i p a l e s ideas, n o sólo p o r q u e manifiestan el a d m i r a b l e e s p í r i t u

este b u e n o d o r , q u e se p u e d e d e c i r q u e el P r í n c i p e q u i e r e q u e la
de h u m i l d a d r e l i g i o s a q u e poseía el P . N a d a l , sino p r i n c i p a l m e n t e
C o m p a ñ í a v a y a á I n g l a t e r r a y p r e p a r a r la efectuación de ello» (1).
p o r q u e n o s e n s e ñ a n el v e r d a d e r o m o d o de p e n s a r q u e d e b e n t e n e r
Concluida felizmente la visita de B u r g o s , a d e l a n t ó s e el P . N a d a l al
los hijos do la C o m p a ñ í a a c e r c a del a c e p t a r d i g n i d a d e s eclesiásticas.
c o l e g i o d e Oñate y visitó la casa de L o y o l a , d o n d e había n a c i d o n u e s -
«No q u i e r o d i s p u t a r , d i c e , si c o n v i e n e q u e sea c a r d e n a l el P . F r a n -
t r o s a n t o P a d r e . Nada n o s dice d e lo q u e allí vio y o b s e r v ó , y sólo
cisco ó n o , mas p i e n s o n o sólo e n t e n d e r , mas s e n t i r , q u e n o c o n v i e n e
nos r e c u e r d a u n dato c u r i o s o , cual es el d o l o r q u e t u v o de v e r con-
n i al s e r v i c i o d i v i n o , n i al b i e n d e la C o m p a ñ í a , n i al b i e n p r o p i o del
v e r t i d o e n cocina el a p o s e n t o d o n d e nació el P . I g n a c i o (2). Desdo
i n t e r i o r y e x t e r i o r , q u e lo sea, sino p o r el m o d o y f o r m a q u e la Com-
Oñate pasó á visitar r á p i d a m e n t e las casas de Z a r a g o z a , C u e n c a y
pañía p r o p o n e á los s u y o s , á ciryo i n s t i t u t o es o b l i g a d o el P . F r a n -
Valencia. No t e n e m o s datos p a r t i c u l a r e s a c e r c a de lo quo s u c e d i ó en
cisco,,/»»^ divino, hoc in ohligationc voti solcmuis ohedientiac
estas casas, e x c e p t o las m u d a n z a s o r d i n a r i a s de s u j e t o s , eme o c u r r í a
»No sé si d i g o b i e n , mas t a m b i é n m e v i e n e n á m í excesos c o m o á
h a c e r e n t o n c e s p a r a los c a r g o s q u e so ofrecían.
m a e s t r o J e r ó n i m o D o m é n o c h . Me p a r e c e v e r c o n t e m p t i b l e la Com-
M i e n t r a s el P . Nadal v i s i t a b a estas c a s a s , agitóse o t r a vez el im-
pañía ó los q u e e n ella a n d a m o s , y m u y e s p e c i a l m e n t e al P . F r a n -
p o r t u n o n e g o c i o de h a c e r c a r d e n a l á San F r a n c i s c o de Borja. Nadie
cisco, si le v e m o s R e v e r e n d í s i m o , y será de v e r a s m o r t i f i c a c i ó n y
d u d a b a d e la h e r o i c a h u m i l d a d do oste s a n t o v a r ó n ; p e r o c o m o la
e j e m p l o m u y d i v e r s o d e l quo a h o r a da, y p l e g a á Dios sea s e r v i c i o
t e n t a c i ó n e r a , p o r u n l a d o , tan s e d u c t o r a , y p o r o t r o tan p e r t i n a z ,
suyo e n lo q u e se p u e d e p e n s a r q u e se p u e d e s e r v i r e n a q u e l es-
c r e y e r o n n e c e s a r i o Nadal y P o l a n c o a n i m a r al P . F r a n c i s c o á m a n -
tado. D e esto n o d i r é y o n a d a , p o r q u e á V. R. m i s m a l e p a r e c e u n
t e n e r s e firme en el estado h u m i l d e q u e había e s c o g i d o . C u a n d o llegó
p a r a d o j o t e r r i b l e y m i s e r i a e x t r a o r d i n a r i a , v e r s e fuera de lo quo era
á E s p a ñ a el p r i m e r r u m o r d e este n e g o c i o , p o r Mayo d e 1554, hallá-
dejado ¡jor e s p í r i t u d e p o b r e z a , y h u m i l d a d y bajeza, y v e r s e Monse-
base el santo e n f e r m o en T o r d e s i l l a s , a d o n d e h a b í a ido p a r a asistir
ñ o r o R e v e r e n d í s i m o en v i d a llena de s u m a s i n q u i e t u d e s y miserias,
á D . J u a n a la Loca. F u é á v i s i t a r l e el P . N a d a l , y p o r t r e s voces le
a

y plega al S e ñ o r n o deje su e s p í r i t u , n o digo esencial d e su gracia,

h a b l ó s e r i a m e n t e , e x h o r t á n d o l e á m a n t e n e r ol p u e s t o h o n r o s o q u e
q u e e s p e r o n o le d e j a r á , m a s d e la d e v o c i ó n s e n s i b l e , q u e s e r í a
h a b í a t o m a d o e n la h u m i l d a d de J e s u c r i s t o (3).
á V. R. aflicción i n c o m p o r t a b l e ; y plega á Dios n u e s t r o S e ñ o r q u e el
P o r su p a r t e el P . P o l a n c o , algo p r e o c u p a d o p o r lo q u e so decía en
e j e m p l o del P . F r a n c i s c o n o a b r a la p u e r t a á la a m b i c i ó n á los d e la
R o m a , e s c r i b i ó al P . Nadal el 15 d e M a y o : «Del P . F r a n c i s c o anda
Compañía, principalmente caballeros, y que tienen personas que
m u c h o r u m o r p o r acá, q u e le h a n d e h a c e r c a r d e n a l , y q u e él acepta
p u e d e n p r o c u r a r capelos y d i g n i d a d e s ; y n o sólo es ol p e l i g r o á los
el capelo. La m e n t e de t o d a la C o m p a ñ í a p o r estas p a r t e s , a capite,
c a b a l l e r o s , mas á t o d o s los quo s e r á n e m i n e n t e s e n la Compañía, q u e
h a s t a t o d o s los d e m á s , es q u e si n o r e s i s t e c u a n t o praede, fuera d e
es d e s h a c e r la C o m p a ñ í a a n t e s quo sea h e c h a No sé si m e e n g a ñ o ,
p e c a d o m o r t a l , hace m u y m a l , y d e s t r u y e c u a n t o ha edificado en
P a d r e , m a s p i e n s o l u e g o v e r á V. R., si es R e v e r e n d í s i m o , con g r a n
d e j a r el e s t a d o , y en p r e d i c a r y e n t o d o el e j e m p l o q u e al m u n d o
d e s c o n t e n t o , s e g ú n conozco el e s p í r i t u q u e Dios h a d a d o á V. R., y
h a d a d o . P i e n s o e s c r i b i r l e u n a l e t r a con el p r i m e r o , d o n d e lo diga
lo quo a q u e l estado le r e p u g n a ; y más, p a r e c e q u e voo t o d a la C o m -
lo q u e siento y t o d o s s i e n t e n m u y d e v e r a s . V. R. p o r allá n o d u d o
pañía echada á los pies d e l P . F r a n c i s c o s u p l i c á n d o l e e n el S e ñ o r
h a r á e l oficio m e j o r q u e p u d i e r e , y a u n q u e h i c i e s e p r o f e s i ó n pú-
n u e s t r o , ó q u e n o a c e p t e , ó q u e n o lo h a g a sino r e m i t i e n d o t o d o al
blica sería m u y b i e n , si él se d i s p o n e á ello» (4).
P . M t r o . Ignacio» (1).
C u a n d o el P . Nadal r e c i b i ó estas n o t i c i a s ya estaba e n Z a r a g o z a y
E n la e n e r g í a c o n ' q u e h a b l a el P . Nadal se a d v i e r t e la i m p o r t a n c i a
no p o d í a v e r s e con San F r a n c i s c o de B o r j a , q u e h a b í a q u e d a d o en
suma q u e d a b a á este n e g o c i o , c o n s i d e r á n d o l o c o m o c u e s t i ó n d e v i d a
Valladolid. Mas y a q u e d e p a l a b r a n o podía m a n i f e s t a r l e su sentii-,
ó m u e r t e p a r a n u e s t r a O r d e n , p u e s a b r i r e n t o n c e s la p u e r t a á ta a m -
e s c r i b i ó l e u n a c a r t a e l o c u e n t e , de la cual v a m o s á r e p r o d u c i r las
b i c i ó n ora deshacer la Compauta antes cpic fuese hecha. E f e c t i v a m e n t e ,

( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 6 2 . — ( 2 ) Ibid., t. n , p . 2 8 — ( 3 ) Ibid., p . 26.

( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. I , p . 2 6 6 .
— ( 4 ) Regest. S. Ign., t. n , f. 180.
 408 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOI.A CAP. X I . — PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 409

si se a d m i t i e r a n esas d i g n i d a d e s , e r a de t e m e r q u e m u c h o s t o m a s e n p o d r á b a s t a r p a r a c u a l q u i e r a g r a n d e o b r a . Ipsi honor ct gloria. E s p e -

el estado r e l i g i o s o p o r vía do t r a n s i c i ó n , p a r a q u e la C o m p a ñ í a les r a m o s con deseo á V. R.» P r o s i g u e l u e g o P o l a n c o a p r o b a n d o u n a por-
s i r v i e s e c o m o d e p u e n t e p a r a p a s a r d e l o s p u l p i t o s y c á t e d r a s á las uña t o d a s las s o l u c i o n e s dadas á los n e g o c i o s p o r el P . Nadal. Nos
m i t r a s y capelos. A f o r t u n a d a m e n t e n o s u c e d i ó la d e s g r a c i a q u e se c o n t e n t a r e m o s con t r a n s c r i b i r lo q u e dice a c e r c a del colegio de Sa-
t e m í a . E l t a n p r u d e n t e c o m o h u m i l d e San F r a n c i s c o d e Borja r e h u s ó lamanca y del P . V i l l a n u e v a . «Del a s i g n a r la P r o v i n c i a de Salamanca
esta vez el c a p e l o , c o m o las otras v e c e s , y c o n s i g u i ó de la p r i n c e s a á Castilla, c o n tal q u e el P r o v i n c i a l de A n d a l u c í a se a y u d e de los
D . J u a n a , g o b e r n a d o r a de E s p a ñ a desde q u e su h e r m a n o D. F e l i p e
a
supósitos [sujetos] de a l l á , p a r e c e fué b i e n m i r a d o ; y p u e s q u e el
salió p a r a I n g l a t e r r a , q u e escribiese c a r t a s á éste y al e m p e r a d o r , P . F r a n c i s c o será S u p e r i o r , a u n q u e el P r o v i n c i a l de Castilla quisiese
p a r a q u e n o se r e m o v i e s e m á s este n e g o c i o (1). D e b e m o s a l e g r a r n o s ser m u y á n g e l de su P r o v i n c i a y r e t e n e r los s u p ó s i t o s de Salamanca,
al v e r el t r i u n f o q u e o b t u v o la h u m i l d a d de San F r a n c i s c o de Borja, se p o d r á h a c e r r e c u r s o á é l , y c o m o está en m e d i o de la u n a P r o -
y más al o b s e r v a r q u e t e n í a e n t o n c e s la C o m p a ñ í a o t r o s dos h o m - vincia y de la o t r a , v e r á b i e n lo q u e s e r á m a y o r g l o r i a d e Dios
b r e s quo c o m p e t í a n con él e n p r u d e n c i a y h u m i l d a d , los i n s i g n e s P a - Acerca d e l P . V i l l a n u e v a , c r e e m o s q u e si a l g u n a s faltas se le h a n
d r e s P o l a n c o y Nadal. notado e n su j u i c i o , será p o r lo p o c o q u e se h a e j e r c i t a d o esta p r á c -
De Valencia se e n c a m i n ó é s t e á G a n d í a , d o n d o h u b o d e p o n e r al- tica allá; m a s en sustancia créese sea b u e n a cosa p o r los efectos q u e
g u n a m o d e r a c i ó n á los estudios. C o m o el clima de a q u e l país es tan dcllo dan t e s t i m o n i o . No dejará V. R. d e p o n e r l e e n el c a m i n o de al-
a r d i e n t e , m a n d ó el P . Nadal q u e n o se estudiase e n los m e s e s de J u - canzar lo q u e le falta. Si se p u d i e s e p e r s u a d i r al D r . V e r g a r a q u e
lio y A g o s t o , p u e s p o r h a b e r q u e r i d o esforzarse e n el t r a b a j o du- holgase q u e dicho P . V i l l a n u e v a fuese á Sevilla p a r a la fundación de
r a n t e los c a l o r e s , h a b í a n s u c u m b i d o a l g u n o s á la fuerza de las enfer- aquel c o l e g i o , n u e s t r o P a d r e lo t e n d r í a p o r m u y a c e r t a d o » (1).
m e d a d e s . A u n p r o p u s o el P . C o m i s a r i o q u e se p a s a r a n los N u e s t r o s P a r t i d o de B a r c e l o n a el P- Nadal con los P P . Gaspar d e L o a r t e ,
á Valencia ó á o t r o sitio m á s fresco, m i e n t r a s d u r a s e n los fuertes ca- Diego de G u z m á n y M a n u e l de S a , hizo alto e n G e n o v a , e n c u y o co-
lores del estío (2). legio se d e t u v o a l g u n o s días. A m e d i a d o s de O c t u b r e debía estar e n
Desde Gandía hizo u n a p e q u e ñ a e x c u r s i ó n á M u r c i a , sin d u d a p a r a R o m a , p u e s e n c a r t a d e l 2G a n u n c i a el P . P o l a n c o á San F r a n c i s c o de
e x p l o r a r el t e r r e n o en el n e g o c i o de la fundación d e u n c o l e g i o q u e Borja la feliz llegada del P . Nadal y de sus c o m p a ñ e r o s (2).
pedía el s e ñ o r obispo D. E s t e b a n de A l m e i d a . P o r e n t o n c e s p o c o se
p u d o a d e l a n t a r esta f u n d a c i ó n , q u e sólo el año s i g u i e n t e se t o m ó c o n
d e n u e d o y llegó m u y p r o n t o á feliz c o m p l e m e n t o . E n d e r e z ó , p u e s , ( 1 ) Regest. S. Ign., t. n , f. 1 8 9 .
( 2 ) P a r a t e r m i n a r e s t e c a p i t u l o , p r e s e n t a m o s el c a t á l o g o m á s a n t i g u o q u e e n c o n -
Nadal su viaje al N o r t e , y s e g ú n el p r e c e p t o d e San I g n a c i o , t e r m i - t r a m o s d e los j e s u í t a s d e E s p a ñ a , y es el q u e se f o r m ó d u r a n t e la v i s i t a d e l P . N a -
n a d a la visita y p r o m u l g a c i ó n d e las C o n s t i t u c i o n e s en t o d a la P e - d a l . L o s c i n c o ú l t i m o s n o m b r e s e s t á n a ñ a d i d o s d e letra del P . C o m i s a r i o . Dice a s í :
n í n s u l a , se e m b a r c ó e n B a r c e l o n a el 29 de S e t i e m b r e do 1554. H a b í a
COLEGIO DE CÓRDOBA
d u r a d o su c a r g o u n o s diez y seis m e s e s (3).
La satisfacción quo causó e n R o m a el a c i e r t o del P . Nadal e n el P. Pertusa. P. Ramírez. II. Hernando.
)> Antonio. » Dr. P l a z a . » García.
d e s e m p e ñ o d e su oficio n o s lo d e c l a r a e l P . P o l a n c o e n la c a r t a q u e
)> Navarro. II. Poca. » Josepb.
d i r i g i ó al C o m i s a r i o el 21 de J u n i o do 1554, c u a n d o y a se había sa- y> M a r c e l o . s Bernardo.
y> Zarate.
b i d o en R o m a la p a r t i c i ó n de las P r o v i n c i a s y la s o l u c i ó n d e los p r i n - J Jaén. » Caballar. » H e r n a n d o de Montilla.
cipales n e g o c i o s . «En g e n e r a l h a b l a n d o , dice, n u e s t r o P a d r e y t o d o s y> Benito. » Ramírez. » Galar.

d a m o s g r a c i a s á Dios n u e s t r o S e ñ o r p o r lo m u c h o q u e se ha dignaíio COLEGIO DE ALCALÁ

s e r v i r s e d e l m i n i s t e r i o de V. R., y t o d o s v e m o s y r e c o n o c e m o s la
P. Villanueva. P. Mauricio. P. Duarte.
d i v i n a m a n o , con c u y a d i r e c c i ó n y fuerza c u a l q u i e r a i n s t r u m e n t o
J Manuel, » D r . ¡Sánchez. » Licenciado López.
s Carrillo. )) Dr. S a l i n a s . H. Hernández.
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i v , p . 4 9 4 . — ( 2 ) Ibid., p. 346.—(3) Ibid. » Cristóbal. » Santander. » Andreas.
410 LID. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA CAP. XI.—PROMULGACIÓN D E LAS CONSTITUCIONES 411

H. Vázquez. H.Muñoz. H. llenao. COLEGIO DE BURGOS

» Castro. » Alonso López. » Gómez, P. Santacruz. I I . ( F a l t a el n o m b r e . )
P. Estrada.
B Gallego. B J u a n Manuel. s González. » Pozo.
B Licenciado Acevedo.
» Bernedo. )> A r b o l e d a . » Mariana.
B Antonio. » Pedro Martínez, B Herrera. COLEGIO DE ZARAGOZA

B Salazar. s Maestro Suárez. B Henrique.

P. Rojas. P. Román.
B Gil G o n z á l e z . » Licenciado Bengifo. B Carrera.
B Don Luis. ,¡> C a s t a ñ e d a . COLEGIO DE OÑATE

P. Miguel Ochoa. P. Casellas de Loyola. P. Bustamante.

COLEGIO DE VALLADOLID
B Licenciado Hernani. A ñ a d i d o s de letra del pa- I I . Don H e r n a n d o Tello.
P. González, P. Tablares. IT. J u l i á n . H. Don P e d r o . dre Nadal: » Sandoval.
s Valderrábaio. H . Gabriel. B Rodrigo. B Zaráuz. P. Francisco.
» Doménech. » Miguel. B Motrico. B Araoz.

COLEGIO DE SALAMANCA
C o n t a n d o e s o s H e r m a n o s c u y o n o m b r e f a l t a , son 1 3 9 . D e s p u é s d e e s t e c a t á l o g o
P. González, H. Portillo. II. López. s i g u e o t r o d e v a r i o s colegios, h e c h o e n t r e 1 5 5 3 y fines d e 1554, c o n b r e v e s n o t a s s o -
s Avila. » Cetina. » J u a n (iiitiérrez. bre el t a l e n t o , s a l u d , e t c . , d e c a d a u n o . E n a l g u n o s h a y d i f e r e n c i a en los n o m b r e s ,
« Hernández. » Prádano. » (-raspar. lo cual p u e d e a t r i b u i r s e á l a s m u c h a s m u d a n z a s q u e h u b o e n e s t e a ñ o 1 5 5 4 .
B Juárez. » Don Sancho. B Antonio. (Toletanae [Provinciae]. Catalogi 1 5 5 0 - 1 5 5 9 , f. l . ° )
» Gutiérrez. » León. B Dieguito.
B Paulo. » Páez.

COLEGIO DE MEDINA

P. Sevillano. P. Cuenca. H. B e r n a r d i n o de Acosta.

i> M a e s t r o M a x i m i l i a n o . » Duran. B José de Acosta.
y> M a e s t r o B a u t i s t a . II. Isidoro. » Cristóbal de Acosta.
í Castillo. » Gómez. B Luis de Medina.
B González. » Diego deAcosta. B Felipe.

COLEGIO D E VALENCIA

P. C a r v a j a l . P. Lozano. II. Pedro.

» Baltasar. II. Lucio Romano. B Sarabia.
» Parra. B Don Pedro.

COLEGIO DE GANDÍA

P. Maestro Antonio. P. Don Rodrigo. H. Felipe

B Alonso López. II. Dionisio. B Capilla.
t> Bautista de Gandía. » P o n t o va. B Ripalda.
» Maestro Bautista. » Govierno. B ( F a l t a el n o m b r e . )

COLEGIO D E ÜARCELONA

P . Queralt. T. Luis. P. J u a n Queralt.

B Monserrat. » Mossén G e s t i . B ( F a l t a el n o m b r e . )

COLEGIO DE AVILA

P. Hernandálvarez. H. Ramírez.

CAPÍTULO XII
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DESDE LA PROMULGACIÓN
DE LAS CONSTITUCIONES HASTA LA MUERTE DE SAN IGNACIO
(1554-1556)
S U M A R I O : 1. A u m e n t o d e la C o m p a ñ í a en E s p a ñ a . — 2. Colegio d e C ó r d o b a a b i e r t o
el 1 1 d e D i c i e m b r e d e 1553. — 3. E l P . N a d a l a r r e g l a su f u n d a c i ó n p o r E n e r o
d e 1 5 5 4 . — 4 . C o n v e r s i ó n del p r i n c i p a l f u n d a d o r . — 5. Colegio d e A v i l a . — G. Co-
legio d e C u e n c a . — 7 . Colegio d e P l a s e n c i a o f r e c i d o en T r e n t o al P . L a í n e z p o r el
o b i s p o D . G u t i e r r e d e C a r v a j a l . — 8. E l P . V i l l a n u e v a lo e m p i e z a en 1554 —
9. C o n v e r s i ó n d e D . G u t i e r r e . — 1 0 . P r i n c i p i o del c o l e g i o d e Sevilla. — 1 1 . Resi-
d e n c i a d e G r a n a d a a b i e r t a e n 1 5 5 4 , y q u e m u y p r o n t o se c o n v i e r t e en c o l e g i o . —
12. N o v i c i a d o d e S i m a n c a s . — 1 3 . B r e v e s n o t i c i a s s o b r e las f u n d a c i o n e s d e M u r -
cia, Monterey y Sanlúcar de B a r r a m e d a .
F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Epistolae. mi.rtae.— 2. Litterae quadrimestres. — ?,. Po-
l a n c o , Historia S. J. — <í-. Epistolae ]'. Lames. — 5. Epistolae P. Nadal.—ü. Kibadoneira,
Historia de la Asistencia de España. — 7. Ambrosio de M o r a l e s , Historia manuscrita de Cór-
doba.— 8. Actas del ayuntamiento de Córdoba. — 9. Actas del cabildo de Avila. — 1 0 . Ídem de
Plasencia.
1. Ya t e n e m o s t r e s p r o v i n c i a s e n España. E l P . E s t r a d a d i r í g e s e á
la d e A r a g ó n , r e s u e l t o á v e n c e r las dificultades q u e se l e v a n t a n con-
t r a ol c o l e g i o de Zaragoza. E l P . M i g u e l de T o r r e s baja á la A n d a l u -
cía p a r a t e r m i n a r los n e g o c i o s de C ó r d o b a , y e s p e r a n d o fundar
n u e v o s c o l e g i o s e n G r a n a d a , S e v i l l a , Baeza y S a n l ú c a r . E l P . Araoz
q u e d a e n Castilla, a l g o c o n t r i s t a d o p o r los avisos q u e le da el P . Na-
dal s o b r e a b a n d o n a r los n e g o c i o s s e g l a r e s , p e r o a n i m a d o d e b u e n
e s p í r i t u y r e s u e l t o á p r o m o v e r con todas sus fuerzas la m a y o r glo-
r i a d i v i n a . F i n a l m e n t e , el P . F r a n c i s c o d e Borja, s u p e r i o r de todos,
está d e c i d i d o , c o m o decía N a d a l , á fundar colee/ios y tomar gente, que
es tina bendición de Dios. Un s ú b i t o y e x t r a o r d i n a r i o c r e c i m i e n t o , así
d e i n d i v i d u o s c o m o d e c o l e g i o s , se siguió e n la C o m p a ñ í a de Es-
paña á la p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s . A u n n o existían en
1554 casas de n o v i c i a d o , y los q u e p r e t e n d í a n e n t r a r en la Compa-
ñía e r a n r e c i b i d o s y e d u c a d o s en los colegios.
NUEVOS COLEGIOS EN E S T A Ñ A D E 1 5 5 4 Á 1556 413
P o r las c a r t a s c u a d r i m e s t r e s n o s consta q u e en los p r i m e r o s c u a -
t r o m e s e s del año 1554 f u e r o n a d m i t i d o s e n Alcalá n u e v e p o s t u -
lantes (1) y e n Valencia diez (2). A ú n m á s v o c a c i o n e s se d e s p e r t a b a n
en Salamanca e n t r e la j u v e n t u d e s t u d i o s a de a q u e l l a u n i v e r s i d a d .
Cuando á fines d e Marzo dol m i s m o año pasó p o r allí el P . Nadal,
admitió á once, d a n d o o r d e n , e m p e r o , q u e n o e n t r a s e n t o d o s d e una
vez, sino q u e fuesen a d m i t i d o s en casa con a l g u n o s i n t e r v a l o s de in-
t e r r u p c i ó n , p a r a q u e fuese m á s fácil el e d u c a r l o s en la vida r e l i -
giosa (3).
Al m i s m o t i e m p o q u e Dios p r o p o r c i o n a b a b u e n o s sujetos á la
Compañía, infundía t a m b i é n en p e r s o n a s ricas y p o d e r o s a s d e s e o s
piadosos de fundar colegios á n u e s t r a O r d e n .
2. E l d e C ó r d o b a d e b i ó su o r i g e n al n o b l e y p i a d o s í s i m o P . A n t o -
nio de C ó r d o b a , de q u i e n ya h e m o s h e c h o honorífica m e n c i ó n e n
capítulos pasados. A p e n a s e n t r ó r e l i g i o s o el b u e n D. A n t o n i o , con-
cibió deseos v e h e m e n t e s de e s t a b l e c e r la C o m p a ñ í a e n C ó r d o b a , su
patria. P a r a l o g r a r este objeto e s c r i b i ó á su m a d r e D . Catalina F e r - a
nández d e C ó r d o b a , m a r q u e s a d e P r i e g o , d e c u y a p i e d a d estaba s e -
g u r o q u e a c o g e r í a tan santa idea. A p r o b a d a p o r la n o b l e s e ñ o r a la
p r o p o s i c i ó n de su h i j o , e s c r i b i e r o n a m b o s á San I g n a c i o , p i d i é n d o l e
un colegio en C ó r d o b a , y ofreciendo p a r a ello la r e n t a d e u n a ca-
nongía y una d i g n i d a d q u e D. A n t o n i o tenía e n a q u e l l a c i u d a d (4).
El santo P a t r i a r c a , c o n s u l t á n d o l o con el P . N a d a l , d e t e r m i n ó q u e
partiese á C ó r d o b a el P . V i l l a n u e v a p a r a a s e n t a r los p r i n c i p i o s de
aquella fundación. P o r o t r a p a r t e , San F r a n c i s c o do Borja s u g i r i ó
que e n v i a s e n al m i s m o D. A n t o n i o , cuya p r e s e n c i a facilitaría la e j e -
cución de lo c o m e n z a d o . E s c r i b i ó s e , p u e s , á V i l l a n u e v a , m a n d á n -
dole p a r t i r s e p a r a A n d a l u c í a , y h u b i é r a s e p u e s t o de c a m i n o al ins-
tante el r e c t o r d e Alcalá, si u n a e n f e r m e d a d n o le h u b i e r a d e t e n i d o
algunos meses. I í é a q u í c ó m o se explica el m i s m o V i l l a n u e v a e n
carta á San I g n a c i o , fecha el 2 de S e t i e m b r e de 1553: « H u b i e r a ido
al p r i n c i p i o , si n u e s t r o S e ñ o r n o m e lo h u b i e r a i m p e d i d o c o n u n a
e n f e r m e d a d q u e m e dio á p r i m e r o s de J u l i o , q u e m e h a d u r a d o
hasta a h o r a , y a u n q u e a n d o l e v a n t a d o y e s t o y m e j o r , t o d a v í a n o es-
toy tan l i b r e q u e p a r a e s c r i b i r ésta n o sea m e n e s t e r b u s c a r m a n o
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. I I , p . 6 2 9 . — ( 2 ) Ibid., t. n i , p . 1 2 6 . — ( 3 ) Epistolae-
P. Nadal, t. J , p . 2 5 5 .
( 4 ) V é a s e l a c a r t a d e D . A n t o n i o en Epistolae mixtae, t. n , p . 7 8 8 . N o c o n s e r v a -
m o s la c a r t a d e la m a r q u e s a q u e D . A n t o n i o m a n d a b a j u n t o c o n l a s u y a .

414 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
ajena. P i e n s o , p l a c i e n d o á la b o n d a d de D i o s , d e a q u í á q u i n c e días
p a r t i r m e p a r a C ó r d o b a . E l P . D. A n t o n i o q u e d ó e s p e r a n d o , s e g ú n
h e e n t e n d i d o , en M e d i n a , y ansi c r e o q u e v e n d r á p o r a q u í y nos
i r e m o s ambos» (1).
L l e g ó V i l l a n u e v a á C ó r d o b a a c o m p a ñ a d o d e l H e r m a n o Alonso
L ó p e z , l i c e n c i a d o , el 26 d e S e t i e m b r e de 1553(2). A d e l a n t ó s e l u e g o
á M o n t i l l a , d o n d e r e s i d í a la m a r q u e s a de P r i e g o , y d o n d e y a estaba
el P . D. A n t o n i o , v e n i d o de Medina. T r a t ó V i l l a n u e v a con a m b o s
s o b r e los m e d i o s de f u n d a r el c o l e g i o , y r e s o l v i e r o n t o d o s t r e s q u e
c o n v e n í a i n t e r e s a r en el a s u n t o á la c i u d a d m i s m a d e C ó r d o b a . Ya la
m a r q u e s a h a b í a d a d o p o r su c u e n t a a l g u n o s pasos en este s e n t i d o ,
a u n q u e sin l l e g a r á u n a c u e r d o definitivo con el a y u n t a m i e n t o (3).
A h o r a j u z g ó c o n v e n i e n t e q u e el P . V i l l a n u e v a se e n c a r g a s e p o r sí
m i s m o d e esta n e g o c i a c i ó n . P o r a q u e l l o s días l l e g a r o n de Alcalá los
P P . B e n i t o y N a v a r r o con los H e r m a n o s Marcelo, B e r n a r d o y R a m í -
rez. Dejólos á t o d o s a p o s e n t a d o s en Montilla el P . V i l l a n u e v a , y él
con su c o m p a ñ e r o v o l v i ó á C ó r d o b a . F u é i n t r o d u c i d o en el a y u n t a -
m i e n t o el 13 de O c t u b r e , y d e s p u é s de p r e s e n t a r u n a s c a r t a s d e r e -
c o m e n d a c i ó n q u e le h a b í a d a d o la m a r q u e s a (4), e x p l i c ó á los r e g i -
d o r e s el fin é i n s t i t u t o de la C o m p a ñ í a , les p r o p u s o el p l a n de f u n d a r
u n colegio en C ó r d o b a , y p i d i ó p a r a esto el p o d e r o s o a p o y o de la
ciudad. F u é b i e n r e c i b i d a la p r o p o s i c i ó n p o r el a y u n t a m i e n t o , y tal
vez se h u b i e r a a n i m a d o él m i s m o á c o s t e a r todos los gastos d e la
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 4 6 3 . P o r e s t a c a r t a d e V i l l a n u e v a se c o r r i g e el
y e r r o c r o n o l ó g i c o del P . l í o a , q u i e n p o n e la e n t r a d a e n A n d a l u c í a d e l o s P P . Vi-
l l a n u e v a y A n t o n i o de C ó r d o b a e n el a ñ o 1 6 5 2 . P o r e s l a c a r t a se v e q u e e s t e h e c h o
o c u r r i ó en A g o s t o d e 1 5 5 3 , y e n t o n c e s \ n o f u e r o n l o s d o s P a d r e s , s i n o V i l l a n u e v a y
un H e r m a n o .
( 2 ) Litlerae quadrimestres, t. n , p . 4'J9. El P . B u s t a m a n t e , q u e l l e g ó á C ó r d o b a
c o n S a n F r a n c i s c o d e B o r j a el 18 d e O c t u b r e , d i c e (pie e s t a b a n allí V i l l a n u e v a y los
o t r o s d e s d e u n m e s a n t e s . Epistolae mixtae, t. m , p . 5 7 4 . L a f e c h a p u n t u a l la d a el
P . l í i b a d e n e i r a , Historia de la Asistencia de España, 1. 1 , c. x x m .
( 3 ) A s í n o s lo d e m u e s t r a u n e s c r i t o , r e l a t i v a m e n t e m o d e r n o , p e r o f u n d a d o sin
d u d a en d o c u m e n t o s c o n t e m p o r á n e o s . A l u d i m o s á la o b r a a n ó n i m a i n t i t u l a d a «Me-
morias | de el Colegio de la Compañía de Jesús \ de j Córdoba. | Desde el año de
1 5 5 3 hasta el | de | 1741.» G u á r d a s e e n el i n s t i t u t o p r o v i n c i a l d e C ó r d o b a . E l a u t o r ,
q u e d e b e ser a l g ú n j e s u í t a d e l s i g l o X V J I I , m o r a d o r d e a q u e l c o l e g i o , d e s c r i b e m i -
n u c i o s a m e n t e los p a s o s d é l a f u n d a c i ó n , c i t a n d o á v e c e s d o c u m e n t o s a n t i g u o s , y a
d e n u e s t r o c o l e g i o , y a d e la c i u d a d , los c u a l e s p o r d e s g r a c i a p a r e c e n h a b e r d e s a p a -
r e c i d o . V é a s e el c. i.
( 4 ) E l a u t o r a n ó n i m o de las Memorias d i c e h a b e r v i s t o e s t a s c a r t a s en el a r c h i v o
d e la c i u d a d . Ibid. C u a n d o y o v i s i t é e s t e a r c h i v o , p o r J u n i o do l'JOO, n o p u d e
hallar estas cartas.
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 415
fundación; p e r o Dios a b r e v i ó los t r á m i t e s de este n e g o c i o , m o v i e n d o
el c o r a z ó n de u n h o m b r e tan n o b l e c o m o r i c o , cuya g e n e r o s i d a d fa-
cilitó c o n s i d e r a b l e m e n t e esta o b r a .
C u a n d o V i l l a n u e v a v o l v í a d e Montilla á C ó r d o b a p a r a t r a t a r de
este n e g o c i o con el a y u n t a m i e n t o , la m a r q u e s a de P r i e g o le dio car-
tas de r e c o m e n d a c i ó n p a r a D . J u a n d e C ó r d o b a , d e á n d e a q u e l l a
iglesia, a b a d y s e ñ o r de las villas de R u t o y Z a m b r a , h o m b r e q u e p o r
sus r i q u e z a s y n o b l e linaje era quizá el más i n f l u y e n t e de la ciudad.
No a g r a d ó á este s e ñ o r la r e c o m e n d a c i ó n d e la m a r q u e s a , p o r q u e es-
taba s i n i e s t r a m e n t e i n f o r m a d o acerca de la C o m p a ñ í a . No obstante,
p o r no d e s a i r a r los deseos de tan i l u s t r e señora, r e c i b i ó b e n i g n a -
m e n t e y h o s p e d ó e n su casa al P . V i l l a n u e v a y á su c o m p a ñ e r o . Ya
que los t u v o allí, e m p e z ó á e x a m i n a r c u i d a d o s a m e n t e t o d o lo q u e
hacían, l l e g a n d o su vigilancia hasta l e v a n t a r s e de n o c h e y a c e c h a r l e s
por la c e r r a d u r a de la p u e r t a . C o m o s i e m p r e los viese ocupados,
d e n t r o d e casa en o r a c i ó n y l e c c i ó n d e a l g u n o s l i b r o s piadosos q u e
llevaban, y fuera en o b r a s de celo y p i e d a d , e m p e z ó á m e j o r a r el
juicio q u e de ellos h a b í a f o r m a d o ; p e r o de p r o n t o 0} ó d e c i r á u n ca- r
l u m n i a d o r q u e sus h u é s p e d e s salían d e n o c h e . S o r p r e n d i ó s e D. J u a n
y pensó h a b e r d e s c u b i e r t o la malicia q u e antes se le ocultaba;
pero i n q u i r i e n d o m á s , oyó á los pocos días la v e r d a d e r a e x p l i c a c i ó n
de a q u e l h e c h o . F u é el caso q u e , estando á la m u e r t e u n a n o c h e
cierto c a b a l l e r o de vida e s c a n d a l o s a , y no p o d i e n d o o b t e n e r de él
un s i n c e r o a r r e p e n t i m i e n t o , l l a m a r o n al P . V i l l a n u e v a p a r a q u e p r o -
curase con su f e r v o r a b l a n d a r a q u e l corazón e n d u r e c i d o . A c u d i ó
luego el P a d r e con su c o m p a ñ e r o , y p o r la gracia de Dios, t a n t o s u p o
decir al e n f e r m o y con tal eficacia le e x h o r t ó al a r r e p e n t i m i e n t o d e
sus culpas, q u e c o n s i g u i ó de él u n a b u e n a confesión y u n a m u e r t e
edificante. C u a n d o a l g u n o s t e s t i g o s d e este h e c h o lo r e f i r i e r o n á
D. J u a n de C ó r d o b a , d e p u s o este c a b a l l e r o las malas sospechas q u e
había c o n c e b i d o c o n t r a la C o m p a ñ í a , y desde e n t o n c e s hasta m o r i r
la a m ó con e n t r a ñ a b l e c a r i ñ o (1).
E n t e r a d o d e l c o l e g i o que se t r a t a b a de fundar e n C ó r d o b a , ocu-
rriósele la idea de d o n a r p a r a esta o b r a las casas en q u e él vivía, y
cuyo p r e c i o era, s e g ú n el P . N a d a l , de v e i n t i c i n c o á t r e i n t a m i l d u -
cados (2). P o r a q u e l l o s días (el 18 de O c t u b r e ) llegó de P o r t u g a l San
F r a n c i s c o de Borja e n c o m p a ñ í a del P . B u s t a m a n t e (3), y la p r e s e n -
i l ) l i i b a d e n e i r a , Historia de la Asistencia de España, 1. i , c. x x m . — ( 2 ) Epis-
tolae P. Nadal, t. i, p . 2 2 3 . — ( 3 ) Epistolae mixtae, t. n i , p . 5 7 4 .
 410 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
cia de u n h o m b r e tan i n s i g n e c o n t r i b u y ó aquí, c o m o en t o d a s p a r t e s ,
á facilitar la e x p e d i c i ó n del n e g o c i o . D e s p u é s d e d e s c a n s a r u n día en
casa de D. J u a n de C ó r d o b a , d i r i g i ó s e el santo á Montilla p a r a v i s i t a r
á la m a r q u e s a do P r i e g o . C u m p l i d o este d e b e r do g r a t i t u d y r e l i -
giosa c a r i d a d , volvióse á C ó r d o b a , y el 3 d e N o v i e m b r e p r e s e n t ó s e
con el P . D. A n t o n i o e n el a y u n t a m i e n t o . R e p i t i ó los o f r e c i m i e n t o s
q u e y a h a b í a h e c h o el P . V i l l a n u e v a , y á ellos c o n t e s t a r o n l o s r e g i -
d o r e s b r i n d á n d o s e á s e c u n d a r los santos deseos de la C o m p a ñ í a (1).
Á t o d o esto la piadosa i m p a c i e n c i a de la m a r q u e s a a c e l e r ó la a p e r -
t u r a del c o l e g i o . M i e n t r a s la c i u d a d d e l i b e r a b a s o b r e la f o r m a de
e s t a b l e c e r la o b r a , y D. J u a n m a d u r a b a el p e n s a m i e n t o de c e d e r su
casa á la Compañía, ofreció ella u n a s casas q u e tenía en C ó r d o b a , lla-
madas v u l g a r m e n t e Casas del (ajita (2), para q u e en ellas empezasen
á v i v i r y t r a b a j a r de a l g ú n m o d o n u e s t r o s P a d r e s . F u é a d m i t i d a la
oferta, y aderezadas p r o n t a m e n t e a q u e l l a s casas, p r o c e d i ó s e á la so-
l e m n e a p e r t u r a del colegio. Verificóse este acto el 11 de D i c i e m b r e
de 1553 (3). C o n v i d a d o s el s e ñ o r obispo y el cabildo, el a y u n t a m i e n t o
y los m á s ilustres personajes de la c i u d a d , p r o n u n c i á r o n s e d o s dis-
c u r s o s , en los cuales se d e c l a r a b a n los santos p r o p ó s i t o s de la C o m -
pañía e n la e d u c a c i ó n de la j u v e n t u d , y se c o n v i d a b a á los c i r c u n s -
t a n t e s á e n v i a r sus n i ñ o s á las clases de latinidad, q u e d e s d e entonces
q u e d a b a n a b i e r t a s . T a m b i é n se empezaba u n a clase de casos de con-
ciencia p a r a los eclesiásticos q u e d e s e a r a n p r o f u n d i z a r las m a t e r i a s
m o r a l e s . Afirmaba San F r a n c i s c o de Rorja q u e en n i n g u n a c i u d a d
de E s p a ñ a h a b í a sido r e c i b i d a la C o m p a ñ í a con tantas m u e s t r a s do
b e n e v o l e n c i a (4).
3. E n vista de la g e n e r o s i d a d con q u e so d á b a n l o s N u e s t r o s al tra-
bajo, así de la enseñanza, c o m o de o ir confesiones y p r e d i c a r , c r e c i ó
(1) Efcta e n t r e v i s t a de los dos P a d r e s c o n el a y u n t a m i e n t o c o n s t a p o r las a c t a s
d e é s t e , q u e p u e d e n v e r s e en su a r c h i v o . V i d . , Traslado del libro capitular del año
1 5 5 3 . N o e s t á f o l i a d o el t o m o . B ú s q u e s e el d í a 3 d e N o v i e m b r e .
( 2 ) H e a q u í c ó m o d e s c r i b e n e s t a c a s a l a s Memorias del colegio de. Córdoba, a n t e s
c i t a d a s : ce E s t a c a s a es u n a q u e a q u í l l a m a n Casa del agua, q u e e s t á e n f r e n t e d e la
c a t e d r a l , al l a d o d o n d e e s t á la t o r r e , y c u a n d o e s t o se e s c r i b e ( 1 7 4 1 ) so c o n s e r v a
s o b r e s u p u e r t a u n a p e q u e ñ a l á p i d a c o n la i n s c r i p c i ó n s i g u i e n t e : La casa del agua,
y s o b r e e l l a el a u g u s t o n o m b r e d e J e s ú s en esta f o r m a JIIS.s ( L . I, Década 1.",
Morada 4 . ) . E s t a c a s a d e b í a ser la d e l n ú m . 3 a n t i g u o y 6 m o d e r n o d e la a c t u a l
a
calle do T o r r i j o s .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. m , p . 3 6 4 . Epistolae S. Franc. de Borja. Carta
e s c r i t a e n C ó r d o b a el 2 5 d e D i c i e m b r e d e 1 5 5 3 .
( 4 ) P o l a n c o , Ibid.
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 417
en t o d o s los c o r d o b e s e s el deseo de a s e n t a r a q u e l colegio, y c u a n d o
unos q u i n c e días d e s p u é s se p r e s e n t ó , c o m o v i m o s , el P . Nadal, acti-
vóse más el n e g o c i o . D o n J u a n de C ó r d o b a acabó d e d e c i d i r s e , y
ofreció g e n e r o s a m e n t e su casa. Más obstáculos h u b o p o r p a r t e del
a y u n t a m i e n t o , d o n d e , c o m o e n t o d a c o r p o r a c i ó n , n u n c a faltaban al-
g u n o s q u e r e p u g n a b a n á esta o b r a ; p e r o al fin v e n c i ó s e esta resis-
tencia y o b l i g ó s e la c i u d a d á d a r al c o l e g i o u n a r e n t a d e seiscientos
mil m a r a v e d í s (1).
4. Ya estaba todo p a r a c o n c l u i r s e , c u a n d o una t r i s t e noticia p e r -
t u r b ó s ú b i t a m e n t e á los N u e s t r o s , y p u s o en p e l i g r o do a r r u i n a r s e
toda la o b r a . S u p i e r o n q u e su g e n e r o s o a m i g o el s e ñ o r d e á n de Cór-
doba, el c u m p l i d o c a b a l l e r o , el eclesiástico r e s p e t a b l e , estaba m i s e -
r a b l e m e n t e a m a n c e b a d o , y q u e este a m a n c e b a m i e n t o era p ú b l i c o .
Tan d o m i n a d o tenía el vicio al p o b r e d e á n , q u e , c o m o dice el
P. A n t o n i o d e C ó r d o b a , «ni sus deudos, n i el e m p e r a d o r , n i el r e i n o
todo h a b í a n bastado á g a n a r esta f u e r z a , y así lo t e n í a n q u i t a d o [á
D. J u a n ] de los m e m o r i a l e s de p r o v i s i o n e s do iglesias, con h a b e r
estado (docto y a a l g u n a voz, y sus p a r i e n t e s lo d e j a b a n p o r cosa p e r -
dida» (2). C u a n d o d e s c u b r i ó esta llaga el P . N a d a l , j u n t ó á todos los
P a d r e s y H e r m a n o s del c o l e g i o , y con v i v o d o l o r les d i r i g i ó estas
palabras, quo p o n e en sus labios R i b a d e n e i r a , y p a r e c e n m u y n a t u -
rales en a q u e l santo v a r ó n : «¿Qué es esto, H e r m a n o s ? ¿Dónde se su-
fro q u e h a b i é n d o n o s d a d o D. J u a n su h a c i e n d a dé su alma al d e m o -
n i o ? ¿ V e n i m o s á C ó r d o b a p o r h a c i e n d a ó p o r a l m a s ? N o , n o ha de
sor así, sino q u e habernos do dejar la h a c i e n d a , ó habernos de g a n a r
para Dios el a l m a del q u e nos la dio. H a g a m o s o r a c i ó n y p e n i t e n c i a ,
lloremos y g i m a m o s y c l a m e m o s al cielo t o d o s á u n a , y s u p l i q u e -
mos al S e ñ o r con g r a n d e instancia q u e dé su e s p í r i t u y esfuerzo á
D. J u a n , p a r a q u e le e n t r e g u e su corazón y q u i t e el escándalo do esta
ciudad» (3).
O b e d e c i e r o n t o d o s á esta f e r v o r o s a e x h o r t a c i ó n , o r a r o n y g i m i e -
ron en la p r e s e n c i a de Dios, y á pocos días la g r a c i a tocó eficazmente
el corazón d e D. J u a n . A u n q u e d e s d e j o v e n había v i v i d o en los vi-
cios, hizo e n t o n c e s u n esfuerzo g e n e r o s o , c o n v i r t i ó s e de v e r a s á
Dios, y t o m a n d o á la m u j e r q u e le p e r d í a , hizo q u e la sacasen p ú b l i -
c a m e n t e de su casa y la depositasen en u n m o n a s t e r i o (4). Con esto
se d e s v a n e c i ó u n r u m o r q u e e m p e z a b a á c o r r e r e n t r e el v u l g o , do
( 1 ) Epístola P. Nadal, t. I , p . 2 2 3 . — ( 2 ) Epist. mixtae, t. ív, p . 3 0 6 . — ( 3 ) His-
toria de la Asistencia de España, 1. i, c. x x i v . — ( 4 ) Epistolae mixtae, t. í v , p . 3 0 7 .
27
418 MU. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
quo la C o m p a ñ í a d i s i m u l a b a los v i c i o s do D. J u a n á t r u e q u e de sa-
carle su d i n e r o , y de q u e los jesuítas sufrían la de Daal con el arca del
Señor (1). P o r el c o n t r a r i o , al v e r l o g r a d a p o r la C o m p a ñ í a u n a con-
v e r s i ó n q u e nadie había p o d i d o c o n s e g u i r , se c o n v e n c i e r o n t o d o s de
q u e e r a v e r d a d lo q u e se contaba d e la v i r t u d y celo d e los Nues-
t r o s (2).
A c t i v á r o n s e todas las d i l i g e n c i a s , y el 24 de E n e r o de 1554 se
firmó la e s c r i t u r a e n t r e el a y u n t a m i e n t o de C ó r d o b a , D. J u a n y la
Compañía.
No d e b e m o s o m i t i r el p r e c i o s o c o n c u r s o q u e p r e s t ó p a r a t o d o este
n e g o c i o el 1>. J u a n de Ávila, q u e p o r e n t o n c e s se hallaba en Cór-
d o b a . Con él c o n s u l t a b a n los N u e s t r o s t o d o s los negocios d e esta
f u n d a c i ó n , c o m o se ve p o r la carta del P . N a d a l e s e r i t a el 15 de
Marzo de 1554 (3), < él a n i m a b a á t o d a s las p e r s o n a s q u e p o d í a n fa-
v o r e c e r n o s , y de una frase del P . B u s t a m a n t e se colige q u e , si no
fué el M. Ávila q u i e n i n s p i r ó á 1). -luán el p e n s a m i e n t o de d a r su
casa á la C o m p a ñ í a , p o r lo m e n o s le confirmó en su b u e n deseo.
Dice B u s t a m a n t e q u e c u a n d o el d e á n ofreció su casa, dio una cé-
d u l a , - q u e liaría la dicha o b l i g a c i ó n c u a n d o y c o m o pareciese al
P. M. Ávila, q u e es el q u e ha m u c h o trabajado en este n e g o c i o » (4).
No es de m a r a v i l l a r q u e t u v i e s e tan feliz r e s u l t a d o esta fundación,
h a b i e n d o p u e s t o las m a n o s en ella h o m b r e s tan santos c o m o San
F r a n c i s c o de Borja, ol B. J u a n de Ávila y los P P . Nadal, Villanueva
y D. A n t o n i o .
Año y m e d i o p e r m a n e c i ó el colegio en las Casas del agua. E n este
t i e m p o friéronse h a c i e n d o las t r a n s f o r m a c i o n e s necesarias en la casa
( 1 ) L a fra*e es del P . A n t o n i o de C ó r d o b a , /I/id. Lo c u r i o s o d e este c a s o es 400,
s e g ú n p a r e c e i n d i c a r el P . A m o n i o , se verificó e s t a m u d a n z a d e 1). J u a n s i n q u e
los N u e s t r o s le h a b l a s e n d i r e c t a m e n t e s o b r e e l l o , a u n q u e de u n a f r a s e del P. Po-
l a n c o (Historia S. J., t. 111, p . 3 0 5 ) p a r e c e i n f e r i r s e q u e el P . V i l l a n u e v a p u s o la
m a n o cu e s t e n e g o c i o . N a d a t e n d r í a de e x t r a ñ o , q u e j u n t á n d o s e las o r a c i o n e s de
t o d o s con la p a l a b r a r u d a p e r o elicaz d e l b u e n V i l l a n u e v a , se c o n s i g u i e r a el e f e c t o
d e s e a d o . D e b i ó e f e c t u a r s e la c o n v e r s i ó n d e D . J u a n e n los ú l t i m o s d í a s del ano
1553, p u e s d a n o t i c i a d e ella el P . B u s t a m a n t e en c a r t a del 3 1 de D i c i e m b r e . «Si no
se h u b i e r a g a n a d o , d i c e , o t r a cosa, sino l a m u d a n z a q u e h a h e c h o el S e ñ o r en s u per-
s o n a [ d e D . J u a n ] , d e s p u é s q u e t r u j o á su casa la C o m p a ñ í a , f u e r a b i e n e m p i c a d o
t o d o n u e s t r o t r a b a j o , p o r ser él la p r i n c i p a l p e r s o n a d e s t a c i u d a d , y con q u i e n m á s
c u e n t a se t i e n e en t o d a la A n d a l u c í a d e p e r s o n a eclesiástica.)] Epistolar, mixtae,
t. n i , p . 7 0 6 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. i v , p . 3 0 7 .
( 3 ) Vide Epistolae P. Nadal, t. ¡, p . 2 2 2 y s i g u i e n t e s .
[ ( 4 ¿ ) 2 E p i s t o l a e mixtae, t. 111, p . 5 7 5 .
NOKVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 419
de D. J u a n p a r a c o n v e r t i r l a en c o l e g i o , y el a y u n t a m i e n t o a p r e s u r ó
estos trabajos, c o n t r i b u y e n d o g e n e r o s a m e n t e con la s u m a de seis m i l
ducados (1). C u a n d o e s t u v o el edificio d e b i d a m e n t e d i s p u e s t o , tras-
ladáronse á él n u e s t r o s P a d r e s y H e r m a n o s con toda s o l e m n i d a d el
23 de J u n i o de 1555. F u e r o n c o n v i d a d o s p a r a este acto el s e ñ o r
obispo D. L e o p o l d o de A u s t r i a , los dos cabildos eclesiástico y seglar,
los i n q u i s i d o r e s , las O r d e n e s religiosas y o t r a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s .
R e u n i d a p a r t e de esta c o m i t i v a en la Casa del a g u a , salió de ella el
p r i m e r o n u e s t r o P . P r o v i n c i a l Miguel de T o r r e s , e n t r e las dos p e r -
sonas más i l u s t r e s ; s e g u í a n d e s p u é s en fila t o d o s n u e s t r o s T a d r e s y
H e r m a n o s , l l e v a n d o cada u n o otras dos p e r s o n a s á sus l a d o s , j en T
esta forma, a t r a v e s a n d o p o r lo más p ú b l i c o de la c i u d a d , l l e g a r o n al
n u e v o c o l e g i o . Allí los e s p e r a b a D. J u a n con o t r a s p e r s o n a s r e s p e t a -
bles. C u a n d o vio v e n i r al P. P r o v i n c i a l s.ilió á su e n c u e n t r o , y antes
de q u e se lo p u d i e r a n i m p e d i r , púsose i m p e t u o s a m e n t e de rodillas.
A r r o d i l l ó s e t a m b i é n el P . T o r r e s y a b r a z ó a f e c t u o s a m e n t e á n u e s t r o
b i e n h e c h o r , y d e r r a m a n d o uno y o t r o l á g r i m a s de t e r n u r a , p u s o
D. J u a n en m a n o s del P . P r o v i n c i a l las llaves de la casa. D i r i g i é -
ronse l u e g o t o d o s á la iglesia p a r a d a r gracias á D i o s , e n t o n á r o n s e
las v í s p e r a s y t r a s ellas p r e d i c ó un s e r m ó n f e r v o r o s o el B. J u a n de
Ávila. Al día s i g u i e n t e , fiesta de San J u a n B a u t i s t a , c e l e b r ó misa so-
l e m n e ol m i s m o D. J u a n de C ó r d o b a , y p r e d i c ó F r . P e d r o de San
J u a n , de la O r d e n de Santo D o m i n g o (2). Con tan felices auspicios
empezó el colegio de C ó r d o b a , quo p u d o l l a m a r s e el p r i n c i p i o de la
P r o v i n c i a de Andalucía.
5. No h a b r í a pasado m e d i o año d e s p u é s de la a p e r t u r a d e l colegio
de C ó r d o b a , c u a n d o en la p r i m a v e r a de 1554 se dio m o d e s t o p r i n c i -
pio al de Ávila. No tengo noticia de que n u e s t r o s P a d r e s se diesen á
conocer en esta c i u d a d hasta el año 1550. E n t o n c e s , con ocasión de
cierto n e g o c i o , h u b o de p r e s e n t a r s e allí el P . M i g u e l de T o r r e s , p r e -
cisamente al t i e m p o en q u e se hablaba m u c h o de las disensiones la-
m e n t a b l e s q u e o c u r r í a n en u n c é l e b r e c o n v e n t o , d o n d e vivían m á s
de ciento v e i n t e monjas. R o g a r o n al P a d r e q u e acudiese á este m o -
( 1 ) A m b r o s i o d e M o r a l e s . Historia manuscrita de Córdoba, t. n , p . 4 9 2 . E n e s t a
h i s t o r i a , q u e se g u a r d a e n el a r c h i v o m u n i c i p a l d e C ó r d o b a , p u e d e n r e c o g e r s e algu-
n a s n o t i c i a s s o b r e los p r i n c i p i o s d e n u e s t r o c o l e g i o ; n o t i c i a s q u e m e r e c í n t o d a f e ,
p u e s el c é l e b r e h i s t o r i a d o r t e n í a e n t o n c e s c u a r e n t a a ñ o s y p r e s e n c i a b a lo q u e c u e n t a .
( 2 ) V é a s e la d e s c r i p c i ó n q u e h a c e d e esta t r a s l a c i ó n el P . P e d r o d e A z e v e d o e n
la c a r t a c u a d r i m e s t r e q u e e s c r i b i ó á S a n I g n a c i o el 3 d e S e t i e m b r e d e 1 5 5 5 . Lit-
terae quadrimestres, t. n i , p . 6 2 5 .
420 LIB. II.—SAN MNACIO DE LOYOLA
n a s t e r i o , p a r a v e r si p o d í a r e s t a b l e c e r la paz. IIízolo así n u e s t r o doc-
t o r , y á la p r i m e r a plática q u e d i r i g i ó á las monjas las c o n m o v i ó de
tal m a n e r a , q u e e m p e z a n d o p o r la a b a d e s a , todas se p u s i e r o n de
r o d i l l a s , y p i d i e n d o á Dios p e r d ó n de sus faltas, se r e c o n c i l i a r o n
s i n c e r a m e n t e en p r e s e n c i a d e l P a d r e . A s o m b r a d a s v a r i a s p e r s o n a s
b u e n a s del efecto p r o d u c i d o p o r u n a sola plática de a q u e l h o m b r e ,
c o n c i b i e r o n la idea de a b r i r en Avila u n a casa d e la Compañía (1).
No p u d o p o r e n t o n c e s e j e c u t a r s e este p r o y e c t o ; p e r o Dios con esta
ocasión trajo á n u e s t r a O r d e n el h o m b r e q u e con el t i e m p o lo había
de realizar.
F e r n a n d o Á l v a r e z del Á g u i l a , nacido de i l u s t r e familia avilesa,
e r a u n s a c e r d o t e e j e m p l a r , b u e n t e ó l o g o y p r e d i c a d o r , q u i e n , de-
seando a p r o v e c h a r á los p r ó j i m o s , había f o r m a d o en Ávila u n pe-
q u e ñ o colegio de n i ñ o s , á los cuales sustentaba con sus b i e n e s y en-
señaba las l e t r a s y el s a n t o t e m o r de Dios (2). C u a n d o en 1550 cono-
ció al P . T o r r e s y p o r él á la C o m p a ñ í a , c r e y ó q u e en la nueva
O r d e n r e l i g i o s a estaría b i e n e m p l e a d o el celo q u e sentía de santifi-
car á los p r ó j i m o s . F u e s e , p u e s , á Salamanca, y allí e m p e z ó su n o v i -
ciado con e x t r a o r d i n a r i o f e r v o r . C o m o ya r e c o r d a r á n los lectores,
e n la e x p e d i c i ó n de m i s i o n e r o s q u e de Salamanca s a l i e r o n p a r a Bur-
gos en a q u e l m i s m o a ñ o , el P . Á l v a r e z del Águila era el q u e más des-
collaba, así p o r su celo a p o s t ó l i c o c o m o p o r la p o b r e z a y h u m i l d a d
con q u e c a m i n a b a (3).
Desde q u e vistió n u e s t r a sotana t u v o clavado el p e n s a m i e n t o de
fundar u n colegio e n Á v i l a , d e s t i n a n d o á esto los benelicios ecle-
siásticos q u e poseía. C u a n d o en 1551, t e r m i n a d a la e x c u r s i ó n á To-
l e d o , volvía el P . T o r r e s á S a l a m a n c a , d e t ú v o s e en Ávila con el
P . F e r n a n d o Á l v a r e z , p a r a t a n t e a r el t e r r e n o y v e r la disposición
q u e había p a r a la fundación q u e éste deseaba. E l s e ñ o r obispo Diego
d e Álava y E s q u i v e l , se m o s t r ó s u m a m e n t e favorable á la i d e a ; lo
m i s m o h i c i e r o n o t r a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s de la c i u d a d ; p e r o con
t o d o , n o s a b e m o s q u e a q u e l año se diese u n paso más en el asunto,
p r o b a b l e m e n t e p o r n o t e n e r sujetos la C o m p a ñ í a p a r a a t e n d e r á tan-
tas p a r t e s (4).
E n 1552, el P . F e r n a n d o dio o t r o i m p u l s o al n e g o c i o . Desde B u r -
g o s , d o n d e r e s i d í a y trabajaba a p o s t ó l i c a m e n t e , hizo una salida á
Salamanca á p r i n c i p i o s de M a y o , p a r a t r a t a r con el P . T o r r e s s o b r e
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J.. t. u , p . 1 2 8 . — ( 2 ) Epistolae mixtae, t. n , p . 5 6 1 . —
(3) Vide supra, c. v i . — ( 4 ) P o l a n c o , Historia S. J., t . n , p . 3 2 7 .
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 421
los m e d i o s d e f u n d a r e n Ávila. B i e n e x a m i n a d a s todas las c i r c u n s -
tancias, j u z g ó el p r u d e n t e r e c t o r de Salamanca, q u e c o n v e n d r í a o b -
t e n e r p r i m e r o del S u m o Pontífice la facultad d e aplicar á esta fun-
dación los beneficios eclesiásticos del P . F e r n a n d o Á l v a r e z , y q u e
e n t r e t a n t o , los p a r i e n t e s y a m i g o s de é s t e , c o m o tan p o d e r o s o s e n
Ávila, p r e p a r a s e n los á n i m o s de los c i u d a d a n o s p a r a r e c i b i r b i e n á
la C o m p a ñ í a (1). Con esta r e s o l u c i ó n v o l v i ó s e á B u r g o s Á l v a r e z del
Águila, y d e s d e allí e s c r i b i ó á San I g n a c i o c o m u n i c á n d o l e sus ideas
y deseos (2).
No s a b e m o s si sus p a r i e n t e s a d e l a n t a r o n algo en la e m p r e s a ; p e r o
en la p r i m a v e r a de 1553 p r e s e n t ó s e en Ávila el m i s m o P a d r e , r e -
suelto á m e t e r fuego en el n e g o c i o (3). E l día 25 de M a y o , i n t r o d u -
cido en el c a b i l d o , p r o p u s o la fundación de u n colegio de la Com-
pañía e n Á v i l a , y p i d i ó r e s p e t u o s a m e n t e el p a r e c e r de los s e ñ o r e s
canónigos s o b r e este a s u n t o . R e s p o n d i e r o n e l l o s , «que les p a r e c í a
negocio m u y a c e r t a d o , y o b r a m u y piadosa y santa; p o r t a n t o , q u e
se d e b e h a c e r » (4). E n t r ó p o c o t i e m p o d e s p u é s e n Ávila el P . Bau-
tista S á n c h e z , e n v i a d o de M e d i n a , y con los v a l i e n t e s s e r m o n e s q u e
p r e d i c ó , n o sólo c o n v i r t i ó m u c h a s a l m a s , sino q u e decidió á las p e r -
sonas más p r i n c i p a l e s á p e d i r r e s u e l t a m e n t e u n colegio d e la Com-
pañía. E l s e ñ o r obispo ofreció á los N u e s t r o s la iglesia de San G i l , y
el cabildo d e t e r m i n ó d a r l i m o s n a p a r a la fábrica de la casa (5). Á
pesar d e tan b u e n a disposición fué p r e c i s o e s p e r a r a l g u n o s meses,
hasta q u e d e R o m a se c o n s i g u i e r a el a n e j a r al colegio los beneficios
del P . Á l v a r e z d e l Águila. L l e g ó la deseada licencia e n la p r i m a v e r a
de 1554, y San F r a n c i s c o de B o r j a , q u e acababa de s e r n o m b r a d o ,
como v i m o s , C o m i s a r i o d e E s p a ñ a , p r e s e n t ó s e e n Ávila el 23 d e
Mayo, v í s p e r a d e la fiesta del C o r p u s Christi. E l cabildo d e s i g n ó al
instante á los s e ñ o r e s a r c e d i a n o de O l m e d o y m a e s t r o H o n c a l a , p a r a
que en su n o m b r e v i s i t a r a n al santo y le d i e r a n la b i e n v e n i d a (6). F u é
t a m b i é n v i s i t a d o el P . F r a n c i s c o p o r lo más g r a n a d o de la p o b l a -
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. ./., t n , p . 6 3 3 .
( 2 ) N o se c o n s e r v a esta c a r t a ; p e r o t e n e r n o s o t r a del m i s m o al P . P o l a n c o , e n la
q u e m a n i f i e s t a la i m p a c i e n c i a c o n q u e e s p e r a la c o n t e s t a c i ó n á lo q u e h a b í a p r o -
p u e s t o . Vide Epistolar mixtae, t. n i , p . 1 3 3 .
(3) Epistolae mixtae, t. n i , p . 2 9 0 .
(4) A r c h i v o d e la c a t e d r a l . Actas capitulares. Año 1 5 5 3 . J u e v e s 2 5 d e M a y o .
(5) V é a n s e las Actas capitulares. A ñ o 1 5 5 3 . V i e r n e s 13 d e O c t u b r e . Ítem P o -
lanco, Historia S. J., c. n i , p . 3 1 1 .
(6) Actas capitulares. A ñ o 1554. Miércoles 23 de M a y o .
 HUEVOS COLEGIOS EN ESJ'AÑA DE 1 5 5 4 Á 1556 423
422 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

c i ó n ; p r e d i c ó u n día d e la octava d e l C o r p u s , y e r a tal el a p l a u s o y en c a m b i o el Dr. V e r g a r a juzgó q u e esta s e g u n d a fundación sería u n a

a d m i r a c i ó n d e toda la c i u d a d , q u e b i e n era m e n e s t e r , dice P o l a n c o , ventaja p a r a el p r i m e r c o l e g i o , p u e s así los e n f e r m o s q u e solía ha-
la g r a n h u m i l d a d de Borja p a r a n o d e s v a n e c e r s e e n t r e tantas acla- b e r en Alcalá al t i e m p o de los calores p o d r í a n pasar á r e p o n e r s e en
los a i r e s m á s frescos y s a l u b r e s de Cuenca.
m a c i o n e s (1).
P a r a e m p e z a r el c o l e g i o había d e s i g n a d o el P . Nadal al P . A n d r é s P r o p u e s t a la fundación á los P P . Nadal y Borja, fué a p r o b a d a p o r
González y á o t r o s dos H e r m a n o s e s t u d i a n t e s , p u e s c o m o e n t o n c e s e n t r a m b o s , y p a r a d a r l e p r i n c i p i o fué e n v i a d o el P . Alonso López
con cinco H e r m a n o s e s t u d i a n t e s e n f e r m o s del colegio de Alcalá.
h u b o de sacar de B u r g o s al P . E s t r a d a p a r a h a c e r l e P r o v i n c i a l de
E n t r a r o n en Cuenca el 20 de J u n i o (1), y m i e n t r a s se disponía la
A r a g ó n , c r e y ó i n d i s p e n s a b l e l l a m a r de Ávila al P . Alvarez del Águila
casa del c a n ó n i g o P e d r o d e l P o z o , e s t u v i e r o n h o s p e d a d o s e n la del
p a r a h a c e r l e r e c t o r de B u r g o s . E j e c u t ó s e este p l a n , y en el v e r a n o
D r . V e r g a r a . Á p r i n c i p i o s de J u l i o pasó p o r allí ol P . Nadal y t r a t ó
d e 1554 e m p e z ó el c o l e g i o d e Ávila con solo t r e s i n d i v i d u o s . ¿Y q u é
de a s e n t a r la fundación (2). I n c l i n á b a s e P o z o á q u e fuese casa p r o -
p o d í a n h a c e r t r e s r e l i g i o s o s , de los cuales sólo u n o e r a sacerdote?
fesa, p e r o Nadal le p e r s u a d i ó q u e debía s e r colegio, y le p r o p u s o
B i e n p o c o e n v e r d a d , y así lo indica el m i s m o r e c t o r en carta que;
q u e asignase a l g u n a r e n t a para el s u s t e n t o de n u e s t r o s H e r m a n o s .
d i r i g e á San I g n a c i o el 12 de O c t u b r e . « E s t a m o s , d i c e , en esta casa
No p u d o el c a n ó n i g o ejecutar esto s e g u n d o , p e r o al m e n o s se e s m e r ó
el H . R a m í r e z , q u e es n a t u r a l de Z a m o r a , de edad de v e i n t i c i n c o
e n p r e p a r a r b i e n su casa p a r a los N u e s t r o s . O c u p á r o n l a éstos eL 11
a ñ o s , al cual e n s e ñ o , c o m o y o p u e d o , la g r a m á t i c a ; está con n o s o t r o s
de S e t i e m b r e , y c o m o los cinco e s t u d i a n t e s e n f e r m o s de Alcalá ha-
u n H e r m a n i t o d e q u i n c e ó diez y seis a ñ o s , q u e e r a de la doctrina
bían m e j o r a d o de s a l u d , v o l v i e r o n á su c o l e g i o , y fueron de allí
cristiana. Yo m e o c u p o en o i r la teología q u e se lee on Santo Tomás,
m a n d a d o s o t r o s t r e s p a r a i n o r a r de a s i e n t o en Cuenca. P o r o t r a
m o n a s t e r i o de los d o m i n i c o s , y en confesiones y o c u p a c i o n e s o r d i -
p a r t e , el P . Nadal e n v i ó desde Valencia al P . Carvajal, p a r a q u e j u n t o
n a r i a s . E l Santísimo' S a c r a m e n t o se h a p u e s t o en esta iglesia. Acep-
con el r e c t o r trabajase en los m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s .
t o s estamos en esta c i u d a d , a u n q u e n o faltan a l g u n a s cosas; p e r o no
es nada» (2). O b s e r v a n d o q u e c o n t a n p o c o s e l e m e n t o s forzosamente P a r a r e d o n d e a r el o b s e q u i o eme había h e c h o á la Compañía, quiso
h a b í a de d e c a e r a q u e l l a f u n d a c i ó n , m a n d a r o n los s u p e r i o r e s , á fines el c a n ó n i g o P e d r o d e l P o z o c o n s t r u i r u n a capilla q u e sirviese p r o -
v i s i o n a l m e n t e á los N u e s t r o s , m i e n t r a s n o t u v i e s e n iglesia. D e s t i n ó
de a q u e l a ñ o , q u e v o l v i e s e el P . xílvarez del Águila á su patria (3).
p a r a esto u n a casa q u e tenía j u n t o á la n u e s t r a , y hecha» p r o n t a -
La p r e s e n c i a d e l f u n d a d o r r e a n i m ó n a t u r a l m e n t e la vida d e l colegio,
m e n t e las o b r a s i n d i s p e n s a b l e s , e s t r e n ó s e la capilla al p r i n c i p i o
el cual fué c o b r a n d o fuerzas p o c o á p o c o , y a l g u n o s años d e s p u é s
la c u a r e s m a del año 1555 con u n a misa s o l e m n e q u e dijo el c a n ó n i g o
t e n í a la d i c h a y la h o n r a d e s u m i n i s t r a r los i n s i g n e s confesores q u e
«con diácono y s u b d i á c o n o y con m ú s i c a de canto d e ó r g a n o y chi-
t a n t o i l u s t r a r o n el e s p í r i t u de Santa T e r e s a do J e s ú s .
r i m í a s y sacabuches» (3). Así empezó m o d e s t a m e n t e el colegio de
6. Al m e s s i g u i e n t e de e m p e z a r el colegio de Ávila dióse p r i n c i -
Cuenca con solos dos s a c e r d o t e s q u e t r a b a j a b a n b u e n a m e n t e lo q u e
p i o al de Cuenca. V u e l t o de C ó r d o b a el P . F r a n c i s c o de Villanueva,
p o d í a n en b i e n de las almas. S u s t e n t á b a n s e con las limosnas de los
y c o n c l u i d a la p r o m u l g a c i ó n de las C o n s t i t u c i o n e s en el colegio
amigos, s o b r e todo de los c a n ó n i g o s V e r g a r a y P o z o , p u e s este cole-
d e Alcalá, p a r t i ó s e á Cuenca p o r Marzo d e 1554 p a r a v e r s e con el
gio n o t u v o n i n g u n a renta hasta q u e el año 1561 se la dio el g e n e -
D r . V e r g a r a (4). E n cinco días n o más q u e allí se d e t u v o , g a n ó de tal
r o s o c a n ó n i g o P e d r o de Marquina, c o m o á su t i e m p o v e r e m o s .
s u e r t e la v o l u n t a d de u n c a n ó n i g o r i c o , llamado P e d r o d e l P o z o , q u e
7. E n el m i s m o v e r a n o de 1554 se empezaba el colegio d e P l a s e n -
con h a b e r sido antes a v e r s o á la C o m p a ñ í a , se d e t e r m i n ó e n t o n c e s á
cia, cuya fundación ofrece a l g u n o s p o r m e n o r e s m u y característicos
o f r e c e r u n a casa con u n j a r d í n a d j u n t o q u e poseía en Cuenca para
de a q u e l t i e m p o . E n t r e los h o m b r e s con q u i e n e s t r a b ó a m i s t a d el
f u n d a r u n a casa de los N u e s t r o s . T e m í a Villanueva q u e el a b r i r en
P . Laínez en el concilio de T r e n t o , p o r los años 1551, fué uno el
C u e n c a u n colegio p e r j u d i c a s e p o r su p r o x i m i d a d al de Alcalá, p e r o

(1) P o l a n c o , Historia S. J., t. i v , p . 5 8 6 . — ( 2 ) Epistolae mixtae, t. i v , p . 3 9 2 . — ( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. í v , p . 4 2 5 . — ( 2 ) Epístola P. Nadal, t. n . p . 2 9 . —

( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i v , p . 3 9 8 . — ( 4 ) Ibid., p . 4 2 4 . ( 3 ) Litterae quadrimestres, t. m , 3 9 4 .
 424 LIB. I I . — S A N IGNACIO I J K l.OYOLA
obispo de P l a s e n c i a D. G u t i e r r e Vargas d e Carvajal, p e r s o n a j e sin-
g u l a r , de q u i e n v a m o s á d a r a l g u n a s noticia?. P o r de c o n t a d o , sus
apellidos d i c e n la nobleza de su linaje. E r a su p a d r e el licenciado
F r a n c i s c o de Vargas, i n d i v i d u o del Consejo Real en t i e m p o del r e y
católico y d e l e m p e r a d o r Carlos V, h o m b r e á q u i e n t r i b u t a n las his-
torias p o s t e r i o r e s g r a n d e s elogios p o r su i n g e n i o y h a b i l i d a d , p e r o
del cual nos p r e s e n t a u n r e t r a t o algo distinto q u i e n lo conoció más
d e cerca. L o r e n z o G a t í n d e s C a r v a j a l , i n f o r m a n d o á C a r l o s V acerca
de los m i e m b r o s q u e c o m p o n í a n el Consejo R e a l , dice así: «El licen-
ciado Vargas es á lo m o n o s h o m b r e l i m p i o de sus p a d r e s y asaz vivo
e n c u a l q u i e r n e g o c i o , e n t a n t a m a n e r a , q u e m u c h a s veces se con-
v i e r t e su agudeza en mal. T i e n e t a n t o s oficios, quo solo él t i e n e de
salarios t a n t o c o m o t o d o el Consejo. Antes de a g o r a n u n c a venía al
Consejo sino c u a n d o q u e r í a h a c e r a l g ú n n e g o c i o quo lo tocaba, ó de
sus a m i g o s y d e u d o s , y c o m o pagaba á los del C o n s e j o , podía h a c e r
mal e n lo q u e q u e r í a p o n e r s e . E n la h a c i e n d a ha sido codiciosísimo,
y s e g ú n la poca q u o él t r u j o , e n p o c o t i e m p o ha llegado y gastado
t a n t o , q u e n o p a r e c e p o s i b l e p o d e r l o u n h o m b r e h a c e r . Do su p e r -
sona y h o n e s t i d a d d i c e n q u e se h a soltado m u c h o en ausencia do
V u e s t r a Majestad» (1).
A l g u n a s de las cualidades n o t a d a s en el licenciado Vargas p a s a r o n
á su hijo G u t i e r r e , p r i n c i p a l m e n t e la s o l t u r a d e c o s t u m b r e s y el b r í o
en el p l e i t e a r . E d u c a d o e n ejercicios caballerescos y c o r t e s a n o s , en-
t r ó és*v p o r la senda de las d i g n i d a d e s eclesiásticas más con el deseo
do a c r e c e n t a r su g r a n d e z a q u e p o r v o c a c i ó n d i v i n a . E l año 1519 el
licenciado V a r g a s , m e d i a n t e la o m n i p o t e n t e i n t e r v e n c i ó n de Car-
los V, l o g r ó p a r a su hijo la abadía de San V i c e n t e e n T o l e d o , c u a n d o
G u t i e r r e era todavía u n m u c h a c h o (2). Ya allí t u v o el infeliz u n hijo
n a t u r a l , q u e se l l a m ó F r a n c i s c o de Carvajal, y p a r a él fundó d e s p u é s
u n m a y o r a z g o , q u e a n d a n d o el t i e m p o v i n o á p a r a r , p o r falta de su-
cesión, e n el c o l e g i o de la Compañía (3). E l año 1524, siendo todavía
j o v e n y sin h a b e r e s t u d i a d o casi nada, fué p r o m o v i d o al o b i s p a d o de
( 1 ) Colección de documentos inéditos para la Historia de España, t. I, p . 124. S o -
bre el l i n a j e 'le los V a r g a s p u e d e v e r s e á Q u i n t a n a , Historia de la antigüedad, no-
bleza y grandeza de la villa de Madrid, I. n , c. c x x x i x y s i g u i e n t e s . ítem, Alcázar,
Chrorio-h'storia de la provincia de Toledo, t. i, p . 2 3 0 .
( 2 ) Véase la R e ni c é d u l a e n A l c á z a r , ibid., p . 2 3 1 .
( 3 ) A l c á z a r , ibid. T e n g a s e p r e s e n t e q u e si b i e n A l c i z a r e s c r i b í a siglo y m e d i o
d e s p u é s , p o r los d o c u m e n t o s p ú b l i c o s y p a r t i c u l a r e s q u e c i t a m u e s t r a e s t a r b i e n
i n f o r m a d o d e estos s u c e s o s .
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA D E 1554 Á 1556 425
P l a s e n c i a , p o r r e n u n c i a q u e hizo de esta m i t r a su tío el c a r d e n a l d o n
B e r n a r d i n o de Carvajal, a q u e l m i s m o q u e p r e s i d i ó el c o n c i l i á b u l o
c i s m á t i c o de P i s a en 1511 y dejó tan p o c o g r a t o s r e c u e r d o s e n la
h i s t o r i a de la Iglesia. E l año m i s m o e n q u e D. G u t i e r r e t o m ó pose-
sión de su silla, e m p e z ó á r e ñ i r con el cabildo (1), y d u r a n t e u n o s
t r e i n t a años n u n c a h u b o paz e n t r e él y los c a n ó n i g o s . Á t o d o esto
vivía D. G u t i e r r e m u y á lo g r a n señor, m a l b a r a t a n d o las r e n t a s de su
iglesia en la o s t e n t a c i ó n d e su casa, sin e n m e n d a r s e en n i n g u n o de
sus vicios. «Era el o b i s p o , d i c e R i b a d e n e i r a , h o m b r e de g r a n p u n t o
y mal sufrido, y en su vida licencioso» (2). ¡Y este h o m b r e se sentaba
e n el concilio de T r e n t o e n t r e los P a d r e s l l a m a d o s á r e f o r m a r la
Iglesia católica! ¡ E x t r a ñ a a n o m a l í a ! ¡ P e r o p l u g u i e r a á Dios q u e
D. G u t i e r r e fuese el ú n i c o P a d r e t r i d e n t i n o q u e n e c e s i t a b a las refor-
mas del concilio de T r e n t o !
Á p e s a r de tan g r a v e s defectos, c a m p e a b a n en este p r e l a d o algu-
nas b u e n a s c u a l i d a d e s , m u y p r o p i a s del a n t i g u o c a b a l l e r o español.
A u n q u e era de pocos estudios, poseía b u e n e n t e n d i m i e n t o , s o b r e
todo p a r a la vida práctica. J u n t á n d o s e con esto su c a r á c t e r a n i m o s o
y v a l i e n t e , le hacían m u y apto p a r a g r a n d e s e m p r e s a s . G e n e r o s o
hasta la magnificencia, a u n q u e gastó m u c h o d i n e r o en lo q u e n o de-
bía, t a m b i é n lo e m p l e ó d i g n a m e n t e , c o m o lo p r u e b a n las iglesias q u e
edificó ó r e s t a u r ó e n su diócesis y los cuantiosos d o n a t i v o s q u e en
v a r i a s ocasiones c o n c e d i ó á Ó r d e n e s religiosas (3).
E s t e h o m b r e s i n g u l a r t r a b ó c o n v e r s a c i ó n en T r e n t o con los
P P . Laínez y S a l m e r ó n , y p o r ellos se aficionó á la Compañía. E n t e n -
d i e n d o el b i e n q u e ésta hacía con los c o l e g i o s , c o n c i b i ó el pensa-
m i e n t o d e f u n d a r u n o e n su diócesis. C o m u n i c ó sus ideas con el
P . L a í n e z , y v é a s e la c a n d o r o s a i n g e n u i d a d con q u e éste refiere á
San I g n a c i o los p l a n e s q u e iba t r a z a n d o D. G u t i e r r e :
« P a r a q u e el P . P o l a n c o del todo n o se b u r l e d e los colegios q u e
él llama m a t e m á t i c o s , p r o p o n d r é á V. R. u n o , q u e s e r á r e a l si con-
t e n t a r e á V. R. E l o b i s p o de P l a s e n c i a , q u e es h o m b r e p o d e r o s o y
t i e n e t r e i n t a m i l escudos d e r e n t a , d e s p u é s de h a b e r l e instado di-
( 1 ) V é a n s e las A das capitulares de Plasencia. A ñ o 1524. Día 8 de N o v i e m b r e .
R e g i s t r a n d o los a ñ o s s i g u i e n t e s , e n e s a s m i s m a s a c t a s se v e c u a n f u e r t e s d e b i e r o n
ser los l i t i g i o s e n t r e el p r e l a d o y los c a n ó n i g o s .
( 2 ) Historia de la Asistencia de España, 1. n, c. m.
(3) P a r a conocer las liberalidades de D. Gutierre puede c o n s u l t a r s e á F r a y
A l o n s o F e r n á n d e z , O. P . , Historia y anales de la ciudad y obispado de Plasencia.
M a d r i d , 1627, d e s d e la p á g . 191 en a d e l a n t e .
426
Lili. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
v e r s a s v e c e s á q u e h i c i e s e u n c o l e g i o , n o s p r o p u s o e s t o ; y dice q u e
h a y d e n t r o de P l a s e n c i a u n h e r e m i t o r i o en el l u g a r m á s sano y más
á p r o p ó s i t o , con iglesia c o m p e t e n t e h e c h a , y l u g a r p a r a p o d e r h a c e r
casa y h u e r t o y con r e n t a suficiente d e p u t a d a p a r a la fábrica. U l t r a
de esto h a y fuera de P l a s e n c i a t r e s iglesias q u e t u v i e r o n en o t r o
t i e m p o c u r a de a l m a s , en las cuales ahora no se oficia ni se dice
m i s a , sino q u e d e n t r o de ellas se r e c o g e n los a n i m a l e s y se h a c e n
o t r o s p e c a d o s : et tamen los beneficios de estas iglesias están en pie y
los t i e n e n los p a t r o n o s ; y t i e n e n a d e m á s cierta r e n t a destinada á la
fábrica. Q u e r r í a el obispo fabricar el m o n a s t e r i o p e g á n d o l o al dicho
h e r e m i t o r i o y q u e las r e n t a s d e l h e r e m i t o r i o y d e las fábricas si>
aplicasen al c o l e g i o , q u e d a n d o en pie los beneficios c u r a d o s , d e r r i -
b á n d o s e las iglesias 3^ h a c i é n d o s e o t r o s t a n t o s altares en lugar suyo
en n u e s t r a iglesia.
••>Itcm, p o r q u e h a y dos p r é s t a m o s aplicados p o r u n tío s u y o al efecto
d e m a n t e n e r u n l e c t o r de g r a m á t i c a , q u e r r í a q u e se aplicasen al co-
l e g i o , y t o d o esto s u b i r á c u a n d o más á c u a t r o c i e n t o s escudos. Y en
c u a n t o se h a y a o b t e n i d o de Su S a n t i d a d la licencia para h a c e r esto,
dice q u e m i e n t r a s él h a c e la casa, d a r á u n palacio s u y o , ó si n o , u n o
de u n s o b r i n o , al cual p o d r í a n i n m e d i a t a m e n t e ir los N u e s t r o s , y
c o m e n z a r á e j e r c i t a r s e en sus m i n i s t e r i o s , y q u e él de u n t i r ó n h a r á
la casa C u a n t o á la C o m p a ñ í a , q u e r r í a el o b i s p o q u e se obligase
á e n s e ñ a r g r a t i s la g r a m á t i c a y á l e e r u n a lección de casos de con-
ciencia y e n s e ñ a r á l e e r y escribir.»
P r o s i g u e l u e g o Laínez e x p l i c a n d o o t r o s p o r m e n o r e s del n e g o c i o
y las dificultades q u e á él se le o f r e c e n , ya p o r las c o n d i c i o n e s m i s -
mas de la o f e r t a , ya p o r las discordias q u e d i v i d e n á las p r i n c i p a -
les familias de P l a s e n c i a , d i s c o r d i a s en q u e está m e t i d o el obispo;
p e r o p o r fin, c o m o dejándose a r r a s t r a r p o r el e n t u s i a s m o de D. Gu-
t i e r r e , c o n t i n ú a d e este m o d o : - E l o b i s p o p r o m e t e t a n t o f r u t o , así
en las almas c o m o en la dilatación de la C o m p a ñ í a , q u e piensa q u e
con la b u e n a y d i e s t r a c o n v e r s a c i ó n de los N u e s t r o s se a c a b a r á n
a q u e l l o s b a n d o s [ l a s d i s c o r d i a s de P l a s e n c i a ] , y en b r e v e t i e m p o se
h a r á n c u a t r o c o l e g i o s en c u a t r o c i u d a d e s de su diócesis, y de ellos
d i l a t a r á s e la C o m p a ñ í a p o r toda la Andalucía.
»V. R. p o d r á m e j o r c o n s i d e r a r l o t o d o , y d a r n o s en b r e v e la r e s -
p u e s t a y las g r a c i a s , a c é p t e l o ó n o . Y p o r el a m o r de Dios, q u e n o se
q u e d e la cosa en s i l e n c i o , c o m o se hizo con la de M a g u n c i a , en n o m -
b r e de cuyo obispo escribí que m e respondiesen á ciertas preguntas
q u e él h a c í a , y m e m a n d a s e n las b u l a s de la C o m p a ñ í a , y hasta ahora
NUEVOS COLEGIOS EN ESTAÑA DE 1554 A 1556 427
no h e t e n i d o r e s p u e s t a : a u n q u e m e p a r e c e q u e al p r i n c i p i o se r e s -
p o n d i ó á a q u e l l a c a r t a , p e r o sin t o c a r n a d a en lo del M a g u n t i n o ,
quizá p o r las m u c h a s y v a r i a s o c u p a c i o n e s del carísimo P o l a n c o . P e r o
ya q u e se faltó con el M a g u n t i n o , p o r el a m o r de Dios q u e n o se
falte con el P l a c e n t i n o , poz que es español y p a i s a n o , y casi h o m b r e
-
de g u e r r a , y tal q u e p o r fuerzas de a r m a s nos h a r í a r e s p o n d e r , si á
buenas no quisiéramos.»
L u e g o en postdata añade Laínez: « D e s p u é s acá h e h a b l a d o con el
o b i s p o , y h e c h o q u e q u i t e lo del l e e r y e s c r i b i r ; y v é o l e tan c a l i e n t e ,
y sé quo es h o m b r e de h e c h o y lo h a sido en el m u n d o , y e s p e r o lo
será en las cosas de D i o s , y h e de p r o c u r a r con las o r a c i o n e s de
V. R. d a r l o los E j e r c i c i o s esta c u a r e s m a , y a h o r a está tan c a l i e n t e ,
q u e a n d a ya p a s e á n d o s e p o r el colegio de P l a s e n c i a , y lo h a y a t r a -
zado m u y b i e n , y ha p r o m e t i d o su p a l a b r a , q u e así en el edificio
como e n la r e n t a h a b r á a n t e s s o b r a q u e falta; y cliee q u e en el edi-
ficar es d e c o n t r a r i a o p i n i ó n d e o t r o s , y q u e q u e r r í a q u e los r e l i -
giosos p o b r e s t u v i e s e n b u e n o s edificios, así p o r q u e n o t i e n e n o t r a
r e c r e a c i ó n , c o m o p o r q u e en los r u i n e s edificios se gasta m u c h o en
r e p a r o s , lo q u e n o c o n v i e n e á p o b r e s » (1). E s t o se escribía el 24 d e
F e b r e r o d e 1552.
8. No d e s a g r a d a r o n á San I g n a c i o los o f r e c i m i e n t o s del b i z a r r o
D. G u t i e r r e , y m i e n t r a s llegaba el t i e m p o de p o n e r l o s p o r obra, en-
cargó al P . Laínez c o n t i n u a r las b u e n a s r e l a c i o n e s con el o b i s p o .
Hízolo así a q u é l m i e n t r a s e s t u v o e n T r e n t o , y c u a n d o , t e r m i n a d a la
segunda r e u n i ó n d e l concilio en la p r i m a v e r a de 1552, pasó D. Gu-
t i e r r e á V e n e c i a , fuéle á v e r el P . Laínez, p a r a m a n t e n e r el calor d e
su e n t u s i a s m o . V e n i d o á E s p a ñ a el p r e l a d o , púsose en c o m u n i c a c i ó n
con San F r a n c i s c o de Borja, á q u i e n y a tenía p r e v e n i d o San I g n a c i o
sobre los p l a n e s do la futura fundación (2). Dilatóse ésta a l g ú n t a n t o
en m e d i o de tantas o c u p a c i o n e s c o m o e n t o n c e s s o b r e v i n i e r o n á la
Compañía de España. P o r fin en el v e r a n o de 1554 se t o m ó con ca-
lor el a s u n t o . F u é d e s i g n a d o e l P . V i l l a n u e v a p a r a a b r i r el n u e v o
c o l e g i o , y c o m o p o r e n t o n c e s se h a l l a b a en Valladolid D. G u t i e r r e ,
pasó á esta c i u d a d p a r a v e r s e con é l , l l e v a n d o e n su compañía al
P . Salinas. P o c o les costo e n t e n d e r s e con el f u n d a d o r , y t r a z a d o el
plan de la f u n d a c i ó n , se d i r i g i e r o n a m b o s P a d r e s á P l a s e n c i a ( 3 ) .
( 1 ) Epistolae P. Laínez. E s t a s c a r t a s son las q u e e s c r i b i ó a n t e s d e ser G e n e r a l .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n i , p . 3 6 6 .
( 3 ) Litterae quadrimeslres, t. n i , p . 8 4 . S a l i e r o n de A l c a l á a m b o s P a d r e s el 18
 428 L¡U. 11.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
A l g u n o s días d e s p u é s l l e g a r o n los sujetos q u o h a b í a n de d a r p r i n c i -
p i o al c o l e g i o . E r a n estos l o s P P . M a r t í n G u t i é r r e z , J u a n P a b l o Ál-
v a r e z , J u a n S u á r e z , Dionisio Vázquez, D r . H e r r e r a y a l g u n o s H e r -
m a n o s C o a d j u t o r e s . Ya e s t a b a n t o d o s r e u n i d o s en Plasencia á fines
de S e t i e m b r e de 1554. El 14 d e O c t u b r e p r e s e n t ó s e en la ciudad
San F r a n c i s c o de Borja (1).
P a r a a p o s e n t a r á los N u e s t r o s señaló D. G u t i e r r e su m i s m o pala-
cio e p i s c o p a l , « y a u n q u e t e n í a , dice el II. C u e n c a , h a r t a n e c e s i d a d
d e la casa p a r a sí y p a r a a l g u n o s d e sus c r i a d o s , dejó sólo p a r a su
p e r s o n a lo q u e e r a n e c e s a r i o , d i v i d i e n d o lo d e m á s c o m o esté al có-
m o d o n u e s t r o ; y está tan a c o m o d a d a la casa, q u e p a r e c e q u e n u e s t r o
S e ñ o r la h a a n d a d o r e p a r t i e n d o , p o r q u e de tal m a n e r a e s t a m o s en
su casa, q u e n o estamos e n e l l a , t e n i e n d o n u e s t r a p o r t e r í a p o r fuera
d e ella, y u n a capilla m u y g r a c i o s a y m u y b a s t a n t e , la cual t a m b i é n
t i e n e su p u e r t a afuera, de m o d o q u e c o m u n i c a m o s con el p u e b l o , y
el p u e b l o con n o s o t r o s , sin t e n e r q u e v e r con la casa d e l s e ñ o r
obispo» (2).
Si el p r e l a d o se m o s t r a b a a m i g o d e la C o m p a ñ í a , n o lo era m e n o s
la c i u d a d de P l a s e n c i a . J l é a q u í e l a c o g i m i e n t o q u e , s e g ú n refiere el
m i s m o H. C u e n c a , h a l l a r o n en los c i u d a d a n o s , y los p r i m e r o s t r a b a -
j o s c o n q u e se e m p e z ó la v i d a d e l n u e v o c o l e g i o :
« P u b l i c a d a la v e n i d a de la C o m p a ñ í a á esta c i u d a d , fué tan g r a n d e
la afición y a m o r q u e n u e s t r o S e ñ o r p u s o c o m ú n m e n t e en toda la
c i u d a d con su v e n i d a , q u e p a r e c e s e r más m i l a g r o q u e o b r a de
h o m b r e s , m á x i m e á a q u e l l o s q u e c o n o c e n las e n f e r m e d a d e s de esta
t i e r r a , las o p i l a c i o n e s g r a n d e s d e o d i o s y r e n c o r e s tan a n t i g u o s
c o m o e n ella h a y , p o r h a b e r e n ella b a n d o s y pasiones e n c e n d i d a s
m á s q u e en o t r a s p a r t e s , á los cuales les p a r e c í a s e r i m p o s i b l e m e n o s
q u e con h a c e r n u e s t r o S e ñ o r m i l a g r o , q u e la C o m p a ñ í a fuese reci-
bida en esta t i e r r a , p a r e c i é n d o l e s q u e , d e m á s del m a l a p a r e j o q u e en
las almas h a b í a p a r a se a p r o v e c h a r de esta o b r a , c o m o los de u n a
p a r t e la r e c i b i e s e n , los de la o t r a les p a r e c e r í a serían á ella contra-
rios. P e r o c o m o e l S e ñ o r se d i g n ó m o v e r al o b i s p o , c o m o á p a s t o r
d e estas ovejas, y d a r l e deseos d e t r a e r a q u í la Compañía p a r a r e m e -
d e A g o s t o , s e g ú n se d i c e en e s t a c a r t a , e s c r i t a t r e c e d í a s d e s p u é s , y no el 7 c o m o
escribió Alcázar.
( 1 ) Epistolae S. Franc. Borgiae. C a r t a á S a n I g n a c i o , f e c h a e n P l a s e n c i a el 31
d e O c t u b r e d e 1554.
(2) Epistolae mixtae, t. í v , p. 490.
NDEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 4-29
dio de e l l a s , así S. M. se d i g n ó m o v e r l a s á ollas al a m o r y deseo d e
la m i s m a o b r a .
»Á 17 d e O c t u b r e (1) v i n o el P . F r a n c i s c o y el P . B u s t a m a n t e y o t r o s
H e r m a n o s . Después de h a b e r visitado á los p r i n c i p a l e s de la ciudad,
en los cuales halló g r a n d e a m o r y afición, c o m e n z a n d o p r i m e r o pol-
las r e l i g i o n e s de Santo D o m i n g o y San F r a n c i s c o , Su R e v e r e n c i a
p r e d i c ó a l g u n o s s e r m o n e s , y o r d e n ó , c o m o el P . B u s t a m a n t e y el
P. Dr. Salinas, p r e d i c a s e n ad invicem [ a l t e r n a t i v a m e n t e ] .
»Y p o r q u e el s e ñ o r obispo d e s e á b a s e leyese a q u í u n a lección d e
casos de c o n c i e n c i a , o r d e n ó Su R e v e r e n c i a que el P . D r . Salinas le-
yese en la iglesia m a y o r cada día á la t a r d e d e s p u é s de v í s p e r a s , á la
cual van la clerecía y m u c h o s legos, y en t o d o s p o r la g r a c i a del Se-
ñ o r h a y m u c h a edificación y fruto. Asimismo o r d e n ó Su R e v e r e n c i a
que u n H e r m a n o fuese cada día á d e c i r la d o c t r i n a cristiana á u n a
iglesia p r i n c i p a l , á d o n d e v a n todos los n i ñ o s y m u c h a g e n t e otra del
p u e b l o . P a r e c e quo n u e s t r o S e ñ o r les da g u s t o y afición en la de-
p r e n d e r , y los días do fiesta á las t a r d e s y los d o m i n g o s h a c e el
P . Dionisio una plática s o b r e los m a n d a m i e n t o s . C o n c u r r o tanta
gente y tan p r i n c i p a l , q u e con h a b e r b u e n o s t e m p l o s en esta c i u d a d
y ser a q u é l el m a y o r , m u c h a s veces so v u e l v e m u c h a g e n t e p o r n o
h a b e r l u g a r p a r a p o d e r e n t r a r á oír. Y t r a t a n d o estos días de c ó m o
so h a b í a n de o c u p a r en las fiestas y ' e n qué, y el daño q u e t r a e ocu-
parse en l e e r l i b r o s profanos q u e son c o n t r a las b u e n a s c o s t u m b r e s ,
y p i d i é n d o l e s no q u i s i e s e n t e n e r tales l i b r o s y q u e se los enviasen,
han t r a í d o á esta casa m u c h a c a n t i d a d do l i b r o s de esta s u e r t e , p a r a
que los h i c i é s e m o s q u e m a r . Tócase con la m a n o el fruto q u e en la
doctrina cristiana y e x p l i c a c i ó n do o l í a s e hace. Está la g e n t e de la
ciudad tan p í a m e n t e aficionada, q u e d o n d e u n o de la C o m p a ñ í a p r e -
dica, p o r g r a n d e q u e sea la iglesia, s i e m p r e falta lugar» (2).
Con estos b r í o s e m p e n z ó el colegio de Plasencia. San F r a n c i s c o d e
Borja, d e j a n d o b i e n establecida la c o m u n i d a d , se p a r t i ó p o r N o v i e m -
b r e á Sevilla, y en los meses s i g u i e n t e s n o d i s m i n u y ó u n p u n t o n i la
diligencia de los N u e s t r o s n i el afecto de los p l a c e n t i n o s . Un año
después de l l e g a d o s los P a d r e s , c u a n d o ya cst¡:ba b a s t a n t e a d e l a n -
tada la c o n s t r u c c i ó n del edificio, so t r a t ó de la d o t a c i ó n . D o n G u t i e -
r r e seguía tan r u m b o s o c o m o antes. O i g a m o s al P . V i l l a n u e v a refe-
r i r á San I g n a c i o el éxito de este n e g o c i o e n carta escrita de Valla-
dolid á 20 de N o v i e m b r e de 1555: «Tomóse p o r m e d i o [ p a r a n e g o c i a r
( 1 ) F u é á 14, c o m o lo p r u e b a la c a r t a del s a n t o c i t a d a m i s a r r i b a — ( 2 ) Ibidem.
 I.lll. 11.—SAN ICN'ACIO DB LOYOLA
la d o t a c i ó n ] q u e el P . F r a n c i s c o fuese á v e r al obispo á J a r a i z e j o y
y o fuese con él, y allí se tratase de la d o t a c i ó n ; y p a r a m e j o r efec-.
t u a r l o , l l e v a m o s al p r o v i s o r q u e se dice el Dr. A y o r a , m u y d e v o t o
nuestro.
»E1 obispo e s t u v o tan l i b e r a l y t a n b u e n o e n t o d o , q u e la dota [á la
casa] p a r a c u a r e n t a p e r s o n a s , á c i n c u e n t a d u c a d o s cada una, y demás
de esto deja p a r a fábrica y o t r o s e x t r a o r d i n a r i o s , de m a n e r a q u e p o -
d r á n e s t u d i a r de la C o m p a ñ í a v e i n t e estudiantes en a q u e l colegio
E n lo del edificio n o m e n o s l i b e r a l se ha m o s t r a d o el obispo q u e en
la dotación P o r q u e t r a t a n d o do la s e g u r i d a d del edificio y que hi-
ciese a l g u n a d o n a c i ó n , p o r si él m u r i e s e , d e t e r m i n ó de d a r m e á mí
p o d e r en causa p r o p i a , p a r a c o b r a r t o d o s los frutos del año pasado
de su obispado, lo q u e es en d i n e r o s , q u e s e r á n diez y o c h o mil du-
cados, y q u e y o sea el t e s o r e r o y él el o b r e r o ; de m o d o q u e en todo
r p r e c u a n d o los daba el g r a n Villanueva. Á p r i n c i p i o s de N o v i e m b r e
p a r e c e q u e el S e ñ o r le a n i m a y esfuerza en esta obra. Yo, P a d r e mío,
deseo m u c h o m a n d a s e V. P . q u e en la Compañía se tomase m u y á
c a r g o esta a l m a de este obispo» (1).
Al m i s m o t i e m p o q u e a r r e g l a b a la d o t a c i ó n del colegio, a r r e g l ó el
P . Villanueva o t r a cosa m á s i m p o r t a n t e , cual fué la conciencia d e
D. G u t i e r r e . A g r a d e c i d o s n u e s t r o s P a d r e s á los favores del obispo,
h a b í a n t o m a d o m u y á p e c h o s e n c o m e n d a r l e á Dios para alcanzarle
del ciclo u n a s i n c e r a c o n v e r s i ó n . S o b r e todo, San F r a n c i s c o de Borja
n o cesaba de ofrecer o r a c i o n e s , misas y p e n i t e n c i a s p o r el a l m a de
D. G u t i e r r e . Ya c u a n d o el santo estuvo en P l a s e n c i a p o r O c t u b r e d e
1554, c o n s i g u i ó del p r e l a d o eme atendiese algo más al d e s e m p e ñ o d e
su oficio pastoral, y y a q u e p o r su avanzada edad y e n f e r m e d a d e s no
podía c u i d a r p e r s o n a l m e n t e de t o d o , p r o p ú s o l e Borja q u e designase
a l g u n a s p e r s o n a s p r u d e n t e s , las c u a l e s , v i s i t a n d o los p u e b l o s más
i m p o r t a n t e s de la diócesis, r e m e d i a s e n a l g u n a s cosas, c u y o a b a n d o n o
escandalizaba á los fieles (2). O b t e n i d a esta v e n t a j a , r e t i r ó s e el
P . F r a n c i s c o de Plasencia, e s p e r a n d o firmemente q u e la gracia consu-
m a r í a la o b r a con la r e f o r m a r a d i c a l de D. G u t i e r r e .
A l g u n o s m e s e s d e s p u é s , p o r Marzo ó A b r i l de 1555, s e g ú n se des-
p r e n d e d e la n a r r a c i ó n de P o l a n c o (3), e n t r a n d o V i l l a n u e v a á v e r al
o b i s p o , v i n o á d e c i r l e en sustancia estas p a l a b r a s : «Aquí nos ha
t r a i d o V. S . p a r a h a c e r b i e n á sus ovejas; p e r o es n e c e s a r i o e m p e -
rhl
zar p o r el pastor» (4). S o r p r e n d i ó s e D. G u t i e r r e al oír estas palabras;
( 1 ) Epistolae mixtae, t. v, p . 9 5 . — ( 2 ) Epistolae S. Franc. Borgiac. M o n t i l l a 18
d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 . — ( 2 ) Historia S. ./., t. v, p . 4 8 0 . — ( 4 ) C a s t r o , Historia
legio de Alcalá, 1. vi, c. i.
M . ' l V t S COLEGIOS EX 1SPANA DE 1554 A 15ÓG 431
p e r o c o m o a m a b a á \ í l l a n u e v a y le g u s t a b a la franqueza en el t r a t o ,
no p o r esto se desazonó. E x p l i c á n d o s e más el P a d r e , indicó al p r e -
lado q u e d e b i e r a r e t i r a r s e a l g u n o s días p a r a h a c e r los E j e r c i c i o s es-
p i r i t u a l e s . R e s p o n d i ó D. G u t i e r r e q u e ya los h a b í a h e c h o (1). Ob-
s e r v ó V i l l a n u e v a , q u e no era lo m i s m o t o m a r las m e d i t a c i o n e s sueltas
e n t r o el b u l l i c i o de los negocios, y h a c e r l a s en el r e t i r o de la celda,
a t e n d i e n d o al único n e g o c i o de la salvación. Su deseo sería, q u e se
r e t i r a s e n los dos p o r v e i n t e ó t r e i n t a días á a l g ú n sitio a p a r t a d o , y
allí él le iría p r o p o n i e n d o con t o d o sosiego los Ejercicios. A u n q u e
h u b o sus dificultades, y el obispo se m o s t r ó al p r o n t o algo r e n a c i ó ,
p o r fin a d m i t i ó el c o n s e j o , y p o r el otoño de 1555 se r e t i r ó con el
Padre á Jaraicejo.
E l efecto de los Ejercicios fué m a r a v i l l o s o , , c o m o lo era casi siem-
llegóse á J a r a i c e j o San F r a n c i s c o de B o r j a , 3- con i n d e c i b l e a l e g r í a
conoció quo Dios había e s c u c h a d o sus o r a c i o n e s (2). Don G u t i e r r e
p r o c e d i ó en su c o n v e r s i ó n con la franqueza m a r c i a l q u e a n i m a b a
todas sus acciones. R e c o n c i l i ó s e s i n c e r a m e n t e con el c a b i l d o , p u s o
su conciencia y t o d o s sus h a b e r e s en manos de San F r a n c i s c o do
Borja. Á voz do p r e g o n e r o hizo a n u n c i a r p o r toda la diócesis q u e
q u i e n h u b i e r a sido p e r j u d i c a d o en a l g u n a cosa p o r el s e ñ o r obispo
se p r e s e n t a s e en P l a s e n c i a ante t r e s eclesiásticos r e s p e t a b l e s , desig-
nados p o r el P . F r a n c i s c o , los cuales le d a r í a n c u m p l i d a satisfacción.
P a r a d e s e m p e ñ a r m e j o r la conciencia del p r e l a d o , s u p l i c ó l e el santo
q u e r e t u v i e s e la m i t a d de lo q u e había ofrecido á la Compañía. No
c o n t e n t o con c u m p l i r las o b l i g a c i o n e s s u s t a n c i a l e s , p r o c u r ó D. Gu-
t i e r r e ajustarse á u n a vida modesta y ejemplar. M o d e r ó c u a n t o p u d o
los gastos de su p e r s o n a y s e r v i d u m b r e , hizo la p e n i t e n c i a q u e sus
años y a c h a q u e s le p e r m i t í a n , d i s t r i b u y ó cuantiosas l i m o s n a s á los
p o b r e s , vivía en su.palacio a c o m p a ñ a d o s o l a m e n t e de a l g u n o s ecle-
siásticos e j e m p l a r e s , y en los t r e s años y m e d i o quo lo d u r ó la vida,
fué D. G u t i e r r e m o d e l o de v i r t u d e s episcopales. Adivínase fácil-
m e n t e td a p r e c i o de la Compañía q u e esta c o n v e r s i ó n p r o d u j o en el
p u e b l o , y más c u a n d o v i n o á e n t e n d e r s e la g e n e r o s i d a d de San F r a n -
( 1 ) l'or e s t a r e s p u e s t a q u e n o s refiere P o l a n c o (Historia S. J., t . v, p . 4 8 0 ) se
colige q u e el P . L a i n e z d e b i ó d a r a D. G u t i e r r e a l g u n a s m e d i t a c i o n e s a l l í en T r e n t o
ó en V e n e c i a .
del co-
( 2 ) P o l a n c o , ibid.. p . 4 8 1 .
 432 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
cisco de Borja en d e v o l v e r la m i t a d de lo q u e n o s había dado el
obispo (1).
10. Al c o l e g i o de P l a s e n c i a siguió i n m e d i a t a m e n t e el de Sevilla.
P o r los años de 1550 había e n t r a d o jesuíta en Salamanca u n n o b l e
sevillano l l a m a d o Alonso de Á v i l a , el cual p o c o d e s p u é s , n o sabe-
m o s p o r q u é m o t i v o , c a m b i ó su n o m b r e de Alonso en el de Basilio,
y con el n o m b r e del P . Basilio se ha p e r p e t u a d o su m e m o r i a en
n u e s t r o s anales (2). Tenía b a s t a n t e s l e t r a s , y s o b r e todo m u c h o fer-
v o r y t a l e n t o p a r a el p u l p i t o . Sus p a d r e s h a b í a n s e n t i d o m u c h o
v e r l e e n t r a r en r e l i g i ó n , y h e c h o v a r i a s d i l i g e n c i a s p a r a sacarlo de
ella. S e r e n a d o s d e s p u é s , y o y e n d o la b u e n a p r u e b a que su hijo
e m p e z a b a á d a r de sí en la p r e d i c a c i ó n , d e s e a r o n v e r l e e j e r c i t a r este
m i n i s t e r i o en su p a t r i a . Guando se d i v i d i e r o n las p r o v i n c i a s de Es-
paña y e n t r ó el D r . T o r r e s en A n d a l u c í a , llevó consigo á v a r i o s Pa-
d r e s , e n t r e los cuales escogió al P . Basilio y al P . Gonzalo González
p a r a cpie e n t r a r a n en Sevilla y e s p a r c i e r a n en tan n o b l e c i u d a d la
n o t i c i a de la C o m p a ñ í a . L l e g a r o n a m b o s P a d r e s á la p o b l a c i ó n ya
d e s p u é s de a n o c h e c i d o , y se d i r i g i e r o n á u n h o s p i t a l . C o m o ya las
p u e r t a s de éste se h a b í a n c e r r a d o , p a s a r o n la n o c h e al r a s o , y al día
s i g u i e n t e se p r e s e n t a r o n al v i c a r i o del a r z o b i s p o para p e d i r l e las li-
cencias de confesar y p r e d i c a r (o). F u e r o n m u y b i e n r e c i b i d o s , y
m u y p r o n t o las v i r t u d e s religiosas de a m b o s P a d r e s y la elocuencia
del P . Basilio a c r e d i t a r o n á la C o m p a ñ í a en toda Sevilla. Seis h o m -
b r e s se p r e s e n t a r o n p i d i e n d o ser a d m i t i d o s á n u e s t r a r e l i g i ó n , y
c o m o era de e s p e r a r , c u n d i ó m u y l u e g o la idea de f u n d a r allí un
colegio. Ya lo estaba d e s e a n d o San F r a n c i s c o de Borja, p o r la im-
p o r t a n c i a g r a n d e de a q u e l l a ciudad.
Los dos P a d r e s m i s i o n e r o s , d e s p u é s de e v a n g e l i z a r a l g ú n t i e m p o
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J-, t. v, p . 4 8 3 . Litterae quadrimestres, t. IV, p . 2 1 . P u e -
d e n v e r s e en e s t a c a r t a o t r a s cosas b u e n a s q u e p o r e n t o n c e s l o g r ó ¡San F r a n c i s c o de
Borja en P l a s e n c i a . ítem R i b a d e n e i r a , Historia de la Asistencia de España, 1. n ,
c. n i . P u e d e c o n s u l t a r s e t a m l . i é n el Proceso remisorial de Madrid para la beatifica-
ción de San Francisco de Borja, f o l . 7 9 , t e s t i g o J u a n d e C o n t r e r a s , q u e conoció al
s a n t o e n P l a s e n c i a el a ñ o 1 5 5 7 .
( 2 ) P u e d e n v e r s e m á s n o t i c i a s s o b r e el P . Basilio en l í i b a d e n e i r a , ¡lisiaría de la
Asistencia de España, 1. n , c a p í t u l o s iv y i x .
( 3 ) Litterae quadrimestres, t. i n , p . 5 7 . N o p o d e m o s p r e c i s a r el día en q u e estos
P a d r e s l l e g a r o n á S e v i l l a . E s t a c a r t a c u a d r i m e s t r e , e s c r i t a en C ó r d o b a p o r J u l i o
d e 1 5 5 4 , d i c e q u e el P . T o r r e s llegó con e s t o s P a d r e s á< C ó r d o b a la v í s p e r a d e P a s -
c u a d e P e n t e c o s t é s , q u e a q u e l a ñ o c a y ó el 13 d e M a y o , y q u e los e n v i ó á Sevilla
p o c o s d i a s d e s p u é s . E n t r a r í a n , p o r c o n s i g u i e n t e , en e s t a c i u d a d á fines d e M a y o .
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556
433
en S e v i l l a , se a d e l a n t a r o n á S a n l ú c a r de B a r r a m e d a , d o n d e el d u q u e
d e M e d i n a S i d o n i a q u e r í a fundar u n colegio (1). E n c a m b i o San
F r a n c i s c o d e Borja d i s p u s o q u e el P . J u a n S u á r e z , o t r o d e los q u e
h a b í a n i d o d e S a l a m a n c a á C ó r d o b a con el P . T o r r e s , se d i r i g i e s e á
Sevilla y b u s c a s e allí u n a p o b r e casa y las alhajas n e c e s a r i a s p a r a
una d o c e n a d e P a d r e s , y q u e c u a n d o t u v i e s e t o d o á p u n t o se lo avi-
s a s e , p o r q u e deseaba i r e n p e r s o n a á la a p e r t u r a de a q u e l c o l e g i o .
L l e g ó el P . J u a n S u á r e z á Sevilla con e l H. J u a n G u t i é r r e z . H o s p e -
d á r o n s e p o r de p r o n t o e n casa de los p a d r e s d e l b u e n P . Basilio,
d o n d e hasta e n t o n c e s h a b í a n v i v i d o los d o s p r i m e r o s m i s i o n e r o s .
Visitó el r e c i é n l l e g a d o al p r o v i s o r del a r z o b i s p o , le m o s t r ó las b u -
las d e la C o m p a ñ í a , y así á él c o m o á o t r a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s dio
la noticia n e c e s a r i a d e n u e s t r o I n s t i t u t o y m i n i s t e r i o s . Aficionáronse
á los N u e s t r o s m u c h a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s d e la c i u d a d ; y u n caba-
llero l l a m a d o H e r n a n d o P o n c c d e L e ó n , e n t e n d i é n d o l o q u e b u s -
caba el P . S u á r e z , le ofreció u n a s casas s u y a s m u y b u e n a s , y e n t r e
él y o t r o s c a b a l l e r o s las p r o v e y e r o n d e l o s m u e b l e s q u e p a r e c í a n
n e c e s a r i o s (2). Con esto e l P . S u á r e z avisó á San F r a n c i s c o de Borja
q u e ya estaba t o d o á p u n t o . P a r t i ó s e l u e g o el s a n t o d e Plasencia con
ol P . B u s t a m a n t e y el II. P a b l o H e r n á n d e z , y p o c o d e s p u é s p r e s e n -
tóse t a m b i é n en Sevilla el P . P r o v i n c i a l M i g u e l d e T o r r e s . P r e d i c ó
(d santo on la c a t e d r a l con el a d m i r a b l e fruto q u e s i e m p r e r e c o g í a
aún más con su e j e m p l o q u e con la e l o c u e n c i a . E x a m i n ó las casas
que había d a d o P o n c e d e L e ó n , y 1c p a r e c i e r o n d e m a s i a d o b u e n a s ,
p o r lo cual a l q u i l ó o t r a casilla p o b r e y llena d e g o t e r a s , tan r u i n ,
que a u n e n el m i s m o a p o s e n t o d e l P . F r a n c i s c o caía e l a g u a y so
mojaba la cama. C o n esta p o b r e z a y e s t r e c h u r a se e m p e z ó el i m p o r -
tantísimo colegio d e Sevilla (o).
11. Muchas fundaciones e r a n estas p a r a ejecutadas e n u n a ñ o , y
sin ombargo./tún se e m p e z ó otra en este m i s m o d e 1554. H a b í a sido
enviado á G r a n a d a en 1551 el P . J u a n r a b i o A l v a r e z , hijo d e a q u e l l a
ciudad, p a r a c u r a r con los aires n a t u r a l e s su q u e b r a n t a d a salud (4).
A u n q u e e n t o n c e s más estaba p a r a cuidarse q u e p a r a t r a b a j a r , s i n
e m b a r g o , c o n d e s c e n d i e n d o con los deseos de m u c h o s , p r e d i c ó a l g u -
( 1 ) P o l a n e o , Historia S. ./., t. I V , p . 4 6 5 .
( 2 ) P o l a n c o , ibid., p . 5 9 5 . V é a s e t a m b i é n á l ü b a d e n e i r a , Historia de la Asis-
tencia de España, 1. n , c. í v , y á R o a , Historia de la provincia de Andalucía, 1. i
capítulo x.
( 3 ) R i b a d e n e i r a , Historia de la Asistencia de España, 1. n, c. ív.
( 4 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. u, p . 3 2 8 .
28
434 . n.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
L l l l
n o s s e r m o n e s , q u e f u e r o n escuchados con g r a n aceptación. Con esto
se d e s p e r t a r o n a l g u n a s v o c a c i o n e s á la C o m p a ñ í a , y v a r i a s persona*
p r i n c i p a l e s d e s e a r o n e s t a b l e c e r u n colegio d e los N u e s t r o s e n Gra-
nada. P a r a a s e n t a r esta fundación se c r e y ó sitio o p o r t u n o c i e r t a casa
q u e poseía el P . Diego de Santa C r u z , a n t i g u o discípulo d e l P . Ávila,
q u e h a b i e n d o e n t r a d o e n la C o m p a ñ í a , residía e n la p r o v i n c i a de
Portugal.
R e s t a b l e c i d o a l g ú n t a n t o de sus a c h a q u e s el P . J u a n P a b l o Álva-
r e z , d i r i g i ó s e d e s d e G r a n a d a á Lisboa e n la p r i m a v e r a do 1552 para
e n t e n d e r s e con el P . Santa C r u z acerca de esta fundación (1). Ofre-
ció de m u y b u e n g r a d o este P a d r e su casa y el favor de u n h e r m a n o
s u y o s e g l a r , l l a m a d o C r i s t ó b a l S á n c h e z , q u e se i n t e r e s a b a e n esta
o b r a . D e t e r m i n a d o este p u n t o , p a r t i ó s e el P . Álvarez á Salamanca, v
d u r a n t e u n o s dos años n o s a b e m o s q u e a d e l a n t a r a u n p a s o este ne-
g o c i o . Á fines d e 155o r e c a y e n d o el P . Á l v a r e z e n sus e n f e r m o d a d e - ,
d i s p u s o el P . N a d a l q u e v o l v i e s e á G r a n a d a p a r a c u r a r s e (2). Con
esta ocasión r e a n u d ó s e la plática de la f u n d a c i ó n , y el año siguiente
d e 1554 e m p e z ó á p o n e r s e p o r o b r a .
E l día 4 de J u l i o llegó de P o r t u g a l á C ó r d o b a el P . D i e g o de Santa
Cruz (;]), y j u n t á n d o s e allí con su h e r m a n o s e g l a r Cristóbal Sánchez,
o f r e c i e r o n á la C o m p a ñ í a la casa y una r e n t a d e c i e n d u c a d o s . El
P . Miguel de T o r r e s , P r o v i n c i a l de A n d a l u c í a , a c e p t ó la proposi-
c i ó n , y con esto a m b o s h e r m a n o s se p a r t i e r o n á G r a n a d a , p a r a p r e -
v e n i r la h a b i t a c i ó n d e los N u e s t r o s . La casa estaba sita en la calle de
A b e n a m a r , p u n t o m u y c é n t r i c o de la p o b l a c i ó n (4). C u a n d o estuvo
d i s p u e s t a , e n v i ó de C ó r d o b a el P . P r o v i n c i a l al P . P e d r o N a v a r r o ,
n a c i d o e n N a v a r r a , á q u i e n el P . R i b a d e n e i r a da los e p í t e t o s d e ' va-
r ó n e s p i r i t u a l , manso y callado» (5). Con él iban t r e s H e r m a n o s . El
día 7 de S e t i e m b r e de 1554 t o m a r o n los c u a t r o posesión de la casa,
y p r o n t o q u e d a r o n e n ella los c u a t r o s o l o s , p u e s el P . Á l v a r e z , cu-
r a d o de sus a c h a q u e s , salió p a r a S a n l ú e a r de B a r r a n í oda ((i), y el
P . Santa Cruz h u b o de v o l v e r á P o r t u g a l p o r o r d e n de San I g n a c i o (7).
( 1 ) 7-Jpistolae mixtae, t . l i , p . 72G.
( 2 ) Jbidem, t. n i , p . GOL
( 3 ) P o l a n c o , H i s t o r i a R . J., t. í v , p . 4G4.
( 4 ) E s t a calle lia d e s a p a r e c i d o ú l t i m a m e n t e por haberse derribado t o d a s las ca-
s a s d e u n lado p a r a a b r i r la G r a n V i a q u e a c t u a l m e n t e se e s t á construyendo.
(5) Historia da la Asistencia de España, 1. n , c. v u i .
(G) P o l a n c o , Historia S. . / . , t. v, p . 48G.
(7) P o l a n c o , ibidem, p . 550.
NUEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 155G
435
¿Y q u é p o d í a n h a c e r c u a t r o h o m b r e s d e poca p o s i b i l i d a d , cuatro
barrenderos, c o m o decía el P . N a v a r r o ? Sin e m b a r g o , y a p o r la fama
de lo m u c h o q u e se hacía e n C ó r d o b a , y a p o r la h u m i l d a d y m o d e s -
tia con q u e el P . N a v a r r o y sus c o m p a ñ e r o s t r a b a j a b a n c u a n t o p o -
dían, es lo c i e r t o q u e e n la c i u d a d crecía cada vez más el deseo de
t e n e r c o l e g i o f o r m a l do la Compañía. «No sabría d e c i r , escribía á
San I g n a c i o el P . N a v a r r o , c u á n t o sea el deseo q u e t i e n e n los de
esta c i u d a d de q u e v e n g a n a q u í P a d r e s m u c h o s . P r e g ú n t a n m e d o -
q u i e r a q u e v o y c u á n d o v i e n e n los P a d r e s , m o s t r a n d o b i e n e n ello
la d e v o c i ó n q u e t i e n e n á la C o m p a ñ í a , n o h a b i é n d o s e h e c h o e n ella
[en G r a n a d a ] lo q u e e n las o t r a s p a r t e s h a causado la o p i n i ó n y c r é -
dito q u e de ella h a n t o m a d o ; p u e s n o h a y a q u í sino c u a t r o b a r r e n -
d e r o s , de los c u a l e s , p u e s se edifican y a l g u n o s se a p r o v e c h a n , de
c r e e r es q u e c u a n d o h a y a q u i e n los d e s p i e r t e y h o m b r e s q u e los
l e v a n t e n , se h a n de edificar m u c h o y a p r o v e c h a r en el s e r v i c i o d e l
Señor» (1).
E s t o se escribía el 31 d e Mayo de 1555. E n la m i s m a carta avisa el
P. N a v a r r o q u e h a y e n G r a n a d a n u e v e p r e t e n d i e n t e s de la Compa-
ñía. E n t e n d i e n d o el P . T o r r e s la b u e n a m i e s q u e se p r e p a r a b a e n
esta c i u d a d , envió á ella al P . Alonso Ruiz. C o n e s t o , y c o n o r d e -
narse de s a c e r d o t e u n o de los H e r m a n o s q u e h a b í a n ido al p r i n c i p i o
3' estudiaba t e o l o g í a , f u e r o n tros los o p e r a r i o s q u e p u d i e r o n traba-
jar, p r i n c i p a l m e n t e en d a r Ejercicios y o n oir confesiones. P o r J u l i o -
de a q u e l m i s m o año a c u d i ó á G r a n a d a el P . T o r r e s , l l e v a n d o con-
sigo al f e r v o r o s o P . B a g u i o , 3 apenas e m p e z ó á t r a t a r con las gen-
r
tes, q u e d ó s o r p r e n d i d o al v e r la g r a n v e n e r a c i ó n con q u e t o d o s mi-
r a b a n á la C o m p a ñ í a , s i e n d o tan p o c o lo q u e ésta h a b í a h e c h o basta
entonces en G r a n a d a . Distinguíase e n la e s t i m a d e los N u e s t r o s el
ilustre a r z o b i s p o P e d r o G u e r r e r o , q u i e n h a b i e n d o c o n o c i d o e n
T r e n t o á los P P . Laínez 3" S a l m e r ó n , 3' a p r e c i a n d o p o r ellos á la Com-
pañía, e x c l a m a b a : «Castro fíe i smit isfa; éstos son los r e a l e s de Dios
con eme en estos t i e m p o s se ha s e r v i d o Su Majestad h a c e r g u e r r a al
m u n d o , d e m o n i o y c a r n e - (2). Dada esta b u e n a d i s p o s i c i ó n , n o es
m a r a v i l l a q u e el P . Basilio a r r a s t r a s e las m u c h e d u m b r e s con su p r e -
dicación f e r v o r o s a 3' consiguiese e s t u p e n d a s c o n v e r s i o n e s .
E n vista d e fruto tan c o p i o s o t r a t ó s e r i a m e n t e el P . P r o v i n c i a l d e
( 1 ) Litterae i/uadrimestres, t. 111, p . 5 0 0 .
( 2 ) E s t a s p a l a b r a s las c o n s e r v a R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia de España
1. II, c . VIII. * '
 1 , n . — SAN IGNACIO TIF. LOYOLA
436 L B
a s e n t a r b i e n la fundación de G r a n a d a . N o m b r ó al P . Basilio r e c t o r
d e l c o l e g i o , y e n v i ó a l g u n o s sujetos más. E l P . B u s t a m a n t e , eme
l u e g o s u c e d i ó al P . T o r r e s en el p r o v i n c i a l a t o ele A n d a l u c í a , visitó
la casa de G r a n a d a a q u e l m i s m o año 1555 (1), y t r a t ó d e l l e v a r ade-
l a n t e la o b r a d e su p r e d e c e s o r . O b s e r v a n d o la estrechez de la casa
q u e o c u p a b a n en la calle d e A b e n a m a r , buscó h a b i t a c i ó n más capaz;
y a u n q u e p o r e n t o n c e s n o p u d o c o m p r a r casa b u e n a , a l q u i l ó dos
p a r e s de casas j u n t o al c o n v e n t o de la E n c a r n a c i ó n . E l a l q u i l e r fue'
p a g a d o p o r el a r z o b i s p o , q u i e n ofreció para esto y p a r a o t r o s gastos
una suma de t r e s m i l ducados (2). Aviadas p r o n t a m e n t e las n u e v a s
casas, t r a s l a d ó s e á ellas la c o m u n i d a d p o r P a s c u a de R e s u r r e c c i ó n
d e 155G. A c r e c e n t ó s e e n t o n c e s c o n s i d e r a b l e m e n t e el n ú m e r o d e los
N u e s t r o s , p o r q u e el P . B u s t a m a n t e t r a s l a d ó á G r a n a d a el p r i m e r no-
viciado de la p r o v i n c i a de Andalucía, q u e a l g u n o s m e s e s a n t e s s e
había e m p o z a d o en C ó r d o b a . Tal era el estado del colegio d e Gra-
nada á la m u e r t e de N. P . S. I g n a c i o (3).
12. E n t r e t a n t a s fundaciones c o m o s i m u l t á n e a m e n t e se estaban ha-
c i e n d o , m e r e c e a l g u n a m e n c i ó n la d e l n o v i c i a d o ele Simancas. A i
a r r e g l a r las cosas de la Compañía en E s p a ñ a , el P . Nadal dejó m u y
encargaelo eme cada p r o v i n c i a t u v i e s e una casa de n o v i c i a d o distinta
d e los colegios. Á los p o c o s m e s e s o f r e c i e r o n á San F r a n c i s c o d e
Borja una casa en S i m a n c a s , la cual el santo v a r ó n aceptó para esta-
b l e c e r allí el n o v i c i a d o ele la p r o v i n c i a de Castilla. Ofrecíala D . J u a n
d e M o s q u e r a , c a b a l l e r o m u y c o n o c i d o en V a l l a d o l i d , y basta enton-
ces e n e m i g o a c é r r i m o de la Compañía. ¿ Q u i é n le había m u d a d o tan
e x t r a o r d i n a r i a m e n t e el c o r a z ó n ? No fueron c i e r t a m e n t e los s e r m o -
nes d e los N u e s t r o s , p u e s n o q u e r í a o í r l o s ; no fué la c o n v e r s a c i ó n d e
n i n g ú n jesuíta, p u e s de t o d o s c u i d a d o s a m e n t e se a p a r t a b a ; n o fué la
persuasión de n i n g ú n a m i g o n u e s t r o . Lo q u e o b r ó tal c o n v e r s i ó n fué
ú n i c a m e n t e el e j e m p l o d e San F r a n c i s c o d e Borja. Años atrás habíale
visto Mosquera en Valladolid r o d e a d o de t o d a la ostentación de su
h u m a n a g r a n d e z a . Viole a h o r a p o b r e y h u m i l d e , a c o m p a ñ a d o sola-
m e n t e d e u n H e r m a n o c o a d j u t o r , y s i r v i e n d o algunas veces á osle
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. •!., t. v i , p . 0 7 7 .
(2) Polanco, ibid., p. 637.
(3) No siéndonos posible descender á m á s pormenores sobre esta fundación, pue-
d e n c o n s u l t a r s e P o l a n c o , Historia S. ./., t. v , p . 5 0 6 , y t. v i , p . 6 7 7 ; R i b a d e n e i r a ,
Hist. de la Asistencia de España, 1. n , c . v m ; R o a , Hist. de la Prov.
cía, 1. i, c. x i v , y la Hist. manuscrita anónima del colegio de Granada.
NOEVOS COLEGIOS EN ESPAÑA DE 1554 Á 1556 437
m i s m o H e r m a n o , y esto bastó al d i s c r e t o caballero p a r a a d m i r a r á la
C o m p a ñ í a y ofrecerse á s e r v i r l a con sus b i e n e s (1).
Tenía u n a p e q u e ñ a casa y a l g u n a s h e r e d a d e s en S i m a n c a s , y t o d o
lo p u s o á disposición del santo C o m i s a r i o . E s t e d e t e r m i n ó a b r i r e n
a q u e l sitio el n o v i c i a d o de la p r o v i n c i a ele Castilla. A fines de 1554
envió desde Plasencia á su c o m p a ñ e r o el P . B u s t a m a n t e , n o m b r á n -
dole m a e s t r o de n o v i c i o s . P a r a f o r m a r la c o m u n i d a d de la n u e v a
casa, l l e v á r o n s e t r e s n o v i c i o s de P l a s e n c i a , c u a t r o de Salamanca y
o t r o s c u a t r o a d m i t i d o s en V a l l a d o l i d , todos los cuales, r e u n i d o s e n
la casita de S i m a n c a s , e m p e z a r o n á h a c e r vida de á n g e l e s bajo la di-
rección del P . B u s t a m a n t e . No t e n í a n p a r a subsistir o t r o s subsidios
más ciuc la l i b e r a l i d a d del Sr. M o s q u e r a y las limosnas q u e r e c o g í a n
pieliendo de p u e r t a en p u e r t a los sábados p o r el p u e b l o . La p r e s e n -
cia de San F r a n c i s c o de Borja, eme se r e c o g í a á m e n u d o e n t r e sus
q u e r i d o s n o v i c i o s , atrajo, c o m o era de s u p o n e r , á m u c h o s caballeros
q u e favorecían á la casa. Á p r i n c i p i o s de 1555 la h o n r ó con u n a v i -
sita la p r i n c e s a D. J u a n a , h e r m a n a de F e l i p e I I , y g o b e r n a d o r a en-
a
t o n c e s en su n o m b r e de estos r e i n o s (2).
13. O t r a s t r e s f u n d a c i o n e s se h i c i e r o n antes de la m u e r t e de San
I g n a c i o : la de S a n l ú c a r de B a r r a m e d a , e m p e z a d a en 1554, p e r o q u e
cesó dos años d e s p u é s ; la del colegio de M u r c i a , e m p e z a d a el año
1555 p o r la g e n e r o s i d a d de D. E s t e b a n de Almeida, obispo de Carta-
gena y M u r c i a , y, p o r fin, la d e M o n t e r e y en Galicia, q u e e m p e z ó
meses antes de m o r i r n u e s t r o santo P a d r e , y se d e b i ó al i l u s t r e ca-
b a l l e r o Alonso de F o n s e c a y A c e v e d o , c o n d e de M o n t e r e y . No can-
saremos al l e c t o r d e s c r i b i e n d o p o r m e n u d o todos los p o r m e n o r e s d e
estas fundaciones, p u e s sería r e p e t i r lo q u é ya h e m o s d i c h o acerca
de o t r o s colegios. P u e d e c o n s u l t a r s e s o b r e ellos la Historia de P o -
lanco. Sólo m e r e c e capítulo a p a r t e el colegio de Zaragoza, p o r la
t e m p e s t a d v e r d a d e r a m e n t e r e v o l u c i o n a r i a q u e allí se l e v a n t ó c o n t r a
la Compañía el año 1555.
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. n i , p . 0 3 .
( 2 ) V é a n s e éstos y o t r o s m u c h o s e d i l i c a n t e s p o r m e n o r e s en las dos c a r t a s d e l
P . P o r t i l l o , e s c r i t a s el 4 d e M a y o y el 20 d e J u l i o d e 1 5 5 5 . Cartas de S. Ignacio,
t. v, p . 4 3 2 , y Litterae quadrimestres. t. m , p . 5 3 1 .
de Andalu-

CAPÍTULO XIII
COLEGIO DE ZARAGOZA
(1555)
SUMARIO: 1. D i l i g e n c i a s p r a c t i c a d a s d e 1547 á 1554 p a r a a b r i r c o l e g i o en Z a r a g o z a . —
2. L a c i u d a d y los c a b a l l e r o s se r e s u e l v e n á e m p e z a r el coleg'io en 1554, a n i m a -
d o s p o r el P . E s t r a d a . — 3 . D i f i c u l t a d e s p a r a b a i l a r s i t i o . — 4 . C o m p r a d a u n a casa,
se a d e r e z a u n a capilla, q u e se a b r e al p ú b l i c o el 17 d e A b r i l d e 1 5 5 5 . — 5 . El m i s -
m o d í a sale u n e d i c t o del v i c a r i o del a r z o b i s p o c o n t r a los N u e s t r o s . — ó . L o s a g u s -
t i n o s con o t r o s r e g u l a r e s , y el a r z o b i s p o c o n a l g u n a s p a r r o q u i a s , se d e c l a r a n con-
t r a la C o m p a ñ í a . M o t i v o s d e esta g u e r r a . — 7. El g u a r d i á n d e S a n F r a n c i s c o es
e l e g i d o j u e z c o n s e r v a d o r d e los a g u s t i n o s , y el o b i s p o d e H u e s c a d e los j e s u í t a s . —
8. A m b a s p a r t e s a c u d e n al J u s t i c i a d e A r a g ó n . — 9 . D e m o s t r a c i o n e s do los a g u s t i
n o s c o n t r a la C o m p a ñ í a . — 1 0 . A l b o r ó t a s e el p u e b l o c o n t r a los j e s u í t a s . — 1 1 . 1.a
p r i n c e s a D. J u a n a e m p r e n d e la d e f e n s a de la C o m p a ñ í a . S u s p r i m e r a s c a r t a s de
:l
2 5 d e J u n i o d e 1 5 5 5 . — 1 2 . Salen los N u e s t r o s de Z a r a g o z a el 1.° d e A g o s t o . —
13. N u e v a s y m á s a p r e m i a n t e s c a r t a s d e la p r i n c e s a . — 14. V a c e d i e n d o la p a r t e
c o n t r a r i a , b a s t a q u e el 8 d e S e t i e m b r e se p u b l i c a la r e v o c a c i ó n del e d i c t o d e 17
d e A b r i l , y se d e c l a r a n n u l a s c u a n t a s c e n s u r a s se h a b í a n l a n z a d o c o n t r a la C o m -
p a ñ í a . — 1 5 . V u e l t a t r i u n f a l d e los P a d r e s á Z a r a g o z a . — 1 0 . C a r t a d e San I g n a c i o .
F U F . N T E S C O N T E M P O R Á N E A S : 1. Cartas de San Ignacio.—2. Rcgcslum tilter. S. Ignatii. —
3. Epistolae mixtae.—í. Litterae ([nadrimestres.—5. Epistolae S. Erancisci Horginc.—ti. Epis-
tolae P. Nadal.—7. Polanco, Historia S. J.—8. R i b a d e n e i r a . Historia de la Asistencia de Es-
paña.—9. Álvarez, Historia de la Provincia de Aragón.—10. M a e s t r o Eslíes, Libro de tu
Iglesia metropolitana de Zaragoza.—11. Archivo de Simancas, Estado, lcg. . U8. :
1. E l p r i m o r p e n s a m i e n t o de e s t a b l e c e r colegio do la Compañía en
Zaragoza p a r e c e h a b e r nacido de San F r a n c i s c o de Borja. A p e n a s en-
t r ó r e l i g i o s o en el o t o ñ o de 1546, concibió f e r v o r o s o s deseos de a b r i r
casas á n u e s t r a O r d e n en las más i l u s t r e s ciudades d e España. P u s o
los ojos desdo l u e g o en Sevilla, T o l e d o y Zaragoza, y p o r eso en No-
v i e m b r e de a q u e l m i s m o año, a p r o v e c h a n d o el viaje del Dr. Miguel
d e T o r r e s , q u e d e s p u é s de v i s i t a r l e en Gandía, pensaba pasar á Zara-
goza, e n v i ó p o r m a n o d e éste v a r i a s c a r t a s á los p e r s o n a j e s más ilus-
t r e s de a q u e l l a c i u d a d , p r o p o n i é n d o l e s la fundación de u n colegio,
CAP. X I I I . — C O L E G I O D E ZARAGOZA 439
p a r a c u y o p r i n c i p i o ofrecía él u n a casa y a l g u n a r e n t a q u e allí te-
nía (1).
E l P . T o r r e s , al p r o p o n e r este n e g o c i o , h a l l ó m u y b u e n a acogida
en el v i r r e y d e A r a g ó n P e d r o Martínez d e Luna, c o n d e de Morata,
p e r o m u c h a frialdad de p a r t e del a r z o b i s p o D. H e r n a n d o de A r a g ó n ,
frialdad t a n t o m e n o s esperada, c u a n t o q u e D. H e r n a n d o era p a r i e n t e
c e r c a n o de San F r a n c i s c o de Borja (2). Con t o d o eso n o se desanima-
r o n los N u e s t r o s , y en el v e r a n o s i g u i e n t e de 1547, c u a n d o estuvie-
r o n e n Zaragoza los P P . Araoz y T o r r e s , d e t e r m i n a r o n dejar en la
ciudad a l g u n o s sujetos q u e , t r a b a j a n d o e n b i e n de los p r ó j i m o s , die-
sen á c o n o c e r la C o m p a ñ í a y p r e p a r a s e n el c a m i n o p a r a el f u t u r o
colegio. F u e r o n d e s t i n a d o s á esta e m p r e s a , c o m o ya lo dijimos más
a r r i b a , los P P . F r a n c i s c o de Rojas, e s p a ñ o l , y H é r c u l e s B u c c e r i , ita-
liano (3).
Desde l u e g o e n c o n t r a r o n a l g u n o s b u e n o s a m i g o s , q u e p r e s t a r o n
g e n e r o s a m e n t e favor á las cosas de la Compañía. D i s t i n g u i é r o n s e en-
t r e éstos F r . T o m á s de E s q u i v c l , p r i o r del c o n v e n t o de los d o m i n i -
cos; m i c e r J a i m e A g u s t í n , Mateo Sebastián M o r r o ñ o s , y más a ú n el
anciano c a b a l l e r o m o s é n J u a n González d e V i l l a s i m p l e z , conserva-
d o r del r e a l p a t r i m o n i o en A r a g ó n . E s t e b u e n señor, h a b i e n d o en-
v i u d a d o a l g ú n t i e m p o antes, y o r d e n á d o s e de s a c e r d o t e , destinó u n a
casa q u e tenía en Zaragoza, con a l g u n a h a c i e n d a , á la e r e c c i ó n de u n
colegio de doncellas. C o m o n o t u v i e s e p r ó s p e r o suceso esta funda-
ción, m o s é n J u a n González la deshizo con a u t o r i d a d a p o s t ó l i c a , y
ofreció a q u e l l a casa y h a c i e n d a á los N u e s t r o s , p a r a e s t a b l e c e r u n
colegio d e la Compañía. T a m b i é n se c o n c e d i ó á los N u e s t r o s u n a
p e q u e ñ a iglesia, q u e se había aplicado antes al colegio de las d o n c e -
llas. A c e p t ó s e la oferta en el v e r a n o de 1547 (4). Á p r i n c i p i o s d e 1548
m u r i ó m o s é n J u a n González (5), y su hijo J u a n Luis m o v i ó p l e i t o á
la C o m p a ñ í a y p u s o e m b a r g o en la fundación, a l e g a n d o q u e su p a d r e
n o había h e c h o la d o n a c i ó n con el d e b i d o d e r e c h o , p u e s n o le tenía
p a r a d a r al colegio c i e r t o s b i e n e s raíces q u e le dio y él p r e t e n d í a s e r
suyos. Resistíale su h e r m a n a D . A l d o n z a González, q u e a m a b a sin-
a
c e r a m e n t e á la Compañía, y deseaba l l e v a r a d e l a n t e los b u e n o s de-
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i , p . 3 2 8 . — ( 2 ) Ibid., p . 3 3 9 . — ( 3 ) Ibid., p p . 389 y 3 9 2 .
( 4 ) Véase la c a r t a en q u e a g r a d e c e San I g n a c i o e s t a d o n a c i ó n , eu Cartas de Son
Ignacio, t. I I , p . 3 7 .
( 5 ) N o s a b e m o s el día p r e c i s o , p e r o d e b i ó ser p o r M a r z o ó Abril, p u e s el 2 7 d e
M a y o o r d e n a b a S a n I g n a c i o d e s d e b o m a q u e se le h i c i e s e n los s u f r a g i o s c o m o á f u n -
d a d o r del c o l e g i o . Vide Regest. litt. S. Ignat., t. i, p . 1 4 7 .
 440 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
signios do su p a d r e . C o m p l i c a b a p o r o t r o lado ol n e g o c i o D . Ana, a
h e r m a n a de los d o s , p r e t e n d i e n d o q u e se r e s t i t u y e s e el e x t i n g u i d o
colegio de d o n c e l l a s , d o n d e olla había sido s u p e r i o r a . C u a n d o San
I g n a c i o v i o el e m b r o l l o de pleitos q u e s u r g í a n e n t o r n o de la funda-
ción de Zaragoza, m a n d ó á sus hijos, p o r J u l i o do 1048, q u o e n t r e g a -
sen casa y h a c i e n d a , y se r e t i r a s e n á o t r a s ciudades d o n d e p o d r í a n
t r a b a j a r sin t a n t o s e s t o r b o s (1).
S i n t i e r o n e n g r a n m a n e r a este d e s e n l a c e los a m i g o s de la Compa-
ñía, y el b u e n P . E s q u i v e l , d e s e a n d o e v i t a r la salida d e los N u e s t r o s ,
r e u n i ó e n su m o n a s t e r i o á m u c h a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s p a r a t r a t a r
d e esto a s u n t o . Allí a c u d i e r o n D. M i g u e l C l e m e n t e , p r o t o n o t a r i o d e l
Consejo Real de A r a g ó n ; D. Gonzalo P a t e r n o y , m a e s t r e racional del
m i s m o r e i n o ; m i c e r J a i m e Agustín d e l Castillo, Mateo Sebastián Mo-
r r a n o s y o t r o s a m i g o s de la C o m p a ñ í a . F r a y T o m á s de E s q u i v e l «pro-
p u s o el n e g o c i o , dice el P . Rojas, ensalzando el i n s t i t u t o de la Com-
pañía hasta el cielo, y e n c o m e n d a n d o con r a z o n e s m u y eficaces la
u t i l i d a d de su m i n i s t e r i o y la n e c e s i d a d q u e de é l había en esta r e -
pública» (2). A s i n t i e r o n t o d o s á las ideas d e l P . P r i o r , y p a r a g u i a r
b i e n este n e g o c i o c o n v i n i e r o n e n h a c e r dos cosas: la p r i m e r a con-
sistía e n a y u d a r , cada u n o c u a n t o p u d i e s e , con sus limosnas al sus-
t e n t o de n u e s t r o s P a d r e s , y la s e g u n d a e n i n t e r e s a r al A y u n t a m i e n t o
en la fundación. P a r a l o g r a r esto ú l t i m o , a d e m á s de h a b l a r cada u n o
en p a r t i c u l a r á los j u r a d o s , p r e s e n t ó s e u n día e n ol A j m n t a m i e n t o el
P . E s q u i v e l , e x p l i c ó d o c t a m e n t e los b i e n e s e s p i r i t u a l e s q u e la Com-
pañía había de p r o d u c i r e n Zaragoza, y e x h o r t ó á q u e la c i u d a d con-
c u r r i e s e á la fundación del deseado c o l e g i o . C o n v e n c i e r o n al A y u n -
t a m i e n t o Jas r a z o n e s d e l P . E s q u i v e l , y p r o m e t i ó d a r m i l escudos
p a r a esta o b r a E s t o s u c e d í a p o r Agosto d e 1548.
Los esfuerzos d e l P . E s q u i v e l d e t u v i e r o n á los N u e s t r o s e n Zara-
goza, p e r o n o l o g r a r o n v e n c e r las t e n a c e s r e s i s t e n c i a s q u e se opo-
n í a n á la fundación. Sois años c o n t i n u a r o n n u e s t r o s P a d r e s e n a q u e l l a
ciudad, s i e m p r e l i t i g a n d o con los hijos de m o s é n J u a n González (4),
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. ,/., t. I, p . «142. l ü b a d e n e i r a , Hist. de. la Asist. de Ks-
paña, 1. l l , c. x v . Á l v a r e z , Hist. de la Prov. de Aragón, 1. I , c. x x v i .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 5 5 4 .
( 3 ) Ibid., p . 5 5 5 . V é a s e t a m b i é n á Á l v a r e z ubi supra. N ó t e s e el y e r r o c r o n o l ó g i c o
d e O r l a n d i n i , q u e p o n e e s t a s d i l i g e n c i a s d e l P . E s q u i v e l en el a ñ o 1 5 5 1 .
( 4 ) N o p o d e m o s d e t e n e r n o s á e x p l i c a r t o d o s los p o r m e n o r e s do e s t e f a s t i d i o s o
pleito, m u y c a r a c t e r í s t i c o d e a q u e l t i e m p o . Q u i e n d e s e e s e g u i r s u s p a s o s p u e d e c o n -
s u l t a r l a s c a r t a s q u e s o b r e él e s c r i b i e r o n estoB a ñ o s l o s P P . F r a n c i s c o d e Hojas y
A l o n s o K o m á n (Epistolae mixtae, t. n , p p . 3 2 , 0 4 , 1 0 5 , 1 4 3 , 1 6 5 , e t c . ) .
OAr. X I I I . — 3 O L E G I 0 DE ZARAGOZA 441
y d e d i c á n d o s e c u a n t o p o d í a n á p r e d i c a r y confesar, p e r o sin h a c e r
todo id fruto q u e deseaban, ya p o r la i n s t a b i l i d a d de su p o s i c i ó n , y a
p o r la p e n u r i a de o p e r a r i o s , p u e s ofreciéndose tantas ciudades d o n d e
trabajar, se d e s t i n a b a n los sujetos á otras casas m e j o r fundadas, y sólo
q u e d a b a n e n Zaragoza d o s ó t r e s P a d r e s . El eme m á s trabajó en estos
años fué ol P . Alonso R o m á n , q u o desde 1550 r e s i d i ó en esta ciudad (1),
y h u b o de t o l e r a r más q u e n a d i e las p e s a d u m b r e s de esta fundación.
D e s e s p e r a n d o de t r i u n f a r e n el p l e i t o con los hijos de m o s é n J u a n
González, d i é r o n s e los N u e s t r o s á b u s c a r a l g ú n sitio d o n d e p u d i e s e n
edificar p o r c u e n t a p r o p i a casa é iglesia. Desde 1548 p u s i e r o n los
ojos e n u n solar de la plaza de Méliz (2); p e r o o p u s i é r o n s e fuerte-
m e n t e los c a r m e l i t a s , p o r e s t a r m u y cerca de su c o n v e n t o . D e s p u é s
se quiso c o m p r a r u n o s patios e n t r e el hospital de Nuestra S e ñ o r a de
Gracia y el c o n v e n t o de Santa Catalina; p e r o s i n t i é n d o s e de ello las
religiosas de este c o n v e n t o , a c u d i e r o n á los P a d r e s franciscos o b -
servantes, y éstos i m p i d i e r o n la c o m p r a . V o l v i é r o n s e los ojos á o t r a
p a r t e , y a s o m a r o n p o r allí los P a d r e s agustinos. P o r fin, d e s p u é s de
a n d a r l a r g o t i e m p o « q u a s i s p e e u l a n d o y r o d e a n d o toda la c i u d a d » ,
dice el P . R o m á n í'.1\ se a d q u i r i ó , á p r i n c i p i o s de 1554, u n a casa vieja,
con a l g u n o s c o r r a l e s adjuntos, e n el sitio l l a m a d o Callizo de la T r a i -
ción. T a m p o c o e n este sitio se p u d i e r o n a c o m o d a r n u e s t r o s P a d r e s .
Tal fué el a l b o r o t o injusto q u e se l e v a n t ó . «Si h u b i e s e de d e c i r á
V. P., escribía el P . R o m á n á San Ignacio, las m u r m u r a c i o n e s y con-
t r a d i c c i o n e s , los falsos t e s t i m o n i o s , las e n v i d i a s y p a s i o n e s , los con-
ventículos, risas y escarnios c o n t r a n o s o t r o s , el m a r a v i l l a r s e p o r q u e
nos dejan edificar, el d a r señales q u e n o n o s q u e r r í a n v e r t e n e r
asiento e n esta ciudad, e s p e c i a l m e n t e e n t r e casi t o d o s los r e l i g i o s o s
y s a c e r d o t e s , n o sacando d e m u c h o de esto al p r e l a d o y á s u s fami-
liares, sería n u n c a acabar. F i n a l m e n t e conformo á lo q u e h e e n t e n d i d o
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. l l , p . 1 0 4 .
( 2 ) Epistolae mixtae, \. i , p . 5 5 5 . Así el P . R o j a s en e s t a c a r í a , c o m o el P . K o m á n e n
la q u e e s c r i b i ó á S a n I g n a c i o el 2 5 d e F e b r e r o d e 1 5 5 4 (Ibid., t. i v , p . 7 1 ) , d i s t i n g u e n
d i v e r s o s s i t i o s , y d e s i g n a n las c o n t r a d i c c i o n e s q u e s u r g i e r o n : p e r o n o p o n e n l o s n o m -
b r e s d e l a s c a l l e s ó p l a z a s e n q u e e s t a b a n . E s t a o m i s i ó n la s u p l i m o s c o n lo q u e n o s
dicen dos autores d e aquel tiempo, q u e , c o m o h a b i t a n t e s de Z a r a g o z a , debían estar
bien i n f o r m a d o s d e la t o p o g r a f í a d e la c i u d a d . E s t o s s o n : el m a e s t r o E s p é s , Libro
de la iglesia metropolitana de Zaragoza, m s s . , 1. l l , f. 1.040 ( c o n s é r v a s e en el A r c h i v o
de l a S e o ) , y F r . D i e g o M o r i l l o , Fundación milagrosa de la capilla angélica y apos-
tólica de la. Madre de Dios, del Pilar, y excelencias de la imperial ciudad de Zara-
goza. I m p r e s o e n 1 6 1 6 . ( V é a s e la p . 3 3 3 y s i g u i e n t e s . )
( 3 ) Epistolae mixtae; t. l v , p . 7 2 .
442 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
y el P . Rojas dice, y á m í m e p a r e c e de lo q u e oyó y a q u í v e o , tanta
c o n t r a d i c c i ó n , p o r v e n t u r a , n o h a t e n i d o la C o m p a ñ í a en todos j u n -
tos los l u g a r e s d o n d e está en E s p a ñ a , c o m o e n dicha c i u d a d ; ni p o r
v e n t u r a u n o p o r u n o h a y l u g a r d o n d e t e n g a tantos d e v o t o s y m u y
aficionados, y q u e t a n t o c r é d i t o t e n g a n d e la Compañía» (1).
2. Así estaban las cosas e n la p r i m a v e r a de 1554. E n t o n c e s , c u a n d o
fué n o m b r a d o P r o v i n c i a l d e A r a g ó n el P . F r a n c i s c o E s t r a d a , resol-
v i ó d a r u n paso decisivo, é i m p r i m i r u n m o v i m i e n t o a t r á s ó a d e l a n t e
á u n n e g o c i o atascado hacía siete años. H e a q u í c ó m o r e f i e r e el m i s m o
P . Esti-ada á San I g n a c i o el r e s u l t a d o d e sus diligencias, on carta del
4 de Agosto de 1554:
« P o r ésta d i r é lo q u e e n esta c i u d a d ha s u c e d i d o , y es q u e , desean-
do q u e a q u í se fundase u n colegio de la Compañía, y q u e los s e ñ o r e s
de esta c i u d a d so d e c l a r a s e n e n si q u e r í a n a y u d a r p a r a esta o b r a ó
n o , p o r q u e , s e g ú n e s o , p r o v e y é s e m o s en e n v i a r a q u í más g e n t e ó
e n q u i t a r esos p o c o s q u e hay, d e t e r m i n a m o s de h a c e r j u n t a r todos
los c a b a l l e r o s p r i n c i p a l e s q u o - e n Zaragoza se h a l l a b a n , y h a c e r l o s
u n a plática s o b r e el n e g o c i o ; y así ol v i s o r r e y hizo j u n t a r t o d o s los
c a b a l l e r o s en la sala de su c o n s e j o , y se j u n t a r o n más de doscientos
con el v i r r e y y o t r o s condes y s e ñ o r e s , y y o con o t r o s dos P a d r e s .
E s t a n d o todos así, se c e r r a r o n las p u e r t a s , y c o m e n c é y o á h a c e r mi
plática, q u e d u r a r í a u n a h o r a , en la cual les di c u e n t a de n u e s t r a Com-
pañía y de s u m a n e r a d e p r o c e d e r , y d e l f r u t o q u e r e s u l t a d e fun-
d a r s e colegios en las c i u d a d e s , p r o b á n d o l o con la e x p e r i e n c i a de los
y a fundados e n o t r a s p a r t o s , y a n i m á n d o l o s á lo m i s m o .
«Movió n u e s t r o S e ñ o r t a n t o los á n i m o s , q u e en t o d a la plática h u b o
g r a n silencio y a t e n c i ó n ; y ella acabada, g r a n d e aplauso en todos, en
tanto g r a d o , q u e había q u i e n decía q u e de su boca lo q u i t a r í a y la
h a c i e n d a de sus hijos, p o r d a r l a en a y u d a de tan santa o b r a ; otros,
q u e n u n c a tal h a b í a n o í d o , y q u o estaban e n g a ñ a d o s con esta reli-
g i ó n , n i la c o n o c í a n , y q u e tal plática á t o d a la c i u d a d se había de
h a c e r , p e r o q u e ellos la d i v u l g a r í a n p o r sus casas y p o r la ciudad.
H a l l ó s e p r e s e n t e á esta plática, do p a r t e de la ciudad, ol j u r a d o p r i n -
c i p a l , q u e estaba al lado del v i r r e y , y al fin de ella, l e v a n t á n d o s e y
q u i t a n d o el b o n e t e , dijo quo él p r o p o n d r í a a q u e l l o q u o había oído
á la c i u d a d en su capítulo y consejo, y q u e e r a j u s t o tal o b r a fuese
favorecida.
«Después de e s t o , j u n t a d o s t o d o s los j u r a d o s y c o n s e j e r o s de esta
( 1 ) Epistolae mixtae, t. í v , p. 7 3 .
CAP. XIII.—COLEGIO DB ZARAGOZA 443
ciudad en la lonja d o n d e s u e l e n h a c e r sus a y u n t a m i e n t o s , q u i s i e r o n
que o t r o día de la s e m a n a y o les fuese á h a c e r otra plática á los ciu-
dadanos p o r sí y á los q u e r e p r e s e n t a n t o d a la c i u d a d , así c o m o lo
había h e c h o al v i r r e y y á los c a b a l l e r o s , t o m á n d o l o p o r p u n t o d e
h o n r a si á la c i u d a d p o r sí n o se daba c u e n t a ; y así, y o fui á a q u e l
t r i b u n a l , y estando t o d o s los j u r a d o s y c o n s e j e r o s do la c i u d a d j u n -
t o s , c o m e n c é mi p l á t i c a , y a c a b a d a , el p r i n c i p a l de ellos dijo m u y
b u e n a s p a l a b r a s , y q u e d á r o n s e allí c e r r a d o s , á c o n s u l t a r y d e t e r m i -
n a r s o b r e lo q u e h a b í a n oído.
»E1 fruto q u e de estas pláticas h a r e s u l t a d o , es q u e , u l t r a de h a b e r
dado noticia de la C o m p a ñ í a , q u e era b i e n m e n e s t e r , se d e p u t a r o n
dos c a b a l l e r o s q u e a n d u v i e s e n á p e d i r p o r la c i u d a d , y a l l e g a r a l g o
con q u e n o s c o m p r a s e n sitio d o n d e p u d i é s e m o s fundar colegio, y e n
poco más de dos días q u e h a n a n d a d o á p e d i r , se h a n allegado m á s
de c u a t r o mil escudos. La c i u d a d ofreció los mil, los o t r o s o f r e c i e r o n
diversos s e ñ o r e s de esta c i u d a d , y así, se busca el s i t i o , y t r a s él se
b u s c a r á la r e n t a , p o r q u e a h o r a n o h a y q u i e n m á s q u i e r a d a r ; p e r o
poco á p o c o , con el favor del Señor, se h a r á todo» (1).
3. Dado este e m p u j e p o r el P . E s t r a d a , r e p i t i é r o n s e las diligencias
para h a b e r a l g ú n sitio o p o r t u n o , y t r o p e z ó s e con las m i s m a s dificul-
tades d e antes. Al fin, d e s p u é s de m u c h o r o d e a r , h a l l a r o n n u e s t r o s P a -
dres ciertas casas con a l g ú n solar a d j u n t o , p r o p i e d a d de u n caba-
llero llamado S a n c h o de F r a n c i a (2). La vigilia de N a v i d a d de 1554
se c o n c l u y ó el c o n t r a t o , y se c o m p r ó el sitio y las casas p o r dos m i l
q u i n i e n t o s escudos. E l sitio e r a b u e n o , p e r o las casas m u y viejas; c o n
todo e s o , antes de p e n s a r en edificios n u e v o s , se p r o c u r ó a c o m o d a r
aquello viejo con los d e b i d o s r e p a r o s p a r a q u e s i r v i e r a de cole-
gio (3). T e r m i n a d o este n e g o c i o , salió el P . E s t r a d a , á 3 de E n e r o d e
1555, p a r a B a r c e l o n a , dejando en Zaragoza á los P P . P i n a s , Rojas y
R o m á n y á dos H e r m a n o s (4).
4. C o n t i n u a r o n éstos e j e r c i t a n d o los m i n i s t e r i o s d e la C o m p a ñ í a
los p r i m e r o s meses del año 1555. O c u p a r o n las n u e v a s casas, y c u a n d o
t u v i e r o n m o d e s t a m e n t e aderezada una capilla, d e t e r m i n a r o n e s t r e -
n a r l a con u n a misa s o l e m n e , q u e se había de c e l e b r a r el 17 de A b r i l .
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i v , p . 2 9 4 .
( 2 ) E s t e sitio es el q u e o c u p a el a c t u a l c o l e g i o d e San Carlos, q u e fué el a n t i g u o
colegio d e la C o m p a ñ í a .
( 3 ) Epistolae P. Nadal, t. i, p . 2 7 0 . E l P . P i n a s al P . N a d a l . Z a r a g o z a , 9 d e
Enero de 1555.
(4) ídem, ibid.
 444
LIB. 1 1 . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
F u e r o n c o n v i d a d o s p a r a esta fiesta el v i r r e y , d u q u e de F r a n c a v i l a ,
q u e d e s d e años a t r á s e r a m u y a m i g o d e los N u e s t r o s , u n o d e los in-
q u i s i d o r e s y v a r i o s c a b a l l e r o s y p e r s o n a s p r i n c i p a l e s d e la c i u d a d .
C o m o los N u e s t r o s e r a n tan i)ocos, c o n v i d a r o n , p a r a c a n t a r el oficio
y m i s a , á los P a d r e s d o m i n i c o s , q u e en o t r a s ocasiones n o s h a b í a n
f a v o r e c i d o en Zaragoza. Debía c e l e b r a r la misa n u e s t r o g r a n d e a m i g o
F r . T o m á s E s q u i v e l . E s t a n d o y a t o d o d i s p u e s t o p a r a la fiesta, y ha-
b i é n d o s e o b t e n i d o del v i c a r i o g e n e r a l d e l a r z o b i s p o , F r . L o p e Marco,
abad d e V ó r n e l a , licencia p a r a c e l e b r a r la f u n c i ó n , v i n o u n r e c a d o
la v í s p e r a de la fiesta p o r la n o c h e , de p a r t e d e l m i s m o v i c a r i o , avi-
sando q u e n o su c e l e b r a s e la misa hasta v e r si tenía facultades la
C o m p a ñ í a p a r a e l l o , p u e s h a b í a n i n t e r p u e s t o queja los c l a u s t r a l e s
de San Agustín y dos p a r r o q u i a s . E l P . B a r m a , v i c e p r o v i n c i a l y so-
cio d e l P . E s t r a d a , q u e se hallaba de paso e n Zaragoza, h a b i e n d o con-
s u l t a d o a p r i e s a á los N u e s t r o s y á a l g ú n a m i g o de a f u e r a , r e s p o n d i ó
al r e c a d o q u e ya n o se podía v o l v e r atrás, estando a n u n c i a d a p ú b l i -
c a m e n t e la función, y h a l l á n d o s e c o n v i d a d o s el v i r r e y , los P a d r e s d o -
m i n i c o s y tantas p e r s o n a s i l u s t r e s d e la c i u d a d ; q u e al día s i g u i e n t e
iría él á v e r s e con el v i c a r i o , y p r o c u r a r í a satisfacerle. G u a r d ó s e si-
lencio s o b r e este i n c i d e n t e ; y p a r a t o m a r p o s e s i ó n d e la capilla antes
quo s u r g i e r a n n u e v a s dificultades, l u e g o q u e a m a n e c i ó el día si-
g u i e n t e , se c e l e b r ó u n a m i s a en p r e s e n c i a de n o t a r i o y t e s t i g o s , y en
ella se dio la c o m u n i ó n á v a r i a s p e r s o n a s . C u a n d o d e s p u é s , á la h o r a
c o m p e t e n t e , estaba p a r a e m p e z a r la misa s o l e m n e , llegó á la sacris-
tía u n r e c a d o , r e m i t i d o p o r el g u a r d i á n de San F r a n c i s c o , á q u i e n
h a b í a n e l e g i d o p o r juez c o n s e r v a d o r los agustinos, i n t i m a n d o q u e n o
se c e l e b r a s e la misa, p o r s e r la e r e c c i ó n de a q u e l l a capilla c o n t r a los
p r i v i l e g i o s d e los a g u s t i n o s . C o n s u l t a r o n e n t r e sí las p e r s o n a s q u e es-
t a b a n en la sacristía, y r e s o l v i e r o n q u e n o d e b í a a t e n d e r s e al r e c a d o ,
p o r q u e la C o m p a ñ í a estaba en su d e r e c h o . Salió, pues, el P . E s q u i v e l
á c e l e b r a r la misa (1).
5. P r e d i c ó e n ella el P . F r . J u a n de A z o l o r a , de la O r d e n de San
J e r ó n i m o . M u y c o n t e n t o q u e d ó e l a u d i t o r i o d e los e l o g i o s q u e el
p r e d i c a d o r t r i b u t ó á la Compañía, y de la d e v o c i ó n c o n q u e se c e l e b r ó
p 7 9 0 w l i PTT' ° Tl^"
n d B l 1 3 d S A
°° S t 0 d e 1 5 5 5
(Wolae mixtae,
"viso e n , do' 0 l a n
, C 0
. ( / 7 i
*" j W
» -S J
- v, P- 3«2), mencionan solamente , |
a r e z (autoría de laPronncta de Aragón, 1, . LI) a ñ a d e n este segundo enviado
C P . R o m á n del 1 3 d e A g o s t o (Epistolae
d e p a t e d e los a g u s t m o s , y q u e llegó d e s p u é s d e la m i s a p r i m e r a y a n t e s d e e m p e
z a r s e la s o l e m n e , con lo c u a l se e n t i e n d e n m e j o r t o d o s J s n e e s o s d e a q r t e l d ü T
CAÍ'. X I I I . COLEGIO DE ZARAGOZA 445
la s o l e m n i d a d , c u a n d o al s a l i r d e la capilla se e n c o n t r a r o n n u e s t r o s
a m i g o s con u n e x t r a ñ o e s p e c t á c u l o . M i e n t r a s d e n t r o se c e l e b r a b a la
misa s o l e m n e , D. L o p e Marco había h e c h o colocar p o r f u e r a , e n las
p a r e d e s de la m i s m a capilla, u n edicto en q u e se decía q u e c i e r t o s
c l é r i g o s , con p r o p i a a u t o r i d a d , p o s p u e s t o el t e m o r d e D i o s , d e c í a n
misas y p r e d i c a b a n y a d m i n i s t r a b a n s a c r a m e n t o s en u n a casa p r o -
fana, y q u e m a n d a b a q u e todos los r e c t o r e s y v i c a r i o s p u b l i c a s e n en
sus iglesias, q u e n i n g u n o v i n i e s e allí á n i n g u n o ' d e los m i n i s t e r i o s
d i c h o s ; y lo c o n t r a r i o h a c i e n d o , cayesen e n e x c o m u n i ó n (1).
H u b o escándalo n o p e q u e ñ o p o r este edicto r i g u r o s o . P r o c u r a r o n
los j e s u í t a s q u e el v i r r e y y a l g u n a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s h a b l a s e n al
v i c a r i o , y le p i d i e s e n la r e v o c a c i ó n del edicto. Los m i s m o s P a d r e s
fueron t a m b i é n á v e r s e con é l , y le m o s t r a r o n las b u l a s d e la C o m -
pañía. P e r o a u n q u e el abad las vio despacio y las m o s t r ó al oficial
del m i s m o a r z o b i s p o , n o q u i s o v o l v e r a t r á s , n i d a r licencia de p r e -
dicar al P . S a n t a n d e r , q u e llegó a q u e l l o s días e n v i a d o p o r San F r a n -
cisco de Borja. C o m o r e s p o n d i e s e n a l g u n o s p e r i t o s á los Nuestros,
q u e e n su capilla p o d í a n p r e d i c a r sin licencia del a r z o b i s p o , t u v o
s e r m ó n u n o de los P a d r e s con b a s t a n t e c o n c u r s o de g e n t e . I n d i g -
nóse s o b r e m a n e r a el p r e l a d o , y él con los d e m á s e n e m i g o s n u e s -
tros p a s a r o n a d e l a n t e en sus p r o c e d i m i e n t o s c o n t r a la Compañía.
6. P a r a e n t e n d e r m e j o r la serie d e los a c o n t e c i m i e n t o s q u e v a n á
s u c e d e r s e , b u e n o será q u e e x p o n g a m o s q u i é n e s f u e r o n los c o m b a -
t i e n t e s q u e e n t r a r o n en batalla. Los p r i n c i p a l e s a d v e r s a r i o s de la
Compañía e r a n el v i c a r i o del arzobispo, D. L o p e M a r c o , ó p o r m e j o r
d e c i r , el m i s m o a r z o b i s p o , c u y o i n s t r u m e n t o era D. L o p e , y los P a -
d r e s a g u s t i n o s . E n pos d e l a r z o b i s p o iba el c l e r o p a r r o q u i a l d e toda
la c i u d a d , p r i n c i p a l m e n t e el de la M a g d a l e n a , p a r r o q u i a p r ó x i m a á
n u e s t r o c o l e g i o . Con los a g u s t i n o s h i c i e r o n causa c o m ú n t o d a s las
O r d e n e s r e l i g i o s a s , e x c e p t o los J e r ó n i m o s y los d o m i n i c o s . E n favor
de la C o m p a ñ í a se d e c l a r a r o n D. P e d r o A g u s t í n , o b i s p o d e Huesca;
el v i r r e y d e A r a g ó n , d u q u e de F r a n c a v i l a , y los j u r a d o s de la ciu-
d a d , a u n q u e éstos se i n t e r e s a r o n p o c o en la lucha. P e r o el p r i n c i p a l
a p o y o de la C o m p a ñ í a y el q u e decidió en su favor la batalla, fué la
p r i n c e s a D . J u a n a , g o b e r n a d o r a d e E s p a ñ a , m o v i d a , se. e n t i e n d e ,
a
p o r San F r a n c i s c o d e Borja, q u e p o r e n t o n c e s estaba en Valladolid (2).
t iv
¿
( 1 ) P o l a n c o , Historia S . ./"., t. v, p . 3 9 3 , el c u a l t o m a sus n o t i c i a s d e la c a r t a d e l
mixtae, t. i v , p . 7 9 9 ) .
( 2 ) Así se infiero b i e n claro de u n a c a i t a del s a n t o c o m i s a r i o á S a n I g n a c i o , f e -
elia en S i m a n c a s á 12 d e J u l i o d e 1555 (Epistolae S. Fraucisci Borgiae), donde,
 44G LIC. I I . — SAN IGNACIO HE LOYOLA
E l m o t i v o o s t e n s i b l e de la h o s t i l i d a d del a r z o b i s p o D. H e r n a n d o
d e A r a g ó n , era el q u e la C o m p a ñ í a n o r e c o n o c i e s e su j u r i s d i c c i ó n , y
e n esto algo se p a r e c í a al a r z o b i s p o S i l i c e o , con la diferencia de q u e
e l de Zaragoza p r o c e d í a c o n t r a los N u e s t r o s d e s p u é s de e n t e r a r s e
oficialmente de n u e s t r a s b u l a s y p r i v i l e g i o s . E l f u n d a m e n t o d e los
a g u s t i n o s fué e l l l a m a d o p r i v i l e g i o d e las canas. E s d e s a b e r , q u e
p a r a e v i t a r conflictos e n t r o las Ó r d e n e s m e n d i c a n t e s , había m a n d a d o
la I g l e s i a , q u e u n a vez edificado en u n p u n t o u n c o n v e n t o m e n d i -
c a n t e , n o podía edificarse o t r o d e n t r o de u n r a d i o de t r e s c i e n t a s ca-
nas (así se l l a m a b a u n a m e d i d a l o n g i t u d i n a l de ocho p a l m o s ) , dis-
t a n c i a q u e d e s p u é s se l i m i t ó á c i e n t o c u a r e n t a . La razón d e esta l e y e s
m u y obvia. D e b i e n d o v i v i r de limosna aquellas casas, convenía asegu-
r a r á cada u n a c i e r t a p a r r o q u i a , d i g á m o s l o así, de l i m o s n e r o s . P e r o
c o m o los c'olegios de la C o m p a ñ í a tenían r e n t a , y n o p e d í a n o r d i n a -
r i a m e n t e l i m o s n a , n o e s t a b a n c o m p r e n d i d o s en aquella ley. Así lo
e n t e n d i ó San I g n a c i o e n e l p r i m e r p l e i t o d e este g é n e r o q u e se sus-
citó en la C o m p a ñ í a , y o c u r r i ó e n Alcalá con los franciscanos ( 1 ) .
7. Los a g u s t i n o s e s c o g i e r o n p o r juez c o n s e r v a d o r (2) al g u a r d i á n
de los claustrales de San F r a n c i s c o , el cual i n t i m ó al i n s t a n t e á los
N u e s t r o s q u e n o edificasen casa y capilla, p o r e s t a r a q u e l t e r r e n o
c o m p r e n d i d o d e n t r o de las canas d e los a g u s t i n o s . P o r o t r o lado acu-
d i e r o n los p á r r o c o s al J u s t i c i a d e A r a g ó n , c o m o en r e c u r s o de fuerza,
p i d i e n d o q u e m a n d a s e salir de sus casas á los jesuítas y p r o h i b i e s e
la c o n s t r u c c i ó n de la capilla. C o m o los actos del J u s t i c i a e r a n tan
r e s p e t a d o s , a c u d i e r o n t a m b i é n á él los N u e s t r o s , p e r o n o fueron tan
felices. «Hanse d a d o , d i c e el P . R o m á n , dos sentencias a q u í e n n u e s -
d e s p u é s ríe d e c i r q u e él lia h e c h o lo q u e h a p o d i d o t n V a l l a d o l i d , p i d e q u e se h a g a n
d i l i g e n c i a s en l i o r n a , p a r a e v i t a r el q u e te r e p i t a n s e m e j a n t e s pleitos c o n t r a í a LViu-
pafiía.
( 1 ) « L a d e r o g a c i ó n d e l p r i v i l e g i o d e los f r a n c i s c a n o s , e s c r i b í a el 1'. P o l a n c o al
P . Villanueva, no parece acá necesaria, porque bastaría la de las b u l a s nuestras: y
t a n t o m á s , q u e n o s o m o s l l a m a d o s m e n d i c a n t e s n o s o t r o s , en especial los colegios.»
(Caftán de San Ignacio, t. n i , p . 24.) L o m i s m o q u e San I g n a c i o p e n s a b a S a n t o To-
m á s d e V i l l a n u e v a , el c u a l , en 1552 d e f e n d i ó á los N u e s t r o s c o n t r a los a g u s t i n o s ,
q u e en v i r t u d d e las c a n a s q u i s i e r o n i m p e d i r la c o n s t r u c c i ó n d e l c o l e g i o d e V a l e n -
cia. (Historia manuscriti del colegio de San Pablo, c. x.) N o d i g a m o s d e San F r a n -
cisco d e B o r j a , q u e d e s d e V a l l a d o l i d d i r i g i ó t o d a la r e s ' s t e . n c i a c o n t r a los a t a q u e s
d e Zaragoza. P o d e m o s , p u e s , d e s c a n s a r en la conciencia d e estos t r e s s a n t o s , y
c r e e r q u e los N u e s t r o s t e n í a n d e r e c h o p a r a f u n d a r el c o l e g i o y a b r i r la c a p i l l a . El
p r i v i l e g i o d e l a s c a n a s f u é c o n c e d i d o p o r p r i m e r a v e z p o r C l e m e n t e I V e n 12G5.
( 2 ) J u e z p a r t i c u l a r , e x t r a o r d i n a r i o , e s c o g i d o p o r la O r d e n r e l i g i o s a p a r a d e c i d i r
las c u e s t i o n e s q u e s u r g e n e n t r e u n a O r d e n y o t r a , ó e n t r e u n a O r d e n y u n o b i s p o .
CAP. XIII. COLEGIO DE ZARAGOZA 447
t r o f a v o r , u n a en q u e n o fuésemos e x p e l i d o s , o t r a en q u e p o d í a m o s
e j e r c i t a r allí n u e s t r o s m i n i s t e r i o s , p e r o s i e m p r e p r o n u n c i a n d o vir-
tualñer q u e n o se edificase iglesia, p o r q u e a p r o b a b a n la a p r e h e n s i ó n
h e c h a c o n t r a n o s o t r o s , en q u e p r i n c i p a l m e n t e se pedía q u e n o edi-
ficásemos, c o n t r a el uso y p o s e s i ó n q u e los o t r o s d i c e n q u e tie-
nen» ( 1 ) . Se v e , p u e s , q u e si los c o n t r a r i o s n o l o g r a r o n del J u s t i -
cia c u a n t o d e s e a b a n , c o n s i g u i e r o n lo p r i n c i p a l , cual era h a c e r im-
p o s i b l e n u e s t r a p e r m a n e n c i a d u r a b l e e n Zaragoza. Las s e n t e n c i a s
del J u s t i c i a p e r d o n a b a n la v i d a á los N u e s t r o s , d i g á m o s l o así, p e r o
nada más les c o n c e d í a n p a r a p o d e r v i v i r y t r a b a j a r (2).
( 1 ) Epistolae mixtae, t. IV, p . 8 0 2 .
( 2 ) M u c h a l u z n o s p u d i e r a d a r p a r a e s t e n e g o c i o el t e x t o d e las s e n t e n c i a s del
J u s t i c i a , p e r o no le he p o d i d o b a i l a r en p a r t e a l g u n a . E n el A r c h i v o m u n i c i p a l d e
Z a r a g o z a m e m o s t r a r o n c i e r t o r e g i s t r o , q u e c o n t i e n e no el t e x t o i n t e g r o , sino u n r e -
s u m e n d e e s t a s s e n t e n c i a s d a d a s p o r el J u s t i c i a . D e s g r a c i a d a m e n t e , en ese r e g i s t r o
h a y m u c h o s h u e c o s , y en u n o d e ellos c a e el a ñ o 1 5 5 5 . P o r lo d e m á s , p a r a e n t e n d e r
m e j o r el g é n e r o de i n t e r v e n c i ó n q u e t u v o el J u s t i c i a en e s t e n e g o c i o , n o s p a r e c e
o p o r t u n o c i t a r o n p á r r a f o d e F r . D i e g o M o r i l l o , en q u e e x p l i c a el c a r á c t e r j u r í d i c o
q u e t e n í a n e s t a s s e n t e n c i a s ó f i r m a s del J u s t i c i a . D e c l a r a n d o lo q u e l l a m a n e n A r a -
g ó n el presidio de las firmas , d i c e a s í : « L l a m a n firmas en A r a g ó n c i e r t a s l e t r a s q u e
se c o n c e d e n e n el c o n s i s t o r i o del d i c h o J u s t i c i a d e A r a g ó n , á los q u e a c u d e n á él
p a r a r e d i m i r sus a g r a v i o s , d a n d o fiadores d e e s t a r a j u s t i c i a y p a g a r lo q u e f u e r e
j u z g a d o , y a s i s t i r en j u i c i o b a s t a la e j e c u c i ó n d e la s e n t e n c i a . E l e f e c t o q u e t i e n e n
las d i c h a s l e t r a s es i n h i b i r á la M a j e s t a d líeal y á s u s oficiales y m i n i s t r o s , p a r a q u e
dos q u e se v a l e n d e la d i c h a firma no p u e d a n ser p r e s o s , ni p r i v a d o s d e la p o s e s i ó n
de sus b i e n e s , n i m o l e s t a d o s d e o t r a m a n e r a , h a s t a q u e j u d i c i a l n u n t e se c o n o z c a y
d e c l a r e s o b r e la p r e t c n s i ó n de las p a r t e s , y p a r e z c a p o r p r o c e s o l e g í t i m o si d e b e re-
v o c a r s e la tal i n h i b i c i ó n ó p a s a r a d e l a n t e . Y a d v i é r t a s e q u e e s t a s firmas no i m p i d e n
•el c u r s o del p l e i t o , sino sólo q u e no se b a g a m o l e s t i a c o n t r a j u s t i c i a ni c o n t r a f u e r o
á los q u e se v a l e n d e l l a s . D e s u e r t e q u e c u a n d o a l g u n o t e m e ser a g r a v i a d o d e s u
Majestad ó de sus ministros ó de otras particulares personas contra razón y justicia
en su m i s m a p e r s o n a l ' b i e n e s , p u e d e s e g ú n f u e r o i n v o c a r el p r e s i d i o d e l J u s t i c i a
de A r a g ó n , d i c i e n d o el a g r a v i o q u e t e m e y el d e r e c h o q u e t i e n e p a r a d e f e n d e r l o . Y
s i e n d o j u s t o lo q u e p a r a d e f e n s i ó n d e s u d e r e c h o d i c e y en a l g u n o s c a s o s p r u e b a , s e
le p r o v e e n p o r el d i c h o J u s t i c i a y por s u s l u g a r t e n i e n t e s las d i c h a s l e t r a s , c u y a p r o -
v i s i ó n es tan p r o p i a d e a q m 1 c o n s i s t o r i o , q u e n i n g ú n o t r o las p u e d e p r o v e e r , y p r e -
s e n t á n d o l a s , q u e d a p r e s e r v a d o el q u e las p r e s e n t a d e l a g r a v i o q u e t e m e . Y d e m á s
d e ser n u l o , s e g ú n f u e r o , t o d o l o q u e se h a c e c o n t r a e l l a s , el j u e z q u e c o n t r a v i n i e s e
á lo p r o v e í d o en ellas ( p o r s u p r e m o q u e f u e s e ) , ó c u a l q u i e r o t r a p e r s o n a q u e d e j a s e
d e r e s p e t a d a s , s e r í a c a s t i g a d o g r a v e m e n t e . Y es m u c h o d e p o n d e r a r q u e el c o n o -
c i m i e n t o y c a s t i g o de la d e s o b e d i e n c i a c o m e t i d a c o n t r a las d i c h a s l e t r a s , n o p u e d e
p e r t e n e c e r á o t r o j u e z ó c o n s i s t o r i o a l g u n o , s i n o p e c u l i a r y p r i v a t i v a m e n t e al t r i b u -
n a l del J u s t i c i a de A r a g ó n , s i n a p e l a c i ó n n i r e c u r s o a l g u n o , p a r a q u e v i e n d o q u e
h a d e ser j u e z de la o f e n s a el m i s m o a g r a v i a d o , t e n g a n t o d o s p a r t i c u l a r v i g i l a n c i a
d e o b e d e c e r sus m a n d a t o s y t e n e r r e s p e t o á s u s p r o v i s i o n e s . » De las excelencias de
la insigne y nobilísima ciudad de Zaragoza, c. v i l .
 448 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOTOLA
P a r a r e s i s t i r á los a g u s t i n o s e s c o g i e r o n t a m b i é n los jesuítas u n
j u e z c o n s e r v a d o r , q u e fué D . P e d r o A g u s t í n , obispo d e H u e s c a . E l
c o n s e r v a d o r d e los a g u s t i n o s citó á los jesuítas, m a n d á n d o l e s c o m p a -
r e c e r , so p e n a d e i n c u r r i r en las c e n s u r a s eclesiásticas. P a r e c i e r o n
a n t e él p r o c u r a d o r e s e n n o m b r e d e la C o m p a ñ í a c o n u n n o t a r i o . Al
m i s m o t i e m p o el o b i s p o d e H u e s c a citó al c o n s e r v a d o r d e los a g u s -
tinos. L o q u o sucedió desde este m o m e n t o lo explica c o n c l a r i d a d
nuestro P . Román.
Dice asi:
«El c o n s e r v a d o r d o l o s a g u s t i n o s fué i n h i b i d o , y t a m b i é n , á mi
g r a n instancia ( p o r q u e n o p a r e c í a á l o s l e t r a d o s s e r n e c e s a r i o ) , don-
t r o d e l dicho t é r m i n o i n t e r p u s i m o s a p e l a c i ó n del g u a r d i á n , con in-
s e r c i ó n de razones q u o e s t r i b a b a n en n u e s t r o s p r i v i l e g i o s y c o n la
cautela necesaria p a r a n o c o n c e d e r l e s j u r i s d i c c i ó n , y e n la i n h i b i -
ción y citación se le dio toda la copia d e n u e s t r o s p r i v i l e g i o s y á los
domas q u e n o s h a n p e r s e g u i d o .
8. » P r o c e d í a n a m b o s c o n s e r v a d o r e s cada u n o c o n t r a sus p a r t e s opo-
sitas, y porque no viniesen á r o m p e r y hubiese escándalo, para de-
t e n e r n o s o t r o s al c o n t r a r i o , q u e n o p r o n u n c i a s e c o n t r a n u e s t r o con-
s e r v a d o r y n o s o t r o s , sacamos una firma d e l J u s t i c i a d e A r a g ó n
c o n t r a el a r z o b i s p o y sus oficiales y el g u a r d i á n y o t r o s j u e c e s , p r e -
s e n t a n d o n u e s t r o s p r i v i l e g i o s , p a r a q u e c o n t r a ellos n o fuésemos
molestados, y así, c o n a q u e l r e m e d i o , se d e t u v o id g u a r d i á n a l g u n o s
días, p o r q u e esta firma es t a n p r i v i l e g i a d a , q u e los q u e la q u i e b r a n
a n t e s q u o e n la c o r t e d e l m i s m o J u s t i c i a se p r o n u n c i e de la injusti-
cia d e q u i e n la p i d i ó , caen e n g r a v í s i m a s p e n a s , a u n q u e sean j u e c e s
eclesiásticos y e n n e g o c i o s e s p i r i t u a l e s , y se p r o c e d e c o n t r a los q u e -
brantadores ásperamente.
»No estaba c o n t e n t o el r e v e r e n d í s i m o a r z o b i s p o con lo q u e nos ha-
bía, p e r s e g u i d o d e p a r t e d e su a u d i e n c i a y d e las o t r a s d o s , y así d e -
t e r m i n ó q u e el día d e la T r i n i d a d , sin h a b e r p r e c e d i d o citación ó
a m o n e s t a c i ó n á la g e n t e , d e a q u e l p r i m e r edicto q u e se p u s o d e p a r t e
de su v i c a r i o el p r i m e r o d í a , a n t e s h a b i é n d o s e a q u é l s u s p e n d i d o ,
p u e s n u n c a se p u b l i c ó c o m o e n él se m a n d a b a , se d e n u n c i a r o n p o r
casi t o d a s las iglesias y m o n a s t e r i o s d e la ciudad, p o r e x c o m u l g a d o s ,
t o d o s los q u e desde el dicho p r i m e r o día ( q u e fué 17 d e Abril) ha-
bían ido á o i r misa ó p r e d i c a c i ó n ó á r e c i b i r s a c r a m e n t o s á n u e s t r a
capilla. P u b l i c ó s e a q u e l l o c o n p a l a b r a s d e g r a n d e n u e s t o , y c o m e n -
z a r o n l u e g o á e c h a r d e las iglesias á los q u e sabían s e r n o s d e v o t o s y
q u e se confesaban c o n los N u e s t r o s , y á t r a t a r l o s y p e r s e g u i r l o s y
CAr. X I I I . — COLEGIO DE ZARAGOZA 449
d e s h o n r a r l o s d e tal m a n e r a , q u e casi p a r e c í a u n a p e r s e c u c i ó n d e las
de la p r i m i t i v a Iglesia.
«Habíase r e s e r v a d o la a b s o l u c i ó n [ d e a q u e l l a e x c o m u n i ó n e n q u e
decían h a b e r i n c u r r i d o n u e s t r o s a m i g o s ] al a r z o b i s p o , y c r e o q u e á
su v i c a r i o , y d e s p u é s se c o n c e d i ó á a l g u n o s v i c a r i o s de las p a r r o -
quias, y c u a n d o a b s o l v í a n , r e c i b í a n j u r a m e n t o q u e n o se h a b í a n d e
confesar c o n n o s o t r o s , y decían otras cosas, cual se p u e d e s e n t i r d e
los q u o v e í a n á s u cabeza t a l c o n n o s o t r o s , y q u e p o c o a n t e s t o d o s
los r e c t o r e s y v i c a r i o s se h a b í a n j u n t a d o ciertas v e c e s p a r a h a c e r u n
c u e r p o y p e r s e g u i r n o s , d i c i e n d o q u e les h a c í a m o s p e r j u i c i o e n Za-
ragoza. No es m e n e s t e r t r a t a r las d i v e r s i d a d e s d e cosas e n q u e p o -
nían l o s p e r j u i c i o s y los á n i m o s q u e m o s t r a b a n e n lo e x t e r i o r t e n e r
c u a n d o las a l e g a b a n , p o r q u e sería n u n c a acabar. A q u í creció nota-
b l e m e n t e el a l b o r o t o , p o r q u e los c o n t r a r i o s , á l o q u e se n o s h a di-
cho p o r d i v e r s a s p e r s o n a s , h a n p r o c u r a d o c o n c i t a r m u c h o al p u e -
blo c o n t r a n o s o t r o s , y a y u d á b a n s e d e m e d i o s p ú b l i c o s y s e c r e t o s .
9. P o c o s días d e s p u é s d e e s t o , el c o n s e r v a d o r d e los c o n t r a r i o s (y
fué esto d o m i n g o '23 d e J u n i o ) , m a n d ó p u b l i c a r e n casi t o d a s las
iglesias y m o n a s t e r i o s d e la ciudad, p o r e x c o m u l g a d o s , al P . Maes-
t r o Bautista [de B a r m a ] y a l P . Rojas, q u e e s t a b a n e n t o n c e s , días h a -
bía, a u s e n t e s y al P . P i n a s y á m í . E s t o a u m e n t ó b i e n el escándalo,
p o r q u e v i e n d o e x c o m u l g a r á r e l i g i o s o s , los p o p u l a r e s ( c o s a q u e
no so s u e l e o i r e n m u c h o s años) p e n s a b a n d e n o s o t r o s t e r r i b l e s
cosas.
«Para defensión n u e s t r a y p a r a q u e m u c h o s saliesen d e d u d a (por-
q u e la t e n í a n d e q u e n o s o t r o s n o t e n í a m o s b u l a s n i p r i v i l e g i o s algu-
nos d e l Pontífice), e n t e n d i m o s e n sacar y p u b l i c a r las l e t r a s c o n t r a
los c o n t r a r i o s , d e c l a r a t o r i a s d e la e x c o m u n i ó n e n q u e h a b í a n incu-
r r i d o , y q u e r i é n d o l a s p u b l i c a r p o r las iglesias, e n t e n d i m o s q u e el
p e r l a d o h a b í a m a n d a d o q u e n i n g u n a cosa q u e n u e s t r o c o n s e r v a d o r
mandase, se h i c i e s e , n i se ley csen sus l e t r a s (1). Yo fui á p e d i r al ofi-
r
cial u n n u n c i o p a r a q u e se p u d i e s e h a c e r , y n o lo q u i s o d a r ; h a -
b i e n d o t e n i d o m u y e n t e r o l u g a r y favor e l o t r o n u e s t r o c o n t r a r i o
para p r o m u l g a r t o d o lo q u e q u i s o , y así se p u b l i c a r o n n u e s t r a s
letras en sólo u n m o n a s t e r i o , d o n d e se tenía c u e n t a c o n el obispo
( 1 ) P a r e c e i n c r e í b l e e s t a p a r c i a l i d a d d e l a r z o b i s p o , s o b r e t o d o si s e c o D s i d e r a q u e
el j u e z c o n s e r v a d o r d e la C o m p a ñ í a e r a o t r o o b i s p o á q u i e n d e b í a r e s p e t a r , y si s e
recuerda q u e á estas horas y a conocía n u e s t r a s b u l a s y p r i v i l e g i o s , p u e s se h a b í a n
p r e s e n t a d o a l v i c a r i o y al oficial. N i S i l i c e o h i z o t a n t o .
29
450 UB. II.—SAN IGNACIO HE LOYOLA
de H u e s c a (1), y d e s p u é s , n o p u d i e n d o h a c e r o t r o , se afijaron p ú b l i -
c a m e n t e e n d i v e r s o s l u g a r e s , en q u e se d e n u n c i a b a n c e n s u r a s c o n t r a
el g u a r d i á n y t o d o s n u e s t r o s c o n t r a r i o s , scllicet los frailes de San
A g u s t í n y los c l é r i g o s d e la Magdalena. P u e s t a s y fijadas n u e s t r a s le-
t r a s , d e allí á t r e s ó c u a t r o h o r a s m a n d ó el oficial a u n c l é r i g o de los
allí e x c o m u l g a d o s q u e las q u i t a s e , y ansí lo hizo p ú b l i c a m e n t e , y
f u e r o n l u e g o p o r toda la c i u d a d frailes a g u s t i n o s , y q u i t a r o n á pe-
dazos las l e t r a s , y d i j e r o n q u e el oficial se lo había m a n d a d o , y q u e
él los l i b r a r í a ; y estaba e n las l e t r a s p u e s t a e x c o m u n i ó n á q u i e n las
q u i t a s e , á lo m e n o s so p e n a de e x c o m u n i ó n se m a n d a b a quo n o las
quitasen. E s t o h e c h o , o t r o día se p u s o e n t r e d i c h o c o n t r a n o s o t r o s , y
u n día d e s p u é s m e p a r t í y o p a r a la c o r t e (2).
Efectivamente., el P . R o m á n p a r t i ó s e p a r a Valladolid e n b u s c a d e
a l g ú n r e c u r s o s u p e r i o r c o n t r a tan d e s h e c h a b o r r a s c a . E n c a m b i o , fué
á Zaragoza el P . T a b l a r e s . Lo q u e nos cuenta en su carta el P . R o m á n
f u e r o n los pasos l e g a l e s , p o r d e c i r l o así, q u e d i e r o n los e n e m i g o s de
la C o m p a ñ í a c o n t r a los P a d r e s d e Zaragoza. P e r o c o m o e n todas
estas c o n t i e n d a s los á n i m o s a c a l o r a d o s n o s a b e n c o n t e n e r s e , y c o m o
el p u e b l o , al t o m a r p a r t e e n estos asuntos, suele manifestar su a m o r
ó s u odio con d e m o s t r a c i o n e s v i o l e n t a s , n o h a b í a n de faltar en Za-
r a g o z a estos a r r e b a t o s i n c o n s i d e r a d o s .
10. Un día d e s p u é s d e s a l i r p a r a Valladolid el P . R o m á n , a p a r e -
c i e r o n e n las e s q u i n a s u n o s p a p e l o n e s , en q u e estaban p i n t a d o s los
N u e s t r o s con sus n o m b r e s s o b r e la cabeza y u n o s diablos á los lados
q u e los a r r a s t r a b a n e n t r e llamas. A estas p i n t u r a s a c o m p a ñ a b a n le-
t r e r o s soeces é i n s u l t a n t e s . E l m i s m o día u n a c u a d r i l l a d e m u c h a -
chos, e n a r b o l a n d o u n a s e r i e d e a q u e l l o s p a p e l o n e s , q u e r e p r e s e n t a -
b a n , el p r i m e r o al o b i s p o de H u e s c a , el s e g u n d o al P . R o m á n , el
t e r c e r o al P . P i n a s , el c u a r t o al P . B a r m a y el q u i n t o al P . Rojas, se
a c e r c ó á n u e s t r a casa y a p e d r e ó sus v e n t a n a s (M). C o n c i t ó t a m b i é n
( 1 ) R e c u é r d e s e q u e el o b i s p o d e H u e s e a t e n í a y t i e n e t o d a v í a j u r i s d i c c i ó n e n u n
e x t r e m o d e la c i u d a d d e Z a r a g o z a .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. í v , p . 8 0 3 . El e n t r e d i c h o se p u s o el 12 d e J u l i o , s e g ú n el
1'. S a n t a n d e r (Ibid., p . 7 2 7 . C a r t a del l ü d e J u l i o do 1 5 5 5 ) , y n ó t e B e la m a ñ a q u e
u s ó D . H e r n a n d o d e A r a g ó n p a r a c o m p r o m t e r á o t r o s e n el a p u n t o y d e c l i n a r l a
p a r t e o d i o s a q u e le p o d í a c a b e r á é l . T r a t á n d o s e d e a d m i t i r ó r e c h a z a r en la c a t e -
d r a l el e n t r e d i c h o q u e p o n í a n los a g u s t i n o s , el p r e l a l o , so p r e t e x t o d e q u e e s t a b a
i n h i b i d o p o r a m b a s p a r t e s , d e j ó la r e s o l u c i ó n al c a b i l d o , el cual a d m i t i ó el e n t r e d i -
cho. Cosa f u é é s t a , d i c e el P . S a n t a n d e r , « h a r t o d e n o t a , s e g ú n p r e t e n s i o n e s entre
perlados y capítulos». Ibid.
(3) Ibid.
CAP. XIII.—-COLEGIO D E ZARAGOZA 451
m u c h o al p u e b l o u n a d e m o s t r a c i ó n l ú g u b r e q u e h i c i e r o n los frailes
d e San Agustín y a l g u n o s c l é r i g o s de las p a r r o q u i a s , y fué q u e á 26
de J u l i o , en las v í s p e r a s c a n t a r o n el salmo 108, ó, c o m o e n t o n c e s se
decía, el s a l m o de la m a l d i c i ó n , y d e s p u é s s a l i e r o n p r o c e s i o n a l m e n t e ,
con u n crucifijo c u b i e r t o de v e l o n e g r o , hacia n u e s t r o colegio, r e p i -
t i e n d o el m i s m o salmo y e c h a n d o p i e d r a s hacia atrás, c e r e m o n i a q u e
e n t o n c e s se usaba p a r a d e t e s t a r y c o n d e n a r á los e x c o m u l g a d o s .
Esta función se r e p i t i ó á la m a ñ a n a s i g u i e n t e . Los frailes de San
Agustín i b a n p o r las calles a l r e d e d o r de n u e s t r o colegio d i c i e n d o á
v o c e s : Misericordia, misericordia (1).
B i e n p u e d e i m a g i n a r s e el l e c t o r lo q u e d e b i e r o n p a d e c e r en a q u e l
mes de J u l i o n u e s t r o s P a d r e s en m e d i o de u n p u e b l o excitado con
tan t e r r o r í f i c a s d e m o s t r a c i o n e s . H e aquí, p a r a m u e s t r a , u n a escena
p a r t i c u l a r , d e s c r i t a p o r el P . S a n t a n d e r en la c a r t a antes citada:
«Nosotros h u b i m o s de p a s a r p o r una p a r t e q u e se dice el Coso, q u e
es lo más p ú b l i c o de la ciudad, y allí estaba u n p a p e l ó n tan c e r c a d o
de g e n t e , q u e p e n s é q u e estaban o y e n d o s e r m ó n , p o r q u e era j u n t o
al h o s p i t a l . Dejan de m i r a r e l papel, y e n c á r a s e la g e n t e e n los v i v o s
iñiguistas, y p a r e s c í a m o s t o r o s en coso. A las dos de la t a r d e el m i s -
mo d o m i n g o se j u n t ó u n g r a n d e e s c u a d r ó n de m u c h a c h o s , chicos y
g r a n d e s , con u n a b a n d e r i l l a de p a p e l , en la cual se dice t r a e r p i n -
tado u n iñiguista y u n d e m o n i o , y c o m i e n z a n á a p e d r e a r n u e s t r a
casa, y á r a s g a r n u e s t r a campanilla de la p o r t e r í a , y c i e r t o , s e g ú n la
cosa e s t á , esto sólo b a s t a b a p a r a h a c e r s e u n g r a n m o t í n . No faltó
q u i e n fué d a n d o v o c e s al v i r r e y quo a p e d r e a b a n los P a d r e s d e la
Compañía, y v i n o con g r a n prisa él y o t r o s m u c h o s caballeros, n u e s -
tros d e v o t o s , q u e á la sazón se h a l l a r o n en su posada. Ya se había
h u i d o el e s c u a d r ó n , m a s } a n o s t i e n e n p o r g e n t e apedreada.» E s t a
r
escena se r e p i t i ó v a r i a s v e c e s , p o r q u e si b i e n los N u e s t r o s a p e -
nas salían de casa p o r n o a g r i a r los á n i m o s , con t o d o , n o descansa-
ban n u e s t r o s e n e m i g o s hasta d e s t e r r a r de la c i u d a d á la C o m p a ñ í a .
Buena p r u e b a de la tenacidad con q u e se t r a t a b a este n e g o c i o es la
j u n t a q u e hizo el a r z o b i s p o de las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , p a r a t o m a r l o s
medios de v e n c e r á la Compañía. «Este s e ñ o r r e v e r e n d í s i m o a r z o -
bispo, dice el P . S a n t a n d e r , está m u y r e c i o , y a u n nos d i c e n cpie h a
( 1 ) Arcliiro de Simancas, Estado, l e g . 3 1 8 . U n a h o j a s u e l t a con u n a r e l a c i ó n q u e
a c o m p a ñ a á u n a d e las c a r t a s . Epistolae mixtae, t. l v , p . 7 7 0 . R i b a d e n e i r a , llist. de
la Asistencia, 1. n , c. x v u . Á l v a r e z , llist. de la Prov. de Aragón, 1. i, e. L I V . P o -
lanco, Historia S. J., t. v, p . 3 9 7 .
452 L I B . I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
j u n t a d o las Ó r d e n e s m e n d i c a n t e s , y q u e h a n d i c h o q u e ellos están
o b l i g a d o s á a y u d a r s e u n o s á o t r o s ; ¡ y t o d o contra n o s o t r o s , m o s q u i -
tos miserables!» (1).
11. M i e n t r a s estaban tan a l t e r a d a s las cosas de Z a r a g o z a , la p r i n -
cesa D . J u a n a , q u e g o b e r n a b a la n a c i ó n en n o m b r e do su h e r m a n o
a
F e l i p e I I , a u s e n t e e n t o n c e s e n I n g l a t e r r a , t o m ó la m a n o en el asunto,
bajo la d i r e c c i ó n , sin duda, de San F r a n c i s c o d e Borja, y n o descansó
hasta v e r t r i u n f a n t e la C o m p a ñ í a . E l día 25 de J u n i o de 1555 despa-
chó las p r i m e r a s cartas e n favor n u e s t r o . H e aquí la d i r i g i d a al
virrey:
« l i m o . D u q u e p r i m o , l u g a r t e n i e n t e y capitán g e n e r a l , etc. Al ar-
zobispo de Zaragoza e s c r i b i m o s , quo h a g a r e v o c a r cierta p r o v i s i ó n
q u e su v i c a r i o g e n e r a l p r o v e y ó los días pasados en m u c h o a g r a v i o y
p e r j u i c i o de la O r d e n de la Compañía de J e s ú s , á instancia de ciertas
p e r s o n a s de Z a r a g o z a , c o m o lo e n t e n d e r é i s m á s c u m p l i d a m e n t e p o r
su c a r t a , la cual vos le d a r é i s , y d e ella se os envía traslado p a r a
v u e s t r a i n f o r m a c i ó n . Y p o r q u e n o se ha de d a r l u g a r q u e p o r n a d i e
sea molestada la dicha O r d e n , sino favorecida y r e s p e t a d a c ó m o es
r a z ó n , nos ha p a r e c i d o e s c r i b i r o s s o b r e e l l o , p a r a q u e a l l e n d e lo q u e
al a r z o b i s p o se e s c r i b e y e n c a r g a , vos le h a b l é i s y deis á e n t e n d e r el
s e n t i m i e n t o q u e t e n e m o s d e la dicha p r o v i s i ó n , p o r ser tan p e r j u d i -
cial y escandalosa, y h a b e r a g u a r d a d o á p u b l i c a r l a á t i e m p o q u é se
da á e n t e n d e r q u e n o fué b u e n a la i n t e n c i ó n , n i b u e n r e s p e t o ; a l l e n d e
el p o c o q u e t u v i e r o n á v u e s t r a p e r s o n a y c a r g o y al Santo Oficio,
h a l l á n d o o s vos y o t r a s p e r s o n a s p r i n c i p a l e s p r e s e n t e s en los d i v i n o s
oficios, c u a n d o fijaron la dicha p r o v i s i ó n , sin o t r a s c i r c u n s t a n c i a s
q u e p r e c e d i e r o n , y p a l a b r a s q u e so c o n t i e n e n e n ella de m u c h a sos-
p e c h a , q u e todas a g r a v a n la causa: significándole de p a r t e de Su Ma-
jestad, q u e su Real v o l u n t a d y la n u e s t r a es q u e los dichos r e l i g i o s o s
y C o m p a ñ í a sean a m p a r a d o s y d e f e n d i d o s , y q u e n a d i e les i m p i d a la
c o n t i n u a c i ó n de su O r d e n y r e l i g i ó n y C o m p a ñ í a , p u e s a q u é l l a está
a p r o b a d a p o r la S e d e Apostólica y S u m o s Pontífices, m u y favorecida
y p r i v i l e g i a d a con g r a n d e s p r i v i l e g i o s y p r e e m i n e n c i a s ; los cuales
h a n sido p r e s e n t a d o s e n su sacro s u p r e m o Consejo de Su Majestad,
vistos y r e c o n o c i d o s , y con su a c u e r d o h a b e r n o s m a n d a d o d a r p r o -
v i s i o n e s y e j e c u t o r i a l e s p a r a su efectuación, o b s e r v a c i ó n y c u m p l i -
( 1 ) N o s a b e m o s en p a r t i c u l a r lo q u e se t r a t ó e n e s t a j u n t a ; p e r o esta c a r t a del
P . S a n t a n d e r y o t r a d e l P . R o m á n n o n o s p e r m i t e n d u d a r d e q u e se r e u n i ó c o n t r a la
C o m p a ñ í a . Epistolae mixtae, t. ív, p p . 7 2 8 y 8 0 7 .
CAP. XIII.—COLEGIO DE ZARAGOZA 453
m i e n t o , p r o c u r a n d o q u o en t o d o caso h a g a r e v o c a r la dicha p r o v i -
s i ó n , c o m o se le e s c r i b e , con el b u e n m o d o q u e v o s lo sabéis h a c e r .
Y si v i é r e d e s q u e p o n e a l g u n a dificultad ó e s t o r b o , ó n o lo h a c e d e
m a n e r a q u e la dicha O r d e n y C o m p a ñ í a y r e l i g i o s o s de ella q u e d e n
m u y satisfechos, le d e s e n g a ñ a r é i s , q u e n o lo habernos de p e r m i t i r
ni c o n s e n t i r . Y así os e n c a r g a m o s q u e v o s , en n o m b r e de Su Majes-
tad, c o n f o r m e á sus b u l a s ó i n d u l t o s , y á las p r o v i s i o n e s y ejecuto-
riales q u e os s e r á n p r e s e n t a d a s , les deis el favor n e c e s a r i o , d e ma-
n e r a q u e l í b e r a m e n t e p u e d a n c e l e b r a r los d i v i n o s oficios en la casa
y sitio eme t i e n e n c o m p r a d o y señalado y en q u e al p r e s e n t e están,
t o m a n d o á los d i c h o s r e l i g i o s o s y á la dicha casa en la p r o t e c c i ó n y
s a l v a g u a r d i a real de Su Majestad, y á su c o n s e r v a d o r , p a r a q u e p r o -
ceda p o r los r e m e d i o s q u e d e b e , c o n f o r m e á los dichos i n d u l t o s
apostólicos, c o n t r a todos los q u e los q u i s i e r e n p e r t u r b a r , i n q u i e t a r
y m o l e s t a r . Y si p a r a ello fuere m e n e s t e r h a b e r de acá a l g u n a o t r a
p r o v i s i ó n , nos aviséis, p a r a q u e con v u e s t r o p a r e c e r se p r o v e a y h a g a
como c o n v e n g a . — D e Valladolid á 25 de J u n i o de 1555» (1).
E n la carta al a r z o b i s p o de Z a r a g o z a , d e s p u é s de r e f e r i r la p r o v i -
sión d e l abad de V e r u e l a y p o n d e r a r las c i r c u n s t a n c i a s a g r a v a n t e s
con q u e se p r o m u l g ó , dice así la p r i n c e s a : «Os r o g a m o s y e n c a r g a -
m o s e n c a r e c i d a m e n t e , q u e l u e g o q u e estas n u e s t r a s cartas os f u e r e n
p r e s e n t a d a s , p r o c u r é i s y deis o r d e n c o m o la dicha p r o v i s i ó n p o r
v u e s t r o v i c a r i o g e n e r a l p r o v e í d a se r e v o q u e , y así t a m b i é n se m a n d e
en las p a r r o q u i a s d o n d e se leyó y afijó a q u é l l a , q u e los q u e q u i s i e -
r e n oir los d i v i n o s oficios en la casa de la dicha O r d e n y C o m p a ñ í a
de J e s ú s , lo p u e d a n h a c e r sin n i n g ú n i m p e d i m e n t o ó i n c u r r i m i e n t o
de c e n s u r a s : q u e e n lo h a c e r así q u i t a r é i s la ocasión quo t e r n á n y
t i e n e n los dichos religiosos, O r d e n y Compañía de J e s ú s de p r o c e d e r
en este n e g o c i o p o r las vías q u e p u e d e n , c o n f o r m e á los i n d u l t o s
que e n t e n d e m o s , y facultades q u e les h a n c o n c e d i d o los S u m o s P o n -
tífices, los cuales en ese sacro y s u p r e m o Consejo de A r a g ó n h e m o s
m a n d a d o q u e se h a g a n ejecutar y c u m p l i r c o m o p o r n u e s t r a p r o v i -
sión p a t e n t e v e r é i s ; e n lo cual c u m p l i r é i s con lo q u e sois o b l i g a d o
en servicio de D i o s , y así m e d a r é i s m u y g r a n c o n t e n t a m i e n t o . Y
c u a n d o n o lo h i c i é r e d e s , os certificamos, q u e así p o r el c u m p l i m i e n t o
y o b e d i e n c i a de los dichos i n d u l t o s y concesiones que los dichos r e -
ligiosos t i e n e n d e la S e d e Apostólica y S u m o s P o n t í f i c e s , c o m o p o r
( 1 ) Archivo de Simancas, Estado, l e g . 3 1 8 . P u b l i c a d a e n Epist. m'mtae, t. i v , p á -
gina 7 1 1 .

