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REGULADORES DE CRESCIMENTO EM PLANTAS

HORTÍCOLAS: PAPEL COMO PROMOTORES E


INIBIDORES DO CRESCIMENTO

A forma e a função dos organismos multicelulares não poderiam ser


mantidas sem uma eficiente comunicação entre células, tecidos e
órgãos.

Nos vegetais, a regulação do metabolismo, o crescimento e a


morfogênese muitas vezes dependem de sinais químicos de uma parte
da planta para outra.
(Julius von Sachs, séc. XIX).

Os mensageiros químicos que funcionam como mediadores na


comunicação intercelular são chamados de hormônios, os quais
interagem com proteínas específicas, denominadas receptores.

Hormônio vegetal ou fitormônio = substância orgânica ativa em


concentração muito baixa, que é formada em certas partes da planta
e que é translocada para outros locais onde ela provoca resposta
bioquímica, fisiológica e/ou morfológica.

CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS

Processo do crescimento/ desenvolvimento

Germinação Senescência

Resposta aos fatores climáticos e edáficos

Hormônios vegetais regulam


o potencial genético das Ambiente provoca
plantas atuando na ativação mudanças no
ou na repressão de genes metabolismo e
específicos. distribuição dos
hormônios dentro
das plantas
Até pouco tempo, acreditava-se que o desenvolvimento vegetal era
regulado por apenas cinco tipos de hormônios: AUXINAS,
GIBERELINAS, CITOCININAS, ETILENO E ÁCIDO ABSCÍSICO.
Entretanto, atualmente, há fortes evidências indicando a existência de
hormônios vegetais esteróides, os BRASSINOESTERÓIDES, que
produzem uma ampla gama de efeitos morfológicos no
desenvolvimento vegetal.

Reguladores de crescimento vegetal (hormônios sintéticos) Compostos


orgânicos que em pequenas quantidades promovem, inibem ou modificam
qualitativamente, o crescimento e o desenvolvimento das plantas.

AUXINAS

No final do século XIX, Chales Darwin e seu filho Francis descobriram


o primeiro hormônio de crescimento em plantas ao estudarem o
crescimento envolvendo tropismo (curvatura da planta em direção à
luz) em plantas de alpiste.

Algum tipo de sinal era produzido no ápice, e deslocava-se até a zona de


crescimento, localizada a vários milímetros abaixo do ápice, ocasionando o
crescimento mais rápido do lado sombreado do que do lado iluminado.

Em 1926, Frits Went demonstrou a presença de um composto


promotor de crescimento no ápice de aveia, uma vez que retirado o
ápice, o crescimento desse órgão cessava.

Auxina “Auxein” - origem grega = CRESCER, AUMENTAR

Ácido indol-3-acético (AIA) foi a primeira auxina descoberta, sendo


considerada a mais abundante e de maior relevância fisiológica ocorrente em
plantas.

Outras auxinas de ocorrência natural:Ácido fenil acético


Acido indol butírico
Acido 4-cloro indol acético
Auxinas sintéticas – podem ser definidas como compostos com atividade
biológica similar àquela do AIA.

Ex: Ácido naftaleno-acético (ANA)

BIOSSÍNTESE DAS AUXINAS

Tecidos jovens, como meristemas


Elevada taxa de divisão apicais, folhas jovens, os frutos e as
celular e crescimento sementes em desenvolvimento são
os principais locais de síntese.

TRANSPORTE DA AUXINA

Transporte feito de célula a célula através da


membrana plasmática.

Move-se, principalmente da extremidade apical para a


basal (transporte basípeto).

Transporte polar - transporte unidirecional, principal


causa do gradiente de auxina formado do ápice caulinar
ao radicular.

Transportada pelo floema - sendo esta a principal rota em que a


auxina é transportada da raiz para o ápice (transporte
acrópeto).
EFEITOS FISIOLÓGICOS DAS AUXINAS

1. Promoção do alongamento celular

Estimula o crescimento de caules e coleóptilos por alongamento das


células.

Nível endógeno ótimo – aplicação de auxina exógena pode inibir o


crescimento.

Fonte de síntese excisada – aplicação de auxina exógena – estímulo rápido


do crescimento.

2. Relação com o fototropismo e graviotropismo

Fototropismo – crescimento em relação à luz. Expresso em todas as


partes aéreas e garante que as folhas receberão luz solar suficiente para
realizar fotossíntese.