454 LIB. II. — SAN IGNACIO DE LOYOLA
la p a r t i c u l a r d e v o c i ó n q u e Su Majestad y yo t e n e m o s á la dicha Or-
d e n , n o h e m o s d e d a r l u g a r q u e sea p o r n i n g u n a v í a p e r j u d i c a d a ,
sino q u e la h a b e r n o s d e f a v o r e c e r y a y u d a r » (1).
Á estas d o s c a r t a s , d i r i g i d a s a l v i r r e y y al a r z o b i s p o , a c o m p a ñ a b a
o t r a p a r a el abad d e V e r u e l a , e n c a r g á n d o l e r e v o c a r su e d i c t o ; otra
p a r a e l obispo d e H u e s c a , a n i m á n d o l e á l l e v a r a d e l a n t e la defensa
de la C o m p a ñ í a ; o t r a , e n ñ n , p a r a el J u s t i c i a d e A r a g ó n , e x h o r t á n -
d o l e á i n t e r p o n e r su v a l i m i e n t o e n favor de los N u e s t r o s (2). Todas
estas cartas i b a n firmadas e l 25 d e J u n i o , y, p o r c o n s i g u i e n t e , d e b i e -
r o n s e r conocidas en Zaragoza á p r i n c i p i o s d e J u l i o , á más t a r d a r .
No p r o d u j e r o n t o d o el efecto d e s e a d o , ni m u c h o m e n o s ; p e r o , sin
embargo, alguno de nuestros enemigos debió empezar á tener miedo,
p u e s e n a q u e l l o s días so i n s i n u ó el p r i m e r paso hacia atrás, dado p o r
n u e s t r o s c o n t r a r i o s . O i g a m o s al P . R o m á n : « P i d i é r o n n o s p a r t i d o d e
la p a r t e c o n t r a r i a , y d e m a n d a b a n q u e e n n u e s t r a capilla (hasta q u o
el Pontífice lo declarase) n o t u v i é s e m o s c a m p a n a , y q u e n i e n la igle-
sia n i e n casa edificásemos, n i p r e d i c á s e m o s , n i d i j é s e m o s misa pú-
b l i c a , n i o y é s e m o s confesiones. Sólo n o s dejaban h a b i t a r en la casa,
y q u e dijésemos misa s e c r e t a p o r n u e s t r a consolación» (3). Claro está
q u e los N u e s t r o s n o p o d í a n a c e p t a r p a r t i d o t a n i g n o m i n i o s o , p u e s
p o r ' é l p a r e c í a n los c o n t r a r i o s , c o m o si d i j é r a m o s , c o n m u t a r la p e n a
de m u e r t e e n cadena p e r p e t u a . V i e n d o los e n e m i g o s q u e n o cedían
los jesuítas, p a s a r o n a d e l a n t e , y el 12 d e J u l i o p u s i e r o n el e n t r e d i c h o ,
d e q u e h e m o s h a b l a d o , e n las iglesias d e Zaragoza, é h i c i e r o n las r u i -
dosas d e m o s t r a c i o n e s d e s c r i t a s más a r r i b a .
I n f o r m a d a la p r i n c e s a D . J u a n a d e l p o c o efecto p r o d u c i d o p o r sus
a c i u d a d a n o s , los cuales, al v e r la p o b r e z a d e n u e s t r a casa, q u e d a r o n
p r i m e r a s c a r t a s , d e t e r m i n ó o b r a r c o n m á s eficacia e n defensa d e la
Compañía. E n v i ó desde Valladolid á Zaragoza u n r e y d e a r m a s p a r a
q u e pusiese las a r m a s r e a l e s e n las p u e r t a s d e n u e s t r o c o l e g i o , y
q u e d a s e éste a m p a r a d o p o r la p r o t e c c i ó n d e S. M. (4). E j e c u t ó el r e y
d e a r m a s lo p r e s c r i t o , asistiéndolo el v i r r e y c o n su a u t o r i d a d . Dióse
p a r t e al n u n c i o d e S u S a n t i d a d , q u e residía e n la c o r t o , d e t o d o el
n e g o c i o d e Z a r a g o z a ; y ol n u n c i o d e s p a c h ó l u e g o u n b r e v e a v o c a n d o
á sí a q u e l l a causa (5). No s a b e m o s q u e este b r e v e p r o d u j e s e efecto
( 1 ) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia, 1. n , c. x v i . P u b l i c a d a ibid.
(2) ídem, ibid.
(3) Ubi supra, p . 806.
( 4 ) Alvarez, Hist. de la Provincia de Aragón, 1. i, o. L I V . R i b a d e n e i r a , Hist.
Asistencia, 1. n , c . x v n .
( 5 ) R i b a d e n e i r a , ibid. P o l a n c o , ibid., p. 399.
CAP. XIII.—COLEGIO DE ZARAGOZA 455
n i n g u n o . Ni so r e v o c ó el edicto del v i c a r i o , n i consintió el a r z o b i s p o
D. H e r n a n d o d e A r a g ó n q u e se p u b l i c a s e n las c e n s u r a s fulminadas
p o r e l obispo d e H u e s c a c o n t r a los q u e p o n í a n i m p e d i m e n t o á las
b u l a s d e la C o m p a ñ í a , n i desistieron u n p u n t o los P a d r e s a g u s t i n o s
de las d e m o s t r a c i o n e s c o n t r a los N u e s t r o s . T o d o el mes d e J u l i o si-
g u i ó la t o r m e n t a t a n d e s h e c h a y espantosa c o m o v i m o s a r r i b a .
12. E n esta sazón, el P . T a b l a r e s t u v o u n a idea feliz, q u e c o n t r i -
b u y ó n o t a b l e m e n t e á pacificar todas las cosas. J u n t ó á los o t r o s P a -
d r e s el 27 de J u l i o y les p r o p u s o a b a n d o n a r la c i u d a d p a r a a p a c i g u a r
el enojo d e los c o n t r a r i o s . A p r o b a d a la idea p o r t o d o s los d e casa,
fuese desde luego el P . T a b l a r e s , a c o m p a ñ a d o d e l P . S a n t a n d e r , á
la casa del A y u n t a m i e n t o , y e n p r e s e n c i a d e los j u r a d o s y conseje-
r o s , y d e o t r a g e n t e p r i n c i p a l q u e c o n c u r r i ó al a c t o , e x p u s o c o n a i r e
t r a n q u i l o y s e r e n o los santos p r o p ó s i t o s d e la C o m p a ñ í a al estable-
cerse e n Zaragoza; a g r a d e c i ó h u m i l d e m e n t e los favores q u e les había
d i s p e n s a d o la c i u d a d ; p e r o añadió q u e , p u e s los á n i m o s estaban t a n
a l t e r a d o s p o r causa d e la C o m p a ñ í a , j u z g a b a n o p o r t u n o r e t i r a r s e d e
Zaragoza p o r n o s e r ocasión d e molestia á u n a c i u d a d á q u i e n t a n t o
d e b í a n , y e n c u y o s e r v i c i o deseaban e m p l e a r s e . P i d i ó p e r d ó n d e las
faltas q u e tal vez h u b i e r a n c o m e t i d o , y t e r m i n ó su d i s c u r s o p r e s e n -
tando al A y u n t a m i e n t o las llaves d e la casa ( 1 ) . E n t e r n e c i é r o n s e los
j u r a d o s al o i r estas p a l a b r a s y m a n d a r o n h a c e r i n v e n t a r i o d e t o d o lo
que se hallase en el colegio, p a r a t e n e r l o fielmente e n d e p ó s i t o . E n -
cargóse esta d i l i g e n c i a á Miguel E s p a ñ o l , s e c r e t a r i o d e la c i u d a d .
V o l v i e r o n los N u e s t r o s al colegio a c o m p a ñ a d o s d e a l g u n o s b u e n o s
m u y edificados (2).
P a r e c i ó c o n v e n i e n t e d a r c i e r t a p u b l i c i d a d á la salida d e n u e s t r o s
Padres, y así, el 1." d e A g o s t o , d e s p u é s d e c o m e r , p u s i é r o n s e e n ca-
m i n o los P P . Tablares, S a n t a n d e r y P i n a s , c o n u n H e r m a n o c o a d j u t o r
llamado J u a n Rojo, á vista d e t o d o e l p u e b l o , y s a l i e r o n d e la c i u d a d
a c o m p a ñ a d o s d e a l g u n o s c a b a l l e r o s p r i n c i p a l e s . E n la villa d o Ala-
g ó n se d e s p i d i e r o n d e estos b u e n o s a m i g o s , r e h u s a n d o c o r t é s m e n t e
u n a l i m o s n a d e c i n c u e n t a escudos q u e ellos ofrecían de p a r t e d e la
ciudad. Do allí se e n c a m i n a r o n á P e d r o l a , d o n d e los acogió c o n en-
( 1 ) A l v a r e z , ibid., c. L I V . D i c e este a u t o r q u e h a b l ó p r i n c i p a l m e n t e el P . S a n t a n -
der, ¡i q u i e n c e d i ó la p a l a b r a el P . T a b l a r e s , p o r q u e a q u é l h a b í a p r e s e n c i a d o m á s los
déla
s u c e s o s d e Z a r a g o z a y t e n í a m á s f a c u n d i a y d e s e m b a r a z o e n el h a b l a r .
( 2 ) Alvarez, ibid. P o l a n c o , ibid., p . 4 0 0 .

456 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
t r a ñ a b l e c a r i ñ o D . María Luisa de Borja, h e r m a n a de n u e s t r o sauto
a
c o m i s a r i o . E n casa do esta p i a d o s í s i m a señora, p e r m a n e c i e r o n todos,
e n s e ñ a n d o el c a t e c i s m o á los m o r i s c o s q u e v e n í a n de los c o n t o r n o s ,
e x c e p t o el P . T a b l a r e s , q u e l u e g o v o l v i ó o c u l t a m e n t e á Zaragoza,
p a r a v e r el desenlace de a q u e l l a t r a g e d i a . E l v i r r e y le a p o s e n t ó e n
la Aljafería (1).
13. E l m i s m o día en q u e T a b l a r e s e n t r e g a b a al A y u n t a m i e n t o las
llaves d e l c o l e g i o , la p r i n c e s a D . J u a n a A r m a b a en Valladolid o t r a s
a
cartas más a p r e m i a n t e s q u e las p r i m e r a s . E n la d i r i g i d a al v i r r e y le
hace s a b e r c o m o ha t e n i d o n o t i c i a de los a l b o r o t o s p o p u l a r e s o c u r r i -
dos e n Zaragoza, y, p o r c o n s i g u i e n t e , siendo n e c e s a r i a m a y o r e n e r -
gía, le m a n d a o c u p a r las t e m p o r a l i d a d e s á t o d o s los eclesiásticos q u e
e n ello se h a l l a r e n culpados, y esto «sin e s p e r a r réplica, dice la p r i n -
cesa, n i o t r a o r d e n de acá, y a v i s a r m e h e i s de lo q u e así se h u b i e r e
hecho».
Más significativa es la carta quo d e s p a c h ó p a r a los i n q u i s i d o r e s ,
p u e s e n ella especifica las culpas c o m e t i d a s , y d e s c u b r e el n o m b r e
d e a l g u n o s c u l p a d o s . H e l a aquí:
« V e n e r a b l e s I n q u i s i d o r e s c o n t r a la h e r é t i c a p r a v e d a d y apostasía
en el r e i n o do A r a g ó n . Ya h a b r é i s e n t e n d i d o lo q u e e n esa c i u d a d se
h a i n t e n t a d o p o r a l g u n a s p e r s o n a s eclesiásticas c o n t r a los r e l i g i o s o s
d e la C o m p a ñ í a del n o m b r e d e J e s ú s . Y h a b i é n d o s e n o s h e c h o rela-
c i ó n d e lo q u e e n esto hay, p a r e c i e n d o q u e es en d e s e r v i c i o d e n u e s -
t r o S e ñ o r y de Su Majestad y e n d e s h o n r a de tal r e l i g i ó n , m a n d é
h a c e r c i e r t o d e s p a c h o con c o n s u l t a do los del Consejo S u p r e m o de
A r a g ó n , r e m i t i d a s las c a r t a s al r e g e n t e m i c e r C a m a c h o , del d i c h o
Consejo, q u e ahí está al p r e s e n t e , p o r el cual se o r d e n a b a q u e el vica-
r i o g e n e r a l y oficiales del a r z o b i s p o y el g u a r d i á n do San F r a n c i s c o ,
c o m o c o n s e r v a d o r del p r i o r y frailes del m o n a s t e r i o de San Agustín,
d e p u s i e s e n d e n t r o de t r e s días t o d o lo q u e p o r p a r t e de ellos se ha-
bía p r o c e d i d o c o n t r a los r e l i g i o s o s de la dicha C o m p a ñ í a d e J e s ú s ; y
quo p o r h a b e r sido esto a p a s i o n a d a m e n t e h e c h o y c o n t r a toda razón
y o r d e n de d e r e c h o , y p o r la g r a n c o n m o c i ó n y escándalo q u e se
causa al p u e b l o , e n caso qire n o q u i s i e s e n d e p o n e r y r e v o c a r d e n t r o
d e l dicho t é r m i n o p ú b l i c a m e n t e , á satisfacción de los de la Compañía,
s i e n d o tan j u s t o e v i t a r s e m e j a n t e s fuerzas y p a s i o n e s , so m a n d ó q u e
( 1 ) Epistolae mixtae, t. IV, p . 7 7 0 . S o b r e l a s o c u p a c i o n e s e n q u e se e m p l e a r o n
n u e s t r o s P a d r e s e n P e d r o l a , v é a s e la c a r t a d e l P . R o m á n á S a n I g n a c i o , f e c b a el 2 9
d e A g o s t o d e 1 5 5 5 . Epistolae mixtae, t. ív, p . 8 2 7 .
CAP. X I I I . — COLEGIO DE ZARAGOZA 457
d e n t r o d e q u i n c e días l u e g o s i g u i e n t e s , p a r e c i e s e n y se p r e s e n t a s e n
en esta c o r t e e l a b a d d e V e r u e l a y los d i c h o s g u a r d i á n d e San F r a n -
cisco y p r i o r de San A g u s t í n , el r e c t o r de San Miguel de los n a v a -
r r o s y el v i c a r i o de la Magdalena. Y p o r q u e h o y h e sido i n f o r m a d a
que, n o o b s t a n t e o t r a s n u e s t r a s cartas y m a n d a m i e n t o s r e a l e s y eje-
c u t o r i a l e s q u e a n t e s se h a b í a n p u b l i c a d o en favor de la dicha Com-
pañía, j u n t a m e n t e con las b u l a s y p r i v i l e g i o s q u e ellos t i e n e n , h a n
p r o c e d i d o t o d o s estos y o t r o s m u c h o s eclesiásticos, hasta p o n e r en-
t r e d i c h o y c e d u l o n e s c o n p i n t u r a s y figuras d e los d e la d i c h a C o m -
pañía, c o n g r a n escándalo y a l b o r o t o del p u e b l o , y q u e p o r i n d u c i -
m i e n t o de t o d o s fué e n v i a d a una c u a d r i l l a de m u c h a c h o s al colegio
de los de la dicha Compañía, á a p e d r e a r los r e l i g i o s o s de ella con
tanto r u m o r , q u e se diz q u e s i e l v i s o r r e y n o a c u d i e r a , se m o v í a m u y
m a y o r e s c á n d a l o ; y q u e la cosa llega á t é r m i n o s , q u e los a m e n a z a n
no s o l a m e n t e q u o m a t a r á n á q u i e n d e f e n d i e r e los de la dicha Com-
pañía, p e r o a u n á los r e l i g i o s o s d e ella, á los cuales diz q u e los sacan
y echan p o r fuerza fuera de las iglesias; y s i e n d o esto t a n en d e s e r -
vicio d e n u e s t r o S e ñ o r y d e u n a O r d e n de r e l i g i o s o s tan p r o v e c h o s a
á estos r e i n o s y d e t a n t a c r i s t i a n d a d y d o c t r i n a , a p r o b a d a p o r los
S u m o s Pontífices, c o n v e n d r í a q u e l u e g o so p u s i e r a r e m e d i o . Y así os
e n c a r g a m o s m u c h o , q u e l u e g o e n r e c i b i e n d o é s t a , sepáis si el dicho
r e g e n t e m i c e r C a m a c h o h a r e c i b i d o el d e s p a c h o s u s o d i c h o y h e c h o
con él la d i l i g e n c i a q u e c o n v i e n e y se le o r d e n a ; y a u n q u e lo h a y a
r e c i b i d o ó n o , os c o m u n i q u é i s con él, y c o n f o r m e á a q u e l l o , v o s o t r o s
(pues el n e g o c i o es d e tal calidad, q u e ese santo Oficio se p u e d e m e -
t e r en él) deis o r d e n , p o r la m e j o r vía q u e os p a r e c i e r e , q u e los di-
chos abad de V e r u e l a y el g u a r d i á n de San F r a n c i s c o y p r i o r de
San Agustín, el r e c t o r de San Miguel de los n a v a r r o s y el v i c a r i o de
la Magdalena, y t a m b i é n los beneficiados de la dicha iglesia d e la
Magdalena, y e l c a n ó n i g o P é r e z de la Seo y el D r . M e l e n d o , c a n ó n i g o
t a m b i é n de la Seo, n o sólo d e p o n g a n lo q u e h a n h e c h o c o n t r a los
religiosos d e la d i c h a Comijañía d e J e s ú s , p e r o q u e p a r e z c a n p e r s o -
n a l m e n t e e n esta c o r t e d e n t r o ele q u i n c e días d e s p u é s q u e se lo o r d e -
n á r e d e s , y v e n g a n á d a r n o s razón de las causas p o r q u e se h a i n t e n -
tado; y esto, so las ponas y p r e m i o s q u e c o n v i n i e r e : y n o q u e r i e n d o
o b e d e c e r lo s u s o d i c h o , y p a r e c i e n d o q u e j u s t a m e n t e se p u e d e n p r e n -
d e r (siendo el caso t a n sin r e s p e t o y e n desacato d e la S e d e A p o s t ó -
lica y d e s e r v i c i o de n u e s t r o S e ñ o r ) , lo hagáis así, y los e n v i é i s p r e s o s
y á b u e n r e c a u d o á esta dicha c o r t e ; q u e así c o n v i e n e al b i e n de la
justicia y p ú b l i c o d e ese r e i n o . Y al dicho v i s o r r e y d a r é i s p a r t e de
 458 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
ello, á q u i e n se e s c r i b e q u e os asista e n lo q u e fuere m e n e s t e r , tra-
t á n d o l o t o d o t a m b i é n e n c o m u n i c a c i ó n del d i c h o r e g e n t e Micer Ca-
m o c h o , á q u i e n e s c r i b o r e m i t i é n d o m e á ésta. Y a v i s a r n o s heis de lo
q u e se p r o c e d i e r e en esto.—De Valladolid á 27 do J u l i o 1555 > (1).
14. E n este t i e m p o , es d e c i r , á p r i n c i p i o s do A g o s t o , e m p i e z a á
c a m b i a r la escena y á v o l v e r s e t o d o e n favor de la C o m p a ñ í a . Sali-
dos los j e s u í t a s , habíase l e v a n t a d o el e n t r e d i c h o de las iglesias, y
v o l v i e n d o las cosas á su c u r s o n o r m a l , se a p l a c a r o n los á n i m o s del
p u e b l o sencillo. P o r o t r a p a r t e , la r e t i r a d a h u m i l d e d e los Nuestros
h a b í a a c r e c e n t a d o n o t a b l e m e n t e el afecto q u e les t e n í a n los j u r a d o s
y los c a b a l l e r o s do la ciudad. T o d o s los h o m b r e s d e sano j u i c i o , pa-
sada la furia de a q u e l t u m u l t o , r e c o n o c i e r o n el exceso e n o r m e que
se había c o m e t i d o c o n t r a la Compañía.
H a l l á n d o s e los á n i m o s e n esta d i s p o s i c i ó n , l l e g a n las cartas do la
p r i n c e s a firmadas el 27 de J u l i o , y con esto r e f u e r z o alzan cabeza el
obispo de Huesca, ol v i r r e y y n u e s t r o s a m i g o s , y c o m i e n z a n á t r a t a r
s e r i a m e n t e de t r a e r á los j e s u í t a s . La p a r t e c o n t r a r i a e m p i e z a á vaci-
lar. E l 1." de Agosto n u e v a carta de la p r i n c e s a al v i r r e y , a n i m á n d o l e
á s o s t e n e r p o r t o d o s los m e d i o s p o s i b l e s la causa de la Compañía (2).
E l 5 del m i s m o m e s sabe la b u e n a s e ñ o r a la salida de los N u e s t r o s de
Zaragoza, y al i n s t a n t e v u e l v o á e s c r i b i r al v i r r e y : «Micer Agustín
del Castillo os d i r á ol s e n t i m i e n t o q u e con razón h e m o s t e n i d o , q u e
vos y esa c i u d a d de Zaragoza h a y á i s p e r m i t i d o q u e los do la Compa-
ñía de J e s ú s h a y a n salido de la dicha c i u d a d , p a r a q u e p r o c u r é i s y
deis o r d e n p o r todas las vías y f o r m a s eme se p u e d a , q u e v u e l v a n á
ella» ( 3 ) . T r e s días d e s p u é s n u e v a carta do D . J u a n a , e n c a r g á n d o l e
a
pasar a d e l a n t e e n la e m p r e s a y e n v i a r á la c o r t e al abad d e V e r u e l a ,
ó de g r a d o ó p o r fuerza (4). F i n a l m e n t e , el 10 de Agosto despacha la
t p r i n c e s a p a r a el A y u n t a m i e n t o de Zaragoza la s i g u i e n t e carta:
«El R e y é p o r S. M. la Infanta P r i n c e s a . Magníficos, a m a d o s y fieles
de S. M., etc. De quo h a y a n salido los r e l i g i o s o s de la C o m p a ñ í a do
J e s ú s , h e m o s t e n i d o el s e n t i m i e n t o q u e es r a z ó n , y de q u e v o s o t r o s
lo hayáis c o n s e n t i d o . P o r q u e en v e r q u e esa c i u d a d les gratificaba la
b u e n a d o c t r i n a y e j e m p l o eme e n ella daban, y les hacía caridad, y
h a b í a r e c i b i d o e n su a m p a r o , SS. MM. é y o t e n í a m o s d e ello g r a n
satisfacción y c o n t e n t a m i e n t o ; y de v e r q u e hayáis sufrido cosa tan
( 1 ) R i b a d e n e i r a , Ilist. de la Asistencia de España, 1. n , c. x v n . — ( 2 ) Epistolae
mixtae, t. IV, p . 7 6 4 . — ( 3 ) Archivo de Simancas, Estado, l e g . 3 1 8 . P u b l i c a d a ibid.,
p. 773.—(4) Ibid.
CAT. XIII.—COLEGIO DE ZARAGOZA 4£9
en d e s e r v i c i o de Dios y p e r j u i c i o d e esa c i u d a d , y q u e n o la h a y á i s
e n t r e t e n i d o y defendido con t o d a s v u e s t r a s fuerzas en los casos q u e
contra la dicha C o m p a ñ í a se h a n i n t e n t a d o con tan poca razón y j u s -
ticia, c i e r t o nos m a r a v i l l a m o s ; y p o r q u e habernos e n t e n d i d o q u e á la
m a y o r p a r t e de esa c i u d a d , y casi á t o d o s los c a b a l l e r o s y p e r s o n a s
p r i n c i p a l e s y de calidad de ella, les ha p e s a d o lo q u e se h a h e c h o (y
con m u c h a r a z ó n ) , os d e c i m o s y e n c a r g a m o s muy e n c a r e c i d a m e n t e
que p r o c u r é i s y deis o r d e n p o r las vías y formas q u e se p u e d a , q u e
los de la dicha C o m p a ñ í a v u e l v a n á esa c i u d a d , a p r o v e c h á n d o o s de
todo lo q u e p a r a efectuación de ello sea m e n e s t e r , y n o consintáis q u e
se les haga más fuerza; q u e p o r la p a r t i c u l a r d e v o c i ó n q u e SS. MM. y
yo t e n e m o s á dicha Compañía, lo r e c i b i r e m o s con g r a n d e s e r v i c i o y
c o m p l a c i m i e n t o , c o m o al Dr. Micer A g u s t í n del Castillo, J u r a d o en
Cap J e r ó n i m o López y A n t ó n de Villanueva, v u e s t r o s ciudadanos y
mensajeros, h a b e r n o s d i c h o b o c a á boca n u e s t r a v o l u n t a d . S o b r e esto
daréis e n t e r a fe y c r e e n c i a al dicho Dr. Micer Castillo, en lo q u e
s o b r e ello d e n u e s t r a p a r t e os d i j e r e , y a q u e l l o p o n d r é i s p o r o b r a .
P o r q u e en ello h a r é i s lo q u e c u m p l e al s e r v i c i o de Dios y de SS. MM.
y b i e n d e ese r e i n o y ciudad, y á m í m e d a r é i s g r a n c o n t e n t a m i e n t o .
Dada en Valladolid á 10 de A g o s t o d e 1555» (1).
15. Con estas c a r t a s , con la p r i e s a q u e el v i r r e y , el obispo d e
Huesca y la c i u d a d d a b a n al a s u n t o , y con la i n c l i n a c i ó n del p u e b l o
hacia n o s o t r o s , r e c o n o c i e r o n el a r z o b i s p o y su v i c a r i o eme n o p o d í a n
s o s t e n e r s e más en la posición q u e o c u p a b a n . E l abad de V e r u e l a ,
c o m o se v i o a p r e t a d o p a r a i r á la c o r t e , e n v i ó dos a g e n t e s suyos p a r a
que le defendiesen en p r e s e n c i a de D . J u a n a . T a m b i é n el a r z o b i s p o
a
envió á Valladolid al D r . E s p é s p a r a el m i s m o efecto; p e r o i n d i g n a d a
la princesa, n e g ó s e r e d o n d a m e n t e á d a r l e s audiencia, e x i g i e n d o q u e
se p r e s e n t a s e e n p e r s o n a el m i s m o abad (2). Esta actitud, s i e m p r e la^
misma y s i e m p r e firme, do D . J u a n a acabó de v e n c e r á los c o n t r a -
a
rios. Vio el a r z o b i s p o q u e a q u e l l o e r a e s t r e l l a r s e c o n t r a u n m u r o d e
b r o n c e , y a u n q u e m a l de su g r a d o , e m p e z ó á t r a t a r del a r r e g l o , di-
ciendo al v i r r e y q u e él n o podía c o n los r e l i g i o s o s , los cuales t e n í a n
toda la culpa de a q u e l t u m u l t o .
Á este t i e m p o v o l v i ó d e la c o r t e el P . R o m á n , y p a r t i ó p a r a Valla-
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t . vi, p . 6 0 8 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t, iv, p . 8 2 0 . T a m b i é n á R o m a e n v i ó el clero p a r r o q u i a l u n
a g e n t e , á q u i e n d e s c r i b e el P . R o m á n d i c i e n d o q u e es « h o m b r e m o r e n o y bajo d e
c u e r p o » (Epistolae mixtae, t. i v , p . 8 2 8 ) . N o s a b e m o s n a d a d e lo q u e hizo esto
agente en Roma.
 460 LIB. I I . — S A N IGNACIO DK LOYOLA
CAÍ'. X11I.—COLEGIO DE ZARAGOZA 461

dolid el P . T a b l a r e s . H a b i é n d o s e i n t r o d u c i d o d i s i m u l a d a m e n t e en Mayor trabajo costó r e s o l v e r el o t r o n u d o , n o m e n o s difícil, cual

Z a r a g o z a e l p r i m e r o , e m p e z ó á n e g o c i a r c o n el a r z o b i s p o y el vica- era la o p o s i c i ó n do los a g u s t i n o s , á los cuales favorecían o t r o s m u -
r i o . Al p r i n c i p i o n o se satisfizo de ellos, p u e s , a u n q u e p r o t e s t a b a n chos r e g u l a r e s . Véase c ó m o explica el P . R o m á n los pasos q u e se
q u e h a c í a n lo p o s i b l e par/a sosegar á los a g u s t i n o s , «tiénese t o d o d i e r o n e n este a s u n t o : « T r a t á n d o s e q u e el g u a r d i á n d e San F r a n -
esto, dice el P . R o m á n , p o r cosa d e b u r l a » (1). P r o n t o , sin e m b a r g o , cisco, c o n s e r v a d o r de los a g u s t i n o s , r e v o c a s e sus censuras c o n t r a
se c o n v e n c i ó n u e s t r o s u p e r i o r de q u e , si n o p o r afecto á la Compa-
n o s o t r o s y n u e s t r o s d e v o t o s y f a u t o r e s p u e s t a s , y h a b i é n d o l a s él sus-
ñ í a , al m e n o s p o r m i e d o de la p r i n c e s a , b u s c a b a n s i n c e r a m e n t e mi
pendido á instancias d e l v i c a r i o g e n e r a l del ai'zobispo, hasta la últi-
a c o m o d a m i e n t o . Lo p r i m e r o q u e p r o p u s o el p r e l a d o fué q u e vol-
ma s e n t e n c i a de R o m a (la cual s u s p e n s i ó n n o se a d m i t i ó p o r n u e s t r a
v i e s e n los j e s u í t a s á Zaragoza y c o n t i n u a s e n e j e r c i t a n d o sus minis-
p a r t e , sino q u e constase de la n u l i d a d d e l t o d o , p u e s la había, y q u e
t e r i o s c o m o a n t e s del r o m p i m i e n t o . O b s e r v ó el P . R o m á n , q u e una
no é r a m o s c o n t u m a c e s c o m o n o s h a b í a n p u b l i c a d o ) , en este t i e m p o
v u e l t a en esta f o r m a dejaría m a l p a r a d o el c r é d i t o de la Compañía.
los a g u s t i n o s con g r a n p r i s a s a c a r o n su p r o c e s o do p o d e r d e l g u a r -
H a b í a n s e f u l m i n a d o c o n t r a ella t e r r i b l e s censuras, ya p o r el vicario,
dián, y d i c e n h a n b u s c a d o o t r o c o n s e r v a d o r : lo cual h e c h o , p u e s p o r
ya p o r el juez c o n s e r v a d o r d e los a g u s t i n o s ; estas c e n s u r a s se h a b í a n
aquella vía n o se veía r e m e d i o de q u i e t a r el p u e b l o s o b r e a q u e l l a s
leído en las iglesias, habíase p u e s t o e n t r e d i c h o en la ciudad, se había
c e n s u r a s , se t o m ó é s t e : quo el r e v e r e n d í s i m o s e ñ o r arzobispo v i e s e
a m o t i n a d o el p u e b l o c o n t r a n o s o t r o s . ¿ C ó m o v o l v e r á Zaragoza sin
delante de m u c h o s r e l i g i o s o s y de su oficial n u e s t r o p r o c e s o y el d e
a l g u n a r e v o c a c i ó n de lo h e c h o , sin a l g u n a satisfacción q u e justificase
los c o n t r a r i o s , de cuya inspección, c o m o constase n u e s t r a a p e l a c i ó n
la causa d e la Compañía? E r a n e c e s a r i o q u e el a b a d d e V e r u e l a r e -
en t i e m p o , el oficial, c o m o o r d i n a r i o , d e c l a r ó la n u l i d a d de las cen-
vocase su edicto d e l 17 de A b r i l , y q u e se d e c l a r a s e n n u l a s cuantas
suras del g u a r d i á n , p o r sus l e t r a s q u e se p u b l i c a r o n con las q u e h e
c e n s u r a s h a b í a lanzado c o n t r a los j e s u í t a s el j u e z c o n s e r v a d o r d e los
dicho d e l v i c a r i o g e n e r a l el día de la N a t i v i d a d de N u e s t r a S e ñ o r a
agustinos. A u n q u e do m a l g r a d o , p l e g á r o n s e á estas c o n d i c i o n e s
p o r las iglesias do la ciudad- (1).
D. H e r n a n d o de A r a g ó n y su v i c a r i o . E n s e g u i d a se p u b l i c ó o t r o
edicto, cuya p a r t e sustancial es la s i g u i e n t e : Con estas p u b l i c a c i o n e s y a estaba satisfecha la justicia de la C o m -
pañía, y c o m o , p o r otra p a r t e , instaban t o d o s , h a s t a el a r z o b i s p o y
«Nos D. L o p e M a r c o , Abad de V e r u e l a , etc., ote Como hayamos el v i c a r i o , p o r la v u e l t a d e los P a d r e s , verificóse ésta el día s i g u i e n t e
e n t e n d i d o y e n t e n d a m o s a h o r a , q u e los dichos de la C o m p a ñ í a de 9 de S e t i e m b r e . S a l i e n d o de P c d r o l a , l l e g a r o n al m o n a s t e r i o de t r i -
J e s ú s , las dichas misas y d i v i n o s oficios h a n c e l e b r a d o y p u e d e n y n i t a r i o s d e San L a m b e r t o , d o n d e les e s p e r a b a n a l g u n o s c a b a l l e r o s .
•deben c e l e b r a r , d e c i r y h a c e r , y p r e d i c a r y a d m i n i s t r a r los sacra-
Éstos a n u n c i a r o n á los P a d r e s q u e á la p u e r t a de Zaragoza les a g u a r -
m e n t o s do la p e n i t e n c i a y c o m u n i ó n p o r a u t o r i d a d apostólica á ellos
daba u n a b r i l l a n t e c o m i t i v a p a r a c o n d u c i r l o s hasta la casa. E l P . R o -
p o r la felice r e c o r d a c i ó n de P a u l o P a p a I I I c o n c e d i d a y p o r J u l i o
m á n , con h u m i l d a d r e l i g i o s a , e n v i ó u n r e c a d o p i d i e n d o q u e se
P a p a in c o n f i r m a d a : p o r tanto, y p o r o t r o s j u s t o s r e s p e t o s á n u e s t r o
evitase a q u e l l a r u i d o s a d e m o s t r a c i ó n , p u e s bastaba q u e a q u e l l o s se- %
a n i m o m o v i e n t e s , c a s s a m o s , r e v o c a m o s y a n u l a m o s las dichas Le-
ñ o r e s a c u d i e s e n á n u e s t r a capilla, o m i t i e n d o la c e r e m o n i a del a c o m -
tras, e x c o m u n i ó n y c e n s u r a s y todo lo en ellas c o n t e n i d o » (2). Esta
p a ñ a m i e n t o (2). No a d m i t i ó esta súplica el obispo de H u e s c a , q u e
r e v o c a c i ó n se l e y ó en los p u l p i t o s de Zaragoza el 8 de S e t i e m b r e
era el a l m a d e t o d a la función, r e s p o n d i e n d o q u e pues, había sido
de 1555.
tan afrentosa la salida, debía s e r h o n r a d a la v u e l t a . R e p i t i ó la instan-
cia el P . R o m á n , p e r o n a d a c o n s i g u i ó .
( 1 ) Ubi supra, p . 8 1 3 . H u b o , p u e s , d e c e d e r al afecto de n u e s t r o s amigos, y saliendo del
( 2 ) V é a s e el d o c u m e n t o e n t e r o en las Car-tas de San Ignacio, t. vi, p . 0 0 9 . L l a m a c o n v e n t o d e t r i n i t a r i o s , d i r i g i ó s e con sus c o m p a ñ e r o s á la p u e r t a d e
la a t e n c i ó n la f e c h a I J U I l l e v a : 15 de Julio de 1 5 5 5 . P r e c i s a m e n t e e n e s o s d í a s e r a
la ciudad. Allí les a g u a r d a b a n el o b i s p o d e H u e s c a , el J u s t i c i a m a y o r
c u a n d o a r r e c i a b a m á s la t o r m e n t a c o n t r a los N u e s t r o s , q u e Be v i e r o n o b l i g a d o s á sa-
lir d e Z a r a g o z a el 1.° d e A g o s t o . P u e d e e x p l i c a r s e . s t a f e c h a , s u p o n i e n d o q u e el
a b a d r e d a c t ó e s t a r e v o c a c i ó n l u e g o d e r e c i b i r s e las p r i m e r a s c a r t a s d e la p r i n c e s a , ( 1 ) Epistolae mixtae, t. í v , p . 8 4 9 .
p u e s p o r ellas a d i v i n a r í a q u e t a r d e ó t e m p r a n o d e b e r í a r e v o c a r lo h e c h o .
( 2 ) R i b a d e n e i r a , Hist. de la Asistencia, 1. n , c. x x n . _

462 LIB. I I . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
de A r a g ó n , dos j u r a d o s de la c i u d a d , v a r i o s oficiales r e a l e s y u n lu-
cido s é q u i t o de c a b a l l e r o s y p e r s o n a s d i s t i n g u i d a s , e n t r e las cuales
se h a l l a b a (¿quién lo c r e y e r a ? ) el b u e n D. L o p e M a r c o , abad de Ve-
r u e l a y v i c a r i o del a r z o b i s p o (1). D e s p u é s do los p r i m e r o s saludos,
t o m a r o n en m e d i o al P . R o m á n , D. J u a n de Lanuza, J u s t i c i a d e Ara-
g ó n , y m i c e r J a i m e Agustín, j u r a d o m a y o r ; al P . S a n t a n d e r , J u a n
L u i s González, c o n s e r v a d o r de A r a g ó n , y D. Gonzalo P a t e r n o y , maes-
t r o r a c i o n a l de A r a g ó n , a m b o s á dos oficiales reales, y, en fin, al pa-
d r e Pinas, el j u r a d o s e g u n d o y el J u s t i c i a o r d i n a r i o de Zaragoza, q u e
l l a m a b a n el Z a l m e d i n a . E n pos s e g u í a n los d e m á s c a b a l l e r o s . De esta
s u e r t e pasó la cabalgata p o r las calles m á s p ú b l i c a s y p r i n c i p a l e s de
t o d a la c i u d a d , d e j a n d o el c a m i n o d e r e c h o q u e iba al c o l e g i o . Las
calles, plazas y v e n t a n a s e s t a b a n llenas de g e n t e q u e m i r a b a asom-
b r a d a tan r e p e n t i n a m u t a c i ó n . Con esto a c o m p a ñ a m i e n t o l l e g a r o n
los P a d r e s al colegio, el cual con su capilla t e n í a n n u e s t r o s d e v o t o s
m u y l i m p i o y d e c o r o s a m e n t e a d e r e z a d o . Al a p e a r s e t o d o s á la p u e r t a ,
el abad de V e r u e l a a b r a z ó á los P a d r e s , d á n d o l e s el p a r a b i é n de su
v e n i d a con m u e s t r a s de g r a n b e n e v o l e n c i a y a m o r , acto q u e satis-
fizo á los P a d r e s y edificó á t o d o s los p r e s e n t e s . D e n t r o del colegio
estaban e s p e r a n d o á los P a d r e s el v i r r e y d u q u e de F r a n c a v i l a y u n o
de los i n q u i s i d o r e s , con m u c h a g e n t e p r i n c i p a l . E n seguida se d i r i -
g i e r o n t o d o s á la capilla, d o n d e el s e ñ o r obispo de Huesca dijo misa
del E s p í r i t u S a n t o ; y ésta a c a b a d a , el m i s m o s e ñ o r obispo y m i c e r
Agustín del C a s t i l l o , j u r a d o m a y o r , d i e r o n á n u e s t r o s P a d r e s la p o -
sesión do las casas con i n c r e í b l e a l e g r í a de los b u e n o s (2).
Tal fué el felicísimo é x i t o de la p e r s e c u c i ó n de Zaragoza. E n m e -
dio de tanta dicha q u e d ó á los N u e s t r o s u n a g o t a de a m a r g u r a p o r la
a v e r s i ó n e n q u e a ú n p e r s e v e r a r o n los P a d r e s a g u s t i n o s , lo m i s m o
q u e el a r z o b i s p o y otras p e r s o n a s de c u e n t a . E l P . R o m á n , escri-
b i e n d o á San I g n a c i o , decía así: «Los frailes a g u s t i n o s se están en su
p r e t e n s i ó n c o m o antes, y a l b o r o t a n g r a n d e m e n t e la c i u d a d c o n t r a
n o s o t r o s . Dicen q u e en n u e s t r o r e c i b i m i e n t o y e n lo d e m á s t o c a n t e
á esto se les ha h e c h o fuerza» (3). Con t o d o , la a n i m o s i d a d de estos
( 1 ) E s t a a p a r i c i ó n do D . L o p e , y lo q u o l u e g o le v e m o s h a c e r , d e m u e s t r a q u e no
e r a él ( c o m o s u p u s i e r o n a l g u n o s ) q u i e n g o b e r n a b a al a r z o b i s p o y m o v í a la g u e r r a .
L a a b s o l u t a a u s e n c i a del a r z o b i s p o en t o d a e s t a a l e g r í a d e la v u e l t a , y lo q u e d e s p u é s
le v e r e m o s h a c e r en 1 5 5 8 , i n d i c a b i e n q u i é n era n u e s t r o p r i m e r e n e m i g o .
( 2 ) Á l v a r e z , Hist. de la Prov. de Aragón, 1. i , c. LXI. Véase t a m b i é n á P o l a n c o ,
ibid., p . 4 J 6 , y á R i b a d e n e i r a , ubi supra.
( 3 ) Epistolae mixtae 17 d e S e t i e m p r e d e 1 5 5 5 .
CAP. X I I I . COLEGIO D E ZARAGOZA 463
P a d r e s se fué a p l a c a n d o p o c o á p o c o a n t e la justicia do n u e s t r a causa
y el t o r r e n t e de la o p i n i ó n g e n e r a l q u e se había d e c l a r a d o en favor
nuestro.
Gloriosa fué p a r a la C o m p a ñ í a esta p e r s e c u c i ó n de Zaragoza, p u e s
fué padecida sin culpa. Son juiciosas las dos reflexiones q u e á p r o -
pósito de este h e c h o h a c e F r . D i e g o M u r i l l o , franciscano. « Y o m e
edifico g r a n d e m e n t e , dice, d e la p a c i e n c i a con q u e l o s P a d r e s p a d e -
c i e r o n tantas y tan g r a v e s p e r s e c u c i o n e s sin h a b e r dado causa, y n o
me escandalizo de los q u e a n d u v i e r o n en e l l o , p o r q u e e n t i e n d o q u e
su i n t e n c i ó n n o fué mala. E s p e c i a l m e n t e q u e e l d e m o n i o s a b e h a c e r
e m b e l e c o s en s e m e j a n t e s ocasiones, con q u e h a c e j u z g a r de las cosas
según las a p a r i e n c i a s q u e r e p r e s e n t a (1).
16. E n toda esta t r i b u l a c i ó n n o i n t e r v i n o , c o m o se h a b r á e c h a d o d e
ver, n u e s t r o P a d r e San I g n a c i o . La causa fué q u e al p r i n c i p i o t u v o
noticia s o l a m e n t e del p r i m e r paso dado p o r los e n e m i g o s c o n t r a
nosotros, ó sea d e l d e c r e t o d e l 17 d e A b r i l . C u a n d o r e c i b i ó la r e l a c i ó n
c i r c u n s t a n c i a d a , r e m i t i d a p o r el P . R o m á n el 13 de A g o s t o , ya e r a n
los ú l t i m o s días del m e s de O c t u b r e , y h a b í a pasado la fuerza de la
t e m p e s t a d (2). C u a n d o a p a r e c e San I g n a c i o e n este suceso, e s , p o r
decirlo así, en la ú l t i m a e s c e n a , p a r a a g r a d e c e r á n u e s t r o s a m i g o s y
para p e r d o n a r g e n e r o s a m e n t e á los a d v e r s a r i o s . Con g r a n g u s t o t e r -
m i n a m o s la n a r r a c i ó n d e este h e c h o con las p a l a b r a s q u e e l g l o r i o s o
p a t r i a r c a d i r i g i ó al P . R o m á n :
«Viendo q u e el R m o . Sr. A r z o b i s p o , d e s p u é s de i n f o r m a d o m e j o r
de n u e s t r a s cosas, se n o s h a m o s t r a d o tan f a v o r a b l e y p r o t e c t o r , h o l -
garía q u e vos, ó si ahí se h a l l a r e el P . F r a n c i s c o , de m i p a r t e le b e -
séis las m a n o s p o r ello, y le s u p l i q u é i s q u e á los de allá y de acá nos
tenga á t o d o s p o r hijos y s i e r v o s e n el S e ñ o r n u e s t r o , y q u e se s i r v a
( 1 ) Fundación milagrosa de la ca/iilla angélica y apostólica, de la Jíadre de Dios
del Pilar, y excelencias de la imperial ciudad de Zaragoza, p. 3 3 3 .
( 2 ) P r o b a b l e m e n t e no r e c i b i ó ¡áan I g n a c i o b a s t a el 2 6 d e N o v i e m b r e p l e n a i n f o r -
m a c i ó n d e lo o c u r r i d o en Z a r a g o z a , p u e s e s c r i b i e n d o c o n esa f e c h a al S r . M e n d o z a ,
c o n s e r v a d o r d e Z a r a g o z a , d i c e á la m i t a d d e la c a r t a : «.Después d e lo a r r i b a e s c r i t o ,
h e m o s h a b i d o l e t r a s d u p l i c a d a s de los N u e s t r o s d e 13 d e A g o s t o , d o n d e se n a r r a el
s u c e s o d e la c o n t r a d i c c i ó n , e t c . » (Cartas de San Ignacio, t. v i , p . 6 7 . ) V é a s e t a m -
b i é n (Ibid., p . 5 7 ) la c .rta ¡i A l e j o F o n t a n a , e s c r i t a el 21) d e O c t u b r e , d o n d e el s a n t o
le da las n o t i c i a s d e l s u c e s o b a s t a A b r i l y M a y o s o l a m e n t e . P o r u n a c a r t a d e l P . P o -
l a n c o al P . R o m á n , f e c h a el 17 d e J u n i o , se v e q u e al s a b e r el p r i n c i p i o d e la p e r -
secución, envió nuestro santo P a d r e á Z a r a g o z a u n a citación c inhibición p a r a im-
p e d i r q u e los c o n t r a r i o s p a s a s e n a d e l a n t e . (Vide Jiegestum S. Inngt., t. m , f. 1 8 2 . )
E s t e p a r e c e h a b e r sido el ú n i c o p a s o q u e se dio en R o m a p a r a s j c o r r e r á los P a d r e s
de Zaragoza.
464 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

d e los u n o s y de los o t r o s c o m o de tales á g l o r i a divina. La i n t e n c i ó n

de su S e ñ o r í a R m a . y del Sr. Abad su v i c a r i o , y o la h e s i e m p r e ex-
cusado, c o m o t a m b i é n la de m u c h a s p e r s o n a s de esa c i u d a d , p e r s u a -
d i é n d o m e sea b u e n a y santa, a u n q u e las i n f o r m a c i o n e s en q u e se
fundaban n o lo fuesen. Al R m o . Sr. O b i s p o de H u e s c a b e s a r é i s de
m i p a r t e las m a n o s , y le d i r é i s q u e , n o s o l a m e n t e á los d e ese cole-
gio, p e r o á t o d o s los de esta m í n i m a Compañía, n o s h a p u e s t o e n p e r -
p e t u a o b l i g a c i ó n la m u c h a c a r i d a d y d e v o c i ó n q u e d e a y u d a r n o s ha CAPÍTULO XIV
m o s t r a d o su Señoría R m a . ; y p o r q u i e n lo ha h e c h o t o d o , q u e es
Dios n u e s t r o C r i a d o r y S e ñ o r , lo será v e r d a d e r a y e t e r n a r e m u n e - JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA
r a c i ó n , y así á esos S e ñ o r e s t o d o s q u e h a n m o s t r a d o tan c o n s t a n t e SAN FRANCISCO JAVIER
amistad» (1).

SUMARIO: 1. E s e n v i a d o á la I n d i a San F r a n c i s c o J a v i e r . — 2 . L l e g a d o á G o a e n 1542

e v a n g e l i z a e n la c a p i t a l d u r a n t e c i n c o m e s e s . — - 3 . P r e d i c a en la P e s q u e r í a , y al
(1) Cartas del P. Ignacio, t. vi, p . 7 1 .
cabo d e u n a ñ o v u e l v e a G o a . — 4. P a s a al r e i n o d e T r a v a n c o r y á las islas d e Ma-
n a r y ( J e i l á n . — 5 . E x p e d i c i ó n f r u s t r a d a c o n t r a el r e y d e J a f a n a p a t á n . — 6 . E n 1 5 4 5
l l e g a el s a n t o á M a l a c a . — 7 . E x p e d i c i ó n d e l s a n t o a las M a l u c a s y á o t r a s m u c h a s
islas d e O c e a n í a . — 8. V u e l t o á Moa, d i r í g e s e al J a p ó n en 1 5 4 9 , y allí t r a b a j a d o s
a ñ o s y m e d i o . — 9. D e v u e l t a A la I n d i a , i n t e n t a e n t r a r en l a C h i n a , y m u e r e e n
S a n c h á n en 1 5 5 2 . — 1 0 . V i r t u d e s d e J a v i e r . — 1 1 . C ó m o g o b e r n a b a á la C o m p a ñ í a . —
12. C ó m o p r o c e d í a e n l a s m i s i o n e s . — 1 3 . S u c e l o a p o s t ó l i c o . — 1 4 . M i l a g r o s y p r o -
f e c í a s . — 1 5 . F r u t o d e .sus m i s i o n e s .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Monumento. Xaveriana. — 2. Certas de San Ignacio.—

8. Archivo secreto del Vaticano, Brcvi.—4. Procesos para la canonización del santo. — 5. Si-
món Rodríguez, De origine et progressu S. J. — 6. Polanco, Historia S. ,1.-7. Alphonsi Sal-
meronis , Commentarii.S. Cartas que los Padres y Hermanos de la Compañía de Jesús es-
cribieron desde 1549 hasta 1581.—9. Roma, Archiv. di Stato. Censurae librorum.

1. L l e g a m o s al año 1556, c u a n d o n u e s t r o P a d r e San I g n a c i o pasó

de esta p r e s e n t e v i d a á r e c i b i r e n el cielo el g a l a r d ó n de sus i n m e n -
sos trabajos. H e m o s e x p l i c a d o e l p r i n c i p i o y d e s a r r o l l o d e la Compa-
ñía en España; p e r o s e r í a e l c u a d r o m u y i m p e r f e c t o , si n o e x p u s i é r a -
mos t a m b i é n la acción de los jesuítas españoles en t o d o lo r e s t a n t e do
la Compañía u n i v e r s a l , p u e s es m u y ciei'to q u e , sin c o n t a r al santo fun-
dador, los h o m b r e s m á s e m i n e n t e s q u e t e n í a la C o m p a ñ í a d e E s p a ñ a
eran, p o r lo r e g u l a r , los q u o t r a b a j a b a n fuera d e E s p a ñ a . H u b o en-
tonces u n a especie d e i r r a d i a c i ó n d e n u e s t r a Asistencia e n las o t r a s
de la C o m p a ñ í a , y e n estos p r i m e r o s t i e m p o s a p e n a s h a y p r o v i n c i a ,
misión ó c o l e g i o , d o n d e n o v e a m o s d i s t i n g u i r s e a l g ú n j e s u í t a es-
pañol.
Al t r a t a r do estos o p e r a r i o s i l u s t r e s , el p r i m e r n o m b r e q u o se
viene á l o s l a b i o s os e l d e F r a n c i s c o J a v i e r , v a r ó n i n c o m p a r a b l e ,
que a c o s t u m b r a m o s c o l o c a r al lado d e San I g n a c i o y a l f r e n t e d e
30
466 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
la Compañía, c o m o p o n e m o s á San P a b l o j u n t o á San P e d r o , al frente
d e la Iglesia u n i v e r s a l . D i g a m o s , p u e s , algo del a p ó s t o l de las I n d i a s
y d e l J a p ó n , a u n q u e n o p a s a r á n n u e s t r o s datos de b r e v e s indicacio-
n e s , p u e s d e b e m o s d e j a r p a r a los biógrafos del santo y p a r a los his-
t o r i a d o r e s d e la Asistencia de P o r t u g a l el d e s a r r o l l a r el c u a d r o su-
b l i m e de la v i d a y c a r r e r a apostólica de San F r a n c i s c o J a v i e r .
Nadie e s p e r a r í a á p r i n c i p i o s d e l año 153S lo q u e h a b í a de ser aquel
h o m b r e . « H a l l á n d o s e en B o l o n i a , cayó J a v i e r , dice el P . S i m ó n R o -
d r í g u e z , en u n a c u a r t a n a v e h e m e n t í s i m a , y con el frío, p o b r e z a y
falta de todo lo n e c e s a r i o c o n t r a j o tal p a l i d e z , y se puso tan flaco y
d i s t i n t o del q u e antes era, quo n o p a r e c í a h o m b r e v i v o , sino c o m o
u n c a d á v e r . C u a n d o d e s p u é s le vi y o en R o m a tan g a s t a d o , e n j u t o y
casi e x h a u s t o , p e n s é q u e n u n c a se h a b í a de r e p o n e r y r e c o b r a r sus
p r i m e r a s fuerzas; más a ú n : m e p e r s u a d í quo había de q u e d a r inútil
p a r a todo g é n e r o do t r a b a j o s » (1). Esto h o m b r e tan p á l i d o , g a s t a d o é
i n ú t i l , h a b í a de ser el m a y o r de los m i s i o n e r o s . ¡Cuan a d m i r a b l e os
Dios en sus santos!
F u é d e s t i n a d o J a v i e r p a r a la m i s i ó n de las I n d i a s , j u n t a m e n t e con
el P . S i m ó n R o d r í g u e z , á p r i n c i p i o s del año 1540. E l P . S i m ó n se em-
b a r c ó en s e g u i d a en Civita Vccchia y llegó f e l i z m e n t e á P o r t u g a l (2).
N u e s t r o santo salió de R o m a el 16 de Marzo (3) en c o m p a ñ í a d e l em-
b a j a d o r p o r t u g u é s D. P e d r o M a s c a r e ñ a s , y e n t r ó e n Lisboa p o r el
m e s de J u n i o (4). M i e n t r a s l l e g a b a el t i e m p o de e m b a r c a r s e p a r a las
I n d i a s , a p l i c á r o n s e a m b o s P a d r e s á e j e r c i t a r los m i n i s t e r i o s d e la
C o m p a ñ í a en L i s b o a . C o r o n ó sus esfuerzos t a n copioso f r u t o , q u e el
b u e n D. J u a n I I I n o q u e r í a ya e n v i a r l o s á la I n d i a , sino e m p l e a r l o s
en P o r t u g a l . C o n s u l t a d o , e m p e r o , el n e g o c i o con San I g n a c i o y con
el p a p a , se c o n f o r m ó Su Alteza con el d i c t a m e n del p r i m e r o , q u i e n
le i n s i n u a b a quo enviase á J a v i e r á las I n d i a s y se q u e d a s e con el
P . S i m ó n (5).
2. Así se hizo. E l 7 de A b r i l de 1541, d e s p u é s de p e r m a n e c e r n u e v o
m e s e s e n Lisboa, hízoso á la vela J a v i e r p a r a la I n d i a . L l e v a b a con-
sigo p a r a c o m p a ñ e r o s de sus m i s i o n e s al P . P a b l o C a m e r t c , sacerdote
i t a l i a n o , y al I I . F r a n c i s c o Mansilla, e s t u d i a n t e p o r t u g u é s , a m b o s re-
( 1 ) De origine et progresan S. / . , p . 5 3 . — ( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 86.
( 3 ) Cartas ele San Ignacio, t. I, p . 8 3 .
( 4 ) P u e d e n v e r s e los i n c i d e n t e s d e e s t e v i a j e e n las c a r t a s 2 y 3 d e S a n F r a n -
c i s c o J a v i e r . (Monumenta Xaveriana, t . I , p p . 2 0 7 y 213.)
( 5 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 9 4 .
CAr. X I V . JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA. SAN FRANCISCO JAVIER 467
cien a d m i t i d o s en la C o m p a ñ í a (1). I b a n en la n a v e de M a r t í n A l o n s o
de Sosa, n o m b r a d o g o b e r n a d o r de la I n d i a . T r e c e m e s e s d u r ó el viaje,
en el cual las c a l m a s , las e n f e r m e d a d e s y o t r o s c o n t r a t i e m p o s ofre-
c i e r o n á n u e s t r o a p ó s t o l u n b u e n n o v i c i a d o p a r a los i n m e n s o s tra-
bajos q u e e n O r i e n t e le e s p e r a b a n . Los t r a b a j o s de la n a v e g a c i ó n le
o b l i g a r o n á d e j a r e n M o z a m b i q u e á sus d o s c o m p a ñ e r o s , q u e llega-
r o n á la I n d i a u n año d e s p u é s . E l 6 de Mayo de 1542 d e s e m b a r c ó J a -
v i e r e n Goa; e l 2 d e D i c i e m b r e d e 1552 m u r i ó e n S a n c h á n . Diez a ñ o s
y siote m e s e s n o más d u r ó el a p o s t o l a d o d e este h o m b r e p r o d i g i o s o ,
cuyas p r o e z a s p a r e c e q u o a n o n a d a n á q u i e n a t e n t a m e n t e las consi-
dera. E s i m p o s i b l e c o n s e r v a r la s e r e n i d a d h i s t ó r i c a al r e f e r i r h e c h o s
tan p o r t e n t o s o s , y la n a r r a c i ó n más seca u s u r p a i n s e n s i b l e m e n t e las
formas de entusiasta p a n e g í r i c o . P a r a d a r a l g u n a idea e n b r e v e s pá-
ginas del apostolado de J a v i e r , nos h a p a r e c i d o el m e d i o m á s con-
v e n i e n t e d e s c r i b i r p r i m e r o el i t i n e r a r i o de sus m i s i o n e s , y e x p l i c a r
después lo quo solía h a c e r en ellas y los frutos q u e r e c o g i ó con sus
apostólicas fatigas.
P a r a d a r más a u t o r i d a d al santo, h a b í a o b t e n i d o J u a n I I I del p a p a
q u e le confiriese la d i g n i d a d de n u n c i o apostólico d e la I n d i a , con
facultades a m p l í s i m a s p a r a a d m i n i s t r a r los s a c r a m e n t o s (2). L u e g o
que F r a n c i s c o p u s o los pies en Goa, p r e s e n t ó s e al a r z o b i s p o J u a n de
A l b u r q u e r q u e , f r a n c i s c a n o , y m o s t r á n d o l o t o d o s sus p o d e r e s , p r o -
tostó q u e de n i n g u n o de ellos u s a r í a , sino con el b e n e p l á c i t o de s u
Señoría. Alabó el p r e l a d o la h u m i l d a d de J a v i e r , y b e n d i c i é n d o l e con
p a t e r n a l afecto, le dio p l e n a facultad p a r a e j e r c i t a r su celo. E m p e z ó
sus trabajos n u e s t r o apóstol s i r v i e n d o á los e n f e r m o s en los h o s p i t a -
les, p a r a i m p l o r a r de Dios con esta o b r a de c a r i d a d el favor q u e n e -
cesitaba; l u e g o , t o m a n d o u n a campanilla, r e c o r r í a las calles, r o g a n d o
á v o c e s á los c i u d a d a n o s q u e e n v i a s e n sus n i ñ o s á o i r la d o c t r i n a cris-
tiana.
( 1 ) Monumenta Xarenana, t. I , p . 2 5 0 . E n e s t a c a r t a y en la a n t e r i o r refiere el
santo los t r a b a j o s , v e r d a d e r a m e n t e p e n o s o s , d e e s t a n a v e g a c i ó n .
( 2 ) E n el A r c h i v o s e c r e t o d e l V a t i c a n o s e c o n s e r v a n l a s m i n u t a s d e l o s c u a t r o
b r e v e s q u e con e s t a ocasión e x p i d i ó P a u l o I I I . Los dos p r i m e r o s v a n d i r i g i d o s á los
P P . J a v i e r y R o d r í g u e z . E n el u n o se les n o m b r a n u n c i o s a p o s t ó l i c o s d e Su S a n t i -
d a d p a r a las r e g i o n e s d e la I n d i a , y en el o t r o s e les c o n c e d e n v a r i a s g r a c i a s y f a -
c u l t a d e s p a r a d e s e m p e ñ a r b i e n s u s m i n i s t e r i o s . E l t e r c e r o se e n d e r e z a á D a v i d , r e y
de los e t í o p e s ó a b i s i n í o s , y en él, d e s p u é s d e n o t i f i c a r l e el n o m b r a m i e n t o d e J a v i e r
y R o d r í g u e z p o r n u n c i o s a p o s t ó l i c o s , le e x h o r t a el p a p a á q u e en t o d o s los n e g o c i o s
o c u r r e n t e s les dé s u f a v o r . E l c u a r t o e s t á c o n c e b i d o c a s i e n los m i s m o s t é r m i n o s
que el anterior, y se d i r i g e en general á t o d o s los principes y señores d e la I n d i a .
Vicie Breoi Paulo III, t. n i , n ú m e r o s 646 y 6 6 9 ; t. ív, n ú m e r o s 8 7 2 y 8 7 3 .
 CAP. XIV. JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—SAN FRANCISCO JAVIER 469
468 LIB. I I . — BAN IGNACIO DB LOYOLA

dos c o m p a ñ e r o s el P . C a m e r t e y el H . Mansilla, q u e h a b i e n d o q u e -
C u a n d o t e n í a r e u n i d o u n b u e n n ú m e r o d e e l l o s , los c o n d u c í a á
dado a l g u n o s meses e n M o z a m b i q u e , h a b í a n d e s e m b a r c a d o e n Goa
vina e r m i t a d e N u e s t r a S e ñ o r a , d o n d e les e x p l i c a b a el catecismo y
m i e n t r a s J a v i e r trabajaba e n la P e s q u e r í a . E n t o n c e s r e s o l v i ó J a v i e r
les e x h o r t a b a á ser b u e n o s . E l c o n c u r s o d e n i ñ o s q u e le escuchaba,
a c e p t a r la d i r e c c i ó n de u n colegio, fundado e n Goa bajo la advoca-
e r a cada vez m a y o r . P a s a b a n a l g u n a s v e c e s d e t r e s c i e n t o s los q u e
ción de San P a b l o , y q u e el v i r r e y deseaba e n c o m e n d a r á los P a d r e s
r o d e a b a n al s a n t o apóstol y a p r e n d í a n d e s u s labios el c a t e c i s m o (1).
de la Compañía. E r a este colegio u n s e m i n a r i o d o n d e se e d u c a b a n
E s t e c u i d a d o d e los n i ñ o s y la a d m i r a b l e caridad con q u e servía
j ó v e n e s i n d í g e n a s , q u e con el t i e m p o d e b í a n a y u d a r á la p r e d i c a c i ó n
e n los h o s p i t a l e s a t r a j e r o n s o b r e el s a n t o las m i r a d a s y e l r e s p e t o
del E v a n g e l i o . H a b í a n l o f u n d a d o pocos años a n t e s a l g u n o s p i a d o s o s
d e t o d a la p o b l a c i ó n . P r e p a r a d o s así los á n i m o s , subió al p u l p i t o y
p o r t u g u e s e s , y d i r i g í a l o al p r e s e n t e D i e g o d e B o r b a . A h o r a con el
t r o n ó c o n t r a los vicios quo infestaban á Goa. No c a y e r o n en d e s i e r t o
favor del v i r r e y t r a t ó s e do e n s a n c h a r la casa y p o n e r la i n s t i t u c i ó n
sus p a l a b r a s , y p r o n t o se manifestó una s a l u d a b l e r e f o r m a c i ó n de
en m a n o s d e la C o m p a ñ í a . A d m i t i ó J a v i e r la oferta y e n c o m e n d ó la
c o s t u m b r e s e n todas las clases de la sociedad.
d i r e c c i ó n del colegio al P . P a b l o C a m e r t e . No s a b e m o s c u á n t o t i e m p o
3. Cinco m e s e s d u r ó este a p o s t o l a d o en la capital d e la I n d i a . E n
se d e t u v o el santo en Goa; p e r o nos consta q u e p o r E n e r o de 1544
este t i e m p o , u n s a c e r d o t e p o r t u g u é s , llamado Miguel V a z , dio n o t i -
ya estaba en C o c h í n d e c a m i n o p a r a la P e s q u e r í a , a d o n d e se d i r i g i ó
cia á J a v i e r d e c i e r t a c r i s t i a n d a d fundada e n la costa do la P e s q u e r í a ,
con el I I . F r a n c i s c o Mansilla y a l g u n o s s a c e r d o t e s y catequistas se-
e n t r e los p u e b l o s l l a m a d o s p a r a v a s , la cual, p o r falta do m i n i s t r o s
glares, q u e q u i s i e r o n c o m p a r t i r sus apostólicas fatigas (1).
evangélicos q u e la m a n t u v i e s e n , h a b í a s e p e r d i d o casi p o r c o m p l e t o .
4. E m p e z ó á p r e d i c a r el E v a n g e l i o c o m o antes e n la P e s q u e r í a , y
Ofrecióse el santo á r e s t a u r a r esta c r i s t i a n d a d , y o b t e n i d a la venia
al p o c o t i e m p o , d e j a n d o e n ella á sus c o m p a ñ e r o s , avanzó él h a s t a
d e l a r z o b i s p o y del v i r r e y , p o r O c t u b r e de 1542 e m b a r c ó s e p a r a
las r e g i o n e s del M a d u r é ; p e r o p r o n t o h u b o d e v o l v e r á la costa, p o r -
Cochín, situada u n a s cien leguas al s u r de Goa, y de allí á pie a n d u v o
que u n a invasión d e ciertas g e n t e s , á q u i e n e s se daba el n o m b r e d e
otras c i n c u e n t a hasta p o n e r s e e n m e d i o do los p a r a v a s (2). Ya e m p e -
badagas, h a b í a d i s p e r s a d o p a r t e de la c r i s t i a n d a d . Trabajosísimo fué
zaba la C o m p a ñ í a á d i f u n d i r el E v a n g e l i o e n t r e los infieles á los d o s
este año 1544 p a r a J a v i e r . Aplicóse a n t e t o d o á b u s c a r l i m o s n a s p a r a
años de su fundación. Esta m i s i ó n de la P e s q u e r í a , la p r i m e r a que
s o c o r r e r á m u c h o s p o b r e s neófitos, q u e h u y e n d o d e los badagas se
estableció San F r a n c i s c o J a v i e r , alcanzó con el t i e m p o u n a u m e n t o
habían refugiado e n v a r i o s islotes d e la costa, y allí p e r e c í a n de h a m -
f e l i c í s i m o , y e n t r e v a r i a s v i c i s i t u d e s h a p e r s e v e r a d o y p e r s e v e r a en
b r e y n e c e s i d a d . P o r el m e s de J u n i o c a r g ó de p r o v i s i o n e s v e i n t e
n u e s t r o s días. No t e n í a el santo o t r o a u x i l i o más q u e el de t r e s j ó v e -
g r a n d e s b a r c a s , y p o n i é n d o s e al f r e n t e de esta caritativa escuadra,
n e s i n d i o s e d u c a d o s e n Goa, dos d e ellos o r d e n a d o s de diáconos y el
visitó y s o c o r r i ó c o m o p u d o á a q u e l l o s p o b r e c i t o s , á q u i e n e s h a b í a
t e r c e r o de m e n o r e s , q u o e n t e n d í a n m e d i a n a m e n t e el i d i o m a de los
e n g e n d r a d o en J e s u c r i s t o (2). T r a t ó d e s p u é s de c o n t e n e r las invasio-
p a r a v a s y le s e r v í a n do i n t é r p r e t e s . Con ellos r e c o r r i ó a q u e l l a s r e -
nes de l o s b a d a g a s ; p e r o c o m o le faltasen fuerzas m i l i t a r e s p a r a
g i o n e s , catequizó á los p a r a v a s q u e estaban bautizados, y c o n v i r t i ó
c o n s e g u i r este objeto, u n d í a , c u a n d o los e n e m i g o s se a d e l a n t a b a n
a d e m á s u n g r a n n ú m e r o d e infieles. Un año pasó on la costa do la
para e j e c u t a r u n a de sus i r r u p c i o n e s , se p r e s e n t ó á ellos J a v i e r , y
P e s q u e r í a , y o f r e c i é n d o s e l e c i e r t o s n e g o c i o s con el a r z o b i s p o y el
r e p r e n d i é n d o l e s los desafueros q u e c o m e t í a n , les m a n d ó en n o m b r e
v i r r e y , h u b o de v o l v e r s e á Goa. Dejaba e n la P e s q u e r í a m u c h o s mi-
de Dios v o l v e r a t r á s y d e j a r en paz á los cristianos. C o n c u r r i ó Dios
les de cristianos (3).
L l e g a d o á la capital d e la I n d i a , t u v o el c o n s u e l o de a b r a z a r á sus
( 1 ) E l 15 de E n e r o d e 1 5 4 4 e s c r i b i ó J a v i e r á n u e s t r o s P a d r e s d e R o m a l a c é l e -
bre c a r t a q u e t a n t o corrió p o r E u r o p a y q u e d e s p e r t ó l a v o c a c i ó n d e l P . N a d a l y d e
( 1 ) Monumenta Xaveriana, t . l, p . 2 5 7 . E s t a p r á c t i c a d e c o n g r e g a r á l o s niños
otros m u c h o s á la C o m p a ñ í a . Bajo c i e r t o r e s p e c t o es sin d u d a e s t a c a r t a la m á s i m -
c o n la c a m p a n i l l a n o la hizo s o l a m e n t e e n G o a . R e p e l í a l a t a m b i é n en o t r a s c i u d a -
p o r t a n t e d e l s a n t o , p u e s e n e l l a n o s e x p l i c a el m o d o d e p r o c e d e r q u e t e n í a e n s u s
d e s . Se la vio h a c e r e n M a l a c a la t e s t i g o J u a n a d e Meló. (Process. S. Franc. Xai:
m i s i o n e s (Monumenta Xaveriana, t. i, p . 2 7 8 ) . E n la p á g . 2 8 7 h a b l a a l g o d e l c o l e -
Pars. II Corcha, test. 2 . ° ) — ( 2 ) Ibid., p . 2 7 3 . — ( 3 ) N o h a b l a c l a r a m e n t e el s a n t o d e
gio d e S a n P a b l o , l l a m a d o p o r o t r o n o m b r e d e S a n t a F e .
e s t e v i a j e á Uoa, p^-ro lo a f i r m a el P . L a n c i l l o r i y s e d e d u c e d e o t r o s d a t o s ciertos.
( 2 ) Monumenta Xaveriana, t. i, p . 3 2 7 .
V é a s e MohUiuenta Xaveriana, t. I p . 2 9 7 , n o t a .
470 LIB. II. — SAN IGNACIO DE LOYOLA
con las p a l a b r a s del m i s i o n e r o , y los b á r b a r o s , r e s p e t a n d o la voz de
a q u e l h o m b r e , se v o l v i e r o n á su país (1).
E n los i n t e r m e d i o s de estas t r i b u l a c i o n e s h a l l ó t i e m p o el santo
apóstol p a r a r e c o r r e r el r e i n o de T r a v a n c o r y c o n v e r t i r m u c h o s de
sus p u e b l o s á la fe, n o t a n t o con la p r e d i c a c i ó n c o m o con a l g u n o s
m i l a g r o s e s t u p e n d o s q u e allí o b r ó . E n esta e x c u r s i ó n e m p e z ó á ex-
p e r i m e n t a r J a v i e r el d o n d e l e n g u a s , q u e tan m a r a v i l l o s a m e n t e le
c o m u n i c ó Dios los años a d e l a n t e (2).
5. M i e n t r a s se afanaba e n T r a v a n c o r , a l g u n o s p u e b l o s de las islas
d e M a n a r y C e i l á n , oída la fama de sus m i l a g r o s , le c o n v i d a r o n á
pasar á sus t i e r r a s . No p u d o i r el santo en p e r s o n a , p o r n o d e j a r la
l a b o r q u e t e n í a e n t r e m a n o s , p e r o les e n v i ó u n o do los sacerdotes
seculares q u e le h a b í a n a c o m p a ñ a d o de Goa. E s t e s a c e r d o t e , a n i m a d o
del celo d e q u i e n le e n v i a b a , p r e d i c ó la fe en Manar y l o g r ó m u c h a s
c o n v e r s i o n e s . P e r o el r e y d e Jafanapatán, i r r i t a d o c o n t r a la n u e v a
r e l i g i ó n q u e se i n t r o d u c í a en sus e s t a d o s , e n v i ó t r o p a s á Manar, las
cuales e j e c u t a r o n u n d e g ü e l l o h o r r o r o s o de m á s de seiscientos cris-
tianos (3). Afligido J a v i e r p o r las c a l a m i d a d e s d e los neófitos, te-
m i e n d o n u e v a s i n v a s i o n e s d e los b a d a g a s , y s o b r e todo, j u s t a m e n t e
i n d i g n a d o c o n t r a la codicia de a l g u n o s p o r t u g u e s e s , q u e lejos d e im-
p e d i r estas c a l a m i d a d e s , se c o n f e d e r a b a n tal vez con los m u s u l m a -
n e s é idólatras, d e t e r m i n ó i r á v e r s e con el v i r r e y p a r a p e d i r l e u n a
a r m a d a c o n t r a el r e y de J a f a n a p a t á n , y más a ú n , p a r a r o g a r l e q u e
r e p r i m i e s e con m a n o fuerte los d e s ó r d e n e s d e los p o r t u g u e s e s . De-
j a n d o , p u e s , en T r a v a n c o r al H. Mansilla, fuese á C o c h í n , a d o n d e
( 1 ) D i c e n v a r i o s b i ó g r a f o s d e S a n F r a n c i s c o J a v i e r q u e en e s t a ocasión a p a r e c i ó
al l a d o s u y o S a n I g n a c i o , y q u e e s t a v i s i ó n s o b r e n a t u r a l h i z o r e t r o c e d e r á los b a d a -
g a s ; p e r o el H . F r a n c i s c o M a n s i l l a , al a t e s t i g u a r e s t e h e c h o en los p r o c e s o s , n a d a
d i c e d e s e m e j a n t e a p a r i c i ó n (Process. S. Franc. Xav. Pars. I Cnccini test. Fr. Alan-
silla'). P r o b a b l e m e n t e s e d e d u j o e s t a a p a r i c i ó n del t e s t i m o n i o d e T o m á s G o u v e a , el
c u a l refiere q u e , p r e g u n t a d o s los b a d a g a s p o r q u é r e t r o c e d i e r o n , r e s p o n d í a n q u e se
l e s h a b í a p u e s t o d e l a n t e u n h o m b r e m a j e s t u o s o , v e s t i d o d e n e g r o , q u i e n los r e p r e n -
dió c o n m u c h o a r d o r . «Hrat e regione vir quídam magnus et majestate terribilis, ni-
gra veste indutus, qui Ules increpabatetc. T o d o e s t o se refiere al m i s m o P . F r a n -
cisco J a v i e r , c o m o a p a r e c e p o r el c o n t e x t o . De los e p í t e t o s d a d o s p o r los b á r b a r o s á
J a v i e r d e d u j e r o n l o s h i s t o r i a d o r e s u n a a p a r i c i ó n d e San I g n a c i o (Vide Proces.
S. Franc. Xav. Pars. II, test. Thomas de Gouvea).
( 2 ) Así lo testifica M a n u e l F e r n á n d e z , q u e a s i s t i ó á u n s e r m ó n del s a n t o , y h a -
l l á n d o s e en el a u d i t o r i o p e r s o n a s d e d i v e r s a s l e n g u a s , t o d o s m a n i f e s t a r o n h a b e r en-
t e n d i d o al p r e d i c a d o r , el c u a l p r e d i c a b a en la l e n g u a d e l p a í s al p o c o t i e m p o d e en-
t r a r e n él. (Process. S. Franc. Xav. Pars. n , test. Manuel Fernández.)
( 3 ) Monumenta Xaveriana, t. i, p . 3 0 8 .
CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA. — SAN FRANCISCO JAVIER 471
llegó el 16 de D i c i e m b r e de 1544. C u a t r o ó cinco días d e s p u é s salió
p a r a Cambaya, d o n d e se h a l l a b a el v i r r e y Martín Alonso de Sosa. E l
20 de E n e r o de 1545 y a estaba d e v u e l t a en Cochín. Desde a q u í es-
cribió una sentidísima carta á J u a n I I I , suplicándole ahincadamente
que, p a r a i m p e d i r los d e s m a n e s c o n t r a la r e l i g i ó n en la India, n o se
c o n t e n t e con piadosas r e c o m e n d a c i o n e s , q u e s u e l e n s e r ineficaces,
sino q u e i m p o n g a s e v e r o s castigos á q u i e n falte c o n t r a Dios (1). E s p e -
raba el apóstol a l g ú n r e m e d i o y auxilio de c i e r t a a r m a d a q u e h a b í a
o b t e n i d o del v i r r e y p a r a castigar al r e y de Jafanapatán. M i e n t r a s ésta
llegaba, hizo el m i s i o n e r o en los p r i m e r o s m e s e s de este año u n a ex-
c u r s i ó n á las islas de Ceilán y Manar, o b r a n d o p o r d o q u i e r a g r a n d e s
m i l a g r o s y c o n v i r t i e n d o i n n u m e r a b l e s almas. La e x p e d i c i ó n tan vi-
v a m e n t e solicitada p o r el santo t u v o u n é x i t o b i e n p o c o d i g n o .
C u a n d o iba á e m b e s t i r los estados del t i r a n o , sucedió q u e u n a n a v e
p o r t u g u e s a , c a r g a d a d e r i c a s m e r c a d e r í a s , fué a p r e s a d a p o r los d e
Jafanapatán, y los p o r t u g u e s e s , p a r a rescatarla, h i c i e r o n las paces con
el r e y , y t o d o s q u e d a r o n c o n t e n t o s , e x c e p t o J a v i e r , q u e d e s p u é s de-
a n d a r más de q u i n i e n t a s leguas y t r a b a j a r t a n t o p a r a d i s p o n e r a q u e -
lla e x p e d i c i ó n , veía d e s v a n e c e r s e en u n i n s t a n t e c o m o el h u m o t o d o s
sus p r o y e c t o s (2).
6. H o n d a m e n t e a t r i b u l a d o con este desastre, v o l v i ó sus ojos hacia
el O r i e n t o , y d e t e r m i n ó p a r t i r s e á Malaca, p a r a l l e g a r s e á c i e r t a s is-
las, d o n d e , s e g ú n oyó decir, había a l g u n o s c r i s t i a n o s y m u c h o s g e n -
tiles dispuestos á r e c i b i r la fe. Quiso p r i m e r o v i s i t a r la c i u d a d d e
Meliapor, q u e está en la costa o r i e n t a l de la g r a n p e n í n s u l a d e l I n -
dostán. H u b o d e h a c e r el c a m i n o á p i e , p o r los fuertes t e m p o r a l e s
q u e i m p e d í a n la n a v e g a c i ó n . L l e g a d o á M e l i a p o r á p r i n c i p i o s d e
Mayo, trabajó allí p r o v e c h o s a m e n t e d u r a n t e a l g u n o s m e s e s , y el 25
de S e t i e m b r e d e s e m b a r c ó en Malaca (3).
E n esta c i u d a d p o p u l o s a e m p l e ó los t r e s ú l t i m o s m e s e s del año 1545,
r e p i t i e n d o los ejercicios d e p r e d i c a c i ó n , c a t e q u e s i s y asistencia d e
e n f e r m o s , q u e t r e s años a n t e s había p r a c t i c a d o e n Goa. No fué a q u í
tan c o p i o s o e l fruto, p u e s c o m o el m i s i o n e r o confesó v a r i a s v e c e s ,
n i n g u n a c i u d a d de la I n d i a fué tan i n g r a t a á sus t r a b a j o s c o m o Ma-
laca, y eso q u e e n ella p r o d i g ó Dios los m i l a g r o s con más a b u n d a n -
cia p o r m a n o s do J a v i e r . Á p e s a r d e la d u r e z a de m u c h o s , h a r t a m i e s
r e c o g i ó el g l o r i o s o apóstol p a r a e s t a r a b r u m a d o días y n o c h e s con el
trabajo d e confesar. E l g r a n c o n c u r s o d e m e r c a d e r e s q u e se r e u n í a
( 1 ) Monumento Xaveriana, t. i, p . 3 5 8 . — ( 2 ) Ibid,, p . 3 8 2 . — ( 3 ) Ibid., p . 386..
472 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
on Malaca d e todas las n a c i o n e s d e l e x t r e m o O r i e n t e , y la c o r r u p c i ó n
de c o s t u m b r e s q u e e n t o n c e s c o m o a h o r a a c o m p a ñ a b a á las g r a n d e s
a g l o m e r a c i o n e s , exigían, e n v e r d a d , t o d o el celo d e u n J a v i e r . E n t r e
o t r a s cosas b u e n a s q u e allí c o n s i g u i ó , u n a fué ol a b o l i r la fea c o s t u m -
b r e d e q u e m u c h a c h a s crecidas a n d u v i e s e n p o r las callos vestidas d e
h o m b r o s (1).
7. Á p r i n c i p i o s d e E n e r o d e 1546 e m p r e n d i ó e l viaje á las islas
Malucas, misión g l o r i o s a e n q u e gastó a ñ o y m e d i o , esto es, t o d o el 46
y la p r i m e r a m i t a d d e l 47. E m p e z a n d o p o r la isla d e A m b o i n o , fué
r e c o r r i e n d o u n a p o r u n a todas las q u e e s t a b a n sujetas á los p o r t u -
g u e s e s , hasta l l e g a r á las islas d e l Moro, c u y o acceso le p r o c u r a r o n
e s t o r b a r los h a b i t a n t e s do las Malucas, t e m i e n d o p o r la vida d e l
santo (2). É s t e , sin e m b a r g o , d e s p r e c i a n d o todos los p e l i g r o s , m e t i ó s e
en a q u e l l a s islas, y e n t r e s meses q u e a n d u v o p o r allá, f o r m ó u n a
c r i s t i a n d a d n u m e r o s a . E n m e d i o d e las c o r r e r í a s q u e iba h a c i e n d o
e n t r e a q u e l l a s islas, i n t e r r u m p i ó sus t a r e a s apostólicas u n trabajo
imprevisto. Habían concurrido en Amboino una armada portuguesa
y o t r a e s p a ñ o l a , q u o , saliendo d e N u e v a E s p a ñ a , se d i r i g í a hacia el
O c c i d e n t e e n busca d e n u e v a s c o n q u i s t a s . E s t a n d o allí las d o s a r m a -
das, s o b r e v i n o u n a p e s t e h o r r o r o s a q u e d i e z m a b a los soldados. Nues-
t r o m i s i o n e r o , c o n a q u e l í m p e t u d e c a r i d a d q u e i n c e s a n t e m e n t e lo
u r g í a , c o n s a g r ó s e á la asistencia d e los d o l i e n t e s . H i z o p r o d i g i o s d e
celo y a b n e g a c i ó n p a r a m e j o r a r el estado d e los e n f e r m o s , y p r i n c i -
p a l m e n t e p a r a q u e t o d o s l i m p i a s e n c o n la confesión sus conciencias,
m á s inficionadas c o n pecados q u e los c u e r p o s c o n la p e s t e (3).
D e p a r ó Dios u n g r a n consuelo á J a v i e r e n esta m i s i ó n , p u e s e n la
a r m a d a española v e n í a u n s a c e r d o t e seglar, n a c i d o e n Sevilla, l l a m a d o
Cosme d e T o r r e s , q u e p o c o d e s p u é s había d e s e r g l o r i o s o c o m p a -
(1) Process. S. Franc. Xav. Purs. n, test. Juana de Meló.
( 2 ) E n e s t a c o r r e r í a a p o s t ó l i c a , h e c h a p o r l a s M a l u c a s y p o r o t r a s m u c h a s islus d e
la O c e a n í a , e s p r o b a b l e q u e S a n F r a n c i s c o J a v i e r d e s e m b a r c ó e n M i n d a n a o y f u é el
p r i m e r a p ó s t o l d e l a s F i l i p i n a s . E l h e c h o lo a f i r m a n v a r i o s a u t o r e s del s i g l o x v n , y
lo t r a e la b u l a d e c a n o n i z a c i ó n , e n l a c u a l , e n u m e r á n d o s e l a s n a c i o n e s a q u i e n e s
n u e s t r o s a n t o p r e d i c ó el E v a n g e l i o , s e dice a s í : alpse primus Paravis, Malais, Jais,
Acenis, Min.dana.is, ñlalar.e.nsibus et Japonibus Eeanyelium Christi annuntiaveral.»
Institutum S. J., 1.1, p . 159. H a s t a a h o r a , s i n e m b a r g o , n o h e v i s t o u n a p r u e b a c o n c l u -
y e n t e q u e d e m u e s t r e h a b e r sido J a v i e r el p r i m e r a p ó s t o l d e F i l i p i n a s . P a r a c o n o c e r
s u s e x p e d i c i o n e s e n e s t o s a ñ o s , 154(5 y 4 7 , v é a n s e s u s c a r t a s e n Monumenta Xave-
riana, t. i , d e s d e la p á g . 3 9 6 en a d e l a n t e .
( 3 ) Monumenta Xaneriana, t. i, p. 415.
. CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—SAN FRANCISCO JAVIER 473
ñ e r o y s u c e s o r d e n u e s t r o apóstol e n las islas d e l J a p ó n (1). P r e n d a d o
de las v i r t u d e s y t r a t o d e J a v i e r , concibió T o r r e s el deseo d e e n t r a r
en la C o m p a ñ í a , y a u n q u e p a d e c i ó a l g u n a s dudas á los p r i n c i p i o s ,
r e s o l v i ó s e p o r fin e l a ñ o s i g u i e n t e , c u a n d o e n compañía d e l santo
llegó á la ciudad d e Coa.
P o r J u l i o do 1547 estaba J a v i e r d e v u e l t a e n Malaca. A q u í encon-
t r ó á los P P . Boira y R i v e r o y al IT. Nicolás, e n v i a d o s d e P o r t u g a l
p a r a t r a b a j a r e n las m i s i o n e s (2). D e t ú v o l o s e l s a n t o u n m e s e n s u
compañía, y b i e n i n s t r u i d o s los envió á las Malucas. A o t r o s c u a t r o
que c o n éstos h a b í a n v e n i d o d e P o r t u g a l , m a n d ó q u e se q u e d a r a n
en las m i s i o n e s d e la P e s q u e r í a . C u a t r o meses se d e t u v o esta vez e n
Malaca, e n los c u a l e s , fuera d e l b i e n i n m e n s o q u e s i e m p r e l o g r a b a
con sus t r a b a j o s apostólicos, alcanzó c o n s u s o r a c i o n e s a q u e l l a v i c t o -
ria i n s i g n e q u e los p o r t u g u e s e s r e p o r t a r o n d e los Acenos ó A c h e m i -
tas, p u e b l o s i t u a d o al N o r t e d e S u m a t r a , q u e h a b í a h e c h o u n a i r r u p -
ción e n Malaca y a m e n a z a b a d e s t r u i r e l d o m i n i o d e P o r t u g a l e n
aquellas r e g i o n e s ( 3 ) .
Á fines d e 1547, c u a n d o el santo se disponía á p a r t i r s e d e Malaca
p a r a Goa, v i n o á b u s c a r l e u n j a p o n é s l l a m a d o A n g e r o , h o m b r e v e r -
d a d e r a m e n t e s i n g u l a r , y t r a í d o p r o v i d e n c i a l m e n t e p o r Dios al lado
de J a v i e r , p a r a a b r i r á éste el c a m i n o d e la m á s ilustre m i s i ó n q u e
se h a h e c h o e n los t i e m p o s m o d e r n o s . E s t e h o m b r e , h a b i e n d o c o m e -
tido u n asesinato, se refugió c o m o e n s a g r a d o e n u n a n a v e p o r t u -
guesa. T r a t a n d o allí c o n los m e r c a d e r e s p o r t u g u e s e s , a p r e n d i ó m e -
d i a n a m e n t e la l e n g u a d e ellos y e n t r ó e n deseos d e s e r cristiano. L o s
(1) Otros hacen á este P a d r e natural d e Valencia. N o h e descubierto n i n g ú n do-
c u m e n t o q u e p r e c i s e e s t e p u n t o . L o q u e s a b e m o s s o b r e la v i d a a n t e r i o r d e e s t e i l u s -
tre m i s i o n e r o se r e d u c e á lo q u e él m i s m o e s c r i b i ó e n 1549 á l o s P a d r e s d e la C o m -
pañía e n E u r o p a . E n e s t a c a r t a d i c e : <tEn el a ñ o d e 1 5 3 8 m e p a r t í d e S e v i l l a . » D e
aquí p r o b a b l e m e n t e h a b r á n s a c a d o l o s h i s t o r i a d o r e s el h a c e r á e s t e P a d r e s e v i l l a n o .
Véase e n t e r a l a c a r t a e n el t<>mo i m p r e s o e n A l c a l á el a ñ o 1 5 7 5 con e s t e t í t u l o : Car-
tas que los Padres y Hermanos de la Compañía de Jesús, que andan en los reinos del
Japón, escrivieron ú los de la misma Compañía desde el año 1 5 4 9 hasta el de 1 5 7 1 .
folio 3 4 .
( 2 ) Momime.nta Xaveriana, t . i, p . 4 3 1 .
( 3 ) Ibid. E n e s t a c a r t a h a b l a e l s a n t o d e s u s m i n i s t e r i o s e s p i r i t u a l e s e n M a l a c a ,
pero n i u n a p a l a b r a d i c e d e la f a m o s a e x p e d i c i ó n c o n t r a l o s a c e n o s , n i d e s u s p r o -
pias p r o f e c í a s , c a l l a n d o , s e g ú n c o s t u m b r e , t o d o lo q u e p u d i e r a s e r h o n r o s o p a r a é l . E n
cambio, en los procesos para su canonización h a y testimonios á docenas sobre este
h e c h o . R e c ó r r a n s e l o s p r o c e s o s d e los a ñ o s 1 5 5 6 y 5 7 , y se v e r á q u e a p e n a s h a y tes-
tigo q u e n o r e c u e r d e d e u n m o d o ó d e o t r o e s t a g l o r i o s a e x p e d i c i ó n y l a s i n s i g n e s
p r o f e c í a s d e J a v i e r q u e la a c o m p a ñ a r o n .
474 Lili. I I . — S A N IfiNACTO DE LOYOLA
m e r c a d e r e s le a c o n s e j a r o n q u e se v i n i e s e con ellos á Malaca, d o n d e
p o d r í a t r a t a r con el P . F r a n c i s c o , y ser i n s t r u i d o p o r un h o m b r e tan
santo y e x p e r i m e n t a d o (1). S i g u i ó el consejo el j a p o n é s , y d e s p u é s de
n o pocos trabajos dio p o r ñ n con J a v i e r en Malaca, ocho días antes
d e q u e éste so e m b a r c a s e p a r a Goa. S o r p r e n d i d o q u e d ó el m i s i o n e r o
al v e r á u n g e n t i l q u e v e n í a á b u s c a r l e desde tan lejos p o r u n m o t i v o
tan i n u s i t a d o . E x a m i n ó l e c u i d a d o s a m e n t e y le h a l l ó m u y b i e n dis-
p u e s t o para r e c i b i r la fe. C u a n d o p o r las i n f o r m a c i o n e s d e este Ali-
g e r o y de o t r o s m e r c a d e r e s p o r t u g u e s e s t u v o noticia n u e s t r o santo
d e l p u e b l o j a p o n é s , f o r m ó el designio de p e n e t r a r en a q u e l país para
difundir en él la luz del E v a n g e l i o (2).
8. Salió, p u e s , do Malaca s e g u i d o del b u e n A n g e r o , q u e iba en com-
pañía de o t r o s p o r t u g u e s e s , y el 20 de Marzo d e 1548 e n t r ó en Goa.
A r r e g l a d o s allí a l g u n o s n e g o c i o s d o m é s t i c o s , d e t e r m i n ó r e s u e l t a -
m e n t e pasar á J a p ó n . Catequizó y bautizó al j a p o n é s , á q u i e n p u s o ol
n o m b r o de P a b l o de Santa F e ; a d m i t i ó e n la C o m p a ñ í a al P . Cosme
de T o r r e s , y e n u n año l a r g o q u e pasó e n t r e Goa y C o c h í n , fué dis-
p o n i e n d o las cosas de m o d o q u e p u d i e r a a u s e n t a r s e p o r a l g ú n t i e m p o
d e la I n d i a . Una d o c e n a d e o p e r a r i o s q u e r e c i b i ó d e E u r o p a y a l g u -
n o s m á s a d m i t i d o s religiosos en el país, p o d í a n c o n t i n u a r las misio-
n e s q u e él h a b í a a b i e r t o . R e p a r t i ó l o s , p u e s , e n las r e g i o n e s d e la I n -
dia y Oceanía d o n d e él había e s t a d o , e x c e p t o el P . G a s p a r B a r c e o ,
á q u i e n e n c o m e n d ó la misión n u e v a d e O r m u z ; n o m b r ó p o r s u p e r i o r
de la I n d i a d u r a n t e su ausencia al P . P a b l o C a m o r t e , y él, según cos-
t u m b r e , lanzóse a d e l a n t e en busca de n u e v a s c o n q u i s t a s , s i e m p r e
i n v e n c i b l e , s i e m p r e infatigable. L l e v a b a p o r c o m p a ñ e r o s á o t r o s dos
españoles, el P . Cosme de T o r r e s , de q u i e n h e m o s h a b l a d o p o c o ha,
y el H. J u a n F e r n á n d e z , coadjutor, n a t u r a l de C ó r d o b a , q u e acababa
( 1 ) El P . R i b a d e n e i r a ( Vida de, San Ignacio, 1. IV, e. v n ) dice q u e A n g e r o b u s c ó
á J a v i e r p a r a s o s e g a r los r e m o r d i m i e n t o s d e c o n c i e n c i a q u e s e n t í a p o r a l g u n o s p e -
c a d o s d e su j u v e n t u d , y á e s t o a ñ a d e a l g u n a s r e í l e x i o n e s m u y p i a d o s a s y s a n t a s . De
él h a n c o p i a d o el h e c h o y las r e f l e x i o n e s o t r o s h i s t o r i a d o r e s . P e r o los P P . T e x e i r a y
V a l i g n a n o , q u e e s t a b a n e n la I n d i a , al e s c r i b i r p o r o r d e n d e n u e s t r o s s u p e r i o r e s las
c e n s u r a s sobre e s e c a p í t u l o de la Vida de San Ignacio, d i e r o n o t r a e x p l i c a c i ó n de
e s t e h e c h o , a s e g u r a n d o q u e la c a n s a d e v e n i r A n g e r o n o f u e r o n los r e m o r d i m i e n t o s ,
s i n o el d e s e o d e l i b r a r s e d e la j u s t i c i a . V é a s e el h e c h o en Monumenta Xaveriana,
t. i, p . 82, y las c e n s u r a s en el A r c h i v o d e E s t a d o en l i o r n a , Censúrete Ubrorum, tu,
folios 2 0 y 2 2 .
(2) V é a n s e las n o t i c i a s s o b r e A n g e r i e n la c a r t a q u e e s c r i b i ó el s a n t o d e s d e Co-
c h í n el 2 0 d e E n e r o d e 1 5 4 8 . (Monumenta Xaveriana, t. i , p . 4 3 3 . )
CAP. XIV. JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE E S P A Ñ A . — S A N FRANCISCO JAVIER 475
d e l l e g a r á las I n d i a s (1). Con él iba t a m b i é n , c o m o es d e s u p o n e r ,
el j a p o n é s c o n v e r t i d o P a b l o do Santa F e .
S a l i e r o n de Goa p o r A b r i l de 1549, y h a c i e n d o u n a l i g e r a d e t e n c i ó n
en Cochín y en Malaca, s a l t a r o n en t i e r r a del J a p ó n el día de la Asun-
ción de N u e s t r a S e ñ o r a , 15 de Agosto de 1549 (2). Este día p u e d e lla-
m a r s e el p r i n c i p i o feliz de a q u e l l a misión, la m á s floreciente y a d m i -
r a b l e q u e se ha visto en la Iglesia desdo las a n t i g u a s c o n v e r s i o n e s d e
los p u e b l o s e u r o p e o s . El p u e r t o en q u e t o m ó t i e r r a era C a n g o x i m a ,
ciudad del r e i n o de S a x u m a . Antes de e m p e z a r su p r e d i c a c i ó n , p r e -
vínose J a v i e r , c o m o solía, con e x t r a o r d i n a r i a o r a c i ó n y p e n i t e n c i a ,
y m á s en este caso q u e o t r a s veces, p o r las m a y o r e s dificultades q u e
p r e s e n t a b a la n u e v a misión. Sabido e s , y lo a d v e r t i r e m o s l u e g o , q u e
Dios concedía m u y á m e n u d o á n u e s t r o santo el d o n d e lenguas, p r o -
fecía, m i l a g r o s y cuantas gracias había d e r r a m a d o s o b r e los A p ó s t o -
les; p e r o así c o m o á San P a b l o en m e d i o de t a n t a s gracias, le e n v i a b a
el S e ñ o r t r i b u l a c i o n e s q u e le hacían s e n t i r la d e b i l i d a d d e su n a t u -
raleza, así de vez e n c u a n d o suspendía el t o r r e n t e de favores en J a -
vier, y se veía éste o b l i g a d o á t r a b a j a r con sus fuerzas n a t u r a l e s ,
como c u a l q u i e r a o t r o h o m b r e v u l g a r .
Así sucedió a h o r a . Cerca d e u n año estuvo en C a n g o x i m a e s t u d i a n d o
los usos y c o s t u m b r e s del J a p ó n y lidiando c o m o o t r o c u a l q u i e r a p o r
a p r e n d e r la l e n g u a del país. P o r m e d i o de P a b l o de Santa F e p u d o
alcanzar d e l r e y de S a x u m a licencia p a r a p r e d i c a r la ley de Dios, y
a d e m á s visitó a l g u n a s casas de b o n z o s , ó s a c e r d o t e s i d ó l a t r a s , p a r a
g a n a r l e s la v o l u n t a d . Al m i s m o t i e m p o , con el c o n c u r s o t a m b i é n de
( 1 ) N o i n d i c a n las c a r t a s d e n u e s t r o s P a d r e s la p a t r i a d e este c é l e b r e H e r m a n o
c o a d j u t o r . E n el c a t á l o g o do los j e s u í t a s q u e p a s a r o n á las I n d i a s , p u b l i c a d o r e c i e n -
t e m e n t e p o r el Sr. C á m a r a M a n o e l (Hfissócus dos jesuítas no Oriente, p . 131), se d i c e
t a n sólo q u e e r a c a s t e l l a n o . El p u e b l o p r e c i s o d e e s t e H e r m a n o nos lo d a el c é l e b r e
cronista Ambrosio de Morales, que dice así: «Nació este g r a n d e H e r m a n o , y u n o de
los a p ó s t o l e s d e la I n d i a o r i e n t a l y J a p ó n , en la c i u d a d d e C ó r d o b a , d e g e n t e m u y
h o n r a d a y r i c a , c o m o es n o t o r i o , y h o y v i v e n s o b r i n o s s u y o s en esta c i u d a d . T e -
n í a n l e sus p a d r e s en Lisboa p a r a la c o r r e s p o n d e n c i a del t r a t o d e m e r c a n c í a en q u e
se c j e r c i t a b i n . » R-diere l u e g o Morales c ó m o , o y e n d o p r e d i c a r en L i s b o a á S a n F r a n -
cisco J a v i e r , s e sintió m o v i d o el 11. J u a n F e r n á n d e z á e n t r a r en la C o m p a ñ í a , y h a -
b i é n d o l o e f e c t u a d o d e s p u é s , p a s ó á las I n d i a s y t r a b a j ó g l o r i o s a m e n t e en la c o n v e r -
sión de los infieles. C i n c o folios d e d i c a el d i s c r e t o c r o n i s t a á c e l e b r a r las v i r t u d e s del
H e r m a n o . C o m o n a d i e e s t a b a m á s e n t r a d o q u e - M o r a l e s a c e r c a d e las cosas d e C ó r -
d o b a , d o n d e v i v í a p o r a q u e l m i s m o t i e m p o , m e r e c e n c r é d i t o las n o t i c i a s q u e n o s d a
s o b r e e s t e p u n t o . V i d e Historia manuscrita de Córdoba, t. n , f. 5 1 5 . G u á r d a s e e s t a
o b r a e n el A r c h i v o m u n i c i p a l d e C ó r d o b a .
( 2 ) Monumenta Xaveriana, t. I , p . 5 7 9 .
 476 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
P a b l o , t r a d u j o en j a p o n é s u n b r e v e t r a t a d o de la d o c t r i n a cristiana.
P e r o ¡cuántas dificultades n o h u b o de v e n c e r e n esta faena! « C o m o
P a b l o n o e r a h o m b r e l e t r a d o , dice el P . V a l i g n a n o , a u n q u e hacía lo
q u e podía p a r a t r a s l a d a r n u e s t r a d o c t r i n a en j a p ó n , se hacía t o d o tan
m a l , q u e e r a cosa do escarnio y risa p a r a los j a p o n e s e s ; p o r q u e n i se
e x p r i m í a b i e n la v e r d a d d e lo q u e el P a d r e d e c í a , n i se e s c r i b í a d e
m a n e r a q u e sin r e i r so p u d i e s e l e e r e n t r e sus letrados» (1). Con t o d o
e s o , faltándole o t r o s m e d i o s h u m a n o s , r e s o l v i ó J a v i e r p r o b a r for-
t u n a y p r e d i c a r el E v a n g e l i o c o m o p u d i e s e . C u a n d o llegó á b a l b u -
c e a r el j a p o n é s c o m p u s o u n s e r m o n c i t o , y h a b i é n d o s e l o a p r e n d i d o
d e m e m o r i a , lanzóse á la calle. D o n d e v e í a a l g u n a g e n t e hacía señas
p a r a q u e le v i n i e s e n á oir, y e n h a b i e n d o r e u n i d o u n b u e n g r u p o ,
p r e d i c a b a su s e r m ó n ó leía u n p á r r a f o d e su l i b r o . E r a d i v e r s a la
i m p r e s i ó n q u e causaba en los o y e n t e s ; en m u c h o s de e x t r a ñ e z a , al
v e r á u n e x t r a n j e r o h a b l a n d o d e a q u e l m o d o y de cosas q u e so les
h a c í a n t a n n u e v a s ; e n o t r o s d e risa, p o r n o t a r , sin d u d a , los defectos
del h a b l a , y tal vez so r e t i r a b a n m u c h o s d e l s e r m ó n r e m e d a n d o con
m u e c a s r i d i c u l a s el g e s t o y a c t i t u d del p r e d i c a d o r (2).
¡Cuan s u b l i m e a p a r e c e J a v i e r h a c i é n d o s e de b u e n g r a d o el l u d i b r i o
de las g e n t e s á t r u e q u e de g a n a r a l g u n a a l m a p a r a C r i s t o ! ¡Qué b i e n
coincidía en e s t o , c o m o en t o d o , con su P a d r e y m o d e l o I g n a c i o , y
c ó m o p r e m i a b a Dios á e n t r a m b o s con el m i s m o feliz suceso e n sus
e m p r e s a s ! I g n a c i o , p r e d i c a n d o e n p é s i m o italiano, c o n v e r t í a e n R o m a
á los p e c a d o r e s más e n d u r e c i d o s (3), y J a v i e r , e s t r o p e a n d o el j a p o -
n é s , había d e i l u s t r a r á m u c h í s i m o s g e n t i l e s . P o r q u e , en efecto, n o se
hizo e s p e r a r e l f a v o r s o b r e n a t u r a l de D i o s , á q u i e n , sin d u d a , d e b i ó
e n t e r n e c e r la h u m i l d a d y celo d e su a p ó s t o l . Una serio d e p r o d i g i o s
e s t u p e n d o s ejecutados p o r m a n o d e J a v i e r , y s o b r e t o d o la r e s u r r e c -
ción d e u n m u e r t o (4), a s o m b r ó á t o d a la c i u d a d , y e n pocos días m á s
de cien g e n t i l e s a b r a z a r o n la fe de J e s u c r i s t o . A l b o r o t á r o n s e con esto
los bonzoB i d ó l a t r a s , c o m o e r a de s u p o n e r , y e n v i a n d o u n a c o m i s i ó n
al m o n a r c a , le r o g a r o n quo d e s t e r r a s e de s u estado al vil e x t r a n j e r o
q u e se a t r e v í a á d e s t r u i r la r e l i g i ó n del país. Esta oposición d e los
bonzos, y la casualidad de q u e a q u e l año n o llegase á C a n g o x i m a un
n a v i o m e r c a n t e d e los p o r t u g u e s e s q u e se e s p e r a b a , i r r i t a r o n al r e y
c o n t r a el m i s i o n e r o , y en e l v e r a n o de 1550 le d e s t e r r ó d e sus esta-
( 1 ) Monumenta Xaveriana, t. i, p . 1 1 9 . — ( 2 ) Ibid., p. 120.— (3) Ribadeneira,
Vida de San Ignacio, 1. ¡u, c. n .
( 4 ) Process. S. Franc. Jav. Pars. II. Coccini test. Dominico Caldeira.
CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE E S P A Ñ A . — S A N FRANCISCO JAVIER 477
dos d e S a x u m a (1). Salió J a v i e r con sus c o m p a ñ e r o s de C a n g o x i m a
y se i n t e r n ó v a l e r o s a m e n t e en el J a p ó n e n busca d e n u e v a s g e n t e s y
de m a y o r e s p e l i g r o s . D i r i g i ó s e á F i r a n d o , y en el c a m i n o p r e d i c ó la
fe e n el castillo de E c h a n d o n o , c o n v i r t i e n d o á diez y siete p e r s o n a s .
E n F i r a n d o le a c r e d i t a r o n m u c h o a n t e el p u e b l o los p o r t u g u e s e s q u e
allí c o m e r c i a b a n , los cuales le r e c i b i e r o n con salvas de a r t i l l e r í a .
S a l i e r o n él y sus dos c o m p a ñ e r o s á p r e d i c a r p o r las calles, y en v e i n t e
días r e c o g i e r o n más fruto q u e en C a n g o x i m a en t o d o el año (2).
I n f o r m a d o el santo m i s i o n e r o de la e x t e n s i ó n de a q u e l l o s países y
de las g r a n d e s p o b l a c i o n e s q u e había e n el J a p ó n , d e t e r m i n ó e x p l o -
r a r el t e r r e n o y h a c e r u n a c o r r e r í a hasta Meaco, c i u d a d e n t o n c e s la
más i l u s t r e d e a q u e l i m p e r i o , p a r a t a n t e a r s i q u i e r a la disposición de
los á n i m o s . Dejó en F i r a n d o al P . Cosme de T o r r e s , y t o m a n d o al H e r -
m a n o J u a n F e r n á n d e z , d i r i g i ó s e p r i m e r o á A m a n g u c h i , d o n d e es-
p a r c i ó la s e m i l l a evangélica. Mal c o r r e s p o n d i ó a q u e l c a m p o á los
s u d o r e s de J a v i e r , p u e s a u n q u e trabajó con t o d o el p o d e r de su ar-
d i e n t e celo d u r a n t e dos m e s e s , apenas l o g r ó p o r e n t o n c e s n i n g u n a
c o n v e r s i ó n . Sin e m b a r g o , así el r e y de A m a n g u c h i , c o m o los b o n z o s
y personas principales, no pudieron excusarse de admirar a u n hom-
b r e q u e , b u r l a d o p o r la p l e b e , i n s u l t a d o p o r sus e n e m i g o s y a m e n a -
zado tal vez con la m u e r t e , seguía i m p e r t u r b a b l e p r e d i c a n d o su doc-
t r i n a y r e p r e n d i e n d o sin t e m o r los vicios del p u e b l o . No se ocultó á
J a v i e r esta b u e n a i m p r e s i ó n p r o d u c i d a p o r sus s e r m o n e s (3).
I b a á d a r el ú l t i m o avance, l l e g a n d o hasta M e a c o , c e n t r o e n t o n c e s
de todo el m o v i m i e n t o r e l i g i o s o y social del J a p ó n . P e r o ¿cómo lle-
g a r allá? E r a n los liltimos días de O c t u b r e de 1550; acercábase el in-
v i e r n o , ' r i g i d í s i m o en a q u e l l a s r e g i o n e s ; n o había l o g r a d o n i n g ú n
a m i g o en A m a n g u c h i ; d i n e r o n o lo tenía, p u e s c u a n t o le h a b í a n dado
los p o r t u g u e s e s lo había g a s t a d o con los neófitos en o b r a s de cari-
dad; andaba r e m e n d a d o y descalzo. Con t o d o e s o , a d e l a n t e . P u e s t a
en Dios la confianza, echó á a n d a r hacia Meaco con el H. J u a n F e r -
nández. C o m o e r a n a t u r a l , p e r d i é r o n s e v a r i a s v e c e s p o r a q u e l l o s
campos. P a r a e v i t a r este i n c o n v e n i e n t e y c a m i n a r más s e g u r o , t o m ó
J a v i e r este a r b i t r i o . H a b i e n d o t r o p e z a d o con t r e s h o m b r e s á caballo
( 1 ) E l P . V a l i g n a n o d a sólo esta s e g u n d a r a z ó n del d e s t i e r r o d e J a v i e r , p u e s , s e -
g ú n eos t u n d i r é , o m i t e t o d o s los m i l a g r o s , r e m i t i é n d o s e s o b r e éstos á los p r o c e s o s .
Véase Monumenta Xaveriana, t. I , p . 1 2 2 , y léase a d e m á s l a p á g . 198 p a r a e n t e n d e r
la o m i s i ó n d e h e c h o s m i l a g r o s o s q u e se n o t a en e s t a b i o g r a f í a , la m á s a n t i g u a q u e
tenemos de San Francisco J a v i e r .
( 2 ) Monumenta Xaveriana , t. i, p . 6 6 0 . — ( 3 ) Ibid., p . 6 8 2 .
 478 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
q u e iban á M e a c o , se ofreció p o r c r i a d o d e u n o do ellos; t o m ó u n a
m a l e t a q u e el h o m b r e l l e v a b a , y e c h á n d o s e l a á cuestas, siguió á su
n u e v o a m o . ¿ C ó m o había de s e g u i r á pie y descalzo, con la m a l e t a
al h o m b r o , á q u i e n c a m i n a b a á c a b a l l o ? Así fué q u e , l l e g a n d o á la
c i u d a d de Sacai, h u b o de h a c e r a l t o , p u e s se sintió e n f e r m o , con las
p i e r n a s h i n c h a d a s y los pies c h o r r e a n d o s a n g r e (1).
R e s t a b l e c i d o al cabo de a l g u n o s días, a n d u v o d e s c a n s a d a m e n t e el
b r e v e y t r i l l a d o t r a y e c t o de Sacai á Meaco. Á mala h o r a llegó. Ardía
e n g u e r r a s civiles a q u e l país, y n o e s t a b a n los á n i m o s d i s p u e s t o s p a r a
o i r la b u e n a n u e v a . Quiso F r a n c i s c o o b t e n e r u n a a u d i e n c i a d e l rey,
p e r o t o d a s las p u e r t a s se le c e r r a r o n c o n d e s p r e c i o . Salió á p r e d i c a r
p o r las calles, y n a d i e le hizo caso, p o r q u e el e s t r u e n d o de las a r m a s
t e n í a p r e o c u p a d a s á las g e n t e s . C o n v e n c i ó s e el m i s i o n e r o do q u e n o
h a b í a sonado la h o r a do las m i s e r i c o r d i a s divinas p a r a a q u e l l a ciu-
dad, y al cabo d e a l g u n o s días la a b a n d o n ó , t o m a n d o e l c a m i n o de
F i r a n d o (2). R e u n i d o allí con el P . Cosme do T o r r e s , d e t e r m i n ó p r o b a r
f o r t u n a o t r a vez en A m a n g u c h i . No le e n g a ñ ó su esperanza. Ya con
sus discursos, ya p r i n c i p a l m e n t e con a l g u n o s insignes m i l a g r o s , con-
m o v i ó los corazones de a q u e l p u e b l o , y en p o c o t i e m p o c o n v i r t i ó
más de q u i n i e n t a s p e r s o n a s (3).
Dejando esta c r i s t i a n d a d á c a r g o del P . T o r r e s , p a r t i ó él p a r a el
r e i n o de B u n g o . E n F u n a y , p u e r t o p r i n c i p a l , estaba fondeada una
n a v e de m e r c a d e r e s p o r t u g u e s e s , los cuales lo p r e p a r a r o n magnífica
( 1 ) S a n F r a n c i s c o J a v i e r , e n su c a r t a c i t a d a a n t e r i o r m e n t e ( p . Gti 1), o m i t e la
relación d e t o d o s e s t o s t r a b a j o s ; p e r o el s a n t o s i l e n c i o del m i s i o n e r o d e b e s u p l i r s e
con lo q u e n o s c u e n t a el P . C o s m e d e T o r r e s en Ja c a r t a q u e e s c r i b i d a la I n d i a el 29
d e S e t i e m b r e d e 1 5 5 1 . (Carlas de, los Padres y Hermanos de la Compañía de Jesús
que andan en Japón, f. 4 8 . ) D e s p u é s d e r e f e r i r lo q u e p o n e m o s en el t e x t o , e x c l a m a
el P . T o r r e s : « V e a n q u é p r i n c i p i o s h a p u e s t o en e s t a t i e r r a el P . M a e s t r o F r a n c i s c o ,
el c u a l á los q u e le s e g u i m o s a n i m a m á s c o n o b r a s q u e con p a l a b r a s ; y así, p o r m á s
que t r a b a j e m o s , q u e d a m o s a v e r g o n z a d o s en comparación de sus trabajos.» Véase
t a m b i é n en l a m i s m a o b r a , f. 7 8 , lo q u e e s c r i b e el 1'. M e l c h o r N ú ü e z e n 1558.
( 2 ) Monumenta Xaceriana, t. I , p . 6G1.
( 3 ) Ibid., p . (301. A c e r c a do e s t a c a r t a d e l s a n t o , t a n p r e c i o s a p a r a c o n o c e r l a
serie d e s u s m i s i o n e s e n el J a p ó n , s é a m e p e r m i t i d o o b s e r v a r q u e la f e c h a 20 d e N o -
v i e m b r e d e 1550, q u e se le h a p u e s t o en l a i m p r e s i ó n d e l Monumenta Xaveriana, pa-
r e c e i n e x a c t a . E s t a f e c h a , q u e n o a p a r e c e e n l a c o p i a m á s a n t i g u a d e la c a r t a (el
o r i g i n a l se h a p e r d i d o ) , se t o m a d e la e d i c i ó n m o d e r n a d e C u t i l l a s . A h o r a b i e n : por
el P . C o s m e de T o r r e s , e n l a c a r t a c i t a d a , s a b e m o s q u e el s a n t o salió d e F i r a n d o
p a r a M e a c o al fin de Octubre. (Cf. Monumenta Xaveriana, t . i, p . 1 2 7 . ) E r a i m p o -
s i b l e q u e e s t u v i e s e d e v u e l t a e n C a n g o x i m a el 2 0 d e N o v i e m b r e . - E l m i s m o J a v i e r
(ibid.) d i c e c^ue g a s t ó e n e s t a e x p e d i c i ó n dos meses. P a r e c e , p u e s , n e c e s a r i o s u p o n e r
q u e el N o v i e m b r e d e la f e c h a es Diciembre.
CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—SAN FRANCISCO JAVIER 479
r e c e p c i ó n , y d i s p a r a r o n toda su a r t i l l e r í a c u a n d o él e n t r ó e n la n a v e .
E l r e y de B u n g o , q u e e n t o n c e s se h a l l a b a en F u n a y , p r e g u n t ó la
causa de a q u e l l a s d e m o s t r a c i o n e s , y c u a n d o oyó las m a r a v i l l a s q u e
se c o n t a b a n de San F r a n c i s c o J a v i e r , sintió deseos de c o n o c e r l e .
J u z g a n d o los p o r t u g u e s e s q u e la s u m a p o b r e z a del m i s i o n e r o p r e -
disponía, al p r o n t o , los á n i m o s de los j a p o n e s e s c o n t r a é l , r e s o l v i e -
r o n p r e s e n t a r l e en la p r i m e r a a u d i e n c i a con m u c h o a p a r a t o y esplen-
didez. A u n q u e n o sin r e p u g n a n c i a , r i n d i ó s e J a v i e r á este d i c t a m e n ,
y p a r e c i ó ante el r e y de B u n g o con m u y b u e n o s v e s t i d o s y r o d e a d o
de los p o r t u g u e s e s , q u e le f o r m a r o n b r i l l a n t e a c o m p a ñ a m i e n t o (1).
R e c i b i ó l e el r e y con s u m a d i s t i n c i ó n ; oyó la d o c t r i n a del E v a n g e -
lio; manifestó e s t i m a r l a d e b i d a m e n t e , y concibió s i n c e r o a m o r al
h o m b r e e x t r a o r d i n a r i o q u e se la enseñaba. D u r a n t e m e s y m e d i o
tuvo todos los días u n r a t o de c o n v e r s a c i ó n con el P a d r e , y a u n q u e
p o r e n t o n c e s n o a b r a z ó n u e s t r a santa fe, p e r o a p a r t ó s e de los vicios
en q u e vivía e n c e n a g a d o , y v e i n t i s i e t e años después, en 1578, se con-
v i r t i ó p o r fin de Heno, y al b a u t i z a r s e t o m ó el n o m b r e de F r a n c i s c o
en r e v e r e n c i a de J a v i e r . E s t e , e n t r e t a n t o , con el favor del r e y , con
las v i c t o r i a s q u e c o n s i g u i ó d i s p u t a n d o con los b o n z o s , con sus ser-
m o n e s al p u e b l o y con la fuerza de sus m i l a g r o s , f o r m ó en B u n g o
una lucida cristiandad, q u e p o r m u c h o t i e m p o fué la más floreciente
del J a p ó n (2). De b u e n g r a d o h u b i e r a p r o s e g u i d o en tan fructuosas
t a r e a s ; p e r o desde la I n d i a le a p r e m i a b a n á q u e v o l v i e s e , y la e x p e -
dición á la China, q u e ya bullía en su c a b e z a , le incitaba t a m b i é n á
t o r n a r al c e n t r o de sus o p e r a c i o n e s . H a b i e n d o , p u e s , pasado en el J a -
p ó n dos años y t r e s meses, salió p a r a la I n d h v e n el o t o ñ o de 1551, y
en F e b r e r o de 1552 estaba ya en Goa.
9. Muy n e c e s a r i a era allí su p r e s e n c i a , p u e s el g e n i o díscolo de al-
g u n o s jesuítas había p r o d u c i d o g r a v e s d i s g u s t o s . E n t e r a d o J a v i e r de
aquellas faltas, castigó s e v e r a m e n t e á a l g u n o s , y e x p u l s ó á o t r o s de
la Compañía. E n t r e é s t o s , el caso más r u i d o s o fué el del P . A n t o n i o
G ó m e z , r e c t o r d e l colegio de Goa. E s t e h o m b r e , d o t a d o de m u c h o
talento, n o sabía j u n t a r l o con la h u m i l d a d y o b e d i e n c i a r e l i g i o s a . E l
colegio de San P a b l o había sido f u n d a d o p a r a e d u c a r n i ñ o s i n d í g e -
( 1 ) E l P . V a l i g n a n o (Monumenta Xaveriana, t. i, p . 129) p o n e e s t a c é l e b r e r e -
c e p c i ó n e n A m a n g u c h i , y la o m i t e en P r i n g o . P r o b a b l e es q u e se h i c i e r a en a m b a s
p a r t o s , p u e s la r a z ó n d e h a c e r l a e r a en a m b a s p a r t e s la m i s m a .
( 2 ) líonumenta Xareriana, t. l, p . 6 9 1 . A q u í e s t á n l a s p o c a s n o t i c i a s q u e d a J a -
v i e r s o b r e B u n g o . V é a s e en la p . 140 la r e l a c i ó n m á s e x t e n s a , a u n q u e i m p e r f e c t a ,
del P . V a l i g n a n o .
t
 480 LIB. 1 1 . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
ñas, y e l P . Gómez, d e s p i d i é n d o l o s á t o d o s , a d m i t í a s o l a m e n t e á los
hijos d e los p o r t u g u e s e s . Al m i s m o t i e m p o , c a m b i ó de a r r i b a abajo
t o d o s los estatutos y c o s t u m b r e s de la casa. Ya esto e r a s e r i o ; p e r o lo
más g r a v e fué q u e , d e s p r e c i a n d o al P . C a m e r t e , á q u i e n J a v i e r , a]
p a r t i r s e p a r a el J a p ó n , había dejado p o r s u p e r i o r de toda la India,
u s u r p ó i n s e n s i b l e m e n t e su p u e s t o , a r r o g á n d o s e el m a n d o de todas
las casas de la p r o v i n c i a . La s u p e r i o r i d a d de su t a l e n t o s o b r e el de
C a m e r t e , q u e era h o m b r e s e n c i l l o , y la a m i s t a d d e l a r z o b i s p o y d e l
v i r r e y , q u e supo g a n a r , le d a b a n alas p a r a t o d o . No sufría q u i e b r a s
e n la o b e d i e n c i a San F r a n c i s c o J a v i e r , y c u a n d o e n t e n d i ó lo q u e
h a b í a h e c h o e l P . Gómez, le e x p u l s ó d e la C o m p a ñ í a . E n v a n o i n t e r -
c e d i e r o n el a r z o b i s p o y el v i r r e y ; el d e s o b e d i e n t e fué p r i m e r o sa-
cado d e Goa, y d e s p u é s d e s p e d i d o d e la r e l i g i ó n (1).
D e s e m b a r a z a d o d e estos n e g o c i o s domésticos, el s a n t o e m p e z ó á
d i s p o n e r su e x p e d i c i ó n á la C h i n a , y n o m b r ó V i c e p r o v i n c i a l de la
I n d i a , p a r a el t i e m p o de su a u s e n c i a , al P . Gaspar B a r c c o . No r e f e r i -
r e m o s los i n n u m e r a b l e s trabajos q u e esta e m p r e s a le ocasionó. Bás-
t e n o s i n d i c a r q u e , h a b i e n d o salido de Goa p o r A b r i l , y d e t e n í d o s e
e n Malaca a l g u n o s m e s e s , llegó p o r fin á la islita de S a n c h á n , en la
costa de la China. M i e n t r a s allí e s p e r a b a t r a n s p o r t e p a r a p a s a r al
c o n t i n e n t e , le salteó su p o s t r e r a e n f e r m e d a d el 20 de N o v i e m b r e .
Hallábase J a v i e r en s u m o d e s a m p a r o . U n H e r m a n o d e la C o m p a ñ í a
llevaba c o n s i g o , p e r o le h u b o d e m a n d a r á la I n d i a (2). L o s navios
m e r c a n t e s d e los p o r t u g u e s e s se h a b í a n v u e l t o á Malaca. Sólo q u e -
d a b a u n a p o b r e n a v e , c o n m u y p o c o s p o r t u g u e s e s , c u a n d o el misio-
n e r o se v i o a c o m e t i d o d e s u ú l t i m a e n f e r m e d a d . A u n q u e m e j o r ó á
l o s p o c o s días; p e r o r e c a y e n d o después, y o b s e r v a n d o q u e los m o v i -
m i e n t o s de la n a v e le p e r j u d i c a b a n , p i d i ó q u e le sacasen á t i e r r a . Así
se h i z o . A r m ó s e con palos y r a m a s u n a p o b r e choza, y en ella e s t u v o
t e n d i d o el s a n t o a p ó s t o l los dos ú l t i m o s días de su vida. No t e n í a u n
s a c e r d o t e q u e le a d m i n i s t r a s e los ú l t i m o s s a c r a m e n t o s , n i u n m é d i c o
q u e le aliviase las d o l e n c i a s , n i u n H e r m a n o de la C o m p a ñ í a quo le
consolase con sus p a l a b r a s . Sólo estaban á su lado A n t o n i o d e Santa
F e , c r i a d o c h i n o , c o n v e r t i d o en Goa, á q u i e n llevaba el santo p o r in-
t é r p r e t e , y otro mozo, también chino, cuyo n o m b r e ignoramos. Es-
( 1 ) Monumento, Xaveriana, t. i, p . 1 4 5 . V é a s e l a n a r r a c i ó n e x t e n s a d e e s t e h e c h o
en O r l a n d m i (Hist. S. . / . , ] . x n , n . 81). La o r d e n p a r a e x p u l s a r d e la C o m p a ñ í a á A n -
t o n i o G ó m e z y á A n d r é s C a r v a l l o , d e j a d a p o r J a v i e r al P . B a r c e o , v é a s e en Mo-
numento, Xaveriana, t. i, p . 7 4 4 .
(2) Ibid., t. i, p. 155.
CAP. XIV. — JESUÍTAS ESPAÑOLES FCEBA DE ESPAÑA.—SAN FRANCISCO JAVIER 481
tos p o d í a n p r e s e n c i a r , p e r o n o a l i v i a r , los p a d e c i m i e n t o s d e l m o r i -
b u n d o . E n m e d i o de este a b a n d o n o , h u m a n a m e n t e tan d e s g a r r a d o r ,
p e r o á los ojos de la fe tan s u b l i m e , e x p i r ó el apóstol de n u e v a s g e n -
tes el día 2 de D i c i e m b r e de 1552. Sólo t e n í a c u a r e n t a y seis años de
edad (1).
H a g a m o s u n a b r e v e pausa d e s p u é s d e tan r á p i d a c a r r e r a , y p a r a
a p r e c i a r d e b i d a m e n t e el m é r i t o s i n g u l a r de este h o m b r e e x t r a o r d i -
n a r i o , c o n s i d e r e m o s su m o d o de p r o c e d e r e n las a d m i r a b l e s e m p r e -
sas apostólicas q u e p o r la g l o r i a de Dios e m p r e n d i ó . De t r e s m a n e r a s
p o d e m o s c o n s i d e r a r á J a v i e r : lo p r i m e r o e n sus v i r t u d e s p e r s o n a -
les; d e s p u é s en su m o d o de g o b e r n a r la C o m p a ñ í a , p u e s s i e m p r e
fué s u p e r i o r de los N u e s t r o s en la I n d i a ; finalmente, e n sus trabajos
apostólicos, ya con los p e c a d o r e s c r i s t i a n o s , ya con los infieles de
diversas sectas y r e g i o n e s .
10. L o p r i m e r o q u e e n g r a n d e c í a á San F r a n c i s c o J a v i e r e r a n sus
e m i n e n t e s v i r t u d e s . Su p u r e z a a n g e l i c a l , c u i d a d o s a m e n t e conser-
vada (2), le p r e d i s p u s o p a r a r e c i b i r s i n g u l a r e s g r a c i a s de D i o s , y
desde q u e la a d m i r a b l e destreza de San I g n a c i o e n d e r e z ó hacia la
gloria d i v i n a la a m b i c i ó n de g l o r i a h u m a n a q u e h e r v í a en el corazón
de J a v i e r , el j o v e n m a e s t r o de P a r í s e n t r ó en la c a r r e r a de la p e r -
fección evangélica con u n a decisión q u e espantaba. Ya c u a n d o ser-
vían los p r i m e r o s P a d r e s en los hospitales de V e n e c i a , descollaba
J a v i e r p o r su f e r v o r y a b n e g a c i ó n , y en v e r d a d q u e debía s e r ésta
m u y g r a n d e , p a r a p o d e r d e s c o l l a r e n t r e h o m b r e s de tan gigantesca
talla (3). E n t o n c e s fué c u a n d o p a r a v e n c e r s e p u s o sus labios en la úl-
cera de u n e n f e r m o (4), y esta acción h e r o i c a se la v i o h a c e r m u c h a s
voces en la I n d i a A g u s t í n de P i n a , c o m o consta en los p r o c e s o s (5).
Su o r a c i ó n era l a r g a y f e r v o r o s a , t o m a n d o p a r a ella las h o r a s de la
n o c h e , ya q u e las d e l día se las llevaba el trabajo d e e v a n g e l i z a r ; su
paciencia en las t r i b u l a c i o n e s a s o m b r a b a á sus c o m p a ñ e r o s , c o m o lo
d e m u e s t r a n las p r i m e r a s cartas q u e v i n i e r o n del J a p ó n ; su caridad,
en fin, con Dios y con el p r ó j i m o e r a el a l m a d e toda su vida.
( 1 ) V é a s e la d e s c r i p c i ó n d e e s t a ú l t i m a e n f e r m e d a d y m u e r t e d e -Javier en el
P . V a l i g n a n o , q u i e n l a r e c i b i ó d e l a b i o s d e l m i s m o A n t o n i o d e S a n t a F e . (Monu-
mento Xaveriana, t. i, p . 190.)
( 2 ) V é a s e el 1. i, c. v.
( 3 ) «Pracequie autem Magistri Francisci Xavier fervor et charitas et sui ipsius
victoria eminuit.» P o l a n c o , Historia S. J., t. I , p . 5 7 .
( 4 ) P o l a n c o , ibid.
(5) Process. S. Franc. Xav. Pars. n, test. Juan de Mezquita.
31
482 L i n . I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAr. XIV. JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—SAN FBANCISCO JAVIER 483

P a r a d a r á n u e s t r o s l e c t o r e s idea c u m p l i d a d e la v i r t u d d e J a v i e r ,
de o r a c i ó n y t a n t o c o n c u r s o d e e s p í r i t u c o m o é l tenía; p o r q u e l u e g o
c r e e m o s o p o r t u n o c o p i a r el j u i c i o q u e hace de ella u n h o m b r e q u e
en se r e c o g i e n d o , h a l l a b a t a n t a facilidad y atención, a u n q u e fuese i n -
p u d o a p r e c i a r l a m e j o r q u e n a d i e . E l P . A l e j a n d r o V a l i g n a n o , Visita-
m e d i a t a m e n t e e n saliendo de las c o n v e r s a c i o n e s y o c u p a c i o n e s q u e
d o r d e las I n d i a s y d e l J a p ó n , u n o d e los s u p e r i o r e s m á s e m i n e n t e s
t e n í a , q u e p a r e c í a q u e l u e g o se a r r e b a t a b a y se a b s o r b í a t o d o , y se
q u e se h a n visto e n la C o m p a ñ í a , y h e r e d e r o en b u e n a p a r t e d e las
unía t o t a l m e n t e c o n Dios, c o m o lo o b s e r v a r o n a l g u n o s h o m b r e s cu-
e m p r e s a s y fatigas de J a v i e r , r e f i r i e n d o las hazañas de éste u n o s v e i n t e
r i o s o s m u c h a s v e c e s , q u e p a r a eso lo a c e c h a b a n : y e r a t a n t o e l con-
años d e s p u é s , d i s c u r r í a d e este m o d o : « Q u i e n fuere c o n s i d e r a n d o
c u r s o d e la d e v o c i ó n y c o n s o l a c i ó n d i v i n a , q u e m u c h a s veces, h a -
cuáles fueron los trabajos q u e t o m ó [ e l P . F r a n c i s c o J a v i e r ] y cuan
b l a n d o c o n Dios, decía: « S e ñ o r , n o m á s , p o r q u e n o p u e d o c o n t a n t a
r e m o t o s y distantes los l u g a r e s q u e v i s i t ó , y c u á n t a s } cuan g r a v e s
r

«consolación»; y a p a r t a n d o c o n sus m a n o s la sotana d e l p e c h o , p a r e c í a

e m p r e s a s i n t e n t ó y c o m e n z ó , y c u a n g r a n d e fué e l f r u t o q u e e n t o d a s
b u s c a r alivio p a r a el g r a n d e a r d o r d e la e n c e n d i d a c a r i d a d q u e lo
las p a r t e s hizo, e n t e n d e r á c u a n g r a n d e e r a el esfuerzo y caridad q u e
a b r a s a b a ; y así c o n t i n u a m e n t e t e n í a el n o m b r e s a n t o d e J e s ú s e n la
en su p e c h o t e n í a , y cuan g r a n d e fué la v i r t u d y santidad d e este boca» (1).
buen Padre Y a u n q u e t u v o m u c h a s cosas q u e causan a d m i r a c i ó n ,
11. T a l ora J a v i e r c o n s i d e r a d o p e r s o n a l m e n t e . P u e s si le m i r a m o s
e n t r e t o d a s ellas d o s s o n p a r a m í do m a y o r espanto y m a r a v i l l a .
en (d g o b i e r n o d e la Compañía y e n la f o r m a c i ó n d e los m i s i o n e r o s ,
»La p r i m e r a es la g r a n d e z a do su á n i m o y corazón, do la cual so en-
desde l u e g o a d v e r t i m o s q u e fué a d m i r a b l e y más q u e n a t u r a l la con-
t i e n d e c u a n g r a n d e e r a su c a r i d a d y e s p e r a n z a en Dios., p u e s á él sólo
f o r m i d a d d e su e s p í r i t u c o n el d e San I g n a c i o . E n v i d a d e l a p ó s t o l
le p a r e c í a p o c o la c o n v e r s i ó n d e t o d o este O r i e n t e , d e la cual p a r e c e
de las I n d i a s n o e s t a b a n p r o m u l g a d a s las c o n s t i t u c i o n e s , apenas p o -
estaba tan s e d i e n t o , q u e , si p u d i e r a , q u i s i e r a estar manifestando la ley
dían c o m u n i c a r s e los dos santos, si n o e r a m u y d e t a r d e e n t a r d e , y ,
de Dios en todas p a r t e s e n u n m i s m o t i e m p o : y así, siendo él casi solo
sin e m b a r g o , ¡qué u n i d a d d e m i r a s se d e s c u b r e en a m b o s ! La m i s m a
en la India, d i s c u r r i ó e n b r e v e t i e m p o [ p o r ] p r o v i n c i a s t a n graneles y
cautela en n o a d m i t i r g e n t e i n ú t i l en la Compañía, la m i s m a diligen-
tan r e m o t a s y d i s t a n t e s , y e n t o d a s ollas t o m ó e m p r e s a s t a n dificulto-
cia e n p r o b a r b i e n á los n o v i c i o s y fundarlos e n las sólidas v i r t u d e s ,
sas y a r d u a s , q u o cada u n a p o r sí podía satisfacer y sor bastante para
sobre t o d o e n la obediencia; el m i s m o e s p í r i t u d e expansiva y a l e g r e
m u c h a g e n t e : y fué esto en t a n t o g r a d o , quo se podía a t r i b u i r á i m p r u -
caridad; y finalmente, la m i s m a firmeza e n d e s p e d i r d o la C o m p a ñ í a
dencia ó demasiado atrevimiento, como entonces atribuían algunos
á los q u o n o se ajustaban á n u e s t r o m o d o d e v i v i r . E n esto ú l t i m o , si
p r u d e n t e s d e este m u n d o , q u e n o e n t e n d í a n cuan ancha os la caridad,
alguna diferencia h u b o , fué q u o J a v i e r e r a algo m á s r á p i d o y mili-
y c u á n t o p u e d e el q u e t i e n e toda su e s p e r a n z a y confianza p u e s t a en
t a r , p o r d e c i r l o así, en sus p r o c e d i m i e n t o s . A q u í , e n E u r o p a , c u a n d o
Dios: m a s la s a n t i d a d d e su v i d a y la e x p e r i e n c i a m o s t r ó , q u e la cari-
u n r e l i g i o s o n o p r o c e d í a bien, I g n a c i o , antes d e d e s p e d i r l e , solía e n -
dad d e Dios le m o v í a , y q u e era g u i a d o e n t o d o lo quo hacía p o r m u -
v i a r l e d e u n a casa á o t r a , ó c a m b i a r l e d e o c u p a c i ó n , ó e n t r e t e n e r l e
cha p r u d e n c i a , p o r q u e e n todas las e m p r e s a s salió m u y b i e n , y en
en a l g ú n c a r g o inofensivo, ó h a c e r q u e le h a b l a r a n o t r o s P a d r e s ; e n
todas las p a r t o s a d o n d e fué dejó s o m b r a d a la p a l a b r a d e Dios do t a l
una p a l a b r a , t o m a b a m u c h o s m e d i o s l e n t o s p a r a c o r r e g i r l e . Allá e n
m a n e r a , q u e fué c r e c i e n d o y d a n d o m u y copioso f r u t o .
la India, d o n d e n o había estos r e c u r s o s , y d o n d e el s a n t o apóstol de-
»La s e g u n d a cosa q u e causa e n m í g r a n d e a d m i r a c i ó n es v e r c ó m o
bía h a c e r t a n l a r g a s a u s e n c i a s , e r a p r e c i s o r e s o l v e r estos casos c o n
fué p o s i b l e e n u n h o m b r e m o r t a l , u n i r s e t a n t o la acción y la c o n t e m -
más b r e v e d a d . C o n o c i d a la falta, se la hacía c o n o c e r a l s u j e t o , se l e
p l a c i ó n c o m o so u n i e r o n e n él; p o r q u e r a r a s veces acontece q u e h o m -
señalaba el c a m i n o q u e debía s e g u i r , y n o h a b í a r e m e d i o , ó se e n -
b r e m e t i d o e n tantos y t a n g r a v e s n e g o c i o s , a c o m p a ñ a d o s d e u n a
m e n d a b a el c u l p a b l e , ó se le e x p u l s a b a d e la Compañía.
p e r p e t u a n a v e g a c i ó n p o r m a r y p o r t i e r r a , c o n las d i s t r a c c i o n e s q u e
A u n q u e sentía J a v i e r la g r a n d í s i m a escasez d e o p e r a r i o s p a r a u n a
á ellos se s i g u e n , s i n j a m á s cesar d e o b r a r todas las o b r a s q u e p o -
m i e s t a n i n m e n s a , n o q u e r í a q u e se le e n v i a s e n sujetos d e p o c o m á s
día h a c e r e n a y u d a d e los h o m b r e s , c o r p o r a l e s y e s p i r i t u a l e s , y q u e
ó menos. Á San Ignacio y al P . Simón Rodríguez ruega repetidas
fuese d e v i d a e n lo e x t e r i o r t a n c o m ú n , y d e t a n b u e n a y a l e g r e con-
v e r s a c i ó n c o m o e r a este b e n d i t o P a d r e , llegó á t e n e r t a n g r a n d e d o n
( 1 ) Monumenta Xaveriana, t. i, p . 1 9 1 .
 484 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
v e c e s q u e n o le e n v í e n á la I n d i a los h o m b r e s q u e sean inútiles en
E u r o p a , p o r q u e más i n ú t i l e s s e r á n p o r allá. H e a q u í c ó m o q u e r í a á
los m i s i o n e r o s : « T a m b i é n m e p a r e c e d a r p a r t e á v u e s t r a santa c a r i -
dad (este t r a t a m i e n t o daba á San Ignacio) q u e los q u e de la Compañía
h a n de v e n i r p a r a estar en la I n d i a , fuesen p e r s o n a s escogidas on los
colegios de España y C o i m b r a , a u n q u e n o fuesen más d e dos cada
año; p o r o tales cuales la I n d i a los r e q u i e r e : suficientes e n p e r f e c c i ó n ,
y d e s p u é s , p a r a p r e d i c a r y confesar; y si les p a r e c i e s e , q u e p r i m e r o
fuesen en p e r e g r i n a c i ó n á R o m a , e x p e r i m e n t á n d o s e p o r los c a m i n o s
para c u á n t o s o n , p o r q u e n o se h a l l e n n u e v o s en estas p a r t e s , p o r
c u a n t o los p e l i g r o s de acá de c a e r en flaquezas son m u y g r a n d e s . P o r
eso es n e c e s a r i o q u e sean m u y p r o b a d o s , y t a m b i é n p o r q u e los q u e
acá e s t a m o s , en l u g a r de c o n s o l a r n o s con ellos, n o r e c i b a m o s des-
consolación en despedirlos» (1).
O t r o rasgo de su p r u d e n c i a c o m o s u p e r i o r fué el c u i d a d o q u e siem-
p r e t u v o de m a n t e n e r b u e n a s r e l a c i o n e s con los obispos y con las
a u t o r i d a d e s civiles do P o r t u g a l . Castigaba s e v e r a m e n t e en los Nues-
t r o s c u a l q u i e r a falta q u e en esto se c o m e t i e s e . Bien lo m u e s t r a su
carta al P . Alonso C i p r i a n o , escrita en 1552. E s t e P a d r e , de c o n d i c i ó n
d u r a , había m o v i d o c i e r t o litigio al v i c a r i o de M e l i a p o r , de lo cual
so seguía algún escándalo e n el p u e b l o . E n t e r a d o J a v i e r d e l caso, le
envía u n a b u e n a r e p r e n s i ó n , y le m a n d a , en v i r t u d de santa o b e -
diencia, que, en r e c i b i e n d o su carta, se p r e s e n t e al v i c a r i o , y, p u e s t o
d e r o d i l l a s , le pida p e r d ó n p o r lo pasado y le p r o m e t a n o a p a r t a r s e
n u n c a do lo q u e él d i s p o n g a (2).
12. P a r a c o n v e r t i r á los malos c r i s t i a n o s , así c o m o e r a g r a n d e el
c e l o , así era s i n g u l a r el a r t o q u e usaba J a v i e r . H a b í a p r o c u r a d o co-
n o c e r í n t i m a m e n t e la vida p r á c t i c a , s o b r e t o d o do los c o m e r c i a n t e s
y soldados quo a n d a b a n p o r la I n d i a , c o m o lo d e m u e s t r a su carta al
P . B a r c e o , c u a n d o le e n v i a b a á O r m u z (3). A r m a d o de este conoci-
m i e n t o , dotado de s u m a afabilidad en la c o n v e r s a c i ó n , de g r a n p r u -
dencia p a r a d i s i m u l a r los pecados ajenos y de m u c h a perspicacia
p a r a d e s c u b r i r el m o m e n t o o p o r t u n o en q u e c o n v e n í a d a r el g o l p e ,
consiguió a q u e l l a s c o n v e r s i o n e s tan s i n g u l a r e s do p e c a d o r e s obsti-
n a d o s , con las cuales a m e n i z a n los b i ó g r a f o s la n a r r a c i ó n de la v i d a
del s a n t o .
(1) Monumenta Xaveriana, t. i, p. 6 7 1 . — ( 2 ) Ibid., p . 7 4 5 . — ( 3 ) M á s b i e n q u e
carta es u n a h e r m o s a i n s t r u c c i ó n , en q u e le enseria lo q u e d e b e h a c e r n o sólo c o m o
buen r e l i g i o s o , sino c o m o p r u d o n t e y s a g a z m i s i o n e r o . V é a s e Monumenta
riana, t. i, p . 8 5 8 .
CAP. XIV. JESUÍTAS ESPAÑOLES FUEBA DE ESPAÑA.— SAN FRANCISCO JAVIER 485
Obligados nosotros á m a y o r brevedad, diremos solamente algunas
p a l a b r a s s o b r e las tareas apostólicas de J a v i e r en la c o n v e r s i ó n d e
los g e n t i l e s . A u n q u e f o r z o s a m e n t e había de v a r i a r bastante su m é -
t o d o , s e g ú n la d i v e r s i d a d de n a c i o n e s con q u e t r a t a b a , en g e n e r a l
solía s e g u i r el p r o c e d i m i e n t o q u e e m p r e n d i ó en la P e s q u e r í a , y q u e
él m i s m o nos d e s c r i b i ó con estas p a l a b r a s :
«Como ellos n o m e e n t e n d i e s e n , n i y o á ellos, p o r ser su l e n g u a
n a t u r a l m a l a v a r y la mía vizcaína, a y u n t é los q u e e n t r e ellos e r a n
más sabios, y b u s q u é p e r s o n a s q u e e n t e n d i e s e n n u e s t r a l e n g u a y la
suya. Y d e s p u é s de h a b e r n o s a y u n t a d o m u c h o s días, con g r a n d e tra-
bajo sacamos las o r a c i o n e s , c o m e n z a n d o p o r el m o d o d e santiguar,
confesando las T r e s P e r s o n a s ser u n solo Dios. D e s p u é s el c r e d o ,
m a n d a m i e n t o s , P a t e r n o s t e r , Ave María, Salve R e g i n a y la confesión
g e n e r a l de latín en m a l a v a r . Después de h a b e r sacado e n su l e n g u a
y s a b e r l a s de c o r o , iba p o r t o d o el l u g a r con u n a c a m p a n a e n la
m a n o , a y u n t a n d o t o d o s los m u c h a c h o s y h o m b r e s q u e podía, Y des-
p u é s de h a b e r l o s a y u n t a d o , los enseñaba cada día dos veces, y e n es-
pacio de u n mes enseñaba las o r a c i o n e s , d a n d o tal o r d e n , q u e los
m u c h a c h o s á sus p a d r e s y m a d r e s y á t o d o s los de casa y v e c i n o s en-
señasen lo q u e en la escuela d e p r e n d í a n . Los d o m i n g o s hacía a y u n t a r
t o d o s los del lugar, así h o m b r e s c o m o m u j e r e s , g r a n d e s y p e q u e ñ o s ,
á d e c i r las o r a c i o n e s e n su l e n g u a , y ellos m o s t r a b a n m u c h o p l a c e r ,
y v e n í a n con g r a n alegría. Y c o m e n z a n d o p o r la confesión d e u n solo
Dios t r i n o y u n o , á g r a n d e s voces decían el c r e d o e n su l e n g u a ; y
así c o m o y o iba d i c i e n d o , todos m e r e s p o n d í a n , y acabado el c r e d o ,
t o r n á b a l o á d e c i r y o s o l o ; decía cada a r t í c u l o p o r sí, d e t e n i é n d o m e
e n cada u n o de los d o c e ; a m o n e s t á n d o l e s q u e cristianos n o q u i e r e
d e c i r o t r a cosa, sino c r e e r firmemente sin d u d a a l g u n a los doce ar-
tículos, y p u e s ellos confesaban q u e e r a n cristianos, d e m a n d á b a l e s si
creían firmemente en cada u n o d e e l l o s , y así t o d o s j u n t o s , á g r a n -
des v o c e s , h o m b r e s y m u j e r e s , g r a n d e s y p e q u e ñ o s , m e r e s p o n d í a n
á cada a r t í c u l o q u e s í , p u e s t o s los b r a z o s s o b r e los pechos, u n o s o b r e
o t r o e n m o d o de cruz, y así les h a g o d e c i r más veces el c r e d o q u e o t r a
oración n i n g u n a , p u e s p o r sólo c r e e r e n los doce artículos, el h o m b r e
se llama c r i s t i a n o . Y d e s p u é s del c r e d o la p r i m e r a cosa les enseño los
m a n d a m i e n t o s , d i c i é n d o l e s q u e la l e y de los c r i s t i a n o s t i e n e solos
diez m a n d a m i e n t o s , y q u e u n cristiano se dice b u e n o , si los g u a r d a
c o m o Dios manda; y p o r el c o n t r a r i o , el q u e n o los g u a r d a es m a l
Xave- cristiano. E s t á n m u y e s p a n t a d o s , así cristianos c o m o g e n t i l e s , d e v e r
cuan santa es la l e y d e J e s u c r i s t o y c o n f o r m e á toda r a z ó n n a t u r a l .
 486 LIU. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAI\ XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.— SAN FRANCISCO JAVIER 487

»Acabado el c r e d o y m a n d a m i e n t o s , d i g o e l P a t e r n o s t e r y A v e
sitando los o t r o s l u g a r e s h a c i e n d o lo m i s m o . De m a n e r a q u e e n estas
María, y así c o m o v o y d i c i e n d o , así ellos m e v a n r e s p o n d i e n d o . D e -
p a r t e s n u n c a faltan pías y santas o c u p a c i o n e s . E l fruto q u e h a c e e l
cimos doce P a d r e n u e s t r o s y doce A v e Marías á h o n r a d e los d o c e
b a u t i z a r los n i ñ o s q u e nacen, y en e n s e ñ a r á los que t i e n e n e d a d p a r a
a r t í c u l o s d e la fe, y acabados éstos d e c i m o s o t r o s diez P a d r e n u e s -
ello, n u n c a os lo p o d r í a a c a b a r d e e s c r i b i r . P o r los l u g a r e s d o n d e
t r o s c o n diez A v e Marías á h o n r a d e los diez m a n d a m i e n t o s , g u a r -
v o y dejo las o r a c i o n e s p o r escrito, y á los q u e saben escribir, m a n d o
d a n d o esta o r d e n q u e se sigue: P r i m e r a m e n t e d e c i m o s el p r i m e r
q u e las escriban y sepan d e c o r o y las d i g a n cada d í a , d a n d o o r d e n
a r t í c u l o d e la fe, y acabado d e lo decir, digo e n su lengua de ellos y
cómo los d o m i n g o s se a y u n t e n todos á decirlas. P a r a esto dejo e n los
ellos c o n m i g o : J e s u c r i s t o hijo d e D i o s , d a d n o s g r a c i a p a r a firme-
l u g a r e s q u i e n tenga c a r g o de lo h a c e r El g o b e r n a d o r de esta I n -
m e n t e c r e e r sin duda a l g u n a e l p r i m e r a r t í c u l o d e la fe. Y p a r a q u e
dia es m u y a m i g o d e los q u e se h a c e n c r i s t i a n o s , é hizo m e r c e d d e
nos d é esta g r a c i a d e c i m o s u n P a t e r n o s t e r , y acabado el P a t e r nos-
c u a t r o mil piezas de o r o cada año, y éstas p a r a q u e s o l a m e n t e se gas-
t e r d e c i m o s t o d o s j u n t o s : Santa M a r í a , m a d r e d e J e s u c r i s t o , alcan-
ten y d e n á a q u e l l a s p e r s o n a s , q u e c o n m u c h a diligencia .enseñan la
zadnos g r a c i a d e v u e s t r o H i j o J e s u c r i s t o , p a r a firmemente y sin d u d a
d o c t r i n a cristiana e n los l u g a r e s de los q u e n u e v a m e n t e se c o n v i e r -
a l g u n a c r e e r e l p r i m e r a r t í c u l o d e la fe; y p a r a q u e n o s alcance esta
t e n á la fe» ( 1 ) .
g r a c i a le d e c i m o s e l A v e María. Esta m i s m a o r d e n l l e v a m o s e n t o d o s
los o t r o s once a r t í c u l o s . De este m o d o evangelizaba J a v i e r al p u e b l o r u d o . Con la g e n t e
q u e p r e s u m í a de d o c t a , c o m o e r a n los b r a c m a n e s de la I n d i a y los
»Acabado el c r e d o y los doce P a d r e n u e s t r o s y A v e M a r í a s , c o m o
b o n z o s d e l J a p ó n , órale n e c e s a r i o e n t a b l a r a l g ú n g é n e r o de p o l é -
dije, d e c i m o s los m a n d a m i e n t o s p o r la o r d e n q u e se sigue: P r i m e r a -
mica. E n tales casos p r o c u r a b a p r i m e r o q u e ellos e x p u s i e s e n sus
m e n t e digo e l p r i m e r m a n d a m i e n t o , y t o d o s d i c e n c o m o y o , y aca-
doctrinas, y c o g i é n d o l e s e n c o n t r a d i c c i ó n , les hacía p a l p a r lo a b s u r d o
b a d o d e lo decir, j u n t a m e n t e d e c i m o s t o d o s : J e s u c r i s t o , hijo d e Dios,
de sus c r e e n c i a s . H e a q u í u n a de estas escenas, q u e él m i s m o n o s des-
d a d n o s g r a c i a p a r a a m a r o s s o b r e todas las cosas. D e m a n d a d a esta
c r i b e e n la carta a n t e r i o r :
gracia, d e c i m o s todos u n P a t e r n o s t e r , el cual acabado, d e c i m o s : Santa
«Andando visitando los l u g a r e s d e cristianos, paso p o r m u c h o s pa-
María, m a d r e d e J e s u c r i s t o , alcanzadnos gracia d e v u e s t r o hijo p a r a
g o d e s , y u n a vez pasé p o r u n o d o n d e había m á s d e d o s c i e n t o s b r a c -
p o d e r n o s g u a r d a r e l p r i m e r m a n d a m i e n t o . D e m a n d a d a esta gracia á
manes, y v i n i é r o n m e á v e r : y e n t r e m u c h a s cosas cpie p a s a m o s , d e -
N u e s t r a Señora, d e c i m o s t o d o s e l A v e María. Esta m i s m a o r d e n lle-
m á n d e l e s u n a c u e s t i ó n , y e r a q u e m e dijesen q u é les m a n d a b a n sus
v a m o s e n t o d o s los o t r o s n u e v e m a n d a m i e n t o s , d e m a n e r a q u e á la
dioses é í d o l o s , e n los cuales a d o r a b a n , q u e hiciesen p a r a i r á la g l o -
h o n r a d e los d o c e a r t í c u l o s d e la fe d e c i m o s d o c e P a d r e n u e s t r o s c o n
ria. F u é g r a n d e contienda e n t r e ellos s o b r e q u i é n m e r e s p o n d e r í a . Di-
d o c e A v e Marías, d e m a n d a n d o á Dios n u e s t r o S e ñ o r g r a c i a p a r a fir-
m e m e n t e s i n d u d a a l g u n a c r e e r e n e l l o s ; y diez P a d r e n u e s t r o s c o n j e r o n á u n o d e los m á s a n t i g u o s q u e r e s p o n d i e s e , y el viejo, q u e e r a
diez A v e Marías á h o n r a d e los diez m a n d a m i e n t o s , r o g a n d o á Dios de m á s d e o c h e n t a años, m e dijo q u e le dijese y o p r i m e r o lo q u e
n u e s t r o S e ñ o r q u e n o s d é g r a c i a p a r a los g u a r d a r . Estas s o n las p e - m a n d a b a el Dios d e los cristianos q u e hiciesen. Y o , e n t e n d i e n d o su
t i c i o n e s q u e p o r n u e s t r a s o r a c i o n e s les enseño d e m a n d a r , d i c i é n d o l e s r u i n d a d , n o quise d e c i r cosa a l g u n a hasta q u e él dijese. E n t o n c e s
q u e si estas g r a c i a s d e Dios n u e s t r o S e ñ o r alcanzasen, q u e él les d a r á fuéle forzado manifestar sus i g n o r a n c i a s . R e s p o n d i ó m e , q u e dos cosas
t o d o lo d e m á s m á s c u m p l i d a m e n t e d e lo q u e ellos lo sabrían p e d i r . les m a n d a b a n h a c e r sus dioses p a r a i r d o n d e ellos están. La p r i m e r a
La confesión g e n e r a l h a g o d e c i r á t o d o s , e s p e c i a l m e n t e á los q u e se es n o m a t a r vacas, e n las cuales ellos a d o r a n , y la s e g u n d a es h a c e r
h a n d e bautizar, y d e s p u é s e l c r e d o , é i n t e r r o g á n d o l o s s o b r e cada a r - limosnas, y éstas á los b r a c m a n e s q u e s i r v e n á los p a g o d e s .
t í c u l o , si c r e e n firmemente, y r e s p o n d i é n d o m e q u e sí, y d i c i é n d o l e s »Oída esta r e s p u e s t a , p o s á n d o m e d e los d e m o n i o s s e ñ o r e a r n u e s -
la l e y d e J e s u c r i s t o q u e h a n d e g u a r d a r p a r a s a l v a r s e , los b a u t i z o . t r o s p r ó j i m o s en tanta m a n e r a , q u e e n l u g a r d e Dios se h a c e n a d o r a r
L a Salve R e g i n a d e c i m o s c u a n d o q u e r e m o s a c a b a r n u e s t r a s ora- de ellos, l e v á n t e m e , d i c i e n d o á los b r a c m a n e s q u e e s t u v i e s e n asen-
ciones t a d o s , y á g r a n d e s voces dije el c r e d o y m a n d a m i e n t o s d e la ley e n

»Dejando e n este l u g a r q u i e n l l e v e l o c o m e n z a d o a d e l a n t e , v o y v i -
(1) Monumento, Xaveriana, t. i, p . 2 7 9 .
 488 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
s u l e n g u a ele e l l o s , d e t e n i é n d o m e e n cada m a n d a m i e n t o a l g ú n espa-
cio, y a c a b a d o s los m a n d a m i e n t o s l ú c e l e s u n a a m o n e s t a c i ó n e n su
l e n g u a de ellos, d e c l a r á n d o l e s q u é cosa es p a r a í s o y q u é cosa es in-
fierno, y d i c i é n d o l e s cuáles van á u n a p a r t e y cuáles á o t r a . D e s p u é s
d e acabada esta plática, l e v a n t á r o n s e todos los b r a c m a n e s y m e d i e -
r o n g r a n d e s a b r a z o s , d i c i é n d o m e quo v e r d a d e r a m e n t e el Dios d e los
cristianos es v e r d a d e r o D i o s , p u e s sus m a n d a m i e n t o s son tan confor-
m e s á toda razón n a t u r a l A todas las p r e g u n t a s q u e m e h i c i e r o n
les satisfice á su p a r e c e r de ellos. Y c u a n d o con ellos venía á conclu-
s i ó n , p a r a q u e se h i c i e s e n c r i s t i a n o s , p u e s conocían la v e r d a d , r e s -
p o n d í a n lo q u e m u c h o s e n t r e n o s o t r o s s u e l e n r e s p o n d e r : «¿Qué d i r á
»el m u n d o de n o s o t r o s , si esta m u d a n z a de estados h a c e m o s e n n u e s -
t r o m o d o de vivir?»; y o t r a s t e n t a c i o n e s en p e n s a r q u e les h a de fal-
t a r lo n e c e s a r i o » (1).
13. C u a l q u i e r g é n e r o d e m i n i s t e r i o s q u e ejercitase el s a n t o , r e c i -
bía u n a fuerza i n c r e í b l e del celo p a s m o s o con eme lo ejercitaba. E l
celo de San F r a n c i s c o J a v i e r h a q u e d a d o en p r o v e r b i o en la Iglesia
d e Dios. Cuál fuera el a r d o r de este celo, se p u e d e c o l e g i r p o r a l g u -
n o s d e s a h o g o s q u e h a l l a m o s e n s u s cartas. E n la q u e c i t a m o s a r r i b a ,
d e 12 de E n e r o d e 1544, i n t e r r u m p e la n a r r a c i ó n c o n estas p a l a b r a s :
«Muchas veces m e m u e v e n p e n s a m i e n t o s d e i r á los e s t u d i o s d e esas
p a r t e s , d a n d o voces c o m o h o m b r e q u e t i e n e p e r d i d o el j u i c i o , y p r i n -
c i p a l m e n t e á la u n i v e r s i d a d de P a r í s , d i c i e n d o en S o r b o n a á los q u e
t i e n e n m á s l e t r a s q u e v o l u n t a d p a r a d i s p o n e r s e á fructificar con ellas:
¡Cuántas á n i m a s dejan d e i r á la g l o r i a y van al infierno p o r la n e -
g l i g e n c i a de ellos!
» E s t u v e casi m o v i d o d e e s c r i b i r á la u n i v e r s i d a d de P a r í s , á lo m e -
n o s á n u e s t r o M a e s t r o d e C o r n i b u s y al D r . P i c a r d o , c u á n t o s m i l m i -
l l a r e s d e g e n t i l e s se h a r í a n c r i s t i a n o s , si h u b i e s e o p e r a r i o s , p a r a q u e
fuesen solícitos de b u s c a r y f a v o r e c e r las p e r s o n a s , qui non quaerunt
quae sua sunt, sed quae Jesn Christi» (2).
E s t e celo a g i t a b a c o n t i n u a m e n t e en la cabeza de J a v i e r pensa-
m i e n t o s a l t o s , planos g r a n d i o s o s , quo tal vez n o se realizaban. Ape-
nas había l l e g a d o al J a p ó n , c u a n d o el 5 d e N o v i e m b r e de 1549, escri-
b i e n d o a l g o b e r n a d o r de Malaca, P e d r o de S i l v a , traza y a los p l a n e s
p a r a e s t a b l e c e r las r e l a c i o n e s c o m e r c i a l e s e n t r e J a p ó n y P o r t u g a l ;
p o n d e r a las v e n t a j a s , p r e v é l o s i n c o n v e n i e n t e s , d i s p o n e e l m o d o d e
a s e g u r a r la p r e d i c a c i ó n d e l E v a n g e l i o , y t e r m i n a c o n estas frases:
( 1 ) Monumenta Xaveriana, t. i , p . 3 7 9 . — ( 2 ) Ibid., p. 285.
CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DK E S P A Ñ A . — S A N FRANCISCO JAVIER 489
« G r a n d e confianza t e n g o q u e a n t e s d e dos a ñ o s h e d e e s c r i b i r á V m d .
como t e n e m o s en Meaco u n t e m p l o de N u e s t r a S e ñ o r a , p a r a q u o
t o d o s los q u e h u b i e s e n de v e n i r á J a p ó n , e n t r e las b o r r a s c a s del m a r
p u e d a n i n v o c a r á N u e s t r a S e ñ o r a d e Meaco» (1). A u n n o t i e n e , q u e
s e p a m o s , la M a d r e d e D i o s esta a d v o c a c i ó n de Nuestra Señora de Meaco.
¡Deliciosa ilusión de a q u e l celo s u b l i m e de J a v i e r ! ¡Bien lejos estaba
de p r e v e r los trabajos desastrosos q u e le e s p e r a b a n en Meaco!
P a r a e n t e n d e r el e m p u j e i n c o n t r a s t a b l e d e l celo a p o s t ó l i c o d e J a -
vier, q u e r e m o s t r a n s c r i b i r u n a reflexión del P . V a l i g n a n o , q u i e n , ha-
llándose en las I n d i a s y tocando con las m a n o s las elificultades de
aquellas m i s i o n e s , e s c r i b e con m u e s t r a s d e visible a s o m b r o lo si-
g u i e n t e : «Cierto q u e es cosa de e s p a n t o c o n s i d e r a r la g r a n d e z a de
su c o r a z ó n , p u e s á él solo p a r e c í a n pocas y p e q u e ñ a s t o d a s estas e m -
p r e s a s , las cuales á n o s o t r o s a h o r a , q u e pasamos d e t r e s c i e n t o s d e la
C o m p a ñ í a , n o s p a r e c e n tantas y t a n g r a n d e s , q u e nos h a c e n m u c h a s
veces t e m e r y d u d a r si las h e m o s de p o d e r l l e v a r a d e l a n t e . T a n t o
p u e d e en u n c o r a z ó n h u m a n o el estar vacío de a m o r p r o p i o y de
toda confianza e n sí, y lleno d e confianza y a m o r d e D i o s , c o m o el
P . F r a n c i s c o lo t e n í a ; p o r lo cual N u e s t r o S e ñ o r le tenía t a n ensan-
c h a d o el c o r a z ó n , q u e era capaz p a r a m e t e r en él á t o d o el m u n d o ,
p a r e c i é n d o l e p o s i b l e y fácil la c o n v e r s i ó n d e t o d o él» (2).
14. P e r o n i el celo de J a v i e r , n i su t r a t o de g e n t e s , n i su v a l o r in-
d o m a b l e , ni t o d o s los t a l e n t o s del m u n d o , explican s u f i c i e n t e m e n t e
el é x i t o p r o d i g i o s o de su p r e d i c a c i ó n . E r a i n d i s p e n s a b l e el a u x i l i o
s o b r e n a t u r a l d e los m i l a g r o s . Nadie los h i z o m á s e s t u p e n d o s . E l d o n
de l e n g u a s lo p o s e y ó e n u n g r a d o s i n g u l a r . O i g a m o s á U r b a n o V I I I
en la b u l a d e su c a n o n i z a c i ó n : «Los m i l a g r o s y p r o d i g i o s con q u e
Dios c o n f i r m ó la p r e d i c a c i ó n d e sus A p ó s t o l e s e n los p r i n c i p i o s d e la
I g l e s i a , los r e n o v ó m i s e r i c o r d i o s a m e n t e e n las m a n o s de su s i e r v o
F r a n c i s c o p a r a el i n c r e m e n t o de n u e v a s cristiandades. P o r q u e s ú b i -
t a m e n t e enseñado p o r Dios, h a b l ó con e l o c u e n c i a e n l e n g u a s d e g e n -
tes d i v e r s a s y d e s c o n o c i d a s , q u e n u n c a había v i s t o , c o m o si se h u -
b i e r a e d u c a d o en a q u e l l o s países; y s u c e d i ó a l g u n a vez q u e , h a b l a n d o
él á p u e b l o s de d i v e r s a s n a c i o n e s , cada u n o le oía con a s o m b r o y es-
t u p o r h a b l a r e n su l e n g u a las m a r a v i l l a s d e Dios» (3).
( 1 ) Monumenta Xaveriana, t. I , p . 6 5 4 . — ( 2 ) Ibid., p . 1 3 9 . — ( 3 ) «Signa vero et
prodigia, quilms Dominus Apostolorum suorum sermonan in nascentis Ecclesiae
exordiis confirmavit,adilliusnovae sobolis incrementum, in manu etiam serví sin
Francisci misericorditer renovaverat. Súbito enim a Deo diversarum ac incognita-
rum gentium linguas, quas non noverai, edoctus, diserússime, quasi in iisdem terris
 490 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
E l e s p í r i t u d e profecía lo p o s e y ó e n u n g r a d o e m i n e n t e . Varios
casos cita la b u l a de su c a n o n i z a c i ó n , y n o s o t r o s j u z g a m o s imítil p r e -
s e n t a r e j e m p l o s , p u e s basta a b r i r c u a l q u i e r a vida del santo para en-
c o n t r a r en casi t o d a s sus p á g i n a s a l g u n a p r e d i c c i ó n de lo futuro ó
a l g ú n c o n o c i m i e n t o do los s e c r e t o s d e l c o r a z ó n .
El don de milagros parecía haberse convertido en costumbre para
e l apóstol d e las Indias. M u c h a s d e sus biografías p a r e c e n u n t e j i d o
d e h e c h o s p r o d i g i o s o s , c u y a r e p e t i c i ó n s u e l e cansar á m u c h o s lecto-
r e s m o d e r n o s . S o b r e la excelencia de este d o n en J a v i e r h a r e m o s
a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s . E l g é n e r o de m i l a g r o s q u e m á s a d m i r a s u e l e
ser l a " r e s u r r e c c i ó n de m u e r t o s . Todos saben la p a r s i m o n i a con q u e
Dios c o n c e d e esta g r a c i a a u n á los santos más t a u m a t u r g o s . A h o r a
b i e n : se m e n c i o n a n hasta c i n c u e n t a y seis m u e r t o s r e s u c i t a d o s p o r
J a v i e r , v e i n t e d e los cuales so r e f i r i e r o n e n p ú b l i c o c o n s i s t o r i o de-
l a n t e d e G r e g o r i o XV.
S o b r e este p u n t o q u e r e m o s citar u n a s p a l a b r a s de San J u a n B e r c h -
m a n s , escritas en R o m a el año 1620, c u a n d o se activaba la canoniza-
ción de San I g n a c i o y San F r a n c i s c o J a v i e r , q u e se r e a l i z ó , c o m o es
sabido, el 12 de Marzo do 1622. « P o r lo q u e c o n c i e r n e al Beato F r a n -
cisco J a v i e r , dice San J u a n B e r c h m a n s , es m a r a v i l l o s a la d e v o c i ó n
q u e se le t i e n e . Se le h a e r i g i d o y a u n a l t a r e n la iglesia d e la casa
profesa. La m u l t i t u d y g r a n d e z a d e los m i l a g r o s q u e h a c e llena d e
a s o m b r o á t o d o el m u n d o , y a u n los mismos a u d i t o r e s de la Rota n o
a c a b a n d e m a r a v i l l a r s e d e tan e s t u p e n d o s p r o d i g i o s . Yo m i s m o h e
oído al M. R. P . Mucio V i t e l l o s c h i a f i r m a r con toda certeza d e l a n t e
de diez y ocho c a r d e n a l e s , q u e e n t r e los m i l a g r o s del Beato F r a n c i s c o
se c u e n t a n v e i n t i t r é s ó v e i n t i c u a t r o m u e r t o s r e s u c i t a d o s , y q u e d e los
diez y siete se p u e d e n a l e g a r t e s t i m o n i o s tan c l a r o s é i r r e c u s a b l e s ,
q u e n o cabe n i a u n s o m b r a d e d u d a e n e s t e p a r t i c u l a r » (1).
15. ¿ C u á n t a s almas c o n v i r t i ó á la fe San F r a n c i s c o J a v i e r ? I m p o -
sible es a v e r i g u a r l o con p r e c i s i ó n . E n la b u l a de canonización se
dice q u e , a d e m á s de c o r r e g i r las c o s t u m b r e s d e p r a v a d a s de los cris-
tianos en t o d o ol O r i e n t e , atrajo al E v a n g e l i o y bautizó muchos cen-
tenares de miles do infieles. P o c o d e s p u é s añade la m i s m a b u l a ,
q u e Dios c o n c e d i ó á J a v i e r la b e n d i c i ó n d e A b r a h a m , d e v e r m u l t i -
educatus essel, loquebatur; el acciderat quandoque, ut cum, ad diversarum nationum
populas concwnem habentem, unusquhque eodem tempore lingua sua, ¡n qua natus erat,
magnolia Dei loquentem cum stupore et éxtasi audiret.» Tnslitulum S. J., t. I, p . 1 5 g '
( 1 ) C e r v ó s , Vida de San Juan Berchmans, 1. m , c. v i l .
CAP. XIV.—JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—SAN FRANCISCO JAVIER 491
plicados sus hijos en el e s p í r i t u c o m o las estrellas d e l cielo y las a r e -
nas del m a r . E n la carta y a citada de 1544, dice J a v i e r estas p a l a b r a s :
«Es t a n t a la m u l t i t u d de los q u e se c o n v i e r t e n á n u e s t r a santa fe e n
esta t i e r r a d o n d e ando', q u e m u c h a s veces a c o n t e c e c a n s á r s e m e los
brazos de t a n t o b a u t i z a r , y h a y día en q u e b a u t i z o todo u n lugar.»
El P . A l o n s o S a l m e r ó n afirma q u e p o r cartas del m i s m o San F r a n c i s c o
J a v i e r s u p o q u e tal vez b a u t i z ó e n u n solo día m á s d e q u i n c e m i l
p e r s o n a s , hasta n o p o d e r l e v a n t a r los b r a z o s p o r el c a n s a n c i o , y en-
r o n q u c c é r s e l e la voz do t a n t o p r o n u n c i a r la f ó r m u l a ( 1 ) .
A d v i é r t a s e q u e esta m u c h e d u m b r e d e c o n v e r s i o n e s o c u r r i ó , p r i n c i -
p a l m e n t e , en el I n d o s t á n , p e r o n o en el J a p ó n , d o n d e el n ú m e r o de los
c o n v e r t i d o s p o r J a v i e r n o pasó de a l g u n o s m i l e s . La r a z ó n de esta
diferencia la e n c o n t r a m o s en el c a r á c t e r m i s m o d e a q u e l l a s n a c i o -
nes. E l c a r á c t e r j a p o n é s , c o m o más d u r o y tenaz, se resistía m á s á la
c o n v e r s i ó n ; p e r o u n a vez r e c i b i d a la f e , la c o n s e r v a b a con h e r o i c a
firmeza. E n el I n d o s t á n , los p u e b l o s , c o m o d o t a d o s de g e n i o b l a n d o ,
r e c i b í a n p r o n t a m e n t e el E v a n g e l i o , p e r o fácilmente lo o l v i d a b a n .
E n razas de c a r á c t e r dócil n o s u e l e s e r lo m á s difícil la c o n v e r s i ó n á
la fe. La dificultad está en c o n s e r v a r á los y a c o n v e r t i d o s , e n e d u c a r -
los c r i s t i a n a m e n t e , e n q u i t a r l e s las malas c o s t u m b r e s , en h a c e r l e s
v i v i r c o n f o r m e al E v a n g e l i o . E s t o e x i g e u n a aplicación y trabajo
constante, p u e s si el m i s i o n e r o deja de estar encima, la m i s i ó n se di-
suelve c o m o la sal e n el agua, y los b a u t i z a d o s v u e l v e n á v i v i r c o m o
gentiles.
A h o r a b i e n : este s e g u n d o trabajo n o lo p o d í a h a c e r San F r a n c i s c o
J a v i e r p o r sí m i s m o ; lo e n c o m e n d a b a á o t r o s d e la C o m p a ñ í a q u e
iba c o l o c a n d o e n las m i s i o n e s q u e él fundaba. Su oficio e r a i r d e -
l a n t e , a b r i r el c a m i n o ; así es q u e c o n v e r t í a g e n t e s , d i g á m o s l o así,
p a r a t o d o s los d e m á s , á los cuales e n t r e g a b a los infieles c o n v e r t i d o s .
J a v i e r es el tipo del m i s i o n e r o v a l i e n t e y e m p r e n d e d o r , cual se r e -
q u i e r e p a r a los p r i n c i p i o s d e las m i s i o n e s apostólicas. D e s p u é s , se
necesitaba el m i s i o n e r o p a c i e n t e , q u e , fijo y clavado en u n sitio, p e r -
( 1 ) mQuomodo tam pauci sint baptizan eo tempore [apostoloruin], cum unus esr.fra-
tribus nostris, singularis Dei servus, magnusque religionis ac pietalis cultor, dictas
Franciscus Xavier, quem amoris ac benevolentiae grada nominare volui, ad indos
orientales a summo Pontífice destinatus, fidei christíanae propagandae grada,paucis
annis supra quadringenta hominuin. millia baptismo intinxerít, et intendum uno die
supra quidecim millia: usque adeo, ut et baptizanti brachiaprae lassiiudine non servi-
rent, et vox tolo die de.fatígala raucesceret in prolatione formae, ut ipse propriis litte-
ris ad Nos scriptis significavit.» Alphonsi Salmeronis, Commentarii, t. x u , tract. 1 5 .
 492 LIB. I I . — S A N IGNACIO D E LOYOLA
s e v e r a e n s e ñ a n d o s i e m p r e las m i s m a s v e r d a d e s , r e p i t i e n d o s i e m p r e
las m i s m a s faenas con u n trabajo n o m e n o s m o l e s t o y m e r i t o r i o El
m o d e l o m á s acabado d e este s e g u n d o g é n e r o de m i s i o n e r o s n o s lo
d a r á en el siglo x v n o t r o e s p a ñ o l , el i n c o m p a r a b l e San P e d r o Cla-
v e r (1).
(1) C o m o v e n n u e s t r o s l e c t o r e s , n a d a n u e v o a ñ a d i m o s á lo y a c o n o c i d o e n la v i d a
d e S a n F r a n c i s c o J a v i e r . M á s q u e d e a ñ a d i r h e m o s c u i d a d o d e suprimir varios h e -
c h o s q u e c o r r e n en las b i o g r a f í a s d e l s a n t o . T r a t á n d o s e d e u n a v i d a t a n e x t r a o r -
d i n a r i a c o m o la d e J a v i e r , y p a s a d a e n r e g i o n e s t a n r e m o t a s , la l e y e n d a e r a i n e v i t a -
ble, y , en e f e c t o , n o t a r d ó en m a n i f e s t a r s e . Y a en la s e g u n d a m i t a d del s i g l o x v i
los P P . T e x e i r a y V a l i g n a n o , al c e n s u r a r la v i d a d e San I g n a c i o p o r el P . .Riba-
deneira, protestaron contra ciertoB milagros atribuidos falsamente á J a v i e r , y redu-
j e r o n á s u s d e b i d o s l i m i t e s la g r a n d e z a d e a l g u n a s m i s i o n e s y e m p r e s a s a p o s t ó l i c a s .
(Vide R o m a , A r c h i v . d i S t a t o , Censurae librorum, t. i, f. 2 0 . ) P e r o e s t a s c e n s u r a s ,
ó n o f u e r o n c r e í d a s , ó f u e r o n s e p u l t a d a s m u y p r o n t o en el o l v i d o . L o s h i s t o r i a d o r e s
d e l s i g l o x v n c o n t i n u a r o n e x a g e r a n d o lo b r i l l a n t e y m i l a g r o s o , y e n c a m b i o d e j a r o n
e n la o s c u r i d a d m u c h o s p a d e c i m i e n t o s , q u e i l u s t r a r o n d e u n m o d o s i n g u l a r a q u e l l a
v i d a a d m i r a b l e . E n t r e las V i d a s d e s a n t o s , la del a p ó s t o l d e lae I n d i a s es, i n d u d a -
b l e m e n t e , u n a d e las m á s l e í d a s y m e n o s e s t u d i a d a s . M u c h o d e s e a m o s q u e se p r e -
s e n t e a l g ú n h i s t o r i a d o r l a b o r i o s o y d e b u e n juicio, q u e , d e j a n d o á u n lado las r e p e t i -
ciones tradicionales, y ateniéndose á l o s documentos primitivos, reconstruya con
fidelidad y sin e x a g e r a c i ó n la v e r d a d e r a i m a g e n d e San F r a n c i s c o J a v i e r .
CAPITULO XV
LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA
SUMARIO: 1. L a í n e z y F a b r o t r a b a j a n a p o s t ó l i c a m e n t e en P a r m a en 1 5 4 0 . — 2 . L a i n e z
p a s a á P l a s e n c i a . — 3 . D e s d e p r i n c i p i o s d e 1541 h a s t a m e d i a d o el 1542 r e s i d e en
R o m a . — 4. S u s t r a b a j o s a p o s t ó l i c o s en P a d u a , V e n e c i a , B r e s c i a y o t r a s c i u d a d e s
del V é n e t o . — 5 . E n 1547 p r e d i c a e n F l o r e n c i a , y al a ñ o s i g u i e n t e a r r e g l a el n e g o -
cio d e l colegio de P a d u a . — 6. E n 1549 v a á Ñ a p ó l e s y S i c i l i a , y d e s p u é s al Á f r i -
c a . — 7. S u s t r a b a j o s en P i s a y G e n o v a . — 8. E l P . S a l m e r ó n e n v i a d o á I r l a n d a
en 1 5 4 2 . — 9. S u s t r a b a j o s e n M ó d e n a , y d e s p u é s en B o l o n i a y B e l l u n o . — 10. E s
e n v i a d o á A l e m a n i a , y e n 1551 d e s t i n a d o á X á p o l e s .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de Sa» Ignacio. — 2. Cartas y otros escritos del
li. Pedro Eabro.—3. Epistolae P. Lainez.—í. Epistolae P. Salmerón.—5. Carta de los PP. Broct
y Salmerón. — tí. P o l a n c o . Historia S. J.—7. Epistolae müriae. — 8. Litterae quadrimestres.—
9. R o m a . Archivio di S t a t o . Censurae librorum.—10. R i b a d e n e i r a . Vida del P. Lainez.
1. M i e n t r a s e l apóstol d e n u e v a s g e n t e s e x t e n d í a hasta los m á s r e -
m o t o s confines del m u n d o c o n o c i d o la m a y o r g l o r i a de D i o s , o t r o s
e s p a ñ o l e s , h e r m a n o s suyos de r e l i g i ó n , e m u l a b a n su celo en el cen-
t r o de E u r o p a , a c r e d i t a n d o la Compañía á los ojos de los p r í n c i p e s
y d e los p u e b l o s . E l m á s i l u s t r e d e estos o¡)erarios e r a , sin d i s p u t a ,
el P . Diego Laínez. E l año 1539, c u a n d o h u b i e r o n t e r m i n a d o e n R o m a
las c é l e b r e s d e l i b e r a c i o n e s q u e t u v i e r o n n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s
p a r a f u n d a r la Compañía, Laínez y F a b r o se e n c a m i n a r o n á P a r m a , á
ruegos del cardenal de Santángelo, que debiendo g o b e r n a r aquella
c i u d a d c o m o l e g a d o a p o s t ó l i c o , deseó l l e v a r consigo dos o b r e r o s
evangélicos tan f e r v o r o s o s (1). L l e g a d o s á a q u e l l a c i u d a d p o r J u l i o ,
dióronse á c o n o c e r a m b o s P a d r e s con a l g u n a s explicaciones o r a t o r i a s
de la S a g r a d a E s c r i t u r a , q u e e n t o n c e s so a c o s t u m b r a b a h a c e r e n las
iglesias al p u e b l o . H a b i e n d o l o g r a d o c i e r t a p u b l i c i d a d p o r este m e -
dio, e m p o z a r o n á p r e d i c a r s e r m o n e s m o r a l e s y á e x h o r t a r á los o y e n -
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. t, p . 8 1 .
 494 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOTOLA
tes á la frecuencia d e s a c r a m e n t o s . A l m i s m o t i e m p o d a b a n Ejercicios
á v a r i a s p e r s o n a s principíales y b i e n dispuestas. I n m e n s o fué el fruto
que recogieron.
Véase c ó m o lo explica el m i s m o P . Laínez e n su carta á San I g n a -
cio, fecha el 2 de J u n i o do 1540: «Las confesiones se f r e c u e n t a n
t a n t o , q u e es cosa g r a n d e , arfeo [ t a n t o ] , q u e b u e n a p a r t e d e los cu-
r a d o s c o m i e n z a n á confesar u n a vez al m e s , sin o t r a s c i n c o iglesias
q u e c o m u l g a n cada fiesta. L o s E j e r c i c i o s , in dies crescunt [ c r e c e n cada
d í a ] ; q u e m u c h o s d e los q u e los h a n h e c h o los d a n á o t r o s , q u i é n á
diez, q u i é n á catorce, y c o m o es cumplirla u n a n i d a d a , c o m i e n z a n otra,
ita ut videanuts frfios fUiorum usque in tcrliam ct qitartam gencratio-
nem [ d e s u e r t e , q u o v e m o s los hijos e s p i r i t u a l e s de los hijos hasta
la t e r c e r a y c u a r t a g e n e r a c i ó n ] ; y u m v e r s a l m e n t e t o d o s m u d a n
t a n t o la vida y c o s t u m b r e s , q u e es p a r a l o a r al S e ñ o r , y a l g u n a s p e r -
sonas de ellas q u e el S e ñ o r h a l l a m a d o , h a n m u e r t o c o n t a n t a forta-
leza y a l e g r í a y l l a m a n d o á J e s ú s , q u e es p a r a edificar á q u i e n q u i e r a ;
y los q u e están m a l o s t i e n e n m u y o t r a p a c i e n c i a d e la q u e solían en
las o t r a s enfermedades.»
P a s a l u e g o Laínez á e x p o n e r el fruto e s p i r i t u a l q u e se ha conse-
g u i d o en los m o n a s t e r i o s do monjas. H a p r e d i c a d o p r i m e r o , y des-
p u é s dado los E j e r c i c i o s á u n c o n v e n t o de b e n e d i c t i n a s , el m á s rico
de a q u e l p a í s , y h e a q u í el efecto q u e se ha s e g u i d o : «No p o d r í a d e -
c i r el fruto q u e h a n h e c h o [las monjas] e n el c o n o c i m i e n t o y lágri-
mas y m u t a c i ó n d e vida. Q u i e r e n t o d a s éstas v i v i r in conrmitni, p r i -
v a r s e d e t o d a s las cosas; c u á l q u i e r e d a r el a r m a r i o á la e n f e r m e r í a ,
c u á l el cofre á la sacristía; n o q u i e r e n l a b r a r cosas curiosas, n i q u i e -
r e n l i t e r a s ricas, id oliiu [ c o m o e n o t r o t i e m p o ] . E s t á n c o n t e n t í s i m a s
de la r e l i g i ó n , o b o d i e n t í s i m a s á todas. l í a n h e c h o p a c e s todas, p u e s -
tas en v e n c e r sus v o l u n t a d e s y las t e n t a c i o n e s , y en c o n t i n u a r la o r a -
ción y los a y u n o s y disciplinas d e la regla; y tándem, [ e n fin], les pa-
r e c e e s t a r en p a r a í s o , et -mérito [ y con r a z ó n ] , á m i p a r e c e r » .
H a b i e n d o e x p l i c a d o el b i e n h e c h o d e n t r o d e la c i u d a d , d e c l a r a Laí-
n e z e l fruto q u e se h a r e c o g i d o e n los p u e b l o s c o m a r c a n o s . «Allende
do la d i s p o s i c i ó n d e la c i u d a d , t o d o s los castillos v e c i n o s están dis-
p u e s t o s , si jnissent operarii [si h u b i e r a o p e r a r i o s ] . A n t e s de P e n t e -
c o s t é s , y e n d o á P l a s e n c i a , c o m o d i r é , p a s a n d o p o r u n g r a n castillo
q u e está en la vía, m e c o n o c i ó u n o q u e m e h a b í a oído en P a r m a , y lo
dice á los canónigos, los cuales e n v í a n u n o de ellos á r o g a r q u e p r e -
dicase; y n o h i c e sino a p e a r m e e n la calle y a n d a r al d o m o y s u b i r al
p u l p i t o , y d e s p u é s á la v u e l t a h i c e el s í m i l e , y está la g e n t e t a n m o -
CAP. XV.—LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA 495
v i d a , q u e h a n v e n i d o m u c h a s v e c e s á d e c i r m e q u e vaya, q u e t o d o el
p u e b l o m e e s p e r a , etc. E l s e g u n d o día de P e n t e c o s t é s , p o r q u e p o r
las p r o c e s i o n e s n o se p r e d i c a b a a q u í , m e fui á u n castillo y p r e d i q u é
tres v e c e s , y confesé t o d o el r e s t o d e l t i e m p o , de la m a ñ a n a á la n o -
che, y e n t r e o t r o s u n c o n c u b i n a r i o p ú b l i c o de siete años y su m a n -
ceba, e t c . , y t o d o s e s t á n r e n o v a d o s d e s p u é s q u e D. P e d r o F a b r o fué
allá. O t r o s dos s a c e r d o t e s q u e h a b í a n h e c h o los E j e r c i c i o s , s a l i e r o n los
mismos días p o r a l g u n a s a l d e a s , y c o n f e s a r o n en dos días, s e g ú n di-
cen, m á s de d o s c i e n t a s p e r s o n a s , y así h a c e n cada fiesta de e n t o n c e s
acá c o n símil fruto» (1).
2. D e s p u é s de e m p l e a r f r u c t u o s a m e n t e a l g u n o s m e s e s e n P a r m a ,
dejando allí á F a b r o , d i r i g i ó s e Laínez á Plasencia, d o n d e e n t r ó el 16
de J u l i o de 1540. No c o r r e s p o n d i ó tanto esta c i u d a d c o m o P a r m a á los
trabajos d e l m i s i o n e r o . «El d o m i n g o s i g u i e n t e (al 16 de J u l i o ) , es-
cribo él m i s m o , y o c o m e n c é á p r e d i c a r en el d o m o , y así h e s e g u i d o
todos los d o m i n g o s y fiestas hasta a q u í . H a y o y e n t e s b a s t a n t e s , y se
satisfacen, s e g ú n q u e place al S e ñ o r , y m á s de lo q u e m e r e c e m o s .
E n t r e los q u e v i e n e n á o i r está casi s i e m p r e M o n s e ñ o r de Sinigaglia,
que es a q u í g o b e r n a d o r . Vése a l g ú n fruto, p o r q u e m u c h a s p e r s o n a s ,
aun de las p r i n c i p a l e s , se c o m i e n z a n á confesar, y p o r s e r el t i e m p o
b r e v e , n o se dejan r e d u c i r á o r d e n n i n ú m e r o , y p o r q u e a l g u n a s se
confiesan y c o m u l g a n v a r i a s v e c e s . C u a n t o á los E j e r c i c i o s , h e m o s
comenzado á d a r l o s á c u a t r o ó cinco s a c e r d o t e s : ojalá fuesen ó ca-
lientes ó fríos. O t r a s p e r s o n a s s e c u l a r e s de u n o y o t r o sexo h a n h e -
cho confesión g e n e r a l c o n u n p e d a z o de los E j e r c i c i o s q u e les h e m o s
dado, y e s p e r a m o s en el S e ñ o r q u e , a h o r a q u e v o l v e r á n á la t i e r r a los
que están fuera, y v e n d r á el a d v i e n t o y el frío, ellos se e m p e z a r á n á
c a l e n t a r y se h a r á fruto» (2).
E f e c t i v a m e n t e : al cabo do a l g ú n t i e m p o se e m p e z a r o n á c a l e n t a r
los p l a c o n t i n o s , y el 10 de N o v i e m b r e escribía Laínez m á s a n i m a d o :
«De las p r é d i c a s c r e c e s i e m p r e la a u d i e n c i a , e s p e c i a l m e n t e d e s p u é s
que h a b e r n o s dejado el d o m o , p o r s e r l u g a r frío, y n o s h e m o s m u d a d o
á u n m o n a s t e r i o de S e r v i , d o n d e c o m e n z a r é , con a y u d a d e l Señor, á
San Mateo» [á e x p l i c a r el E v a n g e l i o de San Mateo] (3). E l c o n c u r s o
de la g e n t e c o n t i n u ó a u m e n t á n d o s e en ol a d v i e n t o , y las confesiones
y E j e r c i c i o s f u e r o n d a n d o a g r a d a b l e o c u p a c i ó n al celo d e l m i s i o n e r o ,
( 1 ) Epistolae P.Laincz. P a r m a , 2 J u n i o 1540.
( 2 ) Ibid. P i a c e n z a , 1(3 S e t i e m b r e 1 5 4 0 . E l o r i g i n a l e s t á en i t a l i a n o .
( 3 ) Ibid. í d e m , 10 N o v i e m b r e 1 5 4 0 .
 496 Lili. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
q u e el 12 de D i c i e m b r e escribía á San I g n a c i o : «Las cosas de acá cada
día v a n a d e l a n t e , t a n t o , q u e la o r a c i ó n y e s t u d i o de p r e d i c a r y leccio-
n e s y el cibo c o r p o r a l , es m e n e s t e r t o m a r la n o c h e , p o r q u e los días
son c o r t o s y las o c u p a c i o n e s en confesiones y E j e r c i c i o s son lar-
gas» (1). E n estas faenas p e r s e v e r ó Laínez h a s t a las N a v i d a d e s , y tanto
fué lo q u e se c o n m o v i ó la c i u d a d , q u e c u a n d o el día d e I n o c e n t e s
subió al pulpito p a r a d e s p e d i r s e do los o y e n t e s , fué escuchada su
d e s p e d i d a con m u c h a s l á g r i m a s . Salió do P l a s e n c i a el m i s i o n e r o , lle-
v á n d o s e a l g u n o s q u e p r e t e n d i e r o n e n t r a r en la Compañía, y habién-
d o s e d e t e n i d o algo en P a r m a , p r e s e n t ó s e en R o m a , a d o n d e le llamaba
I g n a c i o p a r a los g r a v e s n e g o c i o s q u e o c u r r í a n en el e s t a b l e c i m i e n t o
de la Compañía (2).
3. D e s d e p r i n c i p i o s de 1541 hasta m e d i a d o el 1542 r e s i d i ó Laínez
en R o m a . Su c a r g o p r i n c i p a l d e b i ó ser e n este t i e m p o aconsejar á
San I g n a c i o en el g o b i e r n o de la Compañía y en la traza de las Cons-
t i t u c i o n e s q u e ya m e d i t a b a el santo f u n d a d o r ; p e r o nos faltan datos
c o n c r e t o s s o b r e lo q u e hizo e n este p u n t o . F u e r a de los n e g o c i o s
i n t e r i o r e s de la Compañía, e m p l e ó su actividad Laínez en s e r m o n e s
y lecciones de S a g r a d a E s c r i t u r a , las cuales e r a n acogidas con suma
aceptación p o r los fíelos. E n el v e r a n o de 1542 fué e n v i a d o á V e n e -
cia, d o n d e había de fructificar c o p i o s a m e n t e los t r e s años quo falta-
b a n hasta el Concilio d e T r e n t o . El día de Santiago e m p e z ó á expli-
car el E v a n g e l i o de San J u a n e n la iglesia d e San S a l v a d o r . Asistie-
r o n u n a s c u a t r o c i e n t a s p e r s o n a s , y c o n t i n u a n d o la m i s m a tarea tres
v e c e s á la semana, á los p o c o s días pasaban de m i l los o y e n t e s , e n t r e
los cuales se c o n t a b a g e n t e g r a n a d a . C o m o e n Venecia era c o s t u m b r e
j u n t a r s e á consejo los g e n t i l e s h o m b r e s los días do fiesta p o r las tar-
des, m á s de s e s e n t a de ellos, e n v i a n d o los g o b e r n a d o r e s de San J u a n
y San P a b l o , r o g a r o n á Laínez q u e s u s p e n d i e s e la lección en esos días
y la hiciese en o t r o de la s e m a n a . A c c e d i ó el P a d r e , y s i e m p r e tenía
u n c o n c u r s o de lo más lucido y n o b l e de la ciudad. «Me h a c e n tan
b u e n t r a t a m i e n t o , escribía él m i s m o á San I g n a c i o , q u e y o (digiera
antes u n p o c o m e n o s y a u n h a r t o ; y cada día p a r e c e q u e v a n c r e -
c i e n d o el a m o r , b e n e v o l e n c i a y favor» (3).
No se l i m i t a b a á las lecciones e l t r a b a j o de Laínez. C o n v i d á b a n l e
en m o n a s t e r i o s d e h o m b r e s y m u j e r e s p a r a q u e les d i r i g i e s e p l á t i c a s
(1) Epistolae P. Lainez. P i a c e n z a , 12 D i c i e m b r e 1 5 4 0 .
( 2 ) Ibid. A r e z z o , 2 E n e r o 1 5 4 1 .
( 3 ) Ibid. V e n e c i a , 5 A g o s t o 1 5 4 2 .
CAr. XV.—LAÍXEZ Y SALMEBÓN, MISIONEROS EN ITALIA
497
piadosas, y él les complacía, e x h o r t á n d o l e s con f e r v o r á la o b s e r v a n -
cia d e sus r e g l a s . A c e r c á b a n s e á él s a c e r d o t e s y e s t u d i a n t e s deseosos
d e c o n o c e r l e y de a p r o v e c h a r s e en e s p í r i t u . R e c i b í a l o s él con b e n i g -
n i d a d , é i n d u c í a l o s s u a v e m e n t e á h a c e r los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s .
V e n í a n tal vez los p r o c u r a d o r e s do h o s p i t a l e s y o b r a s p í a s , y r o g á -
b a n l e q u e e n c a r g a s e en los s e r m o n e s el d a r l i m o s n a á sus r e s p e c t i -
vos e s t a b l e c i m i e n t o s . C u m p l í a Laínez lo q u e se l e r o g a b a , y los h o s -
pitales r e c o g i e r o n p i n g ü e s l i m o s n a s , lo c u a l n o d e j ó d e a c r e c e n t a r
la fama d e l p r e d i c a d o r (1).
4. E n el o t o ñ o d e 1542 h i z o u n a e x c u r s i ó n á P a d u a , d o n d e e m p e z ó
á e j e r c i t a r los m i s m o s m i n i s t e r i o s q u e en Venecia. P r o n t o , sin e m b a r -
go, v a r i ó de p l a n , p o r q u e a d v i r t i e n d o las semillas d e h e r e j í a q u e se
h a b í a n infiltrado de A l e m a n i a , j u z g ó c o n v e n i e n t e d i s m i n u i r las ex-
plicaciones de la E s c r i t u r a , y d e d i c a r u n a de las t r e s lecciones sema-
n a l e s á los p u n t o s de c o n t r o v e r s i a , p a r a p r e v e n i r los á n i m o s c o n t r a
los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s . A esta l e c c i ó n , dice L a í n e z , q u e e r a m a y o r
el a u d i t o r i o . O b s e r v a n d o e s t o , dejó á u n lado las e x p l i c a c i o n e s d e
E s c r i t u r a , y aplicóse á la p o l é m i c a y á l a e x h o r t a c i ó n m o r a l . «Desdo
e l p r i n c i p i o d e N o v i e m b r e acá, e s c r i b e á San I g n a c i o , p o r e s t i m a r
q u e h a r í a m á s f r u t o p o r esta o t r a v í a , c o m o p i e n s o q u e se h a r á , h e
cesado e n las lecciones, y en l u g a r do ellas h e t o m a d o m o n a s t e r i o s y
un h o s p i t a l , y en cada u n o do estos l u g a r e s h a g o u n a e x h o r t a c i ó n , de
m o d o q u e casi n o se pasa día do la s e m a n a q u e n o h a g a una, á n o s e r
el s á b a d o , y p o n g o especial c u i d a d o en n o h a b l a r más q u e de cosas
p r o v e c h o s a s , y se h a c e p a r t i c u l a r f r u t o , s e g ú n q u e los P a d r e s espi-
r i t u a l e s d e los m o n a s t e r i o s m e dicen» (2).
O t r o n e g o c i o i m p o r t a n t e h a b í a m o v i d o á Laínez á p r e s e n t a r s e e n
P a d u a , y e r a la fundación d e u n c o l e g i o n u e s t r o e n a q u e l l a ciudad.
H a b i e n d o e n t r a d o el año a n t e r i o r e n la C o m p a ñ í a los d o s P P . J u a n
d e P o l a n c o y A n d r é s F r u s i o , español el p r i m e r o y francés el s e g u n -
d o , j ó v e n e s e n t o n c e s q u e n o h a b í a n t e r m i n a d o sus e s t u d i o s , San I g -
n a c i o , d e s p u é s de p r o b a r l o s b i e n a l g ú n t i e m p o en R o m a , los e n v i ó
á c o n t i n u a r su c a r r e r a en la u n i v e r s i d a d de P a d u a . Aficionáronse á
ellos a l g u n o s p i a d o s o s e s t u d i a n t e s , y p r e t e n d i e r o n e n t r a r en la C o m -
pañía. Á este m i s m o t i e m p o , u n b u e n c a b a l l e r o l l a m a d o A n d r é s L i -
p ó m a n o , á q u i e n decían p r i o r de la Santísima T r i n i d a d , del n o m b r e
( 1 ) Epistolae P. Lainez. V é a n s e las c a r t a s s i g u i e n t e s d e 2 6 d e A g o s t o , 2 d e Se-
tiembre y 7 de Diciembre. '
( 2 ) Ibid, P a d u a , 11 D i c i e m b r e 1542.
32
498 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
d e l beneficio eclesiástico q u e p o s e í a en Venecia, h a b i é n d o s e a p r o v e -
c h a d o en el e s p í r i t u con la c o n v e r s a c i ó n d e l P . L a í n e z , y d e s e a n d o
m o s t r a r á la C o m p a ñ í a su a g r a d e c i m i e n t o , supo q u e e n P a d u a estu-
d i a b a n a l g u n o s de n u e s t r o s j ó v e n e s , y c o m o él poseía b i e n e s e n esta
ciudad, d e t e r m i n ó h a c e r la costa á n u e s t r o s e s t u d i a n t e s . D i s c u r r i e n d o
s o b r e el n e g o c i o c o n e l P . Laínez, l l e g a r o n a m b o s á t r a z a r el p l a n d e
u n a v e r d a d e r a fundación en toda r e g l a , c o m o más a d e l a n t e se h a b í a
de p r a c t i c a r e n n u e s t r o s c o l e g i o s . P a r a a r r e g l a r este a s u n t o , y al
m i s m o t i e m p o p a r a i n s t r u i r á a q u e l l o s j ó v e n e s e n la c o n d u c t a q u e
debían o b s e r v a r d u r a n t o sus e s t u d i o s , había pasado Laínez á P a d u a .
No so p u d i e r o n a s e n t a r p o r e n t o n c e s todas las cosas, p e r o al m e n o s
la casa d e P a d u a e m p e z ó á ajustarse á la f o r m a d e c o l e g i o desde 1542»
y los j ó v e n e s P o l a n c o y F r u s i o p a s a r o n á la casa de L i p ó m a n o e n el
v e r a n o de 1543 (1).
P o r D i c i e m b r e se v o l v i ó Laínez á Venecia, d o n d e p r o s i g u i ó sus
apostólicas t a r e a s hasta p a s a d o el v e r a n o de 1543. E n el otoño de este
año dio o t r a v u e l t a á P a d u a , d e d o n d e fué llamado á B r e s c i a á p r i n -
cipios del s i g u i e n t e año. A q u í el fruto de sus s e r m o n e s fué copiosí-
s i m o . O i g a m o s c ó m o da c u e n t a con p a l a b r a s m o d e s t í s i m a s á San
I g n a c i o d e lo q u e hizo e n B r e s c i a : «Creo q u e la b o n d a d d e l S e ñ o r ha
sacado a l g ú n fruto de su p a l a b r a , y á lo q u e el v i c a r i o y m u c h a s p e r -
sonas de b i e n m e d i c e n , el p u e b l o , q u e en a l g u n a m a n e r a estaba du-
b i o e n las cosas d e la fe, se h a c o n f i r m a d o e n la v e r d a d católica, de
m o d o q u e decían q u e m u c h a s p e r s o n a s (ó, p o r d e c i r c o m o ellos di-
cen, más de mil) se s e n t í a n con p r o n t i t u d al santo m a r t i r i o , si el Se-
ñ o r á él les llamase. P e r o esto Dios sólo lo p u e d e saber, y y o n o lo
e s c r i b o sino p o r d e c i r la o p i n i ó n de los q u e más q u e y o p l a t i c a n con
los a u d i t o r e s d e l v e r b o divino» (2). Á esta c o n f i r m a c i ó n d e l p u e b l o
e n la v e r d a d e r a fe se a ñ a d i e r o n on Brescia los o t r o s f r u t o s e s p i r i t u a -
les q u o en o t r a s p a r t e s l o g r a b a L a í n e z , cuales e r a n la r e f o r m a de
m o n a s t e r i o s , los E j e r c i c i o s dados á p e r s o n a s escogidas, y, lo q u e en-
t o n c e s e r a tan n e c e s a r i o , el m o v e r al c l e r o s e c u l a r á e j e r c i t a r si-
q u i e r a el m i n i s t e r i o de la confesión. E s n o t a b l e e n t r e o t r a s cosas q u e
r e f i e r e Laínez, el o i r l e c o n t a r é s t a : «Algunos d e ellos [ s a c e r d o t e s se-
g l a r e s ] con la o b e d i e n c i a del v i c a r i o se h a n p u e s t o á confesar g r a t i s ,
o t r o s á a y u d a r y s e r v i r al p r ó j i m o e n o t r a s maneras.» Lo m i s m o ve-
m o s en otras cartas d e L a í n e z , d o n d e e n u m e r a e n t r e los frutos d e
( 1 ) P o l a n - o , Historia S. J., t. l, p . 112.
( 2 ) Ibid. B r e s c i a , 1 3 M u y o 1514.
CAr. XV.—LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA 499
sus m i s i o n e s , q u e los curados se s i e n t e n en el confesonario. De paso
p o d r e m o s e n t e n d e r p o r estas noticias, q u i é n t e n í a e n g r a n p a r t e la
culpa d e q u e la f r e c u e n c i a de s a c r a m e n t o s e s t u v i e r a tan o l v i d a d a e n
el siglo x v i . De B r e s c i a pasó á V c r o n a , V i c e n c i a y P a d u a , d o n d e se
d e t u v o más t i e m p o , y so fijó o t r a vez en Venecia.
La c u a r e s m a del año 1545 la p r e d i c ó e n B a s s a n o , y d e allí se d i r i -
gió á R o m a , y a p a r a a r r e g l a r con San I g n a c i o a l g u n a s dificultades
q u e s u r g í a n en la fundación del colegio de P a d u a , y a p r i n c i p a l m e n t e
para d i s p o n e r su p a r t i d a al concilio, p a r a el cual le d e s t i n a b a el papa,
c o m o t e ó l o g o suyo, j u n t o con el P . S a l m e r ó n . E n t r e t a n t o q u o llegaba
el m o m e n t o de su p a r t i d a , rjredicó e n San L o r e n z o in Dámaso con tan
feliz é x i t o y t a n t o a p l a u s o del p u e b l o , q u e se e m p e z ó á s u s u r r a r q u e
le i b a n á h a c e r o b i s p o . Confirmó este r u m o r la noticia q u e se espar-
ció, de q u e el obispo de L a y b a c h lo pedía p a r a a u x i l i a r s u y o con de-
r e c h o de sucesión. Esta fué la p r i m e r a vez q u e se o f r e c i e r o n d i g n i -
dades eclesiásticas á la Compañía. La resistencia f o r m a l q u e ofreció
Laínez á esta idea deshizo fácilmente aquellas trazas (1).
5. Lo q u e Laínez y S a l m e r ó n o b r a r o n e n el concilio de T r e n t o m e -
rece c a p í t u l o a p a r t e . Mientras allí t r a b a j a b a n a m b o s P a d r e s , i m p o r -
t u n a b a n á San I g n a c i o los d u q u e s de F l o r e n c i a p a r a q u e les e n v i a s e
p o r a l g ú n t i e m p o al P . Laínez. No p u d o a c c e d e r el santo á estos pia-
dosos d e s e o s , hasta q u e en J u n i o de 1547, l a n g u i d e c i e n d o cada vez
más la a c t i v i d a d del c o n c i l i o , y estando ya p a r a d i s o l v e r s e , p a r e c i ó
innecesaria la p r e s e n c i a de Laínez en a q u e l l a c é l e b r e a s a m b l e a . Des-
p i d i é n d o s e e n t o n c e s de los p r e l a d o s , e n c a m i n ó s e el P a d r e á F l o r e n -
cia, y allí e m p e z ó sus faenas apostólicas al día s i g u i e n t e de San J u a n
Bautista. F u e s e q u e los á n i m o s e s t u v i e s e n p r e d i s p u e s t o s con la fama
c o n s e g u i d a p o r Laínez en R o m a y en los estados de V e n e c i a , fuese
q u e e l s e r t e ó l o g o d e l concilio le captase la v e n e r a c i ó n d e l a u d i t o -
r i o , es lo c i e r t o q u e desde el p r i m e r día t u v o u n c o n c u r s o g r a n d í -
s i m o , y r e c o g i ó en F l o r e n c i a u n f r u t o e s p i r i t u a l m a y o r q u e e n n i n -
g u n a de las c i u d a d e s d o n d e antes h a b í a p r e d i c a d o (2). P o r el o t o ñ o
( 1 ) r o l a n c o , Historia S. J., t . I, p . 150.
( 2 ) El P . A n d r é s P r u s i o , q u e e n t o n c e s r e s i d í a en F l o r e n c i a y e s c u c h ó los p r i m e -
ros s e r m o n e s d e L a í n e z , n o a c a b a b a d e a d m i r a r s e d e la e l o c u e n c i a y s a b i d u r í a q u e
m o s t r a b a el o r a d o r . Y a u n q u e B U t e s t i m o n i o , c o m o d e H e r m a n o , p o d r á p a r e c e r p a r -
c i a l , q u e r e m o s t r a n s c r i b i r l o p o r la f r a n c a y e s p o n t á n e a a d m i r a c i ó n q u e m a n i f i e s t a :
« P a r e v a o g n i u n o d i r é c o n la b o c e a o n e l c u o r e B U O : numquam sic homo locutus est,
sullem d a t e m p i n o s t r i ; et q u e s t o p o s s o a f f i r m a r e in c o n s c i e n t i a m i a , c h e m a i n o n h o
s e n t i t o n e s p e r o s e n t i r é i n v i t a m i a p r e d i c h e piii a b s o l u t o e t p e r f e t t e i n s p i r i t o ,
500 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
salió á h a c e r e x c u r s i o n e s en o t r a s c i u d a d e s , c o m o en E u g u b i o , Mon-
t e p u l c i a n o y S e n a , h a s t a q u e , a c e r c á n d o s e la c u a r e s m a de 1548, v o l -
v i ó á p r e d i c a r l a en F l o r e n c i a (1).
C o n c l u i d o este t r a b a j o , h u b o de p a r t i r s e p o r el m e s de A b r i l á
Venecia, a d o n d e t a m b i é n c o n c u r r i e r o n p r i m e r o el P . J a y o y d e s p u é s
el P . S a l m e r ó n , p a r a r e s o l v e r u n n e g o c i o e n o j o s o .
E l b u e n A n d r é s L i p ó m a n o , d e q u i e n h a b l a m o s a r r i b a , había ce-
d i d o á los N u e s t r o s el p r i o r a t o d e la M a g d a l e n a q u e poseía e n P a d u a ,
p a r a q u e c o n las r e n t a s d e este beneficio se s u s t e n t a s e n los H e r m a -
n o s d e la Compañía q u o e s t u d i a b a n en a q u e l l a u n i v e r s i d a d . La p o s e -
sión e s p i r i t u a l d e l beneficio d e b í a darla, n a t u r a l m e n t e , el S u m o P o n -
tífice, y p o r este lado n i n g u n a dificultad t u v o el n e g o c i o . E n v i r t u d
de la c o n c e s i ó n h e c h a p o r P a u l o I I I , los P P . Laínez y J a y o , p r e s e n -
tándose en P a d u a , t o m a r o n la p o s e s i ó n e s p i r i t u a l , a n t e n o t a r i o y tes-
tigos, el día 25 de A b r i l (2). P e r o lo q u e s o l l a m a b a posesión, temporal,
es d e c i r , la posesión de las r e n t a s y o t r o s b i e n e s t e m p o r a l e s de u n
beneficio, n o se p o d ía o b t e n e r e n Venecia sin el c o n s e n t i m i e n t o d e l
S e n a d o , y éste e r a el n u d o difícil, cuya s o l u c i ó n e n c o m e n d ó San I g -
nacio al P . Laínez.
U n h e r m a n o de L i p ó m a n o , n o s a b e m o s c o n q u é f u n d a m e n t o , h a b í a
e s p e r a d o q u e aquel beneficio pasase á u n hijo s u y o . C o m o vio q u e
lo i b a n á o c u p a r los j e s u í t a s , p r o c u r ó c o n t o d a s sus fuerzas i m p e d i r
e l c o n s e n t i m i e n t o d e l S o n a d o . Cinco meses h u b o d e b a t a l l a r el P . Laí-
n e z p a r a v e n c e r esta o p o s i c i ó n . A n t e t o d o , hizo q u e p o r m e d i o d e
a l g u n o s s e n a d o r e s a m i g o s se p r e s e n t a s e n al S e n a d o las b u l a s q u e con-
firmaban la Compañía y la q u e confería á ella el p r i o r a t o (3). H a b l ó
en p a r t i c u l a r á v a r i o s s e n a d o r e s q u e le i n s p i r a b a n m a y o r confianza,
y lo m i s m o hizo p o r su p a r t e el P . S a l m e r ó n , m a n d a d o á Venecia
p a r a s e c u n d a r los esfuerzos do Laínez. P o r o t r o lado, bus c ó San I g -
n a c i o en R o m a cartas d e r e c o m e n d a c i ó n de v a r i o s c a r d e n a l e s y e m -
b a j a d o r e s y h a s t a d e l m i s m o S u m o Pontífice (4).
Á p e s a r do t o d a s estas d i l i g e n c i a s n o se l o g r a b a q u e el S e n a d o vi-
dottrina, pronuntiatione e t g e s t i m o d e r a t i , c o m e c o n v e n i v a , e t il t u t t o con tanta
c h í a r e z z a e t f a c i l i t a n e l d i r é e t e s p r i m e r e l e cose d a n d o es¡-empi f a m i l i a r i ( d o v e occor-
r o v a n o p a s s i pin a l t i e t s o t t i l i del c o m u n e i n t e n d e r e ) , c h e i i n alie d o n n e p i ü s e m -
plici si f a c e r a capire.» Litterae quadrimestres, t. I , p . 4 5 .
( 1 ) Epistolae P. Lainez. Véanse las c a r t a s q u e escribió desde Florencia.
( 2 ) Ibid. Venecia, 28 Abril 1 5 4 8 .
( 3 ) Ibid. í d e m , 5 Mayo 1548.
( 4 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 2 7 3 .
CAP. XV.—LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ÍTALIA 501
n i e s e á u n a c u e r d o , p o r q u e la p a r t e c o n t r a r i a i n t e r p o n í a t a m b i é n
súplicas y r e c o m e n d a c i o n e s p o d e r o s a s . P a r a a c t i v a r m á s el n e g o c i o ,
p r e s e n t á r o n s e u n día Laínez y S a l m e r ó n á la c o m i s i ó n de s e n a d o r e s ,
llamada T r i b u n a l do las p r e c e s , q u e d e b í a c o n o c e r de la causa; h a -
bló l a r g a m e n t e L a í n e z , y con m u c h a c l a r i d a d y m o d e s t i a d e m o s t r ó
el d e r e c h o q u e t e n í a n los N u e s t r o s al p r i o r a t o (1). A d m i r ó á l o s se-
n a d o r e s la d o c t r i n a y p r u d e n c i a d e l o r a d o r ; s a l u d á r o n l e afectuosa-
m e n t e c u a n d o t e r m i n ó su discurso, p i d i é r o n l e q u e lo e s c r i b i e r a ,
l e y é r o n l o d e s p u é s e n p l e n o S e n a d o ; en u n a p a l a b r a , d i é r o n l e todas
las m u e s t r a s de h o n o r y r e s p e t o ; p e r o c o n t o d o eso c o n t i n u a b a sus-
p e n s o i n d e f i n i d a m e n t e el n e g o c i o . A g o t a d o s todos los r e c u r s o s , n o
sabía Laínez a d o n d e v o l v e r s e p a r a salir a d e l a n t e e n la e m p r e s a ,
c u a n d o d e r e p e n t e , sin q u e sepamos q u i é n influyó e n ello i n m e d i a -
t a m e n t e , se p r o p u s o el asunto á la v o t a c i ó n del S e n a d o . E l día 15 de
S e t i e m b r e de 1548 se r e c o g i e r o n los v o t o s de los s e n a d o r e s . E l é x i t o
n o p u d o s e r m á s f a v o r a b l e á la Compañía. Sólo h u b o dos v o t o s con-
t r a r i o s á ella. Los c i e n t o c u a r e n t a y t r e s r e s t a n t e s la c o n c e d í a n el
p r i o r a t o (2). Las o r a c i o n e s de San I g n a c i o , q u e Laínez h a b í a i m p l o -
r a d o , d e b i e r o n o b t e n e r este s u s e s o , y p u d o s e r q u e á ello c o n t r i b u -
y e r a o t r a c i r c u n s t a n c i a , y fué q u e , h a b i e n d o el S e n a d o p e d i d o secr e-
t a m e n t e al P o d e s t á de P a d u a i n f o r m e s s o b r e la v i d a y c o s t u m b r e s de
los N u e s t r o s q u e allí r e s i d í a n , se los dio el P o d e s t á s u m a m e n t e h o -
noríficos y favorables á la Compañía (3).
6. D e s e m b a r a z a d o Laínez de este n e g o c i o , pasó á Ñ a p ó l e s á fines
del a ñ o 1548 p a r a d i r i g i r s e do allí á Sicilia (4). E n la c u a r e s m a de
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 2 7 4 .
( 2 ) Epistolae P. Lainez. V e n e c i a 2 2 d e S e t i e m b r e d e 1548. P i i b a d e n e i r a , T7Í7Í/,
del P. Lainez, 1. I, c. v , y Vida de San Ignacio, 1. n i , c . VI. E s d e n o t a r q u e el
P . S a l m e r ó n , a l d a r su j u i c i o s o b r e la Vida del P. Laínez e s c r i t a p o r R i b a d e n e i r a , r e -
cordando este h e c h o , pone otro número de v o t o s , diciendo q u e fueron doscientos
seis los s e n a d o r e s r e u n i d o s , d e los c u a l e s c i e n t o n o v e n t a y d o s f u e r o n f a v o r a b l e s á
la C o m p a ñ í a , d o s c o n t r a r i o s y d o c e n e u t r a l e s ( R o m a , A r c h . d i S t a t o , Censurae libro-
rum, t. I, f. 2 ) . P u d o n a c e r e s t a d i v e r s i d a d d e q u e L a í n e z c o n t ó los v o t o s de l o s
q u e se h a l l a r o n p r e s e n t e s á la sesión d e l d í a 15, d e l a c u a l f a l t a b a n el d u x y a l g u -
n o s o t r o s , c o m o lo i n s i n ú a el m i s m o L a í n e z e n su c a r t a . Si e s t o s a u s e n t e s d i e r o n
después sus votos en otra ocasión ó forma, pudo ser q u e se llegara al n ú m e r o seña-
lado p o r el P . Salmerón.
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t . I, p . 2 7 4 .
( 4 ) F u é curioso u n rasgo de respeto q u e en Ñapóles se dispensó á n u e s t r o misio-
n e r o m i e n t r a s e s p e r a b a e m b a r c a c i ó n . O i g á m o s e l o r e f e r i r á él m i s m o : « L a p a r t i d a
[ á P a l e r m o ] , B Í Dios q u i s i e r e , s e r á la s e m a n a q u e v i e n e , e n l a s g a l e r a s d e Sicilia, e l
c a p i t á n d e las c u a l e s , q u e e s p a r i e n t e de la d u q u e s a d e T a l l a c o z z o , la c u a l le h a h a -
 CAP. XV.—LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA 503
502 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

este año l o g r ó en P a l e r m o los triunfos q u e ya le v i m o s r e p o r t a r en n u e s t r o , y p a r a esto lo dijo él despacio en voz alta. A l g u n o s de los
o y e n t e s (los más viejos), a n t e s de r e p e t i r l o , i n d i c a r o n al P a d r e q u e
F l o r e n c i a . C o m o e n t o n c e s g o b e r n a b a la isla J u a n d e V e g a , u n o de
a q u e l l o e r a el P a d r e n u e s t r o á la e s p a ñ o l a , y q u e ellos lo sabían á la
los g r a n d e s a m i g o s d e San I g n a c i o , lo e n c o n t r ó t o d o p r o p i c i o el
p i s a n a . S o r p r e n d i ó s e Laínez al o i r esta distinción y m a n d ó q u e le
P . Laínez. E l año 1550 hizo n u e s t r o m i s i o n e r o u n a l a r d e g l o r i o s í s i -
dijesen el P a d r e n u e s t r o á la p i s a n a . E l tal P a d r e n u e s t r o consistía
m o de su c e l o , v a l o r , c a r i d a d y p a c i e n c i a , a c o m p a ñ a n d o á la e x p e -
en d e c i r el o r d i n a r i o m u y m a l p r o n u n c i a d o y o m i t i r u n a p a r t e de él,
d i c i ó n q u e se d i r i g i ó al África c o n t r a el p i r a t a D r a g u t . C o m o d u r ó
s o b r e t o d o a q u e l l a p e t i c i ó n , et dimitte nobis debita uostra sicut et ñas
a l g u n o s m e s e s la c a m p a ñ a y a r r e c i a b a n los c a l o r e s , e n f e r m a r o n m u -
dimittimits debitoribtis nostris. H í z o l e s n o t a r el m i s i o n e r o los defectos
chos s o l d a d o s , á los cuales s o c o r r í a e s p i r i t u a l y t e m p o r a l m e n t e Laí-
d e s u P a d r e n u e s t r o , y les e n c a r g ó r e z a r l o e n a d e l a n t e á la española
nez. E l j u b i l e o de a q u e l año, l l e g a d o al África m i e n t r a s d u r a b a la
a u n q u e á los p o b r e s viejos les p a r e c í a i m p o s i b l e a c o s t u m b r a r s e á
e x p e d i c i ó n , y p r o m u l g a d o p o r el P a d r e , fué ocasión p a r a ésto d e
n u e v o P a d r e n u e s t r o (1).
m a y o r e s fatigas, c o m p e n s a d a s felizmente con el c o p i o s í s i m o fruto
C u a n d o en la p r i m a v e r a de 1552 so i n t e r r u m p i ó s e g u n d a vez el
q u e r e c o g i ó . «Es t a n t a la d e v o c i ó n y a l e g r í a , e s c r i b e á San. I g n a c i o ,
c o n c i l i o , v o l v i ó el P . Laínez á sus tareas apostólicas. E s t e año fué
con q u e se h a a c e p t a d o p o r todos [el j u b i l e o ] , quo c r e o n u e s t r o So-
n o m b r a d o P r o v i n c i a l d e la I t a l i a s u p e r i o r , y p r o m o v i ó la C o m p a ñ í a
ñ o r será m u c h o s e r v i d o . Hasta dos y t r e s y seis h o r a s de n o c h e esta-
e n todas a q u e l l a s r e g i o n e s , s o b r e t o d o e n la c i u d a d d e Genova, d o n d e
m o s o c u p a d o s e n confesar, y desde antes q u e amanezca. C o n ñ é s a n s e
a b r i ó u n c o l e g i o . No fué la enseñanza el ú n i c o beneficio con q u e favo-
t o d o s , g r a n d e s y chicos, y m u c h o s se m u d a n de vida y t i e n e n m u c h o
r e c i ó á los g e n o v e s e s . P o r el g r a n m o v i m i e n t o c o m e r c i a l q u e e n t o n c e s
conocimiento y buena intención, y tenían tanta necesidad, que no
h a b í a en esta ciudad, e r a n m u c h o s los p e c a d o s q u e se c o m e t í a n p o r los
t e n í a n de cristianos sino p o c o m á s d e l n o m b r e Apenas hay tiempo
fraudes, y más a ú n p o r los excesos d e la u s u r a . E l P . Laínez, d e s p u é s
p a r a c o m e r y d o r m i r » (1).
d e e x h o r t a r f e r v o r o s a m e n t e al p u e b l o á la m u d a n z a de vida, e x p l i c ó
7. C u a n d o , v e n c i d o el p i r a t a D r a g u t y t o m a d a T r í p o l i , v o l v i ó t r i u n -
con d e t e n c i ó n los p r i n c i p i o s m o r a l e s acerca de los c o n t r a t o s , y c o m o
fante la a r m a d a , el P . Laínez fué d e s t i n a d o o t r a vez á F l o r e n c i a , cuya
d e s p u é s de o i r l e q u e d a s e n en pie a l g u n a s dificultades, hizo el P a d r e
d u q u e s a , en e x t r e m o aficionada á la s a b i d u r í a y p r u d e n c i a del jesuíta,
q u e se las p u s i e s e n p o r e s c r i t o , y las r e m i t i ó á R o m a p a r a q u e se
n o dejaba d e i n s t a r p o r q u e so le dejasen en sus estados. H a b i e n d o
c o n s u l t a s e n c o n Su S a n t i d a d (2). Así e m p l e ó Laínez los t r e s años d e
pasado los d u q u e s u n a t e m p o r a d a en P i s a , d i r i g i ó s e allá L a í n e z , y
1552 á 1555. E n t o n c e s fué e n v i a d o á A l e m a n i a en c o m p a ñ í a del car-
d e s p u é s de ofrecer sus r e s p e t o s á tan i l u s t r e s s e ñ o r e s , dióse á ense-
d e n a l M o r o n e , p e r o h u b i e r o n de v o l v e r u n o y o t r o d e su viaje pol-
ñ a r la d o c t r i n a á los n i ñ o s p o r las calles. R e c o g í a los m á s p o b r e s y la m u e r t e de J u l i o I H . E n Italia c o n t i n u ó Laínez hasta la m u e r t e de
andrajosos q u e a n d a b a n v a g a b u n d o s p o r la c i u d a d ; y h a c i é n d o l o s S a n I g n a c i o , o c u r r i d a el año s i g u i e n t e .
a l g u n o s r e g a l i t o s con las limosnas q u e u n b u e n m e r c a d e r le p r o v e y ó
8. E l P . A l o n s o S a l m e r ó n , así c o m o fué c o m p a ñ e r o d e Laínez e n
p a r a este santo fin, l o g r ó e n s e ñ a r l e s los r u d i m e n t o s d e la d o c t r i n a
(d concilio, así t a m b i é n le i m i t ó en las tareas apostólicas, q u e e j e r c i t ó
cristiana. E n esta h u m i l d e o c u p a c i ó n estaba s a n t a m e n t e a t a r e a d o
t o d o s estos años en v a r i a s ciudades, p r i n c i p a l m e n t e e n Italia. La m i -
en 1551, c u a n d o le v i n o o r d e n de a c u d i r al concilio q u e de n u e v o se
sión más o r i g i n a l q u e t u v o fué la do I r l a n d a , a d o n d e le e n v i ó P a u -
reunía en Trento.
lo H I con el P . Pascasio B r o o t en 1542. C o m o E n r i q u e V I I I se esfor-
No o m i t i r e m o s u n caso c u r i o s o q u e le a c o n t e c i ó e n Pisa, m i e n t r a s
zaba e n s o j u z g a r la católica isla y a r r a s t r a r l a al a b i s m o d e l cisma, el
e n s e ñ a b a el catecismo á los p o b r e s . A d v i r t i e i i d o q u e a l g u n o s i g n o r a -
papa, d e s p u é s d e p r o b a r o t r o s m e d i o s p a r a c o n s e r v a r l a en la u n i d a d
b a n las o r a c i o n e s m á s i n d i s p e n s a b l e s , e m p e z ó á e n s e ñ a r l e s el P a d r e
católica, j u z g ó c o n v e n i e n t e m a n d a r á dos d e la C o m p a ñ í a , con p o -
testad de n u n c i o s a p o s t ó l i c o s , p a r a q u e , i n t r o d u c i é n d o s e sin a p a r a t o
b l a d o , n o s h a c e t a n t a s c a r i c i a s , q u e y a es d e m a s i a d o , h a s t a d e c i r q u e p o r n u e s t r o r e s -
p e t o h a r á e s p e r a r t o d a s las g t d e r a s h a s t a q u e p r e d i q u e al v i r r e y . » (Epistolae P. Lainez.
Ñ a p ó l e s , 5 d e E n e r o d e 1540.) R a r a s v e c e s se h a b r á v i s t o e s t a r e s p e r a n d o t o d a u n a
( 1 ) Epistolae P. Lainez. P i s a , 30 d e A b r i l d e 1 5 5 1 .
a r m a d a á q u e u n p o b r e religioso p r e d i q u e un sermón.
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. i v , p . 5 0 5 .
( 1 ) Epistolae P. Lainez. D e l c a m p o del Á f r i c a , 2 d e S e t i e m b r e d e 1 5 5 0 .
 L i n . I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
e n la isla, y g a n a n d o s u a v e m e n t e los á n i m o s , c o n s i g u i e r a n c o n el c e l o
y c a r i d a d lo q u e n o se p o d í a l o g r a r con la fuerza d e las a r m a s n i c o n
(d r u i d o de las embajadas.
Dio P a u l o I I I á los dos P a d r e s u n a bula, en quo les concedía a m p l í -
simas facultades p a r a r e v a l i d a r m a t r i m o n i o s , d i s p e n s a r i n d u l g e n c i a s
y repartir otras gracias espirituales, que ordinariamente suelen co-
m u n i c a r s e á los fieles p o r m e d i o de los o b i s p o s , p e r o q u e e n t o n c e s
n o se p o d í a n d i f u n d i r d e este m o d o , p o r e s t a r los p a s t o r e s ó deste-
r r a d o s d e s u s d i ó c e s i s ó p e r s e g u i d o s e n c a r n i z a d a m e n t e . Á esta b u l a
a c o m p a ñ a b a u n s a l v o c o n d u c t o , e n q u e el S u m o Pontífice m a n d a b a á
t o d o s los p r í n c i p e s y s e ñ o r e s c r i s t i a n o s , d e j a r p a s o l i b r e p o r sus t i e -
r r a s á los dos n u n c i o s apostólicos, sin i m p o n e r l e s n i n g ú n g r a v a m e n .
A d e m á s , e n t r e g ó l e s P a u l o I I I cartas p a r a el r e y y p a r a el c a r d e n a l
de Escocia (1).
P r o v i s t o s de estos d o c u m e n t o s , s a l i e r o n do R o m a los dos P a d r e s
el 10 de S e t i e m b r e de 1541, a c o m p a ñ a d o s de F r a n c i s c o Zapata, caba-
l l e r o español q u e p r e t e n d í a e n t r a r en la Compañía, y e n t r ó efectiva-
m e n t e p o c o d e s p u é s (2). A t r a v e s a n d o F r a n c i a , n o sin p e l i g r o y dila-
c i o n e s , d e s e m b a r c a r o n e n Escocia e l ú l t i m o día d e l año 1541. P r e -
s e n t á r o n s e al r e y J a c o b o , y le e n t r e g a r o n la c a r t a q u e l l e v a b a n d e l
S u m o Pontífice. Acogiólos el s o b e r a n o c o n m u c h a b e n i g n i d a d , y en-
t e n d i d o el objeto de su viaje, les dio cartas de r e c o m e n d a c i ó n p a r a
las p e r s o n a s p r i n c i p a l e s del c l e r o y n o b l e z a de I r l a n d a .
P a s a r o n á esta isla los P a d r e s á p r i n c i p i o s de la c u a r e s m a de 1542.
E n c o n t r á r o n l o t o d o en u n estado m u y d e p l o r a b l e (3). E l r e y de I n -
g l a t e r r a se h a b í a h e c h o d u e ñ o de la i s l a , y apenas h a l l a b a q u i e n le
r e s i s t i e s e . Los t r e s s e ñ o r e s más p o d e r o s o s d e l p a í s , l l a m a d o s O y n e l ,
O d o n e l y O n e l l , se h a b í a n v i s t o o b l i g a d o s á p r e s t a r l e o b e d i e n c i a ,
( 1 ) L a b u l a y el s a l v o c o n d u c t o p u e d e n v e r s e e n el a r c h i v o s e c r e t o d e l V a t i c a n o
(Bullae secretas Pauli III, t. n i . A n n i V i l e t v m , f s . 113 y 116). L a s c a r t a s p a r a
el r e y y p a r a el c a r d e n a l p u e d e n v e r s e en el m i s m o a r c h i v o (U/iattae Brevium Pau-
li III, t . x v n , n . 3 2 4 , y t. XX, n . 1 6 6 ) . E s d e a d v e r t i r q u e e n e s t o s m i s m o s t o m o s
h a y b r e v e s d e P a u l o I I I en el m i s m o s e n t i d o , e n d e r e z a d o s á los P P . C o d u r i y S a l m e -
r ó n , y d e s p i c h a d o s en el m e s d e F e b r e r o . S e v e q u e la p r i m e r a i n t e n c i ó n d e S a n
I g n a c i o f u é e n v i a r al P . C o d u r i ; p e r o t a l v e z la e n f e r m e d a d d e é s t e ( p u e s v i n o á
m o r i r a q u e l m i s m o a ñ o ) o b l i g ó á s u s t i t u i r l e c o n el P . B r o e t .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. l, p . 109.
( 3 ) T o d o lo q u e s i g u e lo t o m a m o s d e la e x t e n s a r e l a c i ó n q u e e s c r i b i e r o n B r o e t y
S a l m e r ó n al c a r d e n a l d e S a n t a C r u z , M a r c e l o C e r v i n i , f e c h a e n E d i m b u r g o á 9 d e
A b r i l d e 1 5 4 2 . P u e d e v e r s e e n la B i b l i o t e c a V a t i c a n a , s e c c . Yuticana-latina, nú-
m e r o 6.210, f. 8 4 .
CAI\ XV.—LAÍNEZ Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA 505
a u n q u e O y n e l h a b í a p e l e a d o con g r a n v a l o r v a r i o s años. Si algo q u e -
daba e n la isla n o s o m e t i d o á I n g l a t e r r a , p r o n t o iba á s e r sojuzgado
p o r los i n g l e s e s , y y a E n r i q u e V I I I se i n t i t u l a b a r e y de I r l a n d a . El
t r a s t o r n o social y p o l í t i c o e r a m u y g r a n d e . M i e n t r a s estaban allí los
P a d r e s , el s e ñ o r de la r e g i ó n e n q u e v i v í a n i n v a d i ó el t e r r i t o r i o de
o t r o s e ñ o r , m a t ó á m u c h o s h o m b r e s y a p r e s ó dos m i l vacas. La rela-
j a c i ó n do c o s t u m b r e s , i n t r o d u c i d a p o r estas g u e r r a s , era l a m e n t a -
b l e . E n m e d i o de tantas d e s v e n t u r a s , q u e d a b a el p u e b l o sencillo, con
su fe v i v í s i m a y su a d h e s i ó n i n q u e b r a n t a b l e á la Santa S e d e .
P r o c u r a r o n los P a d r e s a p r o v e c h a r c o m o p o d í a n á u n p u e b l o tan
t r a b a j a d o p o r los m a l e s d e la g u e r r a . No e j e r c i t a r o n la p r e d i c a c i ó n ,
p o r q u e i g n o r a b a n la l e n g u a del p a í s ; p e r o u s a n d o de las facultades
q u e l l e v a b a n c o m o n u n c i o s apostólicos, c o n c e d i e r o n m u c h a s dispen-
sas m a t r i m o n i a l e s , d i s t r i b u y e r o n n u m e r o s a s i n d u l g e n c i a s , y h a b l a n -
do p r i v a d a m e n t e con las p e r s o n a s p r i n c i p a l e s , las e x h o r t a r o n á p e r -
m a n e c e r firmes en la fe de sus m a y o r e s y e n la o b e d i e n c i a al R o m a n o
Pontífice. A c r e d i t a r o n su m i n i s t e r i o a m b o s P a d r e s con el d e s i n t e r é s
q u e m o s t r a b a n en t o d o , p u e s ó n o r e c i b í a n l i m o s n a a l g u n a p o r las
gracias q u e concedían, ó si e r a n m u y i m p o r t u n a d o s , l u e g o d e r e c i b i r
lo q u e les d a b a n , lo r e p a r t í a n p ú b l i c a m e n t e e n t r e los p o b r e s . E l fa-
v o r a b l e r u m o r q u e e m p e z ó á c o r r e r e n t r e el p u e b l o a c e r c a d e los
P a d r e s , a d v i r t i ó á los ingleses de la p r e s e n c i a de los n u n c i o s a p o s t ó -
licos. C o m o era d e s u p o n e r , t r a t a r o n luego d e a c a b a r con ellos, ó d e
cogerlos cautivos para enviarlos á Inglaterra. Conociendo Broet y
S a l m e r ó n su p e l i g r o , i d e a r o n r e c o g e r s e e n a l g u n a f o r t a l e z a , d e s d e
d o n d e p u d i e s e n c o n t i n u a r su santo m i n i s t e r i o ; p e r o n i n g u n o de los
s e ñ o r e s i r l a n d e s e s se a t r e v i ó á o f r e c e r l e s s e g u r i d a d , p o r t e m o r de
E n r i q u e V I I I . Al v e r s e los P a d r e s en esta s i t u a c i ó n , c o n s i d e r a n d o
q u e n o h a b í a d e s e r n i ú t i l al p a í s , n i d e c o r o s o p a r a el c a r á c t e r d e
n u n c i o s apostólicos el andar h u y e n d o p o r b o s q u e s y d e s p o b l a d o s ,
r e s o l v i e r o n r e t i r a r s e de la isla. A b a n d o n a r o n , p u e s , á I r l a n d a á los
t r e i n t a y c u a t r o días de h a b e r e n t r a d o en e l l a , y d e t e n i é n d o s e b r e -
v e m e n t e e n E s c o c i a , se d i r i g i e r o n á R o m a p a r a d a r c u e n t a al S u m o
Pontífice d e l estado en q u e dejaban al b u e n p u e b l o iidandés (1).
9. D e s p a c h a d a esta d i l i g e n c i a , fué S a l m e r ó n d e s t i n a d o á M ó d e n a ,
d o n d e e n t r ó a c o m p a ñ a n d o al c a r d e n a l M o r o n e , o b i s p o d e esta ciu-
d a d , p o r el m e s de A b r i l de 1543. Muy n e c e s i t a d a se h a l l a b a ésta d e
o p e r a r i o s apostólicos, p u e s los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s h a b í a n p e n e t r a d o
(1) Cartas de San Ignacio, t. I, p . 3 8 9 .
50G LIB. II. SAN 1QNACIÜ DE LOYOLA
m u y a d e n t r o . Dos años trabajó allí n u e s t r o m i s i o n e r o , y la tenaz r e -
sistencia q u e sin cesar le h i c i e r o n , d e m u e s t r a lo g r a v e del m a l . P r e -
dicaba l i b r e m e n t e c o n t r a los vicios, y r e f u t a b a las n o v e d a d e s del
N o r t e . Ya q u e n o p o d í a n r e s p o n d e r l e , r e c u r r i e r o n los c o n t r a r i o s á la
calumnia, y empezaron á divulgar testimonios gravísimos contra
S a l m e r ó n . No se c o n t e n t a r o n con e s t o , sino q u e e n v i a r o n d e l a t o r e s
á R o m a , p a r a infamarle a n t e los t r i b u n a l e s eclesiásticos. Tanta fué
la p o l v a r e d a ' l e v a n t a d a p o r los h e r e j e s , q u e San I g n a c i o llamó á
R o m a á S a l m e r ó n , á fines do 1544, p a r a r e s p o n d e r á las d e l a c i o n e s ,
lo cual se hizo c o m p l e t í s i m a m e n t e c o n g r a n h o n r a del h o m b r e apos-
tólico (1).
Año y m e d i o , p r ó x i m a m e n t e , so d e t u v o en R o m a el P . S a l m e r ó n ,
p r e d i c a n d o o r d i n a r i a m e n t e e n n u e s t r a iglesia y e j e r c i t a n d o o t r o s
m i n i s t e r i o s e s p i r i t u a l e s , hasta q u e fué d e s t i n a d o con el P . Laínez, p o r
t e ó l o g o del papa, en el Concilio.
Al e n v i a r l o á T r e n t o á p r i n c i p i o s do 1546, m a n d ó l o San I g n a c i o
d e t e n e r s e u n p o c o en B o l o n i a , y e x a m i n a r la d i s p o s i c i ó n quo allí
h a b í a p a r a fundar u n c o l e g i o , q u e con vivas instancias d e m a n d a b a n
a l g u n a s p e r s o n a s influ3-cntes de la ciudad. L l e g a d o á ella S a l m e r ó n
e n t i e m p o de c u a r e s m a , m i e n t r a s p o r u n lado p r o c u r a b a p r e p a r a r la
fundación del colegio, se afanaba p o r o t r o en a p r o v e c h a r espiritual -
m e n t e á los c i u d a d a n o s . Á las m a ñ a n a s p r e d i c a b a en a l g u n a iglesia
pública, y p o r las t a r d e s hacía pláticas e n los c o n v e n t o s de monjas.
Oyó m u c h í s i m a s c o n f e s i o n e s , ó i n t r o d u j o en la c i u d a d c u a n t o p u d o
la frecuencia de s a c r a m e n t o s . Y a u n q u e e n B o l o n i a , c o m o en otras
p a r t e s , se l e v a n t a r o n a l g u n a s m u r m u r a c i o n e s c o n t r a esta santa cos-
t u m b r e , n o p u d i e r o n i m p e d i r q u e la a d o p t a s e n m u c h a s p e r s o n a s
b u e n a s . E l c r é d i t o q u e g a n ó S a l m e r ó n e n estos trabajos apostólicos
a c r e c e n t ó e n v a r i o s el deseo d e a b r i r en la c i u d a d colegio d e la Com-
pañía. N u e s t r o m i s i o n e r o n o tenía e n t o n c e s n i el t i e m p o n i los ele-
m e n t o s n e c e s a r i o s p a r a t e r m i n a r esto n e g o c i o . P o r e s o , d e s p u é s de
c o n f e r i r l a r g a m e n t e con n u e s t r o s a m i g o s , c o n t e n t ó s e S a l m e r ó n con
e s c r i b i r á San I g n a c i o , d e s i g n á n d o l e el sitio q u e se p o d r í a a d q u i r i r y
los m e d i o s q u e se ofrecían e n B o l o n i a p a r a l l e g a r á la deseada fun-
d a c i ó n . H e c h o esto, p a r t i ó s e p a r a T r e n t o e n la p r i m a v e r a do 1546 (2).
( 1 ) R i b a d e n e i r a , Vida del P. Laínez. A p é n d i c e final, q u e l l e v a e s t e t i t u l o : La vida
y muerte del P. A lonso Salmerón.
( 2 ) P a r a l o s t r a b a j o s a p o s t o l i c e s d e S a l m e r ó n en B o l o n i a , v é a s e á Polnnco (///>••-
toria S. J., t. i, p . 1 7 4 ) . P a r a el a s u n t o d e l c o l e g i o , vide Epistolae
nis, f. 4 .
CAT. X V . — L A Í N E Z Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA ÓJ7
C u a n d o el concilio se t r a s l a d ó á Bolonia, p o r Marzo d e 1547, t r a s -
l a d á r o n s e t a m b i é n á esta c i u d a d S a l m e r ó n y L a í n e z , y en el v e r a n o
s i g u i e n t e , al d i s o l v e r s e la i n s i g n e a s a m b l e a , d e d i c á r o n s e a m b o s P a -
dres, s e g ú n su c o s t u m b r e , á los m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s . Ya h e -
m o s d i c h o lo q u e h i c i e r o n j u n t o s e n Venecia el año 1548. C u a n d o p o r
S e t i e m b r e d e este año se t e r m i n ó c o n felicidad el e m b r o l l a d o n e g o -
cio q u e los había r e u n i d o , e n c a m i n ó s e el P . S a l m e r ó n á V c r o n a , lla-
m a d o p o r el obispo L u i s L i p ó m a n o , h e r m a n o d e l f u n d a d o r de n u e s -
t r o colegio p a t a v i n o . Allí p e r m a n e c i ó hasta p r i n c i p i o s del año 1549,
e x p l i c a n d o d e s d e el p u l p i t o la epístola ad Romanos, con el fin do
p r e v e n i r á los v e r o n e s c 3 c o n t r a los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s , p l a t i c a n d o
f e r v o r o s a m e n t e e n los c o n v e n t o s de religiosas, y t r a b a j a n d o lo posi-
ble en r e f o r m a r las c o s t u m b r e s d e l p u e b l o (1).
P a r a la C u a r e s m a d e a q u e l año c o n s i g u i ó el obispo d e B e l l u n o
l l e v a r l e á su ciudad. C u a t r o meses se d e t u v o e n ella S a l m e r ó n , y tal
vez en n i n g u n a p a r t e r e c o g i ó u n fruto e s p i r i t u a l t a n sólido y c o p i o s o .
Lo p r i m e r o quo llamó su a t e n c i ó n fué el p e l i g r o do las h e r e j í a s , p u e s
en B e l l u n o , c o m o en o t r a s p o b l a c i o n e s s e p t e n t r i o n a l e s d e I t a l i a , se
i n t r o d u c í a n f u r t i v a m e n t e m u c h o s l i b r o s p e r v e r s o s de A l e m a n i a , q u e
difundían los n u e v o s e r r o r e s e n t r e el p u e b l o fiel. P a r a a r r a n c a r de
raíz tan g r a v e daño, e m p r e n d i ó S a l m e r ó n desde el p u l p i t o la defensa
de la d o c t r i n a católica. Las i n d u l g e n c i a s , la confesión a u r i c u l a r , la
n e c e s i d a d d e las b u e n a s o b r a s , los p r i n c i p a l e s p u n t o s , e n fin, d e l
d o g m a católico i m p u g n a d o s p o r L u t e r o , r e c i b i e r o n de S a l m e r ó n ex-
plicaciones claras y p o p u l a r e s , y con la g r a c i a del S e ñ o r l o g r ó s e d e
los o y e n t e s el fruto q u e se deseaba. Los b e l l u n e s e s a r r o j a r o n al fuego
los l i b r o s do los h e r e j e s y p e r s e v e r a r o n firmes en la fo de s u s m a y o -
res. O t r a de las plagas do la ciudad e r a n los b a n d o s y p a r c i a l i d a d e s
e n t r e las familias i l u s t r e s , y j u n t á n d o s e con esto la excesiva l i b e r t a d
d e la j u v e n t u d en a m o r í o s y g a l a n t e o s , h a b í a n l l e g a d o las c o s t u m b r e s
p ú b l i c a s á u n estado de l a m e n t a b l e relajación. Aplicóse el m i s i o n e r o
al r e m e d i o de estos m a l e s , p r o c u r ó i n f u n d i r e n los o y e n t e s los sen-
t i m i e n t o s d e la c a r i d a d cristiana, y e x h o r t ó á los p a d r e s d e familia á
v i g i l a r con m á s a t e n c i ó n los pasos d e sus hijos. Si las i n t e l i g e n c i a s
r e c i b i e r o n las enseñanzas do S a l m e r ó n , t a m b i é n los c o r a z o n e s se r i n -
d i e r o n á su p e r s u a s i v a elocuencia. S e g ú n afirmaba el v i c a r i o del
obispo, e n a q u e l l a c u a r e s m a h a b í a n c u m p l i d o con P a s c u a m i l h o m -
b r e s m á s q u e el año a n t e r i o r , y era voz c o m ú n q u e desde San B e r -
P. Sahnero-
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 4 0 8 .
 508
LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
n a r d i n o d e S e n a n u n c a so h a b í a visto en B e l l u n o u n a p r e d i c a c i ó n tan
fecunda en b i e n e s e s p i r i t u a l e s , c o m o ésta d e l P . S a l m e r ó n . A g r a d e -
cida la c i u d a d á este beneficio, e s c r i b i ó u n a carta á San I g n a c i o , sig-
nificándole su g r a t i t u d p o r los favores r e c i b i d o s d e l h o m b r e apostó-
l i c o , á c u y o celo so debía el v e r s e t o d a la p o b l a c i ó n r e g e n e r a d a en
J e s u c r i s t o (1).
10. R e t i r ó s e de B e l l u n o el P . S a l m e r ó n l l e v á n d o s e dos j ó v e n e s p r e -
t e n d i e n t e s d e la C o m p a ñ í a , q u e él escogió e n t r e m u c h o s q u e se le
p r e s e n t a r o n . Dejando á e n t r a m b o s en el c o l e g i o de P a d u a , d i r i g i ó s e
á Bolonia, y r e u n i é n d o s e allí con los P P . Claudio J a y o y P e d r o Ca-
n i s i o , f u e r o n e n v i a d o s t o d o s t r e s á la U n i v e r s i d a d de I n g o l s t a d , á
r u e g o s d e l piadoso G u i l l e r m o , d u q u e de B a v i e r a , q u e p e d í a d o c t o r e s
o r t o d o x o s p a r a a q u e l c e n t r o i m p o r t a n t e d e enseñanza. L l e g a d o s á
I n g o l s t a d ¡DOI- N o v i e m b r e de 1549, e m p e z a r o n á e x p l i c a r , S a l m e r ó n
las epístolas d e San P a b l o , J a y o los salmos, y Canisio el Maestro de
las Sentencias. Desde el p r i m e r d i s c u r s o con q u e e m p e z ó S a l m e r ó n
á e x p o n e r la epístola ad Romanos el 29 de N o v i e m b r e , fué n o t a b l e
la a d m i r a c i ó n q u e d e s p e r t ó , n o s o l a m e n t e p o r su ciencia teológica,
sino t a m b i é n p o r el c o n o c i m i e n t o de las l e n g u a s q u e p o s e í a , cualidad
m u y e s t i m a d a e n t o n c e s en A l e m a n i a (2).
Diez meses s o l a m e n t e d u r ó este m a g i s t e r i o de S a l m e r ó n . P o r Se-
t i e m b r e de 1550 fué llamado á V e r o n a , y d e s p u é s de t r a b a j a r a l g u n o s
m e s e s e n esta c i u d a d , pasó á Ñapóles á p r i n c i p i o s d e 1551. C u a n d o
llegó, y a e s t a b a n dados par-a la C u a r e s m a los p r i n c i p a l e s p u l p i t o s de
la c i u d a d á o t r o s p r e d i c a d o r e s , y así, n o p u d o e j e r c i t a r p o r e n t o n c e s
la p r e d i c a c i ó n m o r a l , en la q u e solía c o n s e g u i r t r i u n f o s m a y o r e s .
C o n t e n t ó s e , p u e s , con e x p l i c a r c u a t r o ó cinco v e c e s p o r semana la
epístola ad Galotas e n la iglesia de Santa María la M a y o r . Al m i s m o
t i e m p o n e g o c i a b a c o n el v i r r e y D. P e d r o de T o l e d o y con o t r a s p e r -
sonas p r i n c i p a l e s , la fundación de u n c o l e g i o en la c i u d a d (3). I n t e -
r r u m p i ó estos t r a b a j o s p a r a a c u d i r al Concilio d e T r e n t o , a d o n d e so
le e n v i a b a o t r a vez con el m i s m o t í t u l o de t e ó l o g o pontificio.
C u a n d o de n u e v o se s u s p e n d i ó el Concilio á m e d i a d o s d e 1552, el
P . S a l m e r ó n fué d e s t i n a d o o t r a vez á Ñapóles, d o n d e y a había e m p e -
zado á f u n c i o n a r el c o l e g i o a l g u n o s m e s e s antes. E n t o n c e s , h a b i é n -
( 1 ) P a r a e s t a m i s i ó n d e B e l l u n o , v é a s e Epistolae P. Salmeronis, f. 2 1 , y P o l a n c o ,
Historia S. J., t. i , p s . 4 0 8 y 4 1 2 .
( 2 ) V é a s e lo q u e e s c r i b e el P . P o l a n c o s o b r e e s t a s l e c c i o n e s , y los d e m á s t r a b a j o s
d e los P a d r e s e n I n g o l s t a d . (Historia S. J., t. i , p s . 4 1 4 - 4 1 0 . )
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 1 6 7 .
CAP. X V . — L A Í N E Z Y SALMERÓN, MISIONEROS EN ITALIA 509
dose c o n s t i t u i d o la P r o v i n c i a d e Ñ a p ó l e s , fué S a l m e r ó n n o m b r a d o
su p r i m e r P r o v i n c i a l , y e n l o s c u a t r o años s i g u i e n t e s fué su p r i n c i -
pal t a r e a , c o m o se deja e n t e n d e r , a s e n t a r las p r i m e r a s casas y d i r i g i r
l o s ' o p e r a r i o s d e la n a c i e n t e P r o v i n c i a . P e r o los afanes d e l g o b i e r n o
i n t e r i o r d e la C o m p a ñ í a n o le i m p i d i e r o n c o n t i n u a r sus p r e d i c a c i o -
n e s , q u e f u e r o n m u y b i e n r e c i b i d a s en la ciudad.
E l s e r v i c i o p r i n c i p a l quo p r e s t ó S a l m e r ó n con sus s e r m o n e s , fué el
e x t i r p a r los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s q u o h a b í a difundido en Ñapóles el
c é l e b r e español J u a n de V a l d é s , m u e r t o en 1541 (1). A u n q u e y a h a -
cía doce años q u e el h e r e s i a r c a h a b í a d e s a p a r e c i d o , q u e d a b a n sus
ideas b a s t a n t e a r r a i g a d a s e n m u c h o s n a p o l i t a n o s . E n t e n d i d a la g r a -
v e d a d del m a l , t o m ó el P . S a l m e r ó n m u y de asiento e n la c u a r e s m a
de 1553 el r e f u t a r las n o v e d a d e s del N o r t e . A l g u n a m u r m u r a c i ó n y
resistencia oculta h u b o c o n t r a él á los p r i n c i p i o s ; p e r o estos desaho-
gos aislados e n m u d e c i e r o n p r o n t o a n t e la g r a n a c e p t a c i ó n con q u e
la m a y o r í a de los n a p o l i t a n o s r e c i b í a las i n s t r u c c i o n e s del p r e d i c a -
dor. Véase c ó m o d e s c r i b e el fruto de estos s e r m o n e s el P . J e r ó n i m o
D o m é n e c h , q u e los e s c u c h ó : «Acá h e m o s oído al P . Maestro S a l m e r ó n
en la A n u n c i a d a , a d o n d e t i e n e mía g r a n c o n c u r r e n c i a , y lo más do
g e n t e p r i n c i p a l . P o n e e s t u p o r de su m u c h a d o c t r i n a , q u e p r o p o n e d e
m o d o q u e n o sólo e n Ñapóles, mas fuera p o r el r e i n o t i e n e g r a n fama.
T r a t a u n a p a r t e d e l s e r m ó n c o n t r a los h e r é t i c o s d e este t i e m p o , e n lo
quo p a r t i c u l a r m e n t e el S e ñ o r le da g r a c i a p a r a c o n v e n c e r l o s , do lo
q u o m e d i c e n h a b í a m u c h a n e c e s i d a d e n esta c i u d a d , p o r lo m u c h o
m a l o q u e en esto hay, y a d o n d e a n t e s m u c h o s de ellos, q u e son t e n i -
dos p o r s o s p e c h o s o s , n o le p o d í a n o i r , y m e d i c e n q u e e x c o m u l g a -
b a n y a n a t e m a t i z a b a n in sanguino Jcsu Christi á Maestro S a l m e r ó n y
á t o d o s los q u e le oían; a h o r a callan, y m u c h o s d e los s o s p e c h o s o s
c o n t i n ú a n e n o i r l o : y s e g ú n confuta sus e r r o r e s , si n o son p r o t e r v o s
n o p o d r á n d e j a r de c o n o c e r la v e r d a d y r e d u c i r s e » (2).
Y e f e c t i v a m e n t e , d e b i e r o n r e d u c i r s e m u c h o s al c a m i n o d e la v e r -
dad y c o n f i r m a r s e los o t r o s e n ella, p u e s cada vez e r a e s c u c h a d o c o n
más e s t i m a y r e s p e t o el P . S a l m e r ó n . E n la c u a r e s m a s i g u i e n t e
de 1554 r e p i t i ó sus i n s t r u c c i o n e s d o g m á t i c a s , y f u e r o n r e c i b i d a s con
m á s e n t u s i a s m o q u e el a ñ o a n t e r i o r . «Ha s i d o el a u d i t o r i o , e s c r i b e el
m i s m o S a l m e r ó n á San I g n a c i o , m u y g r a n d e en n ú m e r o , y á lo q u e
(1) P a r a e n t e n d e r la p r o p a g a n d a h e r é t i c a d e V a l d é s en Ñ a p ó l e s , c o n s ú l t e s e á
M e n é n d e z y P e l a y o , Historia de los heterodoxos españoles, t. n , p . 174.
( 2 ) Epistolae mixtae, t ni, p. 151.
510 Lili. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

m e p a r e c e á mí, sería t r e s ó c u a t r o veces m a y o r o r d i n a r i a m e n t e q u e

n o fué el del año pasado; y u l t r a de la c u a n t i d a d , h a sido m u y a c o m -
p a ñ a d o do c u a l i d a d ; p o r q u e n o s o l a m e n t e c a b a l l e r o s y g e n t i l h o m -
b r e s de la c i u d a d y e s p a ñ o l e s , p e r o a u n s e ñ o r e s t i t u l a d o s y s e ñ o r a s
m u y p r i n c i p a l e s y m u y n o b l e s , n o u n a vez ó d o s , c o m o s u e l e n otras
v e c e s , p e r o cada día h a n c o n t i n u a d o h a s t a la fin c o n g r a n g u s t o d e la
p a l a b r a de Dios y a p r o v e c h a m i e n t o e n sus á n i m a s y c o s t u m b r e s » (1).
E n estos fructuosos afanes e m p l e ó sus fuerzas el P . S a l m e r ó n desdo CAPITULO XVI
1552 hasta 1556.
LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO

(1) Epistolae P. Salmeronis, f. 3 3 . DURANTE LA PRIMERA CONVOCACIÓN

1546-1547

SÜMAIUO: 1. Son d e s i g n a d o s t e ó l o g o s pontificios p a r a el c o n c i l i o d e T r e n t o l o s P a -

d r e s F a b r o , L a í n e z y S a l m e r ó n . — 2 . I n s t r u c c i o n e s d a d a s p o r S a n I g n a c i o ;i s u s
h i j o s s o b r e el m o d o d e p r o c e d e r en el c o n c i l i o . — 3 . O b r a s d e edificación e n q u e
se o c u p a n L a í n e z y S a l m e r ó n . — 4 . M o d o d e p r o c e d e r q u e t e n í a el concilio p a r a
f o r m a r s u s d e c r e t o s . — 5 . L i g e r a e x a g e r a c i ó n d e n u e s t r o s a u t o r e s al d e c i r q u o
S a l m e r ó n h a b l a b a el p r i m e r o d e los t e ó l o g o s y L a í n e z el ú l t i m o . — 6. Q u i n t a se-
sión. ¿ H a b l ó L a í n e z en d e f e n s a d e la I n m a c u l a d a ? — 7 . S e x t a s e s i ó n . S e r v i c i o s
p r e s t a d o s p o r los P a d r e s , s e g ú n refiere el P . Salmerón.-—8. C u e s t i ó n d e Injusticia
imputada. O p ú s c u l o do L a í n e z a c e r c a d e e l l a . — í ) . L a i n e z e n c a r g a d o d e c a t a l o g a r
los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s . N o p e r m i t e el c a r d e n a l C e r v i n i q u e 1c l l e v e n á F l o r e n -
c i a . — 1 0 . T r a s l a c i ó n d e l c o n c i l i o á B o l o n i a , d o n d e se d i s u e l v e p o r S e t i e m b r e
de 1547.

F U E N T E S CONTEMPORÁNEAS: 1. Archivo secreto del V a t i c a n o , Concilio di Trento.—

2. Jacobi Lainez. Disputationes Tridenlinae.—A. •Epistolae 1'. J^ainez.—í. Epistolae P. Salme-
rón.—5. Cartas de San Ignacio.—6. Epistolae PP. Vabri, Broet et .Taii.—7. Epistolae Cardi-
tialium.—8. Epistolae Episcoporum.—9. Epistolae mi.rtac.—10. P o l a n c o , Historia S. J.—
11. R i b a d e n e i r a , Vida del P. Laines.—12. Calcnzio, Docnmenti inediti e tiuovi lavori letteru-
rii sul Concilio di Trento.—13. T b e i n e r , Acta genuina Concilii Tridentini (1).

1. La d i v i n a p r o v i d e n c i a , q u e tan r á p i d a m e n t e e x t e n d i ó y a c r e -
c e n t ó la Compañía, d á n d o l a á c o n o c e r , así en R o m a e n p r e s e n c i a d e l

( 1 ) I n n u m e r a b l e s son los m a n u s c r i t o s q u e e x i s t e n e n las p r i n c i p a l e s c i u d a d e s d e

E u r o p a a c e r c a d e l concilio d e T r e n t o ; m a s p a r a s e g u i r la h i s t o r i a d e t a n c é l e b r e
a s a m b l e a , la f u e n t e p r i n c i p a l sou sin d u d a los d o c u m e n t o s d e p o s i t a d o s e n el A r c h i v o
s e c r e t o d e l V a t i c a n o , q u e f o r m a n la sección t i t u l a d a Concilio di Trento. Son c i e n t o
cincuenta y dos tomos ( ° ) , casi todos en folio, donde se hallan coleccionados es-

(*) El Sr. Ricardo Ilinojosa {Los despachos de la diplomacia pontificia en España, en el pró-
logo. Los archivos de la Santa Sede XLII) dice que los volúmenes de esta sección son ciento cua-
tro. Ó es equivocación, ó se lia aumentado la sección después que él la v i o , pues en 1895, cuando
yo la registré, había ciento cincuenta y dos.
 512 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAÍ'. XVI. LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 513

p a p a y d e los c a r d e n a l e s , c o m o e n las c o r t e s de v a r i o s m o n a r c a s , n o del Asia, d i s p u s o m a n i f e s t a r l a g l o r i o s a m e n t e á los ojos d e t o d o el

m e n o s e n ciudades i m p o r t a n t e s d e E u r o p a , q u e en r e g i o n e s i n c u l t a s o r b e católico en la m á s i l u s t r e a s a m b l e a q u o j a m á s h a v i s t o el m u n -

c r i t o s d e t o d o g é n e r o p e r t e n e c i e n t e s al c é l e b r e c o n c i l i o . E n t r e estos m a n u s c r i t o s se P a r a más práctica utilidad de estas actas, nos ha parecido conveniente designar
e n c u e n t r a n a l g u n o s pocos i m p r e s o s , cuales son varios ejemplares de las primeras
los t o m o s en q u e ellas so c o n t i e n e n c o n m á s e x t e n s i ó n . E s t e s son los s i g u i e n t e s :
e d i c i o n e s d e l o s c á n o n e s y d e c r e t o s , s o b r e t o d a la d e B o l o n i a h e c h a e n 1 5 4 8 , y la d e
Tomo 1." — D e l m o d o d e p r o c e d e r e n el c o n c i l i o .
l i o r n a d e 1564.. Ni h a y o r d e n en los v o l ú m e n e s d e t o d o la s e r i e , n i en los d o c u m e n -
t o s d e c a d a v o l u m e n . E s u n a c o l e c c i ó n i n d i g e s t a y c o n f u s a , d o n d e n o sólo a p a r e c e n — 1 1 5 . — A c t a s d e s d e el d í a d e a p e r t u r a , 1 3 d e D i c i e m b r e d e 1 5 4 5 , h a s t a el 17
las actas p r o p i a m e n t e dichas del concilio, sino t a m b i é n todo g é n e r o de escritos que de J u n i o de 1546.
d e u n m o d o ó d e o t r o se refieren á la c é l e b r e a s a m b l e a . — 1 1 7 . — A c t a s d e s d e el 17 d e J u n i o d e 1 5 4 6 h a s t a el 11 d e M a r z o d e 1 5 4 7 .
A u n q u e e l clasificar y a p r e c i a r e s t o s d o c u m e n t o s p e r t e n e c e á e s c r i t o r e s e s p e c i a - — 1 7 . — A c t a s d e B o l o n i a d e s d e el 11 d e M a r z o d e 1547 b a s t a el 14 d e Se-
t i e m b r e del m i s m o a ñ o .
l i s t a s , y e s p e r a m o s q u e p r o n t o se h a r á con la d e b i d a c o m p e t e n c i a , sin e m b a r g o , n o s
h a parecido conveniente dar, á nuestro modo, a l g u n a descripción de estos d o c u m e n - — 1 1 8 . — A c t a s bajo J u l i o 111, d e s d e el 1.° d e M a y o d e 1 5 5 1 h a s t a el 2 8 d e
A b r i l d e 1552.
t o s , p a r a q u e los l e c t o r e s p u e d a n f o r m a r i d e a d e los t e s o r o s h i s t ó r i c o s e n c e r r a d o s en
t a n i m p o r t a n t e c o l e c c i ó n . L a d i v i d i r e m o s en d i e z p a r t e s , p o r r a z ó n d e la m a t e r i a , — 1 2 7 . — A c t a s b a j o P í o I V , d e s d e el 18 d e E n e r o d e 1 5 6 2 h a s t a el 17 d e S e -
s e ñ a l a n d o los v o l ú m e n e s q u e c o r r e s p o n d e n á c a d a p a r t e ó i n d i c a n d o b r e v e m e n t e el t i e m b r e del mismo año.
género de documentos que c o m p r e n d e cada volumen. — 1 2 1 . — A c t a s d e s d e el 17 d e S e t i e m b r e d e 1562 h a s t a el 15 d e J u l i o d e 1 5 6 3 .
— 1 2 2 . — A c t a s d e s d e el 15 de J u l i o d e 1 5 6 3 b a s t a la c o n c l u s i ó n d e l c o n c i l i o el
4 d e D i c i e m b r e del m i s m o a ñ o .
I
P o r e s t o s o c h o v o l ú m e n e s d i s p u e s t o s en e s t e o r d e n se p u e d e r e c o r r e r d e s d e el
Documentos pontificios pertenecientes al concilio.—Tomos 12, 90 y 132. p i i n c i p i o h a s t a el fin t o d a la serie d e las a c t a s d e l c o n c i l i o . E n los o t r o s t o m o s se
E x i s t e n , c i e r t a m e n t e , e s p a r c i d o s en o t r o s v o l ú m e n e s a l g u n o s b r e v e s d e l o s p a p a s y e n c u e n t r a n ó f r a g m e n t o s ó c o p i a s m á s ó m e n o s e x t e n s a s , ó. lo q u e es m á s p r e c i o s o ,
v a r i a s c a r t a s á p r í n c i p e s y á o t r a s p e r s o n a s , p e r o en e s t o s t r e s t o m o s e s t á n coleccio- las n o t a s o r i g i n a l e s t o m a d a s p o r el s e c r e t a r i o Massarelli ó p o r s u s a y u d a n t e s p a r a
n a d a s las b u l a s d e i n d i c c i ó n , p r o i r o g a c i ó n y r e s u n c i ó n d e l c o n c i l i o , j u n t a m e n t e c o n f o r m a r d e s p u é s las a c t a s . C o m o e n esos t o m o s a p a r e c e n a l g u n a s c o s a s q u e n o se v e n
l a s i n d u l g e n c i a s c o n c e d i d a s , l o s e x h o r t e s y o t r o s d o c u m e n t o s q u e c o n o c a s i ó n del en los o c h o i n d i c a d o s m á s a r r i b a , c r e e m o s o p o r t u n o i n d i c a r á c u á l d e los o c h o se r e -
c o n c i l i o d e s p a c h a r o n los p a p a s . E s n o t a b l e sobre t o d o el t o m o 90, d o n d e se v e n d i e z fiere p r i n c i p a l m e n t e c a d a u n o d e los r e s t a n t e s :
y siete bulas originales en p e r g a m i n o y con sus sellos pendientes.
Al t o m o 1." p e r t e n e c e n los 1 3 , 1 0 3 , 136.
— 115 — 3 , 2 5 , 6 5 , 9 1 , 98, 112, 1 1 3 , 116.
II
— 117 — 19, 6 1 , 123, 125, 126, 130. 132.
Actas del concilio.—Tomos 1, 3 , 4, 5 , 7, 9, 1 1 , 14, 17, 18, 19, 2 0 , 22, 2 5 , 6 1 , 62, — 17 — 62, 1 1 4 , 124.
6 3 , 64, 6 5 , 66, 6 7 , 76, 9 1 , 9 6 , 9 7 , 98, 9 9 , 102, 1 0 3 , 1 0 5 , 1 0 6 , 1 1 2 , 113, 1 1 4 , l i ó , — 118 — 4,14,18,22,106,133.
116, 117, 1 1 8 , 1 2 1 , 122, 1 2 3 , 1 2 4 , 1 2 5 , 1 2 0 , 1 2 7 , 1 2 8 , 129, 130, 1 3 2 , 1 3 3 , 1 3 5 , 1 3 6 , — 127 — 1 1 , 6 3 , 64, 66, 6 7 , 96, 9 7 . 9 9 .
1 4 6 , 147 y 1 4 8 . — 121 — 5, 20, 7 6 , 102, 1 0 5 , 128.
E s m u y d i s t i n t a y v a r i a d a la f o r m a en q u e a p a r e c e n las a c t a s del concilio en e s t o s — 122 — 7, 9, 129, 1 3 5 .
t o m o s . 1." E n a l g u n o s se v e n s o l a m e n t e los d e c r e t o s y c á n o n e s c o n las listas d e los N o s i e m p r e c o i n c i d e n e x a c t a m e n t e , n i m u c h o m e n o s , las m a t e r i a s d e l o s p o s t e r i o -
P a d r e s d e l concilio q u e a s i s t i e r o n á c a d a s e s i ó n . 2." E n o t r o s , a d e m á s do lo d i c h o , res v o l ú m e n e s c o n las d e los p r i n c i p a l e s á q u e se refieren, p u e s p o r lo m i s m o q u e l a s
se a n o t a n las p a l a b r a s p r o f e r i d a s p o r los P a d r e s en las s e s i o n e s s o l a m e n t e , es d e c i r , actas e s t á n en ellos r e d a c t a d a s m á s b r e v e m e n t e , se c o n t i e n e n c o s a s m u y d i v e r s a s
q u e a p a r e c e n a q u e l l a s l i s t a s d e Placel ó Non placel, c o n las c l á u s u l a s b r e v e s d e r e s - d e n t r o d e u n m i s m o t o m o . E s n o t a b l e el 76, q u e e n c i e r r a l a s a c t a s d e P a l e o t t i .
t r i c c i ó n ó d e c l a r a c i ó n , q u o tal v e z a ñ a d í a n los P a d r e s al d a r su v o t o . 3.° O t r o s t o m o s
III
p r e s e n t a n f u e r a d e las s e s i o n e s las a c t a s d e las c o n g r e g a c i o n e s , y a g e n e r a l e s , y a p a r -
t i c u l a r e s , q u e s o l í a n c e l e b r a r los P a d r e s a n t e s d e l l e g a r á la s e s i ó n . 4." F i n a l m e n t e , Diarios.—Tomos 24, 84, 119, 1 2 0 , 142, 1 4 3 , 144.
h a y a l g u n o s t o m o s en l i s c u a l e s , a d e m á s d e l a s c o n g r e g a c i o n e s d e los P a d r e s , se E n el 24 e s t á el d i a r i o d e J e r ó n i m o A l e a n d r o d u r a n t e s u l e g a c i ó n en A l e m a n i a en
p r e s e n t a n l a s j u n t a s p r e p a r a t o r i a s d e los t e ó l o g o s y d e l a s c o m i s i o n e s p a r t i c u l a r e s , los a ñ o s 1 5 3 8 y 3 9 . E l 8 4 es el d i a r i o del concilio d e s d e el 2 d e O c t u b r e d e 1 5 6 0 , e s -
d o n d e se e l a b o r a b a n los c á n o n e s y d e c r e t o s q u e d e s p u é s d e b í a n s o m e t e r s e á l a a p r o - crito p o r A s t o l f o S e r v a n c i o , a u x i l i a r d e M a s s a r e l l i . El 119 es el d i a r i o d e l c ó n c l a v e
bación del concilio. E n este último g é n e r o de t o m o s h a y t a m b i é n sus diferencias d e 1 5 4 9 , e s c r i t o p o r M a s s a r e l l i . El 120 e n c i e r r a los c ó n c l a v e s d e M a r c e l o I I ,
p u e s e n a l g u n o s s e e x p r e s a n los n o m b r e s d e los t e ó l o g o s y se p r e s e n t a u n r e s u m e n Paulo IV y Pío IV.
d e cada discurso. E n cambio, otros ejemplares se contentan con referir las ideas ó IV
c o n c l u s i o n e s g e n e r a l e s e n q u e c o n v i n i e r o n los t e ó l o g o s , s i n d e s e e n d e r p a r t i c u l a r -
Sumarios.— T o m o s 3 2 , 4 3 , 4 4 , 5 2 , 7 7 , 7 9 , 8 1 , 92, 9 5 , 1 3 7 .
m e n t e á lo q u e d i j o c a d a c u a l .
A l g u n o s d e e s t o s s u m a r i o s son v e r d a d e r o s d i a r i o s , y con el n o m b r e d e d i a r i o d e
33
514 I.IB. I I . — SAN IGNACIO DE I.OYOLA
d o , e n el concillo de T r e n t o . C o m o t o d o s s a b e n , este concilio se
r e u n i ó t r e s veces bajo t r e s S u m o s Pontífices. La p r i m e r a r e u n i ó n
Masaarelli s u e l e c i t a r P a l l a v i c i n o el t o m o 4 4 , p e r o y a q u e l l e v a el t í t u l o d e s u m a r i o ,
lo i n c l u í m o s en e s t e g r u p o . X ó t e s e q u e e s t o s s u m a r i o s no son t a n sólo d e las a c t a s ,
s i n o t a m b i é n d e las c a r t a s e s c r i t a s p o r l o s l e g a d o s y d e o t r o s n e g o c i o s o c u r r e n t e s .
V
Cartas de los legados.—Tomos 26, 52, 53, 58, 59, 60, 75, 109.
L o s t o m o s 7 5 y 1 0 9 c o m p r e n d e n l a s c a r t a s d e l o s l e g a d o s o n los a ñ o s 1 5 4 5 - 1 5 4 7 .
L o s r e s t a n t e s o f r e c e n copias m á s ó m e n o s c o r r e c t a s d e las c a r t a s e s c r i t a B p o r los l e -
g a d o s á San C a r l o s B o r r o m e o d u r a n t e la t e r c e r a r e u n i ó n d e l c o n c i l i o . E x c e p t ú a s e el
t o m o 6 0 d o n d e se v e n las c a r t a s o r i g i n a l e s d e l a ñ o 1 5 6 2 .
VI
Cartas de San Cario» Borromeo.—Tomos 27-68, 49, 50, 5 1 ,53, 54, 57, 108.
S a b i d o e s q u e S a n C a r l o s era s e c r e t a r i o d e P í o I V d u r a n t e la t e r c e r a r e u n i ó n del
c o n c i l i o , y , p o r c o n s i g u i e n t e , c o n él se c a r t e a b a n d e oficio l o s l e g a d o s p r e s i d e n t e s .
L o s d o s p r i m e r o s t o m o s , 2 7 - 6 8 , q u e h a n sido e n c u a d e r n a d o s e n u n v o l u m e n , c o n t i e -
n e n los o r i g i n a l e s del s a n t o e s c r i t o s en 1 5 6 3 . X ó t e s e q u e e n t r e las c a r t a s del s a n t o
a p a r e c e n t a l v e z a l g u n a s d e los p a p a s y d e los l e g a d o s . E n el t o m o 1 0 8 se m u e s t r a n
l a s c a r t a s d e r e c o m e n d a c i ó n d a d a s p o r el s a n t o á l o s P P . L a í n e z y S a l m e r ó n p á r a l o s
l e g a d o s . L o s o r i g i n a l e s l o s c o n s e r v a la C o m p a ñ í a .
VII
Cartas de particulares.—Tomos 28, 30, 31,32, 34, 35, 37, 49,56, 09, 70, 80, 107,
• 131, 138, 139, 140, 141, 150, 151.
E n estos t o m o s se v e u n f á r r a g o i n m e n s o d e c a r t a s , e s c r i t a s y a p o r los P a d r e s del
concilio, y a p o r los t e ó l o g o s , y a p o r los e m b a j a d o r e s , y a p o r o t r a s p e r s o n a s , a c e r c a
d e n e g o c i o s r e l a t i v o s al c o n c i l i o . Do v e z en c u a n d o a p a r e c e n c a r t a s d e los l e g a d o s ,
c o m o e n el t o m o 2 8 m u c h a s d e l c a r d e n a l M o r o n e ; p e r o p o r no ser c a r t a s d e oficio, ni
d i r i g i d a s al p a p a ó á su s e c r e t a r i o , h a n s i d o r e l e g a d a s á e s t o s v o l ú m e n e s . S o n m u y
d e n o t a r a l g u n a s c o l e c c i o n e s e n t e r a s d e las c a r t a s e s c r i t a s p o r a l g u n o s h o m b r e s ilus-
t r e s , p o r q u e v a n s i g u i e n d o p a s o á p a s o e l c u r s o d e los s u c e s o s e n q u e e s t a b a m e z -
c l a d o el a u t o r . A s í , v. gr., el t o m o 3 0 c o m p r e n d e las c a r t a s d e l o b i s p o Delfino e n
1 5 6 3 . A l l í se v e n las n e g o c i a c i o n e s s e g u i d a s con el e m p e r a d o r en I n s p r u c h s o b r e los
n e g o c i o s d e l c o n c i l i o . El 3 9 es e l e p i s t o l a r i o del c a r d e n a l E s t a n i s l a o H o s i o . E n el
4 9 a p a r e c e n m u c h a s c a r t a s d e P í o I V y d e San C a r l o s á d i v e r s a s p e r s o n a s , sobre
t o d o a l c a r d e n a l d e M a n t u a . E l 5 6 e n c i e r r a las c a r t a s d e m o n s e ñ o r V i s c o n t i á San
C a r l o s , ú t i l í s i m a s p a r a s e g u i r los p a s o s d e l c o n c i l i o en los a ñ o s 1 5 6 2 y 6 3 . E n los to-
m o s 6 9 y 7 0 se v e la c o r r e s p o n d e n c i a , m u y p a r e c i d a á la p r e c e d e n t e , d e M u c i o Ca-
l i n o B r e s c i a n o , a r z o b i s p o d e Zara. P o r fin, en el 1 3 9 h a y b a s t a n t e s c a r t a s del c a r d e -
nal de Santa Cruz.
VIII
Escritos diversos acerca de cuestiones agitadas en el concilio.—Tomos 5, 12, 16,
45, 46, 47, 4 8 , 73, 74, 1 0 1 .
S o l í a n los P a d r e s p r e s e n t a r tal v e z s u s p a r e c e r e s p o r e s c r i t o . A d e m á s , a c o s t u m b r a -
CAP. XVI.—LAfNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 515
en t i e m p o d e P a u l o ILT d u r ó desde el 13 de D i c i e m b r e d e 1545 hasta
S e t i e m b r e d e 1547. C e l e b r á r o n s e diez sesiones, ocho e n T r e n t o y dos
b a n los l e g a d o s e n c o m e n d a r á u n o ó v a r i o s t e ó l o g o s , y a el c a t a l o g a r l o s e r r o r e s , y a
el r e u n i r l o s t e x t o s d e l a E s c r i t u r a q u e t r a t a n d e a l g ú n d o g m a , y a el e x a m i n a r l a s
d e c i s i o n e s d e l o s concilios p r e c e d e n t e s a c e r c a d e u n p u n t o d o g m á t i c o ó d i s c i p l i -
nar, e t c . D e a q u í n a c i ó u n a m u l t i t u d d e p a r e c e r e s , n o t a s , o b s e r v a c i o n e s , t e x t o s y
otros m u c h o s e s c r i t o s , casi t o d o s a n ó n i m o s , q u e se v e n c o l e c c i o n a d o s c o n m u c h a
confusión en e s t o s t o m o s .
IX
Documentos diplomáticos— Tomos 8, 1 2 , 2 9 , 4 1 , 6 6 , 7 1 , 7 8 , 8 8 , 8 9 , 1 0 0 , 1 3 4 .
T a m b i é n en o t r o s v o l ú m e n e s se d e s c u b r e n e s c r i t o s d e los m o n a r c a s ó d e l o s e m -
b a j a d o r e s ; p e r o e n é s t o s se b a i l a la m a y o r r i q u e z a d e p i e z a s d i p l o m á t i c a s . E n el 2 9 ,
c a r t a s d e P í o I V y del e m p e r a d o r F e r d i n a n d o . E n el 4 1 , las p e t i c i o n e s d i r i g i d a s al
concilio poY el e m p e r a d o r y el r e y d e F r a n c i a en 1 5 6 3 .
X
Miscelánea. — Tomos 2 , 6, 1 0 , 1 3 , 1 5 , 2 1 , 2 3 , 3 3 , 3 6 , 3 8 , 3 9 , 4 0 , 7 2 , 7 7 , 8 2 , 8 3 , 8 5 ,
8 6 , 8 7 , 93, 94, 104, 145, 149, 152.
A esta s e c c i ó n r e f e r i m o s u n a m u c h e d u m b r e h e t e r o g é n e a d e e s c r i t o s q u e d i r e c t a -
m e n t e n o t r a t a n d e l concilio m i s m o , s i n o d e n e g o c i o s r e l a c i o n a d o s d e u n m o d o ó d e
otro c o n el c o n c i l i o . L o s e s c r i t o s m á s i n t e r e s a n t e s son los q u e v e r s a n s o b i e l a p r e p a -
ración d e la c é l e b r e a s a m b l e a , y m á s a ú n s o b r e la a p l i c a c i ó n d e s u s d e c r e t o s á la r e -
f o r m a d e l a s c o s t u m b r e s . E n t r e otros, m e r e c e n c i t a r s e los s i g u i e n t e s : el 2 , s o b r e la
r e f o r m a d e d o m i n i c o s y c i s t e r c i e n 6 e s en I t a l i a ; el 1 3 , s o b r e las d i f i c u l t a d e s q u e se
h a n d e v e n c e r p a r a la c e l e b r a c i ó n d e l c o n c i l i o ; el 1 5 , e s c r i t o s d e l p r o t o n o t a r i o Sir-
leto s o b r e c u e s t i o n e s a g i t a d a s en el c o n c i l i o ; el 2 3 , s o b r e la r e f o r m a d e l m o n a s t e r i o
d e M o n t e C a s i n o e n los a ñ o s 1 5 7 7 y 7 9 ; los 3 6 , 3 8 y 3 9 , s o b r e la d i e t a d e E a t i s b o n a
en 1 5 4 1 ; el 7 7 , s o b r e el h o s p e d a j e d e los P a d r e s e n T r e n t o ; el 9 4 , s o b r e los h e r e j e s
de M ó d e n a y s o b r e la c a u s a del c a r d e n a l M o r o n e , e t c . , e t c .
E s t a l i g e r a n o t i c i a b a s t a r á no p a r a a g o t a r t o d o c u a n t o se d e b e d e c i r s o b r e las
a c t a s d e l concilio d e T r e n t o ( p u e s e s t o lo d e j a m o s p a r a los q u e h a g a n e s t u d i o s p r o -
f u n d o s s o b r e e s t a c é l e b r e a s a m b l e a ) , sino s o l a m e n t e p a r a q u e el l e c t o r p u e d a v e r i -
ficar lo q u e d e c i m o s a c e r c a d e la p e q u e ñ a p a r t e q u e n o s t o c a i l u s t r a r , c u a l es la i n -
t e r v e n c i ó n q u e t o m a r o n e n el concilio los d o s j e s u í t a s e s p a ñ o l e s L a í n e z y S a l m e r ó n .
A d e m á s d e los d o c u m e n t o s q u e n o s s u m i n i s t r a el A r c h i v o s e c r e t o d e l V a t i c a n o y
la c o r r e s p o n d e n c i a d e n u e s t r o s P a d r e s q u e c i t a m o s en el t e x t o , c o n v i e n e t e n e r p r e -
s e n t e s , p a r a la h i s t o r i a d e l c o n c i l i o , l a s o b r a s i m p r e s a s s i g u i e n t e s :
T h e i n e r , Acta genuina Coucilii Tridentini. T o d o s s a b e n lo d e f e c t u o s a q u e es esta
e d i c i ó n . C i t á r n o s l a , sin e m b a r g o , p o r e s t a r al a l c a n c e del p ú b l i c o , c u a n d o s u t e x t o
no difiere s u s t a n c i a l m c n t e d e las a c t a s .
M e r k l e , Concilii Tridentini diariorum Pars prima. Friburgi Brisgoviae, 1 9 0 1 .
E s t e es el p r i m e r t o m o d e la g r a n p u b l i c a c i ó n q u e h a e m p e z a d o la s o c i e d a d d e G o c -
rres s o b r e los d o c u m e n t o s d e l concilio t r i d e n t i n o . C o n t i e n e el d i a r i o d e S e v e r o l i y
los t r e s p r i m e r o s d e M a s s a r e l l i , p e r t e n e c i e n t e s t o d o s á la p r i m e r a c o n v o c a c i ó n d e l
c o n c i l i o , y p o r ellos se p u e d e n s e g u i r los pasos d e la c é l e b r e a s a m b l e a d e s d e 1 5 4 5
h a s t a 1 5 4 9 . E n I o j p r e l i m i n a r e s d a el Sr. M e r k l e p u n t u a l n o t i c i a d e los m a n u s c r i t o s
que e x i s t e n n o sólo e n l i o r n a , sino e n las p r i n c i p a l e s c i u d a d e s d e I t a l i a , E s p a ñ a ,
516 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA CAP. X V I . — L A Í N E Z Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 517

e n B o l o n i a , a d o n d e se t r a s l a d ó el c o n c i l i o p o r Marzo do 1547. La se- á esta elección, p u e s e n eJ concilio se debía a g i t a r m u c h a s v e c e s la

g u n d a r e u n i ó n se t u v o en t i e m p o d e J u l i o I I I , y se p r o l o n g ó desde cuestión d e las p r e r r o g a t i v a s y a u t o r i d a d d e l S u m o Pontífice. P u d o
el 1.° d e Mayo d e 1551 h a s t a el 28 d e A b r i l do 1552. Sólo h u b o seis tal vez influir e n esta d e t e r m i n a c i ó n el c a r i ñ o n a t u r a l q u e sentía
sesiones. La t e r c e r a , bajo P í o IV, e m p e z ó el 18 d e E n e r o d e 1562 y P a u l o I I I hacia u n a O r d e n r e l i g i o s a confirmada p o r él m i s m o . Cual-
t e r m i n ó con el feliz r e m a t e del c o n c i l i o el 4 d e D i c i e m b r e d e 1563. q u i e r a q u e fuese la razón quo le m o v i ó , es lo c i e r t o q u e , d e s e a n d o e l
C e l e b r á r o n s e esta vez n u e v e sesiones. A este c o n c i l i o , d o n d e habían papa e n v i a r al concilio t r e s t e ó l o g o s suyos, quiso q u e t o d o s t r e s fue-
d e c o n c u r r i r p r o l a d o s tan e m i n e n t e s , t e ó l o g o s t a n p r o f u n d o s , cano- sen d e la C o m p a ñ í a de J e s ú s . E l n o m b r a m i e n t o d e los sujetos lo dejó
nistas tan e r u d i t o s , d i p l o m á t i c o s tan h á b i l e s , q u i s o P a u l o I I I e n v i a r al a r b i t r i o de San I g n a c i o , el cual d e s i g n ó á los P P . F a b r o , Laínez y
t r e s t e ó l o g o s pontificios, y ¡cosa s i n g u l a r ! p u d i e n d o e s c o g e r l o s en S a l m e r ó n . E l p r i m e r o , q u e estaba en España, se p u s o e n c a m i n o p a r a
t a n t a s o t r a s O r d e n e s r e l i g i o s a s , tan a n t i g u a s y a c r e d i t a d a s , y a u n del R o m a l u e g o q u e r e c i b i ó el aviso; p e r o n o p u d o a c u d i r á T r e n t o ,
m i s m o c l e r o secular, d e t e r m i n ó t o m a r l o s ú n i c a m e n t e de la Compa- p u e s a p e n a s llegado á la c i u d a d e t e r n a , e x p i r ó , c o m o v i m o s , e n los
ñía d e J e s ú s . ¿Qué r a z ó n le m o v e r í a á tan s i n g u l a r p r e f e r e n c i a ? brazos de San I g n a c i o . Los o t r o s dos, q u e se h a l l a b a n e n Italia, se
F r a n c a m e n t e , n o lo p o d e m o s a d i v i n a r . Tal vez el a m o r y d e v o c i ó n á d i s p u s i e r o n l u e g o á la j o r n a d a .
la Santa Sede, q u e n o t a b a en la n u e v a O r d e n r e l i g i o s a , le inclinaría 2. P a r a p r e v e n i r á sus q u e r i d o s hijos acerca d e l m o d o d e p r o c e d e r
q u e d e b í a n o b s e r v a r e n u n a s u n t o tan d e l i c a d o , el santo p a t r i a r c a
F r a n c i a , A l e m a n i a , e t c . E s p e r a m o s q u e esta m o n u m e n t a l p u b l i c a c i ó n a n t i c u a r á t o d o los e n t r e g ó una i n s t r u c c i ó n escrita, q u e m e r e c e copiarse p o r e n t e r o ,
lo q u e b a s t a a h o r a se h a p u b l i c a d o s o b r e el concilio d e T r e n t o . p o r q u e es m u y d e San I g n a c i o ; es decir, m u y s a n t a , m u y p r u d e n t e y
S i c k e l , Zur Gcschichte des Concils von Trient. 1 5 5 9 - 1 5 6 3 . E s u n a c o l e c c i ó n de
al m i s m o t i e m p o m u y llana. Dice así:
trescientos documentos diplomáticos pertenecientes á ese cuadrienio, que ilustran
p r i n c i p a l m e n t e las r e l a c i o n e s d e l c o n c i l i o con el i m p e r i o .
D ó l l i n g e r , Ungedruckte Birichte und Tagebilclier zur Gcschichte des Concils von «1HS.
Trient.
í d e m , Beitrage zur poli! ischen, rhirchlichen und cidturgesch ichte der sechs let'Jcn »PARA CONVERSAR.
Jahrhundertc. E l t o m o p r i m e r o es u n a colección d e d o s c i e n t o s n u e v e d o c u m e n t o s e s -
p a ñ o l e s , d e los c u a l e s m á s d e c i n c u e n t a so refieren al c o n c i l i o d e T r e n t o . Así c o m o e n c o n v e r s a r y t r a c t a r con m u c h a s p e r s o n a s p a r a la
G e n e r o s o C a l e n z i o , Saggio d'istoria del concilio di Trento soltó Paolo III. salud y p r o v e c h o s p i r i t u a l de las á n i m a s con favor d i v i n o m u c h o se
í d e m , Documenti inediti e nuovi lavori letlerarii sul Concilio di Trento. g a n a , p o r el c o n t r a r i o e n la tal c o n v e r s a t i ó n , si n o somos v i g i l a n t e s
Las conocidas historias de Pallavicino y Sarpi.
y f a v o r e c i d o s d e l S e ñ o r n u e s t r o , se p i e r d e m u c h o d e n u e s t r a p a r t e ,
A d e m á s d e e s t o s a u t o r e s q u e t r a t a n g e n e r a l m e n t e s o b r e el c o n c i l i o , d e b e n c o n s u l -
t a r s e los e s c r i t o r e s d e la C o m p a ñ í a q u e h a b l a n p r i n c i p a l m e n t e d e L a í n e z y Sal- y á las vezes d e t o d a s ; y p o r q u e s e g ú n n u e s t r a professión d e la tal
merón. conversatión no nos podamos escusar, quanto más fuéremos previs-'
P o l a n c o , Historia S. J., p u b l i c a d a e n el Monumenta histórica S. J., t. I, p p . 1 7 S tos (sic) y p o r a l g ú n c o n c i e r t o o r d e n a d o s , t a n t o m á s i r e m o s descan-
y 2 2 4 , y t. n . p p . 2 4 9 y 4 7 0 .
sados e n el S e ñ o r n u e s t r o . Se s i g u e n a l g u n a s cosas, d e las q u a l e s ó
O r l a n d i n i , Historia S. J. A ñ o s 1 5 4 6 , 4 7 , 5 1 y 5 2 .
G r i s a r , Jacobi Lainez, Disputationes tridentinae. A u n q u e la p r i n c i p a l a t e n c i ó n del de o t r a s s í m i l e s q u i t a n d o y p o n i e n d o n o s p o d a m o s a i u d a r e n el Se-
e d i t o r se d i r i g i ó á d a r u n a b u e n a e d i c i ó n d e los e s c r i t o s d e L a í n e z , e n los p r e l i m i - ñor nuestro.
n a r e s e x p l i c ó d o c t a m e n t e v a r i o s p u n t o s d e la h i s t o r i a d e l c o n c i l i o .
»2. S e r í a t a r d o e n h a b l a r (1), c o n s i d e r a d o y a m o r o s o , m a i o r -
u

E i b a d e n e i r a , Vida del P. Lainez.