Fonte: Taiz & Zeiger, 2004

Graviotropismo – crescimento em resposta a gravidade. Possibilita que


as raízes cresçam em direção ao solo e as partes aéreas em direção contrária.
3. Controle da dominância apical

Dominância apical = fenômeno em que o crescimento da gema apical


inibe em diferentes níveis, o crescimento das gemas laterais (ocorre na
maioria das plantas superiores).

Remoção da gema apical - aumenta o nível de citocinina (que são


estimuladores do crescimento das gemas laterais) e diminui o nível de
ácido abscísico (inibidor do crescimento das gemas laterais -
dormência)

Fonte: Taiz & Zeiger, 2004

4. Promoção da iniciação de raízes

Níveis altos de auxina - Iniciação de raízes laterais e adventícias

Raízes adventícias = se originam pela divisão celular em tecidos de caule e


folhas

ANA – mais efetiva na promoção da


enraizamento de estacas.
Propagação por estacas -
AIB – ácido indolil butirico- usado com
mais freqüência.
5. Retardo do início da abscisão foliar

Fonte: http://images.google.com.br/bi.gave.min-edu.pt/files/3089/

A abscisão é desencadeada durante a senescência foliar.

Folhas jovens mais auxinas menor em folhas maduras baixos nas


folhas em senescência.

Aumento da produção de etileno.

6. Promove o desenvolvimento de frutos

Auxina é produzida no grão do pólen, no endosperma e no embrião de


sementes em desenvolvimento.

Estímulo inicial para o crescimento de frutos

Resulta na polinização

Depende da auxina produzida no


endosperma e embrião de sementes em
Crescimento do fruto desenvolvimento.
7. Produção de frutos sem sementes ou partenocárpicos

Partenocarpia é a produção natural ou induzida artificialmente


(tratamento de flores não polinizadas) de frutos que se formam sem
fertilização.

As giberelinas e o etileno também estão envolvidos no crescimento dos


frutos.

8. Indução da diferenciação vascular

Altas concentrações de auxinas induzem a diferenciação do xilema.

Baixas concentrações de auxinas induzem a diferenciação apenas do


floema

AS AUXINAS SINTÉTICAS APRESENTAM VÁRIOS USOS COMERCIAIS

Prevenção da abscisão de frutos (principalmente na época próxima da


colheita) e folhas;
Indução de frutos partenocárpicos;
Enraizamento de estacas caulinares e foliares (ANA e AIB);
Herbicidas (atuam sobre as folhas largas, as monocotiledôneas
inativam as auxinas sintéticas tornamdo-as sem efeito);
Florescimento de plantas de abacaxi e desbaste de frutos de maçã
(durante o desenvolvimento inicial) – esses efeitos são causados pelo
etileno que tem sua síntese estimulada pela auxina.
GIBERELINAS

Em 1930, cientistas japoneses obtiveram cristais impuros de dois


compostos fúngicos com atividade no crescimento de plantas, os quais
foram chamados de giberelina A e B, em alusão ao nome do fungo
Gibberella fujikuroi, causador da doença “bakanae – planta-boba”,
que causava o crescimento excessivo de plantas de arroz sem produção
de sementes.

Em 1950, de forma independente, pesquisadores britânicos e


americanos isolaram, purificaram e elucidaram a estrutura da
molécula obtida a partir de culturas de fungos, ao qual denominaram
de ácido giberélico.

Várias outras giberelinas foram identificadas em fungos, embora o


ácido giberélico foi sempre o componente principal.

Testes com giberelinas com plantas anãs de ervilha e milho foram


conduzidos com sucesso. Por outro lado, as plantas muito altas não
apresentavam crescimento adicional com a aplicação de giberelinas

Em 1958, uma giberelina foi identificada em uma planta superior.

O acido giberélico (GA3) é a giberelina mais conhecida e produzida em


maior quantidade pelas plantas.

Atualmente são conhecidas mais de 50 giberelinas diferentes,


denominadas GA1, GA2, GA20, GA43, etc.

Devido à complexidade da sua estrutura, não existe giberelina


sintética.