B o e r o , Vita del P. Lainez, 1. i, e s . v i y v n , 1. n , c. v m .
í d e m , Vita del P. Salmerón. V é a s e la t r a d u c c i ó n d e l P . I g n a c i o T o r r e , p o r los do-
c u m e n t o s i n é d i t o s q u e el t r a d u c t o r h a a ñ a d i d o al fin.
B a r t o l i , DelV isloria della Compagnia di Gesú. Vitalia, 1. n , c. I y s i g u i e n t e s .
E s t e a u t o r es q u i e n h a t r a t a d o c o n m á s p u n t u a l i d a d t o d o lo r e l a t i v o á L a í n e z y Sal-
m e r ó n e n T r e n t o . Su n a r r a c i ó n a d o l e c e de a q u e l l a p i a d o s a p a r c i a l i d a d q u e se n o t a en
m u c h o s historiadores religiosos. H a b r e m o s de e n m e n d a r l e a l g u n a s veces y moderar
los e l o g i o s q u e t r i b u t a á L a í n e z y S a l m e r ó n .
m e n t e c e r c a definir las cosas q u e se t r a c t a n , ó son t r a c t a b l e s e n el
concilio.
»3.° Si t a r d o e n h a b l a r , aiuda e n el o i r q u i e t o , p a r a s e n t i r y c o n o -
( 1 ) A q u í m u d a S a n I g n a c i o la f o r m a i m p e r a t i v a e n la c o n d i c i o n a l , c o m o s u c e d e
cuando en vez de decir á otro « h a c e d esto ó a q u e l l o » , le decimos, « y o haría esto ó
aquello».
 518 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
c e r los e n t e n d i m i e n t o s , affectos y v o l u n t a d e s d e los q u e h a b l a n , para
mejor responder ó callar.
»4.° Q u a n d o se h a b l a r e d e símiles m a t e r i a s ó d e otras, d a r razones
ad iitraniqneparfem, p o r n o se m o s t r a r affectado e n p r o p i o j u i z i o , p r o -
c u r a n d o de n o d e j a r d e s c o n t e n t o á n i n g u n o .
»5.° No t r a e r í a p o r a u t o r e s p e r s o n a s a l g u n a s , m a i o r m e n t e siendo
g r a n d e s , si n o fuesse e n cosas m u c h o m i r a d a s , h a z i é n d o m e c o n t o d o s
y no m e apassionando p o r ninguno.
»6.° S i las cosas do q u e se h a b l a r e s o n t a n j u s t a s , q u e n o se p u e d a
ó d e v a callar, d a n d o allí su p a r e c e r con la m a i o r q u i e t u d y h u m i l d a d
p o s s i b l e , c o n c l u i e n d o salvo meliori judicio.
»7.° F i n a l m e n t e , p a r a c o n v e r s a r y t r a c t a r e n las m a t e r i a s a d q u i r i -
das ó infusas, q u e r i e n d o h a b l a r e n ellas, aiuda m u c h o n o m i r a r mi
otio ó falta d e t i e m p o c o n priessa y n o m i c o m o d i d a d , m a s t r a e r m e
á m í m i s m o á la c o m o d i d a d y c o n d i t i ó n d e la p e r s o n a con q u i e n
quiero tractar, para moverle á maior gloria divina.
»PARA AIUDAR Á L A S ÁNIMAS.
Á m a i o r g l o r i a d e Dios n u e s t r o S e ñ o r lo q u e p r i n c i p a l m e n t e
en esta j o r n a d a d e T r e n t o se p r e t e n d e p o r n o s o t r o s , p r o c u r a n d o es-
t a r j u n c t o s e n a l g u n a h o n e s t a p a r t e , e s , p r e d i c a r , confessar y leer,
e n s e ñ a n d o á m u c h a c h o s , d a n d o E j e r c i c i o s , v i s i t a n d o p o b r e s en h o s -
pitales y e x h o r t a n d o á los p r ó j i m o s , s e g ú n q u e cada u n o se h a l l a r e
con este ó c o n a q u e l t a l e n t o p a r a m o v e r las p e r s o n a s q u o p u d i é r e -
m o s á d e v o t i ó n y o r a t i ó n , p a r a q u e t o d o s r u e g u e n y r o g u o m o s á Dios
n u e s t r o S e ñ o r q u e su d i v i n a Majestad se d i g n e i n f u n d i r s u S p í r i t u
•divino e n t o d o s los q u o t r a c t a r e n las m a t e r i a s q u e á t a n alta c o n g r e -
g a t i ó n p e r t e n e c e n , p a r a q u e ol S p i r i t u S a n c t o c o n m a i o r a b u n d a n t i a
de d o n e s y g r a t i a s d e s c i e n d a e n e l tal c o n c i l i o .
»2.° P r e d i c a n d o n o tocaría n i n g u n a s p a r t e s d o n d e difieren los p r o -
t e s t a n t e s d e los c a t h ó l i c o s , m a s s i m p l e m e n t e á las b u e n a s c o s t u m b r e s
y d e v o t i o n e s d e la I g l e s i a , m o v i e n d o las á n i m a s al e n t e r o conoci-
m i e n t o d e sí m i s m a s y á m a i o r c o n o c i m i e n t o y a m o r d e su C r i a d o r y
S e ñ o r , h a b l a n d o d e l concilio á m e n u d o y t o d a s vezes al cabo d e los
s e r m o n e s , s e g ú n q u e está d i c h o , h a z i e n d o h a z e r o r a t i ó n p o r é l .
»3.° L o i e n d o l o m i s m o q u e p r e d i c a n d o y así p r o c u r a n d o con deseo
d e inflamar las á n i m a s e n a m o r do su C r i a d o r y Señor, d e c l a r a n d o la
i n t e l i g e n t i a d e lo q u e l e e , c o m o e n h a z e r á los a u d i t o r e s q u e h a g a n
o r a t i ó n c o m o está d i c h o .
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 519
»4.° Confessando y h a z i e n d o c u e n t a q u e l o q u e les dijesse á los p e -
n i t e n t e s d i r í a en p ú b l i c o , e n t o d a s las conféssiones d á n d o l e s a l g u n a
p e n i t e n t i a d e o r a t i o n e s p o r el tal effecto.
»o." D a n d o Ejercicios y e n o t r o s c o l l o q u i o s asimismo p e n s a n d o q u e
hablo e n p ú b l i c o , a d v i r t i e n d o q u e á t o d o s diesse e n g e n e r a l los d o la
p r i m e r a s e m a n a , y n o m á s si n o fuesse á p e r s o n a s r a r a s y dispuestas
p a r a d i s p o n e r sus vidas p o r vía de las e l e c t i o n e s , e n las q u a l e s ni
d u r a n t e los E j e r c i c i o s , n o los d e j a n d o h a z e r p r o m e s s a s : a s i m i s m o n o
los e n c e r r a n d o m a i o r m e n t e á los p r i n c i p i o s , a d e l a n t e s e g ú n e l t i e m -
po diesse l u g a r , s i e m p r e m o d e r a n d o y m á x i m e si a l g u n a v e z uviesse
de d a r todos los E x o r c i c i o s acabados y e n c o m e n d a n d o las o r a t i o n e s
cerca el concilio.
»6.° E n s e g n a n d o m u c h a c h o s p o r a l g ú n t i e m p o c ó m o d o , s e g ú n el
aparejo y dispositión d e todas p a r t e s , m o s t r a n d o p r i m e r o s r u d i m e n -
t o s , y s e g ú n l o s a u d i t o r e s , m á s ó m e n o s d e c l a r a n d o , y a l cabo d e t a l
e n s e ñ a r y e x h o r t a r , h a z i e n d o h a z e r o r a t i ó n p a r a el t a l effecto.
»7.° V i s i t a n d o los h o s p i t a l e s e n a l g u n a h o r a ó h o r a s d e l día m á s
c o n v e n i e n t e s á la salud c o r p o r a l , confessando y c o n s o l a n d o á los p o -
b r e s y a u n l l e v á n d o l e s a l g u n a cosa p u d i e n d o , h a z i é n d o l e s h a z e r o r a -
tiones c o m o está dicho e n las conféssiones. Si f u é r e m o s t r e s , á lo
m e n o s e l v i s i t a r d e los p o b r e s será cada u n o d e q u a r t o e n q u a r t o día.
»8." E x h o r t a n d o á las p e r s o n a s q u e c o n v e r s a r p u d i e r e , á confessar,
comulgar y celebrar á m e n u d o , á Exercicios spirituales y á otras
o b r a s pías, m o v i é n d o l o s a s i m i s m o á h a z e r o r a t i ó n p o r e l c o n c i l i o .
»9. Así c o m o c e r c a el definir d e las cosas aiuda e l h a b l a r t a r d o ó
u
p o c o , c o m o está d i c h o , p o r e l c o n t r a r i o , p a r a m o v e r á las á n i m a s á
su p r o v e c h o s p i r i t u a l aiuda e l h a b l a r l a r g o , c o n c e r t a d o , a m o r o s o y
con affecto.
»PARA MÁS A1UDARNOS.
« T o m a r e m o s u n a h o r a á la n o c h e e n t r e t o d o s p a r a c o m u n i c a r lo
q u e se a h e c h o e n el día y lo q u e se d e v e p r e t e n d e r p a r a e l q u o
viene.
«En las cosas passadas ó p o r v e n i r c o n v e r n e m o s á v o t o s ó d e o t r a
manera.
«Uno u n a n o c h e r u e g u o á t o d o s los o t r o s p a r a q u e l e c o r r i j a n e n
t o d o lo q u e les p a r e c i e r e , y e l q u e así fuero c o r r e g i d o n o r e p l i q u e ,
si n o le d i x e r e n q u e d é razón d e la causa p o r la q u a l a sido c o r r e -
gido.
 520 Lili. I I . — SAN IGNACIO DE LOYeLA
»E1 s e g u n d o h a g a lo m i s m o o t r a n o c h e , y así conseqvcnfcr p a r a alu-
ciarse t o d o s e n m a i o r c a r i d a d y en m a i o r b u e n o d o r de todas p a r t e s .
»Á la m a ñ a n a p r o p o n e r y dos vczes e x a m i n a r n o s e n el día.
«Esta o r d e n se c o m i e n c e d e n t r o d e c i n c o días, d e s p u é s q u e f u é r e -
m o s e n T r e n t o . A m é n » (1).
P o r el t e n o r de esta i n s t r u c c i ó n se c o n o c e q u e San I g n a c i o n o adi-
v i n a b a e l p a p e l i m p o r t a n t í s i m o q u e s u s dos hijos i b a n á d e s e m p e ñ a r
e n el c o n c i l i o , c o m o t e ó l o g o s y c o m o sabios. La a t e n c i ó n d e l santo
p a t r i a r c a se dirigía, p r i n c i r i a l m e n t e , á q u e edificasen á t o d o s c o n el
e j e m p l o d e sus v i r t u d e s . G r a c i a s á Dios, s u p i e r o n Laínez y S a l m e r ó n
j u n t a r la v i r t u d c o n la ciencia. L l e g a r o n á T r e n t o el 18 do Mayo
de 154G (2). E n c o n t r a r o n allí al P . Claudio J a y o , á q u i e n h a b í a e n -
v i a d o p o r p r o c u r a d o r s u y o el c a r d e n a l de A u s b u r g o , y a l P . Covi-
l l ó n , b e l g a , m a n d a d o en calidad de t e ó l o g o p o r G u i l l e r m o , d u q u e d e
B a v i e r a . L o s dos P a d r e s españoles fueron m u y b i e n r e c i b i d o s p o r los
c a r d e n a l e s l e g a d o s , p r e s i d e n t e s d e l c o n c i l i o , y a u n q u e el c a r d e n a l
C e r v i n i les ofreció a l o j a m i e n t o y c u a n t o h u b i e r a n m e n e s t e r , ellos,
p a r a v i v i r con m á s i n d e p e n d e n c i a y r e l i g i o s i d a d , p r e f i r i e r o n m o r a r
e n la m o d e s t a h a b i t a c i ó n q u e tenía a l q u i l a d a el P . J a y o (3).
D o b l e era e l fin q u e n u e s t r o s P a d r e s se p r o p o n í a n e n T r e n t o . F u e r a
d e l c o n c i l i o , edificar al p r ó j i m o c o n su r e l i g i o s o p r o c e d e r y o b r a s de
c e l o , y de este m o d o d a r á c o n o c e r el i n s t i t u t o de la C o m p a ñ í a .
D e n t r o d e l c o n c i l l o , c o n t r i b u i r c o n su d o c t r i n a a l a c i e r t o d e las deci-
siones. D i g a m o s p r i m e r o b r e v e m e n t e lo q u e h i c i e r o n fuera d e l con-
c i l i o , t o m á n d o l o de las cartas q u e S a l m e r ó n y J a y o e s c r i b i e r o n á
Roma.
3. E m p e z a r o n , p u e s , á v i s i t a r á los e n f e r m o s en los h o s p i t a l e s y á
e n s e ñ a r p o r las calles el catecismo á los n i ñ o s , c o m o lo solían h a c e r
e n las o t r a s c i u d a d e s d o n d e m i s i o n a b a n . E l c o n c u r s o d e p r e l a d o s y
g e n t e rica h a b í a a t r a í d o á T r e n t o g r a n m u c h e d u m b r e de m e n d i g o s ,
y los l e g a d o s p r e s i d e n t e s d i e r o n o r d e n de r e c o g e r l o s e n u n edificio
capaz fuera d e la c i u d a d , d o n d e t u v i e s e n asilo y m á s fácil r e m e d i o .
( 1 ) Instructiones, 1 5 4 6 - 1 5 8 2 , f. l . ° E l t e x t o q u e d a m o s es el o r i g i n a l d e S a n I g -
n a c i o , t a l c o m o él lo dictó y se c o n s e r v a e n eBte t o m o . E n v a r i a s b i o g r a f í a s del s a n t o
é h i s t o r i a s d e la C o m p a ñ í a p o d r á n ¡ver los l e c t o r e s u n a r e d a c c i ó n m u y d i s t i n t a do
e s t a s i n s t r u c c i o n e s . T o d o s e s o s e j e m p l a r e s s o n a r r e g l o s l i t e r a r i o s m á s ó m e n o s feli-
ces d e l m i s m o o b j e t o , p e r o e n n i n g u n a p a r t e a p a r e c e el t e x t o g e n u i n o d e la i n s t r u c -
ción , c u y o e s t i l o t o s s o y p r e m i o s o d e b i ó o f e n d e r el g u s t o d e los h i s t o r i a d o r e s , m u -
c h o s d e los c u a l e s s e g u r a m e n t e n o v i e r o n el o r i g i n a l .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t . i , p . 1 7 8 . — ( 3 ) í d e m , ibid.
CAP. XVI. —LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 521
N u e s t r o s P a d r e s t o m a r o n á su c a r g o i r p o r t u r n o á d e c i r l e s m i s a y
hacerles juntamente alguna plática ó instrucción. Á estos socorros
espirituales añadían a l g u n a s l i m o s n a s , q u o j u n t a r o n p a r a este efecto
de los P a d r e s del c o n c i l i o y d e otras p e r s o n a s ricas. P o r este m e d i o
p u d i e r o n a c o m o d a r de v e s t i d o s á m u c h o s p o b r e s , y e n u n a ocasión
l l e v a r o n p r o c e s i o n a l m e n t e á s e t e n t a y seis d e ellos á u n a misa so-
lemne, donde comulgaron en presencia d e muchos prelados, luciendo
su p i e d a d y sus v e s t i d o s á la vista de sus b i e n h e c h o r e s .
Sin e m b a r g o , esto de los v e s t i d o s dio o r i g e n á u n p e q u e ñ o a b u s o ,
que hizo modificar la c a r i d a d d e n u e s t r o s P a d r e s . O i g a m o s á S a l m e -
rón. « C o n t i n u a m o s e n e n s e ñ a r y d e c i r m i s a á los p o b r e s , y h a c i é n d o -
les h a c e r o r a c i ó n v o c a l , y h a c i é n d o l a j u n t o c o n ellos p o r e l sacro
concilio. Y p o r q u e t e n í a n m u c h a n e c e s i d a d d e l vestir, h a b e r n o s p r o -
curado q u e e n a l g u n a m a n e r a fuesen en esto a y u d a d o s , y e x p e r i m e n -
tando q u e el v e s t i r l o s de t o d o p u n t o n o les hacía p r o v e c h o , p o r q u e
se iban y l o j u g a b a n , c o m o dos d e e l l o s , q u e se v i s t i e r o n , h i c i e r o n ,
habernos t o m a d o p o r e x p e d i e n t e de h a c e r a l g u n a s camisas, q u e p a r a
v e r a n o les s i r v e n d e t o d o ; y así, c o n a l g u n a s l i m o s n a s q u e a l g u n o s
p r e l a d o s h a n d a d o , se h a n h e c h o m á s d e t r e i n t a camisas, c o n las cua-
les se h a n c o n s o l a d o t a n t o , c o m o o t r o s h a r í a n c o n s e n d o s m a y o r a z -
gos y g r a n d e s beneficios» (1).
Una d i s t i n c i ó n h o n r o s a q u e h i c i e r o n los l e g a d o s c o n n u e s t r o s teó-
logos les dio ocasión de e j e r c i t a r más su c e l o , y fué q u e , h a b i é n d o s e
n e g a d o g e n e r a l m e n t e á los t e ó l o g o s la facultad de p r e d i c a r o r d i n a -
r i a m e n t e , se hizo e x c e p c i ó n e n favor d e los N u e s t r o s , ya p o r s e r t e ó -
logos d e l p a p a , y a p o r la estima q u e se tenía de su v i r t u d . H e a q u í
cómo a n u n c i a el P . S a l m e r ó n el fruto de estos s e r m o n e s : «Acerca d e
las o c u p a c i o n e s q u e a q u í t e n e m o s , n o h a y o t r a cosa q u e e s c r i b i r p o r
ahora, sino q u e c o n t i n u a m o s p r e d i c a n d o ; y c o m o c r e c e de día e n día
el a u d i t o r i o , sea de p r e l a d o s , sea d e o t r o s , c r e e m o s q u e esto se h a g a
con edificación y fruto» (2). C o n estas y o t r a s o b r a s d e c a r i d a d e d i -
ficaban e n T r e n t o á los p r e l a d o s y a c r e d i t a b a n el n o m b r e d e la C o m -
pañía.
4. P e r o p a s e m o s á la p a r t e m á s i m p o r t a n t e , esto es, á los s e r v i c i o s
que p r e s t a r o n n u e s t r o s P a d r e s d e n t r o d e l c o n c i l i o . P a r a e n t e n d e r
b i e n este p u n t o , c o n v i e n e r e c o r d a r d e a n t e m a n o las p e r s o n a s q u e
i n t e r v e n í a n e n el sínodo, y el m o d o con q u e se p r o c e d í a , y a p a r a con-
( 1 ) Epistolae Salmeronis. T r e n t o , 1 0 d e J u l i o d e 1 5 4 6 . I m p r e s a e n l a s Cartas de
San Ignacio, t . i, p . 4 8 1 — ( 2 ) Í d e m , ibid. T r e n t o , 2 0 d e O c t u b r e d e 1 5 4 6 .
522 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
d o n a r los e r r o r e s y fijar los d o g m a s , y a p a r a e s t a b l e c e r los d e c r e t o s
d i s c i p l i n a r e s . C o m p o n í a n p r o p i a m e n t e esta a u g u s t a a s a m b l e a los q u e
e n lenguaje eclesiástico s o l e m o s l l a m a r Padres del concilio, es decir,
los q u e en él t e n í a n voto definitivo. E s t o s e r a n los c a r d e n a l e s y obis-
pos, p o r d e r e c h o i n n a t o , y los G e n e r a l e s de las Ó r d e n e s religiosas,
p o r c o n c e s i ó n de la I g l e s i a . A l g u n a d u d a h u b o s o b r e t r e s abades
de San B e n i t o y s o b r e los p r o c u r a d o r e s d e p r e l a d o s a u s e n t e s . Al fin
se r e s o l v i ó q u e los a b a d e s e n t r a s e n en el n ú m e r o de los P a d r e s , p e r o
q u e t u v i e s e n u n solo v o t o e n t r e los t r e s . E n c u a n t o á los p r o c u r a d o -
r e s , f u e r o n a d m i t i d o s al p r i n c i p i o con v o t o definitivo en n o m b r e de
los p r e l a d o s á q u i e n e s r e p r e s e n t a b a n ; p e r o después, q u e r i e n d o a p r e -
m i a r á los obispos á c o n c u r r i r p e r s o n a l m e n t e , n e g ó s e el concilio á
r e c i b i r en su seno á los p r o c u r a d o r e s (1).
A d e m á s de los P a d r e s , c o n c u r r í a n e n T r e n t o m u c h o s t e ó l o g o s y
h o m b r e s d o c t o s , c u y a ciencia d e b í a i l u s t r a r y a c o n s e j a r á los obis-
p o s . E l p a p a , el e m p e r a d o r , los p r í n c i p e s c r i s t i a n o s , las u n i v e r s i d a -
des, e n v i a b a n la flor de sus d o c t o r e s , p a r a c o n t r i b u i r al feliz é x i t o d e
a q u e l concilio, el más i m p o r t a n t e , sin disputa, de c u a n t o s se h a n ce-
l e b r a d o en la I g l e s i a , y a se a t i e n d a á la g r a v e d a d d e los a s u n t o s q u e
se t r a t a r o n , y a á las c o n s e c u e n c i a s q u e se s i g u i e r o n en la r e f o r m a de
las c o s t u m b r e s y en la v i d a g e n e r a l de t o d o el catolicismo.
C u a n d o l l e g a r o n n u e s t r o s P a d r e s n o e r a n todavía m u y n u m e r o s o s
los p r e l a d o s y los t e ó l o g o s r e u n i d o s en T r e n t o . E l catálogo de los
q u e a s i s t i e r o n á la q u i n t a sesión p r e s e n t a s o l a m e n t e s e s e n t a y dos
obispos y c u a r e n t a y cinco t e ó l o g o s , sin c o n t a r a l g u n o s G e n e r a l e s
de Ó r d e n e s r e l i g i o s a s , d o s p r o c u r a d o r e s de obispos a u s e n t e s , dos
a b a d e s y v a r i o s n o b l e s y oficiales del concilio (2). P e r o a u n q u e éste
n o ofreciese t o d a v í a el e s p l e n d o r de t a n t o s v a r o n e s i l u s t r e s q u o des-
p u é s a c u d i e r o n , sin e m b a r g o , e n c e r r a b a y a e n su s e n o v a r i o s h o m -
b r e s e m i n e n t e s . É r a n l o , p o r d e p r o n t o , los t r e s legados q u e e n n o m -
b r e de P a u l o I I I p r e s i d í a n la asamblea. E l p r i m e r o e r a el cardenal
d e l M o n t e , d e s p u é s p a p a con el n o m b r e de J u l i o I I I ; el s e g u n d o , el
c a r d e n a l de Santa C r u z , Marcelo C e r v i n i , d e s p u é s p a p a , Marcelo II,
y el t e r c e r o , el c a r d e n a l R e g i n a l d o P o l o , tan c é l e b r e en el siglo xvi
p o r lo q u e t r a b a j ó e n la r e d u c c i ó n d e I n g l a t e r r a .
E n t r e los obispos se d i s t i n g u í a n el d o c t o sueco Olao M a g n o , arzo-
b i s p o do Upsal; el o b i s p o d e J a é n , P e d r o P a c h e c o , e l e v a d o aquel
( 1 ) P a l l a v i c i n o , llist. del Conc., 1. v i , o. n .
( 2 ) Vide T h e i n e r , Acta germina Conc. Trid., t. i, p . 155.
CAr. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 52a
m i s m o año á la d i g n i d a d c a r d e n a l i c i a ; el docto canonista J u a n B e r -
nal Díaz de L u g o , obispo de C a l a h o r r a ; el c é l e b r e p o e t a l a t i n o J e r ó -
n i m o Vida, obispo d e C r e m o n a , y o t r o s h o m b r e s c o n o c i d o s p o r su
v i r t u d y letras. Allí estaba el G e n e r a l de los agustinos, J e r ó n i m o Se-
r i p a n d o , t e ó l o g o sutil, e l e v a d o más a d e l a n t e al c a r d e n a l a t o , y á q u i e n
v e r e m o s p r e s i d i r d e s p u é s este c o n c i l i o . E n t r e los t e ó l o g o s sonaba
el n o m b r e de A m b r o s i o C a t a r i n o , cuyas t e o r í a s s o b r e la p r e d e s t i -
nación d i e r o n t a n t o q u e p e n s a r e n a q u e l siglo. Allí a p a r e c í a el p r u -
d e n t e franciscano Alfonso de Castro, el q u e ocho años d e s p u é s debía
a c o m p a ñ a r á F e l i p e I I en su j o r n a d a á I n g l a t e r r a , y d a r b u e n o s
consejos ( q u e ojalá h u b i e r a n sido s e g u i d o s ) p a r a la r e d u c c i ó n d e los
h e r e j e s . E n m e d i o d e estos h o m b r e s e m i n e n t e s a p a r e c e n , p o r p r i -
m e r a vez, los n o m b r e s de Laínez y S a l m e r ó n en la j u n t a de t e ó l o g o s
del 24 d e Mayo de 1546 (1).
P a r a c o n o c e r la f o r m a c o n q u e se p r o c e d í a e n los t r a b a j o s conci-
l i a r e s , y la p a r t e q u e e n ellos t o m a r o n Laínez y S a l m e r ó n , es de sa-
b e r q u e e n el concilio se c e l e b r a b a n , p o r lo m e n o s al p r i n c i p i o , seis
g é n e r o s d e r e u n i o n e s . V a m o s á e x p o n e r l a s , s e g ú n e l o r d e n con q u e se
sucedían (2):
1. Juntas preparatorias
a
de teólogos.— Antes de d i s c u r r i r los P a d r e s
sobre u n p u n t o c u a l q u i e r a d e l d o g m a c o m b a t i d o p o r los h e r e j e s , se
p r o p o n í a la c u e s t i ó n á los t e ó l o g o s . Hacíase de a n t e m a n o u n catálogo
do los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s s o b r e u n a m a t e r i a d e t e r m i n a d a , y se le
sometía á d i s c u s i ó n . D e b a t í a n s e á la l a r g a las c u e s t i o n e s d o g m á t i c a s ;
se distinguía c u i d a d o s a m e n t e e n t r e la d o c t r i n a c i e r t a y las m e r a s
o p i n i o n e s ; se a c l a r a b a n las ideas; se p r e c i s a b a n los t é r m i n o s ; e n u n a
palabra, se disponía la p a r t o científica d e la f u t u r a sesión. E l s e c r e -
tario d e l concilio, Á n g e l Massarelli, a y u d a d o p o r o t r o s oficiales, r e -
dactaba b r e v e m e n t e lo r e s u e l t o e n estas j u n t a s . Solían p r e s i d i r l a s
los legados, y aconsejaban á los P a d r e s asistir á ellas, y a p a r a a u t o -
rizar la d i s c u s i ó n , ya p r i n c i p a l m e n t e p a r a i n s t r u i r s e en la m a t e r i a ;
p e r o n o se les p e r m i t í a t o m a r la p a l a b r a , q u e e n estas j u n t a s estaba
r e s e r v a d a s o l a m e n t e á los teólogos. E n t i e m p o de P a u l o I H n o se fijó
n i n g ú n o r d e n e n t r e los t e ó l o g o s p a r a h a b l a r , sino q u e cada c u a l decía
su p a r e c e r , s e g ú n el p u e s t o q u e c a s u a l m e n t e había o c u p a d o e n los
(1) A r c h . s e a del V a t . Conc. di Trento, t. m , f. 96.
( 2 ) T o d o lo q u e v a m o s á d e c i r s o b r e l a m a r c h a del c o n c i l i o lo t o m a m o s d e la
m i s m a s e c c i ó n . Conc. di Trento, t. i , f. 1, e s c r i t o q u e p u e d e v e r s e r e p r o d u c i d o e n
T h e i n e r , Acta gen. conc. Trid., t. i, p . 1 . a
524 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
bancos al e n t r a r . E n la s e g u n d a y t e r c e r a r e u n i ó n d e l c o n c i l i o , bajo
J u l i o I I I y P í o IV, c o m o se e x t e n d i e s e n á los t e ó l o g o s a q u e l l a s v i d r i o -
sas disputas de p r e c e d e n c i a q u e t a n t o i n q u i e t a b a n á los P a d r e s y á
los d i p l o m á t i c o s , fué p r e c i s o e s t a b l e c e r a l g ú n o r d e n ; y d e s p u é s de
v a r i a s dudas, se d e c i d i ó q u e h a b l a s e n p r i m e r o los t e ó l o g o s d e l papa,
d e s p u é s los d e l e m p e r a d o r , t r a s éstos los d e la r e i n a d e H u n g r í a , y,
p o r fin, los r e s t a n t e s , según el o r d e n d e a n t i g ü e d a d e n la p r o m o c i ó n
al d o c t o r a d o (1).
2 . Comisiones particulares.—Explicada
a
la m a t e r i a e n las j u n t a s do
los t e ó l o g o s , n o m b r a b a n los l e g a d o s a l g u n a c o m i s i ó n d e h o m b r e s
doctos y v e r s a d o s e n ol a s u n t o , p a r a q u e r e d a c t a s e n los c á n o n e s y
d o c t r i n a q u e d e b í a n definirse e n el c o n c i l i o . Estas c o m i s i o n e s cons-
t a b a n o r d i n a r i a m e n t e d e u n o s o c h o ó diez i n d i v i d u o s , q u e solían r e -
u n i r s e en la h a b i t a c i ó n d e l p r i n c i p a l de e l l o s , p a r a d e t e r m i n a r el
t e x t o d e las decisiones c o n c i l i a r e s .
3 . Comisiones parciales de Padres teólogos y canonistas.—Como
a
en-
t r e los p r e l a d o s r e u n i d o s e n T r e n t o había m u c h a d i v e r s i d a d en la
d o c t r i n a y alcances t e o l ó g i c o s , d i s c u r r i e r o n los l e g a d o s e n t r e s a c a r
d e ellos dos g r u p o s d e h o m b r e s escogidos, u n o d e t e ó l o g o s y o t r o de
canonistas, p a r a q u e d i e s e n el p r i m e r t i e n t o al a s u n t o , e x a m i n a s e n el
t e x t o r e d a c t a d o p o r la c o m i s i ó n y a b r i e s e n el c a m i n o á los d e m á s
P a d r e s . Los t e ó l o g o s e x a m i n a b a n la p a r t e d o g m á t i c a , y los canonistas
ó r e d a c t a b a n ó e s t u d i a b a n la p a r t e d i s c i p l i n a r , p o r q u e n o s a b e m o s
q u e h u b i e s e j u n t a s d e canonistas no Prelados, c o m o la h a b í a de teó-
logos.
4 . Congregaciones de la tercera parte del concilio. — P a r a simplificar
a d i s p u t a n d o todavía m á s de u n mes, hasta q u e p o r fin se estableció el
e l trabajo i d e a r o n los l e g a d o s o t r o a r b i t r i o q u e n o dio b u e n efecto,
y fué d i v i d i r el concilio e n t r e s p a r t e s , p r e s i d i d a s cada u n a p o r u n o
d e los t r e s c a r d e n a l e s l e g a d o s , y d e l i b e r a r s o b r e las m a t e r i a s antes
d e p r o p o n e r l a s e n p l e n o c o n c i l i o . Así e n estas r e u n i o n e s c o m o e n las
a n t e r i o r e s , p a r a m a y o r c o m o d i d a d d e los p r e l a d o s , se les p e r m i t í a
e x p l i c a r s e e n s u l e n g u a p a t r i a , c u a n d o ésta e r a e n t e n d i d a p o r los cir-
c u n s t a n t e s , si a l g u n o sentía dificultad e n h a b l a r latín.
5 . Congregaciones generales. — D e s p u é s d e e s t u d i a d a u n a m a t e r i a
a ciado. De a q u í la n e c e s i d a d de r e p e t i r e n p r e s e n c i a de t o d o s c u a n t o
p o r los t e ó l o g o s , d e s p u é s d e r e d a c t a r e n u n a c o m i s i ó n la d o c t r i n a y
c á n o n e s , d e s p u é s d e p a s a r l o s p o r el e x a m e n do los P a d r e s , digámoslo
( 1 ) T h e i n e r , Acta gen. cono. Trid., t. i, p . 4 8 9 , V e r d a d e s q u e e n l a o c a s i ó n á q u e
a l u d e este pasaje uo se d e t e r m i n a n todos los p o r m e n o r e s de este o r d e n , que sufrió
después alguna ligera alteración.
CAP. X V I . — L A I N E Z Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 525
así, especialistas, d e s p u é s d e c o n s i d e r a r l o s en u n a de las t r e s seccio-
nes y a d i c h a s , proponíanse,, p o r fin, e n p l e n o c o n c i l i o , y se discutía
la c u e s t i ó n p o r t o d o s los P a d r e s j u n t o s . Estas c o n g r e g a c i o n e s se d e -
seaba q u e fuesen p o r lo r e g u l a r públicas; p e r o en m u c h a s ocasiones
h u b i e r o n d e c e l e b r a r s e á p u e r t a c e r r a d a , y a p o r los a s u n t o s d i p l o -
máticos q u e á m e n u d o d e b í a r e s o l v e r el concilio, y a p o r la delica-
deza d e c i e r t o s p u n t o s d i s c i p l i n a r e s , cuya discusión n o c o n v e n í a ex-
p o n e r á las i n d i s c r e c i o n e s d e l v u l g o .
6 . Sesiones solemnes.—El fruto de tantas d e l i b e r a c i o n e s y fatigas se
a
recogía en la sesión s o l e m n e , c u a n d o d e s p u é s d e o b t e n e r el a c u e r d o
n e c e s a r i o en las p r o c e d e n t e s c o n g r e g a c i o n e s , r e u n i d o s t o d o s los P a -
d r e s en la c a t e d r a l d e T r e n t o , y dicha la misa p o r u n o d e e l l o s , se
leían las definiciones d o g m á t i c a s y los d e c r e t o s d i s c i p l i n a r e s , y se
pedía á los obispos ol placef definitivo. T e r m i n a d a la v o t a c i ó n con la
a p r o b a c i ó n u n á n i m e d e los P a d r e s , c o m o sucedió a l g u n a vez q u e otra,
ó con la a p r o b a c i ó n d e la m a y o r í a , c o m o e r a lo o r d i n a r i o , se daba
p o r t e r m i n a d o el a s u n t o y se cantaba el Te Dcnm. No se crea, sin e m -
b a r g o , q u e u n a sesión se t e r m i n a b a s i e m p r e en u n día. Tal vez sur-
gían a u n e n t o n c e s d u d a s s o b r e a l g u n o de los p u n t o s p r o p u e s t o s , y
era p r e c i s o d i l a t a r el t é r m i n o de la sesión. Así, p o r e j e m p l o , la sesión
sexta lleva la fecha del 13 de E n e r o do 1547, y , n o o b s t a n t e , ese día
se c o n c l u y ó s o l a m e n t e el d e c r e t o y los cánones s o b r e la justificación.
La o t r a p a r t e de la sesión, q u e v e r s a s o b r e la r e s i d e n c i a d e los obis-
pos y p á r r o c o s e n t r e sus r e s p e c t i v a s o v e j a s , e n c o n t r ó tales dudas,
vacilaciones y m i e d o s , q u e n o dio r e s u l t a d o la v o t a c i ó n , y se e s t u v o
d e c r e t o el 25 de F e b r e r o de 1547.
P r o n t o e n s e ñ ó la e x p e r i e n c i a q u e las c o n g r e g a c i o n e s p a r c i a l e s do
P a d r e s t e ó l o g o s y canonistas y las o t r a s d e las t r e s secciones del con-
cilio, e n vez de a c e l e r a r la m a r c h a de los n e g o c i o s y simplificar su
r e s o l u c i ó n , sólo s e r v í a n para e n t o r p e c e r l a , p u e s al fin y al cabo en
las c o n g r e g a c i o n e s g e n e r a l e s t o d o s los obispos d e s e a b a n e n t e r a r s e d e
cuanto se había dicho e n las r e u n i o n e s q u e ellos n o h a b í a n p r e s e n -
se había d i s p u t a d o en las c o n g r e g a c i o n e s parciales, con la consi-
g u i e n t e p é r d i d a d e t i e m p o , y fastidio d e los p r e s e n t e s . P o r eso, á los
pocos m e s e s s u p r i m i e r o n los l e g a d o s las c o n g r e g a c i o n e s p a r c i a l e s d e
P a d r e s t e ó l o g o s y c a n o n i s t a s y las t r e s secciones del c o n c i l i o , p e r o
en c a m b i o d i e r o n m a y o r e n s a n c h e á las c o m i s i o n e s p a r t i c u l a r e s . La
m a r c h a , p u e s , o r d i n a r i a del concilio se d e s a r r o l l a b a con esta g r a -
526 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
d u a c i ó n : j u n t a s de t e ó l o g o s , c o m i s i o n e s p a r t i c u l a r e s , c o n g r e g a c i o n e s
g e n e r a l e s , sesión final.
De los j e s u í t a s , el P . Claudio J a y o fué a d m i t i d o e n t r e los P a d r e s ,
c o m o p r o c u r a d o r d e l c a r d e n a l obispo d e A u s b u r g o ; Laínez y Salme-
r ó n d e s e m p e ñ a b a n e l oficio d e s i m p l e s t e ó l o g o s , e r a n theotogi mino-
res, c o m o e n t o n c e s se l l a m a b a á los q u e n o e r a n p r e l a d o s . Debían, p o r
c o n s i g u i e n t e , e s t u d i a r d e a n t e m a n o las m a t e r i a s , r e s p o n d e r á las con-
sultas d e los o b i s p o s y d i s p u t a r en las j u n t a s p r e p a r a t o r i a s d e teó-
logos.
C u a n d o se p r e s e n t a r o n en el concilio había y a éste c e l e b r a d o cua
t r o sesiones d e las v e i n t i c i n c o de q u e consta; p e r o c o m o las tros p r i -
m e r a s v e r s a r o n s o b r e los p r e p a r a t i v o s del c o n c i l i o , p u e d o d e c i r s e
q u e h a s t a e n t o n c e s (18 de Mayo de 1546) se h a b í a t e r m i n a d o tan sólo
u n a c u e s t i ó n i m p o r t a n t e , cual fué ol fijar el c a n o n do los l i b r o s sa-
g r a d o s , objeto de la c u a r t a sesión. C o n c l u i d o este n e g o c i o capital,
p r o c e d i ó s e al e s t u d i o d e las c u e s t i o n e s s o b r e e l p e c a d o o r i g i n a l , q u e
se p r o p u s i e r o n p o r p r i m e r a vez á los t e ó l o g o s en la j u n t a d e l 24 de
Mayo. A q u í a p a r e c e n p o r p r i m e r a vez e n las actas del concilio los
n o m b r e s d e Laínez y S a l m e r ó n , e n las listas d e los t e ó l o g o s , a u n q u e
c o n la c i r c u n s t a n c i a de n o s e r c o n t a d o s c o m o r e l i g i o s o s , sino c o m o
a g r e g a d o s al g r u p o d e t e ó l o g o s s e g l a r e s (1).
5. Lo p r i m e r o quo d e b e m o s h a c e r al t r a t a r de los s e r v i c i o s p r e s -
tados en T r e n t o p o r los dos j e s u í t a s españoles, es c o r r e g i r una l i g e r a
e x a g e r a c i ó n q u e a n d a on n u e s t r a s h i s t o r i a s . Dícese q u e , c o n v i d a d o s
á t o m a r la p a l a b r a los p r i m e r o s , p o r ser t e ó l o g o s d e l p a p a , y r e h u -
s á n d o l o ellos p o r h u m i l d a d , se r e s o l v i ó al fin q u e S a l m e r ó n hablase
el p r i m e r o y Laínez el ú l t i m o . D a n d o p o r s e n t a d o este h e c h o , sin
m e t e r s e á p r o b a r l o , se p e r m i t e el P . B a r t o l i (2) u n a d e s c r i p c i ó n larga
y a n i m a d a , e n la quo a p a r e c e S a l m e r ó n e x p l i c a n d o las d u d a s , p r e c i -
sando los t é r m i n o s y e n c a u z a n d o b i e n la c u e s t i ó n , y c u a n d o h a b í a n
h a b l a d o t o d o s los t e ó l o g o s , v i e n e Laínez r e s u m i e n d o con p o r t e n t o s a
m e m o r i a c u a n t o h a b í a n d i c h o los p r e c e d e n t e s o r a d o r e s , r e f u t a n d o
los y e r r o s , c o n f i r m a n d o los d o g m a s y d a n d o el g o l p e d e g r a c i a , di-
g á m o s l o así, á la discusión; d e s u e r t e q u e el l e c t o r i n s e n s i b l e m e n t e
se inclina á c r e e r q u e S a l m e r ó n y Laínez l l e v a b a n e n b r a z o s á todo
e l c o n c i l i o . E n t o d o esto h a y u n p o c o do poesía.
Lo q u e h a d e b i d o d a r p i e á estas d e s c r i p c i o n e s , será sin d u d a la
( 1 ) A r c h . seo. d e l V a t . Conc. di Trento, t. e x v , f. 179.
( 2 ) Storia della Comp. di G. Italia, t. I I , c. I I I .
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO D E TRENTO 527
s i g u i e n t e frase de u n a c a r t a de S a l m e r ó n , q u e l u e g o c i t a r e m o s . «Con
p a r e c e r del c a r d e n a l [ C e r v i n i ] , u n o de n o s o t r o s dice e n t r e los p r i -
m e r o s , d e c l a r a n d o la m a t e r i a , y o t r o se g u a r d a p a r a la p o s t r e , p a r a
decir t a m b i é n su p a r e c e r , y e s p e c i a l m e n t e r e p u g n a r á lo q u e estu-
v i e r e m a l dicho.» Nótese q u e n o dice el primero, sino entre los pri-
meros. T o d o a q u e l l o del d e r e c h o á la p r e c e d e n c i a e n t r e los t e ó l o g o s ,
de la c o r d u r a de Laínez e n n o a c e p t a r l a , d e sus h u m i l d e s súpli-
cas, etc., etc., t o d o es falso. R e c u é r d e s e lo q u e d i j i m o s a r r i b a , q u e e n
la p r i m e r a r e u n i ó n d e l concilio n o se g u a r d a b a o r d e n a l g u n o e n t r e
los t e ó l o g o s . P o r o t r a p a r t e , consultadas las actas p e r t e n e c i e n t e s á
este año 1546, n o s h e m o s p o d i d o c e r c i o r a r de q u e S a l m e r ó n h a b l a b a
o r d i n a r i a m e n t e e n t r e el q u i n t o y el d é c i m o , y Laínez u n o d e los
ú l t i m o s (1).
6. L o s t r a b a j o s d e la q u i n t a sesión, q u e v e r s a b a s o b r e "el p e c a d o
o r i g i n a l en la p a r t e d o g m á t i c a , y s o b r e la enseñanza y p r e d i c a c i ó n
de la p a l a b r a d i v i n a en la d i s c i p l i n a r , se t e r m i n a r o n r á p i d a m e n t e ,
pues h a b i e n d o e m p e z a d o á d i s c u t i r los t e ó l o g o s ol 24 de M a y o , se
p r o c l a m a r o n los cánones s o b r e el p e c a d o o r i g i n a l el 17 de J u n i o . Al
fin d e estos cánones está la famosa cláusula q u e e x c e p t ú a á María
Santísima de lo q u e se dice s o b r e el p e c a d o o r i g i n a l . A n i m a d o de-
bate se p r o m o v i ó e n t r e los P a d r e s á p r o p ó s i t o d e esta e x c e p c i ó n , y
los p r e l a d o s e s p a ñ o l e s , s o b r e t o d o el c a r d e n a l P a c h e c o , obispo de
J a é n , d i e r o n g a l l a r d a m u e s t r a de su a r d i e n t e d e v o c i ó n á la I n m a c u -
lada C o n c e p c i ó n d e María S a n t í s i m a , esforzándose p o r o b t e n e r d e l
concilio t o d o c u a n t o p o d í a n en favor de este m i s t e r i o . ¿ H a b l ó Laínez
en defensa de la I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n ? Así lo afirma R i b a d e n e i -
ra (2), d i c i e n d o q u e e m p l e ó t r e s h o r a s e n d e f e n d e r su tesis; p e r o esto
( 1 ) A r d í . seo. del V a t . Conc. di Trento, t. e x v n . V é a s e e n e s t e t o m o c u a l q u i e r a d e
las Co?igrer/atio?ies theoloe/orum minorum, y se c o n o c e r á l a v e r d a d d e lo q u e a f i r m a -
m o s . M á s g r a v e q u e la d e B a r t o l i es la e x a g e r a c i ó n d e A l c á z a r (Crouoltistoria de la
Compañía de Jesús en la Prorlncia de Toledo, a ñ o 1516, c. m ) , a c o m p a ñ a d a d e u n
y e r r o h i s t ó r i c o , c o m e t i d o p r o b a b l e m e n t e por e n t e n d e r m a l á O r l a n d i n i . « I n t r o d u c i d o s ,
d i c e , n u e s t r o s P a d r e s en el c o n c i l i o , p r o n u n c i ó el P . S a l m e r ó n u n h e r m o s o d i s c u r s o
q u e se c o n s e r v a i m p r e s o . » Lo q u e se c o n s e r v a i m p r e s o no es el d i s c u r s o p r o n u n c i a d o
p o r S a l m e r ó n en su p r i m e r a a s i s t e n c i a , s i n o u n s e r m ó n l a t i n o q u e p r e d i c ó Biete m e -
ses d e s p u é s , el día d e San J u a n E v a n g e l i s t a , y q u e p u e d e v e r s e en L e P l a t , Monu-
mento, ad illustrandam historiam Coucitii Tridentini, t. I. E l tal s e r m ó n en n a d a
p e r t e n c e al concilio, y es u n o d e a q u e l l o s q u e se s o l í a n e n c o m e n d a r á los t e ó l o g o s
m á s d i s t i n g u i d o s e n las f u n c i o n e s q u e o c u r r í a n e n t r e a ñ o , c o m o se c o n v i d a b a p a r a
c e l e b r a r la m i s a á los m á s i l u s t r e s p r e l a d o s .
(2) Vida del P. Laínez, 1. m , c. x v n .
 528 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 529
es u n lapsus memoriac, c o m o lo n o t ó B a r t o l i , p u e s p o n e el caso cinco
A n i m a d o s s e o c u p a b a n e n estas faenas Laínez y S a l m e r ó n , c u a n d o
años después, e n t i e m p o do J u l i o I I I . E l discurso do t r e s h o r a s á q u e
u n a c a r t a d e n u e s t r o s a n t o P a d r e e s t u v o á p i q u e de i n t e r r u m p i r sú-
a l u d e R i b a d e n e i r a n o v e r s a b a s o b r e la I n m a c u l a d a C o n c e p c i ó n , sino
b i t a m e n t e t a n f r u c t u o s o s trabajos. H a c í a n v i v a s instancias á S a n I g -
s o b r e el sacrificio d e la m i s a , c o m o lo v e r e m o s en el c a p í t u l o si-
nacio m u c h a s c i u d a d e s , p a r a q u e les e n v i a s e a l g u n o s d e s u s h i j o s á
g u i e n t e . Las actas del concilio d e b i e r a n r e s o l v e r la d u d a ; p e r o , p o r
t r a b a j a r e n la c o n v e r s i ó n d e las a l m a s . L o s d u q u e s d e F l o r e n c i a ,
d e s g r a c i a , están r e d a c t a d a s con s u m a concisión e n esta época, y sólo
p r i n c i p a l m e n t e , n e g o c i a b a n con el p a p a y con el santo p a t r i a r c a q u o
r e f i e r e n las c o n c l u s i o n e s g e n e r a l e s q u e se a d o p t a r o n e n t r e los teó-
so les concediese' el P . Laínez. E n vista d e t a n p o d e r o s a s d e m a n d a s ,
logos, sin d e s c e n d e r p a r t i c u l a r m e n t e á lo q u e dijo cada cual. Sabe-
escribió el santo á s u s b u e n o s hijos, m a n d á n d o l e s q u e v i e s e n si sería
m o s tan sólo q u e d e s p u é s d e h a b e r d i s p u t a d o los P a d r e s s o b r e los
m a y o r g l o r i a de Dios r e t i r a r s e de a q u e l l a a s a m b l e a p a r a t r a b a j a r e n
c á n o n e s p r o p u e s t o s , v o l v i e r o n éstos á la fragua de los t e ó l o g o s , los
otros m i n i s t e r i o s (1). L e í d a esta c a r t a , e n c o m e n d a r o n á D i o s el n e -
cuales e n los días 10 y I I de J u n i o d i s c u r r i e r o n acerca de las m o d i -
gocio l o s t r e s P P . J a y o , S a l m e r ó n y L a í n e z ; d e l i b e r a r o n b r e v e m e n t e
ficaciones q u e c o n v e n í a i n t r o d u c i r , y, s o b r e t o d o , a c e r c a de la última e n t r e sí, y v é a s e lo q u e e n n o m b r e d e los t r e s r e s p o n d i ó e l P . S a l m e -
cláusula en favor de la I n m a c u l a d a . Muy p r o b a b l e es q u e Laínez r ó n c o n fecha 10 d e J u l i o d e 1546. C o p i a m o s la c a r t a í n t e g r a , p o r q u e
fuese uno»de los t e ó l o g o s q u e la a p o y a r o n (1). es u n a sencilla y m o d e s t í s i m a r e l a c i ó n d e lo m u c h o q u e h a c í a n e n
7. T e r m i n a d a felizmente la sesión q u i n t a , a c o m e t i e r o n los P a d r e s servicio d e l c é l e b r e c o n c i l i o :
la c u e s t i ó n m á s i m p o r t a n t e d e t o d o el c o n c i l i o , el a s u n t o q u e dio
«La g r a c i a y paz d e C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r sea s i e m p r e e n n u e s t r o
ocasión á m á s r u d a s c o n t i e n d a s e n t r e católicos y p r o t e s t a n t e s , la ma-
c o n t i n u o favor y a y u d a . A y e r t a r d e r e c i b i m o s u n a s d e V. R., h e c h a s
t e r i a d e la justificación. T r a t á b a s e d e e c h a r p o r t i e r r a el famoso
á los t r e s d e J u l i o , á las cuales p o r q u e p e d í a p r e s t o la r e s p u e s t a , des-
p r i n c i p i o do la santificación sin las o b r a s , p o r la sola fe en J e s u -
pués do h a b e r h e c h o esta m a ñ a n a lo q u e V. R. p o r ella n o s o r d e n a -
c r i s t o , d e d e s t r u i r el credo firmiter et pecca forfifer d e L u t e r o , y d e
ba, n u e s t r o p a r e c e r d e t o d o s t r e s , sin d i s c r e p a n c i a a l g u n a , h a sido
e x p l i c a r al m i s m o t i e m p o , con solidez y c l a r i d a d , lo q u e la Iglesia
éste: Q u e s u p u e s t o q u e t o d o s t r e s y cada u n o d e p o r sí e s t a m o s apa-
h a c r e í d o s i e m p r e s o b r e u n p u n t o tan capital de n u e s t r o s d o g m a s .
rejados á c u m p l i r c u a l q u i e r a o b e d i e n c i a q u e de V. R. v i n i e r e , tamen,
E l 22 de J u n i o d e 1546 so p r o p u s o á la c o n s i d e r a c i ó n de los teólo-
m i r a n d o t o d o lo d e a c á , n o n o s p a r e c e q u e e n a l g u n a m a n e r a , p o r
g o s el p r i m e r i n t e r r o g a t o r i o , p i d i é n d o l e s una e x p l i c a c i ó n clara de
ahora, s e h a g a a l g u n a m u d a n z a , p o r q u e lo q u e se ha c o m e n z a d o e s t o s
las ideas f u n d a m e n t a l e s e n q u e debía e s t r i b a r la discusión. Debían
días á fundar, caería. Y p o r q u e esté m á s a l cabo d e t o d o , h a d e s a b e r
definir con e x a c t i t u d la justificación, cuáles son sus c a u s a s , q u é sig-
como, a u n q u e sea así, q u e esto de m a l a g a n a lo e s c r i b i m o s , p o r s e r
nifica la frase d e la E s c r i t u r a justifi.cari hominem per fideni, q u é me-
cosa más p a r a d e c i r á boca q u e e s c r i b i r p o r l e t r a s ; todavía, p u e s q u e
dios d e b e n t o m a r s e p a r a l l e g a r á la justificación, etc. (2). Hasta fin
el n e g o c i o lo r e q u i e r e , n o p o d e m o s d e j a r d e d e c i r q u e n u e s t r o Se-
d e l m e s d i s c u t i e r o n los t e ó l o g o s s o b r e estos p u n t o s , y se r e d a c t ó u n
ñor, n o m i r a n d o n u e s t r a i n u t i l i d a d , sino su b o n d a d y el a m o r q u e
r e s u m e n de sus e x p l i c a c i o n e s p a r a g o b i e r n o y g u í a d e los P a d r e s . El
tiene á la Compañía, se s i r v e acá en a l g u n a m a n e r a d e n o s o t r o s h a r t o ,
día 5 d e J u l i o e m p o z a r o n éstos sus d i s p u t a s ; p e r o e n t r e t a n t o no
especialmente de m a n e r a q u e r e d u n d a en a l g ú n s e r v i c i o d e l s a n t o
estaban ociosos los t e ó l o g o s , p u e s á cada paso se ofrecía r e s p o n d e r á
concilio y e n a l g ú n l u s t r e y h o n o r de la C o m p a ñ í a .
las consultas d e los o b i s p o s , p r e v e n i r l e s c o n t r a a l g u n a s i d e a s e r r ó -
»Y p r i m e r o e n el d e c i r n u e s t r o s p a r e c e r e s d e l a n t e d e los l e g a d o s
neas q u e c i r c u l a b a n a u n e n t r e los c a t ó l i c o s , y tal vez d a r l e s p o r es-
y obispos y t e ó l o g o s , n u e s t r o S e ñ o r n o s h a h e c h o g r a c i a d e d e c i r d e
c r i t o lo q u e h a b í a n do d e c i r e n las c o n g r e g a c i o n e s .
m a n e r a q u e t o d o s m u c h o se satisfacen, y m u c h o s o b i s p o s h a n d e -
m a n d a d o n u e s t r o p a r e c e r in scriptis, y á m u c h o s so h a d a d o . E n e s t o
("I) A r c h . s e c . d e l V a t . , Conc. di Trento, t. e x v , f. 184. T h e i n e r , Acta gen. Conc.
Trid., t. i, p . - 1 4 2 .
(2) A r c h . s e c . d e l V a t . , Conc. di Trento, t. e x v , f. 2 1 5 . T h e i n e r . Acta gen. Conc.
Trid., t. i, p . 159. ( 1 ) Se h a p e r d i d o e s t a c a r t a del s a n t o . E l s e n t i d o d e ella lo d e d u c i m o s d e la r e s -
puesta de Salmerón.
34
530 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LGYOF.A
también h a y esta u t i l i d a d , q u e e n t r e los teólogos h a y a l g u n o s d e mala
d o c t r i n a , y con p a r e c e r d e l c a r d e n a l [ C e r v i n i ] , u n o de n o s o t r o s dice
e n t r e los p r i m e r o s , d e c l a r a n d o la m a t e r i a , y o t r o se g u a r d a p a r a la
p o s t r e , p a r a d e c i r t a m b i é n su p a r e c e r , y e s p e c i a l m e n t e r e p u g n a r á
lo q u e e s t u v i e r a m a l dicho. D e s p u é s , así p o r este b u e n o d o r , c o m o
p o r el c o n v e r s a r , p o d e m o s d e c i r q u e quasi t o d o s los p e r l a d o s d e to-
das t r e s n a c i o n e s , i t a l i a n o s , españoles y franceses, nos t i e n e n espe-
cial a m o r , y t i e n e n celos si n o son de n o s o t r o s v i s i t a d o s , y esto
t a n t o , q u e los q u e más o r a n c o n t r a r i o s e n t r e los e s p a ñ o l e s , a g o r a
son p ú b l i c o s p r e g o n e r o s e n l o a r y d e c i r b i e n , y c o n v i d a r n o s á
c o m e r , y c o m u n i c a r n o s lo q u e h a n de d e c i r en las c o n g r e g a c i o -
n e s , etc.
«Demás dosto, h a y m u c h o s p e r l a d o s doctos, etiam en las cosas sagra-
das, q u e p r i m e r o q u e digan, nos m u e s t r a n sus razones, p a r a q u e s o b r o
ellas les d i g a m o s n u e s t r o p a r e c e r ; y o t r o s q u e , a u n q u e sean doctos
en o t r a s facultades, n o lo son on t e o l o g í a , q u i e r e n ser p r i m e r o in-
f o r m a d o s á b o c a , y d e s p u é s , q u e d e verbo ad verba ni les d i g a m o s lo
q u e h a n de decir, y e n t r e e l l o s , una p e r s o n a m u y b u e n a y r e a l , y e n '
otras cosas d o c t a , s i e n d o acaso visitada de n o s o t r o s , n o s m o s t r ó u n
s c r i p t o q u e le h a b í a dado u n t e ó l o g o , q u e á lo m e n o s tenía dos ó t r e s
e r r o r e s ajenos de la fe y d e la b u e n a m e n t e deste b u e n p r e l a d o , et
tomen, lo t e n í a p a r a v o t a r , y m o s t r á n d o n o s l o , y s i e n d o avisado de la
v e r d a d , l u e g o nos hizo e s c r i b i r o t r o p a r e c e r , c o n f o r m e al cual se ri-
gió en congregación.
«Allende de lo d i c h o , ol c a r d e n a l de Santa Cruz, q u e es s o b r e q u i e n
carga el poso destos santos trabajos, m u e s t r a tanta confianza on estas
cosas d e los d o g m a s t e n e r en n o s o t r o s c o m o de sí m i s m o , y p o r esto
se s i r v e de n o s o t r o s p a r a cosas q u e d e s p u é s a p r o v e c h a n c o m ú n m e n -
te. Así q u e p o r esta vía n o m e n o s o d o r se da, n i m e n o s so a p r o v e c h a
la C o m p a ñ í a g e n e r a l m e n t e acerca de t o d a s estas n a c i o n e s , quo si se
h i c i e s e u n c o l e g i o p a r t i c u l a r , p o r q u e e s t o es u n s e m b r a r p a r a c o g e r
d e s p u é s , y a u n p o r v e n t u r a t a m b i é n on F l o r e n c i a . Y n o d u d a m o s
q u e si el c a r d e n a l y o t r o s p r e l a d o s lo s u p i e s e n y lo p u d i e s e n i m p e -
d i r , q u e p o r v e n t u r a lo h a r í a n . Así q u o , p o r este m e s y p o r el que
v i e n e , q u e n o son t i e m p o s a p t o s p a r a p r e d i c a r , y acá se h a c e a l g ú n
p r o v e c h o , n o p a r e c e , si á V. R. así p a r e c i e r e , q u e h a y p a r a q u é h a c e r
m u d a n z a . P a s a n d o este t i e m p o y v i n i e n d o M. P e d r o F a b r o , y v i e n d o
él la disposición d e a l l á , do F l o r e n c i a , y s a b i é n d o s e m á s el é x i t o ó
el p r o g r e s o d e l c o n c i l i o , se p o d r á m e j o r p a r t i r u n o , m a y o r m e n t e
v i n i e n d o acá el M. P e d r o F a b r o . E s t o t o d o sea p a r a V. R , p o r q u e no
CAP. X V I . — L A Í N E Z Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 531
p a r e c e n cosas p a r a c o m u n i c a r á q u i e n q u i e r a , a u n q u e sean v e r d a -
deras» (1).
¡Con c u á n t a satisfacción d e b i ó l e e r I g n a c i o los s e r v i c i o s e m i n e n t e s
q u e sus hijos p r e s t a b a n á la I g l e s i a en T r e n t o ! Veíalos m o d e s t a m e n t e
ocultos d e t r á s d e los o b i s p o s , i l u s t r a n d o á éstos en las d o c t r i n a s t e o -
lógicas, p r e v i n i é n d o l o s c o n t r a 1 os e r r o r e s y n o v e d a d e s , y hasta dictán-
doles lo q u e h a b í a n d e d e c i r . P o r o t r a p a r t e , con la confianza i l i m i -
tada q u e h a b í a p u e s t o en ellos el c a r d e n a l C e r v i n i , q u e e r a el a l m a d e l
concilio en la p a r t e d o g m á t i c a , p o d í a n ellos c o n t r i b u i r á f o r m a r a q u e -
llos d e c r e t o s y c á n o n e s q u e h a b í a n de fijar p a r a s i e m p r e la fe d é l a I g l e -
sia a c e r c a de p u n t o s i m p o r t a n t í s i m o s . S o r p r e n d i d o a g r a d a b l e m e n t e
debió q u e d a r I g n a c i o , al v e r q u e Dios o b r a b a p o r sus hijos m á s d e lo
q u e él se h a b í a i m a g i n a d o . É l los e n v i a b a á T r e n t o p a r a q u e s i r v i e -
sen c i e r t a m e n t e con su ciencia, p e r o más a ú n p a r a q u e edificasen c o n
su m o d e s t i a y h u m i l d a d , y so e n c u e n t r a con q u e n o sólo edifican á
los p r e s e n t e s con su v i r t u d , sino q u e a p r o v e c h a n á toda la Iglesia con
su a d m i r a b l e s a b i d u r í a . A q u í , c o m o e n o t r a s ocasiones, se vio q u e si
e r a n g r a n d e s los p e n s a m i e n t o s de I g n a c i o acerca d e la Compañía,
m a y o r e s e r a n las m i s e r i c o r d i a s do Dios s o b r e ella.
C o n t i n u a r o n , p u e s , e n T r e n t o Laínez y S a l m e r ó n . E n a q u e l l o s días
e n q u e se e s c r i b i ó la carta pasada, los obispos i b a n d i c i e n d o sus p a r e -
ceres a c e r c a de la justificación, c o n s i d e r á n d o l a e n t r e s e s t a d o s , á sa-
ber: en el h o m b r e q u e pasa p o r p r i m e r a vez de la infidelidad á la fe
y a l a g r a c i a , e n el j u s t o quo a c r e c i e n t a la g r a c i a y a a d q u i r i d a , y,
finalmente, e n el p e c a d o r católico q u e se c o n v i e r t e p o r m e d i o d e la
p e n i t e n c i a . La m a y o r í a do los P a d r e s llevaba e s c r i t o su p a r e c e r , y lo
leía d e l a n t e del c o n c i l i o . A g i t á r o n s e en a q u e l l o s días m u c h a s ideas,
dijéronse cosas m u y b u e n a s , p e r o t a m b i é n se o y e r o n t e o r í a s e x t r a -
ñas y se p r o f i r i e r o n p r o p o s i c i o n e s q u e p u d i e r a n s e r firmadas p o r los
p r o t e s t a n t e s (2).
( 1 ) Epistolae P. Salmeronis. T r e n t o , 10 d e J u l i o d e 1 ^ 4 6 .
( 2 ) P a r a m u e s t r a d e lo q u e d e c i m o s , p u e d e l e e r s e el p a r e c e r d e S a n f e l i c e , o b i s p o
.de C a v a ( A r c b . s e c . del V a t . Conc. di Trento, t. e x v u , f. 2 1 . T h e i n e r , t. l, p . 1 6 7 ) .
S e g ú n e s t e p r e l a d o , el p r i n c i p i o do la j u s t i l i c a c i ó n c o n s i s t o en r e c o n o c e r la m i s e r i a
d e n u e s t r a c o n d i c i ó n , l a b o n d a d d e Dios y los m é r i t o s d e J e s u c r i s t o . A s e n t a d o e s t e
f u n d a m e n t o , prosigue así: « P e r o « m o esta misericordia y justicia de Dios no se
p u e d e c o n o c e r p o r n i n g ú n o t r o m e d i o q u e p o r la f e , D i o s n u e s t r o S e ñ o r n o s c o n c e -
dió, t a m b i é n la f e p a r a q u e , i l u m i n a d o n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , p u e d a c o n o c e r el m i s -
t e r i o d e la r e d e n c i ó n , y e n d e r e z a d a la v o l u n t a d , lo p u e d a a p e t e c e r . A s í , p u e s , l u e g o
q u e Dios i l u m i n a n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o y e n d e r e z a n u e s t r a v o l u n t a d y n o s i n f u n d e
a q u e l l a f e vi va, q u e t i e n e m u y u n i d a s la e s p e r a n z a y la c a r i d a d , n o e s p e r a p a r a j u s -
 532 LIB. II.— SAN IGNACIO DB LOYOLA
O í d o el p a r e c e r d e t o d o s los P a d r e s d e l c o n c i l i o p o r espacio d e t r e s
s e m a n a s , se e s c r i b i ó el p r i m e r ensayo d e d e c r e t o s o b r e la justifica-
c i ó n , d i v i d i d o e n v e i n t i ú n c á n o n e s ó c a p í t u l o s , p u e s e n t o n c e s n o se
hizo t o d a v í a la d i v i s i ó n q u e l u e g o se a d o p t ó e n t r e estas dos cosas (1).
D u r a n t e v a r i o s días sufrió este d e c r e t o las c e n s u r a s d e los t e ó l o g o s ,
los cuales p r o p u s i e r o n b a s t a n t e s m o d i f i c a c i o n e s . M i e n t r a s se c o n t i -
n u a b a n estas t a r e a s , u n s ú b i t o t e r r o r s o b r e c o g i ó el á n i m o d e los P a -
d r e s . C o r r i ó la voz d e q u e se a c e r c a b a n á T r e n t o las t r o p a s d e l o s
h e r e j e s . ¿ E r a p r u d e n t e e x p o n e r la d i g n i d a d d e l c o n c i l i o á u n a inva-
sión d e la soldadesca? E s t e p e l i g r o s u g i r i ó el p e n s a m i e n t o d e t r a s l a -
d a r s e á Mantua ó á B o l o n i a , ó á o t r a c i u d a d d e I t a l i a , d o n d e estu-
v i e s e n los P a d r e s al a b r i g o d e tales insultos. P r o n t o , sin e m b a r g o , se
t r a n q u i l i z a r o n los á n i m o s , v i e n d o q u e el p e l i g r o n o era, n i con m u -
cho, tan i n m i n e n t e c o m o a l g u n o s se h a b í a n i m a g i n a d o (2). S i g u i ó s e ,
pues, adelante.
E l 13 de Agosto d e 1546, el d e c r e t o y las modificaciones d e los t e ó -
logos f u e r o n s o m e t i d o s al e x a m e n d e los p r e l a d o s . D i s p u t ó s e l a r g a -
m e n t e s o b r e cada u n o d e los capítulos p r o p u e s t o s . T o d a s s u s cláusulas,
t o d a s sus p a l a b r a s , f u e r o n o b j e t o d e s u t i l í s i m a crítica. T a n t a s f u e r o n
las modificaciones p r o p u e s t a s p o r los P a d r e s , q u e se j u z g ó n e c e s a r i o
r e f u n d i r e n t e r a m e n t e el d e c r e t o , y el 23 do S e t i e m b r e p r e s e n t ó s e
el n u e v o t e x t o (3), e n e l c u a l a p a r e c e la d i v i s i ó n e n t r e c a p í t u l o s y
c á n o n e s , q u e d e s p u é s se s i g u i ó g e n e r a l m e n t e e n la p a r t e d o g m á t i c a .
D e s p u é s d e a l g u n a s discusiones e n t r e los P a d r e s , bajó el n u e v o t e x t o
t i n c a m o s á q u e e s p e r e m o s en el y le a m e m o s , sino q u e l u e g o q u e el e n t e n d i m i e n t o
c o n c i b e p o r la f e el m i s t e r i o d e l a h u m a n a r e d e n c i ó n , y la v o l u n t a d se p e r s u a d e p o r l a
f e d e la m i s e r i c o r d i a d i v i n a , d e s u e r t e q u e no p u e d a d u d a r d e e l l a , al p u n t o se le
p e r d o n a n al h a m b r e l o s p ' c a d o s , s e le d e v u e l v e l a g r a c i a d e Dios t> e t c . Cumprimum
intellectus humana* redemptionis mysterium per fulem conceperit, voluntasque
per fidem de misericordia Dei persuasa, ut de illa dubitare non possit, statim
dimittuntur, in Dei yratiam homo restituitur », e t c . Y p o c o d e s p u é s , r e c a p i t u l a n d o
las i d e a s p r e c e d e n t e s , d i c e : « J u s t i f í c a s e el i m p í o p o r la f e s o l a , y al p u n t o h e c h o d e
i m p í o p i a loso, a m a á Dios y e s p e r a e n él », e t c . «Justificatur igiturper solam fidem,
impius, statimque ex impío faclus pius, et Deum amat, et in Deum sperat
¡Mucho trabajo y m u y buena voluntad serían menester, para dar u n sentido ortodoxo
á esta explicación!
( 1 ) A r o h . s e o . del V a t . Conc. di, Trento, t. n x v n , f. 8 8 . T h e i n e r , Acta gen. Conci-
lii Trid., t. i , p . 2 0 3 .
( 2 ) P a r a la h i s t o r i a d e e s t e i n c i d e n t e , v é a s e á P a l l a v i c i n o , LTist. del Conc. de
Trento, 1. v n i , c. v .
( 3 ) Arel), s e o . del V a t . Conc. di Trento, t. e x v i l , f. 1 2 3 . T h e i n e r , Acta gen. Con-
cilii Trid. t.t i, p . 2 2 0 .
CAP. x v r . — LAÍNEZ Y SALMERÓN BN BL CONCILIO DB TRENTO 533
á las j u n t a s d e t e ó l o g o s , los cuales h i c i e r o n sus o b s e r v a c i o n e s . Sal-
m e r ó n p r o p u s o q u i n c e e n m i e n d a s , y Laínez o n c e , e n d e r e z a d a s u n a s y
o t r a s , n o á c a m b i a r s u s t a n c i a l m e n t e el d e c r e t o , s i n o á p r e c i s a r m e -
j o r la e x p r e s i ó n d e a l g u n a s frases (1).
8. R e c o g i d a s las n o t a s d e los t e ó l o g o s , q u e n o f u e r o n p o c a s , v o l -
v i e r o n los p r e l a d o s á la discusión. Ya l l e v a b a n d i s p u t a n d o v a r i o s
d í a s , cuandQ el 8 d e O c t u b r e se e x p u s o e n el concilio u n a teoría o r i -
g i n a l , q u e dio ocasión á Laínez p a r a s e ñ a l a r s e s i n g u l a r m e n t e á los
ojos d e t o d o s . E l i l u s t r e G e n e r a l de los a g u s t i n o s , J e r ó n i m o S e r i -
p a n d o , á q u i e n m á s a d e l a n t e v e r e m o s p r e s i d i r este m i s m o concilio
c o m o s e g u n d o l e g a d o , p r o p u s o e n t é r m i n o s m o d e s t o s u n n u e v o sis-
t e m a s o b r e la causa f o r m a l d e n u e s t r a justificación. D e c í a n los P a d r e s ,
c o m o l u e g o se definió, q u e esta causa e r a la justicia de D i o s , n o a q u e -
lla c o n q u e él es j u s t o , sino a q u e l l a con q u e nos h a c e j u s t o s , don q u e ,
concedido á nosotros por Dios, nos renueva en el espíritu de nuestra
m e n t e , y n o sólo s o m o s r e p u t a d o s p o r j u s t o s , sino q u e e n r e a l i d a d
lo s o m o s y n o s l l a m a m o s tales (2). P r o p o n í a , p u e s , S e r i p a n d o , si ade-
m á s d e n u e s t r a j u s t i c i a n o s e r í a m e n e s t e r , p a r a s e r a b s u e l t o s e n el
t r i b u n a l d e D i o s , q u e se n o s i m p u t a s e la j u s t i c i a d e C r i s t o , es d e c i r ,
el m é r i t o d e su pasión y m u e r t e , con el fin d e s u p l i r los defectos de.
n u e s t r a j u s t i c i a , q u e s i e m p r e es deficiente. De e s t e m o d o , d e c í a él,
c o n v i e n e d i s t i n g u i r e n n o s o t r o s dos j u s t i c i a s , u n a la f o r m a l é i n h e -
r e n t e , y o t r a la d e J e s u c r i s t o , q u e sin s e r f o r m a l en n o s o t r o s se l l a m a
n u e s t r a , p o r q u e se n o s i m p u t a y a p r o p i a (3). A p o y a b a s u t e o r í a e n
a l g u n o s pasajes de la E s c r i t u r a , y p r i n c i p a l m e n t e e n v a r i o s t e x t o s
d e San A g u s t í n y San B e r n a r d o , e n los cuales se p o n d e r a la i m p e r -
fección d e n u e s t r a s o b r a s y la n e c e s i d a d q u e t e n e m o s d e la m e d i a -
ción d e J e s u c r i s t o , p a r a n o s e r c o n d e n a d o s e n el s e v e r o t r i b u n a l d e
Dios.
i ta sit Mala i m p r e s i ó n h i z o e n los P a d r e s esta t e o r í a , q u e y a e n e l n o m -
peccata b r e m i s m o de justicia imputada, p r e s e n t a b a fisonomía p r o t e s t a n t e .
Con t o d o e s o , c o m o el a u t o r , s o b r e s e r s i n c e r í s i m o c a t ó l i c o , estaba
», e t c .
( 1 ) P u e d e n v e r s e e s t a s e n m i e u d a s e n T h e i n e r , ibid., 1.1, p . 226.
( 2 ) Cañones et Decreta Conc. Trid,, Sess. v i , c. v n .
( 3 ) « Utrum nos apud divinum tribunal judicandi simvs ex una tantum justitia,
justitia inquam operum nostrorum prodeuntium ex gratia Dei, quae in nobis est, an
ex duplici justitia, nostra scilicet, quam modo dixi, et justitia Christi, passione scili-
cet, mérito, et satisfactione Christi, supplenteimperfectionemjustitiaenostrae Í , etc.
( A r e n . s e c . d e l V a t . Conc. di Trento, t. c x v n , f. 1 4 7 . T h e i n e r , Actagen. Conc. Trid.,
t. i, p . 235.)
 534 LIB. I I . — SAN IGNACIO D B LOYOLA
d o t a d o d e g r a n d e s c o n o c i m i e n t o s t e o l ó g i c o s , n o á t o d o s ora d a b l e
r e f u t a r v i c t o r i o s a m e n t e su o p i n i ó n . Esta g l o r i a c u p o al P . Laínez el
día 26 d e O c t u b r e . F u é t a n t o lo q u e a g r a d ó su d i s c u r s o , q u e los P a -
d r e s q u i s i e r o n t e n e r l e p o r e s c r i t o . C o n d e s c e n d i ó Laínez con este
d e s e o , y r e d a c t ó u n b r e v e t r a t a d o q u e t u v o la h o n r a d e ser i n c l u i d o
p a l a b r a p o r p a l a b r a en las actas del c o n c i l i o ; d i s t i n c i ó n ú n i c a , q u e
n o se hizo n i antes n i d e s p u é s con n i n g ú n e s c r i t o , n i d e los P a d r e s
n i d e los t e ó l o g o s (1). V a m o s á d a r u n a b r e v e idea d e este t r a b a j o .
D i v i d i ó l o su a u t o r e n t r o s p a r t e s : e n la p r i m e r a , d e c l a r a ol estado
d e la c u e s t i ó n ; en la s e g u n d a , refuta con a r g u m e n t o s p o s i t i v o s la
t e o r í a d e S e r i p a n d o ; en la t e r c e r a , satisface á las r a z o n e s q u e éste
alegaba e n su favor. P a r a e n t e n d e r el estado de la cuestión, dice Laí-
n e z , p o d e m o s i m a g i n a r á t r e s s u b d i t o s de u n rey, q u e desean g a n a r
u n a j o y a p r o p u e s t a c o m o p r e m i o á q u i e n v e n c i e r e e n la p e l e a , p e r o
n o t i e n e n a r m a s n i m e d i o s p a r a p e l e a r . V i e n e el hijo d e l r e y , y dice
al p r i m e r o : '«Si q u i e r e s g a n a r la joya, basta q u e creas on mí. F í a t e d e
m í y y o h a r é q u o se te d é e l p r e m i o . » Al s e g u n d o le d i c e : «Yo te
d a r é p a r a p e l e a r u n caballo m e d i a n o y u n a s a r m a s n o m u y b u e n a s ,
y haz lo q u o p u e d a s . Al ñ n de la batalla y o i n t e r v e n d r é para q u e t e
a d j u d i q u e n el galardón.» F i n a l m e n t e , al t e r c e r o le h a c e esta p r o -
p u e s t a : «¿Quieres v e n c e r ? P u e s y o to d a r é b u e n c a b a l l o , b u e n a s ar-
m a s y t o d o s los m e d i o s n e c e s a r i o s p a r a q u o á p u n t a d e lanza p u e d a s
g a n a r la joya.» E n el p r i m e r caso so n o s r e p r e s e n t a la justificación
al m o d o p r o t e s t a n t e ; on el t e r c e r o , al m o d o católico. E l s e g u n d o pa-
r e c e s e r u n a i m a g e n do la p r e s e n t e o p i n i ó n , q u o si b i e n á p r i m e r a
vista e n c u m b r a los m é r i t o s de J e s u c r i s t o , |en r e a l i d a d los d e p r i m e .
D e b e m o s c o n c e d e r , o b s e r v a L a í n e z , q u e la g r a c i a y c a r i d a d do esta
v i d a es d e f e c t u o s a , si so la c o m p a r a con la c a r i d a d y u n i ó n con Dios
d e q u e gozan los b i e n a v e n t u r a d o s e n ol cielo. P e r o este defecto n o
( 1 ) E n los m a n u s c r i t o s d e l c o n c i l i o d e T r e n t o q u e se c o n s e r v a n e n el a r c h i v o se-
c r e t o d e l V a t i c a n o a p a r e c e n , es v e r d a d , m u c h o s e s c r i t o s d e P a d r e s y d e t e ó l o g o s ,
p e r o no i n c l u i d o s en las a c t a s , s i n o r e c o g i d o s y e n c u a d e r n a d o s en el f á r r a g o d e p a -
p e l e s s u e l t o s r e l a t i v o s al c o n c i l i o . E n las a c t a s s e i n c l u í a n s o l a m e n t e l o s e x t r a c t o s
q u e h a c í a el s e c r e t a r i o M a s s a r e l l i do los d i s c u r s o s . E l t r a t a d o d e L a í n e z se e n c u e n -
t r a en el t a n t a s v e c e s c i t a d o t o m o c x v n , f o l i o 2 0 2 y s i g u i e n t e s . E s d e a d v e r t i r q u e
el a m a n u e n s e , al c o p i a r la o b r a en las a c t a s , c o m e t i ó no p o c a s ni p e q u e ñ a s e r r a t a s .
T o d a s ellas las r e p r o d u j o r e l i g i o s a m e n t e T h e i n e r (Acta- Conc, t . i , p . 2 6 5 ) ; y c o m o
a ñ a d i ó ' o t r a s p o r su c u e n t a , y descifró m a l ciertas a b r e v i a t u r a s , y saltó de vez t n
c u a n d o r e n g l o n e s e n t e r o s , r e s u l t ó su e d i c i ó n v e r d a d e r a m e n t e d e t e s t a b l e . E l t e x t o
•limpio-y c o r r e c t o d e l o p ú s c u l o d e L a í n e z lo t i e n e el l e c t o r e n l a - e d i c i ó n del P . G r i -
s a r ( J a c o b i L a i n e z Dittpulationes Tridentinae, t. i i , p . 1 5 3 . O e n i p o n t e , 1 8 8 6 ) . •
CAÍ'. XVI. — LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 535
hace al caso, p u e s es s i m p l e m e n t e la diferencia n a t u r a l q u e h a y e n t r e
el m e d i o y ol fin, el c a m i n o y el t é r m i n o . T a m b i é n p u d i e r a l l a m a r s e
defectuosa la g r a c i a en el estado p r e s e n t e , c o m p a r a d a con la q u e
t e n d r í a el h o m b r e on el estado de i n o c e n c i a , p o r q u e e n t o n c e s era
m u c h o más fácil la salvación; p e r o t a m p o c o se t r a t a de este defecto.
Lo q u o se afirma es h a b e r en n u e s t r a justicia u n a deficiencia eme nos
h a c e incapaces d e ser absueltos en el t r i b u n a l d i v i n o . A h o r a b i e n ,
p r e g u n t a L a í n e z , ¿ d e d ó n d e p u e d e n a c e r ese defecto de la justicia
p r e s e n t e , q u e á la h o r a d e la m u e r t e d e b e ser s u p l i d o p o r la i m p u -
tación de los m é r i t o s de J e s u c r i s t o ? ¿ P r o v e n d r á de la n a t u r a l e z a es-
pecífica de la m i s m a g r a c i a ? N o ; p o r q u e ésta es en n o s o t r o s d e la
m i s m a especie q u e en la h u m a n i d a d do J e s u c r i s t o , y si e n n o s o t r o s
es i m p o t e n t e p a r a m e r e c e r la gloria, t a m b i é n -lo h u b i e r a sido e n
n u e s t r o S a l v a d o r . ¿ N a c e r á de la d e b i l i d a d de n u e s t r o s actos, p o r q u e
en esta vida o b r a m o s con m u c h a flojedad y tibieza? T a m p o c o ; p u e s
el o b r a r con m á s ó m o n o s f e r v o r nos da d e r e c h o s o l a m e n t e p a r a in-
ferir, q u e t a m b i é n en el cielo h a b r á d i f e r e n t e s g r a d o s d e g l o r i a , co-
r r e s p o n d i e n t e s á la m a y o r ó m e n o r d i l i g e n c i a q u e se p o n g a en el
o b r a r , n o q u e los actos v i r t u o s o s sean i n e p t o s - p a r a m e r e c e r n o s la
b i e n a v e n t u r a n z a . ¿Se d i r á q u e este defecto se d e b e á los p e c a d o s m o r -
tales ó veniales, quo suele tal vez el h o m b r e m e z c l a r con sus b u e n a s
a c c i o n e s ? P o r o los pecados m o r t a l e s e x c l u y e n d e l alma la g r a c i a ha-
bitual, y, p o r c o n s i g u i e n t e , h a c e n al h o m b r e incapaz d e m e r e c e r la
g l o r i a sin q u e le valga n i n g u n a i m p u t a c i ó n de m é r i t o s e x t r a ñ o s . Los
pecados v e n i a l e s se satisfacen p o r la p e n i t e n c i a ó el p u r g a t o r i o , y n o
i m p i d e n q u e la g r a c i a de esta vida p r o d u z c a el efecto do o b t e n e r n o s
la g l o r i a d e la otra. E s , p o r c o n s i g u i e n t e , g r a t u i t a la h i p ó t e s i s d e esa
i m p u t a c i ó n d e los m é r i t o s de J e s u c r i s t o .
Á este p r i m e r a r g u m e n t o s i g u e n o t r o s once, q u e t i e n d e n g e n e r a l -
m e n t e á d e m o s t r a r u n a cosa, y es, q u e la o b r a de la r e d e n c i ó n h a b r í a
sido i m p e r f e c t a y defectuosa, p u e s J e s u c r i s t o n o n o s h a b r í a alcan-
zado t o d o s los m e d i o s n e c e s a r i o s p a r a salvarnos, s i e n d o tan defi-
c i e n t e la justicia f o r m a l de q u e e s t a m o s r e v e s t i d o s . S e g u i r í a s e t a m -
b i é n q u e la ley de g r a c i a es s e m e j a n t e á la de Moisés, p o r q u e c o m o
ésta n o p o d í a justificar p o r sí sola, sino q u e p a r a sor j u s t o s e r a p r e -
ciso c r e e r en el f u t u r o Mesías y e s p e r a r do él la g l o r i a , así a h o r a es-
t a r í a m o s e n u n estado d e i m p e r f e c t a justificación, e s p e r a n d o el c o m -
p l e m e n t o de olla, de esa futura i m p u t a c i ó n d e los m é r i t o s de C r i s t o .
F i n a l m e n t e , m o s t r a n d o la i n c o h e r e n c i a con q u e se e x p r e s a n los
d e f e n s o r e s . d o esta o p i n i ó n , d e s c u b r o el P . Laínez sin r e b o z o el o r i -
 536 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 537

g e n c o r r o m p i d o de d o n d e p a r e c e h a b e r b r o t a d o , q u e es la d o c t r i n a
d e L u t e r o (1). a c a l o r ó a l g ú n t a n t o á los t e ó l o g o s , y fué la c e r t i d u m b r e q u e e n esta
vida se p u e d e t e n e r s o b r e el estado d e g r a c i a . ¿ P u e d e u n o , se p r e -
D e s a r r o l l a d o s sus a r g u m e n t o s , p r o c e d e el a u t o r á r e f u t a r los d e la
g u n t ó , e s t a r c i e r t o c o n c e r t i d u m b r e d e fe de q u e se halla e n g r a c i a
o p i n i ó n c o n t r a r i a , q u o son o t r o s d o c e . Las r e s p u e s t a s d e t o d o s ellos
de Dios? A l g u n o s teólogos n e g a b a n q u e fuese p o s i b l e e n n i n g ú n caso
se fundan e n dos ó t r e s e x p l i c a c i o n e s o p o r t u n a s de frases usadas p o r
s e m e j a n t e certeza. S a l m e r ó n y o t r o t e ó l o g o n o v i e r o n c l a r o , in neu-
la s a g r a d a E s c r i t u r a y p o r los Santos P a d r e s . O c u r r e e n el A p ó s t o l y
tram partem inclinarunt(í). Laínez defendió, con la m a y o r í a , q u e p u e d e
e n o t r o s a u t o r e s i n s p i r a d o s la e x p r e s i ó n , non imputan delicia, y la
el h o m b r e p o s e e r esta certeza p*br especial r e v e l a c i ó n d e Dios.
otra, reputan fídem ad justitiam. ¿Cuál es el s e n t i d o o r t o d o x o de estas
T e r m i n a d a s estas c o n t r o v e r s i a s á p r i n c i p i o s d e N o v i e m b r e , refun-
p a l a b r a s ? Unas v e c e s significan q u e la justificación b o r r a t o d o s los
dióse d e n u e v o t o d a la d o c t r i n a y c á n o n e s d e la justificación. E s t a
p e c a d o s , y q u e ella, c o m o todo g é n e r o d e g r a c i a s , n o s es c o n c e d i d a
t e r c e r a e d i c i ó n (2) se a c e r c a y a m u c h o al t e x t o definitivo; con t o d o
p o r los m é r i t o s de J e s u c r i s t o . O t r a s , q u e la fe es n e c e s a r i a p a r a j u s -
eso, h u b o l a r g o s d e b a t e s e n todo el m e s d e N o v i e m b r e y p r i n c i p i o s
tificarse. O t r a s , q u e se n o s p e r d o n a la p e n a t e m p o r a l , a p l i c á n d o n o s
de D i c i e m b r e , antes d e « o n v e n i r en la f o r m a q u e al c a b o se a d o p t ó .
p o r las i n d u l g e n c i a s los m é r i t o s del S a l v a d o r ; p e r o n u n c a so d e d u -
Al m i s m o t i e m p o q u e se e x a m i n a b a tan m i n u c i o s a m e n t e la p a r t e d o g -
c i r á de tales e x p r e s i o n e s la n e c e s i d a d de ese s u p l e m e n t o do n u e s t r a
mática, í b a n s e d i s p o n i e n d o las leyes s o b r e la r e s i d e n c i a d e los obis-
justicia, i m a g i n a d o p o r los c o n t r a r i o s .
pos en sus diócesis y d e los p á r r o c o s e n sus p a r r o q u i a s , o b j e t o q u e
Insistía m u c h o S e r i p a n d o e n c i e r t o s pasajes d e San A g u s t í n , S a n debía c o n s t i t u i r la p a r t e d i s c i p l i n a r d e la sesión. No p a r e c e q u e Laí-
B e r n a r d o y o t r o s P a d r e s , d o n d e se p o n d e r a la r u i n d a d d e n u e s t r o s nez y S a l m e r ó n t o m a s e n p a r t e en este n e g o c i o , y es n a t u r a l , p u e s
m é r i t o s , la n e c e s i d a d de la d i v i n a m i s e r i c o r d i a , el t r e m e n d o r i g o r como t e ó l o g o s , e r a n c o n s u l t a d o s p r i n c i p a l m e n t e s o b r e el d o g m a .
d e la j u s t i c i a d i v i n a , á c u y o s ojos a p a r e c e m o s t o d o s m a n c h a d o s , etc.
P o r fin, d e s p u é s de c o n c i e n z u d o s t r a b a j o s , c o n t i n u a d o s sin cesar
T o d a s estas frases, r e s p o n d e L a í n e z , t i e n e n c ó m o d a e x p l i c a c i ó n s i n
d u r a n t e siete m e s e s , l l e g ó el día 13 de E n e r o d e 1547, d e s t i n a d o p a r a
r e c u r r i r á la h i p ó t e s i s a r b i t r a r i a d e la justicia i m p u t a d a . P o r q u e ó
c e l e b r a r la sesión. D e s p u é s d e o i r m i s a t o d o s los P a d r e s , l e y ó s e e l
se r e f i e r e n á lo p o c o q u e v a l e n n u e s t r o s m é r i t o s naturales sin el au-
d e c r e t o s o b r e la justificación y p i d i ó s e el v o t o á t o d o s ellos. R e c o g i -
x i l i o de la g r a c i a , ó p o n d e r a n el p o c o trabajo q u e n o s c u e s t a n las
dos los v o t o s y a n u n c i a d o s e n d e b i d a f o r m a , el p r i m e r l e g a d o , car-
b u e n a s o b r a s , en c o m p a r a c i ó n d e l b i e n i n m e n s o c o n q u e Dios las
denal D e l M o n t e , e x c l a m ó en alta voz: « D a m o s i n m e n s a s g r a c i a s á
p r e m i a , ó i n s i n ú a n la n e c e s i d a d c o n t i n u a q u e e x p e r i m e n t a m o s d e la
Dios o m n i p o t e n t e . E s t e s a n t o d e c r e t o s o b r e la justificación h a s i d o
d i v i n a m i s e r i c o r d i a , p a r a e v i t a r las faltas p r e s e n t e s q u e á m e n u d o
a p r o b a d o u n i v e r s a l y u n á n i m e m e n t e p o r t o d o s » ( 3 ) . No se t e r m i n ó
afean n u e s t r a s b u e n a s acciones. P o n d é r e s e c u a n t o so q u i e r a n u e s t r a
con tan a l e g r e s e x p r e s i o n e s la v o t a c i ó n s o b r e la p a r t e disciplinar,
p o q u e d a d y lo n e c e s i t a d o s q u e n o s v e m o s d e la d i v i n a m i s e r i c o r d i a ;
pues r e c o g i d o s los v o t o s , el m i s m o c a r d e n a l p r o n u n c i ó t r i s t e m e n t e
t o d o eso p r o b a r á q u e la n e c e s i t a m o s e n esta v i d a p a r a e v i t a r el m a l
estas p a l a b r a s : «Como los v o t o s d e los P a d r e s s o b r e e l d e c r e t o d e la
y o b r a r e l b i e n , p e r o n o q u e la n e c e s i t e e l j u s t o q u e p e r s e v e r a e n
r e s i d e n c i a son v a r i o s , s o b r e t o d o a c e r c a de la p e n a q u e d e b e i m p o -
g r a c i a h a s t a la m u e r t e , p a r a quo se le a b s u e l v a en el t r i b u n a l d e Dios
n e r s e á los q u e n o r e s i d e n , n a d a p u e d e r e s o l v e r s e s o b r e esto p o r
y se le a b r a n las p u e r t a s d e l cielo.
ahora. A l g u n o s P a d r e s h a n p r e s e n t a d o sus v o t o s p o r e s c r i t o . T o d o se
Esta r e f u t a c i ó n d e L a í n e z e c h ó p o r t i e r r a la t e o r í a d e S e r i p a n d o , c o n s i d e r a r á e n la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , y v e r e m o s l o q u e se p u e d e
q u e fué p r o n t o a b a n d o n a d a p o r l o s p o c o s q u e la defendían, y a u n p o r hacer» (4).
su mismo autor.
Con la c u e s t i ó n s o b r e la justicia i m p u t a d a se p r o p u s o otra, q u e
( 1 ) T h e i n e r , Acta gen. Conc. Trid, t. i, p . 2 7 9 .
( 2 ) í d e m , ibid., p . 2 8 0 .
( 3 ) aGratias immensas agimus Omnipotenti Deo. Sanctum hoc decretum de justi-
( 1 ) «Ultima vaho sit: quod ultra novitatem positionis et ignoUlitatem auctoris
ficatione approbatum est universaliter ab ómnibus uno consensu.» A r c h . V a t . , Conc. di
primi, quifmt Lutherus, ut alii notarunt, varietatem habet multam et obscuritatem
Trento, t. c x v n , f. 3 9 4 . T h e i n e r , Acta gen. Conc. Trid., t. i, p . 3 7 7 .
etpugnantiam.» G r i s a r , Jaeobi Lainez Disputationes Tridenlinae, t n p 165
( 4 ) nQuoniam vota Patrum super decreto de residentia sunt varia, praesertim circa
538 H I ! . 1 1 . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
D e j e m o s á u n lado las d i s p u t a s q u e t u v i e r o n los P a d r e s s o b r e el
d e c r e t o d e la r e s i d e n c i a , p r o m u l g a d o p o r fin el 25 de F e b r e r o , p u e s
n o p e r t e n e c e n á n u e s t r a h i s t o r i a , y v o l v a m o s á los t e ó l o g o s , e n t r e
los cuales descollaban cada vez más Laínez y S a l m e r ó n . Á p r i n c i p i o s
d e esto año 1547 t u v i e r o n el s i n g u l a r c o n s u e l o d e r e c i b i r e n T r e n t o
al q u e e m p e z a b a á s e r el más i l u s t r e apóstol de A l e m a n i a , al B. P e -
d r o Canisio, j o v e n e n t o n c e s de v e i n t i s é i s a ñ o s , q u e , e n v i a d o p o r el
c a r d e n a l d e A u s b u r g o en calidad do t e ó l o g o , debía t o m a r p a r t o en
l o s trabajos c o n c i l i a r e s . Lo p r i m e r o q u e d e b e m o s r e c o g e r del recién
llegado, es el i l u s t r e t e s t i m o n i o q u e da do los dos P a d r e s españoles,
t e s t i m o n i o q u e , si p o r ser de H e r m a n o , p u d i e r a c r e e r s e p a r c i a l , p o r
s e r d e s a n t o , s u p o n e m o s q u e será a c e p t a d o p o r los l e c t o r e s j u i c i o s o s .
Dice así: « D e s p o j á n d o m e de todo afecto, p u e d o s i n c e r a m e n t e atesti-
g u a r , q u e h a y a q u í m u c h o s t e ó l o g o s d o c t í s i m o s de t o d o s p a í s e s , q u e
d i s c u r r e n aguda, cuidadosa y s a b i a m e n t e s o b r e las cosas m á s i m p o r -
t a n t e s ; p e r o tan q u e r i d o s do t o d o s y tan a d m i r a b l e s c o m o Laínez y
S a l m e r ó n n o h a y n i n g u n o . P e r m i t i é n d o s e á pocos el espacio de una
h o r a p a r a h a b l a r , s u e l e c o n c e d e r el c a r d e n a l p r e s i d e n t e t r e s y aun
m á s al P . L a í n e z » (1).
9. P o r este t i e m p o t r a b a j a b a n los dos P a d r e s e s p a ñ o l e s e n u n a ta-
r e a tan a r d u a c o m o delicada, q u e les había i m p u e s t o el c a r d e n a l Cer-
v i n i . Consistía e n f o r m a r u n í n d i c e de t o d o s los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s
acerca d e los s a c r a m e n t o s y o t r o s d o g m a s , p a r a q u e se p r o p u s i e r a n
á la c o n s i d e r a c i ó n d e los t e ó l o g o s , y d e s p u é s á la decisión d e l con-
cilio. A d e m á s d e los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s , les m a n d ó el c a r d e n a l r e -
c o g e r las decisiones de o t r o s concilios en quo a q u é l l o s h u b i e r a n sido
c o n d e n a d o s , los d e c r e t o s de papas y las s e n t e n c i a s d e los santos P a -
d r e s , c o n t r a r i a s á las n u o v a s h e r e j í a s , sin d u d a p a r a q u e los P a d r e s
y t e ó l o g o s t u v i e r a n l u e g o á la m a n o a l g ú n a n t í d o t o contra los e r r o -
r e s q u e so p r o p o n í a n á su c o n s i d e r a c i ó n (2).
poenam, impanendam non residenfibus, nihil svpcr Iris modo agi potest. Aliqui Paires
dederunt cedidas mías. Omnia consiilerabnntur in congregatione general i. et ridebi-
mns quid sit faciend'im.» Ibid., t. e x v n , f. 4 0 4 . T h e i n e r , t. i , p . 3 8 0 .
( 1 ) ((.Omni seposito affectu, sincere testari possum, esse mullos ¡tic uudecumque dóc-
ilísimos theologos, qui acule, diligenterque et sapienter summis de rebusjudicent, ve-
rum intra illas ovni es, duobus hisce, Lainez et Sahnerone, gratiores ómnibus alque
admirabiliores non esse (dios. Cum Iwrae unius spatium paucis ad dicendum maneat,
tres liorae et amplius, opinar, dicenti Patri Lainez ab ipso Cardinali praeside tribuun-
lur.t P o l a n c o , Historia, S. J., t. I, p . 2 1 4 .
( 2 ) N o sin e n t u s i a s m o r e f i e r e e s t e h e c h o el P . J a y o , p o n d e r a n d o el f a v o r q u e se
h a c e á s u s c a r í s i m o s G i a c o m o y A l p h o n s o , « P e r g r a z i a , d i c e , li c o m p a g n i d o n J a c o -
CAP. XVI. LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 5311
El 17 d e E n e r o d e 1547, r e u n i d o s t o d o s los P a d r e s en c o n g r e g a c i ó n
g e n e r a l , leyó e l c a r d e n a l C e r v i n i t r e s s e r i e s de e r r o r e s p r o t e s t a n t e s ,
hechas p o r Laínez y S a l m e r ó n . La p r i m e r a c o n t e n í a los e r r o r e s s o b r e
los s a c r a m e n t o s e n g e n e r a l ; la s e g u n d a , los q u e v e r s a b a n a c e r c a d e l
b a u t i s m o , y la t o r c e r a , los p e r t e n e c i e n t e s á la c o n f i r m a c i ó n (1). R e -
p a r t i é r o n s e copias d e estos e r r o r e s á los P a d r e s y t e ó l o g o s , y t r e s días
después, el 20 d e E n e r o , e m p e z a r o n estos ú l t i m o s á d i s c u t i r l o s . Sal-
m e r ó n h a b l ó e l día 21, y Laínez el 22. Las actas c o n s e r v a n s o l a m e n t e
una d e s c a r n a d a e n u m e r a c i ó n d e las c e n s u r a s quo p r o p u s i e r o n c o n t r a
los d i f e r e n t e s e r r o r e s (2).
M i e n t r a s se c o n t i n u a b a n estos t r a b a j o s , v o l v i ó á e s t a r en p e l i g r o
el P . Laínez de a b a n d o n a r u n p u e s t o , d o n d e t a n t a gloria d a b a á Dios
y utilidad á la I g l e s i a . La d u q u e s a d e F l o r e n c i a , D . L e o n o r d e T o l e -a
d o , c r e c i e n d o en deseos de t e n e r e n la capital d e sus estados al
P . Laínez, c u y a v i r t u d y e l o c u e n c i a le h a b í a n p o n d e r a d o e x t r a o r d i n a -
r i a m e n t e , r e n o v ó las diligencias d e l año a n t e r i o r , y p o n i e n d o d e p o r
m e d i o al c a r d e n a l d e C a r p i , p r o t e c t o r de la C o m p a ñ í a , r o g ó al p a p a
y á San I g n a c i o q u e le c o n c e d i e s e n t a n afamado p r e d i c a d o r . E s t a in-
tercesión p o d e r o s a , j u n t o con las o b l i g a c i o n e s q u e el Santo t e n í a á
los d u q u e s y lo q u e e s p e r a b a d e ellos en la f u n d a c i ó n d e u n c o l e g i o
q u e ya estaba t r a z a n d o , le d e t e r m i n a r o n á e s c r i b i r á T r e n t o p a r a q u e ,
si e r a p o s i b l e , pasase el P . Laínez á p r e d i c a r e n F l o r e n c i a ( 3 ) . I n c l i -
m o [ L a í n e z ] e t d o n A l p h o n s o [ S a l m e r ó n ] se s o n ó p o r t a t i b e n i s s i m o in d i r é li s u o i
v o t i . E t c e r t o io n o n p e n s ó c h e d i n e s s n n o t h e o l o g o p i ú si iidi ¡\Ions. R m o . di S a n c t a
Croce [ C e r v i n i ] c h e d i loro, n i v e d o c h e a n e s s u n o si f a c c i a t a n t o f a v o r e c o m e a loro;
p e r c h ó loro p e r c o m m a n d a m e n t o di M o n s . di S a n c t a C r o c e h a n n o c a v a t o d i v a r i i
lihri li e r r o r i di h e r e t i c i a c e r c a t u t t e le m a t e r i e d e la f e d e , et v e d o c h e s e c o n d o c h e
li h a n n o c a v a t i , s o n ó d a li l i m i . L e g a t i p r o p o s t i n e l l a c o n g r e g a t i o n e . S e c o n d o li h a
c o m m e s o d i c a v a r e d a li s a c r i c o n c i l i i , d a li d e c r e t i di S o m m i Pontefici e t d i s a n c t i
ü o c t o r i li l o g h i d o v e li d e t t i e r r o r i s o n ó c o u d a u n a t i ; e t s e c o n d o c h e l o r o h a n n o ca-
v a t i li d e t t i l o g h i , c u s s i [ c o s í ] si v a n n o p r o p o n e n d o nelle e x a m i n a t i o n i ; sichc, m o l t o
h a v e m o di r i n g r a t i a r e il S i g n o r c J e s u c h r i s t o , c h e si d e g n a in cosa t a n t o i m p o r t a n t e
s e r v i r s i di loro, e piíi e t a n t o , s e c o n d o il m i ó p a r e r e , q u a n t o d i n e s s u n o a l t r o t h e o l o -
g o . » Kpistolae PP. Habri, Jaii et Broet. T r e n t o , 2 0 d e E n e r o d e 1 5 4 7 . B o e r o , e n l a
Vida de Lainez, p . 6 5 , c i t a esta c a r t a , p e r o m o d e r n i z a n d o el estilo y l a o r t o g r a f í a .
( 1 ) A r c h . s e c . d e l V a t . Conc. di Trento, t. c x v n , f. 4 2 3 . T h e i n e r , Acta gen. Conc.
Trid., t. i, p . 3 8 3 .
( 2 ) P u e d e n v e r s e en T h e i n e r , ibid., p . 3i)2.
( 3 ) N o se c o n s e r v a e s t a c a r t a d e S a n I g n a c i o , c u y o s e n t i d o se a d i v i n a p o r las r e s -
p u e s t a s q u e se d i e r o n á ella. A j u z g a r p o r a l g u n o s p a s a j e s s u e l t o s d e las c a r t a s d e
S a n I g n a c i o y p o r o t r o s d e - S a l m e r ó n y L a í n e z , se ve q u e d e s d e el v e r a n o d e 1 5 4 6
h a s t a J u n i o d e 1547 n o h a b í a n c e s a d o las d i l i g e n c i a s d e l a d u q u e s a d e F l o r e n c i a
 540 LIB. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
rióle t a l v e z á t o m a r esta r e s o l u c i ó n la n o t i c i a q u e e l P . J a y o e n la
c a r t a a r r i b a citada le dio d e la m a l a salud d e L a í n e z , q u e c o n las fa-
t i g a s d e l concilio se i b a q u e b r a n t a n d o .
R e c i b i d a e n T r e n t o esta o r d e n , L a í n e z , c o m o hijo d e o b e d i e n c i a ,
so m o s t r ó d i s p u e s t o á p a r t i r p a r a s u n u e v o d e s t i n o (1); p o r o s e in-
terpuso el cardenal Cervini, q u e de ningún modo quería despren-
d e r s e d e s u t e ó l o g o p r e d i l e c t o . Véase la d i s c r e t a satisfacción q u e
e s c r i b i ó á S a n I g n a c i o c o n fecha 5 d e F e b r e r o d e 1548: «Se m a r a v i -
l l a r á tal v e z V. R. d e q u e y o , c o n t r a s u s ó r d e n e s y d e s e o s , h a y a
d e t e n i d o a q u í a l P . Laínez. P e r o l o h e h e c h o c o n b u e n fin: p o r q u e
h a b i é n d o l e y o e n c o m e n d a d o la t a r e a d e r e c o g e r y r e u n i r t o d o s los
e r r o r e s d e l o s h e r e j e s , e n l o q u e toca á los s a c r a m e n t o s c o m o á los
o t r o s d o g m a s , y s i e n d o esto u n t r a b a j o q u e n o p u e d e c o n c l u i r s e e n
pocos d í a s , n o m e h a p a r e c i d o dejarlo p a r t i r hasta q u e lo t e r m i n e
d e l t o d o , ó a l m e n o s l o t e n g a t a n a d e l a n t a d o , q u e o t r o l o p u e d a con-
c l u i r . P o r eso os r u e g o q u e n o llevéis á m a l esta confianza q u e m e
t o m o c o n v o s y c o n el P . Laínez. Si á p e s a r do t o d o os p a r e c i e r e q u e
d e b e h a c e r s e o t r a cosa y q u e p e r m a n e z c a i m p e r f e c t o e s t e t r a b a j o , a l
p r i m e r aviso v u e s t r o se e j e c u t a r á c u a n d o v o s e s c r i b i e r e i s . N u e s t r o
S e ñ o r os c o n s e r v e e n s u g r a c i a » (2). P o r s u p a r t e , m o n s e ñ o r F e l i p e
A r c h i n t o , v i c a r i o d e l p a p a , e s c r i b í a d e s d e T r e n t o á S a n I g n a c i o (3):
« P o r lo q u e toca á s u s q u e r i d í s i m o s H e r m a n o s , c r e e d m e q u e e n n i n -
p a r a t r a e r á s u s e s t a d o s al P . L a í n e z . D e b i e r o n e s c r i b i r s e v a r i a s c a r t a s d e u n a y o t r a
p a r t e , q u e s e h a n p e r d i d o . Vide Cartas de San Ignacio, t. i , p p . 2 5 0 , 2 8 8 y : 1 1 .
( 1 ) Epistolae P. Lainez. U n a c a r t a sin f e c h a , e n q u e s e h a b l a d e la p r ó x i m a
traslación d e l concilio á Bolonia, y , p o r c o n s i g u i e n t e , debió escribirse por F e b r e r o
de 1547.
(2) «Reverendo M. I g n a t i o . Vi sarete forso m a r a v i g l i a t o c h ' io habbia ritenuto
q u a M. J a c o m o Lainez p i ú di quel c h e v o i et lui h a v e s t e v o l u t o : h o f a t t o t u t t o a
b u o n fine, e t p e r c a u s a c o n c e r n e n t e l a u t b i t á p u b l i c a ; perciochó havendoli io d a t o
c a r i c o d i r a c c o g l i e r e g l i e r r o r i d e g l i h e r e t i o i , t a n t o c i r c a li S a c r a m e n t i , q u a n t o tutto
il r e s t o c h e s' h a d a d a n n a r e i n C o n c i l i o i n la p a r t e d é d o g m i ; e t n a n e s s e n d o ció o p r a
se n o n l u n g a e t d i m o l t i g i o r n i : n o n m ' 6 p a r s o d i l a s s a r l o p a r t i r é p r i m a c h e 1' h a -
v e s s e finita, o a t e r m i n e c h e u n a l t r o l a p o t e s s e finiré. La qual cosa volendo ancora
qualche giorno piú, vi prego, che restiate satisfatto di questa sicurtá, c h ' io p i g l i o
d i M. J a c o m o e t d i v o i . E t n o n d i m e n o q u a n d o v o g l i a t e c h e 1' o p e r a s i lassi i m p e r -
fetta, al vostro primo avviso si fará q u a n t o s c r i v e r e t e . C h e Dio v i c o n s e r v i i n s u a
g r a z i a . D i T r e n t o alli v d i F e b r a i o 1 5 4 7 . — Vr. M. Cardinalis Sanctae tj4.ii f_Cruois.]
(Epistolae Cardinalium.)
( 3 ) « C i r c a Ii s u o i d i l e c t i s s i m i f r a t e l l i , s t a t e s o p r a d i m e , c h ' i n n e s s u n a p a r t e d e l
m o n d o hoggidi potrebbono dimorare co' maggior frutto di quello c h e fanno qua.»
{Epistolae Episcoporum.)
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 541
g u n a p a r t e d e l m u n d o p o d r í a n v i v i r h a c i e n d o m á s fruto d e l q u e h a -
cen aquí.»
D i c h o s e está q u e S a n I g n a c i o c o n d e s c e n d i ó c o n l o s deseos d e t a n
altos p e r s o n a j e s . P r o c e d i e n d o , p u e s , a d e l a n t e e n los trabajos d e l con-
cilio, p r e p a r ó s e e n t o d o e l m e s d e F e b r e r o la d o c t r i n a s o b r e los sa-
cramentos en general, y sobre el bautismo y confirmación en par-
ticular. N o ofreció i n c i d e n t e d e c o n s i d e r a c i ó n esta m a t e r i a , q u e n o
era d e las m á s difíciles. P r o n t o c o n v i n i e r o n l o s P a d r e s e n l o s p u n -
tos q u e se d e b í a n d e f i n i r , y e l día 3 d e Marzo d e 1547 se p u d o cele-
b r a r la s é p t i m a sesión del c o n c i l i o , q u e fijó t r e i n t a c á n o n e s d o g m á -
ticos, t r e c e s o b r e los s a c r a m e n t o s e n g e n e r a l , c a t o r c e s o b r e e l b a u -
tismo, y t r e s s o b r e la confirmación. E n las j u n t a s d e t e ó l o g o s e m p e z ó
á h a b l a r S a l m e r ó n e l día 4 d e F e b r e r o , y p o r n o h a b e r p o d i d o t e r -
m i n a r s u d i s c u r s o , lo c o n c l u y ó e l día s i g u i e n t e . Laínez h a b l ó el 17 d e l
m i s m o m e s (1).
10. Á esta sesión se s i g u i ó , c o m o t o d o s saben, la t r a s l a c i ó n d e l con-
cilio á Bolonia. L o s t e m o r e s q u e h a b í a n a g i t a d o á l o s P a d r e s e n el
v e r a n o d e 1546 se h a b í a n r e p e t i d o v a r i a s v e c e s , y la t r a s l a c i ó n so
h u b i e r a verificado antes, si n o fuera p o r la o p o s i c i ó n d e Carlos V,
que f u e r t e m e n t e la c o n t r a d e c í a . U n a e n f e r m e d a d contagiosa q u e se
d e s a r r o l l ó e n T r e n t o , s o b r e c o g i ó d e s ú b i t o t e r r o r los á n i m o s ; y r e -
unidos los P a d r e s e n sesión e x t r a o r d i n a r i a e l 11 d e Marzo, r e s o l v i e r o n
trasladarse á B o l o n i a . Dejamos á l o s h i s t o r i a d o r e s d e l c o n c i l i o la ta-
rea do e x p l i c a r l o s p o r m e n o r e s d e este n e g o c i o , y sólo a d v e r t i r e m o s
que, c o m o l o s o b i s p o s españoles y los d e Alemania, adictos a l e m p e -
r a d o r , a c o m o d á n d o s e á los deseos d e éste, r e h u s a r o n la t r a s l a c i ó n , y
se q u e d a r o n e n T r e n t o , n u e s t r o P . Claudio J a y o , c o m o r e p r e s e n t a n t e
de u n o b i s p o q u e p e r t e n e c í a al m i s m o p a r t i d o , h u b o d e d e t e n e r s e
algún t i e m p o c o n l o s p r e l a d o s d e l i m p e r i o .
Laínez, S a l m e r ó n y Canisio se p u s i e r o n e n c a m i n o á m e d i a d o s d e
Marzo (2); p e r o h u b i e r o n d e p a r a r e n P a d u a m á s d e lo q u e p e n s a b a n ,
p o r u n a e n f e r m e d a d a g u d a q u e allí s o b r e v i n o á S a l m e r ó n y le p u s o
en g r a v e p e l i g r o d e la vida (3). P a r t i c i p ó Laínez al c a r d e n a l C e r v i n i
este a c c i d e n t e , p r e g u n t á n d o l e si debía e s p e r a r p a r a i r á B o l o n i a á q u e
convaleciese s u c o m p a ñ e r o , ó si p r o s e g u i r í a e l viaje, d e j a n d o á S a l m e -
( 1 ) A r c h . s e c . d e l V a t . , Conc. di Trento, t. c x v n , ff. 4 6 4 y 5 1 0 . T h e i n e r , Acta gen,
Conc. Trid., t . I , p p . 4 1 2 y 4 4 2 .
(2) N o e n c u e n t r o n i n g u n a mención del P . Covillón.
(3).Epistolae P. Lainez. Ai c a r d e n a l S a n t a C r o c e . P a d o v a , 18 d e M a r z o d e 1 5 4 7 .
 542 LIB. I I . — SAN IGNACIO DB LOYOLA
r o n e n e l c o l e g i o d e P a d u a , d o n d e estaba b i e n asistido p o r n u e s t r o s
P a d r e s y H e r m a n o s (1). E l c a r d e n a l escogió este s e g u n d o p a r t i d o , y
así Laínez, a c o m p a ñ a d o d e l B . Canisio, se d i r i g i ó l u e g o á Bolonia. No
t a r d ó e n j u n t a r s e c o n ellos S a l m e r ó n , q u e r e c o b r ó p r o n t o la salud
p o r las o r a c i o n e s d e S a n I g n a c i o , s e g ú n él r e c o n o c í a , p u e s h a b i é n -
dose notificado al s a n t o la e n f e r m e d a d , éste d i r i g i ó á S a l m e r ó n u n a
c a r t a cariñosa, a n i m á n d o l o á confiar e n Dios y p r o m e t i é n d o l e el au-
x i l i o d e sus o r a c i o n e s (2). E n t r e t a n t o , el P . J a y o h a b í a l o g r a d o c o n
buenos modos desprenderse de los prelados q u e permanecían en
T r e n t o ; y r e u n i é n d o s e e n P a d u a c o n S a l m e r ó n , a m b o s se p r e s e n t a -
r o n e n Bolonia á fines d e A b r i l .
Allí e n c o n t r a r o n á Laínez y Canisio engolfados e n las t a r e a s con-
ciliares. E l 2 3 d e A b r i l d i s e r t ó Laínez s o b r o e l s a c r a m e n t o d o la p e -
nitencia. D e c l a r ó s u m a t e r i a y s u f o r m a ; d e m o s t r ó la n e c e s i d a d do la
confesión, d e la c o n t r i c i ó n y d e la satisfacción, d i s i p a n d o las n i e b l a s
con q u e los m o d e r n o s h e r e j e s p r o c u r a b a n o s c u r e c e r estas v e r d a d e s
católicas. T r e s h o r a s , s e g ú n d i c e n , e s t u v o h a b l a n d o s o b r e estas m a -
t e r i a s , a u n q u e n o u n solo día, p o r q u e h a b i e n d o e m p e z a d o s u discurso
el 2 3 , y n o p u d i e n d o c o n c l u i r l o p o r falta d e t i e m p o , lo t e r m i n ó el 25.
P o s i b l e es q u e , s u m a d o s los d o s t r o z o s , llegase á d u r a r su d i s c u r s o
t r e s h o r a s (3). E l 2S d e A b r i l dijo S a l m e r ó n s u p a r e c e r s o b r e e l m i s m o
a s u n t o (4). E l 30 h a b l ó Laínez s o b r e la e x t r e m a u n c i ó n , y e n los p r i -
m e r o s días d e Mayo e x p l i c a r o n S a l m e r ó n , J a y o y Canisio lo p e r t e -
n e c i e n t e á los s a c r a m e n t o s d e l o r d e n y d e l m a t r i m o n i o (5).
Á t o d o esto, i b a l a n g u i d e c i e n d o la a c t i v i d a d d e l c o n c i l i o . No había
m o d o de l l e v a r los o b i s p o s españoles á B o l o n i a , n i d e v e n c e r la r e -
sistencia d e l e m p e r a d o r , q u o p e d í a á t o d o t r a n c e el r e t o r n o d e los
P a d r e s á T r e n t o . E l 21 d e A b r i l so h a b í a c e l e b r a d o la sesión nona;
p e r o fué t a n sólo p a r a p r o r r o g a r la decisión do los p u n t o s p r o p u e s -
t o s h a s t a el 11 d e J u n i o , e s p e r a n d o q u e e n este i n t e r m e d i o so r e u n i -
r í a n e n Bolonia los P a d r e s a u s e n t e s . F a l l i d a s s a l i e r o n estas e s p e r a n -
zas, y c o m o e n v e z d e v e n i r los a u s e n t e s se i b a n r e t i r a n d o l o s p r e -
( 1 ) L a c o n t e s t a c i ó n d e l c a r d e n a l , e n Epistolae Cardinalium. B o l o n i a , 3 1 d e Marzo
d e 1547.
( 2 ) Epistolae P. Salmerón. A S a n I g n a c i o . V e n e c i a , 1G d e A b r i l d e 1 5 4 7 . E s
t i e r n o el a f e c t o c o n q u e a g r a d e c e al s a n t o s u s o r a c i o n e s , a t r i b u y e n d o á el l a s s u ines-
p e r a d a c u r a c i ó n , q u e , s e g ú n él, p u e d e l l a m a r s e r e s u r r e c c i ó n . N o s e c o n s e r v a l a c a r t a
d e S a n I g n a c i o á q u e r e s p o n d e el P . S a l m e r ó n .
( 3 ) A r o h . s e c . d e l V a t . Conc. di Trento, t. x v n , f. 6 8 . ( V é a s e t a m b i é n Epistolae
P. Lainez. B o l o n i a , 2 7 d e A b r i l d e 1 5 4 7 . ) — ( 4 ) Ibid., f. 7 4 . — ( 5 ) Ibid., ff. 8 4 - 9 0 .
CAP. XVI.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO 543
s e n t e s , l l e g a d o e l 11 d e J u n i o lo ú n i c o q u e se p u d o r e s o l v e r fué
p r o r r o g a r i n d e f i n i d a m e n t e la sesión. V i e n d o las cosas e n t a l e s -
tado, j u z g ó el c a r d e n a l C e r v i n i q u e p o d í a Laínez p a r t i r s e p a r a F l o -
rencia, p u e s la s i t u a c i ó n d e c a d e n t e d e l concilio a n u n c i a b a s u p r ó -
xima d i s o l u c i ó n . D e s p i d i ó s e , p u e s , Laínez d e S a l m e r ó n y J a y o , y
a c o m p a ñ a d o d e l B. P e d r o Canisio, salió p a r a F l o r e n c i a el 17 d e J u -
nio d e 1547 (1).
C o n t i n u a r o n e n Bolonia los o t r o s d o s j e s u í t a s , y e n las j u n t a s d e
teólogos q u e a u n se c e l e b r a r o n , a p a r e c e n sus n o m b r e s e n t r e los q u e
d i s c u r r i e r o n acerca d e los s a c r a m e n t o s . E l 9 do J u l i o d i s e r t a r o n a m -
bos sobro el p u r g a t o r i o y la p e n i t e n c i a (2). Dos días d e s p u é s h a b l ó
S a l m e r ó n t o d o el t i e m p o d e u n a j u n t a d e t e ó l o g o s . T r a t á b a s e d e las
indulgencias, m a t e r i a e n t o n c e s s u m a m e n t e i n t e r e s a n t e , p u e s c o m o
todos s a b e n , p o r este a r t í c u l o había e m p e z a d o L u t e r o á c o m b a t i r e\
d o g m a católico. D e c l a r ó S a l m e r ó n lo q u o s o n las i n d u l g e n c i a s ; esta-
bleció la diferencia q u e h a y e n t r e ellas y la a b s o l u c i ó n s a c r a m e n t a l ,
p r o b ó la p o t e s t a d q u e t i e n e la Iglesia p a r a c o n c e d e r l a s ; d e c l a r ó las
c o n d i c i o n e s n e c e s a r i a s p a r a l a validez de ellas; e x p l i c ó , finalmente,
cómo p u e d e n las i n d u l g e n c i a s a p r o v e c h a r á los d i f u n t o s , a d u c i e n d o
g r a n copia d e e r u d i c i ó n s a g r a d a p a r a d e m o s t r a r cada u n a d e estas
aserciones. Á j u z g a r p o r e l r e s u m e n do s u d i s c u r s o , q u e l e e m o s e n las
actas, d e b i ó h a c e r S a l m e r ó n u n e l e g a n t e c o m p e n d i o d e t o d o c u a n t o
enseña n u e s t r a santa fe a c e r c a d e este a r t í c u l o i m p o r t a n t e (3).
E l 18 y 19 d e Agosto e n c o n t r a m o s á S a l m e r ó n d i s p u t a n d o docta-
m e n t e s o b r e el sacrificio d e la misa y d e f e n d i e n d o d e las c a l u m n i a s
de los h e r e j e s las procos y c e r e m o n i a s c o n q u o la Iglesia ncc.itp» ia
la oblación d e la v í c t i m a i n c r u e n t a (4). E s t a es la ú l t i m a m e n c i ó n d e
n u e s t r o s P a d r e s q u e h a l l o e n las actas d e l concilio e n s u p r i m e r a
r e u n i ó n . P o c o s días d e s p u é s , a m e n a z a d a Italia d e u n a conflagración
g u e r r e r a p o r la m u e r t e v i o l e n t a d e l d u q u e d e P a r m a , P e d r o L u i s
F a r n e s i o , hijo d e P a u l o I I I , o c u r r i d a e l 10 do S e t i e m b r e , se r e u n i e -
r o n los P a d r e s , y el día 14 d e c r e t a r o n la d i l a c i ó n indefinida d e la
sesión. T e r m i n a d o este a c t o , s a l i e r o n d e Bolonia m u c h o s d e los P a -
d r e s , c o n l o c u a l p u d o d a r s e p o r disuelta la asamblea. A u n q u e d ó
u n a s o m b r a d e concilio e n B o l o n i a hasta e l a ñ o 1549; p e r o n a d a
(1) Epistolar, P. Lainez. F l o r e n c i a , 2 d e J u l i o d e 1 5 4 7 .
(2) A r c b . s e c . d e l V a t . Conc. di Trento, t. x v n , f. 2 0 5 .
(3) Ibid., f. 2 0 8 .
(4) Ibid., ff. 2 9 3 - 2 9 7 .
544 LIB. I I . — S A N IONACIO DB LOÍOLA

hizo d e particular, si n o fué conservar el n o m b r e de c o n c i l i o de

Trento (1).

( 1 ) P a l l a v i c i n o , Storia del concilio di Trento, 1. x, c. v y s i g u i e n t e s . L a r a z ó n d e

que subsistiera todavía en Bolonia aquella apariencia de concilio, era principal-
m e n t e l a o p o s i c i ó n firmísima q u e h a c í a P a u l o I I I á la d i s o l u c i ó n , p u e s d e n i n g ú n
m o d o p o d í a d e t e r m i n a r s e á d i s o l v e r u n c o n c i l i o c u y a r e u n i ó n le h a b í a c o s t a d o t a n
inauditos afanes. CAPÍTULO XVII
LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO
D U R A N T E LA SEGUNDA REUNIÓN

1551-1552

SUMARIO: 1. L l e g a n á T r e n t o L a í n e z y S a l m e r ó n el 2 7 d e J u l i o d e 1 5 5 1 . — 2 . D u o d é -
c i m a s e s i ó n d e l concilio el 1.° d e S e t i e m b r e . — 3 . P ó n e s e o r d e n e n t r e l o s t e ó l o -
g o s p a r a h a b l a r , s i e n d o los p r i m e r o s n u e s t r o s d o s P a d r e s . — 4 . D i s e r t a L a í n e z s o b r e
la E u c a r i s t í a el 8 d e S e t i e m b r e , y S a l m e r ó n s o b r e la c o m u n i ó n b a j o a m b a s e s p e c i e s .
5. D é c i m a t e r c i a s e s i ó n el 11 d e O c t u b r e . — 6 . C u a r t a n a d e l P . L a í n e z . — 7 . E l 2 0 d e
O c t u b r e h a b l a n L a í n e z y S a l m e r ó n s o b r e el s a c r a m e n t o d e la p e n i t e n c i a , y l u e g o
se r e t i r a u n o s d í a s d e T r e n t o L a í n e z p a r a c u r a r s e . — 8. ¿ R e d a c t a r o n n u e s t r o s P a r

d r e s el t e x t o d e la s e s i ó n c a t o r c e ? — 9 . P o r D i c i e m b r e e m p i e z a n los t e ó l o g o s ú d i s -
c u r r i r s o b r e e l sacrificio d e l a m i s a . — 1 0 . P a r a l í z a s e el c o n c i l i o á p r i n c i p i o s d e 1 5 5 2 ,
y s e d i s u e l v e el 2 8 d e A b r i l . — 1 1 . N u e s t r o s P a d r e s d a n n o t i c i a d e l a C o m p a ñ í a á
los o b i s p o s y teólogos.—-12. L a í n e z y M e l c h o r C a n o . — 1 3 . V o c a c i ó n d e l D r . O l a v e .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. A r c h i v o secreto del V a t i c a n o . Concilio di Trento —

2. Epistolae P. Lainez.—3. Epistolae P. Salmerón.—i. Epistolae P. Nadal.—5. Cartas de San
Ignacio.—6. P o l a n c o , Historia S. J.—7. Epistolae mixtae.—8. R i b a d e n e i r a , Vida del Padre
Lainez.—9. í d e m , Tratado de las persecuciones de la Compañía.—10. Persecutiones Fratrum.

1. C e r c a d e c u a t r o años t r a n s c u r r i e r o n d e s d e q u e n u e s t r o s P a d r e s
se a p a r t a r o n d e l c o n c i l i o , h a s t a q u e éste v o l v i ó á r e u n i r s e e n la p r i -
m a v e r a de 1551. M u e r t o P a u l o LTI el 10 de N o v i e m b r e de 1549, h a b í a l e
s u c e d i d o á p r i n c i p i o s d e 1550, c o n el n o m b r e d e J u l i o I I I , e l c a r d e -
nal D e l M o n t e , q u e h a b í a sido el p r i m e r l e g a d o p r e s i d e n t e del con-
cilio. Al p u n t o d i r i g i ó el n u e v o p a p a t o d o s sus c u i d a d o s á la c o n t i -
n u a c i ó n d e t a n i m p o r t a n t e a s a m b l e a . E n el c o n s i s t o r i o de 4 de Marzo
de 1551 n o m b r ó p r e s i d e n t e al c a r d e n a l Marcelo C r e s c e n c i o , d á n d o l e
p o r a s i s t e n t e s e n la p r e s i d e n c i a al a r z o b i s p o d e Manfredonia, Sebas-
tián P i g h i n i , y al o b i s p o de V e r o n a , L u i s L i p ó m a n o (1).
, L l e g a d o s á T r e n t o los t r e s , i n a u g u r a r o n las t a r e a s c o n c i l i a r e s el 30

( 1 ) P a l l a v i c i n o , Storia del Conc. di Trento. 1. x i . c. 1 3 .

546 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
de A b r i l de 1551. Al día s i g u i e n t e so c e l e b r ó la sesión u n d é c i m a , en
q u e se d e c l a r ó s o l e m n e m e n t e a b i e r t o el c o n c i l i o , y se señaló p a r a
c e l e b r a r la p r ó x i m a sesión el día 1.° d e S e t i e m b r e . P o c o se a d e l a n t ó
e n los p r i m e r o s m e s e s , y a p o r las dificultades e x t r í n s e c a s q u e siem-
p r e e n t o r p e c i e r o n más ó m e n o s la m a r c h a del c o n c i l l o , y a p o r la es-
casez de P a d r e s y de t e ó l o g o s . Unos y o t r o s i b a n l l e g a n d o p o c o á
p o c o , y el 27 de J u l i o se p r e s e n t a r o n Laínez y S a l m e r ó n , m a n d a d o s ,
c o m o la o t r a vez, p o r t e ó l o g o s de Su Santidad. V i s i t a r o n á los legados
p r e s i d e n t e s , y éstos los r e c i b i e r o n con m u e s t r a s de m u c h o a m o r . Lo
m i s m o h i c i e r o n o t r o s i l u s t r e s p r e l a d o s , á los cuales f u e r o n los P a -
d r e s á p r e s e n t a r sus r e s p e t o s . C u e n t a P o l a n c o q u e a l g u n o s , al v e r
en T r e n t o á n u e s t r o s P a d r e s , e x c l a m a b a n gozosos: «Ahora va de ve-
ras el concilio, u n a vez q u e h a n v e n i d o estos dos h o m b r e s » (1).
M o d e r ó Dios estos h o n o r e s con u n disgusto e c o n ó m i c o q u e h u m i -
lló y mortificó b a s t a n t e á los r e c i é n llegados. Dice B a r t o l i (2), q u e
el legado p r e s i d e n t e , el c a r d e n a l M a d r u c c i y los m á s i l u s t r e s p e r s o -
najes se d i s p u t a b a n c o r t é s m e n t e el h o n o r de h o s p e d a r á Laínez y
S a l m e r ó n . No s a b e m o s si h a b r í a , en r e a l i d a d , esa c o r t é s disputa,
córtese (jara, de quo habla el h i s t o r i a d o r italiano. Lo q u e sí nos consta
es q u e el s e c r e t a r i o M a s s a r e l l i , á c u y o c a r g o e s t á b a n l o s hospedajes,
m e t i ó á los dos P a d r e s en el a p o s e n t o de u n mozo de ínulas, d o n d e
ni s i q u i e r a había u n a luz para e s t u d i a r (M).
( 1 ) Historia S. t. u , p . 2 4 9 .
( 2 ) Storia delta Compaijnia di (iesii. I t a l i a , 1. i r , c. 5 .
( 3 ) G u s t a r á n n u e s t r o s l e c t o r e s <le c o n o c e r la a m e n a r e l a c i ó n (le e s t e i n c i d e n t e ,
h e c h a á S a n I g n a c i o p o r L a i n e z . H e l a a q u í : « P o r no e s c r i b i r sin h i j u e l a , a v i s a r e m o s
á V . K. d e lo q u e n o s h a a c a e c i d o s o b r e n u e s t r a l l e g a d a a c á y a p o s e n t o , n o p a r a d e -
cir f a l t a s d e n a d i e , si n o f u e s e n n u e s t r a s , s i n o p a r a i n f o r m a r l e d e la v e r d a d , p o r si
a l l á d e o t r a m a n e r a i n f o r m a s e n . L l e g a d o s a q u i , el l i m o . L e g a d o nos vio y r e c i b i ó ,
c i e r t o , á lo q u e p o d e m o s c o m p r e n d e r , d e m u y b u e n a g a n a , p o r q u e a u n a n t e s q u e vi-
n i é s e m o s lo h a b í a y a d i c h o á m u c h o s p r e l a d o s , h o l g á n d o s e d e n u e s t r a v e n i d a , los
c u a l e s t a m b i é n le i n f o r m a b a n , d i c i e n d o m u c h o b i e n d e n o s o t r o s , s e g ú n q u e d e él y
d e ellos sabemos. Asi q u e llegados nos d i j o , q u e por e n t o n c e s n o s recibiría e n t r a m -
b o s en su c a s a e n u n a c á m a r a , y q u o se b u s c a r í a l u e g o u n a p o s a d a , la c u a l q u e r í a
q u e f u e s e allí c e r c a , p o r p o d e r n o s m á s g o z a r , y q u e q u e r í a q u e c o m i é s e m o s con
su S r i a . E r n a . , con e s t o , q u e c u a n d o q u i s i é s e m o s c o m e r e n n u e s t r a c á m a r a , se nos
d i e s e . B e s á r n o s l e las m a n o s , y c o n t a n t o n o s p a r t i m o s d e él.
» D e s p u é s , s e g ú n p e n s a m o s , le d e b i ó h a b l a r el s e c r e t a r i o d e l c o n c i l i o , y d e c i r l e q u e
él n o s a c o m o d a r í a e n t r e t a n t o q u e se h a b í a l a o t r a p o s a d a . Y así n o s l l e v a á su casa
y nos d i c e q u e , p o r n o e s t a r e n la h o s t e r í a , p o r a q u e l l a s o l a n o c h e v i n i é s e m o s allí, y
d a n o s p o r a p o s e n t o á t o d o s t r e s u n a estufilla m u y p e q u e ñ i t a y a h u m a d a , c o n u n l e c h o
y u n a c a r r i v o l a , la c u a l s a c a d a , n o q u e d a b a n d o s p a s o s v a c í o s en la c á m a r a , s i n m e s a
n i n g u n a p a r a p o d e r e s t u d i a r ó e s c r i b i r u n a l e t r a , y c o n u n solo e s c a b e l l o , y c o n
CAP. XVII.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 547
Al c a b o de a l g u n o s d í a s , v i e n d o q u o pasaba el t i e m p o y n o les da-
b a n a l o j a m i e n t o d e c e n t e , e n t e n d i é r o n s e p o r su c u e n t a c o n el posa-
d e r o q u e los h a b í a t e n i d o la vez pasada, y a c o m o d á r o n s e e n los a p o -
sentos q u e h a b í a n o c u p a d o cinco años a n t e s . Allí e m p e z a r o n á t r a b a j a r
m u c h a s b o t a s s u y a s y de su m o z o , y u n a g r a n b a l i j a y u n a a r p a v i e j a y u n a e s p a d a
de s u m o z o , el c u a l p o s a b a e n d i c h a e s t u f a . Y y o d i j e al M . S a l m e r ó n : M i r a d q u e
e s t a cosa a n d a r á m á s l a r g a q u e p e n s á i s : q u e d é m o n o s e n l a h o s t e r í a , y y o m a ñ a n a ,
p o r v í a d e p a l a c i o , le d i r é q u e p o r n o a n d a r m u d a n d o p o s a d a s ; no h a b i e n d o d e
ser a q u e l l a m á s d e p o r u ñ a n o c h e , c o m o él d e c í a , n o s h a b í a m o s q u e r i d o q u e d a r
e n la h o s t e r í a . P a r e c i ó l e á S a l m e r ó n q u e , p o r n o d a r m u e s t r a d e d e s c o n t e n t o de
la c á m a r a ó d e s p r e c i o , era m e j o r v e n i r s e á la e s t u f a con los c a l o r e s q u e h a c í a ; y
así, él a q u e l l a n o c h e d u r m i ó s o b r e u n a a r c a , y J u a n y y o e n los l e c h o s ; y d e ahí
a d e l a n t e él se f u é á c a s a del o b i s p o d e V e r o n a , q u e e s t a b a c e r c a , á d o r m i r , y y o ,
a u n q u e m e o f r e c í a n lo m i s m o , p o r no p a r e c e r q u e t o d o s d e j á b a m o s el d i c h o a p o -
s e n t o , d o r m í a con J u a n s i e m p r e e n la e s t u f a . D o n d e v i n o u n a v e z el s e c r e t a r i o d e l
L e g a d o , y d e m a n d ó n o s si f a l t a b a a l g o : y y o , c o n m i s ó l i t a l i b e r t a d , ó n e c e d a d , d i g o :
V o s lo v e i s , t o d o n o s f a l t a . Y d i c i e n d o é l : E s v e r d a d ; p e r o p o r a h o r a , ¿ q u é os f a l t a ?
D i g o : A lo m e n o s n o s f a l t a u n a c a n d e l a p a r a i r n o s á a c o s t a r . D i c i e n d o : ¿ Y q u é m á s ?
D i g o : U n c a n d e l e r o p a r a m e t e r l a d e n t r o . Y t o d o r i e n d o . E s t a f u é la c a n d e l a q u e
a q u e l l a n o c h e , p o r q u e el d e s p e n s e r o e r a i d o f u e r a , n o se p u d o h a b e r . T o d a v í a n o s
g a n a m o s e s t o , q u e n o s f u i m o s á d o r m i r con u n h a c h a .
« P a s a d o s no sé q u é d í a s , q u e s e r í a n o b r a d e o c h o , y h a b i e n d o y a c u a s i v i s i t a d o á
t o d o s , f u i m o s al c a r d e n a l á s u p l i c a r l e q u e n o s d i e s e e s t a n c i a , p o r q u e t o d o s n o s d e -
m a n d a b a n d ó n d e p o s á b a m o s , y m u c h o s q u e r í a n v e n i r á v e r n o s , etiam p r e l a d o s , y n o
parecía que estaba bien recibirlos donde estábamos. R e s p o n d i ó n o s , que no d u d á s e -
m o s , q u e nos d a r í a e s t a n c i a , p e r o q u e el p a t r ó n d e la c a s a q u e n o s q u e r í a d a r , e s t a b a
f u e r a , y q u e t o r n a n d o , s ú b i t o n o s t o m a r í a la p o s a d a . V i n o el p a t r ó n d e allí á t r e s ó
c u a t r o d í a s y of recio las e s t a n c i a s ; p e r o p o r q u e no t e n í a n p u e r t a s n i v e n t a n a s , s i e n d o
n u e v a s , d e m a n d a b a d i e z d u c a d o s a d e l a n t a d o s del a l q u i l e r p a r a a c a b a r las e s t a n c i a s .
Y v i n i e n d o á p e d i r l o s al s e c r e t a r i o del concilio, en p r e s e n c i a m í a , r e s p o n d i ó l e a g r i a -
m e n t e , d i c i é n d o l e q u e e r a u n t e r r i b l e h o m b r e , e t c . Y o , d e s p u é s de él i d o , d í g o l e al
s e c r e t a r i o : Sería b i e n q u e le d i é s e d e s e s o s d i n e r o s , p u e s al fin se q u i t a r á n d e l a l q u i -
ler y i m p o r t a p o c o . D i c e e n t o n c e s : Che credete che importeran.no quelle stanziedi
piggioni ogni mese?, e n c a r e c i e n d o la c o s t a q u e se h a c i a con n o s o t r o s e n t o m a r a q u e -
llas c á m a r a s . Y o e n t o n c e s , c o n u n p o c o d e c ó l e r a , le d i g o : P u e s c o n c a d a u n o q u e
v i e n e al concilio se e x p e n d e , y ¿os p a r e c e q u e se h a c e t a n t a c o s t a c o n n o s o t r o s ? ¿ V o s
no s a b é i s q u e n o c o m e m o s el p a n d e b a l d e , y q u e t r a b a j a m o s t a n t o c o m o los o t r o s ?
Y e s t o el p a p a lo s a b e , y p o r e s o n o s e n v í a , y v o s h a b é i s h e c h o u n a cosa q u e n i t i e n e
p i e s n i c a b e z a , r e c i b i e n d o d o s s a c e r d o t e s q u o e n v í a el p a p a e n el c u a r t o d e v u e s t r o
m o z o , y e n tal c á m a r a , q u e c i e r t o m e m a r a v i l l o d e v o s . Y p u e s n o g a s t á i s n a d a d e
lo v u e s t r o , d e b e r í a d e s g a s t a r c o n f o r m e al o r d e n q u e t e n é i s d e l p a p a , y n o t e n e r n o s
t a n t o t i e m p o d o n d e n o s t e n é i s , q u e S a l m e r ó n h u b o d e d o r m i r la p r i m e r a n o c h e s o b r e
u n arca, y no h a q u e r i d o d o r m i r m i s a c á , y y o h u b i e r a h e c h o lo m i s m o si n o f u e r a
por n o m o s t r a r v u e s t r a s f a l t a s ; y os p r o m e t o q u e lo d i g a al c a r d e n a l c ó m o e s t a m o s ,
y q u e lo e s c r i b a á R o m a .
s E s t a es l a s u m a , y a u n t o d o á la l a r g a , lo q u e c o n t e n í a m i c ó l e r a ; y el b u e n
h o m b r e f u e s e e s c a n d a l i z a d o , y , s e g ú n h e e n t e n d i d o , díjolo al c a r d e n a l ; y y o , s i n c ó -
 548 LIB. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
desde l u e g o c o n m u c h o b r í o . T a m b i é n ahora, c o m o entonces, s e apli-
c a r o n á las o b r a s d e h u m i l d a d y caridad. A c u d i e r o n á los hospitales
á v i s i t a r y c o n s o l a r á los e n f e r m o s , v o l v i e r o n al c u i d a d o d e sus q u e -
r i d o s p o b r e s , y el día d e la A s u n c i ó n d e N u e s t r a Señora d i s p u s i e r o n
l e r a n i n g u n a , a n t e s p o r a p l a c a r al m i s m o M. A n g e l o [ M a s s a r e l l i ] , s e c r e t a r i o del c o n -
cilio, y al c a r d e n a l , d e s p u é s d e c e n a , r i e n d o le c o n t é al c a r d e n a l , d e l a n t e d e M. A n -
g e l o , t o d o lo q u e h a b í a p a s a d o , n o c u l p a n d o á M. A n g e l o , sino a n t e s m i c ó l e r a y
l i b e r t a d , a u n q u e c i e r t o m e p a r e c e y p a r e c í a , q u e e r a j u s t a y p o r t a l s e l a d i j e al
c a r d e n a l . T o d a v í a su Sria. l i m a . , p r e v e n i d a p o r M. A n g e l o , d e c í a p r i m e r o , hacién-
d o n o s j u r a m e n t o s , q u e n o h a b í a q u e d a d o p o r q u e r e r él n o p r o v e e r n o s d e e s t a n c i a ,
s i n o p o r la s u e r t e d e la p a r t i d a d e a q u é l ; y e x c u s a b a á M. A n g e l o , d i c i e n d o á n o s -
o t r o s , q u e p u e s p r e d i c á b a m o s la p a c i e n c i a á o t r o s , q u e e r a b i e n q u e la t u v i é s e m o s .
Y o le d i j e c o n v e r d a d , q u e n o l o h a c í a p o r h u i r el p a d e c e r , p o r q u e el a ñ o p a s a d o t r e s
m e s e s h a b l a e s t a d o e n Á f r i c a d e b a j o d e u n a s á b a n a , s u f r i e n d o los c a l o r e s del día y
e l f r í o d e la n o c h e , y q u e en a q u e l l a e s t u f a m e r e í a y e s t a b a c o n t e n t o ; p e r o q u e le
d e c í a a q u e l l o , p o r q u e n o c o n v e n í a q u e e s t u v i é s e m o s [ a l l í ] , n i á la c o m o d i d a d del e s -
t u d i o p a r a el p r e d i c a r ó leer ó h a c e r a l g o , ni t a m p o c o á q u i e n n o s h a b í a m a n d a d o , n i á
su Sria. l i m a . , n i á los o t r o s d e l concilio q u e n o s q u e r í a n v i s i t a r . Y le d i j e , c o n v e r d a d
y e n c o n c i e n c i a , q u e con n i n g u n a p e r s o n a h a b í a m o s t r a d o d e s c o n t e n t a m i e n t o , s i n o
c o n el m i s m o l i m o , y c o n M . A n g e l o ; y q u e a u n e s t a c l a r i d a d h a b í a d e a c e p t a r en
s e r v i c i o ; y q u e si en a l g o h a b í a e r r a d o , m e d i e s e la p e n i t e n c i a , q u e m u y a l e g r e m e n t e
la h a r í a , c o n t a l q u e d e su p a r t e n o q u e d a s e n i n g u n a a m a r i t u d , no sólo c o n la C o m -
p a ñ í a , p e r o a u n con n o s o t r o s ; y q u e c o n el t i e m p o , si el concilio se h a c í a , v e r í a n u e s -
t r a fidelidad y d e s e o q u e t e n e m o s d e s e r v i r l e en t o d a c o s a b u e n a q u e p o d a m o s . D e
m a n e r a q u e q u e d a m o s claros y a m i g o s , y y o á lo m e n o s m e holgué, d e d e c i r l e t o d o lo
q u e t e n í a e n el b u c h e ; y al d í a s i g u i e n t e , v i e n d o q u e la c o s a d e a q u e l l a c a s a t a r d a b a ,
p o r q u e e l p a t r ó n e r a t o r n a d o f u e r a , y t a m b i é n v i e n d o q u e la m u y o r p a r t e d e a q u e l l a
c a s a era l l e n a d e c o r t e s a n o s del c a r d e n a l , y q u e n o t e n í a iglesia, y q u e se le h a c í a c a r o
á M . A n g e l o , el d í a s i g u i e n t e n o s f u i m o s á v i s i t a r n u e s t r o h u é s p e d p a s a d o , y i m p e -
t r a m o s d e él q u e n o s d i e s e las e s t a n c i a s p a s a d a s , d á n d o l e a l g o al m e s , y él lo hizo
d e m u y b u e n a g a n a , o f r e c i é n d o l a s a u n s i n n a d a ; p e r o n o s o t r o s , p o r q u e lo h a m e n e s -
t e r y n o s d a t r e s c a m a s , y l a v a n y g u i s a n , y d a n d e lo s u y o lo q u e q u e r e m o s , h a b e -
rnos h e c h o q u e se le d é t r e s e s c u d o s al m e s . Y así el l i m o . C a r d e n a l se h a c o n t e n t a d o ,
y c o n s u b u e n a l i c e n c i a y c o n p a c t o d e ir al m e n o s u n a v e z á la s e m a n a á c o m e r con
é l , n o s h a b e r n o s v e n i d o . Y su S r i a . l i m a , d e s u c a s a n o s d a a b u n d a n t e m e n t e el p a n
y el v i n o , y n o s h a c e d a r d i e z e s c u d o s al m e s , d e l p a p a , q u e le p e d i m o s , t r e s p a r a la
p o s a d a y s i e t e p a r a lo d e m á s , p o r q u e T r e n t o e s t á m á s c a r a q u e la o t r a v e z . A l l e n d e
d e e s t o n o s o f r e c e t o d o lo d e m á s p a r a v e s t i r , e t c . , p o r q u e n o q u i e r e el c a r d e n a l q u e
d e n i n g ú n o t r o t o m e m o s ; y así lo h a c í a m o s l a o t r a v e z c o n el c a r d e n a l d e S a n t a C r u z
y lo h a r e m o s a h o r a . A s í q u e a h o r a , d e s p u é s d e e s t a s r e v u e l t a s , e s t a m o s q u i e t o s
»Y esto basta y sobra por hijuela. l i é m o s l o querido escribir á V . li,, n o p a r a q u e
m u e s t r e q u e j a con n i n g u n o , p o r q u e c i e r t o y a n o s o t r o s n o l a t e n e m o s , s i n o p a r a q u o
si d e p o r a c á le h u b i e s e n e s c r i t o q u e j a s , lo c u a l n o c r e e m o s , s e p a la v e r d a d y s e
s i r v a d e e l l a ; y t a m b i é n p o r q u e c o n f o r m e á m i c o n d i c i ó n n o t u v i e r a p a z , si n o a v i -
s a r a d e eBta m i f a l t a , d e la c u a l t a m b i é n V . R. m e p o d r á e n v i a r la c o r r e c c i ó n , a u n -
q u e c i e r t o h e s e n t i d o p o c o e s c r ú p u l o c u a n t o á la cosa in se.n (Epistolae P. Lainez.—
T r e n t o . 11 d e A g o s t o d e 1 5 5 1 . )
CAP. XVII. — LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 549
una lucida c o m u n i ó n g e n e r a l , de la q u e p a r t i c i p a r o n casi t o d o s ellos.
A los m é r i t o s de la h u m i l d a d y celo quiso Dios q u e añadiese Laínez
los de la paciencia, p u e s en el m e s de Agosto le s o b r e v i n o mía cuar-
tana p e r t i n a z , q u e no dejó de m o l e s t a r l e g r a n p a r t e del t i e m p o q u e
d u r ó esta s e g u n d a c o n v o c a c i ó n del concilio (1).
2. El 1 " de S e t i e m b r e se c e l e b r ó sesión, c o m o estaba a n u n c i a d o ,
p e r o n o p a r a r e s o l v e r m a t e r i a a l g u n a , n i d o g m á t i c a n i disciplinar,
sino ú n i c a m e n t e p a r a d i f e r i r la r e s o l u c i ó n d e estas cosas. L l e g a d o s á
T r e n t o p o r a q u e l l o s días los e m b a j a d o r e s d e l e m p e r a d o r , los arzo-
bispos de T r é v e r i s y Maguncia y o t r o s m u c h o s p r e l a d o s , empezóse á
t r a b a j a r con b r í o en las m a t e r i a s c o n c i l i a r e s . E l p r i m e r p u n t o q u e
se s o m e t i ó á discusión fué el s a c r a m e n t o de la E u c a r i s t í a . P r e s e n t á -
ronse á la c o n s i d e r a c i ó n de los teólogos diez e r r o r e s p r o t e s t a n t e s (2).
P a r a e v i t a r las c u e s t i o n e s enojosas d e p r e f e r e n c i a y simplificar las
discusiones, se d e t e r m i n a r o n de a n t e m a n o t r e s cosas: la primera,'
q u e e n el o r d e n de h a b l a r empezasen los t e ó l o g o s del p a p a , siguie-
sen los del e m p e r a d o r , d e s p u é s los d o c t o r e s s e c u l a r e s , s e g ú n la an-
t i g ü e d a d d e su p r o m o c i ó n al d o c t o r a d o , y p o r fin, los r e g u l a r e s , se-
g ú n la a n t i g ü e d a d d e s u s r e s p e c t i v a s Ó r d e n e s (3). E n s e g u n d o lugar,
so e n c a r g ó á los t e ó l o g o s quo p r o b a s e n sus dichos con a u t o r i d a d e s
de la Sagrada E s c r i t u r a y Santos P a d r e s , m á s b i e n q u e con razones
filosóficas ó sutilezas escolásticas; y p o r fin, se les m a n d ó q u e fue-
sen b r e v e s en sus d i s c u r s o s y p r e s c i n d i e s e n de c u e s t i o n e s i n ú t i l e s .
3. S e g ú n esta p r e s c r i p c i ó n , levantóse p a r a h a b l a r el p r i m e r o de
todos el P . Laínez. Al l l e g a r a q u í d e b e m o s c o r r e g i r u n g r a v e y e r r o
histórico q u e c o r r e e n n u e s t r o s l i b r o s desde R i b a d e n e i r a (4) y Or-
landini (ó) hasta C r e t i n e a u - J o l i y B o e r o . Dicen estos a u t o r e s q u e
n u e s t r o t e ó l o g o e m p e z ó su discurso e x c u s á n d o s e d e ser el p r i m e r o
p o r h a b e r l o enviado el p a p a , y a s e g u r a n d o q u e n o citaría n i n g ú n
a u t o r cuyas obras n o h u b i e r a leído d e s d e la p r i m e r a p á g i n a hasta la
última, y q u e d e s p u é s de esta salvedad, citó hasta t r e i n t a y seis a u t o -
r e s d e los q u e m á s h a b í a n e s c r i t o . A h o r a b i e n : e n las actas d e l con-
cilio n o h a y n i tal acto de h u m i l d a d n i tal a l a r d e de e r u d i c i ó n . Lo
q u e hizo fué, s e g ú n las actas, p e d i r al E s p í r i t u Santo q u e le inspirase
para a c e r t a r e n lo q u e d i j e s e , ó i n v o c a r á María Santísima, cuya Na-
tividad se c e l e b r a b a a q u e l día, y sin más p r e á m b u l o s e n t r ó en l a d i s -
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. I I , p . 2 4 9 . — ( 2 ) V é a n s e estos e r r o r e s e n T h e i n e r ,
Acta gen. Conc. Trio ., t. i, p . 4 8 8 — ( 3 ) Ibid., p . 4 8 9 . — ( 4 ) Vida del P.
1
Lainez,
1. i, c. 7 — ( 5 ) Historia S. J., 1. x i l , n. 3 7 .
550 LIB. II.—SAN IGNACIO DB'LOYOLA
cusión (1). Ni en el r e s u m e n d e este d i s c u r s o , ni en n i n g ú n p a p e l del
concilio d e T r e n t o , h e m o s p o d i d o h a l l a r el m e n o r indicio d e s e m e -
j a n t e a l a r d e d e e r u d i c i ó n . T a m p o c o lo d e s c u b r i m o s en las cartas de
Laínez y S a l m e r ó n , n i en la crónica d e l P . P o l a n c o , n i , finalmente,
e n n i n g u n a fuente h i s t ó r i c a a n t e r i o r á R i b a d e n e i r a y O r l a n d i n i , los
c u a l e s , c o m o es s a b i d o , e s c r i b í a n , el p r i m e r o , u n o s t r e i n t a , y el se-
g u n d o , u n o s c i n c u e n t a años d e s p u é s (2).
4. Lo q u e i m p o r t a s a b e r es q u e él p r o b ó b i e n el p u n t o f u n d a m e n -
tal d e t o d a la cuestión s o b r e la E u c a r i s t í a , cual es la p r e s e n c i a r e a l
de J e s u c r i s t o en el S a c r a m e n t o (3). D e s p u é s de Laínez se l e v a n t ó el
P . S a l m e r ó n p a r a d i s e r t a r s o b r e u n p u n t o i n t e r e s a n t í s i m o , en p a r t i -
c u l a r p a r a A l e m a n i a . E l octavo d e los a r t í c u l o s h e r é t i c o s p r o p u e s t o s
á la c e n s u r a de los t e ó l o g o s , decía así: «Es d e d e r e c h o d i v i n o d a r la
c o m u n i ó n al p u e b l o y á los n i ñ o s bajo a m b a s e s p e c i e s , y p o r eso
p e c a n los q u e o b l i g a n al p u e b l o á c o m u l g a r bajo una sola espe-
cie» (4).
E m p i e z a S a l m e r ó n á c o m b a t i r este e r r o r p o r el a r g u m e n t o m á s
c o n c l u y e n t e , cual es la c r e e n c i a g e n e r a l d e la Iglesia. Es i m p o s i b l e
q u e y e r r e c o n t r a la fe t o d a la I g l e s i a , p o r q u e es c o l u m n a d e la v e r -
dad, c o m o dice San P a b l o . A h o r a b i e n : la Iglesia n o c r e e s e r d e d e -
r e c h o d i v i n o el c o m u l g a r al p u e b l o bajo a m b a s especies; l u e g o es
h e r e j í a lo q u e el a r t í c u l o afirma. A d u c e la a u t o r i d a d del concilio d e
Constanza, y l u e g o , p o n i é n d o s e á e x a m i n a r la t r a d i c i ó n eclesiástica,
(1) «cJacobus Lainez oravit primo Deum, ad eum inspiraudum, ut veritatem ei
suggerere velit, et auspicatus est a Natioitate B. Mariae Virginia.» ( A r c h . sec. del
V a t . Conc. di Trento, t. x i v , f. 208.) E n e s t e t o m o e s t á el r e s u m e n a u t ó g r a f o d e
M a s s a r e l l i . E n l a e d i c i ó n d e T h e i n e r (t. i, p . 490) f a l t a e s a f r a s e inicial d e L a í n e z ,
p o r q u e s e s u p r i m i ó e n o t r a s copias d e las a c t a s , v . g r . , en el t. c x v i n , f. 100, del
c u a l se s i r v i ó T h e i n e r p r o b a b l e m e n t e p a r a las a c t a s d e eBte a ñ o 1 5 5 1 .
( 2 ) E l P. O r l a n d i n i c o m p u s o su h i s t o r i a d e s d e el a ñ o 1598 h a s t a el 1 6 0 6 . VéaBe
l a d e d i c a t o r i a d e su l i b r o , e s c r i t a p o r el P. S a c c h i n i . E l P . R i b a d e n e i r a d e b i ó t e r m i -
n a r la V i d a d e l P . L a í n e z h a c i a 1 5 8 3 , c o m o se d e d u c e d e las c e n s u r a s q u e se c o n -
s e r v a n e n e l a r c h i v o d e E s t a d o d e R o m a (Censurae librorum, t. i, f. 1 ) .
( 3 ) Cf. I I . G r i s a r , Jacob. Lainez. Disputationes Tridenlinae, t. n , p . 195. A l e s -
t a m p a r e l r e s u m e n d e e s t e d i s c u r s o , s e g ú n el t e x t o d e T h e i n e r , n o t a el P . ( i r i s a r los
y e r r o s d e e r u d i c i ó n q u e a l l í se c o m e t e n , por culpa, d i c e , ú de Lainez ó de Massarelli
ó de Theiner. Y e r r o s científicos d e ese g é n e r o n o es p r o b a b l e q u e l o s c o m o t i s e n n i el
s e c r e t a r i o d e l c o n c i l i o n i el e d i t o r d e s u s a c t a s . C o n f e s e m o s f r a n c a m e n t e q u e e s o s
e r r o r e s s o n d e L a i n e z , p u e s a u n q u e n u e s t r o t e ó l o g o e r a m u y e r u d i t o , p e r o con la
e r u d i c i ó n d e l s i g l o x v i , q u e a d m i t í a d e b u e n a f e e s o s e r r o r e s , no d e s c u b i e r t o s a ú n
por la crítica.
( 4 ) Cf. T h e i n e r , Acta Conc. 'Trid., t. I, p . 4 8 9 .
C A Í ' . X V | 1 . — L A Í N E Z Y SALMERÓN E \ EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA K E U N I Ó N ) 551
d e m u e s t r a c ó m o aun en el t i e m p o de los Santos P a d r e s se r e c o n o c í a
y a d m i t í a la c o m u n i ó n bajo u n a sola especie. P r e s e n t a á c o n t i n u a -
ción a l g u n a s razones d e c o n g r u e n c i a , y t e r m i n a r e f u t a n d o los a r g u -
m e n t o s q u e t o m a n los h e r e j e s de a q u e l l a s p a l a b r a s de Cristo: Nisi
bíberítis sangnhtein, etc. A j u z g a r p o r el e x t r a c t o de Massarelli, se t r a s -
luce q u e el discurso de S a l m e r ó n d e b i ó ser m u y n o t a b l e , así p o r la
e r u d i c i ó n c o m o p o r el r a c i o c i n i o (1).
D i g n a es t a m b i é n de r e p a r o o t r a c i r c u n s t a n c i a q u e se o b s e r v a en
los d i s c u r s o s de a m b o s P a d r e s . D e s e a n d o a b r e v i a r las d i s c u s i o n e s do
los t e ó l o g o s , h a b í a n d i s p u e s t o los logarlos, q u e cada u n o h a b l a s e so-
lamente de d e t e r m i n a d a s m a t e r i a s ó a r t í c u l o s , p a r a e v i t a r así la p r o -
lijidad d e q u e t o d o s h a b l a s e n d e t o d o . P u e s e n la r e p a r t i c i ó n q u e
h i c i e r o n de las m a t e r i a s , se n o t a q u e á n u e s t r o s dos t e ó l o g o s les e n -
c o m e n d a r o n los dos a r t í c u l o s más i m p o r t a n t e s , á Laínez el de la p r e -
sencia r e a l de J e s u c r i s t o e n la E u c a r i s t í a , d o g m a f u n d a m e n t a l e n
esta m a t e r i a , y á S a l m e r ó n la c u e s t i ó n p r á c t i c a más f o r m i d a b l e en
a q u e l t i e m p o , cual era la c o m u n i ó n bajo a m b a s especies.
5. C o n t i n u a r o n d i s p u t a n d o los t e ó l o g o s acerca de los d e m á s ar-
t í c u l o s , y r e c o g i d a s sus c e n s u r a s y o b s e r v a c i o n e s , e m p o z a r o n á dis-
c u t i r los P a d r e s el 21 d e S e t i e m b r e (2). No ofreció i n c i d e n t e par-
t i c u l a r esta sesión, p u e s p a r e c e q u e el E s p í r i t u Santo q u i s o c o n s o l a r
á la I g l e s i a , c o n c e d i e n d o s u m a c o n c o r d i a á l o s P a d r e s al t r a t a r del
más delicado y c o n s o l a d o r de n u e s t r o s m i s t e r i o s . E n u n m e s se t e r -
m i n a r o n t o d o s los t r a b a j o s p r e p a r a t o r i o s , y el 11 d e O c t u b r e de 1551,
con s u m a d e v o c i ó n y a d m i r a b l e u n i ó n de v o l u n t a d e s se p r o c l a m a -
r o n la d o c t r i n a y los c á n o n e s s o b r e el S a n t í s i m o S a c r a m e n t o del
altar.
6. E n t r e t a n t o la c u a r t a n a m o l e s t a b a p e n o s a m e n t e al P . Laínez (3).
( 1 ) A r c h i v o s e c . del V a t . Conc. di Trento, t. x i v , f. 2 0 8 . T h e i n e r , Acta gen. Conc.
Trid., t. i, p . 4 9 1 .
( 2 ) Ibid., t. o x v i n , f. 117. T h e i n e r , t. i, p . 5 0 2 .
( 3 ) E s t a c u a r t a n a ha d a d o o c a s i ó n á n u e s t r o s h i s t o r i a d o r e s p a r a c o m e t e r u n y e r r o
d i g n o d e n o t a r s e . A f i r m a O r l a n d i n i (Historia S. J., 1. XI, n . 3 8 ) q u e los t r e s p r e s i -
d e n t e s d i s p u s i e r o n d e c o m ú n a c u e r d o , q u e n o se c e l e b r a s e c o n g r e g a c i ó n los d í a s e n
q u e L a í n e z f u e s e a c o m e t i d o p o r la fiebre. E s t o dice q u e lo h i c i e r o n por n o p r i v a r al
concilio del p a r e c e r d e a q u e l h o m b r e , q u e d e b i e n d o h a b l a r el p r i m e r o , d e b í a s e r p a r a
los r e s t a n t e s c o m o el g u í a q u e les h a b í a d e c o n d u c i r en t o d a l a d i s c u s i ó n . Nec enim
aposlolicis legatis est risum, frequentissimum illud Concilium, et orhis terrae thea-
trum ejns sententiac luce privare, quae cum ex ómnibus essetprinceps, dux etiam quae-
dam ad disceptandum ómnibus essr.possel.Tt D e s d e O r l a n d i n i h a s t a B o e r o v i e n e r e p i -
t i é n d o s e t r a n q u i l a m e n t e , q u e en el c o n c i l i o d e T r e n t o no se t e n í a n c o n g r e g a c i o n e s .
 552 I.ILi. I I . — S A N IGNACIO HE LOÍOLA
H a b í a p r o p u e s t o al c a r d e n a l p r e s i d e n t e r e t i r a r s e á V e r o n a p o r a l g ú n
t i e m p o , p e r o esto n o se le c o n c e d i ó m i e n t r a s d u r a s e n los trabajos
s o b r e la E u c a r i s t í a . Q u e r í a n t e n e r l e allí b a s t a t e r m i n a r u n a cuestión
tan i m p o r t a n t e , p u e s e r a s i n g u l a r el a p r e c i o q u e se t e n í a d e él y de
su c o m p a ñ e r o , c o m o lo p r u e b a la e x p r e s i ó n d e l o b i s p o d e Módena,
c o p i a d a p o r P o l a n c o : «Los P P . Laínez y S a l m e r ó n h a n d i s e r t a d o con
g r a n d í s i m o aplauso a c e r c a d e l santísimo S a c r a m e n t o d e la E u c a r i s -
tía c o n t r a los l u t e r a n o s , y e n v e r d a d q u e m e r e p u t o i'eliz p o r h a b e r
n a c i d o en t i e m p o d e ' u n o s h o m b r e s tan d o c t o s c o m o santos» (1).
loa d í a s e n q u e L a m e z p a d e c í a l a c u a r t a n a . A h o r a b i e n : l é a n s e l a s a c t a s y d i a r i o s
del concilio en c u a l q u i e r a d e las c o p i a s q u e e x i s t e n en el A r c h i v o del V a t i c a n o , y sin
ir a l l á , léase á T h e i n e r en las a c t a s c o r r e s p o n d i e n t a s al a ñ o 1 5 5 1 , y se v e r á q u e así
las j u n t a s de t e ó l o g o s c o m o las c o n g r e g a c i o n e s d e los P a d r e s se c e l e b r a b a n t o d o s los
d í a s , sin d e s c a n s a r m á s q u e los d o m i n g o s . E s t a o b s e r v a c i ó n es m u y f á c i l d e h a c e r ,
p o r q u e e n las a c t a s se n o t a no sólo el d í a d e l m e s , sino t a m b i é n el d e la s e m a n a .
L a r a z ó n a d u c i d a p o r O r l a n d i n i p a r a a p o y a r el h e c h o es o t r o e r r o r h i s t ó r i c o n o t a -
ble. S u p o n e , e f e c t i v a m e n t e , q u e L a í n e z h a b l a b a t o d o s los d í a s al e m p e z a r la d i s c u -
sión. N o h a y t a l . N u e s t r o t e ó l o g o h a b l a b a e l p r i m e r o d e t o d o s , p e r o el primer día
solamente. E n los d í a s s i g u i e n t e s i b a n h a b l a n d o l o s r e s t a n t e s t e ó l o g o s , s e g ú n el
orden señalado de a n t e m a n o , hasta que t e r m i n a b a n . Pero nótese b i e n , en cada serie
d e j u n t a s t e o l ó g i c a s p a r a u n a sesión c a d a t e ó l o g o h a b l a b a p o r lo r e g u l a r una sola
cez. E n e s t a s e g u n d a r e u n i ó n del concilio bable') L a í n e z t r e s v e c e s , el 8 d e S e t i e m -
b r e , el 2 0 d e O c t u b r e y el 7 d e D i c i e m b r e d e 1 5 5 1 .
G u s t a r á n de s a b e r los l e c t o r e s c ó m o h a b l a d o e s t a c u a r t a n a el P . P o l a n c o . He.
a q u í s u s p a l a b r a s , t r a d u c i d a s b e l m e n t e d e l l a t í n : « A u n q u e el P . L a í n e z h a b í a p a d e -
cido la c u a r t a n a el día a n t e r i o r [al o c h o d e S e t i e m b r e ] , y el P. S a l m e r ó n h u b i e r a es-
t a d o o c u p a d o e n a s i s t i r l e y en o t r o s n e g o c i o s , s i n e m b a r g o , c o n la g r a c i a d e D i o s
d i j e r o n s u s p a r e c e r e s c o n g r a n s a t i s f a c c i ó n d e los o y e n t e s . » (Historia S. J., t. n ,
p . 2 5 0 . ) P o c a s l í n e a s m á s abajo a ñ a d e lo s i g u i e n t e : « H a b i e n d o p r o p u e s t o el P . L a í -
n e z r e t i r a r s e á V e r o n a ó á o t r o sitio, p a r a v e r si se l i b r a b a d e la c u a r t a n a , n o se le
p e r m i t i ó e s t o n i s i q u i e r a p o r q u i n c e d í a s , p o r q u e e n t o n c e s se t e n í a n las d i s p u t a s
a c e r c a d e l a E u c a r i s t í a , y n o le i m p e d í a l a c u a r t a n a el c u m p l i r c o n su oficio en las
c o s a s q u e p ú b l i c a ó p r i v a d a m e n t e se d e b í a n t r a t a r . » E n l a p á g i n a s i g u i e n t e e n c o n -
t r a m o s e s t a n o t i c i a : « E l 2 0 d e O c t u b r e , d í a en q u e el P . L a í n e z e s t a b a l i b r e d e la
c u a r t a n a , d i j e r o n los N u e s t r o s su p a r e c e r a c e r c a d e l s a c r a m e n t o d e la p e n i t e n c i a , y
con la g r a c i a d e Dios p a r e c i e r o n h a b e r h a b l a d o m e j o r q u e n u n c a . » A q u í t e n e m o s el
h e c h o r e d u c i d o á s u s j u s t o s y n a t u r a l e s l í m i t e s . L é a s e c o n a t e n c i ó n el r e l a t o d e P o -
l a n c o , y se o b s e r v a r á q u e , si b i e n c u i d a d e n o t a r t o d o lo q u e h u b o d e h o n r o s o p a r a
los d o s P a d r e s , n i u n a p a l a b r a dice s o b r e la s u s p e n s i ó n d e l c o n c i l i o c u los d í a s q u e
el P . L a í n e z p a d e c í a la c u a r t a n a . H a r t o significa e n f a v o r d e L a í n e z el v e r q u e los
p r e s i d e n t e s q u i s i e r o n t e n e r l e á su l a d o , á p e s a r d e la c u a r t a n a , t o d o el t i e m p o q u e
s e t r a t ó d e l a E u c a r i s t í a . D e j e m o s así el h e c h u , y n o lo h a g a m o s i n v e r o s í m i l c o n e x a -
geraciones tan enormes.
( 1 ) Paires Lainez el Salmerón máximo cum splendore de sanctissimo Eucharisliae
Sacramento contra lutheranos disseruerunt, et re vera me felicem duco, quod in haec
te.inpora tam doctorum quam sanctorum Patrum inciderim.y> (Historia S, J., t. n ,
CAP. SV'll.—Í.AÍNBZ V SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA RBÜNIÓX) 553
7. D e s p u é s d e la Eucaristía, pasó el concilio á e x a m i n a r los sacra-
m e n t o s de la p e n i t e n c i a y e x t r e m a u n c i ó n . P r o p u s i é r o n s e á los teó-
logos d o c e e r r o r e s p r o t e s t a n t e s a c e r c a d e l p r i m e r o , y c u a t r o s o b r e
el s e g u n d o . C o m o el n ú m e r o d e los t e ó l o g o s h a b í a c r e c i d o p o r h a b e r
llegado r e c i e n t e m e n t e a l g u n o s , d e t e r m i n ó s e q u e h u b i e r a j u n t a p o r
la mañana y p o r la t a r d e . E l 20 de O c t u b r e e m p e z ó la d i s c u s i ó n de
los t e ó l o g o s , y toda la j u n t a , q u e d u r ó c u a t r o h o r a s , la l l e n a r o n Laí-
nez y S a l m e r ó n (1). E l p r i m e r o e x a m i n ó la n a t u r a l e z a d e l s a c r a m e n t o
do la p e n i t e n c i a , p o n i e n d o e n c l a r o la d i f e r e n c i a q u e h a y e n t r e este
s a c r a m e n t o y el b a u t i s m o , y e s t a b l e c i e n d o los p u n t o s p r i n c i p a l e s d e l
dogma católico en esta m a t e r i a . S a l m e r ó n d i s e r t ó p r i n c i p a l m e n t e
acerca d e l e r r o r d é c i m o , q u e decía así: < T o d a la p e n a y la c u l p a la
p e r d o n a s i e m p r e Dios j u n t a m e n t e , y la satisfacción de los p e n i t e n t e s
no es o t r a cosa más q u e la fe, con la q u e c r e e n q u e Cristo satisfizo
por e l l o s ; y p o r eso las satisfacciones canónicas i n s t i t u i d a s p o r los
P a d r e s , y e m p e z a d a s e n e l concilio N i c e n o , n u n c a f u e r o n i m p u e s t a s
para la r e m i s i ó n de la pena, sino p a r a d a r b u e n e j e m p l o ó p a r a el
buen o r d e n y p a r a p r o b a r la v i r t u d de los fieles» (2). C o n t r a esta teo-
ría, e n la c u a l , c o m o v e el l e c t o r , se d a n la m a n o la justificación sin
las o b r a s , los e r r o r e s c o n t r a las i n d u l g e n c i a s , la r u i n a d e l sacra-
m e n t o de la p e n i t e n c i a y o t r o s g r a v e s efectos e n el o r d e n m o r a l , di-
rigió S a l m e r ó n toda la fuerza de su e r u d i c i ó n y ciencia t e o l ó g i c a , y
según dice P o l a n c o (3), n u e s t r o s dos P a d r e s satisficieron p l e n a m e n t e
á la e x p e c t a c i ó n d e l c o n c i l i o . D e s e a b a S a l m e r ó n d e c i r algo acerca
de la e x t r e m a u n c i ó n ; p e r o c o m o y a a n o c h e c í a , i n t e r r u m p i ó su dis-
curso, y los p r e s i d e n t e s l e v a n t a r o n la sesión (4).
T e r m i n a d o este t r a b a j o , o b t u v o Laínez d e l p r e s i d e n t e q u e le p e r -
p. 251.) E s t e o b i s p o d e M ó d e n a e r a E g i d i o l ' o s c a r a r i , d e l O r d e n d e P r e d i c a d o r e s , el
q u e p o c o B a ñ o s a n t e s , d e s e m p e ñ a n d o el i n s i g n e c a r g o d e m a e s t r o del Sacro P a l a c i o ,
dio s o b r e los E j e r c i c i o s d e San I g n a c i o la f a v o r a b l e c e n s u r a q u e s u e l e i m p r i m i r s e al
p r i n c i p i o de ellos.
( 1 ) A r c h . s e c . d e l Vat. Conc. di Trento, t. c x v n i , f. 1 9 7 . T h e i n e r , ibid., t. J, p . 5 5 3 .
( 2 ) nTotampoenam el culpam simal remitti semper d Deo, satisfuctionemquepoe-
nitentium non esse aliam, quamfidem, <¡ua apprehendunt, Christum pro eis satisfecis-
sc; ideoque satistactiones canónicas, quondam extmpli gratia, reí disciplinae,velpro-
bandifideles causa, fuisse a Patribus instituías, clin Concilio Nicaeno exortas; num-
quam autem ad remi;siow,iu poenae.y> T h e i n e r , t. I , p . 5 3 2 .
( 3 ) Historia S. J., t . n , p . 2 5 1 .
( 4 ) L a s a t i s f a c c i ó n c o n q u e f u é e s c u c h a d o el P . S a l m e r ó n s e t r a s l u c e e n las a c t a s ,
d o n d e el r e s u m e n del d i s c u r s o se t e r m i n a con e s t a s p a l a b r a s : ¡íEt ita omnes artículos
de satisfac/ione haeret/cos esse, diserte admodum et docte. comprobavit.» Arch. sec.
del V a t . Conc. di Trento, t . o x v m , f. 1 9 7 . T h e i n e r , Acta gen. Conc. Trid., t. I, p . 5 3 0 .
554 LIB. 11. SAN IGNACIO DE LOYOLA
m i t i e r a r e t i r a r s e u n o s días de T r e n t o , p a r a c u r a r s e de su c u a r t a n a ,
m i e n t r a s l o s o t r o s t e ó l o g o s fuesen d i c i e n d o sus d i c t á m e n e s . Advir-
tióle, con t o d o , el l e g a d o q u e e s t u v i e s e d e v u e l t a c u a n d o fuera m e n e s -
t e r r e d a c t a r los cánones. Con esta licencia p a r t i ó s e de T r e n t o Laínez
el 23 d e O c t u b r e , y d i r i g i ó s e á Riva, p u e b l o d e l c a r d e n a l de T r e n t o ,
sito á la o r i l l a d e u n lago, y do m u y b u e n o s a i r e s p a r a los e n f e r m o s .
Quiso el c a r d e n a l e n v i a r l o e n l i t e r a , p e r o n o a d m i t i ó el religioso
s e m e j a n t e c o m o d i d a d , y so fué m o n t a d o e n u n a o r d i n a r i a cabalga-
d u r a . Los días q u e d u r ó su a u s e n c i a , suplía su falta e n las consultas
p r i v a d a s el P . S a l m e r ó n , el cual asistía á todas las c o n g r e g a c i o n e s de
los t e ó l o g o s . C u a n d o éstas se t e r m i n a r o n y e m p e z ó la t a r e a de los
P a d r e s , v o l v i ó s e Laínez á T r e n t o , d e s p u é s d e t o m a r u n descanso de
u n o s d o c e días. Ya q u e le t u v o allí el p r i m e r l e g a d o , e m p e z ó á en-
c a r g a r l e á él y á su c o m p a ñ e r o t a n t o s t r a b a j o s , q u e apenas tenían
t i e m p o p a r a a t e n d e r á o t r a cosa (1).
Á t o d o esto, n u e s t r o santo P . I g n a c i o estaba algo p r e o c u p a d o con
las n o t i c i a s q u e le l l e g a b a n de la m a l a salud d e Laínez. P r i m e r a m e n t e
le e n v i ó u n H e r m a n o c o a d j u t o r q u e le s i r v i e r a d e a m a n u e n s e ; des-
p u é s , á p r o p u e s t a d e l m i s m o L a í n e z , se p e n s ó en s u s t i t u i r l e con el
P . J e r ó n i m o Nadal (2), p e r o se desistió d e este p e n s a m i e n t o , p r i n c i -
p a l m e n t e p o r lo quo e s c r i b i ó el P . S a l m e r ó n , q u i e n afirmaba que
dos ó t r e s sanos n o h a r í a n lo q u e Laínez e n f e r m o , p u e s a u n q u e no
p u d i e r a h a b l a r e n p ú b l i c o , sin e m b a r g o , con su p r u d e n c i a y consejo
s e r v i r í a m u c h í s i m o , así p a r a los n e g o c i o s d e l c o n c i l i o c o m o p a r a
el b u e n c r é d i t o d e la Compañía. P r o s i g u i ó , p u e s , en T r e n t o Laínez,
c a y e n d o y l e v a n t a n d o de su e n f e r m e d a d (3).
8. D i c e n a l g u n o s (4) q u e n u e s t r o t e ó l o g o e s c r i b i ó la d o c t r i n a y
c á n o n e s de la sesión c a t o r c e . E s t o c o n v i e n e e n t e n d e r l o . La comisión
n o m b r a d a p a r a r e d a c t a r este trabajo fué la m i s m a q u e había f o r m a d o
los cánones de la sesión troco. C o m p o n í a s e de los o b i s p o s de Magun-
cia, Zagravia, Sassari, B i t o n t o , Badajoz, G u a d i x , A s t o r g a y Módena (5).
E n las actas so añade q u e el legado p r e s i d e n t e p r e s e n t ó á esta comi-
sión u n trabajo p r e v i o , c o m p u e s t o , á p r o p u e s t a del m i s m o legado,
p o r u n o s h o m b r e s d o c t o s y píos, a c e r c a del s a c r a m e n t o d e la peni-
tencia, p a r a q u e d e este m o d o g a n a s e t i e m p o la c o m i s i ó n , a r r e g l a n d o
lo h e c h o , m á s b i e n q u e h a c i é n d o l o t o d o de n u e v o . L u e g o el secreta -
( 1 ) P o l a n c o , ¿ f i s i o n a S. ./., t. ll, p . 2 5 7 . — ( 2 ) Ibid., t. l l , p . 2 5 3 . - ( 3 ) Í d e m , ibid.
— ( 4 ) Vide Cartas de San Ignacio, t. i, p . 4 9 1 . — ( 5 ) A r c h . sec. del V a t . Conc. di
Trento, t. i, f. 2 6 1 . T h e i n e r , Acta gen. Conc. Trid., t. i, p . 5 8 1 .
CAP. xviJ.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 555
rio Massarelli l e y ó e n alta voz ese escrito, d e l cual e n t r e g ó u n e j e m -
plar á cada u n o d e los comisionados. Las actas copian este t r a b a j o ,
que p u e d e v e r s e e n T h e i n e r , 1.1, p . 582 y s i g u i e n t e s . ¿Quiénes f u e r o n
esos h o m b r e s d o c t o s y píos q u e c o m p u s i e r o n esa d o c t r i n a , d o n d e
está y a t o d a la o b r a h e c h a , p u e s la c o m i s i ó n n o hizo sino a b r e v i a r el
texto y e x t r a e r de allí los cánones? T o d o p e r s u a d e q u e d e b i e r o n s e r
Laínez y S a l m e r ó n , p u e s en esta c o n v o c a c i ó n c o m o e n la p r e c e d e n t e ,
los legados r e p r e s e n t a n t e s del p a p a se valían con p r e f e r e n c i a d e l o s
teólogos e n v i a d o s p o r el papa.
Desde el 16 hasta ol 20 de N o v i e m b r e trabajó la c o m i s i ó n en r e d a c -
tar los c á n o n e s y e n a c o m o d a r los capítulos de la d o c t r i n a p r e s e n -
tada p o r el l e g a d o . Nótese la p a l a b r a de q u e se s i r v e n las actas: el 19 d e
N o v i e m b r e , <Aptaverunt tria capita,» y el 20, «Reformantur tria capi-
ta» (1). P r e s e n t a d o el p r o y e c t o á la a p r o b a c i ó n d e l concilio el m i s m o
día 20, fué a c e p t a d o con m u y pocas o b s e r v a c i o n e s , t a n t o , q u e al día
siguiente se c o n v i n o del t o d o en la d o c t r i n a y c á n o n e s , y se señaló
el día 25 p a r a c e l e b r a r la sesión. E n este día, d e s p u é s de misa, se le-
y e r o n la d o c t r i n a y los c á n o n e s , y a s i m i s m o u n d e c r e t o s o b r e la r e -
forma, y t o d o ello fué a p r o b a d o u n á n i m e m e n t e p o r los P a d r e s (2).
Si, p u e s , Laínez y S a l m e r ó n s o n los h o m b r e s doctos y píos m e n c i o -
nados m á s a r r i b a , p o d e m o s a s e g u r a r q u e ellos f u e r o n el t o d o e n la
sesión c a t o r c e .
9. D e s p u é s d e descansar u n o s d í a s , el 3 d e D i c i e m b r e d e 1551 se
e n t r e g a r o n á los t e ó l o g o s los a r t í c u l o s h e r é t i c o s t o c a n t e s al sacrificio
de la misa y al s a c r a m e n t o del O r d e n . V o l v i ó s e á r e p e t i r la a d v e r -
tencia d e q u e los discursos fuesen b r e v e s (3), p e r o n o se d i e r o n p o r
e n t e n d i d o s los t e ó l o g o s , y d i s p u t a r o n l a r g o y t e n d i d o s o b r e las cues-
tiones p r o p u e s t a s .
E m p e z ó , s e g ú n c o s t u m b r e , el P . Laínez la m a ñ a n a d e l 7 d e D i c i e m -
b r e , y él solo h a b l ó las t r e s h o r a s q u e d u r ó la j u n t a . E l o b j e t o p r i -
mario d e su discurso fué el p u n t o p r i n c i p a l q u e debía definirse en
la sesión, esto e s , q u e la misa es v e r d a d e r a m e n t e sacrificio. E m p e -
zando p o r el famoso t e x t o d e Malaquías, r e c o r r e el o r a d o r los p r i n -
cipales pasajes d e la E s c r i t u r a q u e m á s ó m e n o s d i r e c t a m e n t e se
refieren al sacrificio d e la n u e v a l e y , y á cada t e x t o de los s a g r a d o s
( 1 ) T h e i n e r , t. i, p . 5 9 3 .
( 2 ) Ibid., p. 601.
( 3 ) (íDicant ea brevitate, quae decet virospios, et non contentiosos et verbosos: prop-
terea abstineant omnino a superfluis et inutilibits.» T h e i n e r , t. i, p . 6 0 3 .
 556 I-IB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA CAP. XVII.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 557

l i b r o s a ñ a d e i n t e r p r e t a c i o n e s d e santos P a d r e s . H a c i a e l fin d e l dis- discutidos p o r los t e ó l o g o s , fué r e d a c t a d a , g r a c i a s al c u i d a d o y dili-

c u r s o refuta b r e v e m e n t e los o t r o s e r r o r e s d e los h e r e j e s s o b r e la gencia d e los s e ñ o r e s l e g a d o y p r e s i d e n t e s , la d o c t r i n a s o b r e estas
a p l i c a c i ó n d e l santo sacrificio y s o b r e los r i t o s y c e r e m o n i a s q u e usa dos m a t e r i a s , la misa y el O r d e n . Y p a r a m a y o r b r e v e d a d , se d e t e r -
la Iglesia en la misa (1). m i n ó e n la c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l d e l 2 d e E n e r o de 1552 q u e esta
Lo q u e hizo Laínez p o r la m a ñ a n a acerca de la misa, lo r e p i t i ó Sal d o c t r i n a fuese e x a m i n a d a p o r los P a d r e s , j u n t o c o n los a r t í c u l o s h e -
m o r ó n p o r la t a r d e s o b r e el s a c r a m e n t o d e l O r d e n . T a m b i é n él llenó réticos E l j u e v e s 7 d e E n e r o r e ú n e s e c o n g r e g a c i ó n g e n e r a l , e n la
t o d o ol t i e m p o de la c o n g r e g a c i ó n , q u e f u e r o n o t r a s t r e s h o r a s . El cual los P a d r e s e m p e z a r o n á d e c i r su p a r e c e r s o b r o los a r t í c u l o s y
p r i n c i p a l i n t e n t o del d i s e r t a n t e f u é , c o m o se deja e n t e n d e r , p r o b a r sobre la d o c t r i n a T e r m i n a d o s los p a r e c e r e s , son d e p u t a d o s los
q u e las s a g r a d a s Ó r d e n e s son s a c r a m e n t o s ; p e r o ya en este discurso P a d r e s infrascritos p a r a reformar la d o c t r i n a » (1). Se v e , p u e s , bas-
v e r t i ó a l g u n a s ideas, q u e once años d e s p u é s , en la t e r c e r a r e u n i ó n tante c l a r o q u e t a m b i é n e n esta sesión se e n c o m e n d ó á a l g u n o s , q u e
del concilio, h a b í a n do o c a s i o n a r t a n fuertes d e b a t e s . «Los obispos, v e r o s í m i l m e n t e s e r í a n Laínez y S a l m e r ó n , el trabajo p r e p a r a t o r i o
dijo, t i e n e n dos p o t e s t a d e s : una de c o n s a g r a r , q u e so les c o n c e d e p o r sobro t o d o lo q u e se h a b í a d e definir.
el s a c r a m e n t o del O r d e n , y es i n d e l e b l e ; o t r a de p r e d i c a r y g o b e r - 10. R á p i d a m e n t e p r o c e d í a n los p r e p a r a t i v o s d e esta s e s i ó n , q u e
n a r , la cual se la da el p a p a » (2). De estos dos discursos d e n u e s t r o s h u b i e r a l l e g a d o p r o n t o á t é r m i n o feliz, sin u n m o l e s t o c o n t r a t i e m p o
P a d r e s , dice P o l a n c o : « P o r la g r a c i a de Dios a g r a d a r o n e x t r a o r d i n a - que s o b r e v i n o . H a b í a d a d o p o c o a n t e s el c o n c i l i o u n a m p l í s i m o sal-
r i a m e n t e al c o n c u r s o » (3). v o c o n d u c t o á los p r o t e s t a n t e s , i n v i t á n d o l e s á q u e a c u d i e s e n á T r e n t o
T a r d a r o n los t e ó l o g o s e n d e c i r s u s d i c t á m e n e s desde el 7 h a s t a el y e x p u s i e s e n allí sus d o c t r i n a s , y así, d i s c u t i e n d o s i n c e r a m e n t e las
29 de D i c i e m b r e . E l 2 de E n e r o de 1552 e m p e z a r o n á t r a b a j a r los dudas e n m a t e r i a d e r e l i g i ó n , c o n v i n i e s e n todos en la v e r d a d . I n ú t i l
P a d r e s . D e s e a n d o n o m b r a r , s e g ú n c o s t u m b r e , la c o m i s i ó n q u e había había sido este s a l v o c o n d u c t o , lo m i s m o q u e t o d a s las d i l i g e n c i a s
d e r e d a c t a r la d o c t r i n a y los c á n o n e s , r e h u s a b a n f o r m a r p a r t e d e ella practicadas on los años p r e c e d e n t e s p a r a t r a e r á los p r o t e s t a n t e s á
los m i e m b r o s de la c o m i s i ó n anterior.- P u e s t o el n e g o c i o en consulta, una leal c o n t r o v e r s i a . E n estos días, sin e m b a r g o , p r e s e n t á r o n s e en
r e m i t i é r o n s e t o d o s los P a d r e s á lo q u e d i s p u s i e r a el legado. Éste no T r e n t o e m b a j a d o r e s del d u q u e de V i t t e m b o r g y o t r o s del d u q u e de
d e s i g n ó p o r e n t o n c e s á n i n g u n o ; p e r o el día 14 de E n e r o , c u a n d o ya Sajonia, los cuales manifestaron, on n o m b r e d e sus s e ñ o r e s , t e n e r d e -
t e r m i n a b a n los P a d r e s de d e c i r su p a r e c e r , n o m b r ó la c o m i s i ó n si- seos de e n t e n d e r s e con los católicos en las m a t e r i a s c o n t r o v e r t i -
g u i e n t e : los a r z o b i s p o s do Colonia y C a g l i a r i , los obispos d e Viena, das (2).
Feltre, Castellaniare, N a u m b u r g o , Orense, Claudiópolis, Calahorra, F u e r o n a d m i t i d o s en el concilio el 24 de, E n e r o d e 1552, y véase lo
M o n ó p o l i , L e ó n , T ú y , A l g a r v e s , V e r d ú n y Segovia. Á éstos se aña- que d i j e r o n , s e g ú n lo e s c r i b i ó el día s i g u i e n t e á San I g n a c i o el
d i e r o n d e s p u é s o t r o s t r o s , q u o e r a n los de S a s s a r i , G r a n a d a y Bi- P . S a l m e r ó n : « A y e r , a n t e s de c o m e r , e n t r a r o n e n la c o n g r e g a c i ó n
t o n d o (4). de los o b i s p o s dos e m b a j a d o r e s del d u q u e d e V i t t e m b e r g , y des-
Estos a c o m o d a r o n la d o c t r i n a y los c á n o n e s . ¿ H a b r í a t a m b i é n a q u í pués do c o m e r , dos del d u q u e de Sajonia; y a u n q u e p o r d i v e r s a s
a l g ú n trabajo p r e p a r a t o r i o , h e c h o p o r v a r o n e s d o c t o s y p í o s , c o m o
en la sesión p a s a d a ? P a r e c e q u o sí, p u e s e n las actas l e e m o s lo si-
g u i e n t e : « M i e n t r a s los s o b r e d i c h o s a r t í c u l o s [los h e r é t i c o s ] e r a n ( 1 ) A r c h . s e c . del V a t . Conc.di Trento, t. c x v i n , f . 3 7 4 . nDum vero articuli supra-
scripli [haeretici] á theologis discutiebantur, concepta fuit cura et diligentia DD. le-
gan etpraesidentium doctrina super duabus ijisis materiis, de missa et ordine. Et ut
(1) T h e i n e r , t. i, p . 6 0 3 . brevitati conmleretur, decernitur in. congregatione generali habita 2 . Januarii a
1552,
( 2 ) T h e i n e r , t. i, p . 606. E n el t o m o s i g u i e n t e v e r e m o s l a s a r d i e n t e s p o l é m i c a s á ut simul cum Í2>sis articidis á Patribus examinaretur. Die jovis 7 . Januarii,a
habetur
q u e d i e r o n o r i g e n e s t a s i d e a s e n la t e r c e r a r e u n i ó n del c o n c i l i o , n o p o r q u e l a s d i j e r a congregatio generalis, in qua Patres coeperunt dicere sententias super articulis et doc-
Salmerón, sino por otros motivos, parte escolásticos parte políticos, q u e á su tiempo trina Quibus absolulis, deputantur infrascripti Patres ad doelrinam reforman-
explicaremos. dam..., e t c . N o se v e e s t e p á r r a f o en T h e i n e r , a u n q u e h a y a l g o e q u i v a l e n t e al r e f e -
( 3 ) «.Mirum in ¡uodum auditoribus satisfecere.» Historia S. ./., t. n , p . 2 5 3 . rir la c o n g r e g a c i ó n d e 2 d e E n e r o d e 1552.
( 4 ) A r c h . seo. del V a t . Conc. di Trento, t. c x v i n , £. 3 7 4 . T h e i n e r , t. i, p . 6 4 5 . ( 2 ) A r c h . s e c . del V a t . Conc. di Trento, t. CXVIII, f. 382 y siguientet:.
 558 LIB. II. — SAN IGNACIO DB LOYOLA
vías, h a n c a n t a d o u n a m i s m a c o n c l u s i ó n , d i c i e n d o q u e su p r í n c i p e ,
r o g a d o del e m p e r a d o r , los e n v i a b a á T r e n t o , d o n d e se decía q u e ha-
bía u n c o n v e n t o d e p e r s o n a s q u e t r a t a b a n de las cosas d e la f e , lla-
m a d o c o n c i l i o u n i v e r s a l , y q u e ellos d e c í a n q u o sus p r í n c i p e s habían
p r o m e t i d o al e m p e r a d o r d e m a n d a r sus l e t r a d o s , y e s t a r e n lo que
se definiese e n T r e n t o , c u a n d o se c e l e b r a s e en é l concilio l i b r e , uni-
v e r s a l y c r i s t i a n o , y q u e éste n o es l i b r e , p o r q u e los o b i s p o s q u e es-
tán e n él t i e n e n h e c h o j u r a m e n t o d e fidelidad al p a p a . T a m p o c o q u e
n o es u n i v e r s a l , p o r q u e n o h a y t o d a s n a c i o n e s e n él. A s i m i s m o , que
n o es c r i s t i a n o , p o r q u e h a n definido m u c h a s cosas c o n t r a la E s c r i t u -
ra, m á x i m e e n el a r t í c u l o dejustificatione, y p o r esto p i d e n , q u e se de-
p u t o n o t r o s j u e c e s fuera de los o b i s p o s y el p a p a , p o r q u e éstos son
p a r t e , y q u e e l p a p a , c o m o se definió en el concilio b a s i l e e n s e , está
sujeto al c o n c i l i o e n lo q u e se d e t e r m i n a r e d e fe, y e n caso d e cisma
y en la r e f o r m a c i ó n do su p e r s o n a , y q u e primttm et ante omnia se
d e t e r m i n e quod concilium est supra papam. P r e s e n t a r o n t a m b i é n los
d e V i t t e m b e r g u n l i b r o e s c r i t o á m a n o , q u e c o n t e n í a la fe d e los su-
y o s , y q u e c u a n d o a l g ú n e s c r ú p u l o naciese acerca la inteligencia
de é l , q u e su p r í n c i p e e n v i a r á a q u í sus d o c t o r e s y l e t r a d o s q u o lo
d e c l a r e n , m a n t e n g a n y defiendan c o n t r a lo q u e o t r o s q u i s i e r e n de-
cir; y éstas y o t r a s cosas s e m e j a n t e s p r o p u s i e r o n a y e r los embajado-
r e s d e los p r í n c i p e s l u t e r a n o s » (1).
Difícil e r a a v e n i r s e con q u i e n m o s t r a b a tales disposiciones. ¿Cómo
había de e n t e n d e r s e el c o n c i l i o de T r e n t o c o n u n o s h o m b r e s que
e m p e z a b a n p o r r e c u s a r el c o n c i l i o , y q u e a r r o j a b a n á la cara de los
P a d r e s el h o r r i b l e i n s u l t o d e q u e el concilio n o e r a c r i s t i a n o ? Con
t o d o eso, p a r a q u i t a r t o d a e x c u s a á los d i s i d e n t e s , d i g n á r o n s e los Pa-
d r e s e x t e n d e r su b e n i g n i d a d y s u s p e n d e r la decisión d e las m a t e r i a s
q u e se e s t a b a n p r e p a r a n d o , hasta q u e se m o s t r a s e n e n T r e n t o los doc-
t o r e s h e r e j e s . Así, p u e s , e n la sesión d e l 25 do E n e r o d e 1552 (déci-
m a q u i n t a do todo el concilio), e n vez de definir los d o g m a s s o b r e la
misa y el s a c r a m e n t o d e l O r d e n , se c e l e b r ó sesión en Maneo, s e g ú n la
frase d e l P . S a l m e r ó n , se dio u n d e c r e t o p r o r r o g a n d o la sesión hasta
( 1 ) Epistolae P. Salmerón. T r e n t o , 2 5 d e E n e r o d e 1552. P u e d e n vene e n Le
P l a t (Monvmeniorum ad Hist. Concilii Trid. illustrandam collectio, t. I V , p . 4 6 0 ) las
q u e j a s q u e d i e r o n e s t o s e m b a j a d o r e s , y lo q u e p r o p u s i e r o n en n o m b r e d e ¿u s o b e -
r a n o . Allí m i s i n o , p . 4 6 4 , e s t á el d i s c u r s o q u e p r o n u n c i a r o n l o s e m b a j a d o r e s d e l d u -
q u e d e S a j o u i a . El l i b r o escrito á mano d e q u e h a b l a el P . S a l m e r ó n h a s i d o Impreso
t a m b i é n p o r Le P l a t , ibid..,\i. 4 2 1 , con el t í t u l o d e Confessio Virlembergensis eoncilio
{
exhibita.
CAP. XVII .—LAÍNKZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 559
el 19 de Marzo, y se e x t e n d i ó u n a m p l í s i m o s a l v o c o n d u c t o á los p r o -
testantes, e x h o r t á n d o l e s á p r e s e n t a r s e e n T r e n t o . Los d o c t o r e s h e r e -
jes n o c o m p a r e c i e r o n , a u n q u e estaba t o d o el concilio m a n o s o b r e
m a n o e s p e r á n d o l o s . E l 16 de F e b r e r o se r e t i r ó el arzobispo de T r é -
voris, p r e t e x t a n d o q u e el clima d e T r e n t o le e r a n o c i v o y le p o n í a
en g r a v e r i e s g o la v i d a (1). E l 11 de Marzo se d e s p i d i e r o n los arzo-
bispos de Maguncia y d e C o l o n i a , q u i e n e s h u b i e r o n de a c u d i r á sus
estados, i n v a d i d o s p o r M a u r i c i o , d u q u e de Sajonia.
Llegó el 19 de Marzo, y sólo h a b í a n c o m p a r e c i d o u n o s pocos l u t e -
ranos de V i t t e m b e r g . F u é , p u e s , n e c e s a r i o p r o r r o g a r la sesión hasta
el 1 de Mayo. E n este i n t e r m e d i o el d u q u e de Sajonia, f a v o r e c i d o
n
p o r E n r i q u e II, r e y de F r a n c i a , r o m p i ó g u e r r a c o n t r a el e m p e r a d o r
Carlos V, y toda A l e m a n i a v i n o á p o n e r s e e n estado de t r e m e n d a r e -
volución. E n c i r c u n s t a n c i a s tan c r í t i c a s , c r e y ó J u l i o I I I q u e e r a . i m -
posible la c o n t i n u a c i ó n del concilio, y e x p i d i ó u n b r e v e s u s p e n d i é n -
dolo. Resistían á esta r e s o l u c i ó n a l g u n o s p r e l a d o s e s p a ñ o l e s , e m p e -
ñados en l l e v a r hasta el cabo la o b r a c o m e n z a d a ; p e r o la m a y o r í a
do los P a d r e s optó p o r la s u s p e n s i ó n , la cual fué p r o c l a m a d a e n la
sesión del 28 do A b r i l de 1552, d é c i m a s e x t a de t o d o el concilio (2).
Salieron, pues, de T r e n t o los P a d r e s y t e ó l o g o s , d e s p u é s d e u n año
q u e e s t a b a n allí r e u n i d o s , h a b i e n d o pasado casi e n c o m p l e t a inacción
los ú l t i m o s t r e s meses. P o c o a d e l a n t ó el concilio en esta s e g u n d a
r e u n i ó n . Tan sólo se c e l e b r a r o n seis s e s i o n e s , y de ellas c u a t r o fue-
ron s o l a m e n t e p a r a e m p o z a r el trabajo ó p r o r r o g a r las d e c i s i o n e s ; de
s u e r t e q u e el ú n i c o fruto sólido q u e se r e c o g i ó f u e r o n las sesiones
t r e c e j c a t o r c e , en la p r i m e r a de las cuales se t r a t ó de la Eucaristía,
y en la otra se definió lo p e r t e n e c i e n t e á la p e n i t e n c i a y e x t r e -
maunción.
11. V o l v a m o s a h o r a los o j o s a los dos jesuítas e s p a ñ o l e s , y a n t e s d e
dejarlos p a r t i r de T r e n t o , r e f i r a m o s b r e v e m e n t e lo q u o esta vez h i -
c i e r o n e n el concilio en favor del i n s t i t u t o de la C o m p a ñ í a . C o m o en
algunas r e g i o n e s de Alemania, y más a ú n en F r a n c i a , se d a b a tan ex-
cesiva i m p o r t a n c i a á los c o n c i l i o s , q u e , c o m o es s a b i d o , hacían al
concilio s u p e r i o r al p a p a , j u z g ó San I g n a c i o q u e p a r a el r e c o n o c i -
m i e n t o oficial de la C o m p a ñ í a en a q u e l l o s países v e n d r í a b i e n a l g u n a
m a n e r a de a p r o b a c i ó n dada p o r el concilio de T r e n t o . M a n d ó , p u e s ,
á Lainez y S a l m e r ó n q u e t e n t a s e n el v a d o , c o n s u l t a n d o p r i m e r o el
( 1 T h e i n e r , t. i, p. 652.
( 2 ) P a l l a v i e i n o , Stm-ia del Conc. di Trento, 1 x u i , o. 3 y s i g u i e n t e s .
 560 LIIS. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
n e g o c i o con a l g u n o s obispos a m i g o s do la C o m p a ñ í a . Véase ¡< q u e
c o n t o s t a r o n a m b o s á esta i n d i c a c i ó n :
«La g r a c i a y paz d e C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r sea s i e m p r e con nos-
o t r o s . E n lo q u e V. R. e s c r i b e d e la a p r o b a c i ó n d e n u e s t r o i n s t i t u t o
p o r el c o n c i l i o , r e s p o n d e r e m o s p r i m e r o lo q u e n o s p a r e c i ó á nos-
o t r o s , y d e s p u é s lo q u e p a r e c i ó al R m o . O b i s p o d e C a l a h o r r a , con
qviien sólo lo h e m o s c o m u n i c a d o . A n o s o t r o s nos p a r e c e q u e n o q u e -
r r á el concilio p o n e r s e en esta a p r o b a c i ó n , así p o r q u e n i n g u n a r e l i -
g i ó n se lee q u e h a y a sido desta m a n e r a a p r o b a d a , sino s o l a m e n t e
p o r el papa, c o m o p o r q u e t i e n e n m u c h a p r i e s a d e irse, y aun las co-
sas n e c e s a r i a s n o q u i e r e n t r a t a r . Y p a r a n o h a b e r s e d e a c e p t a r , siem-
p r e so p e r d e r í a e n p r o p o n e r l a , a u n q u e si se aceptase á t r a t a r s e , n o
d u d a m o s q u e los m á s v o t o s fueran en favor, y pocos en c o n t r a r i o ,
a u n q u e s i e m p r e h a b r í a a l g u n o s . Y si e n alguna m a n e r a se h u b i e s e
d e t r a t a r , q u e el p a p a e s c r i b i e s e al c o n c i l i o , c o m e t i e n d o q u e d e p u -
tase a l g u n o s p a r a v e r n u e s t r o i n s t i t u t o , y p r o p o n i e n d o se confirmase
con el sigilo [ s e l l o ] del c o n c i l i o . Y p a r a esto fuera m u y á a p r o p ó s i t o
ya h e c h a s las c o n s t i t u c i o n e s y vueltas en l a t í n , p o r q u e del i n s t i t u t o
q u e está en la b u l a (1) q u i e n d u d a s e , n o p a r e c e q u e sería cristiano.
>Lo m i s m o p a r e c i ó al obispo do C a l a h o r r a , a ñ a d i e n d o q u e las con-
t r a d i c c i o n e s n o s a p r u e b a n h a r t o y n o s dan la v i d a , etc. E r a t a m b i é n
do p a r e c e r q u e lo c o m u n i c á s e m o s con o t r o s dos p e r l a d o s españoles,
q u e son ol de G r a n a d a y el d e León, y á n o s o t r o s n o s o c u r r i ó el co-
m u n i c a r l o con el P i g h i n o , p o r ser h o m b r e e n t e n d i d o en las cosas
d e l d e r e c h o y s e r n o s aficionado y d e b u e n a pasta. P e r o n o h e m o s
q u e r i d o h a s t a s a b e r r e s o l u t a m e n t e la c o n c l u s i ó n d e V. R. P o r q u e si
d e s p u é s d e h a b e r l o e n c o m e n d a d o á n u e s t r o S e ñ o r y d e l i b e r a d o con-
sigo nos dijere q u e e n t e n d a m o s e n esto, c e r r a r e m o s los ojos y m e t e -
r e m o s las m a n o s en la masa. Y h a b i é n d o s e de h a c e r , m e j o r es n o
c o n s u l t a r l o con n i n g u n o , q u o t e n e r d e s p u é s los c o n s u l t o r e s d e p a r e -
c e r c o n t r a r i o , p o r h a b e r dado consejo c o n t r a r i o . E s t o es lo q u e se
nos ofrece. V. R. con b r e v e d a d n o s r e s p o n d a , p o r q u e h a r e m o s c u a n t o
n o s m a n d a r e , p l a c i e n d o á n u e s t r o Señor. El cual á t o d o s c o n s e r v e y
a u m e n t e on su santa gracia.—De T r e n t o á 22 de D i c i e m b r e de
1551» (2).
O ) Se refieren L a í n e z y S a l m e r ó n al r e s u m e n d e n u e s t r o i n s t i t u t o , q u e se i n c l u y e
en l a s b u l a s d e P a u l o I I I y J u l i o I I I .
( 2 ) Epistolae P. Lainez. T r e n t o , 2 2 d e D i c i e m b r e d e 1 5 5 1 . F i r m a d a p o r L a í n e z y
Salmerón, y a u t ó g r a f a del s e g u n d o .
CAÍ'. XVII.—LAÍNÚZ Y SALMBB'-.N EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 561
E n vista d e estas razonas, r e n u n c i ó San I g n a c i o al i n t e n t o d e p e d i r
al concilio u n a a p r o b a c i ó n e x p r e s a de n u e s t r o i n s t i t u t o . Mas y a q u e
esto n o se p o d í a , p r o c u r a r o n Laínez y S a l m e r ó n , visitando á los p r i n -
cipales obispos y á los más i l u s t r e s t e ó l o g o s , d a r l e s á c o n o c e r e n co-
l o q u i o s p a r t i c u l a r e s la m a n e r a d e v i v i r d e la C o m p a ñ í a y los m i n i s t e -
rios en q u e se ocupaba. Útilísimas f u e r o n estas conferencias p r i v a d a s .
Ellas d i e r o n p o r f r u t o la a c e n d r a d a a m i s t a d d e l o b i s p o d e C l e r m o n t ,
G u i l l e r m o d e P r a t , que nos fundó t r e s c o l e g i o s e n F r a n c i a ; el afecto
y p r o t e c c i ó n q u e s i e m p r e n o s d i s p e n s ó el c é l e b r e a r z o b i s p o d e Gra-
nada, D. P e d r o G u e r r e r o . E n t o n c e s e m p e z ó la a m i s t a d d e D. G u t i e r r e
de Carvajal, q u e l u e g o había de f u n d a r el colegio d e P l a s e n c i a . F i -
n a l m e n t e , allí se i n i c i a r o n ó se a r r a i g a r o n m u c h a s r e l a c i o n e s v e n t a -
josas d e la Compañía c o n v a r i o s p r e l a d o s y t e ó l o g o s , q u e v o l v i e r o n
á sus t i e r r a s b i e n i m p r e s i o n a d o s s o b r e n u e s t r a s cosas, g r a c i a s á las
v i r t u d e s y p r u d e n t e s r a z o n e s de Laínez y S a l m e r ó n . R a z ó n t e n í a el
s e g u n d o c u a n d o e s c r i b i ó á San I g n a c i o q u e a q u e l l o e r a s e m b r a r p a r a
coger después.
12. Sólo u n h o m b r e h u b o á q u i e n n o l o g r a r o n d e s p o j a r d e l o s p r e -
juicios injustos c o n t r a la C o m p a ñ í a , y fué el tan c o n o c i d o t e ó l o g o
M e l c h o r C a n o . O i g a m o s la e n t r e v i s t a q u e t u v i e r o n c o n é l los N u e s -
tros, tal c o m o la c u e n t a R i b a d e n e i r a , q u i e n la o y ó d e los labios del
mismo Laínez:
« E n t r e los o t r o s t e ó l o g o s q u e el e m p e r a d o r Carlos V, c o m o r e y d e
España, e n v i ó al concilio de T r e n t o , fué u n o e l M. C a n o , en c o m p a -
ñía de D. P e d r o G u e r r e r o , a r z o b i s p o d e G r a n a d a , y del D r . Cuesta,
obispo d e L e ó n ; de F r . D o m i n g o do S o t o , de la O r d e n d e S a n t o D o -
m i n g o , y d e los P P . F r . A l o n s o de C a s t r o y F r . A n d r é s d e V e g a , r e -
ligiosos d e San F r a n c i s c o , t o d o s h o m b r e s g r a v e s y doctos y t e n i d o s
p o r la flor do España. C u a n d o l l e g a r o n á T r e n t o , h a l l a r o n e n el con-
cilio p o r t e ó l o g o s de Su Santidad, á los P P . M. D i e g o Laínez y
M. Alonso S a l m e r ó n , r e l i g i o s o s d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s ; y c o m o e n
la edad e r a n m o z o s , y en su v e s t i d o y t r a t o p o b r e s , y se e j e r c i t a b a n
en e n s e ñ a r la d o c t r i n a cristiana y e n o t r o s actos h u m i l d e s , c o n f o r m e
á la i n s t r u c c i ó n d e N. B. P . I g n a c i o , al M. Cano (que se m o s t r a b a m á s
celoso d e la h o n r a d e España) le h i z o m a l e s t ó m a g o el v e r allí a q u e -
llos P a d r e s españoles, t e m i e n d o q u e p o r ellos p e r d e r í a su n a c i ó n la
o p i n i ó n de l e t r a s q u e p o r él y sus c o m p a ñ e r o s , v a r o n e s de tan g r a n d e
a u t o r i d a d , en a q u e l t e a t r o del m u n d o p o d í a g a n a r . D e s p u é s , c o m o
vio q u e á los P a d r e s se les daba el p r i m e r l u g a r c o m o á t e ó l o g o s d e
Su S a n t i d a d , y q u e los l e g a d o s del concilio se s e r v í a n d e ellos e n
36
562 Lllt. I I . — S A N IGNACIO DE LUYÓLA
todas las cosas de i m p o r t a n c i a , y q u e sus dichos y p a r e c e r e s e r a n tan
a c e p t a d o s y tan b i e n r e c i b i d o s de t o d o el c o n c i l i o , t u v o disgusto que
le fuesen p r e f e r i d o s , y q u e se hiciese más caso de ellos q u e de su p e r -
sona, s i e n d o tan, calificado y e m i n e n t e . J u n t ó s e con esto la ocasión
q u e a q u í d i r é . C o m o la Compañía e n t o n c e s e r a n u e v a y n o conocida,
y en T r e n t o estaban los p r e l a d o s y l e t r a d o s m á s p r i n c i p a l e s d e la
cristiandad, parecía al P . Laínez q u e era b i e n i n f o r m a r l o s u n o á u n o
d e la i n s t i t u c i ó n de la Compañía, de su fin y de los m e d i o s q u e toma
p a r a alcanzarle, y así lo hizo, y esta i n f o r m a c i ó n q u e les dio fué p r o -
v e c h o s í s i m a p a r a la Compañía.
« F u é , p u e s , u n día con el P . S a l m e r ó n á visitar al M. Cano, n o sa-
b i e n d o la acedía y s e n t i m i e n t o q u e tenía e n su p e c h o p o r a q u e l
afecto h u m a n o ó e n v i d u e l a ( p o r l l a m a r l a así) q u e h e dicho; dióle
razón d e n u e s t r o i n s t i t u t o con v e r d a d , llaneza y m o d e s t i a , c o m o ha-
cía á los d e m á s ; y el M. Cano m o s t r ó l u e g o su c o n d i c i ó n é ingenio,
p o n i e n d o g r a n d e s dificultades en a q u e l i n s t i t u t o , y d e s h a c i e n d o con
a r g u m e n t o s lo q u e el P . Laínez le decía. D u r ó la disjjuta dos horas,
e n la cual m e dijo el m i s m o P a d r e , q u e le t u v i e r a lástima si los
o y e r a , y v i e r a lo m u c h o q u e al M. Cano había sufrido. F i n a l m e n t e ,
c o m o el P . Laínez le v i o tan o r g u l l o s o y e n g r e í d o , le d i j o : «Ahora,
« P a d r e , d í g a m e p o r c a r i d a d una cosa, ¿ e s V. P . en la Iglesia de Dios
; más q u e u n p o b r e fraile de Santo Domingo?» Y c o m o Cano r e s p o n -
diese q u e n o : « P u e s ¿ p o r q u é , d i j o , toma el oficio de los o b i s p o s y
«del S u m o P a s t o r , q u e es el v i c a r i o do C r i s t o , y los condena, r e p r o -
c h a n d o lo q u e ellos h a n a p r o b a d o y a p r u e b a n ? » A q u í dijo el M. Cano
con u n a falsa s o n r i s a : «¡Ay, señor! ¿No q u i e r e Vmd., m a e s t r o , q u e si
«los p a s t o r e s d u e r m e n los p e r r o s ladren?» «Que l a d r e n , sí, r e s p o n -
»dió el P a d r e , m a s q u e l a d r e n c o n t r a los lobos y n o c o n t r a los
»otros p e r r o s » (1).
Con estas p a l a b r a s p a r e c e q u e se t e r m i n ó el d i á l o g o , s e g ú n Riba-
d e n e i r a , y sin e m b a r g o , s a b e m o s quo n o c o n c l u y ó así. T o d o lo dicho
e n e l p á r r a f o a n t e r i o r es v e r d a d , p e r o t a m b i é n es v e r d a d o t r a cosa,
q u e y a la h e m o s visto en l e t r a s de m o l d e (2) y la v a m o s á d e c i r p a r a
d e j a r la v e r d a d e n su p u n t o y p a r a n o p r i v a r á n u e s t r o s l e c t o r e s de
u n h e r m o s o acto de h u m i l d a d p r a c t i c a d o p o r Laínez. E s , p u e s , de
s a b e r q u e al c a b o . d e estar d i s p u t a n d o a c a l o r a d a m e n t e m á s d e dos
( 1 ) De las persecuciones de la Compañía. Melchor Cano.
( 2 ) F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 3 4 7 . A r i g i t a y L a s a , El Doctor
D. Martin de Azpilcueta, y sus obras, p . 1 6 8 . . .
CAÍ'. XVII.—LAÍNEZ Y SALMtRÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 563
horas, p o r fin Laínez, mollino d e v e r e n su c o n t r a r i o t a n t a obstina-
c i ó n , ochó á M e l c h o r Cano a d o n d e s u e l e n e c h a r los españoles á
q u i e n les fastidia d e m a s i a d o , se l e v a n t ó de la silla y se fué; p e r o al
llegar á la p u e r t a de la c a l l e , s e r e n a d o u n p o c o el á n i m o , y r e p a -
rando en lo q u e había h e c h o , v o l v i ó c o r r i e n d o atrás, e n t r ó en el a p o -
s e n t o d e M e l c h o r Cano, p ú s o s e de r o d i l l a s , y le p i d i ó p e r d ó n d e la
fétida frase q u e se le había escapado e n u n í m p e t u de ira. F e r m í n
C a b a l l e r o , q u e leyó esa e x p r e s i ó n e n u n l i b e l o i n f a m a t o r i o d e l si-
glo x v n , la j u z g ó i m p r o p i a d e l c a r á c t e r de Laínez (1). Sin e m b a r g o ,
es a u t é n t i c a , y en el d i a r i o del P . Nadal, año 1556, está c o n t o d a s sus
letras (2).
Añade R i b a d e n e i r a , q u e p o r estas y otras p a l a b r a s q u e p a s a r o n en-
tre Laínez y Cano, q u e d ó éste m u y amostazado c o n t r a la Compañía.
¿Cuáles s e r í a n esas o t r a s p a l a b r a s á q u e a l u d e el h i s t o r i a d o r ? Sospe-
c h a m o s si o c u r r i r í a e n t r e ellos a l g ú n conflicto d e o p i n i o n e s t e o l ó g i -
cas, p u e s , c o m o t o d o s s a b e n , era algo a t r e v i d o en el o p i n a r el t e ó -
logo d o m i n i c o . P o s i b l e es q u e Laínez en conferencias p a r t i c u l a r e s
refutase a l g u n a o p i n i ó n d e M e l c h o r Cano, de d o n d e éste t o m a r í a p r e -
texto p a r a i r r i t a r s e c o n t r a los N u e s t r o s .
13. P e r o si n o l o g r a r o n c o n v e n c e r á M e l c h o r C a n o , t u v i e r o n la
fortuna de t r a e r á la Compañía u n o d e los t e ó l o g o s q u e m á s se dis-
t i n g u í a n e n a q u e l s a g r a d o concilio (3). M a r t í n d e O l a v e , n a c i d o e n
V i t o r i a , e s t u d i a b a en Alcalá el año 1526, c u a n d o San I g n a c i o se d i r i -
gió á a q u e l l a u n i v e r s i d a d con á n i m o d e c u r s a r la filosofía. Al e n t r a r
el santo en la c i u d a d p o r la p u e r t a de Guadalajara, el j o v e n Olave
fué q u i e n le dio la p r i m e r a l i m o s n a (4). D e s p u é s de e s t u d i a r a l g u n o s
años en Alcalá, e n c a m i n ó s e Olave á P a r í s , d o n d e c u r s ó la teología y
se g r a d u ó de d o c t o r en ella con fama de aventajado i n g e n i o . Allí
t u v o amistad con el P . J u a n de P o l a n c o , p e r o . n o s a b e m o s q u e n i
en Alcalá n i e n P a r í s tratase c o n San I g n a c i o . C o n c l u i d o s los estu-
dios, siguió la c o r t e d e l e m p e r a d o r Carlos V e n E s p a ñ a y Alemania,
gozando fama n o m e n o s de p r o b i d a d y b u e n a s c o s t u m b r e s q u e d e
d o c t r i n a y ciencia sagrada.
( 1 ) F e r m í n C a b a l l e r o , Melchor Cano, p . 3 6 4 .
( 2 ) Epistolae P. Nadal, t. n , p . 4 5 .
( 3 ) T o d o lo q u e d e c i m o s a c e r c a d e l a v o c a c i ó n d e l P . O l a v e lo t o m a m o s d e l
p a d r e R i b a d e n e i r a ( V i d a del P. Lainez, 1. i , c. v m ) , el c u a l f u é m u y a m i g o d e l
Navarro P . O l a v e e n R o m a , y le o y ó c o n t a r los p o r m e n o r e s d e su v o c a c i ó n .
( 4 ) R i b a d e n e i r a , Vida de San Ignacio, 1. i, c . x i v .
 564 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
A u n q u e le s o n r e í a b a s t a n t e la f o r t u n a y tenía b u e n a s ocasiones de
l u c i r su t a l e n t o , con t o d o eso n o descansaba en a q u e l g é n e r o de vida
el c o r a z ó n de Olave, y ansiaba e m p l e a r s e e n algo m á s sólido quo se-
g u i r la c o r t e de u n m o n a r c a . P o r eso, el año 1548, c u a n d o el e m p e r a -
d o r h u b o v e n c i d o á los h e r e j e s , el D r . O l a v e , asociándose al b u e n
P . F r . P e d r o d e S o t o , d e t e r m i n ó q u e d a r s e en D i l i n g a , y a c e p t a n d o
la d i r e c c i ó n d e u n c o l e g i o q u e allí d e s e a b a a b r i r el c a r d e n a l O t ó n
T r u c h s e s , t r a b a j a r c u a n t o p u d i e s e , y a en la enseñanza d e la j u v e n t u d ,
y a e n la r e d u c c i ó n d e los a l e m a n e s á la v e r d a d e r a fe. S a n t o s e r a n los
p r o p ó s i t o s d e Soto y O l a v e ; p e r o s u r g i e r o n tantas dificultades en la
e m p r e s a , q u e a m b o s f u n d a d o r e s h u b i e r o n d e r e n u n c i a r á ella y
c e r r a r el c o l e g i o . Ya q u e n o p o d í a a p r o v e c h a r c o m o q u i s i e r a á los
h e r e j e s , d e t e r m i n ó el Dr. O l a v e p a s a r á las I n d i a s y t r a b a j a r en la
c o n v e r s i ó n d e los g e n t i l e s . P a r a esto e n v i ó á Sevilla los l i b r o s q u e
h a b í a r e u n i d o e n s u s estudios, y é l se h u b i e r a p u e s t o p r o b a b l e m e n t e
l u e g o e n c a m i n o , si n o h u b i e r a o c u r r i d o e n t o n c e s la s e g u n d a r e u n i ó n
del c o n c i l i o d e T r e n t o . E l c a r d e n a l O t ó n T r u c h s e s , a r z o b i s p o d e
A u s b u r g o , q u e e s t i m a b a s o b r e m a n e r a al D r . O l a v e , q u i s o e n v i a r l e
c o m o p r o c u r a d o r s u y o al c o n c i l i o . A d m i t i ó el d o c t o r esta comisión
p o r el g u s t o d e c o n o c e r á t a n t o h o m b r o sabio y d e l u c i r su ciencia
e n t e a t r o tan i l u s t r e .
E n T r e n t o dio g a l l a r d a m u e s t r a d e s u d o c t r i n a , y «fué t e n i d o , dice
Ribadeneira, p o r varón m u y docto y m u y elocuente y gran disputa-
d o r » (1). T r a b ó g r a n d e a m i s t a d con los P P . Laínez y S a l m e r ó n , y
c o m o supiese d e ellos el g r a n fruto q u e n u e s t r o s P a d r e s hacían e n
las I n d i a s , él, n o a b a n d o n a n d o su p e n s a m i e n t o d e e v a n g e l i z a r á los in-
fieles, e s c r i b i ó u n a carta á su a n t i g u o a m i g o el P . P o l a n c o , p i d i é n -
d o l e q u e le d e c l a r a s e el m é t o d o y f o r m a q u o t e n í a n los N u e s t r o s p a r a
c o n v e r t i r á los g e n t i l e s (2). R e s p o n d i ó P o l a n c o , q u e la cosa e r a l a r g a
(1) No dejan de traslucirse estas cualidades en una carta suya q u e conservamos,
d i r i g i d a al P . P o l a n c o . (Cf. Epistolae mixtae, t. n , p . 587.) Á p r o p ó s i t o d e r e c o m e n -
d a r á u n p a r i e n t e B u y o q u e i b a á R o m a , refiere O l a v e á P o l a n c o las di p u t a s q u e h a
t e n i d o c o n el P . S a l m e r ó n s o b r e las o p i n i o n e s d e C a t a r i n o a c e r c a d e la p r e s c i e n c i a y
p r e d e s t i n a c i ó n , d e la g r a c i a y d e l libre a l b e d r í o . I n d i c a l a o p i n i ó n d e S a n A g u s t í n ,
n o m b r a á IOH s a n t o s q u e l e h a n s e g u i d o , r e c u e r d a a l g u n o s t e x t o s d e l a E s c r i t u r a ó
i n s i n ú a la oposición q u e h a y en e s t a s m a t e r i a s e n t r e D u r a n d o y S ^ n t o T o m á s Y ¿ q u é
falta hacia todo esto para recomendar á un p a r i e n t e ? Muy p o c a , en ver lad; pero á
n o s o t r o s n o s v i e n e bh-n p i r a c o n f i r m a r lo q u e d i c e R i b a d e n e i r a , q u e el P . O l a v e e r a
«muy docto y gran disputadorc.
( 2 ) N o se c o n s e r v a e s t a c a r t a , n i la r e s p u e s t a del P . P o l a n c o .
CAP. XVII.—LAÍNEZ Y SALMERÓN EN EL CONCILIO DE TRENTO (SEGUNDA REUNIÓN) 565
p a r a c a r t a , y q u e p u e s había de i r á E s p a ñ a , p o d í a p a s a r p o r R o m a ,
d o n d e de p a l a b r a se le d a r í a n todos los i n f o r m e s q u e desease. C u a n d o
Olave l e y ó esta c o n t e s t a c i ó n , i n d i g n ó s e f u e r t e m e n t e , c r e y e n d o q u e
P o l a n c o le q u e r í a p e s c a r p a r a la C o m p a ñ í a , y concibió t e r r i b l e a v e r -
sión á ella.
« P e r o Dios n u e s t r o S e ñ o r , dice R i b a d e n e i r a , c o m e n z ó á s e g u i r la
caza q u e había levantado.» Sintió el d o c t o r d u d a s y p e r p l e j i d a d e s
acerca d e su viajo á las I n d i a s , y e m p e z ó á d i s c u r r i r si n o sería m e -
j o r e n t r a r e n a l g u n a O r d e n religiosa, d o n d e su celo p o d r í a e m p l e a r s e
más p r o v e c h o s a m e n t e , d i r i g i d o p o r la santa o b e d i e n c i a . P a r a resol-
v e r este p u n t o , r e t i r ó s e e n la c u a r e s m a d e 1552 á u n m o n a s t e r i o edi-
ficado e n u n a isla d e l lago de G a r d a , sitio r e c o g i d o y apacible y m u y
apto p a r a la m e d i t a c i ó n . Allí suplicaba á Dios con m u c h a s o r a c i o n e s
y p e n i t e n c i a s , le manifestase su v o l u n t a d a c e r c a del g é n e r o de v i d a
que debía s e g u i r . P r o n t o sintió el d o c t o r q u e Dios le llamaba á la
vida r e l i g i o s a ; p e r o ¿ e n q u é r e l i g i ó n ? A q u í f u e r o n m a y o r e s las du-
das. P a r e c í a l e á Olave q u e se hallaba d i s p u e s t o á v i v i r e n c u a l q u i e r a
r e l i g i ó n , p e r o en la c u e n t a d e ellas n o e n t r a b a la Compañía. Ofre-
cíase á Dios p a r a a b r a z a r c u a l q u i e r i n s t i t u t o , p e r o s i e m p r e e x c e p -
tuaba el de la Compañía. Con esto n o h a l l a b a luz su e n t e n d i m i e n t o
ni descanso su corazón. P a s a b a u n día y o t r o día, pasó toda la cua-
r e s m a , y n o se d e s v a n e c í a n las p e r p l e j i d a d e s . L l e g ó el día de la Re-
s u r r e c c i ó n , y p o n i é n d o s e Olave á d e c i r m i s a , c u a n d o llegó á la co-
m u n i ó n , e m p e z ó á r o g a r a h i n c a d a m e n t e al S e ñ o r q u e tenía e n las
manos, se dignase m o s t r a r l e e n q u é r e l i g i ó n le debía s e r v i r . E n t o n -
ces, c o m o si le t r a s p a s a r a n el corazón con u n d a r d o , s i n t i ó d e n t r o de
sí, q u e Dios le q u e r í a p r e c i s a m e n t e en la r e l i g i ó n q u e él e x c e p t u a b a .
Tan clara se le manifestó la d i v i n a v o l u n t a d , q u e allí m i s m o hizo
voto do e n t r a r e n la C o m p a ñ í a .
T r e s días d e s p u é s , t o m a n d o la p l u m a , e s c r i b í a estas p a l a b r a s al
P. P o l a n c o : «Muy o t r o estoy, p o r la g r a c i a d e l Señor, del q u e estaba
c u a n d o r e s p o n d í á la d e Vm., e n la cual v e o m u y c l a r a m e n t e a h o r a ,
q u e m e aconsejaba lo q u e m e c u m p l e . Hanc mutationem sola dextera
Excelsi liavd dabie effecit. [ E s t a m u d a n z a s o l a m e n t e la h a h e c h o , sin
d u d a , la d i e s t r a d e l E x c e l s o . ] Á él sean dadas infinitas g r a c i a s p a r a
s i e m p r e . Yo iré sin falta, d á n d o m e - n u e s t r o S e ñ o r salud y a y u d á n -
d o m e , en b r e v e á v e r á W m m . y á c o n o c e r á Su P a t e r n i d a d d e l P a -
d r e I g n a c i o p o r d i r e c t o r y P a d r e e n el Señor, p a r a q u e c o n la l u m -
b r e q u e d e su d i v i n o e s p í r i t u r e c i b e , m e enseñe y o r d e n e , c o m o á
hijo y discípulo m u y o b e d i e n t e , c ó m o t e n g o de s e r v i r á n u e s t r o S e -
566 LIB. I I . — SAN
1
IGNACIO DB LOYOLA

ñ o r » (1). E l m i s m o a ñ o 1552 c u m p l i ó su p r o p ó s i t o el d o c t o r Olave, y

a u n q u e n o v i v i ó s i n o c u a t r o años e n la C o m p a ñ í a , p u e s m u r i ó p o c o s
días d e s p u é s d e San I g n a c i o , p e r o e n ese b r e v e t i e m p o p r e s t ó nota-
b l e s s e r v i c i o s á n u e s t r a O r d e n , c o m o r e c t o r y p r i m e r m a e s t r o d e teo-
logía e n el c o l e g i o r o m a n o (2).

(1) Epistolae mixtae, t. l l , p . 706.

(2) P o l a n c o , Historia S. J., t. n i , p . 8.
CAPITULO XVIII
OTROS .JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA.—ROBADLLLA, DOMÉNECH
N A D A L , POLANCO, ETC.

SUMARIO: 1. T r a b a j o s d e B o b a d i l l a en B i s i g n a n o . — 2 . P a r t e p a r a A l e m a n i a en 1542 —
3. S u s t r a b a j o s en N u r e m b e r g , e n V i e n a y en o t r a s c i u d a d e s d e A l e m a n i a ha¡-ta
1 5 4 8 . — 4 . E s c r i b e d o s M e m o r i a s c o n t r a el Iiiterim, y p o r esto e s e x p u l s a d o de
A l e m a n i a . — 5 . Nómbranle superintendente del colegio de Ñapóles, y en vista de
s u s d e s a c i e r t o s e n el g o b i e r n o , le a p l i c a n o t r a v e z á l a s m i s i o n e s . — 6 . E l P . D o -
m é n e c h e s t a b l e c e ' a C o m p a ñ í a en Sicilia. — 7. C o l e g i o s d e M e s i n a y d e P a l e r m o ,
s o s t e n i d o s p r i n c i p a l m e n t e p o r los P P . N a d a l y D o m é n e c h . — 8 . E m p i e z a á d i s t i n -
g u i r s e e n Sicilia el j o v e n P e d r o d e R i b a d e n e i r a . — 9. E l P . P o l a n c o , t e r m i n a d o s
s u s e s t u d i o s , p r e d i c a en P r a t o y F l o r e n c i a . — 1 0 . C o r r í g e l e San I g n a c i o d e a l g u n a s
i n d i s c r e c i o n e s , y le t o m a p o r su s e c r e t a r i o . — 1 1 . E m p i e z a n á d i s t i n g u i r s e a l g u n o s
P a d r e s e s p a ñ o l e s en el c o l e g i o r o m a n o .

FUENTES CONTEMPORÁNEAS : 1. Epistolae PP. Bobadillae et Boderici.—2. Cartas de San Ju-

nado.—3. Regestum litter. S. Ignatii.—4. Biblioteca V a t i c a n a (Vat.-Lat, n. 6.222).—5. Epis-
tolae mixtae.—6. Litterae c[uadrimestres.—7. Epistolae P. Nadal.—8. P o l a n c o , Historia S. J.

1. D e s p u é s d e Laínez y S a l m e r ó n m e r e c e a l g ú n r e c u e r d o el i m p e r -
t é r r i t o P . Nicolás d e Bobadilla. A u n q u e su falta de c r i t e r i o y su ca-
r á c t e r b r u s c o , s a c u d i d o y algo jactancioso o c a s i o n a b a n de vez e n
c u a n d o g r a v e s d i s g u s t o s , sin e m b a r g o , tenía do b u e n o q u e se e n t r e -
g a b a d e v e r a s á los t r a b a j o s a p o s t ó l i c o s , y a f r o n t a b a s i n m i e d o los
p e l i g r o s (1). T e r m i n a d a s las d e l i b e r a c i o n e s s o b r e la f u n d a c i ó n d e la
C o m p a ñ í a , q u e , c o m o v i m o s , se t u v i e r o n e n la p r i m a v e r a d e 1539,
e n v i ó l e San I g n a c i o á la isla de I s c h i a , p a r a c o m p o n e r las paces
e n t r e v a r i a s facciones q u e t r a í a n a l b o r o t a d a la t i e r r a . E l suceso fué
felicísimo, y B o b a d i l l a c o n s i g u i ó , n o sólo el sosiego d e la isla, s i n o
la c o n v e r s i ó n y r e f o r m a c i ó n de c o s t u m b r e s e n m u c h o s d e sus h a b i -

( 1 ) E n el t o m o s i g u i e n t e h a b l a r e m o s d e s p a c i o d e l a s f a l t a s d e l P . B o b a d i l l a , al
r e f e r i r el h e c h o e n q u e m á s se m a n i f e s t a r o n , que fué la p r i m e r a Congregación
general.
 tas LIB. I J . — SAN IGNACIO CE LOYOLA
t a n t e s (1). Al año s i g u i e n t e le h a l l a m o s en B i s i g n a m o . E l obispo de
esta ciudad, quo debía a u s e n t a r s e p a r a h a c e r oficio de n u n c i o apos-
t ó l i c o , r o g ó al S u m o Pontífice q u e dejase al P . Bobadilla, p a r a q u e
fuese c o m o v i c a r i o s u y o en la diócesis m i e n t r a s d u r a b a la ausencia.
Hízose así, y d u r a n t e el año 1540 y p r i n c i p i o s del 4 1 , n u e s t r o valiente
m i s i o n e r o p r e d i c ó e n la c i u d a d y e n s u c o m a r c a , r e c o g i e n d o copio-
sísimo f r u t o . E l 25 de N o v i e m b r e de 1540 e s c r i b í a á San I g n a c i o :
«Yo, p o r la g r a c i a de D i o s , l e o y p r e d i c o t o d o s los d o m i n g o s y fies-
tas. H a n f r e c u e n t a d o la lección y p r é d i c a s los m á s p r i n c i p a l e s , hasta
el v i s o p r í n c i p e q u e g o b i e r n a la t i e r r a . La g e n t e está m u c h o edificada.
E n confesiones y c o m u n i c a r y h a c e r p a c e s de laicos y s a c e r d o t e s , si
n o m e falta, n o m e s o b r a t i e m p o . H e v i s i t a d o t o d a la diócesis, e x a m i -
n a n d o los s a c e r d o t e s y p r e d i c a n d o e n t r e s e m a n a . N u e s t r o S e ñ o r me
d é g r a c i a q u e se h a g a fruto á g l o r i a suya. A m é n . Válete» (2).
2. T e r m i n a d a s las t a r e a s de B i s i g n a n o , pasó á R o m a , y de allí á Vi-
t e r b o , d o n d e p r e d i c ó y confesó lo r e s t a n t e del año. Al p r i n c i p i o de
1542 salió a c o m p a ñ a n d o al o b i s p o de M ó d e n a , J u a n M o r o n e , d e s p u é s
c a r d e n a l , q u e iba do n u n c i o apostólico á la d i e t a de S p i r a . Difícil es
s e g u i r la m a r c h a i n c i e r t a y e r r a b u n d a del P . Bobadilla p o r las ciu-
d a d e s d e A l e m a n i a e n los seis años q u e trabajó e n a q u e l l a s r e g i o n e s ,
desde 1542 hasta 1548 (3). S e ñ a l a r e m o s los p u n t o s c u l m i n a n t e s do este
i t i n e r a r i o apostólico. A p e n a s e n t r a d o e n Alemania, d e t ú v o s e algo en
Inspruk para curarse de una enfermedad. Cuando h u b o recobrado
su salud, t r a t ó de a p r o v e c h a r e s p i r i t u a l m e n t c á la ciudad. Algo con-
siguió su c e l o , p o r o i g n o r a n d o la l e n g u a d e l p a í s , n o podía B o b a d i -
lla l o g r a r , n i c o n m u c h o , e l p r o v e c h o q u e h a b í a r e c o g i d o e n Italia.
«El fruto de a q u í , escribía á San I g n a c i o , es q u e n o faltan a l g u n a s
confesiones y c o m u n i o n e s d e italianos y e s p a ñ o l e s , mas á m í n o m e
( 1 ) V é a s e el c a t á l o g o rio las c i u d a d e s en q u e p r e d i c ó B o b a d i l l a , e s c r i t o p o r él
m i s m o , q u e s e c o n s e r v a al p r i n c i p i o d e l t o m o Epistolae PP. Bobadiliae et Roderici.
H a sido i m p r e s o e s t e c a t á l o g o p o r el P . B o e r o , Vita del servo di Dio P. Niaoló Itoba-
iliglia, p . 1 8 8 . V é a s e t a m b i é n Epistolae mixtae, t. I, p . 1 8 .
( 2 ) Epistolae PP. Bobadiliae el Roderici. E n esta carta puede verse un modelo
d e l estilo d e B o b a d i l l a . N o p i e n s a d e s p a c i o n i o r d e n a las cosas q u e b a d e d e c i r , ni
m u c h o m e n o s s e d e t i e n e e n l i m a r el e s t i l o . L a n z a al p a p e l l a s i d e a s s u e l t a s é i n c o n e -
x a s , t a l c o m o se le o c u r r e n . E l e s t i l o es el h o m b r e , s u e l e d e c i r s e , y , e f e c t i v a m e n t e ,
en el estilo d e B o b a d i l l a se t r a s l u c e b a s t a n t e a q u e l c a r á c t e r s a c u d i d o y a t o l o n d r a d o
q u e n u n c a supo d o m i n a r este b u e n P a d r e , aun cuando poseía sólidas virtudes.
( 3 ) P a r a e s t o p u e d e c o n s u l t a r s e el l i b r o del P . B o e r o , Vita del servo di Dio P. Ni-
coló Bobadiglia, p p . 1 6 - 5 6 , y el o p ú s c u l o d e l P . D u h r , Die Thaligheit des Jesuiten
Nicolás Bobadilla in Deutschland. R o m a , 1897.
CAP. X V I I I . - O T K O S JESUÍTAS ESPAÑOLES FOERA DE ESPAÑA 569
satisface c u a n d o el fruto n o es u n i v e r s a l en t o d o s , c o m o e r a e n Bisi-
gnano» (1).
3. P o r Mayo pasó B o b a d i l l a á Viona, d o n d e t u v o v a r i a s a u d i e n c i a s
del r e y de r o m a n o s , q u i e n le p r o d i g ó s i n g u l a r e s m u e s t r a s de afecto.
D e s e c h a n d o el b u e n a l o j a m i e n t o q u e le ofrecía el n u n c i o , a c o m o d ó s e
en c i e r t o h o s p i t a l , j u n t o á u n a iglesia, e n la cual e m p e z ó sus p r e d i -
caciones. B o b a d i l l a h a c e c o n s t a r este acto d e v i r t u d e n c a r t a q u e es-
c r i b e á los P P . Codacio y Laínez; l u e g o , con s ú b i t a t r a n s i c i ó n , se queja
de q u e éstos n o le e s c r i b a n , d i c i é n d o l e s : «Ni sé si sois m u e r t o s n i si
v i v o s , p o r q u e hasta el día de h o y , n i y o n i los c o m p a ñ e r o s n o h a b e -
rnos r e c i b i d o l e t r a n i n g u n a v u e s t r a , n i m e n o s h e v i s t o l e t r a de m o n -
s e ñ o r F r e n e s i o ó m o n s e ñ o r Santa Cruz [los c a r d e n a l e s F a r n e s i o y
C o r v i n i ] , q u e - h a g a m e n c i ó n de n o s o t r o s , c o m o si n o e s t u v i é s e m o s
acá. No lo e n t i e n d o : n o p o r q u e á m í se m e d é d e l t o d o m u c h o , p o r -
q u e á q u i e n y o s i r v o , sin l e t r a s de n i n g u n o le p u e d o s e r v i r , n i p o r
e s p e r a r l e t r a s dejo d e h a c e r lo q u e p u e d o ; mas confieso q u e m e ayu-
daría m u c h o Yo os r u e g o , c o m o os t e n g o r o g a d o m á s de t r e i n t a
veces, q u e escribáis.» Después h a b l a Bobadilla, en el espacio d e unas
doce líneas, s o b r e c i e r t o d o c t o r , s o b r e los favores del r e y , s o b r e la
salud de F a b r o , s o b r e los malos de R a t i s b o n a , s o b r e u n j u b i l e o q u e
c o n v e n d r í a p e d i r al papa, y t e r m i n a tan i n d i g e s t a c a r t a con u n a h i -
j u e l a adjunta, e n q u e a s e g u r a á Laínez y Codacio n o s e r m e n o s des-
i n t e r e s a d o q u e ellos. Dice así: « P u d i e n d o t e n e r m u c h a s casas y pa-
lacios, estoy en u n h o s p i t a l , y t i e n e esta corto d e m í la o p i n i ó n q u e
de vos se tiene, es á saber, q u e n o q u i e r o n i t o m o n a d a i n c i t á n d o m e
p o r m u c h o s medios» (2). ¡Extraña mezcla de franqueza y de a r r o g a n -
cia q u e a p a r e c e e n m u c h o s de los actos de B o b a d i l l a !
C o n t i n u ó en Viena a l g u n o s meses e x p l i c a n d o la E p í s t o l a ad Roma-
nos, e j e r c i t a n d o c o n t i n u a m e n t e la p r e d i c a c i ó n e n l a t í n , y t r a t a n d o
con el r e y de r o m a n o s y el n u n c i o los n e g o c i o s r e l i g i o s o s q u e se
ofrecían. No f u e r o n del t o d o e s t é r i l e s sus t r a b a j o s . « E l fruto de acá,
escribe á San I g n a c i o , á lo q u e y o s i e n t o , t e n g o m e j o r q u e a l g u n o s
de los N u e s t r o s en A l e m a n i a ; y d o n d e t o d o s , es á s a b e r , el r e y , su
c o r t e y n u n c i o apostólico, están c o n t e n t o s de m í , y o les d i g o p ú b l i -
c a m e n t e q u e y o n o lo estoy de ellos» (3). E n t r e o t r o s casos fué m u y
ruidosa e n V i e n a la d i s p u t a q u e t u v o con u n l u t e r a n o , a n t i g u o con-
( 1 ) Epistolae PP. Bobadiliae et Roderici. I n s p r u k , 1.° d e M a y o d e 1 5 4 2 .
( 2 ) Ibid. V i e n a , 24 d e J u n i o d e 1 5 4 2 .
( 3 ) Ibid. 16 d e S e t i e m b r e d e 1 5 4 2 .
 570 LIB. 1 1 . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
sejero d e l r e y . P r e s e n c i á b a n l a seis d o c t o r e s , y Bobadilla refutó t a n
v i g o r o s a m e n t e l o s e r r o r e s d e l h e r e j e , q u e t o d o s l e a d j u d i c a r o n la
p a l m a , y lo q u e fué m á s d e e s t i m a r , el m i s m o a d v e r s a r i o confesó su
d e r r o t a , r e c o n o c i ó sus y e r r o s , y se s o m e t i ó á s a l u d a b l e p e n i t e n c i a (1).
P o r E n e r o d e 1543 a c u d i ó n u e s t r o m i s i o n e r o á la dieta d e N u r e m -
b e r g , e n la c u a l , y a q u e n o p o d í a r e m e d i a r á los h e r e j e s , p r o c u r ó piu-
l o m e n o s e n t e n d e r sus m a ñ a s y e r r o r e s , p a r a d a r c u e n t a d e ellos á
las a u t o r i d a d e s eclesiásticas. G u s t a r á n n u e s t r o s l e c t o r e s d e e s c u c h a r
a l g u n o s datos q u e n o s da B o b a d i l l a s o b r e el estado religioso d e aquel
país: « L a r e l i g i ó n , dice, n o m e p a r e c e q u o está a q u í tan d e s o r d e n a d a
c o m o e n o t r a s c i u d a d e s l u t e r a n a s . T i e n e n las iglesias c o m o antes,
con sus i m á g e n e s ; d i c e n cada día el m a t u t i n o y v í s p e r a s los s a c e r d o -
tes, y c o n s o b r e p e l l i c e s . Dicen la m i s a a l g u n a s veces e n t r e semana,
d e m p t o [ e x c e p t o ] e l c a n o n c . La d o m i n i c a d i c e n d o s misas; e n fin d e
las v í s p e r a s d i c e n s i e m p r e la ifarin/fieat, y las antífonas a n t i g u a s en
los l i b r o s d e c a n t a r a n t i g u o s . H a c e n m u c h a h o n r a á los forasteros.
Yo h e h a b l a d o y c o n v e r s a d o c o n estos s a c e r d o t e s , los cuales todos
son a n t i g u o s c o n s e c r a d o s [ o r d e n a d o s antes d e e n t r a r allí la h e r e j í a ] ,
e x c e p t o u n o , y los v e o e n p a r t e d e s o l a d o s , y r u e g a n á Cristo, q u e
p u e s todos l l a m a m o s á Cristo, q u e él h a g a la concordia y r e f o r m a -
ción d e la u n i v e r s a l I g l e s i a y c r i s t i a n d a d , y q u e ellos a p a r e j a d o s es-
tán á o b e d e c e r . ítem d i c e n q u e t i e n e n poca e s p e r a n z a , p o r q u e los
t i e m p o s están t u r b a d o s c o n las d i s c o r d i a s d e p r í n c i p e s , y t e m i e n d o
q u e S u S a n t i d a d n o v e n d r á al c o n c i l i o , y así n o se h a r á . E s t o dicen
ellos» (2).
Desde 1543 h a s t a 1548 t r a b a j ó i n c a n s a b l e m e n t e Bobadilla e n v a r i a s
c i u d a d e s d e A l e m a n i a . E n 1545 a c o m p a ñ ó al n u n c i o V e r a l l o á B r u s e -
las y al c a r d e n a l F a r n e s i o e n a l g u n a s e x p e d i c i o n e s p o r a q u e l l o s paí-
ses. E n Spira, e n Colonia, en R a t i s b o n a , e n Passau y en o t r a s ciuda-
des, s e m b r ó c o m o p u d o la p a l a b r a d e Dios, y s o s t u v o con sus consejos
y d i l i g e n c i a s ol p a r t i d o d e los católicos. L u c i ó a d e m á s su c a r i d a d c o n
el p r ó j i m o y su celo apostólico e n la g u e r r a sostenida p o r Carlos V
c o n t r a los h e r e j e s e n a q u e l l o s años. S i g u i e n d o el c a m p o católico,
p r e d i c a b a e n las ciudades, asistía á los e n f e r m o s y h e r i d o s , servía de
i n t e r m e d i a r i o á los obispos p a r a n e g o c i o s c o n el e m p e r a d o r , q u i e n
l e d a b a g r a t a a u d i e n c i a , y e n m e d i o d e t o d o p a d e c í a d e v e z on c u a n d o
g r a v e s t r i b u l a c i o n e s . H u b o ocasión e n q u e , s o r p r e n d i d o e n u n ca-
( 1 ) Ibid. V i e n a , 24 ( n o p o n e el m e s ) d e 1 5 4 2 . P o l a n c o , Historia S. 1.1, p . 1 1 3 .
( 2 ) Ibid. N u r e m b e r g , 3 1 d e E n e r o d e 1 5 4 3 .
CAÍ'. XVIII. OTROS JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 571
m i n o p o r v a r i o s l a d r o n e s , fué m a l t r a t a d o y despojado p o r e l l o s , y
h u b i e r a sido m u e r t o , si n o a s o m a r a n c a s u a l m e n t e p o r allí t r e s italia-
n o s , á c u y a vista e c h a r o n á h u i r l o s l a d r o n e s , d e j a n d o á B o b a d i l l a
t o d o m a g u l l a d o y s i n m á s r o p a q u e la camisa (1).
Á p e s a r d e h a c e r t a n t o p r o v e c h o e n A l e m a n i a , n o estaba c o n t e n t o
n u e s t r o v a l i e n t e o p e r a r i o , p o r q u e d e s e a b a m á s , y así p r o p u s o á S a n
I g n a c i o , q u e le enviase á otras r e g i o n e s . «Como sabéis, le escribía d e
A u s b u r g o , n o m e suelo c o n t e n t a r c o n p o c o fruto, si n o lo v e o m u y
g r a n d e , c o m o t e n g o e x p e r i e n c i a d e lo q u e Cristo o b r ó p o r m í e n
Calabria y e n o t r a s p a r t e s , c o m p a r á n d o l o c o n lo q u e a q u í v e o . P o r -
q u e d a d o q u e e n t i e m p o d e dieta sea m i p r e s e n c i a ú t i l p a r a d a r avi-
sos allí, así p o r l e t r a s c o m o p l a t i c á n d o l o a q u í c o n el l e g a d o y n u n c i o
d e S u S a n t i d a d , p u e s t e n g o g r a n d e s i n t e l i g e n c i a s d e los n e g o c i o s ,
máxime r e l i g i o s o s , los cuales m e los c o m u n i c a n p r í n c i p e s y s e ñ o r e s
q u e los t r a t a n , tamen, á m í t o d o esto n o m e satisface, c r e y e n d o q u e
en o t r a p a r t e sería m á s fructuoso, d a d o q u e , u l t r a lo s o b r e d i c h o , p r o -
c u r o q u e en las e x p e d i c i o n e s sean a y u d a d o s los p o b r e s , y q u e n o se
dé escándalo p o r los m i n i s t r o s d e S u S a n t i d a d . D o y l e s r a z o n e s á l o s
quo f a l s a m e n t e m u r m u r a n d e la S e d e Apostólica, confieso t o d o s los
españoles d e la c o r t e d e l r e y y g r a n d í s i m a p a r t e d e la d e l e m p e -
rador.»
O t r a r a z ó n curiosa da Bobadilla e n la m i s m a carta p a r a salir d e
Alemania, r a z ó n q u e h o n r a m á s á su e s p í r i t u r e l i g i o s o q u e á s u c r i -
t e r i o . « L o s g e r m a n o s , dice, n o s o n l i m o s n e r o s , n i se edificarían p i -
d i e n d o p o r D i o s , n i t e n d r í a y o la a u t o r i d a d q u e t e n g o c o n ellos, má-
xime p r í n c i p e s , si t o m a s e [ l i m o s n a ] ; d e m a n e r a q u e c o n c l u y o e n e s ' o ,
q u e el m i e s t a r e n G e r m a n i a n o es d e m á s fruto d e l d i c h o , y h a d e
ser c o n costa y p r o v i s i ó n d e o t r a p a r t e D o n d e c o n c l u y o , q u e si y o
puedo hacer más fruto en otra patria y vivir mejor según nuestra
p r o f e s i ó n d e p o b r e z a , q u e s e r í a m e j o r salir d e G e r m a n i a » (2). E s t o
e r a d e c i r e n o t r o s t é r m i n o s q u e la C o m p a ñ í a e r a i m p o s i b l e e n Ale-
m a n i a . Ya le había q u i t a d o este e s c r ú p u l o San I g n a c i o , e n c a r t a q u e
le e s c r i b i ó el a ñ o a n t e r i o r (3), d i c i é n d o l e q u e podía r e c i b i r los s u b -
sidios q u e le s u m i n i s t r a b a n los c a r d e n a l e s y p r e l a d o s ; p e r o n o p a r e c e
q u e se satisfizo c o n esta a d v e r t e n c i a .
4. N o s a b e m o s si S a n I g n a c i o se d e t e r m i n ó á sacarle d e A l e m a n i a ,
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t . i , p . 184.
( 2 ) Epistolae PP. Bobadillae et Roderici. Ausburgo, 8 de Abril de 1548.
( 3 ) Cartas de San Ignacio, t. i , p . 3 7 4 .
 572 LIB. I I . — P A N IGNACIO DB LOYOLA
p o r o d e p r o n t o h u b o do s a l i r B o b a d i l l a d e u n m o d o b a s t a n t e inespe-
r a d o . E n la p r i m a v e r a d e 1548 p r e p a r a b a Carlos V e l famoso d e c r e t o
l l a m a d o Interim, en el c u a l , con deseo d e a s e g u r a r la paz d e Alema-
nia, se m a n d a b a s u s p e n d e r las c o n t i e n d a s r e l i g i o s a s h a s t a q u e el con-
cilio las r e s o l v i e s e , se h a b l a b a e n t é r m i n o s algo a m b i g u o s a c e r c a de
la justificación y de o t r o s p u n t o s d o g m á t i c o s , y, finalmente, se con-
cedía á los p r o t e s t a n t e s el m a t r i m o n i o de los s a c e r d o t e s y el c o m u l -
g a r los s e g l a r e s bajo a m b a s especies.
El e m p e r a d o r , d e s p u é s d e o i r e l d i c t a m e n do t r e s d o c t o r e s , dos
s a c e r d o t e s y u n seglar, h a b í a r e m i t i d o el d e c r e t o al p a p a ; m a s su-
p o n i e n d o , y c o n r a z ó n , q u e P a u l o I I I n o lo p r o m u l g a r í a , d e t e r m i n ó
p u b l i c a r l o p o r su p r o p i a a u t o r i d a d . C u a n d o e m p e z ó á s u s u r r a r s e en
la c o r t e de Carlos V el d e c r e t o q u e iba á salir, n u e s t r o B o b a d i l l a se
d e c l a r ó a c é r r i m a m e n t e c o n t r a él; r e d a c t ó dos M e m o r i a s e n q u e r e -
futaba los p r i n c i p a l e s a r t í c u l o s del Interim, y las hizo c i r c u l a r en la
corte.
E n la Biblioteca Vaticana se c o n s e r v a u n e j e m p l a r de estos dos es-
c r i t o s de B o b a d i l l a ( 1 ) . A m b o s están r e d a c t a d o s con a q u e l d e s o r d e n
en las ideas y a q u e l estilo d u r o y descosido q u e c a r a c t e r i z a los es-
c r i t o s d e este b u e n P a d r e . E n el p r i m e r o , q u e e s e l p r i n c i p a l , e m -
pieza p o r a s e n t a r B o b a d i l l a q u e e l m a y o r m a l d e ¡a I g l e s i a es r o m -
p e r su u n i d a d . P u e s esto s u c e d e r á si se c o n c e d e á los p r o t e s t a n t e s
el m a t r i m o n i o d e los s a c e r d o t e s y el c o m u l g a r bajo a m b a s especies.
D e s d e l u e g o p r e t e n d e r á n los s a c e r d o t e s católicos quo se les c o n c e d a
el casarse, y si r e s i s t e n los o b i s p o s , p e d i r á n o t r o Interim al César.
P u e s los seglares católicos n o q u e r r á n s e r m e n o s q u e los p r o t e s t a n -
tes, y e x i g i r á n la c o m u n i ó n bajo a m b a s e s p e c i e s , d e d o n d e n a c e r á n
en la Iglesia escisiones i r r e m e d i a b l e s . D e s p u é s do e s t o , d i v i d e el
a u t o r lo q u e va á d e c i r e n t r e s p a r t e s . P o r a q u í debía e m p e z a r e l es-
c r i t o , p e r o Bobadilla n o sería B o b a d i l l a si p u s i e r a dos ideas e n b u e n
o r d e n . P r i m e r o h a b l a r á s o b r e e l m a t r i m o n i o d e los s a c e r d o t e s , des-
( 1 ) Vaticana Latina, n . 6 . 2 2 2 , f. 1 2 1 . I g n o r a m o s q u i é n fué el a m a n u e n s e q u e
s a c j e s t a c o p i a . E n la p a i t e t-uperior d e l a p r i m e r a p á g i n a , á l a i z q u i e r d a , e s t i e s -
crit > d e o t r a m a n o y e n l e t r a m e n u d a , Boadilla (sic). L o s e s c r i t o s s e d i r i g e n á u n
<• «rdenal q u o n o so n o m b r a , y s e r í a p r o b a b l e m e n t e C e r v i n i , c o m i s i o n a d o p o r el S u m o
I ' n n i í ü c e p a r a t r a t a r con el e m p e r a d o r s o b r e e s t e n e g o c i o . T e r m i n a el p r i m e r e s c r i t o
c o n esta e x p r e s i ó n , q u e v e m o s r e p e t i d a e n m u c h a s c a r t a s d e B o b a d i l l a : Valeat
chsim'e. N o s e not>i el sitio en q u e s e r e d a c t ó el e s c r i t o , y sólo s e p o n e la f e c h a 14
Aprilis 1548.
CAP. XVIII. OTBOS JESÜÍTA8 ESPAÑOLES FUERA DE ESI-ANA 573
p u e s s o b r e la c o m u n i ó n bajo a m b a s e s p e c i e s , y p o r fin, s o b r e o t r a s
cosas q u e d e b e n e n m e n d a r s e e n el Interim.
Acerca d e lo p r i m e r o o b s e r v a a n t e t o d o el a u t o r , q u e e l d e c r e t o
p a r e c e d i s t i n g u i r e n t r e los católicos y p r o t e s t a n t e s , c o n c e d i e n d o á los
s e g u n d o s lo q u e se n i e g a á los p r i m e r o s , y esto lo t e n d r á n m u c h o s
p o r u n a injusticia (1). A d e m á s , si e n los c u r a s p r o t e s t a n t e s d e b i e r a
t o l e r a r s e este a b u s o , m e j o r sería h a c e r l o callando q u e p u b l i c a n d o
u n d e c r e t o q u e parezca a p r o b a r l o . E n t r e s clases se p u e d e n d i v i d i r
los s a c e r d o t e s q u e t i e n e n m u j e r . Los p r i m e r o s , son h o m b r e s q u e ,
estando v e r d a d e r a m e n t e casados, r e c i b i e r o n las sagradas ó r d e n e s .
Los s e g u n d o s , son m o n j e s q u e se casaron d e s p u é s d e o r d e n a r s e . P o r
fin, h a y c u r a s q u e se h a n casado dos y t r e s veces. A h o r a b i e n : los
p r i m e r o s n o es d e c e n t e q u e sean a d m i t i d o s á las funciones s a g r a d a s .
Los s e g u n d o s y t e r c e r o s n o son v e r d a d e r o s casados, p u e s el v o t o de
castidad q u e tenían, i n v a l i d a b a su m a t r i m o n i o , sino p ú b l i c o s fornica-
rios. ¿Es p o s i b l e q u e se p u b l i q u e u n d e c r e t o del César p a r a d e f e n d e r
la causa y a u t o r i z a r la c o n d u c t a d e tales h o m b r e s ? A d e m á s , estos
m i n i s t r o s h a n sido i n t r o d u c i d o s e n la Iglesia p o r los m a g n a t e s y ti-
r a n o s , y c a r e c e n de m i s i ó n divina.
P a s a n d o al p u n t o s o b r e la c o m u n i ó n bajo a m b a s especies, a d v i e r t e ,
ante t o d o , B o b a d i l l a , q u e m u c h o s m i n i s t r o s p r o t e s t a n t e s , c o m o n o
son v e r d a d e r o s s a c e r d o t e s , n o p u e d e n c o n s a g r a r , n i bajo u n a n i bajo
ambas especies. A d e m á s , a u n q u e sean s a c e r d o t e s , m u c h o s n i e g a n la
p r e s e n c i a d e J e s u c r i s t o e n la Eucaristía, y p o r c o n s i g u i e n t e , n o t i e -
n e n la i n t e n c i ó n d e h a c e r lo q u e hace la I g l e s i a , y así, e n r e a l i d a d ,
n o c o n s a g r a n . F i n a l m e n t e , dado q u e c o n s a g r e n , la p l e b e en v a r i o s
países c r e e q u e n o c o n s a g r a n , y de a q u í n a c e r á n i n d u d a b l e m e n t e
d e s ó r d e n e s y p e c a d o s . E n c o n c l u s i ó n , si t a n t o desean los p r o t e s t a n -
tes el c o m u l g a r bajo a m b a s e s p e c i e s , y a q u e esto n o es n e c e s a r i o
p a r a s a l v a r s e , c o m o afirma el m i s m o L u t e r o , m e j o r s e r á e s p e r a r lo
q u e defina el concilio d e T r e n t o , y n o p r o m u l g a r u n d e c r e t o q u e au-
m e n t e la confusión de ideas y el d e s o r d e n de las c o s t u m b r e s .
( 1 ) H e a q u í l a s p a l a b r a s del Interim, en l a s c u a l e s , a u n q u e n o se n o m b r a ni á los
católicos n i á los p r o t e s t a n t e s , y se e x p r e s a ol e m p e r a d o r en t é r m i n o s a l g o t í m i d o s ,
en r e a l i d a d , p a r e c e a d m i t i r la d i s t i n c i ó n e n u n c i a d a p o r B o b a d . l l a : aQuum muid
qui ministerii ecelesiastici functiones tenent,jam multis in locis duxerint uxores, quax
a se dimitiere nolint: super en re generalis concilii sententia expectetur, cum alioqui
mutatio in ea re, ut nunc sunt témpora, sine gravi rerum perturbatione mine fieri non
feli-
possit.t Interim, c. x x v i , n . 1 8 . T o m o e s t a c i t a d e L e P l i t , Monum. ad Hist. Conc.
Trid. collectio, t. i v , p . 6 8 . A q u í p u e d e v e r s e el t e x t o c o m p l e t o d e l Interim, éntrelas
páginas 32 y 69.
 574 LIB. II.—SAN IQNACIO DE LOYOLA
E n el t e r c e r p u n t o a n o t a b r e v e m e n t e Bobadilla a l g u n a s cosas q u e
se d e b i e r a n c o r r e g i r e n el d e c r e t o p a r a q u i t a r toda ocasión de
t r o p i e z o . H a b l a n d o e l ínter¡m s o b r e p u n t o s t a n delicados c o m o
la p o t e s t a d d e los o b i s p o s , la justificación, la c a r i d a d , las c e r e m o -
n i a s s a g r a d a s d e la m i s a , e t c . , se e x p l i c a e n t é r m i n o s a m b i g u o s ,
q u e l o s h e r e j e s p o d r á n t o r c e r fácilmente á s e n t i d o s e r r ó n e o s . De
t o d o lo dicho c o n c l u y e B o b a d i l l a q u e el Interim, pront jacet, n o
p u e d e s e r p u b l i c a d o c o n b u e n a conciencia n i p o r ol p a p a n i p o r el
emperador.
E n el s e g u n d o e s c r i t o se r e p i t e n varias ideas del p r i m e r o , y, s o b r e
t o d o , insiste B o b a d i l l a e n u n a d i s t i n c i ó n , q u e e r a r e a l m e n t e m u y
o p o r t u n a e n a q u e l d e b a t e . U n a cosa e s , d i c e , t o l e r a r e l m a l , y o t r a
d i s p e n s a r q u e se h a g a ó a u t o r i z a r l o . P u e d e y d e b e h a c e r s e lo p r i -
m e r o c u a n d o n o h a y fuerzas p a r a r e m e d i a r e l d a ñ o ; p e r o n o lo se-
g u n d o , pues envuelve una implícita aprobación del mal. Prosigue
l u e g o p r o b a n d o c u a n i m p r u d e n t e y desatinado será c o n c e d e r el ma-
t r i m o n i o d e los s a c e r d o t e s y el c o m u l g a r bajo a m b a s especies, y p o r
fin, c o n c l u y e d i c i e n d o : «Si p o r razón d e las c i r c u n s t a n c i a s p a r e c i e r e
imposible arrancar ciertos abusos de Alemania, tolérense estos ma-
les, p e r o n o se d é n i n g ú n d e c r e t o p o r el cual c r e a n las g e n t e s q u e el
p a p a ó el e m p e r a d o r l o s a p r u e b a n . »
No s i e m p r e se v e clara la fuerza d e los a r g u m e n t o s d e Bobadilla,
y, s o b r e todo, n o es fácil s e g u i r e l e n c a d e n a m i e n t o d e las ideas e n
u n h o m b r e q u e solía e n u n c i a r l a s c o m o á escopetazos. E s t o n o obs-
t a n t e , p e r c í b e s e b i e n e n estos escritos la p é s i m a i m p r e s i ó n q u e hizo
e l ínter i m e n los c a t ó l i c o s , ofendidos j u s t a m e n t e , y a p o r v e r á u n
p r í n c i p e s e g l a r i n g e r i r s e e n n e g o c i o s eclesiásticos', q u e n o e r a n de
s u c o m p e t e n c i a , y a p o r las e x c e s i v a s c o n c e s i o n e s q u e se hacían á los
p r o t e s t a n t e s (1).
E x c u s a d o es p o n d e r a r la i r r i t a c i ó n q u e e n la c o r t e l e v a n t a r o n es-
tos escritos c o n t r a su a u t o r . L o s p a r t i d a r i o s d e l Interim a c u d i e r o n
c o n g r a n d e s quejas al e m p e r a d o r , y éste e x p i d i ó u n a o r d e n m a n -
( 1 ) N o s e c r e a q u e l o s p r o t e s t a n t e s a p r o b a r o n el Interim. Al r e v é s ; ellos lo v i t u -
p e r a r o n m á s q u e los c a t ó l i ó o s , y d e s a b o g a r o n s u i r a c o n t i n t o s libelos y s á t i r a s v i -
r u l e n t a s , q u e los p o d e r e s p ú b l i c o s h u b i e r o n d e p r o h i b i r l a d i f u s i ó n d e e s c r i t o s con-
t r a el Interim. ( L é a s e el i n t e r e s a n t e c a p í t u l o q u e d e d i c i á e s t e h e c h o J a n s s e n , Ges-
chichte dea deutschen Wolhes seit dem Ausgang des Miltelalters, t. n i , 1. n i , c. ni.)
¡Y e s t e d e c r e t o s e d a b a p a r a c o n c i l i a r á l o s católicos y á los p r u t o s t a u t e s ! P o c a s
v e c e s e n s u v i d a hizo C a r l o s V u n p a p e l t a n d e s a i r a d o c ' m o e n e s t e n e g o c i o d e l In-
terim.
CAP. x v i n . — o r a o s JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 575
d a n d o á Bobadilla salir d e A l e m a n i a . No deseaba el b u e n P a d r e o t r a
cosa. Hizo al i n s t a n t e su h a t i l l o , y p a r t i ó s e p a r a R o m a (1).
E n g r a n d e a p r i e t o se v i ó S a n l g n a c i o c u a n d o e n t e n d i ó el e x a b r u p t o
de B o b a d i l l a c o n t r a Carlos V, n o p o r q u e él a p r o b a s e e l Interim, s i n o
p o r las g r a v e s consecuencias q u e podía t e n e r u n r o m p i m i e n t o c o n
el e m p e r a d o r ; y así, p a r a n o m o s t r a r q u e la Compañía se p o n í a d e
frente á Carlos V, y p a r a e n s e ñ a r á Bobadilla á s e r m á s m i r a d o e n su
p r o c e d e r , hizo c o n él la d e m o s t r a c i ó n d e n o a d m i t i r l e e n la casa
profesa. P a s a d o e n R o m a e l v e r a n o d e 1548, fué e n v i a d o Bobadilla á
Ñ a p ó l e s , de d o n d e hizo e x c u r s i o n e s á v a r i a s d i ó c e s i s , m i s i o n a n d o
p o r t o d o s lados y r e f o r m a n d o c o n v e n t o s d e monjas c o n éxito feli-
císimo.
E n la misma c i u d a d d e Ñapóles n o hizo m u y b u e n a i m p r e s i ó n Bo-
badilla, p u e s c o m o e n t o n c e s p r e d i c a r o n allí Laínez y S a l m e r ó n , t o d o
el m u n d o a d v i r t i ó la i n f e r i o r i d a d d e Bobadilla r e s p e c t o d e los o t r o s
dos. A d e m á s , hasta n u e s t r o s m i s m o s a m i g o s p a r e c e q u e se ofendían
del c a r á c t e r y m a n e r a s d e esto P a d r e (2).
5. T r e s años d e s p u é s , c u a n d o se a b r i ó el colegio d e Ñ a p ó l e s , se
confirió á Bobadilla el c a r g o d e s u p e r i n t e n d e n t e . Así se l l a m a b a e n -
tonces u n P a d r e q u e ejercía, c o m o si d i j é r a m o s , el g o b i e r n o alto d e
la casa, y al cual estábil s o m e t i d o e l m i s m o r e c t o r . É r a l o e n Ñapóles
el P . A n d r é s d e O v i e d o , y p r o n t o se n o t ó la g r a n d i s c o r d a n c i a d e
c a r a c t e r e s mitre u n o y o t r o . O v i e d o , m e s u r a d o , solícito y m i n u c i o s o ,
cuidaba c o n exquisita diligencia hasta d e los m á s leves p o r m e n o r e s .
Bobadilla j u z g a b a i m p e r t i n e n t e s a q u e l l a s m e n u d e n c i a s , y a p e l a n d o
al t e x t o , ubi spirilus Dei ib i libertas, q u e r í a l l e v a r las cosas m á s á la
b u e n a d e Dios, c o m o v u l g a r m e n t e se dice. E l p r i n c i p i o d e Bobadilla,
aplicado á h o m b r e s d e sólida v i r t u d , n o e r a d e l t o d o a b s u r d o ; p e r o
t r a t á n d o s e d e n o v i c i o s y j ó v e n e s , p r o d u j o u n efecto d e s a s t r o s o . E n
efecto, t a n á la b u e n a d e Dios e m p e z a r o n á a n d a r las cosas e n e l c o -
legio d e Ñ a p ó l e s , q u e dos j ó v e n e s p e r d i e r o n la vocación, y se relajó
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 2 9 3 . C u á n t o s i n t i e r o n las p e r s o n a s b u e n a s d e
la corte la p a r t i d a d e B o b a d i l l a , s e colige d e la c a r t a q u e le e s c r i b i ó el p r i o r d e G r a -
n a d a con f e c h a 2 0 d e M a y o d e 1 5 4 8 . « N o h a h a b i d o , d i c e , c a b a l l e r o e n e s t a c o r t e y
t o d o e l r e s t o s e c u l a r q u e n o le h a y a p e s a d o P o r q u e era m á s necesario [Bobadilla]
p a r a e s t a c o r t e q u e t o d o s c u a n t o s e s t a m o s e n ella, p o r los oficios e n q u e a p r o v e c h a b a
á t o d o el m u n d o . » (Epistolae mixtae, t . i, p . 5 0 4 . )
( 2 ) dPatris Bobadilla doctrina et integritas mullísplacuerant; quia tamen imperi-
tioris linguae visus erat, et in quadam exteriori libértate non ita ad aedificationem
sicut alii compositus videbatur, e.um mitti non optaban!.» P o l a n c o , Historia S. J., t. n ,
p. 171.
 576 LIB. II.—írAN IUNAC10 DE LOYOLA
n o t a b l e m e n t e la disciplina r e l i g i o s a (1). I n f o r m a d o San I g n a c i o de
l o s u c e d i d o , p r o c u r ó r e m e d i a r a q u e l d a ñ o , y e n 1^ p r i m a v e r a de
1552, d e b i e n d o p a s a r p o r Ñapóles el P . Nadal p a r a i r á p r o m u l g a r las
c o n s t i t u c i o n e s á Sicilia, e n c a r g ó l e San I g n a c i o r e f o r m a r la disciplina
religiosa e n a q u e l c o l e g i o y r e f r e n a r la m a l e n t e n d i d a l i b e r t a d de
B o b a d i l l a (2). H í z o l o así el P . Nadal, y desde e n t o n c e s , d e s e n t e n d i é n -
d o s e B o b a d i l l a del g o b i e r n o , se aplicó á las m i s i o n e s .
6. D e j é m o s l e c o n t i n u a r s u s t a r e a s apostólicas, p a r a h a c e r u n a b r e -
vísima r e s e ñ a d e o t r o s e s p a ñ o l e s q u e e n estos años fructificaban en
la v i ñ a d e l S e ñ o r fuera d e España. Á dos P a d r e s españoles se d e b i ó
p r i n c i p a l m e n t e el e s t a b l e c i m i e n t o d e la C o m p a ñ í a e n Sicilia. Si en
A l e m a n i a las a m b i c i o n e s d e los p r í n c i p e s y las r e v o l u c i o n e s r e l i g i o -
sas de los p u e b l o s dificultaban m u c h o el e s t a b l e c i m i e n t o d e n u e s t r o s
P a d r e s y e s t e r i l i z a b a n n o p o c o sus esfuerzos g e n e r o s o s , e n Sicilia,
p o r el c o n t r a r i o , la fe sencilla y n o c o n t a m i n a d a d e las g e n t e s , y el
decidido apoyo del poder público, hizo que nuestros operarios reco-
giesen u n fruto espiritual verdaderamente asombroso. El p r i m e r
j e s u í t a q u e p u s o los p i e s e n la isla d e Sicilia fué el P . S a n t i a g o
L ' H o s t i o , flamenco, d e D u a i , q u e , a c o m p a ñ a n d o al v i c a r i o del obispo
d e G i r g e n t i e n 1546, e j e r c i t ó los m i n i s t e r i o s d e la C o m p a ñ í a e n va-
rios p u e b l o s d e a q u e l l a diócesis. Al año s i g u i e n t e fué n o m b r a d o vi-
r r e y d e Sicilia el e m b a j a d o r e s p a ñ o l e n R o m a , J u a n d e Vega, u n o de
los g r a n d e s a m i g o s d e San I g n a c i o , y al p a r t i r s e p a r a su g o b i e r n o ,
p i d i ó al santo a l g ú n P a d r e q u e le a c o m p a ñ a s e . F u é l e c o n c e d i d o el
P . J e r ó n i m o D o m é n e c h . A p e n a s l l e g a d o éste á P a l e r m o , fué l l a m a d o
d e Sicilia e l P . L ' H o s t i o , á q u i e n se d e s t i n ó á L o v a i n a .
E n t r a n d o el P . D o m é n e c h e n el n u e v o c a m p o , e m p e z ó e n P a l e r m o
p o r u n t r a b a j o m u y n e c e s a r i o e n a q u e l l o s t i e m p o s d e t a n relajadas
c o s t u m b r e s , c u a l e r a la r e f o r m a c i ó n d e a l g u n o s c o n v e n t o s de m o n -
j a s . L o p r i m e r o q u e le e n c o m e n d a r o n l o s v i r r e y e s fué e l r e m e d i o d e
u n a casa d e c o n v e r t i d a s q u e estaba á p u n t o d e d e s h a c e r s e . H a b i e n d o
sido i m p u e s t a á la casa u n a a b a d e s a á q u i e n n o q u e r í a n o b e d e c e r las
monjas, resultaron de aquí graves disturbios interiores. P o r otro
l a d o , la j u n t a n o m b r a d a p o r la c i u d a d p a r a la a d m i n i s t r a c i ó n d e los
b i e n e s t e m p o r a l e s d e la o b r a n o hacía nada, y de este m o d o , j u n t á n -
d o s e la d i s c o r d i a i n t e s t i n a c o n e l d e s c u i d o e x t e r i o r , estaba á p i q u e
d e ai-ruinarse la piadosa i n s t i t u c i ó n . P a r a p r e v e n i r tan g r a v e daño
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n, p . 5 2 2 .
(2) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 5 5 4 .
CAP. XVIII. OTROS JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 577
hizo D o m é n e c h q u e sacasen de casa á la abadesa y trajesen otra, con
a l g u n a s m o n j a s m á s d e u n b u e n m o n a s t e r i o de T r á p a n i ; h a b l ó c o n la
j u n t a d e fábrica, e x h o r t ó c a l u r o s a m e n t e á t o d o s á c u m p l i r con s e r i e -
dad su c o m e t i d o , p r o m e t i é n d o l e s t o d o f a v o r d e p a r t e d e la v i r r e i n a ,
y c u a n d o t u v o b i e n encauzado el a s u n t o en la p a r t e e x t e r i o r , dio los
Ejercicios á las c o n v e r t i d a s . E l é x i t o fué c u a l se podía d e s e a r . «Ex-
cepto dos ó t r e s , dice D o m é n e c h , todas las o t r a s , q u e son c e r c a d e
t r e i n t a , p o r g r a c i a de Dios se son t a n t o r e d u c i d a s , q u e p a r e c e n u n a s
Magdalenas» (1).
T r a s esto aplicóse D o m é n e c h á la r e f o r m a d e o t r o s m o n a s t e r i o s d e
monjas q u e m u c h o lo n e c e s i t a b a n . Visitólos e n c o m p a ñ í a del v i c a r i o
d e la ciudad, e x a m i n ó las r e g l a s q u e t e n í a n , y p r o c u r ó q u e se ajus-
tase á ellas la v i d a d e t o d a s . A n t e s d e t e r m i n a r s e el año 1547 escribía
J u a n de Vega á San I g n a c i o , c o n g r a t u l á n d o s e de q u e el P . D o m é n e c h
había r e f o r m a d o c o m p l e t a m e n t e dos m o n a s t e r i o s de religiosas (2).
Al v i s i t a r los h o s p i t a l e s de la ciudad, p r o c u r ó n u e s t r o m i s i o n e r o q u e
fuesen más d i l i g e n t e s los m é d i c o s e n avisar á los d o l i e n t e s d e l p e l i -
g r o d e m u e r t e , y p a r a esto r o g ó al v i r r e y q u e m a n d a s e o b s e r v a r la
d e c r e t a l d e I n o c e n c i o I H , q u e p r e s c r i b e á los m é d i c o s n o p r o s e g u i r
v i s i t a n d o á los e n f e r m o s sin a d v e r t i r l e s q u e r e c i b a n los s a c r a m e n t o s
de la Iglesia. H u b o f u e r t e c o n t r a d i c c i ó n p o r p a r t e d e a l g u n a s p e r s o -
nas, p e r o al fin, gracias á los b u e n o s oficios del D r . I ñ i g o López, con-
siguió el P . D o m é n o h q u e e n toda la isla se p u b l i c a s e u n b a n d o q u e
m a n d a b a la o b s e r v a c i ó n de la d e c r e t a l (3).
E n t r a n d o e n las c á r c e l e s p a r a v i s i t a r á l o s p r e s o s , c o m p a d e c i ó s e
D o m é n e c h d e v a r i o s p o b r e s q u e e s t a b a n allí d e t e n i d o s u n o ó dos
años p o r d e u d a s p e q u e ñ a s . P r o p u s o á J u a n de Vega el a p l i c a r a l g ú n
d i n e r o d e los fondos p ú b l i c o s al r e m e d i o d e estos infelices. A c e p t ó
el v i r r e y la p r o p o s i c i ó n , y con u n a m ó d i c a s u m a q u e s u m i n i s t r ó p u d o
el m i s i o n e r o sacar de la c á r c e l á u n a v e i n t e n a de a q u e l l o s p o b r e c i -
tos. P a r a o t r o s c a t o r c e alcanzó facultad d e q u e t r a b a j a s e n en u n a
o b r a p ú b l i c a , y así ganasen lo n e c e s a r i o p a r a p a g a r sus d e u d a s (4).
La pacificación d e los d i s c o r d e s fué o t r o m i n i s t e r i o en q u e t r a b a j ó
t a m b i é n el P . D o m é n e c h , o b r a e n a q u e l l o s t i e m p o s m u y n e c e s a r i a ,
c u a n d o las r i v a l i d a d e s d e las familias i l u s t r e s solían e n s a n g r e n t a r fá-
c i l m e n t e las c i u d a d e s y los c a m p o s . Dio a d e m á s el P a d r e los E j e r c i -
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. i, p . 4 9 . — ( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i , p . 2 3 9 .
—(.3) Litterae quadrimestres, t. i, p . 50. P o l a n c o , Historia S. J., p . 2 4 0 . — ( 4 ) í d e m ,
ibid., p. 2 4 1 .
37
578 LIB. II.—'SAN IGNACIO DE LUYÓLA
cios á v a r i a s p e r s o n a s b i e n dispuestas, y c o n t r i b u y ó eficazmente á la
fundación de u n a casa de h u é r f a n o s y o t r a de h u é r f a n a s quo levantó
e n P a l e r m o la v i r r e i n a . E n todas las b u e n a s o b r a s q u e e m p r e n d í a
n u e s t r o v a l i e n t e o p e r a r i o , e r a n su p r i n c i p a l a p o y o el v i r r e y J u a n de
Vega y D . L e o n o r O s o r i o , piadosísimos c ó n y u g e s , q u e desde la lle-
a
gada de D o m é n e c h á Sicilia le h a b í a n t o m a d o p o r d i r e c t o r de sus
conciencias, y edificaban al p u e b l o confesando y c o m u l g a n d o devo-
t a m e n t e cada q u i n c e días (1).
7. D e s p u é s d e santificar c o n sus faenas apostólicas á P a l e r m o , di-
r i g i ó s e D o m é n e c h á M o n r e a l , d o n d e r e p i t i ó las m i s m a s p r o e z a s , y
finalmente se fijó en Mesina. A q u í o b t u v o su celo u n r e s u l t a d o más
d u r a b l e , p u e s a d m i r a d o s los c i u d a d a n o s del copioso fruto e s p i r i t u a l
q u e recogía, c o n c i b i e r o n la idea de fundar u n colegio do los Nues-
t r o s q u e p e r p e t u a s e en la c i u d a d tan p r e c i o s o s b i e n e s . A l g u n o s par-
t i c u l a r e s h u b i e r a n t r a z a d o y ejecutado el p l a n p o r sí m i s m o s ; p e r o
se a d e l a n t ó á los p a r t i c u l a r e s la c i u d a d , la cual d i r i g i ó u n a p e t i c i ó n
oficial á San I g n a c i o , ofreciendo b u e n a s c o n d i c i o n e s p a r a la funda-
ción. A d m i t i ó el santo la p r o p u e s t a , y á p r i n c i p i o s de 1548 se dispuso
u n a lucida e x p e d i c i ó n á Sicilia. C o m p o n í a n l a diez sujetos de distin-
tas naciones, e n t r e los cuales se c o n t a b a el B. P e d r o Canisio. Iba por
r e c t o r del colegio el español á q u i e n t a n t o c o n o c e m o s , P . J e r ó n i m o
Nadal. L l e g a d o s á Mesina á p r i n c i p i o s de A b r i l (2), a l q u i l a r o n , p o r de
p r o n t o , u n a casa, m i e n t r a s se d i s p o n í a la q u e d a b a la c i u d a d , y allí
a b r i e r o n clases de g r a m á t i c a , r e t ó r i c a , g r i e g o y h e b r e o , con gran
c o n c u r s o de e s t u d i a n t e s .
P o r S e t i e m b r e ya e s t a b a n d i s p u e s t a s las h a b i t a c i o n e s d e l colegio
definitivo, y en ellas se a b r i ó el c u r s o escolar de 1548 á 49, añadién-
dose á las clases a n t e r i o r e s u n a de t e o l o g í a , q u e e m p e z ó á d e s e m p e -
ñ a r el m i s m o P . Nadal. Á las faenas e s c o l a r e s añadían, c u a n t o alcan-
zaban sus fuerzas, los m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s . E l r e c t o r p r e d i -
caba t o d o s los d o m i n g o s , e n s e ñ a b a la d o c t r i n a cristiana á los niños,
y d i r i g í a e s p i r i t u a l m e n t e á v a r i a s p e r s o n a s . Con el t r a t o d e los Nues-
t r o s y con los e j e m p l o s a d m i r a b l e s q u e d a b a n do v i r t u d , s o b r e todo
N a d a l y C a n i s i o , e m p e z a r o n á b r o t a r u n s i n n ú m e r o do vocaciones á
la C o m p a ñ í a ; p e r o el p r u d e n t í s i m o N a d a l , c o n t e n i e n d o la t u r b a de
p r e t e n d i e n t e s , fué e n t r e s a c a n d o los m e j o r e s , y e m p e z ó á educarlos
s e g ú n el m é t o d o q u e él h a b í a v i s t o p r a c t i c a r á San I g n a c i o .
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 2 4 0 . — (2) V é a s e la r e l a c i ó n d e l v i a j e , escrita
p o r el P . N a d a l en Litterae quadrimestres, t . i, p . 9 4 .
CAP. XVIII.—OTROS JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 579
No r e p e t i r e m o s lo q u e e n o t r a p a r t e h e m o s dicho a c e r c a d e los
g l o r i o s í s i m o s trabajos del P . Nadal (1). Sólo d e b e m o s n o t a r a q u í dos
cosas, ejecutadas en el colegio d e Mesina, q u e m e r e c e n especial m e n -
c i ó n , p o r s e r la p r i m e r a vez q u e se h a c í a n e n la Compañía. F u é la
u n a a b r i r u n a casa a p a r t e y d i s t i n t a d e l colegio p a r a la e d u c a c i ó n d e
l o s n o v i c i o s . C o m o e r a n t a n t o s los p r e t e n d i e n t e s d e la C o m p a ñ í a q u e
se p r e s e n t a b a n e n Mesina, o c u r r i ó l e a l P . Nadal la idea d e b u s c a r u n a
casa vecina al colegio, d o n d e hiciesen su n o v i c i a d o los q u e d e s e a b a n
s e g u i r n u e s t r o i n s t i t u t o . P r o p u s o este p e n s a m i e n t o á San I g n a c i o el
año 1549. A l e g r ó s e el santo p a t r i a r c a d e v e r q u e el P . N a d a l h u b i e r a
a d i v i n a d o u n a idea q u e é l y a t e n í a p e n s a d a y escrita e n las c o n s t i t u -
ciones, a u n q u e n o s a b e m o s q u e hasta e n t o n c e s la h u b i e s e c o m u n i c a d o
á n a d i e . H i z o , p u e s , q u e P o l a n c o r e s p o n d i e s e á la p r e g u n t a e n este
sentido: < Del diseño de la casa de p r o b a c i o n e s , q u e p a r e c e m u y b i e n
al P a d r e [ I g n a c i o ] , y q u e h a m á s d e ocho meses q u e está en c o n s t i -
tuciones q u e se haga, y a u n a q u í en R o m a ; p e r o q u e h u e l g a el P a d r e
q u e él [ N a d a l ] sea el p r i m e r o » (2). A n i m a d o c o n tan c o n s o l a d o r a
r e s p u e s t a , aplicóse el P . Nadal á p o n e r e n p l a n t a su i d e a , y a u n q u e
le costó b a s t a n t e trabajo y a l g u n o s m e s e s d e d i l i g e n c i a s , p o r fin p u d o
c o m p r a r u n a b u e n a casa j u n t o al c o l e g i o d e Mesina. Allí r e u n i ó diez
novicios, cuya i n m e d i a t a d i r e c c i ó n e n c o m e n d ó al P . C o r n e l i o Visha-
ven, flamenco. De este m o d o e m p e z ó e n Mesina, en la c u a r e s m a d e
1550, el p r i m e r n o v i c i a d o q u e t u v o en el m u n d o la Compañía d e
J e s ú s (3).
La o t r a o b r a i m p o r t a n t e ejecutada p o r e l P . N a d a l , fué la o r d e n a -
ción sabia y m e t ó d i c a de los e s t u d i o s . No se h a b í a n escrito a ú n las
c o n s t i t u c i o n e s ; n o existía n i s o m b r a de Ratio studiorum; la C o m p a ñ í a
empezaba á d a r t í m i d a m e n t e los p r i m e r o s pasos e n la enseñanza d e
la j u v e n t u d , y y a en 1548 el P . N a d a l , g u i á n d o s e p o r lo q u e h a b í a
visto on la u n i v e r s i d a d de P a r í s , d i v i d i ó las clases, eligió los a u t o r e s ,
p r e s c r i b i ó las m a t e r i a s q u e d e b í a n e x p l i c a r s e , y o r d e n ó con tal des-
treza t o d a la m a r c h a d e los e s t u d i o s , q u e d e t o d o s los c o l e g i o s d e la
Compañía se v o l v i e r o n los ojos á Mesina, p a r a a p r e n d e r el n u e v o
m é t o d o d e enseñanza (4). T a n a c r e d i t a d o s e s t a b a n los p r o c e d i m i e n -
tos establecidos p o r el P . N a d a l , q u e t r e s años d e s p u é s , e n 1551, al
e m p e z a r s e el c o l e g i o r o m a n o , d e s e a n d o su r e c t o r , el P . B e r n a r d o
O l i v e r i o , e n t a b l a r b i e n los estudios, p i d i ó á Mesina q u e le e x p l i c a s e n
( 1 ) V é a s e el c a p . x . — ( 2 ) Reqest. S. Ignat., t. i, £. 1 8 6 . — ( 3 ) Epistolae P. Nadal,
t. i, p . 8 3 . P o l a n c o , Historia S. J., t. u, p . 2 9 . — ( 4 ) í d e m , ibid., t. i, p . 2 8 2 .
 580 LIB. I I . — S A N IGNACIO DB LOYOLA
m i n u c i o s a m e n t e el m é t o d o q u e o b s e r v a b a n . E n c a r g ó s e d e esta comi-
s i ó n el P . A n í b a l D u c o u d r a y , y d e a q u í r e s u l t ó lo q u e con r a z ó n p o -
d e m o s l l a m a r el Ratio stwUorum m á s a n t i g u o de la C o m p a ñ í a , puesto
e n p r á c t i c a p o r el P . Nadal y d e s c r i t o p o r el P . D u c o u d r a y (1).
C o m o o y e r o n los de P a l e r m o el feliz p r i n c i p i o del colegio de Me-
s i n a , n o q u i s i e r o n s e r m e n o s , y a p r o v e c h a n d o la v e n i d a del P . L a í -
n e z , á p r i n c i p i o s d e 1549, t r a t a r o n s e r i a m e n t e d e o b t e n e r do la Com-
pañía el m i s m o favor c o n c e d i d o á Mesina. La i n t e r v e n c i ó n do la vi-
r r e i n a , q u e se i n t e r e s ó v i v a m e n t e p o r esta fundación, facilitó el b u e n
d e s p a c h o del n e g o c i o , y a r r e g l a d o s los p o r m e n o r e s con D o m é n e c h y
L a í n e z , se p i d i ó á San I g n a c i o o t r a colonia d e jesuítas p a r a a b r i r las
aulas d e P a l e r m o .
Accedió g u s t o s a m e n t e á esta d e m a n d a el santo fundador, p a r a lo
cual n o d e b i e r o n m o v e r l e p o c o las n o t i c i a s q u e le h a b í a d a d o el
P . D o m é n e c h s o b r e la g r a n n e c e s i d a d q u e h a b í a e n P a l e r m o d e a l g ú n
c e n t r o d e enseñanza. H e a q u í c ó m o se e x p l i c a b a este P a d r e e n la p r i -
m e r a c a r t a q u e e s c r i b i ó d e s d e Sicilia: «Desea la s e ñ o r a v i r r e i n a de
h a c e r n o s a q u í [en P a l e r m o ] u n c o l e g i o , d e lo c u a l n o p o c o servicio
se h a r í a á n u e s t r o S e ñ o r , p o r q u e sería u n g r a n d í s i m o b i e n d e todo
este r e i n o , y p a r t i c u l a r m e n t e d e esta c i u d a d , p o r q u e a q u í h a y una
g r a n d í s i m a i g n o r a n c i a e n t r e los c l é r i g o s , cosa p a r a n o p o d e r c r e e r
si n o lo v i e s e , y b u e n a p a r t e d e ello es n o t e n e r c o m o d i d a d do estu-
d i a r , q u e a u n e n esta c i u d a d , q u e es cabeza d e l r e i n o , n o h a y una
lección p ú b l i c a e n g r a m á t i c a ; y con este c o l e g i o , u l t r a d e las p e r s o -
nas q u e allí e s t u d i a r í a n , q u e d e s p u é s con sus b u e n a s c o s t u m b r e s y
l e t r a s p o d r í a n m u c h o a p r o v e c h a r e n t o d o el r e i n o , p o d r í a n o t r o s oir
y a p r o v e c h a r s e d e las lecciones d e l c o l e g i o , c o m o está i n s t i t u i d o en
Gandía, y los c l é r i g o s t e n d r í a n de q u i é n t o m a r b u e n e j e m p l o , y j u n -
t a m e n t e e n l e t r a s y c o s t u m b r e s so p o d r í a n a p r o v e c h a r » (2).
8. F u é n o m b r a d o r e c t o r d e l f u t u r o c o l e g i o el P . Nicolás L a n o y ,
flamenco, y c o n él p a r t i e r o n á Sicilia o c h o P a d r e s y H e r m a n o s d e
d i s t i n t a s p r o v i n c i a s y naciones, q u e e n m e d i o d e g r a n d i v e r s i d a d de
g e n i o s , l e n g u a s y c a r a c t e r e s , c o n s e r v a b a n e n t r e sí la más afectuosa y
( 1 ) P u e d e v e r s e e s t e e s c r i t o e n Litterae quadrimestres, t. i, p . 3 4 9 . V é a s e c ó m o
rdfiere el h e c h o el P . P o l a n c o : aStudia vero litterarum tam diligenter Messanae trac-
tabantur, ut in collegii romani usum, hoc auno inchoati, rector ejus, Bernardas Oli-
verius, per litteras postulaverit, ut de ea ratione, quam in promovendo tu litteris suos
scholasticos servabant, aliquid scriptum ad se miüerent; quam rationem Magister
Annibal de Codretto hac ipsa aestate Romam misit.n Historia S. J., t. n , p . 2 2 1 .
( 2 ) Litterae quadrimestres, 1.1, p . 5 1 .
CAP. XVIII. OTROS JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 581
a d m i r a b l e c a r i d a d (1). E l 24 d e N o v i e m b r e de 1549 se a b r i e r o n las
clases con s o l e m n i d a d , asistiendo los v i r r e y e s á las p r i m e r a s d i s e r -
t a c i o n e s c o n q u e el P . L a n o y d a b a p r i n c i p i o á la t e o l o g í a y n u e s t r o
P e d r o d e R i b a d e n e i r a á la r e t ó r i c a . A m b o s o r a d o r e s a g r a d a r o n so-
b r e m a n e r a , a u n q u e t o d o s n o t a r o n e n ellos la g r a n d i v e r s i d a d d e es-
tilo, q u e se m o s t r ó s o b r i o y m o d e s t o en L a n o y , florido y a b u n d a n t e
en R i b a d e n e i r a (2). L o s días s i g u i e n t e s a b r i e r o n sus clases los o t r o s
maestros, p r o n u n c i a n d o cada u n o su d i s c u r s i t o s o b r e la m a t e r i a q u e
debía e n s e ñ a r . C o m o e n Mesina, a p r o v e c h a b a n los días d e fiesta e n
P a l e r m o p a r a e n s e ñ a r el catecismo á los p o b r e s , p a r a v i s i t a r las cár-
celes y p a r a o t r a s o b r a s d e caridad. E l p u e b l o e s c u c h a b a e n todas
p a r t e s la p a l a b r a de los N u e s t r o s , y así e m p e z ó f e l i c í s i m a m e n t e á v i -
vir e n Sicilia la C o m p a ñ í a , sostenida p r i n c i p a l m e n t e p o r la g l o r i o s a
pareja española d e los dos J e r ó n i m o s , D o m é n e c h y Nadal (3). C u a n d o
en 1553 se c o n s t i t u y ó e n P r o v i n c i a la C o m p a ñ í a de Sicilia, su p r i m e r
P r o v i n c i a l fué D o m é n e c h (4).
C o m o y a i n s i n u a m o s , e n el año 1549 e m p e z ó á d a r s e á c o n o c e r e n
Sicilia el j o v e n P e d r o de R i b a d e n e i r a , c u y a e n t r a d a e n la C o m p a ñ í a
r e f e r i m o s e n el c a p í t u l o p r i m e r o de este l i b r o . Á los dos años de n o -
viciado le h a b í a e n v i a d o n u e s t r o santo P a d r e á e s t u d i a r e n P a r í s , p e r o
pocos m e s e s d e s p u é s h u b o de salir p a r a L o v a i n a con D o m é n e c h y los
o t r o s H e r m a n o s españoles, p o r h a b e r d e s t e r r a d o d e P a r í s F r a n c i s c o I
á t o d o s los s u b d i t o s d e Carlos V. De L o v a i n a le e n v i a r o n á R o m a , á
p e t i c i ó n s u y a , p u e s c o m b a t i d o d e g r a v e m e l a n c o l í a , deseaba v o l v e r
al lado de San I g n a c i o p a r a consolarse con su d u l c í s i m o t r a t o . E n
R o m a p a d e c i ó u n a e n f e r m e d a d p e l i g r o s a e n el c u e r p o , y o t r a t e n t a -
ción n o m e n o s p e l i g r o s a c o n t r a la v o c a c i ó n e n el e s p í r i t u ; p e r o r e -
m e d i a d o e n una y o t r a p o r la p r u d e n c i a y s o l i c i t u d d e l santo p a t r i a r -
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., 1.1, p . 3 8 4 .
( 2 ) «.Patris Nicolai, qui theologiam erat professurus, oratio, ut gravis et modesta,
Magistri Petri autem ut elegans et plena Siciliae laudibus atque ipsius proregis. et
eloquentia, quam erat professurus, et valde bona actione pronuntiata, multum com-
mendatae sunt.y> í d e m , ibid., p . 3 8 7 .
( 3 ) L o q u e d e c i m o s a c e r c a d e los t r a b a j o s d e D o m é n e c h y N a d a l , e n Sicilia, n o es
s i n o u n b r e v í s i m o r e s u m e n d e lo q u e e s c r i b e P o l a n c o en la Historia S. J., t. i,
p p . 2 3 G - 2 4 2 , item p p . 2 8 1 - 2 8 8 , y , s o b r e t o d o , d e s d e la p . 3G5 h a s t a la 3 8 8 . E n c a d a
u n o d e estos f r a g m e n t o s p u e d e n v e r s e en las n o t a s las c a r t a s o r i g i n a l e s q u e a u n c o n -
s e r v a m o s , y q u e s i r v i e r o n , s i n d u d a , al P . P o l a n c o p a r a t e j e r su n a r r a c i ó n . S e n t i m o s
no p o d e r e x t e n d e r n o s m á s e n esta m a t e r i a , p u e s la f e c u n d i d a d d e los t r a b a j o s * a p o s -
tólicos d e D o m é n e c h y N a d a l , e n Sicilia, f u é v e r d a d e r a m e n t e p o r t e n t o s a .
( 4 ) í d e m , Historia S. J., t. n i , p . 2 1 6 .
 CAP. XVUI.—OTROS JESUÍTAS ESPAÑOLES FUERA DE ESPAÑA 583
582 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA

ceptos ó avisos p o r c é d u l a s p a r a la r e f o r m a c i ó n de s u s conciencias ó

ea, pasó á P a d u a , d o n d e c o n t i n u ó p o r a l g u n o s años la c a r r e r a d e sus
e s t a d o , sin h a b e r p r i m e r o alcanzado el d e b i d o a m o r , c r é d i t o y a u t o -
estudios, con m u e s t r a s de aventajado i n g e n i o y de m u c h a v i r t u d r e -
r i d a d con e l l o s , es m á s p a r a t o d o d e s b a r a t a r , q u e p a r a salir con lo
ligiosa. E n 1546 S a n I g n a c i o escribía al b u e n Dr. O r t i z : « P e d r o de
q u e se p r e t e n d í a » (1). D e s p u é s de la r e p r e n s i ó n le e x h o r t a I g n a c i o á
R i b a d e n e i r a está en P a d u a , d a n d o m u c h o b u e n o l o r de sí, así en cos-
n o d e s a n i m a r s e , y m u e s t r a e s p e r a n z a d e q u e , a d v e r t i d o p o r la e x p e -
t u m b r e s c o m o e n el e s t u d i o , y p e r s u a d i é n d o m e , si v i v e , s e r á para
r i e n c i a , p o d r á en a d e l a n t e , con las b u e n a s d o t e s q u e posee, p r o m o -
m u c h o , y v e r o s i e r v o del S e ñ o r n u e s t r o » (1).
v e r m u c h o la g l o r i a de Dios. No salió fallido el p r o n ó s t i c o del santo,
Dos años y m e d i o pasó e n Sicilia R i b a d e n e i r a o c u p a d o en e n s e ñ a r
p u e s c o m o a d e l a n t e v e r e m o s , P o l a n c o fué u n p r o d i g i o de actividad
r e t ó r i c a , a y u d a n d o en lo q u e podía á los o t r o s m i n i s t e r i o s de la Com-
y u n m o d e l o de p r u d e n c i a . P o c o s días d e s p u é s de d i r i g i r l e esta carta,
p a ñ í a , p u e s a u n n o estaba o r d e n a d o do s a c e r d o t e . C u a n d o e n R o m a
lo escogió San I g n a c i o p a r a s e c r e t a r i o s u y o , oficio q u e P o l a n c o des-
se t r a t ó de a b r i r el c o l e g i o g e r m á n i c o p o r el o t o ñ o d e 1552, fué lla-
e m p e ñ ó , n o sólo en v i d a d e San I g n a c i o , sino de sus dos sucesores,
m a d o R i b a d e n e i r a p a r a e n s e ñ a r en a q u e l c o l e g i o , y él fué q u i e n p r o -
hasta la m u e r t e de San F r a n c i s c o de Borja.
n u n c i ó el d i s c u r s o i n a u g u r a l con m u c h o aplauso de los c i r c u n s t a n -
11. Algo p u d i é r a m o s a ñ a d i r acerca de o t r o s P a d r e s españoles q u e
tes (2). E n 1553 r e c i b i ó las s a g r a d a s ó r d e n e s , y d e s d e e n t o n c e s s i r v i ó
ya e n v i d a de San I g n a c i o t r a b a j a r o n fuera d e E s p a ñ a , p e r o es n e c e -
á la C o m p a ñ í a , c o m o a d e l a n t e v e r e m o s , en los c a r g o s m á s i m p o r t a n -
tes de g o b i e r n o d u r a n t e u n o s v e i n t e a ñ o s . sario l i m i t a r s e . Sólo a ñ a d i r e m o s dos p a l a b r a s s o b r e lo q u e h i c i e r o n
los P a d r e s españoles en el colegio r o m a n o . S e g ú n la idea de San I g -
9. C o n R i b a d e n e i r a e s t u d i a b a e n P a d u a e l P . J u a n d e P o l a n c o , el
n a c i o , debía s e r este c o l e g i o c o m o u n m o d e l o de t o d o s los colegios
cual acabó su c a r r e r a el año 1546, y o r d e n a d o d e s a c e r d o t e , dio fer-
d e la C o m p a ñ í a . Edificado e n el c e n t r o del o r b e católico y ante los
v o r o s o p r i n c i p i o á sus m i n i s t e r i o s apostólicos, p r i m e r o en P i s t o y a y
ojos del S u m o P o n t í f i c e , había de r e c i b i r en su seno á l o s jesuítas de
d e s p u é s e n P r a t o y F l o r e n c i a . E n la p r i m e r a c i u d a d a p r o v e c h ó nota-
todas las n a c i o n e s , los cuales a p r e n d e r í a n allí la m á s p u r a d o c t r i n a
b l e m e n t e al p u e b l o con sus s e r m o n e s , p e r o el p r i n c i p a l fruto q u e
católica, se a d i e s t r a r í a n en los m é t o d o s p e d a g ó g i c o s d e la Compa-
r e c o g i ó fué el e n f e r v o r i z a r con los E j e r c i c i o s al s e ñ o r obispo, el cual,
ñ í a , y l u e g o d i f u n d i r í a n e n sus r e s p e c t i v o s países las sabias enseñan-
d e s d e e n t o n c e s , e m p e z ó á p r e d i c a r y d e s e m p e ñ a r c o n suma d i l i g e n -
zas r e c i b i d a s e n R o m a (2).
cia t o d o s los oficios p a s t o r a l e s . E n P r a t o y F l o r e n c i a c o n s i g u i ó tam-
Si al g e n i o d e San I g n a c i o so d e b i ó la idea d e l colegio r o m a n o , la
b i é n P o l a n c o felices r e s u l t a d o s con su f e r v o r o s a p r e d i c a c i ó n . No obs-
t a n t e , s u m i s m o f e r v o r y la i n e x p e r i e n c i a j u v e n i l le h i c i e r o n c o m e t e r e j e c u c i ó n d e esta idea fué o b r a p r i n c i p a l m e n t e d e la g e n e r o s i d a d d e
algunas indiscreciones. San F r a n c i s c o de Borja. C u a n d o en O c t u b r e de 1550 e n t r ó , c o m o v i -
m o s , con a p a r a t o de d u q u e en la Ciudad E t e r n a , p u s o e n m a n o s de
10. La p r i n c i p a l fué q u e , apenas llegó á F l o r e n c i a , a n i m a d o , sin
S a n I g n a c i o u n a s u m a d e c i n c o ó seis m i l d u c a d o s q u e h a b í a l l e v a d o
d u d a , d e l f a v o r q u e d i s p e n s a b a n á la Compañía los d u q u e s , e m p e z ó
consigo (3). Al r e c i b i r este d i n e r o el santo p a t r i a r c a , j u z g ó q u e era
á e x h o r t a r á éstos á la v i r t u d , y a u n á d a r l e s p o r escrito r e g l a s p a r a
l l e g a d a la h o r a de p o n e r e n planta la idea d e l c o l e g i o r o m a n o . H i z o
b i e n v i v i r y g o b e r n a r s u s estados. E s t o a r r o j o d e u n j o v e n q u e r e -
q u e la s u m a se depositase en m a n o s d e u n p r o c u r a d o r s e g l a r , p a r a
cién l l e g a d o se p o n í a á d a r l e s consejos con t a n t a a u t o r i d a d , p r o d u j o
q u e n i u n c é n t i m o de a q u e l capital pasase á la casa profesa (4). T r e s
e n los d u q u e s u n m o v i m i e n t o c o n t r a r i o d e desvío é i n d i g n a c i ó n .
Noticioso San I g n a c i o d e lo o c u r r i d o , d i r i g i ó á P o l a n c o u n a b u e n a
r e p r e n s i ó n , e n c a r g á n d o l e s e r m á s m i r a d o e n lo q u e hacía, s o b r e t o d o (1) Cartas de San Ignacio, t. I, p . 3 2 7 .
t r a t a n d o c o n g e n t e t a n alta. « Á u n o s s e m e j a n t e s s e ñ o r e s , le d i c e , y ( 2 ) aVoluit P. Ignatius delectum haberi auctorum et doctrinae a Nostris audiendae
d e t a n b u e n e j e m p l o , y c o n m u c h a razón e s t a n d o e n c o n t i n u a vigilia in ómnibus facultalibus, et romanum hoc collegium velutformam quamdam aliis,ubi-
cumque disciplinae Nostris traderentur, pro forma et exemplo esse volebat, et lúe, in
[ o b s e r v a c i ó n ] d e los q u e les son f a v o r a b l e s ó c o n t r a r i o s , d a r l e s p r e -
oculis Sedis Apostolicae et orbis christiani, hoc institutum collegiorum sui specimen
praebere cupiebat.» P o l a n c o , Hist. S. J., t. n i , p . 9.
( 3 ) P o l a n c o , Hist. S. J., t. II, p . 1 3 .
(1) Cartas de San Ignacio, t . l , p . 2 3 6 . Cf. P r a t . Histoire du P. Ribadeneira,!. i.
( 4 ) í d e m , ibid., p . 1 6 5 .
( 2 ) V i d e S t e i n b u b e r , Geschichtedes Collegium GermanicumHungaricum, 1 . 1 , p . íb.
 584 LIB. II.—SAN IGNACIO DE LOYOLA

m e s e s d e s p u é s , e l 18 d e F e b r e r o d e 1551, c a t o r c e j ó v e n e s r e l i g i o s o s
d e la C o m p a ñ í a , bajo la d i r e c c i ó n d e l P . J u a n P o l l e t i e r , francés, se
alojaban e n u n a m o d e s t a casa d e la Vía C a p i t o l i n a , y d a b a n p r i n -
cipio al célebre colegio q u e tan inmensos bienes había d e difundir
e n la C o m p a ñ í a y e n t o d a la Iglesia. Á los p o c o s m e s e s sucedió a l Pa-
d r e P e l l e t i e r e l P . B e r n a r d o O l i v e r i o , y fué n e c e s a r i o c a m b i a r d e
casa p o r s e r m u c h o s l o s N u e s t r o s l l a m a d o s á e s t u d i a r e n R o m a , y
CAPITULO XIX
p o r i r c r e c i e n d o cada día e l n ú m e r o d e j ó v e n e s s e g l a r e s q u e fre-
c u e n t a b a n n u e s t r a s aulas. C o m o es d e s u p o n e r , n o se a b r i e r o n d e s d e JESUÍTAS ESPAÑOLES E N PORTUGAL. — VISITA DEL P. MIGUEL D E TORRES
l u e g o todas las clases q u e d e s p u é s se h a b í a n d e d e s e m p e ñ a r . Con-
t e n t á r o n s e los N u e s t r o s e n 1551 c o n e n s e ñ a r las l e t r a s h u m a n a s (1).
1552
Á l o s d o s años y m e d i o , e n O c t u b r e d e 1553, h a b i e n d o r e c i b i d o e n
su seno la C o m p a ñ í a a l g u n o s m a e s t r o s i n s i g n e s , d e t e r m i n ó S a n I g -
SUMARIO: 1 . E s t a d o d e l a p r o v i n c i a d e P o r t u g a l e n 1 5 5 2 . — 2 . T e n t a t i v a s p a r a sacar
n a c i o a c o m e t e r la e n s e ñ a n z a d e las facultades m a y o r e s . P a r a d a r d e ella a l P . S i m ó n R o d r í g u e z . — 3 . V a é s t e á R o m a e n 1 5 5 1 , y v u e l v e l u e g o á
p r i n c i p i o á esta o b r a s e d i e r o n a l p ú b l i c o t r e s actos s o l e m n e s , u n o P o r t u g a l . — 4 . E l P . M i r ó n es e n v i a d o á C o i m b r a en 1551.—5. A principios de
de teología, o t r o d e filosofía y e l t e r c e r o d e r e t ó r i c a , s e g ú n la for- 1552 n o m b r a S a n I g n a c i o P r o v i n c i a l d e P o r t u g a l al P . M i r ó n , y v i s i t a d o r al P . M i -
g u e l d e T o r r e s , m a n d a n d o q u e a c o m p a ñ e á é s t e e n l a v i s i t a S a n F r a n c i s c o d e Bor-
ma a c o s t u m b r a d a e n las a n t i g u a s u n i v e r s i d a d e s .
ja.—6. N o e n t r a n en Portugal Torres y Borja.—7. Mudanza d e Provinciales ejecu-
T r e s españoles h i c i e r o n e l gasto p r i n c i p a l e n esta s o l e m n i d a d lite- t a d a e l 3 d e M a y o d e l 5 5 2 . — 8 . G r a v e s t u r b a c i o n e s o c a s i o n a d a s p o r la p r e s e n c i a d e l
r a r i a . E l P . M a r t í n d e Olave defendió s i n p r e s i d e n t e e l acto d e t e o - P . Simón R o d r í g u e z . — 9 . E l P . Mirón e m p r e n d e la reforma d e la provincia con
logía. É l d i s e r t ó y él satisfizo á t o d o s los a r g u m e n t o s , d a n d o g a l l a r d a poco t i n o y m u c b a p r e c i p i t a c i ó n . — 1 0 . L o s P a d r e s p o r t u g u e s e s l l a m a n al P . T o -
r r e s . — 1 1 . É s t e e n v í a a l P . S i m ó n R o d r í g u e z á la p r o v i n c i a d e A r a g ó n , y a r r e g l a n d o
m u e s t r a , n o m e n o s d e ciencia sólida q u e d e fácil y e l o c u e n t e e x p r e -
á m e d i a s la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l , v u é l v e s e á S a l a m a n c a p o r S e t i e m b r e d e 1 5 5 2 . —
sión. E l acto d e filosofía lo d e f e n d i ó c o m o a l u m n o e l P . T e o d ó r i c o 12. S i g u e n l a s t u r b a c i o n e s y defecciones.—13. Calumnias horribles contra San
G e r a r d i , y lo p r e s i d i ó c o m o m a e s t r o el D r . Baltasar d e T o r r e s , m ó - I g n a c i o . — 1 4 . R e f ú t a n l a s los P P . Francisco Enríquez y L u i s González d e Cá-
dico español r e c i é n a d m i t i d o e n la C o m p a ñ í a (2). P o r fin, e l acto d e m a r a . — 1 5 . L l a m a n d e n u e v o a l P . T o r r e s , el c u a l l l e g a p o r N o v i e m b r e d e 1 5 5 2 . —
16. H a c e l a v i s i t a e n t o d a r e g l a y el e x p u r g o g e n e r a l d e l a p r o v i n c i a . — 17. N ú -
r e t ó r i c a lo d e s e m p e ñ ó el j o v e n v a l e n c i a n o B e n i t o P e r e i r a , bajo la
m e r o d e l o s s a l i d o s d e la C o m p a ñ í a . - — 1 8 . C a r t a d e S a n I g n a c i o , e n l a q u e s e
presidencia del P . Fulvio Cárdulo. De este m o d o empezó e l colegio a p r u e b a lo h e c h o p o r e l P . T o r r e s .
más c é l e b r e d e la C o m p a ñ í a , i d e a d o p o r u n e s p a ñ o l , fundado c o n el
d i n e r o d e o t r o español, y a l e n t a d o c o n la ciencia d e m a e s t r o s es- FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1. Cartas de San Ignacio de Loyola.—2. Constitutiones S. J.
latinae et hispanicae.—3. Causa P. Sitnonis Rodríguez.—4. Cartas y otros escritos delB. Pedro
pañoles.
Fabro.—5. Epistolae P. Laines.—ü. Epistolae P. Nadal.—7. Epistolae mixtae.—8. Litterae
quadrimestres.—9. P o l a n c o , Historia S. J.—10. R i b a d e n e i r a , Persecuciones déla Compañía.—

( 1 ) P o l a n c o , Hist. S. J., t. l i , p . 1 6 6 . 11. Biblioteca de É v o r a , C

^ " 1
.
( 2 ) V é a s e s u v o c a c i ó n e n P o l a n c o , Hist. S. J., t. n i , p . 2 0 4 , y lo r e k t i v o a e s t o s
a c t o s , e n el m i s m o t o m o , p . 8.
1. E n n i n g ú n país p r e s t a r o n l o s P a d r e s españoles á la C o m p a ñ í a
u n servicio tan singular y al mismo tiempo tan importante, como
e n ol r e i n o d e P o r t u g a l (1). E n o t r a s r e g i o n e s v e m o s á n u e s t r o s

( 1 ) A l leer e s t e c a p í t u l o y el s i g u i e n t e s e s o r p r e n d e r á n q u i z á a l g u n o s d e n u e s t r o s
l e c t o r e s , v i e n d o c u á n t o difiere nuestra narración d e la q u e escribieron sobre los
mismos sucesos otros autores, principalmente el P. B a l t a s a r T é l l e z (Chronica da
Companhia de Jesús na Provincia de Portugal, t . i, p . 5 7 2 ) , y e l P. B a r t o l o m é A l -
586 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOVOLA
CAr. XIX. JKSUÍ TAS ESPAÑOLES EN PORTUGAL.—VISITA DEL I'. TORRES 587

c o m p a t r i o t a s a s e n t a r l o s f u n d a m e n t o s d e la Compañía, y d a r ol p r i -
p e n i t e n t e y apostólica, h a b í a d e d e r r a m a r su s a n g r e p o r Cristo e n
m e r i m p u l s o á los m i n i s t e r i o s a p o s t ó l i c o s . E n P o r t u g a l , p o r el con-
M o n o m o t a p a ; L u i s de Grana, e l f u t u r o P r o v i n c i a l d e l Brasil; M e l c h o r
t r a r i o , i n t e r v i e n e n los P a d r e s españoles p a r a m o d e r a r ol m o v i m i e n t o
Núñez B a r r e t o , el p r i m e r p a t r i a r c a d e E t i o p í a , q u e m u r i ó s a n t a m e n t e
y p a r a e n c a u z a r la v i d a religiosa, algo t r a s t o r n a d a p o r el s ú b i t o y n o
en Goa sin p o d e r e n t r a r en su misión; M e l c h o r C a r n e i r o , q u e e l e v a d o
b i e n o r d e n a d o c r e c i m i e n t o de la P r o v i n c i a . P a r a e n t e n d e r b i e n la
d e s p u é s á la d i g n i d a d episcopal, la e j e r c i t ó en n u e s t r a s m i s i o n e s d e l
acción d e los P P . D i e g o M i r ó n , M i g u e l d e T o r r e s , F r a n c i s c o d e Vi-
e x t r e m o O r i e n t e , y el P . M a n u e l G o d i n h o , á q u i e n v e r e m o s r e c t o r
l l a n u e v a , J e r ó n i m o Nadal y F r a n c i s c o de Borja, e n P o r t u g a l , h a b r e -
de C o i m b r a (1). E n 1544, m o v i d o p r i n c i p a l m e n t e p o r los e j e m p l o s d e l
m o s d e t o m a r el a g u a d e m á s a r r i b a y e x p l i c a r a l g ú n t a n t o la vida d e
B. P e d r o F a b r o , se r e s o l v i ó á e n t r a r e n la C o m p a ñ í a L u i s González
la C o m p a ñ í a e n el v e c i n o r e i n o .
d e C á m a r a , hijo d e l capitán m a y o r d e la isla d e la M a d e r a . E s t u d i a b a
Desde q u e e n 1540 se p r e s e n t a r o n e n L i s b o a el P . S i m ó n R o d r í g u e z
entonces teología en Coimbra, y como sus poderosos parientes hi-
y San F r a n c i s c o J a v i e r , t o d o había s u c e d i d o e n P o r t u g a l á la Compa-
ciesen esfuerzos p a r a r e t e n e r l e e n el siglo, e n v i á r o n l e l o s s u p e r i o -
ñía con s u m a p r o s p e r i d a d . La a b n e g a c i ó n y celo a p o s t ó l i c o de q u e
r e s al c o l e g i o d e Valencia en 1545, y allí e m p e z ó su n o v i c i a d o . E s t e
d i e r o n g a l l a r d a m u e s t r a los dos P a d r e s , les a t r a j e r o n m u y p r o n t o la
h o m b r e i n s i g n e , q u e h a b í a de a r r a n c a r á la h u m i l d a d de San I g n a -
v e n e r a c i ó n , así del r e y y de la c o r t e c o m o del estado eclesiástico y
cio la p r i m e r a r e l a c i ó n d e su vida, q u e había de ser el p r i m e r Asis-
d e l p u e b l o . E l p i a d o s o J u a n I I I , q u e n o sin dificultad dejó p a r t i r
t e n t e d e P o r t u g a l y e l e d u c a d o r d e l r e y D. S e b a s t i á n , fué y a d e s d e
p a r a la I n d i a á San F r a n c i s c o J a v i e r , t r a t ó de a s e n t a r s ó l i d a m e n t e la
su j u v e n t u d u n o de los h o m b r e s p r o v i d e n c i a l e s e n los sucesos q u e
Compañía en sus estados, y p a r a esto fundó el h e r m o s o colegio de
v a m o s á r e f e r i r (2). U n año d e s p u é s i m i t a b a su e j e m p l o su p r i m o
C o i m b r a . U n o s p o c o s j e s u í t a s , p a r t e a d m i t i d o s en el país, p a r t e en-
D. L e ó n E n r í q u e z , j o v e n e n t o n c e s d e g r a n d e s esperanzas, y q u e con
v i a d o s d e o t r a s r e g i o n e s p o r San I g n a c i o , d i e r o n p r i n c i p i o á este cé-
el t i e m p o h a b í a de s e r P r o v i n c i a l de P o r t u g a l y confesor del c a r d e -
l e b r e colegio, el año 1541, bajo la d i r e c c i ó n d e l j o v e n v a l e n c i a n o
nal infante.
D i e g o Mirón, q u e t o d a v í a n o e r a s a c e r d o t e (1). A l g u n o s años d e s p u é s ,
E n t r e las filas de n u e s t r a s c o m u n i d a d e s se confundían o t r o s h o m -
el c a r d e n a l infante D. E n r i q u e , h e r m a n o del r e y , n o s fundó el cole-
b r e s q u e con el t i e m p o d e b í a n d i s t i n g u i r s e , y a p o r sus t a l e n t o s e n
g i o d e É v o r a . B r o t a r o n tan n u m e r o s a s las v o c a c i o n e s á la Compañía,
las c á t e d r a s , y a p o r su h e r o í s m o e n las m i s i o n e s . E l f e r v o r c o n q u e
q u e á p r i n c i p i o s de 1552 l l e g a r o n á c o n t a r s e trescientos diez y ocho
e m p e z a b a n casi t o d o s la c a r r e r a d e la v i r t u d e r a s i n g u l a r y e x t r a o r -
p o r t u g u e s e s q u e h a b í a n v e s t i d o n u e s t r a sotana (2).
d i n a r i o . Y a u n q u e , p o r ser la m a y o r í a j ó v e n e s e s t u d i a n t e s , n o p o d í a n
E n t r e ellos se d i s t i n g u í a n i n d i v i d u o s d e la p r i m e r a nobleza, y
e j e r c i t a r s e t a n t o e n los m i n i s t e r i o s con los p r ó j i m o s , s i n e m b a r g o ,
o t r o s q u e p o r sus v i r t u d e s y t a l e n t o s h a b í a n de p r o s t a r i m p o r t a n t e s
los v a l i e n t e s s e r m o n e s q u e p r e d i c a b a n a l g u n o s jesuítas, a u n a n t e s d e
s e r v i c i o s á la C o m p a ñ í a . Ya en 1543 h a b í a n e n t r a d o D. R o d r i g o d e Me-
r e c i b i r el s a c e r d o c i o , las e x c u r s i o n e s apostólicas q u e e m p r e n d i e r o n
n e s e s , hijo del g o b e r n a d o r d e Lisboa; D. Gonzalo do Silveira, n a c i d o
o t r o s c o n p a s m o s o fruto de las almas (3), y el celo d e la g l o r i a d e
e n A l m e i r í n d e los c o n d e s d e S o r t e l h a , el q u e , d e s p u é s de u n a vida
Dios q u e a r d í a e n t o d o s , les g r a n j e a r o n m u y p r o n t o la m á s p r o f u n d a
v e n e r a c i ó n d e l católico p u e b l o p o r t u g u é s , q u i e n e m p e z ó á d e s i g n a r
c a z a r 'Cronohistoria de la Provincia de Toledo, t. l , p . 2 4 3 ) . P a r a e n t e n d e r e s t a d i - á los N u e s t r o s con el e s t u p e n d o d i c t a d o d e Apóstoles (4). ¡Magníficos
f e r e n c i a t é n g a s e p r e s e n t e , q u e e s t o s a u t o r e s e s c r i b i e r o n en n u e s t r a p e n í n s u l a , el p r i -
m e r o u n s i g l o , y el s e g u n d o siglo y m e d i o d e s p u é s d e los a c o n t e c i m i e n t o s . C o m o n o
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 1 4 2 . P u e d e n v e r s e m á s n o t i c i a s s o b r e e s t o s B u j e t o s
c o n o c í a n los d o c u m e n t o s p r i m i t i v o s d e p o s i t a d o s e n n u e s t r o a r c h i v o , n o teDÍan m e -
e n la C r ó n i c a c i t a d a d e l P . B a l t a s a r Téllez, 1. i, c. x x n y s i g u i e n t e s .
d i o s p a r a a p r e c i a r d e b i d a m e n t e el c a r á c t e r d e los s u c e s o s . P u b l i c a d o s a h o r a estos
( 2 ) S o b r e el l i n a j e d e l P . C á m a r a v é a s e á T é l l e z , ibid., t. i, p . 1 9 7 .
d o c u m e n t o s e n Monurnenta histórica S. J., h a s i d o n e c e s a r i o r e h a c e r d e s d e sus ci-
( 3 ) Vide Litterae quadrimestres, t. I, p . 1 7 .
m i e n t o s la h i s t o r i a d e los h e c h o s q u e v a n á s e r o b j e t o d e e s t o s d o s c a p í t u l o s .
( 4 ) V é a s e lo q u e e s c r i b í a e l P . J u a n d e A r a g ó n el 5 d e J u n i o d e 1 5 4 8 ; « E s t e -
( 1 ) P u e d e v e r s e la r e l a c i ó n c i r c u n s t a n c i a d a d e los p r i n c i p i o s d e e s t e c o l e g i o y las
n i d o p o r i n f a m e el h o m b r e q u e n o v a á e B t o s s e r m o n e s [ d e los j e s u í t a s ] , y p o n d é -
l i b e r a l i d a d e s q u e c o n él u s ó J u a n I I I , en el P . B a l t a s a r T é l l e z , Chronica da Compa-
r a s e e s t o t a n t o , q u e d i c e n del t a l : « F u l a n o es h o m b r e q u e n o v a á oir p r e d i c a r l o s
nkia de Jesús , t. i, p . 9 4 .
s a p ó s t o l e s . » O t r a s v e c e s d i c e n : « T u r c o s e r l a q u i e n n o f u e s e á e s t o s s e r m o n e s . » Epis-
( 2 ) Epistolae mixtae, t. i n , p . 2 5 .
tolae mixtae, t . i, p . 5 1 5 .
 588 LIB. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
p r i n c i p i o s , q u e p a r e c í a n a s e g u r a r á la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l la m á s
p r ó s p e r a y fecunda v i d a religiosa!
P o r d e s g r a c i a , faltó á tan g r a n m o v i m i e n t o la c o n v e n i e n t e d i r e c -
c i ó n . E l S u p e r i o r d e los N u e s t r o s e n P o r t u g a l e n t o d o s estos d o c e
años, fué el P . S i m ó n R o d r í g u e z , p r i m e r o s i n t í t u l o d e f i n i d o , y d e s -
p u é s con el t í t u l o do P r o v i n c i a l , q u e San I g n a c i o le confirió on
1546 (1). E s t e P a d r e , u n o d e los n u e v e q u e a y u d a r o n al santo pa-
t r i a r c a e n la f u n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a , a u n q u e estaba d o t a d o d e
m u c h a s v i r t u d e s y d o n e s s o b r e n a t u r a l e s , tenía el defecto d e s o r in-
c o n s t a n t e en su p r o c e d e r , dejándose l l e v a r de í m p e t u s y f e r v o r e s in-
d i s c r e t o s , y al m i s m o t i e m p o p e c a b a de b l a n d o y c o n d e s c e n d i e n t e e n
e l g o b i e r n o d e s u s s u b d i t o s (2). P a r e c e q u e p o n í a la' fuerza d e l g o -
b i e r n o m á s e n la e x h o r t a c i ó n q u e e n la d i r e c c i ó n . De a q u í p r o v i n o
q u e , si b i e n infundió e n s u s s u b o r d i n a d o s deseos f e r v o r o s o s d e la
p e r f e c c i ó n , n o les i m p r i m i ó el e s p í r i t u de o b e d i e n c i a , t a n necesa-
r i o e n la C o m p a ñ í a . F a l t o s d e esta v i r t u d , q u o e s e l a l m a d e n u e s t r a
O r d e n , e m p e z a r o n m u c h o s de los N u e s t r o s á d e c a e r en el e s p í r i t u , y
se o b s e r v ó u n f e n ó m e n o , e x t r a ñ o á p r i m e r a v i s t a , p e r o m u y n a t u r a l ,
c o m o l o s a b e n los m a e s t r o s d e e s p í r i t u , y e r a , q u e los m i s m o s q u e
h a b í a n e m p r e n d i d o con f e r v o r la v i d a r e l i g i o s a , y se h a b í a n tal v e z
e x c e d i d o en p e n i t e n c i a s y a u s t e r i d a d e s , se pasaban d e s p u é s al e x t r e -
m o o p u e s t o de b u s c a r su r e g a l o y v i v i r con l i b e r t a d .
Mas c u a n d o h a b l a m o s d e d e c a d e n c i a , n o se c r e a q u e p o r esta pa-
l a b r a e n t e n d e m o s u n a relajación, c o m o a q u e l l a s q u e o c u r r í a n e n los
m o n a s t e r i o s de la E d a d Media. No; p o r la m i s e r i c o r d i a do Dios n o se
c o m e t í a n en n u e s t r a s casas d e P o r t u g a l p e c a d o s g r a v e s , p e r o t o l e r á -
b a n s e c i e r t a s faltas q u e e n la C o m p a ñ í a n o se d e b e n h a b i t u a l m e n t e
tolerar. Estas eran: P r i m e r a . Alguna ingerencia de nuestros superio-
r e s , s o b r e t o d o d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z , e n n e g o c i o s c o r t e s a n o s (3).
S e g u n d a . C o n p r e t e x t o d e q u e n u e s t r a v i d a es c o m ú n e n l o e x t e r i o r ,
b u s c a r m á s de lo j u s t o las c o m o d i d a d e s y r e g a l o s (4). T e r c e r a . E x c e -
s i v a c o n d e s c e n d e n c i a d e ' l o s s u p e r i o r e s c o n los s u b d i t o s , t a n t o , q u e ,
c o m o dice el P . C á m a r a , los s u b d i t o s q u e d a b a n p o r s u p e r i o r e s (5).
C u a r t a . F a l t a r á la c a r i d a d f r a t e r n a d e u n m o d o b a s t a n t e n o t a b l e , s i n
( 1 ) V i d e Cartas de San Ignacio, t. i, p . 2 9 0 .
( 2 ) C o n o c i d a es la t e n t a c i ó n d e h a c e r s e e r m i t a ñ o q u e t u v o el P . S i m ó n e n B a s s a -
n o . ( V i d e O r l a n d i n i , Ilist. S.J., 1. n , n . 1 9 . ) L a c a r t a q u e l u e g o c i t a m o s d e P o l a n c o ,
y o t r a s q u e se c o n s e r v a n d e l P . C á m a r a e n el p a q u e t e Causa P. Simonis, manifies-
t a n q u e la i n c o n s t a n c i a e r a el d e f e c t o c a p i t a l d e e s t e P a d r e .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 3 8 . — ( 4 ) Ibid., p . 47.—(5) Ibid., p . 4 1 .
CAC XIX.—JESUÍTAS ESPAÑOLES EN rORTUGAL.—VISITA DEL I». TORRES 589
d u d a p o r n o t e n e r mortificadas las p a s i o n e s (1). F i n a l m e n t e ( y esto
fué lo q u e h i r i ó m á s e n lo v i v o á San I g n a c i o ) , n o so e n t e n d í a n i
p r a c t i c a b a la santa o b e d i e n c i a , s e g ú n el e s p í r i t u de la Compañía, sino
q u e los s u b d i t o s se t o m a b a n la l i b e r t a d d e d i s c u t i r las ó r d e n e s d e l o s
s u p e r i o r e s , y tal v e z les decían e n su c a r a : «No es b i e n q u e y o h a g a
esto. No d e b i e r a i s m a n d a r m e a q u e l l o » (2).
E s t a s faltas, c o m o se v e , n o c o n s t i t u í a n p e c a d o s m o r t a l e s ; p e r o si
se a r r a i g a b a n con la c o s t u m b r e , a m e n a z a b a n v i c i a r el e s p í r i t u d e la
C o m p a ñ í a , y h u b i e r a n c o n d u c i d o i n e v i t a b l e m e n t e á g r a v e s caídas.
La escasa c o m u n i c a c i ó n q u e t e n í a con San I g n a c i o e l P . S i m ó n R o -
d r í g u e z , y el d o m i n i o q u e fué a d q u i r i e n d o e n las cosas d e P o r t u g a l ,
g u i á n d o l a s ú n i c a m e n t e p o r su p r o p i o j u i c i o , e m p e o r a r o n la s i t u a c i ó n
é h i c i e r o n dificilísimo el r e m e d i o .
2. E m p e z a r o n á l l e g a r á R o m a avisos d e q u e n o a n d a b a b i e n la
p r o v i n c i a do P o r t u g a l . E l p r i m e r o p a r e c e q u e l o d i e r o n los P a d r e s
F a b r o y A r a o z el año 1545 (3). D e s e a n d o San I g n a c i o e n t e n d e r d e raíz
el m o d o d e p r o c e d e r q u e se o b s e r v a b a e n a q u e l l a p r o v i n c i a , l l a m ó
á R o m a al P . S i m ó n R o d r í g u e z e n a q u e l m i s m o año (4). No p u d o eje-
c u t a r s e esta o r d e n p o r q u e J u a n I I I se o p u s o r e s u e l t a m e n t e á q u e sa-
l i e r a d e sus estados e l P . S i m ó n (5). P a s a r o n c u a t r o a ñ o s , y e n esto
( 1 ) P o l a n c o , Hist. S. J., t. i l , p . 7 0 8 .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. n i , p . 1 5 5 .
( 3 ) Cartas y otros escritos del B. Pedro Fabro, t . i, p . 2 4 7 . E n e s t a c a r t a , q u e es
la 5 8 , escrita á 9 d e E n e r o y r e c i b i d a á 2 5 d e M a r z o d e 1545 ( v é a s e p á g . 2 4 9 ) , h a c e
el B . F a b r o u n e l o g i o c u m p l i d o d e l c o l e g i o d e C o i m b r a . « D e s e s e n t a y t a n t a s p e r s o -
n a s q u e e s t á n e n e s t a c a s a , d i c e , n o h a y al p r e s e n t e n i n g u n o q u e n o esté m u y a d e -
l a n t e , asi p a r a q u e r e r c a d a d í a c r e c e r s o b r e lo c o m e n z a d o , c o m o p a r a p e r s e v e r a r
usque in finem; ha}- m u c h a p a z y c o n c o r d i a e n t r e t o d o s ; h a y a m o r f r a t e r n a l ; h a y o b e -
d i e n t e h u m i l d a d p a r a en t o d o y p o r t o d o o b e d e c e r á los q u e g o b i e r n a n . L a o r d e n ,
p u e s , a s í p a r a m a n t e n e r los oficios c o r p o r a l e s c o m o p a r a los e s t u d i o s d e l e t r a s y los
e j e r c i c i o s d e l e s p í r i t u , se h a l l a a q u í , n o d i g o c o n f o r m e al p a r e c e r y o r d e n d e m i
s a b e r i n o r d i n a d o é i n a g i b l e , p e r o d e la m a n e r a q u e m e p a r e c e d e s e a V . R.» P a r e c e
i m p o s i b l e a l a b a r m á s á u n c o l e g i o d e la C o m p a ñ í a . Y . s i n e m b a r g o , al fin d e l a m i s -
m a carta hace F a b r o á San Ignacio la advertencia siguiente: «El P . Araoz ve
m á s , y p o r v e n t u r a m e j o r , lo i m p e r f e c t o d e a c á , p o r h a b e r e s t a d o m á s t i e m p o e n
e s t a s p a r t e s . T o d a v í a n o es i n c o n v e n i e n t e q u e V . R. h a g a s u c u e n t a c o n J e s u c r i s t o ,
sabiendo de cómo todos somos sujetos á sentimientos extraños y á varios espíritus,
y q u e l a s c o s a s m u y d i f e r e n t e m e n t e p a r e c e n c u a n d o s e c o n t e m p l a n e n sí y c u a n d o
se c o n s i d e r a n prout apprehenduntur in nobis ac sentiuntur. A mí todo me podrá pa-
r e c e r o r o lo q u e á o t r o p a r e c e r á l o d o . » P o r e s t a s p a l a b r a s se v e q u e , a u n q u e F a b r o
n a d a s o s p e c h a b a d e m a l o , y a e m p e z a b a n los recelos d e q u e n o e r a o r o t o d o lo q u e
r e l u c í a en la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l .
( 4 ) Cartas de San Ignacio, t I, p . 1 9 4 .
( 5 ) Ibid., p. 222.
 590 Lili. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XIX.—.1ESUÍTA8 ESPAÑOLES EN PORTUGAL.—VISITA DEL P. TORRES 591

t i e m p o se fueron m a n i f e s t a n d o cada v e z m á s los defectos d e l P . R o - s u p e r s o n a de S i m ó n , el cual nominatim-pide á J a i o ó D o m é n e c h » (1).

d r í g u e z , así e n s u p r o c e d e r p e r s o n a l , c o m o e n el g o b i e r n o de la p r o -
v i n c i a . P e n s ó s e , p u e s , en s u s t i t u i r l e c o n el P . J e r ó n i m o D o m é n e c h ,
y c u a n d o el P . Laínez se h a l l a b a e n Ñ a p ó l e s á p r i n c i p i o s d e 1549, de
c a m i n o p a r a Sicilia, le e n c a r g ó San I g n a c i o q u e p r o c u r a s e c o n s e g u i r
d e los v i r r e y e s J u a n d e Vega y L e o n o r O s o r i o , q u e p e r m i t i e s e n al
P . Doménech dirigirse á Portugal.
P a r a a n i m a r l e á t o m a r con calor este n e g o c i o y d e m o s t r a r l e t o d a
la g r a v e d a d del a s u n t o , a ñ a d i ó P o l a n c o la s i g u i e n t e c a r t a : «Para q u e
esté V. R. m á s al cabo de la n e c e s i d a d q u e h a y de p r o v e e r á las cosas
de P o r t u g a l , e s p e r o e n v i a r a q u í la s u m a ó copia d e a l g u n a s l e t r a s
de M. S i m ó n , q u e á d e c i r l o c o m o acá se s i e n t e , m u e s t r a n en él a n t e s
t e n t a c i ó n q u e o t r a m e n t e [ o t r a c o s a ] . P o r q u e e n 9 y 10 d e O c t u b r e
e s c r i b e , q u e está m u y m o v i d o y d e t e r m i n a d o d e irse sin licencia d e l
r e y á las I n d i a s , l l e v a n d o consigo ( q u e esto se sabe p o r o t r a s letras)
m á s d e diez ó d o c e d e l c o l e g i o ; y era su d i s e ñ o [ d e s i g n i o ] e n Goa y
p o r allá e s p e r a r á q u o se diese o r d e n , c ó m o fuese él p o r p a t r i a r c a á
E t i o p i a , ó fuese á lo m o n o s en a q u e l l a e m p r e s a , s i e n d o e l e g i d o o t r o
p o r p a t r i a r c a . Y p o r q u e acá sintiese b i e n n u e s t r o P a d r e de su tal p a r -
tida, a n d a b a con p e n s a m i e n t o s d e v e n i r p o r la posta á R o m a , ó en-
v i a r p a r a h a c e r l e capaz, q u e en P o r t u g a l sería de edificación, etc.
D e s p u é s , en el m i s m o m e s m u d ó p a r e c e r , así de la e m p r e s a do E t i o -
p i a , c o m o del irse sin licencia del r e y , n o d e j a n d o de q u e r e r i r e n t r e
infieles, y d e t e r m i n a n d o de i r á las I n d i a s del B r a s i l , q u e son m u y
d i v e r s a s do las o t r a s , h a b i d a licencia del r e y p o r t r e s años, y así p e n -
saba p a r t i r s e sin e s p e r a r a p r o b a c i ó n d e n u e s t r o P a d r e n i o t r o , p a r a
m e d i a d o E n e r o del 49, h a c i e n d o c u e n t a de n o e s p e r a r r e s p u e s t a de
las letras q u e escribía.
»Todo esto c o n s i d e r a d o , acá h a y sospecha, c o m o dije, q u e j u e g a el
e s p í r i t u m a l o debajo de especie de b i e n ; p r i m e r o , p o r q u e ol i r sin
licencia del papa, ni rey, n i d e l P . M. I g n a c i o , es c o n t r a r i o á la o r d e n
E n t e n d i ó b i e n ol P . Laínez la g r a v e d a d d e l asunto, y e l 5 d e E n e r o
d e 1549 c o n t e s t a b a así desde Ñapóles al P . P o l a n c o : «De los m o v i -
m i e n t o s d e M. S i m ó n , m e d e s p l a c e n sus m o v i m i e n t o s ; p e r o p l a c e r á
al S e ñ o r , q u e él se d o m a r á . Con estas p r o p i a s idas y con o t r o g o b i e r n o
y el m i n i s t e r i o d e M. Hie-rónimo, el cual t a m b i é n á m í m e p a r e c e
más á p r o p ó s i t o , las cosas de P o r t u g a l a n d a r á n m e j o r y más u n i d a s
á la cabeza» (2). L l e g a d o á Sicilia el P . Laínez, p r o p u s o á los v i r r e y e s
q u e diesen g r a t a licencia á D o m é n e c h p a r a i r á P o r t u g a l ; p e r o c o m o
era tan g r a n d e el b i e n q u e este P a d r e hacía e n t o n c e s en la isla, juz-
g a r o n J u a n de Vega y su esposa, q u e n o c o n v e n í a r e t i r a r á u n h o m -
b r e q u e era la p r i n c i p a l c o l u m n a de la C o m p a ñ í a e n a q u e l país (3).
3. P o r fin el año 1550 se p r e s e n t ó ocasión o p o r t u n a p a r a l l a m a r al
P . S i m ó n R o d r í g u e z y e n t e n d e r de su b o c a el estado de la p r o v i n c i a
de P o r t u g a l . C o m o e n t o n c e s había t e r m i n a d o S a n l g n a c i o las consti-
t u c i o n e s , quiso m o s t r a r l a s á los P a d r e s más d i s t i n g u i d o s de la C o m -
pañía q u e había en E u r o p a , y p a r a esto los c o n v o c ó e n R o m a . U n o de
los l l a m a d o s fué, n a t u r a l m e n t e , el P . S i m ó n R o d r í g u e z . P ú s o s e éste
en c a m i n o , a c o m p a ñ a d o del P . A n t o n i o B r a n d ó n , y e n t r ó e n la Ciudad
E t e r n a el 8 de F e b r e r o d e 1551 (4).
E x a m i n ó d e t e n i d a m e n t e San I g n a c i o el estado de los n e g o c i o s de
P o r t u g a l y la disposición de á n i m o d e l P . S i m ó n . Mal satisfecho
q u e d ó así de lo u n o c o m o d e lo o t r o . S e g ú n c u e n t a R i b a d e n e i r a , es-
taba el P . S i m ó n R o d r í g u e z m u y t r o c a d o e n su m o d o de p r o c e d e r ,
e n g r e í d o con el favor q u e le d a b a n los r e y e s d e P o r t u g a l , y n o p o c o
a f e r r a d o á su p r o p i o j u i c i o (5). B u e n a p r u e b a de este ú l t i m o defecto
(1) Causa ]'. Simonis Rodríguez. L a c a r t a es t o d a d e letra d e P o l a n c o , y lleva
e n el r e v e r s o e s t e t i t u l o : Para el P. Lainez sobre Simón.
( 2 ) Ejiistolae P. Lainez. Ñapóles, 5 de Enero de 1549.
(3) P o l a n c o , Historia S. J., t. i, p . 4 4 5 .

q u e e n las m i s i o n e s d e b e g u a r d a r la Compañía, y t a n t o más l l e v a n d o ( 4 ) Epistolae mixtae, t. II, p . 5 1 4 . C a r t a d e B r a n d ó n á los d e C o i m b r a . Roma,

20 de Febrero de 1 5 5 1 .
consigo m u l t i t u d ; s e g u n d o , p o r q u e la m u t a b i l i d a d y s a l t a r d e u n d i -
( 5 ) Persecuciones de la Comoañia. La de Portugal. Ribadeneira no e s t a b a en-
seño e n o t r o tan d i v e r s o , y con t a n t a v e h e m e n c i a aficionarse a h o r a t o n c e s en R o m a , p e r o fué l l a m a d o á e s t a c i u d a d el a ñ o s i g u i e n t e , y allí permaneció
al u n o , a h o r a al o t r o , es, al p a r e c e r , señal d e o t r o e s p í r i t u q u e e l d e t r e s a ñ o s , e n el cual t i e m p o f u é j u z g a d o c o m o v e r e m o s , e n R o m a , el P . S i m ó n . P o -
D i o s , a h o r a sea el p r o p i o , a h o r a e l d e l d e m o n i o e n c u b i e r t o ; t e r c e r o , demos, pues, estar seguros de que Ribadeneira conocía b i e n e s t o s s u c e s o s . Además,
el juicio q u e d a R i b a d e n e i r a s o b r e el e s t a d o m o r a l del P . S i m ó n R o d r í g u e z , lo c o n -
p o r q u e sus d i s e ñ o s p a r e c e q u e v a n m u c h o fundados e n u n a p e t i t o d e
firma el P . ( ¡ o d i n b o , r e c t o r d e C o i m b r a , el c u a l e s c r i b í a á S a n I g n a c i o p o r M a y o de
e x c e l e n c i a p r o p i a , á lo m e n o s d e s t e a m o r p r o p i o p a r e c e q u e e n t r a 1552 e s t a s p a l a b r a s : « P a r e c e p o r d e m á s p e n s a r q u e p o r v í a d e c o r r e c c i ó n t e n g a d e
m u c h a mezcla. Sin estas q u e m á s m u e v e n , a u n h a y o t r a s q u e n o d i g o , v e n i r [el P . S i m ó o ] en c o n o c i m i e n t o d e sí y d e l a s c a u s a s q u e á V . P . h a n movido
y lo d i c h o h a sido p a r a q u e V. R. esté a l c a b o d e la d i s p o s i c i ó n d e á d e p o n e r l e , p o r q u e está t a n c i e g o en e s t o , c u a n t o n o se p u e d e d e c i r . » Epistolae
mixtae, t. n , p . 7 2 5 .
 592 LIB. II. — HAN IGNACIO DE LOYOLA
fué la c o n t r a d i c c i ó n q u e hizo e n t o n c e s á San I g n a c i o e n a l g u n o s p u n -
tos d e las c o n s t i t u c i o n e s . E s t e h e c h o lo d e c l a r ó el m i s m o S i m ó n , c o m o
l u e g o v e r e m o s , a u n q u e sin especificar las cosas e n q u e c o n t r a d i j o al
. Santo (1). C o m o v i o q u o n o p r e v a l e c í a n t o d a s s u s i d e a s (2), llegó e n
u n m o m e n t o d e m a l h u m o r á p r o f e r i r esta frase cismática: «Si esto
h a d e pasar, m e j o r es d e s u n i r á P o r t u g a l do Castilla (3).»
4. Volvióse á P o r t u g a l el P . S i m ó n R o d r í g u e z , e n la p r i m a v e r a
d e 1551, y San I g n a c i o e m p e z ó d e s d e l u e g o á d i s p o n e r las cosas p a r a
el r e m e d i o d e a q u e l l a p r o v i n c i a . E l 1.° d e J u n i o e s c r i b i ó al P . D i e g o
M i r ó n , r e c t o r do Valencia, m a n d á n d o l e pasar á P o r t u g a l . No e r a este
P a d r e , c o m o l u e g o v e r e m o s , el m á s á p r o p ó s i t o p a r a la o b r a q u e se
deseaba hacer; p e r o ¿ d ó n d e e n c o n t r a r u n sujeto i d ó n e o p a r a el caso?
L o s m e j o r e s P a d r e s p o r t u g u e s e s e r a n t o d a v í a j ó v e n e s , r e c i é n salidos
d e las m a n o s d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z , y n o e r a p o s i b l e e n c o m e n d a r
á n i n g u n o d e ellos la e n m i e n d a d e los y e r r o s c o m e t i d o s p o r su m a e s -
t r o . A d e m á s , c o m o el P . M i r ó n había sido e l p r i m e r r e c t o r del cole-
gio d e C o i m b r a d e 1541 á 1544, poseía a l g ú n c o n o c i m i e n t o d e las p e r -
sonas y n e g o c i o s d e a q u e l l a p r o v i n c i a (4). No le d a b a t o d a v í a el santo
f u n d a d o r c a r g o a l g u n o d e t e r m i n a d o . S o l a m e n t e le m a n d a b a , e n t é r -
m i n o s g e n e r a l e s , q u e se i n f o r m a s e d e las cosas d e P o r t u g a l y a y u d a s e
al b i e n e s p i r i t u a l d e los N u e s t r o s . R e c i b i d a esta o r d e n , p ú s o s e e n ca-
m i n o el P . Mirón, y el 18 d e A g o s t o fué r e c i b i d o e n C o i m b r a c o n e x -
t r a o r d i n a r i a a l e g r í a y c a r i d a d (5).
A l g o hizo el r e c i é n l l e g a d o p o r el b i e n d e la p r o v i n c i a , p o r o n o
c a m b i ó , n i p o d í a c a m b i a r , el c u r s o o r d i n a r i o d e las cosas, y los b u e n o s
hijos d e la C o m p a ñ í a e x p u s i e r o n á San I g n a c i o la n e c e s i d a d d e u n a
m u d a n z a c o m p l e t a (6). No s o l a m e n t e los N u e s t r o s , sino e l m i s m o r e y
D. J u a n m, c o n s e r m u y aficionado á la p e r s o n a d e l P . S i m ó n , l l e g ó
á c o n o c e r q u e éste n o g o b e r n a b a c o n a c i e r t o , y c o m o v i o q u e n o h a -
bía d e m u d a r s e e l s i s t e m a d e g o b i e r n o , m i e n t r a s n o se m u d a s e la p e r -
( 1 ) Vide la c a r t a q u e l u e g o c i t a m o s d e l P . C á m a r a .
(2) E n u n a , c o m o l u e g o v e r e m o s , c o n d e s c e n d i ó c o n él S a n I g n a c i o .
( 3 ) E s t o se lo o y ó d o s a ñ o s d e s p u é s al m i s m o P . S i m ó n , e n A l c a l á , el P . T a b l a r e s ,
q u i e n lo refiere así á S a n I g n a c i o : « T r e s cosas j u r a m u y s o l e m n e m e n t e la p e r s o n a [ e l
P . S i m ó n ] , q u e es v e r d a d q u e con poco m i r a m i e n t o dijo á B r a n d ó n en R o m a , y t e n -
t a d o : «.Si esto ha de pasar, mejor es desunir á Portugal de Castilla}); p e r o q u e t e n t a r
tal cosa c o n e l r e y n i p o n e l l o p o r o b r a , q u e n u n c a t a l le p a s ó p o r p e n s a m i e n t o . »
tolae mixtae, t . n i , p . 8 6 .
( 4 ) Cartas de San Ignacio, t . n , p . 3 4 7 .
( 5 ) P o l a n c o , Historia S. J.,t. n , p . 3 7 2 . Vida etiam la n o t a d e la p . 3 7 3 .
( 6 ) í d e m , ibid. n , p . 7 0 1 .
CAP. X I X . — J E S U Í T A S ESPAÑuLE.3 EN PORTUGAL. VISITA DEL P . TORRES 593
sona d e l P r o v i n c i a l , c o n c i b i ó e l p l a n u n p o c o a r r i s c a d o d e d a r al
P. Simón Rodríguez una comisión cualquiera en n o m b r e suyo para
R o m a , o c a s i o n a n d o d e este m o d o e l q u e dejase á o t r o el g o b i e r n o d e
la Compañía p o r t u g u e s a . S i n e m b a r g o , t e m i e n d o c o m p l i c a r m á s e l
n e g o c i o , m e t i é n d o s e e n él i n t e m p e s t i v a m e n t e , a b s t ú v o s e el p r u d e n t e
m o n a r c a d e d a r este paso, y g u a r d ó s i l e n c i o s o b r e ello, hasta q u e
d e s p u é s lo manifestó c o n f i d e n c i a l m e n t e a l P . L u i s González d e Cá-
m a r a (1).
5. A fines d e este a ñ o 1551, d e c i d i ó s e San I g n a c i o á sacar á t o d o
t r a n c e d e P o r t u g a l al P . S i m ó n R o d r í g u e z . P a r a d i s p o n e r c o n m á s
s u a v i d a d este paso costoso, d i v i d i ó la p r o v i n c i a d e E s p a ñ a e n dos, lla-
m á n d o l a s Castilla y A r a g ó n , y d e j a n d o al P . Araoz p o r P r o v i n c i a l d e
la p r i m e r a , o r d e n ó q u e se e n c a r g a r a d e la s e g u n d a el P . S i m ó n R o -
dríguez. E l P . Diego Mirón era nombrado Provincial de Portugal, y
además, p a r a c u r a r d e raíz los m a l e s d e esta p r o v i n c i a , dispuso San
I g n a c i o q u e pasase á ella e l P . M i g u e l d e T o r r e s , r e c t o r d e Salamanca,
con p o t e s t a d d e v i s i t a d o r e n n o m b r e d e l G e n e r a l , y q u e e n esta v i -
sita le a c o m p a ñ a s e San F r a n c i s c o d e Borja, cuya g r a v í s i m a a u t o r i d a d
debía a p o y a r p o d e r o s a m e n t e la acción d e los P P . M i r ó n y T o r r e s .
E l d í a 2 d e E n e r o d e 1552, y e n o t r o s c o r r e o s p o s t e r i o r e s , d e s p a c h ó
San I g n a c i o u n a m u l t i t u d d e cartas q u e d e m u e s t r a n lo m u c h o q u e
había p e n s a d o s o b r e este n e g o c i o y lo p r u d e n t e m e n t e q u e h a b í a p r e -
p a r a d o su feliz s o l u c i ó n . Al P . M i g u e l d e T o r r e s le e n v i a b a la p a t e n t e
de v i s i t a d o r c o n t o d a la p o t e s t a d d e l P r e p ó s i t o g e n e r a l . Añadía e l
santo a l g u n a s firmas e n b l a n c o , p a r a q u e si e r a n e c e s a r i o , o b l i g a s e
T o r r e s p o r o b e d i e n c i a al P . S i m ó n á s a l i r d e P o r t u g a l . E n caso de
q u e el P . S i m ó n n o quisiese ¡jasar á A r a g ó n , sino q u e prefiriese e m -
b a r c a r s e p a r a el Brasil, c o m o d o s años a n t e s lo h a b í a p e d i d o , e n v i a b a
I g n a c i o u n b r e v e pontificio, o b t e n i d o p a r a a c r e d i t a r l e . Además, se l e
enviaban á Torres instrucciones particulares sobre el modo de p r o -
c e d e r e n la visita. T a m b i é n se e s c r i b í a n c a r t a s á los p r i n c i p a l e s P a -
d r e s p o r t u g u e s e s , a n u n c i á n d o l e s la m u d a n z a d e P r o v i n c i a l y p r e v i -
n i é n d o l e s lo q u e d e b í a n h a c e r e n los conflictos q u e p u d i e r a n o c u r r i r .
Al P . S i m ó n R o d r í g u e z s e l e e n v i a b a u n a p a t e n t e e x o n e r á n d o l e
del c a r g o d e P r o v i n c i a l , y u n a carta e n q u e se le daba á e s c o g e r e n t r e
la p r o v i n c i a d e A r a g ó n ó la m i s i ó n d e l Brasil. Disponía I g n a c i o q u o
Epis-
estos d o s d o c u m e n t o s n o so e n v i a s e n al P . S i m ó n p o r el c o r r e o , s i n o
que se entregasen al P . León Enríquez y al P . Urbano Fernández, á
(1) Epistolae mixtae, t. n , p . 6 7 5 .
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 U H . II.—SAN IGNACIO UK LOYOLA
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los cuales se m a n d a b a p r e s e n t á r s e l o s al i n t e r e s a d o , y si e r a p r e c i s o ,
h a b l a r al r e y s o b r e este n e g o c i o p a r a e v i t a r t o d o f r a u d e ó e n g a ñ o .
T a m b i é n escribía I g n a c i o á los r e y e s y al c a r d e n a l infante, r o g á n d o -
les q u e t u v i e s e n p o r b i e n lo a c o r d a d o . Todas estas cartas y d e s p a c h o s
se m a n d a r o n á Salamanca á m a n o s del P . M i g u e l de T o r r e s , q u i e n
d e b í a , s e g ú u su p r u d e n c i a , e n v i a r l o s á sus d e s t i n o s c u a n d o y c o m o le
p a r e c i e s e c o n v e n i e n t e . P o r ú l t i m o , se m a n d a b a una copia d e todos es-
tos d o c u m e n t o s á San F r a n c i s c o d e Borja, p a r a q u e e s t u v i e s e p e r f e c -
t a m e n t e e n t e r a d o del a s u n t o y p u d i e s e o b r a r con más s e g u r i d a d (1).
B i e n se echa de v e r , p o r toda esta b a t e r í a di cartas, así la i m p o r t a n c i a
1
q u e daba á este n e g o c i o San I g n a c i o , c o m o la c o n s u m a d a p r u d e n c i a
con q u e p r e v e n í a t o d o s los lances y ataba todos los cabos, p a r a l l e g a r
al t é r m i n o d e s e a d o d e sacar al P . S i m ó n d e P o r t u g a l y r e m e d i a r los
males de aquella provincia.
6. E l P . T o r r e s r e c i b i ó estos d e s p a c h o s en Salamanca p o r el m e s
de Marzo d e 1552. Al instante e n v i ó u n H e r m a n o c o a d j u t o r á Coim-
b r a , p a r a a n u n c i a r al P . M i r ó n las ó r d e n e s q u e había r e c i b i d o d e San
I g n a c i o y p o n e r s e d e a c u e r d o con él s o b r e el m o d o d e e j e c u t a r -
las (2). C o n s u l t ó el caso M i r ó n con los p r i n c i p a l e s P a d r e s del c o l e g i o
d e C o i m b r a , y t o d o s , con b u e n c e l o , p e r o con p o c o tino, r e s o l v i e r o n
modificar el p l a n a d m i r a b l e de San I g n a c i o . J u z g a r o n q u e n o c o n v e -
nía se p r e s e n t a s e e n P o r t u g a l ol P. T o r r e s con p o t e s t a d de visitador,
p o r q u e se iridiaría m u c h o el P . S i m ó n R o d r í g u e z , si veía e n t r a r á u n
h o m b r e c o n a i r e d e e n m e n d a r lo q u e él había h e c h o . C o m o , p o r o t r a
p a r t e , les constaba d e Ja b u e n a v o l u n t a d del r e y , q u e deseaba el r e -
levo del P . S i m ó n , c r e y e r o n q u e , sin t a n t o e s t r u e n d o de visita, se
p o d r í a p r o c e d e r á la m u d a n z a de P r o v i n c i a l , y r e f o r m a r d e s p u é s lo
q u e p a r e c i e s e n e c e s a r i o (3). E l P . T o r r e s , q u e n u n c a había estado en
P o r t u g a l , y n o conocía b i e n las g r a v e s n e c e s i d a d e s d e a q u e l l a p r o -
. vincia, r i n d i ó s e á este d i c t a m e n . E n v i ó á C o i m b r a las p a t e n t e s y o t r o s
d e s p a c h o s q u e j u z g ó n e c e s a r i o s p a r a la mudanza de P r o v i n c i a l , y él
( 1 ) llegest. S. Ign. t. i, p . 5 9 . E s l á s t i m a q u e n o p o s e a m o s el t e x t o completo
d e e s t o s d o c u m e n t o s . E l P . P o l a n c o se c o n t e n t ó c o n a n o t a r b r e v í s i m a m e n t e e n el
r e g i s t r o el c o n t e n i d o d e c a d a u n o . T r e s d e e l l o s f u e r o n p u b l i c a d o s e n l a s Cartas
San Ignacio t. l i , p . 3í)0, y t. n i , p . 1.", p o r e j e m p l a r e s q u e se e n c o n t r a r o n en o t r a
p a r t e . Vide etiam, P o l a n c o , Historia S. J., 1.11, p . 7 0 1 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. u , p . 6 9 3 .
( 3 ) S e g ú n se d e s p r e n d e do las c a r t a s d e l P . C á m a r a y d e la H i s t o r i a d e P o l a n c o ,
el p r i n c i p a l a u t o r d e e s t e d i s p a r a t e f u n d a m e n t a l f u é el m i s m o M i r ó n , d c u y o s e n t i r
se i n c l i n a r o n los d e m á s . (Epistolae mixtae, t. n i , p . 32.)
CAÍ'. XIX.—JESUÍTAS ESPAÑOLES EN FORTCGAL. VISITA DEL F. TORRES 595
se q u e d ó en Salamanca. Al m i s m o t i e m p o , San F r a n c i s c o d e Borja,
q u e se h a b í a r e u n i d o c o n é l p a r a e n t r a r e n P o r t u g a l , v i e n d o suspen-
d e r s e la visita, se v o l v i ó al r i n c ó n de Guipúzcoa d o n d e a n t e s h a b i -
taba (1).
B u e n o era el suavizar todo lo p o s i b l e la m u d a n z a de P r o v i n c i a l ,
p e r o i m p e d i r c o m o i n n e c e s a r i a la visita d e l P . T o r r e s y la v e n i d a de
San F r a n c i s c o d e Borja, fué u n a i m p r u d e n c i a g r a v í s i m a , q u e t o d o s
d e p l o r a r o n a m a r g a m e n t e p o c o t i e m p o d e s p u é s . « T o d o s acá nos de-
t e r m i n a m o s , e s c r i b í a el P . C á m a r a al P . P o l a n c o , q u e fué n o t a b l e
y e r r o n o d e j a r v e n i r los P a d r e s q u e n u e s t r o P a d r e enviaba» (2).
E l p o r t a d o r d e los d e s p a c h o s r e m i t i d o s p o r el P . T o r r e s l l e g ó á
C o i m b r a el 25 de A b r i l d e 1552. E l P . M i r ó n lo e n v i ó t o d o á Lisboa,
d o n d e so h a l l a b a el P . S i m ó n R o d r í g u e z , y él se q u e d ó e n Coim-
b r a (3). ¡ E x t r a ñ a s i m p l i c i d a d la de este P . M i r ó n ! S i e n d o t a n d e t e -
m e r a l g u n a r e s i s t e n c i a del P . S i m ó n R o d r í g u e z , y lo q u e es consi-
g u i e n t e , a l g u n a i n t r i g a p a l a c i e g a , ¿ c ó m o n o se p r e s e n t ó e n L i s b o a
p a r a el acto crítico de p r o m u l g a r s e su n o m b r a m i e n t o ? Además, c o m o
e r a n i n m e n s a s las o b l i g a c i o n e s de la C o m p a ñ í a p a r a con los r e y e s y
el c a r d e n a l infante, p u e s todas las casas y b i e n e s de los N u e s t r o s
e r a n l i b e r a l i d a d e s de la real familia, p a r e c í a lo m á s n a t u r a l d e l
m u n d o , q u e el n u e v o P r o v i n c i a l , l u e g o de t o m a r p o s e s i ó n de su car-
go, se p r e s e n t a s e á tan augustas p e r s o n a s p a r a a g r a d e c e r l e s sus favo-
res, ofrecerse á su s e r v i c i o y g a n a r l e s la v o l u n t a d . Nada d e esto se le
o c u r r i ó al P . M i r ó n . I n m ó v i l en C o i m b r a , dejó á o t r o s q u e lo a r r e -
glasen t o d o en Lisboa. A f o r t u n a d a m e n t e , la C o m p a ñ í a t e n í a e n t o n c e s
en la c o r t e los dos j ó v e n e s n o b i l í s i m o s y s u m a m e n t e a p r e c i a d o s p o r
el r e y , L u i s González de C á m a r a y L e ó n E n r í q u e z , cuya d e s t r e z a su-
plió e n ésta y eu otras ocasiones la i m p e r i c i a d e l P . M i r ó n .
7. E l 2 de Mayo de 1552 l l e g a r o n á Lisboa los despachos d e l P . T o -
r r e s , y a l día s i g u i e n t e , s e g ú n estaba p r e v e n i d o p o r San I g n a c i o , el
P . L e ó n E n r í q u e z p r e s e n t ó al P . S i m ó n R o d r í g u e z dos p a t e n t e s , u n a
e n q u e se le e x o n e r a b a á é l d e l c a r g o d e P r o v i n c i a l , y o t r a e n q u e
se n o m b r a b a p o r s u c e s o r suyo al P . Diego M i r ó n (4). ¿ C ó m o r e c i b i ó
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. II, p . 610.
de ( 2 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 4 9 .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 7 0 2 .
( 4 ) V é a s e el t e x t o d e e s t a s p a t e n t e s en Cartas de San Ignacio, t. n , p . 3 9 0 . D i c e
el P . G o d i n h o , q u e n o le m o s t r a r o n al P . S i m ó n la c a r t a d e S a n I g n a c i o , p o r q u e e n
ella se m e n c i o n a b a la v i s i t a del P . T o r r e s . E n c a m b i o , le d i e r o n u n a c i r t a e s c r i t a s o -
b r e u n a f i r m a e n b l a n c o d e l s a n t o , en la q u e se le d e c í a s o l a m e n t e q u o p o J i a i r á
V a l e n c i a ó a l B r a s i l . (Epistolae mixtae, t. n , p . 7 2 3 . )
596 LIB. I I . —SAN IGNACIO DE LOYOLA
el P . S i m ó n estos d o c u m e n t o s ? ¿ C ó m o o b r ó al c o n o c e r e n ellos la
v o l u n t a d d e su s u p e r i o r ? S i e n d o t a n n e c e s a r i o e n t e n d e r b i e n este
p u n t o , p a r a d e s c u b r i r la razón d e los h e c h o s q u o v a n á v e n i r des-
p u é s , n o s p a r e c e c o n v e n i e n t e t r a n s c r i b i r á la l e t r a la n a r r a c i ó n del
P . L u i s González d o C á m a r a , q u e e n a q u e l t i e m p o a n d a b a s i e m p r e al
lado d e l P . S i m ó n y t o m a b a tanta p a r t e e n t o d o lo q u e se hacía. Dice
así, e s c r i b i e n d o á S a n I g n a c i o :
«Víspera d e la I n v e n c i ó n d e la C r u z [ 2 d e M a y o ] l l e g a r o n a q u í las
p a t e n t e s , y el día s i g u i e n t e , d e s p u é s d e c o m e r , las p r e s e n t ó D . L e ó n
[el P . L e ó n E n r í q u e z ] al P a d r e [ S i m ó n ] . É l las r e c i b i ó b i e n , m a s
e s t u v o t o d o e l día m u y t r i s t e , á lo q u e p o d í a p a r e c e r , y p e n s ó q u o el
P . F r a n c i s c o [ d e B o r j a ] estaba e n C o i m b r a , p o r q u e iba y a D. L e ó n
avisado d e n o le d e c i r n a d a á él si esto p e n s a s e , p o r q u e sabía y o q u e
le t e m í a g r a n d e m e n t e , y así q u i s o n u e s t r o Señor, q u e d e u n a c a r t a
d e M i r ó n i m a g i n ó é l , p o r c i e r t a cláusula q u e v e n í a e n e l l a , q u e el
P . F r a n c i s c o estaba e n C o i m b r a , y , s e g ú n lo q u e e n t o n c e s j u z g a m o s ,
n o fué ésta p e q u e ñ a causa p a r a c o n m á s s u f r i m i e n t o r e c i b i r el
golpe.
»E1 día s i g u i e n t e , s e g ú n m a n d a b a M i r ó n , se fué D. L e ó n al r e y , y
S i m ó n q u e d ó on casa p o r m a l d i s p u e s t o , t e n i e n d o t o d o a q u e l día y
el d e a n t e s dichas m u c h a s p a l a b r a s q u e significaban h o l g a r s e m u c h o
d e d e j a r el c a r g o . T o d a v í a , q u e r i e n d o y a D. L e ó n i r s e a l r e y , le l l a m ó
y se p u s o e n sus m a n o s , d i c i e n d o q u e n o t e n í a d e q u i é n fiar sino d e
é l y d e m í ; q u e é l n o q u e r í a g o b e r n a r n i t e n e r c u i d a d o d e la C o m -
pañía; m a s m i conciencia m e o b l i g a (inquit) á d e c i r o s lo q u o pasa.
Vos h a b é i s d e s a b e r , q u e e l P . I g n a c i o es b u e n h o m b r o y m u y v i r -
t u o s o , m a s es vizcaíno, q u o c o m o t o m e u n a cosa á p e c h o s , etc. E l h i z o
c o n m i g o e s t o , esto y e s t o . Q u e r r í a d e acá sacar d i n e r o s , etc. P o r q u e
y o l e c o n t r a d i j e , p o r e s o h a c e a h o r a esto. É l á m í h á c o m o p r o v e c h o ,
y c o n esto m e consoló m u c h o , m a s y o n o q u i e r o q u e d a r c o n escrú-
p u l o . D e s c a r g o m i conciencia e n v o s , q u e sois l e t r a d o ; allá os a v e -
nid, e t c . C r e o q u o estas f u e r o n las p a l a b r a s , p o c o m á s ó m o n o s , aña-
d i e n d o q u e D. L e ó n e r a a ú n su s u b d i t o , y q u e e s t u d i a s e si e r a e l P . Si-
m ó n o b l i g a d o á o b e d e c e r e n esto caso.
»E1 r e y r e s p o n d i ó c o m o estábamos c o n c e r t a d o s y c o m o y o l e e s c r i b í
e n u n a carta q u e d i á D . L e ó n q u o le llevase, mía, y así q u e d ó el p o -
b r e S i m ó n f r u s t r a d o d e la e s p e r a n z a q u e tenía, q u e e l r e y resistiese
y q u e D . L e ó n lo h i c i e s e r e s i s t i r ; y h a b i d o ol b e n e p l á c i t o d e l r e y ,
dijo él, q u e n o se a t r e v í a á i r al Brasil p o r s u s e n f e r m e d a d e s , n i t a m -
p o c o á la n u e v a p r o v i n c i a , y así se r e s o l v i ó á estarse e n S a n F i n s .
CAP. X I X . — J E S U Í T A S ESPAÑOLES EN PORTUGAL. VISITA DEL P. TOREES 597
« P a r t i ó D. L e ó n c o n este r e c a d o á C o i m b r a , c o n el c u a l laetati sunt
inulti, miilti aidom contristati [ m u c h o s se a l e g r a r o n , y m u c h o s se e n -
t r i s t e c i e r o n ] . L o s e n t r i s t e c i d o s p r i m e r a m e n t e s o n t o d o s los q u e d e s -
p u é s se s a l i e r o n [ d e la C o m p a ñ í a ] ó e c h a r o n , n o p o r q u e a m a s e n á
S i m ó n , p o r q u e m u c h o s n o le a m a b a n , m a s p o r q u e v e í a n q u e s i n é l
les faltaban s u s c o n s o l a c i o n e s , e t c . U l t r a d e éstos h a y a ú n a h o r a al-
g u n o s , los cuales, p o r q u e V. P . e s c r i b e q u e n o m b r e n t o d o s , p r e g u n -
t a r é al P . D o c t o r [ T o r r e s ] el o r d e n q u e q u i e r e se t e n g a e n ello.
H u b o m u c h o s q u e se a l e g r a r o n m u c h o , p o r q u e c r e a V. P . , quodreli-
qnit Bominns inultos qui non enrvaverunt gemía, e t c . [ d e j ó Dios m u -
chos q u e n o d o b l a r o n la rodilla, etc.].
8. » E n 18 d e Mayo l l e g a m o s e l P . M. S i m ó n y y o á C o i m b r a , y l u e g o
allí m o s t r ó , q u e n o se d e s c a r g a b a d e l t o d o d e l oficio, y s e g ú n decía-
mos, p a r e c e q u e hacía g e n t e ; y a u n q u e desto v e í a m o s m u c h a s seña-
les, n o n o s p e r s u a d i é r a m o s t a n t o , si c o n m i g o y c o n e l P . G o d i n h o n o
se d e c l a r a r a d e l t o d o , d i c i e n d o á cada u n o d e n o s o t r o s a p a r t e , q u e é l
b i e n veía q u e el P . M i r ó n n o e r a p a r a el c a r g o , y q u e h a b í a n d e e n -
v i a r o t r o d e Castilla, y los H e r m a n o s se h a b í a n d e d e s c o n s o l a r d e l
t o d o y p e r d e r ; y é l p o r m u c h o q u e le q u i s i e s e n p o n e r la carga á cues-
tas, n o la t o m a r í a , m a s q u e y o m i r a s e y hiciese c o n e l r e y q u e d e -
fendiese la C o m p a ñ í a . P a r e c e q u e t r a b a j a b a m u c h o p o r n o s q u i t a r el
c r é d i t o d e M i r ó n , m a s trabajaba e n v a n o , p o r q u e c o m o v e í a m o s e l
á n i m o c o n q u e lo hacía, y c o n o c í a m o s la g r a n d e v i r t u d d e Mirón, n o
m i r á b a m o s m á s cosa n i n g u n a . E l 22 del m i s m o se p a r t i ó S i m ó n á S a n
Fins» (1).
A q u í t e n e m o s fielmente d e s c r i t o el h e c h o d e la m u d a n z a d e P r o -
vinciales, d e c l a r a d a la i m p e r f e c t a disposición d e á n i m o d e l P . S i m ó n
R o d r í g u e z , é i n s i n u a d a la s i t u a c i ó n d e n u e s t r a s cosas e n P o r t u g a l p o r
Mayo d e 1552. E l P . M i r ó n se h a c e c a r g o d e la p r o v i n c i a c o n apa-
r e n t e t r a n q u i l i d a d . Vivas i n q u i e t u d e s , p r e n u n c i o s d e g r a v e t o r m e n t a ,
se a g i t a n e n m u c h o s c o r a z o n e s , y e n t r e t a n t o ol P . S i m ó n , r e t i r a d o
e n la r e s i d e n c i a d e S a n F i n s c o n p r e t e x t o d e c u r a r s e d e s u s d o l e n -
cias, e s p e r a q u e se a b r a a l g ú n r e s q u i c i o p a r a v o l v e r á s u a n t i g u o
cargo.
9. E l b u e n P . M i r ó n , c o n f e r v o r o s í s i m o s d e s e o s , a c o m e t i ó la r e -
forma d e la p r o v i n c i a ; p e r o , d e s g r a c i a d a m e n t e , e n el n u e v o P r o v i n -
cial n o c o r r e s p o n d í a el j u i c i o al f e r v o r . P r e c e d í a , es v e r d a d , á s u s
s u b d i t o s c o n e l e j e m p l o d e las v i r t u d e s religiosas, e r a e l m á s a s i d u o
(1) Epistolae. mixtae, t. ni, p. 33.