Giberelinas - São substâncias químicas (hormônios) assemelhadas ao


ácido giberélico (GA3) que influenciam vários processos fisiológicos como
alongamento do caule, germinação – quebra de dormência e mobilização das
reservas do endosperma, juvenilidade, floração, determinação do sexo e
desenvolvimento do fruto.
BIOSSÍNTESE DAS GIBERELINAS - REGULAÇÃO

Sintetizadas principalmente no ápice


caulinar, folhas jovens, semente e
embrião em desenvolvimento, porém
não necessariamente ao mesmo tempo
e nas mesmas taxas.

Os níveis endógenos de giberelina ativa regulam sua própria síntese.


Fatores ambientais como o fotoperíodo, a temperatura e a luz também
regulam a taxa de bissíntese das giberelinas.
A presença da auxina do ápice caulinar também regula a biossíntese
das giberelinas.

Transcrição e tradução de
genes que participam da
biossíntese ou degradação das
giberelinas.

TRANSPORTE DAS GIBERELINAS

As giberelinas produzidas na parte aérea são transportadas pelo


floema.

As giberelinas produzidas nas raízes são transportadas pelo xilema.

EFEITOS FISIOLÓGICOS DAS GIBERELINAS

1. Estimulam o crescimento do caule em plantas anãs e em rosetas

Aplicação exógena de giberelina promove o alongamento dos entrenós


em várias espécies.
Estímulo mais pronunciado ocorre com plantas anãs ou em rosetas,
bem como na família das poaceas.

Planta anãs – tratadas com GA3 assemelham-se às variedades mais


altas da mesma espécie, ocorre também a diminuição da espessura do
caule e do tamanho da folha, além da coloração verde clara das folhas.

Fonte: Taiz & Zeiger (2004)

2. Regulam a transição da fase juvenil para a adulta

Muitas plantas lenhosas não florescem até atingirem um determinado


estádio de maturidade, até então são ditas juvenis.

A aplicação de giberelinas pode regular a juvenilidade em ambas as


direções, dependendo da espécie.

3. Influenciam a iniciação floral e a determinação do sexo

Pode substituir a exigência de dias longos ou de frio para o


florescimento em muitas espécies, em especial de plantas em rosetas.

A exposição a dias curtos e noites frias aumenta 100 vezes o nível de


giberelina endógena no pendão de plantas de milho e simultaneamente
causa a feminização das flores masculinas, bem como a aplicação
exógena de giberelina.

Em algumas espécies de dicotiledôneas (pepino e espinafre) a aplicação


de giberelina promove a formação de flores masculinas.
4. Promovem a frutificação

A aplicação de giberelinas favorece o estabelecimento do fruto após a


polinização e o crescimento de alguns frutos no caso em que a auxina
não apresente efeito.

5. Induzem a partenocarpia

Juntamente com a auxina e o etileno, a giberelina está envolvida no


crescimento do tubo polínico de flores não fertilizadas e posterior
desenvolvimento de frutos sem sementes.

6. Promovem a germinação de sementes

As giberelinas promovem a germinação por estarem envolvidas na


ativação do crescimento do embrião, no enfraquecimento da camada
do endosperma que envolve o embrião e na mobilização das reservas
energéticas do endosperma quebra de dormência.

As giberelinas promovem também a germinação por estimular a


quebra de dormência das sementes, em especial aquelas que
necessitam de baixa temperatura e luz para germinar.

AS GIBERELINAS APRESENTAM VÁRIOS USOS COMERCIAIS

Aplicação em cachos de uvas – aumenta na produção de uvas ,


cachos maiores, mais uniformes, frutos maiores e de melhor
qualidade.
Em laranja, impedem a senescência da casca possibilitando que
os frutos armazenados por mais tempo, retardamento da
colheita.

Em cereja aumenta a formação de gemas florais e melhora a


quantidade dos frutos.

Em maça e pêra, aumenta o pegamento de frutos,


particularmente em condições desfavoráveis.

Substitui a necessidade de temperatura fria na indução do


florescimento de rabanete e produção de flores precoces em
alcachofra.

Em cana-de-açúcar, causa alongamento maior dos entrenós.

Em café, estimula a formação de flores, aumentando a produção


de frutos.

Em morango, induz a produção de frutos menores mais


apropriados para serem colocados dentro de iorgutes.

Muito utilizada no cultivo de hortaliças por melhorar o


crescimento vegetativo, aumentar a floração e o tamanho dos
frutos.
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