598 LIB, I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
e n la o r a c i ó n y t r a t o con D i o s , ejercitaba p e r s o n a l m e n t e los oficios
h u m i l d e s , b a r r í a los t r á n s i t o s , s e r v í a en la cocina y en el f r e g a d e r o
c o m o el ú l t i m o d e los H e r m a n o s c o a d j u t o r e s . P e r o al lado de estas
v i r t u d e s , ¡cuántas simplicidades! E m p e ñ á b a s e en r e f o r m a r l o t o d o d e
a r r i b a abajo: m u d a b a á cada paso los oficios de u n o s y de otros, des-
cendía tal vez á m e n u d e n c i a s i m p e r t i n e n t e s , v. gr., si se ha d e t o c a r
la c a m p a n a de c o m u n i d a d de este ó del o t r o m o d o ; m u d ó seis ó siete
v e c e s en el espacio de dos meses el t i e m p o y forma d e h a c e r la ora-
c i ó n , i m p o n í a s e v e r a s p e n i t e n c i a s p o r las faltas. Con esto m o d o de
p r o c e d e r e m p e z ó m u y p r o n t o á h a c e r s e pesado é i n s o p o r t a b l e , á p e -
sar de q u e t o d o s r e c o n o c í a n su e m i n e n t e v i r t u d (1). O c u r r i ó s c l o un
día p r e s i d i r c i e r t a d i s p u t a teológica y t e r c i a r en ella. R e c u é r d e s e q u e
él h a b í a e s t u d i a d o la t e o l o g í a s i e n d o r e c t o r , con lo cual d i c h o se está
q u e n o la h a b í a e s t u d i a d o b i e n (2). El r e s u l t a d o de la d i s p u t a fué co-
n o c e r todos, q u e n o estaba b i e n fundado e n teología el P . M i r ó n . P u e s
e n p u n t o á n e g o c i o s t e m p o r a l e s , t a m p o c o se p e r d í a de vista el t a l e n t o
d e l n u e v o P r o v i n c i a l . A v i s á r o n l e a l g u n o s P a d r e s d e los más a u t o r i -
zados, q u e p r o c e d i e s e con más pausa y c o n s i d e r a c i ó n , q u e n o i m p u -
siese t a n s e v e r a s p e n i t e n c i a s p o r a l g u n a s faltas, y q u e tratase con
más b l a n d u r a á sus s u b d i t o s . E s c u c h a b a él b e n i g n a m e n t e estas ad-
v e r t e n c i a s , p e r o l u e g o hacía t o d o lo c o n t r a r i o , p e r s u a d i d o de q u e su
sistema de g o b i e r n o e r a ol más a c e r t a d o ; y esta p e r s u a s i ó n la m a n i -
festaba sin r e p a r o , n o con h u m o s de s o b e r b i a , sino con un c a n d o r
infantil q u e d e s c o n c e r t a b a á los q u e le a d v e r t í a n (3).
( 1 ) P a r a c o n o c e r el g o b i e r n o d e l P . Mirón p u e d e c o n s u l t a r s e el P. P o l a n c o (His-
toria S. J., t. l i , p . 7 0 4 ) , q u i e n r e c o g i ó y c o n d e n s ó b a s t a n t e b i e n los d a t o s h i s t ó r i -
cos q u e s u m i n i s t r a n l a s c a r t a s d e los P a d r e s p o r t u g u e s e s M a n u e l G o d i n h o , L u i s G o n -
zález d e C á m a r a , L e ó n E n r i q u e z , F r a n c i s c o E n r i q u e z y o t r o s . A ñ a d e a d e m á s t a l cual
c i r c u n s t a n c i a q u e e n R o m a le d e b i e r o n c o m u n i c a r d e p a l a b r a l o s P P . S i m ó n Rodrí-
guez, Melchor Carneiro y Luis González de Cámara. Las cartas q u e conservamos
s o b r e estos n e g o c i o s p u e d e n v e r s e p u b l i c a d a s e n Monumenta hist. S. J., Epistolae mix-
tae, t. l l l . H e a q u í l a s p a l a b r a s c o n q u e r e s u m e P o l a n c o l a i m p r e s i ó n q u e p r o d u j o en
el colegio d e C o i m b r a el g o b i e r n o d e l P . M i r ó n : «Nec perfectioribus nec imperfeetio-
ribus satisfecit, quamvis ejus probitateni et orationis studium summopere commenda-
rent.D Ibid., p . 7 0 0 . A d v i é r t a s e q u e el P . P o l a n c o se a b s t u v o d e e s c r i b i r en e s t a n a -
r r a c i ó n los n o m b r e s d e S i m ó n R o d r í g u e z y M i r ó n , d e s i g n a n d o á e s t o s P a d r e s c o n
u n a N . L a c a u s a es p o r q u e a m b o s v i v í a n c u a n d o e s c r i b í a P o l a n c o , y a m b o B le s o b r e -
v i v i e r o n , el p r i m e r o t r e s a ñ o s , y ol s e g u n d o c a t o r c e .
( 2 ) B i e n c l a r o lo i n d i c a el m i s m o M i r ó n c u a n d o , d e s p u é s d e s e r t r e s a ñ o s r e c t o r
!
d e C o i m b r a , f u é á s e r l o e n V i d e n c i a e n 1 5 4 4 . E s c r i b i e n d o á S a n I g n a c i o lo q u e p e n -
s a b a n h a c e r , d i c e : « Y o i r é a d e l a n t e c o n m i t e o l o g í a el t i e m p o q u e p u d i e r e , y t e n g o
m u c h a n e c e s i d a d d e e s t u d i a r , p o r q u e e n C o i m b r a no t e n í a l u g a r p a r a e l l o . n Episto-
lae mixtae, t. i, p . 1 8 1 , — ( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., fr. n , p . 7 0 5 . '
CAÍ'. X I X . — JESUÍTAS E - d N O L R K EN P O U T U G A L J — V I S I T A DEL P. TORRES Ó99
10. E n t e n d i e r o n e n t o n c e s los P a d r e s p o r t u g u e s e s , q u e n o e r a Mi-
r ó n el h o m b r e q u e n e c e s i t a b a n , y cuan g r a v e y e r r o h a b í a sido i m p e -
d i r la e n t r a d a d e l D r . T o r r e s y d e San F r a n c i s c o d e Borja. T r a t a r o n ,
p u e s , d e r e m e d i a r esta falta, y con b e n e p l á c i t o del P . M i r ó n ( a u n q u e
•costó u n p o c o sacárselo, p o r q u e n o se hacía c a r g o de la n e c e s i d a d
d e la c o s a ) , e s c r i b i e r o n al P . T o r r e s , p i d i é n d o l e a h i n c a d a m e n t e q u e
fuera á v i s i t a r l o s . Accedió á estas súplicas el d o c t o r , y p r e s e n t ó s e en
C o i m b r a el 9 de J u l i o de 1552 (1). No c r e y ó c o n v e n i e n t e manifes-
t a r s e t o d a v í a con el c a r á c t e r de v i s i t a d o r en n o m b r e d e San I g n a c i o .
Quiso o b r a r s o l a m e n t e c o m o a u x i l i a r ó socio d e l P . M i r ó n .
11. E x a m i n ó el r e c i é n llegado el estado de la p r o v i n c i a , y desde
l u e g o r e c o n o c i ó quo lo m á s u r g e n t e e r a r e t i r a r de allí al P . S i m ó n
R o d r í g u e z , cuya p r e s e n c i a en P o r t u g a l e r a ocasión p e r e n n e de in-
q u i e t u d e s , y podía s e r el m á s t e r r i b l e e s t o r b o p a r a t o d o lo q u e se
e m p r e n d i e s e . L l e n ó , p u e s , u n a de las firmas en b l a n c o d e San I g n a -
cio, m a n d a n d o al P . S i m ó n , e n v i r t u d de santa o b e d i e n c i a , q u e p a r -
tiese sin d e m o r a á t o m a r el c a r g o de la p r o v i n c i a de A r a g ó n . Y p o r -
q u e n o se excusase con la o b e d i e n c i a q u e se debía al r e y , se n e g o c i ó
u n a c a r t a d e J u a n I I I , en q u e se le e x h o r t a b a á p a r t i r s e p a r a su n u e v o
d e s t i n o (2). Algo r e s i s t i ó el P . R o d r í g u e z , p r e t e x t a n d o su mala salud;
p e r o r e p i t i e r o n la carta en el m i s m o s e n t i d o el r e y y la r e i n a , y en-
t o n c e s o b e d e c i ó el P a d r e , e n c a m i n á n d o s e á la p r o v i n c i a d e A r a g ó n .
D e s e m b a r a z a d o de esta dificultad, aplicóse el P . T o r r e s á r e m e d i a r
los m a l e s de la p r o v i n c i a . A d v i r t i ó con d o l o r la falta de o b e d i e n c i a
q u e h a b í a en v a r i o s jesuítas (3). O c u r r í a n n o t a b l e s q u i e b r a s c o n t r a la
c a r i d a d fraterna, y hasta llegó a l g u n o á e s c r i b i r v e r s o s satíricos con-
t r a o t r o . I n f o r m a d o el P . T o r r e s de estos d e s ó r d e n e s , p o r d e p r o n t o
avisó de t o d o con m u c h a p u n t u a l i d a d á San I g n a c i o , d e s p u é s m a n d ó
r e c o g e r á t r e c e H e r m a n o s j ó v e n e s de los más díscolos, y l l e v á n d o l o s
á la r e s i d e n c i a do San F i n s , h i z o eme allí les d i e s e n los E j e r c i c i o s es-
p i r i t u a l e s , y les p r o b a s e n de n u e v o en las o b r a s y p r á c t i c a s h u m i l d e s
del n o v i c i a d o . Casi todos ellos v i n i e r o n p o r fin á p e r d e r la v o c a c i ó n ,
(1) Epistolae mixtae, t. n r , p . 3 5 .
( 2 ) V é a s e on el a p é n d i c e el t e s t o d e e s t a c a r t a , q u e se e n c u e n t r a en la B i b l i o t e c a
d e É v o r a , cod. ° " ' I F- 240. L a s i g u i e n t e d e l r e y y la r e i n a n o l a h e p o d i d o h a l l a r .
V
La cita Polanco,, p . 706.
( 3 ) Cartas de San Ignacio, t. i l l , p . 154. N o se c o n s e r v a la c a r t a d e l P . T o r r e s
e n q u e i n f o r m a b a d e e s t a s f a l t a s á San I g n a c i o . L o q u e d e c i m o s lo s a c a m o s d e l a
c i t a d a c a r t a d e l S a n t o y d e P o l a n c o , Historia S. J., t . i i , p . 7 0 8 .
 6Ü0 LID. I I . — P A N IGNACIO DE Ll'YOI.A
a u n q u e al p r i n c i p i o m o s t r a r o n d e s e o s do e n m e n d a r s e . P o r o t r o lado,
p a r a d i r i g i r al P . M i r ó n y á los r e c t o r e s e n e l d e s e m p e ñ o d e s u s r e s -
p e c t i v o s c a r g o s , les dejó p o r e s c r i t o a l g u n a s a d v e r t e n c i a s s o b r e las
a t r i b u c i o n e s d e cada u n o , avisó al P r o v i n c i a l q u e n o se m e t i e s e en
t a n t a s m e n u d e n c i a s , q u e dejase o b r a r á cada u n o de los s u p e r i o r e s
locales d e n t r o d e su e s f e r a , y q u e él y t o d o s los d e m á s e s t u v i e s e n
d i s p u e s t o s á r e c i b i r las ó r d e n e s é i n s t r u c c i o n e s , q u e sin d u d a e n v i a -
r í a d e s d e R o m a S a n I g n a c i o c u a n d o s u p i e s e lo q u e pasaba (1). Ade-
m á s , el p r u d e n t e v i s i t a d o r , h a b l a n d o e n p a r t i c u l a r c o n cada u n o d e
los N u e s t r o s , y t o m á n d o l e s c u e n t a de c o n c i e n c i a , p r o c u r ó consolar-
los en el S e ñ o r , y les a n i m ó á l l e v a r con a l e g r í a el y u g o de la o b e -
d i e n c i a y á p r o c e d e r con b r í o en las o b r a s p r o p i a s d e la C o m p a ñ í a .
E n t r e t a n t o ol P . M i r ó n , d e j a n d o al P . T o r r e s t o d o s los n e g o c i o s
d e l g o b i e r n o , dióse á la v i d a apostólica p o r los p u e b l o s y aldeas, c o n
u n f e r v o r y a b n e g a c i ó n q u e e s p a n t a b a y edificaba á t o d o s (2). Al
m i s m o t i e m p o , sin d u d a con los avisos del P . Visitador, fué a b r i e n d o
l o s ojos y r e c o n o c i e n d o lo e r r a d o q u e a n d a b a su g o b i e r n o . D e t e r -
m i n ó , p u e s , p o n e r p a r a a d e l a n t e r e m e d i o eficaz, y lo p u s o m u y á su
m o d o ; es decir, santa y d i s p a r a t a d a m e n t e . H i z o v o t o de s e g u i r en
t o d a s las cosas e l p a r e c e r d e l P . L e ó n E n r í q u e z , t e n i é n d o l e e n t e r a -
m e n t e en l u g a r d e San I g n a c i o . E s t o e r a d e j a r sin cabeza á la p r o -
v i n c i a , ó , m e j o r d i c h o , c o n v e r t i r e n P r o v i n c i a l al P . L e ó n E n r í -
q u e z (3). G r a v e s c o m p l i c a c i o n e s h u b i e r a n p o d i d o n a c e r de aquí;
p e r o , g r a c i a s á D i o s , n o se s i g u i e r o n malos efectos p o r el b u e n
a c u e r d o d e l P . L e ó n , q u e n o q u i s o m e t e r s e p o c o n i m u c h o e n el
g o b i e r n o d e la p r o v i n c i a .
12. Á p r i n c i p i o s d e O c t u b r e p a r t i ó s e e l P . T o r r e s á S a n t i a g o (4),
(1) P o l a n c o , Historia S. J t . n , p s . 7 0 6 y 7 0 7 . C o n e s t e f r a g m e n t o d e P o l n n c o s e
p u e d e s u p l i r la c a r t a p e r d i d a d e l P . T o r r e s . E B m u y d e n o t a r lo q u e a ñ a d e P o l a n c o
en la p . 7 0 7 , q u e el P . T o r r e s p r o p o n í a q u e s e l l a m a s e á R o i n a al P . S i m ó n R o d r í g u e z
p a r a p r e v e n i r e l c a s o d e q u e , c o n c a r t a s s a c a d a s a l r e y , s e le h i c i e s e v o l v e r d e A r a -
gón á Portugal.
( 2 ) S o b r e las v i r t u d e s d e l P . M i r ó n m e r e c e n c o n s u l t a r s e dos c a r t a s : u n a d e l
P . T o r r e s (Epistolae mixtae, t. n i , p . 1 5 8 ) y o t r a d e l P . F r a n c i s c o E n r í q u e z (Ibid.,
t. II, p . 7 7 4 ) . El p r i m e r o l l e g a á c o m p a r a r á M i r ó n n a d a m e n o s q u e c o n S a n F r a n -
cisco J a v i e r . L a c a r t a d e l s e g u n d o es u n a e f u s i ó n e n t u s i a s t a e n elogio d e M i r ó n ;
p e r o n ó t e s e lo q u e a d v i e r t e el p r u d e n t e P . C á m a r a (Ibid., p . 7 8 3 ) , q u e es m u c h a v e r -
d a d c u a n t o el P . E n r í q u e z refiere d e la v i r t u d d e M i r ó n , p e r o q u e t a m b i é n es v e r d a d ,
q u e se h a l l a é s t e e n t e r a m e n t e d e s a c r e d i t a d o e n l a c o r t e p o r s u s i m p l i c i d a d é
inexperiencia.
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 7 0 8 .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. i n , p . 3 8 .
CAl\ XIX.—JfcSEÍl'AS ESPAÑOLES EN PORTUGAL.—VISITA DEL I>. TORRES 601
dejando algo asentadas n u e s t r a s cosas en P o r t u g a l . P r o n t o se e n t e n -
dió q u e n o b a s t a b a lo h e c h o , y q u e a q u e l l a p r o v i n c i a n e c e s i t a b a u n
r e m e d i o más radical. S a l i e r o n de la C o m p a ñ í a v a r i o s P a d r e s bas-
t a n t e c o n o c i d o s , e n t r e ellos el P . A n t o n i o B r a n d ó n , c o m p a ñ e r o
a l g ú n t i e m p o d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z , y q u e con él había estado e n
R o m a dos a ñ o s a n t e s ; o t r o h e r m a n o s u y o , l l a m a d o R o d r i g o B r a n -
d ó n ; el P . J e r ó n i m o Méndez, el P . A i r e s A r a n a y a l g u n o s o t r o s , los
cuales, p a r a c o h o n e s t a r su salida, m u r m u r a b a n b a s t a n t e , c o m o es de
s u p o n e r , c o n t r a los s u p e r i o r e s d e la C o m p a ñ í a , sin p e r d o n a r á la
p e r s o n a m i s m a d e San I g n a c i o ( 1 ) .
13. N i n g u n o do ellos hizo u n efecto t a n d e s a s t r o s o c o n su m a l e d i -
c e n c i a , c o m o el P . Miguel G ó m e z . H a b i e n d o sido m a n d a d o este
P a d r e p o r c o m p a ñ e r o d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z , so h a b í a q u e d a d o e n
Medina d e l C a m p o , con p r e t e x t o de e n f e r m e d a d . V o l v i é n d o s e d e allí
s e c r e t a m e n t e á Lisboa con c a r t a s d e l P . S i m ó n , e m p e z ó á n e g o c i a r
q u e éste fuese l l a m a d o p o r el r e y . D e s p u é s d e d e t e n e r s e a l g u n o s
días e n la c o r t e , se fué al c o l e g i o d e C o i m b r a , y c o m o los s u p e r i o r e s ,
o l i e n d o algo el n e g o c i o , le p i d i e s e n c u e n t a s de lo q u e h a b í a h e c h o
en L i s b o a , é l , i n d i g n a d o , se salió d e la C o m p a ñ í a . D e s d e l u e g o e m -
pezó á d i f u n d i r g r a v e s c a l u m n i a s c o n t r a San I g n a c i o , c o n t r a M i r ó n
y c o n t r a o t r o s P a d r e s . Decía d e l santo p a t r i a r c a , q u e e r a a m b i c i o s o ,
y esto lo p r o b a b a p o r el h e c h o de h a b e r a d m i t i d o e n la C o m p a ñ í a
á San F r a n c i s c o d e B o r j a , p r e t e n d i e n d o con esto a r r e g l a r e l casa-
m i e n t o d e u n a s o b r i n a s u y a , L o r e n z a de L o y o l a , con D. J u a n de
Borja, hijo del santo d u q u e de Gandía. Añadía q u e I g n a c i o p r o c u -
raba sacar d i n e r o s de P o r t u g a l p a r a o t r o s p a í s e s , q u e los m e j o r e s
sujetos p o r t u g u e s e s los e n v i a b a á o t r a s n a c i o n e s , y e n c a m b i o , r e m i -
tía á P o r t u g a l n o v i c i o s y e s t u d i a n t e s e x t r a n j e r o s , q u e n o p o d í a n
p r e s t a r n i n g ú n s e r v i c i o . F i n a l m e n t e , o b s e r v a b a q u e la causa de
r e t i r a r al P . S i m ó n había sido, el q u e éste m i r a b a p o r los i n t e r e s e s
de P o r t u g a l y se o p o n í a á los cálculos a m b i c i o s o s d e I g n a c i o (2).
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 7 0 9 .
( 2 ) ¿ Q u i é n i n v e n t ó e s t a s c a l u m n i a s ? E l P . O r l a n d i n i (Historia S. J., 1. s i l ,
n.° 6 0 ) p a r e c e s i g n i f i c a r q u e f u é el m i s m o P . M i g u e l G ó m e z ; p e r o n o sin d o l o r
d e n u e s t r a a l m a d e b e m o s afirmar, q u e p r o c e d i e r o n d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z . H e
aquí las p a l a b r a s d e l P . L u i s G o n z á l e z d e C á m a r a , e s c r i b i e n d o al P . L e ó n E n r í q u e z :
« M i g u e l G ó m e z c o r r í a a c á [ e n L i s b o a ] t o d o eBte t i e m p o el c a m p o c o n c a r t a s d e
M . S i m ó n y con s u s p e r s u a s i o n e s , y n o s^lo h a b l ó al r e y m u c h a s v e c e s , m a s a y u d ó s e
d e l b r a z o s e c u l a r , scilicet, d e l d u q u e d e A v e i r o , y c o m e n z a r o n l u e g o á r e v e n t a r p o r
el p a l a c i o m a l e s d e M. I g n a c i o y d e M. M i r ó n » Refiere l u e g o las c a l u m n i a s q u e
h e m o s e s c r i t o e n el t e x t o , y l u e g o p r o s i g u e a s í : <r L l o r e m o s , H e r m a n o m í o , y c o n
 602 LIB. J l . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
T o c a n d o u n a c u e r d a t a n d e l i c a d a c o m o ésta del p a t r i o t i s m o , déjase
e n t e n d e r la i m p r e s i ó n p r o f u n d a q u e en m u c h o s c o r t e s a n o s p r o d u -
j e r o n las d e t r a c c i o n e s del P . Miguel G ó m e z . A l g u n o s h a b l a b a n p ú -
b l i c a m e n t e c o n t r a n u e s t r o santo P a d r e , y s o b r e t o d o , el d u q u e
d e A v e i r o , m u y aficionado al P . S i m ó n , se e m b r a v e c í a t e r r i b l e -
m e n t e c o n t r a el santo p a t r i a r c a . El m i s m o r e y y la familia real n o
l á g r i m a s l a v e m o s e s t a s u c i e d a d . L u e g o , c u a n d o M. S i m ó n v i n o á e s t a t i e r r a , e m p e z ó
á c r i a r e s t o s h u m o r e s , scilicet, no hacer c u e n t a de I g n a c i o , y querer acá hacer
c a b e z a p o r sf. L u e g o le c o n o c i e r o n e s t o m u e h o s d e los H e r m a n o s , y se t e n t a r o n c o n -
t r a él, y e s c r i b i e r o n c a r t a s al P . I g n a c i o , las c u a l e s llevó el P . R o j a s h a s t a B o t a n , y
d e allí se v o l v i ó , n o sé si p o r M i r ó n le d i s u a d i r , si p o r o t r a v í a . E s t o le c o n o c i ó
t a m b i é n F a b r o c u a n d o v i n o acá, y A r a o z y E s t r a d a , y n o s o t r o s , n a v e g a n d o s i e m p r e
in simplicitate, v e n i m o s á p a r a r en e s t o , q u e e n t i e n d e p r o b a r M. S i m ó n al r e y q u e
cuanto estuviere esto sujeto á M. I g n a c i o , no ha de llevar de acá buen bocado,
p o r q u e así c o m o d e la e n t r a d a del d u q u e d e G a n d í a saca p r o v e c h o p a r a s u s p a r i e n -
t e s , así lo s a c a r á t a m b i é n d e las r e n t a s d e l c o l e g i o d e P o r t u g a l . » Epistolae mixtae,
tomo it, p. 808.
E n o t r a c a r t a d i r i g i d a al P . T o r r e s , con la m i s m a f e c h a , d i c e asi C á m a r a : <Í P a r é -
c e m e que y a no es t i e m p o de hablar sino á la clara. L a s cosas acá están y a mani-
fiestas á t o d o s . V. R. v e a lo q u e se d e b e h a c e r , p o r q u e , á la v e r d a d , m u y i m p o r t a n t e
n o s e r a q u e s u p i e s e n los H e r m a n o s q u i é n era e s t e h o m b r e [el P . S i m ó n ] , y a q u e n o
lo i m i t a s e n . N o s o t r o s t r a b a j a m o s p o r lo e n c u b r i r . E l q u i e r e q u e se m a n i f i e s t e , p u e s
o p u g n a d e m a n e r a la c a b e z a , q u e n o la p o d e m o s d e f e n d e r sin o f e n d e r l e á él. D i g o
e s t o , p o r q u e sola la p o n z o ñ a q u e m u e s t r a on d e c i r t a n á l a c l a r a m a l d e l P. I g n a c i o ,
e s b a s t a n t e p a r a q u e le c o n o z c a n . M i g u e l G ó m e z d i c e y j u r a q u e n o se lo m a n d ó
M . S i m ó n . E l d u q u e d e A v e i r o decía, q u e p o r v e n t u r a e x c e d í a el m e n s a j e r o la c o m i -
s i ó n ; m a s b i e n c o n o c i d a s s o n e s t a s m a ñ a s d e M. S i m ó n , p o r q u e d e l l a s usó c o n m i g o
y c o n D . L e ó n y con G o d i n h o . » Ibid., p . 8 1 2 . V é a s e , a d e m á s , el d o c u m e n t o q u e
. c o p i a m o s m á s a b a j o del P . M i r ó n , d o n d e d i c e á S a n I g n a c i o , q u e n o a d m i t i ó en c a s a
al P . S i m ó n , p o r el m a l q u e h a r í a , s i e n d o causa principal de esta murmuración.
P a r e c e q u e el P . P o l a n c o se r e s i s t í a á p o n e r al P . S i m ó n la n o t a d e c a l u m n i a d o r .
P o r eso, al e s c r i b i r l a s c a l u m n i a s ( p . 7 1 1 ) se a p r o v e c h a d e esa f r a s e : Miguel Gome::
dice y jura , e t c . , y la p o n e b i e n c l a r a : nAfñrmabat \_Michacl Gómez] sibi á P. Si-
•mone tale quid injunctum non fuisse.y> D e s p u é s , al r e f e r i r o t r o c h i s m e p a l a c i e g o ,
a ñ a d e ( p . 7 1 3 ) : «Hoc etiam a Michaele Gómez, sicut et caetera, profectum erat.i>
P o r fin, c u a n d o l l e g a el caso d e i n c l u i r e n su H i s t o r i a el p r i m e r f r a g m e n t o d e
C á m a r a , c o p i a d o en e s t a nota, lo h a c e P o l a n c o con e s t a s p a l a b r a s : uNotat P. Lndo-
vicus González, quod », e t c . , c o m o si r e h u s a s e t o m a r s o b r e si l a r e s p o n s a b i l i d a d d e
,1o q u e se d i c e c o n t r a el P . S i m ó n . A l a b a m o s el b u e n d e s e o d e P o l a n c o , p e r o n o
p a r e c e p o s i b l e l a v a r d e e s t a m a n c h a al P . S i m ó n R o d r í g u e z ; p o i q u e , ó h e m o s d e
r e c u s a r e n t o d o e s t e s u c e s o el t e s t i m o n i o d e l P . L u i s G o n z á l e z d e ( J a m a r a , lo cual
s e r í a u n a v e r d a d e r a a b e r r a c i ó n c r í t i c a , ó lo h e m o s d e a d m i t i r t a m b i é n e n e s t e p u n t o
p a r t i c u l a r . N ó t e s e , . d e p a s o , el p r o f u n d í s i m o d o l o r filial q u e C á m a r a , P o l a n c o y los
b u e n o s h i j o s d e la C o m p a ñ í a s i n t i e r o n al v e r d e n i g r a d o el v e n e r a b l e n o m b r e d e
S a n I g n a c i o . «.Tam dirás calumnias, d i c e P o l a n c o , ac falsa testimonia ad coronam
P, Ignatii Deus etiam in tempore pacis ac prosperitatis invenit.D Historia S. J., t . n
p. 714.
CAP. X I X . — JESUÍTAS ••ESPAÑOLES EN PORTUGAL—VISITA D H L P. TORKES 603
d e j a r o n d e . c o n m o v e r s e c o n estas c a l u m n i a s , y p o r u n m o m e n t o
p a r e c i e r o n r e s f r i a r s e e n el a m o r a r d e n t í s i m o q u o p r o f e s a b a n á la
Compañía. L o s c o r t e s a n o s , q u e s i e m p r e s o n linces p a r a d e s c u b r i r
las i n c l i n a c i o n e s de los m o n a r c a s , e n t e n d i e r o n este desvío y e m p e -
z a r o n á t r a t a r de o t r o m o d o c o n los j e s u í t a s . Antes n o h a b í a p a r a
éstos p u e r t a c e r r a d a , y t o d o s sus n e g o c i o s se d e s p a c h a b a n con m u -
cha p r e s t e z a y facilidad. A h o r a les d a b a n tal v e z c o n la p u e r t a e n los
ojos y se c o m p l a c í a n en h a c e r l e s e s p e r a r l a r g a s h o r a s e n las a n t e -
salas (1).
14. Á t o d o esto, ¿ d ó n d e estaba el P . Mirón, á q u i e n , c o m o S u p e r i o r
d e los N u e s t r o s e n P o r t u g a l , tocaba d e s e n o j a r al r e y , d e s e n g a ñ a r á los
c o r t e s a n o s , r e f u t a r las c a l u m n i a s y s a c a r á flote la n a v e d e la C o m p a -
ñía e n t a n d e s h e c h a b o r r a s c a ? P u e s se h a l l a b a m i s i o n a n d o t r a n q u i l a -
m e n t e p o r las aldeas d e la diócesis d e É v o r a . ¡ F a m o s o P r o v i n c i a l !
P r o v e y ó D i o s q u e s u p l i e r a n p o r él los P P . F r a n c i s c o E n r í q u e z y L u i s
González d e C á m a r a . E l p r i m e r o , q u e e r a p r o c u r a d o r de p r o v i n e i a r
h u b o de h a b l a r u n día con los r e y e s p o r n e g o c i o s e c o n ó m i c o s ocu-
r r e n t e s . M i e n t r a s h a b l a b a c o n el P a d r e , dejó c a e r J u a n I I I la c o n v e r -
sación s o b r e los dos p u n t o s q u e le h a b í a n h e r i d o m á s e n lo v i v o ,
cuales e r a n , la saca de d i n e r o y el e n v í o d e sujetos p o r t u g u e s e s á
o t r o s países. S a b i d o es el celo con q u e los m o n a r c a s d e ! siglo x v i
p r o c u r a b a n i m p e d i r , c o m o u n a calamidad n a c i o n a l , la e x t r a c c i ó n d e l
d i n e r o . R e c u é r d e s e , p o r o t r a p a r t e , el e m p e ñ o d e c i d i d o c o n q u e se
afanaba J u a n I I I p o r el f l o r e c i m i e n t o de las l e t r a s en P o r t u g a l . A d i -
vínase, p u e s , la mala i m p r e s i ó n q u e d e b i ó r e c i b i r , c u a n d o le d i j e r o n
q u e San I g n a c i o sacaba d i n e r o d e a q u e l r e i n o y se llevaba los m e j o -
r e s sujetos á o t r a s n a c i o n e s .
Satisfizo el P . E n r í q u e z á estas objeciones. P r i m e r a m e n t e , tan le-
j o s estaba San I g n a c i o de sacar d i n e r o d e P o r t u g a l , q u e h a b i é n d o s e
'escrito á t o d a s las p r o v i n c i a s de la Compañía, p a r a q u e c o n t r i b u y e s e n
al s u s t e n t o d e u n p r o c u r a d o r e n R o m a , y e x c u s á n d o s e p o r c i e r t a s
r a z o n e s la d e P o r t u g a l , el santo h a b í a a d m i t i d o las e x c u s a s , y n o
h a b í a i n s i s t i d o u n p u n t o más en e l l o . E n c u a n t o á lo q u e se m u r m u -
r a b a de c i e r t a c o n s t i t u c i ó n , q u o p e r m i t í a t r a s l a d a r las r e n t a s s o b r a n -
tes d e u n c o l e g i o á o t r o , y q u e se decía i n v e n t a d a p o r I g n a c i o p a r a
sacar d i n e r o d e P o r t u g a l , t a m p o c o t e n í a f u n d a m e n t o , p u e s la t r a s l a -
'Ción d e r e n t a se p e r m i t í a s o l a m e n t e dentro de la misma provincia (2).
( 1 ) Historia S. J., t. n , p . 7 1 0 .
( 2 ) D i s c r e t o a n d u v o el P . F r a n c i s c o E n r í q u e z al i n t e r p r e t a r , ó m e j o r d i c h o , a d i -
 LIB. II.—SAN IGNACIO DB LOYOLA
A d e m á s , si se h a b í a n sacado a l g u n o s s u j e t o s i m p o r t a n t e s , t a m b i é n se
h a b í a n c o m p e n s a d o con o t r o s h o m b r e s ú t i l e s e n v i a d o s d e o t r a s r e -
g i o n e s (1).
A p l a c ó s e el r e y a l g ú n t a n t o con esta e x p l i c a c i ó n . P o c o d e s p u é s
t u v o o c a s i ó n d e h a b l a r l e el P . L u i s González d e C á m a r a , y con a q u e l
b r í o f e r v o r o s o q u e le d i s t i n g u i ó e n toda esta causa, r e f u t ó v i g o r o s a -
m e n t e las h a b l a d u r í a s d e M i g u e l G ó m e z , y p a r a a c a b a r d e u n a vez
con la o b j e c i ó n m á s i m p o r t u n a , cual e r a la d e l sacar d i n e r o , ofreció
á S u Alteza q u e q u i t a s e á los N u e s t r o s la a d m i n i s t r a c i ó n de t o d o s los
b i e n e s q u e les h a b í a d a d o , y la p u s i e s e e n m a n o s do u n a p e r s o n a d e
su real confianza. Así estaría s e g u r o t o d o el m u n d o d e q u e los j e s u í -
tas n o sacaban u n c é n t i m o do P o r t u g a l . E s t e a r r a n q u e do franco y
n o b l e d e s i n t e r é s c o n v e n c i ó d e l l e n o á J u a n I I I , q u i e n p r o s i g u i ó en
a d e l a n t e a m a n d o y f a v o r e c i e n d o á la C o m p a ñ í a .
«Nuestro S e ñ o r hizo, escribo el P . C á m a r a á San I g n a c i o , q u e q u e -
dase el r e y satisfecho, m á x i m e con h a b e r l o ofrecido q u e m a n d a s e
v i n a r l a m e n t e d e S a n I g n a c i o e n las c o n s t i t u c i o n e s , p u e s é s t a s n o e s t a b a n t o d a v í a
p r o m u l g a d a s ; m a s p a r a e n t e n d e r d e r a í z lo q u e h a b í a en e s t e p u n t o , es n e c e s a r i o
l e e r t r e s p a s a j e s d e la o b r a Constilutiones Societatis Jesu ¡atinae et hispanicae.
p r i m e r o e s t á en la p á g . 3 7 3 . A q u í se v e e s t a c o n s t i t u c i ó n e s c r i t a p o r S a n I g n a c i o
e n la p r i m e r a r e d a c c i ó n d e fu c ó d i g o . Si s u p r i m i m o s allí lo q u e e s t á e n t r e c o m i l l a s ,
s e g ú n la r e g l a q u e se d a en el p r ó l o g o , q u e d a lo s i g u i e n t e , q u e f u é la p r i m e r a r e -
d a c c i ó n : ciSi el (pie t i e n e el c a r g o u n i v e r s a l j u z g a r e c o n v e n i r , m i r a n d o el m a y o r s e r -
v i c i o d e D i o s y b i e n u n i v e r s a l , p o d r á o r d e n a r q u e d e la r e n t a do u n c o l e g i o , q u e á
r e s p e c t o d e la n e c e s s i d a d del, y u t i l i d a d , e s s o b r a d a ó p o c o n e c e s a r i a , s e a y u d e n
o t r o s , q u e , m i r a d o el p e s o q u e t i e n e n y f r u c t o q u e se h a c e , se t e n d r á p o r n e c e s a r i a
y b i e n e m p l e a d a en ellos tal a y u d a . » D i s g u s t ó al P . S i m ó n R o d r í g u e z e s t a ley, sos-
p e c h a n d o f u e s e u n m e d i o i n v e n t a d o p a r a p a c a r d i n e r o d e P o r t u g a l , y lo p r o p u s o
c l a r a m e n t e á S a n I g n a c i o . ( V é a s e a h o r a la p á g . 3 3 9 . ) E l s a n t o , p a r a q u i t a r t o d a
s o s p e c h a , s e m o s t r ó d i s p u e s t o á m u d a r l a l e y , y e n e f e c t o , l a m o d i f i c ó e n el m i s m o
p r i m e r e j e m p l a r . ( V u é l v a s e á leer la m i s m a p á g 3 7 3 , a ñ a d i e n d o lo q u e e s t á e n t r e
c o m i l l a s . ) D i c e a s í la l e y m o d i f i c a d a : « S i el q u e t i e n e el c a r g o u n i v e r s a l j u z g a r e ,
m i r a n d o el m a y o r s e r v i c i o d e Dios y b i e n u n i v e r s a l , m u c h o c o n v e n i r q u o d e la r e n t a
d e u n c o l e g i o , q u e á r e s p e c t o d e l a n e c e s i d a d del, y u t i l i d a d , es t o b r a d a ó p o c o n e c e -
s a r i a , s e a y u d e n o t r o s , q u e , m i r a n d o el p e s o q u e t i e n e n y f r u c t o q u e s e h a c e , s e t e n -
d r á p o r n e c e s a r i a y b i e n e m p l e a d a en ellos tal a y u d a , p o d r á o r d e n a r l o c o n t o d a la
p o s i b l e e d i f i c a c i ó n , o b s e r v a n d o d o s c o s a s : u n a es q u e e n v i d a d e los f u n d a d o r e s n o
s e trasfiera n a d a s i n q u e á e l l o s p a r e z c a c o n v e n i r y lo a p r u e b e n ; la o t r a , q u e d e s p u é s
d e s u s d í a s , s i e m p r e se t e n g a m i r a m i e n t o á la v o l u n t a d y i n t e n c i ó n d e los t a l e s f u n -
d a d o r e s , y n o s e d i s p o n g a f u e r a d e l l u g a r d e la t a l f u n d a c i ó n , s i n o c u a n d o s e j u z -
g a r e s e r i a e s t a la v o l u n t a d del f u n d a d o r , si la p o d i e s e a h o r a e x p r i m i r . » F i n a l m e n t e ,
I g n a c i o , c o m o vio q u e la t a l c o n s t i t u c i ó n i n f u n d í a m a l a s s o s p e c h a s , a u n q u e b i e n
i r r a c i o n a l e s p o r c i e r t o , la s u p r i m i ó e n t e r a m e n t e . ( V é a s e el t e x t o d e f i n i t i v o d e l a s
C o n s t i t u c i o n e s en la p á g . 1 1 5 , d o n d e d e b i e r a e s t a r e s a l e y , y n o q u e d a r a s t r o d e ella.)
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 7 1 2 .
CAÍ'. XIX.—JESUÍTAS ESPAÑOLES EN PORTUGAL: VISITA DEL P. TORRES 605
e n t r e g a r las r e n t a s d e l c o l e g i o [ d e C o i m b r a ] á a l g u n a p e r s o n a d e
q u i e n se fiase; y p o r q u e esta h i s t o r i a n o sea infinita, sepa V. P . q u e
así e n esta plática c o m o e n o t r a s m u c h a s con el r e y , r e i n a é infantes,
se h a t r a t a d o del i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , s e g ú n acá p o b r e m e n t e
e n t e n d e m o s de lo q u e V. P . p r e t e n d e , d i c i é n d o l e , c ó m o más deseá-
b a m o s los d e la C o m p a ñ í a n o t e n e r r e n t a n i d i n e r o s , y si e n la i n s t i -
t u c i ó n de los e s t u d i a n t e s se p u d i e s e n excusar, lo h a r í a n : q u e n o b u s -
caba sino la h o n r a de Dios» (1).
15. A p l a c a d o s los á n i m o s del r e y y de la r e a l familia, p r o c u r ó el
P . C á m a r a h a c e r lo m i s m o con los c o r t e s a n o s . Al d u q u e d e A v e i r o
n o fué p o s i b l e d e s e n g a ñ a r . Mas y a q u e n o se l o g r a s e e s t o , c o n s i g u i ó
C á m a r a s o b r e él u n t r i u n f o i m p o r t a n t e . E m p e ñ á b a s e el d u q u e e n
q u e el r e y l l a m a s e al P . S i m ó n . E n c a m b i o , C á m a r a o b t u v o de Su
Alteza q u e , r e c h a z a n d o la p r o p u e s t a del d u q u e , c o n s i n t i e s e e n q u e
se l l a m a s e al P . M i g u e l d e T o r r e s , p a r a v i s i t a r d e n u e v o la p r o v i n c i a
y r e m e d i a r sus m a l e s p o r c o m p l e t o . E s c r i b i e r o n , p u e s , los N u e s t r o s
al P . T o r r e s , y p a r a m á s o b l i g a r l e á v e n i r , se n e g o c i ó q u e el c a r d e -
nal i n f a n t e , h e r m a n o del r e y , le d i r i g i e s e u n a carta l l a m á n d o l e á
P o r t u g a l é i n v i t á n d o l e á d e s e m p e ñ a r su oficio d e v i s i t a d o r ( 2 ) .
El R o g á b a n l e los N u e s t r o s q u e trajese consigo t o d a s las p a t e n t e s , p r o -
visiones y d o c u m e n t o s q u e le h a b í a e n v i a d o San I g n a c i o . E r a p r e -
ciso m o s t r a r s e con el c a r á c t e r d e v i s i t a d o r y e j e c u t a r la visita e n
t o d a r e g l a , p u e s p o r h a b e r h e c h o las cosas á m e d i a s , y a n d a d o con
m i e d o s y vacilaciones la vez pasada, se h a b í a q u e d a d o la p r o v i n c i a
en el d o l o r o s o estado e n q u o se v e í a (3).
E s m u y de n o t a r e n las cartas d e a q u e l t i e m p o (4) el d o l o r a c e r b í -
simo q u o a t o r m e n t a b a e n P o r t u g a l á los b u e n o s hijos de la C o m p a ñ í a .
Veíanse c o m o sin cabeza, p u e s e l P . M i r ó n se o c u p a b a p r i n c i p a l m e n t e
en las m i s i o n e s . A n t e s lo q u e r í a h a c e r t o d o p o r sí m i s m o ; a h o r a , r e -
c o n o c i e n d o los y e r r o s p a s a d o s , lo r e m i t í a t o d o á los s u p e r i o r e s
locales.
16. E n m e d i o de estas g r a v e s t r i b u l a c i o n e s e n t r ó p o r s e g u n d a v e z
el P . Miguel d e T o r r e s e n P o r t u g a l , y llegó á C o i m b r a e l 12 d e No-
( 1 ) Epistolae mixtae, t. I I I , p . 3 8 .
( 2 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 7 1 4 . ( V é a s e la c a r t a q u e le d i r i g i ó el P . C á -
m a r a el 15 d e O c t u b r e . Epistolae mixtae, t. n , p . 8 1 2 . )
( 3 ) P e d á n e o , Historia S. J., t. n , p . 7 1 4 .
(4) Véanse principalmente l a s d e G u d i n h o y C á m a r a e n Epistolae mixtae, to-
m o s II y .11.
 606 LIB. 11. SAN IGNACIO DE LOVOLA
v i e m b r e d e 1552 (1). P o r e n t o n c e s acababa de h a c e r el P . G o d i n h o ,
r e c t o r d e n u e s t r o C o l e g i o , u n a de a q u e l l a s santas l o c u r a s , q u e p o r
el b u e n efecto q u e t u v o , p a r e c e h a b e r sido i n s p i r a d a p o r Dios. C o m o
e n t e n d i e s e q u e c o r r í a n en el p u e b l o m a l o s r u m o r e s a c e r c a d e los
d i s t u r b i o s o c u r r i d o s e n t r e los N u e s t r o s , y q u e a d e m á s desedificaba
c i e r t o p l e i t o q u e tenía n u e s t r a casa c o n t r a o t r o m o n a s t e r i o , q u i s o
d a r p ú b l i c a satisfacción á las g e n t e s , y r e p a r a r e n c u a n t o fuese p o -
sible el escándalo q u e se h u b i e r a d a d o . E l día de la octava de T o d o s
los Santos m a n d ó á la c o m u n i d a d , q u e se r e c o g i e s e e n la capilla p a r a
h a c e r o r a c i ó n y p e d i r p e r d ó n á Dios p o r las faltas c o m e t i d a s . Mien-
t r a s o r a b a n t o d o s allí r e u n i d o s , el P . R e c t o r salió p o r las calles de
C o i m b r a , d i s c i p l i n á n d o s e y p i d i e n d o p e r d ó n al p u e b l o p o r el escán-
dalo q u e le había d a d o n u e s t r a casa.
C u a n d o , v u e l t o al colegio, c o n t ó á la c o m u n i d a d lo q u e h a b í a h e -
cho, q u i s i e r o n i m i t a r l e m u c h o s . O r d e n ó s e , p u e s , u n a d e v o t a p r o c e -
sión d e s d e n u e s t r a casa al t e m p l o d e la M i s e r i c o r d i a . Iba d e l a n t e la
cruz, y á su lado dos H e r m a n o s q u e c a n t a b a n las letanías. S e g u í a n se-
s e n t a y t a n t o s d e los N u e s t r o s d i s c i p l i n á n d o s e , y e n p o s d e e l l o s se
iba a g o l p a n d o g r a n m u c h e d u m b r e de g e n t e , c o n s t e r n a d a de a s o m b r o
a n t e a q u e l e s p e c t á c u l o . C u a n d o l l e g a r o n al t e m p l o d e la Misericor-
dia, el P . G o d i n h o d i r i g i ó la p a l a b r a al p u e b l o , r e c o n o c i ó q u e se ha-
bía d a d o en n u e s t r o colegio m a t e r i a d e escándalo p o r la d e s o b e d i e n -
cia de m u c h o s , y p i d i ó h u m i l d e m e n t e p e r d ó n p o r lo h e c h o , al m i s m o
t i e m p o q u e e n c o m e n d a b a en las o r a c i o n e s d e los p r e s e n t e s el b u e n
o r d e n y la disciplina religiosa de n u e s t r a casa. E x c u s a d o es a d v e r -
t i r la p r o f u n d a i m p r e s i ó n y los santos afectos q u e esta acción h e r o i c a
d e s p e r t ó en el p i a d o s o p u e b l o (2).
Cinco días d e s p u é s l l e g a b a , c o m o d i j i m o s , el P . T o r r e s á Coim-
b r a . No c r e y ó o p o r t u n o d e t e n e r s e p o r allí, sino q u e pasó luego á
Lisboa p a r a v e r s e con el r e y . Deseábalo v i v a m e n t e el m i s m o J u a n H I ,
p u e s cada vez se iba c o n v e n c i e n d o m á s de q u e faltaba allí una ca-
beza q u e pusiese o r d e n e n el l a b e r i n t o de n u e s t r o s n e g o c i o s (3). Ha-
b l ó el v i s i t a d o r l a r g a m e n t e con el m o n a r c a , satisfízole p l e n a m e n t e
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. . / . , t. li, p . 7 1 5 .
( 2 ) V é a n s e las d o s r e l a c i o n e s q u e t e n e m o s d e e s t e h e c h o , u n a e s c r i t a p o r el m i s m o
G o d i n h o , y o t r a p o r el I I . M e l c h o r C o t t a , e n Litterae quadrimestres, t. l l , p p . 5 1 y 5 6 .
V é a s e t a m b i é n en Epistolae mixtae, t. n i , p . £ 0 , l a d e l P . C á m a r a , e n q u e c u e n t a la
b u e n a i m p r e s i ó n q u e e s t e h e c h o p r o d u j o e n el r e y .
( 3 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. II, p . 7 1 5 .
CAP. X I X . - J E S U Í T A S ESTAÑÓLES EN PORTUGAL.—VISITA DEL P. TURRES 607:
a c e r c a de San I g n a c i o , r e f u t a n d o las m e n t i r a s q u e c o r r í a n e n t r e el
p u e b l o , y d i ó l e á e n t e n d e r c u á l e r a el v e r d a d e r o r e m e d i o de a q u e -
llas t u r b a c i o n e s , las cuales h a b í a n n a c i d o d e n o c o n f o r m a r s e v a r i o s
de n u e s t r o s r e l i g i o s o s c o n el e s p í r i t u d e o b e d i e n c i a y h u m i l d a d q u e
d e b e a n i m a r á la Compañía.
C u a n d o t u v o al r e y b i e n p r e v e n i d o a c e r c a de este a s u n t o , e m p e z ó
el P . T o r r e s la visita de los N u e s t r o s . E n t o d a ella t u v o la p r u d e n t e
p r e c a u c i ó n d e d a r c u e n t a d e t o d o á los r e y e s , p e r m a n e c i e n d o s i e m -
pre m u y u n i d o c o n ellos. Esta cautela le p r o d u j o la ventaja d e ale-
j a r de las a u g u s t a s p e r s o n a s á los salidos de la C o m p a ñ í a , los cuales,
faltos del favor r e a l , fueron p e r d i e n d o toda su fuerza (1).
E n los m e s e s de N o v i e m b r e y D i c i e m b r e de 1552, y a p r i n c i p i o s
d e 1553, se verificó la visita y el e x p u r g o c o m p l e t o d e la p r o v i n c i a d e
P o r t u g a l . F u é T o r r e s e x a m i n a n d o u n o p o r u n o á t o d o s los sujetos,
y á q u i e n no r e c i b í a el y u g o de la santa o b e d i e n c i a , d e s p i d i ó infle-
x i b l e m e n t e de la Compañía. T e r r i b l e fué, e n v e r d a d , la crisis q u e
a t r a v e s ó la p r o v i n c i a de P o r t u g a l e n este año 1552. E l c á n c e r e r a
p r o f u n d o , y n o p u d o aplicarse el r e m e d i o sin c o r t a r p o r lo v i v o y
d e r r a m a r m u c h a s a n g r e . O i g a m o s al m i s m o P . T o r r e s en carta q u e
e s c r i b i ó á San I g n a c i o m i e n t r a s d u r a b a la visita.
«Esta viña p a r e c e q u e estaba tan c a r c o m i d a p o r d e d e n t r o , q u e al
p a r e c e r m u c h a s v i d e s n o t e n í a n más q u e las hojas, p u e s queriéndo.-
las e n d e r e z a r y p o d a r p a r a q u e h i c i e s e n fruto, n o lo p u d i e n d o sufrir,
ó se salían, ó era m e n e s t e r e c h a r l a s fuera do la viña, p a r a q u e n o da-
ñasen á las otras, y esto ha sido e n t a n t o n ú m e r o , q u e d e trescientas
diez y ocho v i d e s q u e se h a n p l a n t a d o en ella d e s p u é s q u e c o m e n z ó ,
m á s de ciento veintisiete están fuera, los cuales n o p o c o daño h a n h e -
c h o y h a c e n á los d e d e n t r o , p u e s n u n c a faltan t e n t a d o s do m u e r t e
en ella, y ándanse p o r esta Lisboa con m u y p o c o e s c r ú p u l o de sus
votos, y h e m o s e n t e n d i d o q u e t i e n e n todos d i s p e n s a c i ó n d e l n u n c i o .
Vea V. P . cómo se p o d r á p r o v e e r e n e s t o , p o r q u e es r e c i o caso, q u e
e n t r e n á h a c e r s e l e t r a d o s á costa del c o l e g i o , y q u e d e s p u é s , con
diez ó d o c e d u c a d o s q u e d a n p o r la d i s p e n s a c i ó n , se vajean r i e n d o
del colegio y de la Compañía» (2).
17. E n esta carta, escrita el G d e E n e r o d e 1553, t e n e m o s dos d a t o s
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 1 5 7 .
( 2 ) í d e m , ibid., p . 2 5 . Es d e a d v e r t i r lo q u e a ñ a d e P o l a n c o (Historia. S. J.,
t. n i , p . 3 9 0 ) , q u e p r e g u n t a d o el n u n c i o s o b r e e s t o , n e g ó h a b e r d a d o t a l e s d i s p e n s a -
c i o n e s , y se m o s t r a b a a f e c t o á l a C o m p a ñ í a .
 608 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
n u m é r i c o s q u e n o s s i r v e n p a r a c o n o c e r los t r a b a j o s p a d e c i d o s pol-
la C o m p a ñ í a e n P o r t u g a l . C o n v i e n e , sin e m b a r g o , ajustar u n p o c o
m á s las cuentas, p a r a c o n c o r d a r esos dos datos c o n o t r o q u e n o s su-
m i n i s t r a m e d i o año d e s p u é s el P . M i r ó n . T r e s c i e n t o s diez y o c h o
e r a n los a d m i t i d o s en la C o m p a ñ í a d e P o r t u g a l . De é s t o s , h a b í a n
m u e r t o u n o s p o c o s , a l g u n o s h a b í a n salido do la r e l i g i ó n , u n o s v e i n t e
h a b í a n sido e n v i a d o s á las I n d i a s o r i e n t a l e s , p r o v i n c i a a p a r t e , for-
mada p r i n c i p a l m e n t e c o n p o r t u g u e s e s . La r e c i é n fundada p r o v i n c i a
d e l Brasil se h a b í a l l e v a d o t a m b i é n d e P o r t u g a l v a r i o s s u j e t o s , de
s u e r t e q u e e n e l año 1552 la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l debía c o n t a r
c u a n d o m á s u n o s d o s c i e n t o s c i n c u e n t a ó sesenta i n d i v i d u o s . C o m o
d e s p u é s d e l 6 de E n e r o de 1553, e n q u e escribía el P . T o r r e s , p e r d i e -
r o n todavía la v o c a c i ó n a l g u n o s p o c o s (y p o r eso el P . P o l a n c o ( 1 )
ñja e n ciento treinta el n ú m e r o d e los salidos), r e s u l t a , en conclu-
sión, q u e salió d e la C o m p a ñ í a p o r lo m e n o s la m i t a d d e la p r o v i n -
cia d e P o r t u g a l . A d e m á s , c o m o en la p r i m a v e r a de 1553 se e n v i a r o n
e x p e d i c i o n e s á las I n d i a s y al Brasil, l l e g a d o él m e s d e J u l i o q u e d ó
la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l r e d u c i d a á ciento cinco sujetos. E s t e es el
d a t o q u e n o s s u m i n i s t r a e l P . M i r ó n e n su c a r t a á San I g n a c i o , es-
c r i t a e l 17 d e J u l i o . « E n esta p r o v i n c i a d e P o r t u g a l , al p r e s e n t e ha-
b r á c i e n t o cinco H e r m a n o s á o b e d i e n c i a de la Compañía». (2).
E s t o s datos n u m é r i c o s , v e r d a d e r a m e n t e e s p a n t o s o s , nos dan idea
cabal de a q u e l l a crisis, q u e t u v o el aspecto do u n a v e r d a d e r a catás-
trofe, p e r o era u n a catástrofe i n d i s p e n s a b l e , c o m o j u z g a b a el P . Cá-
m a r a , p a r a q u e , d e r r i b a d o lo m a l c o n s t r u i d o , se v o l v i e s e á fundar la
Compañía e n el e s p í r i t u do h u m i l d a d , de p o b r e z a y a b n e g a c i ó n á q u e
Dios la h a b í a l l a m a d o p o r m e d i o d e San I g n a c i o (3). Al c o n s i d e r a r
( 1 ) Historia S. J., t. n i , p . 3 9 0 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. III, p . 3 9 7 . P u d i e r a c r e e r s e , t o m a n d o e s a p a l a b r a Herma-
nos en el s e n t i d o q u e t i e n e e n n u e s t r o l e n g u a j e a c t u a l , q u e se t r a t a b a s o l a m e n t e d e los
i n d i v i d u o s n o s a c e r d o t e s ; p e r o e s t a c r e e n c i a la d e s h a c e el P . P o l a n c o , q u i e n e n t e n -
d i ó e s e n ú m e r o d e t o d o s los s u j e t o s d e l a p r o v i n c i a . V é a s e su Historia, t. n i , p . 4 1 6 ,
d o n d e e x p l i c a c ó m o e s t a b a n r e p a r t i d o s esos c i e n t o c i n c o s u j e t o s .
(3) P o l a n c o , Historia S. J., t. II, p . 7 1 5 . N o h a y d u d a q u e el P . C á m a r a e x a g e r a b a
c u a n d o e s c r i b í a en 1 5 5 3 al P . P o l a n c o e s t a s p a l a b r a s : « A h o r a e m p i e z a la C o m p a ñ í a
e n e s t a t i e r r a . » (Epistolae mixtae, t. m, p . 5 1 ) : p e r o t a m b i é n es c i e r t o q u e l a v i s i t a
del P . T o r r e s fué m i r a d a p o r los N u e s t r o s c o m o u n a r e s t a u r a c i ó n y c a s i n u e v a f u n -
d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a en P o r t u g a l . U n s i g l o d e s p u é s a u n d u r a b a esta idea, c o m o se
d e s p r e n d e d e l s i g u i e n t e p a s a j e del P . B a r t o l i : « I I P . M a e s t r o I g n a z i o solea S u s p i r a r e
sopra u n a tal provincia, d e ' c u i o g n i d i piú felici a v v e n i m e n t i que nostri ebe ne g o -
devano, e gli altri che n e u d i v a n o , rallegravansi a n e r e n d e v a n o grazie a D i o : egli
CAP. X I X . — J E S U Í T A S ESPAÑOLES EN PORTUGAL.— VISITA DEL P. TORRES 609
estos datos, n a d a nos a d m i r a lo q u e refiere P o l a n c o d e los r u m o r e s
q u e c o r r í a n e n t r e el v u l g o . Decíase e n Lisboa q u e la C o m p a ñ í a iba
á d e s h a c e r s e p o r c o m p l e t o en P o r t u g a l (1). O t r a s v e c e s se dio el
caso de q u e p r e g u n t a s e n a l g u n a s p e r s o n a s , q u i é n e s e r a n los q u e
c o n s t i t u í a n la C o m p a ñ í a de J e s ú s , si los q u e a n d a b a n sueltos p o r las
calles, ó los q u e q u e d a b a n d e n t r o d e n u e s t r a s casas (2). ¡Qué n o se
d i r í a e n t r e el v u l g o , c u á n t o n o se m u r m u r a r í a c o n t r a la Compañía,
p a s e á n d o s e p o r las calles de L i s b o a c i e n t o t r e i n t a ex-jesuitas!
E n t r e t a n t o , el P . Miguel de T o r r e s c o n t i n u a b a sin descanso su o b r a
r e s t a u r a d o r a . Al m i s m o t i e m p o q u e l i m p i a b a d e g e n t e i n ú t i l la C o m -
pañía, p r o c u r a b a o r d e n a r la vida religiosa s e g ú n el e s p í r i t u d e n u e s -
t r o i n s t i t u t o . E n t r e o t r a s cosas, cuidó d e r e m e d i a r u n m a l de bas-
t a n t e c o n s i d e r a c i ó n q u e e m p e z a b a á c t m d i r e n t r e los N u e s t r o s . Co-
rría la voz do q u e se e n v i a b a n á la I n d i a los sujetos de m e n o s v a l e r
y los q u e p o r su p o c o t a l e n t o e s t o r b a b a n e n P o r t u g a l . Quiso el
P . T o r r e s d a r á e n t e n d e r á t o d o s , q u e el t r a b a j o de las m i s i o n e s ex-
t r a n j e r a s es p r i n c i p a l í s i m o e n la C o m p a ñ í a , y p o r eso destinó á las
I n d i a s y al Brasil a l g u n o s h o m b r e s s o b r e s a l i e n t e s , e n t r e ellos al r e c -
t o r d e l c o l e g i o d e Lisboa, P . U r b a n o F e r n á n d e z , y al q u e lo h a b í a
sido d e C o i m b r a , P . L u i s d e G r a n a (3).
18. E l p r o c e d e r del P . T o r r e s e n la visita r e c i b i ó p l e n a confirma-
ción do San I g n a c i o en u n a carta g r a v í s i m a q u e p o r e n t o n c e s escri-
bió el s a n t o al P . M i r ó n , y q u e s i r v i ó c o m o de g o l p e decisivo p a r a
a s e n t a r todas las cosas en la visita. C o p i a m o s de ella los p á r r a f o s m á s
i m p o r t a n t e s , p u e s el t e x t o c o m p l e t o lo tiene el l e c t o r en las Cartas
de San Ignacio, t. m , p . 154: « P o r la i n f o r m a c i ó n q u e t e n g o del
Dr. T o r r e s (4), dice el santo, á q u i e n e n v i é e n m i l u g a r á v i s i t a r o s en
el S e ñ o r n u e s t r o en ese r e i n o , h e e n t e n d i d o q u e h a y falta n o t a b l e
solo, a cui q u e l l a c h e i! S a v i o c h i a m a Scienza e P r u d e n z a d e ' S a n t i a v e a i n s e g n a t o a
g i u d i c a r d e g l i a f f a r i d e l d i v i n o s e r v i g i o c o n a l t r i m i g l i o r p r i n c i p j di q u e l c h e s i e n o
g l i a d o p e r a t i d a l v o l g o , n e s t a v a con t i m o r e , c h e p o s e í a , a v v e n u t o q u e l l o a p p u n t o d i
c h e t e m e v a , gli si v o l t ó in d i d o r e , e in n o n p o c o e n o n l i e v e t r a v a g l i o , al d o v e r q u a s i
rifondar da capo lo s p i r i t o di q u e l l a s t e s s a P r o v i n c i a , n o n r i u s c i t o s t a b i l e al m a n t e -
nersi, p e r c h é f o n d a t o sul m o l l e d ' u n a t r o p p o c o n t i n u a t a p r o s p e r i t á . » Degli nomini e
(Wfatti della Comp. di Gesit, 1. i v , c. x x v i .
( 1 ) P o l a n c o , t. n , p . 7 1 1 .
( 2 ) Ibid., p . 7 1 0 .
( 3 ) P e d á n e o , Historia S. ./., t. n i . p . 3 9 1 .
( 4 ) D e b e r e f e r i r s e á la c a r t a q u e escribió T o r r e s en su p r i m e r a v i s i t a , p o r A g o s t o
d e 1 5 5 2 , ( c a r t a q u e se h a p e r d i d o ) , p u e s a u n no h a b í a t i e m p o p a r a q u e r e c i b i e s e
Ignacio noticias de esta s e g u n d a que se estaba haciendo.
39
610 L I B . I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA CAP. X I X . — J R S Ü Í T A S ESPAÑOLES EN PORTUGAL.—VISITA DEL P. TORRES 611

e n t r e a l g u n o s , y n o pocos, d e los N u e s t r o s e n a q u e l l a v i r t u d q u e m á s b r e v e p i e n s o , c o n e l favor d e l S e ñ o r , q u e d e t o d o e n t o d o lo purifi-

n e c e s a r i a es y m á s esencial q u e n i n g u n a o t r a e n esta C o m p a ñ í a , y cará d e a l g u n a s r e l i q u i a s q u e h a n q u e d a d o n o t a l e s , y p a r a e s t o m u -
d o n d e m á s e n c a r e c i d a m e n t e e n las b u l a s d e n u e s t r o i n s t i t u t o , p o r el cho n o s ayuda; imo, es el t o d o la c a r t a q u e V. P . e s c r i b i ó á M i r ó n
Vicario d e Cristo n u e s t r o S e ñ o r se n o s e n c o m i e n d a quo p r o c u r e m o s s o b r e e l d e s p e d i r l o s d e s o b e d i e n t e s ó e n v i a r l e los capaces d e c o r r e c -
s e ñ a l a r n o s , q u e es e l r e s p e t o , r e v e r e n c i a y o b e d i e n c i a perfecta á los ción» (1).
s u p e r i o r e s q u e t i e n e n l u g a r do Cristo n u e s t r o S e ñ o r , a n t e s á su D i - C o m o c o m p l e m e n t o d e la c a r t a d i r i g i d a á M i r ó n , y p a r a perfecta
v i n a Majestad e n ellos. Y p o d é i s p e n s a r d e lo q u e t e n é i s e n t e n d i d o , enseñanza, n o sólo d e la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l , sino d e toda la C o m -
q u e y o d e b o y s u e l o d e s e a r esta v i r t u d e n m i s H e r m a n o s , c u á n t o pañía, e s c r i b i ó San I g n a c i o e n e l m e s d e Marzo d e 1553 la carta q u e
c o n t e n t a m i e n t o h a b r é h a b i d o d e e n t e n d e r q u e h a y e n t r e ellos q u i e n l l a m a m o s d e la obediencia, la m á s a d m i r a b l e d e cuantas s a l i e r o n . d e
sin a c a t a m i e n t o dice á su s u p e r i o r : «No m e hablados d e m a n d a r esto, la p l u m a d e n u e s t r o santo P a d r e . E n e l cap. n a n a l i z a m o s esta carta.
»ó n o es b i e n q u e y o haga e s t o t r o . » Y q u i e n n o q u i e r e h a c e r lo q u e P o r a h o r a , b á s t e n o s r e c o r d a r q u e fué e n d e r e z a d a á los P a d r e s y H e r -
le es m a n d a d o , y q u i e n e n señales y o b r a s m u e s t r a t a n poca r e v e - m a n o s d e P o r t u g a l , c o n ocasión d e las t r i b u l a c i o n e s q u e v a m o s e x -
rencia e n su m i s m o e x t e r i o r ( c o m o m e a v i s a n ) á q u i e n d e b e r e v e - p o n i e n d o . Al m i s m o t i e m p o , d e s e a n d o S a n I g n a c i o c o n o c e r d e l l e n o
r e n c i a r c o m o á l u g a r t e n i e n t e d e Cristo n u e s t r o Señor, y c o m o á tal t o d o s los a c o n t e c i m i e n t o s d e P o r t u g a l , l l a m ó á R o m a a l P . L u i s G o n -
h u m i l l a r s e e n t o d o a n t e s u D i v i n a Majestad. Esta cosa m e p a r e c e zález d e C á m a r a . P ú s o s e éste e n c a m i n o , y l l e g ó á la c i u d a d e t e r n a
h a b r á ido t a n a d e l a n t e p o r culpa d e a l g u n o á q u i e n tocaba r e m e d i a r , el 23 d e Mayo (2).
y n o lo h a h e c h o . Dios n u e s t r o S e ñ o r le p e r d o n e . ¡Cuánto fuera m e - Á p r i n c i p i o s d e este a ñ o d e 1553 i b a t e r m i n a n d o e l P . T o r r e s s u
j o r a p a r t a r d e l c u e r p o d e la Compañía a l g ú n m i e m b r o e s t r a g a d o y o b r a r e s t a u r a d o r a , y la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l q u e d a b a casi l i m p i a y
a s e g u r a r los s a n o s , q u e d e j a r inficionar c o n t a n g r a v e m a l á o t r o s t r a n q u i l a , c u a n d o d e p r o n t o u n a súbita c o m p l i c a c i ó n v i n o á e n r e d a r
m u c h o s c o n el e j e m p l o y c o n v e r s a c i ó n d e ellos! el n e g o c i o y á p o n e r e n p e l i g r o d e p e r d e r s e t o d o e l b i e n q u e s e ' e s -
»Yo os m a n d o á vos, e n v i r t u d d e santa o b e d i e n c i a , q u e m e h a g á i s taba haciendo.
o b s e r v a r esto acerca d e ella, q u e si a l g u n o h u b i e s e q u e n o q u i e r e
o b e d e c e r , n o d i g o á v o s s o l a m e n t e , sino á c u a l q u i e r a d e los p r e p ó -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. n i , p. 1 5 6 .
sitos ó r e c t o r e s locales q u e allá h a y , q u e hagáis d e d o s cosas u n a , ó ( 2 ) P o l a n c o , Historia S. . / . , t. m, p. 1 4 .
q u e le despidáis d e la Compañía, ó le e n v i é i s acá á R o m a , si os p a r e -
c i e r e t a l sujeto, q u e c o n t a l m u t a c i ó n se h a y a de a y u d a r p a r a s e r v e r -
d a d e r o s i e r v o d e Cristo n u e s t r o S e ñ o r . Y d e esto d a d p a r t e , si es
m e n e s t e r , á sus Altezas, q u e n o d u d o sino q u e s e r á n c o n t e n t o s , s e g ú n
el e s p í r i t u y santa v o l u n t a d d e q u e les h a d o t a d o Dios n u e s t r o S e -
ñor L a o b e d i e n c i a q u e os envío p a r a d e s p e d i r y e n v i a r acá los
q u e d e s o b e d e c i e r e n , h a r é i s p u b l i c a r e n los colegios y casas do la
C o m p a ñ í a e n t o d a v u e s t r a p r o v i n c i a , y h a c e d q u e el r e y sea d e esto
avisado.»
E s t o e s c r i b í a S a n I g n a c i o el 18 d e D i c i e m b r e d e 1552. R e c i b i ó s e
esta c a r t a e n C o i m b r a e l 8 d e Marzo d e l s i g u i e n t e a ñ o , y fué g r a n -
d í s i m o e l c o n s u e l o q u e con ella r e c i b i e r o n el P a d r e v i s i t a d o r y t o d o s
los b u e n o s hijos d e la C o m p a ñ í a . « F u i m o s m u y c o n s o l a d o s , e s c r i b e
T o r r e s á San Ignacio, en conocer que nuestro Señor nos había hecho
m e r c e d d e h a b e r a c e r t a d o acá á h a c e r lo q u e se h a h e c h o , á lo m e -
n o s e n lo s u s t a n c i a l , c o n f o r m e á la m e n t e y p a r e c e r d e V. P En

CAPÍTULO XX
JESUÍTAS ESPAÑOLES EN PORTUGAL. — CAUSA DEL P. SIMÓN RODRÍGUEZ.
PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES
1553
SUMARIO: 1. V u e l v e á P o r t u g a l el P . S i m ó n R o d r í g u e z . — 2 . E x a m í n a n s e dos c a r t a s
d e S a n I g n a c i o s o b r e este p u n t o . — 3 . L o s P P . T o r r e s y Mirón p r o h i b e n al P . Si-
m ó n el e n t r a r en n u e s t r a s c a s a s . — 4 . E l P . V i l l a n u e v a , l l e g a d o á P o i t u g a l p a r a
e x a m i n a r a q u e l l o s n e g o c i o s , e x h o r t a al P . S i m ó n á i r á R o m a . — 5 . M á n d a l e lo
m i s m o San I g n a c i o , y e n v í a las d i m i s o r i a s p a r a el c a s o d e q u e n o q u i e r a o b e d e -
c e r . — 6. V a á R o m a el P . S i m ó n , y allí es j u z g a d o p o r c u a t r o P a d r e s . — 7. E n t r a n
e n P o r t u g a l el P . N a d a l y S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . — 8 . P r o m ú l g a n s e las C o n s t i t u -
c i o n e s , y q u e d a t o d o p e r f e c t a m e n t e t r a n q u i l o á fines d e 1 5 5 3 .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: L a s m i s m a s del c a p í t u l o a n t e r i o r .
1. La c o m p l i c a c i ó n v e r d a d e r a m e n t e p e l i g r o s a q u e s o b r e v i n o , fué
la v u e l t a d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z á P o r t u g a l . ¿Qué causas le t r a í a n á
su a n t i g u a p r o v i n c i a ? P o r el m e s de Agosto d e 1552 había salido,
c o m o y a d i j i m o s , de su país. H a b i é n d o s e d e t e n i d o u n p o c o en Me-
dina d e l C a m p o y diez ó d o c e días en Zaragoza, llegó á B a r c e l o n a
el 22 d e S e t i e m b r e . E l m i s m o día e s c r i b i ó á San I g n a c i o u n a carta
m u y a n i m a d a y d i s c r e t a . « L l e g u é á B a r c e l o n a , d i c e , á 22 de S e t i e m -
b r e , y c i e r t o fui m u y c o n s o l a d o con v e r estos H e r m a n o s , y con h a -
l l a r al b u e n Maestro J e r ó n i m o [ D o m é n e c h ] y su santa c o m p a ñ í a ; y
a u n q u e y o sea m a l o , c o m o V. R. s a b e , todavía m e h u e l g o m u c h o
c o n v e r los de la C o m p a ñ í a , y m á s éstos, q u e c i e r t o son u n o s b e n -
ditos H e r m a n o s . » L u e g o p r o s i g u e i n f o r m a n d o al santo f u n d a d o r
a c e r c a d e lo q u e h a visto e n los c o l e g i o s de M e d i n a , Zaragoza y Bar-
c e l o n a , y lo e x p o n e t o d o c o n el i n t e r é s d e u n s u p e r i o r q u e se aplica
s e r i a m e n t e á la d i r e c c i ó n y g o b i e r n o d e sus s u b d i t o s . D e s p u é s de
e x p l i c a r los n e g o c i o s a j e n o s , t e r m i n a el P . S i m ó n la c a r t a con es-
tas e x p r e s i o n e s acerca d e sí m i s m o : «Do m í n o t e n g o q u e d e c i r sino
q u e estoy m u y c o n t e n t o e n estas t i e r r a s . Si m e h a l l a r e b i e n , t e n g o
CAP. XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 613
d e p e d i r á V. R. q u e m e t e n g a p o r acá s i e m p r e V. R. n o deje de
m e avisar d e lo q u e c u m p l e , p o r q u e a u n q u e y o sea m a l h i j o , toda-
vía soy hijo» (1).
Con este b u e n á n i m o se h a l l a b a el P . S i m ó n R o d r í g u e z el día q u e
llegó á B a r c e l o n a . P e r o pasa u n m e s , y h e t e a q u í el h o m b r e a b a t i d o
hasta la t i e r r a . E s c r i b i e n d o á San I g n a c i o el 26 de O c t u b r e , l a m é n -
tase del estado d e p l o r a b l e d e su salud. Está m a l d e o p r e s i ó n , le
c a r g a la fiebre, el c l i m a de B a r c e l o n a le es c o n t r a r i o , los comeres
s o n d i f e r e n t e s , h a s t a el h a b l a r le cansa, sólo s i r v e p a r a e s t a r e n u n a
e n f e r m e r í a . « T e n g o h a r t o r e c e l o , p r o s i g u e , d e desedificar estos
H e r m a n o s , p o r q u e m i c o m e r h a de ser d i f e r e n t e , y n o m e siento
p a r a n i n g ú n t r a b a j o , n i h a g o n a d a , sino h a c e r m e p e o r q u e e n P o r -
tugal V. P . m á n d e m e v o l v e r á m i n a t u r a [á m i p a í s ] porque,
gracias á D i o s , n o h e c o n v e r s a d o de m a n e r a q u e j u z g u e q u e m e
h a g a mal á la c o n c i e n c i a , y ha d e s e r sin c a r g o n i n g u n o , sino p a r a
s a n a r y m e e n c o m e n d a r á D i o s » (2). C u a n d o faltaran o t r a s p r u e b a s ,
estas dos cartas, escritas e n el i n t e r v a l o de u n m e s , b a s t a r í a n p a r a
d e m o s t r a r n o s la inconstancia de c a r á c t e r de q u e adolecía el P a d r e
Simón.
P o c o s días d e s p u é s , el 2 de N o v i e m b r e , salió p a r a Valencia, d o n d e
e n t r ó el día 9 (3). Un m e s l a r g o se d e t u v o e n esta c i u d a d , e n el c u a l
t i e m p o hizo u n a b r e v e e x c u r s i ó n al colegio d e Gandía (4). A u n q u e
e n todas p a r t e s era r e c i b i d o con m u c h a v e n e r a c i ó n , c o m o u n o d e
los diez p r i m e r o s P a d r e s d e la C o m p a ñ í a , y a u n q u e t o d o s m o s t r a b a n
g u s t o en o i r l e y o b e d e c e r l e , n o t o m a b a con m u c h o b r í o el oficio
do p r o v i n c i a l . Las saudades de P o r t u g a l le e m b a r g a b a n el c o r a z ó n .
2. M i e n t r a s él estaba e n V a l e n c i a , n u e s t r o santo P a d r e , h a b i e n d o
r e c i b i d o las cartas e s c r i t a s e n B a r c e l o n a , le d i r i g i ó o t r a s d o s , q u e
m e r e c e n d e t e n i d o e x a m e n . La p r i m e r a , e s c r i t a el 9 d e D i c i e m b r e ,
e m p i e z a así: «Dos c a r t a s v u e s t r a s d e s d e B a r c e l o n a , del 22 d e S e t i e m -
b r e y 26 de O c t u b r e , h e r e c i b i d o , a n t e s de las cuales n i n g u n a o t r a
d e b u e n t i e m p o acá, a u n q u e la h a b é i s e s c r i t o , d a n d o a l g u n a razón
d e la salida de P o r t u g a l . T a m p o c o d e a q u e l r e i n o t e n g o aviso n i n -
g u n o de e s t o , q u e en p a r t e s e r á p o r la dificultad q u e h a y d e e n v i a r
acá letras» (5). T r a s este e x o r d i o manifiesta I g n a c i o h a b e r e n t e n d i d o
( 1 ) Epistolae Roderici, Bobadillae, Natalis et Polanci, f. 1.
( 2 ) Ibid., f. 7.
( 3 ) Litterae quadrimestres, t. n , p . 8 0 .
( 4 ) P o l a n c o , Historia S. J., t. u , p . 6 5 7 .
( 5 ) Cartas de San Ignacio, t. m , p . 1 4 9 .
 614 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
las r a z o n e s p r o p u e s t a s p o r el P . S i m ó n , y en vista d e las indisposi-
ciones h a b i t u a l e s q u e éste p a d e c e , d e s e a n d o , c o m o b u e n P a d r e ,
c o m p l a c e r l e e n t o d o lo p o s i b l e , p e r m í t e l e v o l v e r á P o r t u g a l , y le
r e c o m i e n d a r e t i r a r s e á la r e s i d e n c i a de San F i n s , d o n d e la s a l u b r i -
dad d e los a i r e s y la q u i e t u d d e la casa c o n t r i b u i r á n , sin duda, al
r e s t a b l e c i m i e n t o d e la salud. A d e m á s , él e s c r i b i r á al P . P r o v i n c i a l
d e P o r t u g a l , p a r a q u e asista con t o d a c a r i d a d á t o d o lo q u e n e c e s i -
t a r e el P . S i m ó n .
De s e g u r o n o e s p e r a b a n n u e s t r o s l e c t o r e s q u e e s c r i b i e s e I g n a c i o
s e m e j a n t e carta. E l l a r e p o n í a en P o r t u g a l y e n San F i n s la p r i m e r a
y más g r a v e dificultad, q u e d e P o r t u g a l y d e San F i n s h a b í a q u e r i d o
r e m o v e r el P . T o r r e s al e m p e z a r la v i s i t a , esto e s , la p r e s e n c i a del
P . S i m ó n R o d r í g u e z . ¿Cómo e x p l i c a r este acto tan o p u e s t o á la p r u -
d e n c i a h a b i t u a l de n u e s t r o santo P a d r e ? Dos causas i n t e r v i n i e r o n ,
q u e lo a c l a r a n t o d o . La p r i m e r a fué la i g n o r a n c i a a b s o l u t a en q u e
estaba I g n a c i o de lo o c u r r i d o en P o r t u g a l . Nótese lo q u e dice el
s a n t o en las p a l a b r a s copiadas más a r r i b a , q u e n o t e n í a (iriso ninguno
d e a q u e l r e i n o , y q u e h a s t a r e c i b i r las c a r t a s d e B a r c e l o n a , n i
s i q u i e r a sabía si el P . S i m ó n había salido do su país. E l 9 de D i c i e m -
b r e i g n o r a b a Ignacio p o r c o m p l e t o el t r e m e n d o t r a s t o r n o o c u r r i d o
e n P o r t u g a l . P o r o t r o l a d o , le c o n s t a b a al s a n t o p a t r i a r c a el g r a n d e
a m o r q u e J u a n I I I profesaba al P . S i m ó n R o d r í g u e z . P o r eso n o
p u d o salir éste p a r a R o m a el año 1545, c o m o lo v i m o s en el capítulo
a n t e r i o r . R e c o n o c í a , es v e r d a d , e l p r u d e n t e s o b e r a n o , q u e el P a d r e
S i m ó n n o g o b e r n a b a b i e n la p r o v i n c i a , p e r o lo a m a b a de v e r a s , y
h u b i e r a d e s e a d o q u e , r e d u c i d o al b u e n c a m i n o , p e r s e v e r a s e en
a q u e l país. Así lo e s c r i b í a e l P . C á m a r a á S a n I g n a c i o . «El r e y , dice,
estaba m u y p u e s t o e n c o n t r a r i a o p i n i ó n d e lo q u e c o n v e n í a , y d e -
t e r m i n a b a p a g a r la a m i s t a d q u e s i e m p r e t u v o á S i m ó n con r e d u -
c i r l e » (1). A d e m á s , c o m o t a n t o i n s t a b a n el d u q u e d e A v e i r o , y o t r o s
c o r t e s a n o s , p a r a q u e se l l a m a s e al P . S i m ó n , p o s i b l e es q u e p o r
m e d i o d e l e m b a j a d o r e n R o m a , ó p o r o t r a v í a , se manifestasen á
n u e s t r o s a n t o P a d r e los deseos d e l m o n a r c a . De t o d o s m o d o s , el
c o n o c e r la v o l u n t a d d e J u a n I I I y el i g n o r a r c o m p l e t a m e n t e el
estado d e los N u e s t r o s e n P o r t u g a l , d e t e r m i n a r o n , sin duda, al santo
f u n d a d o r á d a r la l i c e n c i a q u e se le p e d í a .
A l g u n o s días d e s p u é s d e d e s p a c h a r esta c a r t a , llegan á R o m a la
r e l a c i ó n d e l P . M i g u e l d e T o r r e s y o t r a s l e t r a s de P o r t u g a l , en q u e
( 1 ) Epistolae mixtae, t. n i , p . 3 7 .
CAP. XX. CAUSA DEL P. SIMÓN.—PIIOM ULGAC1ÓN DE LAS CONSTITUCIONES 615
se explica el estado do la p r o v i n c i a (1). Al v e r la t r e m e n d a catás-
trofe o c u r r i d a en a q u e l r e i n o , a b r o I g n a c i o los o j o s , y d e s c u b r e el
g r a n d e s a c i e r t o c o m e t i d o e n p e r m i t i r la v u e l t a d e l P . S i m ó n . ¿ C ó m o
r e m e d i a r l o ? Ya q u e n o e r a p o s i b l e i m p e d i r el efecto de la c a r t a
a n t e r i o r , m a n d ó o t r a al P . R o d r í g u e z , o r d e n á n d o l e estar en t o d o á
la o b e d i e n c i a del P . M i r ó n . H e a q u í el t e x t o de esta c a r t a : < E s t o s
días r e s p o n d í á las v u e s t r a s de 22 de S e t i e m b r e y 26 de O c t u b r e ,
q u e m e osero vistes d e B a r c e l o n a , d á n d o o s la l i c e n c i a eme p e d í a d e s
de t o r n a r á P o r t u g a l , y sin c a r g o , p a r a p o d e r a t e n d e r á vos m e s m o
y a y u d a r en la o r a c i ó n la Compañía, q u e h a b é i s a y u d a d o en la a d m i -
n i s t r a c i ó n e x t e r i o r m u c h o s a ñ o s , y señalábaos la r e s i d e n c i a d e San
F i n s , p o r p a r e c e r m e l u g a r de todas p a r t e s c o n v e n i e n t e p a r a lo q u e
mostrábades pretender, y á mí parece muy bien, de recogeros y
a t e n d e r á las cosas e s p i r i t u a l e s con d e s o c u p a c i ó n do las t e m p o r a l e s .
D e s p u é s h e h a b i d o d i v e r s a s letras de P o r t u g a l , d o n d e el d o c t o r
T o r r e s me avisa d e l estado d e las cosas d e a l l á , y e n t e n d i d a s éstas,
vengo á pensar que podría parecer conveniente, para más servicio
d i v i n o , q u e se m u d a s e la r e s i d e n c i a , q u e y o s e ñ a l a b a , en o t r a , y así
y o m e r e m i t o á lo q u e el P r o v i n c i a l con o t r o s t r e s ó c u a t r o d e t e r -
m i n a r e ; y vos e n t o d o p r o c u r a d de q u i e t a r o s á su d e t e r m i n a c i ó n , y
le o b e d e c e d c o m o si y o m e s m o la h i c i e s e . Y e s p e r o en la D i v i n a
B o n d a d q u e h a l l a r é i s paz y c o n t e n t a m i e n t o , si le buscáis de v e r a s ,
en lo q u e se d e t e r m i n a r e , a g o r a sea r e s i d i r e n a l g ú n c o l e g i o , a g o r a
e n a l g u n a casa d e la C o m p a ñ í a , a g o r a e n a l g ú n o t r o l u g a r q u e se
j u z g u e e n el S e ñ o r N u e s t r o c o n v e n i r fuera dolía» (2).
N ó t e n s e las ú l t i m a s p a l a b r a s de la carta. E n ellas insinúa I g n a c i o
q u o tal vez c o n v e n g a en el S e ñ o r n u e s t r o , q u e el P . R o d r í g u e z
resida en a l g ú n l u g a r fuera de la Compañía. A d i v i n a b a el santo q u e
c o n v e n d r í a h a c e r lo q u e l u e g o h i c i e r o n T o r r e s y M i r ó n .
E n t r e t a n t o , el P . S i m ó n , sin e s p e r a r r e s p u e s t a de R o m a , salió d e
Valencia p a r a P o r t u g a l el m i s m o día e n q u e San I g n a c i o e s c r i b í a la
s e g u n d a carta, e l 17 d e D i c i e m b r e d e 1552 (3). P a s ó las N a v i d a d e s e n
el colegio de Alcalá, y c o m o e n t o n c e s se le a g r a v a s e n sus indisposi-
c i o n e s , h u b o d e d e t e n e r s e allí casi u n m e s p a r a c u r a r s e (4). Resta -
( 1 ) C o m o y a lo h e m o s d i c h o , n o se c o n s e r v a n i n g u n a d e e s t a s c a r t a s .
(2) Cartas de San Ignacio, t. m , p . 1 5 3 .
( 3 ) Litterae quadrimestres, t. l i , p . 8 0 .
( 4 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 8 6 . E s i m p o r t a n t e e s t a c a r t a p a r a s a b e r c ó m o el
P . Simón Rodríguez p i n t a b a su causa.
 616 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
b l e c i d a su salud, c o n t i n u ó su viaje, y á p r i n c i p i o s de F e b r e r o de 1553
entraba en Portugal.
3. F u e r t e i n q u i e t u d e x p e r i m e n t a r o n los P P . T o r r e s y M i r ó n
c u a n d o s u p i e r o n q u e t e n í a n d e n t r o de la p r o v i n c i a al P . S i m ó n
R o d r í g u e z , y más a ú n c u a n d o e n t e n d i e r o n p o c o d e s p u é s q u e , p o r
medio de amigos suyos, había empezado á negociar secretamente
e n la c o r t e , y q u e a n d a b a b u s c a n d o p a r e c e r e s d e módicos y l e t r a d o s
p a r a l e g i t i m a r su v u e l t a á P o r t u g a l (1). J u z g a r o n q u e e n t r a n c e tan
crítico y a p u r a d o e r a p r e c i s o u s a r de la m a y o r e n e r g í a y j u g a r el
t o d o p o r el t o d o . C u a n d o se a c e r c a b a , p u e s , á L i s b o a el P . S i m ó n
R o d r í g u e z , e n v i á r o n l e á d e c i r q u e n o se p r e s e n t a s e e n n i n g u n a casa
d e la C o m p a ñ í a e n P o r t u g a l ; m á s a ú n : le a m e n a z a r o n con las censu-
r a s eclesiásticas si lo hacía. S e v e r a p u d o p a r e c e r esta p r o v i d e n c i a ,
p e r o las c i r c u n s t a n c i a s la i m p o n í a n . Si e s t a n d o el P . R o d r í g u e z
r e t i r a d o en San F i n s , ó a u s e n t e e n B a r c e l o n a , a n d a b a n tan i n q u i e t a s
y t u r b a d a s n u e s t r a s c o m u n i d a d e s e n P o r t u g a l , ¿ q u é h u b i e r a suce-
d i d o si él p u d i e r a v i v i r y o b r a r l i b r e m e n t e d e n t r o de ellas? A d e m á s ,
p o r este m e d i o se i n t e n t a b a a l e j a r l e de los r e y e s , p r e c a u c i ó n n e c e -
saria p a r a q u e n o se r e p i t i e r a n las t u r b a c i o n e s ocasionadas p o r e l
P . M i g u e l Gómez.
H a r t o e n t e n d i e r o n los P P . T o r r e s y M i r ó n la g r a v e odiosidad q u e
les p o d r í a r e s u l t a r , si n o se e n t e n d í a b i e n a q u e l acto r u i d o s o de n o
a d m i t i r e n casa a l P . S i m ó n R o d r í g u e z . P o r eso c r e y e r o n c o n v e -
n i e n t e e x p l i c a r el m o t i v o q u e les había d e t e r m i n a d o á o b r a r d e
a q u e l m o d o . M a n d ó s e , p u e s , á R o m a y á o t r a s p a r t o s u n b r e v e es-
c r i t o , f i r m a d o p o r e l P . M i r ó n , q u e decía a s í :
«Para nuestro Padre M. Ignacio. Causas p o r q u é n o h e r e c i b i d o á
M. S i m ó n e n casa. P r i m e r a m e n t e , p o r el g r a n d e deseo q u e t i e n e d e
q u e d a r e n P o r t u g a l , t e n í a m o s m i e d o d e en n i n g u n a m a n e r a p o -
d e r l e e c h a r d e casa con n i n g u n o s p o d e r e s , fingiéndose m u c h o en-
fermo.
» P o r h a b e r estado m á s d e v e i n t e días s e c r e t a m e n t e n e g o c i a n d o con
los r e y e s y p r í n c i p e s c o n t r a n o s o t r o s y c o n s u l t a n d o c o n l e t r a d o s ,
e n t r e los cuales c o n s u l t ó á N a v a r r o , si p o r causa d e la e n f e r m e d a d
p o d í a v e n i r acá, y s u p i m o s q u e r e s p o n d i ó e n n u e s t r o favor, y m a n d ó
a l infante [ D . L u i s ] e l d u q u e d e A v e i r o y u n l e t r a d o y u n o d e los
s a l i d o s , q u e se l l a m a B e l c h i o r L u i s , q u e conocía al i n f a n t e , y s e g ú n
n o s e s c r i b e n d e Castilla, él lo t r u j o p o r c o m p a ñ e r o , y hízole t a n t o
( 1 ) V é a s e el d o c u m e n t o q u e l u e g o c o p i a m o s d e M i r ó n .
CAP. XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 617
p r o v e c h o , q u e a h o r a se p u b l i c a p o r d e fuera d e la C o m p a ñ í a [ p o r
salido d e la C o m p a ñ í a ] . Á t o d o s satisfizo y c o n v e n c i ó el infante p o r
nuestra parte.
» P o r t e n e r c r e í d o p o r m u y c i e r t o , s e g ú n los indicios q u e t e n í a m o s
a n t e s p o r M i g u e l G ó m e z y o t r o s q u e h a b l a r o n al r e y c o n t r a V. P., q u e
é l , c o m o causa p r i n c i p a l de esta m u r m u r a c i ó n , h a r í a lo m i s m o , n o
sólo con los de f u e r a , mas a u n con los d e casa, y r e c i b i é n d o l e e n t r e
n o s o t r o s , le d a r í a m o s más a u t o r i d a d y c r é d i t o p a r a n e g o c i a r lo q u e
se le antojase.
»Y t a m b i é n p o r los escándalos g r a n d e s q u e h a n salido [ r e s u l t a d o ]
estos días p a s a d o s de su v e n i d a ; p o r q u e se decía q u e v e n í a p o r su-
p e r i o r , mas q u e a u n q u e él n o lo q u e r í a , el r e y se lo m a n d a r í a ; y q u e
los salidos se h a b í a n j u n t a d o con é l , d e m a n e r a q u e , v i n i e n d o á casa,
se verificaría y c r e c e r í a n t o d o s estos escándalos.
»Y p o r v e n i r sin causa suficiente, en t i e m p o tan escandaloso y d e
tanta sospecha de su v e n i d a , sin t r a e r r e c a d o n i c a r t a de V. P . , y so-
b r e d e s i n q u i e t a r [ t u r b a r á ] D. T e o t o n i o y t r a e r salido B e l c h i o r Luis,
esto m i s m o se t e m í a , c o m o p o r c i e r t o , q u e h a r í a con a l g u n o s d e los
d e casa.
»Y p o r s e r i n c o r r e g i b l e y i n d o m a b l e e n sus o p i n i o n e s , y p r e t e n -
d i e n d o p o r s e r p r o v i n c i a l d e Valencia n o e s t a r sujeto acá, y así h a r í a
lo quo q u e r r í a e s t a n d o en casa, de d o n d e se p o d r í a n salir g r a n d e s
e s c á n d a l o s , m á s de los q u e h a b í a , p a r a los d e la C o m p a ñ í a y p a r a los
d e f u e r a , y t o d o s estos i n c o n v e n i e n t e s , e s t a n d o e n casa, e r a n m á s
recios.
»Y si dice q u e p r e s t o q u e d a i n f a m a d o , t o r n á n d o s e sin e n t r a r e n
casa, s a b i e n d o t o d o el m u n d o q u e estaba a q u í , será p o r su culpa e n
v e n i r acá sin causa y con t a n t o e s c á n d a l o de t o d o s .
»Y s o b r e esto c o n s u l t ó e n C o i m b r a el P . D o c t o r [ T o r r e s ] c o n m i g o
y con o t r o s seis ó siete P a d r e s d e la C o m p a ñ í a , y se c o n c l u y ó q u e
c o n v e n í a h a c e r s e así, y lo m i s m o h a p a r e c i d o al infante [ D . Luis],
q u e e n este n e g o c i o está m u y al cabo y lo t r a t a c o m o cosa p r o p i a ,
p o r s e r él g r a n s i e r v o d e Dios y e n t e n d e r m u y b i e n e n q u é p a r a n
los a r d i d e s d e M. S i m ó n , y p o r t a n t o , c o m o p r o t e c t o r n u e s t r o e n
todo este n e g o c i o , sigo su p a r e c e r . Al p r i m e r o d e A b r i l de 1553.—
Mirón» (1).
R e c h a z a d o d e n u e s t r a s casas e l P . S i m ó n R o d r í g u e z , acogióse á s u
g r a n d e a m i g o el d u q u e d e A v e i r o , y e n u n a q u i n t a d e este s e ñ o r
(1) Causa P. Simnnis Rodríguez.
 618 L1U. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
pasó la m a y o r p a r t e d e l t i e m p o q u e se d e t u v o en P o r t u g a l antes de
salir p a r a R o m a , esto e s , d e s d e F e b r e r o hasta J u n i o d e 1553 (1).
4. P o r este m i s m o t i e m p o , e n t r e F e b r e r o y Marzo de a q u e l año,
i n t e r v i n o b r e v e p e r o s a l u d a b l e m e n t e en este n e g o c i o d e P o r t u g a l
el P . F r a n c i s c o de V i l l a n u e v a . C o m o en E s p a ñ a c o r r i e s e n e x t r a ñ a s
y c o n t r a d i c t o r i a s n o t i c i a s a c e r c a de los sucesos d e P o r t u g a l , p o r q u e
el P . R o d r í g u e z , al i r y v o l v e r d e A r a g ó n , h a b í a p i n t a d o las cosas á
su m a n e r a , d i s p u s o el P . A r a o z q u e p a r t i e s e á C o i m b r a el P . Villa-
n u e v a p a r a t o m a r p l e n a y s e g u r a i n f o r m a c i ó n de t o d o (2). T r e s se-
manas n o m á s se d e t u v o en P o r t u g a l el r e c i é n l l e g a d o , y con su
g r a n j u i c i o se hizo m u y p r o n t o c a r g o d e las cosas. P r o c u r ó confir-
m a r á los b u e n o s hijos de la C o m p a ñ í a e n el espíritu de n u e s t r a
santa v o c a c i ó n , d e s h a c i e n d o a l g u n a s d u d a s q u e a u n se suscitaban y
esforzándose e n c o n c i l i a r la d i v e r s i d a d de p a r e c e r e s q u e en cir-
cunstancias tan azarosas h a b í a , n a t u r a l m e n t e , e n t r e los N u e s t r o s
acerca de a l g u n o s p u n t o s p a r t i c u l a r e s (3). E n c u a n t o al n e g o c i o p e r -
sonal del P . S i m ó n , p r o p u s o desde l u e g o la ú n i c a s o l u c i ó n p o s i b l e
en a q u e l caso. E l P . M i r ó n instaba al P. R o d r í g u e z p a r a q u e se vol-'
v i e s e á V a l e n c i a , y alejándose d e P o r t u g a l , d o n d e su p r e s e n c i a era
tan dañosa, c o n t i n u a s e g o b e r n a n d o la p r o v i n c i a de A r a g ó n (4). El
P . V i l l a n u e v a o p i n ó q u e , dejándose de A r a g ó n y de P o r t u g a l , d e b í a
i r s e el P . R o d r í g u e z d e r e c h o á R o m a , y a r r o j á n d o s e á los pies de
San I g n a c i o , p o n e r s e á sí y á todas sus cosas e n m a n o s de tan b u e n
P a d r e . C o m o de p a l a b r a n o p o d í a p e r s u a d i r esto al P . S i m ó n , p o r
h a l l a r s e éste a u s e n t e do n u e s t r a s casas, e s c r i b i ó l e una carta q u e va-
( 1 ) P o l a n c o , Historia S. ./., t. m , p . 3 9 3 .
( 2 ) A l g u n o s d i c e n q u e V i l l a n u e v a f u é m a n d a d o á P o r t u g a l p o r San I g n a c i o . N o
h e m o s e n c o n t r a d o v e s t i g i o d e e s t a c o m i s i ó n . Al c o n t r a r i o , el P . T o r r e s , e s c r i b i e n d o
á S a n I g n a c i o el 13 d e M a r z o , h a b l a d e la v e n i d a d e V i l l a n u e v a c o m o d e cosa d i s -
p u e s t a p o r el P . A r a o z . (Cf. Epistolar, mixtae, t. n i , p . 1 5 6 . )
( 3 ) El c o n s u e l o q u e r e c i b i e r o n n u e s t r o s P a d r e s p o r t u g u e s e s con las p a l a b r a s d e
V i l l a n u e v a , se p u e d e c o n o c e r p o r la c a r t a q u e e s c r i b i ó á San I g n a c i o el P . L e ó n E n -
r í q u e z . «Afirmo á V. P . , d i c e , q u e o q u e n e s t o n e g o t i o se t e m f e i t o , se c u i d o m u i t o ,
n e l e c o n h e c o c l a r a m e n t e n a m a v e r Bido c o n s e i b o h u m a n o , e n e m f o r e a s , s e n a m o
g r a n d e a m o r q u e C h r i s t o N . S. t e v e a e s t a s u a p o b r e C o m p a n h i a , p e r a a l i v r a r d e
t a n t o s e t a m g r a n d e s p e r i g o s . P o r q u e n a m f o r a m s o m e n t e d o s t e n t a d o s e s a i d o s da
C o m p a n h i a e da outra g e n t e , senam ainda dos m e s m o s da C o m p a n h i a , dos quoais
t e m o s q u e n o s d e s u n i r a m o s n o s p a r e c e r e s , se n o s o S e n h o r n a m t r o u x e r a a q u i
ao P . V i l l a n u e v a , p e r a m u y p a r t i c u l a r m e n t e se e n f o r m a r d e t o d o s acerca d e t o d a s
a s c o u s a s . » 'Epistolae mixtae, t. n i , p . 1 3 0 . )
(4) V é a s e la c a r t a q u e le e s c r i b i ó e n e s t e s e n t i d o el 26 d e M a r z o . (Epistolae
mixtae, t. m , p . 2 0 5 . )
CAP. XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONbTI 1TCIONES 619
m o s á c o p i a r í n t e g r a , n o sólo p o r q u e en ella luce la sólida v i r t u d y
el g r a n j u i c i o d e V i l l a n u e v a , sino p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e e x p r e s a la
o p i n i ó n g e n e r a l q u e t e n í a n los N u e s t r o s a c e r c a del P . S i m ó n R o d r í -
g u e z . Dice así:
«Muy r e v e r e n d o e n Cristo P a d r e : La g r a c i a y consolación d e l E s -
p í r i t u Santo sea s i e m p r e en el a l m a d e V. R. A m é n . Sabe N u e s t r o
S e ñ o r el deseo q u e m i a l m a t i e n e d e la c o n s o l a c i ó n d e la de V. R., y
con este deseo dejé la casa de Alcalá e n el t i e m p o q u e V. R. v i o
d e t a n t a n e c e s i d a d , y v i n e t a n t a s l e g u a s d o n d e estaba e s p e r a n d o
á V. R., c o m o m e lo m a n d ó , p a r a q u e y o le dijese m i p a r e c e r . Y
p o r q u e la tardanza es ya t a n t a , d e t e r m i n o e s c r i b i r l e estas pocas r e -
glas [ l í n e a s ] , d e j a n d o lo d e m á s q u e n o es p a r a c a r t a , p a r a c u a n d o
vea á V. R.
»Yo v i n e p o r C o i m b r a , y h a l l é á estos P a d r e s y H e r m a n o s , á lo
q u e les e n t i e n d o , q u e n a d i e les h a c e ventaja en el deseo y a m o r en-
t r a ñ a b l e q u e t i e n e n d e l b i e n e s p i r i t u a l y c o r p o r a l de V. R., y q u e
esto lo b u s c a r í a n d a n d o su s a n g r e p o r é l , si se p u d i e s e h a c e r , y lo
m i s m o h a l l é en L i s b o a acerca de t o d o s , y á lo q u e a l c a n z o , los q u e
h a n deseado la salida de V. R. de este c a r g o y d e s e a n q u e V. R. n o
v u e l v a á este r e i n o p o r a h o r a , n o m e n o s f u n d a m e n t o h a c e n e n el
b i e n e s p i r i t u a l y h o n r a d e V. R. q u e e n el b i e n u n i v e r s a l d e los
demás.
»Yo h e oído y e n t e n d i d o de diversas p e r s o n a s , así de los d e fuera
c o m o d e los d e d e n t r o , y lo q u e d e l a n t e de n u e s t r o S e ñ o r siento; es
q u e si V. R. lo m i r a c u a n t o á D i o s , antes d e b e p a d e c e r c u a l e s q u i e r a
t r a b a j o s p o r la o b e d i e n c i a , q u e n o v e n i r n i i n t e n t a r l o . P o r q u e u n a
de las cosas q u e siento q u e g e n e r a l m e n t e t i e n e n c o n c e b i d a s d e v u e s -
t r a r e v e r e n c i a , es t e n e r á V. R. p o r m u y a m i g o de su p a r e c e r y m a l
o b e d i e n t e á su s u p e r i o r ; y a u n q u e para esto V. R. n o h a y a dado oca-
s i ó n , h a b i e n d o los h o m b r e s n o t a d o esto e n V. R., de n i n g i m a cosa
h a y t a n t a n e c e s i d a d c o m o de se a b o n a r V. R. en e s t o , y d e s h a c e r las
o p i n i o n e s con o b r a s , o b e d e c i e n d o á ojos c e r r a d o s , n o sólo lo q u e
manda su s u p e r i o r , más a u n lo quo siente q u e desea de V. R. P o r q u e
así c o m o p o r p r e t e n d e r v e n i r á P o r t u g a l p o d r í a n t e n e r á V. R. e n
m e n o s de lo q u e es, así v i é n d o l e o b e d i e n t e y s u b d i t o á su s u p e r i o r ,
p o r su m e d i o s e r á m u c h o m á s ensalzado en o p i n i ó n , q u e p o d r í a s e r
d i s m i n u i d o ; e s p e c i a l m e n t e , q u e sabe V. R. q u e el m a y o r escándalo y
daño q u e h a y en el m u n d o , d o n d e h a n salido t a n t o s , es v e r h a b l a r á
los h o m b r e s b i e n y o b r a r m a l .
»¡Cuán g r a n m a l sería e n la Iglesia d e Dios q u e se dijese, q u e u n o d e
 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
los diez p r o f e s o s , d e los p r i m e r o s f u n d a d o r e s de la C o m p a ñ í a , q u e
Dios e l i g i ó p a r a f u n d a m e n t o de tan alta o b r a c o m o é s t a , p o r q u i e n
Dios n u e s t r o S e ñ o r h a h e c h o t a n t o , y q u e tantas v e c e s h a p r e d i c a d o
y a m o n e s t a d o , q u e la o b e d i e n c i a h a de s e r ciega, y m u c h a s v e c e s ha
e n v i a d o c o n f o r m e á esto a l g u n o s á la I n d i a p o r t a n t o s t r a b a j o s , en-
f e r m o s y c o n t r a el p a r e c e r d e los m é d i c o s , á los cuales n u e s t r o S e ñ o r
allá h a d a d o salud y g r a c i a p a r a fructificar e n su I g l e s i a , a h o r a n o
s o l a m e n t e n o o b e d e c e á su s u p e r i o r , p e r o anda b u s c a n d o c o n p a r e -
c e r d e los m é d i c o s p a r e c e r e s d e l e t r a d o s , si es o b l i g a d o á o b e d e c e r
ó n o ! E s p e c i a l m e n t e q u e e n Alcalá se h a l l ó V. R. b u e n o , y lo m i s m o
se h a l l a r á e n Zaragoza, si e n Valencia n o so h a l l a s e b i e n ó en B a r c e -
l o n a , q u e son t i e r r a s m u y d i f e r e n t e s . Y si, t o d o p r o b a d o , n o se halla
b i e n , vase á R o m a á los p i e s d e su s u p e r i o r , ó escríbale desde ahí,
p u e s á todos consta las e n t r a ñ a s con q u e a m a á V. R. y á t o d o s los
d e m á s , y él p r o v e e r á e n su salud lo q u e m á s v e r á c o n v e n i r , c o m o
p a s t o r q u e está o b l i g a d o á d a r c u e n t a de V. R. á Dios n u e s t r o S e ñ o r .
Y p u e s el S e ñ o r hizo esta m e r c e d á V. R. de le d a r g r a c i a p a r a q u e
dejase este c u i d a d o d e sí e n m a n o s d e l P . M. I g n a c i o , n o sé p o r q u é
q u i e r e V. R. t o r n a r l e á t o m a r c o n t a n t a t u r b a c i ó n d e e s p í r i t u y daño
y tanta desedificación.
»Y si c u a n t o al m u n d o lo m i r a , n o m e n o s lo c o n v i e n e h a c e r esto;
p o r q u e la s e g u n d a cosa q u e de V. R. se t i e n e concebida, es u n a n h e l o
d e a m b i c i ó n y d e s u b i r , t a n t o , q u e a l g u n o s g r a n d e s del r e i n o h a n di-
ch© y p r o f e t i z a d o , y n o sé si está p o c o s e m b r a d o , q u e V. R. n o se
iría, ó se v o l v e r í a á P o r t u g a l , si p o r u n a vía n o podía, p o r otra, t e -
n i e n d o p o r c i e r t o q u e n o podía v i v i r sin los palacios, favores y p r e -
t e n d e n c i a s d e l m u n d o . Y p u e s t o q u e fuere falso, n o m e n o s obliga-
c i ó n t i e n e V. R. á d e s h a c e r esta o p i n i ó n y al b u e n e j e m p l o en esta
p a r t e s e g u n d a q u e e n la p r i m e r a ; p u e s el m a l o l o r q u e de V. R. se
c o n c i b i e s e á t o d o s , inficionaría e n la C o m p nía, y V. R. p e r d e r í a e l
c r é d i t o etium, con los r e y e s . Y si e n conciencia lo q u i e r e V. R. m i r a r ,
m e p a r e c e está t a n o b l i g a d o á se v o l v e r y q u e n o le v e a n e n P o r t u -
g a l , y á irse á su s u p e r i o r , y e c h a r s e á sus pies, q u e m e p a r e c e , si y o
n o lo h i c i e s e , p o n í a e n g r a n p e l i g r o m i salvación, a u n q u e h u b i e s e
v i v i d o h a s t a a q u í c o m o u n santo. P u e s es c i e r t o q u e p u e d e q u i t a r
g r a n d e s escándalos V. R. e n o b e d e c e r , y d a r g r a n d e e j e m p l o c o m o
s i e m p r e ha dado, y e n v e n i r á P o r t u g a l , n i q u e r e r s e a b o n a r c o n el
r e y n i con n a d i e , m u y g r a n d e t u r b a c i ó n y desedificación, así d e su
p e r s o n a , q u e se d i s t r a e , c o m o d e s t r u c c i ó n d e la b u e n a fama q u e t i e n e
e n la C o m p a ñ í a .
CAÍ'. XX. CAUSA DEL I'. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 621
« T o m e V. R. destas r e g l a s la i n t e n c i ó n y deseo q u e t e n g o d e l b i e n
d e V. R. e n m a y o r h o n r a d e l S e ñ o r , y n o m i r o los m o d o s con q u e
d i g o lo q u e e n el S e ñ o r s i e n t o , y q u e r r í a h a c e r y h a b e r a c o n s e j a d o
los q u o s i n t i e r a q u e le h a b í a n d e a p r o v e c h a r , q u e [ c o m o ] si h u b i e s e
d e i r á d a r c u e n t a á n u e s t r o S e ñ o r d e m i p o b r e p e r e g r i n a c i ó n ; y así
m e a t r e v o á lo e s c r i b i r á V. R., c o n o c i e n d o los d o n e s q u e el S e ñ o r le
h a c o m u n i c a d o y el b u e n a p a r e j o q u e t i e n e p a r a t o m a r la flor eiiam
de e n t r e las espinas. P o r q u e e s p e r o v e r á V. R. y p r e s t o p a s a r p o r
Alcalá d e v u e l t a , d o n d e le d i r é lo d e m á s , ceso. N u e s t r o S e ñ o r p r o s -
p e r e á V. R. en el su a m o r . A m é n . — C o i m b r a 1 d e Marzo 1553. —Siervo
en Cristo, Francisco ele Villanueva» (1).
P o c o s días d e s p u é s do e s c r i b i r esta carta, v o l v i ó s e el P . V i l l a n u e v a
á su c o l e g i o de Alcalá. E l P . Miguel de T o r r e s e n v i ó esta c a r t a del
P . V i l l a n u e v a al P . S i m ó n , y j u n t a m e n t e o t r a s u y a , en q u e le m a n -
daba, en v i r t u d ' d e santa obediencia, salir de P o r t u g a l . R e c i b i d o s estos
d o c u m e n t o s , formóse la conciencia el P . S i m ó n de q u e n o estaba
o b l i g a d o á o b e d e c e r , y así n o se m o v i ó d e su p u e s t o (2). P o c o s días
d e s p u é s ( p r o b a b l e m e n t e á fines de Marzo), le l l e g a r o n las dos cartas
d e San I g n a c i o e x a m i n a d a s a r r i b a , y con ellas e n la m a n o fué á v e r s e
con ol P . T o r r e s (3). E l p r u d e n t e v i s i t a d o r , c o m o o b s e r v ó q u e San
I g n a c i o r e m i t í a al P . M i r ó n el d i s p o n e r de la p e r s o n a del P . R o d r í -
guez, n o q u i s o r e s o l v e r n a d a en el n e g o c i o , y p r o p u s o á su i n t e r l o -
c u t o r e s p e r a r la v u e l t a del P . P r o v i n c i a l , q u e se h a l l a b a a u s e n t e d e
Lisboa. A d m i t i ó e l P . S i m ó n este p a r t i d o , y volvióse á casa del d u q u e
de Aveiro.
C o m o se deja e n t e n d e r , d e s d e q u e se s u p o la v u e l t a d e l P . R o d r í -
g u e z á P o r t u g a l , el P . T o r r e s , p a r a p r e v e n i r las i n t r i g a s c o r t e s a n a s
q u e p u d i e r a n o c u r r i r , había t e n i d o c u i d a d o d e avisar á J u a n I I I ,
c ó m o el P . S i m ó n R o d r í g u e z v e n í a d e A r a g ó n sin licencia d e San I g -
nacio. Su Alteza concibió i n d i g n a c i ó n de s e m e j a n t e p r o c e d e r (4), y
( 1 ) Litterae quadrimestres, t. m, f. 106. Cito el t o m o de l o s o r i g i n a l e s , n o el i m -
p r e s o , p u e s e s t a c a r t a no se h a p u b l i c a d o e u t r e las cuadrimestres por n o pertenecer
á ese g é n e r o . L a h a n r e s e r v a d o l o s e d i t o r e s del Monumenta hist. S. J. p a r a p u b l i -
carla con las cartas del P . Simón Rodríguez.
( 2 ) Epistolae mixtae, t. n i , p . 3 5 7 . L a c a r t a d e l P . E n r í q u e z q u e a q u i c i t a m o s , es
la m á s i n t e r e s a n t e p a r a c o n o c e r los p a s o s d e l P . S i m ó n e n estos c u a t r o m e s e s q u e s e
d e t u v o en P o r t u g a l . P o r lo d e m á s , p u d o éBte f o r m a r s e la c o n c i e n c i a d e q u e n o e s -
t a b a o b l i g a d o á o b e d e c e r , p o r q u e a u n no le h a b í a l l e g a d o l a c a r t a d e S a n I g n a c i o e n
q u e le m a n d a b a e s t a r á l a o b e d i e n c i a d e l P . M i r ó n .
( 3 ) Ibid., p . 358.
(4) P o l a n c o , Historia S. J., t. n i , p . 3 9 3 .
 622 Lili. II. — S A N IGNACIO DE LOYOLA
á esta disposición d e l r e y d e b e sin d u d a a t r i b u i r s e el q u e en más de
c u a t r o meses q u e esta vez p e r m a n e c i ó el P . S i m ó n e n P o r t u g a l , n o
r e c i b i e r a n i n g ú n g é n e r o de a p o y o de p a r t e de la c o r t e .
O t r a d i l i g e n c i a d e l P . V i s i t a d o r fué avisar á toda p r i e s a á n u e s t r o
s a n t o P a d r e de la v u e l t a del P . S i m ó n , y de cuan p e r n i c i o s a era su
p r e s e n c i a en P o r t u g a l . Varias cartas d e b i ó e s c r i b i r el P . T o r r e s s o b r e
este a s u n t o , y en la d e l 13 de Marzo, q u e c o n s e r v a m o s , h a b l a larga-
m e n t e d e este suceso, a u n q u e confesando q u e t o d a v í a n o sabe d e
c i e r t o d ó n d e m o r a h a b i t u a l m e n t e el P . S i m ó n (1). Éste, p o r su p a r t e ,
n o se d e s c u i d ó e n justificarse con San I g n a c i o , y p o r lo m e n o s cua-
t r o cartas s u y a s l l e g a r o n á m a n o s d e l santo e n esta p r i m a v e r a , c o m o
se infiere p o r la q u e l u e g o c o p i a m o s de I g n a c i o . No p o d e m o s c o m u -
n i c a r al l e c t o r e l c o n t e n i d o d e ellas, p o r q u e , d e s g r a c i a d a m e n t e , se
han perdido.
5. N u e s t r o santo P a d r e , d e s p u é s de p r o v e e r á la r e f o r m a y t r a n -
q u i l i d a d de la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l , aplicó su a t e n c i ó n al n e g o c i o
particular del P. Simón Rodríguez, cuyo bien deseaba con aquel
a m o r e n t r a ñ a b l e q u e I g n a c i o profesaba á sus hijos. R e c i b i d a s , p u e s ,
las c a r t a s de v a r i o s P a d r e s d e P o r t u g a l , y e n t r e ellas, leídas las cua-
t r o q u e le d i r i g i ó el m i s m o P . R o d r í g u e z , y c o n s i d e r a d o m a d u r a -
m e n t e el n e g o c i o , se d e t e r m i n ó el 20 d e Mayo á i m p o n e r al P . S i m ó n
el siguiente precepto:
«Maestro S i m ó n R o d r í g u e z : A m a d o hijo en el S e ñ o r n u e s t r o . Leí-
das y c o n s i d e r a d a s las v u e s t r a s d e 10 de F e b r e r o , do 23 y 26 de Marzo
y 12 de A b r i l y o t r a s m u c h a s q u e de ahí r e c i b o , p o r s e n t i r y c o n o c e r
q u e m u c h o en el S e ñ o r n u e s t r o c o n v i e n e p a r a m a y o r q u i e t u d y con-
solación e s p i r i t u a l d e los q u e en la n u e s t r a C o m p a ñ í a p e r s e v e r a n e n
los r e i n o s de P o r t u g a l , y t a m b i é n p a r a t r a t a r de o t r a s cosas u n i v e r -
sales eme t o c a n á t o d a la Compañía, n o se p u d i e n d o t r a t a r p o r m e n o s
q u e p o r la p r e s e n c i a , m e h a p a r e c i d o e n el S e ñ o r n u e s t r o d e p o n e r o s
e n u n p o c o de t r a b a j o c o r p o r a l , v i n i e n d o á ésta de R o m a . Y así, en
v i r t u d d e s a n t a o b e d i e n c i a , c o m o cosa eme m u c h o i m p o r t a , os lo
m a n d o p o r p a r t e d e Cristo n u e s t r o Señor, p o r m a r ó p o r t i e r r a , c o m o
os p a r e c i e r e m á s c o n v e n i e n t e , y esto sea con la b r e v e d a d q u e p u d i é -
r e d e s , en m a n e r a q u e ocho días d e s p u é s de vista la p r e s e n t e os p o n -
gáis e n c a m i n o , y c o n t i n u é i s . P i d o á Dios n u e s t r o S e ñ o r os g u í e y
a c o m p a ñ e , y á t o d o s d é g r a c i a de c o n o c e r s i e m p r e y h a c e r s u santí-
s i m a v o l u n t a d . — D e R o m a 20 d e Mayo 1553» (2).
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 1 5 6 . — ( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. i u , p . 2 1 0 .
CAP. XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 623
E l m i s m o día firmaba el santo o t r a carta p a r a el m i s m o P a d r e (1),
e n la c u a l , con frases t i e r n a s y con m u e s t r a s de s i n g u l a r cariño, le
p r o c u r a b a p e r s u a d i r d e la n e c e s i d a d a b s o l u t a d e h a c e r este v i a j e , y
le e n s a n c h a b a el corazón, o f r e c i é n d o l e la más p a t e r n a l acogida. E l
m i s m o día e n q u e se r e m i t í a n estas dos c a r t a s , e n v i a b a o t r a San I g -
n a c i o al r e y d e P o r t u g a l a v i s á n d o l e d e l p r e c e p t o q u e i m p o n í a al P a -
d r e S i m ó n , i n d i c á n d o l e las r a z o n e s q u e le h a b í a n m o v i d o á e l l o , y
r o g a n d o á S. A. q u e fuera s e r v i d o de a p r o b a r esta r e s o l u c i ó n y con-
t r i b u i r á q u e se ejecutase (2).
T r e s días d e s p u é s d e m a n d a r s e estas cartas e n t r a b a en R o m a , c o m o
v i m o s , el P . Luis González d e C á m a r a . Con la r e l a c i ó n c i r c u n s t a n -
ciada q u e este P a d r e h a r í a de los sucesos de P o r t u g a l , d e b i ó c o n v e n -
c e r s e más y más el santo p a t r i a r c a d e la n e c e s i d a d u r g e n t í s i m a q u e
había de l l a m a r al P . S i m ó n á R o m a . E s p e r ó , sin e m b a r g o , a l g ú n
t i e m p o , p a r a v e r q u é r e s o l u c i ó n t o m a b a ol m i s m o P a d r e ; p e r o pa-
saban d í a s , pasaban s e m a n a s , y e n R o m a n o se r e c i b í a noticia a l g u n a
do lo q u e p e n s a b a h a c e r el P . S i m ó n . Dio, p u e s , n u e s t r o santo P a d r e
o t r o i m p u l s o al n e g o c i o , y el 12 de J u l i o d i r i g i ó al P . R o d r í g u e z esta
b r e v e y cariñosa c a r t a :
«Hijo m a e s t r o S i m ó n . Fiaos de m í , q u e con v u e s t r a v e n i d a a q u í
v u e s t r a á n i m a y la mía s e r á n consoladas en el S e ñ o r n u e s t r o , y t o d a s
las cosas, q u e así vos c o m o y o d e s e a m o s á m a y o r g l o r i a divina, ten-
d r á n b u e n fin. P o r t a n t o , t o m a d con m u c h a d e v o c i ó n el q u e nos
v e a m o s , y si n o h a l l á r e d e s t a n t a , Dios n u e s t r o S e ñ o r os la d a r á en la
p e r s e v e r a n c i a d e v e n i r p o r acá. Y a c o r d a o s , q u e con tan b u e n a v o -
l u n t a d , p o r lo q u e os d i j e , sin y o t e n e r n i n g u n a a u t o r i d a d s o b r e
v u e s t r a p e r s o n a , estuvisteis con c u a r t a n a s en P o r t u g a l (3), y d e s p u é s
sanasteis. P u e s ¿ c u á n t o más a h o r a s i e n d o p o r o b e d i e n c i a y con en-
f e r m e d a d e s n o t a n recias? Maestro S i m ó n , p o n e o s l u e g o e n c a m i n o ,
c o m o a r r i b a está d i c h o , y n o d u d é i s , sino q u e nos g o z a r e m o s a q u í
tanto de la salud e s p i r i t u a l c o m o de la c o r p o r a l , á m a y o r g l o r i a di-
vina, y fiaos d e m í e n t o d o , y q u e d a r é i s m u y c o n t e n t o e n el S e ñ o r
n u e s t r o » (4).
R e m i t i d a esta c a r t a , e s p e r ó a l g ú n t i e m p o San I g n a c i o ; p e r o al fin,
(1) Carlas de San Ignacio, t. III, p . 2 1 1 .
( 2 ) Causa P. Simonis Rodríguez.
( 3 ) A l u d e e s t a f r a s e al v i a j e q u e hizo el P . S i m ó n d e R o m a á P o r t u g a l e n M a r z o
d e 1540, c u a n d o a u n no e r a S a n I g n a c i o G e n e r a l de la C o m p a ñ í a , ni é s t a se h a l l a b a
c o n f i r m a d a p o r la p r i m e r a b u l a d e P a u l o I I I .
( 4 ) Carlas de San Ignacio, t. n i , p . 2 4 1 .
 624 LIB. 1 1 . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
n o r e c i b i e n d o n i n g u n a n o t i c i a n i de q u e el P . S i m ó n se e n c a m i n a s e
á R o m a , n i d e la r e s o l u c i ó n definitiva q u e h u b i e r a t o m a d o , d e t e r -
m i n ó e l s a n t o d a r el ú l t i m o g o l p e á este n e g o c i o , y d i r i g i ó al
P . Diego M i r ó n la carta s i g u i e n t e : « P o r q u e s o n r a r o s los c o r r e o s q u e
p a r t e n de R o m a p a r a P o r t u g a l y do P o r t u g a l p a r a R o m a , m e ha pa-
r e c i d o en el S e ñ o r n u e s t r o p r o v e e r de r e c a d o suficiente de esta vez
e n e l n e g o c i o d e M. S i m ó n . Así q u e la p r i m e r a cosa q u e h a r é i s es
h a c e r l e d a r el d e s p a c h o q u e le e n v í o , así la carta c o m o la p a t e n t e ,
m o s t r a n d o á Su Alteza la c o p i a , y si n o b a s t a r e , d a d l e la copia otra
v e z (1), q u e s e r á c o m o s e g u n d a m o n i c i ó n ; y si a l e g a r e a l g u n a indis-
p o s i c i ó n , c o n s u l t a d a l g u n o s d o c t o r e s , q u e h a l l a r é i s suficientes, espe-
c i a l m e n t e de la o r d e n de Santo D o m i n g o , y si j u z g a r e n q u e d e b e
v e n i r acá, m o s t r a d al r e y el p a r e c e r d e l l o s ; y decid á Su Alteza c o m o
t e n é i s este r e c a d o q u e a q u í v a , p a r a d e s p e d i r á M. S i m ó n , si n o o b e -
dece á la t e r c e r a m o n i c i ó n ; q u e lo h a r é i s , si Su Alteza n o p r o v e e ,
m a n d á n d o l e o b e d e c e r y v e n ir acá; y así, t o r n a d á i n t i m a r esto m i s m o
á M. S i m ó n p o r ú l t i m o t é r m i n o , significando la a u t o r i d a d eme t e n é i s
d e d e s p e d i r l e do la C o m p a ñ í a si n o o b e d e c e , c o m o á h o m b r e des-
o b e d i e n t e , o b s t i n a d o y i n c o r r e g i b l e y dañoso al c u e r p o u n i v e r s a l d e
la Compañía. Si n o bastasen todas estas m o n i c i o n e s , con a l g ú n t é r -
m i n o e n t r e u n a y o t r o q u e os p a r e c e r á , c o n s u l t a n d o la cosa c o n S u
Alteza, y s u p l i c á n d o l e lo h a y a p o r b i e n , con su c o n s e n t i m i e n t o le
d e s p e d i r é i s p o r v i g o r desta m i l e t r a ; y p o r q u e n o p u e d a d e c i r q u e
n o h a y á i s g u a r d a d o lo q u o y o o r d e n o , d i g o q u e dejo en v u e s t r o j u i -
cio con el de o t r o s tros ó c u a t r o q u e s u e l e n s e r v i r de consejo, ó cua-
les os p a r e c e r á , el h a b e r g u a r d a d o t o d o el o r d e n q u e c o n v i e n e , y
c u a n t o h a r é i s t e n g o p o r b i e n h e c h o . P e r o a u n q u e le hayáis d e s p e -
d i d o , n o dejéis de s u p l i c a r á S u Alteza le m a n d e y fuerce á v e n i r , y
antes de l l e g a r á estos m é r i t o s , e s p e r o se d i g n a r á d e h a c e r l o y atajar
m u c h o m a l de a q u e l l a á n i m a y otras, á q u i e n e s con su e j e m p l o daña.
D é n o s á t o d o s la S a p i e n c i a e t e r n a la luz q u e p a r a a c e r t a r e n t o d a s las
cosas de su s e r v i c i o nos es n e c e s a r i a . — D e R o m a 24 de J u l i o d e 155o.
« T o r n ó o s á e n c o m e n d a r , q u e sin el consenso de Su Alteza n o ha-
gáis lo q u e e s c r i b o d e d e s p e d i r á M. S i m ó n , y e n t r e t a n t o t e n e d la
carta q u e e s c r i b o s o b r e esto t a n s e c r e t a , q u e fuera del D r . Nadal y
el Dr. T o r r e s , n i n g u n o sepa q u e t e n é i s tal r e c a d o de m í . C e r r a d a en
3 d e A g o s t o d e 1553» (2).
( 1 ) Se e n t i e n d e , al P . S i m ó n .
( 2 ) Cartas de San Ignacio, t. m . p . 2 5 1 . D e s p u é s d e e s t a c a r t a v i e n e la p a t e n t e
de dimisión.
CAP. XX. CAUSA DEL 1'. SIMÓN.—PROMULGACIÓN D S LAS CONSTITUCIONES 625
• 6. Afortunadamente, no l l e g ó el caso de ejecutarse lo p r e v e n i d o
por San Ignacio. Cuando la carta precedente se escribía en Roma, ya
había salido de Portugal el P. S i m ó n Rodríguez. Decidióle á ello un
acto de prudente firmeza que ejecutó el P . Mirón á mediados de Ju-
n i o . Efectivamente, c o m o v i o éste que mientras estuviera allí el
P. Rodríguez n o era posible tener paz en nuestras casas, y c o m o
durante l o s meses de Abril y Mayo n i c o n las visitas que le hicieron
los Nuestros, ni con las muestras de amor que le prodigaban (1), se
conseguía mudarle el corazón, pidió al P . Miguel de Torres y á los
diez Padres p o r t u g u e s e s más autorizados que había en Lisboa y
Coimbra, le diesen por escrito su dictamen acerca de lo que c o n v e -
nía disponer sobre el P . S i m ó n Rodríguez. Todos opinaron que debía
éste salir de Portugal é irse á Roma. Reunidos estos dictámenes,
llamó el P. Provincial al P . Rodríguez al c o l e g i o de San Antón. Allí,
en presencia de varios Padres, convocados c o m o testigos, fueron
leídos y mostrados al P. Simón l o s pareceres de los cuatro Padres
consultados, á quienes él más respetaba, que eran León Enríquez,
Miguel de Sosa, Francisco Rodríguez y Gonzalo d e Silveira. Á con-
tinuación, el P. P r o v i n c i a l , por v i g o r de la autoridad que la segunda
carta de San Ignacio l e daba sobre el P . Simón Rodríguez, mandó á
éste, en virtud de santa obediencia y so pena de e x c o m u n i ó n ipso
fado inmrrenda, salir de Lisboa dentro de ocho días y de Portugal
dentro de v e i n t e (2). Aceptó el P. S i m ó n este precepto y p r o m e t i ó
cumplirlo.
Una vez que él se determinó á emprender el viaje, quisieron l o s
Nuestros que lo hiciese con toda la honra y suavidad posible. Para
esto dispuso el P. Provincial que, o c h o días antes de salir, v i n i e s e el
P. S i m ó n á nuestro c o l e g i o y allí recibiese las visitas de sus amigos,
y s e despidiese de ellos para Roma. Pretendíase con esto dar á cono-
cer públicamente que el P . S i m ó n n o había salido de la Compañía, y
que n o era uno de tantos ex-jesuítas c o m o andaban por las calles de
Lisboa. P o c o agradeció él esta delicadeza. Mostróse en aquellos días
extremadamente duro y desabrido con el P. Mirón. Decía claramente
que, desacreditándole á él, habían desacreditado á la Compañía, que
Mirón y Torres habían arruinado la provincia de Portugal, que le
( 1 ) V é a s e lo q u e d i c e el P . E n r í q u e z (Epistolae mixtae, t. m , p . 3 5 8 ) .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. m , p s . 3 5 9 y 3 6 3 . E s t e a c t o d e b i ó e j e c u t a r s e h a c i a el 2 0
ó 2 3 d e J u n i o d e 1 5 5 3 , p u e s el 2 6 s a l i ó d e L i s b o a el P . S i m ó n . I g n o r a m o s si p a r a
e n t o n c e s r e c i b i r í a el p r e c e p t o d e S a n I g n a c i o , e x p e d i d o el 2 0 d e M a y o .
40
62b" LIB. II. SAN IGNACIO DK LOYOLA
h a b í a n e n v i a d o d e P r o v i n c i a l de A r a g ó n con p a t e n t e falsa (1), y q u e
q u i e n h a c e u n cesto h a c e c i e n t o (2).
Al m i s m o t i e m p o se t o m a b a g r a n l i b e r t a d e n h a b l a r c o n s e g l a r e s
sin p e r m i s o d e l P . M i r ó n n i de n a d i e . « G r a n d í s i m a fué, dice el
P . F r a n c i s c o E n r í q u e z , la d i s o l u c i ó n [ l i b e r t a d ] q u o t u v o estos días
q u e a q u í le r e c o g i m o s , e n t r a t a r con s u s p a r i e n t e s y f a v o r e c e d o r e s ,
q u e a n d a b a esta casa en lo alto y bajo llena d e h o m b r e s d e fuera,
u n o s con él y o t r o s e n t r e sí, e n c o n v e n t í c u l o s , h a b l a n d o y m o s t r á n -
d o s e s a ñ u d o s p a r a n o s o t r o s , d e m a n e r a q u e daba b i e n á s e n t i r con-
t r a d i c c i ó n , cosa q u e t a n t o t r a b a j á b a m o s q u e n o se s i n t i e s e . H a dicho
q u e h a d e v o l v e r acá d e Castilla ó d e R o m a , y está tan p u e s t o e n esto,
q u e es cosa d e m a r a v i l l a , sin t e m o r de c u a n t o s males y escándalos
de ello n a c e r í a n » (3). Al fin, el 26 de J u n i o de 1553 se p u s o en c a m i n o
en c o m p a ñ í a del P . M e l c h o r C a r n e r o , á q u i e n le d i e r o n p o r c o m p a -
ñ e r o y s u p e r i o r d u r a n t e el viaje (4).
L a r g o y p e n o s o fué é s t e , ya p o r los p e r c a n c e s de la n a v e g a c i ó n
(pues a n d u v i e r o n p o r m a r desde A l i c a n t e á G e n o v a ) , y a p o r las d o -
lencias d e l P . S i m ó n , q u e le o b l i g a r o n á d e t e n e r s e de voz e n c u a n d o .
E n t r a r o n e n R o m a el 11 de N o v i e m b r e d e 1553 (5). R e c i b i ó San I g -
n a c i o al P . S i m ó n con la m á s a c e n d r a d a c a r i d a d ; le p u s o en el m e -
j o r a p o s e n t o d e casa (6); le c u i d ó y r e g a l ó c o m o á n i n g u n o ; p r o c u r ó ,
en fin, r e d u c i r l e al b u e n c a m i n o , más con o b r a s de caridad, q u e con
( 1 ) L l a m a b a p a t e n t e f a l s a á la q u e le c o m u n i c ó el P . T o r r e s , p o r q u e s u p o q u e
h a b í a BÍG-O e s c r i t a en P o r t u g a l s o b r e u n a firma en b l a n c o He S a n I g n a c i o . L l e g ó á
s u s o í d o s e s t a n o t i c i a p o r el P . A n t o n i o B r a n d ó n , á q u i e n el P . T o r r e s , p o r n o c o n o -
c e r l e á los p r i n c i p i o s , y c r e y é n d o l e h o m b r e fiel á la C o m p a ñ í a , refirió confidencial-
m e n t e e s t e h e c h o . ¡ B i e n s i n t i ó e s t e d e s c u i d o d e s p u é s el P . T o r r e s ! P o r lo d e m á s , la
q u e j a d e l P . S i m ó n e r a i n j u s t a , p u e s el v i s i t a d o r t e n i a f a c u l t a d d e S a n I g n a c i o p a r a
h a c e r lo q u e h i z o , y la p a t e n t e e r a v e r d a d e r a y v á l i d a .
( 2 ) T o d a s e s t a s q u e j a s d e l P . S i m ó n y la a m a r g a d i s p o s i c i ó n d e á n i m o en q u e en-
t o n c e s se h a l l a b a , las e x p o n e el P . M i r ó n en c a r t a d i r i g i d a á S a n I g n a c i o d e s d e L i s b o a
á 2 7 d e J u n i o d e 1 5 5 3 . ( V i d e Epistolae mictae, t. m , p . 3 6 2 . ) V é a n s e en e s t a c a r t a
a l g u n a s o t r a s c i r c u n s t a n c i a s d e la s a l i d a d e l P . S i m ó n p a r a R o m a .
( 3 ) Epistolae mixtae, t. i n , p . 3 6 1 .
( 4 ) Litterae quadrimestres, t. n , p . 3 5 1 . P o l a n c o , Historia S. J,, t. n i , p . 4 3 1 .
( 5 ) P o l a n c o , ibid., p . 1 4 .
( 6 ) E l P . C á m a r a , refiriendo l a s p e s a d u m b r e s q u e d e s p u é s dio en R o m a el P . Si-
m ó n , y c o n t r a p o n i e n d o á ellas la i n c r e í b l e c a r i d a d d e San I g n a c i o , d i c e : « L e h a b í a
h e c h o [ S a n I g n a c i o ] d a r a n t e s el m e j o r a p o s e n t o d e l a c a s a , d e d o s m u y b u e n a s
c á m a r a s , h a b i e n d o e n c a s a h a r t o a p r i e t o , y u n o q u e le a y u d a s e y s i r v i e s e , y o r d e -
n a d o q u e c u a n t o al r e l i g i o s o y h o n e s t o t r a t a m i e n t o d e s u p e r s o n a , n i n g u n a cosa le
faltase, como hasta ahora siempre se hace.» Carta al P . Provincial de P o r t u g a l .
R o m a , 2 0 d e M a y o d e 1 5 5 4 . (Epistolae mixtae, t. i v , p . 1 8 5 . )
CAr. XX.—CAUSA DEL I'. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DB LAS CONSTITUCIONES 627
largos d i s c u r s o s . H u b i e r a q u e r i d o el S a n t o s e p u l t a r e n p e r p e t u o
o l v i d o todas las cosas pasadas; p e r o el P . S i m ó n R o d r í g u e z p i d i ó
r e s u e l t a m e n t e q u e c u a t r o P a d r e s d e los m á s a u t o r i z a d o s e x a m i n a s e n
d e t e n i d a m e n t e t o d o el n e g o c i o d e P o r t u g a l , y la c o n d u c t a q u e él,
como Provincial y poco después como particular, había observado en
a q u e l país (1). C o n d e s c e n d i ó I g n a c i o c o n el P . S i m ó n , y de c o m ú n
c o n s e n t i m i e n t o d e e n t r a m b o s f u e r o n e l e g i d o s j u e c e s los P P . Miona,
P o l a n c o , Olave y C o g o r d á n .
E m p e z ó e l p r o c e s o el 1.° d e D i c i e m b r e . L o s P P . C á m a r a y C a r n e r o
e s c r i b i e r o n las acusaciones y las e x p l i c a r o n d e p a l a b r a d e l a n t e d e los
j u e c e s y d e l P . S i m ó n . P r e s e n t á r o n s e , a d e m á s , t o d a s las cartas y rela-
ciones r e c i b i d a s de P o r t u g a l e n los ú l t i m o s años. H e c h o esto, se dio
facultad al P . S i m ó n p a r a r e s p o n d e r d e p a l a b r a y p o r e s c r i t o . V e i n t e
días e m p l e ó e n e s c r i b i r su defensa. L e í d a ésta a n t e el t r i b u n a l , r e d a c -
t a r o n los P P . C á m a r a y C a r n e r o u n a r é p l i c a d u r a n t e c u a t r o días.
S i g u i ó s e á esta r é p l i c a o t r a r e s p u e s t a d e l P . S i m ó n . E n u n a p a l a b r a ,
se p a s a r o n los dos meses d e D i c i e m b r e 1553 y d e E n e r o 1554 e n o i r
á u n a p a r t e y á o t r a . Cada u n o d e los actos ejecutados iba p r e c e d i d o
d e u n s o l e m n e j u r a m e n t o , p o r el q u e p r o m e t í a cada u n a d e las p a r t e s
d e c i r la v e r d a d . C u a n d o y a n o t u v i e r o n q u e a ñ a d i r n i u n a p a l a b r a
m á s , y sólo faltaba d a r la sentencia, i n t e r v i n o d e n u e v o San I g n a c i o ,
y m a n d ó q u e los c u a t r o j u e c e s h i c i e s e n o r a c i ó n d u r a n t e t r e s días y
ofreciesen la misa p a r a p e d i r á Dios el a c i e r t o , y q u e así el P . S i m ó n
c o m o sus c o n t r a r i o s p r o m e t i e s e n de n u e v o sujetarse á la s e n t e n c i a
d e los c u a t r o P a d r e s j u e c e s . Todo se hizo c o m o lo deseaba el s a n t o
patriarca.
E l 7 d e F e b r e r o de 1554 los c u a t r o P a d r e s d e s i g n a d o s p r o n u n c i a r o n
la s e n t e n c i a . R e c o n o c i e r o n q u e el P . S i m ó n h a b í a p r e s t a d o b u e n o s
s e r v i c i o s á la C o m p a ñ í a en P o r t u g a l , y q u e era i n o c e n t e de a l g u n a s
faltas p a r t i c u l a r e s q u e se lo i m p u t a b a n . R e c o n o c i e r o n t a m b i é n q u e
a l g u n o s de sus c o n t r a r i o s h a b í a n p r o c e d i d o c o n t r a él c o n e x a g e r a d o
c e l o . E s t o n o o b s t a n t e , f a l l a r o n q u o e n lo sustancial t e n í a n r a z ó n los
a c u s a d o r e s , q u e h a b í a n h e c h o b i e n e n d e n u n c i a r al P . S i m ó n R o d r í -
g u e z , y q u e éste h a b í a i n c u r r i d o e n v a r i a s faltas m u y c o n s i d e r a b l e s ,
cuales e r a n : d e s o b e d i e n c i a p e r t i n a z á su s u p e r i o r ; y e r r o s n o t a b l e s e n
e l g o b i e r n o d e la Compañía, c o m e t i d o s p o r n o q u e r e r oir. el p a r e c e r
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. I I , p . 5 1 . V é a s e t a m b i é n Carlas de San Ignacio, t. IV,
p . 2 6 9 . Así I g n a c i o c o m o N a d a l , m a n i f i e s t a n q u e el P . S i m ó n f u é q u i e n p i d i ó el
juicio.
 628 Lili. I I . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
a j e n o ; poca m o r t i f i c a c i ó n y m u c h a l i b e r t a d en v o l v e r á P o r t u g a l y
n o t r a t a r c o m o debía con los N u e s t r o s ; afecto d e s o r d e n a d o á e s t a r en
su país, con tan e v i d e n t e d a ñ o d e la Compañía; e x c e s i v o r e g a l o en el
t r a t a m i e n t o d e su p e r s o n a , con escándalo y desediftcación d e los
N u e s t r o s y de los e x t r a ñ o s ; s o b e r b i a i m p r u d e n t e , con la cual dio
m o t i v o á q u e se le t u v i e r a p o r a m b i c i o s o .
D e t e r m i n a r o n los j u e c e s q u e , p a r a r e m e d i a r los m a l o s efectos de
estas c u l p a s , debía el P . S i m ó n e s c r i b i r a l g u n a s cartas á p e r s o n a s
d i s t i n g u i d a s d e P o r t u g a l , p i d i e n d o p e r d ó n d e sus faltas, y, finalmen-
t e , en castigo d e ellas, le i m p o n í a n las p e n i t e n c i a s s i g u i e n t e s : 1. No a
v o l v e r n u n c a á P o r t u g a l , y s o b r e este p u n t o c a r g a b a n los j u e c e s la
conciencia d e San I g n a c i o , a s e g u r a n d o q u e sería p e c a d o p e r m i t i r
s e m e j a n t e v u e l t a , p o r los g r a v í s i m o s p e r j u i c i o s q u e t r a e r í a á la Com-
pañía la p r e s e n c i a del P . S i m ó n e n a q u e l r e i n o . 2 . R e z a r t o d o s los a
días d e su v i d a u n P a d r e n u e s t r o y A v e María. 3 . P o r siete años decir a
cada s e m a n a u n a m i s a p o r la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l . 4 . E n los m i s - a
m o s siete años t o m a r cada s e m a n a u n a disciplina p o r espacio d e un
Miserere, y q u e la p r i m e r a sea p ú b l i c a , b e s a n d o los pies á la c o m u n i -
dad. 5. P o r dos años a y u n a r u n día cada s e m a n a y u s a r v e s t i d o más
a
tosco d e lo o r d i n a r i o e n castigo d e su excesivo r e g a l o . 6 . P a s a r estos a
dos a ñ o s e n r e t i r o , l e y e n d o l i b r o s piadosos y t r a t a n d o s o l a m e n t e con
las p e r s o n a s q u e d e s i g n a r a San I g n a c i o (1).
E s t e j u i c i o q u e d a b a n s o b r e el p r o c e d e r del P . S i m ó n lo j u r a r o n
los c u a t r o P a d r e s j u e c e s , p u e s t a la m a n o s o b r e l o s E v a n g e l i o s . Bien
p u e d e la h i s t o r i a r e c i b i r c o m o definitivo este j u i c i o , d a d o con tanta
c o n s i d e r a c i ó n , d e s p u é s d e e x a m i n a r t o d o s los d o c u m e n t o s , d e s p u é s
d e e s c u c h a r á a m b a s p a r t e s , y d e s p u é s d e h a c e r tanta o r a c i ó n á Dios.
E l P . S i m ó n r e c i b i ó con m u c h a h u m i l d a d esta s e n t e n c i a , y se m o s t r ó
d i s p u e s t o á c u m p l i r c u a n t o e n ella se d i s p o n í a (2). San I g n a c i o , c o m o
( 1 ) T o d o c u a n t o h e m o s r e f e r i d o a c e r c a d e l p r o c e s o del P . S i m ó n R o d r í g u e z está
e n la s e n t e n c i a p r o n u n c i a d a p o r l o s c u a t r o P a d r e s . V é a s e el t e x t o i n t e g r o d e este
d o c u m e n t o e n el a p é n d i c e . E l o r i g i n a l se h a l l a en e l l e g a j o 'varias v e c e s c i t a d o ,
Causa P. Simonis Rodríguez.
( 2 ) S o b r e e s t a h u m i l d e a c e p t a c i ó n 7 s o b r e las t e n t a c i o n e s q u e l u e g o t u v o el
P. S i m ó n , p u e d e v e r s e la c a r t a c i t a d a m á s a r r i b a d e l P . C á m a r a , e s c r i t a el 2 0 de
M a y o d e 1 5 5 4 . V é a s e t a m b i é n Cartas de San Ignacio, t. lv, p . 2 6 9 .
N o n o s t o c a e x a m i n a r l a v i d a y a c c i o n e s d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z e n los m n c h o s
a ñ o s q u e a ú n v i v i ó . E s t o lo h a r á q u i e n e s c r i b a la h i s t o r i a d e la A s i s t e n c i a d e P o r t u -
g a l . A q u í sólo h e m o s r e f e r i d o lo i n d i s p e n s a b l e p a r a q u e se e n t i e n d a la a c c i ó n d e los
P a d r e s e s p a ñ o l e s e n la v e c i n a p r o v i n c i a . P a r a t e r m i n a r lo q u e d e c i m o s a c e r c a del
CAP. X X . — 0 A U 8 A DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 629
le v i o tan o b e d i e n t e y h u m i l d e , le q u i t ó todas las p e n i t e n c i a s , m a n -
t e n i e n d o s o l a m e n t e la p r o h i b i c i ó n de v o l v e r á P o r t u g a l . No s e g u i -
r e m o s r e f i r i e n d o las v i c i s i t u d e s d e l P . S i m ó n R o d r í g u e z e n los v e i n -
ticinco años q u e v i v i ó t o d a v í a , p u e s n o p e r t e n e c e n á n u e s t r a his-
toria (1).
7. P o c o s días d e s p u é s de salir el P . S i m ó n de L i s b o a , e n t r a b a e n
a q u e l l a c i u d a d el P . J e r ó n i m o Nadal, el 7 d e J u l i o d e 1553. I b a , c o m o
ya d i j i m o s e n su l u g a r (2), con el e n c a r g o d e p r o m u l g a r las constitu-
c i o n e s e n t r e los N u e s t r o s y ajusfar á ellas la v i d a de todas n u e s t r a s
c o m u n i d a d e s . E m p e z ó p o r v i s i t a r á los r e y e s , al c a r d e n a l infante d o n
E n r i q u e y al infante D. Luis. E n t r e g ó l e s las c a r t a s q u e l l e v a b a de
San I g n a c i o , y con s u m o a g r a d o y a p r o b a c i ó n d e t o d o s , e m p e z ó s u
t a r e a en la m i s m a capital (3). Una h o r a todos los días t e n í a r e u n i d o s
á los N u e s t r o s , y les e x p l i c a b a los p r i n c i p a l e s p u n t o s de las consti-
t u c i o n e s . No estaba e n t o n c e s e n Lisboa el P . M i g u e l d e T o r r e s , p o r
h a b e r s e a u s e n t a d o á Santiago, p a r a a r r e g l a r la e m b r o l l a d a fundación
de a q u e l c o l e g i o ; p e r o á las pocas s e m a n a s v o l v i ó de su e x c u r s i ó n ,
y e s c u c h ó con g r a n c o n s u e l o d e su a l m a las ú l t i m a s pláticas e n q u e
el P . Nadal e x p l i c a b a las c o n s t i t u c i o n e s . F u é m u y n o t a b l e la s u m i -
sión y r e g o c i j o con q u e fueron éstas r e c i b i d a s p o r t o d o s los P a d r e s
P . S i m ó n R o d r í g u e z , nos p a r e c e a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o h a c e r u n a a d v e r t e n c i a .
E n la h i s t o r i a l a t i n a d e la C o m p a ñ í a , e s c r i t a p o r el P . S a c c b i n i , p a r t e ív, l i b . v i l , n ú -
m e r o 2 3 3 y s i g u i e n t e s , al r e f e r i r la m u e r t e del P . S i m ó n , o c u r r i d a en 1 5 7 9 , se h a c e
u n e l o g i o e s t u p e n d o d e s u s v i r t u d e s , y se le p i n t a c o m o u n s a n t o d e p r i m e r o r d e n .
A h o r a b i e n : en el m a n u s c r i t o de ese t o m o , q u e se c o n s e r v a en n u e s t r o a r c h i v o , sólo
se d i c e n e s t a s p a l a b r a s : nldibusjulü ante ortam pestilentiam Simón Rodericius, unus
e decem primis, in senectute bona decessit; adversus falladas diaboli quam nemo sit
tutus, qvantopere vigilandum sit, non leve exemplum. Bonus alioqui vir, religiosae
mentís et virtutibus multis ornatus, mortem tándem obivit eo homine dignam, quem
inter primos liajas ordinis auctores divina voluntas legisset.i) E s t o y n a d a m á s e s -
c r i b i ó Sacchini en e l o g i o del finado. L a s d i e z p á g i n a s en f o l i o q u e s i g u e n , d e s d e las
p a l a b r a s Ortum duxit Simón en a d e l a n t e , son d e u n c u a d e r n o m á s r e c i e n t e , d e t a -
m a ñ o a l g o m e n o r , e s c r i t o p o r otra m a n o y c o s i d o p o s t e r i o r m e n t e c o n el m a n u s c r i t o
d e S a c c h i n i . N o s a b e m o s q u i é n sería el a u t o r d e e s t e c u a d e r n o , n i c ó m o se i n s e r t a r í a
en el t e x t o i m p r e s o d e la h i s t o r i a . C o m o la a u t o r i d a d d e S a c c h i n i es y d e b e ser m u y
g r a n d e e n t r e n o s o t r o s , h e m o s q u e r i d o a n u n c i a r á los l e c t o r e s e s t a i n t e r p o l a c i ó n , p a r a
q u e n o se s o r p r e n d a n al n o t a r la f l a g r a n t e c o n t r a d i c c i ó n q u e h a y e n t r e a l g u n a s cosas
de ese e l o g i o y el r e l a t o q u e h e m o s h e c h o s i g u i e n d o los d o c u m e n t o s c o n t e m p o r á n e o s .
( 1 ) L o s o c h o p r i m e r o s a ñ o s los pasó e n el N o r t e d e I t a l i a ; los d o c e s i g u i e n t e s e n
E s p a ñ a , e n v a r i a s c a s a s d e las p r o v i n c i a s d e A n d a l u c í a y T o l e d o . P o r fin, e l a ñ o 1 5 7 4 ,
p e r m i t i ó el P . M e r c u r i a n o q u e le l l e v a r a n á P o r t u g a l . M u r i ó e n s a n t a v e j e z , e n L i s - ,
b o a , el a ñ o 1 5 7 9 . — ( 2 ) Vide c. x n . — ( 3 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 176.
 630 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
y H e r m a n o s d e Lisboa. Véase la d e v o c i ó n c o n q u e da c u e n t a del
h e c h o el P . T o r r e s , e s c r i b i e n d o á San I g n a c i o :
«Mucho n o s h a b e r n o s t o d o s c o n s o l a d o c o n lo q u e h a b e r n o s e n t e n -
dido d e las c o n s t i t u c i o n e s , e s p e c i a l m e n t e con la viva voz del P . Na-
d a l , y c r e a V. P . q u e h a sido b i e n m e n e s t e r , p o r q u e cada u n o iba
p o r su c a m i n o y fingía v e r e d a s c o n f o r m e á su cabeza, y m u y pocos
me p a r e c e a c e r t á b a m o s en e l b l a n c o . Y p u e s q u e E s p a ñ a y P o r t u g a l
n o es lo m e n o s de la C o m p a ñ í a , n i a u n lo m á s e s t é r i l p a r a el s e r v i -
cio de Dios y a u m e n t o de la C o m p a ñ í a , sería b i e n q u e se p r o c u r a s e
d e a r r a i g a r p o r acá este v e r d a d e r o e s p í r i t u d e l l a ; p o r q u e n o basta
i n t i m a r l o si n o se asienta p o r el q u e t i e n e a u t o r i d a d y e x p e r i e n c i a
de él. Y p o r eso m i r e V. P . si s e r á b i e n q u e el P . Nadal esté p o r
estas p a r t e s p o r a l g u n o s a ñ o s , hasta q u e esto se e n t i e n d a , y t a m b i é n
p o r q u e con el e s p í r i t u y a c t i v i d a d y m e d i o s q u e N u e s t r o S e ñ o r le
d a , p o d r í a n h a c e r s e a l g u n o s c o l e g i o s ó fundarse más los h e c h o s ,
p o r q u e h a y m u y p o c o f u n d a m e n t o en t o d o s los q u e h a y en t o d a E s -
paña. Yo h e r e p r e s e n t a d o al P . Nadal el d e s e o q u e tenía d e m e a n d a r
con él p a r a lo s e r v i r , y j u n t a m e n t e a p r e n d e r con él el m o d o de la
C o m p a ñ í a , p o r q u e v e r d a d e r a m e n t e , P a d r e , y o n o lo e n t i e n d o , ni
a u n sé b i e n c o m o c o n v i e n e el fin de la C o m p a ñ í a , y c o m o v e o q u e ,
á falta d e o t r o s , m e e m p l e a n en n e g o c i o s d e l l a , p a r e c í a m e q u e con-
v e n í a q u e y o la e n t e n d i e s e . El P a d r e [ N a d a l ] siente otra cosa. Fiat
voluntas Domini» (1).
E l 16 de A g o s t o p a r t i ó s e el P . C o m i s a r i o p a r a É v o r a , y m i e n t r a s
r e p e t í a e n este c o l e g i o lo q u e había h e c h o en el de L i s b o a , e n t r ó en
P o r t u g a l San F r a n c i s c o d e Borja. M u y o p o r t u n a e r a la p r e s e n c i a d e
este s a n t o v a r ó n en a q u e l r e i n o p a r a l e v a n t a r el c r é d i t o d e la C o m -
p a ñ í a , algo d i s m i n u i d o , c o m o se deja e n t e n d e r , p o r los d i s t u r b i o s
pasados. G r a n d í s i m o era el d e s e o q u e el b u e n J u a n I I I y t o d a la real
familia t e n í a n de v e r c o n v e r t i d o e n p o b r e r e l i g i o s o al magnífico
d u q u e d e Gandía. Ya le h a b í a n significado su deseo d e v e r l e en
L i s b o a , y a p e n a s l l e g ó á la c o r t e el P . N a d a l , p i d i é r o n l e los r e y e s
q u e llamase al P . F r a n c i s c o . R e s p o n d i ó el c o m i s a r i o q u e este P a d r e
estaba e x e n t o d e su j u r i s d i c c i ó n p o r especial p r i v i l e g i o d e San I g -
nacio. E f e c t i v a m e n t e , el s a n t o f u n d a d o r h a b í a e x i m i d o p o c o antes
d e t o d o o t r o s u p e r i o r á S a n F r a n c i s c o d e Borja y al P . T o r r e s , ya
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 7 7 4 . M e r e c e l e e r s e h a s t a el fin e s t a c a r t a p o r el
e s p í r i t u d e p r o f u n d a h u m i l d a d y o b e d i e n c i a r e l i g i o s a q u e en ella m u e s t r a el P . T o -
rres. • .
CAP. X X . — " A U S A PKL I'. S I M Ó N . — PROMULGACIÓN • DE LAS CONSTITUCIONES 631
fuese p o r la s a n t i d a d e m i n e n t e de a m b o s , y a tal vez p o r q u e deseaba
m a n e j a r l o s i n m e d i a t a m e n t e p o r sí m i s m o . A ñ a d i ó , n o o b s t a n t e , el
P . N a d a l , q u e él e s c r i b i r í a á Borja significando el deseo de sus Alte-
zas, y q u e esto bastaría p a r a q u e se p u s i e s e l u e g o e n c a m i n o , c o m o
en efecto s u c e d i ó (1).
R e c i b i d o el a v i s o del c o m i s a r i o , e m p r e n d i ó Borja su viaje y l l e g ó
á C o i m b r a el 23 de Agosto d e 1553. C u a t r o días se d e t u v o en a q u e l
c o l e g i o , y la edificación q u e allí causó se echa b i e n de v e r en la
carta c u a d r i m e s t r e , q u e p o c o s días d e s p u é s se e n v i a b a á San I g n a -
cio. Dice así: « E l P . F r a n c i s c o de Borja l l e g ó a q u í v í s p e r a d e San
B a r t o l o m é , de S a l a m a n c a ; d e t ú v o s e c u a t r o días con n o s o t r o s , c o m u -
n i c á n d o s e n o s m u y m u c h o en el S e ñ o r ; hizo m u c h a s pláticas e s p i r i -
t u a l e s á los H e r m a n o s , d e m u c h a d o c t r i n a y c o n s o l a c i ó n , e n las cua-
l e s , a u n los ciegos c o m o y o , p o d í a n c l a r a m e n t e v e r lo m u c h o q u e
N u e s t r o S e ñ o r se c o m u n i c a con su a l m a . E l b u e n o l o r q u e q u e d ó e n
este colegio de su b r e v e estada, n o c r e o q u e se p e r d e r á j a m á s . E n
m u c h a a d m i r a c i ó n nos p u s o á todos su g r a n h u m i l d a d y perfección,
q u o t i e n e e n t o d a s las v i r t u d e s , m á x i m e en la a b n e g a c i ó n y santa
o b e d i e n c i a , en q u i e n p a r e c e q u e se m i r a c o m o e n espejo p a r a h a c e r
t o d a s sus o b r a s , y c u a n d o e n ella habla, se siente b i e n el a m o r g r a n d e
q u e le t i e n e . Un s e r m ó n hizo en n u e s t r a capilla, d o n d e c o n c u r r i e r o n
m u c h o s d o c t o r e s y p e r s o n a s p r i n c i p a l e s d e la c i u d a d . E l e v a n g e l i o
era d e l m i l a g r o q u e N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o hizo e n s a n a r u n o q u e
e r a s o r d o y m u d o , m e t i é n d o l e los d e d o s e n las o r e j a s , etc. E l t e m a
fué Bene omnia fecit; y d e c l a r ó tan b i e n Dios N u e s t r o S e ñ o r p o r
el P . F r a n c i s c o el m i l a g r o , q u e h a b í a h e c h o b i e n , q u e , en a c a b a n d o
el s e r m ó n , decía u n d o c t o r famoso q u e lo o y ó , a d m i r á n d o s e m u c h o
de lo q u e había o í d o : Bcue omnia fecit. Q u e d a r o n t o d o s m u y edifica-
d o s , y con r a z ó n ; y antes d e le o í r , d e v e r l e s o l a m e n t e se a d m i r a -
b a n » (2).
H a b i é n d o s e d e s p e d i d o d e los P a d r e s y H e r m a n o s d e C o i m b r a , con-
t i n u ó su viaje á L i s b o a , d o n d e e n t r ó el 31 de A g o s t o . A p e n a s s u p o el
r e y su l l e g a d a , e n v i ó u n c a b a l l e r o d e la c o r t e á d a r l e la b i e n v e n i d a .
E l n u n c i o de Su S a n t i d a d , el a r z o b i s p o , el d u q u e d e A v e i r o , dos
h e r m a n o s del d u q u e d e B r a g a n z a , n u e s t r o g r a n d e a m i g o D. P e d r o
Mascareñas y o t r o s i l u s t r e s p e r s o n a j e s d e la c o r t e , v i n i e r o n á n u e s -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i n , p . 4 9 6 .
( 2 ) Litterae quadrimestres, t. I I , p . 3 7 1 . L a c a r t a e s t á e s c r i t a p o r M e l c h o r C o t t a ,
y f e c h a d a en C o i m b r a el 3 1 d e A g o s t o d e 1 5 5 3 .
 632 LID. I I . — S A N IGNACIO DK LOYOLA
t r o c o l e g i o p a r a v i s i t a r a l r e c i é n l l e g a d o (1). Al día s i g u i e n t e p r e -
s e n t ó s e e n p a l a c i o p a r a b e s a r las m a n o s al r e y . ¿ C ó m o fué r e c i b i d o
p o r J u a n I I I ? O i g á m o s l o al P . B u s t a m a n t e , q u e iba s i e m p r e al lado
del s a n t o e n estos viajes y v i s i t a s : « E n t r a n d o [el P . F r a n c i s c o ] e n el
a p o s e n t o del r e y , h a l l ó e n la m i s m a pieza á la r e i n a , y luego q u e
e n t r ó el P a d r e , se l e v a n t a r o n sus Altezas a m b o s y s a l i e r o n c u a t r o ó
cinco pasos á é l , q u i t a d o el r e y su b o n e t e , q u e n o sé si- h i c i e r a más
con el infante D. L u i s , su h e r m a n o , v i n i e n d o fuera del r e i n o . Mandó
el r e y d a r silla á su R e v e r e n c i a , y a u n q u e le porfió con olla, n o
b a s t ó la g r a n d e z a á v e n c e r la h u m i l d a d , y así p o r ésta c o m o p o r p o -
d e r o i r lo q u e le h a b l a b a la r e i n a , se p u s o d e r o d i l l a s . S u s Altezas
le t r a t a r o n allí con una m u y igual a f a b i l i d a d , d á n d o l e g r a c i a s p o r e l
trabajo q u e h a b í a q u e r i d o t o m a r e n a q u e l l a j o r n a d a , y d e s p u é s d e
h a b e r g r a c i o s a m e n t e p l a t i c a d o con su R e v e r e n c i a , c o m o el r e y lo
veía de r o d i l l a s , dijo q u e n o p o d í a y a sufrir más v e r l e así, q u e pa-
sase á v e r á la p r i n c e s a , y m a n d ó q u e le g u i a s e n p o r su m e s m o a p o -
s e n t o , y así se d e s p i d i ó a q u e l día d e l r e y y d e la r e i n a .
» E n t r ó el P a d r e á la p r i n c e s a , y m o s t r ó su Alteza t a n t o p l a c e r c o n
s u v e n i d a , q u e se lo c o n o c i e r o n t o d o s A q u e l día n o h a l l ó al in-
fante D. L u i s e n su casa, y así fué o t r o día al c o m e d i m i e n t o q u o á
su Alteza se d e b í a , así p o r q u i e n e s , c o m o p o r la g r a n c r i s t i a n d a d
de su Alteza y el deseo con q u e estaba e s p e r a n d o la v e n i d a de n u e s -
t r o P a d r e , la cual e s t i m ó en m u c h o , y m o s t r ó l o con q u e esos días
que su Reverencia estuvo en Lisboa, vino personalmente á visitarlo
en n u e s t r o c o l e g i o dos veces» (2).
Con estas d e m o s t r a c i o n e s d e r e s p e t o y a m o r fué r e c i b i d o San
F r a n c i s c o d e Borja p o r el r e y y la c o r t e de P o r t u g a l . No c o n t o n t o
c o n esto, m a n d ó J u a n I I I s u v e e d o r al c o l e g i o d e la C o m p a ñ í a , p a r a
i n f o r m a r s e d e l P . R e c t o r d e t o d o lo q u e h u b i e r a m e n e s t e r ol P . F r a n -
cisco. T o d o s los días se l l e v a b a d e palacio á n u e s t r o c o l e g i o g u i s a d a
la c o m i d a p a r a el P a d r e , con la a b u n d a n c i a y delicadeza p r o p i a s do
la casa r e a l , a u n q u e el h u m i l d e r e l i g i o s o se c o n t e n t a b a con t o m a r
u n o ó dos platos c o m u n e s , p u e s , c o m o decía el P . B u s t a m a n t e , lo
m i s m o comía el P . F r a n c i s c o en u n a v e n t a q u e e n palacio (3). P o r -
q u e á la e n t r a d a d e u n a p u e r t a se dio u n g o l p e c i t o e n la cabeza,
m a n d ó al i n s t a n t e J u a n I I I su m e j o r m é d i c o p a r a c u r a r l e . Casi t o d o s
los días le l l a m a b a n d e palacio. A c u d í a é l c o n p u n t u a l i d a d , y o r a ha-
c i e n d o p l á t i c a s e n c o m ú n , o r a c o n v e r s a n d o p r i v a d a m e n t e c o n cada
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 5 4 3 . — ( 2 ) Ibid., p . 5 4 2 . — ( 3 ) Ibid., p. 544.
CAÍ". XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 633
c u a l , p r o c u r a b a e x h o r t a r l o s á t o d o s á santificarse m á s y m á s e n su
estado.
Hasta los j u e g o s d e la c o r t e p r o c u r ó e s p i r i t u a l i z a r l o s el santo va-
r ó n . P u e s c o m o vio q u e h a b í a d e m a s i a d a afición á los n a i p e s e n pa-
lacio, f o r m ó él u n j u e g o de c u a r e n t a y o c h o t a r j e t a s , q u e e n la f o r m a
y t a m a ñ o se p a r e c í a n á los n a i p e s . E n cada tarjeta estaba escrito el
n o m b r e de u n a v i r t u d ó d e u n v i c i o , con u n a m á x i m a piadosa e n
e l o g i o de la p r i m e r a ó e n d e t e s t a c i ó n del s e g u n d o . R e p a r t í a n s e estas
c a r t a s c o m o los n a i p e s , y cada u n o d e los j u g a d o r e s d e b í a h a c e r al-
g u n a o r a c i ó n ó m o r t i f i c a c i ó n , p i d i e n d o á Dios la fuga del v i c i o ó la
a d q u i s i c i ó n d e la v i r t u d q u e le tocaba. ¡Dichoso el palacio d o n d e se
p o d í a e n t a b l a r este j u e g o ! ¡Dichosos los p r í n c i p e s q u e se d i v e r t í a n
con este g é n e r o d e n a i p e s ! (1).
C o m o los r e y e s le p r o d i g a b a n tan e x t r e m a d a s m u e s t r a s de r e s p e t o
y a m o r , i n ú t i l es d e c i r si los c o r t e s a n o s se afanaban t a m b i é n p o r
h o n r a r al P . F r a n c i s c o . T o d o s q u e r í a n v e r l e y t e n e r u n r a t o d e con-
v e r s a c i ó n con é l , t o d o s e s c u c h a b a n con v e n e r a c i ó n sus p a l a b r a s , y
t o d o s se r e t i r a b a n a g r a d a b l e m e n t e s o r p r e n d i d o s al v e r t a n b i e n
h e r m a n a d o s e n a q u e l h o m b r e s u p e r i o r los m o d a l e s de m a g n a t e c o n
la p o b r e z a y h u m i l d a d d e r e l i g i o s o . T a n e x t r a o r d i n a r i o s e r a n l o s
h o n o r e s q u e r e c i b í a el s a n t o , q u e , c o m o o b s e r v a b a j u i c i o s a m e n t e
el P . B u s t a m e n t e , n u n c a se h u b i e r a n h e c h o con el r i c o d u q u e de
Gandía las d e m o s t r a c i o n e s q u e se h a c í a n con el p o b r e y h u m i l d e
P . F r a n c i s c o (2). R e c o n o c i e n d o él m i s m o los r i e s g o s q u e p o d í a ha-
b e r e n tantas h o n r a s , escribía estas p a l a b r a s á San I g n a c i o : «V. P . se
a c u e r d e de este su hijo i n ú t i l , p a r a q u e n o se le p e g u e n los p o l v o s
de E g i p t o » (3). Y n o se le p e g a r o n p o r c i e r t o . Si e r a g r a n d e la edi-
ficación q u e e n t o d o r e c i b í a n de F r a n c i s c o n u e s t r o s P a d r e s y H e r -
m a n o s , n i n g u n a v i r t u d les a d m i r a b a t a n t o e n él c o m o la p r o f u n d a
h u m i l d a d q u e c o n s e r v a b a e n m e d i o de t a n t a s h o n r a s . A q u e l h o m b r e
á q u i e n el r e y h a b l a b a con el b o n e t e en la m a n o , se q u i t a b a r e s p e -
t u o s a m e n t e el b o n e t e p a r a h a b l a r e n casa al H e r m a n o c o c i n e r o (4).
8. Á los p o c o s días de e s t a r e n L i s b o a San F r a n c i s c o d e B o r j a , v o l -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. m , p p . 5 0 2 y 5 4 7 . D i c e el P . B u s t a m a n t e q u e e s t e j u e g o
lo h a b í a e n s a y a d o p o r p r i m e r a v e z en T o r o , e n c a s a d é l a p r i n c e s a D . J u a n a .
1
( 2 ) Ibid., p . 5 4 4 .
( 3 ) Epist. S. Fvanc. Borgiae. L i s b o a , 20 de Setiembre d e 1553.
( 4 ) Epistolae mixtae, t. n i , p . 5 4 5 . A d e m á s d e las c a r t a s d e l P . B u s t a m a n t e , '
v é a s e la q u e e s c r i b i ó á S a n I g n a c i o el P . M i r ó n el 10 d e O c t u b r e d e 1 5 5 3 . (Litterae
quadrimestres, t. n , p . 4 4 3 . )
 634 LIB. 1 1 . — SAN IGNACIO DE LOYOLA
vio d e É v o r a e l P . N a d a l , d e s p u é s d e h a b e r p r o m u l g a d o las consti-
t u c i o n e s e n a q u e l c o l e g i o . R e u n i d o s e n la c o r t e t r e s h o m b r e s tan
e m i n e n t e s c o m o T o r r e s , N a d a l y B o r j a , c o m p l e t a r o n sin dificultad
lo q u e faltaba p a r a el a r r e g l o d e la p r o v i n c i a . P r o c u r a r o n c o m p l e t a r
la d o t a c i ó n d e l c o l e g i o de L i s b o a , q u e se h a l l a b a algo n e c e s i t a d o .
P a r a esto n e g o c i a r o n c o n la c i u d a d p o r m e d i o d e D. P e d r o Masca-
r e ñ a s , e x p u s i e r o n la p e n u r i a del c o l e g i o á J u a n III, y e n t r e el r e y
y la c i u d a d se c o m p r o m e t i e r o n g e n e r o s a m e n t e á s u m i n i s t r a r lo q u e
faltaba á los N u e s t r o s (1).
O t r a d e las cosas i m p o r t a n t e s q u e e n t o n c e s se r e a l i z a r o n , fué la
i n s t i t u c i ó n d e la casa p r o f e s a , q u e se a b r i ó con la a d v o c a c i ó n d e San
R o q u e . E r a la p r i m e r a q u e se fundaba en la C o m p a ñ í a d e s p u é s d e
la de R o m a . P a r a e s t a b l e c e r l a p i d i e r o n los N u e s t r o s u n a iglesia de-
dicada á San R o q u e y u n a casa a d j u n t a d o n d e p u d i e s e v i v i r la co-
m u n i d a d . H u b o sus dificultades en el n e g o c i o . La iglesia y la casa
p e r t e n e c í a n á c i e r t a cofradía d e a r t e s a n o s , y é s t o s , a u n q u e se les
h i z o la p e t i c i ó n e n n o m b r e del r e y , la r e c h a z a r o n al p r i n c i p i o . Con
t o d o e s o , h a b l a n d o D. P e d r o Mascareñas en p a r t i c u l a r con cada u n o
de los c o f r a d e s , los fué a b l a n d a n d o p o c o á poco, y p o r fin los r e d u j o
á c e d e r la iglesia y casa con b u e n a s c o n d i c i o n e s .
O b t e n i d a esta g r a c i a , d i s p ú s o s e u n a d e v o t a s o l e m n i d a d p a r a t o m a r
p o s e s i ó n de la iglesia. Con esta ocasión c r e y ó c o n v e n i e n t e el P . Na-
dal d a r n o t i c i a á los s e g l a r e s de la i n t e r n a c o n s t i t u c i ó n d e la Com-
p a ñ í a , y p a r a esto o r d e n ó q u e en la misa s o l e m n e q u e se debía cele-
b r a r el p r i m e r d o m i n g o do O c t u b r e , v a r i o s d e n u e s t r o s r e l i g i o s o s
h i c i e s e n los d i v e r s o s v o t o s d e la C o m p a ñ í a . T r e s P a d r e s d e b í a n ha-
c e r la p r o f e s i ó n s o l e m n e , o t r o s dos los v o t o s d e c o a d j u t o r e s e s p i r i -
t u a l e s , d o s H e r m a n o s c o a d j u t o r e s la i n c o r p o r a c i ó n d e c o a d j u t o r e s
t e m p o r a l e s , y , finalmente, dos n o v i c i o s los v o t o s del b i e n i o . A d e m á s ,
á dos p o s t u l a n t e s q u e a q u e l día t o m a b a n la s o t a n a , se les m a n d ó es-
t a r e n m e d i o , d e t r á s d e los q u e h a c í a n los v o t o s . La f u n c i ó n e s t u v o
c o n c u r r i d í s i m a . P r e s e n c i á b a n l a el r e y , la r e i n a , el a r z o b i s p o d e Lis-
b o a y los p r i n c i p a l e s s e ñ o r e s d e la c o r t e . Al p r i n c i p i o p r e d i c ó u n
s e r m ó n f e r v o r o s í s i m o San F r a n c i s c o d e Borja, d e s p u é s salió el
P . Nadal á d e c i r m i s a , y c u a n d o llegó el m o m e n t o d e p r o n u n -
ciarse los v o t o s , el s a n t o se l l e g ó al e s t r a d o r e a l , y a r r o d i l l a d o j u n t o
á los r e y e s , les iba d e c l a r a n d o e n voz baja el s e n t i d o de la f ó r m u l a
q u e p r o n u n c i a b a n los r e l i g i o s o s d e l a n t e del P . Nadal. « E j e c u t ó s e la
( 1 ) Epistolae P, Nadal, t. i , p . 1 9 7 .
CAÍ'. XX.—r;ADSA DEL P. SIMÓN. PROMULGACIÓN. DE LAS CONSTITUCIONES 635
f u n c i ó n , d i c e é s t e , c o n g r a n d e v o c i ó n y l á g r i m a s , n o sólo d e los
N u e s t r o s , mas a u n d e los c a b a l l e r o s q u e p r e s e n t e s e r a n » (1).
T e r m i n a d o este acto c o n s o l a d o r , d i s p u s i e r o n s a l i r d e la c o r t e
el P . Nadal p a r a C o i m b r a y San F r a n c i s c o p a r a C ó r d o b a . E l P . Mi-
g u e l d e T o r r e s q u e d ó en Lisboa c o m o s u p e r i o r del colegio d e San
A n t o n i o . E l día 5 de O c t u b r e despidióse Borja d e los r e y e s de P o r -
t u g a l y t o m ó el c a m i n o d e Andalucía (2). De paso h u b o d e h a c e r
b r e v e d e t e n c i ó n e n É v o r a y e n Villaviciosa p a r a c u m p l i r con el car-
d e n a l infante D. E n r i q u e y con el d u q u e d e B r a g a n z a . E n a m b a s
p a r t e s fué objeto de las m i s m a s d i s t i n c i o n e s q u e se le h a b í a n t r i b u -
t a d o e n Lisboa. D o s m e s e s d u r ó a q u e l l a e x c u r s i ó n d e l santo e n el
v e c i n o r e i n o , y s i e m p r e t u v o todas las a p a r i e n c i a s de u n a m a r c h a
t r i u n f a l . La sotana d e la C o m p a ñ í a , paseada e n u n h o m b r e t a n n o b l e
c o m o v i r t u o s o , era v e n e r a d a p o r todas las clases d e la sociedad, d e s d e
los m o n a r c a s q u e e s c u c h a b a n con r e s p e t o los consejos de F r a n c i s c o ,
h a s t a los p o b r e s á q u i e n e s él iba á s e r v i r e n los h o s p i t a l e s .
M i e n t r a s el santo se e n c a m i n a b a hacia C ó r d o b a , p r o m u l g a b a e l
P . Nadal las c o n s t i t u c i o n e s e n C o i m b r a . C o m o este c o l e g i o e r a t a n
p r i n c i p a l , p r o c u r ó el P . C o m i s a r i o , n o s o l a m e n t e q u e se e n t e n d i e s e n
las c o n s t i t u c i o n e s , sino q u e se ensayase en s u p r e s e n c i a la p r á c t i c a
d e ellas. Q u e d ó m u y c o n t e n t o del e s p í r i t u q u e a n i m a b a á n u e s t r o s
H e r m a n o s e s t u d i a n t e s , los cuales se m o s t r a b a n t a n t o más firmes en
su v o c a c i ó n y t a n t o m á s afectos á la C o m p a ñ í a , c u a n t o e r a n m á s g r a -
ves los p e l i g r o s q u e h a b í a n p a s a d o . E l 23 de N o v i e m b r e v o l v i ó á
Lisboa, d o n d e q u e d ó a d m i r a d o d e l b u e n o r d e n y c o n c i e r t o con q u e
el P . T o r r e s g o b e r n a b a su colegio (3). Los e s t u d i o s se t o m a b a n con
a p l i c a c i ó n , los s e r m o n e s e r a n m á s c o n c u r r i d o s , y se n o t a b a a u m e n t o
n o t a b l e en la f r e c u e n c i a de s a c r a m e n t o s .
No e n t r a r e m o s en o t r o s p o r m e n o r e s acerca d e lo q u e hizo el P . Na-
dal en el m e d i o año q u e e m p l e ó p r ó x i m a m e n t e p a r a p r o m u l g a r las
c o n s t i t u c i o n e s en P o r t u g a l , p u e s p e r t e n e c e n á la h i s t o r i a p u r a m e n t e
privada de aquella provincia, que nosotros no debemos escribir.
I n d i c a r e m o s s o l a m e n t e las d i l i g e n c i a s q u e h i z o p a r a e x t i n g u i r los
ú l t i m o s r e s t o s d e las t u r b a c i o n e s pasadas. T u v o ocasión d e t r a t a r
con m u c h o s d e los salidos de la C o m p a ñ í a . A t o d o s h a b l ó con d u l z u r a
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 1 9 9 .
( 2 ) Epistolae mixtae, t. m , p . 5 4 9 .
( 3 ) V é a s e a d e m á s la c a r t a d e N a d a l y a c i t a d a , P o l a n c o , Historia S. J., t. n i .
p . 4 3 6 , ó , p o r m e j o r d e c i r , l é a s e t o d o lo q u e d i c e d e P o r t u g a l en las p p . 3 9 0 - 4 4 1 .
 630 GAP. XX.—CAUSA DEL P. SIMÓN.—PROMULGACIÓN DE LAS CONSTITUCIONES 637
LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

y suavidad, procurando demostrarles la rectitud y justicia de lo he- m a y o r gloria de Dios en la observancia de nuestro instituto. D e b i ó s e
cho por el P. Torres. Como prueba de la sinceridad y verdad con tan feliz resultado, después de D i o s , á la prudente dirección de San
que se había p r o c e d i d o , ofreció á varios de los más principales que, I g n a c i o , á la oportuna energía del P . Torres y á la acción de otros
si querían v o l v e r á la Compañía y ajustarse á nuestro instituto, él Padres españoles, secundados m u y b i e n por algunos portugueses,
l o s enviaría á R o m a , y allí serían recibidos. Rehusaron e l l o s este principalmente por el insigne P. L u i s González de Cámara
ofrecimiento, y con esto se patentizó, que no les movía el verdadero
espíritu de la Compañía, p u e s facilitándoseles la entrada, rehusaban
v o l v e r á su seno. Lejos de acceder á las proposiciones del P. Nadal,
concibieron un proyecto que en otras circunstancias hubiera podido
ser peligroso. Idearon fundar Compañía de Jesús aparte, y corrió la
voz de que iba á Roma el principal de e l l o s , que era Antonio Bran-
d ó n , para asentar este n e g o c i o con el papa. P o r lo que pudiera su-
ceder, avisó el P . Nadal á San Ignacio de este proyecto (1). No sabe-
m o s que pasara adelante idea tan descabellada, ni q u e se dieran
pasos en Roma para sostenerla. Destituidos del favor real y despro-
vistos del verdadero espíritu r e l i g i o s o , era imposible que aquellos
h o m b r e s salidos de la Compañía se entendiesen para una obra tan
importante.
P o r Diciembre del año 1553 retiróse de Portugal el P. Comisario,
dejando perfectamente sosegada la provincia bajo el g o b i e r n o del
P . Mirón. Para suplir las deficiencias de su talento, tan t e m i b l e s
c o m o lo mostraba la experiencia de lo pasado, el P. Comisario n o m -
bró p o r colateral s u y o al P . Torres. Así t e r m i n ó aquella crisis terri-
b l e , cual n o sabemos si ha pasado jamás por ninguna otra provincia
de la Compañía. Después de año y m e d i o de grandes fatigas, queda-
ban en Portugal confirmados los Nuestros en su santa v o c a c i ó n , pro-
mulgadas las constituciones, ajustados á ellas nuestros trabajos y
m i n i s t e r i o s , acreditado el n o m b r e de la Compañía con las eminen-
tes virtudes de San Francisco de Borja, y animados todos á buscar la

( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. i , p . 2 0 7 . E n e s t a m i s m a c a r t a e n c o n t r a r á el l e c t o r
c u r i o s a s n o t i c i a s s o b r e u n p e r s o n a j e a l g o c o m p l i c a d o en e s t o s n e g o c i o s d e P o r t u g a l ,
y del cual n o h e m o s d i c h o n a d a , de propósito, p o r q u e no era a b s o l u t a m e n t e necesa-
r i o . A l u d i m o s al c u ñ a d o d e J u a n I I I , D . T e u t o n i o , r e l i g i o s o e n t o n c e s d e la C o m p a -
ñía y después arzobispo d e E v o r a , con quien se carteó algo Santa Teresa. H a b i e n d o
e n t r a d o e n l a C o m p a ñ í a p o c o a n t e s d e e s t a s t u r b a c i o n e s , v i n o á salir d e ella e n 1 5 5 4 ,
d e s p u é s d e d a r no p o c a s p e s a d u m b r e s á S a n I g n a c i o . S o l a m e n t e q u e r e m o s a d v e r t i r
a q u í , q u e q u i e n q u i e r a c o n o c e r e n la v i d a d e D . T e u t o n i o el e p i s o d i o d e s u p e r m a -
n e n c i a e n la C o m p a ñ í a , n o d e b e fiarse d e lo q u e d i c e n , h i s t o r i a s i m p r e s a s d e t i e m -
p o s m u y p o s t e r i o r e s . A c u d a á las c a r t a s d e S a n I g n a c i o y á las q u e v a n s a l i e n d o e n
Mnnumenta histórica 8. J.

CAPÍTULO XXI
M U E R T E DE SAN IGNACIO
SUMARIO: 1. A n c i a n o y e n f e r m o S a n I g n a c i o , n o m b r a v i c a r i o d e la C o m p a ñ í a al P . N a -
d a l . — 2 . R e l a c i ó n d e la m u e r t e del s a n t o , h e c h a p o r el P. P o l a n c o . — 3 . E s t a t u r a
y a s p e c t o e x t e r i o r d e I g n a c i o . — 4 . Su c a r á c t e r . El l e m a Ad majorem Dei gloriam.
5 . Su m o d o d e o b r a r g u i á n d o s e s i e m p r e p o r la r a z ó n . — tí. A m o r a f e c t u o s o
t e n í a á s u s h i j o s . — 7 . P r u d e n c i a en m a n i f e s t a r e s t e a m o r . — 8 . ¿ E r a s e v e r o S a n I g -
n a c i o ? ¿ P o r q u é se le h a j u z g a d o a s í ? — 9 . P e r s u a s i ó n g e n e r a l d e q u e D i o s r e v e -
l a b a á San I g n a c i o las c o s a s p r i n c i p a l e s del i n s t i t u t o . — 1 0 . S a g a c i d a d p r á c t i c a d e l
s a n t o . — 1 1 . F i r m e z a en l l e v a r h a s t a el c a b o l a s e m p r e s a s . — 1 2 . Estado en
d e j ó la C o m p a ñ í a al m o r i r .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS: 1 . Cartas de San Ignacio.—?. R i b a d e n e i r a , Vida de San Ig-
nacio.—3. í d e m , Diálogoss obre los salidos de la Compañía.—í. Epistolae mixtae.—5. C á m a r a ,
Memorial.—6. Monumento Xaveriana.— 7 . Epistolae P Lainez.—8. Epistolae P. Nadal.—
9 . L a í n e z , Carta al P. Polanco.—10. Polanco, Historia S. J.—11. Varia Historia.—12. Pro-
cesos para la beatificación de San Ignacio.
1. H e m o s d e s c r i t o , s e g ú n alcanzan n u e s t r a s d é b i l e s fuerzas, el p r i n -
cipio y p r o g r e s o de la C o m p a ñ í a d e J e s ú s e n España hasta e n t r a d o el
año 1556. H e m o s d e l i n e a d o t a m b i é n la a c c i ó n d e los j e s u í t a s e s p a ñ o -
les e n o t r o s países, a d o n d e se e x t e n d i ó la C o m p a ñ í a e n los p r i m e r o s
diez y seis años de su existencia. L l e g a d o s á este p u n t o , d e b e m o s t r a s -
l a d a r n o s p o r u n m o m e n t o á la capital d e l o r b e católico, p a r a p r e s e n -
ciar la m u e r t e de n u e s t r o s a n t í s i m o f u n d a d o r , I g n a c i o d e L o y o l a .
T i e m p o hacía q u e él y n u e s t r o s P a d r e s d e R o m a e s t a b a n v i e n d o v e -
n i r el suceso. La salud d e l s a n t o , s i e m p r e d é b i l y q u e b r a d i z a , se iba
e s t r o p e a n d o cada v e z m á s los ú l t i m o s años. Y c o m o c o n la e x t e n s i ó n
de la C o m p a ñ í a i b a n c r e c i e n d o los n e g o c i o s de ella, v i e n d o n u e s t r o
P a d r e q u e le faltaban fuerzas p a r a t a n t o peso, d e t e r m i n ó d e s c a r g a r s e
d e é l e n u n v i c a r i o q u e h i c i e r a sus v e c e s . Así, p u e s , p o r e l o t o ñ o de
1554 c u a n d o v o l v i ó de E s p a ñ a e l P . J e r ó n i m o Nadal, c o n s u l t a d o s t o -
dos los P a d r e s de R o m a , le e l i g i ó p o r su v i c a r i o , m a n d a n d o á t o d o s
q u e le o b e d e c i e s e n c o m o á sí m i s m o .
CAP. XXI —-MUERTE DE SAN IGNACIO 639
U n o s v e i n t e m e s e s d u r ó este estado do cosas, g o b e r n a n d o la C o m -
pañía e n p a r t e el P . Nadal, a u n q u e r e s i d i ó m u y p o c o e n R o m a . Efec-
t i v a m e n t e , á p o c o de n o m b r a r l e v i c a r i o , le e n v i ó I g n a c i o á A l e m a n i a
p a r a p r o m u l g a r las c o n s t i t u c i o n e s y a s e n t a r las casas y c o l e g i o s q u e
allí se e s t a b a n f u n d a n d o . Esta e x c u r s i ó n d u r ó h a s t a la s e g u n d a m i t a d
d e l año 1555. A p e n a s v u e l t o á R o m a el P . Nadal, sintió I g n a c i o abso-
luta n e c e s i d a d de e n v i a r l e o t r a vez á E s p a ñ a . E l m o t i v o p r i n c i p a l d e
esta s e g u n d a venida, fué, s e g ú n p a r e c e , el b u s c a r s u b s i d i o s p a r a fun-
d a r s ó l i d a m e n t e el c o l e g i o r o m a n o , q u e a p e n a s se p o d í a s o s t e n e r p o r
falta de r e n t a c o n v e n i e n t e . B u e n o es r e c o r d a r q u e E s p a ñ a e n el si-
glo x v i n o sólo p r o v e í a d e h o m b r e s doctos y santos á o t r a s n a c i o n e s
más n e c e s i t a d a s , sino q u e t a m b i é n s u s t e n t a b a con sus l i m o s n a s las
o b r a s piadosas de o t r o s países. E n este n e g o c i o estaba o c u p a d o Nadal
en España, c u a n d o o c u r r i ó en R o m a la m u e r t e d e n u e s t r o s a n t o pa-
que
t r i a r c a . La n a r r a c i ó n m á s s e g u r a q u e d e ella p o d e m o s p r e s e n t a r n o s
la da h e c h a el P . P o l a n c o e n la carta q u e e s c r i b i ó seis días d e s p u é s
al P . R i b a d e n e i r a , q u e e n t o n c e s estaba e n F l a n d e s . H e a q u í esta r e -
que
lación:
2. « P a x C h r i s t i . E s t a es p a r a h a c e r s a b e r á V. R. y á t o d o s n u e s t r o s
H e r m a n o s q u e á su o b e d i e n c i a e s t á n (1), c ó m o Dios n u e s t r o S e ñ o r h a
sido s e r v i d o d e sacar d e e n t r e n o s o t r o s y l l e v a r s e p a r a sí á n u e s t r o
b e n d i t o P a d r e M. I g n a c i o el v i e r n e s 31 de J u l i o , p o r la m a ñ a n a , v í s -
p e r a d e San P e d r o in vinculis, soltando las q u e le t e n í a n e n la c a r n e
m o r t a l ligado, y p o n i é n d o l e en la l i b e r t a d d e los e s c o g i d o s s u y o s :
o y e n d o finalmente los deseos d e este b i e n a v e n t u r a d o s i e r v o s u y o ,
q u e , a u n q u e con g r a n d e paciencia y fortaleza sufría su p e r e g r i n a c i ó n
y trabajos de ella, deseaba m u c h o s años h a m u y i n t e n s a m e n t e e n la
p a t r i a celestial v e r y glorificar á su C r i a d o r y S e ñ o r , cuya d i v i n a p r o -
v i d e n c i a n o s le h a dejado hasta a h o r a , p a r a q u e con su e j e m p l o , p r u -
dencia, a u t o r i d a d y o r a c i ó n , fuese a d e l a n t e esta o b r a de n u e s t r a m í -
n i m a Compañía, c o m o p o r él m i s m o h a b í a sido c o m e n z a d a , y a h o r a
q u e las r a í c e s de ella p a r e c e estaban m e d i a n a m e n t e fortificadas p a r a
c r e c e r y a u m e n t a r s e esta p l a n t a y el fruto de ella e n t a n t a s p a r t e s ,
h á n o s l e l l e v a d o al cielo p a r a q u e t a n t o m á s a b u n d a n t e lluvia d e s u
g r a c i a nos alcance, c u a n t o m á s u n i d o está con el a b i s m o d e ella y de
todo bien.
«En esta casa y colegios, a u n q u e n o p u e d e dejarse d e s e n t i r la a m o -
T) E n t o n c e s p r o m u l g a b a el P . R i b a d e n e i r a las c o n s t i t u c i o n e s en B é l g i c a , y era,
p o r c o n s i g u i e n t e , s u p e r i o r t r a n s i t o r i o d e les j e s u í t a s q u e allí h a b í a .
 «40 LIB. 11.—SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XXI.—MUEIITE DE SAN IGNACIO 611

r o s a p r e s e n c i a d e tal P a d r e d e q u e n o s h a l l a m o s p r i v a d o s , es el sen-
v e s . D í j o m e : «Yo h o l g a r í a m á s h o y q u e m a ñ a n a , ó c u a n t o m á s
t i m i e n t o s i n d o l o r , las l á g r i m a s c o n d e v o c i ó n , y ol h a l l a r l e m e n o s
» p r e s t o , h o l g a r í a m á s ; p e r o h a c e d c o m o os p a r e c i e r e , y o m e r e -
con a u m e n t o d e e s p e r a n z a y a l e g r í a e s p i r i t u a l . P a r é c e n o s d e p a r t e de
a m i t o l i b r e m e n t e á vos.» Yo, p a r a p o d e r d e c i r q u e , s e g ú n los m é d i -
el, q u e y a e r a t i e m p o q u e sus c o n t i n u o s t r a b a j o s llegasen al v e r d a -
cos, estaba d e p e l i g r o si ellos lo sintiesen, d e m a n d é al p r i n c i p a l dellos
d e r o r e p o s o ; sus e n f e r m e d a d e s á la v e r d a d e r a salud; sus l á g r i m a s y
a q u e l l a m i s m a t a r d e ( q u e era M. A l e j a n d r o ) , q u e m e dijese l i b r e -
c o n t i n u o p a d e c e r á la b i e n a v e n t u r a n z a y felicidad p e r p e t u a . De p a r t e
m e n t e , si estaba e n p e l i g r o n u e s t r o P a d r e , p o r q u e m e h a b í a d a d o t a l
nuestra no solamente no pensamos haberle perdido, pero ahora más
c o m i s i ó n p a r a el papa. Díjome: «Hoy n o os p u e d o d e c i r de su p e l i -
q u e n u n c a e s p e r a m o s s e r a y u d a d o s d e su a r d e n t í s i m a c a r i d a d , y q u e
»gro; m a ñ a n a os lo diré.» Con esto, y p o r q u e se había r e m i t i d o á m í
p o r i n t e r c e s i ó n suya, la d i v i n a m i s e r i c o r d i a h a y a d e a c r e c e n t a r el es-
e l P a d r e , p a r e c i ó m e ( p r o c e d i e n d o e n esto h u m a n a m e n t e ) , d e e s p e r a r
p í r i t u y n ú m e r o y fundaciones d e n u e s t r a C o m p a ñ í a p a r a el b i e n u n i -
al v i e r n e s s i g u i e n t e p o r o i r lo q u e d e c í a n los m é d i c o s . Y a q u e l l a
v e r s a l d e su Iglesia.
m i s m a n o c h e del j u e v e s n o s h a l l a m o s á u n a h o r a d e n o c h e e l d o c -
»Y p o r q u e q u e r r á V. R. e n t e n d e r a l g o d e lo p a r t i c u l a r en el t r á n -
t o r M a d r i d y y o á la cena d e n u e s t r o P a d r e , y c e n ó b i e n p a r a su
sito d e n u e s t r o P a d r e ( q u e es e n g l o r i a ) , sepa q u e fué con g r a n faci-
usanza, y p l a t i c ó con n o s o t r o s , en m a n e r a q u e y o fui á d o r m i r sin sos-
lidad y q u e n o d u r ó u n a h o r a d e s p u é s q u e c a í m o s e n la c u e n t a q u e
p e c h a n i n g u n a d e p e l i g r o d e esta su e n f e r m e d a d . La mañana, al salir
se n o s iba. T e n í a m o s e n casa m u c h o s e n f e r m o s , y e n t r e ellos el
el sol, h a l l a m o s al P a d r e in extremis;yasí, y o fui c o n p r i e s a á S a n P e -
P . M. Laínez y á D. J u a n d e Mendoza y a l g u n o s o t r o s , g r a v e s ; y n u e s -
d r o , y el p a p a , m o s t r a n d o d o l e r s e m u c h o , dio su b e n d i c i ó n y t o d o
t r o P a d r e tenía t a m b i é n a l g u n a indisposición, q u e c u a t r o ó c i n c o días
c u a n t o p o d í a dar, a m o r o s a m e n t e . Y así, a n t e s de dos h o r a s d e sol, es-
había t e n i d o u n p o c o d e fiebre, p e r o d u d á b a s e si y a la t e n í a ó n o ,
t a n d o p r e s e n t e s el P . D r . M a d r i d ' y el M. A n d r e a s d e F r u s i s , dio
a u n q u e se sentía m u y flaco c o m o o t r a s v e c e s ; y así, el m i é r c o l e s
el a l m a á su C r i a d o r y S e ñ o r sin dificultad n i n g u n a .
m e llamó y m e dijo q u e dijese al D r . [ B a l t a s a r d e ] T o r r e s q u e t u -
»Y h e m o s p o n d e r a d o la h u m i l d a d d e este s a n t o viejo, q u e t e n i e n d o
v i e s e t a m b i é n c a r g o d e él c o m o d e los o t r o s e n f e r m o s , p o r q u e n ó
c e r t i t u d d e su t r á n s i t o ( c o m o lo m o s t r ó el día antes, q u e n o m e -
se t e n i e n d o p o r n a d a su m a l , acudíase más á o t r o s e n f e r m o s q u e á
a c u e r d o h a b e r l e visto a f i r m a r cosa futura con d e m o s t r a c i ó n d e cer-
é l : y así lo h i z o . Y o t r o g r a n d e m é d i c o a m i g o n u e s t r o (que se lla-
t i n i d a d , s i n o ésta y la d e la p r o v i s i ó n d e R o m a , q u e n o s p r o m e t i ó u n
m a b a M. A l e j a n d r o ) , t a m b i é n le visitaba cada día. E l j u e v e s s i g u i e n t e
año antes, c o m o d e s p u é s al t i e m p o m i s m o h a v e n i d o ) , t e n i e n d o ,
m e h a c e l l a m a r á las v e i n t e h o r a s [á las c u a t r o d e la t a r d e ] , y ha-
digo, esta c e r t i t u d de su t r á n s i t o , n o q u i s o l l a m a r n o s p a r a d a r n o s su
c i e n d o s a l i r d e la c á m a r a al e n f e r m e r o , m e dice q u e s e r í a b i e n , q u e
b e n d i c i ó n , n i n o m b r a r s u c e s o r , n i a u n v i c a r i o , en t a n t o q u e se h a r á
y o fuese á S a n P e d r o y p r o c u r a s e h a c e r s a b e r á Su S a n t i d a d , c ó m o
la elección, n i c e r r a r las c o n s t i t u c i o n e s , n i h a c e r o t r a d e m o s t r a c i ó n
é l e s t a b a m u y a l c a b o y s i n e s p e r a n z a ó casi s i n e s p e r a n z a d e vida
a l g u n a , q u e e n tal paso s u e l e n a l g u n o s s i e r v o s d e D i o s . S i n o q u e
t e m p o r a l , y q u e h u m i l d e m e n t e suplicaba á S u S a n t i d a d le d i e s e su
c o m o él sentía tan b a j a m e n t e de sí, y n o q u e r í a q u e e n o t r o q u e e n
b e n d i c i ó n á él y al M. Laínez, q u e t a m b i é n estaba e n p e l i g r o . Y q u e
Dios n u e s t r o S e ñ o r e s t r i b a s e la confianza d e la Compañía, pasó al
si Dios n u e s t r o S e ñ o r les h i c i e s e g r a c i a d e l l e v a r l e s al cielo, q u e allí
m o d o c o m ú n d e este m u n d o , y p o r v e n t u r a d e b i ó él a l c a n z a r esta
r o g a r í a n p o r Su S a n t i d a d c o m o lo hacían e n la t i e r r a cada día.
g r a c i a d e Dios, c u y a g l o r i a sólo deseaba, q u e n o h u b i e s e o t r a s seña-
»Yo r e p l i q u é : « P a d r e , los m é d i c o s n o e n t i e n d e n q u e h a y a p e l i g r o
les e n su m u e r t e , c o m o en la v i d a t a m b i é n fué a m i g o d e e s c o n d e r
»en 'esta e n f e r m e d a d d e V. R., y y o p a r a m í e s p e r o q u e D i o s n o s h a d e
los d o n e s d e Dios» (1). H a s t a a q u í la n a r r a c i ó n de P o l a n c o .
« c o n s e r v a r á V. R. a l g u n o s años p a r a su s e r v i c i o . ¿ T a n t o m a l se s i e n t e
3. Al l l e g a r á este p u n t o , e s p e r a n n a t u r a l m e n t e n u e s t r o s l e c t o r e s
»V. R. c o m o esto?» D í c e m e : «Yo e s t o y q u e n o m e falta s i n o e x p i r a r » ,
que les presentemos algún retrato ó descripción de San Ignacio. Ha-
ó u n a cosa d e este s e n t i d o . T o d a v í a y o m o s t r a b a t e n e r e s p e r a n z a d e
b r e m o s d e c o n d e s c e n d e r c o n este d e s e o , a u n q u e c o n f e s a n d o p r i m e r o ,
s u m á s l a r g a v i d a ( c o m o la tenía), p e r o [ r e s p o n d í ] q u e h a r í a el oficio
y d e m a n d é si b a s t a r í a i r e l v i e r n e s s i g u i e n t e , p o r q u e escribía a q u e l l a
(1) Carias de San Ignacio, t. v i , p . 3 6 0 . Allí p u e d e n v e r s e o t r a s c a r t a s e n q u e s e
t a r d e p a r a España, p o r vía d e G e n o v a , q u e se p a r t e e l c o r r e o e l j u e -
d a c u e n t a 4 d i v e r s a s p e r s o n a s d e la m u e r t e d e l s a n t o .
642 LIB. II. SAN IGNACIO DE LuYOLA
c o n toda s i n c e r i d a d , q u e desconfiamos de d e s c r i b i r b i e n u n h o m b r e
c u y a a d m i r a b l e g r a n d e z a n o s a n o n a d a . P o r lo q u e toca al e x t e r i o r
do San I g n a c i o , el P . R i b a d e n e i r a , q u e t a n t o le t r a t ó , nos lo d e s c r i b e
en esta forma: «Fué de e s t a t u r a m e d i a n a , ó p o r m e j o r d e c i r , algo p e -
q u e ñ o y bajo d e c u e r p o , h a b i e n d o sido s u s h e r m a n o s altos y m u y b í e n
d i s p u e s t o s : t e n í a el r o s t r o a u t o r i z a d o , la frente ancha y d e s a r r u g a d a ,
los ojos h u n d i d o s , e n c o g i d o s los p á r p a d o s y a r r u g a d o s , p o r las m u -
chas l á g r i m a s q u e c o n t i n u a m e n t e d e r r a m a b a , las orejas m e d i a n a s , la
n a r i z alta y c o m b a d a , el c o l o r v i v o y t e m p l a d o , y con la calva de
m u y v e n e r a b l e aspecto. E l s e m b l a n t e d e l r o s t r o e r a a l e g r e m e n t e
g r a v e , y g r a v e m e n t e a l e g r e , de m a n e r a q u e con su s e r e n i d a d ale-
g r a b a á los q u e le m i r a b a n , y con su g r a v e d a d los c o m p o n í a » (1).
4. P e r o d e j e m o s el c u e r p o y p e n e t r e m o s e n el a l m a do San I g n a c i o .
P a r a e n t e n d e r el c a r á c t e r de n u e s t r o P a d r e , d e b e m o s p o n e r l o s ojos
en a q u e l g l o r i o s o l e m a Ad majorem Dei (¡lorian/. E s t e p e n s a m i e n t o
s u b l i m e , el más s u b l i m e q u e cabe en el cielo y e n la t i e r r a , da u n i d a d
i n t e r n a y m a r a v i l l o s a á todas las acciones tan v a r i a d a s y á p r i m e r a
vista opuestas q u e r e s p l a n d e c e n e n la vida de I g n a c i o . T o d o c u a n t o
hizo, lo hizo p o r la m a y o r g l o r i a do Dios. Lo alto y lo bajo, lo g r a n d e
y lo p e q u e ñ o , lo p r o p i o y lo e x t r a ñ o , lo e s p i r i t u a l y lo t e m p o r a l ,
t o d o lo e n d e r e z a b a I g n a c i o á la m a y o r g l o r i a divina. J a m á s so vio
h o m b r o en el m u n d o tan lleno de u n a idea, y j a m á s una idea g r a n d e
e n c a r n a d a en u n g r a n d e h o m b r e , p r o d u j o r e s u l t a d o s tan e s t u p e n d o s .
C u a n d o esta idea exigía de I g n a c i o el r e t i r o , la o r a c i ó n y p e n i t e n c i a ,
n u e s t r o P a d r e fué c o n t e m p l a t i v o , a u s t e r o y p e n i t e n t e hasta u n ex-
tremo increíble.
E n Manresa e m p l e a b a siete h o r a s diarias en la o r a c i ó n . Al p r i n c i -
p i o , c o m o r u d o en las m a t e r i a s de e s p í r i t u , dedicábase e s p e c i a l m e n t e
á las o r a c i o n e s vocales; d e s p u é s , a p l i c a n d o sus p o t e n c i a s á la m e d i -
t a c i ó n do los sagrados m i s t e r i o s , p r o c u r a b a con sencillas c o n s i d e r a -
c i o n e s a h o n d a r en el p r o p i o c o n o c i m i e n t o , y m o v e r s e á perfecta
c o n t r i c i ó n y á deseos f e r v o r o s o s de s e r v i r á Dios. I l u s t r a d o p o r fin
con las i n t e r n a s visitaciones del E s p í r i t u Santo, p e n e t r ó más a d e n t r o
e n la c o m u n i c a c i ó n c o n la D i v i n a Majestad, y t u v o las formas d e ora-
ción más e x t r a o r d i n a r i a s q u e s u e l e Dios c o n c e d e r á sus s i e r v o s . Es-
c r i b i e n d o el P . Laínez el año 1547 s o b r e v a r i a s v i r t u d e s de I g n a c i o ,
dice estas p a l a b r a s a c e r c a d e su o r a c i ó n «Cosas d i v e r s a s m e h a con-
t a d o [el P . I g n a c i o ] de las visitaciones q u e ha t e n i d o s o b r e los mis-
id) Vida de San Ignacio, 1. ív, c. 18.
CAP. XXI.—MUERTE DE SAN IGNACIO 643
t o r i o s d e la fe, c o m o s o b r e la E u c a r i s t í a , y p o r u n espacio d e t i e m p o
s o b r e la p e r s o n a d e l P a d r e , y o t r o s o b r e la p e r s o n a d e l V e r b o , y úl-
t i m a m e n t e s o b r e la p e r s o n a d e l E s p í r i t u S a n t o , y m e a c u e r d o q u e
decía q u e en las cosas de Dios n u e s t r o S e ñ o r , más se h a b í a passive
q u e active, c o m o S a n Dionisio d i c e d e H i e r o t e o , y o t r o s p o n e n e n e l
s u p r e m o g r a d o de la perfección» (1).
Á esta o r a c i ó n tan l e v a n t a d a a c o m p a ñ a b a u n a p e n i t e n c i a asom-
b r o s a . E n M a n r e s a se disciplinaba t r e s v e c e s al día; e n e l viaje de J e -
r u s a l é n a n d a b a descalzo d e p i e y p i e r n a , y c u a n d o á la v u e l t a atra-
vesó la L o m b a r d í a , e n el r i g o r del i n v i e r n o , l l e v a b a u n o s m a l o s za-
patos, p e r o n o g a s t a b a inedias. C u a n d o d e s p u é s , e n B a r c e l o n a , fué
a p a l e a d o hasta q u e d a r c o m o m u e r t o , los a m i g o s q u e le r e c o g i e r o n ,
al acostarle e n la cama p a r a c u r a r l e , v i e r o n q u e su v e s t i d o i n t e r i o r
era u n a s p e r í s i m o saco (2). E n 1535, c u a n d o fué d e P a r í s á Azpeitia
p a r a c u r a r s e de sus a c h a q u e s , m a n d ó u n día á c i e r t a s o b r i n i t a s u y a
q u e le trajese v i n o c a l i e n t e , y q u e c o n é l le mojase las espaldas. E s t a
s o b r i n i t a , m u c h o s años d e s p u é s , en los p r o c e s o s q u e se f o r m a r o n
p a r a la beatificación do I g n a c i o , d e p u s o con j u r a m e n t o , q u e t e n í a el
s a n t o las espaldas e n c a n c e r a d a s y m e d i o p o d r i d a s p o r las discipli-
nas (3). E r a e n t o n c e s n e c e s a r i a tan larga oración, e r a n n e c e s a r i o s es-
t o s r i g o r e s p a r a d o m i n a r las pasiones v i o l e n t a s de la j u v e n t u d , y p o r
eso San I g n a c i o o r ó sin descanso y castigó su c u e r p o sin c o m p a s i ó n .
Más a d e l a n t e le fué n e c e s a r i o e s t u d i a r , y p o r la m i s m a r a z ó n de la
m a y o r g l o r i a de Dios, p a r a t e n e r fuerzas y t i e m p o , a b r e v i ó la o r a -
c i ó n y m o d e r ó su p e n i t e n c i a . Esta r e g l a q u e g u a r d ó c o n s i g o la i m -
puso d e s p u é s á toda la Compañía, cuyas o r a c i o n e s , p e n i t e n c i a s , estu-
dios, e m p l e o s , ejercicios y trabajos, los o r d e n ó t o d o s d e s u e r t e q u e
s i e m p r e se e n d e r e z a s e n á la m a y o r g l o r i a de Dios.
5. P a r a realizar en sí y en sus hijos tan alto p e n s a m i e n t o , d o t ó l e
e l S e ñ o r d e u n a cualidad q u e p a r e c e s e r la m á s c a r a c t e r í s t i c a e n t r e
las p r e n d a s de San I g n a c i o . Esta fué su g r a n j u i c i o y p r u d e n c i a . Solía
d e c i r el santo, q u e el h o m b r e difiere de los o t r o s s e r e s p o r la razón,
y p o r c o n s i g u i e n t e , d e b e p r o c e d e r e n t o d o g u i a d o p o r la r a z ó n . E n -
t i é n d a s e p o r la r a z ó n i l u s t r a d a y g o b e r n a d a s e g ú n los p r i n c i p i o s d e
( 1 ) Carta al P. Polanco.
( 2 ) E s t o s h e c h o s c o n s t a n en la b i o g r a f í a del S a n t o p o r el P . C á m a r a .
( 3 ) A s í c o n s t a e n el p r o c e s o d e A z p e i t i a p a r a l a b e a t i f i c a c i ó n d e l S a n t o . El f r a g -
m e n t o r e l a t i v o á e s t e h e c h o lo ha p u b l i c a d o el P . R a f a e l P é r e z e n La santa casa de
Loyola, p . 2 0 . ,
644 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
la fe, p u e s e n t i e m p o d e San I g n a c i o n o se conocía, p o r la b o n d a d d e
Dios, esa razón i n d e p e n d i e n t e , q u e e n n u e s t r o s días e x t r a v í a á tan-
t o s s o b e r b i o s , y los c o n d u c e á m i l d e s a t i n o s . San I g n a c i o , c o m o t o -
dos los h o m b r e s d e s u t i e m p o , e r a h o m b r e d e fe, y s u p u e s t a s las v e r -
dades q u e la fe n o s e n s e ñ a , p r o c e d í a e n t o d o s e g ú n los d i c t á m e n e s
d e la r e c t a r a z ó n . E r a h o m b r e p r u d e n t í s i m o , n u n c a sus o b r a s p r o c e -
d i e r o n d e í m p e t u s d e l corazón, a u n q u e fueran piadosos; n a d i e b u s -
q u e e n s u v i d a c i e r t o s a r r a n q u e s súbitos, c i e r t o s a r r e b a t o s m í s t i c o s ,
q u e m u e v e n á los santos á g r a n d e s acciones. N u e s t r o flldre s i e m p r e
o b r a b a d e p e n s a d o . A n t e s d e d a r u n paso e n c u a l q u i e r a n e g o c i o , dice
el P . C á m a r a , se p o n í a e n e l t é r m i n o d e él, y p o n d e r a b a t o d o s los
m e d i o s q u e podía h a b e r p a r a l o g r a r suceso feliz (1). No s o l a m e n t e
e n las e m p r e s a s altas y e n los n e g o c i o s difíciles, sino e n la v i d a o r -
d i n a r i a y hasta e n las m e n u d e n c i a s d o m é s t i c a s , hasta e n e l t r a e r d e
la c a p a , c o m o decía el P . B r a n d ó n , p r o c e d í a I g n a c i o c o n g r a n d í s i m a
c o n s i d e r a c i ó n , y g u i a d o p o r la r a z ó n y la fe (2).
6. A q u í v e m o s la o b j e c i ó n q u e , m á s ó m e n o s á las claras, hacon al-
g u n o s a l c a r á c t e r d e San I g n a c i o . T i é n e n l e p o r h o m b r e d e g r a n ca-
beza, de talento original, de juicio profundo; pero desprovisto p o r
c o m p l e t o d e a q u e l l a s h e r m o s a s p r e n d a s d e c o r a z ó n q u e t a n t o ena-
m o r a n e n u n h o m b r e . San I g n a c i o , v i e n e n á d e c i r , e r a u n a m á q u i n a
q u e o b r a b a á c o m p á s , s e g ú n q u e s u cabeza m o v í a este ó e l o t r o r e -
s o r t e . E n u n a p a l a b r a , n o t e n í a c o r a z ó n , c o m o v u l g a r m e n t e se d i c e .
¡Qué m a l c o n o c e n á San I g n a c i o los q u e así c o n c i b e n su c a r á c t e r !
¡Que n o tenía c o r a z ó n q u i e n casi p e r d i ó los ojos d e t a n t o l l o r a r ;
q u i e n c o n s u s p o b r e s l i m o s n a s s o c o r r í a las n e c e s i d a d e s d e sus b u e -
nos hijos en París; q u i e n , doliente y achacoso, emprendía penosos
c a m i n o s p a r a a b r a z a r á u n hijo e n f e r m o y d e v o l v e r l e m i l a g r o s a -
m e n t e la salud; q u i e n , i m p o s i b i l i t a d o d e g o b e r n a r la C o m p a ñ í a en
su ú l t i m a a n c i a n i d a d , n u n c a quiso e n c o m e n d a r á o t r o e l c u i d a d o d e
sus q u e r i d o s e n f e r m o s ! ¡Que n o t e n í a c o r a z ó n q u i e n , a b r a z a n d o d e
( 1 ) C á m a r a , Memorial, 2 6 d e E n e r o d e 1 5 5 5 . ítem, 12 d e M a r z o .
( 2 ) E s c r i b i e n d o d e s d e R o m a á l o s P a d r e s d e C o i m b r a , e n F e b r e r o d e 1 5 5 1 , les d a
v a r i a s n o t i c i a s s o b r e la p e r s o n a d e S a n I g n a c i o , á q u i e n e n t o n c e s v e í a p o r p r i m e r a
v e z , y , e n t r e o t r a s c o s a s , d i c e lo s i g u i e n t e : « H e h o m e n [ I g n a c i o ] q u e e n t o d a s a s
disposissoens d e cousas g r a n d e s e p e q u e ñ a s t e e m g r a n d i s s i m a deliberacao e consi-
d e r a c a o ; e n estremo se r e g u l a pola rezao n a t u r a l , e t esta r e g u l a d a polo conhecy-
mento infuso e revelado ñ a s Sanctas Scripturas. E t esta maneira de proceder guarda
e t i a m en ho t r a t a m e n t o de t o d a s as cousas, a t e ho trazer n a capa, e n e n b u m a cousa
e x c e p t o . » Epistolae mixtae, t. n , p . 5 1 6 .
CAP. XXJ.—MUERTE DE SAN IGNACIO 645
u n a ojeada t o d o el u n i v e r s o , y c o n o c i e n d o las n e c e s i d a d e s d e t o d o
ol m u n d o , a s p i r a b a á r e m e d i a r l a s t o d a s , y p o r sí y p o r s u s hijos t r a -
taba d e r e g e n e r a r e n Cristo lo m i s m o al p e c a d o r y h e r e j e e u r o p e o
q u e al i d ó l a t r a d e s c o n o c i d o q u e a p a r e c í a e n los países n u e v a m e n t e
d e s c u b i e r t o s ! ¿Qué e n t i e n d e n p o r c o r a z ó n los q u e n o r e c o n o c e n e n
S a n I g n a c i o la m a y o r g r a n d e z a d e a l m a q u e se h a visto, j u n t o c o n la
dulzura más paternal que puede imaginarse?
L o q u e haj^a d e c a r a c t e r í s t i c o e n I g n a c i o e r a q u e los afectos deli-
cados d e s u c o r a z ó n n o se m a n i f e s t a b a n al e x t e r i o r , sino g o b e r n a d o s
p o r su g r a n j u i c i o . E s e r r o r d e a l g u n o s c r e e r , q u e sólo existe u n a
facultad, c u a n d o se halla e n d e s e q u i l i b r i o r e s p e c t o d e todas las d e -
m á s . P i e n s a n q u e sólo t i e n e n i m a g i n a c i ó n los q u e la t i e n e n exaltada
y f r e n é t i c a , q u e sólo t i e n e n corazón los q u e o b r a n p o r í m p e t u s y
afectos i n c o n s i d e r a d o s . E s t e dañoso d e s e q u i l i b r i o n o suele e x i s t i r
g e n e r a l m e n t e e n los santos, y n u n c a se manifestó e n el b i e n t e m -
plado c a r á c t e r de I g n a c i o . N u e s t r o P a d r e a m a b a a r d e n t í s i m a m e n t e
á s u s hijos, p e r o c o n juicio; se e n t e r n e c í a , p e r o c o n juicio; castigaba,
p e r o con juicio; se c o m p a d e c í a , e x h o r t a b a , c o n d e s c e n d í a c o m o n a d i e ,
p e r o s i e m p r e c o n j u i c i o . Su f e r v o r o s a o r a c i ó n , su á s p e r a p e n i t e n c i a ,
su c o n t i n u a mortificación i n t e r i o r , le h a b í a n dado s e ñ o r í o cabal s o b r e
t o d o su ser, y p a r e c e q u e n i n g u n a d e sus v i r t u d e s y p r e n d a s n a t u r a -
les se m o v í a lo m á s m í n i m o , sino c u a n d o y c o m o la r a z ó n v e í a
c o n v e n i r p a r a la m a y o r g l o r i a do Dios. «En I g n a c i o , solía d e c i r e l
P . A n d r é s F r u s i o , la g r a c i a p a r e c e c o n n a t u r a l . C r e y é r a s e q u e n o
t i e n e pasiones y afectos sino p a r a s e r v i r c o n ellos á la v i r t u d » (1).
E s u n e r r o r v u l g a r c r e e r q u e los santos m a t a n la fuerza d e su ca-
r á c t e r , y d e s t r u y e n las pasiones y afectos q u o b r o t a n n a t u r a l m e n t e
e n el c o r a z ó n . No los d e s t r u y e n , los sujetan; n o los m a t a n , l o s o r d e -
n a n . ¿Se le o c u r r e á n a d i e j a m á s d e c i r q u e u n g e n e r a l , m a n d a n d o
á los soldados o b s e r v a r e x a c t a m e n t e el o r d e n y la disciplina m i l i t a r ,
m a t a las fuerzas d e su ejército? Al c o n t r a r i o , e n esa disciplina con-
siste la fuerza d e las a r m a s . P u e s eso es el a l m a d e u n santo, e j é r c i t o
b i e n o r d e n a d o e n b a t a l l a , castrormn acies ordinata, c o m o dice la E s -
c r i t u r a , y e n eso r e s p l a n d e c i ó c o m o n a d i e n u e s t r o g l o r i o s o pa-
triarca.
E r a d e v e r la s o l i c i t u d c o n q u e c u i d a b a d e s u s hijos y las m e n u -
dencias á q u e d e s c e n d í a su c a r i d a d . E n t r a e n la C o m p a ñ í a e l P . Na-
dal a q u e j a d o d e m e l a n c o l í a s y v e n c i e n d o á ¡duras p e n a s sus r e p u g -
( 1 ) Varia Historia, t. I , f. 3 2 .

646 LIB. I I . SAN IGNACIO HE LOYOI.A
nancias. San I g n a c i o le c o n s u e l a , le h a c e c o m e r c o n s i g o en mesa
p a r t i c u l a r , va á v i s i t a r l e á su a p o s e n t o y le saca á p a s e a r p o r la ciu-
d a d d e R o m a (1). E n f e r m a el P . R i b a d e n e i r a y le d a n u n a sangría.
« P u s o el P a d r e q u i e n estuviese aquella n o c h e c o n m i g o , dice él
m i s m o , y n o c o n t e n t o con e s t o , e s t a n d o ya t o d o s d u r m i e n d o , a l a
m e d i a n o c h e , sólo el b u e n P a d r e n o d o r m í a . Dos ó t r e s v e c e s e n v i ó
q u i e n r e c o n o c i e s e el b r a z o y v i e s e si estaba b i e n a t a d o , p o r q u e n o
m e a c o n t e c i e s e p o r d e s c u i d o lo q u e á m u c h o s h a a c o n t e c i d o , q u e
s o l t á n d o s e l e s la v e n a p e r d i e r o n la vida (2). Un n o v i c i o flamenco es
t e n t a d o c o n t r a su v o c a c i ó n . Manda I g n a c i o q u e le h a b l e n v a r i o s P a -
d r e s , t o m a o t r o s m e d i o s p a r a r e t e n e r l e , y n o a p r o v e c h a n . Va él
m i s m o á v e r s e con el t e n t a d o ; e m p i e z a á h a b l a r l e con suavidad, y el
n o v i c i o n o se c o n m u e v e . E n t o n c e s I g n a c i o , q u e era más bajo de
c u e r p o q u e el flamenco, da u n saltito y se c u e l g a del cuello del n o -
v i c i o , r o g á n d o l e a m o r o s a m e n t e q u e n o se vaya (3). ¿ Q u i é n n o se ad-
m i r a de v e r c o n v e r t i d o en u n n i ñ o , p o r el a m o r , á u n h o m b r e tan
g r a v e c o m o San I g n a c i o ?
O t r a h e r m o s a manifestación de esta c a r i d a d era la estima q u e m o s -
t r a b a el santo do sus hijos, y el gozo q u e concebía p o r lo q u e t r a b a -
j a b a n en defensa d e la Iglesia. E n c a r g á b a l e s q u e le e s c r i b i e s e n á m e -
n u d o , r e f i r i é n d o l e lo q u e h a c í a n p o r la g l o r i a de Dios. Él m i s m o , á
los p r i n c i p i o s r e c o g í a y j u n t a b a cuidadosamente» las cartas, las g u a r -
d a b a c o m o u n a r e l i q u i a y las enseñaba á los c a r d e n a l e s y a m i g o s de
la C o m p a ñ í a , p a r a q u e v i e s e n las m a r a v i l l a s q u e hacían p o r todas
p a r t e s sus b u e n o s hijos. E l P . B o b a d i l l a , e n u n r a t o de m a l h u m o r ,
e s c r i b i ó al santo, q u e n o leía sus cartas « p o r q u e de lo superfluo de
v u e s t r a carta p r i n c i p a l se p u d i e r a n h a c e r dos cartas». Á esta i n c o n -
s i d e r a d a o b s e r v a c i ó n contesta I g n a c i o : «Á m í , p o r gracia de Dios
n u e s t r o S e ñ o r , m e s o b r a el t i e m p o y la gana p a r a l e e r y r e l e e r to-
das las v u e s t r a s » (4).
7. A u n q u e t a n v i v o e r a el a m o r con q u e a b r a z a b a á todos sus hijos,
sin e m b a r g o , sabía m o s t r a r l o m á s ó m e n o s , s e g ú n c o n v e n í a p a r a el
a p r o v e c h a m i e n t o e s p i r i t u a l de cada u n o . E n San I g n a c i o t o d o había
d e i r á la m a y o r g l o r i a d e D i o s ; p o r c o n s i g u i e n t e , manifestaba su
afecto e n la f o r m a q u o m á s c o n v e n í a , p a r a q u e creciese m á s en la
v i r t u d el i n t e r e s a d o . ¿ E r a h o m b r e d e v i r t u d débil, ó estaba tentado?
( 1 ) Epistolae P. Nadal, t. I, p . 2 3 . — ( 2 ) Vida de San Ignacio, I. v, c. v i n . —
( 3 ) C á m a r a , Memorial, 2 7 d e E n e r o d e 1 5 5 5 . — ( 4 ) Cartas de San Ignacio, t. i,
p. 372.
CAP. X X I . — MUERTE UE SAN IGNACIO 647
E l santo se desvivía p o r c o m p l a c e r l e . ¿ E r a h o m b r e de v i r t u d sólida
y r o b u s t a ? I g n a c i o n o le p e r d o n a b a n i n g u n a falta, y p o r c u a l q u i e r
d e s c u i d o le i m p o n í a s e v e r a s p e n i t e n c i a s . «Es u n a cosa e x t r a ñ a , dice
C á m a r a , la c i r c u n s p e c c i ó n que t i e n e en t r a t a r c u a l q u i e r a p e r s o n a q u e
.sea, si n o es u n Nadal y á u n P o l a n c o , q u e á éstos t r a t a sin n i n g ú n
r e s p e t o ; antes dnriter y con r i g u r o s o s capelos» (1). Lo m i s m o hacía
con el P . Laínez, á q u i e n e n v i ó , p o r faltas p e q u e ñ a s , la s e v e r a r e -
p r e n s i ó n q u e p u e d e leerse en el t o m o n i , p á g . 129, d e las Cartas de
San Ignacio. C o m o p r u e b a curiosa de esta c i r c u n s p e c c i ó n , p r e s e n t a el
P . L u i s González de C á m a r a el t r a t a m i e n t o q u e daba n u e s t r o santo
al P . O l a v e , y el a r t e con q u e le fué d e s m o n t a n d o los t í t u l o s , s e g ú n
le veía p r o g r e s a r en la v i r t u d . Al p r i n c i p i o le hablaba con s u m a
c o n s i d e r a c i ó n , d i c i é n d o l e : «Señor D r . Olave, v u e s t r a m e r c e d h a g a
esto.» P o c o d e s p u é s le a c o r t a b a el título y le d e c í a : « D o c t o r Olave,
v u e s t r a m e r c e d haga esto.» O t r o día le q u i t a b a el d o c t o r ; o t r o el
v u e s t r a m e r c e d . F i n a l m e n t e , c u a n d o le v i o b i e n fundado e n la v i r -
t u d , le decía á s e c a s : « O l a v e , h a c e d eso» (2).
8. E s t o nos c o n d u c e á c o n s i d e r a r o t r o defecto q u e a l g u n o s p r e -
t e n d e n e n c o n t r a r en el c a r á c t e r de San I g n a c i o . Aúneme t o d o s los
b i ó g r a f o s p o n d e r a n ciertos actos de c a r i d a d y m a n s e d u m b r e , sin
e m b a r g o , do tal m o d o p r e s e n t a n el c o n j u n t o de los h e c h o s , q u e e n
la m a y o r p a r t e d e los l e c t o r e s q u e d a la i m p r e s i ó n d e q u e San I g n a -
cio era e x c e s i v a m e n t e s e v e r o . O t r a es la o p i n i ó n eme f o r m a el l e c t o r
i m p a r c i a l c u a n d o l e e , n o ciertas biografías del s a n t o , sino las c a r t a s
y d o c u m e n t o s c o n t e m p o r á n e o s . « É l es, decía el P . L a í n e z , a l g ú n
t a n t o ' r i g u r o s o con q u i e n n o se q u i e r e a b n e g a r y ofrecer á N u e s t r o
S e ñ o r , ó con q u i e n t o r n a p a r a a t r á s ; con los o t r o s es m u y b e -
n i g n o » (3). E f e c t i v a m e n t e , si a l g ú n defecto se p u e d e sacar á la p r u -
d e n c i a divina de n u e s t r o P a d r e , es el h a b e r sido s o b r a d o i n d u l g e n t e .
No n e g a m o s q u e h a y a l g ú n f u n d a m e n t o en la c o n d u c t a d e l s a n t o
p a r a i m a g i n a r l e algo s e v e r o . A n t e todo, San I g n a c i o fué m u y m i r a d o
e n a d m i t i r sujetos p a r a la Compañía, y e s c r i b i ó s o b r e ello u n a p a r t e
m u y p r i n c i p a l de las c o n s t i t u c i o n e s , q u e l l a m ó Examen. A h o r a b i e n :
a t e n d i d a la facilidad e x t r a o r d i n a r i a q u e había en el siglo x v i de d a r
el h á b i t o r e l i g i o s o , debió p a r e c e r r i g o r e x t r e m a d o esta p r u d e n t e
r e s e r v a de n u e s t r o fundador. C u e n t a el P . R i b a d e n e i r a h a b e r oído
d e c i r á c i e r t o s u p e r i o r r e l i g i o s o italiano, q u e él h a b í a d a d o el h á b i t o
( 1 ) Memorial, 3 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 . - ( 2 ) Ibid. El mismo día — ( 3 ) Carta al
P. Polanco.
 648 UB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
á m á s d e c u a t r o c i e n t o s , y q u e d e t a n t o s , sólo h a b í a n p e r s e v e r a d o
n u e v e (1). E s t e b u e n r e l i g i o s o , t a n p r ó d i g o e n r e p a r t i r e l h á b i t o
d e su O r d e n , c l a r o está q u e m i r a r í a á San I g n a c i o c o m o excesiva-
mente severo.
O t r a r a z ó n h a p o d i d o c o n t r i b u i r á f o r m a r esta m i s m a i d e a , y e s
la facilidad e n d e s p e d i r d e la C o m p a ñ í a á los sujetos q u e n o se con-
formaban con nuestro instituto. Exige nuestra profesión mucha obe-
d i e n c i a , y p o r s e r esta v i r t u d el n e r v i o d e n u e s t r o m o d o de s e r , n o
p o d í a sufrir n u e s t r o s a n t o P a d r e á los d e s o b e d i e n t e s , y p o r m e d i o
d e los d o s años d e n o v i c i a d o , y d i l a t a n d o t a n t o t i e m p o la ¡srofesión,
q u i s o t e n e r a b i e r t o el c a m i n o p a r a l i m p i a r d e g e n t e i n ú t i l á la Com-
pañía. T a m b i é n esto s e c r e í a r i g o r , dados los usos establecidos en-
t o n c e s e n las Ó r d e n e s r e l i g i o s a s ; p e r o c o m p a r a d o c o n lo q u e des-
p u é s se h a h e c h o y se h a c e e n la C o m p a ñ í a , n o a p a r e c e excesivo.
Q u i e r e n a l g u n o s h a c e r n o s c r e e r , q u e San I g n a c i o e x p u l s a b a p o r cau-
sas l i g e r a s . E s t o os u n e r r o r . N u n c a f u e r o n l i g e r a s las causas d e ex-
p u l s i ó n , si se e x a m i n a n a t e n t a m e n t e los d o c u m e n t o s d e a q u e l t i e m p o .
Al c o n t r a r i o ; lo q u e a d m i r a es v e r la p a c i e n c i a c o n q u e a g u a n t a b a
S a n I g n a c i o las faltas d e sus hijos, y la s u a v i d a d y constancia con q u e
s i n cesar p r o c u r a b a r e m e d i a r l a s . Ni e n e l a d m i t i r n i e n e l d e s p e d i r
fué San I g n a c i o m á s r i g u r o s o d e lo q u e s u e l e n s e r g e n e r a l m e n t e los
s u p e r i o r e s d e la C o m p a ñ í a . P u d o t a m b i é n d a r o r i g e n á dicha o p i n i ó n
e l s e r I g n a c i o h o m b r e g r a v e y d e p o c a s p a l a b r a s . No t e n í a a q u e l l a
efusión q u e n o t a m o s e n S a n t a T e r e s a ; faltábale la i m a g i n a c i ó n p i n -
t o r e s c a d e u n S a n F r a n c i s c o d e S a l e s ; e s c r i b í a y h a b l a b a c o n difi-
c u l t a d , y e n v e z d e d i l a t a r s e e n v a r i a d o s d i s c u r s o s , t e n í a p o r cos-
t u m b r e i n c u l c a r u n a y m i l v e c e s las m i s m a s v e r d a d e s . E s t a p a r s i -
m o n i a de p a l a b r a s p u d o i n d u c i r á t e n e r l e p o r h o m b r e d u r o y aus-
t e r o . A d e j n á s , solía d a r d e v e z e n c u a n d o p e n i t e n c i a s g r a n d e s p o r
faltas l i g e r a s ; p e r o esto n o lo h a c í a c o n t o d o s , sino c o n los h o m b r e s
d e g r a n v i r t u d , p a r a a f i r m a r l o s y p e r f e c c i o n a r l o s m á s e n la v i d a
religiosa.
P r u e b a de la b e n i g n i d a d d e n u e s t r o s a n t o P a d r e , os e l afecto
t e r n í s i m o c o n q u e le a m a b a n s u s h i j o s , a l m i s m o t i e m p o q u e le
r e s p e t a b a n con la m á s p r o f u n d a v e n e r a c i ó n . C u a n d o l e e m o s las car-
t a s q u e le d i r i g i e r o n n u e s t r o s P a d r e s , y las q u e se e s c r i b í a n u n o s á
o t r o s , es cosa a d m i r a b l e v e r el r e s p e t o c o n q u e h a b l a n d e s u P a d r e
( 1 ) Diálogos sobre los salidos de la Compañía. D i á l o g o 1.° A l p r i n c i p i o .
CAP. XXI. MUERTE DE SAN IGNACIO 649
c o m ú n , el afán con q u e d e s e a n sus c a r t a s (1), y la t e r n u r a c o n q u e le
c o r r e s p o n d e n . Lo q u e p e n s a b a , decía y o r d e n a b a I g n a c i o , lo r e c i -
bían nuestros p r i m e r o s Padres, como niños que esperan inmóviles
y m u d o s la enseñanza y d i r e c c i ó n de s a p i e n t í s i m o m a e s t r o . D i r í a s e
q u e I g n a c i o ejercía u n a especie de fascinación s o b r e sus h i j o s , a u n -
q u e éstos fuesen tal vez h o m b r e s d e p r i m e r o r d e n p o r s u s v i r t u d e s
y talentos.
P a r a m u e s t r a c i t a r e m o s a l g u n a s frases de a q u e l l o s P a d r e s . H a b í a
e s c r i t o I g n a c i o á San F r a n c i s c o J a v i e r u n a carta, q u e c o n c l u í a con
estas p a l a b r a s : «Todo v u e s t r o , sin p o d e r m e j a m á s e n t i e m p o a l g u n o
o l v i d a r d e v o s , Ignacio.» R e c i b i ó esta c a r t a J a v i e r c u a n d o t o r n a b a
d e l J a p ó n , d o n d e había p a d e c i d o t a n t o s trabajos, y al l e e r esta frase,
s a l i e n d o d e sí p o r el a m o r , t o m a la p l u m a y e s c r i b e de esta s u e r t e :
«Á m i en Cristo santo P a d r e I g n a c i o [es la p r i m e r a vez q u e I g n a c i o
e m p i e z a á ser l l a m a d o santo P a d r e ] . Una carta d e v u e s t r a santa c a r i -
d a d r e c i b í e n Malaca a h o r a , c u a n d o v e n í a d e J a p ó n , y e n s a b e r
n u e v a s de tan deseada salud y v i d a , D i o s n u e s t r o S e ñ o r sabe c u a n
c o n s o l a d a fué m i á n i m a ; y e n t r e otras m u c h a s santas p a l a b r a s y
c o n s o l a c i o n e s de su carta, leí las ú l t i m a s , q u e d e c í a n : « T o d o v u e s t r o ,
»sin p o d e r m e o l v i d a r e n t i e m p o a l g u n o » ; las c u a l e s , así c o m o c o n
l á g r i m a s leí, con l á g r i m a s las e s c r i b o , a c o r d á n d o m e d e l t i e m p o
pasado y d e l m u c h o a m o r q u e s i e m p r e m e t u v o y t i e n e , y t a m b i é n
c o n s i d e r a n d o c ó m o d e los m u c h o s trabajos y p e l i g r o s d e J a p ó n m e
l i b r ó Dios n u e s t r o S e ñ o r p o r la i n t e r c e s i ó n de las santas o r a c i o n e s
de v u e s t r a c a r i d a d E s c r í b e m e v u e s t r a santa c a r i d a d c u á n t o s
deseos t i e n e d e m e v e r , a n t e s d e a c a b a r esta vida. Dios n u e s t r o
S e ñ o r sabe c u á n t a i m p r e s i ó n h i c i e r o n estas p a l a b r a s d e tan g r a n d e
a m o r en m i á n i m a , y c u á n t a s l á g r i m a s m e c u e s t a n las v e c e s q u e
dellas m e a c u e r d o ; y e n m e p a r e c e r q u e p u e d e ser, m e c o n s u e l o ,
p u e s á la santa o b e d i e n c i a n o h a y cosa i m p o s i b l e » (2).
E n c i e r t a o c a s i ó n , P o l a n c o e s c r i b i ó al P . Araoz i n s i n u á n d o l e q u e
h a b í a a l g u n a s quejas c o n t r a é l , p o r su p o c a o b e d i e n c i a , y sospechas
de q u e a n h e l a b a s u s t r a e r s e algo á la d i r e c c i ó n de San I g n a c i o . Á
esto r e s p o n d o A r a o z : «Mis e n t r a ñ a s , p o r la b o n d a d divina, s o n d e s e o -
sas d e a c e r t a r , d e u n i r m e i n s e p a r a b l e m e n t e , c o m o p i e n s o e s t a r l o
( 1 ) íCujus [ígnatii] litterae, si propter oceupationes alionando Nostris plus sólito
dilatae fuissent, quasi lacte consuetae consolationis privati conquerebantur, et casti-
•gationis loco id ferebant.r> P o l a n c o , Historia S. J., t. n , p . 3 3 .
( 2 ) Monumento Xaveriana, t. l, p . 6 6 8 .
¡650 Lili. I I . — S A N 1GNAOIO DB LOYOLA
CAr. XXI. MUERTE DE SAN IGNACIO 651

c u a n t o es lícito decir, y d e o b e d e c e r sin ojos y sin cabeza p r o p i a

fortaleza i n c o n t r a s t a b l e p a r a l l e v a r a d e l a n t e las m á s a r d u a s e m -
No t e n g o m á s q u e d e c i r , sino lo q u e h e d i c h o al P . M. N a d a l , ha-
presas.
b l a n d o d e n u e s t r o P a d r e : Scilicet, ctsi occiderit me, m ipso spcmbo..
C i e r t a m e n t e , la o r a c i ó n d e I g n a c i o e r a a l t í s i m a . Al p r i n c i p i o ,
[ A u n q u e m e m a t e , e s p e r a r é e n é l ] (1).
c o m o ya h e m o s d i c h o , c o n s a g r a b a siete h o r a s diarias á este santo
F u é c o n s u l t a d o e l P . L a í n e z s o b r e la c o n d u c t a q u e se d e b e r í a
e j e r c i c i o ; d e s p u é s le fué i m p o s i b l e d e d i c a r á él t a n t o t i e m p o , y a
o b s e r v a r con su h e r m a n o C r i s t ó b a l , q u e había sido r e c i b i d o en la
p o r el t r a b a j o de los e s t u d i o s , y a p o r el g o b i e r n o de la Compañía;
C o m p a ñ í a , y n o p r o c e d í a d e l t o d o b i e n . R e s p o n d e Laínez al P . P o -
p e r o s i e m p r e o r a b a c u a n t o p o d í a y con firme aplicación. «Solía
l a n c o : «Todo lo q u e su R e v e r e n c i a [San I g n a c i o ] h i c i e r e , t e n d r é
o r a r , dice R i b a d e n e i r a , t o m á n d o l o d e l P . C á m a r a , c o n t a n t o f e r v o r
p o r m á s a c e r t a d o ; y así, en sus r e s o l u c i o n e s y d e l i b e r a c i o n e s , q u e -
y v e h e m e n c i a , q u e de la m u c h a a t e n c i ó n y fuerza g r a n d e de e s p í r i t u
r r í a q u e hiciese c u e n t a q u e y o n o soy nacido» (2). Á los p r i n c i p i o s
q u e p o n í a , le acaeció caer e n f e r m o ; y el año 1550 l l e g ó á p u n t o de
d e la C o m p a ñ í a , c u a n d o t a n t o s c o l e g i o s se a b r í a n en E s p a ñ a , sen-
m u e r t e , p o r h a b e r c e l e b r a d o dos m i s a s , u n a t r a s o t r a , sin i n t e r m i -
tíase la falta de b u e n o s s u p e r i o r e s y m a e s t r o s . P a r a r e m e d i a r l a ,
sión, el día del n a c i m i e n t o de n u e s t r o R e d e n t o r . Y esta a t e n c i ó n de
escribía lo s i g u i e n t e el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a á San I g n a c i o : «Sería
á n i m o n o la t e n í a s o l a m e n t e e n la m i s a , sino t a m b i é n en las cosas
g r a n a y u d a p a r a estas p a r t e s , q u e de ésas v i n i e s e n a l g u n o s á r e g i r y
m í n i m a s q u e t o c a b a n al t r a t o con Dios. C u a n d o b e n d e c í a la mesa,
l e e r ; p o r q u e , a u n q u e n o fuesen tan c a b a l e s , v i n i e n d o con el calor
c u a n d o daba gracias, y en todas las otras o b r a s , se r e c o g í a y e n t r a b a
do V. P., s e r í a n m á s estimados» (3). E l año 1557 o b s e r v ó el P . M i g u e l
tan d e n t r o de sí, q u e p a r e c í a q u e v e í a p r e s e n t e la majestad d e
de T o r r e s q u e e n el c o l e g i o de Alcalá se había i n t r o d u c i d o u n a cos-
Dios» (1). E l efecto de u n a oración t a n a t e n t a y c o n t i n u a d a e r a la
t u m b r e a c e r c a de las c e r e m o n i a s de la misa, q u e p a r e c í a c o n t r a -
i n t e r n a m o c i ó n del E s p í r i t u S a n t o , q u e , m á s ó m e n o s á las claras,
d e c i r á lo q u e h a b í a d i s p u e s t o S a n I g n a c i o e n las c o n s t i t u c i o n e s .
i n c l i n a b a á n u e s t r o santo P a d r e á lo q u e era m á s a c e r t a d o . Véase lo
Y c o m o a l g u n o s t r a t a s e n de justificar esta p r á c t i c a , e s c r i b e T o r r e s
q u e r e f i e r e -el P . P o l a n c o acerca d e las c o n s t i t u c i o n e s : «Decía
al P . V i l l a n u e v a estas p a l a b r a s : «Si t o d o s los q u e en la Compañía
[ I g n a c i o ] de sus c o n s t i t u c i o n e s , q u e en u n p u n t o le acontecía e s t a r
están de c o m ú n coiisensu m e q u i s i e s e n d a r á e n t e n d e r o t r a cosa de
t r e i n t a y c u a r e n t a d í a s , de d o n d e y o e n t e n d í q u e n o había n a d a
lo q u e y o t u v i e s e e n t e n d i d o s e r m e n t e d e n u e s t r o b e n d i t o P a d r e
d o n d e p a r t i c u l a r a p r o b a c i ó n de Dios n o t u v i e s e » (2). R e c u é r d e s e el
M. I g n a c i o , si n o m e d i e s e n r a z ó n m u y clara y manifiesta de q u e lo
o t r o d i c h o de P o l a n c o , a d u c i d o e n e l cap. v n del l i b r o a n t e r i o r ,
q u e ellos p r o p u s i e s e n era m e n t e suya, n o serían p a r t e p a r a m o v e r m e
c u a n d o n o se a t r e v í a á p r o p o n e r á I g n a c i o q u e se a l t e r a s e c i e r t a
d e a q u e l l o » (4).
c o n s t i t u c i ó n , p o r s a b e r con qué lumbre procede.
9. F á c i l s e r í a m u l t i p l i c a r r a s g o s y e j e m p l o s p o r los cuales se
P e r s u a d i d o s , p u e s , n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s de q u e Dios i l u m i -
d e c l a r a s e m á s y m á s el p r o f u n d í s i m o r e s p e t o y el e n t r a ñ a b l e cariño
n a b a á I g n a c i o s o b r e n u e s t r a s c o n s t i t u c i o n e s , r e c i b í a n lo q u e él
con q u e n u e s t r o s p r i m e r o s P a d r e s m i r a b a n á San I g n a c i o . F u n d á -
d e t e r m i n a b a c o m o de la m a n o de Dios.
b a s e , s o b r e t o d o , esta v e n e r a c i ó n e n t r e s cosas q u e d a b a n al santo
10. Con esta l u m b r e del c i e l o / o b t e n i d a p o r m e d i o d e la oración,
p a t r i a r c a u n a s c e n d i e n t e i n c o m p a r a b l e s o b r e sus h i j o s , y e r a n : p r i -
j u n t a b a I g n a c i o la sagacidad q u e da el t a l e n t o n a t u r a l y se p e r f e c -
m e r a , la c r e e n c i a g e n e r a l do q u e Dios i l u s t r a b a s o b r e ñ a t u r a l m e n t e
ciona con la e x p e r i e n c i a . C i t a r e m o s dos casos d e esta h a b i l i d a d
el e n t e n d i m i e n t o d e l santo en la o r a c i ó n ; s e g u n d a , la s u p e r i o r i d a d
p r á c t i c a de I g n a c i o , r e f e r i d o s p o r el P . C á m a r a . C u a n d o a n d a b a
d e l t a l e n t o p r á c t i c o ; t e r c e r a , la s u p e r i o r i d a d de c a r á c t e r , ó sea la
solicitando la c o n f i r m a c i ó n de la C o m p a ñ í a , fué á visitar al c a r d e n a l
G u i d i c c i o n i , q u e t a n t e n a z m e n t e se o p o n í a á ello. H a b l á n d o l e s o b r e
este n e g o c i o I g n a c i o , el c a r d e n a l le dio c i e r t o consejo p a r a e s t o r b a r
(1) Epistolae mixtae, t. í v , p . 7 9 .
el é x i t o d e l a s u n t o . Vio el lazo n u e s t r o P a d r e , p e r o n o t ó q u e d i c h o
(2) Epistolae P. Lainez. F l o r e n c i a , 3 1 d e M a r z o d e 1 5 4 8 . E s t a f r a s e se e n c u e n -
tra en la h i j u e l a a d j u n t a á la c a r t a p r i n c i p a l . c o n s e j o , mutatio mutandis, podía s e r b u e n o ; y , e n e f e c t o , s e s i r v i ó
(3) Epistolae mixtae, t. ív, p . 4 1 7 .
(4) Varia Historia, t. i, f. 4 8 6 . ,
(1) Vida de San Ignacio, 1. V, c. i . — ( 2 ) Varia Historia, t. I, f. 3 3 .
 652 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
d e él h a s t a l o g r a r su p r o p ó s i t o . C u a n d o t u v o las b u l a s d e confirma-
ción fué á h a c e r u n a visita á G u i d i c c i o n i , y le a g r a d e c i ó el con-
sejo (1).
T r a t á b a s e el año 1554 de b u s c a r a l g u n a r e n t a p a r a s u s t e n t a r á los
e s t u d i a n t e s d e l colegio r o m a n o . Vio el santo q u e lo ú n i c o factible
e r a q u e el p a p a d i e r a lo p r i n c i p a l , y a ñ a d i e s e n a l g o los c a r d e n a l e s .
P a r a e n t a b l a r , p u e s , este n e g o c i o , e s c r i b i ó á los P a d r e s de España,
e n c a r g á n d o l e s q u e le alcanzasen c a r t a s d e r e c o m e n d a c i ó n d e l p r í n -
cipe D. F e l i p e p a r a el S u m o Pontífice y p a r a a l g u n o s c a r d e n a l e s .
C u a n d o l l e g a r o n estas cartas á R o m a , ya el p r í n c i p e era p a r t i d o á
I n g l a t e r r a p a r a casarse con María T u d o r , y se seguía con v i v í s i m o
i n t e r é s el g r a n n e g o c i o de r e d u c i r al s e n o de la I g l e s i a el r e i n o de
I n g l a t e r r a , a r r a s t r a d o al cisma p o r E n r i q u e VIII. San I g n a c i o g u a r d ó
la c a r t a p a r a el p a p a hasta el m o m e n t o o p o r t u n o . P o r D i c i e m b r e
l l e g ó á R o m a la g r a n n o t i c i a d e la r e d u c c i ó n d e I n g l a t e r r a , y al
p u n t o h u b o e n la c i u d a d u n a e x p l o s i ó n d e a l e g r í a y festejos p a r a
c e l e b r a r tan a l e g r e a c o n t e c i m i e n t o . T o d o s d a b a n g r a c i a s á Dios y
b e n d e c í a n el n o m b r e d e D. F e l i p e , á c u y o influjo se a t r i b u í a en
g r a n p a r t e tan g l o r i o s o r e s u l t a d o . E n t o n c e s I g n a c i o coge la carta
del p r í n c i p e , c o r r e á b u s c a r al e m b a j a d o r e s p a ñ o l , y r u é g a l e sea
s e r v i d o de p o n e r a q u e l l a carta en m a n o s de Su Santidad. ¿Cómo
había de recibir Julio I I I en aquellos instantes una recomendación
d e D . F e l i p e ? F u é , n a t u r a l m e n t e , a c o g i d o c o n s u m a b e n e v o l e n c i a el
n e g o c i o r e c o m e n d a d o . No se c o n t e n t ó c o n esto n u e s t r o santo P a d r e .
P i d i ó al e m b a j a d o r le e s c r i b i e s e las e x p r e s i o n e s d e b e n e v o l e n c i a y
favor q u e h u b i e r a e s c u c h a d o de los labios pontificales. Hízose así.
T o m a l u e g o I g n a c i o este a u t ó g r a f o d e l e m b a j a d o r , y h a c e q u e c o r r a
d e m a n o en m a n o p o r los c a r d e n a l e s q u e h a b r á n de i n t e r v e n i r en el
n e g o c i o ó p o d r á n d a r a l g u n a l i m o s n a . Dispuestos así los á n i m o s d e l
p a p a y d e l s a c r o c o l e g i o , p r e s e n t ó s e la p e t i c i ó n en d e b i d a f o r m a , y
fué p e r f e c t a m e n t e r e c i b i d a . E n e l c o n s i s t o r i o d e 6 d e F e b r e r o
d e 1555 a n u n c i ó J u l i o I I I q u e había d e t e r m i n a d o a p l i c a r al c o l e g i o
r o m a n o u n a r e s e r v a de dos m i l d u c a d o s do r e n t a , y cada m e s cin-
c u e n t a s o b r e sus r e n t a s , e m p e z a n d o desde a q u e l m i s m o m e s (2). La
m u e r t e i n e s p e r a d a d e l S u m o Pontífice f r u s t r ó p o r c o m p l e t o estos
planes, p e r o esta d e s g r a c i a final n o nos i m p e d i r á e l r e c o n o c e r la
g r a n d e s t r e z a con q u e S a n I g n a c i o h a b í a c o n d u c i d o el n e g o c i o .
( 1 ) C á m a r a , Memorial, 15 d e M a r z o d e 1 5 5 5 .
( 2 ) lbi/1., 2 6 d e F e b r e r o d e 1 5 5 5 .
CAP. XXI. MUERTE DE SAN IGNACIO 65S
E l P . Luis González d e C á m a r a , e x p l i c a n d o el c a r á c t e r , d i g á m o s l o
así, d e la p r u d e n c i a d e San I g n a c i o , se e x p r e s a d e esta s u e r t e : « E l
P a d r e , en las e m p r e s a s q u e t o m a , m u c h a s v e c e s p a r e c e q u e n o usa
de p r u d e n c i a h u m a n a , c o m o fué en h a c e r a q u í este c o l e g i o [el r o -
m a n o ] , sin t e n e r n i n g u n a r e n t a p a r a é l , y o t r a s cosas s í m i l e s ; m a s
p a r e c e q u e t o d o lo h a c e fundado en sola la confianza e n D i o s . Mas
así c o m o en el t o m a r l a s p a r e c e q u e va s o b r e la p r u d e n c i a h u m a n a ,
así e n el s e g u i r l a s y b u s c a r los m e d i o s p a r a l l e v a r l a s a d e l a n t e , usa
d e t o d a p r u d e n c i a divina y h u m a n a . P a r e c e q u e c u a l q u i e r a cosa q u e
e m p r e n d e , p r i m e r o la n e g o c i a con D i o s , y c o m o n o s o t r o s n o v e m o s
q u e la h a n e g o c i a d o con É l , e s p a n t á m o n o s de c ó m o la e m p r e n d e » (1).
11. Á esta p r u d e n c i a tan s i n g u l a r e n r e s o l v e r las d u d a s y a r r e g l a r
los n e g o c i o s , a c o m p a ñ a b a n u n a firmeza y constancia i n v e n c i b l e s .
E x c u s a d o es a d u c i r p r u e b a s de esta v i r t u d , p u e s el e s t a b l e c i m i e n t o
de la Compañía, l o g r a d o con u n esfuerzo n o i n t e r r u m p i d o d e t r e i n t a
a ñ o s , atestigua de s o b r a la fortaleza d e l h o m b r e q u e c o n d u j o h a s t a
el fin u n a e m p r e s a t a n costosa. « S u e l e n u e s t r o P a d r e , d i c e C á m a r a ,
s e r tan c o n s t a n t e e n todas las cosas q u e e m p r e n d e , q u e h a c e espan-
t a r á t o d o s . Las causas q u e de esto m e o c u r r e n , la p r i m e r a e s , p o r -
q u e c o n s i d e r a m u c h o las cosas, antes q u e las d e t e r m i n e ; la s e g u n d a ,
p o r q u e h a c e s o b r e ello m u c h a o r a c i ó n , y t i e n e l u m b r e de D i o s ; la
t e r c e r a , p o r q u e n i n g u n a cosa q u e t o q u e á p a r t i c u l a r e s h a c e , sin o i r
los p a r e c e r e s d e a q u e l l o s q u e e n t i e n d e n en e l l o , los cuales p i d e e n
las más cosas, si n o es e n a l g u n a s en las cuales t i e n e p l e n a c o g n i -
ción» (2). Esta fortaleza d e I g n a c i o , q u e n o se m o s t r a b a e n a r r e b a t o s
coléricos, sino q u e , al c o n t r a r i o , iba a c o m p a ñ a d a d e g r a n s e r e n i d a d ,
e r a la fortaleza d e los h o m b r e s s u p e r i o r e s , q u e , s e g u r o s d e su fuerza,
s a b e n aplicarla c u a n d o y c o m o c o n v i e n e , p a r a l o g r a r los fines q u e
se p r o p o n e n . ¡ H e r m o s a cualidad, e n q u e i m i t a n los h o m b r e s á a q u e -
lla e t e r n a S a b i d u r í a q u e llega d e fin á fin con fortaleza, y lo d i s p o n e
t o d o con suavidad!
12. ¿En q u é estado d e j ó , al m o r i r , San I g n a c i o la C o m p a ñ í a ? E n
m u y p r ó s p e r o c i e r t a m e n t e , n o sólo p o r el n ú m e r o d e sujetos r e c i b i -
d o s , sino p r i n c i p a l m e n t e p o r e l e x t r a o r d i n a r i o fruto q u e y a e n t o n -
ces h a c í a n los N u e s t r o s en la Iglesia. Á todas las p e r s o n a s p r u d e n t e s
a s o m b r a b a el s ú b i t o florecimiento d e u n a r e l i g i ó n r e c i é n n a c i d a .
O i g a m o s esta c u r i o s a o b s e r v a c i ó n d e l P . R i b a d e n e i r a : « T u v e y o c u e n -
( 1 ) C á m a r a , Memorial, 26 de F e b r e r o de 1555.
( 2 ) Ibid., 13 d e M a r z o d e 1 5 5 5 .
 654 LIB. I I . — S A N IGNACIO B E LOYOLA
j
OAP. X X I . — M U E R T E DE SAN IGNACIO 655

ta a l g u n a s v e c e s , y n o t é q u e c u a n d o en a l g u n a c o n v e r s a c i ó n familiar
p r í n c i p e , d e s p u é s r e y F e l i p e I I . Laínez y S a l m e r ó n a s o m b r a r o n con
s e h a b l a b a d e c u a n e x t e n d i d a se h a l l a b a la Compañía, ó d e l fruto q u e
s u t a l e n t o y s a b i d u r í a e n la m á s a u g u s t a a s a m b l e a del o r b e ; á los h i -
ella h a c í a , n u e s t r o b e a t o P a d r e l u e g o se r e c o g í a d e n t r o de s í , lle-
j o s d e I g n a c i o se e n c o m e n d a b a la r e f o r m a d e m o n a s t e r i o s relajados,
n a n d o de l á g r i m a s y de v e r g ü e n z a su r o s t r o » (1). Debía r e c o n o c e r
de c u y o r e m e d i o d e s e s p e r a b a n los o b i s p o s ; I g n a c i o se e n c a r g a b a de
e l santo (y ¿ c ó m o no?) q u e a q u e l é x i t o era s u p e r i o r á sus fuerzas.
e d u c a r en R o m a al c l e r o católico p a r a r e a n i m a r la fe e n el S e p t e n -
E s t a b a la C o m p a ñ í a e s t a b l e c i d a s ó l i d a m e n t e e n I t a l i a , E s p a ñ a , P o r -
t r i ó n ; j e s u í t a s d o t a d o s de f e r v o r o s o celo a r r a s t r a b a n con su p r e d i -
t u g a l , F r a n c i a , F l a n d e s , Alemania, B r a s i l , I n d o s t á n , Malaca, Las Ma-
cación á c i u d a d e s e n t e r a s , c o m o lo hacía Laínez en V e n e c i a , P a r m a
lucas y el J a p ó n . E s t a b a en c a m i n o , al m o r i r el s a n t o , la e x p e d i c i ó n
y F l o r e n c i a ; D o m é n e c h e n P a l e r m o , M o n r e a l y Mesina; E s t r a d a en
á E t i o p i a . H a b í a n s e h e c h o e n t r a d a s p a r c i a l e s , a u n q u e sin l o g r a r t o -
O p o r t o , S a l a m a n c a y Zaragoza; Araoz en V a l l a d o l i d , Valencia y Ma-
davía e s t a b l e c i m i e n t o fijo, e n I r l a n d a , e n P o l o n i a , e n M a r r u e c o s , e n
d r i d . Al m i s m o t i e m p o , con a b r i r p o r todas p a r t e s c o l e g i o s y e d u c a r
T r í p o l i , en el C o n g o y en M o z a m b i q u e .
á la j u v e n t u d , e m p e z ó la C o m p a ñ í a á p r e s t a r u n s e r v i c i o p r e c i o s í s i -
¿Cuántos e r a n los j e s u í t a s al t i e m p o de m o r i r su s a n t o fundador?
m o , q u e s i e m p r e a g r a d e c i e r o n y a g r a d e c e r á n t o d o s los p a d r e s d e
R e f i e r e el P . C á m a r a , q u e á p r i n c i p i o s d e l año d e 1555, p o n i é n d o s e
familia.
I g n a c i o y él á c o n t a r los i n d i v i d u o s de la C o m p a ñ í a , h a l l a r o n q u e
P u e s e n m e d i o de esta O r d e n r e l i g i o s a c o n s i d e r e m o s á I g n a c i o di-
p a s a b a n de n o v e c i e n t o s (2). No s e r á , p u e s , e x a g e r a d o el n ú m e r o d e
r i g i e n d o lo s u m o y lo ínfimo de t o d o este g r a n m o v i m i e n t o , o b e d e -
m i l jesuítas q u e p o n e n v a r i o s a u t o r e s á la m u e r t e del s a n t o . E s t a b a n
c i d o y a d o r a d o d e n t r o p o r sus hijos, v e n e r a d o fuera p o r S u m o s P o n -
d i s t r i b u i d o s e n d o c e p r o v i n c i a s , q u e l l e v a b a n los n o m b r e s s i g u i e n -
tífices, c o m o P a u l o I I I , J u l i o I I I y Marcelo H ; p o r s o b e r a n o s , c o m o
t e s : R o m a , T o s c a n a , Sicilia, A r a g ó n , Castilla, A n d a l u c í a , P o r t u g a l ,
J u a n I I I , F e l i p e I I , F e r n a n d o , r e y de r o m a n o s , y los d u q u e s de Ba-
F r a n c i a , A l e m a n i a alta, A l e m a n i a baja, I n d i a s y Brasil. «Los colegios
v i e r a y de F l o r e n c i a ; p o r d i p l o m á t i c o s y g o b e r n a n t e s , c o m o J u a n
y casas, dice P o l a n c o , q u e v i v i e n d o n u e s t r o P a d r e so h a n o r d e n a d o ,
de V e g a , v i r r e y de Sicilia; el d u q u e de F r a n c a v i l a , v i r r e y de Ara-
pasan d e c i e n t o . Dios sea loado» (3). C o n c r e t á n d o n o s á E s p a ñ a , te-
gón; el d u q u e de M o n t e l e o n e , v i r r e y de Ñ a p ó l e s ; p o r c a r d e n a l e s in-
n í a m o s , á la m u e r t e de San I g n a c i o , colegios en Barcelona, Valencia,
s i g n e s , c o m o el p o r t u g u é s D. E n r i q u e , el español M e n d o z a , el fran-
Z a r a g o z a , G a n d í a , O ñ a t e , V a l l a d o l i d , Á v i l a , M o n t e r e y , Medina del
C a m p o , S a l a m a n c a , Alcalá, P l a s e n c i a , M u r c i a , C ó r d o b a , Sevilla y cés de L o r e n a , el inglés P o l o , los i t a l i a n o s C a r p i y M o r o n e ; p o r p r e -
G r a n a d a . Un n o v i c i a d o en S i m a n c a s . Los jesuítas e s p a ñ o l e s , s o b r e lados celosos y p r u d e n t í s i m o s , c o m o Santo T o m á s de V i l l a n u e v a ,
t o d o c o n t a n d o los q u e v i v í a n fuera d e E s p a ñ a , n o b a j a r í a n de tres- P e d r o G u e r r e r o y G u i l l e r m o de P r a t ; en una p a l a b r a : p o r lo m á s
cientos. santo, n o b l e y e x c e l s o q u e h a b í a en E u r o p a ; y c u a n d o r e c o r d a m o s
q u o este h o m b r e , h o y tan r e s p e t a d o , e r a a y e r u n e s t u d i a n t e a n d r a -
P e r o más quo e l n ú m e r o d e los jesuítas, s o r p r e n d í a á los católicos
j o s o q u e m e n d i g a b a p o r las calles de B a r c e l o n a y Alcalá, y a n t e a y e r
la i m p o r t a n c i a de los servicios p r e s t a d o s á la I g l e s i a p o r la Compa-
u n p o b r e s o l d a d o d e l castillo d e P a m p l o n a , al c o n t e m p l a r u n é x i t o
ñía. E r a la ú l t i m a de las r e l i g i o n e s , y el p r i m e r o de s u s m i s i o n e r o s ,
tan s u p e r i o r á todas las fuerzas h u m a n a s , d e b e m o s con razón excla-
J a v i e r , había l l e v a d o la fe hasta el c e n t r o del J a p ó n ; o t r o s se d e r r a -
mar, c o m o P a u l o I I I : «Digitus Dei est Me.»
m a b a n p o r islas d e la Oceanía, n u n c a visitadas p o r el celo apostólico;
o t r o s , en fin, p e n e t r a b a n e n los senos del I n d o s t á n , d e l Brasil y de
la E t i o p i a , d o n d e n u n c a se h a b í a oído la voz d e l E v a n g e l i o . Apenas
e r a n a c i d a la C o m p a ñ í a , y F a b r o santificaba con los E j e r c i c i o s á lo
m á s g r a n a d o do las c o r t e s d e l e m p e r a d o r , d e l r e y d e P o r t u g a l y d e l

(1) Vida de San Ignacio, 1. v , c. m .

( 2 ) Memorial, 29 de Enero de 1555.
( 3 ) Carias de San Ignacio, t. VI, p . 3 6 6 .

CAPÍTULO XXII
JUICIO D E LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA
SUMARIO: 1. A c e p t a c i ó n g e n e r a l d e l a C o m p a ñ í a e n t r e el p u e b l o c a t ó l i c o . — 2 . D u -
d a s y s o s p e c h a s s u s c i t a d a s c o n t r a ella y e x p u e s t a s á n u e s t r o s P a d r e s p o r S a n t o T o -
m á s d e V i l l a n u e v a . — 3 . Juicio d e este s a n t o s o b r e la C o m p a ñ í a m a n i f e s t a d o en s u
t e s t a m e n t o . — 4 . E s t i m a que Santa T e r e s a de J e s ú s hacía de n u e s t r o s P a d r e s . —
5 , E l b e a t o J u a n d e A v i l a y la C o m p a ñ í a . — 6 . E l b e a t o J u a n d e R i b e r a y su e l o -
g i o d e los N u e s t r o s h e c h o en G a n d í a . — 7 . El Cardenal d e Carpi y J u a n d e V e g a . —
8. S a n L u i s B e l t r á n y el v e n e r a b l e J u a n Mico.—9. O p i n i ó n d e F r . L u i s d e G r a -
n a d a y del Dr. N a v a r r o . — 1 0 . Los cordobeses J u a n G i n é s d e Sepúlvcda y A m -
b r o s i o d e M o r a l e s . — 1 1 . M a n i f e s t a c i o n e s d e r e s p e t o en el p u e b l o m i s m o . —
12. E l o g i o d e n u e s t r o s c o l e g i o s h e c h o p o r C e r v a n t e s .
FUENTES CONTEMPORÁNEAS : 1. V a l e n c i a , Archivo de protocolos del Real Colegio de Cor-
pus Christi. Protocolos de José Alamany.—2. Epistolae mixtae.—3. Obras de Sania Teresa.—
4?. Cartas de San Ignacio.—5. Epistolae principum.—6. Archivo histórico nacional.—7. Mo-
rales, Historia de Córdoba.—8. S e p ú l v c d a , De rebits gestio Caroli V.—9. Litterae quadrimes-
tres.—10. S i m ó n Rodríguez, De origine ct progresu S. J.—11. Obras de Cervantes.
1. La i m p r e s i ó n q u e causó en el p u e b l o c r i s t i a n o y en t o d a s las
p e r s o n a s p r u d e n t e s la a p a r i c i ó n d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , fué e n g e -
n e r a l m u y g r a t a y f a v o r a b l e . D e c i m o s e n las p e r s o n a s p r u d e n t e s ,
p o r q u e c l a r o está q u e n o p u e d e h a b e r o b r a b u e n a , c o n t r a la cual n o
se l e v a n t e n m a l o s j u i c i o s e n t r e los h o m b r e s . Si el m i s m o J e s u c r i s t o
n u e s t r o R e d e n t o r h u b o do s u f r i r t a n t a s c a l u m n i a s y s e r j u z g a d o t a n
t e m e r a r i a m e n t e p o r los hijos d e e s t e m u n d o , n o es d e e s p e r a r q u e
sus i m i t a d o r e s a l c a n c e n s i e m p r e b e n i g n i d a d e n los j u i c i o s h u m a n o s .
H u b o , p u e s , p e r s o n a s q u e v i t u p e r a r o n á la n a c i e n t e C o m p a ñ í a d e
J e s ú s . P o r d e p r o n t o , los h e r e j e s y e n e m i g o s d e la I g l e s i a n o p o d í a n
a p r o b a r u n a i n s t i t u c i ó n l e v a n t a d a p a r a d e f e n d e r á la I g l e s i a y al
r o m a n o P o n t í f i c e . S a b i d o es el o d i o satánico c o n q u e los p r o t e s t a n -
tes d e l siglo x v i p e r s i g u i e r o n y c a l u m n i a r o n á la o b r a d e San I g n a -
cio, y este o d i o c o n t i n u ó y c o n t i n ú a e n n u e s t r o s días e n t r e los h o m -
b r e s q u e h e r e d a r o n el m a l e s p í r i t u d e a q u e l l o s h e r e j e s . P e r o d e
CAP. XXII. JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 657
estos j u i c i o s n o d e b e m o s h a c e r m u c h o caudal. L o t e r r i b l e sería m e -
r e c e r la a p r o b a c i ó n de tales c e n s o r e s , p u e s e n t o n c e s se c u m p l i r í a e n
n o s o t r o s lo q u e dice San P a b l o : «Si hominibus placerem, Christi
servus non essem.»
A u n d e n t r o de la Iglesia católica n o h a b í a n d e faltar p e r s o n a s q u e ,
a r r a s t r a d a s p o r la envidia, p o r la s o b e r b i a y p o r o t r a s malas pasio-
nes, f o r m a s e n j u i c i o s t e m e r a r i o s a c e r c a de n u e s t r o s P a d r e s . F i n a l -
m e n t e , la m e r a i g n o r a n c i a d e las cosas, c o m o s u c e d e m u y á m e n u d o ,
p u d o inducir á varios á formar inocentemente juicios siniestros sobre
la n u e v a O r d e n r e l i g i o s a y su m o d o d e p r o c e d e r . C u a n d o d e c i m o s ,
p u e s , q u e la C o m p a ñ í a de J e s ú s fué b i e n r e c i b i d a en sus p r i n c i p i o s ,
n o s r e f e r i m o s á los h o m b r e s q u e , d i s c u r r i e n d o sin p a s i ó n y c o n el
d e b i d o c o n o c i m i e n t o de causa, p u d i e r o n f o r m a r j u i c i o r e c t o a c e r c a
de las p e r s o n a s y de los a c o n t e c i m i e n t o s . E s t e j u i c i o es el ú n i c o q u e
m e r e c e s e r a t e n d i d o , p u e s la r e c t a razón n o s enseña, q u e t o d o j u i c i o
fundado e n la p a s i ó n ó en la i g n o r a n c i a d e b e , p o r lo m i s m o , s e r dese-
chado.
D e s d e q u e San I g n a c i o y sus p r i m e r o s c o m p a ñ e r o s se p r e s e n t a r o n
e n las c i u d a d e s d e I t a l i a y e m p e z a r o n á e j e r c i t a r c o n t a n t o c e l o y
f e r v o r los m i n i s t e r i o s apostólicos, a t r a j e r o n hacia sí las m i r a d a s d e
las g e n t e s y g a n a r o n el r e s p e t o del p u e b l o fiel. E s t o n o o b s t a n t e ,
c o m o e n la n u e v a O r d e n religiosa se m o s t r a b a n a l g u n a s p r o p i e d a d e s
n o usadas e n las o t r a s Ó r d e n e s , c o m o los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s d e
San I g n a c i o n o e r a n b i e n e n t e n d i d o s d e m u c h o s , y s o b r e t o d o , c o m o
el n a c i m i e n t o d e la C o m p a ñ í a c o i n c i d i ó con la e x p l o s i ó n d e t a n t a s
h e r e j í a s y c o n el p r i n c i p i o d e t a n d e s a s t r o s a s n o v e d a d e s , n o es d e
maravillar que varias personas prudentes concibiesen algunos rece-
los y e s t u v i e s e n á la m i r a , a n t e s de a p r o b a r de l l e n o t o d o lo q u e
v e í a n en los n u e v o s o p e r a r i o s e v a n g é l i c o s .
2. E s t o s r e c e l o s y s o s p e c h a s los d e c l a r ó c o n f i d e n c i a l m e n t e á los
N u e s t r o s u n h o m b r e de los más santos y r e s p e t a b l e s q u e t u v o la
I g l e s i a e n el siglo x v i , el m o d e l o d e p r e l a d o s , S a n t o T o m á s d e Villa-
n u e v a , a r z o b i s p o d e Valencia. Véase la e n t r e v i s t a q u e c o n él t u v i e -
r o n , e n 1546, los P P . Araoz y M i r ó n , tal c o m o la r e f i e r e el p r i -
m e r o en u n a d e sus c a r t a s : «Yendo esta t a r d e [26 de E n e r o de 1546]
á t o m a r l i c e n c i a y d e s p e d i r m e del a r z o b i s p o , n o s h i z o e n t r a r á m a e s -
t r o M i r ó n y á m í e n su c á m a r a , y n o s hizo u n l a r g o y celoso d i s c u r s o
c o n e n t r a ñ a s p a t e r n a s , de lo cual q u e d a m o s m u y edificados. S u
i n t e n c i ó n e r a a v i s a r n o s de las cosas de q u e é r a m o s n o t a d o s , s u p u e s t o
q u e de las p e r s o n a s y c o s t u m b r e s n o h a b í a sino edificación, y des-
42
658 LIB. II.—SAN IC.N.iCI > DE IOYOLA
CAP. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 659

cubriéndonos algunos engaños ó errores que podríamos tener, tra-
y e n d o d e los d o c t o r e s é h i s t o r i a s o t r o s símiles. L o p r i m e r o fué
p a r e c e r l e , q u e el q u e r e r r e f o r m a r el m u n d o d i v a g a n d o , sin t e n e r
c l a u s u r a n i c o n v e n t o s c o m o frailes, q u e e r a cosa v a n a y sin funda-
m e n t o , t e n i e n d o a q u e l l o d e San J e r ó n i m o , tria genera mouarho-
rum, etc., d o n d e r e p r u e b a á a q u e l l o s q u e así d i v a g a b a n . 2.° Que diz
q u e d e c í a m o s q u e e r a c i e r t o s e c r e t o lo q u e e n s e ñ a m o s , y q u e n o se
h a de d e c i r á todos, p o r q u e n o se d i e s e n las m a r g a r i t a s á los p u e r c o s .
E s t o r e p r o b ó p o r sus r a z o n e s , y q u e sólo u n s e c r e t o había, q u e era
Dais homo fachis. 3.° Que h a c í a m o s callar y q u e e n s e ñ a m o s el silen-
cio, p r o h i b i e n d o e n t e r a m e n t e el h a b l a r , y quo San A m b r o s i o lo r e -
p r u e b a , y q u e el P r o f e t a d í c e r e s » / ori meo custodian!, n o p a r a siem-
p r e callar, sino p a r a n o h a b l a r mal. 4." Que e n s e ñ á b a m o s á todas
p e r s o n a s o r a r y m e d i t a r , así p o n i e n d o el fin más en el m e d i t a r q u e
e n el o b r a r , y q u e n o e r a cosa b u e n a ésta, sino q u e al z a p a t e r o le
e n s e ñ á s e m o s c ó m o r e g i r su casa, etc. 5. Q u e t o d o s é r a m o s mozos.
n
p a r e c e , post multa, q u e q u e d ó m u y de o t r o p a r e c e r , y m e dijo q u e
n o e r a m e n e s t e r q u e m e d e t u v i e s e m á s ; q u e él d i r í a á u n a p e r s o n a
de m u c h a i m p o r t a n c i a q u e le h a b í a d i c h o esto, q u e le r o g a b a enviase
á las p e r s o n a s q u e estas cosas le h a b í a n d i c h o á h a b l a r con él p a r a
s a b e r la v e r d a d , y si así fuese, r e m e d i a r l o , y si n o , q u e cesase la sus-
p i c i ó n . Dilató m u c h o sus e n t r a ñ a s en d e c i r q u e n o s f a v o r e c e r í a si
l l e v á s e m o s la v í a q u e le d e c i m o s , etc., y así con m u c h o a m o r n o s
dio licencia» (1).
P o r estas p a l a b r a s v e m o s el m o d o de p e n s a r de las g e n t e s sen-
satas a c e r c a de los N u e s t r o s . N o t e m o s , a n t e t o d o , a q u e l l a frase «que
de las p e r s o n a s y c o s t u m b r e s n o h a b í a sino edificación». L a s o t r a s
o b j e c i o n e s e r a n de b i e n poca m o n t a . A l g u n a s , c o m o el ser m o z o s
n u e s t r o s r e l i g i o s o s y el n o t e n e r casas, se h a b í a n de r e m e d i a r con el
t i e m p o . O t r a s n a c í a n de e n t e n d e r m a l a l g u n o s avisos de los E j e r c i -
cios, c r e y e n d o q u e se o c u l t a b a a l g ú n e r r o r e n los consejos q u e se

dan p a r a la o r a c i ó n y t r a t o con Dios. O t r a s o b j e c i o n e s , finalmente,

0.° Q u e c o m u n i c á b a m o s m u c h o en casas y con m u j e r e s , y q u e nos
so c o n v i e r t e n en alabanzas, c o m o a q u e l l a d e q u e en las casas d o n d e
h a c í a m o s s e ñ o r e s de las casas d o n d e c o n v e r s á b a m o s , de m a n e r a q u e
e n t r a b a n los N u e s t r o s se hacía t o d o p o r e l p a r e c e r d e ellos. E n esto
t o d o se hacía p o r n u e s t r o p a r e c e r , y q u e d e esto e r a m o t e j a d o Rojas,
p u d i e r o n o c u r r i r ¡quién lo duda! i m p r u d e n c i a s de a l g u n o ; p e r o , en
y q u e p o r e v i t a r escándalo y o lo hice i r p a r a Alcalá, y q u e de esto
ú l t i m o t é r m i n o , eso indicaba s o l a m e n t e la confianza i l i m i t a d a con
m i s m o había sido n o t a d o m a e s t r o í ñ i g o , estando a q u í de p r i n c i p i o ,
q u e el p u e b l o s e g u í a las i n s t r u c c i o n e s y a v i s o s d e n u e s t r o s P a d r e s .
y q u e d e a q u e l l a raíz p o d r í a n a c e r n o s e s t o , y q u e o r a n cosas m u y
De a q u í p r o c e d í a q u e c u a n d o las p e r s o n a s p r u d e n t e s , d e s p u é s d e o i r
escandalosas estas c o n v e r s a c i o n e s , y, s o b r e t o d o , id e n s e ñ a r aquel
los a s o m b r o s y sospechas q u e s o n a b a n lejos, se a c e r c a b a n á los j e -
silencio y s e c r e t o , t o c a n d o en los a l u m b r a d o s ; y q u e él con e n t r a ñ a s
suítas y t o c a b a n con las m a n o s la v e r d a d , se c o n v e r t í a n en a m i g o s y
b u e n a s nos avisaba y decía lo q u e le h a b í a n d i c h o p e r s o n a s m u y g r a -
p a n e g i r i s t a s de la C o m p a ñ í a .
ves, y q u e a u n se h a b í a p r e d i c a d o esto p o r n o s o t r o s , y q u e n o era
3. E j e m p l o de este caso e s , a n t e t o d o , el m i s m o S a n t o T o m á s d e
b i e n c o n v e r s a r t a n t o , y q u e á m í m e h a b í a oído, y q u e aquella doc-
V i l l a n u e v a . Desde este año 154G hasta su m u e r t e , o c u r r i d a e n 1555,
t r i n a le p a r e c í a b u e n a y p r o v e c h o s a , y q u e s i e m p r e m i r e m o s a q u e -
fué s i e m p r e a m i g o s i n c e r o y v e r d a d e r o p a d r e de los N u e s t r o s . C u a n d o
llo, in oceulfo loquntus snm nihil,y q u e los E j e r c i c i o s le p a r e c í a n bien,
llegó su ú l t i m a h o r a , dejó una b u e n a m a n d a p a r a la iglesia d e n u e s -
p o r q u e los h a b í a v i s t o ; p e r o q u e no son sino p a r a m u y pocos, y q u e
t r o c o l e g i o , con p a l a b r a s q u e d e b e n c o p i a r s e con v e n e r a c i ó n y sin-
le p a r e c e m u y b u e n a i n v e n c i ó n h a c e r colegios de c l é r i g o s ejempla-
g u l a r a m o r . Dice así:
r e s , y q u e los f a v o r e c e r í a n t o d o s los p r e l a d o s ; p e r o q u e r e r sin con-
«Nos D o n F r a y T o m á s d e V i l l a n u e v a , p o r la g r a c i a d e Dios y d e la
A entos y sin o r d e n , d i v a g a n d o , r e f o r m a r , q u e es n o l l e v a r f u n d a m e n -
r

S e d e A p o s t ó l i c a , a r z o b i s p o de V a l e n c i a , del Consejo de Su Majes-

t o . E n fin, m o s t r ó la b o n d a d q u e de tal p r e l a d o se e s p e r a b a .
»Yo, c o m o m á s p a r l e r o , r e s p o n d í á todas las p a r t i c u l a r i d a d e s , y le
dije q u e y o iba á d e s p e d i r m e d e S u S e ñ o r í a , p o r q u e ya a n t e s le h a b í a
d i c h o c o m o m e h a b í a de i r ; p e r o q u e m e d o t e r n í a t o d o s los días q u e
S u S e ñ o r í a m a n d a s e , hasta quo de t o d o h i c i e s e e x a m e n ó i n q u i s i c i ó n ,
y q u e se lo suplicaba, p o r q u e c o n o c i d a la v e r d a d , la a y u d a s e , ó ha-
llada la culpa, la castigase. D o y g r a c i a s á n u e s t r o S e ñ o r , p o r q u e m e
tad, etc. A t e n d i e n d o q u e a u n q u e n u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o , u n i g é n i t o
H i j o d e Dios, ha m o s t r a d o con n o s o t r o s su inefable m i s e r i c o r d i a
en v a r i a s y a d m i r a b l e s m a n e r a s , d e s p u é s de su s a g r a d a pasión y
m u e r t e , n o o b s t a n t e , e n estos ú l t i m o s días n o s ha c o n c e d i d o u n a g r a -
cia n o p e q u e ñ a , s u s c i t a n d o u n o s h o m b r e s p r o b o s y t i m o r a t o s , i m i t a -
( 1 ) Epistolae mixtae, t. i, p . 2 5 6 .
 660 LIB. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 661

d o r e s de su santa vida, q u e j u s t a m e n t e l l e v a n el n o m b r e d e Compa-

4. No difería de S a n t o T o m á s d e V i l l a n u e v a , e n la v e n e r a c i ó n y
ñía d e J e s ú s , cuyas c o s t u m b r e s , v i d a y e j e m p l o s i l u s t r a n el o r b e de
a m o r á la C o m p a ñ í a , Santa T e r e s a de J e s ú s . E n el t e s t i m o n i o d e la
tal m o d o , q u e t o d o s v e n en ellos u n o s t r a s u n t o s d e los santos P a d r e s ;
santa M a d r e , c o n v i e n e d i s t i n g u i r dos cosas: el j u i c i o q u e ella da so-
p o r d o n d e Nos j u z g a m o s s e r l e s d e u d o r e s p o r n u e s t r o oficio pastoral;
b r e la Compañía, y lo q u e dice h a b e r c o n o c i d o s o b r e los N u e s t r o s
p o r q u e en n u e s t r a diócesis r e d u j e r o n al r e d i l á m u c h a s ovejas p e r -
p o r r e v e l a c i ó n de Dios. Lo q u e e s c r i b e p o r p r o p i a c u e n t a la mística
didas y s a n a r o n á m u c h a s e n f e r m a s y n o cesan t o d o s los días de r e -
D o c t o r a , se halla p r i n c i p a l m e n t e e n los capítulos x x m y x x i v de su
d u c i r l a s y sanarlas. Y lo q u e más se d e b o a d v e r t i r , los fieles cristia-
Vida. H a b l a n d o de c i e r t o confesor q u e , con ser h o m b r e p r u d e n t e y
n o s q u e a n t e s a p e n a s se confesaban u n a vez al año, a h o r a , p o r los con-
s i e r v o d e Dios, n o e n t e n d i ó el e s p í r i t u d e la Santa, a ñ a d e ésta: «Algu-
sejos d e estos P a d r e s , con la g r a c i a del E s p í r i t u S a n t o , confiesan sus
nas v e c e s m e m a r a v i l l o , q u e s i e n d o p e r s o n a q u e t i e n e g r a c i a p a r t i -
p e c a d o s y r e c i b e n la s a g r a d a E u c a r i s t í a cada d o m i n g o ; p u e s c o m o la
c u l a r on c o m e n z a r á l l e g a r almas á Dios, c ó m o n o fué s e r v i d o e n t e n -
dicha C o m p a ñ í a h a c e vida p o b r e , y e n la casa, llamada colegio, de la
diese la mía, ni se quisiese e n c a r g a r de ella, y v e o fué t o d o p a r a ma-
p r e s e n t e c i u d a d , se h a e m p e z a d o u n a iglesia con las l i m o s n a s q u e y o r b i e n mío, p o r q u e y o conociese y t r a t a s e g e n t e t a n santa c o m o la
o t r o s les h a n d a d o , p a r a q u o en ella se p u e d a o r a r y c e l e b r a r digna- de la C o m p a ñ í a de Jesús» (1).
m e n t e los d i v i n o s oficios, y c o m o la dicha C o m p a ñ í a n o t i e n e m e d i o s
A q u í a p a r e c e s i m p l e m e n t e el b u e n c o n c e p t o f o r m a d o p o r la S a n t a
a b s o l u t a m e n t e p a r a t e r m i n a r esta iglesia, y Nos d e s e e m o s c o n c u r r i r
s o b r e n u e s t r a s cosas. E n o t r o s dos pasajes d e l m i s m o capítulo se
á esta o b r a y s o c o r r e r á las n e c e s i d a d e s d e dicho colegio, e s p e r a n d o
m u e s t r a este b u e n c o n c e p t o , a c o m p a ñ a d o de u n a h u m i l d a d de la
el p r e m i o de a q u e l S e ñ o r de q u i e n p r o c e d e n todas las cosas b u e n a s :
santa M a d r e , q u e a d m i r a y e n t e r n e c e . Dice así el p r i m e r o : «Mas
p o r a m o r d e n u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o y p o r la g r a n d í s i m a d e v o c i ó n
c o m o su Majestad q u e r í a ya d a r m e l u z , p a r a q u e n o le o f e n d i e s e
q u e t e n e m o s al dicho c o l e g i o de la Compañía, y p a r a h a c e r n o s p a r t i -
ya, y c o n o c i e s e lo m u c h o q u e le d e b í a , creció d e s u e r t e este m i e d o ,
c i p a n t e s d e los b i e n e s q u e en dicha iglesia y c o l e g i o se h a n d e h a c e r ,
eme m e hizo b u s c a r con d i l i g e n c i a p e r s o n a s e s p i r i t u a l e s con q u i e n
y p a r a s u b v e n i r á la n e c e s i d a d y g r a n p o b r e z a de este c o l e g i o , do-
t r a t a r , y q u e ya t e n í a noticia de a l g u n o s , p o r q u e h a b í a n v e n i d o a q u í
n a m o s y c o n c e d e m o s al dicho l o a b l e c o l e g i o d e la Compañía de J e -
los de la Compañía do J e s ú s , á q u i e n y o , sin c o n o c e r á n i n g u n o , era
sús dos m i l q u i n i e n t o s d u c a d o s » etc. (1).
m u y aficionada, de sólo s a b e r el m o d o q u e llevan de v i d a y o r a c i ó n ,
m a s n o me hallaba d i g n a de h a b l a r l e s , ni f u e r t e p a r a o b e d e c e r l e s ,
(1) «Die tertio septembris anuo á nativitate Domini M D L V . q u e esto m e hacía más t e m e r ; p o r q u e t r a t a r con ellos, y ser la q u e
í N o s D . F r a t e r T h o m a s d e V i l l a n o v a , Dei et A p o s t o l i c a e S e d i s g r a t i a A r c h i e p i s -
era, h a c í a s e m e cosa recia.» P a r e c i d o s e n t i m i e n t o a p a r e c e e n el m i s m o
c o p u s V a l e n t i u u s , d e Consilio s u a e M a j e s t a t i s , e t c .
s A t t e n d e n t e s quod licet D o m i n u s noster J e s ú s Christus, U n i g é n i t o s Dei Filius, capítulo, c u a n d o refiere la Santa el m o m e n t o d e t r a t a r con el p r i m e r
v a r i i s et m i r a b i l i b u s m o d i s , p o s t e j u s s a c r a t i s s i m a m p a s s i o n e m et m o r t e m , e r g a nos confesor de la Compañía. « T a m b i é n m e daba pena, dice, q u e m e v i e -
i n e f f a b i l e m m i s e r i c o r d i a m o s t e n d e r i t , n o v i s s i m e a u t e m , in h a c t e m p e s t ó t e n o n e x i - sen e n casa t r a t a r con g e n t e tan santa c o m o los de la C o m p a ñ í a d e
g u a m Nobis g r a t i a m contulit, cum quosdam probos ac timoratos viros, ejus vitae
sectatores, qui mérito Societatis Jesu Christi c o g n o m i n a n t u r suscitavit, q u o r u m mo-
J e s ú s , p o r q u e t e m í a mi r u i n d a d , y p a r e c í a m e q u e d a b a o b l i g a d a más
r e s , v i t a e e t e x e m p l a sic o r b e m i l l u s t r a n t , u t S a n c t o r u m P a t r u m e x e m p l a r i a eos esse á n o lo s e r , y q u i t a r m e de mis p a s a t i e m p o s , y si esto n o hacía, q u e
n e m o n o n c r e d a t . U n d e e x n o s t r o p a s t o r a l i ofücio illis d e b i t a r e s N o s r e p u t a m u s . N a m era peor.»
in nostra Dioeccsi q u a m p l u r e s oves p e r d i t a s ad g r e g e m r e d u x e r u n t , ac p e c u d e s in-
f e c t a s s a n a r u n t e t q u o t i d i e r e d u o e r e ac s a n a r e n o n c e s s a n t . E t q u o d m á x i m e a d v e r - Lo q u e refiere la Santa c o m o r e v e l a d o p o r Dios, lo t e n e m o s en los
t e n d u m est, C b r i s t i ü d e l e s q u i o l i m v i x s e m e l in a n n o c o n f i t e b a n t u r , n u n c e o r u m
admonitionibus, Spiritus Sancti gratia operante, singulis diebus dominicis peccata
s u a c o n ñ t e n t u r e t S a n c t i s s i m u m J e s u C h r i s t i C o r p u s r e c i p i u n t . E t q u i a d i c t a Soeie- q u o b o n a c u n e t a p r o c e d u n t : P i o p t e r a m o r e m i g i t u r D o m i n i n o s t r i J e s u C h r i s t i et
t a s p a u p e r e i n v i t a m d e g i l , et in d o m o c o l l e g i u m i p s i u s S o c i e t a t i s a p p e l l a t u m , p r a e - n i m i a m devotionem, quam erga dictum i ollegium praedictae Societatis h a b e m u s , et
s e n t i s c i v i t a t i s eis alias e l e e m o s y n i s e r o g a t a e c e l e s i a ad c o m m o d e o r a n d u m et alia u t b o n o r u m in d i c t a ecelesia et collegio a g e n d o r u m p a r t i c i p e s e f t í c i a m u r , et p r o s u b -
d i v i n a officia c e l e b r a n d u m o p e r a r i i n c e p t a f u i t , et p r a e d i c t a e S o c i e t a t i a d d i c t a m v e n i e n d a n e c e s s i t a t e , i n o p i a et p a u p e r t a t e p r a t d i c t i C o l l e g ü , damus, donamus
ecelesiam perficiendam vires omnino deficiunt, et N o s dicto operi et necessitatibus d ú o s m i l l e et q u i n g e n t o s d u c a t o s », e t c . V a l e n c i a . Archivo de protocolos del Real
dicti collegü i n t e n d a m u s m a n u s porrigere adjutrices, p r o e m i u m i n d e sperantes a Colegio de Corpus Christi. Protocolo de José Alamany, núm. 289.
( I ) Libro de su Vida, c. x x m .
 662 LIB. II. SAN IGNACIO DK LOTOLA
capítulos XXXVIII y x x x i x do la m i s m a Vida, Dice así en el p r i m e r o :
«De los d e la O r d e n de este P a d r e , q u e es la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , d e
t o d a la O r d e n j u n t a h e v i s t o g r a n d e s cosas: v i l o s e n el cielo con ban-
d e r a s b l a n c a s en las m a n o s a l g u n a s v e c e s ; y c o m o d i g o , otras cosas
h e visto de e l l o s de m u c h a a d m i r a c i ó n , y ansí t e n g o esta O r d e n en
g r a n v e n e r a c i ó n , p o r q u e los h e t r a t a d o m u c h o , y v e o c o n f o r m a su
vida con lo q u e el S e ñ o r m e h a d a d o de ellos á e n t e n d e r . » Al fin del
c a p í t u l o x x x i x dice así: « E s t a n d o e n u n c o l e g i o d e la C o m p a ñ í a de
J e s ú s , y estando c o m u l g a n d o los H e r m a n o s de a q u e l l a casa, vi un
palio m u y r i c o s o b r e sus cabezas; esto vi dos veces; c u a n d o otras
p e r s o n a s c o m u l g a b a n n o lo v í a . » Estas r e v e l a c i o n e s q u e la santa
M a d r e r e c i b i ó de n u e s t r o S e ñ o r , y la a c e r t a d a d i r e c c i ó n espiritual
q u e h a l l ó e n n u e s t r o s c o n f e s o r e s , la h i c i e r o n c o n c e b i r a q u e l a m o r
a c e n d r a d o á n u e s t r a O r d e n , a m o r q u e n o se d e s m i n t i ó n u n c a , a u n en
dos ocasiones en q u e a l g u n o s de los N u e s t r o s le d i e r o n j u s t o m o t i v o
de queja (1).
5. Más q u e Santa T e r e s a t r a t ó con los N u e s t r o s el Beato J u a n de
Ávila, y s i e m p r e se e x p r e s ó e n t é r m i n o s h o n o r í ñ e o s al h a b l a r d e la
Compañía. D e b e m o s citar, p r i n c i p a l m e n t e , lo q u e e s c r i b i ó al P . An-
t o n i o de C ó r d o b a c u a n d o , s i e n d o éste todavía seglar, le p r e g u n t ó si
t r a t a r í a con los P a d r e s d e la Compañía, p u e s c o r r í a n talos voces con-
t r a ellos en Salamanca. Á esto r e s p o n d i ó el s a n t o v a r ó n e n dos car-
t a s , d e las cuales c o p i a m o s lo s i g u i e n t e . Dice e n la p r i m e r a : «Bien
m e p a r e c e la c o n v e r s a c i ó n q u e V. md. q u i e r o t o m a r con esos P a -
d r e s d e la C o m p a ñ í a de J e s ú s , p o r q u e el b i e n q u e a h o r a s i e n t e n
en esa c i u d a d de ellos, h a m u c h o s días q u e y o lo s i e n t o ; s o l a m e n t e
m i r e V. m d . q u e n o sea e n b a l d e el b u e n e j e m p l o q u e viere.» E n
la s e g u n d a se e x p r e s a a s í : « ¿ P o r q u é n o d a r e m o s p a r t e d e a g r a d e c i -
m i e n t o al h o m b r e p o r c u y a m a n o Dios dio esta salud en I s r a e l ?
P u e s n o es m e n o s ser i n s t r u m e n t o de Cristo q u e h a c e r cosas m u y
m a r a v i l l o s a s , p o r las cuales el m u n d o h a c e g r a n d e h o n r a al quo
Dios t o m a p o r i n s t r u m e n t o p a r a o b r a r l a s . Y p a r a r e s p o n d e r V. m d . á
las o b j e c i o n e s q u e le p u s i e r e n c o n t r a q u i e n le e n g e n d r ó , m e p a r e c e
m u y b a s t a n t e r e s p u e s t a a q u e l l a : Sipeccator est nescio; unumscio, qnia
cum caecus essem, modo video, et si alus non est Apostolns, mihi est;
( 1 ) Esto s u c e d i ó e n los a ñ o s 1578 y 1582. V é a s e Cartas de Santa Teresa, p p . 163
y 3 2 3 , e d i c i ó n d e L a F u e n t e . A su t i e m p o h a b l a r e m o s t a l v e z d e e s t o s i n c i d e n t e s , de
p o c a m o n t a p o r c i e r t o , y q u e e s t a r í a n s e g u r a m e n t e s e p u l t a d o s en el o l v i d o , si n o se
tratara de u n a persona tan excepcional como Santa Teresa.
CAÍ'. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIFNTE COMPAÑÍA 663
[Si es p e c a d o r , n o lo sé; lo que sé es q u e , s i e n d o y o antes ciego, a h o r a
v e o ; si p a r a o t r o s n o es apóstol, p a r a m í lo e s ] , p u e s h e s e n t i d o e n é l
la v i r t u d de Dios, y t o c a r m e y s a n a r m e . Y las o b j e c i o n e s q u e V. m d .
m e e s c r i b e p o n e n algunas p e r s o n a s , p a r ó c e n m e m u y ñ a c a s ; p e r o n o
v e o p o r q u é d i g a n q u e n o saben q u é r e g l a n i o r d e n g u a r d a n , s i e n d o
n o t o r i o q u e e s t u d i a n en las u n i v e r s i d a d e s , y o r a n y d o c t r i n a n á g r a n -
des y á p e q u e ñ o s do b a l d e , y t i e n e n v i d a tan sin sendas y anfractos,
q u e p a r e c e t r a e n g r a n claridad, y p o r esto g r a n d e v e r d a d . Ni daña s e r
g e n t e n u e v a , p o r q u e si esto bastara p a r a c o n d e n a r , ¿cuántas cosas
b u e n a s h u b i e r a n sido condenadas? Y si á a l g u n o p a r e c e b a s t a r p a r a
n o los a p r o b a r , á lo m e n o s n o los r e p r u e b e n , p u e s n o es m á s r a z ó n
q u e se suspenda el j u i c i o en la a p r o b a c i ó n q u e en la r e p r o b a c i ó n .
Y si la p e r s o n a ha sentido ya la l u m b r e y fuerza celestial p o r m a n o
de e l l o s , n o t i e n e más q u e e s p e r a r , p u e s t i e n e p o r e x p e r i e n c i a l u e g o
lo q u e se p u e d e t e n o r d e s p u é s de h a b e r e s p e r a d o m u c h o t i e m p o ; y
á éste n o es b i e n e s t a r s u s p e n s o en el n e g o c i a r , y a q u e á o t r o s lo
fuese. Y a u n q u e p a r e c e h u m a n a p r u d e n c i a e s p e r a r m u c h o en la do-
l i b e r a c i ó n de estas cosas, p o r o t r a p a r t e h a y p e l i g r o : u n o , p o r q u e
e s p e r a n d o e n q u é p a r a n ellos, forte m e m o r i r é y o a n t e s , y p e r d e r é
el fruto q u e de ellos sacara, si con lleno corazón su d o c t r i n a siguie-
ra. Lo o t r o , p o r q u e la e x p e r i e n c i a nos dice q u e las Ó r d e n e s t i e n e n
m á s f e r v o r e n los p r i n c i p i o s q u e d e s p u é s ; y es b u e n o g o z a r d e l fer-
v o r , d o n d e q u i e n e n t r a l u e g o es más a y u d a d o q u e q u i e n d e s p u é s .
Y para esto n o bastan l e t r a s , sino q u e es m e n e s t e r q u e en e s p í r i t u d e
h u m i l d a d y en p u r e z a d e i n t e n c i ó n y en instancia do o r a c i ó n sea Dios
i n v o c a d o , p a r a q u e a l u m b r e , si a q u e l n e g o c i o es suyo ó n o , y t e n g o
p o r c i e r t o q u e si lo q u e se gasta en h a b l a r de ello se gastase en lo
q u e h e dicho, n o h a b r í a tantas c o n t i e n d a s en los p a r e c e r e s ; p o r q u e
s e r í a m o s enseñados do un Maestro q u e es C r i s t o , qui sapicittia-m ilat
parenlis. P e r o p o r q u e cada u n o se es m a e s t r o , y juzga más p o r con-
j e t u r a s , c o m o J o s u é y su p u e b l o en lo de los G a b a o n i t a s , s o m o s en-
g a ñ a d o s . Y si a l g u n o se q u e j a r e de olio, r e s p o n d e r l e h a n : Quia os Do-
mini non interrogaverunt. No h a y cosa c i e r t a , n i s e g u r a , n i de'fiar,
s i n o es lo q u e se p i d e al S e ñ o r con las c o n d i c i o n e s q u e dije; y esto
digo, c u a n d o n o h a y d o g m a c l a r a m e n t e falso, q u e allí clara está la
m e n t i r a . Y p o r q u e a q u í n o lo v e o , n i sospecha de e l l o , d i g o q u e si
o t r a s cosas esos s e ñ o r e s n o saben más de lo q u e V. m d . m e d e c l a r a ,
y o n o d e j a r é d e t e n e r en m u y b u e n a posesión á esos s i e r v o s de Dios,
n i V. m d . se m u e v a á s e r d e s a g r a d e c i d o á su s a n a d o r , q u e a u n q u e á
o t r o s fuese e x c u s a b l e la d u d a de estas p e r s o n a s , á V. m d . n o lo es, p u e s
 664 LUS. II. SAN IGNACIO DE LOYOLA
h a r e c i b i d o p o r m a n o de ellas lo q u e n o p o r m a n o s de o t r o s . Y n o es
i n c o n v e n i e n t e s e r d i s c í p u l o de u n o s en c u a n t o á la teología especu-
l a t i v a , y d e o t r o s c u a n t o á la p r á c t i c a ; p u e s h e m o s v i s t o á u n o s s e r
sabios en u n a y n o en otra. Y con t o d o esto es b i e n q u e V. m d . n o se
a p a s i o n e , t o r n a n d o m u c h o p o r q u i e n a m a , sino p u e s es n e g o c i o de
Dios, t r a t a r l o c o m o t a l , q u e es con m a n s e d u m b r e y o r a c i ó n y todo
s o s i e g o y m o d e s t i a . No deje V. m d . d e c o m u n i c a r las p e r s o n a s d e
q u i e n s i n t i e r e r e c i b i r p r o v e c h o su á n i m a ; y c u a n d o viese cosa q u e
d i s c r e p a s e de los d o g m a s eclesiásticos ó de las c o s t u m b r e s a p r o b a -
das e n la Iglesia p o r b u e n a s , e n t o n c e s a p á r t e s e ; c u a n d o esto n o , siga
la v e n a q u e Dios le h a d e s c u b i e r t o e n el c a m p o d e esos s i e r v o s do
Dios» (1).
6. Si e n la c a r t a p r e c e d e n t e v e m o s á u n h o m b r e q u e d i s c u r r o con
s o s i e g o , y j u i c i o s a m e n t e d e t e r m í n a l o q u e se d e b e c r e e r acerca de
la Compañía, en c a m b i o , e n el s i g u i e n t e f r a g m e n t o d e l Beato J u a n de
R i b e r a se t r a s l u c e el e n t u s i a s m o c o n q u e las almas piadosas, y s o b r e
t o d o los colosos p r e l a d o s , c o n t e m p l a b a n la a c t i v i d a d r e l i g i o s a de la
C o m p a ñ í a . E l c e l e b é r r i m o p a t r i a r c a D. J u a n de R i b e r a , á q u i e n y a
v i m o s p r e s e n t a r s e á San F r a n c i s c o de Borja el año 1553 (2), e m p e z ó á
g o b e r n a r la Iglesia d e Valencia, s i e n d o t o d a v í a b a s t a n t e j o v e n , y con-
t i n u ó , c o m o es sabido, p o r más de c u a r e n t a años e n la faena g l o r i o s í -
s i m a de purificar, i n s t r u i r y santificar la i m p o r t a n t e diócesis q u e Dios
le e n c o m e n d ó . E n esta l a r g a y fecunda c a r r e r a t u v o ocasión de ser tes-
t i g o p r e s e n c i a l d e l p r i m e r m e d i o siglo d e la Compañía, y de c o n o c e r
c o m o pocos la í n d o l e d e n u e s t r o s m i n i s t e r i o s y t r a b a j o s . E l año 1607,
c u a n d o se e s t a b a n h a c i e n d o d i l i g e n c i a s p a r a la beatificación de San
I g n a c i o , h u b o de i r el Beato J u a n á G a n d í a , p a r a t o m a r i n f o r m a c i o -
n e s s o b r e a l g u n o s m i l a g r o s q u e había h e c h o en a q u e l l a p o b l a c i ó n
n u e s t r o s a n t o P a d r e . C o n esta ocasión, e l s a n t o p r e l a d o , p r e d i c a n d o
el dia 13 de Mayo d e l a n t e de g r a n c o n c u r s o y d e m u c h o s r e l i g i o s o s
de v a r i a s Ó r d e n e s , hizo u n elogio de la C o m p a ñ í a , q u e v a m o s á tras-
l a d a r , tal c o m o se e n c u e n t r a e n u n a c a r t a d e l P . M i g u e l J u l i á n al
P . R i b a d e n e i r a . O b s e r v a r á e l l e c t o r q u e s e m e z c l a n e n esto frag-
m e n t o los textos d e l b e a t o con las p a l a b r a s del n a r r a d o r . E s t a p o c o
artística mezcla es u n a p r u e b a de la s i n c e r i d a d del r e l a t o .
D i c e , p u e s , el P . J u l i á n , q u e el santo p r e l a d o , d e s p u é s d e p r e d i c a r
s o b r e el e v a n g e l i o d e l d í a , h a b i e n d o d e s c a n s a d o u n p o c o , e m p e z ó
c o m o n u e v o s e r m ó n e n esta f o r m a : « S i e m p r e h e t e n i d o m u y a s e n -
tí) Carlas de San Ignacio, t. n , p . 5 0 2 . — ( 2 ) V é a s e la p a g . 3 1 7 .
CAP. X X I I . — J U l ' I O DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 665
t a d o este p e n s a m i e n t o (señalando con la m a n o la frente), q u e el m a -
y o r t e s t i m o n i o d e la santidad del b e a t o P . I g n a c i o , es la r e l i g i ó n q u e
é l f u n d ó , t a n santa ( d o n d e c o m e n z ó á a l a b a r la C o m p a ñ í a m u y e n
p a r t i c u l a r , con t a n t o s e n t i m i e n t o y t e r n u r a , quo n o s o l a m e n t e el p r e -
d i c a d o r se e n t e r n e c í a m u c h o , sino q u e hizo d e n - a m a r m u c h a s l á g r i -
mas a l a u d i t o r i o ) , c o n u n e j e m p l o t a n u n i v e r s a l , c u a l h a d a d o al
m u n d o , tan e x t r a o r d i n a r i a m u d a n z a e n las c o s t u m b r e s , tanta frecuen-
cia d e los s a n t o s s a c r a m e n t o s , q u e en t i e m p o de n u e s t r o s a b u e l o s ,
c u a n d o m u c h o se a l l e g a b a n d e año á a ñ o al s a n t í s i m o S a c r a m e n t o ,
sin h a b e r en toda la c r i s t i a n d a d q u i e n m á s á m e n u d o se l l e g a s e , y
e n t o n c e s con tan poca luz y a p a r e j o , y a g o r a es f r e c u e n t a d o t a n á m e -
n u d o p o r t a n t a s p e r s o n a s q u e t r a t a n d e cosas d e d e v o c i ó n y o r a c i ó n
a d o n d e la C o m p a ñ í a está, t a n t o fruto e n las almas n o sólo con la p r e -
dicación, sino con t a n t o s l i b r o s tan doctos, y m a y o r m e n t e c o n t r a los
h e r e j e s . E n las o b r a s d e l V. P . Canisio está r e c o g i d o todo c u a n t o los
d e m á s h a n e s c r i t o después. S i n o , m i r a d m e la c o n v e r s i ó n d e esas I n -
dias, y p a r a los h e r e j e s m i r a d á esa I n g l a t e r r a , A l e m a n i a y Francia-
Al fin q u i s o Dios con su p r o v i d e n c i a , q u e al t i e m p o q u e se l e v a n t a -
ban Unas h e r e j í a s tan p e l i g r o s a s y tan c o n t r a r i a s al i n s t i t u t o d e la
Compañía, á ese m i s m o comenzase á r e s p l a n d e c e r el P . I g n a c i o y sa-
case á luz su R e l i g i ó n , q u e enseñase y g u a r d a s e las cosas t o t a l m e n t e
o p u e s t a s á a q u e l l a s h e r e j í a s , c u y o i n s t i t u t o fuese, c o m o h a sido, u n
fármaco ( q u e estas f u e r o n sus palabras) c o n t r a todas ellas.» T e r m i n a
su carta el P . Miguel J u l i á n con estas p a l a b r a s : «El H e r m a n o q u e h a
sacado esto, y con p r i s a n o ha l l e g a d o de m i l leguas á lo q u e el s e ñ o r
P a t r i a r c a p r e d i c ó , n i m e n o s al t é r m i n o y g r a n afecto con q u e lo
dijo» (1). No es de m a r a v i l l a r q u e a l g u n o s h o m b r e s r e s p e t a b l e s de la
Compañía, c o m o el P . R i b a d e n e i r a , e s c r i b i e r a n al b e a t o J u a n d e Ri-
b e r a cartas de a g r a d e c i m i e n t o p o r lo q u e dijo en este s e r m ó n .
7. E s t e m i s m o r e l i g i o s o e n t u s i a s m o , esta a d m i r a c i ó n s i n c e r a de
los p r i n c i p i o s y p r o g r e s o s d e la C o m p a ñ í a , la d e s c u b r i m o s e n dos
h o m b r e s insignes, q u e t r a t a r o n b a s t a n t e con San I g n a c i o , c o n o c i e r o n
b i e n su e s p í r i t u , y p o r la p o s i c i ó n q u e o c u p a b a n e n la s o c i e d a d , p u -
d i e r o n n o s a b e r c o m o q u i e r a , sino v e r p o r sus ojos lo q u e o b r a b a la
( 1 ) Archivo general de Valencia. Órdenes religiosas suprimidas, núni. 90. E n este
legajo h a y dos t o m o s en 4.", q u e l l e v a n e s t e t í t u l o p o r d e f u e r a : «.Varias m a t e r i a s
p a r a la h i s t o r i a d e la P r o v i n c i a » , y d e s p u é s v i e n e u n t o m o en folio s o b r e l a s m i s m a s
m a t e r i a s , y en la p . 129 está la c a r t a q u e a q u í c o p i a m o s . R e c i e n t e m e n t e h a s i d o
trasladado este l e g a j e al A r c h i v o h i s t ó r i c o n a c i o n a l d e M a d r i d .
666 11B. I I . — S A N IGNACIO DB I.OYOLA
C o m p a ñ í a . Véase la idea q u e se había f o r m a d o de n u e s t r a O r d e n el
p a p a J u l i o I I I , s e g ú n la manifestó él m i s m o al c a r d e n a l d e C a r p í :
«Este día, e s c r i b e P o l a n c o , c o n t a b a el c a r d e n a l d e Carpí á n u e s t r o
P a d r e q u e , h a b l a n d o al papa d e l colegio q u e se e n v i a b a á L o r e t o
(del cual Su S a n t i d a d m u c h o se a l e g r ó ) , e n t r a r o n e n h a b l a r de la Com-
pañía con m u c h o gusto; y decíale el c a r d e n a l q u e de este colegio d e
R o m a p r e s t o t e n d r í a esta S e d e g e n t e p a r a h u m i l l a r y c o n f u n d i r
c u a n t o s h e r e j e s había, y r e s p o n d i ó el papa quo era g r a n cosa la desta
Compañía, y q u e n i la r e l i g i ó n de San B e n i t o , n i la d e Santo D o m i n -
go, n i de San F r a n c i s c o , n o h a b í a n t e n i d o tal a u m e n t o en tan b r e v e
t i e m p o , y o t r a s cosas q u e m u e s t r a n la b u e n a e s t i m a c i ó n y afición q u e
tiene» (1).
E x a g e r a d o p a r e c e r á este c o n c e p t o , y c i e r t a m e n t e lo era en el p u n t o
en q u e lo p o n í a el c a r d e n a l de Carpi. ¡Ojalá h u b i e r a p o d i d o la Com-
pañía r e a l i z a r tan e s t u p e n d a s e s p e r a n z a s ! Más en lo j u s t o estaba el
v i r r e y d e Sicilia, J u a n de V e g a , c u a n d o al s a b e r la m u e r t e de San
I g n a c i o , escribía al P . Laínez estas s e n t i d a s p a l a b r a s : «A n u e s t r o Se-
ñ o r sean dadas infinitas g r a c i a s p o r h a b e r r e c o g i d o este su s i e r v o
p a r a sí, al t i e m p o cpie j u z g ó s e r más o p o r t u n o , con h a b e r dejado acá
tantos trofeos de su santidad y b o n d a d , q u e n o los g a s t a r á el t i e m p o ;
n i el a i r e , n i el a g u a , c o m o o t r o s q u e v e m o s y a d e s h e c h o s , q u e fue-
r o n edificados p o r v a n a g l o r i a y v a n i d a d del m u n d o . Y c o n s i d e r o y o
el t r i u n f o con q u e d e b e h a b e r sido r e c i b i d o en el cielo y h o n r a d o ,
q u i e n dolante de sí lleva tantas v i c t o r i a s y batallas v e n c i d a s c o n t r a
g e n t e s tan e x t r a ñ a s y b á r b a r a s y a p a r t a d a s d e toda noticia de luz y
r e l i g i ó n , sino a q u e l l a q u e le fué a l u m b r a d a y a b i e r t a p o r este bien-
a v e n t u r a d o y santo c a p i t á n y p o r sus soldados, y cuan j u s t a m e n t e se
p u e d e p o n e r e n el cielo su e s t a n d a r t e con el de Santo D o m i n g o y San
F r a n c i s c o y o t r o s santos, á q u i e n Dios dio g r a c i a de q u e h u b i e s e n
v i c t o r i a de las t e n t a c i o n e s y m i s e r i a s de este m u n d o , y l i b r a s e n tan-
tas almas d e l i n f i e r n o , y c u a n sin e n v i d i a será esta g l o r i a y triuní'o
do la de los o t r o s santos v a r o n e s , y cuan d i f e r e n t e s de los t r i u n f o s y
g l o r i a s de este m u n d o , llenas d e t a n t a m i s e r i a y envidia, y con t a n t o
d a ñ o y c o r r u p c i ó n de la r e p ú b l i c a . Lo cual t o d o es de g r a n d e con-
solación y de g r a n d e esfuerzo p a r a q u e la p e n a d e la sensualidad,
p o r m u c h a q u e sea, se c o n s u e l e de s e m e j a n t e p é r d i d a , y se e s p e r e
q u e de allá d e l cielo a p r o v e c h a r á y p o d r á h a c e r l o m u c h o m e j o r c o n
su r e l i g i ó n , y t o d o s los d e m á s q u e t u v i e r o n y t i e n e n c o n o c i m i e n t o y
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. ív, p . 3 7 8 .
CAÍ'. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 667
d e v o c i ó n con su santa p e r s o n a ; y así m e h a r á V. R. m u c h a m e r c e d ,
en especial a h o r a en estos p r i n c i p i o s , de a v i s a r m e d e l p r o g r e s o d e
esa santa C o m p a ñ í a y de t o d o lo d e m á s q u e le sucediere» (1).
8. C o n el j u i c i o d e estos h o m b r e s , colocados e n altísima p o s i c i ó n
social, j u n t e m o s el de o t r o s q u e , si b i e n v i v í a n a p a r t a d o s del m u n d o ,
p e r o p o r sus l e t r a s , g é n e r o d e v i d a y e x p e r i e n c i a de cosas e s p i r i t u a -
les, se h a l l a b a n e n estado de a p r e c i a r d e b i d a m e n t e los trabajos d e
u n a O r d e n religiosa. E n t r e estos h o m b r e s d e b e m o s r e c o r d a r con
s i n c e r a g r a t i t u d á v a r i o s P a d r e s d o m i n i c o s , los cuales, p o r su v i r t u d
y ciencia s a g r a d a , g o z a b a n en el católico p u e b l o español de u n c r é -
d i t o m u c h o más influyente de lo q u e a h o r a nos p o d e m o s i m a g i n a r ,
y e m p l e a r o n g e n e r o s a m e n t e ese c r é d i t o e n d e f e n d e r á la C o m p a ñ í a
y f o m e n t a r sus santas e m p r e s a s . Ya v i m o s más a r r i b a (2) la c o r d i a l
acogida q u e dispensó al B. P e d r o F a b r o el confesor de Carlos V, fray
P e d r o de Soto. E n Z a r a g o z a , n u e s t r o m a y o r a m i g o en los p r i m e r o s
años fué el p r i o r de los d o m i n i c o s , F r . T o m á s de E s q u i v e l . E n Sa-
lamanca n a d i e nos defendió m e j o r d e los t i r o s d e M e l c h o r Cano q u e
F r . J u a n de la P e ñ a . C u a n d o , p o c o d e s p u é s d e m o r i r San I g n a c i o , se
l e v a n t ó e n Sevilla la p e r s e c u c i ó n d e l h e r e j e C o n s t a n t i n o c o n t r a la
C o m p a ñ í a , los p r i m e r o s e n d e f e n d e r n o s , c o m o v e r e m o s e n el t o m o
s i g u i e n t e , fueron los m a e s t r o s d o m i n i c o s B u r g o s y Salas. E n Valen-
cia t u v i e r o n los N u e s t r o s la f o r t u n a de g o z a r d e la c o m u n i c a c i ó n y
a m p a r o d e dos santísimos r e l i g i o s o s d o m i n i c o s , cuyas v i r t u d e s r e n o -
v a b a n e n a q u e l l a c i u d a d los e j e m p l o s de San V i c e n t e F e r r e r . E r a n
éstos San Luis B e l t r á n y el v e n e r a b l e J u a n Mico.
Del p r i m e r o n o t e n e m o s n o t i c i a s p a r t i c u l a r e s , y sólo s a b e m o s , e n
g e n e r a l , q u e r e c o m e n d a b a los trabajos d e la Compañía, y la defendía
y a u t o r i z a b a con sus p a l a b r a s (3). F r a y J u a n Mico dio e n v a r i a s oca-
siones m u e s t r a s m u y e x p r e s i v a s del g r a n d e a p r e c i o q u e hacía d e
n u e s t r o s P a d r e s y del s i n g u l a r a m o r con q u e abrazaba á la Compa-
ñía. S i e n d o p r o v i n c i a l de su O r d e n , y p r e d i c a n d o e n J á t i v a el año
1549, e x p l i c ó al p u e b l o la p a r á b o l a de los o b r e r o s e n v i a d o s p o r el
p a d r e de familias á t r a b a j a r . e n la viña. Aplicó la p a r á b o l a al estado
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. v i , p . 4 2 1 .
(2) Cap. n.
( 3 ) «.lland absimili [ac Mico] et animo erat et patrocinio ex eodem sacro Praedi-
catorum Ordine alterum Valentiae per Ídem tempus lumen, B. Ludovicus Beltranus.
Quorum quo conspectior auctoritas hoc majorem inde commendati Sociorum labo-
res in populis ad eosjuvandos curandosque habebant vim 5 O r l a a d i a i , Historia S. J.,
1. x i v , n. 7 0 .
 CAP. XXII. JUICIO DB LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 669
«68 LIl!. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA

n o c i ó á la C o m p a ñ í a p o r p r i m e r a vez en P o r t u g a l . I g n o r a m o s el
y vida de la I g l e s i a ; y r e c o r d a n d o los i n s i g n e s p a t r i a r c a s y Ó r d e n e s
tiempo preciso en que esto sucedió; p e r o p o r dos cartas suyas q u e
religiosas, e n v i a d o s p o r Dios e n d i v e r s o s t i e m p o s p a r a el c u l t i v o es-
c o n s e r v a m o s , escritas en p o r t u g u é s ( 1 ) , n o s consta q u e ya e n 1548
p i r i t u a l d e la I g l e s i a , v i n o á d e c i r q u e á ú l t i m a h o r a h a b í a e n v i a d o
e r a a m i g o s i n c e r o y m u y familiar de n u e s t r o s P a d r e s . C u a n d o e n
al P . I g n a c i o y á la Compañía de J e s ú s , c u y o e s p í r i t u y trabajos elo-
O c t u b r e d e 1551 fueron m a n d a d o s a l g u n o s de los N u e s t r o s p a r a a b r i r
g i ó e x t e n s a m e n t e (1). T r a t a b a este santo v a r ó n f a m i l i a r m e n t e c o n los
el c o l e g i o de É v o r a , hallábase F r . L u i s e n esta c i u d a d e j e r c i t a n d o
N u e s t r o s , gozábase e n s a b e r noticias de la C o m p a ñ í a , y t e n í a t a n
f e r v o r o s a m e n t e la p r e d i c a c i ó n . L u e g o q u e s u p o la fundación q u e
b u e n c r é d i t o d e n u e s t r o s P a d r e s en m a t e r i a s d e e s p í r i t u , q u e acu-
p r o y e c t a b a h a c e r el infante D. E n r i q u e , fué á v i s i t a r á Su A l t e z a , y
d i e n d o á él c i e r t o p e c a d o r i n s i g n e en busca do r e m e d i o , le r e m i t i ó á
le b e s ó las m a n o s , a g r a d e c i é n d o l e el c o l e g i o q u e deseaba fundar,
n u e s t r o colegio, a s e g u r á n d o l e q u e n a d i e c o m o los P a d r e s de la Com-
c o m o si fuera u n beneficio h e c h o á él y á su O r d e n . V i é n d o l e D. E n -
pañía sabría c u r a r l e las llagas de la conciencia (2).
r i q u e con esta b e n é v o l a disposición, r o g ó l e q u e desde el pulpito d i -
La estima q u e hacía de los N u e s t r o s el v e n e r a b l e J u a n Mico d e b i ó
j e s e a l g o al p u e b l o e n r e c o m e n d a c i ó n d e la C o m p a ñ í a y d e l c o l e g i o
e x t e n d e r s e á t o d o s los d o m i n i c o s de Valencia, p u e s a l g u n o s m e s e s
q u e se iba á e m p e z a r . A c e p t ó F r . L u i s d e b u e n g r a d o la p r o p u e s t a ,
d e s p u é s de la m u e r t e d e l santo v a r ó n , o c u r r i d a en A g o s t o d e 1555,
y e n el p r i m e r s e r m ó n q u e p r e d i c ó d i l a t ó s e e n alabanzas de la C o m -
q u i s i e r o n h a c e r los E j e r c i c i o s de San I g n a c i o bajo la d i r e c c i ó n de
pañía, d i c i e n d o q u e su i n s t i t u t o e r a v e r d a d e r a m e n t e apostólico, y
n u e s t r o s P a d r e s . No sin señales de g r a t a s o r p r e s a e x p o n e este suceso
q u e t o d o el deseo de la n u e v a O r d e n r e l i g i o s a e r a r e s t i t u i r los cris-
el P . P e d r o C a b r e r a e n la carta c u a d r i m e s t r e q u e e s c r i b i ó p o r
t i a n o s á la v i r t u d y s a n t i d a d d e la p r i m i t i v a I g l e s i a (2¡. T a n afectuo-
S e t i e m b r e de 1556. «Una c o s a , d i c e , m e h e o l v i d a d o do m u y g r a n d e
sas m u e s t r a s de a m o r dio á los N u e s t r o s p o r a q u e l l o s d í a s , q u e los
edificación, y es q u e , t r a t a n d o los P a d r e s P r e d i c a d o r e s c o n los de la
P a d r e s do É v o r a , e s c r i b i e n d o á los d e C o i m b r a , decían de F r . L u i s
Compañía, v i n i é n d o n o s m u c h a s v e c e s á v i s i t a r el m i s m o p r i o r y p r o -
estas significativas p a l a b r a s : « É s t e es m u y d e v o t o de n u e s t r a C o m -
v i n c i a l de la O r d e n , p e r s o n a s q u e son l u m b r e y espejo de t o d a la r e -
pañía, y p u é d e n l o t e n e r p o r u n profeso d e ella» (3).
ligión, p o r s e r p e r s o n a s tan n o t a b l e s , q u i s i e r o n d e c i r la misa cantada
Cinco años d e s p u é s , e n 1556, c u a n d o M e l c h o r Cano v o l v i ó á la
el día de San P a b l o , q u e h i c i m o s fiesta en n u e s t r a iglesia, y d e s p u é s los
carga c o n t r a los N u e s t r o s en V a l l a d o l i d , c o m o v e r e m o s e n el t o m o
m i s m o s p i d i e r o n les diesen los Ejercicios, y así los h a n h e c h o , y des-
s i g u i e n t e , F r . L u i s d e G r a n a d a salió d e n o d a d a m e n t e á la defensa d e
p u é s los h a n h e c h o ocho ó n u e v e frailes de la m i s m a O r d e n q u e ha-
la Compañía, y c o m o n u e s t r o e n e m i g o e s c r i b i ó v a r i a s cartas q u e
b í a n de i r á r e f o r m a r u n m o n a s t e r i o de su O r d e n , u n o s e n n u e s t r o
c o r r í a n d e m a n o e n m a n o , llenas de d i c t e r i o s c o n t r a n u e s t r o s P a -
colegio, y o t r o s e n su m i s m o m o n a s t e r i o , a d o n d e iba u n H e r m a n o á
d r e s (4), t a m b i é n F r . L u i s e s c r i b i ó s u carta, d i r i g i é n d o l a á u n P a d r e
d á r s e l o s , p o r q u e en casa n o había l u g a r p a r a tantos. C i e r t o , P a d r e ,
d e la Compañía. E n este d o c u m e n t o p r e c i o s o , á v u e l t a s d e u n a sin-
q u e es h a r t o g r a n d e la confusión de t o d o s los q u e en este colegio
c e r a h u m i l d a d q u e v e r d a d e r a m e n t e e n a m o r a , manifiesta el e m i n e n t e
e s t a m o s , v e r en c u á n t o son s e r v i d o s p o r t o d o s los de las o t r a s r e l i -
e s c r i t o r la o p i n i ó n altísima q u e tenía f o r m a d a de n u e s t r a O r d e n .
g i o n e s ; t a n t o , q u e casi n u n c a salen de casa, q u e , si p u e d a n , n o v e n g a n
Dice así: «Muy R e v e r e n d o S e ñ o r : Sabe n u e s t r o S e ñ o r c o n c u á n t a
á t r a t a r con n o s o t r o s dé cosas de Dios. B e n d i t o sea el S e ñ o r p o r t o d o ,
p e n a l e í la c a r t a d e Vmd, p o r q u e n o q u i s i e r a y o q u e c o n t a n t a c o s t a
q u e t a n t o sabe p r o s p e r a r sus cosas» (3).
n u e s t r a c r e c i e r a el p r o v e c h o de VV. R R . , p o r q u e e n este n e g o c i o
9. P e r o t r a t á n d o s e de los a m i g o s q u e n u e s t r a r e l i g i ó n t u v o e n la
n o t e m o el daño d e q u i e n p a d e c e la injusticia, sino de q u i e n la h a c e .
s a g r a d a O r d e n do P r e d i c a d o r e s , n o es p o s i b l e o l v i d a r al asceta elo-
P o r q u e b i e n sé q u e el estilo de Dios n u e s t r o S e ñ o r es h a c e r d u l c e s
c u e n t e , al e s c r i t o r fecundo y e s p o n t á n e o , al g r a n m a e s t r o de b i e n
o b r a r y de b i e n e s c r i b i r , al v e n e r a b l e P . F r . Luis d e G r a n a d a . Co- ( 1 ) Epistolae Sanctorum, f. 8 1 .
( 2 ) Lil'erae quadrimestres, t. I, p . 4 5 1 .
( 3 ) Ibid., p . 4 7 2 .
( 1 ) Epislulae mixtae, t. I I , p . 1 1 7 .
( 4 ) E n el t o m o s i g u i e n t e h a b l a r e m o s d e e s t a s c a r t a s , y a p u b l i c a d a s p o r F e r m í n
( 2 ) Ibid., t. i n , p . 0 9 6 . P o l a n c o , Historia S. J., t. ív, p . 3 3 4 .
Caballero.
( 3 ) Litterae quadrimestres, t. iv, p . 4 7 3 .
670 LIB. 11. SAN IGNACIO DE LOYOLA
las aguas con sal, y a l u m b r a r los ojos con el b a r r o , y s a n a r las llagas
c o n masa de h i g o s , y m u l t i p l i c a r los hijos de I s r a e l con las p e r s e c u -
c i o n e s de F a r a ó n , y el p u e b l o de los c r i s t i a n o s con la g u e r r a de los
t i r a n o s . A n t e s , la m á s c o m ú n m a n e r a d e o b r a r s u y a es u s a r d e los
m e d i o s de los a d v e r s a r i o s p a r a h a c e r sus h e c h o s , c o m o usó de la
v e n t a d e J o s e p h con q u e los h e r m a n o s q u e r í a n d e s h a c e r sus sue-
ños, p a r a verificar sus sueños. Y así m e p a r e c e q u e en esto h a de
v e n i r á p a r a r esta n u e v a c o n t r a d i c c i ó n , q u e a u n q u e tira á d e r r i b a r -
los, los h a de ser ocasión de a n d a r más h u m i l d e s , m á s religiosos, más
e j e m p l a r e s , más cautos y m á s d e v o t o s , y p o r c o n s i g u i e n t e , más b i e n
q u i s t o s y más b i e n a c r e d i t a d o s del m u n d o . Y así, lo q u e a q u e l P a d r e
t o m a p o r m e d i o p a r a a b a t i r l o s , t o m a Dios p o r m e d i o p a r a l e v a n t a r -
los, y más v e r d a d es q u e él b a r b e c h a p a r a VV. RR., q u e VV. RR. p a r a
el A n t e c r i s t o . P a r a mí t e n g o p o r c i e r t o , q u e a q u e l de q u i e n dice
J o b quiponit vcntis pmtdus, y p r o v e y ó á S. P a b l o d e a q u e l e s t í m u l o
de la c a r n e p a r a q u e la g r a n d e z a de las r e v e l a c i o n e s n o le ensalza-
se, ése h a p r o v e í d o á VV. R R . d e este azote, p a r a q u e la g r a n d e z a
d e l a p l a u s o y b u e n r e c i b i m i e n t o del m u n d o n o los l e v a n t e . A c u é r -
dese V. R q u e los s e m b r a d o s á t i e m p o s h a n m e n e s t e r b l a n d u r a , y á
t i e m p o s h e l a d a y seca, p a r a q u e con lo u n o suban á lo alto, y con lo
o t r o a r r a i g u e n e n lo bajo, y lo m e s m o h a n m e n e s t e r las p l a n t a s
e s p i r i t u a l e s q u e D i o s p l a n t a e n su Iglesia p a r a s e r e n ella glorificado.
P o r q u e así c o m o con las alabanzas, c u a n d o n o son demasiadas, c r e c e
la v i r t u d , así con las t r i b u l a c i o n e s la fortaleza. A l é g r e s e V. R. q u e la
C o m p a ñ í a p r o c e d e p o r los m i s m o s t é r m i n o s p o r d o n d e p r o c e d i ó la
p r i m i t i v a Iglesia; y ¡ay de R o m a c u a n d o le faltare C a r t a g o ! Lo q u e
á V. R. p i d o es, q u e r u e g u e á n u e s t r o S e ñ o r , e n celo d e p e r f e c t a ca-
ridad, q u e n o n o s azote el S e ñ o r p o r la culpa de u n o , q u e este es el
m a y o r t e m o r quo t e n g o . Yo n o t e n d r í a p o r i n c o n v e n i e n t e q u e p o r
p a r t e d e l consejo de la I n q u i s i c i ó n se p u s i e s e silencio á p e r s o n a q u e
escandaliza al p u e b l o , p o n i e n d o boca en el E s t a d o q u e la Iglesia
t i e n e a p r o b a d o , y l l a m a n d o uñas del A n t e c r i s t o á los q u e n o p u e d e
p r o b a r q u e sean h e r e j e s , p o r q u e tales h a b í a n de sor los quo ese n o m -
b r e m e r e c í a n . Y p o r q u e estoy en s e m a n a santa con c a r g o de p r e d i -
c a r t r e s s e r m o n e s , n o m e a l a r g o m á s en ésta, sino s u p l i c a r á n u e s t r o
S e ñ o r m o r e s i e m p r e e n su á n i m a , y le s a q u e con m u c h a s r i q u e z a s y
p r o s p e r i d a d e s d e esta n u e v a t r i b u l a c i ó n . — D e Lisboa, p o s t r e r o d e
Marzo 1556.—Fr. Luis de Granada» (1).
( 1 ) Cartas de San Ignacio, t. II, p . 5 5 4
CAP. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 671
S a l g a m o s de los claustros r e l i g i o s o s y e s c u c h e m o s la voz d e o t r o s
i n s i g n e s m a e s t r o s , á q u i e n e s su m u c h o s a b e r y r e p o s a d o j u i c i o da-
b a n especial c o m p e t e n c i a p a r a a p r e c i a r d e b i d a m e n t e el c a r á c t e r d e
la Compañía. E n t r e los g r a n d e s m a e s t r o s q u e r e g e n t a r o n c á t e d r a s
u n i v e r s i t a r i a s en el siglo x v i , pocos a l c a n z a r o n u n r e n o m b r e tan
i l u s t r e y b i e n m e r e c i d o c o m o el Dr. N a v a r r o , M a r t í n de Azpilcueta,
teólogo profundo y canonista incomparable, cuyo largo magisterio
e n varias u n i v e r s i d a d e s f o r m ó u n a l e g i ó n de h o m b r e s s ó l i d a m e n t e
i n s t r u i d o s en las ciencias eclesiásticas. E s t e c é l e b r e d o c t o r d e s e m -
peñó la c á t e d r a de p r i m a , e n C o i m b r a , d u r a n t e u n o s q u i n c e años,
q u e casi c o i n c i d i e r o n con los q u i n c e p r i m e r o s d e la C o m p a ñ í a (1).
C u a n d o , c o n c l u i d o este l a r g o y g l o r i o s o m a g i s t e r i o , salió de P o r t u -
gal en D i c i e m b r e de 1554, hizo alto e n S a l a m a n c a , y véase la t i e r n a
e n t r e v i s t a q u e t u v o con los P a d r e s de n u e s t r o colegio el día 29 d e l
m i s m o m e s , s e g ú n la r e f i e r e el P . A n t o n i o d e C ó r d o b a e s c r i b i e n d o
á San I g n a c i o .
E l Dr. N a v a r r o , el de C o i m b r a , con q u i e n n o s h a consolado h o y
n u e s t r o S e ñ o r , v i n o á esta casa, p a s a n d o d e c a m i n o p a r a N a v a r r a , y
decíanos q u e venía á d a r la o b e d i e n c i a á esta casa, c o m o la t e n í a
dada á la Compañía; y c o m o si fuera de ella, abrazó á los H e r m a n o s ,
e c h á n d o s e en t i e r r a á b e s a r las m a n o s á t o d o s los q u e le l l e g a b a n á
h a b l a r . Díjonos q u e lo h a b í a n escrito al c a m i n o , q u e el r e y h a b í a
d a d o el colegio r e a l de C o i m b r a á la C o m p a ñ í a , y q u e lo c r e í a p o r
lo q u e él había t r a t a d o con Su Alteza y con el infante D. Luis, y q u e
se gozaba s u m a m e n t e p o r el p r o v e c h o g r a n d e q u e en estos n u e s t r o s
colegios se hace, y q u e creía q u e , así a q u e l de C o i m b r a c o m o los de-
más q u e se f u n d a r e n n u e s t r o s , t e n d r í a n g r a n d e s c o n t r a d i c c i o n e s p o r
ser la m a y o r a r m a d a q u e n u n c a se hizo c o n t r a el d e m o n i o , la q u e
en esta e m p r e s a q u e V. P . h a t o m a d o se h a c e .
T a m b i é n nos decía c u á n t o deseaba v e r m u y fundado este colegio
[de Salamanca] y el de P a r í s , p o r s e r las fuentes de las letras, y a d o n -
d e más c o n c u r s o hay de g e n t e e x t r a n j e r a » (2).
( 1 ) Vide A r i g i t a y L a s a , El Doctor Navarro, p . 157.
. ( 2 ) Epistolae mi.rtae, t. í v , p . 4 8 6 . 131 P . F r a n c o (Synopsis Annalium Soc. Jes. in
Lusilania, p . 1 2 ) a d u c e u n t e s t i m o n i o s u m a m e n t e honorífico e n f a v o r d e la C o m -
p a ñ í a y d e l colegio d e C o i m b r a , d a d o p o r A z p i l c u e t a en 1544. Ni h e d e s c u b i e r t o el
o r i g i n a l , n i h e h a l l a d o en los c o n t e m p o r á n e o s a l u s i ó n a l g u n a á t a l t e s t i m o n i o . P o r
o t r a p a r t e , el g r a v e y e r r o c r o n o l ó g i c o q u e e n c i e r r a , y q u e h a s i d o n o t a d o o p o r t u n a -
m e n t e p o r el Sr. A r i g i t a (El Doctor Navarro, p . 1 7 1 ) , m e h a c e d u d a r do la a u t e n -
t i c i d a d d e u n d o c u m e n t o q u e sólo a p a r e c e en u n a o b r a i m p r e s a el a ñ o 1 7 2 6 .
 672 LIB. 1J.—SAN IGNACIO DB LOYOLA
10. Tan c é l e b r e c o m o N a v a r r o e n t r e los teólogos, es e n t r e los h u -
manistas el c o r d o b é s J u a n Ginés d e S e p ú l v e d a , h o m b r e estudioso,
q u e vivía e n c o n t i n u o c o m e r c i o con la clásica a n t i g ü e d a d , y sabía
r e p r o d u c i r e n su estilo las bellezas de C i c e r ó n y T i t o L i v i o . E n la
e l e g a n t e h i s t o r i a d e Carlos V q u o e s c r i b i ó e n l a t í n , ofreciósele oca-
sión d e m e n c i o n a r l o s p r i n c i p i o s d e la C o m p a ñ í a , y r e c o r d a n d o la
fundación d e l c o l e g i o d e C ó r d o b a , d e b i d a á las l i b e r a l i d a d e s del
d e á n y d e n u e s t r o P a d r e D. A n t o n i o , p r o s i g u e de este m o d o : «El
d e á n dio u n a casa q u e h a b í a edificado á m u c h a c o s t a , á los j e s u í t a s ,
d o n d e éstos h a b i t a n m u y b i e n a c o m o d a d o s y se s u s t e n t a n c o n las
r e n t a s eclesiásticas q u e les aplicó D. A n t o n i o c u a n d o r e n u n c i ó á s u s
beneficios. Los más doctos e n t r e ellos enseñan p ú b l i c a m e n t e el latín,
el g r i e g o y las a r t e s l i b e r a l e s , y con el e j e m p l o de u n a vida h o n e s -
tísima y con piadosos y p r u d e n t í s i m o s consejos, e n c a m i n a n á la v i r -
t u d y r e l i g i ó n los m u c h o s j ó v e n e s q u e a c u d e n á ellos p a r a estu-
diar» (1).
Sustancioso es, a u n q u e b r e v e , este elogio; p e r o q u e d a p á l i d o en
c o m p a r a c i ó n d e l q u e h a c e d e l m i s m o colegio el i n s i g n e c o r d o b é s
A m b r o s i o d e M o r a l e s , p a d r e d e la H i s t o r i a d e E s p a ñ a . C u a n d o en-
t r a r o n los N u e s t r o s e n C ó r d o b a , t e n í a Morales c u a r e n t a años, y ha-
b i e n d o p r e s e n c i a d o la a c t i v i d a d apostólica de n u e s t r o s P a d r e s e n
beneficio d e los c o r d o b e s e s , n o s la h a r e t r a t a d o en u n a d e s c r i p c i ó n
q u e más p a r e c e p r o p i a de d i s c u r s o a n i m a d o q u e de h i s t ó r i c a n a r r a -
ción. O i g a m o s sus p a l a b r a s : «Parecía la casa [de la C o m p a ñ í a ] u n a
feria d e m e r c a d e r í a s d e l c i e l o . Veíanse p o r los c l a u s t r o s , iglesia y
confesonarios, o r d i n a r i a c o n t r a t a c i ó n s o b r e los n e g o c i o s de la salva-
ción d e las a l m a s . E l c a b a l l e r o , el m e r c a d e r , el r e g i d o r , el fiscal, ol
juez, las m a d r e s d e familia, t o d o s a c u d í a n á t r a t a r m a t e r i a s c o n v e -
n i e n t e s á s u s oficios, r e s o l u c i ó n d e las d u d a s y casos i m p o r t a n t e s á
la justificación de s u s t r a t o s , consejos t o c a n t e s á la g o b e r n a c i ó n d e
sus casas. No e r a n m u c h o s los o b r e r o s , a u n q u e la m i e s e r a t a n t a .
E r a n los q u e h a b í a h a c e n d o s o s y ¡diligentes; tan á la m a n o los halla-
b a n los p o b r e s c o m o los r i c o s p a r a c u a l q u i e r a cosa e n q u e los h a -
bían menester. Para todos trabajaban y para todos parece que habían
( 1 ) Is [decanus] aedes a se magnis sumpübus erectas Jesuitis dono dedil, ubi so-
dales commodissime Uabitant, aluuturque vectigalibus ecelesiasticis ab eodem Antonio,
cum se sacerdotiis abdicaret, attributis, eorumque doctiores publice latinas graecasque
Hueras et ingenuas disciplinas docent, ac honestissimae vitae exemplo, et piis atque
oplimis praeceptis ad virtutem et religionem adolescentes adhortantur, qui discendi
grafíafrequenles eodem conveniunt.i) De rebus gestis Caroli V, 1. XXX, o. I I I .
CAP. XXII. JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRB LA NACIENTE COMPAÑÍA 673
n a c i d o , s e g ú n la v o l u n t a d con q u e t r a t a b a n el beneficio d e t o d o s . Y
con s e r al fin h o m b r e s y sujetos n a t u r a l m e n t e á cansarse y r e c i b i r
i m p o r t u n i d a d a l g ú n día de negocios, n o s o l a m e n t e ajenos, p e r o s u y o s ,
n u n c a v e n í a n de p r e d i c a r tan cansados q u e r e h u s a s e n d e confesar á
n a d i e , n i d e e s t a r t o d o u n día en u n c o n f e s o n a r i o , n i a c a b a b a n t a n
i m p o r t u n a d o s á la n o c h e , q u e n o fuesen m u y de b u e n a g a n a á v e l a r
con los quo se estaban m u r i e n d o . F u é m u y g r a n d e y m u y r e c o n o c i -
da la r e f o r m a c i ó n en c o s t u m b r e s e j e m p l a r e s , las m u d a n z a s d e vida,
y m a y o r e s los r e p a r o s de daños» (1).
11. Si en los h o m b r e s p r u d e n t e s , c o m o S e p ú l v e d a y Morales, p r o -
ducía tan b u e n a i m p r e s i ó n el celo a p o s t ó l i c o d e n u e s t r o s P a d r e s , adi-
vínase la d e v o c i ó n á la Compañía q u e c o n c e b i r í a el p u e b l o sencillo,
que, c o m o tenía e n t o n c e s e n t e r a la fe y sano el corazón, estaba m u y
b i e n d i s p u e s t o p a r a s e n t i r v i v a m e n t e y e s t i m a r e n lo j u s t o el m é r i t o
d e la v i r t u d . Á la d e v o c i ó n p o p u l a r se d e b i ó el d i c t a d o d e apóstoles,
aplicado á los N u e s t r o s e n P o r t u g a l . P a r a m u e s t r a de la v e n e r a c i ó n
con q u e el p u e b l o m i r a b a á los j e s u í t a s , r e f e r i r e m o s lo q u e sucedía
e n Plasencia, t o m á n d o l o de la carta c u a d r i m e s t r e e n v i a d a á San I g -
n a c i o con fecha 31 de Agosto de 1555.
«Ha d a d o el Señor, dice, á t o d a esta c i u d a d u n a tan g r a n d e afección
p a r a con los d e la C o m p a ñ í a , q u e n o cesan d e h a c e r g r a c i a s á n u e s -
t r o S e ñ o r , d i c i e n d o : «Bendito seáis v o s , S e ñ o r , q u e t a n t o b i e n n o s
h a b é i s t r a í d o á n u e s t r a s m i s m a s casas, tan sin m e r e c e r l o n o s o t r o s » ;
y si v e n a l g ú n P a d r e ó H e r m a n o p o r la calle, p á r a n s e á los m i r a r
c o m o u n a cosa m u y n u e v a y n u n c a vista. E l r e s p e t o y r e v e r e n c i a
q u e e x t e r i o r m e n t e les h a c e n á todos, n o es de h o m b r o s , sino d e á n -
g e l e s y santos del cielo; y así l l a m a n á los d e casa los b e n d i t o s , y al
c o l e g i o la casa d e los b e n d i t o s . Y p e r s o n a s de m u c h a cualidad, á las
cuales p o r razón de su n o b l e z a y estado n o les es d e s h o n e s t o el uso
d e l o r o y sedas y trajes ricos, d i c e n q u e c u a n d o h a n de v e n i r á t r a -
t a r con los P a d r e s n o osan t r a e r sino lo m á s p o b r e y más v i l q u e
t i e n e n , p o r q u e se a v e r g ü e n z a n y c o n f u n d e n de v e r s e d e l a n t e d e p e r -
sonas t a n santas, y v e r s e ellos c a r g a d o s d e l o c u r a s y v a n i d a d e s del
mundo.
«Cuando el c o m p r a d o r d e casa va á c o m p r a r a l g u n a s cosas necesa-
rias, lo p r i m e r o q u e d i c e n es q u e lo l l e v e d e gracia, p o r q u e á los
b e n d i t o s t o d o s los h a n d e s e r v i r con sus p e r s o n a s y h a c i e n d a s , y
( 1 ) Historia manuscrita de Córdoba, t. II, f. 4 9 3 . G u á r d a s e e s t a H i s t o r i a e n el
Archivo municipal de Córdoba.
43
 674 LIB. I I . — S A N IGNACIO DE LOYOLA
CAP. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA NACIENTE COMPAÑÍA 675

c u a n d o esto n o se h a c e , d i c e n q u e dé lo q u e q u i s i e r e . T o d o el A y u n -
de los v a r o n e s e v a n g é l i c o s q u e Dios a u n h a de t r a e r á s u I g l e s i a .
t a m i e n t o d e la c i u d a d h a m o s t r a d o lo m i s m o , así e n o f r e c e r l u g a r
«Estas cosas has de c o n t e m p l a r día y n o c h e ; es á s a b e r : el d i c h o s o
p a r a el sitio d e l n u e v o colegio, c o m o o f r e c e r al Sr. O b i s p o u n o s p i -
estado d e los p o b r e c i t o s , s i m p l i c i t o s , mansos, h u m i l d e s , desechados,
n a r e s q u e t e n í a v e d a d o s , p a r a q u e do ellos se c o r t e toda la m a d e r a
y q u e con u n a c a r i d a d a r d e n t í s i m a a m a n sus p r ó j i m o s , y d e los q u e
q u e p a r a el edificio fuese n e c e s a r i a , y esto sin a l g ú n interés» (1).
n i piensan, n i h a b l a n , n i se s a b o r e a n , sino de sólo J e s u c r i s t o , y éste
P e r o la m u e s t r a más alta d e e s t i m a c i ó n q u e d i e r o n las g e n t e s á
crucificado. Q u e n i c u i d a n del m u n d o , n i de sí m i s m o s se a c u e r d a n ;
n u e s t r o s P a d r e s , fué el a p l i c a r l e s la d e s c r i p c i ó n d e l p e r f e c t o r e l i -
p e r p e t u a m e n t e están c o n t e m p l a n d o la g l o r i a s o b e r a n a de Dios y d e
gioso q u e p o n o San V i c e n t e F e r r e r e n el ú l t i m o capítulo de su o b r a
los b i e n a v e n t u r a d o s , y p o r ella s u s p i r a n í n t i m a m e n t e , y p o r su a m o r
Tradatits c'daa spirihutlis, c r e y e n d o q u e e n los N u e s t r o s se c u m p l í a
están d e s e a n d o la m u e r t e , y á i m i t a c i ó n d e San P a b l o dicen: «Deseo
la p r o d i c c i ó n q u e e n ese capítulo p a r e c e e n u n c i a r San V i c e n t e . Véase
»ser desatado y e s t a r con Cristo.» Y j u n t a m e n t e d e s e a n l o s i n e s t i m a -
c ó m o c u e n t a el h e c h o el P . S i m ó n R o d r í g u e z . H a b i e n d o d e c l a r a d o
bles ó i n n u m e r a b l e s t e s o r o s de las r i q u e z a s celestiales, e m p a p á n d o s e
los m i n i s t e r i o s apostólicos en q u e se o c u p a b a n e n R o m a p o r los años
e n a q u e l l o s d u l c e s y melifluos a r r o y o s d e d e l e i t e s , s u a v i d a d e s y a m e -
de 1539, m i e n t r a s p r e p a r a b a n la c o n f i r m a c i ó n de la C o m p a ñ í a p o r la
nidades, q u e todos los b i e n e s e n c i e r r a n y a b r a z a n .
S e d e Apostólica, d i c e así: «En este t i e m p o n o c e s a b a n m u c h o s d e
«Debes i m a g i n a r t a m b i é n á estos m i s m o s , c o m o c a n t a n d o c o n a l e -
p r e g u n t a r á los N u e s t r o s , si e r a n ellos los h o m b r e s de q u i e n e s había
g r í a u n c a n t a r a n g é l i c o , t a ñ e n d o e n las cítaras d e s u c o r a z ó n . E s t a
h a b l a d o con e s p í r i t u j)rofético San V i c e n t e F e r r e r , p r e d i c i e n d o q u e
c o n t e m p l a c i ó n d e s p e r t a r á en ti u n deseo g r a n d e d e v e r a q u e l l o s
v e n d r í a una c o m p a ñ í a m u y santa de h o m b r e s e v a n g é l i c o s , i n s i g n e s
t i e m p o s . Causarte h a c i e r t a luz a d m i r a b l e , q u i t a n d o t o d o el n u b l a d o
p o r el celo de la fe y p o r t o d a s las v i r t u d e s . N i n g u n o de n u e s t r o s P a -
d e d u d a é i g n o r a n c i a , y c l a r í s i m a m e n t e v e r á s , p o d r á s d i s c e r n i r to-
d r e s h a b í a leído el l i b r o d e San V i c e n t e , y á la p r e g u n t a r e s p o n d í a n
dos los defectos de a q u e s t o s t i e m p o s , y el místico o r d e n d e las ó r d e -
s o l a m e n t e con la risa, d i c i e n d o q u e era u n s u e ñ o p e n s a r de ellos se-
n e s eclesiásticas, h e c h a s desde q u e e m p e z ó Cristo, y q u e d a n p o r salir
m e j a n t e cosa; p u e s n o tenían h i n c h a d o s p e n s a m i e n t o s , sino q u e se
hasta la fin del m u n d o . Y finalmente, hasta la g l o r i a d e l T o d o p o d e -
a c o m o d a b a n á los h u m i l d e s . A l g u n o s años d e s p u é s , h a l l á n d o m e y o
roso J e s u c r i s t o , q u e crucificado lo h a s de l l e v a r p e r p e t u a m e n t e e n
en P o r t u g a l , el obispo de C o i m b r a m e m o s t r ó el pasaje de San Vi-
t u c o r a z ó n , p a r a q u e t e l l e v e á tí á su e t e r n a g l o r i a . A m é n » (1).
c e n t e , p e r s u a d i é n d o s e casi d e c i e r t o q u e allí estaba d e s c r i t a la C o m -
pañía de J e s ú s . ¡ P l u g u i e r a á Dios fuésemos tales, quo se p u d i e r a en-
t e n d e r d e n o s o t r o s a q u e l pasaje! P e r o las p a l a b r a s do San V i c e n t e
a t r i b u y e n tan a d m i r a b l e e x c e l e n c i a de v i r t u d e s á la r e u n i ó n d e a q u e - (1) Tratado de la vida espiritual de nuestra P. San Vicente Ferrer , traducido
por el /'. Fr. Juan (¡urastón, 0 . P . Valencia, 1616.
llos h o m b r e s evangélicos, q u e n o v e o c ó m o p u e d a a p l i c á r s e l o n a d i e
«. Tria s i i n t a nnhis singtdariter et quasi assiduemedUanda. I. Chrislus crucifixus, in-
á sí m i s m o s i n faltar á la h u m i l d a d religiosa» (2). carnalus, etc. 11. Status Apostolorum et fratrtim praeteritorum nostri ordinis, et hoc
T r a s esta j u i c i o s a reflexión copia el P . S i m ó n R o d r í g u e z u n frag- ruin desiderio ut illis mnformemur. 111. Status rirorum Evangelicorum futuras. Et
hoc dehesdie noctuque meditan, sc.ilicet statum pauperrimorum, simplicissimorum el
m e n t o d e l pasaje d e S a n V i c e n t e . P a r a m e j o r c o n o c i m i e n t o d e t o d o ,
mansueiarum, liumilium, ahjectorum, charitate ardentissima sibi conjunetorum, nihil
p r e s e n t a r e m o s t o d o el pasaje, t r a d u c i d o p o r el P . J u a n Gavastón, d e l cogitantium aut loquentium nec saporantium nisi solum Jesum Christum, et hunc cru-
O r d e n de P r e d i c a d o r e s . H e l o a q u í : «Tres cosas habernos de m e d i t a r cifixum, nec de hoc mundo curantium, su/que oblitorum, supernam Dei et beatorum
c o n t i n u a m e n t e . La p r i m e r a , á Cristo e n c a r n a d o , crucificado, con los gloriam contemplantium et ad eam medullitiis suspirantium, et ob ipsius amovem sem-
per mortem sperantium et ad instar Pauli diceutium: Cupio dissolri et esse cum
d e m á s pasos de su v i d a y p a s i ó n . La s e g u n d a , la vida d e los A p ó s t o l e s
ühristo: et innumerabiles ac inaestimabilcs thesauros diviliarum coelestium: et super
y d e los frailes a n t e p a s a d o s d e n u e s t r a s a g r a d a r e l i g i ó n d e P r e d i c a - dulces et melifluos ricos diritiarum, stiacitatum ct jucundilatum, el super omnia mira-
d o r e s , con deseo de p a r e c e r l e s en sus v i r t u d e s . La t e r c e r a , el estado biliter expansos et superinfusos. Et per conrersationes imaginan debes eos ipsos, ut
cantantes canticum Angelicum cum jubilo cilharizantium in citharis cordis sui. Haec
imaginado ducet le plus quam credi potest in quoddam impaliens desiderium adven-
( 1 ) Litterae quadrimes/res, t. n i , p . 5 7 6 . tas illorum temporum, et inmixtum vel mysticum ordinem Eceleslaslicorum. ordinum
( 2 ) De origine el progresan S. J., p . 7 4 . productorum et producendorum ab initio Christi usque ad finem saeculi, ct usque ad
•76 LJB. I I . — S A N IGNACIO DE LOTO LA CAP. XXII.—JUICIO DE LOS CONTEMPORÁNEOS SOBRE LA'NACIENTE COHPANÍA 677

P r o b a b l e m e n t e el s e n t i d o del pasaje n o es profétioo, s i n o didáctico. t a n p r u d e n t e s e n t o d o él, y p a r a g u i a d o r e s y a d a l i d e s d e l c a m i n o

No p r e d i c e e l S a n t o lo q u e será, s i n o q u e d e s c r i b e lo que debe ser. d e l cielo, pocos les llegan; son espejos d o n d e se m i r a la h o n e s t i d a d ,
C o m o d i r í a m o s a h o r a , t r a z a San V i c e n t e e n esas líneas el ideal del la católica d o c t r i n a , la s i n g u l a r p r u d e n c i a , y finalmente, la h u m i l d a d
estado r e l i g i o s o . E f e c t i v a m e n t e , ¿es c r e í b l e q u e el s a n t o p r o p u s i e r a p r o f u n d a , base s o b r e q u i e n se l e v a n t a t o d o e l edificio de la b i e n -
c o m o m a t e r i a d e m e d i t a c i ó n c o n t i n u a (assidue meiitanda), u n h e c h o aventuranza.» «Todo es así c o m o lo dices», r e s p o n d e B e r g a n z a (1).
h i s t ó r i c o e s c o n d i d o e n las t i n i e b l a s de lo f u t u r o , y q u e sólo él cono- E s i m p o s i b l e e l o g i a r más á la C o m p a ñ í a . Sólo n o s q u e d a d e s e a r
cía p o r r e v e l a c i ó n ? P e r o d a n d o p o r c i e r t o q u e e n el pasaje a l u d i d o q u e n u e s t r o s religiosos sean s i e m p r e lo q u e C e r v a n t e s dice, espejos
n o se t r a t a d e la Compañía, lo q u e q u e r e m o s d e c i r e s , c u a n g r a n d e donde se mira la honestidad, la católica doctrina, la singular prudencia
sería la e s t i m a c i ó n q u e las g e n t e s h a c í a n d e n u e s t r o s P a d r e s , c u a n d o y la humildad profunda.
c r e y e r o n q u e ellos e r a n los h o m b r e s a n u n c i a d o s p o r San Vicente
F e r r e r , y q u e e n ellos se realizaba el magnífico ideal d e la vida r e l i - (1) Coloquio que pasó entre Cipión y Berganza.
giosa d e l i n e a d o e a ese f r a g m e n t o .
12. T e r m i n e m o s este capítulo y t o d o esto p r i m e r t o m o con la j u i -
ciosa y a m e n a d e s c r i p c i ó n q u e h a c e d e la enseñanza d e la Compañía
el p r í n c i p e d e n u e s t r o s i n g e n i o s . E n el c o l o q u i o d e los p e r r o s , des-
c r i b i e n d o C e r v a n t e s con la viveza q u e s u e l e , y tal v e z con r e a l i s m o
algo c r u d o , v a r i a s clases d e la s o c i e d a d d e e n t o n c e s , t o m ó ocasión
p a r a h a c e r u n e l o g i o a d m i r a b l e d e n u e s t r o s colegios. E l p e r r o B e r -
ganza, a c e r c á n d o s e á la p u e r t a d e l aula d o n d e e n s e ñ a b a u n P a d r e de
la Compañía, h a c e las s i g u i e n t e s reflexiones: «No sé q u é t i e n e la v i r -
t u d , q u e c o n a l c a n z á r s e m e á m í tan p o c o ó n a d a d e ella, l u e g o r e c i b í
g u s t o d e v e r el a m o r , el t é r m i n o , la s o l i c i t u d y la i n d u s t r i a con q u e
a q u e l l o s b e n d i t o s P a d r e s y M a e s t r o s e n s e ñ a b a n á a q u e l l o s n i ñ o s , en-
d e r e z a n d o las t i e r n a s v a r a s d e su j u v e n t u d , p o r q u e n o t o r c i e s e n ni
t o m a s e n m a l s i n i e s t r o e n el c a m i n o d e la v i r t u d , q u e j u n t a m e n t e con
las l e t r a s les m o s t r a b a n : c o n s i d e r a b a c ó m o los r e ñ í a n con suavidad,
los castigaban c o n m i s e r i c o r d i a , los a n i m a b a n con e j e m p l o s , los in-
citaban con p r e m i o s y los s o b r e l l e v a b a n con c o r d u r a ; y finalmente,
c ó m o les p i n t a b a n la fealdad y h o r r o r d e los vicios y les d i b u j a b a n
la h e r m o s u r a d e las v i r t u d e s , p a r a q u e , a b o r r e c i d o s ellos y a m a d a s
ellas, c o n s i g u i e s e n el fin p a r a q u e f u e r o n criados.» Á esto r e s p o n d e
el o t r o p e r r o , Cipión: «Muy b i e n dices, Berganza, p o r q u e y o h e oído
d e c i r d e esa b e n d i t a g e n t e , q u e p a r a r e p ú b l i c o s d e l m u n d o n o los h a y

gloriam summi Dei Jesu Christi. Crucijixum semper portan» corde tuo, ut te ad suam
aeternam gloriam perducat. Ameny> (°).

(*) Compendium mystícae doctrínete ex variis SS. Patrum sententiis magna ex parte col-
lectum auctore Vener. Fr. Bartolomaeo a Martyribus 0. P. Arckiep. Bracharensi Venetiis,
1711. Desde la pág. 229 hasta la 335 eatá el Tractatus vitae et instructionis spirttualis S. Vin-
centii Ferrerii.
 APÉNDICE

DOCUMENTOS INÉDITOS
Carta qae o P . e S a l m e r ó n excreueo a n u e s t r o P. I g n a c i o da c o r t e
d'el R e j de Escocia i n d o a I b e r n i a por N u n c i o A p o s t ó l i c o . Em
Abril 1 5 4 2 .

(Biblioteca de Évora, ^ ~ > f

- 2 8 v
°)

La g r a c i a y paz de n u e s t r o S e ñ o r sea s i e m p r e en n u e s t r o fauor y

a y u d a A m e n . P o r las u l t i m a s q u a d r u p l i c a d a s q u e e s c r i u i m o s d e s t a
m i s m a Villa os h a z i a m o s s a b e r q u a n t a s dilficultades y i m p e d i m i e n -
t o s n o s p o n i a n e n el e s t a r de H y b e r n i a , y p o r n o p a r e c e r n o h a z e r
n u e s t r o d e u e r y c u m p l i r la mission n o s p a r e c i ó a t o d o s t r e s v i s i t a r
la Isla d e H y b e r n i a , y e x p l o r a r si e n a l g u n a m a n e r a allá p u d i é r a m o s ,
e s t a n d o s e g u r o s , h a z e r a l g ú n p r o u e c h o . Dios n u e s t r o S e ñ o r d á n d o n o s
a n i m o y t u e r c a s e n t r a m o s en H i b e r n i a el 2.° dia d e q u a r e s m a , y es-
t u u i m o s 34 dias d e n t r o della, y e n b r e u e s u p i m o s la m i s e r i a y cala-
m i d a d d e a q u e l l a t i e r r a q u e ya n o ay p i e d r a s o b r e p i e d r a .
P o r q u e p r i m e r a m e n t e los p r i n c i p a l e s S e ñ o r e s della q u e son O n i e l
y O l o n e l de ocho, o diez meses á esta p a r t e son estados citados p a r a
c o m p a r e c e r en D u b l i n i a d e l a n t e del d e p u t a d o d' E l R e j , y allí p r o -
m e t e r o b e d i e n c i a al R e y y r e c o n o s c e r l e p o r s u p r e m a cabeca i n s p i r i -
t u a l i b u s et t e m p o r a l i b u s p o s t C h r i s t u m c u m pacto t r a d e n d i n u n t i o s
apostólicos u e l d e f e r e n t e s l i t t e r a s apostólicas a c u r i a R o m a n a y esto
es cosa tan cierta, q u e q u i e n lo uio en D u b l i n i a n o s lo contó y j u r ó .
U l t r a desto el O n i e l ha d a d o u n hijo s u y o al D e p u t a d o d e l rej e n
r e l l e n e s . P r a e t e r e a sabido ansi el u n o c o m o el o t r o n u e s t r a v e n i d a
h i z i e r o n m u y poco caso della, y llenos d e m i e d o a lo q u e m o s t r a r o n
on r e c i b i r n o s y v e r n o s , y n i n g u n o s dellos, s a b i e n d o q u e n o s q u e r í a -
m o s b o l u e r , fue p a r a p r o m e t t e r n o s s e g u r i d a d . P o r t a n t o t a m b i é n
n o s o t r o s n o n o s p a r e c i ó de fiar e n e l l o s , n i d e vellos. E l p r i n c i p e
O d o n e l n o s q u i s o v e e r s e c r e t e et o c e u l t e , y a n o s o t r o s n o n o s p a r e -
ció ser c o n u e n i e n t e a la p e r s o n a q u e s u s t e n t á u a m o s e n a q u e l l a s p a r -
tes q u e e r a p u b l i c a y manifiesta. A l g u n o s obispos p r o m e t t i a n d e t e -
n e r n o s s e g u r o s , m a s de tal m a n e r a q u e e r a m a s p o r c u m p l i r c o n la
h o n r r a del m u n d o q u e p o r m o s t r a r e x c o r d e q u e dello h o l g a u a n , p o r -
q u e a u n ellos c o r r e n t a n t o p e l i g r o q u e a r a t o s v a n h u y e n d o d e u n a
 680 APÉNP1CE
p a r t e en o t r a . V i e n d o p u e s el p o c o a r r i m o y fauor q u e e n los p r i n -
cipales h a l l a u a m o s y e l p o c o a c o g i m i e n t o y c u e n t a de o t r o s m e n o r e s
p r i n c i p e s con q u i e n e s e s t u u i m o s y h a b l a m o s n o nos p a r e c i ó q u e
a q u e l l a t i e r r a í'uesse p a r a n o s o t r o s . P r a e t e r e a las d i s c o r d i a s y e n e -
m i s t a d e s q u e e n t r e ellos ay son de tal d i g e s t i ó n q u e solo Dios basta
p a r a cura lias, ansi p o r los odios i n u e t e r a d o s y a n t i g o s , c o m o p o r la
feridad y b a r b a r i d a d de sus c o s t u m b r e s q u e q u á l e s sean n o se p u e -
d e n a c a b a r de c r e e r , sino de q u i e n las ha uisto y t r a t a d o , assi t a m b i é n
p o r q u e este m e s son a m i g o s y el s e g u i e n t e e n e m i g o s , y ol o t r o se-
g u i e n t e i n t e r amicos, etc. q u e s e g ú n nos han testificado M a c u l i n y
Ochan q u e son dos p r i n c i p e s a q u i e n e s h a b l a m o s , los q u a l e s t i e n e n
e n t r e si lite y g u e r r a c o n t i n u a , cinco o seis uezes es el u n o c o m p a d r e
d e o t r o . P r a e t e r e a n o ay a l g u n a j u s t i c i a n i razón do p u n i r a m i g o mal-
h e c h o r ni h u m i c i d a , n i r o b a d o r , n i incestuoso, antes el q u e mas r o b a
es m a s h o n r a d o , y m e a c u e r d o q u e u n s a c e r d o t e m e loaua u n su Se-
ñ o r c o m o de cosa n o t a b l e en alabanca, q u e s i e n d o su S e ñ o r en p r o s -
p e r i d a d t e n i a 40 c a u a l l o s , e t faciebat b o n a s p r a e d a s . P r a e t e r e a los
m o n a s t e r i o s desta isla son y a quasi t o d o s d e s t r u y d o s , los pocos q u e
q u e d a n en p i e están e c h o s p e d a c o s ya, en g r a c i a de los P r i n c i p e s q u e
lo p i d i e r o n e n el t i e m p o d e la c o n c o r d i a y liga con el R e y y son
cada dia m o l e s t a d o s los p r i n c i p e s del d e p u t a d o p e r a q u e los a c a b e n
d e d e s t r u i r y e c h a r los flaires, los quales están con t a n t o m i e d o q u e
este u e r a n o p e n s a n de h u i r y n o s h a n r o g a d o h a b l a s s e m o s acá on Sco-
cia p o r e l l o s a los s u p e r i o r e s de sus o r d i n e s p e r a q u e los r e c i b a n ,
p o r q u e esto sabido se p a r t i r í a n l u e g u o . P r a e t e r e a los ingliesos u i e n d o
la t i e r r a t a n b u e n a y la f e r t i l i d a d della si la labrassen, d e s p u é s desta
s u b i e c c i o n q u e los dos d i c h o s P r i n c i p e s h a n echo al d e p u t a d o d e E l
r e y y h a r á e l t e r c e r o q u e se llama O b r i e n d e s p u é s d e Pascua, q u i e r e n
u e n i r a t e n e r a b i t a c i o n e s e n h i b e r n i a y edificar casas y uillas s e g ú n
h e m o s sabido p o r cosa cierta. P r a e t e r e a los obispos q u e alia e n R o m a
se hazen, d e s p u é s de u e n i r acá son forcados o h u i r o e s c o n d e r s e y es-
p e r a r la m u e r t e d e el r e y o q u e m a r las letras Apostólicas d e l a n t e d e l
d e p u t a d o de e l r e y y i m p e t r a r del de n u e u o el o b i s p a d o y c r e i o , q u e
se m u c h o m a s t i e m p o e s t u u i e r a m o s en ella q u e fuera m e n e s t e r deli-
t e s c e r e in syluis u e l locis s e c r e t i s , p u e s q u e en el p o c o t i e m p o q u o
e s t u u i m o s fue m e n e s t e r i r n o s d e h u n l u g u a r p e r a o t r o , p o r q u e u n o s
m e r c a d e r e s i n g l e s e s n o s q u i s i e r o n c o m p r a r d a n d o p o r n o s o t r o s cier-
tas pipas d e u i n o y h a u i e n d o p r o m e t i d o y a m e n a s a d o q u e en t o p á n -
d o n o s n o s m a l t r a t a r í a n : si a r r i m o h u b i é r a m o s e n a l g ú n P r i n c i p e y el
d e p u t a d o lo s u p i e r a e r a m e n e s t e r o q u e el P r i n c i p e c o r r e s s e p e r i g u o
c o m o u i o l a d o r f a e d e r u m et p a c t i et laesae majestatis o q u e ol P r i n -
cipe n o s d i e r a e n m a n o s suias del d e p u t a d o : tanta insania ille furit
in e x t i n g u e n d a o b e d i e n t i a Sedis Apostolicae. Y se t a n t o caso h a z e n
en p e r s e g u i r u n o obispo h e c h o e n R o m a q u a n t o m a i o r h i z i e r a n on
los q u o r e p r e s e n t a u a n el Pontifico. Y a u n q u e p o r u n a p a r t e h a j a m o s
q u e d a d o d e s c o n s o l a d o s en n u e s t r o s á n i m o s p o r u e r q u e n o h a l l a m o s
m a n e r a d e effectuar esta n u e s t r a mission y u e n i d a con tantos t r a b a -
jos de t i e r r a y mar: tamen p o r otra nuestro Señor nos consoló en
q u e e n a q u e l p o c o t i e m p o q u e alli e s t u u i m o s a l g u n a b u e n a g e n t e y
d e u o t a se confessaron y c o n m u l g a r o n y g a n a r o n la i n d u l g e n c i a p l e n a -
r i a q u e les d i m o s y con a l g u n o s i n c e s t u o s o s y i l l e g i t i m o s dispensa-
mos, a m u c h o s g r a t i s et a m o r e Dei, a o t r o s p o r m u c h o p o c o , t i n i e n d o
m a s oio a q u e saliessen d e l incesto y d e l p e c c a d o q u e d o t r a cosa lo
APÉNDICE 681
q u e se cogió se d e s p e n s ó alli p u b l i c a m e n t e e n r e p a r a c i ó n d e I g l e s i a s
y a j u d a r b i u d a s y m u g e r e s , p e r a c a s a r y o t r a s o b r a s p i a s y desto q u e -
d a n t a n edificados chicos y g r a n d e s q u e a m u c h o s p o b r e s les pesó d e
n u e s t r a p a r t i d a . T á n d e m en c o n c l u s i ó n uisto el p o c o fauor de P r i n -
cipes, la c o n f e d e r a c i ó n de ellos y o b e d i e n c i a al R e y , el n o h a u e r u i l l a
n i c i u d a d fuerte, la poca e s p e r a n c a de m e t e r paz e n t r e los S e ñ o r e s d e
H i b e r n i a , u i e n d o el m a n d a m e n t o q u e alia n o s d i e r o n ios R m o s . Car-
d e n a l e s de la I n g l a t i e r r a , q u e n o h a l l a n d o s e g u r i d a d e n el estar, o e n
el passar, nos b o l u i e s s e m o s , y el consejo q u e a l g u n o s d e c r é d i t o nos
d i e r o n , y p o r el d i t a m e de n u e s t r a s conscicncias d e n o p o n e r e n eui-
d e n t e p e r i g o de n u e s t r a s p e r s o n a s sin f r u t o , n o s t o r n a m o s a q u i e n
Scotia, n o sin m u c h a m a r a u i l l a y c o n s o l a t i o n d e a l g u n o s q u e n u n q u a
p e n s a r o n mas u e r n o s , los quales s i e m p r e n o s d i s s u a d i e r o n la e n t r a d a
en H i b e r n i a . Sea Dios n u e s t r o S e ñ o r loado p o r t o d o , q u e nos lleuó y
t u u o a l i a , y t o r n ó s e g u r o s y sanos, a u n q u e el t i e m p o q u e alia s u m i -
m o s n o fue sin p a r t e de la cruz de C h r i s t o n u e s t r o Señor, ansi p o r n o
t e n e r q u e c o m e r n i q u e b c u e r , n i en q u e d o r m i r , ni l u g a r d o n d e p u -
d i e s s e m o s q u i e t a m e n t e d e z i r u n P a t e r n o s t e r , p e r o t o d o es p o c o p a r a
lo q u e m e r e c e n n u e s t r o s p e c c a d o s , y d e t o d o esto y domas h o l g á r a -
mos si p u d i é r a m o s q u e d a r p a r a hazor a l g ú n s e r u i c i o a C h r i s t o n u e s -
tro Señor y era en tiempo de quaresma proporcionado a hazer peni-
t e n c i a . De a q u i a pocos dias p e n s a m o s v i s i t a r el R e i y la r e i n a y dar-
les c u e n t a de n u e s t r a u e n i d a , y t a m b i é n si h o l g a r a n o a s s o m a r a n
a l g u n a p u e r t a a q u i p a r a h a z e r a l g u n a cosa e n s e r u i c i o d e su d i u i n a
maiestad, y ansi e s t a r e m o s e s p e r a n d o a q u i la r e s p u e s t a de los R e v e -
r e n d í s i m o s C a r d e n a l e s y u u e s t r a , p e r a u e r q u e d e u a m o s hazer, ó d o n d e
y r: sino h a l l a r e m o s m o d o n i occasion d e h a z e r a q u i a l g o , n o s p a r t i r e -
r
m o s p a r a F r a n c i a y P a r i z hasta t a n t o q u e u c a m o s allá la m i s m a r e s -
p u e s t a . No h a mas q u e e s c r e u i r agora, u n e n b o l t o r i o q u e n o s m a n -
dastes h e c h o c o n o t r a del S e ñ o r D o c t o r S c o t o h e m o s r e c e b i d o y
o i g a m o s m u c h o en el S e ñ o r n u e s t r o del p r o u e c h o q u e p o r alia h a z e n
los h e r m a n o s n u e s t r o s , p u e s n o s o t r o s p o r acá n a d a h e m o s h e c h o . Sea
Dios n u e s t r o S e ñ o r s e r u i d o , q u e a lo m e n o s h e m o s p a d e c i d o h a r t o . A
t o d o s ellos a d o n d e q u i e r a q u e estén o en A l e m a n a ó Italia o F r a n c i a
p e d i m o s p o r esta ser et in specie et in n u m e r o m u i e n c a r e c i d a m e n t e
e n c o m e n d a d o s , n o o l u i d a n d o a Micer A n d r e a , el q u a l estaua en casa
del C a r d e n a l de Carpi, de c u y o s p r o p ó s i t o s , desseos y e x e c u c i o n m u -
c h o n o s h e m o s en n u e s t r o S e ñ o r g o z a d o , y e s p e r o e n él q u e q u i d e -
dit illi uelle, d a b i t et perficere; a Micer V i n c e n t i o e a M i c e r J a c o b o
d e Crescentiis al S e ñ o r D o c t o r I ñ i g o L ó p e z , al S e ñ o r D. T o r r e s , al
S e ñ o r D o c t o r C a r r i o n , al S e ñ o r D. Azeton y t o d o s los d e u o t o s d e
casa, d e q u i e n e s n o n o s p o d e m o s o l u i d a r , p e d i m o s s e r e n c o m e n d a d o s .
L o s d e casa n o ios n o m b r a m o s p o r p e n s a r q u e ellos t o d o s nos t i e n e n
t a n t o d i e n t r o en sus c o r a z o n e s p a r a e n c o m m e n d a r n o s á su d i u i n a
majestad, q u e n o h a n m e n e s t e r q u e se lo p i d a m o s , y si p o r p e d i r l o
lo h a r á n m e j o r d e s d e agora, p o r esta lo p i d i m o s á t o d o s n o m i n a t i m
hasta P e d r o do R i b a d e n e i r a , cuya l e t r a n o s fue m u y g r a t a y accepta,
y le r o g a m o s nos scriua las m e n u d e n c i a s d e casa. No m a s sino q u e
nuestro Señor nos de su gracia para hazer su vontade bien plaziente,
y perfecta.—De A b r i l de 1542.—Salmerón.
 682 APÉNDICE
P a u l o I I I á S a u F r a n c i s c o de Borja.
A r c h i v o s e c r e t o del V a t i c a n o , Brevi Paulo III, t. I, a n n o 1 5 4 3 , e p i s t . 166.
F r a n c i s c o Gandiae duci. Dilecte fili s a l u t e m , etc. Valde í'uimus p e r -
t u r b a t i e x o b i t u b o . m e . J o a n n i s t u i g e n i t o r i s . Valde e n i m c u m et t a m -
q u a m n e p o t e m fe. r e . A l e x a n d r i p p . VI p r a e d e c e s s o r i s n o s t r i a q u o
o r i g o n o s t r a e d i g n i t a t i s est, et t a m q u a m v i r u m a u c t o r i t a t o p i e t a t e e t
v i r t u t e i n s i g n e m n o s q u e p i e c o l e n t e m d i l e x i m u s . S e d t a m e n etsi
g r a v i s est d o l o r u b i t a n t i e t t a l i s v i r i est i a c t u r a , t a m e n e t t u h u n c
d o l o r e m m o d e r a r i p r u d e n t i a et d i v i n a e v o l u n t a t i s r e v o r e n t i a d e b e s ,
e t n o s q u i d e m t u m ex his t u m e x eo p e r t u r b a t i o n e m l e n i m u s , q u o d
t u illi i n d u c a t u s u c c e s s i s t i , q u i e u m h a u d m i n u s i m a g i n e v i r t u t i s
atque animi quam corporis re Ierre diceris. Proinde nos benevo-
l e n t i a m n o s t r a m in i l l u m ad to ac n a t o s et fratres t u o s c o n v e r t e n t e s ,
t e fili h o r t a m u r u t q u e m a d m o d u m facis, d i g n u m te tali p a t r e ac
p r o a v o r e Idas, u t n o s q u i s p o n t e n o s t r a e t t u o r u m m e m o r i a f e r i m u r
ad te p e c u l i a r i t e r a m a n d u m , e t i a m m é r i t o t u a e v i r t u t i s ac l a u d i s
id l i b e n t i u s faceré p o s s i m u s . — D a t u m N u c e r i a e VI mnrtii 1543
an. 9.°-Blos.
S a n F r a n c i s c o de Borja á P a u l o I I I .
A r c h i v o s e c r e t o del V a t i c a n o , Lettere dei Principi, t. i x , f. 2 0 7 .
G a n d i a , 11 d e J u n i o d e 1 5 4 6 .
S a n c t i s s i m o y b e a t i s s i m o P a d r e . N u e s t r o S e ñ o r h a sido s e r u i d o d e
l l e u a r s e á la d u q u e s a y d e x a r esta casa de V. S.' tan lastimada y t r a -
bajada c o m o se p u e d e p e n s a r , a u n q u e p o r la m i s e r i c o r d i a d e Dios
n u e s t r o s e ñ o r su vida fué t a n t o en su s e r u i c i o y su fin h a sido t a n
c r i s t i a n o , q u e n o s q u e d a n causas p a r a c r e h e r q u e está su a l m a en el
cielo p o r los m é r i t o s d e su s a n g r e p r e c i o s s i m a [ s i c ] , y a u n q u e t e n g o
p o r m u y c i e r t o q u e V. Boa.' p o r q u a l q u i e r via q u o sepa esto falleci-
m i e n t o , se h a d e c o n d o l e r d e los q u e q u e d a m o s p o r s e r t o d o s y
h e c h u r a d e V. S. y j u n t a m e n t e c o n esto, s e r á s e r u i d o d e d a r su b e n -
c
dición á la A l m a y hazella p a r t i c i p a n t e en los sacrificios de la u n i -
v e r s a l y g l e s i a , c o m o s i e r u o m u y v e r d a d e r o d e V. Beat. y m u y con-
fiado de lo q u e d i g o n o p u e d o d e x a r d e s u p l i c á r s e l o m u y h u m i l -
m e n t e , y d e a c o r d a r á V. S.' q u e á m i casa y á los q u e q u e d a m o s n o s
t e n g a e n la m e s m a c u e n t a q u e hasta a q u i , s i r u i e n d o s o s i e m p r e d e
n o s o t r o s en lo q u e e n estos r e y n o s se offreciere de s e r u i c i o de
V. Bea. y p o r q u e lo d e m á s lo [ s u ] p l i c a r á á V. S. el d i c h o d e á n
4 s
R o c a n u e s t r o s e ñ o r g u a r d e y ensalce la s a n c t i s s i m a y b e a t i s s i m a p e r -
sona de V. S.' en p r ó s p e r o r e g i m i e n t o de su sancta y u n i v e r s a l y g l e -
s i a . — De Gandia a x i d e j u n i o MDXXXXVI. — De V. S . h u m i l í s i m o ad
s i e r u o q u e sus s . p i e s b e s o , el duque de Gandia.
m o s
APÉNDICE 683
P a u l o I I I á San Francisco de Borja.
A r c h i v o s e c r e t o del V a t i c a n o , Brevi Paulo III, t. u , núm. 582.
F r a n c i s c o Duci Gandiae. Dilecte fili, n o b i l i s v i r , salutem, etc. L e c -
tis l i t t e r i s Nobilitatis t u a e n o b i s o b i t u m b o . m e . Ducissae c o n s o r t i s
t u a e s i g n i f i c a n t i b u s , sane n o s p r o n o s t r o in i l l a m e t i n v o s o m n e s
p r a e c i p u o a m o r e , non p o t u i m u s n o n a d m o d u m d o l e r é , v e s t r o q u e
d o l o r i c o m p a t i . Sed i n t e l l e c t o e x e i s d e m l i t t e r i s id, q u o d e t i a m s i n e
l i t t e r i s e r a t n o b i s p e r s u a s u m , i l l a m et p i e et c h r i s t i a n e vixisse ac
m o r t u a m esse, d o l o r e m n o s t r u m n o n p a r u m t e m p e r a v i m u s , i d e m q u e
te, fili, faceré d e c e t . Non enim illam d i u t i u s defiere d e b e s u t m o r -
t u a m , q u a e ad a e t e r n a m v i t a m translata e s t , sicut n o s s e m p e r c r e d i -
m u s , et D e u s O m n i p o t e n s ita ei concedat. Nos e a m d e m i n t i m a m ac
praecipuam benevolentiam, quam hactenus erga vos omnes conser-
v a m u s et s e m p e r c o n s e r v a b i m u s , sicut p l e n i u s ex l i t t e r i s d e c a n i
Roccae c a m e r a r i i n o s t r i c u m q u o s u m u s l o c u t i t u a N o b i l i t a s i n t e l l i -
g e t , q u a m m u n e r i b u s suis ó m n i b u s b e n e d i c a t D e u s O m n i p o t e n s . —
D a t u m 30 A u g u s t i 1546 a n n . x n .
P. S i e g o Laínez á San I g n a c i o .
Epistolae P. Lainez.
V e n e c i a , 22 d e S e t i e m b r e d e 1 5 4 8 .
t
IHS
La gracia et pace de X p o . N. S. sia s e m p r e con t u t t i . A m e n . La set-
t i m a n a passata auisassimo la R. V. della felice s p e d i c i o n del n e g o c i o ;
m a p e r c h é p o r la frota et p e r n o n e s s e r e a n c h o r a p l e n a m e n t e infor-
mati, n o n d e s c e n d e s i m o al p a r t i c o l a r e , adesso il f a r e m o , s o l a m e n t e
accioché il s i g n o r e Dio p i ü sia l a u d a t o et r i n g r a t i a t o . P e r c h é in v e r o ,
c o m i n o V. R. s c r i s s e , Sua Maestá a fatto il t u t t o ; il che p u ó v e d e r e
c h i u n q u e c o n s i d e r a r á p r i m a li n e g o c i a t o r i di q u a , li q u a l i , n e della
n a t i o n e , n e e t á , n e p r e s e n t í a , n e practica, e r a n o d o t t a t i . D o p p o piac-
q u e al s i g n o r Dio, che di q u a t r o g e n t i l h u o m i n i , allí quali s o l a m e n t e
di la si scrisse, n i s u n o si t r u o u a s s i al b a l o t a r , p e r c h é il u n o h a u n
figliolo p r e t o , et n o n ha b a l o t a in q u e s t e m a t e r i e di b e n e f i c i j , et li
a l t r i e r a n o a m a l a t t i et i n d i s p o s t i ; il c h e p e n s ó il s i g n o r Dio h a b b i a
d i s p o s t o , t a n t o p e r c h é v u o l e lui la gloria, q u a n t o p e r c h é u n di q u e s t i
faceua difftcultá n e l essere q u e s t o beneficio de frati allemani; l ' a l t r o
si auea messo assai in la testa il r e c o r d a r di p r o u e d e r a d m i n i s t r a t o r i
seculari della i n t r a d a . A l c u n i etiam a m i c i , ali q u a l i h a u e u a m o p a r -
lato , et e r a n o disposti p e r b a l o t a r , q u e l l o di si t r u o u a r o n o fuora
d e l l a t é r r a . F u r o n o e t i a m t r e i , c h e , senza l a r a r e n g a , h a n n o c o n t r a -
d e t t o q u e s t a o p e r a . II p r i m o d i l o r o che e r a c o n s i g l i e r e i n c o l l e g i o :
a l t r i d u o i , cioé v n capo d e d i e c i et u n capo di q u a r a n t a i n P r e g a i .
 684 APÉNDICE
A c c a d e t e a n c h o r a c h e s i m i l e m a t e r i e si s o g l i o n o p r o p o n e r in c o l l e g i o
al p r i n c i p i o q u a n d o s o n ó p o c h i v e n u t i , et q u e s t a cosa si p r o p o s e d o p p o
le a l t r e in p l e n o collegio, d o u e e r a p i ü occasione di c o n t r a d i c t i o n e , et
il s i m i l e é d e P r e g a i . Con t u t t o q u e s t o , il S i g n o r che e p a t r ó n delli
c u o r i , e t dispose p r i m a che il p r i n c i p e , il q u a l n o n t r o p p o s e n t i u a
q u e s t a cosa, n o n si t r u o u a s s i p r e s e n t e q u e l l o g i o r n o no in collegio n e
in P r e g a i ; il s i g n o r Dio dico, r e d e l l i c u o r i , ci d e t t e c e n t o q u a r a n t a t r e i
b a l o t e in fauore et s o l a m e n t e d u e i n c o n t r a r i o , essendo i r a q u e l l i d i
P r e g a i et collegio m o l t i p a r e n t i et affini de v n g e n t i l h u o m o , il qualo
q u e s t a cosa i m p e d i u a , et fra l o r o vn c o n s i g l i e r e , s u o c e r o de vna sua
n i p o t a , m a i da n o i v i s t o n e p a r l a t o , il q u a l e fu q u e l l o che sollicitó
t a n t o la n o s t r a cosa, e t la f a u o r i , che il s e c r e t a r i o ci diceua che l u i a
fatto il t u t t o ; e t v n i v e r s a l m e n t e t u t t i f e c e r o v n c e r t o r u m o r e lau-
d a n d o la o p e r a , e t m o s t r a n d o d i s p i a c e r l i il disfauoro d i cssa. E t fra
l o r o a l c u n o disse: Non f a r e m o m i g l i o r e o p e r a d i q u e s t a in q u e s t o
a n n o . T a n t o c h e , o g n i cosa p o n d e r a t a , n o n s o l a m e n t e a n o i et a l t r e
p e r s o n e s p i r i t u a l i et i n t e l l i g e n t i p a r e speciale o p e r a del S i g n o r e , ma
e t i a m quasi t u t t i li g e n t i l h u o m i n i , et s e c r e t a r i o , et a d u o c a t o , c h e
o g n i g i o r n o p r a c t i c a n o simili cose, d i c o n o che é stato v n m i r a c o l o in
s i m i l i m a t e r i e , e t c o n le c i r c o n s t a n t i e d i q u e s t a n o n h a u o r h a u u t o
sino d u e b a l o t e in c o n t r a r i o , p e r c h é i n q u a l u n q u e m a t e r i a talo
e t i a m senza c o n t r a s t o , s o g l i o n o e s s e r e m o l t o p i ü : et q u e s t o , n o n os-
t a n t e che q u e l l o g e n t i l h u o m o che i m p e d i v a il n e g o c i o , h a p a r l a t o a
t u t t i q u e l l i che n o i h a u i a m o p a r l a t o , et m o l t i a l t r i de piü, et fra l o r o
h a p a r l a t o al s e c r e t a r i o e t a d u o c a t o , li q u a l i h a n n o p i g l i a t o t a n t o da
v e r o q u e s t a n o s t r a cosa, c o m m e n o i stessi.
P . A l o n s o S a l m e r ó n á San Ignacio.
Epistolae P. Salmerón.
Venecia, 27 de A b r i l de 1549.
t
i Ha
La g r a c i a y paz d e C h r i s t o n u e s t r o S e ñ o r sea s i e m p r e e n n u e s t r o
fauor y a y u d a .
P o r g r a c i a d e N. S e ñ o r y o o c u m p l i d o las p r é d i c a s e n c i b d a d , y si
los p r i n c i p i o s y m e d i o s a n sido b u e n o s , el fin a sido n o m e n o s ,
i m m o m u c h o m á s q u e y o n u n c a p e n s é ; p o r q u e la c o m o t i o n y J'rutto
q u e n u e s t r o S e ñ o r h a h e c h o e n los c o r a c o n e s d e l l o s a u d i t o r e s a sido
t a n t a , q u e d e s p u é s q u o S a n t B e r n a r d i n o p r e d i c ó en a q u e l l a t i e r r a
n o se a s e n t i d o o t r a tal n i s e m e j a n t e : y las señales q u e d c s t o se p u e -
d e n v e r son m u c h a s : p r i m e r a m e n t e p o r q u e m u c h a s p e r s o n a s secu-
lares y eclesiásticas, q u e n o solian a n d a r á las p r é d i c a s , p o r n o les
satisfazer el p r e d i c a d o r , este año an sido m u y f r e q u e n t e s y c o n t i -
n u a s e n el o y r , a l l e n d e d e s t o a l g u n o s q u o n o s e n t í a n assi carbólica-
m e n t e e n las cosas d e la fe, c o m o d e l P u r g a t o r i o , d e Sanctis, d e O p e -
r i b u s , de Confessione, etc., a p l a z i d o á n u e s t r o S e ñ o r d e a u e r l e s d a d o
t a n t a l u m b r e y c o n o g i m i e n t o , q u e d e l t o d o se son r e m o u i d o y a p a r -
APÉNDICE 685
t a d o d e los e r r o r e s y d u b i o s e n q u e e s t a u a n ; y assi se an q u e m a d o
a l g u n o s l i b r o s v u l g a r e s l u t h e r a n o s y o b r a s s u s p e c t i s , con d e z i r q u e
n o q u i e r e n más d i s p u t a r n i d u b i t a r , p o r q u e son c l a r o s de la v e r d a d
de la F é . Y d e v n a p e r s o n a e n special e sabido q u e el año passado se
fué á confessar á la l u t h e r a n a , ii est, á aecusarse e n g e n e r a l p e c c a d o r ,
sin q u e r e r v e n i r á specificar sus p e c c a d o s : este año a t o r n a d o al
m i s m o P a d r e confessor p a r a confessarse en p a r t i c u l a r de sus p e c c a -
dos y p a r a r e g e b i r la a b s o l u t i o n . De m u c h o s e e n t e n d i d o q u e n o
g u a r d a u a n q u a r e s m a , y q u e este a ñ o , d e s p u é s q u e an o y d o c i n c o ó
seys s e r m o n e s , la a n c o m e n g a d o á g u a r d a r y g u a r d a d o h a s t a la fin.
A plazido etiam á n u e s t r o S e ñ o r á d a r tanta fuerga á su p a l a b r a ,
q u e los odios y d i s c o r d i a s , q u e r e y n a u a n g r a n d e m e n t e en aquella
t i e r r a , se son do tal m a n e r a oxtinctos y s o p i d o s , q u e p a r e g e q u e n o
se s i e n t e más las p a r t e s , y esto p o r a u e r y o s p e c i a l m e n t e i n s t a d o e n
esto; y assi e n señal desto m e a testificado el v i c a r i o del o b i s p o q u e
p o c o m e n o s d e m i l i p e r s o n a s son los q u e este año se an c o m u l g a d o
y confessado d e m á s de las q u e el año passado se c o m u l g a r o n y con-
i'essaron. T a n b i e n se a h e c h o specialíssimo frutto e n las d o n z e l l a s y
gitellas q u e sus m a d r e s g o v e r n a u a n con m u y g r a n l i b e r t a d , d e ma-
n e r a q u e p ú b l i c a m e n t e n o se v e y a sino a m o r e s y r a z o n a m i e n t o s d e
m a n c e b o s con las d o n z e l l a s , y m a t r i m o n i o s c l a n d e s t i n o s , y o t r a s co-
sas m u y d e s h o n e s t a s y dissolutas; y en esto se a h e c h o tanta m u t a -
gion, q u e es cosa p a r a m u c h o a l a b a r á n u e s t r o S e ñ o r . Yo e u i s t o vna
t a n t a v o l u n t a d y m u t a g i o n de personas, q u e n o p u e d o dezir sino q u e
m e a n i n b i a d o m u y consolado en n u e s t r o S e ñ o r , p o r v e r q u e su pa-
l a b r a la a y a n assi r e g e b i d o .
J u a n I I I al P. S i m ó n Rodríguez.
( B i b l i o t e c a d e É v o r a . Cód. , f. 240.)
L i s b o a , 27 d e J u l i o d e 1 5 5 2 .
Maestre S i m a o . E u el r e y vos e n v i ó m u i t o saudar. M. I g n a c i o m i
escroveo, c o m o v o s m a n d a v a h u m a sua comissao, p a r a i r d e s ao r e i n o
de Valenga a s e r p r o v i n c i a l da p r o v i n c i a d a q u e l l e r e i n o , e p o r q u e
e u r e c e b e r i a c o n t e n t a m e n t o d e v o s o b e d e c e r d e s a d i . a comissao e
fazerdes o q u e p o r ella vos t e r m a n d a d o , v o s e n c o m e n d ó m u i t o q u e
o q u e r á i s logo assy fazer, e m u i t o se lo a g r a d e c e r e i e folgarei d e
m e e s c r e v e r d e s s e m p r e o q u e la fazeis,, q u e confio s e r á o q u e for
m a i s sorvigo d e N. S. e b e m da C o m p a n h i a . — E n L i s b o a a 27 d e j u l i o
d e 1552.—El rey.
S e n t e n c i a sobre l a conducta del F . S i m ó n R o d r í g u e z
en Portugal.
O r i g . Causa P. Simonis Rodríguez.
V i e n d o n u e s t r o R d o . P a d r e y P r e p ó s i t o g e n e r a l d e la C o m p a ñ í a
d e J e s ú s Maestro I g n a t i o , q u e a u i a a l g u n a s differencias e n t r e e l
 686 APÉNDICE
P . Maestro S i m ó n R o d r í g u e z , q u e h a s e y d o P r e p ó s i t o p r o u i n c i a l d e
n u e s t r a C o m p a ñ í a en P o r t u g a l , y a l g u n o s o t r o s P a d r e s d e la m e s m a
C o m p a ñ í a e n a q u e l R e y n o , d e los q u a l e s a l g u n o s h a n s e r i t t o y o t r o s
d i c h o de p a l a b r a lo q u e s e n t í a n , q u e son el P . L u y s González y el
P . C a r n e r o , p a r e z i ó á dicho n u e s t r o P a d r e d e p u t a r a los q u a t r o p r o -
fessos q u e a b a x o s u b s c r i u i m o s p o r J u e z e s e n t r e el P . M a e s t r o S i m ó n
y los o t r o s P a d r e s , y asi de consenso de e n t r a m b a s p a r t e s fuimos
a c c e p t a d o s en p r i n c i p i o de d e z i e m b r e 1553, offreziendo todos ellos
d e e s t a r a lo j u r a d o , y t e n e r l o p o r m e j o r .
Después fué o r d e n a d o y dado t i e m p o de 15 ó 20 dias á los dos pa-
d r e s L u y s González y C a r n e r o p a r a q u e s c r i u i e s e n , y t a m b i é n d i x i e -
sen de p a l a b r a lo q u e t e n í a n q u e dezir c o n t r a el P . Maestro S i m ó n
p o r m o d o de d e n u n c i a c i ó n , y t o d o s o b r e i u r a m e n t o y asi fueron
o y d o s d e l a n t e del P . S i m ó n , y se uió lo q u e e n s e r i t t o ellos p u s i e r o n
y los d e m á s d e P o r t u g a l , cuyas l e t r a s firmadas de sus m a n o s auia.
Y s o b r e i u r a m e n t o fue t a m b i é n o} do el P . S i m ó n en lo q u e quiso
r
d e z i r de palabra, asi e n defensión suya c o m o t a m b i é n contra los q u e
h a u i a n dicho y seritto c o n t r a él, en p r e s e n t í a de los dos P a d r e s a r r i b a
dichos, L u y s González y C a r n e r o , y fuéle u l t r a desto d a d o t é r m i n o de
o t r o s 15 ó 20 d i a s , q u e e r a el t i e m p o q u e á él p a r e c i ó basta na, p a r a
r e s p o n d e r en s c r i p t o á las o b i e t i o n e s q u e se le h a u i a n h e c h o , y eso
t a m b i é n s o b r e el m e s m o j u r a m e n t o .
D e s p u é s del t é r m i n o d i c h o dio sus s c r i t t o s el P . Maestro S i m ó n a
17 de e n e r o 1554 en su defensión, d o n d e t a m b i é n dezia lo q u e sentía
d e los d e n u n c i a d o r e s , y fueron uistos, y m o s t r a d o s a los P a d r e s Luys
González y C a r n e r o , y d a d o á ellos t i e m p o d e t r e s dias p a r a r e p l i c a r
de p a l a b r a lo q u e les p a r e z i a s o b r e las r e s p u e s t a s d e l P , S i m ó n , y
asi f u e r o n oydos a 21 d e e n e r o d i c h o p o r q u a t r o dias c o n t i n u o s , ha-
l l á n d o s e p r e s e n t o el Maestro S i m ó n , y s i e m p r e s o b r e j u r a m e n t o ; y
q u e r i e n d o ellos s c r i u i r , fué j u z g a d o q u e n o e o n u e n i a y quo bastaua
q u e d e p a l a b r a d i x e s e n , y asi lo h i z i e r o n , y a los 24 de e n e r o
v b i e n d o accabado de r e p l i c a r los dos d i c h o s P a d r e s lo q u o q u e r í a n ,
fué offrezido t i e m p o de n u e u o al P . S i m ó n , p a r a q u o , si otra cosa le
o c u r r í a d e z i r , o y d a s las r e p l i c a s do los o t r o s , la d i x e s e , y n o le pa-
r e c i ó t o m a r o t r o t é r m i n o sino de Ja n o c h e m e s m a , y fué o y d o , d e
m a n e r a q u e n o q u e d a b a sino el s e n t o n t i a r .
S a b i e n d o n u e s t r o d i c h o P a d r e q u e estaua la cosa e n esto t é r m i n o ,
o r d e n ó q u e la u n a p a r t e y la otra p r o m e t i e s e de n u e u o de e s t a r á
t o d o lo q u e fuese j u z g a d o , t u b i é n d o l o , n o s o l a m e n t e p o r b u e n o ,
p e r o p o r m e j o r y más a c e r t a d o , y asi m e s m o , quo a c c e p t a r i a n q u a l -
q u i e r a satisfaction y p e n i t e n c i a q u e los fuese dada p o r los J u e z e s , y
asi lo h i c i e r o n , c o m o se voy p o r sus m a n o s a q u i s u b s c r i p t a s . — Mos-
tré Simón.—Luis <jh.— Melchior Camero.
Asi m e s m o a n o s o t r o s los infrascriptos J u e z e s nos m a n d ó n u e s t r o
P a d r e q u o t o m a n d o a l g ú n t é r m i n o d e t i e m p o p a r a m i r a r en lo dicho
y s e r i t t o de u n a p a r t e y do o t r a , p o r t r e s d i a s , cada u n o a n t e s de
s u b s c r i u i r s e c e l e b r a s e a esta i n t e n t i o n , y j u r a n d o s o b r e los santos
e u a n g e l i o s d e d a r la s e n t e n t i a q u e n o s p a r e z i o s e m á s c o n f o r m e a ra-
zón y j u s t i c i a , d e c l a r á s e m o s n u e s t r o p a r e z e r y j u y z i o , y asi n o s o t r o s
u b i é n d o l o j u r a d o y i n v o c a n d o el n o m b r e de Ja Santa T r i n i d a d , P a -
d r e , Hijo y S p i r i t u sancto, d e c l a r a m o s , c o n f o r m e á lo a l e g a d o y p r o -
b a d o de u n a p a r t e y de o t r a , y á lo q u e dosto p u e d e b i e n c o l e g i r s e ,
q u e , a u n q u e a l g u n o s de los q u e h a n c o n t r a d i c h o al P . Maestro S i m ó n
APÉNDICE 687
p u d i a n p r o c e d e r con él más d u l c e m e n t e , y a u n q u e Maestro S i m ó n
e n a l g u n a s cosas, d e las m u c h a s q u e se le o p p o n e n con b u e n zelo, se
p u r g e d e l t o d o , ó á lo m e n o s en p a r t e , t o d a u i a s e g ú n Dios y n u e s t r a
eonsciencia j u z g a m o s q u e los q u e le h a n c o n t r a d i c h o , y i n f o r m a d o
a l s u p e r i o r de sus cosas h a n h e c h o lo q u e debían; y q u e hauia n e c e s -
sidad p a r a el b i e n s e r de la C o m p a ñ í a de P o r t u g a l , q u e él dexase el
c a r g o , y saliese fuera del R e y n o .
Asi m e s m o j u z g a m o s q u e Maestro S i m ó n ha faltado, n o t e n i e n d o
la obediencia y r e s p e c t o d e b i d o a su s u p e r i o r y los q u e su l u g a r t e -
n í a n , ni m o s t r a n d o a q u e l s p i r i t u de v n i o n y c o n f o r m i d a d q u e los
m i e m b r o s con la cabeza y con t o d o el c u e r p o d e la C o m p a ñ í a u n i -
v e r s a l d e b e n t e n e r , y esta falta t e n e m o s p o r m u y g r a v e .
í t e m , j u z g a m o s , q u e , p a r t e p o r falta de diligencia, p a r t e p o r falta
do d i s c r e t i o n , p a r t e p o r e n g a ñ a r s e en su p r o p r i o j u y z i o , confiando
d e m a s i a d a m e n t e en é l , sin t e n e r m u c h o c u y d a d o d e a c o n s e j a r s e , n i
c o n s u l t a r con su s u p e r i o r n i con o t r o s lo q u e debia c o n s u l t a r , se h a
h a u i d o m a l en el g o u i e r n o de las cosas t e m p o r a l e s y en el de las
p e r s o n a s y cosas s p i r i t u a l o s , tanto, q u e es b i e n de a d m i r a r la d i v i n a
m i s e r i c o r d i a y p r o u i d e n c i a , quo h a c o n s e r v a d o en sus m a n o s y lle-
uado adelanto la Compañía de P o r t u g a l , quo con los i'eruores p e l i -
g r o s o s , más estimados del, q u e las u i r t u d e s u e r d a d e r a s y sólidas,
quales fueron los desafios y o t r o s d e s c o n c i e r t o s , p u s o e n p e l i g r o
toda la C o m p a ñ í a de P o r t u g a l y de E s p a ñ a de c a e r en i n c o n u e n i e n -
tos n o t a b l e s .
J u z g a m o s t a m b i é n q u e él de su p a r t e , a u n q u e a los p r i n c i p i o s
ha a y u d a d o la C o m p a ñ í a , después le h a h e c h o daño con el e x e m p l o
de m u c h a l i b e r t a d c a r n a l y de poca o b e d i e n c i a y u n i ó n y mortifica-
c i ó n , y con su t o r n a d a do Valencia a P o r t u g a l , y la m a n e r a en q u e
se u b o con los de fuera do la Compañía y con los salidos y t e n t a d o s
(no h a z i e n d o con olios el oi'ficio quo debia p a r a r e d u z i r l o s , ó n o
c u m p l i d a m e n t e ) y t a m b i é n con los o t r o s de la C o m p a ñ í a q u e le
contradezian.
J u z g a m o s asi m e s m o q u a n t o á su p e r s o n a , q u e h a y a faltado g r a n -
d e m e n t e , m o s t r a n d o tanta aJ'ficion a estar en P o r t u g a l , pues, a u n q u e
lo m o u i e r a el r e s p e c t o de su salud c o r p o r a l , n o auia de p r o c u r a r l a
con daño de la s p i r i t u a l de tantas á n i m a s . J u z g a m o s t a m b i é n q u e aya
e x c e d i d o en el t r a c t a m i c n t o de su p e r s o n a , no t e n i e n d o la c u e n t a
q u e d e b i a con la profession n u e s t r a do p o b r e z a , y con el e u i t a r
scandalo y dosedificacion en los d e la C o m p a ñ í a y fuera della.
J u z g a m o s t a m b i é n quo en m o s t r a r m u c h o c o n c e p t o de si aya d a d o
p o c o e x e m p l o do h u m i l d a d , y se lia con razón h e c h o sospechoso de
a l g u n a a m b i t i o n ; y a u n q u e nos p e r s u a d i m o s q u e en m u c h o s de sus
h i e r r o s fué la causa el e n g a ñ o de su e n t e n d i m i e n t o , y n o malicia, n o
le p o d e m o s escusar, p o r q u e p a r e z e se fundaría e n s o b e r b i a y con-
fianza de si el tal e n g a ñ o , c o m o m u e s t r a n a b u n d a n t e m e n t e las r e s -
p u e s t a s q u e e n escrito lia d a d o , y en s u p e r i o r e s la i g n o r a n c i a n o
escusa, m á x i m e s i e n d o crassa.
í t e m , j u z g a m o s q u e p o r las faltas dichas n o p o d r í a él h a z e r p e n i -
tencia y g u a l e n esta uida p r e s e n t e , a u n q u e toda la gastase e n satis-
í a c t i o n e s p o r el g r a u i s s i m o p e r i u i z i o q u e se h a hecho., y d a ñ o s p i r i -
t u a l á tantas a n i m a s etc., y t o d a u i a , m i r a n d o lo q u e él d e b r i a , y
i u n t a m e n t e p o d r í a h a z e r s e g ú n la h u m a n a fragilidad, nos d e t e r m i -
n a m o s quo h a g a lo s i g u i e n t e :
 688 APÉNDICE APÉNDICE
689

1.* P r i m e r a m e n t e , p o r q u e se d é satisfaction en a l g u n a m a n e r a , Y e s t e s e r n u e s t r o p a r e z e r y j u i c i o , asi d e los defectos c o m o de las

cual se p u e d e d a r a los a u s e n t e s q u e están scandaíizados del P . Si-
m ó n , o p o r él c o n t r a la C o m p a ñ í a , s c r i u a u n a l e t r a d e su m a n o al
D u q u e d e A u e r o y o t r a a D o n T h e u t o n i o , y o t r a a su h e r m a n o , y
o t r a a t o d o s los d e la C o m p a ñ í a de J e s u s en P o r t u g a l , q u e se p u e d a
m o s t r a r a a l g u n o s de los salidos ó a o t r o s q u e n o son do la C o m p a -
ñ í a , q u e t a m b i é n están desedificados (si p a r e z i e r e a l P r e p ó s i t o de
allá con su consejo q u e sea e x p e d i e n t e ) d o n d e con p u r i d a d y sim-
p l i c i d a d santa m u e s t r e r e c o n o c e r s e , y la m e r c e d q u e D i o s N u e s t r o
S e ñ o r le h a h e c h o e n e s t o , y p r o c u r e d a r l e s de si b u e n a edification,
y les d e m a n d e p e r d ó n d e t o d o s los m a l o s e j e m p l o s y d o c t r i n a q u e
les h a d a d o , y les e x h o r t e a i m i t a r y c r e e r a o t r o s s i e r u o s do Dios
q u e allá a b r a n c o n o c i d o , q u e h a n t i n i d o y t i e n e n c a r g o d e l l o s , mas
q u e a é l , y e n special los a n i m e a la o b e d i e n c i a } a b n e g a c i ó n d e si
r
p e n i t e n c i a s m e r e c i d a s , lo i u r a m o s d e n u e u o s o b r e los santos e u a n -
g e l i o s , y asi s u b s c r i u i m o s esta s e n t e n t i a o y 7 d e h e b r e r o d e 1554.
Doctor Myona.
Martin de Olaue.
J o a n de Polanco.
Pontio Cogordano.
E s t e d i c h o dia p r o n u n c i a n d o p o r s c r i t t o essa s e n t e n t i a el D o c t o r
Miona e n n o m b r e d e los q u a t r o J u e z e s e n su c á m a r a ( m a n d á n d o l o
asi N u e s t r o P a d r e p o r m a s s e c r e t o ) p r e s e n t e s s o l a m e n t e , sin los 4

J u e z e s , los d e n u n c i a d o r e s y e l Maestro S i m ó n (de los q u a l e s n o

m e s m o s , y a ñ a d i r á t a m b i é n q u e , p o r satisfaction del affecto q u e ha abia de salir esta cosa, p o r o r d e n d e N u e s t r o P a d r e ) , q u a n d o se l l e g ó
m o s t r a d o d e s o r d e n a d o de q u e d a r e n P o r t u g a l , q u e de su p a r t e para a d o n d e se d e c l a r a n las faltas y p e n i t e n c i a s a r r i u a d i c h a s , Maestro
s i e m p r e se p r i u a d e l t o r n a r e n a q u e l R e y n o , y asi lo p r o m e t e , si la S i m ó n , q u e estaua a s s e n t a d o , se d e s c u b r i ó la cabeza, y se h i n c ó d e
o b e d i e n c i a santa o t r a cosa n o o r d e n a s e etc. r o d i l l a s , d e s u y o m o u i d o , y d i z i é n d o l e q u e se l e u a n t a s e , se e s c u s ó ,
2. E n a l g u n a satisfaction d e su d e s o r d e n a d a afficion se le da en m o s t r a n d o q u e p o r su d e u o c i o n q u e r í a asi o y r lo q u e q u e d a b a d e
p e n i t e n c i a p o r toda su vida esta ausencia del R e y n o de P o r t u g a l , la s e n t e n t i a , y t o d a oyda la a c e p t ó con sus satisfactiones y p e n i t e n -
p o r q u e su t o r n a d a e n a q u e l l a s p a r t e s n o c o n u i e n e s e g ú n la disposi- c i a s , q u e r i e n d o b e s a r los p i e s á t o d o s , lo q u e n o se le c o n s e n t i ó ,
c i ó n d e las cosas e n n i n g u n a m a n e r a . Y asi lo s e n t i m o s e n el S e ñ o r antes le fue dicho q u e n o c o m e n z a s e a e x e c u t a r la s e n t e n c i a h a s t a
N u e s t r o y lo r e p r e s e n t a m o s a N u e s t r o P a d r e c o m o cosa s u m a m e n t e q u e h a b l á s e m o s a N u e s t r o P a d r e , q u e asi lo h a u i a o r d e n a d o , y é l
n e c e s s a r i a , y e n esto c a r g a m o s su c o n s c i e n t i a d e s c a r g a n d o las e n t o n z e s se l e u a n t ó , h a b l a n d o d e la b e n i g n i d a d q u e c o n é l h a u i a m o s
nuestras. u s a d o , m e r e c i e n d o m u c h a mas s e u e r i d a d sus defectos. T o d o esto
3. P o r toda la u i d a cada dia q u e se a c o r d a r e y t u b i e r e salud passó d i c h o d i a , m e s y a ñ o , p r e s e n t e s los a r r i u a n o m b r a d o s , l o s
p a r a ello d i g a v n P a t e r n o s t e r y u n a A u e Maria c o m o e n m e m o r i a q u a l e s t o d o s (del en f u e r a , a q u i e n n o se p i d i ó lo hiziese) e n t e s t i -
y señal de r e c o n o c i m i e n t o de susfaltas, y p i d i e n d o a Dios N u e s t r o m o n i o de la u e r d a d lo c o n f i r m a m o s d e n u e s t r o s n o m b r e s .
S e ñ o r p e r d ó n de su s o b e r b i a , i n o b e d i e n c i a , d e s u n i ó n con su S u p e -
r i o r , y de las o t r a s faltas en g e n e r a l , y g r a c i a d e la h u m i l d a d , o b e -
Doctor Myona.
d i e n c i a y u n i ó n , c o m o c o n u i e n e en si y e n los o t r o s a q u i e n el u b i e s e
Martin de Olaue.
d a ñ a d o e n esta p a r t e . Joan de Polanco.
4. P o r siete años cada s e m a n a , p u d i e n d o , diga u n a missa p o r el Pontio Cogordano.
b u e n suceeso de las cosas d e la Compañía en P o r t u g a l , r o g a n d o a Luis González. Melchior Carnero.
Dios N u e s t r o S e ñ o r q u e cessen, y n o sean á n i n g u n o causa d e r u i n a
los malos e x e m p l o s y scandalos q u e el dio en a q u e l R e y n o .
5. Q u e p o r los m e s m o s s i e t e años d a n d o l u g a r su s a l u d , s e g ú n el
a r b i t r i o del confessor s u y o , cada s e m a n a haga una disciplina secreta
p o r spacio d e u n M i s e r e r e q u e él m e s m o d i g a , y la p r i m e r a sea
d e l a n t e d e t o d o s los a q u i s a b e n s u s faltas, y p i d i e n d o p e r d ó n , y
b e s a n d o los pies á t o d o s .
6. P o r dos años p e r m i t i é n d o l o su s a l u d , s e g ú n e l a r b i t r i o d e
su s u p e r i o r , a y u n e u n dia d e la s e m a n a , q u a l él q u i s i e r e , en al-
g u n a satisfaction d e los excessos de s e n s u a l l i b e r t a d q u e h a usado,
y n o faltando a sus n e c e s s i d a d e s , c u e l m e s m o t i e m p o u s e e l u e s -
t i r m a s g r u e s o y m a s l e x o s d e c u r i o s i d a d q u e p u d i e r e alcanzar d e
q u i e n so lo h a d e dar, y n o c a u a l g u e sino p o r o b e d i e n c i a m u í a n i
cauallo.
7. P o r el m e s m o t é r m i n o d e dos años n o c o n u e r s e sino c o n su
confessor y a l g u n o s o t r o s q u e le s e a n d a d o s e n lista, y a t i e n d a a
e n t r a r e n si, l e y e n d o l i b r o s s p i r i t u a l e s s o l a m e n t e , y e x e r c i t á n d o s e
e n e l c o n o c i m i e n t o de su m i s e r i a etc., p u e s el a n d a r m u y fuera d e si
le h a h e c h o t a n t o d a ñ o , ut euanuerit in cogitationibus suis, e t c .
 ÍNDICE ONOMÁSTICO

ABENAMAR, calle d e . 4 3 4 y 4 3 6 .
ALCÁNTARA, S a n P e d r o . 2 4 9 .
ACENOS, i n d i o s . 4 7 3 .
ALCÁZAR, G a b r i e l , S. J . 4 2 4 .
ACEVEDO, P . L i c e n c i a d o , S. J . , 1 5 5 4 , e n
ALEANDRO, J e r ó n i m o . 5 1 3 .
Burgos. 4 1 1 .
ALEJANDRO V I . 2 7 9 , 2 8 0 y 2 8 5 .
ACOSTA, A n t o n i o d e . 3 1 3 .
ALEJANDRO, m é d i c o . 6 4 0 y 6 4 1 .
ACOSTA, B e r n a r d i n o , S. J . 3 1 3 y 4 1 0 .
ALFONSO , A l v a r o , S. J . ( V é a s e Alvaro.)
ACOSTA, C r i s t ó b a l d e , S. J . 3 1 3 y 4 1 0 . ALICANTE. 6 2 6 .
ACOSTA, D i e g o d e , S. J . 3 1 3 y 4 1 0 . ALJAFERÍA, Z a r a g o z a . 4 5 6 .
ACOSTA, J e r ó n i m o d e , S. J . 3 1 3 . ALMAZÁN. 7 3 y 8 4 .
ACHEMITAS , i n d i o s . 4 7 3 .
ALMEIDA, D . E s t e b a n , o b i s p o d e C a r t a g e -
AOÜILAR, m a r q u é s d e . 2 4 0 y 2 8 4 .
na y Murcia. 4 0 8 y 4 3 7 .
AGUSTÍN, S a n . 3 3 5 , 3 6 8 , 5 3 3 , 5 3 6 y 5 6 4 .
ALMEIRÍN. 2 4 2 y 5 8 6 .
AGUSTÍN, c l é r i g o s r e g l a r e s d e S a n . 3 3 4 . ALMUNIA. 2 3 5 .
AGUSTÍN , m o n a s t e r i o d e S a n , Salamanca.
ÁLVAREZ DEL ÁGUILA, F e r n a n d o , S. J . 3 0 2 ,
317.
_ 3 0 6 ,3 0 7y 420-422.
AGUSTÍN, p o r t e r í a d e S a n , S a l a m a n c a . 3 0 1 .
ÁLVAREZ, J u a n P a b l o , S. J . 2 6 6 , 2 7 8 , 3 0 2 ,
AGUSTÍN, c l a u t r a l e s d e S a n , Z a r a g o z a . 4 4 4 - 306, 3 0 7 , 326, 327, 329, 338-340, 428,
451, 455-463. 433 y 434.
AGUSTÍN, J a i m e , j u r a d o m a y o r d e Z a r a g o -
ÁLVAREZ, P . G a b r i e l , S. J . 3 9 3 .
za. 4 3 9 y 4 6 2 .
ÁLVAREZ DE TOLEDO, J u a n , c a r d e n a l . 4 0 0 .
AGUSTÍN , P e d r o , o b i s p o d e H u e s c a . 4 4 5 -
ALVARO, A l f o n s o , S. J . 2 3 5 ,2 3 8 ,2 6 4 y
455, 458-464. 278.
ALAGÓN. 4 5 5 .
AMADOR. 6 6 .
ÁLAVA Y ESQUIVEL, D i e g o , o b i s p o d e A v i - AMANGÜCHI. 4 7 7 y 4 7 9 .
la. 4 2 0 .
AMBERES. 5 9 .
ALBA DE TORMES. 3 0 1 .
AMBOINO, i s l a de. 4 7 2 .
ALBA, d u q u e de. 2 4 5 .
AMBROSIO, S a n . 3 3 5 y 6 5 8 .
ALBURQÜERQUE, J u a n , O. S. F . , a r z o b i s p o AMIGANT, A n d r é s . 4 2 y 1 6 1 .
de Goa. 4 6 7 , 4 6 8 y 4 8 0 . AMIGANT, Á n g e l a . 3 6 y 4 1 .
ALCALÁ. 4 9 - 5 5 , 6 1 , 7 4 , 7 6 , 2 5 1 , 2 5 3 , 2 5 6 -
ANA, ermita de Santa, Oñate. 3 1 4 .
259, 262-267, 276-278, 298-300, 305,
ANDREAS, H . , S . J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 .
322, 323, 328, 341-365, 367, 368, 375,
ANCHIETA, A n a d e . 8 3 .
377, 379, 380, 3 8 6 , 393-400, 404, 409,
ANGERO. 4 7 3 . ( V é a s e Santa Fe, P a b l o d e . )
413, 4 1 4 , 4 2 2 , 4 2 3 , 427, 446, 563, 592,
ANTEZANA, h o s p i t a l de, Alcalá. 4 9 , 5 1
615, 619-621, 650, 654, 655 y 658.
y 65.
 692 Í.VDICB ONOMÁSTICO
ANTIGUA, N u e s t r a S e ñ o r a d e l a , V a l l a d o -
lid. 268.
ANTÓN, c o l e g i o d e S a n , L i s b o a . 6 2 5 .
ANTONIO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Á l c a l i . 4 1 0 .
ANTONIO, P . M a e s t r o , S. J . , 1 5 5 4 , e n G a n -
día. 410.
ANTONIO, L L , S . J . , 1 5 5 4 , e n S a l a m a n c a ,
410.
AQUAVIVA, C l a u d i o , S. J . 17 y 3 4 5 .
ACJÜINO, S a n t o T o m á s d e . 5 6 4 .
AEACELI, i g l e s i a d e , E o m a . 2 8 4 .
ARAGÓN, A l o n s o d e . 2 8 0 .
ARAGÓN, H e r n a n d o , a r z o b i s p o d e Z a r a g o -
za. 439, 445, 446, 448-455 y 459-464.
ARAGÓN, H e r n a n d o de, duque de Cala-
bria. 304.
ARAGÓN, J u a n d e , a r z o b i s p o d e Z a r a g o z a .
281.
ARAGÓN, J u a n d e , S. J . 2 3 5 y 2 3 8 .
ARAGÓN, J u a n a d e . 2 8 0 .
ARANA, A i r e s , S. J . 6 0 1 .
ARÁN'ZAZU, N u e s t r a S e ñ o r a d e . 2 8 .
ARAOZ, A n t o n i o d e , S. J . 16, 9 7 , 136, 2 0 4 ,
2 1 1 , 230-258, 265, 269, 271-273, 276-
278, 2 8 3 , 289, 2 9 1 , 2 9 8 , 300, 303-305,
309, 3 2 3 , 3 2 8 , 349, 350, 355, 3 5 6 , 362,
365, 379, 3 9 1 , 3 9 8 - 4 0 5 , 4 1 1 , 412, 439,
589, 5 9 3 , 602, 618, 649, 655 y 657.
ARAOZ , M a g d a l e n a d e . 8 3 .
ARBOLEDA, H . , S. J . , 1554, en A l c a l á . 4 1 0 .
ARCOS, F r . M i g u e l d e , O . P . 3 2 3 .
ARCHINTO, F e l i p e . 3 3 1 , 3 6 8 y 5 4 0 .
ARDEBALO. 4 7 y 4 9 .
ARÉVALO. 9.
ARTEAGA, J u a n d e . 4 9 , 6 4 , 6 5 y 6 6 .
A s í s , San Francisco de. 337.
ASTORGA, m a r q u é s d e . 2 4 5 .
AUGUSTA. 2 9 6 .
AUSBURGO. 2 8 2 y 5 7 1 .
AUSTRIA, L e o p o l d o d e , o b i s p o d e C ó r d o -
ba. 419.
AVEIRO, d u q u e d e . 6 0 1 , 6 0 2 , 6 0 5 , 6 1 4 , 6 1 6 ,
617, 6 2 1 y 6 3 1 .
AVENDAÑO, F r a n c i s c o , S. J . 2 7 8 .
AVENDAÑO, H e r n a n d o , S. J . 2 6 7 .
AVERSANO, César, S. J . 2 7 8 y 3 0 4 .
AVILA. 3 9 5 , 4 1 0 , 4 1 9 - 4 2 2 y 6 5 4 .
AVILA , A l o n s o d e , c a n ó n i g o d e Gandía.
281.
A V I L A , A l o n s o d e , S. J . 4 3 2 . ( V é a s e
silio.)
ÍNDICE ONOMÁSTICO
ÁVILA, B. J u a n de. 2 8 3 , 3 1 5 , 3 3 2 , 333, 693
BENITO, a b a d e s d e S a n . 5 2 2 . BRETANCOURT. 8 1 .
377, 403, 418, 419, 434 y 662-664.
BENITO, r e l i g i ó n d e S a n . 6 6 6 .
Á V I L A , S. J . 4 0 3 . BRIANT, F r . J o a q u í n , O . S. B . 1 5 9 .
BENITO, S. J . 3 1 5 .
ÁVILA, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n S a l a m a n c a . 4 1 0 . BROET, P a s c a s i o , S. J . 8 1 , 8 7 , 8 9 , 117
AYORA, D r . 4 3 0 . B E N I T O , P . , S. J . , 1 5 5 4 , en C ó r d o b a . 4 0 9 y 503-505.
AZCOITIA. 2 3 2 . y 414. BRUJAS. 5 9 .
BERCHMANS, S a n J u a n . 4 9 0 . BRUSELAS. 5 7 0 .
AZEVEDO, P e d r o d e , S. J . 4 1 9 .
AZOLORA, F r . J u a n d e , O . S. I L 4 4 4 . BERNAL DÍAZ DE LUGO, J u a n , o b i s p o de
BUCCERI, H é r c u l e s , S. J . 2 7 7 , 2 7 8 , 2 9 1 ,
AZPEITIA. 1, 8 3 , 8 4 , 2 3 1 y 6 4 3 . Calahorra. 245, 247, 319 y 523. 295 y 439.
AzriLCUETA, J u a n d e . 7 1 . BERNAL DE VENEGAS, 3 6 7 . BUNGO, r e y d e . 4 7 9 .
AZPILCUETA, M a r í a d e . 6 9 . BERNARDO, S a n . 5 3 3 y 5 3 6 . BUNGO, r e i n o d e . 4 7 8 y 4 7 9 .
AzriLCUETA, c a p i t á n M a r t í n d e . 8 3 . BERNARDO, S. J . 3 1 5 , 4 0 9 y 4 1 4 . BURGOS. 2 7 , 6 7 , 2 3 1 , 3 0 5 - 3 0 9 , 317, 319,
AZPILCUETA, D r . M a r t í n d e . 6 7 1 . ( V é a s e BERNEDO, I I . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 1 0 .
320, 3 9 5 , 403-406 y 420-422.
BESSE, D . J u a n M a r c i a l , O . S. B . 1 5 3 - 1 5 8 .
Navarro, Dr.) BURGOS, S a n t o C r i s t o d e . 3 0 6 .
BILBAO. 2 4 6 y 3 1 6 .
BADÍA, F r . T o m á s , O . P . 97. BURGOS, F r a n c i s c o , S. J . 4 1 1 .
BISIGNANO. 5 6 8 .
B A E N A , J u a n , S. J . 3 0 4 . BURGOS, M a e s t r o , O . P . 6 6 7 .
BAEZA. 4 1 2 . BLAS, i g l e s i a d e S a n , S a l a m a n c a . 3 0 1 . BURUJÓN. 3 4 5 .
BOBADILLA, N i c o l á s d e , S. J . 5 5 , 76, 77, 8 0 ,
BAEZA, P e d r o , S. J . 3 0 4 . BUSTAMANTE, B a r t o l o m é d e , S. J . 3 1 5 , 3 1 7 ,
8 6 , 8 7 , 8 9 , 9 6 , 1 1 3 , 117, 2 2 7 , 567-576
BAILEN, conde de. 315. 375, 395, 4 0 3 , 404, 411, 414, 415, 418,
y 646.
BALTASAR, P . , S. J . , 1 5 5 4 , en V a l e n c i a . 4 1 0 . 4 2 9 , 4 3 3 , 4 3 6 , 4 3 7 , 632 y 6 3 3 .
BOBADILLA DEL CAMINO. 7 6 .
BARCELONA. 4 3 , 4 4 , 4 6 - 4 9 , 5 8 , 6 1 , 64, 138, CABALINO, A l b e r t o , S. J . 3 0 4 . ( V é a s e Ca-
BOERO. 5 4 9 y 5 5 1 .
230, 2 3 6 , 2 5 1 , 2 5 4 , 276-278, 2 8 3 , 298, ballino , Cavalino.)
BOLONIA. 6 0 , 8 5 , 2 9 1 , 2 9 9 , 4 6 6 , 5 0 6 - 5 0 8 ,
299, 3 9 1 , 3 9 5 , 4 0 3 , 408-410, 4 4 3 , 612- CABALLAR, H . , S. J . , 1554, en Córdo-
512, 513, 516, 532 y 540-544. ba. 409.
616, 6 2 0 , 6 4 3 , 654 y 6 5 5 .
BORBA, D i e g o d e . 4 C 9 .
BARCEO, G a s p a r , S. J . 4 7 4 , 4 8 0 y 4 8 4 . CABALLERO, F e r m í n . 3 0 1 , 3 2 3 - 3 2 5 y 5 6 3 .
BORJA, C a r l o s . 2 7 4 , 2 8 6 , 2 8 8 , 2 9 4 , 2 9 6 CABALLINO, A l b e r t o , S. J . 2 7 8 . ( V é a s e Ca-
BARMA, B a u t i s t a d e , S. J . 4 0 3 , 4 4 4 , 4 4 9
y 297. balino, Cavalino.)
y 450.
BORJA, S a n F r a n c i s c o d e , S. J . 1 3 6 , 1 4 6 , CABRERA, P e d r o , S. J . 6 6 8 .
BARRASA, F e r n a n d o . 2 2 6 y 3 4 5 - 3 4 7 .
236, 238, 2 4 1 , 2 5 4 , 2 7 1 - 2 7 6 , 278-299, CÁCERES, D i e g o . 6 5 , 6 6 y 8 1 .
BARTOLI, S. J . 526 y 5 2 8 .
3 0 3 - 3 0 5 , 3 0 9 , 3 1 1 , 3 1 3 - 3 2 0 , 344, 368, CÁCERES, L o p e d e . 4 9 , 6 4 , 6 5 y 6 6 .
BASILIO, S a n . 3 2 6 y 3 3 7 .
370, 375, 391, 393, 3 9 5 , 397-399, 4 0 1 - CALA. 3 4 2 .
BASILIO, S. J . 4 3 2 , 4 3 3 , 4 3 5 y 4 3 6 . ( V é a s e
404,406-409, 411-415-418, 421-423, CALABRIA. 5 7 1 .
Avila, A l o n s o d e , S. J . )
427-433, 4 3 6 - 4 3 9 , 445, 446, 452, 463,
BASSANO. 87 y 4 9 9 . CALABRIA, H e r n a n d o de A r a g ó n , duque
5 8 3 , 5 8 6 , 593-596, 599, 6 0 1 , 602, 630,
BAUTISTA, San J u a n . 3 3 6 y 3 3 7 . de. 304.
6 3 1 , 633-636 y 664.
BAUTISTA, P . M a e s t r o , S. J . , 1 5 5 4 , e n G a n - CALAHORRA. 3 1 3 y 3 1 9 .
BORJA, J u a n d e . 2 9 3 , 2 9 5 , 2 9 7 , 3 1 3 , 3 9 8
día. 410. CALINO, B r e s c i a n o , M u c i o , a r z o b i s p o de
y 601.
BAUTISTA, P . M a e s t r o , S. J . , 1 5 5 4 , en Me- Zaragoza. 514. (Véase Bresciano.)
BORJA, D . " M a r í a L u i s a d e . 4 5 6 . CALIXTO I I I . 2 8 0 .
dina. 410.
BORJA , R o d r i g o d e . 2 8 0 .
BAVIERA, d u q u e s d e . 6 5 5 . CALLIZO DE LA TRAICIÓN, Z a r a g o z a . 4 4 1 .
BORJA, T o m á s d e . 2 8 1 , 2 8 3 , 2 8 4 y 2 9 4 .
BAZA. 2 8 1 . CAMACHO, m i c e r M a e s t r o , r e g e n t e d e Z a r a -
BORJAS. 2 8 0 .
BEAUVAIS, c o l e g i o d e , P a r í s . 7 1 . goza. 456-458.
BORROMEO, S a n C a r l o s . 5 1 4 .
BECERRA, b a c h i l l e r . 2 4 6 . CÁMARA, L u i s G o n z á l e z d e , S . J . 1 0 3 , 107,
BOTAN. 602.
BEIRA, S. J . 4 7 3 . 110, 112, 5 8 8 , 5 9 5 , 596, 5 9 8 , 600-605,
BRACAMONTE, el c a p i t á n . 2 3 3 .
BELLINI, I s i d o r o , S. J . 2 7 8 . ( V é a s e libran- 6 0 8 , 6 1 4 y 6 2 6 - 6 2 8 . ( V é a s e González de
BRAGANZA, d u q u e d e . 6 3 5 .
do.) Cámara.)
BRANDÓN, A n t o n i o , S. J . 1 3 6 , 5 9 1 , 5 9 2 ,
BELLUNO. 5 0 7 y 5 0 8 . CAMARINO, d u q u e d e . 2 9 1 .
601, 626 y 636.
BELTRÁN, San L u i s , O . P . 2 8 9 y 6 6 7 . CAMBAYA. 4 7 1 .
BRANDÓN, R o d r i g o , S. J . 6 0 1 .
BENAVENTE, A n a . 5 2 . CAMERTE, P a b l o , S. J . 4 6 6 , 4 6 9 , 4 7 4 y 4 8 0 .
BRASIL. 5 9 0 , 5 9 3 , 5 9 5 , 6 0 8 y 6 0 9 .
BENAVENTE, c o n d e d e . 2 4 5 . CANAL, P e d r o , S. J . 2 7 3 , 2 7 8 y 3 0 4 .
BENAVENTE, M e n c í a d e . 52 y 2 6 2 . BRESCIANO, M u c i o C a l i n o , a r z o b i s p o d e Z a -
Ba- CANGOXIMA. 4 7 5 y 4 7 6 .
ra. 514. (Véase Calino.)
BENITO,San. 337. CANIELLES, M i c a e l a . 3 6 y 4 1 .
BRESCIA. 4 9 8 y 4 9 9 .
CANIELLES , S r . 4 2 .
 694 ÍNDICE ONOMÁSTICO ÍNDICE ONOMÁSTICO 695
CANISIO, B . P e d r o , S . J . 5 0 8 , 5 3 8 , 5 4 1 - 5 4 3 , CASTRO, J u a n d e . 6 6 , 8 5 y 2 6 4 . 274, 377, 394, 400, 484, 586, 587, 589, DIEGO, J o s é d e , S. J . 3 1 3 .
578 y 665. CASTRO, L e o n o r d e . 2 8 2 y 2 8 5 . 591, 594-599, 601, 605, 606, 609, 610, DIONISIO, S a n . 6 4 3 .
CANO, F r . M e l c h o r , O. P . 5 6 , 1 8 2 , 2 5 1 , CASTRO, P e d r o d e . 3 1 8 . 617-619, 621, 625, 631, 635, 644, 669 DIONISIO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n G a n d í a , 4 1 0 .
301, 303, 311, 321-340, 353, 355, 368- CASTROQERIZ. 3 1 9 . y 671. DOMÉNECH, J e r ó n i m o , S. J . 2 0 5 , 2 1 4 , 2 1 5 ,
370, 3 7 4 , 375, 377-379, 561-563, 6 6 7 CASTROGERIZ, c o n d e s d e . 3 1 9 . COLONIA. 2 6 3 , 2 6 4 , 4 0 5 y 5 7 0 . 240,268,269,407,410,509,576-578,580,
y 669. CATALINA, c o n v e n t o de Santa, Zarago- COMPAÑÍA DE JESÚS, n o m b r e d e . 3 3 6 , 3 3 8 , 581, 590, 591, 6 1 2 y 655.
CAPELLA, M a x i m i l i a n o , S. J . 2 6 3 - 2 6 5 , 2 6 7 , za. 4 4 1 . 371 y 376. DOMÉNECH, P e d r o . 2 6 8 .
278, 3 1 0 y 410. CATALINA, h i j a d e D." J u a n a la L o c a . 2 8 1 . CONCEPCIÓN, s o r E s t e f a n í a d e l a . 4 0 . DOMÉNECH, P e d r o , S. J . 3 1 5 .
CARAFFA, D e c i o . 3 1 8 . CATANEI, V a n o z z a . 2 8 0 . CONCHA, Jerónimo, S. J . 3 1 3 . (Véase DOMINGO, S a n t o , O. P . 3 3 4 , 3 3 6 y 3 3 7 .
CATÍAFFA , J u a n P e d r o . 8 5 , 8 6 y 2 0 4 . CATARINO, A m b r o s i o . 3 7 3 , 3 7 6 , 5 2 3 y 5 6 4 . Cuenca.) DOMINGO, r e l i g i ó n d e S a n t o . 4 2 9 y 6 6 6 .
CÁRDCLO. F u l v i o , S. J . 5 8 4 . CAVALI.MO, A l b e r t o , S. J . 2 7 3 . ( V é a s e Cuba- CONSTANTINO, h e r e j e . 6 6 7 . DORADO, B e r n a r d o . 3 0 1 .
CARLOS, c o l e g i o d e S a n , Z a r a g o z a . 4 4 3 . Uno y Caballino.) CONTARINI, G a s p a r , c a r d e n a l . 9 7 . DRAGUT, p i r a t a . 5 0 2 .
CARLOS V . 2 4 9 , 2 8 1 - 2 8 4 , 2 8 7 , 2 9 1 , 2 9 5 - 2 9 7 , CAVALLAR, D i e g o , S . J . 2 0 7 y 2 7 8 . CORDESES, A n t o n i o , S J . 2 7 8 y 3 0 4 . DÜAI. 5 7 6 .
303, 304, 309, 318, 358, 424, 541, 559, CAVALLAR, P e d r o , S . J . 2 6 7 y 2 7 8 . COUTRERAS, J u a n d e . 4 3 2 .
DUARTE, P . , S . J . 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 .
561, 563, 570,572-574, 581, 6 5 4 ,667 y CÓRDOBA. 3 9 5 , 3 9 6 , 4 0 3 , 4 0 9 , 4 1 2 - 4 1 5 , 4 1 7 -
CAYETANO, C o n s t a n t i n o , O . S . 15. 1 5 2 y 1 5 3 . DUCOUDRAY, A n í b a l , S. J . 1 3 7 y 5 8 0 .
672. CAZADOR, J a i m e . 2 3 0 . 419, 422, 432-436, 474, 475, 635, 6 5 4 DUEÑAS, B e r n a r d i n o , S. J . 3 1 3 .
CARLOS, p r í n c i p e D . 2 5 2 . CEILÁN, isla d e , I n d i a . 4 7 0 y 4 7 1 . y 672. D U E Ñ A S , G a b r i e l , S. J . 3 1 3 .
CARNEIRO, M e l c h o r , S. J . 587,598,626 CELLERS ONOFRE, P a b l o . 3 2 . CÓRDOBA, A n t o n i o , S. J . 3 0 3 , 3 1 1 , 3 1 6 , 3 1 9 , D U E Ñ A S , G a s p a r , S. J . 3 1 3 .
y 627. CENTELLES, F r a n c i s c o , c o n d e d e O l i v a . 2 8 9 . 320, 333, 395, 396, 402, 403, 413, 414, D U E Ñ A S , M a t e o , S. J . 3 1 3 .
CARPÍ, c a r d e n a l d e . 5 3 9 , 6 5 5 y 6 6 6 . CENTELLES Y CARDONA, M a g d a l e n a . 2S<J. 416-418, 650,662,671y 672. DUEÑAS, R o d r i g o d e . 3 0 9 , 3 1 1 y 3 1 3 .
CARRANZA, F r . B a r t o l o m é d e , 0 . P . 3 2 2 . CERDA, D . H e r n a n d o d e la. 2 3 3 . CÓRDOBA, D i e g o d e . 2 4 6 y 3 8 4 . D U R A N , P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n M e d i n a , 4 1 0 .
CARRASCO, D r . 5 1 . CERRALBO, m a r q u é s d e . 2 4 5 . CÓRDOBA, J u a n d e . 4 1 5 - 4 1 9 . EDIMBURGO. 5 0 4 .
CARRERA, H . , S. J., 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 1 0 . CERVANTES SAAVEDRA. 6 7 6 y 6 7 7 . CORONEL, P a b l o . 5 0 . ECHANDONO, c a s t i l l o d e . 4 7 7 .
CARRERAS, F r a n c i s c o , S. J . 3 0 4 . CERVINI, M a r c e l o , c a r d e n a l d e S a n t a C r u z . C o s o , calle d e l , Z a r a g o z a . 4 5 1 . EGUÍA, D i e g o , S. J . , 5 5 , 8 5 , 2 0 3 , 2 3 6 y 2 6 1 .
CARRILLO, D i e g o , S. J . 3 4 4 . 504, 5 2 0 ,5 2 7 ,5 3 0 , 5 3 4 ,538-543, 5 6 9 y UOTTA, Melchor, S. J . 6 0 6 . EGUÍA, E s t e b a n , S. J . 5 5 , 8 5 , 2 0 3 y 2 6 1 .
CARTAGO, 6 7 0 . 5 7 2 . ( V é a s e Santa Cruz, c a r d e n a l d e . ) COVILLÓN, S . J . 5 2 0 y 5 4 1 . ELCHE, m a r q u é s d e . 3 9 1 .
CARVAJAL, B e r n a r d i n o d e , c a r d e n a l . 4 2 5 . CESÁREO, S. J . 2 3 9 . CRF.SCENCIO, M a r c e l o , c a r d e n a l . 5 4 5 . ELGUETA. 3 1 6 .
CARVAJAL, F r a n c i s c o d e . 4 2 4 . CETINA, I I . , S. J . , 1 5 5 4 , en S a l a m a n c a . 4 1 0 . CRESPO, J u l i á n , 3 4 8 . E L LOSAR. 2 5 9 .
CARVAJAL, G u t i e r r e d e , o b i s p o d e P l a s e n - CIENFUEGOS, c a r d e n a l . 2 9 0 y 2 9 1 . CRETENSE, D e m e t r i o . 5 0 . ELOSIAGA,Nuestra Señora de, Azpeitia. 8 3 .
cia. 5 6 1 . CIFUENTES, c o n d e d e . 2 6 4 . CRETINEAU-JOLI. 5 4 9 . EMANÜEL, S . . 1 . 2 6 3 .
CARVAJAL, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n V a l e n c i a . 4 1 0 . CIPRIANO, A l o n s o , S. J . 4 8 4 . CROCE, L u c i o . 3 9 3 . ENCARNACIÓN, c o n v e n t o d e la, Granada.
CARVAJAL, S. J . 4 2 3 . CIRUELO, D r . P e d r o . 5 0 . CUADRIDO, Pedro. 1 0 8 . 436.
CARVALLO, A n d r é s , S. J . 4 8 0 . CISNEROS, F r . F r a n c i s c o G a r c í a d e , O. S. 1!. CUADROS, A n t o n i o d e , S. J . 1 3 6 . ENRIQUE I I , r e y d e F r a n c i a . 5 5 9 .
CASA DEL AGUA, L a , e n C ó r d o b a . 4 1 6 y 4 1 9 . 152-160. CUAHROS, T i b u r e i o , S. J . 4 0 2 . ENRIQUE V I I I . 5 0 3 - 5 0 5 y 6 5 2 .
CASA LA REINA. 3 1 7 . CISNEROS, c a r d e n a l J i m é n e z d e . 5 0 . CUENCA, 3 4 2 , 3 4 3 , 3 9 3 , 3 9 4 , 4 0 6 , 4 2 2 y 4 2 3 . ENRIQUE, c a r d e n a l - i n f a n t e D . 5 8 6 , 5 8 7 ,
CASAS, D r . d e l a s . 3 4 7 . CISTERÓ, L u i s , S. J . 2 7 6 y 2 7 8 . CUENCA, J e r ó n i m o , S. J . 3 1 3 . ( V é a s e 594, 629, 635, 655 y 669.
CABELLAS, B e r n a r d o . 2 7 6 y 2 7 8 . CIVITA V E C c a i A . 2 6 1 y 4 6 6 . Concha?) ENRÍQUEZ, A l f o n s o , abad de Valladolid.
CASELLAS DE LOYOLA, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n CLARA, m o n j a s d e S a n t a , B a r c e l o n a . 2 7 6 . CUENCA, I \ , S. J., 1 5 5 4 , en M e d i n a . 4 1 0 . 356.
Oñate. 4 1 1 . CLARET, J u a n . 2 3 0 . CUENCA, S. J . 4 2 8 . ENRÍQUEZ, E n r i q u e . 2 8 1 .
CASTAÑEDA, H . , S . J . , 1 5 5 4 , en A l c a l á . 4 1 0 . CLAVER, S a n P e d r o . 4 9 2 . CUESTA, J u a n d e l a , o b i s p o d e L e ó n . 3 7 9 , ENRÍQUEZ, F r a n c i s c o , S. J . 5 9 8 , 6 0 0 , 6 0 3
CASTILLA, D . S a n c h o d e . 2 3 3 . CLAVER, J e r ó n i m a . 3 2 . 384, 560 y 561. y 626.
CASTILLO, D i e g o d e l . , S. J . 3 1 0 y 3 4 4 . CLEMENTE I V . 4 4 6 . CUEVA, D . B a r t o l o m é , c a r d e n a l . 2 9 2 y 3 9 3 . ENRÍQUEZ, L e ó n , S. J . 5 8 7 , 5 9 3 , 5 9 5 - 5 9 8 ,
CASTILLO, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n M e d i n a . 4 1 0 . CLEMENTE, F r . 5 0 . COEVA, E n r i q u e d e la, S. J . 3 9 3 y 3 9 4 . 600-602, 618, 621 y 625.
CASTILLO, J a i m e A g u s t í n . 4 4 0 . CLEMENTE, M i g u e l . 4 4 0 . CHANONES, F r . J u a n , O . S. B . 2 9 y 3 2 . ENRÍQUKZ DE LUNA, M a r í a . 2 8 0 .
CASTILLO, m i c e r A g u s t í n d e l , J u r a d o m a - COCHÍN. 4 6 8 - 4 7 1 , 4 7 4 y 4 7 5 . DAVID, r e y d e los e t í o p e s ó a b i s i n i o s . 4 6 7 . ESCOCIA, c a r d e n a l d e . 5 0 4 .
yor de Zaragoza. 4 5 8 , 4 5 9 y 4 6 2 . CODACIO, P e d r o , S. J . 2 0 8 y 5 0 9 . DÁVILA, G i l G o n z á l e z , S. J . 1 0 4 . ( V é a s e ESPAÑOL, M i g u e l . 4 5 5 .
CASTRO URDÍALES. 3 0 7 . CODRETTO, A n í b a l . ( V i d a Ducoudray.) González Dávila.) ESPÉS, D r . 4 4 4 y 4 5 9 .
CASTRO, S. J . 3 7 8 . CODURI, J u a n , S. J . 8 1 , 8 6 , 8 7 , 8 9 , 9 1 , 9 3 , DELFINO, o b i s p o . 5 1 4 . ESQUIVBL, T o m á s d e , O. P . 4 3 9 , 4 4 0 , 4 4 4
CASTRS, C r i s t ó b a l , S. J . 4 0 9 y 4 1 0 . 117, 119, 124, 125, 2 0 2 y 5 0 4 . DÍAZ, B a l t a s a r , S. J . 2 7 8 . y 667.
CASTRO, F r . A l o n s o , O. S. F . 2 4 2 , 5 2 3 y COGORDÁN, S. J . 6 2 7 . DIEGUITO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , en Salamanca. ESTEBAN, c o n v e n t o de San, Salamanca.
561. COIMBRA. 2 4 1 , 2 0 0 , 2 6 1 , 2 6 8 , 2 7 0 , 2 7 1 , 2 7 3 , 410. 321 y 339.
 696 ÍNDICE l INOMÁSTICO
ESTEBAN, A l o n s o , S. J . 9 .
ESTELLA. 2 0 3 y 2 6 1 .
ESTRADA, F r a n c i s c o , S. J . 1 3 6 , 2 0 4 , 2 5 7 ,
291, 3 0 2 , 307-309, 338, 339, 401-403,
. 4 1 2 , 4 2 2 , 442-444, 6 0 2y 6 5 5 .
ETIOPIA. 5 0 7 .
EDOUBIO. 5 0 0 .
EVOL, v i z c o n d e d e . 2 9 8 .
ÉVORA. 2 4 2 , 2 4 6 , 3 9 5 , 5 8 6 , 6 0 3 , 0 3 0 , 6 3 4
635 y 669.
FABRO, B . P e d r o , S. J . 6 7 - 6 9 , 7 0 , 7 9 , 8 0 ,
87, 88, 9 0 , 117,205, 212, 218,225, 2 3 2 -
236, 242-256, 267, 268, 274, 2 8 3 , 285,
309, 3 2 3 , 325, 3 4 9 , 3 6 7 , 373,493, 4 9 5 ,
517, 530, 569, 587, 589, 602, 6 5 4 y 667.
FARNESIO, A l e j a n d r o , c a r d e n a l . 2 0 6 , 3 2 5 ,
569 y 570.
FARNESIO, P e d r o L u i s , d u q u e de Parma.
543.
FELIPE I L 238,245,246,248,251, 252,
256, 287, 296, 317, 3 1 8 , 349, 362,377,
405, 408, 437, 452, 453, 458, 523, 6 5 2
y 655.
FELIPE, I L , S. J . , 1 5 5 4 , en M e d i n a . 4 1 0 .
FELIPO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n G a n d í a . 4 1 0 .
FERDINANDO, e m p e r a d o r . 5 1 5 .
FERIA, c o n d e s d e . 3 1 6 .
FERNÁNDEZ DE CÓRDOBA, D . ' C a t a l i n a , m a r -
quesa de Priego. 4 1 3 .
FERNÁNDEZ, J u a n , S. J . 4 7 4 , 4 7 5 y 4 7 7 .
FERNÁNDEZ, M a n u e l . 4 7 0 .
FERNÁNDEZ, U r b a n o , S. J . 5 9 3 y 6 0 9 .
FERNANDO EL CATÓLICO. 8 , 2 7 9 y 2 8 0 .
FERNANDO, r e y d e r o m a n o s , 6 5 5 .
FERRÁN, Dr. 2 8 1 .
FERRARA. 8 9 y 2 9 2 .
FERRARA, d u q u e d e . 2 9 2 .
FBRRER, S a n V i c e n t e , O . P . 6 6 7 , 6 7 4 y
676.
F E R R I , J u a n , S. J . 3 0 5 .
FERRÓN, B a r t o l o m é . 2 5 5 .
FIGUEROA, J u a n d e . 5 1 - 5 3 y 2 3 3 .
FILIPINAS. 4 7 2 .
FIRANDO, 4 7 7 y 4 7 8 .
FLORENCIA, 2 2 8 , 2 2 9 , 2 9 2 , 2 9 9 , 3 0 7 , 4 9 9 ,
500, 5 0 2 , 530, 539, 543, 5 8 2 , 6 5 0 y 655.
FLORENCIA, d u q u e s d e . 2 9 2 , 4 9 9 , 5 0 2 , 5 2 9 ,
5 8 2 y 6 5 5 . ( V é a s e Toledo, Leonor de.)
Foix, Andrés de. 2 0 y 2 1 .
FONTANA, A l e j o . 4 6 3 .
FONSECA, A l f o n s o d e . 5 4 .
FONSECA Y ACEVEDO, A l o n s o d e , c o n d e d e
Monterrey. 4 3 7 .
FONSECA, A n t o n i o d e , o b i s p o d e Pamplo-
na. 2 4 5 .
FOSOARARI, E g i d i o , O. P . , o b i s p o d e M ó -
dena. 3 6 8 , 5 5 2 y 5 5 4 .
FONTOVA, H . , S . J . , 1 5 5 4 , e n G a n d í a , 4 1 0 .
FRANCAVILA, d u q u e d e , v i r r e y d e A r a g ó n .
442 445-451, 459, 4 6 2y 665.
FRANCIA, S a n c h o d e . 4 4 3 .
FRANCISCO, r e l i g i ó n d e S a n . 3 3 6 , 4 2 9 y 6 6 6 .
FRANCISCO I, r e y d e F r a n c i a , 2 0 y 5 8 1 .
FRASCATI. 9 3 .
FRUSIO, A n d r é s d e F r e u x , S. J . 1 3 5 , 2 9 2 ,
4 9 7 - 4 9 9 . ( V é a s e Frusis, A n d r e a s de.)
FRUSIS, A n d r é s d e . 6 4 1 . ( V é a s e Frusio,
Andreas.)
FUENSALIDA, F r . A n d r é s d e , O. C , o b i s p o
de Trípoli. 3 4 4 .
FUENTE, V i c e n t e d é l a . 3 4 9 y 4 0 1 .
FUNAY. 4 7 8 y 4 7 9 .
GABRIEL, H „ 1 5 5 4 , e n V a l l a d o l i d . 4 1 0 .
GALAPAGAR. 2 3 5 , 2 5 0 , 2 6 6 y 2 6 7 .
GALAR, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
GALÍNDEZ CARVAJAL, L o r e n z o . 4 2 4 .
GALLEGO, I I . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 1 1 1 0 .
GALLO, F r a n c i s c o , S. J . 2 7 3 . ( V é a s e On-
froy.)
GAMA, J u a n H e r n á n d e z d e la. 1 5 .
GAMBRO, S. J . 3 9 3 .
GANDÍA. 2 4 1 , 2 5 4 , 2 6 7 , 2 7 2 - 2 7 8 , 2 8 0 - 2 9 1 ,
294, 297-299, 303-305, 395, 403, 408,
410, 438, 613, 654 y 664.
GANDÍA, d u q u e s d e . 3 0 3 .
GANDÍA, h o s p i t a l . 2 8 9 .
GANDÍA, B a u t i s t a , S. J . 4 1 0 .
GAONA. 3 1 3 .
GARCÍA, J u a n , S. J . 2 7 8 y 3 0 4 .
GARCÍA, I I . , S . J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
GARDA, l a g o d e . 5 6 5 .
GASPAR, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Salamanca.
410.
GASPAR, h i j o d e l c o n d e d e M i r a n d a . 2 4 6 .
GENOVA, 8 4 , 4 0 9 , 6 2 6 y 6 4 0 .
GBRARDI, T e o d o r i c o , S. J . 5 8 4 .
GESTI, P . M o s é n , S. J . , 1 5 5 4 , e n B a r c e l o -
na. 4 1 0 .
Gi¡¡RALEÓN, m a r q u é s d e . 2 4 5 .
GIL, iglesia de San, Á v i l a . 4 2 1 .
GIL, parroquia de San, Burgos. 3 0 7 .
GOA, 4 6 7 - 4 7 1 , 4 7 3 - 4 7 5 , 4 7 9 , 4 8 0 , 5 8 7 y 5 9 0 .
ÍNDICE ONOMÁSTICO
GOBIERNO, M i g u e l , S. J . 3 4 5 .
GOERRES, S o c i e d a d d e . 5 1 5 .
GODINHO, M a n u e l , S. J . 5 8 7 , 5 9 1 , 5 9 7 , 5 9 8 ,
602 y 606.
GÓMEZ, A n t o n i o , S. J . 4 7 9 y 4 8 0 .
GÓMEZ, M i g u e l , S. J . 6 0 1 , 6 0 2 , 6 0 4 , 6 1 6 y
617.
GÓMEZ, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n M e d i n a , 4 1 0 .
GÓMEZ, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á , 4 1 0 .
GÓMEZ DE L E Ó N , I s a b e l . 7 4 .
GONZAOA, S a n L u i s , S. J . 1 7 .
GONZÁLEZ, A l d o n z a . 4 3 9 .
GONZÁLEZ, A n a . 4 4 0 .
GONZÁLEZ, A n d r é s , S. J . 3 1 3 y 4 2 2 .
GONZÁLEZ DÁVILA, Gil, S. J . 3 4 5 , 3 9 1 , 3 9 9
y 4 1 0 . (Véase Dúvda.)
GONZÁLEZ DE CÁMARA, L u i s , S. J . 2 7 0 , 2 7 4 ,
278, 587, 593, 611, 6 2 3 y 637.
GONZÁLEZ, G o n z a l o , S. J . 3 0 3 , 3 7 0 y 4 3 2 .
GONZÁLEZ, J u a n , S. J . 2 6 3 , 2 6 7 , 2 7 8 y 3 1 7 .
GONZÁLEZ, J u a n L u i s , c o n s e r v a d o r d e A r a -
gón. 4 3 9 y 4 6 2 .
GONZÁLEZ DE VILLASIMPLEZ, J u a n . 4 3 9 , 4 4 0
y 441.
GONZÁLEZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e u M e d i n a . 4 1 0 .
GONZÁLEZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Salamanca.
410.
GONZÁLEZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 ,en Valladolid.
410.
GONZÁLEZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Valladolid.
410.
GONZÁLEZ, S . J . 4 0 3 .
GONZÁLEZ, I L , S. J . , e n A l c a l á , 4 1 0 .
GOTA NO , P e d r o J u a n , S. J . 2 7 3 , 2 7 8 , 3 0 4
y 305.
G o u , A n t o n i o , S. J . 3 1 4 y 3 1 5 .
GOUVEA, T o m á s d e . 4 7 0 .
GOVEA, D r . 6 0 .
GOVIERNO, I I . , S . J , 1 5 5 4 , e n G a n d í a . 4 1 0 .
GRACIA, h o s p i t a l d e N u e s t r a Señora de,
Zaragoza. 4 4 1 .
GRALLA, F r a n c i s c o . 2 3 0 .
GRALLA, J e r ó n i m a d e , 2 7 6 .
GRANA, L u i s d e , S. J . 5 8 7 y 6 0 9 .
GRANADA, 2 4 5 , 2 8 2 , 2 8 3 , 4 0 1 , 4 1 2 , 4 3 3 -
436 y 654.
GRANADA , p r i o r d e . 5 7 5 .
GRANADA, D . J u a n d e . 2 3 3 .
GRANADA, F r . L u i s d e , O . P . 3 2 2 y 6 6 8 -
670.
GREGORIO, S a n , p a p a . 3 3 5 .
697
GREGORIO X I I I . 1 8 4 , 1 8 6 , 1 8 8 , 1 8 9 y 1 9 3 .
GREGORIO X I V . 1 8 2 , 1 9 1 y 1 9 3 .
GREGORIO X V . 4 9 0 .
GUAÜALA.IARA. 2 6 5 y 3 4 4 .
GUADALAJARA, p u e r t a d e , e n A l c a l á . 3 4 3
y 563.
GUERRERO, P e d r o , a r z o b i s p o d e Granada.
435, 436, 560, 561 y 655.
GUEVARA, D.* M a r í a . 1 0 y 1 1 .
GUIDICCIONI, B a r t o l o m é , c a r d e n a l . 9 7 , 6 5 1
y 652.
GUILLERMO, d u q u e d e B a v i e r a . 5 0 8 y 5 2 0 .
GUIPÚZCOA. 1 , 1 8 , 2 5 6 , 2 5 7 , 2 9 5 , 3 0 9 , 3 1 3 ,
314, 319 y 395.
GURREA , A n a . 2 8 0 .
GUTIÉRREZ, J u a n , S. J . 3 0 0 , 4 1 0 y 4 3 3 .
GUTIÉRREZ, M a r t í n , S. J . 3 0 0 , 3 4 4 , 3 4 5 y
428.
GUTIÉRREZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n S a l a m a n c a .
410.
GUZMÁN, D i e g o d e , S. J . 3 1 5 , 3 1 9 , 3 3 3 y
409.
HENAO, I L , S. J . , 1 5 5 4 , e n Alcalá. 4 1 0 .
HENRIQUE, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 1 0 .
HERNÁN CORTÉS. 2 4 5 .
HERNANDÁLVAREZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A v i -
la. 4 1 0 .
HERNÁNDEZ, B a r t o l o m é , S. J . 1 6 , 3 0 6 y 3 5 1 .
HERNÁNDEZ, P a b l o , S. J . 4 3 3 .
HERNÁNDEZ, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 .
HERNÁNDEZ, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n S a l a m a n c a .
410.
HERNANDO, S. J . 2 3 9 y 2 5 7 .
HERNANDO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a .
409.
H E R N A N I , l i c e n c i a d o , S. J . 4 1 1 .
HERRERA, H . , S. J . , e n A l c a l á . 4 1 0 .
HERRERA, D r . , S. J . 4 2 8 .
HERRERA, F r a n c i s c o d e . 2 0 y 2 1 .
HIEUOTEO. 6 4 3 .
HOCES, D i e g o . 8 5 , 8 7 , 8 9 , 9 0 y 2 0 2 .
HONCALA, m a e s t r o . 4 2 1 .
HONDARZA, c o n t a d o r . 2 4 7 .
Hosio, Estanislao, cardenal. 5 1 4 .
HUELVA. 3 4 2 .
HUERTO DEL REY, calle d e , B u r g o s . 3 0 7 y
405.
HUGUCCTONI , B e n i t o . 3 0 7 .
IGNACIO, S a n . ( V i d . Loyola.)
ILDEFONSO, c o l e g i o d e S a n , A l c a l á . 2 6 6 y
300.
 698 ÍNDICE ONOMÁSTICO
ILLESCAS. 2 5 3 .
INDOSTÁN. 4 7 1 y 4 9 1 .
INGOLSTAD, u n i v e r s i d a d d e . 5 0 8 .
INOCENCIO I I I . 5 7 7 .
INSPRDK. 5 1 4 y 5 6 8 .
IRLANDA. 5 0 3 , 5 0 4 y 5 0 5 .
ISABEL LA CATÓLICA. 8.
ISABEL, e m p e r a t r i z . 2 8 2 y 2 8 5 .
ISCHIA, i s l a d e . 5 6 7 .
ISIDORO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , en M e d i n a . 4 1 0 .
ISIDRO, c o l e g i o d e S a n , A l c a l á . 2 6 2 y 2 6 3 .
JACOBO, S. J . 2 3 9 .
JACOBO, m i l a n o s . 2 7 2 - 2 7 4 y 2 7 8 .
JACOBO , r e y d e E s c o c i a . 5 0 4 .
J A É N , P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
JAFANAPATÁN, r e y d e , I n d i a . 4 7 0 y 4 7 1 .
JARAIZEJO. 4 3 0 y 4 3 1 .
JASO, J u a n d e . 6 9 .
JÁTIVA. 2 7 3 y 6 6 7 .
JAVIER, S a n F r a n c i s c o , S. J . 17, 6 9 - 7 2 , 80,
86, 8 7 , 89, 9 1 , 9 2 , 103, 109, 112, 117,
124, 195, 2 1 8 , 2 2 5 , 2 á 7 , 2 4 2 , 2 5 0 , 3 9 5 ,
465-493, 586, 600, 649 y 654.
JAVIER, c a s t i l l o d e , N a v a r r a . 6 9 .
JATO, C l a u d i o , S. J . 8 1 , 8 7 , 89, 117, 124,
5 0 0 , 5 0 8 , 5 2 0 , 526, 5 2 9 , 5 4 1 - 5 4 3 y 5 9 1 .
JERÓNIMO, S a n . 6 5 8 .
JERUSALÉN. 4 5 , 6 9 , 8 8 y G43.
JESUÍTAS, n o m b r e d e . 1 8 3 y 1 8 4 .
JESÚS, S a n t a T e r e s a d e . 4 2 2 , 6 3 6 , 6 6 1 , 6 6 2
y 648.
JOSA , I s a b e l d e . 2 3 0 .
•JOSEPH, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
JUAN DE LETRÁN , S a n . 2 7 2 .
JUAN DE ALCÁZAR, S a n . 3 0 1 .
J U A N , i g l e s i a d e los C a b a l l e r o s d e S a n , M e -
dina. 3 1 1 .
J O A N , gobernador de S a n ; Venecia. 496.
J U A N , S. J . 2 3 9 y 2 6 3 .
JUAN I I I . 2 3 8 , 2 3 9 , 2 4 2 , 2 4 4 , 2 4 5 , 2 5 2 , 2 6 0 ,
281, 315, 466, 467, 471, 586, 589, 592,
594, 596, 599-607, 6 1 4 , 621-624, 629,
630, 6 3 2 - 6 3 6 , 654 y 6 7 1 .
JUAN, segundo duque de Gandía. 280.
JOAN, tercer d u q u e de G a n d í a . 280 y 284.
JUANA LA LOCA, D . 3 1 7 y 4 0 6 .
a E s p a ñ a , 4 0 1 . — A d m i t e el c o l e g i o d e P l a -
JUANA, D » , h i j a d e C a r l o s V . 2 3 5 , 2 6 5 , 3 1 7 ,
318, 437, 445, 452-454, 456-460 y 633.
JUÁREZ, P . , S. J . , 1554, e n S a l a m a n c a . 4 1 0 .
J U L I Á N , M i g u e l , S. J . 6 6 4 .
JULIÁN, H . , S . J . , 1554, e n V a l l a d o l i d . 4 1 0 .
JULIO I I I . 1 2 9 - 1 3 3 , 139, 1 8 4 , 1 8 5 , 1 9 2 , 1 9 4 ,
292, 2 9 4 , 3 1 3 , 3 1 4 , 3 2 0 , 3 6 0 , 3 6 1 , 363,
4 2 1 , 4 2 6 , 4 6 0 , 5 0 3 , 5 0 4 , 5 1 3 , 5 1 6 , 522,
524, 5 2 8 , 5 4 5 , 559, 560, 652, 655 y 666.
JUSTE, c a n o n g í a s de S a n , Alcalá. 342.
JUSTO, c h a n t r e d e la i g l e s i a c o l e g i a l d e San,
Alcalá. 363.
LABRIT, E n r i q u e d e . 2 0 .
LAÍNEZ, C r i s t ó b a l , S. J . 6 5 0 .
LAÍNEZ, D i e g o , S . J . 5 5 , 7 2 , 7 3 , 7 4 , 80, 86.
87, 8 8 , 8 9 , 9 0 , 9 6 , 1 0 3 , 106, 109, 112.
117, 135, 147, 179, 184, 2 0 5 , 2 1 0 , 2 1 2 .
226, 2 2 8 , 2 5 4 , 2 6 8 , 3 2 5 , 3 3 9 , 3 4 0 , 395.
423, 4 2 5 - 4 2 7 , 4 3 1 , 4 3 5 , 4 9 3 - 5 0 3 , 507,
5 1 4 - 5 1 7 , 5 2 0 , 5 2 3 , 5 2 6 - 5 2 9 , 5 3 1 , 53:',.
5 3 4 - 5 4 3 , 5 4 5 - 5 6 7 , 5 6 9 , 5 7 5 , 5 8 0 , 59o,
591, 640, 647, 650, 655, 666.
LAÍNEZ, J u a n . 7 4 y 2 3 1 .
LAMOERTO, m o n a s t e r i o de trinitarios de
San, Aragón. 461.
LANCILI.OTÍ, S. J . 4 6 8 .
LANOY, N i c o l á s , S. J . 5 8 0 y 5 8 1 .
LANUZA, J u a n d e , J u s t i c i a d e A r a g ó n . 446.
447, 4 6 1 y 462.
LAREDO. 3 0 7 .
LÁRIZ, A n t o n i o , S. J . 7 y 8.
LASAO, s e c r e t a r i o . 2 4 7 .
LAURENCIO, B e n i t o , S. J . 3 0 4 .
LAYBACH, o b i s p o d e . 4 9 9 .
LEÓN X . 2 4 4 .
LEÓN X I I I . 3 5 7 .
LEÓN, H . , S. J . , 1 5 5 4 , en S a l a m a n c a . 4 1 0 .
L'HOSTIO, S a n t i a g o , S. J . 5 7 6 .
LILA. 2 6 3 .
LIPÓMANO, A n d r é s , p r i o r d e la Santísima
T r i n i d a d , Venecia. 497, 498 y 500.
LIPÓMANO, L u i s , o b i s p o d e V e r o n a . 507,
545 y 547.
LISBOA. 2 4 2 , 3 9 4 , 4 3 4 , 4 6 6 , 4 7 5 , 5 8 6 , 5 9 5 ,
6 0 1 , 6 0 6 , 6 0 7 , 6 0 9 , 6 1 6 , 619, 6 2 5 , 626,
629, 6 3 2 - 6 3 5 y 6 7 0 .
LOARTE, G a s p a r d e , S. J . 3 1 5 , 3 1 9 , 3 3 3
y 409.
LOGROÑO. 3 1 9 .
LOMBARDÍA. 6 4 3 .
LOMBAY. 2 8 9 .
LOMBA Y, m a r q u é s d e . 2 8 2 - 2 8 4 .
LONDRES. 5 9 .
LÓPEZ, A l o n s o , S. J . 4 1 0 , 4 1 4 y 4 2 3 .
LÓPEZ, A n t o n i o , S. J . 4 1 0 .
LÓPEZ, D r . I ñ i g o . 5 7 7 .
ÍNDICE ONOMÁSTICO
LÓPEZ, M a n u e l , S. J . 2 6 3 , 2 6 5 , 2 6 7 y 3 7 7 .
LÓPEZ LAGARRAGA, P e d r o . 2 9 7 .
LÓPEZ, l i c e n c i a d o , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á .
409.
LÓPEZ, H . , S. J . , 1554, e n S a l a m a n c a . 4 1 0 .
LÓPEZ, J e r ó n i m o . 4 5 9 .
LOREXA, c a r d e n a l d e . 2 9 4 y 6 5 5 .
LORENZO IN DÁMASO, S a n , V e n e c i a . 4 9 9 .
LORETO. 6 6 6 .
LOSADO, m a e s t r o . 2 6 2 .
LOVAINA. 2 3 9 , 2 5 7 , 5 7 6 y 5 8 1 .
LOYOLA, c a s a d e . 1, 2 , 2 1 , 2 9 5 , 3 1 3 y 4 0 6 .
LOYOLA, C a t a l i n a d e . 2 4 7 .
LOYOLA, L o r e n z a d e . 6 0 1 . '
LOYOLA, M a r t í n G a r c í a d e . 2 8 .
LOYOLA, M i l l á n d e , S. J . 2 0 9 , 2 3 2 y 2 5 7 .
LOYOLA, P e r o L ó p e z d e . 1 5 .
LOYOLA, S a n I g n a c i o d e . V i d a d e S a n I g -
n a c i o a n t e s d e su c o n v e r s i ó n , 1-19.— S u
c o n v e r s i ó n , 2 0 - 3 0 . — S u e s t a n c i a en M a n -
resa, 31-43.—Sus estudios, 46-63.—Sus
primeros compañeros, 64-66.—Segundos
compañeros, 66.—Compañeros estables,
67-81.—Voto de Montrnartre, 79.—Su
viaje á España, S2.—Se ordena de sacer-
d o t e , 8 7 . — M a n d a á los s u y o s q u e se
l l a m e n d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s , 8 9 . —
E n t r a en R o m a , 9 0 . — D e l i b e r a c o n los
p r i m e r o s P a d r e s s o b r e la f u n d a c i ó n de
l a C o m p a ñ í a , 9 3 - 9 7 . — O b t i e n e la a p r o -
b a c i ó n d e la C o m p a ñ í a , 9 7 - 1 0 1 . — D i o s l e
r e v e l a e l i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a , 102-
112.—Es elegido General, 117.—Pre-
p a r a la b u l a d e J u l i o I I I , 1 2 6 - 1 2 9 — E s -
cribe las Constituciones, 134-138.—Es-
cribe los Ejercicios, 148-160.—Educa-
ción r e l i g i o s a q u e d a b a á s u s d i s c í p u l o s ,
217-229.—Su traje y p o r t e exterior, 224.
— N o quiere para sus hijos d i g n i d a d e s
eclesiásticas, 318.—Documentos q u e ob-
tiene contra Melchor C a n o , 329-333.—
C o n t r a Siliceo, 360.—Carta q u e á éste
e s c r i b e , 3 6 4 . — E n v i a al P . N a d a l á E s -
p a ñ a p a r a p r o m u l g a r las c o n s t i t u c i o n e s ,
390.—Divide en tres la Provincia de
s e n c i a , 4 2 7 . — S u c a r t a s o b r e los s u c e s o s
del colegio d e Z a r a g o z a , 4 6 3 . — I n s t r u c -
c i o n e s q u e d a á L a í n e z y S a l m e r ó n al
enviarlos al Concilio de T r e n t o , 5 1 7 . —
T r a t a de sacar d e l Concilio á Laínez
699
para enviarle á Florencia, 5 2 9y 5 3 9 . —
M a n d a i n v e s t i g a r si el C o n c i l i o d e T r e n -
t o a p r o b a r á el i n s t i t u t o d e la C o m p a ñ í a ,
5 5 9 . — S a n I g n a c i o y el P . B o b a d i l l a , 5 7 5 .
— F u n d a el c o l e g i o r o m a n o , 5 8 3 . — S a n
I g n a c i o y el P . S i m ó n R o d r í g u e z , 5 8 9 ,
5 9 3 , 6 1 3 y 6 2 2 - 6 2 9 . — S u carta sobre los
sucesos de P o r t u g a l , 6 0 9 . — S u carta de
la o b e d i e n c i a , 6 1 1 . — S u santa m u e r t e ,
639.—Sus virtudes y talentos, 6 4 1 - 6 5 5 .
LOZANO, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n V a l e n c i a , 4 1 0 .
LUCAS, S a n . 3 8 1 .
LuCENA, J u a n . 5 3 y 5 4 .
LUCÍA, h o s p i t a l d e S a n t a , M a n r e s a . 3 3 y 3 6 .
LUDOLFO DE SAJONIA, el Cartujano, 24 y
154.
L u i s , Belchior. 6 1 6 y 6 1 7 .
L u i s , infante D. 3 1 5 ,6 1 6 , 6 1 7 , 6 2 9 - 6 3 2 y
671.
L u i s , P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n B a r c e l o n a . 4 1 0 .
Luis, H . , Don, S . J., 1 5 5 4 , e n Alcalá. 4 1 0 .
LUNA, María de. 2 8 1 .
LUNA, conde de. 2 4 5 .
L U N E L , P . , O. M . 2 1 1 .
LUTERO. 3 6 9 , 3 8 2 , 5 0 7 , 5 2 8 , 5 3 6 , 5 4 3 y
573.
LYRA, A m b r o s i o , S. J . 2 7 3 y 2 7 8 .
LLERENA. 3 4 8 y 3 4 9 .
MADERA, i s l a d e la. 5 8 7 .
MADRID. 2 3 4 , 2 5 0 , 2 5 2 - 2 5 7 , 2 6 6 , 2 6 7 , 2 7 7 ,
278, 300, 318, 346, 356, 362, 370, 655 y
665.
M A D R I D , C r i s t ó b a l , S. J . 3 3 9 y 6 4 1 .
MADRUCOI, c a r d e n a l . 5 4 6 .
MADURÉ. 4 6 9 .
MAFFEO , c a r d e n a l . 3 6 0 y 3 6 3 .
MAGDALENA, S a n t a M a r í a . 3 7 3 .
MAGDALENA, e r m i t a d e S a n t a M a r í a , O ñ a -
te. 3 1 5 .
MAGDALENA, c l e r o d e l a p a r r o q u i a d e , Z a -
ragoza. 4 4 5y 4 5 0 .
MAGDALENA, h o s p i t a l d e l a , A z p e i t i a . 8 3 .
MAGDALENA, p r i o r a t o d e l a , P a d u a . 5 0 0 .
MAGUNCIA. 4 2 6 .
MALACA. 4 6 8 , 4 7 1 - 4 7 5 , 4 8 0 y 6 4 9 .
MALAQÜÍAS. 5 5 5 .
MALUCAS, i s l a s . 4 7 2 y 4 7 3 .
MALLORCA. 2 1 3 .
MANAR, isla d e , I n d i a . 4 7 0 y 4 7 1 .
MANCIO, P . J u a n , O. P . 2 6 2 , 3 4 4 , 3 7 5 , 3 7 6 ,
378 y 399.
700 ÍNDICE ONOMÁSTICO
ÍNDICE ONOMÁSTICO
701
MANRESA. 3 1 - 4 5 , 106, 107, 138, 1 4 9 - 1 6 0 , MAURICIO, P . S . J . , 1554, en A l c a l á . 409. MONDOÑEDO, o b i s p o d e . 2 6 5 .
278, 642 y 6 4 3 . NÁJERA, d u q u e d e . 6, 8, 14, 2 0 y 2 8 . ( V é a -
MEACO. 4 7 7 , 4 7 8 y 4 8 9 . MONDRAGÓN. 3 1 6 .
s e Manrique, D. Antonio.)
MANRIQUE, D . A n t o n i o , d u q u e d e N á j e r a . 6. MEDINA DEL CAMPO. 3 0 6 , 3 0 9 - 3 1 3 , 355, MONOMOTATA. 5 8 7 .
NÁJERA. 9, 1 8 .
( V é a s e Nájera, duque de.) 3 5 6 , 3 9 5 , 4 0 2 - 4 0 4 , 4 1 4 , 4 2 1 , 6 0 1 , 612 MONREAL. 5 7 8 y 6 5 5 .
MANRIQUE DE LARA, D . F r a n c i s c o . 16. y 654. ÑAPÓLES. 3 8 6 , 5 0 1 , 5 0 2 , 5 0 8 , 5 0 9 , 5 7 5 , 5 7 6 ,
MONSERRAT. 1 3 , 2 9 , 3 1 , 3 2 , 3 3 , 4 2 , 2 3 1 y 2 7 1 .
MANRIQUE, D . J u a n . 2 3 3 . 590 y 5 9 1 .
MEDINA DE POMAR. 3 0 7 . MONSERRAT, P . , S . J . , 1 5 5 4 , e n B a r c e l o n a ,
MANSILLA, F r a n c i s c o , S. J . 4 6 6 , 4 6 9 y 4 7 0 . MEDINA DE IÍIOSECO. 3 1 9 . NAVARRETE. 2 8 .
410.
MANTUA. 5 3 2 . MEDINA-SIDONIA, d u q u e d e . 2 4 5 y 4 3 3 . NAVARRO, P e d r o , S. J . 4 3 4 y 4 3 5 .
MONTALVÁN, D r . 3 6 6 .
MANTUA, c a r d e n a l d e . 5 1 4 . MEDINA, B a u t i s t a d e , S . J . 4 0 3 . NAVARRO, P . S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
MONTALVO, A l o n s o d e . 6 y 9.
MANUEL, r e y d e P o r t u g a l . 2 8 2 . MEDINA, L u i s , S . J . 4 1 0 . NAVAR.RO, S. J . 4 1 4 .
MONTE, c a r d e n a l d e l . 5 2 2 y 5 3 7 .
MANUEL, P . , S . J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 . MEJÍA, A l o n s o d e . 5 1 . NAVARRO, D r . 6 1 6 , 6 7 1 y 6 7 2 . ( V é a s e Az-
MONTEAGÜDO, c o l e g i o d e . 6 0 .
MANUEL, J u a n , S . J . 4 1 0 . MÉJICO. 2 4 5 . pilcueta, Dr. Martín de.)
MONTECASINO. 9 0 , 204 y 5 1 5 .
MARCELO I I . 5 1 3 , 5 2 2 y 6 5 5 . ( V é a s e Cer- NICENO, c o n c i l i o . 5 5 3 .
MELENDO, D r . , c a n ó n i g o d e la Seo d e Za- MONTF.CKLSO. 8 7 .
vini.') NICOLÁS, S . J . 4 7 3 .
ragoza. 457. MONTELEONE, d u q u e d e , v i r r e y d e Ñ a p ó -
MARCELO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , en C ó r d o b a , 4 0 9 . NIEBLA, c o n d e d e . 2 4 5 .
MELIAPOR. 4 7 1 y 4 8 4 . les. 655.
MARCELO, S . J . 4 1 4 . NIETO, F r . L o r e n z o , O . S. B . 1 5 9 .
MÉLITO, c o n d e d e . 3 5 0 , 3 5 1 , 3 7 7 y 378. MONTEPULCIANO. 5 0 0 .
NÚÑEZ DE BARRETO, M e l c h o r , S. J . 5 8 7 .
MARCO, F r . L o p e , O . S . B . , a b a d d e V e - MÉLIZ, p l a z a d e , Z a r a g o z a . 4 4 1 . MONTERREY. 4 3 7 y 6 5 4 .
NUREMBERG. 5 7 0 .
ruela. 444-464. MELÓ, J u a n a d e . 4 6 8 . MONTERREY, A l o n s o d e A c e v e d o y Z ú ñ i g a ,
MARCOS, S a n . 3 7 3 . MENA, A n a . 5 2 . O CAÑA. 2 3 5 , 2 4 9 , 2 5 3 y 3 4 9 .
conde de. 245, 400 y 4 0 1 .
MAOUEDA, d u q u e d e . 2 6 6 , 3 1 4 y 3 9 1 . OCHANDIANO, í ñ i g o d e , S. J . 2 2 5 .
MÉNDEZ, D i e g o , S. J , 2 6 7 y 2 7 8 . MONTERREY, A l o n s o d e F o n s e c a y A c e v e -
MARÍA LA MAYOR, i g l e s i a d e S a n t a , V e r o - OCHOA, M i g u e l , S. J . 2 9 5 . 2 9 7 , 3 1 5 , 3 1 6 y
MÉNDEZ, J e r ó n i m o , S. J . 6 0 1 . do, c o n d e d e . 4 3 7 .
na. 508. 411.
MENDOZA, J u a n d e , S . J . 6 4 0 . MONTESINOS, F r . A m b r o s i o . 2 4 .
MARÍA, D . , b i j a d e C a r l o s V . 2 3 5 , 2 5 8 ,
a ODONEL. 5 0 4 .
MENDOZA, C r i s t ó b a l d e , S . J . 2 5 7 , 278 y MONTILLA, H e r n a n d o d e , S . J . 4 0 9 .
264 y 265. 299. OLAO, M a g n o , a r z o b i s p o d e U p s a l . 5 2 2 .
MONTILLA. 4 1 4 - 4 1 6 .
MARÍA, D . " , h i j a d e J u a n I I I . 2 3 8 y 2 5 2 OLAVE, M a r t í n d e , S. J . 5 5 , 5 6 3 - 5 6 6 , 5 8 4 ,
MENDOZA, F e r n a n d o . 3 0 7 . MONTMARTRE. 7 9 , 116 y 139.
MARIANA, J u a n d e , S. J . 4 1 0 . 627 y 647.
MENDOZA, D . F r a n c i s c o , c a r d e n a l . 5 8 , 29>\ MONZÓN. 2 5 8 , 2 6 6 , 2 7 2 y 2 8 6 .
MARINI, L e o n a r d o , n u n c i o d e Su S a n t i d a d OLIVERA, S i m ó n , S . J . 2 7 8 y 3 0 4 .
3 0 0 - 3 0 2 , 3 0 6 , 3 0 7 , 3 1 9 , 3 3 0 , 3 6 8 y Gr.5. MOÑIZ, ( V é a s e Muñiz.)
en E s p a ñ a . 4 5 4 . OLIVERIO, B e r n a r d o , S. J . 5 7 9 , 5 8 0 y 5 8 4 .
MENDOZA, D . L o p e . 5 4 . MORALES, A m b r o s i o d e . 4 7 5 .
MARQUTNA, P e d r o d e . 4 2 3 . MENDOZA, L u i s d e . 3 0 2 . OLIVERIO, J u a n P a b l o . 1 5 .
MORALES, A n t o n i o d o . 5 0 , 672 y 6 7 3 .
MARTÍN, S. J . 2 3 9 y 2 5 1 . MENDOZA, P e d r o d e . 3 0 0 y 3 0 1 . OLMEDO, a r c e d i a n o d e . 4 2 1 .
MORATA , c o n d e de Pedro Martínez de
MARTÍNEZ, F r a n c i s c o . 3 5 8 . MENDOZA, c o n s e r v a d o r d e Z a r a g o z a . 4 6 3 . ONELL. 5 0 4 .
Luna. 439.
MARTÍNEZ, J u l i á n . 5 1 . MENESES, R o d r i g o d e , S. J . 5 8 6 . ONFROY, F r a n c i s c o , S. J . 2 7 3 - 2 7 5 , 2 7 8 y
MORENO, D r . 2 4 6 .
MARTÍNEZ GUIJEÑO, J u a n , cardenal-arzo- MERCURIÁN, E v e r a r d o , S. J . 1 0 3 , 1 0 4 , 1 0 9 , 3 0 4 . ( V é a s e Gallo, Francisco.)
MORO, i s l a s d e l . 4 7 2 .
bispo de Toledo. 348. (Véase Martínez OÑATE. 7, 2 3 1 , 2 9 5 , 2 9 7 , 3 1 3 - 3 2 0 , 3 9 3 , 3 9 5 ,
112, 3 4 5 y 6 2 9 . MORONE, c a r d e n a l . 5 0 3 , 5 0 5 , 5 1 4 , 5 1 5 , 5 6 8
Siliceo.) 403, 406, 411 y 654.
MERKLE. 5 1 5 . y 655.
MARTÍNEZ DE L U N A , P e d r o , c o n d e d e M o - OPORTO. 2 6 3 y 6 5 5 .
MESINA. 3 8 6 - 3 8 8 , 5 7 8 - 5 8 1 y 6 5 5 . MOREANOS, M a t e o S e b a s t i á n . 4 3 9 y 4 4 0 . i
rata y virrey de Aragón. 439. ORÍ, F r . M a t e o d e . 3 6 6 .
Mico, V . J u a n , O. P . 2 8 9 , 6 6 7 y 6 6 8 . MOSQUERA, J u a n d e . 4 3 6 y 4 3 7 .
MARTÍNEZ, P e d r o , S . J . 3 9 2 , 3 9 3 y 4 1 0 . ORLANDINI, S. J . 3 7 8 , 5 4 9 , 5 5 1 y 5 5 2 .
MIGUEL. 9 1 y 9 2 . MOTRICO, I I . , S . J . , 1 5 5 4 , e n O ñ a t e . 4 1 1 .
MARTÍNEZ SILÍCEO, J u a n , c a r d e n a l , arzo- ORMUZ. 4 7 4 y 4 8 4 .
MIGUEL, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Valladolid. MOZAMBIQUE. 4 6 7 y 4 6 9 .
bispo de T o l e d o . 245, 349 y 3 5 8 . ( V é a s e ORTIZ, D r . P e d r o . 8 6 , 9 0 , 2 0 4 , 2 0 6 , 2 3 2 ,
410. MOÑIZ, A n t o n i o , S . J . 2 6 9 , 2 7 1 y 272.
Siliceo.) 234, 235, 249, 250, 2 6 2 , 266, 267, 3 2 5 ,
MILÁN. 2 7 2 . (Véase Moñiz.)
MASCAREÑAS, L e o n o r . 2 3 1 , 2 3 5 , 2 5 7 y 2 6 4 - 341, 342 y 582.
MlNDANAO. 4 7 2 . MUÑOZ, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 1 0 .
266. OSORIO, L e o n o r . 5 7 8 , 5 8 0 , 5 9 0 y 5 9 1 .
MIONA, M a n u e l , S. J . 5 5 , 1 3 5 , 2 1 2 y 627. MURCIA. 3 9 5 , 4 0 8 , 4 3 7 y 6 5 4 .
MASCAREÑAS, P e d r o , e m b a j a d o r . 4 6 6 , 6 3 1 OSORNO, M a r í a d e V e l a s c o , c o n d e s a de.
MIRAFLORES, C a r t u j a d e . 2 7 . MURILLO, F r . D i e g o , O. S . F . 4 4 7 y 4 6 3 .
y 634. MIRÓN, D i e g o , S . J . 1 3 6 , 2 0 8 , 269-271,2711, 2 6 4 . ( V é a s e Velasco, María de.)
NADAL, J e r ó n i m o , S . J . 5 5 , 7 4 , 1 0 3 , 1 0 5 ,
MASSARELLI, A n g e l o . 5 1 3 - 5 1 5 , 5 2 3 , 5 3 4 , 2 7 8 , 2 9 1 , 3 0 0 , 4 0 2 , 5 8 6 , 5 9 2 - 6 0 3 , 605, OVIEDO, A n d r é s d e , S. J . 136, 2 0 9 , 2 6 7 ,
109, 112, 136, 1 3 9 , 1 9 7 , 2 1 0 , 2 1 2 - 2 1 0 .
546, 548, 550, 551 y 5 5 5 . 6 0 8 - 6 0 9 , 6 1 1 , 6 1 5 , 6 1 6 , 6 1 8 , 6 2 1 , 624- 273-275,278, 285,288-291, 295,303-305
219, 226, 345, 3 7 5 , 384, 386-409, 412-
MATAPERROS, p a t i o d e . 2 6 4 - 2 6 7 . 6 2 6 , 636 y 6 5 7 . y 575.
4 1 3 , 4 1 5 - 4 1 8 , 4 2 2 , 4 2 3 , 434, 436, 443,
MATILLA, B e r n a r d o . 3 4 . OYNEL. 5 0 4 y 5 0 5 .
MISERICORDIA, t e m p l o d e la, C o i m b r a . 606. 469, 554, 563, 576, 578-581, 586, 624,
MAURICIO, d u q u e d e S a j o n i a . 5 5 9 . (Véase MÓDENA. 5 0 5 y 5 1 5 . PABLO, g o b e r n a d o r d e S a n , V e n e c i a . 4 9 6 .
627, 6 2 9 - 6 3 1 , 634-636, 638, 639, 645,
Sajonia, duque de.) MONASTERIO. 2 6 6 . PACHECO, P e d r o , c a r d e n a l , o b i s p o d e J a é n .
647 y 650.
522 y 527.
702 ÍNDICE ONOMÁSTICO
PADUA. 8 9 , 4 9 7 - 5 0 0 , 5 0 8 , 5 4 1 - 5 4 3 y 5 8 2 .
PÁEZ, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n S a l a m a n c a . 4 1 0 .
PAGUERA, B r i a n d a . 3 6 y 4 1 .
PAGUERA, S r . 4 0 y 4 1 .
PALACIO, J u a n d e , S . J . 2 6 3 .
PALACIOS, v i s i t a d o r . 3 5 5 .
PALAMÓS, c o n d e s a d e . 2 4 7 .
PALEOTTI, a c t a s d e . 5 1 3 .
PALERMO. 5 0 1 , 5 0 2 , 5 7 6 , 5 7 8 , 5 8 0 y 6 5 5 .
PALLAVICIXO. 5 1 4 y 5 1 6 .
PALMIO, B e n i t o , S. J . 3 8 7 y 3 8 8 .
PAMPLONA. 5 , 7 , 8 , 9 , 1 6 , 1 8 , 2 0 , 3 1 5 , 3 9 1
y 655.
PARDO DE BURGOS, M i g u e l . 5 0 .
PAREDES. 3 1 9 .
PAREDES, c o n d e d e . 3 1 9 .
PARÍS. 5 8 - 6 3 , 6 5 , 8 1 , 8 5 , 1 1 4 , 2 4 2 , 2 5 2 ,
257, 348, 349, 3 6 6 , 3 8 6 , 4 8 1 , 4 8 8 , 563,
579, 581, 643, 6 4 4 y 6 7 1 .
PARMA. 2 0 5 , 2 5 2 , 2 6 8 , 2 9 1 , 2 9 9 , 4 9 3 - 4 9 6
y 655.
PARRA, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n V a l e n c i a . 4 1 0 .
PASCUAL, J u a n . 3 1 , 4 0 y 4 3 .
PASCUAL, I n é s . 31, 32, 36, 40, 47, 4 8 y
230.
PATERNOY, Cron-alo, m a e s t r o r a c i o n a l
Aragón. 440, 4 6 2 y 5 7 0 .
PAULA, S a n F r a n c i s c o d e . 3 2 6 .
PAULO I I I . 8 6 , 9 3 , 9 7 , 9 8 , 1 0 1 , 1 4 6 , 1 8 2 ,
184, 187, 192, 232, 2 5 4 , 2 8 5 , 287, 288,
290, 294, 303, 3 0 5 , 328-331, 3 6 8 , 370,
379, 410, 460, 4 6 6 ,467, 5 0 0 , 503-505,
515-517, 5 2 2 , 5 2 3 , 5 3 9 , 543-545, 560,
572, 623 y 655.
PAULO I V . 1 8 4 y 5 1 3 .
PEDRO, p a r r o q u i a d e S a n , V e r g a r a . 3 1 4 .
PEDRO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n V a l e n c i a . 4 1 0 .
PEDRO, H . , D o n , S. J . , 1 5 5 4 , e n V a l e n c i a .
410.
PEDRO, I I . , D o n , S. J . , e n O ñ a t e . 4 1 1 .
PEDROCHE, F r . T o m á s d e , O. P . 370-376
y 379.
PEDROLA. 4 5 5 , 4 5 6 y 4 6 1 .
PELLETIER, J u a n , S . J . 5 8 4 .
PEÑA, F r . J u a n d e l a , O . P . 3 3 3 , 3 3 8 y
667.
PEÑA, D r . J u a n . 6 8 y 7 1 .
PEÑALOSA, M e l c h o r , S. J . 3 0 6 .
PERALTA, D r . 6 6 y 3 6 6 .
PEREIRA, B e n i t o , S. J . 5 8 4 .
PEREIRA, D u a r t e , S. J . 2 6 6 y 2 7 8 .
ÍND1C) ONOMÁSTICO 703
PÉREZ AYALA, M a r t í n , o b i s p o d e Guadi.v PRATO. 5 8 2 ,
ROJAS, F r a n c i s c o d e , S . J . 1 3 6 , 2 6 3 , 2 6 7 ,
554. PREDICADORES, o r d e n d e . 3 3 0 .
269-271,277, 278, 291,411, 439-443,
PÉREZ, J e r ó n i m o . 3 0 5 . PREDICADORES, n o m b r e d e . 3 3 6 .
449, 450, 6 0 2 y 658.
PÉREZ, c a n ó n i g o d e la S e o d e Zaragoza, PRIEGO, m a r q u é s d e . 3 9 6 .
457. ROJO, J u a n , S . J . 4 5 5 .
PRIEGO, m a r q u e s a d e . 4 1 3 - 4 1 6 .
ROMA. 4 5 , 8 6 , 9 1 , 9 3 , 1 1 4 , 1 1 6 , 2 5 2 , 2 5 4 ,
PÉREZ DE CULLA, O n o f r e . 2 9 7 . ( V é a s e Pé- PUENTE, L u i s d e l a , S . J . 1 6 1 .
257-261, 265, 266, 270-274, 2 8 4 , 289-
rez de Zalla. 305.) PUJOL, J u a n . 4 2 , 4 3 y 4 5 .
295, 299, 313, 3 2 4 , 325, 330, 3 3 1 , 339,
PÉREZ DE ZALLA, O n o f r e . 3 0 5 . ( V é a s e Pé- PUJOLS, J u a n . 2 7 6 .
347, 3 4 8 , 3 5 9 ,3 6 1 , 3 6 3 , 3 6 5 , 3 6 8 , 3 7 7 ,
rez de Culla. 2 9 7 . ) QUERALT, J u a n , S . J . 2 7 6 , 2 7 8 y 4 1 0 .
386, 387-390,401, 402,408,409, 421,
PÉREZ, m a e s t r o . 3 4 8 . QUERALT, P . , S . J . , 1 5 5 4 , e n B a r c e l o n a . 4 1 0 .
446, 459, 4 6 1 , 463, 466, 469, 4 7 6 , 4 8 4 ,
PERPIÑÁ, G a b r i e l . 4 2 , 4 3 y 4 5 . QUINTANARUAYA, J u a n d e . 3 .
490, 496-499, 5 0 0 , 503-506, 512,515,
PERTDSA, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 . QUIROGA, l i c e n c i a d o . 3 5 5 ,
517, 547, 563-565 , 5 6 8 , 575, 576, 579,
PESQUERÍA,costa d e l a . 4 6 8 , 4 6 9 , 4 7 3 y 4 8 5 . RAMÍREZ, B e a t r i z . 5 1 y 2 6 2 .
5 8 1 - 5 8 4 , 5 8 9 ,5 9 2 ,5 9 8 , 6 0 0 , 6 0 1 , 6 0 3 ,
PICARDO, D r . 4 8 8 . RAMÍREZ, J u a n , S . J . 3 3 3 .
610, 614-616, 618, 620, 622-626, 634,
PIGHINI, S e b a s t i á n , a r z o b i s p o d e M a n f r e - RAMÍREZ, 1 \ , S . J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
636, 638, 639, 6 4 1 , 644, 646, 652, 655,
donia. 5 4 5 y 5 6 0 . RAMÍREZ, I I . , S . J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a , 4 0 9
PINEDO. 3 0 7 . y 414. 670 y 674.
PINA, A g u s t í n d e . 4 8 1 . ROMÁN, A l o n s o , S . J . 4 1 1 , 4 4 0 , 4 4 1 , 4 4 3 -
RAMÍREZ, H., S . J . , 1554, e n Á v i l a , 4 1 0 y
PINAS, S. J . 4 4 3 , 4 4 9 , 4 5 0 , 4 5 5 y 4 6 2 . 446, 448-450, 452, 4 5 4 , 456, y 459-463.
422.
Pío IV. 5 1 3 - 5 1 6 , 5 2 4 y 6 4 1 . ROMANO, c o l e g i o . 2 8 9 .
RAMÍREZ DE ARELLANO, J u a n . 3 4 2 .
Pío V. 1 8 4 . ROMANO, J a c o b o , S . J . 2 6 9 y 2 7 2 .
RAMÍREZ DI: VERGARA, A l o n s o . 3 4 2 y 3 7 9 .
Pío IX. 2 5 6 y 3 2 2 . ROMANO, L u c i o , S. J . 4 1 0 .
( V é a s e Vergara, Dr.)
PISA. 4 2 5 , 5 0 2 y 5 0 3 . ROMEO DE CASTELLÓN, F r . F r a n c i s c o , O. P .
RATISBONA, d i e t a d e . 5 1 5 . 330, 3 3 1 y 332.
PISA, F r a n c i s c o d e . 3 4 8 .
RATISBONA. 2 3 2 , 2 3 4 , 5 6 9 y 5 7 0 . ROQUE, c a s a p r o f e s a d e S a n , L i s b o a . 6 3 4 .
PISTOYA. 2 1 1 y 5 8 2 .
REDAURA. 36 y 4 1 . ROSELL, I s a b e l . 4 0 , 4 7 , 5 8 y 2 3 1 .
de PLASENCIA. 2 5 9 , 4 2 3 - 4 3 3 , 4 3 7 , 6 5 4 y 6 7 3 . REGINALDO, F r . , O. P . 3 3 4 . ROVIRA, M i g u e l d e . 2 8 4 .
PLASENCIA, I t a l i a . 4 9 4 - 4 9 6 . REINALDE, J u a n . 5 0 , 6 5 y 6 6 . RDBIO, F r . H e r n a n d o , O . M . 5 1 .
PLAZA, P . D r . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Córdoba. REGLA, F r . J u a n d e , O. P . 3 5 5 . Ruiz, Alonso, S . J . 4 3 5 .
409.
RENGIFO, l i c e n c i a d o , S . J . , e n A l c a l á . 4 1 0 . ÍÍUIZ DE LA CÁMARA, DíegO, 3 1 0 .
POEN, H e r m e s , S. J . 2 6 8 . R u ó , J u a n . , S. J . 1 5 2 y 1 5 3 . R u i GÓMEZ. 2 9 5 , 3 7 7 y 3 9 8 .
POGGIO, J u a n , c a r d e n a l , n u n c i o e n E s p a ñ a .
RIBADENEIRA, P e d r o d e , S . J . 206-209, RUTE. 4 1 5 .
245, 2 4 7 , 3 1 9 ,3 3 8 , 3 5 4 - 3 5 6 y 360-363.
236, 359, 378, 4 9 2 , 5 2 8 , 5 4 9 , 5 8 1 , 582, SA, Calixto de. 4 9 , 5 5 , 5 6 , 6 4 , 6 5 y 6 6 .
POLANCO, J u a n d e , S. J . 1 0 3 , 1 0 4 ,1 1 2 , 591, 639, 646 y 6 6 5 .
SA, M a n u e l d e , S. J . 1 3 6 , 2 7 4 , 2 7 8 , 2 9 1 ,
126, 135, 210, 220, 339, 3 9 2 , 406, 4 2 5 , RIBERA, B . J u a n d e . 3 1 7 , 6 6 4 y 6 6 5 .
304, 305, 3 7 8 y 4 0 9 .
497, 498, 5 5 2 , 563-565, 579, 581-583, RINCÓN, J u a n d e l . 3 6 7 .
SABATINO, S . J . 2 3 9 .
588, 591, 594, 5 9 5 , 598, 600, 602, 608, RIOSECO, b a c h i l l e r , 3 0 7 .
SABOYA, F r a n c i s c o , S . J . 2 9 4 y 3 0 5 .
627, 641, 647 y 649. RIPALDA, J e r ó n i m o , S . J . 3 4 5 y 4 1 0 .
SACAI. 4 7 8 .
POLO, R e g i n a l d o , c a r d e n a l . 5 2 2 y 6 5 5 . RIVA. 5 5 4 .
SACCHINI, F r a n c i s c o , S . J . 74, 386y 629.
PONCE DE LEÓN, H e r n a n d o . 4 3 3 . UIVBBO, S . J . 4 7 3 .
SÁENZ DE LICONA Y BALDA, D . " M a r i n a . 2 .
PORRES, A n a . 3 1 3 . ROA, S . J . 4 1 4 .
PORTILLO, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Salamanca.
SAJONIA, D u q u e d e . 5 5 7 . ( V é a s ¿ Mauricio,
ROCA, H . , S . J . , 1554, e n C ó r d o b a . 4 0 9 .
d u q u e de Sajonia.)
410 y 437. RODRIGO. 3 7 5 y 3 7 7 .
SALAMANCA. 5 4 - 5 8 , 6 1 , 6 5 , 66, 2 4 2 , 245,
PORTUGALETE. 3 0 7 .
RODRIGO, P . , D o n , S . J . , 1554, e n G a n d í a .
P o z o , J a i m e del. 2 1 4 . 246, 2 5 1 , 2 5 3 , 258, 298-303, 305-307,
410.
P o z o , P e d r o d e l , S. J . , 1 5 5 4 , e n Burgos. 309-311, 316-319, 321-323, 3 2 9 ,3 3 2 ,
RODRIGO, I I . , 1 5 5 4 , e n V a l l a d o l i d , 4 1 0 .
307 y 411. 333, 338, 340, 3 4 8 , 349, 351, 366, 368,
RODRÍGUEZ, F r a n c i s c o , S . J . 6 2 5 .
Pozo, Pedro del, canónigo. 4 2 2 y 4 2 3 . 375, 377,3 7 9 , 3 9 3 , 3 9 5 , 3 9 6 , 4 0 1 - 4 0 3 ,
RODRÍGUEZ DE AZEVEDO, S i m ó n , S . J . 7 6 ,
PRÁPANOS, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n Salamanca. 409, 410, 413, 420, 421, 432-434, 437,
80, 8 6 , 8 7 , 1 1 7 , 1 2 4 , 1 3 6 , 2 1 7 , 2 4 2 , 2 5 1 ,
410. 594, 595, 631, 654, 655, 662, 667 y 6 7 1 .
2 5 2 , 260, 2 0 3 , 2 7 0 , 2 7 1 , 338, 3 9 4 , 466,
PRAT, G u i l l e r m o d o , o b i s p o d e C l e r m o n t . SALAS, m a e s t r o , O. P . 6 6 7 .
467, 483, 586, 588-605 y 612-629.
561 y 655. SALAZAR, H . , S . J . 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 1 0 .
ROIG, A l d o n z a . 2 8 0 .
SALCEDO, A t a n a s i o . 2 6 7 y 3 4 2 .
 704 ÍNDICE ONOMÁSTICO
SALELLES, A l f o n s o . 2 8 0 .
SALES, S a n F r a n c i s c o d e . 6 4 8 .
SALINAS, D r . , S . J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 .
SALINAS, S. J . 4 2 7 y 4 2 9 .
SALMERÓN, A l f o n s o d e , S. J . 5 5 , 7 2 , 7 4 , 7 5 ,
8 0 , 8 6 , 8 7 , 8 9 , 1 1 7 , 1 2 4 , 135, 2 2 7 , 2 5 4 ,
260, 325, 340, 3 9 5 , 425, 435, 4 9 1 , 499-
501, 503, 510, 514 - 517, 520, 5 2 1 , 5 2 3 ,
526, 527, 529, 5 3 1 , 5 3 3 , 5 3 7 - 5 4 3 , 5 4 5 -
567, 575 y 655.
SALVADOR, i g l e s i a d e S a n , V e n e c i a . 4 9 6 .
SALVADOR, V i c e n t e , S. J . 2 7 8 .
SANDOVAL, D r . 2 1 1 .
SANDOVAL, H . , S. J . , 1 5 5 4 , e n O ñ a t e , 4 1 1 .
SANCHÁN. 4 6 7 y 4 8 0 .
SÁNCHEZ, C r i s t ó b a l . 4 3 4 .
SÁNCHEZ, J u a n B a u t i s t a , S. J . 3 0 0 , SOS-
S O ^ 309, 310, 326, 367, 370 y 4 2 1 .
SÁNCHEZ, Dr., S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 .
SÁNCHEZ, J u a n , S. J . 2 6 7 y 2 7 8 .
SANCHO, H . , D o n , S . J . , 1554, e n Sala-
m a n c a . 410.
SANFELICE, o b i s p o d e C a v a . 5 3 1 .
SAN F I N S . 5 9 6 , 5 9 7 , 5 9 9 y 6 1 4 - 6 1 6 .
SANGÜESA. 6 9 .
SAN J U A N , F r . P e d r o d e , O. P . 4 1 9 .
SANLÚCAR DE BARRAMEDA. 4 1 2 , 4 3 3 , 4 3 4
y 437.
SAN PABLO , c o l e g i o d e , G o a . 4 6 9 y 4 7 9 .
( V é a s e Santa Fe.)
SANTA BÁRBARA, c o l e g i o d e , P a r í s . 60, 6 7 ,
68, 70 y 7 1 .
SANTA CRUZ, M a r c e l o C e r v i n i , c a r d e n a l d e .
504, 5 1 4 , 5 2 2 , 5 3 0 y 5 4 8 . ( V é a s e Cer-
vini.)
SANTA CRUZ, D i e g o d e , S. J . 4 3 4 .
SANTA CRUZ, M a r t i n d e , S. J . 2 0 9 y 2 3 2 .
SANTACRUZ, P . , S. J . , 1554, e n B u r g o s . 4 1 1 .
SANTA F E , A n t o n i o . 4 8 0 y 4 8 1 .
SANTA FU-, F r . -Miguei d e , O . S. R. 1 5 9 .
SANTA F E , P a b l o de. 474 - 4 7 6 . (Véase
Angero.)
SANTA MARÍA, J u a n . 1 5 .
SANTANDER, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n A l c a l á . 4 0 9 ,
445, 450-452, 455 y 462.
SANTÁNGELO, c a r d e n a l d e . 4 9 3 .
SANTIAGO. 4 0 0 y 6 0 0 .
SANTIAGO, c a r d e n a l d e . 3 5 6 .
SANTIAGO, p a r r o q u i a d e , M e d i n a d e l C a m -
po. 312.
SANTORCAZ, Castillo d e . 3 5 8 .
SARABIA, H . , S . J . , 1554, e n V a l e n c i a . 4 1 0 .
SARPI, P a o l o . 5 1 6 .
SAVONA. 2 3 9 .
SAXUMA, r e y d e . 4 7 5 y 4 7 7 .
SBRANDO, S. J . 2 7 8 . ( V é a s e Bellini.)
SEBASTIÁN, i g l e s i a d e S a n , G a n d í a . 2 7 4 .
SEBASTIÁN, r e y d e P o r t u g a l . 5 8 7 .
SENA. 89 y 5 0 0 .
SENA, S a n B e r n a r d i n o d e . 5 0 7 y 5 0 8 .
SEPÚLVEDA. 2 4 5 .
SEPÚLVEDA, J u a n G i n é s d e . 672 y 6 7 3 .
SERIPANDO, J e r ó n i m o , O. S. A . 5 2 3 , 5 3 3 ,
534 y 536.
SERVANOIO, A s t o l f o . 5 1 3 .
SERVÍ, m o n a s t e r i o d e , I t a l i a . 4 9 5 .
SEVEROLI. 5 1 5 .
SEVILLA. 2 8 9 , 3 4 8 , 4 0 3 , 4 0 9 , 4 1 2 , 4 2 9 , 4 3 2 ,
433, 438, 472, 473, 564, 654 y 667.
SEVILLANO, P e d r o , S . J . 2 6 3 - 2 6 5 , 2 7 8 , 3 0 0 ,
309-312 y 410.
SEYNE. 8 1 .
SICILIA. 3 8 6 , 3 8 8 - 3 9 0 , 5 0 1 , 5 7 6 , 5 7 8 , 5 8 0 -
582 y 590.
SIGÜENZA. 8 4 y 2 5 8 .
SILÍCEO , J u a n , c a r d e n a l , a r z o b i s p o d e T o -
l e d o . 2 4 7 , 3 4 8 - 3 6 5 , 3 6 7 , 370, 3 7 7 , 3 7 8 ,
396, 446 y 4 4 9 . ( V é a s e Martínez Si-
liceo.)
SILVA, P e d r o d e , g o b e r n a d o r d e M a l a c a .
488.
SILVEIRA, G o n z a l o d e , S. J . 5 8 6 y 6 2 5 .
SIMANCAS. 4 3 6 , 4 3 7 , 4 4 5 y 6 5 4 .
SINIGAGLIA, m o n s e ñ o r . 4 9 5 .
SIXTO V . 182 y 1 8 4 .
SOLER, M o n s e r r a t , S . J . 2 7 6 y 2 7 8 .
SOLÍS, S . J . 3 1 6 .
SORTELHA, c o n d e s d e . 5 8 6 .
SOSA, M a r t í n A l o n s o d e . 4 6 7 y 4 7 1 .
SOSA, M i g u e l d e , S . J . , 6 2 5 .
SOSA. 3 6 7 .
SOTO, F r . D o m i n g o d e , O. P . 1 8 6 y 5 6 1 .
SOTO, J u l i á n G o n z á l e z d e . 1 5 6 .
SOTO, F r . P e d r o d e , O. P . 5 5 , 2 3 3 , 564
y 667.
SOTO, T o m á s d e l . 3 6 7 .
SFIRA.232, 234, 568 y 570.
STORTA. 8 9 .
SUÁREZ, F r a n c i s c o , S. J . 1 6 3 y 3 7 4 .
SUÁREZ, m a e s t r o , S . J . 4 1 0 .
SUÁREZ, J u a n , S . J . 4 2 8 y 4 3 3 .
SUMATRA. 4 7 3 .
ÍNDICE ONOMÁSTICO
TABLARES, P e d i o d e , S. J . 136, 2 9 1 , 2 9 2 ,
3 4 4 , 3 6 2 , 3 7 5 , 3 9 1 - 3 9 4 , 410, 4 5 0 , 4 5 5 ,
456 y 460.
TALLACOZZO, d u q u e s a d e . 5 0 1 .
TAMAYO, G o n z a l o . 3 0 7 .
TARANCÓN. 3 2 1 .
TARAZONA. 3 2 6 .
TAVARA, m a r q u é s d e . 3 1 7 y 3 7 5 .
TAVERA, D i e g o . 2 5 0 .
TAVERA, J u a n , c a r d e n a l , a r z o b i s p o d o T o -
ledo. 209, 2 4 5 , 249, 250, 299,
y 349.
TEATINOS, n o m b r e d e . 183 y 3 7 9 .
TELIO, H e r n a n d o , S. J . 4 1 1 .
TEMPLARIOS, e r m i t a d e los, V i l l a m a y o r d e
Arinuüa. 301.
TEODOHO, F r . 118.
TERESA G I L , calle d e , V a l l a d o l i d . 2 6 8 .
TEIÍÜINI, c o l e g i o d e . 4 1 .
TEUTONIO, S. J . , d e s p u é s a r z o b i s p o d e E v o
r a . 617 y 63(1.
TEXEIRA, S. J . 4 7 4 y 492.
THEINER. 5 5 0 y 5 5 2 .
TÍVOLI. 2 9 5 .
TOLEDO. 6 7 , 8 4 , 2 4 9 , 2 5 3 , 2 6 3 , 2 8 2 , 2 9 9 ,
300, 315, 343, 345, 349-359, 3 6 2 , 365-
368, 370, 373, 3 7 5 - 3 7 9 , 396, 401, 420
y 438.
TOLEDO, P e d r o d e . 2 1 2 y 5 0 8 .
TOLEDO, D. F r a n c i s c o . 2 3 3 .
TOLEDO, D . a
Leonor d e , duquesa de Flo-
r e n c i a . 5 3 9 . ( V é a s e Florencia, duques
de.)
TOMÁS, m o n a s t e r i o d e S a n t o , e n A v i l a . 4 2 2 .
TORDESILLAS. 2 8 1 , 3 1 7 - 3 1 9 y 4 0 6 .
TORO. 3 1 7 y 6 3 3 .
TORRES, D r . B a l t a s a r d e , S. J . 5 8 4 y 6 4 0 .
TORRES, B a r t o l o m é d o . 3 7 9 - 3 8 4 .
TORRES, C o s m e d e , S. J . 4 7 2 - 4 7 4 ,
y 478.
TORRES, F r a n c i s c o d e . 2 1 0 .
TORRES, M i g u e l d e , S. J . 2 0 9 , 2 5 1 , 2 6 6 ,
278, 2 9 9 - 3 0 3 , 3 0 6 , 3 0 7 , 309, 3 1 0 , 3 1 6 ,
317, 320, 3 2 3 , 325, 3 2 7 - 3 3 0 , 332, 340,
350, 3 5 1 , 3 5 5 - 3 5 9 , 377, 4 0 0 - 4 0 3 , 4 1 2 ,
419,420,432-436, 4 3 8 , 439,586, 593-
5 9 7 , 5 9 9 , 600, 6 0 2 , 6 0 5 - 6 1 1 , 6 1 4 - 6 1 8 , 6 2 1 ,
622, 624-626, 629, 630, 634 - 637 y 6 5 0 .
TORRES, P e d r o d e . 3 1 5 .
TORHIJOS, calle d e , C ó r d o b a . 4 1 6 .
TRÁPANI. 5 7 7 .
705
TRAVANCOR, I n d i a . 4 7 0 .
TRENTO. 2 5 4 , 3 2 5 , 3 2 6 , 3 4 0 , 3 5 3 , 4 2 3 , 4 2 5 ,
427, 4 3 1 , 435, 4 9 6 , 499, 5 0 2 , 5 0 6 , 508,
511, 514-517, 5 2 0 - 5 2 2 , 5 2 4 - 5 2 6 , 5 3 1 ,
532,534, 538-542, 544-546, 548,550,
551, 554, 557-566 y 573.
TREVISO. 8 7 .
TRINIDAD, O r d e n d e l a S a n t í s i m a . 3 3 6 .
TRINIDAD, c o n v e n t o d e l a , A l c a l á . 2 6 3
y 265.
315 TIÍÍPOLI. 5 0 2 .
T R Í P O L I , F r . A n d r é s d e F u e n s a l i d a , O. C ,
obispo de. 344.
TRUCHSESS, O t ó n , c a r d e n a l , a r z u b i s p o d e
A u s b u r g o . 520, 526, 5 3 8 y 564.
TUDOR, la r e i n a M a r í a . 4 0 5 y 6 5 2 .
UBILLA, J u a n P é r e z . 15.
URBANO V I I I . 4 8 9 .
VADO, M a r í a d e l . 52.
VALDERRÁBANO, J u a n d e , S. J . 2 6 5 , 2 6 7 y
410.
VALDÉS, J u a n d e . 5 0 9 .
VALDIVIA, L u i s , S. .1. 2 6 8 .
VALENCIA. 6 7 , 2 4 0 , 2 5 3 , 2 5 4 , 267-278,
281, 298, 299, 3 0 4 , 305, 318, 348, 3 9 1 -
393, 395, 4 0 1 , 403, 40o, 408, 410, 413,
423, 446, 473, 587, 5 9 2 , 595, 598, 613,
615, 6 1 7 , 6 1 8 , 6 2 0 , 6 5 4 , 6 5 5 , 6 6 7 y 668.
VALENCIA, F r a n c i s c o d e . 3 0 1 .
VALIGNANO, A l e j a n d r o , S. J . 4 7 4 , 4 8 2 ,
489 y 492.
VALLADOLID. 5 4 , 7 6 , 7 7 , 2 3 1 , 2 4 2 , 2 4 4 ,
245, 2 4 8 , 2 5 0 - 2 5 3 , 2 6 3 , 2 6 5 , 2 6 7 , 2 7 4 ,
277, 2 7 8 , 2 9 8 , 3 0 6 , 3 1 0 , 3 1 5 - 3 1 7 , 3 3 8 ,
340, 344, 3 5 5 , 3 7 5 , 3 9 5 , 4 0 0 - 4 0 2 , 4 0 4 -
406, 409, 429, 4 3 6 , 437, 445, 446, 450,
4 5 3 , 4 5 4 , 4 5 6 , 4 5 8 , 4 5 9 , 654, 6 5 5 y 6 6 9 .
VALLE, m a r q u é s d e l . 2 4 5 .
477
VARGAS, F r a n c i s c o d e . 4 2 4 .
VARGAS DE CARVAJAL, D . G u t i e r r e , o b i s -
po de Plasencia. 424-431.
VAZ, M i g u e l . 4 6 8 .
VÁZQUEZ, D i o n i s i o , S. J . 296, 297, 428
y 429.
VÁZQUEZ, I I . , S. J . , 1554, e n A l c a l á . 4 1 0 .
VEGA, F r . A n d r é s d e , O. S. F . 5 6 1 .
VEGA, F e r n a n d o . 3 8 8 .
VEGA, H e r n a n d o d e . 2 4 9 .
VEGA, J u a n d e . 2 0 9 , 2 1 2 , 3 8 7 , 5 0 2 , 5 7 6 -
578, 590, 591, 655 y 666.
VELA, J e r ó n i m o . 346.
45
 706
ÍNDICE ONOMÁSTICO
VELASCO, Catalina tic. 9 .
VELASCO, M a r í a d e , c o n d e s a d e Osorno.
2 6 4 . ( V é a s e Osorno, condesa d e . )
VELÁZQOEZ, L u i s a . 5 2 .
VELÁZQUEZ DE CUÉLLAR, J u a u . o , 0 , 8
y 10.
VENECU. 8 5 , 8 6 , 1 1 4 , 4 2 7 , 4 3 1 , 4 8 1 , 4 9 5 -
500, 507 y 655.
VEIÍALLO, n u n c i o . 5 7 0 .
VERÁSTEGÜI, J u l i á n , S. J . , 2 9 1 .
VERÁSTEGUI, M a r t í n . 2 7 8 .
VERGARA. 2 3 1 , 2 5 7 , 3 1 4 y 3 1 6 .
VERGARA, D r . A l o n s o R a m í r e z d e . 3 4 3 ,
354, 384, 317, 398, 404, 409, 4 2 2 y 4 2 3 .
( V é a s e Ramírez de Vergara.)
VERGARA, J u a n a d e . 3 4 2 .
VEP.LEGAL MAZALIZANA, L u i s d e . 2 9 7 .
VERONA. 8 7 , 4 9 9 , 5 0 7 , 5 0 8 y 5 5 2 .
VICENCIA. 8 7 , 8 8 , 8 9 , 1 1 4 y 4 9 9 .
VICENTE, a b a d í a d e S a n , T o l e d o , 4 2 4 .
VICTORIA, F r . F r a n c i s c o , O . P . 2 4 2 y 3 2 2 .
VIDA, J e r ó n i m o , obispo de Cremona. 5 2 3 .
VIENA. 5 6 9 .
VILLADORDIS, e r m i t a d e , M a n r e s a . 3 4 y 3 7 .
VILLAGARCÍA E x t r e m a d u r a . 3 4 8 y 3 4 9 .
VILLALOBOS, C a t a l i n a d e . 2 0 6 .
VILLALÓN, G a s p a r . 2 9 6 y 2 9 7 .
VlLLAMAYOR DE A R M Ü Ñ A . 3 0 1 .
VILLANUEVA. A n t ó n d e . 4 5 9 .
VILLANUEVA, F r a n c i s c o d e , S. J . 2 0 9 , 2 2 6 ,
259-267, 2 7 8 , 299,342-347, 350-361,
367, 368, 395, 3 9 8 , 399, 402-404, 409,
413-416, 418, 422, 427, 429-431,416,
586, 618, 619, 021 y 650.
VILLANUEVA, S a n t o T o m á s d e . 2 7 5 , 3 0 4 ,
391, 4 4 0 ,6 5 5 ,6 5 7 y 659-661.
VII.LARETO. 6 7 .
VtLLASENDÍN. 3 0 1 .
VlLLAVlClOSA. 6 3 5 .
VIOLA, B a u t i s t a , S. J . 2 9 2 y 2 9 3 .
VISCONTI, m o n s e ñ o r . 5 1 4 .
VISIIAVEN, C o r n c l i o , S. J . 5 7 9 .
VITELLESCIII, M u c i o , S- J . 1 6 1 y 4 9 0 .
ÍNDICE GENERAL
VITHRBO. 2 9 2 y 5 6 8 .
VITORIA. 3 1 6 y 5 6 3 .
VITTEMHERG, d u q u e d o . 5 5 7 y 5 5 9 .
VIVERO, J e r ó n i m o d e . 3 9 8 .
Piig
VOUCELLA. 7 6 .
PRÓLOGO
YVORMS. 2 3 2 y 2 3 4 .
VÁÑEZ DE OÑEZ Y LOYOLA, D . B c l t r á n , 2 INTRODUCCIÓN BIBLIOGRÁFICA.
YETES. 2 5 3 .
LIBRO PRIMERO
YEPEP, F r . A n t o n i o de, O . S. B . , 1 5 2 - 1 5 9 .
ZALMEDINA, J u s t i c i a o r d i n a r i o d e Z a r a g o -
za. 4 6 2 . F u n d a c i ó n de l a Compañía.
ZAMBRA. 4 1 5 .
ZAMORA. 4 2 2 . CAPÍTULO PRIMERO.—San Ignacio de Loyola antes de su conversión. — Suma-
ZAPATA, F r a n c i s c o , S. J . 5 0 4 . r i o : 1 . P a t r i a , p a d r e s y n o m b r e d e San I g n a c i o . — 2 . F e c h a d o s u n a c i m i e n -
t o . — 3 . N o t i c i a s a c e r c a d e su j u v e n t u d . — 4 . I n s t r u c c i ó n y c o s t u m b r e s . —
ZARAGOZA. 2 3 1 , 2 5 8 , 2 6 6 , 2 7 6 - 2 7 8 , 2 8 1 ,
5 . Varios biógrafos falsean algo la i m a g e n d e I g n a c i o . — 6 . V e r d a d e r o re-
289,300, 395,403,406,411, 4 1 2 , 437, t r a t o d e l j o v e n c a b a l l e r o , s e g ú n los c o n t e m p o r á n e o s
464, 612, 620, 654, 6 5 5 y 667.
ZARATE, P . , S. J . , 1 5 5 4 , e n C ó r d o b a . 4 0 9 . CAPÍTULO I I . — Conversión de San Ignacio. — S u m a r i o : 1 . E s h e r i d o I g n a c i o
ZABÁUZ, I I . , S. J . , 1 5 5 4 , e n O ñ a t e . 4 1 1 . e n l a d e f e n s a d e l c a s t i l l o d o P a m p l o n a . — 2 . S u c u r a c i ó n en L o y o l a . —
ZÚÑIGA, J u a n d o . 2 5 1 . 3 . M i e n t r a s c o n v a l e c e , d a s e á l e e r l a s V i d a s d e C r i s t o y d e los S a n t o s . —
4 . So c o n v i e r t e á Dios. — 5 . V i a j e d e I g n a c i o á M o n s e r r a t . — 6 . H a c e allí
confesión g e n e r a l . — 7 . Vístese de u n saco para empezar su vida p e n i t e n t e .
CAPÍTULO I I I . — San Ignacio en Manresa. — S u m a r i o : 1 . Sitios en q u e v i v i ó
I g n a c i o . — 2 . Su g-énero d e v i d a . — 3 . P e r s o n a s q u e lo t r a t a r o n . — 4 . T e n t a -
c i o n e s m a n i f i e s t a s . — 5 . E s c r ú p u l o s . — 6 . F a v o r e s e x í r a o r d i n a r i o s d e Dios.-—
7. Kl r a p t o d e o c h o d í a s . — 8 . E s c r i b o los E j e r c i c i o s . — 9 . P e r e g r i n a á J e -
rusalén
CAPÍTULO I V . — E s t u d i o s de San Ignacio.— Sumario: 1. E n 1 5 2 4 empieza Ig-
nacio á e s t u d i a r e n Barcelona. — 2 . T e n t a c i o n e s y tribulaciones q u e le es-
t o r b a n el e s t u d i o . — 3 . E n 1 5 2 6 v a á e s t u d i a r e n A l c a l á . — 4 . P r o c e s o s q u e
a l l í le f o r m a n . — 5 . S a n I g n a c i o e n S a l a m a n c a . — 6 . A p r i n c i p i o s d e 1 5 2 8
p a s a á París. — 7 . A p u r o s económicos en esta c i u d a d . — 8 . Serie de estudios
q u e allí h i z o . — 9 . O b l i g a d o á v e n i r á E s p a ñ a , i n t e r r u m p e la t e o l o g í a . —
1 0 . I n t e n t a c o n t i n u a r l a e n B o l o n i a , p e r o se lo i m p i d e s u f a l t a d o s a l u d . . .
CAPÍTULO V . — P r i n c i p i o s de la Compañía hasta el voto de Montmartrc, 1524
á 1 5 3 4 . — Sumario: 1. Primera tentativa de reunir compañeros, empozada
en Barcelona ( 1 5 2 4 ) , y deshecha en Salamanca ( 1 5 2 8 ) . — 2. S e g u n d o en-
s a y o , d e s h e c h o l u e g o d e c o m e n z a d o en P a r í s ( 1 5 2 9 ) . — 3 . T e r c e r e s f u e r z o ,
c o r o n a d o c o n feliz s u c e s o ( 1 5 3 0 - 1 5 3 4 ) . — 4 . B r e v e s n o t i c i a s b i o g r á f i c a s s o -
bro F a b r o , Javier, Laínez, Salmerón, llodríguez y B o b a d i l l a . — 5 , Voto do
 708 ÍNDICE GENERAL ÍNDICE GENERAL

Páginas.

M o n t m a r t r e el 15 d e A g o s t o d e 1 5 3 4 . — 0 . T r e s c o m p a ñ e r o s m á s . C ó m o se
conservaban todos d u r a n t e sus estudios
CAPÍTULO V I . — D e s d e el voto de. Montmartre hasta la confirmación de la Com-
pañía, 1 5 3 4 - 1 5 4 0 . — S u m a r i o : 1. V i a j e d e I g n a c i o á E s p a ñ a en 1 5 3 5 . — 2 . S u s
c o m p a ñ e r o s v a n á V e n e c i a á fines d e 1 5 3 G . — 3 . R e s u e l v e n e s p e r a r e m -
b a r c a c i ó n p a r a J e r u s a l é n t o d o el a ñ o 1 5 3 7 . — 4 . Q u e d á n d o s e I g n a c i o en
V e n e c i a , v a n á R o m a los d e m á s , y s o n f a v o r e c i d o s d e P a u l o I I I . — 5 . V u e l -
t o s á V e n e c i a , se o r d e n a n d e p r e s b í t e r o s los q u e n o lo e r a n ( J u n i o , 1 5 3 7 ) . —
fi. E m p i e z a n á p r e d i c a r , y v i e n d o q u e se p a s a el a ñ o , d e t e r m i n a n ir á P o m a .
N o m b r e d e Compañía de Jesús.— 7 . L l e g a n á R o m a I g n a c i o , F a b r o y L a í -
n e z á fines d e 1 5 3 7 . — 8. P e r s e c u c i ó n q u e p a d e c e n t o d o s en 1 5 3 8 . — 9. D e -
l i b e r a c i o n e s p a r a el e s t a b l e c i m i e n t o d e la C o m p a ñ í a ( 1 5 3 9 ) . — 1 0 . A p r o b a -
c i ó n p o n t i f i c i a , p r i m e r o v e r b a l e n 1 5 3 9 , y d e s p u é s c o n b u l a en 1540
b r e d e C o m p a ñ í a d e J e s ú s . — 2 . S u p r e s i ó n del c o r o . — 3 . N o t e n e r h á b i t o
G4 p a r t i c u l a r . — 4. N o a s i s t i r á p r o c e s i o n e s . — 5 . N o t e n e r c a r g o d e m o n j a s . —
G. P r o l o n g a c i ó n d e l a s p r o b a c i o n e s . — 7. V o t o s " i í m p l e s . — 8 . D i l a c i ó n d e ]•<•
p r o f e s i ó n s o l e m n e . — 9 . S u p r e s i ó n del s i s t e m a c a p i t u l a r , ó s e a n o m b r a m i e n -
to d e los S u p e r i o r e s p o r el G e n e r a l . — 1 0 . V o t o de n o a c e p t a r d i g n i d a d e s . —
1 1 . N o t e n e r las p e n i t e n c i a s t a s a d a s p o r la r e g l a . — 1 2 . E s p í r i t u d e la C o m -
p a ñ í a , q u e se f u n d a en el a m o r y en la o b e d i e n c i a . — 1 3 . D e s c r i p c i ó n d e
e s t e e s p í r i t u , h e c h a p o r el P . J e r ó n i m o N a d a l
LIBRO I I
82

.CAPÍTULO V I I . — L a b ó r e l e Ignacio en la fundación de la Compañía, desde Man-

San I g n a c i o de L o y o l a , 1540-1556.
resa, hasta ser elegido General, 1 5 2 2 - 1 5 4 1 . — S u m a r i o : 1. Dios r e v e l a á I g -
nacio la idea de la C o m p a ñ í a de J e s ú s . — 2 . Testimonios de San F r a n c i s c o
CAPÍTULO r n i M E R O . — Primeros españoles que entraron en la Compañía. — Su-
J a v i e r , Laínez, M e r c u r i á n , P o l a n c o , Nadal y C á m a r a . — 3 . E x a m e n de es-
m a r i o : 1. L a p r i m i t i v a C o m p a ñ í a , f o r m a d a en g r a n p a r t e p o r e s p a ñ o l e s
t o s t e s t i m o n i o s . — 4 . D u d a I g n a c i o en B a r c e l o n a si liará O r d e n n u e v a ó u n a
f u e r a d e E s p a ñ a . — 2 . E l b a c h i l l e r D i e g o de I l o z e s . — 3 . L o s d o s h e r m a n o s
r e f o r m a d e o t r a O r d e n . — 5 . P r u d e n c i a d e I g n a c i o en o c u l t a r s e e n t r e s u s
Diego y Esteban d e Egida.—4. Francisco E s t r a d a . — 5 . Antonio de Araoz.—
c o m p a ñ e r o s , h a c i é n d o l o t o d o con el c o n s e j o d e e l l o s . — 6 . ¿ P o r q u é I g n a c i o
n o r e v e l a b a t o d o su p l a n ? — 7 . E s e l e g i d o P r e p ó s i t o g e n e r a l d e la C o m p a - 0 . J e r ó n i m o D o m é n e c h . — 7. P e d r o d e R i b a d e n e i r a . — 8 . V o c a c i o n e s e s -
ñ í a e n 1541 102 p a ñ o l a s f u e r a d e E s p a ñ a , d e s p u é s d e a p r o b a d a la C o m p a ñ í a . M i r ó n , O v i e -
d o , V i l l a n u e v a , M i g u e l d e T o r r e s . — 9. J u a n d e P o l a n c o . — 10. J e r ó n i m o
Nadal
CAPÍTULO V I I I . — L a b o r de Ignacio en la fundación de la Compañía, desde
ejue fué elegido General, hasta su muerte, 1541-155G. — S u m a r i o : 1. I g n a -
CAPÍTULO I I . — Educación religiosa que daba San Ignacio á sus hijos. — S u -
cio y C o d u r i s o n e s c o g i d o s p a r a e s t u d i a r y p r e p a r a r las C o n s t i t u c i o n e s . —
m a r i o : 1. C ó m o les e n s e ñ a b a á s a n t i f i c a r s e á si m i s m o s , a) O r a c i ó n q u e h a -
2 . M u e r t o C o d u r i , s i g u e I g n a c i o d i s p o n i e n d o los m a t e r i a l e s p a r a la o b r a . —
c í a p o r e l l o s , b) E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , c) O b r a s d e h u m i l d a d y p e n i t e n c i a ,
3 . E n 1 5 4 7 e m p i e z a , a y u d a d o p o r el P. P o l a n c o , á p r e p a r a r la b u l a d e J u -
rf) P e r e g r i n a c i o n e s y h o s p i t a l e s , c) O b e d i e n c i a p e r f e c t a . — 2 . C ó m o l e s e n -
lio I I I . — 4 . C o n c u r s o d e P o l a n c o en e s t e n e g o c i o . — 5 . F ó r m u l a i n c l u i d a
s e ñ a b a á s a n t i f i c a r á los p i ó j i m o s . a) E j e m p l o d e t o d a v i r t u d , b) V i d a co-
en l a b u l a d e J u l i o I I I . — 6. C o t e j o d e e s t a b u l a c o n l a de P a u l o I I I . —
m ú n en lo e x t e r i o r , c) M o d e s t i a s i n g u l a r . (/) A n i m o y c o n f i a n z a en D i c e ,
7. E s c r i b e I g n a c i o l a s C o n s t i t u c i o n e s d e s d e 1547 á 1 5 5 0 . — 8 . L a s c o r r i g e y
e) C i r c u n s p e c c i ó n y r e s p e t o á t o d o s , p r i n c i p a l m e n t e á l o s s u p e r i o r e s e c l e -
a u m e n t a h a s t a su m u e r t e . — 9 . Q u é a u x i l i o s t u v o p a r a e s c r i b i r l a s . — 1 0 . R e - siásticos y seglares
s u m e n d e los p a s o s d a d o s p o r S a n I g n a c i o en la f u n d a c i ó n d e la C o m p a -
ñía de J e s ú s 124
CAPÍTULO I I I . — E n t r a d a de la Compañía en España por los ministerios apos-
tólicos.—Sumario: 1. V i e n e el P . A r a o z p o r n e g o c i o s do f a m i l i a . P a s a l i g e -
CAPÍTULO I X . — E j e r c i c i o s espirituales.—Sumario: 1. Definición d e los E j e r c i -
r a m e n t e por Barcelona, Almazán, Valladolid y B u r g o s , v m i e n t r a s despa-
cios d e S a n I g n a c i o . — 2 . E n s e ñ a n z a i n m e d i a t a y e n s e ñ a n z a m e d i a t a d e l
c h a s u s n e g o c i o s p r e d i c a en G u i p ú z c o a , d e 1539 á 1 5 4 1 . V u e l v e á R o m a . —
s a n t o . — 3 . P r i n c i p i o y f u n d a m e n t o . — 4. C ó m o c o n d u c e I g n a c i o al e j e r c i -
2. E l B . P e d r o F a b r o d a los E j e r c i c i o s á p e r s o n a j e s e s p a ñ o l e s en A l e m a -
t a n t e en la p r i m e r a s e m a n a al dolor d o los p e c a d o s , y e n l a s t r e s s i g u i e n -
n i a . — 3 . V i e n e á E s p a ñ a en 1 5 4 1 . — 4 . V u e l v e á A l e m a n i a el 1 5 4 2 . — 5 . S e -
t e s á la p e r f e c s i ó n e v a n g é l i c a . — 5 . R e g l a s p a r a h a c e r b i e n los E j e r c i c i o s y
g u n d a v e n i d a d e A r a o z . e n 1 5 4 2 . V u e l v e á R o m a el m i s m o a ñ o . — 6. T e r -
p a r a s a n t i f i c a r s e d e s p u é s d e ellos.—G. A p r o b a c i ó n pontificia del l i b r o . —
c e r a v e n i d a de A r a o z , c o n s e i s j ó v e n e s j e s u í t a s , e n 1 5 4 4 . — 7 . P a s a p o r V a -
7. C ó m o s e e s c r i b i e r o n los E j e r c i c i o s . T e s t i m o n i o s d e S a n I g n a c i o y d e o t r o s
l e n c i a y G a n d í a , y se d i r i g e á C o i m b r a . — 8. E l B . F a b r o v a á P o r t u g a l . —
P a d r e s c o n t e m p o r á n e o s . — 8. E l Ejercitatorio d e G a r c í a d e C i s n e r o s . Cotejo
9. F a b r o y A r a o z , r e c o m e n d a d o s p o r J u a n I I I , p r e s é n t a n s e en V a l l a d o l i d ,
d e e s t e l i b r o con el d e San I g n a c i o . — 9. T e s t i m o n i o s t a r d í o s y p o c o a u t o -
c o r t e e n t o n c e s d e E s p a ñ a , p o r M a r z o d e 1545
r i z a d o s p a r a p r o b a r q u e S a n I g n a c i o a p r o v e c h ó el l i b r o d e C i s n e r o s . —
10. I n s p i r a c i ó n s o b r e n a t u r a l d e los E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , b i e n p r o b a d a
C a p í t u l o I V . — F a b r o y Araoz en la corte de España, 1545-1547.—Sumario:
por testimonios contemporáneos 140
1. Son m u y b i e n r e c i b i d o s los d o s P a d r e s en V a l l a d o l i d . — 2 . T r a b a j a n fe-
l i z m e n t e , A r a o z en la p r e d i c a c i ó n , y F a b r o en la d i r e c c i ó n e s p i r i t u a l d e
5 CAPÍTULO X . — Constituciones de la Compañía.—Sumario: 1. C a r á c t e r g e n e r a l
de las Constituciones. — 2. Libro del E x a m e n . — 3 . F i n do la C o m p a ñ í a y
las a l m a s . — 3 . Por M a y o de 1545 hace F a b r o u n a excursión á T o l e d o . —
4. Y e r b a p a r a c o n s e r v a r la c a s t i d a d . — 5 . M u e r t e d e D . M a r í a , e s p o s a d e l
a

d i v e r s i d a d d e g r a d o s en e l l a . — 4 . E x a m e n q u e el p r e t e n d i e n t e d e b e h a c e r
p r i n c i p e D . F e l i p e . — 6 . T r a s l á d a s e la c o r t e á M a d r i d , y allí F a b r o y A r a o z
d e la C o m p a ñ í a . — 5. E x a m e n q u e la C o m p a ñ í a d e b e h a c e r del p r e t e n d i e n -
t r a b a j a n b r e v e t i e m p o . — 7. F a b r o es l l a m a d o al C o n c i l i o d e T r e n t o . D i r í -
t e . — 6. D i v i s i ó n g e n e r a l d e l a s C o n s t i t u c i o n e s e n diez p a r t e s . — 7. B r e v e
gese á Roma, pasando por Gandía, Valencia y Barcelona. Muere en R o m a
a n á l i s i s d e c a d a u n a d e ellas 1G2
el 1.° d e A g o s t o d e 1 5 4 6 . — 8 . S i g u e el P . A r a o z t r a b a j a n d o e n la c o r t e y
en o t r o s p u e b l o s , h a s t a s e r n o m b r a d o P r o v i n c i a l en 1 5 1 7
CAPÍTULO 'Kl.-—Originalidaddel Instituto de la Compañía,—Sumario: 1. Noiii-
45 *
 ÍNDICE GENERAL
PÁGINAS.
CAPÍTULO V . — C o l e g i o s fundados en España hasta la creación de la Provincia
en 1 5 4 7 . - — S u m a r i o : 1. Q u i é n e r a el I'. V i l l a n u e v a . — 2 . V i e n e á A l c a l á e n
1 5 4 3 . y e m p i e z a á e s t u d i a r g r a m á t i c a con o t r o p r e t e n d i e n t e d e la C o m p a -
ñ í a . — 3 . D a s e f o r m a d e l r n i t i v a d e colegio á la c a s a d e A l c a l á en 1 5 4 6 . —
. 4. V i c i s i t u d e s d e l c o l e g i o h a s t a el o t o ñ o d e 1 5 4 7 . — 5 . C o l e g i o d e V a l l a d o -
; l i d , e m p e z a d o e n 1 5 4 5 . — G . Colegio d e V a l e n c i a , a b i e r t o en 1 5 4 4 . — 7. San
N p o r el D r . B a r t o l o m é d e T o r r e s
:
F r a n c i s c o d e B o r j a d a p r i n c i p i o al d e G a n d í a en 1 5 4 5 , y allí e m p i e z a la
C o m p a ñ í a á e n s e ñ a r á l o s s e g l a r e s en 1 5 4 6 . — 8 . O r i g e n d e l c o l e g i o d e B a r -
c e l o n a en 1 5 4 5 . — 9 . El P . A r a o z es n o m b r a d o P r o v i n c i a l e n 1 5 4 7 . — 1 0 . E s -
t a d o d e n u e s t r a s c a s a s al c o n s t i t u i r s e l a P r o v i n c i a d e E s p a ñ a
CAPÍTULO V I . — Vocación de San Francisco de Borja, 1546-1551. — Sumario:
1 . L i n a j e y e s t a d o d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . — 2 . Su e d u c a c i ó n y v i d a en
la c o r t e . — 3 . R e s u é l v e s e en G r a n a d a á v i v i r s a n t a m e n t e . — 4 . S u g é n e r o d e
v i d a , s i e n d o v i r r e y d e C a t a l u ñ a . — 5. M u e r t a s u e s p o s a , e s a d m i t i d o en l a
C o m p a ñ í a en 1 5 4 6 . — 6 . P o r u n b r e v e d e P a u l o I I I , h a c e p r o f e s i ó n s o l e m n e
e n 1 5 4 8 , c o n s e r v a n d o t o d a v í a el a p a r a t o d e d u q u e . — 7. P a r t e p a r a R o m a
e n 1 5 5 0 , y allí d a e j e m p l o s a d m i r a b l e s d e v i r t u d . — 8. P i d e l i c e n c i a al e m -
p e r a d o r p a r a r e n u n c i a r s u s e s t a d o s . — 9 . M i e n t r a s e s p e r a r e s p u e s t a , t r a t a el
p a p a d e h a c e r l e c a r d e n a l . — 1 0 . H u y e el s a n t o á G u i p ú z c o a , y en O ñ a t e r e -
n u n c i a s u s e s t a d o s , y v i s t e l a s o t a n a d e la C o m p a ñ í a en 1 5 5 1
CAPÍTULO V I L — Incremento de la Compañía, desde la erección de la Provin-
cia de España, hasta la promulgación de las Constituciones, 1547-1553.—
S u m a r i o : 1. P r i n c i p i o s d e l c o l e g i o d e S a l a m a n c a . — 2 . E l é v a s e á u n i v e r s i -
d a d el d e G a n d i a . — 3 . E n t r a d a d e los N u e s t r o s en B u r g o s . — 4 . E m p i e z a á
f u n d a r s e el c o l e g i o d e M e d i n a d e l C a m p o . — 5 . P e q u e ñ o colegio en O ñ n t c ,
d o n d e r e s i d e S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . — 6. O r d é n a s e el s a n t o d e s a c e r d o t e ,
y h a c e v a r i a s e x c u r s i o n e s a p o s t ó l i c a s d e s d e 1 5 5 1 h a s t a 1553
i PÍTULO V T I I . — P e r s e c u c i ó n de Melchor Cano, 1 5 4 8 . — S u m a r i o : 1. Q u i é n era
M e l c h o r C a n o . — 2 . C u á n d o e m p e z ó s u e n e m i s t a d c o n t r a la C o m p a ñ í a —
3 R e s u m e n d e u n l i b e l o q u e e s c r i b i ó c o n t r a e l l a . — 4. L o q u e d e c í a en • 1
pulpito e n 1 5 4 8 . — 5 . M e d i o s s u a v e s q u e se t o m a r o n p a r a a p l a c a r l e . — 6 . C a r -
t a - c i r c u l a r del G e n e r a l d e los d o m i n i c o s en f a v o r d e la C o m p a ñ í a . — 7 . D o -
c u m e n t o s pontificios o b t e n i d o s p o r S a n I g n a c i o c o n t r a M e l c h o r C a n o . —
8. D e f e n s a v a l i e n t e q u e h a c e d e la C o m p a ñ í a el d o m i n i c o F r . J u a n d e la
P e ñ a . — 9 . Cesa la t e m p e s t a d y c a l l a p o r a l g ú n t i e m p o M e l c h o r C a n o
PÍTULO I X . — Persecuciones en Alcalá, 1 5 4 8 - 1 5 5 2 . — S u m a r i o : 1. A c r e c e n -
a m i e n t o d e l c o l e g i o d e A l c a l á . — 2 . P r o t e c c i ó n q u e le d i s p e n s a el D r . V e r -
j a r a . — 3 . O r d é n a s e d e s a c e r d o t e el P . V i l l a n u e v a , y c r e c e el c o l e g i o con
m u y b u e n a s v o c a c i o n e s . — 4. Son i n f a m a d o s los N u e s t r o s con o c a s i ó n d e
u n m a l s a c e r d o t e , l l a m a d o B a r r a s a , á q u i e n el v u l g o t o m ó p o r j e s u í t a . —
5. C a l u m n i a s del D r . C a s a s . — 6 . E l a r z o b i s p o d o T o l e d o , Siliceo, e m p i e z a á
i n d i s p o n e r s e c o n l a C o m p a ñ í a . — 7 . D a u n e d i c t o p r o h i b i e n d o á los N u e s -
t r o s el p r e d i c a r , c o n f e s a r y a d m i n i s t r a r los s a c r a m e n t o s . — 8. E l P . Villa-
n u e v a s e e n t i e n d e c o n el n u n c i o y h a b l a con Siliceo, sin l o g r a r c o n v e n c e r -
l e . — 9 . E s e n v i a d o á T o l e d o el P . M i g u e l d e T o r r e s . — 1 0 . D e s p u é s d e m u -
c h a s d i l i g e n c i a s i n ú t i l e s , l o g r a V i l l a n u e v a i n t i m a r al a r z o b i s p o l a s b u l a s d e
la C o m p a ñ í a . — 1 1 . I n f o r m a d o de todo San I g n a c i o , consigue cartas a p r e -
m i a n t e s d e l p a p a en f a v o r d e la C o m p a ñ í a . — 1 2 . P o r fin Siliceo r e v o c a s u
edicto y deja en paz á los Nuestros, a u n q u e g u a r d a n d o aversión á e l l o s . —
13. Carta de San I g n a c i o á Siliceo, agradeciéndole su reconciliación
PÍTULO X . — Persecuciones contra el libro de los Ejercicios, 1547-1553.—
S u m a r i o : 1. P r i m e r a s h o s t i l i d a d e s c o n t r a l o s E j e r c i c i o s e n 1 5 4 7 . — 2 . F u e r -
i m p u g n a c i ó n q u e h a c e d e ellos M e l c h o r C a n o . — 3 . E n 1 5 5 3 s e a g i t a l a
ÍNDICE GENERAL
Páginas.
c u e s t i ó n en T o l e d o . — 4 . UJna c o m i s i ó n , p r e s i d i d a p o r el d o m i n i c o F r . T o -
m á s d e P e d r o e h e , c o n d e n a v a r i a s p r o p o s i c i o n e s d e los E j e r c i c i o s . — 5 . C e n -
s u r a d e P e d r o e h e p r e s e n t a d a á S i l i c e o . — 6. O b j e c i o n e s h e c h a s c o n t r a los
E j e r c i c i o s p o r el P . M a n c i o , d o m i n i c o . — 7. A r a o z y V i l l a n u e v a i n f o r m a n
á las personas principales de Toledo y Alcalá.—8. Brillante apología hecha
366
CAPÍTULO X I . — Promulgación de las Constituciones, 1553-1554. — Sumario:
I . Q u i é n era el P . J e r ó n i m o N a d a l . — 2 . S u s p r o e z a s e n Sicilia y en Á f r i -
257 c a . — 3 . P r o m u l g a l a s C o n s t i t u c i o n e s en S i c i l i a . — 4 . E s e n v i a d o á E s p a ñ a
c o n el t í t u l o d e C o m i s a r i o . — 5 . P a s a r á p i d a m e n t e p o r B a r c e l o n a , V a l e n c i a ,
C u e n c a y A l c a l á , y dirígese á P o r t u g a l , d o n d e e m p i e z a á p r o m u l g a r las
C o n s t i t u c i o n e s . - — 6 . A fines d e 1 5 5 3 e n t r a e n E s p a ñ a y d a p r i n c i p i o á l a
p r o m u l g a c i ó n p o r el c o l e g i o d e C ó r d o b a . — 7 . V i s i t a e n T o l e d o á Siliceo, y
d u r a n t e u n m e s p r o m u l g a l a s C o n s t i t u c i o n e s e n A l c a l á . — 8. P r o y e c t o s d e —
c o l e g i o en S a n t i a g o — 9 . J u n t a N a d a l e n M e d i n a d e l C a m p o á los p r i n c i p a -
les P a d r e s , y d i v i d e la P r o v i n c i a d e E s p a ñ a en t r e s : C a s t i l l a , A r a g ó n y
» Andalucía.—=10. J u i c i o q u e da sobre los principales P a d r e s de E s p a ñ a . —
I I . V i s i t a r á p i d a m e n t e los o t r o s c o l e g i o s , y v u e l v e á R o m a p o r O c t u b r e
de 1551 385
279
CAPÍTULO X I I . — Nuevos colegios en España, desde la j'romulgación de las
Constituciones, hasta la muerte de San Ignacio, 1554-1556. — Sumario:
* 1. A u m e n t o d e la C o m p a ñ í a e n E s p a ñ a . — 2 . C o l e g i o d e C ó r d o b a , a b i e r t o el
11 d e D i c i e m b r e de 1 5 5 3 . — 3 . E l P . N a d a l a r r e g l a s u f u n d a c i ó n p o r E n e r o ^
d e 1 5 5 4 . — 4 . C o n v e r s i ó n del p r i n c i p a l f u n d a d o r . — 5. C o l e g i o d e Avila.—•
6. C o l e g i o de C u e n c a . — 7 . C o l e g i o d e P l a s e n c i a , o f r e c i d o en T r e n t o al p a -
d r e L a í n e z p o r el o b i s p o D . G u t i e r r e d e C a r v a j a l . — 8. E l P . V i l l a n u e v a lo
298 e m p i e z a en 1 5 5 4 . — 9. C o n v e r s i ó n d e D . G u t i e r r e . — 1 0 . P r i n c i p i o d e l cole-
g i o d e S e v i l l a . — 1 1 . R e s i d e n c i a d e G r a n a d a a b i e r t a en 1 5 5 4 , y q u e m u y
p r o n t o se c o n v i e r t e e n c o l e g i o . ' — 1 2 . N o v i c i a d o e n S i m a n c a s . — 1 3 . B r e v e s
n o t i c i a s s o b r e l a s f u n d a c i o n e s d e M u r c i a , M o n t e r r e y y S a n l ú c a r de B a r r a -
meda 41"-
CAPÍTULO X I I I . — C o l e g i o de Zaragoza, 1 5 5 5 . — S u m a r i o : 1. D i l i g e n c i a s p r a c -
t i c a d a s d e 1547 á 1 5 5 4 p a r a a b r i r c o l e g i o en Z a r a g o z a . — 2 . L a c i u d a d y los
c a b a l l e r o s se r e s u e l v e n á e m p e z a r e l c o l e g i o e n 1 5 5 4 , a n i m a d o s p o r el
321 P . E s t r a d a . — 3 . D i f i c u l t a d e s p a r a h a l l a r s i t i o . — 4 . C o m p r a d a u n a c a s a , se
a d e r e z a u n a c a p i l l a , q u e s e a b r e a l p ú b l i c o el 17 d e A b r i l d e 1 5 5 5 . — 5 . E l
m i s m o d í a s a l e u n e d i c t o d e l v i c a r i o del a r z o b i s p o c o n t r a los N u e s t r o s . —
6. L o s a g u s t i n o s con o t r o s r e g u l a r e s , y el a r z o b i s p o c o n a l g u n a s p a r r o -
q u i a s , so d e c l a r a n c o n t r a la C o m p a ñ í a . M o t i v o s d e e s t a g u e r r a . — 7 . E l
g u a r d i á n d e S a n F r a n c i s c o e s e l e g i d o j u e z c o n s e r v a d o r d e los a g u s t i n o s , y
el o b i s p o d e H u e s c a d e los j e s u í t a s . — 8 . A m b a s p a r t e s a c u d e n al J u s t i c i a
d e A r a g ó n . — 9. D e m o s t r a c i o n e s d e l o s a g u s t i n o s c o n t r a la C o m p a ñ í a . —
1 0 . A l b o r ó t a s e el p u e b l o c o n t r a l o s j e s u í t a s . — 1 1 . L a p r i n c e s a D . J u a n a
a
e m p r e p . d e la d e f e n s a d e l a C o m p a ñ í a . S u s p r i m e r a s c a r t a s d e 2 5 d e J u n i o
d e 1 5 5 5 . — 1 2 . S a l e n los N u e s t r o s d e Z a r a g o z a el 1.° d e A g o s t o . — 1 3 . N u e -
v a s y m á s a p r e m i a n t e s c a r t a s d e la p r i n c e s a . — 1 4 . V a c e d i e n d o l a p a r t e
c o n t r a r i a , b a s t a q u e el 8 d e S e t i e m b r e se p u b l i c a l a r e v o c a c i ó n d e l e d i c t o
d e 17 d e A b r i l , y se d e c l a r a n n u l a s c u a n t a s c e n s u r a s se h a b í a n l a n z a d o
contra la Compañía. — 1 5 . Vuelta t r i u n f a l d e los P a d r e s á Zaragoza.—
16. C a r t a d e San I g n a c i o 438
341
CAPÍTULO X I V . — J e s u í t a s españoles fuera de España. — San Francisco Ja-
vier.—Sumario: 1. E s e n v i a d o á la I n d i a S a n F r a n c i s c o J a v i e r . — 2 . L l e g a d o
á G o a e n 1 5 4 2 , e v a n g e l i z a en la c a p i t a l d u r a n t e cinco m e s e s . — 3 . P r e d i c a e n
l a P e s q u e r í a , y al c a b o d e u n a ñ o v u e l v e á G o a . — 4 . P a s a al r e i n o d e T r a -
 ' ÍNDICE GENERAL
v a n c o r , y á í a s islas d e M a n a r y C e i l á n . — 5. E x p e d i c i ó n f r u s t r a d a c o n t r a
el r e y d e J a f a n a p a t á n . — ü. E n 1 5 4 5 l l e g a el s a n t o á M a l a c a . — 7 . E x p e d i -
c i ó n d e l s a n t o á l a s M a l u c a s y á o t r a s m u c h a s islas d e O c e a n í a . — 8. V u e l t o
á G o a , d i r í g e s e al J a p ó n en 1549, y allí t r a b a j a d o s a ñ o s y m e d i o . — 9. D o
v u e l t a 'á la I n d i a , i n t e n t a e n t r a r e n la C h i n a , y m u e r e e n S a n c h á n e n 1 5 5 2 . —
10. V i r t u d e s d e J a v i e r . — 1 1 . C ó m o g o b e r n a b a á la C o m p a ñ í a ' . — 1 2 . C ó m o
p r o c e d í a en l a s m i s i o n e s . — 1 3 . S u celo a p o s t ó l i c o . — 1 4 . M i l a g r o s y p r o f e -
cías.—15. F r u t o de sus misiones
CAPÍTULO X V . — L a i n e z y Salmerón, misioneros en Italia.— S u m a r i o : 1. L a í -
n e z y F a b r o t r a b a j a n a p o s t ó l i c a m e n t e en P a i m a en 1 5 4 0 . — 2 . L a í n e z p a s a
á P l a s e n c i a . — 3 . D e s d e p r i n c i p i o s d e 1 5 4 1 h a s t a m e d i a d o el 1542 r e s i d e en
R o m a . — 4 . S u s t r a b a j o s a p o s t ó l i c o s en P a d u a , V e n e c i a , B r e s c i a y o t r a s
c i u d a d e s del V é n e t o . — 5 . E n 1547 p r e d i c a en F l o r e n c i a , y al a ñ o s i g u i e n t e
a r r e g l a el n e g o c i o d e l c o l e g i o d e P a d u a . — 6 . E n 1 5 4 9 v a á Ñ a p ó l e s y Sici-
lia, y d e s p u é s al Á f r i c a . — 7 . S u s t r a b a j o s en P i s a y G e n o v a . — 8 . Ll P . S a l -
m e r ó n e n v i a d o ú I r l a n d a en 1 5 4 2 . — 9 . S u s t r a b a j o s cu M ó d e n a , y d e s p u é s
e n B o l o n i a y B e l l u n o . — 1 0 . E s e n v i a d o á A l e m a n i a , y en 1551 d e s t i n a d o
á Xápoles
CAPÍTULO X V I . — L a i n e z y Salmerón en el Concilio de Trento durante la pri-
mera concocación, 1540-1547.—Sumario: 1. Son d e s i g n a d o s teólogos ponti-
ficios p a r a el C o n c i l i o d e T r e n t o los P P . F a b r o , L a i n e z y S a l m e r ó n . —
2 . I n s t r u c c i o n e s d a d a s p o r San I g n a c i o á s u s hijos s o b r e el m o d o d e p r o -
c e d e r en el C o n c i l i o . — 3. O b r a s d e e d i í i c a c i ó n en q u e se o c u p a n L a i n e z y
S a l m e r ó n . — 4 . M o d o de p r o c e d e r q u e t e n í a el Concilio p a r a f o r m a r sus d e -
c r e t o s . — 5 . L i g e r a e x a g e r a c i ó n d e n u e s t r o s a u t o r e s al d e c i r q u e S a l m e r ó n
h a b l a b a el p r i m e r o d e los t e ó l o g o s y L a í n e z el ú l t i m o . — 0. Q u i n t a s e s i ó n .
¿ H a b l ó L a í n e z en d e f e n s a d e la I n m a c u l a d a ? — 7 . S e x t a s e s i ó n . S e r v i c i o s
p r e s t a d o s p o r los P a d r e s , s e g ú n refiere e l P . S a l m e r ó n . — 8 . C u e s t i ó n d e l a
justicia imputada. Opúsculo de Laínez acerca de e l l a . — 9 . Laínez encar-
g a d o d e c a t a l o g a r los e r r o r e s p r o t e s t a n t e s . N o p e r m i t e e l c a r d e n a l C e r v i n i
q u e le l l e v e n á F l o r e n c i a . — 1 0 . T r a s l a c i ó n d e l C o n c i l i o á B o l o n i a , d o n d e
se d i s u e l v e p o r S e t i e m b r e de 1547
CAPÍTULO X V I I . — Laínez y Salmerón en el Concilio de Trento durante la se-
gunda reunión, 1 5 5 1 - 1 5 5 2 . — S u m a r i o : 1. L l e g a u á T r e n t o L a í n e z y S a l m e r ó n
el 2 7 d e J u l i o d e 1 5 5 1 . — 2 . D u o d é c i m a s e s i ó n d e l Concilio el 1." d e S e -
t i e m b r e . — 3 . P ú n e s e o r d e n e n t r e los t e ó l o g o s p a r a h a b l a r , s i e n d o los p r i m e -
r o s n u e s t r o s dos P a d r e s . — 4 . D i s e r t a L a í n e z s o b r e l a E u c a r i s t í a el 8 d e S e -
t i e m b r e , y S a l m e r ó n s o b r e la c o m u n i ó n bajo a m b a s e s p e c i e s . — 5. D é c i m a -
t e r c i a s e s i ó n el 11 d e O c t u b r e . — 6 . C u a r t a n a d e l P . L a í n e z . — 7 . E l 2 0 d e
O c t u b r e h a b l a n L a í n e z y S a l m e r ó n s o b r e el s a c r a m e n t o d e l a p e n i t e n c i a ,
y l u e g o se r e t i r a u n o s d í a s d e T r e n t o L a í n e z p a r a c u r a r s e . — 8 . ¿ R e d a c t a -
r o n n u e s t r o s P a d r e s el t e x t o d e la s e s i ó n c a t o r c e ? — 9 . P o r D i c i e m b r e e m -
p i e z a n los t e ó l o g o s á d i s c u r r i r s o b r e el sacrificio d e la m i s a . — 1 0 . P a r a l í z a s e
e l C o n c i l i o á p r i n c i p i o s d e 1 5 5 2 , y s e d i s u e l v e el 2 8 d e A b r i l . — 1 1 . N u e s -
t r o s P a d r e s d a n n o t i c i a d e l a C o m p a ñ í a á los o b i s p o s y t e ó l o g o s . — 1 2 . L a í -
n e z y M e l c h o r C a n o . — 1 3 . Vocación del Dr. Olave
CAPÍTULO X V I I I . — Otros jesuítas españoles fuera de España.— Bobadilla,
Doménech, Nadal, Polanco, etc.— S u m a r i o : 1. T r a b a j o s d e B o b a d i l l a e n
B i s i g n a n o . — 2 . P a r t e p a r a A l e m a n i a en 1 5 4 2 . — 3 . S u s t r a b a j o s en N u r e m -
b e r g , e n V i e n a y e n o t r a s c i u d a d e s d o A l e m a n i a h a s t a 1 5 4 8 . — 4. E s c r i b e
d o s M e m o r i a s c o n t r a el Interim, y p o r e s t o es e x p u l s a d o d e A l e m a n i a . —
5. N ó m b r a n l e s u p e r i n t e n d e n t e d e l c o l e g i o d e Ñ a p ó l e s , y e n v i s t a d e s u s
d e s a c i e r t o s e n el g o b i e r n o , l e a p l i c a n o t r a v e z a l a s m i s i o n e s . — 6. E l P . D o -
m é n e c h e s t a b l e c e la C o m p a ñ í a e n S i c i l i a . — 7 . C o l e g i o s d e M e s i n a y d e
ÍNDICE GENERAL 713
Páginas.
Paginas.
P a l e r m o , s o s t e n i d o s p r i n c i p a l m e n t e p o r los P P . N a d a l y D o m é n e c h .
8. E m p i e z a á d i s t i n g u i r s e e n Sicilia el j o v e n P e d r o d e R i b a d e n e i r a . — 9 . E l
P . P o l a n c o , t e r m i n a d o s s u s e s t u d i o s , p r e d i c a en P r a t o y F l o r e n c i a . — 1 0 . C o -
r r í g e l e S a n I g n a c i o d e a l g u n a s i n d i s c r e c i o n e s , y le t o m a p o r s u s e c r e t a -
r i o . — 1 1 . E m p i e z a n á d i s t i n g u i r s e a l g u n o s P a d r e s e s p a ñ o l e s en el c o l e g i o
romano 5G7
4(35 CAPÍTULO X I X . — Jesuítas españoles en Portugal.— Visita del P. Miguel de
Torres, 1 5 5 2 . — S u m a r i o : 1. E s t a d o d e la p r o v i n c i a d e P o r t u g a l en 1 5 5 2 . —
2 . T e n t a t i v a s p a r a s a c a r d e ella a l P . S i m ó n R o d r í g u e z . — 3 . V a é s t e á
Roma en 1551, y vuelve luego á Portugal.— 4 . E l P . Mirón es enviado á
C o i m b r a en 1 5 5 1 . — 5 . A p r i n c i p i o s d e 1552 n o m b r a S a n I g n a c i o P r o v i n -
cial d e P o r t u g a l al P . M i r ó n , y v i s i t a d o r al P . M i g u e l d e T o r r e s , m a n d a n d o
q u e a c o m p a ñ e á é s t e en la v i s i t a S a n F r a n c i s c o d e B o r j a . — 6 . N o e n t r a n en
P o r t u g a l T o r r e s y B o r j a . — 7 . M u d a n z a d e P r o v i n c i a l e s e j e c u t a d a el 3 d e
M a y o d o 1 5 5 2 . — 8 . G r a v e s t u r b a c i o n e s o c a s i o n a d a s p o r la p r e s e n c i a d e l
P . S i m ó n R o d r í g u e z . — 9 . El P . M i r ó n e m p r e n d e la r e f o r m a d e la p r o v i n -
cia c o n p o c o t i n o y m u c h a p r e c i p i t a c i ó n . — 1 0 . L o s P a d r e s p o r t u g u e s e s lla-
493 m a n al P . T o r r e s . — 1 1 . E s t e e n v í a al P . S i m ó n R o d r í g u e z á la p r o v i n c i a
de A r a g ó n , y arreglando á m e d i a s la provincia de P o r t u g a l , vuélvese á
S a l a m a n c a por S e t i e m b r e de 1552.—12. Siguen las t u r b a c i o n e s y defeccio-
n e s . — 1 3 . C a l u m n i a s h o r r i b l e s c o n t r a San I g n a c i o . — 1 4 . R e f ú t a n l a s los P a -
dres Francisco Enríquez y Luis González de C á m a r a . — 1 5 . Llaman de
n u e v o al P . T o r r e s , el c u a l l l e g a p o r N o v i e m b r e de 1 5 5 2 . — 1 6 . H a c e la
v i s i t a en t o d a r e g l a y el e x p u r g o g e n e r a l d e la p r o v i n c i a . — 1 7 . N ú m e r o d e
los s a l i d o s d e la C o m p a ñ í a . — 1 8 . C a r t a d e S a n I g n a c i o , e n la q u e se a p r u e b a
lo h e c h o p o r el P . T o r r e s 585
CAPÍTULO X X . — J e s u í t a s españoles en Portugal.— Causa del P. Simón Ro-
dríguez.—Promulgación de las Constituciones, 1 5 5 3 . — S u m a r i o : 1. V u e l v e
á P o r t u g a l ol P . S i m ó n R o d r í g u e z . — 2. E x a m í n a n s e d o s c a r t a s d e San I g -
n a c i o s o b r e e s t e p u n t o . — 3 . L o s P P . T o r r e s y M i r ó n p r o h i b e n al P . S i m ó n
el e n t r a r en n u e s t r a s c a s a s . — 4. El P . V i l l a n u e v a , l l e g a d o á P o r t u g a l p a r a
511 e x a m i n a r a q u e l l o s n e g o c i o s , e x h o r t a al P . S i m ó n á ir á R o m a . — 5 . M á n -
d a l e lo m i s m o S a n I g n a c i o , y e n v í a l a s d i m i s o r i a s p a r a el c a s o d e q u e n o
q u i e r a o b e d e c e r . — 6 . V a á R o m a el P . S i m ó n , y allí es j u z g a d o p o r c u a t r o
P a d r e s . — 7 . E n t r a n en P o r t u g a l el P . N a d a l y S a n F r a n c i s c o de B o r j a . —
8 . P r o m ú l g a n s e las C o n s t i t u c i o n e s , y q u e d a t o d o p e r f e c t a m e n t e t r a n q u i l o
á fines d e 1553 612
CAPÍTULO X X I . — M u e r t e de San Ignacio.— S u m a r i o : 1. A n c i a n o y e n f e r m o
San I g n a c i o , n o m b r a v i c a r i o d e la C o m p a ñ í a á N a d a l . — 2. R e l a c i ó n d e
l a m u e r t e del s a n t o , h e c h a p o r el P . P o l a n c o . — 3 . E s t a t u r a y a s p e c t o e x t e -
r i o r d e I g n a c i o . — 4 . Su c a r á c t e r . El l e m a Ad majorem Dei gloriam.—5. Su
m o d o d e o b r a r g u i á n d o s e s i e m p r e p o r la r a z ó n . — 6 . A m o r a f e c t u o s o q u e
t e n í a á s u s h i j o s . — 7 . P r u d e n c i a en m a n i f e s t a r e s t e a m o r . — 8. ¿ E r a s e v e r o
S a n I g n a c i o ? ¿ P o r q u é se le h a j u z g a d o a s í ? — 9 . P e r s u a s i ó n g e n e r a l d e
q u e D i o s r e v e l a b a á S a n I g n a c i o l a s c o s a s p r i n c i p a l e s d e l i n s t i t u t o . — 1 0 . Sa-
545 g a c i d a d p r á c t i c a d e l s a n t o . — 1 1 . F i r m e z a en l l e v a r h a s t a el c a b o l a s e m -
p r e s a s . — 1 2 . E s t a d o en q u e dejó la C o m p a ñ í a al m o r i r 638
CAPÍTULO X X I I . — J u i c i o de los contemporáneos sobre la naciente Compañía.—
S u m a r i o : 1. A c e p t a c i ó n g e n e r a l d e l a C o m p a ñ í a e n t r e el p u e b l o c a t ó l i c o . —
2 . D u d a s y s o s p e c h a s s u s c i t a d a s c o n t r a ella y e x p u e s t a s á n u e s t r o s P a d r e s
p o r S a n t o T o m á s d e V i l l a n u e v a . — 3 . J u i c i o d e e s t e s a n t o s o b r e la C o m p a -
ñ í a , m a n i f e s t a d o en su t e s t a m e n t o . — 4 . E s t i m a q u e S a n t a T e r e s a d e J e s ú s
b a c í a d e n u e s t r o s P a d r e s . — 5 . E l b e a t o J u a n d e A v i l a y la C o m p a ñ í a . —
^ 6. E l b o a t o J u a n d e R i b e r a y su e l o g i o de. los N u e s t r o s b o c h o e n G a n d í a . —
714 ÍNDICE GENERAL

7. E l c a r d e n a l d e C a r p í y J u a n d e V e g a . — 8 . S a n L u i s B e l t r á n y el v e n e -
r a b l e J u a n Mico.— 9. O p i n i ó n d e F r . L u i s d e G r a n a d a y d e l D r . N a v a -
r r o . — 1 0 . Los cordobeses J u a n Ginés d e Sepúlvoda y Ambrosio de Mo-
r a l e s . — 1 1 . M a n i f e s t a c i o n e s d e r e s p e t o en el p u e b l o m i s m o . — 1 2 . E l o g i o
de nuestros colegios hecho por Cervantes 056

Apéndice .. 679
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